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Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais
Financiamento FINEP – FNDTC/NEPP/Regiões Metropolitanas
Estudos Regionais
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
Organizadores: Claudio Dedecca, Lilia Montali, Rosana Baeninger
Março/2009
FINEP/NEPP/NEPO/IE
UNICAMP
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................ 5
CAPÍTULO 1 – ECONOMIA E MERCADO DE TRABALHO .................................................................. 7
Claudio Dedecca
CAPÍTULO 2 – DINÂMICA DEMOGRÁFICA ................................................................................... 23
Rosana Baeninger e Claudia Gomes de Siqueira
Introdução ......................................................................................................................... 23
Evolução da População..................................................................................................... 25
Tendência do crescimento da população .......................................................................... 33
Movimentos Migratórios Inter e Intra-regional.................................................................... 45
Estrutura Etária da População........................................................................................... 58
Referências Bibliográficas ................................................................................................. 67
ANEXO I - Municípios da Região de Governo de São José do Rio Preto .......................... 67
CAPÍTULO 3 – A QUESTÃO SOCIAL NO PÓLO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ................................. 69
Lilia Montali, Eugenia Troncoso Leone e Stella B. Silva Telles
1. Renda, Pobreza e Desigualdade no Pólo Regional de São José do Rio Preto.............. 69
2. Mudanças no domicílio, na inserção domiciliar no mercado de trabalho e as políticas
sociais ............................................................................................................................... 77
2.1. Mudanças nos arranjos domiciliares: configurações e tamanho ............................. 79
2.2. Mudanças nos arranjos domiciliares de inserção no mercado de trabalho e na
provisão dos domicílios. ................................................................................................ 92
2.3. Arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento ................................. 104
2.4. A mulher e a renda dos domicílios: 1991-2000 ..................................................... 120
3. Políticas Sociais no Pólo Regional de São José do Rio Preto ..................................... 130
3.1. Os programas de transferência de renda no Pólo Regional de São José do Rio
Preto - Mapeamento e Acesso .................................................................................... 131
3.2. Educação Básica Pólo Regional de São José do Rio Preto.................................. 140
3.3. Atenção Básica à Saúde e Acesso às Ações e Serviços de Saúde ...................... 140
Referências Bibliográficas ............................................................................................... 140
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Apresentação
Nesses últimos 20 anos, a dinâmica socioeconômica paulista não mais se associa a
dualidade região metropolitana – interior prevalecente até os anos 70. Novas regiões
metropolitanas se consolidaram, outras se encontram em processo de formação e pólos
regionais com algum grau de integração econômica vêm sendo constituídos. Essa nova
configuração impõe tanto um melhor conhecimento da dinâmica espacial como a construção de
instrumentos de política pública adequados da estrutura socioeconômica do Estado de São
Paulo.
A implantação de bases industriais em diversas regiões do interior do Estado e o
revigoramento da atividade agrícola, nestes quase 30 anos, induziram um processo de
transformação substantiva da configuração econômica e social do interior do Estado, que tem
resultado em progressiva metropolização, bem como na constituição de diversos pólos
econômicos com alguma integração e especialização no espaço local.
Os desequilíbrios sociais hoje presentes no Estado exigem a construção de um
diagnóstico mais integrado de sua diversidade regional, que apóie adequadamente a
elaboração de políticas públicas mais consistentes para o desenvolvimento econômico e social
paulista.
Este projeto tem o propósito de produzir um mapa da dinâmica socioeconômica do Estado
com foco nas regiões metropolitanas e em alguns pólos econômicos, que possibilite acesso
estruturado e rápido à informação básica para a elaboração e implementação das políticas
públicas para o desenvolvimento estadual. Três eixos temáticos são adotados na análise e no
sistema informação produzidos: i. economia e trabalho, ii. dinâmica demográfica; e iii. proteção
social. Os dois primeiros eixos articulam as dinâmicas econômica, social e demográfica. O
último congrega, no âmbito das políticas públicas, o acesso dos segmentos específicos da
população, a disponibilidade de equipamentos e de serviços pelos órgãos competentes e o
perfil das recentes políticas de transferência de renda.
Em suma, este projeto espera contribuir para a compreensão da complexidade econômica
e social presente no Estado, bem como para o desenho e a gestão das políticas públicas
voltadas para o Estado de São Paulo.
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Capítulo 1 – Economia e Mercado de Trabalho1
O Pólo de São José do Rio Preto localiza-se a noroeste do Estado de São Paulo e
representa um importante entroncamento de vias de escoamento da produção agrícola e
agroindustrial do Centro-Oeste além de possuir integração com o eixo Campinas – Ribeirão
Preto onde se desenvolve uma agricultura e pecuária moderna.
O café foi o grande impulsionador da urbanização desse pólo que hoje se destaca pela
pecuária bovina, cana-de-açúcar, laranja e milho. Mais recentemente tem aparecido com
intensidade a indústria de móveis, confecções, alimentos e terciários.
O Pólo de São José do Rio Preto possui 31 municípios que no ano de 2005 totalizavam
uma população de 711 mil habitantes, o que representava 2,5% da população dos pólos e
regiões selecionadas. Em 2000 a população desse pólo era de 649 mil pessoas, dessa forma, o
crescimento anual da população entre os anos 2000 e 2005 foi de 1,9%, percentual superior
àquele verificado para a Região Metropolitana de São Paulo e de Campinas, dentre outros
pólos.
A cidade de São José do Rio Preto possuía 397 mil habitantes em 2005, o que
representava mais de 55% da população do pólo tanto para o ano de 2000 quanto para 2005. A
segunda maior cidade do pólo era Mirassol, com menos de 8% da população do pólo. Essas
duas cidades juntamente com os municípios de José Bonifácio e Tanabi possuíam mais de 70%
da população total do pólo. A Tabela 1 traz a população para os demais municípios.
Como é possível verificar, predominam as cidades de pequeno porte no pólo em questão,
com exceção de São José do Rio Preto que se apresenta como uma cidade de médio porte.
1 Ficha Técnica: Coordenação: Claudio Dedecca, Auxiliares de pesquisa: Adriana Jungbluth, Cassiano Trovão, Camila Ribeiro, Fernando Hajime.
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 1Evolução da População ResidentePólo de São José do Rio Preto, 2000-2005
2000 2005Pólo de São José do Rio Preto 649.063 711.801 1,9 Adolfo 3.684 3.900 1,1 Bady Bassitt 11.550 15.386 5,9 Bálsamo 7.340 7.730 1,0 Cedral 6.700 7.223 1,5 Guapiaçu 14.086 15.858 2,4 Ibirá 9.447 9.913 1,0 Icém 6.772 7.147 1,1 Ipiguá 3.476 4.207 3,9 Jaci 4.180 4.645 2,1 José Bonifácio 28.714 31.276 1,7 Mendonça 3.759 3.883 0,7 Mirassol 48.327 53.137 1,9 Mirassolândia 3.741 4.132 2,0 Monte Aprazível 18.413 19.049 0,7 Neves Paulista 8.907 9.234 0,7 Nipoã 3.267 3.480 1,3 Nova Aliança 4.768 4.998 0,9 Nova Granada 17.020 18.013 1,1 Onda Verde 3.413 3.746 1,9 Orindiúva 4.161 4.780 2,8 Palestina 9.100 9.118 0,0 Paulo de Faria 8.472 8.685 0,5 Planalto 3.670 3.833 0,9 Poloni 4.774 4.914 0,6 Potirendaba 13.656 14.782 1,6 São José do Rio Preto 358.523 397.697 2,1 Tanabi 22.587 23.289 0,6 Ubarana 4.220 4.989 3,4 Uchôa 9.035 9.410 0,8 União Paulista 1.354 1.385 0,5 Zacarias 1.947 1.962 0,2
População total Taxa anual de crescimento
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Ainda no que se refere à população desse pólo, nota-se que pouco menos da metade da
população no ano de 2000 era natural do próprio pólo e pouco mais de 46% residia no local a
mais de dez anos. Esses dados indicam que no passado houve uma migração considerável
para o pólo, entretanto, nos anos mais recentes ela foi pouco intensa.
Os percentuais observados para o pólo como um todo, variam bastante entre os
municípios. A cidade de Ibirá, por exemplo, apresenta uma população natural de quase 61,7%,
porém uma população de migrantes com 10 anos ou mais de residência no local de 39,2%.
Bady Bassitt, por outro lado, apresenta apenas 23% da sua população como sendo natural, e
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mais de 63% são migrantes, mas residentes na cidade há dez anos ou mais. A tabela 2 indica
esses percentuais para os demais municípios.
Tabela 2Participação da população por município e por condição de migraçãoPólo de São José do Rio Preto, 2000
Natural Até 3 anos4 a 9 anos
10 anos e mais
Total
Pólo de São José do Rio Preto 45,5 3,2 4,6 46,7 100,0 Adolfo 43,3 3,0 3,0 50,8 100,0 Bady Bassitt 23,0 6,1 7,3 63,6 100,0 Bálsamo 57,0 1,9 2,0 39,2 100,0 Cedral 46,3 5,3 4,9 43,5 100,0 Guapiaçu 44,7 2,5 4,2 48,7 100,0 Ibirá 61,7 1,8 2,6 33,9 100,0 Icém 45,5 10,7 7,5 36,3 100,0 Ipiguá 34,9 2,5 5,8 56,8 100,0 Jaci 36,2 4,9 4,9 53,9 100,0 José Bonifácio 56,9 2,6 3,5 37,1 100,0 Mendonça 45,5 2,5 3,2 48,8 100,0 Mirassol 45,0 2,4 3,6 49,0 100,0 Mirassolândia 38,7 2,8 3,9 54,6 100,0 Monte Aprazível 52,0 0,9 1,8 45,3 100,0 Neves Paulista 56,5 1,7 2,0 39,8 100,0 Nipoã 49,0 0,7 3,6 46,7 100,0 Nova Aliança 43,9 2,3 3,7 50,1 100,0 Nova Granada 56,0 3,7 7,2 33,1 100,0 Onda Verde 35,0 10,4 4,2 50,4 100,0 Orindiúva 42,3 5,8 12,2 39,7 100,0 Palestina 56,5 2,5 3,7 37,3 100,0 Paulo de Faria 51,9 4,5 7,2 36,3 100,0 Planalto 51,1 3,0 4,8 41,1 100,0 Poloni 50,0 2,3 2,0 45,7 100,0 Potirendaba 57,2 4,5 3,0 35,3 100,0 São José do Rio Preto 41,9 3,3 5,0 49,8 100,0 Tanabi 58,4 2,2 2,9 36,5 100,0 Ubarana 44,7 4,2 7,7 43,4 100,0 Uchôa 59,5 1,0 2,3 37,3 100,0 União Paulista 34,1 2,4 6,0 57,5 100,0 Zacarias 51,6 1,9 5,2 41,3 100,0
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Passando agora para as questões econômicas, nota-se que a participação do Pólo de São
José do Rio Preto no Estado de São Paulo tanto no que se refere à população e ao valor
adicionado é bastante pequena e não sofreu grande alteração nos últimos anos. Em 2002, a
população desse pólo representava apenas 2,4% daquela verificada para o Estado, percentual
que aumentou para 2,5% no ano de 2005. Já em relação ao valor adicionado, em 2002 o pólo
de São José do Rio Preto tinha uma participação de apenas 1,4%, percentual que declinou para
1,3% em 2005.
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico 1 - Participação do Valor Adicionado e da População do Pólo de São José do Rio Preto nos Totais do Estado de São Paulo, 2002/2005
1,41,3
2,4 2,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
2002 2005
Valor Adicionado
População
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Fundação Seade. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Durante a recuperação econômica ocorrida entre os anos de 2002 e 2005, o Estado de
São Paulo passou por um crescimento anual do produto interno bruto da ordem de 3% ao ano.
O Pólo de São José do Rio Preto, entretanto, apresentou uma tendência de crescimento muito
baixo, de apenas 0,2%, um dos piores resultados encontrado dentre os pólos selecionados para
o estudo, estando na frente apenas de Presidente Prudente e de São José dos Campos.
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico 2 - Taxas Anuais de Crescimento do Valor Adicionado, segundo Regiões Geográficas e Pólos Econômicos, Estado de
São Paulo, 2002-2005
3,8
2,0
(2,2)
5,4
5,6
3,8
4,2
0,2
0,5
1,2
3,0
(0,3)
(3,0) (2,0) (1,0) - 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0
RM de São Paulo
RM da Baixada Santista
São José dos Campos
Sorocaba
RM de Campinas
Ribeirão Preto
Bauru
São José do Rio Preto
Araçatuba
Presidente Prudente
Demais municípios
Total
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Fundação Seade. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Desagregando-se o valor adicionado por setores, nota-se que a maior queda foi sofrida
pela agroindústria, assim como grande parte dos pólos selecionados, tendo declinado a uma
taxa anual de 9,4%.
A indústria também apresentou queda no período, entretanto, bastante inferior àquela
observada na agroindústria, sendo de quase 1%.
O setor que mais cresceu foi a administração pública, com uma média anual de 2,4%. Em
seguida veio o setor de serviços com 1,2%. O Gráfico 3 traz essas informações.
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico 3 - Taxas Anuais de Crescimento do Valor AdicionadoPólo de São José do Rio Preto, 2002 - 2005
-9,4
-0,9
1,2
-0,1
2,4
0,2
-11,0
-9,0
-7,0
-5,0
-3,0
-1,0
1,0
3,0
Agroindústria Indústria Serviços Total
Setor Privado AdministraçãoPública
Total
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Fundação Seade. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Observando-se agora a composição do valor adicionado do Pólo de São José do Rio
Preto por município, nota-se que a cidade de São José era responsável por quase 60% do VA
do pólo no ano de 2005, percentual bastante próximo daquele que representa a população da
cidade em relação ao Pólo (55%).
Em seguida, aparece a cidade de Mirassol que, detém 7,5% da população do pólo é
responsável por 6,6% do valor adicionado.
O gráfico 4 mostra os demais percentuais de participação do valor agregado e da
população por município.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico 4 - Composição do Valor Adicionado e da população, segundo municípios
Pólo de São José do Rio Preto, 2005
- 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0
Adolfo
Bady Bassitt
Bálsamo
Cedral
Guapiaçu
Ibirá
Icém
Ipiguá
Jaci
José Bonifácio
Mendonça
Mirassol
Mirassolândia
Monte Aprazível
Neves Paulista
Nipoã
Nova Aliança
Nova Granada
Onda Verde
Orindiúva
Palestina
Paulo de Faria
Planalto
Poloni
Potirendaba
São José do Rio Preto
Tanabi
Ubarana
Uchôa
União Paulista
Zacarias
População
Valor adicionado
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Fundação Seade. Elaboração: Projeto Regiões
Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas
Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Entrando agora nas questões relativas ao mercado de trabalho no Pólo de São José do
Rio Preto, os dados do Censo Demográfico 2000 ajudam a entender a dinâmica desse
mercado. A tabela 4 traz esses percentuais.
Um primeiro dado que chama atenção é a elevada participação da cidade de São José
tanto no que se refere à PIA quando ao que se refere à PEA, com uma participação de 55,6% e
56,5%, respectivamente. Essa elevada participação era de se esperar visto que este município
é o mais populoso do pólo e representa o pólo dinâmico da região.
Tabela 3
Pólo de São José do Rio Preto, 2000
PIA PEA Taxa de
Desemprego Pólo de São José do Rio Preto 100,0 100,0 12,2 Adolfo 0,6 0,6 11,5 Bady Bassitt 1,7 1,8 11,6 Bálsamo 1,1 1,2 11,9 Cedral 1,0 0,9 11,8 Guapiaçu 2,2 2,1 9,6 Ibirá 1,5 1,4 11,9 Icém 1,0 1,0 15,6 Ipiguá 0,5 0,5 10,1 Jaci 0,6 0,6 10,0 José Bonifácio 4,3 4,4 10,7 Mendonça 0,6 0,5 9,9 Mirassol 7,4 7,4 14,0 Mirassolândia 0,6 0,5 20,1 Monte Aprazível 2,9 2,8 11,0 Neves Paulista 1,4 1,4 10,1 Nipoã 0,5 0,5 6,8 Nova Aliança 0,8 0,7 8,3 Nova Granada 2,6 2,5 13,6 Onda Verde 0,5 0,5 20,4 Orindiúva 0,6 0,6 10,0 Palestina 1,4 1,3 9,8 Paulo de Faria 1,2 1,2 13,3 Planalto 0,5 0,5 13,5 Poloni 0,8 0,7 7,7 Potirendaba 2,1 2,2 7,6 São José do Rio Preto 55,6 56,5 12,7 Tanabi 3,5 3,3 10,8 Ubarana 0,6 0,6 11,5 Uchôa 1,4 1,3 10,5 União Paulista 0,2 0,2 1,6 Zacarias 0,3 0,2 14,1
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Participação dos municípios, segundo indicadores de mercado de trabalho e taxas de desemprego
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
A participação dos demais municípios na composição da PIA e da PEA é bastante inferior
estando bem distribuída entre eles.
No que se refere à taxa de desemprego, nota-se que a região como um todo apresenta
uma média de desemprego de 12,2%, taxa bastante inferior àquela encontrada para a Região
Metropolitana de São Paulo (19,6%).
O município de São José do Rio Preto encontra-se acima da média do Pólo tendo uma
taxa de desemprego de 12,7%. A maior taxa de desemprego é encontrada no município de
Onda Verde, com 20,4% e a menor é encontrada na cidade de União Paulista com apenas
1,6% de desemprego.
Como a tabela acima mostra, as taxas de desemprego dos municípios do Pólo de São
José do Rio Preto não são tão elevadas quanto para outros municípios do Estado, com algumas
poucas exceções. Entretanto, é interessante notar a enorme diferença existente entre as taxas
de desemprego dos diversos municípios.
Ainda referente às taxas de desemprego, o gráfico abaixo traz a taxa de desemprego
segundo decis de renda domiciliar. Nota-se que, no geral, quanto mais baixo o decil ao qual a
pessoa pertence, maior é o percentual de desempregados.
Tabela 4Taxa de Desemprego segundo Municípios e Decis de Renda DomiciliarPólo de São José do Rio Preto, 2000
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º TotalPólo de São José do Rio Preto 32,1 20,5 15,3 11,7 11,1 9,7 8,5 7,0 5,6 4,2 12,2 Adolfo 27,1 27,0 4,1 3,2 8,4 13,1 5,7 7,0 6,4 - 11,5 Bady Bassitt 29,5 18,8 14,1 7,1 10,2 8,3 11,4 7,2 4,4 16,2 11,6 Bálsamo 28,7 15,8 16,8 11,4 10,3 10,1 4,6 5,5 - 14,3 11,9 Cedral 28,2 12,1 8,2 9,3 18,0 6,8 8,8 8,1 9,9 5,5 11,8 Guapiaçu 23,0 14,6 9,6 8,8 12,3 9,0 6,8 5,9 1,1 - 9,6 Ibirá 26,1 15,8 11,4 7,8 5,7 12,9 7,1 5,9 6,1 5,6 11,9 Icém 31,9 11,2 13,0 11,8 11,6 20,9 15,2 15,4 6,6 6,4 15,6 Ipiguá 21,6 15,5 11,9 7,8 16,3 - 10,9 - - 11,8 10,1 Jaci 31,1 25,5 7,4 7,4 4,0 6,0 7,1 4,2 - 11,1 10,0 José Bonifácio 32,0 16,4 11,2 10,4 8,6 10,0 3,0 4,3 1,5 0,6 10,7 Mendonça 19,4 14,8 4,2 3,3 8,6 6,1 - 14,6 10,0 19,1 9,9 Mirassol 37,4 21,0 18,9 13,7 12,1 11,8 9,1 5,2 9,5 3,6 14,0 Mirassolândia 27,0 24,1 21,2 11,5 30,7 9,3 10,2 9,9 - - 20,1 Monte Aprazível 32,8 20,6 7,9 9,7 7,1 4,7 0,8 7,9 - 2,3 11,0 Neves Paulista 27,2 18,0 8,4 8,4 7,1 5,2 6,4 8,3 2,3 10,1 10,1 Nipoã 12,0 7,9 9,4 2,8 3,7 15,4 - - 10,1 - 6,8 Nova Aliança 19,8 16,5 13,9 2,4 1,4 6,5 - 6,1 1,5 5,4 8,3 Nova Granada 22,9 21,5 17,6 7,5 7,5 12,4 9,3 14,8 - 6,0 13,6 Onda Verde 42,1 24,1 21,7 21,3 19,6 11,8 6,4 - 10,5 - 20,4 Orindiúva 19,2 17,7 21,6 6,3 5,3 1,7 4,6 7,3 - - 10,0 Palestina 18,3 11,2 8,1 7,2 5,7 4,5 6,7 5,5 10,4 5,6 9,8 Paulo de Faria 28,5 14,7 6,2 9,1 9,3 7,7 2,3 - 6,7 2,5 13,3 Planalto 28,7 5,9 16,2 3,6 7,6 5,0 11,5 - 7,3 - 13,5 Poloni 20,0 7,7 7,1 12,9 2,0 1,3 6,2 - 5,4 4,8 7,7 Potirendaba 14,8 13,0 14,4 9,2 4,2 3,3 3,4 4,4 4,1 2,8 7,6 São José do Rio Preto 40,7 25,4 17,9 13,9 12,5 10,5 9,8 7,6 6,0 4,3 12,7 Tanabi 17,7 20,8 15,4 10,5 9,3 5,0 3,9 5,2 1,3 1,8 10,8 Ubarana 22,6 20,8 9,0 5,3 6,4 4,4 - 3,9 9,5 - 11,5 Uchôa 29,6 6,8 11,4 6,9 6,2 4,4 10,3 2,8 5,6 8,2 10,5 União Paulista - 6,7 - - - - - - - - 1,6 Zacarias 18,8 15,9 13,5 8,5 18,3 15,3 16,3 - - - 14,1
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Observando-se agora o grau de formalização, o Pólo de São José do Rio Preto apresenta
uma taxa de 58,1%, portanto, mais da metade dos ocupados contribuem para a previdência.
Essa taxa varia para cada município e para cada decil de renda. Nota-se que quanto mais
elevado o decil de renda, maior a taxa de formalização.
A cidade de Jaci é a que apresenta melhor taxa de formalização sendo esta próxima a
68%. Já o município de Poloni apresenta uma taxa de formalização de apenas 43,6% sendo a
menor do pólo.
O município de São José do Rio Preto, por sua vez, registra uma taxa de formalização
acima daquela registrada para o pólo, 61%.
Tabela 5Taxa de Formalização segundo Municípios e Intervalos decílicos de Renda DomiciliarPólo de São José do Rio Preto, 2000
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º TotalPólo de São José do Rio Preto 36,5 49,4 50,2 54,9 56,1 57,1 61,2 64,7 69,2 74,3 58,1 Adolfo 53,8 60,2 56,0 62,9 61,1 65,1 50,9 71,0 81,3 100,0 61,6 Bady Bassitt 32,4 48,6 48,0 61,1 55,3 55,9 54,7 56,0 62,7 67,1 54,8 Bálsamo 29,7 44,3 37,7 43,6 58,9 45,6 47,2 49,1 55,4 63,4 47,4 Cedral 27,3 51,3 60,6 60,7 48,4 55,6 59,0 71,0 79,6 60,4 57,2 Guapiaçu 39,7 64,9 55,7 64,0 67,7 66,2 69,2 72,0 67,6 85,1 64,9 Ibirá 64,5 50,4 60,4 60,5 62,6 62,3 63,7 81,3 79,3 78,9 63,1 Icém 47,2 55,5 49,2 67,6 60,1 78,6 79,0 88,8 54,8 74,7 62,0 Ipiguá 38,5 50,4 55,6 35,6 45,0 58,7 51,4 54,4 55,3 100,0 49,8 Jaci 74,0 86,5 62,6 67,5 78,9 54,5 75,5 63,7 59,5 30,8 68,0 José Bonifácio 35,6 50,4 42,3 57,9 46,2 52,6 53,4 55,6 66,2 68,0 52,0 Mendonça 26,3 25,1 31,6 31,0 49,6 38,6 52,6 40,9 46,5 87,7 38,5 Mirassol 36,4 56,4 58,5 63,2 56,1 63,9 70,3 71,1 71,3 67,2 62,4 Mirassolândia 23,6 52,8 39,6 44,9 57,4 61,5 59,3 59,3 35,1 - 46,4 Monte Aprazível 22,0 35,9 44,3 50,1 37,3 50,7 59,6 62,9 65,9 74,9 48,4 Neves Paulista 28,8 39,1 40,4 43,1 47,6 58,0 43,9 59,6 70,4 56,3 48,1 Nipoã 30,8 36,9 42,2 49,0 60,6 43,8 63,7 68,9 77,3 56,1 48,2 Nova Aliança 40,8 41,0 34,7 48,8 64,5 56,6 65,0 52,8 58,1 81,9 52,4 Nova Granada 44,7 54,6 61,1 47,7 67,3 70,7 60,6 65,1 76,0 73,3 60,1 Onda Verde 46,3 75,5 48,4 48,6 44,3 46,3 70,4 76,6 41,6 56,4 55,2 Orindiúva 32,1 64,8 61,5 52,7 53,3 59,8 73,1 65,9 57,1 48,6 59,4 Palestina 38,5 32,5 36,6 48,4 37,6 41,6 42,5 69,0 70,4 48,5 42,7 Paulo de Faria 36,5 39,8 58,8 51,0 50,3 53,3 72,3 37,6 65,6 84,8 49,5 Planalto 40,5 55,3 38,1 63,5 54,5 39,8 27,3 54,7 20,2 24,6 44,0 Poloni 29,7 43,6 29,0 29,2 56,1 39,6 80,8 56,3 54,2 76,6 43,6 Potirendaba 28,8 40,3 39,1 31,2 49,5 51,8 44,8 55,4 57,5 86,0 47,0 São José do Rio Preto 36,1 51,0 51,2 57,1 58,0 57,2 62,1 65,3 70,6 75,6 61,2 Tanabi 26,2 40,2 47,0 42,1 44,9 48,6 50,3 60,6 64,1 70,4 47,0 Ubarana 61,0 58,9 65,8 60,9 61,2 70,1 49,0 65,4 35,6 100,0 60,9 Uchôa 41,7 43,7 51,9 54,1 55,8 52,6 65,3 63,2 77,9 56,0 54,7 União Paulista 35,3 46,3 43,5 61,8 55,1 16,5 60,8 59,2 100,0 100,0 50,8 Zacarias 61,2 54,7 66,7 38,6 30,0 71,3 83,8 67,5 63,2 - 55,8
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Já quanto a taxa de assalariamento, isto é, o número de ocupados assalariados sobre o
total de ocupados, o pólo apresenta uma taxa de 61,9%, o que representa um percentual baixo
se comparado às demais regiões selecionadas. Novamente verificam-se taxas diferentes tanto
para cada município quanto por estrato de decil, mas não se verifica nenhuma tendência dentro
dos estratos.
O município de São José do Rio Preto apresenta uma taxa de assalariamento muito
próxima àquela verificada para o pólo.
Já a maior taxa de assalariamento é encontrada no município de Ubarana, com 79,8% e a
menor para Cedral com apenas 58,2%. Novamente pode-se notar como são diferentes os
municípios dentro de um mesmo pólo.
Tabela 6Taxa de Assalariamento segundo Municípios e Decis de Renda Domiciliar (1)Pólo de São José do Rio Preto, 2000
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º TotalPólo de São José do Rio Preto 56,4 65,9 60,8 66,2 66,0 63,5 66,0 64,0 58,8 48,0 61,9 Adolfo 76,4 69,0 77,9 76,6 76,8 73,1 41,5 82,9 49,3 56,1 71,1 Bady Bassitt 52,5 69,4 52,6 69,2 60,9 63,4 58,7 56,4 59,7 44,1 60,2 Bálsamo 56,5 71,0 59,5 63,2 69,4 53,9 67,7 55,4 53,3 37,3 61,2 Cedral 47,6 57,9 52,7 66,5 48,6 55,5 67,1 72,6 53,8 45,6 58,2 Guapiaçu 59,1 67,3 62,2 70,4 70,5 72,3 73,3 65,4 61,0 43,9 66,1 Ibirá 80,5 75,7 75,3 75,4 75,4 72,3 70,1 47,8 - 41,0 71,2 Icém 67,9 71,5 62,5 66,1 65,3 82,4 82,1 88,6 66,1 52,0 69,6 Ipiguá 67,2 70,3 55,5 48,9 62,5 78,1 63,9 52,9 54,0 84,8 61,6 Jaci 83,0 79,9 69,1 77,8 81,4 74,7 71,9 68,0 71,3 40,3 74,6 José Bonifácio 54,7 71,8 59,7 72,2 65,3 65,6 66,9 52,8 46,2 41,8 61,3 Mendonça 53,0 81,8 68,0 64,8 57,9 68,0 76,6 43,9 34,5 12,3 61,2 Mirassol 52,7 61,5 64,6 69,5 66,5 58,8 68,9 66,0 60,4 45,5 62,5 Mirassolândia 54,6 72,1 63,9 77,5 77,9 69,3 73,8 47,8 - - 67,7 Monte Aprazível 48,2 56,8 58,5 68,4 64,3 51,1 69,7 60,5 53,2 51,4 59,1 Neves Paulista 65,1 68,3 60,9 66,3 62,4 69,2 64,1 53,9 53,4 38,1 62,1 Nipoã 70,3 83,5 85,7 73,7 71,9 65,1 83,0 55,6 70,2 6,1 75,1 Nova Aliança 75,4 69,4 39,4 61,2 65,7 63,1 74,3 47,8 48,9 47,6 59,9 Nova Granada 55,9 65,0 67,7 69,4 72,5 69,1 69,7 53,0 54,0 49,5 64,9 Onda Verde 86,7 87,6 57,9 77,5 61,0 54,1 72,2 64,5 50,4 37,3 68,5 Orindiúva 46,6 70,6 69,8 75,8 58,3 63,5 76,5 80,3 38,9 33,7 66,1 Palestina 62,6 70,8 57,3 78,7 60,8 56,9 54,0 49,3 58,3 29,9 61,5 Paulo de Faria 61,9 75,0 65,3 71,5 62,2 61,2 77,4 51,6 62,8 34,0 65,1 Planalto 83,9 75,1 78,5 84,9 58,6 65,6 65,2 78,6 43,9 34,9 73,8 Poloni 59,1 73,0 57,6 62,3 67,3 55,3 67,1 45,3 33,9 47,1 57,9 Potirendaba 55,1 60,7 59,5 57,1 71,1 63,8 63,5 56,4 51,6 71,5 61,3 São José do Rio Preto 44,7 61,6 58,1 63,0 64,9 63,3 65,3 65,8 60,0 49,0 60,6 Tanabi 68,9 65,6 60,8 63,8 66,6 62,3 55,1 57,0 61,4 37,4 61,7 Ubarana 91,8 76,4 88,8 73,0 80,3 80,6 66,7 83,6 39,8 100,0 79,8 Uchôa 68,9 74,9 67,8 74,2 71,3 74,4 77,1 69,2 68,2 22,7 70,2 União Paulista 68,9 83,6 75,1 49,8 35,7 77,6 15,8 81,7 100,0 66,7 63,0 Zacarias 76,8 72,8 69,0 56,7 71,9 50,9 64,8 50,0 63,2 - 67,0
(1) Assalariados, exclusive o emprego doméstico, no total da população ocupada.
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
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Olhando-se agora a questão dos rendimentos, tem-se que o Pólo apresenta um
rendimento médio de apenas R$ 728,00, bastante inferior ao verificado para a Região
Metropolitana de São Paulo, por exemplo, que era de R$ 1.028,00.
O município de São José do Rio Preto é o que apresenta maior rendimento médio dentro
do pólo, sendo este de R$ 871,00, ainda assim bastante inferior que o rendimento médio da
Região Metropolitana de São Paulo.
O menor rendimento é encontrado nos município de Mirassolândia sendo de apenas R$
372,00. O gráfico 5 traz os rendimentos médios para os demais municípios.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Gráfico 5 - Rendimento médio, Pólo de São José do Rio Preto, 2000
422
602
544
549
647
459
470
512
480
624
603
372
570
536
391
453
459
415
593
409
513
636
533
516
871
543
356
459
341
379
728
627
- 200 400 600 800 1.000
Adolfo
Bady Bassitt
Bálsamo
Cedral
Guapiaçu
Ibirá
Icém
Ipiguá
Jaci
José Bonifácio
Mendonça
Mirassol
Mirassolândia
Monte Aprazível
Neves Paulista
Nipoã
Nova Aliança
Nova Granada
Onda Verde
Orindiúva
Palestina
Paulo de Faria
Planalto
Poloni
Potirendaba
São José do Rio Preto
Tanabi
Ubarana
Uchôa
União Paulista
Zacarias
Pólo de São José do Rio Preto
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Ainda em relação aos rendimentos, torna-se interessante compará-los com o salário
médio. Rendimentos são entendidos aqui como o total da renda proveniente do trabalho de
todos os ocupados, já o salário é a renda advinda do emprego assalariado.
Tabela 7Indicadores de Rendimento Médio, Salário Médio, Massa Total de rendimentos e Massa Total de Salários (1)Pólo de São José do Rio Preto, 2000 - 2005
Rendimento Médio
Salário Médio
Salário Médio / Rendimento
Médio
Massa Total de
Rendimentos
Massa Total de Salários
Massa Total de Salários / Massa
Total de Rendimentos
Pólo de São José do Rio Preto 728 623 85,6 -1,3 205.395.008 64.879.739 31,6 4,5Adolfo 422 514 121,9 -3,5 660.008 199.058 30,2 8,9Bady Bassitt 602 518 86,1 -2,3 3.038.294 709.036 23,3 4,2Bálsamo 544 449 82,5 0,5 1.748.416 279.013 16,0 11,5Cedral 549 518 94,4 -1,4 1.407.087 404.194 28,7 5,6Guapiaçu 647 550 85,0 -1,6 4.001.048 1.501.135 37,5 3,6Ibirá 459 380 82,7 1,0 1.780.461 411.633 23,1 6,8Icém 470 626 133,2 -1,9 1.249.730 387.032 31,0 4,8Ipiguá 512 449 87,6 -0,1 722.944 283.110 39,2 5,6Jaci 480 464 96,7 0,2 877.920 512.245 58,3 9,6José Bonifácio 627 466 74,3 -1,6 7.765.395 1.827.374 23,5 6,7Mendonça 624 499 79,9 -0,3 896.688 126.201 14,1 14,4Mirassol 603 511 84,8 -1,5 12.446.523 4.357.016 35,0 -1,3Mirassolândia 372 468 125,8 -3,0 473.556 117.460 24,8 1,9Monte Aprazível 570 570 100,1 0,4 4.536.060 1.043.275 23,0 15,7Neves Paulista 536 496 92,6 -1,1 2.173.480 455.911 21,0 9,0Nipoã 391 371 95,0 3,0 586.500 155.978 26,6 5,0Nova Aliança 453 480 105,9 -1,1 956.283 251.341 26,3 4,7Nova Granada 459 496 108,0 -0,3 3.137.724 701.187 22,3 4,5Onda Verde 415 502 120,9 3,2 545.310 458.521 84,1 13,7Orindiúva 593 799 134,7 -0,6 1.051.389 366.595 34,9 36,2Palestina 409 450 110,0 -1,7 1.570.151 330.339 21,0 3,6Paulo de Faria 513 453 88,4 -1,2 1.759.590 310.482 17,6 9,1Planalto 636 425 66,9 -2,0 921.564 142.893 15,5 8,1Poloni 533 461 86,4 -0,6 1.111.305 139.604 12,6 8,1Potirendaba 516 451 87,5 0,2 3.250.800 527.779 16,2 7,0São José do Rio Preto 871 691 79,3 -1,4 138.868.756 46.871.117 33,8 3,6Tanabi 543 446 82,2 0,4 5.121.033 1.111.850 21,7 4,8Ubarana 356 428 120,3 1,1 592.740 240.276 40,5 3,2Uchôa 459 662 144,3 -10,4 1.669.383 498.107 29,8 5,6União Paulista 341 396 116,2 1,6 185.845 75.711 40,7 5,9Zacarias 379 338 89,3 4,9 259.615 84.265 32,5 20,0
Crescimento anual da Massa Real de Salários 2000-2005
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE e Relação Anual de Informações Sociais 2000 e 2005. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNI
(1) Os dados sobre rendimentos tem como fonte o Censo Demográfico e aqueles de salários a Relação Anual de Informações Sociais
Crescimento anual do Salário Médio Real 2000-
2005
2000 2000
Nota-se que, para o Pólo de São José do Rio Preto, o rendimento médio é superior ao
salário médio. Entretanto, olhando-se os municípios, nota-se que ora o rendimento médio é
superior e ora o salário médio é superior, variando bastante entre os municípios.
Percebe-se também que entre os anos 2000 e 2005 o salário médio sofreu uma queda de
1,3% ao ano. Poucos foram os municípios que tiveram ganhos reais ao longo do período. Onda
Verde, por exemplo, teve um ganho anual de 3,2% nos salários médios. Uchoa, entretanto, teve
uma perda de 1,4% ao ano.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Quando se compara a massa salarial, entretanto, nota-se que houve crescimento para
todos os municípios o que indica que, apesar da renda individual ter declinado, o emprego
cresceu. Apenas Mirassol é exceção nesse caso, tendo a massa de salário declinado 1,3% ao
ano.
Para finalizar, torna-se interessante observar o crescimento e a estrutura do emprego por
setor de atividade.
Nota-se que 55% da população do pólo está ocupada no setor de comércio ou de
serviços. Já a população ocupada na Indústria de Transformação é de 23%. Os demais setores
(Serviços de Utilidade Pública, Construção Civil, Administração Pública e Agropecuária e
Extração Vegetal) ocupam menos de um quarto da população. Interessante notar que em São
José do Rio Preto 42,3% da população encontra-se ocupada no setor de Serviços e quase 30%
no comércio, ou seja, quase três quartos da população estava empregada nesses dois setores.
Em relação ao crescimento anual do emprego nesses setores, o setor que apresentou
maior crescimento foi o de agropecuária (10,4%). Em seguida tem-se o setor de comércio
(7,9%) e o de serviços (5,6%). Os serviços industriais de utilidade pública e a construção civil
tiveram queda de 15% e 3,9%, respectivamente.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 10
Pólo de São José do Rio Preto, 2005
Indústria de Transformação
Servicos Ind. de Util. Pública
Construção Civil
Comércio ServiçosAdministração Pública
Agropecuária, Extração Vegetal
Total
Pólo de São José do Rio Preto 23,0 0,2 2,7 24,5 31,8 9,7 8,1 100,0 Adolfo - 0,3 - 3,2 4,9 25,8 65,9 100,0 Bady Bassitt 26,2 - 3,3 12,8 29,5 16,2 12,1 100,0 Bálsamo 37,5 - - 8,8 22,1 18,0 13,6 100,0 Cedral 18,3 - 0,5 31,4 18,6 18,0 13,2 100,0 Guapiaçu 55,9 - 0,5 7,6 9,0 9,9 17,0 100,0 Ibirá 25,0 0,8 0,2 17,2 12,3 25,3 19,3 100,0 Icém 16,6 1,0 8,9 13,4 13,5 32,8 13,8 100,0 Ipiguá 22,8 - - 7,6 1,3 21,7 46,6 100,0 Jaci 44,8 - 0,6 5,1 32,4 8,1 9,0 100,0 José Bonifácio 45,0 0,1 0,8 19,5 13,1 11,9 9,6 100,0
Mendonça 13,1 0,8 0,8 11,3 4,8 34,7 34,5 100,0 Mirassol 45,0 0,1 0,2 20,2 20,3 11,5 2,8 100,0 Mirassolândia 15,6 - - 9,3 4,0 43,6 27,4 100,0 Monte Aprazível 24,5 0,7 0,6 16,0 15,5 11,0 31,6 100,0 Neves Paulista 24,4 - 22,8 15,6 7,8 13,7 15,6 100,0 Nipoã 24,1 0,7 - 16,7 12,4 27,5 18,7 100,0 Nova Aliança 37,0 0,7 - 14,0 6,6 27,2 14,5 100,0 Nova Granada 7,5 1,4 0,9 14,7 21,5 24,5 29,5 100,0 Onda Verde 52,5 0,1 0,1 5,5 1,7 10,6 29,5 100,0 Orindiúva 16,4 0,1 0,0 1,3 1,4 8,4 72,3 100,0 Palestina 7,5 - 0,6 11,1 7,7 25,1 48,0 100,0 Paulo de Faria 2,1 1,3 - 4,8 13,1 33,1 45,5 100,0 Planalto 12,1 1,3 0,6 7,1 3,2 32,9 42,8 100,0 Poloni 22,8 1,1 - 13,4 13,2 26,2 23,2 100,0 Potirendaba 44,9 - 1,4 13,3 12,5 21,4 6,4 100,0 São José do Rio Preto 17,6 0,2 3,4 29,9 42,3 5,5 1,1 100,0 Tanabi 34,4 0,1 0,3 19,0 13,5 17,5 15,2 100,0 Ubarana 17,3 - - 5,1 5,1 40,4 31,9 100,0 Uchôa 10,9 - 1,0 52,8 8,3 19,9 7,1 100,0 União Paulista 1,3 1,3 19,1 7,7 3,4 50,2 17,0 100,0 Zacarias 11,9 - - 3,7 2,5 38,3 43,6 100,0
Pólo de São José do Rio Preto 5,1 (15,0) (3,9) 7,9 5,6 4,3 10,4 5,8 Adolfo - (7,8) - 4,1 4,0 3,6 21,7 13,3 Bady Bassitt 7,1 - 6,6 9,3 1,6 11,0 14,1 6,7 Bálsamo 12,7 - - 5,9 40,7 6,2 (1,6) 11,0 Cedral 15,6 - - 29,8 (6,0) 4,7 2,4 7,2 Guapiaçu 6,1 - - 12,0 4,4 (2,2) 7,0 5,3 Ibirá 15,1 (3,3) - 17,5 5,0 7,0 (6,5) 5,8 Icém 87,8 - - 7,2 1,5 3,0 10,6 9,2 Ipiguá 24,6 - - 30,0 (22,8) 11,4 (1,0) 5,6 Jaci 7,2 - - 42,5 13,0 6,3 2,6 9,4 José Bonifácio - - - 14,3 6,7 6,7 5,3 8,4 Mendonça 45,9 - 14,9 5,3 11,4 7,8 24,1 14,8 Mirassol (2,3) - - 7,4 (0,4) 1,3 2,1 0,2 Mirassolândia 25,6 - - 9,6 16,7 2,0 1,2 5,0 Monte Aprazível 12,7 (2,1) - 8,4 9,0 5,5 40,7 15,2 Neves Paulista 6,5 - - 28,7 6,6 14,1 (2,5) 10,2 Nipoã 2,5 - - 2,2 17,0 2,4 (5,0) 1,9 Nova Aliança 41,1 - (100,0) (11,3) 28,8 5,0 (4,8) 5,8 Nova Granada 4,1 3,5 26,2 (7,0) 2,7 5,1 18,8 4,8 Onda Verde 20,2 - - 21,5 20,1 7,8 (0,8) 10,1 Orindiúva 26,7 - - 22,9 14,9 6,5 54,6 37,1 Palestina 19,9 - - 13,2 2,0 6,6 5,4 5,4 Paulo de Faria - - - (0,7) 9,0 8,7 15,9 10,5 Planalto - 18,5 - 25,9 7,2 6,1 8,3 10,8 Poloni 30,3 4,6 - 7,1 20,5 (2,5) 10,1 8,8 Potirendaba 5,9 - - 18,9 6,5 2,5 6,5 6,7 São José do Rio Preto - (21,7) - 6,8 5,9 3,3 5,3 5,0 Tanabi 2,2 - 58,5 12,0 3,2 1,1 7,3 4,4 Ubarana 0,2 - - 21,7 (10,6) 7,8 0,6 2,9 Uchôa 1,3 - - 50,0 11,1 12,2 (1,1) 17,9 União Paulista - 24,6 - 55,2 14,9 2,0 (2,8) 4,2 Zacarias 10,6 - - 20,8 64,4 10,8 17,8 14,4
Estrutura de emprego, 2005
Estrutura e crescimento anual do número de trabalhadores do mercado de trabalho formal, segundo municípios e setores de atividade
Crescimento anual, 2000-2005
Fonte: Relação Anual de Informações Sociais 2000 e 2005. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
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Capítulo 2 – Dinâmica Demográfica23
Introdução
A Região de Governo de São José do Rio Preto, localizada no Noroeste Paulista, abrange
trinta e um municípios (Anexo I), entre os quais se destaca a cidade de São José do Rio Preto
como núcleo polarizado das atividades regionais. O seu sistema rodoviário é composto pelas
rodovias Washington Luiz, Transbrasileira, Assis Chateaubriand, Décio Custódio da Silva,
Euclides da Cunha e Felício da Cunha.
Dos 31 municípios que compõem a Região de São José do Rio Preto, somente o
município-sede foi criado ainda no século XIX, e somente 3 não se desmembraram a partir de
alguma etapa dos desmembramentos ocorridos a partir do município de São José do Rio Preto.
Por sua vez, no contexto do processo emancipatório da década de 1990, a região registrou a
ocorrência de três desmembramentos municipais.
Originalmente, a Região teve sua base de desenvolvimento econômico voltada para a
expansão cafeeira e para as atividades pecuárias, enquanto a sua ocupação foi favorecida pelo
avanço da última ferrovia paulista – Estrada de Ferro Araraquarense. Com a cultura cafeeira, a
Região se incorporou à atividade econômica paulista e foram criadas as bases necessárias
para a sua posterior consolidação.
O ápice do crescimento regional concentra-se entre as décadas de 1920 e 1950, quando
22 dos 31 municípios que compõe a Região foram criados (Figura I).
Em 1940, a Região apresentava uma produção agrícola diversificada e uma população
superior a 300 mil habitantes, com 76% residindo nas áreas rurais. A partir dessa década
acelerou-se o processo de urbanização.
O impacto das transformações ocorridas na estrutura produtiva e no nível técnico da
agropecuária paulista, na década de 60, resultou em profundas alterações no quadro
demográfico regional: crescimento da população urbana e redução da população rural.
No período 1960/70, a Região caracterizou-se como uma área com intensa urbanização e
com deslocamentos populacionais no sentido campo-cidade. Nos anos 70, a Região passou a
fazer parte do corredor agrícola de São Paulo, onde estão concentradas as lavouras mais
2 Ficha Técnica: Coordenação: Profa. Dra. Rosana Baeninger, Coordenação Adjunta: Claudia Gomes de Siqueira; Auxiliares de Pesquisa: Juliana Arantes Dominguez, Kátia Isaías, Karina Silveira, Maria Ivonete Zorzetto Teixeira, Camila Matias, Natália Belmontti, Katiane Shishito, Flávia Cescon. 3 Este estudo consiste em versão atualizada e ampliada de Vidal (1993). Texto NEPO 24 (1993). Migração em São Paulo 3. Região de Governo de São José do Rio Preto.
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diversificadas e grande parte do rebanho bovino. A Região também se beneficiou com a
expansão dos complexos agroindustriais e a introdução de indústrias no interior paulista.
Figura I Desmembramentos de Municípios Região de Governo de São José do Rio Preto – 1894-2000
Em 1980, a Região de Governo de São José do Rio Preto apresentava uma população de
quase 310 mil habitantes residindo em áreas urbanas. Já em 1991, passou para próximo de
465 mil. O crescimento observado se reflete na dinamização de sua economia, na diversidade
de investimentos, empregos e no crescimento da sua população (Vidal, 1993).
Hoje, a sua economia é caracterizada pela agropecuária, uma indústria em expansão e
uma estrutura de comércio e serviços que atende Estados vizinhos.
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Ao abordar a dinamização do interior paulista e particularmente a Região de Rio Preto, o
documento Caracterização Econômica (parte integrante da elaboração do Plano Diretor do
Município de Rio Preto)4, de 1991, destaca os seguintes aspectos:
• Elevada taxa de urbanização do Interior, representando um vigoroso mercado
consumidor, com disponibilidade de mão-de-obra, inclusive qualificada;
• Grande volume de investimentos públicos, especialmente em transporte rodoviário;
• Políticas de incentivos (créditos e fiscais etc.);
• Investimentos diretos do Governo Federal, possibilitando a consolidação de pólos
industriais.
Acrescente-se a esses aspectos o aparente dinamismo da agricultura de exportação
especificamente a produção agroindustrial que tem sua expansão associada ao mercado
externo (suco de laranja, farelos de soja, carne bovina, frango congelado, óleos vegetais, entre
outros) (Vidal, 1993).
Esse dinamismo econômico favoreceu sobremaneira a Região que, beneficiada pela sua
localização, tem sua área de influência ampliada, ultrapassando os limites do Estado e
abrangendo o Bolsão Matogrossense, o Triângulo Mineiro e a Região Sul do Estado de Goiás.
Notadamente, nas últimas décadas, a Região, tem se configurado como pólo de atração
populacional. Entretanto, o crescimento até a década de 70, concentrava-se em alguns
municípios, enquanto outros chegam a apresentar taxas de crescimento populacional negativas.
A partir dos anos 80, contudo, marca-se a retomada do crescimento dos pequenos municípios
da Região. Tanto que, nos ano 2000, todas as cidades da RG passam a registrar taxas
positivas de crescimento da população (Vidal, 1993).
Evolução da População
A área que corresponde à atual Região de Governo de São José do Rio Preto
desenvolveu-se, inicialmente, com a agricultura. A sua ocupação se deu mais tardiamente, com
o avanço da última ferrovia paulista – a Estrada de Ferro Araraquarense – que chegou ao
Município-sede em 1912.
A Região foi incorporada à atividade econômica paulista com a introdução e disseminação
da cultura cafeeira. Esta possibilitou a criação das bases necessárias para posterior
consolidação regional e surgimento de novos mercados (Vidal, 1993).
4 Apud Vidal, 1993.
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Na década de 30, a Região já contava com condições infra-estruturais favoráveis para a
produção cafeeira e canais de comercialização. Esse período caracterizou-se pela introdução
de novas culturas agrícolas. Também a pecuária se desenvolveu e sua expansão foi favorecida
pela proximidade às áreas tipicamente criadoras dos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais e
Goiás. (Vidal, 1993).
Em 1940, tinha-se uma produção agrícola diversificada e uma população pouco superior a
300 mil habitantes, a maioria residindo em áreas rurais. Nesta época, o setor secundário não
era representativo. Porém, como parte de um contexto nacional mais amplo, desencadeou-se
um incipiente processo de urbanização na Região.
Os anos 60 abrangeram numerosas e significativas transformações econômicas e sociais
no País, que se reproduziram de forma generalizada por todo o Estado de São Paulo.
Mudanças qualitativas na estrutura produtiva e incorporação de tecnologias na produção
agrícola caracterizaram o período. Um dos impactos dessas mudanças foi o desencadeamento
de profundas alterações no quadro demográfico regional, com a intensificação dos
deslocamentos campo-cidade e expansão do processo de urbanização. (Vidal, 1993).
A partir dos anos 70, o interior do Estado de São Paulo passou a ser caracterizado por um
representativo crescimento urbano e industrial. Especificamente, este processo envolve a
progressiva modernização da estrutura produtiva paulista e transformações qualitativas no
cenário urbano e rural do interior. Particularmente para a Região de Governo de São José do
Rio Preto, o processo viabilizou a expansão dos complexos agroindustriais, implantação de
indústrias e crescimento da população urbana. (Vidal, 1993).
Em comparação com outras regiões do estado, a Região de Governo de São José do Rio
Preto foi ocupada tardiamente, em função da expansão da Estrada de Ferro Araraquarense. A
sua estrutura produtiva teve bases históricas na produção agrícola, especialmente a cafeeira.
O conjunto de informações dispostas nas tabelas 1 e 2 abrange a evolução da população
da RG e do Estado de São Paulo, em números absolutos e percentuais, no período 1940 a
2007, permitindo acompanhar a dinâmica demográfica da área.
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Tabela 1: Evolução da População Total
Região de Governo de São José do Rio Preto e Estado de São Paulo
1940/2007
Taxas de crescimento (% a.a.) Ano
RG S. José do Rio Preto
Estado de São Paulo Dist. Relat. RG/ESP (%) RG S J Rio Preto Estado de S. Paulo
1940 300.772 7.180.316 4,19
-0,49 2,44
1950 286.335 9.134.423 3,13
0,97 3,46
1960 315.434 12.829.806 2,46
0,46 3,31
1970 330.187 17.771.948 1,86
1,95 3,49
1980 400.688 25.040.712 1,60
2,52 2,12
1991 526.629 31.436.273 1,68
2,33 1,82
2000 647.725 36.974.378 1,75
1,81 1,50
2007 734.166 41.029.414 1,79 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1940 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Até a década de 40, a Região de Governo de São José do Rio Preto sofreu de maneira
acentuada os efeitos do esvaziamento populacional, através do seu êxodo rural. Entre 1940 e
1950, a população da Região passou de 300.772 habitantes para 286.335, o que demonstra um
crescimento negativo em 0,49% a.a. Nesse mesmo período, o conjunto do Estado de São Paulo
registrava uma média de crescimento de 2,44% a.a. (Tabela 1).
A partir de 1950, no entanto, a Região começou a ensaiar um movimento de retomada em
seu ritmo de crescimento populacional, passando a registrar taxas de 0,97% a.a. entre 1950/60,
e 0,46% a.a. entre 1960/70. Taxas, contudo, bem abaixo da média estadual (3,46% a.a. e
3,31% a.a., respectivamente) (Tabela 1).
Nesse contexto, a distribuição relativa da população da RG no total do Estado configura-
se decrescente. De um montante de quase 4% da população estadual da década de 40, nos
anos 80, a RG passa a representar apenas 1,6% dos habitantes do Estado de São Paulo
(Tabela 1).
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Tabela 2: Taxas de crescimento da População Total, Urbana e Rural
Região de Governo de São José do Rio Preto
1940/2007
Taxas de Crescimento (% a.a.) Período
Urbana Rural Total
1940/50 2,28 -1,53 -0,49
1950/60 4,93 -1,24 0,97
1960/70 3,54 -3,03 0,46
1970/80 4,15 -3,29 1,95
1980/91 3,73 -3,55 2,52
1991/2000 2,65 -0,29 2,33
2000/2007 2,25 -3,12 1,81 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1940 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Os anos 60, por sua vez, marcaram grandes alterações. A conjuntura nacional desse
período foi caracterizada por profundas transformações políticas, econômicas e sociais.
Particularmente, no Estado de São Paulo iniciou-se um processo de mudança na estrutura
produtiva do campo, com absorção de um nível técnico mais sofisticado. O reflexo dessas
mudanças no panorama demográfico do Interior foi a intensificação do fluxo populacional
campo-cidade (Vidal, 1993).
Ao longo dos anos 80, o grau de urbanização acentua-se ainda mais: de 77,2% em 1980,
para 87,9% em, 1991. Nesse ano, a RG de São José do Rio Preto contava com 526.629
habitantes, dos quais 462.962 moravam nas cidades e apenas 63.667 residiam no campo (vide
próxima seção).
O quadro se consolida no ano de 2000, quando o índice de urbanização atinge a casa dos
90%, alcançando o marco de 93,2% em 2007, ano em que somente 49.686 pessoas viviam no
campo, de um total populacional de 734.166 habitantes (vide próxima seção).
Entre 1991/2000, a taxa de crescimento da população rural já era negativa: -0,29% a.a.
No período 2000/2007, por sua vez, aumentou para -3,12% a.a. Em se tratando da evolução da
população urbana, o primeiro período apresentava uma taxa de crescimento de 2,65% a.a. Já o
segundo, diminuiu para 2,25% a.a. Comparando-se os dois intervalos, no entanto, observa-se
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
29
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
uma diminuição do crescimento populacional total: de 2,33% a.a. nos anos 90, para 1,81% a.a.
entre 2000/2007 (vide próxima seção).
As duas últimas décadas envolveram para o conjunto do interior do Estado e,
particularmente, para a RG de São José do Rio Preto mudanças significativas no perfil da sua
economia (Vidal, 1993). A expansão da produção agroindustrial associada ao mercado externo
favoreceu o aumento da oferta e a manutenção de empregos diretos e indiretos e uma
conjuntura econômica regional menos atingida pelas crises periódicas da economia nacional.
As novas demandas regionais incluíram a diversificação de atividades terciárias (consultorias
especializadas, jornais, TV, dinamização dos transportes, entre outros) e o fortalecimento de
núcleos urbanos. Assim, observa-se que enquanto a população urbana do Estado teve um
acréscimo nos períodos 1970/80 de 40,90% e 1980/91 de 25,10%, a população urbana da RG
de Rio Preto aumentou respectivamente, 71,45% e 50,08% (Vidal, 1993).
Os dados da tabela 13 e 14 mostram a evolução do comércio na Região Administrativa de
São José do Rio Preto entre 1991 e 2005. Observa-se que, tanto o número de
estabelecimentos, quanto o total de pessoal empregado, aumentou de um período para outro,
principalmente entre 1995 e 2005, quando o número de trabalhadores do setor terciário
praticamente dobrou: de 30.580 para 60.393 (Tabela 3), evidenciando uma taxa de crescimento
de 7,04% a.a. (Tabela 4).
Tabela 3: Número de Estabelecimentos do Comércio Varejista e Atacadista e Pessoal Ocupado Região Administrativa de São José Rio Preto 1991-2005
1991 1995 2005
Áreas Número estabelec.
Pessoal Ocupado
Pessoal/ Estabelec.
Número estabelec.
Pessoal Ocupado
Pessoal/ Estabelec.
Número estabelec.
Pessoal Ocupado
Pessoal/ Estabelec.
RA S J Rio Preto 5.377 27.473 5,1 6.650 30.580 4,6 13.497 60.393 4,5 RG S J Rio Preto 2.832 15.311 5,4 3.650 17.623 4,8 7.257 33.800 4,7 RG Catanduva 1.018 5.290 5,2 1.187 5.611 4,7 2.520 12.691 5,0 RG Fernandópolis 418 2.241 5,4 461 1.976 4,3 964 3.998 4,1 RG Jales 519 2.069 4,0 656 2.787 4,2 1.336 4.616 3,5 RG Votuporanga 590 2.562 4,3 696 2.583 3,7 1.420 5.288 3,7 Fonte: Fundação SEADE. Informações Municipais, 1991, 1995 e 2005, disponível em www.seade.gov.br, acessado: 03/08/2008. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Em se tratando do número de estabelecimentos, em 1995 somava-se 6.650 e, em 2005,
13.497 (Tabela 3), repercutindo numa taxa de crescimento de 7,34% a.a. no período em
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
30
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
questão (Tabela 4). Em respeito ao número de trabalhadores empregados por cada
estabelecimento, nota-se que, em todas as RGs, houve uma leve diminuição no número de
trabalhadores por estabelecimento comercial.
Tabela 4: Taxa de crescimento (% a.a.) de Estabelecimentos e Pessoal ocupado - Comércio Varejista e Atacadista
Região Administrativa de São José Rio Preto
1991-2005 1991-1995 1995-2005
Áreas Número estabelec.
Pessoal Ocupado
Número estabelec.
Pessoal Ocupado
RA S J Rio Preto 5,46 2,71 7,34 7,04 RG S J Rio Preto 6,55 3,58 7,11 6,73 RG Catanduva 3,91 1,48 7,82 8,50 RG Fernandópolis 2,48 -3,10 7,66 7,30 RG Jales 6,03 7,73 7,37 5,18 RG Votuporanga 4,22 0,20 7,39 7,43 Fonte:Fundação SEADE. Informações Municipais, 1991, 1995 e 2005, disponível em www.seade.gov.br, acessado: 03/08/2008. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Já as tabelas 5 e 6 representam a evolução da atividade industrial para o mesmo período.
Comparando-se com o setor de serviços (Tabelas 3 e 4), os números são bem menos
expressivos. Verifica-se que, em 1995, as RGs de São José do Rio Preto, Catanduva e Jales
apresentaram menos estabelecimentos vinculados à indústria de transformação que em 1991
(Tabela 5).
Tabela 5: Número de Estabelecimentos da Indústria de Transformação e Pessoal Ocupado
Região Administrativa de São José Rio Preto
1991-2005
1991 1995 2005
Áreas Número estabelec.
Pessoal Ocupado
Pessoal/ Estabelec.
Número estabelec.
Pessoal Ocupado
Pessoal/ Estabelec.
Número estabelec.
Pessoal Ocupado
Pessoal/ Estabelec.
RA S J Rio Preto 2.496 35.903 14,4 2.470 42.475 17,2 3.614 60.555 16,8 RG S J Rio Preto 1.416 22.574 15,9 1.388 23.469 16,9 2.062 32.120 15,6 RG Catanduva 437 7.236 16,6 424 10.446 24,6 585 12.691 21,7 RG Fernandópolis 163 1.504 9,2 166 2.297 13,8 246 4.281 17,4 RG Jales 204 1.135 5,6 168 1.711 10,2 226 3.376 14,9 RG Votuporanga 276 3.454 12,5 324 4.552 14,0 495 8.087 16,3 Fonte: Fundação SEADE. Informações Municipais, 1991, 1995 e 2005, disponível em www.seade.gov.br, acessado: 03/08/2008. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
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No período 1991-1995, só a RG de Jales apresentou uma taxa de crescimento de
estabelecimentos do setor secundário de -4,74% a.a. (Tabela 6). Todavia, faz-se necessário
destacar o caso da RG de Votuporanga, em que o número de estabelecimentos passou de 276
em 1991, para 324 em 1995 (Tabela 5), evidenciando uma taxa de crescimento de 4,09% a.a.
(Tabela 6). Tal situação estabilizou-se no período 1995-2005, quando todas as RGs mostraram
um crescimento na casa dos 3 ou 4% a.a. no número de indústrias (Tabela 6). Em se tratando
do número de trabalhadores ocupados no setor secundário, observa-se um aumento em todos
os intervalos analisados na tabela, principalmente entre as RGs de Fernandópolis e Jales. No
tocante ao número de funcionários por cada estabelecimento industrial, por sua vez, observa-se
um aumento da relação em todas as RGs (Tabela 5).
Tabela 6: Taxa de crescimento (% a.a.) de Estabelecimentos e Pessoal ocupado - Indústria de Transformação
Região Administrativa de São José Rio Preto
1991-2005 1991-1995 1995-2005
Áreas Número estabelec.
Pessoal Ocupado
Número estabelec.
Pessoal Ocupado
RA S J Rio Preto -0,26 4,29 3,88 3,61
RG S J Rio Preto -0,50 0,98 4,04 3,19
RG Catanduva -0,75 9,61 3,27 1,97
RG Fernandópolis 0,46 11,17 4,01 6,42
RG Jales -4,74 10,81 3,01 7,03
RG Votuporanga 4,09 7,14 4,33 5,92 Fonte: Fundação SEADE. Informações Municipais, 1991, 1995 e 2005, disponível em www.seade.gov.br, acessado: 03/08/2008. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Quanto às atividades ligadas ao setor primário, deve-se destacar o cultivo da cana-de-
açúcar, produto de grande importância no contexto econômico local, uma vez que constitui
matéria-prima para as usinas de álcool localizadas principalmente na RG de Rio Preto. Apesar
de – no período 1995-2000 – a produção de álcool ter diminuído cerca de 210 mil litros na RA
de São José do Rio Preto (taxa de crescimento de -4,7% a.a.), em se tratando da RG de Rio
Preto, a produção aumentou em 15,5 % a.a. nesse período. A taxa de crescimento negativo
para a RA se deve, em grande medida, à diminuição da produção da RG de Catanduva e o
fraco desempenho da RG de Fernandópolis (Tabela 7).
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Tabela 7: Produção de Álcool por tipo (em 1000 litros) e Tx crescimento (% a.a.)
Região Administrativa de São José Rio Preto e Regiões de Governo
1995-2000
Produção de álcool (em 1000 litros) Tx crescimento
(% a.a.) Áreas
1995 2000 1995-2000
RA S J Rio Preto
Anidro 453.710 400.722 -2,5
Hidratado 552.970 389.734 -6,8
Total 1.006.680 790.456 -4,7
RG S J Rio Preto
Anidro 35.155 185.854 39,5
Hidratado 123.091 140.094 2,6
Total 158.246 325.948 15,5
RG Catanduva
Anidro 408.447 175.441 -15,6
Hidratado 400.635 246.040 -9,3
Total 809.082 421.481 -12,2
RG Fernandópolis
Anidro 10.108 39.427 31,3
Hidratado 29.244 3.600 -34,2
Total 39.352 43.027 1,8
Fonte: Fundação SEADE. Anuário Estatístico do Estado de São Paulo, 1995 e 2000, disponível em: www.seade.gov.br (acessado: 03/08/2008). Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
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Tendência do crescimento da população
No decorrer das últimas décadas, a Região de Governo de São José do Rio Preto vem
apresentando maior peso populacional em relação a sua Região Administrativa. Em
contrapartida, no tocante ao total populacional do interior do Estado, sua participação tem se
mostrado relativamente estável, uma vez que a RA de São José do Rio preto vem respondendo
por uma população cada vez menor nesse âmbito (Tabela 8).
Em 1991, a Região contava com 526.629 habitantes, o que significava 46,76% da
população de sua RA, e 3,28% do total populacional do interior do Estado. Em 2007, por sua
vez, a RG passa a abrigar 734.166 pessoas, respondendo por mais de 50% da população da
RA e cerca de 3,4% dos habitantes do interior (Tabela 8).
Apesar da RG de São José do Rio Preto ter se caracterizado como área de emigração até
a década de 60, os anos 70 indicaram sinais de reversão dessa situação. A partir de 1970, as
taxas de crescimento da Região aumentaram significativamente: de 0,38% a.a., entre 1960/70,
para 1,91%a.a. entre 1970/80, e 2,33% a.a. entre 1991/2000. Os anos 2000, no entanto,
assistiram uma desaceleração do crescimento da população, registrando uma taxa de 1,81%
a.a., entre 2000/2007 (Tabela 8).
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Tabela 8: Evolução da População, segundo Regiões de Governo Região Administrativa de São José do Rio Preto 1960-2007
1960 1970 1980 1991 2000 2007 1960 1970 1980 1991 2000 2007 1960 1970 1980 1991 2000 2007 60/70 70/80 80/91 91/2000 2000/2007
RG Catanduva 162.986 159.483 189.591 221.314 248.285 268.017 19,23 18,21 20,01 19,65 19,13 18,77 1,99 1,65 1,53 1,38 1,30 1,25 -0,22 1,74 1,42 1,29 1,10
RG Fernandópolis 89.987 98.783 95.424 99.794 104.798 111.131 10,62 11,28 10,07 8,86 8,08 7,78 1,10 1,02 0,77 0,62 0,55 0,52 0,94 -0,35 0,41 0,55 0,84
RG Jales 156.735 152.907 131.896 135.849 142.114 148.336 18,49 17,46 13,92 12,06 10,95 10,39 1,92 1,59 1,06 0,85 0,74 0,69 -0,25 -1,47 0,27 0,50 0,61
RG S J Rio Preto 319.424 331.746 400.688 526.629 647.725 734.166 37,68 37,89 42,29 46,76 49,91 51,42 3,90 3,44 3,23 3,28 3,39 3,42 0,38 1,91 2,52 2,33 1,81
RG Votuporanga 118.600 132.677 129.817 142.744 154.877 166.149 13,99 15,15 13,70 12,67 11,93 11,64 1,45 1,38 1,05 0,89 0,81 0,77 1,13 -0,22 0,87 0,91 1,01
RA S J Rio Preto 847.732 875.596 947.416 1.126.330 1.297.799 1.427.799 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 10,36 9,08 7,64 7,01 6,79 6,66 0,32 0,79 1,58 1,59 1,37
Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1960 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007
Taxas Anuais de crescimento populacional (% a.a.)Regiões de Governo
Participação Relativa no Total Populacional do Interior (%)Distribuição Relativa no Total da RA (%)População Total
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35
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
De fato, os anos 70 e 80 configuraram uma retomada do crescimento da população que
se deve, em grande medida, ao aumento do saldo migratório, o qual passou de 15.234
pessoas, entre 1970/80; para 53.113, nos anos 80; e 73.693, na década de 90. A
desaceleração do crescimento, observado nos anos 2000, também se deve à queda do saldo
migratório que, entre 2000/2007, contou com pouco mais de 56.500 pessoas (vide próxima
seção).
Dentre os municípios, São José do Rio Preto, Mirassol e José Bonifácio são os de maior
importância populacional com 411.775, 54.885 e 32.300 habitantes, respectivamente. Juntos,
os três centros correspondem a quase 68% de toda a população da RG (Tabela 9).
Notadamente, o aumento populacional observado na Região ao longo da década de 80 e
90, contribuiu com o crescimento urbano dos municípios. Em 1970 apenas sete municípios da
área apresentavam mais de 50% de sua população vivendo em zonas urbanas. Em 1991,
somente Mirassolândia não chegava a esse grau de urbanização. Já no ano de 2000, todos os
municípios da região apresentavam grau de urbanização superior a 50%, sendo que na maioria
deles constava-se mais de 80% da população vivendo em perímetro urbano. Em 2007, a RG de
São José do Rio Preto atingiu o marco de 93,2% de índice de urbanização (Tabela 9).
Nesse contexto, as taxas de crescimento da população rural apresentam-se negativas
para todos os períodos analisados: -3,16% a.a. entre 1970/80; -3,23% a.a. entre 1980/91; -
0,29% a.a. entre 1991/2000, e -3,12% a.a. entre 2000/2007. Faz-se interessante observar que,
nesse último intervalo, todos os municípios perdem população no campo a taxas superiores a
3% a.a. (Tabela 10).
Por outro lado, os índices de crescimento da população urbana dos municípios vêm se
apresentando positivas. A despeito de nos anos 70 a maioria das cidades de pequeno porte
perder população, o crescimento urbano tem se mostrado positivo em todos os municípios,
desde 1970 (exceção de Planalto que, entre 1991/2000, registrou uma taxa negativa de
crescimento da população urbana de 2,4% a.a.) (Tabela 10).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 9: Evolução da População Urbana, Rural e Total segundo Municípios Região de Governo de São José Rio Preto – 1970/2007
População Total População Urbana População Rural Grau de Urbanização Municípios 1970 1980 1991 2000 2007 1970 1980 1991 2000 2007 1970 1980 1991 2000 2007 1970 1980 1991 2000 2007
Adolfo 3.969 3.615 3.275 3.680 3.979 1.126 1.757 2.430 3.068 3.488 2.843 1.858 845 612 491 28,4 48,6 74,2 83,4 87,7
Bady Bassit 2.684 2.806 5.659 11.475 16.965 485 1.063 3.893 10.207 15.949 2.199 1.743 1.766 1.268 1.016 18,1 37,9 68,8 88,9 94,0
Bálsamo 5.746 5.696 6.734 7.334 7.871 2.753 3.741 5.442 6.333 7.069 2.993 1.955 1.292 1.001 802 47,9 65,7 80,8 86,4 89,8
Cedral 6.530 6.203 5.707 6.690 7.398 1.830 2.372 3.511 4.973 6.023 4.700 3.831 2.196 1.717 1.375 28,0 38,2 61,5 74,3 81,4
Guapiaçu 5.193 6.711 10.572 14.049 16.479 1.519 3.386 7.985 11.851 14.719 3.674 3.325 2.587 2.198 1.760 29,3 50,5 75,5 84,4 89,3
Ibirá 7.286 8.252 8.722 9.440 10.090 3.906 5.504 6.941 8.297 9.174 3.380 2.748 1.781 1.143 916 53,6 66,7 79,6 87,9 90,9
Icém 5.981 5.174 6.100 6.766 7.292 4.121 4.446 5.348 5.742 6.472 1.860 728 752 1.024 820 68,9 85,9 87,7 84,9 88,8
Ipiguá * * * 3.461 4.494 * * * 1.936 3.273 * * * 1.525 1.221 * * * 55,9 72,8
Jaci 3.494 3.810 3.248 4.108 4.832 618 1.213 1.803 2.967 3.918 2.876 2.597 1.445 1.141 914 17,7 31,8 55,5 72,2 81,1
José Bonifácio 20.738 22.916 26.407 28.662 32.300 8.255 14.232 20.885 24.974 29.346 12.483 8.684 5.522 3.688 2.954 39,8 62,1 79,1 87,1 90,9
Mendonça 3.594 4.011 3.483 3.756 3.929 716 1.285 1.878 2.762 3.133 2.878 2.726 1.605 994 796 19,9 32,0 53,9 73,5 79,7
Mirassol 20.579 28.167 39.085 48.233 54.885 16.678 25.239 36.430 46.484 53.484 3.901 2.928 2.655 1.749 1.401 81,0 89,6 93,2 96,4 97,4
Mirassolândia 2.966 2.695 3.015 3.734 4.271 485 739 1.290 3.118 3.777 2.481 1.956 1.725 616 494 16,4 27,4 42,8 83,5 88,4
Monte Aprazível 14.964 16.424 17.496 18.404 19.255 8458 10.481 13.901 15.929 17.272 6.506 5.943 3.595 2.475 1.983 56,5 63,8 79,5 86,6 89,7
Neves Paulista 8.199 7.804 8.311 8.901 9.343 3.960 4.381 6.422 7.739 8.412 4.239 3.423 1.889 1.162 931 48,3 56,1 77,3 86,9 90,0
Nipoã 3.058 2.722 2.784 3.262 3.552 1.020 1.534 2.079 2.801 3.183 2.038 1.188 705 461 369 33,4 56,4 74,7 85,9 89,6
Nova Aliança 4.577 4.279 4.199 4.762 5.073 1.509 1.850 2.646 3.614 4.153 3.068 2.429 1.553 1.148 920 33,0 43,2 63,0 75,9 81,9
Nova Granada 12.032 11.396 14.815 16.998 18.368 6.012 8.531 12.463 15.020 16.783 6.020 2.865 2.352 1.978 1.585 50,0 74,9 84,1 88,4 91,4
Onda Verde 2.180 2.011 2.818 3.407 3.864 689 820 1.771 2.315 2.989 1.491 1.191 1.047 1.092 875 31,6 40,8 62,8 67,9 77,4
Orindiúva 2.448 2.106 3.007 4.149 5.010 717 1.165 2.355 3.672 4.628 1.731 941 652 477 382 29,3 55,3 78,3 88,5 92,4
Palestina 12.129 9.024 8.981 9.099 9.138 4.419 5.162 6.002 7.227 7.638 7.710 3.862 2.979 1.872 1.500 36,4 57,2 66,8 79,4 83,6
Paulo de Faria 9.463 6.617 8.277 8.470 8.785 4903 4.941 6.798 7.441 7.961 4.560 1.676 1.479 1.029 824 51,8 74,7 82,1 87,9 90,6
Planalto 7.250 6.051 5.467 3.668 3.908 1774 2.812 3.519 2.827 3.234 5.476 3.239 1.948 841 674 24,5 46,5 64,4 77,1 82,8
Poloni 5.105 4.779 4.503 4.771 4.965 2.906 3.137 3.608 4.261 4.557 2.199 1.642 895 510 408 56,9 65,6 80,1 89,3 91,8
Potirendaba 9.880 10.698 11.189 13.631 15.158 3.893 5.585 8.011 11.663 13.582 5.987 5.113 3.178 1.968 1.576 39,4 52,2 71,6 85,6 89,6
SJR Preto 122.134 187.403 281.663 357.705 411.175 109807 177.882 273.338 336.519 394.206 12.327 9.521 8.325 21.186 16.969 89,9 94,9 97,0 94,1 95,9
Tanabi 20.437 20.275 21.500 22.577 23.565 9343 11.436 15.171 17.981 19.883 11.094 8.839 6.329 4.596 3.682 45,7 56,4 70,6 79,6 84,4
Ubarana * * * 4.204 5.283 * * * 3.797 4.957 * * * 407 326 * * * 90,3 93,8
Uchôa 7.403 7.806 8.287 9.028 9.568 3531 4.273 6.203 7.876 8.645 3.872 3.533 2.084 1.152 923 47,7 54,7 74,9 87,2 90,4
União Paulista 1.727 1.237 1.325 1.354 1.401 300 351 839 973 1.095 1.427 886 486 381 306 17,4 28,4 63,3 71,9 78,2
Zacarias * * * 1.947 1.970 * * * 1.332 1.477 * * * 615 493 * * * 68,4 75,0
RG S J RIO PRETO 331.746 400.688 526.629 647.725 734.166 205.733 309.318 462.962 585.699 684.480 126.013 91.370 63.667 62.026 49.686 62,0 77,2 87,9 90,4 93,2 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1970 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. (*) Dados não disponíveis - municípios criados na década de 1990. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
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Na década de 70, grande parte do contingente que saía do campo procurava os centros de
São José do Rio Preto e Mirassol, municípios estes de maior taxa de crescimento total (4,37% a.a.
e 3,19% a.a., respectivamente). Tal fato faz com que a maioria dos municípios da RG tenha
crescimento pífio ou até mesmo negativo (Tabela 10).
No entanto, os anos 80 marcaram certa despolarização dos fluxos migratórios. Nesse
período, muitos municípios pequenos retomaram seu crescimento ou diminuíram sua perda
populacional. Vale ressaltar o crescimento de Bady Bassit (6,58% a.a.), Guapiaçu (4,22% a.a.),
São José do Rio Preto (3,77% a.a.), Orindiúva (3,29% a.a.) e Mirassol (3,02% a.a.) (Tabela 10).
A partir dos anos 90, por sua vez, todos os municípios da Região passam a apresentar taxas
de crescimento positivas. Exceção feita a Paulo de Faria, que, no período 1991/2000, mostrou uma
taxa negativa (-4,34% a.a.), retomando seu crescimento no período seguinte (0,91% a.a. entre
2000/2007) (Tabela 10). Nos anos 2000, as taxas de crescimento continuam positivas para todos
os municípios, mas de modo menos discrepante entre eles (Tabela 10).
Em se tratando do tamanho dos municípios, destacam-se os de pequeno porte: 21 das 31
cidades que compõem a RG de São José do Rio Preto não alcançam a casa dos 10 mil habitantes.
Na classe de 20-50 mil pessoas, enquadram mais sete municípios. Entre 50-100 mil, encontra-se
apenas Mirassol; e, somente São José do Rio Preto apresenta população superior a 100 mil
habitantes.
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Tabela 10: Taxa de Crescimento Populacional (% a.a.) e Distribuição Relativa da População (%) Região de Governo de São José Rio Preto 1970/2007
Taxa de Crescimento (% a a) 1970/80 1980/91 1991/2000 2000/2007
Distribuição Relativa na População Total Municípios
Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural 1970 1980 1991 2000 2007 Adolfo -0,93 4,55 -4,16 -0,89 2,99 -6,91 1,30 2,62 -3,52 1,12 1,85 -3,10 1,20 0,90 0,62 0,57 0,54 Bady Bassit 0,45 8,16 -2,30 6,58 12,53 0,12 8,17 11,30 -3,61 5,74 6,58 -3,12 0,81 0,70 1,07 1,77 2,31 Bálsamo -0,09 3,11 -4,17 1,53 3,47 -3,70 0,95 1,70 -2,80 1,01 1,58 -3,12 1,73 1,42 1,28 1,13 1,07 Cedral -0,51 2,63 -2,02 -0,75 3,63 -4,93 1,78 3,94 -2,70 1,45 2,77 -3,12 1,97 1,55 1,08 1,03 1,01 Guapiaçu 2,60 8,35 -0,99 4,22 8,11 -2,26 3,21 4,48 -1,79 2,31 3,14 -3,12 1,57 1,67 2,01 2,17 2,24 Ibirá 1,25 3,49 -2,05 0,50 2,13 -3,87 0,88 2,00 -4,81 0,96 1,45 -3,11 2,20 2,06 1,66 1,46 1,37 Icém -1,44 0,76 -8,95 1,51 1,69 0,30 1,16 0,79 3,49 1,08 1,72 -3,12 1,80 1,29 1,16 1,04 0,99 Ipiguá * * * * * * * * * 3,80 7,79 -3,13 * * * 0,53 0,61 Jaci 0,87 6,98 -1,02 -1,44 3,67 -5,19 2,64 5,69 -2,59 2,35 4,05 -3,12 1,05 0,95 0,62 0,63 0,66 José Bonifácio 1,00 5,60 -3,56 1,30 3,55 -4,03 0,91 2,01 -4,39 1,72 2,33 -3,12 6,25 5,72 5,01 4,43 4,40 Mendonça 1,10 6,02 -0,54 -1,27 3,51 -4,70 0,84 4,38 -5,18 0,65 1,82 -3,12 1,08 1,00 0,66 0,58 0,54 Mirassol 3,19 4,23 -2,83 3,02 3,39 -0,89 2,36 2,74 -4,53 1,86 2,02 -3,12 6,20 7,03 7,42 7,45 7,48 Mirassolândia -0,95 4,30 -2,35 1,03 5,19 -1,14 2,40 10,30 -10,81 1,94 2,78 -3,10 0,89 0,67 0,57 0,58 0,58 Monte Aprazível 0,94 2,17 -0,90 0,58 2,60 -4,47 0,56 1,52 -4,06 0,65 1,16 -3,12 4,51 4,10 3,32 2,84 2,62 Neves Paulista -0,49 1,02 -2,12 0,57 3,54 -5,26 0,76 2,09 -5,26 0,69 1,20 -3,12 2,47 1,95 1,58 1,37 1,27 Nipoã -1,16 4,17 -5,25 0,20 2,80 -4,63 1,78 3,37 -4,61 1,22 1,84 -3,13 0,92 0,68 0,53 0,50 0,48 Nova Aliança -0,67 2,06 -2,31 -0,17 3,31 -3,98 1,41 3,52 -3,30 0,91 2,01 -3,11 1,38 1,07 0,80 0,74 0,69 Nova Granada -0,54 3,56 -7,16 2,41 3,51 -1,78 1,54 2,10 -1,91 1,11 1,60 -3,11 3,63 2,84 2,81 2,62 2,50 Onda Verde -0,80 1,76 -2,22 3,11 7,25 -1,16 2,13 3,02 0,47 1,81 3,72 -3,12 0,66 0,50 0,54 0,53 0,53 Orindiúva -1,49 4,97 -5,91 3,29 6,61 -3,28 3,64 5,06 -3,41 2,73 3,36 -3,12 0,74 0,53 0,57 0,64 0,68 Palestina -2,91 1,57 -6,68 -0,04 1,38 -2,33 0,15 2,09 -5,03 0,06 0,79 -3,12 3,66 2,25 1,71 1,40 1,24 Paulo de Faria -3,51 0,08 -9,52 2,06 2,94 -1,13 0,26 1,01 -3,95 0,52 0,97 -3,12 2,85 1,65 1,57 1,31 1,20 Planalto -1,79 4,71 -5,12 -0,92 2,06 -4,52 -4,34 -2,40 -8,91 0,91 1,94 -3,11 2,19 1,51 1,04 0,57 0,53 Poloni -0,66 0,77 -2,88 -0,54 1,28 -5,37 0,64 1,87 -6,06 0,57 0,96 -3,14 1,54 1,19 0,86 0,74 0,68 Potirendaba 0,80 3,67 -1,57 0,41 3,33 -4,23 2,22 4,26 -5,19 1,53 2,20 -3,12 2,98 2,67 2,12 2,10 2,06 SJR Preto 4,37 4,94 -2,55 3,77 3,98 -1,21 2,69 2,34 10,94 2,01 2,29 -3,12 36,82 46,77 53,48 55,22 56,01 Tanabi -0,08 2,04 -2,25 0,53 2,60 -2,99 0,54 1,91 -3,49 0,61 1,45 -3,12 6,16 5,06 4,08 3,49 3,21 Ubarana * * * * * * * * * 3,32 3,88 -3,12 * * * 0,65 0,72 Uchôa 0,53 1,93 -0,91 0,55 3,45 -4,69 0,96 2,69 -6,37 0,83 1,34 -3,12 2,23 1,95 1,57 1,39 1,30 União Paulista -3,28 1,58 -4,65 0,63 8,24 -5,31 0,24 1,66 -2,67 0,49 1,70 -3,08 0,52 0,31 0,25 0,21 0,19 Zacarias * * * * * * * * * 0,17 1,49 -3,11 * * * 0,30 0,27 RG S J RIO PRETO 1,91 4,16 -3,16 2,52 3,73 -3,23 2,33 2,65 -0,29 1,81 2,25 -3,12 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1970 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.(*) Dados não disponíveis – municípios criados na década de 1990.
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Tomando o processo emancipatório da década de 1990, podemos avaliar em que medida os
desmembramentos municipais recentes impactou o crescimento populacional dos municípios da
Região de Governo de São José do Rio Preto e, conseqüentemente, alterou a hierarquia de
municípios da região.
Quadro 1: População Total, Taxas de Crescimento e Distribuição Relativa Municípios desmembrados
Região de Governo de São José do Rio Preto
1991-2000 Taxa de Crescimento (% a.a.) 1991-
2000 Municípios
População Total (1991)
População Total (2000)
Distribuição Relativa (2000) Com
Desmembramento Sem
Desmembramento
São José Rio Preto 281.663 357.705 55,22 2,69 2,80
Ipiguá (*) - 3.461 0,53 - -
José Bonifácio 26.407 28.662 4,43 0,91 2,46
Ubarana (**) - 4.204 0,65 - -
Planalto 5.467 3.668 0,57 -4,34 0,30
Zacarias (**) - 1.947 0,30 - -
RG SÃO JOSÉ RIO PRETO 526.629 647.725 100,00 2,33 2,33
Fonte: Fundação SEADE. Censo demográfico de 1991 e 2000 (IBGE). Nota: (*) Município criado pela Lei 8550, de 30-12-1993; (**) Municípios criados pela Lei 7664, de 30-12-1991 apud Siqueira (2003).
A partir desses dados, observam-se três tipos de ocorrência de desmembramento municipal
na Região de São José do Rio Preto, no período recente: o primeiro, formado pelo município de
Rio Preto, de porte populacional entre 100 mil e 500 mil habitantes, em 1991, originou um
município – Ipiguá – com população inferior a 5 mil habitantes.
O segundo tipo é formado pelo município de José Bonifácio, de porte populacional entre 20
mil e 50 mil habitantes, a partir do qual foi desmembrado o município de Ubarana, com 4.204
habitantes. Por fim, o terceiro tipo é constituído pelo município de Planalto (com menos de 10 mil
habitantes, em 1991), a partir do qual surgiu o micro-município de Zacarias (com menos de 5 mil
habitantes).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Considerando as taxas de crescimento populacional dos municípios originários nas duas
situações destacadas (com e sem desmembramento), verifica-se que se não tivesse ocorrido o
desmembramento municipal recente, ao invés de uma taxa de crescimento de 2,69%a.a., entre
1991 e 2000, São José do Rio Preto apresentaria uma taxa de 2,80%a.a.
Por sua vez, sem o desmembramento municipal, José Bonifácio, ao invés de crescer a uma
taxa de 0,91%a.a., cresceria a 2,46%a.a., e o município de Planalto passaria de uma taxa negativa
de 4,34%a.a. para uma taxa positiva 0,30%a.a., no período de 1991 a 2000.
Com isso, observa-se que o impacto do desmembramento municipal na taxa de crescimento
populacional foi maior naquela situação em que um município pequeno gerou um micro-município.
Por sua vez, os componentes do crescimento populacional podem fornecer uma outra
dimensão desse impacto na taxa de crescimento populacional nos municípios envolvidos nos
desmembramentos municipais recentes.
Assim, tomando os dados da tabela 11, da seção seguinte, destaca-se que o crescimento
vegetativo, entre 1991 e 2000, de José Bonifácio (3.311 pessoas) e Planalto (381 pessoas) é
inferior à população dos municípios a que deram origem. Considerando, por sua vez, os
respectivos saldos migratórios, observa-se que grande parte da perda populacional sofrida pelos
dois municípios – José Bonifácio “perdeu” 1.056 pessoas e Planalto, 2.180 pessoas – deveu-se ao
desmembramento municipal, principalmente, no caso de José Bonifácio, onde a “perda”
populacional foi inferior à população do município desmembrado.
Em contraste, no caso de São José do Rio Preto, observa-se que o surgimento de um novo
município, com 3.461 habitantes, não se fez sentir nos componentes de seu crescimento
populacional, pois o seu crescimento vegetativo foi de 27.985 pessoas e o seu saldo migratório
representou um acréscimo de 48.057 pessoas à população municipal.
Para complementar essa discussão, serão abordadas as mudanças na distribuição dos
municípios, segundo classes de população, no período mais recente, entre 1991 e 2007, a partir
dos dados do quadro 2:
Pólo Econômico de São José do Rio Preto
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Quadro 2: Número de municípios existentes, por classes de tamanho da população
Região de Governo de São José Rio Preto - Estado de São Paulo
1991-2007
1991 2000 2007 Classes de municípios
n % n % n %
Até 5.000 habitantes 10 35,7 14 45,2 11 35,5
5.000 a 10.000 habitantes 10 35,7 8 25,8 10 32,3
10.000 a 20.000 habitantes 4 14,3 5 16,1 6 19,4
20.000 a 50.000 habitantes 3 10,7 3 9,7 2 6,5
50.000 a 100.000 habitantes 0 0,0 0 0,0 1 3,2
100.000 a 500.000 habitantes 1 3,6 1 3,2 1 3,2
Total 28 100,0 31 100,0 31 100,0
Fonte: Fundação SEADE.
De acordo com o quadro 2, destaca-se que, em 1991, antes do processo de criação de
municípios característico dos anos 90, marcado pela criação preponderante de pequenos
municípios em todo país (Gomes & Mac Dowell, 2000; 1997), a Região de Governo de São José do
Rio Preto possuía 28 municípios, sendo que 10 municípios possuíam população com menos de 5
mil habitantes; 10 municípios possuíam entre 5 mil e 10 mil habitantes; 7 municípios possuíam
entre 10 mil e 50 mil habitantes e 1 município com população entre 100 mil e 500 mil habitantes.
Ou seja, a região possuía, em 1991, mais de 70% dos seus municípios com população inferior a 10
mil habitantes, polarizando com um único município de grande porte.
Com isso, observa-se que a região de São José do Rio Preto apresentava, em 1991, uma
rede urbana, cuja forma se assemelhava à da região de Araçatuba e de Bauru, ou seja, piramidal,
com a diferença de possuir uma maior proporção de pequenos municípios.
Em 2000, essa estrutura na distribuição dos municípios da região de Rio Preto sofre uma
importante alteração, expressa, por um lado, pelo crescimento na participação da classe de
municípios de até 5 mil habitantes, e, por outro, do aumento da participação da classe de
municípios com população entre 10 mil e 20 mil habitantes. Essas alterações na hierarquia dos
municípios da região ocorreram em função de dois fatores: os desmembramentos municipais da
década de 1990 e o próprio crescimento populacional dos municípios.
Já em 2007, na ausência de desmembramentos municipais, a distribuição dos municípios
pelas classes populacionais permaneceu, praticamente, a mesma, sendo que as principais
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
alterações foram expressas pela diminuição na participação dos micro-municípios; aumento na
participação da classe de 10 mil a 20 mil habitantes e da classe de 50 mil a 100 mil habitantes.
Com relação ao primeiro fator de alteração da hierarquia dos municípios, tem-se o processo
emancipatório recente. A partir dos dados do quadro 3, observa-se que, entre 1991 e 2000, o país
registrou a ocorrência de 1.405 desmembramentos municipais – número que representou ¼ do
total dos municípios existentes no Brasil, em 2000 (Siqueira, 2003).
Quadro 3: Número de municípios criados, durante a década de 1990
RG São José Rio Preto, Estado de São Paulo, Região Sudeste e Brasil (*)
1991-2000 RG São José Rio Preto
São Paulo Sudeste Brasil Classes de municípios
n % n % n % n %
Até 5.000 habitantes 3 100,0 50 68,5 116 46,2 735 52,3
5.000 a 10.000 habitantes 0 0,0 12 16,4 87 34,7 360 25,6
10.000 a 20.000 habitantes 0 0,0 6 8,2 29 11,6 234 16,7
20.000 a 50.000 habitantes 0 0,0 4 5,5 14 5,6 61 4,3
50.000 a 100.000 habitantes 0 0,0 0 0,0 2 0,8 11 0,8
100.000 a 500.000 habitantes 0 0,0 1 1,4 3 1,2 4 0,3
Total 3 100,0 73 100,0 251 100,0 1.405 100,0 Fonte: Fundação IBGE, para Brasil e Sudeste apud GOMES & MACDOWELL, 2000. Fundação SEADE, para São Paulo e RG São José do Rio Preto apud SIQUEIRA, 2003.
(*) Para Brasil e Sudeste, os dados são de 1997 – o que torna necessária atualização dos dados, incluindo os desmembramentos a partir de 1997. No caso do estado de São Paulo e da Região de São José do Rio Preto, a fonte utilizada inclui todos os desmembramentos ocorridos no período, atualizados até o ano de 2000.
Desses 1.405 novos municípios brasileiros criados, 78% (1.095 municípios) tratavam-se de
pequenos municípios, ou seja, possuíam população inferior a 10.000 habitantes, sendo que, 735
municípios possuíam menos de 5.000 habitantes.
Destaca-se, ainda, que a mesma tendência observada em nível nacional foi registrada nas
escalas sub-nacionais. Assim, observa-se que a região Sudeste seguiu a tendência nacional,
registrando, no mesmo período, a ocorrência de 251 desmembramentos municipais, onde 81%
(203 municípios) possuíam menos de 10.000 habitantes.
Por sua vez, no estado de São Paulo, durante 1991 e 2000, foram criados 73 municípios, que
correspondem a 11% do total dos municípios paulistas existentes, nos permitindo afirmar que o
processo emancipatório recente foi mais significativo em nível nacional do que no contexto paulista.
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Desses municípios, 62 (85%) possuíam população inferior a 10.000 habitantes; em contraste,
foi criado somente um município no estado, no mesmo período, com população superior a 100.000
habitantes.
Especificamente com relação ao estado de São Paulo, em Siqueira (2003) foi destacado que
o processo emancipatório recente apresentou um significado peculiar: na década de 1990, ocorreu
uma alteração na lógica de criação de municípios no estado. Nesse sentido, destaca-se que, até
então, o ritmo do processo de criação de municípios, esteve diretamente relacionado pelo maior ou
menor dinamismo econômico e populacional vivenciado pelas diferentes regiões paulistas.
A partir de 1990, por sua vez, tendo já consolidado o processo de ocupação territorial do
estado (Gonçalves, 1998), a lógica no desmembramento municipal passou a ser determinada,
principalmente, pela dimensão político-institucional, a partir da qual a criação de um novo município
não se constituiu na resultante direta de um significativo crescimento econômico e demográfico,
mas teria representado um mecanismo para se beneficiar do espírito municipalista e
descentralizante, presente na Constituição de 1988 (Siqueira, 2003).
Assim, através da criação de novos municípios, grupos políticos locais buscavam ter acesso
aos cargos públicos surgidos com o desmembramento e à parcela de transferências
intergovernamentais proveniente, principalmente, do Fundo de Participação dos Municípios – FPM
(Gomes e Mac Dowell, 2000 e 1997; Serra e Afonso, 1999).
Por sua vez, se essas benesses foram o estímulo ao processo, o seu facilitador foi
representado pelas regras e condições pouco rigorosas para a efetivação do processo de
surgimentos de novos municípios, elaboradas pelas diferentes Assembléias Estaduais,
favorecendo enormemente a proliferação de micro-municípios por todo o país (Tomio, 2002).
A Região de São José do Rio Preto, assim como as Regiões de Araçatuba, Ribeirão Preto e
Bauru, foi uma expressão desse fenômeno dentro do estado de São Paulo, pois, de acordo com os
dados do quadro 3, observa-se que os três municípios criados tinham população inferior a 5 mil
habitantes.
Esses desmembramentos municipais contribuíram para que o número de municípios com até
5 mil habitantes passasse de 10 para 14, de 1991 para 2000, significando um aumento na
participação desses municípios, na rede urbana regional, de 36 para 45% (quadro 2).
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O segundo fator de alteração na estrutura da hierarquia dos municípios, no período 1991 a
2000, é expresso pelo significativo crescimento populacional do município de Bady Bassit, a uma
taxa de 8,17 % a.a. – bem superior à taxa regional (2,33% a.a.) –, que fez com que o município
passasse de 5.659 para 11.475 habitantes (vide tabelas 9 e 10).
Já em relação ao período 2000-2007, as principais alterações na estrutura de hierarquia de
municípios relacionam-se, por um lado, ao crescimento populacional de três micro-municípios –
Nova Aliança, Orindiúva e Ubarana – que contribuiu para que eles entrassem na classe de
municípios de 5 mil a 10 mil habitantes (tabelas 9 e 10).
Por outro lado, destaca-se o crescimento populacional dos municípios de Ibirá e Mirassol, que
contribuiu para o aumento da participação das classes de municípios de 10 mil a 20 mil habitantes,
e de 50 mil a 100 mil habitantes, respectivamente (tabelas 9 e 10).
Com isso, a partir das alterações na estrutura de hierarquia dos municípios no período 1991-
2007, ao final do período, a RG de São José do Rio Preto apresenta uma estrutura caracterizada
por uma grande proporção de pequenos municípios (21 municípios com menos de 10.000
habitantes) – representando 68% dos municípios da região –, contrastando com o outro extremo da
estrutura hierárquica, caracterizada pela existência de 1 município na casa dos 50 mil habitantes, e
1 município na casa dos 400 mil habitantes (tabela 9).
Esse perfil de hierarquia de municípios assemelha-se ao perfil apresentado pelas Regiões de
Araçatuba e de Bauru, onde se identificou a polarização de duas situações de organização do
poder público local: por um lado, a prefeitura do município de maior porte populacional, com,
potencialmente, maior margem de atuação, em função de maior recurso disponível e de uma
organização institucional mais consolidada e com maior experiência prévia e, por outro, um grande
número de prefeituras de pequeno porte, com menor margem de atuação devido a uma menor
quantidade de recursos disponíveis, organização institucional reduzida e com pouca experiência
prévia.
Assim como nas Regiões de Araçatuba e de Bauru, esse perfil de hierarquia de municípios
pode levar a um descompasso no governo local, em âmbito regional, representando uma
dificuldade adicional na implementação de políticas públicas, particularmente as de transferências
de renda, cuja performance é bastante influenciada pelas condições locais, tanto institucionais
quanto de recursos humanos.
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Movimentos Migratórios Inter e Intra-regional
Até a década de 60, a Região se caracterizava como área de expulsão populacional. O
período 1970/80 representou para a Região uma inversão da situação anterior, passando a
caracterizá-Ia como importante pólo de atração populacional no Oeste Paulista, particularmente a
cidade de Rio Preto. O quadro acima descrito se consolida no período 1980/91, no qual a Região
apresentou um incremento populacional decenal de 75,0%. Diante disso, pode-se admitir, como
hipótese, que houve um fluxo significativo de migração para a Região com origens em outros
estados e em regiões próximas.
A tendência apresentada pela Região em seu conjunto não se repete para todos os seus
municípios. No período 1970/80, apenas os municípios de Bálsamo, Guapiaçu, !birá, José
Bonifácio, Mirassol, Nova Aliança, Poloni, Potirendaba, São José do Rio Preto e Uchôa
apresentaram acréscimos populacionais. Para o mesmo período apenas sete municípios
apresentam saldo migratório positivo. A saber: Bálsamo, Guapiaçu. Mirassol, Nova Aliança,
Potirendaba, Rio Preto e Uchôa, confirmando-se que para os municípios de Ibirá, José Bonifácio e
Poloni o crescimento populacional se deu em função do saldo vegetativo (Tabela 11).
A consolidação da Região como área de atração populacional no período 1980/91 se reflete
na inversão do quadro para os municípios, no qual se tem vinte municípios que tiveram acréscimos
populacionais. Apenas os municípios de Adolfo, Cedral, Jaci, Mendonça, Nova Aliança, Palestina,
Planalto e Poloni não registraram ganhos populacionais (Tabela 11).
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Tabela 11: Crescimento Absoluto Populacional, Crescimento Vegetativo e Saldo Migratório Região de Governo de São José do Rio Preto – 1970-2007
Crescimento Absoluto Crescimento Vegetativo Saldo Migratório Municípios
1970/80 1980/91 91/2000 2000/2007 1970/80 1980/91 91/2000 2000/2007 1970/80 1980/91 91/2000 2000/2007
Adolfo -358 -342 405 299 432 594 297 130 -790 -936 108 169 Bady Bassit -2.909 2.881 5.816 5.490 467 578 704 715 -3.376 2.303 5.112 4.775 Bálsamo 3.027 1.039 600 537 878 823 520 199 2.149 216 80 338 Cedral -334 -497 983 708 860 654 186 185 -1.194 -1.151 797 523 Guapiaçu 1.565 3.885 3.477 2.430 954 1.400 1.067 671 611 2.485 2.410 1.759 Ibirá 975 466 718 650 1.071 1198 699 358 -96 -732 19 292 Icém -793 926 666 526 933 811 622 450 -1.726 115 44 76 Ipiguá * * * 1.033 * * 97 158 * * * 875 Jaci -198 -563 860 724 475 577 277 183 -673 -1.140 583 541 José Bonifácio 2.232 3.489 2.255 3.638 3.692 4.151 3.311 1.661 -1.460 -662 -1.056 1.977 Mendonça -203 -528 273 173 613 566 203 25 -816 -1.094 70 148 Mirassol 7.734 10.953 9.148 6.652 3.872 5.296 3.952 2.282 3.862 5.657 5.196 4.370 Mirassolândia -265 318 719 537 451 425 291 150 -716 -107 428 387 Monte Aprazível -562 1.066 908 851 2.107 2.139 1.215 477 -2.669 -1.073 -307 374 Neves Paulista -386 504 590 442 1.418 1243 505 91 -1.804 -739 85 351 Nipoã -334 60 478 290 416 430 224 141 -750 -370 254 149 Nova Aliança 1.500 -82 563 311 642 535 304 135 858 -617 259 176 Nova Granada -589 3.428 2.183 1.370 1.834 2.065 1.594 846 -2.423 1.363 589 524 Onda Verde -159 810 589 457 343 325 279 243 -502 485 310 214 Orindiúva -331 905 1.142 861 265 505 452 342 -596 400 690 519 Palestina -3.104 -47 118 39 1.518 1243 551 193 -4.622 -1.290 -433 -154 Paulo de Faria -2.823 1.663 193 315 995 962 894 536 -3.818 701 -701 -221 Planalto -1.207 -585 -1799 240 644 842 381 245 -1.851 -1.427 -2.180 -5 Poloni 309 -278 268 194 781 675 278 85 -472 -953 -10 109 Potirendaba 1.965 488 2.442 1.527 1.454 1.599 712 400 511 -1.111 1.730 1.127 SJR Preto 66.467 94.742 76.042 53.470 25.331 37.318 27.985 17.540 41.136 57.424 48.057 35.930 Tanabi -140 1.217 1.077 988 2.983 3316 1466 640 -3.123 -2.099 -389 348 Ubarana * * * 1.079 * * 389 378 * * * 701 Uchôa 1.316 477 741 540 1.155 1212 745 236 161 -735 -4 304 União Paulista -249 88 29 47 328 225 113 79 -577 -137 -84 -32 Zacarias * * * 23 * * 90 60 * * * -37 RG S J RIO PRETO 72.146 124.820 121.096 86.441 56.912 71.707 50.403 29.834 15.234 53.113 70.693 56.607 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1970 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. (*) Dados não disponíveis - municípios criados na década de 1990
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A participação da migração no incremento populacional da Região no período
1970/80 foi de 21,12%. Do conjunto da Região, destaca-se, nesse período, o
Município-sede, São José do Rio Preto, onde a migração representou 61,9% de seu
incremento absoluto (Vidal, 1993).
Os municípios da Região que registraram ganhos populacionais significativos
nos anos 80 se localizam próximos a Rio Preto, que aumenta sua importância e área
de influência intra e inter-regional, à medida que novos investimentos são implantados.
Os municípios mais distantes, como Paulo de Faria, Orindiúva, Palestina e Icém,
caracterizam-se como áreas expulsoras de população. (Tabela 11)
A Região, nos anos 70, passou a se configurar como importante pólo de atração
populacional no Interior de São Paulo. O seu saldo migratório no período foi de
15.234. O Município de Rio Preto se sobressaiu por apresentar um saldo migratório de
41.136 pessoas. Além de Rio Preto, destacaram-se na década de 1970/80 os
municípios de Mirassol e Bálsamo, com saldos migratórios de 3.862 e 2.149,
respectivamente. (Tabela 11).
No tocante à década de 90, o saldo migratório da Região cresceu
significativamente: de 53.113 pessoas entre 1980/91, para 70.693 no período
1991/2000. O município-sede, no entanto, diminuiu seu volume migratório: de 57.424
entre 1980/91, para 48.057 entre 1991/2000. O aumento no número de imigrantes se
deve, em parte, pelo fato de poucos municípios da Região apresentar saldos
migratórios negativos. De modo geral, as pequenas e médias cidades reverteram sua
condição de área de expulsão de população ou diminuíram seu ritmo de emigração
(Tabela 11).
No decorrer dos anos de 2000, o saldo migratório da Região diminui para 56.607
migrantes. A despeito de tal fato, apenas cinco municípios apresentam saldos
migratórios negativos. O município-sede recebeu ainda menos imigrante quando
comparado ao período anterior e à década de 80, - apesar de ainda abrigar 63,4% de
todos os imigrantes que procuram a Região. Embora o volume imigratório tenha
diminuído, a participação da migração no incremento populacional da RG de São José
do Rio Preto é ainda bastante relevante: de 65% no período 2000/2007 (Tabela 11).
Com relação aos fluxos migratórios interestaduais no período 70-80, destacam-
se os migrantes com origens nos Estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do
Sul e Bahia (Vidal, 1993). Dados do período 1995/2000 apontam que tais Estados
continuam a enviar significativas levas migratórias à RG de São José do Rio Preto.
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Nesses últimos anos, o principal fluxo provém das Regiões Nordeste, Centro-oeste e
Sudeste (exceto Estado de São Paulo) (Tabela 12).
Tabela 12: Movimentos Migratórios Interestaduais
Região de Governo de São José Rio Preto
1995/2000
Grandes Regiões e Estados Valor Absoluto do Fluxo Distribuição Relativa
Região Sudeste (exceto SP) 3.651 22,4 Região Sul 2.298 14,1
Paraná 1.884 11,5 Região Centro Oeste 4.447 27,2
Mato Grosso do Sul 2.114 12,9 Região Nordeste 4.590 28,1
Bahia 2.619 16,0 Região Norte 1.291 7,9 Brasil s/ espec. e s/ decl. 50 0,3
Total Interestadual 16.327 100,0 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
No que se refere à origem das pessoas que se deslocaram dentro do Estado de
São Paulo para a Região de Governo de Rio Preto, observa-se que as Regiões de
Governo que mais contribuíram com volume de imigração, na década de 1980, foram:
Região Metropolitana de São Paulo, Votuporanga, Catanduva, Araçatuba, Barretos,
Jales e Fernandópolis (Fundação SEADE, 1990).
A análise do período recente mostra que, 33,81% dos imigrantes intra-estaduais
provêm da Região Metropolitana de São Paulo e 6% da RG de Campinas. Dentre as
trocas migratórias com Regiões próximas, observa-se que as RGs de Votuporanga,
Araçatuba e Barretos são as que mais “perdem” população para a RG de São José do
Rio Preto com, respectivamente, 9%, 7% e 6% do volume de imigrante intra-estadual
total (Tabela 13).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 49
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 13: Movimentos Migratórios Intra-Estaduais Região de Governo de São José do Rio Preto 1995/2000
Origem dos Imigrantes Valor Absoluto dos Fluxos Distribuição Relativa (%)
Região Metropolitana de São Paulo 15.550 33,81 Votuporanga 4.431 9,64 Araçatuba 3.465 7,53 Barretos 2.781 6,05 Campinas 2.774 6,03 Jales 2.308 5,02 Catanduva 2.125 4,62 Fernandópolis 1.961 4,26 Andradina 1.544 3,36 Outras RGs 9.049 19,68
Total Intra-Estadual 45.988 100,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. . Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Em se tratando da emigração, dentre as Regiões do Estado de São Paulo mais
procuradas pelos migrantes que saem da RG de São José do Rio Preto estão a RM de
são Paulo e as RGs de Votuporanga, Campinas, Catanduva, Araçatuba e Barretos
(Tabela 14). Tais Regiões são, também, as que mais enviam população para RG de
Rio Preto, ou seja, tratam-se das áreas mais dinâmicas em termos de troca
populacionais (Tabela 15).
Tabela 14: Movimentos Emigratórios Intra-Estadual
Região de Governo de São José do Rio Preto
1995/2000
Destino dos Emigrantes Valor Absoluto dos
Fluxos Distribuição Relativa (%)
RM São Paulo 3.763 8,99
Votuporanga 2.118 5,06
Campinas 1.621 3,87
Catanduva 1.527 3,65
Araçatuba 1.493 3,57
Barretos 1.437 3,43
Ribeirão Preto 1.133 2,71
Fernandópolis 904 2,16
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 50
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Jales 868 2,07
Outras RGs 26.993 64,49
Total Estado de São Paulo 41.857 100,00
Total Intra-Estadual 41.857 84,49
Outros Estados 7.686 15,51
Total Brasil 49.543 100,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
A análise da Tabela 15 mostra ainda, que – de modo geral – na maioria dos
fluxos migratórios estabelecidos com a RG de São José do Rio Preto o número de
imigrantes sempre excede ao número de emigrantes, resultando em todas as trocas
populacionais saldos migratórios positivos para a Região, inclusive em relação à RM
de São Paulo, da qual a RG de Rio Preto “ganhou” 15.550 migrantes e “perdeu”
apenas 3.763 pessoas, no período 1995/2000 (Tabela 15). Todavia, vale destacar o
caso das migrações estabelecidas com outras RGs, nas quais o número de migrantes
que saem da Região é bastante alto (27.599), o que leva um saldo migratório negativo
em 18.550 pessoas (Tabela 15).
Tabela 15: Trocas Líquidas Populacionais Intra-Estaduais
Região de Governo de São José do Rio Preto
1995/2000
Regiões Imigrantes para a RG Emigrantes da RG Troca Líquida
RM São Paulo 15.550 3.763 11.787 Votuporanga 4.431 2.118 2.313
Araçatuba 3.465 1.493 1.972 Barretos 2.781 1.437 1.344 Campinas 2.774 1.621 1.153 Jales 2.308 868 1.440 Catanduva 2.125 1.527 598 Fernandópolis 1.961 904 1.057 Andradina 1.544 527 1.017 Outras RGs 9.049 27.599 -18.550
Total 45.988 41.857 4.131 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 51
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
De modo geral, no intervalo 1995/2000, a RG de São José do Rio Preto recebeu
ao todo 62.355 migrantes, dos quais 16.327 eram de outros Estados (Tabela 12) e
45.988 provinham do próprio Estado de São Paulo (Tabela 13). Em se tratando da
emigração, a Região “perdeu” 41.857 pessoas para outras Regiões do Estado de São
Paulo e 7.686 para outros Estados, totalizando 49.543 emigrantes (Tabela 14).
No contexto intra-regional, segundo PERILLO (1990), dentre os movimentos
migratórios ocorridos nos anos 70 destacam-se os municípios que estabelecem trocas
importantes com o Município-sede: Mirassol, Cedral, Guapiaçu, Nova Granada e
Mirassolândia (municípios limítrofes) e José Bonifácio, Paulo de Faria. Monte
Aprazível, Potirendaba, Palestina e Tanabi (municípios mais afastados).
As trocas migratórias estabelecidas entre os demais municípios da Região
apontam para a configuração de outros pólos secundários de atração populacional,
principalmente Mirassol, que apresentou ganhos líquidos populacionais nas trocas
efetuadas com municípios circunvizinhos como Neves Paulista, Bálsamo, Tanabi e
Monte Aprazível, além de municípios mais afastados como Planalto (tabela 16).
Tabela 16: Volumes de Imigração e Emigração Intra-Regional
Região de Governo de São José do Rio Preto
1995/2000
Municípios da RG Imigrantes Emigrantes Saldo Migratório Intra-Regional
Adolfo 240 189 51
Bady Bassit 2.104 668 1.436
Bálsamo 376 547 -171
Cedral 521 292 229
Guapiaçu 1.045 509 536
Ibirá 124 346 -222
Icém 206 332 -126
Ipiguá 680 258 422
Jaci 443 222 221
José Bonifácio 998 871 127
Mendonça 305 278 27
Mirassol 1.765 2.224 -459
Mirassolândia 378 145 233
Monte Aprazível 732 912 -180
Neves Paulista 392 502 -110
Nipoã 308 158 150
Nova Aliança 416 407 9
Nova Granada 463 1.070 -607
Onda Verde 489 183 306
Orindiúva 194 192 2
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 52
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Palestina 391 491 -100
Paulo de Faria 150 668 -518
Planalto 135 217 -82
Poloni 186 397 -211
Potirendaba 651 568 83
SJR Preto 6.330 6.740 -410
Tanabi 686 1.369 -683
Ubarana 164 159 5
Uchôa 259 285 -26
União Paulista 109 106 3
Zacarias 138 73 65
RG S J RIO PRETO 21.378 21.378 0 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Tabulações Especiais NEPO/UNICAMP. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
As tabelas 16 e 17 ilustram os movimentos migratórios intra-regionais, no
período 1995/2000. Observa-se que o município-sede, apesar de concentrar os fluxos
migratórios, do ponto de vista intra-regional, perdeu população (saldo migratório
negativo em 410 pessoas) principalmente para Bady Bassit, município este de maior
saldo migratório da Região. Contudo, São José do Rio Preto continua a receber um
contingente populacional considerável, com destaque aos fluxos vindos de Mirassol e
Tanabi, cidades que, por sua vez, se destacaram pela emigração. Nota-se, pois, a
polarização das trocas populacionais pelo município-sede, na medida em que os
movimentos migratórios intra-regionais numericamente mais importantes foram com
ele estabelecidos.
Tabela 17: Fluxos Migratórios Intra-Regionais Numericamente mais Importantes RG de São José do Rio Preto 1995/2000
Imigrantes Emigrantes Destino
Municípios n % Municípios n %
Adolfo S José Rio Preto 110 45,83 Mendonça 58 30,69 José Bonifácio 32 13,33 José Bonifácio 48 25,40 Mendonça 29 12,08 S José Rio Preto 41 21,69 Outros 69 28,75 Outros 42 22,22 Total 240 100,00 Total 189 100,00 Bady Bassit S José Rio Preto 1.601 76,09 S José Rio Preto 247 36,98 Potirendaba 94 4,47 José Bonifácio 77 11,53 Nova Aliança 72 3,42 Potirendaba 75 11,23
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Outros 337 16,02 Outros 269 40,27 Total 2.104 100,00 Total 668 100,00 Bálsamo S José Rio Preto 110 29,26 Mirassol 258 47,17 Tanabi 93 24,73 S José Rio Preto 108 19,74 Mirassol 80 21,28 Tanabi 82 14,99 Outros 93 24,73 Outros 99 18,10 Total 376 100,00 Total 547 100,00 Cedral S José Rio Preto 318 61,04 S José Rio Preto 105 35,96 Guapiaçu 88 16,89 Uchôa 52 17,81 Potirendaba 21 4,03 Potirendaba 40 13,70 Outros 94 18,04 Outros 95 32,53 Total 521 100,00 Total 292 100,00 Guapiaçu S José Rio Preto 655 62,68 S José Rio Preto 270 53,05 Ipiguá 63 6,03 Cedral 88 17,29 Bady Bassitt 51 4,88 Mirassolândia 74 14,54 Outros 276 26,41 Outros 77 15,13 Total 1.045 100,00 Total 509 100,00 Ibirá S José Riio Preto 50 40,32 S José Rio Preto 211 60,98 Potirendaba 24 19,35 Potirendaba 50 14,45 Cedral 16 12,90 Bálsamo 27 7,80 Outros 34 27,42 Outros 58 16,76 Total 124 100,00 Total 346 100,00 Icém Nova Granada 78 37,86 S José Rio Preto 229 68,98 S José Rio Preto 71 34,47 Mirassol 50 15,06 Palestina 21 10,19 Bady Bassitt 15 4,52 Outros 36 17,48 Outros 38 11,45 Total 206 100,00 Total 332 100,00 Ipiguá S José Rio Preto 556 81,76 S José Rio Preto 77 29,84 Bady Bassitt 30 4,41 Guapiaçu 63 24,42 Mirassolândia 26 3,82 Uchôa 36 13,95 Outros 68 10,00 Outros 82 31,78 Total 680 100,00 Total 258 100,00 Jaci Mirassol 166 37,47 Mirassol 146 65,77
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S José Rio Preto 126 28,44 Neves Paulista 22 9,91 Neves Paulista 74 16,70 Bady Bassitt 18 8,11 Outros 77 17,38 Outros 36 16,22 Total 443 100,00 Total 222 100,00 José Bonifácio S José Rio Preto 249 24,95 S José Rio Preto 310 35,59 Mirassol 102 10,22 Mirassol 99 11,37 Ubarana 89 8,92 Nipoã 80 9,18 Outros 558 55,91 Outros 382 43,86 Total 998 100,00 Total 871 100,00 Mendonça S José Rio Preto 91 29,84 José Bonifácio 72 25,90 Potirendaba 61 20,00 S José Rio Preto 71 25,54 Adolfo 58 19,02 Bady Bassitt 59 21,22 Outros 95 31,15 Outros 76 27,34 Total 305 100,00 Total 278 100,00 Mirassol S José Rio Preto 673 38,13 S José Rio Preto 1.240 55,76 Bálsamo 258 14,62 Neves Paulista 180 8,09 Tanabi 239 13,54 Jaci 166 7,46 Outros 595 33,71 Outros 638 28,69 Total 1.765 100,00 Total 2.224 100,00 Mirassolândia S José Rio Preto 192 50,79 S José Rio Preto 59 40,69 Guapiaçu 74 19,58 Ipiguá 26 17,93 Tanabi 53 14,02 Bálsamo 18 12,41 Outros 59 15,61 Outros 42 28,97 Total 378 100,00 Total 145 100,00 Monte Aprazível S José Rio Preto 203 27,73 S José Rio Preto 338 37,06 Poloni 138 18,85 Tanabi 157 17,21 Tanabi 75 10,25 José Bonifácio 79 8,66 Outros 316 43,17 Outros 338 37,06 Total 732 100,00 Total 912 100,00 Neves Paulista Mirassol 180 45,92 S José Rio Preto 225 44,82 Monte Aprazível 63 16,07 Mirassol 85 16,93 S José Rio Preto 53 13,52 Jaci 74 14,74
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Outros 96 24,49 Outros 118 23,51 Total 392 100,00 Total 502 100,00 Nipoã José Bonifácio 80 25,97 José Bonifácio 53 33,54 Monte Aprazível 53 17,21 Monte Aprazível 50 31,65 Planalto 44 14,29 União Paulista 18 11,39 Outros 131 42,53 Outros 37 23,42 Total 308 100,00 Total 158 100,00 Nova Aliança S José Rio Preto 212 50,96 S José Rio Preto 143 35,14 Mirassol 56 13,46 Bady Bassitt 72 17,69 Bady Bassitt 42 10,10 Ubarana 35 8,60 Outros 106 25,48 Outros 157 38,57 Total 416 100,00 Total 407 100,00 Nova Granada S José Rio Preto 135 29,16 S José Rio Preto 532 49,72 Paulo de Faria 120 25,92 Onda Verde 187 17,48 Palestina 87 18,79 Palestina 124 11,59 Outros 121 26,13 Outros 227 21,21 Total 463 100,00 Total 1.070 100,00 Onda Verde S José Rio Preto 215 43,97 Nova Granada 53 28,96 Nova Granada 187 38,24 S José Rio Preto 48 26,23 Ipiguá 26 5,32 Guapiaçu 39 21,31 Outros 61 12,47 Outros 43 23,50 Total 489 100,00 Total 183 100,00 Orindiúva Paulo de Faria 85 43,81 S José Rio Preto 96 50,00 S José Rio Preto 62 31,96 Paulo de Faria 40 20,83 Palestina 24 12,37 Palestina 25 13,02 Outros 23 11,86 Outros 31 16,15 Total 194 100,00 Total 192 100,00 Palestina Nova Granada 124 31,71 S José Rio Preto 238 48,47 Tanabi 87 22,25 Nova Granada 87 17,72 S José Rio Preto 79 20,20 Mirassol 26 5,30 Outros 101 25,83 Outros 140 28,51 Total 391 100,00 Total 491 100,00 Paulo de Faria S José Rio Preto 75 50,00 S José Rio Preto 348 52,10
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 56
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Orindiúva 40 26,67 Nova Granada 120 17,96 Mirassol 24 16,00 Orindiúva 85 12,72 Outros 11 7,33 Outros 115 17,22 Total 150 100,00 Total 668 100,00 Planalto José Bonifácio 51 37,78 Zacarias 76 35,02 S José Rio Preto 32 23,70 José Bonifácio 59 27,19 Zacarias 15 11,11 Nipoã 44 20,28 Outros 37 27,41 Outros 38 17,51 Total 135 100,00 Total 217 100,00 Poloni Monte Aprazível 73 39,25 S José Rio Preto 148 37,28 S José Rio Preto 60 32,26 Monte Aprazível 138 34,76 Tanabi 22 11,83 União Paulista 50 12,59 Outros 31 16,67 Outros 61 15,37 Total 186 100,00 Total 397 100,00 Potirendaba S José Rio Preto 364 55,91 S José Rio Preto 295 51,94 Bady Bassitt 75 11,52 Bady Bassitt 94 16,55 Ibirá 50 7,68 Mendonça 61 10,74 Outros 162 24,88 Outros 118 20,77 Total 651 100,00 Total 568 100,00 S. José Rio Preto Mirassol 1.240 19,59 Bady Bassitt 1.601 23,75 Tanabi 666 10,52 Mirassol 673 9,99 Nova Granada 532 8,40 Guapiaçu 655 9,72 Outros 3.892 61,48 Outros 3.811 56,54 Total 6.330 100,00 Total 6.740 100,00 Tanabi S José Rio Preto 240 34,99 S José Rio Preto 666 48,65 Monte Aprazível 157 22,89 Mirassol 239 17,46 Mirassol 131 19,10 Bálsamo 93 6,79 Outros 158 23,03 Outros 371 27,10 Total 686 100,00 Total 1.369 100,00 Ubarana José Bonifácio 79 48,17 José Bonifácio 89 55,97 Nova Aliança 35 21,34 Nipoã 43 27,04 Bálsamo 27 16,46 Guapiaçu 17 10,69 Outros 23 14,02 Outros 10 6,29
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 57
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Total 164 100,00 Total 159 100,00 Uchôa S José Rio Preto 130 50,19 S José Rio Preto 161 56,49 Cedral 52 20,08 Guapiaçu 36 12,63 Ipiguá 36 13,90 Nova Granada 22 7,72 Outros 41 15,83 Outros 66 23,16 Total 259 100,00 Total 285 100,00 União Paulista Poloni 50 45,87 S José Rio Preto 52 49,06 Mirassol 19 17,43 Mirassol 25 23,58 Nipoã 18 16,51 Poloni 11 10,38 Outros 22 20,18 Outros 18 16,98 Total 109 100,00 Total 106 100,00 Zacarias Planalto 76 55,07 S José Rio Preto 44 60,27 S José Rio Preto 39 28,26 Planalto 15 20,55 Monte Aprazível 10 7,25 Mirassol 14 19,18 Outros 13 9,42 Outros 0 0,00 Total 138 100,00 Total 73 100,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000 (tabulações especiais). Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 58
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Estrutura Etária da População
Gráfico I Estrutura Etária por sexo RG São José do Rio Preto – 2000
Estrutura Etária - RG São José de Rio Preto - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
De modo geral, a estrutura etária da RG de São José do Rio Preto tende a
parecer bastante com a estrutura etária do município-sede, na medida em que São
José do Rio Preto concentra 55,2% da população de toda a Região. A análise da
pirâmide etária da Região revela que, nas faixas de idade mais novas, há uma leve
predominância de homens. Contudo, como geralmente as taxas de mortalidade
masculinas tendem a ser mais elevadas que as femininas, a predominância masculina
vai sendo progressivamente reduzida até que nas idades mais avançadas o número
de mulheres supere o de homens (Gráfico I).
A base estreita da pirâmide se reporta a taxas mais baixas de fecundidade para
o ano de 2000. A cúspide não muito fina aponta, por sua vez, para o aumento da
expectativa de vida e o conseqüente envelhecimento da população. O fato de a
pirâmide ser mais larga no meio, principalmente entre a faixa dos 10 aos 24 anos,
revela altas taxas de fecundidade das gerações anteriores. É importante ressaltar
ainda, que a concentração da população no grupo adulto indica a predominância da
população em idade ativa (PIA) e, por conseguinte, uma razão de dependência
equilibrada (Gráfico I).
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
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Gráfico II
Estrutura etária por sexo
Adolfo - 2000
Gráfico III
Estrutura etária por sexo
Bady Bassit - 2000
Estrtura Etária - Adolfo - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutura Etária - Bady Bassit - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Gráfico IV
Estrutura etária por sexo
Bálsamo - 2000
Gráfico V
Estrutura etária por sexo
Cedral - 2000
Estrutra Etária - Bálsamo - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutura Etária - Cedral - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 60
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico VI
Estrutura etária por sexo
Guapiaçu - 2000
Gráfico VII
Estrutura etária por sexo
Ibirá - 2000
Estrutra Etária - Guapiaçu - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutra Etária - Ibirá - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Gráfico VIII
Estrutura etária por sexo
Icém - 2000
Gráfico IX
Estrutura etária por sexo
Ipiguá - 2000
Estrutura Etária - Icém - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutura Etária - Ipiguá - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 61
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico X
Estrutura etária por sexo
Jaci - 2000
Gráfico XI
Estrutura etária por sexo
José Bonifácio - 2000
Estrutura Etária - Jaci - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutura Etária - José Bonifácio - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Gráfico XII
Estrutura etária por sexo
Mendonça - 2000
Gráfico XIII
Estrutura etária por sexo
Mirassol - 2000
Estrutura Etária - Mendonça - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutura Etária - Mirassol - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 62
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico XIV
Estrutura etária por sexo
Mirassolândia - 2000
Gráfico XV
Estrutura etária por sexo
Monte Aprazível - 2000
Estrutura Etária - Mirassolândia - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutura Etária - Monte Aprazível - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Gráfico XVI
Estrutura etária por sexo
Neves Paulista - 2000
Gráfico XVII
Estrutura etária por sexo
Nipoã - 2000
Estrutura Etária - Neves Paulista - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens MulheresEstrutura Etária - Nipoã - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 63
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico XVIII
Estrutura etária por sexo
Nova Aliança - 2000
Gráfico XIX
Estrutura etária por sexo
Nova Granada - 2000
Estrutura Etária - Nova Aliança - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutra Etária - Nova Granada - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Gráfico XX
Estrutura etária por sexo
Onda Verde - 2000
Gráfico XXI
Estrutura etária por sexo
Orindiúva - 2000
Estrutura Etária - Onda Verde - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutura Etária - Orindiúva - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 64
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico XXII
Estrutura etária por sexo
Palestina - 2000
Gráfico XXIII
Estrutura etária por sexo
Paulo de Faria - 2000
Estrutura Etária - Palestina - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutura Etária - Paulo de Faria - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Gráfico XIV
Estrutura etária por sexo
Planalto - 2000
Gráfico XXV
Estrutura etária por sexo
Poloni - 2000
Estrutura Etária - Planalto - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutura Etária - Poloni - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 65
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico XXVI
Estrutura etária por sexo
Potirendaba - 2000
Gráfico XXVII
Estrutura etária por sexo
São José do Rio Preto - 2000
Estrutura Etária - Potirendaba - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutura Etária - São José do Rio Preto - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Gráfico XXVIII
Estrutura etária por sexo
Tanabi - 2000
Gráfico XXIX
Estrutura etária por sexo
Ubarana - 2000
Estrutura Etária - Tanabi - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutura Etária - Ubarana - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 66
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico XXX
Estrutura etária por sexo
Uchôa - 2000
Gráfico XXXI
Estrutura etária por sexo
União Paulista - 2000
Estrutura Etária - Uchoa - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Estrutura Etária - União Paulista - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos
do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para
Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
Gráfico XXXII
Estrutura etária por sexo
Zacarias - 2000
Estrutura Etária - Zacarias - 2000
6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos e mais
Homens Mulheres
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado
de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais,
NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
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VIDAL, M. S. Região de Governo de São José do Rio Preto. Texto NEPO 24, Nepo/Unicamp, 1993. (Migração em São Paulo 3).
ANEXO I - Municípios da Região de Governo de São José do Rio Preto
1 - Adolfo 17 - Nova Aliança 2 - Bady Bassit 18 - Nova Granada 3 - Bálsamo 19 - Onda Verde 4 - Cedral 20 - Orindiúva 5 - Guapiaçu 21 - Palestina 6 - Ibirá 22 - Paulo de Faria 7 - Icém 23 - Planalto 8 - Ipiguá 24 - Poloni 9 - Jaci 25 - Potirendaba 10 - José Bonifácio 26 - SJR Preto 11 - Mendonça 27 - Tanabi 12 - Mirassol 28 - Ubarana 13 - Mirassolândia 29 - Uchôa 14 - Monte Aprazível 30 - União Paulista 15 - Neves Paulista 31 - Zacarias 16 - Nipoã
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 68
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Capítulo 3 – A Questão Social no Pólo de São José do Rio Preto5
Introdução
A análise da questão social nas espacialidades estudadas no Estado de São
Paulo concentra-se em três vertentes.
A primeira tem por objeto a pobreza e a desigualdade, indicando as tendências
observadas entre os anos 1991 e 2000, com base nos dados censitários, que são os
únicos disponíveis para a análise dessas regiões; bem como evidenciando para esses
períodos as desigualdades entre as regiões analisadas.
A segunda toma por objeto as mudanças na família e as mudanças na provisão
familiar nesse período, relacionando-as a mudanças demográficas e a mudanças no
papel da mulher na sociedade, dando destaque ao aumento da participação desta no
mercado de trabalho e na responsabilidade pela manutenção do domicílio.
Nesta vertente ressaltam-se a importância do conhecimento das mudanças na
família e no domicílio como elementos importantes para o planejamento e
implementação de políticas de proteção social. O destaque é dado à política de
transferência de renda, que tem a família como principal unidade de referência.
A terceira vertente trata das políticas sociais, privilegiando quatro aspectos, quais
sejam, identificar nas distintas espacialidades o perfil da recente política de
transferência de renda, os programas de apoio ao migrante pobre, o acesso e a
qualidade dos serviços básicos de educação e de saúde.
1. Renda, Pobreza e Desigualdade no Pólo Regional de São José do Rio Preto
Renda e população
O pólo de São José do Rio Preto, com uma população de 711.801 pessoas que
concentra 1,8% da população do estado, respondia, em 2005, por 1,19% do PIB
estadual. Em termos de renda, no ano 2000, o pólo de São José do Rio Preto detinha
5 Ficha Técnica: Coordenação: Lilia Montali, Coordenação Adjunta: Eugenia Troncoso Leone e Stella Barberá da Silva Telles, Assistentes de Pesquisa: Fabiana de Andrade, Luciana Ramirez Cruz, Marcelo Tavares de Lima e Alessandra Scalioni Brito, Auxiliares de pesquisa: Bruno Martins de Oliveira e Edina Paula Souza.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 70
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
uma renda domiciliar per capita de R$ 415,4, inferior à média estadual em 6,0%. Sua
renda era menor do que à do conjunto do Estado e também do que às das três regiões
metropolitanas paulistas, bem como às dos pólos de São José dos Campos e Ribeirão
Preto Gráfico 1.
Gráfico 1 Renda Domiciliar per capita. Estado de São Paulo, Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000
76,5 84,3 85,3 92,4 94,0 95,6 98,7 100,0 108,4 114,796,5
Pres.Prudente
Araçatuba Sorocaba Bauru S. JoséRio Preto
S. JoséCampos
RibeirãoPreto
RM Baix.Santista
Est. SãoPaulo
RMCampinas
RM SãoPaulo
RENDA DOMICILIAR PER CAPITA - 2000
Fonte: Censo Demográfico, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP.
Em 2000, o pólo de São José do Rio Preto participava com 1,65% da renda
domiciliar do estado, superior somente à dos pólos de Araçatuba, Bauru e Presidente
Prudente. Na década de 90 a taxa anual de crescimento da renda domiciliar total de
São José do Rio Preto foi de 5,4% ao ano e a da população de 2,3% ao ano6. Verifica-
se que as taxas anuais de crescimento da renda total e da população foram superiores
às do Estado na década de 90 (Tabela 1).
Ao analisar o que ocorreu com a renda domiciliar no interior do pólo de São José
do Rio Preto, com base nos seus municípios ordenados de maior a menor em função
de sua renda domiciliar per capita em 2000 e atribuindo o valor 100 à renda domiciliar
per capita e à população do pólo da São José do Rio Preto, o que sobressai é o
elevado tamanho da população do município de São José do Rio Preto (55,2%). Os
6 Como salientado, é difícil a partir dos dados do censo avaliar o verdadeiro desempenho da economia paulista na década de 90, pois o ano de 1991 foi de atividade econômica muito baixa e a do ano 2000 razoável, o que leva a superestimar o verdadeiro desempenho desta economia na década de 90
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 71
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
demais municípios participam com menos de 10% da população do pólo, sendo que
os maiores são Mirassol (7,5%), e José Bonifácio (4,4%). Observa-se, também, que
os municípios de São José do Rio Preto e Bálsamo possuíam renda domiciliar per
capita superiores à do pólo de São José do Rio Preto (23,3% e 4,3% maior,
respectivamente). O município de Mirassolândia apresentou a menor renda per capita
(70,6% inferior à do pólo).
Tabela 1: Renda domiciliar per capita, população e taxas de crescimento anual
Pólo de São José do Rio Preto e Municípios
19910-2000
taxa variação anual 1991-2000 (*) Pólo de São José do Rio Preto e
municípios
Renda domiciliar per capita 2000
População 2000 População
renda domiciliar total
Pólo de São José do Rio Preto 100,0 100,0 2,3 5,4 São José do Rio Preto 123,3 55,2 2,6 5,5 Bálsamo 104,3 1,1 0,9 9,5 José Bonifácio 82,0 4,4 0,9 5,4 Guapiaçu 81,1 2,1 3,0 8,8 Mirassol 80,6 7,5 2,3 5,0 Monte Aprazível 79,0 2,8 0,6 4,6 Neves Paulista 76,5 1,4 0,8 5,7 Bady Bassitt 76,1 1,8 8,2 10,4 Poloni 74,1 0,7 0,6 3,0 Potirendaba 72,9 2,1 2,2 6,4 Tanabi 71,7 3,5 0,6 5,3 Orindiúva 71,2 0,6 3,7 5,6 Mendonça 70,6 0,6 0,9 3,0 Planalto 68,8 0,6 -4,4 3,5 Cedral 68,3 1,0 1,8 5,2 Ibirá 67,6 1,5 0,9 4,9 Nova Aliança 64,5 0,7 1,4 3,1 Paulo de Faria 64,0 1,3 0,2 2,2 Jaci 64,0 0,6 2,6 10,0 Ipiguá 60,5 0,5 - - Nova Granada 60,4 2,6 1,5 2,6 Icém 60,2 1,0 1,2 1,6 Uchoa 58,2 1,4 0,9 1,5 Palestina 57,2 1,4 0,1 0,3 Adolfo 53,4 0,6 1,3 3,8 Nipoã 51,8 0,5 1,7 4,1 Onda Verde 48,6 0,5 2,1 2,6 Ubarana 42,6 0,6 - - Zacarias 42,0 0,3 - - União Paulista 41,9 0,2 0,3 4,3 Mirassolândia 39,4 0,6 2,4 3,4
(*) OBS: os números negativos referem-se à variação no período
Fonte: Censo Demográfico 1991, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 72
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Como mencionado, entre 1991 e 2000, a renda domiciliar total do pólo de São
José do Rio Preto cresceu 5,4% ao ano enquanto a população cresceu a um ritmo de
2,3% ao ano. Merece registro, o reduzido crescimento populacional de vários
municípios que constituem o pólo de São José do Rio Preto, alguns como é o caso de
Planalto com taxa de crescimento negativa. Acima da média do pólo cresceram os
municípios de São José do Rio Preto, Guapiaçu, Bady Bassitt, Orindiúva e Jaci.
Quanto à renda domiciliar alguns municípios mostraram taxas de crescimento
superiores à média do pólo (5,4% ao ano). Os destaques foram para Bálsamo,
Guapiaçu, Bady Bassitt, Potirendaba, e Jaci. Entre estes municípios somente
Bálsamo registrou reduzida taxa de crescimento de sua população.
Pobreza, desigualdade e concentração de renda
A proporção de pobres diminuiu na década de 90 no pólo de São José do Rio
Preto de 12,4% para 10,1%. O gráfico 2 a seguir mostra a situação de pobreza deste
pólo no ano de 2000 em comparação às três regiões metropolitanas paulistas e aos
pólos regionais. Em 2000, a proporção de pobres no pólo de São José do Rio Preto
era uma das menores depois da região metropolitana de Campinas.7.
Gráfico 2 Proporção de pobres Estado de São Paulo, Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000
9,8 10,1 10,8 11,9 12,9 13,2 13,4 13,6 13,7 19,713,2
RMCampinas
S. JoséRio Preto
RibeirãoPreto
Bauru Araçatuba S. JoséCampos
Sorocaba RM SãoPaulo
Est. SãoPaulo
RM Baix.Santista
Pres.Prudente
% POBRES - 2000
Fonte: Censo Demográfico, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP.
7 Utilizou-se uma linha de pobreza de ½ salário mínimo de 2000 (R$ 75,50).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 73
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
No que diz respeito à desigualdade, o índice de Gini do pólo de São José do Rio
Preto não era dos mais elevados do estado (0,562) em 2000, bem como a relação
entre as rendas médias dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres (3,69) era a
menor. Assim, em termos de desigualdade, analogamente ao verificado com a
pobreza, a situação do pólo era uma das melhores do Estado.
Gráfico 3 Relação entre as rendas médias dos 10% mais ricos e os 40% mais pobres Estado de São Paulo, Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000.
6,585,805,575,414,944,554,464,284,194,093,69
S. JoséRio Preto
RMBaixadaSantista
RMCampinas
Sorocaba S. JoséCampos
RibeirãoPreto
Bauru RM SãoPaulo
Est. SãoPaulo
Araçatuba Pres.Prudente
Relação rendas médias 10 % mais ricos e 40% mais pobres - 2000
Fonte: Censo Demográfico, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP.
Quanto à concentração de renda, os 20% mais ricos do pólo de São José do Rio
Preto concentravam 62,4% da renda em 2000. Este valor é, entretanto, relativamente
elevado e muito semelhante ao da região metropolitana de São Paulo (Gráfico 4).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 74
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico 4 Renda apropriada pelos 20% mais ricos Estado de São Paulo, Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000
66,065,663,062,962,461,960,559,559,559,258,3
RM Baix.Santista
Sorocaba RMCampinas
S. JoséCampos
RibeirãoPreto
Bauru S. JoséRio Preto
RM SãoPaulo
Est. SãoPaulo
Araçatuba Pres.Prudente
RENDA APROPRIADA PELOS 20% MAIS RICOS - 2000
Fonte: Censo Demográfico, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP.
Do ponto de vista dos municípios do pólo de São José do Rio Preto, as situações
de pobreza (% de pobres), desigualdade (relação entre as rendas médias dos 10%
mais ricos e 40% mais pobres) e concentração (20% mais ricos) são ilustradas na
Tabela 2.
Como os municípios estão ordenados conforme sua renda domiciliar per capita
de 2000, de maior a menor observa-se uma correlação inversa entre renda per capita
e proporção de pobres. Ou seja, a proporção de pobres é em geral maior para aqueles
municípios com renda per capita menor. Ademais, nota-se que as proporções de
pobres são muito heterogêneas em 2000. Abaixo da média do pólo encontravam-se os
municípios de São José do Rio Preto, Guapiaçu, Mirassol, Neves Paulista, Baddy
Bassitt e Orindiúva. Alguns municípios ainda que apresentem renda per capita não
tão baixa apresentam significativa proporção de pobres. São os casos de José
Bonifácio, Monte Aprazível, Poloni e Tanabi. As piores situações de pobreza em
2000 são encontradas em Planalto (29,3% de pobres), Mirassolândia (27,4%) e
Paulo de Faria (26,7%).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 75
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 2: Pobreza, Concentração e Desigualdade da renda Domiciliar Pólo de São José do Rio Preto e Municípios 1991 – 2000
% pobres
Proporção da renda
apropriada pelos 20% mais
ricos
Relação entre as rendas médias dos
10% mais ricos e 40% mais pobres
Pólo de São José do Rio Preto e Municípios
1991 2000 1991 2000 1991 2000
Pólo de São José do Rio Preto 12,2 10,1 61,0 62,4 4,9 5,4 São José do Rio Preto 5,1 7,3 67,7 68,9 9,4 9,5 Bálsamo 20,1 10,0 42,7 64,1 1,4 5,1 José Bonifácio 18,2 11,2 48,8 56,1 2,0 3,4 Guapiaçu 13,8 9,4 35,7 53,0 1,4 3,3 Mirassol 10,6 8,8 50,9 52,3 2,8 3,0 Monte Aprazível 23,8 11,3 47,3 50,9 2,3 2,7 Neves Paulista 20,5 9,1 43,6 47,8 1,5 2,5 Bady Bassitt 14,5 8,3 55,6 43,7 3,4 2,5 Poloni 22,4 15,5 55,4 50,4 2,7 2,0 Potirendaba 22,3 10,8 40,3 46,9 1,4 2,0 Tanabi 28,0 16,4 45,1 48,6 1,4 2,2 Orindiúva 22,7 8,6 55,1 44,3 2,7 2,1 Mendonça 27,2 16,9 62,3 50,7 3,1 2,3 Planalto 29,1 29,3 26,3 53,5 0,4 2,3 Cedral 26,2 14,4 47,8 42,8 1,4 2,0 Ibirá 18,8 16,4 36,4 47,6 1,1 1,7 Nova Aliança 20,7 12,1 48,5 41,9 2,3 1,3 Paulo de Faria 27,5 26,7 52,0 51,8 2,0 1,8 Jaci 26,8 14,0 22,9 39,6 0,1 1,5 Ipiguá - 18,7 - 40,8 - 0,9 Nova Granada 18,7 13,9 48,3 41,9 2,1 1,5 Icém 18,7 22,8 52,0 50,2 2,3 1,7 Uchoa 20,7 16,9 47,1 42,6 1,9 1,0 Palestina 30,9 19,0 56,4 41,4 2,3 1,0 Adolfo 18,0 10,2 38,9 30,0 0,7 0,5 Nipoã 27,7 18,6 35,0 37,6 0,9 0,6 Onda Verde 17,8 17,1 43,6 19,5 1,3 0,3 Ubarana - 22,2 - 24,1 - 0,2 Zacarias - 18,9 - 18,5 - 0,2 União Paulista 37,0 23,5 27,3 27,5 0,4 0,4 Mirassolândia 28,5 27,4 31,4 10,4 0,7 0,0
Fonte: Censo Demográfico 1991, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Deve-se mencionar que somente os municípios de Icém e São José do Rio Preto
tiveram ampliação de suas proporções de pobres na década e os municípios de
Planalto, Mirassolândia e Paulo de Faria mantiveram as mesmas proporções de
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 76
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
pobres. Todos os outros municípios tiveram decréscimo da proporção de pobres. Em
geral, os municípios que reduziram mais sua pobreza são aqueles municípios que
apresentaram uma proporção de pobres elevada em 1991. São os casos, por
exemplo, de Bálsamo, Monte Aprazível, Neves Paulista, Orindiúva e Cedral.
A concentração de renda expressa pela renda apropriada pelos 20% mais ricos
revela que no pólo de São José do Rio Preto os 20% mais ricos concentravam 62,4%
da renda no ano 2000, tendo sofrido um acréscimo de um ponto percentual na década.
Em 2000, a concentração de renda era superior à média do pólo nos municípios de
São José do Rio Preto e Bálsamo, os dois municípios com maior renda. Deve-se
chamar à atenção para a correlação direta entre renda e concentração. Ou seja,
aqueles municípios que possuem renda per capita mais elevada têm também maior
concentração de renda. Entre 1991 e 2000 a concentração da renda aumentou na
maioria dos municípios. O destaque fica com o município de São José do Rio Preto
onde a concentração de renda já era muito elevada em 1992 e aumentou na década,
variando de 73,4% para 75,3% em 2000 a proporção da renda apropriada pelos 20%
mais ricos. A proporção de renda apropriada pelos 20% mais ricos só diminuiu entre
os municípios de renda intermediária e de menor renda (para exemplificar, Bady
Bassitt, Poloni, Orindiúva, Mendonça, Cedral, Nova Aliança, Nova Granada e
Icém).
A desigualdade medida pela razão entre as rendas médias dos 10% mais ricos e
dos 40% mais pobres revela que no pólo de São José do Rio Preto em 2000 os 10%
mais ricos tinham uma renda média equivalente a 5,4 vezes a renda média dos 40%
mais pobres do pólo. Essa razão foi ainda superada pelos municípios de São José do
Rio Preto (9,5). Entre 1991 e 2000, a desigualdade, medida por este indicador,
aumentou na maioria dos municípios. O destaque fica novamente com São José do
Rio Preto onde essa razão era muito elevada em 1991 e continuou elevada em 2000
e Bálsamo que variou de 1,4 para 5,1 na década.
Considerações Finais
Na década de 90 houve ligeiro aumento da renda domiciliar per capita no pólo de
São José do Rio Preto abrangendo seus 31 municípios. Alguns municípios, entretanto,
tiveram reduzido crescimento de suas rendas. O município de Bady Bassitt com uma
renda domiciliar inferior em 23,1% à média do pólo, se destacou por apresentar, de
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 77
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
forma simultânea, os mais elevados crescimentos de renda e, principalmente, de
população.
A concentração e a desigualdade que eram relativamente as menos elevadas
aumentaram em alguns municípios e diminuíram de forma significativa em outros. Já a
proporção de pobres que era uma das menores diminuiu em vários municípios onde
essa proporção já era muito elevada em 1991, mas ainda assim vários municípios
continuaram com a mesma situação de pobreza de 1991.
2. Mudanças no domicílio, na inserção domiciliar no mercado de trabalho e as políticas sociais
Introdução
Neste projeto, o trabalho e o domicílio são considerados como elementos
centrais para a análise das mudanças sociodemográficas nas diferentes regiões
metropolitanas e pólos regionais e de suas implicações para as demandas das
políticas públicas.
Nesse sentido, este item tem por objetivos recuperar as mudanças nos
domicílios e nos arranjos domiciliares de inserção no mercado de trabalho e para a
provisão familiar. A análise destas mudanças, bem como a identificação dos arranjos
domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento visa também oferecer indicações
para a orientação das políticas sociais voltadas para a superação da pobreza e para a
redução da desigualdade.
Por outro lado, os indicadores de pobreza e de não pobreza e de desigualdade
social apresentam maior precisão por serem elaborados a partir de informações que
têm o domicílio como unidade de análise e as especificidades de sua estruturação.
Assim, a composição dos arranjos domiciliares e o ciclo vital das famílias são
adotados como referências para se pesquisar os grupos de domicílios mais
suscetíveis ao empobrecimento nos contextos regionais diferenciados. Outro aspecto
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 78
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
relevante na análise é a ampliação do numero de domicílios com renda da mulher e o
aumento da participação da renda da mulher na renda do domicilio8.
A relevância desta abordagem está ancorada na centralidade na família
assumida para a concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e
projetos como um dos princípios da Política Nacional de Assistência Social desde
1993, mantida em 2004 na atualização da Política Nacional de Assistência Social e
nas diretrizes da atual gestão federal 9. A centralidade na família é reafirmada ao ter
sido eleita como unidade do principal programa de transferência de renda federal, o
Programa Bolsa-Familia, que visa atingir a totalidade das famílias pobres. O Programa
Bolsa-Família de forma distinta dos programas anteriores e sob a referida concepção,
inclui o conjunto dos membros da família como público alvo. A recente implantação do
SUAS, por sua vez, implementa tais diretrizes e dá ênfase à atenção familiar. Como se
sabe, o SUAS (Sistema Único de Assistência Social) em implantação no País é
assentado em alguns princípios, dentre eles: a universalidade; a matricialidade
sociofamiliar, que se fundamenta no direito à proteção das famílias; e a
territorialização.
Frente às novas características das políticas de proteção social cada vez mais o
conhecimento sobre as famílias e as mudanças que a família vem sofrendo, passam a
ser de interesse crescente para os agentes institucionais envolvidos na implementação
das novas políticas sociais. Por outro lado, desperta o interesse dos estudiosos da
família, que procuram entender tanto suas transformações e as novas configurações;
bem como as possibilidades de que as novas políticas sociais provoquem novas
mudanças na estruturação das famílias, na relação interna de poder, dentre outras.
É importante acrescentar nesta introdução uma informação metodológica. Este
projeto optou por utilizar como fonte básica de informação para a análise das três
regiões metropolitanas paulistas e dos pólos regionais os microdados do Censos
Demográficos 1991 e 2000 - IBGE. Isto porque o Censo Demográfico é a única fonte
de informação domiciliar que possibilita investigar estas questões para as novas áreas
metropolitanas e as espacialidades regionais adotadas pelo projeto (pólos regionais),
através do recurso de agregar o conjunto de municípios que compõem tais regiões. As
8 Neste estudo as unidades domiciliares são assumidas como equivalentes a unidades familiares, tendo por referência análise metodológica de Bilac (2001) explicitada no item 2.1., a seguir. 9 Política Nacional de Assistência Social. Resolução nº 145 de 15 de outubro de 2004 (DOU 28/10/2004).
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PNADs – IBGE, que poderiam trazer dados mais recentes, não permitem
desagregação da informação para as regiões estudadas. Apresentam informações
desagregadas apenas para as Unidades da Federação (UF) e para as regiões
metropolitanas que incluem as capitais das UF, não incluindo, portanto as regiões
metropolitanas de Campinas e da Baixada Santista e as demais regiões pesquisadas.
Nas análises dos censos são utilizados os dados da Amostra, representativos da
população das áreas estudadas.
No tópico 1. são apresentadas as principais mudanças nos arranjos domiciliares
identificados no Pólo Regional de São José do Rio Preto entre 1991 e 2000, bem
como os perfis dos arranjos domiciliares e tamanho de família nos dois momentos
censitários.
No tópico 2. são tratados os arranjos domiciliares de inserção no mercado de
trabalho, bem como se investigam mudanças na responsabilidade pela manutenção
do domicílio no Pólo Regional de São José do Rio Preto.
No tópico 3 são indicados os arranjos familiares mais suscetíveis ao
empobrecimento, oferecendo indicações para os arranjos domiciliares que demandam
maior atenção das políticas sociais e, também indicações de acesso programas de
transferência de renda.
No tópico 4 é analisada a participação da renda da mulher no domicilio no Pólo
Regional de São José do Rio Preto.
2.1. Mudanças nos arranjos domiciliares: configurações e tamanho
Na análise das mudanças na família e não desconhecendo as dificuldades de se
identificar famílias através dos censos demográficos, optou-se neste estudo por
assumir as unidades domiciliares como equivalentes a unidades familiares, tendo por
referência análise metodológica de Bilac (2001) que fundamenta essa escolha, por
apontar três aspectos. O primeiro é que o Censo Brasileiro identifica famílias no
domicílio assim considerando “um conjunto de pessoas ligadas por laços de
parentesco, dependência ou normas de convencia, que moram num mesmo domicílio”
(IBGE, 1990, apud Bilac, 2001, pp.4). O segundo aspecto é que aponta no Censo
critérios de identificação de domicilio particular independente, que o aproxima do
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conceito de “unidade doméstica” 10, que pressupõe o partilhamento de orçamento
comum, definido minimamente pelo partilhamento das despesas com alimentação. O
terceiro aspecto é que Bilac no estudo referido, ao analisar a presença de famílias
conviventes em um mesmo domicílio identifica relações de parentesco entre as
pessoas de referência das famílias conviventes na maior parte dos casos, sugerindo a
existência de família ampliada, bem como aponta a pequena ocorrência de famílias
conviventes, da ordem de 7 % dos domicílios (Bilac, 2001).
As mudanças nas formas de organização familiar nas regiões metropolitanas e
pólos regionais do Estado de São Paulo em 2000, aqui analisadas através dos dados
censitários, expressam tendências de mudanças iniciadas em décadas anteriores para
as famílias brasileiras, acentuadas nos anos 90. As mais importantes são: - redução
do tipo de organização familiar predominante constituído pelas famílias conjugais e
casais com filhos; - crescimento da proporção de famílias monoparentais, tanto
chefiadas por mulheres como por homens; - crescimento dos domicílios unipessoais.
Outra tendência observada é a redução do tamanho da família que se relaciona tanto
às novas formas de estruturação da família como à redução do número de filhos.
Estas tendências são também as principais observadas no Pólo Regional de
Ribeirão Preto no período 1991-2000.
Os arranjos domiciliares no Pólo Regional de São José do Rio Preto no ano 2000
Os arranjos domiciliares do Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentam
um perfil com as seguintes características, segundo dados do Censo Demográfico do
IBGE de 2000: os arranjos familiares nucleados por casais compreendem 73,3% do
total dos arranjos domiciliares e os arranjos de chefes masculinos e femininos sem
cônjuges totalizam 26,7%, com maior peso dos arranjos chefiados por mulheres, que
perfazem 19,3% dos arranjos domiciliares (Tabela 3). Comparando-se esses
percentuais entre as três regiões metropolitanas paulistas e pólos regionais, observa-
se que o perfil apresentado pelo Pólo Regional de São José do Rio Preto é bastante
próximo ao apresentado pelos demais pólos do Estado de São Paulo sob análise,
10 “Ao empregar os critérios de Separação e de Independência para a determinação do número de domicílios particulares permanentes existentes em uma determinada habitação, deverá ser verificado, inicialmente, se a pessoa ou grupo de pessoas vive e se alimenta separadamente das demais e, em seguida, se a pessoa ou grupo de pessoas têm acesso direto ao seu local de habitação sem passar por habitação de outras pessoas. Se em um dos casos ou em ambos a conclusão for negativa, a habitação será considerada um domicílio particular.” (IBGE, 1990, pp.22, apud Bilac, 2001).
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diferenciando-se das regiões metropolitanas e especialmente da Região Metropolitana
da Baixada Santista e da Região Metropolitana de São Paulo. Comparado aos Pólos
Regionais, observou-se semelhanças, ficando abaixo somente do pólo de Sorocaba,
onde os arranjos familiares nucleados por casais compreendem a 75,5% do total dos
arranjos domiciliares.
Como peculiaridades no perfil apresentado pelo Pólo Regional de São José do
Rio Preto pode-se apontar que os percentuais de arranjos nucleados por casais
encontraram-se acima daqueles observados pelo Estado de São Paulo (71,6%) e
regiões metropolitanas paulistas, com a exceção de Campinas. Por outro lado, e
complementarmente, os arranjos de chefes sem cônjuges, encontraram-se abaixo da
média do Estado de São Paulo (28,4%).
Outra peculiaridade do Pólo de São José do Rio Preto é a maior proporção de
casais sem filhos encontrada entre as espacialidades analisadas, da ordem de 16,4%
e, também uma das menores proporções de casais com filhos, 56,9%, semelhante
apenas à encontrada na Região Metropolitana de São Paulo e um pouco mais elevada
que a proporção encontrada na Região Metropolitana da Baixada Santista. Diferencia-
se dos pólos regionais com relação à proporção dos arranjos de casais sem filhos,
cujas proporções ficam entre 12% e 15% e, também, com relação à proporção dos
arranjos casais com filhos, que apresentam proporções mais próximas dos 60%, ver
Tabela 3.
No entanto, a configuração familiar predominantemente no Pólo Regional de São
José do Rio Preto é do tipo conjugal com ou sem a presença de filhos residentes,
compreendendo 73,3% dos domicílios do pólo. Dentre os arranjos nucleados por
casais, predominam os casais com filhos e parentes, os quais, como mencionado
acima, apresentam um percentual de 56,9%. Considerando-se os casais com a
presença de filhos, estes estão distribuídos de forma semelhante entre aqueles de até
34 anos, 21,1% , seguidos pelos casais de 35 até 49 anos, 22,8% dos arranjos
domiciliares. Os casais de 50 anos e mais com filhos e ou parentes apresentam um
dos maiores percentuais, 10%, semelhantes apenas ao apresentado para esse arranjo
domiciliar pelos Pólos Regionais Araçatuba, Bauru e Ribeirão Preto. Apesar das
especificidades, o perfil da distribuição dos arranjos nucleados por casais não é muito
distinto das médias apresentadas pelo Estado de São Paulo, que são,
respectivamente, 22,9%, 22,3% e 9,7%.
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Com relação aos arranjos com chefia feminina sem cônjuge (19,3%), o Pólo
Regional de São José do Rio Preto apresenta proporção pouco menor quando
comparada ao Estado de São Paulo (20,5%) e especialmente quando comparado às
RMSP e RMBS, porém mais próxima às proporções observadas nos pólos regionais
(Tabela 3). Da mesma forma, os arranjos domiciliares com chefia feminina sem
cônjuge com a presença de filhos e/ou parentes (13,7%), apresentam proporções
inferiores às médias apresentadas pelo Estado de São Paulo (15,6%), bem como em
relação às RMSP e RMBS, ambas da ordem de 17%; e, ainda que um pouco
menores, assemelham-se aos pólos regionais estudados.
Por outro lado, a proporção de arranjos domiciliares chefiados por homem sem a
presença de cônjuge, de 7,4%, está próxima da apresentada pelos pólos regionais
analisados e é menor que a média do Estado (7,9%). Merece observar que estes se
distribuem entre aqueles com a presença de filhos 3,1% e os domicílios unipessoais
masculinos, 4,3% (Tabela 3).
Estas especificidades da estruturação dos arranjos domiciliares no Pólo de
Ribeirão Preto podem ser associadas às características da sua estrutura etária. No
ano de 2000 o Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentava a estrutura etária
mais envelhecida, quando comparada à média do Estado de São Paulo e às regiões
analisadas ou seja, apresentou a menor proporção de população com até 14 anos de
idade, da ordem de 23,4%; proporção de população em idade ativa - entre as idades
de 15-59 – da ordem de 65,5%, pouco acima da observada pelo Estado de São Paulo
e a maior proporção de pessoas com 60 anos e mais, da ordem de 11,3% 11.
Informações sobre a estrutura etária da população do Pólo Regional de São José do
Rio Preto podem ser encontradas no Capítulo 3, Item 2.1. do Documento 1 – Relatório
Consolidado para o Estado de São Paulo, deste Projeto, bem como no Capitulo 2 do
mesmo Documento 1, na análise das pirâmides etárias.
11 Em 2000, a estrutura etária do Estado de São Paulo era a seguinte: 26,2% de pessoas com até 14 anos de idade; 64,3% entre as idades de 15-59 e proporção de pessoas com 60 anos e mais da ordem de 9,4%. FINEP/NEPP/NEPO/IE. 2009. Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais. Convênio FINEP-FNDCT/NEPP/Regiões Metropolitanas.
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Tabela 3Distribuição dos domicílios segundo arranjo domiciliarRegiões Metropolitanas e Pólos Regionais1991-2000
Totalaté 34 anos
de 35 a 49 anos
50 anos e mais
Estado São Paulo 77,0 12,8 64,2 28,2 23,3 9,6 16,0 12,4 3,7 7,0 4,1 2,9 100,0
RM São Paulo 74,7 12,5 62,2 26,9 23,2 8,8 17,8 13,8 4,0 7,5 4,6 2,9 100,0
RM Baixada Santista 73,0 14,4 58,6 24,7 21,6 8,8 19,0 14,3 4,8 8,0 4,0 4,0 100,0
RM Campinas 80,1 12,8 67,3 30,1 24,5 9,9 13,8 10,7 3,1 6,1 3,7 2,4 100,0
Pólo Araçatuba 79,8 13,5 66,3 29,5 23,6 10,5 14,4 11,3 3,1 5,9 3,2 2,6 100,0
Pólo Bauru 78,9 12,8 66,0 29,5 23,0 10,5 15,1 11,3 3,8 6,1 3,5 2,6 100,0
Pólo Presidente Prudente 79,4 12,5 66,9 30,3 23,2 10,7 14,6 11,2 3,4 6,0 3,1 2,9 100,0
Pólo Ribeirão Preto 79,3 12,4 66,8 29,9 23,6 10,5 14,8 11,4 3,4 6,0 3,3 2,6 100,0
Pólo São José dos Campos 78,6 10,4 68,3 31,4 25,4 8,5 13,9 11,5 2,4 7,4 4,1 3,3 100,0
Pólo São José do Rio Preto 79,6 15,0 64,6 28,7 23,0 10,4 14,5 10,7 3,7 6,0 3,4 2,6 100,0
Pólo Sorocaba 80,6 12,2 68,5 32,0 23,5 9,9 13,5 10,6 2,9 5,9 3,2 2,7 100,0
Estado São Paulo 71,6 13,4 58,2 22,3 22,9 9,7 20,6 15,6 4,9 7,9 3,7 4,1 100,0
RM São Paulo 69,6 12,6 56,9 21,8 22,4 9,3 22,4 17,2 5,2 8,0 4,0 4,1 100,0
RM Baixada Santista 67,0 14,2 52,8 19,5 20,7 8,9 23,8 17,7 9,2 3,9 6,1 5,3 100,0
RM Campinas 74,2 14,1 60,1 22,8 24,6 9,8 18,3 13,9 7,5 3,7 4,4 3,9 100,0
Pólo Araçatuba 73,7 15,5 58,2 21,5 23,3 10,4 19,2 14,2 4,9 7,1 3,1 4,0 100,0
Pólo Bauru 73,1 13,9 59,2 22,5 23,1 10,4 19,6 14,5 5,2 7,3 3,2 4,1 100,0
Pólo Presidente Prudente 73,0 14,3 58,7 23,3 22,3 9,7 19,6 14,5 5,2 7,4 2,9 4,5 100,0
Pólo Ribeirão Preto 72,6 13,4 59,2 22,2 23,7 10,4 19,5 14,6 4,9 7,9 3,7 4,2 100,0
Pólo São José dos Campos 73,3 11,5 61,9 23,1 25,7 9,7 18,5 14,9 3,6 8,2 3,7 4,5 100,0
Pólo São José do Rio Preto 73,3 16,4 56,9 21,1 22,8 10,0 19,3 13,7 5,7 7,4 3,1 4,3 100,0
Pólo Sorocaba 75,5 13,1 62,4 25,1 24,1 9,8 17,5 13,6 3,9 7,0 3,4 3,6 100,0
Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge
TotalTotal
Sem filhos
Com filhos e parentes
Total Unipessoal
2000
1991
Fonte: Censo Demográfico 1991, 2000. IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
com filhos e/ou
parentesUnipessoal Total
com filhos e/ou
parentes
Observando-se os percentuais dos municípios do Pólo de São José do Rio Preto
no ano de 2000 para os arranjos chefiados por casais, é possível perceber que estes
variam entre 67,7% e 83,4%, sendo que a média do Pólo é de 73,3%, como já referido
(Tabela 4).
Nos arranjos chefiados por mulheres sem cônjuges os percentuais apresentados
pelos municípios ficam entre 9,7% e 21,8%, sendo que a média do pólo é de 19,3%.
Por fim, nos arranjos chefiados por homens sem cônjuges os percentuais variam entre
5,7% e 11,7%, sendo que a média é de 7,4% no ano de 2000.
O município de São José do Rio Preto, sede do Pólo regional e o maior
município - 403 mil habitantes, segundo a Contagem de 2007, IBGE -, apresenta
proporção de domicílios nucleados por casais da ordem de 70,8% (abaixo da média
regional) e 29,2% nucleados por chefe feminino ou masculino sem cônjuge, dentre os
quais, 21,8% chefiados por mulheres sem cônjuge (acima da média regional), e 7,4%
com chefia masculina sem cônjuge (próximo da média regional), no ano 2000.
Para evidenciar a heterogeneidade entre os municípios do Pólo em relação ao
perfil dos arranjos domiciliares, apresentamos outro município, com características
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distintas. Mirassolândia, município pequeno - pois tem 4 mil habitantes, segundo a
Contagem Populacional de 2007, IBGE -, e o município com a menor renda per capita
do Pólo, abaixo da média regional, apresenta um dos maiores percentuais de arranjos
chefiados por casais do Pólo de São José do Rio Preto, totalizando 79,8%; dentre
estes destaca-se a proporção de casais sem filhos, 17,9% dos domicílios, enquanto o
arranjo domiciliar de casais com filhos, apresenta percentuais de 61,9%, ambos os
arranjos acima da média regional. Apresenta ainda como peculiaridade um dos
menores percentuais de arranjos de chefes femininos e masculinos sem cônjuges, da
ordem de 20,2%. Com relação aos arranjos de chefes femininos sem cônjuges, estes
perfazem 12,6%, abaixo da média regional (19,3%), enquanto os arranjos de chefes
masculinos sem cônjuges perfazem 7,6% dos domicílios do município, próximos da
média regional, que é de 7,4% (Tabela 4).
Tendências de mudanças nos arranjos domiciliares: 1991-2000
O Pólo Regional de São José do Rio Preto apresenta, entre 1991 e 2000 as
tendências de queda nos arranjos domiciliares chefiados por casais e de crescimento
nos arranjos chefiados por homens e mulheres sem cônjuges. Compartilha dessas
tendências tanto com o Estado de São Paulo, como com as outras Regiões
Metropolitanas e Pólos Regionais Paulistas (Tabela 3).
Assim, no ano de 1991 a o Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentava
percentual de 79,6% de arranjos nucleados por casais, que caiu para 73,3% em 2000,
apresentando queda acentuada nessa configuração familiar, semelhante à
experimentada pelo Estado de São Paulo.
Os arranjos domiciliares chefiados por homens e mulheres sem cônjuges, em
movimento inverso, apresentaram crescimento e passaram de 20,4% em 1991 para
26,7% no Pólo Regional de São José do Rio Preto, em 2000.
Ambas as tendências foram apresentadas, com maiores ou menores proporções,
por todo o Estado de São Paulo. No caso do Estado de São Paulo, este apresentava,
em 1991, 77% dos arranjos domiciliares chefiados por casais e 23% dos arranjos com
chefias femininas e masculinas sem cônjuges; no ano 2000 esses percentuais
passaram a ser de 71,6% e de 28,4%, respectivamente.
Dentre os arranjos domiciliares nucleados pelo casal, o Pólo Regional de São
José do Rio Preto, experimentou por um lado, crescimento no caso dos casais sem
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filhos e, por outro, registrou acentuada queda naqueles arranjos chefiados por casais
em que há a presença filhos e/ou parentes, que passaram de 66,8% em 1991 para
59,2% em 2000. A redução desse arranjo domiciliar no período ocorre com diferentes
intensidades também no restante do Estado de São Paulo.
A queda nos arranjos nucleados pelo casal ocorreu, principalmente, nos
domicílios dos casais na faixa etária de até 34 anos, com a presença de filhos, que
somavam 28,7% em 1991 e passaram a ser 21% em 2000, expressando diversas
mudanças pelas quais passa a família, nestas incluindo tanto a redução da
fecundidade, como as mudanças nos padrões de nupcialidade.
Tabela 4Distribuição dos Domicílios segundo arranjos domiciliaresPólo Regional de São José do Rio Preto1991
Total
Até 34 anos
de 35 a 49 anos
50 anos e mais
Pólo São José do Rio Preto 79,6 15,0 64,6 28,7 23,0 10,4 14,5 10,7 3,7 6,0 3,4 2,6 100,0Adolfo 81,3 14,3 67,0 36,5 19,6 7,4 10,8 7,3 3,5 7,9 6,1 1,8 100,0Bady Bassitt 86,5 16,2 70,3 31,0 27,6 9,1 6,9 5,5 1,3 6,6 4,2 2,4 100,0Bálsamo 80,5 15,6 64,9 29,6 21,7 11,4 12,3 8,6 3,7 7,3 3,8 3,5 100,0Cedral 85,4 18,8 66,6 23,6 26,8 13,2 10,5 7,8 2,8 4,1 2,9 1,2 100,0Guapiaçu 86,6 14,6 71,9 34,6 24,9 10,5 9,0 7,1 2,0 4,4 2,5 1,9 100,0Ibirá 79,3 13,7 65,6 30,6 21,1 10,9 12,7 8,9 3,8 8,1 4,7 3,4 100,0Icém 77,6 15,5 62,1 28,5 23,5 7,6 13,2 10,6 2,6 9,3 3,2 6,0 100,0Ipiguá - - - - - - - - - - - - -Jaci 87,1 14,5 72,7 40,8 20,4 10,8 5,7 4,0 1,7 7,1 4,8 2,4 100,0José Bonifácio 82,5 15,4 67,0 31,9 22,0 10,4 10,8 9,3 1,5 6,8 2,2 4,6 100,0Mendonça 82,4 14,2 68,2 26,6 22,2 13,8 6,9 5,1 1,9 10,7 6,7 4,1 100,0Mirassol 80,9 14,9 66,0 29,5 24,2 10,1 13,8 10,1 3,7 5,4 3,5 1,9 100,0Mirassolândia 85,2 18,8 66,4 33,8 20,6 9,2 10,2 9,3 0,9 4,6 3,6 1,1 100,0Monte Aprazível 81,5 17,3 64,1 28,4 23,2 10,8 12,6 9,3 3,2 6,0 3,9 2,1 100,0Neves Paulista 81,4 15,2 66,2 26,3 23,5 14,3 11,8 8,8 3,0 6,8 3,8 3,0 100,0Nipoã 77,0 17,3 59,7 27,8 24,1 6,3 11,8 11,4 0,4 11,3 3,8 7,4 100,0Nova Aliança 83,6 17,7 65,9 28,8 21,5 13,3 9,3 6,3 3,0 7,1 4,4 2,7 100,0Nova Granada 77,8 14,2 63,6 30,3 22,1 9,9 14,0 9,8 4,2 8,3 4,1 4,2 100,0Onda Verde 88,6 16,4 72,2 38,3 22,3 8,9 9,5 7,0 2,5 1,9 1,9 . 100,0Orindiúva 78,4 12,8 65,7 32,9 23,7 8,4 12,2 9,8 2,4 9,4 3,5 5,9 100,0Palestina 79,6 20,1 59,5 25,8 21,1 9,1 13,1 10,0 3,1 7,3 2,7 4,6 100,0Paulo de Faria 74,7 13,8 60,9 30,6 19,5 9,7 16,0 10,3 5,7 9,3 3,1 6,2 100,0Planalto 84,4 12,8 71,6 37,0 21,6 13,1 11,1 8,6 2,5 4,5 3,0 1,6 100,0Poloni 83,1 19,2 63,9 24,3 22,2 13,0 12,5 8,0 4,5 4,4 1,6 2,7 100,0Potirendaba 85,0 17,2 67,8 26,6 23,2 14,6 9,8 6,9 2,9 5,2 3,7 1,5 100,0São José do Rio Preto 78,0 14,4 63,6 27,8 23,0 10,2 16,5 12,3 4,3 5,5 3,3 2,2 100,0Tanabi 78,7 16,3 62,4 27,8 22,8 9,0 14,2 10,4 3,8 7,2 4,4 2,7 100,0Ubarana - - - - - - - - - - - - -Uchoa 83,2 15,5 67,7 30,2 25,1 11,1 10,8 7,1 3,7 6,0 2,7 3,3 100,0União Paulista 89,5 12,2 77,3 41,2 15,9 16,0 1,7 1,7 . 8,8 2,6 6,2 100,0Zacarias - - - - - - - - - - - - -
Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge
Totalcom filhos
e/ou parentes
Unipessoal TotalCom filhos
e/ou parentes
Unipessoal
Fonte: Censo Demográfico 1991. IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
TotalCasal sem filhos
Com filhos e/ou parentesTotal
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 86
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 4Distribuição dos domicílios segundo arranjos domiciliaresPólo Regional de São José do Rio Preto2000
Total
Até 34 anos
de 35 a 49 anos
50 anos e mais
Pólo São José do Rio Preto 73,3 16,4 56,9 21,1 22,8 10,0 19,3 13,7 5,7 7,4 3,1 4,3 100,0Adolfo 79,1 14,0 65,1 27,9 24,6 9,6 13,1 9,2 3,9 7,8 3,4 4,4 100,0Bady Bassitt 80,7 19,6 61,1 27,1 23,1 8,0 12,7 10,1 2,6 6,7 3,1 3,5 100,0Bálsamo 77,8 17,6 60,2 21,0 23,5 13,0 15,5 10,0 5,5 6,7 2,5 4,2 100,0Cedral 78,8 18,7 60,1 22,8 21,9 12,5 14,3 10,2 4,1 6,9 3,9 3,0 100,0Guapiaçu 80,7 16,9 63,9 26,6 25,1 10,0 13,6 9,5 4,0 5,7 3,1 2,7 100,0Ibirá 72,9 16,0 56,9 21,8 21,8 10,6 19,0 11,2 7,8 8,2 3,9 4,3 100,0Icém 73,1 15,4 57,7 22,8 23,4 8,0 18,4 12,6 5,9 8,5 2,8 5,7 100,0Ipiguá 82,8 20,1 62,7 24,3 23,5 8,6 9,7 6,9 2,8 7,5 1,6 5,9 100,0Jaci 79,4 18,7 60,7 30,9 22,5 6,4 12,8 9,6 3,3 7,8 5,9 2,0 100,0José Bonifácio 77,5 17,0 60,5 26,1 22,7 9,6 16,1 11,2 4,9 6,4 2,2 4,2 100,0Mendonça 80,9 23,7 57,2 19,7 23,9 10,1 13,2 9,5 3,7 6,0 2,2 3,8 100,0Mirassol 74,4 15,0 59,5 23,7 22,3 10,4 18,3 12,4 5,9 7,3 3,1 4,2 100,0Mirassolândia 79,8 17,9 61,9 24,9 21,8 11,2 12,7 8,8 3,9 7,6 4,3 3,3 100,0Monte Aprazível 73,6 18,7 54,9 19,3 23,2 10,0 17,7 11,7 6,0 8,7 3,6 5,1 100,0Neves Paulista 78,0 18,6 59,3 20,3 22,9 14,1 15,9 11,9 3,9 6,2 2,6 3,6 100,0Nipoã 74,2 19,7 54,6 23,5 22,2 7,5 14,6 9,4 5,2 11,2 3,7 7,5 100,0Nova Aliança 77,3 15,7 61,6 21,1 25,2 11,6 14,3 10,5 3,8 8,5 2,7 5,7 100,0Nova Granada 73,3 13,0 60,3 25,2 21,7 10,1 18,4 13,4 5,1 8,3 2,7 5,6 100,0Onda Verde 80,5 17,5 63,1 29,6 16,8 10,7 12,4 9,8 2,5 7,1 4,0 3,2 100,0Orindiúva 78,7 15,9 62,8 34,8 19,5 5,4 10,6 7,1 3,5 10,7 4,4 6,2 100,0Palestina 74,2 21,6 52,6 18,6 21,7 10,0 18,2 12,2 6,1 7,6 3,4 4,1 100,0Paulo de Faria 67,7 15,6 52,1 24,6 17,2 7,1 21,4 16,1 5,3 10,9 3,6 7,3 100,0Planalto 75,5 16,1 59,4 23,9 23,7 8,5 14,5 9,4 5,1 10,0 4,1 6,0 100,0Poloni 72,9 20,9 52,1 19,1 19,6 11,5 19,2 12,9 6,3 7,9 2,9 4,9 100,0Potirendaba 80,6 21,9 58,7 20,4 25,0 10,8 13,1 8,2 4,9 6,4 3,1 3,3 100,0São José do Rio Preto 70,8 15,7 55,2 19,1 23,0 9,9 21,8 15,6 6,2 7,4 3,3 4,2 100,0Tanabi 75,5 18,7 56,8 21,2 22,7 10,5 18,0 12,1 5,9 6,5 2,1 4,4 100,0Ubarana 83,4 13,9 69,6 35,3 22,2 8,3 10,0 7,7 2,2 6,6 3,1 3,5 100,0Uchoa 76,6 17,0 59,6 23,4 21,8 12,1 17,1 12,2 4,8 6,4 1,4 5,0 100,0União Paulista 77,1 14,9 62,2 19,3 26,6 10,2 11,2 7,1 4,1 11,7 5,1 6,6 100,0Zacarias 79,3 19,4 59,9 22,3 21,6 12,1 9,9 7,9 2,0 10,8 2,5 8,4 100,0
Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge
TotalCasal sem filhos
Com filhos e/ou parentes Com filhos e/ou
parentesUnipessoal
Fonte: Censo Demográfico 2000. IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Totalcom filhos
e/ou parentes
Unipessoal TotalTotal
Observa-se por outro lado, no Pólo de São José do Rio Preto praticamente a
manutenção das proporções de arranjos domiciliares nucleados pelo casal entre
aqueles de 35 a 39 anos com a presença de filhos e daqueles na faixa etária de 50
anos ou mais, com a presença de filhos, com muito pequena queda (Tabela 3 e
Gráfico 5).
Deve-se ainda ressaltar, dentre os arranjos nucleados por casais, o crescimento
moderado nos arranjos de casais sem filhos, que passam de 15% para 16,4% no
período analisado; tais percentuais são superiores aos apresentados pelo Estado de
São Paulo, que no mesmo período apresentou a manutenção da proporção 12,5%.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 87
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico 5 Distribuição dos arranjos domiciliares segundo tipologia Pólos Regionais – Estado de São Paulo 1991 – 2000
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
100,00
1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000
Pólo Araçatuba Pólo Bauru Pólo PresidentePrudente
Pólo Ribeirão Preto Pólo São José dosCampos
Pólo São José doRio Preto
Pólo Sorocaba Estado SãoPaulo
Casal sem filhos Casal até 34 anos com filhos e parentes
Casal de 35 a 49 com filhos e parentes Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes
Casal com filhos e parentes - Residual Chefe feminina sem conjuge e/ou filhos e parentes
Chefe feminina unipessoal Chefe masculino sem conjuge e/ou filhos e/ou parentes
Chefe masculino unipessoal Fonte: Censo Demográfico 1991 e 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Os arranjos chefiados por homens e mulheres sem a presença de cônjuge
apresentaram no Pólo Regional de São José do Rio Preto, complementarmente,
crescimento significativo e mais acentuado para aqueles com chefia feminina; ou seja,
os domicílios com esta configuração com chefia feminina passam de 14,5% em 1991,
para 19,3% em 2000, enquanto os arranjos dos chefes masculinos sem cônjuge,
representavam 6% dos arranjos em 1991 e passaram a ser 7,4% em 2000.
Dentre os arranjos domiciliares com chefes femininas, o crescimento foi
relevante tanto naqueles com a presença de filhos e/ou parentes, que passaram de
10,7% em 1991 para 13,7% em 2000, como nos domicílios unipessoais que passaram
de 3,7% em 1991 para 5,7% em 2000, indicando maior intensidade no crescimento.
No caso dos arranjos domiciliares com chefias masculinas sem cônjuge, o crescimento
no período foi devido principalmente aos domicílios unipessoais, que de 2,6%, em
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 88
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
1991, passaram para 4,3% em 2000 (Gráfico 5), ao passo que os arranjos com a
presença de filhos e/ou parentes permanecem pouco maiores que 3% (Tabela 3).
A análise dos municípios do Pólo de São José do Rio Preto no período de 1991-
2000, ainda que com diferenciações nesse processo, evidenciam as tendências de
mudanças nos arranjos domiciliares indicadas acima, ou seja, queda nos arranjos
domiciliares chefiados por casais; crescimento de domicílios com chefias femininas
sem cônjuges, e menor crescimento de domicílios com chefias masculinas sem
cônjuge (Tabela 4). Para evidenciar algumas das diferenciações dos processos de
mudanças nos arranjos domiciliares no Pólo apresentamos indicações destas em dois
municípios com características distintas.
Observa-se em São José do Rio Preto, município sede do Pólo, acentuada
queda nos arranjos chefiados por casais para o período de 1991-2000, bem como
acentuado crescimento nos arranjos chefiados por mulher sem a presença de cônjuge
e nos arranjos com essa configuração chefiados por homem. Assim, em 1991, os
arranjos nucleados por casais representavam 78% dos domicílios e passam a
representar 70,8%, em 2000. Em contrapartida, ocorreu crescimento no período para
os arranjos chefiados por mulheres sem cônjuges, que passam de 16,5% para 21,8%
dos arranjos domiciliares do município, percentuais mais elevados que a média
regional; aqueles com esse arranjo e com a presença de filhos e/ou parentes atingem,
em 2000, a cifra de 15,6% dos arranjos domiciliares em São José do Rio Preto
(Tabela 4). Merece destaque também o crescimento dos domicílios unipessoais
femininos que, em 2000, chegam a ser 6,2% dos domicílios. Ocorreu ainda o
crescimento no período para os arranjos domiciliares de homens sem cônjuges, que
passam de 5,5% para 7,4% dos arranjos domiciliares no período, com crescimento
dos domicílios unipessoais, que chegam 4,2% dos domicílios do município em 2000.
Mirassolândia, já referido acima como um município pequeno e com a menor
renda domiciliar per capita do Pólo, apresentou acentuada redução nos arranjos
domiciliares chefiados por casais, que passaram de 85,2% em 1991, para 79,8% em
2000 (Tabela 4); os arranjos chefiados por casais sem filhos sofreram pequena
redução, mantendo-se em percentuais elevados (18,8% em 1991 e 17,9% em 2000).
Dentre os casais com filhos, apresentaram queda acentuada no caso dos casais
jovens (até 34 anos), que passaram de 33,8% para 29,4% entre 1991 e 2000, e
elevação das proporções de casais entre 35 e 49 anos (20,6% em 1991 e 21,8% em
2000) e também dos casais mais velhos (50 e mais), que passaram 9,2% dos
domicílios do município, para 11,2% (Tabela 4).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 89
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Esse município apresentou ainda crescimento dos domicílios com chefe feminino
sem a presença de cônjuge (10,2% em 1991, e 12,7% em 2000), bem como daqueles
com chefia masculina sem cônjuge (4,6% em 1991, e 7,6% em 2000). Naqueles com
chefia feminina, apresentam crescimento principalmente os arranjos com a presença
de filhos e naqueles com chefia masculina o crescimento deu-se em ambas as
configurações, ou seja, com filhos/parentes e nos domicílios unipessoais.
Mudanças no tamanho médio dos domicílios
A literatura especializada aponta a tendência de redução do tamanho médio dos
domicílios no país. Essa tendência foi constatada também para o Estado de São Paulo
e para as regiões metropolitanas paulistas e pólos regionais na análise do período
entre os censos 1991 e 2000.
Como já se mencionou, a redução no tamanho médio dos domicílios expressa
mudanças na família, tais como a redução na fecundidade e no número de filhos tidos,
a nuclearização da família e o aumento da proporção das famílias monoparentais e
dos domicílios unipessoais. Essas mudanças, por afetarem a composição dos núcleos
familiares, revestem-se de importância para a análise das alterações na inserção
familiar no mercado de trabalho e das alterações na responsabilidade pela provisão do
domicilio.
O tamanho médio dos domicílios é relevante também para a análise do
rendimento domiciliar per capita, cujo valor é utilizado como critério de elegibilidade na
seleção de famílias beneficiárias de programas sociais diversos.
No Pólo de São José do Rio Preto o número médio de moradores por domicílio
no ano censitário de 2000 é de 3,3 pessoas, apresentando o menor tamanho médio de
domicílio observado entre os pólos regionais e as regiões metropolitanas paulistas sob
análise. É menor, portanto, que o tamanho médio apresentado pelo Estado de São
Paulo, 3,5 pessoas por domicílio (Tabela 5).
O Pólo Regional de Regional de São José do Rio Preto também apresenta no
período de 1991-2000 tendência de redução do número de pessoas por domicílio.
Observa-se que, em 1991, a média de pessoas por domicílio era de 3,7, tendo
passado em 2000 para 3,3 pessoas.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 90
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
A redução no número de componentes foi observada em todos os tipos de
arranjos domiciliares entre 1991 e 2000, no Pólo de São José do Rio Preto, no entanto
esta foi maior nos arranjos chefiados por casais, nos quais o número de componentes
caiu de 4,0 para 3,7 pessoas por domicílio, repetindo a tendência observada para o
Estado de São Paulo (Tabela 5). Entre estes, os arranjos de casais com filhos e/ou
parentes destacam-se por apresentarem redução na média de componentes de 4,4
para 4,1 pessoas, permanecendo, entretanto como os arranjos domiciliares mais
numerosos em 2000 no Pólo Regional. Considerando-se os arranjos nucleados por
casais com filhos nas diferentes idades que correspondem a etapas do ciclo vital da
família, todos experimentaram queda em seu tamanho. Com os tamanhos maiores,
em 2000, estão os domicílios dos casais entre 35 e 49 anos (4,3 pessoas), seguidos
pelos casais de 50 anos ou mais (4,2 pessoas) e, por fim, os domicílios chefiados por
casais de até 34 anos, com a presença de filhos (3,9 pessoas), ver Tabela 5. Observa-
se que a principal queda no período ocorreu no arranjo domiciliar chefiado por casais
com filhos e/ou parentes na faixa etária de 35 a 49 anos, passando de 4,7 pessoas por
domicílio em 1991 para 4,3 em 2000.
Tabela 5Número médio de componentes dos domicílios segundo tipologia de arranjo domiciliar
Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais - Estado de São Paulo
1991-2000
Totalaté 34 anos
de 35 a 49 anos
50 anos e mais
Estado São Paulo 4,2 2,2 4,6 4,2 5,0 4,7 3,0 3,6 1,0 2,4 3,4 1,0 3,9RM São Paulo 4,2 2,2 4,6 4,3 5,0 4,7 3,0 3,6 1,0 2,4 3,3 1,0 3,9
RM Baixada Santista 4,1 2,2 4,6 4,2 5,0 4,6 2,9 3,6 1,0 2,1 3,3 1,0 3,7
RM Campinas 4,2 2,2 4,6 4,2 5,0 4,7 3,0 3,6 1,0 2,5 3,4 1,0 3,9
Pólo Araçatuba 4,1 2,2 4,5 4,1 4,9 4,7 3,0 3,6 1,0 2,3 3,4 1,0 3,9
Pólo Bauru 4,2 2,2 4,6 4,2 5,0 4,6 3,0 3,6 1,0 2,4 3,4 1,0 3,9
Pólo Presidente Prudente 4,2 2,2 4,6 4,1 5,1 4,8 3,0 3,6 1,0 2,2 3,3 1,0 3,9
Pólo Ribeirão Preto 4,2 2,2 4,6 4,2 5,0 4,6 3,0 3,6 1,0 2,3 3,3 1,0 3,9
Pólo São José dos Campos 4,4 2,2 4,7 4,3 5,1 5,1 3,4 3,9 1,0 2,2 3,3 1,0 4,1
Pólo São José do Rio Preto 4,0 2,2 4,4 4,1 4,7 4,4 2,7 3,3 1,0 2,2 3,2 1,0 3,7
Pólo Sorocaba 4,3 2,2 4,7 4,3 5,2 4,8 3,1 3,7 1,0 2,4 3,5 1,0 4,0
Estado São Paulo 3,9 2,2 4,3 4,0 4,6 4,4 2,8 3,4 1,0 2,0 3,1 1,0 3,5RM São Paulo 4,0 2,2 4,3 4,0 4,6 4,4 2,8 3,4 1,0 2,0 3,1 1,0 3,6
RM Baixada Santista 3,9 2,2 4,4 4,1 4,6 4,4 2,8 3,4 1,0 1,9 3,0 1,0 3,5
RM Campinas 3,9 2,1 4,3 4,0 4,5 4,4 2,8 3,3 1,0 2,0 3,1 1,0 3,5
Pólo Araçatuba 3,8 2,2 4,2 3,9 4,4 4,2 2,7 3,3 1,0 1,9 3,1 1,0 3,4
Pólo Bauru 3,9 2,2 4,3 4,0 4,5 4,3 2,8 3,4 1,0 2,0 3,2 1,0 3,5
Pólo Presidente Prudente 3,8 2,2 4,2 4,0 4,5 4,3 2,6 3,2 1,0 1,8 3,0 1,0 3,4
Pólo Ribeirão Preto 3,9 2,2 4,3 4,1 4,6 4,3 2,8 3,4 1,0 2,0 3,2 1,0 3,6
Pólo São José dos Campos 4,1 2,2 4,4 4,1 4,7 4,6 3,0 3,5 1,0 2,0 3,3 1,0 3,7
Pólo São José do Rio Preto 3,7 2,2 4,1 3,9 4,3 4,2 2,5 3,1 1,0 1,8 3,0 1,0 3,3
Pólo Sorocaba 4,0 2,2 4,4 4,1 4,7 4,5 2,9 3,5 1,0 2,0 3,1 1,0 3,7
(1) O Total inclui outros tipos de arranjos domiciliares.
Fonte: Censo Demográfico 1991, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
UnipessoalUnipessoal Total com filhos e/ou
parentes
Total (1)Total
Chefe masculino sem conjugeSem Filhos
2000
Casais Chefe feminina sem cônjugecom filhos e/ou parentes Total com filhos
e/ou parentes
1991
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 91
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
As menores médias de componentes por domicílio no Pólo de São José do Rio
Preto são encontradas entre os arranjos de chefias femininas e masculinas sem
cônjuges, e estes também apresentaram reduções: os primeiros passaram de 2,7
componentes em 1991, para 2,5 em 2000, e aqueles com chefia masculina passaram
de 2,2 para 1,8 pessoas por domicílio no ano 2000. É preciso destacar que, nos
arranjos citados nesse parágrafo, esse número é mais elevado quando se trata de
arranjos domiciliares de chefes sem cônjuges com a presença de filhos e/ou parentes,
tanto para os femininos, como para os masculinos, observando-se, respectivamente,
os valores de 3,1 e de 3 pessoas por domicílio, no ano de 2000, pois as médias para
os totais de cada arranjo de chefia sem cônjuge incluem os domicílios unipessoais.
Considerando-se os municípios no Pólo Regional de São José do Rio Preto, ao
analisar o ano de 2000 observa-se que existe variação entre estes com relação ao
tamanho dos domicílios, encontrando-se municípios onde o tamanho médio dos
domicílios é de 3,1 pessoas (Poloni e Palestina) e municípios onde o tamanho médio
dos domicílios 3,6 componentes (Ubarana), enquanto a média regional é de 3,3
pessoas por domicílio. Considerando o arranjo domiciliar predominante, observam-se
também variações entre os municípios no tamanho dos domicílios com arranjos
chefiados por casais, que ficam entre 3,4 (Palestina e Poloni) e 3,9 (Icem, Nova
granada, Planalto e Ubarana), enquanto a média regional é de 3,7 componentes por
domicílio (Tabela 6).
O município sede, São José do Rio Preto, apresentou em 2000, 3,3
componentes por domicílio, correspondendo à média observada pelo Pólo Regional e
valores também correspondentes à média regional para todos os arranjos domiciliares,
sejam eles nucleados por casais, como aqueles com chefia feminina e masculina sem
cônjuge (Tabela 6).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 92
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 6Número médio de componentes dos domicílios segundo tipologia de arranjo domiciliarPólo Regional de São José do Rio Preto2000
Totalaté 34 anos
de 35 a 49 anos
50 anos e mais
Pólo São José do Rio Preto 3,7 2,2 4,1 3,9 4,3 4,2 2,5 3,1 1,0 1,8 3,0 1,0 3,3Adolfo 3,7 2,2 4,1 3,8 4,4 3,9 2,6 3,3 1,0 1,6 2,4 1,0 3,4Bady Bassitt 3,6 2,1 4,1 3,9 4,4 3,9 2,7 3,2 1,0 1,9 2,9 1,0 3,4Bálsamo 3,6 2,1 4,0 3,6 4,0 4,6 2,3 3,0 1,0 1,7 3,0 1,0 3,3Cedral 3,7 2,2 4,1 3,7 4,4 4,3 2,5 3,0 1,0 2,1 2,9 1,0 3,4Guapiaçu 3,7 2,1 4,1 3,8 4,3 4,4 2,6 3,3 1,0 1,9 2,7 1,0 3,5Ibirá 3,7 2,2 4,1 3,8 4,4 4,2 2,1 2,9 1,0 2,0 3,0 1,0 3,3Icém 3,9 2,3 4,3 4,1 4,6 4,2 2,4 3,0 1,0 2,1 4,2 1,0 3,4Ipiguá 3,8 2,2 4,3 4,0 4,4 3,9 2,3 2,8 1,0 1,2 2,0 1,0 3,4Jaci 3,6 2,2 4,0 3,9 4,3 3,8 3,3 4,1 1,0 2,5 3,0 1,0 3,5José Bonifácio 3,7 2,2 4,1 4,0 4,4 3,9 2,9 3,7 1,0 1,7 3,0 1,0 3,4Mendonça 3,5 2,1 4,1 3,9 4,1 4,2 2,8 3,5 1,0 1,9 3,4 1,0 3,3Mirassol 3,7 2,1 4,1 3,8 4,3 4,3 2,4 3,1 1,0 1,8 3,0 1,0 3,3Mirassolândia 3,7 2,2 4,1 4,1 4,1 4,6 2,3 2,9 1,0 2,3 3,3 1,0 3,4Monte Aprazível 3,6 2,1 4,1 3,8 4,2 4,2 2,3 2,9 1,0 1,7 2,7 1,0 3,2Neves Paulista 3,6 2,1 4,0 3,8 4,2 4,1 2,5 3,0 1,0 1,9 3,2 1,0 3,3Nipoã 3,6 2,2 4,2 4,2 4,1 4,0 2,2 2,9 1,0 1,6 2,8 1,0 3,2Nova Aliança 3,7 2,2 4,1 4,0 4,3 3,8 2,4 2,9 1,0 1,5 2,5 1,0 3,3Nova Granada 3,9 2,2 4,3 4,0 4,6 4,2 2,3 2,8 1,0 1,5 2,6 1,0 3,4Onda Verde 3,7 2,0 4,2 4,0 4,5 4,4 2,4 2,8 1,0 2,3 3,4 1,0 3,5Orindiúva 3,8 2,2 4,2 4,0 4,4 4,6 2,5 3,2 1,0 1,8 3,0 1,0 3,4Palestina 3,4 2,1 4,0 3,8 4,2 3,8 2,4 3,0 1,0 1,7 2,6 1,0 3,1Paulo de Faria 3,7 2,3 4,1 4,0 4,4 3,9 2,5 2,9 1,0 1,5 2,6 1,0 3,2Planalto 3,9 2,1 4,4 4,3 4,3 4,6 1,8 2,3 1,0 1,6 2,5 1,0 3,4Poloni 3,4 2,1 4,0 3,8 4,1 4,0 2,4 3,1 1,0 1,5 2,3 1,0 3,1Potirendaba 3,5 2,3 4,0 3,9 4,1 4,0 2,3 3,1 1,0 2,2 3,5 1,0 3,3São José do Rio Preto 3,7 2,2 4,1 3,9 4,3 4,2 2,5 3,1 1,0 1,9 3,0 1,0 3,3Tanabi 3,6 2,2 4,1 3,9 4,1 4,2 2,3 2,9 1,0 1,6 3,0 1,0 3,2Ubarana 3,9 2,0 4,3 4,0 4,8 3,7 2,7 3,2 1,0 1,6 2,2 1,0 3,6Uchoa 3,7 2,1 4,1 4,0 4,3 4,1 2,6 3,2 1,0 1,4 2,8 1,0 3,3União Paulista 3,8 2,1 4,2 3,9 4,6 4,4 2,0 2,6 1,0 2,0 3,4 1,0 3,4Zacarias 3,5 2,1 3,9 3,9 3,8 4,0 3,1 3,7 1,0 1,6 3,4 1,0 3,2
Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge
TotalTotal
Sem filhos
Com filhos e parentesTotal
com filhos e/ou
parentesUnipessoal Total
com filhos e/ou
parentesUnipessoal
Fonte: Censo Demográfico 2000. IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
2.2. Mudanças nos arranjos domiciliares de inserção no mercado de trabalho e na provisão dos domicílios.
De maneira semelhante ao que foi observado no documento relativo ao conjunto
de regiões analisadas para o Estado de São Paulo12, deve-se mencionar, inicialmente,
que este estudo considera que os arranjos de inserção dos componentes da família no
mercado de trabalho são definidos, articuladamente, pela dinâmica da economia e
pela dinâmica das relações familiares e das relações de gênero. Considera também
que a composição familiar predominante da etapa do ciclo de vida familiar é outro
aspecto que influi nos arranjos de inserção no mercado de trabalho e de provisão
familiar articulados pelos diferentes tipos de família. Estudo longitudinal sobre a
Região Metropolitana de São Paulo sobre os anos 80 e 90, mostrou que nesse
período alteram-se tanto a composição familiar em alguns tipos de família, como os
12 FINEP/NEPP/NEPO/IE. 2009. Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais. Convênio FINEP-FNDCT/NEPP/Regiões Metropolitanas.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 93
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
arranjos de inserção familiar (Montali, 2004). A generalização das mudanças nos
arranjos de inserção familiar e na responsabilidade pela provisão familiar é também
apontada, por outro estudo, para o conjunto das regiões metropolitanas brasileiras nos
anos 2000, guardadas algumas especificidades regionais (Montali e Tavares, 2007).
No atual projeto, utiliza-se a mesma metodologia dos estudos referidos,
buscando-se identificar nas análises as mudanças nos arranjos de inserção familiar e
na responsabilidade dos componentes da família pela provisão familiar que ocorreram
entre os anos de 1991 e de 2000 nas regiões metropolitanas paulistas e nos pólos
regionais.
Análise anterior sobre os anos 90 referente à Região Metropolitana de São Paulo
(Montali, 2004), evidenciou que ocorreu nesse período um rearranjo de inserção no
mercado de trabalho entre os diferentes componentes da família, fortemente
relacionado ao crescente desemprego e às novas características dos desempregados
provocados conjuntamente pelo baixo ritmo de crescimento da economia nacional e
pelo processo de reestruturação produtiva que se intensificou naquela década. O
estudo referido atribui peso preponderante à mudança do padrão de absorção da força
de trabalho ocorrida nos anos 90 para explicar as mudanças verificadas nos arranjos
familiares de inserção no mercado ocorridas; ainda que considere como elementos
importantes na sua explicação as alterações havidas nas características da
composição familiar, dentre estas a redução na proporção de filhos menores de 10
anos e a pequena redução no seu tamanho médio.
Assim, a hipótese assumida pelo estudo citado, é que a nova tendência
observada na articulação dos arranjos familiares de inserção no mercado foi
viabilizada pela mudança no papel da mulher na sociedade, nesta incluindo o aumento
de sua inserção no mercado de trabalho, porém expressa fortemente a alteração no
padrão de absorção da força de trabalho. A reestruturação produtiva e organizacional
nos anos 90 reduziu postos de trabalho principalmente para ocupações
predominantemente masculinas e promoveu o crescente desemprego daqueles que
eram os principais mantenedores das famílias nos anos 80: chefes masculinos e
filhos/filhas maiores de 18 anos (Montali, 2004). Nos anos 90 também aumentam as
dificuldades de absorção dos jovens pelo mercado de trabalho e amplia-se a
participação da mulher. Tais impactos da reestruturação produtiva sobre o mercado de
trabalho apresentam características semelhantes e são registrados em diversos
estudos tanto para o Brasil, como para países da America Latina, destacando-se o
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 94
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
aumento da absorção da mulher e as maiores restrições para a absorção dos jovens
(Leone, 2003; Oliveira e Salas, 2008).
Considerando-se os arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho nos
anos 90, a mudança mais freqüente, verificada em praticamente todos os tipos de
família, foi o aumento da participação da mulher-cônjuge e da mulher-chefe entre os
ocupados da família em face do desemprego de parte dos componentes do grupo
doméstico e da dificuldade em aumentar o número de pessoas ocupadas das
unidades familiares. No caso das famílias na etapa final do ciclo de vida familiar
(caracterizadas pelos casais com 50 anos e mais) com a presença de filhos, a
mudança manifesta-se no aumento da participação do chefe e da cônjuge entre os
ocupados, ao mesmo tempo em que cresce o desemprego dos filhos adultos. Dessa
maneira, os rearranjos familiares de inserção observados a partir de 1991 –
diferenciando-se dos arranjos encontrados na década de 1980 – indicam o maior
partilhamento da responsabilidade da manutenção da família. Estas mudanças foram
constadas no estudo longitudinal sobre a Região Metropolitana de São Paulo, já
referido (Montali, 2004). A análise para o conjunto das regiões metropolitanas
brasileiras também confirma esses padrões de arranjos de inserção nos anos 2004 e
2006 (Montali e Tavares, 2007).
A atual análise sobre as regiões metropolitanas e pólos regionais paulistas com
base nos dados censitários, evidenciou características semelhantes às encontradas
nos estudos referidos no que se refere aos arranjos domiciliares de inserção, bem
como nas mudanças observadas na responsabilidade pela provisão dos domicílios no
ano 2000, utilizando-se dos dados dos Censos Demográficos 1991 e 2000.
No Documento 1 - Relatório Consolidado, deste Projeto, que analisa o conjunto
das regiões metropolitanas e pólos regionais do Estado se São Paulo, foi possível
realizar análise detalhada das mudanças na inserção dos componentes dos domicílios
no mercado de trabalho nos diferentes arranjos familiares, por tratar de dados mais
agregados, o que não se torna possível na análise regional com detalhamento por
municípios13.
13 Essa análise pode ser encontrada no Capitulo 3, item 2.2 do Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/IE-UNICAMP-FINEP.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 95
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Assim, na presente análise regional dessa problemática são utilizados dois
indicadores selecionados: a taxa de geração de renda e a participação na composição
da renda domiciliar.
A taxa de geração de renda é um indicador das mudanças nos arranjos
familiares de inserção no mercado de trabalho e de responsabilidade pela manutenção
da família. Essa taxa expressa a proporção de pessoas que aportam renda de alguma
fonte para o grupo familiar, considerando-se sua posição na família. Estudo
longitudinal sobre a RMSP mostrou que, embora a taxa específica de geração de
renda tenha caído nos anos de maior desemprego do início da década de 1990, ela
tem sido crescente a partir de 1995 evidenciando a importante participação dos
diversos componentes no aporte de renda para o núcleo doméstico (Montali, 2004). A
análise para o Estado de São Paulo e as regiões metropolitanas e pólos regionais
paulistas confirmam essa tendência entre os anos censitários de 1991 e 2000
(Documento 1 - Capitulo 3, item 2.2.).
No âmbito deste projeto, as tendências observadas no período 1991 e 2000 nas
distintas espacialidades do Estado de São Paulo sob análise, e para o conjunto dos
arranjos domiciliares, confirmam tanto o crescimento da taxa de geração de renda
domiciliar, bem como a queda nas taxas de geração de renda dos chefes, a elevação
das taxas das cônjuges, a manutenção da taxa dos filhos e a queda na proporção de
parentes e não parentes que contribuem para compor a renda domiciliar (Tabela 7).
Deve-se ressaltar que no Pólo Regional de São José do Rio Preto, entre 1991 e 2000,
a taxa de geração de renda por domicílio passou de 52,3%, para 55,4%, significando
que, tanto em 1991, como em 2000, mais que a metade dos componentes aporta
renda de alguma natureza para o domicílio. Observa-se que nos dois momentos
analisados a taxa de geração de renda domiciliar deste Pólo é superior à do Estado de
São Paulo e mais semelhante à observada nos pólos regionais, do que nas regiões
metropolitanas paulistas.
No Pólo Regional de São José do Rio Preto no período de 1991-2000,
considerando-se os arranjos domiciliares nucleados por casais, ocorreu redução na
taxa de geração de renda dos chefes, com queda de aproximadamente 4 pontos
percentuais; essa taxa era de 98,4% em 1991 e cai para 94% em 2000, mantendo-se,
entretanto, elevada. Por outro lado, eleva-se a taxa de geração de renda das
cônjuges, que era de 37,3%, em 1991, e passou a ser de 50,1%, em 2000. Merece
ressalvar que a taxa apresentada pelas cônjuges nesse arranjo domiciliar, no Pólo de
São José do Rio Preto, está acima da média do Estado de São Paulo, sendo a
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 96
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
segunda maior taxa entre as observadas nos pólos e superior em relação às
observadas nas regiões metropolitanas paulistas no ano 2000, superada apenas no
Pólo de Araçatuba (Tabela 7). Ainda nesse arranjo domiciliar, a taxa de geração de
renda dos filhos apresenta pequena queda entre 1991 e 2000, passando de 26,9%
para 25,9%. Também experimentam queda em sua taxa de geração de renda no
período os parentes e não parentes, cuja taxa passa de 48,3% para de 46,2%. Nestes
arranjos domiciliares nucleados por casais houve, no período, elevação da taxa
domiciliar de geração de renda de 49,16% para 52,2%.
Tabela 7Taxa de geração de renda por tipologia e posição na famíliaRegiões Metropolitanas e Pólos Regionais - Estado de São Paulo1991-2000
Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não
parentes
Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não
parentes
Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não
parentes
Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não
parentes
Total
Estado São Paulo 96,1 34,1 22,1 45,9 44,1 89,5 - 46,6 46,9 61,1 93,1 - 48,1 58,9 71,5 94,9 34,1 25,6 48,4 47,4RM São Paulo 94,8 34,0 20,2 46,2 43,0 87,9 - 43,3 48,4 59,4 91,1 - 45,2 58,9 70,2 93,3 34,0 23,9 49,3 46,5RM Baixada Santista 96,7 34,1 20,1 43,8 43,9 92,1 - 42,1 44,0 59,7 94,7 - 39,9 58,1 72,2 95,7 34,1 23,8 46,1 47,5RM Campinas 96,9 36,4 24,6 49,5 46,4 91,6 - 51,0 48,8 64,3 94,7 - 50,7 62,5 73,6 96,1 36,4 27,9 51,4 49,3Pólo Araçatuba 97,7 35,8 27,6 43,7 47,6 89,6 - 52,7 46,3 63,7 94,7 - 58,8 54,0 72,6 96,3 35,8 31,0 45,8 50,3Pólo Bauru 97,6 37,5 24,8 45,4 46,5 93,8 - 52,1 45,8 65,1 96,6 - 56,2 56,4 73,2 97,0 37,5 28,5 47,2 49,6Pólo Presidente Prudente 97,5 32,2 24,2 41,2 44,6 91,6 - 50,5 43,5 63,3 96,0 - 46,5 57,0 72,2 96,6 32,2 27,7 43,9 47,6Pólo Ribeirão Preto 97,5 34,1 24,4 48,3 45,6 90,8 - 53,2 45,8 64,3 96,4 - 54,8 63,7 76,6 96,4 34,1 28,1 49,9 48,8Pólo São José dos Campos 95,9 32,1 19,0 43,2 41,0 91,2 - 42,5 45,4 57,6 93,1 - 39,4 62,3 72,0 95,1 32,1 22,1 46,9 44,1Pólo São José do Rio Preto 98,4 37,3 26,9 48,3 49,1 94,5 - 55,3 52,5 69,1 97,8 - 51,1 63,5 76,6 97,8 37,3 30,4 51,5 52,3Pólo Sorocaba 96,0 34,0 21,1 44,8 42,9 91,0 - 46,9 44,0 60,5 94,5 - 48,1 58,6 71,7 95,2 34,0 24,3 46,6 45,7
Estado São Paulo 91,8 46,4 22,5 42,0 47,4 90,1 - 42,2 44,1 59,7 89,6 - 45,5 59,2 72,1 91,3 46,4 26,4 45,2 50,5RM São Paulo 89,8 45,3 21,2 41,6 45,9 88,6 - 39,7 44,3 57,9 88,4 - 43,1 59,4 71,0 89,5 45,3 25,2 45,3 49,2RM Baixada Santista 91,1 45,6 20,4 38,7 46,3 90,3 - 39,3 41,7 58,1 86,8 - 41,3 55,2 69,8 90,5 45,6 24,8 41,9 49,7RM Campinas 92,5 47,9 24,7 43,8 49,5 90,5 - 45,2 45,6 61,6 89,5 - 49,1 61,3 73,3 91,9 47,9 28,4 47,0 52,2Pólo Araçatuba 94,5 51,8 28,1 42,5 53,0 91,6 - 50,5 44,4 64,5 92,8 - 50,8 60,8 75,7 93,8 51,8 32,2 45,5 55,7Pólo Bauru 94,1 49,5 24,4 43,0 50,0 93,6 - 44,9 45,1 62,5 92,6 - 49,5 55,4 73,3 93,9 49,5 28,1 45,4 52,9Pólo Presidente Prudente 92,7 47,9 22,3 39,8 48,3 91,3 - 45,4 44,8 62,7 88,7 - 48,6 56,7 73,3 92,1 47,9 26,4 43,3 51,4Pólo Ribeirão Preto 94,5 47,4 24,4 44,7 49,3 91,9 - 45,8 46,4 62,7 92,5 - 50,5 57,7 74,0 93,8 47,4 28,3 47,2 52,4Pólo São José dos Campos 92,3 42,6 21,6 40,2 45,3 90,8 - 40,2 42,0 57,4 89,9 - 40,0 54,3 69,4 91,8 42,6 24,9 42,8 48,2Pólo São José do Rio Preto 94,0 50,1 25,9 46,2 52,2 92,1 - 49,5 49,6 66,8 92,1 - 51,1 67,8 78,5 93,5 50,1 30,0 50,0 55,4Pólo Sorocaba 92,6 48,1 21,8 41,1 47,3 92,6 - 44,5 45,0 61,1 91,5 - 45,7 60,6 72,8 92,5 48,1 25,6 44,9 50,2
1991
2000
Fonte: Censo Demográfico 1991 e 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
TotalCasais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge
Considerando-se os arranjos chefiados por mulheres sem cônjuge, no Pólo de
São José do Rio Preto, as chefes femininas apresentam taxa de geração de renda
bastante elevada no ano de 1991 (94,5%) e pequena redução na taxa no ano 2000,
quando passa a ser de 92,1%. Deve-se observar que embora essa tendência seja
distinta da observada para o Estado, que é de pequeno crescimento da taxa de
geração de renda para esse componente domiciliar no período, em 1991 as chefes
femininas no Pólo de São José do Rio Preto apresentaram as taxas de geração de
renda mais elevadas quando comparadas às demais regiões analisadas; e, no ano de
2000, se mantêm na segunda posição, superadas apenas por aquelas do Pólo de
Bauru, que apresentam taxa de 93,6%.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 97
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Observa-se nesse arranjo domiciliar, no mesmo período, queda na taxa de
geração de renda dos filhos, que em 1991 era de 55,3% e, em 2000, passa a ser de
49,5%, possivelmente expressando restrições do mercado ao trabalho jovem e
também restrições impostas ao trabalho infantil por políticas governamentais. No
mesmo sentido, outro componente domiciliar, os parentes e não parentes, apresentam
redução em sua taxa de geração de renda nesse arranjo, de 52,5% em 1991, para
49,6% em 2000. Conclui-se o período com pequena queda da taxa de geração de
renda nos arranjos domiciliares chefiados por mulheres sem cônjuge, pois esta passa
de 69% em 1991 para 66,8%, em 2000 (Tabela 7).
Por fim, nos arranjos domiciliares dos chefes masculinos sem cônjuges percebe-
se diminuição da taxa de geração de renda dos chefes (97,6% em 1991 e 92% em
2000), manutenção na taxa dos filhos em 51%, e elevação na taxa dos parentes
(63,5%, em 1991, para 67,8%, em 2000), resultando para esse arranjo pequena
elevação na taxa domiciliar de geração de renda no período analisado; assim, em
1991, 76,6%, e em 2000, 78,5% dos componentes em idade ativa aportavam renda
para o domicílio (Tabela 7). Merece ressaltar que esta taxa domiciliar de geração de
renda é a mais elevada dentre as observadas nos distintos arranjos domiciliares.
As mesmas tendências assinaladas acima para os diferentes arranjos
domiciliares são observadas, com poucas especificidades, na análise dos municípios
do Pólo Regional de São José do Rio Preto.
Assim, considerando-se os arranjos nucleados por casais, a tendência geral nos
municípios da região é de diminuição da taxa de geração de renda dos chefes e de
intenso crescimento na taxa de geração de renda das cônjuges; o comportamento da
taxa dos filhos é de queda, mas apresenta algumas oscilações (Tabela 8). No período
de 1991-2000, no município de São José do Rio Preto, sede regional, as tendências
observadas são as seguintes: a taxa de geração de renda dos chefes cai de 98,9% %
em 1991 para 93,8% em 2000 e, em movimento inverso, a taxa de geração das
cônjuges experimenta forte crescimento: em 1991 era de 40,6% e, em 2000, de
52,8%, significando que mais que a metade das cônjuges nesse arranjo aportavam
renda para o domicílio. Ambas as tendências são acompanhadas de pequena redução
na taxa de geração de renda dos filhos no período (26,5%, em 1991, e 25,9%, em
2000). A taxa domiciliar de geração de renda desse arranjo se eleva de 50%, para
52,9% no período em análise.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 98
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Considerando-se os arranjos domiciliares da chefe feminina sem cônjuge,
observa-se nos municípios do Pólo São José do Rio Preto, conforme mencionado
acima, taxa regional de geração de renda bastante elevada e com redução no período
de 1991-2000. A análise dos municípios mostra que apresenta redução na maioria
destes e manutenção da taxa em alguns, nesse período (Tabela 8). Em relação aos
filhos nesse arranjo domiciliar, percebe-se uma tendência geral nos municípios de
queda na taxa de geração de renda. Em relação aos parentes, embora a tendência na
região seja de queda na taxa de geração de renda, há oscilações dessa tendência em
alguns municípios.
Tabela 8Taxa de geração de renda por tipologia e posição na famíliaPólo Regional de São José do Rio Preto1991
Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não
parentes
Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não
parentes
Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não
parentes
Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não
parentes
Total
Pólo São José do Rio Preto 98,4 37,3 26,9 48,3 49,1 94,5 - 55,3 52,5 69,1 97,8 - 51,1 63,5 76,6 97,8 37,3 30,4 51,5 52,3Adolfo 99,6 37,6 24,3 51,6 48,0 90,4 - 64,0 10,5 62,0 100,0 - 100,0 51,7 79,9 98,7 37,6 28,3 44,3 50,5Bady Bassitt 97,6 35,1 25,0 48,5 47,2 96,0 - 54,7 36,5 65,2 92,9 - 72,9 54,2 75,2 97,1 35,1 28,7 47,9 49,5Bálsamo 95,9 29,2 30,2 47,8 48,0 89,1 - 57,4 64,4 71,1 90,4 - 75,8 38,5 72,8 94,7 29,2 33,7 49,8 51,1Cedral 99,1 33,3 30,4 36,8 49,3 94,3 - 60,3 52,2 69,4 100,0 - 46,4 64,8 71,9 98,5 33,3 33,6 43,4 51,7Guapiaçu 97,0 27,5 30,2 49,0 47,3 96,7 - 66,0 67,9 77,3 89,0 - 14,6 79,4 74,4 96,7 27,5 32,9 54,5 49,9Ibirá 99,0 35,7 31,2 53,2 50,7 97,0 - 50,0 56,9 70,4 100,0 - 37,5 79,5 81,0 98,8 35,7 33,0 56,2 53,6Icém 94,2 38,9 28,0 38,5 47,6 96,7 - 49,1 43,2 64,4 92,1 - 40,5 63,9 76,0 94,4 38,9 30,5 43,1 50,6Ipiguá - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -Jaci 97,6 26,6 26,0 52,0 45,6 89,4 - 87,5 50,0 86,8 100,0 - 25,6 59,8 65,3 97,3 26,6 27,9 54,7 48,0José Bonifácio 98,2 31,4 26,4 48,9 46,8 89,8 - 61,1 56,9 68,5 98,5 - 34,8 63,5 77,9 97,3 31,4 30,1 52,4 49,9Mendonça 93,5 32,6 32,7 48,8 49,3 92,3 - 63,2 40,4 66,8 95,0 - 56,7 57,0 75,6 93,6 32,6 35,6 49,5 52,0Mirassol 98,6 41,2 31,1 44,3 51,7 89,7 - 58,2 50,4 67,1 98,0 - 68,5 65,2 79,0 97,4 41,2 35,0 48,7 54,4Mirassolândia 100,0 23,1 23,1 56,0 45,0 93,8 - 40,7 25,8 56,6 100,0 - 80,0 26,7 66,7 99,4 23,1 27,0 46,8 46,9Monte Aprazível 99,6 34,5 27,2 49,4 49,2 97,4 - 40,3 38,7 62,0 96,6 - 45,0 69,2 74,7 99,1 34,5 28,8 51,7 51,5Neves Paulista 98,2 30,1 32,1 51,6 49,3 86,8 - 59,4 31,5 59,9 100,0 - 70,8 81,5 88,2 96,9 30,1 35,5 48,4 51,8Nipoã 99,1 23,5 21,0 44,9 43,1 100,0 - 35,6 19,7 50,0 100,0 - 52,4 54,8 79,2 99,3 23,5 24,1 38,9 46,0Nova Aliança 96,8 30,7 29,5 52,3 48,5 96,2 - 73,8 41,7 75,1 97,5 - 17,9 68,1 72,9 96,9 30,7 32,9 54,4 51,6Nova Granada 96,1 31,3 23,9 38,7 44,7 86,0 - 49,9 30,8 57,4 84,8 - 51,5 55,4 69,5 93,8 31,3 27,4 39,1 47,3Onda Verde 100,0 31,8 23,4 43,0 45,5 100,0 - 46,2 36,4 58,3 100,0 - 40,0 100,0 74,3 100,0 31,8 25,3 42,4 46,9Orindiúva 91,5 23,9 21,4 47,9 40,9 99,0 - 57,8 36,5 64,8 81,3 - 47,1 100,0 83,2 91,4 23,9 27,5 54,0 45,8Palestina 98,0 30,0 22,4 54,3 46,4 88,3 - 50,7 44,8 63,4 97,4 - 34,1 63,6 75,0 96,7 30,0 26,1 52,7 49,2Paulo de Faria 99,1 34,1 23,8 42,3 46,3 88,8 - 50,9 37,0 62,6 100,0 - 55,6 52,0 81,9 97,5 34,1 27,5 41,9 49,7Planalto 95,6 23,7 24,5 48,1 42,5 75,8 - 50,5 7,4 57,6 100,0 - - 55,4 69,5 93,6 23,7 26,5 47,0 44,4Poloni 97,1 40,1 27,3 60,6 50,8 96,9 - 40,1 57,7 66,4 100,0 - 82,6 40,0 73,6 97,2 40,1 29,1 56,9 52,8Potirendaba 98,4 37,1 32,0 54,1 52,5 93,0 - 63,8 42,5 69,7 96,2 - 49,1 55,6 65,8 97,7 37,1 35,2 52,5 54,4São José do Rio Preto 98,9 40,6 26,5 49,0 50,0 96,0 - 55,3 56,8 71,1 99,3 - 47,0 64,9 77,3 98,4 40,6 30,2 53,1 53,4Tanabi 99,0 30,2 23,1 50,3 46,0 97,5 - 58,9 57,4 73,4 100,0 - 74,6 58,3 75,6 98,8 30,2 27,1 54,2 50,4Ubarana - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -Uchoa 98,2 35,7 27,6 47,9 49,0 95,4 - 53,6 43,7 65,5 97,0 - 80,4 70,7 83,6 97,9 35,7 30,6 50,6 51,7União Paulista 94,0 36,3 15,7 36,5 42,8 100,0 - 100,0 - 100,0 100,0 - 100,0 55,6 91,2 94,6 36,3 19,4 37,9 45,4Zacarias - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos
Chefe masculino sem cônjuge TotalChefe feminina sem cônjuge
Fonte: Censo Demográfico 1991, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Casais
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 99
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 8Taxa de geração de renda por tipologia e posição na famíliaPólo Regional de Sâo José do Rio Preto2000
Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não
parentes
Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não
parentes
Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não
parentes
Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não
parentes
Total
Pólo São José do Rio Preto 94,0 50,1 25,9 46,2 52,2 92,1 - 49,5 49,6 66,8 92,1 - 51,1 67,8 78,5 93,5 50,1 30,0 50,0 55,4Adolfo 95,0 50,4 21,2 48,5 50,3 95,0 - 69,9 83,1 82,7 96,4 - 79,3 85,7 90,3 95,1 50,4 27,2 62,2 55,0Bady Bassitt 94,3 47,7 23,0 44,0 50,8 91,4 - 49,3 38,9 63,1 90,8 - 29,6 57,4 71,6 93,7 47,7 26,3 45,2 52,8Bálsamo 94,6 42,7 30,5 37,7 52,4 93,4 - 63,7 62,1 76,6 96,7 - 50,0 69,9 82,9 94,6 42,7 35,2 44,9 56,1Cedral 89,5 45,6 27,4 42,5 50,4 90,1 - 58,0 31,4 65,9 91,2 - 67,3 74,2 81,1 89,8 45,6 31,6 44,6 53,3Guapiaçu 94,7 46,3 24,3 47,2 50,7 93,0 - 55,6 40,8 67,0 94,7 - 80,2 61,1 82,1 94,4 46,3 28,7 47,3 53,3Ibirá 95,8 48,7 27,2 44,5 52,6 93,9 - 49,4 56,3 71,3 90,6 - 66,7 59,7 76,5 95,1 48,7 30,8 49,2 56,1Icém 92,2 41,0 21,4 28,0 45,3 94,4 - 41,5 42,1 63,8 92,2 - 53,8 38,5 66,3 92,6 41,0 24,4 33,3 48,7Ipiguá 92,9 34,5 26,5 51,3 48,1 94,9 - 30,0 57,7 61,6 86,7 - - 54,5 78,0 92,7 34,5 26,7 51,7 49,8Jaci 95,4 44,2 21,2 62,2 50,0 92,7 - 63,3 7,4 64,3 100,0 - 45,0 81,9 79,0 95,4 44,2 29,1 53,9 53,4José Bonifácio 94,7 51,9 26,5 45,6 52,8 91,7 - 49,0 53,2 64,7 94,7 - 49,2 65,0 80,5 94,3 51,9 30,0 50,6 55,3Mendonça 94,7 41,0 21,8 54,6 49,8 76,2 - 72,2 37,7 68,1 63,2 - 69,2 41,7 58,5 90,4 41,0 29,6 48,2 52,1Mirassol 94,3 47,9 27,0 50,4 52,2 91,6 - 47,0 50,8 65,9 90,2 - 43,9 66,3 75,6 93,5 47,9 30,2 52,7 54,9Mirassolândia 87,4 33,1 17,7 49,4 42,4 94,9 - 33,3 54,0 64,2 93,9 - 8,8 38,0 52,9 89,0 33,1 18,6 48,4 44,8Monte Aprazível 94,8 51,9 25,3 44,4 53,3 94,8 - 57,1 30,1 70,3 97,6 - 60,3 44,9 79,2 95,1 51,9 30,8 41,3 56,7Neves Paulista 94,8 48,4 32,6 48,5 55,5 89,0 - 57,8 49,7 69,1 87,4 - 42,7 68,1 71,7 93,4 48,4 36,6 50,8 57,7Nipoã 97,4 43,1 29,3 53,4 53,4 84,6 - 56,8 26,7 66,7 86,0 - 74,2 58,3 78,6 94,2 43,1 33,6 50,8 56,1Nova Aliança 97,5 48,1 28,7 40,0 53,3 100,0 - 57,9 65,1 76,9 100,0 - - 90,9 95,0 98,0 48,1 31,8 52,7 57,3Nova Granada 95,2 42,9 23,4 43,0 48,5 94,1 - 57,9 38,6 70,0 100,0 - 51,5 94,1 89,2 95,4 42,9 28,3 44,6 52,8Onda Verde 94,6 40,2 21,5 37,1 47,1 81,0 - 43,4 59,1 60,0 100,0 - 32,1 33,3 61,3 93,2 40,2 24,3 38,5 48,9Orindiúva 96,3 35,3 20,1 60,9 46,3 85,2 - 50,4 28,6 62,0 96,1 - 100,0 76,4 91,9 95,1 35,3 23,8 59,4 49,8Palestina 95,1 45,3 29,3 44,1 53,8 91,0 - 60,6 58,0 73,2 86,4 - 41,1 74,1 72,7 93,7 45,3 34,7 51,1 57,2Paulo de Faria 93,0 47,0 21,5 33,9 48,4 85,9 - 37,1 48,3 58,7 90,5 - 86,6 59,0 84,0 91,2 47,0 25,7 41,0 51,9Planalto 92,9 41,5 23,2 43,3 46,8 96,2 - 53,5 82,9 81,3 90,7 - 47,1 58,8 76,7 93,1 41,5 25,5 51,7 51,0Poloni 94,8 56,1 28,9 63,3 57,9 93,9 - 53,6 27,8 66,8 97,5 - 45,5 91,9 89,5 94,9 56,1 33,5 55,6 60,5Potirendaba 95,4 54,7 30,6 63,0 58,1 91,8 - 44,6 58,6 67,6 93,2 - 56,3 72,5 80,0 94,8 54,7 32,4 64,0 59,9São José do Rio Preto 93,8 52,8 25,9 46,2 52,9 92,4 - 48,5 49,9 66,4 91,8 - 49,4 71,0 78,6 93,3 52,8 30,2 50,7 56,2Tanabi 92,9 45,5 27,9 38,8 51,6 92,0 - 46,9 68,2 70,5 91,4 - 55,8 68,0 80,9 92,7 45,5 30,6 50,4 55,0Ubarana 93,6 41,3 25,0 27,5 46,9 85,1 - 34,2 24,0 50,5 88,2 - 55,6 50,0 74,8 92,4 41,3 25,8 29,1 48,0Uchoa 93,9 44,9 23,0 49,4 49,9 86,8 - 61,6 45,4 67,6 90,2 - 65,7 30,3 78,4 92,5 44,9 28,3 47,3 53,0União Paulista 90,9 50,0 24,6 54,7 50,8 100,0 - 21,6 22,2 60,0 80,9 - 72,7 60,0 75,8 91,0 50,0 27,3 54,1 53,2Zacarias 90,8 43,1 23,0 22,4 48,2 72,9 - 35,4 16,7 43,8 100,0 - 100,0 19,4 74,3 89,8 43,1 25,1 20,4 49,2
Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
TotalCasais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge
Tomando-se novamente o município de São José do Rio Preto como
referência, observa-se que, em 1991, 96% dos chefes femininos aportavam renda
para o domicílio, passando a ser de 92,4% em 2000. Observa-se ainda que, embora
tenha ocorrido queda na taxa de geração dos filhos, de 55,3% em 1991 para 48,5%,
esta permanece elevada em 2000, e que ocorre também pequena redução na taxa
dos parentes de 56,8% em 1991, para 49,9% em 2000. Como resultado dessas
tendências ocorre redução da taxa domiciliar de geração de renda nesse arranjo no
período, passando de 71% para cerca de 66% a proporção de componentes que
aporta renda para o domicílio.
No arranjo dos chefes masculinos sem cônjuge, no período de 1991-2000, a
tendência geral nos municípios da região é de queda da taxa de geração de renda dos
chefes, mantendo-se elevada; outra tendência é a de manutenção da participação dos
filhos e elevação da participação dos parentes na geração de renda dos domicílios. No
município de São José do Rio Preto, em 1991 a taxa de geração de renda dos chefes
masculinos sem cônjuge era de 99,3%, caindo em 2000 para 91,8%; a taxa de
geração de renda dos filhos neste arranjo, bastante elevada, apresenta crescimento,
passando de 47%% em 1991, para 49,4% em 2000; enquanto a taxa dos parentes cai
de 64,9% em 1991, para 71% em 2000; resultando em pequena elevação da taxa
domiciliar de geração de renda nesse arranjo, de 77% em 1991, para 78,6% em 2000.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 100
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Deve-se acrescentar que no município de São José do Rio Preto,considerando-
se a totalidade dos arranjos domiciliares, se eleva a taxa de geração de renda
domiciliar no período, passando de 53,4% em 1991, para 56,2% em 2000 (Tabela 8),
acompanhando a tendência observada no Pólo.
Tabela 9Participação na composição da massa da renda domiciliar por tipologia e posição na famíliaRegiões Metropolitanas e Pólos Regionais - Estado de São Paulo 1991-2000
Parentes e não
Parentes e não
Parentes e não
Parentes e não
parentes parentes parentes parentesEstado São Paulo 70,0 14,1 13,0 3,0 100,0 56,4 . 30,8 12,8 100,0 71,2 . 8,4 20,3 100,0 68,5 11,6 14,7 5,2 100,0RM São Paulo 69,8 14,4 12,9 3,0 100,0 57,4 . 29,4 13,2 100,0 71,3 . 7,4 21,3 100,0 68,3 11,6 14,5 5,5 100,0RM Baixada Santista 72,1 13,9 10,7 3,3 100,0 60,8 . 27,1 12,1 100,0 77,2 . 6,1 16,7 100,0 70,9 11,2 12,6 5,3 100,0RM Campinas 69,7 13,9 13,2 3,2 100,0 55,8 . 31,6 12,6 100,0 73,7 . 8,3 18,0 100,0 68,6 11,7 14,8 4,9 100,0Pólo Araçatuba 70,3 14,1 13,0 2,6 100,0 56,3 . 31,2 12,5 100,0 68,5 . 11,8 19,8 100,0 68,9 12,1 14,7 4,3 100,0Pólo Bauru 69,2 14,9 13,1 2,8 100,0 53,8 . 35,7 10,5 100,0 70,0 . 10,4 19,6 100,0 67,6 12,7 15,4 4,4 100,0Pólo Presidente Prudente 70,6 14,2 12,9 2,2 100,0 51,1 . 40,5 8,4 100,0 74,3 . 10,2 15,5 100,0 68,9 12,3 15,5 3,4 100,0Pólo Ribeirão Preto 70,3 13,7 13,0 3,1 100,0 55,4 . 31,7 12,9 100,0 71,2 . 7,8 21,0 100,0 68,8 11,6 14,6 5,0 100,0Pólo São José dos Campos 72,7 13,4 11,0 2,9 100,0 50,9 . 31,1 18,0 100,0 70,8 . 10,3 19,0 100,0 70,5 11,3 13,0 5,3 100,0Pólo São José do Rio Preto 70,6 13,9 12,7 2,8 100,0 58,4 . 30,2 11,5 100,0 70,7 . 9,6 19,7 100,0 69,4 11,9 14,3 4,4 100,0Pólo Sorocaba 70,1 13,2 13,3 3,3 100,0 51,9 . 36,7 11,3 100,0 68,0 . 11,4 20,6 100,0 68,3 11,3 15,5 4,9 100,0
Estado São Paulo 67,0 19,3 11,3 2,4 100,0 63,8 . 25,5 10,7 100,0 78,6 . 7,3 14,1 100,0 67,3 15,2 13,1 4,4 100,0RM São Paulo 66,2 20,0 11,5 2,4 100,0 63,8 . 25,2 11,0 100,0 78,6 . 6,7 14,7 100,0 66,7 15,4 13,3 4,6 100,0RM Baixada Santista 67,6 19,5 10,1 2,8 100,0 65,6 . 23,0 11,3 100,0 81,0 . 6,9 12,2 100,0 68,2 14,7 12,2 5,0 100,0RM Campinas 67,3 18,9 11,5 2,4 100,0 64,8 . 24,9 10,4 100,0 78,1 . 7,4 14,5 100,0 67,6 15,3 13,0 4,1 100,0Pólo Araçatuba 69,7 18,0 10,3 2,0 100,0 65,3 . 25,8 8,9 100,0 79,1 . 9,4 11,5 100,0 69,7 15,0 12,0 3,3 100,0Pólo Bauru 68,9 19,1 9,9 2,1 100,0 66,3 . 22,8 11,0 100,0 81,5 . 7,2 11,3 100,0 69,3 15,5 11,5 3,8 100,0Pólo Presidente Prudente 68,0 20,0 10,0 2,1 100,0 66,0 . 24,2 9,8 100,0 84,0 . 6,6 9,4 100,0 68,7 16,1 11,7 3,5 100,0Pólo Ribeirão Preto 68,7 18,1 10,9 2,3 100,0 65,8 . 24,1 10,1 100,0 78,6 . 9,3 12,1 100,0 68,9 14,5 12,6 4,0 100,0Pólo São José dos Campos 69,2 17,7 10,7 2,4 100,0 63,2 . 25,7 11,1 100,0 79,2 . 7,3 13,5 100,0 69,2 14,3 12,3 4,2 100,0Pólo São José do Rio Preto 68,3 19,0 10,0 2,7 100,0 65,7 . 24,7 9,6 100,0 81,8 . 5,9 12,3 100,0 68,8 15,5 11,7 4,1 100,0Pólo Sorocaba 67,3 18,9 11,3 2,5 100,0 61,3 . 27,6 11,1 100,0 76,9 . 8,1 15,0 100,0 67,0 15,5 13,2 4,3 100,0
Chefe masculino sem cônjugeCônjuge Filhos Total
TotalChefe Cônjuge Filhos Total Chefe Cônjuge Filhos Total Chefe
1991
2000
Fonte: Censo Demográfico 1991 e 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Chefe Cônjuge Filhos TotalCasais Chefe feminina sem cônjuge
Embora tenha havido entre 1991-2000 aumento taxa de geração de renda nos
domicílios do Pólo Regional de São José do Rio Preto, indicando o aumento da
participação dos componentes do domicílio em atividades para geração de renda,
constata-se que a renda domiciliar é predominantemente composta pela contribuição
dos chefes do domicílio, sendo eles chefes masculinos ou femininos. Este fato ocorre
tanto no Pólo de São José dos Campos, como no conjunto de regiões sob análise e no
Estado de São Paulo.
Para continuar a analise das mudanças no padrão de arranjos domiciliares de
provisão da família, utiliza-se aqui de mais um indicador, que é o percentual de
contribuição de cada componente na renda do domicílio, significando a participação
dos membros da família na composição renda domiciliar. Apresentam-se a seguir as
tendências observadas com relação à participação dos componentes na renda
domiciliar nos diferentes arranjos domiciliares, lembrando que as tendências
encontradas foram as mesmas para o Estado de São Paulo e para as regiões
metropolitanas e os pólos regionais paulistas.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 101
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Ainda que a participação dos chefes na composição da renda do domicílio seja a
mais elevada, esse indicador também evidencia a tendência de queda da participação
deste componente do domicílio, quando considerado o total da população. No entanto,
considerando-se os arranjos domiciliares e a posição na família se evidenciam as
tendências distintas entre os domicílios nucleados por casal e nos domicílios de chefes
sem cônjuges.
Assim, nos arranjos nucleados pelo casal, observa-se como tendência a queda
da participação dos chefes na composição da renda domiciliar. De forma distinta, nos
arranjos sem a presença de cônjuge, cresce a participação dos chefes femininos e
masculinos na composição da renda domiciliar (Tabela 9).
Nos arranjos nucleados pelo casal observam-se ainda as tendências de
crescimento da participação das cônjuges na composição do rendimento domiciliar e
de queda na participação dos filhos nesse período, também verificadas neste pólo
regional.
Duas outras tendências, generalizadas entre as diversas regiões do Estado de
São Paulo sob análise, são a queda na participação dos filhos e dos parentes na
composição da renda domiciliar em todos os arranjos domiciliares.
Este conjunto de tendências indica mudanças e um maior partilhamento da
responsabilidade pela subsistência entre os componentes do domicílio, especialmente
nos arranjos nucleados pelo casal, embora se mantenha elevada a responsabilidade
dos chefes das diferentes configurações domiciliares.
Analise do Pólo de São José do Rio Preto evidencia todas as tendências
apontadas acima. Assim, percebe-se através dos censos de 1991 e 2000, nos arranjos
nucleados pelo casal, a queda da participação dos chefes na composição da renda
domiciliar na média do Pólo, passando de 70,6% para 68,3% (Tabela 9). Quedas
nessa participação são observadas em todos os municípios que compõem o Pólo,
ainda que apresentem intensidades variadas (Tabela 10).
Por sua vez, as cônjuges, nos domicílios compostos por casais, elevaram sua
participação na composição da renda familiar no período de 1991-2000, nessa região.
Considerando-se os arranjos domiciliares nucleados pelo casal, em 1991, a
contribuição da cônjuge era de 13,9% e passou a ser de 19% em 2000. Essa
tendência, que apresenta-se com diferentes intensidades nas diversas espacialidades
sob análise, é registrada também para o Estado de São Paulo, para as regiões
metropolitanas e para os pólos regionais paulistas (Tabela 9).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 102
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
A tendência indicada de queda na participação dos filhos e dos parentes na
composição da renda domiciliar também evidencia-se no Pólo de São José do Rio
Preto. Observa-se a queda dessa participação dos filhos entre os anos de 1991 e
2000 em todos os arranjos domiciliares, com poucas exceções em determinados
municípios. Nos arranjos nucleados pelos casais, a contribuição dos filhos para a
composição da renda era de 12,7%, em 1991, passando a ser de 10% em 2000.
Considerando-se os arranjos domiciliares nucleados pelas chefes femininas sem
cônjuge, destaca-se a redução apresentada pelos filhos que participavam com a
importante parcela de 30,2% da composição da renda domiciliar em 1991 e passaram
a contribuir com 24,7% em 2000. Nos arranjos domiciliares dos chefes masculinos
sem cônjuge, na média regional é pequena a contribuição dos filhos para a renda
domiciliar e apresenta redução no período, 9,6% da renda em 1991, para 5,9% em
2000 (Tabela 9).
No município de São José do Rio Preto, considerando-se os arranjos nucleados
por casais observa-se que a participação dos chefes apresenta redução, passando de
71,5% para 69,3% entre 1991 e 2000, acompanhada de significativo crescimento da
participação da cônjuge, de 14% para 19,4% no período e de queda da contribuição
dos filhos na provisão domiciliar de 11,7% em 1991, para 9,3% em 2000.Também em
municípios menores e com características distintas da sede regional, são observadas
tendências semelhantes (Tabela 10).
Indicando a crescente responsabilidade da mulher na provisão familiar, observa-
se no arranjo domiciliar de chefes femininas sem cônjuge o aumento na participação
das chefes na composição da renda domiciliar em todas as regiões sob análise. No
Pólo de São José do Rio Preto, em 1991, as chefes contribuíam com 58,4% da renda
domiciliar e passaram a contribuir com 65,7% em 2000, frente à redução da
participação dos filhos apontada acima e também da redução da participação dos
parentes, resultando no aumento do encargo das chefes femininas na manutenção do
domicílio. Os dados apresentados seguem tendência semelhante à observada para o
Estado de São Paulo, no qual as chefes femininas sem cônjuge contribuíam com 56%
em 1991 e passaram a contribuir com 63,8% em 2000 para a composição da renda
domiciliar (Tabela 9). No município de São José do Rio Preto, em 1991 as chefes
femininas sem cônjuge eram responsáveis por 62,2% da renda domiciliar e, em 2000,
seu encargo passou a ser de 67,7%.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 103
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 10Participação na massa da renda domiciliar por tipologia e posição na famíliaPólo Regional de São José do Rio Preto1991
Parentes e não
Parentes e não Parentes e não
Parentes e não
parentes parentes parentes parentesPólo São José do Rio Preto 70,6 13,9 12,7 2,8 100,0 58,4 . 30,2 11,5 100,0 70,7 . 9,6 19,7 100,0 69,4 11,9 14,3 4,4 100,0Adolfo 61,9 19,2 14,7 4,3 100,0 46,9 . 51,3 1,8 100,0 84,1 . 7,7 8,3 100,0 62,9 16,6 16,0 4,5 100,0Bady Bassitt 67,7 14,2 14,8 3,4 100,0 64,6 . 29,5 6,0 100,0 55,6 . 31,1 13,4 100,0 66,9 12,7 16,4 4,0 100,0Bálsamo 64,2 16,7 15,7 3,4 100,0 45,3 . 35,9 18,9 100,0 67,3 . 19,3 13,4 100,0 63,0 14,7 17,3 5,0 100,0Cedral 71,3 11,0 16,1 1,5 100,0 41,2 . 40,7 18,1 100,0 57,0 . 29,4 13,7 100,0 68,1 9,6 18,8 3,5 100,0Guapiaçu 65,5 10,8 19,5 4,3 100,0 42,8 . 50,9 6,3 100,0 58,3 . 1,2 40,5 100,0 63,5 9,6 21,5 5,4 100,0Ibirá 67,3 13,2 15,1 4,4 100,0 65,0 . 27,4 7,7 100,0 62,5 . 13,3 24,2 100,0 66,8 11,2 16,1 5,9 100,0Icém 65,1 16,6 15,6 2,8 100,0 48,7 . 36,3 15,0 100,0 72,0 . 4,4 23,7 100,0 64,3 14,5 16,4 4,8 100,0Ipiguá - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -Jaci 63,5 10,8 20,2 5,5 100,0 51,4 . 47,1 1,5 100,0 46,3 . 8,2 45,5 100,0 62,2 9,9 20,5 7,4 100,0José Bonifácio 70,0 12,7 14,5 2,9 100,0 35,6 . 46,9 17,5 100,0 75,2 . 5,7 19,1 100,0 67,0 11,0 17,2 4,8 100,0Mendonça 68,7 18,1 10,7 2,6 100,0 33,6 . 51,0 15,5 100,0 70,1 . 14,7 15,1 100,0 67,9 16,7 11,9 3,5 100,0Mirassol 66,8 14,5 15,9 2,9 100,0 48,3 . 36,6 15,1 100,0 58,5 . 17,4 24,1 100,0 64,7 12,5 17,9 4,9 100,0Mirassolândia 64,4 14,5 16,2 4,9 100,0 55,3 . 42,5 2,2 100,0 13,4 . 82,3 4,3 100,0 58,8 12,1 24,3 4,7 100,0Monte Aprazível 68,7 14,1 15,3 2,0 100,0 69,9 . 21,7 8,4 100,0 60,2 . 9,6 30,2 100,0 68,4 12,2 15,6 3,8 100,0Neves Paulista 65,4 12,9 19,3 2,5 100,0 41,5 . 42,8 15,7 100,0 72,2 . 15,1 12,7 100,0 64,1 11,6 20,6 3,7 100,0Nipoã 69,6 10,4 16,3 3,7 100,0 44,8 . 52,2 3,0 100,0 58,5 . 20,7 20,8 100,0 64,2 7,9 23,5 4,4 100,0Nova Aliança 71,6 9,6 15,3 3,4 100,0 35,4 . 58,0 6,7 100,0 66,2 . 1,9 31,9 100,0 69,2 8,7 17,4 4,7 100,0Nova Granada 70,7 14,4 12,2 2,7 100,0 46,8 . 41,9 11,3 100,0 75,3 . 8,7 16,0 100,0 68,9 12,7 14,4 4,0 100,0Onda Verde 73,6 12,3 10,8 3,3 100,0 46,9 . 35,8 17,3 100,0 45,3 . 2,6 52,1 100,0 70,3 10,9 11,3 7,5 100,0Orindiúva 83,3 6,5 7,8 2,5 100,0 32,5 . 57,8 9,7 100,0 54,4 . 4,7 40,9 100,0 78,7 5,8 10,9 4,6 100,0Palestina 76,5 11,7 9,6 2,2 100,0 41,7 . 52,8 5,5 100,0 86,5 . 9,3 4,2 100,0 73,1 10,0 14,3 2,6 100,0Paulo de Faria 73,8 9,6 11,0 5,6 100,0 49,2 . 18,6 32,3 100,0 77,0 . 12,6 10,3 100,0 71,4 8,2 11,9 8,6 100,0Planalto 68,1 11,3 18,1 2,5 100,0 66,9 . 32,8 0,3 100,0 67,8 . 0,0 32,3 100,0 68,0 10,1 18,7 3,2 100,0Poloni 68,8 15,0 13,8 2,5 100,0 59,3 . 32,0 8,7 100,0 50,1 . 32,5 17,4 100,0 68,1 14,2 14,8 2,9 100,0Potirendaba 70,0 12,9 13,9 3,2 100,0 59,0 . 35,4 5,5 100,0 39,2 . 39,4 21,4 100,0 68,1 11,7 16,2 4,1 100,0São José do Rio Preto 71,5 14,1 11,7 2,7 100,0 62,2 . 26,9 10,9 100,0 74,4 . 7,3 18,3 100,0 70,6 12,0 13,2 4,3 100,0Tanabi 69,5 15,5 12,4 2,7 100,0 48,3 . 36,0 15,7 100,0 62,7 . 4,9 32,4 100,0 67,3 13,3 13,8 5,6 100,0Ubarana - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -Uchoa 67,5 14,1 14,8 3,6 100,0 46,3 . 44,7 9,0 100,0 76,8 . 7,1 16,1 100,0 65,3 11,5 18,1 5,1 100,0União Paulista 68,9 16,9 9,7 4,5 100,0 26,5 . 73,5 . 100,0 55,5 . 37,1 7,4 100,0 67,9 16,1 11,4 4,6 100,0Zacarias - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos
Filhos TotalTotal
Chefe Cônjuge Filhos Total Chefe Cônjuge Filhos Total Chefe
Fonte: Censo Demográfico 1991, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Chefe Cônjuge Filhos TotalCasais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge
Cônjuge
Tabela 10Participação na massa da renda domiciliar por tipologia e posição na famíliaPólo Regional de São José do Rio Preto2000
Parentes e não
Parentes e não
Parentes e não
Parentes e não
parentes parentes parentes parentesPólo São José do Rio Preto 68,3 19,0 10,0 2,7 100,0 65,7 . 24,7 9,6 100,0 81,8 . 5,9 12,3 100,0 68,8 15,5 11,7 4,1 100,0Adolfo 63,8 23,0 10,3 2,9 100,0 43,7 . 34,3 22,0 100,0 69,1 . 18,4 12,5 100,0 62,2 20,4 12,6 4,9 100,0Bady Bassitt 69,5 19,1 9,5 2,0 100,0 64,4 . 30,3 5,3 100,0 76,1 . 6,3 17,7 100,0 69,3 16,8 11,1 2,9 100,0Bálsamo 45,0 11,5 8,4 35,1 100,0 53,3 . 37,5 9,3 100,0 77,3 . 5,8 16,9 100,0 46,3 10,6 9,9 33,2 100,0Cedral 62,7 19,3 15,6 2,4 100,0 68,8 . 25,5 5,7 100,0 65,4 . 13,9 20,7 100,0 63,7 15,4 16,9 4,0 100,0Guapiaçu 69,1 18,3 10,1 2,6 100,0 65,4 . 24,5 10,1 100,0 71,6 . 16,9 11,5 100,0 68,8 15,9 11,7 3,6 100,0Ibirá 68,3 17,7 11,9 2,2 100,0 71,1 . 24,6 4,4 100,0 72,9 . 11,5 15,7 100,0 68,8 14,9 13,2 3,1 100,0Icém 73,1 16,4 8,8 1,7 100,0 66,4 . 22,7 10,9 100,0 75,1 . 4,9 20,0 100,0 72,6 14,0 9,9 3,6 100,0Ipiguá 68,0 13,1 14,4 4,6 100,0 61,2 . 31,9 7,0 100,0 97,7 . . 2,4 100,0 68,9 11,6 14,9 4,6 100,0Jaci 65,5 19,5 12,4 2,7 100,0 47,6 . 50,2 2,2 100,0 66,5 . 12,8 20,8 100,0 63,9 15,6 16,0 4,5 100,0José Bonifácio 67,1 20,9 10,5 1,5 100,0 53,2 . 34,8 12,0 100,0 84,4 . 6,5 9,1 100,0 66,4 17,9 12,8 2,9 100,0Mendonça 67,6 17,3 12,1 3,0 100,0 15,0 . 79,8 5,3 100,0 92,8 . 3,8 3,3 100,0 55,8 11,3 29,3 3,6 100,0Mirassol 66,9 17,7 12,3 3,1 100,0 60,9 . 27,4 11,8 100,0 73,7 . 7,5 18,8 100,0 66,5 14,9 13,9 4,8 100,0Mirassolândia 65,8 17,6 13,8 2,9 100,0 63,5 . 20,0 16,4 100,0 90,4 . 2,2 7,5 100,0 67,3 15,0 13,4 4,3 100,0Monte Aprazível 65,2 20,8 11,0 3,0 100,0 68,5 . 27,7 3,8 100,0 77,7 . 10,5 11,9 100,0 66,2 17,4 13,0 3,5 100,0Neves Paulista 68,0 16,2 13,2 2,7 100,0 61,6 . 33,3 5,1 100,0 80,6 . 8,8 10,6 100,0 67,8 13,9 15,1 3,2 100,0Nipoã 71,8 12,9 13,1 2,3 100,0 64,1 . 31,7 4,2 100,0 72,1 . 16,8 11,1 100,0 71,3 11,3 14,5 2,9 100,0Nova Aliança 59,3 20,1 17,7 2,9 100,0 60,9 . 28,5 10,7 100,0 84,5 . 0,0 15,6 100,0 61,3 16,5 17,5 4,7 100,0Nova Granada 63,6 17,7 13,5 5,1 100,0 62,0 . 28,9 9,1 100,0 75,2 . 15,8 8,9 100,0 64,1 14,5 15,5 5,8 100,0Onda Verde 71,3 14,7 11,1 2,9 100,0 68,3 . 24,7 7,1 100,0 84,5 . 11,1 4,4 100,0 71,9 12,7 12,1 3,3 100,0Orindiúva 76,0 11,9 9,1 3,0 100,0 62,4 . 34,0 3,6 100,0 52,2 . 23,5 24,3 100,0 73,8 10,5 11,5 4,3 100,0Palestina 66,0 20,0 12,4 1,6 100,0 57,9 . 33,9 8,1 100,0 84,2 . 10,7 5,2 100,0 66,3 16,2 14,9 2,6 100,0Paulo de Faria 74,1 15,7 8,9 1,4 100,0 64,7 . 20,6 14,7 100,0 83,7 . 10,9 5,5 100,0 73,6 13,0 10,3 3,1 100,0Planalto 80,2 9,6 8,2 2,1 100,0 72,0 . 14,6 13,4 100,0 84,7 . 4,6 10,8 100,0 80,0 8,6 8,4 3,1 100,0Poloni 67,7 16,2 12,9 3,1 100,0 64,3 . 31,7 4,0 100,0 72,3 . 11,8 15,9 100,0 67,5 14,0 14,8 3,6 100,0Potirendaba 63,5 21,3 11,0 4,2 100,0 66,4 . 25,3 8,3 100,0 61,1 . 8,1 30,8 100,0 63,6 18,6 12,1 5,8 100,0São José do Rio Preto 69,3 19,4 9,3 2,0 100,0 67,7 . 22,7 9,6 100,0 83,7 . 4,8 11,6 100,0 70,0 15,5 10,9 3,6 100,0Tanabi 67,9 19,0 10,5 2,7 100,0 67,0 . 19,1 14,0 100,0 73,6 . 4,9 21,5 100,0 68,0 16,1 11,2 4,7 100,0Ubarana 65,0 16,5 15,8 2,7 100,0 63,6 . 24,7 11,7 100,0 88,8 . 3,0 8,3 100,0 66,2 14,2 15,9 3,8 100,0Uchoa 62,2 19,5 14,9 3,4 100,0 48,6 . 39,1 12,4 100,0 89,5 . 8,3 2,2 100,0 61,5 16,6 17,5 4,4 100,0União Paulista 61,9 19,1 13,6 5,4 100,0 80,8 . 16,2 3,0 100,0 30,6 . 63,4 6,0 100,0 58,9 16,1 19,6 5,4 100,0Zacarias 65,7 20,1 13,3 0,9 100,0 43,5 . 52,4 4,1 100,0 86,4 . 2,4 11,3 100,0 65,7 17,9 14,9 1,6 100,0
Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos
Total Chefe Cônjuge TotalTotal Chefe Cônjuge FilhosTotal Chefe Cônjuge Filhos
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
TotalChefe Cônjuge Filhos
Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjugeFilhos
A tendência de crescimento do encargo na provisão domiciliar é também
apresentada pelos dos chefes masculinos sem cônjuge em todas as regiões sob
análise. No Pólo de São José do Rio Preto sua contribuição para composição da renda
domiciliar desse arranjo era de 70,7% em 1991 e passou para 81,8% em 2000, com
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 104
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
proporções semelhantes às observadas para o Estado de São Paulo. No município de
São José do Rio Preto a participação dos chefes em 1991 era de 74,3% e em 2000
passou a ser responsável por 83,6% da composição da renda domiciliar.
Para o arranjo domiciliar dos chefes masculinos sem cônjuge além da queda na
contribuição já apontada para os filhos nesse arranjo, observa-se a redução da
participação dos parentes e não parentes na composição da renda domiciliar de 19,7%
em 1991, para 12,3% em 2000, no Pólo de São José do Rio Preto (Tabela 10).
Analisando-se os municípios que compõem o no Pólo de São José do Rio Preto
observam-se as mesmas tendências apontadas acima.
2.3. Arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento
Estudos sobre a Região Metropolitana de São Paulo nos anos 90 e 2000
(Montali, 2004) e sobre o conjunto das regiões metropolitanas brasileiras na década de
2000 (Montali e Tavares, 2008) evidenciaram que a precarização do trabalho e o
aumento do desemprego vigentes nesses períodos afetam diferenciadamente os
arranjos familiares de inserção no mercado, que são articulados de maneiras distintas
nos momentos do ciclo de vida familiar, evidenciando maior fragilização para
determinados segmentos sociais nas formas encontradas para garantir a
sobrevivência. Diversos indicadores reafirmam essa maior fragilidade apresentada por
determinados arranjos domiciliares.
Os arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento foram assim identificados por
apresentarem rendimentos médios familiares per capita mais baixos que os demais
arranjos domiciliares e abaixo da média regional, por apresentarem as mais elevadas
concentrações entre os decis inferiores de renda familiar per capita, bem como por
apresentarem as menores taxas de geração de renda (Montali e Tavares, 2008).
Esse tópico pretende apresentar os arranjos domiciliares mais suscetíveis ao
empobrecimento no Pólo Regional de São José do Rio Preto no ano de 2000 e
destacar os municípios da região em que essa fragilidade se mostra mais acentuada.
Para tanto, serão utilizados dois indicadores: rendimento domiciliar per capita e taxa
de geração de renda, ambos analisados segundo arranjo domiciliar.
O Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentou, no ano de 2000,
rendimento domiciliar per capita de R$ 415,40, valor inferior ao apresentado pelo
Estado de São Paulo e pelas regiões metropolitanas paulistas. Entretanto, quando
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 105
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
comparado aos outros Pólos Regionais sob análise, o Pólo de São José do Rio Preto
apresenta o terceiro maior rendimento domiciliar per capita, muito próximo do
apresentado pelos Pólos de São José dos Campos e de Ribeirão Preto (Gráfico 6).
Considerando-se o outro indicador selecionado para análise, a taxa domiciliar de
geração de renda verificada para o Pólo de São José do Rio Preto, em 2000, foi de
55,4%, superior à observada no Estado de São Paulo (50,5%), e também maior que a
apresentada nas regiões metropolitanas e nos demais pólos regionais, com a exceção
de Araçatuba, cuja taxa se assemelha a esta (Tabela 7). Estes dois indicadores,
rendimento per capita e taxa de geração de renda evidenciam que no Pólo Regional
de São José do Rio Preto embora tenha se elevado a proporção de pessoas por
domicílio envolvidas em atividades de geração de renda, é mais baixa a remuneração
auferida por estas, significando em termos comparativos às regiões metropolitanas
paulistas, situações mais desfavoráveis de remuneração e indicando a possibilidade
de vínculos mais precários de inserção no mercado de trabalho.
Gráfico 6 Rendimento domiciliar per capita Região Metropolitanas e Pólos Regionais – Estado de São Paulo 2000
442,1
506,9
479,0
436,4
426,6
422,5
415,4
408,3
377,2
372,6
338,0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1.000
Estado São Paulo
RM São Paulo
RM Campinas
RM Baixada Santista
Pólo Ribeirão Preto
Pólo São José dos Campos
Pólo São José do Rio Preto
Pólo Bauru
Pólo Sorocaba
Pólo Araçatuba
Pólo Presidente Prudente
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Entre os municípios que compõem o Pólo Regional de São José do Rio Preto no
ano de 2000, é grande a disparidade de níveis de rendimento domiciliar per capita.
Apenas São José do Rio Preto, o município-sede da região e o município de
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 106
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Bálsamo encontram-se acima do valor correspondente à média regional em relação
ao rendimento per capita.
Para evidenciar essa disparidade, no caso do município de São José do Rio
Preto, merece ressaltar que o valor de seu rendimento per capita é três vezes maior
que o dos municípios de Mirassolândia, União Paulista, Zacarias e Ubarana, que
apresentam os menores valores no Pólo de São José do Rio Preto (Gráfico 7). No
caso destes quatro municípios, por sua vez, merece destacar que apresentam
rendimento per capita abaixo da metade da média regional.
Dentre os trinta e um municípios do Pólo de São José do Rio Preto, cinco têm
rendimento per capita que corresponde à metade da média regional, e outros onze
municípios apresentam rendimento per capita entre metade e dois terços da média
regional, evidenciando a precariedade de rendimentos na maior parte dos municípios
do Pólo Regional de São José do Rio Preto.
Gráfico 7 Rendimento domiciliar per capita Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000
415,4512,0
433,2340,5336,7334,6328,0317,6316,1307,7302,8297,8295,9293,3285,6283,7280,6268,0265,9265,9251,3251,1250,2241,8237,8221,7215,4201,8
176,9174,5174,0163,5
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Pólo São José do Rio PretoSão José do Rio Preto
BálsamoJosé Bonifácio
GuapiaçuMirassol
Monte AprazívelNeves PaulistaBady Bassitt
PoloniPotirendaba
TanabiOrindiúvaMendonçaPlanaltoCedralIbirá
Nova AliançaPaulo de Faria
JaciIpiguá
Nova GranadaIcém
UchoaPalestinaAdolfoNipoã
Onda VerdeUbaranaZacarias
União PaulistaMirassolândia
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 107
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
A disparidade regional na renda per capita observada nos municípios do Pólo
Regional vai se refletir nos arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento presentes
em cada um deles, acentuando sua fragilidade .
Considerando-se os dois indicadores selecionados para a análise, constata-se
que os arranjos domiciliares mais suscetíveis à pobreza, identificados no Pólo
Regional de São José do Rio Preto, no ano de 2000, são, em ordem crescente
aqueles chefiados por casais na faixa etária de até 34 anos com filhos e/ou parentes,
seguidos pelos arranjos de chefias femininas sem cônjuges com filhos e/ou parentes
e, por fim, os chefiados por casais na faixa etária dos 35 aos 49 anos com filhos e/ou
parentes (Gráficos 8 e 9). Comparado ao estudo de Montali e Tavares (2008), sobre
as regiões metropolitanas brasileiras no ano de 2004, observa-se a mesma ordem de
fragilidade identificada por aquele estudo segundo tipos de arranjos domiciliares.
Embora semelhante à ordem de fragilidade encontrada no estudo referido (Montali e
Tavares, 2008) e também pelo presente projeto nas regiões metropolitanas do Estado
de São Paulo, identificou-se especificidades e situações semelhantes em alguns dos
Pólos Regionais, dentre eles o de Presidente Prudente e São José do Rio Preto,
Araçatuba e Bauru referente a um novo arranjo que apresenta maiores
suscetibilidades ao empobrecimento, como se verá mais adiante.
Os arranjos nucleados por casais na faixa etária de até 34 anos com a presença
de filhos e/ou parentes, que apresentam maior suscetibilidade à pobreza no ano de
2000 no Pólo de São José do Rio Preto com base nos indicadores adotados, têm
rendimento domiciliar per capita de R$ 271,50 e taxa de geração de renda do domicílio
de 39,5%, o que significa que pouco mais de um terço da população em idade ativa
aporta renda para o domicílio.
Observa-se, entretanto, que nos municípios do Pólo Regional de São José do
Rio Preto, este arranjo familiar identificado por sua maior fragilidade no enfrentamento
das necessidades para a subsistência relacionada à sua composição domiciliar,
apresenta valores bastante distintos de sua renda per capita. Assim, os arranjos
chefiados por casais na faixa etária dos 34 anos com filhos e/ou parentes, apresentam
em todos os municípios os menores valores do rendimento domiciliar per capita,
porém, o valor deste varia de forma associada à renda per capita do município. Foram
encontrados entre os municípios analisados valores do rendimento domiciliar per
capita para esse tipo de arranjo, que variam entre R$ 114,00 (Nipoã) e R$ 329,00
(São José do Rio Preto) no ano de 2000. Em São José do Rio Preto, município-
sede, o arranjo domiciliar dos casais na faixa etária de até 34 anos com filhos e/ou
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 108
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
parentes, apresentou taxas de geração de renda de 40% acima da média regional
para o arranjo e rendimento domiciliar per capita de R$ 329,00, também acima da
média regional para o arranjo. Em situação oposta está Nipoã, um dos municípios de
menor rendimento per capita, em que esse arranjo apresenta rendimento de R$
114,00, per capita e taxa de geração de renda de 36,1%, ambos indicadores abaixo da
média regional para o arranjo domiciliar, evidenciando uma das situações em que são
maiores as fragilidades destes arranjos que caracterizam-se pela maior
susceptibilidade ao empobrecimento.
O segundo arranjo domiciliar mais suscetível à pobreza no ano de 2000, do Pólo
Regional de São José do Rio Preto é evidenciado nos arranjos domiciliares chefiados
por mulheres sem cônjuges com filhos e/ou parentes. Nesse tipo de arranjo, o
rendimento domiciliar per capita observado foi de R$ 332,50, abaixo da média regional
(R$ 415,00) e a taxa de geração de renda foi de 62,9%, mais elevada que a média da
região. Ou seja, mais pessoas contribuem para a geração de renda, mas o rendimento
domiciliar per capita é menor que nos outros arranjos domiciliares em decorrência das
características de sexo e de idade de seus componentes, bem como das
características de inserção dos mesmos no mercado de trabalho, com parcela
importante em atividades não formalizadas (Montali, 2008).
Gráfico 8 Rendimento domiciliar per capita segundo tipo de arranjo domiciliar Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000
415,4
899,2
622,3
454,2
495,8
457,2
332,5
271,5
0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600
Total
Chefe masculino unipessoal
Chefe feminina unipessoal
Chefe masculino sem cônjuge -e/ou filhos e/ou parentes
Casal de 50 anos e mais com filhose parentes
Casal de 35 a 49 anos com filhos eparentes
Chefe feminina sem cônjuge - e/oufilhos e/ou parentes
Casal até 34 anos com filhos eparentes
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 109
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico 9 Taxa Específica de geração de renda por tipos de arranjos domiciliares Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000
55,4
95,1
91,7
73,4
72,3
63,3
62,9
51,1
39,5
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Total
Chefe feminina unipessoal
Chefe masculino unipessoal
Casal sem filhos
Chefe masculino sem cônjuge - e/oufilhos e/ou parentes
Casal de 50 anos e mais com filhose parentes
Chefe feminina sem cônjuge - e/oufilhos e/ou parentes
Casal de 35 a 49 anos com filhos eparentes
Casal até 34 anos com filhos eparentes
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Nos arranjos domiciliares chefiados por mulheres sem cônjuges com filhos e/ou
parentes os municípios do Pólo de São José do Rio Preto tiveram rendimento
domiciliar per capita variando entre R$ 101,50 (Zacarias) e R$ 385,00 (São José do
Rio Preto). Tomando Zacarias como um dos municípios em que esse tipo de arranjo
apresentou maior suscetibilidade à pobreza, observa-se rendimento per capita de R$
101,50, abaixo da metade da média regional para o arranjo e taxa de 43,9%, abaixo
da média regional para o arranjo. Situação mais favorável pode ser apontada em São
José do Rio Preto, no qual esse arranjo domiciliar apresentou rendimento de R$
385,00 e taxa de geração de renda de 62,8%, na média do arranjo.
Por fim, os casais na faixa etária dos 35 aos 49 anos com filhos e/ou parentes
são o terceiro arranjo mais suscetível à pobreza do Pólo de São José do Rio Preto.
Estes apresentam rendimento domiciliar per capita de R$ 457,00, acima da média
regional, e apresentam taxa de geração de renda de 51%, abaixo da média regional.
Nos municípios do Pólo, o arranjo domiciliar nucleado pelo casal de 35 a 49 anos
com filhos e/ou parentes apresentou rendimentos per capita que variaram entre R$
165,00 (Mirassolândia) e R$ 567,00 (São José do Rio Preto), no ano de 2000. No
município de Mirassolândia, que apresenta a menor renda per capita do Pólo, esse
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 110
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
arranjo domiciliar apresentou rendimento per capita de R$ 165,00 e taxa de geração
de renda de 50,7%, evidenciando que embora metade dos componentes em idade
ativa aportem renda para o domicílio os rendimentos obtidos são baixos,
possívelmente associados a inserções precárias no mercado de trabalho. O município
de São José do Rio Preto, apresenta mais uma vez situações mais favoráveis, em
que esse arranjo apresentou rendimento per capita de R$ 567,00, superior à renda per
capita do Pólo de São José do Rio Preto; e taxas de geração de renda de 51%, na
média regional para esse arranjo domiciliar.
No entanto, esse arranjo divide com outro arranjo domiciliar o lugar de terceiro
rendimento per capita mais baixo e inferior à média regional, trata-se do arranjo
domiciliar do chefe masculino sem cônjuge com filhos e/ou parentes, que apresenta
rendimento per capita pouco acima da média regional (R$ 454,00) e taxa domiciliar de
geração de renda mais elevada (72,3%), ver Gráficos 8 e 9. Esse arranjo identificado
nos pólos regionais, expressa maiores fragilidades para suprir a subsistência porque
embora apresente maior número de pessoas que aportam rendimento de alguma
natureza para o domicílio, os rendimentos auferidos são de valor mais baixo. O Anexo
3, mostra que esse arranjo, assim como o arranjo dos casais na faixa etária dos 35
aos 49 anos com filhos e/ou parentes apresentam concentração elevada nos decís
inferiores de renda e com a mesma proporção, de 47%, no ano de 2000 no Pólo de
São José do Rio Preto.
A especificidade encontrada neste pólo regional, com semelhanças com o
observado nos Pólos de Bauru e Araçatuba, merece ser melhor investigada em estudo
específico, mas se supõe que esteja relacionada à estrutura etária mais envelhecida
dessas regiões, mencionada na Parte 2.1., do Capítulo 3. dos Estudos Regionais dos
Pólos referidos, às características da atividade econômica, e também aos processos
migratórios que caracterizam tais pólos. Deve-se esclarecer que não é possível
aprofundar essa análise através dos dados do Censo de 2000, porque esse arranjo
domiciliar representa pequena proporção entre os domicílios nas áreas estudadas e
cruzamentos mais detalhados passam a ter problemas de significância estatística,
demandando estudos de outra natureza. No Pólo de São José do Rio Preto, por
exemplo, esse arranjo representa cerca de 3% dos domicílios segundo o Censo de
2000, no entanto é importante indicá-lo como um dos arranjos mais suscetíveis ao
empobrecimento para a continuidade do acompanhamento nos anos recentes e para
indicá-lo como público demandante de políticas de proteção social.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 111
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Para concluir, merece ressaltar que esta análise além de apontar os arranjos
mais suscetíveis ao empobrecimento no Pólo Regional de São José do Rio Preto, teve
por objetivo explicitar a fragilidade dos mesmos no contexto da conhecida disparidade
social. Ao mostrar que o rendimento per capita domiciliar de São José do Rio Preto é
três maior que o de Mirassolândia, União Paulista, Zacarias e Ubarana (Gráfico 7),
estamos também mostrando que é proporcional a gravidade dos arranjos domiciliares
mais fragilizados nestes locais, demandando atenção especial das políticas sociais de
combate à pobreza.
Arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento em 2006 14
Um dos objetivos do presente projeto ao identificar os arranjos mais suscetíveis
ao empobrecimento nas regiões metropolitanas e pólos regionais do Estado de São
Paulo é oferecer indicações sobre os arranjos domiciliares que demandam maior
atenção das políticas sociais.
Nesse sentido, e buscando informações mais recentes para essa temática,
recorreu-se aos dados de 2006 da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios), realizada pelo IBGE.
Pretende-se aqui mostrar no ano 2006, o perfil dos arranjos mais suscetíveis ao
empobrecimento e o acesso destes aos programas de transferência de renda. Embora
a fonte de informação disponível (PNAD-IBGE, 2006) não permita a desagregação
para as regiões metropolitanas paulistas e pólos regionais, esse fato não invalida a
inclusão destas informações no estudo regional, porque estes dados informam sobre o
Estado de São Paulo, a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e o restante
do Estado excluindo-se a RMSP, o qual foi denominado neste estudo como Interior.
Deve-se ressaltar que os dados referentes ao ano de 2006, em comparação com
os referentes ao ano censitário de 2000 aqui analisados, refletem uma conjuntura
econômica distinta, com recuperação do crescimento da economia, expansão do
emprego formal, bem como de expansão do acesso a programas de transferência de
renda, que passam a ser massivamente implementados a partir de 2004.
14 Este item traz informações apresentadas no FINEP/NEPP/NEPO/IE. 2009. Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais. Convênio FINEP-FNDCT/NEPP/Regiões Metropolitanas.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 112
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
A nova fonte de dados confirma os mesmos arranjos domiciliares como os mais
suscetíveis ao empobrecimento, identificados através dos censos de 1991 e 2000, e
na mesma ordem de maior suscetibilidade, quais sejam, aqueles de casais jovens, de
até 34 anos, com filhos e /ou parentes, os arranjos das famílias com chefia feminina
sem a presença de cônjuge, com filhos e/ou parentes, e os arranjos de casais com
idades entre 35 e 49 anos com filhos e/ou parentes (Gráficos 8 e 10). Essa fonte de
dados também indica para o Interior o surgimento de mais um arranjo domiciliar que
demanda atenção das políticas de proteção social, que são os arranjos com chefia
masculina sem a presença de cônjuge, com filhos e/ou parentes, confirmando a
identificação desse arranjo domiciliar por este Projeto, nas análises com base nos
dados do Censo 2000 (ver itens anteriores, Capitulo 3 Item 2.3 do Estudo Regional de
São José do Rio Preto).
Os arranjos domiciliares identificados como mais suscetíveis ao
empobrecimento, conforme análise apresentada nos tópicos anteriores deste Item
2.3., apresentam os níveis mais baixos de rendimentos domiciliares per capita e
também apresentam maiores concentrações nos decís inferiores de renda domiciliar.
Estas características são evidenciadas tanto na análise com base nos dados
censitários de 2000 (Anexo 3), como na análise do ano de 2006, utilizando os dados
da PNAD 2006 – IBGE (Anexo 1).
Os dados da PNAD 2006 mostram que os três tipos de arranjos domiciliares
identificados como mais suscetíveis ao empobrecimento compõem, no ano de 2006,
cerca de 56,5% dos domicílios da Região Metropolitana de São Paulo, 55% do Interior
e 55,6% do conjunto do Estado de São Paulo e que apresentam concentrações mais
elevadas que os demais arranjos domiciliares nos decís inferiores de rendimento
domiciliar per capita. Dessa maneira, encontram-se abaixo do valor do 5º decil da
distribuição de renda domiciliar per capita metropolitana, que identifica os 50% mais
pobres, mais que 70% dos arranjos domiciliares dos casais jovens com filhos.
Proporções mais elevadas são encontradas na Região Metropolitana de São Paulo
(73%) em comparação como o Interior (71%) (Anexo 1). Nos domicílios com arranjos
de chefe feminina sem a presença de cônjuge, com filhos e/ou parentes, pouco menos
de 60% apresentam rendimento abaixo do valor do 5º decil; dentre estes se observa
percentual um pouco mais elevado no Interior. Entre os domicílios dos casais de 35 a
49 anos com filhos e/ou parentes pouco mais que 50% estão abaixo do valor do 5º
decil, com proporções mais elevadas na RMSP (54%) do que no Interior (52%).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 113
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Em síntese, os domicílios mais suscetíveis ao empobrecimento apresentam
maior concentração entre os 50% mais pobres na Região Metropolitana de São Paulo
comparativamente aos do Interior e ao total do Estado de São Paulo. Este indicador
está bastante coerente com as análises apresentadas no Estudo Regional – Região
Metropolitana de São Paulo15, Capitulo 3, Parte 1. Renda, Pobreza e Desigualdade na
Região Metropolitana de São Paulo, que evidencia o aprofundamento da desigualdade
de rendimentos entre as pessoas de 10 anos e mais na Região Metropolitana de São
Paulo, no ano 2000.
Gráfico 10 Rendimento domiciliar per capita segundo tipo de arranjo domiciliar Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Estado São Paulo 2006
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800
Total
Chefe masculino unipessoal
Chefe feminina unipessoal
Casal sem filhos
Casal de 50 anos e mais comfilhos e parentes
Chefe masculino sem cônjuge -e/ou filhos e/ou parentes
Casal de 35 a 49 anos com filhose parentes
Chefe feminina sem cônjuge -e/ou filhos e/ou parentes
Casal até 34 anos com filhos eparentes
RMSP Estado São Paulo Interior
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Os arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento e o acesso aos programas de transferência de renda em 2006
Durante a década de 2000, dentre as políticas de combate à pobreza
diversificam-se os programas e amplia-se a cobertura daqueles caracterizados pela
15 FINEP. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/IE-UNICAMP-FINEP. Documento 2 – Estudos Regionais – Região Metropolitana de São Paulo, Capitulo 3.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 114
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
transferência de renda. Os programas de transferência de renda apresentam
abrangência incipiente no ano 2000, portanto não poderiam ser analisados através dos
dados censitários correspondentes a esse ano. Na década de 90 inicia-se esse tipo de
política de combate à pobreza com a predominância de programas municipais, que
passaram a ser implementados a partir de 199516, além de dois programas federais: o
Beneficio de Prestação Continuada (BPC) e o Programa de Erradicação do Trabalho
Infantil (PETI), instituídos em 1996. No decorrer da década de 2000 aumenta a
cobertura dos programas de transferência de renda com a ampliação da
implementação destes dois programas federais e, a partir de 2001, com a
implementação dos programas Bolsa-Escola e Bolsa-Alimentação e na seqüência os
programas Auxilio-Gás, em 2002 e o Cartão Alimentação, em 2003. A partir de outubro
de 2003, ocorre a implementação do Programa Bolsa-Família, que unifica estes
últimos quatro programas de transferência e gradativamente amplia a cobertura,
tornando-a massiva. Assim, a partir de 2003 aumenta o acesso a esse tipo de
programa de combate à pobreza pelos domicílios com rendimentos mais baixos17.
No entanto ainda é bastante modesto o acesso dos domicílios do Estado de São
Paulo e da RMSP a programas de transferência de renda, segundo pesquisa da
Fundação SEADE cerca de 9% deles têm acesso a pelo menos um programa dessa
natureza18. Considerando-se o total dos domicílios brasileiros, 18,3% correspondem à
proporção dos que receberam transferência de renda de programa social do governo
(IBGE, 2008: Tabela 1.2.3). Existem no entanto diferenças regionais na distribuição
dos domicílios brasileiros com acesso a tais programas governamentais e as maiores
proporções são encontradas nas regiões Nordeste (35,9%) e Norte (24,6%), seguidos
pelas das regiões Centro-Oeste (18%), Sul (10,4%) e Sudeste (10,3%).
Tendo por referência os grupos de arranjos domiciliares mais suscetíveis ao
empobrecimento, investiga-se aqui o acesso destes aos programas de transferência
de renda. Constata-se que, se por um lado ainda é restrito o aceso do conjunto dos
domicílios a programas de transferência de renda, por outro lado existem indicações
de que o acesso a programa social de transferência de renda governamental mostra-
16 Detalhamento dos programas municipais de transferência de renda nesse período pode ser encontrado em Fonseca, 2001. 17 Mais informações sobre programas de transferência de renda podem ser encontradas na Parte 3 deste capítulo. 18 Resultados da Pesquisa de Condições de Vida – PCV 2006 - Fundação SEADE, mostram que 8,7% das famílias do Estado de São Paulo e 9% das famílias da Região Metropolitana de São Paulo têm acesso a benefícios oriundos dos programas governamentais de transferência de renda. Disponível em http://www.seade.gov.br. Acesso em 28/03/2008.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 115
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
se bem focalizado, pois mais que 90% dos domicílios beneficiários no Estado de São
Paulo encontram-se entre os 50% mais pobres segundo os dados da PNAD 2006
(Tabela 11). A focalização dos programas sociais de transferência de renda se
evidencia também através das proporções mais elevadas do acesso a tais programas
sociais pelos domicílios acima caracterizados como arranjos mais suscetíveis ao
empobrecimento nas diversas espacialidades sob análise em comparação com os
demais arranjos domiciliares (Tabela 11 % coluna).
Considerando-se o conjunto dos tipos de arranjos domiciliares fica evidente a
focalização nos três tipos apontados como mais suscetíveis ao empobrecimento quais
sejam: casal de até 34 anos, com filhos e parentes, chefe feminina sem cônjuge, com
filhos e parentes, e casal entre 34 e 49 anos com filhos e parentes, que juntos
perfazem mais de 80% dos domicílios com acesso a algum programa de transferência
de renda em todas as espacialidades analisadas em 2006. Assim, na RMSP, enquanto
os arranjos domiciliares identificados por este estudo como mais fragilizados
representam 56,5% do total dos domicílios (Anexo 1), ao se considerar os 50% mais
pobres representam 83% dos domicílios atendidos por programas de transferência de
renda (Tabela 11 % coluna). No Interior, estes arranjos domiciliares representam 55%
do total dos domicílios (Anexo 1) e, considerando –se os 50% mais pobres, são 82%
dentre os beneficiários destes programas (Tabelas 11 % coluna).
Tabela 11Distribuição dos domicílios com acesso aos programas de transferência de renda entre os 50% mais pobres - Estimativa (%) (1)Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Estado de São Paulo2006
% linha % coluna % linha % coluna % linha % coluna
Casais 96,3 69,1 93,0 73,6 94,2 72,0
Casal sem filhos 91,7 3,3 76,3 4,3 78,0 3,9
Casal com filhos e parentes 96,5 65,9 94,3 69,3 95,3 68,2
Casal até 34 anos com filhos e parentes 96,1 29,1 96,4 31,9 96,6 31,0
Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 98,8 25,2 95,2 26,6 96,4 26,1
Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 86,4 5,6 80,4 5,5 83,8 5,7
Chefe feminina sem cônjuge 97,1 29,7 95,8 23,6 96,7 25,7
Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 97,0 28,5 96,9 23,0 96,9 24,8
Chefe feminina unipessoal 100,0 1,2 66,7 0,6 90,1 0,9
Chefe masculino sem cônjuge 80,0 1,2 95,0 2,8 92,0 2,3
Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 80,0 1,2 94,1 2,4 90,9 2,0
Chefe masculino unipessoal 0,0 0,0 100,0 0,5 100,0 0,3
Total (2) 96,3 100,0 93,7 100,0 94,8 100,0
(1) Estimativa obtida através da variável V1273. Domicílios até o 8º decil do rendimento domiciliar per capita.
(2) O Total inclui outros tipos de arranjos domiciliares (residual).
RMSP Interior Estado
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
50% mais pobres 50% mais pobres 50% mais pobres
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 116
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Outro aspecto que se pretende ressaltar é que o acesso a programas de
transferência está relacionado à composição dos domicílios e aos distintos arranjos
domiciliares associados a ciclos vitais da família (Tabela 12). Observa-se que o
Beneficio de Prestação Continuada, que atende a deficientes e principalmente idosos
em situação de risco, apresenta peso maior entre as famílias unipessoais,
caracterizadas por idosos, entre os arranjos nucleados pelos casais de 50 anos com
filhos e/ou parentes, bem como entre os casais sem filhos residentes, dentre os quais
uma parcela importante é composta por idosos. Representa ainda cerca de 15 % dos
benefícios a que têm acesso os domicílios com chefia feminina sem a presença de
cônjuge no Estado de São Paulo, lembrando que nestes arranjos cerca de metade das
chefes têm 50 anos e mais. Nos demais arranjos familiares é bastante menor a
participação desse programa (Tabela 12).
O programa Bolsa-Família, por sua vez, apresenta peso importante entre os
programas de transferência de renda, abrangendo cerca de 67% dos domicílios
metropolitanos com acesso e 73% dos domicílios do Interior com acesso. No Estado
de São Paulo, dentre os beneficiários de algum programa de transferência de renda
governamental, 70% têm acesso ao programa Bolsa-Família (Tabela 12).
É mais elevado o acesso ao Bolsa Família pelos três tipos de arranjos
identificados como mais suscetíveis ao empobrecimento, que contam em sua
composição familiar com parcela importante de crianças, adolescentes e jovens, ou
seja, os tipos de arranjo domiciliar: casal de até 34 anos, chefe feminina sem cônjuge,
com filhos e/ou parentes e casal entre 34 e 49 anos com filhos e/ou parentes. Na
Região Metropolitana de São Paulo, considerando-se os domicílios com acesso a
algum tipo programa de transferência de renda, cerca de 70% dos domicílios desses
três arranjos domiciliares referidos como mais fragilizados, são beneficiários do
Programa Bolsa Família. Proporção mais elevada que a apresentada pelos demais
arranjos domiciliares (Tabela 12).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 117
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 12Distribuição dos domicílios com acesso a programas de transferência de renda por arranjos domiciliares, segundo distribuição por programa
Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Estado de São Paulo
2006
Tipos de arranjos BOLSA FAMÍLIA
BPC PETI OUTRO PROGRAMA
TOTAL BOLSA FAMÍLIA
BPC PETI OUTRO PROGRAMA
TOTAL BOLSA FAMÍLIA
BPC PETI OUTRO PROGRAMA
TOTAL
Casais 67,0 6,5 0,7 25,7 100,0 74,7 11,7 0,7 12,9 100,0 72,1 10,0 0,7 17,2 100,0
Casal sem filhos 61,5 15,4 0,0 23,1 100,0 37,5 52,5 0,0 10,0 100,0 43,5 43,2 0,0 13,3 100,0
Casal até 34 anos com filhos e parentes 70,3 2,5 1,7 25,4 100,0 84,4 3,4 0,8 11,4 100,0 79,6 3,1 1,1 16,1 100,0
Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 69,0 4,0 0,0 27,0 100,0 75,6 8,5 1,0 14,9 100,0 73,4 7,0 0,7 19,0 100,0
Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 48,0 28,0 0,0 24,0 100,0 44,0 38,0 0,0 18,0 100,0 45,4 34,6 0,0 20,0 100,0
Chefe feminina sem cônjuge 68,7 7,0 0,9 23,5 100,0 67,8 21,1 1,1 10,0 100,0 68,1 15,5 1,0 15,3 100,0
Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 70,3 4,5 0,9 24,3 100,0 70,1 18,4 1,1 10,3 100,0 70,2 12,9 1,1 15,9 100,0
Chefe feminina unipessoal 25,0 75,0 0,0 0,0 100,0 0,0 100,0 0,0 0,0 100,0 10,1 89,9 0,0 0,0 100,0
Chefe masculino sem cônjuge 16,7 33,3 0,0 50,0 100,0 60,0 30,0 0,0 10,0 100,0 49,8 30,8 0,0 19,4 100,0
Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 16,7 33,3 0,0 50,0 100,0 70,6 23,5 0,0 5,9 100,0 56,3 26,1 0,0 17,6 100,0
Chefe masculino unipessoal 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 66,7 0,0 33,3 100,0 0,0 66,7 0,0 33,3 100,0
Total (1) 66,8 7,1 0,8 25,4 100,0 72,7 14,4 0,8 12,2 100,0 70,6 11,8 0,8 16,8 100,0
(1) o total inclui outros tipos de arranjos domiciliares (residual).
InteriorRMSP Estado São Paulo
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Merece destaque o fato de que, na Região Metropolitana de São Paulo, 61% dos
domicílios de casais sem filhos e 25% dos domicílios unipessoais femininos são
beneficiários do Bolsa Família em 2006. Informações semelhantes foram identificadas
por estudo de Montali e Tavares sobre as regiões metropolitanas brasileiras para o
mesmo ano e atribui-se o acesso de domicílios sem a presença de crianças ou
adolescentes à ampliação do Bolsa Família que privilegiou o limite da renda domiciliar
per capita como critério para a seleção das famílias beneficiárias (Montali e Tavares,
2008).
Além destes arranjos identificados como mais suscetíveis ao empobrecimento,
foi identificado outro tipo de arranjo domiciliar como beneficiário de programas de
transferência de renda, demandando atenção no planejamento dos programas de
proteção social, trata-se do arranjo domiciliar do chefe masculino sem cônjuge, com
filhos e/ou parentes. Este arranjo é apontado principalmente para o Interior como um
dos que apresenta elevada concentração entre os 50% mais pobres, da ordem de
45%; na RMSP apresenta concentração um pouco menor, da ordem de 40% (Anexos
1 e 3). Observou-se também que o acesso desse arranjo a programas de transferência
de renda mostra-se diferenciado, quando consideradas a Região Metropolitana e o
Interior do Estado de São Paulo. Na Região Metropolitana de São Paulo este arranjo
domiciliar é beneficiário do BPC , no caso de 33% dos domicílios, e de Outro
Programa, com a importante porcentagem de 50%; esta categoria Outro Programa
inclui programas estaduais e municipais. No Interior, 70% destes domicílios são
beneficiários do Bolsa Família e 23% do BPC (Tabela 12). Esta nova situação de
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 118
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fragilidade merece um estudo especial, considerando-se as mudanças na estruturação
das famílias, bem como na dinâmica do mercado de trabalho e as novas restrições ao
emprego nos anos recentes.
Considerações Finais
Merece ressaltar que a análise do acesso aos programas de transferência de
renda governamentais pelos domicílios caracterizados por arranjos mais suscetíveis
ao empobrecimento explicita, ao mesmo tempo, a confirmação da condição de maior
suscetibilidade ao empobrecimento destes arranjos, bem como a focalização dos
programas de transferência de renda nos domicílios mais pobres.
Por outro lado esta análise apontou um outro arranjo domiciliar identificado nos
anos recentes, que evidencia fragilidade em face à sobrevivência, demandando
atenção das políticas de proteção social, que é o arranjo do chefe masculino sem
cônjuge, com filhos e/ou parentes. Embora este arranjo domiciliar represente cerca de
4% dos domicílios da RMSP, Interior e Estado de São Paulo em 2006, apresenta uma
das concentrações mais elevadas entre os 50% mais pobres (Anexo 1) e evidencia
acesso a programas de transferência de renda, demandando conhecimento mais
aprofundado de sua configuração e da condição de precariedade.
Anexo 1 Distribuição dos arranjos domiciliares por tipologia segundo decis do rendimento domiciliar per capita (R$) Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Estado São Paulo 2006
Tipos de arranjos Distribuição Tipologia
50% mais pobres
Distribuição Tipologia
50% mais pobres
Distribuição Tipologia
50% mais pobres
Casais 65,0 52,2 70,2 51,7 67,7 51,9Casal sem filhos 13,3 30,3 16,3 36,2 14,8 34,0
Casal até 34 anos com filhos e parentes 16,3 72,7 17,8 70,6 17,1 71,5Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 21,1 54,5 22,3 51,6 21,7 52,7
Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 11,3 39,7 10,4 40,2 10,9 39,5Chefe feminina sem cônjuge 25,5 52,0 21,1 51,2 23,2 51,3
Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 19,1 58,4 14,8 59,4 16,8 58,3
Chefe feminina unipessoal 6,5 33,3 6,3 32,0 6,4 32,7Chefe masculino sem cônjuge 9,4 29,9 8,8 35,0 9,1 33,4
Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 4,1 40,0 3,3 45,0 3,7 43,0Chefe masculino unipessoal 5,3 22,3 5,5 29,1 5,4 27,0
Total (1) 100,0 50,1 100,0 50,1 100,0 50,0
(1) O Total inclui outros arranjos domiciliares.
RMSP Interior Estado São Paulo
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 119
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Anexo 2 Rendimento domiciliar per capita (em R$) Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000
Totalaté 34 anos
de 35 a 49 anos
50 anos e mais
Residual
Pólo São José do Rio Preto 415,0 570,4 391,6 271,5 457,2 495,8 320,5 366,7 332,5 622,3 595,0 454,2 899,3Adolfo 227,7 314,1 217,7 175,4 251,0 231,4 252,1 192,8 196,9 161,3 159,3 138,7 197,4Bady Bassitt 322,9 424,5 306,4 276,7 336,5 312,2 297,5 260,6 252,3 360,3 312,7 246,5 486,5Bálsamo 465,2 371,0 480,0 261,7 305,6 1.034,9 491,5 217,6 221,9 194,0 322,3 308,7 342,2Cedral 265,3 271,5 264,2 251,7 240,2 339,9 199,2 375,8 353,2 544,3 427,9 357,3 682,2Guapiaçu 337,1 589,2 303,0 292,6 331,1 276,1 219,5 323,4 297,7 523,6 369,6 367,1 377,2Ibirá 283,9 604,1 237,3 183,5 266,7 287,3 190,8 250,1 226,3 347,7 300,3 251,5 433,8Icém 259,7 322,2 250,6 171,8 302,9 338,8 158,0 181,9 157,1 340,7 265,7 239,7 319,5Ipiguá 246,0 377,2 224,6 219,7 250,0 281,0 101,6 249,2 250,6 248,2 435,6 231,5 546,2Jaci 259,3 353,9 243,5 204,0 237,4 475,9 164,6 204,9 180,7 498,3 499,3 485,7 618,2José Bonifácio 350,9 605,0 313,1 212,9 400,3 396,7 152,1 253,8 233,7 424,6 444,4 308,4 656,2Mendonça 224,1 235,3 221,8 169,8 215,4 364,1 132,2 697,3 749,5 231,9 706,0 942,3 244,1Mirassol 340,2 448,2 326,2 250,2 358,6 397,9 373,7 302,5 275,9 476,3 326,6 287,5 412,0Mirassolândia 161,0 236,0 149,6 124,4 165,0 172,5 151,3 148,9 140,8 202,3 230,3 184,3 425,6Monte Aprazível 331,1 357,9 326,4 221,4 373,2 412,0 278,6 310,8 305,4 341,9 321,6 255,9 446,6Neves Paulista 323,9 557,8 285,0 219,7 333,4 290,0 298,6 269,0 262,7 326,6 334,2 255,9 512,6Nipoã 223,0 329,9 202,9 114,0 268,7 286,5 256,3 141,9 142,0 138,3 231,8 209,7 265,3Nova Aliança 256,4 272,4 254,3 172,3 286,2 359,3 177,1 267,1 229,5 567,5 534,2 572,6 488,4Nova Granada 245,9 389,0 230,4 144,6 265,8 381,5 136,4 239,7 239,4 242,8 406,1 354,7 470,0Onda Verde 201,2 335,8 182,9 163,5 210,8 174,8 208,2 173,0 169,1 214,9 265,4 168,6 677,5Orindiúva 295,7 382,8 284,3 260,9 332,6 313,4 167,9 258,9 243,3 358,5 348,9 387,9 265,8Palestina 235,2 313,9 217,8 160,5 212,2 345,2 199,0 206,7 204,1 222,9 389,4 402,1 362,0Paulo de Faria 281,3 440,0 255,3 194,8 316,6 318,0 231,9 178,5 150,1 429,4 310,2 197,2 455,8Planalto 293,2 178,1 308,0 292,4 412,7 180,3 76,5 204,7 192,4 255,8 279,1 305,7 232,6Poloni 327,2 388,7 313,9 181,5 320,7 545,7 121,2 212,6 194,1 330,3 266,0 233,8 313,6Potirendaba 305,4 367,5 292,3 254,1 310,6 308,8 334,4 270,2 260,6 320,6 321,1 312,8 346,3São José do Rio Preto 513,5 709,2 484,3 328,8 567,4 601,8 374,2 431,5 385,2 794,7 798,7 585,2 1.297,0Tanabi 301,2 383,6 286,7 207,0 361,1 274,5 310,4 257,4 247,8 314,2 370,2 323,9 435,1Ubarana 168,8 193,7 166,4 125,6 195,7 256,5 159,9 214,3 215,3 212,2 333,1 153,4 691,9Uchoa 244,8 348,7 229,6 153,3 236,7 359,4 224,2 213,4 209,3 247,7 288,1 248,8 318,4União Paulista 170,1 254,0 160,3 164,0 171,9 150,9 99,8 100,1 73,2 224,6 290,9 319,5 227,2Zacarias 182,1 258,5 169,1 155,7 175,7 199,9 120,3 99,6 101,5 72,4 186,4 103,1 271,3
Totalcom filhos
e/ou parentes
Casais Chefe feminina sem cônjuge
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Unipessoal
Chefe masculino sem conjuge
TotalSem Filhos
com filhos e/ou parentes
Totalcom filhos
e/ou parentes
Unipessoal
Anexo 3 Distribuição dos domicílios por arranjos domiciliares segundo decis do rendimento domiciliar per capita (50% mais pobres) Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000
Tipo de arranjoRMSP RMBS RMC Araçatuba Bauru Presidente
PrudenteRibeirão Preto
São José dos Campos
São José do Rio Preto
Sorocaba
Casais 51,8 52,2 52,7 49,6 51,2 50,0 51,1 50,3 50,3
Casal sem filhos 33,2 30,3 36,8 38,8 37,3 36,6 36,1 32,2 32,2
Casal até 34 anos com filhos e parentes 69,7 72,3 69,1 65,6 67,5 64,0 67,9 65,2 65,2
Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 49,7 51,5 49,9 44,9 47,2 46,5 48,1 47,1 47,1
Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 36,5 39,8 42,0 42,0 40,5 41,3 40,0 42,3 42,3
Chefe feminina sem cônjuge 50,6 50,0 51,9 55,5 50,3 52,4 51,8 55,0 55,0
Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 56,1 57,0 57,1 59,2 55,4 54,6 56,0 59,5 59,5
Chefe feminina unipessoal 32,4 29,7 35,3 45,0 36,1 46,1 39,4 35,8 35,8
Chefe masculino sem cônjuge 32,7 34,8 37,7 39,9 37,7 43,6 35,6 37,1 37,1
Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 39,9 43,6 46,4 45,7 47,6 48,9 44,6 47,3 47,3
Chefe masculino unipessoal 25,7 28,3 29,5 35,3 30,1 40,2 27,8 28,7 28,7
Total 50,0 50,0 51,4 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0
Regiões Metropolitanas Pólos Regionais
Fonte: Censo demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projetos Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 120
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
2.4. A mulher e a renda dos domicílios: 1991-2000
Domicílios com rendimento da mulher
Conforme mencionado anteriormente o Pólo Regional de São José do Rio Preto
tinha em 2000, 62,0% dos domicílios com renda da mulher, sendo esta proporção uma
das maiores entre os pólos regionais e regiões metropolitanas. Contudo, a
participação da renda da mulher na renda dos domicílios com mulher com renda era
uma das mais reduzidas, ficando acima dos Pólos de Bauru, Araçatuba, Ribeirão Preto
e São José dos Campos, como pode ser visualizado no gráfico 11 a seguir.
Em 1991, o Pólo de São José do Rio Preto apresentava 54,2% dos domicílios
auferindo rendimentos da mulher e essa percentagem passou para 62,0% em 2000.
Quanto à participação da renda da mulher na renda total dos domicílios com mulher
com renda esta era de 38,7% em 1991 e passou para 41,9% em 2000. Assim, a
ampliação do número de domicílios com mulher com renda foi de 7,9 pontos
percentuais, enquanto a variação da participação da renda da mulher na renda
domiciliar foi bem menos intensa (3,3 pontos percentuais).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 121
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico 11 Domicílios com renda da mulher e participação da renda da mulher na renda domiciliar Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000
Domicílios com renda da mulher (%) - 2000
62,0
57,1
59,8 59,9 60,0 60,260,7 60,8
62,1
63,9
S. J. doRio Preto
S. J. dosCampos
RM BaixSantista
RM SãoPaulo
Sorocaba PresidentePrudente
RibeirãoPreto
RMCampinas
Bauru Araçatuba
Renda da mulher na renda domiciliar (%) - 2000
41,9
41,0 41,2 41,341,7
42,142,6 42,7
45,3
46,6
S. J. doRio Preto
Bauru Araçatuba RibeirãoPreto
S. J. dosCampos
Sorocaba RMCampinas
PresidentePrudente
RM SãoPaulo
RM BaixSantista
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE.
A tabela 13 mostra os municípios do Pólo de São José do Rio Preto ordenados
de menor a maior conforme a participação da renda da mulher na renda domiciliar,
sendo 2000 o ano de referência. O percentual de domicílios com renda da mulher
varia muito entre os municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto. Em 1991
essa variação ia de 37,6% em Mirassolândia a 58,4% em São José do Rio Preto.
Em 2000 o menor percentual ficava com Orindiúva (45,4%) e o maior com São José
do Rio Preto (65,1%). Quando se compara a proporção de domicílios com mulher
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 122
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
com renda do Pólo de São José do Rio Preto (62,0% em 2000) à observada em cada
município, tem-se que São José do Rio Preto, Poloni e Potirendaba possuem
proporções que superam a média do pólo.
Entre 1991 e 2000 houve aumento generalizado do número de domicílios com
mulher auferindo renda, com exceção de Mendonça, onde esta proporção caiu 2,2
pontos percentuais. Merecem destaque os municípios de União Paulista, Nipoã e
José Bonifácio, que apresentaram as maiores variações da proporção de domicílios
com mulher auferindo renda no período (16,9; 15,4 e 14,8 pontos percentuais
respectivamente).
Quanto à participação da renda da mulher na renda dos domicílios nos
municípios do Pólo de São José do Rio Preto o que se observa é que em 1991 ela
variava de 20,3% em Orindiúva a 49,2% em Nipoã. Em 2000, o menor peso da renda
da mulher na renda domiciliar ficava com Planalto (30,7%) e o maior com Cedral
(48,4%).
Tabela 13
Proporção de domicílios com mulher ocupada e participação da renda da mulher na renda domiciliar ordenados
de menor a maior conforme a participação da renda da mulher na renda domiciliar em 2000.
Pólo de São José do Rio Preto (1991-2000)
1991 2000
Pólo de São José do Rio Preto % Domicílios com mulher com renda (todas as fontes)
% Renda da mulher na renda total dos
domicílios com mulher que tem renda
% Domicílios com mulher com renda (todas as fontes)
% Renda da mulher na renda total dos
domicílios com mulher que tem renda
Planalto 37,9 47,7 52,6 30,7
Ipiguá - - 46,2 31,3
Zacarias - - 47,3 35,5
Neves Paulista 48,7 37,4 60,3 35,9
Nipoã 37,9 49,2 53,3 36,6
União Paulista 41,5 40,7 58,4 37,0
Poloni 56,3 32,1 64,0 38,4
Icém 52,1 35,3 53,9 38,8
Jaci 43,6 42,2 53,0 39,1
Bálsamo 45,5 44,7 56,1 39,4
Orindiúva 39,4 20,3 45,4 39,9
José Bonifácio 46,4 40,3 61,3 40,1
Guapiaçu 45,3 36,5 57,5 40,4
Mirassol 58,2 35,7 61,7 40,7
Ubarana - - 51,6 41,0
Ibirá 53,9 42,0 60,5 41,2
Paulo de Faria 47,4 36,9 56,7 41,4
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 123
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tanabi 48,0 40,1 57,9 41,4
Bady Bassitt 48,7 37,5 58,6 41,5
Nova Granada 46,2 38,7 56,4 41,7
Monte Aprazível 50,7 41,5 61,5 42,0
Potirendaba 51,4 38,7 63,6 42,3
São José do Rio Preto 58,4 38,9 65,1 42,4
Onda Verde 42,5 36,7 50,1 42,7
Adolfo 50,3 43,5 61,1 43,4
Palestina 43,1 42,3 56,1 43,5
Mirassolândia 37,6 35,0 45,9 44,0
Nova Aliança 48,4 35,6 57,0 44,2
Uchoa 50,4 36,7 56,3 44,4
Mendonça 52,8 30,9 50,6 44,9
Cedral 46,2 39,1 56,4 48,4
Pólo de São José do Rio Preto 54,2 38,7 62,0 41,9
Fonte: Censos, microdados, IBGE.
Entre 1991 e 2000 o peso da renda da mulher na renda dos domicílios aumentou
em alguns municípios e diminuiu em outros, sendo que os aumentos de participação
da renda da mulher na renda dos domicílios foram menores que aqueles verificados
nos percentuais dos domicílios com mulher com renda. Isto fica evidente no gráfico 12
a seguir, onde do lado esquerdo se visualiza a considerável ampliação nos
percentuais referentes aos domicílios com mulher com renda. Todos os municípios,
com exceção de Mendonça, tiveram variação positiva e muitos deles variação acima
da verificada para o pólo de São José do Rio Preto. Já no que diz respeito à
participação da mulher na renda domiciliar o que se observa, no mesmo gráfico, do
lado direito, é que os acréscimos (em pontos percentuais) foram menos significativos e
vários municípios tiveram decréscimos no peso da renda da mulher na renda
domiciliar.
Um aspecto que vale destacar é a falta de correlação entre os aumentos no
número de domicílios com mulher com renda e a participação da renda da mulher na
renda domiciliar. Para ilustrar, o município de União Paulista teve um acréscimo de
16,9 pontos no percentual de domicílios com mulher com renda e uma redução de 3,7
pontos na participação da renda da mulher na renda domiciliar. Por outro lado, o
município de Mendonça sofreu uma redução de 2,2 pontos no percentual de
domicílios com mulher com renda e um aumento de 14,1 pontos na participação da
renda da mulher na renda domiciliar.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 124
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico 12 Mudanças no percentual de domicílios com mulher com renda e na participação da renda da mulher na renda familiar (em pontos percentuais) Pólo de São José do Rio Preto 1991 e 2000
Mudanças no percentual de domicílios com mulher com renda (pontos percentuais)
-2,2
1,8
3,5
6,0
6,0
6,6
6,7
7,6
7,7
8,3
8,5
9,3
9,5
9,9
9,9
10,1
10,2
10,6
10,8
10,8
11,6
12,2
12,2
13,0
14,7
14,8
16,9
7,9
15,4
Mendonça
Icém
Mirassol
Uchoa
Orindiúva
Ibirá
São José do Rio Preto
Onda Verde
Poloni
Mirassolândia
Nova Aliança
Paulo de Faria
Jaci
Bady Bassitt
Tanabi
Cedral
Nova Granada
Bálsamo
Monte Aprazível
Adolfo
Neves Paulista
Guapiaçu
Potirendaba
Palestina
Planalto
José Bonifácio
Nipoã
União Paulista
Pólo de SJ do Rio Preto
Mudanças na participação da renda da mulher na renda domiciliar (pontos percentuais)
-17,0
-12,6
-5,3
-3,7
-3,1
-1,6
-0,8
-0,2
-0,1
0,5
1,3
1,3
2,9
3,5
3,5
3,6
3,8
4,0
4,4
5,0
7,6
14,1
19,7
3,3
6,36,0
8,6
8,9
9,3
Planalto
Nipoã
Bálsamo
União Paulista
Jaci
Neves Paulista
Ibirá
José Bonifácio
Adolfo
Monte Aprazível
Palestina
Tanabi
Nova Granada
São José do Rio Preto
Icém
Potirendaba
Guapiaçu
Bady Bassitt
Paulo de Faria
Mirassol
Onda Verde
Poloni
Uchoa
Nova Aliança
Mirassolândia
Cedral
Mendonça
Orindiúva
Pólo de SJ do Rio Preto
Fonte: Censo Demográfico 2000. IBGE. Microdados.
Atividade remunerada da mulher
O Pólo Regional de São José do Rio Preto tinha em 2000 uma taxa de ocupação
masculina de 66,1% e feminina de 38,6%19. A taxa de ocupação masculina era a
segunda maior tanto entre os pólos regionais quanto entre as regiões metropolitanas
do estado de São Paulo (gráfico 13), sendo superada apenas pela taxa do pólo de
Araçatuba (66,4%). Já a taxa de ocupação feminina estava entre as mais elevadas,
sendo inferior apenas às taxas da Região Metropolitana de Campinas e do pólo de
Araçatuba. A discrepância entre homens e mulheres com relação à taxa de ocupação
19 Taxa de ocupação foi calculada dividindo o número de pessoas ocupadas pela população em idade ativa (PIA) e multiplicado por 100.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 125
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
é bastante significativa no Pólo de São José do Rio Preto (27,6 pontos percentuais),
sendo a maior no Estado de São Paulo.
Gráfico 13 Taxas de ocupação e desemprego masculinas e femininas Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000.
Taxas de Ocupação 2000
66,1
59,4 60,6 61,656,9
62,8 64,860,5
63,366,4
38,634,8 34,8 35,4 35,9 37,5 37,7 38,1 39,0 39,8
S. J. doRio Preto
S. J. dosCampos
Sorocaba Pres.Prudente
RM Baix.Santista
Bauru RibeirãoPreto
RM SãoPaulo
Campinas
Araçatuba
Homens MulheresFonte: Censo Demográfico, 2000
Taxas de Desemprego 2000
10,2 9,510,9
13,5 13,0 12,613,8
16,418,3
16,618,9
17,619,6
21,2 21,3 21,422,8
24,125,6 25,8
S. J. do RioPreto
Araçatuba RibeirãoPreto
Pres.Prudente
RM Campinas
Bauru Sorocaba RM SãoPaulo
RM BaixSantista
S. J. dosCampos
Homens MulheresFonte: Censo Demográfico, 2000
Fonte: Censo Demográfico 1991, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP.
No que se refere à taxa de desemprego, esta era de 10,2% para os homens e
18,9% para as mulheres no Pólo de São José do Rio Preto no ano 2000. Ao contrário
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 126
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
do observado para a taxa de ocupação, este pólo apresentava a segunda menor taxa
de desemprego, tanto masculina quanto feminina, do Estado de São Paulo.
Do ponto de vista dos municípios do pólo de São José do Rio Preto observa-se
que somente os municípios de São José do Rio Preto (41,2%), Neves Paulista
(39,5%) e Adolfo (38,8%) tinham, em 2000, taxas de ocupação femininas superiores à
média do pólo (38,6%). Todos os outros municípios apresentavam taxas femininas de
ocupação inferiores à do pólo (Tabela 14). A menor participação feminina na atividade
econômica ficava com Zacarias (22,2%). Entre os homens o número de municípios
com taxas de ocupação superiores à média do pólo era bem maior destacando-se
Orindiúva com taxa de participação de 76,7%, Nipoã (72,3%), Ipiguá (72,0%),
Potirendaba (71,1%), Nova Aliança (70,1%), Jaci (70,0%), Bálsamo (69,8%), José
Bonifácio (69,1%), Guapiaçu (68,9%), Planalto (68,1%), Ubarana (68,0%), Neves
Paulista (67,9%), Paulo de Faria (67,9%), Bady Bassitt (67,9%), Poloni (67,8%),
Tanabi (67,0%) e Palestina (66,5%).
No que tange ao desemprego este era elevado para homens e mulheres, mas o
das mulheres superava o dos homens de forma significativa. Entre os homens a
menor taxa de desemprego era, em 2000, a de Nipoã (4,4%) e a maior a de
Mirassolândia (18,0%). Já entre as mulheres a menor taxa de desemprego era a de
União Paulista (2,8%) e a maior a de Zacarias (35,9%).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 127
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 14
Taxas de Ocupação e Desemprego Masculinas e Femininas
Pólo de São José do Rio Preto (1991, 2000)
1991 2000
Homens Mulheres Homens Mulheres Pólo de São José do Rio Preto
Taxa Ocup.*
Taxa Desemp.**
Taxa Ocup.
Taxa Desemp.
Taxa Ocup.
Taxa Desemp.
Taxa Ocup.
Taxa Desemp.
Adolfo 73,8 - 32,9 - 65,4 9,4 38,8 18,2
Bady Bassitt 74,2 2,6 33,0 1,8 67,9 11,1 38,0 15,2
Bálsamo 78,4 0,7 30,9 2,2 69,8 8,0 35,5 21,0
Cedral 74,3 1,9 26,9 2,0 61,9 12,4 29,0 23,8
Guapiaçu 79,8 2,2 31,7 0,8 68,9 7,4 35,9 16,0
Ibirá 75,0 0,8 33,2 - 65,4 8,4 32,1 20,7
Icém 75,5 0,1 33,7 3,5 63,2 11,5 31,1 30,3
Ipiguá - - - - 72,0 5,8 27,6 25,2
Jaci 81,3 0,6 30,4 - 70,0 5,9 36,6 19,4
José Bonifácio 79,0 1,7 36,1 4,8 69,1 8,9 38,0 18,3
Mendonça 81,6 2,5 34,5 2,8 62,4 8,3 27,8 22,9
Mirassol 77,9 1,8 40,0 3,8 65,2 11,3 37,4 22,3
Mirassolândia 75,3 2,1 19,9 5,0 55,4 18,0 26,6 30,8
Monte Aprazível 75,2 2,1 31,3 3,4 65,7 9,7 38,2 21,5
Neves Paulista 75,6 1,8 32,5 4,1 67,9 9,2 39,5 17,8
Nipoã 74,4 2,3 27,2 4,6 72,3 4,4 36,1 12,4
Nova Aliança 79,3 - 28,2 1,8 70,1 4,6 35,1 16,4
Nova Granada 71,9 3,4 28,8 2,7 65,7 11,3 33,5 20,6
Onda Verde 78,3 1,1 24,1 5,6 64,6 16,2 32,7 32,3
Orindiúva 77,2 1,0 33,7 1,6 76,7 6,4 32,8 22,2
Palestina 75,7 1,6 26,8 2,8 66,5 7,8 31,8 17,2
Paulo de Faria 78,6 3,6 35,4 4,4 67,9 11,2 33,1 27,9
Planalto 76,4 0,2 21,7 6,4 68,1 10,0 30,7 25,5
Poloni 74,6 2,1 34,0 1,4 67,8 8,8 37,0 13,6
Potirendaba 76,8 1,1 35,0 1,7 71,1 6,0 38,3 16,0
São José do Rio Preto 75,4 1,5 39,8 2,5 65,5 10,7 41,2 18,1
Tanabi 77,5 0,8 32,3 3,2 67,0 9,1 33,7 16,6
Ubarana - - - - 68,0 11,5 32,4 16,3
Uchoa 75,2 0,7 32,7 3,5 63,7 11,1 31,4 16,1
União Paulista 68,8 3,5 31,0 4,3 65,0 8,4 32,4 2,8
Zacarias - - - - 60,0 8,6 22,2 35,9
Pólo de SJ do Rio Preto 76,0 1,6 36,8 2,8 66,1 10,2 38,6 18,9
* Nº de pessoas ocupadas / População em Idade Ativa
** Nº de pessoas desempregadas / População Economicamente Ativa Fonte: Censos, microdados, IBGE.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 128
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Como já foi mencionado, entre 1991 e 2000 as taxas de ocupação masculinas
diminuíram enquanto as femininas aumentaram no pólo de São José do Rio Preto. Isto
também se verificou nos municípios deste pólo. O gráfico 14 mostra as mudanças (em
pontos percentuais) nas taxas de ocupação masculina e feminina.
As taxas de ocupação masculinas se reduziram em todos os municípios,
variando de -0,5 pontos percentuais em Orindiúva a -19,9 em Mirassolândia. Quanto
à variação nas taxas de ocupação feminina, estas foram negativas somente em
Mendonça, Icém, Mirassol, Paulo de Faria, Uchoa, Ibirá e Orindiúva. Os demais
municípios tiveram variação positiva no período destacando-se os municípios de
Planalto, Nipoã e Onda Verde com acréscimos acima de oito pontos percentuais no
período.
Gráfico 14 Mudanças nas taxas de ocupação masculina e feminina (em pontos percentuais) Pólo regional de São José do Rio Preto e Municípios 1991-2000.
Mudanças nas taxas de ocupação masculina (pontos percentuais)
-19,9
-19,2
-13,8
-12,7
-12,4
-12,3
-11,5
-11,3
-10,9
-10,7
-10,5
-9,9
-9,9
-9,6
-9,5
-9,2
-9,2
-8,6
-8,4
-8,3
-7,6
-6,8
-6,3
-6,2
-5,7
-3,9
-0,5
-9,9
-2,2
Mirassolândia
Mendonça
Onda Verde
Mirassol
Cedral
Icém
Uchoa
Jaci
Guapiaçu
Paulo de Faria
Tanabi
José Bonifácio
São José do Rio Preto
Monte Aprazível
Ibirá
Nova Aliança
Palestina
Bálsamo
Adolfo
Planalto
Neves Paulista
Poloni
Bady Bassitt
Nova Granada
Potirendaba
União Paulista
Nipoã
Orindiúva
Pólo de SJ do Rio Preto
Mudanças nas taxas de ocupação feminina (pontos percentuais)
-6,7
-2,6
-2,6-2,3
-1,3
-1,1
-0,91,4
1,4
1,5
1,92,0
3,0
3,2
4,24,6
4,8
5,0
5,15,9
6,9
1,8
8,99,0
6,66,2
6,9
7,08,6
Mendonça
Icém Mirassol
Paulo de Faria
Uchoa
Ibirá Orindiúva
São José do Rio Preto
União Paulista
Tanabi José Bonifácio
Cedral
Poloni
Potirendaba
Guapiaçu Bálsamo
Nova Granada
Palestina
Bady Bassitt Adolfo
Jaci
Mirassolândia
Nova Aliança Monte Aprazível
Neves Paulista
Onda Verde
Nipoã Planalto
Pólo de SJ do Rio Preto
Fonte: Censos Demográficos 1991, 2000. IBGE. Microdados.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 129
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
No que se refere às mudanças nas taxas de desemprego estas foram positivas
tanto para os homens como para as mulheres, sendo mais intensas entre as mulheres.
A exceção foi o município de União Paulista, cuja taxa de desemprego feminina se
reduziu em 1,6 pontos percentuais no período. Os aumentos nas taxas de
desemprego masculinas variaram de 2,0 pontos percentuais em Nipoã a 15,9 pontos
em Mirassolândia, enquanto as femininas variaram de -1,6 em União Paulista a 26,8
em Icém (Gráfico 15).
Destaca-se o fato de o município de Nipoã possuir as menores variações
positivas da taxa de desemprego tanto masculina quanto feminina.
Gráfico 15 Mudanças nas taxas de desemprego masculina e feminina (em pontos percentuais). Pólo regional de São José do Rio Preto e Municípios, 1991-2000.
Mudanças nas taxas de desemprego masculina (pontos percentuais)
2,0
4,9
4,9
5,1
5,4
5,4
5,7
6,2
6,6
7,3
7,3
7,4
7,5
7,6
7,6
7,9
8,2
8,5
9,2
9,6
9,8
10,3
10,6
11,4
15,1
15,9
8,6
Nipoã
União Paulista
Potirendaba
Guapiaçu
Jaci
Orindiúva
Mendonça
Palestina
Poloni
José Bonifácio
Bálsamo
Neves Paulista
Monte Aprazível
Paulo de Faria
Ibirá
Nova Granada
Tanabi
Bady Bassitt
São José do Rio Preto
Mirassol
Planalto
Uchoa
Cedral
Icém
Onda Verde
Mirassolândia
Pólo de SJ do Rio Preto
Mudanças nas taxas de desemprego feminina (pontos percentuais)
-1,6
7,8
12,2
12,5
13,3
13,4
13,5
13,7
14,3
14,3
14,6
15,2
15,6
18,0
18,1
18,5
18,8
19,1
20,1
20,6
25,9
23,5
21,8
26,7
26,8
16,1
União Paulista
Nipoã
Poloni
Uchoa
Tanabi
Bady Bassitt
José Bonifácio
Neves Paulista
Potirendaba
Palestina
Nova Aliança
Guapiaçu
São José do Rio Preto
Nova Granada
Monte Aprazível
Mirassol
Bálsamo
Planalto
Mendonça
Orindiúva
Cedral
Paulo de Faria
Mirassolândia
Onda Verde
Icém
Pólo de SJ do Rio Preto
Fonte: Censos Demográficos 1991, 2000. IBGE. Microdados.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 130
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Em síntese, pode-se concluir que a ampliação do número de domicílios com
mulher com renda ocorreu de forma generalizada e intensa nos municípios do Pólo
regional de São José do Rio Preto, com exceção do município de Mendonça. Essa
ampliação, de forma análoga à verificada para as regiões metropolitanas e pólos
regionais do estado de São Paulo, foi mais importante que o aumento da participação
da renda da mulher na renda domiciliar. Quanto às taxas de ocupação estas
aumentaram para as mulheres e diminuíram para os homens. Já as taxas de
desemprego aumentaram tanto para os homens quanto para as mulheres.
3. Políticas Sociais no Pólo Regional de São José do Rio Preto
Introdução
Neste item são apresentados para Pólo Regional de São José do Rio Preto os
aspectos da política de proteção social privilegiados pelo atual Projeto, quais sejam, o
mapeamento e o acesso aos programas de transferência de renda, o acesso e a
qualidade dos serviços básicos de educação e de saúde.
Para a realização do estudo das políticas sociais recorreu-se a um conjunto de
informações oriundas tanto de fontes oficiais, como de levantamento de campo. A
pesquisa de campo, de caráter qualitativo e complementar, visou mapear os
programas de transferência de renda e os programas de apoio ao migrante nas
regiões metropolitanas e pólos regionais do Estado de São Paulo, relatados com maior
detalhe no Documento 1 – Relatório Consolidado. Nesse levantamento foram
realizadas entrevistas com os agentes institucionais envolvidos.
O item 3.1. apresenta o perfil dos programas de transferência de renda
implementados no Pólo Regional de São do Rio Preto. O mapeamento dos programas
de transferência identifica os programas presentes na região, a parcela atendida da
população alvo, bem como os principais problemas na implementação do Programa
Bolsa Família e dos programas de transferência de renda de natureza municipal.
Os itens 3.2 e 3.3. contemplam, no âmbito das políticas públicas, por um lado o
acesso de segmentos específicos da população às políticas básicas de educação e de
saúde e, por outro, a disponibilidade de equipamentos e serviços pelos órgãos
competentes.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 131
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
3.1. Os programas de transferência de renda no Pólo Regional de São José do Rio Preto - Mapeamento e Acesso
O Pólo Regional de São José do Rio Preto apresenta em 2007, de acordo com a
Contagem Populacional realizada pelo IBGE, um total de 714.524 habitantes,
apresentando o quarto maior contingente populacional quando comparado aos Pólos
Regionais Paulistas analisados por este Projeto.
Segundo estimativas do IPEA utilizadas pelo Ministério do Desenvolvimento
Social (MDS) para o ano de 2007, o Pólo de São José do Rio Preto apresenta 23.456
famílias pobres assim classificadas por terem renda per capita de até meio salário
mínimo vigente (Tabela 15).
Considerando o conjunto dos programas de transferência de renda que tomam a
família como unidade beneficiária, tem-se em 2007 a estimativa de que todas as
famílias classificadas como pobres que recebem algum tipo de benefício (Tabela 16).
O município de São José do Rio Preto, sede do Pólo, apresenta 93,4% das famílias
beneficiadas por Programas de Transferência de Renda, sendo o município de
Planalto o que apresentou a maior porcentagem de cobertura desses programas
(174,7%).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 132
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Os programas de transferência de renda que tomam as famílias como unidade
beneficiária são: Bolsa Família, Renda Cidadã e Ação Jovem, sendo o primeiro de
natureza federal e os outros dois de natureza estadual. Os outros programas têm o
indivíduo como beneficiário e para o cumprimento das condicionalidades. Dentre
estes, devem ser mencionados os programas federais BPC (Benefício de Prestação
Continuada), o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e o Programa
Agente Jovem Deve-se mencionar ainda que estes programas federais, o primeiro
dirigido a idosos e a deficientes e aqueles dirigidos à criança e ao adolescente - PETI
e Agente Jovem - embora dirigidos ao indivíduo, têm como referência para a seleção
do beneficiário dados familiares de renda. Atenta-se também para o fato de que o
PETI em 2007 encontrava-se em transição para o Programa Bolsa Família e
atualmente encontra-se integrado a este. O Programa Agente Jovem, por sua vez,
transformou-se em ProJovem Adolescente20.
A porcentagem de famílias consideradas pobres pelos critérios do MDS
atendidas pelo programa federal Bolsa Família no Pólo de São José do Rio Preto é de
80% (Tabela 15), proporção que evidencia a menor cobertura em relação à população
alvo, tanto se comparada com as regiões metropolitanas paulistas, como em relação
aos outros pólos regionais sob análise. Apenas o Pólo de Bauru apresenta cobertura
de 100% do Programa Bolsa Família em relação à população alvo (Tabela 15). A
menor cobertura foi encontrada no Pólo de São José do Rio Preto (80,1%), seguido do
Pólo de Araçatuba (88,8%); entre as regiões metropolitanas a menor cobertura é
encontrada na Região Metropolitana de São Paulo (83,4%) (Tabela 15).
Foi possível observar, através das entrevistas realizadas no trabalho de campo,
que ocorre combinação dos diversos programas na composição do benefício recebido
pelas famílias, possibilitando maior cobertura e evitando maiores disparidades entre as
famílias beneficiárias. Dessa maneira observou-se, através da pesquisa nos
municípios do Pólo de São José do Rio Preto a complementaridade entre o Programa
Bolsa Família e outros programas de transferência de renda.
Essa observação pode ser constatada também através da análise dos dados
obtidos junto ao MDS, governo federal, e junto ao Sistema Pró-Social do Estado de
São Paulo, organizados nas Tabelas 15 e 16. Através da análise destes se evidencia
20 O ProJovem Adolescente tem como objetivos: o retorno e a permanência na escola, proteção social básica e assistência às famílias. Além de atender adolescentes de famílias com renda per capita inferior a meio salário mínimo, o programa priviliegia jovens atendidos pelo Bolsa Família e participantes do PETI. Lei nº 11.692, de 10 de Junho de 2008.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 133
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
que, embora na média regional do Pólo de São José do Rio Preto não seja muito
elevada a cobertura dos programas de natureza estadual em relação às famílias
classificadas como pobres pelo MDS, esta é mais elevada em muitos municípios
menores e especialmente entre aqueles mais pobres, identificados neste Projeto
através do rendimento domiciliar per capita. Considerando-se o Pólo de São José do
Rio Preto e tomando-se como referência o total de famílias pobres (MDS), constata-se
que são atendidas pelo Programa Renda Cidadã 13,5% delas, e que são atendidas
pelo Programa Ação Jovem, 5,6% (Tabela 16). Outra constatação é que ambos os
programas estaduais estão presentes em todos os municípios do Pólo Regional.
Tal complementaridade possibilita, assim, que na média do Pólo de São José do
Rio Preto a totalidade das famílias classificadas como pobres, pelos critérios do MDS,
tenha acesso a ao menos um programa de transferência de renda, como indicado na
Tabela 16; entretanto a análise por município mostra que alguns deles não atingem
essa proporção, destacando-se nove entre os trinta e um municípios que compõem o
Pólo.
De maneira bastante peculiar a esse Pólo observa-se que em apenas 6 dos 31
municípios o Programa Bolsa Família atende a um numero de famílias equivalente à
totalidade de famílias classificadas como pobres, incluindo-se entre estes somente um
dos municípios com renda per capita abaixo da metade da média regional (Ubarana).
Deve-se acrescentar que entre estes com o número de famílias beneficiárias igual ou
maior que o de famílias pobres, a metade é composta por municípios bastante
pequenos entre 4 mil e 9 mil habitantes, dois deles com 14 mil e outro com cerca de
52 mil habitantes (Tabela 16).
No outro extremo, em que se verifica baixo atendimento, em 4 municípios o
Programa Bolsa Família atende a menos que a metade das famílias classificadas
como pobres; todos estes municípios são bastante pequenos, um deles com
população menor que 2 mil habitantes e os outros três com população menor que 4 mil
habitantes e com renda per capita bastante inferiores à média regional.
Como apresentado no Capítulo 2 deste estudo, o Pólo de São José do Rio Preto
é composto de um conjunto de pequenos municípios além do município-sede São
José do Rio Preto (403 mil habitantes, segundo a Contagem Populacional 2007,
IBGE, ver Tabela 16), de Mirassol (52 mil habitantes), José Bonifácio e Tanabí
(entre 20 e 30 mil habitantes); os demais 27 municípios do Pólo estão entre cerca de
1.500 (União Paulista) e 18 mil habitantes (Nova Granada). Ainda que não se faça
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 134
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
uma relação entre o tamanho do município e o atendimento do Programa Bolsa
Família, tem sido possível apreender nas entrevistas do trabalho de campo que a
implantação de programas de transferência de renda implica em procedimentos
prévios necessários, bem como procedimentos de acompanhamento durante a
implementação, que nem sempre as prefeituras dos pequenos municípios conseguem
atender dependendo da estruturação dos órgãos municipais. Esta situação
demandaria uma atenção especial de apoio a pequenos municípios, em geral com
baixa renda per capita, para a implantação e implementação destes programas.
Mesmo com a complementaridade entre os programas federais e estaduais, no caso
do Pólo de São José do Rio Preto, em nove municípios não são atendidas 100% das
famílias classificadas como pobres, de maneira distinta do que ocorre na maioria dos
outros pólos regionais analisados.
Assim, na análise da complementaridade entre o Programa Bolsa Família e os
programas estaduais de transferência de renda para a cobertura das famílias
classificadas como pobres, utilizando-se dos dados da Tabela 16, essa questão da
dificuldade dos pequenos municípios para a implementação de programas de
transferência de renda, pode ser exemplificada pelo município de Ipiquá (3.900
habitantes), que tem apenas 29% de famílias classificadas como pobres atendidas
pelo Bolsa Família, 21,7% atendidas pelo programa estadual Renda Cidadã e 10%
atendidas pelo programa estadual Ação Jovem, totalizando 61,4% de famílias pobres
atendidas.
Por outro lado, e de forma mais generalizada, a complementaridade entre o
Programa Bolsa Família e os programas estaduais de transferência de renda tem
permitido atingir a totalidade das famílias classificadas como pobres pelo MDS,
possivelmente refletindo melhor estruturação dos orgãos municipais. Tomando como
exemplo o caso do município de Mirassolândia, que apresenta a menor renda per
capita do Pólo de São José do Rio Preto e onde a cobertura estimada do programa
Bolsa Família é de 53,4%, nota-se que é complementado pelos programas estaduais
Renda Cidadã (82,9%) e Ação Jovem (10,7%), atingindo a 151% das famílias pobres
(Tabela 16). Da mesma maneira, no município de São José do Rio Preto, sede do
Pólo de São José do Rio Preto, em 2007 foram atendidas 7.356 famílias pelo
Programa Bolsa família, abrangendo cerca de 80,6% das famílias pobres.
Considerando ainda os programas voltados para as famílias, cerca de 722 famílias
recebem transferências de renda do Programa Estadual Renda Cidadã (7,9%) e 305
famílias (3,3%) do Programa Estadual Ação Jovem.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 135
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Duas informações devem ser acrescentadas com relação às famílias
beneficiárias dos programas de transferência de renda. A primeira, é que uma família
pode receber benefício de mais de um programa de transferência de renda; a segunda
é que dificilmente será atendida a totalidade das famílias que seriam o público alvo
desses programas.
Tendo por referência os municípios visitados na pesquisa de campo do pólo
Regional de São José do Rio Preto, constata-se em todos a presença dos programas
federais Bolsa Família, BPC e Agente Jovem, enquanto o Programa PETI não foi
encontrado no município de Bady Bassit. Os programas estaduais Renda Cidadã e
Ação Jovem foram também encontrados em todos os municípios pesquisados
seguindo a tendência observada nas Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais do
Estado de São Paulo (Quadro 1). Deve-se observar, com base nos dados do MDS e
do Pró-Social-ESP, organizados na Tabela 16, que o PETI consta em apenas oito dos
municípios do Pólo, dentre eles o município-sede, e que o programa Agente Jovem
consta em trinta dentre os trinta e um municípios do Pólo. O BPC apresenta
beneficiários na totalidade de municípios do Pólo. Os programas estaduais, Renda
Cidadã e Ação Jovem foram encontrados em todos os municípios pesquisados e em
todos os municípios do Pólo de São José do Rio Preto (Tabela 16), bem como
observado nas Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais do Estado de São Paulo
analisados por este Projeto, como já mencionado.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 136
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Quadro 1 Programas de transferência de renda vigentes nos municípios pesquisados, ordenados por tamanho Pólos Regionais do Estado de São Paulo 2007
Federais Estaduais
Pólos Tamanho Municípios
Bolsa Família
PETI Agente Jovem
BPC Renda Cidadã
Ação Jovem
Municipais
Araçatuba - SEDE mais de 100 mil
Birigui Araçatuba mais de 20 até 50 mil Valparaíso mais de 100 mil Bauru - SEDE mais de 50 até 100 mil Lençóis Paulista Bauru mais de 20 até 50 mil Pederneiras mais de 100 mil Presidente Prudente - SEDE mais de 20 até 50 mil Rancharia
Presidente Prudente
até 20 mil Euclides da Cunha Ribeirão Preto - SEDE
mais de 100 mil Sertãozinho
Ribeirão Preto
mais de 20 até 50 mil Barrinha
mais de 100 mil São José do Rio Preto - SEDE
mais de 50 até 100 mil Mirassol
São José do Rio Preto
até 20 mil Bady Bassit São José dos Campos - SEDE
mais de 100 mil
Jacareí
São José dos
Campos até 20 mil Santa Branca
Sorocaba - SEDE mais de 100 mil
Itu Sorocaba
até 20 mil Tapiraí Fonte: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais – Pesquisa de campo. NEPP/NEPO/IE-UNICAMP. 2007. Convenio FINEPUNICAMP.
A pesquisa de campo foi a única fonte de informação sobre os programas
municipais, pois não existem registros oficiais para os mesmos, de maneira distinta do
que atualmente ocorre com os programas federais e estaduais. Dessa maneira, a
pesquisa de campo evidenciou no Pólo de São José do Rio Preto a existência de
programas municipais de transferência de renda apenas um dos municípios visitados,
São José do Rio Preto, município sede do Pólo.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 137
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Programas Municipais de transferência de renda
A pesquisa de campo no Pólo de São José do Rio Preto foi realizada em três
municípios, a saber, São José do Rio Preto, sede de pólo, Mirassol e Bady Bassit.
Constatou que apenas o município sede do Pólo, São José do Rio Preto, possui um
programa municipal de transferência de renda.
O programa municipal de transferência de renda existente no município sede
São José do Rio Preto é o Programa Municipal Bolsa-Escola, implementado a partir
de 2001.
O Programa Bolsa-Escola tem como público-alvo a família e crianças carentes,
atende um total de 3.100 famílias e atinge 5.300 pessoas. O objetivo do Bolsa Escola
é a manutenção de jovens e crianças na escola e um bom indicador de seu
desempenho é a redução da evasão escolar no município de 10% para 3% desde a
sua implantação, segundo informações da coordenação do mesmo, obtidas na
pesquisa de campo. É grande a demanda pelo programa, existindo fila de espera para
vagas.
Quadro 2 Beneficiários dos Programas Municipais de Transferência de Renda Pólos Regionais Paulistas - Pesquisa de Campo 2007
Beneficiários RM/Pólo Municípios Programas Municipais de Transferência de
Renda Famílias Pessoas
Araçatuba Valparaíso Jovem cidadão 16 16
Euclides da Cunha Paulista
Programa de Capacitação e Qualificação profissional de Desempregados e Frentes
emergenciais de trabalho 66 66
Criança cidadã 140 141
Presidente Prudente
Presidente Prudente Cuidadores de idosos (Valo vovô) 50 50
Bolsa do Horto 90
Auxílio as famílias carentes de recursos materiais 90
Família substituta 131
Renda mínima 564
Ribeirão Preto Ribeirão Preto
Apoio alimentar 2.757
Santa Branca Lar hospedeiro 2
Bolsa auxílio de qualificação 1.430 1.430
Renda mínima 850
São José dos Campos São José dos
Campos Vida em família 60
São José do Rio Preto
São José do Rio Preto
Bolsa-Escola 3.100 5.300
Benefícios para mães de gêmeos 375 Sorocaba Sorocaba
Projeto Travessia 20
Fonte: Pesquisa de Campo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de são Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2007.
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Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
O Programa Bolsa-Escola é coordenado e executado pela Secretaria Municipal
de Assistência Social e conta com a parceria da APAE, que oferece atividades
complementares para crianças deficientes que sejam beneficiarias do programa. O
controle social de programa é realizado desde sua implantação por uma comissão
composta de representantes da administração municipal e da sociedade civil.
As dificuldades encontradas por esse programa municipal de transferência de
renda estão relacionadas por um lado, ao numero de vagas, insuficiente frente á
demanda, à falta de recursos humanos que afeta o acompanhamento das famílias e,
por outro lado à omissão de informações por parte dos beneficiários com relação à
renda familiar per capita, principalmente pela dificuldade de precisá-la por conta do
trabalho informal, mas também na tentativa de se enquadrar aos critérios do
programa.
Principais dificuldades na implementação dos programas de transferência de renda
Nos três municípios visitados no pólo de São José do Rio Preto, São José do
Rio Preto, Mirassol e Bady Bassit, as principais dificuldades apontadas na
implementação dos Programas de Transferência de Renda Federais, Estaduais e
Municipais são mais recorrentes em relação aos recursos humanos, à relação entre as
esferas de governo, destacando-se a articulação entre as secretarias envolvidas e
dificuldades com o insuficiente comprometimento das famílias beneficiárias. Com
relação a recursos humanos destacam-se dificuldades com a equipe reduzida;
destacando-se ainda a centralização das atividades em poucas pessoas.
Tomando as dificuldades apontadas pelo programa de transferência de renda de
maior abrangência, o Bolsa Família, observa-se que as maiores dificuldades
encontradas no Pólo de São José do Rio Preto dividem-se, por um lado, entre
dificuldades nas relações entre esferas de governo, vinculadas a interlocução com as
secretarias responsáveis pelo controle das condicionalidades; a problemas com
recursos humanos insuficientes principalmente para o acompanhamento e avaliação
das famílias; e, por outro lado, à falta de comprometimento das famílias beneficiárias
no cumprimento das condicionalidades e das ações complementares.
Ampliando a análise das dificuldades encontradas na implementação do
Programa Bolsa Família para o conjunto de municípios pesquisados nas Regiões
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 140
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Metropolitanas e os Pólos Regionais Paulistas, a partir da sistematização das
informações coletadas pelo trabalho de campo, fica patente que as principais
deficiências apontadas em relação ao item Recursos e Infra-Estrutura são
apresentadas pelos maiores municípios21. A principal deficiência apontada por sete
dentre estes municípios, incluindo-se as sedes das regiões metropolitanas de São
Paulo e da Baixada Santista, refere-se a recursos insuficientes para a realização de
visitas para o acompanhamento das famílias beneficiárias, havendo destaque para as
deficiências de funcionário para exercer as tarefas necessárias e a necessidade de
veiculo para locomoção. Estas funções são executas pela prefeitura municipal e
explicita a dificuldade imposta pelo porte do município. Desse modo foi possível captar
através da pesquisa de campo que a rápida expansão do Programa Bolsa Família
entre os anos de 2004 e 2007, apontada na análise para o conjunto das regiões e
pólos regionais não foi devidamente acompanhada da ampliação da estrutura básica
necessária para seu funcionamento, como foi apresentada no Documento 1. Relatório
Consolidado para o Estado de São Paulo, parte desta pesquisa.
Da mesma forma, a análise dos municípios menores, traz evidências de que as
deficiências decorrentes da rápida expansão do Programa Bolsa Família também se
fazem sentir nos menores municípios em análise nas Regiões Metropolitanas e Pólos
Regionais do Estado de São Paulo. Tomando-se como referência para qualificar os
municípios menores aqueles com população de até 50 mil habitantes, constata-se que
estes também apresentam deficiência de veículo e de funcionário para desempenhar a
atividade de acompanhamento das famílias beneficiárias.
Assim, as limitações relacionadas a Recursos e Infra-Estrutura afetam de
distintas maneiras os municípios maiores e os menores das três regiões
metropolitanas paulistas e dos sete pólos regionais pesquisados.
Por outro lado, as deficiências relacionadas com a Equipe, ou seja, com os
profissionais envolvidos na operação, afetam menos os municípios grandes da RMSP,
porém surgem em municípios grandes e pequenos das demais regiões metropolitanas
e dos pólos regionais. Com relação a esse aspecto, são apontadas com maior
freqüência a falta de profissionais ou equipe reduzida frente às demandas e ao
21 A análise que se segue baseia-se no documento de pesquisa referido: FINEP/NEPP/NEPO/IE. 2009. Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais. Convênio FINEP-FNDCT/NEPP/Regiões Metropolitanas. Capitulo 3., Item 3.1.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 141
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
tamanho do programa. Em segundo lugar e de maneira mais acentuada nos
municípios das regiões metropolitanas da Baixada Santista e Campinas e também em
alguns dos pólos, foi apontada a falta de capacitação permanente e a baixa
capacitação dos profissionais que integram a equipe.
Um terceiro aspecto com maiores indicações de dificuldades nessas regiões e
pólos é relativo ao Acompanhamento de Condicionalidades. Deve-se ressaltar que
essa deficiência é apontada nas regiões metropolitanas paulistas como a segunda
maior dificuldade na implementação do programa Bolsa Família, enquanto nos pólos
regionais aparece como sendo a primeira maior dificuldade, conforme apresentado no
Gráfico 16. Como se sabe, em sua execução o Programa Bolsa Família deve contar
com ações articuladas entre as secretarias municipais de assistência, educação e
saúde que acompanham e informam sobre o cumprimento das condicionalidades e a
secretaria que realiza a gestão do beneficio. Nesse sentido, a principal dificuldade
apontada reside na relação entre as esferas de governo, principalmente pelos
municípios menores de 100 mil habitantes tanto das regiões metropolitanas, como nos
municípios nessa classe de tamanho dos pólos regionais, bem como por alguns
maiores. A dificuldade apontada refere-se à falta de articulação entre as secretarias
envolvidas, ou seja, de educação, de saúde e de assistência social ou outra secretaria
que esteja gerindo o programa. Dessa falta de articulação decorre a dificuldade de
obtenção das informações sobre o acompanhamento das condicionalidades
relacionadas à educação e à saúde mencionadas nas entrevistas.
Outro aspecto no controle das condicionalidades, mais freqüente nas regiões
metropolitanas do que nos Pólos, embora seja uma queixa também nos municípios
destes, refere-se ao acompanhamento das famílias. É ressaltada a dificuldade de
localização das famílias e de interação com aquelas que apresentam dificuldades no
cumprimento das condicionalidades. No caso das dificuldades com as famílias, estas
são provocadas por mudanças de endereço e de cidade, bem como pela não
atualização dos cadastros. No caso das regiões metropolitanas essas dificuldades
estão associadas à complexidade do urbano e ao volume da população atendida; nos
pólos regionais essas dificuldades, em alguns casos estão relacionados à mobilidade
da população e, possivelmente, à migração sazonal ligada à produção agrícola.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 142
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico 16 Principais dificuldades apontadas pelos Gestores – Programa Bolsa Família Pesquisa de Campo 2007
Fonte: Pesquisa de Campo, 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Como fica evidente no gráfico acima, em ordem de importância segue-se a
dificuldade de maior comprometimento das famílias com o cumprimento das
condicionalidades e com a frequencia a atividades complementares ao programa,
sendo citado o comprometimento insatisfatório com atividades de capacitação para
geração de renda. Esta dificuldade é apresentada com maior freqüência nos
municípios dos pólos regionais.
Outro aspecto ressaltado é o valor do benefício. Uma das dificuldades relativas
ao programa Bolsa Família, apontadas pelos entrevistados é o baixo valor em relação
à realidade do município, evidenciando a necessidade de ajustes regionais para o
valor das transferências de renda no caso para o Estado de São Paulo. A inadequação
do valor do benefício à realidade das cidades é apontada com maior freqüência nos
municípios das Regiões Metropolitanas Paulistas, mas também é apontada nos
municípios maiores dos pólos regionais.
P r i n c i p a i s d i f i c u l d a d e s a p o n t a d a s p e l o s G e s t o r e s – P r o g r a m a B o l s a F a m í l i aP e s q u i s a d e C a m p o 2 0 0 7R e g i õ e s M e t r o p o l i t a n a s P ó l o s R e g i o n a i s
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 143
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Quadro 3 Dificuldades citadas pelos gestores responsáveis pelos programas municipais de Transferência de Renda. Regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo – 2007
Fonte: Pesquisa de Campo, 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Quadro 4 Dificuldades citadas pelos gestores responsáveis pelos programas municipais de Transferência de Renda. Pólos Regionais do Estado de São Paulo Polos Regionais
com recursos com em controlar
e Infra-estrutura profissionais condicionalidade
Araçatuba mais de 20 até 50 mil Valparaíso Jovem Cidadão
até 20 mil Euclides da Cunha C. e Q.de desemp. e Fr. E. de Trabalho (*)
Criança Cidadã (**)
Vale vovô
Bolsa do Horto
Auxílio às Fam. Carentes de Rec. Materiais
Família Substituta / Família Acolhedora
Renda Mínima
Apoio Alimentar
S.J. Rio Preto mais de 50 até 100 mil S. J. do Rio Preto Bolsa - Escola
até 20 mil Santa Branca Programa Lar Hospedeiro
Renda Mínima
Vida em Família
Bolsa Auxílio Qualificação
Gêmeos
Travessia
(*) Programa de Capacitação e Qualificação profissional de desempregados e Frentes Emergenciais de Trabalho(**) Estadual + Municipal
S.J. Camposmais de 100 mil S. J.dos Campos
Sorocaba mais de 100 mil Sorocaba
P. Prudentemais de 20 até 50 mil P. Prudente
Ribeirão Preto mais de 100 mil Ribeirão Preto
Dificuldades
Região Tamanho Município Programa Municipal
Fonte: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais – Pesquisa de campo. NEPP/NEPO/IE-UNICAMP. 2007. Convenio FINEPUNICAMP.
No entanto, sobre os programas municipais de transferência de renda, os
municípios relataram não enfrentar muitas dificuldades na sua implementação e
quando estas existem são consideradas menores do que as enfrentadas na
Regiões Metropolitanasrecursos e com valor do
Infra-estr. profissionais benefício outras
Adolescente Aprendiz
Bolsa transporte
Bolsa aluguel
Bolsa Auxílio Desemprego
Programa de Oportunidade ao jovem
Bolsa Trabalho
Começar de Novo
Operação Trabalho
rotativo cidadão
Turma Cidadã
PEAT - prog.educativo Adolescente para o trabalho
PRODESIP (*)
Usina sócio-educativa
São Paulo Renda Mínima
Família Andreense
GTIS (Geração de Trabalho e Interesse Social)
Praia Grande PAD (Programa de Apoio ao Desempregado)
Programa Nossa Família
Prog.Valoriz. do Jovem: Juventude e Comunidade
Programa de Inclusão Cidadã - FÊNIX
Programa de Valorização do Idoso
Campinas Programa de Garantia de Renda Mínima Municipal
Hortolândia Frente de Trabalho
(*) Programa de Desenvolvimento Social e Inclusão Produtiva
Dificuldades
Programa MunicipalMunicípioTamanhoRegião
RMBS mais de 100 milSantos
Diadema
Guarulhos
Osasco
S. Bernardo do Campo
Sto. André
RMCP mais de 100 mil
RMSP mais de 100 mil
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 144
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
implementação dos programas de responsabilidade de outros níveis de governo,
segundo entrevistas realizadas pela pesquisa de campo. Este fato pode estar
relacionado á própria natureza municipal dos programas, que por dependerem
exclusivamente de recursos e de decisões políticas do âmbito municipal, muitas das
dificuldades podem ser mais facilmente solucionadas.
Entre as dificuldades apontadas pelos programas municipais, as principais
referem-se a limitações relativas aos recursos e infra-estrutura, tendo sido
mencionadas a falta de local para realizar as atividades; falta de pessoal para realizar
o acompanhamento e monitoramento; a falta de recursos para ampliar o programa e
para a formação de profissionais capacitados.
Outras dificuldades apontadas relacionam-se à insuficiência de vagas, observada
pelos gestores, frente à grande demanda pelos programas, à falta de adesão das
famílias ao programa, à alta rotatividade de beneficiários em alguns programas e, à
falta de recursos de uma forma mais ampla.
Considerações finais
Em síntese, as principais dificuldades na implementação do Programa Bolsa
Família nas regiões metropolitanas paulistas estão mais relacionadas à grande
demanda, bem como à necessidade de ampliação de vagas e à falta de recursos para
sua implementação. São apontadas deficiências relativas a: recursos e de infra-
estrutura; a equipes reduzidas frente à demanda de atendimento e necessidade de
capacitação destas, bem como dificuldades para o acompanhamento das
condicionalidades. Com menor freqüência são apontados: problemas na relação entre
as esferas de governo; relativos ao valor do benefício, considerado baixo para a
realidade da região.
Nos pólos regionais, os principais problemas apontados são relativos: a
dificuldades para o acompanhamento das condicionalidades, apontado como o
principal; a equipes reduzidas frente à demanda de atendimento e necessidade de
capacitação dos profissionais; problemas na relação entre as esferas de governo; e
comprometimento insatisfatório das famílias beneficiárias.
Concluindo, observa-se que os gestores apontaram menores problemas na
implementação dos programas municipais em comparação aos federais e estaduais,
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 145
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
possivelmente associados ao fato de estes serem menores; de terem sido criados
para atender a demandas locais e serem mais adaptados à gestão municipal.
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3.2. Educação Básica Pólo Regional de São José do Rio Preto
Introdução
O propósito deste capítulo é apresentar de maneira sintética o panorama da
educação no Pólo Regional de São José do Rio Preto com foco na educação básica, a
qual compreende a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.
O capítulo estrutura-se em três partes. Na primeira exploram-se indicadores de
contexto onde se evidencia a evolução dos municípios com relação ao analfabetismo,
à proporção de adultos com educação básica completa e às taxas de escolarização
líquidas obtidas através de tabulações dos censos demográficos de 1991 e 2000.
Na segunda parte, será apresentado o volume de matrículas e de funções
docentes para caracterizar as condições de oferta entre 1999 e 2006 e, indicadores de
desempenho e rendimento para o ano de 2002. Para esta parte foram utilizadas as
informações disponibilizadas pela Fundação SEADE que tomou como fonte os dados
do Censo Escolar elaborado pelo INEP/MEC e tabulações do INEP/MEC.
Na terceira parte do capítulo, é realizada uma análise da qualidade do ensino no
Pólo Regional de São José do Rio Preto comparativamente aos indicadores estaduais.
Para tanto, lançamos mão dos resultados das avaliações do Sistema de Avaliação do
Rendimento Escolar do Estado de São Paulo – SARESP - da Secretaria Estadual de
Educação no ano de 2007. Os resultados do SARESP permitem avaliar o ensino
regular de todas as escolas da rede pública estadual que oferecem a 1ª, 2ª, 4ª, 6ª e 8ª
séries do Ensino Fundamental e a 3ª série do Ensino Médio. Nesta etapa, são
apresentados os resultados das provas de Língua Portuguesa e Matemática e dos
níveis de desempenho em Redação para as 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e
3ª série do Ensino Médio.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 150
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Índice de Analfabetismo da População de 15 anos ou mais anos de idade
Em 1991, o índice de analfabetismo entre as pessoas com 15 anos ou mais de
idade no Pólo Regional de São José do Rio Preto foi de 11,4%, valor acima da média
estadual que atingiu neste ano 9,7% das pessoas com 15 anos ou mais de idade.
Com a queda de mais de 40% nas taxas de analfabetismo, o Pólo de São José
do Rio Preto passa a apresentar taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou
mais equivalente a 6,8%, patamar ligeiramente superior à média estadual no ano
2000.
O município de São José do Rio Preto, sede do Pólo foi o município que
apresentou a taxa mais baixa de analfabetismo na população residente com mais de
15 anos no ano de 1991, 7,9%. As taxas mais altas de analfabetismo em 1991
corresponderam aos municípios de União Paulista, Mirassolandia e Adolfo com
respectivamente 23,5%, 21,3% e 21,2%. (Mapa 1).
No ano 2000 foi possível constatar o avanço conquistado com a queda na taxa
de analfabetismo na região, em todos os municípios da região (Mapa 2).
Mapas 1 e 2
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 151
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Proporção da população adulta com mais de 12 anos de estudo
Este índice aponta para a proporção da população adulta, definida como aquela
na faixa etária entre 25 e 59 anos, que completou o ensino básico e freqüenta ou
freqüentou e, concluiu pelo menos um ano do ensino superior.
O Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentou, em 1991, proporção da
população adulta com 12 anos ou mais de estudo de 11,5%, valor um pouco abaixo da
média estadual correspondente a 12,1%. Na década seguinte a proporção da
população adulta com 12 anos ou mais de estudo o ano 2000 se manteve
praticamente nos mesmos patamares dos anos 90.
Em 1991 o município sede do Pólo, São José do Rio Preto contrastou dos
demais municípios do Pólo por apresentar o maior percentual de população adulta
com alta escolarização equivalente a 15,1% (Mapa 3). Apesar do censo populacional
realizado em 2000 não apontar melhora deste índice para o Pólo Regional de São
José do Rio Preto, em alguns municípios da região o indicador mais do que dobrou:
Mirassol, Planalto, Nova Aliança, Nova Granada, Orindiúva, Mendonça, Palestina e
Onda Verde. (Mapa 4).
Mapas 3 e 4
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 152
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Taxas de Escolarização Líquida do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série22
Em 1991 a Taxa de Escolarização Liquida do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª
serie no Pólo Regional de São José do Rio Preto atingiu em média 90,5%, índice
acima da média estadual de 87,5%. No entanto, enquanto a Taxa de Escolarização
Líquida no ano 2000 para o Estado de São Paulo cresceu 2,5% com relação à década
anterior, no Pólo Regional de São José do Rio Preto a taxa declinou em 1,3%.
Os municípios que mais incrementaram suas taxas foram aqueles que
apresentaram as taxas mais baixas em 1991: Mendonça, Neves Paulista,
Mirassolandia, Nova Granada, Potirendaba e Nipõa. Nesses municípios a Taxa de
Escolarização Liquida do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª serie cresceu mais de 5%
(Mapa 5 e 6).
Em 1991, as taxas líquidas de escolarização do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª
série nos municípios pertencentes ao Pólo de São José do Rio Preto variaram entre
79,3% e 100%. Na década seguinte, foi registrado um intervalo de variação nas taxas
de 80,0% a 97,7% entre os municípios do Pólo (Mapa 5).
Os municípios com as taxas mais elevada no ano 2000, superiores a 95%,
foram: Zacarias, União Paulista, Mendonça e Nova Granada (Mapa 6).
Mapas 5 e 6
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo.
22 Esse índice representa o percentual da população que freqüenta o ensino fundamental entre a 1ª e a 4ª serie com idade correspondente a esse nível de ensino, ou seja, entre 7 a 10 anos.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 153
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Taxas de Escolarização Líquida do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série
A taxa de escolarização líquida de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental no Pólo
Regional de São José do Rio Preto passou de 61,9% em 1991 para 84,0% no ano
2000.
A taxa de escolarização líquida referente à segunda fase do ensino fundamental
apresentou incremento de 39,4% entre as décadas de 90 e de 2000 no Estado de São
Paulo e, de 35,7% no Pólo Regional de São José do Rio Preto.
Os municípios de Jaci, Neves Paulista, Mirassolandia e Nipoã apresentaram
incrementos de mais de 70% nas taxas de escolarização líquida do ensino
fundamental de 5ª a 8ª série (Mapas 7 e 8).
No ano 2000, Mirassolandia, Ubarana, Neves Paulista e Zacarias despontaram com
as taxas mais altas, acima de 88%, entre todos os municípios pertencentes à região.
Mapas 7 e 8
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 154
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Taxas de Escolarização Líquida do Ensino Médio23
Entre 1991 e 2000 a taxa de escolarização líquida do Ensino Médio cresceu
quase 113% no Estado de São Paulo e, quase 96% no Pólo Regional de São José do
Rio Preto. As taxas que em 1991 para o Estado de São Paulo e, para o Pólo Regional
de São José do Rio Preto foram de respectivamente 25,2% e 27,2% passaram para
53,6% no Estado de São Paulo e para 53,2% no Pólo de São José do Rio Preto no
ano 2000.
Em 1991 o Pólo Regional de São José do Rio Preto concentrou municípios com
taxas líquidas de escolarização do ensino Médio que variaram entre 8,1% e 35,4%. No
ano 2000, a variação foi de 31,7% a 78,0%.
Em 1991 os municípios de São José do Rio Preto, Monte Aprazível, Poloni,
Uchoa e Nova Aliança detinham as mais elevadas taxas de escolarização líquida do
Ensino Médio da região, acima de 30% (Mapa 9).
No ano 2000 os municípios que apresentaram as maiores taxas, ou seja,
municípios com aproximadamente 60% dos adolescentes de 15 a 17 anos
freqüentando o Ensino Médio estavam localizados na região norte do Pólo (municípios
de: Paulo de Faria, Mirassol, Palestina, Onda Verde, Orindiúva , Tanabi e
Mirassolandia). (Mapa 10).
Mapas 9 e 10
Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo
23 Esse índice representa o percentual da população que freqüenta o ensino médio na idade correspondente a esse nível de ensino, ou seja, entre 15 e 17 anos.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 155
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Matrículas no Pólo Regional de São José do Rio Preto
De acordo com as informações do Censo Escolar (MEC-INEP), o Pólo Regional
de São José do Rio Preto concentrou em 2006 mais de 153 mil matrículas entre os
níveis de ensino Infantil, Fundamental e Médio. A educação infantil, formada por
creche e pré-escola, representou 20% do total de matrículas e, a maior concentração
das matrículas aconteceu na pré-escola (Tabela 17).
No ensino básico, nos níveis Fundamental e Médio, as matrículas do Pólo
Regional de São José do Rio Preto totalizaram 122.555 matrículas, onde o maior peso
recaiu no ensino Fundamental que representou 59,7 do total de matrículas.
Tabela 17 Matrículas por nível de ensino
Creche Pré-Escola E. Fundamental E. Médio TotalPólo de S. J. do Rio Preto 10.687 19.994 91.408 31.147 153.236Adolfo 67 131 464 192 854Bady Bassitt 248 554 2.076 556 3.434Bálsamo 64 244 919 334 1.561Cedral 214 227 827 320 1.588Guapiaçu 147 595 2.013 672 3.427Ibirá 174 312 1.161 334 1.981Icém 160 383 1.150 407 2.100Ipiguá 51 123 733 228 1.135Jaci 22 183 643 193 1.041José Bonifácio 360 1.052 4.318 1.397 7.127Mendonça 38 118 463 176 795Mirassol 757 1.910 6.464 2.388 11.519Mirassolândia 38 129 541 192 900Monte Aprazível 311 307 2.847 812 4.277Neves Paulista 55 280 939 351 1.625Nipoã 79 109 529 159 876Nova Aliança 106 174 695 240 1.215Nova Granada 389 666 2.634 926 4.615Onda Verde 92 198 490 183 963Orindiúva 120 75 896 258 1.349Palestina 98 199 1.208 356 1.861Paulo de Faria 159 439 1.356 471 2.425Planalto 84 187 592 184 1.047Poloni 65 123 597 227 1.012Potirendaba 359 397 1.673 549 2.978São José do Rio Preto 5.948 9.573 50.180 17.340 83.041Tanabi 123 692 2.558 908 4.281Ubarana 50 217 800 225 1.292Uchôa 220 283 1.151 423 2.077União Paulista 11 60 207 61 339Zacarias 78 54 284 85 501
Matrículas em 2006
Fonte: Censo Escolar - INEP - MEC 1999 e 2006. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 156
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Entre 1999 e 2006 houve decréscimo do número médio de alunos por professor
em todos os níveis de ensino no Pólo regional de São José do Rio Preto. No ensino
infantil foi onde a queda no número de alunos por professor foi menor. Neste nível de
ensino havia, em 1999, 19,4 alunos por professor e, no ano de 2006 foram 21,0 alunos
para cada professor.
Os municípios com maiores déficits de professores neste nível de ensino em
2006 foram: Planalto, Icém, Onda Verde, Paulo de Faria e Mirassolandia cujas turmas
de ensino infantil tinham em média mais de 26 alunos por professor.
No ensino fundamental, a média de alunos por professor passou de 24,3 para
17,9 configurando uma queda de mais de 6 alunos por turma entre 1999 e 2006. Este
declínio no indicador foi causado tanto pelo aumento do número de professores
quanto pela queda no volume de matrículas. As maiores quedas neste indicador, entre
10 e 14 alunos, ocorreram nos municípios de Adolfo, Poloni, Bady Bassit, Ipiguá,
Zacarias, Paulo de Faria, Nipoã, Mirassolandia e Ibirá.
No ensino Médio, havia no ano de 1999, 16,9 alunos por professor. Em 2006
observou-se queda de 4 alunos por professor, fazendo com que o indicador passasse
para 12,8 alunos por professor. As maiores quedas no índice ocorreram nos
municípios de: Ipiguá, Mirassolandia, José Bonifácio, Potirendaba e Zacarias.
Assim como no ensino fundamental, no ensino médio a queda no número de
alunos por professor foi resultado, em parte, da queda no volume de matrículas em 23
dos 32 municípios que formam o Pólo, concomitante ao fato de ter havido incremento
no número de professores em 29 municípios do Pólo. (Tabela 18).
Vale dizer que a queda no número de alunos por professor, sobretudo no ensino
fundamental e médio, se deu em alguns municípios, sobretudo, pelo incremento no
número de professores, mas em alguns casos concomitante a este fato também
ocorreu uma diminuição na pressão por matrículas devido às mudanças demográficas.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 157
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 18 – Número de Alunos por professor Indicadores de Educação - Funções Docentes e número de matriculados
1999 2006 1999 2006 1999 2006Pólo de S. J. R. Preto 19,4 21,0 24,3 17,9 16,9 12,8Adolfo 26,0 24,8 25,3 15,5 15,1 12,8Bady Bassitt 25,2 28,6 26,9 16,9 14,1 10,7Bálsamo 24,3 16,2 25,8 23,0 11,9 13,9Cedral 16,8 27,6 25,8 25,1 12,7 13,9Guapiaçu 21,8 14,5 25,4 17,7 19,4 23,2Ibirá 23,7 24,3 28,8 15,3 16,4 14,5Icém 18,2 24,7 17,1 14,6 14,8 11,3Ipiguá 28,1 21,8 27,8 17,5 19,6 8,8Jaci 27,0 17,1 27,6 19,5 10,9 10,2José Bonifácio 22,5 22,4 19,8 15,2 18,1 9,2Mendonça 48,0 22,3 24,6 16,5 12,2 8,8Mirassol 22,0 19,9 22,3 15,1 15,3 10,2Mirassolândia 30,3 16,7 25,4 12,0 16,7 7,4Monte Aprazível 22,1 22,9 19,3 15,7 10,4 12,9Neves Paulista 26,8 17,6 26,8 17,4 10,4 12,5Nipoã 25,5 31,3 24,3 12,3 8,4 6,1Nova Aliança 18,1 23,3 17,1 18,3 12,3 10,9Nova Granada 20,0 22,0 23,0 14,1 14,7 10,0Onda Verde 29,8 36,3 27,0 20,4 18,1 13,1Orindiúva 21,8 24,4 20,7 20,8 13,9 14,3Palestina 39,8 19,8 25,2 22,0 16,6 12,7Paulo de Faria 20,7 31,5 25,3 13,6 16,0 11,8Planalto 27,8 22,6 23,5 21,9 8,8 18,4Poloni 22,0 15,7 23,2 13,3 12,4 9,9Potirendaba 23,7 20,4 24,5 16,4 21,5 14,1São José do Rio Preto 17,6 21,2 26,2 19,7 19,3 14,3Tanabi 20,3 14,6 20,6 17,3 15,3 16,5Ubarana 25,4 14,8 22,7 25,0 10,1 11,8Uchôa 22,9 18,6 19,1 15,6 14,0 17,6União Paulista 25,5 23,7 16,5 14,8 8,8 4,4Zacarias 26,8 18,9 20,6 9,8 11,3 4,3
Fonte: Censo Escolar - INEP - MEC 1999 e 2006. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas
e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais,
NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Ensino Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio
Indicadores de Rendimento24
Taxas de Aprovação Escolar25
No ano de 2002, no Pólo Regional de São José do Rio Preto, as taxas médias de
aprovação no ensino Fundamental de 1ª a 4ª série, 5ª a 8ª série e no Ensino Médio
foram de respectivamente 94,8%, 93,0% e, 86,5%.
24 Dados obtidos da Fundação SEADE / Secretaria de Estado da Educação – SEE/Centro de Informações Educacionais – CIE. 25 Porcentagem de alunos que preencheram em avaliação final, os requisitos mínimos em aproveitamento e freqüência, previstos em legislação, em relação ao total de alunos matriculados no fim do ano letivo.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 158
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
A taxa de aprovação no ensino Fundamental de 1ª a 4ª série, na região foi
ligeiramente superior à taxa média estadual de 94,5%. No Ensino Fundamental de 5ª a
8ª série e no Ensino Médio, a taxa de aprovação para o Pólo de São José do Rio Preto
foi mais elevada que a média estadual de respectivamente 92% e 84,2%.
Os municípios que obtiveram os índices mais baixos de aprovação no ensino
Fundamental de 1ª a 4ª série foram Bady Bassit, Icém, Guapiaçu e Adolfo onde as
taxas de aprovação foram inferiores a 90% (Tabela 19).
Entre a 5ª e 8ª serie, o melhor e o pior índice de aprovação variou entre 80,6% e
100,0% taxas equivalentes respectivamente aos municípios de Mendonça.
No ensino médio a diferença entre os extremos é um pouco mais acentuada (de
70,3% a 98,3) correspondendo respectivamente a Jaci e Nipoã.
Tabela 19 - Taxas de Aprovação Escolar26 Taxa de Aprovação, 2002
E. Fundamental 1 ª a 4ª sér ie
E. Fundamenta l 5ª a 8 ª série
Ensino Médio
Pólo de S . J. R. P reto 94,8 93,0 86,5Adolfo 79,9 90,4 95,6Bady Bassitt 89,3 93,3 85,2Bálsamo 98,3 94,2 90,0Cedral 93,6 90,1 78,5Guapiaçu 86,9 89,9 87,5Ibirá 94,4 93,0 82,6Icém 87,2 87,0 91,0Ipig uá 90,9 93,6 76,5Jaci 93,2 94,3 70,3José Bonifác io 93,4 94,2 88,5Mendonça 98,0 100 ,0 97,6Mirassol 94,4 95,3 92,3Mirassolândia 98,5 97,7 96,3Monte Aprazível 93,9 92,2 79,9Neves Paulis ta 97,1 93,9 80,5Nipoã 94,2 92,3 98,3Nova A liança 96,5 95,0 89,9Nova Granada 96,2 93,4 86,5Onda Verde 96,8 94,4 88,7Orindiúva 95,8 89,3 80,4Palestina 96,2 80,6 84,0Paulo de Faria 97,6 96,4 94,6Pla nalto 97,8 92,1 86,3Poloni 97,2 95,9 88,3Potirendaba 92,0 94,3 85,9São José do Rio Preto 95,9 93,5 86,2Tanabi 93,2 92,6 80,1Ubarana 91,7 85,7 97,9Uchôa 91,8 83,0 91,6União Paulista 95,7 82,3 79,1Zacarias 93,5 96,9 94,6
Fonte: SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
26 Porcentagem de alunos que preencheram em avaliação final, os requisitos mínimos em aproveitamento e freqüência, previstos em legislação, em relação ao total de alunos matriculados no fim do ano letivo.
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Taxas de Evasão Escolar27
Em 2002 as taxas de evasão no Pólo Regional de São José do Rio Preto para a
1ª a 4ª série, para a 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio foram
de respectivamente 0,5%, 2,7% e, 6,1%. Nos três níveis de ensino as taxas médias
de evasão escolar para o Pólo foram inferiores às taxas médias estaduais
equivalentes a 0,95%, 3,2% e, 7,3% respectivamente aos níveis de ensino de: 1ª a 4ª
série, 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e ao Ensino Médio.
No nível de ensino que compreende da 1ª à 4ª série do Ensino Fundamental, as
taxas de evasão entre os municípios foram baixas, sendo iguais ou inferiores a 2,3%,
com exceção do município de Adolfo que apresentou taxa de 7,9%. Os municípios
com as menores taxas nesse nível de ensino, ou seja, taxas inferiores ou iguais a 0,3
foram: São José do Rio Preto, Nova Aliança, Monte Aprazível, Orindiúva, José
Bonifácio, Ibirá e Mirassol.
Gráfico 17 – Taxa de Evasão Escolar. Pólo de São José do Rio Preto, 2002
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
1 ª a 4 ª s é r i e d o E n s i n o F u n d a m e n t a l%
Fonte: SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Na segunda fase do Ensino Fundamental, as taxas de evasão ficaram bastante
heterogêneas e variaram entre 0,3% e 13,1%. As taxas mais elevadas neste nível de
ensino corresponderam à Palestina, Uchoa e Cedral com 13,1%, 9,4% e 8,5%
respectivamente (Gráfico 18).
27 Porcentagem de alunos que abandonaram a escola antes da avaliação final ou que não preencheram os requisitos mínimos em frequência previstos em legislação, em relação ao total de alunos matriculados no fim do ano letivo.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 160
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico 18 – Taxa de Evasão Escolar. Pólo de São José do Rio Preto, 2002
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
5 ª a 8 ª s é r i e d o E n s i n o F u n d a m e n t a l%
Fonte: SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Os maiores índices de evasão aconteceram no Ensino Médio onde se verificou
uma amplitude nas taxas de 0,6% a 19,5%. Os municípios de Cedral, Jaci, União
Paulista e Ipiguá apresentaram as taxas de evasão no Ensino Médio mais elevadas
entre todos os municípios do Pólo, 19,5%, 18,7%, 14,9% e 14,7%. (Gráfico 19).
Gráfico 19 – Taxa de Evasão Escolar. Pólo de São José do Rio Preto, 2002
0,02,04,06,08,010,012,014,016,018,020,0
3 ª s é r i e d o E n s i n o M é d i o%
Fonte: SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 161
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Indicadores de qualidade do ensino
Para estudar as tendências com relação à qualidade do ensino, lançamos mão
dos resultados das avaliações do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do
Estado de São Paulo – SARESP – para o ano de 2007. Os resultados do SARESP
permitem avaliar o ensino regular de todas as escolas da rede pública estadual que
oferecem a 1ª, 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e a 3ª série do Ensino
Médio. Assim, apresentamos os resultados das provas de Língua Portuguesa e
Matemática e dos níveis de desempenho em Redação para as 4ª e 8ª séries do
Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio para o Pólo Regional de São José do
Rio Preto e para o Estado de São Paulo.
O Pólo Regional de São José do Rio Preto se destacou no desempenho nas
disciplinas de Matemática e de Língua Portuguesa com pontuações superiores às
médias estaduais nos três níveis de ensino.
Na 4ª série do Ensino Fundamental o Pólo de São José do Rio Preto esteve mais
de 12 pontos à frente da pontuação média do estado na disciplina de matemática e
mais de 7 pontos em Língua Portuguesa.
Na 8ª série do Ensino Fundamental o Pólo de São José do Rio Preto obteve
vantagem de mais de 10 pontos nas disciplinas de Matemática e de Língua
Portuguesa em relação à média estadual.
Na 3ª Série do Ensino Médio apesar das notas de matemática e Língua
Portuguesa ainda serem superiores às médias do estado, a vantagem é menor
comparativamente às outras séries, 6,9 pontos a mais em matemática e 5,1 em Língua
Portuguesa (Tabelas 20 e 21).
Tabela 20 - Média de Proficiência em Matemática, 2007 Matemática Pólo Regional de São
José do Rio Preto Estado de São Paulo
4ª. Série do E. F. 194,49 182,45
8ª. Série do E. F. 241,61 231,53
3ª. Série do E. M. 270,61 263,68
Fonte: SARESP, SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 162
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Tabela 21 - Média de Proficiência em Língua Portuguesa, 2007
Língua Portuguesa
Pólo Regional de São José do Rio Preto
Estado de São Paulo
4ª. Série do E. F. 194,15 186,84
8ª. Série do E. F. 252,74 242,62
3ª. Série do E. M. 268,33 263,22
Fonte: SARESP, SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Já em relação ao nível de desempenho em Redação28, o Pólo Regional de São
José do Rio Preto obteve resultados praticamente iguais ao Estado para a 4ª série do
Ensino Fundamental. Isto significa que se agregando as categorias: básico e abaixo
do básico, tanto Pólo de São José do Rio Preto quanto o Estado concentram 52,4%
dos resultados.
Na 8ª série do Ensino Fundamental, o Pólo apresentou resultados melhores do
que o Estado. No Pólo regional de São José do Rio Preto em 2007 43,9% dos
resultados correspondiam à soma das categorias: básico e abaixo do básico e, no
Estado esses resultados atingiram 45,7% das avaliações.
Para a 3ª série do Ensino Médio a situação do Pólo ficou pior que a do Estado.
Enquanto o estado apresentou 48,3% das avaliações abaixo do critério básico, no
Pólo este os resultados abaixo do nível básico somaram 56,8% (Gráficos 20, 21 e 22).
28 Para o cálculo da distribuição percentual, foram excluídas do total das avaliações, aquelas categorizadas pelo sistema SARESP como: não válidas: anuladas, em branco e não calculada.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 163
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Gráfico 20
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Pólo Regional de São José do Rio Preto
Estado de São Paulo
Desempenho em Redação na 4a série doEnsino Fundamental, 2007
Avançado Adequado Básico Abaixo do Básico
Gráfico 21
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Pólo Regional de São José do Rio Preto
Estado de São Paulo
Desempenho em Redação na 8a série doEnsino Fundamental, 2007
Avançado Adequado Básico Abaixo do Básico
Gráfico 22
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Pólo Regional de São José do Rio Preto
Estado de São Paulo
Desempenho em Redação na 3a série doEnsino Médio, 2007
Avançado Adequado Básico Abaixo do Básico
Fonte: SARESP, SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 164
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
3.3. Atenção Básica à Saúde e Acesso às Ações e Serviços de Saúde
Pólo Regional de São José do Rio Preto
Introdução
O capítulo da saúde procurou abordar questões relacionadas à Atenção Básica à
Saúde e ao Acesso às Ações e Serviços de Saúde, dimensões fundamentais para o
estabelecimento de políticas públicas, no Pólo Regional de São José do Rio Preto.
Na Atenção Básica à Saúde foram analisados indicadores relacionados às taxas
de mortalidade infantil, indicadores relacionados à saúde da criança, à atenção ao pré-
natal, à saúde da mulher e do adulto.
No bloco referente ao Acesso às Ações e Serviços de Saúde são apresentadas
as taxas de cobertura do programa PSF (Programa de Saúde da Família), as
consultas médicas básicas por habitante, o número de leitos por habitantes e a
proporção de Beneficiários de Plano de Saúde Privado.
O estudo procurou levar em conta as taxas médias dos indicadores para o
Estado de São Paulo e os parâmetros ou metas do Ministério da Saúde, quando
possível para efeitos de comparação.
Mortalidade Infantil
No Pólo Regional de São José do Rio Preto a taxa de mortalidade infantil, vem
caindo sistematicamente, assim como acontece no Brasil e no Estado de São Paulo. O
Pólo de São José do Rio Preto apresentou níveis de mortalidade infantil abaixo da
média estadual no ano de 1990 que correspondeu a 31,2 e, no ano de 2006 quando o
Estado atingiu 13,3 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos. No ano de
1990 a taxa de mortalidade infantil no Pólo Regional de São José do Rio Preto foi de
23,2 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos e caiu para 12,7 no ano de
2006 representando uma queda de quase 55%.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 165
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Em 1990 os municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto com taxas
mais elevadas foram União Paulista, Ibirá, Neves Paulista, Paulo de Faria e
Mirassolandia. Nesses municípios as taxas de mortalidade infantil em 1990 variaram
de 41,7 a 55,6 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos (Gráfico 23)29.
Estes mesmos municípios foram os que mais reduziram a taxa de mortalidade
infantil com declínios de pelo menos 20%.
Os dados mostraram que os municípios de Orindiúva, Nova Aliança, Adolfo,
Poloni, Onda Verde, Bálsamo, Mendonça e Nipoã, municípios mais afastados da
região central do Pólo, apresentaram crescimento nas taxas de mortalidade infantil.
No final do período em análise, as taxas ficaram ainda bastante heterogêneas
nos municípios que compõem o Pólo e, se concentraram em um intervalo de 7,3 a
81,1 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos.
Gráfico 23
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
Taxa de Mortalidade Infantil (óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos)
1990 2006
Fonte: Fundação Seade; Sec. Estadual da Saúde; Sec. Municipais da Saúde. Base Unificada de Nascimentos e Óbitos.
29 Devido à indisponibilidade da informação para os municípios de: Cedral, Mendonça, Mirassolandia, e União Paulista em 1990, foi considerada a informação referente aos anos de 1991, 1994, 1991 e 1997 respectivamente aos municípios citados. Analogamente para a falta de informação em 2006 para os municípios de: Adolfo, Icém, Ipiguá, Mirassolandia, Nipoã, Onda Verde, Planalto e Uchoa foram tomadas as informações referentes aos anos de: 2004, 2007, 2007, 2007, 2005, 2007, 2002 e 2005 respectivamente aos municípios.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 166
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Saúde da Criança
A taxa de Internação por Infecção Respiratória Aguda em menores de cinco anos
é um indicador frequentemente usado, pois fornece uma medida da qualidade da
atenção à saúde preventiva e curativa à criança. O Ministério da Saúde recomenda
que a taxa deva ser inferior a 35 internações por mil crianças menores de cinco anos.
No ano 2000 o Pólo Regional de São José do Rio Preto não apresentou taxa de
internação por IRA acima do recomendado pelo Ministério da Saúde. Neste ano, a
taxa de internações por IRA em menores de cinco anos no Pólo alcançou 32,8
crianças para cada mil menores de cinco anos, taxa superior à média estadual de 28,2
internações por mil.
Em 2007 a situação do Pólo melhorou e a taxa de internações por IRA cai para
27,0 internações, mas a taxa está acima da média estadual neste ano, equivalente a
21 internações.
A observação das taxas de internação por Infecção Respiratória Aguda em
menores de cinco anos nos municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto
revela que houve melhora das taxas no sentido de ter ocorrido declínio de 17,5% e, da
taxa média da região continuar abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde em
2006.
Ainda que se haja conseguido avançar no combate às doenças respiratórias
agudas em crianças na região, como a taxa média tem mostrado, o problema reside
no fato de ainda existir entre os 32 municípios que compõem o Pólo de SJRP, 15
municípios onde ocorreu elevação das taxas de internação por IRA
Os mapas mostraram que as taxas mais altas no ano 2000 e em 2007
corresponderam aos municípios localizados na parte mais a oeste e norte da região.
No ano 2000 como no ano de 2007 ocorreu uma concentração de municípios no
entorno do município sede formando quase que um anel, onde as taxas de internação
por IRA foram inferiores à taxa relativa ao município central (Mapas 11 e 12).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 167
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Mapas 11 e 12 Taxa de internação por IRA (Infecção Respiratória Aguda) em menores de cinco anos (por mil)
Fonte: SIH/SUS – DATASUS, Censo Demográfico e estimativas populacionais do IBGE
Atenção ao Pré-Natal
Para avaliar a cobertura e a qualidade da assistência ao parto no Pólo Regional
de São José do Rio Preto utilizamos o indicador: Proporção de mulheres com filhos
nascidos vivos que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal. O número mínimo
de consultas recomendadas pelo Ministério da Saúde é sete.
É necessário dizer, baseado em alguns estudos (SERRUYA, 2004), que este
indicador é fortemente influenciado pelo nível de pobreza da região, além de outros
fatores. Além disso, em uma análise longitudinal, as taxas podem em grande parte
terem sido afetadas, positivamente, pelas ações do Programa Saúde da Família e pela
implementação do Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento do
Ministério da Saúde lançado em junho de 2000 onde o foco principal tem sido
proporcionar a melhora do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento
pré-natal, da assistência ao parto e puerpério das gestantes e ao recém-nascido.
A proporção média de nascidos vivos cujas mães realizaram pelo menos sete
consultas por mês no Pólo Regional de São José do Rio Preto no ano 2000 e no ano
de 2007 foi superior à média estadual. No ano 2000, enquanto a proporção média de
nascidos vivos cujas mães completaram o pré-natal era de 54,5% no Estado de São
Paulo, o Pólo Regional de São José do Rio Preto realizou 16,1% a mais.
No ano de 2005, a média estadual ficou em 73,4%, e o Pólo Regional de São
José do Rio Preto ficou em um patamar superior com quase 89% dos nascidos vivos,
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 168
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
cujas mães haviam realizado 7 consultas ou mais de pré-natal. Assim, houve um
incremento de quase 26% na proporção de mães que realizaram pelo menos 7
consultas de pré-natal no Estado e de 20,5% no Pólo Regional de São José do Rio
Preto entre 2000 e 2005.
Em 2005 os municípios do Pólo que mais incrementaram a cobertura de pré-
natais concluídos foram: Adolfo, José Bonifácio, Bálsamo e Ubarana. Estes municípios
no ano 2000 apresentaram proporções equivalentes a 12% ou menos de cobertura e,
em 2005 com o crescimento superior a 84% passaram para taxas de conclusão de
pré-natal acima de 65%.
Vale lembrar que dos 32 municípios do Pólo de São José do Rio Preto, apenas 3
apresentaram declínio substancial nas taxas: Zacarias, Paulo de Faria e Mendonça,
onde os percentuais de cobertura de conclusão de pré-natal declinaram em mais de
23%.
Tabela 22 Proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Total ESTADO 54,5 59,0 63,2 67,1 71,4 73,4 25,8Pólo SJRP 70,6 73,6 80,4 84,4 87,9 88,9 20,5Adolfo 12,1 32,6 89,7 76,2 85,3 81,0 85,1Bady Bassitt 74,9 67,7 75,6 74,2 85,0 88,0 14,9Bálsamo 3,6 47,1 76,3 78,5 89,6 95,7 96,3Cedral 55,0 68,1 71,4 77,1 88,2 88,9 38,1Guapiaçu 63,7 65,1 71,5 69,0 86,3 88,6 28,1Ibirá 84,3 82,2 86,7 85,9 83,6 83,6 -0,8Icém 78,1 88,7 79,8 84,9 90,0 90,1 13,4Ipiguá 65,8 79,2 84,2 85,7 89,4 94,1 30,1Jaci 72,9 84,8 82,5 82,8 88,5 88,7 17,8José Bonifácio 4,3 33,6 85,5 71,0 64,7 71,6 94,0Mendonça 72,4 83,9 83,3 79,3 71,4 55,2 -31,2Mirassol 43,5 55,8 74,0 82,1 85,0 88,3 50,7Mirassolândia 46,7 53,7 71,1 71,4 80,4 79,2 41,1Monte Aprazível 55,2 55,4 67,8 66,1 86,2 66,5 17,1Neves Paulista 78,3 77,4 72,2 66,7 86,6 82,5 5,1Nipoã 35,9 57,1 55,0 48,8 77,8 71,4 49,7Nova Aliança 47,7 65,5 69,4 69,5 87,1 77,6 38,5Nova Granada 96,4 95,6 93,8 95,2 97,3 95,1 -1,3Onda Verde 79,7 85,7 93,4 100,0 89,8 93,0 14,3Orindiúva 51,4 86,2 91,2 92,9 81,9 93,2 44,9Palestina 79,4 90,9 93,3 88,4 91,2 88,5 10,3Paulo de Faria 71,4 77,1 88,5 77,0 84,0 57,9 -23,5Planalto 67,8 68,7 86,0 62,3 79,0 83,1 18,4Poloni 46,4 52,2 50,0 63,0 81,5 71,4 35,0Potirendaba 78,3 78,4 84,4 87,4 92,3 95,8 18,3São José do Rio Preto 83,3 80,8 81,1 88,6 91,7 93,2 10,7Tanabi 76,7 77,3 88,0 90,2 83,0 92,0 16,7Ubarana 2,9 6,4 83,6 65,0 36,0 64,9 95,6Uchoa 67,9 61,9 60,8 81,3 89,2 88,2 23,1União Paulista 41,2 56,5 57,1 76,5 82,4 66,7 38,2Zacarias 68,4 62,5 79,2 76,5 66,7 55,6 -23,1Fonte: SINASC/SUS - DATASUS. Elaboração: Proje to Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP.
Crescimento (%) 2000-2005
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 169
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Controle da Hipertensão
A taxa de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na população de 40
anos ou mais, além de apontar o nível de morbidade para esta doença, também avalia
a oferta de ações básicas preventivas para o controle da doença hipertensiva.
Enquanto o número de internações entre 2000 e 2007 por Acidente Vascular
Cerebral (AVC) na população de 40 anos ou mais no Estado de São Paulo passou de
15,2 para 20,8 internações por 10.000 habitantes, no Pólo Regional de São José do
Rio Preto o indicador caiu de 40,1 para 37,1 internações.
Entre todos os Pólos regionais e Regiões Metropolitanas da pesquisa, o Pólo de
São José do Rio Preto foi, depois do Pólo Regional de Araçatuba, a segunda taxa
mais alta de internações por AVC em adultos com mais de 40 anos no ano 2007 entre
todas as regiões da pesquisa.
Apesar de ter havido discreta melhora nos indicadores, constatada pela queda
na taxa de internação no Pólo de São José do Rio Preto, quando analisamos as taxas
por municípios verificamos que ocorreu elevação da taxa em 13 municípios dos 32
compõem a região. Além disso, a variabilidade das taxas nos municípios é muito
grande, seja no ano 2000 ou em 2007 onde as taxas variaram de 20,6 até 84,3.
Assim, devemos ter cuidado ao utilizar as taxas médias de internações por AVC
referente ao Pólo para os dois períodos pesquisados, pois ela não reflete a
heterogeneidade dos municípios (Mapas 13 e 14).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 170
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Mapas 13 e 14 Taxas de Internação por AVC (por 10.000 habitantes com 40 anos ou mais)
Fonte: SIH/SUS – DATASUS, Censo Demográfico e estimativas populacionais do IBGE.
Indicadores Gerais de Atenção à Saúde
Consultas Médicas Básicas por Habitante
No Brasil a média anual de consultas médicas por habitante nas especialidades
básicas pouco variou entre o ano de 2000 e 2007. No ano 2000 este indicador atingiu
1,51 consultas básicas por habitante e em 2007 alcançou 1,54. No Estado de São
Paulo, o patamar é praticamente o mesmo referente à média brasileira em 2000 e, em
2007 chegou a 1,7 consultas básicas por habitante.
No Pólo Regional de São José do Rio Preto a média de consultas médicas
básicas por habitante atingiu o patamar de 2,2 consultas no ano 2000, em 2004
passou a 2,8 e, caiu para 2,2 em 2007 atingindo novamente o mesmo patamar
referente ao ano 2000.
Os municípios que mais realizaram consultas básicas por habitante em 2007,
entre 4,1 e 4,7 consultas básicas por habitantes foram: Mendonça, Ubarana, Zacarias
e Adolfo (Mapas 15 e 16).
Os municípios que apresentaram queda expressiva de mais de 20% no numero
médio de consultas realizadas nas especialidades básicas entre 2000 e 2007 foram
Adolfo, São José do Rio Preto, Paulo de Faria, Ubarana e Nipoã.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 171
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Mapas 15 e 16 Consultas Básicas por Habitante (média anual)
Fonte: SIA/SUS - DATASUS, Censo Demográfico 2000 e projeções, IBGE.
Cobertura do Programa de Saúde da Família
As informações sobre percentuais de cobertura do Programa Saúde da Família
em grandes cidades e capitais revelam que em geral há uma dificuldade maior de
consolidação deste programa em cidades maiores e mais urbanizadas (ELIAS, 2006).
Como já foi dito, a região do país com menor cobertura do Programa Saúde da
Família é a Sudeste, com menos de 30% de cobertura da população no ano de 2007.
No Estado de São Paulo em 2007, em média a cada 4 pessoas uma foi atendida pelo
PSF e, no Pólo de São José do Rio Preto, uma a cada 6 pessoas foi atendida pelo
PSF.
Os dados mostraram que houve crescimento da proporção de pessoas atendidas
pelo PSF no Estado de São Paulo e no Pólo Regional de São José do Rio Preto entre
2000 e 2007. O ritmo de crescimento do PSF no Pólo Regional de São José do Rio
Preto foi mais intenso entre 2000 e 2003. A partir de 2003 houve um arrefecimento das
taxas que voltam a crescer em 2005. (Gráfico 24).
Comparando-se o crescimento da cobertura do PSF no Pólo de São José do Rio
Preto com a cobertura no Estado, foi possível perceber que no Pólo o crescimento foi
menos intenso. Nesse sentido, enquanto as proporções de famílias cobertas pelo PSF
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 172
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
foram multiplicadas por 4,1, no Estado, no Pólo de São José do Rio Preto este fator foi
de 2,6 vezes.
Gráfico 24
13,7
22,1
28,632,9
36,640,3
44,046,4
6,310,1
13,916,9
19,221,1
24,3 25,8
6,18,9
12,9 13,6 12,5 12,616,0 16,1
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Proporção de População coberta pelo PSF (%)
Brasil Estado de São Paulo Pólo SJRP
Os mapas 17 e 18 evidenciam que não somente a cobertura de famílias
atendidas vem aumentando como também o número de municípios que em 2000 não
tinham implementado o programa e, em 2007 já implantaram.
No ano 2000, 10 dos 32 municípios do Pólo de São José do Rio Preto haviam
implementado o PSF. No ano de 2007, o total de municípios que oferecem o programa
passa para 17.
Os municípios de Zacarias, Planalto, Jaci, Adolfo e Mendonça se destacaram em
2007 por apresentarem uma cobertura populacional do PSF de mais de 97%. Por
outro lado, São José do Rio Preto foi o município com o menor índice, 8,6% de
cobertura (Mapa 18).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 173
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
Mapas 17 e 18 Proporção da população atendida com o Programa Saúde da Família
Fonte: Fonte: Número de pessoas cadastradas, de 2000 a 2006, por município. Fonte: SIAB/SUS - DATASUS, Censo Demográfico 2000 e projeções, IBGE.
Atenção Hospitalar - Leitos Hospitalares por Habitante
A análise deste indicador tem como objetivo ilustrar como acontece a
concentração de leitos hospitalares por habitantes nos municípios pertencentes ao
Pólo Regional de São José do Rio Preto.
Como este indicador é suscetível a uma variedade de fatores relativos às
localidades ou regiões distintas, não há parâmetros validados para efeitos de
comparação. O que acontece é que a própria demanda juntamente com a capacidade
de financiamento do local acaba definindo as metas a serem alcançadas. Assim, este
indicador não é adequado para avaliar o sistema de saúde de uma região, mas auxilia
nas ações de planejamento e gestão.
Apesar de não termos parâmetros validados, o Ministério da Saúde preconiza
que o volume de leitos hospitalares esteja entre 2,3 a 3 leitos por mil habitantes
(Portaria do Ministério da Saúde 1101/2002).
No Pólo Regional de São José do Rio Preto a oferta de leitos hospitalares foi de
3,6 leitos por mil habitantes em 2006, onde 2,1 leitos foram disponibilizados através do
SUS. A média de leitos hospitalares por mil habitantes no Pólo Regional de São José
do Rio Preto ficou acima da média estadual e da nacional. No Estado foram
disponibilizados 2,6 leitos e no Brasil 2,7 leitos por mil habitantes em 2006 (Tabela 23).
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 174
Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP
No Pólo Regional de São José do Rio Preto quase 59% dos leitos foi
disponibilizado pelo SUS, proporção inferior a média estadual de 65,4%.
Tabela 23 - Leitos Hospitalares por mil habitantes
Total SUS
Pólo de São José do Rio Preto 3,6 2,1 58,9
Estado de São Paulo 2,6 1,7 65,4Brasil 2,7 2,0 74,1
Leitos Hospitalares em 2006
Leitos* Por Mil Habitantes Hab. Proporção de Leitos do SUS (%)
Fonte: CNES - Recursos Físicos - Hospitalar - Leitos de internação - São Paulo SUS - DATASUS, Censo Demográfico 2000 e projeções, IBGE.
O município de Jaci e Nova Granada foram os municípios que apresentaram as
maiores razões de leitos hospitalares, 30,8 e 12,5 leitos por mil habitantes
respectivamente (Mapa 19).
Mapa 19 – Leitos Hospitalares por mil habitantes em 2006
Fonte: CNES -Recursos Físicos - Hospitalar - Leitos de internação - DATASUS, projeções, IBGE.
Pólo Econômico de São José do Rio Preto 175
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Beneficiários de Plano de Saúde Privado
De acordo com PINTO, 2004; a região Sudeste concentra cerca de 70% da
população que possui planos de saúde e, as maiores proporções de cobertura
acontecem nas capitais. Ainda segundo este autor: Estudos anteriores (Costa e Pinto,
2002; Siqueira et al., 2002) demonstram que, nas cidades de pequeno e médio porte
(menos de 80.000 habitantes), a participação das modalidades de saúde suplementar
é menor que a prestação de serviços mediante o SUS, enquanto que nas cidades de
mais de 80.000 habitantes, a hegemonia dos planos de saúde já ocorria em 1992 e
expandiu-se ainda mais em 1999.
O indicador proporção de cobertura da população por planos de saúde privados
considera como plano privado, segundo os critérios da ANS/MS, os planos de
assistência à saúde que são operados por medicina de grupo, cooperativas,
seguradoras, autogestão e filantropia. Pode haver superestimação do indicador na
medida em que pode haver beneficiários com mais de um plano de saúde privado.
A cobertura da população por planos de saúde privado no país foi de quase 20%
da população entre 2000 e 2005. A região Sudeste apresentou a maior cobertura
entre as regiões, e entre 2000 e 2005 a representação da região ficou praticamente
constante por volta de 30% (Tabela 24).
Tabela 24 - Proporção (%) da população coberta por planos privados de saúde segundo ano por região. Brasil, 2000 a 2005
Regiões 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Brasil 19,1 18,6 18,5 18,6 19,1 19,9
Norte 5,7 5,5 6,2 6,8 7,3 7,2
Nordeste 7,6 7,2 7,6 8,0 8,2 8,4
Sudeste 32,0 30,9 30,2 29,9 30,3 31,7
Sul 14,0 14,1 14,6 15,5 16,7 17,4
Centro-Oeste 12,7 12,2 12,5 12,5 12,5 12,8
Fonte: Ministério da Saúde/Agência Nacional de Saúde - Sistema de Informações de Beneficiários e IBGE
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No ano 2000, a cobertura média populacional de planos de saúde privados para
o Estado e para o Pólo Regional de São José do Rio Preto foi de respectivamente
41,6% e 32,1%.
Em 2007 foi constatado o crescimento da cobertura por planos de saúde
privados no Estado de São Paulo que resultou em uma proporção equivalente a 48%
de cobertura populacional com planos privados de saúde. No Pólo Regional de São
José do Rio Preto o crescimento foi pequeno em torno de 7%. A taxa média de
cobertura por planos de saúde privados no Pólo alcançou 34,5% da população, índice
inferior a média estadual.
Com exceção do município de São José do Rio Preto, os planos de saúde
privados aumentaram em todos os demais municípios do Pólo Regional de São José
do Rio Preto entre 2000 e 2007. Os municípios do Pólo onde haviam
proporcionalmente mais pessoas com planos de saúde privados em 2007 localizam-se
na parte mais central do Pólo, a saber: Mirassol, São José do Rio Preto, Bálsamo, Jaci
e Monte Aprazível onde as taxas variaram de 35,6% a 41,5%. (Mapas 20 e 21).
Mapas 20 e 21 Proporção da população com plano privado de saúde
Fonte: Sistema de Informações de Beneficiários (SIB), Sistema de Cadastro de Operadoras (Cadop) e Sistema de Registro de Produtos (RPS), todos geridos pela ANS - DATASUS. SIA/SUS - DATASUS, Censo Demográfico 2000 e projeções, IBGE.
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