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1 JURÍDICO SOCOPA ADM FUNDOS REGULAMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS HEXA CRÉDITO CONSIGNADO PRIVADO I SÃO PAULO, 27 DE JUNHO DE 2017

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REGULAMENTO DO

FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS HEXA CRÉDITO CONSIGNADO PRIVADO I

SÃO PAULO, 27 DE JUNHO DE 2017

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REGULAMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS HEXA CRÉDITO CONSIGNADO

PRIVADO I

CAPÍTULO I – FUNDO, DEFINIÇÕES E PÚBLICO ALVO Artigo 1º: O FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS HEXA CRÉDITO CONSIGNADO PRIVADO I é um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios constituído sob a forma de condomínio fechado, com prazo de duração indeterminado,

regido pelo presente Regulamento e pelas disposições legais e regulamentares que lhe forem aplicáveis. Parágrafo 1º: Para o efeito do disposto no presente Regulamento e nas disposições legais e regulamentares que lhe são aplicáveis, considera-se: I. ADMINISTRADORA: SOCOPA - SOCIEDADE CORRETORA PAULISTA S.A., instituição financeira com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 1.355, 3º andar, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 62.285.390/0001-40, autorizada pela CVM a exercer a atividade de administração de títulos e valores mobiliários mediante Ato Declatratório nº 1153, de 09 de novembro de 1989;

II. Agência Classificadora de Risco: a agência classificadora de risco que vier a ser selecionada para cada classe ou série de cotas, conforme previsão no artigo que indicar as características as referidas cotas ou no respectivo Suplemento;

III. Agentes Cobradores (de Créditos Vencidos e Não Pagos): RENTA GESTÃO DE RECURSOS LTDA., com sede na Cidade e no Estado do Rio de Janeiro, na Av. Almirante Barroso, nº 2 – sala 401 – parte, Centro, inscrita no CNPJ sob o nº 02.604.993/0001-36; e GRUPO SUPPORT ASSESSORIA EMPRESARIAL – Epp, com sede na Cidade e no Estado do Rio de Janeiro, na Avenida Presidente Vargas, nº 435, Salas 1402 a 1405, inscrita no CNPJ sob o nº 00.550.523/0001-01.

IV. AUDITOR: KPMG Auditores Independentes, sociedade com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Dr. Renato Paes de Barros, nº 33, 13° andar, inscrita no CNPJ sob o nº 57.755.217/0001-29; V. BACEN: o Banco Central do Brasil; VI. BM&FBOVESPA: BM&FBOVESPA S.A. –BOLSA DE VALORES, MERCADORIAS E FUTUROS, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua XV de Novembro, nº 275 e inscrita no CNPJ/MF sob nº 02.584.094/0001-19;

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VII. Cedente: a LECCA, abaixo definida;

VIII. CETIP: CETIP S.A. – MERCADOS ORGANIZADOS, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 1663, 1º andar; IX. Condições de Cessão: as condições de cessão de direitos de crédito ao FUNDO conforme estabelecido no Artigo 9º deste Regulamento; X. Contrato de Cessão: o Contrato de Promessa de Cessão de Direitos de Crédito sem Coobrigação e Outras Avenças a ser celebrado entre o FUNDO e a Cedente em conjunto com os eventuais Termos de Cessão que decorrerem do citado instrumento; XI. Contrato de Cobrança: o Contrato de Prestação de Serviços de Cobrança de

Direitos Creditórios, Depósito de Documentos e Outras Avenças, celebrado com o Agente de Cobrança; XII. Contratos de Empréstimo: os contratos de mútuo e as cédulas de crédito bancário celebrados entre LECCA e os respectivos Devedores; XIII. Convênios: os convênios celebrados entre a LECCA e as Empresas Privadas Conveniadas; XIV. Cota(s): é um valor mobiliário de emissão do FUNDO que corresponde a uma fração ideal do seu patrimônio, sendo que cada cota confere aos seus titulares iguais

direitos e obrigações, nos termos do regulamento, podendo futuramente, por decisão da assembleia geral de cotistas haver a conversão ou criação de cotas subordinadas;

XV. Cotistas: os investidores que venham a adquirir Cotas de emissão do FUNDO;

XVI. Critérios de Elegibilidade: os critérios de elegibilidade dos direitos de crédito cedidos ao FUNDO conforme estabelecido no Artigo 10 deste Regulamento; XVII. CUSTODIANTE: SOCOPA - SOCIEDADE CORRETORA PAULISTA S.A., instituição financeira com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 1.355, 3º andar, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 62.285.390/0001-40;

XVIII. CVM: a Comissão de Valores Mobiliários; XIX. Data da 1a Integralização de Cotas: a data da primeira integralização de Cotas do FUNDO; XX. Devedores: Empregados Conveniados que celebraram Contratos de Empréstimo com consignação em folha de pagamento junto à LECCA;

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XXI. Dia(s) Útil(eis): Segunda a sexta-feira, exceto feriados de âmbito nacional ou dias

em que, por qualquer motivo, não houver expediente bancário ou não funcionar o mercado financeiro; XXII. Direitos de Crédito: cada prestação mensal originalmente devida pelo Devedor à Cedente, sempre em moeda corrente nacional, decorrente da contratação de empréstimo entre a LECCA e o Devedor; XXIII. Direitos de Crédito Elegíveis: os Direitos de Crédito oriundos e representados por Contratos de Empréstimo que atendam cumulativamente às Condições de Cessão e aos Critérios de Elegibilidade e que sejam cedidos ao FUNDO nos termos do Contrato de Cessão;

XXIV. Direitos de Crédito Inadimplidos: os Direitos de Crédito Elegíveis que não forem devidamente pagos na data de seus respectivos vencimentos; XXV. Documentos Representativos do Crédito: os documentos que lastreiam os Direitos Creditórios, a saber: as cópias dos documentos referentes aos convênios firmados entre a Cedente e as Empresas Privadas Conveniadas, os Contratos de Empréstimo e os termos de autorização para consignação em folha de pagamento emitidos por cada Devedor;

XXVI. Empregados Conveniados: são os empregados ativos de Empresas Privadas Conveniadas, regidos pela CLT, que tenham vínculo com o empregador há, no mínimo, 6 (seis) meses e autorizem expressamente a consignação em folha de pagamento, e que

podem vir a celebrar Contratos de Empréstimo com consignação em folha de pagamento junto à LECCA;

XXVII. Empresa Responsável pela Guarda: empresa especializada responsável pela

realização da guarda dos Documentos Representativos de Crédito do FUNDO, contratada pelo CUSTODIANTE e sob responsabilidade desse último, nos termos da legislação vigente e do contrato de prestação de serviços celebrado entre eles; XXVIII. Empresas Privadas Conveniadas: empresas privadas que estejam regularmente constituídas no Brasil há, no mínimo, 03 (três) anos e inscritas no cadastro nacional de pessoas jurídicas e cujo Grupo Econômico, tal como definido na legislação vigente, possua, no mínimo, 200 (duzentos) empregados, sendo que será mantida uma lista

atualizada das Empresas Privadas Conveniadas junto à GESTORA que, a cada nova versão, deverá disponibilizá-la a ADMINISTRADORA E ao CUSTODIANTE. XXIX. Eventos de Avaliação: as situações descritas no Artigo 52 do Regulamento; XXX. Eventos de Liquidação Antecipada: as situações descritas no Artigo 56 do Regulamento;

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XXXI. FUNDO: o FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS HEXA

CRÉDITO CONSIGNADO PRIVADO I,

XXXII. GESTORA: TERCON INVESTIMENTOS LTDA., sociedade limitada, com sede na Cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, na Rua Mariante, nº 288, 1004/1005, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 09.121.454/0001.95, autorizada pela CVM a exercer a atividade de administração de títulos e valores mobiliários mediante Ato Declatratório nº 13961, de 28 de abril de 2008; XXXIII. Instrução CVM 356: a Instrução CVM nº 356, de 17 de dezembro de 2001 e suas alterações; XXXIV. Instrução CVM 400: a Instrução CVM nº 400, de 29 de dezembro de 2003 e suas

alterações; XXXV. Instrução CVM 409: a Instrução CVM nº 409, de 18 de agosto de 2004 e suas alterações; XXXVI. Instrução CVM 476: a Instrução CVM n° 476, de 16 de janeiro de 2009; XXXVII. LECCA/Cedente: LECCA CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A., instituição financeira, com sede na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, na Rua do Carmo, 8, 11º andar, inscrita no CNPJ/MF sob nº 07.652.226/0001-16, e/ou sociedades coligadas, controladas e/ou sob controle comum, assim como seus sócios;

XXXVIII. Periódico: DCI – Diário Comércio, Indústria e Serviços XXXIX. Público-Alvo: Investidores qualificados conforme definido na regulamentação da CVM;

XL. Regulamento: o presente Regulamento do FUNDO;

XLI. Reserva de Amortização: a reserva constituída para o pagamento das amortizações das Cotas; XLII. Reserva de Caixa: a reserva constituída para pagamento das despesas e encargos do FUNDO, bem como para complementação da Reserva de Amortização;

XLIII. Suplemento: parte integrante do Regulamento que prevê e estabelece as principais regras para cada emissão de Cotas; XLIV. Taxa de Administração: taxa destinada à remuneração dos prestadores serviços de administração e custódia, indicada no artigo 11;

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XLIV Termo de Cessão: São os termos previstos no Contrato de Cessão e que contém

as particularidades de cada cessão de crédito que venha a ser firmada entre o Cedente e o FUNDO. Parágrafo 2º: A emissão inicial de Cotas terá prazo de duração e suas principais regras conforme definido no Suplemento da emissão inicial de Cotas deste Regulamento, nos termos do Anexo I deste Regulamento.

CAPÍTULO II – OBJETIVOS DO FUNDO Artigo 2º: É objetivo do FUNDO proporcionar aos Cotistas que se enquadrem no Público-Alvo, a valorização de suas Cotas, através da aplicação preponderante dos recursos do FUNDO na aquisição de Direitos de Crédito que não estejam vencidos e nem pendentes

de pagamento no momento da cessão para o FUNDO, representados por Contratos de Empréstimo, de acordo com os critérios de composição e diversificação estabelecidos pela legislação vigente e neste Regulamento. Parágrafo 1º: A aquisição de Cotas do FUNDO pelos Cotistas não representa qualquer garantia ou promessa do FUNDO, da ADMINISTRADORA, da GESTORA, do CUSTODIANTE e da Cedente acerca da rentabilidade das aplicações dos recursos do FUNDO. Parágrafo 2º: Resultados e rentabilidades obtidos pelo FUNDO no passado não representam quaisquer garantias de resultados ou rentabilidade futuros.

CAPÍTULO III – POLÍTICA DE INVESTIMENTO,

COMPOSIÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DA CARTEIRA Artigo 3º: O FUNDO alocará seus recursos preponderantemente na aquisição de Direitos de Crédito Elegíveis, de ativos financeiros e/ou modalidades operacionais disponíveis no

âmbito do mercado financeiro, observados os limites e as restrições previstas na legislação vigente e neste Regulamento. Artigo 4º: Decorridos 90 (noventa) dias do início das atividades, prorrogável por igual período nos termos da da Instrução CVM 356, o FUNDO deverá ter alocado, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) e, no máximo, 100% (cem por cento) de seus recursos na aquisição de Direitos de Crédito Elegíveis.

Artigo 5º: A parcela do patrimônio líquido do FUNDO que não estiver alocada em Direitos de Crédito Elegíveis poderá ser aplicada, isolada ou cumulativamente, em: a) títulos de emissão do Tesouro Nacional; b) títulos de emissão do BACEN; c) operações compromissadas, conforme previsto no Artigo 7º abaixo; e d) cotas de fundos de investimento de renda fixa e de fundos de investimento em cotas

de fundo de investimento de renda fixa, inclusive os classificados como Renda Fixa Crédito Privado, regulamentados pela Instrução da CVM n.° 409, de 18 de agosto de

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2004 e alterações posteriores (“Instrução CVM 409”) ou instrução da CVM que venha

a substitui-la. Parágrafo 1º: O FUNDO poderá realizar operações em que a ADMINISTRADORA, a GESTORA ou fundos de investimentos por ela administrados e/ou geridos figurem como contraparte do FUNDO, desde que com a finalidade exclusiva de realizar a gestão de caixa e liquidez do FUNDO. Parágrafo 2º: O FUNDO não poderá adquirir Direitos de Crédito da ADMINISTRADORA, da GESTORA, do CUSTODIANTE e do AGENTE DE COBRANÇA e/ou de sua coobrigação, bem como de seu controlador, de sociedades por ela direta ou indiretamente controladas e de coligadas ou outras sociedades sob controle comum.

Parágrafo 3º: O FUNDO não poderá realizar: i) aquisição de ativos ou aplicação de recursos em modalidades de investimento

de renda variável ou atrelados à variação cambial; e ii) operações de “day-trade”, assim consideradas aquelas iniciadas e encerradas no

mesmo dia, independentemente de o FUNDO possuir estoque ou posição anterior do mesmo ativo.

Parágrafo 6º: As aplicações no FUNDO não contam com garantia da ADMINISTRADORA, da GESTORA, do CUSTODIANTE ou do Fundo Garantidor de Créditos - FGC. Além disso, o FUNDO poderá realizar aplicações que coloquem em risco

parte ou a totalidade de seu patrimônio. Essas aplicações poderão consistir, dentre outras, na aquisição de Direitos de Crédito ou ativos financeiros que poderão ser inadimplidos ou ter rentabilidade inferior à esperada.

Parágrafo 7º: Poderão haver pré-pagamentos dos Direitos de Crédito parcial ou

totalmente por solicitação dos Devedores.

Artigo 6º: O FUNDO poderá realizar operações em mercados de derivativos, exclusivamente com o objetivo de proteger posições detidas à vista, até o limite destas (“Hedge”).

Parágrafo 1º: As operações podem ser realizadas tanto em mercados administrados por bolsas de mercadorias e de futuros, quanto no de balcão, nesse caso desde que devidamente registradas em sistemas de registro e de liqüidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil; Parágrafo 2º: Devem ser considerados, para efeito de cálculo de patrimônio líquido do Fundo, os dispêndios efetivamente incorridos a título de prestação de margens de garantia em espécie, ajustes diários, prêmios e custos operacionais, decorrentes da manutenção de posições em mercados organizados de derivativos, inclusive os valores líquidos das operações.

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Artigo 7º: O FUNDO poderá, ainda, investir até 50% (cinquenta por cento) de seu patrimônio líquido em operações compromissadas, desde que tais operações tenham como lastro os ativos previstos no Artigo 5º acima, alíneas “a” e “b”. Artigo 8º: Todos os resultados auferidos pelo FUNDO serão incorporados ao seu patrimônio.

CAPÍTULO IV – CONDIÇÕES DE CESSÃO

Artigo 9º: Para que possam ser adquiridos pelo FUNDO, os Direitos de Crédito devem ser classificados como Direitos de Crédito Elegíveis.

Parágrafo 1º: Pela aquisição dos Direitos de Crédito Elegíveis, o FUNDO pagará à vista à Cedente, em moeda corrente nacional ou em cotas quando da integralização em Direitos de Crédito, conforme prevista no Artigo 32 deste Regulamento, na data de aquisição, o valor certo e ajustado, apurado nos termos da fórmula abaixo, calculada pela GESTORA (o “Preço de Aquisição”): Fórmula para cálculo do Preço de Aquisição

Onde:

VN = Valor da prestação.

I = Taxa de desconto, expressa na forma decimal ao ano (base 252).

du = Número de dias úteis entre a data de vencimento do Direito de Crédito, inclusive, e a

data de aquisição, exclusive. Parágrafo 2º: As Condições de Cessão serão avaliadas pela GESTORA mediante

recebimento de declaração firmada pela Cedente de que os Direitos de Crédito oferecidos à cessão atendem integralmente às condições abaixo relacionadas: I – os Direitos de Crédito devem estar livres e desembaraçados de quaisquer ônus, gravames ou restrições de qualquer natureza; II – os Direitos de Crédito relativos a determinado Contrato de Empréstimo devem abranger parcelas consecutivas e a vencer decorrentes do Contrato de Empréstimo;

252

du

100

i1

VNAquisição de Preço

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III – a cessão de parcelas subsequentes de Direitos de Crédito de determinado Contrato

de Empréstimo somente poderá ser efetuada se houver a prévia e efetiva cessão das parcelas cronologicamente antecedentes e a vencer do respectivo Contrato de Empréstimo, se houver; IV – decorram de Contratos de Empréstimo cujas parcelas tenham valor nominal prefixado e sejam amortizadas mensalmente; V – decorram de Contratos de Empréstimo concedidos pela LECCA a Devedores que não apresentem, na data de aquisição pelo FUNDO, pendências de processamento ou registro rejeitados, bem como parcelas vencidas e não pagas junto à LECCA; VI – tenham seu pagamento efetivado através de desconto em folha de pagamento dos

Devedores, devidamente autorizado pelo respectivo Devedor e já se encontre com averbação junto a Empresa Conveniada devidamente formalizada; e VII – com base na respectiva legislação aplicável, somente poderão ser cedidos Direitos de Crédito cuja autorização para consignação em folha de pagamento possa ser cancelada pelo Devedor somente mediante aquiescência da LECCA ou seu sucessor.

CAPÍTULO V – CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE Artigo 10: Adicional e cumulativamente às Condições da Cessão, os Direitos de Crédito deverão atender aos Critérios de Elegibilidade que serão validados pelo CUSTODIANTE nos termos deste Artigo. Para fins do disposto na legislação, no Regulamento e no

Contrato de Cessão, são considerados Critérios de Elegibilidade: I - em cada cessão, os Direitos de Crédito a serem cedidos ao FUNDO não poderão representar mais do que 48 (quarenta e oito) parcelas sucessivas de um Contrato de

Empréstimo e menos de 06 (seis) parcelas. Parágrafo 1º: O limite máximo de concentração por Devedor ou coobrigado em termos percentuais com relação ao patrimônio líquido do FUNDO, que deverá ser verificado e observado pelo CUSTODIANTE no momento da cessão de Direitos de Crédito ao FUNDO, consta do Anexo II do presente Regulamento e poderá ser alterado a qualquer tempo, a exclusivo critério da ADMINISTRADORA e nos prazos a serem acordados entre a ADMINISTRADORA, a GESTORA e o CUSTODIANTE, sendo que tal alteração deverá ser

submetida à aprovação da Agência Classificadora de Risco. Parágrafo 2º: Na hipótese do Direito de Crédito Elegível perder qualquer Critério de Elegibilidade após sua aquisição pelo FUNDO, não haverá direito de regresso contra o CUSTODIANTE, a ADMINISTRADORA ou a GESTORA, salvo na existência de má-fé, culpa ou dolo. Parágrafo 3º: A Cedente será responsável pela existência, certeza, exigibilidade, conteúdo, exatidão, veracidade, legitimidade e correta formalização dos Diretos

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Creditórios que comporão a Carteira do FUNDO, nos termos do Artigo 295 do Código

Civil Brasileiro. O CUSTODIANTE, a ADMINISTRADORA e a GESTORA não respondem pela solvência, originação, existência, liquidez ou certeza dos Direitos de Crédito cedidos ao FUNDO. Parágrafo 4º: A cessão dos Direitos de Crédito será irrevogável e irretratável, com a transferência, para o FUNDO, em caráter definitivo e sem direito de regresso contra a Cedente, da plena titularidade dos Direitos de Crédito, juntamente com todos os direitos (inclusive direitos reais de garantia), garantias, privilégios, preferências, prerrogativas e ações a estes relacionadas, bem como reajustes monetários, juros e encargos. Parágrafo 5º: As operações de aquisição dos Direitos de Crédito pelo FUNDO serão consideradas formalizadas somente após a celebração do Contrato de Cessão e o

recebimento do Termo de Cessão, firmado pelo FUNDO com a respectiva Cedente, devidamente assinado, bem como depois de atendidos todos e quaisquer procedimentos descritos neste Regulamento. Parágrafo 6º: O pagamento pela aquisição dos Direito de Crédito pelo FUNDO será realizado mediante o crédito dos valores correspondentes ao preço da cessão na conta de titularidade da Cedente.

CAPÍTULO VI - ADMINISTRAÇÃO e TAXAS DO FUNDO Artigo 11: A Taxa de Administração do FUNDO corresponde a 1,2% (um vírgula dois por cento) do patrimônio líquido do FUNDO, respeitado o mínimo de R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais) por mês, dos dois o que for maior.

Parágrafo 1º: A ADMINISTRADORA a GESTORA e, inclusive, o CUSTODIANTE, receberão, pelos serviços de administração do FUNDO parcela da Taxa de Administração acima definida, conforme pactuado nos respectivos contratos com o FUNDO. Parágrafo 2º: A Taxa de Administração é calculada e provisionadas por dia útil e pagas mensalmente à ADMINISTRADORA, ao CUSTODIANTE e à GESTORA, e aos demais prestadores de serviços de administração, caso haja, até o 5º (quinto) dia útil do mês subsequente ao vencido.

Parágrafo 3º: A ADMINISTRADORA pode estabelecer que parcelas da Taxa de

Administração sejam pagas diretamente pelo FUNDO aos demais prestadores de serviço contratados, desde que o somatório dessas parcelas não exceda o montante total da taxa de administração. Parágrafo 4º: O FUNDO não possui taxa de entrada e/ou taxa de saída. Parágrafo 5º: Sem prejuízo da parcela da Taxa de Administração que cabe à GESTORA, esta fará jus a uma taxa de performance de 10% (dez por cento) baseada na rentabilidade das Cotas que execeder a 100% (cem por cento) do CDI (Certificado de

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Depósito Interbancário), em cada período de apuração, já deduzidas todas as despesas

do FUNDO, de acordo com a seguinte fórmula: P = {FA – [FI x (1+R)]} x 10,0% Onde: P- Prêmio incidente sobre a valorização do FUNDO que exceder a variação do CDI, no período considerado; R- Variação do CDI em %, no período considerado; FI- Financeiro Investido (valor aportado pelo Cotista) FA- Financeiro Atual (é o financeiro investido acrescido das variações - ganhos e perdas - no período considerado) OBS: Cálculo do Financeiro Atual: FA = FI + GP Onde: FA - Financeiro Atual; FI - Financeiro Investido; GP - Ganhos e perdas no período. GP = Variação líquida do Patrimônio do Fundo(em moeda corrente nacional) x Quantidade de cotas do Cotista x 1/Quantidade de Cotas do FUNDO

Parágrafo 6º: A Taxa de Performance será calculada e provisionada diariamente por dia útil e paga semestralmente até o 5º (quinto) dia útil subseqüente a cada período de

apuração. Artigo 12: As atividades de gestão da carteira do FUNDO serão exercidas pela GESTORA. Incluem-se entre as obrigações da GESTORA:

a) selecionar os Direitos de Crédito, dentre aqueles apresentados pela Cedente;

b) selecionar os ativos financeiros e/ou modalidades operacionais disponíveis no âmbito do mercado financeiro;

c) observar e respeitar a política de investimento, limites de composição e de diversificação da carteira do FUNDO, conforme estabelecida neste Regulamento;

d) observar as disposições da regulamentação aplicável com relação à sua atividade de administração de carteiras de valores mobiliários, incluindo as normas de conduta, as vedações e as obrigações previstas na regulamentação vigente;

e) tomar suas decisões de gestão em consonância com as normas técnicas e administrativas adequadas às operações nos mercados financeiro e de capitais, observando os princípios de boa técnica de investimentos;

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f) fornecer à Administradora e às autoridades fiscalizadoras, sempre que

assim solicitada, na esfera de sua competência, informações relativas às operações do FUNDO e às demais atividades que vier a desenvolver durante a gestão da carteira do FUNDO;

g) monitoramento da inadimplências dos Devedores; e

h) vender, a qualquer terceiro, quaisquer Direitos de Crédito que estejam vencidos, desde que não seja; (i) Administradora; (ii) Gestora; ao (iii) Agente de Cobrança, bem como suas partes relacionadas, tal como definidas pelas regras contábeis que tratam desse assunto.

Parágrafo Primeiro É vedado à Gestora, inclusive em nome do Fundo, além do

disposto nos artigos 35 e 36 da Instrução CVM n° 356/01, conforme aplicável e no presente Regulamento:

a) criar ônus ou gravame, de qualquer tipo ou natureza, sobre os Direitos de

Crédito Elegíveis e os ativos financeiros integrantes da carteira do FUNDO;

b) prometer rendimento predeterminado aos Cotistas;

c) terceirizar a atividade gestão da carteira do FUNDO; e

d) preparar ou distribuir quaisquer materiais publicitários do FUNDO.

Parágrafo Segundo: A Gestora é responsável pela verificação do atendimento dos Direitos de Crédito as Condições de Cessão.

Artigo 13: Incluem-se entre as obrigações da ADMINISTRADORA:

I – manter atualizados e em perfeita ordem:

a) a documentação relativa às operações do FUNDO; b) o registro dos Cotistas; c) o livro de atas de Assembleias Gerais; d) o livro de presença de Cotistas; e) os demonstrativos trimestrais do FUNDO;

g) o registro de todos os fatos contábeis referentes ao FUNDO; e h) os relatórios do auditor independente.

II – receber quaisquer rendimentos ou valores do FUNDO diretamente ou por meio de instituição contratada; III – entregar ao Cotista, gratuitamente, exemplar do Regulamento do FUNDO, bem como cientificá-lo do nome do periódico utilizado para divulgação de informações e da taxa de administração praticada;

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IV – divulgar, diariamente, no periódico utilizado para divulgações do FUNDO ou por

meio de entidades de classe, além de manter disponíveis em sua sede e agências e nas instituições que coloquem cotas desse, o valor do patrimônio líquido do FUNDO, o valor da cota, as rentabilidades acumuladas no mês e no ano civil a que se referirem, e os relatórios da Agência Classificadora de Risco contratada pelo FUNDO; V – custear as despesas de propaganda do FUNDO; VI – fornecer anualmente aos Cotistas documento contendo informações sobre os rendimentos auferidos no ano civil e, com base nos dados relativos ao último dia do mês de dezembro, sobre o número de cotas de sua propriedade e respectivo valor; VII – sem prejuízo da observância dos procedimentos relativos às demonstrações

financeiras, previstas na regulamentação em vigor, manter, separadamente, registros analíticos com informações completas sobre toda e qualquer modalidade de negociação realizada entre a ADMINISTRADORA e o FUNDO; e VIII – se houver, providenciar trimestralmente a atualização da classificação de risco do FUNDO ou dos Direitos de Crédito e demais ativos integrantes da carteira do FUNDO. IX - No caso previsto na alínea “b”, inciso V do art. 24, da Instrução CVM 356 possuir regras e procedimentos adequados, por escrito e passíveis de verificação, que lhe permitam verificar o cumprimento, pela GESTORA, da obrigação de validar os direitos creditórios em relação às condições de cessão estabelecidas no regulamento do FUNDO;

X – fornecer informações relativas aos Direitos de Crédito adquiridos ao Sistema de Informações de Créditos do Banco Central do Brasil (SCR), nos termos da norma específica.

Parágrafo 1º: A divulgação das informações prevista no inciso IV deste Artigo pode ser providenciada por meio de entidades de classe de instituições do Sistema Financeiro Nacional, desde que realizada em Periódico, devidamente indicado no Termo de Adesão ao FUNDO, observada a responsabilidade da ADMINISTRADORA pela regularidade na prestação destas informações. Parágrafo 2º: A ADMINISTRADORA, observadas as limitações legais e da Instrução CVM 356 e deste Regulamento, terá poderes para praticar todos os atos necessários à

administração do FUNDO, bem como para exercer todos os direitos inerentes aos ativos que o integrem, inclusive o de ação e o de comparecer em assembleias gerais ou especiais atinentes aos ativos que compõem a carteira do FUNDO. Artigo 14: É vedado à ADMINISTRADORA: I – prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma nas operações praticadas pelo FUNDO;

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II – utilizar ativos de sua própria emissão ou coobrigação como garantia das operações

praticadas pelo FUNDO; e III – efetuar aportes de recursos no FUNDO, de forma direta ou indireta, a qualquer título, ressalvada a hipótese de aquisição de cotas deste. Parágrafo 1º: As vedações de que tratam os incisos I a III deste Artigo abrangem os recursos próprios das pessoas físicas e das pessoas jurídicas controladoras da ADMINISTRADORA, das sociedades por elas direta ou indiretamente controladas e de coligadas ou outras sociedades sob controle comum, bem como os ativos integrantes das respectivas carteiras e os de emissão ou coobrigação dessas. Parágrafo 2º: Excetuam-se do disposto no Parágrafo anterior a utilização de títulos de

emissão do Tesouro Nacional, títulos de emissão do BACEN e créditos securitizados pelo Tesouro Nacional, integrantes da carteira do FUNDO, para cobertura de margem de garantia de operações de que tratam o Capítulo III deste Regulamento. Artigo 15: É vedado à ADMINISTRADORA, em nome do FUNDO: I – prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma, exceto quando se tratar de margens de garantia em operações realizadas em mercados de derivativos; II – realizar operações e negociar com ativos financeiros ou modalidades de investimento não previstos na Instrução CVM 356 ou no presente Regulamento;

III – aplicar recursos diretamente no exterior; IV – adquirir cotas do próprio FUNDO;

V – pagar ou ressarcir-se de multas impostas em razão do descumprimento de normas previstas na Instrução CVM 356, bem como no Regulamento; VI – vender cotas do FUNDO a prestação;

VII – vender cotas do FUNDO a instituições financeiras e sociedades de arrendamento

mercantil cedentes de direitos de crédito, exceto quando se tratar de cotas cuja classe

se subordine às demais para efeito de resgate;;

VIII – prometer rendimento predeterminado aos Cotistas; IX – fazer, em sua propaganda ou em outros documentos apresentados aos investidores, promessas de retiradas ou de rendimentos, com base em seu próprio desempenho, no desempenho alheio ou no de ativos financeiros ou modalidades de investimento disponíveis no âmbito do mercado financeiro;

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X – delegar poderes de gestão da carteira do FUNDO, ressalvado o disposto no Artigo

39, inciso II, da Instrução CVM 356; XI – obter ou conceder empréstimos/financiamentos, admitindo-se a constituição de créditos e a assunção de responsabilidade por débitos em decorrência de operações realizadas em mercados de derivativos; XII – efetuar locação, empréstimo, penhor ou caução dos direitos e demais ativos integrantes da carteira do FUNDO, exceto quando se tratar de sua utilização como margem de garantia nas operações realizadas em mercados de derivativos.

CAPÍTULO VII - SUBSTITUIÇÃO DA ADMINISTRADORA

Artigo 16: A ADMINISTRADORA, mediante aviso divulgado no Periódico utilizado para a divulgação de informações do FUNDO indicado no Termo de Adesão, ou por meio de carta com aviso de recebimento endereçada a cada Cotista, pode renunciar à administração do FUNDO, desde que convoque, no mesmo ato, Assembleia Geral de Cotistas para decidir sobre sua substituição ou sobre a liquidação desse, nos termos da Instrução CVM 356. Parágrafo 1º: Nas hipóteses de substituição da ADMINISTRADORA e de liquidação do FUNDO, aplicam-se, no que couberem, as normas em vigor sobre responsabilidade civil ou criminal de administradores, diretores e gerentes de instituições financeiras, independentemente das que regem a responsabilidade civil da própria ADMINISTRADORA.

Parágrafo 2º: Em caso de renúncia ou substituição da ADMINISTRADORA por deliberação da Assembleia Geral, a GESTORA indicará 3 (três) instituições, competindo à maioria das Cotas emitidas a escolha da nova instituição administradora.

Artigo 17: No caso de Regime de Administração Especial Temporária, intervenção ou liquidação extrajudicial da ADMINISTRADORA, deve automaticamente ser convocada Assembleia Geral de Cotistas, no prazo de 05 (cinco) dias, contados de sua decretação, para: I - nomeação de representante de Cotistas; e II - deliberação acerca de: a) substituição da ADMINISTRADORA, no exercício das funções de administração do FUNDO; ou b) pela liquidação antecipada do FUNDO.

CAPÍTULO VIII – GESTÃO Artigo 18: A GESTORA será responsável pela administração da carteira do FUNDO, participando da seleção dos Direitos de Crédito Elegíveis, de ativos financeiros e/ou modalidades operacionais disponíveis no âmbito do mercado financeiro, de acordo com a política de investimento prevista neste Regulamento. Parágrafo 1º: Para o fiel cumprimento dos serviços ora pactuados, a ADMINISTRADORA outorga à GESTORA poderes para representá-la, em todos os atos e operações do

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FUNDO que não sejam de competência privativa da ADMINISTRADORA. Os fluxos

operacionais e os documentos cuja representação do FUNDO será de competência da GESTORA ou ADMINISTRADORA estarão especificados no contrato de gestão. Parágrafo 2º: Não será de responsabilidade da GESTORA o exercício da administração do FUNDO, que compete à ADMINISTRADORA, única titular dos direitos e obrigações decorrentes de tal condição, conforme estabelecido neste Regulamento. Parágrafo 3º: A GESTORA ADOTA POLÍTICA DE EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO EM ASSEMBLEIAS, QUE DISCIPLINA OS PRINCÍPIOS GERAIS, O PROCESSO DECISÓRIO E QUAIS SÃO AS MATÉRIAS RELEVANTES OBRIGATÓRIAS PARA O EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO. TAL POLÍTICA ORIENTA AS DECISÕES DO GESTOR EM ASSEMBLEIAS DE DETENTORES DE ATIVOS QUE CONFIRAM AOS SEUS TITULARES O DIREITODE VOTO E SE ENCONTRA DISPONÍVEL NO SITE DA GESTORA: www.terconbr.com.

Parágrafo 4º: Pelos serviços de gestão do FUNDO, a GESTORA fará jus à remuneração pactuada no Contrato de Gestão, a ser deduzida da taxa de administração devida pelo

FUNDO à ADMINISTRADORA. Artigo 19: A GESTORA somente será destituída de suas funções através de deliberação da Assembleia Geral de Cotistas, observado disposto no Artigo 49 deste Regulamento.

CAPÍTULO IX – CUSTÓDIA, CONTROLADORIA, ESCRITURAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE COTAS

Artigo 20: As atividades de custódia qualificada do FUNDO prevista no Artigo 38 da Instrução CVM 356, serão exercidas pelo CUSTODIANTE. Parágrafo 1º: O CUSTODIANTE é responsável pelas seguintes atividades: I - validar os Direitos de Crédito em relação aos Critérios de Elegibilidade estabelecidos neste Regulamento; II - receber e verificar a documentação que evidencie o lastro dos Direitos de Crédito nos termos dos Parágrafos 3º, 4º e 5º abaixo; III – durante o funcionamento do FUNDO, em periodicidade trimestral, verificar a

documentação que evidencia o lastro dos Direitos de Crédito; IV - realizar a liquidação física e financeira dos Direitos de Crédito, evidenciados pelo instrumento de cessão de direitos e documentos comprobatórios da operação; IV - fazer a custódia e guarda dos documentos relativos aos Direitos de Crédito e demais ativos integrantes da carteira do FUNDO;

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V - diligenciar para que seja mantida, às suas expensas, atualizada e em perfeita ordem,

a documentação dos Direitos de Crédito, com metodologia preestabelecida e de livre acesso para a auditoria independente, se houver, a Agência Classificadora de Risco contratada pelo FUNDO e órgãos reguladores; VI - cobrar e receber, por conta e ordem do FUNDO, pagamentos, resgate de títulos ou qualquer outra renda relativa aos títulos custodiados, depositando os valores recebidos diretamente em conta de titularidade do FUNDO ou conta especial instituída pelas partes junto a instituições financeiras, sob contrato, destinada a acolher depósitos a serem feitos pelo Devedor e ali mantidos em custódia, para liberação após o cumprimento de requisitos especificados e verificados pelo custodiante (escrow account).

Parágrafo Segundo: O Custodiante realizará a verificação do lastro dos Direitos de Crédito referido nos incisos II e III do parágrafo anterior por amostragem na forma do Anexo III a este Regulamento.

Parágrafo Terceiro: Sem prejuízo de sua responsabilidade, o Custodiante poderá contratar, conforme a legislação em vigor, terceiro independente para efetuar a guarda dos Documentos Comprobatórios, nos termos dos incisos V e VI do parágrafo primeiro acima.

Parágrafo Quarto: Os prestadores de serviço contratados pelo Custodiante para verificação do lastro e para guarda física dos Documentos Comprobatórios não poderão ser; (i) originadores de Direitos de Crédito; (ii) Cedentes do Direitos de Crédito; ou (iii) a

Gestora, bem como suas partes relacionadas, tal como definidas pelas regras contábeis que tratam desse assunto.

Artigo 21: A escrituração e a distribuição das cotas do FUNDO será realizada pela ADMINISTRADORA, que poderá contratar terceiros devidamente habilitados para prestar tais serviços.

CAPÍTULO X - POLÍTICA DE CONCESSÃO E COBRANÇA DE CRÉDITOS Artigo 22: A política de concessão de crédito aos Devedores é desenvolvida e monitorada pela Cedente, e consiste, sinteticamente, nas seguintes diretrizes:

I - Os Contratos de Empréstimo devem ser concedidos para Devedores somente se as parcelas de pagamento dos Contratos de Empréstimo pretendidos forem compatíveis com seus vencimentos e com a sua margem consignável, tendo em vista que os convênios celebrados com as Empresas Privadas Conveniadas estabelecem percentuais máximos da remuneração e possuem normatização específica de seus respectivos Devedores vinculados;

II - A definição dos limites leva em consideração os descontos obrigatórios de cada Empresa Privada Conveniada, excluindo-os dos vencimentos. Assim, o Devedor deve

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apresentar documentos que comprovem seu vínculo junto a empresa e a existência de

margem suficiente para desconto em folha de pagamento, comprovada através do último contracheque ou dos 3 (três) últimos contracheques no caso de funcionários com remuneração variável; III – Os Contratos de Empréstimo devem ter valor máximo equivalente a 1% (um por cento do patrimônio líquido do FUNDO na data da cessão; ou R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), dos dois parâmetros o que for maior; após decorridos 180 dias da Data da 1ª Integralização de Cotas no FUNDO; IV - O prazo de duração dos Contratos de Empréstimo é de, no máximo, 48 (quarenta e oito) meses;

V – Na ocorrência de uma eventual renegociação de contrato de empréstimo existente, a mesma se dará obrigatoriamente através da celebração de novo contrato e concomitante pré-pagamento do contrato de empréstimo renegociado; e VI – Não haverá recompra de Direitos de Crédito pelo Cedente, exceto no período de 30 (trinta) dias que anteceder as amortizações, quando a recompra poderá ocorrer para fins de formação da Reserva de Amortização ou para fim de reenquadramento dos limites estabelecidos no anexo II; ainda, em caso de recompra de Direito de Crédito, todos os demais Direitos de Crédito referentes ao mesmo Contrato de Empréstimo deverão também ser recomprados.

Artigo 23: A cobrança e coleta dos pagamentos dos Direitos de Crédito Elegíveis serão

realizadas pela LECCA, com o auxílio das Empresas Privadas Conveniadas com quem mantêm convênio para que as parcelas dos Contratos de Empréstimo sejam descontadas em folha de pagamento. Parágrafo 1º: As etapas da cobrança dos Direitos de Crédito a vencer consistem em:

I – As Empresas Privadas Conveniadas descontam diretamente nos seus contracheques e folhas de pagamento de salário dos Devedores, no respectivo mês, os valores referentes à(s) parcela(s) dos Contratos de Empréstimo vencida(s) no período; II – A cobrança e o recebimento dos pagamentos dos Direitos de Crédito serão efetuados por meio de cobrança bancária, via boleto bancário enviado às Empresas Privadas Conveniadas, de modo que os valores descontados dos Devedores são pagos ao FUNDO

diretamente em conta bancária aberta em nome próprio III – Ao receber os valores repassados diretamente pelas Empresas Privadas Conveniadas, na conta em nome do FUNDO o CUSTODIANTE fará a conciliação entre os valores previstos e os recebidos; IV – Havendo diferenças entre os valores previstos e os recebidos, o CUSTODIANTE informará a GESTORA e esta solictará que a LECCA questione a rescpectiva Empresa Privada Conveniada , que pode ter determinado o repasse de valor diverso do previsto;

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V – Apurada a razão da diferença, é procedido, conforme o caso, o depósito da quantia faltante ou a restituição da quantia excedente; e VI – Os valores decorrentes dos Direitos de Crédito que porventura forem recebidos pela LECCA involuntariamente serão repassados ao FUNDO, no prazo de até 72 (setenta e duas) horas, contadas de tal recebimento. Parágrafo 2º: Nos casos dos Créditos Vencidos e Não Pagos, o Agente Cobrador contratado pelo FUNDO como agente de cobrança extrajudicial e judicial dos Direitos de Crédito Inadimplidos, conforme descrito no Contrato de Cobrança, exercerá a cobrança, de acordo com os seguintes procedimentos:

I – Primeiramente, o Agente Cobrador, extrajudicialmente, buscará reaver o montante devido de modo amigável, por meio de até correspondências ou mensagem eletrônica para um endereço residencial ou eletrônico do Devedor, sem prejuízo de telefonemas para o Devedor; II – Uma vez frustradas as tentativas de cobrança dos Direitos de Crédito Inadimplidos indicadas no inciso I acima o Agente Cobrador informará o fato ao órgão de proteção de crédito escolhido para inscrição do Devedor inadimplente no respectivo banco de dados e eventual cobrança judicial da quantia devida, segundo prazos e critérios pré-determinados em contrato com o FUNDO; III- frustrada a cobrança amigável, o FUNDO pode realizar a cobrança judicial às custas do FUNDO;

IV – Se a causa da inadimplência é a falta de margem para desconto das parcelas do Contrato de Empréstimo em folha de pagamento, Cedente buscará perante à Empresa

Privada Conveniada o recálculo do valor a ser descontado mensalmente, de modo que as parcelas sejam condizentes com a nova margem do Devedor, sendo que os valores devidos ao FUNDO devem ser quitados antes do recebimento de qualquer valor referente a este Contrato de Empréstimo por outro credor; e V – Se a causa da inadimplência é a morte do Devedor, busca-se receber a indenização a ser paga pelo seguro, quando o crédito cedido ao FUNDO for garantido por seguro. Parágrafo 3º: O saldo Devedor poderá ser renegociado, com pagamento à vista ou parcelado, de acordo com os critérios divulgados na época pela GESTORA e informado ao Agente Cobrador, inclusive em caso de renegociação para antecipação de pagamento no momento em que o Empregado Conveniado vier a se desligar da Empresa Privada Conveniada, visando o aproveitamento dos 30% (trinta por cento) do valor das verbas rescisórias, ainda que implique na concessão de descontos significativos.

Parágrafo 4º: O CUSTODIANTE e a ADMINISTRADORA, durante o exercício de suas atividades, em nenhuma hipótese serão os responsáveis pela indicação de Direitos de

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Crédito Inadimplidos a protesto ou pela inserção de nome de devedores de Direitos de

Crédito Inadimplidos em órgãos responsáveis pelo apontamento de descumprimento de obrigações pecuniárias, cabendo ao Agente Cobrador realizar tais atividades e assumir a integral responsabilidade e os eventuais ônus dessa decisão.

CAPÍTULO XI – AVALIAÇÃO DOS ATIVOS E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DO FUNDO Artigo 24: A primeira valoração das Cotas de emissão inicial ocorrerá a partir do primeiro Dia Útil seguinte à Data da 1ª Integralização de Cotas da emissão inicial, e a última na data de Resgate da última das Cotas em circulação. A partir da Data da 1ª Integralização de Cotas, o valor unitário das Cotas será calculado todo dia útil, para efeito de determinação de seu valor de integralização, amortização

ou resgate, devendo corresponder ao patrimônio líquido dividido pelo número de Cotas. Parágrafo 1º: Os ativos integrantes da carteira do FUNDO serão avaliados todo Dia Útil, de acordo com critérios consistentes e passíveis de verificação, amparados por informações externas e internas que levem em consideração aspectos relacionados ao Devedor, aos seus garantidores e às características da correspondente operação, conforme a seguinte metodologia de apuração do valor dos Direitos de Crédito e dos demais ativos financeiros integrantes da carteira: I - Os ativos adquiridos com a intenção de serem mantidos até o respectivo vencimento deverão ser classificados como “títulos mantidos até o vencimento”. Os demais ativos deverão ser classificados na categoria “títulos para negociação”;

II – os ativos classificados na categoria “títulos para negociação” que têm valor de mercado serão marcados a mercado, nos termos da legislação em vigor, observado que:

a) a verificação do valor de mercado dos ativos do FUNDO terá como referência os preços praticados em operações realizadas com ativos e mercados semelhantes aos dos ativos do FUNDO, levando em consideração volume, coobrigação e prazo; b) na precificação dos ativos deverá ser computada a valorização ou desvalorização em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa no resultado do período; e c) tendo em vista que não há mercado ativo de Direitos de Crédito cujas características

sejam idênticas às dos Direitos de Crédito Elegíveis integrantes da carteira do FUNDO, estes terão seu valor calculado, todo Dia Útil, pelos respectivos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos no período e deduzidas as provisões relativas à eventual inadimplência dos mesmos. III - Os ativos do FUNDO classificados na categoria “títulos mantidos até o vencimento” serão avaliados pelos respectivos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos, computando-se a valorização em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período.

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Parágrafo 2º: O descumprimento de qualquer obrigação originária dos Direitos de Crédito Elegíveis e demais ativos componentes da carteira do FUNDO será atribuído àsCotas, até o limite equivalente à somatória do valor total das mesmas. Os Cotistas respodem por eventual patrimônio negativo e na ocorrência, serão chamados a realizar aportes adicionais de recursos, de forma a possibilitar que o FUNDO satisfaça suas obrigações. Parágrafo 3º: A partir da primeira da data da primeira integralização de Cotas e até a liquidação do FUNDO, sempre preservada a manutenção de sua boa ordem legal, administrativa e operacional, a ADMINISTRADORA obriga-se, por meio dos competentes débitos e créditos realizados nas contas correntes de titularidade do FUNDO, a alocar os recursos decorrentes da integralização das cotas e do recebimento dos ativos

integrantes da carteira do FUNDO, na seguinte ordem:

I - no pagamento dos custos correntes do FUNDO;

II - na amortização e resgate das Cotas em circulação, quando for o caso, observados os termos e as condições do Regulamento;

III – na constituição da Reserva de Caixa; IV – na constituição da Reserva de Amortização;

V - no pagamento do preço de aquisição dos Direitos de Crédito Elegíveis, em moeda

corrente nacional.

Parágrafo 4º: Serão adotados os critérios de provisionamento em linha com a Instrução CVM nº 489 e o manual de PDD do Administrador, disponível no seu site.

Artigo 25: Entender-se-á por patrimônio líquido do FUNDO a soma do disponível mais o valor da carteira, mais os valores a receber, menos as exigibilidades. Artigo 26: Para efeito da determinação do valor da carteira, devem ser observadas as normas e os procedimentos previstos na legislação em vigor.

CAPÍTULO XII – FATORES DE RISCO

Artigo 27: A ADMINISTRADORA e a GESTORA orientam-se pela transparência, competência e cumprimento do Regulamento e da legislação vigente. A política de investimento, bem como o nível desejável de exposição a risco são apurados de forma criteriosa pelos prestadores de serviço do FUNDO e monitorados por área de gerenciamento de risco, que utiliza modelo de controle de risco de mercado, visando acompanhar o nível de exposição a risco. Não obstante a diligência da ADMINISTRADORA e da GESTORA em colocar em prática a política de investimento delineada, os investimentos do FUNDO estão, por sua natureza, sujeitos a flutuações típicas do mercado, risco de crédito, risco sistêmico, condições adversas de liquidez e

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negociação atípica nos mercados de atuação e, mesmo que a GESTORA mantenha rotina

e procedimentos de gerenciamento de riscos, não há garantia de completa eliminação da possibilidade de perdas para o FUNDO e para o Cotista. Parágrafo Único: Os recursos que constam na carteira do FUNDO e os Cotistas estão sujeitos aos seguintes fatores de riscos, de forma não exaustiva:

(i) Risco de Crédito: apesar dos créditos cedidos ao FUNDO estarem vinculados a desconto das prestações diretamente na folha de pagamento dos Devedores, há risco de inadimplemento ou atraso no pagamento de juros e/ou principal, nas hipóteses de perda de margem consignável, desligamentos dos Empregados, licenças não remuneradas e atraso nos pagamentos ou retenção de repasses pelas Empresas Conveniadas Privadas,

podendo ocasionar, conforme o caso, a redução de ganhos ou mesmo perdas financeiras até o valor das operações contratadas e não liquidadas.

(ii) Risco de Liquidez: consiste no risco de redução ou inexistência de demanda

pelos ativos integrantes do FUNDO nos respectivos mercados em que são negociados, devido a condições específicas atribuídas a esses ativos ou aos próprios mercados em que são negociados. Em virtude de tais riscos, a GESTORA poderá encontrar dificuldades para liquidar posições ou negociar os referidos ativos pelo preço e no tempo desejado, de acordo com a estratégia de gestão adotada para o FUNDO, o qual permanecerá exposto, durante o respectivo período de falta de liquidez, aos riscos associados aos referidos ativos e às posições assumidas em mercados de derivativos, se for

o caso, que podem, inclusive, obrigar a GESTORA a aceitar descontos nos seus respectivos preços, de forma a realizar sua negociação em mercado. Estes fatores podem prejudicar o pagamento de resgates aos Cotistas do FUNDO, nos valores solicitados e nos prazos contratados.

(iii) Risco de Derivativos: consiste no risco de distorção de preço entre o

derivativo e seu ativo objeto, o que pode ocasionar aumento da volatilidade do FUNDO, limitar as possibilidades de retornos adicionais nas operações, não produzir os efeitos pretendidos, bem como provocar perdas aos Cotistas. Mesmo para o FUNDO, que utiliza derivativos exclusivamente para proteção das posições à vista, existe o risco da posição não representar um “hedge” perfeito ou suficiente para evitar perdas ao FUNDO. O FUNDO poderá auferir

patrimônio líquido negativo, havendo a necessidade de aportes adicionais de recursos.

(iv) Risco de Mercado: consiste no risco de flutuações nos preços e na

rentabilidade dos ativos do FUNDO, os quais são afetados por diversos fatores de mercado, como liquidez, crédito, alterações políticas, econômicas e fiscais. Esta constante oscilação de preços pode fazer com que determinados ativos sejam avaliados por valores diferentes ao de emissão

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e/ou contabilização, podendo acarretar volatilidade das cotas e perdas aos

Cotistas.

(v) Risco de Concentração: A GESTORA buscará diversificar a carteira do FUNDO. O risco associado às aplicações do FUNDO é diretamente proporcional à concentração das aplicações. Quanto maior a concentração das aplicações do FUNDO em um único emissor de títulos, ou em Direitos de Crédito cujo devedor seja um único Devedor, maior será a vulnerabilidade do FUNDO em relação ao risco de crédito desse emissor ou Devedor. No caso do FUNDO há maior risco de concentração relacionado às Empresas Privadas Conveniadas do que de concentração por Devedor, de modo que o FUNDO sujeita-se ao risco dessas empresas encerrarem suas atividades, terem sua falência decretada, ingressarem com pedido de recuperação extrajudicial ou judicial,

que possam dificultar ou impedir o repasse dos pagamentos relativos aos Direitos de Crédito junto ao FUNDO.

(vi) Risco de Concentração em Uma Única Cedente: Os Direitos de Crédito a

serem adquiridos pelo FUNDO serão cedidos exclusivamente pela LECCA devendo a mesma ser o originador dos Direitos de Crédito que integram a carteira do FUNDO. A aquisição de Direitos de Crédito originados exclusivamente pela LECCA pode eventualmente comprometer a continuidade do FUNDO, em função da não continuidade da concessão de Contratos de Empréstimo pela LECCA aos Devedores e da capacidade desta originar Direitos de Crédito Elegíveis.

(vii) Risco de Descasamento: Os Direitos de Crédito Elegíveis componentes da carteira do FUNDO são contratados a taxas prefixadas. A incorporação dos resultados auferidos pelo FUNDO para as cotas tem como parâmetro a variação do CDI, conforme previsto no Regulamento. Neste caso, se, de

maneira excepcional, o CDI se elevar substancialmente, os recursos do FUNDO poderão se tornar insuficientes para assegurar parte ou a totalidade da rentabilidade almejada para as cotas.

(viii) Risco Relacionado a Fatores Macroeconômicos: O FUNDO também poderá

estar sujeito a outros riscos advindos de motivos alheios ou exógenos ao controle da ADMINISTRADORA e da GESTORA tais como a ocorrência, no Brasil ou no exterior, de fatos extraordinários ou situações especiais de

mercado ou, ainda, de eventos de natureza política, econômica ou financeira que modifiquem a ordem atual e influenciem de forma relevante o mercado financeiro e/ou de capitais brasileiro, incluindo variações nas taxas de juros, eventos de desvalorização da moeda e de mudanças legislativas, poderão resultar em (a) perda de liquidez dos ativos que compõem a carteira do FUNDO e (b) inadimplência dos emissores dos ativos e/ou Devedores. Tais fatos poderão acarretar prejuízos para os Cotistas e atrasos nos pagamentos dos regastes.

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(ix) Riscos Associados aos Devedores: Os Direitos de Crédito a serem adquiridos

pelo FUNDO serão descontados diretamente pelas Empresas Privadas Conveniadas dos contracheques e folhas de pagamento dos Devedores. Não obstante, poderão haver inadimplementos por motivos alheios e exógenos, tais como por força de decisão judicial, este for obrigado a pagar pensão alimentícia, a qual tem preferência em relação aos Contratos de Empréstimo para fins de desconto em folha de pagamento; falta de margem para desconto das parcelas do Contrato de Empréstimo em folha de pagamento, sendo necessário que a Cedente busque perante a Empresa Privada Conveniada o recálculo do valor a ser descontado mensalmente, podendo ocorrer atrasos nos fluxos de recebimento pelo FUNDO; eainda, nos caos de falecimento dos Devedores, em que há interrupção automática do desconto em folha automático das parcelas devidas dos Contratos de Empréstimo,

respondendo pelo saldo a pagar dos Contratos de Empréstimo apenas o patrimônio deixado pelo "de cujus", que pode se mostrar insuficiente. Em qualquer dos casos, ainda que haja contratação de seguro, que garantirá o recebimento pelo FUNDO dos montantes devidos, o Devedor pode ficar inadimplente por determinado período ou indeterminadamente, ocasionando atraso nos fluxos de recebimento do FUNDO, o que pode afetar a rentabilidade do FUNDO.

(x) Risco Operacional das empresas conveniadas: Os Contratos de Empréstimo

contraídos pelos Devedores são pagos por meio de desconto em folha realizado pela empresa Conveniada a que o Devedor é vinculado. É possível a ocorrência de atrasos ou não pagamento dos vencimentos dos Devedores

decorrentes de falha operacional, sistémica ou manual das Empresas Privadas Conveniadas. Nesta hipótese, a carteira do FUNDO pode ser prejudicada, pois não receberá automaticamente os recursos decorrentes dos Direitos de Crédito.

(xi) Risco Operacional de Cobrança, do Originador e de Fluxo Financeiro: A

cobrança e a coleta dos pagamentos dos Direitos de Crédito são realizadas pela LECCA, com o auxílio sdas Empresas Privadas Conveniadas que mantêm convênio com a LECCA para que as parcelas dos Contratos de Empréstimo celebrados com os Devedores sejam descontadas em folha de pagamento. Desta forma, as Empresas Privadas Conveniadas descontam dos vencimentos dos Devedores, no respectivo mês, os valores referentes à(s) parcela(s) dos

Contratos de Empréstimo vencida(s) no período e pagam os valores descontados diretamente em conta bancária em nome do FUNDO Há risco de eventual falha, seja manual, sistémica ou operacional, no fluxo financeiro em qualquer fase na cadeia operacional de originação, cobrança e pagamento dos Direitos de Crédito, que atrase ou até impeça o recebimento dos montantes relativos aos Direitos de Crédito pelo FUNDO.

(xii) Riscos do Mercado Secundário: O FUNDO é constituído sob a forma de condomínio fechado, assim, o resgate das Cotas só poderá ser feito ao

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término do prazo de duração de cada série ou do FUNDO, razão pela qual se,

por qualquer motivo, antes de findo tal prazo, o investidor resolva desfazer-se de suas cotas, ele terá que aliená-las no mercado secundário de cotas de fundos de investimento, mercado esse que, no Brasil, não apresenta alta liquidez, o que pode acarretar dificuldades na alienação dessas cotas e/ou ocasionar a obtenção de um preço de venda que cause perda patrimonial ao investidor.

(xiii) Risco da Cobrança Judicial e Extrajudicial: Em se verificando a inadimplência

nas obrigações dos pagamentos dos créditos cedidos ao FUNDO, poderá haver cobrança judicial e/ou extrajudicial dos valores devidos pelo Agente Cobrador. Não há, contudo, garantia de que, em qualquer uma dessas hipóteses, as referidas cobranças atingirão os resultados almejados, nem de

que o FUNDO recuperará a totalidade dos valores inadimplidos, o que poderá implicar perdas patrimoniais ao FUNDO.

(xiv) Risco de Resgate das Cotas do FUNDO em Direitos de Crédito Elegíveis:

Conforme previsto no Regulamento, poderá haver a liquidação do FUNDO em situações predeterminadas. Se uma dessas situações se verificar, há previsão no Regulamento de que as cotas poderão ser resgatadas em Direitos de Crédito Elegíveis. Nessa hipótese, os Cotistas poderão encontrar dificuldades para vender os Direitos de Crédito Elegíveis recebidos do FUNDO ou para administrar/cobrar os valores devidos pelos devedores dos Direitos de Crédito Elegíveis;

(xv) Risco de Atraso no Pagamento do Resgate: Poderá haver atraso no pagamento do resgate, uma vez que os Direitos de Crédito Elegíveis são classificados no ativo do FUNDO como títulos mantidos até o vencimento e os mesmos podem ainda não ter vencido produzindo uma temporária falta

de liquidez. A ADMINISTRADORA, a GESTORA, o CUSTODIANTE, e a LECCA e/ou o FUNDO não poderão ser responsabilizados pelo eventual atraso no pagamento dos resgates em função da ausência temporária de liquidez. Em casos excepcionais de iliquidez dos Direitos de Crédito, os resgates das cotas poderão ser feitos até o vencimento do Direito de Crédito mais longo da carteira do FUNDO, ou mediante dação em pagamento de Direitos de Crédito, caso, ao término do prazo acima, o FUNDO ainda não tenha recursos líquidos para efetuar os resgates.

(xvi) Risco de Irregularidades na Documentação Comprobatória dos Direitos de

Crédito: O CUSTODIANTE realizará a verificação da regularidade dos Documentos Representativos do Crédito por meio de auditoria trimestral e por amostragem. Considerando que tal auditoria é realizada tão somente após a cessão dos Direitos de Crédito Elegíveis ao FUNDO, a carteira do FUNDO poderá conter Direitos de Crédito cuja documentação apresente irregularidades, o que poderá obstar o pleno exercício pelo FUNDO das prerrogativas decorrentes da titularidade dos Direitos de Crédito. A Empresa

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Responsável pela Guarda realizará a guarda dos Documentos

Representativos de Crédito, na qualidade de fiel depositária dos Documentos Representativos do Crédito. Neste caso, a Empresa Responsável pela Guarda tem a obrigação de permitir ao CUSTODIANTE, à ADMINISTRADORA e à GESTORA ou terceiros por eles indicados livre acesso à referida documentação. Todavia, a guarda de tais documentos por terceiro contratado pode representar dificuldade adicional à verificação da devida formalização dos Direitos de Crédito Elegíveis cedidos ao FUNDO, podendo inclusive, ocorrerem perdas de documentação, falhas sistétimas, operacionais e manuais na empresa que realiza a guarda, de modo que poderá impactar negativamente no FUNDO.

(xvii) Ausência de Notificação aos Devedores: A cessão dos Direitos de Crédito

Elegíveis ao FUNDO poderá não ser notificada previamente aos Devedores. Ao CUSTODIANTE não é imputada qualquer responsabilidade pelo não repasse por parte da Cedente dos créditos recebidos pelos Devedores, seja em momento pré ou pós a notificação. Caso haja necessidade de notificação, e o FUNDO, por qualquer motivo, não consiga efetuar a notificação de todos os Devedores, os Direitos de Crédito Elegíveis relativos aos Devedores não notificados poderão não ser recebidos, ou ser recebidos com atraso, o que afetará negativamente a rentabilidade do FUNDO. A ausência de notificação da cessão aos Devedores poderá ser alvo de questionamento judicial que venha a considerar a cessão inválida ou ineficaz, de modo que poderá impactar negativamente na rentabilidade do FUNDO.

(xviii) Risco de Questionamento Judicial Sobre a Validade e Eficácia da Cessão: Os Contratos de Empréstimo podem vir a ser questionados judicialmente tanto no que se refere: (i) à formalização dos Contratos de Empréstimo; (ii) na cláusula de autorização para débito das parcelas vencidas e a vencer em caso

de morte do Devedor; (iii) nas taxas aplicadas; (iv) na forma de cobrança dos Contratos de Empréstimo concedidos, inclusive em função das disposições estabelecidas no Código de Defesa do Consumidor; e ainda (v) à validade e eficácia da cessão dos Direitos de Crédito a considerando eventualmente como operação simulada ou como fraude contra credores. Nestes casos, os Contratos de Empréstimo poderão ser modificados ou cancelados em virtude de decisão judicial o que poderá acarretar perdas para o FUNDO e, consequentemente, poderá afetar negativamente a rentabilidade de seu

patrimônio líquido.

(xix) Risco de perda de margem consignável dos Contratos de Empréstimo: Apesar de ser verificada a margem consignável em folha de pagamento nos Contratos de Empréstimo, quando de sua celebração e quando da cessão dos Direitos de Crédito Elegíveis ao FUNDO, tais contratos podem perder a referida margem em virtude de eventos futuros, tais como o desconto de pensões alimentícias, acarretando, assim, os riscos daí decorrentes.

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(xx) Risco de Pré-Pagamento dos Direitos de Crédito: Os Direitos de Crédito

Elegíveis podem ser objeto de pré-pagamento, inclusive nas hipóteses de desligamento dos Empregados Conveniados, nos termos mencionados neste Regulamento e na forma da legislação em vigor. Assim, na hipótese de ocorrer o pré-pagamento dos Direitos de Crédito Elegíveis, pode ocorrer a redução da rentabilidade dos Direitos de Crédito Elegíveis e, desta forma, afetar o horizonte de rentabilidade esperado pelo FUNDO.

(xxi) Risco de Descontinuidade: O FUNDO está sujeito aos riscos de eventual Liquidação Antecipada, nos casos previstos neste Regulamento, de modo que poderá ser necessário o resgate das Cotas do FUNDO em Direitos de Crédito pelos Cotistas.

(xxii) Riscos do Originador e de originação: Os Direitos de Crédito serão originados

por um único Cedente e seus eventuais correspondentes bancários, de modo que poderá haver comprometimento da continuidade do FUNDO e sua rentabilidade, em função da capacidade de limites na capacidade do originar de Direitos de Crédito Elegíveis e sua rede de correspondentes em gerar novos Direitos de Crédito. Assim, não há como assegurar que não haverá rescisão de contratos que originam os Direitos de Crédito, vício ou escassez de Direitos de Crédito Elegíveis, de forma que poderá haver diminuição e descontinuidade ou até mesmo incapacidade, total ou parcial, da Cedente e seus correspondentes na orginação Direitos de Crédito Elegíveis.

(xxiii) Demais Riscos: O FUNDO também poderá estar sujeito a outros riscos

advindos de motivos alheios ou exógenos ao controle da ADMINISTRADORA, da GESTORA e do CUSTODIANTE, tais como moratória, inadimplemento de pagamentos mudança nas regras aplicáveis aos ativos financeiros, mudanças impostas aos ativos financeiros integrantes da carteira, alteração na política monetária, aplicações ou resgates significativos.

Artigo 28: As aplicações realizadas no FUNDO não contam com garantia da ADMINISTRADORA, da GESTORA, do CUSTODIANTE ou do Fundo Garantidor de Créditos - FGC.

CAPÍTULO XIII – EMISSÃO, CARÊNCIA E RESGATE DE COTAS

Artigo 29: As Cotas do FUNDO serão inicialmente de uma única classe e série. Todas as cotas serão escriturais e serão mantidas em contas de depósito em nome de seus titulares. Esta conta de depósito caracteriza a qualidade de Cotista. Parágrafo Único: As Cotas da emissão inicial não estarão registradas em mercado de balcão organizado para fins de integralização, salvo aprovação em Assembleia Geral de Cotistas. Artigo 30: Ao aplicar no FUNDO, o Cotista:

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I - receberá cópia do presente Regulamento do FUNDO; II - assinará o Termo de Adesão ao presente Regulamento; III - declarará sua condição de investidor qualificado, nos termos da legislação vigente; IV – assinará o boletim de subscrição de cotas; e V – quando se tratar de oferta pública com esforços restritos nos termos da Instrução CVM 476, assinará declaração atestando sua ciência com a ausência de registro perante a CVM da oferta e as restrições a negociação das cotas previstas na Instrução CVM 476. Parágrafo 1º: Do boletim de subscrição constarão as seguintes informações: I - nome e qualificação do subscritor; II - número e classe de cotas subscritas; e

III - preço e condições para sua integralização. Parágrafo 2º: As Cotas do FUNDO serão ofertadas publicamente, podendo esta distribuição pública ser efetuada com esforços restritos conforme definido no Suplemento de cada série. Artigo 31: As Cotas poderão ser avaliadas pela Agência Classificadora de Risco, conforme estipulado no respectivo Suplemento. Caso haja avaliação, esta avaliação será feita periodicamente a cada trimestre. Parágrafo Único: Havendo avaliação de risco das cotas, se ocorrer o rebaixamento do rating das Cotas do FUNDO, serão adotados os seguintes procedimentos, além daqueles

descritos no Artigo 52 deste Regulamento: I – comunicação a cada Cotista das razões do rebaixamento, através de publicação no Periódico utilizado para a divulgação de informações do FUNDO ou através de correio

eletrônico; e II – envio a cada Cotista de correspondência ou correio eletrônico contendo relatório da Agência Classificadora de Risco. Artigo 32: A integralização, a amortização e o resgate de Cotas do FUNDO podem ser efetuados somente em débito e crédito em conta corrente, por meio de documento de ordem de crédito ou transferência eletrônica disponível, ou outro mecanismo de transferência de recursos autorizado pelo BACEN.

Parágrafo Único: Para o cálculo do número de cotas a que tem direito o investidor quando da aplicação, serão deduzidas do valor entregue à ADMINISTRADORA quaisquer taxas ou despesas previstas neste Regulamento. Artigo 33: Na emissão de Cotas do FUNDO, deve ser utilizado o valor de abertura da cota em vigor no mesmo dia ao da efetiva disponibilidade dos recursos depositados pelo investidor diretamente na conta do FUNDO. Para fins de amortização e resgate das

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Cotas do FUNDO deve ser utilizado o valor de abertura da cota em vigor do dia do

pagamento da amortização e/ou do resgate respectivo. Artigo 34: Mediante aprovação da Assembleia Geral de Cotistas, novas séries e classes de Cotas do FUNDO poderão ser emitidas e aquelas referentes a emissão inicial eventualmente convertidas em subordinadas, desde que observados os procedimentos exigidos pela Instrução CVM 356 e os limites estipulados neste Regulamento. Assim sendo, o FUNDO poderá distribuir e manter séries distintas de Cotas concomitantemente em circulação, com valor unitário de emissão, na primeira data de emissão das cotas de cada “Série” “n”, definido no Suplemento da Série “n” de Cotas e em quantidades e condições previamente estabelecidas em seu respectivo Suplemento, nos termos do Artigo 20, Parágrafo 2º, da Instrução CVM 356. Ficará a critério da ADMINISTRADORA, quando da deliberação de emissão de novas séries de Cotas, sem

prejuízo das regras aplicáveis contidas na Instrução CVM 356, decidir sobre a realização de oferta pública das mesmas, sendo que esta oferta poderá ser realizada nos termos da Instrução CVM 400 ou ser com esforços restritos, nos termos previstos na Instrução CVM 476, ficando as regras de distribuição estipuladas no respectivo Suplemento, sem prejuízo da aprovação em Assembleia Geral de Cotistas. Parágrafo 1º: Os Cotistas detentores das Cotas da emissão inicial do FUNDO terão direito de preferência na subscrição de cotas subordinandas do FUNDO, a partir do momento em que as Cotas de emissão inicial forem convertidas em cotas da classe subordinada. Parágrafo 2º: As cotas mencionadas no caput deverão ser subscritas e integralizadas

dentro dos prazos estabelecidos no boletim de subscrição e no respectivo Suplemento da Série “n” de Cotas. Parágrafo 3º: O saldo não colocado poderá ser cancelado antes do prazo mencionado no Parágrafo supra ou a ADMINISTRADORA solicitará prorrogação deste prazo à CVM,

nos termos do disposto na legislação ou ainda, será automaticamente prorrogado nos caso de ofertas restritas nos termos da Instrução CVM 476 . Artigo 35: Desde que obtidos os registros necessários e exigidos pelas normas aplicáveis e considerando a modalidade de oferta pública em que ocorreu a distribuição das Cotas, estas poderão ser negociadas em bolsas de valores ou mercado de balcão organizado, cabendo aos intermediários assegurar que a aquisição de cotas somente seja feita por investidores qualificados. No caso de oferta realizada no âmbito da Instrução CVM 476, a negociação poderá ser realizada nos mercados de balcão organizado ou não

organizado, devendo ser respeitado o período de restrição à negociação previsto na referida instrução. Artigo 36: As Cotas da emissão inicial do FUNDO não estarão registradas para negociação no âmbito de bolsas de valores e mercado de balcão organizado, salvo aprovação em Assembleia Geral de Cotistas.

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Artigo 37: As Cotasda emissão inicial do FUNDO poderão ser alienadas privadamente

mediante instrumento de cessão de Cotas, devidamente registrado em cartório de títulos e informado à ADMINISTRADORA. Artigo 38: As amortizações de cada Série de Cotas, caso existentes, serão realizadas nas datas de amortização definidas no respectivo Suplemento da Série “n”, cujos valores e condições de remuneração constarão do referido Suplemento. Artigo 39: O pagamento das amortizações das Cotas, caso existentes, obedecerá às condições, datas, percentuais e valores previstos no Suplemento da respectiva Série “n”. Parágrafo 1º: A amortização das Cotas de quaisquer das séries do FUNDO poderá ocorrer antes dos respectivos prazos de amortização de cotas previstos para cada série

de Cotas, na impossibilidade de enquadramento do FUNDO à sua política de investimentos, em razão da impossibilidade de adquirir Direitos de Crédito Elegíveis. Parágrafo 2º: A antecipação do início da amortização de Cotas do FUNDO poderá ser operacionalizada mediante comunicação através de publicação no Periódico utilizado para a divulgação de informações do FUNDO ou através de correio eletrônico com 05 (cinco) dias de antecedência em relação à data da efetivação da amortização. Artigo 40: A ADMINISTRADORA deverá constituir, no caso de existência de Cotas em circulação, a Reserva de Amortização para o pagamento das amortizações das Cotas, destinando os recursos recebidos das liquidações dos Direitos de Crédito Elegíveis da carteira para os ativos relacionados no Artigo 5º do Regulamento, de modo que, 30

(trinta) dias antes de qualquer amortização prevista, estejam alocados na Reserva de Amortização ativos em valor equivalente a 100% (cem por cento) do valor estimado da amortização das Cotas da Série “n”.

Parágrafo 1º: Caso a ADMINISTRADORA verifique não ser possível a formação da Reserva de Amortização de acordo com o descrito no “caput”, a ADMINISTRADORA comunicará a GESTORA para que interrompa a aquisição de Direitos de Crédito Elegíveis até que a respectiva Reserva de Amortização seja devidamente constituída. Parágrafo 2º: A constituição da Reserva de Amortização não constitui promessa do FUNDO, da ADMINISTRADORA, da GESTORA e/ou do CUSTODIANTE de rendimentos ou de garantia de pagamento das parcelas de amortização, mas tão só estabelecem um

procedimento de constituição de reservas para tanto, razão pela qual as cotas serão amortizadas somente se os resultados e a liquidez da carteira do FUNDO assim o permitirem. Artigo 41: Adicionalmente à Reserva de Amortização, a ADMINISTRADORA deverá constituir, a partir da Data da 1ª Integralização de Cotas da emissão inicial, a Reserva de Caixa para o pagamento das despesas e encargos do FUNDO, bem como para complementação da Reserva de Amortização, para a qual serão segregados e mantidos destacados na contabilidade do FUNDO recursos em moeda corrente nacional e em

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investimentos realizados na forma do Artigo 5º deste Regulamento, em percentual do

patrimônio líquido do FUNDO igual ou superior a 0,5% (meio por cento) ou R$ 100.000,00 (cem mil reais), dos dois o menor. Artigo 42: Caso a ADMINISTRADORA verifique não ser possível a formação da Reserva de Caixa de acordo com o descrito no “caput”, a ADMINISTRADORA comunicará a GESTORA para que interrompa a aquisição de Direitos de Crédito Elegíveis até que a respectiva Reserva de Caixa seja devidamente constituída. Artigo 43: Não haverá resgate de Cotas, a não ser pelo término do prazo de duração de cada série, se for o caso, ou do FUNDO ou de sua liquidação antecipada. Artigo 44: O FUNDO somente efetuará amortizações, resgates e aplicações em Dias

Úteis. Se a data de amortização ou resgate ocorrer em dia não útil, o pagamento da amortização ou do resgate será efetuado no primeiro Dia Útil subsequente.

CAPÍTULO XIV – ASSEMBLEIA GERAL Artigo 45: Será de competência privativa da Assembleia Geral de Cotistas do FUNDO: I - tomar anualmente, no prazo máximo de 04 (quatro) meses após o encerramento do exercício social, as contas do FUNDO e deliberar sobre as demonstrações financeiras desse; II - alterar o Regulamento do FUNDO;

III - deliberar sobre a substituição da ADMINISTRADORA e da GESTORA, observado o procedimento previsto no Artigo 16, Parágrafo 2º;

IV - deliberar sobre a redução ou elevação da Taxa de Administração praticada pela ADMINISTRADORA, inclusive na hipótese de restabelecimento de taxa que tenha sido objeto de redução; V - deliberar sobre incorporação, fusão e cisão do FUNDO; VI – deliberar sobre a alteração da remuneração alvo das Cotas, caso existentes;

VII – deliberar sobre a ocorrência de quaisquer dos Eventos de Avaliação, sendo que tais Eventos de Avaliação devem ser considerados como um Evento de Liquidação Antecipada; VIII – deliberar sobre a ocorrência de quaisquer dos Eventos de Liquidação Antecipada, sendo que tais Eventos de Liquidação Antecipada devem acarretar a liquidação antecipada do FUNDO; IX – deliberar sobre a liquidação do FUNDO; e

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X – aprovar a emissão de novas Cotas, independentemente de sua classe ou série, assim como a eventual transformação da classe das cotas. Parágrafo Único: O Regulamento do FUNDO poderá ser alterado, independentemente de Assembleia Geral, sempre que tal alteração decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento às exigências de normas legais ou regulamentares ou de determinação da CVM, devendo ser providenciada, no prazo de 30 (trinta) dias, a necessária comunicação aos Cotistas. Artigo 46: A Assembleia Geral pode, a qualquer momento, nomear um ou mais representantes para exercerem as funções de fiscalização e de controle gerencial das aplicações do FUNDO, em defesa dos direitos e dos interesses dos Cotistas.

Parágrafo Único: Somente pode exercer as funções de representante de Cotistas pessoa física ou jurídica que atenda aos seguintes requisitos: I - ser Cotista ou profissional especialmente contratado para zelar pelos interesses dos Cotistas; II - não exercer cargo ou função na ADMINISTRADORA; e III - não exercer cargo na Cedente. Artigo 47: A convocação da Assembleia Geral de Cotistas do FUNDO far-se-á por meio

de carta com aviso de recebimento endereçada a cada Cotista, por correio eletrônico ou mediante anúncio publicado no Periódico utilizado para a divulgação de informações do FUNDO, da qual constará, obrigatoriamente, o dia, hora e local em que será realizada a Assembleia e ainda, de forma sucinta, os assuntos a serem tratados.

Parágrafo 1º: A convocação da Assembleia Geral deve ser feita com 10 (dez) dias de antecedência, no mínimo, contados da data de envio de carta com aviso de recebimento ou do correio eletrônico aos Cotistas ou da data de publicação do primeiro anúncio. Parágrafo 2º: Não se realizando a Assembleia Geral, será providenciado o envio de carta com aviso de recebimento ou correio eletrônico aos Cotistas para a segunda convocação, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias.

Parágrafo 3º: Salvo motivo de força maior, a Assembleia Geral realizar-se-á no local onde a ADMINISTRADORA tiver a sede; quando houver necessidade de efetuar-se em outro lugar, as cartas ou correios eletrônicos endereçados aos Cotistas indicarão, com clareza, o lugar da reunião, que, em nenhum caso, poderá ser fora da localidade da sede da ADMINISTRADORA. Parágrafo 4º: Independentemente das formalidades previstas neste Artigo, será considerada regular a Assembleia Geral a que comparecerem todos os Cotistas.

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Parágrafo 5º: Para efeito do disposto no Parágrafo 2º, admite-se que a segunda

convocação da Assembleia Geral seja providenciada juntamente com a carta ou correio eletrônico de primeira convocação. Artigo 48: Além da reunião anual de prestação de contas, a Assembleia Geral de Cotistas pode reunir-se por convocação da ADMINISTRADORA ou de Cotistas possuidores de cotas que representem isoladamente ou em conjunto, no mínimo, 5% (cinco por cento) do total das cotas em circulação. Artigo 49: Na Assembleia Geral, a ser instalada com a presença de pelo menos 01 (um) Cotista, as deliberações relativas à matéria prevista no Artigo 45, inciso I, deve ser tomadas pelo critério da maioria de cotas dos Cotistas presentes, correspondendo a cada cota um voto.

Parágrafo 1º: Dependerão de aprovação, em Assembleia Geral de Cotistas, em primeira convocação, da maioria das cotas em circulação e, em segunda convocação, pela maioria das cotas dos presentes as matérias indicadas no Artigo 45, incisos III, IV, V, VI e X e ainda matéria do inciso II exclusivamente no que tratar de alteração sobre: (i) Razão de Garantia; (ii) Prazo de duração do FUNDO; (iii) Regras e Condições de Amortização de Cotas; e (iv) Política de Investimento, Critérios de Elegibilidade e Condições de Cessão do FUNDO. Parágrafo 2º: Somente podem votar na Assembleia Geral os Cotistas do FUNDO, seus

representantes legais ou procuradores legalmente constituídos há menos de um ano. Parágrafo 3º: Não têm direito a voto na Assembleia Geral a ADMINISTRADORA e seus empregados.

Artigo 50: As decisões da Assembleia Geral devem ser divulgadas aos Cotistas no prazo máximo de 30 (trinta) dias de sua realização. Parágrafo Único: A divulgação referida no caput deve ser providenciada por meio de carta com aviso de recebimento endereçada a cada Cotista. Artigo 51: As modificações aprovadas pela Assembleia Geral de Cotistas passam a

vigorar a partir da data do protocolo na CVM dos seguintes documentos: I – lista de Cotistas presentes na Assembleia Geral; II – cópia da ata da Assembleia Geral; e III – exemplar do Regulamento, consolidando as alterações efetuadas, devidamente registrado em cartório de títulos e documentos.

CAPÍTULO XV – EVENTOS DE AVALIAÇÃO

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Artigo 52: Na hipótese de ocorrência das situações a seguir descritas, caberá à

ADMINISTRADORA, ou aos Cotistas interessados, convocar uma Assembleia Geral de Cotistas para que esta, após apresentação da situação da carteira pela ADMINISTRADORA, delibere sobre a continuidade do FUNDO ou sua liquidação antecipada, e consequente definição de cronograma de pagamentos dos Cotistas: I - inobservância pela ADMINISTRADORA de seus deveres e obrigações previstos no Capítulo VI deste Regulamento, desde que, notificada pela GESTORA, por iniciativa própria desta ou mediante solicitação dos Cotistas, para sanar ou justificar o descumprimento, não o faça no prazo de até 72 (setenta e duas) horas do recebimento da referida notificação; II - renúncia da ADMINISTRADORA à administração do FUNDO, desde que a

ADMINISTRADORA não seja substituída por outra devidamente autorizada pela CVM no prazo de 15 (quinze) dias; III - inobservância pelo CUSTODIANTE de seus deveres e obrigações previstos neste Regulamento, desde que, notificado pela ADMINISTRADORA para sanar ou justificar o descumprimento, não o faça no prazo de até 72 (setenta e duas) horas do recebimento da referida notificação; IV – aquisição reiterada pelo FUNDO de Direitos de Crédito em desacordo com as Condições de Cessão ou os Critérios de Elegibilidade, conforme exposto nos Capítulos IV e V, respectivamente, deste Regulamento;

VI - existência ou evidência concreta, irrefutável e comprovada documentalmente de que Direitos de Crédito Elegíveis não foram regular e devidamente formalizados; VII - rebaixamento da classificação de risco do FUNDO em dois níveis de qualquer série,

considerando-se a tabela da Agência Classificadora de Risco. VIII - caso o FUNDO deixe de estar enquadrado na forma definida no Capítulo “Política de Investimento, Composição e Diversificação da Carteira” por período superior a 10 (dez) Dias Úteis consecutivos; IX- caso ocorra uma variação do CDI, nos 12 (doze) meses anteriores, em percentual igual ou superior a 7% (sete por cento).

Parágrafo 1º: Na ocorrência de qualquer dos Eventos de Avaliação, a ADMINISTRADORA suspenderá imediatamente os procedimentos de aquisição de Direitos de Crédito. Concomitantemente, a ADMINISTRADORA deverá convocar, no prazo de 05 (cinco) dias, uma Assembleia Geral, a ser realizada num prazo não superior a 20 (vinte) dias, para que seja avaliado o grau de comprometimento do FUNDO. Caso a Assembleia Geral decida que qualquer dos Eventos de Avaliação constitui um Evento de Liquidação Antecipada, a ADMINISTRADORA deverá implementar os procedimentos definidos no Artigo 45, incluindo a convocação de nova Assembleia Geral.

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Parágrafo 2º: Caso a ADMINISTRADORA deixe de convocar a Assembleia Geral de Cotistas prevista no Parágrafo 1º acima, caberá à GESTORA ou aos Cotistas interessados, mediante solicitação à GESTORA, a convocação da referida assembleia. Artigo 53: Na hipótese de liquidação do FUNDO, os Cotistas terão o direito de partilhar o patrimônio na proporção dos respectivos valores previstos para resgate na data de liquidação, sendo vedado qualquer tipo de preferência, prioridade ou subordinação entre os titulares das Cotas.

CAPÍTULO XVI – LIQUIDAÇÃO DO FUNDO Artigo 54: Cada Série “n” de Cotas do FUNDO, caso existentes, será liquidada por ocasião

do término do seu prazo de duração. As Cotas da emissão incial terão o prazo de duração equivalente ao do FUNDO. Artigo 55: O FUNDO será liquidado ordinariamente na forma do Artigo 45, IX. Artigo 56: O FUNDO será liquidado antecipadamente na forma do Artigo 45, VII, única e exclusivamente nas seguintes hipóteses (“Eventos de Liquidação Antecipada”): I - se o FUNDO mantiver patrimônio líquido médio inferior a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), pelo período de 03 (três) meses consecutivos e não for incorporado a outro Fundo de Investimento em Direitos de Crédito;

II - caso seja deliberado em Assembleia Geral que um Evento de Avaliação constitui um Evento de Liquidação Antecipada; III - caso o Contrato de Cessão seja rescindido, conforme previsto no referido contrato;

IV – impossibilidade do FUNDO adquirir Direitos de Crédito admitidos por sua política de investimentos pelo prazo de 30 (trinta) dias; V – se houver decretação de intervenção e/ou liquidação extrajudicial ou cassação da autorização para funcionamento da Cedente; VI - constatação, pela ADMINISTRADORA, de que a Cedente cedeu, ou tentou ceder ao

FUNDO, Direitos de Crédito onerados ou gravados; IX - renúncia da ADMINISTRADORA ou do CUSTODIANTE com a consequente não assunção de suas funções por uma nova instituição nos prazos previstos neste Regulamento. Artigo 57: Na ocorrência de qualquer dos Eventos de Liquidação Antecipada, independentemente de qualquer procedimento adicional, a ADMINISTRADORA deverá

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i) notificar os Cotistas, e ii) suspender imediatamente o pagamento de qualquer resgate

em andamento, se houver, e os procedimentos de aquisição de Direitos de Crédito. Artigo 58: Adicionalmente ao procedimento previsto no Artigo acima, a ADMINISTRADORA deverá convocar, no prazo de 05 (cinco) dias, uma Assembleia Geral, a ser realizada num prazo não superior a 20 (vinte) dias, para que os Cotistas deliberem sobre a liquidação antecipada do FUNDO. Parágrafo 1º: Aprovada a liquidação antecipada do FUNDO, deverão os Cotistas deliberar também sobre as medidas que serão adotadas visando preservar seus direitos, suas garantias e prerrogativas, observando o direito de resgate dos Cotistas dissidentes de que trata o Parágrafo 2º abaixo.

Parágrafo 2º: Se a Assembleia Geral rejeitar a liquidação do FUNDO, fica desde já assegurado o resgate das Cotas dos Cotistas dissidentes que o solicitarem, pelo valor das mesmas. Parágrafo 3º: Na hipótese da Assembleia Geral de Cotistas não chegar a acordo comum referente aos procedimentos de pagamento de resgate das cotas, os Direitos de Crédito Elegíveis e os ativos financeiros serão dados em pagamento aos Cotistas, mediante a constituição de um condomínio, cuja fração ideal de cada Cotista será calculada de acordo com a proporção de cotas detida por cada titular sobre o valor total das cotas existentes à época. Após a constituição do condomínio acima referido, a ADMINISTRADORA, a GESTORA e o CUSTODIANTE estarão desobrigados em relação às responsabilidades estabelecidas neste Regulamento, ficando autorizado a liquidar o

FUNDO perante as autoridades competentes. Parágrafo 4º: A ADMINISTRADORA deverá notificar os Cotistas para que elejam um administrador para o referido condomínio de Direitos de Crédito e ativos financeiros, na

forma do Artigo 1.323 do Código Civil Brasileiro e informando a proporção de Direitos de Crédito e ativos financeiros a que cada Cotista fará jus, sem que isso represente qualquer responsabilidade da ADMINISTRADORA perante os Cotistas após a constituição do referido condomínio. Parágrafo 5º: Caso os titulares das Cotas não procedam à eleição do administrador do condomínio referido nos Parágrafos acima, a função será exercida pelo Cotista que detenha a maior quantidade das Cotas existentes, em Assembleia Geral.

Parágrafo 6º: Havendo mais de um Cotista interessado na compra do ativo, será dada preferência ao Cotista majoritário. Parágrafo 7º: O valor da venda prevista no Parágrafo 5º acima deverá ser, no mínimo, suficiente para arcar com as despesas e encargos do FUNDO, e com o pagamento do valor das Cotas, apurado conforme o Artigo 24 deste Regulamento, em vigor na própria data de liquidação, além da Remuneração Adicional.

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Parágrafo 8º: Na liquidação antecipada do FUNDO, não havendo a disponibilidade de

recursos, os Cotistas do FUNDO poderão receber Direitos de Crédito Elegíveis e demais ativos constantes da carteira do FUNDO, como pagamento dos seus direitos, em dação em pagamento. Artigo 59: Após o pagamento das despesas e encargos do FUNDO, será pago aos titulares de Cotas, se o patrimônio do FUNDO assim permitir, o valor apurado conforme o Artigo 24 deste Regulamento, em vigor na própria data de liquidação, proporcionalmente ao valor das cotas, além da Remuneração Adicional. Artigo 60: A liquidação do FUNDO será gerida pela ADMINISTRADORA, observandoas disposições deste Regulamento ou o que for deliberado na Assembleia Geral,.

CAPÍTULO XVII – ENCARGOS DO FUNDO Artigo 61: Constituem encargos do FUNDO, além da Taxa de Administração e Performance, as seguintes despesas, que podem ser debitadas pela ADMINISTRADORA: a) taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais, municipais ou autárquicas, que recaiam ou venham a recair sobre os bens, direitos e obrigações do FUNDO; b) despesas com impressão, expedição e publicação de relatórios, formulários e informações periódicas, previstas neste Regulamento ou na regulamentação pertinente; c) despesas com correspondências de interesse do FUNDO, inclusive comunicações aos

Cotistas; d) honorários e despesas do auditor encarregado da revisão das demonstrações financeiras e das contas do FUNDO e da análise de sua situação e da atuação da

ADMINISTRADORA; e) emolumentos e comissões pagas sobre as operações do FUNDO; f) honorários de advogados, custas e despesas correlatas feitas em defesa dos interesses do FUNDO, em juízo ou fora dele, inclusive o valor da condenação, caso o mesmo venha a ser vencido; g) quaisquer despesas inerentes à constituição ou à liquidação do FUNDO ou à realização

de Assembleia Geral de Cotistas; h) taxas de custódia de ativos do FUNDO; i) despesas com a contratação de Agência Classificadora de Risco; j) despesas com o profissional especialmente contratado para zelar pelos interesses dos Cotistas, como representante dos Cotistas; e

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l) despesas com a contratação de Agente de Cobrança.

Parágrafo Único: Quaisquer outras não previstas como encargos do FUNDO devem correr por conta da ADMINISTRADORA. Artigo 62: Independentemente do Agente Cobrador ser a responsável pela cobrança dos Direitos de Créditos Vencidos e Não Pagos, o FUNDO arcará com todas as despesas que porventura venham a ser incorridas com vistas à adoção de medidas judiciais e/ou extrajudiciais necessárias à salvaguarda e cobrança de seus direitos e prerrogativas decorrentes da titularidade dos Direitos de Crédito Inadimplidos nos termos do Contrato de Cessão e nos termos do Contrato de Cobrança, incluindo todos os custos, taxas, despesas, emolumentos, honorários advocatícios e periciais ou quaisquer outros encargos relacionados com os procedimentos a que se refere este inciso.

Artigo 63: Por exclusiva decisão da ADMINISTRADORA, o FUNDO poderá substituir os Agentes Cobradores em função: (i) da inércia ou da morosidade do Agente Cobrador em efetivar os procedimentos de cobrança; (ii) da verificação de ineficácia dos procedimentos de cobrança implementados e iniciados ou, ainda, (iii) do descumprimento dos termos do Contrato de Cobrança.

CAPÍTULO XVIII – PUBLICIDADE E REMESSA DE DOCUMENTOS E DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES À CVM

Artigo 64: A ADMINISTRADORA irá divulgar, ampla e imediatamente, qualquer ato ou

fato relevante relativo ao FUNDO, tal como a eventual alteração da classificação de risco do FUNDO ou dos Direitos de Crédito e demais ativos integrantes da respectiva carteira, de modo a garantir a todos os Cotistas acesso às informações que possam, direta ou indiretamente, influir em suas decisões quanto à respectiva permanência no mesmo, se

for o caso. Parágrafo 1º: A divulgação das informações previstas neste artigo deve ser feita por meio de publicação no DCI – Diário Comércio, Indústria e Serviços e mantida disponível para os Cotistas na sede e agências da ADMINISTRADORA e nas instituições que coloquem cotas do FUNDO. Parágrafo 2º: Em caso de substituição do Periódico indicado pela ADMINISTRADORA, os

Cotistas serão avisados sobre a referida substituição mediante publicação no periódico anteriormente utilizado, por correio eletrônico ou carta com aviso de recebimento endereçada a cada Cotista. Artigo 65: A ADMINISTRADORA deve, no prazo máximo de 10 (dez) dias após o encerramento de cada mês, colocar à disposição dos Cotistas, em sua sede e dependências, informações sobre: I – o número de cotas de propriedade de cada um e o respectivo valor;

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II – a rentabilidade do FUNDO, com base nos dados relativos ao último dia do mês; e III – o comportamento da carteira de Direitos de Crédito e demais ativos do FUNDO, abrangendo, inclusive, dados sobre o desempenho esperado e o realizado. Artigo 66: A ADMINISTRADORA deve enviar à CVM, através do Sistema de Envio de Documentos disponível na página da CVM na rede mundial de computadores, em até 90 (noventa) dias após o encerramento do exercício social ao qual se refiram, as demonstrações financeiras anuais do FUNDO. Artigo 67: As demonstrações financeiras do FUNDO estarão sujeitas às normas de escrituração expedidas pela CVM, em especial a Instrução CVM 489 de 14 de janeiro de

2011, e serão auditadas pelo AUDITOR. Parágrafo Único: O exercício social do FUNDO tem duração de 01 (um) ano, encerrando-se em 31 de outubro de cada ano.

Artigo 68: A ADMINISTRADORA deve enviar informe mensal à CVM, através do Sistema

de Envio de Documentos disponível na página da CVM na rede mundial de

computadores, conforme modelo e conteúdo disponíveis na referida página,

observando o prazo de 15 (quinze) dias após o encerramento de cada mês do calendário

civil, com base no último dia útil daquele mês.

CAPÍTULO XIX – FORO Artigo 69: Fica eleito o foro da comarca da Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com expressa renúncia a qualquer outro, por mais privilegiado que possa ser, para propositura de quaisquer ações judiciais relativas ao FUNDO ou a questões decorrentes da aplicação deste Regulamento.

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ANEXO I – SUPLEMENTO Nº 1

Suplemento nº 01 referente à Emissão Inicial de Cotas do FUNDO emitida nos termos do Regulamento do “FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS HEXA CRÉDITO CONSIGNADO PRIVADO I”, do qual este Suplemento é parte integrante. 1. Prazo. O prazo de duração das Cotas da emissão inicial do FUNDO é equivalente ao prazo de duração do FUNDO, que hoje é indeterminado e somente pode ser alterado por deliberação da assembleia geral de cotistas. 2. Público alvo: Investidores qualificados, conforme definido no Artigo 109 da Instrução CVM 409 de 18 de agosto de 2004, observadas as determinações do Artigo 4º da Instrução CVM 476.

3. Agência Classificadora de Risco: AUSTIN RATING SERVIÇOS FINANCEIROS LTDA., com sede na Rua Leopoldo Couto Magalhões, 110 - Conjunto 73, inscrita no CNPJ sob o nº 05.803.488/0001.09. 4. Benchmark: As Cotas do FUNDO têm como meta de rentabilidade, no médio e longo prazo, a obtenção de retorno superior a variação do CDI., sem que esta meta represente qualquer garantia ou parâmetro mínimo ou máximo de rentabilidade para as Cotas da emissão inicial. 4.1. Não obstante o acima disposto, não existe qualquer promessa do FUNDO, da ADMINISTRADORA, da GESTORA, da Cedente e do CUSTODIANTE acerca da

rentabilidade das aplicações dos recursos do FUNDO. 5. Quantidade de cotas da emissão inicial e Montante Mínimo e máximo da Emissão: Serão emitidas na emissão inicial de cotas do FUNDO , no mínimo, 3.000.000 (três

milhões) de cotas e, no máximo, 6.000.000 (seis milhões) de cotas, com valor mínimo de emissão de R$ 1,00 (um real) por cota, totalizando o montante mínimo de emissão de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) emáximo de R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais). 6. Valor de Subscrição Por Investidor: Por se tratar de uma oferta com esforços restritos, caso os investidores sejam pessoas físicas ou jurídicas descritas no inciso IV do Artigo 109 da Instrução CVM 409, será exigida subscrição de Cotas em montante equivalente,

no mínimo, a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por investidor. 7. Distribuição, Subscrição e integralização de cotas: A distribuição das Cotas da emissão inicial do FUNDO, colocadas na forma de oferta pública com esforços restritos, conforme previsto na Instrução CVM 476, será liderada pela ADMINISTRADORA em regime de melhores esforços, que poderá contratar terceiros devidamente habilitados para prestar tais serviços, sendo que haverá a busca por até 75 (setenta e cinco) investidores, que sejam considerados investidores qualificados e sejam enquadrados no Público Alvo do FUNDO.

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Desta forma, a oferta das cotas da emissão inicial está dispensada de registro perante a CVM e as posteriores negociações das cotas pelos subscritores ficarão sujeitas às restrições previstas na Instrução CVM 476, ou seja, somente poderão ser negociadas em mercado secundário após 90 (noventa) dias contados da subscrição, sendo que os investidores deverão assinar declaração atestando ciência de tal restrição e da ausência de registro perante a CVM da oferta. 7.1. A subscrição das Cotas da da emissão inicial estará limitada a 50 (cinquenta) investidores, conforme estipulado na Instrução CVM 476. Os Fundos de Investimento sob mesma gestão serão considerados em conjunto, ou seja, será computado como investidor o gestor apenas.

7.2. As Cotas da emissão inicial do FUNDO poderão ser subscritas pelo prazo de 6 (seis) meses contados de seu início e prorrogadas automaticamente pela ADMINISTRADORA, nos termos da Instrução CVM 476. O Saldo de cotas não subscritas poderá ser cancelado pela ADMINISTRADORA a qualquer tempo até o efetivo encerramento da oferta. 7.3. A integralização de Cotas da emissão inicial do FUNDO deverá ocorrer mediante notificação para integralização das chamadas de capital, enviadas pela ADMINISTRADORA, com antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis da integralização, de modo que todas as chamadas de capital relativas á emissão inicial de Cotas devem ocorrer até 12 (doze) meses contados no início de funcionamento do FUNDO. 8. AMORTIZAÇÃO E RESGATE. As Cotas da Emissão Inicial somente serão amortizadas por

deliberação da assembleia geral de cotistas ou resgatadas ao final do prazo de duração do FUNDO. Termos e condições definidos no Regulamento terão o mesmo significado ali atribuído quando utilizados neste Suplemento.

O presente Suplemento deverá ser registrado no Serviço de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo em conjunto e como parte integrante do Regulamento do FUNDO.

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ANEXO II – LIMITES DE CONCENTRAÇÃO

Cada Devedor ou Coobrigado deve representar o equivalente a, no máximo, 1% (um por cento do patrimônio líquido do FUNDO na data da cessão ou R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), dos dois parâmetros o que for maior; após decorridos 180 dias da Data da 1ª Integralização de Cotas no FUNDO. Ademais, as Empresas Privadas Conveniadas devem respeitar o limite de concentração da carteira do FUNDO de acordo com a seguinte tabela:

Risco ATÉ 360 DIAS APÓS 360 DIAS

Empresas Privadas

Conveniadas

20% 10%

Os percentuais acima poderão ser alterados AUTOMATICAMENTE nas hipóteses descritas no Parágrafo 1° do Artigo 10 do Regulamento do FUNDO, nos termos da legislação vigente.

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ANEXO III – PROCEDIMENTOS PARA VERIFICAÇÃO DE LASTRO POR AMOSTRAGEM

Conforme dispõe o Regulamento do Fundo: a obrigação de verificação de lastro dos Direitos Creditórios será realizada por amostragem nos termos do § 1º do Artigo 38 da Instrução CVM nº 356, podendo o Custodiante realizá-la mediante a contratação de Empresa de Auditoria. Para a verificação do lastro dos Direitos Creditórios, o Custodiante contratará uma empresa de auditoria que deverá utilizar os seguintes procedimentos e parâmetros em relação à quantidade de créditos cedidos: Procedimentos realizados

Procedimento A Obtenção de base de dados analítica por recebível junto ao Custodiante, para seleção de uma amostra de itens para fins de verificação da documentação comprobatória dos recebíveis. Procedimento B Seleção de uma amostra aleatória de itens a serem verificados. A seleção dos direitos creditórios será obtida de forma aleatória: (i) dividindo-se o tamanho da população (N) pelo tamanho da amostra (n), obtendo um intervalo de retirada (K); (ii) sorteia-se o ponto de partida; e (iii) a cada K elementos, será retirada uma amostra. Será selecionada uma amostra utilizando as bases de dados (i) e (ii) unificadas,

obedecendo os seguintes critérios: Tamanho da amostra:

O tamanho da amostra será definido por meio da aplicação da seguinte fórmula matemática e seguintes parâmetros estatísticos: Onde: n = tamanho da amostra N = totalidade de direitos creditórios adquiridos z = Cristal Score = 1,96 p = proporção a ser estimada = 50%

ME = erro médio = 5,8% Base de Seleção e Critério de Seleção A população base para a seleção da amostra compreenderá os direitos creditórios em aberto (vencidos e a vencer) e direitos creditórios recomprados/substituídos no trimestre de referência.

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A seleção dos Direitos Creditórios será obtida da seguinte forma: (i) para os 5 (cinco)

Cedentes mais representativos em aberto na carteira e para os 5 (cinco) Cedentes mais representativos que tiverem títulos recomprados serão selecionados os 3 (três) direitos creditórios de maior valor; (ii) adicionalmente serão selecionados os demais itens para completar a quantidade total de itens da amostra. A seleção dos itens indicados no item (ii) se dará dividindo-se o tamanho da população (N) pelo tamanho da amostra (n), obtendo um intervalo de retirada (k); sorteia-se o ponto de partida; e a cada k elementos, será retirado um para a amostra. Utilizaremos o software ACL para a extração da amostra.