Regimento Interno Do TJMT-2010

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PODER JUDICIRIO TRIBUNAL DE JUSTIA DE MATO GROSSO

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10. Edio revista e atualizada.

Editado pelo Tribunal de JustiaCuiab - 2010

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1. edio 1986; 2. edio 1991; 3. edio 1997; 4. edio 2000; 5. edio 2001; 6. edio 2003, 7. edio 2004, 8. edio 2007, 9., e 10. edio 2010

PODER JUDICIRIO TRIBUNAL DE JUSTIA CENTRO POLTICO ADMINISTRATIvO CAIxA POSTAL 1071 CUIAB-MT CEP: 78055-970 www.tj.mt.gov.br

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Mato Grosso. Tribunal de Justia. Regimento Interno, 10. ed. rev. e atual. - Cuiab, Tribunal de Justia, 2010. 186 pginas. CDU 347.97/.99(094.4)- Regimento Interno 342.536 -

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O TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE MATO GROSSO, usando das atribuies que lhe conferem o artigo 96, I, a, da Constituio da Repblica, e o artigo 96, III, a, da Constituio Estadual, resolve aprovar o seguinte REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIA, dispondo sobre a competncia e o funcionamento de seus rgos jurisdicionais e administrativos.

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SUMRIO Ttulo I DA ORGANIZAO E COMPETNCIA Captulo I Do Tribunal de Justia ........................................................................ 15 Seo I - Da composio do Tribunal .................................................. 15 Seo II - Do funcionamento do Tribunal ............................................ 17 Seo III - Da suspenso do servio do Tribunal ................................ 18 Captulo II Do Tribunal Pleno Seo nica - Da composio e competncia ..................................... 18 Captulo III Das Cmaras ....................................................................................... 25 Seo I - Das Turmas de Cmaras Cveis Reunidas ............................ 25 Seo II - Das Cmaras Criminais Reunidas ..................................... 30 Seo III - Das Cmaras Isoladas Ordinrias ...................................... 32 Subseo I - Das Cmaras Cveis Isoladas Ordinrias ........................ 33 Subseo II - Das Cmaras Criminais Isoladas Ordinrias ................. 35 Subseo III - Da Cmara Especial ..................................................... 36 Captulo Iv Do Conselho da Magistratura ........................................................... 36 Captulo v Das Atribuies do Presidente do Tribunal de Justia e das Cmaras Seo I - Do Presidente do Tribunal .................................................... 42 Seo II - Das atribuies dos Presidentes das Cmaras ..................... 48 Captulo vI Do vice-Presidente ............................................................................. 49

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Captulo vII Do Corregedor-Geral da Justia........................................................ 51 Captulo vIII Da Investidura no Cargo de Desembargador - Da Eleio e Posse dos Dirigentes do Poder Judicirio - Disposies Especiais ............ 57 Da eleio e posse ................................................................................. 58 Disposies especiais ........................................................................... 59 Captulo Ix Do Relator e do Revisor ...................................................................... 59 Captulo x Das Substituies no Tribunal de Justia ........................................ 66 Captulo xI Do Procurador-Geral de Justia ........................................................ 68 Captulo xII Do Funcionamento do Tribunal ....................................................... 70 Seo I - Do registro e classificao dos feitos ..................................... 70 Seo II - Do preparo e da desero dos feitos ..................................... 73 Seo III - Da distribuio ................................................................... 74 Seo IV - Das sesses.......................................................................... 78 Seo V - Das sesses solenes .............................................................. 80 Seo VI - Da ordem dos trabalhos ...................................................... 80 Seo VII - Do acrdo e sua publicao ............................................ 91 Seo VIII - Da publicao do expediente............................................ 93 Seo IX - Das atas das sesses ............................................................ 94 Seo X - Das audincias ...................................................................... 94 Ttulo II DOS PROCESSOS Captulo I Dos Processos Administrativos ......................................................... 95 Seo I - Das reclamaes contra Magistrados..................................... 958

Seo II - Do benefcio da Justia gratuita ........................................... 97 Captulo II Dos Recursos em Geral ...................................................................... 98 Captulo III Da Imposio das Penalidades de Advertncia e de Censura ....... 100 Captulo Iv Dos Pedidos de Interveno Federal e Estadual ........................... 101 Captulo v Das Garantias Constitucionais ........................................................ 102 Seo I - Do habeas corpus ............................................................... 103 Seo II - Do mandado de segurana: coletivo e individual .............. 105 Seo III - Do mandado de injuno e do habeas data........................107 Captulo vI Dos Processos Originrios do Tribunal .......................................... 108 Seo I - Da declarao de inconstitucionalidade............................... 108 Seo II - Da declarao direta de inconstitucionalidade ................... 109 Seo III - Da uniformizao de Jurisprudncia ................................. 110 Seo IV - Do duplo grau obrigatrio de jurisdio .......................... 113 Seo V - Da reviso criminal ........................................................... 114 Seo VI - Da ao rescisria ............................................................ 115 Seo VII - Do conflito de competncia e atribuies ........................ 117 Seo VIII - Da suspeio e do impedimento de Desembargador ..... 119 Seo IX - Da exceo de incompetncia ........................................... 122 Seo X - Da habilitao incidente ..................................................... 122 Seo XI - Das medidas cautelares .................................................... 123 Seo XII - Do incidente de falsidade ................................................ 123 Seo XIII - Da assistncia judiciria ................................................. 124 Seo XIV - Das reclamaes para preservao de sua competncia e garantia de suas decises .................................................................. 124 Seo XV - Da ao penal: pblica e privada .................................... 1259

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Subseo I - Da competncia originria do Tribunal Pleno ................ 125 Subseo II - Da competncia originria das Cmaras Criminais Reunidas........ ................................................................................................ 126 Seo XVI - Dos embargos infringentes do julgado no Cvel ............. 128 Subseo nica - Do julgamento do recurso da inadmisso de embargos infringentes .......................................................................................... 129 Seo XVII - Dos embargos de nulidade e infringentes do julgado no Crime ................................................................................................... 129 Seo XVIII - Dos embargos de declarao ........................................ 130 Seo XIX - Da restaurao de autos .................................................. 131 Seo XX - Do desaforamento ............................................................ 132 Captulo vII Das Execues .................................................................................... 133 Seo I - Disposies gerais .............................................................. 133 Seo II - Das requisies de pagamento ............................................ 133 Captulo vIII Das Comisses ................................................................................... 136 Captulo Ix Do Ingresso na Magistratura ........................................................... 138 Captulo x Das Incompatibilidades .................................................................... 139 Ttulo III DA SECRETARIA DO TRIBUNAL

Ttulo Iv DISPOSIES FINAIS Captulo I Das Emendas Regimentais e Demais Atos Normativos ou Individuais .........................................................................................................................140 Captulo II Disposies Gerais ............................................................................. 143 ndice Alfabtico Remissivo ............................................................ 147

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Captulo I Da Secretaria do Tribunal .............................................................. 139 Captulo II Da Polcia do Tribunal ...................................................................... 140

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TTULO I DA ORGANIZAO E COMPETNCIA CAPTULO I DO TRIBUNAL DE JUSTIA SEO I DA COMPOSIO DO TRIBUNAL Art. 1 - O TRIBUNAL DE JUSTIA, com sede na Capital e jurisdio em todo o territrio do Estado, compe-se de 30 (trinta) Desembargadores, promovidos ou nomeados na forma da Constituio e do Cdigo de Organizao e Diviso Judicirias do Estado. Pargrafo nico - Esse nmero s poder ser alterado por proposta do prprio Tribunal, observada a norma do art. 96, II, b, da Constituio federal e art. 96, III, g, 1, da Constituio estadual. Art. 2 - Ao Tribunal de Justia e s suas Cmaras cabe o tratamento de Egrgio e aos seus membros o de Excelncia e o ttulo de Desembargador. Pargrafo nico - Salvo caso de condenao criminal, o Desembargador que deixar o cargo por aposentadoria conservar esse ttulo e as honras inerentes a ele. Art. 3 - O Presidente ter assento especial no topo da mesa. O Desembargador mais antigo o primeiro assento direita e seu imediato esquerda, e assim sucessivamente. O Procurador-Geral de Justia ocupar a mesa direita do Presidente e o Diretor-Geral, a sua esquerda. 1 - Havendo Juiz de Direito convocado, tomar o lugar do Desembargador mais moderno; se houver mais de um convocado, observar-se- a antiguidade na entrncia. 2 - Nas Cmaras Reunidas ou Isoladas, a disposio dos lugares ser a mesma, ocupando o seu Presidente o lugar no centro e o Procurador o assento a sua direita.15

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Art. 4 - A indicao para o preenchimento do cargo de Desembargador ser feita no prazo de vinte dias aps a verificao da vaga, se houver interesse da Justia no provimento imediato. Para esse fim, designar o Presidente sesso ordinria ou extraordinria do Tribunal Pleno com antecedncia de cinco dias, pedindo, se for o caso, os votos dos Desembargadores ausentes. 1 - Se se tratar de promoo por merecimento, antes de iniciada a votao, faro o Presidente do Conselho da Magistratura e o CorregedorGeral da Justia uma exposio detalhada sobre a vida funcional de cada Juiz promovvel, com base no pronturio respectivo. 2 - Nessa hiptese, cada Desembargador votar em trs nomes e a lista ser organizada de acordo com a ordem decrescente da votao, considerando-se classificados os Juzes que alcanarem metade mais um, pelo menos, dos votos dos Desembargadores, procedendo-se a tantos escrutnios quantos forem necessrios formao da lista. 3 - Se se tratar de promoo por antiguidade, observada a prescrio do 1, submetido votao o nome do Juiz mais antigo na ltima entrncia, ser ele indicado, se no houver recusa pelo voto de dois teros de seus membros. Em caso de recusa ser submetido votao o nome do Juiz em segundo lugar na ordem de antiguidade, e assim sucessivamente, at fixar-se a indicao. 4 - A ata mencionar os nomes de todos os Juzes votados com o nmero dos respectivos sufrgios, e sero organizadas tantas listas trplices quantas forem as vagas a preencher. Art. 5 - Na vaga correspondente ao quinto reservado a advogado ou a membro do Ministrio Pblico, nos cinco dias seguintes ocorrncia, o Presidente oficiar ao Presidente do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil ou ao Procurador-Geral de Justia, dando cincia da vaga, a fim de que sejam indicadas as listas sxtuplas respectivas, observados os requisitos constitucionais. 1 - Recebida a lista sxtupla, convocar o Presidente sesso do Tribunal Pleno para elaborao da lista trplice, enviando-a ao Governador do Estado.16

2 - Somente constar da lista trplice o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos dos membros do colegiado. 3 - Os candidatos figuraro na lista de acordo com a ordem decrescente de sufrgios obtidos. Havendo empate, ser observado o tempo de servio pblico ou de inscrio na OAB como advogado, conforme se tratar de vaga reservada ao Ministrio Pblico ou a advogado, respectivamente; depois, a idade. 4 - A ata mencionar os nomes de todos os advogados ou membros do Ministrio Pblico que hajam recebido votos. 5. - Sendo mpar o nmero de vagas destinadas ao quinto constitucional, uma delas ser alternada e sucessivamente preenchida por advogado e por membro do Ministrio Pblico, de tal forma que, tambm sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes superem os da outra em uma unidade. SEO II DO FUNCIONAMENTO DO TRIBUNAL Art. 6 - Os feitos sero julgados pelo Tribunal Pleno, por Cmaras Reunidas, por Cmaras Isoladas e por Cmara Especial, na conformidade do rito processual estabelecido em lei, observadas as normas deste Regimento. Art. 7 - O Tribunal Pleno se reunir, ordinariamente, nas segunda, terceira e quarta quintas-feiras de cada ms, ficando a sesso da terceira semana reservada para apreciao de matria administrativa, ou em sesso extraordinria, em qualquer dia til, mediante convocao do Presidente, ou por provocao de pelo menos cinco (cinco) de seus membros, com antecedncia de 48 (quarenta e oito) horas, especificando a matria a ser apreciada. Art. 8 - A Primeira e a Segunda Turmas de Cmaras Cveis Reunidas de Direito Privado, a Turma de Cmaras Cveis Reunidas de Direito Pblico e Coletivo e as Cmaras Criminais Reunidas funcionaro na primeira quinta-feira do ms. Art. 9 - As Cmaras Cveis Isoladas Ordinrias funcionaro em sesso ordinria, nas teras e nas quartas-feiras de cada semana, sendo a17

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Primeira, a Terceira e a Quarta Cmaras Cveis nas teras-feiras; a Segunda, a Quinta e a Sexta Cmaras Cveis nas quartas-feiras, substituindo-se, reciprocamente, os seus membros. Art. 10 - A Primeira, a Segunda e a Terceira Cmaras Criminais Ordinrias funcionaro nas teras, nas quartas e nas segundas-feiras de cada semana, respectivamente, e a Cmara Especial, nas quintas-feiras. Art. 11 - As Turmas de Cmaras Reunidas ou Isoladas se reuniro extraordinariamente por convocao do respectivo Presidente. Art. 12 - O Conselho da Magistratura se reunir, ordinariamente, nas sextas-feiras da quarta semana de cada ms, e extraordinariamente, quando convocado pelo seu Presidente. SEO III DA SUSPENSO DO SERvIO DO TRIBUNAL Art. 13 - O Presidente do Tribunal de Justia, em caso de alterao da ordem pblica, surto epidmico ou em outros casos em que se tornar aconselhvel a providncia, poder fechar as portas do Palcio da Justia, ou qualquer dependncia do servio judicirio, ou somente encerrar o expediente respectivo antes da hora legal, abrindo, em cada caso, as excees que julgar convenientes. CAPTULO II DO TRIBUNAL PLENO E DO TRIBUNAL PLENO SEO NICA DA COMPOSIO E COMPETNCIA Art. 14 - Ao Tribunal Pleno, que funcionar com maioria absoluta dos seus membros, compete: I Eleger os Desembargadores para os cargos de direo, dandolhes posse. II Escolher e dar posse a novo Desembargador e aos Juzes de Direito Substitutos de 2 Grau, bem como aos Juzes Substitutos, quando, neste caso, for coletiva. III Formar a lista trplice do Quinto Constitucional, a ser remeti18

da ao Governador do Estado e empossar o nomeado. IV Eleger os Desembargadores e Juzes que devam compor o Tribunal Regional Eleitoral, na condio de membros efetivos e substitutos, assim como elaborar a lista dos nomes dos advogados que devero integr-lo. V Apreciar a indicao para agraciamento com colar do mrito judicirio. VI Reunir-se em caso de comemorao cvica, visita oficial de altas autoridades ou para agraciamento com colar do mrito judicirio. VII Escolher os Desembargadores que devam integrar as Comisses do Tribunal, permanentes ou no, o Diretor, o Vice-Diretor, o Conselho Consultivo da Escola Superior da Magistratura e o Presidente do Conselho de Superviso dos Juizados Especiais. VIII Apreciar e discutir qualquer matria que diga respeito ao interesse institucional do Poder Judicirio Mato-grossense. Art. 14 A - O Tribunal Pleno funciona com o mnimo de dois teros de seus membros, includos o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor, para: I Apreciao de acesso e promoo por antiguidade, quando houver possibilidade de recusa de magistrado (CF, art. 93, II, d). II Os julgamentos das matrias criminais e disciplinares relativas aos magistrados. 1 - Para o julgamento de matria administrativa ou judicial que exija a participao da maioria qualificada dos membros do Tribunal Pleno poder ser feita convocao de Desembargadores, ainda que afastados em virtude de frias, licenas ou a servio da Justia Eleitoral, exceto por motivo de sade; na impossibilidade, por qualquer motivo, suspeio ou impedimento de Desembargadores, podero ser convocados Juzes Substitutos de 2 grau ou Juzes de Entrncia Especial, salvo para as matrias referidas no artigo anterior e nos incisos I e II deste artigo, no julgamento de processo administrativo contra Desembargadores, assim como noutras especificadas em lei ou neste Regimento. 2 - As aes ou recursos em que haja arguio incidental de inconstitucionalidade, j declarada ou rejeitada, de aplicao obrigatria, podero ser relatadas por Juzes de Direito convocados19

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em substituio a Desembargadores. 3 - No podendo o Desembargador, por motivo de sade, afastamento do Estado, impedimento, suspeio ou por qualquer outro motivo, participar da abertura ou julgamento de processo administrativo contra Juzes de Direito ou Substitutos, sero convocados para o ato, obrigatoriamente, Desembargadores, Juiz Substituto de 2 Grau, ou Juiz de Entrncia Especial, tantos quantos forem os impossibilitados, impedidos ou suspeitos. 4 - Para votao das demais matrias, o quorum mnimo o da maioria absoluta dos membros do Tribunal Pleno. 5 - Um dos Desembargadores servir de Relator e os demais como Revisor ou Vogais, observada a ordem decrescente de antiguidade a partir do Relator. Art. 15 - Compete, ainda ao Tribunal Pleno: I - Processar e julgar originariamente: a) nos crimes comuns e de responsabilidade, o Vice-Governador do Estado, os Juzes de Primeiro Grau, os Deputados Estaduais, os Secretrios de Estado, os membros do Ministrio Pblico, o Procurador-Geral do Estado, o Defensor Pblico-Geral, o Comandante da Polcia Militar e o Diretor da Polcia Civil, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral; b) recursos em que houver arguio de inconstitucionalidade de lei, assim como de ato do Poder Pblico Estadual ou Municipal; c) as aes rescisrias e reviso criminal de seus julgados, como tambm das Turmas Reunidas; d) o habeas corpus, quando o paciente for autoridade diretamente sujeita a sua jurisdio em nica instncia, exceto a hiptese prevista no artigo 22, I, a ou quando houver perigo de se consumar a violncia antes que outro Juzo possa conhecer do pedido; e) as aes diretas e as arguies de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face da Constituio do Estado; f) a uniformizao de jurisprudncia entre as Turmas de Cmaras Reunidas, os conflitos de competncia entre elas, os conflitos de atribuies entre autoridades judicirias e administrativas, quando forem interessados o Governador, a Assemblia Legislativa, os Magistrados, os Secretrios de20

Estado, o Procurador-Geral de Justia, o Procurador-Geral do Estado e o Procurador-Geral da Defensoria Pblica; g) os mandados de segurana e o habeas data contra ato do Tribunal ou de qualquer de suas Cmaras Reunidas; h) a execuo de decises nas causas de sua competncia originria, facultada a delegao de atos do processo a Juiz de Primeiro Grau; i) as habilitaes incidentes nas causas sujeitas a seu conhecimento; j) a representao, objetivando a interveno em Municpios na forma prevista na Constituio federal e na Constituio estadual; k) a restaurao de autos extraviados ou destrudos e outros incidentes que ocorrerem em processo de sua competncia originria; l) as revises e reabilitaes, quanto s condenaes que haja proferido; m) o impedimento e a suspeio, no reconhecidos, de Desembargador e do Procurador-Geral de Justia, contra eles arguidos, e as excees opostas nos feitos de sua competncia, bem como o Agravo Regimental de que trata o 1 do art. 220; n) os embargos infringentes contra acrdo que julgar procedente ao rescisria de sua competncia originria, bem como o recurso contra a deciso que os indeferiu liminarmente; o) os pedidos de aposentadoria dos Magistrados, os quais, deferidos, sero enviados ao Tribunal de Contas; p) a exceo da verdade, nas causas de sua competncia originria; q) as reclamaes para preservao de sua competncia e garantia de suas decises. r) a requisio de interveno federal no Estado; s) as representaes contra os membros do Tribunal por excesso de prazo previsto em lei; t) as medidas cautelares nos feitos de sua competncia; u) os pedidos de arquivamento de inquritos formulados pelo Procurador-Geral de Justia, nos feitos de sua competncia; II - Julgar: a) os crimes contra a honra em que forem querelantes as pessoas enumeradas na letra a do inciso I deste artigo, bem como avocar o processo de outros indiciados, no caso do artigo 85 do Cdigo de Processo Penal;21

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b) os recursos de despacho do Presidente do Tribunal e do Relator, em feitos da sua competncia, respeitadas as das Cmaras Isoladas Ordinrias ou Reunidas; c) os embargos de declarao dos seus julgados e os opostos na execuo dos seus acrdos; d) os recursos das decises do Relator que indeferir liminarmente pedido de reviso criminal, de condenao que houver proferido; e) os recursos das decises originrias do Conselho da Magistratura. f) Os recursos interpostos por qualquer pessoa contra deciso da Comisso Examinadora do Concurso de provas para Juiz Substituto que deferir ou indeferir pedido de inscrio; g) Os embargos infringentes dos julgados das Cmaras Cveis Reunidas, nas aes rescisrias; h) Agravo regimental contra ato do Relator, nos processos de sua competncia; i) Recurso contra deciso jurisdicional do Presidente; j) Julgar agravo regimental, sem efeito suspensivo, da deciso do Relator que, em processos criminais de sua competncia originria, decretar priso preventiva; conceder ou denegar fiana ou liberdade provisria; recusar produo de prova ou realizao de diligncia; decidir incidentes de execuo. III - Revogado IV - Conhecer: a) do incidente de falsidade de documentos ou insanidade mental do acusado, nos processos da sua competncia; b) do pedido de revogao das medidas de segurana que houver imposto; c) do pedido de livramento condicional ou de suspenso condicional da pena, nas condenaes que houver proferido. V - Interpretar, votar e emendar o Regimento Interno. VI - Dirimir as dvidas que lhes forem submetidas pelo Presidente ou pelos Desembargadores, sobre a interpretao e execuo de norma regimental ou a ordem dos processos de sua competncia. VII - Na forma da lei, impor penas disciplinares, de qualquer natureza, a Magistrados, ou representar ao rgo competente do Ministrio Pblico e22

ao Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, quando houver indcios de faltas disciplinar ou tica. VIII Indicar ao Governador, em lista trplice, os nomes dos advogados e membros do Ministrio Pblico para composio do quinto do Tribunal de Justia. IX Solicitar interveno federal no Estado, nos termos da Constituio da Repblica, para garantir o livre exerccio do Poder Judicirio ou para promover a execuo de deciso judicial. X Propor Assemblia Legislativa: a) a alterao da organizao e da diviso judicirias; b) alterao do nmero de membros do Tribunal de Justia; c) criao e extino de cargos de Juzes, dos servios auxiliares e dos respectivos vencimentos; d) criao e extino de novas varas judicirias, dos Conselhos de Justia Militar Estadual e da Justia de Paz; outros projetos de lei de sua iniciativa; XI Organizar a Secretaria e os servios auxiliares do Tribunal, do Conselho da Magistratura e da Corregedoria-Geral da Justia. XII Prover, na forma prevista na Constituio estadual, os cargos de Juiz de carreira. XIII Prover por concurso pblico de provas, ou de provas e ttulos, obedecido o disposto no artigo 167, pargrafo nico, da Constituio estadual, os cargos necessrios administrao da Justia, exceto os de confiana assim definidos em lei. XIV Regulamentar, organizar e autorizar a realizao de concursos para ingresso na Magistratura de carreira e homologar seu resultado. XV Organizar a lista para promoo de entrncia para entrncia e de acesso ao Tribunal de Justia feita por antiguidade e merecimento, alternadamente, dos Juzes de Direito, com observncia dos seguintes critrios: a) promoo obrigatria do Juiz que figurar por trs vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; b) somente podero concorrer promoo por merecimento os Juzes que integrarem a primeira quinta parte da lista de antiguidade de entrncia e que nela conter com o mnimo de dois anos de exerccio, salvo se no houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago; c) aferio do merecimento levando-se em conta critrios objetivos de presteza, segurana e eficincia no exerccio da funo jurisdicional,23

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bem como pela frequncia e aproveitamento em curso de aperfeioamento jurdico reconhecido pelo Tribunal; d) os dados objetivos acerca da presteza e da segurana no exerccio da jurisdio sero apresentados pela Corregedoria-Geral de Justia; f) a lista de merecimento ser composta dos nomes dos Magistrados que obtiverem maior nmero de votos, procedendo-se a tantas votaes quantas necessrias, em caso de empate; g) a escolha recair no Juiz mais votado, observa a ordem dos escrutnios, prevalecendo, em caso de empate, o disposto na alnea g deste artigo; h) se dois ou mais Juzes figurarem numa mesma lista de promoo por merecimento pela terceira vez consecutiva ou quinta alternada, ter preferncia de antiguidade na entrncia, o mais votado, e se houver empate na votao, o mais antigo na carreira, no servio pblico ou o mais idoso; i) na apurao da antiguidade, o Tribunal somente poder recusar o Juiz mais antigo pelo voto de dois teros de seus membros, conforme procedimento prprio, repetindo-se a votao at fixar-se a indicao; j) a antiguidade ser contada pelo efetivo exerccio na entrncia, a partir da posse; k) para promoo a Juiz de direito necessrio sempre o estgio de dois aos de efetivo exerccio no cargo de Juiz Substituto. XVI As indicaes para remoo, permuta ou promoo feitas pelo Tribunal sero encaminhadas ao seu Presidente, para expedio do ato respectivo, que se dar no prazo mximo de 05 (cinco) dias. XVII - Deliberar sobre: a) proposio de projetos de lei de iniciativa do Tribunal; b) quaisquer propostas ou sugestes do conselho da Magistratura, notadamente as concernentes organizao de sua Secretaria e rgos auxiliares; c) a proposta oramentria do Poder Judicirio de Mato Grosso; d) a denominao de prdio, de salas e de outras dependncias onde funcionam os rgos auxiliares da Justia estadual, observados os requisitos previstos em Resoluo; e) assuntos de ordem interna, mediante convocao especial do Presidente, para esse fim, por iniciativa prpria ou a requerimento de pelo menos cinco Desembargadores. XVIII Determinar a remoo, a disponibilidade ou aposentadoria compulsria do Magistrado por interesse pblico, em deciso tomada por24

maioria absoluta de seus membros, assegurada a ampla defesa. XIX Afastar do exerccio o Juiz de Primeiro Grau sujeito a processo criminal ou administrativo, ou a ser removido compulsoriamente. XX Promover aposentadoria compulsria de Magistrado por implemento de idade ou invalidez comprovada. XXI Licenciar, de ofcio, Magistrados em caso de invalidez comprovada. XXII Decidir: a) pedido de remoo e permuta de magistrados de qualquer instncia, vedada nos seis meses anteriores promoo, aposentadoria ou trmino do binio de cargos de direo do Tribunal; b) as reclamaes sobre a antiguidade de Juzes de direito, opostas lista organizada e publicada por determinao do Presidente; XXIII Determinar o aproveitamento dos Juzes em disponibilidade. XXIV Autorizar a instalao de Comarca, fixando a data, mediante Resoluo. XXV Conceder licena, por prazo excedente a noventa dias, a Desembargador e a Juiz de Direito. XXVI - Autorizar a abertura de sindicncia contra Desembargador, mediante sorteio de um Relator. XXVII Julgar os processos administrativos contra magistrados. CAPTULO III DAS CMARAS SEO I DAS TURMAS DE CMARAS CvEIS REUNIDAS Art. 16 - As duas Turmas de Cmaras Cveis Reunidas de Direito Privado, cada uma integrada por suas Cmaras Cveis Isoladas, na ordem numrica crescente, funcionam com o quorum mnimo de quatro membros, includo seu Presidente e ressalvados os casos em que as decises exijam nmero maior de Desembargadores. 1 - As aes rescisrias e os embargos infringentes contra acrdo25

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de Cmara Cvel Isolada sero julgados pelas Turmas de Cmaras Cveis Reunidas de igual competncia, no havendo, porm, impedimento de quem tenha funcionado no julgamento rescindendo ou recorrido. 2 - Os embargos infringentes contra acrdo no unnime de ao rescisria sero julgados pelas Turmas de Cmaras Cveis Reunidas de igual competncia. 3 - Para completar o quorum, poder ser convocado Desembargador, Juiz Substituto de 2 grau ou Juiz de direito de Entrncia Especial de Cuiab e Vrzea Grande, respeitada a presena de pelo menos trs Desembargadores. Art. 17 - s Turmas de Cmaras Cveis Reunidas de direito Privado compete: I - Processar e julgar: a) os embargos infringentes dos julgados das suas Cmaras Cveis Isoladas e contra acrdo de Cmaras Cveis Reunidas de Direito Privado que houver julgado procedente ao rescisria; b) a restaurao de autos extraviados ou destrudos e as habilitaes incidentes em feitos de sua competncia, bem como as medidas cautelares; c) a execuo de acrdos proferidos nas aes rescisrias; d) as aes rescisrias dos julgamentos de primeiro grau e das Cmaras Cveis Isoladas; e) os conflitos de competncia entre as suas Cmaras Cveis Isoladas e seus membros, assim como as suspeies e impedimentos levantadas contra os julgadores que as compem, quando no reconhecidos; f) as medidas cautelares e as questes incidente sem processos de sua competncia; g) as reclamaes contra Juzes cveis quando no seja da competncia de outro rgo e aquelas contra atos pertinentes execuo de seus acrdos; h) a execuo de acrdo ou sentena proferida nas causas de sua competncia originria, facultada a delegao de atos do processo a Juiz de Primeiro Grau; i) os mandados de segurana contra as decises dos relatores de suas Cmaras Isoladas; j) as habilitaes incidentes nas causas sujeitas a seu conhecimento;26

k) a restaurao de autos extraviados ou destrudos e outros incidentes que ocorrerem em processo de sua competncia originria; II - Julgar: a) os embargos de declarao opostos a seus acrdos; b) o recurso do despacho que indeferir de plano as aes rescisrias e os embargos infringentes dos julgados das Cmaras Cveis Isoladas Ordinrias (art. 532 do Cdigo de Processo Civil); c) a suspeio no reconhecida dos Procuradores de Justia com exerccio junto s Cmaras Cveis Isoladas Ordinrias e as excees opostas nos feitos de sua competncia; d) os conflitos de competncia em matria cvel de sua competncia entre Juzes de Primeira Instncia; e) recurso, em razo de assuno de competncia, para prevenir ou compor divergncia entre Cmaras Cveis de Direito Privado, acerca de relevante questo de direito, em caso de interesse pblico, nos termos do artigo 555 e 1 do Cdigo de Processo Civil; f) em grau de recurso, as causas decididas em matria civil que no forem da competncia dos rgos fracionrios. III - Uniformizar a Jurisprudncia, remetendo as respectivas Smulas Comisso de Biblioteca e Publicaes para serem editadas (art. 476 do Cdigo de Processo Civil). IV - Representar, para fins disciplinares, ao Corregedor-Geral da Justia ou ao Conselho da Magistratura, ao Ministrio Pblico e Ordem dos Advogados do Brasil. V - Mandar cancelar nos autos palavras, expresses ou frases desrespeitosas a membros da Magistratura, do Ministrio Pblico ou outras autoridades, no exerccio das suas funes. VI - Declarar a extino do processo, nos casos previstos em lei. VII - Exercer outras atribuies que, embora no especificadas, resultem das leis ou deste Regimento Interno. Art. 17-A A Turma de Cmaras Cveis Reunidas de Direito Pblico e Coletivo integrada por suas Cmaras Cveis Isoladas, funciona com o quorum mnimo de quatro membros, includo seu Presidente e ressalvados27

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os casos em que as decises exijam maior nmero de Desembargadores. Pargrafo nico. No julgamento das aes rescisrias e embargos infringentes aplicam-se as disposies dos 1, 2 e 3 do art. 16 deste Regimento. Art. 17-B s Turmas de Cmaras Cveis Reunidas de Direito Pblico e Coletivo competem: I Processar e julgar: a) os embargos infringentes dos julgados das suas Cmaras Cveis Isoladas e contra acrdos de Cmaras Cveis Reunidas que houver Julgado procedente ao rescisria; b) os mandados de segurana singular e coletivo e o habeas data contra atos do Governador do Estado, da Mesa da Assemblia Legislativa, do Tribunal de contas e de seus membros, do Procurador-Geral da Justia e respectivos Conselhos superiores, dos Secretrios de Estado, Juiz de direito, Juiz Substituto, Procurador-Geral do Estado ProcuradorGeral da Defensoria Pblica, do Comandante-Geral da Polcia Militar e do Diretor-Geral da Polcia Civil, e seus respectivos Conselhos Superiores, Promotores de Justia, do Juiz auditor, do Conselho da Justia Militar e, excepcionalmente, das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cveis, em caso de teratologia; c) a restaurao de autos extraviados ou destrudos e as habilitaes incidentes em feitos de sua competncia, bem como as medidas cautelares; d) a execuo de acrdos proferidos nas aes rescisrias de sua competncia; e) os recursos das decises do Presidente do Tribunal de Justia nos feitos da competncia do rgo; f) as aes rescisrias dos julgamentos de primeiro grau e das Cmaras Cveis Isoladas; g) os conflitos de competncia entre suas Cmaras Cveis Isoladas e seus membros, assim como as suspeies e impedimentos levantadas contra os julgadores que as compem, quando no reconhecidos; h) as medidas cautelares e as questes incidentes em processos de sua competncia; i) as reclamaes contra Juzes cveis quando no seja da competn28

cia de outro rgo e aquelas contra atos pertinentes execuo de seus acrdos; j) a execuo de acrdo ou sentena proferida nas causas de sua competncia originria, facultada a delegao de atos do processo a Juiz de Primeiro Grau; K) o mandado de injuno, quando a elaborao de norma regulamentadora for atribuio de autoridade cujos atos estejam diretamente subordinados jurisdio do Tribunal de Justia; l) as causas e os conflitos entre o Estado e Municpios ou entre estes; m) os agravos dos despachos do Presidente que, em mandado de segurana, ordenarem a suspenso de execuo de medida liminar ou de sentena que o houver concedido (Lei n 4.348, de 26/6/1964, art.4); n) os mandados de segurana contra as decises dos relatores de suas Cmaras Isoladas de igual competncia; o) as habilitaes incidentes nas causas sujeitas a seus conhecimento; p) a restaurao de autos extraviados ou destrudos e outros incidentes que ocorrerem em processo de sua competncia originria; II Julgar: a) os embargos de declarao opostos a seus acrdos; b) o recurso do despacho que indeferir de plano as aes rescisrias e os embargos infringentes dos julgados das suas Cmaras Cveis Isoladas Ordinrias (art. 532 do cdigo de Processo Civil); c) a suspeio no reconhecida dos Procuradores de Justia com exerccio junto s Cmaras Cveis Isoladas Ordinrias e as excees opostas nos feitos de sua competncia; d) os conflitos de competncia em matria cvel de sua competncia entre Juzes de Primeira Instncia e os de atribuies entre estes e autoridades administrativas, ressalvado o disposto no artigo 15,I, e; e) recurso, em razo de assuno de competncia, para prevenir ou compor divergncia entre Cmaras Cveis de Direito Privado, acerca de relevante questo de direito, em caso de interesse pblico, nos termos do artigo 555 e 1 do Cdigo de Processo Civil; f) em grau de recurso, as causas decididas em matria civil que no forem da competncia dos rgos fracionrios.29

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III Uniformizar sua Jurisprudncia, remetendo as respectivas Smulas Comisso de Biblioteca e Publicaes para serem editadas (art. 476 do Cdigo de Processo Civil). IV Representar, para fins disciplinares, ao Corregedor-Geral da Justia ou ao Conselho da Magistratura, ao Ministrio Pblico e Ordem dos Advogados do Brasil. V Mandar cancelar nos autos palavras, expresses ou frases desrespeitosas a membros da Magistratura, do Ministrio Pblico ou outras autoridades, no exerccio das suas funes. VI Declarar a extino do processo, nos casos previstos em lei. VII Exercer outras atribuies que, embora no especificadas, resultem das leis ou deste Regimento Interno. SEO II DAS CMARAS CRIMINAIS REUNIDAS Art. 18 - As Cmaras Criminais Reunidas funcionam com o quorum mnimo de cinco membros, includo o seu Presidente, ressalvados os casos em que as decises exijam maior nmero de Desembargadores. 1 - As Cmaras Criminais Reunidas so formadas pelas Cmaras Criminais Permanentes. 2 - Revogado. 3 - No estando as Cmaras com a totalidade de seus membros, sero convocados Desembargadores ou Juzes de Direito em nmero suficiente para complet-las. Art. 19 - s Cmaras Criminais Reunidas compete: I - Processar e julgar: a) os pedidos de reviso criminal; b) os recursos das decises do Presidente do Tribunal de Justia nos feitos da competncia do rgo; c) os Prefeitos Municipais nas infraes penais comuns (art. 29, VIII, da Constituio federal); d) os pedidos de desaforamento; e) em matria criminal, os mandados de segurana contra as decises30

dos relatores de suas Cmaras Isoladas, contra atos de Juzes de Primeira Instncia, contra atos dos Procuradores de Justia e dos Promotores de Justia e, excepcionalmente, contra ato das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Criminais, em caso de teratologia da deciso; f) as reclamaes contra Juzes criminais, quando no seja da competncia de outro rgo, e aquelas contra atos pertinentes execuo de seus acrdos; g) os habeas datas, quando as informaes estiverem registradas em banco de dados de entidades de carter pblico, for a retificao de natureza criminal e a autoridade estiver sujeita jurisdio do rgo; h) os mandados de injuno, sempre que a falta de norma regulamentadora for de natureza criminal e a autoridade competente para edit-la esteja sujeita jurisdio do rgo; i) a restaurao de autos extraviados ou destrudos e as habilitaes incidentes em feitos de sua competncia; j) os conflitos de competncia entre as Cmaras Criminais e seus membros, assim como as suspeies e impedimentos levantados contra os julgadores que as compem, quando no reconhecidos; l) os incidentes de uniformizao de jurisprudncia, quando ocorrer interpretao do direito entre as Cmaras Criminais que a integram, fazendo editar a respectiva smula; m) os conflitos de competncia em matria criminal entre Juzes de Primeira Instncia; n) a execuo de acrdo proferido nas causas de sua competncia originria, facultada a delegao de atos do processo a Juiz de Primeiro Grau; o) os conflitos de competncia entre os Juzes de Direito e os Conselhos da Justia Militar; p) os habeas corpus contra ato de Secretrio de Estado, ComandanteGeral da Polcia Militar e do Corpo de Bombeiro; q) a exceo da verdade, nas aes penais de sua competncia originria. II - Conhecer e julgar os conflitos de jurisdio, em matria criminal, entre Juzes de Primeira Instncia, ou entre estes e autoridades administrativas, ressalvado o disposto no artigo 15, I, e. III - Julgar: a) os embargos de declarao opostos aos seus acrdos;31

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b) os recursos de deciso do Relator que indeferir liminarmente pedido de reviso criminal (art. 625, 3, do Cdigo de Processo Penal); c) os recursos de deciso do Relator que receber ou rejeitar a queixa ou a denncia nos feitos que dispem a alnea c, inciso I, deste artigo; d) os embargos de nulidade ou infringentes do julgado da Cmara Criminal Isolada Ordinria; e) a suspeio, no reconhecida, dos Procuradores de Justia, com exerccio junto Cmara Criminal, e as excees opostas nos feitos de sua competncia; f) agravo contra deciso do Relator que, em processo originrio de sua competncia, decretar priso preventiva; conceder ou denegar fiana ou liberdade provisria; recusar a produo de provas ou realizao de diligncia; decidir incidente de execuo; IV - Aplicar medida de segurana, nas decises que proferir em virtude de reviso. V - Expedir, de ofcio, ordens de habeas corpus (art. 654, 2, do Cdigo de Processo Penal). VI - Representar, para fins disciplinares, ao Corregedor-Geral da Justia ou ao Conselho da Magistratura, ao Ministrio Pblico e Ordem dos Advogados do Brasil. VII - Mandar cancelar nos autos palavras, expresses ou frases desrespeitosas a membros da Magistratura, do Ministrio Pblico ou outras autoridades, no exerccio de suas funes. VIII - Executar, no que couber, suas decises, podendo delegar ao Juzo de Primeiro Grau a prtica de atos no decisrios. IX - Exercer outras atribuies que, embora no especificadas, resultem das leis ou deste Regimento Interno. SEO III DAS CMARAS ISOLADAS ORDINRIAS Art. 20 - As Cmaras Isoladas Cveis Ordinrias, em nmero de seis, e as Cmaras Criminais Ordinrias, em nmero de trs, compem-se cada uma de trs Desembargadores e um Juiz de Direito Substituto de 2 Grau, respectivamente, dos quais apenas trs participaro de cada julga32

mento, servindo um dos Desembargadores como Relator e os outros dois como Revisor e/ou Vogal, observada a ordem decrescente de antiguidade, a partir do Relator. Se este for o mais moderno, seu Revisor ser o mais antigo. A Cmara funcionar, todavia, com qualquer nmero para leitura de acrdos.

Pargrafo nico - Aos Desembargadores assegurado o direito de transferncia entre Cmaras, observada a ordem de antiguidade no Tribunal, vinculando-se o transferido aos processos nos quais haja lanado relatrio, ou ultrapassado o prazo legal ou regimental para faz-lo ou impulsion-lo.SUBSEO I DAS CMARAS CvEIS ISOLADAS ORDINRIAS Art. 21 - s Cmaras Cveis Isoladas Ordinrias de Direito Privado compete: I - Processar e julgar: a) as habilitaes incidentes nas causas sujeitas a seu julgamento e as medidas cautelares; b) a restaurao de autos extraviados ou destrudos, em feitos de sua competncia; c) os recursos das decises do Presidente do Tribunal de Justia, nos feitos da competncia do rgo. II - Julgar: a) os recursos das decises dos Juzes de Primeiro Grau em matria cvel de Direito Privado; b) os embargos de declarao opostos aos seus acrdos; c) a suspeio ou impedimento contra Juzes de Primeiro Grau, por estes no reconhecidos; d) o recurso contra deciso do Relator que negar seguimento a recurso ou prov-lo, na forma do art. 557 e 1 do CPC; e) os recursos contra decises proferidas pelos Juzes da Infncia e Juventude no compreendidos na competncia do art. 22, II, c, deste Regimento;33

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f) Revogado. III - Representar, para fins disciplinares, ao Corregedor-Geral da Justia ou ao Conselho da Magistratura, ao Ministrio Pblico e Ordem dos Advogados do Brasil. IV - Mandar cancelar nos autos palavras, expresses ou frases desrespeitosas a membros da Magistratura, do Ministrio Pblico ou outras autoridades, no exerccio de suas funes. V - Exercer outras atribuies que, embora no especificadas, resultem das leis e deste Regimento Interno. Art. 21-A. s Cmaras Cveis Isoladas Ordinrias de Direito Pblico e Coletivo compete: I Processar e julgar: a) as habilitaes incidentes nas causas sujeitas a seu julgamento e as medidas cautelares; b) a restaurao de autos extraviados ou destrudos, em feitos de sua competncia; c) os recursos das decises do Presidente do Tribunal de Justia, nos feitos da competncia do rgo; II Julgar: a) os recursos das decises dos Juzes de Primeiro Grau em matria cvel de Direito Pblico e Coletivo; b) os embargos de declarao opostos a seus acrdos; c) a suspeio ou impedimento contra Juzes de Primeiro Grau, por estes no reconhecidos; d) o recurso contra deciso do Relator que negar seguimento a recurso ou prov-lo, na forma do art. 557 e 1 do Cdigo de Processo Civil. III Representar, para fins disciplinares, ao Corregedor-Geral da Justia ou ao Conselho da Magistratura, ao Ministrio Pblico e Ordem dos Advogados do Brasil. IV Mandar cancelar nos autos palavras, expresses ou frases des34

respeitosas a membros da Magistratura, do Ministrio Pblico ou outras autoridades, no exerccio das suas funes. V - Exercer outras atribuies que, embora no especificadas, resultem das leis ou deste Regimento Interno. SUBSEO II DAS CMARAS CRIMINAIS ISOLADAS ORDINRIAS Art. 22 - s Cmaras Criminais Isoladas Ordinrias compete: I - Processar e julgar: a) salvo a hiptese do art. 21, I, d, os pedidos de habeas corpus, sempre que os atos de violncia ou coao ilegal forem atribudos a Juzes de Primeiro Grau, podendo a ordem ser expedida de ofcio, no curso dos feitos submetidos sua deciso; b) a suspeio ou impedimento contra Juzes de Primeiro Grau, por estes no reconhecidos; II - Julgar: a) os recursos das decises do Tribunal do Jri e dos Juzes de Primeiro Grau em matria criminal, exceto as do despacho que excluir jurados da lista geral; b) os embargos de declarao opostos a seus acrdos. c) os recursos das decises proferidas no procedimento para apurao de ato infracional atribudo a adolescentes; III - Ordenar: a) o exame, para verificao da cessao da periculosidade, antes de expirado o prazo mnimo de durao de medida de segurana; b) o confisco de instrumento e produtos do crime. IV - Representar, para fins disciplinares, ao Corregedor-Geral da Justia ou ao Conselho da Magistratura, ao Ministrio Pblico e Ordem dos Advogados do Brasil. V - Mandar cancelar nos autos palavras, frases ou expresses desrespeitosas a membros da Magistratura, do Ministrio Pblico ou outras35

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autoridades, no exerccio de suas funes. VI - Exercer outras atribuies que, embora no especificadas, resultam das leis e deste Regimento Interno. SUBSEO III DA CMARA ESPECIAL Art. 23 - Durante o recesso forense permanecero de planto no Tribunal, formando a Cmara Especial, trs julgadores indicados pelo Tribunal Pleno, mediante rodzio, iniciando-se pelos mais antigos que ainda no serviram nesse perodo, facultadas preferncia e permuta. 1 - No perodo de recesso forense compete Cmara Especial processar e julgar os habeas corpus, os feitos enumerados na lei processual civil, os previstos em leis especiais (Cdigo de Processo Civil, art. 174), as excees de suspeies e impedimentos e as medidas liminares que demandarem urgncia, mediante distribuio. 1 A - A Cmara Especial poder ainda funcionar com Juzes Substitutos de 2 Grau, sempre presidida por um Desembargador. Na ausncia, impedimento ou suspeio de membros da Cmara Especial, ser convocado, se necessrio, Juiz de Direito de planto em Cuiab ou Vrzea Grande. 2 - Ao findar o recesso forense, cessa a competncia de seus membros, mesmo nos processos em que tenham feito relatrio ou ultrapassado o prazo legal para faz-lo, exceto para ultimar julgamentos j iniciados ou para apreciar embargos de declarao, podendo o Presidente convocar sesses extraordinrias para este julgamento, ainda que fora daquele perodo. Os demais processos sero devolvidos s Cmaras de origem, sendo distribudos sem que ocorra vinculao dos integrantes da Cmara Especial. 3 - Os membros da Cmara Especial de Frias participaro da distribuio no rgo ao qual pertencerem. CAPTULO Iv DO CONSELHO DA MAGISTRATURA Art. 24 - O Presidente do Tribunal, o Vice-Presidente e o CorregedorGeral constituem o Conselho da Magistratura com sede no Tribunal e36

jurisdio em todo Estado sobre os Magistrados e servidores da Justia. 1 - Preside o Conselho o Presidente do Tribunal. 2 - As sesses do Conselho sero secretariadas pelo respectivo Diretor do Departamento. 3 - Junto ao Conselho oficiar a Procuradoria-Geral de Justia, nos feitos em que couber sua interveno. Art. 25 - As sesses do Conselho sero pblicas e suas decises administrativas sero motivadas, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria de seus membros. 1 - Se o interesse pblico o exigir poder o Conselho limitar a presena, em determinados atos, s prprias partes e a seus advogados, ou somente a estes. 2 - Da resenha dos trabalhos do Conselho, enviada publicao, no dever constar o nome do Juiz, quando punido, evitando-se qualquer referncia que possa identific-lo. Art. 26 - Considera-se impedido de funcionar no Conselho o membro de cujo ato se reclame ou se recorra, bem assim aquele que j se declarou impedido ou suspeito em processo de que se originar a reclamao ou recurso. Art. 27 - Na falta, impedimento ou suspeio, o Presidente do Tribunal substitudo pelo Vice-Presidente, e este e o Corregedor, pelos demais membros, na ordem decrescente de antiguidade, excludos os que exeram funes administrativas no Tribunal Regional Eleitoral. Art. 28 - Sem prejuzo da ao disciplinar do Presidente do Tribunal, do Corregedor-Geral e dos Desembargadores, compete ao Conselho da Magistratura: I - Exercer a suprema inspeo da Magistratura e manter a sua disciplina, em geral nos servios da Justia cumprindo-lhe providenciar a fim de que os Juzes de Direito e Juzes Substitutos: a) residam nas sedes das respectivas Comarcas e delas no se ausentem, sem autorizao, salvo para os atos e diligncias de seus cargos e nos demais casos previstos no Cdigo de Organizao e Diviso Judicirias;37

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b) prestem atendimento efetivo s partes e aos advogados quando se tratar de providncia que reclame e possibilite soluo de urgncia; c) no pratiquem, no exerccio de suas funes ou fora delas, falta que comprometa a dignidade do cargo; d) evitem frequncia rotineira a lugares onde sua presena possa desprestigiar o cargo, interferindo em atos e fatos onde no caiba sua competncia direta ou indireta; e) no deixem de permanecer no lugar designado ao expediente forense, para atender as partes e advogados; f) no deixem de presidir, pessoalmente, as audincias e atos nos quais a lei exige a sua presena; g) no cometam repetidos erros de ofcio, denotando incapacidade, desdia ou pouca dedicao ao estudo. II - Fiscalizar a atitude funcional dos Juzes e auxiliares da Justia, determinando as correies gerais ou parciais que entender oportuna. III - Promover diretamente, ou por delegao, inqurito e investigao sobre matria de sua competncia. IV - Conhecer e julgar as representaes a respeito de faltas funcionais ou abuso de poder praticados por servidores e auxiliares da Justia, na forma da lei. V - Processar e julgar representao oferecida pelas partes ou pelo rgo do Ministrio Pblico contra Juiz de entrncia que exceder os prazos previstos na lei (artigo 198 do Cdigo de Processo Civil). VI - Conhecer das representaes e reclamaes relativas ao servio judicirio, encaminhando-as ao Desembargador Corregedor-Geral, ou ao Procurador-Geral de Justia, se referentes a membros do Ministrio Pblico e a Seo da Ordem dos Advogados, quando relativas a Advogados. VII - Julgar os recursos opostos s decises da banca examinadora de concursos para serventurios de Justia das sedes de Comarcas. VIII - Indicar nome de Desembargador para compor a comisso examinadora de concurso para serventurio. IX - Revogado. X - Designar as Comarcas onde o Juiz Substituto exercer suas funes. XI - Autorizar a instalao de novas varas, fixando a data mediante Provimento.38

XII - Julgar os recursos interpostos contra as decises do Desembargador Corregedor-Geral da Justia ou dos Juzes de Primeiro Grau em matria disciplinar. XIII - Impor penas disciplinares. XIV - Propor remoo ou disponibilidade de Juzes de Direito e Juzes Substitutos, por motivo de interesse pblico. XV - Remeter ao Procurador-Geral de Justia inqurito ou documentos dos quais resultem indcio de responsabilidade criminal. XVI - Revogado. XVII - Revogado. XVIII - Apreciar reservadamente os motivos de suspeio de natureza ntima declarada pelos Juzes. XIX - Designar Juiz de Direito para presidir os Juizados Especiais e o nome de Juiz integrante das Turmas Recursais para compor o Conselho de Superviso. XX - Revogado. XXI - Determinar, quando for o caso, que no seja empossada pessoa legalmente nomeada para o cargo ou funes judicirias. XXII - Revogado. XXIII - Propor ao Tribunal de Justia a recusa de Juiz mais antigo, no caso do artigo 93, II, d, da Constituio federal. XXIV - Mandar anotar no cadastro dos Juzes, como pontos negativos para promoo de qualquer natureza, as ausncias das respectivas Comarcas, desde que no justificadas. XXV - Estabelecer planto judicirio permanente nas Comarcas durante os horrios no cobertos pelo expediente forense, inclusive nos fins de semana e feriados, com a finalidade de garantir a tutela dos direitos individuais, os relativos cidadania, ao atendimento de pedidos de habeas corpus, de priso preventiva, de priso provisria, de arbitramento de fiana, de liberdade provisria e de outras medidas de natureza urgente. XXVI - Revogado. XXVII - O Conselho da Magistratura, se entender oportuno, liberar o Juiz das funes da Vara de que titular. XXVIII - Julgar os recursos: a) das decises de seu Presidente; b) das decises administrativas do Presidente ou Vice-Presidente, relati39

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vas aos Juzes, ao pessoal da Secretaria e aos Servidores de Primeiro Grau; c) das decises originrias do Corregedor-Geral da Justia, inclusive em matria disciplinar. d) julgar os recursos sobre pedidos de licena, frias e vantagens dos magistrados, negados pelo Presidente do Tribunal. XXIX - Homologar os concursos pblicos para provimento de cargos da Secretaria do Tribunal de Justia, dos Juzos de Primeira Instncia e dos Servios Extrajudiciais, e decidir sobre suas prorrogaes, observado o limite legal mximo dos prazos de validade dos certames. XXX - Designar Juiz para responder por Comarca ou Vara. XXXI - Editar norma disciplinadora das atribuies do Juiz de Paz. XXXII - Manifestar sobre o relatrio apresentado nas sindicncias contra Magistrados, aditando-o, emendando-o ou propondo novas diligncias. XXXIII - Julgar os inquritos administrativos contra servidores quando a pena recomendvel seja a demisso. XXXIV - Julgar os recursos contra atos do Presidente do Tribunal, do Corregedor-Geral da Justia, ainda que em matria disciplinar, no participando do julgamento o prolator da deciso recorrida. XXXV - Declarar, em regime de exceo, qualquer Comarca ou Vara. XXXVI - Apreciar a sindicncia realizada pelo Corregedor-Geral da Justia sobre a conduta de Magistrado no vitalcio, propondo, sendo o caso, ao Tribunal Pleno seja desencadeado o procedimento para sua exonerao. XXXVII - Aplicar pena de perda de delegao aos delegatrios dos servios notariais e de registro. XXXVIII - Exercer outras atribuies que lhe sejam conferidas em Lei, Regimento ou Regulamento. Art. 29 - Revogado. Art. 30 - Compete ao Conselho da Magistratura conhecer e julgar os processos que versarem sobre requerimentos formulados por servidores do Poder Judicirio de 1 e 2 Instncias, concernentes estabilidade, aposentadoria voluntria ou compulsria, remoo, percepo de40

vantagens e averbao de tempo de servio, dispensada a interveno da Procuradoria de Justia, expedindo-se os atos necessrios, cabendo recurso ao Tribunal Pleno. 1 - Os processos que versarem sobre requerimentos formulados por servidores do Poder Judicirio de 1 Instncia, concernentes licenaprmio, licena para tratar de interesses particulares, licena por motivo de doena em pessoa da famlia, licena por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro, por prazo indeterminado e sem remunerao, licena para o servio militar, licena para atividade poltica, frias e afastamentos at 30 (trinta) dias, sero conhecidos e julgados pelo Diretor do Frum da Comarca na qual o requerente encontra-se lotado, expedindo-se os atos necessrios, com recurso ao Conselho da Magistratura, dispensada a interveno do Ministrio Pblico, observados os requisitos previstos em lei. 2 - Os processos que versarem sobre requerimentos formulados por servidores do Poder Judicirio de 2 Instncia, concernentes licenaprmio, licena para tratar de interesses particulares, licena por motivo de doena em pessoa da famlia, licena por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro, por prazo indeterminado e sem remunerao, licena para o servio militar, licena para atividade poltica, frias e afastamentos at 30 (trinta) dias, sero conhecidos e decididos pelo Supervisor de Recursos Humanos do Tribunal de Justia, expedindo-se os atos necessrios, com recurso ao Conselho da Magistratura, dispensada a interveno do Ministrio Pblico, observados os requisitos previstos em lei. 3 - O prazo de interposio dos recursos de que trata o artigo 30 e seus 1 e 2 de 15 (quinze) dias, a contar da publicao ou da cincia, pelo interessado, da deciso recorrida. I - Revogado. II - Revogado. Art. 30-A - O Conselho da Magistratura, sempre que tiver conhecimento de irregularidades ou faltas funcionais praticadas por Juiz, determinar41

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ao Corregedor-Geral da Justia as medidas necessrias sua apurao. Art. 31 - Das decises em processos originrios do Conselho caber recurso para o Tribunal Pleno no prazo de 10 (dez) dias, com efeito suspensivo, salvo os relativos abertura de sindicncia contra Magistrados, inqurito ou processo administrativo contra servidores, quando o recurso ter apenas efeito devolutivo. Pargrafo nico - Salvo a disposio do artigo 26 deste Regimento, no caso de deciso do Conselho para o Tribunal Pleno no haver impedimento para os que tomaram parte na deciso recorrida. A escolha do Relator, todavia, recair, quando possvel, em Desembargador que no haja participado do respectivo julgamento. Art. 32 - No esto sujeitos reclamao ou correio os atos dos Desembargadores, salvo na hiptese contemplada pelo artigo 198 do Cdigo de Processo Civil. Art. 33 - Revogado. Art. 34 - Durante o recesso, os membros do Conselho da Magistratura permanecero de planto com as atribuies definidas neste Regimento. CAPTULO v DAS ATRIBUIES DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIA E DAS CMARAS SEO I DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL Art. 35 - Ao Presidente do Tribunal de Justia, alm da atribuio geral de exercer a superintendncia de todos os servios, compete: I - Representar o Tribunal, nas suas relaes externas, e o Poder Ju42

dicirio em todos os negcios com os demais Poderes, correspondendo-se com as autoridades pblicas sobre todos os assuntos que se relacionem com a administrao da Justia. II - Velar pelas prerrogativas do Poder Judicirio. III - Dirigir os trabalhos do Tribunal presidindo as sesses plenrias. IV - Designar dia para o julgamento dos processos da competncia do Plenrio. V - Assinar as atas de distribuio de processos entre os rgos do Tribunal, bem como aos respectivos Relatores, decidindo as dvidas, impugnaes e reclamaes pertinentes. VI - Assinar, com o Relator, os acrdos do Tribunal Pleno. VII - Executar as decises do Conselho da Magistratura, quando no competir a outra autoridade. VIII - Velar pela regularidade e exatido das publicaes dos dados estatsticos sobre os trabalhos do Tribunal, ao final de cada ms. IX - Relatar todos os processos administrativos que no dependerem de distribuio no Tribunal Pleno. X - Dirigir os trabalhos, observando e fazendo cumprir os regimentos. XI - Relatar conflitos de competncia entre as Cmaras ou Desembargadores do Tribunal em matria administrativa. XII - Expedir em seu nome e com sua assinatura as ordens de habeas corpus e quaisquer outras que no forem da competncia privativa dos Juzes Relatores, ou Presidente de Cmaras. XIII - Delegar ao Vice-Presidente a prtica de atos de sua competncia. Nos casos de afastamento, impedimento ou suspeio do VicePresidente, apreciar a admissibilidade dos recursos especial, extraordinrio e ordinrio e medidas cautelares respectivas. XIV - Julgar o recurso de deciso que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir. XV - Homologar desistncia requerida antes da distribuio do feito s Cmaras e aps a sua entrada na Secretaria e, nos casos de embargos infringentes, aps a admisso e antes da nova distribuio. XVI - Decretar, se for o caso, antes da distribuio o arquivamento43

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do Inqurito, quando requerido pelo rgo do Ministrio Pblico. XVII - Conceder licena para tratamento de sade aos Magistrados, a vista de atestado passado por seu mdico. XVIII - Conceder licena para casamento, nos termos do artigo 183, inciso XVI, do Cdigo Civil. XIX - Promover a execuo dos acrdos do Tribunal contra a Fazenda Pblica, nos casos de sua competncia originria. XX - Encaminhar ao Juiz competente, para cumprimento, as cartas rogatrias remetidas pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal ou dos Juzes Federais, emanadas de autoridades estrangeiras, mandando completar qualquer diligncia, ou sanar nulidades antes de devolv-las. XXI - Revogado. XXII - Ordenar o pagamento, em virtude de sentenas proferidas contra a Fazenda Pblica (Cdigo de Processo Civil, artigos 730 e 731; Constituio do Estado, art. 100). XXIII - revogado. XXIV - Convocar Desembargador para compor o quorum de julgamento de outra Cmara nos casos de ausncia ou impedimento eventual do titular. XXV - Convocar os Juzes de Direito para substituio de Desembargador nos casos previstos em Lei, neste Regimento e Resoluo. XXVI - Aplicar a pena de suspenso fixada no artigo 642 do Cdigo de Processo Penal. XXVII - Conhecer das reclamaes referentes a custas, vencimentos e salrios, quanto aos servidores do Tribunal e nos casos submetidos a sua deciso, relativos a qualquer servidor da Justia. XXVIII - Responder consulta sobre a interpretao do Regimento Interno, submetendo-a apreciao do Tribunal Pleno. XXIX - Presidir o Conselho da Magistratura. XXX - Decidir os pedidos de concesso de adicional por tempo de servio dos Magistrados (COJE - art. 213). XXXI - Conhecer e julgar os processos que versarem sobre requerimentos formulados por servidores do Poder Judicirio de 1 e 2 Instncias, concernentes licena por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro, com remunerao, vantagens pecunirias, gratificaes, adicionais,44

licena para o desempenho de mandato classista, licena para qualificao profissional, afastamentos superiores a 30 (trinta) dias, expedindo-se os atos necessrios, com recurso ao Conselho da Magistratura, dispensada a interveno do Ministrio Pblico, observados os requisitos previstos em lei. XXXII - Baixar portaria, anualmente, fixando as escalas de frias dos Juzes de Direito e Substitutos e estabelecendo planto durante frias coletivas e feriados forenses. XXXIII - Tomar o compromisso dos Juzes Substitutos quando no coletiva a posse. XXXIV - Revogado. XXXV - Conceder a Magistrados vantagens a que tiverem direito. XXXVI - Processar pedido de inscrio em concurso para Juiz. XXXVII - Encaminhar ao Poder Executivo a proposta oramentria do Poder Judicirio, aps a aprovao do Tribunal Pleno, para efeito de compatibilizao dos programas e despesas do Estado (art. 99, 2, da Constituio do Estado). XXXVIII - Propor, de ofcio, processo para verificao da incapacidade de Desembargador e Juiz vitalcio. XXXIX - Expedir os atos de remoo, disponibilidade e aposentadoria compulsria (art. 92, VI, da Constituio estadual). XL - Delegar, dentro de sua competncia quando assim o entender e se fizer necessrio, atribuies a servidores da Secretaria. XLI - Abrir, numerar, rubricar e encerrar livros de ata e de distribuio, podendo, para rubrica, utilizar a chancela. XLII - Organizar escala de substituio de Juzes de Direito e submet-la ao Conselho da Magistratura. XLIII - Organizar e tornar pblico, at o ms de fevereiro, relatrio dos servios judicirios. XLIV - Nomear os conciliadores aprovados em teste seletivo de conhecimentos gerais de direito para os cargos de conciliadores dos Juizados Especiais, realizado nos termos de Resoluo do Tribunal Pleno. XLV - Votar no Tribunal Pleno em matria administrativa e nas questes de inconstitucionalidade. XLVI - Proferir voto de qualidade quando houver empate, se a soluo deste no estiver de outro modo regulada. XLVII - Suspender, em despacho fundamentado, as medidas liminares45

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e a execuo das sentenas, nos mandados de segurana de competncia de Primeiro Grau, nos termos do artigo 4 das Leis ns. 4.348, de 26/6/64, e 8.437, de 30/6/92. O Presidente pode ouvir o impetrante, em cinco dias, e o Procurador-Geral de Justia, quando no for o requerente, em igual prazo. XLVIII - Relatar a suspeio arguida em processo criminal, quando no reconhecida pelo excepto (art. 103, 4, do Cdigo de Processo Penal). XLIX - Solicitar a abertura de crditos extraordinrios, especiais e suplementares. L - Instalar, sempre que possvel, com solenidade, no primeiro dia til, terminado recesso forense do Tribunal, a primeira sesso anual, apresentando resumo das atividades do exerccio findo. LI - Revogado. LII - Baixar os atos de provimento e desprovimento dos cargos da Magistratura e dos servios auxiliares na forma da lei. LIII - Dar posse, ao final de cada binio, ao Presidente eleito. LIV - Substituir o Governador do Estado na forma prevista no artigo 62 da Constituio estadual. LV - Convocar sesses extraordinrias do Tribunal Pleno e do Tribunal Pleno. LVI - Representar ao Procurador-Geral da Repblica, ouvido o Plenrio, sobre declarao de inconstitucionalidade de ato ou Lei estadual. LVII - Aplicar penas disciplinares aos servidores da Secretaria do Tribunal de Justia. LVIII - Excepcionalmente, determinar a citao ou julgar medidas urgentes para evitar perecimento de direito, ressalvada a competncia do Relator. LIX - Presidir a solenidade de instalao de Comarca, ou delegar competncia a Desembargador ou Juiz de Direito para presidi-la. LX - Autorizar previamente o afastamento de Juzes da Comarca, na ausncia do Corregedor-Geral (art. 43, II). LXI - Designar Juiz da Vara Especializada da Fazenda Pblica para dirigir os servios administrativos do Cartrio da Dvida Ativa (Lei n. 5.448, de 20/6/89). LXII - Designar Juzes de Direito de entrncia especial para servirem na Presidncia e Corregedoria-Geral da Justia, segundo a necessidade dos servios.46

LXIII - Prorrogar, nos termos da lei, prazo para a posse de Desembargador, Juiz de Direito, Notrios, Registradores e servidores. LXIV - Conceder licena, at um ano, a Desembargador e Juiz de Direito. LXV - Nomear, contratar, rescindir, colocar em disponibilidade e exonerar, por interesse pblico, servidores da Justia. LXVI - Cassar licena e frias concedidas por Juiz ou Supervisor dos Recursos Humanos, quando exigido pelo interesse pblico. LXVII - Determinar a instaurao de sindicncia contra Juiz, oficiando Corregedoria-Geral da Justia. LXVIII - Comunicar Ordem dos Advogados do Brasil as faltas cometidas por advogado, sem prejuzo de seu afastamento do recinto, quando a providncia no for de competncia dos Presidentes de Cmaras. LXIX - Expedir editais e nomear as Comisses Examinadoras de Concursos Pblicos para provimento de cargos da Secretaria do Tribunal, dos Juzos e dos servios auxiliares da Justia de Primeira Instncia, aps manifestao da Procuradoria de Justia. LXX - Levar ao conhecimento do Procurador-Geral de Justia a falta de Procurador que indevidamente haja retido os autos com excesso de prazo legal, sem prejuzo da providncia da Cmara ou Relator. LXXI - Designar Juiz de Direito para exercer substituio ou cooperao. LXXII - Autorizar, nos termos da lei, o pagamento de dirias, de reembolso de despesas, de hospedagem ou de mudana a Magistrado e a Servidor, podendo delegar competncia. LXXIII - Expedir atos de nomeao de Juiz Substituto, de promoo, remoo e permuta de Magistrados. LXXIV - Conceder a Magistrado e a servidor licena para se ausentar do Pas. LXXV - Designar Juzes e Desembargadores para o planto. LXXVI - Aplicar penas disciplinares aos servidores do Tribunal de Justia, ressalvada a competncia do Conselho da Magistratura e do Corregedor-Geral da Justia. LXXVII - Editar norma disciplinadora do Cerimonial do Poder Judicirio.47

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LXXVIII - Anualmente, o Presidente do Tribunal de Justia designar o Juiz de Direito que exercer a direo do Foro, bem como o seu substituto eventual. LXXIX - Obrigatoriamente, incluir em pauta de julgamento na primeira sesso ordinria que se seguir, ou em sesso extraordinria, assunto ou matria, sempre que o requerimento for firmado por, pelo menos, um quinto dos membros do Tribunal. LXXX - Exercer outras atribuies que lhe competirem por Lei ou Resoluo. Pargrafo nico - A designao de que trata o inciso LXII no pode ultrapassar o prazo de 04 (quatro) anos ou 02 (duas) gestes consecutivas, salvo se no houver desvinculao das funes judicantes. SEO II DAS ATRIBUIES DOS PRESIDENTES DAS CMARAS Art. 36 - Exercer a Presidncia das Turmas de Cmaras Cveis Reunidas o mais antigo dos Desembargadores que as compem, competindolhes, alm de outras atribuies porventura expressas em lei: I - Dirigir e manter a regularidade dos trabalhos e a polcia das sesses. II - Convocar sesses extraordinrias e solicitar ao Presidente do Tribunal a convocao de Desembargador de outra Cmara ou Juiz de Direito para proferir voto de desempate nos julgamentos, se no for possvel na prpria sesso de quem tenha assistido aos debates, remetendo os autos ao convocado para estudo, prosseguindo o julgamento aps sua devoluo Secretaria, que o incluir em pauta, independentemente de publicao. a) Revogado. b) Revogado. Pargrafo nico - Revogado. III - Assinar os acrdos com os Relatores. IV - O Presidente das Cmaras decidir questes de ordem ou incidentes relativos direo, ordenao e disciplina do julgamento, ainda que deste no participe, como membro da Turma julgadora.48

Art. 37 - Exercer a Presidncia da Turma de Cmaras Criminais Reunidas o mais antigo dos Desembargadores que a compe, competindo-lhe, alm das atribuies especificadas nos incisos I, II e III do artigo anterior, outras porventura expressas em lei. Art. 38 - Presidir as Cmaras Cveis Isoladas Ordinrias o mais antigo Desembargador a elas pertencente, competindo-lhe, alm das atribuies especificadas neste Regimento Interno, outras porventura expressas em lei. Art. 39 - As sesses das Cmaras Criminais Isoladas Ordinrias sero presididas pelo seu membro mais antigo, sendo da sua competncia, alm das atribuies fixadas nos incisos I, II e III do artigo 36, expedir as ordens de habeas corpus nos processos julgados pela Cmara. Art. 40 - O Presidente de qualquer das Cmaras, em caso de frias, licenas, impedimentos ou ausncias ocasionais, ser substitudo pelo Desembargador que lhe seguir na ordem decrescente de antiguidade. CAPTULO vI DO vICE-PRESIDENTE Art. 41 - Ao Vice-Presidente, que no integrar as Cmaras, alm de substituir o Presidente nas faltas e impedimentos e suceder-lhe no caso de vaga, compete: I - Despachar os recursos interpostos para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justia, decidindo sobre sua admissibilidade e respectivos incidentes e ainda: a) selecionar, para fins do artigo 543-B, 1, do CPC, os recursos extraordinrios fundados em idntica controvrsia e determinar o sobrestamento dos demais, os quais aguardaro, nas Secretarias respectivas, o julgamento dos paradigmas pelo Supremo Tribunal Federal. b) determinar, nas hipteses da alnea anterior, a remessa dos feitos sobrestados ao Relator, quando julgado o mrito dos recursos paradigmas, para as providncias de que trata o artigo 543-B, 3, do CPC. II - Relatar exceo, no reconhecida, oposta ao Presidente do Tri49

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bunal. III - Apreciar os atos administrativos referentes ao Presidente. IV - Colaborar com o Presidente na representao e na administrao do Tribunal e, ainda, com a presena do Corregedor-Geral no estudo da proposta oramentria do Poder Judicirio. V - Participar como Vogal nos julgamentos de que trata o inciso XXV do art. 43. VI - Constituir, com o Presidente do Tribunal e o Corregedor-Geral, o Conselho da Magistratura. VII - Exercer funes que lhe forem delegadas pelo Presidente do Tribunal. VIII - No se ausentar, salvo motivo relevante, quando dos afastamentos do Presidente do Tribunal. IX - Revogado. X - Decretar a suspenso do processo e processar e julgar a habilitao incidente, no curso do prazo para a interposio de recurso para os Tribunais Superiores, ou durante o processamento destes. XI - Despachar: a) petio referente a autos originrios, no curso do prazo para interposio de recursos para os Tribunais Superiores ou durante o processamento e na pendncia desses. b) petio referente a autos originrios findos, estando o Relator afastado de suas funes por mais de 30 (trinta dias) ou aps sua aposentadoria; c) (Revogado) d) os pedidos de desistncia dos recursos e aes, quando, no perodo de recesso forense, o Relator ou seu Revisor no estiver de planto. XII - Prestar informaes solicitadas pelos Tribunais Superiores, em matria jurisdicional, se o pedido se referir a processo que esteja tramitando no Tribunal, podendo ouvir a respeito o Relator, caso em que essa informao acompanhar a do Vice-Presidente. XIII - Indicar, designao do Presidente, um Juiz de Direito de Entrncia Especial para funcionar na Vice-Presidncia. Art. 42 - Enquanto no for aumentado o nmero de Desembargadores, o Vice-Presidente ser substitudo na esfera jurisdicional por Juiz50

de Entrncia Especial, mediante escolha do Tribunal Pleno, que fixar o perodo da convocao. CAPTULO vII DO CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIA Art. 43 - Ao Corregedor-Geral, alm de suas funes administrativas, compete: I - Elaborar o Regimento Interno da Corregedoria e modific-lo, com aprovao do Conselho da Magistratura, em ambos os casos. II - Autorizar, previamente, o afastamento de Juzes da Comarca. III - Indicar, designao do Presidente, Juiz de Direito de Entrncia Especial para funcionar na Corregedoria. IV - Solicitar ao Presidente do Tribunal a designao de funcionrios para servirem na Secretaria da Corregedoria-Geral. V - Organizar os servios internos da Corregedoria-Geral, inclusive, quando for o caso, a discriminao de atribuies aos Juzes Corregedores. VI - Exercer vigilncia sobre o funcionamento da Justia em geral e da Polcia Judiciria, quanto omisso de deveres e prtica de abusos, especialmente no que se refere permanncia em suas respectivas sedes dos Juzes e servidores judiciais. VII - Realizar, pessoalmente, ou por delegao, de ofcio ou a requerimento, correies e inspees. VIII - Superintender e orientar as correies a cargo dos Juzes Corregedores. IX - Apresentar ao Conselho da Magistratura, at 15 de janeiro de cada ano, relatrio das atividades do rgo, no ano de sua gesto, e uma cpia dos provimentos baixados. X - Integrar o Conselho da Magistratura. XI - Conhecer das representaes e reclamaes relativas ao servio judicirio, determinando ou promovendo as diligncias, que se fizerem necessrias, ou encaminhando-as ao Procurador-Geral de Justia, ou ao Secretrio de Segurana Pblica, se referentes a membros do Ministrio Pblico ou autoridades policiais. XII - Informar, em carter confidencial, ao Tribunal sobre idoneidade pessoal e funcional dos Juzes candidatos promoo, sobre a convenincia51

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ou no de se atender a pedidos de remoo, no prazo de 03 (trs) dias, aps o recebimento da relao dos candidatos inscritos. XIII - Organizar modelos para os livros a serem usados nos cartrios, observada a legislao federal, e remet-los aos respectivos serventurios, para a necessria padronizao, permitindo-lhes, no obstante, completar a escritura dos livros em uso. XIV - Baixar: a) Suprimido. b) com a aprovao do Conselho da Magistratura, provimento sobre as atribuies dos servidores da Justia, quando no definidas em lei ou regulamento e a respeito dos livros necessrios ao expediente forense. XV - Proceder: a) a correies gerais ou parciais e extraordinrias, nas comarcas e distritos, por deliberao prpria do Tribunal ou do Conselho da Magistratura, quando constar a prtica de abusos que prejudiquem a distribuio da Justia; b) disciplinarmente e sem prejuzo do andamento do feito, a requerimento dos interessados, ou de representante do Ministrio Pblico, as correies parciais nos prprios autos, a fim de emendar erros ou abusos que importem em tumultos dos atos e frmulas da ordem legal do processo, quando para o caso no haja recurso. XVI - Julgar os recursos das decises dos Juzes de execuo sobre servios externos de presos. XVII - Instaurar, representar ou determinar a instaurao, quando necessrio, de ofcio, independentemente de portaria, de sindicncia ou inqurito administrativo, para efeito de aplicao de pena disciplinar a Magistrados e Servidores. XVIII - Impor penas disciplinares a servidores no mbito de sua competncia. XIX - Ministrar instrues aos Juzes e auxiliares da Justia, respondendo a consultas sobre matria administrativa. XX - Apreciar os relatrios dos Juzes e, se for o caso, submet-los ao exame do Conselho da Magistratura, o qual mandar consignar nos assentamentos individuais as suas observaes. XXI - Inspecionar as prises em geral e estabelecimentos destinados a medida de segurana, para inteirar-se do estado deles, com o objetivo de52

propor as medidas administrativas e legislativas convenientes a sua organizao e eficincia, cumprindo-lhe, ainda, dar audincia a presos e providenciar sobre seu julgamento, ou a sua liberdade, quando ilegalmente detidos, fiscalizando o andamento dos processos de livramento condicional. XXII - Representar: a) ao Conselho da Magistratura sobre a convenincia de se propor ao Tribunal Pleno a abertura de processo administrativo para remoo, disponibilidade ou aposentadoria compulsria de Juiz, quando ocorrer motivo de interesse pblico; b) sobre a verificao de invalidez fsica ou mental de Juiz e servidor da Justia; c) ao Presidente sobre a concesso de frias e licena aos funcionrios lotados na Corregedoria-Geral e verificar a regularidade das concedidas pelos Juzes nas respectivas Comarcas. d) ao Conselho da Magistratura, quanto necessidade de se propor ao Tribunal Pleno a abertura de sindicncia para apurao de fatos envolvendo Desembargadores. XXIII - Levar ao conhecimento da Ordem dos Advogados falta que seja atribuda a advogado e estagirio acadmico. XXIV - Examinar as situaes, representar, determinar e propor providncias a respeito de menores abandonados, interditos, rfos tutelados, curatelados, ou de bens de ausentes e defuntos. XXV - O Corregedor-Geral da Justia participar como vogal dos julgamentos da competncia do Tribunal Pleno, em questes de natureza administrativa e disciplinar, exceo das que deva funcionar como Relator, bem como nas arguies de inconstitucionalidade, salvo se, j apreciadas, for de aplicao obrigatria ou quando houver necessidade de novo pronunciamento pelo Plenrio, nos termos do art. 169 deste Regimento. XXVI - Sindicar e informar sobre o procedimento dos Juzes e servidores sujeitos a correio, a fim de saber se exigem ou recebem emolumentos, custas ou quantias indevidas ou excessivas; se observado o recolhimento regular da taxa judiciria; se os Juzes so assduos e diligentes em dar audincias e na administrao da Justia, no excedendo os prazos legais; se os Juzes se ausentam sem transmitir ao substituto legal o exerccio do cargo; se os tabelies, escrives e demais servidores atendem com prontido as partes ou se retardam por falta de pagamento de custas,53

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processos e atos ou diligncias cujo expediente no depende previamente desse pagamento; se o escrivo de casamento cria dificuldades aos nubentes, alm das exigncias constantes da lei; se h entre servidores impedimentos que os inibam de servirem juntos; se o Juiz exige a assinatura do escrivo no livro de carga dos autos sados de cartrios; se os escrives apresentam aos Juzes os autos na data em que fizerem os respectivos termos de concluso; se o contador fiscaliza a cobrana das custas e glosa os emolumentos no contados ou indevidos, fazendo ele prprio a glosa, quando cabvel; se existe afixado, em algum lugar bem visvel do cartrio, quadro com tabelas dos emolumentos taxados para os atos de ofcio; se h servidor atacado de molstia mental ou contagiosa, ou portador de defeito fsico que prejudique o exerccio das respectivas funes ou que tenha atingido a idade limite para a aposentadoria compulsria. XXVII - Prestar informaes ao rgo julgador quanto s providncias por ele determinadas. XXVIII - Determinar, independentemente de reclamaes, a restituio de custas e emolumentos, impondo as penalidades legais, sempre que notar abusos em autos ou papis que lhe forem apresentados. XXIX - Exercer outras atribuies que lhe sejam conferidas por lei, ou que sejam compatveis com a funo corregedora. XXX Revogado. XXXI - Indicar ao Presidente do Tribunal os nomes dos servidores que sero nomeados para os cargos de provimento em comisso ou funo gratificada da Secretaria da Corregedoria-Geral da Justia. XXXII - Aferir, mediante inspeo local, o preenchimento dos requisitos legais para criao ou instalao de Comarca ou Vara, apresentando relatrio circunstanciado e opinativo Comisso de Organizao e Diviso Judicirias. XXXIII - Encaminhar ao Conselho da Magistratura, depois da verificao dos assentos da Corregedoria-Geral da Justia, relao de Comarcas e Varas que deixaram de atender aos requisitos mnimos que justificaram sua criao, propondo a extino, fuso, suspenso ou modificao de competncia. XXXIV - Informar ao Tribunal Pleno sobre a convenincia, ou no, de se atender pedido de permuta entre Juzes de Direito. XXXV - Propor ao Presidente do Tribunal, ao Tribunal Pleno ou ao54

Conselho da Magistratura expedio de deciso normativa em matria administrativa de economia interna do Poder Judicirio, podendo apresentar anteprojeto de resoluo ou provimento. XXXVI - Propor Comisso de Organizao Judiciria providncia legislativa para o mais rpido andamento e perfeita execuo dos trabalhos judicirios e dos servios notariais e de registro. XXXVII - Sem prejuzo da competncia dos Diretores de Fruns, realizar correies, de forma geral ou parcial, no mbito dos servios notariais e de registro, dos servios da Justia de Paz, da Polcia Judiciria, para verificar a regularidade e para conhecer da reclamao ou denncia apresentada, podendo delegar a Juiz-Corregedor a sua realizao. XXXVIII - Verificar, identificar e apurar irregularidades nos servios e atos de qualquer natureza das Supervises, Departamentos e Secretarias do Tribunal e das Comarcas, bem como nos relatrios e sistemas de movimentao forense e operosidade dos Juzes de Direito, inclusive os Substitutos de 2 grau, comunicando-se ao responsvel para as providncias que se fizerem necessrias, se no lhe couber. XXXIX - Exercer a funo disciplinar na Secretaria da CorregedoriaGeral da Justia, nos rgos de jurisdio de Primeiro Grau, nos rgos auxiliares da Justia de Primeira Instncia e nos servios notariais e de registro do Estado, nas hipteses de descumprimento dos deveres e das obrigaes legais e regulamentares. XL - Instaurar ou delegar a instaurao de sindicncia ou processo administrativo disciplinar contra servidores da Secretaria da CorregedoriaGeral da Justia, notrios e registradores, e aplicar as penas correlatas, na forma da lei. XLI - Instaurar na Corregedoria e relatar no Tribunal Pleno processo disciplinar contra Juiz para aplicao de penas de advertncia e censura. XLII - Velar pelo funcionamento do mtodo ORDEM nas Varas e Juizados Especiais, ou outro que venha a ser adotado pelo Tribunal. XLIII - Por determinao do Conselho da Magistratura, dar prosseguimento s investigaes, quando houver indcios da prtica de crime de ao penal por Juiz, ainda que prescrita a pena administrativa. XLIV - Remeter ao Procurador-Geral de Justia os documentos necessrios efetivao da responsabilidade criminal, sempre que encontrar indcios da prtica de crime ou contraveno, ou para propositura de ao55

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por improbidade administrativa. XLV - Apreciar representao de Juzes Corregedores de presdios sobre interdio de cadeias pblicas, para as providncias que se fizerem necessrias. XLVI - Avocar, no interesse do servio cartorrio ou da Justia, sindicncia ou processos administrativos instaurados pelos Diretores de Fruns, e, se for o caso, reexaminar as decises proferidas. XLVII - Propor autoridade competente, quando for o caso, a demisso de servidores, ou aplicar, originariamente, sem prejuzo da competncia dos Diretores de Fruns, as demais penas, podendo ainda afast-los das funes at julgamento final. XLVIII - Determinar, nas correies a que proceder, quando necessria, a interveno em cartrio judicial ou extrajudicial, designando interventor, com ou sem afastamento do serventurio. XLIX - Requisitar, no desempenho de sua misso especfica, de qualquer autoridade ou rgo, pblico ou privado, as informaes, auxlios e garantias necessrias ao desempenho de seus deveres. L - Requisitar qualquer processo sobre a presidncia ou relatoria de Juiz de Direito, tomando as providncias ou expedindo instrues que entender necessrias ao bom e regular andamento dos servios. LI - Revogado. LII - Delegar poderes ao Juiz-Corregedor para proceder a diligncias instrutrias de processos a seu cargo. LIII - Receber, processar ou delegar o processamento das reclamaes contra serventurios da Justia. LIV - Propor ao Conselho da Magistratura a decretao de regime de exceo de qualquer Comarca ou Vara, indicando a distribuio de competncia entre os Juzes que venham a atuar durante o respectivo perodo. LV - Expedir provimentos, portarias, instrues, circulares e ordens de servios. LVI - Realizar investigao a respeito da conduta de Magistrado no vitalcio, decorridos 20 (vinte) meses da investidura, devendo conclu-la e relatla perante o Conselho da Magistratura no prazo de trinta 30 (trinta) dias. LVII - Instaurar, de ofcio ou a requerimento de qualquer rgo ou Desembargador do Tribunal, e presidir sindicncia ou inqurito para apurao de faltas disciplinares ou crimes praticados por Juzes.56

LVIII - Processar as representaes contra Juzes, procedendo toda a atividade investigatria para aplicao de qualquer pena disciplinar pelo rgo competente. Art. 43-A - A designao de Juzes-Corregedores ser por tempo indeterminado, mas consider-se- finda com o trmino do mandato do Corregedor-Geral. CAPTULO vIII DA INvESTIDURA NO CARGO DE DESEMBARGADOR, DA ELEIO E POSSE DOS DIRIGENTES DO PODER JUDICIRIO, DISPOSIES ESPECIAIS Art. 44 - O Desembargador nomeado prestar o compromisso e tomar posse no cargo em sesso plena do Tribunal, solene ou no, mas em qualquer caso ser observado o seguinte ritual: a) aberta a sesso e formada a mesa, designar o Presidente dois dos Desembargadores para introduzirem no recinto o empossado; b) este ser apresentado entre os dois Desembargadores e seguido de um oficial de justia, que conduzir a capa ou a toga at a parte direita do Plenrio e a frente do Presidente; c) o novo Desembargador, antes de tomar assento, prestar perante o Presidente o seguinte compromisso: PROMETO EXERCER NESTE SODALCIO O CARGO DE DESEMBARGADOR COM HONRA, ZELO, DIGNIDADE E COMPETNCIA, CUMPRINDO E FAZENDO CUMPRIR AS LEIS, SOB OS INFLUXOS DA MORAL, DO DIREITO E DA JUSTIA; d) sero oferecidas as vestes talares e, declarando o Presidente empossado o novo Desembargador, convida-lo- a tomar assento, determinando que se faa a leitura do termo de posse, previamente lavrado, que ser assinado pelos Desembargadores presentes; e) em seguida, ser saudado pelo Presidente ou por outro Desembargador por este designado; f) ser encerrada a solenidade depois da orao do empossado. Art. 45 - O Desembargador empossado compor a Cmara onde houver vaga. Pargrafo nico - A remoo de Desembargadores, deferida pelo57

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Tribunal, prefere ao provimento inicial e, em se dando, o preenchimento ser feito na Cmara deixada pelo Desembargador removido. Art. 46 - A antiguidade dos Desembargadores ser regulamentada pela data na qual se iniciou o exerccio; pela posse, se o exerccio iniciou na mesma data, pelo maior tempo de judicatura; pelo maior tempo de servio pblico e pela idade, sucessivamente. DA ELEIO E POSSE Art. 47 - No ms de outubro do ano anterior ao trmino de cada binio, o Tribunal Pleno eleger, dentre seus membros e na forma prevista no Estatuto da Magistratura, o Presidente