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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 22 de Junho de 2015| ed. 261 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB 08 Costa da Silva em entrevista Alentejo 2020 as prioridades são as empresas e a criação de emprego Costa da Silva em entrevista Alentejo 2020 as prioridades são as empresas e a criação de emprego Ana Costa Freitas na Coligação PÁG.04 Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, Carlos Gomes No- gueira, administrador da Europartners, Patrícia Salvação Barreto, membro do conselho de administração da Fundação Berardo e Rita Valadas, da Ação Social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, são os quatro independentes que foram con- vidados pela coligação para a direcção da campanha e que poderão vir integrar as listas dos dois partidos. Costa contra austeridade asfixiante PÁG.03 O secretário-geral do PS, Antó- nio Costa, acusou o Governo de ter “atin- gido duramente”, ao longo destes quatro anos, os portugueses com rendimentos mais baixos, os quais “não escaparam à fúria” de austeridade do executivo. Na sua intervenção na Convenção Socialista de Évora, o líder do PS afir- mou que “a classe média foi, de facto, muito asfixiada, mas não foi só a clas- se média. Muita música da Europa no FMM Sines PÁG.13 A 17.ª edição do FMM Sines – Festival Músicas do Mundo terá uma forte representação de músicos europeus. Revelamos doze artistas e projetos musi- cais, da Sardenha à Rússia, que o públi- co do FMM poderá ver em Sines e Porto Covo, entre 17 e 25 de julho. Juntam-se às duas dezenas de artistas de outros conti- nentes já confirmados no festival. A viagem pela Europa no FMM Sines 2015 começa em Salento. Francisco Sabino apresenta estudo PÁG.06 Assim chamada esta inicia- tiva que a Câmara de Évora lançou em 2014, e por estar agora a meio do seu se- gundo ano, cumprindo o que se diz na brochura da iniciativa “Manter a quali- dade da oferta, promover o que melhor faz a nossa restauração, assegurar a ge- nuinidade dos nossos produtos da terra, valorizar a enograstronomia como um dos pincipais produtos turísticos da ci- dade”. Rute Bandeira| D.R. 08

Registo ed.261

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Edição 261 do Semanário Registo de Évora

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Page 1: Registo ed.261

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 22 de Junho de 2015| ed. 261 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

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08

Costa da Silva em entrevista Alentejo 2020 as prioridades são as empresas e a criação de empregoCosta da Silva em entrevista Alentejo 2020 as prioridades são as empresas e a criação de emprego

Ana Costa Freitas na ColigaçãoPÁG.04 Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, Carlos Gomes No-gueira, administrador da Europartners, Patrícia Salvação Barreto, membro do conselho de administração da Fundação Berardo e Rita Valadas, da Ação Social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, são os quatro independentes que foram con-vidados pela coligação para a direcção da campanha e que poderão vir integrar as listas dos dois partidos.

Costa contra austeridade asfixiantePÁG.03 O secretário-geral do PS, Antó-nio Costa, acusou o Governo de ter “atin-gido duramente”, ao longo destes quatro anos, os portugueses com rendimentos mais baixos, os quais “não escaparam à fúria” de austeridade do executivo.Na sua intervenção na Convenção Socialista de Évora, o líder do PS afir-mou que “a classe média foi, de facto, muito asfixiada, mas não foi só a clas-se média.

Muita música da Europa no FMM SinesPÁG.13 A 17.ª edição do FMM Sines – Festival Músicas do Mundo terá uma forte representação de músicos europeus. Revelamos doze artistas e projetos musi-cais, da Sardenha à Rússia, que o públi-co do FMM poderá ver em Sines e Porto Covo, entre 17 e 25 de julho. Juntam-se às duas dezenas de artistas de outros conti-nentes já confirmados no festival.A viagem pela Europa no FMM Sines 2015 começa em Salento.

Francisco Sabino apresenta estudoPÁG.06 Assim chamada esta inicia-tiva que a Câmara de Évora lançou em 2014, e por estar agora a meio do seu se-gundo ano, cumprindo o que se diz na brochura da iniciativa “Manter a quali-dade da oferta, promover o que melhor faz a nossa restauração, assegurar a ge-nuinidade dos nossos produtos da terra, valorizar a enograstronomia como um dos pincipais produtos turísticos da ci-dade”.

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andeira| D.R

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Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 750 140 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento

Comercial [email protected] Redacção Pedro Galego (CO279), Rute Marques (CP4823) Fotografia Luís Pardal (editor), Rute Bandeira Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]);

Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense –

Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade

Mensal Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

A Abrir

Acho que não é novidade para ninguém a grande dimensão do mercado de comentado-res em Portugal. Fruto talvez da necessidade de aparecer e ser vista, qualquer personalida-de que se preze opina sobre tudo o que mexe. Seja num jornal, numa rádio, numa revista cor-de-rosa, num blog obscuro ou numa pá-gina pomposa nas redes sociais. Enfim, em qualquer lugar em que tenha uns minutos de tempo de antena.

Quanto aos assuntos…praticamente tudo serve! Desde futebol à política, de educação à saúde, da moda do próximo inverno à guer-ra na Síria, da privatização da TAP ao caso BES.

A liberdade de expressão e de opinião é algo salutar e nada tenho contra aqueles que se entusiasmam a debater temas apaixonan-tes ou aqueles que, não sendo especialistas de um tema, dão a sua legítima opinião. É isto que “dá sal”, é isto que anima uma socieda-de democrática e é saudável esse escrutínio. Eu próprio, através deste meio o tento fazer e com muito gosto.

O problema são aqueles que, sem qualquer base científica, sem trajecto reconhecido na área e sem qualquer preparação para além de

uns minutos de leitura na diagonal sobre um tema, opinam de forma decidida e veemente sobre uma determinada solução.

Exemplos são muitos e variados. Nos últi-mos anos, fruto dos anos em que estivemos sob o programa de assistência financeira, Portugal ganhou milhares e milhares de es-pecialistas em macroeconomia, finanças pú-blicas e gestão de empresas. Ganhou umas centenas de autoridades científicas em po-lítica fiscal. Ganhou inúmeros especialistas na gestão do serviço nacional de saúde e na educação. E ganhou fantásticos experts que sabem, como ninguém, promover emprego e fazer crescer a economia. Curiosamente, são sempre os mesmos, génios que escrevem ou falam em público, que conseguem fazer tudo isto e muito mais. São os famosos “achólo-gos”, cuja principal actividade do dia-a-dia é “achar que” algo se vai passar ou que se pas-sou por determinada razão. Poderão também ser designados como “tudólogos”, formados em “tudologia”, especialistas em tudo…o que equivale a dizer especialistas em nada.

Tudo isto seria inocente e inofensivo se estes achólogos e tudólogos mantivessem os seus hábitos e as suas certezas absolutas no

“Achólogos” e Tudólogos”CARLOS SEZÕESGestor

Que lugar ocupa Portugal nos rankings de desenvolvimento do mundo? A Globalstat (http://www.globalstat.eu/), a base de dados sobre o desenvolvimento num mundo globa-lizado que a Fundação Francisco Manuel dos Santos e o Instituto Universitário Europeu lançaram recentemente, é uma poderosa fer-ramenta para responder a esta questão. Com o intuito de medir o desenvolvimento usan-do indicadores para além do Produto Inter-no Bruto (PIB) por cabeça, uma medida algo redutora, a Globalstat reúne um vasto con-junto de índices, que permitem comparar as cerca de duas centenas de países do mundo. A maior parte desses índices dizem respeito a factores particulares de desenvolvimento, como por exemplo nas áreas da economia, da educação e da saúde, mas outros combinam vários factores desse tipo fornecendo-nos uma imagem bastante abrangente. É o caso do Índice de Prosperidade, construído pelo Instituto Legatum, com sede em Londres, ou do mais conhecido Índice do Desenvolvi-mento Humano (IDH), usado pelo Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas. A reunião num só sítio de vários índices, simples ou compostos, permite facilmente a qualquer pessoa em qualquer sítio do mundo extrair as suas próprias conclusões a respeito da riqueza ou da pobreza das nações.

Utilizando o Globalstat consultei o PIB por

cabeça, o Legatum e o IDH para conhecer a posição do nosso país no globo. Consideran-do o PIB, estamos em 37.º lugar, atrás de 15 outros países da União Europeia a 28 países (a Grécia está à nossa frente). Mas, usando o Legatum, que combina índices de economia, empreendedorismo, governança, educação, saúde, segurança, liberdade pessoal e capital social (este inclui a caridade, o voluntariado, a ajuda a estrangeiros, etc.) para 142 países, a nossa situação melhora bastante: ocupa-mos um honroso 27.º lugar, atrás de apenas 13 países da União Europeia (bem à frente da Grécia). Portugal é um país muito segu-ro: Somos, segundo o Legatum, o 13.º país do mundo do ponto de vista da segurança. Só não estamos mais alto no cômputo geral por-que a economia e a educação não vão tão bem como o resto: na economia estamos no 53.º lugar mundial, atendendo ao desemprego, à insatisfação geral e à falta de confiança nos bancos, e na educação estamos num também modesto 47.º lugar, atendendo ao défice de escolaridade da população activa. Por últi-mo, usando o IDH, que combina o PIB com um índice de escolaridade e com a esperança de vida ao nascer para as populações de 187 países, o nosso lugar passa a ser o 41.º, atrás de 21 países da União Europeia (mais uma vez, atrás da Grécia). De novo, o nosso nível de educação não ajuda. A conclusão é óbvia:

PORTUGAL NO MUNDOCARLOS FIOLHAIS | PROFESSOR CATEDRÁTICO DE FÍSICAResponsável pela área do Conhecimento da Fundação Francisco Manuel dos Santos

se melhorarmos a educação, subiremos nos rankings de desenvolvimento. Pode não dar resultados imediatos, mas é um esforço que vale decerto a pena. De facto, o lugar dado

à educação nos quadros comparativos do de-senvolvimento significa o reconhecimento que ela representa um extraordinário meio de obtenção de bem-estar.

Tudo é relativo. O nosso lugar, podendo ser melhor, não é nada mau. Não estando no topo como a Noruega ou a Suíça, que ocupam po-sições cimeiras em qualquer um dos rankings considerados (tal como, na União Europeia, a Dinamarca e a Alemanha), Portugal está mui-to melhor do que a maior parte dos países do mundo. Por exemplo, na cauda das listas do PIB, do Legatum e do IDH, aparecem alguns países de língua portuguesa. Por exemplo, no PIB, Guiné-Bissau e Moçambique estão nos modestíssimos lugares 169 e 170. No Lega-tum Moçambique e Angola estão nos lugares 120 e 132. No IDH, a Guiné-Bissau e Moçam-bique aparecem de novo colados um ao outro em posições da retaguarda: nos lugares 177 e 178. Mais uma vez a má situação nos dois últimos índices significa não apenas pobreza material mas também défice de educação. A declaração feita pela União Europeia de 2015 como Ano Europeu do Desenvolvimento deve reforçar a consciência dos países mais ricos – é o caso dos países europeus, mesmo os menos desenvolvidos como o nosso – a res-peito do seu papel na ajuda aos mais pobres. Num mundo onde persistem desigualdades gritantes, que este ano sirva para contrariar as assimetrias maiores.

recato das suas casas ou no café do seu bair-ro. Ou na sua páginal de facebook, lida por umas dezenas de amigos. Mas, infelizmente, uma vaga de tudólogos invadiram lugares de

importância na nossa sociedade. Vemo-los a dirigir jornais e a escrever artigos de opinião absurdos, condenando ou divinizando qual-quer medida ou personalidade. Vemo-los a comentar na televisão com uma postura de certeza e infalibilidade sobre qualquer deci-são do governo ou das instituições europeias. Vemo-los como deputados no parlamento, com discursos redondos sem a mínima base de sustentação. Vemo-los, enfim, como líde-res partidários, com frases ensaiadas ao es-pelho que não sobreviveriam a 3 minutos de análise séria.

Uma das melhores qualidades que um ser humano pode ter é a humildade, de saber que existe uma grande probabilidade de incerteza em qualquer acção ou decisão. É ter a noção que, na política, economia ou sociedade, não existem certezas absolutas e que, apenas com milhares de horas de experiência, se pode ser minimamente credível e, eventualmente, bem-sucedido. De facto, bom-senso e algum estudo prévio fazem bem a toda a gente.

Tivéssemos tanta gente a empenhar-se em projectos e em concretizar algo, como temos comentadores e treinadores de sofá, e sería-mos um grande País!

“ Somos, segundo o Legatum, o 13.º país do mundo do ponto de vista da segurança. Só não estamos mais alto no cômputo geral porque a economia e a educação não vão tão bem como o resto”

“ Uma das melhores qualidades que um ser humano pode ter é a humildade, de saber que existe uma grande probabilidade de incerte-za em qualquer acção ou decisão. ”

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Atual

Capoulas Santos satisfeito com centenas de presenças na convenção, quer eleger dois deputados em Évora.

Costa em Évora acusou governo de “fúria de austeridade”O secretário-geral do PS, António Cos-ta, acusou o Governo de ter “atingido duramente”, ao longo destes quatro anos, os portugueses com rendimentos mais baixos, os quais “não escaparam à fúria” de austeridade do executivo.

Na sua intervenção na Convenção Socialista de Évora, o líder do PS afir-mou que “a classe média foi, de facto, muito asfixiada, mas não foi só a clas-se média. Nem os rendimentos mais baixos escaparam à fúria ‘austeritária’ deste Governo” e “foram duramente atingidos” pelas políticas da maioria PSD/CDS-PP.

“No debate na AR, o primeiro-minis-tro disse, a certa altura, a seguinte fra-se: As pessoas com rendimentos mais baixos não foram objeto de cortes”, evocou António Costa, contrapondo que a realidade é outra.

“É absolutamente extraordinário” que, “quatro anos depois de ter in-cumprido todas as promessas que fez na campanha eleitoral, o primeiro--ministro tenha a desfaçatez de ir hoje ao parlamento fazer esta afirmação”, disse.

Uma afirmação, continuou, que “é desmentida pela realidade concreta daquilo que [Passos Coelho] fez e pra-ticou ao longo destes quatro anos de Governo”.

“Assim, de facto, não é possível ter confiança e credibilidade no atual pri-meiro-ministro”, frisou o líder do PS.

A título de exemplo, para sustentar os efeitos do Governo PSD/CDS-PP nos portugueses com rendimentos mais baixos, Costa aludiu ao Complemento Solidário para Idosos (CSI) e ao Rendi-mento Social de Inserção (RSI).

Nem o CSI, “uma das mais importan-tes medidas para o combate à pobreza da pobreza que é a pobreza dos idosos”, e que foi “adotada aliás pelo [socialis-ta e antigo ministro] Vieira da Silva”, lembrou, “escapou aos cortes que este Governo aplicou”.

“E o montante do Complemento Soli-dário foi reduzido mesmo para os ido-sos mais carenciados e que [dele] pre-cisavam para não estarem no limiar de pobreza”, afirmou.

Quanto ao RSI, sofreu também cor-

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tes, a começar pelo próprio titular da medida, que “teve um corte de 6%”.

Já a parcela de “outro adulto que integrasse aquele agregado familiar teve um corte de 33% e, finalmente, a parcela das crianças dos agregados com RSI teve um corte de 44%”, subli-nhou.

O secretário-geral socialista argu-mentou que, por terem sido “alterados os critérios de atribuição” destas me-didas, também 170 mil pessoas per-deram o acesso ao RSI e 70 mil idosos deixaram de ter o Complemento Soli-dário.

E o líder do PS questionou: “Então, quem depende do Complemento Soli-dário e do RSI não são precisamente

aqueles que têm os rendimentos mais baixos? Quem é que tem rendimentos mais baixos do que aqueles que vivem dos instrumentos de combate à pobre-za?”.

Costa diz que paragem do IP2 é uma tragédiaAntónio Costa quer acabar com o “para, arranca” das obras públicas, que são habitualmente travadas em função das mudanças de Governo. Falando no encerramento da con-venção do PS Algarve, o secretário--geral socialista comprometeu-se, caso seja eleito primeiro-ministro, a dar continuidade às obras que te-nham sido ordenadas pelo atual

Executivo e reafirmou a intenção de sujeitar os próximos programas de obras públicas à aprovação do Parla-mento, com maioria qualificada de dois terços, ou seja, comprometendo as principais forças políticas.

“Não podemos continuar a repe-tir aquilo que acontece de governo para governo relativamente a inves-timentos estruturantes: um governo faz, depois vem um governo a seguir e paralisa essas obras. É um para, arranca, começa e recomeça“, disse Costa, lembrando por exemplo o caso da paralisação das obras do IP2, por onde diz ter passado a caminho do Algarve, que classificou de “uma tra-gédia”.

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Atual

Coligação quer fazer campanha pela positiva e realçar as obras do governo.

Ana Costa Freitas na Direcçao de Campanha da ColigaçãoAna Costa Freitas, reitora da Universi-dade de Évora, Carlos Gomes Nogueira, administrador da Europartners, Patrícia Salvação Barreto, membro do conselho de administração da Fundação Berardo e Rita Valadas, da Ação Social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, são os quatro independentes que foram convi-dados pela coligação para a direcção da campanha e que poderão vir integrar as listas dos dois partidos.

Além destes quatro independentes, na campanha do PSD/CDS entrarão ainda duas personalidades, Nuno Botelho, pre-sidente da Associação Comercial do Porto, que se desfiliou do PSD para poder ser dire-tor de campanha de Rui Moreira e Gonçalo Lobo Xavier, vice-presidente do Conselho Económico e Social Europeu, irmão de An-tónio Lobo Xavier e militante do CDS.

Ficou também assumido que a directora de campanha adjunta será Cecília Meire-les e o mandatário financeiro adjunto será Lélio Lourenço. Para já, não há mais infor-mações sobre nomes. Falta saber se estas personalidades serão candidatas e quem é o mandatário nacional da campanha.

Da reunião saiu a organização de sessões temáticas, que já se iniciaram no Porto.

Estas sessões irão servir para que PSD e CDS prestem contas dos quatro anos de

formação e ainda para recolherem contri-butos para o programa eleitoral.

Num comunicado final que fizeram sair, os dois partidos dizem que querem “uma campanha pela positiva” para não colocaram em causa “os bons resultados que estão em curso em Portugal”.

Sondagens baralham resultadosMarcelo Rebelo de Sousa considerou que o empate técnico entre a coligação de go-verno e os socialistas avançado pelo Ba-rómetro da Universidade Católica é “um aviso sério” ao líder socialista, António Costa, numa “altura crucial”.

“Isto é um aviso muito sério a António Costa numa altura que é crucial, a um mês, mês e tal, de se definirem as posições de partida. Um aviso de que está a perder velocidade, de que a mensagem não está a entrar e de que a mensagem da coliga-ção começa a entrar”, disse o ex-líder do PSD e comentador político.

Para Marcelo, que falava à imprensa à entrada para a Conferência “Uma Visão de Futuro pela Lusofonia”, em Lisboa, a sondagem diz que “não só há um empate técnico, como há uma ultrapassagem” da coligação PSD/CDS-PP em relação ao PS, “o que significa uma inversão” relativa-mente aos últimos estudos de opinião.

D.R.

Os motivos preponderantes que influenciam o processo de tomada da decisão de Investi-mento Directo Estrangeiro (IDE) é uma tema objecto de abundantes estudos . Sem preten-são de exaustividade, são muito variados os fatores que influenciam as decisões de IDE, nomeadamente, o risco do país, o custo do fa-tor trabalho, a dimensão do mercado, o nível de desenvolvimento do sector privado, os ní-veis de corrupção. A estabilidade macroeco-nómica (inflação, crescimento, taxa de câm-bio) e a estabilidade institucional (políticas fiscais, a regulamentação e funcionamento da ordem jurídica) são outros fatores apontados como relevantes nas decisões de IDE.

Uma parte muito significativa da literatu-ra entende que as variáveis exógenas – tais como a proximidade geográfica e a dimensão do mercado, entre outras - são os fatores pre-ponderantes no processo de decisão de IDE.

A dimensão do mercado é sem dúvida um dos fatores preponderantes na decisão de IDE, veja-se um país com a dimensão do Brasil em que muitas das empresas multina-cionais não excluem a sua presença naquele território, mesmo sabendo que o Brasil tem um regime fiscal desfavorável comparativa-mente com outros países e elevados níveis de corrupção.

Contudo, sempre que as variáveis exóge-nas são tendencialmente similares entre os potenciais destinos a considerar para o in-vestimento, as diferentes políticas económi-cas e sociais desenvolvidas pelos Estados de

acolhimento assumem maior importância no processo de decisão de IDE.

E por sua vez, sempre que são convergentes as outras políticas (económicas e sociais) dos potenciais países a serem considerados para o efeito de IDE, as políticas fiscais afetam de modo mais relevante a decisão de investimento.

No mercado único dos países da zona Euro, onde existe uma convergência de políticas económicas e sociais, a crescente competição fiscal entre esses países e a importância que atribuem à soberania fiscal – enquanto “úl-timo reduto” da soberania nacional – é uma evidência da importância que a política fiscal tem atualmente na competitividade das eco-nomias da zona Euro.

Em face desta evidência, é expectável que determinadas medidas específicas de políti-ca fiscal relacionadas com as atividades de investimento, implementadas em países da zona Euro – nomeadamente as regras fiscais sobre subcapitalização, reporte de prejuízos fiscais, eliminação da dupla tributação eco-nómica internacional, entre outras – sejam relevantes no processo de tomada de decisão, sempre que estes países da referida zona este-jam a competir entre si como potenciais loca-lizações de IDE.

No que concerne à competitividade fiscal de Portugal, comparada com os outros Es-tados membros da União Europeia, a edição de 2014 do Eurostat statistical books – taxa-tion trends in European Union conclui que a carga tributária total em Portugal (incluindo

todos os impostos estaduais e locais e ainda as contribuições obrigatórias para a seguran-ça social) foi de 32,4% do PIB, bem abaixo da média ponderada dos 27 países da União Europeia (39,4% do PIB).

A reforma do IRC, que entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2014, consciente da necessi-dade de o regime fiscal português ser mais competitivo em matérias especificamente relacionadas com o investimento de capitais estrangeiros, procedeu a alterações relevan-tes, nomeadamente ao nível do alargamento do prazo de reporte de prejuízos fiscais, da isenção de mais valias na alienação de par-ticipações sociais, da redução da percenta-gem de detenção mínima para beneficiar de isenção de imposto aquando da distribuição de dividendos para o estrangeiro, de modo a criar uma maior competitividade no regime fiscal nestas matérias específicas. A reforma do IRC procedeu também a uma redução da taxa geral do imposto.

Assim sendo, parece que atualmente Por-tugal preenche as condições para ser compe-titivo em matéria fiscal na atração de IDE. Contudo, para o país ser competitivo ainda lhe falta estabilidade regulatória, a qual cria confiança aos investidores de que as regras actuais vigentes se manterão inalteradas, pelo menos durante o período de tempo projetado para obter o retorno dos investimentos.

A instabilidade regulatória verificada em Portugal no passado recente (ex. nos últimos cinco anos o regime do reporte de prejuízos

fiscais for alterado três vezes) criou descon-fiança aos investidores internacionais, pelo que o actual ambiente fiscal favorável ao in-vestimento estrangeiro precisa de demonstrar carácter duradouro. Dito por outras palavras, só alguns anos mais tarde, mantendo-se em vigor os princípios consagrados aquando da reforma do IRC, Portugal poderá ser um país competitivo em matéria fiscal, capaz de atrair IDE, quando comparado com outras econo-mias da zona Euro.

Note-se, por último, que a crescente com-petitividade fiscal entre países da zona euro origina sucessivas reformas fiscais nos dife-rentes Estados membros, com o objetivo de tornar mais atrativas as condições para captar investimento. Neste contexto de concorrência fiscal, “estagnar” as regras fiscais vigentes se, por um lado, assegura estabilidade regulatória, por outro lado, não permite acompanhar as medidas de política fiscal dos outros Estados no sentido de criar normas fiscais mais atra-tivas à captação de IDE. Mas estabilidade da política fiscal não é sinónimo de estagnação, Portugal poderá acompanhar a evolução da política fiscal dos outros Estados Membros, alterando as regras agora vigentes, sem perder a estabilidade do regime fiscal, desde que as eventuais alterações legislativas, futuras, man-tenham a coerência sistemática dos princípios que presidiram à reforma do IRC e desde que conservem a política de posicionamento entre os países da União Europeia com ambiente fis-cal favorável à captação de IDE.

Investimento direto estrangeiro e políticas fiscais

ANTÓNIO JACINTO SIMÕESDocente Convidado do Departamento de Gestão da Universidade de Évora

Dinâmicas da Gestão

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Saiu uma sondagem. Segundo a dita cuja os portugueses estão insatisfeitos com o gover-no, dão nota negativa aos líderes da coligação que suporta o governo e ainda assim,

parece que estão dispostos a manter a coisa como está.

A sondagem agora divulgada está em clara contradição com o sentimento generalizado da pessoas com quem me cruzo (verdade que não conheço ninguém que tenha sido sonda-do) e reflecte números que a realidade parece desmentir diariamente.

Ainda assim não deixam de ser curiosas al-gumas reacções a este “estudo de opinião”, des-de a euforia que tomou conta do PSD e CDS, ao assomo de sinceridade do secretário-geral do PS quando diz que os portugueses ainda não confiam no seu partido. Se Costa se atirou a Se-guro porque o partido de ambos não conseguiu uma vitória esmagadora das Europeias, o que não lhe diria agora perante esta sondagem.

Todos sabemos como se manipulam nú-meros, como se definem estratégias e calen-dários de divulgação de sondagens, como se calculam momentos de lançamento do sal-vador que se segue, ou como se ameaça com

o caos se a mudança acontecer. Por isso não deixemos que a ficção tome conta da realida-de e continuemos a luta contra o caminho se-guido nos últimos 39 anos e que as propostas de PS e PSD/CDS pretendem perpetuar com uma outra diferença de intensidade, manten-do o mesmo rumo.

Quando escrevo estas linhas a situação da Grécia parece manter-se num impasse, com os credores a exigirem a capitulação do go-verno grego e a sua submissão aos interesses mais

vorazes dos “mercados”.Neste contexto alguns portugueses volta-

ram às afirmações acintosas para com o povo grego, com particular destaque para aquele senhor que afirmou não poder a União Eu-ropeia ceder a chantagens, confundindo os papeis do chantagista e do chantageado.

O governo grego, legitimamente em fun-ções, insiste que os sacrifícios estúpidos e inúteis, que não resolveram nenhum proble-ma dos gregos, devem ter outro sentido, apon-tando no

caminho do desenvolvimento sem garrotes.Os credores não querem que o exemplo

Começa a estar quentinhoEDUARDO LUCIANO

Atual

“A sondagem agora divulgada está em clara contradição com o sentimento generalizado da pessoas com quem me cruzo”.

grego se multiplique, que se demonstre que outro caminho é possível e desejável e vão esticando a corda.

Desejo que o povo grego saia vencedor desta batalha e que o seu exemplo possa ser seguido pelos outros povos que estão debaixo da opressão dos “mercados” e que o governo resista ao canto da sereia que os levaria a trair a esperança que a maioria dos

eleitores gregos depositaram na possibili-

dade de concretização de uma efectivamudança política.Pode-se dizer o que se quiser sobre o Syri-

za e Tsipras, mas há uma diferença, pelo me-nos ao nível da linguagem utilizada, entre o governo grego e o governo do PS que chamou a “troika”.

Em 2011 dizia o ministro das finanças por-tuguês que não havia dinheiro para salários e pensões, nunca lhe passando pela cabeça que, a não haver dinheiro, seria para pagar os juros usurários da dívida.

O governo grego afirma que se não existir acordo não terá dinheiro para pagar aos cre-dores. Escolhas que, perante um aperto, defi-nem as prioridades de quem governa.

Está muito calor, a Feira de S. João está aí e entre uma fartura, uma sardinha e uma im-perial não deixemos que se consuma a espe-rança. A tal senhora que nos faz acreditar que é a luta que muda a vida e não uns míseros números “ajeitados” num gabinete para

obter uma sensação de vitória ou de derrota antes de tempo.

Vamos lá continuar a fazer aquecer o Ve-rão.

“Todos sabemos como se manipulam números, como se definem estraté-gias e calendários de di-vulgação de sondagens, como se calculam mo-mentos de lançamento do salvador que se segue, ou como se ameaça com o caos se a mudança acontecer.”

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Exclusivo

Outras empresas que não restaurantes estão também presentes nesta iniciativa.

Doze meses de Boa MesaFrancisco Sabino Sociólogo

Assim chamada esta iniciativa que a Câmara de Évora lançou em 2014, e por estar agora a meio do seu segundo ano, cumprindo o que se diz na brochura da iniciativa “Manter a qua-lidade da oferta, promover o que melhor faz a nossa restauração, assegurar a genuinidade dos nossos produtos da terra, valorizar a eno-grastronomia como um dos pincipais produ-tos turísticos da cidade”, julgamos oportuno propor um exercício exploratório, efectuado a partir da informação expressa nos menus apresentadas pelos 51 restaurantes que nesta edição de 2015, se associaram à iniciativa da CME.

Outras empresas que não restaurantes estão também presentes nesta iniciativa mas, por razões de método e opção autoral, não serão ti-das em conta na análise que nos propusemos realizar.

Os menus dos 51 restaurantes e estabeleci-mentos similares podem ser consultados na brochura electrónica que foi editada e está disponível na página WEB da Câmara, e a sua consulta resulta obrigatória para se entende-rem as observações que serão feitas ao longo deste breve esboço analítico.

Neste ano, os estabelecimentos não são apenas da cidade de Évora, mas também de freguesias limítrofes de: Valverde, São Mancos, Azaruja e Graça do Divor.

O que se serveNo total estes estabelecimentos disponibili-zam 3167 lugares, onde podem ser degustados 187 pratos diferentes, 50 sobremesas e, 31 pratos de caça. É claro que nestes 187 pratos não estão enumeradas as diferentes variantes de Açorda que, atendendo aos menus apresentados, po-dem ser mais de 20, se tomarmos em conta as nuances dos produtos que a enriquecem ( tal como bacalhau, a pescada, a sardinha assada, os ovos, etc.). O mesmo se diga para a sopa de cação, migas, ensopados de borrego, etc., que, se tomadas como receitas autónomas, seriam mais de 500 versões.

No quadro que a seguir se apresenta estão registados os pratos de oferta mais comum, e que entram na composição dos cardápios de praticamente todos os restaurantes. O Gaspa-cho é o prato com maior representatividade na oferta degustativa da cidade, o que se justifica porventura por se tratar de um prato sazonal, de consumo obrigatório no Verão, e muito pro-curado por aqueles que cá estão e também por quem nos visita. Seguem-se-lhe o tradicional Ensopado de borrego, a Sopa de cação, Sopa de Tomate e o também tradicional Borrego Assa-do, tudo com presença assegurada em mais de 50% dos estabelecimentos presentes na inicia-tiva “Doze meses de Boa Mesa”.

Os outros pratos da cozinha regional que constam dos menus estão também referidos e servem para complementar a informação disponível no quadro, nomeadamente pelas indicações dos preços praticados em cada um dos restaurantes no respectivo grupo de pratos.

Cabe aqui uma breve observação para que nos situemos em relação aos valores dos pratos e, assim, ficarmos com a ideia de como foram encontrados os preços e, bem assim, com-preender as projecções que adiante se apresen-tarão, quando falarmos do impacto económi-co na restauração da cidade, decorrente desta iniciativa.

Os preços máximos e mínimos, para os pratos de cada grupo, são os que constam nas ementas publicadas na Brochura da inicia-tiva; foi calculada uma terceira coluna com

as diferenças entre aqueles valores, afim de informar o leitor da discrepância de preços dentro de cada grupo. Naturalmente que esta diferença não reflecte a qualidade das ofertas, dado que se pode comer uma excelente açorda com bacalhau por 3.50€ e, porventura, uma menos apaladada por uns 10€. Estas diferen-ças resultam claramente do padrão do estabe-lecimento onde é servido o prato.

Basta estar atento ao cardápio e não nos im-portarmos de comer uma açorda por 13, 14 ou mesmo 17 €. De qualquer forma, o preço mais frequente que se pagará por ela é de 10 €.

Note-se que estes preços são, como se disse, os que figuram nos menus dos respectivos res-taurantes. Para compor a factura final, faltam ainda umas quantas parcelas mais, como se percebe.

O Valor mais frequente, presente na quarta coluna, resulta de uma medida estatística, a MODA, que aplicámos aos preços praticados por cada restaurante, e destina-se a informar o leitor acerca da variabilidade dos preços pra-ticados nos restaurantes que servem determi-nado grupo de pratos.

Para os restantes grupos, basta seguir o ra-ciocínio e… escolher onde se sentar a saborear a nossa cozinha.

SobremesasUma surpresa, dada a relativa exiguidade da oferta, se comparada com a massiva presença das Sericaias e Encharcadas que, uma e outra, pulverizam a restante oferta conventual. É cla-ro que existem as Barrigas de freira, as Sopas douradas, as Queijadas, etc., mas são minoritá-rias na oferta.

Uma sericaia pode custar entre 5,50€ se for servida com a sua Rainha Claudia e respec-tiva calda, ou, uns singelos 2 €. Depende de onde a come.

CaçaQuanto à caça, salientam-se os pratos de Lebre nas suas diferentes versões, que vão desde o consagrado arroz, à tradicional feijoada, pas-sando pelo também muito apetecido ensopa-do de lebre, ou o cozido de lebre com nabos. Tudo isso pode ser degustado por valores que oscilam entre os 18,25 € e os 6,25€. Seguem-se lhe as Perdizes, o Coelho bravo e o Javali. Pom-bos e Veados, também estão disponíveis, mas com menor oferta.

Impacto económico da iniciativa.Eis aqui um exercício altamente problemático, até porque não existem dados disponíveis que possamos evocar em abono do raciocínio que vamos apresentar e que serve de suporte aos nossos cálculos.

Optamos por fazer um exercício apoiado em dois cenários: ( um conservador - repartidos por três opões possíveis, Casa Cheia, Casa a 2/3 e Meia casa) e outro optimista – igualmen-te com três opções, Casa cheia, Casa e meia e Duas casas), na presunção de apenas balizar-mos valores extremos, crendo que a realidade ficará reflectida algures entre essas balizas. Mais não podíamos fazer e a ideia é apenas a de dar uma noção do quanto pode valer a res-tauração da cidade que participa na iniciativa, não podendo sequer validar nada acerca do acréscimo de facturação que a mesma pos-sa induzir, pois não existem mecanismos de aferição que a possa medir, por exemplo um questionário expressamente desenhado para esse fim.

Para os cálculos dos cenários previstos, leva-mos em linha de conta igualmente três esca-lões de preços das refeições, assim repartidos: refeições até 15,99€, representando 18% dos

Preço mais

elevado

Preço mais baixo

DiferençaPreço mais

Frequante

Número de Restaurantes com a oferta

%

Prato PrincipalGaspacho à alentejana 17,00 € 4,00 € 13,00 € 6,50 € 40 78,4Ensopado de borrego à alentejana 19,50 € 7,00 € 12,50 € 13,00 € 35 68,6Sopa de cação 15,25 € 6,00 € 9,25 € 10,00 € 35 68,6Sopa de tomate (com acompanhamentos) 15,00 € 5,00 € 10,00 € 9,00 € 31 60,8Borrego assado no forno 26,50 € 8,00 € 18,50 € 12,00 € 28 54,9Costeletas de borrego 16,00 € 8,50 € 7,50 € 13,00 € 24 47,1Lombinho de porco alentejano 18,50 € 9,00 € 9,50 € 12,00 € 23 45,1Açorda à Alentejana 17,00 € 3,50 € 13,50 € 10,00 € 21 41,2Carne de porco preto com amêijoas 18,00 € 6,50 € 11,50 € 13,00 € 20 39,2Migas com carne de porco 18,25 € 6,50 € 11,75 € 7,50 € 15 29,4Bochechas de porco 18,50 € 8,00 € 10,50 € 13,50 € 14 27,5Pezinhos de porco de coentrada 13,00 € 6,50 € 6,50 € 13,00 € 13 25,5Migas de espargos à alentejana 13,00 € 7,50 € 5,50 € 13,00 € 10 19,6Sopa de beldroegas 11,00 € 1,70 € 9,30 € 11,00 € 10 19,6Migas de tomate (e acompanhamentos ) 13,00 € 8,50 € 4,50 € 12,50 € 5 9,8SobremesasSericaia 5,50 € 2,00 € 3,50 € 3,50 € 33 64,7Encharcadas 5,50 € 2,10 € 3,40 € 3,00 € 21 41,2Pudins 4,50 € 2,5 2,00 € 4,00 € 9 17,6Mel e Noz 4,50 € 2,5 2,00 € 3,50 € 8 15,7Morgado 4,00 € 3 1,00 € 3,00 € 8 15,7Arroz doce 4,50 € 2 2,50 € 2,50 € 4 7,8Bolo de requeijão 3,50 € 2,8 0,70 € 3,50 € 4 7,8CaçaLebre 18,25 12 6,25 12,00 € 13 25,5Perdizes 16,5 8,5 8 14,00 € 11 21,6Coelho bravo 16,5 6 10,5 13,00 € 10 19,6Javali 18 10 8 14,00 € 6 11,8

lugres disponíveis, refeições entre 16 e 20,99€, representando 51% dos lugares e, finalmente, um escalão de mais de 21€, representando 31% dos lugres existentes.

De referir ainda que, para encontrar o preço total da refeição, foi calculado o preço médio do cardápio de cada restaurante, que foi acrescido em mais 9 € para entradas, bebidas e café, para todos os pratos até ao segundo escalão, e de 15€, para o terceiro escalão considerado.

Feito o enquadramento dos quadros, passe-mos sem mais à sua apresentação.

Note-se que os valores estão calculados ape-nas para uma refeição diária, porventura a mais significativa, o Jantar.

Os CenáriosOs valores diários calculados para os cenários considerados darão, apesar das variações extre-mas a que estão sujeitos, uma indicação pelo menos interessante da importância que a res-tauração, e particularmente esta restauração associada à iniciativa, reveste para a economia da cidade e do concelho. Se nos atendermos à primeira das opções “ Casa Cheia, que nos cená-rios conservadores e optimistas apresenta uma

facturação diária de cerca de 64.000 €, estamos a falar de uma facturação anual de 21.300.000€. Tendo em atenção em atenção a última opção deste cenário que se situa nos 10.600.000 € te-mos um primeiro intervalo de variação da fac-turação apurado.

Para o Cenário optimista os valores estimados situam-se entre os 21.300.000€, e os 42.600.000€. Se, como será lícito fazer, juntarmos uma receita, cujo valor médio poderá ser, mantendo os cená-rios de referência, por exemplo de metade destas verbas realizadas com o serviços dos Almoços, ficaremos com um cenário final que poderá oscilar entre os 15.000.000 € e os 31.000.000€ no cenário conservador e os 30.000.000€ e os 60.000.000€ no cenário optimista.

Algures entre estes valores situar-se-á o con-tributo da restauração participante na inicia-tiva para a economia das famílias que neles trabalham, e bem assim para toda a actividade que a jusante e a montante da restauração di-namizam uma importante actividade econó-mica centrada na produção agrícola, na indús-tria agro-alimentar, e nos serviços prestados ao turismo regional.

Jantar (Perspectiva conservadora)

Lugares disponíves nos

estabelecimentos

Escalões do Preço

da refeição

% dos lugares

Proporção dos

lugaresCasa Cheia a 2/3 a 1/2 Casa Cheia a 2/3 a 1/2

15,99 € 18,0% 570 9.115,26 € 6.076,84 € 4.557,63 € 3.053.611,90 € 2.035.741,27 € 1.526.805,95 €20,99 € 51,0% 1615 33.902,42 € 22.601,61 € 16.951,21 € 11.357.310,13 € 7.571.540,09 € 5.678.655,07 €21,00 € 31,0% 982 20.617,17 € 13.744,78 € 10.308,59 € 6.906.751,95 € 4.604.501,30 € 3.453.375,98 €

100,0% 3.167 63.634,85 € 42.423,23 € 31.817,42 € 21.317.673,98 € 14.211.782,65 € 10.658.836,99 €

Facturação Diária Prevista Facturação Anal Prevista

3167

* Casa Cheia - É vendida 1 lotação completa do lugares disponíveis no estabelecimento ** a 2/3 – 67% desses lugares*** Meia Casa – metade desses lugares

Jantar (Perspectiva optimista)

Lugares disponíves nos

estabelecimentos

Escalões do Preço

da refeição

% dos lugares

Proporção dos

lugaresCasa Cheia Casa e

meia Duas casas Casa Cheia Casa e meia Duas casas

15,99 € 18,0% 570 9.115,26 € 13.672,89 € 18.230,52 € 3.053.611,90 € 4.580.417,85 € 6.107.223,80 €20,99 € 51,0% 1615 33.902,42 € 50.853,63 € 67.804,84 € 11.357.310,13 € 17.035.965,20 € 22.714.620,26 €21,00 € 31,0% 982 20.617,17 € 30.925,76 € 41.234,34 € 6.906.751,95 € 10.360.127,93 € 13.813.503,90 €

100,0% 3.167 63.634,85 € 95.452,27 € 127.269,70 € 21.317.673,98 € 31.976.510,97 € 42.635.347,96 €

3167

Facturação Diária Prevista Facturação Anal Prevista

*Casa e Meia - É vendida o equivalente a uma vez e meia a lotação do estabelecimento** Duas casas – É vendido o equivalente a duas vezes a lotação do estabelecimento

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8 22 Junho ‘15

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Espera-se que os fundos comunitários tenham um efeito estruturante nas regiões.

”Temos mais 27 por cento de fundos do que no INALENTEJO“

António Costa da Silva, Vogal Executivo da Comissão Diretiva do Alentejo 2020

Rute Marques | Texto

De acordo com o Ministro--Adjunto e do Desenvolvimen-to Regional, Miguel Poiares Maduro, na Conferência «Avaliação do Portugal 2020: das lições da experiência aos novos desafios», no Porto, «os fundos devem servir para melhorar a qualidade dos processos de decisão, des-de o processo legislativo à Administração Pública, sendo o instrumento mais podero-so para reformar o Estado, a economia e a sociedade». Na

altura referiu também que se os anteriores programas de fundos tivessem sido melhor empregues, a maior parte das regiões, senão todas, já não seriam regiões de convergên-cia.Espera-se que os fundos co-munitários tenham um efei-to estruturante nas regiões. No Alentejo esperamos que tenham um impacto na mu-dança do tecido económico e social. No passado, tivemos muitos investimentos que fo-ram bons exemplos, mas tam-bém tivemos alguns menos

bons, que não tiveram o efeito que se esperava no território. Para se apurar estes factos tem de se fazer uma avaliação pro-funda. Quando utilizamos o termo 2020, estamos a falar da Estratégia Europa 2020, a qual tem a ver com os 3 pilares da agenda europeia: 1) crescimen-to sustentável; 2) crescimento inteligente e; 3) crescimento inclusivo. É aqui que assenta a programação do Portugal 2020. Nesta perspetiva pretendemos atingir objetivos muito estru-turantes no nosso território. Por exemplo, no caso do aban-

dono escolar, a taxa atual é de 20,3 %. Pretende-se que em 2020 a mesma seja de 10% na nossa região. Outro dado rele-vante: 93% dos fundos do Por-tugal 2020 vão ser regionalizá-veis, isto significa que têm de ser aplicados obrigatoriamente nas regiões de convergência. Esta é outra grande responsa-bilidade para os territórios de baixa densidade. O Alentejo só tem a ganhar com esta pro-funda mudança. No passado, a aplicação dos fundos comuni-tários basearam-se numa lógi-ca diferente, em que Portugal,

no seu todo, era considerada uma região pobre (objetivo I). Depois esta lógica foi sendo modificada até ao QCA III. No QREN já foi de certa forma mais próxima do atual. Nesta nova programação só podemos apli-car 7% dos fundos em regiões que não são desfavorecidas, as chamadas regiões phasing out (Lisboa e Algarve). Ou seja, com mais verbas para os territórios mais desfavorecidos, de baixa densidade, podemos inverter o processo. Não atingir os objetivos tem consequências, por exemplo:

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No Alentejo esperamos que tenham um impacto na mudança do tecido económico e social.

Poderá ligar-se esta questão com o mecanismo de mapea-mento prévio que as CIM assi-nalam como colocando algum condicionamento e limitação nas decisões municipais? Uma coisa são as decisões que os municípios tomam no senti-do dos projetos que pretendem realizar, e nada os impede de realizar os investimentos que consideram como prioritários. A liberdade de iniciativa e au-tonomia financeira que os mu-nicípios têm não está limitada. Esta questão dos mapeamentos não se coloca na modernização administrativa. O que é que entende a Comissão Europeia (CE)? e na minha perspetiva, de certa forma, bem: antes de continuarem a fazer investi-mentos, nomeadamente nos equipamentos escolares, façam um levantamento do território e digam o que é que existe, ou seja, que oferta escolar existe e se esta responde, ou não, às ne-cessidades do território. Depois a CE diz: nós estamos disponí-veis para continuar a financiar alguns equipamentos escola-res na perspetiva de fecho de rede, ou seja, não pretendemos continuar a financiar na lógi-ca do passado (sem uma boa fundamentação e sem a devida sustentabilidade dos projetos) e de equipamentos que foram realizados no nosso território, e se calhar, daí alguns investi-mentos menos bons. Está certo que tivemos uma transforma-ção significativa, mas houve excessos, em escolas que cria-ram equipamentos bastante pesados e não têm condições para os manter. Será que faz sentido investir numa “escola” em que estamos a perder alu-nos? São respostas a estas ques-tões quem têm que ser dadas sobre a temática dos Mapea-mentos. Temos um conjunto de equipamentos priorizados, em que as CIM – Comunidades Intermunicipais colaboraram, os quais pretendem dar uma resposta às necessidades do ter-ritório. Tomando como exem-plo o distrito de Évora, em que praticamente todos os conce-lhos tiveram intervenções em equipamentos escolares, mas ainda não fechámos a rede, ou seja, temos algumas necessi-dades no território. Estas ne-cessidades estão identificadas pela CCDR, Serviços Regionais da Educação, pelos municípios e CIM. Para intervenção futu-ra foram incluídos no referido mapeamento.

Por exemplo, pela CIMAC é referido que os Planos para o Desenvolvimento e Coesão Territorial «respondem apenas a uma parte das necessidades de investimento». Temos 127 milhões de euros para contratualizar com as Co-munidades Intermunicipais. Cada CIM fez a sua proposta dentro de um conjunto de prio-ridades de investimento que

Há aqui um tempo de arran-que? Não haverá aqui um vazio? Estamos ainda a concretizar projetos dos municípios e de outras entidades no âmbito do INALENTEJO, e vamos encer-rá-los até ao final deste ano; ao mesmo tempo, em algumas áreas, estamos a abrir candi-daturas, e em Julho e Agos-to vamos abrir um conjunto de candidaturas, exceto para aquelas áreas que estão sujeitas a mapeamento. Nas empresas já abrimos concursos no âmbito dos sistemas de incentivos.

Quando se notará uma mu-dança conjuntural? Conjunturalmente começará a notar-se quando as empre-sas iniciarem a realização dos respetivos investimentos. Nes-te momento, as candidaturas estão na reta final de análise. Não esquecer que estão a ser concluídos os investimentos aprovados no âmbito do INA-LENTEJO. Não há propriamen-te uma paragem de realização dos investimentos. Outra novidade deste quadro de fundos é a existência de um Plano de Avisos, programado a um ano de distância. Como referi, há empresários que con-seguiram candidatar os seus investimentos aos sistemas de incentivos à inovação, em-preendedorismo qualificado, e à internacionalização das PME. Os restantes sabem que vamos abrir novamente avisos de con-curso em julho, em outubro, e janeiro de 2016. Os promoto-res conseguem enquadrar as suas candidaturas no período em que mais lhes convier. Há uma garantia de maior trans-parência e estabilidade no sis-tema. As autarquias e restantes entidades podem consultar os avisos de concurso, os regu-lamentos que lhes interessa, no mesmo Plano de Avisos de Concursos. Também podem programar as suas candidatu-ras a um ano de distância - esta é uma novidade. Uma outra novidade é a possibilidade de apresentarem as candidaturas num portal único, ou seja, vão ao portal do Portugal 2020 (ou se quiserem ao site do Alentejo 2020, onde tem a ligação a este portal), onde todas as candida-turas entram. Entram todas no Balcão 2020. Ao contrário do passado, em que tínhamos um conjunto de portas de entrada, uma por cada programa, agora entram todas as candidaturas no Bal-cão 2020. É mais uma forma de reforma de Estado, como referi-do pelo Ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional. Esta nova exigência faz com que o Estado também se modi-fique. É outro aspeto muito im-portante.Outros exemplos podem ser da-dos ao nível da simplificação dos regulamentos. Ao contrário

Rute B

andeira | D.R

.

podemos perder uma verba que está destinada ao Programa; a Autoridade de Gestão pode ser demitida e esta regra também se aplica aos organismos inter-médios que analisam as candi-daturas. Também eles podem ser substituídos por outros or-ganismos se não cumprirem os objetivos; os beneficiários tam-bém podem ser penalizados se não cumprirem os objetivos. No passado havia muita flexi-bilidade para com os prazos de concretização dos projetos, hoje em dia para quem não cumprir prazos na realização dos inves-timentos, pode implicar a res-cisão contratual. No entanto, ultrapassar objetivos tem con-sequências positivas para os promotores. Um exemplo: uma empresa que ultrapasse os ob-jetivos a que se propôs em fase de candidatura, pode trans-formar subsídio reembolsável (empréstimos) em subsídio não reembolsável (tradicionalmen-te chamado fundo perdido).

do passado, passámos de cer-ca de 100 regulamentos para apenas 4. A simplificação e a desburocratização são objeti-vos desta lógica estrutural de mudar o país. No INALENTE-JO trabalhámos com cerca de 80 regulamentos e passamos agora para 4. Para as empresas estão abertos concursos para instrumentos de montantes pequenos, denominados Va-les - cheque dado às empresas para contratar alguns serviços especializados - essencialmen-te vocacionados para as micro e pequenas empresas. No vale empreendedorismo, uma em-presa (com menos de 2 anos) que quer contratar uma pres-tação de serviços para preparar o seu plano de negócios ou es-tudo de viabilidade financeira, ou então solicitar ajuda na área de gestão, pode beneficiar des-te tipo de apoio. Pode obter um financiamento de 75 % de sub-sídio não reembolsável (fundo perdido como é dito tradicio-nalmente) até a um limite má-ximo de apoio de 15 mil euros. Uma empresa que nunca teve uma experiência de interna-cionalização ou quer interna-cionalizar um produto espe-cífico tem a possibilidade de obter apoio. Existe ainda possi-bilidade de recorrerem a estes regimes simplificados, através dos Vale inovação e Vale inves-tigação e desenvolvimento tec-nológico. Todos com as mesmas taxas e limites de apoio. Dentro de dias vamos abrir os apoios para projetos na área da ciên-cia – para a investigação – quer seja na perspetiva do mundo académico (investigação fun-damental), quer de investiga-ção específica aplicada no setor empresarial.

E efeitos no emprego e quais as áreas com maior potencial de empregabilidade?Os indicadores do emprego es-tão a corresponder aos níveis de emprego nacionais. As taxas de desemprego da região têm acompanhado com proximida-de os valores nacionais. Quer quando atravessámos os pio-res momentos, quer agora que nos encontramos numa fase de recuperação. Mas ainda al-tos. As áreas das tecnologias da informação comunicação estão a empregar muita gente. Te-mos o exemplo da Capgemini em Évora, que quer empregar 50 pessoas e está a encontrar muitas dificuldades. Não tem encontrado pessoas qualifica-das nessa área, daí estar a fazer requalificação de algumas pes-soas para as poder contratar. Podemos dizer que temos ou-tras áreas que estão a mostrar muita dinâmica: há cinco anos não existiam o hotel Vitória, o Vila Galé, o Land Vineyards, Ecorkhotel, Moov, Herdade da Cortesia, Torre de Palma, Mar-móris, Z-Mar e muitos outros também de excelência. São bons projetos. São projetos de

podem contratualizar connos-co. A divisão destas prioridades é que não é igual em cada uma das subregiões (NUT III). Cada território tem as suas necessi-dades. Agora há uma área ou outra em que as CIM entendem que devem apostar. Por exem-plo: umas entendem que po-dem fazer intervenções sobre-tudo no património cultural, outras nas escolas, outras na eficiência energética e assim sucessivamente. Noutras CIM´s tomaram-se outro tipo de op-ções, algumas com projetos mais em rede, porque uns têm mais turismo ou estão mais modernizados em determina-das áreas e outros menos neces-sidades de eficiência energéti-ca. Depende de CIM para CIM.

Por exemplo, por parte da CIMAL, o presidente do conse-lho intermunicipal refere que “até 2013 nos diziam que não haveria financiamento para escolas. Mas há. “Foi apresentado pela Comis-são Europeia um documento denominado de position paper em 2012, em que foram coloca-das um conjunto de condições. Por exemplo, estava definido que não financiavam estradas. Bem tentámos o last mile para ligação a zonas industriais e áreas de atividade económica. Tentámos justificar apoios para intervenções até dez quilóme-tros, que tivessem como funda-mento a atividade económica. Colocámos esta prioridade de investimento na agenda da competitividade e não tivemos sucesso. Nas escolas, era referi-do que não podia ser aplicado mais dinheiro nesta priorida-de de investimento. Mas con-seguimos ter sucesso através do denominado fecho de rede. Foi assim para outras priori-dades de investimento: equi-pamentos sociais e de saúde, equipamentos culturais, áreas de acolhimento empresarial. Aqui fomos bem sucedidos. No exemplo concreto da mo-dernização administrativa, já na anterior programação tive-mos oportunidade de financiar um conjunto de investimentos para as CIM e seus municípios. Criaram-se serviços comuns. Aqui na Comunidade Inter-municipal do Alentejo Central, houve um projeto aprovado no âmbito do Sistema de Apoio a Modernização Administrativa para o conjunto dos municí-pios. O mesmo foi feito no Bai-xo Alentejo, Alentejo Litoral, Alto Alentejo e Lezíria do Tejo. Agora existem outras neces-sidades pontuais, em que as CIM podem recorrer outra vez à modernização administrati-va e capacitação institucional. Ou seja, temos um conjunto de instrumentos que podem utili-zar. Podem fazer a aquisição do economato em conjunto. Algu-mas delas já o fazem, a Lezíria criou uma central de compras comum para os 11 municípios.

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“Estou plenamente convencido que temos condições para responder à procura existente.”

excelência. O Alentejo está na moda porque há um investi-mento significativo e decisivo neste sector. Ao contrário do discurso miserabilista, do coi-tadinho, a região é riquíssima e tem um potencial enorme, e deve efetivamente apostar onde tem mais potencial. Se ti-vermos a capacidade de aplicar os fundos corretamente e atin-girmos objetivos, acredito que pode operar-se uma mudança.

Em termos de ciência e tecno-logia, o que se perspetiva para o sector?A Rede Regional de Transfe-rência de Tecnologia pretende trabalhar em conjunto e fazer a transferência da tecnologia para fora da região. Temos a oportunidade de apostar na concentração solar através da cátedra da Universidade e nas energias renováveis já desen-volvidas na zona de Moura (por exemplo), e “vender” tecnologia e conhecimento para fora da região. Noutras áreas muito tec-nológicas podemos e devemos fazer o mesmo. Em Portalegre, temos uma incubadora e labo-ratórios ligados ao Politécnico. Financiámos o laboratório das energias fotovoltaicas da Lógi-ca, em Moura. Também finan-ciámos uma incubadora dentro do Politécnico de Beja. Finan-ciámos o laboratório do azeite e o laboratório de veterinária da ACOS. No Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo esta-mos a financiar as instalações e a infraestrutura da sede do Parque, em que a Universidade tem 70 % do capital sociedade (fazendo parte desta socieda-de os 3 Politécnicos, a ADRAL, Dexis e GLINTT). Financiámos a incubadora de base tecnoló-gica EVORATECH (promovida pela CME e gerida pela ADRAL), financiamos a incubadora da ANJE e o Centro de Negócios do NERE. Estes projetos têm financiamento do programa INALENTEJO. Está previsto no ALENTEJO 2020 uma segun-da fase de desenvolvimento de projetos, planeados em conjun-to com estas. É nossa expetati-va modificar o quadro atual ao nível deste setor nos próximos anos de execução do programa.

E há procura de investimento nestas áreas? Com o desenvolvimento des-tes investimentos estou plena-mente convencido que temos condições para responder à procura existente. Outra moti-vação para a concretização de novos investimento, tem a ver com a existência de fundos es-truturais na região, enquanto que regiões como a de Lisboa vão ter menos fundos. Há mui-tas empresas nestas áreas que vêm cá realizar os seus inves-timentos. Com a existência do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo temos a possibili-dade de acolher empresas. As empresas que nos veem “bater

à porta” também, vão “bater à porta” dos municípios, estru-turas e empresariais e às enti-dades do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia. A procura das empresas pela região é uma realidade. Existe também um trabalho de equi-pa a funcionar entre as diferen-tes instituições da região (Mu-nicípios, PCTA, ADRA, NER´s, etc). Com a procura existente nesta primeira avalanche de candidatos aos sistemas de in-centivos deixam-nos muito oti-mistas.

Pode haver muito a ideia de que é só para as empresas e maiores instituições. Como é que ficam as câmaras no ALENTEJO 2020? Tivemos um acréscimo de fun-dos de 27% no Alentejo 2020 quando comparamos com o INALENTEJO. A Região, através do Alentejo 2020, teve um acrés-cimo de verbas. Passou para 1.083 milhões de euros. A agen-da que tem mais dinheiro é de facto a área das empresas. Quan-to à alocação de 127 milhões de euros já referidos, é uma dotação que temos para contratualizar com os municípios.

Podem as comunidades inter-municipais fazer referência a insuficiência de verbas para as infraestruturas de comu-nicações de banda larga, ou apoios para infraestruturas de abastecimento de água? Mas se ainda ninguém (no âm-bito da esfera municipal) apre-sentou candidaturas na nova programação, como é que se pode dizer que as verbas são in-suficientes? A questão das Inter-venções da água são financiadas pelo POSEUR – Programa Ope-racional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos, não pelo Alentejo 2020. Existe um programa operacional que vai financiar as intervenções da água, mas que não é o Programa Regional. Quem financia é o Pro-grama Temático. Financiamos património cultural e patrimó-nio natural, eficiência energé-tica nesta agenda, por exemplo. O POSEUR vai financiar outros projetos, como por exemplo a ferrovia para o Caia e outros in-vestimentos estruturantes de grande dimensão nos diferentes territórios. Na inclusão social e emprego vamos poder financiar iniciativas no meio rural, vamos poder ter apoio também para as micro iniciativas, apoiar inicia-tivas no meio rural até 100 mil euros através dos GAL – Grupos de Ação Local. O PDR – Progra-ma do Desenvolvimento Rural apoia projetos agrícolas até 25 mil euros, e investimentos até 200 mil euros na agro indus-tria e diversificação agrícola. Instrumentos de financiamen-to complementares com os do ALENTEJO 2020. Vamos recupe-rar instrumentos semelhantes às ILE, os quais tiveram grande sucesso há uns bons anos atrás. ●

CIMAC contesta mapeamentos

No que a cada Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial respeita e que cada Comunidade Intermunici-pal preparou e candidatou de acordo com regras definidas e conforme aviso de candi-datura, “respondem a apenas uma parte das necessidades de investimento propostas na Estratégia e têm uma dimen-são financeira muito limitada “, afirma a presidente da Co-munidade Intermunicipal do Alentejo Central, Hortênsia Menino. Nestes planos (PDCT), é preciso verificar estarem in-fluenciados por “estrutura e áreas de intervenção que se-melhantes nas três regiões menos desenvolvidas (Norte, Centro e Alentejo), uma preo-cupação, “não estabelecidas ou escolhidas pelas comuni-dades intermunicipais ”.

Nos PDCT foram atribuídas dotações definidas pelo Gover-no para os ITI do Alentejo, ex-plica: apesar de tudo, “respon-sáveis da Autoridade de Gestão têm sugerido que essa reparti-ção pode ser ajustada para cada NUT III através de “entendi-mentos” entre as CIM, situação que “consideramos que não se ajusta à realidade da região e que se divide por “eficiência energética com quase 30% dos meios financeiros alocados aos PDCT/ITI no Alentejo 2020”, para “conservação, proteção, promoção e desenvolvimento do património cultural e na-tural, com 15%”, para “redução e prevenção do abandono es-

colar precoce e promoção da igualdade no acesso ao ensi-no, com 14%, para “criação de emprego e empreendedorismo com 9%, para “ampliação e be-neficiação de equipamentos sociais com 9 %” e para a “bene-ficiação de equipamentos esco-lares e pré-escolares com 9%”. “As comunidades intermunici-pais quereriam outra estrutura de intervenção”, diz a presiden-te da CIMAC e nesta medida “uma maior dimensão para as intervenções na modernização dos serviços, que conta apenas com 4,5% dos recursos finan-ceiros” e na “conservação, pro-teção do património cultural e natural (15% é insuficiente) ”.

Na mesma medida, dos pac-tos deveriam fazer parte “uma política de intervenção nas zonas urbanas, com “apoios substanciais“ para a recupera-ção do edificado, para a quali-ficação do espaço público, para a valorização do património”, conclui:” os apoios serão in-suficientes, pouco mais de 150 milhões de milhões de euros para toda a região, dos quais 127 milhões para os 26 centros urbanos “de nível superior” e apenas 26 milhões para todos os restantes centros, até 2020. Acresce que as intervenções estarão limitadas a certas áreas e que parte substancial dos apoios será através de ins-trumentos financeiros (em-préstimos) e não a fundo per-dido.”

Há áreas, como a recuperação das infraestruturas de abaste-

cimento de água e saneamento fortemente degradas, em mui-tos municípios verifica-se que estão “previstos no POSEUR com condições de acesso mais difíceis e ainda não completa-mente claras”.

E (não há apoios) na “benefi-ciação da rede viária no alarga-mento e extensão das infraes-truturas de comunicações em banda larga, decisivas para a captação de investimentos e a instalação de empresas, na recuperação e valorização do património construído e ima-terial numa perspetiva ampla da memória e da identidade” e existem “apoios, insuficientes, se houver aumento de visitan-tes ou de dormidas”.

Ainda no domínio das “ativi-dades e desenvolvimento cul-tural e artístico verifica-se estar “ignorado pelo Portugal 2020 em coerência com a política de desertificação cultural deste Governo”.

Tal como encontra nos ma-peamentos prévios condicio-namentos ao nível dos “inves-timentos em equipamentos sociais, escolares e de saúde, pa-trimónio e equipamentos cul-turais e áreas de acolhimento empresarial”, e principalmente “um condicionamento ilegal a decisões na sua maior parte de competência municipal “que correspondem a “transferência de decisões das entidades que conhecem o território e estão próximas dos problemas para os serviços da Comissão Euro-peia”.

Pactos Territoriais só respondem a parte das necessidades

D.R

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Juntam-se às duas dezenas de artistas de outros continentes já confirmados no festival.

Radar

Do Báltico ao Mediterrâneo, muita música da Europa no FMM Sines 2015A 17.ª edição do FMM Sines – Festival Músicas do Mundo terá uma forte repre-sentação de músicos europeus. Revela-mos doze artistas e projetos musicais, da Sardenha à Rússia, que o público do FMM poderá ver em Sines e Porto Covo, entre 17 e 25 de julho. Juntam-se às duas dezenas de artistas de outros continentes já con-firmados no festival.

A viagem pela Europa no FMM Sines 2015 começa em Salento, o “salto da bota” da Península Itálica, de onde chega o Canzionere Grecanico Salentino, um dos grupos históricos da música tradicional italiana, reinventor da tradição da “pizzi-ca taranta”.

Também de Itália, mas da Sardenha, vem Paolo Angeli, que se apresentará no FMM para um concerto a solo com a sua guitarra de 18 cordas, um híbrido entre guitarra, barítono, violoncelo e bateria, que utiliza para improvisar e compor mú-sica entre o free jazz, a folk noise e a pop minimalista.

Ritmos da música persa e duas tradi-ções de poesia trovadoresca, uma da Occi-tânia, nação sem estado no sul de França, e outra da Anatólia, Turquia, são as fontes de inspiração de Forabandit, trio formado em 2011 que também estará em Sines.

Outra confirmação é a banda de jazz de fusão francesa Guillaume Perret & Electric Epic, formada em 2008 pelo com-positor e saxofonista Guillaume Perret e dedicada a a explorar o som do saxofone num território onde se cruzam jazz, funk e metal.

O músico francês François R. Cambu-zat (L’Enfance Rouge), acompanhado pela baixista Gianna Greco, apresenta no FMM 2015 a sua nova aventura, Trans--Aeolion Transmission, uma reinvenção pós-industrial da música dos uigures de Xinjiang, China.

Depois de um concerto no Centro de Artes de Sines, em 2008, voltam ao festi-val os Moriarty, banda formada em Paris, no virar do milénio, por um grupo de mú-sicos com raízes nos EUA e referências nos estilos folk, country, blues e cabaret.

Flat Earth Society também atua no FMM Sines pela segunda vez, depois de um concerto em 2008. Fundada em 1998, por Peter Vermeersch, compositor, produ-tor e multi-instrumentista, é a “big band” mais original da Bélgica, situada entre os universos do jazz e do rock.

Ernst Reijseger, violoncelista e compo-sitor holandês, é um dos artistas de mú-sica instrumental mais reconhecidos da Europa, com uma carreira que se estende por um leque muito amplo de géneros musicais, do jazz à música erudita. Esta será a sua segunda presença no FMM Si-

nes e a primeira a solo.A rica tradição britânica de folk-blues

também tem lugar marcado no Festival Músicas do Mundo 2015, representada pelo cantautor Russell Joslin, que nesta sua estreia em Sines dará um concerto baseado no repertório do disco “Harle-quins”, lançado este ano.

Uma voz que marcará o festival será a de Thea Hjelmeland, cantora e multi-ins-trumentista norueguesa. O seu segundo disco, “Solar Plexus”, foi premiado recen-temente na Noruega como melhor álbum “indie” editado no país em 2014.

Da Finlândia chega a Esko Järvelä Epic Male Band, banda de folk-rock liderada pelo violinista e compositor Esko Järve-lä, que já vimos em Sines no concerto de Frigg em 2012, e agora chegará acompa-nhado pelos guitarristas Anssi Salminen e Jani Kivelä, o baixista Juho Kivivuori e a bateria de Janne Mathlin.

A viagem do FMM Sines 2015 pela Eu-ropa termina em S. Petersburgo, Rússia, com a banda Iva Nova, que vem ao fes-tival apresentar o seu quarto disco, “Kru-tila Pila”, um encontro entre rock, música eletrónica e música tradicional.

Marvão cria banco de livros escolaresO Município de Marvão, através da Ludotecas concelhias, e em parceria com o Agrupamento de Escolas, a As-sociação de Pais, o Banco Alimentar de Portalegre e a Loja Social estão a implementar um Banco de Materiais e Livros Escolares no concelho. Este pro-jeto pretende envolver toda a comuni-dade escolar, e tem como propósito o fomento da partilha de livros e mate-riais escolares, maximizando a recu-peração dessas ferramentas usadas e disponibilizando-as, gratuitamente, a quem delas necessite.

O Banco de Materiais e Livros Escola-res destina-se aos alunos que frequen-tam o 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, e irá funcionar nas Ludotecas do con-celho. Com esta iniciativa, o Município pretende desenvolver o sentido de parti-lha e de solidariedade social, beneficiar

social e economicamente a comunidade escolar, promover a reutilização dos ma-teriais e livros escolares e o respeito pelo livro, diminuir os custos de aquisição de materiais e livros por parte das famílias, e incentivar boas práticas cívicas e de educação ambiental.

A entrega dos manuais e materiais es-colares usados, em bom estado de conser-vação, deverá ser efetuada nas Ludotecas do concelho, de preferência no final do ano letivo. Nessa altura, os pais e encar-regados de educação terão que devolver os livros que receberam em empréstimo, e poderão ainda efetuar a renovação da requisição, para receber outros.

Os cadernos e livros degradados serão entregues ao Banco Alimentar de Porta-legre, de forma a que a instituição os pos-sa trocar por alimentos, para posterior-mente entregar a famílias carenciadas.

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SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 750 140 Email [email protected]

O bispo de Beja manifestou preo-cupação pelo facto de migrantes comunitários serem “conside-rados como estrangeiros”, nos países de acolhimento, mesmo depois de um período de integra-ção, e exemplifica com a realida-de luxemburguesa.“Os cidadãos comunitários, ao mudar do país de origem para outro da Comunidade após um tempo de adaptação e integra-ção, não devem continuar a ser considerados como estrangeiros, apenas como mão-de-obra, mas cidadãos de pleno direito, sendo um deles a escolha dos seus re-presentantes no país onde traba-lham e vivem”, assinala D. Antó-nio Vitalino.Num texto enviado à Agência ECCLESIA, o prelado continua a reflexão “identidade e a cidada-nia” onde comenta o referendo

no Luxemburgo, realizado este domingo, que pretendia saber, entre outros assuntos, a opinião dos luxemburgueses sobre os di-reitos políticos dos estrangeiros, que são cerca de 46% da popu-lação do Luxemburgo, onde se conta 16% de portugueses.“O resultado deste referendo ex-clui os estrangeiros do direito de voto, mesmo os provenientes de países da Comunidade Euro-peia”, e o prelado de Beja com-preende a reação dos luxembur-gueses que “estão na iminência de serem minoritários no seu próprio país”. “Isso não justifica a decisão po-pular. Ainda bem que os seus governantes digam que irão respeitar esta decisão, mas tudo farão para, no futuro, tentarem mudá-la”, contextualizou.Neste contexto, o vogal da Co-

missão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana destaca que aos direitos corres-pondem deveres de cidadania e considera que a “maioria” dos emigrantes portugueses “ainda não adquiriu esta consciência” por isso ficaram “indiferentes a este referendo”.“Todo o sistema educativo, os go-vernos, as instituições culturais, sociais e religiosas, assim como os meios de comunicação social devem dar o seu contributo para formar esta nova cidadania eu-ropeia”, corresponsabiliza D. An-tónio Vitalino.Sobre a Igreja escreve que “desde os seus inícios evangélicos” for-ma as consciências dos cristãos para a “liberdade” dos filhos de Deus, “onde não pode haver ace-ção de pessoas, nem escravos ou estrangeiros, mas concidadãos”.

Economia

Montemor reforça apoios ás empresasO CAME – Centro de Acolhimento às Micro, Pequenas e Médias Empresas do concelho de Montemor-o-Novo, foi inaugurado em 2013 e conta atualmente com uma taxa de ocupação de 50%. A Câmara Municipal enquanto entidade gestora e a Adral, enquanto parceira estratégica, decidiram agora reforçar a equipa de gestão do CAME.Nesse sentido, desde o início de Junho, o CAME passa a contar com um coordenador em regime de permanência, para além do apoio técnico por parte da autarquia através da Unidade de Planeamento e Apoio ao Desenvolvimento Econó-mico que assumirá caráter presencial nas instalações do CAME às terças e quintas-feiras de manhã. Pretende-se continuar a dar apoio aos promotores aí instalados e a aumen-tar a taxa de ocupação do espaço, através da intensificação das ações de promoção e captação de novas propostas.

Sociedade

D.R.

A Cidade Europeia do Vinho 2015 vai ao Algarve dar a co-nhecer as tradições e o vinho de Reguengos de Monsaraz numa mostra gastronómica e de artesanato no Hotel Hilton Vilamoura. No hotel, entre os dias 25 e 27 de junho, das 18h às 22h, haverá provas de vinhos e uma mostra de peças de olaria do Centro Oleiro de S. Pedro do Corval e de tapeçarias.Os clientes do Hilton Vila-moura vão poder degustar os vinhos da CARMIM - Coopera-tiva Agrícola de Reguengos de Monsaraz, um dos nove pro-dutores oficiais da Cidade Eu-ropeia do Vinho 2015, em con-junto com o Esporão, Ervideira, Monte dos Perdigões, Adega José de Sousa, Quinta da Vár-zea, Luís Duarte Vinhos, Monte das Serras e São Lourenço do Barrocal. Ao jantar, no Restau-rante Moscada, o chef André Si-mões vai preparar alguns pra-tos alentejanos como as migas com entrecosto, carne de porco à alentejana, entre outros.Durante a mostra vai ouvir-se Cante Alentejano, Património Imaterial da Humanidade.

Cidade Europeia do Vinho no Algarve

Evento

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D. António Vitalino destaca direitos dos migrantes da UE