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Decreto n.º 32 946, de 3 de Agosto de 1943 - Revogado Regulamento da Direcção-Geral da Educação Física, Desportos e Saúde Escolar(DGEFDSE) Decreto n.º 32 946 de 3 de Agosto de 1943 ............................................................... 6 Preâmbulo............................................................................................................................................ 6 I - Dos serviços da Direcção-Geral da Educação Física, Desportos e Saúde Escolar 7 Artigo 1.º ........................................................................................................................................... 7 Dos inspectores dos desportos ........................................................................................................... 8 Artigo 2.º ........................................................................................................................................... 8 Artigo 3.º ........................................................................................................................................... 8 Artigo 4.º ........................................................................................................................................... 8 Dos médicos dos desportos ................................................................................................................ 8 Artigo 5.º ........................................................................................................................................... 8 Artigo 6.º ........................................................................................................................................... 8 Artigo 7.º ........................................................................................................................................... 9 Dos conselhos técnicos ....................................................................................................................... 9 Artigo 8.º ........................................................................................................................................... 9 Artigo 9.º ......................................................................................................................................... 10 Artigo 10.º ....................................................................................................................................... 10 Artigo 11.º ....................................................................................................................................... 11 Artigo 12.º ....................................................................................................................................... 12 Artigo 13.º ....................................................................................................................................... 12 Artigo 14.º ....................................................................................................................................... 13 Artigo 15.º ....................................................................................................................................... 13 Artigo 16.º ....................................................................................................................................... 13 Dos delegados regionais ou locais .................................................................................................... 14 Artigo 17.º ....................................................................................................................................... 14 Artigo 18.º ....................................................................................................................................... 14 II - Das organizações desportivas ............................................................................ 15 Constituição e hierarquia ................................................................................................................... 15 Artigo 20.º ....................................................................................................................................... 15 Artigo 21.º ....................................................................................................................................... 15 Artigo 22.º ....................................................................................................................................... 16 Artigo 23.º ....................................................................................................................................... 16 Organização....................................................................................................................................... 16 Artigo 24.º ....................................................................................................................................... 16 Artigo 25.º ....................................................................................................................................... 16 Artigo 26.º ....................................................................................................................................... 17 Artigo 27.º ....................................................................................................................................... 18 Artigo 28.º ....................................................................................................................................... 18 Artigo 29.º ....................................................................................................................................... 18

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Decreto n.º 32 946, de 3 de Agosto de 1943 - Revogado

Regulamento da Direcção-Geral da Educação Física, Desportos e Saúde Escolar(DGEFDSE)

Decreto n.º 32 946 de 3 de Agosto de 1943............................................................... 6 Preâmbulo............................................................................................................................................ 6

I - Dos serviços da Direcção-Geral da Educação Física, Desportos e Saúde Escolar7

Artigo 1.º........................................................................................................................................... 7 Dos inspectores dos desportos ........................................................................................................... 8

Artigo 2.º........................................................................................................................................... 8 Artigo 3.º........................................................................................................................................... 8 Artigo 4.º........................................................................................................................................... 8

Dos médicos dos desportos ................................................................................................................ 8 Artigo 5.º........................................................................................................................................... 8 Artigo 6.º........................................................................................................................................... 8 Artigo 7.º........................................................................................................................................... 9

Dos conselhos técnicos ....................................................................................................................... 9 Artigo 8.º........................................................................................................................................... 9 Artigo 9.º......................................................................................................................................... 10 Artigo 10.º....................................................................................................................................... 10 Artigo 11.º....................................................................................................................................... 11 Artigo 12.º....................................................................................................................................... 12 Artigo 13.º....................................................................................................................................... 12 Artigo 14.º....................................................................................................................................... 13 Artigo 15.º....................................................................................................................................... 13 Artigo 16.º....................................................................................................................................... 13

Dos delegados regionais ou locais .................................................................................................... 14 Artigo 17.º....................................................................................................................................... 14 Artigo 18.º....................................................................................................................................... 14

II - Das organizações desportivas ............................................................................ 15 Constituição e hierarquia ................................................................................................................... 15

Artigo 20.º....................................................................................................................................... 15 Artigo 21.º....................................................................................................................................... 15 Artigo 22.º....................................................................................................................................... 16 Artigo 23.º....................................................................................................................................... 16

Organização....................................................................................................................................... 16 Artigo 24.º....................................................................................................................................... 16 Artigo 25.º....................................................................................................................................... 16 Artigo 26.º....................................................................................................................................... 17 Artigo 27.º....................................................................................................................................... 18 Artigo 28.º....................................................................................................................................... 18 Artigo 29.º....................................................................................................................................... 18

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Obrigações e encargos gerais........................................................................................................... 18 a) Serviços médicos....................................................................................................................... 18 Artigo 30.º....................................................................................................................................... 18 Artigo 31.º....................................................................................................................................... 18 Artigo 32.º....................................................................................................................................... 19 Artigo 33.º....................................................................................................................................... 20 Artigo 34.º....................................................................................................................................... 20 b) Cursos de ginástica ................................................................................................................... 20 Artigo 35.º....................................................................................................................................... 20 Artigo 36.º....................................................................................................................................... 21 (Revogado)..................................................................................................................................... 21 Artigo 37.º....................................................................................................................................... 21 c) Serviços administrativos ............................................................................................................ 22 Artigo 38.º....................................................................................................................................... 22 Artigo 39.º....................................................................................................................................... 22 Artigo 40.º....................................................................................................................................... 22 Artigo 41.º....................................................................................................................................... 22 (Revogado)..................................................................................................................................... 22 Artigo 42.º....................................................................................................................................... 22 Artigo 43.º....................................................................................................................................... 23 Artigo 44.º....................................................................................................................................... 23 d) Outras obrigações...................................................................................................................... 23 Artigo 45.º....................................................................................................................................... 23 Artigo 46.º....................................................................................................................................... 23 Artigo 47.º....................................................................................................................................... 24

III - Das comparticipações desportivas..................................................................... 24 Das categorias de competições e da sua organização ..................................................................... 24

Artigo 48.º....................................................................................................................................... 24 Artigo 49.º....................................................................................................................................... 24 Artigo 50.º....................................................................................................................................... 25 Artigo 51.º....................................................................................................................................... 25 Artigo 52.º....................................................................................................................................... 25 Artigo 53.º....................................................................................................................................... 25 Artigo 54.º....................................................................................................................................... 26 Artigo 55.º....................................................................................................................................... 26 Artigo 56.º....................................................................................................................................... 26 Artigo 57.º....................................................................................................................................... 26

Dos participantes nas competições desportivas ............................................................................... 26 Artigo 58.º....................................................................................................................................... 26 Artigo 59.º....................................................................................................................................... 26 Artigo 60.º....................................................................................................................................... 27

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Artigo 61.º....................................................................................................................................... 27 Artigo 62.º....................................................................................................................................... 28 Artigo 63.º....................................................................................................................................... 28 Artigo 64.º....................................................................................................................................... 28

Dos júris, juízes, árbitros, fiscais e cronometristas............................................................................ 28 Artigo 65.º....................................................................................................................................... 28 Artigo 66.º....................................................................................................................................... 29 Artigo 67.º....................................................................................................................................... 29 Artigo 68.º....................................................................................................................................... 29 Artigo 69.º....................................................................................................................................... 29 Artigo 70.º....................................................................................................................................... 29 Artigo 71.º....................................................................................................................................... 30 Artigo 72.º....................................................................................................................................... 30 Artigo 73.º....................................................................................................................................... 30

IV - Regime disciplinar.............................................................................................. 30

Artigo 74.º....................................................................................................................................... 30 Artigo 75.º....................................................................................................................................... 31 Artigo 76.º....................................................................................................................................... 31 Artigo 77.º....................................................................................................................................... 31 Artigo 78.º....................................................................................................................................... 31 Artigo 79.º....................................................................................................................................... 31 Artigo 80.º....................................................................................................................................... 31 Artigo 81.º....................................................................................................................................... 32 Artigo 82.º....................................................................................................................................... 32 Artigo 83º........................................................................................................................................ 32 Artigo 84.º....................................................................................................................................... 32 Artigo 85.º....................................................................................................................................... 32 Artigo 86.º....................................................................................................................................... 32 Artigo 87.º....................................................................................................................................... 32 Artigo 88.º....................................................................................................................................... 33 Artigo 89.º....................................................................................................................................... 33 Artigo 90.º....................................................................................................................................... 33 Artigo 91.º....................................................................................................................................... 33

V - Disposições diversas .......................................................................................... 33

Artigo 92.º....................................................................................................................................... 33 Artigo 93.º....................................................................................................................................... 33 Artigo 94.º....................................................................................................................................... 34 Artigo 95.º....................................................................................................................................... 34 Artigo 96.º....................................................................................................................................... 34 Artigo 97.º....................................................................................................................................... 34

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Nota: Em 1942, através do Decreto-Lei n.º 32 241 de 5 de Setembro, é criada a Direcção-Geral da Educação Física, Desportos e Saúde Escolar (DGEFDSE), cujo regulamento é aprovado pelo Decreto n.º 32 946, de 3 de Agosto de 1943. Diversas disposições do Decreto n.º 32 946 foram alteradas e revogadas, ao longo dos 46 anos em que esteve em vigor. Diplomas que alteraram o Decreto n.º 32 946: Decreto n.º 33 556, de 24 de Fevereiro de 1944 Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965 Decreto-Lei n.º 47 744, de 2 de Junho de 1967 Decreto n.º 48 887, de 1 de Março de 1969 Decreto n.º 356/71, de 17 de Agosto Decreto-Lei n.º 501/77, de 29 de Novembro Decreto-Lei n.º 344/81, de 19 de Dezembro Decreto do Governo n.º 18/84, de 18 de Abril Decreto Regulamentar n.º 92/84, de 27 de Dezembro O Decreto n.º 32 946 viria a ser expressamente revogado em 1990, com a publicação da Lei de Bases do Sistema Desportivo, Lei n.º 1/90, de 13 de Janeiro. Em sua substituição, com a aprovação da lei orgânica do Ministério da Educação Nacional, pelo Decreto-Lei n.º 408/71, de 27 de Setembro, é instituída a Direcção-Geral da Educação Física e Desportos (DGEFD). A DGEFD é organizada pelo Decreto-Lei n.º 82/73, de 3 de Março. Em 1974, a DGEFD passou a designar-se Direcção-Geral dos Desportos (DGD), com a publicação do Decreto-Lei n.º 694/74, de 5 de Dezembro. Este organismo vem, mais tarde, a ser reestruturado pelo Decreto-Lei n.º 553/77, de 31 de Dezembro, diploma que foi ratificado com alterações pela Lei n.º 63/78, de 29 de Setembro. A DGD é extinta em 1993. O Decreto-Lei n.º 143/93, de 26 de Abril, extingue a DGD e o Fundo de Fomento do Desporto e cria o Instituto do Desporto (INDESP). A orgânica do INDESP foi alterada pelo Decreto-Lei n.º 115/95, de 29 de Maio e pelo Decreto-Lei n.º 146/96, de 5 de Setembro. Em 1997, o INDESP é extinto e são criados, em sua substituição, o IND, o CEFD e o CAAD. O Instituto Nacional do Desporto (IND) foi criado pelo Decreto-Lei n.º 62/97, de 26 de Março. Sobre a orgânica do IND, ver, ainda, o Decreto-Lei n.º 199/97, de 7 de Agosto, o Decreto-Lei n.º 84/98, de 3 de Abril e o Decreto-Lei n.º 316-A/98, de 22 de Outubro. O Centro de Estudos e Formação Desportiva (CEFD) foi criado pelo Decreto-Lei n.º 63/97, de 26 de Março. O Complexo de Apoio às Actividades Desportivas (CAAD) foi criado pelo Decreto-lei n.º 64/97, de 26 de Março. O IDP, agora criado, funciona sob a tutela e superintendência do Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro, coadjuvado pelo Secretário de Estado da Juventude e Desportos, nos termos do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 120/2002, de 3 de Maio, que aprova a lei orgânica do XV Governo Constitucional, diploma rectificado nos termos da Declaração de Rectificação n.º 20/2002, publicada no Diário da República, I Série-A, n.º 123, de 28 de Maio de 2002 e alterado pelo Decreto-Lei n.º 119/2003, de 17 de Junho. Os serviços da administração pública desportiva aparecem integrados no Ministério da Educação (desde 1943 até 1981, e, mais tarde, desde 1985 até 1995); no Ministério da Qualidade de Vida (entre 1981 e 1985); no Ministério da Juventude e do Desporto (entre 2000 e 2002) e, durante três períodos, na Presidência do Conselho de Ministros (entre Julho e Dezembro de 1985, entre 1995 e 2000 e, desde 2002, a partir da extinção do Ministério da Juventude e do Desporto).

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O Ministério da Qualidade de Vida foi criado pelo Decreto-Lei n.º 28/81, de 12 de Fevereiro, que aprova a lei orgânica do VII Governo Constitucional, e extinto pelo Decreto-Lei n.º 279-A/85, de 19 de Julho. A sua orgânica foi aprovada pelo Decreto-Lei n.º 49/83, de 31 de Janeiro. O Ministério da Juventude e do Desporto foi criado pelo Decreto-Lei n.º 267-A/2000, de 20 de Outubro, diploma que altera a lei orgânica do XIV Governo Constitucional e extinto com a constituição do XV Governo Constitucional. A sua orgânica foi aprovada pelo Decreto-Lei n.º 217/2001, de 3 de Agosto, que foi alterado pelo Decreto-Lei n.º 79/2002, de 26 de Março.

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Decreto n.º 32 946 de 3 de Agosto de 1943

Preâmbulo

O Decreto-Lei n.º 32 241, de 5 de Setembro de 1942, criou a Direcção-Geral da Educação Física, Desportos e Saúde Escolar. Publica-se agora o respectivo regulamento geral e de futuro publicar-se-ão os regulamentos particulares que a experiência e as necessidades forem aconselhando. O problema que em primeiro lugar interessa ao Estado é o da educação física do povo português. Esta há-de fazer-se, antes de tudo, através de métodos de ginástica adequados, que, por serem executados em escola, facilitam uma vigilância contínua sobre as condições físicas dos alunos e tornam possível a graduação dos exercícios, de modo a só de harmonia com aquelas condições eles serem admitidos a praticá-los. Fora dos estabelecimentos de ensino é muito difícil criar cursos de ginástica com a garantia de que seriam frequentados. Mesmo que as condições financeiras permitissem ao Estado criar uma rede extensa de cursos de ginástica, cremos que eles não produziriam os resultados que era legítimo esperar, porque a ginástica pela ginástica, quer-se dizer, a ginástica praticada só com o intuito da formação física, não exerce ainda sobre a população portuguesa a sedução desejável. Não exerce essa sedução a ginástica, mas exercem-na os desportos, sobretudo certos desportos. E estes já têm uma organização que se projecta bastante profundamente por todo o País. É através desta organização que pode e deve generalizar-se o gosto pela ginástica. Além da preparação técnica de cada desporto e, porventura, da ginástica orientada para o pleno rendimento daquela preparação técnica, não pode o desportista digno deste nome dispensar da cultura física geral, que só é dada pela ginástica não especìficamente orientada. Nada se opõe, portanto, e antes tudo aconselha, a que se imponha às organizações desportivas a obrigação de manterem cursos de ginástica. Sem eles não podem preencher, em condições eficientes, o fim a que visam, como os que praticam o desporto não podem produzir o rendimento nem atingir a altura a que, pelas suas qualidades naturais, era de esperar que chegassem. Estas considerações justificam que se imponha a certas organizações desportivas a obrigação de manter cursos de ginástica e aos que praticam o desporto a obrigação de os seguir, sob pena de lhes não ser consentido que intervenham em certas provas. Na simplicidade com que se apresentam, as disposições que consagram estas obrigações hão-de ser, espera-se, de uma grande fecundidade.

*

Aludiu-se já a que nem todos os exercícios, mesmo da ginástica geral, são para todos os alunos; pode acontecer mesmo que determinado método ou, ao menos, o ritmo que impõe nos exercícios em que se desenvolve, não convenha a certos alunos. Isto, que é verdadeiro para a ginástica, aparece ainda mais claro para o desporto. Nem todos têm condições físicas para a prática de todos os desportos. E se o gosto da competição ou a vaidade da exibição - coisas muito humanas ambas - faz esquecer a alguns que não deve pedir-se ao corpo mais do que ele pode dar, pertence a quem é obrigado a considerar os problemas no plano do interesse geral procurar os meios de evitar que isso aconteça. Justificam-se assim as disposições que impõem aos clubes a obrigação de assegurar assistência médica aos seus associados e as que se opõem a que sejam admitidos à prática de certos desportos os indivíduos que não demonstrarem, através de exame médico, possuir a necessária aptidão física. Há-de chegar-se à criação de centros de medicina desportiva bem apetrechados; até lá os clubes terão os seus médicos, a quem oferecerão os meios indispensáveis para poderem trabalhar.

*

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Procura-se a realização das ideias que acabam de exprimir-se através da organização desportiva constituída ou que vier a constituir-se por iniciativa particular ou pública. Entendeu-se não dever eliminar os elementos de organização desportiva existentes e até pareceu útil aproveitá-los, desde que se tornasse possível dirigir-lhes a actividade e orientá-los no sentido de sobreporem aos interesses clubistas o interesse geral, de substituírem a política da vitória do clube seja como for por uma política desportiva de sabor verdadeiramente nacional. A Direcção-Geral foi investida dos poderes bastantes para tornar isto possível pelo Decreto-Lei n.º 32 241, dotada, desde logo, de alguns elementos de intervenção (inspectores e médicos dos desportos), e agora é dotada dos restantes já também previstos naquele decreto-lei: os conselhos técnicos da educação física, dos desportos e da saúde escolar e medicina desportiva e os delegados regionais ou locais. São órgãos de estudo, informação e fiscalização, constituídos, por forma permanente ou eventual, de todos os elementos necessários para habilitarem a Direcção-Geral a realizar no campo da cultura física a política que lhe foi ou vier a ser definida. Com os poderes e órgãos de actuação atribuídos à Direcção-Geral entendeu-se dever manter a organização existente. Consegue-se assim uma espécie de centralização descentralizada (se isto pode dizer-se) com as vantagens das duas formas de organização que aqueles termos exprimem: unidade de pensamento, representada pela Direcção-Geral, e realização múltipla desse pensamento, conforme as modalidades desportivas ou a escala de gradação dentro da mesma modalidade, representada pelos órgãos directos de cada desporto. Quando se diz que se mantém a organização existente, querem referir-se os elementos ou núcleos dessa organização e não o regime jurídico a que está subordinada, no seu desenvolvimento, a actividade desportiva que representam. Quanto a este, algumas normas gerais e especiais se estabelecem que integram e modificam as que vigoram e que ou indicam uma orientação que importa adoptar ou substituem directamente as existentes. Destacam-se as normas relativas à independência da hierarquia dos órgãos de direcção e as referentes à transferência de desportistas de clube para clube. Querem-se os juízes e árbitros em condições de prestígio que os libertem de qualquer forma de pressão e deseja-se acabar com negócios que arruinam os clubes e diminuem o desporto e os desportistas. A beleza do desporto perde-se quando se converte num modo de vida. Às organizações cabe assegurar aos seus desportistas o condicionamento indispensável ao pleno rendimento das suas faculdades físicas; mas deve-lhes ser vedado comprá-los e a estes vender-se. É o que pretende atingir-se com o regime de transferências que se institui.

____________________ Usando da faculdade conferida pelo n.º 3 do artigo 109.º da Constituição, e de harmonia com o disposto no § 1.º do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 32 241, de 5 de Setembro de 1942, o Governo decreta e eu promulgo o seguinte: I - Dos serviços da Direcção-Geral da Educação Física, Desportos e Saúde Escolar

Artigo 1.º

Além da repartição destinada a assegurar o respectivo expediente burocrático, a Direcção-Geral da Educação Física, Desportos e Saúde Escolar dispõe, para preencher as funções que lhe são atribuídas nos n.os 1.º a 13.º do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 32 241, de 5 de Setembro de 1942, dos seguintes órgãos e agentes:

a) Inspectores dos desportos; b) Médicos dos desportos; c) Conselhos técnicos; d) Delegados regionais ou locais.

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Dos inspectores dos desportos

Artigo 2.º

Os inspectores dos desportos são em número de três, e um deles é obrigatòriamente o chefe da Repartição da Educação Física, Desportos e Saúde Escolar.

Artigo 3.º

Os inspectores dos desportos exercem a sua competência em todo o território metropolitano e nas ilhas adjacentes, de harmonia com a distribuição de serviço que for organizada pela Direcção-Geral.

Artigo 4.º

Compete aos inspectores dos desportos: 1º Inspeccionar as actividades desportivas dependentes da Direcção-Geral; 2º Assistir, pessoalmente ou por delegação, aos exercícios e competições desportivas; 3º Comunicar ao director-geral qualquer manifestação de indisciplina, dirigida, em competição ou

exercícios, dentro ou fora do campo, contra os representantes permanentes ou eventuais da hierarquia desportiva, propondo a penalidade que entenderem justa;

4º Organizar processos disciplinares; 5º Relatar todos os processos disciplinares que forem submetidos ao conselho técnico de que

fizerem parte; 6º Promover que as associações e clubes organizem, e mantenham permanentemente actualizadas,

fichas individuais dos desportistas; 7º Elaborar um relatório anual sobre as actividades desportivas que tiverem inspeccionado ou

acompanhado mais de perto; 8º Assistir às reuniões das assembleias gerais, congressos, direcções, comissões, conselhos

técnicos e administrativos dos organismos desportivos ou a outros actos da vida destes, sempre que isso seja julgado conveniente;

9º Exercer permanentemente junto dos organismos desportivos uma acção tendente a levá-los à

realização progressiva da missão que lhes incumbe como núcleos de difusão do gosto pelas práticas da educação física em geral e dos desportos em particular.

§ 1.º A comunicação a que se refere o n.º 3 do presente artigo será sempre acompanhada pela ficha

do cadastro desportivo do infractor. § 2.º A federação, associação ou clube respectivo ou a entidade organizadora da competição ou

exercício deverão entregar aquela ficha dentro do prazo de 24 horas, a contar da requisição.

Dos médicos dos desportos

Artigo 5.º

Os médicos dos desportos, em número de três, exercem a sua actividade em todo o território metropolitano e nas ilhas adjacentes, segundo a distribuição de serviço que for organizada pela Direcção-Geral.

Artigo 6.º

Compete aos médicos dos desportos:

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1º Promover, junto dos organismos desportivos, a criação e desenvolvimento da assistência médico-desportiva, imprimindo-lhe a orientação fixada pelo Conselho da Saúde Escolar e Medicina Desportiva;

2º Informar sobre o modo como decorrem os serviços médicos dos organismos desportivos; 3º Examinar periodicamente os ficheiros médicos dos organismos desportivos; 4º Conhecer da forma por que se realizam as inspecções e os exames médicos nos organismos

desportivos e dos respectivos resultados, bem como estabelecer as normas a que umas e outros devem subordinar-se;

5º Proceder ao exame médico de qualquer desportista de cuja aptidão física suspeitem; 6º Requisitar as análises, electrocardiografias e radiografias necessárias ao esclarecimento de todos

os casos individuais sobre que hajam de pronunciar-se; 7º Comunicar à Direcção-Geral todos os casos de incapacidade, total ou parcial, temporária ou

definitiva, para práticas desportivas, de que tiverem conhecimento e a respeito dos quais deva exercer-se especial vigilância;

8º Impedir que qualquer atleta participe em provas, exercícios ou competições cujo número ou

duração contrariem uma boa recuperação funcional; 9º Vigiar a elaboração dos calendários e horários das provas, evitando que estas se realizem em

épocas ou a horas impróprias; 10º Orientar os médicos dos clubes e os treinadores quanto aos métodos e às condições dos treinos; 11º Vistoriar periòdicamente as instalações dos organismos desportivos e chamar, através de

relatório circunstanciado, a atenção da Direcção-Geral para as deficiências que encontrarem; 12º Exercer as demais actividades que lhe forem determinadas dentro da sua competência técnica,

nomeadamente nos estabelecimentos de ensino de educação física pelo que respeita aos serviços de medicina desportiva.

Nota: Redacção do n.º 12 do artigo 6.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial do n.º 12 deste artigo dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte: "12.º Praticar todos os actos que, dentro do domínio da sua competência técnica, lhes forem determinados;"

Artigo 7.º

O director-geral poderá determinar que as funções atribuídas no artigo anterior aos médicos dos desportos sejam desempenhadas pelos médicos escolares em acumulação com as próprias.

Nota: Redacção do artigo 7.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial deste artigo dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 7.º O director-geral poderá determinar que fora de Lisboa e Porto as funções atribuídas no artigo anterior aos médicos dos desportos sejam desempenhadas pelos médicos escolares em acumulação com as próprias."

Dos conselhos técnicos

Artigo 8.º

Os conselhos técnicos e desportivos a que se refere o § 1.º do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 32 241 são os seguintes:

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a) Conselho Técnico da Educação Física; b) Conselho Técnico dos Desportos.

§ único. Junto da Direcção-Geral funcionará ainda o Conselho da Saúde Escolar e Medicina Desportiva. Nota: Nos termos do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 47 744, de 2 de Junho de 1967, foram extintos os conselhos técnicos e desportivos mencionados no § 1.º do artigo 12.º do Decreto n.º 32 241, de 5 de Setembro de 1942, e no artigo 8.º do Decreto n.º 32 946, de 3 de Agosto de 1943.

Artigo 9.º

O Conselho Técnico da Educação Física será presidido pelo director-geral e dele farão parte:

a) O director do Instituto Nacional de Educação Física; b) Um inspector dos desportos; c) Um médico dos desportos; d) Um médico escolar; e) Um professor de Educação Física dos organismos desportivos.

§ 1.º Os vogais indicados nas alíneas b), c), d) e e) serão livremente designados pelo Ministro da

Educação Nacional. § 2.º Para a escolha do vogal a que se refere a alínea f) será presente ao Ministro da Educação

Nacional uma lista composta de nomes indicados pelos organismos desportivos. Cada federação não poderá indicar mais do que um nome.

Nota: Em conformidade com o disposto no artigo 2.º do decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965, os vogais referidos nos § § 1.º e 2.º dos artigos 9.º, 11.º e 13.º do De4creto n.º 32 946, de 3 de Agosto de 1943, serão designados por um período de dois anos, renovável por períodos de igual duração.

Artigo 10.º

Compete ao Conselho Técnico da Educação Física: 1º Elaborar, de acordo com o Conselho Técnico dos Desportos, o plano da educação física do povo

português, segundo a orientação geral aprovada pelo Ministro da Educação Nacional; 2º Emitir parecer sobre a criação de quaisquer cursos de ginástica e jogos desportivos, sobre os

respectivos programas e regulamentos e sobre os livros a adoptar; 3º Promover a realização, por membros do Conselho, de inspecções aos cursos a que se refere o

número anterior, em ordem a garantir a uniformidade do ensino e o cumprimento rigoroso das normas técnicas adoptadas;

4º Pronunciar-se sobre a escolha de professores e monitores para os cursos de ginástica e jogos

educativos; 5º Organizar, em colaboração com o Conselho Técnico dos Desportos e com a Organização

Nacional Mocidade Portuguesa, o plano da criação de escolas móveis que, sob a direcção técnica do Instituto Nacional de Educação Física, preparem os dirigentes locais da educação física;

6º Conhecer dos relatórios, estatísticas e demais documentos oficiais sobre educação física; 7º Propor todas as medidas que entender convenientes para o desenvolvimento da educação física;

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8º Dar parecer sobre todos os assuntos respeitantes à educação física que o director-geral lhe submeter.

Artigo 11.º

O Conselho Técnico dos Desportos será presidido pelo director-geral e terá a seguinte constituição:

a) Um inspector dos desportos; b) Um médico dos desportos; c) Um professor de Educação Física; d) Um técnico da Organização Nacional Mocidade Portuguesa; e) Um técnico dos desportos da classe A; f) Um técnico dos desportos da classe B; g) Um técnico da Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho; h) Um técnico da brigada naval da Legião Portuguesa.

§ 1.º Os vogais a que se referem as alíneas a), b), c) e d) serão designados livremente pelo Ministro

da Educação Nacional. § 2.º Os vogais indicados nas alíneas e) e f) serão escolhidos pelo Ministro da Educação Nacional de

entre os técnicos indicados pelos organismos representativos dos desportos da respectiva classe. Cada um destes não poderá indicar mais de um nome. Os vogais indicados nas alíneas g) e h) serão nomeados pelo mesmo Ministro sobre proposta, respectivamente, da Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho e da brigada naval da Legião Portuguesa.

§ 3.º Para efeitos deste regulamento consideram-se desportos da classe A os seguintes: atletismo,

andebol, basquetebol, râguebi, futebol, luta, hóquei, ciclismo, boxe, voleibol, natação, náutica, ténis; e da classe B os seguintes: esgrima, hipismo, caça, tiro, patinagem, ténis de mesa, golfe, campismo, pesca desportiva e outros.

§ 4.º Poderão eventualmente ser chamados a assistir às sessões do Conselho e a prestar-lhe a sua

colaboração técnicos especializados na modalidade desportiva de que houver de tratar-se. Nota: Redacção do artigo 11.º, dada pelo Decreto n.º 33 556, de 24 de Fevereiro de 1944. A redacção inicial do artigo 11.º, dada pelo Decreto n.º 32 946, é a seguinte:

"Artigo 11.º O Conselho Técnico dos Desportos será presidido pelo director-geral e terá a seguinte constituição:

a) Um inspector dos desportos; b) Um médico dos desportos; c) Um professor de Educação Física; d) Um técnico da Organização Nacional Mocidade Portuguesa; e) Um técnico dos desportos da classe A; f) Um técnico dos desportos da classe B.

§ 1.º Os vogais a que se referem as alíneas a), b), c) e d) serão designados livremente pelo Ministro da Educação Nacional.

§ 2.º Os vogais indicados nas alíneas e) e f) serão escolhidos pelo Ministro da Educação Nacional de

entre os técnicos indicados pelos organismos representativos dos desportos da respectiva classe. Cada um destes não poderá indicar mais de um nome.

§ 3.º Para efeitos deste regulamento consideram-se desportos da classe A os seguintes: atletismo,

andebol, basquetebol, rugby, futebol, luta, hóquei, ciclismo, boxe, voleibol, natação, náutica, ténis; e da classe B os seguintes: esgrima, hipismo, caça, tiro, patinagem, ténis de mesa, golf, campismo, pesca desportiva e outros.

§ 4.º Poderão eventualmente ser chamados a assistir às sessões do Conselho e a prestar-lhe a sua

colaboração técnicos especializados na modalidade desportiva de que houver de tratar-se."

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Em conformidade com o disposto no artigo 2.º do decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965, os vogais referidos nos §§ 1.º e 2.º dos artigos 9.º, 11.º e 13.º do De4creto n.º 32 946, de 3 de Agosto de 1943, serão designados por um período de dois anos, renovável por períodos de igual duração.

Artigo 12.º

Compete ao Conselho Técnico dos Desportos: 1º Elaborar, de acordo com o Conselho Técnico da Educação Física, o plano de desenvolvimento

dos desportos no País, segundo a orientação geral aprovada pelo Ministro da Educação Nacional;

2º Promover, de acordo com o Secretariado da Propaganda Nacional e o Conselho Técnico da

Educação Física, a divulgação do gosto pela ginástica, pelos jogos e pelo desporto; 3º Estudar, de acordo com as câmaras municipais, o modo mais adequado a desenvolver o gosto

pelas práticas de educação física, jogos e desportos nas sedes dos concelhos e freguesias; 4º Criar, de acordo com os elementos da organização corporativa e das organizações industriais e

comerciais, as condições necessárias à prática da ginástica e dos desportos pelos trabalhadores e suas famílias;

5º Levantar e manter permanentemente actualizada a carta desportiva do País; 6º Impulsionar a preparação de campos adequados às diversas modalidades desportivas e às

condições de vida dos desportistas; 7º Fixar as bases da regulamentação técnica dos desportos, de modo a garantir naqueles que os

praticam o desenvolvimento físico e o espírito desportivo; 8º Estudar os planos de colaboração solicitada pelas actividades desportivas existentes nas escolas; 9º Emitir parecer sobre os projectos de regulamentos dos organismos desportivos; 10º Pronunciar-se sobre a escolha dos mestres de desporto e treinadores destinados aos organismos

desportivos; 11º Emitir parecer sobre as pessoas indicadas pelos organismos desportivos para seleccionadores e

sobre a composição das selecções para jogos internacionais; 12º Escolher ou intervir na escolha das pessoas que nas competições desportivas houverem de

desempenhar funções de direcção ou tiverem poderes de decisão; 13º Dar parecer sobre os pedidos de autorização para a realização de campeonatos nacionais ou de

competições com desportistas ou organismos desportivos estrangeiros; 14º Pronunciar-se sobre os processos disciplinares que pelo director-geral lhe forem submetidos; 15º Promover a realização, por membros do Conselho, de inspecções à actividade técnica dos

organismos desportivos; 16º Emitir parecer sobre todos os assuntos respeitantes ao desporto que pelo director-geral lhe forem

submetidos.

Artigo 13.º

O Conselho da Saúde Escolar e Medicina Desportiva é constituído, sob a presidência do director-geral, por:

a) Um inspector da saúde escolar; b) Um médico dos desportos;

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c) Um médico dos serviços de medicina desportiva da Organização Nacional Mocidade Portuguesa;

d) Um médico dos centros de medicina desportiva reconhecidos pelo Ministério da Educação Nacional;

e) Um médico dos organismos desportivos (Antiga alínea d)). Nota: A redacção das alíneas c), d) e e) resulta da alteração introduzida pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial das alíneas c) e d) deste artigo dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"c) Um director de serviços médicos da Organização Nacional Mocidade Portuguesa; d) Um médico dos organismos desportivos." Em conformidade com o disposto no artigo 2.º do decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965, os vogais referidos nos §§ 1.º e 2.º dos artigos 9.º, 11.º e 13.º do De4creto n.º 32 946, de 3 de Agosto de 1943, serão designados por um período de dois anos, renovável por períodos de igual duração. § 1.º Os vogais indicados nas alíneas a), b) e c) serão escolhidos livremente pelo Ministro da

Educação Nacional. § 2.º O vogal a que se refere a alínea d) será designado pelo Ministro de entre os médicos indicados

pelos organismos representativos de cada ramo desportivo. Cada um destes não poderá indicar mais de um médico.

Artigo 14.º

Compete ao Conselho da Saúde Escolar e Medicina Desportiva: 1º Realizar a coordenação dos serviços de saúde escolar e da medicina desportiva; 2º Fixar a orientação geral dos serviços de assistência médico-desportiva nos organismos

dependentes da Direcção-Geral; 3º Promover a criação de centros de medicina desportiva e postos de assistência médica aos

desportistas; 4º Emitir parecer sobre todos os assuntos de ordem médico-escolar e médico-desportiva que pelo

director-geral lhe forem submetidos.

Artigo 15.º

Os vogais de cada um dos Conselhos a que se referem os artigos anteriores podem ser convocados para colaborar nos outros, sendo então considerados também vogais destes, por dependência da função.

Artigo 16.º

Aos vogais dos Conselhos que não sejam funcionários da Direcção-Geral será abonada a gratificação mensal de 300$, mesmo que pertençam a instituições dela dependentes. § único. Os agregados, nos termos do § 4.º do artigo 11.º, ao Conselho Técnico dos Desportos perceberão por cada sessão a que assistirem a importância de 50$.

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Dos delegados regionais ou locais

Artigo 17.º

Os delegados regionais ou locais são livremente nomeados pelo Ministro da Educação Nacional, sobre proposta do director-geral, pelo período de dois anos. § único. Os referidos delegados podem ser reconduzidos uma ou mais vezes, por iguais períodos, e livremente exonerados em qualquer momento, e exercem gratuitamente as suas funções. Nota: Redacção do artigo 17.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial deste artigo dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 17.º Os delegados regionais ou locais serão nomeados, sob proposta da Direcção-Geral, pelo Ministro da Educação Nacional e exercerão gratuitamente as suas funções."

Artigo 18.º

Compete aos delegados regionais ou locais, dentro da área que lhes for atribuída: 1º Impulsionar, fiscalizar e orientar, de harmonia com as instruções da Direcção-Geral, as

actividades relacionadas com a educação física e os desportos; 2º Promover por todos os meios ao seu alcance, incluindo a imprensa e a radiodifusão e

radiotelevisão, a divulgação do gosto pelas práticas gimno-desportivas e propor à Direcção-Geral as providências que para este fim entenderem convenientes.

Nota: Redacção do n.º 2 do artigo 18.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial do n.º 2 deste artigo dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte: "2.º Promover por todos os meios ao seu alcance, incluindo a imprensa e as emissoras de rádio, a divulgação do gosto pelas práticas desportivas e da educação física e propor à Direcção-Geral as medidas que para este fim entenderem convenientes;" 3º Apresentar às câmaras municipais, organismos corporativos e outras entidades, oficiais ou

particulares, planos de colaboração com a Direcção-Geral par o desenvolvimento físico das respectivas populações;

4º Informar a Direcção-Geral dos factos que interessem à vida desportiva da sua área; 5º Assistir pessoalmente ou por delegação aos exercícios e competições desportivas, enviando à

Direcção-Geral relatório circunstanciado do que nuns e noutros ocorrer; 6º Esforçar-se por conseguir que os organismos desportivos mantenham permanentemente

actualizadas as fichas individuais dos desportistas; 7º Organizar ou informar processos disciplinares; 8º Elaborar um relatório semestral sobre as actividades desportivas da respectiva área; 9º Desempenhar eventualmente funções próprias dos inspectores dos desportos ou outras que a

Direcção-Geral lhes confiar;

Artigo 19.º

A acção dos delegados regionais ou locais deverá exercer-se, sempre que possível, sem prejuízo da competência normal dos órgãos da hierarquia desportiva.

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II - Das organizações desportivas

Constituição e hierarquia

Artigo 20.º

A constituição de qualquer organismo destinado a cuidar, como fim principal ou acessório, da educação física do povo português, com excepção da Organização Nacional Mocidade Portuguesa, da Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho e das associações desportivas de carácter estritamente escolar, depende da autorização prévia do Ministro da Educação Nacional. § 1.º Os requerimentos em que se solicitar a autorização exigida pelo presente artigo serão instruídos

com a seguinte documentação:

a) Projecto dos estatutos; b) Projecto dos regulamentos internos, quando os houver; c) Indicação das filiações previstas e adesões já obtidas e dos campos, salas e equipamentos

já obtidos ou em via de o serem; d) Compromisso de organização de um serviço médico eficiente; e) Compromisso de instituição de cursos de ginástica.

§ 2.º A prática de qualquer desporto ou actividade acessória não prevista nos estatutos depende da

modificação destes e respectiva aprovação. § 3.º Os organismos existentes à data da entrada em vigor do presente diploma devem submeter à

aprovação do Ministro da Educação Nacional os seus estatutos e regulamentos dentro do prazo de 90 dias, a contar daquela data. Com os estatutos e regulamentos indicarão o serviço médico e os cursos de ginástica que mantenham.

Artigo 21.º

Os clubes desportivos podem agrupar-se em associações e estas em federações, constituindo hierarquias próprias em cada modalidade desportiva. § 1.º Não poderão constituir-se em associação menos de três clubes, mas poderá haver federações

de duas associações. § 2.º A jurisdição das federações abrange todo o território metropolitano; a jurisdição de cada

associação é limitada à área do respectivo distrito, salvo se outra área lhe for definida para o efeito.

Nota: Redacção do § 2.º do artigo 21.º dada pelo Decreto n.º 356/71, de 17 de Agosto. A redacção inicial deste parágrafo dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte: "§ 2.º As federações, cuja sede é obrigatoriamente em Lisboa, exercem a sua jurisdição em todo o

território continental e nas ilhas adjacentes; a competência das associações exerce-se na área do distrito ou da província em cuja capital têm a sua sede."

§ 3.º As federações e associações ou organismos equivalentes existentes à data da publicação deste

regulamento que não satisfizerem ao mínimo fixado no § 1.º devem reorganizar-se dentro do prazo de doze meses; se o não fizerem, considerar-se-ão dissolvidas, revertendo os seus bens em favor de instituições desportivas indicadas em assembleia geral ou, na sua falta, das designadas pelo Ministro da Educação Nacional.

§ 4.º Os clubes desportivos independentes regular-se-ão pelas normas técnicas estabelecidas pela

associação respectiva ou, na sua falta, por organismo designado pela Direcção-Geral, podendo, aquela ou este, ser encarregados de exercer a necessária vigilância sobre a forma como as normas são cumpridas.

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Artigo 22.º

Compete às federações: 1º Promover, regulamentar e dirigir no País, sob a orientação da Direcção-Geral, as práticas das

respectivas modalidades desportivas, tendo sempre em vista a saúde moral e física dos seus filiados;

2º Representar perante o Estado o respectivo ramo de desporto; 3º Assegurar as relações desportivas do País com o estrangeiro.

Artigo 23.º

Compete às associações: 1º Promover, regulamentar e dirigir na área da sua jurisdição, e sob a orientação da federação

respectiva, as práticas da modalidade desportiva a que pertencem; 2º Estabelecer e manter relações com as restantes associações do País da mesma natureza.

Organização

Artigo 24.º Os organismos desportivos devem, pelo menos, ter, além da mesa da assembleia geral, uma direcção e um conselho fiscal. § 1.º As associações e as federações terão ainda, obrigatoriamente, um conselho técnico e um

conselho jurisdicional, este constituído na sua maioria por licenciados em Direito. § 2.º Ninguém pode ocupar nos corpos gerentes do mesmo organismo desportivo mais de um cargo. § 3.º Os conselhos fiscais e jurisdicionais das associações e federações serão constituídos por um

presidente e dois vogais, eleitos pelas respectivas assembleias gerais. § 4.º Os membros dos órgãos a que se refere o parágrafo anterior serão designados pelo director-

geral da Educação Física, Desportos e Saúde Escolar, por períodos de um ano, renováveis, sempre que tal lhe seja solicitado por deliberação da assembleia geral ou da direcção do respectivo organismo, com fundamento na falta de funcionamento regular do conselho.

§ 5.º Feita a designação prevista no parágrafo antecedente, considera-se extinto o mandato dos

membros eleitos. § 6.º O regime previsto no § 4.º cessará a pedido da assembleia geral ou da direcção do organismo. Nota: Redacção do § 1.º do artigo 24.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial do § 1.º deste artigo dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte: "§ 1.º As associações e as federações terão ainda obrigatoriamente um conselho técnico."

Os §§ 3.º, 4.º, 5.º e 6.º do artigo 24.º foram aditados pelo artigo 1.º do Decreto n.º 356/71, de 17 de Agosto.

Artigo 25.º

As direcções e os conselhos fiscais dos organismos desportivos são obrigados a dar contas, em relatórios anuais, da sua gerência.

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Artigo 26.º

Só podem ser eleitos para os corpos gerentes dos organismos desportivos indivíduos de nacionalidade portuguesa, maiores de 21 anos, no gozo pleno dos seus direitos civis e políticos. § 1.º Em casos excepcionais, porém, quando tal se justifique, poderá o Ministro da Educação

Nacional autorizar o exercício de funções, por estrangeiros, nos corpos gerentes de organismos desportivos.

§ 2.º A eleição dos corpos gerentes dos organismos desportivos está sujeita a homologação do

Ministro da Educação Nacional e só produz efeitos depois de a homologação ter sido comunicada ao organismo respectivo.

Nota: Redacção do artigo 26.º com as alterações introduzidas pelo Decreto n.º 356/71, de 17 de Agosto. A redacção deste artigo já fora alterada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. Em 1981, o Decreto-Lei n.º 344/81, de 19 de Dezembro determinou que a eleição dos corpos gerentes das associações e federações desportivas deixa de estar sujeita ao regime de homologação por parte das autoridades administrativas, revogando a legislação vigente na parte que contrarie tal disposição. Transcreve-se, de seguida, o preâmbulo do Decreto-Lei n.º 344/81, de 19 de Dezembro, que fundamenta a sua determinação: "Considerando que os princípios e normas constitucionais e a principal legislação vigente relativa à matéria do direito de associação instituem novas relações entre as autoridades administrativas e as associações; Considerando que o novo ordenamento jurídico, neste particular, aboliu as práticas administrativas cerceadoras da liberdade de constituição e de prossecução dos fins das associações; Considerando o interesse de preservar e incrementar a autonomia das associações como forma de suscitar dos cidadãos uma maior participação e uma crescida responsabilidade no processo de desenvolvimento do País e na vida das comunidades; Considerando finalmente que se têm levantado dúvidas sobre a constitucionalidade do regime de homologação dos corpos gerentes das associações e federações desportivas, actualmente efectivado pelas autoridades administrativas competentes na matéria do desporto" A redacção do artigo 26.º, dada pelo Decreto n.º 32 946, com as alterações introduzidas aos §§ 1.º, 2.º e 3.º pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965 é a seguinte:

"Artigo 26.º

Só podem ser eleitos para os corpos gerentes dos organismos desportivos indivíduos de nacionalidade portuguesa, maiores de 21 anos, no gozo pleno dos seus direitos civis e políticos e que tenham prestado a declaração a que se refere o Decreto-Lei n.º 27 003. § 1.º A eleição dos corpos gerentes dos organismos desportivos está sujeita a homologação do

Ministro da Educação Nacional e só produz efeito depois de publicada no Diário do Governo a declaração de essa homologação haver sido concedida.

§ 2.º Pode, porém, o Ministro autorizar a entrada em exercício, a título provisório e precário, dos

indivíduos eleitos, antes ainda de feita a referida publicação. Aquele ou aqueles cuja eleição não vier a ser homologada deverão cessar o exercício logo que tal facto for comunicado pela Direcção-Geral ao respectivo organismo.

§ 3.º A competência para conceder a homologação ou a autorização previstas nos parágrafos

anteriores pode ser delegada no director-geral; mas só o Ministro poderá exarar despacho de não-homologação ou retirar a homologação concedida.

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§ 4.º O Ministro da Educação Nacional pode, sempre que o entender conveniente, substituir os corpos gerentes dos organismos desportivos por comissões administrativas da sua livre escolha. (Corresponde ao antigo § 2.º)"

A redacção original dos referidos §§ 1.º, 2.º e 3.º deste artigo dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte: "§ 1.º Os indivíduos eleitos para os corpos gerentes dos organismos desportivos só podem entrar em

exercício depois de publicada no Diário do Governo a declaração de ter o Ministro da Educação Nacional sancionado a eleição.

§ 2.º O Ministro da Educação Nacional pode, sempre que o entender conveniente, substituir os

corpos gerentes dos organismos desportivos por comissões administrativas da sua livre escolha.

§ 3.º Os organismos desportivos existentes à data da entrada em vigor do presente diploma devem

submeter os seus corpos gerentes à confirmação do Ministro da Educação Nacional dentro de 30 dias, a contar daquela data."

Artigo 27.º

As eleições para os corpos gerentes serão sempre feitas por escrutínio secreto.

Artigo 28.º

A Direcção-Geral poderá fazer-se representar em todas as reuniões da assembleia geral ou dos corpos gerentes de organismos desportivos e impedi-los de deliberar ou de tornar executórias as deliberações tomadas.

Artigo 29.º

Os membros dos corpos gerentes de clubes desportivos, associações e federações não podem, nem directamente nem por interposta pessoa, fazer fornecimentos ou negociar com estes organismos.

Obrigações e encargos gerais

a) Serviços médicos

Artigo 30.º

Salvo caso de impossibilidade devidamente comprovada, os clubes desportivos devem assegurar assistência médica aos seus associados, não podendo fazer-se representar em provas ou competições oficiais aqueles que não demonstrarem exacto cumprimento desta obrigação. § 1.º Para efeito do disposto neste artigo, os clubes terão ao seu serviço, pelo menos, um médico e

disporão de um posto com apetrechamento que permita a realização dos exames médico-desportivos sumários.

§ 2.º À Direcção-Geral será enviada cópia do termo do contrato do médico ou cópia da acta da

sessão em que tiver sido nomeado, acompanhada da declaração, feita por ele, de que aceita a nomeação e assume as responsabilidades que esta impõe.

Artigo 31.º

Os organismos desportivos só poderão admitir à prática de desportos da classe A, a que se refere o § 3.º do artigo 11.º, os indivíduos que, através do exame médico, se verifique possuírem a necessária aptidão física. § 1.º O resultado do exame médico será registado na ficha individual do candidato.

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§ 2.º O resultado do exame médico será assinado pelo médico que a ele proceder e dele constarão as indicações seguintes:

Exame objectivo - Exame clínico normal, chamando-se particular atenção para os seguintes pontos: 1.º Exame do aparelho respiratório:

a) Exploração da permeabilidade nasal; b) Exame das amígdalas e faringe; c) Exame físico do tórax.

2.º Exame do aparelho circulatório:

a) Exame do pulso e da pressão arterial em repouso e após o esforço; b) Auscultação dos tons cardíacos em repouso e após o esforço; c) Pesquisa de varizes.

3.º Exame do abdómen:

a) Palpação abdominal; b) Pesquisa de hérnias.

4.º Exame do sistema ósteo-articular:

a) Exploração dos movimentos articulares. 5.º Exame do sistema nervoso:

a) Reflexos cutâneos; b) Reflexos tendinosos; c) Reflexo pipilar.

Juízo clínico:

1.º Desportos aconselhados; 2.º Desportos proibidos; 3.º Indicações eventuais relativas ao treino e a qualquer interdição temporária.

§ 3.º Ao jogador que, em exame médico posterior, se verifique não possuir, temporária ou

definitivamente, aptidão física para a prática do desporto que cultiva será retirada a respectiva autorização até que, na hipótese de incapacidade temporária, se apure, através de novo exame, ter esta cessado.

§ 4.º O jogador que passar para outro clube deve neste ser sujeito a exame médico para organização

de nova ficha individual. § 5.º Proceder-se-á obrigatòriamente a novo exame sempre que haja motivo para se suspeitar da

aptidão física do jogador. § 6.º A infracção do disposto no corpo deste artigo e nos §§ 3.º, 4.º e 5.º é da responsabilidade do

clube e do jogador.

Artigo 32.º

A comparticipação eventual em competições de desportos da classe A de amadores não agrupados regularmente para esta prática também precisa de autorização médica, após exame idêntico ao referido no § 2.º do artigo 31.º

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Artigo 33.º

Além da ficha individual, os clubes pertencentes a associações federadas instituirão obrigatòriamente uma ficha médica para os seus filiados que praticarem as modalidades desportivas da classe A. § único. Na ficha médica registar-se-ão, além das indicações mencionadas no § 2.º do artigo 31.º, as

observaçõs correspondentes aos exames a seguir indicados: Anamnese: 1.º Antecedentes patológicos; 2.º Antecedentes familiares; 3.º Passado desportivo; 4.º Passado profissional; 5.º Hábitos. Exame biométrico: 1.º Peso; 2.º Estatura de pé; 3.º Capacidade vital (indicar o tipo de aparelho); 4.º Tempo de apneia voluntária. Exame laboratorial (sumário): 1.º Análise de urinas - pesquisa de albumina. glicose e sangue oculto; 2.º Velocidade de sedimentação do sangue (eventual).

Artigo 34.º

São competentes, para efeitos do disposto no § 2.º do artigo 31.º, os médicos dos organismos desportivos e, para os efeitos do que se dispõe no artigo 32.º, qualquer médico. § 1.º Em qualquer tempo a Direcção-Geral pode mandar examinar os desportistas por um médico dos

desportos ou outro por ela expressamente designado. § 2.º Das decisões pronunciadas pelos médicos cabe recurso para uma junta constituída pelo médico

recorrido e por dois médicos designados pela Direcção-Geral, servindo de presidente um destes.

§ 3.º No caso de oposição entre os exames dos médicos, prevalecerá o juízo formulado pelo médico

dos desportos ou designado pela Direcção-Geral até à decisão da junta.

b) Cursos de ginástica

Artigo 35.º

Os organismos que tenham como algum dos seus fins promover a prática de desportos são obrigados a instituir, salvo impossibilidade absoluta, devidamente comprovada, aulas de ginástica dirigidas por agentes de ensino devidamente habilitados, sob pena de lhes ser vedado o exercício da sua actividade. § único. Só poderão assumir a direcção e responsabilidade das aulas a que se refere este artigo os titulares de diplomas reconhecidos pelo Ministério da Educação Nacional. Nota: Redacção do artigo 35.º dada pelo Decreto n.º 356/71, de 17 de Agosto. A redacção deste artigo já havia sido alterada pelo Decreto n.º 33 556, de 24 de Fevereiro de 1944.

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A redacção do artigo 35.º do Decreto n.º 32 946, com as alterações introduzidas ao § 1.º pelo Decreto n.º 33 556, de 24 de Fevereiro de 1944 é a seguinte:

"Artigo 35.º

Os organismos que tenham como algum dos seus fins promover a prática de desportos da classe A são obrigados a instituir, dentro do prazo de um ano, salvo impossibilidade absoluta, devidamente comprovada, cursos de ginástica dirigidos por pessoas habilitadas, sob pena de lhes ser vedado o exercício da sua actividade. § 1.º Só poderão assumir a direcção dos cursos a que se refere este artigo os diplomados com os

cursos do Instituto Nacional de Educação Física, das antigas Escola Superior de Educação Física da Sociedade de Geografia, Escola de Educação Física do Exército, Escola de Educação Física do Campo Entrincheirado de Lisboa, Escola de Educação Física dos Oficiais da Armada, curso normal de educação física ou de escolas estrangeiras de reconhecido mérito e os indivíduos a isso autorizados pela Direcção-Geral.

§ 2.º A autorização só poderá ser concedida aos indivíduos que satisfizerem aos seguintes requisitos:

a) Não terem menos de 18 anos de idade; b) Não sofrerem de moléstia contagiosa; c) Possuírem a necessária aptidão física; d) Apresentarem limpo o respectivo certificado do registo criminal e policial; e) Terem bom comportamento moral e civil; f) Prestarem a declaração a que se refere o artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 27 003; g) Terem ministrado educação física anteriormente à entrada em vigor do presente regulamento

pelo menos durante três anos;

§ 3.º A Direcção-Geral poderá em qualquer altura retirar a autorização." A redacção originária do § 1.º do artigo 35.º dada pelo Decreto n.º 32 946, é a seguinte: "§ 1.º Só poderão assumir a direcção dos cursos a que se refere este artigo os diplomados com os

cursos do Instituto Nacional de Educação Física, das antigas Escola Superior de Educação Física da Sociedade de Geografia, Escola de Educação Física do Exército, Escola de Educação Física do Campo Entrincheirado de Lisboa, curso normal de educação física ou de escolas estrangeiras de reconhecido mérito e os indivíduos a isso autorizados pela Direcção-Geral."

Artigo 36.º

(Revogado)

Nota: O artigo 36.º do Decreto n.º 32 946 foi revogado pelo artigo 2.º do Decreto n.º 356/71, de 17 de Agosto. A redacção originária deste artigo é a seguinte:

"Artigo 36.º

Concedida a autorização será passado o respectivo diploma pela Inspecção do Ensino Particular, que o cancelará logo que seja cancelada a autorização."

Artigo 37.º

É obrigatória para os indivíduos que praticam regularmente desporto da classe A a frequência assídua de curso de ginástica adequado. § 1.º A falta de aproveitamento, verificada pelo professor do curso, importa para o desportista a

proibição da prática de desportos daquela classe.

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§ 2.º São responsáveis pela infracção do preceituado neste artigo o desportista e o organismo que lhe permitir a prática daqueles desportos.

c) Serviços administrativos

Artigo 38.º

Até 30 de Novembro de cada ano as federações, associações e clubes desportivos do continente e ilhas adjacentes enviarão à Direcção-Geral os projectos dos orçamentos para o ano seguinte. § único. Exceptuam-se do disposto neste artigo os organismos cujas receitas globais previstas sejam inferiores a 40 000$ por ano.

Artigo 39.º

Até 20 de Dezembro de cada ano a Direcção-Geral comunicará aos organismos desportivos a aprovação ou rejeição dos respectivos orçamentos ou as alterações neles introduzidas.

Artigo 40.º

A Direcção-Geral poderá, sempre que o entender conveniente, fazer verificar por pessoas da sua escolha a regularidade da execução do orçamento.

Artigo 41.º (Revogado)

Nota: O artigo 41.º do Decreto n.º 32 946 foi revogado pelo Decreto-Lei n.º 501/77, de 29 de Novembro. A redacção do artigo 41.º já havia sido alterado pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A Redacção do artigo 41.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965 é a seguinte:

"Artigo 41.º

O Fundo de Auxílio a Organismos Desportivos continuará a reger-se pelo disposto nos Decretos-Leis n.os 35 992 e 42 085, respectivamente de 23 de Novembro de 1946 e de 3 de Janeiro de 1959." A redacção originária deste artigo, dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 41.º

Em todos os organismos desportivos cujas receitas anuais previstas sejam inferiores a 40 000$ será criado um fundo destinado a fins de expansão desportiva. § 1.º A importância correspondente à taxa de $50 lançada pela Federação Portuguesa de Futebol

sobre cada bilhete de entrada nas competições internacionais e oficiais de futebol constituirá um fundo especial de expansão desportiva daquela Federação.

§ 2.º Os fundos a que se referem este artigo e o § 1.º serão administrados pelo organismo respectivo

e orçamentados em separado, ficando também estes orçamentos sujeitos à aprovação e fiscalização da Direcção-Geral."

O Fundo de Auxílio a Organismos Desportivos - FAOD, organismo criado pelo Decreto-Lei n.º 35 992, de 23 de Novembro de 1946, foi extinto pelo Decreto-Lei n.º 501/77, de 29 de Novembro.

Artigo 42.º

As federações poderão instituir ou promover a instituição, nos clubes seus filiados, de fundos, com administração autónoma, destinados a fins de solidariedade desportiva.

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Artigo 43.º

Sempre que um organismo desportivo se dedicar acessòriamente à realização de fins não desportivos, criará contabilidade distinta para esse ramo de actividade.

Artigo 44.º

O contrato de técnicos estrangeiros pelos organismos desportivos depende da autorização da Direcção-Geral.

d) Outras obrigações

Artigo 45.º

1 - Os clubes que disputarem o Campeonato Nacional de Futebol da 1.ª Divisão deverão dispor de campo arrelvado, não podendo qualquer jogo daquele campeonato ser disputado em campo não arrelvado. 2 - Os clubes da 1.ª divisão que não disponham de campo arrelvado deverão, antes do sorteio do campeonato nacional, comunicar à Federação Portuguesa de Futebol qual o campo arrelvado que utilizarão para os jogos que lhes competiria disputar em campo próprio, para que aquela Federação possa organizar o calendário dos jogos com indicação dos respectivos campos. Nota: Redacção do artigo 45.º dada pelo Decreto do Governo n.º 18/84, de 18 de Abril. Nos termos das disposições do artigo 2.º deste diploma, os princípios estabelecidos nos artigos 45.º e 47.º do Decreto n.º 32 946, na redacção que lhes é dada pelo supracitado diploma serão aplicáveis a partirt da época de 1984-1985, inclusive. O artigo 45.º do Decreto n.º 32 946 já havia sido alterado pelo Decreto n.º 356/71, de 17 de Agosto. A redacção do artigo 45.º dada pelo Decreto n.º 356/71, de 17 de Agosto é a seguinte:

"Artigo 45.º

Os campos de futebol pertencentes aos clubes da 1.ª divisão são arrelvados. § 1.º A obrigação imposta no corpo deste artigo deverá ser cumprida, pelos clubes que venham a ter

acesso à 1.ª divisão, no prazo de dois anos, a contar da sua nova classificação. § 2.º O prazo estabelecido no parágrafo antecedente será reduzido a um ano sempre que ao clube

seja facultada pela Federação Portuguesa de Futebol a verba necessária para o arrelvamento do campo."

A redacção originária do artigo 45.º é a seguinte:

"Artigo 45.º

Os campos de futebol pertencentes aos clubes da 1.ª divisão serão arrelvados até 31 de Agosto de 1945, salvo motivo de força maior, como tal reconhecido pela Direcção-Geral, sob pena de não ser consentida a esses clubes a inscrição nas provas oficiais. § único. A obrigação imposta neste artigo aos clubes da 1.ª divisão deverá ser cumprida pelos que de

futuro forem classificados nessa divisão, dentro de dois anos a partir da data da classificação."

Artigo 46.º

Aos clubes que disputarem o Campeonato Nacional de Futebol da 2.ª Divisão ser-lhes-ão aplicáveis os princípios estabelecidos no artigo anterior a partir da época de 1989-1990, inclusive.

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Nota: Redacção do artigo 46.º dada pelo Decreto do Governo n.º 18/84, de 18 de Abril. A redacção originária deste artigo dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 46.º

A partir de 31 de Agosto de 1946 nenhuma prova oficial de futebol das 1.ª e 2.ª divisões poderá realizar-se nas cidades de Lisboa, Porto e Coimbra em campos não arrelvados, salvo caso de impossibilidade devidamente comprovada. § único. Esta medida poderá ser ampliada a outras cidades por decisão da Direcção-Geral."

Artigo 47.º

1- Os jogos de futebol da Taça de Portugal, a partir dos oitavos de final, inclusive, as finais dos campeonatos nacionais das categorias de juniores e juvenis e os jogos do torneio de competência para a 1.ª divisão serão disputados em campo arrelvado.

2- Os clubes que não dispuserem de campo próprio arrelvado para disputarem os jogos que

nele se deveriam efectuar deverão, antes do respectivo sorteio, indicar à Federação um campo arrelvado para o efeito.

Nota: Redacção do artigo 47.º dada pelo Decreto do Governo n.º 18/84, de 18 de Abril. A redacção originária deste artigo dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 47.º

As competições internacionais e as finais dos campeonatos de futebol realizar-se-ão, salvo autorização em contrário da Direcção-Geral, em campos arrelvados, sempre que os haja nas localidades em que tiverem lugar aquelas competições."

III - Das comparticipações desportivas

Das categorias de competições e da sua organização

Artigo 48.º

São as seguintes as categorias de competições desportivas:

a) Oficiais - as organizadas pelas federações e associações e bem assim as que como tal forem expressamente classificadas pela Direcção-Geral;

b) Internacionais - as oficiais que se realizarem entre nacionais e representantes de países ou organismos desportivos estrangeiros;

c) Particulares - as organizadas por clubes, integradas ou não na hierarquia desportiva.

Artigo 49.º As competições desportivas, qualquer que seja a sua categoria, só poderão ter lugar dentro das épocas próprias, fixadas pela Direcção-Geral. § único. Excepcionalmente, porém, quando tal se justifique, poderá a Direcção-Geral autorizar a realização de jogos ou competições fora da época estabelecida.

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Nota: Redacção do artigo 49.º dada pelo Decreto n.º 356/71, de 17 de Agosto. A redacção inicial deste artigo dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 49.º

As competições desportivas, qualquer que seja a sua categoria, só poderão ter lugar dentro das épocas próprias, a fixar anualmente pela Direcção-Geral, conforme as circunstâncias do lugar e a natureza do desporto. Excepcionalmente, poderá o Ministro da Educação Nacional autorizar, sob proposta da Direcção-Geral, que se realizem fora da época."

Artigo 50.º

A realização no País de competições internacionais, bem como a deslocação ao estrangeiro de equipas ou desportistas portugueses para tomarem parte em competições, dependem de autorização especial do Ministro da Educação Nacional.

Artigo 51.º

As federações e associações devem submeter à aprovação da Direcção-Geral, até dez dias antes do início da época desportiva, os calendários das provas oficiais e, até à antevéspera de cada uma destas, o respectivo programa, com indicação dos locais e horários das competições a realizar. § único. Serão entregues aos organismos desportivos duplicados dos programas aprovados, devidamente autenticados pelo director-geral, para efeito de visto da Inspecção dos Espectáculos.

Nota: Redacção do artigo 51.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial deste artigo, dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 51.º

As federações e associações devem submeter, até dez dias antes do início da época desportiva, à aprovação da Direcção-Geral os calendários e, antes do início de cada prova oficial, os horários das competições a realizar, as listas dos clubes concorrentes, dos jogadores inscritos, dos árbitros, juízes e fiscais designados e os locais escolhidos."

Artigo 52.º

A realização de competições desportivas particulares depende de autorização das federações ou associações respectivas, nas condições que lhes forem determinadas pela Direcção-Geral. § 1.º No caso de algum dos clubes competidores não estar integrado na hierarquia desportiva pode a

autorização ser solicitada directamente à Direcção-Geral. § 2.º A autorização da Direcção-Geral será solicitada por intermédio dos delegados locais ou

regionais em requerimentos acompanhados do projecto de regulamento da competição, do plano de assistência médica e do termo de responsabilidade técnica e administrativa.

Artigo 53.º

A autorização para competições particulares, que será passada em triplicado, pode ser concedida para uma competição ou para uma série de competições a disputar no prazo máximo de 30 dias. § único. Um dos exemplares da autorização será arquivado na Direcção-Geral, outro ficará em poder

dos organizadores da competição e o terceiro deverá ser entregue ao organismo proprietário do campo ou recinto em que esta se realizar.

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Artigo 54.º

O policiamento dos campos e recintos onde se realizem competições desportivas ficará a cargo do organismo proprietário daqueles ou da entidade organizadora da competição.

Artigo 55.º

É obrigatória a assistência às competições desportivas de um delegado da entidade que as promove.

Artigo 56.º

Na realização das competições particulares serão observadas as normas estabelecidas para as competições oficiais.

Artigo 57.º

É reservada à Mocidade Portuguesa a organização de competições desportivas escolares, com excepção das realizadas no âmbito do ensino superior. Nota: Redacção do artigo 57.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial deste artigo, dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 57.º

É reservada à Mocidade Portuguesa a organização de competições desportivas estritamente escolares e a fiscalização daquelas em que participarem apenas menores de 18 anos."

Dos participantes nas competições desportivas

Artigo 58.º

Só podem inscrever-se para a disputa de competições oficiais ou particulares as pessoas que possuírem a respectiva licença ou autorização especial da Direcção-Geral. § 1.º As licenças serão passadas pelas federações e associações ou pelo organismo oficial a que

pertencerem os concorrentes ou ainda pela Direcção-Geral, tratando-se de filiados em clubes não integrados em hierarquia desportiva; as autorizações especiais serão sempre passadas pela Direcção-Geral.

§ 2.º Da licença de cada desportista constará a indicação do organismo que representa. § 3.º É obrigatória a apresentação da licença ou da autorização especial ao júri ou árbitro que

presidir às competições.

Artigo 59.º

São condições para a obtenção da licença a que se refere o artigo anterior:

a) Ter, pelo menos, 16 anos de idade; b) Possuir a necessária aptidão física, comprovada por um centro de medicina desportiva

reconhecido pela Direcção-Geral, ou atestada por um médico do respectivo organismo desportivo quando, por motivos ponderosos, a Direcção-Geral dispensar o parecer de um centro;

§ 1.º O Ministro pode autorizar a concessão de licença a indivíduos com menos de 16 anos, mediante

parecer favorável dos serviços de educação física da Organização Nacional Mocidade Portuguesa ou Mocidade Portuguesa Feminina e proposta da Direcção-Geral, devendo ser rigorosamente observadas as prescrições disciplinares e médicas estabelecidas no despacho de autorização.

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Nota: Redacção do artigo 59.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial deste artigo, dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 59.º

São condições para a obtenção da licença a que se refere o artigo anterior:

a) Ter, pelo menos, 18 anos de idade; b) Possuir a necessária aptidão física comprovada por atestado passado expressamente para

este efeito por médicos da Direcção-Geral ou dos respectivos organismos desportivos, ou ainda por qualquer médico, desde que não estejam integrados em algum dos elementos da organização desportiva;

c) Ter bom comportamento moral e civil; d) Ter ficha médica actualizada no respectivo clube, se for caso disso; e) Frequentar com assiduidade e aproveitamento um curso de ginástica adequado;

f) Satisfazer aos requisitos estabelecidos nos regulamentos especiais aplicáveis à competição.

§ 1.º O Ministro poderá autorizar, ouvidas a Organização Nacional Mocidade Portuguesa e a

Direcção-Geral, a passagem da licença a menores de 18 anos, devendo, porém, ser rigorosamente observadas, quanto a esses menores, as prescrições disciplinares e médicas estabelecidas pela mesma Organização Nacional.

§ 2.º Poderá a Direcção-Geral, em casos especiais, dispensar a condição da alínea e) deste artigo."

Artigo 60.º

As condições de inscrição de estrangeiros para a disputa de competições oficiais ou particulares serão as estabelecidas pelas respectivas federações, com a aprovação do Ministro da Educação Nacional. § 1.º Nas provas de equipa o número de jogadores estrangeiros não poderá ultrapassar um terço do

total. § 2.º Exceptuam-se, a partir da época de 1967-1968, inclusive, as provas de equipa disputadas nas

modalidades abertas aos praticantes não amadores e profissionais, porque, nessas, cada clube apenas poderá utilizar um estrangeiro em cada jogo ou competição.

Nota: Redacção do artigo 60.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial deste artigo, dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 60.º

As condições de inscrição de estrangeiros para a disputa de competições oficiais ou particulares são as estabelecidas para os portugueses, mas nas provas de equipa o número de jogadores estrangeiros não poderá ultrapassar um terço do total."

Artigo 61.º

Em competições oficiais os desportistas só podem representar o clube ou organismo indicado na sua licença, salvo tratando-se de competições entre selecções.

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Artigo 62.º

O desportista que alguma vez tenha estado inscrito como representante de um clube para a disputa de competições oficiais só poderá mudar de clube depois de a isso autorizado pela respectiva federação, observadas as disposições regulamentares estabelecidas de acordo com o artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 45 750, de 3 de Junho de 1964.

Nota: Redacção do artigo 62.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial deste artigo, dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 62.º

O desportista que uma vez tiver sido inscrito como representante de um clube para a disputa de competições oficiais só poderá mudar de clube depois de autorizado a isso pela Direcção-Geral. § 1.º As transferências serão autorizadas apenas nos seguintes casos:

a) Mudança de residência, por motivo justificado, do desportista para outra localidade; b) Existência de motivo legítimo de incompatibilidade com o meio; c) Impossibilidade, para jogador de comprovados recursos, de progredir por falta de condições

no clube a que pertence. § 2.º Os pedidos de transferência serão formulados pelos desportistas no fim da época à Direcção-

Geral por intermédio da respectiva federação. § 3.º Salvo o caso previsto na alínea a) do presente artigo, ou ainda casos excepcionais, assim

reconhecidos pelo Ministro, a transferência só será autorizada após a permanência de três anos no clube.

§ 4.º A transferência efectuar-se-á, em regra, para clubes da mesma divisão e estes poderão ser, se

isso se reputar aconselhável, indicados pela federação. § 5.º A infracção do disposto neste artigo importa a irradiação dos infractores de todos os organismos

desportivos."

Artigo 63.º

A designação dos representantes portugueses em competições desportivas internacionais será feita pela respectiva federação ou associação, ficando, porém, sujeita a homologação da Direcção-Geral. § único. A preparação técnica dos desportistas para as competições a que se refere o presente artigo será realizada segundo planos aprovados pela Direcção-Geral.

Artigo 64.º

Salvo casos de impossibilidade, devidamente comprovados pela Direcção-Geral, nenhum desportista poderá recusar-se a fazer parte das selecções oficialmente autorizadas ou reconhecidas. § único. A recusa fora dos casos previstos no artigo anterior e as faltas não justificadas aos treinos ou provas de apuramento das selecções importam a perda de licença.

Dos júris, juízes, árbitros, fiscais e cronometristas

Artigo 65.º

As entidades com funções de decisão, consulta ou fiscalização nas competições, tais como os membros de júris, os juízes de campo, os árbitros, os juízes de linha e os fiscais, agrupam-se em corporações correspondentes às diferentes modalidades desportivas, constituindo hierarquias autónomas.

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Artigo 66.º

As corporações a que se refere o artigo anterior são independentes das federações, associações ou clubes e dirigidas por comissões centrais, directamente subordinadas à Direcção-Geral. § único. Sempre que tal se justifique, poderão as corporações ser integradas nas federações ou

associações, constituindo sector destas. Nota: O § único do artigo 66.º foi aditado pelo Decreto n.º 356/71, de 17 de Agosto.

Artigo 67.º

As comissões centrais funcionam junto da respectiva federação e são compostas de um presidente, escolhido pelo director-geral, e do número de vogais fixado nos respectivos estatutos ou regulamentos, onde se estabelecerá também o modo da sua designação. § único. Aos referidos vogais é aplicável o disposto no § 1.º do artigo 26.º

Nota: Redacção do artigo 67.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial deste artigo, dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 67.º

As comissões centrais funcionam junto da respectiva federação ou associação e são compostas de um presidente, escolhido pela Direcção-Geral, e de dois vogais, um designado pela federação ou associação e outro eleito em assembleia geral da corporação, sujeitos a confirmação do Ministro da Educação Nacional."

Artigo 68.º

As comissões centrais podem exercer a sua actividade através de comissões distritais que funcionem junto das respectivas associações e são compostas de um presidente, escolhido pelo director-geral, e do número de vogais fixado nos respectivos estatutos ou regulamentos, onde se estabelecerá também o modo da sua designação. § único. Aos referidos vogais é aplicável o disposto no § 1.º do artigo 25.º

Nota: Redacção do artigo 68.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial deste artigo, dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 68.º

As comissões centrais poderão exercer a sua acção através de comissões distritais que funcionem junto das respectivas associações ou clubes e são compostas de três membros, sendo o presidente escolhido pela Direcção-Geral, um dos vogais designado pela comissão central e outro eleito pela associação regional, sujeitos a confirmação do Ministro da Educação Nacional."

Artigo 69.º

A classificação dos componentes de cada corporação poderá ser feita em duas ou três categorias, consoante as habilitações e provas dadas e as necessidades da modalidade desportiva.

Artigo 70.º

As comissões centrais deverão elaborar os seus regulamentos próprios, que serão submetidos à apreciação da Direcção-Geral até 90 dias depois de constituídas.

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Artigo 71.º

Compete às comissões centrais: 1º Regulamentar, dirigir e fiscalizar o recrutamento, preparação técnica e actuação dos júris, juízes,

árbitros, fiscais e cronometristas, bem como classificá-los; 2º Exercer acção disciplinar sobre os elementos que constituem a corporação; 3º Organizar e manter actualizada a ficha de cada um dos componentes da corporação, registando

as respectivas funções, tempo e qualidade de serviço, categorias, castigos e louvores; 4º Nomear os júris, juízes, árbitros, fiscais e cronometristas para as competições da federação e

para as competições interassociações e internacionais; 5º Cumprir e fazer cumprir o regulamento da federação respectiva; 6º Velar pela integral aplicação das leis do jogo; 7º Corresponder-se directamente com a Direcção-Geral, mantendo-a ao corrente da sua actividade; 8º Orientar e fiscalizar a actividade das comissões distritais.

Artigo 72.º

Compete às associações distritais: 1º Auxiliar a comissão central no recrutamento, preparação técnica, selecção e classificação dos

júris, juízes, árbitros, fiscais e cronometristas, sob a sua imediata direcção; 2º Organizar os processos disciplinares relativos a faltas cometidas pelos componentes da

corporação ou quadro que lhes estão subordinados, propondo as penalidades; 3º Designar os júris, juízes, árbitros, fiscais e cronometristas para as competições e provas oficiais,

organizadas pelas associações e para as particulares; 4º Cumprir e fazer cumprir o regulamento da corporação e da associação respectiva; 5º Velar pela integral aplicação das leis do jogo; 6º Elaborar o relatório da gerência;

Artigo 73.º

Os membros das comissões centrais e das comissões distritais não podem ocupar cargos nos corpos gerentes de outros organismos desportivos nem disputar provas oficiais.

IV - Regime disciplinar

Artigo 74.º

Considera-se infracção disciplinar o acto praticado voluntariamente pelos desportistas ou pelos organismos desportivos, com violação dos deveres regulamentares. § 1.º Os clubes podem ser responsabilizados pelas infracções disciplinares cometidas nos recintos

desportivos pelos seus adeptos. § 2.º As penalidades aplicadas aos organismos podem abranger os seus filiados.

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Artigo 75.º

A pena só pode ser suspensa por determinação da Direcção-Geral.

Artigo 76.º

As penas aplicáveis por infracções disciplinares são:

1.º Advertência; 2.º Repreensão verbal ou por escrito; 3.º Multa até 10 000$; 4.º Suspensão de actividade até dois ano; 5.º Suspensão de actividade de dois a seis anos; 6.º Irradiação ou dissolução.

Nota: Redacção do artigo 76.º dada pelo Decreto n.º 356/71, de 17 de Agosto. A redacção inicial deste artigo dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 76.º

As penas aplicáveis aos desportistas e organismos desportivos são:

1.º Advertência; 2.º Repreensão verbal ou por escrito; 3.º Multa até 5 000$; 4.º Suspensão de actividade até um ano; 5.º Suspensão de actividade de um a três anos; 6.º Irradiação ou dissolução."

Artigo 77.º

As penas dos n.os 2.º e seguintes são sempre registadas no processo do infractor. § único. As amnistias não destruem os efeitos já produzidos pela aplicação da pena nem determinam,

relativamente ao castigo aplicado, o cancelamento do registo.

Artigo 78.º

A pena de multa importa para o infractor a suspensão do exercício da sua actividade desportiva até pagamento integral.

Artigo 79.º

As penas dos n.os 4 e 5 do artigo 76.º importam, em regra, a proibição do exercício da actividade desportiva em que foi cometida a falta. Pode contudo, conforme a gravidade desta, tornar-se extensiva a quaisquer outras actividades desportivas. Neste caso, isso se especificará no despacho de punição.

Artigo 80.º

A competência disciplinar sobre os desportistas, juizes, árbitros ou fiscais pertence à Direcção-Geral e aos vários elementos das hierarquias desportivas, nos termos seguintes:

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1º A do n.º 1 pode ser aplicada por todos os que tiverem autoridade hierárquica sobre os infractores; 2º As restantes podem ser aplicadas pelas direcções dos clubes, colégios ou comissões a que

pertencerem os infractores ou pelas dos organismos de hierarquia superior. § 1.º Da decisão que aplicar qualquer das penas dos n.os 3 e seguintes do artigo 76.º há sempre

recurso para os órgãos superiores ou jurisdicionais da hierarquia desportiva, ou para a Direcção-Geral.

§ 2.º A aplicação de uma pena pela Direcção-Geral ou comunicação de que foi por ela mandado

instaurar processo disciplinar faz cessar a competência disciplinar de todos os outros órgãos da hierarquia desportiva.

Artigo 81.º

A competência disciplinar sobre os organismos desportivos pertence à Direcção-Geral e aos órgãos superiores da respectiva hierarquia. § único. É aplicável aos casos deste artigo o que se dispõe no § 2º do artigo anterior.

Artigo 82.º

Das decisões que aplicam as penas dos n.os 5.º e 6.º há sempre recurso para o Ministro, só com efeito devolutivo. § único. Da decisão do Ministro não há recurso.

Artigo 83º

A competência disciplinar do superior abrange sempre a do inferior.

Artigo 84.º

As penas dos n.os 1.º e 2.º do artigo 76.º serão aplicadas por faltas leves.

Artigo 85.º

A pena do n.º 3 do artigo 76.º é aplicável, em regra, aos organismos por faltas cometidas pelos seus filiados ou praticadas nos locais de desporto sob sua guarda ou vigilância. § único. A aplicação desta pena é independente do procedimento disciplinar adoptado contra os

autores ou cúmplices da infracção.

Artigo 86.º

As penas dos n.os 4.º e 5.º serão aplicadas aos casos seguintes:

a) Não acatamento das leis do jogo e normas gerais de correcção desportiva; b) Negligência ou erro grave no exercício das funções de direcção e fiscalização; c) Injúrias ou agressão aos competidores e público; d) Desacordo, protestos e desobediência públicos contra decisões das pessoas que exercem

funções de direcção e fiscalização.

Artigo 87.º

A pena do n.º 6 é aplicável, em geral, àqueles que por actos e factos se revelem indignos e incapazes de se adaptar às normas de correcção desportiva e, em especial, nos casos de: 1º Agressão, injúria ou desrespeito grave praticados pùblicamente nos locais de desporto contra

pessoas que exercem funções de direcção ou fiscalização;

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2º Prática de actos desonrosos; 3º Prática de actos manifestamente contrários à ordem constitucional estabelecida;

Artigo 88.º

Poderá ser determinada a interdição temporária dos locais de desporto em que se tenham verificado factos contra a ordem e disciplina desportiva, independentemente da aplicação de qualquer procedimento disciplinar contra os responsáveis.

Artigo 89.º Durante as competições desportivas serão sempre respeitadas as decisões dos júris, juízes ou árbitros e não podem ser reparadas senão depois de finda a competição, mediante processo regular, que será julgado dentro do prazo máximo de oito dias. § único. Quando o entenda necessário para impor a sua autoridade, o júri ou árbitro poderá pedir a intervenção da força pública.

Artigo 90.º

As penalidades por faltas cometidas em campo serão, em regra, aplicadas em face dos boletins dos júris, juízes ou árbitros e dos relatórios dos delegados ou outros representantes da hierarquia desportiva ou da Direcção-Geral. Quando estes elementos se mostrarem insuficientes para decidir, será ordenado inquérito.

Artigo 91.º

A aplicação das penas não depende de forma particular do processo.

V - Disposições diversas

Artigo 92.º

O Ministro da Educação Nacional fixará em portaria as pessoas com acesso a todos os recintos desportivos do território metropolitano e as condições desse acesso. Nota: Redacção do artigo 92.º dada pelo Decreto n.º 46 476, de 9 de Agosto de 1965. A redacção inicial deste artigo, dada pelo Decreto n.º 32 946 é a seguinte:

"Artigo 92.º

O director-geral, os inspectores e os médicos dos desportos têm entrada livre nos recintos desportivos de todo o País. § único. Os delegados regionais ou locais, bem como os médicos escolares com atribuições de

médicos dos desportos, têm entrada livre nos recintos desportivos da área em que exercem a sua competência."

Artigo 93.º

Em todas as competições desportivas será reservado para o director-geral e seus delegados o camarote central; na falta de camarotes serão reservados cinco lugares de 1.ª categoria.

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Artigo 94.º

As licenças para a realização de espectáculos públicos em cujos programas figurem provas de competições desportivas só serão concedidas pela Inspecção dos Espectáculos depois de autorizada a realização dessas provas pela Direcção-Geral.

Artigo 95.º

Os delegados regionais ou locais poderão propor à Direcção-Geral que, em localidades da área em que exercem a sua competência, sejam conferidos eventualmente poderes para assistir a competições desportivas, como representantes da Direcção-Geral, a pessoas de reconhecida idoneidade.

Artigo 96.º

As federações e associações remeterão à Direcção-Geral os boletins e relatórios dos júris, juízes, árbitros e dos seus delegados em competições oficiais, juntamente com cópia dos despachos que aplicarem castigos.

Artigo 97.º

Todos os casos omissos neste regulamento serão resolvidos pelo Ministro da Educação Nacional. Publique-se e cumpra-se como nele se contém. Paços do Governo da República, 3 de Agosto de 1943. – ANTÓNIO ÓSCAR DE FRAGOSO CARMONA- António de Oliveira Salazar - Mário de Figueiredo.