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Director Nuno Pitti Ferreira | 12 de Abril de 2012 | ed.202 | 0.50 www.registo.com.pt SEMANÁRIO

Registo ed202

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Edição 202 do Semanário Registo

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Director Nuno Pitti Ferreira | 12 de Abril de 2012 | ed.202 | 0.50 €

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SEMANÁRIO

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Atoleiros 1384 é o Centro de Interpretação dedicado à Batalha de Atoleiros, a batalha que se travou em 6 de abril 1384, a pouca distância da vila de Fronteira.A Batalha de Atoleiros tem um enorme significado. Foi a primeira grande operação militar de Nuno Álvares Pereira. Utilizando uma tática de inspiração inglesa no combate, o grande heroi demonstrou que o domínio militar castelhano não era inevitável.Atoleiros 1384 não é um museu clássico, mas sim um espaço único cenografado para (re)viver e entender todos os acontecimentos da crise do século XIV, um momento decisivo na história de Portugal.

O visitante é conduzido ao longo de uma visita estruturada em 4 núcleos:- Núcleo Introdutório – O Atelier do PintorOnde se destaca a reprodução integral do fresco da Batalha de Atoleiros e onde o público “entra no fresco” e é conduzido ao Atelier do Pintor.- O Segundo Núcleo – O Panorama da Batalha de AtoleirosDeste segundo núcleo destaca-se a recriação de uma cena da Batalha com modelos, em tamanho real, de combatentes apeados em luta com cavaleiros, complementada com um espaço expositivo interactivo com informação diversa sobre as tácticas que Nuno Álvares Pereira utilizou na Batalha, o tipo de armamentos, etc..- O Terceiro Núcleo – A “Câmara Obscura”É neste núcleo, na zona central da área expositiva, que terá lugar um espectáculo especial, multimédia, dedicado ao desenrolar da Batalha de Atoleiros.- O Quarto Núcleo – O Laboratório de Fotografia – O

desfecho da Crise Dinástica na Batalha de Aljubarrota e outros factos importantes da vida de Nuno Álvares Pereira, são “explorados” neste espaço.

Para além dos Núcleos Expositivos o Centro de Interpretação da Batalha de Atoleiros dispõe de SERVIÇOS EDUCATIVOS onde os visitantes poderão aprender mais sobre a vida na Idade Média, sobre a batalha e os seus protagonistas. A vida na idade média é aqui explorada de diversos pontos de vista desde a área social passando pelas artes, através de ateliers diversos, alguns disponíveis diariamente e outros a calendarizar.

O Centro de Interpretação destina-se aos mais diversos públicos, desde grupos escolares, passando por famílias, jovens e seniores. Os “amantes” da história encontram, também, neste espaço uma nova forma de olhar para este acontecimento.

Nos dias 21 e 22 de Abril, a vila de Fronteira, será palco de história! Durante estes dias, Fronteira convida-o a regressar ao passado e a reviver a histórica Batalha de Atoleiros, recordando a vitória de Portugal sobre Castela, em 1384.

Se procura momentos de lazer e culturais diferentes, estes são dias a marcar na agenda. Apareça, regresse à Idade Média e faça parte deste momento único da história portuguesa. Conviva com as figuras mais tradicionais de outros tempos, integre-se activamente no espírito da festa, envergando as roupas tradicionais, participando nas brincadeiras e animando o espaço da feira.A abertura oficial da feira medieval de Fronteira realiza-se no sábado, dia 21, às 12H00. Ao longo do dia há animação de rua, desde danças e folias com saltimbancos e menestréis, passando

pelo teatro de rua até a espectáculos com cuspidores de fogo e malabaristas. No Parque de Jogos Medievais, os mais pequenos e as famílias vão poder divertir-se, experimentando as mais diferentes formas de entretenimento da época.

Há tarde, pelas 17.30H, um espectáculo inédito no Alentejo - O Forcão – actividade com toiros que se perde nas memórias do tempo.Depois entregue-se aos comeres e beberes medievais nas tabernas do mercado e, às 21H30, assista ao Assalto ao Castelo.O dia termina com um espectáculo de dança e malabares de fogo No domingo, as tasquinhas continuam a atrair os visitantes, assim como o mercado medieval. Às 15H00 acontece a tão esperada Recriação Histórica da Batalha de Atoleiros. Duas horas mais tarde, às

17H00, as tropas de D. Nuno Álvares Pereira chegam ao burgo, animadas pela celebração da vitória e a aclamação popular.

A feira medieval de Fronteira faz-nos recuar no tempo e leva-nos ao convívio de perto com bobos, trampolineiros, saltimbancos, acrobatas e malabaristas, misturando-nos no bulício da multidão com soldados, contadores de histórias, vendedores de sonhos e ilusões, numa azáfama constante por entre os mercadores e mesteirais, bufarinheiros e almocreves, mercadores, gentis-homens e clérigos… A animação permanente e o espírito medieval de uma feira do século XIV invadem o visitante e transportam-no para um tempo imemorial.

A organização é da Câmara Municipal de Fronteira e a entrada é gratuita.

FRONTEIRA RECORDA BATALHA DE ATOLEIROSA vila de Fronteira, no Alentejo, será palco, nos dias 21 e 22 de Abril de 2012, da Feira Medieval e da Recriação Histórica da Batalha de Atoleiros, acontecimento único em Portugal, que recorda a vitória de Portugal sobre Castela, em 1384.

Recriação histórica da Batalha de Atoleiros

Mercado Medieval Animação de Rua Capeia Raiana - Forcão

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SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 12 de Abril de 2012 | ed. 202 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

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João Luís Nabo em entrevista ao Registo, fala do Coral de São Domingos, vinte e cinco anos depois da sua fundação, em Montemor-o-Novo, e das celebrações durante o ano de 2012, assinalando a sua actividade com a colaboração de grupos e individualidades que vêm trazer à cidade sons diferentes mas unos na sua consistência e objectivos: construir pontes em vez de muros e celebrar a música, a amizade e a tolerância em espaços arquitectónicos que são imagem de marca de Montemor, da sua História e Cultura.

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Rota do contrabando de caféOs caminhos sinuosos que marcaram a rota dos contrabandistas de café na zona de Marvão, em Portalegre, vão ser de novo explorados, a 15 de Abril, no âmbito da IV edição do “Percurso Internacional do Con-trabando do Café”, numa homenagem do

Município de Marvão aos antigos contra-bandistas da sua raia.Antes da partida marcada para as 9h00, junto à Igreja dos Galegos, poderá sabore-ar as migas com café do contrabandista, de seguida os participantes vão percorrer,

durante um trajeto de 10,400 km, de difi-culdade média, com um desnível máxi-mo de 562 metros, e que recentemente foi considerada uma das melhores rotas sobre esta temática que existem na raia hispa-no-lusa.

Coral de São Domingos comemora 25 anos

Programa de Emergência SocialPág.03 O Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota So-ares, afirmou que «100% das medidas do Programa de Emergência Social [PES] estão em marcha», ainda que algumas estejam em fase de contra-tualização, devido a alterações na lei, num balanço feito à agência Lusa.

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Méridapromove Feira de TurismoPág.04 A segunda edição da Feira de Turismo da Extremadura (FETU-REX), que decorrerá de 11 a 13 de Maio em Mérida, será dedicada também à gastronomia e lançará as bases de uma plataforma de parceria empresa-rial entre Espanha, Portugal e a Amé-rica Latina.

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2 12 Abril ‘12

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição

Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Assobiadelas”

Na quinta-feira 29/3, aconteceu mais um debate sobre o tema HABITAR A CIDA-DE. CONSTRUIR O ESPAÇO PÚBLICO. Desta vez o espaço foi, ou melhor, poderia ter sido dos jovens criadores. Na realidade o Pedro Pinto (músico e produtor) provo-cou e moderou o debate. As preocupações, as aspirações, os sonhos transmitidos pelo Daniel Catarino (cantautor), pela Joana Dias (designer), pelo Márcio Pereira (per-former), e pela Anarita Rodrigues (atriz) foram a pedra de toque que marcou aquele espaço de reflexão. Por ali passou a cida-dania.

Esta passagem poderia ter sido muito mais viva, muito mais controversa, mui-to mais rica e partilhada. Mas na verdade quem estava para debater não foram pro-priamente jovens criadores, jovens artistas, nem jovens produtores ou programadores. Esses não apareceram (com uma ou outra exceção).

Fala-se muito da relação ou da negação de relação entre política e cultura. Este espaço, claramente fora de tutelas partidá-rias, torna muita clara a relação entre a po-lítica, entendida como participação cidadã, e a cultura, a arte e … tudo o resto que nos distingue dos outros viventes!

Este debate foi atravessado por um sen-timento que começa a ganhar proporções dramáticas nas nossas vidas, o sentimento da culpa. Um dos elementos ideológicos es-truturante da crise decorre da reprodução da culpa, ou da culpa partilhada: “estamos assim porque vivemos acima das nossas possibilidades”, “se formos mais empreen-dedores conseguimos …”, “temos que fazer um esforço nacional”.

E enquanto nos autoconvencemos que também “temos parte no caixote” os ban-cos continuam a financiar-se a 1% no BCE e a vender o dinheiro a juros de agiotas. Os grandes acionistas do BPN já partilharam o encaixe que o estado, todos nós solidá-rios e em acto de contrição pela culpa, lhes propiciou de 8 000 Milhões de euros. Os tubarões da saúde privada, as segurado-ras, as misericórdias, etc., já garantiram o desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde através dos canais de transferência do dinheiro dos nossos impostos para as clínicas, e hospitais privados que dominam.

E assim o Estado vai-se retirando das nossas vidas, isto é, vai-se esfumando a tu-tela do interesse público. A justiça social, eixo fundamental da constituição, pautava o papel de um estado que deveria tender a reequilibrar relações sociais desiguais. Hoje o estado vai encurtando o seu alcance no plano dessa ação discricionária positiva ao serviço dos interesses dos grupos sociais em situação mais desfavorecida e, pelo con-trário, vai exercendo, cada vez mais, um papel de subserviência ativa ao serviço dos interesses dos banqueiros, da alta finança e dos grandes grupos económicos.

Este estilhaçar do serviço público tem uma forte incidência aqui em Évora, não

só pela ausência crescente dos meios finan-ceiros e logísticos dos serviços centrais do estado no suporte a atividades que decor-rem de obrigações constitucionais, nome-adamente no que diz respeito à educação não formal e à cultura, como pela ausência, quase total, dos apoios municipais a essas mesmas atividades e agentes.

O debate a que assisti não deixou de inci-dir sobre aquilo que não existe e devia exis-tir, aquilo que não acontece e deveria acon-tecer. O problema do espaço, do custo do espaço e da falta de espaços para atividades culturais numa cidade com tantos espaços fechados, a dificuldade de criar e interessar públicos, a dificuldade de comunicar e de promover o objeto artístico.

Tudo isso, aliado à necessidade de gerar meios de suporte e financiamento à criação, constituem hoje os problemas, pelo menos destes, jovens criadores. Impressionou-me esta quase assunção da culpa/responsabili-dade por uma situação de clara regressão no que diz respeito aos apoios municipais às atividades dos agentes culturais.

O esforço que estes agentes culturais hoje fazem para nos propiciarem o confronto com objetos artísticos é injusto porque de-corre de um brutal desequilíbrio na repar-tição de bens e de uma total perversão do sentido da defesa do interesse público. Pro-vavelmente o dinheiro que foi enterrado na Praça de Touros privada poderia suportar muitas décadas de apoio público à cultura.

Surpreendeu-me muito não encontrar este espaço cheio de jovens músicos, per-formers, atores, dançarinos, marionetistas, programadores e produtores de eventos cul-turais. Aqui falou-se, ainda que timidamen-te, de política talvez fosse por isso que os jovens criadores não apareceram.

É que, afinal de contas, a política é para os políticos que na sua lógica discursiva cortam a realidade em fatias finas reme-tendo as nossas preocupações para peque-nas partes da realidade, ficando assim bem mais à vontade para exercerem de forma cada vez mais totalitária o seu poder.

A CULPALuís GarciaProgramador cultural

Aproveitando a benevolência (agradeço), distracção (espero) ou ausência (temo) dos leitores, de vez em quando atrevo-me a ex-pressar o produto de reflexões internas ba-seadas na minha experiência de vida, espe-rando que, se não ajudarem, pelo menos não atrapalhem muito a sua vida.

Há vinte e cinco anos atrás frequentava (e a palavra foi criteriosamente escolhida) o Instituto Superior de Agronomia quando, por um vazio total de disponibilidades, me calhou comandar o grupo de forcados da casa, que actuava na altura da célebre gar-raiada da Semana Académica de Lisboa, missão que se tornava particularmente espi-nhosa quer pela minha total inaptidão para o cargo, como pela concorrência de um gru-po feminino de forcadas que faziam tudo o que nós fazíamos só que melhor. Na ten-tativa de reduzir os estragos consultei um especialista na matéria que me apresentou a “Regra dos três C’s”, e que me dura até hoje cada vez com mais actualidade e utili-dade. A regra tem uma utilização universal que pode passar por um grupo de forcados, uma grande multinacional, uma equipa de cirurgia ou um rancho folclórico e baseia-se nos seguintes C’s: Comando, Comunicação e Confiança.

Qualquer que seja o tipo de equipa en-volvida, e por muito partilhada que seja a gestão do grupo, deve sempre haver uma ca-deia hierárquica que assegure um Comando eficaz das operações e uma assumpção total das responsabilidades. Por vezes, e cingin-do-me às actividades apresentadas, não é prático fazer um plenário que permita uma

tomada de posição colectiva, por muito que isso custe ao pessoal de esquerda, especial-mente o do Bloco que costuma ter proble-mas com a autoridade, qualquer que seja a forma sob a qual se manifeste. Devo referir que normalmente este parâmetro é tão mais eficaz quanto menos se notar o seu exercí-cio. Autoridade não deve ser confundida com autoritarismo.

A análise da Comunicação deve ser feita sob dois pontos de vista, interno e exter-no. No que diz respeito ao interior do gru-po, a circulação da informação deve ser o mais fluida e generalizada possível, sendo extensível a todos os seus elementos inde-pendentemente da sua posição na cadeia hierárquica - o segredo, que é a alma do negócio, a existir, deve ser só para o exte-rior. A Comunicação com o exterior pode ser mais restrita mas partilhada por todos os elementos da equipa para que a transmissão da mensagem seja mais eficaz tornando-a mais perceptível.

Por último a Confiança que implica tudo o que foi dito antes, sendo transversal desde a escolha da cadeia hierárquica passar pelos elementos mais fiáveis, como pela circula-ção da própria informação ser mais fácil, passando pela disponibilidade maior de cada elemento para o exercício da sua mis-são por acreditar na qualidade do trabalho do colectivo. A Confiança é que é a o segre-do e a alma do negócio, qualquer seja ele.

Na impossibilidade de ter desejado aos leitores uma Santa Páscoa, espero que Deus Nosso Senhor nos tenha tornado a todos um pouco melhores.

”A Regra dos três C’s“Luís DarGentengenheiro agrónomo

“Esta passagem poderia ter sido muito mais viva, muito mais controversa, muito mais rica e partilhada”.

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Actual“100% das medidas do Programa de emergência social [Pes] estão em marcha».

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O PS quer ouvir no Parlamento o minis-tro das Finanças e os presidentes da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e da Cimpor para esclarecer os “contornos” da Oferta Pública de Aquisição lançada pela Camargo Cor-rêa sobre a cimenteira portuguesa.

A InterCement, detida pela Camargo Corrêa, lançou a 30 de março uma OPA sobre a totalidade do capital da Cimpor,

Socialistas querem Gaspar no Parlamentooferecendo 5,50 euros por ação.

O PS considera, no entanto, que “há três aspetos” da operação sobre os quais os “contribuintes portugueses têm o direito de ser esclarecidos”.

Em primeiro lugar, o PS quer saber “qual o motivo” pelo qual a Caixa Geral de Depósitos (CGD) “está a estudar a pos-sibilidade de vender as suas ações a este

preço [5,50], quando ainda há bem pouco tempo [na OPA lançada pela brasileira CSN] teve uma oferta de 6,50 euros, um euro a mais por ação, e não o quis fazer”.

Basílio Horta afirmou que o PS quer também saber qual será a estratégia da Camargo Corrêa para a Cimpor no caso da OPA ter sucesso.

“Segundo notícias não desmentidas,

a Camargo Corrêa, uma vez comprada a Cimpor, propõe-se a desmembra-la, ou seja, repartir as suas fábricas e as suas competências por outras entidades. Pergunta-se: Isto é útil à economia por-tuguesa? Foi exatamente para evitar o desmembramento da Cimpor que a CGD recusou a oferta que lhe foi feita [pela CSN]”, afirmou o deputado.

O Ministro da Solidariedade e da Segu-rança Social, Pedro Mota Soares, afirmou que «100% das medidas do Programa de Emergência Social [PES] estão em mar-cha», ainda que algumas estejam em fase de contratualização, devido a alterações na lei, num balanço feito à agência Lusa.

Exemplificando com o mercado social de arrendamento, «em que foi preciso constituir um fundo imobiliário e criar regras próprias para podermos colocar as casas neste fundo antes de as disponibi-lizarmos», o Ministro acrescentou que as casas disponíveis advirão, não só da carteira de imóveis de instituições bancá-rias, mas também do próprio Estado.

De acordo com Pedro Mota Soares, o mes-mo aconteceu com a linha de crédito no valor de 50 milhões de euros para as Ins-tituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS), em que foi necessário negociar com um conjunto de instituições bancárias.

«Todo este caminho foi feito a par e passo com os próprios representantes das instituições sociais que farão parte de uma comissão para poder haver aqui uma seleção das próprias candidaturas», explicou o Ministro, acrescentando que esta linha estará disponível «para breve».

Programa de Emergência Social no terrenosobre o Fundo de socorro social, Mota soares diz que verba de 10 milhões de euros já foi atribuída

Sublinhando que «neste momento todas as medidas do PES estão de facto em mar-cha», Pedro Mota Soares lembrou também o caso da nova legislação dos lares e cre-ches, que «já foi publicada e está efetiva-mente no terreno», bem como o aumento das pensões mínimas, rurais e sociais.

«Neste momento cerca de um milhão de portugueses já viram as suas pensões

aumentadas em 3,1% desde janeiro de 2012, o que correspondia a um compro-misso do próprio Governo». Em vigor, está também o decreto-lei relativo ao subsídio de desemprego, que prevê uma majora-ção deste subsídio para os casais desem-pregados com filhos a cargo.

Nas medidas em fase final de aplicação, o Ministro referiu também o protocolo de

dinamização do banco de medicamentos, o plano nacional de voluntariado e um protocolo com o Ministério da Adminis-tração Interna para a sinalização da po-pulação mais idosa.

Sobre o Fundo de Socorro Social, Pedro Mota Soares explicou que a verba, no va-lor de 10 milhões de euros, já foi atribuída e que «muitas instituições já recorreram a este fundo», garantindo - contudo - de que haverá «permanentemente» a capacida-de de lhe alocar mais verbas: «Este fundo serve e deve servir acima de tudo como um verdadeiro fundo de emergência so-cial, garantindo que muitas instituições que estão hoje numa situação de dificul-dade podem aceder a este fundo e nesse sentido garantir a sua manutenção».

O Ministro realçou que, volvidos seis meses, não só todas as medidas estão em marcha como também surgiram novas medidas, como as cantinas sociais, a isen-ção de IRC para as IPSS e a devolução de 50% do IVA nas obras que estas institui-ções sociais façam ao longo de 2012.

O PES foi apresentado em agosto de 2011, tendo entrado em vigor em outubro, com o objetivo de combater a pobreza e a exclusão social, atuando em cinco áreas essenciais: famílias, idosos, deficientes, voluntariado e instituições sociais. Vi-gorando até ao final de 2014, vai custar à volta de 630 milhões de euros, chegando a cerca de três milhões de pessoas

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Actual

Feira de turismo da extremadura (FetureX), decorrerá de 11 a 13 de Maio em Mérida.

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A segunda edição da Feira de Turismo da Extremadura (FETUREX), que decorrerá de 11 a 13 de Maio em Mérida, será de-dicada também à gastronomia e lançará as bases de uma plataforma de parceria empresarial entre Espanha, Portugal e a América Latina. Sob o lema “O turismo através dos sentidos”, a feira quer conso-lidar-se como uma referência no Sul da Península Ibérica e promover a gastrono-mia como um pilar fundamental do tu-rismo de qualidade.

A FETUREX terá este ano um marcado carácter internacional. O dia 12 de Maio será dedicado à América Latina e contará com a presença do máximo responsável da Secretaria Geral Ibero- Americana, Enrique Iglesias, além de embaixadores e encarre-gados de negócios de vários países daquela região. Será apresentada a marca “Méridas do Mundo”, um projecto apoiado pelos em-presários das três cidades que partilham o

Feira de Turismo da Extremadura cria plataforma empresarialPortugal, dada a sua proximidade desta região espanhola, terá um papel protagonista na FetureX

nome em Espanha, México e Venezuela.Portugal, devido à proximidade geo-

gráfica com a Extremadura e à sua im-portância para a economia desta região espanhola, terá um papel protagonista

na FETUREX. Os organizadores esperam uma presença significativa de visitantes portugueses quer na feira quer nas acti-vidades paralelas e sessões técnicas, uma das quais será dedicada ao património

imaterial da Extremadura e o Alentejo. Estão previstas degustações de produtos portugueses.

Entre outras iniciativas, estão agen-dados o congresso anual da Airmet, um grupo com 1.700 agências de viagens as-sociadas em Espanha e mais de 300 em Portugal, e um encontro de negócios en-tre empresários espanhóis, mexicanos, venezuelanos e portugueses.

Para além disto, serão organizadas pro-vas didácticas de vinhos e azeites, cursos de corte de presunto, sessões técnicas, workshops, uma degustação gastronómi-ca das Méridas do mundo e uma inicia-tiva denominada “speaking corner”, onde os participantes falarão do seu projecto.

Organizada pela empresa Aistur, a FE-TUREX conta com a colaboração do Go-verno regional da Extremadura, a Câma-ra Municipal de Mérida e a Associação de Empresários de Mérida (AEME), entre outras instituições. A sua presidente de honra é a prestigiada enóloga María Isa-bel Mijares, membro da Real Academia Espanhola de Gastronomia e secretária da União Internacional de Enólogos.

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Exclusivo

um empreendedor transforma oportunidades, ideias e projetos, inspira-se e procura os melhores recursos.

Um palavrão para alguns, um lema de vida para outros, mas afinal o que significa em-preender?

Poderíamos dar várias definições, mas re-sumidamente empreender é o termo utilizado para descrever actividades que de uma forma inovadora, se destacam na organização, ad-ministração, execução e principalmente na geração de riqueza.

Um empreendedor é considerado por mui-tos o principal fator de promoção e desenvol-vimento económico e social de um país. Um empreendedor transforma oportunidades, ideias e projetos, inspira-se e procura os me-lhores recursos para transformá-las num ne-gócio lucrativo, não apenas para ele mas para todos os que direta ou indiretamente estão ligados ao negócio mas, fundamentalmente, para a economia onde se insere.

Apesar de no nosso país, para algumas pessoas e instituições, os empresários serem quase considerados criminosos, são estes que sustentam as instituições públicas, com os impostos que pagam. O emprego, com a sua criação direta e indireta de postos de traba-lho. Sustentando também a dinâmica social, cultural e política.

Se estamos a viver este período mais de-licado, se o desemprego continua a crescer, se precisamos de pagar as contas, então pre-cisamos cada vez mais de arregaçar as man-gas. De nada nos serve andar a encolher os ombros e a olhar para o chão. Precisamos de ser cada vez mais criativos, resistentes e in-ventivos.

Todos sabemos que a economia não está bem, mas ela não parou, está a passar por uma fase de adaptação e a todos nós não nos resta outra hipótese senão acompanhar esta fase.

As empresas e as pessoas têm, não só nesta fase mas especialmente agora, duas hipóteses ou Mudam ou Morrem.

Crescemos a ouvir os nossos pais, criando-nos (falsas) expectativas de que temos de ir trabalhar para o estado, aí é que é bom. E de-pois de lá entrar, estamos garantidos para o resto da vida… Pois este paradigma acabou, para bem de todos, e nessa medida devemos dar cada vez mais importância à ideia de cria-ção do autoemprego. Otimismo é a palavra de ordem para começar. Empreender é um estado de espirito, revela capacidade de ini-ciativa, vontade de avançar, querer, confiança

Empreendedorismo ou o deserto?HuGo cortesMembro da Direcção da associação alentejo de excelência

e resiliência. Pensar e idealizar algo não é complicado, afinal de contas quase todos te-mos várias ideias de negócio, mas concreti-zar é bem mais difícil, dar o passo em frente, aquele “click” é que não está acessível a todos …

Sair da situação de conforto até chegar re-almente à criação da empresa é um das de-cisões mais difíceis de tomar. O risco é cada vez mais elevado, que ninguém duvide, e o passo final não está ao alcance de todos. Res-

ta acrescentar que na nossa sociedade conti-nua a haver uma grande aversão ao risco, se algo corre bem inveja-se, se corre mal fica-se marcado para o resto da vida.

Os dados relativamente ao nosso país não são nada animadores, segundo alguns estu-dos realizados cerca de 50% das empresas criadas desaparecem no fim de dois anos.

As razões são diversas, mas alguém disse um dia que, o pior naufrágio é aquele que acontece ainda no porto…

Precisamos com urgência de uma estraté-gia para o Alentejo, urge trazer uma maior dinâmica empresarial. Precisamos de estimu-lar a criação de emprego, estimular a fixação de jovens e fomentar o empreendedorismo jovem. E isso só é possível integrando a so-ciedade com as instituições públicas, as uni-versidades com as empresas, os empresários em parcerias para a internacionalização.

O exemplo deve vir de cima mas o contri-buto de cada um de nós está nas nossas mãos.

Só há economia onde há pessoas, por isso, ou queremos que o Alentejo tenha pessoas e dinâmica empresarial ou a profecia sobre o deserto, do ex-ministro Mario Lino concre-tiza-se…

“As empresas e as pessoas têm, não só nesta fase mas especialmente agora, duas hipóteses ou Mudam ou Morrem”.

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6 12 Abril ‘12

Exclusivo

apesar da crise, o nosso lema é cortem-nos o subsídio mas não nos cortem a garganta.

Luís Godinho | Texto

Há 25 anos, quando o Coral foi fundado, acreditava num percurso como este?

Não, não. Montemor-o-Novo tem um estigma comum às terras pequenas, as pessoas diziam que não ia durar nada. Deram-nos um mês, depois um ano, e já lá vão 25 anos. Curiosamente ainda te-mos 12 membros que pertencem ao Coral desde o momento da fundação, que me acompanharam até agora.

A ideia de fazer este grupo, presumo, não surgiu de um momento para o outro.

Não. Eu estava a estudar em Lisboa, na Universidade Clássica, e cantava lá no coro. Estava também a dar alguns passos na música, no piano, e achei a experiên-cia muito curiosa. Depois estive três anos fora e quando cheguei a Montemor-o-No-vo tinha já essa vontade. Entretanto can-tava num coro litúrgico na Igreja Matriz de Montemor-o-Novo, havia lá bastante gente a cantar, e pensei em arranjar ma-neira de transferir algumas vozes para um projeto mais sério, sem querer com isto dizer que o trabalho no coro litúrgico não era sério.

Mas com outro repertório …Outro repertório, outra forma de en-

carar a música, e fui pedir apoio a uma outra instituição, o Grupo de Amigos de Montemor-o-Novo, que nos cedeu um espaço para ensaio. Ficámos sob a juris-dição deles e ficámos lá dois anos.

Entraram mais pessoas?Sim, sim, cada pessoa trazia um amigo,

chegou mais gente, não havia teste de voz, não havia filtragem … entrava quem queria e depois logo se via. Tínhamos muito poucos homens a cantar, quase ne-nhuns, e tinha que pôr as mulheres a faz-

Coral de São Domingos”O coro é mais do que a soma das partes“

João Luís nabo em entrevista ao registo, fala do coral de são Domingos, vinte e cinco anos depois da sua fundação, em Montemor-o-novo, e das celebrações durante o ano de 2012, assinalando a sua actividade com a colaboração de grupos e individualidades que vêm trazer à cidade sons diferentes mas unos na sua consistência e objectivos: construir pontes em vez de muros e celebrar a música, a amizade e a tolerância em espaços arquitectónicos que são imagem de marca de Montemor, da sua História e cultura.

er as melodias masculinas o que era um pouco complicado pois tinha um coro com um som demasiado agudo.

Os homens estavam mais virados para o cante o que propriamente para o coro?

Foi isso. Diziam que o coro era uma mariquice, não era de homem, era muito diferente do cante. Mozart e Beethoven não era para eles.

Surge entretanto a vontade de se autono-mizarem em relação do Grupo de Amigos de Montemor-o-Novo?

Falámos com eles, dois anos depois, e constituímos uma associação autónoma que nos deu logo outro tipo de estatuto e permitiu outro tipo de contatos gerindo a nossa própria vida coralística. Começá-mos aí com intercâmbios no estrangeiros com outros coros, de forma ainda muito

incipiente, mas enquanto o pessoal não estivesse em cima do palco a cantar as pessoas não sabiam que nós existíamos. Era um tempo em que não havia Inter-net, não havia esta facilidade de comuni-cação. Tivemos a coragem, ou o desplante, de ir para cima de um palco, as pessoas gostaram e isso serviu para atrair mais vozes masculinas para colmatar o nosso problema inicial.

Já fora do convento?Já. Os concertos com mais alguma vital-

idade e algum propósito já foram noutro espaço. Pedimos apoio à Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo que nos cedeu a Igreja da Misericórdia para ensaiar. É um espaço excelente. Quando trazemos cá outros coros para atuar fi-cam sempre com alguma inveja daquele espaço mas é assim, e ainda bem que há.

Quando começámos a aparecer um pouco mais as instituições começaram também a dar-nos subsídios e fomos percorrendo o nosso caminho.

Presumo que nem sempre tenha sido fácil?

Confesso que não temos muitas razões de queixa, nestes 25 anos praticamente nunca nos faltou nada. Nunca nos ti-raram subsídios, apesar de terem vindo a diminuir nestes últimos tempos, mas nunca nos cortaram, nunca fomos alvo de uma ordem de despejo, não tivemos os problemas que alguns coros por vezes têm ao ficarem sem dinheiro para ensa-iar. O nosso lema é cortem-nos o subsídio mas não nos cortem a garganta. Canta-mos mesmo sem dinheiro, podemos é não ir tão longe por causa das deslocações.

Isso tem a ver com o espírito de equipa que foi criado?

Tem a ver com os valores que vão sendo transmitidos aos elementos mais novos do coro. A cada dois anos entra sempre gente nova, não queremos deixar envel-hecer o coro. As pessoas estão cá até quan-do quiserem mas há sempre gente nova a entrar e como sou professor na escola de Montemor-o-Novo tenho facilidade em angariar rapaziada. Nas aulas de apresen-tação vejo como eles falam, qual o timbre de cada aluno pois posso precisar deles para o coro e isso já aconteceu este ano. Fizemos um ensaio de voz e vão estrear este fim de semana.

Quantos elementos integram o coro?Somos 42, já chegámos a ser 56.

O que é que leva alguém a ir para o coro, quais as motivações?

Não é só a música. Criou-se ali um am-biente especial que as pessoas gostam de

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Nasceu em Montemor-o-Novo em 1960. Dedicado, desde muito cedo, à música in-strumental e coral, enveredou no entanto por uma carreira profissional completa-mente diferente; licenciado em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Clássica de Lisboa (1983), com mestrado em Criações Literárias Contemporâneas, pela Universidade de Évora, na especialidade de Literatura Norte-Americana Contem-porânea (2009), é actualmente professor efectivo na Escola Secundária de Monte-mor-o-Novo.

Frequentou a Academia dos Amadores de Música de Évora, estudou piano com professores particulares, entre os quais Isa-bel Joaquina da Cruz, e fundou e dirigiu o Coral de Letras da Faculdade onde fez os seus estudos. Foi organista e director do Coro Litúrgico da Igreja Matriz de Monte-mor-o-Novo, de 1979 a 1990, professor de piano da Escola de Música da Sociedade

Carlista, em 1990 e 1991, e director do jornal regional “Folha de Montemor” de Outubro de 1989 a Abril de 2003, e é, actualmente, colunista no jornal “O Montemorense”.

Foi tenor do Coral da Universidade de Lisboa, onde trabalhou sob a direcção dos maestros Francisco D’Orey e José Robert; frequentou o II e III Cursos Internacionais de Sines, em 1990 e 1991, onde estudou can-to e técnica vocal com Elisete Bayan e Vi-anney da Cruz e direcção coral com Anton de Beer e Edgar Saramago.

Frequentou, igualmente, em 2000 e em 2001 o I e II Cursos de Técnica Vocal de Montemor-o-Novo, orientados pela Prof. Maria João Serrão, a V Oficina de Canto Gregoriano, em Março de 2003, ministrado pela Prof. Idalete Giga e, em 2006, o III Cur-so de Técnica Vocal de Montemor-o-Novo com Sara Belo e Hugo Sovelas. Compôs para teatro e são de sua autoria várias peças sacras, interpretadas regularmente pelo

Coral de S. Domingos, estando duas delas (Miserere e Dominus Dixit) incluídas no se-gundo e quarto trabalhos discográficos do grupo, respectivamente.

A sua primeira incursão na literatura aconteceu em Junho de 2004, com a publi-cação do livro Alentejo sem Fim – Contos, pela Editorial Tágide, de Lisboa. Lançou ainda O Lago e Outra História Depois (Ed. Tágide, 2005) e Outros Contos de Vila Nova (Ed. Tágide, 2010).

Uma história inédita – “Águas Mil” – está incluída na antologia luso-brasileira Um Rio de Contos, lançada pela mesma edi-tora em 2009. Em Maio de 2011, participou como orador nas I Jornadas Literárias de Montemor-o-Novo com uma comunicação subordinada ao tema “O Alentejo na Cria-ção Literária”.

Fundou e dirige o Coral de São Domingos de Montemor-o-Novo. Vive em Montemor, é casado e tem três filhos.

João Luís Nabo

Exclusivo

cantamos mesmo sem dinheiro, podemos é não ir tão longe por causa das deslocações.

estar ali. Algumas vão assistir aos ensaios na igreja, gostam de ver porque gostam de cantar, e por vezes passam para o lado de cá. E há ali um elemento congregador que é o facto de termos uma história já de 25 anos, sem interrupção. Temos orgulho de nunca ter parado, de estarmos ali a cantar com todas as nossas diferenças. No momento do palco, ou do altar onde estivermos a cantar, as pessoas não se an-ulam pois o coro é mais do que a soma das partes dos seus elementos. É uma fuga ao dia-a-dia uma vez que não é normal can-tarem num coro polifónico.

E ainda tem a música.Pois, e ainda há a música.

Em 25 anos fizeram centenas de concertos. Quer destacar algum mais memorável?

Fizemos cerca de 500 concertos. Um concerto que nos deu muito prazer foi na vila de Redondo, há pouco tempo, agora em dezembro. A câmara convidou-nos para um concerto de Natal no auditório que tem uma acústica e uma iluminação fantásticas, foi memorável, ainda para mais porque a disposição do coro ficou em semi-círculo, diferente do habitual. Memorável em termos históricos foi o nosso primeiro concerto no estrangeiro, na Bélgica, em 1992.

Já atuaram em muitos países?Sim, sim … Bulgária, Polónia, Suécia,

França, Itália, entre outros.

Um repertório clássico?Misto, com várias épocas. Gostamos

muitos dos autores contemporâneos, da forma como eles “estragam” a sonoridade das peças, os cantores gostam desse praz-er da dissonância e do ir buscar o repouso da consonância. Gostamos e trabalham-os muito [obras de] Lopes Graças, peças

tradicionais portuguesas e de outros países. Quando vamos lá foram queremos mostrar que nos nos fechamos no nosso próprio país e que temos repertório que também lhes diz respeito.

No programa dos 25 anos há uma associa-ção ao Rui Horta. Será um espetáculo tam-bém com uma forte componente visual?

Exatamente. As Vocalidades 2012, o nosso programa de comemorações dos 25 anos que se iniciou em janeiro e se pro-longa por todo o ano, trará a Montemor-o-Novo um ou dois coros todos os meses. Este concerto de aniversário será só com o Coral de São Domingos numa coprodução com O Espaço do Tempo, do Rui Horta. A encenação é do ator Hugo Sovelas.

O que é que podemos esperar?Não posso revelar … vai ser um con-

certo diferente de qualquer um que ten-hamos feito até hoje. É uma coprodução fantástica pois eles têm os meios para nos ajudar a fazer algo diferente, se quiser será um concerto multimedia, conceito que dá para muita coisa.

25 anos depois, a estrutura está consoli-dada, tem discos editados, quais os pro-jetos de futuro?

Temos quatro cd’s editados, os três primei-ros pela Strauss de Lisboa, editora que já não existe, e o último como edição de autor. Quan-to a grande projetos, não há … tendo em con-ta a forma como as coisas estão a ficar a gente tenta sempre fazer alguma contenção. Vamos

manter os nossos quatro concertos anuais, havia a ideia de fazer uma fotobiografia do coro mas não foi possível editá-la – é um pro-jeto em aberto. Depois temos convites para atuar, alguns já para o ano que vem, vamos ver. A crise não há de ser assim tão grave para nós porque estamos preparados para resolver as questões que vão surgindo.

O Coral de São Domingos é hoje em dia uma referência cultural da região?

Fica-me um bocado mal dizer isso mas acho que sim, é a realidade. Com os cd’s e a postagem das nossas músicas na Inter-net o Coral de São Domingos tornou-se conhecido em todo o lado, chegam-nos muitos convites do estrangeiro, sendo im-possível aceitá-los todos.

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8 12 Abril ‘12

a prática do contrabando era de alto risco, realizando-se, por isso, durante a noite.

Radar

Estes anos de agitação deixam uma im-pressão confusa e algo triste. Por um lado, temos visto tentativas de revitalizar as formas antigas de luta: a greve, e no seu máximo expoente, a greve geral. Por ou-tro, surgiram novas formas de luta como as acampadas, as concentrações duradou-ras nos centros das cidades. Vastos movi-mentos pelo número de participantes, fo-ram também numerosos e diversos. Mas os seus resultados têm sido mínimos, se os avaliarmos em termos de preenchimento de objectivos. Situações bloqueadas, go-vernos mais ou menos surdos, protestos inúteis.

Os Gregos vão já na décima quinta gre-ve geral em poucos meses. Resultado? Nulo. Em Portugal houve as greves ge-rais de Novembro e de Março. Resultado? Nulo. Essas formas de “luta” perderam, salvo mobilização excepcional, qualquer eficácia. Entretanto surgem, com as novas estruturas sociais e económicas, novos centros nevrálgicos: tudo o que se refere à gestão dos fluxos, materiais e imateriais, e ao controlo dos nós de comunicação. Estes são os transportes (de viajantes, mercado-rias, de informação), a energia, as teleco-municações, etc.

Quem controla estes fluxos (e as redes que os sustentam) controla a vida dos países, e a sua paralisação tem efeitos des-proporcionados em relação ao número de pessoas nela envolvidas: bastariam umas centenas de grevistas. São as redes de energia, transportes e telecomunicações. Existem portanto alavancas de controlo que permitiriam aos mais fracos pesar com eficácia nas relações de forças. Mas a cultura subjacente a essas formas tem que ser outra.

As greves tradicionais foram passando para formatos mais restritos, de um dia, ou até de poucas horas, para limitar os custos para os grevistas. Nos anos sessen-ta, por toda a Europa, surgiu uma nova forma de greve, a greve “selvagem”, a gre-ve “às gotas”, ou “rotativa”: um pequeno número de trabalhadores paralisa um pequeno serviço, retoma o trabalho, mas é seguido por outro pequeno conjunto (oficina, serviço), e assim sucessivamente: a produção é desorganizada com menores custos para os grevistas. O tempo presen-te já não é o tempo das grandes greves mas das pequenas, com objectivos preci-sos, focalizadas nos centros nevrálgicos, e em movimento. Descontando a violência da metáfora, passou o tempo das guerras de massa, e aí vem o tempo da guerrilha social.

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora26 de Março 2012

[email protected]

Um olhar antropológico

Antigas e novas formas de luta. Da greve geral à guerrilha social

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José roDriGues Dos santos*antropólogo

Os caminhos sinuosos que marcaram a rota dos contrabandistas de café na zona de Marvão, em Portalegre, vão ser de novo explorados, a 15 de Abril, no âmbito da IV edição do “Percurso Internacional do Contrabando do Café”, numa homena-gem do Município de Marvão aos antigos contrabandistas da sua raia.

Antes da partida marcada para as 9h00, junto à Igreja dos Galegos, poderá sabore-ar as migas com café do contrabandista, de seguida os participantes vão percor-rer, durante um trajeto de 10,400 km, de dificuldade média, com um desnível má-ximo de 562 metros, e que recentemente foi considerada uma das melhores rotas sobre esta temática que existem na raia hispano-lusa.

No final, pela hora de almoço, o conví-vio salutar será feito à mesa, num mere-cido almoço para todos os que se inscre-verem.

Esta atividade constituiu o sustento de muitas gerações da nossa região, tendo ha-vido, no passado, quatro pequenas indús-trias de torrefação de café no concelho.

A prática do contrabando era de alto ris-co, realizando-se, por isso, durante a noi-te. As quadrilhas percorriam os trilhos acidentados e às patrulhas da guarda e dos carabineros cabia adivinhar qual a

Rota do contrabando de caféesta atividade constituiu o sustento de muitas gerações da região ao longo de várias décadas

A Biblioteca Municipal de Avis, integra-da na Rede Concelhia de Bibliotecas de Avis, realiza, durante o mês de Abril, um ciclo de atividades, incluídas no “Mês do Livro da Leitura”, destinadas a comemo-rar o Dia Internacional do Livro Infantil, celebrado a 2 de Abril, e do Dia Mundial do Livro, consagrado a 23 do mesmo mês.

Assim, e porque a leitura deve ser in-centivada e os livros devem surpreender pela novidade das histórias e pela rela-ção que estabelecem com a realidade, o primeiro evento, com lugar na Biblioteca Municipal de Avis e no seu Pólo, em Be-navila, prendeu-se com a “Mostra de Li-teratura Infanto-Juvenil”, especialmente dedicada a crianças e a jovens adolescen-tes, com o objetivo de estimular o gosto pela leitura nestas camadas etárias, em áreas como livros de contos, de desporto, de saúde e beleza, de história e muitos ou-tros.

O desenvolvimento destas ações prosse-guiram, no dia 5, com a rubrica “Era uma vez..contos sem parar” que irá estender-se, até ao dia 18, por todas as Freguesias do Município. Esta atividade cognitiva e social, baseada na leitura de contos em voz alta, em diversos locais públicos, visa

Abril celebra-se, também, com livros e leituraavis aposta na cultura nos li-vros e na história para celebrar a revoluçao

hora e o mapa que os contrabandistas uti-lizariam nessa noite.

Recorde-se que foi em Marvão que se realizou, em 2009, a primeira Feira do Café, uma iniciativa organizada pelo município e pela Associação Industrial e Comercial do Café (AICC). O certame foi concebido para destacar a importância do café no desenvolvimento económico de Marvão e do país.

Este percurso encontra-se devidamente marcado dos dois lados da fronteira, e em breve será solicitada a sua homologação passando então a constituir o primeiro trilho internacional ibérico homologado. Este trabalho resulta também do Acordo de Cooperação Conjunta recentemente celebrado entre Marvão e Valência de Alcântara, com a colaboração do Parque Natural da Serra de São Mamede.

incitar, no público adulto, o progresso e o aumento da oralidade, da comunicação, do raciocínio, da expressão corporal e bem assim, da construção de uma apren-dizagem prazerosa.

De resto, sendo a leitura uma atividade que deriva da apropriação de competên-cias linguísticas, orais e escritas, este pro-jeto irá apresentar, no dia 23, “O Encanto do Livro”, integrado na “Hora do Conto nas Freguesias”, um projeto cultural que

encanta as crianças com a magia das his-tórias, desta feita no Jardim-escola de Al-córrego, numa iniciativa que assinalará o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor.

Para concluir, no dia 26 de Abril, o Pólo da Biblioteca Municipal, em Benavila, irá “Brincar com as palavras”, num atelier de leitura especialmente organizado com o objetivo de comemorar o 5º ano da sua existência, no Município de Avis.

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o sistema potencia o desenvolvimento de novos projetos siG de âmbito municipal e intermunicipal.

Radar

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Os poemas de Eugénio de Andrade vão marcar a noite de 14 de abril no Fórum Eugénio de Almeida, em Évora. Intitu-lado “Até que um Pássaro me Saia da Garganta” - Sete Canções, Sete Poemas – o espetáculo, com uma forte compo-sição cénica, nasce da ideia de sono-rizar musicalmente sete poemas de Eugénio de Andrade autonomizando cada um numa “peça de câmara” para duas guitarras clássicas e voz. O Jazz de José Peixoto funde-se com a poesia de Eugénio de Andrade, numa mescla de palavras cantadas e ditas. A interpre-tação é de Teresa Macedo (voz) e Ana Cloe (atriz), acompanhadas à guitarra por José Peixoto e Luís Roldão.

Concerto e poesia

Os Roteiros Municipais de Fronteira, Monforte e Ponte de Sor já estão online e disponíveis para consulta através do Ge-oportal, acessível no site da CIMAA enos sites dos Municípios.

Estes roteiros foram desenvolvidos pela Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) e municípios associa-dos com o objetivo de promover a ativi-dade turística na região.

Trata-se de mapas interativos onde es-tão referenciados pontos de interesse tu-rístico.

O utilizador pode restringir a sua busca selecionando as categorias disponíveis: património, alojamento, artesanato e produtos regionais, restauração e bebidas, cultura e lazer - ou visualizá-las a todas no mapa. Ao clicar num determinado ponto surge uma ficha técnica onde cons-ta mais informação sobre o local selecio-nado, uma fotografia e as coordenadas GPS do mesmo.

Os Roteiros Municipais estão inseridos no Geoportal: um portal de informação geográfica, promovido pela CIMAA em

Norte Alentejano Roteiros On linecomunidade intermunicipal pro-move concelhos na óptica do desenvolvimento turistíco

colaboração com todos os municípios do Alto Alentejo onde, para além do Rotei-ro Municipal, é ainda potencializado o desenvolvimento de novos projetos SIG (Sistemas de Informação Geográfica) de âmbito municipal e intermunicipal. No

Geoportal o utilizador pode consultar a cartografia, o cadastro rústico, as ortofoto-grafias e os planos municipais de ordena-mento do território, como os planos dire-tores municipais e planos de urbanização e de pormenor.

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10 12 Abril ‘12 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

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o filme conta a história de Peter Highman, um an-sioso pai inexperiente, cuja esposa está a cinco dias de dar à luz.Downey (Peter Highman), um feliz mas ansioso homem que irá ser pai pela primeira vez, dentro de alguns dias. no entanto, nem tudo corre

Carta Dominante: O Louco, que significa Excentricidade.amor: Sentir-se-á muito alegre e bem-disposto. Aproveite bem este momento.saúde: Esteja mais atento às suas necessi-dades fisiológicas. Consuma alimentos ricos em ferro. Controle o seu sistema nervoso para que a sua saúde não saia prejudicada.Dinheiro: Assuma com responsabilidade os seus compromissos profissionais. Honre a sua palavra.

Carta Dominante: A Roda da Fortuna, que significa que a sua sorte está em movimento.amor: Opte pela tolerância para resolver os seus problemas afectivos. Veja-a como uma virtude. Motivos familiares podem deixá-lo de mau humor. Não se deixe aba-lar, resolva as coisas com calma.saúde: Faça uma alimentação mais equili-brada. O seu organismo agradecer-lhe-á.Dinheiro: Semana muito favorável sob o ponto de vista profissional.

Carta Dominante: Ás de Espadas, que significa Sucessoamor: Controle os ciúmes. Não seja tão possessivo com a pessoa amada pois esta pode sentir-se sufocada.saúde: Pratique um desporto relacionado com a água. O seu organismo necessita do contacto com este elemento para se sentir bem e equilibrado.Dinheiro: Poderá enfrentar uma situação difícil no seu ambiente laboral.

Carta Dominante: Morte, que significa Renovação.amor: Evite conflitos com familiares por causa de assuntos financeiros. Dê um pas-so de cada vez em prol da harmonia.saúde: Sentir-se-á cheio de energia e vi-talidade. Aproveite para praticar exercício físico.Dinheiro: Procure não exigir tanto dos ou-tros. Invista num negócio, pois o seu sector financeiro está bastante favorecido.

Carta Dominante: Valete de Paus, que significa Amigo, Notícias Inesperadas.amor: Contribua para a harmonia familiar com uma boa base de compreensão. Não acredite em boatos sobre uma pessoa da sua família. Procure saber a verdade através de uma conversa com a pessoa sobre quem falam.saúde: Avalie o seu estado de saúde de uma forma consciente. Dinheiro: O seu desempenho profissional será recompensado. Boas notícias a nível financeiro.

Carta Dominante: Cavaleiro de Ouros, que significa Pessoa Útil, Maturidadeamor: Trabalhe mais o seu lado espiritual, pois isso vai ser bastante útil para contro-lar os seus impulsos. saúde: Procure fazer uma vida mais sau-dável. Alie a alimentação equilibrada à prática de exercício físico.Dinheiro: Uma promoção poderá recom-pensar o seu esforço. A partir de agora aja de forma a corresponder a este voto de confiança.

Carta Dominante: 4 de Espadas, que sig-nifica Inquietação, agitaçãoamor: Combine um jantar onde possa reu-nir todas as pessoas que são importantes para si. Ajudá-lo-á a sentir-se melhor.saúde: Evite abusar do café, pois pode provocar-lhe fortes dores abdominais.Dinheiro: Mostre o que vale e será bem sucedido. Não tema demonstrar as suas verdadeiras capacidades.

Carta Dominante: 7 de Espadas, que sig-nifica Novos Planos, Interferênciasamor: Os laços familiares fortalecer-se-ão e a paixão vai tomar conta de si.saúde: Beba sumos naturais para fortale-cer o organismo com vitaminas.Dinheiro: Rentabilize o seu dinheiro e invista em algo que lhe permita amealhar alguns lucros.

Carta Dominante: 9 de Copas, que signi-fica Vitóriaamor: Entenda os pontos de vista do seu par e procure entender que cada pessoa tem a sua própria personalidade.saúde: Viverá momentos de grande agi-tação mental. Tire uma hora no final do dia para relaxar.Dinheiro: Dê mais valor às relações entre os colegas. O bom ambiente ajuda a au-mentar a qualidade do trabalho.

Carta Dominante: 9 de Paus, que significa Força na Adversidadeamor: Um pequeno desentendimento poderá fazer com que ponha em risco uma amizade de longa data. Mantenha a calma.saúde: O seu descontentamento com a sua silhueta levá-lo-á a pensar seriamente em fazer uma dieta.Dinheiro: A sua força de vontade será determinante para ultrapassar um desafio profissional. Continue empenhado.

Carta Dominante: 10 de Espadas, que significa Dor, Escuridãoamor: Procure passar mais tempo com a sua família. Será benéfico para todos.saúde: Tendência para algum mau humor e irritabilidade. Faça exercícios de auto-controlo. Cuidado com o que come, corre o risco de ter uma crise de fígado.Dinheiro: Aprenda a ser um bom gestor das suas poupanças. Aos poucos irá ver a diferença na sua conta.

Carta Dominante: 4 de Copas, que signi-fica Desgostoamor: Torne os seus sonhos em realidade, declarando o seu amor à pessoa que pre-enche o seu coração.saúde: Semana sem grandes problemas ao nível da saúde. Mantenha o equilíbrio.Dinheiro: Avalie bem as suas potenciali-dades, pois as mudanças de ocupação es-tão favorecidas. Lute pelos objectivos que pretende atingir a nível profissional.

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bem: Peter não consegue apanhar o vôo que parte de atlanta, pelo que se vê obrigado a fazer a viagem de regresso a casa com um aspirante a actor, ethan tremblay.contudo, aquilo que seria uma simples viagem de

Memnoch, O DemónioDirecção: Anne RiceSinópse:

estamos em nova iorque. a cidade está coberta por um manto de neve. no meio dessa brancura, Lestat procura Dora, a bela e ca-rismática filha de um barão da droga, a mulher que desperta nele sentimentos de ternura como nunca outra mortal fizera antes. Dividido

até ao Purgatório. aí terá de decidir se acredita em Deus ou no Demónio e, por fim, qual dos dois escolherá servir.neste romance, o mais negro e ousado de todos os que escreveu, ela

transporta-nos, na compan-hia de Lestat, para o universo mítico que nos é mais pre-cioso — o reino da teologia de cada indivíduo.

entre as suas paixões de vampiro e o amor avassalador que sente por Dora, é a seguir confrontado com o misterioso e demonía-co Memnoch. arrancado ao mundo por este adversário temível, Lestat é levado até ao reino dos céus e depois

arraiolos

“teatro garCIa De resenDe - 120 anos De hIstÓrIa”A exposição dá a conhecer a histó-ria deste belo edifício do final do séc. XIX - um dos poucos exempla-res de Teatro à Italiana existentes em Portugal - marcando as come-morações do Dia Mundial do Tea-tro (27 de março).Dia(s)/Horário: Até 27 de abril / De segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00; das 14h00 às 18h00 Local: Biblioteca Municipal de Ar-raiolos - Sala Polivalente Mais informação/Visitas guiadas com marcação prévia: T.: (+351) 266 490 249- Página Web: www.cm-arraiolos.pt

évora

“fáBulas ContaDas. almaDa e BorDalo”A exposição apresenta 54 dese-nhos originais de Almada Ne-greiros, a tinta-da-china sobre papel, concebidos para ilustrar a obra literária Fábulas do escri-tor e jornalista Joaquim Manso. Os desenhos remetem para um período criativo em que o artista se interessou predominantemen-te pelas artes gráficas e visuais, antecedendo as grandes produ-ções. Provenientes da coleção do Museu do Abade de Baçal, estes trabalhos dão a conhecer uma das múltiplas facetas criativas de Almada Negreiros.Diariamente das 09h30 às 19h00

exposIçãoévora

ConCerto De BenefICênCIaVenham assistir e deixem-se en-cantar por este concerto excepcio-nai da Orquestra da Universidade de Évora, com mais de 80 músicos e cantores. Contamos com a vossa presença e participação. O con-certo reverte a favor da Pão e Paz, associação de solidariedade social. Contribua com dinheiro para a aqui-sição de novas instalações, ou com bens alimentares. Segunda-feira dia 16 de abril às 21h30.Igreja São João Evangelista (Palácio Cadaval).Orquestra e Coro da Universidade de Évora.Direção Christopher Bochmann & Ian MikirtumovProgramação: A flauta mágica de MozartMissa em sol maior de SchubertSinfonía nº5 em dó menor de Bee-thovenA Igreja São João Evangelista

mÚsICaBeja

passeIos na naturezaPelos trilhos de Pisões Passeios pelo campo em direcção às ruinas romanas de Pisões. Aí poderemos ouvir a história daque-le lugar que em tempos foi uma importante exploração agrícola romana.Dia 15/abril 9h saída de Bejainscrições e informações: [email protected] 284311913

estremoz

Dr. joaquIm quIntIno aIres em estremoz“PAIS, FILHOS, ESCOLA – CONHECER, PARTILHAR, DEBATER” é o nome da conferência que irá decorrer no pró-ximo dia 13 de abril, pelas 18h30, no Auditório da Escola Secundária Rainha Santa Isabel, pelo psicólogo Dr. Joaquim Quintino Aires.Esta conferência/debate, des-tinada a pais, encarre gados de educação e professores, pretende propor cionar a oportunidade de debater problemas com que hoje eles se confrontam na educação e formação das crianças e jovens.Haverá venda de livros e sessão de autógrafos.A entrada é livre, mas é obrigatório uma inscrição que deverá ser feita pelo telefone 268 338 060.Esta iniciativa é uma organização da Biblioteca Escolar da Escola Se-cundária Rainha Santa Isabel com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz.

outros

Sugestão de livro

A Igreja São João Evangelista foi fundada em 1485. A nave goza de nervuras góticas e está revestida com uma belíssima e excepcionai colecção de azulejos do pintor An-tónio de Oliveira, datados de 1711 e assinados pelo autor.

Page 14: Registo ed202

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

Sousel, Avis e Ponte de Sor recebem nos próximos dias 12 e 16 de abril as primeiras sessões participativas do Plano Intermu-nicipal de Promoção de Acessibi-lidade do Alto Alentejo (PIMPA).

A convite da Comunidade In-termunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) e das respetivas Câma-ras Municipais de Sousel, Avis e Ponte de Sor, representantes das principais instituições locais, coletividades e todos os interes-sados vão participar nas sessões de trabalho de campo do PIMPA.

No dia 12 de abril, a partir das 15h45, será a vez dos cidadãos de Sousel participarem na identifi-cação das principais fragilidades e oportunidades à acessibilidade local e de contribuírem para o processo de planeamento inclu-sivo. Seguir-se-ão, no dia 16 de abril, os Municípios de Avis, às 9h45, na Junta de Freguesia de

Avis, e de Ponte de Sor, às 15h45, no Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor.

Nestas sessões a comunidade local, em conjunto com a equi-pa técnica do PIMPA, realizará uma saída de campo na sede dos concelhos ao terreno e através de aplicação de uma metodo-logia participativa baseada em “role playing” serão identificas “in loco” as condições atuais de acessibilidade dos espaços ur-banos residenciais e sociais, da rede de transportes e da infoa-cessibilidade.

A realizar nos 14 municípios integrantes do projeto as saídas de campo enquadram-se na primeira fase do projeto, a fase de levantamento e diagnóstico do PIMPA. Realizada a caracter-ização do nível de acessibilidade de cada município serão elabora-das propostas de intervenção nas

barreiras existentes e identifica-dos os percursos acessíveis, a base do Plano das Condições de Aces-sibilidade do Alto Alentejo.

Com o PIMPA pretende-se con-struir um Alto Alentejo em que as pessoas podem deslocar-se em segurança e com autonomia. Uma região acessível, indepen-dentemente das capacidades de cada um, onde Todos podem aceder aos equipamentos, ser-viços e espaços públicos, e em que os obstáculos não restringem a qualidade de vida de Todos.

UÉvora

Semana da Ciência e da TecnologiaSteven Goldfarb, investigador do CERN no âmbito do programa ATLAS, Kirk Sorensen, antigo Engenheiro Aeroespacial na NASA e antigo chefe nuclear na Teledyne Brown Engi-neering e Lucas Rocha, engenheiro de software na Mozilla onde trabalha no desenvolvimento do Firefox para smartpho-nes e tablets são alguns dos oradores do evento que decorre, em Évora, de 16 a 20 de abril. Ao longo da semana vão ser abordadas temáticas da Engenha-ria Civil, Informática, Energias Renováveis, Mecatrónica, Biologia, Biotecnologia, Medici-na Veterinária, Física, Química, Bioquímica, Geociências, Ciências Agrárias e Matemática. O programa conta ainda com um dia aberto, a 18 de Abril, para que as escolas secundárias da região Alentejo visitem a Escola de Ciência e Tecnologias da UE.

Alto Alentejo acessivel a todos

Qualidade de Vida

D.R.

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PIMPA arranca com primeiras sessões.

A exposição “Olhar d’Alentejo”, das pintoras Susete Bento, Rosa Veladas, Conceição Marino e Solange Pisco, vai estar paten-te entre os dias 6 de abril e 27 de maio na Casa Monsaraz, na vila medieval de Monsaraz. Esta mostra organizada pelo Municí-pio de Reguengos de Monsaraz pode ser apreciada todos os dias entre as 10h e as 12h30 e das 14h às 17h30.

As quatro pintoras deram na sua maioria os primeiros passos na pintura com o pintor Victor Cameirão, tendo já participado numa exposição utilizando o grafite e aguarelas.

Victor Cameirão diz que a expo-sição coletiva “Olhar d’Alentejo” “transporta-nos para uma visão do Alentejo onde as paisagens se (con)fundem com os cheiros das ervas, se retratam trabalhos sazonais e se revisitam utensí-lios e materiais, transmitindo-nos igualmente a calma de cada recanto, de cada local”. O pintor afirma que a mostra “respira his-tória, entre paisagens, gentes e tradições próprias do Alentejo, a originalidade dos tempos que já lá vão e que são as memórias de um povo que foram matriz da nossa cultura.

Mostra colectiva de pinturas

Reguengos

“Com o PIMPA pretende-se construir um Alto Alentejo em que as pessoas podem deslocar-se em segurança e com autonomia”.