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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 23 de Junho de 2011 | ed. 160 | 0.50 PUB Corre Portugal o risco de desertificação? Presidente da Comissão organizadora do ii Congresso ibériCo de suiniCultura, que deCorre em évora. “Estamos a atravessar uma crise grave. Ao não haver alterações substanciais do ponto de vista conjuntural é uma fileira que pode estar em risco”. 06 Joaquim dias em entrevista agricultores surpresos com escolha de assunção Cristas N ova titular da Agricultura pro- mete “dedicação” para que o trabalho “seja visível”. Além das temáticas agrícolas fica igualmente res- ponsável pelo Mar e pelo Ambiente. Uma “super-pasta” no novo Governo, para a qual a CAP quer uma “super-ministra”. 12 Luís Pardal | Registo D.R. Flávio Serafim | Registo “a regionalização pode tornar as coisas mais complexas” Pág.17 “A questão não está no local onde se encontra a fonte de decisão mas na qualidade das pessoas que decidem e no escrutínio que nós cidadãos exercemos sobre os decisores políticos”, diz ao Registo o presiden- te do Banco Popular. Rui Semedo participou em Évora numa conferência sobre PME’s. turismo beja Wine night Pág.18 A celebração dos vinhos do Alentejo está de regresso, pelo segundo ano consecutivo, a Beja. O mo- numental castelo, classificado como Património Nacio- nal, voltará a ser palco de um evento em que os vinhos da região serão integrados num ambiente de glamour, com muita animação. Será a 2 de Julho. seguranÇa: nova vaga de assaltos a montes isolados Pág.08 Etelvina e Horácio Preguiça, irmãos, com 65 e 70 anos, respectivamente, foram das mais recentes vítimas do gang que procura dinheiro e ouro em montes isolados. Os idosos foram assaltados, sequestrados e agredidos na madrugada do passado dia 20, segunda-feira, em sua casa, na Pintada, concelho de Montemor-o-Novo.

Registo ed160

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Edição 160 do Semanário Registo

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Page 1: Registo ed160

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 23 de Junho de 2011 | ed. 160 | 0.50€

PUB

Corre Portugal o risco de desertificação?

Presidente da Comissão organizadora do ii Congresso ibériCo de suiniCultura, que deCorre em évora.“Estamos a atravessar uma crise grave. Ao não haver alterações substanciais do ponto de vista conjuntural é uma fileira que pode estar em risco”.

06

Joaquim diasem entrevista

agricultores surpresos com escolha de assunção Cristas

N ova titular da Agricultura pro-mete “dedicação” para que o trabalho “seja visível”. Além das

temáticas agrícolas fica igualmente res-ponsável pelo Mar e pelo Ambiente. Uma “super-pasta” no novo Governo, para a qual a CAP quer uma “super-ministra”.

0512

Luís Pardal | Registo

D.R

.

Flávio Serafim | R

egisto

“a regionalização pode tornar as coisas mais complexas”

Pág.17 “A questão não está no local onde se encontra a fonte de decisão mas na qualidade das pessoas que decidem e no escrutínio que nós cidadãos exercemos sobre os decisores políticos”, diz ao Registo o presiden-te do Banco Popular. Rui Semedo participou em Évora numa conferência sobre PME’s.

turismobeja Wine nightPág.18 A celebração dos vinhos do Alentejo está de regresso, pelo segundo ano consecutivo, a Beja. O mo-numental castelo, classificado como Património Nacio-nal, voltará a ser palco de um evento em que os vinhos da região serão integrados num ambiente de glamour, com muita animação. Será a 2 de Julho.

seguranÇa: nova vaga de assaltos a montes isolados

Pág.08 Etelvina e Horácio Preguiça, irmãos, com 65 e 70 anos, respectivamente, foram das mais recentes vítimas do gang que procura dinheiro e ouro em montes isolados. Os idosos foram assaltados, sequestrados e agredidos na madrugada do passado dia 20, segunda-feira, em sua casa, na Pintada, concelho de Montemor-o-Novo.

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2 23 Junho ‘11

Cá estamos, por vontade do povo, prepara-dos para o “choque liberal” que nos prome-teram para redimir os pecados estatizantes que temos vindo a cometer, como fez ques-tão de solenemente lembrar, há poucos dias, o mais alto ma-gistrado da Nação.

O Chefe de Esta-do não se tem, aliás, furtado a chamar a atenção para os pro-blemas que nos afec-tam, desde a saúde à agricultura, suposta-mente resultantes da má acção dos gover-nos democráticos.

Merece aplauso o humilde sentimento de auto-critica que Sua Excelência re-vela, uma vez que, nas suas criticas, não pode deixar de estar claramente implícita a critica a si próprio. Enquanto PM duran-te uma década, dis-pôs de todas as condições para que a situa-ção portuguesa fosse hoje diferente.

Refiro-me as duas maiorias absolutas que o povo lhe concedeu, ao contexto de pros-peridade economica em que decorreram os seus mandatos e à abundância de meios fi-nanceiros que teve à sua disposição depois da adesão à CEE conseguida pouco antes por Mário Soares.

Venha então esse choque liberal. Pela minha parte estou naturalmente expectante e não posso deixar de conceder o benefi-cio da duvida aos seus mentores que, con-vincentemente, foram capazes de vender a ideia aos eleitores.

Não vou por isso opinar sobre a estrutura e composição do novo governo uma vez que se trata do principal instrumento da nova estratégia e resulta certamente de uma ma-dura ref lexão.

Fiquemos então a ver como o “malfada-do” mercado que, aliás, é considerado o principal responsável da crise nos vai tirar dela.

A minha expectativa não vai apenas para o governo mas também para a oposição res-ponsável, absorvida agora na sucessão do seu líder.

O combate vai ser travado por duas figu-ras a que todos os socialistas reconhecem amplas qualidades. A António José Seguro a perseverança, o rigor e a capacidade orga-

nizativa e a Francis-co Assis a elevação intelectual e o bri-lhantismo tribunício.

Não havendo a possibilidade de fun-dir numa só pessoa as qualidades de am-bos, que faria dela o líder ideal, resta-nos esperar que o que for eleito saiba aprovei-tar adequadamente as qualidades do ou-tro.

Ambas vão ser necessárias para preparar a resposta social-democrata às consequências que advirão da receita liberal que a tão so-nhada maioria, go-verno e presidente de direita vão, a partir

desta semana, ter todas as condições para aplicar em Portugal.

A Abrir

director Nuno Pitti Ferreira ([email protected]) editor Luís Maneta

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Paginação arte&design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal (editor) Colaboradores Pedro Galego; Pedro Gama; Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia Ramos Ferro; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Luís Martins impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 erC.iCs 125430 tiragem 10.000 ex distribuição nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira nº.depósito legal 291523/09 distribuição Miranda Faustino, Lda

Ficha técnicaSEMANÁRIO

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“Como é duro ser deputado...”

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w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

O choque liberalCapoulas santosEurodeputado

“Venha então esse choque liberal. Pela minha parte estou naturalmente ex-pectante e não posso deixar de conceder o beneficio da duvida aos seus mentores que, convincente-mente, foram capazes de vender a ideia aos eleitores“.

Á espera de Assunção Cristas está um dos ministerios mais complexos do novo gover-no, com agricultura e ambiente na mesma pasta.

O presidente da Ami e ex-candidato a pre-sidente da republica começou mal a sua carreira no Parlamento, ao não conseguir ser eleito para sucessor de Jaime Gama.

Protagonistas

Fernando Nobre

Assunção Cristas

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Política

A constituição pela autar-quia bejense de um depósito a prazo de 400 mil euros levou os vereadores da CDU a acusarem a actual maioria de asfixiar financeiramente em-presas e instituições credoras do município, ao fazerem depósitos a prazo em vez de pagarem aos fornecedores.

Segundo avançou a Voz da Planície, o vereador Miguel Ramalho acusa os eleitos do PS de “mentiram”. Já Cristina Valadas, vereadora socialista com o pelouro das finanças, devolve a acusação ao an-terior executivo e considera este procedimento um acto de “boa gestão” afirmando que “em vez de ganharem os bancos ganhamos nós” e de não ter deixado de pagar aos fornecedores.

A questão já tinha sido objecto de discussão em an-teriores reuniões de Câmara, quando os vereadores da CDU questionaram a maio-ria sobre a constituição de depósitos a prazo com verbas provenientes do IMI (Impos-to Municipal sobre Imóveis).

Na altura, afirma Miguel Ramalho, foi dada a infor-mação que a constituição desses depósitos resultava de dinheiro provenientes de cauções de empreiteiros à ordem da autarquia.

Ainda de acordo com a Voz da Planície, na última reunião de Câmara os verea-dores comunistas acusaram os eleitos socialistas de ter mentido, sustentando a acusação nos documentos fornecidos pela autarquia, que provam a constituição de um depósito a prazo de verbas orçamentais no valor de 400 mil euros.

Depósitosa prazo levantampolémica

Beja

A empresa Colt Resources pre-tende explorar, por cinco anos, as jazidas em Escoural, no Alen-tejo. O pedido de licença já está na Direcção-Geral da Energia e Geologia, que disse que a apro-vação está para breve.

Os investidores canadianos consideram que o potencial por-tuguês está subaproveitado, e é com essa premissa que partem para Portugal, mais exactamen-te para o Alentejo, à procura de

ouro, de acordo com o “Público”.O sítio escolhido é a vila de

Santiago do Escoural, no conce-lho de Montemor-o-Novo, em Évora. Já desde 1980 que têm sido feitas prospecções que con-firmam a existência de jazidas de ouro no subsolo.

Já várias empresas tentaram obter a licença de exploração, po-rém, é a canadiana Colt Resour-ces quem a irá conseguir dentro de poucas semanas.

Carlos Pinto Sá, presidente da Câmara de Montemor, referiu ao Público tratar-se de um pro-jecto que poderá criar emprego no concelho, o que considera ser uma necessidade urgente.

O representante da Colt Re-sources em Portugal, João Carlos Sousa, afirma que as jazidas de ouro naquela região são bem co-nhecidas devido a intensos tra-balhos de prospecção efectuados por diversas empresas do ramo.

A concessão abrange uma área total de cerca de 775 quilómetros quadrados, por um período de cinco anos.

João Carlos Sousa refere que “uma operação mineira, mesmo que de pequena dimensão, tem sempre uma influência muito benéfica a nível local, quer no emprego directo, quer indirec-to, podendo mesmo potenciar o aparecimento de actividades in-dustriais”.

Canadianos procuram ouro em Montemor

Previsto investimento de 157 milhões de euros. PIDDAC e fundos comunitários garantem 116,8 milhões.

PIDDAC insuficiente para financiar obras em AlquevaLuís Maneta | Registo

O Orçamento de Estado para 2011 é insuficiente para financiar o investimento de 157 milhões de euros previsto para o empreen-dimento de Alqueva. Segundo apurou o Registo junto de fonte do Ministério da Agricultura, a solução passará pela emissão de um novo empréstimo obrigacio-nista e pelo aumento de capital da EDIA em 2,7 milhões de eu-ros, decisões que terão de passar por Assunção Cristas, esta sema-na empossada como ministra da Agricultura e do Ambiente.

Feitas as contas, dos 157 mi-lhões de investimentos previs-tos para este ano – e cujo ritmo se intensificou depois de o an-terior Governo ter anunciado a antecipação da conclusão do projecto para 2013 – apenas 116,8 milhões estão garantidos atra-vés de fundos comunitários e da contrapartida nacional incluída no Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PI-DDAC).

Para “tapar” o “buraco” de 40,2 milhões de euros, a anterior equipa do Ministério da Agricul-tura defendia o aumento de ca-pital da EDIA e o lançamento de um novo empréstimo obrigacio-nista de 38,1 milhões de euros, solução que permitindo cumprir a calendarização prevista gera maior endividamento.

Para este ano está previsto o início da construção dos blocos de rega de Ervidel, Aljustrel, Vale de Gaio e Pias, entre outras obras. O objectivo é dar sequên-cia à promessa de ter o empre-endimento concluído em 2013, 12 anos antes do tempo inicial-mente previsto, disponibilizan-do água para rega num total de 110 mil hectares.

Segundo a mesma fonte, os empréstimos de médio e longo prazo da EDIA já ascendem a 596 milhões de euros (incluindo um financiamento do Banco Euro-peu de Investimentos no mon-tante de 114,7 milhões) e repre-sentam um custo anual médio

dívida. Conforme noticiado pelo Re-

gisto, o Estado já gastou no em-preendimento de Alqueva 1,8 mil milhões de euros, mais 200 milhões do que se estima vir a custar a linha de TGV entre Po-ceirão e Caia.

Segundo fonte da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estru-turas de Alqueva (EDIA) até à conclusão do projecto, prevista para dentro de dois anos, falta ainda realizar 748,13 milhões de euros, o que elevará o custo da obra para 2,5 mil milhões de eu-ros (excluindo capitalizações de

custos de estrutura). A maior fatia de investimento

(1,04 milhões de euros) foi con-cretizada até 2005, com as obras de construção das barragens de Alqueva e Pedrógão e da Central Hidroeléctrica.

A partir daí o dinheiro come-çou a ser canalizado essencial-mente para a construção das redes de rega primária e secun-dária, a um ritmo superior a 150 milhões de euros por ano.

Por definir está a forma como será gerida a água, depois de o Ministério da Agricultura ter apresentado diversos cenários.

<Em 2010 a EDIA emitiu um empréstimo obrigacionista

de 94 milhões de euros destinado ao financiamento

da contrapartida nacional e a refinanciar a dívida.>

94NÚMERo

de 18 milhões de euros.O primeiro empréstimo obri-

gacionista contraído pela em-presa data de Novembro de 2003, atingiu os 300 milhões de euros e terá de ser reembolsado em 2018.

Recorde-se que em 2007 a componente hidroeléctrica de Alqueva e Pedrógão foi cedida à EDP num negócio global avalia-do em 390 milhões de euros.

Um montante inicial de 195 milhões de euros foi utilizado no “pagamento da obrigação es-tabelecida pelo contrato de con-cessão celebrado com o Estado pela utilização das infra-estru-turas públicas afectas à activida-de da EDIA”. O restante começou a ser pago através de prestações anuais de 12,76 milhões.

O recurso a um empréstimo obrigacionista foi também a so-lução adoptada o ano passado. Em 2010, a EDIA investiu 127,5 milhões de euros na consolida-ção do sistema global de rega.

Trata-se de metade do dinhei-ro que havia sido gasto em 2009, situação explicada pelo facto de as empreitadas previstas para o segundo semestre do ano “terem deslizado” para o início de 2011.

A empresa obteve o ano pas-sado 132 milhões de euros, entre financiamento comunitário e PIDDAC, tendo emitido um em-préstimo obrigacionista de 94 milhões de euros destinado ao financiamento da contrapartida nacional e refinanciamento da Conclusão das obras do empreendimento de Alqueva antecipada para 2013.

Em Abril de 2011, o valor mé-dio de avaliação bancária1 do total do País situou-se em 1154 euros/m2, corresponden-do a um ligeiro aumento de 0,3% face a Março e a uma di-minuição de 1,6% em termos homólogos.

Quanto às moradias, o valor médio de avaliação bancária para o total do País situou-se em 1063 euros/m2, o que se traduziu num acréscimo mensal de 1,0% (11 euros).

Segundo o INE, Apenas a região do Alentejo (-0,7%) e a Região Autónoma dos Açores (-2,8%) apresentaram varia-ções em cadeia negativas.

Avaliação bancária aumenta

Habitação

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4 23 Junho ‘11

Política

A Feira das diversas crises

Aí a temos de novo. A Feira de S. João começa amanhã e pelo que podemos verificar, olhando para a programação, é mais um ano pobre e sem rasgo que relance aquele que já foi um dos maiores eventos da região.

A desculpa da crise, das dificul-dades financeiras, da necessidade de racionalizar recursos, é sempre atirada ao ar na esperança de ser compreendida por visitantes e fei-rantes, como se uns e outros não tivessem termo de comparação com o que se faz noutros concelhos de menor dimensão e com o mesmo garrote de asfixia financeira que quase mata o projecto constitucio-nal de poder local democrático e autónomo.

São outras as crises que se reflec-tem na realização da Feira. Da crise de ideias, à crise de capacidade de ousar. Da crise em assumir mudan-ças, à crise da capacidade de gestão. Da crise de vontade de envolver os agentes sócio culturais e despor-tivos de forma séria e constante, à crise de imaginação que mantém tudo nos serviços mínimos.

Claro que a questão financeira pesa quando se equaciona a contra-tação de espectáculos de entreteni-mento com gente famosa.

Mas quanto custa aproveitar ou-tros espaços para que as muitas

associações desportivas, sociais e culturais que são excluídas das “tasquinhas” possam transformar a feira numa oportunidade para refor-çarem um pouco as suas possibili-dades financeiras?

Quanto custa programar a Feira ao longo de um ano de trabalho, en-volvendo o movimento associativo local na busca de soluções criativas que a reanimem, adequando-a aos tempos que vivemos sem que se perca a memória do que representa para os eborenses e para os alente-janos?

Quanto custam as pequenas mu-danças que reforçam a ligação iden-titária do espaço da Feira aos seus visitantes, de todas as gerações?

Quanto custa conceber a Feira como um todo coerente em vez de a espartilhar em pequenas feiras, construídas de costas umas para as outras, como se a diversidade tives-se necessariamente que matar a vi-são global do espaço de encontros?

Apesar de financeiramente o custo ser reduzido, trabalhar para realizar estas mudanças implica en-tusiasmo, empenho, capacidade de envolver outra gente, visão estraté-gica do que se pretende com a Feira, ausência de comodismo e vontade de correr os riscos que toda a mu-dança contém.

Parece-me óbvio que esta gestão

Eduardo luCianoadvogado

municipal não está em condições de pagar um tal preço, preferindo lamentar-se da falta dos meios fi-nanceiros, para os quais deram um contributo determinante com as suas opções erradas durante os úl-timos 9 anos.

Ainda assim e mesmo sabendo que iremos ficar tristes por não termos o espaço de encontro que merecemos, lá estaremos porque a Feira de S. João é a Feira de S. João e não se realizaria sem a presença dos que irão sempre, independente-mente do que lhes é oferecido.

Boa Feira… apesar de tudo.

Novo Governo, esperança renovada

O novo governo já é conhecido. Passos Coelho, com a descrição, simplicidade e rigor que já lhe co-nhecemos, conseguiu em poucos dias, com o seu parceiro de coliga-ção, organizar o governo da forma que prometeu. Um governo peque-no, o mais pequeno de sempre em Portugal, constituído por pessoas da confiança política dos dois parti-dos, PSD e CDS, como não poderia deixar de ser, mas onde os inde-pendentes, pessoas de reconhecido prestígio e mérito nas suas áreas de actividade, tiveram lugar.

Também o CDS indicou os seus ministros para pastas fundamentais como a Segurança Social, os Ne-gócios Estrangeiros e Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território. Os escolhidos, além de Paulo Portas, não têm experiência governativa, como afirmam muitos órgãos de comunicação social. Não vejo que isso seja necessariamente mau. Sócrates e a maior parte dos seus Ministros eram políticos de grande experiência governativa e de nada nos valeu. Pelo contrário.

Lá diz o povo que quem não tem dinheiro não tem vícios e portanto a falta de experiência também é si-nónimo de falta de vícios, abusos, esquemas de influência e de cor-

sÓnia raMos FErroJurista

D.R.

rupção, o que nos traz esperança renovada. Gente nova, com ideias arejadas e uma forma de trabalhar que poderá fugir aos cânones da Governação e da Administração Pública a que estamos habituados. O que também pode ser uma virtu-de. Sempre encarei as mudanças e os novos desafios como oportuni-dades e não como ameaças, e por-tanto o facto de haver Ministros com novas perspectivas e diferentes experiências profissionais e técni-cas, estou segura, será uma mais-valia para o país.

Agrada-me particularmente a nova Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz. Advogada reco-nhecida, mulher de grande poder de argumentação, raciocínio rápido e cristalino, pragmática e objectiva. Saberá como actuar cirurgicamente para debelar as maleitas mais pre-mentes da justiça e da sua lentidão atroz. Também Nuno Crato para o Ministério da Educação me deixa muito satisfeita. Um independen-te que tem partilhado connosco ao longo dos últimos tempos, num programa televisivo onde partici-pava, as suas ideias sobre a escola e os modelos de educação a seguir. Juntar no mesmo Ministério Edu-cação, Ensino Superior e Ciência

parece-me óbvio e muito acertado. Separar as três áreas é que me pare-cia descabido, disfuncional e inefi-ciente. Acima de tudo parecem-me escolhas acertadas para os tempos difíceis que se avizinham. Vamos precisar de Ministros com capaci-dade de negociação, com saber téc-nico e que rapidamente tomem as decisões que se impõem. Algumas surpresas, sim, mas que se revela-rão, seguramente, boas surpresas.

Os seus percursos profissionais e a média das suas idades falam por si.

JUVEntude em estreMOZ

No mês de Julho terá inicio a Ju-vemoz , este ano reduzida apenas a dois dias, 8 e9.

Na sexta-feira, dia 8, não sen-do a noite principal, escolheram a banda mais conceituada, deixando a noite de sábado com a actuação de pequenas bandas de garagem.

Do meu ponto de vista, não en-tendo como é que uma banda de topo em Portugal como o Xutos e Pontapés, seja escolhida para uma noite menos importante e se dê primazia, na noite de sábado, a bandas que ainda nem sequer são conhecidas no mercado nacional.

Tudo isto se deve ao facto de se realizarem festivais da juventude sem que esta participe na sua or-ganização.

A JP de Estremoz por sua ini-ciativa dirigiu-se por várias vezes à câmara municipal, a fim de sa-ber porque não estava em funcio-namento o concelho municipal da juventude.

A nosso ver, entendemos que o concelho municipal da juventude é fundamental para as politicas dos jovens, pois estes têm, desde cedo, de se habituarem a partici-par nas decisões e realizações dos eventos que têm a ver com eles e que se realizam na sua terra.

Talvez, se o concelho municipal da juventude já estivesse em fun-

cionamento, e este participasse na organização da Juvemoz, já os jo-vens tinham emitido uma opinião na organização do evento.

As bandas que iriam actuar, se o concelho estivesse em funciona-mento, seriam com toda a certeza aquelas que os jovens de Estremoz mais apreciam. É certo que temos uma banda conceituada, mas tal-vez fosse possível ter também ou-tro interveniente conceituado para que a Juvemoz se torne num dos melhores festivais de verão do in-terior alentejano.

Espero que a Juvemoz corra bem. Irei estar presente, com toda a certeza, pelo menos no concer-to dos Xutos e Pontapés e espero também que a juventude desta região se venha divertir na Juve-moz.

A esperança da JP de Estremoz é que o concelho municipal da juventude seja formado tão breve quanto possível para que os pró-ximos eventos realizados em Es-tremoz possam brilhar em todo o Alentejo.

Mariana assis E santosEstudante

“Sócrates e a maior parte dos seus Minis-tros eram políti-cos de grande experiência governativa e de nada nos valeu. Pelo contrário“.

“Claro que a questão finan-ceira pesa quan-do se equaciona a contratação de espectáculos de entretenimento com gente fa-mosa“.

“Espero que a Ju-vemoz corra bem. Irei estar pre-sente, com toda a certeza“.

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Política

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“Super pasta” para Assunção Cristas surpreende agricultoresNova ministra acumula Agricultura, Mar e Ambiente. CAP com expectativas positivas.

Redacção | Registo

Nem agricultores, nem dirigentes par-tidários antecipavam a escolha de As-sunção Cristas para suceder a António Serrano à frente do Ministério da Agri-cultura. Uma surpresa acrescida pelo facto de a nova ministra passar igual-mente a tutelar o Ambiente.

Passos Coelho concretizou a promessa de apresentar ao país um governo mais pequeno – ao todo são 11 ministros. Mas a solução encontrada para a Agri-cultura deixou surpreendidos diversos dirigentes sociais-democratas e até cen-tristas. “Nunca misturaria agricultura e ambiente”, disse ao Registo [em Maio] o cabeça-de-lista do CDS por Évora, André Assis.

“Há cerca de dois anos, quando fui eleita deputada, também não tinha co-nhecimentos de Orçamento e Finanças, por isso tive de estudar muito e conhe-cer os assuntos. Não vou estar sozinha e penso que todos juntos vamos fazer bom trabalho”, diz a nova ministra, em-possada terça-feira.

“Conto trabalhar muito e espero que os que vierem trabalhar comigo te-nham a mesma dedicação para que o

resultado seja visível”. À hora do fecho desta edição não era ainda conhecida a equipa de secretários de Estado.

Militante do CDS desde 2007, douto-rada em Direito Privado e professora na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, Assunção Cristas che-gou à política quando decidiu enviar uma mensagem a Paulo Portas depois de um programa televisivo onde se de-bateu o referendo ao aborto.

Na passada legislatura a nova minis-tra integrou a Comissão Parlamentar de Agricultura, um dos temas “caros” a Paulo Portas.

Durante a campanha, figuras próxi-mas de Pedro Passos Coelho chegaram a admitir o fim do Ministério da Agri-cultura, posição que seria “revista” pou-co depois.

Na altura, a Confederação dos Agri-cultores Portugueses (CAP) chegou a ad-vertir para os prejuízos que essa decisão traria para o país uma vez que enfra-queceria a posição negocial de Portugal em relação aos fundos comunitários.

Agora, mesmo chamando a atenção para o facto de se tratar de uma pasta “demasiado grande”, o presidente da CAP, João Machado, dá o benefício da

dúvida à nova ministra. “A doutora Assunção Cristas tem

sido uma deputada de relevo do CDS, o CDS tem defendido a agri-cultura nos últimos anos, portanto temos toda a confiança na pessoa e no partido que nos vai representa-ra”, disse João Machado à TSF, ma-nifestando disponibilidade para colaborar.

“É uma super-pasta. Nós acredi-tamos que Assunção Cristas é uma super-mulher mas temos de ver qual a estrutura dos secretários de estado para perceber como o ministério vai ser gerido”.

Entre militantes do PSD (5, incluindo o primeiro-minis-tro), independentes (4) e mi-litantes do CDS (3), o novo Executivo é composto por um total de 11 ministros., sendo o mais pequeno desde o 25 de Abril.

As decisivas áreas económicas foram entregues a Vítor Gaspar (Finanças) e Álvaro Santos Perei-ra (Economia).

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6 23 Junho ‘11

Entrevista

” Um novo ministro é como uma melancia, só se conhece depois “

Joaquim Dias, presidente da comissão organizadora do II Congresso Ibérico de Suinicultura

Luís Maneta | Registo

O agravamento dos custos de produção e a perda de competiti-vidade da suinicultura nacional são alguns temas em debate du-rante o II Congresso Ibérico de Suinicultura que amanhã ter-mina em Évora.

Em entrevista ao Registo, o presidente da comissão orga-nizadora do congresso recorda a “profunda crise” que o sector está a atravessar, perspectiva dois anos “muito difíceis” e não esconde a “estranheza” pela nomeação de Assunção Cristas como ministra da Agricultura e

do Ambiente.

A suinicultura está a atra-vessar momentos difíceis a nível nacional?

Efectivamente é verdade. Es-tamos a atravessar uma crise grave que se arrasta há cerca de quatro anos e que tem a ver com situações conjunturais relacio-nadas com o preço das matérias-primas, com o aumento de preço dos cereais que se vai reflectir no aumento dos custos com a alimentação dos animais.

Muitas explorações correm o risco de se tornar insustentá-

veis do ponto de vista econó-mico?

Sim, porque neste momento os suinicultores já gastaram os re-cursos financeiros que tinham e até os que não tinha. Como sabe esta é uma actividade dinâmica, não é uma fábrica de fazer pa-rafusos e que se desliga quando está a dar prejuízo … os animais têm de ser mantidos, temos de os alimentar e, portanto, temos estado a viver na esperança de uma melhoria. O que acontece é que, de facto, as perspectivas que existem quanto à evolução do preço das matérias-primas não são agradáveis.

E isso pode reflectir-se no preço da carne?

Não, não podemos subir o pre-ço da carne pois há uma pres-são enorme por parte das gran-des superfícies comerciais para mantermos os preços pois eles também têm de vender. Por ou-tro lado, os governos por causa da inflação também não estão muito interessados em que os preços disparem e venham in-fluenciar o poder de compra dos consumidores.

Ou seja, nesta intersecção de interesses o mais penalizado acaba por ser o produtor?

Pois, é assim. A nível da Fede-ração Portuguesa de Suiniculto-res estamos muito preocupados com o momento que o sector está a atravessar, temos apresentado as nossas preocupações e vamos aguardar para ver como vai ser a evolução do mercado.

Admite que nalgumas explo-rações, porventura em maio-res dificuldades, o tratamen-to dado aos animais não é o melhor?

Eu não iria por aí pois quem mais gosta dos animais é o pró-prio criador, o suinicultor. Nem mesmo em situações extremas,

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tão interessados nisso. Cada vez mais temos de passar a imagem de uma carne limpa, produzida de acordo com as regras ambien-tais e com o bem-estar animal.

Nesse sentido, como é que vê o facto de agora termos uma ministra da Agricultura que também é do Ambiente?

Para mim foi uma grande sur-presa e existe uma grande in-cógnita sobre a forma como irá resolver estes conflitos.

Mas isso é insanável.Não, não quer dizer que as coi-

sas sejam contraditórias. Há que encontrar pontes, denominado-res comuns entre explorações agrícolas e ambiente no próprio interesse do país. Para isso tem de ser levada em conta a estraté-gia alimentar, a independência alimentar, pois quando abri-mos as fronteiras estávamos a produzir 103%. Neste momento estamos a produzir cerca de 56% das necessidades de consumo nacionais e é importante olhar-mos para os outros países para sustentar a nossa estratégia ali-mentar.

Como assim?A Europa está preocupada e

com problemas graves e de um momento para o outro pode fe-char a torneira, pode acabar-se o dinheiro, haver alterações cam-biais e de moeda e temos de ter garantida a nossa independên-cia alimentar. Ora se só produzi-mos 56% da carne de porco que consumimos como é que vamos fazer? São todas estas condicio-nantes que vão determinar a política agrícola e é este ponto de equilíbrio que a nova ministra terá de procurar. É para isso que são ministros, para servirem de árbitros quando este tipo de in-teresses, que são legítimos, entra em conflito.

Então quais são as expecta-tivas que tem em relação ao novo governo?

A minha primeira reacção foi de grande surpresa. Conhe-ço a família da nova ministra da Agricultura, não a conheço a ela, causa-me alguma preo-cupação a falta de experiência, a acumulação de ministérios e principalmente a junção das pastas do Ambiente com a Agri-cultura. Mas admito que possa acontecer algo positivo, que su-pere as expectativas e gerindo os dois ministérios consiga ser uma árbitra ponderada e sempre com o objectivo de salvaguardar o interesse nacional contra as políticas de uma Europa velha, ultrapassada e, quanto a mim, até um pouco confundida.

Ninguém contava com a jun-ção dos dois ministérios?

Não sei. Não fui nomeado primeiro-ministro logo não me compete a mim estar a defender esta solução governativa mas a verdade é que não esperava que

“Causa-me algu-ma preocupação a falta de experiên-cia da ministra da Agricultura, a acumulação de ministérios e principalmente a junção das pastas do Ambiente com a Agricultura. Mas admito que possa acontecer algo positivo, que supere as expecta-tivas”.

a Agricultura e o Ambiente pas-sassem a estar na dependência de um mesmo ministro.

As importações de carne de porco têm vindo a aumen-tar?

O espaço que vamos perden-do em termos de consumo tem vindo a ser ocupado pelos espa-nhóis, que têm outras possibili-dades de produzir a uma maior dimensão. Não é que produzam mais barato mas têm uma escala de produção maior.

Sei que a Federação Portu-guesa de Suinicultura tem defendido a criação de li-nhas de crédito para o sector. É uma proposta que se man-tém?

Temos vindo a insistir na ne-cessidade de uma linha de crédi-to destinada à tesouraria embora neste momento seja uma reivin-dicação extremamente difícil de conseguir. Em primeiro lugar porque a União Europeia parou as linhas de financiamento à suinicultura. Por outro lado por-que os suinicultores já não têm dinheiro, passam dificuldades, com a crise e com os problemas bancários já não conseguem ar-ranjar garantias. O dinheiro vai ser, também, cada vez mais caro, as exigências mais apertadas e as próprias disponibilidades da banca cada vez menores. Ou seja, vamos passar dois anos muito maus, de muitas dificuldades.

Com estas perspectivas, está-nos a traçar um cenário ne-gro do sector?

Não o queria fazer mas é mes-mo assim, estamos a viver tem-pos muito preocupantes. Muito preocupantes.

Já houve diálogo com a nova equipa do Ministério da Agricultura?

Ainda não, estamos à espera.

E com o anterior governo, como é que correram as coi-sas?

Já lidei com 14 ministros da Agricultura e costumo dizer que em cada um deles deixei um amigo.

Incluindo Jaime Silva?Incluindo Jaime Silva, foi um

dos amigos – coloque amigos entre aspas – que passaram pelo Ministério da Agricultura. Em Santarém quando houve uma das primeiras contestações, acer-ca da qual ninguém me disse nada, fui o único a ficar na sala com o Jaime Silva e logo na fila da frente. A partir daí arran-jei um amigo. Todos eles estão cheios de boa vontade antes de chegarem à cadeira do poder, seja em relação à suinicultura ou aos outros sectores. Os proble-mas começam depois. Um novo ministro é sempre como uma melancia, só se conhece depois de lá estar.

Quando se fala de carne de porco estamos a falar de uma importante fileira agro-in-dustrial. Em que ponto se encontram as produções de

<O II Congresso Ibérico de Suinicultura que amanhã

termina trouxe a Évora 500 produtores oriundos de várias partes do mundo para debater os problemas de conjuntura e as perspectivas de mercado.>

500NÚMERo

“Pode haver alterações cambiais e temos de ter garantida a nossa independência alimentar. Ora se só produzimos 56% da carne de porco que consumimos como é que vamos fazer? ”.

Luís Pardal | Registo

de desespero. Existem movi-mentos em defesa do bem-estar animal mas não tenhamos dú-vidas que o maior amigo dos animais é o próprio criador. Não só porque tem interesse nisso do ponto de vista económico mas também porque ganha alguma afectividade aos animais.

É uma fileira que pode estar em risco?

Pois, é essa a nossa preocu-pação. Ao não haver alterações substanciais do ponto de vista conjuntural é uma fileira que pode estar em risco. Depois te-mos outras questões de ordem estrutural que não são melho-res e que se mantém, estão re-lacionadas com as políticas do Governo para o sector. Temos de aguardar para ver qual será a postura deste novo Ministério da Agricultura até porque existe um conflito permanente entre as nossas explorações e o meio ambiente. É um facto que estas explorações têm uma compo-nente poluidora que tem de ser resolvida e os suinicultores es-

raças autóctones?Temos três raças autóctones: o

porco alentejano, o bísaro cujos produtores lá no Norte têm esta-do a fazer um trabalho extraor-dinário, e o malhado de Alcoba-ça que conseguimos recuperar há pouco tempo e do qual exis-tem apenas cerca de 200 porcas. Fiz questão de trazer para Évo-ra esta congresso exactamente para chamar a atenção e ampli-ficar o potencial genético que temos aqui. As raças autóctones são um potencial genético a ní-vel mundial que temos de saber preservar e legar às gerações fu-turas. É um bem que temos aqui.

E que pode ser valorizado?Pois, a capacidade de o trans-

formar, valorizar, dar-lhe mais valor depende … estas coisas dependem da capacidade dos produtores e dos dirigentes asso-ciativos.

No caso do porco alentejano têm sido dados passos nesse sentido?

As duas associações, que co-nheço, têm estado a trabalhar muito bem. Têm os seus preços diferentes, os seus ciclos produ-tivos mas temos de apostar nes-te nicho de mercado, temos de saber vender. Se não soubermos vender, ao menos que nos jun-temos aos espanhóis que têm o presunto ibérico, oriundo da mesma família genética, e que já dispõem de uma grande máqui-na comercial, além de inúmeras explorações em Portugal. Ao me-nos que tenhamos a inteligência suficiente para nos juntarmos e apostarmos no mercado interna-cional.

Através de uma marca con-junta?

São esquemas comerciais so-bre os quais temos de pensar e trabalhar. O fundamental é vender, chegar ao consumidor final porque depois a carne não fala português ou espanhol. Um bom presunto é um bom presun-to, até porque o tronco genético é igual.

A propósito de consumo, têm sido apontados alguns pro-blemas à carne de porco rela-cionados com o colesterol o excesso de sal, por exemplo.

São mitos que vêm do anti-gamente. Como sabe, os nossos avós não tinham geleiras, con-geladores, e a carne de porco era conservada em salgadeiras. Criou-se, de facto, um mito em relação ao consumo da carne de porco que não ajuda nesta época de crise. Ora está provado cientificamente, não são argu-mentos da produção, que a carne de porco é a que tem menos pro-blemas a nível de colesterol, por exemplo. O que acontece é que quando transformada podem aparecer determinados tipos de produtos cujo consumo prolon-gado pode causar alguns proble-mas de saúde.

São as excepções?São. As pessoas podem comer

carne de porco à-vontade, sem problema nenhum, principal-mente carne de porco alentejano.

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8 23 Junho ‘11

Regional

Nova vaga de assaltos a montes isoladosEm Montemor-o-Novo, quando um casal de idosos foi assaltado e agredido na própria casa. Mas há registo de outros casos de violência.

Pedro Galego | Registo

Etelvina e Horácio Preguiça, ir-mãos, com 65 e 70 anos, respecti-vamente, foram das mais recen-tes vítimas do gang que procura dinheiro e ouro em montes iso-lados. Os idosos foram assalta-dos, sequestrados e agredidos na madrugada do passado dia 20, segunda-feira, em sua casa, na Pintada, concelho de Monte-mor-o-Novo.

Pouco passava das 07h00, quando um homem, encapuça-do e armado com uma pistola entrou de rompante pela porta das traseiras e causou momen-tos de pânico e terror. Recente-mente há também episódios de violência registados em Montar-gil e Santarém. As autoridades suspeitam que o grupo pode ser o mesmo.

“Levámos com a coronha da pistola na cabeça. Queria di-nheiro, mas como não havia nada foi-se embora”, explicou Etelvina.

A diferença deste assalto em relação a outros episódios re-centes é que foi apenas um as-saltante a entrar em casa alheia. Normalmente o grupo é consti-tuído por três ou mais elemen-tos, ainda assim, os dois irmãos sentiram-se impotentes.

“Apontou a pistola à gente e ficámos sem saber o que fazer. Continuamos com muito medo de aqui estar, mas pode ser que

Um dos episódios mais vio-lentos desta recente vaga de assaltos a montes aconteceu no passado dia 17, no Monte da Machuqueira, localizado entre Forros do Arrão e Montargil, no concelho de Ponte de Sor, onde dois idosos e um funcionário da propriedade foram espan-cados.

De acordo com o comandan-te do Posto Territorial da GNR de Ponte de Sor, capitão Luís Fernandes, “o assalto foi per-petrado por cinco homens, com idades compreendidas entre os 25 e os 35 anos, que agrediram o casal de idosos e um dos fun-cionários com recurso a marre-

tas, matracas e punhais”, disse o oficial à Rádio Elvas. O idoso e o funcionário receberam assistência médica no Centro de Saúde de Ponte de Sor.

A mesma fonte explicou que os assaltantes extraíram ao casal “10 mil euros em dinheiro, 1200 euros em ouro e um jipe, recuperado no dia seguinte pelas autoridades, junto ao paredão da barragem de Montargil.

Na Várzea, em Santarém, no dia anterior ao episódio de Ponte de Sor foram os elemen-tos de um casal com 72 e 74 anos as vítimas de um crime semelhante. Os assaltantes es-

tacionaram o carro ao lado da casa, pelas 02h00, arrombaram a porta a pontapé e dirigiram-se com agressividade e violên-cia ao casal que estava deitado.

Dois ladrões agarraram os idosos e bateram-lhes para os obrigar a dizer onde tinham os valores enquanto os outros reviravam a casa à procura de objectos de valor.

Acabaram por fugir apenas com alguns documentos e ob-jectos sem valor. Uma vizinha que se apercebeu dos gritos e que tentou chegar à casa terá precipitado a fuga dos assal-tantes. Em ambos os casos os suspeitos continuam a monte.

Gang rouba 10 mil euros e ouro

Ao longo de três anos, deze-nas de idosos residentes em montes isolados nos distritos de Portalegre, Évora, Beja e Faro, ficaram sem as econo-mias e foram brutalmente espancados por um grupo de indivíduos de etnia cigana. Um dos idosos, residente num monte perto de Colos, concelho de Odemira, acabou mesmo por morrer ao fim de uns dias. Outros tiveram que recorrer aos serviços hospita-lares, mas ainda hoje sofrem de mazelas provocadas pela violência das agressões.

Entre 1999 e 2001, os indiví-duos usavam quase sempre o mesmo método. Depois de escolhido o ‘alvo’, os assal-tantes vestiam-se a rigor e abordavam os idosos sob o disfarce de funcionários da assistência social, dos bancos ou segurança social.

Posteriormente, com ame-aça de armas, obrigavam as vítimas a dar todo o dinheiro que tinham em casa e ainda alguns objectos pessoais ou, simplesmente, decorativos. O grupo acabou por ser captu-rado pela PJ de Faro e julgado em 2002. Cinco dos seis indi-víduos pronunciados acaba-ram condenados a penas de prisão pesadas.

Anos perigososnão voltem, pois viram que não havia aqui nada de valor para roubar”, acrescentou a vítima.

Quem saiu em socorro dos dois idosos foi o senhorio dos mes-mos, Manuel Pinto, também j+a de idade avançada. O proprietá-rio da série de casas que compõe o monte que foi alvo dos amigos do alheio na passada segunda-feira diz que, neste caso, a oca-sião fez o ladrão.

“Entraram nesta casa porque tinha a porta aberta, senão po-dia ter sido eu. Corre fama que tenho muito dinheiro mas é

mentira, aqui é tudo gente po-bre que vive do campo”, disse o senhorio.

A GNR foi chamada ao local e tomou conta da ocorrência. Fon-te policial explicou ao registo que, apesar do homem ter tenta-do roubar os dois idosos sozinho, não significa que não houvesse outros elementos à espera no ex-terior da casa. O suspeito pôs-se a monte e a investigação foi entre-gue à Polícia Judiciária.

“Os cães começaram a ladrar muito por volta das 06h00. Se calhar foi quando eles come-

çaram a rondar, mas ninguém percebeu esse sinal. Os meus inquilinos já estavam acorda-dos, mas só a Etelvina é que se tinha levantado. Foi num dos quartos que os dois acabaram por ser agredidos”, relatou Ma-nuel Pinto.

As vítimas foram transpor-tadas para o Hospital de Évora onde receberam tratamento aos ferimentos sofridos na zona da cabeça e voltaram a casa naque-la tarde. Os dois idosos são refor-mados e vivem, além das pen-sões, do trabalho agrícola.

D.R.

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9

Regional

Luís Filipe Santos | Ecclesia

No Verão, as festas e procis-sões são uma constante nas paróquias portuguesas. Na linha do documento dos bis-pos Repensar juntos a Pas-toral da Igreja em Portugal o capítulo da religiosidade popular tem sido estudado?

A religiosidade popular tem de ser repensada e renovada. Com o fluxo dos tempos inse-rem-se aspectos que não provêm da inspiração evangélica. No entanto, não se pode colocar de lado que o homem necessita de festas, romarias e peregrinações. A religiosidade popular tem a particularidade de lhe dar esses símbolos concretos.

Em Portugal realizam-se mui-tas festas, mas a principal pro-cissão é a do Corpo de Deus. A Eucaristia é o centro de toda a religiosidade cristã. Depois, vêm as festas de Nossa Senhora e em honra dos santos dos padroeiros. Todavia, nem sempre elas estão, totalmente, sintonizadas com o objectivo de honrar o padroeiro.

Muitas vezes, o lado lúdico prevalece em relação à ver-tente religiosa.

O lado lúdico e cultural são ne-cessários, mas as motivações das festas nem sempre são as mais correctas. Nem sempre, as pesso-as que se juntam para uma fes-ta têm mesma fé e visão festiva. Mas há uma coisa que as une: o desejo de conviver com os outros e de alegrar-se com as outras pes-soas. Se repararmos, o Natal tem muita religiosidade popular à sua volta.

Mas um Natal tem um momento preparató-rio – o Advento -, suponho que tal não acontece em relação às festas em honra do padroeiro?

Antigamen-te havia…. Nalguns la-dos ainda existe o tríodo preparatório, mas é con-corrido por pouca gente. Noutros, a

Bispo de Beja quer ”repensar“manifestações religiosas popularesD. António Vitalino, diz ser fundamental que a festa não deixe de lado a verdadeira motivação religiosa

festa da Imaculada Conceição é preparada por uma novena.

Prepara-se a festa mais do lado exterior (arranjos dos andores e outras coisas) do que do lado in-terior. O aspecto económico, cul-tural e lúdico prevalece.

Os párocos estão sensibiliza-dos para alterar a vertente preparatória da festa?

Alguns estão. Outros menos. É sempre altura de muito cansaço porque se acrescenta algo àquilo que é o dia-a-dia. Dada a escas-

sez do clero,

tempo do ano, não recebem a catequização. Às vezes, «armam» conflitos porque não acompa-nharam o processo.

Nesses casos, o bispo desem-penha um papel moderador.

Recebo cartas, telefonemas e delegações. Em primeiro lu-gar, tenho de ouvir o padre e aconselhá-lo. Depois tento que as pessoas resolvam o problema em paz. Às vezes, os padres têm de ceder para evitar conflitos de maior. É um trabalho que temos de fazer ao longo do ano: formar e informar as pessoas sobre o evangelho.

O documento Repensar jun-tos a Pastoral da Igreja em Portugal foi publicado há cerca de um ano. Já existem directivas após este tempo de reflexão?

As dioceses e grupos envia-ram as respostas sobre as luzes e sombras pastorais até ao final de Março. Na diocese de Beja – ape-sar de ser dispersa – convidámos os colaboradores de todas as pa-róquias (não apenas o conselho pastoral) para ouvir as suas pro-postas.

O que retiraram desses tra-balhos?

Em primeiro lugar, que a igre-ja tem de ouvir mais os leigos. Não pode ser o bispo a ditar ou o seu conselho presbiteral, mas coordenar. Temos de ouvir e as-sumir muita coisa porque Deus fala por todos.

Essa é uma sombra que pode-rá tornar-se luz brevemente?

Poderá tornar-se luz se mu-darmos a nossa prática pastoral. Os leigos não estão sempre dis-poníveis para tudo, mas temos alguns que colaboram e estão muito dispostos desde que sejam escutados.

Que não sejam considerados cristãos de segunda?

De segunda ou “paus manda-dos”. O padre não pode ser o “faz tudo”. Mais vale fazer pouco, mas com os outros do que ir so-zinho. Quando as pessoas ficam para trás, não se constrói igreja. A comunidade constrói-se com as pessoas. A igreja tem de agir de maneira sinodal. Os métodos de evangelização têm de mudar muito. Não podem ser só os tra-dicionais de debitar um catecis-mo ou uma homilia. Bento XVI falou-nos no “dinamismo dos movimentos”. Se calhar temos de apostar no dinamismo da família, dos pequenos grupos e dos serviços. Por outro lado, temos de ultrapassar o juridis-mo e burocracia geográfica pa-roquial porque, actualmente, existe uma grande mobilidade humana.

há muita dificuldade em en-contrar padres disponíveis para ajudar.

A diocese de Beja tem pou-cos padres. Como conseguem conciliar a vida pastoral do dia-a-dia com estes “extras”?

Alguns padres têm duas festas no mesmo dia. Às vezes, os pá-rocos vizinhos dão uma ajuda, mas é impossível estar em si-multâneo em dois lados. Após a Páscoa até meados de Setembro há muitas festas em todo o Alen-tejo.

E os cristãos conhecem a história do santo/a que cele-bram?

Alguns dos santos têm sécu-los e nem sempre se sabe a vida deles. Mas há aspectos que pas-saram para a mentalidade do povo e sabem, sobretudo, do que é que eles são padroeiros. Sabem que a Santa Bárbara é padroei-ra dos mineiros, São Sebastião é das pestes… Às vezes, fazem-se sermões à volta da vida do pa-droeiro, só que no ambiente de festa exterior nem tudo se ouve e percebe…

Quando se realizam as festas as igrejas estão cheias e nos outros domingos?

No Alentejo, as mulheres e crianças vão à igreja. Os homens ficam cá fora à espera da procis-são. Por isso, não diria que no dia da festa tem muito mais gente na igreja. Os homens, quando as festas têm a parte folclórica, estão ocupados na organização.

Essa é a dimensão do volun-

tariado. A igreja tem sensibi-lizado para esta área?

As festas trabalham muito com o voluntariado: limpar, or-ganizar e adornar.

A vivência da religiosidade popular não é o lado infanti-lizado da fé?

Não diria que é infantil, mas uma expressão – para alguns um pouco infantil ainda – adulta da fé. As pessoas saem do espaço li-túrgico (do templo) e vão para a rua. Sabemos que em meios ad-versos as pessoas são apontadas.

Ainda existe esse estigma?No Alentejo sim. Em algu-

mas partes criou-se a mentali-dade que o homem não deve ir à igreja. Muitas vezes afirmo: “o alentejano fora do Alentejo é um cristão muito empenhado”. Basta ver na grande Lisboa e nas migrações, o empenho dos alen-tejanos.Têm medo de professar a sua fé?

As pessoas agem por motiva-ções e pressões sociais. Evitamos fazer determinadas coisas quan-do somos marginalizados. Mas aqueles que participam mos-tram que são adultos e não têm medo de enfrentar as críticas.

Quando se realiza a festa, as localidades recebem os “fi-lhos da terra” que migraram.

Normalmente, os conterrâne-os voltam a terra natal. Muitos, fazem questão de marcar as fé-rias na altura das festas da sua terra. Outros marcam casamen-tos e baptismos para esse tem-po. Como estão ausentes muito

Conhecidas pela morte do touro, as festas de Barrancos realizam-se em honra de Nossa Senhora da Conceição.

D.R.

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10 23 Junho ‘11

Regional

Ao introduzir uma reflexão sobre o facto que vivemos mais que uma crise económi-ca, uma “crise moral”, importa evitar dois equívocos. O primeiro, é que não se trata de prolongar as lamúrias habituais sobre “a perda” ou “o fim dos valores”, que pressupõe que “dantes” havia valores e hoje já não os há. Esses discursos ocultam uma realidade: muitos dos “valores antigos” eram opressi-vos e não deixam saudades. O segundo equí-voco, é o dos moralismos. Analisar a situa-ção actual em termos de “crise moral” não implica que nos coloquemos do ponto de vista dos que têm uma moral (obviamente melhor que as dos outros) e pensam impô-la a todos, nem do ponto de vista das nossas próprias escolhas morais. Para evitar esses equívocos, a via é simples: a moral pública, quando se trata do pessoal que ocupa cargos públicos, consiste em agir em conformidade com os princípios que essas mesmas pessoas invocam, nomeadamente para se fazerem eleger. Assim, se os detentores da autoridade defendem honestidade e sinceridade, recu-sam a mentira e a fraude, então, os simples cidadãos como nós têm o direito (o dever) de exigir que eles se conformem com esses princípios.É por conseguinte legítimo e necessário, confrontar os actos dos nossos eleitos com a moral que pretendem seguir. No controlo dos cidadãos sobre os políticos reside, sem qualquer dúvida, o ponto nevrálgico da futura acção política nas sociedades demo-cráticas. E o controlo consiste no controlo moral da acção política, tanto ou mais do que no controlo da efectividade dessa acção (a realização dos “programas eleitorais”).A crise moral surge quando se realizam duas condições: os eleitos desrespeitam os seus princípios morais; e – sobretudo - a sociedade perde a capacidade para confron-tá-los com esse desrespeito. É o que acon-tece quando na acção pública as palavras perdem o sentido. A relação da sociedade com as suas próprias crenças, com a confian-ça, com os princípios comuns desmorona-se. Falar de “preservar o estado social” quando se trata de demoli-lo, de “solidariedade” e preservar privilégios, falar de “transpa-rência” quando se inventam artifícios de dissimulação, etc., é levar a cabo uma des-truição da língua. Com ela se destrói o senso comum, a possibilidade de acção comum, o sentido do laço social. Processo mortífero para o qual estávamos prevenidos, desde a “LTI, a língua do III Reich”, de V. Klemperer (1945) à “novilíngua” do “1984” de Orwell (1949). A crise moral na qual mergulhámos é perda moral, decerto. É, ainda mais, perda de sentido.

CIDEHUS - Universidade de Évora e Academia Militar

[email protected]

antropólogoJosé rodrigues dos santos*

Um olhar antropológico

O que é uma “crise moral”?

29Évora celebra Festas PopularesRedacção | Registo

As Festas Populares da Cidade – Fei-ra de S. João 2011 vão ter lugar no recinto do Rossio de S. Brás até 3 de Julho, tendo como tema central o Ano Internacional da Juventude e das Florestas.

Durante 11 dias, “o coração” do concelho transfere-se para este es-paço, recheado de animação e de diversas ofertas culturais, sociais e desportivas, com os eborenses a “re-encontrarem-se” num ambiente de festa e de alegria.

Com um programa extremamente eclético, onde predominam as actu-ações, exibições e mostra do trabalho “dos filhos da terra”, as Festas Popu-lares da Cidade – Feira de S. João são, por isso mesmo, uma enorme mon-tra do trabalho e esforço de um ano de empenhamento.

Neste aspecto, de salientar a pre-sença de todas “as turmas” do pro-grama “Jogar+” que, no polidespor-tivo junto à Arena d’Évora, farão pequenas exibições. O mesmo suce-derá no palco do Espaço Jovem e da Horta das Laranjeiras onde muitas colectividades, associações e artistas mostrarão os seus dotes em várias fa-cetas, para gáudio de todos.

Ainda em termos culturais de sa-lientar, na Arena d’Evora a comédia “Vamos Contar Mentiras!...”, no sába-do, dia 2 de Julho e o espectáculo de encerramento da feira (dia 3), pela Big Band Loureiros & Anabela.

A componente desportiva volta a marcar presença de uma forma mui-to visível, com a realização de diver-sos eventos, de que se destaca a Final do Torneio de Futebol sub-15 anos, os torneios de natação e de pólo-aquáti-

co, uma caminhada, BTT…etc.O Espaço Jovem, com bar das asso-

ciações, campo desportivo, compu-tadores, consolas, jornais e revistas, praça de artistas, Projecto Risca o Risco Tenda Évora@Futuro oferta de formação e educação, o Parque In-fantil, onde os mais pequenos pode-rão usufruir de um sem número de actividades, ou a Horta das Laranjei-

A vida no novo milenioisabEl lEalEscritora | www.criancasdeumnovomundo.com

“Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus: - Eu sei quem sou! E Deus disse: - Que bom! Quem és tu? E a Pequena Alma gritou:

- Eu sou a Luz! E Deus sorriu. - É isso mesmo! – exclamou Deus. – Tu és a Luz! A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir.” , Neale Donald Walsch.

A vida no novo milénio não pode continuar a ser construída com base em hábitos que foram normalizados ao longo dos últimos séculos. Todos os hábitos, modos de agir e de sentir que tenham por base actos e sen-timentos de baixa vibração estão à partida condenados.

Entenda-se por baixa vibração tudo o que seja relacionado com medo, mentira, corrupção, vícios que matam, morte de outro ser vivo des-de humano até um animal, deson-estidade, obsessão, possessividade, julgamento, crítica, esforço, controle,

desejo desmedido, e outras atitudes próprias de um sistema mental e nervoso desequilibrado.

A alma é livre, tudo o que ela é está relacionado com vibração alta. Alegria, missão, concretização, amor, gratidão, desapego, beleza, paz, Ego bem-educado, aceitação da luz e di-vida que existe em cada um de nós.

Tudo o que resiste persiste Tudo o que existe é criação do ser humano, das suas acções, pensamentos e pala-vras. O ego é uma função que o as-siste e ganhou destaque e espaço nos últimos milénios. Quando fica des-medido, descontrolado e cego cria cenários feios, de dor, angústia, doen-ça e carência Uma vez que algo seja criado, existe e não se pode apagar.

Podemos sim a todo o momento elevar a vibração, projecta-la sobre o que existe e mudar aos poucos o que foi feito para algo melhor.

Tudo se cria, tudo se transforma e é de manter assim com quem segura num bebé. Dar tempo, e aos poucos ela transforma-se em algo melhor, ou mesmo algo bom.

A crítica e o julgamento só servem para projectar negatividade e faz-er criações tortas e desmedidas. O cansaço e o esforço são tão verda-deiros quanto a alegria e a força divi-na, depende da escolha que cada um quer fazer e no que quer acreditar.

No novo milénio pelas crianças pelo planeta terra pelo universo é preciso que as pessoas saiam do Ego, do desequilíbrio e sejam felizes.

Livros recomendados:a pEquEna alMa E o sol - nEalE donald WalsCh – Editora sinais dE Fogoa Matriz divina – grEgg bradEn – Editora sinais dE Fogoo CÓdigo dE dEus - grEgg bradEn – Editora EstrEla polarKryon – EM soCiEdadE CoM dEus – lEE Carroll - Editora EstrEla polar

No dia 29 de Junho, Dia de S. Pedro, feriado municipal, a cidade “veste o seu melhor fato” e home-nageia instituições e cidadãos, reconhecendo o seu valor através da atribuição de medalhas de mérito diverso. Nesta cerimónia, agendada para as 11h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, será ainda atribuída a Bolsa de Mérito Académico.

Pelas 18h00, o Palácio D. Manuel recebe a cerimónia de entrega dos

prémios do V Concurso de Vinhos Engarrafadas do Alentejo e meia hora mais tarde, na Horta das La-ranjeiras, está prevista a realização do leilão do “Pig Parade” (porcos decorados).

Os aficionados poderão reju-bilar com a tradicional Tourada de S. Pedro (21h30), num dia que terá ainda desporto, flamenco, canções e leitura animada para os mais novos, entre outras acti-vidades.

Medalhas municipais

ras, onde “os petiscos” reinam, são as outras componentes de um certame único.

As Festas Populares da Cidade – Feira de S. João, que terão a aber-tura oficial no dia 23, pelas 18h30, incluem ainda uma Mostra de Arte-sanato, Mostra Institucional, Feira Tradicional, Mostra de Artes Decora-tivas e Tauromaquia.

D.R.

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12 23 Junho ‘11

Actual

Corre Portugal o risco de desertificação?

“As alterações climáticas que se prevêem para o nosso país, em virtude do aquecimento global, agravam a situação, pois teme-se o aumento da frequência de situações extremas, quer de invernia quer de seca. A generalidade da superfície agrícola nacional é composta por solos pouco férteis e instáveis do ponto de vista estrutural, o que agrava os problemas de encharcamento, erosão e secura”.

Mário José Carvalho | Texto

A desertificação pode ser enten-dida como a perda da capacida-de produtiva dos ecossistemas de uma região, ou no seu sentido mais lato, como o despovoamen-to uma determinada região por esta deixar de ser atractiva para os seus habitantes em que, para além das causas ambientais, há razões económicas e sociais para essa percepção.

Nesta perspectiva mais lata, pode considerar-se que a gene-ralidade do interior do país cor-re riscos de desertificação, pois mesmo nos casos em que não se verifica uma diminuição da capacidade produtiva física dos ecossistemas, a degradação rela-tiva das condições económicas do sector agrícola e as menores oportunidades à disposição das populações do interior (econó-micas, educativas, de acesso à saúde, etc.) levam à sua migra-ção.

Se é certo que a sustentabilida-de do interior do país pode e deve passar por uma maior diversida-de da sua economia, é evidente que a sua vitalidade depende do sector agrícola, pois é à volta des-te sector que outros negócios se podem instalar, quer a montan-te (empresas que vendem produ-tos e serviços à agricultura), quer a jusante como sejam os casos do agro-turismo e indústrias agroa-limentares.

As dificuldades de sustentabi-lidade da generalidade dos sec-tores agrícolas em Portugal, mui-to em especial do seu interior,

são várias e prendem-se com causas estruturais e ambientais e a falta de uma estratégia das políticas públicas.

Do ponto de vista estrutural a agricultura portuguesa está as-sente numa classe empresarial envelhecida e pouco instruída, problema este que se tem vindo a agravar. Entre 1999 e 2009 a idade média dos produtores agrí-colas subiu de 59 para 65 anos.

Mais grave ainda é a perda de produtores mais jovens o que para além de outros problemas, significa uma menor capacidade de inovação tecnológica, sem a qual não é possível melhorar a eficiências dos diversos sectores agrícolas.

A juntar à estrutura etária te-mos o baixo grau de formação (89% dos produtores só têm for-mação prática) e uma estrutura fundiária muito repartida e de pequenas dimensões, em que 76% das explorações agrícolas têm menos de 5 hectares.

Do ponto de vista ambiental são sobejamente conhecidas as nossas limitações, quer climáti-cas quer edáficas. A concentra-ção das chuvas no Inverno cria problemas de encharcamento e erosão dos solos, enquanto a sua escassez de Primavera e Verão conduz a perdas de rendimento por deficiência hídrica, caracte-rísticas estas que estão associa-das a uma desconcertante varia-bilidade climática.

As alterações climáticas que se prevêem para o nosso país, em virtude do aquecimento global, agravam a situação, pois teme-

se o aumento da frequência de situações extremas, quer de in-vernia quer de seca.

A generalidade da superfície agrícola nacional é composta por solos pouco férteis e instáveis do ponto de vista estrutural, o que agrava os problemas de enchar-camento, erosão e secura.

Os solos com elevada capaci-dade de troca catiónica, parâ-metro relacionado com a sua ca-pacidade de fornecer nutrientes às plantas, representam apenas 4,2% da nossa superfície agrícola.

Nos restantes solos a sua ferti-lidade está normalmente depen-dente do seu teor em matéria orgânica, mas mais de 70% dos nossos solos apresentam um teor orgânico muito baixo.

A acidez dos solos portugueses é generalizada, o que dificulta também a absorção de alguns dos nutrientes mais importantes para as culturas e, em muitos ca-sos, permite o aparecimento de toxicidades de elementos como o alumínio e o manganês.

Em relação directa com as cau-sas estruturais e ambientais des-critas, a inovação tecnológica de boa parte dos sectores agrícolas portugueses, nomeadamente os mais representativos do interior do país, é muito escassa.

Contudo há aqui uma respon-sabilidade das políticas públi-cas, uma vez que a investigação agrária há muito que deixou de ser uma preocupação da política agrícola portuguesa.

Uma política de investigação e divulgação aos agricultores constrói-se baseada em quatro

pilares: infra-estruturas, recur-sos humanos, programas de in-vestigação e extensão rural.

Se admitirmos que a priorida-de da investigação agrária em Portugal deverá ser o aumento da sustentabilidade económica e ambiental dos principais sec-tores, particularmente os que estão em pior situação, então toda a atenção deve ser concen-trada no solo e na melhoria das suas qualidades, pelo que a pri-mazia deve ser dada à investi-gação aplicada e de longa dura-ção, uma vez que as alterações das propriedades do solo levam tempo a ocorrer. Isto tem impli-cações na definição dos pilares acima referidos.

As infra-estruturas devem contar com campos experimen-tais e estes devem estar locali-zados nas regiões e sistemas a

estudar, o que obriga a igual dis-persão dos recursos humanos. No entanto, nos actuais quadros de investigação do Ministério da Agricultura existem 121 investi-gadores, sendo que 99 se encon-tram em Oeiras e no interior do país apenas 8, em Elvas.

As verbas para programas de investigação estão todas na de-pendência do Ministério da Ci-ência e Ensino Superior, atribu-ídas a projectos de curta duração (até três anos) e cuja prioridade é a publicação científica e não a melhoria do desempenho da agricultura portuguesa de uma forma directa.

Como exemplo pode referir-se que nos projectos aprovados pela FCT em 2008 na área agrá-ria, apenas 3% em valor foi atri-buída a projectos que abordas-sem tecnologias de produção e,

ANÁLISE mÁrio José CarvalHo Professor de Fitotecnia da Universidade de Évora diz que Portugal enfrenta um sério risco de desertificação que resulta de causas ambientais, tecnológicas e estruturais.

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Actual

do ponto de vista geográfico, 72% das verbas foram atribuídas a instituições situadas em Lisboa e no Porto.

A falta de uma investigação agrária aplicada e direccionada para a melhoria do desempenho dos diversos sectores agrícolas será certamente o pecado origi-nal da agricultura portuguesa.

Como resultado de todas estas condicionantes, o número de ex-plorações agrícolas que são con-sideradas viáveis e competitivas do ponto de vista económico (num mercado aberto) represen-tam apenas 7% em número.

As explorações viáveis econo-micamente mas não competiti-vas representam 15% (mas 44% de superfície agrícola útil [SAU]) e as que são viáveis mas sem remunerarem alguns factores (como o trabalho familiar) repre-

sentam 75% (43% da SAU). Há ainda um remanescente de

5% de explorações (2% da SAU) que, mesmo com o actual nível de ajudas, não são consideradas viáveis do ponto de vista econó-mico.

No entanto, o nível de conhe-cimentos actualmente existente poderia permitir melhorar de uma forma considerável o de-sempenho económico das ex-plorações consideradas viáveis mas não competitivas (87 % da SAU) e o desempenho ambiental de todas elas.

Para isso será necessário ins-tituir políticas agrícolas estáveis e sectoriais (uma vez que os pro-blemas dos diferentes sectores não são iguais) e que coloquem a defesa do solo no centro da sua atenção.

De facto, se a falta de uma in-

vestigação agrária aplicada pode ser considerada o pecado ori-ginal da agricultura portugue-sa, a pouca importância dada à conservação do solo e melhoria das suas condições pode ser con-siderada o seu pecado mortal. Se existe factor que por si só pode acelerar a desertificação do inte-rior do país é a erosão do solo.

O controlo da erosão do solo é a condição base para se proceder a uma recuperação da sua ferti-lidade e melhoria das relações hídricas.

Através de técnicas de semen-teira directa e da manutenção de resíduos na superfície do solo (área de investigação a que a Universidade de Évora se de-dica há trinta anos e é líder em Portugal) é possível, de imedia-to, reduzir as perdas de solo por erosão para níveis inferiores aos da capacidade de regeneração do próprio solo.

Na fotografia [ao lado] mos-tram-se duas áreas de um campo de demonstração, numa empre-sa agrícola privada, com a cultu-ra de milho em Maio de 2003. A área da esquerda, cultivada pelo método tradicional, o utilizado à data pelo agricultor, foi devas-tada por chuvas intensas ocorri-das no mês de Maio. No entanto, na área da direita, semeada em sementeira directa, a protecção do solo foi total.

Mas os dados experimentais obtidos mostram também que o recurso à sementeira directa e a manutenção dos resíduos das culturas no solo permitem, no médio prazo (cerca de 10 anos),

duplicar o teor do solo em ma-téria orgânica e este facto altera por completo as relações do cli-ma e do solo com as culturas.

O solo enriquecido em matéria orgânica permitiu simultanea-mente um aumento de 30% na produtividade da terra e uma re-dução de 50% nas necessidades de adubo.

Conseguiu-se ainda uma me-nor interferência das condições climáticas no desempenho das culturas, quer em anos de seca (por maior armazenamento de água no solo), quer em anos de muita chuva (por melhor dre-nagem), tornando assim os siste-mas de culturas mais adaptados às alterações climáticas previs-tas para o nosso país.

O aumento da produção das culturas e a redução de gastos (menos energia porque não se mobiliza o solo e menos adubos) permitiu duplicar a eficiência energética do sistema, que pas-sou de 5,3 MJ de energia gasta para produzir um quilograma de trigo, para 2,6 MJ.

A eficiência económica do sistema aumentou igualmente, como não podia deixar de ser e a conta de cultura do trigo pas-sou de uma margem líquida nula (ou seja, cultura só viável com apoios) para uma margem líquida de 250 euros/há (ou seja, cultura competitiva).

Respondendo à questão ini-cialmente colocada, poder-se-á dizer que sim, Portugal enfrenta um sério risco de desertificação que resulta de causas ambientais (clima e solos), tecnológicas (sis-

temas de culturas que desprote-gem o solo) e estruturais (dimen-são média das explorações, idade e preparação dos agricultores, ausência de uma política de in-vestigação e extensão, ausência de políticas agrícolas sectoriais e estáveis a médio prazo), risco este acrescido por factores como as alterações climáticas, o previ-sível aumento dos custos dos fac-tores de produção agrícolas (mui-to baseados no custo da energia) e a competição internacional de regiões do mundo com melhores condições ambientais e estrutu-rais.

No entanto, o nível actual dos conhecimentos permite come-çar a inverter a situação desde já e, sem ser possível definir uma única estratégia para todos os sectores agrícolas (e são muitas as acções que se podem e devem implementar), a alteração mais importante passa por colocar a defesa do solo no centro da nossa política agrícola e ter a perseve-rança e estabilidade para espe-rar pelo menos dez anos para se obterem resultados visíveis.

Uma nota final para referir que outros perigos existem para a desertificação dos nos campos, como a sobre exploração dos recursos hídricos subterrâneos (como é mais visível no Algar-ve) ou a salinização dos solos por utilização de água de rega de fraca qualidade (por exemplo nos novos regadios do Alqueva, particularmente nas zonas mais secas), mas que não é possível tratar destes aspectos num texto desta natureza.

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Regional

Pedro Galego | Registo

A exposição de porcos em fibra vidro que era suposto colorir as principais praças do centro his-tórico com 50 porcos criados e decorados por escolas, associa-ções e estudantes universitários transformou-se num caso de po-lícia depois de terem desapareci-do 12 dos 50 exemplares da “Pig Parade”.

Considerados pela Câmara Municipal de Évora, como actos de puro vandalismo, os furtos começaram logo na madrugada de dia 13, quando começaram a ser colocadas as diferentes pe-ças. O movimento para encon-trar os porcos perdidos já che-gou inclusivamente às redes sociais.

A “Pig Parade” é parte inte-grante da promoção do 2º Con-gresso Ibero-americano de Sui-nicultura que decorre em Évora desde o dia 21 e termina no pró-ximo domingo. Dia 29 todos os porcos serão leiloados, na Feira de São João, com os lucros a re-verter a favor da APPACDM.

A vaga de furtos obrigou a que toda a ‘vara’ fosse deslocada para a Praça do Giraldo, onde, por força da presença do Banco de Portugal, há policiamento 24 horas por dia, acabando assim a exposição na Praça do Sertório, no largo do Templo Romano e na Praça Joaquim António de Aguiar (Jardim das Canas), lo-cais de onde foram furtados os espécimes.

Das 12 peças desaparecidas apenas uma foi recuperada até ao momento. Segundo fonte da autarquia, o porco criado pela ADBES – Associação para o De-senvolvimento e Bem Estar Social da Cruz da Picada, que por coincidência havia sido o primeiro a desaparecer, foi en-contrado por uma particular na estrada de Arraiolos.

“A senhora devolveu o porco à PSP, que por sua vez nos resti-tuiu a obra. Agora vai ser colo-cado ao lado dos outros na Praça do Giraldo”, disse.

Roubos transformaram Pig Parade num (intrigante) caso de polícia

O autor de um dos 12 porcos roubados, criou um grupo na rede social Facebook, intitula-do ‘ Vamos encontrar o Porco Dummie’. Alexandre Kroner e Hugo Figueira, dois alunos de Design na Escola de Artes da Universidade de Évora, são os autores de Dummie, uma das peças furtadas, inspirada nos Crash Test Dummies – bonecos utilizados para testar a segu-ranças dos automóveis. Desde que foi criada, a página já conta com mais de 500 fãs.

“Vamos todos partilhar esta página e perguntar aos amigos e amigos de amigos se sabem do paradeiro deste porquinho”, escrevem os autores na dita página do Facebook.

Os artistas confiam no facto da cidade ser pequena e de “toda a gente se conhecer”, para começarem a surgir pistas sobre o paradeiro dos porcos desaparecidos. “O Dummie es-tava junto ao Templo Romano, curiosamente na localização mais próxima da PSP e mesmo

assim desapareceu”, acrescen-taram os jovens autores.

“Nem estes porcos escapam ao vandalismo, mesmo sem valor económico. É uma tris-teza, é só para fazerem mal”, diz a mãe de uma aluna do pré-escolar, enquanto passeia pela “Pig Parade”.

Durante várias noites desa-pareceram réplicas, incluindo uma que se encontrava junto ao Templo romano, a escas-sos 50 metros da esquadra da polícia.

Procura chega ao Facebook

Réplicas de porcos foram roubadas de vários pontos da cidade de Évora, o que levou a autarquia a concentrar a exposição na Praça de Giraldo.

Depois dos roubos as réplicas dos porcos foram concentradas na Praça do Giraldo

Por seu turno, o presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, considerou a situação “profundamente lamentável”, considerando que “não é com-patível com imagem da cidade” em termos de segurança. “Infe-lizmente, alguns persistem em estragar essa imagem, com actos de vandalismo como estes que estão a acontecer sobre obras de artes”, afirmou o autarca, citado pela Diana FM.

Apesar de estarem presos ao chão com ferros e parafusos, os vândalos encontraram maneira de levantar os porcos da calçada e fazer desaparecer parte desta vara colorida.

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Redacção | Registo

O Alandroal inaugurou dois projectos de extrema impor-tância no combate à pobreza e melhoria das condições de vida de muitas famílias do concelho, a Eco-Loja e a Oficina Móvel.

Promovidos pelas entidades executoras do programa Contra-tos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS) para o concelho de Alandroal, Santa Casa da Mi-sericórdia de Alandroal, Centro Social Paroquial e Lar Cantinho

Amigo, os dois projectos assen-tam em critérios de sustenta-bilidade social e representam uma enorme mais-valia para as pessoas mais carenciadas do concelho, tendo o desenvolvi-mento destes dois projectos em concreto ficado a cargo da Santa Casa da Misericórdia.

A Eco-Loja funciona no Mer-cado Municipal e é um espaço onde os munícipes mais caren-ciados se podem dirigir para obter roupas, calçado e outros bens de primeira necessidade,

Alandroal inaugurou eco-loja e oficina móvelsem qualquer custo. Já a Oficina Móvel é um veículo preparado para desempenhar pequenas re-parações em casa dos munícipes mais idosos e, por isso mesmo, com menos autonomia.

A autarquia associou-se a estes dois projectos disponi-bilizando o espaço físico para o funcionamento da loja e recursos humanos de apoio aos dois projectos. O programa CLDS apenas estará em vigor até 2012. No entanto, o presidente da Câmara de Alandroal, João

Grilo, salientou que a autarquia “está disponível para criar as condições necessárias para que a Eco-Loja e a Oficina Móvel continuem em funcionamento depois do final do programa”.

O trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, no âmbito dos CLDS, representa a preocupação das entidades executoras e do município em “colmatar ou ate-nuar, as necessidades imediatas de famílias carenciadas, contri-buindo assim para a melhoria da sua qualidade de vida”.

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Regional

”A defesa do comercio tradicional é a primeira prioridade“Lista única liderada por Joaquim Peixeiro Simões eleita na passada terça-feira aponta prioridades para os próximos anos.

nova direcção da associação Comercial do distrito de Évora

Redacção | Registo

A “defesa” do comércio tradicio-nal e dos associados é a primeira prioridade da nova direcção da Associação Comercial do Distri-to de Évora (ACDE), eleita esta semana depois de os anteriores corpos gerentes se terem demi-tido.

“Nas actuais circunstâncias do mercado é necessário produzir e desenvolver determinados con-ceitos estratégicos e tácticos, dos quais se destaca o comércio de proximidade”, cujo conceito “re-presenta” um “elemento diferen-ciador fundamental de posicio-namento estratégico perante os seus mais ferozes concorrentes: a distribuição moderna”, indica o programa da nova direcção.

Depois das eleições de terça-feira, a que se apresentou uma lista única, Joaquim Peixeiro Simões [presidente da associa-ção proprietária do semanário Registo] assumiu a liderança da ACDE à frente de uma lista cujos vice-presidentes são José Faus-tino (Rádio Diana) e Elsa Matos (em representação da empresa Manuel da Silva Matos). Sandra Dourado (Divinus) é a presiden-te da mesa da assembleia-geral. E Mónica Filipe (Milideias, Co-municação Visual) ficou à frente do Conselho Fiscal.

“É fundamental fazer o diag-nóstico da actual situação distri-tal e definir linhas de actuação ou seja, é necessário elaborar um plano estratégico”, sustenta a nova direcção, defendendo que a “definição do posicionamento estratégico do comércio de pro-ximidade perante a distribuição moderna deve ser uma das mais importantes directivas desse plano”.

“Deve desenvolver-se um vas-to plano de acção de relações públicas e de contactos institu-cionais, com os diversos organis-mos públicos e privados com as quais a ACDE se deve relacionar, bem como com os seus parceiros sociais”.

“Esse relacionamento deve ser preferencialmente de coopera-ção procurando evitar-se, a todo o custo, o confronto”, acrescenta.

De acordo com os novos cor-pos sociais, a associação “deve desenvolver todos os esforços”, no sentido de “promover com-portamentos favoráveis à sua actividade, e especialmente dos seus associados, junto de entida-des públicas e privadas e do pú-blico em geral (consumidores)”.

Além da representação na Confederação do Comércio Por-tuguês, a ACDE irá “estabelecer relações de cooperação inter-dis-tritais”, através da constituição de um gabinete especializado nesta matéria.

“Numa visão mais alargada, e tendo em conta o mundo glo-balizado em que vivemos, deve encarar-se a possibilidade da constituição de um Gabinete de Assuntos Internacionais”.

A nível da organização inter-na, é defendida uma “forte coo-peração estratégica” entre os as-sociados, promovendo reuniões regulares e de forma descentra-lizada. “A informação aos asso-ciados é fundamental, por isso se propõe a edição electrónica de um boletim informativo sema-nal, com matérias informativas e de opinião”.

Sustentabilidade económica

“O principal factor de inde-pendência da associação para o exterior, especialmente perante o poder político, é a sua sustenta-bilidade e autonomia económi-co-financeira, sendo necessário, com a maior brevidade possível, eliminar o deficit orçamental existente”.

“É necessário pedir um esforço a todos os associados no sentido de manterem a sua quotização em dia. a Associação deve ali-geirar procedimentos, pelo que será reformulado o sistema de cobrança de quotas”, acrescenta fonte da direcção.

O programa defende a “in-contornável necessidade para o

sector, todos somos poucos, pelo que se deve aumentar o número de associados, através da imple-mentação de uma campanha de angariação de novos associa-dos”.

“Uma associação é tanto mais eficaz quanto mais clara e agili-zada for a sua regulamentação, nesse sentido propõe-se a altera-ção dos estatutos da associação, com o objectivo de os compatibi-lizar com a legislação em vigor, nomeadamente, o Código do Trabalho, flexibilizar o seu fun-

“Estão colocados grandes desafios aos empresários da distribuição tradicional e à generalidade das pequenas empresas. Para muitos poderá estar em causa a sua própria sobrevivência”.

A nova direcção da Associação Comercial do Distrito de Évora (ACDE) aponta como “prioridade” a reforma da legislação laboral.

Arquivo | Registo

A Associação Comercial do Distrito de Évora foi funda-da em 20 de Julho de 1891, com aprovação dos estatutos em 14 de Março de 1891. Em 2001 foi reconhecida como Pessoa Colectiva de Utilidade Pública, pelo mérito da acção desenvolvida no sector co-mercial da região. Com sede em Évora, a ACDE dispõe de uma delegação em Estremoz.

Trata-se da associação representativa do Distrito de Évora, apostada em “servir mais e melhor” os comercian-tes, “contribuindo também para o desenvolvimento do distrito em que está inserida”.

Associação centenária

cionamento e criar uma verda-deira igualdade entre os sócios”, acrescentam.

Entre as prioridades para o próximo mandato está ainda a defesa da reforma da legislação laboral, com “efeitos positivos na promoção da competitividade e crescimento económico”.

“O financiamento da banca, através do aumento do capital social dos bancos e a possibilida-de de reestruturação de dívidas de empresas e famílias, abre a perspectiva de algum refresca-mento da economia”.

“Perante esta previsível situ-ação estão colocados grandes desafios aos empresários da dis-tribuição tradicional e à genera-lidade das pequenas empresas. Para muitos poderá estar em causa a sua própria sobrevivên-cia, se nada fizermos para in-verter a tendência. São grandes os desafios com que estamos confrontados”, indicam os no-vos responsáveis da associação comercial, reconhecendo que “nem sempre os empresários têm reagido da melhor maneira a de-safios anteriores”.

“Manda a verdade que se re-alce a intransigência e a pouca flexibilidade que as associações sindicais têm demonstrado em nada contribuindo para a ne-cessária resposta a esses mesmos desafios”, conclui.

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16 23 Junho ‘11

Economia & Negocios

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Agricultores investem na produção de renováveisProder financia projectos para micro-produção de energia.

Redacção | Registo Há cada vez mais agricultores a utilizar energias renováveis para fazer baixar a factura energética das respectivas explo-rações agrícolas. Segundo fonte do Mi-nistério da Agricultura, foram apresen-tadas 719 candidaturas ao Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) que incluem projectos na área das energias renováveis. Deste total, 341 foram decidi-das favoravelmente, envolvendo um in-vestimento de 379 millhões de euros nas diversas componentes dos projectos.

Até há bem pouco tempo, o PRODER apenas co-financiava sistemas energéti-cos para autoconsumo. Mas o Ministério da Agricultura garantiu que os próximos concursos destinados a apoiar a diversi-ficação de actividades nas explorações agrícolas já irão possibilitar candidaturas à produção de energia para venda a partir de fontes renováveis. “Esta nova tipolo-gia de investimento permitirá criar uma nova fonte de rendimento, aproveitando áreas não utilizadas das propriedades”.

“É uma boa aposta para baixar custos de produção”, diz o secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portu-gal (CAP), Luís Mira, acrescentando que os painéis fotovoltaicos poderiam ser “uma realidade mais comum” nos cam-pos portugueses caso os agricultores “não estivessem limitados a produzir para consumo próprio e pudessem vender” à Rede Eléctrica Nacional. “Não se perspec-tiva um lucro extra ao final do ano mas, pelo menos, seria possível compensar ou anular o custo energético das explorações que, numa cultura de regadio, se traduz em facturas de milhares de euros”.

Segundo Luís Mira, os custos com elec-tricidade e combustíveis já representam “mais de 20 por cento” dos gastos numa exploração e tendem a ser factores “ain-

Segundo o estudo Observador Cetelem, a região do Alentejo gastou 31 milhões de euros no mercado mobiliário durante o ano de 2010. Este número evidencia um decréscimo neste sector, em relação a 2008, ano em que o volume de compras nestes distritos chegou aos 39 milhões de euros.

Apesar desta descida, o mercado do mobiliário em Portugal recuperou ligei-ramente em 2010, registando um cresci-mento de 2,1%. Depois de uma descida de 24,6% em 2008 e de um aumento estima-do em apenas 0,3% em 2009, estima-se que o volume de compras tenha chegado aos 795 milhões de euros em 2010. Já para 2011, prevê-se que as intenções de compra baixem cerca de 30%.

O aumento do volume de compras do mercado mobiliário verificou-se em

todas as categorias, com excepção dos ar-tigos de cozinha, iluminação, descanso e escritório, onde o valor médio de compra e a quantidade de artigos baixaram.

Enquanto o número de compradores tem aumentado nas grandes superfícies especializadas (37% em 2008 e 48% em 2011), tem descido nos hipermercados e grandes superfícies generalistas (42% em 2008 e 39% em 2011).

Lisboa continua a liderar, com gastos de 250 milhões (versus 238 milhões de euros em 2009). O Porto mantém-se como o segundo maior distrito, tendo diminuí-do o volume de vendas para 123 milhões de euros.

Apesar de em 2010, o número de com-pradores de mobiliário ter aumentado, os valores médios despendidos por artigo diminuíram na sua generalidade.

Compras de mobiliário baixam no Alentejo

da mais determinantes” para a rentabi-lidade das culturas. “A modernização da agricultura portuguesa deveria passar por coisas inequivocamente úteis como a energia em vez de andarem preocupa-dos com as culturas que devem ou não ser prioritárias”.

A micro-produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis poderá ajudar a “transformar os agricultores em empre-sários rurais”, diversificando as suas fon-tes de receita e “compensando” a quebra do rendimento agrícola, defende o presi-dente da Associação Nacional de Jovens Agricultores (AJAP), Firmino Cordeiro, apontando o exemplo de um produtor de leite que colocou painéis solares em todos os edifícios da exploração.

“Mesmo sem apoios avançou com o in-vestimento e está a notar o efeito da dimi-nuição dos custos de energia”.

Recordando as dificuldades de instala-ção de jovens agricultores – escalão que abarca 2,9 por cento num universo de cer-ca de 220 mil agricultores, “o valor mais baixo da Europa” – o presidente da AJAP diz ser necessário um “grande empenho dos decisores políticos” para criar apoios à diversificação das actividades comple-mentares à agricultura, como a produção de energia, turismo rural e valorização dos produtos regionais.

“Só assim se consegue evitar que mais jovens abandonem os espaços rurais e permitir que outros vejam nesta saída empreendedora uma possibilidade de regressarem à terra e constituírem a sua própria empresa”.

Para o presidente da Federação de Agri-cultores do Baixo Alentejo, Manuel Cas-tro e Brito, por enquanto apenas se pode falar de “casos pontuais” de agricultores da região que aproveitam as energias re-nováveis, utilizando-as essencialmente nos sistemas de captação de água.

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Economia & Negocios

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Redacção | Registo

“A questão não está no local onde se encontra a fonte de de-cisão mas na qualidade das pes-soas que decidem e no escrutínio que nós cidadãos exercemos so-bre os decisores políticos”, diz o presidente do Banco Popular ao Registo.

Numa entrevista à margem da conferência sobre as pequenas e médias empresas como motor do desenvolvimento do interior, Rui Semedo defendeu a necessi-dade de uma maior aproximação entre empresas e universidades e a aposta na agricultura, “sector para o qual os jovens, particu-larmente no Alentejo, podiam olhar seriamente”.

Estamos numa nova fase po-lítica. Quais as suas perspec-tivas para o futuro do país e para os desafios que temos de enfrentar?

Acho que não temos alternati-va. E como não temos alternati-va o melhor é sermos positivos e pensar que o novo Governo, formado com critério, pessoas jovens e bem formadas, tenha condições para fazer o seu tra-balho. Agora, é preciso pôr a má-quina a andar para obter bons resultados. Estamos numa fase complexa para o país, todos sen-timos isso, mas também é nes-tes períodos difíceis que nascem oportunidades, que se regenera e pode haver alguma renovação.

Apesar das dificuldades?Teremos pela frente uma fase

necessariamente dura, de dois ou três anos, em que iremos pas-sar por momentos muito duros para a economia portuguesa. Daqui pode nascer um país mais ágil, mais aberto, mais prepara-do para vencer os desafios do fu-turo. Temos de separar a dureza do curto prazo das expectativas do médio e longo prazo relativa-mente às quais estou razoavel-mente optimista.

Qual o papel das universida-des em todo este processo?

Esse é um aspecto relativa-mente ao qual estamos sempre a

falar e a verdade é que podemos sempre fazer mais. As pessoas que estão hoje nas universida-des são aquelas que vão garantir a transformação do país e essa colaboração vai ser absoluta-mente incontornável. Há muita coisa a fazer. Os alunos devem ir às empresas mas as empresas também devem ir às universida-des, às escolas, para desmistifi-car o que são as agruras da vida empresarial.

Como assim?Quem está instalado na vida

tende a transformar as coisas, as situações do dia-a-dia, em realidades muito complexas. É preciso levar os jovens a enten-der o contrário, tudo é muito mais simples do que aquilo que parece. Évora tem uma univer-sidade com História, com tradi-ção, pelo que nós [Banco Popu-lar] estamos sempre disponíveis para colaborar. No meu caso, sou professor, gosto de o ser, e há um contributo muito grande que deve ser dado de parte a parte. Não é que eu defenda a proli-feração de universidades mas acho que Évora é dos centros ur-banos que justifica plenamente a existência de ensino superior.

Apelando à sua experiência nacional, e internacional, como é que vê a criação de regiões administrativas em Portugal?

Somos um país tão pequeno … 10 milhões de pessoas. Partir demasiado não é o caminho. De Lisboa a Évora é uma hora de au-tomóvel, não estamos assim tão longe uns dos outros. Acho que a regionalização pode tornar as coisas ainda mais complexas do que aquilo que já são. Temos meios e condições para fazer uma reforma [administrativa] em condições. A questão não está no local onde se encontra a fonte de decisão mas na qua-lidade das pessoas que decidem e no escrutínio que nós cidadãos exercemos sobre os decisores po-líticos. Muitas vezes demitimo-nos desse papel de supervisão. Se formos activos não precisare-mos de ter um governo regional

”Se formos activos não precisaremos de ter um governo regional em cada esquina““A regionalização pode tornar as coisas ainda mais complexas”, diz o presidente do Banco Popular.

rui semedo em entrevista exclusiva ao registo

em cada esquina.

No Alentejo, o turismo tem sido apontado como um dos factores, porventura o mais importante, para o desen-volvimento regional. Qual a sua perspectiva?

O futuro do Alentejo é agricul-tura, indústria agro-alimentar e turismo. Também não acredito em megalomanias como por ve-zes surgem … não vamos encher

o Alentejo de campos de golfe até porque o Alqueva tem água mas não dará para tanto. A diversifi-cação é fundamental. Não vale a pena pensar que é possível colo-car empresas de alta tecnologia em todas as regiões, não existem condições para isso, mas vamos olhar para o território e ter noção do real.

E o que é que temos?Bom, temos a agricultura e a

Rui Semedo, presidente do Banco Popular, que organizou em Évora uma conferência sobre a importância das PME’s.

crise de preços no sector alimen-tar vai pôr outra vez a agricultu-ra em alta. Este é um sector para o qual os jovens, particularmen-te no Alentejo, podiam olhar se-riamente tentando reinventá-la. Para isso o papel da universida-de pode ser muito importante.

O embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Portugal, Saqer Nasser Alraisi, visitou o concelho de Borba, a convi-te do presidente da autarquia local. A visita inseriu-se na estratégia de divulgação do concelho e das actividades económicas, “potenciando a abertura a novos mercados”.

A visita se destinou a “reforçar as exportações de mármore” do concelho para aquele país do Médio Oriente e “abrir novas perspectivas” para a exportação de vinhos e azeite, num país cujas im-portações atingem cerca de 80 por cento.

Embaixador em Borba

Luís Pardal | Registo

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18 23 Junho ‘11

Cultura

Redacção | Registo

A celebração dos vinhos do Alentejo está de regresso, pelo se-gundo ano consecutivo, a Beja. O monumental castelo daquela cidade alentejana, classifica-do como Património Nacional, voltará a ser palco de um even-to em que os vinhos da região serão integrados num ambiente trendy e de glamour, com muita animação.

“O sucesso da primeira edi-ção, em que registamos lotação esgotada dias antes do evento, superou todas as expectativas. É por isso natural continuarmos a realizar esta promoção de altíssi-ma qualidade de Beja e da região e que pretende mostrar um ou-tro Alentejo, partindo de um dos seus produtos mais emblemáti-cos, o vinho, para mostrar um potencial mais alargado e que também inclui história, monu-mentalidade, paisagem, gentes, oferta turística e animação.

A ‘Beja Wine Night’ é por isso um momento de celebração do vinho alentejano mas, so-bretudo, um pretexto para que centenas de pessoas visitem o concelho de Beja nesta época do

ano, desfrutem de um conjunto memorável de experiências e queiram regressar” refere Mi-guel Góis, vereador da Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Beja, que organiza o evento.

Além da possibilidade de pro-var alguns dos mais emblemá-ticos vinhos alentejanos, em descontraídos wine bars, os par-ticipantes da ‘Beja Wine Night’ serão surpreendidos com jogos de luzes e espectáculos pirotéc-nicos, podendo ainda divertir-se ao ritmo das actuações de Dj’s.

A ‘Beja Wine Night’ é uma or-ganização da Câmara Municipal de Beja, com produção da Essên-cia do Vinho, e os apoios, entre outros, do Turismo do Alentejo, Turismo de Portugal, Comissão Vitivinícola Regional Alenteja-na, ANA Aeroportos de Portugal e Delta Cafés.

A pré-reserva de bilhetes po-derá ser efectuada no sítio oficial do evento, em www.bejawi-nenight.com. Também online encontram-se informações úteis sobre Beja, incluindo mapas, principais locais a visitar e con-tactos de alojamentos e restau-rantes disponíveis.

Castelo de Beja celebra vinhos do Alentejo

Wine night

Segunda edição do evento no próximo dia 2 de Julho

Redacção - registo

O Festival de Gastronomia e Artesanato do Crato é, desde há vários anos, um dos mais importantes do Alentejo, não só pela mostra dos produtos tradi-cionais que menciona na sua designação, mas também pelo cartaz cultural e musical.

Em 2010, foram mais de 35 mil os visitantes, muito por culpa da contratação de grandes estre-las internacionais e este ano a organização, a cargo mais uma vez da autarquia local pensa elevar ainda mais a fasquia entre os dias 24 e 27 de Agosto. O músico brasileiro Gabriel O Pensador (26 de Agosto) e os ar-gentinos Gotan Project (dia 27) são este ano os grandes cabeças de cartaz.

O cartaz musical do Festival do Crato conta ainda com a participação dos Clã, Deolinda, Homens da Luta, The Legen-dary Tiger Man, Expensive Soul, Marco Rodrigues com Alexandra Martins, Guitolão

Gabriel O Pensador actua no Festival do Crato

World Project, David Almeida Grupe, Jominho e Filarmónica do Crato.

“É um programa equilibrado que procura reunir projectos lo-cais com projectos regionais, na-cionais e internacionais. E logo aqui, ao procurar fazer a ponte entre estas coisas, é bastante importante para nós”, refere o vice-presidente da Câmara do

Crato, Fernando Gorgulho. Com o país a atravessar pro-

blemas financeiros, o autarca sublinhou que este certame só é possível ser realizado porque “se faz uma programação orça-mental”, na qual “não se pode exceder”.

“O Festival afirma uma iden-tidade e uma centralidade, a do Crato, no quadro da região e do

País. Com este programa procu-ramos contribuir para o aumen-to da atractividade do Festival, tornando-o num elemento de promoção e de desenvolvimen-to cultural, económico e social do concelho. A aposta nesta pro-gramação, constitui não só uma aposta na massificação, mas também na formação e quali-ficação dos públicos, a par da valorização da oferta cultural da região”, acrescentou, excluin-do de vez os boatos que davam conta da edição deste ano estar seriamente ameaçada devido à situação económica.

Durante a 27ª edição do Festival do Crato, os visitantes poderão ainda saborear vários pratos que marcam a gastrono-mia regional e apreciar vários trabalhos em artesanato.

No que diz respeito à gas-tronomia, o Festival do Crato contou em 2010 com a presença de três restaurantes e 18 tasqui-nhas, números que deverão ser idênticos este ano, segundo a organização.

O Centro Internacional de Músicas e Danças do Mundo Ibérico abriu as portas, com a presença de figuras regionais e nacionais ligadas à cultura, à música e dança, e também a população que quis conhecer o espaço.

No discurso inaugural João Rocha, presidente da Câmara Municipal de Serpa, relem-brou que este projecto nasceu na década de 90, tendo duas linhas mestras, a música e a arqueologia, e que culminou agora no Musibéria, “um espaço único que deve servir de exemplo, pela importância que tem para a cidade e para a região”.

O autarca referiu outros projectos ainda em curso no âmbito da música e da salvaguarda da memória colectiva, como a candida-tura do cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade.

Inaugurado Musibéria

Serpa

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19

Cultura

Luís Maneta | Registo

“Se entrasse em obras no próxi-mo ano já seria uma grande vitó-ria”. O desabafo, do vereador da Cultura na Câmara Municipal de Viana, João Pereira, espelha o desalento, mas também a espe-rança, de quem assiste há mais de 30 anos à acentuada degrada-ção do Paço dos Henriques, em Alcáçovas, um dos locais “cha-ve” para a História dos Descobri-mentos portugueses.

Foi neste local que em em 1479 D. Afonso V recebeu uma embaixada dos Reis Católicos (Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão) para assinar um tratado através do qual Portugal viu reconhecido o seu domínio sobre os arquipélagos da Madei-ra, Açores e Cabo Verde, ficando Castela com as Canárias e re-nunciando a navegar para sul do cabo Bojador.

Local de residência dos Henri-ques de Trastâmara, “senhores” das Alcáçovas, o Paço perdeu a função residencial por alturas do 25 de Abril, tendo acolhido uma escola e uma cooperativa agrícola antes de ser integrado no património do Estado e lan-çado no mais completo abando-no.

Os sinais de ruína são eviden-tes em todo o edifício, em par-ticular no torreão que ameaça desmoronar. “Uma tristeza”, di-zem as gentes da terra, que vi-ram “desaparecer” os azulejos e as conchas que deram nome ao jardim deste monumento fun-dado no século XIII.

Segundo João Pereira, a au-tarquia e a Direcção-Geral do Tesouro já chegaram a acordo quanto à cedência do imóvel ao município por um prazo de 20 anos. “Sem isso, estamos impos-sibilitados de fazer ali qualquer intervenção”. Mas o contrato continua por assinar. Assim como não é certa a obtenção de financiamento comunitário para a realização de obras que nunca irão custar mais de 2,5 milhões de euros.

Ou seja, contrariamente às previsões avançadas em 2010 pela Direcção Regional de Cul-tura do Alentejo, as obras de res-tauro não se irão iniciar em 2011. Nem sequer é possível saber se existirão condições para as fazer. “Como temos capacidade de en-dividamento, se a candidatura a fundos comunitários for aprova-da poderemos ir à banca buscar

Jóia do património continua ao abandono

Espaço de clausura entregue no início do século XVI por D. Ma-nuel I à ordem dominicana, o Convento da Saudação, junto ao Castelo de Montemor-o-Novo, é agora refúgio criativo para um projecto cultural dirigido pelo coreógrafo Rui Horta.

O Espaço do Tempo, cuja actividade se iniciou no ano 2000, foi palco para a realização de centenas de espectáculos e muitas dezenas de residências artísticas, tanto de criadores nacionais como estrangeiros, apesar da degradação que afec-ta partes do edifício.

Uma das virtudes da estrutu-ra transdisciplinar criada por Rui Horta – e aberta ao teatro, dança, artes plásticas, arquitec-tura e todas as outras discipli-nas culturais – foi conseguir inverter a regra segundo a qual se recupera primeiro o patrimó-nio para depois se justificar a sua utilização.

Mesmo a necessitar de obras, cuja realização foi prometida por diversos ministros da Cul-tura, o Convento da Saudação transformou-se numa “incuba-dora de talentos” (a expressão

Refúgio criativo no Convento da Saudação

paço dos henriques

Promessa de recuperação adiada para 2012.

financiamento para a contra-partida nacional. Se as regras mudarem, não teremos dinheiro para o fazer”, refere o autarca.

foi utilizada pelo Presidente da República, Cavaco Silva) e num factor de desenvolvimento cul-tural e económico da cidade, contribuindo para dinamizar

sectores como o comércio e a restauração.

“Há zonas do convento que foram recuperadas e adapta-das a novas funções e outras

que estão encerradas por não reunirem condições de segu-rança”, diz Susana Nunes, do Projecto Ruínas, uma associa-ção cultural igualmente com sede na cidade de Montemor-o-Novo e que já realizou diversos espectáculos no Convento da Saudação e na Igreja de S. Francisco, outro monumento quinhentista que se encontra abandonado.

A associação começou por desenvolver projectos de teatro e artes plásticas pensados para espaços em ruínas selecciona-dos pelas suas características cénicas, “com a intenção de os devolver às populações e de promover um debate sobre o seu futuro na comunidade”.

O que obriga a um esforço acrescido, reconhece Susana Nunes, dada a inexistência de condições técnicas mínimas.

Classificado como Monu-mento Nacional, o Convento da Saudação foi deixado ao abandono há 50 anos, quan-do encerrou o asilo que ali funcionava depois da saída das religiosas da Ordem Dominica-na em finais do século XIX.

Os azulejos e as conchas que deram nome ao jardim há muito que foram arrancados, deixando despida uma boa parte das paredes. Depois foi o torreão a ameaçar desmoro-nar, em virtude do abandono a que foi votado o Paço dos Henriques e o Jardim das Conchas, duas das referências patrimoniais do Alentejo.

Antes de ser integrado no Património do Estado em Setembro de 1994, altura em que passou para a alçada do Ministério das Finanças, o Paço ainda acolheu uma escola e uma cooperativa.

Hoje, o estado de ruína é visível logo desde o portão de entrada. Os roubos deixaram “despidas” muitas paredes do jardim.

Jardim ”despido“

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20 23 Junho ‘11

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ÉvoraTricicLo de TeaTroo pim teatro organiza no mês de Junho, na Casa do alto de s. bento, em Évora, a iniciativa triciclo de teatro – teatro para todos, a partir dos 3 anos.dia 25 – 16 h – sapatos rotos rei louco - Carlos tecedeiro lopes

portel FLoresTa encanTada 23 de Junho | 16h00local: auditório MunicipalEscola Municipal de artes do Es-pectáculo (grupo infantil).

pardais desgraças de uma criança25 de Junho | 21h30local: Casa do povodurante o mês de Junho o grupo de teatro de amadores de vila viçosa leva o teatro às freguesias do concelho. Com encenação de luís vinagre, “desgraças de uma criança” é uma comédia que mostra as peri-pécias amorosas de um soldado, de um sacristão e de um velho, numa noite festiva em que todos tentam esconder o amor proibi-do.

TeaTroEstremozeXPosiçÃo “30 anos de FoTograFia” em esTremoZ15 de Maio a 30 de Julhovai estar patente na sala de Expo-sições temporárias do Museu Mu-nicipal de Estremoz prof. Joaquim vermelho, a exposição “30 anos de Fotografia” colecção de rosely nakagawa. Esta mostra é acom-panhada por uma conferência no dia da inauguração, 15 de Maio, pelas 16h, com o título “Fotografia brasileira Contemporânea: 1970 a 2000″, a proferir pela colecciona-dora no referido Museu. segundo rosely nakagawa, a expo-sição que apresenta no Museu de Estremoz, reflecte o seu percurso profissional, pois cada imagem da colecção tem um pouco da sua história, que marca o início de uma relação profissional, com o acom-panhamento da trajectória dos fotógrafos, que se confunde com a sua formação. Esta colecção é, na realidade, o seu portfólio pessoal. a presente mostra já circulou pelo brasil, Eua e Japão, vindo pela primeira vez para a Europa, através do Museu de Estremoz. o evento está também no progra-ma cultural do virver Museus 2011.

eXPosiçÃoviana do alentejosaber dos sons1 de abril a 24 de Junhosextas-feiras, 19h00local: Cine-teatro vianensesessões abertas com o maestro Christhoper bochmann.o programa Música para todos integra-se no projecto “saber dos sons”, promovido pelo Município de viana do alentejo, em colabora-ção com o Maestro bochmann.

redondoconcerTo – guTa naki25 de Junholocal: Café Concerto, 22h00o disco de estreia dos guta naki tem barulhos da agulha a riscar o vinil, tem ecos mais profundos do que os de um livro, tem pchh pchh que desafiam a sensibilidade e uma voz capaz de abarcar o céu e o inferno num só fôlego. Em 2009 afinam-se os primeiros concer-tos, e o primeiro contacto com o público deslinda, porque esta música não pode ser enfiada no quarto. irrequieta, precisa da rua. “um electronico melódico, pop, enriquecido pelo texto, cantado em português. um fado eletrónico com baixo e guitarra…eléctricas.”

mÚsicaarraiolos500 anos do ForaL manueLino de arraioLos29 de Março a 30 de outubrodentro da reforma de actualização dos forais medievais – o de arraio-los data de 1290 – a 29 de Março de 1511, d. Manuel outorga o cha-mado “Foral novo” de arraiolos.E, com início em 29 de Março de 2011, assinalamos estes cinco séculos de história, procurando conhecer mais sobre a nossa terra e as suas gentes, projectan-do um futuro melhor ainda que sobre um presente demasiado sombrio.assim foi quando a reabilitação urbana do Centro histórico de arraiolos revelou novos “achados” para a história dos nossos tapetes – património cultural mundialmen-te conhecido; assim foi aquando da descoberta recente de inscrições e grafitos nas muralhas da “praça de armas” do Castelo; assim foi em muitos outros momentos da nossa história contemporânea.para mais uma caminhada pela nossa história, a percorrer ao longo do ano em 7 momentos – conferências e projectos de hoje e para amanhã.

ouTroscinemaborbario25 de Junho, 15h30 e 21h00blu (voz de Jesse Eisenberg), uma arara de uma espécie em vias de extinção, vive na pacata cidade de Moose lake, Eua, com linda (les-lie Mann), a sua dona e melhor amiga. quando os cientistas anun-ciam a descoberta de Jewel (anne hathaway), uma fêmea da sua espécie, nas florestas do rio de Janeiro, os dois decidem partir à aventura de modo a que blu possa encontrar o amor da sua vida.

portelarTur 3 – a guerra dos dois mundos26 de Junho, 16h00 e 18h00local: auditório Municipalnesta nova aventura, Maltazard encurrala artur na terra dos mini-meus e viaja no sentido oposto até ao mundo dos humanos. agora, dois metros mais alto, Maltazard junta um exército de mosquitos gigantes na floresta próxima para tomar conta do universo. apenas artur parece ser capaz de impedir os seus planos, mas antes ele tem de voltar ao seu quarto e regressar ao seu tamanho normal.

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Lazer

7 1 6 3 4

2 3 7 5

5 4 1

2 9 8 4 6

5 1

4 1 8 7 2

2 4 7

9 4 3 8

5 6 9 2 8

sudoKu

nota: o objectivo do jogo é completar os espaços em branco com algarismos de 1 a 9, de modo que cada número apareça apenas uma vez na linha, grade e coluna.

Pina

sugestão de livrosugestão de filme

Direcção: Wilhelm Wenders Autora: david mourão-FerreiraSinópse:

«...a maravilha que deve ser escrever um livro: a in-venção dentro da memória; a memória dentro da invenção; e toda essa cavalgada de uma grande fuga, todo esse prodígio de umas poligâmicas núpcias, secretas e arrebatadas, com a feminina multidão das pa-lavras (...)». david Mourão-Ferreira é um dos nomes de referência ao longo das mutações literárias do século XX, e exprime-se assim no seu romance, que continua a ser, ele também, um caso de «amor feliz» entre a escrita e o público como o provam as muitas reedições que nos trazem uma voz que se perpetua

um amor Feliz

Sinópse:

uma homenagem a pina bausch (1940-2009) pelo aclamado realizador Wim Wenders com coreografia da companhia tanzthe-ater Wuppertal a partir da obra da coreógrafa alemã. traçado à volta de “a sagração da primav-era”, “Café Müller”, “Kon-takthof” e “vollmond”, as quatro mais famosas peças da coreógrafa, o filme leva-nos numa viagem às profundezas da arte da dança, tendo como cenário a cidade de Wuppertal, alemanha, que pina bausch escolheu para viver os últimos 35 anos da sua vida e que Wenders quis que se

Carta Dominante: Ás de Paus, que signi-fica Energia, Iniciativa.Amor: Seja mais moderado na sua teimo-sia em relação aos seus familiares. Reúna a sua família com o propósito de falarem sobre os problemas que vos preocupam.Saúde: Estará em plena forma física.Dinheiro: Não baixe os braços enquanto não resolver todos os problemas.Números da Sorte: 23, 45, 11, 3, 37, 4Pensamento positivo: Tenho espírito de iniciativa para levar a cabo os meus projectos!

Carta Dominante: Cavaleiro de Ouros, que significa Pessoa Útil, Maturidade.Amor: Uma nova amizade ou relação mais séria poderá começar agora. Aprenda a cultivar o amor na sua vida!Saúde: A instabilidade emocional poderá causar alguns desequilíbrios físicos. Dinheiro: A vida profissional está em alta.Números da Sorte: 27, 49, 5, 38, 22, 14Pensamento positivo: Enfrento os de-safios da minha vida com maturidade!

Carta Dominante: 3 de Ouros, que signi-fica Poder.Amor: Seja franco e claro com a sua cara-metade. Aprenda a aceitar-se na sua glo-balidade, afinal você não tem que ser um Super-Homem!Saúde: Uma ida ao médico poderá ser-lhe muito útil.Dinheiro: Antes de investir, procure o con-selho de um especialista.Números da Sorte: 49, 12, 5, 26, 35, 9Pensamento positivo: Tenho o poder de pôr em prática as minhas ideias!

Carta Dominante: 5 de Copas, que signi-fica Derrota.Amor: Procure ser sincero nas suas pro-messas se quer que a pessoa que tem a seu lado confie em si. Avalie as pessoas pelas suas acções e não pela sua aparência!Saúde: Liberte-se do stress acumulado e a sua saúde irá melhorar.Dinheiro: Excelente período para tratar de assuntos a nível profissional.Números da Sorte: 41, 19, 36, 20, 6, 12Pensamento positivo: Eu sou um vence-dor, porque sei aprender com as derrotas.

Carta Dominante: 4 de Copas, que signi-fica Desgosto.Amor: Organize uma partida de bowling para reunir os amigos. Não perca o contac-to com as coisas mais simples da vida.Saúde: A rotina poderá levá-lo a estados de tristeza, combata-a!Dinheiro: Não se precipite nos gastos.Números da Sorte: 19, 23, 42, 39, 2, 21Pensamento positivo: Sei que posso ultrapassar todos os desgostos, acredito em mim!

Carta Dominante: 3 de Espadas, que sig-nifica Amizade, Equilíbrio.Amor: Procure ser mais extrovertido, só tem a ganhar com isso. Olhe tudo com amor, assim a vida será uma festa!Saúde: Possíveis dores nas articulações.Dinheiro: Esta é uma óptima altura para reduzir os seus gastos.Números da Sorte: 23, 44, 20, 47, 4, 25Pensamento positivo: A amizade traz equilíbrio à minha vida.

Carta Dominante: 6 de Ouros, que signi-fica Generosidade.Amor: Esqueça um pouco o trabalho e dê mais atenção à sua família. A felicidade é de tal forma importante que deve esfor-çar-se ao máximo para a alcançar.Saúde: Poderá andar muito tenso.Dinheiro: Período positivo e atractivo, haverá uma subida do seu rendimento mensal.Números da Sorte: 37, 29, 45, 7, 10, 25Pensamento positivo: Sou generoso para com os outros e comigo mesmo.

Carta Dominante: 8 de Copas, que signi-fica Concretização, Felicidade.Amor: Poderá viver momentos escaldan-tes com a pessoa que ama. Exercitar a arte de ser feliz é muito divertido!Saúde: Não coma demasiados doces.Dinheiro: Não gaste além das suas possi-bilidades.Números da Sorte: 3, 27, 45, 13, 20, 33Dia mais favorável: sábadoPensamento positivo: Tenho o poder de concretizar os meus sonhos e ser feliz!

Carta Dominante: O Sol, que significa Glória, Honra.Amor: Tente ter uma vida social mais acti-va. Que tudo o que é belo seja atraído para junto de si!Saúde: Cuidado com a coluna, não faça grandes esforços. Dinheiro: Procure demonstrar mais in-teresse pelo seu trabalho, e poderá ser recompensado.Números da Sorte: 7, 19, 22, 43, 6, 11Pensamento positivo: A glória e a honra reinam na minha vida, porque eu mereço ser feliz!

Carta Dominante: 6 de Espadas, que sig-nifica Viagem Inesperada. Amor: As relações com as pessoas que ama não serão as melhores. Que a compre-ensão viva no seu coração!Saúde: Sempre que for possível, dê gran-des passeios.Dinheiro: Poderá receber uma nova pro-posta de emprego.Números da Sorte: 25, 10, 47, 36, 19, 2Pensamento positivo: Encaro cada novo desafio como uma viagem que me traz no-vos ensinamentos.

Carta Dominante: 9 de Paus, que signifi-ca Força na Adversidade.Amor: Os ciúmes não levam a lado ne-nhum, tenha confiança na pessoa que tem a seu lado. Que o Amor e a Felicidade sejam uma constante na sua vida!Saúde: Cuidado, não coma muitos doces.Dinheiro: Momento propício para um in-vestimento mais sério.Números da Sorte: 30, 4, 26, 18, 40, 38Pensamento positivo: Tenho força mes-mo nos momentos mais difíceis!

Carta Dominante: a Justiça, que signifi-ca Justiça. Amor: Partilhe com a sua família as suas ideias e peça-lhes alguns conselhos, verá que não se arrependerá. Que a verdadeira sabedoria reine no seu coração!Saúde: O seu organismo vai ser o espelho do seu estado de espírito, por isso procure ser mais optimista.Dinheiro: Tendência para gastar desen-freadamente. Números da Sorte: 14, 20, 43, 32, 1, 25Pensamento positivo: Procuro ser justo e bom nas escolhas que faço.

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tornasse, ela mesma, uma personagem da história a contar. Com estreia nacio-nal em 3d em seis cidades do país, tem antestreia em gaia, a 8 de Maio, com a presença dos bailarinos e artistas da companhia de pina bausch, o tanztheater Wuppertal, que dará vários espectáculos no teatro nacional de são João, no porto.

num continuado presente. Complexo mas maduro como enredo devido à existência dessa multi-plicidade simultânea de tonalidades do amor, um romance pungentemente real e credivelmente hu-mano que expõe um mundo onde a hipocrisia que reina nada vale quando compara-da à vivência do amor não importa em que condições.

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Eventos

As grandes planícies preenchi-das com o cultivo do trigo ou simplesmente com alguns so-breiros ou oliveiras criam a ilu-são de que o céu, por estas terras, é maior e mais azul. Nestas ter-ras quentes e agrestes cultiva-se a vinha e produz-se alguns dos melhores vinhos nacionais.

Foram inúmeros os povos que habitaram esta região, por isso em cada vila ou cidade há ves-tígios de ocupações pré-históri-cas, romanas ou mouras: antas, templos romanos, castelos, igre-jas e até palácios renascentistas.

Além das planícies, existem também as serras do Marvão e São Mamede e o rio Guadiana, que transforma campos de terra amarelada em belíssimas hor-tas e pomares. Em qualquer lo-cal poderá degustar a típica gas-tronomia alentejana e apreciar o artesanato mais tradicional e a característica olaria em barro, em concelhos como Redondo ou Reguengos de Monsaraz.

Herdade do RocimA Herdade do Rocim é uma propriedade situada entre a Vi-digueira e Cuba, no Baixo Alen-tejo. Adquirida em 2000, segui-ram-se seis anos de trabalhos de reestruturação e qualificação, consumados com a plantação da maior parte da vinha que hoje a constitui.

São 60 os hectares de vinha na Herdade do Rocim, sendo 40 hectares de castas tintas e os restantes 20 hectares de castas brancas.

A Adega do Rocim, inaugura-da em Maio de 2007, destaca-se como elemento estruturante do projecto, que concilia a produ-ção do vinho com a fruição do espaço e da natureza, com a sua utilização enquanto centro de lazer.

Um espaço que, pelo seu po-tencial e pela qualidade estética

da sua arquitectura, se preten-de que funcione também como elemento de dinamização e qualificação da região.

Fundação Eugénio de AlmeidaAs uvas são vinificadas na mo-derna e sofisticada Adega Car-tuxa – Monte Pinheiros, her-dade que outrora foi centro de lavoura da Fundação Eugénio de Almeida.

A Adega Cartuxa – Quinta Valbom, antigo posto Jesuíta si-tuado junto ao Convento da Car-tuxa, onde já em 1776 funcio-nava um importante lagar de vinho, é desde 2007 o centro de estágio de vinhos e sede do Eno-turismo. Na Adega Cartuxa, a Fundação Eugénio de Almeida investe sobretudo na qualidade.

Todo o trabalho e empenho no conhecimento das vinhas, das castas e das técnicas de vi-nificação, resultam aqui na ob-tenção de vinhos com uma per-sonalidade marcada e estilos muito próprios.

Fundação Abreu CaladoA Fundação Abreu Calado é uma fundação de direito priva-do, a que foi conferido há largos anos o estatuto de instituição particular de solidariedade so-cial, detém natureza de utilida-de pública e é membro honorá-rio da Ordem de Benemerência.

Foi instituída em 1948 por tes-tamento do benemérito Dr. Cos-me de Campos Callado, e tem sede em Benavila (Avis) num edifício senhorial de traça rústi-ca alentejana, em cuja chaminé maior ostenta ainda a data de 1758, prova da longevidade de uma ‘casa’ que tem raízes secu-lares.

No ‘pátio velho’ da sede da Fundação estão localizados a Loja de Vinhos (numa antiga tulha de cereais), um restauran-te (para grupos), a Sala de Provas (antiga ‘casa da matança’), salas para estágio de vinhos em gar-rafa, um Museu Rural (onde se encontram expostas peças que recordam antigas actividades agrícolas e o fabrico tradicional

5 Adegas na Rota dos VinhosPropostas não faltam para conhecer os vinhos do Alentejo. Deixamos 5 sugestões de adegas e 3 referências para os dias de Verão.

invisívelO potencial aromático do Aragonêz, desenhou um vinho pleno de aromas de chá (Earl Grey), hortelã, casca de lima e salva. Na boca surge fresco, com boa acidez e uma estru-tura final muito elegante. Servir entre 6 a 18ºC, com sushi, peixes fumados e mariscos.

Cartuxa espumanteNa constante procura de produtos de alta quali-dade, foi produzido na Adega Cartuxa, na vin-dima de 2007, o primeiro espumante DOC Alentejo – Évora, a partir da casta Arinto. Trata-se de um vi-nho fresco e elegante que vem reforçar a excelência da marca Cartuxa.

régia ColheitaVinho de aspecto crista-lino, cor palha definida, aroma intenso, onde a fru-ta e a madeira se fundem com grande complexida-de. Revela-se estruturado, macio e com um ligeiro acídulo que lhe confere grande equilíbrio. O final de boca é harmonioso e prolongado.

do pão e do vinho) e um lagar de azeite quase centenário e fun-ciona com ‘capachos’ de sisal.

Herdade da ErvideiraAs Herdades do Monte da Ribei-ra e da Herdadinha, pertencem à família Leal da Costa, descen-dente directa do Conde D´ Ervi-deira, agricultor de sucesso dos séc. XIX e XX.

Com 160 ha de vinhedos divi-didos pela Vidigueira (110 ha) e por Reguengos de Monsaraz (50 ha), a administração da Ervidei-

ra é assegurada por Dona Maria Isabel Leal da Costa, a matriarca da família e pelos seus seis fi-lhos, sendo Duarte Leal da Costa o director executivo.

A direcção enológica é da res-ponsabilidade de Nelson Rolo.

Cooperativa Agrícola de ReguengosA CARMIM – Cooperativa Agrí-cola de Reguengos de Monsa-raz – foi criada em 1971 por um grupo de 60 viticultores. Trinta e nove anos depois, a qualidade dos vinhos passou a ser sinóni-mo de excelência. A empresa li-dera o mercado nacional no seg-mento dos vinhos de qualidade.

A cooperativa possui actual-mente cerca de 900 sócios e pro-duz 24 referências de vinhos: dos brancos aos tintos, dos jovens aos vinhos reserva, passando pelos licorosos, rosé ou espumantes.

A qualidade da matéria-pri-ma, oriunda de uma região de denominação de origem, é uma das mais-valias desta Coopera-tiva; a par do capital humano e de um complexo agro-industrial dotado da mais alta tecnologia.

Luís Pardal | Registo

D.R.

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SEMANÁRIO

sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évoratel. 266 751 179 Fax 266 751 179email [email protected]

Redacção | Registo

Nos dias 25 e 26 de Junho, a al-bufeira do Maranhão recebe a quinta edição do Troféu de Remo Mestre de Avis, que irá contar com a participação de cerca de 300 jovens remadores, em repre-sentação de cerca de duas deze-nas de clubes de todo o país.

A competição decorre em jor-nada dupla, sendo que a primei-ra tem início no dia 25, às 17h00 e a segunda, no dia 26, às 9h30. Es-tarão em prova remadores com idades entre os 8 e os 16 anos, integrados nos escalões de ben-jamins, infantis, iniciados e ju-venis, masculinos e femininos, sendo as classificações individu-ais e colectivas.

O Complexo do Clube Náutico de Avis constitui um espaço pri-vilegiado para assistir às provas, bem como à cerimónia de entre-

ga de prémios, que decorrerá no final da manhã de domingo.

A prova dá continuidade à parceria estabelecida entre o Município de Avis e a Associa-ção de Remo de Setúbal, regis-tando um crescimento contínuo quanto ao número de clubes e de atletas participantes, “assumin-do, cada vez mais, um papel de destaque no calendário nacional da modalidade”.

Segundo a autarquia, a albu-feira do Maranhão volta, assim, a ser o centro das atenções de-vido ao remo, que ao longo dos últimos anos se tem vindo a afir-mar “como uma das principais potencialidades do concelho e da região”, movimentando cen-tenas de pessoas, entre atletas, técnicos e público, ao longo de todo o ano, quer nos estágios de preparação, quer nas provas ali disputadas.

Além do remo, a zona oferece aos visitantes boas condições para a prática de um conjunto alargado de desportos náuticos como canoagem, windsurf, kite-surf, pesca, vela ou ski aquático.

“A aptidão da albufeira para estas modalidades está patente no facto de ser eleita para local de estágio de equipas nacionais e internacionais de remo, além de selecções olímpicas de países como a Dinamarca, Suécia e No-ruega ou o London Rowing Cen-ter, entre outros”.

Os amantes dos desportos náuticos encontram em Avis o local ideal para a prática destas modalidades. “As águas calmas e as belas paisagens das margens da Albufeira convidam a pegar na canoa e na pagaia e partir à descoberta de imagens inesque-cíveis, como um belo pôr-do-sol”, acrescenta a autarquia.

A Casa-Museu José Régio come-mora 40 Anos de vida e ao lon-go de 2011 irá promover visitas guiadas, ateliês, poesia e contar historietas e manias de um co-leccionador de antiguidades.

Até final de Julho, os jardins infantis, as escolas e o público em geral podem visitar a casa e participar em várias actividades.

Nas terças-feiras os visitantes podem apreciar as diferentes pe-ças de barro, terminando a visita com o atelier “Mãos no Barro”

Às quartas, as crianças dos 4 aos 6 anos podem descobrir a co-lecção de pratos do poeta e par-ticipar no atelier de pintura em pratos de papel sobre o momento mais marcante da visita coorde-nado por Céu Maçãs, educadora de infância.

Já as quintas-feiras são preen-chidas por uma visita à colecção de escultura e um atelier sobre “Como dourar uma Peça”, coor-denado pela conservadora Lau-ra Romão.

A semana termina com “His-torietas de Um Coleccionador de Antiguidades”, onde os partici-pantes irão usufruir de uma vi-sita à Casa Museu com histórias a partir de escritos de José Régio.

mora

Férias com os peixeso Fluviário de Mora promove umas férias grandes diferentes para os mais novos. À visita habitual a este que é o primeiro grande aquário europeu de água doce, as crianças são convidadas a participar em actividades prepa-radas especialmente para celebrar o fim do ano lectivo e o início do Verão. “Aquarista por uma Hora” permite aos mais pequenos acompanha-rem e saberem como se tratam os peixes e as plantas, numa visita aos bastidores do Fluviário.Aprender a pescar é o tema de “Pesca na Ribeira”, actividade que termina com a devo-lução das espécies à água.Uma das mais apetecí-veis iniciativas é “Dor-mindo com as Lontras” para saber se os peixes dormem…numa noite diferente.

Casa museufaz 40 anos

Jovensremadores“invadem” albufeirado maranhão

Portalegre avis

D.R.

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Troféu disputado por 300 remadores.