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Reforma Trabalhista Reforma Trabalhista Lei n. 13.467/2017 Fabrício Lima Silva Juiz do Trabalho

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Reforma Trabalhista

Reforma TrabalhistaLei n. 13.467/2017

Fabrício Lima Silva

Juiz do Trabalho

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OBJETIVO DO CURSO:

Por que vocês estão aqui?

Reforma Trabalhista

Petição inicial trabalhista e requisito da liquidação de pedidos - liquidar ou apenas apontar o valor

estimativo?

3 posicionamentos:

1º- Necessidade de liquidação (com planilha decálculo).

2º- Indicação de valor com a limitação da condenação.

3º - Indicação de valores estimativos sem a limitação dacondenação.

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Requisitos da petição inicial na Lei n. 13.467/17

Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.

§ 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificaçãodas partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deveráser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura doreclamante ou de seu representante.

§ 2o Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadaspelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.

§ 3o Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julgadosextintos sem resolução do mérito.” (NR)

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Requisitos da petição inicial (Sumaríssimo):

CLT, art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo:I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;(Lei 9.957/2000)

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Necessidade de cautelar de exibição de documentos

“Haverá também situações em que a definição do valor dos pedidos somente será possível após aapresentação de documentos que se encontram em poder do réu. Nesta hipótese, poderão seradotados alguns procedimentos, a saber:a) para que a petição inicial expresse, desde logo, o valor dos pedidos, incumbirá ao autor ingressar

com pedido de tutela de urgência de natureza cautelar (CPC, art. 301) ou com ação de produçãoantecipada de prova (CPC, art. 381), fundando-se no art. 324, §1º, III, do CPC, assim redigido: “§1º.É lícito, porém, formular pedido genérico: I – (...) III – quando a determinação do objeto ou do valorda condenação depender de ato a ser praticado pelo réu”. Apresentados os documentosnecessários, os pedidos deverão ser liquidados antes de serem postos na inicial;

b) para que o valor seja fixado após a apresentação da defesa, o autor deverá suscitar o incidente deexibição de documentos, regulado pelos artigos 396 a 404, do CPC; exibidos os documentos, o Juizconcederá prazo para que o autor emende a petição inicial no prazo de 15 dias, indicando valor dospedidos formulados (CPC, art. 301, caput) sob pena de indeferimento da petição inicial (ibidem,parágrafo único)” (Manoel Antonio Teixeira Filho).

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Pedidos Líquidos – Singespa (Rejeitados)

1) Em face do disposto nos artigos 840, §1º, da CLT e 291 do CPC, este último aplicável subsidiariamenteao processo do trabalho, a todo pedido deve-se atribuir um valor específico, exceto quando se tratar deobrigação de fazer sem proveito econômico direto.

2) A condenação não poderá ultrapassar o valor atribuído aos pedidos, salvo por acréscimo de juros ecorreção monetária, sob pena de julgamento extra petita e comprometimento do tratamento isonômicodas partes, em virtude da previsão de honorários advocatícios na sucumbência reciproca.

3) PETIÇÃO INICIAL. VALOR DOS PEDIDOS. ART. 840 DA CLT. Não há exigência no art. 840 da CLT deliquidação de pedidos, mas mera atribuição de valor, sendo que, no Processo do Trabalho, o valor dospedidos (artigos 840, §1º e 852-B, I, da CLT) é meramente estimativo, servindo apenas para fixar oprocedimento e facilitar a conciliação, considerando que os princípios da simplicidade e informalidadeque regem o Processo do Trabalho. Aplicável a Tese Prevalecente 16 deste C. Tribunal.

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Pedidos Líquidos

TESE JURÍDICA PREVALECENTE N. 16 – TRT 3a Região

RITO SUMARÍSSIMO. VALOR CORRESPONDENTE AOS PEDIDOS, INDICADO NA PETIÇÃOINICIAL (ART. 852-B, DA CLT). INEXISTÊNCIA DE LIMITAÇÃO, NA LIQUIDAÇÃO, A ESTEVALOR.No procedimento sumaríssimo, os valores indicados na petição inicial, conformeexigência do art. 852-B, I, da CLT, configuram estimativa para fins de definição do ritoprocessual a ser seguido e não um limite para apuração das importâncias das parcelasobjeto de condenação, em liquidação de sentença. (RA 207/2017, disponibilização:DEJT/TRT3/Cad. Jud. 21, 22 e 25/09/2017).

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Pedidos Líquidos - TST

“O valor atribuído pelo reclamante, no caso dos autos, representou mera estimativa,simplesmente para a fixação de alçada (artigo 852-B, I, da CLT), não servindo comolimite ao valor efetivamente auferido, após regular procedimento de liquidação desentença. Ao deixar de limitar a condenação aos respectivos valores indicados nareclamação trabalhista, o juiz de primeiro grau não violou o princípio da congruência.”(TST – 1ª Turma – RR 011064-23.2014.5.03.0029 – DEJT 23.06.2017)

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Pedidos Líquidos (Sumaríssimo) – Teixeira Filho

“E, venia concessa, entendo que as soluções adequadas para o caso de o reclamantereduzir o real valor dos pedidos não é limitar a apuração ao montante indicado, massim a impugnação ao valor da causa, pelo reclamado (aplicação subsidiária do art. 293do CPC), havendo, ainda, abalizada doutrina no sentido de que o juiz, de ofício, poderevisar tal valor:É em situações como essas que entendemos deva o juiz interferir ex officio, paraadequar o valor da causa ao do pedido. Entender que ele devesse permanecer inerte,nesses casos, seria constrangê-lo a ver a parte afrontar, impune e em proveito próprio,o conteúdo ético do processo; seria, por outro lado, permitir que ela se beneficiasse daprópria torpeza, em nome de uma ontológica imobilidade do juiz. A interveniência domagistrado, sponte propria, nessa hipótese, não se destina, como se possa imaginar, apromover quixotesca defesa dos interesses do réu, senão que a preservar aincolumidade do conteúdo ético do processo, a que há pouco nos referimos”.

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Pedidos Líquidos (Sumaríssimo) – Teixeira Filho

[...]Pode acontecer, entretanto, de o montante dos pedidos importar, digamos, quantiamuito superior a quarenta salários mínimos (CLT, art. 852-A, caput), mas o autor atribuià causa valor bem inferior a esse limite [...]. Diante disso, poderá o réu impugnar ovalor dado à causa. Mesmo que não o faça, o juiz pode alterar esse valor, ex officio, emnome do conteúdo ético do processo, que inibe a parte de fazer uso de velhacadas ede embustes. (Teixeira Filho, Manoel Antônio; Curso de Direito Processual do Trabalho.vol. II - São Paulo : LTr, 2009, p. 1742/1743).

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Valor da Causa – Lei n. 5.584/70

Art. 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendoacôrdo, o Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução dacausa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se êste fôrindeterminado no pedido.§ 1º Em audiência, ao aduzir razões finais, poderá qualquer das partes,impugnar o valor fixado e, se o Juiz o mantiver, pedir revisão da decisão,no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente do TribunalRegional.

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Liquidação de Pedidos (Schiavi)

“A lei não exige que o pedido esteja devidamente liquidado, comapresentação de cálculos detalhados, mas que indique o valor. De nossaparte, não há necessidade de apresentação de cálculos detalhados, masque o valor seja justificado, ainda que por estimativa. Isso se justifica, poiso empregado, dificilmente, tem documentos para cálculo de horas extras,diferenças salariais, etc.Além disso, muitos cálculos demandam análise da documentação a serapresentada pela própria reclamada.”

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Liquidação de Pedidos (Godinho)“Na verdade, a Lei quer dizer pedidos certos e/ou determinados; porémexige que, em qualquer hipótese, haja uma estimativa preliminar do valordos pedidos exordiais. É que o pedido pode não ser exatamente certo,mas, sim, determinado ou determinável. O importante é que, pelo menos,seja determinado ou determinável, repita-se, e que conte, ademais, napetição inicial, com a estimativa de seu valor. O somatório dessesmontantes é que corresponderá ao valor da causa, em princípio. Nessequadro, os pedidos têm de ser individualizados na petição inicial, além demerecerem a atribuição, ao cabo de sua indicação, da estimativa de seuvalor monetário respectivo.” (Mauricio Godinho Delgado e Gabriela NevesDelgado).

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Resolução 185/2017 do CSJTArt. 47. Os TRTs promoverão investimentos para a formação eaperfeiçoamento dos usuários, inclusive pessoas com deficiência, com oobjetivo de prepará-los para o aproveitamento adequado do PJe.(...)§ 4º Os TRTs ficam autorizados a firmar parcerias com as EscolasSuperiores de Advocacia (ESA) da secção respectiva e ProcuradoriasRegionais do Trabalho (PRTs), para a capacitação dos usuários externos.§ 5º Independente da pactuação de parceria a que se refere o § 4º desteartigo, os TRTs promoverão a capacitação dos advogados na usabilidadedo Sistema “PJe Calc Cidadão”, fomentando a distribuição de ações eapresentação de defesa, independente do rito, sempre acompanhadas darespectiva planilha de cálculos.

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Liquidação de Pedidos (Tem que liquidar):

“A reforma torna um pouco mais rigorosa a elaboração dos pedidos da petição inicial trabalhista,passando a exigir, além de pedidos certos e determinados, que todos os pleitos referentes a obrigaçõesde pagar sejam liquidados, ou seja, que haja a especificação do valor de cada um deles (quantumdebeatur). A nova exigência quanto à indicação do valor de cada pedido efetuado na inicial possibilitarámaior compreensão da extensão da lide pelo magistrado sentenciante e, por conseguinte, caso haja aprolação de sentenças líquidas com base nos valores atribuídos na petição inicial, poderá haver aredução substancial dos incidentes relacionados à fase de execução de sentença, com a obtenção deceleridade e de maior efetividade do processo do trabalho quanto à satisfação do crédito alimentar dotrabalhador. “ (Marcelo Palma de Brito: 2017)

“Mesmo antes da vigência da Lei da Reforma Trabalhista, o Judiciário – inclusive outros ramos que não olaboral – vem optando pelo peticionamento inicial com o indicação do valor de cada pedido. (...) mesmoperante aparentes dificuldades na liquidação dos pleitos, é importante que a norma do art. 840, § 1º,CLT, seja cumprida em sua máxima eficácia, ou seja, que a petição inicial sempre venha acompanhadade planilha de cálculos.” (Maximiliano Carvalho: 2018)

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Justificativas legislativas(Relatório Dep. Rogério Marinho)

“A exigência de que o pedido seja feito de forma precisa e com conteúdo explícito é regra essencial paragarantia da boa-fé processual, pois permite que todos os envolvidos na lide tenhampleno conhecimento do que está sendo proposto, além de contribuir para a celeridadeprocessual com a prévia liquidação dos pedidos na fase de execução judicial, evitando-se novas discussões e, consequentemente, atrasos para que o reclamante receba ocrédito que lhe é devido. Vale ressaltar que o tratamento dado à matéria nesse artigoé o mesmo já estabelecido no CPC.”

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Diálogo das Fontes – Código de Processo Civil

Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenhaconteúdo econômico imediatamente aferível.Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção eserá:I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida doprincipal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver,até a data de propositura da ação;Art. 319. A petição inicial indicará: (...) IV - o pedido com as suasespecificações; V - o valor da causa;Art. 322. O pedido deve ser certo.Art. 324. O pedido deve ser determinado.

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Código de Processo CivilExceções:- Pedidos implícitos:Art. 322. O pedido deve ser certo.§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas desucumbência, inclusive os honorários advocatícios.

- Pedidos genéricosArt. 324. O pedido deve ser determinado.§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva serpraticado pelo réu.

- Pedidos ilíquidosArt. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.

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Pedidos implícitos

- Juros e correção monetária (após o ajuizamento da ação – art. 292, I x322, §1º do CPC);

- Despesas processuais e honorários advocatícios (art. 322, §1º do CPC eSúmula n. 256 do STF);

- Prestações vincendas (art. 323 do CPC);- Multa do art. 467 da CLT (implícito ou genérico?)- Conversão de reintegração em indenização (art. 496 do CPC);

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Pedidos genéricos (hipóteses):

- Indenização por danos morais (Súmula n. 326 do STJ);- Adicional de insalubridade e/ou periculosidade;- Doença ocupacional/acidente de trabalho;- Rescisão indireta em que o empregado continua trabalhando;- Reintegração ou indenização substitutiva;

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Terceira Turma do STJ confirma possibilidade de pedido genérico de dano moral e material

Na impossibilidade de se especificar o valor em ações indenizatórias por dano moral oumaterial, é possível a formulação de pedido genérico de ressarcimento na petição inicial doprocesso, com atribuição de valor simbólico à causa. Todavia, ainda que seja genérico, opedido deve conter especificações mínimas que permitam ao réu identificar corretamente apretensão do requerente, garantindo ao requerido seu direito de defesa.

Com base nesse entendimento, a Terceira Turma acolheu parcialmente o pedido de umrecorrente para, apesar do reconhecimento da possibilidade de indicação de dano genérico,determinar que seja feita emenda à petição inicial para especificar o alegado prejuízopatrimonial, com indicação de elementos capazes de quantificá-lo quando possível.

“Privilegiam-se, nesse caso, os princípios da economicidade e celeridade, uma vez que não érazoável impor ao autor que, antes do ajuizamento da ação, custeie a produção de umaperícia técnica com vistas à apuração do dano material e indicação exata do valor de suapretensão – isso se tiver acesso a todos os dados necessários”, afirmou a relatora do recursoespecial, ministra Nancy Andrighi.

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Nesses casos, ausentes critérios legais de mensuração, caberá ao juiz o arbitramento do valor a serindenizado. Posteriormente, o valor estimado poderá ser adequado ao montante fixado na sentença ou nafase de liquidação.

Quantificação

Em processo de indenização ajuizado por supostas cobranças bancárias indevidas, o juiz determinou aemenda da petição inicial para que o autor quantificasse os pedidos indenizatórios. A decisão foi mantidapelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que considerou haver possibilidade de prejuízo à defesa do réuno caso da autorização de pedido genérico.

A ministra lembrou que, de fato, o sistema processual civil estabelece como regra geral o pedido certo edeterminado. Todavia, em determinadas situações, o legislador previu a possibilidade de formulação depedido genérico, como aquelas previstas no artigo 324, parágrafo 1º, do Código de Processo Civil de 2015.

“Ressalte-se que essa faculdade atribuída ao autor, de formular pedido genérico de compensação por danomoral, não importa em ofensa ao princípio do contraditório e da ampla defesa, na medida em que o réu,além de se insurgir contra a caracterização da lesão extrapatrimonial, poderá pugnar ao juiz pela fixação doquantum indenizatório em patamar que considere adequado”, concluiu a relatora.

Processo: REsp 1534559

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Aditamento, emenda e indeferimento

O §3º do artigo 840 da CLT não permite a aplicação subsidiária do artigo321 do CPC, devendo o juiz extinguir o processo, sem resolução do mérito,em relação aos pedidos ilíquidos, preferencialmente em sentença.

Muito cuidado!!!

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Descumprimento dos Requisitos do art. 840, §1º da CLTConsequências:

- Reforma Trabalhista: Art. 840, § 3º: “Os pedidos que não atendam ao dispostono § 1o deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito”.

- Aplicável ao Processo do Trabalho o disposto no art. 321, do CPC/15????

Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dosarts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar ojulgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, aemende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido oucompletado.

- Muito cuidado!!! – Risco de interpretações e entendimentos divergentes

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Descumprimento dos Requisitos do art. 840, §1º da CLTConsequências:

"Os pedidos que não atendam a este e aos outros requisitos impostos no § 1º doart. 840 da CLT podem ser extintos sem resolução do mérito. Ao que parece, aextinção ocorrerá sem a necessária concessão do prazo para emenda, o quecontraria a regra contida no art. 321 do CPC, que determina a concessão do prazode 15 dias para emenda, medida que prestigia o princípio da colaboração. Amedida também dificulta o ius postulandi, pois a parte que porventura estiverdesacompanha de advogado dificilmente conseguirá liquidar o pedido. Com isso, oprocesso do trabalho perde parte da sua simplicidade". Vólia Bomfim Cassar.

Reforma Trabalhista

Descumprimento dos Requisitos do art. 840, §1º da CLTConsequências:

Súmula n. 263, TST: Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 doCPC de 1973), o indeferimento da petição inicial, por encontrar-sedesacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou nãopreencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir airregularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve sercorrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015).

Entendimento anterior à Reforma Trabalhista!

Reforma Trabalhista

Descumprimento dos Requisitos do art. 840, §1º da CLTConsequências:

"Ausentes, contudo, os requisitos explicitados no § 1º do art. 840 da CLT, em sua nova redação, ojuiz deverá conferir ao autor prazo de 15 dias para a 338 correção da petição inicial, ao invés de,simplesmente, de imediato, extinguir o processo (ou os pedidos, se a falha for apenas parcial), semresolução do mérito. É que deflui da regra inserta no art. 321 do CPC-2015, harmônica, a propósito,ao fixado nos arts. 42, 62 e 317 do mesmo diploma processual geral.Enfatize-se, a esse respeito, que a jurisprudência trabalhista já pacificou ser a regra do art. 321 doCPC plenamente aplicável ao processo do trabalho (Súmula 263 do TST).Note-se que, no procedimento sumaríssimo, existe cominação expressa quanto à extinçãoautomática do processo sem resolução do mérito (art. 852-H, I e § 12, CLT: ‘O não atendimento,pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento dareclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa’).Porém, não existe essa cominação expressa no corpo do art. 840 da CLT, razão pela qual há deprevalecer a regra geral do CPC, sufragada pela jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.Observe-se que não se pode realizar analogia com preceito restritivo e que contenha gravecominação” (Ministro Maurício Godinho Delgado).

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Entendimento desfavorável ao aditamento:

EMENTA: PETIÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO - A Súmula 263 do c. TST, em sua novaredação, após a vigência do CPC/2015, dispõe que: "salvo nas hipóteses do art. 330do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferimento da petição inicial, porencontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da açãoou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada parasuprir a irregularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do quedeve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015)".Na hipótese em apreço, tratava-se de inépcia da inicial nos moldes do art. 330 donovo CPC, não tendo ocorrido decisão surpresa a implicar ofensa ao art. 10 donovo CPC. Inteligência do art. 4º, §2º, da IN-39/2016 do c. TST.(TRT da 3.ª Região; Processo: 0001655-55.2012.5.03.0138 RO; Data de Publicação:28/08/2017; Órgão Julgador: Sexta Turma; Relator: Convocado Marcelo FurtadoVidal; Revisor: Rogerio Valle Ferreira)

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Entendimento favorável ao aditamento:

INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. Verificada a inépcia da petição inicial, o Julgador,antes de extinguir o feito, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485 doCPC/2015, deve determinar que a parte emende a inicial para sanar os víciosapontados, nos termos do art. 321 do CPC/2015. Apenas se o Autor não atender aesta determinação é que o processo deve ser extinto, sem resolução do mérito, porinépcia. (arts. 330, I, e 485, I, do CPC/2015).(TRT da 3.ª Região; PJe: 0011115-19.2015.5.03.0152 (RO); Disponibilização:20/02/2017; Órgão Julgador: Oitava Turma; Redator: Convocado Antonio CarlosR.Filho)

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Cautelar Exibição de Documentos – STJ – Tema 648

PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART.543-C DO CPC. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS EM CADERNETA DE POUPANÇA.EXIBIÇÃO DE EXTRATOS BANCÁRIOS. AÇÃO CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DEDOCUMENTOS. INTERESSE DE AGIR. PEDIDO PRÉVIO À INSTITUIÇÃO FINANCEIRAE PAGAMENTO DO CUSTO DO SERVIÇO. NECESSIDADE.1. Para efeitos do art. 543-C do CPC, firma-se a seguinte tese:A propositura de ação cautelar de exibição de documentos bancários (cópias esegunda via de documentos) é cabível como medida preparatória a fim de instruira ação principal, bastando a demonstração da existência de relação jurídica entreas partes, a comprovação de prévio pedido à instituição financeira não atendidoem prazo razoável, e o pagamento do custo do serviço conforme previsãocontratual e normatização da autoridade monetária.2. No caso concreto, recurso especial provido.

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Informativo nº 0519 Período: 28 de maio de 2013. TERCEIRA TURMA

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DE CUSTAS EHONORÁRIOS DE AÇÃO EXIBITÓRIA DE DOCUMENTOS COMUNS ENTRE AS PARTES.Incumbe ao autor de ação exibitória de documentos comuns entre as partes opagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios na hipótese emque ele não tenha requerido, em momento anterior à propositura da ação, aapresentação dos documentos no âmbito extrajudicial, e o réu não tenha oferecidoresistência à pretensão, tendo apresentado, logo após a citação, os documentossolicitados pelo autor. Em observância ao princípio da causalidade, aquele quedeu causa à propositura da ação de exibição de documentos deve arcar com opagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios. Nessecontexto, não tendo o autor buscado previamente a exibição dos documentos navia administrativa, foi ele próprio quem deu causa à propositura da demanda,devendo, pois, arcar com os ônus decorrentes. REsp 1.232.157-RS, Rel. Min. Paulode Tarso Sanseverino, julgado em 19/3/2013.

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Informativo nº 0194 Período: 1º a 5 de dezembro de 2003. TERCEIRA TURMA

RECUSA. HOSPITAL. ACESSO. PRONTUÁRIO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.Vítima de acidente de trânsito, após superada a convalescença - em que ficou no hospitaldesacordada e desassistida por seus familiares - procurou obter acesso aos prontuários, registrosmédicos, diagnósticos e esclarecimentos sobre os tratamentos, visto que passou a experimentarproblemas de saúde por patologia contraída nas dependências daquela instituição, que culminouinclusive em sua aposentadoria. O hospital recusou, até quando notificado extrajudicialmente,qualquer acesso à documentação, alegando vedação do Código de Ética Médica. Então a recorrentepropôs ação de exibição dos documentos e, em juízo, o hospital apresentou a documentação, mas ojuiz deixou de condená-lo no pagamento das verbas de sucumbência, ao argumento de que opedido foi atendido sem resistência. Esse entendimento foi confirmado pelo Tribunal a quo. ATurma proveu o recurso para condenar o hospital ao pagamento das despesas processuais ehonorários advocatícios, explicitando que os artigos citados do Código de Ética Médica nãoamparam a negativa ao acesso dos documentos requeridos, tratam apenas do sigilo médicocontra terceiros. Sendo assim, o hospital deu ensejo à propositura da ação e, pelo princípio dacausalidade, terá de suportar o ônus da sucumbência. REsp 540.048-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi,julgado em 2/12/2003.

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Muito obrigado e sucesso!