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PORTUGUÊS P/ TRIBUNAIS (TEORIA E EXERCÍCIOS - CESPE E FCC) PROFESSOR ALBERT IGLESIA Saudações, prezado aluno! Nesta aula 2, você estudará a regência de alguns nomes e verbos, além de casos de ocorrência (ou não) da crase. Em relação à regência, digo "de alguns nomes e verbos" porque a grande quantidade deles no léxico da nossa Língua não nos permite estudar o assunto em sua inteireza. Ficaremos, então, no estudo da regência de um grupo de nomes e verbos cujo conhecimento não pode faltar a você. REGÊNCIA NOMINAL Regência nominal é a relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivo e seu respectivo complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma preposição. Vejamos três exemplos do que acabei de falar: (1) Os cursos do Ponto têm sido úteis a muitos candidatos. (3) Todos vocês têm capacidade para passar no concurso! E importante você notar que muitos nomes seguem o mesmo regime dos verbos correspondentes. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. 1. (FCC/TRT 7 a Região/Analista Judiciário/2009 - adaptada) Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase: Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1 (2) Por causa dos cursos do Ponto, muitos candidatos estão mais

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Saudações, prezado aluno!

Nesta aula 2, você estudará a regência de alguns nomes e verbos,

além de casos de ocorrência (ou não) da crase. Em relação à regência, digo

"de alguns nomes e verbos" porque a grande quantidade deles no léxico da

nossa Língua não nos permite estudar o assunto em sua inteireza. Ficaremos,

então, no estudo da regência de um grupo de nomes e verbos cujo

conhecimento não pode faltar a você.

REGÊNCIA NOMINAL

Regência nominal é a relação entre um substantivo, adjetivo ou

advérbio transitivo e seu respectivo complemento nominal. Essa relação é

intermediada por uma preposição. Vejamos três exemplos do que acabei de

falar:

(1) Os cursos do Ponto têm sido úteis a muitos candidatos.

(3) Todos vocês têm capacidade para passar no concurso!

E importante você notar que muitos nomes seguem o mesmo

regime dos verbos correspondentes. Conhecer o regime de um verbo significa,

nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos.

1. (FCC/TRT 7a Região/Analista Judiciário/2009 - adaptada) Está correto o

emprego do elemento sublinhado na frase:

Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1

(2) Por causa dos cursos do Ponto, muitos candidatos estão mais

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Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente,

poderiam levá-lo a combater a fome do mundo.

Comentário - O pronome relativo "que" substitui o termo antecedente

"impulsos missionários". Esse termo, por sua vez, completa o sentido do nome

transitivo "carente" (carente de quê?). Percebeu a relação entre o nome

carente (de algo) e o verbo carecer (de algo)? Escrita de outra forma, a

oração adjetiva fica assim: "o autor não se mostra carente de impulsos

missionários".

Gabarito - Item certo

2. (FCC/TRT 7a Região/Técnico Judiciário/2009) A busca por explicações para

os diversos matizes da personalidade... (início do texto)

A mesma regência assinalada acima NÃO está caracterizada na

expressão:

a) a influência dos hábitos e do estilo de vida.

b) na formação da personalidade.

c) produto apenas do ambiente.

d) uma reação à série de barbaridades.

e) em vários países da Europa.

Comentário - O sentido do substantivo "busca" é satisfeito com a introdução

de um complemento obrigatoriamente preposicionado ("por explicações").

Procure, dentre as opções, qual alternativa tem um nome que não exige um

complemento preposicionado para encerrar o seu significado.

Alternativa A: o substantivo INFLUÊNCIA exige a preposição DE

(dos hábitos... do estilo).

Alternativa B: o substantivo FORMAÇÃO exige a preposição DE

(da personalidade).

Alternativa C: o substantivo PRODUTO exige a preposição DE

(do ambiente).

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Alternativa D: o substantivo REAÇÃO exige a preposição A (a +

a série = à série).

Alternativa E: o substantivo PAÍSES não exige complemento,

pois possui sentido completo, o termo "da Europa" é seu adjunto nominal.

Portanto aqui está a resposta procurada.

Gabarito - E

Abaixo está uma relação de nomes e suas regências que merecem

sua atenção, já que o emprego deles é frequente em concursos:

Acessível a

Acostumado a ou

com

Alheio a

Alusão a

Ansioso por

Atenção a ou para

Atento a ou em

Benéfico a

Compatível com

Cuidadoso com

Desacostumado a ou

com

Desatento a

Desfavorável a

Desrespeito a

Estranho a

Favorável a

Fiel a

Grato a

Hábil em

Habituado a

Indeciso em

Invasão de

Junto a ou de

Leal a

Maior de

Morador em

Natural de

Necessário a

Necessidade de

Nocivo a

Inacessível a Odio a ou contra

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Odioso a ou para Próprio de ou para Sensível a

Posterior a Próximo a ou de Simpatia por

Preferência a ou por Querido de ou por Simpático a

Preferível a Residente em Útil a ou para

Respeito a ou por Versado em

Prejudicial a

Atenção especial deve ser dada aos nomes que regem preposição

A, por possibilitarem a ocorrência de crase. Além disso, a omissão ou o uso

inadequado da preposição trazem prejuízo à frase Há bons dicionários

que nos orientam a utilizar as preposições adequadamente. Um deles é o

Dicionário prático de regência nominal, do professor Celso Pedro Luft. E

importante lê-los.

3. (FCC/TJ-PI/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego do elemento

sublinhado na frase:

a) Os operadores controlam um capital especulativo, em cujos rendimentos

representam uma incógnita.

b) São impulsos eletrônicos, sobre os quais há pouco ou nenhum controle,

que comandam as operações das bolsas.

c) Os operadores das bolsas preferem apostar do que investir dinheiro em

empreendimentos mais produtivos.

d) A idade dos operadores das bolsas sugere o ímpeto de que as operações

de investimento são executadas.

e) Os adeptos da física quântica julgam que o acaso é também um princípio,

do qual o comportamento da matéria não é alheio.

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Comentário - Na alternativa B, o pronome relativo "os quais" substitui o

termo "impulsos eletrônicos", o qual complementa o sentido do nome

transitivo "controle", o que justifica a presença da preposição "sobre": ...há

pouco ou nenhum controle sobre os impulsos eletrônicos (= os quais).

Alternativa A: não há justificativa para o uso da preposição

"em" diante do pronome relativo "cujo" que estabelece uma relação de

posse/dependência entre os termos "capital especulativo" (antecedente) e

"rendimentos" (consequente). Observe: ...rendimentos do capital

especulativo representam uma incógnita.

Alternativa C: por enquanto, aceite que o verbo preferir não

admite elementos de comparação nem de intensificação, como a expressão "do

que" empregada antes do verbo "investir". Esse verbo rege preposição a

(preferir uma coisa a outra): "Os operadores das bolsas preferem apostar a

investir dinheiro...". Eu voltarei a falar sobre esse verbo.

Alternativa D: veja a correção, que requer a troca da

preposição: "...sugere o ímpeto com que as operações de investimento são

executadas".

Alternativa E: fique de olho no segmento "...do qual o

comportamento da matéria não é alheio". O pronome relativo "o qual" é o

complemento do nome "alheio" e substitui o antecedente "princípio". Ocorre

que a regência nominal de "alheio" requer a preposição a e não de, como foi

utilizada: "...ao qual o comportamento da matéria não é alheio".

Gabarito - B

4. (FCC/TRT 4a Região/Analista Judiciário/2009 - adaptada) Está correto o

emprego do elemento sublinhado na frase:

A produção e difusão de imagens constituem operações em que hoje

todos têm fácil acesso.

Comentário - O substantivo "acesso" é transitivo, rege preposição a e não

"em", tem seu significado complementado pelo pronome relativo "que",

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substituto semântico do antecedente "operações" (...hoje todos têm fácil

acesso a operações).

Gabarito - Item errado.

5. (FCC/TRT 3a Região/Analista Judiciário/2009 - adaptada) Está correto o

emprego do elemento sublinhado na frase:

Cláudio realizou várias aproximações de cujos riscos era consciente.

Comentário - O adjetivo "consciente" requer um complemento regido pela

preposição "de" (consciente de quê?). Parte desse complemento é retomado

pelo pronome relativo "cujos" (riscos de aproximações). Isso justifica a

preposição diante dele: "[Cláudio] era consciente dos riscos de aproximações".

Gabarito - Item certo.

(...) Omite-se, propositadamente,

7 que o mais longo período da história da vida humana foi

orientado pela cooperação e solidariedade, valores

fundamentais para a sobrevivência da espécie. (...)

Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet:

<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações).

6. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do

texto seriam mantidas ao se substituir "fundamentais para a

sobrevivência" (l.9) por fundamentais a sobrevivência.

Comentário - O emprego da preposição a (no lugar de "para") para reger o

complemento do adjetivo "fundamentais" deve fazer surgir a crase, pois ela se

aglutina com o artigo "a" que determina o substantivo "sobrevivência":

"fundamentais à sobrevivência".

Gabarito - Item errado.

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(...)

Então, o estudo classifica essa drástica redução na

43 intensidade das emissões de gás carbônico relacionadas às

atividades econômicas de "sem precedente e, provavelmente,

impossível", reforçando a defesa da estagnação econômica.

(...)

Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital,

26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).

7. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 45, o termo "da" pode ser

trocado por à, o que, embora altere a regência do nome, mantém seu

sentido no texto.

Comentário - A preposição "de", que se contraiu com o artigo definido

feminino "a", decorre da regência do substantivo abstrato "defesa" (esse é um

caso de regência nominal). A troca da preposição original por a não causa

prejuízos ao texto (permanece a ideia de que a estagnação econômica é

defendida) e faz surgir a crase, que deve ser indicada pelo acento grave ("):

"defesa a a estagnação" = "defesa à estagnação"

Lemos em Cegalla (2008:487), por exemplo, que:

"Certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma

regência. A escolha desta ou daquela preposição deve, no

entanto, obedecer às exigências da clareza e da eufonia e

adequar-se aos diferentes matizes do pensamento."

O que podemos entender quando o pesquisador diz "admitem

mais de uma regência" e logo em seguida menciona "A escolha desta ou

daquela preposição"? Devemos entender que mudança de preposição tem a

ver com mudança de regência.

Gabarito - Item certo.

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(...)

legislar, de julgar e de impor o cumprimento da lei. Foi muito

além de seus antecessores e rejeitou, na construção da imagem

25 do homem natural, todas as determinações atribuíveis à v/ida

social, incluída a capacidade intelectual necessária para

conceber as normas adequadas à vida coletiva.

Rolf Kuntz. Um clássico sobre Rousseau.

In: Jornal de Resenhas, n.° 10 (com adaptações).

8. (Cespe/CNPQ/Analista em Ciência e Tecnologia Júnior/2011) O emprego

do sinal indicativo de crase em "à vida social" (L.25-26) e "à vida coletiva"

(L.27) é exigido por "atribuíveis" (L.25), no primeiro caso, e por

"adequadas" (L.27), no segundo, e pela presença do artigo feminino, que,

nos dois casos, restringe o substantivo "vida".

Comentário - Repare que, realmente, os dois adjetivos exigem a preposição

"a" (atribuíveis a quê?; adequadas a quê?) para regerem seus respectivos

complementos: "a vida social" e "a vida coletiva". Como esses complementos

se fazem acompanhar pelo artigo definido "a" (que pelo próprio nome já

transmite a ideia de determinação, restrição), as condições para o surgimento

da crase estão todas satisfeitas.

Gabarito - Item certo.

A seleção de uma ou outra preposição para acompanhar o nome

regente parece não ter critérios bem definidos. Em consulta feita ao Dicionário

de regimes substantivos e adjetivos1, de Francisco Fernandes, observam-se,

por exemplo, variadas construções possíveis para satisfazer a regência do

substantivo d/f/culdade(s), entre elas estão:

(4) "Com pouco mais estaria o Dr. Luís em dificuldades com

fornecedores."

1 FERNANDES, Francisco, 1980, Dicionário de regimes substantivos e adjetivos, Porto Alegre, Editora Globo. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 8

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(5) "O ar carbonifica-se duma espessura ácida, que pelas

dificuldades de o respirar propende à sonolência."

(6) "Eu não tive dificuldade em mostrar que Felisbelo procurava

apenas uma achega."

(7) "Nunca encontrou dificuldade na realização de seus

projetos."

Observa-se aqui apenas a obrigatoriedade de se contrair a

preposição em com o artigo correspondente ao substantivo com o qual forma

um constituinte. Isso é o que ocorre em (7).

Há bons dicionários que nos orientam a utilizar as preposições

adequadamente. Um deles é o Dicionário prático de regência nominal, do

professor Celso Pedro Luft. E é importante lê-los. A omissão ou o uso

inadequado da preposição trazem prejuízo à frase.

Verifique a partir de agora outras questões de provas anteriores.

1 A Câmara dos Deputados brasileira aprovou, por

265 votos favoráveis e 61 contrários, a adesão da Venezuela

ao MERCOSUL, bloco regional formado por Brasil,

4 Argentina, Paraguai e Uruguai.

O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006,

ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor.

7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria

Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL.

Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o

10 acordo. Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa

Nacional mostram que a entrada do país resultará em um

bloco com mais de 250 milhões de habiantes, área de

13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão

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(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e

comércio global superior a US$ 300 bilhões.

(...)

Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo, 18/12/2008.

9. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) O emprego de preposição em "ao

MERCOSUL" (l.3) justifica-se pela regência de "contrários" (l.2), que exige

preposição a.

Comentário - Na verdade, a preposição a é exigida pela regência do nome

"adesão" (adesão de quem a quê?): "a adesão da Venezuela ao MERCOSUL".

Gabarito - Item errado.

10. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Nas duas ocorrências de "superior a"

(l.13 e 15), "a" funciona como artigo definido.

Comentário - O vocábulo "a" é preposição exigida pelo nome "superior"

(superior a quê?), que é seguido por complemento: "superior a U$ 1 trilhão" e

"superior a US$ 300 bilhões".

Gabarito - Item errado.

11. (Cespe/Sedu-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) "o relacionamento

do ser humano com o meio onde vive e ao qual está diretamente

relacionado". O emprego da preposição a em "ao qual está diretamente

relacionado" é exigido pela regência de "relacionado".

Comentário - Este é mais um caso de regência nominal. O adjetivo

"relacionado", que tem seu significado complementado pelo pronome relativo

"o qual" (representante do substantivo "meio") exige a preposição "a"

(relacionada a quê?) para reger seu complemento.

Gabarito - Item certo.

Como você está indo até agora? Caso não tenha entendido alguma

explicação, sugiro que volte a ela imediatamente. Não prossiga sem que as

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dúvidas tenham sido esclarecidas. Ao entrarmos no tópico sobre regência

verbal (faremos isso nas próximas linhas), é recomendável que você esteja

seguro em relação ao que acabamos de estudar. Outras informações serão

acrescentadas. Não deixe que as dúvidas se acumulem.

REGÊNCIA VERBAL

Comecemos este tópico trazendo à memória conceitos de

transitividade verbal. Você se lembra disso? Não é nenhum "bicho de sete

cabeças"! Quer ver? Enfatizarei uma explicação já apresentada aqui no Ponto

por mim mesmo. Eu a desenvolvi a partir da análise de uma questão que

apareceu na prova do último concurso público de admissão à carreira de

diplomata do Instituto Rio Branco (IRBr), em 8/3/2009.

O que é o que é?

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Se recebo um presente dado com carinho por pessoa

de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma

pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da

gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar

ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma

desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se

chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar:

como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria

pergunta. Qual é o nome? e é este o nome.

Clarice Lispector. A descoberta do mundo.

Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.

12. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) No título do texto, as duas ocorrências da

forma verbal "é" são sintaticamente equivalentes.

Comentário - Não é possível responder à questão sem antes perceber que a

distinção entre as duas ocorrências da forma verbal "é" leva em conta esse

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Em (9), a preposição "A" é empregada simplesmente por motivo

de ênfase, e não pela exigência da transitividade do verbo. Nesse caso, o

complemento vem preposicionado; contudo permanece como objeto direto.

b) transitivos indiretos: seus complementos (objetos indiretos)

são necessariamente introduzidos por uma preposição, exceto quando

empregado um pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe);

tópico da nossa Língua: transitividade verbal. Na verdade, a questão requer

noções semântico-sintáticas, e não apenas sintáticas.

Verbos cujos complementos (objetos diretos ou objetos

indiretos) lhes integram os sentidos são classificados como transitivos.

Estão divididos em:

a) transitivos diretos: seus complementos (objetos diretos) não

são introduzidos obrigatoriamente por preposição;

o assunto.

c) transitivos diretos e indiretos: reúnem, ao mesmo tempo,

objetos diretos e indiretos;

Há também verbos considerados de sentidos completos, por não

exigirem complementos que lhes integrem os significados. São conhecidos

como intransitivos.

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(13) Infelizmente, a vítima do acidente morreu. VI

Todos esses verbos são considerados nocionais (possuem valor

semântico, denotam acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade

mental).

Existe ainda uma categoria de verbos que precisa ser mencionada

aqui. É a dos verbos de ligação, também considerados não nocionais ou

copulativos. Esses verbos, de significados indefinidos (ou predicações

incompletas), unem (ligam, servem de "ponte") o sujeito da oração a seu

predicativo (função esta desempenhada por adjetivos, substantivos ou

pronomes).

(14) Maria é feliz. Suj. VL Pred.

Verbos de ligação denotam situação permanente, situação

transitória, mudança de situação.

(15) João é estudioso. (situação permanente)

(16) João está cansado. (situação transitória)

(17) João ficou alegre. (mudança de situação)

Estaria tudo muito bom se as coisas fossem tão certinhas assim,

não é mesmo? O fato é que a classificação de um verbo em transitivo direto,

transitivo indireto, transitivo direto e indireto, intransitivo ou de

ligação dependerá das relações semântico-sintáticas entre os termos da

oração.

(18) João anda cansado.

(19) João anda depressa.

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Em (18), o verbo ("anda") denota o estado de "João" no momento

da fala e liga o sujeito da oração ("João") ao seu predicativo ("cansado"). É,

pois, verbo de ligação (copulativo, não nocional).

Em (19), o mesmo verbo agora indica a ação exercida pelo sujeito.

É, pois, verbo nocional. Notem que o vocábulo "depressa" não integra o

significado do verbo, mas indica a circunstância (de modo) em que a ação é

desenvolvida.

Creio que agora podemos responder à questão da prova do IRBr.

Perceba, preliminarmente, que o título do texto é composto por duas orações:

(20) O que é o...

(21) ...que é?

Notoriamente, trata-se de um período composto por subordinação.

A primeira oração é a principal; a segunda, subordinada. Esta - repare bem -

é introduzida pelo pronome relativo "que". Portanto, é uma oração subordinada

adjetiva.

O verbo da primeira oração ("é") liga o predicativo "o" (pronome

demonstrativo substantivo) ao sujeito "que". Em uma análise semântico-

-sintática, portanto, ele ocorre como verbo de ligação, copulativo, não

nocional. O mesmo verbo, na segunda oração, não faz esse tipo de "ponte".

Ressalte-se que nela nem existe adjetivo, substantivo ou pronome substantivo

desempenhando a função de predicativo do sujeito. Em (21), o verbo é tomado

como intransitivo, nocional.

Gabarito - item errado.

Uma vez entendido o porquê da classificação de um verbo em

transitivo (direto; indireto; direto e indireto), intransitivo ou de ligação, já

estamos aptos a tratar especificamente da regência de alguns verbos. Diga-se

ainda que "a regência verbal pretende estabelecer os diversos regimes com

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que um verbo pode ser empregado", como nos ensina o eminente professor

Décio Sena.

13. (FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/2010) ... a sua capacidade de encarnar

valores e princípios...

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado

acima é:

a) Mas ela contribui para a formação da própria essência da democracia ...

b) Afinal, a democracia repousa sobre a ficção ...

c) O consentimento de todos seria a única garantia indiscutível ...

d) ... mais as sociedades produzem conflitos ...

e) ... e necessitam de lideranças ...

Comentário - O verbo "encarnar" teve seu sentido complementado por um

termo ("valores e princípios") sem preposição. É, pois, verbo transitivo direto

(VTD).

Observe que os verbos "contribui" (contribui para quê?),

"repousa" (repousa sobre o quê?) e "necessitam" (necessitam de quê?)

reclamam complementos regidos por preposição. Eles são transitivos indiretos.

Na alternativa C, o verbo "seria" funciona como o elo entre o

sujeito ("o consentimento de todos") e o seu predicativo ("garantia"). É, pois,

um verbo de ligação.

Gabarito - D

14. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2010) ... a Amazônia representa mais da

metade do território brasileiro ... (2° parágrafo).

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo

grifado acima é:

a) Essa visão mudou bastante nas últimas duas décadas...

b) O vapor de água (...) responde por 60% das chuvas... Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 15

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c) ... que caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

d) ... pois o destino da região depende muito mais de seus habitantes.

e) ... porque terão orgulho de sua riqueza natural, única no mundo.

Comentário - Estamos diante de outro verbo cujo sentido é complementado

por um termo sem preposição: "mais da metade do território brasileiro".

Portanto o verbo representar também é um VTD.

A mesma regência é notada no emprego do verbo ter na

alternativa E (ter o quê?). O termo "orgulho de sua riqueza natural" é seu

objeto direto.

Nas alternativas A e C, notamos verbos intransitivos

("mudou" e "caem"). Nas alternativas B e D, há verbos transitivos indiretos

("responder por" e "depende (...) de").

Gabarito - E

15. (FCC/TRF 4a Região/Analista Judiciário/2010) Houve muitas discussões

sobre medidas para se minimizar o aquecimento global, já que todos

consideram o aquecimento global uma questão crucial para a

humanidade, embora poucos tomem medidas concretas para reduzir o

aquecimento global, não havendo sequer consenso quanto às verbas

necessárias para mitigar os efeitos do aquecimento global.

Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os

elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) consideram-lhe - o reduzir - mitigar-lhe seus efeitos

b) lhe consideram - reduzi-lo - mitigá-los aos efeitos

c) o consideram - reduzi-lo - mitigar-lhe os efeitos

d) consideram-no - reduzir-lhe - mitigar-lhes os efeitos

e) o consideram - reduzir-lhe - mitigar-lhe os efeitos

Comentário - A "chave" para resolver esta questão é saber qual a regência

dos verbos envolvidos. Como transitivos diretos, as formas verbais

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"consideram" e "reduzir" reclamam objeto direto, função que é desempenhada

pelo termo "o aquecimento global". Quando completam verbos, os pronomes

oblíquos o(s) e a(s) funcionam como objetos diretos; já o pronome lhe(s)

funciona como objeto indireto. Perceba que somente na alternativa C os

sentidos desses verbos são complementados pelo pronome oblíquo adequado:

"o". Registre-se que, quando um verbo termina por -R, -S ou -Z (como o

verbo "reduzir", por exemplo), a consoante final desaparece e os pronomes

oblíquos o(s) e a(s) recebem a letra l ("reduzi-lo").

Tenha cuidado com o complemento do verbo "mitigar",

também transitivo direto (mitigar algo). O pronome oblíquo "lhe" que se liga a

ele por meio do hífen funciona sintaticamente como adjunto adnominal do

termo "os efeitos". Semanticamente, equivale à expressão "do aquecimento

global" e denota ideia de posse, como no exemplo a seguir: Cortou-me os

cabelos = Cortou meus cabelos.

Gabarito - C

16. (FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/2010) ... encarregadas de fazer com que

as rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas

com certa eficiência e autonomia. (final do texto)

A expressão grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

a) Muitos políticos duvidavam fosse possível chegar a um consenso

naquela questão.

b) A prática política os idealistas sonhavam mostrou-se ineficaz diante

de tantos conflitos.

c) O regime democrático, são respeitadas as liberdades individuais, foi

finalmente restabelecido naquele país.

d) Esperava-se apenas a publicação oficial das normas se marcasse a

data das eleições.

e) Nem sempre, em um regime democrático, são tomadas as decisões a

maioria espera.

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Comentário - Analise com cuidado a segunda alternativa. Nela há uma

oração principal ("A prática política mostrou-se ineficaz diante de tantos

conflitos") e uma subordinada adjetiva restritiva ("...os idealista sonhavam").

Agora me responda: os idealistas sonhavam com quê? Eles sonhavam com a

prática política, termo que deve ser retomado pelo pronome relativo que e

regido pela proposição com. Observe: "A prática política com que os

idealistas sonhavam mostrou-se ineficaz diante de tantos conflitos".

As outras opções devem ser assim preenchidas:

A: "...de que...";

C: "...em que...";

D: "...para que...";

E: "...que...".

Gabarito - B

17. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2010) O funcionário o chefe se dirigiu

era a pessoa todos confiavam.

a) para quem - em que

b) em que - com quem

c) por quem - de que

d) a quem - em quem

e) de quem - a quem

Comentário - Aos poucos você vai percebendo que a FCC gosta de explorar

casos de regência que envolvem o emprego de pronomes relativos.

Responda-me: quem se dirige, dirige-se a quem? Mais uma:

quem confia, confia em quem? Pronto, assim fica fácil perceber que as

preposições adequadas são, respectivamente, a e em.

Gabarito - D

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Page 19: Regencia verbal-nominal-e-crase

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(...) Para crescer mais e de maneira

13 socialmente mais includente, do que o Brasii realmente precisa é

que se desconstrua o mito do gigante adormecido. E, para isso,

carecemos de um discurso que apresente à sociedade os custos

16 reais que precisam ser pagos para promover a prosperidade de

cada indivíduo e do conjunto da nossa sociedade.

Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio

Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações)

18. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A ausência da preposição de antes do

complemento de "precisa" (l.13) indica que essa forma verbal está sendo

usada em função de auxiliar, como em precisar construir.

Comentário - Na verdade, a preposição de existe e o verbo precisar é

principal e não integra nenhuma locução. Repare que ela esta aglutinou-se

("do") com o pronome demonstrativo "o" (= aquilo) que surgiu antes do

pronome relativo "que". Cegalla (2008:513) ensina que a anteposição da

preposição ao pronome demonstrativo tem a vantagem de tornar a frase mais

leve e eufônica. Ele afirma que é opcional repetir a preposição depois do verbo

ser:

"Do que ele menos se lembrava era da_ perfídia que os

inspirou." (Machado de Assis)

Atente agora para as possíveis regências do verbo precisar:

- TRANSITIVO INDIRETO com sentido de ter necessidade,

necessitar:

O país precisa de bons professores. Quem não precisa deles?

Observação: quando acompanhado de infinitivo, a língua

tende a dispensar a preposição:

"Precisavam ser duros, virar tatus." (Graciliano Ramos)

"Precisava ter a cabeça fria." (Machado de Assis)

- TRANSITIVO DIRETO no sentido de indicar com exatidão:

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A testemunha não soube precisar a hora do acidente.

Gabarito - Item errado.

(...) Desde então,

7 vêm se impondo, entre especialistas ou não, a compreensão

sistêmica do ecossistema hidercomplexo em que vivemos e

a necessidade de uma mudança nos comportamentos

10 predatórios e irresponsáveis, individuais e coletivos, a fim de

permitir um desenvolvimento sustentável, capaz de atender

às necessidades do presente, sem comprometer a vida futura

13 sobre a Terra.

Paulo Marchiori Buss. Ética e ambiente.

In: Desafios éticos, p. 70-1 (com adaptações).

19. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo) O emprego do sinal indicativo

de crase em "às necessidades" (l. 12) é obrigatório; a omissão desse sinal

provocaria erro gramatical por desrespeitar as regras de regência

estabelecidas pelo padrão culto da linguagem.

Comentário - A regência aludida é a do verbo "atender" (l. 11). Então, você

precisa conhecer o regime dele para responder corretamente à questão.

ATENDER é trnasitivo direto ou indireto (neste caso, exige preposição A),

indiferentemente. Por exemplo: Atendi o chamado imediatamente. ou Atendi

ao chamado imediatamene. Portanto, ao se empregar a crase na expressão

"às necessidades", esse verbo foi tomado como transitivo indireto. Igualmente

correta estaria a construção "as necessidades" (sem sinal indicativo de crase),

se o mesmo verbo fosse empregado com regência transitiva direta.

Gabarito - Item errado.

Atenção! Seguem o mesmo regime de ATENDER os verbos SATISFAZER e

PRESIDIR. O diretor presidiu a(à) reunião. Satisfarei (a)o teu desejo.

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1 O real não é constituído por coisas. Nossa

experiência direta e imediata da realiade leva-nos a imaginar

que o real é feito d coisas (sejam elas naturais ou humanas),

4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à

nossa percepção e às nossas vivências. (...)

Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).

20. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se as relações de coerência e a

correção gramatical do texto ao se inserir a preposição de logo depois da

forma verbal "imaginar" (l.2), escrevendo-se: (...) imaginar de que o real

(...).

Comentário - Não é difícil perceber que o verbo "imaginar" é transitivo direto

e que, por isso mesmo, seu complemento não vem regido por preposição

(quem imagina, imagina algo). Logo, a preposição "de" não tem vez no

segmento.

Gabarito - Item errado.

1 O poder político é produto de uma convenção, não

da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente

com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de

4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus

direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida,

na liberdade e em outros bens. (...)

Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia,

ciência&vida. Ano III, n.° 27, p. 40-1 (com adaptações).

21. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se a correção gramatical do

texto e a coerência entre os argumentos ao se substituir

"consubstanciados" (l.5) por que consubstanciam.

Comentário - A melhor maneira de perceber o equívoco é reescrever a

passagme como a banca indica: "que consubstanciam na propriedade, na

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vida, na liberdade e em outros bens". Antes, o adjetivo-particípio exigia a

preposição "em" (consubstanciados em quê?). Agora, a forma verbal

consubstanciam (consubstanciam o quê?) possui regência transitiva direta e

dispensa a preposição.

Gabarito - Item errado.

1 Aprendemos a pensar o Brasil como gigante adormecido.

O mito nos diz que o sucesso está garantido pela grandeza dos

nossos recursos naturais, humanos e culturais.

(...)

Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio

Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações).

22. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A omissão da preposição em no

complemento de pensar, como se vê em "pensar o Brasil" (l.1), indica

uma linguagem pouco formal; em texto com mais formalidade seria

usado: pensar no Brasil.

Comentário - Esta foi de lascar! Acostumados a utilizar o verbo pensar como

transitivo indireto (pensar em), muitos candidatos erraram a questão. Portanto

eis aqui uma excelente oportunidade para aprendermos um pouco mais sobre

os regimes desse verbo.

Como verbo INTRNASITIVO, ele se equivale a analisar,

refletir, raciocinar. Exemplo:

Antes de decidir, pense!

Como verbo TRNASITIVO INDIRETO (ocorrência muito

comum entre nós), exige a preposição em para reger seu complemento (objeto

indireto) e significa imaginar, cogitar. Exemplo:

"Quando penso em você, fecho os olhos de saudade." (Fágner)

Como verbo TRANSITIVO DIRETO (uso menos comum), é

sinônimo de cuidar, tratar. Exemplo:

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A equipe permaneceu pensando as vítimas do terremoto.

Foi com o último sentido que o verbo pensar surgiu no texto

da prova. Entenda-se: Aprendemos a tratar o Brasil como se le fosse um

gigante adormecido. Portanto o emprego dele também demonstra o uso formal

da linguagem.

Gabarito - Item errado.

23. (FCC/TRT 18a Região/Técnico Judiciário2008) Pensam em novas formas

de suprimento de energia ... (3° parágrafo)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima

está na frase:

a) Durante milênios convivemos com a convicção...

b) Há outros ângulos do problema...

c) ... que entopem as caixas de recepção de mensagens no mundo ...

d) ... que a própria ONU criou diretrizes mundiais ...

e) ... se haverá um limite para a internet ...

Comentário - O verbo pensar foi utilizado como transitivo indireto (atente

para a preposição "em" que introduz o seu complemento - objeto indireto).

Regência semelhante possui o verbo conviver (conviver com...), na alternativa

A. Nas outras alternativas, os verbos são transitivos diretos.

Gabarito - A

24. (FCC/TRT 18a Região/Técnico Judiciário/2008) Ganhos maiores também

resultam em novos hábitos ... (início do 4° parágrafo)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima

está na frase:

a) A agricultura brasileira pode produzir mais ...

b) ... que diminuíram depois de episódios de seca ...

c) ... foi o aumento do uso do milho nos EUA para a produção de etanol. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 23

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d) ... os exportadores têm obtido ganhos comerciais significativos.

e) ... para se ajustar às novas conjunturas.

Comentário - Já conseguiu identificar a regência do verbo grifado? Veja:

ganhos maiores resultam em quê? O complemento do significado do verbo é

regido por preposição, pois resultar é um VTI, assim como ajustar (para se

ajustar a quê?).

Nas alternativas A e B, os verbos são intransitivos.

Cuidado com a alternativa C, pois o termo preposicionado "do

uso" complementa um nome ("aumento") e não um verbo.

Na alternativa D, o verbo obter foi usado como transitivo

direto.

Gabarito - E

25. (FCC/TJ-PI/Técnico Judiciário/2009) O Código de Defesa do Consumidor

(CDC) atingiu sua maioridade plena em março de 2009 ... (início do texto)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima

está na frase:

a) ... serviu de inspiração para muitos países na construção de suas leis.

b) ... que tanto os consumidores quanto as empresas estão mais conscientes

e seletivos ...

c) ... que a sociedade brasileira conta com mecanismos jurídicos adequados

d) ... para aprimorar seu canal de comunicação com a clientela.

e) ... pois ele é fonte de sustentabilidade para a sobrevivência de qualquer

fornecedor.

Comentário - Convenhamos: é ou não é uma questão fácil? O verbo

sublinhado é transitivo direto (atingiu o quê?); seu complemento ("sua

maioridade plena") é um objeto direto. Na letra D, o verbo "aprimorar"

também é VTD.

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Nas alternativas A e C, os verbos são VTI ("serviu de" e

"conta com"). Nas letras B e E, eles são VL ("estão" e "é").

Gabarito - D

26. (FCC/TRT 3a Região/Analista Judiciário/2009) ... que prevalece no

conhecimento do torcedor comum sobre os dados históricos. (3°

parágrafo)

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado

acima é:

a) ... que homogeneíza todos os indivíduos.

b) ... o sentimento tribal é muito forte ...

c) ... acompanha o indivíduo por toda vida ...

d) ... que (...) participam no rito das danças guerreiras.

e) ... e estão espalhados por vários locais.

Comentário - O verbo prevalecer (= exceder em importância; levar

vantagem; vencer, preponderar, predominar) foi utilizado como transitivo

indireto. Igual regência tem o verbo participar (= ter ou tomar parte de/em).

Nas demais opções, os verbos são transitivos diretos (A e C)

e de ligação (B e E).

Gabarito - D

27. (FCC/TJ-SE/Analista Judiciário/2009) Invenções? Sempre houve

invenções, assim como sempre houve quem interpretasse as invenções

como lampejos de gênio, porém é mais sensato que não se atribuam às

invenções características milagrosas.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os

elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) houve elas ? lhes interpretasse ? não se as atribuam

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b) houve-as ? as interpretasse ? não atribuam-se-lhes

c) houve estas ? lhes interpretasse ? não lhes atribuam

d) as houve ? intepretasse-lhes ? se não lhes atribuam

e) as houve ? as interpretasse ? não se lhes atribuam

Comentário - Boa questão, pois conjugou regência verbal com colocação

pronominal.

Os pronomes oblíquos átonos o(s) e a(s), como

complementos de verbos, só funcionam como objetos diretos. Já o pronome

lhe(s) funciona como objeto indireto.

O verbo "houve" é transitivo direto e o termo "invenções" é

seu objeto direto; o verbo "interpretasse" é transitivo direto e o termo "as

invenções" é seu objeto direto. O pronome oblíquo utilizado na substituição só

pode ser mesmo o pronome "as", que, no texto, é atraído pelo advérbio

"Sempre" e pelo pronome indefinido "quem". Pronto, a questão está morta:

letra E.

Registre-se que o verbo "atribuam" é bitransitivo; os termos

"às invenções" e "características milagrosas" são, respectivamente, objeto

indireto e objeto direto.

Gabarito - E

28. (FCC/TRT 7a Região/Técnico Judiciário/2009) Órgãos públicos, entidades

não-governamentais e até mesmo internautas engajados aderiram à

novidade ... (1° parágrafo)

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado

acima é:

a) ... que o governo havia fraudado as votações.

b) ... e, cada vez mais, interagem com as chamadas redes sociais.

c) Alguns movimentos ecológicos nasceram em redes...

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d) Seu sucesso impulsiona o debate sobre o uso de redes sociais na internet

e) ... intensificando contato direto com eles.

Comentário - O verbo aderir foi empregado como transitivo indireto (aderir

a quê?). O termo "à novidade" é o seu objeto indireto. Caso semelhante ocorre

com o verbo interagir(com quem/o quê?), na alternativa B.

Nas alternativas A, D e E, os verbos são transitivos diretos:

fraudar algo; /mpuls/onar algo; intensificar algo.

Na alternativa C, o verbo nascer dá a falsa impressão de ser

transitivo indireto. Cuidado, pois o termo que o acompanha ("em redes")

funciona sintaticamente como um adjunto adverbial (de lugar), apesar de ser

regido por uma preposição ("em").

Gabarito - B

(...)

4 A palavra "projeto" remete-se à antecipação e, em boa

parte, ao voluntarismo. Não se trata unicamente de prever o

futuro e, sim, de mudar o seu rumo em consequência de um

7 conjunto de valores e de necessiades. (...)

Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

29. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) A supressão da preposição

antes dos vocábulos "antecipação" (l.4) e "voluntarismo" (l.5), com a

manutenção dos artigos definidos, não acarretaria prejuízo sintático ao

texto.

Comentário - A preposição a ("à" = a [prep.]+ a [art.]; "ao" = a [pre.]+ o

[art.]) é uma exigência do verbo remeter (remeter a). Suprimi-la da

aglutinação existente em "à antecipação" e da combinação em "ao

voluntarismo" constitui erro de regência

Gabarito - Item errado.

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30. (FCC/TCE-SP/Ag. da Fiscaliz. Financ./2010 - adaptada) Está plenamente

adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:

a) Os dois tipos de transformação social com que o autor se refere no texto

correspondem a aspirações populares.

b) A convicção quanto a um direito subtraído é tamanha que há pobres em

cuja crença é a de recuperarem o poder perdido.

c) Ao autor não interessaram tanto as fábulas em si mesmas, mas os

recados profundos, de que se mostrou um sensível intérprete.

Comentário - Em se tratando de regência (nominal ou verbal), não basta

empregar ou não uma preposição; é preciso empregar, se for o caso, a

preposição adequada. Além disso, quando o termo regido for um pronome

relativo - e isso requer de você muita atenção -, a preposição deverá ser

empregada antes dele. Veja os esquemas abaixo.

"com que o autor se refere" (quem se refere se refere a 4 I

algo/alguém)

Note, acima, que a preposição exigida pela forma verbal é a

preposição a; o termo regido é o pronome relativo "que" (substituto da

expressão "os dois tipos de transformação social".

"há pobres em cuja crença é a de recuperarem o poder

perdido"

Após o relativo "cuja" (que articula os termos "pobres" e

"crença" numa relação de posse/dependência: crença dos pobres), não há

nem verbo, nem nome que exija a preposição "em" empregada antes do

relativo.

"mas os recados profundos, de que se mostrou um sensível

intérprete"

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Agora, o nome "intérprete" rege um complemento por meio da

preposição "de" (intérprete de quê?). Esse complemento é o pronome relativo

"que", substituto da expressão "os recados profundos".

Gabarito - C

Eu julgo esta aula muito importante. Por isso faço questão de frisar

a regência de alguns verbos muito frequentes em provas de concursos.

Ressalto, porém, que a correta identificação de seus regimes deve considerar o

efetivo uso de cada um deles.

ASPIRAR

a) VTD = sorver, respirar: Gosto de aspirar o ar puro do campo.

b) VTI (prep. A) = desejar, almejar: O escriturário aspira ao cargo de

gerente.

CHAMAR

a) VTD = convocar, solicitar a presença: Chamei o professor.

b) VTI (prep. POR) = invocar, pedir ajuda: Chamei por Deus.

c) VTD ou VTI = qualificar, nomear, apelidar: Chamei-o patriota (de

patriota) // Chamei-lhe patriota (de patriota).

CUSTAR

a) VTI (conjugado na 3a pessoa) = ser difícil, ser penoso: Custou-me

entender este assunto.

b) VTDI = acarretar: A imprudência custou-lhe lágrimas amargas.

c) VI = estabelecer preço: Este rádio custou vinte reais.

31. (Cespe/Ceturb-ES/Agente de Trânsito/2010) "que os acidentes de trânsito

no Brasil custam ao Estado e à sociedade aproximadamente 30 bilhões de

reais por ano". O acento grave indicativo de crase em "à sociedade"

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justifica-se pela regência de "custam" e pela presença de artigo definido

feminino singular.

Comentário - Funciona como objeto indireto da forma verbal "custam" o

termo "ao Estado e à sociedade". Como tal, o objeto indireto veio regido por

preposição ("a" - custam a quem?). Essa preposição contraiu-se com o artigo

"a" que acompanha o substantivo "sociedade" (a + a), o que ocasionou a

forma "à".

Gabarito - Item certo.

IMPLICAR

a) VTD = acarretar, trazer consequência: Teu nervosismo implicou a tua

reprovação.

b) VTI (prep. COM) = contender: Ela implica muito com o seu irmão.

c) VTI (prep. EM) = pronominal: Implicou-se em situações delicadas.

32. (FCC/TCM-CE/ACE/2010 - adaptada) Está clara e correta a redação deste

livre comentário sobre o texto:

a) O fato de haver tanta rotina numa repartição não implica de que um

funcionário não deixe de cumprir seu ofício de escritor criativo.

b) O cronista sugere que mesmo o tédio que marca a vida de uma repartição

pública pode ser um impulso para a criação literária.

Comentário - Fique de olho na regência do verbo "implica", que surge na

primeira alternativa, pois há um erro. O sentido dele é acarretar, trazer

consequência; portanto é descabido o emprego da preposição "de".

Gabarito - B

INFORMAR/AVISAR/CIENTIFICAR/NOTIFICAR

a) VTDI: Informei a prova ao aluno. Informei o aluno da (de + a) prova.

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1 A Organização dos Estados Americanos (OEA)

naufraga em um mar de alternativas regionais, cujo acento

maior é a exclusão dos EUA. E o caso da proposta de uma

4 nova organização de países d América Latina e Caribe, que

se junta a outras iniciativas do mesmo teor, como o Grupo do

Rio e a UNASUL. O poder de Washington já fora avisado

7 por instituições acadêmicas norte-americanas de que a OEA

corre o risco de perder vigência. (...)

PREFERIR

a) VTDI (seu complemento indireto é regido pela preposição A): Prefiro

cinema a televisão. Prefiro o cinema à (a + a) televisão. (CERTO). Prefiro

mais cinema do (de + o) que televisão. (ERRADO).

Obs.: O significado de PREFERIR não admite gradações (mais... que; menos...

que; tanto... quanto). Além disso, a preposição que rege seu complemento

indireto é, obrigatoriamente, A.

34. (FCC/TJ-AP/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego de ambos os

elementos sublinhados na frase:

a) Otário é você, que confia de que Obama faça um governo competente, de

cujo não há ainda qualquer indício.

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33. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em "de que a OEA" (l.7), o emprego de

preposição "de" se deve à regência de "avisado" (l.6).

Comentário - Usou-se o particípio do verbo avisar em construção de voz

passiva. Perceba que "O poder de Washington" fora avisado de algo, ou seja,

"de que a OEA corre o risco de perder vigência".

Gabarito - Item certo.

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b) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta região

falta tudo o que aquela não falta.

c) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, estão sempre

aplicados com a difusão fascinada dos horrores.

d) É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem com

indiferença, fossem fenômenos cujo horror devesse ser naturalizado.

e) O autor está convicto que tais doutores representam um radical

pessimismo, de cujo parecem orgulhar-se de ostentar.

Comentário - É importante notar as construções sintáticas que envolvem

pronome relativo e verbos (ou nomes) que pedem complemento

preposicionado. As preposições, além de terem que corresponder ao regime do

verbo (ou nome), devem ser empregadas antes do pronome relativo.

Alternativa A: o verbo confiar repele a preposição "de"

(confiar em quê?). Ressalte-se que a preposição pode ser dispensada quando

o complemento verbal for uma oração: "...confia que Obama faça...". A

preposição "de" que antecede o relativo "cujo" está bem empregada, pois é

reclamada pela regência do no nome "indício" (indício de quê?). Mas o relativo

"cujo" não é apropriado, visto que não estabelece relação de

posse/dependência entre termos antecedente e consequente.

Alternativa B: vamos aproveitar e confirmar o regime do verbo

preferir.

VTDI (seu complemento indireto é regido pela preposição A):

Prefiro futebol a natação. Prefiro o futebol à (a + a) natação.

(CERTO). Prefiro mais futebol do (de + o) que natação.

(ERRADO).

Obs.: O significado de PREFERIR não admite gradações

(mais... que; menos... que; tanto... quanto). Além disso, a preposição que

rege seu complemento indireto é, obrigatoriamente, A.

Observe ainda a ausência da preposição A antes do relativo

"aquela": "...a esta região falta tudo o [= aquilo] que [a] aquela não falta." (o

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verbo faltar aqui é bitransitivo: algo falta a alguém/algo). A fusão da

preposição A com o A inicial do pronome relativo aquela origina o fenômeno

linguístico conhecido como crase, a qual é indicada pelo acento grave: àquela.

Alternativa C: "...de cujo pessimismo todos conhecem...". O

verbo conhecer é VTD (conhecer algo/alguém), o que desautoriza o emprego

da preposição "de" antes do pronome relativo "cujo".

Alternativa D: vamos conferir os regimes do verbo assistir.

a) Transitivo indireto com sentido de VER, OBSERVAR; seu

complemento é regido pela preposição A: Assistimos ao

final do campeonato.

b) Transitivo indireto com sentido de COMPETIR, CABER,

TER DIREITO; seu complemento também é regido pela

preposição A: Não assiste ao professor reclamar tanto.

c) Transitivo direto ou transitivo indireto (neste caso,

exige preposição A) com sentido de SOCORRER, PRESTAR

ASSISTÊNCIA: O médico assistiu a vítima. Igualmente

correta estaria a construção: O médico assistiu à vítima.

Reparem o acento grave indicativo de crase (fusão da

preposição A com o artigo feminino A(S) que antecede

substantivo de mesmo gênero gramatical).

d) Intransitivo com sentido de MORAR, RESIDIR: Há cinco

anos resido em Brasília. Observem a presença da

preposição "em" exigida pelo verbo e que introduz o

adjunto adverbial de lugar (não confundam esse termo

com objeto indireto).

Conclui-se, assim, que no segmento "...às quais esses

doutores assistem [= ver, presenciar, observar]... " existe a presença da

preposição "a" empregada diante do pronome relativo "as quais", o que

originou a forma "às quais".

Repare também que após o pronome relativo "cujo" não existe

termo que exige preposição.

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Alternativa E: no segmento "...está convicto que tais

doutores...", faltou a preposição de (convicto de quê?). Por fim, no trecho

"...de cujo parecem orgulhar-se de ostentar..." não há motivo para o emprego

da preposição "de" e do pronome relativo "cujo".

Gabarito - D

VISAR

a) VTD = mirar, ver: O caçador visou o tigre.

b) VTD = rubricar, dar visto: O gerente visou o cheque.

c) VTI (prep. A)= almejar, ter como objetivo: Visamos ao bom ensino da

linguagem.

MORAR/RESIDIR/SITUAR

a) VI (prep. EM): Ela reside na (em + a) rua Dr. Nilo Peçanha. (CERTO) / Ela

reside à (a + a) rua Dr. Nilo Peçanha. (ERRADO)

OBEDECER/DESOBEDECER

a) VTI (prep. A): Obedeço a meu pai. Não desobedeça a seus pais.

35. (FCC/TRE-PI/Analista Judiciário/2009) Esta tradição trabalha a ação

política como uma ação estratégica ... (1° parágrafo)

A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento que o

grifado acima é:

a) ... que identifica no predomínio do conflito o cerne dos fatos políticos.

b) Neste contexto, política é guerra ...

c) Recorrendo a metáforas do reino animal ...

d) ... que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e do "não

mentir" ...

e) ... que a fraude é mais importante do que a força ...

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Comentário - A FCC usou o verbo trabalhar como transitivo direto (trabalhar

algo). Com a mesma regência foi utilizado o verbo identificar, na alternativa

A: "identifica (...) o cerne dos fatos políticos".

Nas alternativas B e E, os verbos de ligação unem os

respectivos sujeitos ("política" e "fraude") aos seus predicativos ("guerra" e

"importante").

Nas alternativas C e D, os verbos "Recorrendo" e "obedece"

são transitivos indiretos e regem preposição a.

Frise-se que o verbo desobedecer segue a regência do

verbo obedecer: VTI (prep. A): Obedeço a meu pai. Não desobedeça a seus

pais.

Gabarito - A

Vamos agora estudar os casos de ocorrência (ou não) de

crase, um fenômeno linguístico que consiste na pronúncia de vogais idênticas

e sequenciais em uma mesma sílaba. Observe como isso se dá nos versos do

poeta Casemiro de Abreu:

"Teu pensamento é como o Sol que morre

Há de cismando mergulhar-se em mágoas

Durante a noite quando o orvalho desce."

Entretanto, o que nos interessa nesta aula são apenas os casos de

crase envolvendo a preposição A e a vogal A, que recebem notação gráfica

específica (acento grave): À.

(22) Fomos à (a + a) festa de aniversário do nosso vizinho.

Como regra geral, toda vez que um termo regente (seja nome,

seja verbo) exigir preposição A e o termo regido vier determinado pelo artigo

feminino A(S), a crase surgirá e deverá ser indicada pelo acento grave ("),

como no exemplo acima. Analise estas questões de prova:

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CRASE

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1 O real não é constituído por coisas. Nossa

experiência direta e imediata da realiade leva-nos a imaginar

que o real é feito d coisas (sejam elas naturais ou humanas),

4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à

nossa percepção e às nossas vivências. (...)

Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).

36. (Cespe/Anatel/Analista/2009) O sinal de crase em "oferecidos à nossa

percepção e às nossas vivências" (l.4-5) indica que "oferecidos" tem

complemento regido pela preposição a.

Comentário - Sim, é verdade o que foi declarado. O adjetivo-particípio

"oferecidos" reclama preposição a para reger seu complemento (oferecido a

quem?). Como os termos regidos admitem a presença do artigo feminino

(singular no primeiro caso e plural no segundo), a crase surge naturalmente: a

+ a = à; a + as = às.

Gabarito - Item certo.

37. (Cespe/Serpro/Advogado/2010) No trecho "vem causando crescente

apreensão às autoridades", a ocorrência do acento grave deve-se à

regência de "apreensão".

Comentário - Na verdade, a ocorrência do acento deve-se à regência do

verbo causar - que foi usado como bitransitivo (causando o quê a quem?) e

exigiu a preposição "a" para reger o objeto indireto ("as autoridades") - e à

presença do artigo definido plural "as" que acompanha o substantivo

"autoridades".

Gabarito - Item errado.

38. (Cespe/Serpro/Advogado/2010) "os dados reforçam tendências que vêm

causando crescente apreensão às autoridades atentas à evolução do perfil

da violência no país". Em "autoridades atentas à evolução do perfil da

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Page 37: Regencia verbal-nominal-e-crase

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violência no país", o termo "à" poderia ser substituído, sem prejuízo

gramatical ou de sentido para o texto, por para a.

Comentário - Esta questão trata de regência nominal. O adjetivo "atentas"

tem seu significado complementado pelo termo seguinte. Como todo

complemento nominal, este veio introduzido por preposição ("a"). Já que a

regência do nome "atentas" admite tanto a preposição a quanto a preposição

para, a substituição mencionada pelo examinador não prejudica o texto.

Ressalte-se que o artigo que surge na forma para a também está presente na

forma "à".

Gabarito - Item certo.

1 O Brasil e o Paraguai vão discutir a revisão do

Tratado de Itaipu e uma possível renegociação da dívüa de

US$ 19,6 bilhões da hidrelétrica com o Tesouro Nacional.

4 A decisão foi tomada durante um encontro entre os

presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o paraguaio Fernando

Lugo, paralelamente à Cúpula da América Latina e Caribe.

(...)

Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).

39. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em "à

Cúpula" (l.6) justifica-se pela regência de "paralelamente", que exige

preposição a, e pela presença de artigo definido feminino singular.

Comentário - É isso mesmo. O advérbio "paralelamente" requer a preposição

a (paralelamente a que?), que se aglutina com o artigo singular a que

determina a expressão "Cúpula da América Latina e Caribe".

Gabarito - Item certo.

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Page 38: Regencia verbal-nominal-e-crase

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1 A Alemanha vai enfre ntar a pior recessão desde a

2.a Guerra Mundial e já planeja, para 2009, um novo pacote

de estímulo à economia. (...)

Jamil Chade. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).

40. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em "à

economia" (l.3) justifica-se pela regência de "planeja" (l.2) e pela

presença de artigo definido feminino.

Comentário - Aqui o motivo é outro. A regência não é do verbo "planeja"

(que nem sequer pede preposição, pois é transitivo direto); mas, sim, do

substantivo "estímulo" (linha 3).

Gabarito - Item errado.

41. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Nos trechos "chegou à sala

de aula" (L.7) e "uma referência à xepa" (L.8), o emprego do sinal

indicativo de crase, opcional em ambos os casos, justifica-se pela

regência, respectivamente, da forma verbal "chegou" e do substantivo

"referência".

Comentário - O texto aqui é desnecessário. Tanto o verbo "chegou" como o

nome "referência" requerem a preposição para regerem seus respectivos

complementos (chegou a onde?; referência a que?). Mas isso é só um lado da

história. A ocorrência da crase depende ainda do vem depois. Como os termos

seguintes são femininos e estão acompanhados pelo artigo definido "a", a

crase ocorre. Portanto, dizer que a crase se justifica pela regência da forma

verbal "chegou" e do substantivo "referência" é o mesmo que desconsiderar a

segunda condição, que é essencial.

O outro problema é dizer que a crase é facultativa.

Experimente, por exemplo, substituir os termos femininos "a sala de aula" e "a

xepa" por outros masculinos (não precisa haver relação semântica entre os

termos substitutos e substituídos): "chegou ao auditório"; "referência ao

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Page 39: Regencia verbal-nominal-e-crase

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mercado". Eis a regrinha de ouro: se usamos ao(s) para o masculino, usamos

à(s) para o gênero feminino.

Gabarito - Item errado.

42. (FCC/DNOCS/Agente Administrativo/2010) Muitos consumidores não se

mostram atentos necessidade de sustentabilidade do ecossistema e

não chegam boicotar empresas poluentes; outros se queixam de falta

de tempo para se dedicarem alguma causa que defenda o meio

ambiente.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por

a) à - a - a

b) à - a - à

c) à - à - a

d) a - a - à

e) a - à - à

Comentário - Primeira lacuna: o termo regente "atentos" é um nome

transitivo que exige complemento regido pela preposição a; o termo regido é

um substantivo feminino que admite o artigo a. Estando satisfeitas as

condições para a ocorrência da crase, ela deve ocorrer: à. Vou lhe dar uma

dica de ouro: troque a palavra feminina por uma masculina; se você usa

ao(s) para o masculino, use à(s) para o feminino. Observe: "...atentos ao

necessitado..." > "...atentos à necessidade...".

Segunda lacuna: a crase não ocorre antes verbo

("boicotar"): Começou a chover. O "a" é somente preposição.

Terceira lacuna: a crase não ocorre antes de pronomes

indefinidos ("alguma"): Ofereci um presente a alguém desta sala. O "a"

é apenas preposição.

Gabarito - A

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43. (FCC/TRE-RN/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2011) Graças

resistência de portugueses e espanhóis, a Inglaterra furou o bloqueio

imposto por Napoleão e deu início campanha vitoriosa que causaria

queda do imperador francês.

Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem dada,

a) a - à - a

b) à - a - a

c) à - à - a

d) a - a - à

e) à - a - à

Comentário - Com a dica de ouro você resolve muitas questões de crase,

não só da FCC como também de outras bancas examinadoras.

Primeira lacuna: Graças ao piolho Graças à resistência.

Segunda lacuna: deu início ao piolho deu início à

campanha.

Terceira lacuna: causaria o piolho causaria a queda. O "a"

é apenas artigo, que acompanha o substantivo feminino "queda".

Gabarito - C

Também merecem destaque os casos de crase que surgem do

encontro da preposição A com a letra A que inicia os pronomes demonstrativos

AQUELA(S), AQUELE(S) e AQUILO, bem como com o A (= aquela) pronome

demonstrativo.

(23) O aluno referia-se àquela questão anulada da prova.

(24) O prêmio foi dado à que chegou primeiro.

Em (23), a forma verbal "referia-se" ("se" é parte integrante do

verbo) é transitivo indireto. Seu complemento é regido pela preposição A, que

se une ao A inicial do pronome demonstrativo "aquela".

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Em (24), o complemento indireto de "dado" é regido também pela

preposição A, que se funde com o pronome demonstrativo A (= aquela).

Vejamos outras questões de prova:

1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso

da técnica, com transformações profundas das noções de espaço

e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse

4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no

homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento

de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. Nada

7 vemos de semelhante ao que aconteceu, no plano das idéias, em

outro momento de grandes transformações da técnica e também

de grandes descobertas (...)

Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto Novaes (Org.).

Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, p. 14-5 (com adaptações).

44. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) Na linha 7, as relações de regência entre

"semelhante" e "aconteceu" permitem que o trecho "ao que" seja

substituído por àquilo que, sem prejudicar a coerência nem a correção

gramatical do texto.

Comentário - Convém entender primeiro o que há no trecho original. O

adjetivo "semelhante" exige preposição a para reger seu complemento:

"semelhante ao que aconteceu" (isso é um caso de regência nominal, como

visto na primeira parte desta aula). O vocábulo "o" é pronome demonstrativo

(= aquilo); o "que" é pronome relativo. A substituição do "o" por "aquilo" faz

aglutinarem-se a preposição exigida pelo adjetivo "semelhante" e a letra inicial

do pronome relativo: "semelhante àquilo que aconteceu". A tal aglutinação

deve ser indicada por meio do acento grave indicativo de crase.

Gabarito - Item certo.

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45. (Cespe/SAD-PE/Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão/2010)

"Mas, diante de cada fato, por mais inelutável que seja, o indivíduo tem

ainda uma opção: pode escolher que significação atribuirá àquele fato". O

acento grave em "àquele" indica que "fato" está empregado de maneira

determinada e específica, comportando o artigo definido.

Comentário - A crase com os pronomes demonstrativos aquele, àquela e

àquilo ocorre porque o "a" inicial desses pronomes se aglutina com a

preposição "a" exigida por um verbo ou por um nome. Nesta questão, a

preposição foi solicitada pelo verbo "atribuirá", que a requereu para reger o

seu objeto indireto.

Gabarito - Item errado.

(...)

país. Para reverter esse quadro, a Federação Brasileira de

Bancos tenta convencer o Congresso Nacional a criar uma

22 legislação específica para punir os delitos eletrônicos,

semelhante àquela adotada há nove anos pela União Europeia.

André Vargas. Assalto.com.br. In: Veja, 24/11/2010 (com adaptações).

46. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) O uso do acento grave no

pronome "àquela" (L.23) é obrigatório.

Comentário - Você reparou que antes do pronome demonstrativo existe o

adjetivo "semelhante", que exige a preposição "a" (semelhante a quê?) para

reger seu complemento? Portanto a fusão da preposição "a" com a letra inicial

do demonstrativo "aquela" faz surgir obrigatoriamente "àquela".

Gabarito - Item certo.

Passarei à explicação de outros casos obrigatórios de emprego

do acento grave indicativo de crase.

1. Nas locuções adverbiais femininas

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(25) Sairás às pressas.

(26) Todos, à uma, aplaudiram a decisão do professor.

2. Nas locuções prepositivas femininas

(27) Vivia às expensas do (de + o) tio.

(28) A polícia saiu à procura da (de + a)quadrilha.

Observação: a crase será de rigor quando uma locução

prepositiva terminada por a estiver diante de artigo feminino que acompanha

substantivo. Veja um exemplo abaixo.

1 Creio que há evidência contundente em favor do

argumento de que os investimentos públicos em pesquisa

científica têm tido um retorno bastante compensador em

4 termos da utilização para o bem-estar social dos progressos

científicos obtidos. Por outro lado, creio também que se

pode questionar, não somente quanto à aplicação de

7 conhecimentos científicos com fmalüades destrutivas ou

nocivas à humanidade e à natureza, mas também quanto à

distribuição desses benefícios entre diferentes setores da sociedade.

(...)

Samuel Macdowell. Responsabilidade social

dos cientistas. In: Estudos Avançados, vol. 2, n.° 3,

São Paulo, set.-dez./1988 (com adaptações).

47. (Cespe/Inpe/Tecnologista/2009) As ocorrências de crase em "à aplicação"

(l.6) e "à humanidade e à natureza" (l.8) justificam-se pelo uso

obrigatório da preposição a nos complementos de "questionar" (l.6).

Comentário - As ocorrências da crase justificam-se por outro motivo. Na

linha 6, o a final da locução prepositiva "quanto a" contraiu-se com o artigo

definido feminino da expressões "a aplicação" (repare que caso semelhante

corre em "quanto à distribuição", nas linhas 7 e 8). Na linha 8, a crase suge

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em razão da regência do adjetivo "nocivas" (nocivas a quê?) e da presença do

artigo definido feminino das expressões "a humanidade" e "a natureza".

Gabarito - Item errado.

(...) Enfrentam-se, teoricamente e na

prática, as manifestações de saúde, a qual é alterada no seio da

10 sociedade devido aos efeitos da desiguallade da distribuição

dos bens produzidos, à aquisição de uma multiplícidade de

conhecimentos e d erros, às possibiliades de domínio dos

13 territórios e comportamentos e ao choque contínuo dos

conflitos. (...)

Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho.

In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.o 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações).

48. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A presença da preposição a

em "à aquisição" (l.11), "às possibilidades" (l.12) e "ao choque" (l.13) é

exigida por "Enfrentam-se" (l.8); por isso, sua repetição é importante,

pois explicita as relações entre termos tão distantes no período sintático.

Comentário - O erro está na indicação do termo regente. A preposição

integra a locução prepositiva "devido a" (l. 10). Observe que a crase decorre

da aglutinação entre a preposição a e os artigos a e as que determinam os

substantivos "aquisição" e "possibilidades". Note bem: "...devido aos

efeitos..., à aquisição..., às possibilidades... e ao choque...".

Gabarito - Item errado.

(...)

34 O fenomenal crescimento da economia mundial no

decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias

fósseis, provocou um aquecimento global de consequências

37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro

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considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais

podem esperar. Em 2007, existam, no Brasil, 10,7 milhões de

40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios

de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais

do Brasil — ocupam das terras agriculturáveis,

43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para

plantar.

(...)

Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.

Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

49. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O emprego do sinal

indicativo de crase na expressão "à espera" (l.43) é obrigatório; portanto,

sua retirada acarretaria prejuízo ao sentido do texto.

Comentário - O examinador fez duas afirmativas: uma quanto à

obrigatoriedade do acento indicativo de crase e outra a respeito do prejuízo

semântico causado pela sua retirada.

A primeira afirmativa é verdadeira, pois estamos diante da

locução prepositiva feminina "à espera de" (nas locuções adverbiais,

prepositivas e conjuntivas, o acento grave é empregado independentemente

da relação entre termo regente e termo regido).

Agora, experimente retirá-lo: "...4,8 milhões de famílias

sem-terra estão a espera do chão para plantar". A informação tem sua clareza

prejudicada. E possível argumentar em favor da existência de uma espera: "a

espera do chão", com a finalidade de plantar. Assim, a passagem perderia a

coesão e a coerência adequadas, ficaria inconclusa ("a espera do chão para

plantar" - e daí?), e teria, repito, seu sentido prejudicado. A segunda

afirmativa também é verdadeira.

Gabarito - Item certo.

3. Nas locuções conjuntivas femininas

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(29) À medida que estudo, mais aprendo.

(30) À proporção que vocês estudam, mais se aproximam da

aprovação.

50. (FCC/TRT 2a Região/Analista Judiciário/2009) Atente para as seguintes

frases:

I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de

um notório extrovertido.

II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem

notar; também as tímidas chamam a atenção.

III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar

a atenção de todos.

Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em

a) II e III.

b) I e II.

c) I e III.

d) I.

e) III.

Comentário - Item I: o verbo "estabelecer" é transitivo direto. A expressão "a

medida" é o seu objeto direto. Como não existe a exigência da preposição a, a

crase não tem vez.

Notou a maldade da FCC? Ela quis que você raciocinasse em

função da locução conjuntiva "à medida que" (indica proporcionalidade). Nas

locuções conjuntivas femininas o acento grave é obrigatório: À medida que

estudo, mais aprendo. / À proporção que vocês estudam, mais se aproximam

da aprovação.

Item II: o verbo "assiste" (termo regente) no sentido de cabe é

transitivo indireto e rege preposição a. O termo regido "as pessoas

extrovertidas" admite o artigo feminino. Use a dica que eu lhe dei: troque a

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expressão por uma palavra masculina: "...assiste aos homens...". Então,

lembrou-se da dica de ouro?

Item III: constitui uma locução adverbial feminina, em que

o surgimento do acento grave indicativo de crase é obrigatório.

Gabarito - A

4. Antes de pronome possessivo feminino substantivo (retornem à aula

2, página 4, se vocês tiverem dúvidas quanto ao que seja pronome

substantivo)

(31) Sou favorável à proposta dele e não à sua.

(32) Refiro-me a sua proposta e à minha.

5. Antes de nomes masculinos quando possamos subentender as

palavras MODA, MANEIRA

(33) Cortou cabelo à (maneira de) príncipe Danilo.

(34) Usava sapatos à (moda) Luís XV.

Há construções em que o fenômeno da crase pode ou não ocorrer.

São casos facultativos de emprego do acento grave.

1. Antes de nome próprio feminino (se for personagem histórica, o uso é

proibido)

(35) Refiro-me a (à) Joana.

(36) Refiro-me a Joana d'Arc.

2. Antes de pronome possessivo feminino adjetivo.

(37) Dedico a (à) minha irmã todo o meu trabalho.

Convém ressaltar que o emprego facultativo do acento deriva da

possibilidade de se omitir o artigo feminino A que antecede pronomes

possessivos femininos que acompanham substantivos.

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51. (FCC/DPE-RS/Defensor Público/2011) A crase é facultativa em SOMENTE

uma alternativa abaixo.

a) ...por toda sua carreira graças a pontas de cigarro... (linhas 2 e 3)

b) ...chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. (linhas 54 e

55)

c) ...receber pena de 25 anos a prisão perpétua... (linha 20)

d) ...ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro... (linha 49)

e) ...dentro de seu carro em frente a sua casa... (linhas 7 e 8)

Comentário - Alternativa A: a crase é proibida na estrutura SINGULAR +

PLURAL: "graças a pontas".

Alternativa B: a crase é proibida; não existe motivo para que

ela ocorra. Em "disse a promotora", o "a" é apenas artigo que acompanha o

substantivo feminino "promotora". Tire a prova substituindo "promotora" por

uma palavra masculina: ...disse o promotor...

Alternativa C: a crase ocorre obrigatoriamente com locuções

adverbiais, conjuntivas e prepositivas femininas, como em "à prisão perpétua".

Alternativa D: a crase também é proibida antes de artigos e

pronomes indefinidos, como em "a uma ponta de cigarro". Em casos assim, o

a é apenas preposição.

Alternativa E: aqui está a resposta que procuramos. Por

acompanhar o substantivo "casa", o pronome "sua" é adjetivo (diz-se pronome

possessivo adjetivo). Diante de pronomes possessivos adjetivos a crase é

facultativa.

Gabarito - E

3. Quando o A (artigo) vem precedido pela preposição ATÉ.

(38) Correu até a (à) árvore.

Se pensarmos na frase Correu até o poste, por exemplo,

perceberemos que a preposição A ("...até ao poste") não foi empregada

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comcomitantemente à preposição "até". Daí vem a alegação de que o emprego

da preposição A é facultativo em casos semelhantes.

E há ainda os casos de crase proibida.

1. Antes de nomes masculinos

(39) Comprou a prazo.

(40) Dei aquela calça a este homem.

2. Antes de verbo.

(41) Começou a chover.

1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção

à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração

dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os

4 agravos à sua saúde, quando produzüos ou desencadeados

pelo exercício do trabalho. (...)

Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios

éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações).

52. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Na linha 3, não se usa o

acento grave na preposição a, logo depois de "visando", porque o verbo

"evitar" não admite o artigo definido feminino.

Comentário - Questão fácil. A crase não ocorre diante de verbo realmente

porque ele não admite artigo. O "a" é preposição.

Gabarito - Item certo.

53. (FCC/TRT 14a Região (RO e AC)/Técnico Judiciário/Tecnologia da

Informação/2011) É difícil ficar indiferente causa defendida por

algumas organizações não governamentais que ajudam captar

recursos para preservar cultura de tribos da floresta amazônica.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 49

Page 50: Regencia verbal-nominal-e-crase

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a) a - à - à

b) à - a - a

c) à - a - à

d) à - à - a

e) a - à - a

Comentário - Muitas questões sobre crase podem ser resolvidas com o auxílio

da regrinha de ouro. Quer ver?

Primeira lacuna: substituindo "causa" (gênero feminino) por

caso (gênero masculino): ...indiferente ao caso...; portanto escreva:

...indiferente à causa...

Segunda lacuna: não há crase antes de verbo; logo a grafia

correta é esta: ...ajudam a captar... (o a é apenas preposição).

Terceira lacuna: vale aqui a explicação da primeira lacuna.

Compare: ...preservar o culto... / ...preservar a cultura... (o a é artigo que

acompanha o substantivo "cultura").

Gabarito - B

54. (FCC/TRT 7a Região/Técnico Judiciário/2009) Pela internet, um grupo de

jovens universitários buscou a melhor formar de ajudar vítimas de

enchentes em Santa Catarina, e um deles foi Itapema, disposto

colaborar na reconstrução da cidade.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por:

a) as - a - à

b) as - a - a

c) às - à - a

d) as - à - à

e) às - a - à

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Page 51: Regencia verbal-nominal-e-crase

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Comentário - Primeira lacuna: o verbo "ajudar" (termo regente) é transitivo

direto; seu complemento ("vítimas") não é regido por preposição. O vocábulo

"as" é apenas artigo.

Segunda lacuna: com nome de lugar, a crase ocorrerá se

você puder aplicar a seguinte dica: vai A e volta da, crase há. Por outro lado,

não haverá crase se a dica que dei não se concretizar: vai A e volta DE, crase

para que?. Agora aplique esse ensinamento no caso concreto: vai a Itapema,

volta de Itapema. Conclui-se que não há crase.

Terceira lacuna: não há crase antes de verbo, conforme já foi

falado aqui.

Gabarito - B

3. Antes de pronome de tratamento (exceções: SENHORA, SENHORITA)

(42) Referiu-se a Vossa Excelência.

4. Antes de pronomes oblíquos

(43) Dedico o meu trabalho a ela.

5. Antes de pronomes indefinidos

(44) Ofereci um presente a alguém desta sala.

6. Antes de artigo indefinido

(45) Concedeu a bolsa de estudos a uma menina pobre.

Você deve comparar este exemplo com o (26), que traz uma

locução adverbial feminina e constitui-se em caso obrigatório de crase.

55. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2010) Sem nada perguntar

ninguém, o rapaz dirigiu-se um canto da sala, espera de ser

chamado pela atendente.

a) a - a - a

b) a - a - à

c) a - à - à

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Page 52: Regencia verbal-nominal-e-crase

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d) à - à - a

e) à - a - a

Comentário - Primeira lacuna: a crase não ocorre antes de pronomes

indefinidos ("ninguém"). O "a" é apenas preposição.

Segunda lacuna: a crase não ocorre antes de artigo

indefinido ("um"): Concedeu a bolsa de estudos a uma menina pobre.

Você deve comparar o caso anterior com o caso seguinte, que

constitui uma locução adverbial feminina e obriga o surgimento do acento

grave indicativo de crase: Todos, à uma, vaiaram o juiz.

Terceira lacuna: o acento indicativo de crase deve ser

utilizado nas locuções adverbiais femininas, independentemente da

relação entre termo regente e termo regido: Sairás às pressas.

Gabarito - B

56. (FCC/TRT 15a Região/Técnico Judiciário/2009)

A frase inteiramente correta quanto ao emprego ou ausência do sinal de

crase é:

a) O ensino permanente deve oferecer às pessoas os meios de superar

obstáculos, para atingir os objetivos a que se propõem.

b) Apesar da obrigatoriedade de crianças entre 7 e 14 anos irem a escola,

boa parte delas é incapaz de escrever um bilhete à um amigo.

c) Atender a todas as crianças, tornando-as capacitadas à uma vida digna e

confortável, deve ser o objetivo maior de uma escola.

d) Uma educação de qualidade oferece à qualquer pessoa as condições

essenciais à entrada ou à permanência no mercado de trabalho.

e) A medida que se avança na melhoria do sistema de ensino, é possível

oferecer boas condições de trabalho à muitas pessoas.

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Page 53: Regencia verbal-nominal-e-crase

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Comentário - Alternativa A: em "oferecer às pessoas", o verbo é bitransitivo

e pediu a preposição a para reger o objeto indireto; o substantivo "pessoas"

admitiu o artigo as.

Preciso comentar a passagem "a que se propõem". E

necessário ter cuidado com os pronomes relativos QUE e A QUAL. Em relação

ao primeiro, a crase ocorrerá se o termo anterior a ele (seja verbo, seja

nome) reger preposição A e o termo seguinte for um dos pronomes

demonstrativos A(S), AQUELA(S), AQUELE(S), AQUILO

que estavam de serviço na recepção.

Perceba que existe a contração da preposição A, exigida pelo

verbo DIRIGIR-SE, com o pronome demonstrativo AS (= aquelas).

que chegou primeiro.

Em relação ao pronome relativo A QUAL, a crase surgirá se

o termo posterior a ele reger preposição A, que deverá ocupar posição

imediatamente anterior ao pronome, contraindo-se com o A inicial que o

integra.

A festa começará agora.

Alternativa B: no segmento "irem a escola", é possível não

empregar a crase, por atribuir ao substantivo "escola" valor semântico

indefinido: Cristo não fazia jus a morte tão humilhante. No segmento

"escrever um bilhete à um amigo", a crase não existe, visto que se está diante

de artigo indefinido.

Alternativa C: também no segmento "capacitadas à uma vida

digna", a crase não ocorre, pois o vocábulo "uma" é artigo indefinido.

Alternativa D: em "oferece à qualquer pessoa", a crase

também não existe, pois o pronome "qualquer" é indefinido.

Alternativa E: a locução conjuntiva feminina "a medida

que" deve receber o acento grave: à medida que. Além desse erro, há outro: Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 53

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nunca use crase na seguinte estrutura: singular ("a") + plural ("muitas"): a

muitas.

Gabarito - A

57. (FCC/TRT 24a Região (MS)/Técnico Judiciário/Tecnologia da

Informação/2011) Considere as frases seguintes:

I. As inovações no ramo da estética permitem um grande número de

pessoas se sentirem mais belas.

II. Sempre existiu preocupação com a beleza, embora mudem os critérios

que ela obedece.

III. A beleza, parte alguns exageros, deve ser bus- cada até mesmo com

intervenções cirúrgicas.

As lacunas das frases acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por:

a) à - a - à

b) a - a - a

c) a - à - à

d) à - à - a

e) a - a - à

Comentário - Item I: a. Você notou o artigo indefinido "um"? Pois é, não

ocorre crase diante de palavras, pronomes e artigos indefinidos.

Item II: a: Observe: ...os critérios a que ela obedece. O "a"

empregado antes do pronome relativo "que" é simplesmente uma preposição,

exigida pela regência transitiva indireta do verbo "obedece". Para que a crase

ocorra, é preciso haver a fusão de a + a. Tome nota: antes do relativo que, o

a só recebe acento grave se o termo anterior (verbo ou nome) pedir

preposição a.

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Item III: à. Trata-se de um caso de locução feminina, em que

o acento grave é usado obrigatoriamente.

Gabarito - E

7. Quando o A precede palavras femininas no plural

(46) Respondeu a cartas pouco elogiosas.

Aqui, existe apenas a preposição A, em decorrência da regência da

forma verbal "Respondeu". A ausência do artigo feminino plural (as)

precedendo o substantivo "cartas" amplia, generaliza, indetermina o alcance

semântico dele. Em resumo, é o seguinte: nunca use crase na seguinte

estrutura: singular (a) + plural (cartas).

58. (Cespe/MPU/Analista Atuarial/2010) "Estudos a respeito de riqueza e

pobreza ora dão quitação a classes pela forma quantitativa da ordem do

ganho econômico, ora pelo grau de consumo na sociedade capitalista". A

ausência de sinal indicativo de crase no segmento "a classes" indica que

foi empregada apenas a preposição a, exigida pelo verbo dar, sem haver

emprego do artigo feminino.

Comentário - Sim, é isso mesmo. Lembre-se de que não existe crase na

estrutura SINGULAR + PLURAL. Nesse caso, o a que surge é apenas

preposição e o substantivo não se faz acompanhar de artigo.

Gabarito - Item certo.

59. (Cespe/TRE-MT/Analista Administrativo/2010) "É preciso partir da vida.

Mas não vida em geral, e sim da vida hoje, no contexto contemporâneo,

frente a duas tendências contrapostas que nos obrigam a repensar". A

coerência e a correção gramatical do texto serão preservados caso se

proceda à inserção do sinal indicativo de crase em "a duas".

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Page 56: Regencia verbal-nominal-e-crase

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Comentário - Mais uma vez a banca examinadora nos apresentou a estrutura

SINGULAR + PLURAL, diante da qual não existe crase. O "a" é preposição

que integra a locução prepositiva "frente a". Para haver crase é preciso que

haja também o artigo feminino a(s): ...frentes às duas tendências...

Gabarito - Item errado.

60. (Cespe/TRE-ES/Técnico - Operação de Computadores/2011 - adaptada)

Considerando que o item seguinte é parte de um texto adaptado do jornal

Estado de Minas de 29/11/2010, julgue-o com referência à correção

gramatical.

A lei impede a justiça eleitoral de conceder registro a candidatura à cargos

eletivos dos condenados em decisão colegiada por crimes contra a vida, o

patrimônio e a administração pública, a economia popular, o meio

ambiente, a saúde pública e o sistema financeiro, assim como por abuso

de autoridade, lavagem de dinheiro e atentado à dignidade sexual, entre

outros.

Comentário - O Cespe não se cansa de apresentar este tipo de questão

envolvendo a estrutura SINGULAR + PLURAL ("à cargos"), diante da qual

não existe crase.

Gabarito - Item errado.

61. (FCC/TRT 23a Região (MT)/Técnico Judiciário/Tecnologia da

Informação/2011) Gabriel Garcia Marquez cresceu em meio ... plantações

de banana de Arataca, situada ... poucos quilômetros do vilarejo de

Macondo, que ele se dedicou ... retratar na obra Cem anos de solidão.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) as - à - a

b) as - à - à

c) às - a - a Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 56

Page 57: Regencia verbal-nominal-e-crase

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d) às - à - à

e) as - a - à

Comentário - Em relação à primeira lacuna, você deve lançar mão da

regrinha de ouro e substituir "plantações" por uma palavra masculina: em

meio aos plantadores, por exemplo. Se usamos ao(s) para o masculino,

devemos usar à(s) para o feminino: ...em meio às plantações...

Lembre-se agora de que não há crase antes de palavra

masculina nem quando a estrutura é composta por SINGULAR + PLURAL:

... situada a poucos...

Para finalizar, a crase não ocorre antes de verbo, pois ele

repele o artigo: ...se dedicou a retratar... (o a é preposição).

Gabarito - C

8. Quando a preposição A se encontra entre palavras idênticas

(47) Perdeu o gol cara a cara com o goleiro.

9. Com o pronome relativo CUJO(S), CUJA(S)

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O "a" que surge antes do pronome relativo é simplesmente a

preposição exigida pela regência do verbo pronominal REFERIR-SE. Como o

pronome relativo CUJO (e suas variações) não admite o uso de artigo que o

acompanhe, não há o encontro de dois sons iguais.

10. Com pronome relativo QUEM

Vale também para este caso a explicação dada anteriormente.

ATENÇÃO! E necessário ter cuidado com os pronomes relativos

QUE e A QUAL. Em relação ao primeiro, a crase ocorrerá se o termo anterior

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a ele (seja verbo, seja nome) reger preposição A e o termo seguinte for um

dos pronomes demonstrativos A(S), AQUELA(S), AQUELE(S), AQUILO

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11. Diante de qualquer preposição diferente de ATÉ

(53) Ele o esperava desde as oito horas.

(54) O trabalho ficará pronto após as seis horas.

62. (FCC/TRE-PI/Analista Judiciário/2009) A frase inteiramente correta,

considerando-se a presença ou a ausência do sinal de crase, é:

a) A mentira, mesmo justificada por certas circunstâncias, pode ser

desmascarada à qualquer momento, à vista dos fatos apresentados.

b) Submetida a avaliação da opinião popular, a política deve pautar-se pela

lisura e pela veracidade voltadas para à resolução de conflitos.

c) Quanto a defesa da ética, ela é sempre necessária, à fim de que a ação

política seja vista como verdadeira representação da vontade popular.

d) Os governados, como preceituam as normas democráticas, têm direito a

informações exatas e submetidas à verdade dos fatos.

(50) que estavam de serviço na recepção.

Perceba que existe a contração da preposição A, exigida pelo verbo

DIRIGIR-SE, com o pronome demonstrativo AS (= aquelas).

(51) chegou primeiro.

Em relação ao pronome relativo A QUAL, a crase surgirá se o

termo posterior a ele reger preposição A, que deverá ocupar posição

imediatamente anterior ao pronome, contraindo-se com o A inicial que o

integra.

começará agora.

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e) A verdade dos fatos políticos está subordinada, segundo pensadores, à

uma lógica particular, à depender dos objetivos do momento.

Comentário - Alternativa A: a crase não ocorre diante de palavra de

sentido indefinido: "desmascarada à qualquer momento". Por outro lado,

está bem empregado o acento grave no segmento "à vista dos fatos

apresentados", por se tratar de uma locução prepositiva feminina: "à vista

de".

Alternativa B: lembra-se daquela dica de ouro? Vamos

aplicá-la ao caso seguinte: "Submetida a avaliação" > "Submetida ao

avaliador". Pronto, está constatada a ocorrência da crase, que não foi indicada

pela FCC.

Analise agora a próxima construção: "voltadas para à

resolução". A crase não ocorre com outra preposição que não seja a ou até.

Veja outros exemplos: Ele o esperava desde as oito horas. / O trabalho ficará

pronto após as seis horas. Quando o a (artigo) vem precedido pela preposição

até, a crase é facultativa.

Correu até a (à) árvore.

Se pensarmos na frase Correu até o poste, por exemplo,

perceberemos que a preposição a ("...até ao poste") não foi empregada

comcomitantemente à preposição "até". Daí vem a alegação de que o emprego

da preposição a é facultativo em casos semelhantes.

Alternativa C: aplique a dica de ouro no segmento "Quanto a

defesa" ^ "Quanto ao defensor". Se você usa ao(s) para o masculino, deve

usar à(s) para o feminino: "Quanto à defesa". Já a locução prepositiva "à fim

de" não recebe crase, pois a base é uma palavra masculina "[o] fim". Que

fique bem claro que, com as locuções prepositivas, conjuntivas e adverbiais, a

crase só ocorre se a base for uma palavra feminina: à vista/a prazo - à medida

que/a não ser que - à procura de/a propósito de.

Alternativa E: em "subordinada (...) à uma lógica particular",

o acento grave não deve ser empregado, pois a crase não ocorre diante de

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palavra de sentido indefinido ("uma" = artigo indefinido). A crase também não

ocorre diante de verbo; perceba o erro: "à depender dos objetivos do

momento".

Gabarito - D

63. (FCC/TRT 1a Região (RJ)/Analista Judiciário/Arquivologia/2011)

pessoas de fora, estranhas cidade, a vida urbana exerce uma

constante atração, apesar dos congestionamentos e dos altos índices de

violência, inevitáveis sob condições urbanas de alta densidade

demográfica.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) Às - à - as

b) As - à - às

c) As - a - às

d) Às - a - às

e) As - à - as

Comentário - A grande dica para você preencher corretamente a primeira

lacuna é colocar a frase na ordem direta: A vida urbana exerce uma constante

atração às pessoas de fora... Não ficou mais fácil? Exerce o quê? Atração.

Exerce atração a quem? Às pessoas. Houve a fusão da preposição a com o

artigo definido feminino as.

Na segunda coluna, a dica é substituir a palavra feminina por

uma masculina (não precisa haver relação semântica entre a palavra

substituída e a substituta). Veja o exemplo: estranhas ao piolho. Se usamos

ao para o masculino, usamos à para o feminino.

Na terceira lacuna, o a não recebe acento grave. A crase não

ocorre antes de qualquer preposição diferente de até (caso facultativo) e a.

Gabarito - A

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64. (FCC/TRE-RN/Analista Judiciário/Biblioteconomia/2011) O valor que

atribuímos coisas é resultado, não raro, de uma história pessoal e

intransferível, de uma relação construída em meio a acidentes e percalços

fundamentais. Assim, nosso apreço por elas não corresponde

absolutamente valorização que alcançariam no mercado, esse deus

todo-poderoso, que, no entanto, resta impotente quando ao valor

econômico se superpõe afeição.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada,

a) às - à - a

b) as - à - a

c) as - a - à

d) às - a - a

e) às - à - à

Comentário - Esta sequência é proposital para você notar como a FCC gosta

de confundir o candidato invertendo a ordem dos termos na frase. Fique

atento!

Com relação às duas primeiras lacunas, a dúvida pode ser

desfeita imediatamente com o uso da dica de ouro: O valor que atribuímos

aos piolhos — O valor que atribuímos às coisas; não corresponde

absolutamente ao piolho; não corresponde absolutamente a valorização.

Não é difícil perceber que as formas verbais "atribuímos" (no primeiro caso) e

"corresponde" (no segundo) pedem a preposição "a" para reger seus

complementos, os quais são substantivos femininos ("coisas" e "valorização")

acompanhados do artigo feminino a(s).

Até aqui, tudo bem, não é mesmo? A pegadinha ficou por

conta da última lacuna. É necessário observar que a ordem dos termos está

invertida também. Acompanhe meu raciocínio. O que se superpõe? A afeição.

Ela se superpões a quê? Ao valor econômico. Então, a ordem direta é a

seguinte: que, no entanto, resta impotente quando a afeição se superpõe ao

valor econômico. O primeiro a é simples artigo que acompanha o substantivo

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afeição. Portanto não há motivo para o uso do acento grave. Vai dizer que

você marcou a letra E?

Gabarito - A

12. Diante de nome próprio feminino que designe personagens

históricas, ilustres, celebridades ou entidades religiosas

(55) Refiro-me a Joana d'Arc.

(56) Rogou a Nossa Senhora que o ajudasse.

13. Antes dos pronomes demonstrativos ESTA(S), ESSA(S)

(57) Chegamos a esta cidade há cinco anos.

65. (Cespe/Previc/Técnico Administrativo/2011) Na linha 21, a supressão do

termo 'essas', em 'a essas intervenções externas', provocaria a

necessidade do uso do acento indicativo de crase em 'a'.

Comentário - Se você está sentindo falta do texto, digo que ele não é

necessário aqui. Acabei de dizer que a crase não ocorre antes do

demonstrativo essa(s). Mas vamos retirar esse pronome do trecho indicado,

conforme sugere a banca: a intervenções externas. Então, você acha mesmo

que a mudança provocaria a necessidade do uso do acento indicativo de crase?

É claro que não! A crase não ocorre na estrutura SINGULAR + PLURAL

(a intervenções). Na dúvida, volte ao ponto 7, exemplo (46).

Gabarito - Item errado.

66. (FCC/TRT 24a Região (MS)/Analista Judiciário/Área Judiciária/2011)

Justifica-se plenamente o emprego de ambos os sinais de crase em:

a) Ela pode voltar à qualquer momento, fiquemos atentos à sua chegada.

b) Dispôs-se à devolver o livro, à condição de o liberarem da multa por

atraso.

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c) Postei-me à entrada do cinema, mas ela faltou também à esse

compromisso.

d) Àquela altura da velhice já não assistia à filmes trágicos, apenas aos de

humor.

e) Não confie à priminha os documentos que obtive à revelia do nosso

advogado.

Comentário - Alternativa A: o problema está no uso acento grave indicativo

de crase em "à qualquer", pois não existe crase antes de pronomes

indefinidos. Em "à sua chegada", a crase é facultativa, porque o pronome

possessivo "sua" é adjetivo.

Alternativa B: a crase não surge antes de verbo; portanto

devemos fazer a correção seguinte: "a devolver". Em "a condição de" temos

uma locução de base feminina (note o gênero da palavra negritada), obrigando

o surgimento da crase.

Alternativa C: Não existe crase antes de palavras masculinas

nem dos pronomes demonstrativos este(s), esta(s), esse(s), essa(s), isto. Em

"Postei-me à entrada", a obrigatoriedade da crase pode ser verificada

facilmente por meio da regrinha de ouro: Postei-me ao portão (ao para o

masculino, à para o feminino).

Alternativa D: o erro encontra-se na estrutura "à filmes"

(SINGULAR + PLURAL). Vamos corrigir: a filmes. A crase pode ocorrer nas

seguintes estruturas: SINGULAR + SINGULAR e PLURAL + PLURAL, mas não

em SINGULAR + PLURAL.

Alternativa E: tudo correto. Primeiramente, basta

substituirmos a palavra feminina "priminha" por uma do gênero masculino:

Não confie ao priminho... Pronto, está confirmada a obrigatoriedade da crase.

Em segundo lugar, basta notar que a locução "a revelia de" é de base

feminina.

Gabarito - E

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14. Quando se atribui ao nome valor semântico indefinido

(58) Cristo não fazia jus a morte tão humilhante. (o "a" é apenas

preposição)

(...)

16 informação. "Tudo o que eu aprendo está sujeito à imediata

erosão", afirma. Isso provoca o que o autor chama de "llquidez

(...)

Mao Barros e Victor Guy. A Internet e a mente. In:

Época Negócios, abr./2010, p. 82 (com adaptações).

67. (Cespe/FUB/Médico/2011) O uso do sinal indicativo de crase em 'à

imediata erosão' (L.16-17) é obrigatório.

Comentário - Belíssima questão, apesar de algumas controvérsias por parte

de alguns candidatos. O nome "sujeito" rege preposição "a"; mas o seu

complemento pode ser usado sem o outro "a", ou seja, sem a outra condição

para que ocorra a crase. Em outras palavras, a expressão "imediata erosão"

pode ser usada em sentido genérico. Compare com os exemplos abaixo:

- Ele está sujeito a multa. (que tipo de multa?)

- Ele está sujeito à (a + a) multa prevista no regulamento.

(está claro que se trata de uma multa específica)

O eminente gramático Cegalla (2008:277-8) nos ensina

claramente que não há crase diante de nomes femininos "usados em sentido

geral e indeterminado". Entre os vários exemplos que ele nos fornece, estão

estes que lemos a seguir:

- Depois comprara um cone de papel com pipocas recendentes

a gordura vegetal. (Érico Veríssimo)

- O exército dos invasores, semelhante a serpe monstruosa...

(Alexandre Herculano)

Gabarito - Item errado.

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15. Antes da palavra DISTÂNCIA usada sem qualquer especificação

(59) A vítima reconheceu o ladrão a distância.

Considerando que os fragmentos apresentados nos próximos dois itens

constituem partes sucessivas de um texto de Jamil Chade (O Estado de

S. Paulo, 18/12/2008), julgue-os quanto à correção gramatical.

68. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A notícia obrigou a chanceler Angela

Merkel anunciar um novo pacote de incentivo a economia que será

implementado à partir de janeiro. O pacote incluiria bilhões de euros para

obras de infraestrutura, comunicações e renovações de escolas.

Comentário - No trecho "incentivo a economia" houve omissão do acento

grave indicativo de crase, que se justifica pela contração da preposição a

regida pela nome "incentivo" (incentivo a quê?) e pelo artigo definido feminino

a que acompanha o substantivo "economia".

Na expressão "à partir", a crase é desautorizada, pois o

vocábulo "paritr" é verbo. Diante de verbo não há crase.

O verbo obrigar foi usado como bitransitivo (obrigou alguém

a algo..). Seu objeto direto é o termo "a chanceler Angela Merkel"; seu objeto

indireto (regido pela preposição a) é a oração iniciada pelo verbo "anunciar".

Note a ausência da preposição.

Gabarito - Item errado.

69. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Ataques à Merkel estão fazendo que ela

perca popularidade, mesmo diante do pacote de mais de US$ 60 bilhões e

incentivos fiscais anunciados em novembro. Ela ainda é vista como tendo

hesitando em apoiar um estrategismo europeu de combate a crise.

Comentário - A crase não deveria ocorrer diante do nome "Merkel". Apesar

de ser nome feminino, ele se refere a uma personagem ilustre. Mas a crase

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tem lugar na expressão "combate a crise". O termo regente pede preposição a

e o substantivo admite o artigo a.

Gabarito - Item errado.

Considerando que o fragmento constitui parte de um texto adaptado de O

Globo (18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical.

70. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em nota, a OPEP justificou o corte,

afirmando que "o volume de petróleo que entra no mercado continua bem

acima da demanda atual". Além disso, "o impacto da grave retração da

economia global levou a destruição da demanda, resultando em uma

pressão de queda com os preços sem precedentes".

Comentário - O verbo levar é transitivo indireto no sentido de acarretar ou

conduzir e requer preposição a para reger seu complemento: "a destruição da

demanda". Como esse complemento admitiu o artigo definido a, a crase

deveria ter sido indicada por meio do acento grave.

Gabarito - Item errado.

71. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 - adaptada) O trecho seguinte é

adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. Julgue-o

quanto à correção gramatical.

"A capacidade de atingir milhões de pessoas em apenas alguns segundos

[falando sobre a internet] significa uma ferramenta de valor inestimavel,

que já mostrou toda sua eficiência na eleição

norte-americana que levou Barack Obama a Casa Branca, em um

processo que foi visto como uma revolução na maneira de fazer

campanha."

Comentário - O Cespe novamente explorou a regência do verbo levar, como

na questão anterior. O detalhe agora é que o seu objeto indireto, regido pela

preposição a, contém a palavra "Casa". Quando ela vem seguida de Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 66

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determinante ("Casa Branca"), a crase é obrigatória ("levou Barack Obama à

Casa Branca). Veja outro exemplo:

Vou à casa florida.

Quando a palavra casa vem sem nenhum determinante, a

crase é proibida:

Vou a casa imediatamente.

Gabarito - Item errado.

Por hoje é só. Na próxima aula, começaremos a estudar sintaxe

da oração e do período. Antes disso, porém, espero suas dúvidas e

sugestões.

Fique com Deus e bons estudos!

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. (FCC/TRT 7a Região/Analista Judiciário/2009 - adaptada) Está correto o

emprego do elemento sublinhado na frase:

Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente,

poderiam levá-lo a combater a fome do mundo.

2. (FCC/TRT 7a Região/Técnico Judiciário/2009) A busca por explicações para

os diversos matizes da personalidade... (início do texto)

A mesma regência assinalada acima NÃO está caracterizada na

expressão:

a) a influência dos hábitos e do estilo de vida.

b) na formação da personalidade.

c) produto apenas do ambiente.

d) uma reação à série de barbaridades.

e) em vários países da Europa.

3. (FCC/TJ-PI/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego do elemento

sublinhado na frase:

a) Os operadores controlam um capital especulativo, em cujos rendimentos

representam uma incógnita.

b) São impulsos eletrônicos, sobre os quais há pouco ou nenhum controle,

que comandam as operações das bolsas.

c) Os operadores das bolsas preferem apostar do que investir dinheiro em

empreendimentos mais produtivos.

d) A idade dos operadores das bolsas sugere o ímpeto de que as operações

de investimento são executadas.

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e) Os adeptos da física quântica julgam que o acaso é também um princípio,

do qual o comportamento da matéria não é alheio.

4. (FCC/TRT 4a Região/Analista Judiciário/2009 - adaptada) Está correto o

emprego do elemento sublinhado na frase:

A produção e difusão de imagens constituem operações em que hoje

todos têm fácil acesso.

5. (FCC/TRT 3a Região/Analista Judiciário/2009 - adaptada) Está correto o

emprego do elemento sublinhado na frase:

Cláudio realizou várias aproximações de cujos riscos era consciente.

(...) Omite-se, propositadamente,

7 que o mais longo período da história da vida humana foi

orientado pela cooperação e solidariedade, valores

fundamentais para a sobrevivência da espécie. (...)

Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet:

<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações).

6. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do

texto seriam mantidas ao se substituir "fundamentais para a

sobrevivência" (l.9) por fundamentais a sobrevivência.

(...)

Então, o estudo classifica essa drástica redução na

43 intensidade das emissões de gás carbônico relacionadas às

atividades econômicas de "sem precedente e, provavelmente,

impossível", reforçando a defesa da estagnação econômica.

(...)

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Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital,

26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).

7. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 45, o termo "da" pode ser

trocado por à, o que, embora altere a regência do nome, mantém seu

sentido no texto.

(...)

legislar, de julgar e de impor o cumprimento da lei. Foi muito

além de seus antecessores e rejeitou, na construção da imagem

25 do homem natural, todas as determinações atribuíveis à v/ida

social, incluída a capacidade intelectual necessária para

conceber as normas adequadas à vida coletiva.

Rolf Kuntz. Um clássico sobre Rousseau.

In: Jornal de Resenhas, n.° 10 (com adaptações).

8. (Cespe/CNPQ/Analista em Ciência e Tecnologia Júnior/2011) O emprego

do sinal indicativo de crase em "à vida social" (L.25-26) e "à vida coletiva"

(L.27) é exigido por "atribuíveis" (L.25), no primeiro caso, e por

"adequadas" (L.27), no segundo, e pela presença do artigo feminino, que,

nos dois casos, restringe o substantivo "vida".

1 A Câmara dos Deputados brasileira aprovou, por

265 votos favoráveis e 61 contrários, a adesão da Venezuela

ao MERCOSUL, bloco regional formado por Brasil,

4 Argentina, Paraguai e Uruguai.

O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006,

ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor.

7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria

Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL.

Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o

10 acordo. Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa

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Nacional mostram que a entrada do país resultará em um

bloco com mais de 250 millões de habiantes, área de

13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão

(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e

comércio global superior a US$ 300 bilhões.

(...)

Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo, 18/12/2008.

9. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) O emprego de preposição em "ao

MERCOSUL" (l.3) justifica-se pela regência de "contrários" (l.2), que exige

preposição a.

10. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Nas duas ocorrências de "superior a"

(l.13 e 15), "a" funciona como artigo definido.

11. (Cespe/Sedu-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) "o relacionamento

do ser humano com o meio onde vive e ao qual está diretamente

relacionado". O emprego da preposição a em "ao qual está diretamente

relacionado" é exigido pela regência de "relacionado".

O que é o que é?

1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa

de quem não gosto — c o m o se chama o que sinto? Uma

pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da

4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar

ocupado, e de repente parar por ter s i o tomado por uma

desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se

7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar:

como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria

pergunta. Qual é o nome? e é este o nome.

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Clarice Lispector. A descoberta do mundo.

Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.

12. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) No título do texto, as duas ocorrências da

forma verbal "é" são sintaticamente equivalentes.

13. (FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/2010) ... a sua capacidade de encarnar

valores e princípios...

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado

acima é:

a) Mas ela contribui para a formação da própria essência da democracia ...

b) Afinal, a democracia repousa sobre a ficção ...

c) O consentimento de todos seria a única garantia indiscutível ...

d) ... mais as sociedades produzem conflitos ...

e) ... e necessitam de lideranças ...

14. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2010) ... a Amazônia representa mais da

metade do território brasileiro ... (2° parágrafo).

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo

grifado acima é:

a) Essa visão mudou bastante nas últimas duas décadas...

b) O vapor de água (...) responde por 60% das chuvas...

c) ... que caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

d) ... pois o destino da região depende muito mais de seus habitantes.

e) ... porque terão orgulho de sua riqueza natural, única no mundo.

15. (FCC/TRF 4a Região/Analista Judiciário/2010) Houve muitas discussões

sobre medidas para se minimizar o aquecimento global, já que todos

consideram o aquecimento global uma questão crucial para a

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humanidade, embora poucos tomem medidas concretas para reduzir o

aquecimento global, não havendo sequer consenso quanto às verbas

necessárias para mitigar os efeitos do aquecimento global.

Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os

elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) consideram-lhe - o reduzir - mitigar-lhe seus efeitos

b) lhe consideram - reduzi-lo - mitigá-los aos efeitos

c) o consideram - reduzi-lo - mitigar-lhe os efeitos

d) consideram-no - reduzir-lhe - mitigar-lhes os efeitos

e) o consideram - reduzir-lhe - mitigar-lhe os efeitos

16. (FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/2010) ... encarregadas de fazer com que

as rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas

com certa eficiência e autonomia. (final do texto)

A expressão grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

a) Muitos políticos duvidavam fosse possível chegar a um consenso

naquela questão.

b) A prática política os idealistas sonhavam mostrou-se ineficaz diante

de tantos conflitos.

c) O regime democrático, são respeitadas as liberdades individuais, foi

finalmente restabelecido naquele país.

d) Esperava-se apenas a publicação oficial das normas se marcasse a

data das eleições.

e) Nem sempre, em um regime democrático, são tomadas as decisões a

maioria espera.

17. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2010) O funcionário o chefe se dirigiu

era a pessoa todos confiavam.

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a) para quem - em que

b) em que - com quem

c) por quem - de que

d) a quem - em quem

e) de quem - a quem

(...) Para crescer mais e de maneira

13 socialmente mais includente, do que o Brasii realmente precisa é

que se desconstrua o mito do gigante adormecido. E, para isso,

carecemos de um discurso que apresente à sociedade os custos

16 reais que precisam ser pagos para promover a prosperidade de

cada indivíduo e do conjunto da nossa sociedade.

Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio

Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações)

18. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A ausência da preposição de antes do

complemento de "precisa" (l.13) indica que essa forma verbal está sendo

usada em função de auxiliar, como em precisar construir.

(...) Desde então,

7 vêm se impondo, entre especialistas ou não, a compreensão

sistêmica do ecossistema hidercomplexo em que vivemos e

a necessidade de uma mudança nos comportamentos

10 predatórios e irresponsáveis, individuais e coletivos, a fim de

permitir um desenvolvimento sustentável, capaz de atender

às necessidades do presente, sem comprometer a vida futura

13 sobre a Terra.

Paulo Marchiori Buss. Ética e ambiente.

In: Desafios éticos, p. 70-1 (com adaptações).

19. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo) O emprego do sinal indicativo

de crase em "às necessidades" (l. 12) é obrigatório; a omissão desse sinal

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provocaria erro gramatical por desrespeitar as regras de regência

estabelecidas pelo padrão culto da linguagem.

1 O real não é constituído por coisas. Nossa

experiência direta e imediata da real iade leva-nos a imaginar

que o real é feito d coisas (sejam elas naturais ou humanas),

4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à

nossa percepção e às n o s s a s vivências. (...)

Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).

20. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se as relações de coerência e a

correção gramatical do texto ao se inserir a preposição de logo depois da

forma verbal "imaginar" (l.2), escrevendo-se: (...) imaginar de que o real

(...).

1 O poder político é produto de uma convenção, não

da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente

com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de

4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus

direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida,

na liberdade e em outros bens. (...)

Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia,

ciência&vida. Ano III, n.° 27, p. 40-1 (com adaptações).

21. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se a correção gramatical do

texto e a coerência entre os argumentos ao se substituir

"consubstanciados" (l.5) por que consubstanciam.

1 Aprendemos a pensar o Brasil como gigante adormecido.

O mito nos diz que o s u c e s s o está garantido pela grandeza dos

nossos recursos naturais, humanos e culturais. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 75

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(...)

Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio

Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações).

22. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A omissão da preposição em no

complemento de pensar, como se vê em "pensar o Brasil" (l.1), indica

uma linguagem pouco formal; em texto com mais formalidade seria

usado: pensar no Brasil.

23. (FCC/TRT 18a Região/Técnico Judiciário2008) Pensam em novas formas

de suprimento de energia ... (3° parágrafo)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima

está na frase:

a) Durante milênios convivemos com a convicção...

b) Há outros ângulos do problema...

c) ... que entopem as caixas de recepção de mensagens no mundo ...

d) ... que a própria ONU criou diretrizes mundiais ...

e) ... se haverá um limite para a internet ...

24. (FCC/TRT 18a Região/Técnico Judiciário/2008) Ganhos maiores também

resultam em novos hábitos ... (início do 4° parágrafo)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima

está na frase:

a) A agricultura brasileira pode produzir mais ...

b) ... que diminuíram depois de episódios de seca ...

c) ... foi o aumento do uso do milho nos EUA para a produção de etanol.

d) ... os exportadores têm obtido ganhos comerciais significativos.

e) ... para se ajustar às novas conjunturas.

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25. (FCC/TJ-PI/Técnico Judiciário/2009) O Código de Defesa do Consumidor

(CDC) atingiu sua maioridade plena em março de 2009 ... (início do texto)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima

está na frase:

a) ... serviu de inspiração para muitos países na construção de suas leis.

b) ... que tanto os consumidores quanto as empresas estão mais conscientes

e seletivos ...

c) ... que a sociedade brasileira conta com mecanismos jurídicos adequados

d) ... para aprimorar seu canal de comunicação com a clientela.

e) ... pois ele é fonte de sustentabilidade para a sobrevivência de qualquer

fornecedor.

26. (FCC/TRT 3a Região/Analista Judiciário/2009) ... que prevalece no

conhecimento do torcedor comum sobre os dados históricos. (3°

parágrafo)

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado

acima é:

a) ... que homogeneíza todos os indivíduos.

b) ... o sentimento tribal é muito forte ...

c) ... acompanha o indivíduo por toda vida ...

d) ... que (...) participam no rito das danças guerreiras.

e) ... e estão espalhados por vários locais.

27. (FCC/TJ-SE/Analista Judiciário/2009) Invenções? Sempre houve

invenções, assim como sempre houve quem interpretasse as invenções

como lampejos de gênio, porém é mais sensato que não se atribuam às

invenções características milagrosas.

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Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os

elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) houve elas ? lhes interpretasse ? não se as atribuam

b) houve-as ? as interpretasse ? não atribuam-se-lhes

c) houve estas ? lhes interpretasse ? não lhes atribuam

d) as houve ? intepretasse-lhes ? se não lhes atribuam

e) as houve ? as interpretasse ? não se lhes atribuam

28. (FCC/TRT 7a Região/Técnico Judiciário/2009) Órgãos públicos, entidades

não-governamentais e até mesmo internautas engajados aderiram à

novidade ... (1° parágrafo)

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado

acima é:

a) ... que o governo havia fraudado as votações.

b) ... e, cada vez mais, interagem com as chamadas redes sociais.

c) Alguns movimentos ecológicos nasceram em redes...

d) Seu sucesso impulsiona o debate sobre o uso de redes sociais na internet

e) ... intensificando contato direto com eles.

(...)

4 A palavra "projeto" remete-se à antecipação e, em boa

parte, ao voluntarismo. Não se trata unicamente de prever o

futuro e, sim, de mudar o seu rumo em consequência de um

7 conjunto de valores e de necessiades. (...)

Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

29. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) A supressão da preposição

antes dos vocábulos "antecipação" (l.4) e "voluntarismo" (l.5), com a

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manutenção dos artigos definidos, não acarretaria prejuízo sintático ao

texto.

30. (FCC/TCE-SP/Ag. da Fiscaliz. Financ./2010 - adaptada) Está plenamente

adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:

a) Os dois tipos de transformação social com que o autor se refere no texto

correspondem a aspirações populares.

b) A convicção quanto a um direito subtraído é tamanha que há pobres em

cuja crença é a de recuperarem o poder perdido.

c) Ao autor não interessaram tanto as fábulas em si mesmas, mas os

recados profundos, de que se mostrou um sensível intérprete.

31. (Cespe/Ceturb-ES/Agente de Trânsito/2010) "que os acidentes de trânsito

no Brasil custam ao Estado e à sociedade aproximadamente 30 bilhões de

reais por ano". O acento grave indicativo de crase em "à sociedade"

justifica-se pela regência de "custam" e pela presença de artigo definido

feminino singular.

32. (FCC/TCM-CE/ACE/2010 - adaptada) Está clara e correta a redação deste

livre comentário sobre o texto:

a) O fato de haver tanta rotina numa repartição não implica de que um

funcionário não deixe de cumprir seu ofício de escritor criativo.

b) O cronista sugere que mesmo o tédio que marca a vida de uma repartição

pública pode ser um impulso para a criação literária.

1 A Organização dos Estados Americanos (OEA)

naufraga em um mar de alternativas regionais, cujo acento

maior é a exclusão dos EUA. É o caso da proposta de uma Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 79

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4 nova organização de países da América Latina e Caribe, que

se junta a outras iniciativas do mesmo teor, como o Grupo do

Rio e a UNASUL. O poder de Washington já fora avisado

7 por instituições acadêmicas norte-americanas de que a OEA

corre o risco de perder vigência. (...)

Newton Carlos. Folha de S.Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).

33. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em "de que a OEA" (l.7), o emprego de

preposição "de" se deve à regência de "avisado" (l.6).

34. (FCC/TJ-AP/Analista Judiciário/2009) Está correto o emprego de ambos os

elementos sublinhados na frase:

a) Otário é você, que confia de que Obama faça um governo competente, de

cujo não há ainda qualquer indício.

b) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta região

falta tudo o que aquela não falta.

c) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, estão sempre

aplicados com a difusão fascinada dos horrores.

d) É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem com

indiferença, fossem fenômenos cujo horror devesse ser naturalizado.

e) O autor está convicto que tais doutores representam um radical

pessimismo, de cujo parecem orgulhar-se de ostentar.

35. (FCC/TRE-PI/Analista Judiciário/2009) Esta tradição trabalha a ação

política como uma ação estratégica ... (1° parágrafo)

A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento que o

grifado acima é:

a) ... que identifica no predomínio do conflito o cerne dos fatos políticos.

b) Neste contexto, política é guerra ...

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c) Recorrendo a metáforas do reino animal ...

d) ... que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e do "não

mentir" ...

e) ... que a fraude é mais importante do que a força ...

1 O real não é constituído por coisas. Nossa

experiência direta e imediata da realiade leva-nos a imaginar

que o real é feito d coisas (sejam elas naturais ou humanas),

4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à

nossa percepção e às nossas vivências. (...)

Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).

36. (Cespe/Anatel/Analista/2009) O sinal de crase em "oferecidos à nossa

percepção e às nossas vivências" (l.4-5) indica que "oferecidos" tem

complemento regido pela preposição a.

37. (Cespe/Serpro/Advogado/2010) No trecho "vem causando crescente

apreensão às autoridades", a ocorrência do acento grave deve-se à

regência de "apreensão".

38. (Cespe/Serpro/Advogado/2010) "os dados reforçam tendências que vêm

causando crescente apreensão às autoridades atentas à evolução do perfil

da violência no país". Em "autoridades atentas à evolução do perfil da

violência no país", o termo "à" poderia ser substituído, sem prejuízo

gramatical ou de sentido para o texto, por para a.

1 O Brasil e o Paraguai vão discutir a revisão do

Tratado de Itaipu e uma possível renegociação da dívüa de

US$ 19,6 bilhões da hidrelétrica com o Tesouro Nacional.

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Page 82: Regencia verbal-nominal-e-crase

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4 A decisão foi tomada durante um encontro entre os

presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o paraguaio Fernando

Lugo, paralelamente à Cúpula da América Latina e Caribe.

(...)

Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).

39. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em "à

Cúpula" (l.6) justifica-se pela regência de "paralelamente", que exige

preposição a, e pela presença de artigo definido feminino singular.

1 A Alemanha vai enfre ntar a pior recessão desde a

2.a Guerra Mundial e já planeja, para 2009, um novo pacote

de estímulo à economia. (...)

Jamil Chade. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).

40. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em "à

economia" (l.3) justifica-se pela regência de "planeja" (l.2) e pela

presença de artigo definido feminino.

41. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Nos trechos "chegou à sala

de aula" (L.7) e "uma referência à xepa" (L.8), o emprego do sinal

indicativo de crase, opcional em ambos os casos, justifica-se pela

regência, respectivamente, da forma verbal "chegou" e do substantivo

"referência".

42. (FCC/DNOCS/Agente Administrativo/2010) Muitos consumidores não se

mostram atentos necessidade de sustentabilidade do ecossistema e

não chegam boicotar empresas poluentes; outros se queixam de falta

de tempo para se dedicarem alguma causa que defenda o meio

ambiente.

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Page 83: Regencia verbal-nominal-e-crase

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As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por

a) à - a - a

b) à - a - à

c) à - à - a

d) a - a - à

e) a - à - à

43. (FCC/TRE-RN/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2011) Graças

resistência de portugueses e espanhóis, a Inglaterra furou o bloqueio

imposto por Napoleão e deu início campanha vitoriosa que causaria

queda do imperador francês.

Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem dada,

a) a - à - a

b) à - a - a

c) à - à - a

d) a - a - à

e) à - a - à

1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso

da técnica, com transformações profundas das noções de espaço

e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse

4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no

homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento

de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. Nada

7 vemos de semelhante ao que aconteceu, no plano das idéias, em

outro momento de grandes transformações da técnica e também

de grandes descobertas (...)

Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto Novaes (Org.).

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Page 84: Regencia verbal-nominal-e-crase

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Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, p. 14-5 (com adaptações).

44. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) Na linha 7, as relações de regência entre

"semelhante" e "aconteceu" permitem que o trecho "ao que" seja

substituído por àquilo que, sem prejudicar a coerência nem a correção

gramatical do texto.

45. (Cespe/SAD-PE/Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão/2010)

"Mas, diante de cada fato, por mais inelutável que seja, o indivíduo tem

ainda uma opção: pode escolher que significação atribuirá àquele fato". O

acento grave em "àquele" indica que "fato" está empregado de maneira

determinada e específica, comportando o artigo definido.

(...)

país. Para reverter esse quadro, a Federação Brasileira de

Bancos tenta convencer o Congresso Nacional a criar uma

22 legislação específica para punir os delitos eletrônicos,

semelhante àquela adotada há nove anos pela União Europeia.

André Vargas. Assalto.com.br. In: Veja, 24/11/2010 (com adaptações).

46. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) O uso do acento grave no

pronome "àquela" (L.23) é obrigatório.

1 Creio que há evidência contundente em favor do

argumento de que os investimentos públicos em pesquisa

científica têm tido um retorno bastante compensador em

4 termos da utilização para o bem-estar social dos progressos

científicos obtidos. Por outro lado, creio também que se

pode questionar, não somente quanto à aplicação de

7 conhecimentos científicos com fmalüades destrutivas ou

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Page 85: Regencia verbal-nominal-e-crase

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nocivas à humanidade e à natureza, mas também quanto à

distribuição desses benefícios entre diferentes setores da sociedade.

(...)

Samuel Macdowell. Responsabilidade social

dos cientistas. In: Estudos Avançados, vol. 2, n.° 3,

São Paulo, set.-dez./1988 (com adaptações).

47. (Cespe/Inpe/Tecnologista/2009) As ocorrências de crase em "à aplicação"

(l.6) e "à humanidade e à natureza" (l.8) justificam-se pelo uso

obrigatório da preposição a nos complementos de "questionar" (l.6).

(...) Enfrentam-se, teoricamente e na

prática, as manifestações de saúde, a qual é alterada no seio da

10 sociedade devido aos efeitos da desiguallade da distribuição

dos bens produzidos, à aquisição de uma multiplícidade de

conhecimentos e d erros, às possibiliades de domínio dos

13 territórios e comportamentos e ao choque contínuo dos

conflitos. (...)

Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho.

In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.o 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações).

48. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A presença da preposição a

em "à aquisição" (l.11), "às possibilidades" (l.12) e "ao choque" (l.13) é

exigida por "Enfrentam-se" (l.8); por isso, sua repetição é importante,

pois explicita as relações entre termos tão distantes no período sintático.

(...)

34 O fenomenal crescimento da economia mundial no

decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias

fósseis, provocou um aquecimento global de consequências

37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro

considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais

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Page 86: Regencia verbal-nominal-e-crase

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podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de

40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios;

de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais

do Brasil — ocupam 57%% das terras agriculturáveis,

43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para

plantar.

(...)

Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.

Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

49. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O emprego do sinal

indicativo de crase na expressão "à espera" (l.43) é obrigatório; portanto,

sua retirada acarretaria prejuízo ao sentido do texto.

50. (FCC/TRT 2a Região/Analista Judiciário/2009) Atente para as seguintes

frases:

I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de

um notório extrovertido.

II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem

notar; também as tímidas chamam a atenção.

III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar

a atenção de todos.

Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em

a) II e III.

b) I e II.

c) I e III.

d) I.

e) III.

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51. (FCC/DPE-RS/Defensor Público/2011) A crase é facultativa em SOMENTE

uma alternativa abaixo.

a) ...por toda sua carreira graças a pontas de cigarro... (linhas 2 e 3)

b) ...chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. (linhas 54 e

55)

c) ...receber pena de 25 anos a prisão perpétua... (linha 20)

d) ...ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro... (linha 49)

e) ...dentro de seu carro em frente a sua casa... (linhas 7 e 8)

1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção

à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração

dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os

4 agravos à sua saúde, quando ou desencadeados

pelo exercício do trabalho. (...)

Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios

éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações).

52. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Na linha 3, não se usa o

acento grave na preposição a, logo depois de "visando", porque o verbo

"evitar" não admite o artigo definido feminino.

53. (FCC/TRT 14a Região (RO e AC)/Técnico Judiciário/Tecnologia da

Informação/2011) É difícil ficar indiferente causa defendida por

algumas organizações não governamentais que ajudam captar

recursos para preservar cultura de tribos da floresta amazônica.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) a - à - à

b) à - a - a

c) à - a - à

d) à - à - a

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Page 88: Regencia verbal-nominal-e-crase

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e) a - à - a

54. (FCC/TRT 7a Região/Técnico Judiciário/2009) Pela internet, um grupo de

jovens universitários buscou a melhor formar de ajudar vítimas de

enchentes em Santa Catarina, e um deles foi Itapema, disposto

colaborar na reconstrução da cidade.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por:

a) as - a - à

b) as - a - a

c) às - à - a

d) as - à - à

e) às - a - à

55. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2010) Sem nada perguntar

ninguém, o rapaz dirigiu-se um canto da sala, espera de ser

chamado pela atendente.

a) a - a - a

b) a - a - à

c) a - à - à

d) à - à - a

e) à - a - a

56. (FCC/TRT 15a Região/Técnico Judiciário/2009)

A frase inteiramente correta quanto ao emprego ou ausência do sinal de

crase é:

a) O ensino permanente deve oferecer às pessoas os meios de superar

obstáculos, para atingir os objetivos a que se propõem.

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Page 89: Regencia verbal-nominal-e-crase

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b) Apesar da obrigatoriedade de crianças entre 7 e 14 anos irem a escola,

boa parte delas é incapaz de escrever um bilhete à um amigo.

c) Atender a todas as crianças, tornando-as capacitadas à uma vida digna e

confortável, deve ser o objetivo maior de uma escola.

d) Uma educação de qualidade oferece à qualquer pessoa as condições

essenciais à entrada ou à permanência no mercado de trabalho.

e) A medida que se avança na melhoria do sistema de ensino, é possível

oferecer boas condições de trabalho à muitas pessoas.

57. (FCC/TRT 24a Região (MS)/Técnico Judiciário/Tecnologia da

Informação/2011) Considere as frases seguintes:

I. As inovações no ramo da estética permitem um grande número de

pessoas se sentirem mais belas.

II. Sempre existiu preocupação com a beleza, embora mudem os critérios

que ela obedece.

III. A beleza, parte alguns exageros, deve ser bus- cada até mesmo com

intervenções cirúrgicas.

As lacunas das frases acima estarão corretamente preenchidas,

respectivamente, por:

a) à - a - à

b) a - a - a

c) a - à - à

d) à - à - a

e) a - a - à

58. (Cespe/MPU/Analista Atuarial/2010) "Estudos a respeito de riqueza e

pobreza ora dão quitação a classes pela forma quantitativa da ordem do

ganho econômico, ora pelo grau de consumo na sociedade capitalista". A

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ausência de sinal indicativo de crase no segmento "a classes" indica que

foi empregada apenas a preposição a, exigida pelo verbo dar, sem haver

emprego do artigo feminino.

59. (Cespe/TRE-MT/Analista Administrativo/2010) "É preciso partir da vida.

Mas não vida em geral, e sim da vida hoje, no contexto contemporâneo,

frente a duas tendências contrapostas que nos obrigam a repensar". A

coerência e a correção gramatical do texto serão preservados caso se

proceda à inserção do sinal indicativo de crase em "a duas".

60. (Cespe/TRE-ES/Técnico - Operação de Computadores/2011 - adaptada)

Considerando que o item seguinte é parte de um texto adaptado do jornal

Estado de Minas de 29/11/2010, julgue-o com referência à correção

gramatical.

A lei impede a justiça eleitoral de conceder registro a candidatura à cargos

eletivos dos condenados em decisão colegiada por crimes contra a vida, o

patrimônio e a administração pública, a economia popular, o meio

ambiente, a saúde pública e o sistema financeiro, assim como por abuso

de autoridade, lavagem de dinheiro e atentado à dignidade sexual, entre

outros.

61. (FCC/TRT 23a Região (MT)/Técnico Judiciário/Tecnologia da

Informação/2011) Gabriel Garcia Marquez cresceu em meio ... plantações

de banana de Arataca, situada ... poucos quilômetros do vilarejo de

Macondo, que ele se dedicou ... retratar na obra Cem anos de solidão.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) as - à - a

b) as - à - à

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Page 91: Regencia verbal-nominal-e-crase

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c) às - a - a

d) às - à - à

e) as - a - à

62. (FCC/TRE-PI/Analista Judiciário/2009) A frase inteiramente correta,

considerando-se a presença ou a ausência do sinal de crase, é:

a) A mentira, mesmo justificada por certas circunstâncias, pode ser

desmascarada à qualquer momento, à vista dos fatos apresentados.

b) Submetida a avaliação da opinião popular, a política deve pautar-se pela

lisura e pela veracidade voltadas para à resolução de conflitos.

c) Quanto a defesa da ética, ela é sempre necessária, à fim de que a ação

política seja vista como verdadeira representação da vontade popular.

d) Os governados, como preceituam as normas democráticas, têm direito a

informações exatas e submetidas à verdade dos fatos.

e) A verdade dos fatos políticos está subordinada, segundo pensadores, à

uma lógica particular, à depender dos objetivos do momento.

63. (FCC/TRT 1a Região (RJ)/Analista Judiciário/Arquivologia/2011)

pessoas de fora, estranhas cidade, a vida urbana exerce uma

constante atração, apesar dos congestionamentos e dos altos indices de

violência, inevitáveis sob condições urbanas de alta densidade

demográfica.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) Às - à - as

b) As - à - às

c) As - a - às

d) Às - a - às

e) As - à - as

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Page 92: Regencia verbal-nominal-e-crase

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64. (FCC/TRE-RN/Analista Judiciário/Biblioteconomia/2011) O valor que

atribuímos coisas é resultado, não raro, de uma história pessoal e

intransferível, de uma relação construída em meio a acidentes e percalços

fundamentais. Assim, nosso apreço por elas não corresponde

absolutamente valorização que alcançariam no mercado, esse deus

todo-poderoso, que, no entanto, resta impotente quando ao valor

econômico se superpõe afeição.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada,

a) às - à - a

b) as - à - a

c) as - a - à

d) às - a - a

e) às - à - à

65. (Cespe/Previc/Técnico Administrativo/2011) Na linha 21, a supressão do

termo 'essas', em 'a essas intervenções externas', provocaria a

necessidade do uso do acento indicativo de crase em 'a'.

66. (FCC/TRT 24a Região (MS)/Analista Judiciário/Área Judiciária/2011)

Justifica-se plenamente o emprego de ambos os sinais de crase em:

a) Ela pode voltar à qualquer momento, fiquemos atentos à sua chegada.

b) Dispôs-se à devolver o livro, à condição de o liberarem da multa por

atraso.

c) Postei-me à entrada do cinema, mas ela faltou também à esse

compromisso.

d) Àquela altura da velhice já não assistia à filmes trágicos, apenas aos de

humor.

e) Não confie à priminha os documentos que obtive à revelia do nosso

advogado.

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(...)

16 informação. "Tudo o que eu aprendo está sujeito à imediata

erosão", afirma. Isso provoca o que o autor chama de "llquidez

(...)

Mao Barros e Victor Guy. A Internet e a mente. In:

Época Negócios, abr./2010, p. 82 (com adaptações).

67. (Cespe/FUB/Médico/2011) O uso do sinal indicativo de crase em 'à

imediata erosão' (L.16-17) é obrigatório.

Considerando que os fragmentos apresentados nos próximos dois itens

constituem partes sucessivas de um texto de Jamil Chade (O Estado de

S. Paulo, 18/12/2008), julgue-os quanto à correção gramatical.

68. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A notícia obrigou a chanceler Angela

Merkel anunciar um novo pacote de incentivo a economia que será

implementado à partir de janeiro. O pacote incluiria bilhões de euros para

obras de infraestrutura, comunicações e renovações de escolas.

69. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Ataques à Merkel estão fazendo que ela

perca popularidade, mesmo diante do pacote de mais de US$ 60 bilhões e

incentivos fiscais anunciados em novembro. Ela ainda é vista como tendo

hesitando em apoiar um estrategismo europeu de combate a crise.

Considerando que o fragmento constitui parte de um texto adaptado de O

Globo (18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical.

70. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em nota, a OPEP justificou o corte,

afirmando que "o volume de petróleo que entra no mercado continua bem

acima da demanda atual". Além disso, "o impacto da grave retração da

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economia global levou a destruição da demanda, resultando em uma

pressão de queda com os preços sem precedentes".

71. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 - adaptada) O trecho seguinte é

adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. Julgue-o

quanto à correção gramatical.

"A capacidade de atingir milhões de pessoas em apenas alguns segundos

[falando sobre a internet] significa uma ferramenta de valor inestimavel,

que já mostrou toda sua eficiência na eleição

norte-americana que levou Barack Obama a Casa Branca, em um

processo que foi visto como uma revolução na maneira de fazer

campanha."

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. Certo 30. C 59. Errado

2. E 31. Certo 60. Errado

3. B 32. B 61. C

4. Errado 33. Certo 62. D

5. Certo 34. D 63. A

6. Errado 35. A 64. A

7. Certo 36. Certo 65. Errado

8. Certo 37. Errado 66. E

9. Errado 38. Certo 67. Errado

10. Errado 39. Certo 68. Errado

11. Certo 40. Errado 69. Errado

12. Errado 41. Errado 70. Errado

13. D 42. A 71. Errado

14. E 43. C

15. C 44. Certo

16. B 45. Errado

17. D 46. Certo

18. Errado 47. Errado

19. Errado 48. Errado

20. Errado 49. Certo

21. Errado 50. A

22. Errado 51. E

23. A 52. Certo

24. E 53. B

25. D 54. B

26. D 55. B

27. E 56. A

28. B 57. E

29. Errado 58. Certo

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