20
www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 28 de Junho de 2012 | ed. 213 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB Certame As Festas do Povo de Campo Maior conquistaram o Primeiro Prémio na categoria eventos dos Prémios Turismo de Portugal, atribuídos ontem na cerimónia realizada na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. No mesmo evento – presidido pela Secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, e pelo presidente do Turismo de Portugal, Frederico Costa - o Alentejo esteve ainda em destaque pela atribuição de três menções honrosas a agentes da região. 08 D.R. Alentejo em destaque nos Prémios Turismo Reunião com Presidente do Orçamento do PE Pág.03 O secretário-geral do PS reuniu-se ontem, na Assembleia da República, com o presidente da co- missão de orçamento do Parlamento Europeu, Alain Lamassoure, encon- tro em que foi debatida a criação da taxa europeia sobre as transações fi- nanceiras. D.R. D.R. Angolanos obtiveram o grau de Mestre Pág.09 O Mestrado em Econo- mia e Gestão Aplicadas (MEGA) da Universidade de Évora, na sua edi- ção de Angola, em parceria com a Universidade Metodista de Angola, tem, a partir do dia 25 de Junho, os primeiros dois mestres, que defen- deram as suas dissertações no Co- légio do Espírito Santo da Universi- dade de Évora. Renasce a “fé” na corrida ao ouro no Alentejo É debaixo do balcão do pequeno café, que também serve de mercearia e ponto de en- contro às gentes de Nossa Senhora da Boa Fé, que Margarida Banha guarda um “te- souro” herdado do pai. Trata-se de um peda- ço de rocha extraído da vizinha Herdade da Chaminé, oferecido a José Francisco Banha por mineiros que “por aí andaram” à procu- ra de ouro. “Há muitos anos que a temos. Era do meu pai, ele já faleceu e eu guardei-a como uma coisa preciosa”. São uns veios dourados que fazem a pedra ser “preciosa”. Na aldeia acre- dita-se que será de rochas iguais a estas que um dia será extraído ouro. “Esperemos que sim, que isso finalmente aconteça. Era bom porque trazia mais clientes e mais movi- mento à terra”, diz Margarida Banha. 11 11 D.R.

Registo ed213

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição 213 do Semanário Registo

Citation preview

Page 1: Registo ed213

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 28 de Junho de 2012 | ed. 213 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

PUB

Certame As Festas do Povo de Campo Maior conquistaram o Primeiro Prémio na categoria eventos dos Prémios Turismo de Portugal, atribuídos ontem na cerimónia realizada na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa.No mesmo evento – presidido pela Secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, e pelo presidente do Turismo de Portugal, Frederico Costa - o Alentejo esteve ainda em destaque pela atribuição de três menções honrosas a agentes da região.

08

D.R

.Alentejo em destaque nos Prémios Turismo

Reunião com Presidente do Orçamento do PEPág.03 O secretário-geral do PS reuniu-se ontem, na Assembleia da República, com o presidente da co-missão de orçamento do Parlamento Europeu, Alain Lamassoure, encon-tro em que foi debatida a criação da taxa europeia sobre as transações fi-nanceiras.

D.R

.

D.R

.

Angolanos obtiveram o grau de MestrePág.09 O Mestrado em Econo-mia e Gestão Aplicadas (MEGA) da Universidade de Évora, na sua edi-ção de Angola, em parceria com a Universidade Metodista de Angola, tem, a partir do dia 25 de Junho, os primeiros dois mestres, que defen-deram as suas dissertações no Co-légio do Espírito Santo da Universi-dade de Évora.

Renasce a “fé” na corrida ao ouro no AlentejoÉ debaixo do balcão do pequeno café, que também serve de mercearia e ponto de en-contro às gentes de Nossa Senhora da Boa Fé, que Margarida Banha guarda um “te-souro” herdado do pai. Trata-se de um peda-ço de rocha extraído da vizinha Herdade da

Chaminé, oferecido a José Francisco Banha por mineiros que “por aí andaram” à procu-ra de ouro.“Há muitos anos que a temos. Era do meu pai, ele já faleceu e eu guardei-a como uma coisa preciosa”. São uns veios dourados que

fazem a pedra ser “preciosa”. Na aldeia acre-dita-se que será de rochas iguais a estas que um dia será extraído ouro. “Esperemos que sim, que isso finalmente aconteça. Era bom porque trazia mais clientes e mais movi-mento à terra”, diz Margarida Banha.

1111

D.R

.

Page 2: Registo ed213

2 28 Junho ‘12

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial [email protected] Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

ww

w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Just relax”

Não há governo que não inicie o seu man-dato sem anunciar que vai promover uma série de reformas estruturais. E acredito que o façam convictamente, com o empenho de quem quer mudar o estado das coisas.

Depois, passadas as primeiras sema-nas de estado de graça, é que começam os problemas. As corporações e grupos de interesse começam a mexer-se, influências são mobilizadas e, como o processo legis-lativo é moroso e complexo, bloqueiam-se ou tentam-se bloquear as decisões tomadas. Depois, quando tudo o mais não funciona, temos as sempre legítimas manifestações de rua, as alegadas inconstitucionalidades ou as muitas vezes cómicas providências cautelares dos tribunais.

No caso actual, a cartilha está a ser se-guida. Muitos defendem obstinadamente a sua trincheira ideológica que proíba pen-sarmos sequer num Estado mais pequeno e eficaz, liberdade de escolha dos cidadãos na saúde e na educação e mercado de trabalho mais flexível e aberto (essencialmente, para quem está fora dele!). Está a reformar-se o poder local, um modelo com raízes no sé-culo XIX, e logo aparecem muitos a clamar contra o suposto abandono das populações. Está-se a reformar o sistema nacional de saúde, que desperdiçava inutilmente cente-nas de milhões de euros por ano e já vemos por aí demagogia completamente descabida com o apoio aos doentes – que deviam estar

acima da luta partidária. Tenta-se reformar a justiça e, quando se tenta racionalizar a distribuição geográfica dos tribunais, mui-tos vêm protestar contra o abandono do in-terior, como se um tribunal fosse um polo de atracção económica, que fixe população ou crie empregos. Tenta-se reformar a edu-cação e os habituais grupos de interesse lá vêem perguntar se há emprego para todos, como se a razão de existir de um sistema educativo fosse garantir privilégios e não as aprendizagens e competências adquiridas dos estudantes.

A grande diferença é que neste tempo, já não existe plano B (nem dinheiro adicional), no caso hipotético das reformas falharem. Não é a ideologia a falar, são as evidências e a “matemática” das coisas. E a maioria dos portugueses já compreende que este Estado actual é insustentável: como já escrevi há meses atrás, não se podem ter as mordomias de um país nórdico com a economia e a ad-ministração pública de um país latino, com-binadas com a demografia que temos – cada vez mais idosos, cada vez menos jovens. Como tal, tudo o que está a ser feito é a so-lução possível para manter uma sociedade com níveis aceitáveis de qualidade de vida, de dignidade, simultaneamente, competiti-va e mais justa em termos de igualdade de oportunidades. De facto, ou mudamos por nós próprios…ou seremos mudados pelo mundo que nos rodeia!

Mudar…ou ser mudado!

cARLOS SEZÕESGestor

Há um ano Portugal assistiu à tomada de pos-se de um Governo PSD/CDS repleto de espe-rança, comvicto da bondade de um Programa Eleitoral que prometia não aumentar impos-tos, que cortaria as gorduras do estado, que não promeveria os seus “boys” e “girls”, que não cortaria os subsídios de natal e de férias aos funcionários públicos e aos pensionistas, que ajudaria as PME s, que colocaria os fun-dos estruturais ao serviço das empresas, que procedia a importantes reformas estruturais, que faria da Agricultura a sua grande aposta promovendo o aumento da produção e, atra-vés do CDS, que em 7 anos garantia a nossa independência alimentar. Tudo seria simples, pois o PSD e o CDS tudo fizeram para que os Portugueses acreditassem que a crise econó-mica e a situação de asfixia financeira que o País vivia e continua a viver era apenas um problema nacional e que a europa e o mun-do pouco ou nada influenciava a situação de Portugal. Pois bem, ao fim de 1 ano de Go-vernação o que temos? Temos a Administra-ção Pública enxameda dos “boys” e “girls” do PSD e do CDS.

Agora foi a indicação de José Luis Arnault para a REN! Tudo como dantes, infelizmente para os Portugueses! Temos mais desempre-go, temos mais dívida pública, temos mais impostos, temos mais falências de PME s, temos menos acesso na saúde, como demons-tra o Relatório da Primavera do Observatório Português e os próprios dados do estado, te-mos menos tribunais, temos menos educação pública e temos finalmente , vejam só, condi-ções muito adversas da Europa e do mundo mais desenvolvido.

Temos a crise na Espanha, na Itália, temos a Europa e o Euro à beira do colapso. Mas afi-nal não era um problema exclusivamente de Portugal?? Quero deixar dois exemplos bem claros da demagogia e da capacidade que os Partidos da maioria têm para enganar os Por-tugueses.

Na Agricultura, emos uma ausência total de capacidade de Governação. Se fosse o Partido Socialista no Governo haveriam manifesta-ções da CAP todos os dias. Nunca aconteceu que o estado ficasse a dever 20% das ajudas diretas, 100% comunitárias aos agricultores.

Foram 120 Milhões de Euros que deveriam ter sido pagos até 31 de Dezembro de 2011 que ficaram em dívida.

Parece que vão ser pagos até 30 de Junho, 6 meses depois e todos ficaram calados! Acham normal? Estranho, para quem andava sempre com a convrsa dos pagamentos aos agriculto-res em todas as feiras. No PRODER, em 2012 apenas usaram metade das verbas disponíveis em orçamento.

Então agora já não é imporante esgotar os fundos apara apoio ao investimento? Todos calados! Como não temos um megafone nas feiras semanais, até parece que não existem problemas. E a farça das terras para os jovens agricultores? Pura ficção para jornalista ur-bano vêr! Quem conhece a nossa agrocultura e a história da propridade em Portugal sabem bem do que falamos. Com o Alqueva temos assistido a outro folhetim bem triste.

Felizmente que neste dossier o Primeiro-Ministro decidiu desautorizar a Ministra e fixar nova data para a conclusão do empre-endomento, ainda que fortemente amputado.

Outro caso de demagogia que os partidos

de Governo gostam de usar: o caso do novo Hospital Central de Évora. Por muito que di-gam, até 2005 não havia um Programa Fun-cional aprovado para o novo Hospital e o pro-cesso estava muito no seu início.

Tudo teve que ser feito do ponto de vista técnico, foi realizado o concurso para a Ar-quitectura do novo Hospital e das respectivas especialidades, agora trata-se de autorizar o concurso para empreitada do novo Hospital. Este Governo suspendeu tudo!

Apesar do maifesto benefício para a popu-lação, para os profisionais e para a redução da despesa que o novo Hospital permite ob-ter. Esta infra-estrutura é fundamental para o Alentejo e não deve ser motivo de querela política e todas as forças políticas devem lutar para inverter esta decisão do Governo.

Pode ser que se convença o Primeiro-Mi-nistro a desautrizar o Ministro da Saúde, a bem do Alentejo! Das reformas estruturais, bem vê-las e cito o insuspeito Miguel Cadi-lhe: “quando for feita uma reforma estrutural, tirarei o chapéu”! Está tudo dito! Mais uma oportunidade perdida!

Portugal, um ano depoisAntóniO SERRAnODeputado

Page 3: Registo ed213

3

ActualSegundo o líder do PS, a crise “não nasceu na Europa, mas a Europa importou-a”.

PUB

O secretário-geral do PS reuniu-se on-tem, na Assembleia da República, com o presidente da comissão de orçamento do Parlamento Europeu, Alain Lamassoure, encontro em que foi debatida a criação da taxa europeia sobre as transações finan-ceiras.

A criação de uma taxa europeia sobre transações financeiras, para reforçar a capacidade de investimento nos Estados-membros, é defendida pela maioria dos países, mas enfrenta a oposição frontal da Grã-Bretanha e levanta dúvidas à Suécia - países que temem uma fuga de capitais.

Neste encontro, que durou cerca de 45 minutos, António José Seguro apresentou também ao presidente da comissão de orçamento do Parlamento Europeu, elei-to pelo PPE (Partido Popular Europeu) os principais pontos da resolução que o PS leva esta tarde a votos e que pretende balizar a posição do Governo português no Conselho Europeu de quinta e sexta-

Seguro reuniu com Presidente da Comissão do Orçamento do PESeguro preocupado com pouco entendimento entre os líderes europeus

feira, em Bruxelas.Hoje, António José Seguro estará pre-

sente em Bruxelas na reunião de líderes socialistas europeus, que antecederá a ci-meira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia.

PS preocupado com falta de enten-dimento europeu

O secretário-geral do PS mostrou-se apreensivo por os líderes europeus ainda não terem chegado a um entendimento a poucas horas da cimeira de chefes de Es-

tado e de Governo da UE.António José Seguro considerou

importante que a União Europeia adote rapidamente “respostas robus-tas” contra a crise, enquanto falava na cerimónia que assinalou os 40 anos da adesão do PS à Internacional Socialista.

“Estamos a um dia de um Conselho Europeu importante e, mesmo assim, os líderes europeus ainda não foram capazes de se entenderem em relação a uma es-tratégia eficaz para resolver os problemas das pessoas”, declarou.

António José Seguro disse, ainda, que “estamos assolados por uma crise do euro, que é política, económica e so-cial, mas há subjacentes outras crises que se relacionam com a sustentabili-dade do nosso modelo de desenvolvi-mento”.

Segundo o líder do PS, a crise “não nas-ceu na Europa, mas a Europa importou-a”. E acrescentou: “Não foi uma crise da social-democracia, mas uma crise do ca-pitalismo. Mas hoje é a social-democracia e as funções sociais do Estado que estão a ser interpeladas”.

O Ministro da Defesa Nacional, José Pe-dro Aguiar-Branco afirmou que «qualquer presença num teatro de operações em 2013 será adequada em relação às prioridades que é preciso definir e com uma configu-ração que garanta que elas são exercidas

Regressaram militares da missão no LíbanoPortugal vai assumir apenas missões de carácter prioritário para cumprir a 100%

com elevado grau de competência».Aguiar-Branco falava no aeroporto mi-

litar de Figo Maduro, onde recebeu o con-tingente de 131 militares que desde janeiro estava no Líbano, no âmbito da missão das Nações Unidas, designada UNIFIL (Força Interina das Nações Unidas no Líbano).

«Já para este ano houve constrangi-mentos, mas foi sempre possível, dentro do regime de austeridade, não deixar de cumprir as missões na União Europeia, na

NATO [Organização do Tratado do Atlânti-co Norte] e nas Nações Unidas e adequar as presenças às nossas disponibilidades», afirmou o Ministro da Defesa Nacional.

A UNIFIL foi uma das missões interna-cionais que Portugal decidiu abandonar este ano, devido aos constrangimentos orçamentais.

«Nunca definimos uma prioridade e a execução de uma operação que não pos-sa ser cumprida a 100%», referiu Aguiar-

Branco, acrescentando que Portugal continuará empenhado nas missões de «combate ao terrorismo, combate à pirata-ria ou de natureza humanitária».

O contingente foi composto por 120 por-tugueses, e 11 timorenses, da Unidade de Engenharia n.º 11. Foi comandada pelo tenente-coronel Rui Pedro Brazão da Cos-ta e esteve na localidade de Shama, no sul do Líbano, próximo do quartel-general da missão da UNIFIL.

D.R.

Page 4: Registo ed213

4 28 Junho ‘12

Actual

Aprecio o gesto de quem dá um pouco do que tem, a quem tem menos.

PUB

A crise económica e financeira existe. É um facto a que não podemos fugir. E convém que não o façamos – fugir aos problemas nunca foi uma forma de solucioná-los.

A crise moral, ética e social, também nos espreita e assombra. E tenho-me perguntado se saberemos lidar com ela, já que no campo dos valores não há Troika que nos salve, se não soubermos salvar-nos a nós próprios…

No final de Maio decorreu mais uma cam-panha do Banco Alimentar contra a Fome e (aparte a indisponibilidade de participar na recolha, desta vez) foi com muito agrado que recebi, logo ao final da noite, a notícia de que se tinham ultrapassado os valores da campanha feita em Maio de 2011.

Aprecio o gesto de quem dá um pouco do que tem, a quem tem menos. Eu mesma tento participar em várias iniciativas e incentivo outros a que o façam. A questão é que não podemos ficar por aí.

As pessoas não têm fome só duas vezes por ano, as crianças não gostam de festas e atenção só no Natal, os idosos sentem-se so-zinhos muitas vezes. E será que nós, além das campanhas pontuais (e ainda bem que elas existem!), nos lembramos destas situa-

ções no dia-a-dia? Ou melhor, será que nos apercebemos que estas realidades existem, muitas vezes na porta ao lado?

Quando a comida me sobra no prato, quando a roupa não cabe no armário, quan-do passo horas em frente a um jogo de com-putador, quando tenho mais telemóveis do que mãos e ouvidos para atendê-los, quando tenho tudo… será que me sobra tempo para reparar que há, cada vez mais, quem tenha tão pouco?

A crise está a tornar-nos mais fechados, desconfiados e egocêntricos, por isso tenho dúvidas se estaremos a trabalhar no sentido de fomentar uma sociedade (mais) solidária, ou se muitos de nós damos, participamos e partilhamos com o objectivo de servir os nossos próprios interesses - pessoais e/ou profissionais.

A solidariedade passa pela atenção ao ou-tro, no anonimato, sem esperar aplausos e sem obter nada em troca. E é por isso que me parece que as coisas não estão a correr da melhor forma.

Acredito que as nossas acções nos defi-nem, muito mais do que as nossas palavras e o nosso pensamento, e tenho a certeza que

“Se podes olhar vê. Se podes ver, repara.” HELEnA tiRAPicOS DA ROSAMembro da Direcção da Associação Alentejo de Excelência

quem dá, de forma desinteressada, fica sem-pre mais rico do que quem recebe. A questão então é: o que nos motiva para a solidarieda-de e para o voluntariado?

Se tenho motivações centradas apenas em

mim (o meu reconhecimento entre os pares, a minha promoção no trabalho, o meu bem-estar), pode ser um ponto de partida, mas é pouco. É preciso que eu consiga abstrair-me de mim, que me centre no outro e lhe dê atenção, que por sinal é uma coisa que não se compra – e como tal não traz custos as-sociados.

Confesso que me preocupa a apatia, o conformismo, o comodismo dos jovens e da sociedade em geral. Preocupa-me a postu-ra de quem critica, fica à espera e não age. Mas tenho confiança na enorme capacidade de transformação do ser humano, e espero que consigamos agarrar esta oportunidade de mudar com a crise. Mudar mentalidades, posturas, formas de estar e de viver.

Todos podemos ser agentes de mudança. Não podemos mudar o mundo sozinhos, não conseguimos mudar o país facilmente. Mas podemos começar a olhar para tudo o que nos rodeia e agir, fazer diferente e fazer me-lhor.

Ficar no sofá até pode ser mais confortá-vel, mas o gozo que se tira quando nos en-volvemos numa causa, esse não tem compa-ração possível!

Espaço

“Acredito que as nossas acções nos definem, muito mais do que as nossas palavras e o nosso pensamento, e tenho a certeza que quem dá, de forma desinteressada, fica sempre mais rico do que quem recebe”.

Page 5: Registo ed213

5

Actual

A “solidariedade é um dos princípios importantes para progredir na construção do projeto cultural” da Europa.

O bispo de Beja, D. António Vitalino, considera que a desagregação da Eu-ropa seria um “perigo para o mundo”, além de um “retrocesso” e “grave perda” para o continente.

No texto semanal, enviado hoje à Agência ECCLESIA, o responsável subli-nha que a Igreja Católica tem realçado “o valor do projeto europeu como um avanço civilizacional”, que “os cristãos e as pessoas de bem deverão acarinhar e fomentar”.

O prelado lembra que na última as-sembleia plenária do episcopado portu-guês, realizada em abril, foi emitida a nota pastoral ‘Unidade da Europa, um Projeto de Civilização’, que “parece ter passado desapercebida”.

Depois de recordar as raízes cristãs dos fundadores das instituições que antece-deram a atual União Europeia, o bispo de Beja frisa que a “solidariedade em tempo de crise económica” é um “dos princípios importantes para progredir na construção do projeto cultural” do continente.

“A economia baseada apenas no mer-cado e na justiça não fomenta a unida-de”, vinca D. António Vitalino, acres-centando que “a solidariedade entre os povos, entre as famílias e as pessoas tem de ser um valor sempre presente nas re-lações sociais e humanas”.

A nota recorda as eleições realizadas no domingo em França, país “com uma economia forte a querer impor as suas regras aos outros membros” da União Europeia, e na Grécia, “a depender de ajuda externa”.

“Os arrazoados dos candidatos e dos partidos a concorrer à liderança dos res-petivos países nem sempre vão no sen-tido da construção da comunidade das nações da Europa”, objetivo que implica a recusa de “nacionalismos ou egoísmos

Desagregação da Europa seria “um perigo para o mundo”cáritas de Beja avança com energia solar para venda e proteger o ambiente

económicos”, salienta o bispo..D. António Vitalino relata que visitou

a Comunidade Tamera, na freguesia de Relíquias, concelho de Odemira, “fun-dada há cerca de 15 anos, com mais de 200 membros, de todas as idades e de di-ferentes proveniências”.

A organização “que vive dos recursos da natureza, enriquecendo-a, respei-tando a biodiversidade e fomentan-do um desenvolvimento sustentável” constitui “um exemplo de comunidade internacional, multicultural, ecológica, solidária e feliz”, aponta.

“Fiquei convencido que no Alentejo se pode combater a desertificação da natureza e demográfica com novos mo-delos de vida social, respeitadores da natureza e da dignidade das pessoas”, assinalou.

A Cáritas da Diocese de Beja inaugu-rou na Comunidade Terapêutica Horta Nova, freguesia de Nossa Senhora das Neves, a ligação de painéis solares à rede elétrica nacional para produção e venda de energia. “A promoção da energia solar num país como Portugal e em particular no Alentejo, onde o número total de horas de sol é um dos mais elevados da Europa é um dever de

cidadania e uma oportunidade única de rentabilizar os meios, reduzindo os cus-tos e ajudar o meio ambiente”, sublinha a instituição. As receitas proporcionadas pelos painéis fotovoltaicos instalados na comunidade situada no Concelho de Beja vão ser aplicadas no trabalho social desenvolvido na diocese.

A iniciativa resulta de uma candidatu-ra da instituição da Igreja Católica a um

projeto da Associação Certificadora de Instalações Elétricas, em parceria com a Associação Entreajuda, que ofereceu uni-dades de microprodução a 30 instituições particulares de solidariedade social.

A Comunidade Terapêutica Horta Nova é uma valência da Cáritas Dio-cesana de Beja que visa o tratamento e reinserção de toxicodependentes e alcoólicos do sexo masculino.

Cáritas produz energia a partir de painéis solares

O Município de Ourique manifestou junto do Comandante Nacional de Ope-rações de Socorro da Autoridade Nacio-nal de Protecção Civil as suas mais sé-rias preocupações face à não definição do estacionamento do helicóptero de combate inicial a incêndios no Centro de Meios Aéreos de Ourique, que deve-ria ter sido concretizado a 15 de Junho e cujo adiamento se torna prejudicial.

Recorde-se que o Município de Ou-rique tem desenvolvido esforços, ano

Ourique teme consequências de eventual deslocação de HelicópteroMunicípio de Ourique teme consequências de eventual deslocação de Helicóptero

após ano, para a melhoria das condi-ções de funcionamento do Centro de Meios Aéreos de Ourique, com resul-tados bastante positivos no combate a incêndios e na diminuição da área ar-dida.

Como exemplos da importância da instalação deste meio aéreo em Ouri-que devem destacar-se o facto de já ter ardido este ano uma área superior à ardida no ano anterior, a área geográ-fica de intervenção que abrange parte significativa da região e os resultados anteriormente registados que compro-vam o seu melhor aproveitamento a favor de um processo de combate a in-cêndios no território nacional.

D.R.

D.R.

Page 6: Registo ed213

6 28 Junho ‘12

PUB

A XI Conferência Internacional de Re-presentações Sociais decorre na Univer-sidade de Évora até 29 de Junho. A UE acolhe centenas de conferencistas que se reúnem em torno do tema “As representa-ções sociais em sociedades em mudança.”

Esta conferência, que se realiza de dois em dois anos dá especial ênfase aos tra-balhos de investigação no âmbito das te-orias das representações sociais, iniciada por Serge Moscovici em 1961.

Na conferência são apresentados os resultados das investigações mais recen-tes sobre as mudanças constantes que as sociedades contemporâneas enfrentam, mudanças essas, que originam crises eco-nómicas e perda de confiança nos líderes por parte das populações, bem como o pa-pel dos media como agente social inter-veniente nas dinâmicas das sociedades da atualidade.

O Prof. José Alberto Machado, diretor da Escola de Ciências Sociais e investi-

XI Conferência Internacional de Representações Sociais na UEProf. José Alberto Machado falou sobre a história da UE e da própria cidade de Évora

gador na área da História de Arte e do Património deu as boas vindas aos con-ferencistas, convidando-os a conhecer a cidade de Évora. A conferência do Prof. José Alberto Machado incidiu sobre a his-tória da Universidade e da própria cidade de Évora, aludindo ao património e ao le-gado de ambas.

Paralelamente às conferências a decor-rer no Auditório do Colégio do Espírito Santo, ocorrem diversas sessões e mesas redondas em outras salas do edifício.

Do programa da conferência faz ainda parte a atribuição do doutoramento ho-noris causa ao Prof. Serge Moscovici, o percutor da disciplina de Psicologia So-cial e da teoria das representações sociais. A cerimónia realiza-se a 27 de junho, pe-las 10h, na sala de atos.

Esta conferência insere-se numa se-quência que teve a sua primeira ocor-rência em Ravello (Itália) em 1992, seguindo-se Rio de Janeiro em 1994, Aix-en-Provence em 1996, Cidade do Méxi-co em 1998, Montreal em 2000, Stirling em 2002, Guadalajara (México) em 2004, Roma em 2006, Bali em 2008 e Tunis em 2010.

Actual

Esta conferência insere-se numa sequência que teve a sua primeira ocorrência em Ravello (itália) em 1992.

D.R.

Page 7: Registo ed213

7

Actual

Escola de Verão de Voluntariado, iniciativa da Fundação Eugénio de Almeida, realiza-se de 4 a 6 de Julho.

Voluntariado. Solidariedade. Trabalho em Rede. Políticas públicas em Portu-gal e na UE. Estes são alguns dos temas a debate na 3ª edição da Escola de Verão de Voluntariado, iniciativa da Fundação Eugénio de Almeida que, de 04 a 06 de julho, volta a juntar no Fórum Eugénio de Almeida, em Évora, especialistas na-cionais e internacionais na área do Vo-luntariado.

Lançada em 2010 com o objetivo de agilizar a partilha de contactos e experi-ências entre os diferentes agentes de vo-luntariado, a edição deste ano conta com as já habituais conferências e sessões de partilha de práticas, das quais se desta-ca a conferência inaugural subordinada ao tema O Voluntariado como expressão de responsabilidade, solidariedade e li-berdade, por parte de Gregorio Arena, da Universidade de Trento, em Itália, e, no dia 05, a conferência Comunicar volun-tariado às novas gerações, que conta com a participação de Fernanda Freitas, jor-nalista e Presidente do Ano Europeu do Voluntariado 2011.

De referir ainda, no dia 04, a assina-tura do protocolo de colaboração para a Rede Transfronteiriça de Voluntariado, projeto da Fundação Eugénio de Almei-da em parceria com a Cruz Roja de Es-panhã e a Delegação de Évora da Cruz Vermelha Portuguesa, que tem como objetivo dinamizar a cooperação téc-nica e institucional entre organizações

Escola de Verão debate Voluntariado em Portugal e na Europa FEA aposta na formação de jovens em voluntariado

da sociedade civil que promovem ati-vidades de voluntariado nas regiões da Extremadura Espanhola e do Alentejo Central.

A sexta-feira será dedicada às questões das políticas públicas para o Voluntariado em Portugal e na União Europeia e con-ta com a intervenção de um membro do

Ministério da Solidariedade e Segurança Social e de Gabriella Civico, Coordenado-ra da Aliança do Ano Europeu do Volun-tariado 2011.

A Carmim, maior produtora de vinhos do Alentejo, continua a apostar em iniciati-vas que potenciem o seu projecto ‘Mon-saraz Millennium, um vinho de causas’. Desta vez a empresa celebrou a angaria-ção de 500 clientes fidelizados no ‘Cartão de Fidelização Monsaraz Vinhos S.A.’, as-sociado àquela ampla plataforma de res-ponsabilidade social.

A Mega Aula de Fitness que decorreu nas instalações da Carmim, em Reguen-gos de Monsaraz, foi um verdadeiro su-cesso, juntando cerca de 120 pessoas, que praticaram exercícios de fitness durante 2 horas. Esta foi a forma encontrada para celebrar a angariação de 500 Clientes Fi-delizados no cartão de fidelização Mon-saraz Vinhos S.A., um marco simbólico muito importante para este projecto.

Entre outros, estiveram presentes cola-boradores de todas as plataformas Mon-saraz Vinhos, bem como funcionários da própria Carmim. A seguir à aula houve um almoço no espaço dedicado ao Enotu-rismo, para os inscritos.

Este cartão de fidelização tem associa-dos diversos benefícios, nomeadamente

Carmim promove mega aula de FitnessMais de 100 participantes fizeram desta iniciativa mais uma marca de êxito cARMiM

através da obtenção de descontos nos ser-viços e produtos que as empresas parcei-ras (com as quais a Carmim estabeleceu protocolos) comercializam.

A lista de empresas que fazem parte do

Projeto tem vindo a crescer todos os dias, abrangendo várias áreas, desde a restau-ração, lazer, estética, hotelaria, oficinas de automóveis, etc.

Para além dos referidos descontos, os

aderentes deste cartão podem igualmen-te ter acesso privilegiado às campanhas promocionais dos produtos Carmim.

D.R.

D.R.

Page 8: Registo ed213

8 28 Junho ‘12

PUB

Actual

Projectos do Alentejo mereceram a menção na sétima edição dos Prémios para os melhores projectos turísticos.

As Festas do Povo de Campo Maior con-quistaram o Primeiro Prémio na cate-goria eventos dos Prémios Turismo de Portugal, atribuídos ontem na cerimónia realizada na Escola de Hotelaria e Turis-mo de Lisboa.

No mesmo evento – presidido pela Se-cretária de Estado do Turismo, Cecília Mei-reles, e pelo presidente do Turismo de Por-tugal, Frederico Costa - o Alentejo esteve ainda em destaque pela atribuição de três menções honrosas a agentes da região.

As Ruínas Romanas de Tróia, o Siste-ma de Gestão Ambiental do Troiaresort e a Get High - uma empresa de animação turística de Ferreira do Alentejo foram os projectos do Alentejo que mereceram a menção na sétima edição dos Prémios que, anualmente, reconhecem, distin-guem e promovem os melhores projectos turísticos.

“Estes galardões vêm comprovar o reco-nhecimento de que as apostas e os inves-

Alentejo em destaque nos Prémios Turismo de PortugalO Alentejo é, cada vez mais, reconhecido como um destino de excelência

timentos feitos pelos players que actuam na região são distintos, inovadores e dig-nificantes.

O Alentejo é, cada vez mais, reconheci-do como um destino de excelência”, ates-ta António Ceia da Silva, Presidente da

Turismo do Alentejo, ERT.Para além dos premiados, o Alentejo

teve ainda entre os finalistas a Imany Country House, o Casino de Tróia, o Eno-turismo da Cartuxa e o Festival Terras sem Sombra.

Os embaixadores da Argentina, Cuba, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai visitam San-tiago do Cacém no próximo dia 29 de junho para se inteirarem das potencia-lidades do concelho.

A delegação de embaixadores da América Latina em Portugal, o Presi-dente e Secretário Geral do Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina (IPDAL), e o Presi-dente da Turismo do Alentejo, Ceia da Silva serão recebidos pelo Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Vítor Proença, às 11h00, na Sala de Sessões da Câmara Municipal, onde o autarca após a receção de boas - vin-das vai dar a conhecer o Concelho, as suas potencialidades económicas, tu-rísticas e culturais.

O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém classifica esta visita dos embaixadores ao Concelho como uma “janela de oportunidades para mostrar as enormes potencialida-des do concelho de Santiago do Cacém em mais uma iniciativa da autarquia para captar investimento estrangeiro para o Concelho”.

Embaixadores visitam Cacém

Trevo

D.R.

Page 9: Registo ed213

9

Exclusivociclo formativo teve início em Outubro de 2009, em Luanda, para cerca de 22 mestrandos.

O Mestrado em Economia e Gestão Apli-cadas (MEGA) da Universidade de Évora, na sua edição de Angola, em parceria com a Universidade Metodista de An-gola, tem, a partir do dia 25 de Junho, os primeiros dois mestres, que defenderam as suas dissertações no Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora.

O ciclo formativo teve início em Ou-tubro de 2009, em Luanda, para cerca de 22 mestrandos, culmina agora com a apresentação pública das disserta-ções de Ottoniel Manuel e de Cláudio Bernardo, os primeiros dois candidatos à obtenção do grau no presente ciclo. Terminarem com êxito as respectivas especializações:

Ottoniel Mauro de Almeida Manuel, sob orientação do Professor Rui Manuel de Sousa Fragoso realizou o trabalho “Contributos para um processo de Planea-mento Estratégico nos Caminhos de Ferro de Luanda, Empresa Pública”;

Cláudio Jorge Nobre Bernardo, orien-tado pelos Professores Pedro Damião de Sousa Henriques e Maria Leonor da Silva Carvalho, realizou o trabalho “Estudo da produção, transformação e comerciali-zação do café no município de Amboim (província do Kuanza-Sul)”.

No presente ano espera-se que pelo me-nos mais dez (10) candidatos do MEGA apresentem as suas dissertações para ob-tenção do grau de mestre.

História da Universidade Metodista de Angola (UMA)

O estabelecimento de alvos e a luta no sentido de atingi-los constituem um acto de fé. O Apóstolo Paulo admitia que Deus operava nele (Coríntios 15:16), mas ele nunca deixou de reconhecer a sua parte activa na luta pela obtenção dos resulta-dos do seu Ministério.

Em 1884, a Conferência Geral indicou o Bispo William Taylor para Angola. De-sembarcou em Luanda a 18 de Março de 1885, à frente de uma delegação composta por 45 missionários, transportados pela Companhia Elder Dempser Line. Depois de uma fatigante viagem de três meses, o barco atracou no porto de Luanda no re-ferido dia e ano, sendo os hóspedes con-duzidos ao edifício do Cabo Submarino e outros ao Clube Naval.

Feitos os primeiros contactos com as Autoridades Coloniais e recebendo dessas a devida autorização, um grupo de mis-sionários estabeleceu-se em Luanda e um outro, de acordo com o programa estabe-lecido, em 1887, navegou ao longo do Rio Kwanza no vapor “Serpa Pinto”. Procede-ram à abertura da Igreja Nhangue-a-Pepe

Estudantes Angolanos obtiveram o grau de Mestre em Évorano âmbito da cooperação entre a Universidade de Évora e a Universidade Metodista de Angola

e foram fundadas as missões e estações do Quiongua, Quéssua, Hombo a Njinji, Mufuque e Mucondo.

No decorrer deste trabalho, foram sur-gindo evangelistas africanos, vocaciona-dos para bem servir a Igreja e a colecti-vidade. São eles: João Gaspar Fernandes, Mateus Pereira Inglês, João Leão Webba,

Maria Chaves e Adão Gaspar Domingos, que conduzidos pelo fervor espiritual as-seguraram o pendão do Metodismo em Angola.

O Programa previa, onde quer que se estabelecesse uma missão auto sustentá-vel, a necessidade da existência de uma escola. Os Missionários entendiam que

a instrução deveria fazer parte da sua evangelização. Um povo desperto é um povo que melhor compreende o Cristo ressurrecto. Esta metodologia foi abraça-da pelos autóctones com coragem, persis-tência, audácia e fé, esteve na génese do Metodismo em Angola. Esta instrução dada pelo Metodismo teve ainda um pa-pel bastante preponderante, pois sabia enfatizar e aplicar na prática o princípio da liberdade dos oprimidos, proclamado pelo próprio Cristo. Daí, os cristãos cons-cientes sentirem a necessidade de se en-volverem nesse processo, com reflexos de grandes proporções que culminou com a vitória da Independência proclamada a 11 de Novembro de 1975.

Hoje, a Igreja cresceu e a chama do Metodismo atingiu todo o quadrante do território nacional. A hora chegou e urge a necessidade de evoluirmos para o En-sino Superior, depois de mais um século ministrando o Ensino Básico. É assim que surge a ideia de criação da UNIVERSIDA-DE METODISTA DE ANGOLA, como uma exigência que vai ao encontro das neces-sidades da própria Comunidade.

A Universidade Metodista de Angola é um estabelecimento de ensino supe-rior universitário privado, tutelado pelo Ministério do Ensino Superior e Ciência e Tecnologia e instituído pelo Decreto nº 30/07, de 7 de de Maio, e de que é titular a Sociedade Universidade Metodista de Angola, S.A. (entidade instituidora).

D.R.

D.R.

Page 10: Registo ed213

10 28 Junho ‘12

PUB

Exclusivo

Utilização de meios aéreos da FAP permitiria uma dupla poupança porque muitos pilotos que “encostados”.

Em Outubro passado, o Ministro da De-fesa Nacional (MDN) foi à Assembleia da República anunciar as “poupanças” do seu ministério, questionar a não par-ticipação da Força Aérea no apoio aos fogos florestais e ao INEM e anunciar, pomposamente, o reforço das missões de interesse público das Forças Arma-das. No seu documento «MDN 2015 – Um novo contrato de confiança», o Mi-nistro Aguiar Branco sublinhava que «As Forças Armadas dispõem de recur-sos e competências únicas que, em arti-culação com outras estruturas permiti-riam ao Estado ter ganhos de eficiência e eficácia na resposta a crises.

Trata-se da participação mais activa em missões de interesse público, mais próximas das pessoas, aproveitando ra-cionalmente as suas disponibilidades e dando valor acrescentado à sua presen-ça ao longo de todo o território nacio-nal. Prevenir e combater os riscos am-bientais, desastres, crime organizado, combate aos fogos florestais».

Na sequência deste anúncio do MDN, a Força Aérea afirmou, em tempo útil, a

PCP fala “em negócios” nos meios aéreoscomunistas querem Forças Armadas com meios aéreos para combater incêndios

disponibilidade da utilização dos seus meios aéreos, designadamente dos heli-cópteros PUMA, no apoio ao INEM e no combate aos fogos florestais.

Como se vê, não há participação da For-ça Aérea nem com meios aéreos, nem na manutenção das aeronaves do Estado.

Aliás, a utilização de meios aéreos da FAP permitiria uma dupla poupança porque os muitos pilotos que estão “encostados”, devido aos cortes orçamentais que obri-gam a Força Aérea a reduzir as horas de voo para um número abaixo do mínimo exigível, poderiam voar e, deste modo,

obter ou melhorar as suas qualificações de voo.

O PCP considera que o Ministro da De-fesa Nacional deve rapidamente esclare-cer a razão porque a Força Aérea, os seus meios materiais e humanos ficaram de fora deste protocolo entre o MAI e o Mi-nistério da Saúde.

O Governo já autorizou uma verba até 36,5 milhões de euros para a contratação dos meios aéreos necessários para o com-bate aos incêndios florestais durante este ano.

A fonte do MAI adiantou que os 44 meios aéreos vão ser contratados pelo Empresa de Meios Aéreos (EMA), que este ano ainda vai ser responsável pelo com-bate dos fogos florestais.

O MAI garante que a EMA vai ser ex-tinta, mas enquanto o processo não está concluído, esta empresa continuará a ser responsável pela gestão dos meios aéreos.

Os 44 meios aéreos vão estar operacio-nais durante época mais crítica em incên-dios florestais, no Verão.

Além da contratação destes meios, os ministérios da Administração Interna e da Saúde vão lançar em conjunto um concurso público internacional para a contratação de meios aéreos, que serão partilhados pelo INEM e pela Protecção Civil.

D.R.

Page 11: Registo ed213

11 PUB

Page 12: Registo ed213

12 28 Junho ‘12

Os trabalhos de prospeção atualmente em curso envolvem um investimen-to mínimo de 3 milhões de euros por parte das empresas Iberian Resources Portugal e Colt Resources, que assina-ram um contrato de concessão com o Estado para a exploração experimental

de depósitos minerais de ouro, prata co-bre, chumbo e zinco em cerca de 4 mil e 600 hectares na sua quase totalidade localizados nas freguesias de Boa Fé, Nossa Senhora da Tourega, São Sebas-tião da Giesteira e Guadalupe (concelho de Évora) e Escoural (Montemor-o-

Novo).O período experimental tem o prazo

de 3 anos. Caso a concessão de transfor-me em “definitiva” o Estado irá receber 4% do valor à boca da mina dos produ-tos mineiros ou concentrados, a título de “encargo de exploração”.

Período experimental com investimento de 3 milhões

Há 185 processos de prospeção e pes-quisa mineiras em curso em Portugal. Só este ano deram entrada na Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) 45 novos pedidos. Muitos referem-se a mi-nérios metálicos, cuja cotação disparou nos mercados internacionais.

“Os pedidos aumentaram muito nos últimos tempos, embora uma coisa seja a pesquisa e outra a abertura efetiva de minas que é [um investimento] a médio prazo”, diz o subdiretor geral de Energia e Geologia, Carlos Caxaria. “Os projetos lançados nos últimos anos têm-se reve-lado muito positivos e dentro de alguns anos teremos um setor mineiro quatro ou cinco vezes maior do que o atual”, perspetiva.

Um exemplo do interesse pela explo-ração dos recursos mineiros nacionais é a Colt Resources, que esta semana anunciou ter obtido “graus de ouro impressionantes perto da superfície” em amostras recolhidas na Boa Fé (Évora),

onde já lhe foi atribuída a concessão por um período de 10 anos. A empresa canadiana continua à procura de ouro e outros minérios em vários pontos do país, tendo-lhe sido concedidas áreas de prospeção em Penedono, Santa Marga-rida do Sado, Borba e Armamar.

Ouro é também o que a Minaport – Minas de Portugal procura em Sarzedas (Castelo Branco) e em Barrancos, en-quanto a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) está autorizada a fazê-lo nas antigas minas romanas de Limari-nho, concelho de Boticas, onde há cinco anos os canadianos da Kernow Mining efetuaram perfurações e recolha de amostras.

“Muitos dos alvos de ouro de que hoje se fala já estavam identificados no pas-sado. O que mudou foi a cotação, o preço tornou-se muito mais convidativo”, acrescenta Carlos Caxaria, considerando que a exploração de minério é “estratégi-ca” para a economia nacional uma vez

que fará crescer as exportações.Além do outro, há empresas a pes-

quisar, cobre, volfrâmio, zinco, prata ou ferro. É o caso, por exemplo, da Compa-nhia Portuguesa do Ferro que irá gastar um milhão de euros nos próximos três anos em prospeções numa área de 47 quilómetros quadrados na zona de Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta. Desativadas há 30 anos por falta de rentabilidade económica, as minas de Moncorvo guardam um dos maiores jazigos de ferro da Europa estando na “mira” da multinacional Rio Tinto.

Mais a Sul, em Castro Verde, a Somin-cor está a estudar um investimento de 160 milhões de euros na exploração de novas jazidas de cobre e zinco em Neves Corvo. A perspetiva é que a produção possa atingir 1,1 milhões de toneladas de minério de zinco por ano, o que tor-naria Neves Corvo numa das maiores minas da Europa, e 500 mil toneladas de minério de cobre.

Pesquisa por todo o país

Os trabalhos de prospeção atualmente em curso envolvem um investimento mínimo de 3 milhões de euros.

Exclusivo

Luís Godinho É debaixo do balcão do pequeno café, que também serve de mercearia e ponto de encontro às gentes de Nossa Senhora da Boa Fé, que Margarida Banha guarda um “tesouro” herdado do pai. Trata-se de um pedaço de rocha extraído da vizinha Herdade da Chaminé, oferecido a José Francisco Banha por mineiros que “por aí andaram” à procura de ouro.

“Há muitos anos que a temos. Era do meu pai, ele já faleceu e eu guardei-a como uma coisa preciosa”. São uns veios dourados que fazem a pedra ser “precio-sa”. Na aldeia acredita-se que será de ro-chas iguais a estas que um dia será ex-traído ouro. “Esperemos que sim, que isso finalmente aconteça. Era bom porque trazia mais clientes e mais movimento à terra”, diz Margarida Banha.

O sonho da existência de jazidas de ouro na Boa Fé e na vizinha freguesia de Escoural renasceu depois de a empresa canadiana Colt Resources ter anunciado em comunicado que os resultados das análises efetuadas às amostras de rocha recolhidas na vizinha Serra de Monfura-do forneceram “graus de ouro impressio-nantes, perto da superfície”. Só dentro de algumas semanas é que a empresa dispo-rá de uma estimativa inicial dos recursos existentes.

“Acho que em 2014 isto vai para a fren-te”, antevê Margarida, revelando que ao balcão do café Banha “quase todos os dias” serve “uma cervejinha” ao pessoal que anda no terreno contratado pela em-presa mineira. “Andam a fazer medições para ver o que existe. Um dia destes até usaram um helicóptero”.

A dois passos dali, junto à igreja, per-gunta-se pelos mineiros e a resposta sur-ge pronta: “Quase todos os dias por aí pas-sam, vamos lá a ver se é desta que a mina vai para a frente”, diz uma idosa, fazendo um pequeno intervalo na renda para as-segurar que um projeto destes poderia ditar um novo futuro para a região. “Tra-balho não há nenhum, isto está a morrer aos poucos”. Até a escola primária corre o risco de fechar, numa freguesia onde já não vivem mais de 320 pessoas.

De problemas idênticos também se queixa Duarte Luz, presidente da Junta de Freguesia de Escoural, garantindo que por enquanto é “mais certa a crise que o ouro”, apesar de estar convencido que “as coisas vão mesmo avançar”.

Há mais de 30 anos que a população das duas freguesias ouve falar na rique-za escondida debaixo do solo sem que a promessa do “eldorado” se traduza em be-nefícios para as populações. Durante este período realizaram-se diversas campa-nhas de prospeção que acabaram por não ter sequência.

“Vinham para cá, faziam furos e aba-lavam. Agora é diferente, parece-me que estes têm outra ânimo”, diz o autarca, re-velando que até já foram criados alguns empregos pela empresa canadiana.

Empresa canadiana faz renascer a “fé” na corrida ao ouro no AlentejoO sonho da existência de jazidas de ouro na Boa Fé e Escoural renasceu

“Andam aqui cinco máquinas a per-furar e já criaram entre 10 e 15 postos de trabalho. Não são todos da freguesia mas pelo menos estes postos de trabalho já es-tão criados”, acrescenta Duarte Luz. “São pessoas que fazem a separação das ro-chas, metro a metro, para depois se anali-sar aquilo tudo e saber a que profundida-

de é que se encontra o minério. Há muito tempo que não se criavam tantos postos de trabalho na região”.

Para quem esteve a “carregar pedra” noutras campanhas de prospecção não é novidade que a corrida ao ouro da Serra de Monfurado tenha voltado a desper-tar atenções: “Ele está lá, tem é de ser ver

quanto custa a tirar”. Nas ruas e cafés da Boa Fé e Escoural, a “fé” no ouro volta a renascer. “Fala-se em cem postos de traba-lho. Mesmo que nos levem o ouro hão-de deixar por aí muita riqueza”, dispara o ho-mem, acreditando que também ele poderá voltar a ter uma oportunidade: “Há mais de um ano que estou no desemprego”.

D.R.

Page 13: Registo ed213

13

importa «controlar e avaliar o programa impulso Jovem, bem como desenvolver outras medidas ativas de emprego”.

Exclusivo

O Governo considera que Portugal só «sairá da crise através do crescimento sustentado», comprometendo-se a aplicar «medidas que impulsionem o crescimen-to mas que também o tornem sustentá-vel», refere o Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro a propósito de um documento intitulado «Olhar para o fu-turo - continuando a reforma estrutural da economia». Para Carlos Moedas, «as reformas estruturais devem assentar em duas dimensões, com oito desafios funda-mentais»

O Secretário de Estado refere como de-safios para o futuro no que respeita ao Estado, «reduzir o peso do Estado para-lelo (avaliação de fundações, associações e outras entidades que recebem transfe-rências do OE)»; continuar o «reforço do combate à fraude e evasão fiscal, incluin-do a aprovação e aplicação do regime de comunicação electrónica de faturas e a revisão das regras em matéria de emissão de facturas, bem como o aumento dos re-cursos da inspeção tributária»; «reforçar a diplomacia económica, promover as exportações e captar investimento exter-no»; «reestruturar as indústrias de defesa, conferindo-lhes sustentabilidade e ini-ciar um processo que conduza à sua pri-vatização»; «reforçar e renovar os efetivos das forças de segurança, nomeadamente através da efetivação de concursos regu-lares que tenham em conta as aposenta-ções, bem como da libertação de recursos humanos já existentes que se encontram afetos a tarefas administrativas, judiciais e burocráticas, em ordem a concentrar o máximo de efetivos nas valências opera-cionais e no policiamento de proximida-de»; e «prosseguir o objectivo de redução dos processos pendentes em atraso no domínio da ação executiva cível», e de «melhorar o sistema de recrutamento e formação dos magistrados, revitalizando o Centro de Estudos Judiciários como en-tidade vocacionada para a formação dos diferentes operadores da Justiça».

Ao mesmo tempo, importa «controlar e avaliar o programa Impulso Jovem, bem como desenvolver outras medidas ativas de emprego, que permitam contribuir para uma maior qualificação da mão-de-obra nacional e para a redução do desem-prego», e «executar o Programa de Apoio à

Portugal – Desafios sustentadosReduzir o peso do estado e combater, entre outros, a fuga à evasão fiscal

Economia Local», e «implementar as alte-rações do Código do Trabalho, introduzir o Fundo de Compensação do Trabalho e alinhar as compensações por cessação do contrato de trabalho com a média da UE».

O secretário de Estado Carlos Moedas aponta também, no domínio económi-co, a necessidade de «concluir revisão dos principais reguladores e assegurar condições para concorrência e regula-ção eficazes na economia», «promover a reestruturação, recapitalização e inter-nacionalização das PME», «criar e dina-mizar os Fundos Regionais de Expansão Empresarial e outros instrumentos de financiamento»; «aumentar a produção

nacional com vista a contribuir para a autossuficiência alimentar medida em termos globais, ou seja, em valor a médio prazo», e «potenciar o desenvolvimento da Economia do Mar, através da conclu-são da primeira fase do ordenamento do espaço marinho e da promoção de opor-tunidades de investimento».

Importa ainda, na área social, «aumen-tar a eficiência do SNS garantindo que é implementada a estratégia já definida para a redução substancial dos pagamen-tos em atraso, bem como assegurar que a lei dos compromissos é cumprida no sec-tor da saúde», «reformular a rede de cuida-dos primários no sentido de a tornar mais

eficiente, assegurando o acesso a um mé-dico de família a todos os cidadãos», «as-segurar a expansão sustentável da Rede Nacional de Cuidados Continuados In-tegrados», «dar continuidade na resposta social aos casos mais vulneráveis e ex-postos à exclusão social, nomeadamente através do Programa de Emergência So-cial, privilegiando a manutenção do po-der de compra de idosos com as pensões mais baixas e majorando subsídio de de-semprego para casais com filhos a cargo», e «criar uma nova visão de apoio social com maior rigor e justiça na atribuição de prestações sociais».

O Secretário de Estado Adjunto da Econo-mia e Desenvolvimento Regional, Antó-nio Almeida Henriques, afirmou que o Governo vai entregar a reprogramação do Quadro de Referência Estratégico Na-cional (QREN) à Comissão Europeia até dia 15 de julho. Estas declarações foram feitas no Parlamento, na Comissão de Economia e Obras Públicas.

Acrescentando que a reprogramação

Reprogramação do QREN entregue até 15 de JulhoGoverno já incrementou em 15 % a execução do QREn refere Almeida Henriques

estratégica do QREN é uma operação com-plexa, o Secretário de Estado refere que, só na «operação-limpeza», o Governo já recu-perou 700 milhões de euros que podem, assim, ser alocados a outros projetos.

Recordando que há quatro grandes orientações no Governo sobre a repro-gramação do QREN - a maximização da participação comunitária, o estímulo à exportação, a formação profissional e o apoio aos jovens à procura do primeiro emprego -, António Almeida Henriques afirmou que, após a entrega do documen-to em Bruxelas, com a qual o processo tem sido articulado, a Comissão Europeia

deverá responder num prazo estimado de dois a três meses.

Sobre os desenvolvimentos do QREN, o Secretário de Estado afirmou que existe «claramente» uma aceleração pois, desde que o Governo tomou posse, a execução dos fundos comunitários aumentou 15 pontos percentuais, passando dos 30% do governo anterior para os 40% até maio, num total de 1 400 milhões de euros.

«É um saldo positivo e o QREN está em franca execução, tendo em atenção que está a decorrer ao mesmo tempo a sua re-programação» afirmou o Secretário de Es-tado, referindo que «existem 515 milhões

de euros que estão a ser objeto de trata-mento» e que «o Governo está a fazer um grande esforço de validação da despesa para acelerar os projetos».

Sublinhando que Portugal é o segundo país da União Europeia que mais utiliza os fundos comunitários, António Almei-da Henriques afirmou que, só nos primei-ros cinco meses de 2012, já foram utiliza-dos 1 248 milhões de euros dos fundos do FEDER e do fundo de coesão.

Atualmente, no quadro do QREN, há 5 000 candidaturas de empresas em análi-se, sendo que um terço tem como objeto a internacionalização da economia.

D.R.

Page 14: Registo ed213

14 28 Junho ‘12

PUB

Page 15: Registo ed213

15

Radarno dia 23 de junho realizou-se o 3.º campeonato de Ouri de Évora - 2012, no Palácio de D. Manuel.

Sandra Vinagre | UÉvora

No dia 23 de junho realizou-se o 3.º Cam-peonato de Ouri de Évora - 2012, no Pa-lácio de D. Manuel, integrado nas ativi-dades da Universidade de Évora na Feira de S. João. Este campeonato destinou-se aos alunos dos três ciclos dos Ensinos Bá-sico e Secundário e envolveu 70 alunos de dezasseis escolas. A sua concretização foi possível devido aos apoios da Univer-sidade de Évora, da Câmara Municipal de Évora, da Sociedade Portuguesa de Matemática, do Centro de Investigação em Matemática e Aplicações da Univer-sidade de Évora, da Associação Ludus, da Fundação Luís de Molina, da Fundação Eugénio de Almeida, da CASIO e da TE-TRI.

O Ouri é um jogo matemático que in-tegra o Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos e atrai muitos alunos. Per-tence a uma família de jogos designados por Mancala e joga-se num tabuleiro com 14 buracos e 48 sementes (ou outros objectos pequenos, tais como avelãs ou pedras). O objetivo do jogo é capturar mais sementes que o adversário, pelo que vence o jogador que obtiver 25 (ou mais) sementes.

Os jogos Mancala são jogos de tabuleiro utilizados praticamente em todo o mun-do com diversas variantes, partilhando as propriedades seguintes: i) são jogados em turnos alternados; ii) são jogados em tabuleiros com um certo número de ca-sas, normalmente dispostas em duas ou mais filas; iii) são jogados com sementes sem cor, isto é, as sementes são partilha-das pelos jogadores e apenas a posição delas no tabuleiro indica quem as pode capturar; iv) os jogadores possuem casas e não sementes; v) as jogadas são feitas por sementeira, recolhendo todas as se-mentes de uma casa e distribuindo uma semente por cada uma das casas seguin-tes; vi) o objetivo do jogo é capturar.

A família do Mancala, cujo nome que se acredita ser originário da palavra na-

3.º Campeonato de Ouri de Évora – 2012Ouri é um jogo que integra o campeonato nacional de Jogos Matemáticos

Nível de ensino 1.º Lugar 2.º Lugar 3.º Lugar

1.º Ciclo Beatriz Peixoto (EB1 Horta das Figueiras)

Mariana Carvoei-ras (EB Fialho de Almeida - Cuba)

Duarte Riscado (EB1+JI do Bairro do Bacelo)

2.º Ciclo Rafael Neves (EB Santa Clara)

André Pinto (EB André de Resende)

Vasco Rato (EB Santa Clara)

3.º Ciclo Tiago Rodrigues (EB Santa Clara)

Filipa Jaques (EB Santa Clara)

João Pedro San-tos (EB André de Resende)

Secundário Francisca Quaresma (ES Gabriel Pereira)

Francisco Borges (ES Gabriel Pereira)

José Condeço (ES Gabriel Pereira)

qala, de origem milenar, estende-se das Caraíbas até à Indonésia. É interessante verificar como um jogo milenar possui uma componente abstrata tão forte, não

usando componentes aleatórios, não necessitando de força física, de resistên-cia ou de destreza, características que a maior parte dos jogos tradicionais reque-

Arrancou a 18 de Junho e vai prolongar-se até ao próximo dia 14 de Setembro, o Programa Animanáutico promovido pelo Município de Avis Tendo como pal-co o Complexo do Clube Náutico de Avis, pretende proporcionar aos munícipes do Concelho de Avis, de ambos os sexos e de várias faixas etárias, assim como aos utentes do Parque de Campismo da Albu-feira do Maranhão, um conjunto de ativi-dades de caráter lúdico, cultural, desporti-

Animanáutico promove atividadesAvis promove férias de Verão para jovens na barragem do Maranhão

rem.Os jogos Mancala parecem simples,

no entanto, uma única jogada pode ter efeito sobre o conteúdo de todas as casas do tabuleiro o que torna difícil prever o que sucederá algumas jogadas depois e muito mais no final do jogo. Uma pro-priedade matemática que pode dar uma ideia da complexidade desta família de jogos é o número de posições possíveis, que pode ser calculado através de uma fórmula deduzida a partir do cálculo combinatório.

No sábado, dia 23 de junho, numa pri-meira fase, com início às 14 horas, joga-ram-se cinco rondas para apuramento dos melhores jogadores. Cerca das 16 ho-ras iniciaram-se as finais onde se obtive-ram os resultados seguintes:

vo e recreativo que visam a ocupação dos seus tempos livres.

No âmbito deste programa municipal de férias de Verão, gratuito mas cujo acesso que requer inscrição prévia, na Receção do Parque de Campismo da Albufeira do Maranhão e no Posto de Turismo do Município, poderão os inte-ressados participar num alargado leque de ações, concentradas em Jogos Tradi-cionais, Caminhadas, Visitas Guiadas, Peddy-Paper, Hidroginástica, Tardes Lúdicas, Foto-Paper, Ginástica e Cano-agem.

A dinamização do Projeto vai estar a cargo de Técnicos do Município de Avis.

D.R.

D.R.

Page 16: Registo ed213

16 28 Junho ‘12

Sendo um serviço bibliotecário móvel, levará o conhecimento a toda a população rural e áreas limítrofes da cidade.

Radar

Para o sociólogo Henri Mendras, que aqui citei, existe um sistema de diferen-ças que opõe a Europa Oriental à Europa Ocidental.

A primeira corresponderia à região na qual imperava o sistema agrário, social e cultural do camponês servo, sistema que vigorava ainda na Rússia de 1917 e perdurou também em certos países de Leste tornados satélites soviéticos após a II Guerra Mundial.

A esta forma opunha ele o ocidente europeu no qual os sistemas políticos, sociais, foram influenciados pela forma-ção e pelo peso crescente dum campesi-nato livre.

O camponês proprietário das suas ter-ras tornou-se um pilar da resistência aos poderes absolutos, senhoriais e reais; dos campos, essa forma de autonomia social passou para as cidades e, tão cedo quan-to a Idade Média, produziu os germes das sociedades democráticas contempo-râneas.

A essa oposição Este-Oeste é preciso juntar uma outra, que divide a Europa ocidental, num eixo Norte-Sul, e opõe, grosso modo, os antigos territórios do Império Romano do Ocidente e os espa-ços que permaneceram exteriores a esse império.

O Sul exerceu um profundo fascínio sobre os povos do Norte: riqueza, orga-nização, cultura eram apanágio destas paragens meridionais. Mas algo veio alterar o equilíbrio entre essas duas Eu-ropas: uma revolução cultural - a Refor-ma protestante e o desenvolvimento do capitalismo, comercial primeiro e indus-trial depois.

Os historiadores pensam que a propa-gação preferencial do Protestantismo nos países do Norte da Europa, e sua a fraca implantação no Sul revelam e aprofundam uma diferenciação preexis-tente, não a provocam.

A realidade das cidades livres que se propaga no noroeste da Europa desde a Idade Média “explode”, por assim dizer, no século XVI: a Europa do Noroeste prospera na economia, na cultura, na política (formas de democracia), enquan-to a Europa mediterrânica entra numa longa decadência.

Nos quatro séculos que se seguiram o fosso alarga-se entre Norte e Sul, as duas Europas seguem caminhos diferentes. E hoje, com a brutalidade própria do poder económico e financeiro, o Sul encontra-se perante um fracasso que parece irre-versível. Será?

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora25 de Junho 2012

[email protected]

Um olhar antropológico

As outras duas Europas: 1. O Norte e o Sul

80

JOSÉ RODRiGUES DOS SAntOS*Antropólogo

O “Centro de Estudos do Endovélico” é um projecto de desenvolvimento cul-tural, criado pela Câmara Municipal de Alandroal, com o objectivo de pro-mover e divulgar a dimensão patrimo-nial associada ao território concelhio que hoje se designa por “Terras do En-dovélico”.

De carácter multidimensional, este Centro de Estudos irá desenvolver a sua actividade a partir do estudo associado do património arqueológico e etnológico do concelho de Alandroal, na perspecti-va da promoção de um desenvolvimento integrado capaz de aprofundar, valorizar e divulgar o conhecimento sobre a cul-tura local e regional em que se insere o

Centro de Estudos do Endovélicocâmara de Alandroal promove projecto associado ao património

património, ao mesmo tempo que con-cretiza actividades e cria instrumentos capazes de contribuir para a dinamiza-ção do tecido social comunitário.

Alguns dos principais objectivos do Centro são:

- Acompanhamento do processo de criação do Centro Interpretativo do Endovélico, espaço museológico dedi-cado a esta divindade e a toda a cultu-ra do concelho;- Organização de um programa siste-mático de iniciativas e eventos cultu-rais, científicos e de lazer que sejam fonte de mobilização social e coesão económico-social, com destaque para um congresso anual dedicado ao tema do Endovélico;- Criação de um Centro de Documenta-ção;- Criação dos “Cadernos do Endovéli-co”, publicação semestral dedicada à

história, arqueologia e etnografia do concelho;- Publicação da Carta Etnológica do Concelho;- Desenvolvimento de um Serviço Educativo para a dinamização cultu-ral e pedagógica da população esco-lar;- Preparação de uma candidatura do património etno-arqueológico conce-lhio a Património Europeu ou Patri-mónio da Humanidade.O Centro será coordenado pela Pro-

fessora Doutora Ana Paula Fitas e con-tará com a colaboração de especialistas do Museu Nacional de Arqueologia, do Instituto Alemão, da Universidade de Lisboa e da Universidade da Extrema-dura Ficará instalado, numa primeira fase, no edifício da antiga Escola Primá-ria de Alandroal, recentemente recupe-rado pela autarquia.

O projeto Loja dos Sonhos está já em expo-sição na Feira de S. João, com a presença do autocarro que lhe deu fama, prevendo-se a sua apresentação oficial em Setembro próximo e com ela diversas novidades. A Vereadora Cláudia Sousa Pereira visitou o espaço logo no dia da inauguração da Feira e mostrou-se satisfeita com o que viu.

Este projeto destina-se a proporcionar a toda a população o acesso aos livros (e outros suportes de informação), promo-vendo simultaneamente um conjunto de atividades de enquadramento, estímulo e promoção da leitura. É dinamizado pela Câmara Municipal de Évora, em parceria com a Biblioteca Pública de Évora.

Sendo um serviço bibliotecário móvel, levará o conhecimento a toda a popu-lação rural e áreas limítrofes da cidade através do empréstimo domiciliário, es-batendo assimetrias no acesso ao livro e à leitura, potencializando o acesso à in-formação e à cultura por parte de estratos populacionais tradicionalmente periféri-cos.

A Loja dos Sonhos pretende aumentar a prática da leitura e dos hábitos de aqui-sição de informação e fruição cultural po-tenciados por outras coleções (multimé-dia) existentes no referido equipamento. Ao livro, juntam-se assim outro tipo de suportes de informação, bem como um conjunto articulado de iniciativas de pro-moção da leitura viradas para a popula-ção em geral, mas também com propostas específicas para o público escolar e para a população idosa.

O fundo documental da Loja dos So-nhos é constituído por um acervo ini-

Projeto Loja dos Sonhos para redescobrir na Feira de S. JoãoA Loja dos Sonhos pretende aumentar a prática da leitura e aquisição de informação

cial de cerca de 5000 documentos (entre a permanência no autocarro e em de-pósito), designadamente monografias (incluindo “best-sellers”), DVD’s, CD’s e periódicos, ficando a cargo da Biblioteca Pública de Évora o tratamento do referi-do fundo.

Por todo o concelho haverá 16 paragens do autocarro nas freguesias, que sinaliza-rão o serviço, informando também quan-

to às rotas, horários e contatos.Um conjunto de ações será dinami-

zado no âmbito do projeto, a maioria desenvolvidas em estreita cooperação com a comunidade escolar, de que se destacam as seguintes: Pernas para Contar; Baús de Leitura; Baús Pedagógi-cos; Atividades Comemorativas; Visitas de escritores; Exposições itinerantes e Ciclos de Cinema.

D.R.

Page 17: Registo ed213

17

PUB

Decorre de 30 Junho a 1 de Julho no Pavilhão dos Salesianos e no Pavilhão da EBi da Malagueira em Évora.

Radar

O VI Torneio Luso-Espanhol (TLE) de Badminton, organizado pelo Clube de Badminton de Évora, será o torneio com maior número de participantes na época 2011/2012, alcançando um total de mais de 350 atletas inscritos, o que correspon-derá a um total de jogos estimado em 600. Tudo isto em apenas 2 dias. O número de equipas desta sexta edição é também rele-vante - perto de 40 clubes e escolas vindas de vários pontos de Portugal e Espanha.

Este Torneio, que decorre nos dias 30 Junho e 1 de Julho no Pavilhão dos Sale-sianos e no Pavilhão da EBI da Malaguei-ra em Évora, é assim o torneio que maior número de atletas reune em Portugal, sendo mesmo um dos maiores também na península ibérica, assumindo-se Évo-ra nestes dias como a Capital Ibérica de Badminton.

Recorde-se que esta iniciativa, algo iné-dita em Portugal, começou no ano 2006 com cerca de meia centena de altetas de clubes portugueses e espanhois, tendo ra-pidamente chegado às duas dezenas na

Torneio Luso-Espanhol será o maior torneio de Portugal !Evento luso-espanhol promovido pelo clube de Badminton de Évora reunirá mais de 350 atletas e perto de 40 clubes

sua terceira edição e às três centenas em 2010. Em 2009, foi entãoconvidada espe-cial uma equipa do Brasil, o Olaria Atléti-co Clube do Rio de Janeiro, cuja presença para a sétima edição em 2013 está desde já a ser trabalhada.

Para além do elevado número de par-ticipantes, é de realçar também grandes nomes portugueses do Badminton inter-

nacional, como sejam Vânia Leça e Filipa Lamy, ou Bruno Carvalho e Tomás Nero, e ainda futuras “estrelas”, como sejam Ma-riana Chang e Sofia Duarte, entre outros. Espera-se ainda a confirmação do alteta olimpico e n.º1 nacional, Pedro Martins, para uma sessão de autógrafos e contacto com os mais jovens.

De Espanha estão já inscritos 5 clubes,

São 157 os jovens que aderiram ao convi-te que o Município de Avis lhes dirigiu, através da Divisão de Desenvolvimento Sócio-Cultural e Turismo do Município, para participar no Programa Jovens em Movimento – Avis 2012, uma iniciativa que oferece a todos os participantes - que receberão uma bolsa horária e um seguro de acidentes pessoais - a oportunidade de desempenharam tarefas nas mais diver-sas áreas da Câmara Municipal.

O Programa, implementado desde o ano de 2005, destina-se a ser explorado em três períodos que decorrem de 15 de Junho a 15 de Julho, de 16 de Julho a 12 de Agosto e de 13 de Agosto a 09 de Setembro, objetivando

Jovens em Movimento – Avis 2012Uma linha de ação municipal que potencia a participação cívica

sendo de realçar a presença os jogadores da Universidad Popular de Cáceres, que desde a primeira edição participam nesta iniciativa. Destaque ainda para os atletas espanhóis José German Sanchéz e Rúben Indias Fernandez, do Clube Badminton Ciudad de Salamanca.

Os responsáveis do Clube de Badmin-ton de Évora acreditam que este Torneio é fundamental para fazer renascer a mo-dalidade em Évora e também no Alentejo, território no qual é inexistente qualquer Clube organizado ou federado, excepto o CBE. Estes responsáveis lamentam ainda que a Federação Portuguesa de Badmin-ton pouco ou nada tenha investido para inverter esta situação, realçando ainda que, ao contrário, a FPB, apesar dos fre-quentes convites do CBE para estar pre-sente institucionalmente nesta prova, nunca o fez, tendo apenas em 2009 de-monstrado o seu apreço, via telefone, por esta iniciativa.

O TLE é ainda, nestes tempos de crise e de desalento, um exemplo do inconfor-mismo, da vontade de fazer, da ambição de avançar e de lutar contra as dificul-dades, bem como é também exemplo da capacidade dos cidadãos voluntariamen-te desenvolverem iniciativas que promo-vam a cidade e a região, que animem a economia local e que aumentem a auto-estima dos eborenses.

uma aproximação dos jovens às ativida-des profissionais, capazes de proporcionar

a este grupo etário uma chance de inser-ção no mundo do trabalho.

A sua operacionalização, submetida às “Normas de Participação no Programa Jovens em Movimento – Avis 2012” fi-cará a cargo do Município de Avis para o acompanhamento profissional dos jovens candidatos em áreas de ocupação que vão do Ambiente e Proteção Civil, à Arqueolo-gia e ao Arquivo Histórico, passando pelo Desporto e Tempos Livres, pelo Campismo e por áreas de reconhecido interesse social como a Sócio-Educativa e os Serviços Ur-banos e de Apoio à Comunidade.

Esta linha de ação municipal, potencia-dora de intervenção e participação cívica e concretizada através da execução das ati-vidades planeadas, encerra ainda o intui-to de inserir os jovens na sociedade e fazê-los expandir a sua capacidade de atuação, de maneira cada vez mais competente, criativa e solidária, na construção do pre-sente e do futuro.

D.R.

D.R.

Page 18: Registo ed213

18 28 Junho ‘12 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

(à excepção dos módulos). Basta enviar uma mensagem com o seu classificado para o Mail.: [email protected]ÁRIO

Compra/aluga-se

aluga-se Espaço comercial em Aguiar com 90m2 com ou s/ equipamento de Hotelaria ou qualquer outro ramo. Con-taCto: 969265011

alugo quarto duplo – a estudante em vivenda no Bacelo, 250€ com despe-sas incluídas. ContaCto: 960041500

alugo sotão 80m2 – vivenda no Bacelo com 1 quarto,1 sala, casa de ban-ho e serventia de cozinha. ContaCto: 960041500

arrenda-se – Armazéns com áreas a partir de 80m2 até 300m2 com escritórios, wc’s e vestuários. Estrada do Bacelo para os Canaviais ContaCto: 964052871

aluga-se armazém no centro históri-co, 50 m2 em rua c/ circulação automov-

el. A 100 m da Praça do Giraldo, e Merca-do 1º de Maio. ContaCto: 965805596

Vende-se t2 horta das figueiras, Coz-inha equipada com gás natural, sala com recuperador de calor, AC, quartos amplos corticite, perto Supermercados, Hospital, Praça do Giraldo, Escola Primária, Creche. ContaCto 963689494

reguengos: arrendo espaço para Loja , Comercio ou escritório , 50 m2, 2 divisões e WC, no centro de Reguengos de Monsaraz. 275 EU/mes. mais infor-mações tm 96 01 222 66 ou e-mail: [email protected]

emprego

senhora Aceita roupa para passar a ferro,0,50€ a peça. Faz recolha e entrega ao domicilio. Arranjos de costura preço a combinar. ContaCto: 961069671

Massagens TerapêuticasMassoterapeuta Cassilda Pereira

- Reduz problemas de tensão ansiedade, depressão- Prevenção de espasmos e contra-turas musculares- Reduz edemas das extremidades (pernas e pés inchados) através do método DLM- Reduz sintomas do síndrome da fadiga crónica

- Reduz sintomas do síndrome de fibromialgia - Prevenção de Artrites e Artroses- Patologias da coluna vertebral (lombalgias, cervicalgias, dorsal-gias)- Ajuda no Sistema Respiratório e na Circulação geral e local do sangue e da linfa.

Atendimento ao domicíloTlm: 918 731 138/934 866 418 | e-mail: [email protected]

http://massoterapia-cassilda.blogspot.com

expliCações de Ciências da Natureza e Matemática até ao 9º ano. Preço acessível. Professora licenciada. tm: 967339918

outros

geometria desCritiVa Explicações e preparação para exame ContaCto: 967291937

perfumes YodeYma, toda a gama a preços reduzidos ContaCto: 969044693

passagem a ferro 1 cesto por se-mana = 20€; 4 cestos por Mês = 75€; 5 cestos por Mês = 90€; (O.b.s. não condi-ciona nº peças) ContaCto: 968144647

expliCações Professora licenciada prepara alunos para exame de Biologia e Geologia 10 º e 11º ano. (Aceitam-se alu-nos externos para preparação de exame) ContaCto: 963444914

PUB

traduções/traduções técnicas/Traduções comerciais de Inglês para

Português [email protected]

Page 19: Registo ed213

19 PUB

Page 20: Registo ed213

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

O Festival Sete Sóis Sete Luas inaugura a XX edição em Ponte de Sôr, Sábado, com uma home-nagem à ilha mágica da Sarde-nha: às 17 horas no Centrum SSSL de Ponte de Sôr haverá a inauguração da exposição de fo-tografias e pintura “Terre di Ver-naccia” dos artistas sardos Fran-cesco Cubeddu e Marco Pili e às 22 horas no Anfiteatro da zona ribeirinha a festa continua com o concerto dos Tenores de Neo-neli.

Natureza e arte alimentam-se reciprocamente: a arte valoriza a terra e esta, por sua vez, dá os conteúdos à arte. Uma não pode existir sem a outra, sobretudo para os artistas, cuja expressivi-dade figurativa não pode pres-cindir do substrato táctil e visí-vel que só a sua terra pode dar. Os protagonistas da exposição “Terre di Vernaccia”, são assim,

fortemente ligados à terra deles: a selvagem Sardenha.

Francesco Cubeddu como a Passarola – símbolo do Festival - domina a terra do alto e apresen-ta «quadrografias», verdadeiros quadros fotográficos realizados a partir dos seus voos em parapen-te. Marco Pili é um pintor origi-nal: ele utiliza a terra da Sarde-nha, o seu pão, o sangue dos seus animais e outros produtos natu-rais para realizar telas que apre-sentam um fundo rude e áspero como o vento e as costas da ilha.

Nesta exposição, os dois artis-tas representam, de forma origi-nal, a magia da antiga terra da ilha da Sardenha, com especial referência àquelas terras onde se produz a «vernaccia», um vi-nho muito renomado que se pro-duz só na província de Oristano, onde o Festival SSSL se radicou nos últimos dois anos.

Os artistas Francesco Cubeddu e Marco Pili encontrarão os jo-vens das escolas de Ponte de Sôr para realizar um laboratório de criatividade, nos dias 27, 28 e 29 de Junho.

Os Tenores de Neoneli surgi-ram em 1978. Neoneli é a sua ci-dade, situada perto de Oristano, na fascinante ilha da Sardenha.

O grupo é muito ativo na pes-quisa das tradições culturais lo-cais e, em especial, do canto “a tenores”, uma forma de cantar à capela muito antiga e muito uti-lizada pelos pastores da Ilha da Sardenha.

Alcançaram um valioso reco-nhecimento nacional e interna-cional quer seja pela melodia do seu canto, quer seja pela preser-vação e respeito da tradição mais genuína e autêntica e colabora-ram com os mais prestigiados artistas italianos.

Economia

PME CrescimentoO Ministro da Economia e do Emprego, Álvaro San-tos Pereira, afirmou que o Governo vai anunciar muito em breve o reforço da linha PME Crescimen-to, bem como a criação de uma outra linha de crédito que vai mobilizar verbas do Banco Europeu de Investimento para apoiar as empresas. Estas declarações foram feitas na iniciativa Portugal a Crescer, em Lisboa.Acrescentando que a linha PME Crescimento tem um grau de execução que «já ultrapassa os 85%», o Mi-nistro sublinhou que esta linha «está a ter um suces-so e um grau de adesão sem precedentes, quatro vezes superior ao normal». A linha PME Crescimento foi lançada em janeiro e tem uma dotação de 1500 milhões de euros.Álvaro Santos Pereira ex-plicou também que o Mi-nistério da Economia está a trabalhar para que a segunda parcela da linha do BEI seja direcionada para as empresas em vez de ter como destino o investimento público

Festival Sete Sóis Sete Luas abre a XX edição em Ponte de Sôr

D.R.

Arte valoriza a terra e esta, por sua vez, dá os conteúdos à arte.

O Programa Férias Jovens’12 tem início no próximo dia 1 de Julho. Trata-se de uma ini-ciativa da Câmara Municipal de Vidigueira com o objectivo de ocupar de uma forma sau-dável e divertida os tempos livres das férias de Verão, pro-porcionando aos mais novos uma aprendizagem de compe-tências motoras, psicomotoras e sociais, através da participa-ção em diversas actividades entre as quais: desportos cole-tivos, actividades na piscina, dança, artes plásticas, oficinas de ambiente, música, comuni-cação e protecção civil, expres-são corporal e passeios temáti-cos.Nesta iniciativa participam crianças e jovens entre os 5 e os 12 anos, de todas as fregue-sias do concelho de Vidigueira.No âmbito deste programa, foi igualmente criado o Cartão Férias Jovens que permite aos jovens, com mais de 13 anos, terem também acesso às acti-vidades, para além da utiliza-ção livre das piscinas munici-pais e dos campos de ténis.

Férias jovens iniciam a 2 de Julho

Vidigueira

PUB