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PUB Director Nuno Pitti | 22 de Fevereiro de 2010 | ed. 094 | 0.50 euros www.registo.com.pt SEMANÁRIO Jerónimo de Sousa assinala 35 anos do início da Reforma Agrária PÁG.09 Jerónimo de Sousa assinala os 35 anos do início da Reforma Agrária, em Montemor-o-Novo. O líder comunista des- tacou no seu discurso o que considerou ter sido “a ofensiva criminosa que levou à li- quidação” da Reforma Agrária Reportagem Reis das ruas PÁG.12 A idade não lhes traz menos mé- rito. Cada um com o seu skate e com mano- bras sempre preparadas para entusiasmar os mais distraídos. A geração actual está cada vez mais ligada aos anos em que se praticou bom skate, por todo o mundo. Município de Castro Verde apoia “luta” dos trabalhadores da mina de Neves-Corvo PÁG.3 A Câmara Municipal de Castro Verde mostrou o seu apoio aos trabalha- dores da mina de Neves-Corvo, que desde a passada terça-feira estão em greve Tragédia na Madeira faz dezenas de mortos O último sabado mostrou-se fatal para a população da ilha da Madeira. Chuvas torrenciais, ventos fortes, deixaram todo o arquipelago num caos e desordem. José Socrates deslocou-se ao fim da tarde de sábado para avaliar a situação. GOVERNADORA CIVIL DE ÉVORA FALA SOBRE OS TEMAS QUE MARCAM A REGIÃO eMBRAeR, o desemprego e as novas apostas ao nível do apoio social. 06 Fernanda Ramos em ENTREVISTA Vila Viçosa pode vir a perder o núcleo do Museu dos Coches C âmara de Vila Viçosa pretende opor-se à possibilidade da transfe- rência das carruagens para o Mu- seu Nacional dos Coches, em Lisboa AlEntEjo pErdE CulturA 05 02 Registo associa-se ao luto nacional decretado pelo Governo pelo que o nosso logotipo hoje saí a preto Jovem mantida em cativeiro foi entregue às autoridades espanholas 10

Registo Ed94

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Edição 94 do semanário Registo

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Page 1: Registo Ed94

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Director Nuno Pitti | 22 de Fevereiro de 2010 | ed. 094 | 0.50 euros

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO

Jerónimo de Sousa assinala 35 anos do início da Reforma AgráriaPÁG.09 Jerónimo de Sousa assinala os 35 anos do início da Reforma Agrária, em Montemor-o-Novo. O líder comunista des-tacou no seu discurso o que considerou ter sido “a ofensiva criminosa que levou à li-quidação” da Reforma Agrária

ReportagemReis das ruas

PÁG.12 A idade não lhes traz menos mé-rito. Cada um com o seu skate e com mano-bras sempre preparadas para entusiasmar os mais distraídos. A geração actual está cada vez mais ligada aos anos em que se praticou bom skate, por todo o mundo.

Município de Castro Verde apoia “luta”dos trabalhadores da mina de Neves-Corvo

PÁG.3 A Câmara Municipal de Castro Verde mostrou o seu apoio aos trabalha-dores da mina de Neves-Corvo, que desde a passada terça-feira estão em greve

Tragédia na Madeira faz dezenas de mortosO último sabado mostrou-se fatal para a população da ilha da Madeira. Chuvas torrenciais, ventos fortes, deixaram todo o arquipelago num caos e desordem. José Socrates deslocou-se ao fi m da tarde de sábado para avaliar a situação.

GOVERNADORA CIVIL DE ÉVORA FALA SOBRE OS TEMAS QUE MARCAM A REGIÃOeMBRAeR, o desemprego e as novas apostas ao nível do apoio social.

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Fernanda Ramos em ENTREVISTA

Vila Viçosapode vir a perder o núcleo do Museu dos Coches

Câmara de Vila Viçosa pretende opor-se à possibilidade da transfe-rência das carruagens para o Mu-

seu Nacional dos Coches, em Lisboa

AlEntEjo pErdE CulturA0502

Registo associa-se ao luto nacional decretado pelo Governo pelo que o nosso logotipo hoje saí a preto

Jovem mantida em cativeiro foi entregue às autoridades espanholas

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2 22 Fev ‘10

Voz A opinião que cria opiniões

Muitas vezes nos interrogamos sobre a real dimensão desta crise económica e social. É certo que somos diariamente confronta-dos com a falência de inúmeras empresas e com o consequente aumento do número de desem-pregados. Não há ninguém que não tenha pessoas na família ou amigos afectadas por esta grave situação económica e financeira. Ninguém ficou de fora. Na reali-dade, o rumo e a dimensão que vai ser seguida por esta crise são uma das grandes incógnitas e preocupações actuais.Todos nós sabíamos que esta de-gradante situação haveria de acontecer algum dia, só não se sabia quando e com que dimen-são. Não era necessário ser um especialista na matéria para veri-ficar que este modelo baseado no consumo e de forte endividamento não poderia ter bom fim. É ele-mentar – os recursos não duram ad aeternum.Também é verdade que as causas já estão todas mais do que iden-tificadas e analisadas, mas o que importa agora é ultrapassar esta situação que foi criada, apren-der com os erros e promover um novo modelo de desenvolvimento económico e social, que seja mo-ralmente justo e adequado às re-ais necessidades das populações, mas também, que não ponha em causa a sustentabilidade do pla-neta.Esta vai ser a maior batalha com que nos vamos confrontar. Alte-rar este modelo significa abdicar de privilégios que temos vindo a obter ao longo dos últimos anos – parece-me inevitável. Como é óbvio ninguém vai querer perder “direitos” que consideram como adquiridos e inalienáveis. Nin-guém vai querer perder as faci-lidades ao crédito. Vai ser difícil voltar a fazer poupança e reduzir consumos. Ninguém vai querer perder salários, nem as regalias laborais e sociais. Na prática, estas novas mudanças implicam muito sacrifício que ninguém está disposto a fazer.Por isso mesmo, vamos entrar numa fase em que os sindicatos vão ganhar mais força, os parti-dos “dependentes” da fragilidade económica e social vão querer ti-rar os seus dividendos políticos. Vamos, inevitavelmente, entrar numa fase de agitação social –

A urgência de um verdadeiro PEC

também me parece evidente.Nesta crise, que é claramente es-trutural e não conjuntural como muitos a querem intitular, só exis-tem duas opções: ou temos uma mudança do modelo vigente, com perdas claras das regalias e privi-légios obtidos ao longo de vários anos, ou então, vamos ter inevi-tavelmente fome e uma miséria galopante.É verdade que vão ser os mais fra-cos os primeiros a pagar pelos er-ros criados ao longo destes anos. É verdade que as sociedades mais desestruturadas são mais suscep-tíveis aos abusos, à corrupção e à criminalidade. É verdade que se deve exigir mais justiça social. Mas também é verdade que, não fazer nada no curto prazo, é ir de encontro ao abismo colectivo.Mais do que nunca os Estados-Nação têm um papel determinan-te nesta fase histórica. É espectá-vel que cada um faça a sua parte, contribuindo para a mudança deste modelo económico e social com que nos confrontamos. Os Estados têm um campo de ma-nobra cada vez mais reduzido, mas ainda assim, o seu papel in-terventivo e fiscalizador deve ser determinante para a recuperação da confiança nas diferentes socie-dades.Os Estados devem dar o exem-plo. Os Estados não podem ser os principais gastadores e geradores de dívidas que não podem pagar. Os Estados devem resolver, o mais urgentemente possível, as suas situações internas. Apesar de vivermos numa sociedade glo-bal, é obrigatório, em primeiro lugar, os países arrumarem as suas casas. Foi assim que fez para a adesão ao Euro. Agora é inevi-tavelmente mais urgente.Desta forma, devemos pedir ao Estado português que também faça a sua parte desta difícil ta-refa. Dê por onde der (reconhe-cendo que existe pouca vida para além do défice), é urgente tomar medidas de fundo, isto porque é impossível esperar mais. Só de-pois de “sarar esta ferida” econó-mica e financeira é que é possível criar riqueza. Como é óbvio, nin-guém investe em países falidos. Aliás, não resolver o problema das contas públicas, significa que se está a promover o mau inves-timento e nunca o investimento criador de riqueza e gerador de emprego.Está claro que o Governo, isola-damente, não vai tomar medidas de fundo. Está claro para todos que não é desejável a instabilida-de política. Significa então que, não havendo eleições a curto pra-zo (porque ninguém as quer), o melhor é haver um entendimento sério entre os principais parti-dos políticos portugueses. Este entendimento não deve significar alianças políticas, mas sim enten-

António CostA dA silVAEconomista

VoZ

dimentos específicos em áreas de-terminantes para o nosso futuro.Nesta fase em que estamos a pre-parar o PEC – Programa de Esta-bilidade e Crescimento, devemos aproveitar esta “última” oportu-nidade para tomar medidas es-truturais que nos façam sair da grave situação em que nos encon-tramos. Como já referi, muitas dessas medidas serão certamente dolorosas, mas inevitáveis. Não haver entendimento significa que vamos arrastar os problemas até que terceiros os resolvam por nós.Tanto o Governo como a Oposi-ção devem querer que o país saia do pântano onde há muito tempo imergiu. Ninguém deve querer governar (a seguir) um país onde já não há nada a fazer, a não ser obter o poder. Isso só vai atrair maus governantes. É nesta pers-pectiva que, na minha opinião, se deve apostar num entendimento ao nível da tomada de medidas económicas (e não só) nalgumas áreas muito importantes, como são exemplo:1) Redução e correcção do défice público;2) Redução da dívida externa;3) Estabilização do sistema finan-ceiro;4) Definição das principais obras públicas a desenvolver;5) Criação de um verdadeiro ins-trumento de incentivo ao investi-mento e às PME´s;6) Renovação do modelo produ-tivo;7) Desenvolvimento de um pro-grama de criação de emprego;8) Promover um programa de aposta na competitividade.9) Reforma profunda da adminis-tração públicaPromover um entendimento nes-tas áreas significa dar um sinal de que se quer mudar. Mudar realmente. Desta forma, seria possível concentrar esforços de combate às nossas principais fragilidades, evitando também, a interferência “negativa” das cor-porações e lobbies. Não procurar este caminho, significa que vamos continuar a gastar alegremente e a empobrecer tristemente.

Ninguém vai querer perder salários,nem as regalias labo-rais e sociais.

CAVACo silVA ExprEssou CondolênCiAs às VitimAs do tEmporAl nA mAdEirA

“Às famílias que foram atingidas pela morte eu que-ro expressar as mais sentidas condolências, a todos aqueles que perderam os seus bens e os seus haveres eu quero deixar uma palavra de esperança”, afirmou Aníbal Cavaco Silva.

Numa comunicação no Palácio de Belém, o chefe de Estado adiantou ter recebido um telefonema do rei Juan Carlos de Espanha, que disse que o país vizinho “estava disponível para ajudar em tudo o que fosse ne-cessário”.

“O rei de Espanha lembrou-me que tinha estado na ilha não há muito tempo numa visita e disse ter fica-do absolutamente chocado com as imagens”, revelou Cavaco, referindo-se à visita que fez com os reis de Es-panha em setembro de 2009. Questionado sobre uma eventual deslocação à zona afetada pelo temporal, Cavaco Silva respondeu que irá fazê-lo “no momento apropriado”.

“É preciso ajudar todos os atingidos pelos temporais a construir o mundo que foi destruído”, disse, em jeito de apelo.

Fotografia de Arquivo

A Fechar

CurrAl dAs FrEirAs já não Está isolAdA

Curral das Freiras é uma freguesia situada no centro da ilha, num vale encravado entre as montanhas onde nascem algumas das ribeiras que ontem arra-saram a capital do arquipélago, o Funchal, e Ribeira Brava.

Em contacto exclusivo para o Registo, ao início da tarde de ontem, o jornalista da SIC, Pedro Coelho, re-feriu que “a situação no Funchal e arredores é caótica e preocupante, pois o grau de destruição, enxurradas, desabamentos e toneladas de lamas e detritos são mui-to significativos”.

Ainda segundo Pedro Coelho, “a localidade de Santo António, nos arredores do Funchal é aquela que mais sofreu com a tragédia pois é lá que se registaram, até ao momento, o maior número de vítimas mortais.”

Ontem, ao final da tarde, o Registo contactou, de novo, com o jornalista que já se encontrava no Curral da Freiras onde as equipas de resgate e da SiC conse-guiram chegar, a muito custo.

“Apesar dos receios e dos avultados estragos, o nú-mero de vítimas é inferior ao esperado, um morto e um desaparecido, facto que ajuda a tranquilizar, um pouco, as autoridades que inicialmente receavam um drama de proporções maiores”, disse o jornalista.

O Semanário Registo agradece ao jornalistaPedro Coelho, da SIC, a partilha e disponibilida-de manifestadas.

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sociedade Em destaque na região

Município de Castro Verde apoia “luta”dos trabalhadores da mina de Neves-Corvo

mineiros reivindiCam um aumento no subsidio de Fundo

A Câmara Municipal de Castro Verde mostrou o seu apoio aos trabalhadores da mina de Neves-Corvo, que desde a passada terça-feira estão em greve

A Câmara Municipal de Castro Verde (CDU) manifestou-se solidá-ria com “a luta” dos trabalhadores da mina de Neves-Corvo, que es-tão em greve desde terça-feira, e apelou “ao diálogo entre as partes”.

Numa moção do executivo, a Câmara manifesta “solidariedade e apoio aos trabalhadores em luta” e “apela ao diálogo” entre traba-lhadores e administração da con-cessionária da mina, a Somincor, “com vista à rápida resolução dos problemas”.

A moção foi aprovada por una-nimidade na reunião do executi-vo da Câmara de Castro Verde, que decorreu na passada quarta-feira, um dia após os trabalhadores da Somincor terem começado uma greve de duas horas diárias no iní-cio de cada turno, às 06.00, 08:00, 14:00 e 22:00, e por tempo indeter-minado.

Através da greve, os trabalhado-res reivindicam um aumento de cem euros no subsídio de fundo, que é atribuído aos trabalhadores que trabalham no fundo da mina, “o pagamento dos 50 por cento em falta da compensação do dia de Santa Bárbara” de 2009 e “a ga-

rantia do pagamento da compen-sação na totalidade este ano e nos próximos anos”.

Até quinta-feira passada, a adesão à greve “contínua acima dos 90 por cento nos turnos das 06.00, 14:00 e 22:00”, que abran-gem os trabalhadores do fundo da mina, onde “o descontentamento é maior”, disse à Lusa o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), Jacinto Anacleto.

Somicor senteo abalo da greve

No turno das 08:00, que abrange os trabalhadores à superfície, só abrangidos pela reivindicação relativa à compensação do dia de Santa Bárbara, “a adesão é fraca”, disse o sindicalista, referindo que a greve está “a afectar e muito a produção” da Somincor.

“Temos conhecimento que vai faltando matéria-prima à superfí-cie para ser tratada nas lavarias”, disse, referindo que “as lavarias estão a funcionar mas com pouco minério”.

Ao terceiro dia de greve, o STIM

e os trabalhadores “ainda não ob-tiveram feedback da administra-ção” da Somincor, portanto “vão continuar a luta e manter a greve”, disse Jacinto Anacleto.

Num comunicado emitido terça-feira, a empresa Lundin Mi-ning, proprietária da Somincor, informa que os trabalhadores “exigem aumentos salariais na ordem dos 17 por cento sobre o sa-lário base” e que a administração “rejeitou a reivindicação e fará to-dos os esforços para reduzir o efei-to da greve”.

A posição da Somincor

O vice-presidente da Lundin Mining, João Carrelo, diz que os responsáveis da empresa estão “decepcionados com a posição de uma parte dos colaboradores, por-que no mês passado tiveram au-mentos acima da infl ação e bem acima da média nacional”.

A Lundin Mining refere ain-da que a Somincor “vai continu-ar a produção de concentrados, utilizando a extração e os stocks existentes à superfície” e que “a quantidade da produção que pode

ser perdida está a ser avaliada e dependerá de uma série de fatores, incluindo a duração da greve”.

A Somincor tem cerca de 900 trabalhadores e produz mais de dois milhões de toneladas de co-bre em bruto, por ano.

<trabalhadores que produzem mais de dois milhões de toneladas de

cobre em bruto, por ano>

900nÚmEro

tErÇA-FEirA

Os Mineiros estão em greve

desde a passada terça-

feira, 16 de Fevereiro. Na

Somincor trabalham cerca

de 900 pessoas

Quem é a somincor?saiba em segundos

De acordo com o sitío ofi cial na internet a Somincor – Socie-dade Mineira de Neves Corvo, S.A. é proprietária da mina de cobre Neves Corvo, situada no Sul de Portugal. A maior mina de cobre da Comunidade Euro-peia começou a operar em 1988 e produz, anualmente, cerca de 340 mil toneladas de concen-trado de cobre e 2 mil toneladas de concentrado de estanho, em-pregando mais de 800 pessoas.

A necessidade de uma infor-mação mais alargada e mais fi ável num curto espaço de tempo, bem como o contínuo decréscimo dos preços no mer-cado de metais determinaram o início de um processo de transformação global, no sen-tido de tornar a empresa mais efi ciente em termos de custos e de funcionamento.

Fotografi a de Arquivo

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4 22 Fev ‘10

opinião

Está o Estado de Direito a ser alvo de um atentado em Portugal? Não tenho qualquer dúvida que sim. Se não, o que chamar às su-cessivas tentativas para derrubar um governo legítimo, sufragado pelos eleitores há pouco mais de três meses, por meios que a cons-tituição não prevê? O que chamar à violação sistemática do segredo de justiça, visando, através de fu-gas cirúrgicas e parcelares, atin-gir o Primeiro-ministro?Como classificar o comporta-mento de uma grande parte da comunicação social privada que, a maior parte das vezes sem qualquer hipótese de contradi-tório, insiste e repete a tese do envolvimento do PM e do Go-verno num tenebroso plano para a controlar? Mesmo quando o Procurador-geral da Republica afirma categoricamente num dos despachos de arquivamento que foi chamado a produzir que “nas escutas não existe uma só menção de que o primeiro-ministro tenha proposto, sugerido ou apoiado um qualquer plano de interferên-cia na comunicação social”? Ou quando o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça se vê obriga-do a dar entrevistas para sacudir a onda de suspeição que sobre ele pretendem lançar esses mesmos órgãos por, também ele, ter re-cusado sustentar tal fantasiosa e ridícula tese?Vi e ouvi recentemente na TVI o ideólogo e mentor da estratégia da “asfixia democrática”que le-vou Manuela F. Leite ao cadafal-so, Pacheco Pereira, referir que tal tese assentava nos seguintes “ factos concretos”:1-No afastamento de Manuela M. Guedes do mais abjecto serviço noticioso de que há memória des-de o PREC, e do seu marido, da TVI;2- Na recusa do director do JN de publicar de uma pseudo-crónica de Mário Crespo, cujo tema era o orgulho ferido do próprio autor, por achar que a prosa violava as mais elementares regras éticas do jornalismo;3- Porque o director do Publico tinha sido demitido após ter sido cúmplice com a calúnia lançada contra o PM nesse jornal, mon-tada por um assessor do PR, vi-sando fazer crer que existiria uma alegada espionagem do Governo sobre o Palácio de Belém, em

O atentado contra o estado de direito

vésperas das ultimas eleições le-gislativas, confirmando a tese da “asfixia”.Eis os factos que comprovam sem margem para dúvida o “atentado contra o Estado de Direito” de que o PM é suspeito e que, por tal motivo, segundo diversos dirigen-tes partidários, especialmente do PSD, lhe retira as condições para continuar a chefiar o governo, chegando os mesmos a apelar até ao PS para continuar no governo mas para mudar de PM, escolhen-do outro mais a seu gosto.Ora, a TVI é propriedade priva-da e, pelo que se viu após meses de massacre do PM e do governo, não é crível que possa ser suspei-ta de simpatias pelo PS ao ponto de se livrar da “popular” apre-sentadora só para lhe agradar.O JN, que se saiba, é jornal tam-bém privado e tem pergaminhos de independência suficientes para não se atemorizar com o governo por causa de um texto de um jor-nalista insignificante como Mário Crespo.O dono do Publico é Belmiro de Azevedo cuja simpatia pelo go-verno e pelo seu líder é de todos conhecida.O problema será então do PM ou dos jornalistas em causa e dos seus mentores? Será que todos os que ficaram na TVI são menos in-dependentes do que a D. Manuela e que o canal se tornou a partir da sua saída submisso ao gover-no? Será o director do JN menos probo do que o acintoso Crespo? E o dono do Publico correu com José Manuel Fernandes, apesar do próprio ter dito que saiu pelo seu pé, com medo de Sócrates?Acredito na maioria dos jorna-listas portugueses e na liberdade de expressão e de imprensa que Portugal conquistou com o 25 de Abril de 74 e reconquistou em 25 de Novembro de 1975. O “pro-blema” que existe na democracia portuguesa não está na imprensa. Está naqueles que não se confor-mam com anos de afastamento do poder e que não vislumbram lá voltar tão depressa por métodos democráticos, sobretudo se os so-cialistas continuarem a dar pro-vas de coragem e determinação para reformar o país e se forem capazes de superar a crise econó-mica e social induzida pela crise internacional.É por isso e só por isso que o Es-tado de Direito está sob fogo em Portugal.Da forma como, no curto prazo, for debelado o “atentado”, de-penderá o futuro da democracia portuguesa.Disso não restem dúvidas.

CApoulAs sAntosEurodeputado

VoZ

O “problema” que existe na democracia portuguesa não está na imprensa

Luísa Dacosta distinguida com o prémio Vergílio Ferreira

esCritora de trás-os-montes distinGuida pela universidade de Évora, aos 83 anos

Dia 1 de Março, a escritora Luísa Dacosta vai ser distinguidacom o prémio Vergílio Ferreira

Luísa Dacosta é o nome es-colhido para atribuição do prémio Vergílio Ferreira 2010. Com uma carreira li-terária que ultrapassa os 50 anos, a escritora, mais co-nhecida pelos livros infan-tis, tem uma vasta obra de-dicada à crónica, ao diário e à autobiografi a. A cerimó-nia de entrega do galardão acontece no próximo dia 1 de Março, data da morte de Vergílio Ferreira, pelas 18h30.

A importância do con-junto da obra da autora na literatura portuguesa da segunda metade do século XX e a “excelência e diver-sidade da obra narrativa”, que abrange crónica, conto, diário e autobiografi a foram alguns dos critérios que le-varam o júri a atribuir este prémio à escritora de 83 anos, natural de Vila Real de Trás os Montes.

Com uma obra relevante e nunca antes premiada na área do diário e da autobio-grafi a e onde se verifi ca uma aproximação a Vergílio Ferreira, uma vez que são domínios muito caros ao es-critor, a escolha do júri em Luísa Dacosta foi unânime e pretende destacar aspec-tos nunca antes premiados na obra da escritora.

O prémio foi criado em 1997 com o objectivo de ho-menagear o escritor que lhe dá o nome, Vergílio Ferrei-ra, e premiar o conjunto da obra de escritores portugue-ses relevantes no âmbito da narrativa e do ensaio.

Depois de, no ano passa-do, o prémio Vergílio Ferrei-ra ter sido entregue numa parceria com a Câmara Mu-nicipal de Gouveia a Mário de Carvalho, este ano re-torna à casa onde nasceu, a Universidade de Évora.

Este ano o júri é compos-to pelo Prof. José Alberto Machado, que preside, pela Prof. Ana Alexandra Silva, em representação do presi-dente do Departamento de Linguística e Literaturas, pelo crítico literário Libé-rio Cruz e pelas professoras Paula Mourão, da Faculda-de de Letras da Universi-dade de Lisboa e Fernanda Irene Fonseca, da Universi-dade do Porto.

Dados biográfi cos

Maria Luisa Saraiva Pinto dos Santos nasceu em 1927 em Vila Real. Formou-se em Lisboa, na Faculdade de Letras, em Histórico-Filosófi cas. Foi professora do Ciclo Preparatório e em 1997 reformou-se por limite de idade.

Desenvolveu, sob o pseu-dónimo de Luísa Dacosta, a sua actividade literária. Exerceu a critica na página literária de O Comércio do Porto e colaborou noutras páginas literárias, nome-adamente nas de O Jornal de Noticias, Diário Popular e em A Capital. Foi colabo-radora das revistas Seara Nova, Vértice, Vida Mun-dial, Raiz e Utopia, Gazeta Musical e de Todas as Ar-tes e de Colóquio de Letras, onde continua a colaborar.

Outros Homenageados

Atribuído pela primeira vez a Maria Velho da Costa, em 1998 foi Maria Judite de Carvalho que, a título póstumo, rece-beu esta homenagem da Universidade de Évora, seguida de:

• Mia Couto em 1999• Almeida Faria em 2000• Eduardo Lourenço em 2001• Óscar Lopes em 2002• Vítor Aguiar e Silva em 2003• Agustina Bessa-Luís em 2004• Manuel Gusmão em 2005• Fernando Guimarães em 2006• Vasco Graça Moura em 2007• Mário Cláudio em 2008

letras

Dados biográfi cos

A EsCritorA

Em pAlAVrAs

Fotografi a de Arquivo

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sociedade Em destaque na região

Vila Viçosa pode vir a perder núcleodo Museu dos Coches

alentejo pode estar a perder o seu CaráCter museolÓGiCo

Câmara de Vila Viçosa pretende opor-se à possibilidade da transferência de algumas carruagens para o Museu Nacional dos Coches, em Lisboa

Maria Monge, directora do Museu da Fundação da Casa de Bragança, cuja instituição faz a gestão das vi-sitas no núcleo instalado no Paço Ducal, em Vila Viçosa, refere que “não há nenhuma comunicação ofi cial” quanto à transferência de algumas carruagens para o Mu-seu em Lisboa.

Apesar de não haver uma “in-formação ofi cial”, Maria Monge avançou que “alguns dos coches que estão no núcleo de Vila Viçosa correm o risco de ser transferidos para o novo Museu dos Coches, em Lisboa”.

A Centralização da cultura

“A centralização funciona” disse a responsável, considerando que, no caso de se concretizar, esta situ-ação se traduz “num prejuízo para a visibilidade das viaturas”.

Na opinião de Maria Monge “é um património que estava a ser usufruído pelas populações do in-terior e que vai para o Museu dos Coches em Lisboa”, salientou.

Carruagem do Rei D. Carlos não voltou

Maria Monge realçou que a car-ruagem que transportava o Rei D. Carlos quando foi assassinado há 102 anos constituía, até há pouco tempo, o principal atractivo da ex-posição permanente de carruagens de Vila Viçosa, no Paço Ducal.

Aquela carruagem, segundo a responsável, foi transferida para Lisboa há dois anos, quando se as-sinalou o centenário do regicídio e não regressou a Vila Viçosa.

A directora do Museu da Fun-dação da Casa de Bragança refe-riu ainda que “há pouco tempo” a Fundação renovou um protoco-lo com a direção do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), organismo tutelado pelo Ministé-rio da Cultura, para a continuida-de, por um prazo de vinte anos, de cerca de 70 viaturas no núcleo de Vila Viçosa.

Actualmente, adiantou a res-ponsável, existem 76 viaturas no núcleo de Vila Viçosa, mas cerca de uma dezena ou são propriedade

da Fundação da Casa de Bragança ou pertencem a particulares, e es-tão depositadas na Fundação.

O novo Museu dos Coches

A primeira pedra do novo Museu dos Coches, em Lisboa, foi coloca-da a 01 de fevereiro, na presença do primeiro ministro, José Só-crates, e da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, tendo sido também apresentado o respectivo programa museológico.

A cerimónia decorreu nas an-tigas instalações das Ofi cinas Ge-rais de Material de Engenharia do Exército, na Avenida da Índia, em Belém, onde se erguerá o novo edi-fício da autoria do arquitecto brasi-leiro Paulo Mendes da Rocha.

O museu, que ocupará uma área de 15 177 metros quadrados dos terrenos das antigas ofi cinas, custará 31,5 milhões de euros pro-venientes das contrapartidas do Casino de Lisboa.

A coleção é composta por 130 via-turas, 54 das quais se encontram no actual Museu dos Coches - o mais

visitado de Portugal -, e as restantes 76 no núcleo de Vila Viçosa, instala-do desde 1984 nas antigas cocheiras e cavalariças do palácio.

Câmara de Vila Viçosa prome-te fazer frente a esta possivel mudança

Luís Caldeirinha Roma, presiden-te da Câmara de Vila Viçosa, em declarações ao REGISTO diz ain-

da não lhe ter sido comunicada qualquer alteração relativamen-te a esta “centralização da cultu-ra”. “Ainda não me foi adianta-da qualquer informação. Penso que é uma perda enorme para o Alentejo, a centralização da cul-tura. Ao verificar-se esta situa-ção, uma coisa posso garantir: se houver de facto intenção de levar alguns coches para Lisboa, o Ministério da Cultura vai ter aqui um forte oponente”, refere o autarca.

“É impensável levar-se patri-mónio como o que temos aqui, para Lisboa. Actualmente, o mu-seu recebe cerca de 20 a 25 mil vi-sitantes anuais. Devemos ter isso em conta”, argumenta o autarca do município, considerando ser um marco identificativo da cida-de, a sua cultura museológica.

Até ao fecho desta edição, REGISTO não conseguiu obter quaisquer declarações junto da directora do Museu Nacional dos Coches, Silvana Bessone.

<mil visitantes. A estimativa que o municipio aponta

como o número de visitas ao museu de Vila Viçosa>

25nÚmEro

prEsidEntE

do muniCÍpio

Diz ainda não ter

sido avisado desta

transferência

luís pardal Fotografi a

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Fernanda Ramos, Governa-dora Civil para o Distrito de Évora, diz não “fi car in-diferente” à vaga de desem-

prego que a região atravessa. A EM-BRAER poderá resultar num forte aliado na luta face a este problema. As novas apostas do Governo Civil e do actual governo para a região.

O desemprego na região. Onde poderá Évora ir buscar valores para combater este problema? É necessário destacar a importância estratégica no combate ao desem-prego da localização em Évora da fábrica de aviões da EMBRAER, pelo crescimento económico e em-prego qualifi cado que irá potenciar, directa e indirectamente – e que começa já a perceber-se ao nível da formação. Mas também o sector do turismo e a construção de novos

empreendimentos turísticos, des-ignadamente em torno do Grande Lago Alqueva, se constituem en-quanto factor privilegiado para a criação de emprego.

O programa do Governo assenta numa base de confiança entre Estado, empresários e trabalha-dores. Com as medidas políticas promovidas e com regras claras e objectivas que as balizem, julgo que será possível relançar o inves-timento, modernizar as estruturas produtivas e criar condições para lançar iniciativas empresariais inovadoras. Até o acesso às linhas de crédito está hoje mais simplifi -cado, sendo que todas as empresas podem aceder às mesmas.

Despedimento colectivo da Tyco. Évora está a perder na luta face ao desemprego?

Esse cenário já está um pouco ul-trapassado e de resto ainda muito recentemente, a Tyco colocou anún-cios na imprensa regional justa-mente para recrutar trabalhadores.

Em qualquer dos casos, não podemos ignorar que o nosso Distrito tem debilidades e con-strangimentos estruturais, será pre-ciso reconhecê-los para podermos enfrentá-los e encontrar soluções para eles.

Como lhe disse, o Governo está empenhado na construção dessas soluções, sendo que as medidas de curto prazo estabelecidas per-mitem actuar de forma rápida e eficaz junto dos trabalhadores e

das empresas. Como exemplos, relembrar-lhe-ei apenas o pro-longamento do subsídio social de desemprego, a redução do prazo de garantia para o acesso ao mesmo ou a agilização do processo para acesso ao subsídio social, mas todas as medidas contidas na Iniciativa Emprego 2010 poderiam ser aqui citadas.

Se retirarmos o enfoque do des-emprego e o colocarmos na criação e manutenção de postos de trabal-ho, são incontornáveis as medidas que visam apoiar a contratação de trabalhadores com mais de 45 anos – reduzindo as contribuições das empresas contratantes para a

Segurança Social – ou a contrata-ção sem termo de desempregados inscritos nos Centros de Emprego há mais de seis meses – com um apoio directo de 2.500,00€

O parque industrial de Vendas Novas tem tido problemas a nível de despedimentos....O Governo Civil tem procurado acompanhar de perto a situação que ocorre nas empresas do sector automóvel, bem como o pulsar do próprio tecido empresarial do Distrito, razão pela qual criou uma “task-force” de monitorização que reúne sempre que tal se revela necessário.

No que em concreto se refere a Vendas Novas, acreditamos que a boa situação geoestratégica deste parque industrial contribuirá de forma definitiva para inverter a

EntrEVistA

ExClusiVA

Fernanda Ramos

apela ao investimento

privado na região.

Entrevista A região em palavras

A “EMBRAER” representa um salto tecnológico para a região e para o País

A Governadora Civil para o distrito de Évora falou ao ReGISTO, A eMBRAeR, o desemprego e as novas apostas ao nível de apoio social, foram os principais temas. Fique para ler.

A qualifi cação de recursos humanos para a EMBRAER e outras empresas do sector, já arrancou

luís pardal Fotografi a

Page 7: Registo Ed94

7

Entrevista

PUB

situação actual.Não me conformo com as conse-

quências sociais deste cenário de despedimentos, quero acreditar que apelando à responsabilidade social das empresas sediadas em Vendas Novas se encontrarão soluções a contento das partes envolvidas. Procurarei também diligenciar no sentido de mini-mizar os efeitos sociais que este processo possa acarretar para a população e ajudar na procura de alternativas que mantenham ou recriem postos de trabalho, através de contactos com as administra-ções das empresas, com as tutelas

e com os serviços desconcentrados da Administração Pública.

Como atrair maisinvestimentos para o Distrito? Já lhe falei na fábrica de aviões da EMBRAER, da linha de Alta Ve-locidade e dos empreendimentos turísticos de Alqueva.

Acrescentaria a concessão da auto-estrada do Baixo Alentejo, que vai permitir ligar Sines a Beja, estando no fundo todos estes inves-timentos públicos direccionados para uma frente comum: a criação de riqueza, de emprego, de mais e melhores acessibilidades; uma

A região em palavras

Fernanda ramos, Governadora Civil de Évora, Fala sobre os temas mais

preoCupantes do momento

<postos de trabalho directos e indirectos e permitirá o alcance

em 2017 de um volume de vendas e prestação de serviços

de cerca de 255 milhões de euros. Cluster Aeronáutico.>

1.500nÚmEro

O investimento privado é fundamental para a dinamização económica e social, precisamos de um maior número de candi-daturas por parte dos empresários aos programas comunitários

O Governo Civil tem procurado acompanhar de perto a situação que ocorre nas empresas do sector automóvel, bem como o pulsar do próprio tecido empresarial do Distrito

tríade que permita na realidade a sustentabilidade dos nossos recur-sos a médio e a longo prazo.

Por outro lado, porque também o investimento privado é fundamen-tal para a dinamização económica e social, lanço daqui um repto para um maior número de candidaturas por parte dos empresários aos pro-gramas comunitários, bem como aos incentivos de apoio à agricul-tura, ao comércio e à indústria.

A crise não pode servir de pre-texto à inacção, pelo contrário. A nossa responsabilidade social está assente no dever de enfrentar com ainda maior lucidez e determina-ção os tempos difíceis que são os nossos.

Em que ponto se encontra o Cluster aeronáutico de Évora?O investimento aqui do terceiro maior fabricante mundial de aero-naves é um marco na indústria aeronáutica nacional, representan-do um salto tecnológico para o Distrito e para o País. Acredito que o projecto da EMBRAER em Évora servirá de «âncora» a um dos sectores considerados estratégicos para a economia nacional, recon-hecido pelo seu elevado potencial ao nível do desenvolvimento de novas tecnologias e pelo seu efeito disseminador de conhecimento e práticas de excelência empresarial.

O investimento, que ascende a um montante total de 117 milhões de euros, envolve a criação de 1.500 postos de trabalho directos e indirectos e permitirá o alcance em 2017 de um volume de vendas e prestação de serviços de cerca de 255 milhões de euros.

Em 22 de Janeiro passado, foi já publicado em Diário da República o anúncio do concurso público para ampliação do Centro de Formação Profissional de Évora em 2.340m2, espaço que acolherá justamente a formação da área aeronáutica.

A primeira acção de formação deste “pacote”, que visa a qualifi-cação de recursos humanos para a EMBRAER e outras empresas do sector, já arrancou – estando para já por razões operacionais e logísticas a decorrer no Centro de Formação de Setúbal, ainda que com formandos da área geográfica da Delegação Regional de Évora do Instituto do Emprego e Formação profissional.

Regionalização. Poderá estar mais perto do que se pensa?Depende do que se pensa. A region-alização está constitucionalmente

dependente de um referendo – e este é de resto um assunto em rela-ção ao qual será desejável que se estabeleça o máximo consenso possível na sociedade civil. O que lhe posso dizer, é que a regional-ização administrativa, aquela que no terreno nos permite trabalhar e conceber estratégias numa lógica de NUT II, foi já em grande parte efectivada pelo XVII Governo Constitucional, abrindo caminho para uma racionalização de recur-sos que mais do que necessária era indispensável.

Quanto a mim, pessoalmente, há mais de 30 anos que defendo a regionalização, naturalmente com um modelo bem pensado e implementado de responsabiliza-ção e descentralização efectiva de competências.

Talvez já esteja na altura de avançarmos com o processo. Te-mos a “vizinha Espanha” aqui ao lado, de onde podemos tirar boas conclusões.

Que balanço pode fazer do dis-trito neste início de 2010?Em matéria de desenvolvimento económico, que será talvez o as-sunto mais na ordem do dia, há que reconhecer a grande aposta do Governo no desenvolvimento do Alentejo, nomeadamente através do reforço de investimento público em toda a região.

A adjudicação da concessão do troço Poceirão/Caia da linha de Alta Velocidade, a obra realizada pela EDIA no quadro do Empreen-dimento de Fins Múltiplos de Alqueva – que no Distrito de Évora viu concluídas, e nos tempos pre-vistos, todas as empreitadas pro-jectadas – ou ainda a implemen-tação das Redes de Nova Geração para o interior do País, esta última assinalada há bem pouco tempo pelo próprio Primeiro-Ministro em Vila Viçosa, são exemplos concretos disso mesmo.

Está de igual modo em curso o programa de modernização do Parque Escolar, fundamental não só para o presente como para o futuro. Só no nosso Distrito, o Pro-grama Nacional de Recuperação, Requalificação, Reequipamento e Reorganização de Escolas do Ensino Básico e Secundário já rep-resentou um investimento de cerca de 18 milhões de euros.

Por outro lado, neste início de ano é necessário não esquecer também as medidas de política social de apoio aos desempregados e famílias carenciadas, bem como a sua adequação à excepcionalidade que este problema assume em todo o Distrito de Évora, resultado de um envelhecimento populacional superior à média nacional.

Talvez já esteja na altura de avançarmos com o processo de regionalização. Temos a “vizinha Espanha” aqui ao lado, de onde podemos tirar boas conclusões.

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8 22 Fev ‘10

opinião Curtas saiba em segundos

O património ambiental é uma ri-queza inestimável e incalculável. Talvez por isso as pessoas ainda não se tenham apercebido da im-portância do meio ambiente e da biodiversidade.Na cidade onde resido -Monte-mor-o-Novo- um Rio de história corre no sopé do monte que su-porta o que resta de umas mu-ralhas que outrora foram um Castelo.O Rio Almansor nasce no conce-lho de Évora, entre Arraiolos e a Graça do Divor, segue o seu cur-so passando por Montemor-o-Novo e Vendas Novas, desaguan-do no Sorraia, afluente do Tejo.Em Montemor-o-Novo, o nome do Rio tem origem no nome de um dos últimos príncipes árabes, Al Mansur.O Rio Almansor contorna a cida-de a sul, na zona limítrofe do Ma-ciço do Monfurado, constituindo um elemento estruturante da pai-sagem rural e urbana, embora se situe fora do perímetro urbano, razão pela qual a autarquia decli-na as suas responsabilidades em matéria de requalificação do Rio.O programa eleitoral do PSD, para as autárquicas no Concelho de Montemor-o-Novo, previa a requalificação do Rio Almansor, com espaços de lazer, merendas e percursos pedestres à beira rio. Mas acima de tudo, a despolui-ção do Rio.Infelizmente não ganhámos as eleições, razão pela qual o Rio Almansor é hoje um albergue de descargas ilegais dos proprie-tários confinantes com as mar-gens do Rio, com a complacên-cia e passividade da autarquia comunista.Este mês de Fevereiro as descar-gas ilegais para o Rio já foram várias e hoje (dia 18 de Fevereiro de 2010) ocorreu outra. A SEPNA foi chamada a intervir, a Câma-ra Municipal foi informada, os órgãos de comunicação social locais também. Toda a gente se indigna mas ninguém faz nada.Desde 2004 que a Câmara Mu-nicipal de Montemor-o-Novo tem projectos que ninguém conhece, co-publicou (melhor dizendo, co-financiou) até um livro sobre conversas à volta do Rio, convi-dou personalidades públicas para falar sobre o tema e depois nada fez, até hoje.Na Assembleia Municipal de De-

Do infortúniodo Rio Almansor

zembro de 2009, para aprovação do Orçamento para 2010 e a pro-pósito da discussão do mesmo, eu própria questionei o executivo camarário sobre a inexistência de um único cêntimo destinado à requalificação do Rio Almansor. A resposta do Senhor Presidente da Câmara foi que o Rio não tem sido uma prioridade da maioria comunista.Não me espanta. A prioridade comunista que lidera a acção da autarquia em Montemor-o-Novo é a democracia participativa. A primeira grande opção do plano é a democracia participativa, que se traduz em inúmeras acções de auscultação das populações, reu-niões nas freguesias rurais, aten-dimento personalizado, enfim, formas de fidelização do eleito-rado.Uma autarquia cuja primeira opção é a manutenção dos votos não pode estar preocupada com os verdadeiros problemas do seu concelho. Muito menos com um Rio, para o qual a mesma autar-quia faz desaguar as águas resi-duais de uma Estação de Trata-mento de Águas que não trata, de forma completa e eficaz, a água que rejeita.Muito menos com um Rio para o qual correm esgotos a céu aberto, sem qualquer tratamento prévio, dos lados da ponte para Alcácer do Sal. Está à vista de toda a gen-te.E assim sendo, qualquer um se sentirá legitimado em poluir o Rio, porque bem sabe que nin-guém o incomodará.A autarquia preocupa-se com o Sitio do Monfurado, e bem, mas ignora pura e simplesmente um recurso importantíssimo do concelho, que poderia ser um ex libris da cidade, aproximando os cidadãos da sua terra e da natureza.Há cerca de 3 anos, a então Ve-readora e actual Vice-Presidente da Câmara Municipal, dizia num Jornal local que “os Montemo-renses estão de costas viradas

para o Rio.”Eu atrevo-me a corrigir a afirma-ção e dizer que não são os Mon-temorenses que estão de costas viradas para o Rio; é a autarquia que está de costas viradas para o Rio.Fiz várias diligências junto da Administração Regional Hidro-gráfica do Alentejo, no sentido de saber como se pode requalificar o Rio e proceder à sua despoluição. Consultei a legislação aplicável. A solução não se afigura fácil: a competência para a limpeza e desobstrução do Rio é dos pro-prietários confinantes com o Rio. O que é um contra-senso porque são estes, na maioria das vezes, que o poluem.A ARH poderia subrogar-se a essa função, mas seria necessária que estivesse em causa um nível de poluição que não garantisse a saúde pública ou a sobrevivência da fauna, flora e da vida aquáti-ca. Não consigo prová-lo. Como se trata de um rio não navegável e não flutuável e a ARH não tem meios suficientes para acudir a todas as situações, apesar de toda a boa vontade, parece-me difícil que a situação se altere.Por seu turno, o Município tam-bém não é competente porque o Rio está fora do perímetro ur-bano, e a conservação e reabili-tação da rede hidrográfica só é da sua responsabilidade se o Rio corresse dentro do perímetro ur-bano. Fácil argumento para se es-cusar à acção. Mas a lei da água permite que as ARH celebrem protocolos com as autarquias, nomeadamente, para garantir a execução de medidas destinadas à prevenção e controlo da po-luição, incluindo a proibição da descarga de poluentes na água, poluição proveniente de certas actividades, entre muitas outras. Nestes termos, querendo, a autar-quia poderá liderar um projecto de requalificação do Rio. Basta chegar a um acordo com a AHR do Alentejo. Haja vontade políti-ca! E é isso que tem faltado!

A autarquia está de costas viradas para o Rio

sóniA rAmos FErrojurista e deputada municipal

VoZ

Alunos de turismo promovem feira em reguengos de monsaraz

Alunos do curso profissional de técnico de turismo da Escola Secundária Conde de Monsaraz, em Reguengos de Monsaraz, organizam na passada quinta e sexta fei-ra, uma feira regional de turismo.Designada por Expotur, a iniciativa, que vai decorrer no estabelecimento de ensino, inclui apresentações sobre o enoturismo, qualidade no atendimento e acolhimento turístico, criação de um operador turístico e mostra de gastronomia.A Expotur destina-se à comunidade escolar do conce-lho, proprietários de empreendimentos turísticos, câ-mara municipal e juntas de freguesia de Reguengos de Monsaraz.

reguengos de monsaraz

Exposição “Quem Fez a república” na Biblioteca de Évora

A exposição “Quem Fez a República - figuras públicas e anónimas que ousaram implantar a República em Por-tugal” foi inaugurada quinta-feira na Biblioteca Pública de Évora (BPE.A BPE associa-se, assim, às comemorações do centenário da República em Portugal. Com a exposição, que reúne documentos e iconografia da época, a BPE pretende dar um “panorama sucinto dos principais acontecimentos que levaram à Implantação da República” em 5 de ou-tubro de 1910, através de quinze quadros, apresentando igualmente notas biográficas dos in-tervenientes.A conferência de abertura da ex-posição, com o título “O 5 de ou-tubro de 1910”, proferida por Alfredo Caldei-ra.

reguengos de monsaraz

trabalhos de 45 “talentos gráficos”vão ser expostos em Beja

Trabalhos de 45 “talentos gráficos” de nove países e que operam no movimento independente da banda dese-nhada vão poder ser apreciados desde o passado dia 20 de Fevereiro, na Bedeteca de Beja.A exposição “åbroïderij! HA! - International Graphic Arts Exhibition Tour”, que junta autores de Portugal, Alemanha, Brasil, Croácia, França, Grécia, Itália, Reino Unido e Suécia, vai estar patente ao público até 20 de março

Beja

Fotografia de Arquivo

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9

politica

Jerónimo de Sousa assinala35 anos do início da Reforma Agrária

montemor-o-novo reCebeu Comemorações dos 35 anos da reForma aGraria

Jerónimo de Sousa assinala os 35 anos do início da Reforma Agrária, em Montemor-o-Novo. O líder comunista destacou no seu discurso o que considerou ter sido “a ofensiva criminosa que levou à liquidação” da Reforma Agrária

Jerónimo de Sousa falou durante uma cerimónia que serviu para assinalar os 35 anos do início da Reforma Agrária, iniciativa que decorreu no auditório da Junta de Freguesia da Vila, em Montemor-o-Novo, na passada quinta-feira.

“Um país como o nosso, com dé-fices estruturais incomportáveis, precisa de uma nova Reforma Agrária, como parte integrante do desenvolvimento rural”, afirmou Jerónimo de Sousa. Num discurso centrado na evocação da Reforma Agrária, Jerónimo de Sousa lem-brou que “milhares de homens e mulheres passaram a trabalhar mais de um milhão de hectares de terra” e considerou que tal foi o concretizar “de um inovador pro-grama de transformação econó-mica e de justiça social”.

“O êxito da Reforma Agrária manifestou-se, essencialmente, no aumento da área cultivada, da produção e na realização de tra-balhos numa perspectiva de de-senvolvimento”, sustentou o líder do PCP, num auditório repleto de apoiantes e simpatizantes comu-nistas, muitos deles “protagonis-tas da ocupação de terras”.

Para Jerónimo de Sousa, as Unidades Colectivas de Produção (UCP’s) “tomaram medidas que conduziram a uma notável me-lhoria das condições de vida dos trabalhadores”.

“Estabeleceram salários fixos, diminuíram a diferença entre os salários dos homens e das mulhe-res, criaram creches, jardins-de-infância, centro de dia e postos médicos”, lembrou. Por isso, o líder comunista afirmou que “este foi um dos raros períodos da história do último meio século no Alente-jo, em que a região não conheceu o flagelo do desemprego, não per-deu população e viu muitos dos seus filhos regressar à terra”.

“Tratou-se ainda de uma acção

que, num tempo em que a reacção tudo fazia para o regresso ao pas-sado fascista, deu um contributo determinante para a defesa e con-solidação da democracia conquis-tada em Abril”, acrescentou.

A “ofensiva criminosa”Jerónimo de Sousa destacou ainda o que considerou ter sido “a ofen-siva criminosa que levou à liqui-dação” da Reforma Agrária, recor-dando que, na altura, existem 550 UCP’s, ocupando mais de um mi-lhão de hectares de terra e assegu-rando 71 mil postos de trabalho.

“A famigerada Lei Barreto, como ficou conhecida a Lei 77/77, era uma lei claramente inconstitucio-nal”, afirmou, lamentando a “des-truição” da Reforma Agrária, o que levou “novamente ao Alentejo as terras abandonadas, a desertifica-ção, o desemprego, a miséria e a fome”.

“Hoje, graças à Política Agríco-la Comum (PAC) e às imposições da União Europeia (UE), algumas centenas de grandes agrários re-cebem milhões de euros sem que lhes seja exigida a produção de um grama sequer de alimentos”, disse Jerónimo de Sousa, perante uma plateia de apoiantes.

PCP exige conclusão do IP2Outras das preocupações de João Oliveira, PCP, são as obras de modernização da linha ferroviária entre Évora e Lisboa

O deputado do PCP João Oliveira exigiu na passada semana, ao Go-verno, a conclusão do Itinerário Principal 2 (IP2), no troço entre Évora e Estremoz, e a construção de variantes rodoviárias em qua-tro cidades do Alentejo.

O parlamentar comunista de-fendeu a inclusão no Orçamento do Estado (OE) para este ano dos investimentos necessários para a conclusão do IP2 e construção

das variantes às cidades de Mon-temor-o-Novo, Vendas Novas, Évora e Estremoz, disse em decla-rações à Lusa.

“Estas cidades não dispõem hoje de variantes rodoviárias que permitam desafogar o tráfe-go que circula nas localidades”, disse João Oliveira, mostrando-se preocupado, sobretudo, em rela-ção a Montemor-o-Novo e Vendas Novas.

Nestas cidades, acrescentou, “a situação ainda é mais preocupan-te, tendo em conta que o próprio Governo definiu a Estrada Nacio-nal 4 (EN4) como o eixo não porta-jado de acesso ao novo aeroporto”.

“Com esta perspetiva está pre-visto um aumento do tráfego”, alertou.

As obras de modernização na linha ferroviária entre Évora e Lis-boa, que vão obrigar à interrupção

da circulação de comboios Interci-dades a partir de Maio deste ano e durante um ano, são outras das preocupações de João Oliveira.

“Três anos depois da sessão de propaganda que inaugurou a li-nha, afinal parece que, por mais um ano, os alentejanos vão estar sem comboio”, lamentou o depu-tado comunista.

Para João Oliveira, “o Ministé-rio das Obras Públicas, Transpor-

tes e Comunicações tem de tomar medidas, sobretudo, quando a própria CP entende que o pra-zo de 12 meses para a realização das obras, proposto pela REFER, é exagerado”.

Por isso, afirmou, “é necessário que o Governo tome medidas ur-gentes no sentido de clarificar a situação e garantir que as obras são as necessárias na linha e que não há novas interrupções”.

<anos do início da Reforma Agrária, iniciativa que

decorreu no auditório da Junta de Freguesia da Vila,

em Montemor-o-Novo>

35nÚmEro

nuno Veiga Fotografia

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saiba em segundos

CurtAs

Jovem mantida em cativeiro em Elvas foi entregue às autoridades espanholas

A jovem boliviana de 20 anos mantida em cativeiro num apar-tamento em Elvas foi entregue às autoridades espanholas pelo Ser-viço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

A jovem encontrava-se ilegal em Portugal, depois de já ter sido expulsa de Espanha por falta de documentação. Segundo o SEF, a jovem foi ouvida no Tribunal de Elvas, “que determinou o seu afas-tamento de território nacional”.

Na sequência do processo de ex-pulsão que vinha decorrendo em Espanha, “a jovem foi entregue às autoridades espanholas, nos ter-mos do acordo de readmissão em vigor entre os dois países”, esclare-ceu o SEF.

O casoA jovem encontrava-se em regime de cativeiro por um casal também de nacionalidade estrangeira e já não era vista pelos vizinhos, que dizem nunca terem suspeitado de nada de estranho, há cerca de um mês.

“Era normal vê-la na varanda do casal a estender roupa ou a fa-zer outras tarefas domésticas, mas há cerca de um mês que não a ví-amos por aqui, na rua”, disse hoje um dos vizinhos à agência Lusa, preferindo manter o anonimato.

A jovem boliviana foi mantida em cativeiro num apartamento de um bairro periférico da cidade raiana de Elvas, por um casal es-panhol, já detido e presente a tri-

bunal, segundo explicou à Lusa fonte da PSP local.

De acordo com a mesma fonte, a jovem, que está grávida, estava sob a alçada de um casal de nacio-nalidade espanhola, desconhe-cendo-se o tempo em que esteve retida no apartamento.

O casal O casal tem duas fi lhas menores e manteria como dependente a jovem boliviana num prédio ao lado da sua residência.

Os vizinhos, que se escusaram a identifi car, garantiram hoje à Lusa que nunca suspeitaram que nada de estranho se estivesse a passar, apesar de “a polícia já ter sido cha-mada ao bairro após uma discus-

são entre o casal espanhol”.Os moradores do bairro foram

apanhados de “surpresa” quando na terça feira o aparato policial levou à detenção do casal, que tra-balha em Badajoz (Espanha), em-bora se desconheça a atividade a que se dedicam.

A PSP de Elvas procedeu à de-tenção, segundo fonte policial, na sequência de uma investigação ao casal que estava a ser levada a cabo pelas autoridades espanho-las.

As autoridades detiveram o ca-sal na terça feira e no dia seguin-te os suspeitos foram ouvidos no Tribunal de Elvas, que decretou o Termo de Identidade e Residência (TIR) como medida de coação.

elvas mantida em Cativeiro num apartamento

em situação ilegal, a jovem terá sido expulsa de espanha por falta de documentação

Acção de reflorestação em Castelo de Vide com apoio de espanhóis

A Câmara de Castelo de Vide anunciou a promo-ção, no passado domingo de uma acção de refl orestação na Serra de São Paulo com o apoio de vários voluntá-rios, entre os quais vários cidadãos de nacionalidade espanhola.

A acção, que contou tam-bém com o apoio de diver-sas entidades, contempla a plantação de 2700 novas ár-vores (castanheiros, sobrei-ros, cerejeiras e medronhei-ros), numa área de cerca de três hectares, fustigada pe-los incêndios de 2003.

Até à data estiveram con-fi rmados cerca de 80 volun-tários da vizinha Espanha e de mais de 20 alunos de um estabelecimento de en-sino de Portalegre, sendo que a organização conta também com a participação da população.

portalegre

Cerca de 80 voluntários vindos de espanha estiveram confirmados

município de Beja alerta para subida de caudal do gaudiana

A Câmara de Beja alertou a população do concelho que reside perto das margens do Guadiana para “salvaguar-dar animais e bens para zo-nas mais elevadas” porque está prevista a subida do cau-dal do rio nos próximos dias.

Em comunicado enviado à Lusa, o serviço de Protec-ção Civil da Câmara infor-ma que a eventual subida do nível das águas do Gua-diana está prevista para “os próximos dois ou três” dias. A subida, explica a autar-quia, “advém da precipita-ção dos últimos dias e, por consequência, da descarga da albufeira” da barragem do Pedrógão, que, atual-mente, “ronda os mil me-tros cúbicos por segundo”. “Como precaução, os habi-tantes das zonas mais pró-ximas das margens do Gua-diana devem salvaguardar animais e bens para zonas mais elevadas de modo a precaver danos”, avisa a au-tarquia.

Beja

ApArtAmEnto

Em ElVAs

Foi numa destas casas

que a jovem boliviana

foi mantida cativa

sociedade

A sexta exposição do Museu de Arte Contem-porânea de Elvas é concretizada a partir de uma nova montagem da Colecção António Cachola (CAC) apenas com peças inéditas. O título escolhido para esta nova etapa exposi-tiva refere não apenas uma das obras centrais da nova montagem, o novo conjunto escultó-rico e monumental de ferro, vidro e espelhos

que José Pedro Croft instala numa das alas superiores do Museu, como a modalidade de constituição da colecção particular que dá sentido ao projecto do MACE: uma colecção aberta a várias tendências contemporâneas, aos seus efeitos de reflexo e reenvio, de mul-tiplicação e fragmentação. Patente ao público até 4 de Junho.

Jogo de Espelhos

nuno Veiga Fotografi a

Fotografi a de Arquivo

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11 PUB

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12 22 Fev ‘10

Reis das ruas

Juntam-se em crews (grupos), como gostam de lhes chamar. Estes Grupos de amigos, que

não escondem os sorrisos e a agi-lidade de se movimentar em cima de um skate, são os ocupantes de muitos dos espaços da cidade de Évora, onde “se pode praticar um bocado, sem que nos chateiem,” diz Junior, de 15 anos.

Não há que enganar. Vestidos com algumas peças de marcas ur-banas e associados à modalidade, skate debaixo do braço ou debaixo dos pés e um estilo que, pela tenra idade, lhes faz transparecer um ar de confiança.

Gabriel tem 16 anos e é dos fre-quentadores do parque radical da cidade, conhecido por SkatePa-rk. Sempre que pode, diz Gabriel, vem para este sítio “praticar um bocado, enquanto não há por aqui muita gente”. A paixão pelo skate nasceu quase às portas de casa. “Comecei a ver o meu vizinho a skatar e deu-me vontade de ex-perimentar. Pratico skate porque gosto da adrenalina e pelo prazer que este desporto me passa”. Este skater acredita que ainda existe uma má imagem associada aos praticantes destas modalidades mais radicais. “Ainda há muita gente que não nos vê com bons olhos. Talvez se o pessoal deixasse

de fumar e treinasse mais, ajuda-ria bastante”, adverte Gabriel, aos praticantes mais jovens.

Pelas cinco ou seis horas da tar-de, existe uma maior afluência a este SkatePark. “O pessoal come-çasse a juntar por volta dessa hora, mas é mau. Às vezes somos dez ska-ters a praticar e estamos sempre a encalhar uns nos outros. O espaço é muito pequeno e tem pouca va-riedade. O pessoal já não vem aqui com tanta frequência. Ferreira tem um parque muito bom, assim como a Expo e Torres Vedras, um espaço indoor(coberto). Costumo lá ir de vez em quando, também”, conta Gabriel(foto central). Nunca partiu nenhum osso, que lhe “fi-zesse falta”, diz apenas que a dor e algumas nódoas negras fazem parte deste desporto.

Espaço TMN

O espaço TMN, como vulgarmente é chamado pelos skaters, fica jun-to à rua Charters, em Évora. É por aqui que mais jovens se encon-tram para falar da modalidade e praticar, ainda que sem quaisquer estruturas. REGISTO falou com estes jovens, que de atropelo, nos explicaram o essencial da moda-lidade e dos principais entraves à prática comum de Skate, na cidade.

A idade não lhes traz menos mérito. Cada um com o seu skate e com manobras sempre preparadas para entusiasmar os mais distraídos, a geração actual está cada vez mais ligada aos anos em que se praticou bom skate, por todo o mundo.A OldSchool está aí, pelas mãos destes jovens eborenses. Saiba mais sobre esta prática desportiva que ainda parece ter má fama aos olhos da sociedade.

Liliano Pucarinho e Luís Pardal

Junior, Buz, Fidel...e outros tantos

Tudo alcunhas para melhor des-crever cada personalidade. Na rua, encontramos um grupo de amigos dispostos a falar da sua modalidade de eleição: o Skate.

Muitos deles praticam acerca há um ou dois anos, este desporto radical. Dizem que é difícil skatar em Évora por haver falta de um melhor espaço. “O SkatePark de Évora é muito pequeno para tan-ta gente. Depois com o pessoal do BMX e todos ao mesmo tempo, não conseguimos nada de jeito. É im-

possível fazer-mos uma organiza-ção do espaço para todos podermos praticar. Depois há outros problemas: quando cria-ram o skatepark esqueceram-se que os regadores molham as pla-taformas e não podemos utilizar o espaço. Deviam ter pensado nisso.

reportagem Actividade radical

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13

As arvo-res são o

maior entra-ve. Estão sempre

a deixar cair bocados de madeira, folhas e ou-

tras coisas que não nos per-mitem rolar com o nosso material. Não foi bem pensado!” - diz Junior com ar bastante esclarecido.

Mas a escola não fi ca para trás. Garantem que não são maus alu-nos e que sempre que há um teste “fi camos em casa a estudar”, conta-

nos Buz, com o seu gorro até aos olhos.

Ainda não têm uma crew, mas fazem questão de nos mostrar que são activos e que não brincam em serviço. “Já pedimos à Câma-ra uma vez que nos alargasse ali um espaço. E aumentaram-nos um metro...”, diz decepcionado, o jovem Junior.

As famílias, dizem não os apoiar muito nesta modalidade. “Tam-bém há muita gente que não gosta de nós e já aqui veio a polícia. Di-zemos alguns palavrões de vez em quando, mas isso é normal. Se nos fi zessem um bom parque de skate

íamos todos os dias para lá e ninguém

se chateava. Estamos dispostos a pagar 2 ou

3 euros para usufruir de um espaço bom”, conta

Buz.Ficam descontentes por

saber que a família acei-ta mal a sua dependência

pelo skate que, à vista de todos, entende-se que a dedi-

cação, a agilidade e a discipli-na são trunfos e valores que

cada um deste jovens mantem, como em qualquer outra moda-

lidade.

Quedas e fl ips

Nunca houve danos de maior. No máximo, conta-nos o Junior, que um colega já partiu um dedo. “Também não temos espaço ne-nhum para conseguirmos a proe-za de partir alguma coisa... (risos)”, riem-se todos.

“Não precisamos de 3 ou 4 par-ques como aquele que existe na cidade. Queremos um só que va-lha a pena. E se nos perguntarem primeiro nos ajudamos a criar uma coisa que realmente nos faça falta em vez de gastarem di-nheiro naquilo”, diz confi ante o jovem Fidel.

Comprar Material

Estes jovens dizem que “não é fácil comprar material em Évora. Nor-malmente recorremos à internet e fazemos encomendas lá”, contam-nos numa voz, estes SoulSkaters, nome pelo qual hoje se rejem.

O valor de um skate completo já ronda os 150 e 200 euros. “Juntamos o nosso dinheiro dos anos e do na-tal só para comprar peças e material novo e deixamos de comprar outras coisas”, esclarece-nos Junior.

E ficam as ruas um pouco mais ricas cada vez que estes jovens se integram num espaço urbano e o utilizam como entendem, “nun-ca estragando nada”, como nos contam.

Porque o Skate não deve ser vis-to como uma modalidade menos séria que outra qualquer. Requer disciplina, muitas horas de trei-no e muita dedicação. Os jovens de hoje, estão dispostos a mudar a imagem e tornar o seu desporto de eleição numa modalidade dis-tinta e urbana, como sempre foi. O apoio a estes jovens ainda pode estar longe de acontecer, mas eles sabem que com mais aceitação “seremos melhores desportistas e mais dedicados à escola, porque temos apoio naquilo que gosta-mos de fazer”. Nada mais.

Acessórios que juntam a modalidade ao estilonão podE FAltAr

Numa modalidade radical não pode faltar o estilo. E são vários os acessórios e peças de roupa que não podem faltar. As marcas, quase sempre associadas a esta prática, tornam cada vez mais caro o inves-timento neste desporto radical.

Em destaque, alguns dos elementos essenciais: òculos de sol para os dias cinzentos; ténis, sapati-lha ou botas para ajudar a fi car colado à tabua do skate; t-shirt, que em tempos já foi larga; um casa-co não vá o frio acalmar a adrenalina; o skate para pôr em prática todas as manobras e saltos.

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14 22 Fev ‘10

Todos os deuses estão mortos, to-das as lutas estão perdidas, todos os sonhos estão esquecidos.Aos meus leitores que com carin-ho sempre dirijo as minhas pala-vras, peço que não tenhas estas palavras como lema. Sei e sinto como vós que o que está a acon-tecer com o nosso país nos deixe revoltados. De braços caídos e rosto entristecido, muitos vol-tam os olhos para outros países, muitos sonham em atravessar o Atlântico com destinos diversos, um novo sonho de vida que se possa construir, este já está gas-to…Apesar de sermos a grande maio-ria silenciosa, somos um povo com sentimentos, com a sua forma de pensar, com a sua consciência, e ou andam todos a dormir ou estão entorpecidos por uma realidade que nem compreendem, as men-tiras são tantas, ou as alegadas afirmações são contraditórias…Apesar de sermos a maioria si-lenciosa somos corações que sentem, somos homens e mul-heres que temos que alimentar os nossos filhos, temos que pagar a tempo e horas todos os impostos que os governantes inventam. Somos portugueses e queremos ter orgulho no nosso país. Somos portugueses que não queremos aceitar este lema de geração per-dida… Sim é verdade, não somos geração perdida, mas somos sim uma geração enganada, derrapa-gens orçamentais, rectificações orçamentais, bem, palavras doces para encobrir aldrabices nas con-tas, dinheiros passados por trás, licenciaturas compradas, etc. …Temos de ser geração vencedora e para o sermos temos que ganhar coragem e naquilo que estiver ao nosso alcance combater ao nosso modo contra esta realidade.Ainda tenho orgulho de olhar para a bandeira de Portugal e ainda me comovo quando canto o nosso Hino (poema quase descon-hecido para a maioria dos nossos alunos). A futura geração cantará uma canção da Madona ou uma dos Ídolos?Peço que tenham esperança, pro-curem sentir que todos os deuses ainda estão vivos, todas as lutas ainda estão por travar e que todos os nossos sonhos ainda se podem realizar. “ O Titanic ainda não

Quando o Céuperdeu osseus Deuses!

se afundou” e se se afundar nós vamos poder salvar-nos! Estamos sim:Fartos de mentiras, de vaidades e de vigarices…Assim termino só com algumas perguntas:· Porque é que a jornalista do caso “Casa Pia”, Felícia Cabrita anda tão desaparecida?· Porque é que os bancos falidos foram comprados com o nosso dinheiro?· A quem tem sido vendido a preços módicos o património do Estado “ dispensável”?· Porque é que com um país tão empobrecido, os gestores públi-cos ainda têm direito a viatura e telemóveis topo de gama?· Porque é que os particulares têm que poupar, como nos é dito a toda a hora, e o Estado gasta tanto?· Porque é que o nosso país não é governado como uma boa casa de família: ou comem todos ou ninguém come, bem, dito de outro modo: com verdade, sem egoís-mos e vaidades, com sentimento de partilha de responsabilidades, com modéstia, nos momentos mais difíceis.Lamento ter de dizer, o que acon-tece é exactamente o contrário:“A ordem é rica e os frades são poucos!” ou então “ Encher até poder…”Existe um estranho odor no ar, algo como peixe podre. Um odor fétido insuportável, é o cheiro da mentira abafada tantos anos, fal-sidades segredadas e silenciadas, um desejo de poder incontroláv-el, a besta adormecida deu-se a conhecer e agora que finalmente lhe podemos ver o rosto, não nos agradam as feições…Portugueses, nós não podemos ser feitos do mesmo barro. Quem cala consente… o nosso silêncio é o nosso consentimento… Por uma vez na vida, queremos caminhar de rosto lavado e erguido, por isso: Chega!

mArgAridA pEdrosAprofessora

VoZ

Somos portugueses que não queremos aceitar este lema de geração perdida…

Economia Apostas com futuro

Manuel Campilho quer mais “Cavalo Lusitano”

Cavalo puro e sanGue lusitano

O presidente da Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro e Sangue Lusitano (APSL), pretende aumentar o número de exemplares da raça

O presidente da Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro e Sangue Lu-sitano (APSL) revelou que um dos objectivos a atingir nos próximos anos passa por “aumentar” o número de exemplares desta raça espa-lhados pelo mundo.

“Nós temos que aumen-tar o número de animais da raça espalhados pelo mundo, uma vez que é uma raça relativamente peque-na comparativamente com as outras”, disse Manuel Campilho, em declarações à agência Lusa.

Na opinião do responsá-vel, o cavalo Lusitano é um produto de excelência do mundo rural, como o “azei-te, o vinho e a cortiça”.

Estado não apoia o suficiente

“O Estado não tem dado, nem pode dar a mesma im-portância ao cavalo Lusita-no como tem dado ao vinho, ao azeite e à cortiça, porque a importância desta raça no Produto Interno Bruto (PIB) nada tem a ver com os ou-tros produtos”, observou.

Ainda assim, segundo Manuel Campilho, o Estado começa a ficar “sensibiliza-

do” para a “importância” do cavalo Lusitano.

De acordo com dados for-necidos pela APSL, institui-ção fundada em 1989 e que conta com 380 associados, em Portugal existem cerca de 2500 éguas em reprodu-ção e nascem por ano cerca de 1600 poldros.

Tendo em conta a situação económica mundial, o pre-sidente da APSL referiu que as exportações têm se man-tido “estáveis”, mantendo um número “aceitável” de vendas para o estrangeiro.

Os interessados na raça

Nos últimos anos, os princi-pais interessados em adqui-rir cavalos Lusitanos têm sido os criadores de Espanha, do norte da Europa e ainda criadores de vários países do continente americano.

O cavalo Lusitano tem dado provas de qualidade em várias modalidades, nomeadamente, na moda-lidade de Dressage, onde marcou presença na última edição dos Jogos Olímpicos, obtendo uma “excelente” classificação.

“A Dressage é uma disci-plina equestre onde o cavalo Lusitano se começa a afirmar

como um cavalo de grande qualidade”, sublinhou.

A tauromaquia foi o ponto de partida para a se-leção do cavalo Lusitano, uma vez que é uma raça que apresenta condições de “montabilidade e funciona-lidade” de boa nota acres-centando que “é uma moda-lidade fundamental para a raça”, sublinhou.

“Produto” de excelência

Manuel Campilho recordou ainda que, na modalidade de Equitação de Trabalho e na Atrelagem, Portugal foi recen-temente campeão do Mundo.

“É um excelente produto, é um cavalo multifuncio-nal, competitivo na área da Tauromaquia, Dressage, Equitação de Trabalho e Atrelagem. O cavalo Lusi-tano tem vindo a aumentar a sua qualidade, mas ainda não atingiu o seu máximo”, disse Manuel Campilho

Para que a promoção des-ta raça continue, Manuel Campilho anunciou ainda que entre os dias 03 a 05 de junho, decorrerá em Cas-cais, no Hipódromo Manuel Possolo, mais uma edição do Festival Internacional do Cavalo Lusitano.

Fotografia Carlota jorge

opinião

Fotografia de Arquivo

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região Apostas com futuro

Município de Campo Maior avança com realojamento de 49 famíliasSão 49 as familias que vão poder usufruir do realojamento que o Município de Campo Maior proporcionará até finais do mês de Setembro, em casas pré-fabricadas.

O município de Campo Maior (Portalegre) anunciou que as 49 famílias que vivem em condições precárias junto às muralhas do cas-telo daquela vila alentejana vão ser realojadas até fi nais do mês de Setembro em casas pré-fabricadas.

200 pessoas realojadas

As cerca de duzentas pessoas que habitam junto às muralhas do cas-telo, vão ser realojadas na “zona dos Moinhos de Vento”, na perife-ria daquela vila alentejana.

Esta foi a principal conclusão da reunião multidisciplinar, que de-correu na passada sexta-feira no Centro Cultural de Campo Maior, e que juntou várias entidades e que teve como anfi triã a autarquia local.

No encontro esteve também presente a Alta Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultu-ral, Rosário Farmhouse e o Gover-nador Civil do Distrito de Portale-gre, Jaime Estorninho.

A reunião contou ainda com a presença de diversos parceiros da sociedade civil, representantes da Direcção Regional de Cultura do

Alentejo, da Segurança Social e do Instituto de Habitação e Reabilita-ção Urbana (IHRU).

Derrocadas das muralhas

As muralhas do castelo de Campo Maior têm registado várias derro-cadas nos últimos anos, a última das quais ocorreu na madrugada do dia 5 de Janeiro devido ao mau tempo. A situação está a colocar em risco dezenas de famílias de etnia cigana que vivem em condições precárias junto ao monumento.

Os realojados

Seis das 49 famílias que vivem junto às muralhas já foram abor-dadas pela autarquia no sentido de serem realojadas em contento-res, mas esse quadro foi rejeitado pelos moradores.

A comunidade que habita junto às muralhas do castelo só aceita abandonar o local se todos forem realojados noutra zona daquela vila alentejana.

De acordo com o comunica-do, o presidente do município de

o realojamento vai oCorrer junto À “zona dos moinhos de vento”

Campo Maior, Ricardo Pinheiro, afi rmou que será iniciado um pro-cesso “formativo” junto da comu-nidade cigana, visando a “aquisi-ção de novas competências” que permitam, posteriormente, a sua “progressiva integração na comu-nidade”.

Mais Informações

Na mesma missiva, a Alta Comis-sária para a Imigração e Diálogo Intercultural, Rosaria Farmhou-se, revelou a sua “satisfação” pela forma como está a decorrer todo o processo. “Nunca vi tantas forças vivas empenhadas e por isso tam-bém quis dar todo o meu apoio ao presidente de Campo Maior, até porque daqui pode sair um exem-plo a nível nacional”, disse.

“Ter a câmara e as entidades es-tatais e da sociedade civil à volta do mesmo problema, e todas a quererem resolvê-lo é único e é louvável. Campo Maior está de parabéns por ter conseguido criar esta sinergia. Este é o pontapé de saída para aquilo que será um ca-minho conjunto”, concluiu.

“Encontroscom a Escrita” O escritor e jornalista Mi-guel Carvalho foi o convi-dado da primeira edição deste ano dos “Encontros com a Escrita”, na passada sexta feira, no auditório da Biblioteca Municipal de Al-justrel.Na sessão, Miguel Carva-lho apresentou o seu mais recente livro “Aqui na ter-ra”, um “retrato de um certo Portugal” que reúne várias reportagens, como traba-lhos sobre o padre Max, o cónego Melo, a cidade de Fátima ou cantores da cha-mada “música pimba”.

Aljustrel

Ami e Hotéis m’Ar de Ar em jantar de beneficiênciaOs Hotéis M’AR de AR jun-tam-se à AMI e promovem, no dia 27 de Fevereiro, um jantar de benefi cência a fa-vor da missão de ajuda hu-manitária no HAITI.O Jantar tem um custo de 15€ por pessoa e todo o valor revertá a favor desta causa. Existirá uma tombola da AMI caso queira contribuir para além do valor do jan-tar. O presidente da AMI, DR. Fernando Nobre estará presente e dará o testemu-nho da sua passagem pelo HAITI. NÃO FALTE A ESTA INICIATIVA! Reservas para tel. 266739300 e [email protected]

Bastinhas triunfa na VenezuelaPara o site www.mundo-toro.com, “o triunfador da noite foi o dinástico Marcos Bastinhas que lidou um toi-ro forte que cedo buscou re-fúgio em tábuas. O cavaleiro luso enfrentou este exem-plar montando com muita classe, entrando sempre de frente. O seu estilo é o de um cavaleiro de classe e de esco-la. Uma actuação de muito mérito a do português, ante um toiro com forte querença nas tábuas, de onde saía com investidas bruscas e violen-tas”.

muniCipio

rEAlojA

49 famílias vão ser

realojadas em casa pré

fabricadas, cedidas pelo

município de Campo

Maior

“Nunca vi tantas forças vivas empenhadas e por isso também quis dar todo o meu apoio ao presidente de Campo Maior, até porque daqui pode sair um exemplo a nível nacional”

Alta Comissária para a Imi-gração e Diálogo Intercultu-ral, Rosaria Farmhouse

Fotografi a de Arquivo

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16 22 Fev ‘10

A Câmara Municipal de Vila Viçosa decidiu financiar o prémio do seguro de acidentes pessoais para a população mais vulnerável, nomeadamente para os titulares do Cartão Social do Idoso e os desempregados.

A medida, segundo o município, repre-senta o assumir de uma responsabilidade social que salvaguarda a protecção dos mu-nícipes do concelho durante os períodos em que estão mais desprotegidos.

De acordo com a autarquia, sempre que

ocorra um acidente e não exista qualquer

cobertura obrigatória que responda perante

o sinistro, os munícipes abrangidos podem

accionar este seguro que “garante, em caso

de morte ou invalidez permanente, um ca-

pital de 2.500 euros por pessoa”.

Os idosos detentores do Cartão Social do

Idoso, cerca de 850, segundo a autarquia,

contam, assim, com mais um benefício, “de-

senhado a pensar na protecção dos cidadãos

socialmente mais fragilizados”.

Por outro lado, a autarquia anunciou ter

decidido assegurar o pagamento do trans-

porte de material ortopédico proveniente

da Suécia, equipamentos que vão contri-

buir para a melhoria das condições de vida dos munícipes do concelho que vivem com limitações de mobilidade.

A autarquia de Vila Viçosa vai pagar 13 mil euros para o transporte daquele mate-rial ortopédico. A proposta foi apresentada ao município pela Fundação AGAPE, uma organização não governamental sueca, sem fins lucrativos.

A AGAPE recolhe, junto dos hospitais es-candinavos, material ortopédico adequado para a utilização por pessoas acamadas ou dependentes, fazendo depois a sua distri-buição em países de África e da Europa.

No material disponibilizado incluem-se camas articuladas e adaptadas a banhos, elevadores para camas, andarilhos, benga-las e cadeiras de rodas, entre outros, que se encontram em “ótimo estado de conserva-ção”.

O município de Vila Viçosa decidiu tam-bém associar-se ao processo de institucio-nalização do poder local democrático em Timor-Leste e vai apoiar esta iniciativa com uma comparticipação de mil euros.

opinião

As situações ridículas têm tendência a ficar regista-das na mente com maior facilidade

A memória das pessoas pode ser selectiva para alguns aconteci-mentos. As situações ridículas têm tendência a ficar registadas na mente com maior facilida-de do que muitas outras que se caracterizam pela competência, coerência e verdadeiro profis-sionalismo. Ainda hoje recordo, com ironia, as festividades da inauguração da delegação da RTP na Nova Inglaterra. Else, os especialistas em marketing e em relações pú-blicas, diziam ter celebrado um acordo com a Universidade de Massachusetts, em Dartmouth, para a fundação da delegação da RTP na América. A televi-são portuguesa poderia usar um quartito das instalações da Uni-versidade e a UMass Darmouth teria, como contrapartida, a pos-sibilidade de utilizar recursos e serviços da empresa de radiote-levisão lusa. O rosto e cheerle-ader deste empreendimento foi o jornalista Pedro Bicudo.Os gestores, perdão, os diges-tores dos recursos económicos da Érretêpê encheram aviões com jornalistas, fadistas, can-tores pimba e pomba, anima-dores, comentadores e vários especialistas em comunicação para abrilhantarem a festa. Do lado de cá convidaram as figu-ras importantes da terra, que retiraram da naftalina os fatos de lantejoulas e as gravatas de seda, para aparecerem na tele-visão. Compraram-se tempos de transmissão via satélite, fizeram-se espectáculos de variedades e muitos debates televisivos para elogiar a portugalidade e o em-preendedorismo dos pensadores e gestores da cultura televisiva sedeada em Lisboa. Se os actores principais não tivessem uma pro-nuncia tão file aos discursos dos políticos da maioria na capital da nação portuguesa, eu poderia pensar que se tratava da redes-coberta da “Amérca” pela arma-da do Colombo. Não. A armada era portuguesa de Portugal.Todo o mundo ficou a saber da inauguração das instalações da Érretêpê na Nova Inglaterra. Depois das festas, ruidosas, co-loridas e patrióticas, os figuran-tes importados para a farsa re-gressaram às ocidentais praias lusitanas. O Bicudo continuou a divulgar, em território por-

A Delegação Muda da Érretêpê

tuguês, os serviços que iriam contribuir para a vulgarização do bom nome de Portugal e dos portugueses.A delegação foi ruidosamente inaugurada. Quanto ao início dos serviços de comunicação e informação, nada. Afinal os pen-sadores, gestores e cheerleaders da Érretêpê, apesar dos elevados custos na promoção local e mun-dial do evento, inauguraram uma delegação invisível e muda,A Érretêpê, pelo visto, sabe com-pensar “aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando.” Com algum sotaque castelhano, o jornalista que deu rosto à dispendiosa iniciativa foi promovido a correspondente em Washington D.C. Depois de uma curta estada foi repromovido a Big Boss da Érretêpê dos Açores, um território rosa-avermelhado.Estes gloriosos feitos, as doações de avultadas verbas aos museus locais e o Euro e da Expo modi-ficaram a opinião, sobre o nosso país, de muitos imigrados portu-gueses nos states, que diziam:- Agora a Amérca é lá: muito di-nheiro da cê-ié-íé, bons ordena-dos e boa vida sem muito traba-lho. Não é como a gente que se mata a trabalhar para ganhar uma dólar.Hoje, os dirigentes rosa-averme-lhados sabem bem que o Mário Crespo, para além de não ter so-taque castelhano, não contribuiu para a fundação da delegação da Érretêpê na Nova Inglaterra. O Arons de Carvalho fez muito bem em não interceder a favor do jornalista para que este fosse absolvido na Érretêpê e para que ele não regressasse a Washing-ton D.C., porque poderia correr o risco de vir a ser nomeado Big Boss num dos feudos rosa-aver-melhados.

josÉ FilipE rodriguEsEngenheiro

VoZ

Seguro de acidentes pessoais para séniorese desempregados

muniCípio de vila viçosa

A iniciativa parte da autarquia de Vila Viçosa e vai disponibilizar prémio do seguro de acidentes pessoais para a população vulnerável

<Os idosos detentores do Cartão Social do Idoso, cerca de

850, segundo a autarquia>

850NÚMeRO

Fotografia de Arquivo

Fotografia de Arquivo

região

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17

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CArlos mourAEngenheiro

VoZ

A quem passaria pela cabeça que no ano do centenário da proc-lamação da República uma das suas maiores conquistas – A Es-cola pública, estaria a passar por uma situação tão delicada, correndo mesmo o risco de de-saparecer dentro dos anos mais próximos.O desinvestimento no ensino público, não é segredo, vem so-frendo um agravamento nos seus vários níveis, patrocinado pelos sucessivos governos constitu-cionais, com especial ênfase dos anos oitenta a esta parte.As várias reformas curricula-res, a retirada de dignidade da profissão de professores, a falta crónica de fundos para a reabili-tação do edificado e a renovação do material didáctico e mesmo as alterações que romperam com os mais básicos princípios democráticos, deixando sem voz nos órgãos directivos e ped-agógicos os alunos, corroeram a qualidade do ensino público e só artimanhas várias impediram que ficasse à vista que vamos tendo camadas da população cuja pre-paração e capacidade crítica é gradualmente decrescente.Os planos de reabilitação e recu-peração do parque escolar eram, nesta segunda década do século XXI, absolutamente imprescind-íveis, sob o risco de dentro de algum tempo nem espaços mini-mamente aceitáveis termos para a nossa população estudantil, e digo minimamente aceitáveis porque condignos foi coisa que não me lembro de terem alguma vez chegado a ser nestes últimos trinta anos.

Ó escolas, semeai! Pela sementeira espera a cegahumanidade

A criação de uma empresa públi-ca para a recuperação do parque escolar era, não obstante, apenas uma forma de retirar esse item do Orçamento de Estado, mas pior que isso era também uma forma de escapar a procedimentos transparentes nas empreitadas de concepção das obras a realizar. O mal seria ainda assim o me-nos se as obras realizadas fos-sem conformes às necessidades, porém, na grande maioria dos casos não foi o que aconteceu e a lista das escolas em que o espa-ço intervencionado se degradou logo em seguida é enorme, com tectos a cair, soalhos levantados, torneiras deficientes, sistemas de aquecimento deficientes, etc, e isto sem contar com aquelas em que as próprias obras destruíram as escolas que tinham um pro-jecto antigo mas de qualidade funcional.A culminar toda esta situação, fi-cou agora claro o porquê de pas-sar a propriedade destas escolas para a empresa Parque Escolar. Por um lado porque é mais fácil a esta empresa alienar estes es-paços, sendo medonho pensar que se pretende vender as es-colas situadas nos centros das cidades, locais onde o preço do solo é alto – tal como se fez com quartéis e hospitais, mas mais monstruoso ainda é pensar que se possa privatizar toda a empresa, passando para interesses ligados ao lucro a propriedade escolar e com isso permitir influências externas na educação, com alta probabilidade as mesmas que se pretenderam afastar com o ad-vento da República. Seguramente o que não cabe na cabeça é que seja para melhor concessionar os espaços de bar ou papelaria que, tanto quanto me lembro, serviam para suprir as necessidades dos estudantes a preços módicos e, portanto fora de qualquer inter-esse comercial.Quem diria que haveríamos de estar neste ponto cem anos de-pois, mas com certeza calculo o que diriam aqueles que se dedi-caram afincadamente à causa do serviço público - Ó escolas, semeai! Pela sementeira espera a cega humanidade.

O desinvestimento no ensino público, não é segredo

Jogos Zona dos Mármores 2010

estremoz

Os jogos têm início no próximo dia 28 de Fevereiro.

A Câmara Municipal de Es-tremoz, em parceria com os Municípios de Borba, Vila Viçosa e Alandroal, leva a cabo os Jogos da Zona dos Mármores 2010.

Os Jogos da Zona dos Mármores resultam de uma parceria entre os Mu-nicípios de Borba, Vila Vi-çosa, Alandroal e Estremoz e visam a prática da activi-dade física dos munícipes e uma maior cooperação e interacção entre as diferen-tes autarquias.

Este ano, para além do novo parceiro – Municipio de Vila Viçosa – os Jogos da Zona dos Mármores contam

com mais algumas novida-des: O Futebol de Veteranos, o Futsal, o Xito e a Pesca fo-ram retirados do programa dos Jogos. Em contrapar-tida, a Sueca e o Dominó voltam a fazer parte deste projecto, uma vez que em 2008 (ano em que estas ac-tividades foram realizadas pela última vez) registaram grande receptividade. As ca-minhadas, o BTT, a Malha e o Ciclo Turismo mantêm-se no calendário.

Os Jogos iniciam-se no dia 28 de Fevereiro (último Domingo do mês) com uma Caminhada, cujo ponto de partida será Borba. Passa-

dos 15 dias (14 de Março) é a vez de Alandroal receber a Sueca e o Dominó e no dia 28 de Março haverá mais uma Caminhada em Vila Viçosa. Maio inicia-se com o BTT, também em Vila Vi-çosa (2 de Maio), e termina com uma Caminhada na Vila de Alandroal (30 de Maio). Estremoz recebe a actividade de Ciclo Turismo no dia 6 de Junho e a Ma-lha será lançada na cidade de Borba a 20 do mesmo mês. Os jogos da Zona dos Mármores terminam na cidade de Estremoz, com uma Caminhada no dia 27 de Junho.

Fotografia de Arquivo

Fotografia d.r.

opinião região

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18 22 Fev ‘10

Ambiente iniciativas com valor

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Gesamb já instalou 55 Oleões12 ConCelhos já têm instalados os novíssimos oleões

A empresa intermunicipal Gesamb, com intervenção no distrito de Évora, já instalou 55 oleões em 12 concelhos da região, com o objectivo de dar um encaminhamento para valorização aos óleos alimentares usados, disse hoje fonte da empresa.

A responsável pela área de comu-nicação da empresa, Gilda Matos, adiantou à Lusa que o projecto de colocação de oleões (pontos de recolha de óleos alimentares usa-dos), nos 12 concelhos do distrito de Évora servidos pela Gesamb, vai ficar concluído no final de 2011, com “benefícios ambientais e eco-nómicos para a região”.

Segundo a responsável, a pri-meira fase do projeto, já concluída, envolveu a instalação de 55 oleões e no final de 2011 devem estar dis-tribuídos 108, além de serem colo-cados mais alguns equipamentos nas cantinas escolares.

Gilda Matos indicou que o projeto, em colaboração com os municípios de Alandroal, Ar-raiolos, Borba, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Mora, Mou-rão, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas e Vila Viçosa, envolve no seu conjun-to um investimento de 232 mil euros, com o apoio de fundos da União Europeia.

A responsável explicou que, de-

pois de ser concluído o processo de colocação de oleões, vai ser ava-liada a situação para a eventual construção de uma unidade de biodiesel em Évora.

A implementação do sistema integrado de recolha e valoriza-ção de óleos alimentares usados garante o destino final adequado deste resíduo.

O tratamento inadequado deste resíduo provoca “graves proble-mas” de poluição de águas e solos e entupimentos e danos nas tuba-gens dos edifícios e distúrbios no normal funcionamento das esta-ções de tratamento de águas resi-duais (ETAR´s).

Nestes novos equipamentos, com capacidade para 500 litros cada, podem ser colocados exclu-sivamente óleos alimentares usa-dos e nunca azeite ou óleos lubrifi-cantes de motores.

As populações dos 12 concelhos abrangidos podem utilizar estes equipamentos para a deposição de óleos alimentares usados, re-sultantes da fritura de alimentos,

mas essa deposição deverá ser sempre feita em garrafa de plásti-co devidamente fechada.

A Gesamb-Gestão Ambiental e de Resíduos, que foi criada pela Associação de Municípios do Dis-trito de Évora, é uma empresa in-termunicipal de capitais maiorita-riamente públicos.

A empresa é responsável pela

gestão e exploração do Sistema Intermunicipal de Valorização e Tratamento dos Resíduos Sólidos Urbanos do Distrito de Évora (SIR-SU), que integra os municípios de Alandroal, Arraiolos, Borba, Es-tremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Mora, Mourão, Redondo, Reguen-gos de Monsaraz, Vendas Novas e Vila Viçosa.

saiba em segundosCurtAs

Valnor recicla 14 milhões de quilos de resíduos sólidos urbanos

De acordo com dados di-vulgados pela empresa, o valor atingido corresponde a uma “capitação de 78,7 quilogramas” por habitan-te, dos quais 58,7 referem-se a embalagens encaminha-das para a Sociedade Ponto Verde.

Segundo a Valnor, estes valores colocam a empresa no “pelotão da frente” da reciclagem em Portugal, tendo em conta os valores definidos pelo Plano Estra-tégico de Resíduos Sólidos Urbanos para 2009.

A Valnor é a empresa res-ponsável pela gestão, va-lorização e tratamento dos lixos produzidos em 19 mu-nicípios, 15 deles do distrito de Portalegre, aos quais se juntam Mação, Sardoal e Abrantes (Santarém) e Vila de Rei (Castelo Branco).

A empresa tem como ac-cionistas a Empresa Geral de Fomento, representando 51 por cento do capital, e os 19 municípios detêm os res-tantes 49 por cento.

Fotografia de Arquivo

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Torre de Coelheirosrecebe 2ª prova TBE’2010No passado dia 14 de Fevereiro, Torre de Coelheiros recebeu a segunda prova do Troféu Btt Évora, organizada pela Bttorre. Apesar do termómetro marcar 1 grau, estiveram em prova 134 atletas. A próxima prova realizar-se-á em Arraiolos, no próximo dia 7 de Março

Pedro Amaral e Filipe Salvado do GD Santo António/Stevens, seguraram a liderança durante as 7 voltas realizadas, passando a meta, lado-a-lado. Fizeram assim 1º e 2º lugares respectivamente, no escalão de Veteranos A. Fran-cisco Simões de Bicicletas Mérida Santiago, completou o pódio com o 3º lugar e a 2 minutos dos ven-cedores. Pedro Amaral mantém a liderança no seu escalão na classi-fi cação geral do TBE’2010.

No escalão de Elites, o vencedor em Portel Hélio Silva deparou-se com problemas físicos, desistindo com 50 minutos de prova. Ricar-do Mendes do GD Santo António/Stevens foi o vencedor, seguido de Paulo Rosado do BttAmiciclo Team, que apesar de uns proble-mas mecânicos, conseguiu a 2ª posição, e tornou-se líder do seu escalão na classifi cação geral do

TBE’2010. Jorge Galão do Bttorre, liderou o seu escalão durante a prova, mas apesar de correr em casa, na última volta caiu para o 3º lugar.

Em relação ao escalão de Vetera-nos B, o 1º lugar foi conseguido por António Paulo do GD Santo Antó-nio/Stevens, a segunda vitória consecutiva, mantendo-se assim líder na classifi cação geral. Em 2º lugar terminou Miguel Mestre do vercril/superbikes/ccapaio pires e em 3º Fernando Carriço do Clube Praças da Armada.

Saiba que no escalão Sub 23, o vencedor foi Marcelo Pinto do Atlético Sport Club, conseguindo mais uma volta que a sua con-corrência, segurando assim a li-derança na classifi cação geral. No 2º lugar terminou Luís Lameira do Clube Btt Terras do Montado, logo seguido por Mário Tanganho do

Btt Ajal/Chocalhos Pardalinho/Pimentão Morita.

No escalão dos Juniores, Nelson Candeias do Grupo Desportivo de Santa Cruz voltou a vencer, man-tendo a liderança na classifi cação geral. Em 2º lugar terminou José Rato do Btt Aguiar, e em 3º Nuno Gal-vão do Btt Ajal/Chocalhos Parda-l i n ho/Pi mentão Morita.

Sandra Semião do GD Santo An-tónio/Stevens foi a primeira chegar do grupo das se-nhoras. Ana Cebo-la dos Para e Bebes foi a 2ª classifi ca-da, seguida pela 3ª classifi cada Soraia

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O TBE’2010 tem o patrocinio da Fundação Inatel, Tyco Electronics e fotografi as a cargo de LuisPardal.com.

saiba em segundos

CurtA

rC3 consegue segundo lugar em torneio de Futsal militar

Carlos Barroso | Texto

A ESE 1A equipa da Esco-la de Sargentos do Exército (ESE), das Caldas da Rainha, foi a vencedora de um cam-peonato de Futsal Militar em que os jogos decorreram maioritariamente entre os pavilhões do Arneirense e da Mata.

Após a fi nal do campeo-nato, no passado dia 12, de-correu no auditório da ESE a entrega de prémios com o representante do Coman-do de Instrução e Doutrina, major-general Carlos Lopes, que também é director do Instituto Militar dos Pupi-los do Exercito, o coman-dante da ESE, coronel Lúcio Santos, diversos militares das diferentes instituições que participaram neste tor-neio e ainda o representan-te da autarquia, vereador Tinta Ferreira.

O Comando de Instrução e Doutrina, a Direcção de Ensino, o Centro Militar de Educação Física e Despor-tos, a Escola Prática de Ar-tilharia, a Escola Prática de Cavalaria, a Escola Prática de Engenharia, a Escola Prá-tica de Infantaria, a Escola Prática dos Serviços, a Esco-la Prática de Transmissões, a Escola de Serviço de Saúde Militar, o Regimento de Ar-tilharia Nº 5, o Regimento de Cavalaria Nº 3 e a ESE foram as instituições que participaram neste torneio militar e que proporcionou uma grande camaradagem.

O primeiro lugar foi con-quistado pela ESE, o se-gundo pelo Regimento de Cavalaria nº 3 de Estremoz e o terceiro posto coube ao Regimento de Artilharia nº 5 de Leiria. Este campeona-to teve a participação de 165 atletas militares.

desporto desporto que mexe com a regiãoluís pardal Fotografi atorrE dE

CoElHEiros

Estiveram em prova

cerca de 134 atletas

na segunda prova do

TBE’2010

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20 22 Fev ‘10

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MoraPesca na sua oitava edição

o evento deCorreu entre os dias 19 e 21 de Fevereiro

Mais de 25 mil visitantes, nos três dias de Feira. A MoraPesca é uma das mais importantes feiras ligadas à pesca desportiva, do país.

As mais recentes tecnologias e artigos liga-dos à pesca desportiva estiveram expostos na MoraPesca, o maior certame nacional do sector, com cerca de 40 expositores, que arrancou na sexta-feira passada, em Mora.

O evento, promovido pela Câmara Muni-cipal, com o apoio da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva (FPPD), já vai na oitava edição e decorreu até ontem no Pavilhão Municipal de Exposições.

O presidente do município, Luís Simão, garantiu à Lusa que esta feira, que faz a li-gação do concelho ao rio que o atravessa, o Raia, foi “a maior de sempre”, estando pre-sentes “todos os agentes e empresas nacio-nais do sector”.

“Esta feira veio sempre em crescendo e este é o ano em que vamos ter mais expo-sitores”, juntando, “todos os importadores e fabricantes portugueses” de produtos de pesca desportiva.

A Feira

Mais de 25 mil visitantes visitaram a feira, onde puderam apreciar os mais recentes ar-tigos para a pesca desportiva de interior (rio, albufeiras e lagos) e modernas tecnologias ligadas à sua prática.

“Isto funciona quase como as roupas. Há uma nova coleção de artigos para 2010 e as empresas vêm a Mora para os apresentar e mostrar”, destacou o autarca.

Inúmeras canas de pesca, algumas delas com preços que podem ascender “aos sete ou aos 10 mil euros”, exemplificou Luís Si-mão, estiveram em destaque na exposição, a par dos engodos, amostras, vestuário e ou-tros apetrechos próprios para a modalidade.

“Esta é a maior feira de pesca desportiva de rio do país”, classificou o autarca, expli-cando que, este ano, foi montado no recinto um “aquário gigante”, com oito metros de comprimento, para acolher demonstrações de equipamentos.

A feira integrou também um colóquio, para analisar as perspectivas do sector, e duas provas de pesca, seguidas da entrega de prémios.

Carrosséis, farturas, gastronomia e tas-quinhas foram outros dos atractivos do evento.

Luís Simão ao Registo

Mora tem vastas tradições na área da pes-ca de rio”, assegurou, evocando o Fluviário e as pistas de pesca que, ao longo dos anos, foram sendo construídas, como as existen-tes em Cabeção, Pavia e na própria sede de concelho.

A Pista Internacional de Pesca de Cabeção, destacou, é mesmo considerada uma das melhores do país e da Europa e já acolheu “cerca de 10 campeonatos internacionais”.

“É a única pista do mundo considerada pela Federação Internacional de Pesca de Desportiva como de interesse para todos os pescadores e para os que amam a natureza”, frisou.

Perante estas potencialidades oferecidas pelo Raia, Luís Simão afiançou ainda que “o crescimento e o desenvolvimento” de Mora vão continuar a “gravitar” em torno do rio.

Para finalizar, Luís Simão apelou ainda à qualidade gastronómica de Mora, convi-dando todos para uma visita ao Concelho e em particular ao Fluviário.

sociedade Em destaque na região EFEmÉridEs

22 de Fevereiro* 1828 - Regressa a Lisboa D. Miguel, que jura a nova Carta Constitucional do Império Por-tuguês.* 1974 - O general português António de Spínola publica o livro “Portugal e o Futuro”, em que propõe soluções políticas e não militares para os conflitos nas colónias portuguesas em África.* 1974 - O Paquistão reconhece a independência do Bangladesh.Nasceram neste dia* 1732 - George Washington, primeiro presidente dos Estados Unidos da América (m. 1799).* 1857 - Baden-Powell, militar britânico e fundador do escutismo (m. 1941).* 1949 - Niki Lauda, piloto de automóveis austríaco.Morreram neste dia* 1512 - Américo Vespúcio, explorador e navegador italiano (n. 1454).* 1913 - Ferdinand de Saussure, linguista suíço (n. 1857).* 1987 - Andy Warhol, cineasta norte-americano (n. 1928).

Fotografia de Arquivo

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Carta Dominante: Rei de Ouros, que significa Inteli-gente, PráticoAmor: Não esconda os sen-timentos. Liberte aquilo que sente e mostre a pessoa maravilhosa que éSaúde: Faça mais exercício físico. Está a ganhar peso a maisDinheiro: Não se precipite e pense bem antes de to-mar qualquer decisão que envolva mudanças no plano profissionalNúmero da Sorte: 78Dia mais favorável: Terça-Feira

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Z O M E R T S E L N V L

Carta Dominante: 2 de Espadas, que significa Afeição, FalsidadeAmor: Não vá atrás das aparências, pois elas muitas vezes enganam. Seja mais con-sciente e ponderado nas suas atitudesSaúde: Coma muito salmão para baixar o colesterolDinheiro: Encontra-se numa boa fase, dê asas às suas ideias! Os seus superiores irão apreciá-lasNúmero da Sorte: 52Dia mais favorável:Sexta-Feira

TouroCarta Dominante: 10 de Co-pas, que significa FelicidadeAmor: Cuidado com os falsos amigos. Não seja tão ingénuo com quem não conhece bemSaúde: Aconselha-se uma dieta para prevenir o aumento dos valores de colesterolDinheiro: Está a passar por um momento positivo neste campo da sua vida, aproveite-o para progredir profissionalmenteNúmero da Sorte: 46Dia mais favorável:Quarta-Feira

Gémeos

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Carta Dominante: Rei de Copas, que significa Poder de Concretização, RespeitoAmor: Se der ouvidos a ter-ceiros poderá sair prejudicado na sua relação amorosaSaúde: Procure descansar as oito horas necessárias para o seu bem-estar físico e espiri-tualDinheiro: Não gaste mais do que aquilo que a sua conta bancária permiteNúmero da Sorte: 50Dia mais favorável:Segunda-Feira

CaranguejoCarta Dominante: A Lua, que significa Falsas IlusõesAmor: Não deixe que o seu or-gulho fira a pessoa que tem a seu lado, seja mais compreen-sivo e aprenda a ouvirSaúde: Faça uma caminhada por semana e verá como a sua circulação sanguínea ficará bem mais activaDinheiro: Tente fazer um pé-de-meia, pois mais tarde poderá vir a precisar de um dinheiro extraNúmero da Sorte: 18Dia mais favorável:Quinta-Feira

LeãoCarta Dominante: A Impera-triz, que significa RealizaçãoAmor: Não deixe que a rotina tome conta da sua relação e use e abuse da criatividadeSaúde: Cuide mais da sua saúde espiritual cultivando pensamentos positivosDinheiro: Não gaste mais do que aquilo que realmente pode, não se esqueça das con-tas que tem por pagarNúmero da Sorte: 3Dia mais favorável:Segunda-Feira

Virgem

Carta Dominante: Rei de Paus, que significa Força, Coragem e JustiçaAmor: Aposte tudo na sua relação, pois ela proporcio-nar-lhe-á momentos in-esquecíveisSaúde: Não se desleixe e cuide de si, invista na sua imagemDinheiro: Pense bem antes de pôr em causa o seu din-heiro, não desperdice sem ter noção daquilo que gasta e em que gastaNúmero da Sorte: 36Dia mais favorável:Domingo

Balança Carta Dominante: Rainha de Copas, que significa Amiga SinceraAmor: Este é um bom perío-do para conquistas amorosas, use e abuse do seu charme pois ele arrebatará muitos corações.Saúde: Anda com o sistema respiratório fragilizado, seja prudente e proteja a sua gar-ganta. Dinheiro: Poderá sofrer uma mudança repentina no seu lo-cal de trabalho, esteja atento e seja receptivo à mudança.Número da Sorte: 49Dia mais favorável:Quarta-Feira

EscorpiãoCarta Dominante: A Papisa, que significa Estabilidade, Es-tudo e MistérioAmor: Altura de harmonia e muita paz a nível amoroso, aproveite-a em plenoSaúde: Pratique exercício físico e faça uma alimentação mais equilibradaDinheiro: Seja mais pruden-te na forma como gere as suas economiasNúmero da Sorte: 2Dia mais favorável: Quinta-Feira

Sagitário

Carta Dominante: 2 de Paus, que significa Perda de OportunidadesAmor: Partilhe a boa dis-posição que o invade com quem o rodeiaSaúde: Tenha mais cuidados com os rins, beba muita águaDinheiro: É possível que venha a obter aquela pro-moção que tanto esperavaNúmero da Sorte: 24Dia mais favorável:Terça-Feira

Capricórnio

Carta Dominante: 5 de Paus, que significa Fracasso.Amor: Poderá vir a ter uma zanga com um familiar, mas não se preocupe que tudo se resolverá.Saúde: Cuidado com as mudanças bruscas de tem-peratura, pois o seu sistema imunitário anda muito frágil.Dinheiro: Seja prudente na forma como administra a sua conta bancária.Número da Sorte: 27Dia mais favorável:Quarta-Feira

Aquário

Carta Dominante: Rainha de Espadas, que significa Melancolia, Separação.Amor: Ponha de parte essa sua mania de ser o mais importante, deixe que o amor invada o seu coração, aproveite o romantismo.Saúde: Cuide da sua alimen-tação, evite excessos.Dinheiro: Boa altura para comprar aquela peça de ves-tuário de que tanto gosta, invista mais em si pois bem merece.Número da Sorte: 63Dia mais favorável:Segunda-Feira

Peixes

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Objectivo: descubra as 15 cidades escondidas

Nota: o sudoku consiste em preencher uma grade de 81 espaços dividida em nove blocos. o objec-tivo do jogo é completar os espaços em branco com algarismos de 1 a 9, de modo que cada número apareça apenas uma vez na linha, grade e coluna. nenhum número pode ser repetido e todos os números de 1 a 9 devem estar presentes.

sopA dE lEtrAs

Autor samuel pimenta

liVros

o Escolhido

Um jovem com o destino traça-do… Duas mor-tes numa fria noite em Lis-boa pro-voca a luta contra as forças do Mal…Criadas pela lendária Deusa, Seis Chaves de Cristal com um poder avassalador e segredos ocultos só serão descobertos pel’O Escolhido. Muito se aguardou pelo seu nas-cimento e uma ordem secreta zela pela sua integridade agora que o seu tempo chegou…Num mundo de magia, mistérios e perigos iniciamos uma aventura por Lisboa, Paris e o Mar do Norte, numa junção entre o Mundo dos Humanus e o Mundo Incantatus, onde se reúnem fantasia e horror, Bem e Mal, magia, feitiçaria, elfos, anões, gigantes, trux, lobisomens, trolls… embrenhando-nos numa trama verdadeiramente fantástica.Uma luta sem tréguas contra as for-ças do Mal…

Sinopse

realização: joe johnstono lobisomem

A infância de Lawrence Talbot ter-minou na noite da morte da sua mãe. Após deixar o adormecido vilarejo Vitoriano de Blackmoor, passou décadas a tentar recuperar e esquecer o sucedido. Mas quando a noiva do seu irmão, Gwen Conliffe, o procura para a ajudar a encontrar o seu amor desaparecido, Talbot regressa a casa para ajudar nas bus-cas. Descobre, então, que algo de força bruta e sedento de sangue tem vindo a matar os aldeãos e que um desconfiado inspector da Scotland Yard chamado Aberline foi chama-do para investigar o caso. Quando as peças começam a formar o ter-rível puzzle, Talbot ouve falar de

uma mal-dição an-tiga que t r a n s -forma os d e s e s -perados em lobisomens aquando da Lua Cheia. Agora, de modo a parar a chacina e proteger a mulher que ele apren-deu a amar, Talbot tem de matar a maligna criatura que se esconde nos bosques que circundam Black-moor. Mas enquanto procura o ter-rível monstro, um simples homem com um passado atormentado irá revelar um lado primitivo, que nem imaginava existir

Sinopse

FilmE dEstA sEmAnA

lazer divirta-se com os nossos passatempos. As nossas propostas de leitura e cinema.

Autores marco Cardoso, luís Quaresma, Fernando parsotam, Bruno Valverde Cota

teamneurs

Este titulo “Team-neurs” é um novo con-ceito de ges-tão cria-do por Mar-co Cardoso, que convidou 3 autores para falarem de temas básicos mas cujo domínio e boa utilizaçao está em défice em muitas empresas: organi-zação, marketing e fiscalidade.Marco Cardoso avança com um modelo bem detalhado e funda-mentado, o Clearing House Model, com o objectivo de erradicar o gra-víssimo problema epidémico da falta de fundo de maneio nas em-presas e o incumprimento das con-dições contratuais de pagamento, na tentativa de inverter a situação limite e incomportável a que se chegou de endividamento estéril para fazer face a pagamentos ao in-vés de se recorrer ao endividamen-to para investimento, o único que é produtivo.

Sinopse

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Cartaz Cultura

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«Jogo das Perguntas»

Co-Produção Teatro Viriato / Teatro Municipal Maria Matos, com co-cria-ção de Cláudia Jardim e Patrícia Portela, desenho sonoro e música de Chris-toph de Boeck, direcção técnica e design de luz de Cláudia Rodrigues, apoio dramaturgia de Isabel Garcez. O “jogo das perguntas” é um jogo. Quantas igrejas tem o céu? Há mais folhas numa pereira ou num livro de Harry Potter? Porque se suicidam as folhas quando se sentem amarelas? são al-gumas das perguntas principais de um jogo feito de muitos jogos, onde se pode marcar pontos, ter sorte, ganhar guerras ou países, tudo graças à elo-quência dos jogadores. Um super-jogo cheio de perguntas e sem uma única resposta possível.

de Claudia Jardim e Patricia PortelaConvento da Saudação, em Montemor-o-Novo Pelas 17horas, do dia 27 de Fevereiro

Malangatana, 50 Anos de Pintura

Esta mostra reúne 50 trabalhos de Malangatana, produzidos de 1950 até aos dias de hoje, e traça uma retrospectiva da vasta obra do artista na área da pintura, representada em inúmeros museus e colecções privadas em todo o mundo. Malangata nasceu em Moçambique, em Ju-nho de 1936. Antes de se tornar artista profi ssional, nos anos 60 do século passado, Malangatana foi pastor, aprendiz de medi-cina tradicional e empregado do clube da elite colonial da então Lourenço Marques, depois Maputo. O artista, que realça que a inspiração lhe surge do quotidiano, já participou em exposições colectivas ou indivi-duais em países como Moçam-bique, África do Sul, Angola, Brasil, Cuba, Bulgária, Dinamar-ca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Holanda, Índia, Suécia, Noruega, Paquistão ou Portugal.

palácio d. manuel, até 28 de Fevereiro, em Évora2ª-6ª: 10h00-12h00 / 14h00-18h00;sab: 14h00-18h00

Entre o Muroe o vazio

A Câmara Municipal de Estremoz in-forma que este ano a programação do Museu Municipal de Estremoz Prof. Jo-aquim Vermelho abre com a exposição “Entre o Muro e o Vazio”, tecelagem de Pepa Mancha.Estão patentes na mostra 20 trabalhos, que podem ser fruídos pelos visitantes todos os dias, excepto às segundas-feiras. Decorrerá a exposição de 24 de Janeiro a 21 de Fevereiro, sendo a en-trada e o catálogo gratuitos. A tecela-gem da artista tem características pró-prias. Além de usar preferencialmente 2 cores na sua composição cromática, o entrelaçamento e os cruzamentos são sem dúvida a pedra de toque do tra-balho de Pepa Mancha. Como bordo (ou Muro), secção que sustenta a obra principal em lã (que cruza o Vazio), está uma armação em ferro, que assume diversas formas geométricas como o quadrado, triângulo, círculo, rectângu-lo e elipse.

segunda-Feira 25 de janeiro de 2010pelas 9:39

Há Música no castelo

No âmbito da iniciativa “Há Música no Castelo” - Actividades de Animação Cultural realizadas em castelos sob tu-tela da Direcção Regional de Cultura do Alentejo, em parceria com a Ofi cina da Courela - Associação Cultural - terá lugar o próximo evento no Castelo de Evoramonte, dia 27 de Fevereiro, a par-tir das 15 horas. Às 15 h será desenvol-vida uma actividade de exploração do castelo, destinada a pais e fi lhos; às 16h realizado um workshop de percussão e às 17h um concerto/baile, com grupo de música tradicional Alfa Roba. Entra-da gratuita.

27 de Fevereiro, pelas 15h, Castelo de Évoramonte

«Nós»

Num momento em que vive um par-ticular encanto familiar, acalentado pela chegada de um fi lho, e um pecu-liar desafi o profi ssional, alimentado pelas provações da actividade, António Carrapato escolhe a palavra “Nós” para se defi nir e para se situar, no tempo, no trabalho, no espaço e no sentir. “Nós, Família” e “Nós, Alentejanos” são, se-gundo o autor, os subtítulos desta desig-nação. A família que, afi rma, o trouxe até aqui e o Alentejo que, admite, aqui o mantém.Nesta apresentação, o fotógrafo oferece ao leitor das suas imagens episódios e histórias de um Alentejo inédito e in-sólito, real e autêntico. As pessoas, as paisagens e as situações, captadas pelo seu característico humor, surgem nas suas não menos típicas molduras de genuidade e ingenuidade, que sustêm todo o seu trabalho. Prestes a completar 20 anos como fotógrafo, António Carra-pato conta com a exposição destas 53 peças para dar continuidade à, ainda, breve incursão que iniciou pelo rota da fotografi a de autor, pretendendo, con-tudo, manter a actividade de repórter fotográfi co, que desempenha em várias publicações.

fotografias de José M. Rodrigues

museu de Évora, até 28 de Fevereiroterça-Feira a domingo09h30-12h30 / 14h00-18h00 Entrada: Eur 1,50

Cidália Moreira

Cidália Moreira nasceu em Olhão, em 1944. É actriz e fadista portugue-sa, também conhecida como a “fadis-ta cigana”.Nascida em maus anos para a Europa, desde cedo assumiu a sua paixão pelo canto e pela dança e demonstrava-o nas festas da sua escola, onde sobres-saía. Com 7 anos de idade torna-se vocalista de um conjunto de anima-ção de bailes, no qual se mantem até ao 14 anos. A sua família, ligada in-timamente ao fl amengo, nunca lhe negou o fado, e era nas patuscadas a que o pai, primo direito de Casimiro Ramos, a levava, onde cantava para mais público.

Auditório municipal de reguengos de monsaraz dia 27 de Fevereiro, pelas 21h30

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“Luzes; objectiva; máquina…Acção!!”Doença crónica, bastante conta-giosa que se tem vindo a propagar desde a era do digital. Cada vez mais pessoas compram máquinas de 2000 euros sem saber minima-mente o que é a arte fotográfi ca pois, basta ter uma boa máquina e clikar num botão… Ou não!

Tirar uma fotografi a é fácil, difí-cil é criá-la. Envolve treino, estudo e principalmente bastante criati-vidade. Hoje em dia é tão fácil cap-tar fotografi as que o mais valioso é a criatividade do trabalho, porque se a qualidade marca a diferença, na fotografi a a diferença marca a qualidade no mercado.

Apesar de tudo, isto está cada vez mais está instalado um “ne-gócio” à volta da fotografi a, todos os meses as marcas lançam novas máquinas com cada vez mais fun-ções que vão retirando o encanto da arte fotográfi ca… Qual o inte-resse de ter uma máquina que faz tudo sozinha? Talvez o facilitismo nem sempre ajude fazendo com que se deixe de pensar e assim prejudicar os próprios amantes da fotografi a.

Felizmente, cada vez mais se utiliza a fotografi a como modo de expressão, seja ela certa ou errada, todos nós vemos e comentamos fo-tografi as à nossa volta porque vive-mos num mundo que gira à volta

da imagem e comunicação. Agora pergunto: O que seria de um casa-mento sem fotografi as para mais tarde (re)lembrar? E um jornal? Teria o mesmo impacto? Pelos vis-tos devemos estar todos de acordo, vivemos num mundo fotográfi co, mas que mesmo assim passa tão despercebido por todos. Por detrás de uma fotografi a está alguém que a criou, que registou aquele mo-mento para que, os olhares mais despercebidos, vejam o mundo de uma forma diferente através de uma pura imagem.

“A fotografi a é como a natureza, não sobrevive sem luz!”

SEMANÁRIO

FOTOMANIA

elementos da fotografia:Colaboradores mpestudios

luis pArdAlFotografia & texto

Apesar de tudo, isto está cada

Passemos a rezar. A ideia foi pri-meiramente introduzida com o intuito de levar para todo o lado as orações na versão mp3. É engraçado perceber que para além das músicas que nos fazem correr e das músicas que nos fazem chorar, agora tam-bém temos aquelas que nos fazem rezar. De facto, não me imagino a correr por entre calçadas sem fi m, ou a sentar-me na fonte do Giraldo enquanto ouço o episódio em que Maria conta a José que está grávida do Espírito Santo. Não quero porque, para alem de respeitar a ideia e de a achar bastante pertinente, faz-me sempre lembrar uma novela de um qualquer canal de televisão mais cor-de-rosa ... Passo a dizer que vou experimentar descarregar algumas das orações. Só ainda não sei se te-mos de estar quietos a ouvir ou se temos de nos benzer no fi m... Livro de instruções precisa-se. Não há al-turas certas do dia para se rezar e pedir a Ele que nos salve, só tenho medo que com tanta escuta que por aí anda que para além de saber que Ele está em todo o lado, agora tam-bém me sussurra ao ouvido. Onde fi ca a minha privacidade?

ZÉ jorgEFazedor de coisas

Humor imEdiAto

Sede travessa Ana da silva, n.º6 -7000.674 Tel. 266 751 179 Fax 266 730 847Email [email protected]

nEstA EdiÇão

22’ Fev 10

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03//Mineiros de Castro Verde em greve

06//Gov Civil Fernanda Ramos em entrevista

10//Elvasjovem que foi mantida em cativeiro entregue às autoridades espanholas

12// ReportagemReis das Ruas