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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 03 de Novembro de 2011 | ed. 179 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB Ceia Da Silva O presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo diz que o sector tem conseguido escapar à crise, com taxas de crescimento nos últimos três anos. “Todas as regiões aumentaram a oferta mas a única onde a procura subiu de forma consecutiva foi o Alentejo”, diz Ceia da Silva, defendendo a importância dos organismos regionais de turismo. 06 06 Luís Pardal | Registo ‘Task-force’ para Alqueva Governo vai criar equipa para dinamizar reconversão das explorações agrícolas. O Ministério da Agricultura vai criar uma task-force para implementar um conjunto de medidas dinamizadoras da reconversão tecnológica do sequeiro para o regadio na região de Alqueva, apurou o Registo junto de fonte oficial. A task-force terá o apoio das estruturas re- gionais, nomeadamente da Direcção Regio- nal de Agricultura e Pescas do Alentejo, das associações de agricultores e da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Al- queva (EDIA). Quanto à conclusão do sistema de rega, o Governo diz que só no final do ano será possível apontar datas. “Não temos sentido a crise no turismo” Conferência ACEGE debate boas práticas Pág.16 “AconteSer com responsa- bilidade social”. Foi esta a temática de um jantar-conferência organiza- do em Évora pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE). A iniciativa contou com a presença de Armindo Monteiro, presidente da Compta, e do Arcebispo de Évora, D. José Alves. Luís Pardal | Registo 03 03 D.R. Roteiro Festejar o São Martinho Pág.11 A tradição ainda é o que era: acabadas as vindímas, aproxima-se o São Martinho, dia em que se prova o vinho novo. No Alentejo, região de bons vinhos, não faltam percursos para verdadeiros apreciadores. D.R.

Registo ed179

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Edição 179 do Semanário Registo

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www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 03 de Novembro de 2011 | ed. 179 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

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Ceia Da Silva O presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo diz que o sector tem conseguido escapar à crise, com taxas de crescimento nos últimos três anos. “Todas as regiões aumentaram a oferta mas a única onde a procura subiu de forma consecutiva foi o Alentejo”, diz Ceia da Silva, defendendo a importância dos organismos regionais de turismo.

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Luís Pardal | Registo

‘Task-force’ para AlquevaGoverno vai criar equipa para dinamizar reconversão das explorações agrícolas.O Ministério da Agricultura vai criar uma task-force para implementar um conjunto de medidas dinamizadoras da reconversão tecnológica do sequeiro para o regadio na região de Alqueva, apurou o Registo junto

de fonte oficial. A task-force terá o apoio das estruturas re-gionais, nomeadamente da Direcção Regio-nal de Agricultura e Pescas do Alentejo, das associações de agricultores e da Empresa de

Desenvolvimento e Infra-estruturas de Al-queva (EDIA).Quanto à conclusão do sistema de rega, o Governo diz que só no final do ano será possível apontar datas.

“Não temos sentido a crise no turismo”

ConferênciaACEGE debate boas práticasPág.16 “AconteSer com responsa-bilidade social”. Foi esta a temática de um jantar-conferência organiza-do em Évora pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE). A iniciativa contou com a presença de Armindo Monteiro, presidente da Compta, e do Arcebispo de Évora, D. José Alves.

Luís Pardal | Registo

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RoteiroFestejar o São MartinhoPág.11 A tradição ainda é o que era: acabadas as vindímas, aproxima-se o São Martinho, dia em que se prova o vinho novo. No Alentejo, região de bons vinhos, não faltam percursos para verdadeiros apreciadores.

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2 03 Novembro ‘11

“Sete mil milhões”

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected]) Editor Luís Godinho

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal (editor) Colaboradores Pedro Galego; Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia Ramos Ferro; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Luís Martins Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição Miranda Faustino, Lda

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

Após a triste figura do “casal” “Merkosy”, na liderança da última Cimeira de 26 de Outubro, em que Merkel e Sarkosy, marcam e desmar-cam reuniões, chegaram ao seguinte acordo:

1. Garantir a diminuição da rátio da dívida grega em relação ao PIB com o objectivo de atingir 120% até 2020. Os Estados-Membros da área do euro darão um contributo para o pacote relativo à participação do sector priva-do que poderá ir até 30 mil milhões de euros. O desconto nominal será de 50% da dívida grega nacional detida por investidores priva-dos. Até ao fim do ano será estabelecido um novo programa plurianual da UE e do FMI que assegurará um financiamento até 100 mil milhões de euros e que será acompanhado de um reforço dos mecanismos de controlo da implementação das reformas. O impacto desta decisão afastará a Grécia dos mercados internacionais durante anos, mas é a incapa-cidade de da União em ter percebido cedo que a Grécia não poderia pagar uma dívida daquela dimensão e com a destruição da eco-nomia. Portugal está neste trilho.

2. A significativa optimização dos recursos do Fundo Europeu de Estabilização Financei-ra (FEEF), sem alargar as garantias subjacen-tes ao fundo. As opções acordadas permitirão alavancar os recursos do FEEF. O efeito de alavancagem de ambas as opções variará, dependendo das respectivas características específicas e das condições de mercado, mas poderá ser multiplicado por 4 ou 5, prevendo-se que ascenda a cerca de 1 bilião de euros. As condições de implementação destas op-ções foram adiadas para Novembro, pelo que teremos que continuar a esperar!

3. Um conjunto de medidas abrangentes destinadas a fomentar a confiança no sec-tor bancário facilitando o acesso ao finan-ciamento a prazo através de uma orientação coordenada a nível da UE e do aumento dos fundos próprios dos bancos para 9% do capi-tal de base do nível 1 até ao final de Junho de 2012. As autoridades nacionais de su-pervisão têm de assegurar que os planos de recapitalização dos bancos não conduzam a uma desalavancagem excessiva. Em Portugal

esta medida traduz-se na entrada temporária do Estado no Capital dos Bancos, uma es-pécie de nacionalização parcial, pelo que se entende a relutância dos nossos bancos, mas não têm alternativa.

4. Um compromisso inequívoco no sentido de garantir a disciplina orçamental e acel-erar as reformas estruturais promotoras do crescimento e do emprego. A Espanha está a desenvolver esforços especiais. A Itália assu-miu novos compromissos firmes em matéria de reformas estruturais. Portugal e a Irlanda prosseguirão os respectivos programas de reformas com o apoio dos nossos mecanis-mos de gestão de crises. Aqui temos apenas conversa, traduzida em mais austeridade em cima de austeridade, sem uma abordagem real para animar a economia.

5. Um reforço significativo da coordenação e supervisão económica e orçamental. Será instaurado um conjunto de medidas muito específicas, que vão além do recém-adopta-do pacote da governação económica. Será… Quando? Não sabemos!

6. Dez medidas para melhorar a governa-ção da área do euro. Vamos aguardar!

7. Um mandato ao Presidente do Conselho Europeu para, em estreita colaboração com o Presidente da Comissão e o Presidente do Eurogrupo, identificar eventuais medidas de reforço da união económica, inclusive explo-rando a possibilidade de introduzir alterações limitadas no Tratado. Será apresentado um relatório intercalar em Dezembro de 2011. Será ultimado até Março de 2012 um relatório sobre a forma de implementar as medidas acordadas.

Os mercados entenderam bem que estamos a “empatar” para ver se a crise passa! O con-junto destas medidas, no contexto de redução do crescimento da China, das dificuldades de retoma dos Estados Unidos, do aumento brutal dos níveis de desemprego na Europa e nos Estados Unidos, são manifestamente in-suficientes e constituem o fermento de uma hecatombe económica e social para a qual ainda não estamos preparados. Desejo pro-fundamente estar errado nesta interpretação dos factos.

A Cimeira do Euro: Mais um passo, ainda que curto!António SerrAnoDeputado

Mais de 100 dias depois da posse do governo, com os sobressaltos que todos conhecemos, é natural que muitos saiam já da sua timidez e comecem a criticar o novo executivo pelo que fez, pelo que ainda não fez e pelo que deveria ter feito. É assim em democracia e não vem mal ao mundo por causa disto. Mas, claro está, mentes mais frias e tortuosas não atiram pedras ao acaso e é visível que o primeiro alvo para muitos é o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.

É à primeira vista, em abono da verdade, o alvo mais fácil. A economia portuguesa está no estado que conhecemos e, para alguns, o ministro deveria ser mágico e resolver em 3 meses o que muitos não resolveram em 10 anos. É independente, não tem peso par-tidário, é académico e, pelos vistos, demasi-ado humilde. Prefere ser apenas “Álvaro” e dispensa os formalismos de Senhor Ministro, Excelência ou Doutor, desafiando um certo conservadorismo que teima em reinar em Portugal.

Tem obra publicada e uma visão clara das vantagens competitivas de Portugal e (pecado capital neste país) até diz o que pensa. Depois tem um ministério extenso (tem economia, energia, transportes, turismo, obras públicas) e situações potencialmente melindrosas nas mãos. Neste último mês, já foi atacado por tudo. Por andar desaparecido e falar pouco, por ter ressuscitado o TGV, por não se decidir sobre a descida da TSU, por ter escrito há uns

anos que gostaria que Portugal fosse a Flori-da da Europa, pelas privatizações (que ainda nem aconteceram), por estar supostamente a pôr em risco o emprego de muitos, facilitando os despedimentos…Enfim, por tudo e pelo seu contrário, pelo que é essencial e pelo que é acessório.

Apesar de sensível às preocupações que surgem de boa fé, a primeira reacção é esta: deixem-no trabalhar! Álvaro Santos Pereira pode ter mil e um defeitos mas, pelo menos tem uma agenda definida que irá operaciona-lizar ao longo de 4 anos. Não tem a postura de muitos dos seus antecessores que preferi-am pavonear-se com grandes empresários, anunciando várias vezes projectos que depois nunca saíam do papel. Prefere, com recato e profissionalismo, trabalhar o contexto e as condições de atractividade da economia portuguesa em vez de andar em mediatismos fúteis. Os argumentos ou pretextos que repro-duzi atrás ou mostram um misto de ignorân-cia, como a confusão entre alta-velocidade e alta prestação ferroviária, ou imobilismo, na questão do emprego, de quem não percebe que o mundo mudou muito nestes 15 anos, enquanto os nossos manuais de economia e os discursos se mantiveram os mesmos.

Concordo inteiramente com as linhas es-tratégicas que Santos Pereira tem para a eco-nomia portuguesa. Não sei se as conseguirá concretizar. Penso que merece, contudo, as condições e o tempo para tentar.

Deixem o ministro trabalhar!

CArloS SezõeSGestor/Consultor

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ActualMinistério da Agricultura vai avançar com medidas específicas de apoio à reconversão de explorações.

Luís Godinho | Texto

O Ministério da Agricultura vai criar uma task-force para implementar um conjunto de medidas dinamizadoras da reconversão tecnológica do sequeiro para o regadio na região de Alqueva, apurou o Registo junto de fonte oficial. A task-force terá o apoio das estruturas regionais, no-meadamente da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo, das as-sociações de agricultores e da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA).

A ideia é “desenhar iniciativas específi-cas” tendo em conta a situação dos agri-cultores mais idosos e as áreas de peque-na propriedade, “nas quais, para os blocos de Alqueva que já regaram em 2011, a adesão ao regadio foi bastante inferior às zonas de grande propriedade”.

O conjunto de iniciativas, cujo desenho “ainda não está concluído”, será debatido com as associações de agricultores e visa-rá ajudar a suprir os principais obstáculos que se colocam à reconversão agrícola, incluindo o acesso a financiamento, seja através do PRODER ou na procura de so-luções complementares.

A intenção do Ministério da Agricul-tura é avançar com “iniciativas de cola-boração com comunidades de regantes, da região ou fora dela, que já dominem as tecnologias a implementar, bem como dos operadores de mercado que fornecem os principais factores de produção neces-

Cristas promete ‘task-force’ para promover regadioAgricultores idosos e áreas de pequena propriedade na primeira linha de preocupa-ção. Previsto incentivo ao arrendamento.

sários à mudança”, incluindo equipamen-tos, sementes e produtos fitofármacos.

O apoio à organização da produção para criar escala e capacidade negocial e o desenho de “soluções de exploração que amenizem o risco”, através de contratos de gestão, promoção do mercado de arren-damento e venda de propriedades, serão outras linhas de força do programa a im-plementar.

“A transformação do sequeiro em rega-dio implica uma profunda readaptação do modo de vida dos agricultores, e exige uma curva de aprendizagem que tem de ser respeitada”, considera a mesma fonte, reconhecendo que se trata de um “traba-lho moroso e de paciência, que apenas resultará se os agricultores constatarem que a situação lhes é benéfica”. Para isso,

os campos de demonstração de tecnologia são considerados “essenciais”.

Quanto à data de conclusão do sistema de rega de Alqueva, anteriormente pre-vista para 2013, mantém-se a indefinição, estando o Governo a avaliar diversas al-ternativas de financiamento, tanto no que diz respeito à rede primária como se-cundária.

O objectivo é ter a questão decidida “até final do ano”, sendo que o calendário apontado pelo anterior Governo “afigura-se de muito difícil cumprimento” uma vez que a estrutura de financiamento pú-blico até agora utilizada – através do PRO-DER e Orçamento do Estado – implica um esforço financeiro “que as contas públicas não permitem, na actual conjuntura, su-portar”.

Calendário para a conclusão de Alqueva só será conhecido no final do ano.

O empresário João Paulo Ramôa con-sidera que o facto do Aeroporto de Beja não ter sido alternativa ao Aeroporto de Faro se deve à falta de certificação da pista. A ideia foi expressa pelo em-presário numa crónica de opinião na Rádio Pax.

Para o também presidente da conce-lhia de Beja do PSD e ex- Governador Civil de Beja, esta é uma questão que “a região nunca quis discutir” e sempre foi vista como uma “questão menor”.

João Paulo Ramôa afirma que depois da cerimónia de abertura do Aeroporto de Beja algumas pessoas pensaram que a pista tinha todas as condições para receber aviões, mas afinal “é tudo um grandessíssimo embuste e uma grandessíssima mentira”. Por isso, é preciso primeiro identificar os proble-mas e a seguir arranjar soluções para os mesmos.

Sobre as declarações do secretário de Estado das Obras Públicas que afirmou no Parlamento que o Aeroporto de Beja não era uma alternativa ao Aeroporto de Faro, João Paulo Ramôa considera que Sérgio Monteiro ainda não teve tempo para “um olhar atento” sobre o empreendimento.

Pista por certificar

Aeroporto de Beja

A EVRET, joint-venture entre a Imorendimento e a Madford De-velopments, inaugura hoje o Évora Retail Park, num evento que ficará também assinalado pelo lançamento da primeira pedra para a construção do Évora Shopping, o primeiro centro comercial a ser construído na região.

Na Primavera de 2013 nascerá a ter-ceira fase do projecto comercial, com a abertura do Évora Shopping, cuja ABL de 16.500 m2 completa o conjunto comercial de 25.400 m2, que a EVRET está a desenvolver naquela região.

Durante a inauguração, que conta com a presença de José Ernesto Oliveira, presidente da autarquia de Évora, Armando Lacerda de Queirós, director-geral da Imorendimento, e de Anthony Henry Lyons, director geral da Madford Developments, será apresentado o projecto Évora Shop-ping, que tem suscitado o interesse de importantes cadeias de lojas nacio-nais e internacionais.

‘Retail Park’ inaugurado

Évora

D.R.

Nos últimos anos os sucessivos governos gastaram excessivamente os dinheiros públi-cos em obras faraónicas, levando as pessoas a querer que estavam a desenvolver o país.

Nos últimos anos os presidentes dos gover-nos regionais gastaram o que tinham e o que não tinham em obras públicas, alegando que estavam a proteger e a desenvolver as regiões autónomas.

Nos últimos anos os presidentes de câmaras municipais gastaram, do erário público, em ob-ras, muitas vezes desnecessárias, algumas vezes com a finalidade de se promoverem a si próprios.

A população, talvez iludida, através do voto foi mantendo esta situação, apoiando os gover-nantes a gastarem cada vez mais.

Ultimamente temo-nos deparado com notí-cias e mais notícias sobre as dificuldades económicas que Portugal atravessa. O atual governo, com regularidade, tem vindo a apre-sentar um conjunto de medidas de austeridade bastante duras, sendo que sejam várias vezes criticadas, mas até agora ninguém foi capaz de propor alternativas sérias.

Há uma realidade que temos que aceitar: vivemos tempos bastante difíceis e é preciso fazer sacrifícios.

A responsabilidade dos tempos em que vi-vemos também é nossa, pois através do voto le-gitimámos os responsáveis políticos que gasta-ram sem se preocupar com o dia de amanhã.

Uma das medidas de austeridade que este

governo apresentou, a suspensão do subsídio de férias e do subsídio de natal, é aquela que a comunicação social tem chamado como a de maior injustiça, de certa forma compreendo, pois não e fácil quando nos é retirada uma re-galia. Mas preocupa-me mais aqueles, desem-pregados, que não sabem se no final do mês tem disponibilidade financeira para se alimentarem.

Chegámos ao momento em que devemos olhar em frente, acreditar que há soluções, ul-trapassar as dificuldades que temos e construir um país com futuro. Temos que ser respon-sáveis quando, através do voto escolhemos aqueles que nos governam, pois uma má es-colha, leva a uma má governação, o que nos leva a sofrer as consequências.

A (in) responsabilidadeMAriAnA ASSiS e SAntoSestudante

4 03 Novembro ‘11

Actual

Detenção acompanhada de mandados de busca. Suspeito colaborava com repartições no Alentejo.

Um funcionário público de 57 anos, que trabalhava para diversas repartições de Finanças do Alentejo, foi detido pela Polí-cia Judiciária por suspeitas de corrupção. É acusado de receber dinheiro a troco de efectuar avaliações de imóveis mais bai-xas do que o previsto na lei, lesando o Es-tado.

A detenção foi acompanhada de man-dados de busca à residência e local de trabalho do suspeito, acusado de ter “soli-citado reiteradamente” uma quantia em dinheiro a um contribuinte para “obstar” a uma avaliação de um prédio rústico e, consequentemente, baixar o montante do imposto a cobrar.

Judiciária detém avaliador suspeito de corrupçãoesquema arrastar-se-ia há 3 anos. tribunal determina a funcionário público a sus-pensão de funções.

Segundo apurou o Registo, o indivíduo em causa “não é funcionário de nenhu-ma repartição” mas um avaliador exter-no que colaborava com as Finanças há cerca de 20 anos e a quem eram pagos os serviços prestados em diversos concelhos do distrito de Beja.

O esquema arrastar-se-ia desde há cer-ca de três anos. O homem terá contactado proprietários a quem pediria dinheiro para atribuir valores mais baixos aos pré-dios em avaliação.

“A avaliação ou reavaliação dos pré-dios rústicos ou urbanos é feita de forma automática pelo sistema informático e os contribuintes são notificados desse valor. Quando, por qualquer razão, entendem que o montante apurado não está correc-to, podem solicitar uma nova avaliação que normalmente é efectuada por peritos avaliadores”, explica fonte do Ministério das Finanças.

É com base no montante apurado nesta

avaliação – o denominado “valor patri-monial tributário” – que se faz o acerto de contas entre contribuintes e Finanças, por exemplo para o pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) ou do Im-posto Municipal sobre Transmissões One-rosas de Imóveis (IMT), a antiga Sisa. Con-sequentemente, quanto menor for o valor atribuído ao prédio, menor será o montan-te do imposto arrecadado pelo Estado.

Fonte da Unidade Nacional de Comba-te à Corrupção (UNCC) diz que a investi-gação, titulada pelo Departamento de In-vestigação e Acção Penal de Évora, visou igualmente detectar outras situações de corrupção.

O detido foi presente a primeiro interro-gatório judicial tendo-lhe sido aplicadas as medidas de coacção de apresentações periódicas às autoridades, suspensão do exercício de funções públicas e proibição de contactos com outros envolvidos no processo.

O município de Reguengos de Mon-saraz aprovou por unanimidade na última Reunião de Câmara apoiar a candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade, que será apresentada à UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

Na declaração de apoio, a autarquia refere que a candidatura é impor-tante para “a auto-estima e o reforço da identidade do povo alentejano e para a salvaguarda e difusão de um importante elemento cultural repre-sentativo da maneira de estar dos alentejanos”.

No concelho de Reguengos de Mon-saraz existem quatro grupos corais de cante alentejano, nomeadamente o Grupo Coral da Freguesia de Mon-saraz, o Grupo Coral de Perolivas, o Grupo Coral Associação Gente Nova de Campinho e o Grupo Coral da Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz. Esta é uma manifestação cultural que “mantém uma vincada presença, destes tempos imemoráveis, com forte adesão dos munícipes”, assegura a autarquia.

O cante alentejano já tinha sido classificado como Património Cultu-ral Imaterial de Interesse Municipal, ao abrigo da legislação nacional, conforme deliberações da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal de Reguengos de Monsaraz.

A autarquia diz pretender que esta manifestação cultural seja reco-nhecida e salvaguardada em toda a sua diversidade e riqueza histórica, promovendo o conhecimento apro-fundado deste património em toda a sua complexidade e não apenas na forma actual que corresponde a um determinado momento da sua histó-ria recente.

Reguengos apoia cante

Património

Dezenas de pessoas manifestaram-se esta semana, em Évora, contra cortes nos serviços de saúde. Durante o pro-testo foi colocado um caixão à porta da Administração Regional de Saúde do Alentejo. A manifestação contou com representantes dos movimentos de cidadãos de Évora, Vendas Novas, Santiago do Cacém, Serpa e Norte alentejano.

Em causa está a redução dos horá-rios de funcionamento dos centros de saúde, a “ameaça” de fecho das ur-gências em Vendas Novas, o encerra-mento de postos de saúde e o corte nas credenciais de transporte de doentes não urgentes.

“O que está em marcha é um pro-grama que corta de forma cega nos serviços de saúde exigindo à popu-lação que pague cada vez mais, tudo com o objectivo de favorecer o sector privado”, diz Sílvia Santos, porta-voz do Movimento de Utentes de Saúde Publica

Protestos contra cortes

Saúde

Gangas “made in” Santa Maria

Pescadores em Azenhas do Mar, Odemi-ra, António Reis e António Maria Viana não queriam acreditar quando, por mero acaso, decidiram virar os bolsos da calças de ganga que traziam vestidas e descobri-ram que ambas tinham tecido estampa-do com o logótipo do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

“Estávamos a falar sobre as notícias do aparecimento no Brasil de roupa com as marcas do Hospital Garcia de Orta quan-

Mais um caso de roupa feita com tecido hospitalar. Desta vez, no Alentejo.

do decidi ver se as minhas calças tinham marcas iguais. E tinham mesmo mas de outro hospital”, diz António Reis.

Com a “pulga atrás da orelha”, o amigo António Maria Viana decidiu fazer um teste igual, cujo resultado foi idêntico: “Estávamos a ver o mar, começámos a falar, fui ver as minhas calças e estavam também marcadas com o símbolo do Hos-pital da Santa Maria”.

A explicação para tamanha coincidên-cia é, ao mesmo tempo, simples e com-plicada. Simples porque as calças foram compradas pelas mulheres dos pescado-res no mesmo dia, há cerca de um ano, e no mesmo local, a Feira de São Teotónio.

Complexa porque, na verdade, ninguém sabe explicar como é que tecido hospita-lar acabou por ser usado em peças de ves-tuário.

“Não reparei em nada de estranho por-que normalmente não vamos meter as mãos nos bolsos para ver o que está lá dentro. Era as calças que queria comprar e agora ao fim de mais de um ano é que damos com isto”, diz a mulher de um dos pescadores, garantindo que aquando da compra não notou nada de estranha. “A gente anda doente mas ainda não precisa de roupa do hospital”, ironiza.

Fonte hospitalar diz que o logotipo não é usado desde há cinco anos.

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Actual

Deputado comunista questiona Ministério da economia sobre situação de empresa de Évora.

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O deputado comunista João Oliveira diz que a situação que se vive na unidade da multinacional norte-americana Kemet Electronics, instalada em Évora, “exige uma intervenção imediata do Governo e da Au-toridade para as Condições do Trabalho”.

“A administração daquela unidade da Kemet, que emprega cerca de 550 trabalha-dores, pretende aplicar um lay-off de for-ma fraudulenta, suspendendo o contrato a 30 trabalhadores a partir de 7 de Novem-bro, sem respeitar os trabalhadores nem a lei”, diz o deputado numa pergunta en-tregue ao Ministério da Economia, onde interroga o Governo sobre o acompanha-mento que está a dar a este caso.

“Entre os trabalhadores que a empresa pretende suspender encontram-se os três delegados sindicais do Sindicato das In-dústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI) e os dois representantes dos trabalhadores

João Oliveira quer intervenção do Governo em ‘lay-off’ da Kemetempresa alega redução de actividade para colocar 30 trabalhadores em lay-off.

para a segurança e saúde no trabalho elei-tos pela lista apresentada e apoiada pelo sindicato”, refere.

Segundo João Oliveira, “a determina-ção deste lay-off pela empresa está a ser feita sem cumprir a lei em vários aspec-

tos, nomeadamente não respeitando a fase de informação e negociação e não apresentando critérios de selecção dos trabalhadores a abranger”.

O deputado acusa a empresa de “recor-rer à manipulação” da informação uma vez que os fundamentos apresentados para o “lay-off”, a redução da actividade, resulta de uma “simulação da situação que não tem correspondência com a rea-lidade”.

“Esta tentativa de aplicar o lay-off cor-responde a uma intenção da administra-ção da empresa de liquidar a organização dos trabalhadores, afastando da empre-sa os seus representantes e delegados sindicais, intenção que, aliás, já noutros momentos se fez sentir”, acrescenta João Oliveira.

O deputado acusa sucessivos governos de “passividade” perante este tipo de ca-sos e questiona o Ministério da Economia sobre a forma como está a acompanhar a intenção da empresa de avançar com esta medida. Trata-se de uma das maiores em-presas empregadoras do Alentejo.

João Oliveira quer saber que acompanhamento vai ser dado pelo Governo ao caso

A Tapeçaria de Portalegre foi de uma conferência na Universidade Autónoma de Madrid no âmbito do III Seminário de Investigação Ibero-Americano em Museologia.

Motivadas pelo interesse num museu que se reveste de contornos singula-res, Carla Rego, Cláudia Falcão Neto e Eunice Ramos Lopes deram a conhecer a uma audiência de especialistas e in-vestigadores, a Tapeçaria de Portalegre e o Museu da Tapeçaria de Portalegre – Guy Fino (MTP-GF), relacionando a clássica tríade museológica – conservar, investigar, divulgar – com as vivências e experiências do visitante.

“Deixa-nos muito honrados que a Ta-peçaria de Portalegre, única no mundo, seja tema de uma conferência no em Madrid”, diz Adelaide Teixeira, presiden-te da Câmara Municipal de Portalegre.

“Temos a certeza que será um tema que irá interessar a muitos e que trará certamente mais visitantes estrangei-ros ao Museu e a Portalegre”, conclui a autarca.

Tapetes ajudam turismo

Portalegre

O presidente da Associação de Futebol de Évora, Amaro Camões, faz parte da lista de Carlos Marta para as eleições à presidência da Federação Portuguesa de Futebol. Amaro Camões é proposto para vogal da direcção da FPF.

“Não nos candidatamos contra ninguém, mas sim para gerir o futebol português o melhor que podermos e soubermos”, afirmou à DianaFm o presidente da Associação de Futebol de Évora. As eleições estão marcadas para 10 de Dezembro.

Amaro Camõesapoia Marta

Eleições na FPF

O treinador do Juventude, Jorge Vicente, ficou desapontado com a actuação do árbitro Pedro Ribeiro, na derrota da sua equipa com o Pinhalnovense, por 2-1.

“É a segunda vez que apanhamos este árbitro. Em Vendas Novas, quis ser o pro-tagonista do jogo, com duas expulsões, um delas bastante ridícula, e um penalti que só ele é que viu. E hoje torna a ir na mesma onda, com duas expulsões força-díssimas”, criticou Jorge Vicente.

Para o técnico da equipa de Évora, o árbitro Pedro Ribeiro “só teve um crité-rio” que foi “prejudicar o Juventude em qualquer das circunstâncias”.

A equipa de Évora queixa-se de uma grande penalidade no fim da primeira parte e de duas expulsões no segundo tempo.

Juventude critica arbitro

Futebol

6 03 Novembro ‘11

Actual

Academia participa na concepção de políticas para a participação das mulheres no mercado de trabalho.

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Pedro Galego | Texto

Em semana comemorativa do dia da Uni-versidade de Évora (UU), que se celebra anualmente a 1 de Novembro, academia eborense revelou recentemente uma sé-rie de prémios, distinções e parcerias es-tratégicas para projectos num futuro pró-ximo, que a colocam na linha da frente em várias áreas.

Exemplo disso é a recente assinatura de dois contratos de parceria no âmbito do projecto de investigação e desenvol-vimento da GALP “Desenvolvimento de Biocombustíveis de 2ª Geração”. A univer-sidade, em parceria com outras empresas, vai conceber e construir protótipos para a colheita e descasque de purgueira, um fruto cujo óleo será usado em biocombus-tíveis.

De acordo com fonte da UE, os contra-tos com a GALP contemplam a segunda etapa do referido projecto, destinada a conceber e construir protótipos para a co-lheita e descasque da purgueira (Jatropha curcas Linn), fruto que não é cultivado na Europa e que a GALP está, presentemente, a plantar em Moçambique.

O projecto é co-financiado pelo Fun-do de Apoio à Inovação/Agência para a Energia (FAI/ADENE), e são parceiros a Petrogal, a Universidade de Évora, a em-presa Vicort, e o empresário, a título in-dividual, Domingos Reynolds de Souza, os dois últimos com larga experiência na concepção e fabricação de equipamentos agrícolas e florestais.

O tempo de duração do contrato é de três anos e envolve os professores e inves-tigadores do ICAAM, José Oliveira Peça, Anacleto Cipriano Pinheiro e António Bento Dias, do grupo da mecanização agrícola do Departamento de Engenharia Rural da Escola de Ciência e Tecnologia da Universidade de Évora. Deste protoco-lo faz também parte o Instituto Politécni-co de Portalegre.

Também agora foi anunciado que a equipa liderada pela professora Célia Antunes e pelo professor Rui Brandão, do Instituto de Ciências Agrárias e Am-bientais Mediterrânicas (ICAAM) da Universidade de Évora, foi distinguida pela empresa farmacêutica MSD na úl-tima reunião da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).

O trabalho Determinação da Carga Alergénica (Ole e1) Presente no Ar Atmos-férico na Região de Évora: Correlação com o conteúdo polínico de Olea, efectuado pelos investigadores José Moreira, Ra-quel Ferro, Ana Lopes, Sara Morão, Cátia Coelho, Elsa Caeiro, Luísa Lopes, Célia An-tunes e Rui Brandão ganhou o primeiro prémio para melhor comunicação oral da SPAIC/MSD 2011.

O trabalho Conteúdo em Pólen de Gra-míneas e Alergeno Phl p 5 em Ar Atmos-férico na Região de Évora: Caracterização das Épocas Polínicas de 2009 a 2011 rea-lizado pelos mesmos investigadores ga-nhou o prémio para o melhor poster da SPAIC/MSD 2011.

Pela primeira vez, os prémios foram atribuídos a uma equipa de fora dos três centros de investigação de Lisboa, Porto e Coimbra, o que sublinha a importância desta distinção.

Num campo distinto, a academia ebo-rense também assinou recentemente um protocolo no âmbito do projecto Win-net8, que visa a concepção de políticas regionais, nacionais e ao nível da União Europeia para o desenvolvimento da par-ticipação das mulheres no mercado de trabalho.

Este protocolo tem como parceiros a Comissão de Coordenação e Desenvol-vimento Regional do Alentejo e outras entidades que, no decorrer deste projecto, colaboraram nas mais diversas activi-dades, incluindo organismos públicos e agências de desenvolvimento.

Universidade lança novos projectosinvestigadores da Universidade de Évora premiados.instituição avança com parcerias estratégicas.

Parcerias estratégicas colocam Universidade de Évora na linha da frente em várias áreas.

A bandeira verde relativa à Autarquia + Familiarmente Responsável 2011 já foi hasteada nos Paços do Concelho de Évora. Trata-se de um galardão atribu-ído pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis devido às boas práticas a nível das políticas familiares.

O Observatório criado em 2008 pela Associação Portuguesa de Famílias Nu-merosas, é constituído por uma equipa pluridisciplinar, com competências em várias áreas dos âmbitos da família e das autarquias, tendo como objectivos principais acompanhar, galardoar e divulgar as melhores práticas das autarquias portuguesas em matéria de políticas de família.

Anualmente, as autarquias destaca-das pelas melhores práticas adoptadas (este ano cerca de três dezenas) recebem esta bandeira verde. Tal reconhecimen-to é fruto dos resultados de um inqué-rito realizado a nível nacional ao qual responderam quase uma centena de autarquias e onde foram analisadas as políticas de família.

A disponibilização de transportes escolares para além do legalmente previsto, medidas de apoio às famílias relativamente aos manuais escolares, a atribuição de bolsas de estudo para o ensino secundário e a organização de programas de actividades nas férias foram iniciativas que integraram o dossier de Évora.

Évora recebe bandeira verde

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ExclusivoA revolução republicana de 1910 levou à mudança de nome de dezenas de ruas na cidade de Évora.

Luís Godinho | Texto

Entre 1910 e 1934 houve 29 propostas de alteração toponímica em Évora, das quais resultou a alteração do nome de 36 ruas, lar-gos e avenidas da cidade. Logo a 10 de Ou-tubro de 1910, cinco dias depois da revolu-ção que derrubou a monarquia, a primeira reunião da comissão administrativa para o municípios de Évora conduziria à alteração da nomenclatura de três das principais ar-térias da cidade.

A primeira a mudar de nome foi a Rua do Paço que conduzia à Praça do Giraldo e ligava à estação ferroviária. “As conotações com o regime monárquico deposto eram por demais óbvias e, assim sendo, essa rua passou a denominar-se Rua da República”, assinalam Ana Cardoso de Matos, Maria Ana Bernardo e Paulo Simões Rodrigues, professores e investigadores da Universi-dade de Évora e autores de “Évora, Roteiros Republicanos”, edição promovida pela Co-missão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.

Além da Rua do Paço, também a Rua da Sellaria e o Largo Vasconcellos Porto muda-ram de nome logo a 10 de Outubro. Ligando a Praça do Geraldo à Sé Catedral, na parte mais alta da urbe, a designação da Rua da Sellaria tinha “ressonâncias medievais, motivada provavelmente pela localização de oficinas onde se fabricavam selas”. Uma artéria importante na vida da cidade, desde então chamada de 5 de Outubro.

Finalmente, o Largo Vasconcellos Porto, próximo da Praça do Sertório, passava a denominar-se oficialmente como Largo de Miguel Bombarda. “O conselheiro e minis-tro da guerra glorificado pela vereação mo-nárquica de 1906 como protector da cidade, era assim substituído na memória toponí-mica eborense pelo médico e político que, pela sua trágica morte, entrava directa-mente na galeria dos heróis republicanos”.

Esta designação não haveria de vingar. Um mês depois, por porposrta do vereador José Formosinho, o Largo Miguel Bombar-da passaria a ter a designação actual, Largo Alexandre Herculano, passando o nome do herói republicano a figurar na até então Rua dos Infantes.

Antes, na reunião de 20 de Outubro de 1910, tinham sido aprovadas duas outras importantes alterações à toponímia da ci-dade: a Rua da Lagoa e a Praça D. Pedro passaram a denominar-se Candido dos Reis e Joaquim António de Aguiar, autor da célebre lei de 1834 que extinguiu as ordens religiosas e lhe valeu a alcunha de “Mata-Frades”.

“É difícil não ver na escolha desta nova designação a assunção da face anticlerical da I República por parte dos vereadores eborenses”, escrevem Ana Cardoso de Ma-tos, Maria Ana Bernardo e Paulo Simões

Da Rua do Paço à da República, a toponímica pós 5 de Outubronalgumas ruas, como a de Avis, a mudança de nome durou pouco tempo.

Em meados de 1911, a Associação de Classe da Construção Civil e Artes Auxiliares de Évora pedia à Câmara a mudança de nome da Praça de D. Ma-nuel para Praça 1º de Maio, onde iria assinalar as comemorações do Dia do Trabalhadores.

A 20 de Abril de 1911 a praça – que já havia sido conhecida como Chão Do-mingueiros (1612), adro de S. Francisco (1869) e que desde 1879 era conhecida como a Praça de D. Manuel – passa a ter

a designação actual.Embora não se trate de uma alteração

com o intuito de celebrar a República, os autores de “Évora, Roteiros Repu-blicanos” defendem que a mudança “ilustra as mais amplas possibilidades de manifestação públicas que o novo regime proporcionava e, por outro, evidencia o protagonismo de algumas estruturas associativas, nomeadamente as de classe e os sindicatos, no espaço público das cidades”.

Manifestações na praça

Rodrigues.Os autores assinalam que a “dinâmica

de substituição” de nomes foi mais intensa até ao final de 1911, com propostas a surgi-

rem da parte de moradores e colectivida-des, “esmorecendo a partir de então”. Pelo meio registaram-se alguns retrocessos. Um exemplo: só durante pouco mais de um mês (entre 21 de Janeiro e 27 de Fevereiro de 1919) é que a Rua de Avis se chamou Si-dónio Pais.

A primeira proposta foi apresentada pela Sociedade Harmonia Eborense (SHE) na se-quência do assassinato de Sidónio a 14 de Dezembro de 1918, morto por um militante republicano. Expressando uma “profunda repulsa pelo execrando atentado de que in-felizmente fora vítima o glorioso presidente da República portugueza, dr. Sidónio Paes e

bem assim a intensa mágoa pela perda irre-parável que o paiz sofre com a morte deste grande Patriota”, a SHE proponha que fosse dado o nome do ex-Presidente “a uma das ruas da cidade, lembrando a Rua de Avis”.

De facto, assim aconteceu. No entanto, passado um mês, já alterados os “equilíbrios de forças a nível local”, a rua volta ao nome original: “Tratava-se de virar a página de-zembrista retirando da memória colectiva eborense o nome do falecido, mas tratava-se, também, de renovar os votos de verda-deiro republicanismo, inevitavelmente com repercussões no plano toponímico”, explicam os investigadores.

Évora, Roteiros RepublicanosAutores: Ana Cardoso de Matos, Maria Ana Bernardo e Paulo Simões rodriguesedição: 2011Quidnovi

Alargamento da Rua do Paço (actual Rua da República). Foto de José António Barbosa, tirada entre 1896 e 1906. Propriedade do Grupo Pro Évora.

Arquivo Fotográfico de Évora

8 03 Novembro ‘11

Exclusivo

“todas as regiões cresceram mas a única onde a procura subiu de forma consecutiva nos últimos

”Temos de ser pragmáticos para obviar aos efeitos da crise“

Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo

Luís Godinho | Texto

Os indicadores relativos a 2011 continuam positivos para o Turismo Alentejo, com um crescimento susten-tado do número de turistas. Isso deve-se à crise?

Há vários factores e esse pode ser um deles mas o aumento do turismo e a capacidade de res-posta de uma região passa por aproveitar todos os cenários, todos os contextos que possam

surgir. Interessa-nos que quem decide não fazer férias no estran-geiro venha para o Alentejo, não nos importamos nada com isso.

Desse ponto de vista a crise tem sido benéfica para o sec-tor?

Eventualmente. Nós não te-mos sentido a crise no turismo. Mas não é só isso. Quem quer desvalorizar os números e refere que se ficam a dever à existência de uma maior oferta, de mais

unidades, respondo que tam-bém é verdade. Nós tínhamos um hotel de 5 estrelas e vamos ter 6, a partir do momento em que for inaugurado o novo hotel em Vila Viçosa. Obviamente que na oferta turística tão importan-te é uma tasquinhas como um hotel de 5 estrelas …

Sendo que o ponto de partida era baixo.

Não era tão baixo quanto isso e não estamos a falar de cresci-

mento em números absolutos mas de aumento percentual. O Alentejo tem mais oferta, as ou-tras regiões também têm, mas fomos a região que mais cresceu em termos de procura [16,9% em Agosto, comparado com idêntico período do ano anterior]. Cres-cemos a oferta, mas o Algarve também, a oferta também cres-ceu no Norte e em Lisboa, todas as regiões cresceram mas a única onde a procura subiu de forma consecutiva nos últimos três

anos foi o Alentejo.

Porquê?Isso fica a dever-se à definição

de uma linha estratégica que definimos para o Turismo do Alentejo. Estamos a seguir uma estratégia que tem a ver com a questão da identidade, reenge-nharia do produto, promoção forte e agressiva, rede de infor-mação turística, boa política de acolhimento e hospitalidade, monitorização … nós seguimos

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Exclusivo

três anos foi o Alentejo”, diz Ceia da Silva em entrevista ao registo. nova campanha lançada em Janeiro.

Num mercado em constante evolução!

O mercado evolui a uma velo-cidade vertiginosa, ao segundo, e nós temos de acompanhar essa evolução. Chegámos à Entidade Regional de Turismo em 2008, ano da célebre crise do sistema financeiro mundial, e responde-mos de imediato com a campa-nha ‘No Alentejo Há Mais’ que, pelo menos, serviu para mobili-zar os agentes, para os motivar, para que não caíssemos em de-pressão. O Alentejo foi a única região de turismo que subiu [em número de visitantes].

E face ao desafio dos novos cortes orçamentais?

Bom, todos sabemos que os portugueses vão perder massa salarial em 2012, vão perder os subsídios de Férias e de Natal, o que me preocupa mais do que o aumento do IVA. O mercado por-tuguês significa 75% de quota de mercado no Alentejo e esses cortes vão afectar as disponibi-lidades financeiras das famílias. Temos de ser muito pragmáti-cos, encontrar linhas de comu-nicação que possam obviar aos efeitos negativos da situação de crise.

Como é que isso se vai con-cretizar?

Vamos avançar de imedia-to com uma campanha – cujos contornos serão discutidos nos próximos dias com os empresá-rios – em torno de um conceito que andará à volta disto: ‘Não deixe de fazer férias, o Alentejo convida-o’. Será uma campa-nha de vantagens que mobilize os turistas, os portugueses, com descontos, oportunidades, refei-ções oferecidas em unidades de alojamento ou muitas outras si-tuações. Queremos dizer aos por-tugueses para virem ao Alentejo que temos em consideração a actual conjuntura e vamos dis-ponibilizar um conjunto de ser-viços para tornar atractivas as férias na região.

Há recursos para isso?Temos algumas ideias, concei-

tos e alguma disponibilidade de recursos para afectar na promo-ção a esta linha de comunicação uma vez que temos candidatu-ras aprovadas. Vamos responder de imediato. Quando chegar o dia 1 de Janeiro esta campanha estará na rua, muito mediatiza-da, e os portugueses saberão que o Alentejo os convida a fazer fé-rias, fins-de-semana.

A expectativa é que apesar de tudo este crescimento se mantenha, se consolide?

O limite é o céu. Mas temos, concerteza, dificuldades, seria irresponsável hoje em dia qual-quer responsável público garan-

“Vamos avançar de imediato com uma campanha (...) queremos dizer aos portugueses para virem ao Alentejo que te-mos em consider-ação a actual con-juntura e vamos disponibilizar um conjunto de ser-viços para tornar atractivas as féri-as na região”.

tir que [a região] vai continuar a subir as taxas de procura. O que garanto é que vamos fazer todos os possíveis para manter estes números, sendo difícil continuar a subir atendendo à conjuntura global. Temos algumas ideias, vamos responder com medidas, queremos apresentar produtos interessantes para os turistas mas é algo que vamos fazer de forma coordenada com os em-presários.

Ora essa coordenação era jus-tamente algo que não existia quando havia uma profusão de regiões de turismo neste território?

Gosto muito pouco de falar do passado, o que importa é que esta gestão tem estado no terreno. Penso que vencemos um mito. Havia a ideia de que a Entidade Regional de Turismo iria olhar só para uma ou outra região e não é assim, temos esta-do em todo o Alentejo. Três anos depois somos reconhecidos por isso, por parte dos operadores, dos empresários, dos autarcas … criámos, é importante dizê-lo, esta ideia de ‘marca Alentejo’. O Alentejo vale como um todo, como uma marca.

O Turismo do Alentejo vai manter-se tal como está?

Todos os grandes destinos do mundo têm organismos regio-nais de turismo. Não discuto o modelo, pode não ser este, as competências podem ser outras, o número de dirigentes ou de técnicos pode ser outro mas os organismos regionais de turis-mo são fundamentais. Turismo é território. Noutros sectores pode haver uma só direcção-geral em Lisboa mas turismo é território, é diferenciação de território, te-mos produtos completamente distintos do Algarve ou de Lis-boa ou do Norte. Somos concor-rentes e temos de provar que so-mos melhores do que eles.

Sendo que esse é um assunto que está em cima da mesa?

Agregar tudo isto não me pare-ce correcto mas sei também que a sensibilidade do Governo não é essa, vai no sentido de manter organismos regionais de turis-mo. Quanto ao modelo, quando estiver em discussão terei opor-tunidade de dar a minha opi-nião.

Mas faz sentido ter uma mul-tiplicação de organismos por exemplo para a promoção in-terna e externa?

Há um modelo que se consoli-dou nestes últimos cinco anos de promoção externa em conjunto com os empresários. Acho que é muitíssimo bom, muito bem estruturado. Se a promoção in-terna deve ser integrada neste modelo é uma questão a discu-tir. Parece-me que o destino de um ponto de vista promocional deve ter apenas uma voz, uma imagem muito forte e uma mar-ca que é ‘Alentejo’.

<A procura turística do Alentejo cresceu 16,9% no passado mês de Agosto, quando comparada com a do ano anterior. À maior

procura soma-se uma maior oferta, com diversas unidades

em construção.>

16,9NÚMERo

“Parece-me que o destino de um ponto de vista promocional deve ter apenas uma voz, uma imagem muito forte e uma marca que é ‘Alentejo’”.

uma estratégia que justifica o facto do turismo acrescer no Alentejo. É uma estratégia con-certada com os empresários e com os autarcas, estamos mui-to no terreno e respondemos de imediato às alterações conjun-turais da economia e do merca-do.

O anunciado aumento do IVA na restauração é um exemplo?

É um exemplo. O turismo exi-ge respostas imediatas. Não há nenhum sector que exija tanto profissionalismo como o tu-rismo. Aqui temos de ser bons todos os dias. Há actividades profissionais em que podemos estar relativamente bem mas no turismo temos de ser sempre ex-celentes pois um turista que vai a um hotel ou a um restaurante quer que aquele seja o melhor dia da sua vida. Temos de ser muito exigentes.

O presidente da Turismo do Alentejo, Ceia da Silva, inau-gurou este fim-de-semana a mais recente unidade turística do Alentejo: chama-se Monte do Giestal – Casas de Campo & SPA. O projecto representou um investimen-to de 2 milhões de euros.Rodeado de sobreiros, o em-preendimento é constituído por dez casas de campo de traça tradicional, uma recep-ção, uma sala de jogos, uma sala de estar e uma ampla esplanada que proporciona aos hóspedes a oportunidade de desfrutar da singularidade da natureza envolvente.“O Monte do Giestal – Casas de Campo & SPA surgiu do so-nho de poder partilhar com todos os que nos visitam, a simplicidade no bem receber, os sabores únicos da gas-tronomia local, a paisagem relaxante dos campos alen-tejanos, os aromas da terra e enfim, tudo aquilo que temos de melhor para partilhar”, diz Guida Silva, administradora. ”O facto de a unidade estar inserida no meio do mon-tado foi para nós uma fonte de inspiração e um factor de diferenciação”.Guida Silva explica que os principais materiais utiliza-dos na decoração das casas são de cortiça ou em madeira de azinho. “Também no SPA apostámos em materiais endógenos. De modo geral privilegiámos os saberes e as raízes alentejanas para ofere-cer aos nossos hóspedes uma confortável e diferenciadora experiência”, refere

Ceia inaugura unidade rural

Dormidas sobem no AlentejoAs dormidas em unidades hoteleiras do Alentejo subi-ram 16,9% no passado mês de Agosto, totalizando 208,5 mil dormidas, avançou ontem o Turismo do Alentejo, que cita os últimos dados do INE, congratulando-se pelos resul-tados alcançados.De acordo com o INE, o Alen-tejo foi a região do país a apre-sentar a melhor prestação no mês de Agosto, uma vez que, além das dormidas, a região viu também subir os provei-tos totais em 15,1%, enquanto os proveitos por aposento cresceram 17,1%. Há três anos que a região regista taxas de crescimento.

10 03 Novembro ‘11

Exclusivo

Dívida ao Cendrev: Vereadora Cláudia Sousa Pereira explica posição da autarquia

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A política cultural deve ser um importante factor de inclusão social, sem o qual a redução de desigualdades não é possível, e não um dos factores de condicionamento ideológico.

Como diz Barata Moura, “Um povo culto, realmente culto, não sofrerá sem combate a persistência pegajosa de formas pobres de afirmação cidadã, até porque do cultivo da sua humanidade faz certamente parte um en-riquecimento das suas exigências cívicas de emancipação”

Actualmente, no nosso pais o filme está a ser passado ao contrário, e é de má quali-dade.

Com trinta anos de política de direita em Portugal, a cargo da troika PS, PSD e CDS, o Estado cada vez se afasta mais das suas responsabilidades no âmbito da cultura, es-tabelecidas na nossa Constituição, que de-terminam a manutenção e investimento dum Serviço Público Nacional de Arte e Cultura.

Este grave contexto nacional ainda atinge tonalidades mais negras em Évora com a política desastrosa, por parte do executivo camarário do PS, asfixiando os agentes cul-turais locais.

Quem não reconhecia, há 15, 20 anos, Évo-ra como Cidade de Cultura e onde está essa cidade, e quem a não (re)conhece agora.

Como cidadã desta cidade, como público, sinto que a situação actual em Évora é triste-mente inaceitável.

Como é possível, num indigno concurso para atribuição de verbas por parte do execu-tivo camarário PS, que todos os agentes cult-urais, tenham uma classificação no máximo, sufrível, e na esmagadora maioria, negativa?

Na verdade, indirectamente, através desse

Não podemos permitir a contínua destruição da cultura em Évora

ClArA GráCioProfessora na Universidade de Évora

concurso, o executivo PS está a classificar da mesma forma o público eborense. Sinto-me verdadeiramente insultada.

Um dos exemplos gritantes desta situação é a forma vergonhosa como tanto os respon-sáveis da cultura nacionais como os respon-sáveis locais, do executivo camarário PS, se comportam relativamente a um dos impor-tantes agentes culturais de Évora, o CEN-DREV.

Quando uma cidade, um concelho, uma região, um pais põe em risco a sobrevivência duma companhia teatral como o CENDREV, algo vai muito mal por estas bandas.

Destruir esta companhia é destruir um dos pilares da identidade cultural do concelho, da região, do pais.

Não podemos permitir tal situação, e não vamos permitir tal situação!

“Com trinta anos de política de direita em Portugal, a cargo da troika PS, PSD e CDS, o Estado cada vez se afasta mais das suas respon-sabilidades no âmbito da cultura, estabelecidas na nossa Constituição, que determinam a manuten-ção e investimento dum Serviço Público Nacional de Arte e Cultura.”

”Pagamentos ao Cendrev estão praticamente em dia“Tem reproduzido a comunica-ção social nas últimas semanas, por diferentes vozes, referência à situação de dívida da parte da Câmara Municipal de Évora (CME) ao Centro Dramático de Évora (CENDREV), com indica-ções precisas de um montante pecuniário de 150 mil euros que não corresponde à realidade dos factos. Enquanto vereadora também com o pelouro dos As-suntos Culturais sinto como mi-nha obrigação, e na relação de compromisso que desejo man-ter com os munícipes de Évora, esclarecer de forma cabal este assunto.

(...)Também o Executivo desta Câ-

mara Municipal está preocupa-do com o futuro da companhia e do seu projecto. Prova disso é que, num período de imensas di-ficuldades com que nos depara-mos, temos praticamente todos os nossos pagamentos em dia para com esta companhia.

Esses pagamentos dizem res-peito a três tipos de compromisso entre a autarquia e o CENDREV: o subsídio de apoio à activida-de comprometido e legalmente assumido em reuniões públicas de Câmara em 2009 e para 2009, num total de 85 mil euros; o pro-tocolado, desde Janeiro de 2001, em que, trimestralmente e me-diante apresentação de factura-ção pelo CENDREV, se assumem despesas da prestação de servi-ços da Companhia ao funcio-namento do Teatro Municipal Garcia de Resende; e finalmente, em sede de programa de fundos comunitários intitulado «Terras do Sol», o pagamento de cachets de espectáculos gratuitos para o público durante o Verão de 2011.

Importa também esclarecer que os subsídios, legalmente e como consta de relatório emiti-do pelo Tribunal de Contas em fi-nal de 2009, não podem ser usa-dos para pagamento de salários, pelo que essa referência pública

constante a salários em atraso não poderá nunca ser imputada à CME, a não ser que seja com o objectivo de criar dificuldades à CME e ao seu executivo.

Foi também recomendação daquele Tribunal de Contas a criação de instrumentos que im-ponham estas condições de atri-buição dos mesmos subsídios, e que se encontram agora plasma-dos nos tegulamentos de apoio publicados este ano.

Esta foi também a razão pela qual em 2010 não foi aprovada nenhuma atribuição anual de subsídios, como acontecia em anos anteriores. As eventuais expectativas não foram nunca criadas por uma qualquer deci-são ou compromisso da CME.

Assim e à data, os valores efec-tivamente em dívida ao CEN-DREV (...)perfazem o montante total de 62.488 euros. Tudo o res-to que foi comprometido e apro-vado está saldado.

(...)

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Radarno Alentejo fazem-se dos melhores vinhos do país. Descubra-os num dos diversos roteiros pelo enoturismo.

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Pedro Galego | Texto

Em mês de São Martinho, aproveite e co-nheça algumas das melhores adegas da região. O néctar dos deuses começa, por estes dias a sobrepor-se definitivamente nas escolhas à mesa e nada como perce-ber como é feito. De antemão uma coisa já sabe: no Alentejo fazem-se dos melhores vinhos do país.

Em qualquer um dos três distritos da região as opções são várias, mas o chapéu da qualidade é abrangente e seja qual for o caminho escolhido não sairá por certo defraudado. Um bom ponto de partido pode ser, por exemplo, o sítio da internet da Comissão Vitivinícola Regional – Vi-nhos do Alentejo (www.vinhosdoalente-jo.pt).

Aí, podemos começar por saber que, “apesar das diferenças regionais vinca-das, apesar da multiplicidade de castas presentes nos encepamentos, apesar da evidente heterogeneidade de solos que caracteriza o Alentejo, com afloramentos dispersos de barros, xisto, granito, calhau rolado, calcários e argilas, existem inúme-ros traços comuns nos vinhos da grande planície alentejana”.

Como a oferta é diversificada deixamos três sugestões, uma por distrito. Se o ro-teiro que traçar indicar o Sul, aproveite e visite a Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito.

No distrito de Évora aponte para a Er-videira Sociedade Agrícola, entre a Ven-dinha e Reguengos de Monsaraz. Já no distrito de Portalegre sugerimos a Adega Mayor, nascida por obra do comendador Rui Nabeiro, mais famoso pelos cafés, si-tuada na vila de Campo Maior.

São apenas três pontos de um roteiro com interesse demarcado para onde quer se vire a sua bússola, Ao todo são mais de 60 os locais referenciados na Rota dos Vinhos do Alentejo, todos eles com histó-rias para contar e prazeres para descobrir. Quase todos estes locais permitem visitas às vinhas, às caves, têm possibilidade de realizar provas, o difícil será mesmo é es-colher, tanta que é a oferta.

São de origem fenícia e grega muitas das castas que hoje se conhecem e se pro-duzem em Portugal, mas, como se sabe foram os Romanos os primeiros a trazer para a Península Ibérica a cultura da vi-nha e o fabrico do vinho de forma orga-nizada, com finalidades comerciais que ultrapassavam o auto-consumo. Da ocu-pação romana, diversas práticas e uten-sílios subsistiram até aos nossos dias, sendo o mais notável a conhecida talha

No mês de São Martinho, prova-se o vinhoJá no século XV a cultura da vinha era extremamente im-portante na zona de Évora, a terra do Peramanca.

de barro que ainda hoje é utilizada nas pequenas adegas particulares da região e também por alguns produtores engar-rafadores. É de salientar a existência de provas documentais a partir dos séculos XV e XVI em relação quer à exportação dos Vinhos do Alentejo para várias par-tes do mundo.

Como principais destinos referem-se a Índia, África, Brasil, Flandres, entre ou-tros. Assim, antes mesmo da exportação dos vinhos do Douro e do tão afamado Vinho do Porto, o nosso mercado expor-tador, levava para fora vinhos provenien-tes do Sul de Portugal, apreciados pelas suas qualidades, como a sua cor intensa e o seu elevado grau alcoólico.

No século XV a cultura da vinha era extremamente importante nas zonas de Évora (onde existiam mais de 3000 hectares, onde se produzia o famoso vinho de Peramanca, nos arredores da cidade), Beja, Cuba, Alvito, Viana e Vila de Frades.

No século XIX, devido ao aparecimen-to catastrófico do oídio, míldio e filoxera, todas doenças que atacam as vinha, os viticultores viram-se obrigados a reali-zar consociações entre videiras e olivais, para sobreviver.

No século XX, a criação das Adegas Co-operativas a partir do ano de 1958, veio dar novo ânimo aos viticultores e fazer renascer a cultura da vinha e do vinho.

Assim, nesse ano, deu-se a criação da Adega Cooperativa de Borba, seguida da do Redondo, em 1960; depois veio a de Portalegre, em 1962, a da Vidigueira em 1963, a da Granja em 1965 e finalmente a de Reguengos de Monsaraz, em 1972.

A partir dos anos 70, desenvolveu-se

um trabalho de base, promovido por di-versas instituições, que incidiu na carac-terização, investigação e organização da vinha e do vinho alentejanos. Um pro-cesso que criou as condições para que, em 1988, a região fosse oficialmente demar-cada.

Ao todo são mais de 60 os locais referenciados na Rota dos Vinhos do Alentejo, todos eles com histórias para contar e prazeres para descobrir.

12 03 Novembro ‘11

Radar

o liceu nacional de Évora foi instalado no “Colégio do espírito Santo”, tendo as aulas começado a

Que têm em comum a tauromaquia, o futebol e a religião? Estas três activi-dades pertencem, todas elas, à noção de cultura. Na acepção antropológica clássica, a “cultura” inclui todas as ma-neiras de pensar, de agir e de fazer que são em certa medidas partilhadas por uma sociedade, e estruturam a sua vida colectiva, regulando também a vida, os pensamentos e os comportamentos individuais.

Neste sentido, a cultura não é apenas a “alta cultura”, artes, humanidades e ciências, mas abrange também manifes-tações colectivas que, sendo, quotidia-nas, banais até, passam desapercebidas enquanto cultura própria dum grupo ou duma sociedade.

Maneiras de estar à mesa, modos de tratamento entre pessoas, esquemas que guiam a maneira de educar as crianças nas famílias, são apenas alguns exem-plos deliberadamente “banais”.

Mais fáceis de percepcionar para os que, vindos de fora e portadores de ou-tras culturas (que lhes são também pou-co visíveis), vêm as coisas com um olhar novo e sentem a diferença enquanto diferença cultural.

E também para os antropólogos que, mediante treino e tomada de distância, as identificam e descrevem como tais: como sendo cultura.

Gostaria, nestas crónicas portuguesas, de me debruçar um pouco sobre três tipos de manifestações culturais que ocupam no nosso país (e não só, mas falemos daqui), o tal lugar do óbvio, mas quase invisível enquanto cultura, e lugar mesmo assim muito importante: a tauromaquia, o futebol, a religião.

Cada uma parece pertencer a uma categoria diferente: lazer e espectáculo, desporto, religiosidade, sagrado. Mas irei tentar mostrar que todas elas são arte, cultura, pensamento.

O desafio que assumo é o de mos-trar que a abordagem que consiste em considerá-las como Cultura permite dar conta ao mesmo tempo de certos aspectos comuns e das particularidades de cada uma. Similitudes e diferenças que não são acessíveis se as considerar-mos separadamente, como é habitual nas rubricas jornalísticas: lazer, desporto e religião.

De que modo a tauromaquia, o fute-bol e a religião são cultura e produzem manifestações culturais, embora não as associemos habitualmente a elas e por “Cultura” entendamos apenas huma-nidades, teatro, cinema, artes plásticas, música, etc., é o que iremos ver.

*CIDEHUS - Universidade

de Évora e Academia [email protected]

Um olhar antropológico

Culturas invisíveis: transparência do óbvio

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JoSÉ roDriGUeS DoS SAntoS*Antropólogo

José Anjos de Carvalho | Texto

A criação do Liceu de Évora provém do Decreto de 17 de Novembro de 1836, o qual teve por base o Plano dos Liceus Nacionais, da autoria do Vice-Reitor da Universidade de Coimbra, Doutor José Alexandre de Campos, na sequência da Reforma Geral do Ensino então empre-endida (a Reforma do Ensino Secundá-rio, chamada oficialmente Regulamen-to para os Liceus Nacionais, estabelecia uma estruturação curricular de apenas cinco anos e dividia os liceus por catego-rias, de acordo com as suas condições, em liceus de primeira e liceus de segunda).

O Liceu Nacional de Évora foi instala-do no “Colégio do Espírito Santo”, antiga Universidade de Évora, oito décadas de-pois do encerramento desta, tendo as au-las começado a funcionar com apenas 3 professores, em 18 de Outubro de 1841, (a Universidade de Évora fora fundada pelo Cardeal D. Henrique e funcionara inin-terruptamente durante 208 anos, desde 1551 a 1759).

O ensino principiou com três cadeiras exclusivamente literárias, 1ª, 3ª e 10ª Ca-deiras e 17 alunos. A primeira visita real que teve o Liceu foi a da Rainha D. Maria II, em 7 de Outubro de 1843, dois anos de-pois da sua fundação, durante uma visita que fez ao Alentejo.

O liceu passou a misto no ano lectivo de 1888-1889, com a matrícula de duas ra-parigas, número que subiu para a dezena em 1909-1910, quando Florbela Espanca

Recordar as tradições académicas de Évora

era lá aluna, altura em que o nome do Li-ceu já tinha mudado para Liceu Central de André de Gouveia (o ensino secundá-rio foi objecto de uma dúzia de reformas durante a existência do Liceu).

A partir de 1978 o Liceu Nacional de An-dré de Gouveia passou a chamar-se Escola Secundária André de Gouveia e, no ano lectivo de 1979-1980, deixou o edifício da antiga Universidade de Évora e mudou-se para as actuais instalações, no Bairro de Nossa Senhora da Glória, em Évora.

Do uso do traje talar académicoApós a visita de D. Pedro V ao Alentejo,

por Portaria do Ministério do Reino de 27 de Outubro de 1860, foi concedido o uso de capa e batina aos alunos do Liceu Na-cional de Évora.

O Edital de 18 de Julho de 1861, publi-cado no jornal quinzenário “Scholastico Eborense” de 1 de Outubro de 1861, refe-re expressamente o seguinte: “Os alunos do Liceu Nacional desta cidade são obri-gados a apresentar-se em todos os actos escolares com o vestido talar académico, cujo uso lhes foi concedido pela Portaria do Ministério do Reino de 27 de Outubro de 1860, sob pena de serem riscados do li-vro de matrícula os contraventores.”

A concessão do traje talar era até então (1860) exclusiva dos estudantes da Uni-versidade de Coimbra (e, por extensão, aos alunos do Liceu de Coimbra), e só deles. No meu tempo ainda havia batinas com bandas de cetim e era frequente o uso do laço em vez de gravata.

Desde que o Liceu passou a ser misto (1888-1889), as raparigas começaram a usar também o traje talar (naquele tem-po, a saia era comprida, até aos pés).

Na década de 40, havia raparigas que ainda usavam o “gorro”, no Inverno, cla-ro. Alguns rapazes, muito raros, usavam como cobertura de cabeça aquilo a que chamávamos o “tacho”, que já se usava no séc. XIX.

Do Hino dos Estudantes do Liceu de ÉvoraO Hino dos Estudantes do Liceu de Évora data de 1861 e é possível que exista algu-

“A Tuna Académica Ebo-rense, assim chamada, actua pela primeira vez no 1º de Dezembro de 1900, acordando a popu-lação com o Hino da Res-tauração, ao percorrer as ruas da cidade ao romper da alvorada.”

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funcionar em 18 de outubro de 1841.

Radar

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ma conexão com a concessão do uso do traje talar. A música é de Joaquim Sebas-tião Limpo Esquível e das duas letras do Hino, a que prevaleceu foi a de Martinia-no Marrecas, ao que julgo.

O Hino dos Estudantes do Liceu de Évora, embora um pouco mais recen-te que o Hino Académico de Coimbra (1853), de Cristiano de Medeiros e Sanches da Gama, é mais antigo que o chamado Novo Hino Académico (Oh vós, que sois sempre nobres), música de A. X. S. M. (des-conheço quem seja), letra de José Nunes da Ponte (Medicina, 1879).

O Hino Académico, como lhe chamá-vamos, faz parte do repertório da Tuna Académica e, pelo menos do meu tem-po para cá, é respeitosamente ouvido, sempre de pé, tal como o Hino Nacional, quando tocado. Isso mesmo aconteceu re-centemente, na Récita do 1º de Dezembro de 2002, no Teatro Garcia de Resende, em que se comemorou também o 1º Centená-rio do Tuna Académica (1902-2002) e onde uma vez mais tive oportunidade de pre-senciar o facto.

Desconheço se há mais algum Liceus que tenha Hino Académico próprio.

Da Tuna Académica do Liceu de ÉvoraNo Alentejo, a constituição de Tunas é tradição muito antiga. A Tuna Académica está bastante ligada às comemorações do 1º de Dezembro. A rebelião de 21 de Agos-to de 1637, em Évora, deve ter contribuído para o grande entusiasmo de que se reves-tiam ainda no meu tempo as comemora-ções do Dia da Restauração Nacional.

Os primórdios da Tuna remontam ao séc. XIX. Datam do último decénio desse século tunas académicas efémeras organi-zadas para comemorar o 1º de Dezembro.

A Tuna Académica Eborense, assim chamada, actua pela primeira vez no 1º de Dezembro de 1900, acordando a po-pulação com o Hino da Restauração, ao percorrer as ruas da cidade ao romper da alvorada. Meses depois, em Fevereiro de 1901, dá o 1º espectáculo em benefício da Associação Filantrópica da Academia Eborense, que constitui também a sua 1ª digressão por vilas alentejanas, no caso Reguengos de Monsaraz.

No mês seguinte nova digressão, agora a Montemor-o-Novo, depois foi a vez de Badajoz e de Mérida.

A Tuna Académica do Liceu de Évora é fundada em 1902, no 1º de Dezembro, cla-ro, e um dos seus objectivos é comemorar

o 1º de Dezembro e realizar espectáculos para obter fundos para a Associação Fi-lantrópica.

No meu tempo, no 1º de Dezembro, também percorríamos as ruas de Évora ao romper da alvorada, com o estandarte da Tuna, na companhia de muitos e mui-tos outros colegas que faziam algazarra. Após a saída do Liceu a primeira paragem da Tuna era sempre frente à casa do Reitor, Dr. Bartolomeu Gromicho, e depois de to-carmos o Hino Académico havia sempre ruidosos Efe-Erre-Ás. Seguidamente rom-píamos a tocar pela rua, rumo às Portas de Moura, Praça do Giraldo, Jardim das Ca-nas, etc., com paragens aqui e ali e muita algazarra, e regressávamos ao Liceu.

O repertório, não mais que oito a dez peças, incluía sempre o Hino Nacional, e o Hino da Restauração. No meu tempo, faziam parte do repertório, por exemplo, o Momento Musical e a Marcha Militar do Schubert, que me lembre, passados que são quase 60 anos que deixei o Liceu.

Das serenatas e serenateirosO primeiro cantor de Fados de Coim-

bra que terá tido o meu Liceu foi António Marques Batoque (1901-1971), natural de Évora, que se matriculou em Direito, em Coimbra, no início da década de 20, curso que concluiu em 1927, e que, sendo ainda universitário, gravou três discos de Fados de Coimbra para a Columbia. Contudo, na década de 20 o que se tocava e cantava nas serenatas era essencialmente reper-tório regional do Alentejo e, não propria-mente, Fado de Coimbra.

O cantor de maior nomeada na década de 20 teria sido José Cutileiro, depois mé-dico militar, pai do diplomata do mesmo nome, tendo como acompanhante à gui-tarra Fernando Batalha, que se formaria em arquitectura.

Quando entrei para o Liceu o grande cantor e serenateiro era o Chico Carvalho (ou Chico Zé), que mais tarde, como can-tor profissional, tomou o nome artístico de Francisco José.

A partir do meu 5º ano formámos um grupo de entusiásticos serenateiros (e noctívagos), só com repertório de Fados de Coimbra, grupo que se manteve até à saída do Liceu e muitas foram as serena-tas que a altas horas da noite fizemos por essas ruas de Évora, às colegas e outras raparigas bonitas, sobretudo durante os nossos dois últimos anos do Liceu.Versão integral em www.ueline.pt

No meu tempo havia alguma “praxe”, era-se caloiro até ao 1º de Dezembro do ano seguinte.

Quem entrava para o 2º ciclo também era praxado mas só até ao 1º de Dezem-bro do próprio ano de entrada.

Havia eleições para a Direcção da Associação Académica, direcção que era constituída exclusivamente por estudantes, mas os caloiros não podiam votar.

Havia baptismos também, no fonta-nário que existe no jardim dos claustros e, ás vezes, o caloiro ia mesmo para dentro do lago.

Por vezes havia o seu corte de cabelo, muito pouco e, sobretudo, muito raro. Os rasgões na base da capa eram uma

prática bastante habitual.Talvez por não ter sido praxista, a

ideia que tenho é que se tratava essen-cialmente de chacota, sem propria-mente achincalhar os novos colegas, e se havia eventualmente violência certamente que o praxado teria muita culpa.

Até ao ano lectivo de 1939-40 era tra-dição, promovida pela Associação Aca-démica, os estudantes do liceu, de capa e batina e com o Estandarte da Acade-mia à frente, deslocarem-se em preito e romagem de saudade ao cemitério de Évora, ao Talhão dos Combatentes da 1ª Grande Guerra, no dia do Armistício (11 de Novembro).

”Era-se caloiro até ao 1o de Dezembro“

14 03 Novembro ‘11 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

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Assim é o Amor

Sugestão de filme

Direcção: Mike MillsSinópse:

As vidas de oliver (ewan Mc-Gregor) e do seu pai Hal (Chris-topher Plummer) alteram-se radicalmente quando o segundo, seis meses depois de ter ficado viúvo, assume duas coisas totalmente inesperadas: que é homossexual e que se encontra num estado avan-çado de uma doença terminal.

Carta dominante: Rainha de Espadas, que significa Melancolia, Separação.amor: Cuidado com aquilo que diz pois pode magoar alguém de quem gosta muito. saúde: Cuidado com o que come, reduza o ritmo de trabalho e descanse mais. Lem-bre-se que o seu bem-estar está acima de qualquer coisa.dinheiro: Surgirão algumas mudanças na sua vida profissional. Nem sempre trabalhar desenfreadamente é produtivo, pense nisso.

Carta dominante: O Mundo, que significa Fertilidade.amor: Tenha mais atenção às suas reacções e poderá compreender porque é que a sua alma gémea está diferente consigo. Sentir-se-á manipulado pelos seus amigos.saúde: Possíveis problemas de garganta.dinheiro: Pense positivo e não se deixe abater por uma pequena discussão com um colega de trabalho. Poderá perceber que a sua dedicação e empenho profissional valem a pena.

Carta dominante: 3 de Copas, que signi-fica Conclusão.amor: Modere o seu mau humor e rejeite pensamentos pessimistas e derrotistas.saúde: Liberte-se da pressão do dia-a-dia através da boa disposição. Visite com maior regularidade o seu médico de fa-mília.dinheiro: Apesar das divergências de opiniões no seu ambiente de trabalho, não desista dos seus objectivos.

Carta dominante: Cavaleiro de Paus, que significa Viagem longa, Partida Ines-perada.amor: Mantenha a sua opinião, não se dei-xe levar por terceiros. Dê mais atenção à sua família e deixe um pouco o trabalho de lado.saúde: Procure repousar mais para colo-car os seus pensamentos em ordem. Pro-váveis dores de dentes.dinheiro: Período pouco favorável para grandes investimentos.

Carta dominante: 9 de Paus, que signifi-ca Força na Adversidade.amor: Semana propícia ao amor, o ro-mance está no ar. Poderá reencontrar alguém que já foi muito importante para si no passado.saúde: Aumente as suas horas de sono. Cuide mais de si e do seu corpo.dinheiro: Procure não fazer investimen-tos arriscados pois pode perder elevadas quantias de dinheiro.

Carta dominante: Ás de Ouros, que signi-fica Harmonia e Prosperidade.amor: A sua família poderá exigir a sua presença em casa.saúde: Esteja atento aos sinais do seu cor-po. Acalme o ritmo de vida.dinheiro: Não se prevêem dificuldades a este nível. O aumento do seu rendimento mensal poderá estar relacionado com uma promoção no seu local de trabalho.

Carta dominante: Rainha de Paus, que significa Poder Material e que pode ser Amorosa ou Fria.amor: Não se preocupe, pois as discussões que tem tido com a sua cara-metade não passam de uma fase menos positiva. O companheirismo é a base da vossa relação.saúde: A tendência é para se isolar e re-flectir sobre a sua vida. dinheiro: Algo inesperado poderá aconte-cer e colocar em causa a sua competência.

Carta dominante: O Eremita, que signi-fica Procura.amor: O seu esforço vai ser recompensado pois o seu par vai mostrar-se muito apai-xonado e arrebatador.saúde: Procure não comer apenas carne, lembre-se da importância do peixe.dinheiro: Momento ideal para colocar em prática alguns dos seus projectos.

Carta dominante: A Imperatriz, que sig-nifica Realização.amor: Aproveite a tranquilidade do lar para dar asas à imaginação e revolucionar a sua vida afectiva.saúde: Período tranquilo, não se preocu-pe.dinheiro: Trabalhe com mais entusiasmo. Caso isso não aconteça pode sair prejudi-cado.

Carta dominante: O Dependurado, que significa Sacrifício.amor: Procure resolver rapidamente os seus problemas sentimentais.saúde: Tome um chá tranquilizante, pois o seu sistema nervoso poderá estar abalado.dinheiro: Mime-se, presenteie-se com o seu perfume preferido. Não se preocupe com o preço, pois você merece!

Carta dominante: 3 de Ouros, que signi-fica Poder.amor: Um romance está para breve. Fase propícia ao conhecimento de novas pesso-as que suscitarão o seu interesse.saúde: Beba muita água, adopte uma alimentação equilibrada e evite o álcool e o tabaco. Atenção ao sistema respiratório.dinheiro: O seu orçamento poderá permi-tir que se mime um pouco a si próprio. Será reconhecido pelo trabalho prestado.

Carta dominante: Cavaleiro de Copas, que significa Proposta Vantajosa.amor: A sua ajuda será determinante para levantar a auto-estima de um amigo.saúde: Procure fugir às gorduras porque o colesterol tem tendência para subir.dinheiro: Faça um balanço das suas fi-nanças, pois, possivelmente ser-lhe-á pro-posta sociedade para um negócio.

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interior que nunca havia antes encon-trado.Algum tempo após a morte inevitável de Hal, oliver conhece Anna (Mélanie laurent), compreen-dendo, finalmente, o verdadeiro signifi-

cado do amor. Assim, com-preenderá todo o alcance dos ensinamentos que o pai lhe tentou transmitir naqueles últimos meses de vida.

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Com esta consciência de mortalidade, Hal começa a viver intens-amente o tempo que lhe resta, encontrando disponibilidade para viver um grande amor com um homem mais novo, reformular a sua relação com o filho e, acima de tudo, encontrar a serenidade

O Vento à Volta de TudoDirecção: Pedro StrechtSinópse:

o Vento à Volta de tudo é uma viagem pelo mundo da adolescência. Através da exploração de conceitos teóricos clássicos e utilizando vários exemplos clínicos de rapazes e raparigas, abordam-se questões muito diversas sobre o que é ser adolescente hoje, as diferentes etapas desta

constantemente nos colocam.o Vento à Volta de tudo convida-nos irreversivelmente a viajar por histórias de vida de adolescentes de hoje mas sempre em profunda ligação com o mundo em

nosso redor, quer isso diga respeito à família, à escola ou às referências sociais e culturais de cada um em especial e da própria humanidade em geral.

fase do crescimento e o seu impacto familiar e social. Pensado para ajudar à reflexão de adultos que contactem ou trabalhem diariamente com esta faixa etária, é um livro que não deixa de alertar para novos riscos mas, sobretudo, para no-vos desafios que os mais novos

estremoz

pintura de maurizio lanzilotta – “landsCape BY heart”.Até 27 de NovembroMaurizio Lanzillotta, artista italia-no, vive em Espanha desde 1987. A sua permanência nesse país influenciou a sua arte que tomou uma nova dimensão. A paisagem, seu tema de eleição, nesta nova aventura, com independência de tratar-se de uma figuração «natu-ralista », destaca sobretudo uma representação que lhe confere uma autonomia constituindo-se em imagem espiritual e onírica.

extremoz

exposição “a Bilha 2011”Até 12 de Novembro, vai estar paten-te na Sala de Exposições do Centro Cultural Dr. José Lourenço Marques Crespo, a exposição “A BILHA projecto de arte”.O projecto, idealizado pelo Prof. Carlos Godinho no âmbito do trabalho do Agrupamento de Escolas de Estre-moz, transporta-nos para uma ideia cultural de ligação entre o passado e o presente. Nos quatro anos de desen-volvimento do projecto, têm decorri-do paralelamente vários eventos, que contribuíram para a sua divulgação, algumas conferências, várias exposi-ções temporárias e a fixação de uma exposição permanente no Centro Cul-tural Dr. Marques Crespo, organizada pelo Museu Municipal de Estremoz Prof. Joaquim Vermelho.

exposiçãoVila Viçosa

loCal geographiC12 de Novembro de 2011 Cine-Teatro Florbela Espanca, 21h30“Local Geographic” é uma reflexão sobre a identidade, um estudo de uma “geografia pessoal” que pas-sa pelo corpo como ferramenta de descoberta do mundo. É a terceira e última coreografia criada por Rui Horta para o Centro Cultural de Be-lém, “uma obra sobre a importância de perder-se. De fazer da perda um método, sobretudo quando a expe-riência de vida tende a tornar-se um peso que nos leva a não arriscar.” Anton Skrzypiciel, actor, bailarino, intérprete multifacetado, um pro-tagonista essencial nos trabalhos realizados por Rui Horta, dá corpo a este solo que reflecte sobre a bus-ca da identidade, nos antípodas do plausível, na fronteira da ironia.

Viana do alentejo

“ConCertos ClassiCos”19 de Novembro de 2011Recital de Acordeão com Gon-çalo Pescada – o Tema deste recital invulgar será dedicado ao sistema convertor, ao seu fun-cionamento e á sua influencia na musica escrita para acordeão. O programa sugerido percorre vá-reos caminhos, desde a transcri-ção da famosa Chaconne em Ré Menor de Johann Sebastien Bach até á musica original contempo-rãnea dos compositores Edison Denisov e Franco Donatoni. Este evento integra a Semana Sénior.

dançamonsaraz

reCriaçãohistóriCa 5 de Novembro de 2011Torneio de Armas a CavaloD. Nuno Álvares Pereira, ao tomar o Castelo graças ao ardil das vacas desgarradas, desafia os vassalos de D. Beatriz a terçarem armas na Liça do Castelo com os defensores da causa do Mestre, apelando ao Juízo de Deus, em singular Ordália de Armas.Horário: 17h00Local: Monsaraz

mourão

Colheitade sangueAté 30 de Outubro5 de Novembro de 2011Horário: das 9h00 ás 13h00 Local: Antigo Edificio do Centro de SaúdeOrganização: Municipio de Mou-rão; Nucleo de Dadores Benévolos de S.Pedro do Corval

montemor-o-novo

8º FestiVal de soupas de montemor-o-noVo5 e 6 de Novembro de 2011 A Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, de modo a estimular o consumo da SOPA e divulgar o nosso Património Gastronómico, unindo a tradição aos benefícios deste prato tão saudável, colocou mais uma vez a SOPA no centro das atenções.

outros

Sugestão de livro

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

“AconteSer com responsabilida-de social”. Foi esta a temática de um jantar-conferência organi-zado em Évora pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE).

A iniciativa contou com a pre-sença, entre outros, de Armindo Monteiro, presidente do conse-lho de administração da Comp-ta, e do arcebispo de Évora, D. José Alves.

O Programa AconteSER pre-tende ajudar a combater a falta de competitividade das micro, pequenas e médias empresas, através da partilha de boas prá-ticas que potenciem a acção em-presarial.

Segundo a associação, atingir este objectivo implica a capaci-dade de se gerar um forte dina-mismo capaz de envolver pesso-almente os líderes empresariais na implementação de progra-

mas com resultados efectivos na vida e acção das empresas, pro-movendo lideranças socialmen-te responsáveis nas PME, que cumpram a sua função social e criem um ciclo virtuoso para a economia. Trata-se de um pro-grama conjunto liderado pela ACEGE em parceria com a CIP, o IAPMEI e a APIFARMA.

Se por um lado a presente cri-se parece não deixar tempo para pensar em nada que não seja a sobrevivência das empresas, para os promotores do projecto é exactamente neste clima de de-sespero que estas mais precisam dos seus líderes e, consequente-mente, de colocar a tónica nos seus colaboradores.

Dai que António Pinto Leite, presidente da ACEGE, explique que este “aconteSER” é, na verda-de, um “fazer acontecer, através das pessoas [dos colaboradores

das empresas], no que respeita à competitividade”.

O programa, pretende envol-ver 750 gestores e empresários através da realização de pelo menos 50 seminários. No Alen-tejo o responsável da ACEGE é o empresário Lourenço Beja da Costa.

Na ocasião foi distribuído em Évora o “Kit AconteSer - Boas práticas para uma liderança res-ponsável”, entregue aos diversos empresários que participaram na conferência.

“Boas práticas empresariais, sem custos e de fácil implemen-tação numa altura de dificulda-des acrescidas, materializadas em torno dos cartões “Fazer AconteSer” e de um site de refe-rência com informação sobre a sua implementação é a proposta que propomos a cada líder com este kit”, explica a associação.

Festival

Montemor promove sopasA Câmara de Monte-mor-o-Novo reedita este fim-de-semana o festival de sopas alente-janas para estimular o seu consumo e divulgar pratos únicos do patri-mónio gastronómico regional. oportunidade para saborear pratos como a sopa de tomate ou a açorda, num festival com entrada livre e que irá funcionar sábado e domingo a partir do meio-dia.Para além da degus-tação de deliciosas sopas, o festival conta também com animação musical. No sábado, actuam os grupos Fora d’Horas e Salta Poci-nhas. No domingo será a vez doGrupo de Concertinas da Barrenta.Nos dois dias do even-to, a pensar nos mais pequenos, e também no descanso dos pais, estará disponível um espaço infantil, onde as crianças podem dar asas à imaginação .

Associação cristã de empresários debate boas práticas

Conferência

D.R.

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Presenças de D. José Alves e de Armindo Monteiro.

Vai realizar-se no próximo dia 5 de Novembro, pelas 21h30, no Teatro Bernardim Ribeiro, um espectáculo com os Bonecos de Santo Aleixo, títeres tradicionais do Alentejo que parece terem tido a sua origem na aldeia que lhes deu o nome.

Propriedade do Centro Dramá-tico de Évora (Cendrev), são mani-pulados por actores profissionais, que garantem a permanência do espectáculo, assegurando assim a continuidade desta expressão artística alentejana.

Os bonecos originais estão expostos no Teatro Garcia de Resende, enquanto esperam a criação do Museu dos Bonecos, integrado na rede museológica da cidade. As réplicas com que hoje trabalham foram fielmen-te reproduzidas com a preciosa colaboração de Joaquim Carriço “Rolo”, artesão da Glória, conce-lho de Estremoz, e velho amigo da família Talhinhas.

Conhecidos e apreciados em todo o país, com frequentes des-locações aos locais onde tradi-cionalmente se realizava o es-pectáculo, os Bonecos de Santo Aleixo participam também em certames internacionais.

Bonecos vão a Estremoz

Marionetas