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Samba rock invade Campinas DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - A NO II - Nº 05 - MAIO/JUNHO – 2006 EDITORA REGIONAL:LUIZA BRAGION - EDITOR NACIONAL: MILTON SALDANHA - [email protected] Completo na Internet www.jornaldance.com.br Fale conosco [email protected] Por que até bons professores de dança perdem seus alunos? Conheça as milongas gays, última moda em Buenos Aires Valinhos: Studio Mix é inaugurada em grande estilo Festival do Japão com danças típicas em Campinas “Copa, Suor e Muita Dança” é o novo espetáculo de Juliana Omati Grupo Sonidos vai para Nova York Cuballet 2007, do Espaço Cultural Eldorado, fará audição masculina dia 29 de outubro (14h) para concessão de vinte bolsas aos melhores bailarinos. Durante o curso do Cuballet, que chegará em sua 15ª edição, a partir de 3 de janeiro, os alunos que se destacarem ganharão bolsa de estudo no Centro Pró Danza, em Havana, Cuba, onde funcionam algumas das companhias de balé clássico de fama mundial, principalmente o Ballet Nacional de Cuba, dirigido por Alicia Alonso, que está em visita ao Brasil. O Cuballet do Espaço Cultural Eldorado é dirigido pela bailarina e coreógrafa Laura Alonso, filha de Alicia. IV Salão Rio Dança já está estruturado Marco Antonio Perna, da Agenda da Dança de Salão Brasileira e organizador do evento anual Salão Rio Dança, já estruturou a edição deste ano, quarta da série, e que será de 9 a 14 de julho, em Copacabana. O evento, com apoio do jornal Dance, envolve workshops, bailes diários, palestras, festas de abertura e de encerramento. Os professores convidados são todos muito conhecidos e altamente especializados. Até agora estão confirmados vários convidados Rachel Mesquita (didática), Kilve Costa (samba de gafieira, bolero, salsa), Márcio Carreiro (tango), Renata Peçanha (lambada-zouk), Bruno Barros (forró e percussão corporal), Mauro Lima (lindy hop), Alex de Carvalho (movimentos para shows), Moskito (samba rock), Solange Gueiros (forroda). Quem fizer inscrição até 20 de maio ou 20 de junho terá desconto, maior conforme a antecipação. www.salaoriodanca.com.br Cuballet oferece bolsas para bailarinos Samba rock invade Campinas Moskito e Ana Paula

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Samba rock invade CampinasDISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - AN O II - Nº 05 - MAIO/JUNHO – 2006

EDITORA REGIONAL:LUIZA BRAGION - EDITOR NACIONAL: MILTON SALDANHA - [email protected]

Completo naInternet

www.jornaldance.com.br

Fale [email protected]

Por que até bonsprofessores de dançaperdem seus alunos?

Conheça asmilongas gays,

última moda emBuenos Aires

Valinhos: StudioMix é inauguradaem grande estilo

Festival do Japão comdanças típicas em

Campinas

“Copa, Suor e MuitaDança” é o novo

espetáculo de JulianaOmati

Grupo Sonidos vaipara Nova York

Cuballet 2007, do Espaço Cultural Eldorado,fará audição masculina dia 29 de outubro(14h) para concessão de vinte bolsas aosmelhores bailarinos. Durante o curso doCuballet, que chegará em sua 15ª edição, apartir de 3 de janeiro, os alunos que sedestacarem ganharão bolsa de estudo noCentro Pró Danza, em Havana, Cuba, ondefuncionam algumas das companhias de baléclássico de fama mundial, principalmente oBallet Nacional de Cuba, dirigido por AliciaAlonso, que está em visita ao Brasil. OCuballet do Espaço Cultural Eldorado édirigido pela bailarina e coreógrafa LauraAlonso, filha de Alicia.

IV Salão Rio Dançajá está estruturado

Marco Antonio Perna, da Agenda daDança de Salão Brasileira e organizadordo evento anual Salão Rio Dança, jáestruturou a edição deste ano, quartada série, e que será de 9 a 14 de julho,em Copacabana. O evento, com apoiodo jornal Dance, envolve workshops,bailes diários, palestras, festas deabertura e de encerramento. Osprofessores convidados são todosmuito conhecidos e altamenteespecializados. Até agora estãoconfirmados vários convidadosRachel Mesquita (didática), Kilve Costa(samba de gafieira, bolero, salsa),Márcio Carreiro (tango), Renata Peçanha(lambada-zouk), Bruno Barros (forró epercussão corporal), Mauro Lima (lindyhop), Alex de Carvalho (movimentospara shows), Moskito (samba rock),Solange Gueiros (forroda). Quem fizerinscrição até 20 de maio ou 20 de junhoterá desconto, maior conforme aantecipação. www.salaoriodanca.com.br

Cuballet oferece bolsaspara bailarinos

Samba rock invade Campinas

Moskito e Ana Paula

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2 Maio e Junho/2006

Milton Saldanha Luiza Bragion

Intelectual argentino, poliglota, escritor epoeta premiado, ele adotou o Brasil também

como pátria. Tem sido um privilégio para adança de salão, nos redutos do tango, contarcom as contribuições culturais de Iván SerraLima, sobretudo quando a gente sabe que sãoraríssimos os pesquisadores na área de dança,e mais raros ainda os pesquisadores sérios.Iván está preparando o roteiro e vai dirigir odocumentário “Tangueras”, apresentado comabsoluta exclusividade nesta edição. Um dosdetalhes mais originais e interessantes que eleacentua é que, talvez pela primeira vez, não seestará fazendo uma obra sobre tango com focosobre Buenos Aires ou mesmo Montevideo.Desta vez as atenções estarão concentradas namulher brasileira. Ou, se quiserem, na tanguerabrasileira, com seus traços culturais própriosde um país tropical, alegre e irreverente, quetem no samba cheio de gingado sua mais ricaexpressão corporal. Só por esse detalhe, entremuitos outros, o filme já se torna curioso einteressante. Quebra um paradigma que setornou clássico, o de que tudo o que se refira a

Programa“Crescendo com aDança”: exemplode cidadania

Seria imperdoável se o jornal DanceCampinas não abrisse espaço para falarsobre projetos sociais e sua direta ligação

com a dança. Gostaria de apresentar aos leitoresum programa muito especial, que já existe nacapital paulistana e em agosto passa a serimplementado em Campinas, em parceria como ZAP Centro de Danças. A direção da Escola Paulista de Dança,com experiência de 22 anos no ensino de dança,desenvolve o programa “Crescendo com aDança” desde 1996, para o desenvolvimentosócio-cultural de crianças e jovens carentes,com resultados visíveis e comprovados.Coordenado pela bailarina Andréa MafraGregori, o programa leva a arte e a linguagemdo corpo às crianças de baixa renda que,vivendo em um ambiente precário, não têmcondição de desenvolverem-se artisticamente.O projeto cria a habilidade de aprender, demaneira responsável, alegre e dinâmica. Ascrianças estimuladas estarão mais abertas aoaprendizado em geral, inclusive na escola. Sem dúvida, a mais completa das artesdesenvolve na criança o senso de disciplina,postura, coordenação, equilíbrio, musicalidade,criatividade e auto-estima. Mesmo não setornando bailarino profissional, a criança crescee conhece seu próprio corpo. Daí a necessidadede o ensino da dança ter que ser feito commuita seriedade e com profissionaisqualificados. O programa “Crescendo com a Dança”oferececondições para a socialização das crianças debaixa renda, visando a conscientização dacidadania, bem como a iniciação de um ofícioaté sua profissionalização, buscando colocaçãono mercado de trabalho. As 54 criançasatendidas estudam nas escolas públicas de SãoPaulo. Passam por testes de aptidão e entrevistacom os pais, a fim de compor o perfil

psicológico. No final de cada ano, existe umexame para verificar a qualificação de cada aluna,o que também ajuda a manter a qualidade doprograma. As aulas são gratuitas, assim como ouniforme, lanche, vale transporte e figurinos.São ensinados ritmos como o balê clássico,sapateado e hip hop. Utilizando principalmentea metodologia cubana como base aliada à inglesa(Royal Academy of Dance), a Escola Paulistade Dança oferece aos alunos uma formaçãocompleta e segura. Um projeto como esse agora vem paraCampinas, unindo-se com outras iniciativas jáconsolidadas como os “Meninos Atores eBailarinos de Barão”, do coreógrafo BetoRegina, e o Projeto Samba Rock, do GrupoMenina Bonita, todos dependentes depatrocínios. O programa “Crescendo comDança” seguirá, em Campinas, a mesma linhado que é feito na capital: atenderá crianças daperiferia, que passarão por testes e entrevistasantes do início das aulas. O espaço físico será oZAP, localizada no Campinas Shopping. Acoordenação ficará sob a responsabilidade daexperiente Andréa Mafra e a idéia é lotar assalas da academia nos períodos da manhã e datarde. Seus idealizadores já estão batalhandopor patrocínios, que serão indispensáveis paraque o projeto tenha início. Ao contrário de nós, milhares de crianças eadultos não têm a oportunidade de estudar artes,seja como profissão e até mesmo por simplesdiversão. Longe de um discurso meramenteassistencialista, firmamos a idéia de que cadaser humano tem sua missão na sociedade.Ninguém vive isolado e a solidariedade éfundamental para a construção do futuro. Porque não utilizar a dança como ferramenta deintegração social? Certamente é uma armapoderosíssima contra muitos “monstros” queassombram nossas crianças...

A regulamentação profissional é uma conquista e um direito da classedos jornalistas. Nossos jornais respeitam e cumprem a lei. Aqui só

trabalham jornalistas realmente profissionais.

&

Iván Serra Limae a mulher brasileira

tango tenha que partir do mundo portenho. Ivánvai provar agora que não é bem assim, com aautoridade do pesquisador respeitado, somadacom sua insuspeita nacionalidade argentina.Iván Serra Lima, que já montou e dirigiuespetáculos bonitos, nos brindou recentementecom magistrais palestras (amparadas em cenasde DVD) sobre o tango. E por sugestão desterepórter iniciou nova série, agora sobre osgrandes nomes do ramo, como Gardel,Piazzolla, Darienzo, Pugliese e muitos outros,inclusive alguns personagens para nós aindadesconhecidos.Graças também ao apoio cultural de AlcioneBarros, dona da Dançata, e de Moacir deCastilho, promotor do Tanghetto, na mesmacasa, estamos tendo pela primeira vez aoportunidade de entender a música e a dançapor um prisma que vai muito além dospassinhos. Em sua essência e raízes, e dos seuscriadores e intérpretes.Parabéns Iván Serra Lima por sua dedicação,cultura e talento. E obrigado por seu um dosnossos. M.S.

Notícia boana TV

Dança de SalãoFaça parte desta comunidade saudável!

“Dançando com as Estrelas”, programado SBT que está sendo preparado epossivelmente seja lançado em agosto, éa melhor notícia do ano para a dança desalão. O programa vai projetar amodalidade com o máximo de glamour,privilegiando a elegância e charme dadança internacional (ballroom dance).Contudo, se depender da vontade e dosesforços de Jaime Arôxa, que trabalha coma equipe de produção, como consultor,todos os estilos brasileiros também serãocontemplados. O bom da notícia é o óbvio:a projeção da dança de salão na TV acabaensejando o boom nas academias e casasdo gênero, criando moda. E, ainda que todamoda seja passageira, o importante é que

o sopro injeta novos recursos no meio. Emais: muita gente que chega por meromodismo acaba gostando e ficandodefinitivamente.Informações de bastidores, ainda nãoconfirmadas, indicam que o próprio SilvioSantos seja apresentador do programa. Seisso se confirmar, considerando o carismado apresentador, o alcance com certeza seráainda maior, porque seu nomeinvariavelmente alavanca os índices doIbope. E a dança de salão, por tabela, ganhamuito com isso.Senhores donos de academias: preparem-se para novos dias, se tudo isso seconfirmar. Em clima de Copa do Mundo,vamos torcer!

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Maio e Junho/2006

Valinhos ganha Studio Mix Dança de Salão & Cia

Equipe de professores da Studio Mix e alguns integrantes da Companhia de DançaJuliana Gianessi: Valdenir Donizeti de Souza (Guaru), Maryelle Diniz, Alexandra

Santos, Juliana Gianessi, Maria José Gianessi, Karyne Vasconcelos, Rodrigo Andrade,Márcio Fagundes, Márcio Rafael Teixeira, Ricardo Martinez e Junior Azevedo.

Paulo Zanandré traznovos workshops

O sucesso do aulão de lambada zouk com oprofessor Fábio Reis, de São Paulo,realizado dia 9 de abril na Escola PauloZanandré, foi tão grande que uma outra aulafoi marcada para o dia 28 de maio. Nessedia, poderão participar os alunos quefizeram o primeiro aulão e os que nãofizeram. Para quem já participou, oprofessor ensinará novos passos. Para osdemais, dará o básico, para iniciar no ritmo.Os interessados em participar do aulãodeverão fazer a inscrição na secretaria daescola. Outras informações pelo telefone(19) 3242-0186.

Moskito volta em maio para

mais uma aula de samba-rock

Prefeitura retoma aulasde tango e outros ritmos

Campinas pode respirar aliviada. Em abril, asaulas de tango e outros ritmos que lotavam dealunos da terceira idade, foram retomadas pelaprofessora Teresa Villas Boas. No início de 2006,a Prefeitura chegou a suspender o projeto.As aulas acontecem em vários horários e pontosda cidade e são gratuitas. Para o tango, énecessário ter par. Maiores informações (19)3289-9455 ou (19) 9653-6088.

Academia Giras seleciona bolsistas

e avançado para aulas de dança de salão. Podemser homens e mulheres, visando a formação depersonal dancers. A seleção acontece nasegunda-feira, dia 22 de maio, durante as aulas(19h30 às 22h). Após esse horário oscandidatos passarão por uma entrevista com oprofessor Amaury Fernandes. A idéia éproporcionar uma troca de experiências entreprofessores, alunos e bolsistas. Rua RegenteFeijó, 1397. (19)9171-7446.

Karen Righetto recebe certificadoRoyal em Londres

A bailarina, professora e coreógrafa campineiraKaren Righetto estará em Londres em 11 de julhopor um motivo mais do que especial. Recebe ocertificado “Teaching Certificate Program” e seráregistrada como professora da Royal Academy ofDance, o que lhe possibilita lecionar e selecionaralunas para exame no mundo todo. Os certificadosserão emitidos pela Faculty of Educacion, durantea cerimônia Academy Awards Day Cerimony.

Pérolas do Deserto seprepara para grande evento

na capital paulista O grupo de dança do ventre Pérolas doDeserto, que foi destaque do Mercado Persade São Paulo, de 2004, de Samira e Shalimar, seprepara para o próximo grande evento de dançado ventre que acontece na capital dia 27 deagosto, promovido pela bailarina Estrela. O grupo campineiro Pérolas do Deserto éformado por profissionais da dança árabe.Considerado um dos grupos de dança árabemais sólidos de Campinas, se apresentaanualmente no famoso Mercado Persa de SãoPaulo. Tem como coreógrafa e professoraMariela Maia, bailarina clássica formada peloConservatório Musical Campinas Vitória Régia.Nesse ano completa 16 anos de dança doventre, com passagens pelo Egito, Turquia eGrécia. A bailarina Mariela Maia está fazendoexcursão para os interessados em assistir aoevento. Maiores informações: (19) 32791822ou (19) 97387135.

ServiçoStudio Mix Dança de Salão & CompanhiaTelefone: (19)3849-7261Av. dos Esportes, 345 - CentroValinhos

A academia Giras, localizada em Campinas,procura bolsistas de nível básico, intermediário

ZAP Centro de Danças oferececartão de descontos

Os alunos matriculados no ZAP Centro deDanças agora ganham o Cartão ZAP Descontos.Com ele, o aluno terá descontos em mais de cemlocais, incluindo lojas, casas noturnas, bares,prestadores de serviços, cinema, entre outros. OBox Cinema do Campinas Shopping, por exemplo,oferece 50% de desconto para quem apresentar ocartão. Segundo Vanea Santos, diretora do ZAP, ainiciativa é muito importante pois agrega valorespara os alunos.

Valinhos ganhou em abril uma novaopção para aulas de dança. Foiinaugurada, em grande estilo, a Studio

Mix Dança de Salão & Companhia, sob adireção dos dançarinos Juliana Gianessi e deseu sócio Valdenir Souza, o Guaru. A academia,já em funcionamento e com matrículas abertas,oferece várias modalidades de dança, emdiversos horários: dança de salão, jazz, axé,yoga, street dance, balé clássico e dança doventre. A equipe de professores é formada porJuliana Gianessi e Guaru (dança de salão),Dakiny Keller (dança do ventre), KaryneVasconcelos (balé), Alexandra Santos (axé) eJunior Azevedo (jazz). Segundo Juliana, aacademia vem de encontro às necessidades deValinhos: “A cidade não tem escola de dançade salão e a demanda é alta. Há muitas pessoasprocurando essa modalidade por aqui, poisValinhos tem casas noturnas para dançar.Nosso propósito é atender essa demanda, comótima equipe, aulas de qualidade e acolhimentoao aluno”, afirma. A academia Studio Mix acaba de ganhar oprêmio “Gente que Brilha”, promovido porNM Produções, através do colunista socialNoel Moretto. A cerimônia que premiará osvencedores de 2006 acontece dia 10 de junho,

sábado, no salão social do Clube AtléticoValinhense. Além da nova academia, JulianaGianessi está com muitos projetos para 2006.Um deles acaba de ser concretizado: formaçãode uma companhia de dança profissional parashows e eventos. A Companhia de DançasJuliana Gianessi é formada por cinco núcleos:dança de Salão, sob a direção de JulianaGianessi, balé Clássico, sob a direção de KaryneVasconscelos, Contemporâneo e jazz, sob adireção de Junior Azevedo,axé e street dance,sob a direção de Alexandra Santos e dança doventre, sob a direção de Dákiny Keller. Tem oobjetivo de atender a todos os tipos de eventos,desde jantares e festas de aniversário ecasamentos, até festivais. O núcleo dança desalão é formado, além da dançarina, pelosprofessores e dançarinos Maryelle Diniz,Ricardo Martinez, Rodrigo Andrade, AndressaAlmeida e João Roberto, além de um casalinfantil.

Workshops com Fadwa Sayide eNasser Mohamed

Cyda Santos está com a agenda cheia. Abailarina promove dois workshops de dançado ventre em Campinas. Dia 21 de maio, das9h30 às 12h, será com a bailarina Fadwa Sayide.Com mais de 11 anos de experiência na Dançado Ventre, tem em seu histórico mestresinternacionais e destaca-se por sua graça etécnica. A aula , que trabalhará bastão duplo,snujs e dãbke, acontece na AssociaçãoCampineira de Imprensa, Rua Barreto Leme,1479. No dia 11 de junho, será a vez de NasserMohamed ministrar workshop de dançafolclórica. A aula é aberta a homens e mulheres.(19) 3256-0365 e 9173-3093.

A atriz e bailarina Cyda Santos

Professores de São Paulo voltampara novo workshop de salsa

Fabiana Terra e Gustavo Lilla darão dia 4 dejunho mais um workshop de salsa. A expec-tativa é que todo mês haja um encontro como casal. Serão três turmas, nos seguintes ho-rários: 15h às 16h30: iniciantes; 16h45 às18h15: intermediários; 18h30 às 19h30: footwork (podem participar as duas turmas an-teriores).

Foto: Luiza Bragion

O tradicional Arraiá da Casa da Dança será dia10 de junho, sábado. Haverá comidas e bebidastípicas e todos os ritmos de dança de salão.Para dar início às comemorações, a academiainicia em maio um novo curso de Forróda, parainiciantes. Os participantes estão esquentandoos motores para o aniversário dos quatro anosda Casa, em agosto. (19)3213-7965 / 9134-5353, com Crys e Bruno Franchi.

Arraiá da Casa da Dança em junho

Moskito estará de volta para mais uma aula desamba-rock. Dia 16 de abril, ele ministrou umaaula de samba-rock na escola, que fez bastantesucesso. A próxima aula será no dia 04 de ju-nho, com duas turmas: nível 1 das 10h às 11h30e nível 2 das 12h às 13h30. Os interessadosem participar do “aulão” na deverão deixarseu nome na secretaria. (19) 3242-0186.

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4 Maio e Junho/2006

Domingo Mania agora é no boliche

Copa, Suor e Muita Dança!no Centro de Convivência

Tony Mouzayek faz apresentaçãono Hotel Vila Rica

Está confirmado: Tony Mouzayek estaráem Campinas dia 9 de junho, sexta. O cantor

de música árabe, um dos mais conhecidos daatualidade, se apresenta no Hotel Vila Rica comJimena Lourenço, promotora do evento, e comcerca de dez bailarinas convidadas. Um showem grande estilo que promete uma noite dealegria, cultura e entretenimento. Haverácoquetel completo, show de música e dança doventre. A venda dos convites já está aberta noCentro Cultural de Arte Milenar. Interessadosdevem correr para garantir as mesas especiais.Bailarinas interessadas em dançar nesta noiteárabe também devem entrar em contato comJimena Lourenço pelo telefone (19) 3237-3585.

A academia Juliana Omati é destaque emCampinas por seus sofisticados festivais,

que incluem vasto repertório e muitacriatividade. O novo espetáculo da escola é“Copa, Suor e Muita Dança” & “Show deBola – A dança da Copa!”, que acontece entreos dias 9 e 11 de junho, no Centro deConvivência de Campinas. Segundo JulianaOmati, a proposta é uma metáfora da paixãopela dança e pelo futebol: “Queremos mostrara dualidade da paixão dos brasileiros pela dançae pelo esporte. Todos os figurinos são baseadosem bandeiras de times que participarão da Copado Mundo, mas é claro que daremos destaqueao Brasil”. O público, estimado em três milpessoas, verá apresentações de todos os estilosde dança, passando pelo balé clássico, derepertório, contemporâneo, hip hop, balê aéreoem tecido, jazz, sapateado, tango, flamenco eestilo livre. Ao todo são 450 bailarinosdistribuídos em trinta coreografias. (19)3251-0135, Rua Maria Monteiro, 725.

Dança e futebol: paixões brasileiras

Foto: Divulgação

Um jogador deboliche quetambém épraticante dedança de salãoe...

...a pista aolado, cheia de

dançarinos

A partir deste maio, o DomingoMania, prática dançante realizada pelo

ZAP Centro de Danças, retorna com forçatotal. O evento acontece no boliche doCampinas Shopping, o Xtrike. A estréiaaconteceu em março e o projeto se mostrainovador. A dança de salão mistura-se comum público muito jovem, que vai ao bolichepara jogar. A pista de dança lotou depraticantes, que dançaram ao som de umrepertório moderno, composto por rock,salsa, bolero, samba, entre outros ritmos.Quem comanda a festa é o DJ Bruno Gadelha.Segundo a organização do Domingo Mania,o evento é uma oportunidade para reunir osdançarinos de Campinas e mostrar para osjovens que a dança de salão pode ser umentretenimento muito interessante. Apróxima prática já tem data marcada: dia 21de maio, domingo, às 19h. (19)3229-1770.

Dançando a Bordo, o Baile!prenuncia grande sucesso

A grande novidade do ano é o “Dançandocom as Estrelas”, programa que está sendopreparado pelo SBT para mostrar a dança desalão com o máximo de glamour, privilegiandoinclusive o estilo da dança internacional. Asprimeiras informações indicam que o próprioSilvio Santos poderá ser o apresentador. JaimeArôxa está participando do projeto, na área deprodução, como consultor e selecionador de

SBT vai mostrar dança com glamourcasais para o piloto e programações futuras.Faz também o controle de qualidade. Oprograma, em qualquer formato, trará grandesbenefícios para a dança de salão brasileira,ensejando, com certeza, um novo boom nomercado para as academias de todos os portes.A data de estréia do “Dançando com as Estrelas”ainda não foi definida.

Fotos: Luiza Bragion

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oDescoberto Incolor discute sentidos eausência na CPFL, em Campinas

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ONúcleo de Pesquisa em ArtesCênicas do Espaço Quasarapresentou Descoberto Incolor,

dirigido e coreografado por Kleber Damaso, emabril, no Centro Cultural CPFL, em Campinas.O espetáculo de dança contemporânea é umexercício de interações entre os sentidos e aausência, revelados a partir de estudos feitosem aterros sanitários de municípios goianos,uma comunidade quilombola (Kalunga) e emuma aldeia Xavante (Tritopá), no Mato Grosso.No espetáculo, quatro bailarinos são motivadospor fortes sensações intimamente ligadas àconvivência com populações que tiram sustentodo aproveitamento do lixo. Nos estudos de

campo, os bailarinos também travaram contatocom situações flagrantes de afetividadedesenvolvida pelo lixo. Os objetos coletadosforam processados e estão presentes noespetáculo como adereços e no figurino,funcionando ora como prolongamento do corpoe ora como extensão do imaginário do bailarino.Segundo o coreógrafo, na pesquisa sempre houvea proposta de interação física e de aberturasensorial, causando interferência na memória dointérprete. Descoberto Incolor é o segundotrabalho dirigido pelo bailarino e coreógrafogoiano, Kleber Damaso. O espetáculo é resultadode pesquisa incentivada pela Bolsa Vitaeconcedida, em 2005, pela Fundação Vitae.

Performance de um dos bailarinos do espetáculo Descoberto Incolor, na CPFL.

“Dançando a Bordo, o Baile!” — dia 10 dejunho (22h), no Club Homs, na AvenidaPaulista, está sendo aguardado com previsãode grande sucesso pelos organizadores domaior evento anual da dança de salãobrasileira, o Dançando a Bordo, durante atemporada de verão nos navios da CostaCruzeiros. “Nosso negócio não é fazer bailese felizmente não estamos preocupados comas vendas, porque o Dançando a Bordo, noCosta Fortuna, já é um sucesso semprecedentes”, explica Francisco Ancona,consultor de marketing da empresa italiana ecoordenador-geral do projeto. “Nossaintenção — acrescenta Ancona — é promoveruma grande confraternização com quem já

esteve nos cruzeiros anteriores e também comaqueles que desejam e ainda estarão”. O baileno Homs vai recriar o clima de bordo, ao somda David Costa Band, de longa tradição nosnavios da Costa, e também do DJ La Luna,membro do Dancing Team Costa Fortuna. Ouseja, uma festa com muita alegria, descontraçãoe principalmente fraternidade. Não haverábilheteria no dia. Os ingressos, a 20 reais, comdireito a lugar em mesa, devem ser adquiridosnas academias. Para mais detalhes falar comTheo e Monica. 9177-9551. Serão tocados todos os ritmos, inclusivetango. O traje é esporte fino, prevendo-se mui-tas pessoas com as camisetas do Dançando aBordo produzidas pela marca “Bailarina”.

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5Maio e Junho/2006

Tango Gay: a última moda na ArgentinaGimena Mello, professora de tango no Brasil, nos conta a experiência de dançar em uma milonga gay.

Nos Estados Unidos os professores sãoavaliados pelos alunos, que lhes dão notas

ao fim do ano; e suas carreiras avançam e suaspromoções decorrem dessas avaliaçõesperiódicas, juntamente com outros fatores,como cursos realizados e trabalhos publicados.Comentando o fato com meu amigo americanoRon, professor universitário em Los Angeles,na Califórnia, ponderei que isso poderia levar ainjustiças: os professores “bonzinhos”,empenhados só em agradar a classe, sebeneficiariam, em detrimento de um professormais duro e exigente. Além disso, um aluno quefosse mais amigo de um professor iria lhe daruma nota maior; e inversamente, um aluno queantipatizasse com um bom professor, poderialhe dar uma nota mais baixa, quando ele mereciamais.Ron admitiu que isso pode ocorrer sim, já queos homens não são perfeitos, mas me fez verque descartados os casos extremos, de um maissimpático ao professor e de outro que não oaprecia por motivos meramente pessoais, amédia dos alunos acaba se revelando bastantejusta, na medida é claro em que qualquerjulgamento humano possa ser de fato justo. Eassim todos acabam por aceitar o sistema.

Por que até bons professores de dança perdem seus alunos?Quantos já foram em busca de respostas para esta pergunta?

Meu pai, que durante um período de sua vidafoi militar e fez nessa época um curso com osnorte-americanos, contava que ao final foi feitauma reunião de avaliação. Os alunos brasileirosdisseram que fora tudo uma maravilha. O diretordo curso sacudiu a cabeça em desaprovação:“não, não queremos elogios, queremos saberquais foram as deficiências, para melhorar.”Fico pensando que essa disposição de sesubmeter à crítica só pode se dar numasociedade que, bem ou mal, com todos osdefeitos que possa ter, e de fato tem, cultivavalores democráticos. Aqui no Brasil, que é umasociedade extremamente autoritária, na base dacarteirada e do “sabe com quem está falando”,os professores, acredito eu, se sentiriamdiminuídos de serem criticados e avaliados porseus alunos. Aqui qualquer um sempre achaque sabe tudo e que nada tem a aprender comos outros – o que é só uma maneira de serignorante.Transplantando essas reflexões para a nossaárea, que é a da dança, sou de opinião quenossos mestres e instrutores deveriam criar emsuas academias um sistema que desse voz aosalunos, para fazer críticas e sugestões, de modoa corrigir falhas e aperfeiçoar as aulas. Quem

sabe criando formulários, a serem preenchidostodo fim de mês, que poderiam ser assinadosou não, a critério dos alunos, onde elesresponderiam a perguntas do tipo: “O que vocêacha das aulas?”; “O que você não gosta nelas?”;“O que pode ser melhorado?” “Se você fosse oprofessor, o que você faria de diferente?”, coisasassim,a critério de cada um. Garanto que muitagente iria ter surpresas ao se deparar com outrospontos de vista, dizendo “puxa, eu não tinhapensado nisso.” Ao contrário do que supõe aauto-suficiência de alguns, os alunos não sãoum bando de idiotas.Muitas vezes um professor de dança perde umaluno e nem desconfia do motivo – e nuncaprocura saber. Talvez ele tenha alunos demaise não precise deles. Como ex-aluno de academiastestemunhei casos de alunos que deixaramprofessor que dava ótima aula – mas ainterrompia a todo momento para atender otelefone. Será que ele não podia se desligar, ematenção aos alunos, por 50 minutos, uma hora?Ele nem desconfiava o quanto esse hábitoincomodava a turma. Outro, igualmente bom,quando estava atacado, como se dizia, punha-se a falar sem parar, em sermões intermináveis,enquanto os alunos suspiravam de mão na

cintura. Um outro, bebia cerveja sem parar todoo tempo da aula; ao final, dá para se imaginar obafo, sem falar na sobriedade, que já tinha idopara o espaço. Várias alunas de um professorde tango, que exige grande proximidadecorporal, não suportavam o fato de que oprofessor já vinha ensopado de suor da aulaanterior: custava no intervalo ele passar umaágua rápido no rosto e no tronco e trocar decamisa?É chato comentar essas coisas. Mas bem maischato, creio eu, é ver sua turma ir minguando.Uma aula participativa, em que o aluno sintaque também tem voz ativa (no momento certo,bem entendido, senão vira bagunça), que não éum mero objeto – uma aula democrática, emresumo – é um fator de coesão da turma, aestimula, facilita o aprendizado e faz do mestreuma pessoa mais simpática e exitosa, o tornamais “gente” como diz a expressão popular.Por que não experimentar?

Em suas origens, o tango era dançado entrepessoas do mesmo sexo em muitas oca-siões. Uma tradição perdida que agora

ressurge nas milongas gays, última moda emBuenos Aires, onde os casais homossexuais seentregam a essa sensual dança típica. Os puris-tas do gênero devem estar perplexos, mas essebaile portenho é uma sublimação do erotismoheterossexual. Não cansa de receber muitos tu-ristas, ansiosos por conhecer a novidade. Asmilongas gays se fortificaram em 2003, ano emque Buenos Aires legalizou as uniões civis en-tre casais do mesmo sexo. Um ritmo desenha-do para pares formados por um homem e umamulher e que exige uma série de adaptaçõespara o baile entre homens. E conduzir uma pes-soa de 80 ou 90 quilos e com menos elasticida-de não é o mesmo que conduzir uma mulher,como é feito habitualmente. Assim que, paraconseguir concentração e fluidez, que caracte-rizam o tango, os bailarinos devem aprenderuma série de sinais indicadores que possam, atempo, mostrar os movimentos do parceiro.Um difícil mas divertido treino que os assis-tentes levam muito a sério, deixando de ladotodas as frivolidades. A La Marshall, uma dasmilongas gays pioneiras e mais concorridas deBuenos Aires, é o retrato de tudo isso. Após oensaio, os casais (gays ou heterossexuais) co-locam em prática os ensinamentos no salão. LaMarshall foi criada por um grupo de professo-res de tango. É aberta ao público, gay ou não.Às oito da noite há o treino e logo se forma obaile, de nível profissional.

Gimena Mello,bailarina e professorade tango argentino noBrasil, esteve há pou-cos meses na milongaLa Marshall, onde fezaulas e dançou. Comespírito inovador, quisconhecer como o tangoé praticado entre ho-mossexuais. Foi à con-vite de um amigo dauniversidade, EdgardoGargano, que ensina-va tango e organizavaa única milonga gay deBuenos Aires. Além daaula, composta apenaspor homens, Gimenatambém participou dobaile. “QuandoEdgardo se referia aocomando do homemfalava “condutor” epara explicar coman-do da mulher falava“conduzido”. Comomeu interesse funda-mental é sempre a dança, além dos padrões jáestabelecidos, achei isto bem interessante epermaneci muito atenta ao que acontecia aolongo da aula. Fiquei como parceira de um talRoberto, um homem de uns quarenta e tantos,que adotou o rol de condutor. O interessante

foi que por algunsmomentos Robertoesquecia de que euestava sendoconduzida por ele emagicamente se en-tregava a conduçãopara ser ele quem sedeixava levar por mi-nha “marca”. Assim,acontecia entre nósuma nova dança, di-ferente do que erachamado “o tango”.Agora a conduçãopassava de um aooutro sem combinarem que momento issoseria realizado. Euachei isto, além deum exercício de per-cepção extra-ordinário, um modode baile bem interes-sante para estar de-senvolvendo na prá-tica. Foi um antes eum depois na minha

experiência com o tango”, conta a bailarina.Na hora do baile, começaram a chegar tam-

bém mulheres, ainda que poucas. O clima quese vive nas noites de La Marshall é de grandeamor à dança, não tem distinções de gênero,idade, cor, religião. Gimena descreve sensa-

ções que teve ao dançar com uma mulher: “Osentimento que provoca dançar com uma mu-lher é bem diferente da sensação quando sedança com um homem hetero ou homossexu-al. Então, a sensibilidade aflora e se desco-brem novas maneiras de dançar o que já seconhece. A partir daquele dia, minha percep-ção do que o tango poderia chegar a ser mu-dou. Aquela experiência reforçou minha idéiade que a dança pode sempre alcançar novosmodos de execução associados ao que se sen-te e se vive (é claro que dentro dos parâmetrostécnicos que a caracterizam). Por isso, maisdo que nunca me preocupei em aprender adançar tanto o rol de quem conduz como dequem é conduzido. É incrível a nova dimensãoque o tango adquiriu tanto para o ensino quan-to para a prática na minha dança”, conclui.

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6 Maio e Junho/2006

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8 Maio e Junho/2006

Grupo Sonidos está no “TheNew York City Tap Festival”

Companhia campineira se prepara para representar o Brasil em umdos maiores eventos de sapateado do mundo Divulgação

Performance dos integrantes do Grupo Sonidos: destaque no entrosamento e qualidade técnica

Festival do Japão, commuita dança. É aqui.

A convite do diretor e sapateador TonyWaag, do “The New York City TapFestival”, um dos maiores e mais

tradicionais eventos de sapateado do mundo, ogrupo campineiro Sonidos Lina Penteadoembarca para a cidade de Nova Iorque paraparticipar do show “Tap Internationals”, queacontece em 14 de julho, durante a sexta ediçãodo evento. O “The New York City Tap Festival” reunirácentenas de sapateadores de todo o mundo, de 8a 15 de julho. No evento, renomados professoresinternacionais irão ministrar aulas e cursos,promover debates, além de apresentar suasperformances. Vinte e oito países serãorepresentados. O grupo Sonidos nasceu em 2001, em parceriacom a academia de dança Lina Penteado. Algunssapateadores, que já dançavam em companhiasde outras escolas de Campinas, decidiram fazerum trabalho diferente, focando em pesquisa e napromoção do sapateado. Após uma auditoria, aequipe ganhou novos membros. Hoje são emnove: Thais Garcia, Bruno Mazzoco, MarinaElias, Patrícia Elias, Raíssa Antonelli, RonaldoCôco, Sheila Campagna, Natalie Zini e ViníciusColombini. Misturando música ao vivo e dança, o grupofará duas apresentações de seis minutos cada,uma às 19h e outra às 21h30. A coreografia contacom a participação dos nove sapateadores,que emitem sons com a própria voz durante todoo espetáculo, e do músico Cadão Nunes, que osacompanha no vocal e com o cajón, uminstrumento musical de origem espanhola. Acoreografia é de autoria de Patrícia Elias, commúsica de Alexandre Caetano.

Segundo a diretora artística do Sonidos,Thais Garcia, o convite é uma grandeoportunidade para o grupo divulgar o trabalhointernacionalmente, além de poder dividir opalco com lendas vivas do sapateado.“Recebemos o convite no começo de marçodeste ano e ficamos muito surpresos”, destacaThaís. “Participar de um evento como este eprincipalmente representar o Brasil lá fora ésensacional, tenho certeza de que isso vai nosabrir várias portas”, conclui a dançarina.

Preparação para o Festival Desde que recebeu a confirmação daparticipação no festival, o grupo Sonidos vemse preparando e angariando fundos para a viagem.Há dois anos, eles contam com apoio culturalmensal da Oncocamp, porém, ainda assim, hámeses a equipe vem fazendo apresentaçõesbeneficentes e está em busca de patrocínio. Em 23 de maio, acontece no Daetan, a partirdas 19h, um jantar beneficente em prol doGrupo Sonidos. Será servido um buffetcompleto de comida japonesa e bebidas e acontribuição é de R$50. Já em 20 de maio, às20h, o grupo apresenta o espetáculo ShuffleInn, que reúne uma seqüência de coreografias,concebidas a partir de diferentes estilos egêneros musicais. O evento acontece noAuditório do Instituto de Artes (IA) daUniversidade Estadual de Campinas (Unicamp)e o valor do convite é R$15. O grupo também se apresenta mensalmenteno evento Dansae, promovido pelo Serviço deApoio ao Estudante (Sae) da Unicamp, como partedas comemorações dos 40 anos da universidade.

A dois anos do centenário da imigraçãojaponesa no Brasil, o Instituto CulturalNipo Brasileiro de Campinas prepara,

para os dias 10 e 11 de junho, o maior eventode cultura japonesa da região: o Festival doJapão, com o objetivo de homenagear osdescendentes orientais. O evento será de grande importância sócio-cultural. Trata-se do maior encontro artísticoe cultural de divulgação da cultura japonesaem nossa região metropolitana. O festival incluiapresentações musicais, dança, variadagastronomia japonesa, artesanato, além demuitos momentos de lazer que serão

proporcionados às famílias. No salão socialdo clube acontecem as apresentaçõesartísticas, shows musicais, danças eperformances. Haverá estandes paraexposições de produtos e serviços, amplapraça de alimentação e atividades de recreaçãoe lazer. O evento é voltado para a comunidadejaponesa, regional e para todas as pessoasque se interessam por arte. A direção do clubeespera grande atenção da mídia local e regional.E expectativa do presidente do instituto,Tadayoshi Hanada, é receber nesses dois dias,entre 15 e 20 mil pessoas. A programação égratuita e aberta ao público. (19)3241-1213.

Uma das referências na dança de salão, oCentro de Dança Jaime Arôxa (Campo

Belo) está festejando seus 10 anos em SãoPaulo. A escola faz parte de um grupo nacional,com unidades em São Paulo, Rio de Janeiro,Curitiba e Vitória. A unidade paulistana foifundada em 1996, por iniciativa de JaimeArôxa, Sebastião Cabrera, Regina Burin,Marcelo Cunha e Karina Sabah. A idéia surgiudurante um workshop ministrado por Jaime eMarcelo no Projeto Acqua, onde Sebastiãotrabalhava. Enquanto maturavam a idéia,Marcelo e Karina ficaram durante seis mesesvindo do Rio para São Paulo, nos fins desemana, para dar aulas na antiga Colméia. Adecisão definitiva do lançamento da escolanasceu durante baile do Dance Club, deVirginia Holl, no São Paulo Tênis Clube.“Em apenas três meses a escola já era umsucesso, porque o método Jaime Arôxa trazianovidades, amparado no prestígio do seu nomeem todo o Brasil”, observa Sebastião Cabrera.“Na época o jornal Dance afirmou que aacademia mudaria o perfil da dança de salãoem São Paulo, fato que se comprovou”,acrescenta. Os exemplos são variados, desdeinovações administrativas, passando porconteúdo didático, até a montagem deespetáculos, que outras academias tambémpassaram a fazer.

Os bailes anuais também se tornaram grifesda academia, reunindo sempre público acimada expectativa dos próprios organizadores.Todos contaram sempre com pelo menos milpessoas, como observa Karina Sabah. Nessesbailes, os shows passaram a despertaratenções especiais porque refletiam o trabalhoda academia. Ensejaram também lançamentosespeciais, como do CD de boleros de TâniaAlves, além de um show de Jorge Aragão.Com aulas de sábado a quinta, de todos osritmos, mais balé, alongamento econdicionamento físico para dança, o Centroconta hoje com mais de trinta pessoas, entrediretores, professores, assistentes efuncionários. Os alunos são cerca de 800pessoas, com as variações sazonais, normais,para cima ou para baixo, que se verifica emtodo o setor.Para fechar 2006, segundo Marcelo Cunha, jáestá sendo criado o projeto de novo espetáculoe de bailes com surpresas, que ainda nãopodem ser reveladas.

Centro Jaime Arôxa chega aos 10 anoscom a vocação do crescimento

ServiçoCentro de Dança Jaime ArôxaSão Paulo - Campo BeloAv. Ver. José Diniz, 4014(11) 5561-5561 ou 5561-2662www.jaimearoxasp.com.br

Ao lado, performancede Yosakoi Soran,tradicional dançajaponesa, uma dasatrações do Festival doJapão, em Campinas

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Maio e Junho/2006

Samba-rock é a nova paixão dos campineiros

Onde dançar samba-rock

Ritmo, que nasceu nos anos 60, volta com força total e invade academias e casas noturnas da região, animando todos os tipos de público

Rudá Bar – bandas de samba-rock comoClube do balanço e Sandália de Prata.

A partir de 18 de maio, acontece o ProjetoClube do Samba-rock, às quintas-feiras, apartir das 21h. haverá aula aberta e gratuitadas 21h às 22h, e depois discotecagem (DJPaulão) e bandas convidadas. Av. Santa Isabel,484 – Barão Geraldo. (19) 3249-3087.

Salão Beauty Mania (Professor Júnior)

Rua Bernardino de Campos, 437 – Centro.Segunda à sexta-feira, após as 19h.

Casa São Jorge – Av. Santa Isabel, 655 –Barão Geraldo (19)3249-1588.

Ziriguidum – Rua João vedovello, 70 –Fazenda Santa Cândida (19)3384-5934

Nossas fontes

Projeto Samba – (19)9731-4167

Wagner Axé Rodrigues – (19)3241-5745

Juninho – (19)3235-1906

Moskito - (11)7813-6567 ou (11)3151-3881

O samba-rock é fusão de samba com ritmosamericanos, como o bebop, o jazz e o

soul. A expressão samba rock apareceu no finaldos anos 60 para designar essa mistura dosamba brasileiro com a harmonia americana doblues, o pai do rock. Em 1958 Jackson doPandeiro na sua canção Chiclete com Banana usou o termo samba rock. Na década de 70,existiam várias expressões para designar oritmo: samba-jazz, sambalanço, etc. Na épocada Jovem Guarda, Erasmo Carlos, sofrendo opreconceito por parte dos defensores da MPB,pedia que a juventude da guitarra, além do iê-iê-iê abrisse os ouvidos ao samba, à nossamúsica. O ritmo atingiu o auge nas décadas de70 e 80, nos bailes black da periferia. Em 1970,Jorge Ben se une ao trio Mocotó, lançandoMuita Zorra, LP com hits do samba-rock. Porcausa da mistura entre a nossa música e a norteamericana, pregada pelo movimento, este sofriamuito preconceito. O samba-rock foi sefortalecendo na camada social mais baixa, dos

negros da periferia, que rodopiavammajestosamente nos bailes. Atingiu sua maiorforça com os compositores Bebeto, Bedeu eLuís Vagner, que podem ser considerados osverdadeiros representantes dessa música. SãoPaulo sempre foi o maior representante desseritmo, porém este apareceu em menor escalatambém no Rio de Janeiro e Porto Alegre.Outros compositores contribuíram para que oritmo permanecesse vivo até hoje, entre elesCarlos Dafé, Marku Ribas, Itamar Assunção eBranca di Neve.Na periferia de São Paulo, aolongo dos anos 90, os bailes continuavamtocando as velhas músicas, que apareciam emcoletâneas piratas vendidas em lojas do centroda cidade. Numa lógica natural, o samba-rockpode ser entendido como a black musicbrasileira, cuja batida adaptou o samba,tradicionalmente tocado em compasso binário(2 por 4) para o compasso quartenário (4 por4). Todos os adeptos resumem: “o samba-rocké um estilo próprio de se dançar”.

Júnior e Karla: “Hoje o samba rock não se restringe às pessoas menos favorecidas”

Samba-rock: da periferia aos bailespaulistanos mais tradicionais

Pode até ser modismo, coisa de momento.Mas também pode vir para ficar. O fatoé que o samba-rock, ritmo que ficou

esquecido por muitos anos, volta às pistas dasmelhores casas noturnas de Campinas. E omelhor: com excelentes professores edançarinos. Muitos campineiros, de váriasidades e classes sociais, estão aderindo aosamba-rock. As academias de dança de salãoestão, passo a passo, criando turmasespecíficas em razão da procura pelo ritmo. Omaior público interessado é o adepto ao forró.Nas casas noturnas, o som é Bebeto, Sandáliade Prata, Clube do Balanço, Jorge Ben Jor, entreoutros nomes famosos que fazem samba-rock.Em Campinas, existem professores referênciano gênero. Juninho dança desde os 14 anos. Éprofessor e dá aulas em vários locais, entre elesnos fundos do seu salão de cabeleireiro, nocentro de Campinas. Nos finais de semana,oferece aulas gratuitas e faz apresentações nafeira de artesanato do Centro de ConvivênciaCultural, levando o swing do samba rock paraas praças municipais. Periodicamente tambémministra aulas especiais na academia de WagnerAxé Rodrigues, também referência em sambarock na região. “O samba-rock começou nanossa vida como uma brincadeira. Nossasfamílias já têm uma cultura de samba, de dança.Então costumávamos dançar na porta da escolae com nossas irmãs”, contam Axé e Juninho.Ambos desenvolvem projetos sociais queenvolvem a dança. Como exemplo, podemoscitar as aulas para deficientes visuais. O samba-rock é uma dança completa: mexe pernas,braços, cintura, cabeça. Por isso, o projetodesenvolvido com os deficientes visuais dácerto. “A dança acaba sendo uma terapia,trabalhando a flexibilidade corporal e asegurança do aluno”, afirma Juninho. Para ele,a cultura do samba-rock em Campinas está seacentuando: “Antes os encontros para dançaresse ritmo eram pontuais, voltados para pessoasde baixa renda. Quando danço na rua, que échamativo, distribuo muitos cartões e sempreconsigo montar turmas novas. Hoje o gêneroestá invadindo pistas de dança de várias casasnoturnas, em qualquer lugar toca e muita gentedança”, assegura Juninho. Wagner Axé afirmaque a procura por samba rock em sua escola dedança é grande, principalmente pelos adeptosdo forró, que encontram algumas semelhançasno samba rock, como giros e outras figuras.Reflexos da retomada do samba rock emCampinas puderam ser sentidos a partir de2002, com Fred Jorge e DJ Paulão, pioneirosna tentativa de disseminar o ritmo. Em váriascasas noturnas é possível ouvir e dança sambarock (confira o quadro no final da página).

“As pessoas não tinham tomadoconhecimento, mas o evento de samba rocksempre existiu, por força dos discotecários”,afirma o professor Moskito, que dá aulas dedança samba-rock em São Paulo. Cerca de umavez por mês vem para Campinas, convidadopor algumas casas noturnas e por PauloZanandré, para ministrar workshops. Começoudando aulas no Avenida Club, local em todos

dançavam gafieira e onde não se bailava sambarock. Em 1998, Moskito já era nome conhecidona capital e foi convidado por Netinho de Paulapara dar aulas para crianças em um projetosocial. Muitos bailes e encontros aconteciampara arrecadar doações para o projeto, o quecriou uma grande visibilidade, principalmentena mídia. Moskito passou a fazer shows comgrandes nomes da música como Luis Melodia,Clube do Balanço, Bebeto e Sandra de Sá, alémde faze parte da Companhia de dança do ProjetoDançar.

Projeto Samba – Menina Bonita

O samba-rock também integra amplo projetosocial voltado às meninas de baixa renda naregião de Campinas, o projeto “MeninaBonita”. Além de cursos como cabeleireiro,informática, artesanato entre outros, a dança –em especial o samba – também faz parte doquadro de atividades dessa turma, compondo oProjeto Samba, existente desde 2005. Ainiciativa tem objetivo de divulgar a culturablack, enfatizando o samba-rock. A idéia émanter a alegria dos ritmos brasileiros eaumentar a auto-estima das participantes. Oprojeto também é uma escola para professoresde samba. A sede do projeto é a Secretaria deCultura da prefeitura de Campinas, localizadana Estação Cultura.

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LEVEZA DO SER

Maio e Junho/2006

Terceira idade terá aulas de dança comcoreografias especiais. As atividades acontecemna Sala Corpo & Arte do Sesc Campinas de 4de janeiro a 29 de dezembro de 2006, às quartase sextas-feiras, 14h. Matrículas pelo telefone(19) 3737-1515.

Jaime Arôxa estará em São Paulo, em junho,para ministrar o tradicional Curso paraProfessores do Centro de Dança Jaime Arôxada Zona Norte de São Paulo. O curso terá umacarga horária total de 32 horas de aula, duranteuma semana, de 5 a 10 de junho (segunda àsexta-feira), de segunda a sexta das 10h30 às12h30, das 14h00 às 17h30 e das 22h45 às23h45. Sábado das 11h00 às 13h00. Dia 10 dejunho, sábado, haverá um grande baile, das22h00 às 3h00, com a presença de Jaime Arôxa.Dia 11, domingo, à tarde, Jaime Arôxaministrará ainda um workshop aberto a todosos alunos da escola que custaráantecipadamente R$ 50,00 e no dia R$ 60,00.

Já está disponivel online um dos maioresacervos fotográficos de dança da atualidade, em www.espetaculum.com , agência especializadaem fotografias de dança, sediada em Lisboa. Elarealiza assessoria fotográfica do Festival deDança de Joinville há váriosanos. Disponibiliza para bailarinos ecompanhias de dança imagens deste evento deseus arquivos fotográficos. O Banco deimagens tem acesso reservado, com senhas,possibilitando somente a entrada decompanhias autorizadas, bailarinos eprofissionais de dança. As senhas de acessoserão fornecidas através do [email protected]. Os preços sãoacessíveis. Mais informações no site:www.jaimearoxazn.com.br ou (11)3951-1518.

Renato Borghetti, o gaúcho rei da sanfona,vai ao Dançando a Bordo 2007, no navio CostaFortuna. A informação é da Cadica, sua esposa,que lidera um grupo de danças regionais eparticipou, inclusive com show, do últimocruzeiro no Costa Victoria.

Nilson Machado e Fernanda Giuzio, doGrupo Conexión Caribe, vão participar do 8ºWest Coast Salsa Congress, o maior evento desalsa do mundo, em Los Angeles, Califórnia(EUA), de 25 a 28 de maio. O encontro reúne25 mil dançarinos, 8 bandas, 50 workshops emais de 150 shows. Em julho Nilson e Fernandaseguem para outro evento salsero internacional,em Hamburgo, na Alemanha.

Gimena Mello, argentina e professora detango, mudou-se de Campinas para o Rio deJaneiro, onde cursa a graduação em dança naUFRJ. Também está dando aulas de tango nauniversidade e nas ruas do bairro Santa Teresa,juntamente com Mariano Giorgi, músicoargentino. Ela garante que realiza um grandesonho e tem muitos planos pela frente.

Fábio Reis ministra aulão de lambada zouk naEscola Paulo Zanandré, dia 28 de maio,repetindo o sucesso do seu primeiro aulão emCampinas, em abril. Para quem já participou, oprofessor ensinará novos passos. Para osdemais, dará o básico, para iniciar no ritmo.(19) 3242-0186.

Escola Paulo Zanandré faz Baile do Mês nodia 27 de maio, sábado, das 22h às 2h, na boatedo Clube Fonte São Paulo. Todos os alunosestão convidados a participarem e tambémpoderão levar acompanhantes. O preço dosingressos para o baile é R$15,00 e podem seradquiridos na secretaria da escola. Maisinformações pelo telefone (19) 3242-0186.

Studio Mix, de Valinhos, realiza aula aberta egratuita de yoga no dia 2 de junho, das 19h às20h30, com a professora Mary, formada emyoga clássica e ayurveda. Vagas limitadas. (19)3849-7261.

COMPASSO DO LEITOR��

Ateliê Solange Cazzaro promove baile dedança de salão no dia 20 de maio, sábado, apartir das 19h. A venda dos convites jácomeçou. O grupo de tango da escola está sepreparando para ir à Argentina nas férias dejulho. A viagem promete muitas milongas...

Confraria do Tango realiza milongaimperdível no dia 27 de maio, sábado, no ClubeHoms em São Paulo. O baile, que toca tango eoutros ritmos, tem sempre a presença de muitoscampineiros. Convites podem ser adquiridospelo telefone (19)9125-4015.

Ver é muito mais que olhar: é perceberdetalhes, cores, formas e sensações com osentimento e a emoção. Ouvir e bailar tango ésaber filtrar o que é agradável aos ouvidos eisso pode ser muito estimulante. Tudo temseu lado bom...Parabéns pela II Noite doTango de Campinas!

Jaíne Costa, Academia de Dança

Nelson Costa

Workshop de Tango Valsado acontecena academia Chris Sports, em BarãoGeraldo, no dia 3 de junho, das 14h às17h. Serão trabalhados movimentosbásicos, ritmo e figuras. A aula écomandada pelos professores HenriqueDinis e Teresa Villas Boas. Haveráprática após o workshop. Av: AlbinoJ.B. de Oliveira, 950 – (19) 32891553ou 96536088.

Escola de Dança Rodrigo de Oliveirainiciou nova turma de danças de salãoem maio, das 19h00 às 20h30 com oprofessor Edu Grego. Matrículasabertas, de segunda à sexta-feira. Aacademia está com a promoção “Meuamigo não paga”: na matrícula de duaspessoas, a terceira é grátis. Rua SãoSebastião, 395 - Vila Todos os Santos -Indaiatuba/SP. (19)3885 0366 ou

(19)8123 1364.

Sandy é nova adepta da dança de salão

A cantora e seu professor, Leonardo Bilia

A cantora Sandy resolveu aderir à dança desalão e garante que está gostando muito.Estudante de Letras da PUC-Campinas,Sandy faz aulas de dança dentro de umprograma extra-curricular da universidade. Asaulas têm, como professora titular, CleuzaAlmeida e como convidado, Leonardo Bilia,da equipe da Academia Nelson Costa.“Sandy é super assídua as aulas e leva muitojeito pra dança”, garante Bilia. Além das aulasna PUC, Leonardo acaba de montar aCompanhia de Dança Nelson Costa, quepromete fazer bonito em shows e eventos.

Christiane Matallo se prepara para o IISapateia São Paulo, recheado de atividades,como jam session, oficinas, desfile,apresentação e uma surpresa, o lançamentonacional dos DVD de sapateado da dançarinacampineira. O evento acontece dias 3 e 4 dejunho, no Ibirapuera e tem apoio da Só Dança.

Café Tablao abre turmas de dança de salão eyoga, durante a semana. Os preços sãopromocionais, sem taxa de matrícula. A escolatambém oferece vários workshops de flamencono mês de maio. Mais informações e reservaspelo fone (19) 3294-1650.

Vem aí o VI Encontro das 1001 Noites, emsetembro. Será no Campinas Hall Shows &Eventos. Na próxima edição, mais informações.

Pela primeira vez em onze anos de Mirim-Dança, competição que acontece anualmente nomês de maio em Jundiaí, a modalidadesapateado foi escolhida para concorrerao prêmio destaque. Mateus Violante Pachecoe Maria Carolina Violante Pacheco, de 11 e 10anos, foram selecionados pela coreografia ”Tap

Academia Viva Arte é destaqueno Mirim Dança 2006

na Floresta”, idealizada pela professora AnaRaquel dos Santos, da Academia de Danças VivaArte, de Valinhos. O festival Mirim-Dança inclui todas as modalidades, como clás-sico, jazz, contemporâneo, sapateado e outras,atraindo academias de todo o Estado, inclusiveda capital paulista.

Mateus Violante Pacheco e Maria Carolina Violante Pachec, durante apresentação

Casa da Dança seleciona bolsistas paradança de salão. Interessados devem ligarpara (19)3213-7965 / 9134-5353, comCrys e Bruno Franchi.

Foto: Divulgação

Divulgação

Estação Santa Fé, famosa pizzaria deBarão Geraldo, promove milonga TípicaTango dia 6 de junho, terça, às20h.(19)3289-4800

Natacha Muriel e Lucas Magalhães é o casalque aparece na foto da capa da edição anterior,com o título “Tango, uma filosofia do abraço”.Dance Campinas pede desculpas pela omissãoda legenda.

Tango B´aires, na capital, festejou seu quartoaniversário com casa lotada. A academia pertenceao professor argentino Omar Forte. Todas assextas rola aulão seguido de prática. Aos sábados,milonga (baile). (11) 5575-6646 ou (11) 9258-5270.

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Maio e Junho/2006

Aunião faz a força. Essa expressãopopular parece ganhar vida quandodois profissionais, de áreas

diferentes, resolvem, por força dascircunstâncias, trabalhar no mesmo projetoe objetivo: o crescimento da dança de salãoem Campinas. Juntos, eles estão à frentede uma das maiores escolas de dança daregião, o ZAP Centro de Danças, localizadano Campinas Shopping. A academia, queantes oferecia apenas dança de salão, balêe jazz, hoje trabalha com outrasmodalidades, como sapateado, street dance,dança do ventre e yoga. Vanea Santos é natural de Passos (MG),veio para Campinas em 1987, onde cursouArquitetura. Empreendedora, Vaneaaposta no sucesso de sua escola. Dirige asáreas de marketing, financeiro eadministrativo, além de coordenar oseventos da academia. Rodrigo Vecchi, paulistano, é formadoem Educação Física e defende seumestrado no fim de maio. Sua paixão peladança começou em uma viagem a Bahia edesde então não parou mais. Fez aulas,dançou em companhias e hoje coordena adança de salão na ZAP. Rodrigo tambématua na área de eventos, com recreação elazer. Nessa entrevista, eles falam de suastrajetórias, da didática do professor de dançae sem papas na língua, sugerem sériasmudanças na dança de salão em Campinase região.

Como nasceu o ZAP Centro de Danças?Vanea: A academia nasceu em 2004,inicialmente com o nome Centro de DançaJaime Arôxa (CDJA), fruto de parceria com oCDJA - Campo Belo. Tivemos algunsproblemas burocráticos e mudamos o nomepara Zap Centro de Danças, em julho de 2005.Eu estava como diretora do espaço e todos osprofessores vinham de São Paulo, por isso oscustos eram muito altos. Nesse contexto,cogitou-se a possibilidade de uma pessoa doCDJA Campo Belo vir para cá e ficar direto naacademia. Foi aí que o Rodrigo veio paraCampinas.

Então não foi por motivo de briga comoalguns pensaram?Vanea: Não, claro que não. Inclusive o MarceloCunha é nosso contratado como orientadordidático e consultor artístico. Inclusive, ele vaidar um curso laboratório para professores apartir de junho.

Como é estar dentro de um shopping?Vanea: É dinâmico, o fluxo de pessoas é intensoe há muitos alunos. Nossas salas já estãolotadas, em horário de pico. O CampinasShopping cresce a cada dia, tem direçãocompetente, rápida e acessível. A academiapresente no shopping também contribui com adivulgação da dança de salão na região, porcausa do movimento.

Como está o ZAP hoje? Fale dos projetospara 2006.Vanea: Vamos continuar com os projetos deintegração entre as escolas de dança, promovendoeventos abertos. O Domingo Mania é um exemplodisso, trouxe shows de nomes importantes deCampinas e outras cidades. É um sucesso graçasà participação das escolas. Também estamos comprojetos maiores, como o desfile dançante, queterá a participação de grande estilistas e o festivalde fim de ano, que deve abranger todas asmodalidades de dança que oferecemos. Estamostambém realizando trabalhos com escolas públicase indústrias de Campinas.

Qual é o critério que vocês adotam paracontratar os profissionais?Rodrigo: Optamos por crescer rápido e porisso, a necessidade de profissionais dequalidade. A coordenação do jazz está com aÉrika Novachi, premiada mundialmente. O baléfica por conta da Andréa Mafra, formada pelaEscola Nacional de Ballet de Cuba e professoramembro da Royal Academy de Londres.

Como você avalia a dança em Campinas?Vanea: Está melhorando, mas há muito que fazer.Acho que a integração é fundamental e já estáacontecendo, a ética existe sim entre asacademias. De qualquer forma, acho que hápouquíssimas academias de dança de salão emCampinas e isso por falta de demanda econseqüentemente, de integração maior. Oraciocínio é simples: o aluno entra na escola elogo vê que não há bons lugares para dançar nacidade. Em pouco tempo, sem lugar parapraticar e interagir socialmente, ele acabadesanimando. Na minha opinião, caberia àsescolas se organizarem para juntas, fazer bailes,grandes eventos, não só para quem dança mastambém para aqueles que não conhecem essaarte. Outra sugestão é que as academias se unam

para batalhar por diferentes e variadosrepertórios musicais junto às casas noturnas.Quem sabe até surgiria uma Associação deDança de Salão...

Qual é a importância da mídia nessecontexto?Vanea: A mídia é fundamental para a divulgaçãoda dança, dos eventos, das idéias e iniciativasdos profissionais. As informações nos chegamcom mais facilidade e por isso devemos prestigiare contribuir com o desenvolvimento da dança noBrasil. Com relação ao Dance Campinas, sintofalta de anúncios de alguns colegas.

Como você começou a dançar?Rodrigo: Comecei na dança de salão em umaviagem que fiz a Porto Seguro, na Bahia. Lá aprendisalsa, zouk e o axé baiano. Fiquei lá por seis mesese percebi que tinha jeito pra coisa. Quando volteipara São Paulo, fui estudar no CDJA Campo Belo.Minha trajetória profissional se iniciava aí,paralelamente à graduação em Educação Física,na Universidade São Judas Tadeu. Fiz parte dacompanhia de dança do Marcelo Cunha, além deviajar muito com alguns artistas para shows. OMarcelo sempre me ajudou muito. Depois vimpara o ZAP, primeiro como professor e depois,como sócio. Pude aplicar muitos conhecimentosacadêmicos aqui na escola.

Você ainda faz cursos para aprimorar sua dança?Rodrigo: A dança jamais pode ser estabilizada emaquisição de conhecimento. Não podemos nosacomodar não...Por isso, estou sempre aprendendo.Faço aulas em São Paulo, além de participar decongressos de salsa, samba e outros cursos.

Você está defendendo seu mestrado na áreade Educação Física...Rodrigo: Sim, no final de maio será a defesa.Minha dissertação trabalha a compreensão do

gesto motor, ou seja, até que ponto as pessoas,na prática de qualquer atividade física, sãocapazes de transformar e adaptar um determinadoconhecimento em novas situações. É focadobasicamente em aquisição de conhecimento e umanova teoria da aprendizagem. Tudo isso, é claro,deve ser aplicado à dança.

Qual é a importância da didática para oaluno aprender a dançar?Rodrigo: As pessoas têm diferentes formas deadquirir conhecimento. Como seres individuais,temos potencialidades diferentes que devem serestimuladas durante nosso desenvolvimento. Porisso, são necessárias várias formas de ensinoque nos permitam a compreensão. Na dança,isso é constante. Numa sala com alunosdiferentes, temos que ensinar de várias formas:às vezes mostrando o movimento, às vezespedindo para todos o reproduzirem ou atémesmo criando situações-problema. Isso porqueo maior interesse do aluno é o prazer, a interaçãosocial e sempre apontando para aulas dinâmicase motivantes. Se os professores não pensaremnisso, a dança de salão sempre será uma atividadeconsiderada difícil. Muitas vezes, é o professorque faz com que o aluno não seja criativo,impondo “passos fechados”. Comprei mesmoessa briga na dança de salão (risos).

Explique o que é a “Turma da Conquista”,criada no ZAP.Rodrigo: É muito interessante esse trabalho!São duas aulas por semana, sobre fundamentosda dança. Temos em média, 40 alunos porturma. Trabalhamos contato, postura,equilíbrio e musicalidade. Independente doritmo, o aluno deve adaptar-se a diferentesmelodias, situações, escutando mais as músicas.Ele aprende a ser criativo, controlar suaansiedade, criando novas saídas paramovimentos e evoluções. É o respeito àcapacidade do aluno, desmistificando a idéia deum professor autoritário e conhecedor final doassunto. O professor deve ser humanista eeficaz, acima de tudo. Isto é, importar-se nãosó com o aspecto técnico mas também com acapacidade de aprendizagem do aluno.

O jornal Dance Campinas é bimestral e distribuído gratuitamentenas principais instituições de dança, públicas e privadas, da RegiãoMetropolitana de Campinas. Com tiragem de 5 mil exemplares,pode ser encontrado nas melhores academias, bailes, casas noturnas,festivais de dança, eventos, restaurantes e outros locais, inclusivenão dançantes, como bares, padarias, lojas, etc. Está tambémcompleto na Internet.

Editor nacional e idealizador: Milton Saldanha (MTb. 3.419;matr. Sindicato dos Jornalistas 4.119-4). Editora Regional eresponsável: Luiza Bragion (Mtb. 43.249). RepórterEspecial: Rubem Mauro Machado (Rio). EditoraçãoEletrônica: Alexandre Barbosa da Sila. Impressão: LTJEditora Gráfica. Reg. INPI: 820.257.311.

Endereço: Avenida Brasil, 1544 - Guanabara Campinas-SPCep:13073-001 Tels./Fax (19)32410844 ou (19)91254015

Site: www.jornaldance.com.br (Parceira na Internet: Agendada Dança de Salão Brasileira)E-mail: [email protected] reprodução total ou parcial, exceto quando autorizada pelo editor.Nenhuma pessoa que não conste neste Expediente está autorizada a falar em nome

do jornal.

Os sócios Rodrigo Vecchi e Vanea Santos: aposta no empreendedorismo e na didática

Foto:Luiza Bragion

Entrevista Vanea Santos e Rodrigo Vecchi

“Academias devem buscar integração”

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Quarta Dançante do Espeto de Prata!E não perca!

05 de julhoa partir das 19h30

- Todos os ritmos de dança de salão e clips no telão- Apresentação da Companhia de Dança Juliana Gianessi

- Sensacional rodízio de carnes nobres a preços promocionais

Se na sua escola não tem, procure em outra.De repente você até gosta.www.jornaldance.com.br

Mimulus no Baila Floripa: Até Fred Astaire ficaria emocionadoComo eu fiquei. Como o teatro lotado,

quase mil pessoas, ficou. E não édrama, pelo contrário, “Do lado direito

de quem sobe”, peça da Cia Mimulus, de BeloHorizonte, que encerrou o V Baila Floripa, éhumor. A propósito, foi talvez a primeira vezque humor em dança me fez rir, leve e gostoso.Em outros espetáculos do gênero o máximoque tiraram de mim, como espectador, foramalguns sorrisos. E não se trata de temperamentopessoal e sim de uma realidade imutável: humoré a arte mais difícil que existe, porque lida nosextremos, é bom ou infame. Se for chulo e vulgardestina-se a público grosseiro. Se for refinado,encanta.Jomar Mesquita, que alcança neste espetáculolances de verdadeira genialidade, se enquadranesta última categoria. É um diretor refinado, eseu trabalho consegue mesclar energia visceral,máscula, com lirismo e leveza arrebatadora.O título deste texto nasceu lá no teatro. Emvários momentos do espetáculo quem eu viaflutuando na dança — e a expressão é estamesmo — era Fred Astaire, nosso eterno gênioe referência. Mesmo considerando todas asabissais diferenças entre as épocas e estilo de

trabalho, o que vale aqui é o simbolismo daimagem. Fred certamente teria amado a ousadiada Mimulus. Nãotemo dizer,respeitadas asdiferenças, repito, quea companhia superouo grande mestre dadança no cinema.Afinal, os mitos nãosão intocáveis e nãopodem carregar parasempre a marca deinsuperáveis. A vida ea arte não param neles.Os limites do homemsão insondáveis.Mimulus desta vez foiinsuperável. Inclusiveporque no palco é aovivo, não tem ediçãosalvadora paraeliminar o erro. Nãopermite repetição dacena. No palco tudo écrucial, a cada segundo,

porque o julgador, o público, está logo ali, nafrente, com seu olho implacável. Dois dias antes

eu havia assistido oimpecável BalletNacional de Cuba, noVia Funchal, com amontagem de “AMagia da Dança”.Uma antologia quereúne os melhoresfragmentos depreciosidades doclássico comoGiselle, A BelaAdormecida, OQuebra Nozes,Coppélia, DonQuixote, O Lago dosCisnes e Sinfonia deGottschalk. Tudoisso nas mãosdaquele que éreconhecido comoum dos maisconceituados balésdo mundo. Meu

senso crítico, portanto, ao receber o trabalhoda Mimulus, estava elevado ao mais alto graude exigência. E quando você experimenta lidarcom parâmetros de tal grandeza, ainda que optepor ser generoso, não conseguirá jamais trairseu próprio senso estético.Jomar Mesquita, que não leva o mérito sozinho,tem uma belíssima equipe, não chegou lá apenaspor seus dotes artísticos e pelos cuidadosdiários que dedica à sua dança e ao seu corpo.Ao lado disso transita sua cultura, o gosto pelaleitura, pela informação, pela história do seupaís. Tudo isso que enseja visão e consciênciasocial. Este é o ferramental que faz a diferença.Sem isso seria impossível, por exemplo, a sacadados sapatinhos, símbolo de status dos negrossaídos da escravidão e em busca de algumreconhecimento humano. (Leia sobre isso notexto de divulgação do espetáculo). Acriatividade caminha de mãos dadas com acultura. Jomar acaba de provar esta tese. É porisso que sua dança não morre nos passos epegadas, ainda que bem executadas. Fica com agente. Como tudo que é realmente arte.

Milton Saldanha

Baila Floripa 2006

Bailarina Juliana Macedo

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