16
www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 11 de Agosto de 2011 | ed. 167 | 0.50 PUB Piscinas em tempo de férias Montemor-o-Novo e Évora atraem centenas de visitantes oriundos da zona da Grande Lisboa. Pág.03 Estranha-se, às primeiras im- pressões. Mas depois confirma-se: as pis- cinas municipais de Montemor-o-Novo e Évora são palco para excursões prove- nientes da área metropolitana de Lisboa. Todas as semanas, centenas de pessoas alugam um autocarro e marcham até ao Alentejo, trocando as praias do litoral por um dia bem passado na tranquilidade do interior. A situação deverá manter-se nas próximas semanas, tendo em conta que as previsões do Instituto de Meteorolo- gia apontam para a continuação do tem- po quente com temperaturas máximas a aproximarem-se dos 40 graus nos distri- tos de Évora e de Beja. Reavaliar. É esta a palavra da moda no léxico do Governo. Depois de o TGV ter sido parado, a conclusão de Alqueva deverá ser adiada para depois de 2013. E até o novo Hospital de Évora foi colocado em lista de espera. Novo puzzle do Governo deixa Évora em stand by Festas Floridas Em Redondo o certame contou este ano com mais de 400 mil visitantes Pág.04 “As 33 ruas estavam igualmente bonitas, cada uma à sua maneira”. Politicamente correcto, o presidente da Câ- mara Municipal de Redondo, Alfredo Barroso, diz ao Registo que a edição deste ano das Ruas Floridas se traduziu numa “ver- dadeira festa do povo”. “Por muito apoio que a Câma- ra pudesse dar, se não existisse vontade da população esta festa não se realizava”. Com edição de dois em dois anos, as Ruas Floridas resultam de um gigantesco trabalho co- lectivo da população local que ao longo de vários meses se de- dica a produzir flores e objectos em papel, sobre os mais varia- dos temas, para enfeitar as ruas da vila. O certame contou este ano com mais de 400 mil visitantes, o maior número de sempre. Nem a chuva, que caiu com intensi- dade dia 1 de Agosto, impediu a realização da iniciativa. “Mais uma vez houve uma resposta positiva não só da população de Redondo mas de concelhos vizi- nhos. Portel Agosto em Festa Pág.11 Reguengos Exporeg Pág.07 Numa visita ao hospital, Paulo Mendo foi peremptório: “Consta do programa do Governo que tudo vai ser avaliado, designa- damente Parcerias Público Pri- vadas (PPP) e projectas de novas infra-estruturas de dimensão como é o hospital. Quando se fi- zer essa avaliação, veremos”. O ministro reconhece que o actual modelo de funcionamen- to do Hospital do Espírito Santo – cujos dois edifícios se encontram separados por uma estrada, além da capacidade do hospital distrital estar “esgotada” depois de mais de 30 anos de vida útil – “não é de certeza a mais ade- quada”. Mas invoca o quadro de dificuldades em que o país vive para não se comprometer com o avanço das obras. Este foi um dos assuntos mais debatidos na última campanha eleitoral no distrito de Évora, tendo o PSD assumido publica- mente o compromisso de que o novo hospital seria para fazer. 07 D.R. D.R. D.R.

Registo ed167

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição 167 do Semanário Registo

Citation preview

Page 1: Registo ed167

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 11 de Agosto de 2011 | ed. 167 | 0.50€

PUB

Piscinas em tempo de fériasMontemor-o-Novo e Évora atraem centenas de visitantes oriundos da zona da Grande Lisboa.Pág.03 Estranha-se, às primeiras im-pressões. Mas depois confirma-se: as pis-cinas municipais de Montemor-o-Novo e Évora são palco para excursões prove-

nientes da área metropolitana de Lisboa. Todas as semanas, centenas de pessoas alugam um autocarro e marcham até ao Alentejo, trocando as praias do litoral por

um dia bem passado na tranquilidade do interior. A situação deverá manter-se nas próximas semanas, tendo em conta que as previsões do Instituto de Meteorolo-

gia apontam para a continuação do tem-po quente com temperaturas máximas a aproximarem-se dos 40 graus nos distri-tos de Évora e de Beja.

Reavaliar. É esta a palavra da moda no léxico do Governo. Depois de o TGV ter sido parado, a conclusão de Alqueva deverá ser adiada para depois de 2013. E até o novo Hospital de Évora foi colocado em lista de espera.

Novo puzzle do Governo deixa Évora em stand by

Festas FloridasEm Redondo o certame contou este ano com mais de 400 mil visitantesPág.04 “As 33 ruas estavam igualmente bonitas, cada uma à sua maneira”. Politicamente correcto, o presidente da Câ-mara Municipal de Redondo, Alfredo Barroso, diz ao Registo que a edição deste ano das Ruas Floridas se traduziu numa “ver-dadeira festa do povo”.

“Por muito apoio que a Câma-ra pudesse dar, se não existisse vontade da população esta festa não se realizava”.

Com edição de dois em dois anos, as Ruas Floridas resultam de um gigantesco trabalho co-lectivo da população local que ao longo de vários meses se de-dica a produzir flores e objectos em papel, sobre os mais varia-dos temas, para enfeitar as ruas da vila.

O certame contou este ano com mais de 400 mil visitantes, o maior número de sempre. Nem a chuva, que caiu com intensi-dade dia 1 de Agosto, impediu a realização da iniciativa. “Mais uma vez houve uma resposta positiva não só da população de Redondo mas de concelhos vizi-nhos.

Portel Agosto em FestaPág.11

Reguengos ExporegPág.07

Numa visita ao hospital, Paulo Mendo foi peremptório: “Consta do programa do Governo que tudo vai ser avaliado, designa-damente Parcerias Público Pri-vadas (PPP) e projectas de novas infra-estruturas de dimensão como é o hospital. Quando se fi-zer essa avaliação, veremos”.

O ministro reconhece que o actual modelo de funcionamen-to do Hospital do Espírito Santo – cujos dois edifícios se encontram separados por uma estrada,

além da capacidade do hospital distrital estar “esgotada” depois de mais de 30 anos de vida útil – “não é de certeza a mais ade-quada”. Mas invoca o quadro de dificuldades em que o país vive para não se comprometer com o avanço das obras.

Este foi um dos assuntos mais debatidos na última campanha eleitoral no distrito de Évora, tendo o PSD assumido publica-mente o compromisso de que o novo hospital seria para fazer.

07

D.R

.

D.R. D.R.

Page 2: Registo ed167

2 11 Agosto ‘11

Este costuma ser o tempo da parvoíce sazonal ou silly season para acompanhar o linguajar da moda. No entanto, este ano de 2011 pa-rece ser excepção a esta regra e os assuntos sérios continuam a ocupar o mesmo espaço mediático que utilizam no restante tempo do calendário.

O BPN vai ser vendido a um banco cujo presidente é um cavalheiro que passou os últi-mos meses do governo anterior a opinar sobre a necessidade de mudança política do país.

Seguramente por mero acaso o banco foi adquirido por 40 milhões de euros, ficando o Estado com o ónus de pagar as indemniza-ções aos trabalhadores que o adquirente en-tende estarem a mais e ainda com a obrigação de “socializar” os prejuízos.

Os grandes detractores do papel do Estado na economia, os que andam sempre a exigir o regresso ao Estado mínimo e a defender as virtudes do liberalismo económico, não tive-ram qualquer pudor em usar o Estado para salvar um banco com uma gestão fraudulenta, enterrando milhões de euros dos contribuin-tes, devolvendo-o à esfera privada prontinho a ser lucrativo.

O governo apresentou uma coisa a que decidiu chamar “Programa de Emergência Social”. Depois de décadas de políticas que atiraram a maioria dos portugueses para uma situação social onde o desemprego, a preca-riedade laboral, os baixos salários e as pen-sões de miséria são o seu resultado documen-tado, é agora apresentado um programa com características claramente assistencialistas e caritativas, que irá criar redes de dependên-cias atentatórias da dignidade dos se vêm ati-rados para a indigência por opções políticas que acentuam as desigualdades sociais.

Um exemplo dessas medidas é o anúncio de distribuição gratuita aos mais pobres de me-dicamentos em fim de prazo. A continuarem com esta bondade ainda os iremos ver a dis-tribuírem nas escolas iogurtes fora do prazo com o argumento que mais vale isso do que passarem fome.

Ou mesmo o aparecimento de festas orga-nizadas por gente cheia de nomes sonantes, para angariar pacotes de arroz para os pobre-zinhos.

Criar pobres para os “salvar” parece voltar a ser a política oficial de quem nos governa.

No meio de tudo isto os “mercados” conti-nuam “nervosos” e já há mais gente a defen-der a negociação da dívida e outras medidas que quando propostas pelo PCP foram consi-deradas irrealistas e irresponsáveis.

Na passada segunda-feira espantei-me com a opinião de um analista em pleno telejornal da RTP quando opinou que não conseguía-mos sair da crise porque estávamos a aplicar as mesmas soluções que a ela nos conduzi-ram. Provavelmente andará mais gente a ler o “Avante!” com a atenção devida, ainda que escrevam nos jornais de economia “de refe-

rência”.Em Londres e noutras cidades inglesas co-

meçaram tumultos e desacatos com pilhagens mais ou menos organizadas.

A pressão que o sistema exerce, em contra-dição com as expectativas de consumo que cria e que não consegue satisfazer é segura-mente o combustível que alimenta esta onda de violência nos bairros mais pobres da capi-tal inglesa.

A ganância dos “mercados” criou uma ge-ração de jovens sem perspectivas e dispostos a tudo para obter o que lhes é prometido como o cúmulo da felicidade.

Uma nota local. O presidente da Câmara de Évora, em entrevista a este jornal, afirmou que levaria o seu mandato até ao fim. Outra coisa não seria de esperar tendo em conta que tem legitimidade para tal obtida através do voto dos eborenses.

O que é engraçado é que afirma que o faz para não dar essa satisfação aos adversários políticos internos e externos.

Já tenho ouvido muitas justificações para alguém permanecer no poder, mas é a primei-ra vez que dou por alguém a ficar pela razão mais pessoal que existe: por pirraça.

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected]) Editor Luís Godinho

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal (editor) Colaboradores Pedro Galego; Pedro Gama; Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia Ramos Ferro; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Luís Martins Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição Miranda Faustino, Lda

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

“Rating dos EUA: de AAA para AH AH AH!” ww

w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

Notas soltas de um verão quente

Eduardo Luciano advogado

O Plano de Emergência Social apresentado esta semana é mais uma prova do balanço positivo da governação de que falava na se-mana passada. Constituído por cinquenta medidas que me parecem adequadas e efi-cazes a debelar o problema da pobreza em Portugal, num momento particularmente difícil, e dirigido às famílias com menores rendimentos, este Plano de Emergência So-cial resgatará seguramente muitas pessoas do limiar da pobreza.

Em articulação com as IPSS e com as autarquias, e mediante um investimento de 400 milhões de Euros, o Governo será, com certeza, bem-sucedido nesta tarefa homéri-ca, que ilustra bem o cariz social do PSD, originariamente sustentado na doutrina so-cial da Igreja.

O banco de medicamentos, a distribuição de alimentos e o mercado de arrendamento social, parecem-me excelentes ideias soli-dárias que, espero, não sejam boicotadas pelos intervenientes. A legislação sobre o li-cenciamento e as obrigações a que até agora as IPSS se encontram sujeitas, ao nível dos equipamentos e regras de higiene e seguran-

Governação - Parte IISÓnia raMoS FErroJurista

ça alimentar, serão revistas.Em revista encontra-se também a legis-

lação sobre o regime jurídico das incom-patibilidades e impedimentos dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos da Administração Pública, situação despo-letada pela alegada fuga de informação nas Secretas, após o caso Jorge Silva Carvalho. O período de nojo é outra das questões com-plexas em apreciação, mas que certamente sofrerá alterações.

O fim das golden share é uma realidade.

O Governo tem agora noventa dias para es-tabelecer um regime extraordinário de “sal-vaguarda de activos estratégicos em secto-res fundamentais para o interesse nacional”, proposta apresentada pelo PS e aceite pela maioria parlamentar, pois como afirmou o Deputado Centrista Ribeiro e Castro, “a abolição das acções douradas não significa a renúncia a instrumentos de defesa dos in-teresses nacionais no funcionamento da eco-nomia.” Uma das vias possíveis é a definição de novas golden shares, no quadro do direito comunitário.

Outra novidade é o site do Governo na internet donde constam todas as nomeações efectuadas, em todos os Ministérios e no Sector Empresarial do Estado, em obediên-cia ao princípio da transparência. Com todas as insuficiências que alguns já lhe acusaram, pelo menos, permite o escrutínio público da nomeação, o que só por isso, além de inédita, é uma iniciativa meritória.

Já foi discutida a alteração apresentada pelo Governo ao Estatuto do Pessoal Diri-gente, em cumprimento de mais uma pro-messa eleitoral do PSD.

“O Governo será, com certeza, bem-sucedido nesta tarefa homérica, que ilustra bem o cariz social do PSD, origi-nariamente susten-tado na doutrina social da Igreja”.

Page 3: Registo ed167

3

ActualHá quem troque a proximidade da praia por um dia bem passado no alentejo, bem no pico do Verão.

Piscinas municipais atraem turistas de todo o País

Estranha-se, às primeiras impressões. Mas depois confirma-se: as piscinas mu-nicipais de Montemor-o-Novo e Évora são palco para excursões provenientes da área metropolitana de Lisboa. Todas as se-manas, centenas de pessoas alugam um autocarro e marcham até ao Alentejo, tro-cando as praias do litoral por um dia bem passado na tranquilidade do interior.

Em plena época balnear – a 11ª desde que foram inauguradas – as piscinas de Montemor-o-Novo acolhem todos os anos cerca de 45 mil visitantes. Uma média de 700 entradas diárias, com os fins-de-se-mana a serem marcados por excursões de centenas de pessoas oriundas da área me-tropolitana de Lisboa. “Só hoje temos cá 4 autocarros, mais de 200 pessoas dessa re-gião”, conta um funcionário da autarquia. Autocarros como o que trouxe Ilda Mon-teiro: “Moro na zona do Rego [Lisboa] e a camioneta em que viemos estava cheia”, diz com um sorriso contagiante.

“Já cá tinha estado o ano passado. Gosto especialmente do espaço para os mais pe-quenos pois posso ficar sentada na relva enquanto as crianças brincam em segu-rança na água”. Ilda trouxe os três filhos. Garante que apesar do tempo não estar “famoso” a excursão, organizada por pes-soas que fizeram a “romaria” em anos pas-sados, valeu a pena. “Quando é para vir à piscina organizam-se estas excursões e gosto de vir. À praia vou com a família mais chegada”.

A 80 quilómetros da costa, este imprová-vel destino balnear recebe gente de todo o país. “Apesar de não terem sido pensadas para isso, a verdade é que as piscinas se transformaram num importante pólo de atracção turística”, reconhece o presidente da autarquia, Carlos Pinto de Sá.

Até ao ano passado o equipamento es-tava encerrado aos domingos e às segun-das-feiras mas agora já se encontra aberto durante todo o fim-de-semana, tendo sido criado um cartão municipal para permi-tir à população do concelho “melhores condições de utilização das instalações” municipais. Quem reside em Montemor-o-Novo paga 3 euros para frequentar as piscinas aos sábados, domingos e feriados. Para quem vem de fora, a tarifa exigida é de 6 euros.

Uma solução idêntica foi adoptada em Évora, sendo que aqui é na faixa etária entre os 6 e os 10 anos que mais se nota a diferença de preço: enquanto as crianças residentes no concelho não pagam entra-

a subida da temperatura faz esgotar a lotação das pis-cinas municipais. Em Mon-temor e em Évora até vem gente de fora.

da, as outras só têm acesso ao recinto se os pais deixarem 4,10 euros na bilheteira. Há quem fale em “discriminação positiva” para os habitantes locais, mas há também quem diga que a medida se destina a ten-tar “conter” a chegada de gente de fora.

Nilson Santos veio do Barreiro, integra-do num grupo de “umas 30 ou 40 pessoas”. Arrumada a lancheira com que se “entre-teve” durante boa parte da tarde na zona destinada a piqueniques, diz-se acostu-mado a estes dias de “festa”.

“Passam-se aqui bons momentos”. Não é o património histórico que os faz vir a Évora, ano após ano. É a água: “Não co-nheço a cidade mas todos os anos vimos uma ou duas vezes às piscinas”. Ao lado, o primo confirma que desta vez houve festa rija: “Um amigo nosso está a trabalhar na fábrica dos aviões [Embraer] aqui em Évo-ra e hoje encontrámo-nos todos”. Lá fora, cinco autocarros já têm o motor ligado, aguardando a chegada dos vários grupos para fazer a viagem de regresso a casa.

Ilda Monteiro trouxe os filhos às piscinas de Montemor-o-Novo

O Instituto de Meteorologia (IM) prevê a manutenção de tempera-turas próximas do 40º no Alentejo durante os próximos dias. Fonte do IM avançou ao Registo que para este quinta-feira há que contar com um novo aumento da temperatura, em especial nas regiões do interior norte e centro, com temperaturas máximas que poderão atingir 38º em Évora e 37ºC em Beja. A temperatura mínima registará uma ligeira subida em todo o território.

Numa nota publicada no seu site, a DGS avisa a população para os im-pactos negativos que as temperaturas elevadas possam ter, principalmente nas pessoas mais vulneráreis ao calor: crianças, idosos e doentes crónicos.

A população em geral deverá “aumentar a ingestão de água ou de sumos de fruta natural sem adição de açúcar, evitando as bebidas alcoóli-cas”, assim como “evitar actividades que exijam esforços físicos”, permane-cendo em ambientes frescos, lê-se nas recomendações da DGS.

Recomenda-se também a utiliza-ção de roupa solta, opaca, cobrindo a maior parte do corpo, chapéu, óculos de sol com protecção contra radiação ultravioleta.

Temperaturas quase nos 40°

D.R.

D.R.

Page 4: Registo ed167

4 11 Agosto ‘11

Actual

nem a chuva estragou a festa. iniciativa da autarquia e da população local atraiu milhares de visitantes.

O actual Governo assume com coragem a di-fícil realidade com que nos confrontamos. Ao contrário do que era habitual, este Governo não está disponível para esconder a realidade “debaixo do tapete”. Nem podia ser de outra forma, nem os portugueses esperariam outra coisa do actual executivo.

Ao mesmo tempo que são anunciadas e implementadas medidas austeras, as quais afectam a generalidade dos portugueses, são apresentadas medidas, que funcionam como amortecedoras sociais, para os mais fragili-zados.

Para “tratar o paciente” é necessário reco-nhecer a doença. Depois é fundamental apli-car a cura, por muito dolorosa que seja. Ao mesmo tempo devem evitar-se danos colate-rais. E é isso que está precisamente a ser feito pelo actual Governo.

O Plano de Emergência Social apresentado recentemente pretende responder a uma das

partes desta equação. Na prática, visa ameni-zar as consequências da actual crise nas famí-lias com menores rendimentos. Apresentam-se algumas destas medidas:a) O subsídio de desemprego vai subir 10 por cento para casais com filhos, em que ambos os elementos do casal estejam desempregados. b) Vai ser criado um Banco de Medicamentos que, por um lado, visa combater o desperdí-cio de medicamentos que se encontrem em condições e, por outro, se destina a apoiar os mais desfavorecidos. Os medicamentos que se encontrem a seis meses do seu prazo de validade vão ser distribuídos gratuitamente. c) Vai ser criado um mercado social de arren-damento para as famílias que não conseguem aceder a habitação social no seu município, com preços 30 por cento mais baratos que os actuais valores de mercado. d) Haverá tarifas sociais nos transportes pú-blicos, gás e electricidade, que terão em conta

os rendimentos das famílias. e) O Governo anunciou também o lançamento de um programa nacional de microcrédito. O objectivo é dar oportunidade às pessoas para lançarem os seus próprios negócios. f) Vão ser distribuídas refeições a quem mais precisa, aproveitando a rede de cozinhas e cantinas que os equipamentos sociais têm. g) Os beneficiários de apoios sociais vão ter de prestar trabalho social e o programa do Governo promete promover a empregabilida-de de desempregados com mais de 45 anos e dos desempregados de longa duração, com trabalho activo e solidário. h) O Estado vai investir num programa de li-teracia financeira a nível nacional – algo que já está a ser desenvolvido no âmbito do Ban-co de Portugal e da Associação Portuguesa de Bancos e que terá como grande objectivo educar os jovens sobre a temática do dinheiro

É claro que vieram logo alguns dos “do-

nos” do estado social criticar estas propostas, dizendo que a maioria das medidas apresen-tadas são assistencialistas e que obrigam os desempregados a trabalhar. Parece que vivem em realidades completamente diferentes do que a maioria dos portugueses.

Também me parece claro que esta dicoto-mia ideológica não faz qualquer tipo de sen-tido. A nossa sociedade não se encontra em condições de ser tratada de uma forma levia-na. São necessárias medidas totalmente dife-rentes do que estamos habituados.

O estado social tem que ser visto como um todo. Deve servir precisamente a quem tem reais necessidades. O nosso estado distri-butivo para todos (inclusive aos que podem pagar) já não existe mais. Não conseguimos criar riqueza que o suporte. Não ver isto, é estar completamente cego.

Por isso, parece-me que para novas doen-ças, só mesmo com novas curas.

A urgência do plano de emergência socialantÓnio coSta da SiLVaEconomista

“As 33 ruas estavam igualmente bonitas, cada uma à sua maneira”. Politicamente correcto, o presidente da Câmara Munici-pal de Redondo, Alfredo Barroso, diz ao Registo que a edição deste ano das Ruas Floridas se traduziu numa “verdadeira festa do povo”.

“Por muito apoio que a Câmara pudesse dar, se não existisse vontade da popula-ção esta festa não se realizava”.

Com edição de dois em dois anos, as Ruas Floridas resultam de um gigantes-

Ruas Floridas com mais de 400 mil visitantes

vizinhos, nomeadamente através das es-truturas dos escoteiros que se mobiliza-ram para ajudar a recolocar de pé a festa”, conta Alfredo Barroso.

Na altura todas a peças foram retira-das e convenientemente protegidas da intempérie que se abateu sobre a vila, ao mesmo tempo que centenas de pessoas se dedicavam já à preparação dos novos tectos para as ruas que assim o necessita-vam.

Com o sol de regresso, os novos tectos começaram a ser colocados devolvendo às festividades as cores que lhe são ca-racterísticas. Inúmeras horas de trabalho volvidas, para muitos algumas noites sem dormir, e todas as peças regressaram aos seus lugares cativos para deleite dos milhares de visitantes que durante a se-mana têm passado por Redondo.

“Voltou a ser uma grande festa que ul-trapassou as nossas melhores expectati-vas. Foi até aquela que teve maior núme-ro de visitantes, bem expresso nos dados das unidades de restauração, de artesa-nato e hoteleiras”, acrescenta o presiden-te da autarquia. “Apesar da crise, houve um disparar em relação ao número de visitantes, refeições servidas e de receita gerada pelo evento”.

Segundo Alfredo Barroso, as Ruas Flo-ridas constituem uma “montra do que Redondo e esta subregião do Alentejo têm de melhor”, sendo igualmente um impor-tante cartaz turístico. “Quem quisesse ar-ranjar alojamento teria muitas dificulda-des pois as unidades aqui à volta estavam completamente esgotadas”.

O parque destinado as auto-caravanas, criado este ano pela primeira vez no par-que de feiras e exposições da vila, esteve quase sempre esgotado, apesar de a sua existência só ter sido divulgada um mês antes do arranque da iniciativa.

co trabalho colectivo da população local que ao longo de vários meses se dedica a produzir flores e objectos em papel, sobre os mais variados temas, para enfeitar as ruas da vila.

O certame contou este ano com mais de 400 mil visitantes, o maior número de sempre. Nem a chuva, que caiu com intensidade dia 1 de Agosto, impediu a realização da iniciativa. “Mais uma vez houve uma resposta positiva não só da população de Redondo mas de concelhos

O jovem de 27 anos que ficou grave-mente ferido no violento despiste na EN120, em Odemira, no passado domingo, quando saía do Festival do Sudoeste, continua a lutar pela vida na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Faro.

“O prognóstico permanece reserva-do, as próximas horas serão determi-nantes”, diz fonte hospitalar.

Do acidente resultou a morte de Luís Comendinha, 27 anos.

O brutal despiste ocorreu às 11h16 de domingo na EN120, entre São Teotónio e Odemira. Na viatura, seguia um grupo de amigos, entre os 20 e os 30 anos, residentes em Évora. Três iam nos bancos da frente, quatro atrás e dois na bagageira.

Outro ferido com gravidade, uma jovem de 21 anos, permanece inter-nada no Hospital de São José, em Lisboa.

Luís Comendinha, 27 anos, foi a vítima mortal. Seguia num dos luga-res dos passageiros. “Trabalhava em Madrid e veio para Portugal há dois meses, quando morreu o pai. Agora aconteceu esta tragédia. A família está destroçada”, disse ao Correio da Manhã uma amiga e vizinha, no bairro do Bacêlo.

Este acidente fez disparar o número de vítimas mortais nas estradas do distrito de Beja. Desde o início do ano, de acordo com dados da Autori-dade Nacional de Segurança Rodo-viária, o número de vítimas mortais subiu no Alentejo.

A Associação Sócio Profissional Independente da Guarda (ASPIG) lamenta o aumento do número de vítimas mortais denunciando o “de-sinvestimento” na Guarda. Os condi-cionamentos financeiros e de pessoal têm condicionado o patrulhamento das estradas.

Acidente mata jovem de Évora

Page 5: Registo ed167

5 PUB

Page 6: Registo ed167

6 11 Agosto ‘11

Actual

Esperados milhares de visitantes a certame que começa amanhã e se prolonga até dia 15 de agosto.

Sabe quanto ganha? Sabe onde está a gastar o seu dinheiro? Qual o total das suas despesas no final do mês? Para responder a estas questões deve fazer um orçamento diário, semanal, ou mensal, para o ajudar a equilibrar as suas finanças pessoais.Só assim poderá identificar, reduzir ou até eliminar alguns gastos.como fazer?registe todos os seus rendimentos mensais num papel e também todas as suas despesas: a prestação da casa, do carro, as facturas de água, gás e electricidade, os gastos de telemóvel, alimentação e transportes. não esqueça, registe até mesmo os mais insignificantes – como os cafés ou pequeno-almoço.o que importa é que registe todos os seus gastos, e também os da sua família, para que possa analisar e alterar.Finalmente, confronte os seus rendimentos com os seus gastos e verifique qual o seu saldo mensal. Este saldo deverá ser positivo. caso contrário, estará a viver acima das suas possibilidades e a caminhar para uma situação difícil.não se esqueça, que mais importante do que o que ganhamos, é o dinheiro que poupamos.Faça contas à vida. consulte a nossa campanha Gerir € Poupar no site www.deco.proteste.pt/associacao

Helena Guerra(Gabinete de Novas Iniciativas)

DECO – Delegação Regional de ÉvoraTravessa Lopo Serrão, n.ºs 15 A e B, r/ch

7000-629 Évora

Gerir e poupar… por onde começar

Exporeg promove economia de Reguengos de Monsaraz

A Exporeg - 19ª Exposição de Actividades Económicas vai decorrer entre os dias 12 e 15 de Agosto no Parque de Feiras e Exposições de Reguengos de Monsaraz. Mais de uma centena de empresas e ins-tituições vão promover os seus produtos e serviços neste certame organizado pelo Município de Reguengos de Monsaraz.

Segundo a autarquia, a Exporeg visa a promoção das empresas da região, in-centivar o desenvolvimento de contactos e de negócios e divulgar Reguengos de Monsaraz como um destino de turismo de excelência.

Nesta edição do certame vão estar pre-sentes instituições e empresas das áreas

Mais de uma centena de empresas e instituições estão presentes na iniciativa organizada pela autarquia local.

PUB

da hotelaria, gastronomia, vinhos, artesa-nato, mobiliário, calçado, electrodomésti-cos, imobiliário, seguros, consultadoria financeira, comércio automóvel, clima-tização, comunicação web e informática, óptica, concepção de piscinas, entre mui-tas outras. Na iniciativa poderá ainda ser apreciada uma exposição de maquinaria agrícola e a XVI Exposição de Pecuária, a qual contará com vários expositores que vão apresentar os melhores exemplares das raças de caprinos, ovinos e equinos.

O programa da Exporeg inicia-se na sexta-feira, dia 12 de Agosto, pelas 19h00, com a cerimónia de inauguração do cer-tame. A primeira noite será preenchi-da com o Festival Reguengos Jovem e a apresentação de vários projectos musicais do concelho.

A partir das 21h30 vão estar em palco as bandas J´AMP, Fallen Wings, Bartender`s e Mojo Rising. No festival haverá uma zona para acampamento e os participan-tes poderão ainda divertir-se no Parque

Radical e assistir a workshops. A fechar a noite, à 1h da madrugada, realiza-se uma largada de toiros junto ao estacionamen-to superior do Parque de Feiras e Exposi-ções.

No sábado, dia 13 de Agosto, pelas 21h00, inicia-se o passeio “BTT ao Luar”, e meia hora mais tarde continua o Festival Reguengos Jovem, com as actuações de Hugo Soft, In Absinthia, Caixel e Dhar-ma. A animação prolonga-se pela ma-drugada, a partir da 1h00, com mais uma largada de toiros.

No dia 14 de Agosto, às 11h00, decor-rerá a apresentação de projectos da EDP no concelho de Reguengos de Monsaraz. No auditório do pavilhão multiusos será prestada toda a informação aos agricul-tores sobre a obra de electrificação rural da zona poente sul do concelho, que vai beneficiar quase uma centena de pro-prietários agrícolas numa vasta extensão de propriedades com exploração agro-florestais e agro-industriais que podem

agora desenvolver as suas actividades re-querendo as respectivas baixadas da rede eléctrica.

Nesta sessão será também apresentado o projecto InovCity, no âmbito das redes inteligentes, abordando-se a gestão inte-grada de novas realidades como a geração distribuída, a microgeração e os veículos eléctricos, a eficiência energética e os uti-lizadores de energia eléctrica.

No domingo chegará a Reguengos de Monsaraz a Volta a Portugal em Mota Eléctrica. Trata-se de um projecto de uma entusiasta das motas eléctricas, Mónica Salgado, que está a percorrer 3 mil qui-lómetros pelo país numa Predator 5000 watts 60 amp, com autonomia de cerca de 90 km a circular a cerca de 60 km/h.

Na segunda-feira, dia 15 de Agosto, às 18h30, decorre a habitual Corrida de Toi-ros. Na Praça de Toiros José Mestre Baptis-ta vão estar os cavaleiros João Salgueiro, Vitor Ribeiro e Telles Jr, À noite haverá um espectáculo equestre.

Page 7: Registo ed167

7

Exclusivona campanha eleitoral, PSd prometeu avançar com novo hospital de Évora. agora é para “reavaliar”.

Governo coloca projectos estruturantes em ”stand by“

Luís Godinho | Texto

O TGV já era. A conclusão do empreen-dimento de Alqueva está em “stand by”. E novo Hospital de Évora, ao contrário do que foi prometido durante a campa-nha eleitoral, está a ser “repensado”. À beira de completar dois meses, o novo Governo parou os grandes projectos de investimento anunciados para o distrito, argumentando com a difícil situação fi-nanceira do país.

Olhar à “realidade do país”. Foi esta a expressão utilizada pelo ministro da Saú-de, Paulo Macedo, para colocar travão ao processo de construção do novo Hospital Central de Évora, pensado para servir toda a região. O projecto, que envolve um investimento da ordem dos 100 milhões de euros, arrancou em 2009 e tinha data de conclusão prevista para 2013 sendo su-portado por fundos próprios do hospital (tanto por via do capital como pela alie-nação de património) e recurso a fundos comunitários.

Nada que convença o ministro da Saú-de. Numa visita ao hospital, Paulo Men-do foi peremptório: “Consta do programa do Governo que tudo vai ser avaliado, de-signadamente Parcerias Público Privadas (PPP) e projectas de novas infra-estrutu-ras de dimensão como é o hospital. Quan-do se fizer essa avaliação, veremos”.

O ministro reconhece que o actual modelo de funcionamento do Hospital do Espírito Santo – cujos dois edifícios se encontram separados por uma estrada, além da capacidade do hospital distrital estar “esgotada” depois de mais de 30 anos de vida útil – “não é de certeza a mais ade-quada”. Mas invoca o quadro de dificul-dades em que o país vive para não se com-prometer com o avanço das obras.

Este foi um dos assuntos mais debatidos na última campanha eleitoral no distrito de Évora, tendo o cabeça-de-lista do PSD, Pedro Lynce, assumido publicamente o compromisso de que o novo hospital se-ria para fazer: “Embora o PS não se tenha mostrado absolutamente seguro em rela-ção aos seus compromissos, não tenho dú-vidas absolutamente nenhumas que da parte do PSD existirá uma pressão muito grande para se construir o novo hospital de Évora”, disse Pedro Lynce ao Registo, acrescentando: “É uma necessidade mui-to grande”.

O projecto junta-se assim a outros colo-cados em “stand by” (Alqueva) ou aban-

até o novo Hospital de Évora é para repensar. na lista de espera, junta-se ao tGV e à conclusão do empreendi-mento de alqueva.

“Puzzle” da nova governação marcado por impasse em obras estruturantes para o distrito de Évora. Governo argumenta com razões económicas.

“É muito dinheiro e o país tem muitíssi-mas dificuldades em muitas áreas”, resu-me Assunção Cristas. Para o PSD trata-se de um “discurso de prudência”. Para os agricultores é um problema que deve ser ultrapassado: “Terminar a obra deve ser prioridade”, diz Castro e Brito, presidente da Federação das Associações de Agricul-tores do Baixo Alentejo.

“O Estado tem de ser uma pessoa de bem, mesmo quando mudam os gover-nos. E se é dada essa expectativa aos agentes económicos e depois, a meio do percurso, isso é alterado, estamos peran-te uma infidelidade com consequências negativas no plano da agricultura”, con-trapõe o deputado socialista Pita Ameixa.

Quanto ao TGV, a “paragem” estava pré-anunciada desde a campanha eleitoral, tendo em conta as reservas do PSD em relação às grandes obras públicas e a opo-sição do CDS à alta velocidade ferroviária. O concurso para a construção da linha entre Poceirão e Caia, incluindo a cons-trução de uma estação nas proximidades de Évora, deverá ser anulado, remetendo o Estado e o consórcio a quem havia sido adjudicada a obra para uma complexa batalha jurídica por causa do valor das indemnizações que eventualmente terão de ser pagas.

donados (TGV). Quando a Alqueva, em-preendimento cuja conclusão havia sido antecipada pelo anterior Governo para 2013, a nova ministra da Agricultura, As-sunção Cristas, diz que é necessário “ava-liar e a ver as condições” existentes para garantir o cumprimento dessa calendari-zação.

Em causa está a necessidade de desblo-

quear 300 milhões de euros em três anos para garantir a comparticipação nacio-nal das obras que falta concluir e para as quais está assegurado financiamento comunitário. Isto tendo em conta que o volume de endividamento da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) já é superior a 500 mi-lhões de euros.

Financiamento do novo hospital inclui recurso a alienação de património e a fundos comunitários.

Page 8: Registo ed167

8 11 Agosto ‘11

Exclusivo

corpo de professor e empresário alentejano assassinado no rio deverá chegar hoje a Elvas.

Advogado poderoso matou professor de Reguengos

Pedro Galego | Texto

Rolando Palma, de 49 anos, passava uns dias com a namorada brasileira, Regina D’ávila (48 anos), residente no Rio de Ja-neiro, quando um advogado de 61 anos, poderoso e influente no Brasil e ex-mari-do da companheira do português, dispa-rou quatro tiros à queima-roupa, às pri-meiras horas do passado dia 2 de Agosto, em plena Barra da Tijuca.

Dois dos projécteis acabaram por ser fa-tais para o português, natural de Reguen-gos de Monsaraz e há mais de 20 anos professor na Escola Secundária D. Sancho II, em Elvas. O casal, apesar de separado fisicamente pelo Oceano Atlântico, foi-se conhecendo nas redes sociais e em blo-gues da Internet, sobretudo pelo gosto pela fotografia comum a ambos.

Há cerca de dois anos assumiram mes-mo a relação e as visitas de parte a parte eram frequentes. Mas, um ataque de ci-úmes do ex-marido de Regina terminou em tragédia.

O homicida diz ter agido para evitar a saída do filho, um adolescente de 13 anos que assistiu a toda a cena, pudesse sair do País.

Rolando morreu depois de ter sido ba-leado no pescoço e numa perna, às 07h30 locais – 11h30 em Portugal, quando saía

Família da vítima exige uma investigação completa ao caso e uma “condenação exemplar”.

de casa com a sua companheira, que tam-bém ficou ferida no tiroteio. Segundo a imprensa brasileira, o agressor, António Costa de Oliveira, “disparou quatro tiros, atingindo Rolando duas vezes e Regina uma vez” em plena avenida Afonso de Taunay, numa das mais nobres zonas da Cidade Maravilhosa.

Horas após o homicídio, a polícia brasi-leira, convicta de algumas perturbações mentais do advogado e dos ciúmes que o moveram, informou que na noite an-terior António tentou entrar no prédio onde residia a ex–mulher e onde estava alojado o português, mas foi impedido pelo porteiro. Esperou-os na rua, dispa-rando à queima–roupa a pistola calibre .380 quando os viu juntos.

O professor português chegou ao Brasil no dia 16 de Julho e tinha viagem de re-gresso marcada para 28 de Agosto. Costu-mava viajar com regularidade para pas-sar alguns dias com a namorada Regina, mas desta vez já não regressou.

A relação assumida por ambos em Se-tembro de 2009 causou inclusive o divór-cio do professor, quando foi descoberta pela ex-mulher, mãe das três filhas do português, duas maiores e outra com 10 anos.

Natural de Reguengos de Monsaraz, fi-lho de pai e mãe professores de História, além leccionar, Rolando Palma era ainda sócio de uma loja de informática situada na Rua da Feira, em Elvas, onde trabalha, além dos seus sócios e colaboradores, a sua ex-mulher, Maria João, que apesar da

separação manteve uma relação de ami-zade com o professor e foi a pessoa que tratou de todo o processo burocrático da trasladação do corpo, que deve regressar hoje a Portugal, mais de uma semana de-pois do crime.

A família exige agora uma investigação forte e uma condenação exemplar para o advogado, que menos de 24 horas depois do homicídio deu uma entrevista à comu-nicação social brasileira, onde disse não conhecer a vítima.

“Nunca o vi”, frisou, referindo em se-guida que disparou contra o casal para que este não “saísse de carro para um Es-tado junto à fronteira”.

Por acordo do divórcio, a criança de 13 anos filha de Regina e do advogado não podia deixar o Brasil sem autorização do pai. Tal só seria possível se cruzasse a fronteira de automóvel para apanhar um avião num país vizinho.

Na entrevista ao jornal brasileiro ‘O Dia’, o agressor contou que se separou em 2006 e que foi a ex-mulher que pediu o di-

vórcio. Pelo facto da antiga companheira rejeitar os seus contactos telefónicos, An-tónio partiu para a agressão.

“Abri a porta do carro. Vi um homem sentado e não sabia quem era. Foi uma reacção espontânea”, referiu o advogado. No final da entrevista mostrou “arrepen-dimento” e pediu “perdão” à família do falecido.

António Oliveira é considerado nos meandros da justiça brasileira como um “bom advogado” do Rio de Janeiro, in-fluente junto do governo daquele país – onde tem familiares – e da igreja.

Trabalhou 24 anos como coordenador do departamento jurídico da arquidiocese do Rio de Janeiro e ficou conhecido por ter proibido, em 1989, o uso de imagens reli-giosas em desfiles de escolas de samba.

O homicida confesso tem ainda duas filhas adultas de outro relacionamento. Manteve o casamento com Regina du-rante 15 anos, período durante o qual, se-gundo a imprensa brasileira, terá tentado matar a ex-mulher.

A agressão, no entanto, não foi relatada à polícia. Em Abril deste ano Regina apre-sentou uma queixa contra o ex-marido por ameaças. Foi retirada no mês seguin-te.

O assassinato do português Rolando Palma está a der investigado pela Dele-gacia de Homicídios, cuja sede fica a es-cassos metros do local do crime e onde foi detido o advogado. A pena máxima para este tipo de crime no Brasil é de 30 anos de cadeia.

D.R

.

Rolando Palma (foto em cima, à esquerda) foi assassinado no Brasil. O homicida confesso é António Oliveira um conhecido advogado brasileiro. O crime terá sido cometido por motivos passionais.

“Minha mãe e o Rolando estavam vivendo um lindo sonho, estavam felizes, muito felizes. Por que ter-minou assim? Por que tanta dor? Nunca vamos conseguir entender”. Anna Beatriz e Bianca Paula (filhas de Regina d’Ávila).

D.R

.D

.R.

Page 9: Registo ed167

9

Exclusivo

o ex-ministro da agricultura antónio Serrano retoma a sua colaboração quinzenal com o registo.

PUB

Obama criticou o corte do rating pela agência Standard and Poor’s, na passada Sexta-Feira e defendeu que os EUA serão sempre um país “triple A”, referindo-se à classificação de AAA que a agência atribuía aos Estados Unidos desde 1941 e que as outras duas gran-des agências, a Moody’s e a Fitch, decidiram manter.

Após estas declarações os principais índi-ces bolsistas continuaram aos trambolhões. É assim na Europa e é assim nos EUA. Uma crise que ameaça ser global e de grandes pro-porções, reduzindo o nível de vida das popu-lações dos países mais desenvolvidos para pa-tamares inferiores aos conhecidos e vividos na década de 80 do século passado.

A crise que começou por ser financeira, no sector imobiliário, passou para uma crise de confiança generalizada: confiança no sis-tema político, no modelo de Governação da União Europeia, no modelo de Governação dos EUA; confiança nos mercados, na banca, entre os agentes económicos.

Esta crise irá paulatinamente minando o sistema económico e o sistema social, con-duzindo a um agudizar das relações sociais

cujas consequências serão difíceis de prever.A globalização conduziu o mundo para

níveis de investimento público e privados suportados nas “alavancagens financeiras”, financiando as mais diferentes propostas sem ter em conta a capacidade real de retorno efectivo do mesmo e da capacidade real de produzirem riqueza e de produtos transaccio-náveis.

Construímos um castelo de cartas global, no qual fomos todos envolvidos e incentiva-dos a participar. Somos prisioneiros neste castelo em desmoronamento e não será possí-vel sairmos dele sem traumas físicos doloro-sos. Somos todos actores, principais, secun-dários, figurantes de um filme de acção em plena realização e cujo fim desconhecemos.

Da globalização das economias passámos para a globalização da desgovernação polí-tica e económica. As receitas sucedem-se, como prescrições por tentativa e erro, com hesitação dos diversos prescritores políticos em todo o mundo.

Portugal joga o papel de figurante na cena global, apanhado em contramão, após um pe-ríodo de mais de 30 anos de democracia no

Desgovernação global antÓnio SErranodeputado

qual recuperámos não apenas a dignidade de um povo, mas também toda a infra-estrutura do país em todos os domínios. Mas esta re-cuperação foi também suportada em “alavan-cagem financeira” e em fundos comunitários que nos deram a ilusão de que poderíamos investir em tudo e em todo o lado.

A nossa dívida total (pública e privada) não parou de crescer, cifrando-se em 230% da nossa riqueza anual. Insustentável!

É lamentável que na última campanha elei-toral os partidos da direita, actualmente no Governo, quisessem fazer crer aos Portugue-ses que o problema de Portugal, se devia a um único Governo, a um homem! Bastaria mudar de Governo e de primeiro-ministro para tudo

se alterar! Quiseram ignorar a dimensão da crise internacional que nos apanha como uma onda gigante e contra a qual um país como o nosso pouco pode fazer.

Passados alguns dias de tomada de posse e bastando uma nova avaliação negativa das agências todos se puseram de acordo contra os mercados. Afinal a crise era internacional e estes malditos eram culpados e justificavam novos sacrifícios aos Portugueses. Os tais que no discurso de tomada de posse do Sr. Pre-sidente da República já não podiam suportar mais sacrifícios!

Infelizmente para todos nós, com eleições, apenas perdemos tempo e gastámos mais di-nheiro, a crise internacional é de tal forma severa que torna a nossa luta equivalente à de um náufrago que vai avistando terra! Gos-taria que o Governo em funções fosse bem sucedido.

Mas o nosso sucesso depende cada vez menos de nós! O nosso sucesso depende de uma concertação global muito forte do ponto de vista político, que restaure a confiança e elimine a actual sensação de desgovernação global.

“O nosso sucesso de-pende de uma con-certação global muito forte do ponto de vista político, que restaure a confiança”.

Page 10: Registo ed167

10 11 Agosto ‘11

Exclusivo

Álvaro Santos Pereira visitou fábrica da iMG em Portalegre, adquirida pelos grupos imatosgil e BES.

Não existe, nos últimos 20 anos, governo em Portugal que não tenha apregoado a sua devoção ao empreendedorismo – fosse num programa eleitoral, num qualquer discurso parlamentar de ministro ou inauguração de secretário de estado.

Compreende-se…o conceito é simpático e “modernaço” e muito dado a frases bonitas. Bem, é justo constatar que faziam-no, geral-mente, com a mesma autenticidade de um jo-gador brasileiro acabado de chegar à Portela a declarar que é benfiquista desde pequenino! E pouco se saía das intenções e das generali-dades…

Este governo ainda tem um historial curto demais para balanços ou elogios mas, neste campo concreto, merece pelo menos uma pa-lavra de apreço inicial: foi o primeiro a criar uma secretaria de Estado da Competitivida-de, do Empreendedorismo e da Inovação e a ter assim uma visão integrada desta realida-de. Efectivamente, é necessária que a inves-tigação científica e a consequente inovação esteja ao serviço da economia real e não ape-nas a ocupar o tempo e o orçamento da vida universitária.

E é necessário que a competitividade da economia portuguesa esteja assente na inova-ção e não nos baixos custos/ salários. Vista a parte estratégica, falta ver a capacidade de execução, até porque o conceito é complexo.

“Empreendedorismo” não é apenas o tra-jecto de alguém a criar o seu próprio negócio, seja ele o café da esquina ou a empresa tec-nológica que irá inventar o próximo Google.

Empreendedorismo simplificado e desmistificado

carLoS SEzõESGestor/consultor

Álvaro quer parar a desertificação

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, mostrou-se empe-

nhado em “travar” a desertifi-cação no interior do país,

recordando que tam-bém ele é “uma pessoa do inte-rior”. “Eu sou uma pessoa do interior. Uma coisa que eu não farei será esquecer o in-terior”.

“Nós temos uma secreta-ria de Estado de Desen-

A Administração do Porto de Sines (APS) recebeu uma delegação da Galp Energia e da Petrobras, liderada pelo Presidente Executivo da petrolí-fera portuguesa, Manuel Ferreira de Oliveira. A comitiva foi recebida por Lídia Sequeira e João Franco, respecti-vamente Presidente e Vogal do Conse-lho de Administração da APS.

O Terminal de Granéis Líquidos de Sines é a principal porta de entrada nacional de crude, tendo o Brasil ocupado a 4.ª posição no fornecimen-to deste produto à Refinaria de Sines em 2010, com mais de um milhão de toneladas movimentadas.

A Galp Energia está presente no Brasil em cerca de 20 projectos, pri-vilegiando a parceria com a empresa petrolífera Petrobras. Estes projectos dividem-se em projectos offshore, que incluem as participações na bacia de Santos e no famoso Lula, que torna-rão o Brasil um dos principais países em reservas a nível mundial, e em projectos onshore, de dimensão mais reduzida, nos quais a Galp Energia dá os primeiros passos como operador.

Entretanto, a CP Carga S.A. e a Administração do Porto de Sines S.A. assinaram um protocolo de colabora-ção com o objectivo de desenvolver soluções logísticas de base marítimo-ferroviária, que possam potenciar a competitividade do porto.

A colaboração permitirá expandir as oportunidades de negócio, com a criação de novas soluções logísticas integradas, com particular relevância à escala ibérica.

Galp e Petrobras em Sines

volvimento Regional, eu não digo isso só por nome, eu digo isso pia-mente porque vale a pena acreditar e apostar no interior para construir-mos um Portugal mais harmonioso e menos dual”.

Álvaro Santos Pereira falava aos jornalistas no final de uma visita à fábrica de produção de PET da IMG, em Portalegre, iniciativa inserida no âmbito de um ciclo de visitas a empresas de sucesso e em dificul-dades promovida pelo Ministério da Economia.

Citado pelo Jornal de Negócios, o ministro recordou que o Governo “não tem soluções mágicas” para in-verter a situação que se vive nas re-giões do interior, sustentando que a “chave” para resolver esse problema passa pelo diálogo e trabalho com as populações e empresas dessas re-giões desertificadas.

O grupo Control PET -- sociedade participada pelos grupos portugue-ses Imatosgil e Banco Espírito Santo

compraram em Junho a unidade de produção de PET Artenius Portugal, em Portalegre, empresa que era pro-priedade da espanhola La Seda.

A empresa, desenhada em 1996 para a produção de fibras de poliés-ter, foi reconvertida para a produção em processo contínuo de polímeros PET, tinha uma produção anual de 70 mil toneladas e estava com a sua actividade industrial paralisada desde finais de 2010.

O valor da venda é de 5,6 milhões de euros a pagar entre 2011 e 2015, podendo aumentar em função da produtividade dessa unidade até aqui controlada pela La Seda, um grupo com sede em Barcelona e que entre outros conta com participa-ções do grupo português Imatosgil Investimentos SGPS e da CGD.

Com esta operação, a La Seda con-tinuou o seu processo de desinves-timento de activos não estratégicos, no âmbito do Plano Estratégico que o grupo tem em curso.

Ministro da Economia diz-se uma “pessoa do interior” e numa visita a Portalegre afirmou-se empenhado em combater a desertificação.

É toda uma mentalidade, uma atitude e es-pírito orientado para inovar – por conta pró-pria ou (porque não?) por conta de outrem. É olhar e ver soluções onde outros vêem apenas ameaças ou problemas.

É descortinar antes dos outros uma opor-tunidade no mercado e conceber formas cria-tivas de a aproveitar – com novos produtos, novos processos, novas tecnologias ou novos modelos de gestão.

Temos 3 obstáculos consideráveis em Por-tugal: a saber, o estigma cultural, a falta de competências de planeamento/ gestão e o fi-nanciamento.

Os dois primeiros resolvem-se, essencial-mente com a educação de base, a formação e a promoção social do empreendedor. É pre-ciso, desde cedo, a promoção da iniciativa, das competências de planeamento, gestão de projectos, liderança e análise e gestão do ris-co. Enfatizar que tentar, errar, falhar e tentar novamente é normal e saudável – temos de nos tornar uma sociedade tolerante ao erro! Mas também garantir que os projectos em-preendedores serão sustentáveis e reduzir a sua mortalidade.

Depois, o financiamento das boas ideias necessita de “capital semente” - financiamen-to mais orientado à fase inicial do projecto, como a pesquisa, análise de mercado, desen-volvimento do “produto”.

Não deve ser apenas o Estado com os seus subsídios ou o seu capital de risco (Ex. o Fi-nicia e outros programas similares) a constar do menu de opções.

A criação de fundos universitários desta natureza e um enquadramento jurídico fa-vorável dos chamados business angels – in-vestidores, com uma boa rede de contactos e experiência consolidada em alguns sectores de negócio – são áreas a explorar.

O empreendedorismo não será a cura de to-dos os males da economia portuguesa. Mas, numa economia global, a funcionar em rede, o papel de pequenas e médias empresas, ino-vadoras e flexíveis, resultantes do esforço criativo dos empreendedores é cada vez mais relevante. Há que favorecer o seu nascimento e a sua multiplicação!

“O financiamento das boas ideias necessita de “capital semente” - financiamento mais orientado à fase inicial do projecto, como a pesquisa, análise de mercado, desenvolvimento do “produto” ”.

Page 11: Registo ed167

11

Pedro Galego | Texto

O Festival Internacional de Folclore e o PortelAves, uma das maiores mostras de aves do país, são as principais atrac-ções de um mês de Agosto que se prevê agitado em Portel. Durante os seus onze dias de duração, a programação do Agos-to Em Festa 2011 vai ter ainda concertos, concursos, um desfile de moda e muitos outros eventos que prometem marcar de forma inesquecível uma altura do ano em que muitos portelenses aproveitam as férias para regressar à sua terra natal.

O primeiro dos eventos teve o seu iní-cio ontem, dia 10 de Agosto, e vai já na 14ª edição. Segundo a autarquia o Festival Internacional de Folclore, cada vez mais conceituado, vai “voltar a encher as noi-tes de Agosto com os sons tradicionais de conjuntos musicais dos cinco continen-tes”.

O cartaz é composto por 13 grupos de lugares tão longínquos como o Senegal, a Argentina, a Rússia ou o Taiwan. As actuações acontecem no Parque Dr. Fran-ça e pretendem mostrar “um pouco da diversidade cultural presente no nosso planeta”. Todos os espectáulos têm início previsto para as 22h00 e o evento decorre até dia 15 de Agosto.

No dia imediatamente a seguir, dia 16, terça-feira, pelas 18h00, vai ter lugar na Cerca de São Paulo a cerimónia de abertu-ra do PortelAves, que este ano comemora a sua 18ª edição. Em paralelo com a feira de aves vai ocorrer também uma Mostra de Actividades Económicas e uma Feira do Livro.

Na mesma data, pelas 22h00, vai ter lugar o 6º Desfile de Vestidos de Chita de Dulce Guimarães, um evento organizado pelos Serviços Sociais dos Trabalhadores do Município de Portel.

No PortelAves vão estar em exposição e para venda centenas de aves das mais va-riadas espécies. Segundo a organização, a cargo também da autarquia portelense, esta mostra está “longe de ser um certame destinado apenas a especialistas”, sendo a feira, “uma excelente oportunidade para observar exemplares de grande raridade,

RadarPrograma pensado para os “filhos da terra” e para forasteiros que visitam a vila durante o Verão.

‘Agosto em Festa’ anima Portel

O ‘Agosto em Festa’ é uma forma de dinamizar socialmente Portel numa época em que as pessoas procuram outros destinos?

Sim é. De facto o mês de Agosto é pro-curado por muitos para os seus períodos de férias, mas é também a altura do ano em que os filhos de Portel que estão fora, noutras localidades do país, e no estran-geiro, tradicionalmente regressam à sua terra natal.

Economicamente também é impor-tante para a vila?

Sim, porque além do Festival de Folclo-re e da Portelaves os produtores regionais e locais mostram o que de melhor se faz no concelho e na região. O mel, a carne, a promoção turística são algumas das riquezas do nosso concelho que também são dadas a conhecer por estes dias, além da dinamização que dá a espaços da ci-dade como o jardim Dr. França e a Cerca de São Paulo.

Acha que a crise de certa forma pode contribuir para fixar as pessoas, que actualmente têm menos disponibi-lidade financeira para ir para fora?

Em teoria pode ajudar, mas estes eventos não são só para os portelenses. Esperamos visitantes de outras partes da região e do resto do país, mas é nesta altura que muita gente que não se vê no resto do ano se reencontra.

Que conselho deixa a quem quiser ir a Portel nestes dias?

Que o concelho e a região têm muita coisa para ver e muita oferta de vária ordem. Já que estamos em época balne-ar, aqui podem desfrutar das piscinas municipais, podem dar um passeio por Alqueva ou conhecer o património histórico, além das noites que serão por certo bastante animadas com estes dois eventos que formam o ‘Agosto em Festa’.

“É o reencontro dos filhos da terra”

Norberto Patinho

Presidente da câmara de Portel destaca importância da iniciativa.

alguns dos quais premiados internacio-nalmente”.

Ao longo do período de duração da fei-ra, a Cerca de São Paulo vai ser ainda pal-co de vários eventos musicais. No dia 17, caberá à Banda Filarmónica Municipal Portelense estrear o ciclo de concertos, e, no dia seguinte, é a vez da subida a palco da cantora Anabela e a Big Band Lourei-ros.

A artista almadense vem a Portel revi-sitar alguns dos seus êxitos que marca-ram o cancioneiro dos anos 90. Já no dia 19 os fadistas Joana Amendoeira, Teresa Siqueira, Rodrigo Rebelo de Andrade e José Gonçalez vão ser os protagonistas da Noite de Fados marcada para a noite.

Mas, porventura, o nome mais forte do cartaz de concertos de 2011 é o de Aurea. Com um disco de platina alcançado o ano passado, a cantora alentejana vem a Por-

tel apresentar o seu álbum homónimo. O espectáculo está marcado para o dia 20, sábado, com início às 22h00.

Será também nesse dia, pelas 18h00, que serão conhecidos os vencedores do XVI Concurso de Mel. Antes, entre as 9h00 e as 13h00, vai ser feita uma recolha de sangue na sede da Associação dos Da-dores de Sangue de Portel. O encerramen-to da Feira será no dia 21, com o artista reguengense Mário Moita.

Além das actividades realizadas na Cer-ca de São Paulo, duas exposições vão es-tar patentes em dois lugares distintos da vila. Na capela de Santo António, a partir do dia 16, vai ter lugar a exposição “Apa-rência das Aves” da artista Maria Amaral, enquanto no Auditório Municipal vai continuar aberta a exibição de esculturas em basalto intitulada “Só bombas… piro-clásticas” da autoria de Al-Zéi. Concerto de Áurea é dos mais aguardados.

Mostra de aves e festival de folclore levam milhares de visitantes a Portel durante este mês.

Page 12: Registo ed167

12 11 Agosto ‘11

Radar

o filósofo José Gil é uma das presenças confirmadas num debate em Évora sobre mitos e mitologia.

Na semana passada afirmei que existem causas estruturais para a permanência da mentira em política. Todas assentam num princípio: há aspectos da realidade social que não podem e/ou não devem ser ditos. E por isso devem ser magica-mente ocultados, usando as palavras de modo contrário ao seu sentido comum. Exemplo, o da famigerada expressão “Pacto de Estabilidade e Crescimento”, que consagra a grave instabilidade (4 PECs em meses) e a recessão. Os exemplos não faltam. A permanência e a banalida-de da mentira na política levantam uma questão: sabendo os cidadãos que todos os políticos mentem, donde vem que continuem a acreditar nos mentirosos e a votar neles? A questão envolve um paradoxo lógico: “mentir” é dizer a ou-trem algo que se sabe ser falso, portanto com a intenção de o enganar. Sabendo o cidadão que o político mente, como é que é possível que acredite? Ou seja: serei mesmo “enganado”, se sei que o que me dizem é falso? A solução reside no carácter mágico do discurso político. Este lida com a fonte principal do sagrado em qualquer sociedade: o Poder. O Poder é sagrado e o discurso do Poder é acto de magia verbal que reactiva a sacralidade do Poder. Mas o que explica que essa ma-gia funcione e as pessoas acreditem? Na base existe um elemento da relação com o Poder por parte dos dominados: o desejo de acreditar, que tem um funda-mento antropológico: uma sociedade inteira não pode viver enfrentando às claras a sua impotência face ao Poder. Mas o desejo de acreditar exprime-se em sentimentos diferentes consoante as sociedades e os tempos. Veja-se o caso da Alemanha, onde foram impostos nos últimos 10 anos sacrifícios enormes aos mais fracos (assalariados, reformados), evocando “progresso e justiça social”. O desejo de crença alemão emerge duma história em que os Alemães se vêem como invasores (desde os tempos do império romano), dominadores: o sentimento que “cimenta” a sociedade alemã é o desejo de potência., a Wille sur Macht. Na França. país de invadidos, o desejo de crença exprime o temor da in-vasão (alemã, dos imigrantes, etc.). E em Portugal? Sugiro que o desejo de crença (na mentira política) vem da relação paterna / infantil dos Portugueses com o Estado. Feita de reverência, de receio e de ressentimento, é um poderoso gerador de crença: impossível acreditar que “Eles” queiram mesmo o “nosso” mal. E con-tudo, desde muito antes do Salazar e até hoje, assim é: incrível, pelo que é o inver-so que cremos… Terrível mal-entendido.

*CIDEHUS - Universidade de Évora e Academia Militar

[email protected]

Um olhar antropológico

Porquê acreditar? Ainda a questão da mentira no discurso político

35

JoSÉ rodriGuES doS SantoS*antropólogo

Em apenas um mês o palco principal do Escrita na Paisagem, a Igreja de S. Vicente, recebeu cerca de 4500 pessoas na exposi-ção de José d’Almeida, Mytho-Graphyas, que viaja agora até à Galeria do Posto de Turismo, em Moura.

Para além da exposição, foram muitas as performances e eventos que preenche-ram a Igreja e o Largo de S. Vicente, ain-da sob a guarda dos Chapéus-de-chuva, e contaram com a presença de mais de 4000 pessoas, não obstante este festival de performance e artes da terra se estender a vários municípios do Alentejo.

Muitas são ainda as surpresas que se desvendarão ao longo dos próximos dois meses de festival.

O grande destaque do mês de Agosto refere-se à Fábrica dos Mitos, a ter lugar todos os domingos e que, segundo o seu coordenador, José Rodrigues dos Santos, autor de numerosas publicações cientí-ficas em Sociologia e em Antropologia, pretende desmistificar várias temáticas em redor dos mitos: “como se constroem, tantas vezes passando despercebidos en-quanto tais, os mitos contemporâneos, com que materiais e potências. Para além da análise estrutural dos discursos míti-cos, há que indagar as forças que expli-cam a sua dinâmica interna, os movem, e nos movem”.

Para este debate apresentam-se vários

Escrita na Paisagem ”abre“ Fábrica de Mitos em AgostoFestival de arte contemporânea prossegue em agosto. destaque para um ciclo de conferências intitulado Fábrica de Mitos.

convidados, entre os quais Ana Godinho e José Gil, convidados da primeira sessão, ambos professores de Filosofia.

Os interesses actuais de Ana Godinho prendem-se com a investigação sobre es-tética, literatura, crítica e clínica, espaço e imagem na arte moderna e contemporâ-nea”.

O trabalho de José Gil parte da questão “O que é pensar com mitos?”. O professor pretende comprovar ao público que o “mi-to-narrativa é uma linguagem de forças”.

Em Agosto, o Festival coloca a forma-ção num lugar primordial, com a Esco-la de Verão, dirigida por Eric de Sarria e Nancy Rusek com base no método da CIE. Philippe Genty e ainda Rasaboxes, onde Márcia Moraes trabalha sobretudo a fisi-calidade do actor.

A exposição Longe do Mar, Longe da Terra, do escultor Gonçalo Jardim, que tem como base de construção o ferro, apresenta-se na Igreja de S. Vicente du-rante o mês de Agosto e insere-se também

na temática da mitologia.

Canções de Cordel

Mais para o final do mês (dia 24), o festi-val convida César Prata a trazer ao Alen-tejo o seu mais recente projecto musical, Canções de Cordel (editado em Dezembro do ano passado), através do qual mergu-lhamos na mitologia e imaginário popu-lares dos folhetos de cordel. Histórias de “sangue, faca e alguidar”, como nos diz César Prata.

Uma (re)visitação a uma prática quase esquecida, que pertence a uma forma de representação colectiva, tradicional, cujo tempo se encarregou de deslocar para um espaço da memória, mi(s)tificando-a. Um espectáculo que oscila entre o trágico e o cómico e que fará, pelas músicas e letras, as delícias de miúdos e graúdos.

César Prata fundou e dirigiu diversas associações culturais e trabalhou com inúmeras colectividades no âmbito da recolha do património imaterial. Criou e dirigiu diversos espectáculos.

O seu nome encontra-se ligado a inú-meros discos, quer como compositor, ar-ranjador, criador, intérprete ou técnico dos quais se destacam Chuchurumel, As-sobio e Chukas (encomenda do IGESPAR para o Parque Arqueológico do Vale do Côa).Publicou alguns cadernos sobre tra-dição oral. Criou e assegurou a direcção musical de espectáculos. Compôs para teatro e participou em festivais interna-cionais, dos quais se destacam “Canti di Passione” (Salento, Itália, Abril de 2007), “Ahoje é ahoje!” (Maputo, Moçambique, Agosto de 2008).

A Escola de Verão 2011, na sua quarta edição, conta com dois cursos intensi-vos. O primeiro, Paisagem interiores: introdução ao universo de Philippe Genty. O segundo, Rasaboxes, é um curso que introduz os participantes uma técnica de treino do actor criada pelo celebrado encenador e acadé-mico americano Richard Schechner, inspirado na teoria teatral de Antonin Artaud “o Atleta da Emoção” e nas técnicas do teatro tradicional indiano.

Escola de Verão

Page 13: Registo ed167

13

Radar

artigo de opinião sobre imagens do caos.

13 PUB

PUB

As convulsões sociais são levadas da breca, senão vejamos o que se passa em Inglaterra; bairros destruídos, com casas incendiadas, lojas saqueadas, feridos, até mesmo mortos, os agentes da autoridade desnorteados sem saberem o que fazer, o premier a dizer-se e desdizer-se.

A imagem do caos. Muito bem aproveita-da por uns e outros diga-se de passagem. En-quanto para os primeiros a revolução já saiu à rua, a ordem estabelecida treme, Milton Friedman é retirado dos escaparates e passa para a sub secção de história contemporâ-nea… para os segundos, tudo isto não passa de agitação criminosa perpetrada por ban-dos de delinquentes juvenis, focados apenas em bens de consumo supérfluos, com exces-so de adrenalina e que só levam a sua avan-te porque a sociedade inglesa é demasiado tolerante e aberta e compassiva e deixa que energúmenos destes habitem no seu seio, sem serem enviados para os confins do im-pério de arma na mão, a disparar sobre os ta-libãs ou sob os terríveis iraquianos ou ainda a fazer pontaria ao alvo excelente que são os filhos de Kadafi.

Ninguém cuida das causas. Isto acontece em Londres e acontecerá em muitas outras cidades, Europa e mundo fora, enquanto se não alterar este paradigma assente em bases injustas, discriminatórias, que leva uma mi-noria escandalosamente opulenta a viver à custa de uma maioria imensa, cada vez mais pobre, cada vez mais usada e abusada e que obviamente reage.

Nunca um grito de revolta foi simpático aos olhos de todos, nunca um protesto desta dimensão foi purgado de inevitáveis oportu-nistas, mas as causas estão lá para quem as quiser entender. Despidas de conveniências ocasionais dos intérpretes que vão botando faladura.

Por cá o grito de revolta também se faz sentir, o árbitro Pedro Proença foi agredido com uma cabeçada num centro comercial, o país continua suspenso do esforço hercúleo de meia dúzia de obesos na sua demanda do peso ideal e o nosso primeiro-ministro está de

Convulsões sociaisMiGuEL SaMPaioLivreiro

férias em Manta Rota. Quer-me parecer que seria necessária uma

venda de um banco por quarenta milhões de euros a um grupo de compadres, ou a descida da TSU para valores insultuosos, ou a pri-vatização da água, ou da REN, ou dos CTT, para as pessoas se mexerem; mas, como nada disso se passa, o pessoal dedica-se a assuntos mais mundanos… como as férias de Passos Coelho, por exemplo.

Afinal o homem até é um de nós, passa fé-rias na praia do povão , numa casa que parece ter sido desenhada pelo seu antecessor e, vai à praia de chapéu de sol às costas, estende a toalha no meio do maralhal e vai ao banho como o comum dos mortais.

Às tantas metade do pessoal na praia faz parte da segurança e as casas vizinhas são ocupadas por agentes do SIS e os submarinos do Portas rondam as brancas areias da praia.

Só que uma imagem vale mais que mil pa-lavras, fazer isto é mistificação, é passar por aquilo que se não é, dizer-se mais um entre todos, afirmar que as medidas criminosas por si tomadas também o afectam, que não há ou-tro caminho possível.

Com esta farsa Passos legitima o maior saque aos bolsos dos trabalhadores desde o 25 de Abril… mas hoje é assim mesmo, ao contrário do que diziam os velhos, o hábito faz o monge.

Belo Agosto este…

“Nunca um grito de revolta foi simpático aos olhos de todos, nunca um protesto desta dimensão foi purgado de inevitáveis oportunistas, mas as causas estão lá para quem as quiser entender”.

Page 14: Registo ed167

14 11 Agosto ‘11 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

(à excepção dos módulos). Basta enviar uma mensagem com o seu classificado para o Mail.: [email protected]ÁRIO

Compra/aluga-sealugo quarto duplo –  a  estudante em vivenda no Bacelo, 250€ com despesas incluídas. ContaCto: 960041500

arrendo armazém Com 400m2 em éVora –  Com escritório, vestuários, wc´s e parque privativo para estacionamento. Na estrada do Bacêlo para os Canaviais. Con-taCto: 969064291

arrendo –  armazéns  com  áreas  desde de 100m² até 400m², com escritórios, ves-tuários e WC`s.Na estrada do Bacêlo para os Canaviais, Évora. ContaCto: 96 9064291

alugo sotão 80m2 –  vivenda  no Bacelo  com  1  quarto,1  sala,  casa  de  ban-ho  e  serventia  de  cozinha.  ContaCto: 960041500

aluga-se quarto –  com  WC  privativo a  rapaz  estudante  bem  localizado.  Frigo-rifico, TV, água e  luz  incluído. ContaCto: 969708873

aluga-se quarto –  com casa de banho e  pequena  cozinha  totalmente  indepen-dente. ContaCto: 968888848

Cede-se posição –  Bar  no  centro histórico em Évora. 200m2 - Muito poten-cial ContaCto: 966228739

Vendo –  casa  T3  a  três  km  de  Reguen-gos  de Monsaraz, com quintal, por 50 mil 

AVONQuer ganhar dinheiro?

Faça como eu, seja uma revendedora avon sem investimento, lucros de 20% a 53% + prémios +

Kit grátis + oferta de 45€ em produtos nas primeiras encomendas.

Ligue já: 932 605 893 | [email protected]

euros. ContaCto: 925256563 das 9 ao meio dia

Vende-se ou aluga-se –  Armazém na  estação  N.Sra  Macahede.  ContaCto: 266706982 ou 963059977

arrenda-se garagem –  Em  Évora. Ampla e bem localizada, em bairro perto do centro histórico. ContaCto: 968946097

alugam-se quartos –  Na  cidade  de Évora,  a  raparigas  estudantes  universi-tárias,  com  serventia  de  cozinha,  sala  e restantes  áreas  comuns.  Excelente  local-ização, muito perto do Polo Univ. L. Verney. ContaCto: 927419277

alugo esCritório –  Com  30  m2  no centro  de  Évora.  Mobilado  ContaCto: 914857898

empregoproCura-se colaborador/a  para  em-presa  de  Eventos  e  Formação,  sediada  em Évora,  marcar  entrevista  (entre  as  14  e as  18  horas). ContaCto: 266732533; 967626057; 966748417; 934194769

téCniCo de FarmáCia –  com  carteira profissional,procura Farmácia no distrito de Évora ContaCto: 966168555

2 Carpinteiros –  de  cofragem  em Évora. ContaCto: 963854369

pretende-se –  Parceiro(a)  para  explo-ração  de  Wine  Bar  no  centro  histórico  de Évora, equipado e pronto a funcionar. Con-taCto: 965110496

animadora soCioCultural cuida  de crianças, com meses até aos 10 anos quem 

estiver interesado/a a saber mais é so con-tactar ContaCto: 913984380

oFereCe-se senhor  reformado  com  carta de  condução  dinamico,  trabalhou  na  res-tauração. Esta apto para trabalha em copa ou no campo. ContaCto: 968785479

aJuda –  Posso ajuda-lo se  for O caso de ter  dores  ou  outros  sofrimentos  com  uma simples  massagem,  vou  aonde  for  ne-cessário. ContaCto: 968785479

oFereCe-se –  Senhora  para  limpeza para  algumas  horas  por  dia.  ContaCto: 961148236

senhora proCura –  trabalho  em  ser-viços  domésticos,  passar  a  ferro  e  tomar conta de idosos. ContaCto: 933227209

trabalhos –  em Photoshop, Autocad e 3d Studio. Dão-se explicações de Geometria Descritiva ContaCto: 916 128 914

oFereCe-se - Senhora para trabalhos do-mesticos, e cuidar de crianças ou idosos, 2 dias  por  semana,  em  Borba  ou  Vila  Viçosa ContaCto: 967245655

oFereCe-se –  Senhora  para  limpeza no periodo da manhã (ligar  só de manhã) ContaCto: 965759113  

oFereCe-se –  Senhora responsável, pro-cura  trabalho  de  limpeza,  passar  a  ferro, cuidar  de  idosos  e  crianças ContaCto: 969703102

oFereCe-se –  Srº.  50  A.  EDUCADO  HO-NESTO,  MUITO  ACTIVO.    Oferece-se    para motorista  ligeiros    particulares  ou  em-presas.  Carta  condução  30  anos  ,  conheci-mentos  informatica/administração,  social, comunicativo, boa apresentação. posterior-mente enviarei curriculo se assim o enten-derem contacto ContaCto: 926069997

senhora Aceita  roupa  para  passar  a ferro,0,50€  a  peça.  Faz  recolha  e  entrega ao  domicilio.  Arranjos  de  costura  preço  a combinar. ContaCto: 961069671

enControu-seCadela adulta –  cor amarela,  raça  in-definida, na zona industrial. Está à guarda do  Cantinho  dos  Animais. ContaCto: 964648988

Cão JoVem preto –  cruzado  de  Lab-rador,  junto  à  escola  da  Malagueira.  Está à  guarda  do  Cantinho  dos  Animais.  Con-taCto: 964648988

Cão de raça CaniChe –  pêlo comprido, de cor branco, com cerca de 6 meses. Con-taCto: 965371990 (só para este assunto)

Cão JoVem –  côr  creme,  porte  médio/pequeno,  perto  da  C.C.R.A.  Tem  coleira. Entra-se à guarda do Cantinho dos Animais. ContaCto: 964648988

gatinhos –  encontram-se para adopção gatinhos  com  cerca  de  2  meses.  ContaC-to: 964648988

CaChorra –  côr  preta,  porte  médio/pequeno, no Rossio de S. Braz. Coleira com guizo.  Encontra-se  à  guarda  do  Cantinho dos Animais. ContaCto: 964648988

Cadela JoVem –  côr amarelo mel, porte médio,  perto  do  Hospital  Veterinário  da Muralha  de  Évora.  Tem  microchip.  Con-taCto: 965371990 (só para este assunto)

duas CaChorrinhas –  Bia e a Matilde, muito  sociáveis,  com  pessoas  e  animais, brincalhonas como é natural na idade e es-pertas. com cerca de 8 meses.  ContaCto: 937014592 (só para este assunto)

outrosCréditos –  Pessoal,  Habitação,  Au-tomóvel  e  Consolidação  com  ou  sem incidentes.  Não  cobramos  despesas  de Consultoria.  ContaCto: 915914699 | 935454555 (marCio CahanoViCh) SERVIFINANÇA  -  ÉVORA  -  MALAQUEIRA  | HOME- SOLUTIONS - IMOBILIÁRIO

Compra-se –  azeitona e lenhas de abate e limpeza. ContaCto: 934095908

Vende-se –  Agapornis Fishers e Rosicol-lis. ContaCto: 937099715

PUB

Assistência TécnicaMáquinas de cápsulas

Máquinas de venda automáticabebidas frias | bebidas quentes | snacks

A l e n t e j oTlm. 962 689 434 | Email: v.marques@netvisão.pt

Page 15: Registo ed167

15

Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte 2

Sugestão de filme

Direcção: David YatesSinópse:

o fim da saga do pequeno feiticeiro criado por J.K. rowl-ing, com a segunda parte do derradeiro capítulo. Harry, ron e Hermione prosseguem a sua demanda por encon-trar e destruir os Horcruxes de Voldemort que o tornam imortal ao mesmo tempo que têm de escapar às garras dos

Carta dominante: 9 de Copas, que signi-fica Vitória.amor: Poderá ser surpreendido com uma declaração  de  amor.  Não  hesite  em  com-prometer-se pelo que está correcto.saúde: Evite as gorduras.dinheiro: Mantenha  a  calma  para  resol-ver um problema no seu trabalho.

Carta dominante: O Diabo, que significa Energias Negativas.amor: Confie  mais  na  sua  cara-metade. Para  quê  discutir?  Um  pequeno  gesto  ou uma boa acção são bem mais importantes do que as palavras!saúde: Poderá sentir-se psicologicamen-te fragilizado.dinheiro: Seja firme e não deixe que abu-sem da sua boa vontade.

Carta dominante: Cavaleiro  de  Ouros, que significa Pessoa Útil, Maturidade.amor: Poderá  viver  uma  relação  fugaz, mas cheia de paixão. A Vida espera por si. Viva-a!saúde: Relaxe e liberte o stress acumula-do no dia-a-dia.dinheiro: A  nível  financeiro  está  tudo controlado.

Carta dominante:  9  de  Espadas,  que significa Mau Pressentimento, Angústia.  amor: Uma discussão com o seu par dei-xá-lo-á  preocupado.  Preocupe-se  em  ser bom e justo pois será feliz!saúde: Poderá  passar  por  uma  fase  de desânimo.dinheiro:  Não  gaste  mais  do  que  tem, pense no futuro.

Carta dominante: O  Rei  de  Ouros,  que significa Inteligente, Práticoamor: A  sua  felicidade  poderá  despertar comentários invejosos. Descubra a imensa força e coragem que traz dentro de si!saúde: Cuide  do  seu  sistema  cardio-respiratório.dinheiro: Esteja atento às atitudes de um colega pouco sincero.

Carta dominante: 4 de Ouros, que signi-fica Projectos.amor: Aproveite  para  estar  mais  tempo com os seus amigos. A vida é uma surpre-sa, divirta-se!saúde: Modere as suas emoções.dinheiro: Ritmo de trabalho intenso mas o resultado será muito gratificante.

Carta dominante: O Carro, que significa Sucesso.amor: Empenhe-se a cem por cento num envolvimento  amoroso  recente.  Aprenda a  escrever  novas  páginas  no  livro  da  sua vida!saúde: Faça  uma  desintoxicação  ao  seu organismo.dinheiro: Fase favorável ao fecho de ne-gócios.

Carta dominante: O Louco, que significa Excentricidade.amor: Procure  dar  um  pouco  mais  de ânimo e vitalidade à sua relação afectiva. Tenha ideias e coloque-as em prática. Evite a monotonia!saúde: Cuidado  com  as  costas,  não  faça grandes esforços. dinheiro: Nunca  deixe  para  amanhã aquilo  que  pode  fazer  hoje,  será  prejudi-cial para si.

Carta dominante: 7 de Paus, que signifi-ca Discussão, Negociação Difícil.amor: Controle  o  mau-humor.  Que  a  se-renidade  e  a  paz  de  espírito  sejam  uma constante na sua vida!saúde: Deve  gerir  bem  as  suas  energias para não se sentir desgastado.dinheiro: Controle  eficientemente  a  sua vida financeira.

Carta dominante: 3 de Copas, que signi-fica Conclusão.amor: Exija  do  seu  par  a  verdade  sobre as suas  intenções. A confiança é a grande força da vida!saúde: O cansaço físico pode ser resolvido com um bom banho relaxante.Dinheiro:  Reflicta  acerca  do  seu  futuro profissional.

Carta dominante: 5 de Copas, que signi-fica Derrota.amor: As suas mudanças de humor pode-rão trazer alguns problemas. A paz começa no seu próprio coração.saúde: Receberá os resultados de um exa-me e sentir-se-á muito aliviado.dinheiro: Procure  não  tomar  nenhuma decisão sem antes analisar tudo o que ela implica.

Carta dominante: Rei  de  Espadas,  que significa Poder, Autoridade.amor: Alguém  poderá  pedir-lhe  perdão por  um  erro  cometido  no  passado.  O  po-der  da  transformação  leva  o  velho  e  traz o novo.saúde: Cuide  da  sua  saúde  oral,  poderá ter um abcesso.dinheiro: Possível entrada de dinheiro.

CarneiroLigue já! 760 10 77 31

Horóscopo semanal telefone: 21 318 25 91 e-mail: [email protected]

enquanto o outro sobreviver e será agora, na batalha mais negra da sua vida, que o jovem feiticeiro que sobre-viveu à maldição da morte terá de fazer o sacrifício final em troca da salvação do

mundo....Mas este desfecho não será simples e virá a revelar alguns segredos bem guardados durante quase duas décadas.

PUB

Radar

touroLigue já! 760 10 77 32

gémeosLigue já! 760 10 77 33

CarangueJoLigue já! 760 10 77 34

leãoLigue já! 760 10 77 35

VirgemLigue já! 760 10 77 36

balançaLigue já! 760 10 77 37

esCorpiãoLigue já! 760 10 77 38

sagitárioLigue já! 760 10 77 39

CapriCórnioLigue já! 760 10 77 40

aquarioLigue já! 760 10 77 41

peiXesLigue já! 760 10 77 42

implacáveis devo-radores da Morte e ainda manter os elos que os unem. Enquan-to isso, a luta entre as forças do Bem e do Mal dá origem a uma batalha sem prec-edentes no mundo mágico que culminará num último duelo entre Lord Voldemort e Harry Potter. Segundo a profecia, nenhum pode viver

Lago dos Sonhos

Sugestão de livro

Direcção: Kim EdwardsSinópse:

depois de vários anos no estrangeiro, Lucy regressa a casa. Encontrando-se numa encruzilhada na sua vida, sente-se perseguida pela morte misteriosa do pai, que ocorreu há uma década. certa noite, já tarde, enquanto deambula pela enorme casa famil-

ções inesperadas. Lucy descobre e explora os contor-nos do seu passado. a história da família como ela a conhe-cia é destruída - e, depois, dramatica-mente reconfigu-rada, animando-a

a viver com uma liberdade que ela nunca tinha experi-mentado antes.com constantes surpresas e cheio de detalhes vibrantes.

iar na margem de um lago, descobre, escondida no assento de uma janela, uma coleção de objetos que, à primeira vista, parecem simples curiosidades, mas que depressa irão revelar uma com-plexa história familiar.as saudades do passado, avivadas pelo reencontro com o seu primeiro grande amor, conduzem-na a situa-

monsaraz

“Viagens”Com ínicio a 18 de Junho e até 15 de Agosto de 2011 vai decorrer, na Igreja  de  Santiago  em  Monsaraz, entre as 10h e as 18h30, a Exposi-ção de Pintura “Viagens”, um acrí-lico sobre tela de Vitor Moinhos.O  promotor  deste  evento  é  Mon-saraz  Museu  Aberto  |  Ciclo  de  Ex-posições.

estremoz

“os meus boneCos de estremoz”No  próximo  dia  1  de  Julho,  pelas 18h, na Galeria Municipal D. Dinis, irá ser inaugurada a exposição “Os meus  bonecos  de  Estremoz”  de Noémia Cruz como parte integran-te do Festival Escrita na Paisagem.Nesta  exposição  a  escultora  No-émia  Cruz,  reinventa  os  Bonecos de  Estremoz,  aplicando  na  sua modelação  uma  estética  muito própria. É marcada por uma sexu-alidade expressiva e por questões de  género  que  se  reconfiguram  e aprofundam  na  visão  contempo-rânea destes Bonecos tradicionais. Noémia  Cruz  desafiou  as  Irmãs Flores,  barristas  locais,  criadoras de  bonecos  de  Estremoz  segundo as  práticas  e  estética  tradicionais, a  juntarem-se  a  ela,  construindo um  diálogo  entre  duas  perspecti-vas sobre um mesmo objecto e as mitologias  nele  contidas,  entre  o artesanato  tradicional  e  a  criação contemporânea.Esta  iniciativa  estará  patente  até ao dia 28 de Agosto.

eXposiçãoreguengos de monsaraz

eXporeg 2011 12 a 15 de Agosto19.ª Exposição de Actividades Económicas 

portel

agosto em Festa 2011A vila enche-se de festa no mês de  Agosto  com  as  cores  e  os sons  do  Festival  Internacional de Folclore e a Portelaves, uma das maiores mostras de aves do país. Visite Portel de 10 a 21 de Agosto.10 a 15 AGOSTOFESTIVAL INTERNACIONAL DE FOLCLORE16 a 21 AGOSTOPORTELAVES

estremoz

ConCerto pelo ensemble de metais da assoCiação ContemporaneusJazz  Time  –  Concerto  pelo  En-semble  de  Metais  da  Associação Contemporaneus  que  percorre os  sons  da  música  jazz  através da obra de António Pinho Vargas, Leonard  Bernstein,  George  Ger-shwin,  entre  outros.  Trata-se  de um espetáculo preparado o ar  li-vre nas quentes noites da planície alentejana.Local:  Esplanada  dos  Congrega-dos – EstremozMais  informação  T.  (+351)  268 339 200 – Página Web: www.cm-estremoz.pt

Festas e Feiras borba

animação Cultural nas noites de Verão em borbaOs  meses  de  Julho,  Agosto  e  Se-tembro, irão contar com bastante animação e actividade cultural no concelho de Borba, que convidam a  momentos  de  lazer  e  convívio ao  ar  livre.  As  actividades  terão a  organização  do  Município  de Borba,  juntas de  freguesia, asso-ciações  e  comissões  de  festas  do concelho.

arraiolos

500 anos do Foral manuelino de arraiolos29 de Março a 30 de OutubroDen-tro  da  Reforma  de  actualização dos forais medievais – o de Arraio-los data de 1290 – a 29 de Março de 1511, D. Manuel outorga o cha-mado “Foral Novo” de Arraiolos.E,  com  início  em  29  de  Março  de 2011,  assinalamos  estes  cinco séculos  de  história,  procurando conhecer mais sobre a nossa terra e  as  suas  gentes,  projectando  um futuro melhor ainda que sobre um presente demasiado sombrio.Assim foi quando a reabilitação ur-bana do Centro Histórico de Arraio-los revelou novos “achados” para a história  dos  nossos  Tapetes  –  pa-trimónio  cultural  mundialmente conhecido;  assim  foi  aquando  da descoberta recente de inscrições e grafitos nas muralhas da “Praça de Armas” do Castelo.

outros

Page 16: Registo ed167

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

Nasceu em 1984 com o intuito de promover os valores culturais e tradições da região. Ganhou notoriedade como Feira de Ar-tesanato e Gastronomia e cedo conquistou um lugar de desta-que no panorama das grandes iniciativas regionais. Em 2010 assumiu-se definitivamente como Festival do Crato, trans-formando-se num dos maiores Festivais de Verão a acontecer no país.

Depois do sucesso da edição de 2010, que acolheu mais de 35 mil espectadores, o festival está de regresso em 2011, com Gabriel O Pensador e os Homens da Luta como cabeças-de-cartaz.

A 27ª edição decorre de 24 a 26 de Agosto, contando com os internacionais Gabriel O Pensa-dor, de regresso aos palcos na-cionais com um novo disco, Go-tan Project, que se estreiam no

Norte Alentejano e algumas das melhores bandas nacionais da actualidade, como Marco Rodri-gues, Expensive Soul, Homens da Luta, Clã e The Legendary Ti-german.

A encerrar os espectáculos da terceira noite do Festival do Crato apresentamos a música contagiante, entusiasmada e deliciosamente portuguesa dos multi-premiados Deolinda.

O evento volta a destacar re-levantes projectos locais, como Jominho, o Guitolão Worls Pro-jecto, David Almeida “Grupe” e a Filarmónica do Crato que dará, como já vem sendo tradição, as boas-vindas a todos os visitan-tes.

As madrugadas do Festival do Crato serão animadas por im-portantes dj’s nacionais: DJ Mo-reno, MC Virgul e Marcelinho da Luna que animará a última

madrugada do Festival: reco-nhecido internacionalmente, o popular músico e “dj” brasileiro explora nos seus sets um pujan-te drum’n bass e géneros musi-cais brasileiros como o samba e a bossa nova, aliando a sua técni-ca a uma extrema criatividade e descontracção.

O festival integra a tradicional Feira de Artesanato e gastrono-mia, que oferece aos visitantes o melhor dos produtos regionais, considerados uma referência no panorama nacional: na gastro-nomia, marcam presença as nu-merosas iguarias e petiscos da comida tradicional alentejana e no Artesanato, os barros de Flôr da Rosa e as cantarias de Gáfete, entre outros.

A edição 2011 volta a apostar na animação de rua através de projectos de música popular por-tuguesa.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Évora, que se encontra a realizar trabalhos arqueológicos em Mora, iden-tificou na primeira semana de Agosto um novo monumento megalítico.

Trata-se de um conjunto de seis menires, localizados num sí-tio sobranceiro conhecido como “Alto da Cruz”, na freguesia de Brotas, que, a partir da disposi-ção em planta, parecem formar uma tipologia desconhecida no contexto do megalitismo mení-rico no Alentejo.

Com efeito, segundo a arque-óloga Leonor Rocha, os menires encontram-se tombados, for-mando uma cruz: quatro deles estão dispostos num alinha-mento Norte – Sul e os outros dois num alinhamento Este – Oeste, não se podendo afirmar, neste momento, que se trata de um recinto megalítico propria-mente dito.

Um sétimo menir, situado 300 metros a Oeste, já identificado em 2002, parece fazer parte do conjunto que, desde já, anuncia um carácter único entre os mo-numentos deste tipo conhecidos na Península Ibérica.

Serpa

Feira revive Restauração De 19 a 21 de Agosto, o Centro Histórico de Serpa, decorado ao estilo da época, irá reviver a Restauração da Independência, com as personagens, acti-vidades e histórias que marcaram localmente este tempo. A população e visitan-tes são convidados a participar na recriação do quotidiano seiscen-tista por ocasião da revolta contra a mo-narquia dos Filipes de Espanha e da aclama-ção de D. João IV.Durante os três dias do certame irá realizar-se “A Ralé nas Guerras da Restauração”: do pregador João à Taber-neira Maria, passando pelos loucos, proxene-tas e outras ralés da época, vários persona-gens animam a feira, interagindo com o públi-co, recreando costumes e comportamentos do dia-a-dia do Povo na época da Restauração da Independência Por-tuguesa.

Descobertos novos menires

Jel e Falâncio levam “A Luta” ao festival de música do Crato

Mora Certame

D.R.

PUB

Iniciativa arranca dia 24 de Agosto