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Regras Oficiais de Basquetebol 2010 (Interpretações Oficiais) Aprovadas por Central Board da FIBA San Juan, Porto Rico, 17 de Abril de 2010 Válidas em Portugal a partir de 01 de Outubro de 2010

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Regras Oficiais de Basquetebol 2010

(Interpretações Oficiais)

Aprovadas porCentral Board da FIBA

San Juan, Porto Rico, 17 de Abril de 2010

Válidas em Portugal a partir de 01 de Outubro de 2010

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ÍNDICE

Art. 5 Jogadores: Acidente .............................................................................................. 2 Art. 7 Treinadores: Deveres e poderes ............................................................................ 4 Art. 9 Início e fim do período ou do jogo ......................................................................... 5 Art. 12 Bola ao ar e posse alternada ................................................................................ 7 Art. 16 Cesto: Quando é válido e o seu valor ................................................................... 9 Art. 17 Reposição da bola de fora de campo ................................................................. 10 Art. 18/19 Descontos de tempo/Substituições .............................................................. 14 Art. 24 Drible ................................................................................................................. 20 Art. 25 Movimento ilegal de pés (“Passos”) .................................................................. 21 Art. 28 Oito segundos .................................................................................................... 21 Art. 29 Vinte e quatro segundos .................................................................................... 23 Art. 30 Regresso da bola à zona de defesa ..................................................................... 29 Art. 31 Interferência no lançamento e intervenção sobre a bola ................................... 31 Art. 33 Contactos: Princípios Gerais .............................................................................. 33 Art. 35 Falta dupla ......................................................................................................... 35 Art. 36 Falta Antidesportiva ........................................................................................... 36 Art. 38 Falta Técnica ..................................................................................................... 37 Art. 39 Violência ........................................................................................................... 42 Art. 42 Situações especiais ............................................................................................ 42 Art. 44 Erros corrigíveis ................................................................................................. 45 Art. 46 Árbitro: Deveres e poderes ................................................................................ 48 Art. 50 Operador de Vinte e Quatro Segundos: Deveres ............................................... 50

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Neste documento, apresentam-se as Interpretações Oficiais da FIBA às

Regras Oficiais de Basquetebol 2010, que entram internacionalmente em

vigor no dia 01 de Outubro de 2010. Quando as Interpretações Oficiais deste

documento diferirem das anteriormente publicadas pela FIBA, são as deste

documento que prevalecem.

As Regras Oficiais de Basquetebol foram aprovadas pelo Central Board da FIBA e são, periodicamente, revistas pela sua Comissão Técnica.

Tanto quanto possível, as regras devem ser claras e compreensíveis, sendo que definem princípios mais do que situações de jogo. No entanto, não podem cobrir toda a riqueza de diversidade de casos específicos que podem acontecer durante um jogo de basquetebol.

O objectivo deste documento é o de converter os princípios e os conceitos do livro de regras em situações práticas e específicas, tal como podem acontecer durante um jogo normal de basquetebol.

As interpretações de diferentes situações podem estimular a mente dos árbitros e complementarão um estudo detalhado inicial das próprias regras.

As Regras Oficiais de Basquetebol da FIBA permanecerão como principal documento orientador do basquetebol da FIBA. No entanto, o árbitro terá todo o poder e autoridade para tomar decisões sobre qualquer ponto não especificamente coberto pelo livro de regras ou nas seguintes Interpretações Oficiais da FIBA.

Art. 5 Jogadores: Acidente

Enunciado 1Se um jogador está ou aparenta estar acidentado e, consequentemente, o treinador, treinador adjunto, substituto ou qualquer outro elemento do banco da mesma equipa entra no campo de jogo, considera-se que o jogador recebeu tratamento, independentemente de este ter sido prestado ou não.

Exemplo: A4 aparenta ter-se acidentado num tornozelo e o jogo é interrompido;a) O médico da equipa A entra no campo de jogo e trata o tornozelo acidentado de

A4;b) O médico da equipa A entra no campo de jogo, mas A4 já recuperou;c) O treinador da equipa A entra no campo de jogo para avaliar o acidente de A4; d) O treinador adjunto, um substituto ou acompanhante, todos da equipa A, entra no

campo de jogo, mas não presta tratamento a A4.

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Interpretação: Em a), b), c) e d) considera-se que A4 recebeu tratamento e, por isso, deverá ser substituído.

Enunciado 2 Não há limite de tempo para a remoção do campo de jogo de um jogador seriamente acidentado se, de acordo com um médico, a remoção é perigosa para o jogador. Exemplo:A4 está seriamente acidentado e o jogo é interrompido cerca de 15 minutos porque o médico entende que a remoção do jogador, do campo de jogo, pode ser perigosa para este.

Interpretação: A opinião do médico determinará o tempo apropriado para a remoção do jogador acidentado do campo de jogo. Após a substituição, o jogo deverá ser reiniciado sem qualquer penalidade.

Enunciado 3 Se um jogador está acidentado, a sangrar ou tem uma ferida aberta e não pode prosseguir em jogo imediatamente (dentro de aproximadamente 15 segundos), tem de ser substituído. Se qualquer uma das equipas solicita um desconto de tempo, no mesmo período de paragem de cronómetro, e esse jogador recupera durante o desconto de tempo, ele poderá continuar a jogar, mas só se o sinal do marcador para o desconto de tempo soar antes de um árbitro ter autorizado o substituto a tornar-se jogador.

Exemplo:A4 está lesionado e o jogo é interrompido. Como A4 não está em condições para continuar imediatamente em jogo, um árbitro apita e faz o sinal convencionado para substituição. O treinador da equipa A (ou o treinador da equipa B) solicita um desconto de tempo: a) Antes do substituto de A4 ter entrado no jogo;b) Após o substituto de A4 ter entrado no jogo. No final do desconto de tempo, A4 parece ter recuperado e solicita permanência no jogo.

Interpretação: a) O desconto de tempo é concedido. Se A4 recupera durante o desconto de tempo

pode continuar a jogar;

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b) O desconto de tempo é concedido, mas A4 tem de ser substituído, pois o seu substituto já tinha entrado no jogo. Assim sendo, A4 não pode reentrar sem que o cronómetro tenha entretanto funcionado.

Art. 7 Treinadores: Deveres e poderes

Enunciado 1 Pelo menos 20 minutos antes da hora marcada para o início do jogo, cada treinador ou o seu representante, deve fornecer ao marcador uma lista com os nomes e os números correspondentes dos membros da equipa qualificados para jogar, assim como o nome do capitão de equipa, do treinador e do treinador adjunto. O treinador é pessoalmente responsável por assegurar que os números da lista correspondem aos números das camisolas dos jogadores. Pelo menos 10 minutos antes da hora marcada para o início do jogo, o treinador confirmará o seu acordo quanto aos nomes e números correspondentes dos membros da sua equipa e sobre os nomes do treinador, treinador adjunto e capitão, assinando o boletim de jogo. Exemplo: A equipa A apresenta ao marcador, em devido tempo, a lista da equipa. Os números de dois jogadores não coincidem com os números das suas camisolas ou o nome de um jogador não consta do boletim de jogo.Isto é descoberto:a) Antes do início do jogo;b) Após o início do jogo. Interpretação: a) Os números errados são corrigidos ou o nome do jogador é acrescentado no

boletim de jogo sem qualquer penalização;b) O árbitro interrompe o jogo no momento mais apropriado, de forma a não colocar

qualquer das equipas em desvantagem. Os números errados são corrigidos sem qualquer penalização. No entanto, o nome do jogador não pode ser acrescentado no boletim de jogo.

Enunciado 2 Pelo menos 10 minutos antes da hora marcada para o início do jogo, cada treinador deve indicar os 5 jogadores que vão iniciar o jogo.Antes do jogo se iniciar o marcador tem que verificar se existe algum erro nos 5 jogadores designados para jogar e, se tal ocorrer, deve informar o árbitro mais próximo, o mais rápido possível.

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Se o erro é descoberto antes do início de jogo, o cinco inicial tem que ser corrigido.Se o erro é descoberto após o início do jogo, então deve ser ignorado.

Exemplo:É descoberto que um dos jogadores que se encontra em campo não é dos jogadores confirmados no cinco inicial.Isto ocorre:a) Antes do início do jogo;b) Depois do início do jogo.

Interpretação:a) O jogador deve ser substituído, sem qualquer penalização, pelo jogador que se

encontrava indicado no cinco inicial;b) O erro é ignorado e o jogo continua.

Art. 9 Início e fim do período ou do jogo

Enunciado 1 Um jogo não deve começar até que cada equipa tenha, no mínimo, cinco jogadores em campo autorizados e prontos para jogar. Se estiverem menos de cinco jogadores em campo à hora do início do jogo, os árbitros deverão ser sensíveis a todas as circunstâncias imprevistas que podem explicar o atraso. Se é apresentada uma explicação razoável para o atraso, não deve ser assinalada uma falta técnica. No entanto, se não é apresentada uma explicação razoável, poderá determinar-se a aplicação de uma falta técnica e/ou a perda do jogo por falta de comparência, após a chegada de outros jogadores autorizados para jogar.

Exemplo: Quando chega a hora de início do jogo, a equipa A tem menos de cinco jogadores em campo, prontos para jogar. a) O representante da equipa A é capaz de apresentar uma explicação razoável e

aceitável para a chegada tardia dos jogadores da equipa A;b) O representante da equipa A é incapaz de apresentar uma explicação razoável e

aceitável para a chegada tardia dos jogadores da equipa A.

Interpretação: a) O início do jogo deverá ser atrasado 15 minutos, no máximo. Se os jogadores

ausentes chegam ao campo de jogo, prontos para jogar, antes que tenham decorrido 15 minutos, o jogo deverá começar. Se os jogadores ausentes não

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chegam ao campo de jogo, prontos para jogar, antes de terem decorrido os 15 minutos, a equipa B ganha o jogo, por falta de comparência, e o resultado averbado é de 20:0 a seu favor;

b) O início do jogo deverá ser atrasado 15 minutos, no máximo. Se os jogadores ausentes chegam ao campo de jogo, prontos para jogar, antes que tenham decorrido 15 minutos, poderá ser assinalada uma falta técnica ao treinador da equipa A (registada com ‘B’), a que se seguirá o início do jogo. Se os jogadores ausentes não chegam ao campo de jogo, prontos para jogar, antes de terem decorrido os 15 minutos, a equipa B ganha o jogo, por falta de comparência, e o resultado averbado é de 20:0 a seu favor. Em todos os casos o árbitro deve registar a situação na parte de trás do boletim de jogo que é enviado para a entidade organizadora da competição.

Enunciado 2 O Art. 9 clarifica o cesto que uma equipa defende e o cesto que essa equipa ataca. Se, por confusão, um período começa com as duas equipas atacando/defendendo os cestos errados, a situação deverá ser corrigida assim que seja descoberta, sem que se coloque qualquer das equipas em desvantagem. Todos os pontos marcados, tempo decorrido, faltas assinaladas, etc., antes da interrupção do jogo, permanecem válidos.

Exemplo 1: Após o início do jogo, os árbitros constatam que as equipas estão a jogar na direcção errada.

Interpretação: O jogo deverá ser interrompido, tão depressa quanto possível e sem que seja colocada qualquer das equipas em desvantagem. As equipas trocam de cestos. O jogo deverá ser reiniciado no lado oposto simétrico (efeito de espelho), perto de onde o jogo foi interrompido.

Exemplo 2: No início de um período, a equipa A está a defender o seu cesto, quando B4, erradamente, dribla para o seu próprio cesto e converte um cesto de campo.

Interpretação: Deverão ser averbados os dois pontos, ao capitão da equipa A que se encontra em campo.

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Art. 12 Bola ao ar e posse alternada

Enunciado 1 Na bola ao ar de início do jogo, à equipa que não obtém a posse de bola viva dentro de campo, será concedida a reposição da bola no local mais perto de onde ocorrer a próxima situação de bola ao ar.

Exemplo 1: O árbitro lança a bola ao ar de início de jogo. Imediatamente após a bola ter sido legalmente tocada pelo saltador A4, é assinalada: a) Uma bola presa entre A5 e B5;b) Uma falta dupla entre A5 e B5.

Interpretação: Como a posse de bola viva dentro de campo ainda não foi estabelecida, os árbitros não podem conceder a posse de bola utilizando a seta da posse alternada. O árbitro executará outra bola ao ar no círculo central, entre A5 e B5. Contudo, o tempo consumido no cronómetro de jogo, após a bola ter sido legalmente tocada e antes da situação de bola presa/falta dupla, permanece válido.

Exemplo 2:O árbitro lança a bola ao ar de início de jogo. Imediatamente após a bola ter sido legalmente tocada pelo saltador A4 e a bola:a) Vai directamente para fora de campo;b) É agarrada por A4 antes de ser tocada por um jogador não saltador ou tenha

tocado o solo. Interpretação:Em ambas as situações a bola é concedida à equipa B resultante da violação cometida por A4. Após a reposição, a equipa que não ganha o controlo da bola viva dentro de campo, terá o direito à primeira situação de posse de bola alternada no local mais próximo de onde ocorrer a próxima situação de bola ao ar.

Exemplo 3: A equipa B tem direito à reposição da bola de fora de campo de acordo com a regra da posse alternada. Um árbitro e/ou o marcador comete um erro e a bola é indevidamente concedida à equipa A para a reposição de fora de campo.

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Interpretação: Uma vez que a bola toque ou seja legalmente tocada por um jogador dentro do campo de jogo, o erro não pode ser corrigido. Contudo, em consequência do erro, a equipa B não perde a oportunidade de reposição da bola de fora de campo, relativa à posse alternada e tem o direito à reposição da bola por ocasião da próxima situação de posse alternada. Exemplo 4: Simultaneamente com o sinal para o fim do primeiro período, B5 faz falta sobre A5, sendo assinalada como antidesportiva.

Interpretação: A5 executará as duas tentativas de lance livre, sem que jogadores alinhem para ressalto, tendo-se esgotado o tempo de jogo. Após os dois minutos de intervalo, o jogo reiniciar-se-á com reposição da bola de fora de campo, favorável à equipa A, na linha central oposta à mesa dos oficiais. Nenhuma equipa perderá o direito à posse de bola alternada na próxima situação de bola ao ar.

Enunciado 2Sempre que uma bola viva fica presa entre a tabela e o aro, excepto entre lances livres, ocorre uma situação de bola ao ar, resultando numa reposição de bola por posse de bola alternada. Como tal não resulta de uma situação de ressalto, não é considerada como tendo a mesma influência no jogo como quando a bola toca simplesmente o aro. Portanto, se a equipa que estava de posse de bola antes de a mesma ter ficado presa entre a tabela e o aro, tem direito à reposição por posse de bola, então deve ter apenas o tempo remanescente no aparelho de 24 segundos, como em qualquer outra situação de bola ao ar.

Exemplo 1: Num lançamento de campo efectuado por A4 a bola fica presa entre o aro e a tabela. A equipa A tem direito à reposição de bola através do processo de posse de bola alternada.

Interpretação: Após a reposição de bola, a equipa A só tem direito ao tempo remanescente dos 24 segundos.

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Exemplo 2: Num lançamento de campo efectuado por A4, a bola encontra-se no ar quando os 24 segundos terminam, tendo de seguida a bola ficado presa entre o aro e a tabela. A equipa A tem direito à reposição de bola através do processo de posse de bola alternada.

Interpretação: Como a equipa A não tem mais tempo remanescente no aparelho de 24 segundos, ocorreu uma violação à regra dos 24 segundos. A equipa B tem direito à reposição de bola de fora de campo. A equipa A não deve perder o seu direito à próxima reposição por posse de bola alternada, na próxima situação de bola ao ar.

Art. 16 Cesto: Quando é válido e o seu valor

Enunciado 1 Numa situação de reposição de fora de campo ou de ressalto após o último ou único lance livre, um período de tempo irá sempre decorrer entre o momento em que o jogador dentro de campo toca a bola e até que a largue para efectuar o lançamento. Esta situação é particularmente importante para ter em consideração perto do final de um período. Tem de existir um mínimo de tempo disponível para que um lançamento deste tipo seja válido antes do tempo expirar. Se 0.00.3 segundos estão no mostrador do cronómetro de jogo, é dever dos árbitros determinar se o lançador largou a bola antes do sinal sonoro ter soado para o final do período. Se, contudo, 0.00.2 ou 0.00.1 segundos estão no mostrador do cronómetro de jogo, o único tipo de lançamento de campo válido possível efectuado por um jogador no ar, é fazer um batimento (tapinha) para o cesto ou afundar directamente a bola.

Exemplo: A equipa A tem direito a uma reposição de bola de fora de campo com:a) 0.00.3”b) 0.00.2” ou 0.00.1”no mostrador do cronómetro de jogo.

Interpretação: Em a), se um lançamento de campo é tentado e o sinal sonoro para o final do período soa durante a tentativa de lançamento, é da responsabilidade dos árbitros determinar se a bola saiu da mão do lançador antes de ter soado o sinal sonoro para o final do período.

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Em b), o cesto só pode ser concedido se a bola estando no ar proveniente da reposição de fora de campo, é batida para o cesto ou é afundada directamente.

Art. 17 Reposição da bola de fora de campo

Enunciado 1 Antes do jogador que efectua uma reposição de fora de campo largar a bola, é possível que o movimento de reposição provoque que a(s) mão(s), com a bola, ultrapasse(m) o plano da linha limite que separa a área interior da área exterior do campo de jogo. Nestas situações, continua a ser responsabilidade do jogador defensor evitar interferir na reposição, não promovendo contacto com a bola enquanto esta ainda se encontra na(s) mão(s) do jogador que a repõe em jogo.

Exemplo: A A4 é concedida a reposição da bola de fora de campo. Enquanto segura a bola, a(s) mão(s) de A4 ultrapassa(m) o plano da linha limite, ficando a bola sobre a área interior do campo de jogo. B4 agarra de súbito a bola que se encontra na(s) mão(s) de A4 ou bate-a para fora da(s) mão(s) deste, sem que se produza qualquer contacto físico com A4. Interpretação: B4 interferiu com a reposição da bola de fora de campo, contribuindo, deste modo, para o atraso do reinício do jogo. Deverá ser efectuada uma advertência a B4 e comunicado ao treinador da equipa B que a mesma é extensível a todos os jogadores da sua equipa para o resto do jogo. Qualquer repetição de situação idêntica, por parte de um jogador da equipa B, terá como consequência uma falta técnica.

Enunciado 2 Um jogador encarregue de efectuar uma reposição da bola de fora de campo deverá passar a bola (não dá-la à mão) a um colega no interior do campo de jogo.

Exemplo: Numa reposição da bola de fora de campo por A4, este dá a bola à mão a A5 que se encontra dentro de campo. Interpretação: A4 cometeu uma violação de reposição da bola de fora de campo. A bola tem que deixar a(s) mão(s) do jogador, para que a reposição de fora de campo seja considerada legal. A bola é concedida à equipa B para a reposição de fora de campo, no local original.

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Enunciado 3Durante uma reposição de bola de fora de campo os outros jogadores não devem ter qualquer parte do seu corpo sobre a linha limite antes de a bola a ter ultrapassado.

Exemplo 1: Após uma violação de bola fora de campo, A3 recebe a bola do árbitro, para efectuar a reposição. Então, A3:a) Coloca a bola no solo, após o que a bola é agarrada por A2;b) Entrega a bola à mão a A2 que está fora do terreno de jogo.

Interpretação: É uma violação cometida por A2, visto que movimenta o seu corpo sobre a linha limite antes do jogador A3 ter efectuado a reposição, ou seja, ter passado a bola para além da linha limite.

Exemplo 2: Após a equipa A ter convertido um lançamento de campo ou um último ou único lance livre, é concedido um desconto de tempo à equipa B. Depois do desconto de tempo o árbitro entrega a bola a B3 para a reposição pela linha final. Então, B3:a) Coloca a bola no solo, após o que a bola é agarrada por B2;b) Entrega a bola à mão a B2, que também se encontra fora de campo na linha final.

Interpretação: Jogada legal. A única que restrição que a equipa B tem para realizar a reposição, é que deve passar a bola para dentro do terreno de jogo dentro de 5 segundos.

Enunciado 4 Nos últimos dois minutos do quarto período ou de cada período suplementar, a bola deve ser resposta na linha de reposição lateral oposta à mesa dos oficiais na sua zona de ataque, se é concedido um desconto de tempo à equipa que tem direito à posse de bola na sua zona de defesa. O jogador que efectua a reposição da bola de fora de campo, tem de passar a bola a um colega que se encontre na sua zona de ataque.

Exemplo 1: No último minuto do jogo A4 está a driblar na sua zona de defesa, quando um jogador da equipa B toca a bola para fora do campo, no prolongamento da linha de lance livre. a) Um desconto de tempo é concedido à equipa B;b) Um desconto de tempo é concedido à equipa A;c) Um desconto de tempo é concedido em primeiro lugar à equipa B e outro

imediatamente a seguir à equipa A (ou vice-versa).

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Interpretação: Em a), o jogo reinicia-se com uma reposição da bola de fora de campo, pela equipa A, no prolongamento da linha de lance livre. Em b) e c), o jogo reinicia-se com uma reposição da bola de fora de campo, pela equipa A, na sua zona de ataque, na linha de reposição lateral oposta à mesa dos oficiais.

Exemplo 2: No último minuto do jogo, A4 executa dois lances livres. Durante a execução do segundo lance livre, A4 pisa a linha de lance livre, sendo-lhe assinalada violação. A equipa B solicita um desconto de tempo.

Interpretação: O jogo reiniciar-se-á por uma reposição da bola de fora de campo, pela equipa B, na sua zona de ataque, na linha de reposição lateral oposta à mesa dos oficiais. Exemplo 3: Nos últimos dois minutos do jogo, A4 driblava há 6 segundos na zona de defesa da sua equipa, quando:a) B4 toca a bola para fora do campo;b) B4 comete a terceira falta de equipa nesse período.É concedido um desconto de tempo à equipa A. Após o desconto de tempo, o jogo reinicia-se por reposição da bola de fora de campo pela equipa A, na sua zona de ataque, na linha de reposição lateral oposta à mesa dos oficiais.

Interpretação: Em ambos os casos, a equipa A só deve ter 18 segundos do período de 24 segundos.

Exemplo 4: Durante os dois (2) últimos minutos do jogo, A4 dribla a bola na sua zona de ataque. B3 toca a bola desviando-a para a zona de defesa da equipa A, onde é agarrada por qualquer jogador da equipa A que inícia um novo drible. Agora:a) B4 toca a bola para fora do terreno de jogob) B4 comete a terceira falta de equipa nesse períodona zona de defesa da equipa A, faltando 6 segundos para o final dos 24 segundos. É concedido um desconto de tempo à equipa A. Após o desconto de tempo o jogo reinícia-se com a reposição efectuada pela equipa A, na sua zona de ataque, na linha de reposição lateral oposta à mesa dos oficiais.

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Interpretação: A equipa A deve ter:a) 6 segundosb) 14 segundos da contagem dos 24 segundos.

Enunciado 5 Existem situações adicionais a estas, referidas no Art. 17.2.3, no qual a subsequente reposição de bola de fora de campo deve ser efectuada pelo prolongamento da linha central, oposta à mesa dos oficiais.a) O jogador executante da reposição de bola de fora de campo no prolongamento da

linha central oposta à mesa dos oficiais comete violação e a bola é concedida ao adversário para uma reposição de bola no local original;

b) Se numa situação de violência, elementos de ambas as equipas são desqualificados, não restam outras penalidades de faltas para serem administradas e no momento em que o jogo foi interrompido uma equipa tinha o controlo da bola ou tinha o direito a ela.

Interpretação:Nestas situações o executante da reposição pode passar a bola para a zona de ataque ou para a zona de defesa.

Enunciado 6 Podem ocorrer as seguintes situações numa reposição de bola de fora de campo:a) A bola é passada por cima do cesto e um jogador de qualquer das equipas toca a

bola passando a mão por dentro do cesto, por baixo;b) A bola fica presa entre o aro e a tabela;c) A bola é atirada intencionalmente para o aro com o intuito de desmarcar a

contagem dos 24 segundos.

Exemplo 1: Numa reposição de fora de campo, A4 passa a bola por cima do cesto e um jogador de qualquer das equipas toca a bola passando a mão por dentro do cesto, por baixo.

Interpretação:É uma violação por intervenção sobre a bola. O jogo reinicia-se com uma reposição de bola, para a equipa adversária, no prolongamento da linha de lance livre. No caso de ser a equipa defensora a cometer a violação nenhum ponto pode ser averbado à equipa atacante uma vez que a bola não era proveniente de área interior do campo de jogo.

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Exemplo 2: Numa reposição de fora de campo, A4 passa a bola em direcção ao cesto e esta fica presa entre o aro e a tabela.

Interpretação:Ocorre uma situação de bola ao ar. O jogo reinicía-se aplicando a posse de bola alternada. Se a equipa A tem direito à reposição, 24 segundos não devem ser desmarcados.

Exemplo 3: Durante a reposição efectuada por A4 e quando faltam 5 segundos para terminar o período dos 24 segundos, este jogador passa a bola na direcção ao cesto e esta toca o aro.

Interpretação:O operador de 24 segundos não deve desmarcar o aparelho, uma vez que o jogo ainda não se reiniciou. O jogo deve continuar sem interrupção.

Art. 18/19 Descontos de tempo/Substituições

Enunciado 1Não pode ser concedido um desconto de tempo, antes de se ter iniciado o tempo de jogo de um período ou após ter terminado o tempo de jogo de um período. Não pode ser concedida uma substituição, antes de se ter iniciado o tempo de jogo do primeiro período ou após ter terminado o tempo de jogo. Durante os intervalos de jogo podem ser concedidas quaisquer substituições. Exemplo 1: Na bola ao ar para início do jogo, após ter saído das mãos do árbitro mas antes de a bola ser legalmente tocada, o saltador A5 comete uma violação e a bola é concedida à equipa B para reposição de fora de campo. Neste momento, um dos treinadores solicita um desconto de tempo ou uma substituição. Interpretação: Apesar de o jogo já se ter iniciado, o desconto de tempo ou a substituição não podem ser concedidos, porque o cronómetro de jogo ainda não foi posto a funcionar.

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Exemplo 2: Aproximadamente ao mesmo tempo que soa o sinal do cronómetro de jogo para o fim de um período ou de um período suplementar, é assinalada uma falta e são concedidos dois lances livres a A4. Um dos treinadores solicita: a) Um desconto de tempo;b) Uma substituição.

Interpretação: a) O desconto de tempo não pode ser concedido porque expirou o tempo de jogo do

período ou período suplementar.b) A substituição só pode ser concedida após a execução dos lances livres e depois de

se ter iniciado o intervalo de jogo para o próximo período ou período suplementar.

Enunciado 2 O som do aparelho de 24 segundos não pára o cronómetro de jogo se soar enquanto a bola está no ar durante um lançamento de campo, pois não é uma violação e o cronómetro não pára. Se o lançamento de campo é convertido trata-se, em determinadas condições, uma oportunidade de desconto de tempo e de substituição para ambas as equipas.

Exemplo: Num lançamento de campo, a bola está no ar quando soa o sinal do aparelho dos 24 segundos. A bola entra no cesto e nesse momento uma ou ambas as equipas solicitam: a) Descontos de tempo; b) Substituições.

Interpretação: a) Trata-se de uma oportunidade de desconto de tempo apenas para a equipa que

sofreu o cesto. Se é concedido um desconto de tempo à equipa que sofreu o cesto, também pode ser concedido desconto de tempo à equipa adversária e serem concedidas substituições para ambas as equipas, se solicitarem.

b) É uma oportunidade de substituição só para a equipa que sofreu o cesto, mas apenas nos dois últimos minutos do quarto período ou de qualquer período suplementar.Se é concedida uma substituição à equipa que sofreu o cesto, também pode ser concedida substituição à equipa adversária e serem concedidos descontos de tempo a ambas as equipas, se solicitarem.

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Enunciado 3 Se o pedido de desconto de tempo ou de substituição (para qualquer jogador, incluindo o executante de lance livre) é efectuado após a bola estar à disposição do executante do primeiro ou único lance livre, o desconto de tempo ou a substituição poderão ser concedidas para as duas equipas se: a) O último ou único lance livre é convertido oub) O último ou único lance livre é seguido por uma reposição da bola de fora de

campo no prolongamento da linha central oposta à mesa dos oficiais ou, por qualquer uma razão válida, a bola permanece morta após o último ou único lance livre.

Exemplo 1: São concedidos dois lances livres a A4. A equipa A (ou equipa B) solicita um desconto de tempo ou substituição: a) Antes de a bola ser posta à disposição do executante dos lances livres, A4;b) Após a execução do primeiro lance livre;c) Após o segundo lance livre (que foi convertido), mas antes de a bola estar à

disposição do jogador que faz a sua reposição de fora de campo. d) Após o segundo lance livre (que foi convertido), mas depois de a bola estar à

disposição do jogador que faz a sua reposição de fora de campo.

Interpretação: a) O desconto de tempo ou substituição são concedidos imediatamente, antes da

execução do primeiro lance livre;b) O desconto de tempo ou substituição são concedidos após o último lance livre, se

este for convertido;c) O desconto de tempo ou substituição são concedidos imediatamente, antes da

reposição da bola de fora de campo;d) O desconto de tempo ou substituição não são concedidos.

Exemplo 2: São concedidos dois lances livres a A4. Após a execução do primeiro lance livre, é solicitado um desconto de tempo ou uma substituição, pela equipa A ou pela equipa B. Durante a execução do último lance livre: a) A bola ressalta no aro e o jogo prossegue;b) O lance livre é convertido;c) A bola não toca o aro ou não entra no cesto;d) A4 pisa a linha de lance livre enquanto o executa o lance livre e a violação é

assinalada; e) O lance livre é falhado, mas B4 entra na área de lance livre antes da bola ter

deixado a(s) mão(s) do executante do lance livre e a violação é assinalada.

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Interpretação: a) O desconto de tempo ou substituição não é concedido;b), c) e d) O desconto de tempo ou substituição é concedido imediatamente;e) Um novo lance livre é concedido a A4 e, se convertido, o desconto de tempo ou substituição é concedido imediatamente.

Enunciado 4 Se a seguir a uma solicitação de desconto de tempo, é cometida uma falta por qualquer das equipas, o período de desconto de tempo não tem início até que o árbitro complete a sua comunicação com a mesa dos oficiais, relativa à falta. No caso de uma 5ª falta de um jogador, esta comunicação incluirá o necessário procedimento de substituição. Assim que este tiver sido completado, o período de desconto de tempo deverá iniciar-se, quando um árbitro fizer soar o seu apito e efectuar o sinal de desconto de tempo.

Exemplo1: É solicitado um desconto de tempo pelo treinador da equipa A, após o que B4 comete a sua 5ª falta.

Interpretação: A oportunidade de desconto de tempo não tem o seu início enquanto a comunicação para a mesa dos oficiais relativa à falta não for concluída e o substituto de B4 não passar a jogador.

Exemplo2: É solicitado um desconto de tempo pelo treinador da equipa A, após o que é assinalada uma falta a qualquer jogador.

Interpretação: Havendo consciência de que foi solicitado um desconto de tempo, é permitido às equipas que se dirijam para os seus bancos, mesmo sabendo que o referido desconto de tempo ainda não se tenha formalmente iniciado. Enunciado 5 Se os árbitros descobrem que estão a jogar simultaneamente mais do que cinco jogadores da mesma equipa, o erro deverá ser corrigido tão depressa quanto possível, sem que se coloque a equipa adversária em desvantagem. Assumindo que os árbitros e os oficiais de mesa realizaram o seu trabalho correctamente, um jogador reentrou ou permaneceu no campo de jogo ilegalmente. Os árbitros devem dar ordem a um jogador para deixar imediatamente o campo de

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jogo e assinalar uma falta técnica ao treinador dessa equipa (registada com ‘B’). É da responsabilidade do treinador assegurar-se que uma substituição é efectuada correctamente e que o jogador substituído sai de imediato do campo de jogo, por ocasião da substituição.

Exemplo: Enquanto decorre o jogo, é descoberto que a equipa A tem mais de cinco jogadores em campo, a jogar. a) No momento da descoberta, a equipa B (com 5 jogadores) tem a posse de bola;b) No momento da descoberta, a equipa A (com mais de 5 jogadores) tem a posse de

bola.

Interpretação: a) O jogo deverá ser interrompido imediatamente, a não ser que a equipa B seja

colocada em desvantagem; b) O jogo deverá ser interrompido imediatamente.

Em ambas as situações, o jogador que reentrou (ou permaneceu) ilegalmente no jogo deverá sair e uma falta técnica (registada com ‘B’) e deverá ser assinalada ao treinador da equipa A.

Enunciado 6 Após se ter descoberto que uma equipa estava a jogar com mais de cinco jogadores, é também descoberto que foram obtidos pontos ou que foi cometida uma falta pelo jogador A5 enquanto jogava ilegalmente. Todos os pontos, assim obtidos, são válidos e qualquer falta cometida (ou sofrida) por esse jogador são consideradas como faltas de jogador. Exemplo: Os árbitros apercebem-se que A5 está no campo de jogo e que participa como 6º jogador da equipa A. O jogo é interrompido após:a) Falta atacante de A5;b) Um cesto de campo obtido por A5; c) Falta de B5 sobre A5, durante uma tentativa falhada de lançamento ao cesto.

Interpretação:a) A falta de A5 deverá ser considerada como falta de jogador;b) O cesto de campo obtido por A5 deverá contar;c) Os lances livres resultantes da falta de B5 deverão ser executados por qualquer

jogador da equipa A que se encontrava no campo de jogo no momento em que a falta foi assinalada.

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Enunciado 7 Os Art. 18 e 19 clarificam quando uma oportunidade de substituição ou de desconto de tempo começa e acaba. Os treinadores que pretendem a substituição ou o desconto de tempo devem estar conscientes destas limitações, de outra forma a substituição ou o desconto de tempo não será concedido imediatamente. Exemplo 1: Uma oportunidade de substituição ou de desconto de tempo tinha precisamente acabado, quando o treinador da equipa A corre para a mesa dos oficiais e, em voz alta, solicita uma substituição ou um desconto de tempo. O marcador reage e, erradamente, faz soar o seu sinal. O árbitro faz soar o seu apito e interrompe o jogo.

Interpretação: O árbitro interrompeu o jogo, a bola fica morta e o cronómetro de jogo parado, pelo que, em situação normal, era uma oportunidade de substituição ou de desconto de tempo. No entanto, porque a solicitação foi feita demasiado tarde, a substituição ou o desconto de tempo não pode ser concedido. O jogo deverá reiniciar-se imediatamente.

Exemplo 2:Ocorre uma violação por interferência no lançamento ou por intervenção sobre a bola em qualquer momento do jogo. Substitutos de uma ou de ambas as equipas esperam junto à mesa dos oficiais para entrar em jogo ou um desconto de tempo foi pedido por qualquer uma das equipas.

Interpretação:A violação provoca a paragem do cronómetro de jogo e a bola fica morta. As substituições ou o desconto de tempo deve ser permitido.

Enunciado 8Cada desconto de tempo deverá ter a duração de 1 minuto. As equipas devem regressar sem demora após o árbitro fazer soar o seu apito, chamando as equipas para o terreno de jogo. Em algumas ocasiões uma equipa prolonga o desconto de tempo para lá do minuto atribuído, obtendo uma vantagem ao prolongar tal desconto de tempo e causando um atraso no reinício do jogo. O árbitro deve advertir essa equipa. Se a equipa não reage ao aviso, deve ser-lhe averbado um desconto de tempo adicional. Se a equipa não tem mais descontos de tempo, pode ser averbada ao treinador (tipo “C”) uma falta técnica, por retardar o reinício do jogo.

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Exemplo:O desconto de tempo finaliza e o árbitro avisa a equipa A para que regresse ao terreno de jogo. O treinador da equipa A continua a dar instruções à sua equipa, que permanece na zona de banco de equipa. O árbitro avisa de novo a equipa A para que regresse ao terreno de jogo e:a) A equipa A regressa finalmente ao terreno de jogo;b) A equipa A permanece na sua zona de banco de equipa.

Interpretação:a) Uma vez que a equipa começou a regressar ao terreno de jogo, o árbitro adverte o

treinador que se o mesmo comportamento se repetir será averbado à equipa A um desconto de tempo adicional;

b) Um desconto de tempo, sem aviso, será averbado à equipa A. Se a equipa A não dispuser de mais descontos de tempo, será averbada uma falta técnica ao treinador da equipa (‘C’), por retardar o reinício do jogo.

Art. 24 Drible

EnunciadoSe um jogador, deliberadamente, atira a bola contra uma tabela (não numa tentativa legítima de lançamento ao cesto), é considerado como se tivesse feito ressaltar a bola no solo. Se esse jogador toca de novo a bola antes que esta toque (ou seja tocada por) outro jogador, isto é considerado um drible. Exemplo 1:A4 ainda não driblou quando atira a bola contra a tabela, apossando-se dela antes que seja tocada por outro jogador. Interpretação: Após ter-se apossado da bola, A4 pode lançá-la ao cesto ou passá-la, mas não pode iniciar um novo drible. Exemplo 2: Após ter terminado um drible, num movimento contínuo ou numa posição parada, A4 atira a bola contra a tabela e agarra-a ou toca-a antes que esta seja tocada por outro jogador. Interpretação: A4 cometeu uma violação por ter efectuado um segundo drible.

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Art. 25 Movimento ilegal de pés (“Passos”)

EnunciadoÉ legal se um jogador deitado no chão ganha o controlo da bola. É legal se um jogador que segura a bola cai no chão. É também legal se o jogador após cair ao chão, desliza com brevidade. Ocorre uma violação se, no entanto, o jogador então rola ou tenta levantar-se enquanto segura a bola.

Exemplo 1:Enquanto segura a bola, A3, perde o equilíbrio e cai ao chão.

Interpretação:A acção de A3 de queda não intencional, é legal.

Exemplo 2:Enquanto está deitado no chão, A3 ganha o controlo da bola. A3 então:a) Passa a bola a A4;b) Inicia um drible enquanto ainda se encontra deitado no chão;c) Tenta levantar-se enquanto ainda segura a bola.

Interpretação:Em a) e b), a acção de A3 é legal.Em c), ocorre uma violação por movimento ilegal de pés.

Exemplo 3:Enquanto segura a bola, A3 cai ao chão e o seu ímpeto provoca que deslize no solo.

Interpretação:Não constitui uma violação a acção de deslizar de forma não intencional por parte de A3. No entanto, ocorre uma violação por movimento ilegal de pés se, então, A3 rola ou tenta levantar-se enquanto segura a bola.

Art. 28 Oito segundos

Enunciado 1A aplicação desta regra é baseada, unicamente, na contagem individual dos 8 segundos efectuada por um árbitro. Em caso de qualquer discrepância entre o número de segundos contados pelo árbitro e o que consta no aparelho de 24 segundos, é a decisão do árbitro que prevalecerá.

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Exemplo: A4 dribla a bola na sua zona de defesa, quando o árbitro assinala violação de 8 segundos. O aparelho de 24 segundos mostra que apenas decorreram 7 segundos.

Interpretação:A decisão do árbitro está correcta. O árbitro é o único habilitado a decidir quando um período de 8 segundos terminou.

Enunciado 2A contagem de 8 segundos na zona de defesa é interrompida por causa de uma situação de bola ao ar. Se a correspondente reposição por posse alternada é concedida à equipa que estava de posse da mesma, esta equipa terá apenas o tempo remanescente do período de 8 segundos. Exemplo: A equipa A está de posse de bola na sua zona de defesa há 5 segundos, quando ocorre uma bola presa. A equipa A tem direito à próxima reposição de posse alternada.

Interpretação: A equipa A tem apenas os restantes 3 segundos para fazer com que a bola passe para a sua zona de ataque.

Enunciado 3Durante um drible de passagem da zona de defesa para a zona de ataque, a bola é considerada na zona de ataque de uma equipa, quando ambos os pés do driblador e a bola estão em contacto com a zona de ataque.

Exemplo 1:A1 encontra-se com um pé de cada lado da linha central. Recebe a bola de A2 que se encontra na zona defensiva. A1 então passa a bola novamente a A2, que permanece na zona de defesa.

Interpretação:Jogada legal. A1 não tem ambos os pés na sua zona de ataque e portanto tem o direito de passar a bola para a zona de defesa. A contagem dos 8 segundos continua.

Exemplo 2:A2 encontra-se em drible da sua zona de defesa e termina o drible segurando a bola quando se encontra com um pé de cada lado da linha central. Então, A2 passa a bola a A1 que se encontra, também ele, com um pé de cada lado da linha central.

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Interpretação:Jogada legal. A2 não tem ambos os pés na sua zona de ataque e portanto tem o direito de passar a bola a A1 que também não está na zona de ataque. A contagem dos 8 segundos continua.

Exemplo 3:A2 está a driblar da sua zona de defesa e tem já um pé (mas não ambos) na zona de ataque. A2 passa então a bola para A1 que se encontra com um pé de cada lado da linha central. A1 começa então a driblar na sua zona de defesa.

Interpretação:Jogada legal. A2 não tem ambos os pés na sua zona de ataque e portanto tem o direito de passar a bola a A1 que também não está na zona de ataque. A1 tem portanto o direito de driblar a bola na zona de defesa. A contagem dos 8 segundos continua.

Exemplo 4:A4 avança em drible da sua zona defesa e pára o seu movimento para a frente, continuando no entanto em drible, enquanto:a) Está com um pé de cada lado da linha central;b) Ambos os pés se encontram na zona de ataque mas a bola está a ser driblada na

zona de defesa;c) Ambos os pés estão na zona de defesa, mas a bola está a ser driblada na zona de

ataque;d) Ambos os pés se encontram na zona de ataque, mas a bola está a ser driblada na

zona de defesa, após o que A4 regressa com ambos os pés à sua zona de defesa.

Interpretação:Em todos os casos, o jogador em drible continua na sua zona de defesa até que ambos os pés assim como a bola toquem a zona de ataque. Em todas as situações a contagem dos 8 segundos continua.

Art. 29 Vinte e quatro segundos

Enunciado 1Quando uma tentativa de lançamento ao cesto é efectuada perto do final do período de 24 segundos e soa o sinal enquanto a bola está no ar, se esta não toca o aro, ocorre violação, a não ser que os adversários ganhem, imediata e claramente, a posse de bola.

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A bola deverá ser concedida à equipa adversária, para reposição de fora de campo, no local mais próximo de onde o jogo foi interrompido pelo árbitro, excepto directamente sob a tabela.

Exemplo 1: O sinal do aparelho 24 segundos soa quando a bola se encontra no ar em consequência de um lançamento ao cesto por A5. A bola toca a tabela e depois rola no solo, onde é tocada por B4, em seguida por A4 e, finalmente, B5 apossa-se dela.

Interpretação: É uma violação de 24 segundos, porque a bola não tocou o aro e não houve posse de bola imediata e clara por parte dos adversários.

Exemplo 2: Num lançamento ao cesto por A5, a bola toca a tabela mas não toca o aro. No ressalto, a bola é então tocada, mas não controlada por B5, após o que A5 ganha a posse de bola. Neste momento, soa o sinal do aparelho de 24 segundos.

Interpretação: Ocorreu uma violação 24 segundos. Neste lançamento ao cesto a bola não toca o aro e mantém-se na posse de um jogador da equipa A, pelo que o aparelho de 24 segundos continua a sua contagem.

Exemplo 3: No final de um período de 24 segundos, A4 efectua um lançamento ao cesto. O lançamento é legalmente interceptado por B4 e soa, então, o sinal do aparelho dos 24 segundos. Após este sinal, B4 faz falta sobre A4.

Interpretação: Ocorreu uma violação de 24 segundos. A falta de B4 deverá ser desprezada, a menos que seja técnica, antidesportiva ou desqualificante.

Exemplo 4: A bola está no ar em consequência de um lançamento ao cesto efectuado por A4 quando soa o sinal dos 24 segundos. A bola não toca o aro, após o que é imediatamente assinalada uma bola presa, entre A5 e B5.

Interpretação: Ocorreu uma violação de 24 segundos. A equipa B não ganhou, imediata e claramente, a posse de bola.

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Enunciado 2 Se soa o sinal do aparelho dos 24 segundos numa situação em que, no julgamento dos árbitros, a equipa adversária irá obter clara e imediatamente o controlo da bola, o sinal deverá ser ignorado e o jogo deverá continuar.

Exemplo: Perto do final do período de 24 segundos, A5 não consegue receber o passe efectuado por A4 (ambos os jogadores estão na zona de ataque) e a bola rola para a zona de defesa da equipa A. Antes de B4 ganhar a posse da bola sem oposição até ao cesto adversário, soa o sinal do aparelho dos 24 segundos.

Interpretação: O sinal deve ser ignorado e o jogo deve continuar, se B4 obtém clara e imediatamente o controlo da bola.

Enunciado 3 Se à equipa que estava de posse de bola é concedida uma reposição de fora de campo por posse alternada, esta equipa tem apenas o tempo remanescente do período de 24 segundos, isto é, o que restava no momento em que ocorreu a situação de bola ao ar.

Exemplo 1: A equipa A tem a posse de bola, restando-lhe apenas 10 segundos do período de 24 segundos, quando ocorre uma bola presa. Uma reposição da bola de fora de campo por posse alternada é concedida à: a) Equipa A;b) Equipa B.

Interpretação: a) A equipa A deverá ter apenas os 10 segundos remanescentes do período 24

segundos;b) A equipa B deverá ter um novo período de 24 segundos.

Exemplo 2: A equipa A tem a posse de bola, restando-lhe apenas 10 segundos do período de 24 segundos, quando a bola sai por uma das linhas limite. Relativamente ao último jogador a tocar a bola antes desta sair do campo de jogo, os árbitros não estão de acordo se foi A4 ou B4. É assinalada uma situação de bola ao ar e a posse de bola alternada é concedida à: a) Equipa A;b) Equipa B.

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Interpretação: a) A equipa A deverá ter apenas os restantes 10 segundos do período de 24

segundos;b) A equipa B deverá ter um novo período de 24 segundos.

Enunciado 4 Se um árbitro interrompe o jogo em consequência de uma falta ou violação (não numa situação em que a bola saiu fora dos limites do campo) cometida pela equipa que não está em controlo da bola e se concede a reposição de fora de campo à mesma equipa que tinha previamente o controlo da bola na sua zona de ataque, o aparelho dos 24 segundos é reiniciado da seguinte forma:• Se o aparelho dos 24 segundos mostra 14 segundos ou mais no momento em que

o jogo é interrompido, o aparelho dos 24 segundos não deve ser reiniciado e a contagem continuará com o tempo que restava no momento da interrupção;

• Se o aparelho dos 24 segundos mostra 13 segundos ou menos no momento em que o jogo é interrompido, o aparelho dos 24 segundos deve ser recolocado nos 14 segundos.

Exemplo 1: B4 intercepta a bola para fora do terreno de jogo na zona de ataque da equipa A. O aparelho dos 24 segundos mostra 8 segundos.

Interpretação:A equipa A disporá apenas dos 8 segundos remanescentes no aparelho dos 24 segundos.

Exemplo 2:A4 encontra-se a driblar na sua zona de ataque quando sofre falta de B4. É a segunda falta da equipa B nesse período. O aparelho dos 24 segundos mostra 3 segundos.

Interpretação:A equipa A terá 14 segundos no aparelho dos 24 segundos.

Exemplo 3:A equipa A controla a bola na sua zona de ataque a faltarem 4 segundos no aparelho dos 24 segundos, quando:a) A4b) B4está lesionado e os árbitros interrompem o jogo.

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Interpretação:A equipa A terác) 4 segundosd) 14 segundosno aparelho dos 24 segundos.

Exemplo 4:A4 larga a bola num lançamento ao cesto. Enquanto a bola está no ar é assinalada uma falta dupla a A5 e a B5 quando faltam 6 segundos no aparelho dos 24 segundos. A bola não entra no cesto. A seta de posse alternada indica que a próxima posse de bola é para a equipa A.

Interpretação:A equipa A deverá ter 6 segundos no aparelho dos 24 segundos.

Exemplo 5:A4 está a driblar na zona de ataque, faltando 5 segundos no aparelho dos 24 segundos, quando é assinalada falta técnica a B4, seguida de falta técnica ao treinador da equipa A.

Interpretação:Após o cancelamento de penalidades iguais, o jogo reinicia-se com reposição de bola de fora de campo para a equipa A, com 5 segundos no aparelho dos 24 segundos.

Exemplo 6:Coma) 16 segundosb) 12 segundosno aparelho dos 24 segundos, B4 pontapeia ou soca deliberadamente a bola, na sua zona de defesa.

Interpretação:Violação da equipa B. Após a reposição de bola na zona de ataque, a equipa A terá a) 16 segundosb) 14 segundosno aparelho dos 24 segundos.

Exemplo 7:Durante uma reposição de bola efectuada por A2, B4, na sua zona de defesa, coloca os braços sobre a linha limite e intercepta o passe para A4 coma) 19 segundos

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b) 11 segundosno aparelho dos 24 segundos.

Interpretação:B4 cometeu violação. Após a reposição de bola na zona de ataque a equipa A teráa) 19 segundosb) 14 segundosno aparelho dos 24 segundos.

Exemplo 8:A4 encontra-se a driblar na sua zona de ataque, quando B4 comete uma falta antidesportiva sobre A4 a faltarem 6 segundos no aparelho dos 24 segundos.

Interpretação:Independentemente dos lances livres terem sido convertidos ou não, a equipa A deverá repor a bola no prolongamento da linha central oposta à mesa dos oficiais. A equipa A tem direito a um novo período de 24 segundos.A mesma interpretação é válida para o caso de falta técnica ou desqualificante.

Enunciado 5Se o árbitro interrompe o jogo por qualquer razão válida não relacionada com qualquer das equipas e, se no julgamento dos árbitros, os adversários são colocados em desvantagem, a contagem dos 24 segundos continuará do momento em que havia sido parada.

Exemplo 1:A faltarem 25 segundos para o final do jogo, com o resultado de A 72 – B 72, a equipa A tinha ganho o controlo da bola e driblava há 20 segundos, quando o jogo é interrompido pelos árbitros devido a:a) O cronómetro do jogo ou o aparelho dos 24 segundos deixam de funcionar;b) Uma garrafa é atirada para o terreno de jogo;c) O aparelho dos 24 segundos foi reiniciado por erro.

Interpretação:Em todas as situações, o jogo deve ser reiniciado por uma reposição de bola de fora de campo para a equipa A com 4 segundos no aparelho dos 24 segundos. A equipa B seria colocada em desvantagem se o jogo fosse reiniciado com uma nova contagem de 24 segundos.

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Exemplo 2:Após um lançamento de campo efectuado por A3, a bola ressalta do aro e é então controlada por A5. 9 segundos depois, o aparelho dos 24 segundos soa por erro. Os árbitros interrompem o jogo.

Interpretação:Colocar-se-ia em desvantagem a equipa A, em controlo da bola, se fosse assinalada violação de 24 segundos. Após consultar o comissário e o operador de 24 segundos, os árbitros recomeçam o jogo com uma reposição de bola de fora de campo para a equipa A, com 15 segundos no aparelho de 24 segundos.

Art. 30 Regresso da bola à zona de defesa

EnunciadoEnquanto se encontra no ar, o jogador mantém o mesmo estatuto relativamente ao solo, considerando-se o último apoio no solo antes de saltar. No entanto, quando um jogador no ar salta da sua zona de ataque e ganha o controlo da bola enquanto ainda está no ar é, dessa forma, o primeiro jogador da equipa a estabelecer a posse de bola.Se a inércia o leva a regressar ao solo na sua zona de defesa, é inevitável que também regresse com a bola à zona de defesa. Portanto, se um jogador no ar estabelece uma nova posse de bola, a posição desse jogador relativamente à zona de ataque/zona de defesa não será estabelecida até que o jogador regresse com ambos os pés ao solo.

Exemplo 1:A4, na sua zona de defesa, tenta um passe de contra-ataque para A5 que se encontra na zona de ataque. B3, na sua zona de ataque salta e agarra a bola enquanto se encontra ainda no ar, após o que B3 chega ao solo:a) Com ambos os pés na sua zona de defesa;b) Com um pé de cada lado da linha central;c) Com um pé de cada lado da linha central e depois dribla ou passa a bola para a

sua zona defesa.

Interpretação:Não ocorreu qualquer violação. Quando B3 estabeleceu o controlo de bola para a equipa B encontrava-se no ar e a sua posição relativa à zona de ataque/zona de defesa não foi determinada até que regressou com ambos os pés ao solo. Em todas as situações, B3 encontra-se legalmente na sua zona de defesa.

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Exemplo 2:Na bola ao ar entre A4 e B4 que inicia o primeiro período, a bola é legalmente tocada, quando o jogador A5, não saltador, salta da sua zona de ataque, ganha o controlo da bola enquanto se encontra no ar e chega ao solo:a) Com ambos os pés na zona de defesa da equipa A;b) Com um pé de cada lado da linha central;c) Com um pé de cada lado da linha central e depois dribla ou passa a bola para a

sua zona de defesa.

Interpretação:Não ocorreu violação. A equipa A estabeleceu o primeiro controlo de bola quando A5 ganhou a bola enquanto se encontrava no ar. Em todas as situações, A5 está legalmente na zona de defesa da equipa A.

Exemplo 3:A4 encontra-se a repor a bola na zona de ataque da equipa A e tenta passar a bola para A3. A3 salta da sua zona de defesa, ganha o controlo da bola no ar e regressa ao solo:a) Com ambos os pés na zona de defesa da equipa A;b) Com um pé de cada lado da linha central;c) Com um pé de cada lado da linha central e depois dribla ou passa a bola para a

sua zona de defesa.

Interpretação:Ocorreu violação da equipa A. A4 Já tinha sido estabelecido o controlo de bola da equipa A na zona de ataque antes de A3 ter ganho o controlo da bola, enquanto se encontrava no ar e ter regressado ao solo na sua zona de defesa. Em todas as situações, A3 provocou ilegalmente o regresso da bola à sua zona de defesa.

Exemplo 4:A4 encontra-se na sua zona de defesa e tenta passar a bola para A5 que está na sua zona de ataque. B4 salta da zona de ataque da equipa B, agarra a bola enquanto está no ar e antes de regressar ao solo na sua zona de defesa passa a bola para B5 que se encontra na sua zona de defesa.

Interpretação:Ocorreu violação da equipa B por fazer regressar ilegalmente a bola à zona de defesa, ao passar a bola a B5 antes de regressar ao solo.

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Art. 31 Interferência no lançamento e intervenção sobre a bola

Enunciado 1Quando a bola está acima do aro, num lançamento ao cesto ou na execução de um lance livre, é intervenção sobre a bola se um jogador introduz a mão através do cesto, por debaixo, e toca a bola. Exemplo: No último ou único lance livre executado por A4,a) Antes de a bola ter tocado o aro,b) Depois de a bola ter tocado o aro e ainda tem possibilidade de entrar no cesto,B4 introduz a mão através do cesto, por debaixo, e toca a bola.

Interpretação: Ocorreu uma violação de B4, por ter tocado ilegalmente a bola.a) É averbado 1 ponto a A4 e assinalada uma falta técnica a B4;b) É averbado 1 ponto a A4 mas não deve ser assinalada falta técnica a B4.

Enunciado 2Quando a bola está acima do aro durante um passe ou após ter tocado o aro, é violação por intervenção ilegal sobre a bola se um jogador introduz a mão através do cesto, por debaixo, e toca a bola.

Exemplo:A bola está acima do aro em consequência de um passe, quando B4 introduz a mão através do cesto, por debaixo, e toca a bola.

Interpretação: Ocorreu uma violação de B4 por intervenção ilegal sobre a bola. São averbados 2 ou 3 pontos à equipa A.

Enunciado 3 A seguir ao último ou único lance livre e após a bola ter tocado o aro, a tentativa de lance livre muda de estatuto e transforma-se num lançamento de dois pontos se a bola é legalmente tocada por qualquer jogador antes de entrar no cesto.

Exemplo: O último ou único lance livre executado por A4 toca o aro e ressalta acima deste. B4 tenta afastar a bola, mas esta entra no cesto.

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Interpretação: A bola foi legalmente tocada. A tentativa de lance livre mudou de estatuto e deverão ser averbados 2 pontos à equipa A.

Enunciado 4 Se, durante um lançamento ao cesto, um jogador toca a bola enquanto esta se encontra no seu percurso ascendente, todas as restrições relacionadas com a interferência no lançamento e intervenção sobre a bola deverão ser aplicadas.

Exemplo: Durante um lançamento ao cesto, a bola está no ar quando é tocada no seu percurso ascendente por B5 (ou A5). No seu percurso descendente para o cesto, a bola é tocada por: a) A3;b) B3.

Interpretação: O contacto de A5 ou B5 com a bola no seu percurso ascendente é legal e não muda o estatuto do lançamento ao cesto. No entanto, o subsequente contacto com a bola no seu percurso descendente, por A3 ou B3, é uma violação. a) A bola é concedida à equipa B para reposição de fora de campo, no prolongamento

da linha de lance livre;b) São averbados 2 ou 3 pontos à equipa A.

Enunciado 5 Num lançamento ao cesto, considera-se intervenção ilegal sobre a bola se um jogador faz vibrar a tabela ou o aro, de tal forma que, no entender do árbitro, a bola tenha sido impedida de entrar no cesto ou que provocou que a mesma entrasse no cesto.

Exemplo: Perto do final do jogo, A4 efectua um lançamento ao cesto de 3 pontos. Enquanto a bola está no ar, soa o sinal do cronómetro para fim do tempo de jogo. Após o sinal, B4 faz vibrar o aro ou a tabela, de forma que, no entender do árbitro, a bola foi impedida de entrar no cesto.

Interpretação: Mesmo após o sinal do cronómetro de jogo ter soado para o fim do jogo, a bola permanece viva e, portanto, ocorreu uma violação por intervenção ilegal sobre a bola. São averbados três pontos à equipa A.

Enunciado 6

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Durante um lançamento ao cesto, é cometida violação por intervenção ilegal sobre a bola, por parte de um defensor ou de um atacante, quando o jogador toca o cesto ou a tabela enquanto a bola está em contacto com o aro e ainda tem possibilidades de entrar no cesto.

Exemplo: Após um lançamento ao cesto de A4, a bola ressalta no aro e permanece, de seguida, em contacto com este. A bola ainda se encontrava em contacto com o aro quando B4 toca o cesto ou a tabela.

Interpretação: Ocorreu uma violação de B4. As restrições à intervenção sobre a bola aplicam-se até que existam possibilidades da mesma entrar no cesto.

Art. 33 Contactos: Princípios Gerais

33.10 Áreas do semi-círculo de não carga

Enunciado O propósito da regra do semi-círculo de não carga é o de não premiar um jogador defensor que tenha adoptado uma posição debaixo do seu próprio cesto, com o objectivo de conseguir uma falta por carga de um jogador atacante que, com o controlo da bola, penetra para o cesto.Para que a regra do semi-círculo de não carga seja aplicada:a) O jogador defensor deve ter ambos os pés dentro da área do semi-círculo (ver

esquema 1). A linha do semi-círculo não faz parte da área do mesmo;b) O jogador atacante deve penetrar para o cesto através da linha do semi-círculo e

lançar ao cesto ou passar, enquanto se encontra no ar.A regra do semi-círculo de não carga não se aplica e qualquer contacto deve ser julgado de acordo com as regras normais (por ex. princípio do cilindro, princípio de carga/obstrução):a) Em todas as situações de jogo que ocorram fora da área do semi-círculo de não

carga e também as que se desenvolvam pelo espaço compreendido entre a área de semi-círculo e a linha final;

b) Em todas as situações de ressalto quando, depois de um lançamento de campo, a bola ressalta e ocorre uma situação de contacto;

c) Em qualquer uso ilegal de mãos, braços, pernas ou corpo, tanto do atacante como do defensor.

Exemplo 1:

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A4, iniciando o movimento fora da área do semi-círculo, lança ao cesto em suspensão, carregando o jogador B4 que está dentro da área do semi-círculo.

Interpretação: Acção legal de A4, uma vez que se aplica a regra do semi-círculo de não carga.

Exemplo 2: A4 dribla ao longo da linha final e, após ter chegado à zona que se encontra por detrás da tabela, salta na diagonal ou para trás e carrega B4 que tem estabelecida uma posição legal de defesa dentro da área do semi-círculo.

Interpretação: Falta de A4 por carga. A regra do semi-círculo de não carga não se aplica, em virtude de A4 ter entrado nesta área pela parte do terreno de jogo directamente atrás da tabela e pelo prolongamento imaginário dessa linha (ver esquema 1).

Exemplo 3: O lançamento de campo efectuado por A4 toca no aro e ocorre uma situação de ressalto. A5 salta, agarra a bola e depois carrega B4 que se encontra em posição legal de defesa dentro da área do semi-círculo.

Interpretação: Falta de A5 por carga. Não se aplica a regra do semi-círculo de não carga.

Exemplo 4: A4 penetra em direcção ao cesto e está em acto de lançamento. Em vez de finalizar o lançamento ao cesto passa a bola a A5, que o segue directamente atrás. A4 carrega então B4 que está dentro da área do semi-círculo de não carga. Ao mesmo tempo, A5, com a bola nas suas mãos, encontra-se em caminho directo para o cesto com o intuito de encestar.

Interpretação: Falta de A4 por carga. Não se aplica a regra do semi-círculo de não carga, uma vez que A4 usa ilegalmente o seu corpo para abrir caminho livre a A5 para o cesto.

Exemplo 5: A4 penetra em direcção ao cesto e está em acto de lançamento. Em vez de finalizar o lançamento ao cesto passa a bola a A5, que se encontra no canto do terreno de jogo. A4 carrega então B4 que está dentro da área do semi-círculo de não carga.

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Interpretação: Acção legal de A4. É aplicada a regra do semi-círculo de não carga.

Esquema 1 – Posição se um jogador dentro/fora da área de semi-círculo de não carga

Art. 35 Falta dupla

Enunciado Sempre que existam decisões contraditórias dos árbitros ou as infracções às regras ocorram aproximadamente ao mesmo tempo e uma das penalidades é anular um cesto covertido, essa penalidade prevalece e nenhuns pontos devem ser averbados.

Exemplo: Em acto de lançamento ao cesto, há contacto físico entre o lançador A4 e B4. A bola entra no cesto. O árbitro avançado assinalou falta atacante a A4 e, por isso, o cesto não deveria contar. O árbitro recuado assinalou falta defensiva a B4 e, por isso, o cesto deveria contar.

Interpretação: É uma falta dupla e o cesto não conta. O jogo vai prosseguir com uma reposição de bola pela equipa A, no prolongamento da linha de lance livre. A equipa só tem direito ao tempo remanescente no aparelho dos 24 segundos, no momento em que a falta dupla ocorreu.

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Art. 36 Falta Antidesportiva

Enunciado 1Durante os 2 últimos minutos do quarto período e os 2 últimos minutos de qualquer período suplementar, a bola está fora de campo para uma reposição e ainda se encontra nas mãos do árbitro ou já está à disposição do jogador que vai repor a bola. Se, nesse momento, um jogador defensor dentro de campo provoca contacto com um adversário, também em campo, e uma falta é assinalada, então é antidesportiva.

Exemplo 1:Quando faltam 53” para o final do jogo, A4 tem a bola nas suas mãos ou está à sua disposição para uma reposição de bola fora, quando B5 provoca contacto dentro do campo de jogo e é assinalada falta a B5.

Interpretação:Porque B5 não está obviamente a fazer qualquer esforço para jogar a bola e ganhou uma vantagem ao não permitir o reinício da contagem do tempo de jogo, tem que ser marcada uma falta antidesportiva sem qualquer aviso prévio.

Exemplo 2:Quando faltam 53” para o final do jogo, a bola está nas mãos de A4 ou está à sua disposição, numa reposição de bola de fora de campo, quando A5 provoca contacto com B5 dentro de campo e é assinalada falta a A5.

Interpretação:A5 não ganhou uma vantagem por ter cometido falta. Deve ser assinalada uma falta pessoal normal a A5, a não ser que a falta cometida seja dura e deva ser sancionada como falta antidesportiva. É concedida a bola à equipa B, para uma reposição de bola de fora de campo, no local mais próximo de onde ocorreu a infracção.

Enunciado 2No(s) último(s) minuto(s) de um jogo equilibrado, após a bola ter saído da mão do jogador que a repõe, um jogador defensor, para parar ou para impedir que o cronómetro de jogo arranque, provoca um contacto com um atacante que está prestes a receber ou acabou de receber a bola dentro de campo. Este tipo de contacto deve ser assinalado imediatamente como falta pessoal, a não ser que haja um contacto duro que deva ser sancionado como falta antidesportiva ou desqualificante.O princípio da vantagem/desvantagem não deverá ser aplicado.

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Exemplo 1:

No último minuto do jogo e com o resultado de A 83 – B 80, a bola saíu das mãos do jogador A4, que se encontra a efectuar a reposição de bola fora, quando B5 provoca um contacto, dentro de campo, sobre o jogador A5 que está prestes a receber a bola. A falta é assinalada a B5.

Interpretação:Deve ser assinalada, imediatamente, falta pessoal a B5, a não ser que no julgamento dos árbitros a severidade da falta justifique que seja assinalada uma falta antidesportiva ou desqualificante.

Exemplo 2:No último minuto do jogo e com o resultado de A 83 – B 80, a bola saíu das mãos do jogador A4, que se encontra a efectuar a reposição de bola fora, quando A5 provoca um contacto, dentro de campo, sobre o jogador B5. A falta é assinalada a A5.

Interpretação:A5 não ganhou uma vantagem por ter cometido falta. Deve ser assinalada uma falta pessoal a A5, imediatamente, a A5 a não ser que a falta cometida seja dura. É concedida a bola à equipa B, para uma reposição de bola de fora de campo no local mais próximo de onde ocorreu a infracção.

Exemplo 3:

No último minuto do jogo e com o resultado de A 83 – B 80, a bola já saíu das mãos do jogador A4, que se encontra a realizar a reposição de bola fora, quando, numa área do terreno de jogo diferente de onde se administra a reposição, B5 provoca um contacto sobre A5. A falta é assinalada a B5.

Interpretação:Obviamente, B5 não realizou nenhum esforço para jogar a bola e obteve uma vantagem ao não permitir que o cronómetro de jogo fosse reiníciado. Tem que ser assinalada uma falta antidesportiva sem qualquer aviso prévio.

Art. 38 Falta Técnica

Enunciado 1É dada uma advertência oficial a um jogador por uma acção ou um comportamento que, se repetido, pode determinar uma falta técnica. Essa advertência também deve ser comunicada ao treinador da equipa e é aplicável a todos os elementos dessa

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equipa, relativamente a acções semelhantes e para o resto do jogo. Uma advertência oficial só deve ser efectuada quando o cronómetro de jogo estiver parado e a bola morta.

Exemplo: Um elemento da equipa A é advertido por: a) Interferir com a reposição da bola de fora de campo;b) Comportamento antidesportivo;c) Qualquer outra acção que, se repetida, pode determinar uma falta técnica.

Interpretação: A advertência também deve ser comunicada ao treinador da equipa A e aplicável a todos os elementos da equipa, relativamente a acções semelhantes e para o resto do jogo. Enunciado 2 Se, durante um intervalo de jogo, é cometida falta técnica por um elemento de uma equipa que está autorizado a jogar e que foi indicado como jogador-treinador, a falta técnica deve contar como falta de jogador e para a situação de penalidade de faltas de equipa no período seguinte.

Exemplo: A4 é o jogador-treinador da equipa A, sendo-lhe assinalada uma falta técnica por: a) Se ter pendurado no aro durante o aquecimento realizado antes do jogo ou

durante o intervalo entre os dois meios-tempos;b) O seu comportamento durante um intervalo do jogo.

Interpretação: Em ambas as situações, deve ser assinalada uma falta técnica a A4 como jogador. A falta deve contar como uma das que conduzirão a uma situação de penalidade de equipa no período seguinte, assim como uma das cinco faltas que poderão levar A4 a ter de deixar o jogo.

Enunciado 3 Enquanto um jogador se encontra em acto de lançamento ao cesto, não é permitido aos adversários desconcentrar aquele jogador com certas acções, tais como movimentar as mãos para obstruir o campo de visão do lançador, gritar, bater fortemente com os pés ou bater palmas junto do lançador. De tudo isto pode resultar uma falta técnica, se o lançador fica em desvantagem pela acção, ou a uma advertência se o lançador não é colocado em desvantagem.

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Exemplo: A4 encontra-se em acto de lançamento ao cesto quando B4 tenta distraí-lo, gritando ou batendo fortemente com os pés no solo. O lançamento ao cesto foi: a) Convertido;b) Falhado.

Interpretação: a) Deve ser efectuada uma advertência a B4 e comunicada ao treinador da equipa B.

Esta advertência deve aplicar-se a todos os outros jogadores da equipa B, para um comportamento semelhante e durante o resto do jogo.

b) Deve ser assinalada a B4 uma falta técnica.

Enunciado 4 Se um jogador reentra no jogo após ter cometido a sua 5ª falta e depois de ter sido avisado que já não tem direito a jogar, a participação ilegal no jogo deve ser imediatamente penalizada, assim que for descoberta, mas sem colocar os adversários em desvantagem.

Exemplo: Após cometer a sua 5ª falta, B4 é avisado que já não tem direito a participar no jogo. Mais tarde, B4 reentra no mesmo como substituto. A sua participação ilegal é descoberta: a) Antes que a bola fique viva para o reinício do jogo;b) Após a bola estar outra vez viva e enquanto está na posse da equipa A; c) Após a bola estar outra vez viva e enquanto está na posse da equipa B; d) Após a bola estar outra vez morta, a seguir a B4 ter entrado no jogo.

Interpretação: a) B4 deve ser imediatamente retirado do jogo. Uma falta técnica (registada com ‘B’)

deve ser assinalada ao treinador da equipa B;b) O jogo deve ser imediatamente parado, a não ser que a equipa A seja colocada em

desvantagem. B4 será retirado do jogo e uma falta técnica (registada com ’B’) deve ser assinalada ao treinador da equipa B;

c) e d) O jogo deve ser imediatamente parado. B4 será retirado do jogo e uma falta técnica (registada com ‘B’) deve ser assinalada ao treinador da equipa B.

Enunciado 5 Se, após ter sido avisado que já não tem direito a participar no jogo por ter cometido a sua 5ª falta, um jogador reentra no jogo e obtém um cesto de campo, comete uma falta ou sofre uma falta de um adversário antes que a sua participação ilegal seja

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descoberta, o cesto de campo deve contar e a falta deve ser considerada como uma falta de jogador.

Exemplo: Após ter cometido a sua 5ª falta e de ter sido avisado que não tem direito a participar no jogo, B4 reentra como substituto. A participação ilegal de B4 é descoberta após: a) B4 obter um cesto de campo; b) B4 cometer uma falta; c) B4 sofrer falta de A4 (5ª falta de equipa).

Interpretação: a) O cesto de campo de B4 deve contar. b) A falta cometida por B4 deve ser considerada como falta de jogador. c) Os dois lances livres a que B4 tem direito devem ser concedidos ao seu substituto. Em todas as situações, uma falta técnica deve ser assinalada ao treinador da equipa B (registada com ‘B’).

Enunciado 6 Se um jogador permanece ou reentra no jogo após ter cometido a sua 5ª falta e não foi avisado que já não tinha direito a participar no jogo, este jogador deve ser retirado do mesmo tão depressa quanto o erro for descoberto, sem colocar os adversários em desvantagem. Nenhuma penalidade deve ser aplicada ao jogador que participou ilegalmente no jogo. Se esse jogador obtém um cesto de campo, comete uma falta ou sofre uma falta de um adversário, o cesto deve contar e as faltas devem ser consideradas como faltas de jogadores.

Exemplo 1: A10 solicita substituição de A4. A bola morta seguinte resulta de uma falta de A4 e A10 entra no jogo. Os oficiais de mesa não avisam A4 de que cometeu a sua 5ª falta. Mais tarde, A4 reentra no jogo como substituto. A participação ilegal de A4 é constatada: a) Após o arranque do cronómetro de jogo e enquanto A4 está a jogar;b) Após A4 obter um cesto de campo; c) Após falta de A4 sobre B4; d) Após falta de B4 sobre A4, durante um lançamento ao cesto falhado.

Interpretação: a) Sem que se coloque a equipa B em desvantagem, o jogo deve ser parado e A4

retirado imediatamente do mesmo, entrando para o seu lugar um substituto. Nenhuma penalidade deve ser assinalada devido à participação ilegal de A4;

b) O cesto obtido por A4 deve contar;

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c) A falta cometida por A4 deve ser considerada como uma falta de jogador e penalizada como tal.

d) A falta cometida por B4 deve ser considerada como uma falta sobre um jogador. Devem ser concedidos dois 2 ou 3 lances livres ao substituto de A4.

Exemplo 2: Dez minutos antes do início do jogo, é assinalada falta técnica a A4. Antes do início do jogo, o treinador da equipa B designa B4 como executante dos 2 lances livres, no entanto, B4 não faz parte do cinco inicial da equipa B.

Interpretação: Um dos jogadores da equipa B indicado para o cinco inicial tem de executar os lances livres. Substituição não pode ser concedida antes do tempo de jogo se ter iniciado.

Enunciado 7Quando um jogador cai ao solo fingindo que sofreu uma falta, para criar uma vantagem injusta ao ser assinalada uma falta ao adversário ou para criar uma atmosfera antidesportiva entre os espectadores contra os árbitros, este tipo de comportamento tem que ser considerado antidesportivo.

Exemplo:A4 está em penetração para o cesto quando o jogador defensor B4 cai para trás no solo, sem ter existido contacto entre ambos os jogadores ou após um contacto ligeiro que definitivamente não causou o movimento teatral de B4. Um aviso por este tipo de acção já tinha sido comunicado aos jogadores da equipa B através do seu treinador.

Interpretação:Este tipo de comportamento é obviamente antidesportivo e envenena o normal desenrolar do jogo. Deve ser assinalada uma falta técnica a B4.

Enunciado 8Podem resultar lesões sérias por excessivo abanar de cotovelos, especialmente na actividade de ressalto e em situações de jogadores estreitamente marcados. Se neste tipo de acção existe contacto, então uma falta pessoal ou antidesportiva pode ser assinalada. Se a acção não resulta em contacto, pode ser assinalada uma falta técnica.

Exemplo:A4 ganha o controlo da bola no ressalto e regressa ao solo. A4 é, de imediato, estreitamente defendido por B4. Sem contactar B4, A4 movimenta excessivamente os

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cotovelos numa tentativa de intimidar B4 ou para criar o espaço suficiente para rodar, passar ou driblar.

Interpretação:A acção de A4 não está de acordo com o espírito e a intenção das regras. Pode ser marcada uma falta técnica a A4.

Art. 39 Violência

Enunciado Se a uma equipa é concedida a reposição da bola de fora de campo porque estava de posse da mesma no momento em que se desencadeia ou ameaça desencadear-se uma situação de violência, essa equipa, quando o jogo se reiniciar, deve ter apenas o tempo remanescente do período de 24 segundos.

Exemplo: A equipa A tem a posse de bola há vinte 20 segundos, quando ocorre uma situação que pode conduzir a uma acção de violência. Os árbitros desqualificam membros das duas equipas, por terem abandonado os limites das áreas dos bancos de equipa.

Interpretação: À equipa A, que tinha a posse de bola antes da situação de violência, deve-lhe ser concedida reposição da bola de fora do campo, no prolongamento da linha central oposta à mesa dos oficiais, faltando apenas os remanescentes 4 segundos do período de 24 segundos.

Art. 42 Situações especiais

Enunciado 1 Nas situações especiais em que existe um número de penalidades para serem administradas no mesmo período de cronómetro parado, os árbitros devem prestar particular atenção à ordem pela qual a violação ou as faltas ocorreram, determinando quais as penalidades que serão administradas e as que serão canceladas.

Exemplo 1: A4 efectua um lançamento ao cesto em suspensão. Enquanto a bola está no ar, soa o sinal do aparelho dos 24 segundos. Após o sinal, mas com A4 ainda no ar, B4 comete uma falta antidesportiva sobre A4 e: a) A bola falha o aro.

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b) A bola só toca o aro mas não entra no cesto. c) A bola entra no cesto.

Interpretação: Em todas as situações a falta antidesportiva de B4 não pode ser ignorada. a) A4 sofreu falta de B4 enquanto estava em acto de lançamento. A violação 24

segundos cometida pela equipa A deve ser ignorada uma vez que ocorreu depois da falta antidesportiva. São concedidos 2 ou 3 lances livres a A4, seguidos de reposição de bola de fora de campo para a equipa A, no prolongamento da linha central oposta à mesa dos oficiais.

b) Não ocorreu violação de 24 segundos. Devem ser concedidos a A4 2 ou 3 lances livres, seguidos de reposição de bola de fora de campo para a equipa A, no prolongamento da linha central oposta à mesa dos oficiais.

c) Devem ser averbados a A4 2 ou três 3 pontos, seguidos de 1 lance livre adicional, a ser executado por A4. De seguida, é concedida à equipa A a reposição da bola de fora do campo, no prolongamento da linha central oposta à mesa dos oficiais.

Exemplo 2: A4 efectua um lançamento ao cesto em suspensão e sofre falta de B3. De seguida e enquanto A4 está ainda em acto de lançamento, sofre falta de B4.

Interpretação: A falta de B4 deve ser ignorada, a não ser que a mesma seja antidesportiva ou desqualificante.

Enunciado 2 Se é cometida uma falta dupla ou se são cometidas faltas com penalidades iguais durante a actividade de lances livres, as faltas devem ser averbadas, mas as penalidades não devem ser administradas.

Exemplo 1: A A4 são concedidos 2 lances livres. Após o primeiro lance livre:a) É cometida uma falta dupla por A5 e B5;b) São cometidas faltas técnicas por A5 e B5.

Interpretação: As faltas devem ser averbadas a A5 e B5, após o que A4 deverá executar o segundo lance livre e o jogo deve prosseguir, normalmente, como após qualquer último ou único lance livre.

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Exemplo 2: A A4 são concedidos 2 lances livres. Os 2 lances livres são concretizados. Antes da bola ficar viva depois do último lance livre: a) A5 e B5 cometem falta dupla;b) A5 e B5 cometem faltas técnicas.

Interpretação: Em ambas as situações, as faltas deverão ser averbadas aos respectivos jogadores, após o que o jogo deve ser reiniciado com reposição da bola de fora de campo pela linha final, como após qualquer último ou único lance livre concretizado.

Enunciado 3 No caso de falta dupla e após o cancelamento de penalidades iguais para ambas as equipas, se não restam outras penalidades para ser admnistradas, o jogo reinicia-se com reposição da bola de fora de campo pela equipa que tinha a sua posse ou o direito a ela antes da primeira infracção.Se nenhuma equipa tinha a posse de bola ou o direito a ela antes da primeira infracção, é uma situação de bola ao ar. O jogo reinicia-se com a reposição da bola de fora de campo resultante de posse alternada.

Exemplo: Durante o intervalo de jogo entre o primeiro e o segundo período, os jogadores A5 e B5 são desqualificados ou são assinaladas faltas técnicas ao treinador da equipa A e ao treinador da equipa B. A seta de posse de bola alternada aponta em direcção à: a) Equipa A;b) Equipa B.

Interpretação: a) O jogo reinicia-se com a reposição da bola de fora de campo, no prolongamento da

linha central oposta à mesa dos oficiais, pela equipa A. No momento em que a bola toca ou é legalmente tocada por um jogador no campo de jogo, a seta rodará em direcção à equipa B;

b) Deve ser seguido o mesmo procedimento, mas reiniciando-se o jogo com reposição da bola de fora de campo pela equipa B.

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Art. 44 Erros corrigíveis

Enunciado 1Para ser corrigível, um erro tem de ser reconhecido pelos árbitros, oficiais de mesa ou comissário, se presente, antes que a bola fique viva a seguir à primeira bola morta que ocorrer depois do cronómetro ter andado a seguir ao erro. Isto é:

Ocorre o erro - Todos os erros ocorrem durante bola morta

Bola viva - O erro é corrigívelO cronómetro de jogo começa ou continua a andar

- O erro é corrigível

Bola morta - O erro é corrigívelBola viva - O erro já não é corrigível

Após a correcção do erro, o jogo deve recomeçar e a bola deve ser concedida à equipa que tinha direito a ela no momento em que o jogo foi interrompido para a correcção.

Exemplo: B4 faz falta sobre A4, sendo a segunda falta de equipa. O árbitro comete um erro, concedendo a A4 a execução de 2 lances livres. Após o último lance livre, que foi convertido, o jogo reinicia-se e o cronómetro de jogo anda. B5 recebe a bola, dribla e encesta. O erro é descoberto: a) Antesb) Após da bola estar à disposição de um jogador da equipa A para a reposição de fora de campo, pela linha final.

Interpretação: O cesto de B5 conta. Na situação a), todos os lances livres executados são anulados. O erro ainda é corrigível e à equipa A é concedida a bola, para reposição de fora de campo pela linha final, onde o jogo foi interrompido para correcção do erro. Na situação b), o erro já não é corrigível e por isso o jogo prossegue.

Enunciado 2 Se o erro consiste no facto de um jogador errado ter executado o(s) lance(s) livre(s), este(s), em consequência do erro, será(ão) anulado(s) e a bola deverá ser concedida aos adversários, para reposição de fora de campo no prolongamento da linha de lance

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livre. Se o jogo já se tinha iniciado, é concedida uma reposição de fora de campo à equipa adversária no local mais próximo onde foi interrompido, a menos que haja penalidades de outras infracções a serem admnistradas. Se os árbitros reparam que o jogador errado tem a intenção de executar o(s) lance(s) livre(s), antes de a bola sair das mãos do executante para o primeiro ou único lance livre, o jogador deve ser imediatamente substituído pelo executante correcto dos lances livres, sem qualquer penalização.

Exemplo 1: B4 faz falta sobre A4 e é a 6ª falta de equipa. A A4 é concedida a execução de 2 lances livres. Em vez de A4, é A5 quem executa os lances livres e os 2 são concretizados. O erro é descoberto: a) Antes de a bola sair das mãos de A5 para a execução do primeiro lance livre;b) Após a bola ter saído das mãos de A5 para o primeiro lance livre;c) Após a conversão do segundo lance livre.

Interpretação: Na situação a), o erro é imediatamente corrigido, sendo solicitado a A4 que execute os 2 lances livres, sem que seja aplicada qualquer penalidade à equipa A; Nas situações b) e c), os 2 lances livres são anulados e o jogo reinicia-se com reposição da bola de fora de campo, para a equipa B, no prolongamento da linha de lance livre.É aplicado o mesmo procedimento se a falta de B4 é antidesportiva. Neste caso, cancela-se também o direito à posse de bola como parte da penalidade e o jogo reinicia-se com reposição de bola pelo prolongamento da linha central, pela equipa B.

Exemplo 2: B4 comete falta sobre A4, que se encontra em acto de lançamento, seguida de uma falta técnica ao treinador da equipa B. Em lugar de A4 é A5 quem executa todos os 4 lances livres. O erro é descoberto antes de a bola sair das mãos do jogador da equipa A para a reposição de bola de fora de campo como parte da penalidade da falta técnica.

Interpretação: São cancelados os 2 lances livres de A5 que deveriam ter sido executados por A4 e o jogo é reiniciado com reposição de bola de fora de campo no prolongamento da linha central oposta à mesa dos oficiais, pela equipa A.

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Enunciado 3 Quando um erro é corrigido, o jogo deve recomeçar no ponto onde foi interrompido para a correcção do erro, a não ser que a correcção envolva a concessão de lance(s) livre(s) a que havia direito e: a) Se não houve troca de posse de bola desde que o erro foi cometido, o jogo deve

ser reiniciado como após qualquer(quaisquer) normal(ais) lance(s) livre(s); b) Se não houve troca de posse de bola desde que o erro foi cometido e a mesma

equipa obtém um cesto de campo, o erro deverá ser desprezado e o jogo será reiniciado como após qualquer normal cesto de campo.

Exemplo 1: B4 faz falta sobre A4, sendo a 5ª falta da equipa B. Erradamente, é concedida a A4 a reposição da bola de fora de campo em vez da execução de 2 lances livres. A5 dribla a bola dentro de campo, quando B5 toca a bola, saindo esta por uma das linhas limite. O treinador da equipa A solicita um desconto de tempo e, no decorrer deste, os árbitros reconhecem o erro ou são chamados à atenção para o facto de que deveriam ter sido concedidos a A4 2 lances livres.

Interpretação: Deverão ser concedidos a A4 2 lances livres e o jogo reiniciar-se-á como após qualquer(quaisquer) normal(ais) lance(s) livre(s).

Exemplo 2: B4 faz falta sobre A4, sendo a 5ª falta da equipa B. Erradamente, é concedida a A4 a reposição da bola de fora de campo em vez da execução de 2 lances livres. Após a reposição da bola de fora de campo, A5 efectua uma tentativa de lançamento ao cesto, não convertida, sofrendo falta de B4, sendo-lhe atribuída a execução de 2 lances livres. No decorrer do período de cronómetro parado, os árbitros reconhecem o erro ou são chamados à atenção para o facto de que deveriam ser concedidos a A4 2 lances livres.

Interpretação: Deverão ser concedidos a A4 2 lances livres, sem que os jogadores alinhem para o ressalto. Em seguida, A5 executa 2 lances livres e o jogo reiniciar-se-á como após qualquer(quaisquer) normal(ais) lance(s) livre(s).

Exemplo 3: B4 faz falta sobre A4, sendo a 5ª falta da equipa B. Erradamente, é concedida a A4 a reposição da bola de fora de campo em vez da execução de 2 lances livres. Após a reposição da bola de fora de campo, A5 efectua um lançamento ao cesto e obtém 2/3 pontos. Antes de a bola ficar novamente viva, os árbitros reconhecem o erro.

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Interpretação: O erro é desprezado e o jogo deverá prosseguir como após a obtenção de um cesto de campo normal (contam os 2/3 pontos).

Art. 46 Árbitro: Deveres e poderes

Enunciado 1 O árbitro principal está autorizado a identificar situações em que o uso de equipamento técnico é apropriado ou, a solicitação de um treinador, para verificar se um último lançamento ao cesto, realizado no final de um período, foi efectuado durante o tempo de jogo e/ou se o referido lançamento vale 2 ou 3 pontos. É o árbitro principal o único que decide quando tal equipamento deve ser ou não usado. Em caso de verificação do replay, esta deverá ser conduzida pelos árbitros, comissário, se presente, e pelo cronometrista. É o árbitro principal que tomará a decisão final. A solicitação para utilização do equipamento de verificação, tem de ser feita antes do início do próximo período ou antes do árbitro assinar o boletim de jogo.

Exemplo 1: A4 converte um lançamento ao cesto quando o soa o sinal para o fim de período ou do jogo. O treinador da equipa B expressa a opinião de que no último lançamento ao cesto a bola foi lançada por A4 após ter expirado o tempo de jogo, solicitando, por isso, a utilização do equipamento de verificação.

a) Os árbitros estão absolutamente seguros da sua decisão;b) Os árbitros têm algumas dúvidas ou estão em desacordo se o lançamento foi

efectuado antes de ter soado o sinal para o fim do período ou do jogo.

Interpretação: a) O árbitro principal recusa a solicitação do treinador da equipa B; b) O árbitro principal aceita a solicitação do treinador da equipa B. A verificação é feita na presença dos árbitros, comissário, se presente, e cronometrista. Se a verificação fornece uma clara e conclusiva evidência visual de que a bola foi lançada após ter expirado o tempo do período ou do jogo, o cesto é anulado. Se a verificação apura que a bola foi lançada antes de ter expirado o tempo do período ou do jogo, o árbitro confirma os 2 ou 3 pontos para a equipa A.

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Exemplo 2: A equipa A tem a vantagem de 2 pontos. O sinal soa para o final de período ou do jogo, quando uma falta pessoal é assinalada a A4 e 2 lances livres são concedidos a B4. Os 2 lances livres são concretizados, pelo que o resultado está empatado. Antes do início do próximo período ou período suplementar, o treinador da equipa A solicita a utilização do equipamento de verificação. Interpretação: O equipamento técnico somente pode ser utilizado para apurar se o último lançamento foi efectuado (não a falta assinalada) antes ou após o final do tempo de jogo de um período. A solicitação do treinador da equipa A deve ser recusada.

Exemplo 3: A equipa A tem a vantagem de 2 pontos. O sinal soa para o final de período ou do jogo, quando B4 efectua um lançamento ao cesto em que a bola entra, mas só são averbados pelos árbitros 2 e não 3 pontos. Antes do início do próximo período ou período suplementar ou antes do árbitro assinar o boletim de jogo, o treinador da equipa B solicita o uso do equipamento de verificação.

Interpretação: O equipamento técnico pode ser utilizado para apurar se o último lançamento foi efectuado antes ou após o final do tempo de jogo do período e/ou se tal lançamento vale 2 ou 3 pontos. A solicitação do treinador da equipa B deve ser aceite.

Enunciado 2 Antes do jogo, o árbitro aprova o equipamento técnico e informa os dois treinadores sobre a sua existência. Somente o equipamento técnico aprovado pelo árbitro pode ser utilizado na verificação.

Exemplo: A4 efectua um lançamento ao cesto quando soa o sinal para fim de período ou do jogo. A bola entra no cesto. O treinador da equipa B solicita a verificação porque, em sua opinião, o lançamento foi efectuado após o tempo de jogo ter expirado. Não existe equipamento técnico aprovado no campo de jogo, mas o dirigente da equipa B alega que o jogo foi filmado pela equipa de vídeo, numa posição elevada e está disponível para os árbitros efectuarem a verificação.

Interpretação: A solicitação do treinador da equipa B deve ser recusada.

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Art. 50 Operador de Vinte e Quatro Segundos: Deveres

Enunciado O aparelho dos 24 segundos deve ser apagado depois de a bola ficar morta e o cronómetro de jogo ser parado quando faltam menos de 24 segundos ou 14 segundos para o final de qualquer período.

Exemplo 1:Com 18 segundos no cronómetro de jogo e 3 segundos no aparelho dos 24 segundos, o jogador B1, na sua zona de defesa, deliberadamente joga a bola com o pé.

Interpretação: O jogo é reiniciado com uma reposição de bola de fora de campo para a equipa A, na sua zona de ataque, com 18 segundos no cronómetro de jogo e 14 segundos no aparelho dos 24 segundos.

Exemplo 2:Com 7 segundos no cronómetro de jogo e 3 segundos no aparelho dos 24 segundos, o jogador B1, na sua zona de defesa, deliberadamente joga a bola com o pé.

Interpretação: O jogo é reiniciado com uma reposição de bola de fora de campo para a equipa A, na sua zona de ataque, com 7 segundos no cronómetro de jogo e o aparelho dos 24 segundos deve ser apagado.

Agosto de 2010

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