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Aula 02 Regime Jurídico Único p/ INSS - Técnico do Seguro Social - 2016 (Com videoaulas) Professor: Daniel Mesquita

Regime Jurídico - 02

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2015

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  • Aula 02

    Regime Jurdico nico p/ INSS - Tcnico do Seguro Social - 2016 (Com videoaulas)

    Professor: Daniel Mesquita

  • Direito Administrativo p/ INSS Tcnico do Seguro Social.

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    Aula 02: DIREITOS E VANTAGENS DOS SERVIDORES PBLICOS

    SUMRIO

    1. INTRODUO AULA 02 2

    2. DIREITOS E VANTAGENS DOS SERVIDORES PBLICOS 2

    2.1 VENCIMENTO E REMUNERAO 2 2.2 VANTAGENS 14 2.3 INDENIZAES 16 2.4 GRATIFICAES E ADICIONAIS 23 2.5 FRIAS 39 2.6 LICENAS 42 2.7 AFASTAMENTOS E CONCESSES 59

    3. DO DIREITO DE PETIO 76

    4. RESUMO DA AULA 79

    5. QUESTES 88

    6. REFERNCIAS 99

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    1. Introduo aula 02

    Bem vindos nossa Aula 02 de Direito Administrativo preparatrio

    para o concurso do INSS Tcnico do Seguro Social. Nesta aula, vamos abordar um tema importante da matria: LEI

    n 8.112/1990 Dos direitos e vantagens. Do tempo de servio. Do direito de petio..

    Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a

    prova. Lembre-se: o planejamento fundamental.

    Outra medida fundamental que voc deve adotar a leitura da

    Lei n. 8.112/90 sem preguia! LEIA A LEI! ESTUDE AS AULAS RELATIVAS LEI 8.112/90 COM O TEXTO DA NORMA AO LADO.

    Chega de papo, vamos luta!

    2. Direitos e vantagens dos Servidores Pblicos

    Alm de estarem previstos na Constituio Federal, os direitos dos

    servidores pblicos federais esto previstos tambm no diploma legal

    que estatui o regime jurdico dos servidores pblicos da Unio, a Lei

    8.112/90. Lembrando que da competncia de cada ente federativo

    legislar sobre o regime jurdico de seus servidores.

    Dentre os direitos dos servidores pblicos esto as frias,

    licenas, vencimento ou remunerao, a aposentadoria, entre outros

    que falaremos adiante.

    2.1 Vencimento e remunerao

    VENCIMENTO, nos termos do art. 40 da Lei 8112/90, a

    retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico. Muito cuidado

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    meus caros!!! vedada a prestao de servios gratuitos, salvo os

    previstos em lei. Confira o dispositivo da Lei 8112/90:

    A Lei 8112/90 conceitua ainda, no art. 41, a REMUNERAO

    como o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens

    pecunirias permanentes estabelecidas em lei

    REMUNERAO = VENCIMENTO + VANTAGENS.

    Segundo Fernanda Marinela, a remunerao pode tambm

    denominada de YHQFLPHQWRS (no vencimento que a parcela EiVLFDpYHQFLPHQWRV que igual a remunerao).

    REMUNERAO = VENCIMENTOS

    Para a professora, alm da remunerao/vencimentos, h outra

    modalidade remuneratria introduzida com a Reforma Administrativa de

    1998: o subsdio.

    Subsdio uma retribuio mensal do servidor constituda por

    uma parcela nica, sendo vedados aditamentos ou acrscimos de

    qualquer espcie (art. 39, 4, CF).

    SUBSDIO = PARCELA NICA

    A retribuio por subsdio foi fixada na CF para os seguintes

    cargos pblicos: chefes do Poder Executivo de todas as ordens polticas

    (=prefeitos, governadores, Presidente da Repblica); auxiliares

    imediatos do Poder Executivo (Secretrio de Estado); membros do

    Poder Legislativo (vereadores, deputados e senadores); magistrados

    federais e estaduais (juzes, desembargadores, ministros de tribunais

    superiores e STF); membros do MP (promotores, procuradores de

    justia e procuradores da repblica); ministros e conselheiros dos

    Art. 4o proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

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    Tribunais de Contas; membros da AGU (advogados da Unio,

    procuradores federais e procuradores da Fazenda Nacional);

    procuradores federais e estaduais (procuradores de Estado); defensores

    pblicos; servidores policiais (delegados, por exemplo); demais

    servidores organizados em carreira, desde que a lei que disciplina sua

    remunerao opte pelos subsdio.

    Vamos falar agora sobre algumas regras IMPORTANTES que

    devem ser seguidas quanto remunerao.

    1) Lei especfica;

    Em geral, sua fixao tem que ser por meio de lei especfica para

    cada cargo, emprego ou funo, aps prvia dotao oramentria e

    autorizao especfica na lei de diretrizes oramentrias. ATENO para

    a exceo: em algumas hipteses expressas na CF, a remunerao no

    ser definida por lei e sim por decreto legislativo, como no caso do

    Presidente da Repblica, Ministros de Estado, Senadores e Deputados

    Federais, alm dos Vereadores.

    2) Isonomia de vencimentos;

    O art. 37, XII, da CF disps que os vencimentos dos cargos

    administrativos dos Poderes Legislativo e Judicirio no podero ser

    superiores aos de seus correspondentes no Poder Executivo. O

    propsito do constituinte foi evitar as disparidades entre os Poderes e

    entre os cargos, funes ou empregos idnticos. O art. 41, 4, da Lei

    n 8.112/90, foi criado para o mesmo sentido: 4o assegurada a

    isonomia de vencimentos para cargos de atribuies iguais ou

    assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos trs Poderes,

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    ressalvadas as vantagens de carter individual e as relativas natureza

    ou ao local de trabalho..

    3) Princpio da irredutibilidade;

    O art. 37, XV, CF e art. 41, 3, da Lei n 8.112/90 assim

    disciplinam:

    &RQVWLWXLomR ;9 - o subsdio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos pblicos so irredutveis, ressalvado o disposto nos incisos ;,H;,9GHVWHDUWLJRHQRVDUWV,,,,,H,

    /HL Q 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das

    vantaJHQVGHFDUiWHUSHUPDQHQWHpLUUHGXWtYHO

    Tal garantia da irredutibilidade s vlida quando a retribuio

    paga ao servidor legal, fixada com obedincia s exigncias

    constitucionais e legais!!! Ademais, observe que esse princpio no

    protege a remunerao dos abalos da inflao, da incidncia dos

    tributos, da reduo para adequao ao teto remuneratrio. Alm disso,

    no caso de mudana nas verbas indenizatrias e nas gratificaes e

    adicionais, no h violao do princpio, por decorrerem de prestao

    especial de servio, em razo de circunstncias especficas e,

    normalmente, temporrias.

    De olho na jurisprudncia do STF!!!

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    Foto extrada de:

    http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/bancoImagemFotoAudiencia/bancoImagemFotoA

    udiencia_AP_284467.jpg

    O STF reconheceu que o direito de irredutibilidade da

    remunerao no impede a mudana na forma de clculo, desde que

    no cause reduo nominal dos valores, no existindo para o servidor

    pblico direito adquirido forma como so calculadas as suas

    remuneraes (Repercusso Geral Mrito RE 563965/RN, STF Tribunal Pleno, Rel. Min. Crmem Lcia, julgamento 11.02.2009, DJe:

    19.03.2009).

    O STF possui entendimento consolidado no sentido de que o

    servidor pblico no tem direito adquirido de manter o regime jurdico

    existente no momento em que ingressou no servio pblico. No

    entanto, as mudanas no regime jurdico do servidor no podem reduzir

    a sua remunerao, considerando que o art. 37, XV, da CF/88 assegura

    o princpio da irredutibilidade dos vencimentos (STF. Plenrio. MS

    25875/DF, Rel. Min. Marco Aurlio, julgado em 9/10/2014)

    4) Proibio de vinculao e equiparao de quaisquer espcies

    remuneratrias (art. 37, XIII, CF)

    Finalidade: evitar os aumentos em cascata, que ocorrem quando

    uma classe de servidores beneficiada com um reajuste e as demais

    tambm conseguem a vantagem de forma indireta.

    Ateno para os conceitos, segundo Marinela:

    9LQFXODomR UHODomR GH FRPSDUDomR YHUWLFDO XP FDUJRinferior (menores atribuies e complexidade) vincula-se a

    outro superior, para efeito de retribuio, de sorte que,

    aumentando-se os vencimentos de um, os do outro tambm

    ficam automaticamente majorados, para guardar a mesma

    distncia preestabelecida.

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    (TXLSDUDomRUHODomRGHFRPSDUDoo horizontal): equipara-se cargos de denominao e atribuies diversas, considerando-se

    iguais para fins de lhes conferirem os mesmos vencimentos, de

    tal sorte que, aumentando-se o padro do cargo-paradigma,

    automaticamente o do outro fica tambm majorado na mesma

    proporo.

    5) Reviso de remunerao;

    O art. 37, X, da CF, estabelece o direito subjetivo de reviso da

    remunerao dos agentes pblicos, devendo essa ser geral, anual,

    sempre na mesma data e sem distino de ndices. Essa reviso tem a

    finalidade: reajustar genericamente todos os vencimentos e recompor a

    perda do poder aquisitivo do servidor em decorrncia da inflao.

    Sobre esse ponto, muito interessante acompanhar o RE 565089,

    em julgamento na sistemtica da repercusso geral pelo Supremo

    Tribunal Federal, no qual se discute se o Estado tem o dever de

    indenizar os servidores por no ter editado a lei de reviso geral anual

    dos vencimentos. No momento, o julgamento tem 3 votos para

    determinar o dever do Estado de indenizar os servidores pelas perdas

    da inflao no recompostas pelo Estado diante de seu dever

    constitucional do art. 37, X, da Constituio. H, ainda, 4 votos

    contrrio a esse entendimento. Leia a notcia no site do Supremo:

    http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idCont

    eudo=276612

    6) Limites remuneratrios;

    H limites remuneratrios mnimo e mximo, nos termos do art.

    37, XI, da CF.

    No que tange ao limite mnimo, o art. 41, 5, da Lei n

    8.112/90, estabelece que nenhum servidor receber remunerao

    inferior ao salrio mnimo.

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    Segundo a Smula Vinculante n 16 do STF, a remunerao total

    do servidor no pode ser inferior ao salrio-mnimo, mas o salrio-base

    pode. IMPORTANTE LEMBRAR TAMBM QUE: no caso das praas

    prestadoras de servio militar inicial, no viola a Constituio o

    estabelecimento de remunerao inferior ao salrio-mnimo (Smula

    Vinculante n 6 do STF).

    Quanto ao limite mximo, aplicam-se o teto remuneratrio geral,

    que a remunerao dos Ministros do STF, e os subtetos da Unio

    (remunerao dos Ministros do STF tambm), dos Estados e DF (no

    Executivo, subsdio do Governador; no Legislativo, subsdio dos

    Deputados Estaduais e Distritais; no Judicirio, subsdio dos

    Desembargadores do TJ, no limite de 90,25% da remunerao dos

    Ministros do STF, aplicvel tambm para Membros do MP, Procuradores

    e Defensores Pblicos) e dos Municpios (remunerao do Prefeito).

    ATENO PARA AS VERBAS QUE FICAM EXCLUDAS DO TETO!!!

    9HUEDV GH natureza indenizatria, em razo de visarem recomposio de uma despesa tida pelo servidor na prestao

    do servio e de carter transitrio

    Direitos sociais como o 13 salrio, o tero constitucional de frias, o adiantamento de frias, o trabalho extraordinrio,

    alm de outros previstos no art. 39, 3, da CF

    Abono de permanncia em servio (pago ao servidor que, j tendo os requisitos para se aposentar, decide continuar

    trabalhando)

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    ([HUFtFLR GRmagistrio (art. 8, II, a, da Resoluo CNJ n 13/2006)

    7) Pagamentos em atraso;

    Atualmente, a posio dominante que incide atualizao

    monetria sobre os valores atrasados, com a finalidade de impedir que

    a remunerao sofra reduo em seu valor real provocada pelo decurso

    do tempo e peODLQIODomR1HVWHVHQWLGRD6~PXODQGR67)1mRofende a Constituio a correo monetria no pagamento com atraso

    GRVYHQFLPHQWRVGHVHUYLGRUHVS~EOLFRV Qual o ndice utilizado na correo monetria??? Segundo entende

    o STJ, o INPC, por ser o ndice que melhor reflete a realidade

    inflacionria (REsp 1.097.672/PR, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES

    LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 21/05/2009, DJe 15/06/2009).

    Alm da correo monetria, o atraso tambm gera incidncia de

    juros de mora, os quais se limitam a 6% ao ano (art. 1-F da Lei n

    9.494/97, dispositivo reconhecido como constitucional pelo STF).

    ATENO!!! A possibilidade de o servidor pblico pleitear

    remunerao prescreve em cinco anos (Decreto n 20.910/32)!!!

    8) Descontos;

    Os descontos so possveis em caso de falta sem motivo

    justificado e de atrasos, sendo, neste caso, proporcionais, desde que

    no tenha havido compensao autorizada pela chefia (art. 44 da Lei n

    8.112/90).

    Consignao em folha possvel a critrio do administrador,

    quando autorizado pelo servidor.

    Em razo de possuirem natureza alimentar, o vencimento, a

    remunerao e o provento no podem ser objeto de penhora, arresto e

    seqestro, salvo por dbito alimentar (art. 48 da Lei n 8.112/90).

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    Veja os dispositivos pertinentes da Lei n. 8.112/90:

    Art. 44. O servidor perder: I - a remunerao do dia em que faltar ao servio, sem motivo

    justificado; II - a parcela de remunerao diria, proporcional aos atrasos,

    ausncias justificadas, ressalvadas as concesses de que trata o art. 97, e sadas antecipadas, salvo na hiptese de compensao de horrio, at o ms subseqente ao da ocorrncia, a ser estabelecida pela chefia imediata.

    Pargrafo nico. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de fora maior podero ser compensadas a critrio da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exerccio.

    Art. 45. Salvo por imposio legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidir sobre a remunerao ou provento. (Vide Decreto n 1.502, de 1995) (Vide Decreto n 1.903, de 1996) (Vide Decreto n 2.065, de 1996) (Regulamento) (Regulamento)

    Pargrafo nico. Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao em folha de pagamento a favor de terceiros, a critrio da administrao e com reposio de custos, na forma definida em regulamento.

    Art. 46. As reposies e indenizaes ao errio, atualizadas at 30 de junho de 1994, sero previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo mximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    1o O valor de cada parcela no poder ser inferior ao correspondente a dez por cento da remunerao, provento ou penso.

    2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no ms anterior ao do processamento da folha, a reposio ser feita imediatamente, em uma nica parcela.

    3o Na hiptese de valores recebidos em decorrncia de cumprimento a deciso liminar, a tutela antecipada ou a sentena que venha a ser revogada ou rescindida, sero eles atualizados at a data da reposio.

    Art. 47. O servidor em dbito com o errio, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ter o prazo de sessenta dias para quitar o dbito.

    Pargrafo nico. A no quitao do dbito no prazo previsto implicar sua inscrio em dvida ativa.

    Art. 48. O vencimento, a remunerao e o provento no sero objeto de arresto, seqestro ou penhora, exceto nos casos de prestao de alimentos resultante de deciso judicial.

    Questes de concurso

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    1. (CESPE 2012 ANAC Especialista em Regulao de Aviao Civil) Entende-se por remunerao o vencimento do cargo

    efetivo, acrescido das vantagens pecunirias permanentes previstas em

    lei.

    $TXHVWmRWUD]TXDVHTXHDOLWHUDOLGDGHGRDUWFDSXWGD/HLn 8.112/90. Portanto, est CERTA.

    2. (CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judicirio - Conhecimentos

    Bsicos - Cargos 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12) O vencimento do cargo efetivo,

    acrescido das vantagens de carter permanente, irredutvel, salvo nos

    casos de calamidade pblica ou guerra externa.

    Pessoal, cuidado com essa questo, ok? O vencimento do cargo

    efetivo, acrescido das vantagens de carter permanente, irredutvel,

    sendo vedado o recebimento de remunerao inferior ao salrio mnimo

    (art. 41, 5, do Estatuto). Entretanto, o princpio da irredutibilidade

    de vencimentos no absoluto, podendo haver reduo de

    remunerao nos casos de adaptao de valores ao teto constitucional

    ou sistema de pagamento por subsdios (art. 37, XV, da CF).

    Gabarito: errado.

    3. (CESPE - 2011 - STM - Analista Judicirio) A remunerao

    de servidor pblico pode ser fixada ou alterada apenas mediante lei

    especfica.

    O artigo 37, X, da CF, nos fala que a remunerao dos servidores

    pblicos e o subsdio de que trata o 4 do art. 39 somente podero

    ser fixados ou alterados por lei especfica. Item CERTO.

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    4. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Tcnico Judicirio) O

    vencimento, a remunerao e o provento de um servidor somente

    podem ser objeto de penhora nos casos de indenizao ao errio e

    prestao alimentcia que resultem de deciso judicial.

    A Lei 8.112 coloca que o vencimento, a remunerao e o provento

    no sero objeto de arresto, seqestro ou penhora, exceto nos casos de

    prestao de alimentos resultante de deciso judicial. Gabarito: errado.

    5. (CESPE 2014 Cmara dos Deputados Consultor Legislativo rea VIII) O valor do soldo de um militar pode ser inferior ao

    salrio mnimo, desde que a remunerao total percebida pelo militar,

    j consideradas as vantagens pecunirias, seja igual ou superior ao

    salrio mnimo.

    possvel fixar o soldo em valor inferior ao do salrio mnimo,

    desde que a remunerao total percebida pelo militar, j consideradas

    as vantagens pecunirias, seja igual ou superior quele valor. Conforme

    os arts. 7, IV, e 39, 3, da CF, nenhum servidor pblico ativo ou

    inativo poder receber remunerao mensal inferior ao salrio mnimo,

    no vigorando essa restrio ao vencimento bsico, como no caso do

    soldo (REsp 1.186.889-DF, Segunda Turma, DJ 2/6/2010. AgRg

    no AREsp 258.848-PE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em

    7/2/2013). A questo est em consonncia com a jurisprudncia do

    STJ, logo est CERTA.

    6. (CESPE 2014 Cmara dos Deputados Consultor Legislativo rea VIII) A absoro da vantagem pessoal nominalmente

    identificada pelos acrscimos remuneratrios decorrentes da progresso

    na carreira de servidor pblico federal ofende o princpio da

    irredutibilidade de vencimentos.

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    De acordo com a jurisprudncia do STJ, a absoro da vantagem

    pessoal nominalmente identificada (VPNI) pelos acrscimos

    remuneratrios decorrentes da progresso na carreira no importa

    reduo nominal de vencimentos, no havendo portanto ofensa ao

    princpio da irredutibilidade vencimental (AgRg no REsp 1367494 RS

    2013/0033731-9 Relator(a): Ministro HERMAN BENJAMIN Julgamento:

    02/05/2013). Portanto, a questo est ERRADA.

    7. (CESPE 2013 STF Analista Judicirio rea Administrativa) O clculo de gratificaes e outras vantagens do

    servidor pblico no deve incidir sobre o abono utilizado para se atingir

    o salrio mnimo, pois tal prtica equivaleria utilizao do salrio

    mnimo como indexador automtico de remunerao.

    A questo est de acordo com a Smula Vinculante n 15 do STF:

    O clculo de gratificaes e outras vantagens do servidor pblico no

    incide sobre o abono utilizado para se atingir o salrio mnimo..

    Portanto, est CERTA.

    8. (CESPE 2013 Telebras Nvel Superior) O servidor pblico no tem direito adquirido a regime jurdico, sendo-lhe

    assegurada, pelo ordenamento constitucional ptrio, a irredutibilidade

    de vencimentos, de forma que no h impedimento para que a

    administrao promova alteraes na composio dos seus

    vencimentos, retire vantagens, gratificaes e reajustes ou, ainda,

    modifique a forma de clculo de parcela da remunerao, desde que

    isso no acarrete decesso remuneratrio.

    A questo est CERTA, uma vez que se encontra em consonncia

    com a jurisprudncia dos Tribunais Superiores (RE 658937

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    Relator(a):Min. LUIZ FUXJulgamento:30/04/2012Publicao:DJe-091

    DIVULG 09/05/2012 PUBLIC 10/05/2012).

    9. (CESPE 2013 MI Assistente Tcnico Administrativo) Os vencimentos dos servidores pblicos podem ser

    objeto de arresto, sequestro e penhora para pagamento de dvidas

    comerciais.

    O vencimento, a remunerao e o provento no sero objeto de

    arresto, seqestro ou penhora, exceto nos casos de prestao de

    alimentos resultante de deciso judicial (art. 48 da Lei n 8.112/90).

    Logo, o item est INCORRETO.

    2.2 Vantagens

    Vejamos o que diz Hely Lopes Meirelles em sua classificao:

    9DQWDJHQV SHFXQLirias so acrscimos ao vencimento do servidor, concedidas a ttulo definitivo ou transitrio, pela decorrncia do tempo

    de servio (ex facto temporis), ou pelo desempenho de funes

    especiais (ex facto officii), ou em razo das condies anormais em que

    se realiza o servio (propter laborem), ou, finalmente, em razo de

    condies pessoais do servidor (propter personam). As duas primeiras

    espcies constituem os adicionais (adicionais de vencimento e adicionais

    de funo), as duas ltimas formam a categoria das gratificaes de

    servio e gratificaes pessoais). Consideramos vantagens os acrscimos ao vencimento base por

    consequncia de algum fato que d direito ao servidor ao seu

    recebimento.

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    De uma forma bem simplificada Marcelo Alexandrino e Vicente

    3DXOR DLQGD FODVVLILFDP FRPR TXDOTXHU YDORU UHFHELGR TXH QmR VHHQTXDGUHQDGHILQLomRGHYHQFLPHQWR

    IMPORTANTE LEMBRAR DA PROIBIO DO EFEITO CASCATA!!! As

    vantagens pecunirias no podem ser computadas, nem acumuladas,

    para efeito de concesso de quaisquer outros acrscimos pecunirios

    ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento (art. 37, XIV, CF

    e art. 50 da Lei n 8.112/90).

    Em relao ao reajuste das vantagens pecunirias, o STF editou a

    Smula Vinculante n 4: 6Dlvo nos casos previstos na Constituio, o salrio-mnimo no pode ser usado como

    indexador de base de clculo de vantagem de servidor pblico

    RXGHHPSUHJDGRQHPVHUVXEVWLWXtGRSRUGHFLVmRMXGLFLDO. Ou seja, no possvel estabelecer um adicional, por exemplo, com um

    percentual sobre o salrio-mnimo.

    E quais so essas vantagens?

    Vale a leitura do artigo 49:

    Seguiremos a ordem de classificao dada pela lei de regime

    jurdico dos servidores pblicos:

    Art. 49. Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizaes; II - gratificaes; III - adicionais.

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    2.3 Indenizaes

    Segundo conceitua Fernanda Marinela, indenizaes

    correspondem aos valores pagos ao servidor para compensar ou

    restituir gastos de que ele precisou dispor para executar o trabalho,

    sendo, portanto, nada mais que uma devoluo dos valores gastos pelo

    agente no exerccio de suas atribuies.

    As indenizaes no fazem parte da remunerao e nem de

    nenhum provento. o que diz a lei 8112/90.

    ATENO PARA OUTRA CARACTERSTICA IMPORTANTE!!! Sobre

    as indenizaes no incidem quaisquer dedues ou nus fiscais, ou

    seja, no incide imposto de renda, por exemplo, j que se trata de

    restituio de patrimnio.

    Os valores e as condies para sua concesso so estabelecidos

    em regulamento.

    So espcies de indenizaes: 1) ajuda de custo, 2) dirias, 3)

    indenizao de transporte e 4) auxlio moradia.

    INDENIZAES = AC + D + IT + AM (Acre deteve Italo amando)

    1) Ajuda de custo (AC)

    Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalao do servidor que, no interesse do servio, passar a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente, vedado o duplo pagamento de indenizao, a qualquer tempo, no caso de o cnjuge ou companheiro que detenha tambm a condio de servidor, vier a ter exerccio na mesma sede.

    O que podemos ter como lio? Primeiro que a Administrao

    dever ter interesse no servio, e segundo que a mudana de

    domiclio dever ser permanente.

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    Isso quer dizer que, no caso da remoo a pedido, no haver

    ajuda de custo, conforme o 3 do art.53 da Lei n 8.112/90, includo

    pela Lei n 12.998/2014 (ATENO PARA A NOVIDADE

    LEGISLATIVA!!!).

    englobado pela ajuda de custo as despesas de transporte do

    servidor e inclusive da sua famlia, compreendendo passagem, bagagem

    e bens pessoais. No pense voc que no h limite para a ajuda de

    custo. Esta no poder exceder a importncia correspondente a 3

    (trs) meses da remunerao do servidor.

    E se o servidor no se apresentar na nova sede pelo prazo de 30

    dias, este ficar obrigado a restituir a ajuda de custo.

    Por fim se o servidor vier a falecer na nova sede, sua famlia

    pelo pra de 1 ano assegurado a ajuda de custo e transporte para o

    retorno ao seu lar de origem.

    E quele que no servidor da Unio, mas acaba sendo nomeado

    para cargo em comisso, ele recebe ajuda de custo?

    Sim, meus caros, nos termos do seguinte dispositivo da Lei n

    8.112/90:

    E no caso de servidor que se afasta do cargo ou o reassume em

    virtude de mandato eletivo??? cabvel ajuda de custo??? NO,

    justamente porque o mandato eletivo uma situao transitria, sendo

    Art. 56. Ser concedida ajuda de custo quele que, no sendo servidor da Unio, for nomeado para cargo em comisso, com mudana de domiclio.

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    incompattYHOFRPDSHUPDQrQFLDH[LJLGDQRDUWFDSXWGD/HLQ8.112/90.

    De olho na jurisprudncia!!! No caso dos magistrados, a Lei

    Orgnica da Magistratura prev o pagamento de indenizao para

    custeio de despesas com transporte e mudana. Entretanto, apesar de

    falar que a matria seria regulada em lei, esse diploma legal nunca foi

    editado. Por isso, o STF afirmou que possvel aplicar, de forma

    subsidiria, a norma que rege os servidores pblicos federais, quais

    sejam, os arts. 53 e 54 da Lei n 8.112/90, que tratam da ajuda de

    custo (STF. 2 Turma. AO 1656/DF, Rel. Min. Crmen Lcia, julgado em

    5/8/2014).

    2) Dirias (D)

    Confiram a redao do art. 58 da Lei n. 8.112/90:

    Art. 58. O servidor que, a servio, afastar-se da sede em carter eventual ou transitrio para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior, far jus a passagens e dirias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinria com pousada, alimentao e locomoo urbana, conforme dispuser em regulamento.

    Importante ressaltar que a diria de carter eventual e

    transitrio, sendo concedida por dia de afastamento.

    ATENO!!!

    Existem 2 situaes em que a diria devida pela metade:

    4XDQGRRGHVORFDPHQWRQmRH[LJHSHUQRLWHIRUDGDVHGH

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    4XDQGR D 8QLmR FXVWHLD SRU PHLR diverso, as despesas extraordinrios cobertas por dirias.

    2) Alm disso, h 2 casos em que o servidor no faz jus ao

    pagamento de dirias, quais sejam:

    4XDQGRRGHVORFDPHQWRGDVHGHFRQVWLWXLexigncia permanente do cargo, justamente porque a diria de carter eventual e

    transitrio;

    4XDQGR R GHVORFDPHQWR IRU GHQWUR GD mesma regio metropolitana, aglomerao urbana ou microrregio, constitudas por

    municpios limtrofes e regularmente institudas, ou em reas de

    controle integrado mantidas com pases limtrofes, cuja jurisdio e

    competncia dos rgos, entidades e servidores brasileiros considera-se

    estendida. FIQUEM ATENTOS EXCEO!!! No caso de haver pernoite

    fora da sede, sero pagas dirias, sendo sempre as fixadas para os

    afastamentos dentro do territrio nacional.

    Caso o servidor, por qualquer motivo, no se afaste da sede ou

    ainda retorne antes do previsto, dever restituir as dirias no prazo de

    5 dias.

    3) Indenizao de transporte (IT)

    Art. 60. Conceder-se- indenizao de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

    Ressalta-se que o meio de transporte dever ser prprio e

    utilizado para servios externos relacionados com as atribuies

    prprias do cargo ocupado pelo servidor.

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    4) Auxlio moradia (AM)

    A definio do auxilio moradia consta do seguinte dispositivo da

    Lei n. 8.112/90:

    Art. 60-A. O auxlio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um ms aps a comprovao da despesa pelo servidor.

    Guarde com ateno as seguintes informaes sobre o auxlio

    moradia:

    x Valor mximo mensal do auxlio: at 25% do valor do cargo em comisso, funo comissionada ou cargo de Ministro de

    Estado que o agente pblico ocupa;

    x Nunca esse valor pode passar de 25% da remunerao de Ministro de Estado;

    x Valor mnimo mensal do auxlio: independentemente do valor do cargo, o ressarcimento garantido at o valor de

    R$ 1.800,00;

    x Se o servidor falecer, for exonerado, aparecer um imvel funcional para ele ocupar ou se ele adquirir um imvel,

    recebe o auxlio moradia por mais um ms.

    Os requisitos para a concesso do auxlio moradia esto assim

    definidos na Lei n. 8112/90:

    Art. 60-B. Conceder-se- auxlio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: I - no exista imvel funcional disponvel para uso pelo servidor; II - o cnjuge ou companheiro do servidor no ocupe imvel funcional; III - o servidor ou seu cnjuge ou companheiro no seja ou tenha sido proprietrio, promitente comprador, cessionrio ou promitente cessionrio de imvel no Municpio aonde for exercer o cargo, includa a hiptese de lote edificado sem averbao de construo, nos doze meses que antecederem a

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    sua nomeao; IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxlio-moradia; V - o servidor tenha se mudado do local de residncia para ocupar cargo em comisso ou funo de confiana do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, nveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; VI - o Municpio no qual assuma o cargo em comisso ou funo de confiana no se enquadre nas hipteses do art. 58, 3o, em relao ao local de residncia ou domiclio do servidor; VII - o servidor no tenha sido domiciliado ou tenha residido no Municpio, nos ltimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comisso ou funo de confiana, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse perodo; e VIII - o deslocamento no tenha sido por fora de alterao de lotao ou nomeao para cargo efetivo. IX - o deslocamento tenha ocorrido aps 30 de junho de 2006. Pargrafo nico. Para fins do inciso VII, no ser considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comisso relacionado no inciso V.

    ATENO PARA A NOVIDADE LEGISLATIVA!!! A Lei n

    12.998/2014 revogou o art. 60-C da Lei n 8.112/90, que dispunha

    acerca dos prazos que deveriam ser obedecidos na concesso do

    auxlio-moradia!!! Antes da revogao, o benefcio no poderia ser

    concedido por mais de 8 anos dentro de cada perodo de 12 anos,

    porm essa regra foi revogada!!!

    10. (CESPE 2015 - TRE-GO - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) A respeito da Lei n. 8.112/1990, cada um dos

    prximos itens apresenta uma situao hipottica, seguida de uma

    assertiva a ser julgada.

    Questo de concurso

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    Paulo, tcnico judicirio em exerccio na capital do estado de

    jurisdio de um TRE, pediu sua remoo para outra cidade, na mesma

    jurisdio desse tribunal. Nessa situao, se for removido, Paulo no

    ter direito a ajuda de custo.

    Resposta:

    Neste caso, lembre-se que a ajuda s ser paga, caso a remoo

    ocorra por ofcio. Art. 36 inc. I, II e III da lei 8.112/90.

    Gabarito: Errado

    11. (CESPE - 2011 - CNPQ - Analista em Cincia e Tecnologia)

    O auxlio-moradia deve ser concedido a servidor pblico federal que,

    entre outros requisitos, tenha se mudado do local de residncia para

    ocupar cargo em comisso ou funo de confiana do grupo direo e

    assessoramento superiores (DAS), nveis 4, 5 e 6, de natureza especial,

    de ministro de Estado ou equivalentes.

    Veja o que dispe o artigo 60 -B, V, da Le 8112/90:

    $UW-B.Conceder-se- auxlio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos

    V - o servidor tenha se mudado do local de residncia para ocupar cargo em comisso ou funo de confiana do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, nveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de 0LQLVWURGH(VWDGRRXHTXLYDOHQWHV

    Item CERTO.

    12. (CESPE 2014 SUFRAMA Agente Administrativo) Considerando que, no interesse da administrao, um servidor efetivo

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    da SUFRAMA tenha sido removido de ofcio para outra localidade, julgue

    os itens a seguir, considerando que CF corresponde Constituio

    Federal de 1988:

    Cabem administrao as despesas de transporte do servidor e

    de sua famlia para a nova localidade de exerccio, includos os gastos

    com passagem, bagagem e bens pessoais.

    O item traz quase que a literalidade do art. 53, 1, da Lei n

    8.112/90. Logo, est CERTO.

    2.4 Gratificaes e adicionais

    Ao tratarmos das gratificaes e dos adicionais, vemos que

    eles podem fazer parte da remunerao e podero incorpora-se aos

    proventos ou vencimentos, nos casos e condies indicados em lei. So

    eles:

    Art. 61. Alm do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, sero deferidos aos servidores as seguintes retribuies, gratificaes e adicionais: I - retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia e assessoramento; II - gratificao natalina; III - adicional por tempo de servio; (revogado) IV - adicional pelo exerccio de atividades insalubres, perigosas ou penosas; V - adicional pela prestao de servio extraordinrio; VI - adicional noturno; VII - adicional de frias; VIII - outros, relativos ao local ou natureza do trabalho. IX - gratificao por encargo de curso ou concurso.

    Veja que as gratificaes e adicionais so tanto aquelas que so

    devidas a todos os trabalhadores (em decorrncia do art. 7 da

    Constituio: 13, frias, hora extra, adicional noturno e adicional de

    insalubridade ou periculosidade), como aquelas especficas para os

    servidores pblicos (retribuio por exerccio de funo de direo,

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    chefia e assessoramento, bem como a gratificao por encargo de curso

    ou concurso).

    Observe que no h mais o adicional por tempo de servio no

    estatuto, ou seja, no existem PDLV RV IDPRVRV DQXrQLRV HTXLQTXrQLRVQD/HLQ

    Desse rol de gratificaes e adicionais, voc deve ter em mente as

    seguintes informaes bsicas.

    I - retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia e

    assessoramento;

    Todo aquele servidor de cargo efetivo que exerce funo de

    direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso

    ou de Natureza Especial tem direito a uma retribuio pelo exerccio

    dessa funo ou cargo.

    Lembrando que a remunerao dos cargos em comisso ser

    estabelecida por lei especfica.

    Hoje, meus caros, no h mais a incorporao do valor de uma

    funo ou cargo remunerao do servidor. Antigamente isso era

    possvel. O servidor exercia um cargo em comisso por X anos e

    incorporava um percentual sua remunerao pelo resto de sua vida!

    Era muito bom isso!

    Hoje, todas essas incorporaes de cargos e funes foram

    transformadas na famosa Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada

    VPNI. ATENO! O valor da VPNI recebida por um servidor no congelou

    de forma nominal, ela est sujeita s revises gerais de remunerao

    dos servidores pblicos federais e nada mais.

    II - gratificao natalina;

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    A gratificao natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da

    remunerao a que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por

    ms de exerccio no respectivo ano. Perceba que a gratificao natalina

    uma proporo da remunerao (e no do vencimento) do ms de

    dezembro (e no do ms do aniversrio do servidor ou do ms de

    fevereiro!).

    No clculo da gratificao natalina proporcional, para aquele

    servidor que est a menos de um ano no servio pblico, por exemplo,

    a frao igual ou superior a 15 (quinze) dias ser considerada como

    ms integral.

    Recebe a gratificao natalina proporcional aos meses de

    exerccio, da mesma forma, o servidor exonerado. ATENO: Neste

    caso, o clculo da gratificao sobre o valor da remunerao do ms

    da exonerao e no do ms de dezembro! Ela paga at o dia 20 (vinte) do ms de dezembro de cada ano

    e no pode ser considerada para o clculo de qualquer outra vantagem

    pecuniria, ou seja, se uma vantagem pecuniria calculada por um

    percentual sobre a remunerao, a gratificao natalina no entra na

    base de clculo.

    De olho na jurisprudncia!!!

    O servidor temporrio tem direito ao recebimento da gratificao

    natalina??? Segundo o STF, devida a extenso dos diretos sociais

    previstos no art. 7 da Constituio Federal a servidor contratado

    temporariamente, nos moldes do art. 37, inciso IX, da referida Carta da

    Repblica, notadamente quando o contrato sucessivamente renovado

    (AI 767024 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma,

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    julgado em 13/03/2012, PROCESSO ELETRNICO DJe-079 DIVULG 23-

    04-2012 PUBLIC 24-04-2012).

    O adicional pela prestao de servio extraordinrio (hora extra)

    no integra a base de clculo da gratificao natalina dos servidores

    pblicos federais, pois no se enquadra no conceito de remunerao

    do caput do art. 41 da Lei n. 8.112/1990 (REsp 1.195.325-MS, Rel. Min.

    Luiz Fux, julgado em 28/9/2010).

    Em relao tributao incidente sobre a gratificao natalina,

    importante lembrar a Smula n 688 do STF legtima a incidncia da contribuio previdenciria sobre o 13 salrio Alm disso, quanto ao imposto de renda, a jurisprudncia do STJ firmou-se no sentido de que

    os valores recebidos a ttulo de dcimo terceiro salrio (gratificao

    natalina) so de carter remuneratrio, constituindo acrscimo

    patrimonial a ensejar a incidncia do Imposto de Renda (AgRg no REsp

    1489525/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,

    julgado em 20/11/2014, DJe 04/12/2014).

    Segundo entendimento do STJ, a penso alimentcia incide sobre

    o dcimo terceiro salrio e o tero constitucional de frias (AgRg no

    AREsp 27.556/DF, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA,

    julgado em 16/08/2012, DJe 24/08/2012).

    No caso de servidor que esteve em exerccio em dois cargos

    distintos no mesmo ano, correta a interpretao que determina que o

    clculo da gratificao natalina deve se dar de acordo com os meses

    trabalhados em cada cargo (REsp 1035291/PB, Rel. Ministro MARCO

    AURLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 28/02/2012, DJe

    16/03/2012).

    O Superior Tribunal de Justia firmou o entendimento de que os

    ex-parlamentares filiados ao extinto Instituto de Previdncia dos

    Congressistas - IPC no possuem direito gratificao natalina, uma

    vez que inexiste previso legal a amparar tal pretenso. Precedentes do

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    STJ (AgRg no REsp 1205232/DF, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA,

    SEGUNDA TURMA, julgado em 23/08/2011, DJe 06/09/2011).

    IV - adicional pelo exerccio de atividades insalubres,

    perigosas ou penosas;

    Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais

    insalubres ou em contato permanente com substncias txicas,

    radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o

    vencimento do cargo efetivo (definido em lei especfica).

    Preste ateno: esse adicional pago se h habitualidade no

    local insalubre ou contato permanente com essas substncias! Se

    cessou o fato que enseja a insalubridade ou a periculosidade, cessa o

    pagamento.

    Com fundamento nisso, o STJ entende que o adicional noturno, o

    adicional de insalubridade e as horas extras tm natureza propter

    laborem, pois so devidos aos servidores enquanto exercerem

    atividades no perodo noturno, sob exposio a agentes nocivos sade

    e alm do horrio normal, razo pela qual no podem ser incorporados

    aos proventos de aposentadoria, limitados remunerao do cargo

    efetivo. Precedentes (AgRg no REsp 1238043/SP, Rel. Ministro

    HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/04/2011,

    DJe 10/05/2011).

    Outro detalhe: insalubridade tem relao direta com o LOCAL da

    prestao do servio e periculosidade tem relao direta com as

    SUBSTNCIAS que esto em contato com o servidor. Alm disso, temos

    o adicional de atividade penosa, que ser devido aos servidores em

    exerccio em ZONAS DE FRONTEIRA ou em localidades cujas

    CONDIES DE VIDA o justifiquem Assim, temos:

    INSALUBRIDADE LOCAL

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    PERICULOSIDADE SUBSTNCIAS ATIVIDADE PENOSA FRONTEIRA OU CONDIES DE VIDA Se o servidor faz jus aos dois adicionais (periculosidade e

    insalubridade) ele deve optar por um deles.

    A atividade dos servidores em operaes ou locais considerados

    penosos, insalubres ou perigosos ser controlada de forma permanente.

    E o que fazer com a servidora gestante ou lactante que

    desempenha suas funes nessas condies, professor?

    Ela ser afastada, enquanto durar a gestao e a lactao, das

    operaes e locais insalubres e perigosos.

    Na concesso dos adicionais de atividades penosas, de

    insalubridade e de periculosidade, sero observadas as situaes

    estabelecidas em legislao especfica.

    Um interessante detalhe da Lei n. 8.112/90 que os servidores

    que operam com Raios X ou substncias radioativas e seus locais de

    trabalho sero mantidos sob controle permanente, de modo que as

    doses de radiao ionizante no ultrapassem o nvel mximo previsto

    na legislao prpria, sendo submetidos a exames mdicos a cada 6

    (seis) meses.

    De olho na jurisprudncia!!!

    1) Segundo o STF, lei municipal no pode limitar a base de

    clculo de adicional de insalubridade com base no salrio mnimo (Rcl

    10064 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma,

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    julgado em 26/08/2014, PROCESSO ELETRNICO DJe-175 DIVULG 09-

    09-2014 PUBLIC 10-09-2014).

    2) De acordo com julgado do STJ, a mudana da base de

    clculo do adicional de insalubridade no representa ofensa a direito

    adquirido, sendo legtima, desde que no implique reduo de

    vencimentos do servidor pblico. Precedentes (RMS 36.117/RO, Rel.

    Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/04/2013,

    DJe 26/04/2013).

    3) O STJ entende que os afastamentos dos servidores pblicos

    federais em virtude de frias so considerados como perodos de efetivo

    exerccio, incidindo sobre as frias o adicional de periculosidade (REsp

    536.104-RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em

    28/6/2007).

    4) O Superior Tribunal de Justia entende que incide a

    contribuio previdenciria sobre salrio-maternidade, horas extras,

    adicional noturno de insalubridade e periculosidade pagos pelo

    empregador, por possuir natureza indenizatria (AgRg no REsp

    1476609/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,

    julgado em 20/11/2014, DJe 28/11/2014). Alm disso, incide Imposto

    de Renda sobre os valores recebidos a ttulo de adicional de

    periculosidade, ainda que pagos a destempo, tendo em vista a sua

    natureza remuneratria. Precedente do STJ (REsp 1162729/RO, Rel.

    Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/03/2010,

    DJe 10/03/2010).

    5) O art. 68, 1, da Lei n 8.112/90, veda a percepo

    cumulativa dos adicionais de insalubridade e periculosidade, nada

    dispondo acerca da impossibilidade de cumulao de gratificaes e

    adicionais. O Superior Tribunal de Justia j se manifestou no sentido

    de ser possvel a percepo cumulativa do adicional de irradiao

    ionizante e da gratificao de Raio X, por possurem naturezas jurdicas

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    distintas (AgRg no REsp 1243072/RS, Rel. Ministro BENEDITO

    GONALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/08/2011, DJe

    16/08/2011).

    V - adicional pela prestao de servio extraordinrio;

    O servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50%

    (cinqenta por cento) em relao hora normal de trabalho.

    CUIDADO, meus caros, no qualquer servidor que pode fazer

    hora extra! No pense que voc vai ficar rico fazendo as famosas

    Koras-EXQGDVDRILFDUQRyUJmRDWpGHPDGUXJDGDVHPID]HUQDGD$lei s permite hora extra para atender a situaes excepcionais e

    temporrias, respeitado o limite mximo de 2 (duas) horas por

    jornada.

    De olho na jurisprudncia!!!

    1) Incide contribuio previdenciria sobre os valores pagos a

    ttulo de horas extras. A incidncia decorre do fato de que o adicional

    de horas extras integra o conceito de remunerao (AgRg no REsp

    1.222.246-SC, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 6/12/2012).

    Alm disso, nos termos da Smula n 463 do STJ, incide imposto de

    renda sobre os valores percebidos a ttulo de indenizao por horas

    extraordinrias trabalhadas.

    2) O STJ possui entendimento firmado em que o adicional

    noturno, o adicional de insalubridade e as horas extras tm natureza

    propter laborem, pois so devidos aos servidores enquanto exercerem

    atividades no perodo noturno, sob exposio a agentes nocivos sade

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    e alm do horrio normal, razo pela qual no podem ser incorporados

    aos proventos de aposentadoria, limitados remunerao do cargo

    efetivo. Precedentes (AgRg no REsp 1238043/SP, Rel. Ministro

    HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/04/2011,

    DJe 10/05/2011).

    VI - adicional noturno;

    x Horrio: entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte;

    x Valor: valor-hora acrescido de 25% x Cada hora = cinqenta e dois minutos e trinta segundos.

    Perceba, meu amigo: h um duplo benefcio, pois h o acrscimo

    GHQRYDORUGHFDGDKRUDHDFDGDpFRQWDGDXPDKRUD Por fim, no se esquea que se o servio prestado em hora

    extraordinria, incidem ambos os percentuais, ou seja, o adicional

    noturno calculado sobre a remunerao acrescida dos 50% da hora

    extra.

    De olho na jurisprudncia!!!

    1) O adicional noturno previsto no art. 75 da Lei 8.112/1990 ser

    devido ao servidor pblico federal que preste o seu servio em horrio

    compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte,

    ainda que o servio seja prestado em regime de planto (REsp

    1.292.335-RO, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 9/4/2013).

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    2) O Superior Tribunal de Justia entende que incide a

    contribuio previdenciria sobre salrio-maternidade, horas extras,

    adicional noturno de insalubridade e periculosidade pagos pelo

    empregador, por possuir natureza indenizatria (AgRg no REsp

    1476609/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,

    julgado em 20/11/2014, DJe 28/11/2014).

    Alm disso, como j visto, o STJ possui entendimento firmado em

    que o adicional noturno, o adicional de insalubridade e as horas extras

    tm natureza propter laborem, pois so devidos aos servidores

    enquanto exercerem atividades no perodo noturno, sob exposio a

    agentes nocivos sade e alm do horrio normal, razo pela qual no

    podem ser incorporados aos proventos de aposentadoria, limitados

    remunerao do cargo efetivo. Precedentes (AgRg no REsp

    1238043/SP, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA TURMA,

    julgado em 14/04/2011, DJe 10/05/2011).

    VII - adicional de frias;

    Independentemente de solicitao, ser pago ao servidor, por

    ocasio das frias, um adicional correspondente a 1/3 (um tero) da

    remunerao do perodo das frias (aqui no incide sobre o valor da

    remunerao de dezembro, como na gratificao natalina, mas no valor

    da remunerao do perodo das frias). Esse um tero calculado,

    inclusive, sobre o valor da funo ou do cargo em comisso que o

    servidor eventualmente ocupa.

    De olho na jurisprudncia!!!

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    1) O servidor pblico em inatividade no pode gozar

    de frias, porquanto deixou de exercer cargo ou funo pblica, razo

    pela qual a ele no se estende adicional de frias concedido a servidores

    em atividade (ADI 1158/AM, rel. Min. Dias Toffoli, 20.8.2014).

    2) Em relao s frias no usufrudas por servidor exonerado,

    incide o adicional de frias??? SIM!!! Segundo entendimento do STF,

    no o gozo de frias que garante o adicional de, pelo menos, um tero

    a mais, e sim o prprio direito s frias constitucionalmente assegurado

    (CF, art. 7, XVII). No caso especfico do julgado, entendeu-se que

    haveria dupla punio do servidor exonerado, que, alm de no poder

    gozar as frias por necessidade de servio, tambm no recebera o

    acrscimo de um tero, o que configuraria, ainda, enriquecimento ilcito

    do Estado (RE 570908).

    3) ATENO!!! O Supremo Tribunal Federal, em sucessivos

    julgamentos, firmou entendimento no sentido da no incidncia de

    contribuio social sobre o adicional de um tero (1/3), a que se refere

    o art. 7, XVII, da Constituio Federal. Entretanto, incide imposto de

    renda, conforme jurisprudncia do STJ (AgRg no AREsp 492.082/PE,

    Rel. Ministro NAPOLEO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado

    em 03/06/2014, DJe 20/06/2014).

    4) O STJ consagrou o entendimento, em recurso repetitivo, de

    que o 13 salrio (gratificao natalina) e o adicional de frias (tero

    constitucional) integram a base de clculo da penso alimentcia, desde

    que no haja pactuao em sentido inverso. que tais estipndios

    integram a remunerao do genitor, sendo abarcados pelo conceito de

    "renda lquida" (AgRg no REsp 1152681/MG, Rel. Ministro VASCO DELLA

    GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS), TERCEIRA

    TURMA, julgado em 24/08/2010, DJe 01/09/2010).

    VIII - outros, relativos ao local ou natureza do trabalho.

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    No h regulamentao na Lei!

    IX - gratificao por encargo de curso ou concurso.

    A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso devida ao

    servidor que, em carter eventual e sem prejuzo das atribuies

    do cargo que ocupa: (a) atua como instrutor em curso de formao,

    de desenvolvimento ou de treinamento; (b) participa de banca

    examinadora (amigo concursando, isso mesmo, o seu examinador, se

    for servidor pblico regido pela Lei n. 8112/90, ganha um adicional

    para lhe ferrar!); (c) participa da logstica de preparao e de realizao

    de concurso pblico; (d) aplica, fiscaliza, supervisiona ou avalia provas

    de exame vestibular ou de concurso pblico.

    Interessante notar que o valor dessa gratificao calculado em

    horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida.

    Contudo, a retribuio no poder ser superior ao equivalente a 120

    (cento e vinte) horas de trabalho anuais.

    Pode existir exceo esse limite mximo??? Sim, desde que

    devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade

    mxima do rgo ou entidade, que poder autorizar o acrscimo de at

    120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais.

    O valor mximo da hora trabalhada obedecer aos seguintes

    percentuais, incidentes sobre o maior vencimento bsico da

    administrao pblica federal:

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    a) 2,2%, no caso de atuar como instrutor em curso de formao,

    de desenvolvimento ou de treinamento ou participar de banca

    examinadora;

    b) 1,2%, no caso de participar da logstica de preparao e de

    realizao de concurso pblico ou aplicar, fiscalizar,

    supervisionar ou avaliar provas de exame vestibular ou de

    concurso pblico.

    ATENO!!! Essa gratificao s ser paga se as atividades forem

    desenvolvidas sem prejuzo das atribuies do cargo de que o servidor

    for titular, devendo ser objeto de compensao de carga horria quando

    desempenhadas durante a jornada de trabalho.

    Por fim, destaca-se que a Gratificao por Encargo de Curso ou

    Concurso no se incorpora ao vencimento ou salrio do servidor para

    qualquer efeito e no poder ser utilizada como base de clculo para

    quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de clculo dos proventos

    da aposentadoria e das penses.

    13. (CESPE 2013 STF Analista Judicirio rea Administrativa) Caso um servidor pblico atue frequentemente como

    instrutor em cursos de formao peridicos devidamente institudos

    para a preparao dos novos servidores admitidos por concurso para

    seu rgo de lotao, as gratificaes por encargo de curso ou concurso

    pagas periodicamente a esse servidor devero ser utilizadas como base

    de clculo de proventos e aposentadoria, haja vista a frequncia com

    que ele presta esse servio e o fato de que o valor pago pela

    Questes de concurso

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    gratificao devidamente descontado para fins de contribuio

    previdenciria.

    A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso no se incorpora

    ao vencimento ou salrio do servidor para qualquer efeito e no poder

    ser utilizada como base de clculo para quaisquer outras vantagens,

    inclusive para fins de clculo dos proventos da aposentadoria e das

    penses (art. 76-A, 3, da Lei n 8.112/90). Portanto, a questo est

    ERRADA.

    14. (CESPE - 2013 - TRT - 10 REGIO (DF e TO) - Analista

    Judicirio - Tecnologia da Informao) O servidor pblico civil que fizer

    jus aos adicionais de insalubridade e periculosidade acumular ambos

    os acrscimos sobre seu vencimento.

    Como vimos, se o servidor faz jus aos dois adicionais

    (periculosidade e insalubridade) ele deve optar por um deles.

    Gabarito: errado

    15. (CESPE 2014 Cmara dos Deputados Consultor Legislativo rea VIII) Ao servidor pblico federal que prestar servio

    entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas da manh do dia

    seguinte, ainda que em regime de planto, ser devido o pagamento de

    adicional noturno.

    2EVHUYHRVHJXLQWHMXOJDGRGR67-O adicional noturno previsto no art. 75 da Lei 8.112/1990 ser devido ao servidor pblico federal

    que preste o seu servio em horrio compreendido entre 22 horas de

    um dia e 5 horas do dia seguinte, ainda que o servio seja prestado em

    UHJLPHGHSODQWmRREsp 1.292.335-RO, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 9/4/2013). Assim, o item est CORRETO.

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    16. (CESPE 2013 MJ Analista Tcnico Administrativo) Conforme deciso recente do STJ, o adicional noturno previsto na Lei

    n. 8.112/1990 ser devido ao servidor pblico federal que preste

    servio em horrio compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas

    do dia seguinte. Entretanto, esse adicional no ser devido se o servio

    for prestado em regime de planto.

    Perceba como as questes se repetem, sendo que a banca s

    muda pequenos detalhes!!! Com base na jurisprudncia do STJ

    destacada no item anterior, est INCORRETA, pois o adicional devido

    mesmo que o servio seja prestado em regime de planto.

    17. (CESPE - 2013 - CNJ - Tcnico Judicirio - rea

    Administrativa) Alm do vencimento, o servidor pblico pode receber

    vantagens, como indenizaes, gratificaes e adicionais, sendo que as

    duas primeiras vantagens citadas incorporam-se ao vencimento ou

    provento.

    De acordo com a previso do art. 49 1 e 2 da Lei 8.112/90:

    $V LQGHQL]Do}HV QmR VH LQFRUSRUDP DR YHQFLPHQWR RX SURYHQWR SDUDTXDOTXHU HIHLWR H $V JUDWificaes e os adicionais incorporam-se ao YHQFLPHQWRRXSURYHQWRQRVFDVRVHFRQGLo}HVLQGLFDGRVHPOHL.

    Gabarito: Errado.

    17. (CESPE - 2013 - MJ - Analista Tcnico Administrativo) Se um servidor pblico federal tiver realizado despesas com a utilizao de

    meio prprio de locomoo para a execuo de servios externos por

    fora das atribuies prprias do cargo, ele ter direito ao recebimento

    de indenizao de transporte, que se incorporar ao seu vencimento.

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    Pessoal, como vimos, as indenizaes no se incorporam ao

    vencimento.

    Gabarito: Errado

    18. (CESPE - 2013 - TRT - 8 Regio (PA e AP) - Tcnico

    Judicirio) A propsito das vantagens previstas na Lei n. 8.112/1990

    que podem ser pagas ao servidor, assinale a opo correta.

    a) Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em funo de

    chefia devido o pagamento de adicional pelo seu exerccio.

    b) A gratificao por encargo de curso ou concurso ser devida ao

    servidor que, em carter eventual, participar de banca examinadora

    para exames orais e somente ser paga se a referida atividade for

    exercida sem prejuzo das atribuies de seu cargo, ou mediante

    compensao de carga horria, quando desempenhada durante a

    jornada de trabalho.

    c) As gratificaes, os adicionais e as indenizaes incorporam-se

    ao vencimento, nos casos e condies indicados em lei.

    d) possvel a concesso de auxlio-moradia para o servidor cujo

    deslocamento tenha ocorrido por fora de alterao de lotao

    resultante de concurso de remoo a pedido.

    e) A ajuda de custo consiste em vantagem indenizatria que se

    destina a compensar as despesas de instalao do servidor que, no

    interesse do servio, passar a ter exerccio em nova sede, com

    mudana de domiclio em carter transitrio ou permanente.

    De acordo com o art. 62 da Lei 8.112/90, Do servidor ocupante de cargo efetivo investido em funo de direo, chefia ou

    assessoramento, cargo de provimento em comisso ou de Natureza

    Especial devida retribuio pelo seu exerccio

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    Vimos que as indenizaes no se incorporam ao vencimento.

    De acordo com o art. 60-B, da Lei 8.112/90, deve-se conceder

    auxlio-moradia ao servidor quando o deslocamento no tenha sido por

    fora de alterao de lotao ou nomeao para cargo efetivo.

    3RU ILP R DUW GLVS}H TXH D ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalao do servidor que, no interesse do

    servio, passar a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio

    em carter permanente, vedado o duplo pagamento de indenizao, a

    qualquer tempo, no caso de o cnjuge ou companheiro que detenha

    tambm a condio de servidor, vier a ter exerccio na mesma sede. 3RUWDQWRRLWHPFRUUHWRpDOHWUDE

    19. (CESPE 2014 Cmara dos Deputados Consultor Legislativo rea VIII) A implementao, no contracheque de servidor,

    de gratificao que lhe tenha sido reconhecida como direito pelo Poder

    Judicirio em sede de mandado de segurana deve ocorrer aps o

    trnsito em julgado da deciso.

    Com base na jurisprudncia do STJ: A implementao de

    gratificao no contracheque de servidor pblico cujo direito foi

    reconhecido pelo Poder Judicirio, inclusive em sede de mandado de

    segurana, deve se dar aps o trnsito em julgado da deciso, nos

    termos do artigo 2-B da Lei n. 9.494/1997 (EDcl no AgRg na SS 2.470-

    DF, DJe 6/9/2012; e EREsp 1.136.652-RN, DJe 27/6/2012.EREsp

    1.132.607-RN, Rel. Min. Massami Uyeda, julgados em 7/11/2012).

    Logo, o item est CERTO.

    2.5 Frias

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    Como j falamos o perodo descanso remunerado concedido ao

    funcionrio pblico. O servidor tem direito a 30 dias de frias anuais,

    podendo ser divididas em at trs etapas se o servidor assim requerer.

    A regra que as frias sejam gozadas; porm, se houver necessidade

    de servio, as frias podero ser acumuladas em at dois perodos,

    ressalvadas as hipteses em que haja legislao especfica.

    Preste ateno em algumas regras relativas s frias que devem

    ser obedecidas:

    1. Para o primeiro perodo aquisitivo de frias, so exigidos 12

    meses de exerccio;

    2. vedado descontar das frias qualquer falta ao servio.

    LEMBRE-SE!!! O afastamento decorrente de frias considerado

    como de efetivo exerccio

    Vamos ao que mais interessa, n? O pagamento da remunerao

    das frias, aquele dinheiro precioso para qualquer um que adora viajar.

    Quando ele ocorre??? At 2 dias antes do incio do respectivo perodo. E

    quando ir receber o tero constitucional de frias em caso de

    parcelamento??? No momento do gozo do primeiro perodo.

    Ficou expressamente proibida, a partir de 25/11/1995, a venda de

    frias (abono pecunirio) no mbito do servio pblico federal.

    firme a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia no sentido

    de que tem direito converso de 1/3 (um tero) das frias em abono

    pecunirio somente os servidores pblicos que o requereram antes da

    revogao dos 1 e 2 do art. 78 da Lei 8.112/90, nos termos da

    Medida Provisria 1.195, editada em 24/11/1995.

    Um caso especfico presente na Lei 8.112/90 que j foi cobrado

    em alguns concursos o caso do operador de raio-X. Esse servidor que

    opera direta e permanentemente com Raios X ou substncias

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    radioativas deve gozar de 20 dias consecutivos de frias por semestre

    de atividade profissional, proibida a acumulao.

    No caso de servidor que foi exonerado de cargo efetivo, ou em

    comisso, ele perceber indenizao relativa ao perodo das frias a que

    tiver direito e ao incompleto, na proporo de um doze avos por ms de

    efetivo exerccio, ou frao superior a quatorze dias. Essa indenizao

    calculada com base na remunerao do ms em que for publicado o ato

    exoneratrio.

    Agora, vamos supor que voc passou no seu concurso, trabalhou

    durante o perodo aquisitivo e est usufruindo das suas merecidas

    frias. Infelizmente, ocorre uma calamidade pblica e seus servios so

    necessrios. Suas frias podero ser interrompidas? claro, pessoal. O

    artigo 80 prev as seguintes hipteses de interrupo das frias:

    Art. 80. As frias somente podero ser interrompidas por motivo de calamidade pblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral, ou por necessidade do servio declarada pela autoridade mxima do rgo ou entidade.

    IMPORTANTE LEMBRAR, ainda, que o restante do perodo

    interrompido dever ser gozado de uma s vez!!!

    De olho na jurisprudncia!!!

    1) Conforme precedentes do STJ, a contagem do prazo

    prescricional, nas aes em que se discute o direito indenizao por

    frias no gozadas, tem incio com o ato de aposentadoria do servidor

    (AgRg no AREsp 391.479/BA, Rel. Ministro SRGIO KUKINA, PRIMEIRA

    TURMA, julgado em 09/09/2014, DJe 16/09/2014). O Superior Tribunal

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    de Justia j assentou entendimento, segundo o qual o termo inicial da

    prescrio do direito de pleitear a indenizao referente a frias no

    gozadas tem incio com a impossibilidade de no mais usufru-las (AgRg

    no AREsp 255.215/BA, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA

    TURMA, julgado em 06/12/2012, DJe 17/12/2012).

    2) Encontra amparo na jurisprudncia do STJ (REsp

    1399952/AL, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado

    em 15/10/2013, DJe 24/10/2013) o entendimento de que aos

    servidores pblicos assegurado o direito de receber as frias, com as

    conseqentes vantagens pecunirias, enquanto permanecerem

    afastados para realizao de curso de ps-graduao stricto sensu no

    Pas, perodo que considerado de efetivo exerccio (art. 102, IV, da Lei

    n. 8.112/90).

    3) O direito de frias garantido constitucionalmente e

    compreende tanto a concesso de descanso como tambm o

    pagamento de remunerao adicional. Assim, consumado o perodo

    aquisitivo, caracterizado est o direito adquirido s frias, motivo pela

    qual deve a Administrao indenizar o servidor que no usufruiu desse

    direito ainda que em razo de sua demisso (REsp 1145317/PR, Rel.

    Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em

    22/08/2011, DJe 31/08/2011).

    4) A ausncia de efetivo exerccio da atividade impede o gozo

    de frias, porquanto estas tm por pressuposto recompensar o

    trabalhador com o descanso remunerado da rotina de suas atividades

    funcionais por um determinado perodo (AgRg no REsp 1122418/SP,

    Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 14/06/2011,

    DJe 27/06/2011).

    2.6 Licenas

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    Nas licenas o servidor poder receber os seus vencimentos ou

    no, depender da licena. O art. 81 da Lei 8112/90 elenca as

    possibilidades de concesso das licenas. Vejamos:

    Art. 81. Conceder-se- ao servidor licena: I - por motivo de doena em pessoa da famlia; II - por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro; III - para o servio militar; IV - para atividade poltica; V - para capacitao VI - para tratar de interesses particulares; VII - para desempenho de mandato classista.

    ATENO! Observe que no h mais a licena-prmio por

    assiduidade!

    Comentaremos as principais para que voc no erre na sua prova.

    IMPORTANTE!!! A licena concedida dentro de 60 (sessenta) dias

    do trmino de outra da mesma espcie ser considerada como

    prorrogao.

    a. Licena por motivo de doena em pessoa da famlia

    Professor, quem afinal pertence a famlia?

    A lei dispe que poder ser cnjuge ou companheiro, os pais, os

    filhos, o padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a

    suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante

    comprovao por percia mdica oficial, inclusive em cada uma das

    eventuais prorrogaes.

    Essa licena dever ser concedida quando indispensvel a

    assistncia direta e ainda essa no puder ser substituda por mais

    ningum. Alm disso, preciso que no seja possvel a prestao de

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    assistncia simultaneamente com o exerccio do cargo ou mediante

    compensao de horrio.

    Para que no tenha prejuzo na remunerao a licena poder ser

    concedida, a cada perodo de 12 meses, desde que no ultrapasse 60

    dias (consecutivos ou no), includas as prorrogaes. Ou sem

    remunerao pelo perodo de 90 dias (consecutivos ou no), includas

    tambm as prorrogaes.

    Voc vai perguntar: Professor, de quando inicia a contagem do

    perodo de 12 meses?? A resposta segue a lgica: a partir da data do

    deferimento da primeira licena concedida.

    Cuidado!! A licena para tratamento de sade de pessoa da

    famlia do servidor, com remunerao, que exceder a 30 (trinta) dias

    em perodo de 12 (doze) meses, ser contada to somente para efeito

    de aposentadoria e disponibilidade.

    Leia com ateno o art. 83 da Lei n. 8.112/90 para no perder

    nenhum detalhe:

    Art. 83. Poder ser concedida licena ao servidor por motivo de

    doena do cnjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovao por percia mdica oficial. (Redao dada pela Lei n 11.907, de 2009)

    1o A licena somente ser deferida se a assistncia direta do servidor for indispensvel e no puder ser prestada simultaneamente com o exerccio do cargo ou mediante compensao de horrio, na forma do disposto no inciso II do art. 44. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    2o A licena de que trata o caput, includas as prorrogaes, poder ser concedida a cada perodo de doze meses nas seguintes condies: (Redao dada pela Lei n 12.269, de 2010)

    I - por at 60 (sessenta) dias, consecutivos ou no, mantida a remunerao do servidor; e (Includo pela Lei n 12.269, de 2010)

    II - por at 90 (noventa) dias, consecutivos ou no, sem remunerao. (Includo pela Lei n 12.269, de 2010)

    3o O incio do interstcio de 12 (doze) meses ser contado a partir da data do deferimento da primeira licena concedida.

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    Vale ressaltar que essa licena s poder ser concedida e

    prorrogada se a pessoa doente passar por uma percia mdica oficial,

    que constatar a necessidade do acompanhamento do servidor

    licenciado.

    vedado o exerccio de atividade remunerada durante o

    perodo em que estiver gozando desta licena, justamente porque sua

    finalidade que o servidor tenha mais tempo para auxiliar o familiar

    doente, no fazendo sentido que ele trabalhe em outro lugar durante o

    perodo.

    LEMBRE-SE!!! Essa licena pode ser concedida a servidor em

    estgio probatrio e este ficar suspenso!!!

    IMPORTANTE!!! A licena para tratamento de sade de pessoal da

    famlia do servidor, com remunerao, que exceder a 30 (trinta) dias

    em perodo de 12 (doze) meses ser contada apenas para efeito de

    aposentadoria e disponibilidade.

    b. Licena por motivo de afastamento do cnjuge

    Trata-se do afastamento para acompanhar cnjuge ou

    companheiro que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional,

    para o exterior ou para o exerccio de mandato eletivo dos Poderes

    Executivo e Legislativo.

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    Nessa espcie de licena o perodo no ter nenhum efeito. A

    licena no ter prazo pr-determinado e ainda ser sem

    remunerao.

    A lei informa, ainda, que no deslocamento de servidor cujo

    cnjuge ou companheiro tambm seja servidor pblico, civil ou militar,

    de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e

    dos Municpios, poder haver exerccio provisrio em rgo ou entidade

    da Administrao Federal direta, autrquica ou fundacional, desde que

    para o exerccio de atividade compatvel com o seu cargo.

    A jurisprudncia do STJ admite a concesso de licena a servidor

    para acompanhar cnjuge deslocado para outro ponto do territrio

    nacional, por tempo indeterminado e sem remunerao,

    independentemente de aquele que for deslocado ser servidor

    pblico ou no, em homenagem proteo da unidade familiar

    insculpida no art. 226 da CF (RMS 34.518/AC, Rel. Ministro HERMAN

    BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2012, DJe

    19/12/2012).

    Entretanto, para que o cnjuge ou companheiro servidor pblico

    tenha exerccio provisrio em outro rgo, seu cnjuge ou companheiro

    tem que ser servidor pblico tambm. Neste sentido, o seguinte ponto

    de ementa de julgado do 67- 3RGH R VHUYLGRU S~EOLFR REWHU Dconcesso de licena, sem remunerao, para o acompanhamento de

    cnjuge ou companheiro que tenha sido deslocado para outro Estado da

    Federao ou para o exterior. Entretanto, o exerccio provisrio em

    outro rgo somente poder ser concedido, desde que para o

    desempenho de atividade compatvel com o seu cargo e que o

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    cnjuge ou companheiro tambm seja servidor pblico, civil ou

    militar, o que no se verifica na hiptese dos autos.

    Resumindo, existem duas situaes:

    &{QMXJH RX FRPSDQKHLUR TXH WDPEpP p VHUYLGRU S~EOLFR IRLdeslocado. Neste caso, o servidor em questo pode usufruir da licena e

    ter exerccio provisrio em rgo do local;

    &{QMXJH RX FRPSDQKHLUR TXH QmR p VHUYLGRU S~EOLFR IRLdeslocado. Neste caso, o servidor em questo pode usufruir da licena

    tambm, mas no pode ter exerccio provisrio em rgo do local.

    Alm disso, a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia

    assentou o entendimento de que o artigo 84 do Estatuto do Servidor

    Pblico Federal tem carter de direito subjetivo, uma vez que se

    encontra no ttulo especfico dos direitos e vantagens, no cabendo,

    assim, juzo de convenincia e oportunidade por parte da

    Administrao. Basta que o servidor comprove que seu cnjuge

    deslocou-se, seja em funo de estudo, sade, trabalho, inclusive na

    iniciativa privada, ou qualquer outro motivo, para que lhe seja

    concedido o direito licena por motivo de afastamento de cnjuge

    (AgRg no Ag 1157234/RS, Rel. Ministro CELSO LIMONGI

    (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, julgado em

    23/11/2010, DJe 06/12/2010).

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    LEMBRE-SE!!! Essa licena pode ser concedida a servidor em

    estgio probatrio e este ficar suspenso!!!

    IMPORTANTE!!! O perodo dessa licena no conta como tempo de

    servio nem para efeito de aposentadoria e disponibilidade!!!

    c. Licena para o servio militar

    Essa licena gozada pelo servidor que convocado para prestar

    servio militar.

    Quem ir condicionar ser a legislao especfica. Porm, mesmo

    aps o trmino desta licena o servidor ter 30 dias para retornar ao

    cargo. Durante esses 30 dias no receber remunerao. Esse perodo

    ser contado como efetivo exerccio.

    LEMBRE-SE!!! Essa licena pode ser concedida a servidor em

    estgio probatrio!!!

    IMPORTANTE!!! Essa licena conta como tempo de servio!!!

    d. Licena para atividade poltica

    Essa licena pode ser concedida com e sem remunerao.

    Ser concedida sem remunerao no perodo que mediar entre

    a sua escolha em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo,

    e a vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral.

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    Ser concedida com remunerao a partir do registro da

    candidatura e at o dcimo dia seguinte ao da eleio. Somente pelo

    perodo de trs meses ser paga a remunerao. Isso porque o servidor

    candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funes

    e que exera cargo de direo, chefia, assessoramento, arrecadao ou

    fiscalizao, dele ser afastado, a partir do dia imediato ao do registro

    de sua candidatura perante a Justia Eleitoral, at o dcimo dia

    seguinte ao do pleito.

    ATENO!!! Poder ser concedida a servidor em estgio

    probatrio e este ficar suspenso.

    De olho na jurisprudncia!!! Segundo orientao firmada pelo STJ,

    para fazer jus licena remunerada para o exerccio da atividade