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Cerca de 200 actuais e ex-presidentes de Câmara do Alentejo reúnem-se dia 9 de Outubro num dos locas simbólicos do 25 de Abril: o Monte Sobral. Para convive- rem, mas também para apelarem ao “exercício de cidadania” que a criação de regiões administrativas poderá constituir. Autarcas alentejanos em defesa da regionalização 5 www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti | 23 de Setembro de 2010 | ed. 121 |0.50 euros PUB Primeiro ponto de carregamento de veículos elétricos Na semana passada os eborenses não puderam ir ao cinema. Por cau- sa da dívida da Câmara, a Lusomun- do não enviou o filme que estava programado. Está instalado e pronto a fun- cionar o primeiro ponto de carregamento para veículos eléctrico, no parque de estacio- namento das Portas da Lagoa. Este é o primeiro de oito, o que representa 16 pontos de abas- tecimento, 15 lentos e um de carregamento rápido, que vão ser colocados em vários locais do centro da cidade. Utilizando essencialmente energias renováveis, cada ponto de carregamento pode servir simultaneamente duas viaturas. O ponto rápido consegue, em escassos minutos, carregar em 80 por cento as baterias de um carro eléctrico. Évora é uma das várias cidades do país que aderiu a este projecto que visa implementar e promover a mobilidade elétrica no concelho. Évora sem cinema Em Évora, nas Portas da Lagoa 5 10 Alentejo Francisco Ramos: o vinho em livro Reguengos Teatro sai à rua 21 Évora Criada Associação contra Museu do Design 19 Évora Trevo: 210 mil passageiros em dois meses 3 Tradição alentejana Feira de Aires este fim de semana Faz parte da tradição alentejana e é uma das mais impor- tantes feiras da região. A Feira D’Aires alia o profano e o sagrado e além da tradi- cional feira franca, apresenta-se também com uma mostra de acvidades económicas que se desenvolve por cerca de 60 expositores dos mais variados sectores onde o arte- sanato, o lazer, os serviços, a bijutaria ou a indústria, entre muitos outros mostram aqui as suas potencialidades. Organizada pela Câmara de Viana do Alentejo, a Feira D’Aires cumpre nesta edição 259 anos e assume-se como um espaço privilegiado para a mostra de acvidades económicas do tecido empresarial da região. Um programa cultural diversificado para tocar diferentes públicos é outra das marcas desta feira que ficaremos a conhecer melhor através do presidente da autarquia, Ben- galinha Pinto, que nos conduz pelos corredores da tradição de uma das mais angas feiras do Alentejo. Sábado 25 22h00 – Espectáculo com os “Adiafa” Segunda-feira 27 22h00 – Espectáculo com os “Oquestrada” Domingo 26 16h00 - Corrida de toiros. Cavaleiros Luís Rouxinol, Ana Bapsta e Lívio da Silva e os Forcados Amadores de Évora e Beja 18h00 - Fesval de Folclore Durante o fim-de-semana os visitantes podem ouvir o cante da terra e o cante vizinho. 12-13

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Cerca de 200 actuais e ex-presidentes de Câmara do Alentejo reúnem-se dia 9 de Outubro num dos locas simbólicos do 25 de Abril: o Monte Sobral. Para convive-rem, mas também para apelarem ao “exercício de cidadania” que a criação de regiões administrativas poderá constituir.

Autarcas alentejanosem defesa da regionalização

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www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti | 23 de Setembro de 2010 | ed. 121 |0.50 euros

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Primeiro ponto de carregamento de veículos elétricos

Na semana passada os eborenses não puderam ir ao cinema. Por cau-sa da dívida da Câmara, a Lusomun-do não enviou o filme que estava programado.

Está instalado e pronto a fun-cionar o primeiro ponto de carregamento para veículos eléctrico, no parque de estacio-namento das Portas da Lagoa.Este é o primeiro de oito, o que representa 16 pontos de abas-tecimento, 15 lentos e um de carregamento rápido, que vão ser colocados em vários locais do centro da cidade.Utilizando essencialmente energias renováveis, cada ponto de carregamento pode servir simultaneamente duas viaturas. O ponto rápido consegue, em escassos minutos, carregar em 80 por cento as baterias de um carro eléctrico.Évora é uma das várias cidades do país que aderiu a este projecto que visa implementar e promover a mobilidade elétrica no concelho.

Évora sem cinema Em Évora, nas Portas da Lagoa

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AlentejoFrancisco Ramos:o vinho em livro

ReguengosTeatro sai à rua

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ÉvoraCriada Associação contraMuseu do Design

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ÉvoraTrevo: 210 milpassageiros em dois meses

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Tradição alentejana

Feira de Aires este fim de semanaFaz parte da tradição alentejana e é uma das mais impor-tantes feiras da região.A Feira D’Aires alia o profano e o sagrado e além da tradi-cional feira franca, apresenta-se também com uma mostra de actividades económicas que se desenvolve por cerca de 60 expositores dos mais variados sectores onde o arte-sanato, o lazer, os serviços, a bijutaria ou a indústria, entre muitos outros mostram aqui as suas potencialidades.Organizada pela Câmara de Viana do Alentejo, a Feira D’Aires cumpre nesta edição 259 anos e assume-se como um espaço privilegiado para a mostra de actividades económicas do tecido empresarial da região.Um programa cultural diversificado para tocar diferentes públicos é outra das marcas desta feira que ficaremos a conhecer melhor através do presidente da autarquia, Ben-galinha Pinto, que nos conduz pelos corredores da tradição de uma das mais antigas feiras do Alentejo.

Sábado 2522h00 – Espectáculo com os “Adiafa”

Segunda-feira 2722h00 – Espectáculo com os “Oquestrada”

Domingo 2616h00 - Corrida de toiros.Cavaleiros Luís Rouxinol, Ana Baptista e Lívio da Silva e os Forcados Amadores de Évora e Beja

18h00 - Festival de Folclore

Durante o fim-de-semana os visitantes podem ouvir o cante da terra e o cante vizinho. 12-13

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A abrir

Efeméride

As doenças cardiovasculares são as que causam mais mortes no mundo inteiro, em torno de 17,5 milhões de pessoas por ano. Os maiores factores de risco são: pressão arterial elevada, níveis do colesterol e glicose elevados , tabagismo, ingestão insuficiente de frutas e vegetais, excesso de peso, obesidade e sedentarismo.

Défice a crescer...

Neste jornal alguns textos são escritos segundo o Novo Acordo Ortográfico e outros não. Durante algum tempo esta situação irá manter-se e as duas formas de escrita vão coexistir. Tudo faremos, no entanto, para que no mais curto espaço de tempo se tenda para uma harmonização das formas de escrever no Registo, respeitando as regras do Novo Acordo

Nem o acórdão “Casa Pia”, ou a po-lémica Carlos Queiroz conseguiram desviar da primeira página a ques-tão mais quente dos últimos meses em Portugal: o défice das contas pú-blicas. E o pior é que, apesar de en-cher páginas de jornal, minutos de telejornal, de inundar noticiários na telefonia, os portugueses desco-nhecem em absoluto qual o verda-deiro estado das contas públicas. Há uma completa campanha de infor-mação e desinformação, afirmações peremptórias e o seu contrário. De manhã o FMI está pronto a intervir, à tarde não está nem nunca esteve. À noite o FMI diz que nunca pen-sou em tal, mas alguém recorda que com a Grécia o FMI disse exc-tamente o mesmo e o resultado está à vista. A dúvida está permanente-mente instalada. O que se sabe – e para isso não é preciso ser especia-lista nem ter cor – é que a situação é má, podemos facilmente percebê-lo olhando para a carteira e para o número de desempregados que não pára de subir.Mas, e se a Regionalização servisse para controlar a malfadada despesa pública? É isso que defende nas pá-ginas do do REGISTO desta semana um homem com grandes respon-sabilidades políticas na região e no PS. Capoulas Santos, que se prepara para ser o presidente da Federação de Évora do PS – ainda terá de ga-nhar as eleições, mas nem adver-sário se deve perfilar -, um nome que pode surgir dentro de dois anos como candidato à sucessão de José Ernesto na Câmara de Évora, vem

defender a Regionalização como uma forma de melhor controlar a despesa pública do Estado, sublinhando que seria mais barato gerir toda a região Alentejo – concelhos do litoral inclu-ídos. É uma diferente perspectiva, um outro modo de partir para a defesa de uma reorganizxação administrativa que pode ascender à ordem do dia nos próximos meses.A Regionalização é, aliás, a manchete desta edição do REGISTO. Isto porque um grupo de autarcas se prepara para um encontro de onde pode sair uma clara mensagem sobre a necessidade de regionalizar o país. Não estamos a falar de um grupelho de autarcas de um ou outro partido. Trata-se de um grupo alargado, de 200 pessoas, de várias cores e sensibilidades políticas, que desempenham ou já desempe-nharam funções em autarquias alen-tejanas e bem conhecem como gerir a coisa pública.A boa gestão gera bons serviços e evi-ta despesas. O Hospital de Évora tem há um ano uma unidade de Radiote-rapia com equipamento de topo, com técnicos jovens, mas especializados. O problema é que as velhas corren-tes sempre são difíceis de quebrar e apesar de durante mais de vinte anos se ter reclamado a Radioterapia para Évora, o serviço está hoje a meio gás. Embora os responsáveis atirem o des-conhecimento dos médicos ou des-confiança para cima da mesa, sabe-se, pelas entrelinhas, que há razões bem mais fortes. Enquanto a situação não se resolve, penaliza-se quem está do-ente e desperdiçam-se verbas do SNS.Como há vida para além do défice, di-zia o antigo Presidente Sampaio, de-talhamos neste número a tradicional Feira D’Aires em Viana do Alentejo.

Boa semana.

Crónica Editorial

PSD: uma lista “pouco consensual”

Já é público que o PS distrital vai a eleições em Outubro. Há uma lista de consenso encabeçada por Capoulas Santos que não levanta quaisquer polémicas. Com eleições previstas também para breve o PSD eborense é que parece não estar tão calmo. O 40 graus sabe que Dieb já não se recandidata e que tem procu-rado um sucessor. Ele parece ter sido encontrado e anuncia-se uma “lista de consenso” que una a “grande família social-democrata do distri-to”. Só que as coisas parece estarem a azedar. Vai-se a ver e a tal “lista de consenso” é formada na sua maio-ria por militantes que apoiaram ou Aguiar Branco ou Paulo Rangel. Dos apoiantes de Passos Coelho (que depois da vitória de PPC se sentem

com autoridade para reivindicarem mais espaço político a nível distrital) é que “nem népias”. Um elemento social democrata do distrito, por sinal apoiante de Passos Coelho, garante que se as coisas continuarem assim, a “lista de consenso” vai ao ar e irá aparecer uma outra.

O Presidente gosta de arroz

Andava há dias o Presidente Cava-co em campanha dissimulada em missão de Estado, quando lhe saíu à agenda a inauguração de um lar ali para os lados do litoral alentejano, em terra de grande cultivo de arroz.Como era perto, o Presidente, que nes-sa tarde ia a Setúbal e o lar pertence à Misericórdia local, lá foi tecer loas ao papel das Misericórdias no apoio à pobreza e aos mais desfavorecidos.Acompanhado da sempre muito interventiva Primeira Dama, o Pre-sidente visitou as instalações do lar, uma residência de grande qualidade arquitectónica e tão extrema agra-

dabilidade que quase dá vontade de envelhecer uns anos para ir lá passar umas noites. A residência possui quartos duplos destinados a velhos casais.Ora como era terra de arroz, lá estava um casal de velhotes, trajados a rigor, antigos trabalhadores rurais na cultura do arroz, apresentados como “inquilinos” de um dos magníficos quartos. O traje incluia um cesto car-regado de sacos de arroz que o velhote fez questão de entregar pessoalmente ao Presidente.Acto contínuo, como costuma suceder, a sempre interventiva Primeira Dama agradeceu de pronto com estridente “e nós gostamos muito de arroz, não é Aníbal?”.Ficámos assim a saber que o senhor Presidente da República e a sua di-gníssima esposa gostam de arroz. O que pode facilitar no Natal. Campo Estrela: apesar de urbanizado continua a “mexer”Havia a perspectiva das escolas de

futebol do Lusitano e das camadas mais jovens começarem este ano já a treinar no Campo da Silveirinha. Mas não: continuam no Campo Estrela, apesar dos prédios junto à bancada nascente estarem já praticamente construídos. O espaço já foi vendido, está construído e, em entrevista ao REGISTO, o presidente do Clube, aliás, já revelou que o Clube ficou sem terrenos, sem estádio, sem dinheiro (e com uma dívida da Câmara na ordem dos 60 mil euros). Há dias um miúdo, praticante das camadas jovens, dizia para os pais: “devíamos comprar aqui uma casa. Víamos os jogos pela janela e quando houvesse treinos poupáva-mos na gasolina”. Mal sabe o miúdo, na sua inocência, que, quando os an-dares começarem a ser vendidos, da janela dificilmente se verá um jogo da bola. Quanto muito mais uma fila de prédios igual àquele ocupará o actual relvado do velhinho Estrela.

40 graus à Sombra

27 de Setembro: Dia Mundial do Coração

www.egoisthedonism.wordpress.comPedro Henriques Cartoonista

Paulo Nobre

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Destaque

Quase três meses após a entrada em fun-cionamento, 210 mil passageiros já viaja-ram nos novos autocarros da Trevo. Um número considerado positivo pela empre-sa que quer mais passageiros nos autocar-ros. Para terminar com o crescente divórcio das pessoas com os transportes públicos.

Em 80 dias de actividade a Trevo não deu a volta ao mundo, mas superou os duzentos mil passageiros. Para o ‘mun-do’ dos transportes em Évora é conside-rado um número positivo para uma em-presa que pretende, numa década, levar 13 milhões de passageiros ao destino.É num pequeno-almoço oferec ido aos jornalistas que o administrador da em-presa concessionária dos transportes ro-doviários da cidade, Pedro Curvo Deus, se mostra satisfeito com o arranque da nova empresa de tranportes. Apesar de alguns constrangimentos iniciais “nor-mais e que estão ultrapassados”, tudo correu de acordo com as previsões feitas internamente, pelo que os responsáveis se mostram “satisfeitos” com estes quase três meses de actividade.Embora satisfeita com os 210 mil pas-sageiros transportados, número “den-tro dos parâmetros” esperados na fase de arranque, a empresa quer chegar mais perto dos eborenses para que estes passem a encarar o transporte público

como uma mais valia da cidade.“A nossa aposta passa por um relaciona-mento de grande proximidade com toda a cidade”, esclarece Pedro Curvo Deus especificando que o objectivo passa por saber todos os detalhes sobre as neces-sidades das pessoas. “Queremos saber onde é que o ‘Zé’ quer ir e ajudá-lo nessa tarefa. Só assim é que teremos a capaci-dade de nos tornarmos uma referência de qualidade para e conquistar cada vez mais passageiros”, salienta o adminis-trador da Trevo, definindo como priori-

dade a aproximação aos comerciantes, à Universidade, às escolas, tentando per-ceber todas as necessidades para melhor adaptar os transportes.

Avaliação permanente

Com uma frota de 26 novos autocarros, o aumento do número de carreiras e a diminuição dos tempos de passagem na chamada Linha Azul que percorre o Centro Histórico da cidade, a Trevo está em permanente avaliação.

Uma fatia de 20 por cento dos três mi-lhões euros de investimento inicial da Trevo serviram para um novo equipa-mento de bilhética capaz de fornecer uma panóplia de informações que aju-dam a empresa a melhorar as carreiras, locais de passagens ou harmonização de horários. “Ao segundo nós temos in-formação sobre o local, o horário, o nú-mero de passageiros que seguem nesse autocarro. Como fazemos esta constan-te monitorização é-nos possível a partir daqui planear as carreiras de modo a servir melhor as pessoas”, esclarece Pe-dro Curvo Deus.Com a expectativa de atingir os 13 mi-lhões de passageiros ao longo dos pró-ximos 10 anos – altura em que termina a concessão -, a Trevo quer impor-se na cidade, fazer parte dela, tornar-se ima-gem de Évora e ser uma referência para os eborenses. “Queremos que a empresa seja uma instituição, uma marca de Évo-ra, como a Universidade, por exemplo”, salienta o administrador da empresa de transportes de Évora.Para os próximos meses está planeada a instalação de informação electrónica em diversas paragens de autocarro e a empresa prevê o desenvolvimento de acções de sensibilização ao uso do trans-porte público junto de dois tipos de públi-co alvo: os idosos, por um lado e a popu-lação escolar e universitária, por outro. w

Novos autocarros dão volta a Évora há 80 dias

Trevo quer impor-se como uma marca de referência na cidade

Paulo Nobre

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Futuro da Trevo apresentado aos jornalistas num pequeno almoço num hotel da cidade.

Abriu há um ano e está sub-aproveitado

Hospital de Évora quer mais doentes na Unidade de RadioterapiaPaulo Nobre

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Durante duas décadas ouviu-se falar da Radioterapia de Évora. Os anos passaram e o serviço nunca passou do papel. Há um ano o so-nho materializou-se e a 21 de Se-tembro do ano passado ali foi feito o primeiro tratamento. Agora, fal-tam doentes. O que significa muita gente continua a fazer tratamentos em Lisboa quando pode ficar mais perto. O apelo é feito aos médicos de família.

Está equipado com tecnologia de topo. Tem equipamentos únicos em Portugal. A unidade de Ra-dioterapia do Hospital de Évora, inaugurada a 7 de setembro do ano passado, realizou o primeiro tratamento a 21 de setembro de 2009. Uma etapa cumprida mais de vinte anos depois de em Évo-ra ter sido anunciada a constru-ção de uma unidade do género.Apesar de estar considerada como unidade de topo, continua a ‘meio gás’, com muitas vagas,

sem doentes para tratar.Pedro Chinita, director da uni-dade de Radioterapia de Évora, acredita que haja ainda “algum desconhecimento” por parte dos médicos de família que continu-am a enviar os doentes para tra-tamento no Instituto Português de Oncologia, em Lisboa. “Já temos perguntado aos doentes como chegaram aqui para trata-mento e nalguns casos têm-nos dito que são os próprios doentes que sugerem Évora, ou seja eles chegam aqui, mas não enviados pelos médicos”, afirma Pedro Chinita.Desconhecimento ou falta de hábito. Estas são, no fundo, as razões apontadas para que a uni-dade de Radioterapia de Évora - preparada para receber doentes de todo o Alentejo -, continue a registar uma baixa taxa de utili-zação. Segundo o director Pedro Chinita, a unidade tem capaci-dade para “em caso de necessida-de” fazer 250 tratamentos diários, sendo que à data a média está nos

85 “o que é muito pouco, não apro-veita as capacidades de um equi-pamento de tão grande qualida-de”, realça o médico responsável pela unidade.Para aumentar o número de tra-tamentos, a estratégia do Hospi-

tal passa, primeiro, por informar as pessoas, depois sensibilizar os médicos de família.Filomena Mendes, presidente do conselho de administração do Hospital, salienta que além da qualidade dos equipamen-

tos, a Radioterapia de Évora tem também “uma equipa de pessoal jovem e tecnicamente bastante competente”, pelo que “não há razão para que os nossos doentes continuem a fazer viagens que são sempre de grande sofrimen-to quando podem realizar o tra-tamento aqui”. Tanto mais que, de acordo com Filomena Men-des, são as viagens que acabam por tornar mais pesada a despesa para o Serviço Nacional de Saú-de.A partir de janeiro, após concluí-da a formação técnica do pessoal do serviço, a unidade de Radiote-rapia vai passar a dispor de mais tecnologia de ponta. Chama-se Rapidarc, um novo sistema que permite fazer irradiação 360 garus em redor do doente, en-quanto os actuais equipamen-tos “fazem irradiação, param, procuram outro ângulo, fazem e param”, esclarece Pedro Chinita. Uma tecnologia que o director da unidade de Évora afirma ser “única” na Peninsula Ibérica. w

Pedro Chinita director da unidade de Radioterapia do Hospital de Évora.

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4 23 Setembro ‘10

Opinião

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O Secretário de Estado dos Incêndios

Ora aí está uma medida aparentemente brilhante do Secretário de Estado dos Incêndios, perdão, das florestas e do desenvolvimento rural: os Reclusos e o Exército vão limpar as matas para pre-venir os incêndios.Depois de na presente época os incên-dios terem consumido quase cento e dezoito mil hectares, mais cinquenta e oito por cento do que no mesmo perío-do do ano passado, esta medida revela os paradigmas sobre desenvolvimento das regiões interiores, traduzido num

planeamento efectuado nos gabinetes em grandes centros urbanos do litoral. É o que se pode designar de decisão do topo para as bases, em vez do oposto. Talvez a segunda opção fosse mais recomendável e coerente.O Secretário de Estado dos Incêndios, perdão, das florestas e do desenvolvi-mento rural pensa ser “importante que o Exército seja chamado para acções du-rante o ano inteiro para a defesa da flo-resta, prevenção e vigilância nas piores épocas”. Ao mesmo tempo, o Rui Pedro Barreiro salienta a oportunidade que é oferecida aos Reclusos de “sair da prisão e estar em contacto com a natureza” e, depois de formação adequada, “permitir-lhes arranjar um emprego, como sapado-res florestais”.Num país com fortes medidas de combate ao desemprego, de acordo com os discur-sos do primeiro ministro e ajudantes, é normal que escasseie a mão de obra para iniciativas de protecção e desenvolvi-mento equilibrado das regiões mais inte-riores. Assim, a necessidade de recorrer à

mão de obra do Exército e dos Reclusos parece ser a única saída possível.O Exército, pelas declarações públicas que temos observado na comunicação so-cial, está incapacitado de envolver-se em pancadaria com inimigos ou adversários, sob pena de ser fortemente “malhado”. Com esta iniciativa terá a possibilidade de participar numa missão de elevada importância nacional e internacional: dissuadir e combater os ataques do ini-migo fogo em território português e evi-tar que esses ataques invadam território espanhol.Quanto ao contacto dos Reclusos com a natureza, sou muito céptico acerca do sucesso das intenções do Secretário de Estado dos Incêndios, perdão, das flores-tas e do desenvolvimento rural. Ao que parece, em muitos casos, foi o contacto com a natureza, da situação, que levou-os a praticar actos puníveis pelo pouco con-vincente sistema judicial português. As promessas de criação de novos postos de trabalho parecem pouco críveis na con-juntura presente e num futuro próximo

– não enganem os Reclusos.Se estas medidas do Rui Pedro tiverem algum sucesso, como campanha de re-lações públicas, e se a presente cultu-ra de governação não for derrotada em eleições, pode ser que consigamos ver o Exército e os Reclusos a prevenirem e a combaterem os incêndios que grassam na Economia, nas Finanças, na Saúde, na Educação, etc. Quanto à dívida externa, o Exército tem poucas possibilidades de intervir, somente de cumprir o que os exércitos do estrangeiro decidirem sobre como pagar o que se consome fiado.O Rui e eu aprendemos, na mesma escola, de que o paternalismo é inimigo do de-senvolvimento contínuo equilibrado. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento equi-librado não acontece sem a assunção dos direitos e deveres de propriedade, no be-nefício do indivíduo e da sociedade.O Almada Negreiros continuará sem-pre actual. Segundo este génio da arte, “quando eu nasci, as palavras que hão-de salvar o universo já estavam todas escri-tas, só falta salvar o universo”.

JOSÉ FiLiPE RODRigUES

A Europa bipolar

A Europa enfrenta uma crise de identi-dade que se agrava à medida que se re-vela a incapacidade dos líderes europeus resolverem concertadamente problemas comuns. Sempre achei que o bloco eu-ropeu é absolutamente fundamental no xadrez mundial até para manter o equi-líbrio – sempre frágil - entre os Estados Unidos da América e o bloco asiático. A velha Europa tem de saber manter, ne-cessariamente, um lugar de destaque no mundo que faça jus à sua história e aos desafios que se avizinham. Contudo, tem caminhado por veredas tortuosas que não conduzem à sua con-solidação como grande potência, porque submissa aos interesses do eixo franco-alemão. Os restantes Estados-membros são um “quase adorno” que se deverão manter disciplinados e obedientes. Mas

é importante perceber os desalinhamen-tos gerados pelo processo europeu, que acalenta em si o gérmen da discórdia. E numa época de grave crise económica e financeira, de grande perturbação e agi-tação sociais, não se pode subestimar o desespero do povo, cada vez mais distan-te das cúpulas europeias. Com mais de 23 milhões de desempre-gados na União Europeia, o problema da emigração que se agrava pela impossi-bilidade da actividade económica gerar emprego, empurrando as pessoas para a delinquência e para o cometimento de pe-quenos crimes que lhes permita sobrevi-ver, a insegurança gerada pela incerteza de um futuro melhor e o renascer de na-cionalismos exacerbados são ingredien-tes explosivos numa Europa desencontra-da, à beira do abismo. O recente episódio da expulsão dos ciga-nos de França exemplifica bem o senti-mento nacionalista e de intolerância que desponta na Europa. Ao mesmo tempo que se fala de integração e inclusão so-ciais, expulsam-se minorias étnicas do território nacional. É apenas uma questão geográfica; o problema permanece e só de forma concertada pode ter resolução. O respeito pelo próximo, pela diferença e pelas diversidades étnicas e culturais

também esteve presente na criação de uma Europa una, destroçada pelas duas guerras mundiais. O propósito da sua criação não pode ser a origem da sua aniquilação. Mas também é verdade que as minorias têm de fazer um esforço de integração e de adaptação à comunidade onde se querem inserir. É um processo bi-lateral que não pode apelar tão só ao Es-tado Social a que comodamente nos habi-tuámos e é nessa mediação que se aferirá da verdadeira capacidade de diálogo e de entendimento dos intervenientes.Contudo, não existe uma forte identidade entre os povos europeus que lhes permi-ta sentir-se solidários entre si, apesar da sua História em comum. Veja-se a de-signação desonrosa pela qual se referem aos países com défices elevados, grandes níveis de endividamento e altas taxas de desemprego – PIGS- que são vistos (não sem alguma razão) como os destabiliza-dores do Euro e sorvedouros dos contri-buintes líquidos europeus. Se de um lado temos países ricos e desenvolvidos, que desfrutam de condições estruturais para debelar a crise com alguma facilidade, do outro temos países que sistematicamente se afiguram incapazes de lidar com pro-blemas históricos, deixando perpassar uma imagem de descrédito total e deso-

rientação. Tal situação causa indiscutivelmente um mau estar entre os países da União, cuja clivagem é cada vez mais evidente. Por outro lado, não podemos condenar aqueles que, vendo-se na eminência de acudir aos desordeiros queiram agora emitir um “visto prévio” aos orçamentos nacionais, pois se os próprios se revela-ram impotentes. Dir-me-ão que é uma questão de soberania nacional e que a aprovação do Orçamento de Estado pela Assembleia da República é o último res-quício da sua existência. Pois é. Tivessem os Governos nacionais agido em tempo e acertadamente e ter-se-ia evitado este desaire. Mas convém não esquecer que o próprio Orçamento já é condicionado às orientações de Bruxelas. O exemplo aca-bado disso foi o PEC II. Portanto, é mais uma questão de forma do que de conte-údo à qual a esquerda é particularmente sensível. Ainda assim e apesar de tudo o elo eu-ropeu não deixa de ser fundamental para pequenos países como Portugal. Os le-ões podem dar-se ao luxo de passear so-zinhos na savana. Mas as formigas têm de trabalhar necessariamente em equipa, sob pena de extinção. É uma questão de sobrevivência.

SóNiA RAMOS FERROJurista e Deputada Municipal

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Destaque

Cerca de duas centenas de an-tigos e actuais presidentes de Câmara do Alentejo, bem como antigos presidentes da CCR/Alentejo e um conjunto de outros convidados, ligados a algumas entidades regionais, vão-se reunir no próximo dia 9 de Outubro, num almoço, no Monte Sobral, perto de Alcáçovas.

“Pretendemos que seja um al-moço de convívio entre actuais e antigos autarcas, mas espera-mos que, no final, haja uma to-mada de posição em defesa da regionalização” disse um dos or-ganizadores ao REGISTO, acres-centando que “sendo nós prota-gonistas da implementação do poder local, consideramos que é urgente dar o passo que falta e tornarmos a regionalização uma realidade. É um exercício de cidadania que nos compete e, para o qual, achamos que de-vemos e podemos dar o nosso contributo”.O REGISTO sabe que este en-contro chegou a estar agendado para o passado mês de Junho e, na altura, ter-se-á colocado a possibilidade de ele se realizar num barco em plena barragem de Alqueva, o que teria um sim-bolismo também muito próprio, “já que Alqueva sempre foi uma aspiração e uma reivindicação dos autarcas alentejanos, fosse qual fosse o seu partido de ori-gem”. A escolha de Monte So-bral também é simbólica: “foi aqui que aconteceram algumas das reuniões preparatórias do 25 de Abril de 1974, que instituiu o poder local democrático e este é,

de alguma forma, o centro geo-gráfico do Alentejo”, disse a mes-ma fonte ao REGISTO.

Autarcas de todas as sensibilidades

e de todo o Alentejo O grupo de autarcas (e não só) que tem estado a preparar este encontro, “totalmente à mar-gem dos partidos e que os vai apanhar completamente de surpresas”, disse este ex-autarca ao REGISTO, reúne pessoas de várias sensibilidades e oriundas de diversas zonas do Alentejo, entre os quais, Hemetério Cruz (ex-presidente PSD de Alter do Chão, hoje na EDIA); Fernando Caeiros (ex-presidente CDU de Castro Verde e actual vogal do InAlentejo); Bento Rosado (ex-vice-presidente da CCRA, actu-almente na Gestalqueva) e Vic-tor Martelo (ex-presidente PS de Reguengos de Monsaraz).Pelo que o REGISTO sabe, a esco-lha de 9 de Outubro, um sábado, nada tem a ver com as comemo-rações do centenário da Repú-

blica e ter-se-á tratado apenas de “um acaso”. Certo é que os organizadores deste encontro pretendem “tomar o pulso” aos seus antigos e actuais colegas e camaradas, naquilo que “poderá constituir um primeiro momen-to: o que se seguir dependerá da vontade de todos os que estive-rem presentes”.Assim, para além da organiza-ção do almoço, como ponto de encontro, está previsto que use da palavra quem quiser e “have-rá apenas um pequeno texto de base que possa servir de traço de união entre todos e onde a exi-gência da regionalização, como patamar que falta na estrutu-ração do Poder Local Democrá-tico, terá que constar”, disse ao REGISTO a mesma fonte.

O Poder Local transformou as condições de vida das

populações O REGISTO teve também acesso, ao convite para este encontro que em breve deverá ser envia-do à generalidade dos ex e actu-

ais autarcas. Neste documento pode ler-se que “depois de 25 de Abril de 1974 o Poder Local foi uma das maiores conquistas da Democracia Portuguesa com provas dadas ao longo destes 35 anos. Durante esse período os Autarcas, especialmente os Pre-sidentes de Câmara, tiveram um papel fundamental na consoli-dação da Democracia e do Poder Local, mas, sobretudo naquilo que foi realizado em benefício das populações.No Alentejo o Poder Local trans-formou, radicalmente, as con-dições de vida das populações, na medida em que foi possível disponibilizar-lhes, indepen-dentemente do local onde vi-vam, os equipamentos e infra-estruturas capazes de satisfazer as necessidades indispensáveis para uma vida condigna. Todo este trabalho teve a vossa par-ticipação empenhada e por isso, é um digno representante daqueles que modificaram a nossa região e que não deve ser esquecido.Assim, uma comissão organi-zadora considerou interessante criar as condições para que to-dos aqueles que tiveram essa acção, na nossa região, possam voltar a encontrar-se, indepen-dentemente da sua actual vida pessoal e profissional, pelo que convidamos V. Ex.ª para um almoço/ encontro que designa-mos como “ Encontro de Presi-dentes de Câmara do Alentejo, eleitos depois de 25 de Abril de 1974” a realizar no dia 9 de Ou-tubro, pelas 12 horas em Monte do Sobral, no concelho de Viana do Alentejo”. w

Com a defesa da regionalização na ementa

Duas centenas de ex e actuais presidentes de Câmara reúnem-se dia 9 de Outubro no Monte Sobral A Câmara Municipal de Évora, à

semelhança de anos anteriores, foi convidada pela Fundação Portuguesa de Cardiologia para integrar as comemorações do Dia Mundial do Coração que tem lugar no próximo domingo, dia 26 de Setembro.Estas comemorações têm como objectivo sensibilizar a população para a importância da prática de actividade física no combate ao sedentarismo e aos factores de risco que lhe são adjacentes. Na prossecução do objectivo que tem norteado as iniciativas do projecto “Évora comVida” - a qual-idade de vida e o bem estar físico e psíquico dos munícipes - propõe-se que a autarquia ,em conjunto com outras entidades como o Hospital Espírito Santo de Évora (HESE), o Instituto Português da Juventude -Delegação Regional do Alentejo e o Ginásio Viva Fit, desenvolva algumas iniciativas no dia 26 de Setembro entre as 10 e as 13 horas, na Praça do Sertório, abertas a toda a população. São elas o peddy paper da saúde, dinamizado pelo Ginásio Viva Fit; um rastreio de saúde realizado pelos técnicos HESE e uma aula de fitness seguida da realização de um mega coração ( iniciativa a ter lugar em todas as cidades aderen-tes pelas 12 horas) Os participantes receberão t-shirts oferecidas pelo Ginásio Viva Fit e guarda-chuvas oferecidos pelo Instituto Portu-guês da Juventude – Delegação Regional do Alentejo.

A Universidade de Évora e o consórcio LGV-Engenharia e construção de linhas de alta velocidade, ACE, vão assinar um protocolo de colaboração que tem como objectivo a prestação de ser-viços de assessoria técnica à direcção de projecto do LGV nos estudos para o projecto de construção da linha de alta velocidade entre Poceirão e Caia.A cerimónia realiza-se esta quin-ta-feira, pelas 16horas, na Sala de docentes da UE e conta com a presença do Director Geral da concessionária ELOS, SA que fará uma apresentação da concessão Poceirão-Caia e da concessionária ELOS, e do Director Geral do LGV, ACE, que apresentará o empreen-dimento e o LGV.O LGV-Engenharia e construção de linhas de alta velocidade é um agrupamento complementar de empresas, criado com o objectivo de promover e desenvolver o projecto de construção das linhas de alta velocidade. A Soares da Costa, a Lena Construções, Bento Pedroso, a Dragados, a Edifer e a Zagope são as empresas que compõem este agrupamento.O protocolo, no âmbito da Geotec-nia, pretende reforçar o estreita-mento de laços entre a Universi-dade de Évora e as empresas.

No próximo dia 26 de Setembro

Évora assinala o Dia Mundial do Coração

Universidade de Évora vai prestar serviços de assessoria para o TGV

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Carlos Júlio

Évora não teve cinema durante a semana passada devido aos atrasos nos pagamen-tos do aluguer de filmes à Lusomundo, mas a Câmara Municipal anunciou que “já está em curso um plano de pagamento” que de-verá permitir que as sessões sejam retoma-das a partir de hoje.

“Devido aos atrasos nos pagamentos por parte da Câmara Municipal de Évo-ra à distribuidora Lusomundo Audio-visuais”, o filme “O Escritor Fantasma”, previsto para a semana de 16 a 23 de Setembro não foi enviado ao Cineclube da Universidade de Évora, entidade que assume a operação das sessões no Audi-tório Soror Mariana.

Segundo um comunicado difundido pelo cineclube universitário, esse moti-vo determinou a suspensão das sessões, privando a cidade de cinema comercial durante a semana passada. Em declarações ao REGISTO, a vereado-ra da Cultura da Câmara Municipal de Évora (CME), Cláudia Sousa Pereira, reco-nheceu a existência dos referidos atrasos, mas informou que “já está em curso um plano de pagamento” à Lusomundo, que deverá permitir a retoma das sessões de cinema a partir de hoje. Na sequência do encerramento das sa-las da Lusomundo no centro comercial Eborim, a exibição comercial de filmes em Évora foi objecto de um acordo entre

a autarquia e o Cineclube da universida-de. “O que se procurou construir foi uma solução que permitisse que Évora conti-nuasse a ter cinema,” explicou João Pau-lo Macedo, responsável do Cineclube.Ao abrigo dessa solução de parceria, o Ci-neclube assumiu a operação das sessões no Auditório Soror Mariana, propriedade da universidade. A CME, por seu lado, assumiu a exploração, embora reconhe-cendo que “não é responsabilidade da Câ-mara sustentar o cinema comercial” na cidade. Para evitar a rotura, a autarquia comprometeu-se a pagar uma percenta-gem dos lucros de bilheteira às empresas distribuidoras de filmes, nomeadamente a Lusomundo. w

Durante a semana passada

Incumprimento no aluguer de filmes deixou Évora sem cinema

Page 6: Registo ED121

6 23 Setembro ‘10

Opinião

A Escola, de novo!

Começou mais um ano escolar. Como habitualmente, com coisas que não são do agrado geral; como habitualmente com insuficiências e falhas a corrigir mas, acredito que o que de facto mar-cou o arranque deste ano lectivo, foram as medidas impostas pelo Governo, que sob a capa de um “reordenamento esco-lar” marcaram definitivamente o per-curso escolar de muitos alunos e a vida de muitas famílias.Ficam para a história as 701 escolas que o Governo encerrou, só neste ano, con-tra tudo e contra todos. Apesar dos muitos protestos que se fi-zeram ouvir, vindos de pais e encarre-gados de educação; vindos de pessoal docente; vindos de deputados na assem-bleia da república; vindos de autarcas; vindos das populações, a resposta por parte do Governo, numa clara atitude de prepotência, contra tudo o que são critérios objectivos, contra todos os que

lutaram para que a sua voz fosse ouvida, foi o encerramento de todas estas escolas.Nem o nosso distrito, nem o nosso Con-celho escaparam a esta “onda”, foram en-cerradas várias escolas, e uma delas no nosso Concelho – a Escola de Guadalupe. Também no nosso caso esta decisão foi tomada de forma unilateral, à revelia dos órgãos autárquicos, Câmara Municipal e Junta de Freguesia, que unanimemente se manifestaram contra o encerramento desta escola. Foi encerrada contra a von-tade dos pais e encarregados de educação e comunidade local, e as crianças foram afastadas do seu ambiente natural, físico e afectivo.Mas o Governo não ficou por aqui! Para além de fechar as 701 escolas criou tam-bém 86 mega-agrupamentos, impostos à comunidade educativa, também eles pre-parados sorrateiramente no período de férias, e também eles assentes em razões meramente economicistas e de racionali-zação de recursos que visam desinvestir na educação e desfigurar a Escola Públi-ca.Concluindo, assistimos a este autopro-clamado “processo de reordenamento da rede escolar” que em vez de ter em conta o interesse das comunidades educativas, partiu de uma resolução administrativa, aplicada de igual modo a realidades bem distintas, tendo por base lógicas econo-micistas, a sobreporem-se aos direitos das crianças e das famílias.Fica para a história um Governo que pri-

meiro garante que só encerrará escolas onde obtiver o acordo das autarquias, e depois faz o contrário.

Fica para a história um Governo que con-tribuiu, em muitos casos decisivamente, para a desertificação do território, a par do encerramento de Centros de Saúde, serviços da EDP, Postos da GNR, Postos de Correio, etc.Fica para a história um governo que afir-mou que os alunos das escolas que vies-sem a ser encerradas, transitariam para novos e modernos centros escolares, com muito melhores condições, e depois … as evidências estão à vista.Quando relembro esta “promessa” não consigo deixar de pensar na Escola de Guadalupe que encerrou, e no “grande Centro Escolar de Nª. Srª. da Tourega” que recebeu esses alunos. Sem desprimor para a Escola de Nª. Srª. da Tourega, não obstante ser uma exce-lente Escola, penso que não correspon-derá exactamente ao tal “centro escolar” anunciado. Outra dúvida que me resta é se também fará parte das “100 novas escolas” que vão ser inauguradas pelo Primeiro-Ministro no dia 5 de Outubro.Ficam também para a história os “aumen-tos” de comparticipação que o Governo estipulou, este ano apenas para os manu-ais escolares, mantendo inalteráveis os valores para o material escolar e aloja-mento. Ora os aumentos em questão, que se dirigem essencialmente a famílias com

maiores dificuldades, vão variar, nada mais nada menos, entre 10 cêntimos e 1,60 euros. Deixo à selecção de cada lei-tor o adjectivo que entenda mais adequa-do para classificar estes aumentos!Partilho da opinião daqueles que defen-dem uma efectiva gratuitidade de todo o ensino público, que poderá começar, por exemplo, com a atribuição gratuita dos manuais escolares a todos os alunos a frequentarem o ensino obrigatório. Já não apoio aqueles que, substituindo-se ao Es-tado, oferecem livros e mochilas a alguns alunos do seu Concelho.Vou terminar invocando as palavras fi-nais da mensagem que a Srª. Ministra da Educação dirigiu, no início do ano lec-tivo, a alunos, professores e pais, dispo-nível no site do Ministério da Educação: “… nós precisamos absolutamente de nos orgulharmos dos nossos alunos”.Nós também gostaríamos muito de nos podermos orgulhar dos nossos gover-nantes Srª. Ministra, mas estamos muito longe disso. Tão longe que, mais que nunca, é obriga-tório continuar a luta pela implementação de uma política educativa, que assuma a educação como um valor estratégico para o desenvolvimento do país e para o reforço da identidade nacional, e um investimento numa Escola Pública de Qualidade, ao invés de uma cega obedi-ência a uma estratégia que visa reduzir as responsabilidades do Estado nesta sua importante função social.

JeSuiNA PeDreirA

Vereadora na Câmara Municipal de ÉvoraMembro do Conselho Nacional do MDM

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Opinião

PUBLIREPORTAGEM

As ideias começaram a fervilhar nas redes sociais. O Facebook ser-viu para as difundir. Com o teclado na frente, um grupo de cidadãos começou a trocar opiniões. Que-rem ser “aglutinadores de consci-ências”. Agora decidiram sair à rua e pedir a opinião dos portugueses sobre “questões base” de um Esta-do democrático.

A luz das velas a cortar a noite. Um caixão em plena Praça do Sertório, frente à Câmara Muni-cipal. Esta é a imagem choque usada para chamar a atenção dos eborenses para um conjunto de “valores fundamentais” defen-didos por um grupo de cidadãos que depois das redes sociais, sai agora à rua para sensibilizar e re-colher opiniões.O grupo, formado por “pessoas de diferentes áreas”, que se afir-ma sem ligações políticas, quer

exortar os portugueses a pro-nunciarem-se sobre alguns dos pilares “fundamentais” de um Estado de direito democrático. O movimento foi semeado e ger-minou no Facebook antes de sair à rua para saber a opinião dos ci-dadãos sobre “Dignidade na polí-tica”, “credibilidade da justiça” e “ética na gestão pública”.Para Rui Moura, um dos princi-pais dinamizadores da iniciativa desenvolvida na noite do duran-te o último sábado em Évora, esta é uma forma de “tentar criar a consciência de que é preciso mu-dar, pela base, alterando os valo-res da condução política, tendo uma justiça credível e ética na gestão dos dinheiros públicos”.Com a ajuda de uma tela e um projector de vídeo, os membros do grupo aproveitam as esplana-das da Praça do Sertório para expli-car às pessoas a génese e os objecti-vos perseguidos, colocando papel e

caneta à disposição para que todos possam opinar sobre dignidade na política, credibilidade da justiça e ética na gestão pública.Em Évora, o caixão estrategica-mente colocado no centro da Praça do Sertório surte o efeito desejado. Dezenas de eborenses

querem saber os motivos daque-la estranha e inusitada presença ouvindo explicações dos mem-bros do grupo de cidadãos em-penhados em “despertar consci-ências” sobres valores base sem a preocupação de “apresentar propostas ou soluções”. Como diz

Em Évora, grupo de cidadãos sai do Facebook para a rua

Cidadãos anónimos pedem aos políticos dignidade, credibilidade e ética

Paulo Nobre

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Rui Moura junto da urna explicando os objectivos da iniciativa.

Rui Moura, “primeiro é preciso chamar a atenção, despertar a consciência sobre a situação que estamos a viver para depois agir. “Não podemos mais ficar para-dos, porque a passividade não resulta”, sublinha.A iniciativa começou já este mês em Guimarães, esteve em Évora e pretende estar na rua até ao dia 5 de outubro para, no feriado em que se comemora o centená-rio da implantação da Repúbli-ca, pedir à classe política “mais consideração e respeito pelo seu povo”. “É isso que, fundamen-talmente, queremos nesse dia em Guimarães, junto ao berço da nação. Contar com muita gente e sobretudo com as centenas de opiniões dos portugueses que temos recolhido nesta urna para podermos pedir e exigir isso a quem tem responsabilidade na condução da vida pública” expli-ca Rui Moura. w

Há mais de 25 anos que a marca LR se transforma em sinónimo de beleza e bem-estar em toda a parte do mundo. Presente em 31 países com cerca de 300.000 par-ceiros independentes.LR está em Portugal há 14 anos com 30.000 parceiros independentes. O compro-misso é promover uma vida melhor junto dos seus clientes. Nos valores destacam o equilíbrio com base na crença na harmonia das coisas, numa sólida confiança nos seus produtos perante os clientes e na motivação que dá oportunidade a outras pes-soas melhorar de vida e serem gestoras do seu próprio negócio.

No passado sábado decorreu no EvoraHotel uma apresentação com entrega de um automóvel à mais jovem Júnior Manager da conceituada marca LR. Maria Emília Dias passou a ser Júnior Manager, ou seja, atingiu o primeiro objectivo proposto pela LR.A LR Health & Beauty entregou o Volkswagen Polo a Maria Emília Dias pelo resultado do seu desempenho dando-lhe a possibilidade de seguir para o patamar seguinte e adquirir um Mercedes e até quem sabe, o topo, com a oferta de um Porche. LR valoriza o trabalho dos seus parceiros independentes sempre com motivação.Apresentando concretamente os produtos, são elaborados com matérias-primas de primeira que garantem elevadíssimos níveis de qualidade, devidamente controlados pelos mais altos controlos reguladores, neste caso o célebre instituto independente FRESENIUS (Instituto que certifica os equipamentos e produtos de Hemodiálise nos hospitais). Na linha de saúde, salientamos um dos produtos excepcionais, Aloé Vera Gel Sivera, primeiro gel de Aloé Vera com estrato de Urtiga fornecedor natural de substâncias vitais como vitaminas, elementos-traço e silício. A nível de estética, salientamos os perfumes, clássicos ou modernos na sua com-posição: sejam eles citrinos, florais, orientais, terá oportunidade de encontrar a sua fragrância pessoal para diversas ocasiões. Tudo isto e muito mais poderá encontrar na qualidade dos produtos LR Health & Beauty, bem perto de si em Évora, através de Maria Emília Dias.Contacte já o 916367954 e conheça o fantástico mundo LR.

Maria Emília Dias acompanhada pelo esposo rece-beu a chave do Volkswagen Polo da Directora de Marketing ibérica da LR – Dr.ª Ana Peres e da Chefe de Organização Bronze Fátima grave

LR Health & BeautyForte marca alemã em produtos de beleza e bem-estar

Marca presença em Évora

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8 23 Setembro ‘10

Opinião

Em termos globais, as mais ele-vadas taxas de adesão nos Muni-cípios, verificaram-se em Vendas Novas (100% - todas as instala-ções encerradas), Arraiolos (95 %), Montemor-o-Novo (90%), Portel (80%), Mora e Borba (75%), Évora (65%) e Vila Viçosa (60%). Núme-ros avançados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local sobre a greve realizada na última segunda feira.

De acordo com aquela estru-tura sindical, no distrito de Évora os efeitos desta para-lização fizeram-se sentir so-bretudo na recolha de lixo,

não houve recolha de lixo e varrida na maioria dos con-celhos, oficinas e estaleiros municipais com dezenas de instalações encerradas, ser-viços de atendimento, cemi-térios, jardins, piscinas, trans-portes e refeitórios escolares e encerramento de dezenas de Juntas de Freguesia. Segun-do os números divulgados pelo sindicato, Évora, Mon-temor, Vendas Novas, Portel, Arraiolos e Mora ficaram sem recolha de lixo.A greve nacional dos traba-lhadores da Administração Local “afirmou a forte deter-minação dos trabalhadores

do sector na luta contra as ingerências do Governo na autonomia do Poder Local, pelos direitos e pelos salá-rios”, afirma o Sindicato dos Trabalhadores da Adminis-tração Local - STAL.De acordo com o STAL, os

dados da adesão à Greve dos trabalhadores das autarquias no distrito de Évora confir-maram não só “uma grande adesão dos trabalhadores”, como “uma forte consciên-cia da necessidade de defesa dos seus interesses de classe”. Num comunicado enviado às redacções o STAL conside-ra que esta greve “constituiu um aviso sério ao executivo socialista de José Sócrates e afirma que os trabalhadores vão continuar a lutar”, anun-ciando para o próximo dia 29 uma manifestação em Lisboa convocada pela CGTP e pela CES em toda a Europa. w

Greve da Administração Local no distrito de Évora

Forte adesão levou ao encerramento de muitos serviços camarários

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O Município de Reguengos de Monsaraz vai implementar o Regime de Fruta Escolar, medida que vai abranger cerca de 500 alunos dos oito estabelecimentos de ensino do 1.º ciclo do ensino básico do concelho. Este regime está associado aos lanches saudáveis (substituindo os bolos e as bolachas) e visa a distribuição de frutas e produtos hortícolas nas escolas duas vezes por semana, promovendo-se o importante papel que desempenham na dieta alimen-tar e na criação de hábitos de alimentação saudáveis que contribuam para o combate à obesidade e a outras doenças.Assim, a autarquia vai assinar um protoco-lo de colaboração e constituir uma equipa de trabalho com o Agrupamento de Escolas e criar uma parceria com o Centro de Saúde no âmbito da saúde escolar (nutrição, higiene oral, prevenção da obesidade, entre outros). Em paralelo à implementação do programa serão promovidas medidas de acompanhamento que visam a dinamiza-ção de actividades pedagógicas associadas à educação alimentar.

O Município de Redondo dá continuidade à sua estratégia de desenvolvimento local in-vestindo na educação, tendo sempre como preocupação garantir que todos os alunos do concelho possam exercer o seu direito à aprendizagem em condições adequadas e de igualdade.No ano lectivo de 2010/2011, os alunos do 1º ciclo verão suportados na totalidade os custos dos manuais escolares – 1º Ciclo e Actividades Extra-Curriculares -, numa acção que abrange cerca de 278 estudantes e acarreta custos na ordem dos 12400 euros. No que diz respeito aos alunos abrangidos pelos escalões A e B do subsídio de acção social escolar (alunos mais carenciados), estes poderão usar os valores restantes para a compra de material escolar. Os alunos beneficiários deste subsídio terão também comparticipadas as suas refeições. À semelhança do ano lectivo anterior, a autarquia irá disponibilizar ainda os transportes a todos os alunos do con-celho sendo que, para tal, o Município de Redondo reforçou a rede de transportes escolares adquirindo quatro novas viaturas que permitirão o transporte das crianças em melhores condições de conforto e de segurança. A par das anteriores medidas de apoio social, a autarquia irá também garantir almoços e lanches gratuitos a todas as crianças do ensino pré-escolar, assegurando também os lanches ao 1º ciclo do ensino básico. Neste âmbito, o Município de Redondo aderiu ao novo Regime de Fruta Escolar, medida esta resultante de uma preocupação visível com os hábitos alimen-tares dos alunos. Assumindo o investimento na Educação como um objectivo estratégico de desen-volvimento local, o Município de Redondo prossegue empenhado em dar continui-dade a estas medidas nos próximos anos lectivos, de forma a que todos os alunos do concelho possam exercer o seu direito à aprendizagem em condições adequadas e de igualdade. Os Centros Escolares do concelho, actualmente em construção, são disso mesmo um bom exemplo.

Reguengos de Monsaraz

Regime de Fruta Escolar abrange 500 crianças

Redondo reforça aposta na educação

Redação

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Sociedade

EDITAL

LUÍS MANUEL CAPOULAS SANTOS, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ÉVORA:

Faz saber, nos termos do n.º 1 do art.º 49 da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, que convoca uma reunião ordinária da Assembleia Municipal de Évora para o dia 24 de Setembro de 2010, às 21,00 horas, a levar a efeito no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com a seguinte

ORDEM DO DIA:

1. Informação do Presidente da CME acerca da actividade do Município, bem como da situação financeira do mesmo;

2. Deliberação sobre a proposta da CME visando a contracção de um emprés-timo de longo prazo;

3. Deliberação acerca da proposta da CME destinada a requer a declaração de utilidade pública, bem como o carácter de urgência, da expropriação dos prédios necessários à construção da Via de Cintura – Ramo Nascente;

4. Deliberação sobre a proposta da CME visando a abertura de um concurso público para a concessão do Bar/Cafetaria do Aeródromo de Évora;

5. Deliberação sobre o Projecto de Regulamento de Campos de Férias, pro-posto pela CME;

6. Deliberação sobre os Estatutos destinados à transformação da Sociedade Anónima Mercado Municipal de Évora, S. A., em Empresa Municipal, pro-postos pela CME;

7. Informação sobre a Auditoria ao Controlo Financeiro do Município de Évora, referente ao período 2005/2007;

8. Informação acerca do parecer do Conselho Municipal de Educação de Évora, de 30.06.2010;

9. Tomada de conhecimento do protocolo de delegação de competências nas Juntas de Freguesia do concelho;

10. Informação acerca do concurso público destinado à aquisição de serviços para elaboração de projectos do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo;

11. Tomada de conhecimento sobre participação da CME no Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo.

Évora, 14 de Setembro de 2010

O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Luís Manuel Capoulas Santos

Site: www.evora.net/ameE-mail: [email protected]

No âmbito das Comemorações do Dia Mundial do Turismo e das Jornadas Euro-peias do Património, a Câmara Municipal de Évora lança dois novos produtos - Rota das Igrejas de Évora e Roteiro Medieval – como forma de promoção cultural e turís-tica do Centro Histórico. Resultante da organização conjunta do Gabinete de Arquitectura e Património da Arquidiocese de Évora, da Comissão Diocesana dos Bens Culturais e da Câ-mara Municipal de Évora, a Rota das Igrejas de Évora procura dar resposta à necessidade efectiva de valorização do vasto património religioso situado no Centro Histórico, regra geral inacessível ao público por circunstâncias diversas.Desta rota fazem parte oito espaços re-ligiosos, entre ermidas e igrejas paro-quiais e conventuais – Santiago, Santa Marta, S. José (Convento Novo), N. Sra. Do Ó, S. Mamede, Espírito Santo, N. Sra. da Cabeça e Senhor Jesus da Pobreza – sendo objectivo geral a promoção do património arquitectónico e artístico que nelas se conserva, muito dele de elevado valor histórico.Para além da abertura ao público des-tes oito espaços religiosos, a Rota das Igrejas d’Évora pretende, ainda, criar um programa de visitas temáticas mensais conduzida por um especialista convidado, tendo por base um ou mais espaços religiosos que compõem este percurso.

Roteiro Évora Medieval

Produzido pelo Posto de Turismo Mu-nicipal e apoiado financeiramente por

iniciativa privada, este roteiro tem como objectivo a diversificação e a qua-lificação da oferta turística da cidade em torno do seu riquíssimo património medieval.O turista e o visitante passam a ter disponível gratuitamente um novo produto de promoção turística do Cen-tro Histórico, vocacionado para uma «leitura» da paisagem urbana nos seus aspectos patrimoniais, históricos e ar-tísticos, sem esquecer a oferta instalada ao nível da restauração, artesanato e co-mércio de produtos locais.Este roteiro, ao propor um percurso pelo tecido urbano menos conhecido numa distância próxima de três quilómetros (3 km) e com a duração mínima esti-mada em 02h30, tem ainda por objectivo prolongar a estadia de turistas e visitan-tes, potenciando, deste modo, o comércio local, a hotelaria e a restauração. w

Comemorações do Dia Mundial do Turismo

Évora com novos produtos turísticos

Redação

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Sexta-feira, 24iniciativa «Praça Florida»Decoração com vasos de flores da Praça de giraldo e da Rua João de Deus (até 7 de Novembro).

10h30, Hello Évora, apresentação pública do primeiro bilhete único para espaços museológicos de Évora.Local: Posto de Turismo MunicipalPromotor: Eventos Pinto & Associados e Dynmed

Sábado, 25:09h45, Rota das igrejas de Évora, apresentação pública seguida de visita guiada Concentração: Praça Joaquim António d’Aguiar (Jardim das Canas)inscrições: Posto de Turismo e gAPAEiniciativa integrada nas Jornadas Europeias do Património

15h30, Évora Tour Medieval, apresentação pública seguida de visita guiada. Concentração: Posto de Turismo Municipal.

Segunda-feira, 27:Durante o dia: entrega de flores aos turistas e mensagens alusivas às comemora-ções.

Évora

Programa do Dia Mundial do Turismo

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10 23 Setembro ‘10

Sociedade

O vinho, importante elemento da identidade do Alentejo e presente nas mais variadas práticas cul-turais da região, é retratado pelo antropólogo Francisco Martins Ramos no seu novo livro, a lançar quinta feira, em Évora.

“O vinho não é determinante da identidade alentejana, mas é um segmento muito importan-te” da mesma, pois, “é uma bebi-da ritual em toda a prática cul-tural do Alentejo”, frisou hoje o autor à Agência Lusa.Segundo Francisco Martins Ra-mos, professor emérito da Uni-versidade de Évora, catedrático de Antropologia, o vinho “co-meçou a ter uma importância muito grande” no Alentejo “a partir dos anos 70 e até 80”.“E há aspetos culturais muito singulares e interessantes liga-dos à sua produção, divulgação e consumo e à prática gastro-nómica”, disse, explicando que foi essa riqueza cultural que o motivou a reunir em livro tex-tos da sua autoria, uns antigos e outros recentes, sobre o tema.

A obra “Vinho do Alentejo – Te-mas Culturais”, das Edições Co-libri com 70 páginas, é lançada quinta feira, às 17:30, no Fórum Eugénio de Almeida.O prefácio é assinado por Car-los Braumann, reitor da Uni-versidade de Évora, que refere tratar-se de “um livro de retra-tos” da “realidade alentejana”, a “pretexto da sua relação com o vinho”.Autor de vários livros publica-dos, de entre os quais o célebre “Tratado das Alcunhas Alen-tejanas”, Francisco Martins Ramos precisou à Lusa que “a antologia de textos” incluída na sua nova obra não tem a preten-são de abordar aspetos técnicos do mundo vinícola.É sim uma seleção que traduz o seu “olhar interessado sobre estas questões socioculturais” associadas aos vinhos do Alen-tejo, os quais, como realça no livro, “têm vindo a impor-se no mercado nacional e além fron-teiras”.“Trata-se de pequenas aborda-gens, iniciadas no ano remoto de 1977, e que foram tomando

forma e coerência ao longo do tempo e acompanharam o meu percurso académico na área da Antropologia”, escreve Francis-co Martins Ramos.Ao folhear as páginas, num texto escrito pelo autor quando ainda era aluno universitário e “aprendiz de etnógrafo”, o leitor pode “descobrir” as “Tabernas do Redondo”, locais de socialização que, como noutros concelhos da região, estão hoje praticamente extintos.Uma comunicação no I Simpó-

sio de Vitivinicultura do Alen-tejo, em 1988, sobre aspetos simbólicos, sociais ou culturais ligados ao ato de beber vinho no mundo rural, também não foi esquecida.Tendo impulsionado a criação da licenciatura, do mestrado e do doutoramento em Turismo na Universidade de Évora, o escritor centra ainda atenções no “segmento emergente” do enoturismo, “que alia o vinho com a oferta turística” da re-gião. As alcunhas, já alvo de pesquisa no “Tratado das Alcunhas Alen-tejanas” e num livro anterior, voltam a ter lugar nesta nova obra. O autor identifica várias alcunhas vinícolas e as “estórias pitorescas” que as originaram.E, num Alentejo de marcadas tradições gastronómicas, não podia faltar um texto dedicado à açorda, “o pão-nosso de cada dia” na região, escreve Francisco Martins Ramos, que se confes-sa à Lusa apreciador de vinho branco e sublinha: “Uma açorda sem um bom copo de vinho fica órfã”. w

Novo livro do antropólogo Francisco Ramos

A Importância cultural e social do vinho no Alentejo

Na continuação da visita a todos os concelhos do distrito, Capou-las Santos vai estar no próximo sábado dia 25, pelas 15.30 horas, na sede do PS/Estremoz, para apre-sentar o seu Programa de Candi-datura à Presidência da Federação Distrital de Évora do Partido Socialista.

O Bloco de Esquerda informa, via comunicado de imprensa as-sinado pelo seu coordenador no distrito de Évora, Luís Mariano, que está a proceder “à recolha de assinaturas para a legaliza-ção da candidatura de Manuel Alegre”. Neste sentido - esclarece o dirigente bloquista - “agradeço a todos e a todas que queiram subscrever a candidatura para me contactarem a fim de agendar um encontro. Todas as vontades são bem vindas”. Ficam os contactos: Bloco de Esquerda/Évora - 925 417 133 - http://evora.bloco.org/ - mail: [email protected]

Capoulas Santos em Estremoz

BE/Évora promove recolha de assinaturas para Manuel Alegre

A Vereadora da Câmara Mu-nicipal de Évora, Cláudia Sousa Pereira, acompanhada por técnic-os camarários e pelo Presidente da Junta de Freguesia dos Canaviais, Silvino Costa, visitaram recente-mente as obras de concepção/construção da Escola EB1/JI dos Canaviais, tendo ficado satisfeitos com o nível de execução destas e o ritmo a que decorrem os respec-tivos trabalhos.O fim dos trabalhos est]a previsto já para a próxima Primavera, ent-rando em funcionamento o novo estabelecimento de ensino no início do próximo ano lectivo.Esta escola ficará dotada de três salas de Jardim-de-Infância e oito salas de 1º ciclo, além de sala po-livalente para prolongamento de horário (Pré-escolar), gabinetes de educadores e de professores, salas de apoio, espaços comuns ao pré-es-colar e 1º ciclo, biblioteca, refeitório e cozinha, duas salas polivalentes e campo de jogos (1º Ciclo) e recreios coberto e descoberto.As obras de concepção e con-strução deste equipamento edu-cativo estão a cargo do consórcio Ecociaf/Certar, tendo a obra, orçada em cerca de dois milhões e meio de euros, sido candidatada a fundos comunitários e sendo a Câmara Municipal de Évora a en-tidade responsável pelo projecto.

Escola dos Canaviais a bom ritmo

Redação/Lusa

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A Câmara da Vidigueira afirma-se “surpreendida” com a notí-cia divulgada na comunicação social da apreensão de mais de 700 doses de estupefacientes nas imediações do festival da Vidigueira.

Num comunicado emitido pela autarquia o presidente Manuel Narra diz ter a Câ-mara surpreendida “não pela acção da GNR, meritória e arti-culada com o Município, mas na leviandade de tentar colar a apreensão registada ao Fes-tival Vidigueira 2010”, evento patrocinado pelo Município.

A autarquia defende-se afir-mando que no festival estive-ram presentes “várias entida-des, com iniciativas próprias, onde destacamos o Governo Civil e o Instituto Português da Juventude (IPJ), com a distribuição dos diplomas aos jovens voluntários que vi-giaram as florestas no Baixo Alentejo”. Contundente, o co-municado sublinha que a Câ-mara não “admite a ninguém que enxovalhem desta forma o NOSSO Governador Civil, nem o IPJ com esta conotação barata e de mau gosto”.A autarquia reconhece os “os problemas que o concelho

tem nesta matéria” à seme-lhança do que acontece a a nível nacional, e afirma que tal facto se deve “à pouca in-tervenção registada pelas au-toridades, sejam elas policiais ou judiciais”.“Sabe bem a GNR que sem-pre teve neste Município um parceiro que ultrapassa larga-mente as suas competências no apoio a esta força de segu-rança, para solucionar este problema, e que foi por pedido expresso do Presidente da Câ-mara que os meios de vigilân-cia e controlo foram reforça-dos, de modo a que este evento garantisse aos seus participan-

tes um grau de segurança ele-vada e que os familiares destes jovens pudessem estar tran-quilos enquanto o festival de-corria”, pode ainda ler-se neste comunicado.“Reconhecemos o direito da GNR emitir os comunicados que muito bem entender, não admitimos é que utilizem o nome dos eventos organiza-dos pela Autarquia, sabe-se lá com que fins, para noti-ciaram as actividades desen-volvidas pela Guarda Nacio-nal Republicana”, termina o texto assinado pelo pre-sidente da Câmara Manuel Narra. w

Apreensão de droga na Vidigueira

Autarquia indigna-se com as notícias que relacionam o caso com festival

Paulo Nobre

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Ciência

Com o mês de Setembro a chegar ao fim, aproxima-se também o ter-mo da sétima edição do festival de performance Escrita na Paisagem, que durante todo o Verão apresen-tou uma variada programação em vários concelhos do país, nomea-damente em Évora.

A encerrar o festival Escrita na Paisagem, Évora vai acolher esta semana um conjunto de criações de artistas nacionais e estrangei-ros. Hoje, dia 23, pelas 21h30, o português António Pedro Lopes e a norte-americana Monica Gil-lette levam à cena no Espaço A Bruxa Teatro, em Évora, a perfor-mance “Luzes Ligadas Não Quer Dizer que Estejamos em Casa”, lançando-se no desafio de rein-ventar a sua biografia através da ficção. Dinis Machado, jovem criador

portuense, apresenta no dia 27 de Setembro, pelas 21h30, no Palácio de D. Manuel, também em Évora, a peça “Parole, Parole, Parole…”, um trabalho sobre os labirintos da linguagem, os en-contros e desencontros vividos pelos interlocutores no acto de

comunicação.No dia 28, pelas 21h30, igual-mente no Espaço A Bruxa Teatro, os italianos Antonio Tagliarini e Daria Deflorian exibem a peça “REWIND: uma homenagem a Café Müller de Pina Bausch”, um trabalho situado entre a dança,

performance e teatro.Em parceria com o Centro de História de Arte da Universi-dade de Évora, nos dias 28 e 29, o festival Escrita na Paisagem organiza com a Quadrienal de Praga o simpósio internacional “Sobre Curadoria”, a ter lugar nos

auditórios da Universidade de Évora. A companhia de teatro italiana Fanny & Alexander apresenta, no dia 29 pelas 21h30, no Palácio de D. Manuel, a peça “Him”, um espectáculo cativante, no qual as relações entre o poder, a palavra e a arte são expostas numa abor-dagem que oscila entre a comici-dade e a crueza, até crueldade.Por fim, o criador português Tia-go Pereira, acompanhado pelo músico Eduardo Vinhas e pelo Colectivo SophieMarie, encerra o festival Escrita na Paisagem com o espectáculo multimédia “Equação”, a ter lugar no dia 30 de Setembro, pelas 22h00, no Largo 1º de Maio, em Évora. Em “Equação” reinventa-se o patri-mónio imaterial do Alentejo, através de uma sobreposição de pensamentos, registos, lendas e paisagens sonoras. w

Performance e artes da terra

Festival Escrita na Paisagem encerra com chave de ouro

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José Pinto de Sá

“Luzes Ligadas Não Quer Dizer que Estejamos em Casa”, performance de António Pedro Lopes e Monica gillette.

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Centrais

Ainda não está na Câmara há um ano. Mas já é possível fazer uma espécie de balanço? As coisas têm sido diferentes do que ima-ginava quando se candidatou?Temos encontrado mais difi-culdades do que aquelas que estávamos à espera. Em termos genéricos podemos dizer que o funcionamento global da Câma-ra e a sua capacidade de resposta estava – e está – abaixo daquilo que nós estávamos à espera, so-bretudo no seu funcionamento interno, o que tem sempre reper-cussões externas, uma vez que os serviços não respondem como deveriam junto dos munícipes e da sua qualidade de vida. En-contrámos, como digo, algumas insuficiências, mas o momento de crise, como todos sabemos, também dificulta também os ac-tos de gestão. A Câmara de Viana, apesar de ainda ter uma capaci-dade de endividamento exce-lente, devido às regras do PEC não pode ir à Banca financiar-se livremente. Só quando estão em causa obras do QREN. É o caso do Pavilhão que pretendíamos construir em Aguiar. Há um ano eu podia ir à Banca para pedir fi-nanciamento para a obra, neste momento não estamos autoriza-dos. E têm obras em marcha no âmbi-to do QREN?Temos o Centro Escolar, que ´é o mais importante, e um outro de Regeneração Urbana, aqui em Viana. Estamos também em fase de conclusão outros dois projec-tos: a requalificação do Centro Histórico de Viana, com a substi-tuição também das canalizações, que estão todas podres, e um ou-tro para a requalificação de uma zona urbana de Alcáçovas.

Qual é o principal problema que sente hoje no concelho? É o de-

semprego?É, de facto, o desemprego, que acompanha a tendência normal aqui no Alentejo, Essa taxa des-ce em pequenos períodos, por exemplo durante as vindimas, aliviando a pressão sobre as fa-mílias. Mas, sobretudo, as mu-lheres, fora desses períodos, não encontram resposta. Nós temos um tecido empresarial muito frágil. E em termos de saída e de pro-jectos: como é que a Câmara vê o desenvolvimento de Viana?Passará por um bocadinho de tudo: turismo, artesanato, produ-tos locais. Temos que tentar con-jugar todas essas coisas, ainda que pequenas. Pequenos projec-tos mesmo. Temos que aprovei-tar tudo e tentar também apro-veitar a proximidade com Évora e com a zona de Alqueva, de ma-neira a podermos criar alternati-vas. Eu costumo dizer que a nos-sa localização geográfica, mesmo no Alentejo, não é a melhor, mas temos que viver com ela. Mas vai ser difícil juntar todas es-sas pontas…Sim, e também porque em várias áreas determinantes não esta-va nada feito e agora é preciso partir do zero. Dou-lhe um as-pecto importante: grande parte das Câmaras têm um Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico, que é fundamental no apoio aos empresários e aos investidores, mesmo em termos burocráticos e de financiamen-to. A Câmara de Viana não tinha ninguém nessa área e essa é uma falha que estamos a tentar resol-ver. Aliás já abrimos um concur-so de admissão para uma pessoa dessa área. E essas coisas levam tempo. Muito mais do que nós gostaríamos, mas é assim. w

“Há que aproveitar tudo para desenvolver o concelho”

“Há que aproveitar tudo para desenvolver o concelho”

Esta é a primeira vez que se re-aliza a Feira d’Aires, desde que foi eleito. Que novidades é que a Feira vai ter este ano?Em termos gerais a Feira vai ter um formato idêntico ao que ti-nha anteriormente, apenas com algumas pequenas alterações, pequenas “nuances” e que são as novidades que temos. Temos al-gumas alterações na distribuição dos stands dos expositores, temos novos expositores que vêm à fei-ra pela primeira vez, alguns de-les institucionais e temos, como principal novidade, a presença na feira, a tempo inteiro, de dois artesãos do concelho a trabalha-rem nas respectivas artes: um oleiro de Viana do Alentejo e um chocalheiro de Alcáçovas. Esta Feira mantém uma grande parte de feira tradicional, em-bora me pareça que tem vindo a diminuir, e uma parte expositiva, mais moderna.A Feira d’Aires é o maior even-to do concelho de Viana. Temos também a Romaria, em Abril, temos também a Mostra de Do-çaria, em Dezembro, em Alcáço-vas, mas a Feira continua a ser a grande montra do concelho. E é isso que nós pretendemos. E eu penso que o sucesso da Feira tem a ver com essa diversidade de as-pectos. De um lado, o tradicional marcado pela Feira Franca, que é a parte das quinquilharias, dos

brinquedos, das roupas, dos ces-tos, etc,. Do outro lado, temo a parte religiosa que constitui um forte pilar destas festas, associa-da ao Santuário e à fé e há mui-tas pessoas que se não fosse essa parte religiosa nem sequer vi-nham à feira. Depois temos essa componente expositiva, mais recente, que na nossa opinião é a mais difícil, mas que queremos desenvolver e que requer mais algum investimento que, no

fundo, é a parte das actividades económicas.Mas esse sector também tem crescido.Sim. Este ano as tendas estão completamente lotadas, ficámos com algumas pessoas e entida-des em lista de espera. Quisémos dar prioridade aos agentes do concelho, que este ano represen-tam cerca de um terço do total de expositores. De futuro, quere-mos que este número aumente

Begalinha Pinto, presidente da Câmara de Viana do Alentejo

A Feira d’Aires é o grande cartão de visita do concelho

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Carlos Júlio

C.J.

A Romaria a Cavalo Moita – Viana do Alentejo tem como objectivo a recu-peração de uma tradição abandona-da há cerca de 70 anos, quando os lavradores e agricultores se desloca-vam com os seus animais ao Santu-ário de N. Sra. d’Aires para pedir pro-tecção para o gado e boas colheitas.

A Romaria a realiza-se, no quarto fim-de-semana de Abril, entre a Igreja de Nossa Senho-ra da Boa Viagem, na Moita do Ribatejo, e o Santuário de Nos-

sa Senhora d’Aires, em Viana do Alentejo. A romaria é reali-zada pela antiga canada real, conhecida, igualmente, pela estrada dos espanhóis e que perfaz um total de 120 km. Esta romaria tem um carácter reli-gioso associado, sendo a Vir-gem transportada na romaria e é actualmente dinamizada por uma Comissão Organizadora composta pela Associação dos Romeiros da Tradição Moiten-se, pela Associação Equestre de

Viana do Alentejo e pelas Câ-maras Municipais da Moita e de Viana do Alentejo.A romaria retoma uma tradição comum aos dois concelhos que data do século passado e que consistia na deslocação de la-vradores do Município da Moi-ta ao Santuário de Nossa Sr.ª D’Aires, em Setembro, fazendo o percurso pela antiga Canada Real, através de quintas e ca-minhos de terra batida, para que os seus animais fossem

Abril é tempo de romaria a cavalo

Uma tradição que liga Moita a Viana do Alentejo

Luís

Pard

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Na área envolvente do Santuário de Nª Sra. d’Aires encontraram-se vestígios da civilização romana, falando-se de uma povoação de nome «Arês» ou «Ares». Antigamente, quando se fazia referência à Santa, escrevia-se Ares («ares de Santíssima Ma-ria», etimologicamente) em vez de Aires. O nome atribuído à Santa pode ser consequência da locali-zação do Santuário no local dessa possível povoa-ção antiga designada «Arês».

Existem duas lendas contadas pelo povo. Uma que relata que naquela herdade, cha-mada dos Vaqueiros, morava um lavrador rico, supõe-se que Martim Vaqueiro, que possuía uma manada de bois. Na herdade existia um curral onde todas as noites os bois eram recolhidos. A certa altura os em-pregados do lavrador repararam que du-rante a noite os bois saiam do curral para irem pastar, mas que no outro dia de manhã estavam todos lá dentro, com a porta fecha-da. Foram então contar o mistério ao patrão que se dispôs a ir dormir uma noite à porta do curral. Nessa noite apareceu-lhe em so-nhos Nª Senhora, que lhe disse que era Ela que abria a porta aos bois e que era de Sua vontade que fizessem naquele local uma casa de Deus e que para isso Ela própria o ajudaria. O lavrador tratou logo de juntar os materiais necessários para dar início à igreja e como era preciso muito dinheiro vendeu alguns dos seus bois. Porém, quando os vol-tou a contar, após a venda, tinha na mana-da a mesma conta, tendo sido um milagre de Nª Senhora.O aparecimento da imagem da Senhora d’Aires também tem uma lenda, e encontra-se expressa numa inscrição na portada do Santuário. É um verso em latim, que rela-ta que após a expulsão dos mouros destas terras, um lavrador arava o campo quando encontrou dentro de um pote de barro a imagem que se vê no altar. Sobre esta lenda,

diz-se que a imagem foi descoberta por Mar-tim Vaqueiro quando este lavrava o campo. Em 1748, existindo em Évora uma enorme epidemia de peste, os comerciantes dessa ci-dade prometeram à Virgem Srª d’Aires uma festividade se a peste desaparecesse. Como tal se verificou, os comerciantes realizaram festas durante três dias em honra da Santa. No ano seguinte as festas foram ainda maio-res, com afluência de devotos não só de Évo-ra mas também das populações vizinhas. Já nesse ano se montaram em redor da igreja muitas barracas de géneros alimentícios e de olaria. As festividades tiveram grande incremento e as barracas de mercadores co-meçaram a ser tantas, que o Senado Vianen-se obteve o alvará em 1751, que declarava que o mercado realizado junto à igreja fosse considerado feira franca. Esta realiza-se des-de então todos os anos no quarto domingo de Setembro. A fé popular é comprovada através da Casa dos Milagres, cujas paredes estão totalmen-te revestidas de ex-votos, constituindo um dos mais curiosos “museus” de arte popu-lar do país, onde as pessoas colocam o pa-gamento das suas promessas à Protectora. Destacam-se os ex-votos mais antigos, que são criações populares pintadas sobre tábua, tela e chapa cúprica, datando o mais antigo de 1735. Actualmente os ex-votos assumem a for-ma de fotografias, figuras de cera, bordados, painéis de azulejo, vestidos e bouquets de noivas, etc.. Todos os crentes da Santa, espa-lhados pelo país inteiro, que se deslocam a Viana do Alentejo essencialmente na altura da feira, depositam aqui os pagamentos das promessas e agradecimentos a Nª Senhora d’Aires. w

Sofia Quintas in http://www.pontosdevista.net/expoi.php?id=108

Nossa Senhora d’Aires: – a Lenda e a Feira

fundo, é a parte das actividades económicas.Mas esse sector também tem crescido.Sim. Este ano as tendas estão completamente lotadas, ficámos com algumas pessoas e entida-des em lista de espera. Quisémos dar prioridade aos agentes do concelho, que este ano represen-tam cerca de um terço do total de expositores. De futuro, quere-mos que este número aumente

e que no espaço de dois ou três anos esse número aumente, por exemplo, para metade. E só va-mos conseguir fazê-lo, se conse-guirmos sensibilizar os empre-sários do concelho e motivá-los para que vejam que é positivo estarem e mostrarem-se durante a Feira. O Santuário é o edifício mais im-portante do concelho e o princi-pal motivo de visita de forastei-

ros, não é?Sim, é claro. Neste particular também há coisas a fazer, mas isso não está só dependente da Câmara, mas também da Igreja, nomeadamente o tentarmos di-namizar a área circundante ao Santuário. Há alguma requali-ficação a fazer daquele espaço. Às vezes estamos lá ao fim-de-semana e chega um autocarro com turistas e limitam-se apenas a visitar o santuário. Nós lançá-mos um desafio ao senhor Padre para criamos, em instalações que já lá existem, num bar-restauran-te, com um pequeno ponto de venda de lembranças alusivas ao Santuário e dirigidas a esses visitantes. A Romaria de Abril, intimamente ligada aqui ao Santuário, é tam-bém um momento importante de promoção e de visibilidade do concelho.Sim. E também pensamos actuar nessa área agregando à Romaria, que parte da Moita e chega aqui a Viana, retomando uma tradi-ção antiga, mais alguma coisa. È um momento em que vêm aqui muito visitantes e temos a ideia de agregar à Romaria ou-tras iniciativas, naturalmente no espaço junto ao Santuário, que diversifique a oferta, apos-tando sobretudo nos produtos locais, da gastronomia ao arte-sanato. w

A Feira d’Aires é o grande cartão de visita do concelho

Viana do Alentejo e pelas Câ-maras Municipais da Moita e de Viana do Alentejo.A romaria retoma uma tradição comum aos dois concelhos que data do século passado e que consistia na deslocação de la-vradores do Município da Moi-ta ao Santuário de Nossa Sr.ª D’Aires, em Setembro, fazendo o percurso pela antiga Canada Real, através de quintas e ca-minhos de terra batida, para que os seus animais fossem

benzidos durante a procissão em honra de Nossa Sr.ª D’Aires, padroeira dos animais, e para pedir ainda boas colheitas. Actualmente, a procissão em honra de Nossa Sr.ª d’Aires ocorre no último fim-de-sema-

na do mês de Abril e atrai mi-lhares de pessoas a Viana do Alentejo, sendo a Romaria a Cavalo Moita – Viana do Alen-tejo um dos momentos altos desta festividade. w

Uma tradição que liga Moita a Viana do Alentejo

C.J.C.J.

Luís Pardal

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Freguesia

No âmbito de um acordo estabelecido com a DECO, o REGISTO vai passar a publicar quinzenalmente informações sobre Defesa do Consumidor, colocando assim ao serviço dos leitores o valioso acervo informativo da associação.

O REGISTO celebrou terça-feira um protocolo com a Delegação de Évora da Associação Portuguesa para a De-fesa do Consumidor (DECO), ao abrigo do qual esta entidade se compromete a fornecer ao jornal conteúdos técni-cos de carácter informativo sobre De-fesa do Consumidor, bem como a pres-tar outras informações relevantes tais como divulgação de actividades por si promovidas.Pela sua parte, o REGISTO obriga-se a pu-blicar a informação enviada sob respon-sabilidade técnica exclusiva da DECO.O protocolo foi celebrado pelo prazo de um ano e assinado por Ana Be-

atriz Cardoso e Henrique Sim-Sim, respectivamente presidente e vice-presidente da DECO, e por Nuno Pitti

e Joaquim Simões, sócios-gerentes da empresa Nothing Else, proprietária do REGISTO. w

Protocolo com a DECO

REGISTO publica informação sobre defesa do consumidor

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A Liga dos Amigos do Castelo de Évora Monte (LACE), no concelho alentejano de Estremoz, foi eleita por unanimidade para presidir à direção da Rede Europeia de Sítios da Paz, foi hoje anunciado.A eleição decorreu na primeira assembleia geral daquela as-sociação europeia, realizada na cidade alemã de Wermsdorf, na região da Saxónia.Representada pelo seu presidente, Edu-ardo Basso, a LACE fica a presidir aos destinos da Associação Rede Europeia de Sítios da Paz durante os próximos quatro anos.Além da eleição dos corpos gerentes, a primeira assembleia geral da Rede Eu-ropeia de Sítios da Paz discutiu outros assuntos de interesse para a associação, tendo sido decidido apresentar uma candidatura ao Programa Cultura, da União Europeia, no sentido de obter financiamento para o seu plano de atividades.A organização reúne 12 entidades de sete países europeus e foi constituída em associação a 28 de maio deste ano.A Rede Europeia de Sítios da Paz pretende congregar as cidades e sítios da Europa onde foram assinados relevantes tratados de Paz e as orga-nizações europeias que inscrevam como sua atividade prioritária a defesa da Paz, contribuindo também, desse modo, para desenvolver o turismo cultural.Em maio deste ano, durante o ter-ceiro encontro da rede, que decorreu na histórica vila de Evoramonte, no concelho de Estremoz, foi inaugurada naquela localidade a sede da estrutura, que passou a constituir uma associação internacional, tendo decorrido tam-bém a escritura pública da constituição da associação internacional, que sus-tenta o funcionamento da rede.Em Evoramonte, foi assinada em 26 de maio de 1834 a Convenção de Evora-monte, que pôs termo à guerra civil de 1832-1834, travada entre absolutistas e liberais.

LACE preside à Rede Europeia de Sítios da Paz

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José Pinto de Sá

A administração do REgiSTO assinou terça-feira o protocolo com a DECO.

Luís Pardal

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Sociedade

Os bancos forrados a cortiça dão o ‘toque’ alentejano. Tudo o resto é tecnologia. Futurista. Uma mis-tura de carro e scooter projectado e construído por um engenheiro eborense com a ajuda de alunos da Universidade de Évora.

O engenheiro mecânico Ricar-do Melro fez o projecto e com a ajuda de alunos da Universida-de de Évora construiu um veí-culo elétrico citadino, que mis-tura carro e scooter. Os assentos em cortiça serviram para evocar a tradição alentejana, mas em tudo o resto este veículo tem traços futuristas como que saído de um filme de ficção assinado por Ridley Scott.“É um conceito novo, que parte do princípio de que um utiliza-dor, no trânsito, precisa de algo parecido com uma mota. Terá que ser um veículo estreito, mas, se tiver que conduzir um passageiro atrás, convém que este esteja confortável”, explica este o engenheiro mecânico à agência Lusa.O veículo, com duas rodas à frente e uma atrás, local onde está alojado um motor elétrico com uma autonomia estimada de 100 quilómetros, é um dos projetos que a Universidade de Évora leva à feira Portugal Tec-nológico, que desde ontem e até domingo decorre na FIL, em Lisboa.Licenciado pelo Instituto Su-perior Técnico (IST) e com mes-trado em Gestão pela Universi-dade de Évora, Ricardo Melro concebeu este protótipo para um concurso de ideias organi-zado pela universidade alente-jana.Mesmo sem ganhar, o enge-nheiro mecânico, que tem

formação na emblemática em-presa automóvel italiana Pi-ninfarina e foi responsável pelo projeto do carro super desporti-vo português, VINCI GT, deitou mãos à obra e construiu a viatura.“Lembrei-me de tirar o projeto da gaveta e convidar alguns alunos do curso de Mecatrónica da universidade para partici-par”. Depois de “muitas horas” não contabilizadas nasceu este protótipo de veículo elétrico.O trabalho decorreu numa ofi-cina nas traseiras da sua casa em Évora, onde está sediada a empresa que criou, chamada Merula: “Dobrar tubos, soldar chapa, pintar, arranjar os ban-cos e montar os motores, foi tudo feito aqui, desde o final de fevereiro”.A pensar em eventuais negó-

cios, o grupo responsável pelo protótipo fez testes nos últimos dias para garantir que o veículo funcione “nos mínimos aceitá-veis” durante a mostra na FIL.“Já existem alguns contactos feitos”, afirma Ricardo Melro que agora tenciona “ver se há investidores interessados” em apostar no seu conceito que apesar de “inovador” tem ainda de ser “mais leve, seguro e fácil de manusear”.Com carroçaria em chapa preta, a viatura elétrica, possui cober-tura e bagageira, pode ser carre-gada “em qualquer tomada” e atinge uma “velocidade máxi-ma estimada de 70 quilómetros hora”.À frente senta-se o condutor, en-quanto atrás há lugar para um passageiro, ambos “protegidos

por cintos de segurança”, numa viatura que Ricardo visualiza como um possível “táxi execu-tivo”. “O táxi prende no trânsi-to, mas este tipo de veículo não tem esse problema”, realçando que como não se trata de uma mota, não é preciso capacete. “O executivo chega ali, mete o cin-to, coloca o casaco e a bagagem na bagageira e vai tranquilo e confortável”.“E com este tipo de veículos, além de fazerem muito pou-co ou quase nenhum barulho, também não temos a questão da poluição”, acrescenta, con-victo de que estas viaturas são o futuro nas cidades, uma vez que “uma pessoa, quando está no meio do trânsito, precisa de se deslocar rapidamente e um Ferrari não lhe vale de nada”. w

Está em exposição na FIL de Lisboa até domingo

Protótipo de veículo elétrico citadino “nasce” em Évora

Redação/Lusa

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No próximo dia 2 de Outubro vão ter lugar as Jornadas Au-tárquicas da CDU do concelho de Évora. O encontro realiza-se às 16 horas no Pavilhão da Associação de Moradores do Bacelo. Em nota de imprensa, a Comissão Coordenadora Concel-hia da CDU refere que a coliga-ção “aumentou a votação nas últimas eleições autárquicas de 2009, tem mais Juntas de Freg-uesia, e quase alcançou o seu objectivo de ganhar a Câmara Municipal, meta que mantém para 2013. Decorrido quase um ano de exercício deste mandato é importante fazer um balanço do trabalho realizado pela CDU, analisar o estado do concelho resultante da actual gestão da Câmara Municipal e definir as acções para o futuro que refor-cem a CDU no concelho”

No próximo dia 2 de Outubro vão ter lugar as Jornadas Au-tárquicas da CDU do concelho de Évora. O encontro realiza-se às 16 horas no Pavilhão da Associação de Moradores do Bacelo. Em nota de imprensa, a Comissão Coordenadora Concel-hia da CDU refere que a coliga-ção “aumentou a votação nas últimas eleições autárquicas de 2009, tem mais Juntas de Freg-uesia, e quase alcançou o seu objectivo de ganhar a Câmara Municipal, meta que mantém para 2013. Decorrido quase um ano de exercício deste mandato é importante fazer um balanço do trabalho realizado pela CDU, analisar o estado do concelho resultante da actual gestão da Câmara Municipal e definir as acções para o futuro que refor-cem a CDU no concelho”

Évora:Encontro da CDU

Comércio Local vai “Conhecer para Promover”

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Ciência

Laureano Carreira, professor de Música na Universidade de Évora, está a escrever uma ópera sobre Catarina Eufémia, para ser apre-sentada no próximo mês de Julho numa pedreira de mármore do concelho de Vila Viçosa.

Em entrevista à TSF, Laureano Carreira disse que o libretto é uma homenagem ao povo do Alentejo ao qual chamou Ai, Baleizão, Baleizão. Nessa terra houve, nos anos 50, a tragédia da Catarina Eufémia, mas ob-viamente Catarina mais não é que um pretexto para falar da luta épica do povo do Alentejo nos anos 50 pela sua sobrevi-vência».A ideia de transformar uma pe-dreira de mármore, temporaria-mente inactiva, num auditório onde se possa realizar um espec-táculo deste tipo um projecto único na Europa partiu da Câ-mara de Vila Viçosa.A pedreira, situada na estrada que liga Vila Viçosa a Bencatel, vai ser adaptada para acolher, anualmente, no verão, um fes-tival lírico singular, num espaço único que alia beleza natural, condições acústicas excecionais e um repertório de ópera.Os promotores do projeto consi-deram que o espaço e o auditó-rio ao ar livre podem ainda ser utilizados para outro tipo de es-petáculos e iniciativas.O festival lírico, com repertório de ópera, segundo a autarquia, vem dar corpo a um projeto que figurará como um dos poucos no mundo, e, sem dúvida, como único em Portugal.

Auditório de mármore

O projeto é considerado “mar-cante para a cultura nacional e internacional” e vai avançar numa aposta da autarquia na transformação e adaptação de uma pedreira, situada a escassos

quilómetros do centro histórico da vila, numa “verdadeira sala de espetáculos ao ar livre”.Os promotores do projeto consi-deram que o espaço e o auditó-rio ao ar livre podem ainda ser utilizados para outro tipo de es-petáculos e iniciativas. A pedreira, situada na estrada que liga Vila Viçosa a Bencatel, vai ser adaptada para acolher, anualmente, no verão, “um fes-tival lírico singular, num espaço único que alia beleza natural, condições acústicas excecionais e um repertório de ópera”.De acordo com a Câmara de Vila Viçosa, o festival lírico, com re-pertório de ópera “vem dar cor-po a um projeto que figurará como um dos poucos no mun-do, e, sem dúvida, como único em Portugal”.Em declarações à agência Lusa, o presidente do município de Vila Viçosa, Luís Caldeirinha Roma, afirma que a autarquia está a trabalhar no desenvol-vimento do projeto para que o primeiro festival de ópera, com-posto por vários espetáculos, seja realizado em julho de 2011. “Este vai ser um festival único, algo completamente diferente do que estamos habituados a assistir no nosso país”.“Um projeto marcado por uma

transversalidade singular que abarca áreas como a cultura, indústria, gastronomia e comér-cio, numa terra com um valio-síssimo potencial turístico”, su-blinha ainda o autarca.Para a Solubema, empresa pro-prietária da pedreira, esta é uma boa ideia para o aproveitamen-to do jazigo enquanto este se encontra inativa. Óscar Frazão, administrador da Solubema, diz tratar-se de “uma ideia positiva, que foi acarinhada pela empre-sa desde o primeiro momento”. “Esta ideia corresponde um pouco à pretensão da empresa, que já tencionava disponibili-zar uma pedreira para este tipo de iniciativas, no sentido de alterar a imagem das pedreiras inativas”.Segundo o administrador da empresa, vai ser assinado um protocolo para utilização tem-porária da pedreira, talvez por cinco anos, para espetáculos de ópera ou outras atividades cul-turais. “A empresa vai colaborar na iniciativa, disponibilizando, sem custos, maquinaria pesada e engenharia, e para a primeira iniciativa, o festival de ópera em 2011, há alguns trabalhos que vão ser feitos pela Solube-ma”.

Palco a 50 metros de profundidade

O estudo prévio, foi coordenado pelos arquitetos Pedro Gameiro e Marta Sequeira e define vá-rias áreas, nomeadamente uma zona de receção, um espaço co-mercial para exposição de pro-dutos locais e um ponto estra-tégico que direciona o olhar dos visitantes para a Serra d´Ossa.As pessoas descem depois cerca de 25 metros, o equivalente a um prédio de sete andares, para uma área onde vai ficar instalado um bar esplanada, junto a um lago.Por fim, surge outra zona de des-cida, mais 25 metros, que permi-tirá o acesso à cota mais baixa, onde será instalado o palco, a plateia e todos os serviços de apoio ao espetáculo.Partiu do professor Laureano Carreira, encenador e libretista, a ideia de utilizar uma estrutura industrial deste tipo como local privilegiado para acolher um festival lírico.Além do município de Vila Vi-çosa e da empresa Solubema-Sociedade Luso-Belga de Már-mores, participa no projeto o Departamento de Arquitetura da Universidade de Évora, diri-gido pelo arquiteto João Carri-lho da Graça. w

Para ser apresentada numa pedreira em Vila Viçosa

Professor da Universidade de Évora escreveópera de homenagem ao povo alentejano

Redação

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O novo sistema de compar-ticipação do Estado no preço dos medicamentos entra em vigor a 01 de outubro, de acordo com a portaria hoje publicada em Diário da República.A portaria do decreto-lei 48-A/2010, de 13 de Maio, vem agora definir os grupos e subgrupos farmacoterapêuticos compar-ticipáveis de acordo com os escalões de comparticipação nele previstos.No diploma, o Ministério da saúde defende que “o nível de compar-ticipação não deve incorporar qualquer estímulo económico à sobreutilização de determinados medicamentos”. Assim, os grupos e subgrupos farmacoterapêuticos são distribuí-dos pelos vários escalões “con-soante a graduação da compar-ticipação do Estado no preço dos medicamentos, tendo em consid-eração as indicações terapêuticas do medicamento, a sua utilização, bem como as entidades que o pre-screvem ou fornecem e as neces-sidades terapêuticas acrescidas de decorrentes certas patologias”.O diploma vem definir quais os medicamentos que passam a ter uma comparticipação estatal no escalão C e quais os que deixam de ser comparticipados. Da longa lista, as hormonas do crescimento surgem como os únicos fármacos que passam a ter comparticipação nula.Na semana passada, a Ministra da saúde anunciou mudanças nas regras de comparticipação estatal aprovadas em Conselho de Ministros.As alterações vão provocar um aumento do preço de alguns fármacos, apesar de o Governo ter avançado também com uma descida administrativa de seis por cento do preço de todos os medica-mentos, que entra em vigor já a 1 de outubro.

Novo sistema de com-participação

Medicamentos

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Artes

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Mostrar um Alentejo de quali-dade e aberto à inovação, é o que pretende a Comissão de Co-ordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo com a sua participação na edição 2010 da mostra “Portugal Tecnológico”, que começou ontem na Feira In-ternacional de Lisboa, no Parque das Nações.

O objectivo da participação da CCDRA nesta iniciativa é pro-mover as empresas e institui-ções, com projectos inovadores, que contribuam para fortalecer a capacidade competitiva da re-gião e reforçar o seu capital de atracção. No stand da Região Alentejo estarão expostos produtos e pro-jectos de cariz inovador e tecno-lógico desenvolvidos dentro da área geográfica definida pela NUT II Alentejo e que projec-tam a dinâmica económica da

Região Alentejo, à escala nacio-nal e internacional. Para além do stand de caracte-rísticas inovadoras, o Alentejo vai mostrar toda a sua dinâmi-ca através de um ciclo de con-ferências sobre temas como a intitulada “Inovação e Tecno-logia Sustentável, uma Aposta da Região Alentejo” e que de-correu ontem à tarde, moderada por João Cordovil, Presidente da CCDRA, com intervenções de Paulo Brito do Centro Interdis-ciplinar de Investigação e Ino-vação do Instituto Politécnico de Portalegre, Roberto Sousa do

Sines Tecnopolo e José Luís Coe-lho da Arquiled, esta sessão será encerrada por Carlos Zorrinho, Secretário de Estado da Energia e da Inovação.Hoje, quinta-feira, 23 de Setem-bro, o “Dia da Energia”, vai ser assinalado com uma conferên-cia pelas 18.30 horas sobre “O sector das Energias Renováveis na Estratégia de Desenvolvi-mento Sustentável da Região Alentejo” e que será moderado por Tiago Gaio da Agência Re-gional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo.As intervenções estão a cargo de

António Joyce da Escola de Ci-ências e Tecnologia da Univer-sidade de Évora, Pedro Sampaio Nunes do GreenCyber e Francis-co Melo Breyner da ZMAR Eco Campo Resort&Spa. No dia 24 de Setembro, pelas 19 horas, no Auditório 1 do Pavi-lhão 2 será debatido o tema “Re-gião Alentejo, Terra de Oportu-nidades” que será moderado por Paulo Piçarra do jornal Diário do Sul com intervenções de Rui Nabeiro, da Delta Cafés, Silves-tre Ferreira da Herdade Vale da Rosa e António Serrano, Minis-tro da Agricultura.A anteceder esta conferência decorrera no stand do Alentejo uma prova de vinhos comenta-da da Adega Mayor.Em termos culturais o Alentejo vai proporcionar dia 22 de Se-tembro um espectáculo de dança “Local Geographic” de Rui Horta.Diariamente entre as 18 e 19 ho-ras haverá um “happy hour” de vinhos do Alentejo. w

“Portugal Tecnológico”, na FIL, até domingo

Alentejo mostra-se em Lisboa

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Carlos Júlio

O município de Mora tornou-se na primeira entidade pública a ser certificada em responsabilidade social, pela Associação Portuguesa de Certificação (APCER), assumindo um conjunto de compromissos no âmbito da qualidade, ambiente, se-gurança e responsabilidade social.“Avançámos para a certifica-ção em responsabilidade social porque entendemos que todas as instituições devem ter, perante a sociedade, determinados compro-missos sociais”, afirmou o presiden-te da Câmara de Mora, Luís Simão, em declarações à Agência Lusa.Esta certificação, outorgada esta semana pela APCER, acontece três anos depois de a obtenção pela autarquia da certificação do seu Sistema de Gestão Integrado (SGI) – Qualidade, Ambiente e Segu-rança de acordo com as normas NP EN ISO 9001, NP EN ISO 14001 e NP 4397/OHSAS 18001.Com esta nova certificação, a autarquia do distrito de Évora as-sume um conjunto de princípios, no âmbito da qualidade, ambien-te, segurança e responsabilidade social, que sustentam a definição de diversos processos operacio-nais, objetivos e metas.

Mora: responsabilidade social

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18 23 Setembro ‘10

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2 6

6 4 9

SUDOKU

Nota: O objectivo do jogo é completar os espaços em branco com algarismos de 1 a 9, de modo que cada número apareça apenas uma vez na linha, grade e coluna.

Lazer

Autor: Marcos Jorge

Sinópse

Estômago

Sugestão de filme

Raimundo Nonato está numa posição especial: ele co-zinha. E é nas cozinhas de uma pequena tasca, de um restaurante italiano e de uma prisão que Nonato vive a sua intrigante história e aprende as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados. Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer a sua parte - e eles sabem melhor que ninguém qual é a parte melhor.

Carta Dominante: A Papisa, que signifi-ca Estabilidade, Estudo e Mistério.Amor: As suas obrigações profissionais podem não lhe permitir estar tanto tempo com a pessoa amada, por isso, aproveite de uma forma especial todos os momentos a dois. Viva alegre e optimista!Saúde: Procure ter uma alimentação equilibrada.Dinheiro: Poderão surgir novas perspec-tivas nesta fase, mas não se deixe levar pelos impulsos.Número da Sorte: 2Dia mais favorável: Quarta-feira

Carta Dominante: 10 de Espadas, que significa Dor, Depressão, Escuridão.Amor: Tente pensar um pouco na sua re-lação, e reflicta bem se esta o faz feliz. É tempo de meditação. Ela é uma energia da alma. Explore-a!Saúde: O stress e o excesso de trabalho poderão trazer-lhe alguns problemas de saúde.Dinheiro: Poderá haver um crescimento inesperado do seu poder material.Número da Sorte: 60Dia mais favorável: Sábado

Carta Dominante: O 9 de Paus, que significa Força na Adversidade.Amor: Seja mais carinhoso com o seu parcei-ro. Procure intensamente sentimentos sólidos e duradouros, espalhando em seu redor ale-gria e bem-estar!Saúde: Opte por refeições ligeiras.Dinheiro: Poderá realizar investimentos a título individual.Número da Sorte: 31Dia mais favorável: Domingo

Carta Dominante: 9 de Ouros, que signi-fica Prudência.Amor: rejeite pensamentos pessimistas e derrotistas. Pratique o pensamento positivo e as acções construtivas agora!Saúde: Liberte-se da pressão do dia-a-dia através da boa disposição.Dinheiro: Apesar das divergências de opi-niões no seu ambiente de trabalho, não desista dos seus objectivos.Número da Sorte: 73Dia mais favorável: Terça-feira

Carta Dominante: A Morte, que significa Renovação.Amor: Poderá ter de enfrentar uma forte dis-cussão com alguém da sua família. Que a sua Estrela-Guia brilhe eternamente!Saúde: O cansaço poderá invadi-lo, tente relaxar.Dinheiro: A sua conta bancária anda um pou-co em baixo, seja prudente nos gastos.Número da Sorte: 13Dia mais favorável: Sexta-feira

Carta Dominante: 6 de Espadas, que sig-nifica Viagem Inesperada. Amor: Um convite inesperado alegrará o seu dia. Que os seus desejos se realizem!Saúde: Mantenha o optimismo e procure manter a sua energia habitual.Dinheiro: Investigue as oportunidades de emprego em empresas recentes.Número da Sorte: 56Dia mais favorável: Quarta-feira

Carta Dominante: Cavaleiro de Paus, que significa Viagem longa, Partida Inesperada.Amor: A sua vida afectiva poderá ganhar um novo rumo. Dê tempo ao tempo e acredite que é possível ser feliz.Saúde: Cuide melhor da sua pele, está a ne-cessitar de uma limpeza facial.Dinheiro: Sentir-se-á preparado para reali-zar os projectos a que se propõe.Número da Sorte: 34Dia mais favorável: Segunda-feira

Carta Dominante: Ás de Copas, que signi-fica Princípio do Amor, Grande Alegria.Amor: O convívio com a pessoa amada es-tará favorecido nesta fase. Aproveite estes momentos e esqueça todos os seus receios. Mantenha-se alegre e receptivo. A Vida es-pera por si. Viva-a!Saúde: Fase estável, mas esteja sempre alerta. Dinheiro: Os seus problemas poderão ser resolvidos, embora com lentidão.Número da Sorte: 37Dia mais favorável: Sexta-feira

Carta Dominante: 3 de Paus, que significa Iniciativa.Amor: O seu cansaço pode prejudicar a sua relação amorosa. Procure estar calmo. Não se canse vivendo agitado!Saúde: Procure não andar tão atarefado.Dinheiro: Poderá ter problemas com a sua entidade patronal. Seja audaz.Número da Sorte: 25Dia mais favorável: Quarta-feira

Carta Dominante: A Força, que significa Força, Domínio.Amor: Procure não esconder segredos ao seu melhor amigo. Que a luz da sua alma ilumine todos os que você ama!Saúde: Evite adoptar posturas incorrectas.Dinheiro: É possível que não consiga cum-prir um pagamento.Número da Sorte: 11Dia mais favorável: Quinta-feira

Carta Dominante: 4 de Copas, que significa Desgosto.Amor: Uma pessoa próxima de si poderá mostrar uma faceta menos agradável. O seu bem-estar depende da forma como encara os problemas.Saúde: Poderá sentir dores musculares.Dinheiro: Seja justo numa decisão que pode-rá ter que tomar.Número da Sorte: 40Dia mais favorável: Terça-feira

Carta Dominante: O Julgamento, que sig-nifica Novo Ciclo de Vida.Amor: Sentirá necessidade de conhecer pessoas diferentes. Viva o presente com confiança!Saúde: Probabilidade de ocorrência de pe-quenos acidentes domésticos.Dinheiro: Altura de fazer contenção de despesas.Número da Sorte: 20Dia mais favorável: Sábado

Carneiro

HORÓSCOPO SEMANAL

Balança

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Touro Gémeos

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760 30 10 13

Caranguejo Leão Virgem

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760 30 10 15Horóscopo Diário Ligue já!

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Escorpião Sagitário Capricórnio Aquário Peixes

Este livro elege como ce-nário a saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens marcantes e da escrita de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e várias referências da literatu-ra universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante.

Para assinalar o lançamento de Livro, a Quetzal levou alguns leitores, admiradores de Peixoto, a receber das mãos do autor os primeiros exempla-res, no momento em que estes saíam da gráfica.

Autor: José Luís Peixoto

Sugestão de leituraLivro

Sinópse

Telefone: 21 318 25 91 E-mail: [email protected]

ENGLISH SCHOOL ÉVORACENTRO DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

Praça da Muralha, 12–1º esq. 7005-248 ÉVORA (à Arena de Évora)Tlf 266743231 Tlm 938512574 www.englishschoolevora.com

ANO LECTIVO 2010/11INSCRIÇÕES ABERTAS

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Page 19: Registo ED121

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Lazer

Prosseguindo a campanha contra o encerramento do Centro de Ar-tes Tradicionais, um grupo de per-sonalidades eborenses anunciou esta semana a criação da associa-ção “Perpetuar Tradições”, oposta à instalação da colecção de design industrial de Paulo Parra no edifí-cio do antigo Celeiro Comum. Um grupo de personalidades dos mais diversos quadrantes polí-ticos apresentou publicamente a associação “Perpetuar Tradi-ções”, vocacionada para a “defe-sa do artesanato do Alentejo”. A apresentação teve lugar na terça-feira, dia 21, em Évora, e esteve a cargo de alguns dos membros fundadores da associação, nome-adamente Carmelo Aires, Andra-de Santos, Tiago Cabeça e Miguel Sampaio.Embora a associação se propo-nha assumir, genericamente, a

“defesa do artesanato do Alen-tejo”, os seus fundadores não escondem que a prioridade vai para a defesa do Centro de Artes Tradicionais (CAT), que conside-ram ameaçado pela criação do Museu de Artesanato e Design.O diferendo remonta ao mês de Março, quando a entidade Turismo do Alentejo, a Câmara Municipal de Évora e o professor Paulo Parra anunciaram a ins-talação em Évora da colecção de design industrial do século XX propriedade deste último.Ao abrigo de um protocolo esta-belecido entre as três partes, foi então criado o Museu de Design, que iria funcionar nas instala-ções do antigo Celeiro Comum, que até à data acolhia o Centro de Artes Tradicionais (CAT)

“Preservar a memória”

A iniciativa suscitou uma reac-

ção negativa da parte de diversos sectores da opinião pública opos-tos à extinção do centro, o que levou à introdução de várias al-terações no protocolo. Assim, e à luz da mais recente formulação, a instituição a criar adoptou a designação de Museu do Artesa-

nato e Design, e deverá reunir no espaço do Celeiro Comum o acervo do CAT e a colecção Paulo Parra.Os seus detractores consideram, contudo, que essa opção não é viável, e que se trata apenas de uma medida cosmética destina-da a disfarçar a real intenção de

acabar com o CAT. “Não somos contra a instalação de um Mu-seu de Design em Évora,” afirmam. “Entendemos simplesmente que os seus promotores devem arranjar outro local para o instalar,” em vez de expulsarem do Celeiro Comum a instituição que lá funciona. É nesse contexto que surge ago-ra a associação “Perpetuar Tra-dições”, tendo como objectivo prioritário a defesa do Centro de Artes Tradicionais. “Somos um grupo de cidadãos preocupados com a situação, e que têm pro-curado alertar as pessoas para o que se está a passar”, explicou o artesão Tiago Cabeça. Os promotores da associação pro-põem-se “criar um instrumento que possibilite de forma articula-da a defesa do artesanato alente-jano” e que permita juntar “todos aqueles que acreditam que só preservando a memória se pode construir o futuro”. w

“Perpetuar Tradições”

Amigos do Centro de Artes Tradicionais criam “associação de defesa do artesanato”

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José Pinto de Sá

A Associação “Perpetuar Tradições” opõe-se à extinção do CAT.

Luís Pardal

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20 23 Setembro ‘10

roteiro Para divulgar as suas actividades no roteiroemail [email protected]

Évora

“MISTÉRIO NO 15”24 de Setembro | Casa da Balança | 10h00 - 14h30 |

Procuram-se detectives para investi-garem o desaparecimento de alguns instrumentos de pesagem da exposi-ção da Casa da Balança. Actividades integradas nas Jornadas Europeias do Património. Dirigido a um público dos 5 aos 10 anos, com duração de 1 hora.

Évora

“TODOS P´RO NABO E NABO P´RA TODOS”Setembro | Jardim de infância de Évo-ra | Terça a Quinta-feira de manhã

P´ros Mais novos, n´os Jardins vamos armar... um conto de contar Contos d´Oficina 2010. Actividade para um público dos 3 aos 4 anos, com dura-ção de 20 minutos.

Évora

FORMAçãO A GRáVIDASPermanente | Farmácia Paços | Tra-vessa de Chartres, 10 | Laboral e pós- laboral.

Redondo

À TARDE NO MUSEU25 de Setembro | Museu do Barro de Redondo | 15h00 | Entrada gratuita

O projecto municipal “À tarde no mu-seu” promove nesta sessão um ateliê dedicado à cerâmica antiga durante o qual são abordados diversificados temas

Évora

JORNADAS EUROPEIAS DO PATRI-MóNIO 201024, 25 e 26 de Setembro | “Patrimó-nio: Um mapa da História” | Vários locais do concelho

Dia 24 às 9,30h - Anta grande do Zam-bujeiro e Cromeleque dos Almendres | Dia 24/09 ás 10H00 e 14h30 - Casa da Balança | Dia 24/09 às 18h - Audi-tório Soror Mariana

Portel

ExPOSIçãO FOTOGRAFIA: NóS - ANTóNIO CARRAPATOAté 17 de Outubro | Capela de Santo António

Num momento em que vive um pecu-liar desafio profissional, alimentado pelas provações da actividade que desenvolve há quase 20 anos, a foto-grafia de reportagem, António Carra-pato escolhe a palavra “Nós” para se definir e para se situar, no tempo, no trabalho, no espaço e no sentir.

Benavila (Avis)

“REFORMA AGRáRIA – UMA DAS MAIS BELAS CONQUISTAS DE ABRIL”24 de Setembro | Pólo da Biblioteca Municipal | 10h00 - 12h30 / 14h00 - 18h30 |

Reguengos

CENDREV - “SE O MUNDO FOSSE BOM, O DONO MORAVA NELE”23 de Setembro |Praça da Liberdade | Teatro de rua | 21h30

Um espectáculo onde até o público é convocado a participar, numa fu-são de actores/bonecos/músicos, subvertendo as unidades de tempo, lugar e acção, deixando soltar-se a imaginação dos espectadores. Uma dramaturgia que mergulha no univer-so popular para falar do desconserto do mundo.

Beja

OS REPUBLICANOS - PELO TEATRO AO LARGO 25 Setembro | 22h00 | Pax Julia | 1,5€ - M12

Redondo

LES SIx (CONTEMPORâNEUS)25 de Setembro | Centro Cultural de Redondo | 21h30

A música erudita | contemporânea revisita o Centro Cultural de Redondo num concerto em que, a importância da França no panorama cultural mun-dial é retratada através da música.

Vila Viçosa

CONCERTO COM JANITA SALOMÉ25 de Setembro | Cine-Teatro Florbe-la Espanca | 21H30 | Entrada livre

Natural de Redondo, Janita Salomé encontrou na simbiose entre a música popular alentejana e os ritmos incon-fundíveis da música árabe o segredo do sucesso de uma carreira assinalá-vel.

MÚSICA TEATRO FORMAçãOExPOSIçãO OUTROS PALCOS

Ouves...?TOCAR DE OUViDO – Encontro de Tocadores7 a 10 de Outubro: Concertos | Oficinas | Colóquios | Documentários | Jam-Sessions5 a 8 de Outubro: Residência de Músicos

Em Outubro, Évora recebe mais uma edição do Tocar de Ouvido, o festival que junta músicos e público para uma aprendizagem directa da música tradicional.No dia 7, a cidade acolhe o Sol do Mediterrâneo, com as polifonias vocais dos Quatro ao Sul; no dia 8, é a vez dos Raaga Trio, um grupo que junta instrumentos como o N’goni (Mali, África Oci-dental) com os sons do Jazz europeu e no dia 9, o Teatro garcia de Resende será pequeno para acolher o Sol duro do Planalto Mirandês, com os galandum galundaina.Durante o dia, haverá oficinas de instrumentos por toda a cidade: Adufe, Cante, Cavaquinho, gaita-de-fole, Flauta de Tamborileiro, Técnicas de Composição Modal; Colóquios sobre o N’goni do Mali e os Segredos Esquecidos dos Cordofones Portugueses; Documentários sobre os etnó-logos Benjamim Pereira, Ernesto Veiga de Oliveira e Michel giacometti...e uma Residência de Músicos, com a orientação de José Mário Branco e Paulo Pereira (Uxukalhus) que quer desafiar 10 músicos de vários instrumentos e formações para fazer novas criações com base em música tradicional - de 5 a 8 de Outubro (mediante pré-inscrição).

Todas as informações completas e inscrições em www.tocardeouvido.com

Organização: Associação PédeXumbo - www.pedexumbo.comCo-Financiamento: Terras de Sol | QREN inalentejoParceiros: Fundação inatel

Apoios:Câmara Municipal de Évora Universidade de Évora - Escola de Artes

Apoio à Divulgação: Media Partners:Pachamama Productions Semanário Registo

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Artes

Assistência Técnica | Máquinas de cápsulas |

Máquinas de venda automáticabebidas frias | bebidas quentes | snacks

A l e n t e j oTlm. 962 689 434 Email: v.marques@netvisão.pt

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Na próxima semana o Al-Masrah Teatro de Tavira, através do protocolo deintercâmbio que mantém com o Cendrev, desloca-se à cidade de Évora paraapresentar a sua mais recente produção “MINIM.MAL SHOW”, nos dias 29 e30 de Setembro, quarta e quinta-feira, às 21h30, na Sala Principal do Teatro Garcia de Resende.O Al-Masrah Teatro descreve o espectáculo como “o silêncio explosivoentre aquilo que se diz e faz e aquilo que se gostaria de dizer e fazer,em espaços sempre vazios, onde cada per-sonagem e cada objecto adquirem adimensão simbólica que lhe queiramos dar”.Peça de Sergi Belbel e Miquel Górriz, conta com a encenação de BrunoMartins e na interpretação os actores Bruno Martins, Clara Dias,Patrícia Amaral, Pedro Ramos e Sónia Cor-reia.

A Câmara de Reguengos de Monsaraz vai avançar com a construção de um parque desportivo, denominado Desporto XXI, que representa um investimento superior a um milhão de euros.Na primeira fase, o parque desportivo, cuja construção vai ser candidatada a fundos comunitários, terá um circuito de manuten-ção, um polidesportivo, zonas infantoju-venis, radical e de jogos tradicionais e uma área de estacionamento. Numa fase posterior, o parque desportivo integrará um estádio municipal e uma zona multiusos.O circuito de manutenção terá dez estações de exercícios e desenvolver-se-á em torno de dois lagos, sendo pontuado por uma zona informal de estadia assente numa marcada modelação de terreno.

AL-MASRAH TEATRONO GARCIA DE RESENDE

Requengos constróiparque desportivo

A peça de teatro Se o mundo fosse bom, o dono morava nele, do CENDREV Centro Dramático de Évora, vai ser apresentada esta quinta-fei-ra, dia 23 de Setembro, pelas 21h30, na Praça da Liberdade, em Reguengos de Monsaraz. Organizado pelo Município de Reguengos de Monsaraz, este espectáculo de teatro de rua convoca o público a participar, numa fusão de actores, bone-cos e músicos, subvertendo as unidades de tempo, lugar e acção, deixando soltar-se a imaginação dos espectadores.

Se o mundo fosse bom, o dono morava nele é uma peça escrita a partir de textos de Ariano Suassuna, Janu-ário de Oliveira (Ginu) e Gil

Vicente. Ariano Suassuna é uma referência incontor-nável da dramaturgia brasi-leira e a sua obra baseia-se nos romances e histórias do nordeste. Quanto à forma e ao tratamento, há uma clara tendência para aproximar a sua obra dos autos de Gil Vicente e do teatro espanhol do século XVII.O CENDREV diz que Mestre Ginu foi um exemplo na arte de brincar com os bonecos (mamulengos), constituin-do-se um desafio que nos transporta para o nosso pró-prio universo do teatro po-pular. A experiência desen-volvida na companhia em torno deste género de teatro não terá sido indiferente a este projecto teatral, onde a relação directa com o públi-co e o lugar acontecem. Já quanto a Mestre Gil, a com-

panhia considera que como se trata de um espectáculo que também pretende falar do desconcerto do mundo, a sua presença era inevitável para explicar a marcha da sociedade que hoje, tal como ontem, privilegia o material e descura o espiritual.Se o mundo fosse bom, o dono morava nele é uma peça encenada por José Russo e Maria Marrafa, com cenografia, figurinos e bo-

necos de Inês de Carvalho. Esta dramaturgia que mer-gulha no universo popular para falar do desconcerto do mundo vai ser interpretada por Ana Meira, Alvaro Cor-te Real, André Penas e José Russo.José Calixto, presidente da Câmara Municipal de Re-guengos de Monsaraz, afir-ma que esta aposta num espaço ao ar livre tem como objectivo levar o teatro a todas as pessoas, especial-mente às que têm menos apetência em assistir a estas iniciativas culturais. O au-tarca refere que será muito interessante transformar a principal praça da cidade, a Praça da Liberdade, numa sala de teatro ao ar livre com um espectáculo que interage com o público e o cativa du-rante toda a representação. w

Teatro de rua em Reguengos de Monsaraz

Até ao fim do mês, o escritor José Saramago vai ser objecto de duas homenagens na cida-de de Évora, por iniciativa da revista Alentejo e da Biblioteca Pública.

A vida e a obra de José Sara-mago, único escritor lusófono distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, vão ser recordadas no decurso de duas iniciativas que decorre-rão em Évora nos dias 24 e 30 deste mês. Amanhã, dia 24, pelas 21h30, a revista Alentejo promove uma homenagem a Saramago, com a participação de diversas personalidades da vida cultu-ral e política de Évora, que lerão trechos de livros do escritor. A sessão terá lugar no salão de

chá “O Condestável”, na Rua Diogo Cão, e contará com a presença do romancista Luís Carmelo, do encenador Luís Varela e da actriz Alexandra Espiridião, entre outros, ca-bendo a ilustração musical ao cantor Nuno do Ó.

Este tributo a Saramago, que se propõe ser “também uma homenagem às letras portu-guesas”, é organizada pela revista Alentejo, órgão da Casa do Alentejo em Lisboa. O último número da revista, recentemente publicado, cen-

trou-se no grande escritor, con-tendo artigos assinados por um conjunto de destacadas figuras da cultura e da política. Na próxima quinta-feira, dia 30, pelas 21h00, a iniciativa cabe à Biblioteca Pública de Évora, através de uma “Roda de Leitura” dedicada a Sara-mago. Trata-se de uma sessão de leitura colectiva, “condu-zida por um leitor-guia e ani-mada com momentos musi-cais a propósito”. José Saramago, nasceu no concelho da Golegã em 1922 e faleceu em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, no passado mês de Junho. A sua obra, onde avultam obras como “Memorial do Convento” e “Ensaio sobre a Cegueira”, foi distinguida em 1998 com o Prémio Nobel da Literatura. w

Recordando o Nobel da Literatura

José Saramago homenageado em Évora

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José Pinto de Sá

José Saramago, recentemente falecido, vai ser recordado esta semana em Évora.

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22 23 Setembro ‘10 Anuncie no seu jornal REGISTOA partir de agora todos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

(à excepção dos módulos). Basta enviar uma mensagem com o seu classificado para o nº 967 395 369 ou para Mail.: [email protected]ÁRIO

Director Nuno Pitti ([email protected])Propriedade Nothing else-.meios&comunicação; Contribuinte 508 561 086 Sede Travessa Ana da Silva, n.º6 -7000.674 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 730847 Administração Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Departamento Comercial Maria João ([email protected]) Redacção Carlos Júlio; José Pinto Sá ([email protected]); Paulo Nobre Paginação Arte&Design Margarida Oliveira ([email protected]); Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal ([email protected]) Colaboradores Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia ramos Ferro; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; eduardo Luciano; José Filipe rodrigues; Luís Martins Impressão Funchalense – empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição Transportes Conchinha ([email protected])

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Desporto

Manuel Dias e Ricardo Dores, de Beja, venceram no fim-de-semana passado o Clássico Achigã 2010, organizado pela Associação Portuguesa de Pesca ao Achigã, em Alqueva e levaram para casa um motor Yamaha no valor de mais de 12 mil euros.

A equipa baixo-alentejana chegou à final de domingo, disputada por 25 equipas, depois de se ter classificado em 11º lugar nos primeiros dias da competição.No final apresentaram à pesagem cin-co exemplares (limite máximo) entre os quais um com 2,025 kg, num total de 5,870 kg.Em segundo lugar ficou a dupla Ra-mon Menezes / André Fidalgo com

5,435 kg enquanto que para o último lugar do pódio se classificaram Miguel Pedras e Paulo Vales, com 4,710 kg.O maior exemplar do concurso, com 2,840 kg foi fisgado por Eduardo Fouto, durante a primeira manga do concur-

so. Nos três dias da competição foram capturados 466 peixes com um peso total de 299,95 kg.O Clássico Achigã 2010 contou com a participação de 44 equipas de vários países e utilizou novas regras o que segundoVirgílio Machado, presidente da APPA, em declarações ao site do clube, «visam permitir que as equipas permaneçam mais tempo hospedadas nos concelhos de Portel e Moura e ao mesmo tempo proporcionar uma pro-va mais competitiva”.O presidente da APPA acrescentou ainda que «sem o apoio das autarquias de Portel e de Moura, seria impossível trazer ao Alqueva equipas estrangei-ras» como, por exemplo, os japoneses que este ano participaram no Clássico Achigã pela primeira vez. w

Pesca ao Achigã no Grande Lago de Alqueva

Manuel Dias e Ricardo Dores, de Beja vencem Clássico 2010

Juventude de Évora e Estrela de Vendas Novas são os dois únicos representantes na 3ª eli-minatória da Taça de Portugal. União Sport, de Montemor-o-Novo e Atlético de Moura, fo-ram eliminados.

Bastou um golo de Sebastien – sempre ele – para o Juven-tude garantir a continuação na Taça de Portugal, frente ao Académico de Viseu.Um resultado justo que pre-meia a atitude dos alenteja-nos, e castiga os beirões que pouco fizeram para chegar ao golo. Apesar de uma primeira parte jogada a grande veloci-dade, por parte dos eborenses, a equipa da casa só logrou chegar à vantagem aos 61’. A equipa de Miguel Ângelo, com um excelente início de época, conta por vitórias os jo-gos oficiais disputados.

O Estrela de Vendas Novas que aparentemente tinha um jogo difícil – uma longa des-locação e um adversário da II Divisão -, foi a Bragança eli-minar os transmontanos por 1-2. Traoré e Fábio marcaram os golos dos alentejanos.

O União de Montemor, a jogar em casa, não conseguiu tirar vantagem desse facto e, quan-do toda a gente pensava que a eliminatória ia ser decidida da marca das grandes penali-dades, deixou que o Sporting de Espinho (II D) desfizesse a

igualdade (1-2) e se qualificas-se para a fase seguinte.O Moura que tinha ficado isento na primeira ronda, também foi de viagem até Trás-os-Montes, a Mirandela, e foi derrotado por 2-1.A próxima eliminatória dis-puta-se a 17 de Outubro. w

Taça de Portugal

Juventude e Vendas Novasna 3a eliminatória

O Rugby Clube de Montemor (RCM) anunciou no seu site a contratação de José Mendes da Silva para o cargo de treinador da equipa sénior. Lembre-se que na época passada o RCM foi sagrou-se campeão da II divisão e este ano vai disputar o escalão maior da modalidade com o CR Évora, Cascais, Vitória de Setúbal, Lousã, UTAD e CDUP. A Agrária de Coimbra que inicial-mente também faria parte da lista, pediu autorização à Federação Portuguesa de Rugby, para participar na 2ª Divisão.Assim sendo, a primeira divisão fica apenas com sete emblemas e, a cada semana, folgará a equipa que jogaria com os conimbricenses, o que no caso do RCM seria na primeira jornada que se realizará este sábado.O Clube Rugby de Évora desloca-se ao Porto para defrontar o Centro Desportivo Universi-tário. Na segunda ronda as duas equipas alen-tejanas irão medir forças entre si, em Évora.

RâguebiMendes da Silva treina RCM

Redacção

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Redação

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O Distrital de Portalegre, à semelhança do que aconteceu na época de 2009/10, disputa-se, numa primeira fase, em dois grupos que apuram cinco equipas cada.Na segunda fase os dez jogam entre si para decidir o campeão distrital enquanto que os res-tantes lutarão pela manutenção na 1ª divisão.

Distrital de PortalegreQuatro equipas invictas

Portalegre 1ª Divisão Série AResultados - 3ª Jornada

Santo Amaro - gavionenses 1-1Fronteirense - gafetense 0-0Alpalhoense - Monfortense 1-0Montargilense - Castelo de Vide 0-1folgou: Portus Alacer

Classificação P J V E D M/S

1º Castelo de Vide 6 2 2 0 0 4-22º Fronteirense 5 3 1 2 0 5-33º gavionenses 5 3 1 2 0 8-34º gafetense 5 3 1 2 0 3-15º Alpalhoense 4 3 1 1 1 2-66º Portus Alacer 3 2 1 0 1 4-47º Monfortense 3 3 1 0 2 2-38º Santo Amaro 1 2 0 1 1 2-19º Montargilense 0 3 0 0 3 0-4

Portalegre 1ª Divisão Série BResultados - 3ª Jornada

Campomaiorense - Sta. Eulália 11-1Arronches - Portalegrense 2-2Estrela - Esperança 4-0O Elvas - Mosteirense 4-1Alegre - Degoladense 4-2

Classificação P J V E D M/S

1º Campomaiorense 9 3 3 0 0 18-12º Estrela 9 3 3 0 0 12-03º O Elvas 9 3 3 0 0 13-24º Alegrete 4 3 1 1 1 5-85º Esperança 3 3 1 0 2 1-66º Degoladense 3 3 1 0 2 5-67º Arronches 2 3 0 2 1 4-68º Mosteirense 1 3 0 1 2 3-89º Portalegrense 1 3 0 1 2 3-1210º Sta. Eulália 1 3 0 1 2 3-19

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24 23 Setembro ‘10

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Sexta-feira Domingo

Max. 24 Max. 22

Max. 25 Max. 22

Min. 18 Min. 16

Min. 17 Min. 15

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Capoulas Santos acredita a Região Alentejo custaria menos com a re-gionalização e que este processo de divisão do território ajudaria o país a reduzir a despesa pública. O actual eurodeputado socialista e candidato à presidência da Fede-ração Distrital de Évora do PS, de-fende o avanço da regionalização e diz que esta deve ser uma reforma do Estado a fazer “a custos abaixo de zero”.

Capoulas Santos diz que a sua intenção é a de se avançar para a regionalização. O eurodeputa-do socialista, antigo ministro da Agricultura, vice-presidente da Comissão Política do PS, presi-dente da Assembleia Municipal de Évora e agora candidato à pre-sidência da Federação Distrial de Évora do PS afirma peremto-riamente que com a divisão ad-ministrativa do país em regiões a

despesa pública com a adminis-tração da Região do Alentejo “se-ria inferior aos custos atuais sem regionalização”.A posição do antigo ministro da Agricultura no governo presi-dido por António Guterres foi expressa à agência Lusa no Alan-droal, à margem de uma reunião com socialistas daquele conce-lho.Capoulas Santos defende ainda que a regionalização pode trazer uma redução da despesa pública, uma vez que o número de car-gos extintos seria “maior que os cargos a serem criados” e apre-senta como exemplo a possível extinção dos governos civis, de vários lugares da Administração Regional, indicando que só o Mi-nistério da Agricultura tem três direções regionais no Alentejo e a poderia haver fusão de “mui-tas freguesias dos centros urba-nos”. “Só no concelho de Évora existem três freguesias no centro histórico instaladas no mesmo

edifício”.Enquanto o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, defendia a remo-ção do “travão constitucional” à implementação de uma “solução gradualista” para a regionaliza-ção do país, através da criação de uma “experiência piloto”, Ca-poulas Santos diz que não corre “atrás das canas dos foguetes que o Dr. Passos Coelho lançou”.“Esta é uma questão séria, e a pior atitude que um líder políti-co pode ter relativamente a esta

Gostava de amplo consenso entre os partidos

Capoulas Santos quer regionalização para reduzir a despesa pública

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Redacção/Lusa

questão é a posição ´nim´, porque esta é uma reforma importante para ajudar a ultrapassar a crise e para permitir uma melhor efi-ciência na aplicação dos fundos comunitários em cada região”, su-blinha Capoulas Santos.O candidato à presidência da Federação Distrital de Évora do PS, realça ainda que “esta não é uma reforma para se fazer aos bochechos”, por isso vai propor ao Congresso do PS de Évora, a 8 de outubro, três propostas sobre

a regionalização, entre as quais a da reforma a fazer “a custos abai-xo de zero”.Defensor de uma divisão admi-nistrativa assente em cinco regi-ões no país, Capoulas Santos diz que o Alentejo deve integrar os distritos de Évora, Beja e Porta-legre além dos quatro concelhos do litoral alentejano - Alcácer do Sal, Sines, Grândola e San-tiago do Cacém. Esta é também uma proposta que que se propõe apresentar ao Congresso do PS de Évora.Outra das propostas de Capou-las Santos ao Congresso do PS de Évora passa pela obtenção de um mandato para poder propor aos outros partidos políticos da região, incluindo o PSD, uma “plataforma política para estabe-lecimento de um consenso sobre o modelo de regionalização e recla-mação da convocação de um novo Referendo”. “Defendo uma posição consensual e não uma posição ex-clusiva do PS”. w