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23 de março de 2012 às 15:03 O que achou? 0 0 votos Registro de Preços: Ata x Contrato Autor: Ricardo Alexandre Sampaio Categoria: SRP Tags: ata, contrato, formalização, SRP Nos dias 12 a 14 de março, trabalhei no Seminário Nacional SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS — DO PLANEJAMENTO E JULGAMENTO DO PREGÃO ATÉ A GESTÃO DA ATA, em Brasília/DF. Nesse evento tivemos a oportunidade de discutir amplamente as situações mais variadas que surgem na implementação de contratos por meio do Sistema de Registro de Preços. Abordo agora uma das dúvidas que me pareceu recorrente entre os participantes: tendo celebrado a ata de registro de preços, quando a Administração pretender a contratação do objeto registrado, faz‐se necessária a formalização desse ajuste por meio de instrumento contratual? Registro de preços é o sistema pelo qual, por meio da concorrência ou do pregão, selecionam‐se propostas e registram‐se preços para a celebração de contratações futuras. Por sua vez, a ata de registro de preços é apenas o documento no qual se formaliza a vinculação do licitante vencedor ao preço e demais condições registradas, com base nas quais as futuras contratações se formarão. Percebe‐se, portanto, que a ata não se confunde com instrumento de contrato. Este tem a finalidade de formalizar as relações jurídicas obrigacionais que estipulam obrigações recíprocas para a Administração e o licitante que teve seu preço registrado. Dito de outro modo, o instrumento contratual ou termo de contrato, formaliza os contratos celebrados com base na ata de registro de preços. Ata de registro de preços e termo de contrato, tratam, portanto, de documentos com naturezas e finalidades distintas, razão pela qual um não substitui e não deve se confundir com o outro. A celebração e formalização de contratos com base em atas de registro de preços deve observar os ditames da Lei nº 8.666/93. Ou seja, “A contratação com os fornecedores registrados, após a indicação pelo órgão gerenciador do registro de preços, será formalizada pelo órgão interessado, por intermédio de instrumento contratual, emissão de nota de empenho de despesa, autorização de compra ou outro instrumento similar, conforme o disposto no art. 62 da Lei nº 8.666, de 1993”, tal qual prevê o art. 11 do Decreto federal nº 3.931/01. Não por outra razão, no Acórdão nº 1.359/2011, o Plenário do TCU alertou para a necessidade de a Administração, nas contratações com base em atas de registro de preços, “formular o instrumento de contrato quando os valores envolvidos se encaixarem nas hipóteses de concorrência e de tomada de preços, na forma estabelecida no art. 11 do Decreto federal nº 3.931/2001, c/c o art. 62 da Lei nº 8.666/1993”. Por último, vale chamar a atenção que essa mesma disciplina vale e deve ser observada quando o contrato for firmado a partir de adesão a atas de registro de preços de outros órgãos ou entidades da Administração. Avalie > Avaliação: 5.0/5 (7 votos) Deixe o seu comentário! Nome (obrigatório): E‐mail (obrigatório, não será publicado): Órgão/Empresa (não será publicado): UF (não será publicado) Ao enviar, concordo com os termos de uso do Blog da Zênite. 97 Comentários josé dantas disse: Muito bom o artigo ora descrito. Gostaria de saber quando um órgão formaliza uma adesão a ata e a empresa não cumpre algumas cláusulas do contrato, quem tem competência para apurar e aplicar as penalidades. Um grande abraço… http://www.zenite.blog.br/registro-de-precos-ata-x-contrato/ 01/08/2013 10:04

Registro de Preços Ata x Contrato

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23 de março de 2012 às 15:03

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Registro de Preços: Ata x Contrato

Autor: Ricardo Alexandre SampaioCategoria: SRPTags: ata, contrato, formalização, SRP

Nos dias 12 a 14 de março, trabalhei no Seminário Nacional SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS — DO PLANEJAMENTO E JULGAMENTODO PREGÃO ATÉ A GESTÃO DA ATA, em Brasília/DF.

Nesse evento tivemos a oportunidade de discutir amplamente as situações mais variadas que surgem na implementação de contratospor meio do Sistema de Registro de Preços. Abordo agora uma das dúvidas que me pareceu recorrente entre os participantes: tendocelebrado a ata de registro de preços, quando a Administração pretender a contratação do objeto registrado, faz‐se necessária aformalização desse ajuste por meio de instrumento contratual?

Registro de preços é o sistema pelo qual, por meio da concorrência ou do pregão, selecionam‐se propostas e registram‐se preços para acelebração de contratações futuras. Por sua vez, a ata de registro de preços é apenas o documento no qual se formaliza a vinculação dolicitante vencedor ao preço e demais condições registradas, com base nas quais as futuras contratações se formarão.

Percebe‐se, portanto, que a ata não se confunde com instrumento de contrato. Este tem a finalidade de formalizar as relações jurídicasobrigacionais que estipulam obrigações recíprocas para a Administração e o licitante que teve seu preço registrado. Dito de outromodo, o instrumento contratual ou termo de contrato, formaliza os contratos celebrados com base na ata de registro de preços.

Ata de registro de preços e termo de contrato, tratam, portanto, de documentos com naturezas e finalidades distintas, razão pela qualum não substitui e não deve se confundir com o outro.

A celebração e formalização de contratos com base em atas de registro de preços deve observar os ditames da Lei nº 8.666/93. Ou seja,“A contratação com os fornecedores registrados, após a indicação pelo órgão gerenciador do registro de preços, será formalizada peloórgão interessado, por intermédio de instrumento contratual, emissão de nota de empenho de despesa, autorização de compra ououtro instrumento similar, conforme o disposto no art. 62 da Lei nº 8.666, de 1993”, tal qual prevê o art. 11 do Decreto federal nº3.931/01.

Não por outra razão, no Acórdão nº 1.359/2011, o Plenário do TCU alertou para a necessidade de a Administração, nas contratações combase em atas de registro de preços, “formular o instrumento de contrato quando os valores envolvidos se encaixarem nas hipóteses deconcorrência e de tomada de preços, na forma estabelecida no art. 11 do Decreto federal nº 3.931/2001, c/c o art. 62 da Lei nº8.666/1993”.

Por último, vale chamar a atenção que essa mesma disciplina vale e deve ser observada quando o contrato for firmado a partir deadesão a atas de registro de preços de outros órgãos ou entidades da Administração.

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97 Comentários

josé dantas disse:

Muito bom o artigo ora descrito. Gostaria de saber quando um órgão formalizauma adesão a ata e a empresa não cumpre algumas cláusulas do contrato,quem tem competência para apurar e aplicar as penalidades. Um grandeabraço…

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26 de março de 2012 às 8:21

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29 de março de 2012 às 13:16

Muito bom o artigo ora descrito. Gostaria de saber quando um órgão formalizauma adesão a ata e a empresa não cumpre algumas cláusulas do contrato,quem tem competência para apurar e aplicar as penalidades. Um grandeabraço…

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Caro José Dantas,No caso de um órgão celebrar contratação por meio de adesão a ata deregistro de preços de outro órgão e a empresa contratada não cumpririntegralmente as obrigações ajustadas, segundo o disposto no Decreto federalnº 3.931/01, pode‐se concluir que o próprio órgão contratante terá competênciapara aplicar as sanções cabíveis, devendo, ao final do processo administrativo,informar o órgão gerenciador.Sobre o assunto, transcrevo Pergunta e Resposta publicada na Revista ZêniteInformativo de Licitações e Contratos – ILC nº 161/JUL/2007, p. 733:No âmbito da Administração Pública federal, a quem compete aplicar sançõesno curso da vigência da Ata de Sistema de Registro de Preços? Ao órgãogerenciador? Aos órgãos participantes? E no caso do “carona”?No âmbito da Administração Pública federal, nas relações decorrentes daoperacionalização de sistema de registro de preços, mostra‐se necessária aobservação do que dispõe o § 2º do art. 3º do Decreto nº 3.931/01, de acordocom o qual incumbe ao órgão gerenciador a “aplicação de penalidades pordescumprimento do pactuado na Ata de Registro de Preços”.A leitura isolada desse artigo pode levar o intérprete a concluir que acompetência para a aplicação de sanções em contratos celebrados pelosórgãos participantes também compete ao órgão gerenciador. Entretanto, issonão se afigura verdadeiro. Esse dispositivo estabelece apenas a competênciado órgão gerenciador para aplicação de sanções quando do inadimplemento doparticular em relação aos compromissos assumidos com a assinatura da ata.Portanto, se uma vez convocado dentro do prazo de vigência da ata, oparticular cujo preço foi registrado se recusar injustificadamente a celebrar ocontrato ou retirar instrumento equivalente, aí sim caberá ao órgãogerenciador a aplicação da penalidade.Todavia, no que diz respeito ao não atendimento das obrigações contraídas apartir da execução propriamente dita dos contratos, as penalidadeseventualmente cabíveis deverão ser aplicadas pelo órgão/entidadecontratante, nos termos dos arts. 86, 87 e 88 da Lei de Licitações, conforme ocaso.O próprio art. 3º, em seu § 4º, estabelece que compete ao órgão participanteaplicar, “em coordenação com o órgão gerenciador”, as “eventuaispenalidades decorrentes do descumprimento de cláusulas contratuais”.Embora esse dispositivo refira‐se literalmente ao órgão participante, a mesmaregra se aplica quando o contrato for celebrado por órgão/entidade aderente,figura vulgarmente denominada de “carona”.Daí, a interpretação sistemática desses dois dispositivos conduz aoentendimento de, quando for celebrado um contrato por órgão participante oupelo chamado “carona”, e o particular inadimplir, cumpre ao próprio órgãocontratante aplicar as sanções administrativas cabíveis. No entanto, énecessário que a aplicação dessa penalidade se dê em coordenação com oórgão gerenciador, a fim de que este seja informado para adotar osprocedimentos necessários em relação às conseqüências dessa sanção em faceda ata de registro de preços.Portanto, diante da ocorrência de alguma das hipóteses previstas nos arts. 86 a88 da Lei de Licitações no curso da execução do contrato, a Administraçãocontratante (seja esta o gerenciador, participante ou carona) deve instaurarprocesso administrativo próprio, concedendo ao contratado oportunidade paraexercer os direitos ao contraditório e à ampla defesa prévios à aplicação dasanção.Além disso, tal fato deverá ser comunicado ao órgão gerenciador, a fim de queeste adote outras providências eventualmente devidas, como, por exemplo, aexclusão do fornecedor da ata (art. 13 do Decreto nº 3.931/01).Por outro lado, cometida a infração em momento preliminar à formação docontrato, como no caso da recusa injustificada em assiná‐lo ou para retirarinstrumento equivalente, será competência do órgão gerenciador a aplicaçãode sanções.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Rosival Carvalho disse:

Att. Ricardo Sampaio,

Parabens pela matéria acima citada, entretanto, solicito a gentileza de nos

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29 de março de 2012 às 13:16

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30 de março de 2012 às 15:51

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25 de junho de 2012 às 16:34

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26 de junho de 2012 às 20:16

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28 de agosto de 2012 às 16:12

Rosival Carvalho disse:

Att. Ricardo Sampaio,

Parabens pela matéria acima citada, entretanto, solicito a gentileza de nosinformar se existe algum município já praticando a Ata de Registro de Preço,tendo em vista, a pespectiva dessa formação de contrato com entesfederativos, em virtude da não aceitação dos contratos de êxitos, e comvariaveis em percentuais.

Atenciosamente,

Rosival Carvalho

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Rosival,Obrigado por acompanhar nosso blog.infelizmente não posso lhe dar nenhuma referência de município que jápratique o Registro de Preço, tendo em vista, a perspectiva solicitada – nãoaceitação dos contratos de êxitos, e com variáveis em percentuais.De toda sorte, fico à disposição para auxiliar no que estiver ao meu alcance.Cordialmente,Ricardo Sampaio

marcos vinicius disse:

Boa tarde.Na seguinte situação hipotética:‐ determinado órgão realiza aquisição de bem permanente por meio de Sistemade Registro de Preços. Posteriormente foi assinada a Ata de Registro de Preçosonde estabelece um período de garantia de 5 anos para esse mobiliário. Vistoque a validade da Ata é de 12 meses e a garantia do material é de 5 anos,torna‐se necessária a formalização de contrato ou a própria Ata, mesmovencida, vincula o fornecedor durante o prazo de garantia.

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Marcos Vinicius,Na forma do art. 11, do Decreto nº 3.931/01, “A contratação com osfornecedores registrados, após a indicação pelo órgão gerenciador do registrode preços, será formalizada pelo órgão interessado, por intermédio deinstrumento contratual, emissão de nota de empenho de despesa, autorizaçãode compra ou outro instrumento similar, conforme o disposto no art. 62 da Leinº 8.666, de 1993”.No caso, como a obrigação futura envolve garantia do fabricante,particularmente entendo que esta poderia ser formalizada por termo próprio,na forma do art. 50 do Código de Defesa do Consumidor, por exemplo.Contudo, a conduta mais prudente seria formalizar o próprio contrato por meiode instrumento contratual. Isso porque, havendo obrigação futura, os órgãosde controle exigirão a formalização de instrumento de contrato, o qual nãopoderá ser substituído pela ata, conforme Acórdão nº 3.273/2010 – SegundaCâmara:“9.2. determinar à Secretaria de Estado da Educação Cultura e Desporto – SECDdo Estado de (…) que, quando da utilização de recursos federais:(…)9.2.2. evite que as atas de registro de preço e os contratos, assim como seusaditivos, sejam formalizados em um mesmo termo ou instrumento, vez quetêm natureza e finalidades distintas;”Cordialmente,Ricardo Sampaio

Grhegory disse:

Boa tarde e parebéns pelos comentários. Apenas um dúvida: foi expedida umaautorização pelo responsável por um órgão para adesão ao SRP antes do seu

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28 de agosto de 2012 às 16:12

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29 de agosto de 2012 às 18:15

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25 de setembro de 2012 às 18:19

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26 de setembro de 2012 às 18:35

Grhegory disse:

Boa tarde e parebéns pelos comentários. Apenas um dúvida: foi expedida umaautorização pelo responsável por um órgão para adesão ao SRP antes do seuvencimento, porém, o contrato só pode ser concretizado após o seuvencimento (de um ano). Nessa situação pode se julgar regular tal contratação,tendo em vista que a autorização do setor se deu em momento anterior aovencimento da ata?Agradeço, desde já.

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Grhegory,Particularmente, entendo que a adesão deva ser formalizada enquanto vigentea respectiva ata e, como a formalização da adesão se dá com a contratação,esta deveria ser firmada dentro do prazo de vigência da ata. Do contrário,entendo que teremos uma adesão a uma ata que não existe mais, ainda que astratativas tenham se iniciado antes da sua extinção.Contudo, não há uma definição normativa acerca do assunto. Parafundamentar esse raciocínio, utilizo, por exemplo, o seguinte precedente doTCU:Acórdão nº 1.793/2011 – Plenário9.2. determinar à (…) que:9.2.1. oriente os gestores dos órgãos integrantes do Sisg:(…)9.2.1.4. quando atuarem como gerenciadores de atas de registro de preço, anão aceitarem a adesão após o fim da vigência das atas, em atenção ao art. 4º,caput e § 2º, do Decreto nº 3.931/2001;(…)9.2.2. oriente os órgãos integrantes do Sisg:(…)9.2.4. implante controles no sistema Siasg de modo a não permitir a aquisiçãode bens e serviços oriundos de adesão a registro de preço após o fim davigência da respectiva ata, de forma a observar o disposto no art. 15, § 3º, da Leinº 8.666/1993 e ao art. 4º, caput e §2º, do Decreto nº 3.931/2001, ou instituacontroles compensatórios capazes de evitar a ocorrência dessa irregularidade;(Relator: Valmir Campelo; Data do Julgamento: 06/07/2011)Cordialmente,Ricardo Sampaio

Flávio disse:

Feito o pregão eletrônico e formalizada a ata de registro de preços, é precisoainda a assinatura de um contrato para aquisição do objeto? Ou seja, naelaboração do processo é necessário existir o edital, o tr, minuta da ata eminuta do contrato?

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Flávio,De acordo com o art. 11 do Decreto nº 3.931/01, “A contratação com osfornecedores registrados, após a indicação pelo órgão gerenciador do registrode preços, será formalizada pelo órgão interessado, por intermédio deinstrumento contratual, emissão de nota de empenho de despesa, autorizaçãode compra ou outro instrumento similar, conforme o disposto no art. 62 da Leinº 8.666, de 1993”.A razão é simples, a ata não é um contrato, mas um documento que estabeleceas condições que deverão ser praticadas por ocasião de futuras contratações.Assim, a cada convocação feita pela Administração para que o beneficiário daata forneça o objeto ou preste o serviço cujo preço foi registrado, seránecessário aplicar a previsão contida no art. 62 da Lei nº 8.666/93, a qualestabelece que, como regra, o contrato deve ser celebrado por instrumentocontratual, podendo este ser substituído outros instrumentos hábeis, tais comocarta‐contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordemde execução de serviço, quando o valor foi inferior ao limite para modalidadeconvite e não envolver obrigações futuras.Cordialmente,Ricardo Sampaio

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30 de setembro de 2012 às 17:02

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2 de outubro de 2012 às 9:06

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2 de outubro de 2012 às 16:18

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2 de outubro de 2012 às 17:30

estabelece que, como regra, o contrato deve ser celebrado por instrumentocontratual, podendo este ser substituído outros instrumentos hábeis, tais comocarta‐contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordemde execução de serviço, quando o valor foi inferior ao limite para modalidadeconvite e não envolver obrigações futuras.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Daniela DF disse:

Snhor professor, boa tarde:

Animada pela qualidade e altíssimo nível das discussões acerca do sistema deregistro de preços, pergunto ao senhor:

Se um determinada entidade pública, interessada em aderir a uma ata deregistro de preços vigente (cujo órgão gerenciador não tenha estabelecidoassinatura de contrato, tão somente a celebração da ata), poderá esse“carona” firmar contrato com o fornecedor, com o fim de aumentar asegurança jurídica referente ao fornecimento do objeto?

Muito obrigada pela atenção.

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Daniela,Partindo do pressuposto de que todos os requisitos para essa adesão serãosatisfeitos (sobre o tema, recomendo leitura do post “O fim do carona(finalmente)! http://www.zenite.blog.br/o‐fim‐do‐carona‐finalmente/), não vejoqualquer impedimento capaz de obstar a celebração do ajuste, no casonarrado, por termo de contrato.Contudo, atente: como a entidade estará firmando esse contrato por adesão, aprincípio impõe‐se a observância das mesmas condições praticadas na licitaçãoe previstas na referida ata. O fato de o termo de contrato não ser inicialmenteprevisto não me parece representar um desvio a esse dever, pois apenasformaliza a celebração do ajuste contratual. Daí porque, desde que o termo decontrato observe as referidas condições praticadas na licitação e previstas nareferida ata, não haverá violação alguma. Ademais, quem pode o menos (firmaro contrato por nota de empenho ou ordem de compra, por exemplo), tambémpode o mais (utilizar termo de contrato).Por fim, tratando‐se de contratação “por carona”, será preciso obter também aconcordância do fornecedor.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Adriana de Paula Trindade disse:

Prezado Professor,Excelentes artigo e respostas aos comentários, me ajudaram muito com minhasdúvidas, pois estou analisando meu primeiro edital de registro de preços. Noentanto, gostaria de saber, ainda, se no edital de uma licitação é obrigatórioconstar as quantidades (mínimas/máximas) a serem adquiridas, pois às vezesisso é impossível de estimar por conta das particularidades de certos materias,que têm sua aplicação/utilização vinculadas a eventos naturais e por contadisso imprevisíveis, como no caso de materiais elétricos e de manutençãocorretiva de sistemas. Sobre o carono, já limitamos a participação, graças aoseu artigo.Muito obrigada.Adriana

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Adriana,Em primeiro lugar, fico feliz de ter, de certa forma, colaborado para aconstrução da solução adotada. É muito bom saber que nossas ideias podemser úteis.Sobre a indagação, ao instituir um edital para instituição de ata de registro de

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4 de outubro de 2012 às 15:39

Prezada Adriana,Em primeiro lugar, fico feliz de ter, de certa forma, colaborado para aconstrução da solução adotada. É muito bom saber que nossas ideias podemser úteis.Sobre a indagação, ao instituir um edital para instituição de ata de registro depreços, a Administração tem o dever de estabelecer o quantitativo máximo queserá demandado do fornecedor ao longo de toda a vigência dessa ata. Trata‐se,aqui, de definir e delimitar de forma objetiva o objeto da licitação.Daí porque, a Administração não pode licitar o registro de preço para o objetoX, de sorte que, toda a demanda desse objeto, durante a vigência da ata, sejaadquirida junto ao fornecedor que teve seu preço registrado.Exatamente nesse sentido, forma‐se o disposto no item do Acórdão nº1.233/2012 – Plenário, no qual o TCU impõe regras para a instituição e para aadesão a atas de registro de preços:9.3. determinar, com fundamento na Lei 8.443/1992, art. 43, inciso I, c/c RITCU,art. 250, inciso II, à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação(SLTI/MP) que:(…)9.3.2. em atenção ao disposto no Decreto 1.094/1994, art. 2º, inciso I, oriente osórgãos e entidades sob sua jurisdição para que (subitem III.1):9.3.2.1. ao realizarem licitação com finalidade de criar ata de registro de preçosatentem que:9.3.2.1.1. devem fundamentar formalmente a criação de ata de registro depreços, e.g., por um dos incisos do art. 2º do Decreto 3.931/2001 (Acórdão2.401/2006‐TCU‐Plenário);9.3.2.1.2. devem praticar todos os atos descritos no Decreto 3.931/2001, art. 3º, §2º, em especial o previsto no seu inciso I, que consiste em “convidar mediantecorrespondência eletrônica ou outro meio eficaz, os órgãos e entidades paraparticiparem do registro de preços”;9.3.2.1.3. o planejamento da contratação é obrigatório, sendo que se o objetofor solução de TI, caso seja integrante do Sisp, deve executar o processo deplanejamento previsto na IN – SLTI/MP 4/2010 (IN – SLTI/MP 4/2010, art. 18,inciso III) ou, caso não o seja, deve realizar os devidos estudos técnicospreliminares (Lei 8.666/1993, art. 6º, inciso IX);9.3.2.1.4. a fixação, no termo de convocação, de quantitativos (máximos) aserem contratados por meio dos contratos derivados da ata de registro depreços, previstos no Decreto 3.931/2001, art. 9º, inciso II, é obrigação e nãofaculdade do gestor (Acórdão 991/2009‐TCU‐Plenário, Acórdão 1.100/2007‐TCU‐Plenário e Acórdão 4.411/2010‐TCU‐2ª Câmara);9.3.2.1.5. em atenção ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório(Lei 8.666/1993, art. 3º, caput), devem gerenciar a ata de forma que a soma dosquantitativos contratados em todos os contratos derivados da ata não supere oquantitativo máximo previsto no edital;Observe, contudo, que a exigência impõe a indicação de um quantitativomáximo a ser adquirido ao longo da vigência da ata. Isso não se confunde como estabelecimento de quantitativos mínimos ou máximos a serem observadospor ocasião de cada convocação para celebração de contrato.Ou seja, se a Administração possuir meios de fixar, desde logo, que em cadaconvocação para atendimento de sua demanda a partir da ata firmada serárequisitada uma quantidade entre o mínimo de “X” e o máximo de “y”unidades, tanto melhor. Todavia, se a situação fática não permitir essedimensionado, impõe‐se apenas a fixação, no termo de convocação, doquantitativo (máximos) a ser contratado por meio dos contratos derivados daata de registro de preços.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Eunice disse:

Boa tarde.De muita relevância a discussão desse blog, percebendo‐se que as orientaçõesdo professor são firmes, claras e fundamentadas. Obrigada pelas lições.Acredido, assim, que a obterei resposta ao seguinte:Por exemplo, foi realizado um Pregão Presencial para Registro de Preços, eaquisições futuras de medicamentos, que se desenvolveu normalmente. Foramassinadas as respectivas atas pelos fornecedores. Após, a Administraçãoresolve adquirir parte dos objetos registrados. Emite nota de compra, comoinstrumento equivalente ao contrato, nos termos do artigo 62, parág. 2º, da Lei8666/93. O fornecedor recebe a nota e nao entrega o medicamento,silenciando.Nesse caso, posso dizer que há contrato firmado, aceito pelo fornecedor, ouentende‐se que ele está recusando‐se a contratar?A resposta a isso tem consequências diversas, pois se for considerado que acontratação está consumada, aplica‐se a Lei 8.666/93, parte referente aoscontratos. E, sendo assim, deveria ser rescindido o contrato – artigo 78,aplicadas penalidades, etc. E, nesse compasso, sendo urgente a aquisição domedicamento, aplicar‐se‐ia o inciso XI, artigo 24, ou o parág. 2º do artigo 64?

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10 de outubro de 2012 às 6:26

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10 de outubro de 2012 às 10:53

Nesse caso, posso dizer que há contrato firmado, aceito pelo fornecedor, ouentende‐se que ele está recusando‐se a contratar?A resposta a isso tem consequências diversas, pois se for considerado que acontratação está consumada, aplica‐se a Lei 8.666/93, parte referente aoscontratos. E, sendo assim, deveria ser rescindido o contrato – artigo 78,aplicadas penalidades, etc. E, nesse compasso, sendo urgente a aquisição domedicamento, aplicar‐se‐ia o inciso XI, artigo 24, ou o parág. 2º do artigo 64?Caso se entenda que a contratação nao foi aceita pelo fornecedor, aplicar‐se‐iaa Lei 10.520/02, incisos XXIII c/c XVI, do artigo 4º (reabre‐se a sessãochamando‐se o segundo colocado e assim por diante).Qual o caminho para resolver o problema, nao deixando de adquirir o objeto,considerando a urgência na aquisição?

Flaviane disse:

Prezado professor Ricardo Sampaio

Cumprimentando‐o cordialmente e parabenizando‐o pelas fundamentaçõeslicitatórias e contratuais aqui abordadas, utilizo‐me do presente para solicitarajuda quanto ao seguinte caso:

Determinado órgão público realizou processo licitatório para registro de preçoe após a homologação, formalizou o empenho, antes da assinatura epublicação da ARP.

Portanto, gostaria de saber de o momento do empenho em questão é legal oudeveria o órgão ter esperado a assinatura e publicação da ARP; temjurisprudência ?

Atenciosamente,Flaviane

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Cara Flaviane,A rigor, o empenho somente seria devido por ocasião da celebração das futurascontratações, com base na respectiva ata. Assim, quando a Administraçãofosse utilizar a ata para firmar contratos esta já teria sido assinada e seu extratopublicado na Imprensa Oficial.Contudo, se na situação relatada o empenho ocorreu antes da assinatura daata, mas, ato contínuo, aperfeiçoaram‐se os atos faltantes (assinatura epublicação do extrato na Imprensa Oficial) não vislumbro ilegalidade capaz deviciar o processo. Trata‐se de defeito formal, na ordem dos atos, que nãoprejudica a formação seja da ata, seja do contrato.Desconheço precedentes específicos enfocando essa situação. Mas você podese utilizar da máxima segundo a qual não há ilegalidade se não há prejuízoEm virtude do panorama fático que se apresenta, é possível cogitar oafastamento do dever de anular a licitação, desde que reste comprovado que ailegalidade cometida pela Administração (ausência de regular pesquisa demercado) não implicou em prejuízo à competição ou ao procedimento. Issodeve se dar em face das informações quanto à participação no certame detodos os particulares aptos a fornecer o equipamento licitado e à existência defase competitiva à luz dos preços atualmente praticados no mercado, o quepermitiria concluir que os princípios da competitividade e do julgamentoobjetivo foram preservados.Sobre o assunto, são válidas as lições de Marçal Justen Filho:“A invalidade configura‐se apenas quando a forma ou o conteúdo do atoinfringe o modelo normativo, que não comporta solução equivalente àquelaexpressa ou implicitamente imposta.Mas o efetivo descompasso entre o ato concreto e a disciplina normativaabrange situações de diversa ordem, com efeitos jurídicos distintos.A hipótese de menor gravidade consiste na irregularidade incapaz de lesar valorou interesse jurídico. Como visto, a invalidação do ato depende não apenas damera desconformidade com a disciplina jurídica. É indispensável que talincompatibilidade seja a via para infringir valores e interesses tuteladosjuridicamente.Quando uma norma consagra certa exigência, presume‐se que tal se vincula ànecessidade de tutelar um valor ou interesse. Essa presunção apresenta, eminúmeras situações, um cunho relativo. Isso deriva de que, em casos concretos,é possível ocorrer a infração à exigência normativa sem que se consume a lesãoa interesse algum”. (FILHO, Marçal Justen. Comentários à lei de licitações econtratos administrativos. 14. ed., São Paulo: Dialética, 2010, p. 676.)Seguindo a mesma linha, inclina‐se o Superior Tribunal de Justiça:RECURSO ESPECIAL Nº 556.510 – MS (2003/0099171‐2)“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO POPULAR. LICITAÇÃO.NULIDADE. LITISCONSÓRCIO. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO DE UM DOS MEMBROS

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10 de outubro de 2012 às 11:37

é possível ocorrer a infração à exigência normativa sem que se consume a lesãoa interesse algum”. (FILHO, Marçal Justen. Comentários à lei de licitações econtratos administrativos. 14. ed., São Paulo: Dialética, 2010, p. 676.)Seguindo a mesma linha, inclina‐se o Superior Tribunal de Justiça:RECURSO ESPECIAL Nº 556.510 – MS (2003/0099171‐2)“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO POPULAR. LICITAÇÃO.NULIDADE. LITISCONSÓRCIO. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO DE UM DOS MEMBROSDA COMISSÃO DE LICITAÇÃO. AUSÊNCIA NULIDADE E DE DE PREJUÍZO. PASDES NULLITÉ SANS GRIEF.1. Ação popular ajuizada objetivando a anulação de contratos administrativosfictícios em que se suscita a nulidade da relação processual por ausência decitação de um dos membros da Comissão de Licitação, porquanto litisconsortepassivo necessário.2. Em princípio, a pretensão desconstitutiva do vínculo arrasta a necessidade delitisconsórcio compulsório entre todos os partícipes do negócio jurídico.3. Deveras, a solução acerca da higidez ou não do contrato é uniforme paratodos os integrantes do negócio jurídico inquinado de ilegal, por isso que adefesa levada a efeito por um dos legitimados passivos, por força do pedidocondenatório, estende‐se também aos demais, em razão da “unitariedade dolitisconsórcio” em função do qual a decisão homogênea implica em que os atosde defesa aproveitem a todos os litisconsortes por força do “regime deinterdependência dos litisconsortes”.4. À luz do Princípio pas des nullité sans grief não se decreta a nulidade sem ocomprometimento dos fins de justiça do processo, máxime porque nulificado ovínculo com base em prova plena, insindicável pelo E. STJ, ante a incidência daSúmula n.º 07.5. Outrossim, a exegese do art. 6º da Lei da Ação Popular impõe o litisconsórcioentre beneficiários e praticantes do ato.6. In casu, a Comissão de Licitação que não tem legitimatio ad processum foicitada na pessoa de seu representante, mercê de convocada a Pessoa Jurídica aqual pertencia.7. Ademais, a previsão do art. 11, da Lei n.º 4.717/65, pressupõe a possibilidadede ação de conhecimento, regressiva, na qual se abre ao funcionário amplacognição defensiva.8. Recurso improvido”.Em outra oportunidade, a Corte de Contas federal foi ainda mais incisiva:Acórdão nº 784/2006‐Plenário“REPRESENTAÇÃO. CONCORRÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE OBRAS DEMANUTENÇÃO RODOVIÁRIA DA BR‐316/MA. ILEGALIDADE. AUSÊNCIA DEPREJUÍZO AO INTERESSE PÚBLICO. IMPROCEDÊNCIA.1. As exigências na fase de habilitação técnica dos interessados em processolicitatório deve‐se dar nos limites contidos no 3º, § 1º, inciso I, da Lei nº8.666/1993.2. Os efeitos da suposta exigência indevida devem ser aferidos no casoconcreto, examinando‐se se houve, ou não, restrição ao caráter competitivo docertame. Não devem ser aferidos em tese.3. Não há nulidade sem prejuízo.”Cordialmente,Ricardo Sampaio

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada EuniceSobre a formação do contrato, entendo que se o edital e a ata de registro depreços não estabeleciam qualquer formalidade ou ato específico do particularpara fins de formação do contrato, bastando a emissão da nota de compra,como instrumento equivalente ao contrato (art. 62, § 2º, da Lei nº 8666/93) esua posterior notificação/entrega ao particular, entendo que o contrato seformou e, nesse caso, a conduta narrada configuraria inexecução total doajuste.Já a respeito da aplicação do art. 24, XI, da Lei nº 8.666/93, na hipótese deinexecução total do ajuste, existem posicionamentos divergentes acerca dasolução a ser empregada. Para Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, por exemplo,se não ocorreu o início da execução do contrato, resta inviabilizada a dispensade licitação com base no art. 24, inciso XI, da Lei nº 8.666/93. Há precedente doTCU adotando esse entendimento.Tribunal de Contas da União: “não é possível a convocação da segundacolocada em licitação para a execução do remanescente de obra, serviço oufornecimento (art. 24, XI, da Lei 8.666/93), quando à época da rescisãocontratual não havia sido iniciada a execução do objeto licitado. (Acórdão n°1.317/2006 – Plenário)” (BRASIL. Tribunal de Contas da União. Licitações econtratos: orientações básicas. 4. ed. rev., ampl. e atual. Brasília: TCU, 2010, p.608.)Jorge Ulisses Jacoby Fernandes:“Para que a contratação direta se enquadre nesse dispositivo, é imprescindívelque a execução do objeto tenha sido iniciada. Se o licitante vencedor assinou ocontrato mas não deu início à execução, pode o contrato ser rescindido econvocado o segundo licitante, na forma do art. 64, § 2º, da Lei nº 8.666/93.”(Contratação Direta Sem Licitação, 5ª edição, página 401)

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27 de outubro de 2012 às 16:12

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29 de outubro de 2012 às 9:50

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30 de outubro de 2012 às 13:16

608.)Jorge Ulisses Jacoby Fernandes:“Para que a contratação direta se enquadre nesse dispositivo, é imprescindívelque a execução do objeto tenha sido iniciada. Se o licitante vencedor assinou ocontrato mas não deu início à execução, pode o contrato ser rescindido econvocado o segundo licitante, na forma do art. 64, § 2º, da Lei nº 8.666/93.”(Contratação Direta Sem Licitação, 5ª edição, página 401)Para a Zênite, não haveria impedimento em celebrar a contratação com base nahipótese de dispensa de licitação prevista no art. 24, inciso XI, da Lei nº8.666/93, pois no caso em exame, remanesceria 100% do objeto.Qualquer que seja a inclinação da Administração, uma coisa é certa, não secogita, no momento em questão, a aplicação do disposto na Lei nº 10.520/02,incisos XXIII c/c XVI, do artigo 4º (reabre‐se a sessão chamando‐se o segundocolocado e assim por diante).Isso porque, formou‐se a ata de registro de preços. Com isso, não houve recusainjustificada do adjudicatário em atender ao compromisso assumido com aapresentação de sua proposta na licitação.Diante disso, para resolver o problema e não deixar de adquirir o objeto,considerando a urgência na aquisição, a Administração poderá, a princípio,contratar diretamente o objeto necessário, de modo a evitar prejuízodecorrente de sua falta, com base no art. 24, inciso XI, da Lei nº 8.666/93.Se entender pela inaplicabilidade do dispositivo ao caso, poderá firmar adispensa de licitação com base no art. 24, inciso IV, da Lei nº 8.666/93, até queviabilize nova ata de registro de preços.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Loenis Fernandes disse:

Gostei muito da discussão. Foi de muita valia pra mim.

Gostaria de saber quanto a adesão (carona). O órgão que deseja aderir, a datade vigência da ata é para assinar o Termo de Adesão, ou para assinatura epublicação do contrato? Tendo o órgão asinado e publicado o “termo deadesão”, a assinatura e publicação do contrato pode ser após a vigência da ata?

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Bom dia Loenis Fernandes,A instituição do carona seu deu por decreto e, qualquer que seja o regulamentoanalisado (federal, estaduais ou municipais), não se verifica maior atenção aosprocedimentos necessários para sua implementação.Particularmente, considero desnecessária a edição de “termo de adesão”, poisentendo que, na forma do regulamento a adesão significa firmar a contrataçãocom base em ata de terceiro. Para tanto, basta a anuência do gerenciador daata e do fornecedor. Nesses moldes, a adesão se concretiza com a assinaturado contrato.Ou seja, a meu ver, entendo que seja necessário a assinatura do contrato, frutode adesão, ocorrer dentro da vigência da ata, sob pena de a Administraçãoaderir a algo que não mais existe. Essa me parece, inclusive, ser a orientaçãomais prudente ao para salvaguardar eventual responsabilização doadministrador.Como disse inicialmente, os regulamentos não disciplinam, de forma maisminuciosa a questão, podendo ser formatas outras conclusões, com base emoutras premissas. Desconheço qualquer precedente jurisprudencial sobre oassunto.Cordialmente,Ricardo Sampaio

RAFAEL P disse:

Caro Ricardo,

Parabéns pelo Blog. Alto nível!

Por favor, esclareça as seguintes situações:

1 A informação (Participante) sobre a contratação EFETIVAMENTE REALIZADA(Gerenciador) ocorre quando do recebimento do bem ou na assinatura doinstrumento contratual?

2 Há necessidade de designar um fiscal de contrato quando o SRP tratar‐se de

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31 de outubro de 2012 às 17:31

Por favor, esclareça as seguintes situações:

1 A informação (Participante) sobre a contratação EFETIVAMENTE REALIZADA(Gerenciador) ocorre quando do recebimento do bem ou na assinatura doinstrumento contratual?

2 Há necessidade de designar um fiscal de contrato quando o SRP tratar‐se deaquisição de bens (O edital possui minuta de contrato – instrumentocontratual)

3 O Participante deve realizar pesquisa de mercado? Ao aderir uma IRP (ou cabeapenas ao Gerenciador) ou somente quando identificada a necessidade decontratação (averiguar a vantajosidade)?

4 A Nota de Empenho deve ser emitida e assinada antes da assinatura doinstrumento contratual (ou são ações concomitantes)?

Desde já, agradeço.

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Rafael P,

1) A informação (Participante) sobre a contratação EFETIVAMENTE REALIZADA(Gerenciador) ocorre quando do recebimento do bem ou na assinatura doinstrumento contratual?O decreto federal, ora utilizado como referência, não estabelece qual omomento em que deve ocorrer essa comunicação. A princípio, entendo que acomunicação deva ocorrer quando da efetivação do objeto contratado, ou seja,com a perfeita execução do ajuste.Isso porque, caso não ocorra a perfeita execução, o órgão participante deverá,em coordenação com o órgão gerenciador, aplicar as sanções, na forma do art.3º, § 4º, inciso III, do Decreto nº 3.931/01:“art. 3º (…)§ 4º Cabe ao órgão participante indicar o gestor do contrato, ao qual, além dasatribuições previstas no art. 67 da Lei nº 8.666, de 1993, compete:(…)III – zelar, após receber a indicação do fornecedor, pelos demais atos relativosao cumprimento, pelo mesmo, das obrigações contratualmente assumidas, etambém, em coordenação com o órgão gerenciador, pela aplicação deeventuais penalidades decorrentes do descumprimento de cláusulascontratuais; e”

2) Há necessidade de designar um fiscal de contrato quando o SRP tratar‐se deaquisição de bens (O edital possui minuta de contrato – instrumentocontratual)De acordo com o art. 67 da Lei nº 8.666/93, pouco importa o procedimentopré‐contratual, se licitação, contratação direta, adesão, ou celebração decontrato como participante de SRP, sempre que a Administração firmar umcontrato será preciso designar um fiscal.

3 O Participante deve realizar pesquisa de mercado? Ao aderir uma IRP (ou cabeapenas ao Gerenciador) ou somente quando identificada a necessidade decontratação (averiguar a vantajosidade)?O participante deve realizar a pesquisa de preços antes de celebrar contratoscom base na ata, na forma do art. 3º, § 4º, inciso II, do Decreto nº 3.931/01: “Cabeao órgão participante indicar o gestor do contrato, ao qual, além dasatribuições previstas no art. 67 da Lei nº 8.666, de 1993, compete:(..)II – assegurar‐se, quando do uso da Ata de Registro de Preços, que acontratação a ser procedida atenda aos seus interesses, sobretudo quanto aosvalores praticados, informando ao órgão gerenciador eventual desvantagem,quanto à sua utilização;’Sobre esse dever, já se manifestou o TCU:Acórdão nº 65/2010 – PlenárioAcórdão9.1. determinar à Secretaria de Saúde do Estado de (…), que por ocasião dautilização de recursos públicos federais:9.1.1. previamente à realização de seus certames licitatórios e ao acionamentode atas de registro de preço, próprias ou de outros órgãos, e periodicamentedurante sua vigência, efetue ampla pesquisa de mercado, considerando osquantitativos, relevantes nas compras em grande escala, a fim de verificar aaceitabilidade do preço do produto a ser adquirido, em obediência aos arts. 3º,15, inc. V, e 40, inc. X, da Lei 8.666/1993;Por ocasião da participação em IRP, essa atribuição fica por conta dogerenciador, de aocrdo com o art. 3º, § 2º, inciso do Decreto nº 3.931/01:“Art. 3º. (…)§ 2º Caberá ao órgão gerenciador a prática de todos os atos de controle eadministração do SRP, e ainda o seguinte:I – convidar, mediante correspondência eletrônica ou outro meio eficaz, os

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13 de novembro de 2012 às 16:30

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14 de novembro de 2012 às 15:16

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15, inc. V, e 40, inc. X, da Lei 8.666/1993;Por ocasião da participação em IRP, essa atribuição fica por conta dogerenciador, de aocrdo com o art. 3º, § 2º, inciso do Decreto nº 3.931/01:“Art. 3º. (…)§ 2º Caberá ao órgão gerenciador a prática de todos os atos de controle eadministração do SRP, e ainda o seguinte:I – convidar, mediante correspondência eletrônica ou outro meio eficaz, osórgãos e entidades para participarem do registro de preços;II – consolidar todas as informações relativas à estimativa individual e total deconsumo, promovendo a adequação dos respectivos projetos básicosencaminhados para atender aos requisitos de padronização e racionalização;III – promover todos os atos necessários à instrução processual para arealização do procedimento licitatório pertinente, inclusive a documentaçãodas justificativas nos casos em que a restrição à competição for admissível pelalei;IV – realizar a necessária pesquisa de mercado com vistas à identificação dosvalores a serem licitados;”

4 A Nota de Empenho deve ser emitida e assinada antes da assinatura doinstrumento contratual (ou são ações concomitantes)?De acordo com o art. 60 da Lei nº 4.320/64 a nota de empenho deve ser emitidaantes da celebração da despesa/celebração do contrato. Não podem ser açõesconcomitantes pois envolvem procedimentos distintos.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Raquel Patricia Chiarani disse:

Boa tarde, Ricardo

Começamos a utilizar o Pregão por Registro de Preços (03 itens) e temos aseguinte dúvida:Após os lances, tivemos duas empresas vencedoras, nesse caso fazemos 01 Atade Registro de Preços onde constam os dois fornecedores (da mesma formaque é feito o contrato) (ATA 01/2012) ou 01 Ata para a empresa X e outra para aempresa Y (ATA 01/2012 e ATA 02/2012). Ou seja, o mesmo pregão pode ter maisde uma ATA de registro de preços?

Obrigada pela atenção

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Raquel,

Como o registro de preços se deu por itens, cada item deve ter a sua ata. Assim,se uma mesma empresa venceu dois itens, a Administralção pode firmar, emum único instrumento, as duas atas nas quais ela será a beneficiária. E, emoutro instrumento, a ata da outra empresa.Contudo, nada impede sejam firmadas três atas, uma para cada item dalicitação. Inclusive, particularmente, entendo ser a melhor opção.

Cordialmente,Ricardo.

Tiago Salvador disse:

Ainda não consegui entender como funciona na prática a elaboração doscontratos no caso de atas de SRP.Por exemplo, é realizada uma licitação na modalidade Pregão, com uso doprocedimento especial de Registro de Preços, para adquirir, por exemplo,pneus.Se cada compra que for feita, não ultrapassar o valor limite para carta convite,não será necessário elaboração do instrumento contratual? É Isso?Se for comprar alguma coisa que precise mensalmente, mas seja impossívelmensurar a quantidade. Seria necessário fazer um contrato estipulando umaquantidade, ou será levada em consideração cada compra efetuada, e se amesma não ultrapassar o valor limite para carta convite, será dispensável ocontrato?

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10 de dezembro de 2012 às 17:24

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11 de dezembro de 2012 às 17:41

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19 de dezembro de 2012 às 12:53

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19 de dezembro de 2012 às 15:01

quantidade, ou será levada em consideração cada compra efetuada, e se amesma não ultrapassar o valor limite para carta convite, será dispensável ocontrato?

Daniele disse:

Boa tarde, esse assunto me deixa com muitas dúvidas e algumas conseguiesclarecer aqui, mas há outras que não obtive resposta. Pois bem, se é feito umregistro de preço pela modalidade pregão presencial e do mesmo gera a ARP.Na lei diz “A contratação com os fornecedores registrados, após a indicaçãopelo órgão gerenciador do registro de preços, será formalizada pelo órgãointeressado, por intermédio de instrumento contratual, emissão de nota deempenho de despesa, autorização de compra ou outro instrumento similar,conforme o disposto no art. 62 da Lei nº 8.666, de 1993”, tal qual prevê o art. 11do Decreto federal nº 3.931/01″. Então quando é necessário somente oinstrumento contratual??? Pois nesse artigo me diz que não precisa sernecessariamente o contrato, pode ser esses outros instrumentos também.Então no caso de pregão presencial independentemente do valor, pode serutilizado outro instrumento que não seja o contrato ?? E no caso de aditivo aoinstrumento que não seja o contrato, como é feito?? Nesse caso é gerado umcontrato de aditivo???

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Daniele,O dispositivo citado faz remissão ao art. 62 da Lei nº 8.666/93, o qual, por suavez, determina quando será obrigatória a utilização do termo de contrato equando será permitida sua substituição por outros instrumentos hábeis, aexemplo da nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem deserviço.De acordo com o art. 62 da Lei nº 8.666/93, “O instrumento de contrato éobrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nasdispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limitesdestas duas modalidades de licitação”. O § 4º do mesmo artigo tambémdetermina a adoção do termo de contrato nas contratações em que resultemobrigações futuras, inclusive assistência técnica.Nesses termos, nos pregões eletrônicos ou presenciais, com valorescompatíveis aos das modalidades citadas ou destinados à contratação deobjetos dos quais resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica,será obrigatória a utilização do instrumento de contrato.Na hipótese de substituição do instrumento de contrato por simples nota deempenho, alterações contratuais serão formalizadas por meio de termo aditivo,o qual terá seu extrato publicado na imprensa oficial e será juntado aos autosdo processo administrativo de contratação.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Joao Luis Barreto disse:

Prezado Professor,

O orgão no qual trabalho celebrou uma ata de registro de preço noquantitativo 10X. O objeto desta contratação são passagens aereas. Cada setor,encaminha sua nota de empenho para aquisições nos quantitativos desejados(1x, 2x). Sabe‐se que não podemos utltrapassar o quantitativo ratificado, a nãose na hipotese dos acrescimo legal.. Pois bem, perguto‐lhe. Devo gerar umcontrato incial com o valor de 10x? As demais notas de empenho (que sãomuitas) posso apostiliar fazendo referencia ao contrato? Ou, para cada nota deempenho devo fazer um aditivo ou até mesmo novos contrato? A situaçãovivenciada aqui está complicada, Grato pela atenção

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado João Luis Barreto,Firmada uma ata de SRP, a obtenção do objeto registrado demanda a formaçãode contratos com base nessa ata.Por isso, a adoção de ata de SRP para contratação de passagens áreas não se

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30 de janeiro de 2013 às 21:00

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31 de janeiro de 2013 às 9:01

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado João Luis Barreto,Firmada uma ata de SRP, a obtenção do objeto registrado demanda a formaçãode contratos com base nessa ata.Por isso, a adoção de ata de SRP para contratação de passagens áreas não serevela a melhor solução. Para contratos dessa espécie admite‐se a celebraçãode ajuste com base em valor estimado, deixando claro que a Administraçãopagará apenas a quantidade efetivamente consumida, limitada ao valor licitadoe contratado.Nesse caso, licitada a quantidade de 10x de passagens aéreas, firma‐se umcontrato estimado de fornecimento de passagens aéreas no quantitativo de10x e, na medida em que a Administração precisar desse objeto emite ordensde serviço, não sendo preciso aditar, apostilar ou firmar novos ajustes.No seu caso, para “descomplicar”, entendo possível a Administraçãoconsiderar, a cada pedido, a formação de um novo contrato, com base nopreço e demais condições registradas em ata. Como os valores individuais dospedidos tende a ser inferior a R$ 80.000,00, admite‐se, na forma do art. 11 doDecreto nº 3.931/01 a substituição do termo de contrato por simples nota deempenho. Com isso, afasta‐se a necessidade de aditivos ou apostilas.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Jeferson disse:

Prezado Professor João Luiz Barreto,

Fiz uma adesão a uma ata de um determinado órgão da Administração Públicacuja vigência expira agora no dia 31/01/2013, sendo que a adesão se deu em10/01/2013. Assim, pergunto: Dessa adesão pode‐se firmar um contrato com amesma vigência que se deu a aludida Ata (12 meses). Exemplo: 10/01/2013 a09/01/2014, mesmo que a vigência da mesma expire em 30/01/2013.

Otavio Mattos disse:

Prezado Prof. João Luiz Barreto:Na esteira da pergunta anterior (de Jeferson, em 29/01/13), apresento osseguintes questionamentos:1. No caso da formalização de Contrato cuja vigência iniciada ainda dentro davalidade da Ata se estenda após seu término, é possível que o Contrato prevejaprorrogações (inclusive futuras, até o limite de 5 anos?)?2. Nese caso, possíveis reajustes são decididos pelo órgão contratante?3. Outra questão: se após a formalização da Ata, e embora autorizada suautilização por outro órgão, a empresa não possuir documentação exigida paraassinatura do Contrato (por ex., certidões vencidas), cabe alguma sanção? Casopositivo, nesse caso de quem seris a competência para aplicação dessa sanção?

Raimundo disse:

Boa noite?Posso celebrar um contrato de 5 anos baseado num Pregão SRP cuja validade ésó de 12 meses? Conseguiria fazer as notas de empenho após 12 meses?

Vanessa Helena Costaldello disse:

Bom dia!

Acabo de entrar neste site e estou super interessada nos assuntos.Nossa empresa é distribuidora de medicamentos e trabalha com as licitaçõespúblicas.Foi firmado uma ATA DE REGISTRO DE PREÇOS com um órgão que ainda estávigente, acontece que o fabricante habitual do medicamento não está comcondições de continuar a forcener, problemas no estoque e faturamento.Conseguimos uma nova empresa para proceder com a TROCA DE MARCA xREALINHAMENTO DE PREÇOS, pois os preços antes registrados estão baixosem vista do praticado pelo mercado.Entramos com solicitar de troca x realinhamento com este órgão e o mesmo diz

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31 de janeiro de 2013 às 17:10

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31 de janeiro de 2013 às 17:25

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31 de janeiro de 2013 às 17:43

Foi firmado uma ATA DE REGISTRO DE PREÇOS com um órgão que ainda estávigente, acontece que o fabricante habitual do medicamento não está comcondições de continuar a forcener, problemas no estoque e faturamento.Conseguimos uma nova empresa para proceder com a TROCA DE MARCA xREALINHAMENTO DE PREÇOS, pois os preços antes registrados estão baixosem vista do praticado pelo mercado.Entramos com solicitar de troca x realinhamento com este órgão e o mesmo dizque não é aceito este tipo de documento e irá aplicar as penalidades cabíveis.Acontece que antes de trocar a marca, tentamos o cancelamento do ITEM e omesmo não foi respondido (mas soubemos que não foi aceito) então logofomos atras de um novo laboratório. Estamos corretos em tentar solucionaresta situação, agora fica a dúvida do órgão se está agindo corretamento emnegar o realinhamento de preços visando a entrega do medicamento que porventura já está faltando.Outra dúvida também seria sobre ATA x CONTRATOS. Quando e firmado umaATA DE REGISTRO DE PREÇOS temos a possibilidade de altera‐lá e cancela‐la.Mas quando é firmado um CONTRATO, por exemplo de entrega unica, temostambém esta possibilidade de alteração e cancelamento? Muito Obrigada

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Raimundo,Posso celebrar um contrato de 5 anos baseado num Pregão SRP cuja validade ésó de 12 meses? Conseguiria fazer as notas de empenho após 12 meses?Conforme a regulamentação ainda vigente no âmbito federal (decreto nº3.931/01) e a nova disciplina regulamentar que entrará em vigor a partir de 23 defevereiro (Decreto nº 7.892/13), “A vigência dos contratos decorrentes doSistema de Registro de Preços será definida nos instrumentos convocatórios,observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993”.Logo, se o objeto da ata consiste na prestação de serviços continuados, umavez firmada a sua contratação dentro do prazo de vigência da ata, legalmente,nada impede a prorrogação desse ajuste depois de extinta a ata.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Vanessa Helena Costaldello,De acordo com a nova regulamentação para o sistema de registro de preços aser aplicada no âmbito federal a partir de 23 de fevereiro, “O cancelamento doregistro de preços poderá ocorrer por fato superveniente, decorrente de casofortuito ou força maior, que prejudique o cumprimento da ata, devidamentecomprovados e justificados: I – por razão de interesse público; ou II – a pedidodo fornecedor” (art. 21).No caso, se a falta do medicamento (marca) que teve seu preço registrado emata decorre de fato/ato alheio ao domínio da empresa, devendo‐se aofabricante/laboratório, não pode a primeira ser penalizada.Nesse caso, a Administração deve, a princípio, reconhecer a situaçãoexcepcional que prejudica a manutenção do vínculo obrigacional e cancelar aata. Contudo, não se afasta a possibilidade de prócer a substituição da marca.Para tanto, a Administração deve reconhecer a ocorrência do fatosuperveniente, decorrente de caso fortuito ou força maior e se certificar daausência de prejuízo ao certame anteriormente realizado. Em hipótese algumaadmite‐se a desnaturação do objeto (substituir insulina por antibiótico, porexemplo). E, ainda, exige‐se a demonstração de que essa é a conduta maisvantajosa para o atendimento do interesse público.Por fim, lembre‐se que os contratos administrativos podem ser alterados erescindidos unilateralmente pela Administração, na forma dos arts. 65 e 78,ambos da Lei nº 8.666/93.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Otavio Mattos,Em que pese os questionamentos tenham sido endereçados a pessoa estranha,seguem apontamentos.Conforme a regulamentação ainda vigente no âmbito federal (decreto nº3.931/01) e a nova disciplina regulamentar que entrará em vigor a partir de 23 defevereiro (Decreto nº 7.892/13), “A vigência dos contratos decorrentes doSistema de Registro de Preços será definida nos instrumentos convocatórios,

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Page 15: Registro de Preços Ata x Contrato

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31 de janeiro de 2013 às 18:15

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Prezado Otavio Mattos,Em que pese os questionamentos tenham sido endereçados a pessoa estranha,seguem apontamentos.Conforme a regulamentação ainda vigente no âmbito federal (decreto nº3.931/01) e a nova disciplina regulamentar que entrará em vigor a partir de 23 defevereiro (Decreto nº 7.892/13), “A vigência dos contratos decorrentes doSistema de Registro de Preços será definida nos instrumentos convocatórios,observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993”.Logo, se o objeto da ata consiste na prestação de serviços continuados, umavez firmada a sua contratação dentro do prazo de vigência da ata, legalmente,nada impede a prorrogação desse ajuste depois de extinta a ata.Nas contratações de serviços continuados, em que a vigência pode ultrapassardoze meses, a Lei nº 8.666/93 impõe a previsão do critério de reajuste que seráaplicado (art. 40, inciso XI c/c art. 55, inciso III). Em vista da disciplina legal, aaplicação do reajuste, regra geral, não constitui ato discricionário daAdministração contratante, devendo reger‐se pelos termos do edital/contrato(princípio da vinculação ao instrumento convocatório).A empresa que teve seu preço registrado deve manter as condições dehabilitação durante todo o período de vigência da ata. A ausência dessascondições impede a celebração de contratos com os órgãos que instituíram aata (órgão gerenciador e órgãos participantes).De acordo com a nova regulamentação para o sistema de registro de preços aser aplicada no âmbito federal a partir de 23 de fevereiro (Decreto nº 7.892/13),Art. 20“O registro do fornecedor será cancelado quando: I – descumprir ascondições da ata de registro de preços; (…) Parágrafo único. O cancelamentode registros nas hipóteses previstas nos incisos I, II e IV do caput seráformalizado por despacho do órgão gerenciador, assegurado o contraditório ea ampla defesa”.Nesse caso, a competência para aplicação da sanção será do órgãogerenciador: ”Art. 5º Caberá ao órgão gerenciador a prática de todos os atos decontrole e administração do Sistema de Registro de Preços, e ainda o seguinte:(…) X – aplicar, garantida a ampla defesa e o contraditório, as penalidadesdecorrentes do descumprimento do pactuado na ata de registro de preços oudo descumprimento das obrigações contratuais, em relação às suas própriascontratações”.Contudo, se a empresa celebrar um contrato e perder as condições dehabilitação durante a vigência desse contrato, será competente para aplicar asanção o órgão contratante (gerenciador, participante – art. 6º, par. un., oucarona – art. 22, § 7º).Cordialmente,Ricardo Sampaio

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Jeferson,Em que pese os questionamentos tenham sido endereçados a pessoa estranha,seguem apontamentos.Conforme a regulamentação ainda vigente no âmbito federal (decreto nº3.931/01) e a nova disciplina regulamentar que entrará em vigor a partir de 23 defevereiro (Decreto nº 7.892/13), “A vigência dos contratos decorrentes doSistema de Registro de Preços será definida nos instrumentos convocatórios,observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993”.Logo, se o objeto da ata consiste na prestação de serviços continuados, umavez firmada a sua contratação dentro do prazo de vigência da ata, legalmente,nada impede a prorrogação desse ajuste depois de extinta a ata.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Marília disse:

Olá, Professor Ricardo!Primeiramente, parabéns pelo blog!Estou com uma dúvida. Trabalho num órgão estadual e fizemos um registro depreços para contratar serviços odontológicos. Acontece que os funcionários daonde eu trabalho não estão gostando dos serviços prestados, alegam que oserviço é mal feito. A ata ainda possui 5 meses de vigência. Estão querendofazer, devido a urgência, uma compra direta com outro fornecedor. O setor decompras e licitações já montou um processo com 3 cotações e o valor deuabaixo dos R$8.000. Isto está correto?Obrigada,Marília.

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5 de fevereiro de 2013 às 18:14

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11 de fevereiro de 2013 às 1:45

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15 de fevereiro de 2013 às 8:52

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19 de fevereiro de 2013 às 18:20

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22 de fevereiro de 2013 às 13:44

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6 de março de 2013 às 11:19

abaixo dos R$8.000. Isto está correto?Obrigada,Marília.

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Marília,Se restar constatada falhas na prestação dos serviços contratados e prestadoscom base na referida ata, a Administração pode colocar fim a esse instrumento– cancelamento da ata. Nesse caso, existindo a necessidade de providenciarnovas contratações, mas não havendo tempo hábil para preceder essascontratações de licitação, cogita‐se dispensar a licitação. Contudo, não combase no art. 24, inc. II, da Lei nº 8.666/93 – dispensa de licitação e função dovalor, e sim com fundamento no art. 24, inc. IV – dispensa de licitaçãoemergencial. Ato contínuo, instaura‐se nova licitação para instituição de ata deregistro de preços.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Paulo disse:

Digamos que a validade da ata vai até o dia 1 de setembro e o empenho foiemitido em 30 de agosto…porém a mercadoria foi entregue apenas em 3 desetembro. Tem algum problema? A nf tem que estar dentro da validade da ata?O caso em questão a mercadoria entregue foi gênero alimentício.

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Paulo,No caso de contratações com base em atas de registro de preços, a celebraçãodo contrato deve ocorrer dentro do prazo de validade da ata, podendo ocontrato estender‐se para além desse limite.Se no caso indagado o instrumento de contrato foi substituído pela nota deempenho, tendo esta sido emitida dentro da validade da ata, não se verificairregularidade. Por consequência, não se impõe que a Nota Fiscal também sejaemitida dentro da validade da ata.Cordialmente,Ricardo Sampaio

J. Santos disse:

Parabéns pelos comentários.Demonstram conhecimentos aprofundados sobre a matéria necessários aoauxílio de quem trabalha, no dia a dia, com essa modalidade de aquisição dematerial.

J. Santos

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado J. Santos,Agradeço sua manifestação e convido‐o a continuar acompanhando nossoBlog.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Sílvia disse:

Professor,

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6 de março de 2013 às 11:19

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7 de março de 2013 às 11:29

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7 de março de 2013 às 11:37

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12 de março de 2013 às 16:01

Sílvia disse:

Professor,

É possível firmar Termo Aditivo em Ata de Registro de Preço? Há jurisprudêncianesse sentido?Atenciosamente.

Márcio disse:

Prezado Ricardo,O novo decreto regulamentador do Pregão já traz norma alusiva àobrigatoriedade de que o contrato seja firmado na vigência da ARP.Contudo, no caso de uma adesão anterior a esse decreto, cujo objeto envolvatanto o fornecimento de equipamentos quanto o préstimo de garantia eassistência técnica durante determinado período, cuja adesão e expedição danota de empenho tenha se dado antes de expirar a vigência da ARP, tambémhá impedimento a que o contrato decorrente seja formalizado em dataposterior ao fim da vigência referida?Atenciosamente,Márcio

Márcio disse:

Somente uma retificação do comentário anterior:Quando me referi ao novo decreto regulamentador do Pregão, quis dizerdecreto regulamentador do SRP (Decreto nº 7892/2013, art. 12, § 4º).

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Cara Sílvia,De acordo com a interpretação literal do novo decreto federal sobre SRP(Decreto nº 7.892/13), “É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixadospela ata de registro de preços, inclusive o acréscimo de que trata o § 1º do art.65 da Lei nº 8.666, de 1993” (art. 12, § 1º).A redação do regulamento não é das mais felizes e permite várias conclusões.Na primeira linha de raciocínio, a norma vedou (2 vezes) apenas os acréscimosnos quantitativos fixados pela ata de registro de preços. Logo, não teriam sidoalcançadas as alterações qualitativas, sendo, então, permitido realizar aditivosqualitativos na ata de registro de preços.Mas também seria possível cogitar outra linha de raciocínio, segundo a qual naparte inicial a norma veda as alterações quantitativas e, na parte final, veda(inclusive) a alteração qualitativa. O fundamento para sustentar essa conclusãoseria o fato de o limite do § 1º do art. 65 ser aplicado tanto para as alteraçõesqualitativas quanto qualitativas.Para piorar a situação, não conheço nenhum precedente jurisprudencial (PoderJudiciário ou Cortes de Contas) admitindo a realização de termos aditivos ematas de registro de preços.Pelo contrário, no Acórdão nº 1.233/2012, o Plenário do TCU determinou aosórgãos gerenciadores de atas que, “em atenção ao princípio da vinculação aoinstrumento convocatório (Lei 8.666/1993, art. 3º, caput), devem gerenciar aata de forma que a soma dos quantitativos contratados em todos os contratosderivados da ata não supere o quantitativo máximo previsto no edital;”.Tomando em conta esse precedente, seria mais cauteloso concluir pelaimpossibilidade de alteração nos quantitativos registrados.Mas a situação fica ainda mais complicada quando encontramos no novoDecreto previsão de que “Os contratos decorrentes do Sistema de Registro dePreços poderão ser alterados, observado o disposto no art. 65 da Lei nº 8.666,de 1993”.Sobre o assunto, a colega Suzana Maria Rossetti publicou hoje o post “Decretonº 7.892/2013: e aí, o art. 12 possibilita a realização de acréscimos?”. Recomendoa leitura.Considerando as diversas possibilidades de interpretação que se formam apartir dos §§ 1º e 3º, do art. 12, do Decreto nº 7.892/13, a conduta mais cautelosase forma no sentido de não proceder aditamentos para acrescer osquantitativos registrados em ata ou mesmo contratos, até que haja umamanifestação dos órgãos de controle.

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15 de março de 2013 às 11:34

nº 7.892/2013: e aí, o art. 12 possibilita a realização de acréscimos?”. Recomendoa leitura.Considerando as diversas possibilidades de interpretação que se formam apartir dos §§ 1º e 3º, do art. 12, do Decreto nº 7.892/13, a conduta mais cautelosase forma no sentido de não proceder aditamentos para acrescer osquantitativos registrados em ata ou mesmo contratos, até que haja umamanifestação dos órgãos de controle.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Márcio,A rigor, na hipótese relatada, se a contratação seria formalizada por termo decontrato (e tudo indica que sim, haja vista a existência de obrigação futura –assistência técnica), a assinatura do termo de contrato deveria ocorrer antes daextinção da vigência da ata, não bastando a simples emissão da nota deempenho dentro desse prazo.Durante a vigência do Decreto nº 3.931/01 essa questão foi discutida no Acórdãonº 1.793/2011, no qual o Plenário do TCU determinou à SLTI que orientasse osgestores dos órgãos integrantes do Sisg para que, “quando atuarem comogerenciadores de atas de registro de preço, a não aceitarem a adesão após ofim da vigência das atas, em atenção ao art. 4º, caput e § 2º, do Decreto nº3.931/2001;”.Ao ler a íntegra do Acórdão você obterá mais informações nesse sentido.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Tatiane Lopes disse:

Conforme recomendações dadas pela CGU a nossa Instituição, todas as Atas deRegistro de Preços (ARP) que envolvam prestação de serviços, deverão gerarContratos. Ocorre que, ao tentarmos lançar o Cronograma para estescontratos, o sistema SIASG/SICON emite a seguinte crítica: ” (5832) INCLUSÃODE CRONOGRAMA NÃO PERMITIDA PARA COMPRA SISRP”.Citamos como exemplo o seguinte caso (informações fictícias):Uma ARP de nº 01/2013, cujo objeto inclui o fornecimento de materiais e aprestação de serviços, originado do Pregão eletrônico nº 02/2013, e que gerouum Contrato de prestação de serviço nº 03/2013. Após a publicação do Extratodeste Contrato no Diário Oficial da União, tentamos gerar o cronograma,porém na tela “INICRONO”, ao informarmos a modalidade de compra comosendo o nº 05 (Pregão eletrônico) e o número 02/2013 (lembrando que estenúmero é referente à licitação da ARP) , ou o tipo de contrato, o sistemaSIASG/SICON emite a seguinte crítica: “(5832) INCLUSÃO DE CRONOGRAMANÃO PERMITIDA PARA COMPRA SISRP”.Como proceder para gerar cronogramas no SIASG para estes Contratodecorrentes de SISRP. Agradeço antecipadamente. Tatiane.

Ione disse:

Prezado,Gostaria de parabenizá‐lo pelo trabalho, e solucionar a seguinte dúvida:Em um pregão para a aquisição de produtos alimentícios em que é procedida aata de preços, mas quando iniciada a execução dos serviços a empresacontratada não respeita as especificações da ata para o fornecimento dosprodutos.A administração pode cancelar a ata e convocar a segunda colocada parafornecer os produtos, enquanto corre o processo administrativo contra aprimeira empresa? Ou a administração deve aguardar o desfecho do processoadministrativo para, se responsabilizada a empresa, convocar a segundacolocada. (Note‐se que se trata de serviço de urgência que não pode ficarparado).

Obrigada!!!

Oto Luiz Machado disse:

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01/08/2013 10:04

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15 de março de 2013 às 17:06

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15 de março de 2013 às 17:17

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15 de março de 2013 às 17:24

Oto Luiz Machado disse:

Gostaria de saber como devo fazer em relaçao a duas Atas de Registro de umbanco que a data da mesma vence em junho/13 e ate agora nao foram pedidosnem 1% do total das Atas, apos contato o orgao alega ter superdimensionadoquantidades das Atas ou seja total das Atas R$ 1.400,000,00 e ate agora sopediram 2.500,00, cabe algum recurso, pois os erros foram gritantes e mecausaram transtornos pois fiz investimentos aguardando os pedidos e osmesmos nao vieram.

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Tatiane,Infelizmente, não poderei ajudá‐la, pois sua dúvida envolve o funcionamentodo sistema SIASG/SICON, demandando a atuação de profissional que conheçaos meandros dessa ferramenta.O que posso lhe dizer é que a contratação de prestação de serviços, precedidade SRP ou de licitação “tradicional”, caracteriza a formação de um ajuste queenvolve obrigações futuras, logo, na forma do art. 62, caput e § 4º da Lei nº8.666/93, exige sua formalização por termo de contrato.O Decreto nº 7.892/13, que regulamenta o SRP no âmbito federal prevê que “Acontratação com os fornecedores registrados será formalizada pelo órgãointeressado por intermédio de instrumento contratual, emissão de nota deempenho de despesa, autorização de compra ou outro instrumento hábil,conforme o art. 62 da Lei nº 8.666, de 1993”.Caso ainda não tenha realizado, recomendo realizar diligência ao órgão gestordo sistema, o que pode ser feito através do e‐[email protected],Ricardo Sampaio

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Ione,Obrigado por acompanhar nosso blog.Considerando a regulamentação federal (não sei qual é o seu órgão), aassunção do remanescente da ata pelos licitantes remanescente dependeria deter sido firmado inicialmente o cadastro de reserva, na forma dos arts. 10 e 11,do Decreto nº 7.892/13.Do contrário, entendo que não seja possível a adoção do procedimentocogitado.Para atas firmadas durante a vigência do Decreto nº 3.931/01, essa possibilidadetambém resta prejudicada, pois na forma do novo Decreto, “As atas de registrode preços vigentes, decorrentes de certames realizados sob a vigência doDecreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, poderão ser utilizadas pelosórgãos gerenciadores e participantes, até o término de sua vigência”. Ora, como cancelamento da ata por conta do inadimplemento do beneficiário, a ataperde a vigência e, nesse caso, não pode mais ser utilizada.Ainda que comporte discussão, essa me parece, a princípio, a conclusão maiscautelosa.Cordialmente,Ricardo Sampaio.

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Oto Luiz Machado,Conforme já apontei em oportunidade anterior (resposta enviada em22/02/2013 as 16:08), a assinatura de ata de registro de preços não tem omesmo efeito da assinatura de contrato. Uma vez assinado o contrato, aAdministração contratante se obriga a receber, no prazo ajustado, oquantitativo contratado, podendo acrescê‐lo ou suprimi‐lo unilateralmente, ematé 25% do valor inicial desse contrato.Já no caso de atas de registro de preços, registra‐se o preço e as demaiscondições que serão praticadas em contratações futuras, a serem celebradasdentro da vigência da ata, mas que podem ou não ocorrer, segundo critérios deconveniência e oportunidade da Administração.

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27 de março de 2013 às 14:55

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28 de março de 2013 às 9:51

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1 de abril de 2013 às 16:14

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1 de abril de 2013 às 18:40

Administração contratante se obriga a receber, no prazo ajustado, oquantitativo contratado, podendo acrescê‐lo ou suprimi‐lo unilateralmente, ematé 25% do valor inicial desse contrato.Já no caso de atas de registro de preços, registra‐se o preço e as demaiscondições que serão praticadas em contratações futuras, a serem celebradasdentro da vigência da ata, mas que podem ou não ocorrer, segundo critérios deconveniência e oportunidade da Administração.Contudo, isso não torna legítima eventual atuação leviana da AdministraçãoPública, especialmente quando essa ação provoca prejuízo a terceiros. Nasituação narrada, recomendo avaliar, inicialmente, os dados do processoadministrativo, a fim de conhecer os estudos que motivaram a definição dosquantitativos registrados em ata. A partir disso, busque conhecer as razões quedeterminaram a frustração dessas previsões e, caso não exista motivaçãoadequada, você pode estudar eventual ação de reparação de danos. Masinsisto, no caso de registro de preços não existe direito líquido e certo daempresa beneficiária, em fornecer o total do quantitativo registrado. Ademais,não existe lei que puna o órgão no caso de, firmada a ata de registro de preços,não celebrar (motivadamente) as contratações que dela poderiam decorrer.Cordialmente,Ricardo Sampaio

claudio disse:

Prezado Ricardo Sampaio,

Gostaria da sua opniâo acerca do seguinte caso:

A administração celebra uma ata de registro de preço de 500 unidades de umdeterminado produto. Para formalizar a contratação, celebra contratoadministrativo com a mesma quantidade e valor da ata de registro de preço. Noentanto, em uma determinada cláusula estabelece que os produtos sópoderam ser entregues depois de emitidas as respectivas notas de empenho.Ocorre que ao final do prazo do contrato apenas metade dos equipamentosforam solicitados de modo que o contrato não foi inteiramente cumprido. Aminha dúvida é, a partir do momento que a administração celebra o contratoela é obrigada a solicitar todos os equipamentos previstos? ela podecondicionar a entrega a emissão dos empenhos? Ao final, caso não sejasolicitado o quantitativo total do contrato, o que pode ser feito?

Att.Claudio A. Pereira

Kelly Monteiro Paes disse:

Oi Ricardo!Apenas uma dúvida. Então o empenho pode ser considerado uma formalizaçãocontratual?O órgão que aderir a ata deverá firmar contrato também? ou somente oempenho já formalizada uma contratação com o fornecedor? Desde jáagradeço.

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Kelly Monteiro Paes,A nota de empenho pode substituir a utilização de um termo de contrato,desde que atendidos os requisitos previstos no art. 62, caput, e § 4º, da Lei nº8.666/93. Em se tratando de adesão a ata de registro de preços, se oprocedimento ao qual se adere prevê a utilização de termo de contrato, a rigor,esse instrumento deve ser utilizado pelo carona também, pois a adesão deveocorrer nas mesmas condições previstas na ata.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Claudio A. Pereira,Primeiramente, não vejo razão para instituir uma ata de registro de preços se aAdministração pretendia, desde logo, celebrar um único contrato valendo‐se do

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1 de abril de 2013 às 18:40

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17 de abril de 2013 às 16:13

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17 de abril de 2013 às 19:12

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19 de abril de 2013 às 11:03

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Claudio A. Pereira,Primeiramente, não vejo razão para instituir uma ata de registro de preços se aAdministração pretendia, desde logo, celebrar um único contrato valendo‐se doregime de empreitada por preço unitário, no qual o pagamento devido ficavacondicionado ao quantitativo efetivamente demandado/consumido.No seu caso, a resposta vai depender da previsão adotada no contrato. Se ocontrato previa a liquidação/pagamento, conforme demanda/consumo, ocontratado não tem direito a reclamar a execução total do quantitativo, poisdesde logo o negócio foi firmado nessas bases.Por outro lado, se o contrato previa o fornecimento do quantitativo total,apenas condicionando o momento das entregas à expedição de ordens decompra emitidas pela Administração, a contratada poderá alegar queAdministração se vinculou a consumir o quantitativo total, havendo margem dediscricionariedade apenas para decidir o momento mais apropriado para asentregas.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Luara Aragão disse:

Boa tarde!

Gostaria de saber se caso a nota de empenho seja emitida dentro da vigênciada Ata, mas o envio do empenho só foi realizado após o término de vigência daARP, a empresa tem ainda a obrigação de entregar os materiais solicitados, jáque que só tomou ciência do em´penho após a ARP não estarmais vigente. Ex.Notade empenho com data de de 20. 12.2012, vigência da ARP: 10.1.2013, enviodo empenho À empresa: 30 de janeiro de 2013. Nesse caso, se a empresa nãofornecer o material ela pode ser penalizada?

Desde já, agradeço a resposta.

Luara

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Luara,A resposta para sua indagação depende dos termos do edital que deu ensejo aessa ata.De acordo com o art. 64, da Lei nº 8.666/93, “A Administração convocaráregularmente o interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retiraro instrumento equivalente, dentro do prazo e condições estabelecidos, sobpena de decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas noart. 81 desta Lei”.Logo, se o edital previa que depois de emitida a nota de empenho a empresadeveria ser notificada dentro do prazo de cinco dias para formação docontrato, não será possível exigir o fornecimento, pois da data da emissão daNE (20.12.12) até o seu envio (30.01.13) transcorreu prazo superior.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Maurício disse:

Boa tarde!Prezado Prof. Ricardo,Primeiramente, compete parebenizar o blog pelo trabalho de excelente nível,tanto no que toca a aspectos de macro, coma aspectos de microlegislação einterpretação de normas.Diante disso, gostaria de também submeter a sua apreciação algumas dúvidasque estou tendo com relação ao procedimento de ARP e contratos.Sou advogado, mas pouco trabalho com direito público, exceto quanto àresponsabilidade civil da Administração (objetiva). Ocorre que tenho um colegaque me consultou e que é representante de uma empresa que mantémcontrato com determinado Município para fornecimento de carne. Suaempresa venceu um procedimento de pregão eletrônico, de maneira queassinou uma Ata de Registro de Preços e passou a fornecer os produtosmediante a realização de contratos. Ocorre que determinada entrega dos

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22 de abril de 2013 às 16:56

Sou advogado, mas pouco trabalho com direito público, exceto quanto àresponsabilidade civil da Administração (objetiva). Ocorre que tenho um colegaque me consultou e que é representante de uma empresa que mantémcontrato com determinado Município para fornecimento de carne. Suaempresa venceu um procedimento de pregão eletrônico, de maneira queassinou uma Ata de Registro de Preços e passou a fornecer os produtosmediante a realização de contratos. Ocorre que determinada entrega dosprodutos no fim do ano retrasado aconteceu, a pedido “informal” do órgãogestor (para evitar o desabastecimento), sem que houvesse ainda a existênciade um novo contrato (o anterior tinha expirado) e/ou de um empenho, issoporque o procedimento estava atrasado por questões burocráticas. A ARPainda estava em vigência. Em razão disso, a empresa forneceu os produtoscorretamente no local indicado, mas não emitiu a nota fiscal respectiva(geralmente emitia e levava no momento da entrega para ser atestada peloresponsável pelo órgão gestor), mas apenas um recibo para controle (o qual foinormalmente atestado); assim que houvesse a regularização (contrato,empenho etc), emitiria a nota fiscal. E isso, de fato, ocorreu cerca de 20 diasdepois, sendo que a nota foi emitida bemno fim do ano. Ou seja, os produtosforam entregues em novembro e a nota emitida em dezembro, após aregularização da parte administrativa (empenho, assinatura do contrato, etc).Enfim, a necessidade existiu, o pedido foi formalmente realizado e a empresaforneceu os produtos. Ocorre que o procedimento foi contestado peloControle Interno do Município e até a data atual, um ano depois e por causadisso, a empresa ainda não recebeu o valor dos produtos que efetivamenteentregou, pois o caso estaria sendo “analisado” internamente. Depois desselongo “relatório”, pergunto:‐ Sob o ponto de vista da legislação de regência, há alguma irregularidade emfornecer o produto objeto da licitação (no caso, carne) e emitir a nota fiscaldepois de algum tempo? Ou seja, é imprescindível que a nota fiscal preenchidaacompanhe a entrega do produto? Em caso negativo, ou seja, que possa seremitida posteriormente (até porque posteriormente ocorreu o empenho,assinatura do contrato etc), isso ocorre mesmo nos casos em que o produtoentregue é um gênero alimentício (carne)? Haveria exigência, por exemplo,tributária (ou de vigilância sanitária) para que a nota sempre seja emitida eentregue na hora da entrega do produto?Há que se destacar que o edital do pregão previa que deveria se observar umdocumento que denominaram “ordem de fornecimento” e nesse documentoera antevisto um item que falava que a empresa só deveria fornecer a notadepois do órgão gestor confirmasse que a entrega estava “ok” (sob o ponto devista qualitativo e quantitativo), sendo que essa confirmação poderia acontecerem até 5 dias. É correto isso? É normal constar isso em compras por meio deARP?Entendo que a efetivação do empenho, contrato etc., mesmo posteriorconvalidou os atos de entrega, mesmo porque a empresa forneceu os produtosde acordo com o que lhe foi pedido e existia necessidade de consumo. Haveria,no caso descrito, alguma irregularidade que poderia fazer com que a empresafosse penalizada? E o órgão gestor, foi irregular seu procedimento? Em casopositivo, o sr. entende que são graves esses atos?Peço desculpa pela longa explanação e pelas várias questões, e desde jáagradeço as possíveis respostas!

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Sr. Maurício,Em se tratando de contratos da Administração Pública, “É nulo e de nenhumefeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras depronto pagamento”, com valor inferior a R$ 4.000,00 (art. 60, par. un. da Lei nº8.666/93).Além disso, antes da formalização do contrato, seja ela por termo de contratoou qualquer outro instrumento equivalente, na forma do art. 62 da Lei nº8.666/93, cumpre à Administração emitir a respectiva nota de empenho. Nessesentido, forma‐se o art. 60, da Lei nº 4.320/64: “É vedada a realização dedespesa sem prévio empenho”.Portanto, no caso narrado, é possível identificar dois vícios: i) a formação de umcontrato sem o prévio empenho e, ii) a formação de um contrato verbal.Acontece que a nulidade do contrato não exonera a Administração do dever deindenizar o objeto recebido, especialmente nas hipóteses em que o fornecedornão contribuiu para a formação da nulidade, ou seja, agiu de boa fé. Docontrário, estar‐se‐ia legalizando o enriquecimento ilícito.Sobre o assunto, forma‐se o art. 59 da Lei nº 8.666/93:“Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo operaretroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente,deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizaro contratado pelo que este houver executado até a data em que ela fordeclarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto quenão lhe seja imputável, promovendo‐se a responsabilidade de quem lhe deucausa”.No entendimento do STJ, “embora o contrato administrativo cuja nulidade

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29 de abril de 2013 às 17:59

deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizaro contratado pelo que este houver executado até a data em que ela fordeclarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto quenão lhe seja imputável, promovendo‐se a responsabilidade de quem lhe deucausa”.No entendimento do STJ, “embora o contrato administrativo cuja nulidadetenha sido declarada não produz efeitos, a teor do art. 59 da Lei nº 8.666/93,não está desonerada a Administração de indenizar o contratado pelos serviçosprestados ou pelos prejuízos decorrentes da administração, desde quecomprovados, ressalvada a hipótese de má‐fé ou de ter o contratadoconcorrido para a nulidade”. (STJ, REsp nº 928.315, Rel. Min. Eliana Calmon, j.em 12.06.2007.)Cite‐se, também: STJ, REsp nº 330.203, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJ de31.08.2006. STJ, AgRg no REsp nº 332.956, Min. Rel. Francisco Falcão, DJ de16.12.2002. STJ, REsp nº 408785/RN, Relator Min. Franciulli Netto, DJ de30.06.2003. STJ, AgREsp nº 332956/SP, Rel. Min. Francisco Falcão, DJ de16.12.2002.por fim, a irregularidade cometida é grave, porém, afeta, regra geral, apenas ogestor e não a empresa, especialmente se, como dito, esta não colaborou paraa sua formação.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Marcos disse:

Professor Ricardo, estive pesquisando sobre o SRp e a regulamentação sobre amatéria e encontrei várias respostas interessantes e bem fundamentadas emseu blog, foi de muita ajuda para sanar várias dúvidas, parabéns.Gostaria de tirar mais uma dúvida sobre as atas anteriores ao Decreto7892/2013:Caso o ~fornecedor já possuísse uma ata assinada, dentro do prazo de validade,antes do Decreto 7892/2013, os órgãos públicos poderiam aderir livremente aessa ata, com fundamento apenas no limite de 100% do quantitativo do decretoanterior (3931/2001)?Minha dúvida é porque o órgão gerenciador entendeu que mesmo que a ataseja anterior ao Decreto 7982/2013, as adesões devem seguir suasdeterminações e está impedindo que o órgão que trabalho faça adesão à ata.Nosso interesse é porque os itens e os preços ofertados são favoráveis e nãodispomos de tempo e estrutura para fazer uma licitação para atender nossoórgão.grato

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Marcos,A partir de 31/12/12, passou a vigorar a limitação imposta pelo TCU (Acórdão nº1.233/2012 – Plenário c/c Acórdão n 2.692/2012 – Plenário), segundo a qual asoma das contratações feitas pelos órgãos gerenciador, participantes eeventuais carona não poderia ser maior do que o quantitativo registrado emata.Além disso, de acordo com o art. 24 do novo decreto, “As atas de registro depreços vigentes, decorrentes de certames realizados sob a vigência do Decretonº 3.931, de 19 de setembro de 2001, poderão ser utilizadas pelos órgãosgerenciadores e participantes, até o término de sua vigência”. Logo, com oinício da vigência do Decreto nº 7.892/13 o uso dessas atas ficou restrito aosórgãos gerenciadores e participantes, o que exclui a possibilidade de eventuaiscaronas a essas atas.Nesse sentido, ver Acórdão 855/2013 – Plenário, do TCU, noticiado da seguinteforma no Informativo de Jurisprudência do TCU nº 147:“3. A falta de estimativa prévia, no edital, das quantidades a serem adquiridaspor não participante impede a adesão desses entes a atas de registro de preçosconformadas após o início da vigência do novo Decreto 7.892/2013. As atasconstituídas antes da vigência do mencionado normativo (sob a égide doantigo Decreto 3.931/2001) somente podem ser utilizadas pelo órgãogerenciador e pelos órgãos participantes, não sendo cabível a adesão por partede órgãos não participantes”.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Maurício disse:

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Ricardo Sampaio

Maurício disse:

Prezado Prof. Ricardo,Quero agradecer muito pelas respostas as questões, foram extremamenteclaras, precisas e, evidentemente, úteis. Realmente, com as respostas, foipossível ter uma noção geral da situação sob o ponto de vista da legalidade e,principalmente, dar um rumo para possíveis pesquisas de legislação ejurisprudência. Aliás, obrigado pelas indicações de acórdãos.Não obstante, ou seja, embora as explanações que o sr. deu resolvamcabalmente a questão (afinal, a compra elevou‐se nula ab initio com base na Lei8666/93), como, em tese, o que teria gerado todo o problema teria sido aentrega dos produtos sem a nota fiscal, a qual teria sido emitida sóposteriormente, indago sua opinião sobre esse item, ou seja, se compreendepossível que produtos adquiridos pela Administração Pública poderão serrecepcionados sem a nota fiscal no momento da entrega, com este documentosendo emitido alguns dias depois. Como eu disse, há um próprio documento daAdministração (previsto no Edital da ARP) que coloca que o fornecedor só deveemitir a nota fiscal depois de confirmada a entrega pelo órgão gestor e este aconfirme (seria correto isso constar de um edital?). A alegação, entre outras, éque emitir nota fiscal somente depois implicaria em evasão fiscal. Mas aemissão da nota posterior não teria convalidado os atos considerando não terexistido prejuízo à Administração.Desculpe‐me de antemão se, talvez, a questão escape ao tema proposto peloBlog.A propósito, parabéns novamente pelo Blog!Cordialmente,Maurício Ferreira

CARLOS FERNANDO CERVINO disse:

ATA DE REGISTRO DE PREÇOS VÁLIDA ATÉ 20/06/2012. NOTA DE EMPENHOEMITIDA DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE DESTA ATA, COMO SUBSTITUTIVOLEGAL AO CONTRATO. APÓS O TÉRMINO DA VALIDADE DA ATA, EENCERRANDO‐SE O CRÉDITO DO EMPENHO, PODERÁ OUTRO SER EMITIDO, ATÍTULO DE “RENOVAÇÃO DO CONTRATO”, COMO ADITIVO (?) – CASOPOSITIVO, PODERÁ AINDA SER ESTE(S) OUTRO(S) EMPENHO(S) EMITIDO(S)EM EXERCÍCIOS FUTUROS – ATÉ O LIMITE DE 5 ANOS ??

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Carlos Fernandes Cervino,A prorrogação (ou “renovação do contrato”) por até 5 anos, somente épossível quando preenchidos os requisitos do art. 57, inciso II, da Lei nº8.666/93 e, além disso, outros requisitos são atendidos, tais como a existênciade previsão admitindo essa prorrogação no edital e no contrato firmado, ademonstração de sua vantajosidade e a sua celebração antes do vencimento doprazo do contrato a ser prorrogado.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Mario Gilson disse:

Gostariamos que fosse mais claro na razao de um carona de SRP/RDC sobre ocontrato, seja ele de qualquer naturezasenao vejamos:Em uma ata com validade de 06 meses o Contrato poderia mesmo sem publicarno ato convocatorio ter a continuidade de 60 meses?Se nao for publicado no ato convocatorio qual o tempo poderia a ser atribuido?As modalidades de licitação Pregao em seus artigos nao versam sobre essascondutos. Que poderiam oferecer de positivo sobre essa materia?Precisamos ter uma posição nesse sentido pois nao fica claro a redação dosdecretos das modalidades antes citadas.Esperamos ser atendidos em breve.

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29 de maio de 2013 às 10:00

condutos. Que poderiam oferecer de positivo sobre essa materia?Precisamos ter uma posição nesse sentido pois nao fica claro a redação dosdecretos das modalidades antes citadas.Esperamos ser atendidos em breve.

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Mario Gilson,De acordo com o art. 100 do Decreto nº 7.581/11, “Os contratos decorrentes doSRP/RDC terão sua vigência conforme as disposições do instrumentoconvocatório, observadas, no que couber, as normas da Lei no 8.666, de 1993”.De acordo com o art. 57, inciso II, da Lei nº 8.666/93, e a jurisprudência do TCU,somente contratos de prestação de serviços contínuos podem ser prorrogadospor até 60 meses e, para isso, exigem previsão admitindo essa prorrogação noedital.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Luciana Camarão disse:

Prezado Ricardo,

É obrigatória a publicação da Ata de Registro de Preços no D.O.U.?O inciso I do art. 6º do Decreto 3.931/01 determinava a divulgação da Ata emórgão oficial da Administração; entretanto, o Decreto 7.892/13 (inciso II do art.11) prevê a divulgação dos preços no Portal Comprasnet.

Atenciosamente,

Luciana

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Luciana,De acordo com o art. 14, do Decreto nº 7.892/13, “A ata de registro de preçosimplicará compromisso de fornecimento nas condições estabelecidas, apóscumpridos os requisitos de publicidade”.Por requisitos de publicidade, entendo aqueles previstos na Lei nº 8.666/93(art. 61). Portanto, além da divulgação no Comprasnet, impõe‐se a publicaçãodo extrato da ata no DOU.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Ezequiel Leite disse:

Parabéns, seus esclarecimentos foram de muita valia, porém ainda fiquei comuma dúvida, se a Administração decide formular o contrato, o correto seriafazer um único contrato com o montante total registrado na Ata de registro depreços, ou para pedido que a Administração fizer, terá que ser feito umcontrato?

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Ezequiel,O Sistema de Registro de Preços consiste em um “conjunto de procedimentospara registro formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição debens, para contratações futuras” (art. 2º, inciso I, do Decreto nº 7.892/13).Logo, a rigor, cada pedido feito com base na ata de SRP constituirá umcontrato futuro. E, na forma do art. 15 desse mesmo decreto, “A contrataçãocom os fornecedores registrados será formalizada pelo órgão interessado porintermédio de instrumento contratual, emissão de nota de empenho dedespesa, autorização de compra ou outro instrumento hábil, conforme o art. 62da Lei nº 8.666, de 1993”.Cordialmente,

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31 de maio de 2013 às 12:49

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3 de junho de 2013 às 18:21

Logo, a rigor, cada pedido feito com base na ata de SRP constituirá umcontrato futuro. E, na forma do art. 15 desse mesmo decreto, “A contrataçãocom os fornecedores registrados será formalizada pelo órgão interessado porintermédio de instrumento contratual, emissão de nota de empenho dedespesa, autorização de compra ou outro instrumento hábil, conforme o art. 62da Lei nº 8.666, de 1993”.Cordialmente,Ricardo Sampaio

ALVARO SILVA SOUZA disse:

No SRP a partir do novo decreto deste ano, como proceder para fazer ocadastro de reserva, quero deixar claro que ja executei o certame até a fase deaceitação, daí pra frente como proceder ou como fazer o cadastro de reserva?

Guerreiro disse:

Srº Ricardo, primeiramente gostaria de agradecer pelo ótimo trabalho e pelaauxílio que nos dá. Meu questionamento é o seguinte: iremo fazer trêsregistros de preços – o primeiro trata‐se de aquisição de equipamentos derefrigeração (ventilador, umidificador e condicionador de ar), a garantiasolicitada é apenas do fabricante, não tem obrigações futuras — 2º caso –trata‐se de aquisição e montagem de mobiliário, a garantia também é só dofabricante, a possível obrigação futura é apenas a montagem, mas a montagemserá feita após a entrega e antes do recebimento definitivo, em cada entregasolicitada, isso entende‐se como obrigação futura?. — 3º caso – trata‐se deaquisição de equipamento com instalação (cancela para estacionamento), agarantia do equipamento é do fabricante mas a garantia da instalação é dofornecedor, neste caso gera sim obrigações futuras. Esclareço que em todos oscasos o valor da aquisição é inferior ao limite para modalidade convite. Assimpergunto, em qual dos casos é necessário a formalização do instrumento decontrato e em qual pode ser usado apenas a nota de empenho.

Agradeço antecipadamente, parabéns pelo excelente trabalho.

Guerreiro

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Sr. Guerreiro,De acordo com orientação do TCU, a Administração deve adotar o termo decontrato nas contratações de qualquer valor das quais resultem obrigaçõesfuturas, de acordo com os comandos do art. 62, “caput”, e §4º da Lei nº8.666/1993 (Acórdão 589/2010 Primeira Câmara).Cordialmente,Ricardo Sampaio

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Alvaro S Souza,Em breve será publicado na Revista ILC, artigo elaborado pela Equipe Técnicada Zênite que responde essas e outras dúvidas sobre o cadastro de reserva.Assim que a minuta estiver revisada encaminho para você.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Alberto disse:

Dr Ricardo,Parabens pelas brilhantes explanações. Me tire uma dúvida por favor, se umedital (exemp. Pregão para Registro de Preços) previu que a contrataçãodecorrente da Ata de Registro de Preços se efetivaria por meio do termo decontrato, e a despesa necessária neste momento é de pequeno valor (R$

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21 de junho de 2013 às 17:22

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Dr Ricardo,Parabens pelas brilhantes explanações. Me tire uma dúvida por favor, se umedital (exemp. Pregão para Registro de Preços) previu que a contrataçãodecorrente da Ata de Registro de Preços se efetivaria por meio do termo decontrato, e a despesa necessária neste momento é de pequeno valor (R$800,00). Pode o contrato ser substituido pela nota de empenho alegando apequena monta da despesa e justificar nos autos? O senhor conhece algumprecedente neste sentido?

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Alberto,Entendo que no caso narrado, preenchidos os requisitos previstos no art. 62,caput e § 4º, da Lei nº 8.666/93, não haverá impedimento em proceder asubstituição, ainda que o edital tenha previsto a utilização do termo decontrato. Desconheço precedente específico nesse sentido, mas parecepossível considerar que, em se tratando de SRP, não tem como saber, deantemão, o valor dos futuros contratos (a demanda vai definir). Nesse caso, oedital teria previsto a minuta do contrato para situações em que o valor dacontratação superasse o limite da modalidade convite.Cordialmente,Ricardo Sampaio

THIAGO disse:

Professor Ricardo, primeiramente parabéns pelo excelente material neste blog,é com certeza o MELHOR!!!Estou com a seguinte dúvida: Realizei a assinatura de uma Ata SRP (emjulho/12) com a ADM Pública para fornecimento de MATERIAL ao longo de 12meses. Logo no 1º dia de vigência da SRP recebi empenho para o fornecimentodo produto de forma parcelada e ao longo do ano a Administração ia“reforçando” o empenho com novas quantidades. Agora já no fim da Ata (20dias para o encerramento), a Administração faz um MEGA empenho paraentrega por mais 12 meses. Isto é, a empresa ficaria vinculada ao fornecimentodo MATERIAL por quase 24 meses. Pergunto: esse procedimento está correto?Entendo que fere o art. 57 da Lei 8.666/93, visto que a mesma empresa ficaráfornecimento MATERIAL pelo prazo superior a 12 meses. Esclareço que nãotenho o interesse em continuar com o fornecimento.Agradeço, desde já.

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Thiago,Obrigado por acompanhar nosso blog.Em se tratando de SRP, a Administração fica vinculada aos quantitativosregistrados.Tal qual reconhecido pelo Plenário do TCU no Acórdão nº 1.233/2012, “a fixação,no termo de convocação, de quantitativos (máximos) a serem contratados pormeio dos contratos derivados da ata de registro de preços, previstos noDecreto 3.931/2001, art. 9º, inciso II, é obrigação e não faculdade do gestor(Acórdão 991/2009‐TCU‐Plenário, Acórdão 1.100/2007‐TCU‐Plenário e Acórdão4.411/2010‐TCU‐2ª Câmara);”Além disso, tal qual prevê o novo Decreto nº 7.892/13, o edital de licitação pararegistro de preços contemplará, no mínimo, a estimativa de quantidades aserem adquiridas pelo órgão gerenciador e órgãos participantes e as condiçõesquanto ao local, prazo de entrega, forma de pagamento (art. 9º).Lembro, também, que a vigência dos contratos decorrentes do Sistema deRegistro de Preços será definida nos instrumentos convocatórios, observado odisposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993. E, de acordo com o caput do art. 57,não seria possível o contrato de fornecimento ultrapassar a vigência do créditoorçamentário.Com base nesses fundamentos, muito provavelmente existe algumairregularidade no SRP relatado.Cordialmente,Ricardo Sampaio

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30 de junho de 2013 às 10:25

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30 de junho de 2013 às 10:40

irregularidade no SRP relatado.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Roberta disse:

Nunca é de mais frisar a importância do blog para nos ajudar a superar osdesafios que giram em torno da matéria. Parabéns!!!Por favor, esclareça a seguinte situação:Foi realizado Pregão Eletrônico para Registro de Preços que se desenvolveunormalmente. Foram assinadas as respectivas Atas em Abril p.p. e aAdministração, ao tentar emitir o empenho para a entrega do primeiro pedido,ficou impossibilitada de fazê‐lo por descobrir que a empresa está impedida decontratar. Assim sendo pergunta‐se:1. Podemos convocar as empresas subsequentes?2. Indo além, considerando a existência de outras Atas sob a égide tanto doDecreto 3.931/2001 quanto do 7.892/2013 haveria diferença nesseprocedimento?Desde já obrigada.

Eduardo disse:

Boa tarde,

Poderá ser ata de registro de preço e contrato numa contratação? Ou dependedo valor e/ou característica do objeto licitado?

Eduardo disse:

Quando utilizo a ata de registro de preço e contrato ou um dos dois?

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Eduardo,Sistema de Registro de Preços é conjunto de procedimentos para registroformal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, paracontratações futuras. Ou seja, nesse caso o objetivo da licitação não é firmarum contrato específico, mas sim definir as condições para futuras contratações,que somente ocorrerão se for do interesse da Administração celebrá‐las.Essas condições são registradas na ata de registro de preços, um documentovinculativo, obrigacional, com característica de compromisso para futuracontratação, em que se registram os preços, fornecedores, órgãosparticipantes e condições a serem praticadas, conforme as disposições contidasno instrumento convocatório e propostas apresentadas.A adoção do sistema de registro de preços se faz naqueles casos em que háimprevisibilidade do momento e/ou do quantitativo da solução a ser adquiridapara satisfazer a necessidade da Administração. Assim, para não ter de fazeruma lli a cada contratação, a Administração faz um único procedimentolicitatório, no qual define as condições que serão praticadas a cadacontratação.Por isso, ata e contrato não se confundem. São instrumentos com naturezas efinalidades distintas. Logo, a contratação com os fornecedores registrados seráformalizada pelo órgão interessado por intermédio de instrumento contratual,emissão de nota de empenho de despesa, autorização de compra ou outroinstrumento hábil, conforme o art. 62 da Lei nº 8.666, de 1993.Essas e outras questões serão tratadas com a devida fundamentação noSeminário SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS — COMO INSTITUIR EGERENCIAR DE ACORDO COM O DECRETO Nº 7.892/13, a ser realizado pelaZênite nos dias 05 a 07 de agosto, em Brasília.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

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Ricardo Sampaio

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Roberta,A rigor, a única diferença reside no fato de o Decreto nº 7.892/13 preverexpressamente uma disciplina para a formação do cadastro de reserva e oDecreto nº 3.931/01 não o fazê‐lo, dependendo de previsão no edital.No caso narrado, a solução independente da disciplina regulamentar aplicadana formação da ata. Isso porque, se não foi instituído cadastro de reserva,entendo que não cabe cogitar o chamamento das licitantes remanescentes,pois nesse caso teríamos a formação de uma nova ata, com o remanescente,por dispensa de licitação (art. 24, XI, da Lei nº 8.666/93), o que não encontraprevisão legal.Essa e outras questões serão tratadas com a devida fundamentação noSeminário SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS — COMO INSTITUIR EGERENCIAR DE ACORDO COM O DECRETO Nº 7.892/13, que será promovidopela Zênite nos dias 05 a 07 de agosto, em Brasília.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Cynthia disse:

Prezado Ricardo,

Por favor, gostaria de saber se faz‐se necessária a pesquisa de mercado nomomento do acionamento da ARP? E na carona?Existe jurisprudência atual sobre o tema?Obrigada desde já e Meus parabéns por essa iniciativa!

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Cynthia,O Decreto nº 7.892/13 não prevê a necessidade de promover a pesquisa depreços a cada acionamento da ata. Na verdade, impõe ao órgão gerenciador anecessidade de “realização periódica de pesquisa de mercado paracomprovação da vantajosidade” (art. 9º, inciso XI). Não há definição daperiodicidade a ser observada, parecendo razoável o período de 6 meses ououtro inferior quando o objeto/mercado/circunstâncias assim determinar.Já para a adesão a pesquisa de preços é um dever, pois exige‐se demonstraçãode vantajosidade do preço de modo a comprovar a adequação do preço da atacom o de mercado. Nesse sentido, forma‐se os Acórdãos nº 3.395/2013 –Segunda Câmara, Acórdão nº 1.092/2011 – Plenário, Acórdão nº 4.974/2010 –Segunda Câmara, Acórdão nº 1.616/2012 – Primeira Câmara e Acórdão nº2.764/2010 – Plenário.Cordialmente,Ricardo Sampaio

alan balderrama disse:

Gostei muito do artigo, foi de extrema valia.Parabéns

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Obrigado, Alan.Continue acompanhando nosso blog!Cordialmente,Ricardo Sampaio

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01/08/2013 10:04

Page 30: Registro de Preços Ata x Contrato

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16 de julho de 2013 às 11:47

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17 de julho de 2013 às 11:49

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23 de julho de 2013 às 12:09

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24 de julho de 2013 às 11:53

Cordialmente,Ricardo Sampaio

Roberta Nascimento disse:

Bom dia!Estamos com a seguinte dúvida: Existe uma Ata de Registro de Preços assinada,sem cadastro de reserva, e no momento da emissão da Nota de Empenhoverificamos que a empresa acabara de ser impedida de licitar. Ainda assim,podemos aplicar o art. 27 § 3º da Lei nº 5450? Desde já obrigada!

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezada Roberta Nascimento,Se já existe uma ata firmada sem cadastro de reserva, o impedimento de licitardo particular cujo preço foi registrado, no meu entendimento, impede aconvocação de outros licitantes para assumir o quantitativo remanescentedessa ata, pelo tempo restante para o esgotamento de sua vigência. Entendoassim por não haver fundamento legal para essa prática. Contudo, existe quemsustente posicionamento diverso. Para essa corrente, seria possível convocaros licitantes que participaram da licitação, observada a ordem de classificação eas condições oferecidas pelo vencedor do certame, para viabilizar a assunçãodo quantitativo remanescente dessa ata, pelo tempo restante para oesgotamento de sua vigência, aplicando‐se o art. 24, inciso XI, da Lei nº8.666/93.Desconheço manifestação específica dos órgãos de controle sobre o assunto.de qualquer forma, não seria possível aplicar o art. 27, § 3º, do Decreto nº5.450/05, pois já existe uma ata de registro de preços firmada e o dispositivotem a sua aplicação condicionda à recusa injustificada do vencedor da licitaçãopara SRP em assinar a ata.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Nilton Monte disse:

Parabéns pelo artigo, muito prático e esclarecedor.

James Henrique Macedo disse:

Faço referência à resposta dirigida à Sra Roberta Nascimento, postada nesteBlog, no dia 17/07/2013, às 11:49, de autoria do Consultor Ricardo AlexandreSampaio, ao qual solicito a gentileza de se manifestar quanto às consideraçõesseguintes:

Primeiramente, vamos à pergunta da Sra Roberta Nascimento: ”Estamos com aseguinte dúvida: Existe uma Ata de Registro de Preços assinada, sem cadastrode reserva, e no momento da emissão da Nota de Empenho verificamos que aempresa acabara de ser impedida de licitar. Ainda assim, podemos aplicar o art.27 § 3º da Lei nº 5450? Desde já obrigada!”

Vemos que a pergunta é quanto à possibilidade de aplicação do art. 27 § 3º daLei nº 5450, ou melhor, do Decreto 5450/2005, ante a constatação depenalidade de impedimento de licitar aplicada sobre o fornecedor registrado.Penalidade esta que ocorre antes da assinatura do contrato (emissão deempenho). A fim de que possamos refletir sobre o fundamento da pergunta,examinemos o mandamento do referido dispositivo:

Art. 27. Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos praticados,a autoridade competente adjudicará o objeto e homologará o procedimentolicitatório.§ 1o Após a homologação referida no caput, o adjudicatário será convocadopara assinar o contrato ou a ata de registro de preços no prazo definido noedital.§ 2o Na assinatura do contrato ou da ata de registro de preços, será exigida acomprovação das condições de habilitação consignadas no edital, as quaisdeverão ser mantidas pelo licitante durante a vigência do contrato ou da ata deregistro de preços.

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01/08/2013 10:04

Page 31: Registro de Preços Ata x Contrato

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24 de julho de 2013 às 13:31

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24 de julho de 2013 às 16:44

§ 1o Após a homologação referida no caput, o adjudicatário será convocadopara assinar o contrato ou a ata de registro de preços no prazo definido noedital.§ 2o Na assinatura do contrato ou da ata de registro de preços, será exigida acomprovação das condições de habilitação consignadas no edital, as quaisdeverão ser mantidas pelo licitante durante a vigência do contrato ou da ata deregistro de preços.§ 3o O vencedor da licitação que não fizer a comprovação referida no § 2o ouquando, injustificadamente, recusar‐se a assinar o contrato ou a ata de registrode preços, poderá ser convocado outro licitante, desde que respeitada a ordemde classificação, para, após comprovados os requisitos habilitatórios e feita anegociação, assinar o contrato ou a ata de registro de preços, sem prejuízo dasmultas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.

Observa‐se que o § 3º do art. 27 admite que seja chamado outro licitante paraassinar a ata, caso o vencedor da licitação não faça a comprovação referida no §2º, qual seja, a comprovação das condições de habilitação consignadas no editalas quais deverão ser mantidas durante a vigência da ata de registro de preços.

Como a penalidade de impedimento de licitar acaba com a condição dehabilitação do fornecedor registrado, a idéia de que seja possível ochamamento de outro licitante para assinar a ata, parece fazer sentido.

Com o devido respeito à Zenite, que reputo como a melhor do ramo, e emparticular ao respeitado Consultor, Dr. Ricardo Sampaio, que em postagemrecente abordou brilhantemente o tema “Registro de Preços: Ata X Contrato”,a resposta dada a Sra. Roberta parece considerar a existência de contratofirmado, o que não é o caso, senão vejamos:

A resposta da Zenite tem início com a seguinte afirmação:

“Se já existe uma ata firmada sem cadastro de reserva, o impedimento de licitardo particular cujo preço foi registrado, no meu entendimento, impede aconvocação de outros licitantes para assumir o quantitativo remanescentedessa ata, pelo tempo restante para o esgotamento de sua vigência.”

No caso, como nenhuma parcela do fornecimento ou do serviço foi contratada,existindo apenas uma ARP assinada, não parece pertinente (s.m.j) falar‐se em“quantitativo remanescente” situação tratada inciso XI, art. 24 da Lei 8.666/93.Afinal, como já afirmara o nosso Consultor: “ata não se confunde cominstrumento de contrato”. No caso em exame, a convocação de outro licitante,através da aplicação do art. 27 do Decreto 5450/2005, decorre da perda dacondição de habilitação (impedimento de licitar), porquanto apenas a ARPencontra‐se assinada.

Por derradeiro, a resposta traz a seguinte afirmação:

“não seria possível aplicar o art. 27, § 3º, do Decreto nº 5.450/05, pois já existeuma ata de registro de preços firmada e o dispositivo tem a sua aplicaçãocondicionada à recusa injustificada do vencedor da licitação para SRP emassinar a ata”.

Vimos, com detida atenção ao § 3º do art. 27 que a sua aplicação não serestringe à recusa injustificada do vencedor da licitação para SRP em assinar aata, mas também aos casos em que o fornecedor, signatário da mesma, nãomantém as condições de habilitação.

Por fim, solicitamos ao digno Consultor que, após os seus eventuaiscomentários sobre as considerações ora assinaladas, nos brinde com umasugestão para o problema, mesmo que esta seja a realização de nova licitação.

Atenciosamente,

James Macedo

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado Nilton Monte,Obrugado pela sua manifestação de apreço.Será uma satisfação continuar tendo‐o acompanhando as publicações emnosso blog.Cordialmente,Ricardo Sampaio

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado James Macedo,

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01/08/2013 10:04

Page 32: Registro de Preços Ata x Contrato

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24 de julho de 2013 às 16:44

Ricardo Alexandre Sampaio disse:

Prezado James Macedo,Preliminarmente, agradeço as manifestações de apreço tecidas à Zênite e amim.Quanto a resposta dada à indagação feita pela Srª. Roberta Nascimento, partida premissa de que havia uma ata firmada e não um contrato. Isso porque, elaprópria informou que “Existe uma Ata de Registro de Preços assinada, (…)”.Em verdade, para resolver a indagação, concentrei‐me em avaliar se seria ounão cabível o disposto no art. 27, § 3º, do Decreto nº 5.450/05 na situaçãonarrada. Ou seja, a resposta decorreu do resultado obtido com a atividade desubsunção do fato à norma. No caso, conclui que o fato descrito não seenquadra na hipótese prevista genericamente na norma. Justifico.A aplicação do disposto no art. 27, § 3º do Decreto fica condicionada aopreenchimento dos requisitos definidos na norma.Sob esse enfoque, é preciso saber quando a Administração poderá convocaroutro licitante, desde que respeitada a ordem de classificação, para, apóscomprovados os requisitos habilitatórios e feita a negociação, assumir o lugardo licitante vencedor da licitação.Lembre‐se, ainda, que a aplicação da disciplina contida no art. 27, § 3º doregulamento pode ocorrer tanto nas licitações para contratações tradicionais(um único contrato) quanto nas licitações para celebração de diversoscontratos a partir da formação de uma ata de SRP.Assim, entendo que a disciplina em questão pode ser aplicada:1) Quando o licitante vencedor de licitação tradicional tenha sido inabilitado;2) Quando o licitante vencedor de licitação tradicional se recuseinjustificadamente a assinar o contrato;3) Quando o licitante vencedor de licitação para SRP tenha sido INICIALMENTEinabilitado;4) Quando o licitante vencedor de licitação para SRP se recuseinjustificadamente a assinar a ata.Como na situação fática já existia uma ata (e é desse contexto que eu parto,não de que haveria um contrato), a hipótese do dispositivo não se faz aplicável,pois para que a ata tenha sido inicialmente assinada o licitante vencedor docertame não foi inabilitado e tão pouco se recusou a assiná‐la.Dito de outro modo, a aplicação do § 3º, do art. 27, no caso de recusainjustificada para assinar o contrato somente ocorrerá quando se tratar de umalicitação tradicional, ou seja, destinada a formação de um contrato específico(que não trate de SRP).Do contrário, a aplicação do dispositivo depois de firmada a ata de SRP, caso oseu beneficiário se recuse a assinar um contrato, conforme ora sugerida,submeteria os demais licitantes a manterem o compromisso assumido com aapresentação de suas propostas durante toda a vigência da ata. Isso porque, aaplicação do § 3º, do art. 23, do Decreto nº 5.450/05 não constitui uma faculdadepara o pregoeiro, mas um dever.Essa constatação decorre, além dos próprios termos do dispositivo, da Lei nº10.520/02, que trata da questão no seu art. 4°º, inciso XXIII c/c XVI.No pregão, a adjudicação o objeto não desonera os demais licitantes docompromisso assumido com a apresentação da sua proposta e, se durante oprazo de validade dessa oferta o adjudicatário for convocado para contratar,mas se recusar injustificadamente, a Lei nº 10.520/02 determina (e não faculta –art. 4º, XXIII) que pregoeiro examine as ofertas subseqüentes e a qualificaçãodos licitantes, na ordem de classificação, e assim sucessivamente, até aapuração de uma que atenda ao edital (art. 4º, XVI).Ora, se depois de firmada a ata fosse possível aplicar esse mesmoprocedimento, o prazo de validade das propostas seria correspondente aoprazo de validade da ata, pois havendo a recusa injustificada do beneficiário doregistro o pregoeiro passaria a examinar as condições de habilitação dosegundo colocado, com ele negociaria e firmaria a contratação.Além disso, se essa fosse a conclusão, o próprio cadastro de reserva previstono Decreto nº 7.892/13 restaria prejudicado, pois uma vez aplicado o dispostono art. 4º, XXIII c/c XVI, da l (equivalente ao art. 27, § 3º, do regulamento, que aele se subordina pelo princípio da legalidade), o segundo colocado não estáobrigado a contratar com a Administração pelo preço do primeiro.Nesse caso, por que razão alguém aceitaria fazer parte do cadastro de reserva,tendo de igualar o seu preço ao do vencedor da licitação, se com a exclusão dobeneficiário da ata o art. 27, § 3º, do Decreto nº 5.450/05 permitira a suacontratação pelo próprio preço?Do mesmo modo, restaria prejudicado o disposto no par. un. do art. 13 doDecreto nº 7.892/13, que dispensa tratamento específico para a situação em queo vencedor da licitação para SRP se recusa injustificadamente a assinar a ata,dizendo que “É facultado à administração, quando o convocado não assinar aata de registro de preços no prazo e condições estabelecidos, convocar oslicitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê‐lo em igual prazoe nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado”.Sob esse enfoque, a principal razão de divergência, parece‐me, reside na formacomo interpretamos a aplicação do § 3º do art. 27. Para mim, em se tratando delicitação para SRP, o dispositivo somente poderá ser aplicado:1) Quando o licitante vencedor de licitação para SRP tenha sido INICIALMENTE

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Page 33: Registro de Preços Ata x Contrato

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29 de julho de 2013 às 20:05

licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê‐lo em igual prazoe nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado”.Sob esse enfoque, a principal razão de divergência, parece‐me, reside na formacomo interpretamos a aplicação do § 3º do art. 27. Para mim, em se tratando delicitação para SRP, o dispositivo somente poderá ser aplicado:1) Quando o licitante vencedor de licitação para SRP tenha sido INICIALMENTEinabilitado;2) Quando o licitante vencedor de licitação para SRP se recuseinjustificadamente a assinar a ata.Se o licitante beneficiário de uma ata perder as condições de habilitação nocurso da vigência dessa ata ou se recusar injustificadamente a contratar,quando convocado, a consequência seria o acionamento do cadastro dereserva, se houver, e, na falta deste, o cancelamento do registro, na forma doart. Art. 20, incisos I a IV, do Decreto nº 7.892/13.Ocorrendo o cancelamento do registro sem que exista um cadastro de reserva,a Administração não pode, simplesmente, retomar a licitação. Nesse momentoo procedimento licitatório já se encontra encerrado.Restaria apenas, como alternativa, a realização de nova licitação para firmarnova ata de SRP. Isso porque, como não há previsão legal que autorize aformação de atas por dispensa de licitação, mas apenas concorrência oupregão, entendo que sequer seria cogitável se valer do art. 24, inciso XI, da Leinº 8.666/93 (por isso fiz menção a esse dispositivo).Espero ter esclarecido as dúvidas e fico aberto ao diálogo que sempre nospermite rever conceitos e engrandece nosso acervo!Cordialmente,Ricardo Sampaio

Rachel disse:

Prezado Professor Ricardo Alexandre,

Parabéns pela iniciativa!Gostaria de solicitar sua opinião para a seguinte situação:

Determinado órgão realizou o sistema de registro de preços, prevendo, naminuta contratual em anexo do edital, o prazo de vigência de 6(seis) meses.Assinou a Ata de Registro de Preços e celebrou um contrato com o vencedor.Ocorre que, na presente data, o órgão gerenciador identificou que oquantitativo contratado não seria suficiente para atender a demandaadministrativa para toda a vigência contratual, motivo pelo qual , antes mesmodo fim da vigência deste, solicitou a celebração de um segundo contrato. Aoquestionar o órgão jurídico, aquele Setor apontou, dentre outras questões,que, como o objeto do ajuste não se enquadra em nenhuma das exceçõesprevistas nos incisos I a V do artigo 57 da Lei 8.666/93, o segundo contrato nãopoderia ser realizado, pois, conforme a minuta inserta no edital do pregão, ocontrato a ser celebrado teria vigência de 6 (Seis) meses, e, nesta data, a suacelebração significaria admitir contrato com duração para além do exercíciofinanceiro da sua assinatura, o que afrontaria o artigo 57 da Lei 8.666/93.Desta forma, o órgão almeja realizar o aditivo no quantitativo do objetocontratual ( de 25%) para suprimir a necessidade imediata e realizar novoregistro de preços.A dúvida reside em como proceder com a Ata de Registro de Preços, pois estaainda estará vigente até Março de 2014.

Assim, indago: 1) Seria o caso de revogação da Ata de Registro de Preços? 2)Posso revogar a Ata, mas manter o contrato dela decorrente considerando oaditivo de objeto? Há posicionamento dos Tribunais sobre o tema? ; 3) Arevogação da Ata implica na revogação do contrato dela decorrente?

Grata,

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01/08/2013 10:04