16
www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 01 de Setembro de 2011 | ed. 170 | 0.50 PUB O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 “Cortes impossíveis cumprir” Vice-reitor da Universidade de Évora diz que despesas correntes já estão reduzidas ao “limite”. A Universidade de Évora considera que os cortes orçamentais previstos para 2012 inviabilizam o normal funcionamen- to da instituição. Uma redução de 10% é “impossível de cumprir”, diz o vice-reitor, Manuel Cancela d’Abreu, adiantando que não pode haver despedimento de funcio- nários que já se encontram no quadro de pessoal. Por outro lado, as despesas correntes es- tão reduzidas a um “limite que garante a qualidade do ensino”. As preocupações surgiram depois de o Ministério da Educação e Ciência (MEC) ter informado os reitores e os presidentes dos institutos politécnicos sobre o limite máximo da despesa para o próximo ano. Em termos gerais, o corte ronda os 95 mi- lhões de euros. A maior fatia vai para as universidades. Transportes Com pouco mais de um ano de implantação na cidade de Évora a empresa de Transportes Rodoviários de Évora (Trevo) já transportou mais de um milhão de passageiros. “As pessoas deixaram de dizer que vão apanhar o autocarro, ou a camioneta. Em Évora o autocarro já se chama Trevo”, diz o administrador Pedro Curvo de Deus reconhecendo que “não é fácil” circular na cidade. 07 07 Trevo já transportou 1 milhão de pessoas Luís Pardal | Registo 00 06 D.R. Agricultura EDIA com fim à vista Pág.03 A ministra da Agricultura, admite extinguir a Empresa de De- senvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva quando o projecto estiver concluído. Assunção Cristas coloca este cenário em cima da mesa, dei- xando antever para a EDIA - cujo passivo ascende a 600 milhões de eu- ros - um final idêntico ao da Parque Expo, cuja dissolução foi recentemen- te anunciada. D.R. Montemor Feira da Luz Pág.13 Montemor-o-Novo está em festa até à próxima segunda-feira. Fei- ra franca, concertos, tasquinhas, acti- vidades económicas, desporto e festa brava, são alguns dos pratos fortes da Feira da Luz/Expomor.

Registo ed170

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição 170 do Semanário Registo

Citation preview

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 01 de Setembro de 2011 | ed. 170 | 0.50€

PUB

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

“Cortes impossíveis cumprir”Vice-reitor da Universidade de Évora diz que despesas correntes já estão reduzidas ao “limite”.A Universidade de Évora considera que os cortes orçamentais previstos para 2012 inviabilizam o normal funcionamen-to da instituição. Uma redução de 10% é “impossível de cumprir”, diz o vice-reitor,

Manuel Cancela d’Abreu, adiantando que não pode haver despedimento de funcio-nários que já se encontram no quadro de pessoal.Por outro lado, as despesas correntes es-

tão reduzidas a um “limite que garante a qualidade do ensino”. As preocupações surgiram depois de o Ministério da Educação e Ciência (MEC) ter informado os reitores e os presidentes

dos institutos politécnicos sobre o limite máximo da despesa para o próximo ano. Em termos gerais, o corte ronda os 95 mi-lhões de euros. A maior fatia vai para as universidades.

Transportes Com pouco mais de um ano de implantação na cidade de Évora a empresa de Transportes Rodoviários de Évora (Trevo) já transportou mais de um milhão de passageiros. “As pessoas deixaram de dizer que vão apanhar o autocarro, ou a camioneta. Em Évora o autocarro já se chama Trevo”, diz o administrador Pedro Curvo de Deus reconhecendo que “não é fácil” circular na cidade.

0707

Trevo já transportou 1 milhão de pessoas

Luís Pardal | Registo

0006

D.R

.

Agricultura EDIA com fim à vistaPág.03 A ministra da Agricultura, admite extinguir a Empresa de De-senvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva quando o projecto estiver concluído. Assunção Cristas coloca este cenário em cima da mesa, dei-xando antever para a EDIA - cujo passivo ascende a 600 milhões de eu-ros - um final idêntico ao da Parque Expo, cuja dissolução foi recentemen-te anunciada.

D.R

.

Montemor Feira da LuzPág.13 Montemor-o-Novo está em festa até à próxima segunda-feira. Fei-ra franca, concertos, tasquinhas, acti-vidades económicas, desporto e festa brava, são alguns dos pratos fortes da Feira da Luz/Expomor.

2 01 Setembro ‘11

Pode parecer paradoxal mas não é. Não tenho qualquer duvida de que nunca houve, nos últimos 40 anos, momento mais favorável para uma profunda reforma do Estado, talvez à excepção do 25 de Abril de 1974, do que o momento presente.

As circunstâncias actuais da sociedade portuguesa, para além de obrigarem a uma reflexão profunda, impõem uma acção con-sequente, sobretudo quando os portugueses tomam mais consciência do que nunca de que não existem soluções mágicas para a crise e que o caminho que parece mais fácil nem sempre é o que garante maior sucesso.

A organização administrativa que temos resulta da herança da revolução liberal do sé-culo XIX e do Estado Corporativo de Salazar. Com o 25 de Abril, ensaiou-se um novo mo-delo que, apesar de aspectos positivos inques-tionáveis, se tem progressivamente revelado desequilibrado. Exagerou-se na regionaliza-ção dos Açores e da Madeira, que conduziu à criação de quase Estados federados, asfixian-do o municipalismo insular, e manteve-se, no Continente, uma lógica centralista desa-justada do nosso tempo. O reforço desejável do municipalismo continental introduzido pela democracia, sem o contra-peso de um poder regional actuante num patamar territo-rial mais amplo, conduziu à competição cega entre autarquias no uso de dinheiros comu-nitários e frequentemente à duplicação de investimentos que, pensados a outra escala, permitiriam os mesmos benefícios para as populações com menores custos. A imprensa falava nos últimos dias da ruptura financeira iminente de algumas dezenas de municípios, ao mesmo tempo que, coincidentemente, eram descobertos dois “buracos financeiros colossais” na Madeira, cuja divida supera os 8000 milhões de euros.

Por necessidade, e por imposição da “Troi-ka”, o Estado vai ter de ser urgentemente re-formado. Então, porque não fazer uma boa reforma? Uma reforma a sério, pensada, e sem impulsos incoerentes, demagógicos e po-pulistas, como o ridículo exemplo da extinção dos governadores civis e dos subdirectores distritais da Segurança Social revela.

É muito fácil, para efeitos mediáticos e imediatos, juntar 2 ou 3 ministérios num só, fundir outros tantos institutos ou direcções gerais, gerando a paralisia do funcionamen-to de muitos serviços, mas dando a ilusão de que, poupando em meia dúzia de ministros ou dirigentes, se poupa alguma coisa. È um efeito que durará pouco e que, rapidamente, se voltará contra os seus autores.

Onde está uma visão reformadora, coeren-te e corajosa do Estado, onde se evidenciem inequívoca e simultaneamente os ganhos de eficácia e de redução de despesa publica?

Receio que a ausência dessa visão e a pres-são do calendário da “troika” deitem por terra esta oportunidade histórica para os portugue-ses, e para os alentejanos em particular.

Submeti ao Congresso Distrital de Évora

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected]) Editor Luís Godinho

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal (editor) Colaboradores Pedro Galego; Pedro Gama; Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia Ramos Ferro; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Luís Martins Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição Miranda Faustino, Lda

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

“Há segredos que nem as Secretas...” ww

w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

Em visita ao Município de S. Pedro do Sul, sua Excelência o Secretário de Estado da Segurança Social, Dra. Marco António Costa, realçou o papel fundamental das au-tarquias no apoio social às populações e aos mais desfavorecidos. Como sabemos, o pró-prio Programa de Emergência Social inclui muitas medidas baseadas nas boas práticas do poder local. A sua experiência, como au-tarca, não foi com certeza alheia às medidas aí constantes, até porque este Programa era uma das propostas eleitorais do PSD, escru-tinado no passado dia 5 de Junho.

Efectivamente, as autarquias são funda-mentais em alguns sectores e o apoio so-cial é um deles, considerando a vantagem da proximidade e do conhecimento das situações concretas. São, sem dúvida, um parceiro imprescindível. Sobre os executi-vos camarários impende hoje uma enorme responsabilidade social, porque em regra são os primeiros a contactar com o rosto da carência e da necessidade.

Durante os próximos anos é preciso pen-sar mais nas pessoas e nas famílias, e criar condições que amenizem a crise generali-zada que vivemos. A pensar nisso, sua Ex-celência o Ministro da Solidariedade e da Segurança Social apresentou no passado dia 30 de Agosto mais uma medida constante do PES, promovendo a alteração da legisla-ção referente ao funcionamento das creches com vista ao acréscimo da sua capacidade,

aumentando em 20 mil as vagas desta res-posta social. É também uma forma de pro-porcionar a sustentabilidade financeira das instituições, que se batem com inúmeras di-ficuldades e facilitar o acesso, por parte das famílias, a esta resposta social.

As instituições particulares de solidarie-dade social, abreviadamente IPSS, são o natural parceiro do Governo na implemen-tação do PES, até porque o seu objecto so-cial é exactamente a acção social, nas várias valências ou respostas sociais. Estão im-plementadas no terreno, a funcionar e dis-põem dos meios (nomeadamente humanos, através do seu quadro de pessoal) e conhe-cimentos necessários para o pôr em prática. Optimizar os equipamentos das IPSS é uma medida necessária, urgente, sem custos e com efeitos benéficos imediatos.

Mas é preciso também não esquecer o pa-pel activo mas recatado – quase subtil – da igreja e das suas instituições no apoio aos mais pobres. Chamem-lhe caridade ou as-sistencialismo, o que é certo é que a Igreja em Portugal tem um papel fundamental e insubstituível em matéria de acção social, ao qual, muitas vezes, não se atribui a de-vida importância. O papel social da Igreja é factor determinante na construção da justiça social. Sem publicidade, acode aos desprotegidos, quantas vezes ignorados por todos. Em parceira, podemos ultrapassar a crise.

Medidas SociaisSónia RamoS FeRRoJurista

“A organização de um movimento cívico pluripartidário, incluindo também cidadãos independentes e outras organizações da sociedade civil, para reflectir sobre o Estado que temos e o Estado que queremos, no nosso País e na nossa Região”.

Não há verdadeira reforma do estado sem pensar as regiões

CapoulaS SantoSeurodeputado

do PS, que teve lugar no passado Outono, uma proposta que mereceu amplo apoio: a organização de um movimento cívico pluri-partidário, incluindo também cidadãos inde-pendentes e outras organizações da sociedade civil, para reflectir sobre o Estado que temos e o Estado que queremos, no nosso País e na nossa Região.

Dispus-me mesmo a estabelecer contactos com as lideranças partidárias regionais das forças politicas com representação parlamen-tar, para constituição de uma “Plataforma Politica Alentejana”, para pensar, propor e pressionar os Estados-maiores partidários, no sentido de colocar o tema na agenda politica e a partir daí exigir decisões.

Estava nessa altura, apesar dos sinais, longe imaginar a vertiginosa sucessão de acontecimentos políticos que iriam ocorrer, a partir da campanha presidencial, e que de-sembocaram na crise politica que acabou em eleições antecipadas, com disputas pela lide-rança dos principais partidos pelo meio, que impediram, desde então, a concretização de tal iniciativa.

Parece agora que esse momento chegou e estou, mais do que nunca, motivado para a retomar.

Com Regiões dotadas de órgãos de poder austeros, com menos cargos políticos e che-fias administrativas no todo regional, com uma justa e equilibrada repartição de compe-tências entre os níveis local, regional e cen-tral, algum ministro se atreveria alguma vez a vir a Évora dizer que o novo Hospital Central já era, ou alguma ministra iria a Beja dizer que a conclusão do Alqueva é para adiar por mais 40 anos, sem serem imediatamente cor-ridos a pontapé?

De certeza que não.Provavelmente, não teriam existido tantas

“festas”, nem haveriam tantas piscinas, ro-tundas ou pavilhões desportivos. Mas tam-bém não existiriam certamente Câmaras em “ruptura financeira iminente”, nem infraes-truturas fundamentais, que geram atractivi-dade, desenvolvimento e emprego, suspensas ou adiadas sine-die.

3

Actualministra da agricultura admite dissolução da eDia depois da conclusão de alqueva, que deverá ser adiada.

A ministra da Agricultura desfaz as dú-vidas: a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA) será para extinguir quando terminar o pro-jecto. Em entrevista ao Expresso, Assun-ção Cristas coloca este cenário em cima da mesa, deixando antever para a EDIA um final idêntico ao da Parque Expo, cuja dissolução foi agora anunciada.

“É óbvio que as palavras da ministra deixaram muita gente que aqui trabalha apreensiva”, avançou ao Registo um tra-balhador da empresa, acrescentando que “ninguém sabe” o que sucederá aos actu-ais funcionários. “O que se sabe é pelos jornais”.

Assunção Cristas diz ainda que o pro-jecto de regadio vai ser concluído mas “possivelmente” não em 2013, data que havia sido anunciada pelo anterior Exe-cutivo: “Para concluir o Alqueva estão previstos investimento de cerca 300 mi-lhões de euros. Nem eu nem o ministro das Finanças temos no bolso 300 milhões de euros”. Além disso, ao endividamento da EDIA ascende a 600 milhões de euros.

A prioridade do Ministério da Agricul-tura é avaliar a adesão dos agricultores ao regadio já instalado: “Parece-nos muito mais importante saber isso do que saber se conseguimos concluir em 2013, 2014 ou 2015”.

Já em finais de 2010, o social-democrata Pedro Lynce – membro da Comissão de Agricultura e eleito deputado por Évora nas últimas legislativas – tinha acusado a EDIA de se ter transformado numa “

“empresa de construção civil”. “Chega-mos à conclusão de que há uma falta de estratégia em relação ao planeamento do Alqueva”.

O PS do Baixo Alentejo já criticou as de-clarações da ministra, acusando o PSD de estar a fazer campanha contra Alqueva. Para os socialistas, a ministra não tem razão porque o empreendimento “dispõe

Governo vai extinguir empresa de Alquevaassunção Cristas diz que não tem onde ir buscar 300 milhões de euros.

A Comissão Parlamentar de Agricul-tura vai visitar o empreendimento de Alqueva em Setembro. O convite partiu do deputado social-democrata por Beja, Mário Simões, e a visita surge numa altura de indefinição face ao futuro do empreendimento.

“Para o PSD o projecto é muito mais que a conclusão das obras”, diz Mário Simões, acusando o anterior Governo de ter lançado o empreendimento num “impasse”.

“Em Agosto de 2011 estão prontos cerca de 70 mil hectares, mas a regar pouco mais haverá, na melhor das hipóteses, que 15 mil hectares dos cerca

de 70 mil concluídos. São números que nos devem obrigar a reflectir sobre a herança que a anterior governação socialista deixou para o Governo de Pedro Passos Coelho”, refere.

O deputado acrescenta que a desloca-ção da Comissão Parlamentar a Alque-va permitirá retirar conclusões “sobre a real situação do empreendimento, que tem de deixar de ser arma de arremes-so político/partidário para que seja, finalmente, transformado num meio de valorização da economia regional e um instrumento decisivo para estancar a hemorragia humana que continua a abandonar o Alentejo”.

Deputados visitam barragem

de financiamento necessário à sua con-clusão em 2013, tendo ficado excluído das restrições negociadas com a troika”.

Relativamente à EDIA, o PS diz tratar-se “de uma empresa que deve continuar a ter um papel importante na gestão coe-

rente do empreendimento como um todo, na barragem, na rede primária de distri-buição de água e noutras valências e que pode ainda desenvolver o seu negócio para outros clientes no país e no estran-geiro”.

Logo na sua primeira visita oficial, Assunção Cristas lançou dúvidas sobre Alqueva.

O quinto Concurso de Vinhos Engar-rafados do Alentejo distinguiu este ano o Herdade da Farizoa Reserva 2008, com o 1º prémio. Trata-se de um vinho produzido pela Companhia das Quintas, empresa liderada pelo presi-dente da Media Capital (proprietária da TVI), Miguel Pais do Amaral.

Neste concurso, organizado pela Confraria dos Enófilos do Alentejo, participaram 100 amostras desta região do país: 67 tintos, 24 brancos e 9 rosados.

O juiz da Confraria, Francisco Mata, explicou que o objectivo deste concur-so é dar a conhecer a enorme qualida-de dos vinhos do Alentejo.

De cor opaca com laivos roxos, o Herdade da Farizoa Reserva 2008 tem um aroma com notas de violetas, esteva e cacau. Quanto ao paladar, apresenta boca ampla, com frescura e profundidade e um final longo.

Esta colheita Herdade da Farizoa Reserva 2008 foi produzida sob a direcção dos enólogos João Correia e Nuno do Ó, numa selecção das castas Touriga Nacional, Alfrocheiro e Syrah.

Fundada em 1999, a Companhia das Quintas é uma empresa nacional de referência dedicada ao sector dos vi-nhos, licores e destilados. O Grupo tem como principais activos cinco quintas em diferentes regiões vitivinícolas, caves e uma empresa de distribuição.

Pais do Amaral ganha prémio

Vinhos

A presidente da Câmara Municipal de Portalegre e do Conselho de Curado-res da Fundação Robinson, Adelaide Teixeira, nomeou o antigo deputado do PSD José Manuel Barradas para presidente do conselho de administra-ção da fundação.

Criada há seis anos, a instituição tem como fim específico a preservação de espólios arqueológico-industrial da Sociedade Corticeira Robinson e de qualquer outro espólio cuja preserva-ção lhe seja confiada.

A Fundação Robinson delineou um programa de reabilitação das insta-lações da antiga fábrica corticeira e da sua envolvente que, para além de recuperar o seu vasto património e a sua ligação histórica à cidade, propõe redefinir as funções dos diversos edifícios, com impactos no respeito e conservação dos sistemas de valores e do património natural.

A mudança na Fundação Robinsom surge depois de Adelaide Teixeira ter assumido a presidência da Câmara Municipal de Portalegre na sequência do pedido de renúncia do ex-presiden-te Mata Cáceres.

Barradas na Robinson

Património

Governo vende Águas

O Governo quer vender a Águas de Por-tugal e a RTP até ao fim de 2012, segundo um relatório preliminar da primeira ava-liação do programa de ajuda financeira a Portugal, avançou a agência de notícias financeira Bloomberg.

privatização avança até final do próximo ano.

O programa de privatizações visa um encaixe financeiro de cinco mil milhões de euros.

O calendário acordado com a ‘troika’ prevê a venda da totalidade das acções detidas pelo Estado na EDP e na REN até ao final deste ano. A TAP também deverá ser vendida, mas neste caso a troika não impõe uma data, mas apenas que “este-jam reunidas as condições consideradas

necessárias”.A Águas de Portugal obteve um resulta-

do líquido consolidado de 48 milhões de euros no primeiro semestre de 2011, um crescimento de 384 por cento face ao perí-odo homólogo, apesar de um aumento da dívida dos municípios.

Entre as autarquias com maior dívida à empresa de capitais públicos inclui-se a Câmara de Évora.

D.R.

4 01 Setembro ‘11

Actual

Segundo o ieFp, em Julho estavam registados 21.047 desempregados nos centros de emprego do alentejo.

PUB

Alentejo regista quebra de 9,9% no desemprego

O desemprego diminuiu 9,9% no Alen-tejo entre Julho de 2010 e Julho de 2011, indicam dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), segundo os quais a variação positiva no período ho-mólogo acompanha a tendência das res-tantes regiões do país mas concretiza um agravamento face ao mês anterior.

Segundo o IEFP, em Julho de 2011 en-contravam-se inscritas nos centros de emprego da região 21.047pessoas, quando no mesmo mês do ano anterior estavam registados 23.348 desempregados.

Desta forma, o Alentejo foi a região do país com maior quebra percentual no nú-mero de pessoas à procura de emprego: menos 9,9%, sensivelmente o dobro da média nacional.

Comparativamente com o mês anterior, regista-se um crescimento do desempre-go: mais 363 pessoas inscreveram-se no IEFP.

Mais preocupante é a quebra de ofertas de emprego registadas no Instituto: num ano, o número de ofertas de trabalho di-

minuiu 18,9% no Alentejo.A nível nacional, o decréscimo do

desemprego em termos homólogos foi extensível a ambos os géneros, com des-taque para o feminino (-5,5%). Tanto o segmento jovem como o adulto, regista-ram igualmente uma quebra desta vari-

ável, com -8,1% e -3,9%, respectivamente. Quanto ao tempo de inscrição, “enquan-to os desempregados que permaneciam nessa situação há menos de um ano bai-xaram 8,3%, os de longa duração sofreram um incremento anual de 1,5%”, revela fonte do Instituto de Emprego.

Dados do ieFp assinalam redução do número de ins-critos no mês de Julho, em comparação com 2010.

Número de ofertas de trabalho também diminuiu: menos 18,9% no espaço de um ano.

A segunda edição do Alentejo das Gastro-nomias Mediterrânicas - Festival Inter-nacional realiza-se em Beja, entre 3 e 9 de Outubro, numa organização da Turismo do Alentejo, ERT que tem por objectivo principal valorizar a gastronomia, os pro-dutos tradicionais e a cozinha e cultura mediterrânicas, com especial enfoque na região.

Um dos pontos altos do evento é a Con-ferência Internacional agendada para dia 3. Dos vários assuntos em debate destaca-se o reconhecimento da Dieta

Turismo promove gastronomiaentidade Regional de tu-rismo do alentejo anuncia festival internacional.

Daí termos convidado para este Congres-so representantes de projectos com êxito comprovado, para que os empresários da região possam adquirir conhecimentos com as experiências que vão ser partilha-das”, adianta António Ceia da Silva, presi-dente da Turismo do Alentejo,.

O workshop “Dieta Mediterrânica – Património Mundial e Gastronomia do Alentejo”, os almoços e jantares com os chefes, aulas de culinária, cozinha de de-gustação, “showcooking” e a semana das comidas de pão são as outras iniciativas que completam o programa.

Trata-se de um festival que se pretende afirmar “como um importante palco de divulgação da gastronomia de tradição mediterrânica na região Alentejo”, acres-centa.

Maria Reina Martín é a nova directo-ra Regional de Educação do Alentejo, substituindo José Verdasca. Maria Reina Martín é professora na Escola Secundária de Montemor-o-Novo.

Além de dirigente do Sindicato Nacional de Professores Licenciados, Maria Reina Martín foi deputada na Assembleia Municipal de Coimbra (eleita numa lista conjunta PSD/CDS) e candidata a deputada nas listas do CDS.

João Araújo foi nomeado subdirec-tor. Natural de Cabeça Gorda, Beja, é professor e desempenhou funções na Direcção Geral de Desportos.

Por sua vez, Francisco Murteira é o novo director da Direcção Regional de Agricultura do Alentejo (DRAP Alentejo), substituindo João Libório. Engenheiro Agrónomo, natural de Évora, era o responsável pela Direcção de Serviços de Inovação e Competiti-vidade da DRAP Alentejo.

Governo faz nomeações

Política

Uma herdade portuguesa exporta folhas secas de videira para a Alema-nha, onde são usadas na produção de um medicamento para o fígado. As “parras”, um produto raramente aproveitado em Portugal, represen-tam agora para esta empresa, setenta mil euros por ano. Alfredo Cunhal Sendim, responsável pela Herdade do Freixo do Meio, explicou ao Boas Notícias que este medicamento é um “reconstituinte genérico do fígado”, produzido na Alemanha pela empre-sa farmacêutica Weleda.

Para produzir o fármaco, com folhas de videira e de morangueiro silvestre secas, a empresa alemã procurou em Portugal uma indústria com produção biológica. A Herdade do Freixo do Meio, que “se converteu à agricultura biológica em 1998”, foi a escolhida por ser a “única desta dimensão no Alentejo”.

“Foram eles que nos procuraram, não foi uma iniciativa nossa. Lança-ram-nos este desafio há mais de seis anos e desde aí que temos vindo a evo-luir”, explica Alfredo Cunhal Sendim.

Freixo do Meio inova

Exportações

Arquivo | D.R.

Mediterrânica como Património Mun-dial da Humanidade e a intenção de Por-tugal integrar o grupo de países que viu a candidatura aprovada pela UNESCO, nomeadamente Grécia, Espanha, Grécia e Marrocos.

Este painel conta assim com a presença dos promotores internacionais e de repre-sentantes das instituições nacionais res-ponsáveis pela candidatura.

Particular destaque merece também o painel “Casos Internacionais de Sucesso no Enoturismo”, onde vão ser apresenta-dos os exemplos práticos de Mendonza (Argentina), da África do Sul e de La Rioja (Espanha).

“Queremos fazer benchmarking com países onde existem casos de sucesso que possam ser transpostos para o Alentejo.

5

Actual

autarquia decide manter em funcionamento a Habévora. Restantes empresas municipais vão acabar.

PUB

A Câmara Municipal de Évora tem em curso um processo para extinguir, “até final do ano”, três das quatro empresas municipais, mas trata-se de “uma opção estratégica” dissociada de “obrigatorieda-des impostas” pelo Governo.

Em Évora, existem as empresas muni-cipais Mercado Municipal, Sociedade de Reabilitação Urbana, Sistema Integrado de Transportes e Estacionamento de Évo-ra e a Habévora, Gestão Habitacional.

Destas, adianta o presidente da autar-quia, José Ernesto Oliveira, apenas a Ha-bévora, que faz a gestão e manutenção do património habitacional municipal, cerca de 900 habitações, vai continuar a existir.

Citado pela Diana FM,o autarca expli-ca que a MME e a SRU, criadas “por im-posição legal”, no âmbito de apoios para a requalificação dos mercados municipais

Câmara de Évora extinge empresas municipaisFecham três empresas mu-nicipais. Custos operacionais da Habévora chegam a meio milhão de euros.

A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) abriu uma investiga-ção à morte de um trabalhador duran-te as obras de construção do Colégio Fundação Alentejo, em Évora.

O acidente ocorreu no passado dia 24 de Agosto quando uma rotura de água provocou o desabamento de uma barreira de terra. A vítima ficou soterrada a cerca de três metros de profundidade.

As operações de resgate – que envol-veram os bombeiros de Évora, mergu-lhadores e equipas do INEM – prolon-garam-se por mais de duas horas.

“Foi um trabalho moroso. Primei-ro foi preciso retirar toda a água e o corpo estava compactado entre terra e pedras grandes”, explicou o coman-dante dos Bombeiros Voluntários de Évora, Rogério Santos.

“Quando chegámos a vala estava cheia de água porque tinha havido uma rotura num dos tubos e a vítima não se via. A barreira caiu quando os trabalhadores estavam a fixar e a compactar toda aquela zona da pa-rede”, acrescentou o comandante dos bombeiros de Évora.

ACT investiga acidente

Évora

e dos projectos de regeneração urbana, “não fazem hoje sentido”.

“O município já pode assumir essas competências”, disse o autarca, referin-do que o SITEE também não é necessário “uma vez que o transporte já foi conces-sionado” a outra empresa.

Quanto ao diploma do Governo, o pre-sidente do município alentejano disse não conhecer “sequer o seu esboço”, mas frisou esperar que as novas re-gras “sirvam para tornar mais ágil a gestão desta matéria”.

Com custos operacionais supe-riores a 500 mil euros, a Habévora assegura a gestão do património habitacional do município de Évora, tendo o relatório e con-tas sido aprovado em Abril pela Câmara de Évora, com os votos favoráveis dos ve-readores do PS e do PSD e as abstenções dos vereadores da CDU.

De acordo com o vice-pre-sidente da autarquia, Ma-nuel Melgão, a gestão da empre-sa tem sido pautada pelo “equilíbrio e

sustentabili-dade” tendo obtido um resultado l í q u i d o positivo.

6 01 Setembro ‘11

Actual

Financiamento do ensino superior para o próximo ano gera polémica. Conselho de Reitores reúne dia 6.

A Universidade de Évora considera que os cortes orçamentais previstos para 2012 inviabilizam o normal funcionamen-to da instituição. Uma redução de 10% é “impossível de cumprir”, diz o vice-reitor, Manuel Cancela d’Abreu, adiantando que não pode haver despedimento de funcio-nários que já se encontram no quadro de pessoal.

Por outro lado, as despesas correntes es-tão reduzidas a um “limite que garante a qualidade do ensino”.

O responsável considera que o aumen-to de propinas também é inviável, porque neste momento já são muitos os alunos que têm dificuldade em cumprir os paga-mentos.

As preocupações surgiram depois de o Ministério da Educação e Ciência (MEC) ter informado os reitores e os presidentes dos institutos politécnicos sobre o limite máximo da despesa para o próximo ano. A indicação de Nuno Crato é que as ins-tituições de ensino superior público terão de gastar menos 8,5 por cento em 2012.

Corte de 10% nas verbas é “impossível” de cumprirnuno Crato Já antecipou corte nos orçamentos para o próximo ano. Situação afec-ta universidade de Évora.

Em termos gerais, o corte ronda os 95 milhões de euros. A maior fatia vai para as universidades que, no geral, deixarão de contar com menos 66 milhões. O res-tante – 29 milhões – pertence ao subsiste-ma politécnico.

Os cortes anunciados por Nuno Crato serão analisados pelo Conselho de Rei-tores das Universidades Portuguesas (CRUP) numa reunião agendada para dia 6 de Setembro.

Também a nível dos politécnicos se perspectivam dificuldades acrescidas. O presidente do Instituto Politécnico de

Portalegre (IPP), Joaquim Mourato, admi-tiu mesmo a possibilidade de dispensar pessoal: “Provavelmente, para o próximo ano lectivo, teremos de não renovar al-guns contratos a termo e rever a situação do pessoal”.

Com cerca de 450 funcionários (docen-tes e não docentes) e com três mil alu-nos, o presidente do IPP faz contas ao orçamento e não descarta a hipótese de não cumprir alguns compromissos assu-midos: “Este ano não tínhamos dinheiro para pagar o subsídio de férias aos funcio-nários dos serviços da acção social”.

D.R

.

Dos cerca de 50 mil docentes contra-tados que foram a concurso para o próximo ano lectivo, a Fenprof estima que no próximo dia 31 de Agosto “ve-nham a ficar desempregados mais de 30 mil professores”. Números que são avançados pelo sindicato mas que o ministério da Educação e Ciência não comenta.

Em causa estão docentes com 18 ou 20 anos de serviço, que “devido a alterações às normas de elaboração de horários, vão ficar fora do serviço”, explica Mário Nogueira. Situação que este ano, segundo o líder da Fenprof se vai complicar devido às medidas já anunciadas pelo ministério que não no sentido “de reduzir artificial-mente as necessidades das escolas, concentrando mais horas de serviço em alguns professores, acabando com a redução de horário para a assessoria das direcções das escolas”.

“Ao alterar as regras de funciona-mento das escolas conseguem assim reduzir a necessidade de contratar professores”, refere.

Milharessem emprego

Professores

Por outro lado, a Direcção de Serviços de Suporte à Rede de Ensino Superior aponta a Universidade de Évora como a instituição que tem o maior custo de funcionamento do país relativamente ao número de diplomados.

O vice-reitor da Universidade de Évo-ra reconhece que o valor de 28 mil eu-ros por aluno referido no estudo é “ele-vado” mas aponta um “desfasamento” na análise dos dados. Em declarações à DianaFm, Manuel Cancela d’Abreu diz que actualmente a Universidade

de Évora estará a “meio da tabela” dos custos com alunos no ensino superior.

Neste momento decorre a terceira fase de candidaturas ao 2º ciclo. Até agora foram admitidos mais de 1000 alunos para os estudos pós-graduados, sendo que o número nacional de candidatos ao primeiro ciclo do ensino superior é inferior ao de 2010, não se sabendo ainda em que medida a Uni-versidade de Évora pode ser afectada. Os resultados serão conhecidos no dia 18 de Setembro.

Custos de funcionamento elevados

UE lança nova pós-graduaçãoA Universidade de Évora lançou a Pós-Graduação em Artes Visuais e Género, um curso pioneiro no panorama académico nacional.

Segundo a academia, neste curso - que possui uma forte componente prática - serão estudadas as diferentes teorias no

campo da História da Arte, Antropologia, Sociologia e Estudos de Género que, des-de meados do século XX que redefiniram os termos das Artes Visuais ao exporem estereótipos culturais sobre género, ao politizarem a ligação entre o público e o privado, ao explorarem a natureza da di-

ferença sexual e ao sublinharem a especi-ficidade de corpos marcados pelo género, raça, idade e classe.

Depois de um primeiro período de ins-crições em Agosto, será aberto um novo ciclo de candidaturas entre os próximos dias 9 e 23 de Setembro.

O Ministério da Educação (ME) recusa-se “a dialogar” e deve quase 80 mil euros ao Município de Vendas Novas, denunciou a autarquia em comunicado.

“No que respeita ao ano lectivo anterior, o Ministério da Educação tem uma divida em alimentação do 1.º ciclo, pessoal auxiliar de acção educativa e Componente de Apoio Fa-miliar do Pré-Escolar – prolongamen-to de horário (alimentação e pessoal) que ascende a cerca de 80 mil euros”, refere a autarquia.

O assunto foi debatido no Conselho Local de Educação, que lamentou a ausência de respostas por parte do Ministério e da Direcção Regional de Educação do Alentejo.

Por isso a autarquia quer reunir com o ministro Nuno Crato, conside-rando tratar-se de um passo necessá-rio para “assegurar a abertura de um novo ano lectivo com tranquilidade e sem sobressaltos”.

No comunicado é ainda manifes-tada à comunidade escolar a “solida-riedade e a vontade” do município em “continuar a colaborar e a encontrar as respostas possíveis para abertura do próximo ano lectivo”.

Ministério não paga

Vendas Novas

D.R.

7

Exclusivoempresa já transportou mais de um milhão de passageiros. e mantém preços idênticos aos de 2008.

Pedro Galego | Texto

Com pouco mais de um ano de implan-tação na cidade de Évora a TREVO (Trans-portes Rodoviários de Évora) está, se-gundo o seu responsável máximo, Pedro Curvo de Deus, a ganhar a confiança dos habitantes locais. Prova disso mesmo, diz o administrador é o facto de as pessoas já terem mudado a forma como designam o transporte.

“As pessoas deixaram de dizer que vão apanhar o autocarro, ou a camioneta. Em Évora o autocarro já se chama Trevo e isso é sinal de que o nome pegou e estamos a ganhar a confiança dos clientes”, explico ao Registo o homem forte da empresa, que também pertence à administração da Rodoviária do Alentejo, accionista única da operadora de transportes eborense.

Depois de um ano em que transporta-ram mais de um milhão de passageiros e percorreram mais de um milhão de qui-lómetros, a empresa está a apontar bate-rias a curto prazo para o mês de Setembro e o período de regresso às aulas.

“Já temos na rua a campanha «Eco-nomicamente aprovado», que mais não serve do que para mostrar às pessoas em termos de preço a vantagem de utilizar o transporte colectivo. Mesmo o nosso passe mais caro (19,75€), comparado com a utilização regular média de um auto-móvel, que faça 10 quilómetros por dia a consumir oito litros aos cem, a poupança, pode chegar aos 27 por cento e estamos apenas a considerar o preço do combustí-vel, já não incluímos neste estudo os se-guros, a manutenção, o estacionamento”, defende Pedro Deus, que no seu currículo profissional, além dos transportes já pas-sou pela banca e pelo sector da constru-ção e gestão de centros comerciais.

Visto que cerca de 70 por cento dos uti-lizadores dos autocarros eborenses são estudantes ou idosos, a empresa quer também dar a conhecer estas vantagens através de visitas a algumas escolas e à Universidade. O próximo passo será “ten-tar captar mais a população activa, mais adepta do automóvel particular”.

“O automóvel tem outras vantagens, como a flexibilidade e não está sujeito a horários, pode ser mais cómodo nesse sentido, mas há muitas vantagens, logo para começar financeiras em andar de autocarro”, acrescenta.

No que respeita ao preços, que mantém a tabela desde 2008, Pedro Curvo de Deus reconhece que a empresa deverá fazer uma “correcção” e aumentar “ligeiramen-te” até ao final do ano, sobretudo nos pas-ses mensais.

“Desde que chegámos [em Julho de 2010] não aumentamos os preços. Aliás,

”Em Évora os autocarros já se chamam Trevo“70% dos utilizadores dos autocarros são estudantes ou idosos.

mantêm-se iguais a 2008. Em Julho de 2010 aumentou o IVA e não mexemos nos valores. Entretanto os preços dos trans-portes já aumentaram duas vezes e vol-támos a não mexer, mas provavelmente vamos aumentar ate final do ano, mas não vai ser um aumento significativo é apenas um pequeno ajustamento para compensar a forte subida dos preços dos combustíveis, que pesam 23 por cento na nossa estrtura de custos”, assegura.

Desde o início de 2010 o preço médio do gasóleo aumentou 23 por centro. Desde Julho de 2010 até hoje aumentou mais

12 por cento e esta é uma variável que infelizmente não dominamos e já está a complicar a contas”, acrescentou, tocan-do ainda noutro tema da ordem do dia nacional, os passes sociais, situação que em Évora continua a ser garantida e asse-gurada pela autarquia, onde há também descontos para idosos.

Até final do ano a Trevo deve também ter concluído o processo de certificação da qualidade e está actualmente a ana-lisar os dados de um inquérito de satisfa-ção aos passageiros. “Esse estudo é muito importante para nós porque é a melhor

maneira de perceber as expectativas dos nossos clientes. Apresentaremos resulta-dos em breve”, para a cidade que tem sido uma espécie de ‘tubo de ensaio’ para a empresa mãe, a Rodoviária do Alentejo.

“Esta operação [o projecto Trevo] já nos trouxe a consciência que conquistámos a confiança das pessoas e está também a trazer um ‘know how’ interessante. É no fundo uma espécie de laboratório para outras operações do género, outros mu-nicípios que queira realizar operações do género. Uma espécie de benchmark”, con-sidera o administrador.

O que mudou desde a entrada da Trevo neste mercado?

Há mais gente a andar de transportes públicos. Sou suspeito para fazer a com-paração com o serviço anterior, mas os números dizem que entre Janeiro e Julho de 2010 e o mesmo período de 2011, temos um aumento de 27 por cento em relacao ao SITEE, o que significa mais 130 mil passageiros em sete meses. Aumentámos a oferta, no caso da Linha Azul para o dobro e reforçámos algumas carreiras.

A autarquia é neste momento uma entidade reguladora. Como é feita

essa colaboração?A colaboração com a Câmara de Évora

tem sido excelente. Há muito trabalho de equipa. Notámos que pode haver muitos benefícios para os municípios se contratarem este género de serviços, em que as autarquias fazem o seu papel de regulador e fiscalizador em relação ao caderno de encargos que é assinado. Os transportes são a nossa especialidade e há claras vantagens em ter um operador especializado a oferecer um determina-do serviço.

A cidade tem um problema crónico

de trânsito e circulação dentro do centro histórico. Como olham para esta situação?

Não é fácil circular dentro da cidade devido às suas características. Não é fácil para um ligeiro, quanto mais para um pesado. Basta haver um carro mal estacionado que o autocarro já não passa. Depois a cidade não tem só residentes, também tem turistas. São constrangi-mentos que não são fáceis de resolver, e, por exemplo, é muito complicado criar uma faixa para transportes públicos, porque não sobraria espaço para outras viaturas.

“Não é fácil circular dentro da cidade”

Pedro De Deus revela que a empresa deve ter concluído o processo de certificação de qualidade até final do ano.

Luís Pardal | Registo

8 01 Setembro ‘11

Exclusivo

Das filas de trânsito ao fosso entre os desejos das crianças e a dimensão da carteira: eis o sossego das férias.

PUB

Tudo na vida implica opções, faz-se? Não se faz? Agora? Mais tarde? Como? Só? Acom-panhado?

Não vivendo isolados, todas as nossas es-colhas se reflectem na vida dos outros, são escolhas sociais, políticas. É um absurdo, pe-las razões expostas, pretender que uma cróni-ca publicada num jornal, não tenha um cariz político, mas, abstraindo desse pormaior, hoje apetece-me escrever à rédea solta, sem baias ideológicas, sem que as palavras me percor-ram os usuais percursos destas intervenções.

Agosto chega ao fim, chegam ao fim as férias da maioria dos Portugueses, mas que férias? Se como férias entendermos o descan-so, o repouso total, sem horários nem pres-sões, sem o ritmo imposto pelo quotidiano do emprego, dos filhos, das obrigações sociais, do exercício contabilístico que decorre do equilíbrio entre as despesas que se têm e do dinheiro que é cada vez mais escasso, talvez seja um pouco verdade, mas apenas um pou-co.

Hoje em dia as férias requerem planifica-ção, esforço, habilidade na prossecução desse objectivo último que é mudar de ares, para

Tudo isto em Agosto o mês da catarsemiguel Sampaiolivreiro

à data da partida, enfim, o repouso total em férias, não passa de um mito dos tempos mo-dernos.

Existem também aqueles que as encaram como um período sabático, que desfrutam da ruptura, que elas facultam, com os hábitos do dia-a-dia, a esses pouco importa o lugar, ou o tempo que faz, o que os rodeia... despem-se de fatos e gravatas, guardam na gaveta as lâ-minas de barbear, ou os cosméticos, dedicam-se a fazer o que lhes é vedado pelas circuns-tancias da vida ou a não fazer nada, pura e simplesmente, transformam-se nesse período de tempo num espelho de si mesmos, esque-cem família, obrigações, esquecem-se de si próprios e desocupam o tempo num “dolce far niente” até acordarem do sonho e num choque imenso perceberem que esse tempo de catarse passou, que tudo voltará ao mes-mo, até que no ano seguinte possam retomar essa reforma provisória e serem outra vez os poetas fingidores, desligados das coisas do mundo, sem peso nem lastro.

Tudo isto em Agosto o mês da catarse em que as gentes repousam ou não...

Enfim, navegar é preciso.

já não falar do sofrimento inevitável entre o ponto de partida e o de chegada, mais o pe-noso regresso.

Eles são intermináveis filas de trânsito, ou aeroportos sobre lotados, praias de tal forma cheias que nem espaço existe para estender as toalhas, o enorme fosso entre os desejos das crianças e a dimensão das carteiras, os vizi-nhos ocasionais com genes de calhandra, que falam e falam e falam, como se fossem movi-dos a pilhas, daquelas inesgotáveis anuncia-das na televisão, as notícias de que não conse-guimos fugir e nos anunciam que no regresso as coisas estarão bem piores do que estavam

“Hoje em dia as férias requerem planificação, esforço, habilidade na prossecução desse objec-tivo último que é mudar de ares, para já não falar do sofrimento inevitável entre o ponto de partida e o de chegada”.

na abertura de mais um ano letivo saiba que a lei obriga os estabeleci-mentos de ensino público a facultar um seguro de acidentes aos alunos. as privadas também deveriam estar abrangidas por esta regra.

o seguro das escolas públicas tem falhas, apesar de ser mais abran-gente do que o da maioria das privadas. além de praticarem exclusões graves, as escolas não distribuem uma cópia da apólice aos alunos ou encarregados de educação na matrícula. pais e alunos desconhecem os direitos em caso de acidente.

o seguro abrange os alunos de quase todos os graus de ensino público: jardins-de-infância, básico, secundário, profissional e artístico, recorren-te e de educação extracuricular. o superior está excluído.

esta apólice cobre os acidentes durante a atividade escolar ou na ocu-pação de tempos livres. É também válido em excursões, aulas práticas, estágios e visitas de estudo ou outras actividades organizadas pela esco-la. estão igualmente abrangidos os acidentes ocorridos no trajecto entre a residência e a escola e vice-versa.

o seguro não reembolsa acidentes em atividades não organizadas na escola, ainda que decorram nas suas instalações. Ficam também fora da lista os problemas resultantes de cataclismos da natureza, tumultos ou desordens e durante o trajeto de e para a escola, se o aluno conduzir ou for transportado numa bicicleta.

este indemniza a totalidade das despesas de tratamento não com-participadas pelo sistema de protecção social do aluno, como o Serviço nacional de saúde. mas a assistência médica tem de ser prestada em instituições públicas. Sendo que indemnização por incapacidade perma-nente é calculada em função do grau atribuído por uma junta médica, segunda a tabela nacional de incapacidades. no limite, ou seja, se a in-capacidade corresponder a 100%, o aluno recebe uma indemnização de

300 vezes o salário mínimo nacional, ou seja € 145 500, em 2011.em 2011 o prémio de seguro tem o valor de € 4,85, e é pago no ato da

matricula. Ficam isentos os alunos do pré-escolar, ensino obrigatório e os portadores de deficiência.

para acionar o seguro, participe o acidente à escola o mais rapidamen-te possível. Depois, apresente os comprovativos das despesas e preste os esclarecimentos pedidos pelo estabelecimento de ensino ou pela Di-recção Regional de educação. pode ainda ter de submeter-se a exames médicos.

Relativamente aos estabelecimentos de ensino privado, estes não são obrigados a contratar um seguro escolar. a lei continua a ignorar a se-gurança dos alunos. Visto que estabelecimento público ou privado, a necessidade de um seguro é inquestionável, mesmo que nem sempre funcione bem. as escolas são o local onde ocorrem mais acidentes com crianças.

alerta-se para a exigência de legislação que obrigue as escolas priva-das a contratar um seguro e fixe capitais mínimos. outro problema gra-ve é a falta de informação aos pais. Questões como a escolha do esta-belecimento de saúde, por exemplo, são importantes para a ativação do seguro. as escolas deveriam facultar um certificado individual, com as coberturas, limites de capital e o prémio.

Isabel CurvoDelegação Regional de Évora

travessa lopo Serrão, n.ºs 15 a e 15 B, r/ch, 7000-629 Évoratelefone: 266744564 – Fax: 266730765

[email protected] /www.deco.proteste.pt

Regresso às aulas

D.R.

9

Exclusivo

autarca critica novo corte de 420 mil euros nas transferências para a Câmara de Vendas novas.

Luís Godinho | Texto

Que balanço faz deste mandato?Tem sido um mandato em que as medi-

das tomadas pelo anterior Governo e que este continuou estão a criar constrangi-mentos às autarquias e, de forma indirec-ta, às populações.

Com os cortes nas transferências?Contrariamente ao que se procura vin-

car na opinião pública, esses cortes nas transferências têm um impacto no traba-lho que hoje é realizado pelas autarquias junto das populações em muitas áreas, nomeadamente nas obras de proximida-des e nas áreas social, educativa, despor-tiva, cultural, na resolução dos problemas que afectam as populações.

Qual a expressão desses cortes no mu-nicípio de Vendas Novas?

Nos últimos cinco anos Vendas Novas investiu mais de um milhão de euros na área social, quer nos apoios directos quer em apoio de infra-estruturas. Desde 2006 recebemos menos de 1,5 milhões de eu-ros, dos quais 650 mil euros no período 2010/2011. Com as medidas anunciadas pelo Governo, o município de Vendas No-vas vai sofrer um corte de 400 mil euros por ano nas transferências do Orçamento de Estado a que tem direito de acordo com a Lei das Finanças Locais.

O que tem impacto nas populações?Obviamente. Tem impacto na vida da

autarquia, no funcionamento da autar-quia, mas tem fundamentalmente im-pacto nas respostas que o município pode dar às populações. As pessoas quando têm problemas não vão ao Terreiro do Paço, como bem sabemos.

Acha que acaba por haver uma pena-lização dos municípios cumpridores em matéria de contas face aos restan-tes?

Nunca estivemos de acordo com a Lei das Finanças Locais que actualmente está em vigor pois é uma lei que não tem em conta factores como a densidade po-pulacional, os municípios que têm contri-buído para o crescimento populacional e criação de riqueza. É uma lei desadequa-da e os conselhos gerais da Associação Nacional de Municípios Portugueses tem colocado a tónica de discutir a revisão da

Que são a primeira prioridade?Já o dissemos no passado e repetimos:

se tivermos de deixar de realizar um ou outro projecto para podermos acorrer às pessoas será esse o caminho e a opção que vamos fazer.

Neste contexto de crise há uma maior pressão sobre as câmaras por parte de famílias em dificuldades?

Nós temos uma relação muito próxi-ma com as instituições de solidariedade social a quem atribuímos nestes últimos quatro anos cerca de um milhão de euros, quer por via de apoio aos investimentos [construção da lares, cresches, etc.] quer pelo apoio ao respectivo funcionamento e outros. Pensamos que esse é o nosso pa-pel, ter protocolos com estas instituições e exigir que elas respondam eficazmente às necessidades das populações.

A questão do desenvolvimento econó-mico tem sido uma das suas apostas. Na questão do TgV, por exemplo, até mais numa perspectiva regional do que local.

Exactamente. Temos de ter uma visão estratégica do desenvolvimento que que-remos para o Alentejo e para o país, se quiser até mesmo para a Península Ibé-rica, e nesse sentido consideramos que

a estratégia que está a ser delineada em matéria de transportes não tem em conta as sinergias que é necessário desenvolver entre os portos de Sines e de Setúbal, em articulação com a linha férrea.

Tanto a linha tradicional como a alta velocidade?

Uma articulação com a linha férrea agora qualificada como Linha do Alen-tejo [entre Lisboa e Évora] e com o de-senvolvimento faseado, face à situação financeira que o país atravessa, da alta velocidade. Temos de ter uma visão estra-tégica de médio e longo prazo, não se po-dem andar a fazer pequenas intervenções sem uma visão global da estratégia que se quer para a região e para a articulação do Alentejo com a área metropolitana de Lis-boa, ou do país com Espanha.

Sente-se sozinho nesse combate em matéria de transportes?

Cada um sabe aquilo que deve referir. Acho que, independentemente das opi-niões divergentes que possamos ter em relação a várias matérias, não podemos condenar o Alentejo à sua sorte e virem outros decidir o que esta região deve ser. Temos de ser nós, alentejanos, a manifes-tar as nossas opiniões publicamente pois só assim se constrói o futuro desta região.

actual lei. Só que esse não é o grande pro-blema.

Que é qual?O grande problema é que os sucessivos

governos nem sequer cumprem as leis de finanças locais que aprovam. Esse é o grande problema. Aqui em Vendas Novas a nossa opção de gestão tem sido trabalhar com e para as pessoas, atrair investimen-tos, pessoas para virem trabalhar, inves-tir e residir no concelho. Esse tem sido o trabalho do município de Vendas Novas. E somos o município que nas transferên-cias do Orçamento de Estado estamos em 34º lugar a contar do fim, somos dos que menos recebem.

Sendo dos poucos municípios do Alen-tejo que ganha população.

No último Censos já tinha sido assim e neste somos um dos cinco municípios do Alentejo que continuaram a crescer.

Há aqui alguma injustiça nessa distri-buição de fundos?

Eu não gostava de usar esse termo de injustiça. Penso é que a Lei das Finanças Locais tem de ser revista e os governos têm de a cumprir, o que nunca aconteceu. O anterior Governo não cumpriu. E este, com o pretexto das questões colocadas pelo memorando de entendimento com a troika, vem penalizar as populações reti-rando – para não utilizar um termo mais duro – às autarquias locais, nos próximos dois anos, 260 milhões de euros. Isto a so-mar aos 360 milhões que foram retirados nos últimos anos remete para valores na ordem dos 620 milhões de euros a menos. É muito e isso vai necessariamente afec-tar as populações.

No caso de Vendas Novas, os 420 mil euros a menos causam constrangi-mentos?

Causam, tal como os cortes no passado já causaram. Estamos neste momento a implementar um plano de contingência interno no sentido de reduzir despesa porque não queremos penalizar as popu-lações por via do aumento de taxas, nem de tarifas ou de preços, em que estamos a fazer apenas pequenos ajustamentos. Temos um plano no sentido de diminuir despesas, fazer as actividades com o en-volvimento das colectividades e das pes-soas.

”Governo penaliza populações ao retirar verbas às autarquias“

José Figueira exige que a lei das Finanças locais seja cum-prida e recorda que as autarquias perderam 620 milhões de euros nos últimos quatro anos.

José Figueira defende articulação dos portos de Sines e de Setúbal com a linha ferroviária.

Luís Pardal | Arquivo Registo

10 01 Setembro ‘11

Exclusivo

Despesa com salários atinge 14.480 milhões de euros. executivo quer reduzir factura nos próximos anos.

PUB

Governo vai despedir milhares de funcionários públicos

As despesas do Estado com pessoal as-cendem a 14.480 milhões de euros anu-ais, revela o Documento de Estratégia Orçamental (DEO) ontem apresentado pelo ministro das Finanças, Vítor Gas-par. Deste total, cerca de metade dos gastos (6.690 milhões de euros) referem-se a despesas com pessoal no âmbito do Ministério da Educação. Seguem-se os ministérios da Administração Interna, Defesa e Saúde.

Reduzir a factura dos salários pagos na Função Pública é uma das prioridades do DEO. Por isso, o Governo vai manter o congelamento dos salários no sector público, em termos nominais, em 2012 e 2013 e anunciou ontem o “impedimento, a qualquer título, de consequências fi-nanceiras associadas a promoções e pro-gressões”.

“Adicionalmente será posta em prática uma política de racionalização das horas extraordinárias e ajudas de custo, a qual contribuirá para reforçar o objectivo da redução das despesas com o pessoal”.

O objectivo é reduzir o peso percentu-al dos salários pagos pelo Estado face ao Produto Interno Bruto de 12,2% em 2011 para 9,9% em 2015. O que obrigará ao des-pedimento de milhares de funcionários.

“No caso concreto do número de funcio-nários, a redução de emprego inferior ao previsto [em 2011] terá que ser compensa-da em 2012-2014, obrigando nestes anos a uma redução anual de cerca de 2% entre 2012 e 2014 (em vez dos 1% inicialmente previstos para a administração central neste período)”, anunciou ontem Vítor Gaspar. Feitas as contas, o Estado prepara-se para despedir cerca de 10 mil funcioná-

Documento de estratégia orçamental aponta para re-dução anual de 10 mil traba-lhadores do estado.

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou a manutenção do congelamento de salários na Função Pública nos próximos dois anos.

rios por ano nos próximos três anos. “No mesmo contexto, o esforço de redu-

ção impõe que em sede de preparação de orçamento, sejam atribuídos limites má-ximos por ministério para o número de efectivos e objectivos para a redução das despesas com pessoal”.

“Para o efeito adoptar-se-á uma política de substituição, apenas parcial, dos tra-balhadores que saem, aumentando, em simultâneo, a mobilidade na adminis-tração pública”, acrescentou Vítor Gaspar, sublinhando que no que respeita a secto-res específicos, a adopção de medidas com vista à diminuição do pessoal da área da Defesa (pessoal militar) conduzirá a uma

redução de, pelo menos, 10% do pessoal durante o período entre 2011 e 2014.

O Governo vai ainda impor um limite máximo de funcionários em cada mi-nistério para compensar o falhanço no cumprimento da meta de redução de 3,6 por cento no número de trabalhadores da Administração Central.

“A meta transversal de redução de efec-tivos na Administração Pública Central subjacente ao Programa de Ajuda Exter-na Financeira (PAEF) para 2011, de 3,6 por cento não será cumprida.

Está também previsto o reforço dos me-canismos de flexibilização do trabalho na Administração Pública, nomeadamente

simplificando os requisitos para a mobi-lidade geral e dinamizando a mobilidade voluntária.

Vítor Gaspar reforçou ainda a aposta do Executivo nas privatizações: “A estratégia de privatização [da REN, EDP e Galp] tem que ver com as necessidades de finan-ciamento da economia portuguesa e [as privatizações] têm um papel muito im-portante”.

Escusando-se a detalhar em que passo está o processo de privatização das várias empresas, o ministro disse apenas tratar-se de “operações prestes a começar” re-metendo para depois mais informações sobre a matéria.

D.R.

11

Radarterceira parte de um guia para descobrir fontes e chafarizes que contam histórias do alentejo

Luís Godinho | Texto

Em Estremoz, terra de abundante água, o deus Saturno foi rebatizado de Gadanha e dá brilho a um enorme lago. Ali ao lado é um Sátiro, esculpido por Sá Lemos, que nos prende as atenções.

Localizada no majestoso Rossio Mar-quês de Pombal, local de confluência de habitantes e turistas, a Fonte do Gadanha é um vasto lago de 39 metros de compri-mento por 37 metros de largura, facto que lhe confere uma característica singular entre as fontes históricas do Alentejo. É inteiramente construída em mármore ro-deada por gradeamento de ferro.

Ao centro encontramos uma peça da-tada de 1710. Trata-se de uma estátua de Saturno, deus romano que introduziu o cultivo da vinha sendo por isso represen-tado com uma foice ou podoa. Para Túlio Espanca (“Inventário Artístico do Distrito de Évora”, Lisboa, 1974), estamos perante uma “imaginosa interpretação do tempo” através de figura de uma “ancião de lon-gas barbas bíblicas, calvo e alado, envol-vido por roçante manto e empunhando na dextra a sinistra foice da ceifa huma-na, de ferro laminado”.

A tradição popular rebatizou Saturno com o nome de Gadanha, trabalhador rural que com recurso a uma foice cor-tava, ou gadanhava, as ervas e os fenos. Em 1950, Marques Crespo (“Estremoz e o seu termo regional”) regista o “envai-decimento” dos estremocenses quando, dirigindo-se aos forasteiros, asseguram: “quem prova a água do Gadanha já de cá não sai”. Na base quadrangular, a estátua encontra-se legendada: “corre o tempo ve-lozmente, como as águas da corrente. Nós também da mesma sorte correndo vamos à morte”.

A mais antiga referência histórica a esta fonte data do século XVI quando a Infanta D. Maria, ao passar pela vila a caminho de Espanha, repara na “fonte muito honrada do Rossio de S. João, com tanque separado”. Em 1668, o tanque se-ria ampliado. Em meados do século XIX nova intervenção vinha beneficiar o re-cinto datando de 1852 a instalação da es-tátua de Saturno, à época depositada na

Eis o lagoonde Saturnose apresenta como Gadanhaa mais antiga referência histórica a esta fonte de estremoz data de há cerca de 500 anos.

cerca dos congregados de S. Filipe Neri, depois da extinção do convento.

Zona de abundantes águas, existem em Estremoz diversas outras fontes e chafa-rizes que vale a pena visitar. Em anexo à do Gadanha encontramos a das Bicas, antigamente denominada de Fonte Re-donda e cuja construção data do século XVI. É uma construção monumental, ele-vada sobre um conjunto de seis degraus, da qual a água jorra abundantemente por oito bicas. Ainda no Rossio, a Fonte Nova desperta-nos a atenção por ser encimada por uma alegre estátua de Sátiro, com-panheiro de paródia do deus Dionisio, esculpida por Sá Lemos e de uma gracio-sidade digna de registo.

A Fonte das Bicas, em Borba, é uma das mais belas e imponentes fontes portu-guesas, construída em mármore bran-co extraído de uma pedreira de Montes Claros e protegida por um gradeamento em ferro. Do enorme frontispício ressal-ta, num medalhão de louros, a esfinge de D. Maria I, monarca a quem se deve a edificação do monumento em finais do século XVIII.

Projecto do arquitecto José Álvares de Barros, a construção é encimada por um escudo coroado da Casa de Bragança des-tacando-se ainda os elegantes laços em alto relevo, estilo Luís XVI, os golfinhos laterais esculpidos num estilo tipica-mente rococó e os bustos dos monarcas que, à época, governavam o País.

Das três lápides ali colocadas, uma, da-tada de 1781, é particularmente curiosa pois refere o nome daqueles que ordena-ram a construção da fonte mas realça o esforço da câmara e da população local, elucidando-nos sobre quem, de facto, custeou o projecto: “D. Maria I e D. Pedro III mandaram fazer esta obra à custa do Senado e do Povo”.

A fonte sucedeu a uma outra, igual-mente chamada das Bicas, mas locali-zada num local mais próximo da Igreja

Imagem que representa Saturno foi rebaptizada de Gadanha na tradição popular. E Gadanha ficou.

Água que corre, pelas bicas de Borba

Matriz. É a esta construção que se refere o padre Luiz Cardoso no “Dicionário Ge-ográfico” de 1760: “há outra fonte junto da Igreja Matriz, que despeja por quatro

grandes bicas de pedra mármore em um grande chafariz, que tem mais de vinte e cinco palmos de comprimento, e do cha-fariz desagua em um grande lago, que serve de banharem os cavalos no Verão”. A água era de tal forma abundante que chegava a correr pelo tabuleiro da igreja vizinha.

Contínua a esta fonte existia uma ou-tra, apelidada de Finados, a qual, através de um aqueduto, assegurava a rega a um “pomar de todo o género de frutas”, pertença de Francisco de Morais Barreto. Mas a característica mais singular destas águas eram as suas presumidas proprie-dades terapêuticas para as mulheres que acabavam de dar à luz: “suas águas são boas para mulheres paridas, nos primei-ros quinze dias depois do parto, pelo que todas a mandam buscar para beberem, e a experiência tem mostrado lhe fazer bem”.

A existência de tão grande quantidade de água conduziria ao projecto da actual Fonte da Bica, cuja construção seria arre-matada por seis mil cruzados. Os traba-lhos encontravam-se bastante adianta-dos em 1784 tendo provavelmente ficado concluídos nos primeiros meses do ano seguinte.

D.R

.

D.R

.

12 01 Setembro ‘11

Radar

espectáculos culturais, acções formativas e actividades lúdicas assinalam o regresso às actividades lectivas.

O leitor entenderá, por certo, que o momento que atravessamos é o mais oportuno para fazer um elogio do capi-talismo. Ou melhor, que se for possível fundamentar esse elogio no momento actual, ele será mais válido que se fosse escrito em tempos de vacas gordas.

O mundo está mergulhado numa crise económica sem precedente (até 1929 foi menos grave), as desigualdades sociais são mais escandalosas que nunca, a vio-lência das políticas económicas pior que nunca, e é neste momento que se pode, e seria preciso, fazer um elogio desse sistema? Sim, é.

A queda do sistema soviético e seque-las deixaram órfãos todos aqueles que, críticos do capitalismo, tinham neles um ponto de referência positivo alternativo. Alternativas que eram Utopias e como tal, ferramentas de imaginação mítica, que deixavam abertos os horizontes e a esperança duma ultrapassagem do siste-ma em vigor.

Libertadoras enquanto virtuais, todavia, as Utopias tornam-se projectos totalitários logo que um poder as aplica, porque as Utopias, estando escritas e completas antes de começar a realizar-se, não deixam aos desvios que a prática implica, ao imprevisto, à divergência em relação ao Programa, senão a porta do Inferno: dissidência, heresia, extermínio necessário a bem do Projecto.

Mas a ausência de porta de saída do sistema produz um efeito depressivo in-suportável nas pessoas que ansiavam e anseiam por um mundo melhor, menos injusto e enfim, sustentável. Mas o que É efectivamente o Capitalismo? Já evoquei o capitalismo de Estado (ex.: soviético), há hoje uma nova variante chinesa que conjuga capitalismo de Estado e capita-lismo privado selvagem; houve o “capi-talismo selvagem” industrial europeu do século XIX analisado por Marx, que esmagou gerações inteiras de trabalha-dores europeus.

Recuando no tempo, houve um capita-lismo comercial europeu que deu origem às cidades, um capitalismo comercial mundializado que desabrochou com os descobrimentos… E os historiado-res mostram que o sistema comercial romano, por exemplo, era de natureza capitalista. Mas bem mais perto de nós, o Estado de Bem-estar (O Welfare State), mostrou mais um rosto diferente do sistema, antes que um certo capitalismo financeiro inicie a sua demolição.

Assim, se o sistema “capitalista” é tão antigo… como a Antiguidade, se tantas formas assumiu, e tão diferentes, o que é afinal o núcleo central, a “essência” comum a todas estas formas de capita-lismo?

*CIDEHUS - Universidade de Évora e Academia Militar

[email protected]

Um olhar antropológico

Elogio do capitalismo. 1. O fim das Utopias

38

JoSÉ RoDRigueS DoS SantoS*antropólogo

PUB

A Câmara Municipal de Évora, em cola-boração com diversas entidades, celebra a abertura do novo ano lectivo com um conjunto de actividades centradas nas crianças, famílias, professores e pessoal não docente, durante os meses de Setem-bro e Outubro, onde o conhecimento, o convívio e a diversão estão garantidos.

O programa para festejar o início do ano lectivo inclui formações, espectáculos, actividades lúdico pedagógicas, visitas e a homenagem ao pessoal docente e não docente, destacando-se no dia 13 de Ou-tubro, a apresentação pública do projecto PEPE – Projecto Educativo do Património de Évora, na cerimónia de boas vindas ao pessoal docente, organizada pela autar-quia eborense e pelo museu, que decorre a partir das 17h30 horas, no Museu.

De salientar ainda a realização de dois eventos, abertos a toda a população. O pri-meiro, feito pela autarquia e designado por “Um Olhar sobre o Alto de S. Bento – Programa de Observação da Natureza”; e o segundo, uma sessão de formação deno-minada “Crime Informático”, organizada pela Polícia Judiciária.

O primeiro evento deste conjunto de actividades dedicadas à abertura do novo ano escolar decorre nos dias 2 e 6 de Se-tembro. Trata-se de um workshop de de-fesa pessoal, promovido pela GNR e des-tinado ao pessoal não docente, a ter lugar na EB 2,3 Conde Vilava; na EBI André de Resende; e na EB 2,3 de Santa Clara.

Évora prepara actividades para regresso às aulas

programa centrado nas crianças e nas famílias pre-enche meses de Setembro e outubro.

No dia 10, o Era Uma Vez - Teatro de Marionetas organiza uma sessão de “Con-tos Ciganos”, no Teatro Municipal Garcia de Resende para crianças e famílias do Ensino Privado e IPSS; e nos dias 10 e 11, nesse mesmo local, haverá uma anima-ção e workshop intitulada “Um Conto na Floresta”, por Luís Macedo, direccionada para crianças dos 4 aos 9 anos e famílias (Ensino Privado e IPSS).

No dia 11, o Trulé - Investigação de For-mas Animadas apresenta o espectáculo “Bonecos do Mundo”, no Teatro Munici-pal Garcia de Resende, às crianças e fa-mílias (Ensino Privado e IPSS), e no dia 13, o Baal 17 mostra ao pessoal docente e não docente o “Pão – Teatro dos Sentidos”, num ateliê de teatro participativo às 18 horas e num espectáculo às 21:30 horas, no Teatro Municipal Garcia de Resende.

A 15 de Setembro, o Teatro de Monte-muro apresenta “Perdidos no Monte”, no Garcia de Resende, espectáculo destina-do a crianças (dos 6 aos 10 anos) e famílias do Ensino Público; e nos dias 19, 20 e 21 haverá “Iniciação ao Teatro de Marione-tas”, pelo Trulé – Investigação de Formas Animadas, sessões destinadas ao pessoal docente, no Convento dos Remédios.

Conhecer “Cabinet 1799” é a proposta que a Câmara Municipal faz ao público, estando a inauguração marcada para dia 22, pelas 18 horas, na Casa da Balança. No dia da inauguração, o público será aco-lhido na Casa da Balança, na qual será apresentado o livro 1, seguindo depois até à Travessa das Canastras, onde serão aber-tas as portas do Cabinet 1799. No Cabinet, a coleccionadora madame Pauline Pel-letier fará as apresentações e convidará o público a percorrer este espaço.

O “Regresso às aulas em família”, para

D.R.

Manuel Dias, do Trulé, vai apresentar o espectáculo “Bonecos do Mundo” no Garcia de Resende.

todas as crianças e famílias, será feito pela Câmara Municipal no dia 24, no Parque Infantil (junto ao Jardim Público) e conta com a realização de actividades lúdico-pedagógicas, realizadas em família.

A Câmara Municipal de Évora (MUTIC) dinamiza, nos dias 8 e 15, a formação “En-sino com as TIC – Programa Mythware”, para o pessoal docente, no Palácio de D. Manuel.

O programa completo da iniciativa pode ser consultado na página online da Câmara de Évora.

13

Radar

Certame com cerca de 300 expositores constitui uma montra de produtos e dos produtores locais.

Pedro Galego | Texto

Montemor-o-Novo está em festa até à pró-xima segunda-feira. Feira franca, concer-tos, tasquinhas, actividades económicas, desporto e festa brava, são alguns dos pratos fortes da edição de 2011 da Feira da Luz/Expomor. A festa inaugurada ontem está, segundo a própria autarquia, “fir-mada no íntimo de cada montemorense, existindo sempre um sentimento de sau-dade após o seu término, numa sensação que perdura até à próxima edição”.

Além de juntar a comunidade de Mon-temor-o-Novo e vários forasteiros como mais nenhum evento, continua a ser a montra mais importante do que de me-lhor se faz na região.

“O segredo é manter o que melhor exis-te das edições anteriores e melhorar e corrigir o que corre menos bem”, disse ao Registo Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara de Montemor-o-Novo explican-do a formula do sucesso.

O autarca montemorense diz estar um pouco apreensivo mas avançou que, apesar dos necessários cortes devido ao tempos de contenção orçamental, a “qua-lidade da feira não será afectada”. “As pessoas têm menos disponibilidade para se deslocar, mas, se São Pedro ajudar, em Montemor podem encontrar uma oferta variada, diferenciada com algo que por certo lhes agrada. Cortámos cerca de 10 por cento no cometo geral do orçamento, mas apenas onde achámos que era possí-vel para não afectar a qualidade da feira”

Apesar das raízes da Feira da Luz re-montarem às tradições e ciclos agrícolas, hoje em dia o certame é composto por um sem número de actividades, mas sempre dentro do espírito de feira franca, onde não são cobradas entradas.

Entre os mais emblemáticos e represen-tativos está o pavilhão do gado, responsa-bilidade da Associação de Produtores de Bovinos, Ovinos e Caprinos da Região de Montemor-o-Novo (APORMOR). “Esta ex-posição de gado é uma das mostras mais importantes da região e do país. Bovinos, ovinos, caprino, cavalos. Os apreciadores não vão ficar defraudados. Este ano ini-ciámos também uma estreita colabora-ção com os produtores de limousine, que diariamente na feira vai fazer um desfile de exemplares desta raça. Continuamos também a reforçar a parceria com a Asso-ciação de Produtores de Porco Alentejano.

No cartaz musical, porventura um dos factores que mais atrai forasteiros ao con-celho de Montemor por estes dias, os que afluíram ontem ao dia de inauguração ti-veram oportunidade de ver o espectáculo dos OqueStrada. Para hoje está marcado o espectáculo dos portuenses Expensive Soul, que prometem animação e boa dis-posição com temas bastantes conhecidos

Feira da Luz é a montra de Montemor-o-NovoCortes de 10 por cento no orçamento não afectam a qualidade, assegura a autarquia.

Qual a importância económica e social desta feira para o concelho de Montemor?

Desde logo é uma montra muito importante e uma forma de dinami-zar os produtos e os produtores locais. Depois é uma época que motiva a diáspora montemorense. Quem é do concelho e está fora tenta sempre vol-tar nesta altura para encontrar os seus pares. Note-se que sobretudo nos últi-mos dez anos a Feira da Luz/Expomor tem feito uma carreira excepcional enquanto mostra regional de grande dimensão.

A crise afectou o número de parti-cipantes e expositores?

Compreendemos que é mais dificil Às empresas ter essa disponibilidade devido à conjuntura, mas manetmos o número da edição anterior, cerca de 300 expositores.

Quantas pessoas esperam rece-ber?

Se São Pedro ajudar, não esperamos menos de 50 mil pessoas. É uma feira franca, onde não são cobradas entra-das e esperamos casa cheia.

Que argumentos tem Montemor, além da Feira da Luz para atrair os forasteiros?

Quem quiser vir a Montemor e não se quiser restringir ao recinto, pode sempre acudir a uma das muitas actividades do programa da Feira da Luz/Expomor que acontecem extra-muros. Além disso temos um imenso património a visitar. Este ano estamos muito contentes com a reabertura das grutas do Escoural e há ainda nos-sa gastronomia, que não precisa de promoção comercial para toda agente saber que a cozinha alentejana é uma maravilha por si só. São motivos mais que suficientes para justificar um passeio e uns dias agradáveis pelo concelho.

”É uma montra muito importante“

Carlos Pinto de Sá

autarca diz que são esperadas mais de 50 mil pessoas.

do público como “O Amor é Mágico”.Para Sexta-feira está marcada a noite de

Fados, este ano com a presença do fadista eborense Duarte. Já no Sábado é a tradi-cional noite do folclore, este ano com o Rancho Folclórico de Cortiçadas de Lavre e convidados.

Domingo voltam os sons mais conhe-cidos e abrangentes do grande público com a presença do multifacetado músico português David Fonseca, ficando a res-ponsabilidade de fechar o cartaz, na noite de segunda-feira e aos históricos UHF. A festa terminará com fogo de artifício.

Segundo a organização, ao “programa vasto e diverso” não faltam exposições, desporto, o espaço artesanato, a feira tra-dicional, as tasquinhas, a Brincafeira, o espaço da Oficina da Criança (que cumpre em 2011 30 anos de existência) e a feira do

livro, sempre com entradas gratuitas, até 5 de Setembro

De igual modo se destacam os espec-táculos de festa brava onde entram uma corrida de touro, uma novilhada e o re-gresso das famosas largadas junto à praça de touro, organizadas pelos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo.

No recinto da Feira as propostas são muitas e agradam a miúdos e graúdos, mas também há várias actividades no ex-terior, como o concurso hípico, o festival de natação, o festival de ski aquático, que este ano é novidade e se realiza na barra-gem da Atabueira, Ciborro. O passeio noc-turno de BTT e o passeio de clicoturismo, são outras das propostas que compõem o cartaz, onde há ainda uma exposição de boas ideias, com origem na sociedade ci-vil para ajudar a desenvolver Montemor.

Os Expensive Soul e David Fonseca são dois cabeças-de-cartaz da Feira da Luz deste ano.

Fotografias | D.R.

14 01 Setembro ‘11 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

(à excepção dos módulos). Basta enviar uma mensagem com o seu classificado para o mail.: [email protected]ÁRIO

Compra/aluga-sealugo quarto duplo –  a  estudante em vivenda no Bacelo, 250€ com despesas incluídas. ContaCto: 960041500

arrendo armazém Com 400m2 em éVora –  Com escritório, vestuários, wc´s e parque privativo para estacionamento. Na estrada do Bacêlo para os Canaviais. Con-taCto: 969064291

arrendo –  armazéns  com  áreas  desde de 100m² até 400m², com escritórios, ves-tuários e WC`s.Na estrada do Bacêlo para os Canaviais, Évora. ContaCto: 96 9064291

alugo sotão 80m2 –  vivenda  no Bacelo  com  1  quarto,1  sala,  casa  de  ban-ho  e  serventia  de  cozinha.  ContaCto: 960041500

aluga-se quarto –  com  WC  privativo a  rapaz  estudante  bem  localizado.  Frigo-rifico, TV, água e  luz  incluído. ContaCto: 969708873

aluga-se quarto –  com casa de banho e  pequena  cozinha  totalmente  indepen-dente. ContaCto: 968888848

Cede-se posição –  Bar  no  centro histórico em Évora. 200m2 - Muito poten-cial ContaCto: 966228739

Vendo –  casa  T3  a  três  km  de  Reguen-gos  de Monsaraz, com quintal, por 50 mil euros. ContaCto: 925256563 das 9 ao meio dia

AVONQuer ganhar dinheiro?

Faça como eu, seja uma revendedora avon sem investimento, lucros de 20% a 53% + prémios + Kit

grátis + oferta de 45€ em produtos nas primeiras encomendas.

Ligue já: 932 605 893 | [email protected]

Vende-se ou aluga-se –  Armazém na  estação  N.Sra  Macahede.  ContaCto: 266706982 ou 963059977

alugam-se quartos –  Na  cidade  de Évora,  a  raparigas  estudantes  universi-tárias,  com  serventia  de  cozinha,  sala  e restantes  áreas  comuns.  Excelente  local-ização, muito perto do Polo Univ. L. Verney. ContaCto: 927419277

alugo esCritório –  Com  30  m2  no centro  de  Évora.  Mobilado  ContaCto: 914857898

empregoContrata-se - Colaboradoras  para  Wine Bar no centro histórico de Évora, em part-time ContaCto: 965 110 496

téCniCo de FarmáCia –  com  carteira profissional,procura Farmácia no distrito de Évora ContaCto: 966168555

senhora proCura –  trabalho  em  ser-viços  domésticos,  passar  a  ferro  e  tomar conta de idosos. ContaCto: 933227209

trabalhos –  em Photoshop, Autocad e 3d Studio. Dão-se explicações de Geometria Descritiva ContaCto: 916 128 914

oFereCe-se - Senhora para trabalhos do-mesticos, e cuidar de crianças ou  idosos, 2 dias  por  semana,  em  Borba  ou  Vila  Viçosa ContaCto: 967245655

oFereCe-se –  Senhora  para  limpeza no  periodo  da  manhã  (ligar  só  de  manhã) ContaCto: 965759113  

oFereCe-se –  Senhora responsável, pro-cura  trabalho  de  limpeza,  passar  a  ferro, cuidar  de  idosos  e  crianças ContaCto: 969703102

oFereCe-se –  Srº.  50  A.  EDUCADO  HO-NESTO,  MUITO  ACTIVO.    Oferece-se    para motorista  ligeiros    particulares  ou  em-presas.  Carta  condução  30  anos  ,  conheci-mentos  informatica/administração,  social, comunicativo, boa apresentação. posterior-mente enviarei curriculo se assim o enten-derem contacto ContaCto: 926069997

senhora Aceita  roupa  para  passar  a ferro,0,50€ a peça. Faz recolha e entrega ao domicilio. Arranjos de costura preço a com-binar. ContaCto: 961069671

Faço tartes  (quiches) por encomenda, de: marísco,  frango,  bacalhau  e  etc.  A  enco-

menda  é entregue  ao domicílio a partir das 17horas. ContaCto: 266106781

enControu-seCadela adulta –  cor amarela,  raça  in-definida, na zona  industrial. Está à guarda do  Cantinho  dos  Animais. ContaCto: 964648988

Cão JoVem preto –  cruzado  de  Lab-rador,  junto  à  escola  da  Malagueira.  Está à  guarda  do  Cantinho  dos  Animais.  Con-taCto: 964648988

Cão de raça CaniChe –  pêlo comprido, de cor branco, com cerca de 6 meses. Con-taCto: 965371990 (só para este assunto)

Cão JoVem –  côr  creme,  porte  médio/pequeno,  perto  da  C.C.R.A.  Tem  coleira. Entra-se à guarda do Cantinho dos Animais. ContaCto: 964648988

gatinhos –  encontram-se para adopção gatinhos  com  cerca  de  2  meses.  ContaC-to: 964648988

CaChorra –  côr  preta,  porte  médio/pequeno, no Rossio de S. Braz. Coleira com guizo.  Encontra-se  à  guarda  do  Cantinho dos Animais. ContaCto: 964648988

Cadela JoVem –  côr amarelo mel, porte médio,  perto  do  Hospital  Veterinário  da Muralha  de  Évora.  Tem  microchip.  Con-taCto: 965371990 (só para este assunto)

duas CaChorrinhas –  Bia e a Matilde, muito  sociáveis,  com  pessoas  e  animais, brincalhonas como é natural na idade e es-pertas. com cerca de 8 meses.  ContaCto: 937014592 (só para este assunto)

outrosCréditos –  Pessoal,  Habitação,  Au-tomóvel  e  Consolidação  com  ou  sem incidentes.  Não  cobramos  despesas  de Consultoria.  ContaCto: 915914699 | 935454555 (marCio CahanoViCh) SERVIFINANÇA  -  ÉVORA  -  MALAQUEIRA  | HOME- SOLUTIONS - IMOBILIÁRIO

Compra-se –  azeitona e lenhas de abate e limpeza. ContaCto: 934095908

Vende-se –  Agapornis Fishers e Rosicol-lis. ContaCto: 937099715

preCisa aJuda –  Necessita  bens  ali-mentares; pessoa obesa; necessita de ajuda ContaCto: 266104458

Centro de apoio ao estudo Évora Tem filhos  a  frequentar  o  1º  e  2º  Ciclos?  A  sua disponibilidade  nem  sempre  lhe  permite apoia-los  nos  trabalhos  escolares…  Por vezes  ir  busca-los  à  escola  é  complicado! Contacte-nos  estamos  prontos  a  ajudar! ContaCtos: 266732533; 967626057; 965779201

PUB

Assistência TécnicaMáquinas de cápsulas

Máquinas de venda automáticabebidas frias | bebidas quentes | snacks

A l e n t e j oTlm. 962 689 434 | Email: v.marques@netvisão.pt

pretende-se –  Parceiro(a)  para  explo-ração  de  Wine  Bar  no  centro  histórico  de Évora, equipado e pronto a funcionar. Con-taCto: 965110496

animadora soCioCultural cuida  de crianças, com meses até aos 10 anos quem estiver interesado/a a saber mais é so con-tactar ContaCto: 913984380

oFereCe-se senhor  reformado  com  carta de  condução  dinamico,  trabalhou  na  res-tauração. Esta apto para trabalha em copa ou no campo. ContaCto: 968785479

aJuda –  Posso  ajuda-lo se  for O caso de ter  dores  ou  outros  sofrimentos  com  uma simples  massagem,  vou  aonde  for  ne-cessário. ContaCto: 968785479

oFereCe-se –  Senhora  para  limpeza para  algumas  horas  por  dia.  ContaCto: 961148236

15

Seres de luz que susten-tam padrões vibratórios do universo e acompan-ham desde o momento da concepção o Ser que vai nascer. Assim como na Terra existem diversas es-pecialidades e responsabi-lidades, os anjos são desti-nados a executar algumas tarefas e orientações. Sen-do entidades de luz não estão sujeitos a vibrações baixas, Egos ou ao plano da dualidade. Para trabal-har, chamar ou colaborar com eles é necessário a consciência desta orga-nização e deste patamar de vibração.

É ainda necessário estar aberto através de práti-cas e disciplina a energia luminosa. A energia tem apenas um molde mas a percepção humana pode ver e sentir de faces dis-tintas. Assim e com base nesta ligeira explicação é possível estar mais perto ou mais longe de entender e poder viver com o anjo da guarda.

As crianças na sua maioria tem mais fac-ilidade para este convívio que os adultos. São à par-tida de índole pura e Ego pequeno. A cada gravi-dez um conjunto de anjos acompanha a gestante. Assim dizemos na maioria dos casos que uma grávida

tem um ar “iluminado”. Após o parto este team

de anjos segue para dar apoio a outra mulher e em alguns casos a recém-mãe sente depressão. Esta de-pressão advém da retirada de energia angelical suple-mentar que a acompan-hou por 9 meses. Cada Ser humano tem o seu anjo da guarda.

É possível determinar pela data de nascimento o nome do mesmo e que características deseja que o seu protegido(a) desenvol-va. O programa negativo do anjo da guarda pode acontecer e isto quer dizer que o Ser vive, decide, pen-sa e actua de modo Egoico, egoísta e está completa-mente fora do seu plano (tudo é traçado antes do nascimento em conjunto com o Anjo da guarda, os ancestrais e os Senhores do Karma).

Uma vez fora do pla-no – muitos chamam de destino – a vida torna-se difícil e sujeita o Ser a tan-tas ocorrências quantas necessárias até haver uma mudança. Alguns facto-res externos afectam di-rectamente as decisões e o modo de actuar do indi-víduo, como o inconscien-te colectivo entre outros.

É no entanto de reter que as decisões por muito

que difíceis em ultima in-stancia são sempre do Ser e de sua responsabilidade através das escolhas que faz. E a isto chamamos o livre arbítrio. Temos todos a liberdade de pensar, agir e falar à nossa vontade mas podemos com isto es-tar fora do plano, afastar o anjo da guarda, conseguir dias muito difíceis e viver algumas vidas sempre com os mesmos prob-lemas.

Assim, o conselho é manter a boa índole, a con-sciência clara e inteligente para tomar boas opções e corrigir o mais rápido pos-sível os erros. Cada anjo da guarda pode e deve ser chamado a intervir e a participar da vida a cada segundo. É necessário cha-ma-lo, orar-lhe e sobretudo manter uma boa vibração para que ele possa estar o mais perto possível.

Livros recomendados:o gRanDe liVRo DoS an-JoS – migene gonzalez WippleR – eD. aSSim na teRRaa muSiCa DoS anJoS – CatHeRine BenSaiD – eD. SinaiS De FogoanJoS menSageiRoS Da luz – teRRy lynn tayloR – eD. penSamento

Comer Rezar Amar

Sugestão de filme

Direcção: Ryan MurphySinópse:

liz gilbert (Julia Roberts) tinha tudo o que uma mul-her moderna deve sonhar em ter um marido, uma casa, uma carreira bem-sucedida ainda sim, como muitas outras pessoas, ela está perdida, confusa e em busca do que ela realmente deseja na vida.

Carta dominante: o Imperador, que sig-nifica Concretização.amor: Poderá despertar a atenção daque-la pessoa que tem debaixo de olho há mui-to tempo. Nunca desista dos seus sonhos!saúde:  Pode  sofrer  algumas  dores  mus-culares.dinheiro: Poderá ter alguns gastos extra, previna-se.

Carta dominante: 6 de Copas, que signi-fica Nostalgia.amor: Não  deixe  que  os  seus  amigos  te-nham saudades suas. Combine uma saída com  eles.  Que  o  seu  olhar  tenha  o  brilho do sol!saúde: Cuidado com o aparelho digestivo.dinheiro: Tenha cuidado com as  intrigas no local de trabalho.

Carta dominante:  os  Enamorados,  que significa Escolha.amor: Exprima  os  seus  sentimentos  sem medo de não ser correspondido. Aprenda a trazer para a luz o melhor do seu ser!saúde: Cuidado com o calor, proteja a sua pele. dinheiro: Modere  a  possível  tendência para gastar desenfreadamente. 

Carta dominante: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera.amor:  Saiba  ouvir  aqueles  que  necessi-tam  da  sua  ajuda.  Seja  bondoso  e  verda-deiro  e  assim,  a  felicidade  e  o  bem-estar serão permanentes na sua vida!saúde: Com disciplina e controlo melho-rará certamente.dinheiro: Uma pessoa amiga vai precisar da sua ajuda.

Carta dominante: o Eremita, que signifi-ca Procura, Solidão.amor: Se se sentir sozinho saia e distraia-se mais. A vida é uma surpresa, divirta-se!saúde: Poderá ter problemas de estôma-go.dinheiro: Tudo  estará  a  correr  pelo  lado mais favorável.

Carta dominante: Rei  de  Espadas,  que significa Poder, Autoridade.amor: Não deixe que abusem da sua boa vontade.  Que  a  sabedoria  infinita  esteja sempre consigo!saúde: Possíveis dores em todo o corpo.     dinheiro: Cuidado com os grandes inves-timentos.

Carta dominante: o Louco, que significa Excentricidade.amor: Aproveite  muito  bem  esta  onda de romantismo que o está a invadir. Que a alegria de viver esteja sempre na sua vida!saúde: Cuidado com os excessos alimen-tares.dinheiro: Tente controlar a impulsividade nos gastos.

Carta dominante: O  Julgamento,  que significa Novo Ciclo de Vida.amor:  Alguém  que  lhe  é  muito  chegado pode  desapontá-lo.  Seja  paciente  se  o comportamento  dos  outros  não  corres-ponder às suas expectativas.saúde: Coma mais fruta e legumes.dinheiro: Momento sem preocupações.

Carta dominante: a  Temperança,  que significa Equilíbrio.amor: Dê  mais  atenção  ao  seu  compa-nheiro que está carente. Que o amor esteja sempre no seu coração!saúde:  Vá  ao  médico,  nem  que  seja  por rotina.dinheiro: Seja mais exigente consigo, só assim conseguirá atingir o sucesso tão de-sejado nesta área da sua vida.

Carta dominante: A Justiça, que signifi-ca justiça.amor: Momento em que andará mais iso-lado dos seus familiares. Que a luz da sua alma ilumine todos os que você ama!saúde: Cuidado  com  o  calor,  pois  o  seu sistema imunitário anda mais frágil.Dinheiro:  Seja  prudente  na  forma  como administra a sua conta. dinheiro:  Seja  prudente  na  forma  como administra a sua conta.

Carta dominante:  Valete  de  Paus,  que significa Amigo, Notícias Inesperadas.amor: Uma  relação  de  amizade  poderá tornar-se  mais  séria.  Abra  o  seu  coração para o amor, seja feliz!saúde: Consulte o seu médico e faça exa-mes de rotina.dinheiro: Resolverá  os  seus  problemas facilmente.

Carta dominante: A Morte, que significa Renovação.amor: Procure  esquecer  as  situações menos  positivas  do  seu  passado  afectivo. Rejeite pensamentos pessimistas e derro-tistas. Dê mais de si!saúde: Procure  com  mais  regularidade  o seu oftalmologista.dinheiro: Segurança financeira.

CarneiroLigue já! 760 10 77 31

Horóscopo semanal telefone: 21 318 25 91 e-mail: [email protected]

poder da oração na Índia, e, finalmente e inesperadamente, a paz interior e equilíbrio de um verdadeiro amor em Bali. Baseado no best-seller autobiográ-fico de elizabeth

gilbert, Comer, Rezar, amar prova que existe mais de uma maneira de levar a vida e de viajar pelo mundo.

PUB

Radar

touroLigue já! 760 10 77 32

gémeosLigue já! 760 10 77 33

CarangueJoLigue já! 760 10 77 34

leãoLigue já! 760 10 77 35

VirgemLigue já! 760 10 77 36

balançaLigue já! 760 10 77 37

esCorpiãoLigue já! 760 10 77 38

sagitárioLigue já! 760 10 77 39

CapriCórnioLigue já! 760 10 77 40

aquarioLigue já! 760 10 77 41

peiXesLigue já! 760 10 77 42

Recentemente divorciada e num momento decisivo, gilbert said a zona de conforto, arriscando tudo para mudar sua vida, embarcando em uma jornada ao redor do mundo que se transforma em uma busca por auto-conhe-cimento. em suas viagens, ela desco-bre o verdadeiro prazer da gastronomia na itália; o

Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas

Sugestão de livro

Direcção: Raphael DracconSinópse:

pode dizer-se que, em Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas, Raphael Dracon parte de uma simples questão para dar vida aos seus personagens: o que aconteceu depois? o que aconteceu ao Capuchinho Vermelho depois do caçador ter matado o lobo? e ao

príncipe?Quem é que, depois de ler os sempre eternos contos de fadas, não se questionou a esse respeito? De uma maneira dinâmica, Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas

narra a história do que teria acontecido depois desses contos chegarem ao fim sem perder a perspetiva da eterna luta entre o bem e o mal.

caçador? teriam João e maria realmente conseguido matar a bruxa? e qual foi a reação dos seus pais quando voltaram para casa? teve a princesa realmente coragem de beijar o príncipe que se transformou num sapo? e o que fizeram os anões depois de a Branca de neve ter encontrado o seu

O meu anjo da guardaiSaBel lealescritora | www.criancasdeumnovomundo.com

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

A Contemporaneus, associação para a promoção da arte contem-porânea apresenta em Estremoz a sua nova produção, a ópera “Così Fan Tutte” de W. A. Mozart, totalmente produzida no Alen-tejo, e que terá a sua estreia no próximo dia 9 de Setembro, pe-las 21h00, no Teatro Bernardim Ribeiro.

Reconhecendo a forte ligação de Estremoz ao universo lírico, através do conhecido tenor es-tremocense Tomaz Alcaide, é com uma conhecida ópera de Mozart que o Teatro Bernardim Ribeiro dá início à sua tempora-da de programação 2011/2012.

“Così Fan Tutte”, a penúltima ópera escrita por Mozart em 1790, é um drama lírico em 2 actos, que conta as histórias de amores, de fidelidade e infideli-dade passadas em Nápoles nos finais do Séc. XVIII.

Aparenta ser uma simples comédia de enganos, mais vai muito mais longe do que isso pois é, na verdade, uma bela his-tória universal de amor e desen-gano, compreendida e identifica-da por todo o público, que já foi jovem, teve um primeiro amor e sofreu desgostos amorosos.

A versão que agora a Contem-poraneus decidiu apresentar é uma escolha que pretende evi-denciar claramente este lado puro, inocente e idílico da ju-ventude e do acreditar num só primeiro e único amor. “Todos os elementos em palco e definição das personagens teve o propósi-to de permitir que todo o espec-tador reconheça e identifique claramente aquele belo momen-to específico da nossa vida”.

A Contemporaneus assumiu para o ano de 2011 o desafio de realizar uma ópera de Mozart,

com a orquestra do Ensemble Contemporaneus e com um nú-mero de elementos mais alarga-do - seis cantores solistas e uma encenação contemporânea.

Na interpretação estarão Ale-xis Heath (barítono), Carmen Matos (soprano), Joana Gil (so-prano), João Merino (barítono), Marco Alves dos Santos (tenor) e Margarida Marreiros (mezzo-soprano). A encenação estará a cargo de Helena Estanislau e a direcção musical de Vera Batista.

Depois da estreia, a produção será apresentada também no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre e no Teatro Curvo Semedo em Montemor-o-Novo.

Estes dois espectáculos estão inseridos na programação da Temporada de Arte e Cultura – Artes ao Sul, organizada pela Direcção Regional da Cultura do Alentejo.

A Companhia de Dança Con-temporânea de Évora estreia dia 3 de Setembro no Teatro Garcia de Resende (21h30) o bailado 2Boxe, com coreografia de Nélia Pinheiro.

O espectáculo resulta de um trabalho de estudo e exploração cénica sobre os modos de vida e os comportamentos sociais da geração pós-25 de Abril.

A partir da linguagem da dan-ça contemporânea, a coreografa amplia a sua linguagem e afir-ma o trabalho do corpo e da dan-ça, num contexto mais técnico e construtivista. Descreve um discurso coreográfico, que nasce na esfera privada de uma gera-ção emergente e é projectado no espaço público social e político.

“2Boxe” fala de muitos casos de vida, de sonhos, de projectos de vida a dois, concretizados ou falhados, da falta de emprego, da falta de espaço para a realização pessoal e profissional dos indiví-duos da geração pós-25 de Abril.

Numa casa vazia, um casal teima em começar um projecto de vida a dois. A expressão da vida individual e a dois está no centro da criação e rasga o espa-ço.

Estremoz

Festas da Exaltação da Santa Cruz Nos dias 2, 3 e 4 de Se-tembro vão realizar-se em Estremoz as Festas da Exaltação da Santa Cruz.Como todos os anos, vão estar disponíveis as tradicionais cerimónias religiosas, as fogaças, a quermesse, os concer-tos, os bailes e o habi-tual fogo-de-artifício, revelou a autarquia.O ponto alto será a missa e a habitual pro-cissão com as imagens de Nossa Senhora das Dores e do Senhor dos Passos da igreja dos Congregados para a igreja de S. Francisco.Além das cerimónias religiosas, o programa das festas inclui con-certos, gratuitos, que irão animar as noites com os artistas Miguel & André, Toy e Canta Brasil.As festas da Exaltação de Santa Cruz são uma organização da Paró-quia de Santo André com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz.

CDCE estreia 2Boxe

Primeira ópera produzida no Alentejo estreia em Estremoz

Garcia de Resende Cultura

D.R.

PUB

Produção da associação Contemporaneus.