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PROPOSTA DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO DE COIMBRA Versão para Pré - Discussão Pública – 17 de Novembro de 2003 Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 1 REGULAMENTO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO (RMUE) DE COIMBRA CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA, 17 de Novembro de 2003

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REGULAMENTO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO EEDIFICAÇÃO (RMUE) DE COIMBRA

CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA, 17 de Novembro de 2003

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ÍNDICE

PREÂMBULOPág.

TÍTULO I – OBJECTO E ÂMBITOArtigo 1º - Lei habilitante..................................................................................................................................................10Objecto e âmbito de aplicação ........................................................................................................................................10

TÍTULO II – NORMAS TÉCNICASCAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS E CASOS ESPECIAISSecção I - Definições

Artigo 3º - Definições ......................................................................................................................................................11

Secção II – Regras GeraisCondições gerais de edificação.......................................................................................................................................14Condicionantes arqueológicas, patrimoniais e ambientais ............................................................................................15Estudos geológicos..........................................................................................................................................................16Níveis máximos de ruído .................................................................................................................................................16Compatibilidade de usos e actividades...........................................................................................................................17Muros e vedações............................................................................................................................................................17Depósito de resíduos sólidos urbanos............................................................................................................................18Acesso de pessoas com mobilidade condicionada........................................................................................................18

Secção III - Casos EspeciaisObras de escassa relevância urbanística.......................................................................................................................18Operações urbanísticas com impacte semelhante a loteamento ..................................................................................19Dispensa de discussão pública.......................................................................................................................................20

CAPÍTULO II - ESTACIONAMENTOSecção I – Regras Gerais

Artigo 15º - Condições de aplicação ...............................................................................................................................20

Secção II – Quantificação e localização da ofertaÍndices para as diferentes zonas do concelho................................................................................................................21Dispensa da aplicação dos índices.................................................................................................................................23Localização dos estacionamentos ..................................................................................................................................24Apresentação de Estudos Técnicos de Tráfego.............................................................................................................24

CAPÍTULO III– URBANIZAÇÃOSecção I – Regras Gerais

Artigo 20º - Áreas para espaços verdes e de utilização colectiva, infra-estruturas e equipamentos ..........................25Gestão dos espaços verdes ............................................................................................................................................26Parâmetros qualitativos ...................................................................................................................................................26Movimento de terras ........................................................................................................................................................27Contratos de urbanização................................................................................................................................................27Início dos trabalhos..........................................................................................................................................................27

Secção II – Dimensionamento do Espaço PúblicoArtigo 26º - Ajustamentos e alterações...........................................................................................................................27

Subsecção I – Faixa de rodagemTraçado em planta...........................................................................................................................................................28Perfil transversal-tipo .......................................................................................................................................................28Perfil longitudinal..............................................................................................................................................................29Intersecções e impasses .................................................................................................................................................29Constituição do pavimento ..............................................................................................................................................30

Subsecção II - EstacionamentoRegras construtivas .........................................................................................................................................................31Inclinação transversal ......................................................................................................................................................32Pavimentação...................................................................................................................................................................33Dimensionamento de paragens de autocarros...............................................................................................................33

Subsecção III - PasseiosDimensionamento............................................................................................................................................................34Pavimentação: critério espacial.......................................................................................................................................35Pavimentação na Zona 1.................................................................................................................................................35Pavimentação na Zona 2.................................................................................................................................................36Situações existentes........................................................................................................................................................36Lancis ...............................................................................................................................................................................36Caldeiras ..........................................................................................................................................................................37

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Rebaixamento..................................................................................................................................................................32Subsecção IV – Sinalização

Regras Gerais ..................................................................................................................................................................38Sinalização vertical da rede viária...................................................................................................................................38Sinalização horizontal da rede viária ..............................................................................................................................39Sinalização luminosa.......................................................................................................................................................39Atravessamento de peões...............................................................................................................................................39

Subsecção V - Iluminação PúblicaRegras gerais...................................................................................................................................................................40

Subsecção VI – VegetaçãoRegras gerais...................................................................................................................................................................40Arborização ......................................................................................................................................................................41Arbustos ...........................................................................................................................................................................42Herbáceas ........................................................................................................................................................................42Sistemas de rega.............................................................................................................................................................42

Subsecção VII - Mobiliário UrbanoRegras gerais...................................................................................................................................................................43

Subsecção VIII - Equipamentos de Higiene PúblicaPapeleiras ........................................................................................................................................................................43Capitação e localização de contentores de Resíduos Sólidos Urbanos .......................................................................44Capitação e localização de ecopontos............................................................................................................................45

CAPÍTULO IV– EDIFICAÇÃO

Secção I – EdifíciosArtigo 59º - Afastamentos às estremas...........................................................................................................................46Empenas laterais .............................................................................................................................................................47Saliências .........................................................................................................................................................................47Corpos e varandas salientes ...........................................................................................................................................48Marquises.........................................................................................................................................................................49Elementos adicionais amovíveis .....................................................................................................................................49Logradouros .....................................................................................................................................................................50Anexos..............................................................................................................................................................................50Acesso e Estacionamento...............................................................................................................................................51Alteração da utilização dos edifícios ...............................................................................................................................53

Secção II – Infra-estruturasArtigo 69º - Colocação de equipamentos nas fachadas e coberturas dos edifícios .....................................................54Tubos de queda e caleiras ..............................................................................................................................................55Instalação de infra-estruturas de suporte das estações de radiotelecomunicações ....................................................55

CAPÍTULO V – OCUPAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICOSecção I – Ocupação da via pública

Artigo 72º - Regras gerais de ocupação do espaço público ..........................................................................................56Pedido de licença.............................................................................................................................................................56Tapumes ..........................................................................................................................................................................57Andaimes .........................................................................................................................................................................58Corredores para peões....................................................................................................................................................58Protecção de árvores e candeeiros ................................................................................................................................58Cargas e descargas na via pública.................................................................................................................................59Condutas de descarga de entulhos ................................................................................................................................59Contentores para depósito de materiais e recolha de entulhos.....................................................................................59Escritórios de vendas ......................................................................................................................................................60Realização de actos públicos..........................................................................................................................................60Indeferimento do pedido de licenciamento .....................................................................................................................60

Secção II - Execução de obras e utilização do espaço público

Subsecção I - Regras geraisArtigo 84º - Realização de obras....................................................................................................................................61Prestação de caução .......................................................................................................................................................61Organização e coordenação ...........................................................................................................................................62Reajuste de infra-estruturas ............................................................................................................................................62

Subsecção II – Licenciamento da execução da obra e da utilização do espaço públicoPedido de licenciamento..................................................................................................................................................62Licenciamento..................................................................................................................................................................62Alteração à programação dos trabalhos .........................................................................................................................63Indeferimento do pedido de licenciamento .....................................................................................................................63

Subsecção III - Obras com carácter de urgênciaCarácter de urgência das obras ......................................................................................................................................63Início das obras com carácter de urgência.....................................................................................................................64

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Subsecção IV - Identificação, sinalização e medidas de segurançaIdentificação da obra........................................................................................................................................................64Sinalização da obra .........................................................................................................................................................64Medidas de segurança ....................................................................................................................................................65

Subsecção V - Execução da obraCondições técnicas..........................................................................................................................................................65Mudança de frente e natureza de trabalho.....................................................................................................................66

Subsecção VI - Fiscalização técnica e embargo da obraElementos a disponibilizar no local da obra....................................................................................................................67Embargo...........................................................................................................................................................................67

Subsecção VII - Conclusão e recepção da obraConclusão da obra...........................................................................................................................................................67Deficiências de execução................................................................................................................................................68Garantia da obra..............................................................................................................................................................68

TÍTULO III – PROCEDIMENTOSCAPÍTULO I – TÉCNICOS

Artigo 104º - Inscrição......................................................................................................................................................68Processamento ................................................................................................................................................................69Anulação e caducidade da inscrição...............................................................................................................................69Qualificação dos técnicos autores dos projectos ...........................................................................................................70Competências e obrigações dos técnicos autores dos projectos e directores técnicos de obras................................70Sanções ...........................................................................................................................................................................70Incompatibilidades ...........................................................................................................................................................71

CAPÍTULO II - INSTRUÇÃO DOS PEDIDOS

Secção I – Disposições geraisArtigo 111º - Operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia...........................................................................71Dispensa de projecto de execução.................................................................................................................................72Projectos de especialidades ou de infra-estruturas........................................................................................................72Normas de apresentação dos projectos .........................................................................................................................72Elementos adicionais.......................................................................................................................................................73Toponímia e numeração policial .....................................................................................................................................73

Secção II – Operações de loteamento e obras de urbanizaçãoArtigo 117º - Instrução dos pedidos ................................................................................................................................74Equipa multidisciplinar para projectos de loteamento....................................................................................................74Dispensa de equipa técnica ............................................................................................................................................75Recepção provisória das obras de urbanização.............................................................................................................75Recepção provisória parcial das obras de urbanização.................................................................................................75

Secção III – EdificaçãoArtigo 122º - Instrução dos pedidos ................................................................................................................................75Propriedade horizontal.....................................................................................................................................................76Convenções .....................................................................................................................................................................77Estimativa orçamental das obras ....................................................................................................................................77Autorização para construção em loteamentos ...............................................................................................................78Conclusão da obra de edificação....................................................................................................................................78Prazo de pedido de licença ou autorização de utilização ..............................................................................................78

Secção IV – Trabalhos de remodelação de terrenos e outras operações urbanísticasArtigo 129º - Instrução dos pedidos ................................................................................................................................79

Secção V – Utilização do espaço públicoArtigo 130º - Instrução dos pedidos ................................................................................................................................79

TÍTULO IV – TAXAS E COMPENSAÇÕESCAPÍTULO I – REGRAS GERAIS

Artigo 131º - Princípios de equidade relativos a operações urbanísticas .....................................................................80Regime de pagamento ....................................................................................................................................................80Arredondamentos ............................................................................................................................................................81Erros na liquidação ..........................................................................................................................................................81Recibo de quitação ..........................................................................................................................................................81Actualização.....................................................................................................................................................................81

CAPÍTULO II – LOTEAMENTOS E OBRAS DE URBANIZAÇÃOArtigo 137º - Processamento técnico-administrativo do pedido.....................................................................................82Informação prévia ............................................................................................................................................................82Emissão de alvará de licença ou autorização de loteamento........................................................................................83Emissão de alvará de licença ou autorização para execução das obras de urbanização por fases ...........................85Aditamentos aos projectos de loteamento ou obras de urbanização............................................................................86Aditamento ao alvará de licença ou autorização de loteamento (Art.º 27º) ..................................................................86

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Prorrogação de prazos de execução das obras de urbanização (n.º 2 e 3 do Art.º 53º)..............................................86Renovação da licença ou autorização de loteamento....................................................................................................87Emissão de alvará de licença ou autorização de obras de urbanização não incluídas em loteamento ......................87Aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de urbanização não incluídas em loteamento..................87Prorrogação de prazo de execução das obras de urbanização não incluídas em loteamento....................................87Renovação da licença ou autorização de obras de urbanização não incluídas em loteamento..................................88Emissão de licença especial para conclusão de obras de urbanização inacabadas ...................................................88Recepção provisória ou definitiva de obras de urbanização..........................................................................................88

CAPÍTULO III – EDIFICAÇÕESArtigo 151º - Processamento técnico-administrativo do pedido.....................................................................................88Informação prévia ............................................................................................................................................................89Aditamentos aos projectos de arquitectura ou especialidades......................................................................................89Emissão de alvará de licença ou autorização de obras de edificação ..........................................................................89Emissão de alvará de licença ou autorização para edifícios com impacte semelhante a loteamento.........................90Emissão de alvará de licença parcial para construção de estrutura .............................................................................91Emissão de alvará de licença ou autorização para execução de obras de edificação por fases.................................91Emissão de alvará de licença ou autorização para execução de obras de edificação com impacte semelhante a loteamento por fases...............91Aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de edificação (Art. 83º)......................................................91Aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de edificação com impacte semelhante a loteamento (Art.º 83º)...............92Prorrogação de prazo para conclusão de obras de edificação e de edificação com impacte semelhante a loteamento.....................92Renovação da licença ou autorização de obras de edificação......................................................................................92Renovação da licença ou autorização de obras de edificação com impacte semelhante a loteamento .....................92Emissão de licença especial para conclusão de obras inacabadas (Art.º 88º, RJUE) .................................................93Emissão de alvará de licença ou autorização de obras de demolição..........................................................................93Emissão de licença ou autorização de utilização...........................................................................................................93Emissão de certidão de aprovação de edifício em regime de propriedade horizontal .................................................94Vistorias – Conservação do edificado.............................................................................................................................94Emissão de licença de construção de postos de abastecimento de combustíveis.......................................................94Emissão de licença de construção de unidades de lavagem de veículos.....................................................................94Casos especiais ...............................................................................................................................................................95

CAPÍTULO IV – TRABALHOS DE REMODELAÇÃO DE TERRENOSArtigo 172º - Processamento técnico-administrativo do pedido.....................................................................................95Emissão de alvará de licença ou autorização para remodelação de terrenos..............................................................96Prorrogações de prazo para remodelação de terrenos..................................................................................................96

CAPÍTULO V – OCUPAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO

Secção I – Ocupação do espaço público por motivo de execução de infra-estruturas, obras de urbanização e edificaçãoArtigo 175º - Tapumes.....................................................................................................................................................96Andaimes .........................................................................................................................................................................97Gruas, guindastes ou similares .......................................................................................................................................97Valas.................................................................................................................................................................................97Standes de vendas ..........................................................................................................................................................97Outras ocupações............................................................................................................................................................97

Secção II – Utilização do espaço públicoArtigo 181º - Espaço aéreo..............................................................................................................................................98Antenas de radiotelecomunicações ................................................................................................................................98Solo...................................................................................................................................................................................98Subsolo.............................................................................................................................................................................98

CAPÍTULO VI - SITUAÇÕES CONEXAS COM AS OPERAÇÕES URBANÍSTICASArtigo 185º - Técnicos......................................................................................................................................................99Prestação de serviços administrativos............................................................................................................................99

CAPÍTULO VII – – ISENÇÕES, REDUÇÕES E REGIMES DE PAGAMENTOArtigo 187º - Isenções....................................................................................................................................................101Dispensa e redução do pagamento da taxa .................................................................................................................101

TÍTULO V – FISCALIZAÇÃO, SANÇÕES E MEDIDAS DE TUTELA DA LEGALIDADECAPÍTULO I – FISCALIZAÇÃO

Artigo 189º - Exercício da actividade de fiscalização...................................................................................................102Objecto ...........................................................................................................................................................................102Deveres dos donos das obras.......................................................................................................................................104Incompatibilidades .........................................................................................................................................................104

CAPÍTULO II – SANÇÕESArtigo 193º - Sanções ....................................................................................................................................................105Sanções acessórias.......................................................................................................................................................106

CAPÍTULO III – MEDIDAS DE TUTELA DA LEGALIDADEArtigo 195º - Serviços ou obras executadas pela Câmara Municipal em substituição dos proprietários ..................106Danos no espaço público ..............................................................................................................................................106

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TÍTULO VI – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIASArtigo 197º - Outras soluções urbanas .........................................................................................................................107Dúvidas e omissões.......................................................................................................................................................107Entrada em vigor............................................................................................................................................................107Norma revogatória .........................................................................................................................................................108

ANEXOS:I - Normas de instrução de processos

II - Normas Interpretativas do Plano Director Municipal

III - Planta de zonamento para aplicação de índices de estacionamento

IV - Planta de zonamento para pavimentações

V - Modelos para instrução dos pedidos para instrução de processos

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REGULAMENTO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO EEDIFICAÇÃO (RMUE) DE COIMBRA

PREÂMBULO

O novo regime jurídico da urbanização e edificação, estabelecido pelo Decreto-Lei n.º

555/99, de 16 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 177/2001, de 4 de Junho, prevê,

no artigo 3º, que os municípios aprovem regulamentos municipais de urbanização e de

edificação, bem como regulamentos relativos ao lançamento e liquidação de taxas que,

nos termos da lei, sejam devidas pela realização de operações urbanísticas.

Assim e tendo ainda presente a experiência adquirida com a aplicação do referido regime

jurídico consideram-se como objectivos a alcançar com o presente Regulamento:

- Regulamentar as matérias que obrigatoriamente são impostas pelo diploma base e

aquelas cuja regulamentação se impõe com vista a contribuir para uma ocupação

ordenada e qualificada do território, complementando os Planos Municipais de

Ordenamento do Território em vigor, através do enquadramento urbanístico,

arquitectónico e técnico-construtivo das diversas operações urbanísticas.

- Tornar mais claros e transparentes os critérios de análise dos projectos e mais

célere a sua apreciação por parte dos serviços municipais.

- Sistematizar um conjunto de procedimentos técnicos e administrativos relativos às

operações urbanísticas promovidas por particulares, permitindo a modernização dos

serviços administrativos, com vista ao melhoramento da prestação do serviço ao

munícipe, no domínio da urbanização e da edificação.

- Clarificar os deveres dos técnicos e promotores no que se refere à execução e

acompanhamento das operações urbanísticas, incluindo a conservação e respeito

pelo espaço público e consequente compreensão das funções da Fiscalização

Municipal.

- Garantir uma justa comparticipação no financiamento da construção da infra-

estrutura pública.

Para o efeito, o Regulamento é organizado em seis títulos, dos quais se destacam as

Normas Técnicas, os Procedimentos e as Taxas e Compensações.

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As “Normas Técnicas” integram princípios para a urbanização e edificação, bem como

regras urbanísticas e construtivas a ser seguidas nos projectos de arquitectura e

urbanização, com especial incidência no dimensionamento do espaço público e do

estacionamento.

Parte-se de um conjunto de definições, que complementam as existentes no Regulamento

do Plano Director Municipal e clarificam alguns conceitos aí utilizados e na comunicação

diária entre os técnicos municipais e projectistas.

De acordo com a legislação em vigor, são definidas,:

- As operações urbanísticas que devem configurar um impacte semelhante a

loteamento, ficando sujeitas às cedências de terreno e execução de infra-estruturas,

tal como nos loteamentos;

- As situações, nas operações de loteamento, em que se poderá dispensar a

discussão pública;

- As obras de escassa relevância urbanística, cuja realização fica apenas obrigada à

comunicação prévia;

Estabelecem-se regras sobre:

- A qualidade e dimensão mínima dos espaços de cedência, a fim de evitar que áreas

fragmentadas ou com acesso deficiente possam passar para o domínio municipal;

- O dimensionamento do espaço público;

- A colocação de infra-estruturas de suporte de radiotelecomunicações, assunto que

tem preocupado a população por não estarem devidamente esclarecidos os seus

potenciais efeitos nocivos;

- A ocupação do espaço público por motivo de obras, por se considerar urgente

disciplinar este tipo de intervenções, já que se assiste ao desrespeito sistemático da

propriedade pública e das normas mínimas de segurança de trânsito pedonal e

viário.

Para definição das regras relativas a acessibilidade e estacionamento, atende-se:

- Aos níveis globais de acessibilidade das zonas, garantidos pelos diferentes modos

de transporte disponíveis ou planeados;

- Às características fundamentais dos espaços urbanos, no que se refere ao modo e

qualidade de vida desejados.

Para tanto:

a) Estabelecem-se índices de oferta de estacionamento que variam com a

localização e tipo de operação urbanística;

b) Definem-se as situações em que é obrigatória a apresentação de estudos

específicos de condições de acessibilidade e estacionamento;

c) Incluem-se normas de dimensionamento para o desenho dos estacionamentos e

respectivos acessos, capazes de garantir níveis de qualidade adequados.

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O Título “Procedimentos” define as operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia

e integra normas relativas à instrução dos processos em cada tipo de controlo prévio,

remetendo para o anexo I ao presente Regulamento, do qual faz parte integrante, a

enumeração dos elementos instrutores de cada tipo de pedido.

Este título contempla ainda normas relativas à toponímia e às obrigações dos técnicos

projectistas e responsáveis pela direcção das obras.

No Título “Taxas e Compensações” são definidos, de acordo com os princípios da

igualdade e equidade, valores correspondentes à remoção do limite legal à possibilidade

de construir ou urbanizar, à compensação das desigualdades geradas pelos Planos

Municipais de Ordenamento, quando consagram diferentes usos do solo, às

comparticipações no custo da apreciação técnico-administrativa dos processos e ao

esforço financeiro municipal na construção de infra-estruturas e equipamentos.

No Título V são ainda reguladas as funções da Fiscalização, através da definição das suas

competências e deveres.

Deste modo dá-se um forte contributo para a eficácia e simplificação administrativa, pela

existência de normas, procedimentos e responsabilidades claras e reconhecidas de todas

as partes intervenientes na urbanização e edificação – promotores, projectistas e

administração municipal, para as quais se conta (ou) com a colaboração de todos e no

respeito dos deveres e direitos de cada interveniente, afim de promover a qualidade de

vida que os cidadãos de Coimbra merecem e querem alcançar.

Assim propõe-se que a CMC delibere dar início a um período de debate, ou melhor, Pré –

Discussão Pública, dirigida em especial à audição dos serviços mais representativos e

interessados, aos projectistas e promotores e ás suas associações representativas,

visando que o novo RMUE seja um documento que para além do alcançar dos objectivos

atrás expressos, corresponda a um instrumento eficaz e moderno, participado na sua

elaboração e que contribua para a necessária estabilidade dos regimes legais e a

segurança jurídica nas normas urbanísticas e de ordenamento de território, com respeito

escrupuloso pelas situações jurídicas validamente constituídas.

Desde já se agendam duas sessões de trabalho: 27 de Novembro (5ª feira) pelas 21:00

horas e 13 de Dezembro (sábado) pelas 10:horas, com os projectistas e promotores,

respectivamente.

Após esta fase e introdução das melhorias dar-se-á início à Fase de Apreciação Pública

propriamente dita, por um período de 30 dias úteis.

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TÍTULO I – OBJECTO E ÂMBITO

Artigo 1º

Lei Habilitante

Nos termos do disposto no artigo 241º da Constituição da República Portuguesa, no uso

da competência conferida pela alínea a) do n.º 2 do artigo 53º e 64º da Lei n.º 169/99, de

18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, o presente Regulamento

é elaborado ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 3º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de

Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 177/2001, de 4 de Junho, do Regulamento Geral

de Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 38382, de 7 de Agosto de 1951, do

Decreto-Lei n.º 292/95, de 14 de Novembro, da Lei n.º 42/98, de 6 de Agosto e do

Decreto-Lei 380/99 de 22 de Setembro.

Artigo 2º

Objecto e Âmbito de Aplicação

1) O presente Regulamento tem por objecto a fixação de regras relativas à urbanização e

edificação, complementares dos Planos Municipais de Ordenamento do Território e

demais legislação em vigor, designadamente em termos da defesa do meio ambiente,

da qualificação do espaço público, da estética, salubridade e segurança das

edificações; regras relativas às competências e atribuições dos técnicos e actividade

fiscalizadora; regras gerais e critérios referentes às taxas devidas pela emissão de

alvarás, pela realização, manutenção e reforço de infra-estruturas, bem como as

cedências de terrenos e compensações devidas ao Município de Coimbra.

2) O presente Regulamento aplica-se à totalidade do território do Município de Coimbra,

sem prejuízo da legislação em vigor nesta matéria e do disposto nos Planos

Municipais de Ordenamento do Território, plenamente eficazes e de outros

regulamentos de âmbito especial.

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TÍTULO II – NORMAS TÉCNICAS

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS E CASOS ESPECIAIS

Secção IDefinições

Artigo 3º

Definições

Para efeitos do presente Regulamento e visando a uniformização do vocabulário

urbanístico em todos os documentos relativos à actividade urbanística e de edificação do

município, são consideradas as seguintes definições:

a) Alinhamento: linha, que em planta, separa a via pública dos edifícios existentes

ou previstos e terrenos contíguos e que é definida pela intercepção dos planos

verticais das fachadas, muros ou vedações, com um plano horizontal.

b) Anexo: construção destinada a uso complementar da construção principal,

nomeadamente garagens, arrumos ou apoio à fruição do respectivo logradouro,

não constituindo unidade funcional ou título de propriedade autónomo.

c) Área bruta de construção (Abc): somatório de todas as áreas de pavimentos

existentes e a construir, acima e abaixo da cota de soleira com excepção de:

I. terraços e varandas (em consola, não fechadas);

II. sótãos sem pé-direito regulamentar para fins habitacionais;

III. áreas técnicas (ex.: posto de transformação, central térmica, compartimento

de recolha de lixo, casa de máquinas, depósito de água, central de

bombagem).

IV. áreas de estacionamento em cave, de acordo com a definição de “cave”

constante no presente regulamento;

d) Área de impermeabilização (Ai): somatório da área de implantação das

construções de qualquer tipo, incluindo caves, com a área resultante dos solos

pavimentados com materiais impermeáveis ou que propiciem o mesmo efeito,

designadamente em arruamentos, estacionamentos, equipamentos desportivos e

logradouros.

e) Área de implantação (AI) : área delimitada pela projecção horizontal do

extradorso das paredes exteriores, acima e abaixo da cota de soleira do edifício.

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f) Arruamento ou rua: zona de circulação, podendo ser qualificado como

automóvel, ciclável e pedonal ou misto, conforme o tipo de utilização. Inclui a(s)

via(s) de tráfego, zonas de estacionamento, passeios, bermas, separadores ou

áreas ajardinadas ao longo das faixas de rodagem. Sendo em princípio público

pode ser privado, conforme o seu título de propriedade.

g) Baía de estacionamento: espaço destinado ao estacionamento de veículos,

situado ao longo de um arruamento e a ele adjacente.

h) Balanço: a medida do avanço de qualquer saliência tomada para além dos

planos da fachada.

i) Cave: espaço enterrado total ou parcialmente, desde que obedeça

cumulativamente às seguintes condições:

a) nos alçados virados para o espaço público, a cota do plano inferior da laje de

cobertura deverá estar, em média, a menos de 0,90 m acima da cota do

terreno adjacente;

b) a cota do respectivo pavimento não poderá estar, em nenhum ponto de

entrada, mais do que 0,20 m acima da cota do terreno adjacente.

j) Centro histórico – área delimitada em Plano Municipal de Ordenamento do

Território, de elevado valor histórico, patrimonial, cultural, social e ambiental, que

deverá ser preservada, recuperada e valorizada.

k) Cércea: dimensão vertical da construção, medida a partir do ponto de cota média

do terreno marginal no alinhamento da fachada até à linha superior do beirado,

platibanda ou guarda de terraço, incluindo andares recuados, mas excluindo:

chaminés, casa de máquinas de ascensores, depósitos de água, e outros

elementos acessórios. Nas zonas industriais, considera-se a linha do topo

inferior da platibanda.

l) Corpo balançado: elemento saliente, avançado relativamente aos planos das

fachadas de um edifício.

m) Cota de soleira: demarcação altimétrica do nível do pavimento da entrada

principal do edifício.

n) Edifício: construção independente que compreende uma ou várias divisões e

outros espaços, coberta, limitada por paredes exteriores, destinada a ser

utilizada como habitação e, ou, outros fins, integrando, no mínimo, uma unidade

funcional.

o) Equipamento de utilização colectiva: edifícios ou instalações destinados à

prestação e fruição de serviços à comunidade, nos domínios da saúde,

educação, assistência social, residencial/habitação especializada, defesa e

segurança, protecção civil, gestão e exploração dos transportes colectivos e

infra-estruturas; à prestação de serviços de carácter económico, nomeadamente,

mercados e matadouros, e à prática, pela comunidade, de actividades culturais,

desportivas, religiosas, de recreio ou lazer. Podem ser públicos ou privados.

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p) Espaço canal: área correspondente à instalação de infra-estruturas e/ou

correspondente a servidão ou elemento estruturante.

q) Espécies ou conjuntos vegetais notáveis: todos os indivíduos ou grupo de

indivíduos de porte arbóreo ou arbustivo que devido às suas características

botânicas e ornamentais se considerem ser de preservar.

r) Estado avançado de execução: considera-se, para os efeitos previstos no artigo

88º do RJUE, quando faltam executar:

- pinturas e limpezas no interior dos edifícios, acabamentos exteriores, arranjos

dos logradouros e de espaços públicos adjacentes ao edifício ou lote;

- recolha dos materiais resultantes de demolições e limpeza da área;

s) Estudo de conjunto: proposta desenhada de ocupação do solo, elaborada pelos

serviços municipais e/ou aceite pelo município (quando desenvolvida por

promotor de edificação ou urbanização), com os seguintes objectivos:

- servir de orientação na gestão urbanística, em zonas que apresentem

indefinições ao nível da estrutura rodoviária, do ordenamento do espaço

público e equipamentos, cérceas e afastamentos entre edificações;

- justificar a solução que o promotor pretende fazer aprovar, devendo o estudo

abranger a parcela do promotor e as envolventes, numa dimensão adequada

que permita a avaliação qualitativa da solução.

t) Estrutura verde: conjunto de espaços naturais e/ou naturalizados, podendo

constituir-se como áreas de recreio ou lazer, que asseguram a continuidade dos

ecossistemas.

u) Faixa de rodagem: parte do arruamento, constituída por uma ou mais vias.

v) Fogo: unidade funcional destinada a habitação.

w) Frente urbana: extensão definida pelo conjunto das fachadas dos edifícios

confinantes com uma dada via pública e compreendida entre dois vias

arruamentos sucessivos que nela concorrem.

x) Infra-estruturas gerais: as que tendo um carácter estruturante, servem ou visam

servir mais que uma operação urbanística.

y) Infra-estruturas locais: as que se inserem dentro da área objecto da operação

urbanística e decorrem directamente desta, e ainda as de ligação às infra-

estruturas gerais, da responsabilidade do promotor da operação urbanística.

z) Logradouro: área de terreno livre de um lote, adjacente à construção nele

implantada e que funcionalmente se encontra conexa com ele, servindo de

jardim, quintal ou pátio.

aa) Lote: área de terreno correspondente a uma unidade cadastral resultante de uma

operação de loteamento, ou área de terreno legalmente constituída,

correspondente a uma unidade cadastral, confinante com o espaço público e

destinada a edificação.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 14

bb) Número de pisos: número total de andares sobrepostos, com excepção dos

sótãos (caso estes correspondam a um simples aproveitamento do vão de

cobertura) e das caves destinadas a estacionamento, áreas técnicas ou

arrecadações/armazenagem.

cc) Prédio: unidade de propriedade fundiária, na titularidade de uma pessoa singular

ou colectiva, ou em regime de compropriedade, podendo classificar-se como

urbano ou rústico.

dd) RJUE: regime jurídico de urbanização e edificação, aprovado pelo Decreto-Lei

n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei

n.º 177/2001, de 4 de Junho e rectificações operadas pela Declaração de

Rectificação n.º 13-T/2001, de 29 de Junho, publicada no D. R. , I Série A (2º

Suplemento), n.º 150, 30 de Junho.

ee) Telas finais: peças escritas e desenhadas que correspondam, em rigor, à obra

executada.

ff) Unidade funcional: cada um dos espaços autónomos de um edifício associado a

uma determinada utilização. Os lugares de estacionamento privado ou arrumos,

não são considerados unidades funcionais autónomas, devendo ser incluídos na

fracção que determina o fim.

gg) Via e espaço públicos: área de solo do domínio público destinada à presença e

circulação de pessoas e, ou, veículos, bem como à qualificação e organização

do território.

hh) Via de tráfego: espaço-canal ou extensão longitudinal do arruamento, destinada

à circulação de uma única fila de veículos.

ii) Zona urbana: área que integra a “Cidade de Coimbra”, os “Aglomerados” e os

“Núcleos”, tal como definidos no Plano Director Municipal.

Secção IIRegras Gerais

Artigo 4º

Condições gerais de edificação

1. Nas zonas centrais e nas zonas residenciais (“Cidade” e “Aglomerados”) e nas zonas

industriais, os loteamentos e/ou as novas edificações deverão respeitar e integrar-se

na malha urbana envolvente e, na ausência de Plano de Urbanização ou Plano de

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 15

Pormenor e/ou de loteamento, deverá ser precedida de estudo de conjunto que

garanta uma solução urbanística adequada ao local.

2. Nos “Núcleos” da “Área Exterior à Cidade”, o licenciamento ou autorização de

loteamentos ou novas edificações deverá incidir apenas nas faixas confinantes com os

arruamentos existentes, salvaguardando-se a possibilidade de futuras urbanizações.

3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, é permitida a abertura de novos

arruamentos, em processo de loteamento, se cumulativamente se verificarem as

seguintes condições:

a) em áreas muito densificadas;

b) a abertura da nova via contribua claramente para a melhoria da estabilização e

consolidação da malha urbana;

c) o estudo de conjunto, demonstrar ser essa a solução urbanística mais adequada

ao local,.

4. No licenciamento ou autorização de construções que não exijam a criação de novos

arruamentos, deverão ser sempre asseguradas as adequadas condições de

acessibilidade de veículos e peões. Quando necessário, deve prever-se a

beneficiação do arruamento existente, nomeadamente no que se refere ao traçado e

largura do perfil transversal, à faixa de rodagem e à criação de passeios, baías de

estacionamento e arborização.

5. As operações urbanísticas devem:

a) Valorizar a manutenção, recuperação e reabilitação dos edifícios existentes;

b) Assegurar uma correcta integração urbana, física e paisagística, bem como a

preservação dos principais pontos de vistas

c) Ser coesas com o tecido urbano envolvente, nomeadamente ao nível da rede

viária e outras infra-estruturas, tipologias e cérceas;

d) Tratar de forma cuidada os limites ou espaços intersticiais entre as novas

intervenções e os prédios confinantes, com especial relevo para a vitalização das

charneiras dos diferentes conjuntos urbanos;

e) Preservar os principais elementos e valores naturais e as linhas de água;

f) Criar espaços públicos exteriores, destinados a circulação ou lazer, que

proporcionem ambientes calmos e seguros;

g) Requalificar os acessos e outros espaços públicos existentes.

Artigo 5º

Condicionantes arqueológicas, patrimoniais e ambientais

1. A implantação e volumetria das edificações, a impermeabilização do solo e a alteração

do coberto vegetal, devem prosseguir os princípios de preservação e promoção dos

valores arqueológicos, patrimoniais e naturais dessa área e do Município de Coimbra

no seu conjunto.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 16

2. A Câmara Municipal pode impedir, por condicionantes patrimoniais e ambientais, a

demolição total ou parcial de qualquer edificação e o corte ou abate de espécies

vegetais.

3. Os materiais construtivos e decorativos com valor arquitectónico ou histórico –

elementos cerâmicos de revestimento ou decoração, cantarias lavradas, elementos

em ferro ou outros – existentes em edifícios a demolir, e que não esteja previsto

reutilizar na mesma operação, deverão ser arrolados e preservados, com vista à sua

posterior reutilização ou aquisição pela Câmara Municipal.

Artigo 6º

Estudos geológicos

1. Todas as construções devem ser precedidas de uma caracterização geológica

sumária dos terrenos, a efectuar por geólogo, engenheiro geólogo, ou engenheiro civil.

2. O estudo referido no número 1 é parte integrante do projecto de estabilidade ou de

arruamentos.

3. Face à caracterização dos solos, volume de terraplanagem, altura e extensão de

escavação ou aterro e às inclinações previstas para os taludes, poderá a Câmara

Municipal exigir um estudo geológico e geotécnico pormenorizado, a elaborar por

geólogo, engenheiro geólogo ou engenheiro civil especialista em geotecnia/mecânica

dos solos.

4. A modulação dos taludes de escavação ou aterro deve ser adequada às condições de

estabilidade, altura e drenagem do terreno, assim como ao enquadramento urbanístico

e paisagístico da operação urbanística.

5. Os novos edifícios, com excepção dos anexos, devem ser afastados, no mínimo de

3m, da base dos taludes com inclinação superior a ½, devendo atender-se às

exigências regulamentares no que se refere ao arejamento, iluminação natural e

exposição solar prolongada dos compartimentos com vãos abertos para aquela zona.

Artigo 7º

Níveis máximos de ruído

1. O licenciamento ou autorização das operações urbanísticas está sujeito às condições

especiais relativas ao ruído previstas no Regulamento Geral sobre o Ruído.

2. Enquanto não existir uma Carta de Ruído, adopta-se nas zonas urbanas não

industriais o limite de 65db(A) no período diurno e 55 dB(A) no período nocturno, para

o nível sonoro contínuo equivalente (LAeq), corrigido, conforme especificado nos

anexos ao Regulamento Geral sobre o Ruído.

3. Sem prejuízo da apresentação dos projectos de condicionamento acústico, os pedidos

de licenciamento ou autorização de loteamentos, edifícios ou equipamentos de uso

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 17

colectivo, edifícios com impacte semelhante a loteamento, edifícios de utilização mista,

comercial, de serviços, indústria ou armazenagem, devem incluir:

a) Extracto do mapa de ruído ou, na sua ausência, relatório de dados acústicos

relativos ao ruído ambiente, efectuada de acordo com a normalização aplicável.

b) Avaliação acústica do local e projectos das medidas e obras a executar, tendentes

a diminuir os níveis de ruído ambiente indicados no ponto 2.

Artigo 8º

Compatibilidade de usos e actividades

São razões suficientes de recusa de licenciamento ou autorização, as utilizações,

ocupações ou actividades a instalar que:

a) Produzam ruídos, fumos, cheiros, poeiras ou resíduos que afectem de forma

significativa as condições de salubridade ou dificultem a sua melhoria, quando na

proximidade de áreas habitacionais;

b) Perturbem as normais condições de trânsito e de estacionamento ou provoquem

movimentos de cargas e descargas que prejudiquem as condições de utilização

da via pública, sem que estejam estudadas e previstas as medidas correctivas

necessárias;

c) Acarretem riscos de incêndio ou explosão, sem definição da zona de protecção;

d) Prejudiquem a salvaguarda e valorização do património classificado ou de

reconhecido valor cultural, estético, arquitectónico, paisagístico ou ambiental;

e) Correspondam a outras situações de incompatibilidade que a lei geral considere

como tal.

Artigo 9º

Muros e Vedações

1. Os muros de delimitação dos prédios no interior dos quarteirões, não podem exceder

1,70 m de altura, a partir da cota mais alta, admitindo-se até um máximo de 3,00 m

para enquadramento de anexos e/ou para integração com muros previamente

existentes;

2. Sem prejuízo do previsto no número anterior, podem ser permitidas vedações com

altura superior, em sebes vivas, gradeamentos metálicos, ou outro material que se

considere adequado, se enquadrem no local e não limitem o direito de terceiros,

nomeadamente, de insolação ou de vistas.

3. Nos casos em que o muro de delimitação separe terrenos com cotas diferentes, a

altura máxima admitida será de 1,70m a partir da cota mais alta, sem prejuízo da

observância de outras normas aplicáveis.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 18

4. À face do espaço público, os muros de delimitação não poderão ter altura superior a

1,20 m, extensiva aos muros laterais na parte correspondente ao recuo do edifício,

quando este existir.

5. Sem prejuízo dos números anteriores, poderão ser exigidas outras dimensões de

modo a evitar soluções funcional e esteticamente dissonantes relativamente à

envolvente existente.

6. Em edificações existentes de reconhecido interesse patrimonial, estético, cultural e

ambiental, poderão ser aceites tipos de vedação diversos dos recomendados neste

artigo.

Artigo 10º

Depósito de Resíduos Sólidos Urbanos

1. Sem prejuízo de regulamentação especial, em todas as operações urbanísticas deve

ser previsto um espaço destinado ao depósito de resíduos sólidos, dimensionado de

acordo com o tipo de ocupação em causa, nos termos do disposto na Secção II do

Cap. III.

2. O espaço referido em 1 deve garantir uma boa acessibilidade aos veículos de recolha

de resíduos sólidos, devendo ainda ser dada especial atenção às condições que

permitam garantir uma adequada integração urbanística, de modo a não afectar a

salubridade e estética do local.

Artigo 11º

Acesso de pessoas com mobilidade condicionada

1. Todos os edifícios e o espaço público devem ser projectados e executados de forma a

garantir o acesso de pessoas com mobilidade condicionada.

2. Do disposto no número anterior podem ser dispensados os edifícios já existentes que,

pelas suas características, inviabilizem de forma inequívoca as condições para a

resolução técnica deste tipo de acessibilidades.

Secção IIICasos especiais

Artigo 12º

Obras de escassa relevância urbanística

1. Para efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 6.º do RJUE, são consideradas obras de

escassa relevância urbanística, as obras de edificação ou demolição que, não estando

incluídas em áreas sujeitas a servidões administrativas e restrições de utilidade

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 19

pública, se integrem esteticamente no conjunto edificado, não prejudicando vistas e

condições de salubridade dos prédios e edifícios vizinhos, se referem a:

a) Reconstrução de coberturas em estrutura de madeira ou elementos pré-fabricados

em betão, quando não haja alteração do tipo de telhado e da sua forma,

nomeadamente no que se refere ao alteamento ou inclinação das águas;

b) Instalação de rede de gás nos edifícios;

c) Instalação ou renovação das redes de abastecimento de água e/ou saneamento

nos edifícios;

d) Estruturas para grelhadores e estufas de jardim, desde que a altura relativamente

ao solo não exceda 2.00m, a área não exceda 6m2, e se localizem no logradouro

posterior de edifícios;

e) Abrigos para animais de estimação, de caça ou de guarda, cuja área não exceda

4m2, se localizem no tardoz do logradouro posterior de edifícios particulares, não

confinantes com muros;

f) Muros de vedação que distem mais de 10m do espaço público, não ultrapassem a

altura de 1.70m e não se destinem a exercer simultaneamente funções de suporte;

g) Rampas de acesso para deficientes motores e eliminação de barreiras

arquitectónicas, quando localizadas dentro de logradouros ou edifícios;

h) Pavimentação e ajardinamento de logradouros, cuja área impermeabilizada não

seja ultrapassada em 50% e não se preveja o abate de árvores ou espécies

vegetais notáveis;

i) Eiras, poços tanques de rega distando mais de 20m do espaço público;

j) Modelação de terrenos com área inferior a 1000m2, que não implique uma

variação das cotas altimétricas superior a 1.00m.

2. O disposto no número anterior não se aplica às áreas de qualquer servidão, com

protecção a edifícios classificados ou monumentos nacionais, domínio hídrico, reservas

ecológica ou agrícola, nem dispensa a elaboração de projecto técnico.

Artigo 13º

Operações urbanísticas com impacte semelhante a loteamento

Para efeitos de n.º 5 do artigo 57º do RJUE, consideram-se operações urbanísticas com

impacte semelhante a loteamento, a construção de edifícios que apresentem:

a) Mais de uma caixa de escada de acesso comum a fracções ou unidades

funcionais;

b) Área bruta de construção, superior a 1000m2 e área de implantação superior a 500

m2;

c) Cinco ou mais fracções ou unidades funcionais, com acesso directo a partir do

espaço exterior;

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 20

d) Ao nível do subsolo, elementos estruturais de acesso comuns ou funcionalmente

ligados e acima do nível do terreno, se apresentem como edificações autónomas;

e) Uma utilização que indicie sobrecarga significativa dos níveis de serviço nas infra-

estruturas, nomeadamente:

i) Aqueles cujo número de fogos seja igual ou superior a 10;

ii) Aqueles cujo número de unidades funcionais, para escritórios ou serviços, seja

igual ou superior a 7.

Artigo 14º

Dispensa de discussão pública

1. Para efeitos do n.º 2 do artigo 22º do RJUE, ficam dispensadas de discussão pública

as operações de loteamento integradas em plano de pormenor eficaz e ainda aquelas

que cumpram, cumulativamente, as seguintes condições:

a) A área de terreno objecto de intervenção seja inferior a 4 ha;

b) O número de fogos resultante seja inferior a 100;

c) A população prevista não exceda 10% da população da freguesia, contabilizada

no último censo geral da população.

2. A discussão pública rege-se pelo disposto nos n.ºs 3 e 4 do artigo 22º do RJUE.

CAPÍTULO II - ESTACIONAMENTO

Secção IRegras gerais

Artigo 15º

Condições de aplicação

1. Todas as operações urbanísticas, que correspondam a novas edificações, alteração

de utilização ou ampliação, estão sujeitas à previsão de oferta de estacionamento, nos

termos deste Regulamento.

2. A definição dos índices de oferta de estacionamento está dependente da localização e

características da operação urbanística, conforme planta de zonamento que constitui o

anexo I, sem prejuízo do que esteja/venha a ser previsto em PMOT eficaz.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 21

3. O licenciamento ou autorização de determinadas operações urbanísticas poderá ser

condicionado à apresentação de estudos técnicos de tráfego, tendo em conta a

dimensão, localização e tipo do uso do solo.

Secção IIQuantificação e localização da oferta

Artigo 16º

Índices para as diferentes zonas do concelho

1. Nas tabelas constantes dos pontos 4 e 5 são apresentadas as dotações a respeitar

para cada tipo de uso do solo nas diferentes zonas do Município de Coimbra.

2. Para zonas da cidade onde se pretende aplicar um nível médio de restrição à oferta de

estacionamento, aplica-se o factor 1,5 aos valores da tabela do ponto 5.

3. Para zonas da cidade onde se pretende aplicar um nível moderado de restrição à

oferta de estacionamento, aplica-se o factor 1,75 aos valores da tabela do ponto 5.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 22

4.

(min.) (min.)Residencial ou equiparado

Habitações T3 ou superior lug/fogo 2,5Habitações inferiores a T3 lug/fogo 1,5

Serviços<= 2500 m² a.b.c. lug/100m² a.b.c. 4> 2500 m² a.b.c. (necessidade de Estudo de Tráfego) lug/100m² a.b.c. 3

Comercial (se > 2500 m² a.b.c. - necessidade de Estudo de Tráfego)Retalhista < 500 m² a.b.c. lug/100m² a.b.c. 3,5Shopping / Centro Comercial lug/100m² a.b.c. 4Grossista e hipermercados lug/100m² a.b.c. 3

Industrial ou equiparado

Salas de uso público Discotecas lug/100m² a.pública 12Cinemas lug/cadeira 0,3Teatros / Salas de Espetáculos lug/cadeira 0,35Museus / Galerias lug/100m² a.b.c. 4Bibliotecas lug/100m² a.b.c. 3

Hotelaria

+

Restauração

Equipamentos para prestação de Serviços de SaúdeHospitais lug/cama 2Clínicas e centros de saúde lug/consultório 2

Equipamentos de ensinoSuperior lug/estudante 0,3Secundário e básico lug/estudante 0,1Primário e pré-primário lug/sala de aula 1

lug/100m² a.pública 25

Ofe

rta N

orm

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stac

iona

men

to

Est

acio

nam

ento

P

úblic

o

Zonas de Serviço

Restaurante

33% -

80% 2,5 m²/100 m² a.b.c. com um mínimo de 25 m²

80% 10 m²/100 m² a.b.c. com um mínimo de 50 m²

lug/100m² a.b.c. 2,5 20% 5 m²/100 m² a.b.c. com um mínimo de 70 m²

80% 2,5 m²/100 m² a.b.c. com um mínimo de 25 m²

lug/quarto

lug/quarto 1

1,25

80%

2,5 m²/100 m² a.b.c. com um mínimo de 140 m²

1 Autocarro / 100 quartos com um mínimo de 1

Autocarro se > 40 quartosHotéis inferiores a 4 estrelas e equiparados

80% 5 m² / 100 m² a.b.c. com um mínimo de 50 m²

50% 2,5 m²/100 m² a.b.c. com um mínimo de 25 m²

Bar / Café

10 m² / 100 m² a.b.c. com um mínimo de 20 m²80%

Índices de Estacionamento para Espaços Sujeitos a Índices Mínimos

Indústria

Hotéis de 4/5 estrelas

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PROPOSTA DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO DE COIMBRAVersão para Pré - Discussão Pública – 17 de Novembro de 2003

Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 23

5.

(min.) (máx.) (min.)Residencial ou equiparado

Habitações T3 ou superior lug/fogoHabitações inferiores a T3 lug/fogo

Serviços<= 2500 m² a.b.c. lug/100m² a.b.c. 1,5 2> 2500 m² a.b.c. (necessidade de E. de Tráfego) lug/100m² a.b.c. 1 1,5

Comercial (se > 2500 m² a.b.c. - necessidade de E. de Tráfego)

Retalhista < 500 m² a.b.c. lug/100m² a.b.c. 1,75Shopping / Centro Comercial lug/100m² a.b.c. 2Grossista e hipermercados lug/100m² a.b.c. 1,5

Industrial ou equiparado

Salas de uso público Discotecas lug/100m² a.pública 3 6Cinemas lug/cadeira 0,08 0,15Teatros / Salas de Espetáculos lug/cadeira 0,15 0,25Museus / Galerias lug/100m² a.b.c. 1 2Bibliotecas lug/100m² a.b.c. 0,75 1,5

Hotelaria

+

Restauração

lug/100m² a.pública 6 12

Equipamentos para prestação de Serviços de SaúdeHospitais lug/cama 0,7 1Clínicas e centros de saúde lug/consultório 0,7 1

Equipamentos de ensinoSuperior lug/estudante 0,08 0,15Secundário e básico lug/estudante 0,03 0,05Primário e pré-primário lug/sala de aula 0,25 0,5

Índices de Estacionamento para Espaços Sujeitos a Índices Mínimos e Máximos Zonas de Serviço

2,5 m²/100 m² a.b.c. com um mínimo de 25 m²

80% 2,5 m²/100 m² a.b.c. com um mínimo de 25 m²

Ofe

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P

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o

1,25 2 33% -

1 80% 10 m²/100 m² a.b.c. com um mínimo de 50 m²

n.a. n.a.Indústria lug/100m² a.b.c. n.a. n.a.

80%

2,5 m²/100 m² a.b.c. com um mínimo de 140 m²

1 Autocarro / 100 quartos com um mínimo de 1

Autocarro se > 40 quartos

lug/quarto

lug/quarto

80%

0,6

0,5

1,25

1

Hotéis 4/5 estrelas

Hotéis inferiores a 4 estrelas e equiparados

5 m² / 100 m² a.b.c. com um mínimo de 50 m²

50% 2,5 m²/100 m² a.b.c. com um mínimo de 25 m²

Restaurante

Bar / Café

10 m² / 100 m² a.b.c. com um mínimo de 20 m²80%

80%

Artigo 17º

Dispensa da aplicação dos índices

1. Só pode haver dispensa do cumprimento da dotação mínima prevista em situações

especificamente reconhecidas pela Câmara Municipal, desde que satisfaçam as

condições expressas no ponto seguinte. Deverá, ainda, avaliar-se a possibilidade de

participação em soluções alternativas que contribuam para a melhoria das condições

de acessibilidade à zona, nomeadamente quanto à contribuição dos promotores em

soluções que se destinem à criação de aparcamento noutros empreendimentos e/ou

participação em soluções de transporte colectivo.

2. A dispensa parcial ou total do cumprimento da dotação mínima de estacionamento

estabelecida neste Regulamento, pode verificar-se numa das seguintes situações:

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 24

a) Se o cumprimento dos índices estabelecidos implicar a alteração da arquitectura

original de edifícios ou outras construções que, pelo seu valor arquitectónico,

integração em conjuntos edificados de reconhecido interesse histórico ou em

áreas de reconhecido valor paisagístico, devam ser preservados; estas áreas

devem ser identificadas nos PMOT e, obrigatoriamente, no caso de Plano de

Urbanização ou Plano de Pormenor;

b) Se as dimensões do prédio ou a sua localização urbana tornarem tecnicamente

desaconselhável ou inviável a construção do estacionamento, por impossibilidade

de obter uma solução funcionalmente adequada;

c) Quando exista impossibilidade ou inconveniência de natureza técnica claramente

reconhecida, nomeadamente em função das características geológicas do solo,

níveis freáticos, comprometimento da segurança de edificações envolventes, ou

interferência com equipamentos e infra-estruturas existentes;

d) Adequação e integração com o plano de mobilidade e estacionamento.

3. Pode haver dispensa do cumprimento das dotações máximas previstas mediante

pagamento da taxa fixada no presente Regulamento.

4. A dispensa prevista nos números anteriores, fundamentar-se-á em estudo técnico de

tráfego justificativo, a apresentar pelo promotor, caso não esteja expressamente

prevista em plano de mobilidade e estacionamento ou PMOT.

Artigo 18º

Localização dos estacionamentos

1. Os lugares de estacionamento público devem agrupar-se, nomeadamente, ao longo

dos arruamentos, próximo do edifício ou lote, de forma a não prejudicar a definição e

continuidade dos espaços ajardinados e arborizados e a circulação de pessoas e

rodoviária nas áreas adjacentes.

2. Os lugares de estacionamento privados e de serviço devem localizar-se no interior do

lote ou edifício a licenciar.

3. A Câmara Municipal pode autorizar a materialização parcial ou total dos

estacionamentos noutros locais funcionalmente próximos, mediante a apresentação

de estudo técnico de tráfego que avalie a acessibilidade e mobilidade nos espaços

envolvidos.

4. Não é admissível a existência de lugares de estacionamento ao longo das vias

colectoras.

Artigo 19º

Apresentação de Estudos Técnicos de Tráfego

1. Estão sujeitas a estudo técnico de tráfego:

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 25

a) Os casos previstos no ponto 2 do artigo 15º, no artigo 16º e no ponto 5 do artigo

17º;

b) As operações urbanísticas que geram, de acordo com os parâmetros de

dimensionamento do estacionamento, a obrigatoriedade de mais de 300 lugares,

se localizados em zonas sujeitas a índices mínimos, e 250 se localizados em

zonas sujeitas a índices mínimos e máximos;

c) Outras operações urbanísticas que a Câmara Municipal entenda serem

susceptíveis de agravarem as condições de mobilidade urbana existentes.

2. Os estudos técnicos de tráfego devem justificar os níveis e tipos de oferta de

estacionamento propostos, tendo em conta os usos previstos para o solo, as

alternativas existentes ou possíveis de implementar por outros modos de transporte e o

impacto previsto na rede viária envolvente.

3. No estudo técnico de tráfego deve constar:

a) A acessibilidade do local em relação ao transporte individual e colectivo;

b) O esquema de circulação na área de influência directa do empreendimento;

c) As opções relativas à implantação física dos lugares e dos acessos;

d) As condições de circulação interna e utilização;

e) As alterações na organização e características funcionais das diversas

componentes dos sub-sistemas de transportes afectados, nomeadamente ao nível

das redes viárias e pedonais;

f) Proposta geral de colocação de sinalização vertical e horizontal.

CAPÍTULO III– URBANIZAÇÃO

Secção I – Regras Gerais

Artigo 20º

Áreas para espaços verdes e de utilização colectiva, infra-estruturas e equipamentos

1. Estão sujeitas à cedência de áreas destinadas à implantação de espaços verdes e de

utilização colectiva, infra-estruturas e equipamentos

a) Operações de loteamento ou suas alterações;

b) As obras que determinem impactes semelhantes a uma operação de loteamento

definidas no artigo 13º.

2. As áreas verdes privadas somam-se às áreas de cedência para satisfação dos

parâmetros urbanísticos previstos.

3. As áreas destinadas a espaços verdes e de utilização colectiva e a equipamentos de

utilização colectiva devem ter acesso directo a arruamentos e a sua localização deve

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 26

contribuir para a qualificação do espaço urbano onde se integram e para o bem-estar

da população instalada ou a instalar.

Artigo 21º

Gestão dos espaços verdes

1. A execução dos espaços verdes referida no n.º 1 do artigo anterior é da

responsabilidade do promotor da operação urbanística, salvo se se tratar de áreas a

integrar em grandes parques verdes, devendo neste caso determinar-se antes da

aprovação da operação urbanística as condições de participação e/ou

comparticipação.

2. A execução prevista no n.º 1 sujeita-se às condições impostas pela Câmara Municipal,

em conformidade com o projecto de intervenção paisagística, que deverá ser

elaborado de acordo com os princípios estabelecidos no presente capítulo.

3. No caso de cedência para o domínio público municipal de espaços verdes e de

utilização colectiva, pelo menos uma das parcelas a ceder deve ter área igual ou

superior a 250 m2 e onde seja possível inscrever uma circunferência com um mínimo

de 10 metros de diâmetro.

4. As condições de manutenção destes espaços são fixadas aquando do licenciamento

ou autorização da operação urbanística, a desenvolver em acordo de cooperação ou

contrato de concessão, a celebrar nos termos do disposto no artigo 46º do RJUE, no

prazo máximo de uma ano, após a emissão da autorização de utilização do primeiro

edifício contíguo a ser concluído.

5. Apenas as parcelas que pela sua dimensão, implantação e demais características, se

constituam como unidades autónomas identificáveis e as envolventes a espaços

destinados a equipamentos são conservadas e mantidas pelos serviços municipais.

Artigo 22º

Parâmetros qualitativos

O projecto do espaço público deve:

a) Assegurar o respeito pela identidade do local, reflectindo a sua história, funções e

afinidades com o espaço adjacente;

b) Promover a integração do novo espaço, assegurando a ligação dos seus

elementos às redes preexistentes (infra-estruturas, equipamentos, revestimento

vegetal);

c) Considerar os factores condicionantes do conforto humano, nomeadamente, o

microclima, a qualidade acústica e visual, a qualidade do ar e a segurança;

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 27

d) Contribuir para a criação de espaços multifuncionais, que possibilitem a utilização

simultânea por pessoas de diferentes idades, com interesses e motivações

distintos, e a adaptabilidade a novas finalidades ou usos.

Artigo 23º

Movimento de Terras

Nas operações de loteamento, durante a execução das obras de urbanização, a

movimentação de terras deve incluir a modelação dos lotes de acordo com o projecto

aprovado, com excepção da respeitante aos pisos em cave.

Artigo 24º

Contratos de urbanização

As operações de loteamento podem ser condicionadas à celebração de contratos de

urbanização com a Câmara Municipal, nos termos do artigo 55º do RJUE.

Artigo 25

Início dos trabalhos

O início da execução das obras de urbanização deve obedecer às seguintes condições:

a) Comunicação, por escrito, à Câmara Municipal, com a antecedência de quinze dias.

b) O prévio consentimento do responsável pela direcção técnica da obra.

Secção IIDimensionamento do espaço público

Artigo 26º

Ajustamentos e alterações

1. No dimensionamento do espaço público deverão ser adoptados os seguintes

parâmetros técnicos mínimos;

2. Os parâmetros constantes nesta Secção podem sofrer ajustamentos e alterações,

desde que fundamentados em estudos e projectos específicos.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 28

Subsecção IFaixa de rodagem

Artigo 27º

Traçado em planta

1. O raio mínimo a considerar em planta e para curvas circulares, será de:

Em zona urbana: r = 40 m

Área exterior à zona urbana: r = 70m

Valores inferiores justificam a consideração e o cálculo de sobrelarguras.

Estes valores não se aplicam aos acesso privados.

2. O raio de curvatura, em planta, na concordância de intersecções, deve respeitar:

a) Em zonas industriais: mínimo de 12 metros ao lancil;

b) Em zonas urbanas:

i) mínimo de 9 metros ao lancil;

ii) mínimo de 5,0 metros nos casos em que se preveja apenas a circulação de

veículos ligeiros.

Artigo 28º

Perfil transversal-tipo

1. Para duas vias de tráfego o perfil transversal-tipo, é o seguinte:

2. Para uma única via de tráfego, a largura é de 3,50m.

3. Para vias de tráfego de percurso rodoviário que abranja os pontos do sistema de

deposição de resíduos sólidos a largura é igual ou superior a 2,5m.

4. Para zonas industriais e de armazéns, o perfil transversal-tipo é o seguinte:

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 29

5. A inclinação transversal é de 2%, a partir do eixo, para ambos os lados.

6. No caso de rotundas recomenda-se a inclinação de 2% para o exterior, em toda a

faixa de rodagem, de modo a evitar-se a acumulação de águas pluviais no interior, no

caso de entupimento dos sistemas de drenagem.

Artigo 29º

Perfil longitudinal

Os trainéis correspondentes ao perfil longitudinal dos arruamentos devem respeitar, os

seguintes parâmetros:

a) Inclinação máxima: 12%. Em casos especiais podem ser admitidas inclinações

superiores, até ao máximo de 15%.

b) Inclinação mínima: 0,5%, sendo de evitar inclinações inferiores a 1%.

c) Raio mínimo de curva convexa: 500m.

d) Raio mínimo de curva côncava: 250m.

Artigo 30º

Intersecções e impasses

1. Fora das zonas urbanas, o dimensionamento de separadores centrais, placas e outras

figuras de regulação do trânsito a utilizar nos cruzamentos e entroncamentos, devem

observar as normas de projecto do Instituto de Estradas de Portugal.

2. No dimensionamento e desenho de impasses deverá poder inscrever-se um círculo,

lancil a lancil, com 16m de diâmetro de modo a facilitar as manobras de veículos

especiais.

3. No dimensionamento das intersecções, o raio de curvatura, em planta, deve respeitar

o mínimo de 12m ao eixo da via, tendo como referência o perfil transversal-tipo

constante do artigo 28º, aumentando proporcionalmente consoante a largura das vias

de tráfego que estejam a ser consideradas.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 30

Artigo 31º

Constituição do pavimento

1. Nas vias municipais principais e secundárias, a constituição do pavimento deve

obedecer a estudos específicos de tráfego e geológicos.

2. Nos restantes casos o pavimento das faixas de rodagem tem a seguinte constituição:

a) Camada de base em agregado britado de granulometria extensa, com 0,30m de

espessura, executado em duas camadas de 0,15m cada, devidamente regadas

até ao teor óptimo de humidade, e compactadas;

b) Rega de impregnação: Camada de regularização e ligação com mistura

betuminosa densa (binder), na espessura de 0,05m, após recalque;

c) Rega de colagem: Camada de desgaste em betão betuminoso com 0,05m após

recalque.

3. Nos arruamentos em que seja previsível a circulação de veículos pesados,

nomeadamente incluindo transportes públicos, as espessuras definidas no n.º 2

deverão ser aumentadas para:

a) Camada de base: 0,40m, constituída por duas camadas de 0,20m;

b) Camada de regularização: 0,06m;

c) Camada de desgaste: 0,06m.

4. Independentemente do referido nos n.ºs 2 e 3 do presente artigo, o projectista deverá

ter em conta a classe do solo de fundação, podendo a Câmara Municipal exigir a

realização de ensaios, a adopção de espessuras superiores ou a execução de outros

trabalhos, sempre que tal se mostre necessário para a boa execução e manutenção

do pavimento.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 31

5. A adopção de espessuras inferiores às mencionadas no n.º 2 deve ser justificada

através de cálculo. Em nenhum caso são admitidos valores inferiores a:

a) Camada de base: 0,20 m

b) Camada de betuminoso:

i) em uma camada (desgaste): 0,06 m;

ii) em duas camadas: (“binder”): 0,04 m; (desgaste): 0,04 m.

Subsecção IIEstacionamento

Artigo 32º

Regras construtivas

1. O projecto de implantação dos espaços de estacionamento deve incluir a análise e

resolução de todos os condicionantes do acesso e da utilização, respeitando o

conjunto de regras específicas apresentadas nos pontos seguintes.

2. Na via pública, as dimensões dos lugares de estacionamento para veículos ligeiros

são:

• A [m] C [m] E [m] M [m] L [m]0º 2.15-2.30 5.00-5.60 2.15-2.30 3.0 5.45-5.8030º 2.30-2.50 4.60-5.00 4.20-4.70 2.9 7.50-8.2045º 2.40-2.50 3.40-3.50 4.90-5.30 3.40-3.50 8.30-8.8060º 2.40-2.50 2.80-2.90 5.10-5.60 4.30-4.50 9.40-10.0090º 2.40-2.50 2.40-2.50 4.80-5.00 5.90-6.00 10.70-

11.00

Em que:

A: Largura do lugar de estacionamento;

C: Comprimento de faixa por lugar de estacionamento;

E: Intrusão efectiva do lugar de estacionamento;

M: Espaço de manobra para o veículo;

L: Largura total do lancil à mediana da faixa de rodagem;

V: Via de acesso adjacente ao estacionamento.

3. Os espaços de estacionamento devem ter a seguinte orientação em relação ao eixo

da via:

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 32

a) vias distribuidoras locais ou de acesso local - 90º;

b) vias distribuidoras principais - paralela ao eixo da via;

4. Os critérios de dimensionamento dos lugares de estacionamento, devem ser

adequados à utilização, ao tipo de utilizadores, categoria de veículos, motivo e

duração do estacionamento.

5. Os valores mínimos apresentados no ponto 2 do presente artigo devem ser utilizados

em vias distribuidoras locais e de acesso local, com baixo nível de rotatividade e

utilização.

6. Os valores máximos devem ser aplicados em vias estruturantes, com elevado nível de

rotatividade e utilização.

7. Os lugares de estacionamento para veículos pesados devem ser objecto de estudo

técnico, que avalie o tipo de actividade económica a servir, localização e condições de

acesso.

8. Nos espaços para cargas e descargas, as dimensões não devem ser inferiores a

8,0mx2,5m (para ligeiros de mercadorias).

9. Nos casos previstos no n.º 8, pode a largura mínima ser de 2,15m, se o lugar se

desenvolver na continuidade de espaços de estacionamento com essa dimensão e

não ponha em causa a normal fluidez do tráfego.

Artigo 33º

Inclinação transversal

1. Estacionamento na faixa de rodagem, não inserido em baía de estacionamento:

- a inclinação é no sentido do limite exterior do estacionamento (junto ao lancil ou outro

limite), na continuidade da faixa de rodagem.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 33

2. Estacionamento na faixa de rodagem, inserido em baía de estacionamento:

- a inclinação é no sentido do limite interior (faixa de rodagem), entre o valor mínimo de

2% e máximo de 3,5%.

Artigo 34º

Pavimentação

1. As áreas de estacionamento construídas nos termos do n.º 1 do artigo anterior são

pavimentadas com o mesmo material da faixa de rodagem, sendo os lugares de

estacionamento delimitados através de pintura própria.

2. Em baías de estacionamento de arruamentos de trânsito local e em parques de

estacionamento, a pavimentação deve ser executada da seguinte forma:

a) Camada de base em agregado britado de granulometria extensa, com a

espessura mínima idêntica à da camada de base da faixa de rodagem contígua;

b) Camada de desgaste num material diferente do arruamento, de forma a evitar

extensões exageradas do mesmo tipo de pavimento.

c) Delimitação da faixa de rodagem através de guia de calcário ou betão,

sobreelevada de 0,02m.

Artigo 35º

Dimensionamento de paragens de autocarros

1. As paragens de autocarros devem ser localizadas tendo em conta a sinalização

rodoviária existente e a conceber e a segurança e comodidade dos utentes ao nível do

acesso e da espera.

2. Devem ter as seguintes dimensões mínimas:

a) Comprimento mínimo total, exterior: 36 m;

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 34

b) Desenvolvimento mínimo de entrada e saída, com orientação oblíqua, com raios de

10,5 m;

c) Comprimento efectivo para a permanência do autocarro: 15m;

d) Largura da paragem: 3m.

3. Os abrigos localizados nos passeios devem garantir uma faixa livre de largura mínima

de 1,20m.

Subsecção IIIPasseios

Artigo 36

Dimensionamento

1. Os passeios na zona urbana, salvo em situações consolidadas e encravadas, devem

ter uma dimensão adequada às funções que lhe estão subjacentes com os seguintes

valores mínimos, indicados neste ponto e pontos seguintes:

Situação A: frente urbana à face do passeio; arruamento sem arborização.

Situação B: frente urbana recuada; arruamento com possibilidade de arborização.

Situação C: frente urbana à face do passeio; arruamento com possibilidade de

arborização.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 35

2. No caso de frentes comerciais deve adoptar-se o perfil mínimo de 5,0m, conforme

representado. Existindo galeria comercial, a largura da mesma poderá ser

contabilizada para largura efectiva do passeio.

3. A inclinação do passeio é de 2% na direcção da faixa de rodagem ou estacionamentos

contíguos e não pode ser prejudicada pelos acessos aos lotes, devendo os desníveis

existentes ser vencidos no interior destes.

4. O pavimento é aplicado sobre camada de fundação em material britado de

granulometria extensa, com 0,10m de espessura mínima ou 0,20m em zonas de

acesso a veículos.

Artigo 37º

Pavimentação: critério espacial

Para efeitos de aplicação do presente capítulo o território municipal é dividido em duas

zonas, conforme peça desenhada, anexo II: núcleo central da Cidade de Coimbra,

designado por “Zona 1”; restante área, compreendendo as zonas residenciais de

equipamento (E), industriais (I), aglomerados (RA) e núcleos (RN), de acordo com a

Planta de Ordenamento do Plano Director Municipal, designada por “Zona 2”.

Artigo 38º

Pavimentação na Zona 1

1. A pavimentação de passeios na Zona 1 é realizada em calçadinha de vidraço, nas

cores branco e preto, formando desenhos e padrões.

2. Em situações de inclinação igual ou superior a 12%, deve ser intercalado no

pavimento de calçadinha de vidraço outro material que, pelas suas características

texturais, promova uma adequada aderência. Na ausência de estudos e projectos

específicos, o material a intercalar deve ser o bloco de betão pré-fabricado, de acordo

com as condições constantes no nº2 do artigo seguinte.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 36

Artigo 39º

Pavimentação na Zona 2

1. Na pavimentação dos passeios da Zona 2:

a) Nas zonas residenciais (R), de equipamento (E), industriais (I), aglomerados (RA)

e núcleos (RN), pode ser utilizado o bloco de betão pré-fabricado, de forma

quadrangular, com um mínimo de 0,06 m de espessura, em tom claro (areia,

camurça, ocre claro, etc.);

b) Nas zonas não abrangidas pela alínea a), pode ser utilizado o material betuminoso

polido, de gravilhas duras de 10-14 mm à taxa de 9-12 Kg/m2;

2. São admitidas excepções ao referido no ponto anterior, quando:

a) As características do local, pelo seu valor histórico e patrimonial, justifiquem a

aplicação de outro tipo de material;

b) Em complemento de situações preexistentes, tais como: ligações e reposição

pontual de pavimentos, desde que aqueles sejam de qualidade superior;

c) Justificado por estudos de conjunto (ex. loteamentos) e projectos de arruamentos.

Artigo 40º

Situações existentes

Os pavimentos existentes em material betuminoso serão progressivamente substituídos

de acordo com o presente Regulamento.

Artigo 41º

Lancis

1. Devem ser utilizados lancis de calcário ou outra pedra adequada na Zona 1 e de betão

na Zona 2, com as seguintes dimensões:

a) Lancil normal de face superior com 0,15m de largura e 0,14m de espelho,

rebaixando-se para 0,12m nas zonas de rampa para acesso de veículos, sendo o

pavimento acertado numa faixa envolvente do lancil, de cerca de 0,20m;

b) Lancil rampeado com largura total de 0,30m;

c) Guia de face superior com largura de 0,08m.

2. É admissível a utilização de lancis de pedra ou de betão pré-fabricado com dimensões

diversas das indicadas no número anterior:

a) para completar situações preexistentes;

b) quando justificado por projecto da especialidade aprovado.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 37

Artigo 42º

Caldeiras

1. As caldeiras das árvores devem ter uma forma quadrangular, com o mínimo, de 1 x

1m2, medido pelo seu interior, e a cova para a plantação deve ter, no mínimo, 1m3.

2. As caldeiras devem ser colocadas de modo a salvaguardar o tronco das árvores dos

estragos ocasionados pelos veículos e a permitir que se mantenha livre uma faixa de

passeio de largura mínima de 1,20m.

3. Em espaços públicos de intensa circulação pedonal, as caldeiras devem ser

protegidas com grelhas metálicas, equipadas com sistema anti-roubo.

Artigo 43º

Rebaixamento

1. Apenas é admissível o rebaixamento de passeios no acesso a zonas de travessia

pedonal:

2. Em locais de travessia do passeio por veículo automóvel, deve existir lancil rampeado

que não ponha em causa a continuidade do percurso pedonal e que respeite o

alinhamento externo do lancil normal:

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3. É admissível a conjugação de rebaixamentos com passadeiras elevadas

Subsecção IVSinalização

Artigo 44º

Regras gerais

A sinalização horizontal, vertical e o equipamento de balizagem, devem ser executados

nos termos do “Código da Estrada” e desta subsecção.

Artigo 45º

Sinalização vertical da rede viária

1. Os sinais devem estar fixados com abraçadeiras a um tubo em ferro galvanizado de

diâmetro 5,8cm e comprimento de 3,5m, garantindo uma altura livre de 2,20m.

2. Os prumos de suporte do sinal devem:

a) Estar enterrados em pelo menos 20 cm, em maciço de fundação de betão com

forma de tronco de pirâmide de bases quadradas, com lado da base inferior, de 30

cm e lado da face superior, de 20 cm;

b) Fixar-se junto ao lancil, de modo a garantir a maior largura possível de passeio;

c) Ser pintados à cor cinza;

d) Ser tamponados.

3. Os sinais devem ter as seguintes dimensões:

a) 0,60m de diâmetro nos sinais de proibição, informação e obrigação;

b) 0,60m o diâmetro da circunferência no sinal de stop;

c) 0,60m de lado nos sinais de perigo e de prioridade.

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Artigo 46º

Sinalização horizontal da rede viária

1. As marcas longitudinais, transversais e sinais de pavimento, devem ser executados

com material termoplástico reflector branco, aplicado a quente.

2. As marcas longitudinais devem ter as seguintes dimensões:

a) largura da linha contínua: 0,12m;

b) largura da linha tracejada: 0,12m, com relação de traço de 4,00m/3,00m ou

5,00m/2,00m;

3. As marcas transversais devem ter as seguintes dimensões:

a) linha de paragem: largura de 0,50m e comprimento em toda a largura da meia

faixa de rodagem;

b) passadeiras: largura de 0,50m espaçadas de 0,50m e comprimento de 4,00m;

c) raias oblíquas: largura de 0,30m.

Artigo 47º

Sinalização luminosa

1. Em zonas escolares ou de intenso trânsito pedonal deve prever-se a aplicação de

passadeiras e sinais de limite de velocidade.

2. Em cruzamentos de elevado fluxo de trânsito deve aplicar-se um sistema de

semaforização.

Artigo 48º

Atravessamento de peões

Nas passadeiras das zonas escolares ou de intenso trânsito pedonal, deve prever-se a

colocação de piso de segurança e iluminação própria.

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Subsecção VIluminação pública

Artigo 49

Regras gerais

1. A rede de iluminação pública deve obedecer aos anexos técnicos constantes no

“Contrato de Concessão de Distribuição de Energia Eléctrica em Baixa Tensão no

Município de Coimbra” (Portaria 454/01 de 5 de Maio).

2. Sempre que a largura do passeio seja superior a 60% da altura da coluna, deve ser

colocada uma luminária que garanta a iluminação da via e outra, colocada a uma

altura inferior, que garanta a iluminação do passeio.

3. Em vias estruturantes devem ser utilizadas armaduras com difusor em vidro.

Subsecção VIVegetação

Artigo 50º

Regras gerais

1. O património vegetal, público ou privado, constituído pelas espécies ou conjuntos

vegetais notáveis, existente no território do município pode ser declarado de interesse

público, devendo ser preservados e tomadas todas as medidas necessárias que

impeçam qualquer tipo de intervenção que prejudique os elementos vegetais.

2. A Câmara Municipal pode impor, no processo de licenciamento, a preservação das

espécies vegetais que pela sua importância se justifique.

3. Se não existirem condições que possibilitem a preservação deste património pode,

sempre que existam alternativas, ser autorizado o abate ou transplante de árvores ou

arbustos de porte arbóreo podendo a Câmara Municipal determinar estudos a

realizar, medidas cautelares, modo de execução dos trabalhos e indemnizações a

pagar pela delapidação do património vegetal do município.

4. A avaliação das árvores ou arbustos de porte arbóreo, quer sejam para preservar,

transplantar ou abater, será realizada de acordo com a Norma de Granada.

5. Os danos provocados em árvores ou arbustos de porte arbóreo, ou o seu abate

indevido, obriga ao pagamento de uma indemnização ao município, calculada nos

termos da Norma de Granada.

6. Nas zonas a tratar, o tratamento dos espaços verdes e a escolha da vegetação

(árvores, arbustos e herbáceas) deve considerar os seguintes aspectos:

a) Localização geográfica, vocação, potencialidades e debilidades do território;

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 41

b) Características específicas de cada espécie (porte, folhagem, floração, frutos e

sistema radicular), grau de rusticidade e necessidades de água;

c) Características edafo-climáticas da área, topografia e geologia, nível de

insolação/ensombramento do local de plantação;

d) Usos, existentes ou previstos, para a zona;

e) Proximidade a edifícios;

f) As já existentes nos locais limítrofes;

g) Nível de poluição atmosférica;

h) Tipo de ambiente que se pretende atribuir ao espaço;

i) Cuidados de manutenção.

9. As espécies vegetais a utilizar não devem ser susceptíveis a pragas e doenças (p. ex.

ulmeiro), nem promover a infestação ( p. ex. acácia, ailanthus).

10. As árvores e arbustos, não destinados à constituição de sebes formais, devem utilizar-

se na sua forma e dimensão naturais, não sendo, autorizadas quaisquer podas, para

além das de carácter fitossanitário e de formação.

11. A existência de exemplares notáveis na área de intervenção de projectos de espaço

público ou privado deve determinar o desenho de soluções que criem condições para

a sua manutenção no local, de forma a permitir a sua observação e contemplação,

assumindo um papel de referência identitária e um lugar de destaque no âmbito do

projecto.

12. Para efeitos da avaliação do valor botânico e ornamental das espécies ou conjuntos

vegetais a classificar como notáveis, consideram-se os seguintes itens:

i) Adaptabilidade: todas as espécies, autóctones ou não, com porte acima da

média e com densidade de floração e foliação acentuada;

ii) Relevância: aqueles cuja espécie é autóctone ou cuja presença é única no

local, funcionando como um elemento de identificação deste;

iii) Função: funções das espécies vegetais em análise, nomeadamente

enquadramento de estruturas viárias e ferroviárias, de cortina vegetal (visual,

eólica, sonora, etc.), de galeria ripícola, de enquadramento paisagístico e de

amenização climática local.

Artigo 51º

Arborização

1. As árvores devem ser escolhidas em função do seu carácter, porte, efeito formal e

densidade de folhagem.

2. Devem plantar-se, preferencialmente, espécies autóctones ou naturalizadas, que se

tenham adaptado bem ao ambiente urbano local ou a terrenos e climas similares.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 42

3. Em cada unidade urbanística homogénea (rua, praça, estacionamento,...) devem

plantar-se árvores que acentuem a identidade e imagens próprias de cada lugar e

concorram para o seu reconhecimento.

4. Em arruamentos, devem plantar-se árvores da mesma espécie e tamanho, dispostas

segundo um compasso regular, de modo a definir alinhamentos e ritmos bem

marcados, de crescimento rápido ou com porte que proporcione sombra logo no

primeiro ano.

5. A altura e diâmetro à altura do peito (DAP) mínimos, admitidos aquando da plantação,

serão respectivamente, de 4,0m e 0,12m.

Artigo 52º

Arbustos

1. Deve favorecer-se a plantação arbustiva em maciços de composição mista, que

contribuam para diversificar a paleta de cores e odores da paisagem e para realçar os

ciclos sazonais.

2. A altura mínima admitida para os arbustos, aquando da plantação, é de 0,60m.

Artigo 53º

Herbáceas

1. O revestimento herbáceo deve ser constituído por herbáceas vivazes, resistentes ao

tempo seco e com necessidades hídricas mínimas.

2. As misturas para relvado devem ser de baixa manutenção e de alta resistência a

doenças e pisoteio.

3. A relva deve apenas ser utilizada em áreas de razoável dimensão.

Artigo 54º

Sistemas de rega

1. A fim de garantir níveis adequados de humidade, devem ser instalados sistemas de

rega automática, utilizando, preferencialmente, sistemas com recurso a origem própria

ou água reciclada.

2. Para alimentação do sistema de rega das zonas verdes pode ainda prever-se a

recolha e armazenamento da água pluvial, se necessário articulado com outros

sistemas de alimentação, como furo hartziano.

3. Sem prejuízo do número anterior, deve prever-se a possibilidade de recorrer a ligação

à rede pública de abastecimento de água.

4. Todos os sistemas de rega devem ser equipados com programador e higrómetro.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 43

5. As árvores em caldeira plantadas há mais de cinco anos devem ser regadas com

sistema gota-a-gota nos meses de Verão ou quando se verifiquem situações

excepcionais de seca.

6. As zonas de arbustos devem ser regadas preferencialmente com rega gota-a-gota, ou

brotejadores, de modo a reduzir os gastos de água e a evapotranspiração.

7. Devem ser colocadas bocas de rega que abranjam a totalidade da área a regar (1

boca de rega/50m de raio), por forma a colmatar eventuais falhas do sistema de rega

automática.

Subsecção VIIMobiliário urbano

Artigo 55º

Regras gerais

1. A localização e implantação do mobiliário urbano deve ter em atenção os seguintes

critérios:

a) Não constituir obstáculo à livre circulação de pessoas e bens ou à fruição do

espaço onde se insere;

b) A função que desempenha;

c) A comodidade e segurança da sua utilização;

d) Fácil limpeza e conservação, assim como do local onde se insere;

e) Obedecer a modelo(s) aprovado(s) pela Câmara Municipal;

2. O mobiliário urbano, as cabinas telefónicas, as paragens de autocarros, colunas de

iluminação pública ou outro tipo de elementos, devem ser concebidos e colocados de

forma a deixarem sempre uma largura mínima livre de passagem de 1,20m.

Subsecção VIIIEquipamentos de Higiene Pública

Artigo 56º

Papeleiras

1. Em projectos de arruamentos urbanos devem colocar-se papeleiras nas seguintes

condições:

a) Espaçamento máximo/médio de 50 m;

b) Junto às passadeiras, devem ser colocadas nos dois lados do arruamento;

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 44

c) Devem ser basculantes, de estrutura metálica em chapa perfurada, de forma

rectangular ou semicircular, com capacidade de 40 litros e com aro interior para

fixação de sacos de plástico.

2. Em projectos de zonas de estar e espaços verdes, devem colocar-se papeleiras com

capacidade de 60 litros, em pontos estratégicos e próximo dos caminhos pedonais.

Artigo 57º

Capitação e localização de contentores de Resíduos Sólidos Urbanos

1. Nos loteamentos devem ser previstas áreas para a colocação de contentores,

podendo a Câmara Municipal Coimbra exigir a previsão de contentores de 800 l em

“PEAD”, com sistema de elevação e despejo “OSCHNER”, de acordo com a tabela

anexa, nomeadamente em função da zona e/ou dimensão do loteamento.

T i p o d e e d i f i c a ç ã o P r o d u ç ã o d i á r i a

H a b i t a ç õ e s u n i f a m i l i a r e s e p l u r i f a m i l i a r e s 1 0 l / h a b . d i a

C o m e r c i a i s :

E d i f i c a ç õ e s c o m s a l a s d e e s c r i t ó r i o s 0 , 5 l / m 2 A b c

L o j a s e m d i v e r s o s p i s o s e c e n t r o s c o m e r c i a i s 1 l / m 2 A b c

R e s t u a r a n t e s , b a r e s , p a s t e l a r i a s e s i m i l a r e s 1 l / m 2 A b c

S u p e r m e r c a d o s 1 l / m 2 A b c

M i s t a s ( a )

H o t e l e i r a s :

H o t e i s d e l u x o e d e c i n c o e s t r e l a s 1 8 l / q u a r t o o u a p a r t .

H o t e i s d e t r ê s e q u a t r o e s t r e l a s 1 2 l / q u a r t o o u a p a r t .

O u t r o s e s t a b e l e c i m e n t o s s i m i l a r e s 8 l / q u a r t o o u a p a r t .

H o s p i t a l a r e s :

H o s p i t a i s e s i m i l a r e s 1 8 l / c a m a d e r e s í d u o s s ó l i d o s n ã o c o n t a m i n a d o s e q u i p a r á v e i s a R S U

P o s t o s m é d i c o s e d e e n f e r m a g e m , c o n s u l t o r i o s e p o l i c l í n i c a s

1 l / c a m a d e r e s í d u o s s ó l i d o s n ã o c o n t a m i n a d o s e q u i p a r á v e i s a R S U

C l í n i c a s v e t e r i n á r i a s 1 l / c a m a d e r e s í d u o s s ó l i d o s n ã o c o n t a m i n a d o s e q u i p a r á v e i s a R S U

E d u c a c i o n a i s

C r e c h e s e i n f a n t á r i o s 2 , 5 l / m 2 A b c

E s c o l a s d e e n s i n o b á s i c o 0 , 3 l / m 2 A b c

E s c o l a s d e e n s i n o s e c u n d á r i o 2 , 5 l / m 2 A b c

E s t a b e l e c i m e n t o s d o e n s i n o s u p e r i o r e p o l i t é c n i c o 4 l / m 2 A b c

( a ) P a r a a s e d i f i c a ç õ e s c o m a c t i v i d a d e s m i s t a s a e s t i m a t i v a d a s p r o d u ç õ e s d i á r i a s é d e t e r m i n a d a p e l o s o m a t ó r i o d a s r e s p e c t i v a s p a r t e s c o n s t i t u i n t e s .

2. A distância média/máxima obrigatória entre contentores, é de 60m;

3. No caso de loteamento, única e exclusivamente destinado a moradias, é considerada

prioritária a distância média/máxima obrigatória, em detrimento da capitação referida

no ponto 1;

4. Os contentores deverão ser colocados apenas num dos lados da via pública, em

reentrâncias próprias com área de 1,6x0,9m2, e em superfície rebaixada ao nível da

faixa de rodagem e com estrutura de contenção em aço inox, quando seja adoptada a

tipologia prevista no ponto 1 .

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 45

5. No caso previsto no ponto 1 o pavimento deverá apresentar as seguintes

características:

a) Em material impermeável de grande resistência ao choque e desgaste;

b) Com inclinação de 2% no sentido oposto ao da faixa de rodagem, convergindo

num ralo com sifão de campainha com o diâmetro mínimo de 0,07m;

c) Com esgoto encaminhado para o colector de águas residuais.

6. Podem ser instalados outros sistemas de deposição de resíduos, desde que

previamente aceites pela Câmara Municipal.

Artigo 58º

Capitação e localização de ecopontos

1. É obrigatória a existência de um ecoponto completo (vidro, papel, embalagens) por

cada 500 habitantes.

2. O projecto de loteamentos com 100 fogos deve prever a implantação, no mínimo, de

um ecoponto.

3. O espaço necessário para um ecoponto é de 4,2x1,4m2, a criar em reentrâncias

próprias, em superfície rebaixada ao nível da faixa de rodagem.

4. O pavimento deve apresentar as características definidas no n.º 5 do artigo anterior.

5. Em casos devidamente fundamentados (reduzida dimensão da operação de

loteamento, proximidade a um ecoponto ou ao ecocentro), a Câmara Municipal poderá

dispensar a implantação de ecopontos.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 46

CAPÍTULO IV – EDIFICAÇÃO

Secção IEdifícios

Artigo 59º

Afastamentos às estremas

1. Sem prejuízo do disposto no Regulamento do Plano Director Municipal, os edifícios a

construir ou a ampliar, devem implantar-se nos lotes de forma a cumprir,

cumulativamente, os seguintes afastamentos mínimos:

a) Nos alçados principal e posterior, o afastamento entre fachadas previsto nos

artigos 59º a 62º do RGEU;

b) Nos alçados laterais, o afastamento aos muros ou fachadas de estrema previsto

nos artigos 73º e 75º do RGEU;

c) O disposto no artigo 46º do decreto-lei n.º 64/90, de 21 de Fevereiro e demais

legislação sobre Segurança Contra Incêndios.

2. Em zonas industriais aplica-se o disposto no artigo 49º do Regulamento do Plano

Director Municipal.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 47

3. Nas zonas industriais I2, em caso de loteamentos e na ausência de estudo de

conjunto que defina a ocupação dos terrenos adjacentes, os afastamentos das

construções confinantes com esses terrenos devem garantir a distância

correspondente ao plano de 45º, definido a partir de qualquer dos lados do lote.

4. Em casos de ampliação ou remodelação de edifícios, podem admitir-se outros

afastamentos desde que não agravem as condições de insolação, salubridade,

privacidade, estéticas e urbanísticas existentes.

Artigo 60º

Empenas laterais

Os paramentos das empenas laterais não colmatáveis ou colmatáveis por encostos de

construções futuras, devem ter tratamento adequado, nomeadamente no que se refere à

impermeabilização e questões estéticas.

Artigo 61º

Saliências

Nas fachadas dos edifícios confinantes com espaços públicos, podem ser admitidas

saliências relativamente ao plano das fachadas, nas condições estabelecidas neste

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 48

Regulamento, considerando-se, para o efeito, duas zonas: uma superior e outra inferior,

separadas por um plano horizontal, cuja altura mínima acima do passeio ou espaço

público é de 3 metros.

Artigo 62º

Corpos e varandas salientes

1. Em arruamentos de largura igual ou superior a 12 metros, admitem-se corpos e

varandas salientes, nos termos do artigo anterior.

2. Os corpos e varandas salientes devem ser localizados na zona superior da fachada.

3. Nas zonas da fachada em gaveto, admitem-se corpos e varandas salientes desde que

não ultrapassem os planos definidos pelas saliências das fachadas confinantes.

4. Os corpos e varandas salientes devem ser afastados das linhas divisórias dos prédios

contíguos de uma distância igual ou superior ao dobro do respectivo balanço.

5. O balanço permitido para os corpos e varandas salientes não deve ultrapassar 50% da

largura do passeio existente, admitindo-se que o mesmo apenas possa ser

ultrapassado se tal se justificar por razões de integração urbanística .

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 49

6. Em situações de colmatação, só são admitidas saliências se forem imprescindíveis

para o enquadramento tipológico do novo edifício na respectiva envolvente.

Artigo 63º

Marquises

As varandas não podem ser envidraçadas, excepto se se verificarem cumulativamente as

seguintes condições:

a) O estudo global do alçado merecer parecer favorável;

b) Seja apresentada acta do condomínio da qual conste deliberação relativa ao

conhecimento e concordância com a solução, nos termos legais;

c) Não sejam ultrapassados os índices de edificabilidade admitidos para o prédio.

Artigo 64º

Elementos adicionais amovíveis

1. A colocação de elementos adicionais amovíveis, tais como toldos, floreiras, aparelhos

de ar condicionado, ou outros, é permitida na parte superior das fachadas e não pode

ultrapassar o plano das guardas das varandas ou prejudicar a segurança e conforto de

terceiros.

2. A colocação é permitida se se verificarem cumulativamente condições definidas nas

alíneas a) e b) do artigo anterior.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 50

Artigo 65º

Logradouros

1. É proibido impermeabilizar a totalidade da área livre dos lotes ou logradouro, devendo

existir uma área drenante, mínima não inferior a 50% da área descoberta.

2. Todas o património vegetal existente no interior dos logradouros deve ser preservado,

nos termos do artigo 50º.

3. A conservação dos espaços verdes privativos é da responsabilidade dos respectivos

proprietários ou usufrutuários, nos termos idênticos da conservação dos edifícios,

podendo a Câmara Municipal estabelecer com os proprietários protocolos para a

conservação e manutenção das espécies vegetais notáveis.

Artigo 66º

Anexos

1. A construção de anexos não pode afectar a estética e as condições de salubridade e

insolação dos edifícios, sendo obrigatória uma solução arquitectónica e de

implantação que minimize o impacto sobre os prédios confrontantes ou sobre o

espaço público.

2. A construção de anexos deve obedecer aos seguintes critérios:

a) não exceder a menor das seguintes áreas: 10% da área do lote ou 30 m2;

b) não ter mais de um piso,;

3. Quando os anexos encostarem aos limites do lote, não podem ter cobertura visitável e

a parede de meação não pode exceder um desenvolvimento em planta superior a

10.00m, nem uma altura superior a 3.50m, medidos a partir da cota do terreno mais

alto, caso existam desníveis entre os terrenos confrontantes.

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Artigo 67º

Acesso e estacionamento

1. O acesso viário ao estacionamento deve ser independente do acesso pedonal e

obedecer às seguintes condições:

a) Localizar-se à maior distância possível de gavetos;

b) Localizar-se no arruamento de menor intensidade de tráfego;

c) Permitir a manobra de veículos sem invasão da outra via de circulação;

d) Evitar situações de interferência com obstáculos situados na via pública,

nomeadamente, semáforos, árvores, candeeiros.

2. No dimensionamento dos estacionamento, das vias de acesso no interior dos parques

de estacionamento e dos meios de pagamento, devem verificar-se as regras impostas

pelo Regulamento de Segurança Contra Incêndios para Parques de Estacionamento

Cobertos, Decreto-Lei n.º 66/95, de 8 de Abril, e as Normas Técnicas sobre

Acessibilidade do Decreto-Lei n.º 123/97, de 22 de Maio.

3. As rampas de acesso ao estacionamento no interior dos prédios, não podem

desenvolver-se no espaço e via públicos, incluindo passeios.

4. Para garantir a visibilidade dos condutores devem ser construídas zonas de espera,

junto à via pública, com o comprimento mínimo de 3,00m e inclinação máxima de 2%.

5. Os acessos aos parques de estacionamento das edificações devem possuir portões,

não devendo o movimento de abertura ou fecho atingir o espaço público.

6. As rampas de acesso aos parques de estacionamento devem ter as seguintes

inclinações máximas:

a) 15% em garagens de média e grande dimensão (área utilizável superior a 500m2);

b) 20% em pequenas garagens de uso privativo (área utilizável inferior a 500m2).

7. Sempre que a inclinação das rampas ultrapasse 12%, tornam-se necessárias curvas

de transição ou trainéis nos topos, com inclinação reduzida a metade, numa extensão

de pelo menos 3,5m, tal como é apresentado na figura seguinte

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8. As dimensões mínimas permitidas para os lugares de estacionamento e acessos no

interior de edificações são as indicadas no quadro seguinte:

α A [m] C [m] E [m] M [m] L [m]0º 2.15 5.00 2.15 3.0 5.45

30º 2.30 4.60 4.20 2.9 7.5045º 2.40 3.40 4.90 3.40 8.3060º 2.40 2.80 5.10 4.30 9.4090º 2.40 2.40 4.80 5.90 10.70

Onde:

• A: Largura do lugar de estacionamento;

• C: Comprimento de faixa por lugar de estacionamento;

• E: Intrusão efectiva do lugar de estacionamento;

• M: Espaço de manobra para o veículo;

• L: Largura total do limite do lugar à mediana da via de acesso;

• V: Via de acesso adjacente ao estacionamento.

9. As garagens devem possuir as dimensões mínimas interiores de 3,00mx5,00m.

10. As áreas de circulação de veículos no interior das edificações devem observar as

seguintes condições:

a) A circulação no interior dos pisos de estacionamento deve ser garantida sem

recurso a manobras;

b) O raio de curvatura interior mínimo é de 2,50m.

c) Devem evitar-se os impasses, optando-se por percursos contínuos de circulação;

d) As faixas e o sentido de rodagem devem ser assinalados no pavimento;

e) Os pilares ou outros obstáculos à circulação devem estar assinalados e protegidos

contra o choque de veículos;

11. O pé direito livre deve ter um valor mínimo de 2,20m à face inferior das vigas ou de

quaisquer instalações técnicas.

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12. Nos pisos de estacionamento e rampas deve aplicar-se tipo de pavimento

antiderrapante.

13. As garagens colectivas devem ter ventilação natural mínima correspondente a 8% da

sua área, ou ventilação forçada, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável.

Artigo 68º

Alteração da utilização dos edifícios

1. A alteração do uso dos edifícios, nomeadamente de habitação para comércio ou

serviços, está condicionada pela legislação em vigor no que se refere à segurança e

salubridade e ainda:

a) Adequar-se ás opções urbanísticas definidas.

b) À compatibilidade dos novos usos com a função habitação existente no próprio

edifício e nos edifícios adjacentes, nos termos do artigo 8.º;

c) Ao cumprimento das regras de estacionamento definidas no presente

Regulamento;

d) À capacidade das vias de acesso;

c) À vivência resultante, a fim de evitar ou diminuir os casos de excessiva

terciarização das zonas habitacionais.

2. Salvo situações de relevante interesse público, não é permitida a alteração da

utilização integral de edifícios para fins não habitacionais.

3. O projecto de alteração, total ou parcial, da utilização de edifícios deve garantir a

construção de uma caixa de escadas e/ou espaços de circulação independentes.

4. A instalação de comércio, serviços ou outros usos compatíveis com a habitação, só é

permitida nos pisos térreos quando:

a) Assegure o acesso independente aos pisos superiores;

b) Mantenha os vãos existentes, admitindo-se alterações que não comprometam a

solução original ou que a beneficiem;

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5. Para além da ocupação do piso térreo, é permitida a coexistência de estabelecimentos

de prestação de serviços e habitação no mesmo edifício, desde que cumulativamente,

se cumpram as seguintes condições:

a) O disposto no número 3;

b) Os diferentes fins não se exerçam em pisos alternados;

c) Os pisos superiores sejam destinados à habitação.

6. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, está dispensada da apresentação

do estudo justificativo previsto no n.º 4 do artigo 17.º, a alteração do uso do r/chão dos

edifícios situados nos seguintes eixos :

a) Sá da Bandeira, Tenente Valadim, Lourenço Almeida de Azevedo, Almeida

Garrett, Alexandre Herculano, Oliveira de Matos, Castro Mattoso;

b) Bernardo de Albuquerque;

c) Figueira da Foz;

d) Rua do Brasil, desde a Ladeira do Baptista (não incluída) até à “rotunda da

Makro”;

e) Rua dos Combatentes da Grande Guerra.

Secção II

Infra-estruturas

Artigo 69º

Colocação de equipamentos nas fachadas e coberturas dos edifícios

1. Os projectos relativos a obras de construção, reconstrução, ampliação, alteração e

conservação dos edifícios devem prever:

a) Espaços para colocação de equipamentos de infra-estruturas, nomeadamente,

aparelhos de ar condicionado, exaustão, ventilação, aquecimento, chaminés e

outros, de forma a que, quando colocados, não sejam visíveis a partir do espaço

público

b) Calhas internas, para instalação dos cabos de telefones, TV, gás, electricidade e

outros, devendo ser requerida, às respectivas entidades, a mudança dos cabos

para o interior daquelas.

2. Os projectos dos edifícios plurifamiliares contemplarão uma única antena colectiva de

TV, sendo interdita a instalação de antenas individuais.

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Artigo 70º

Tubos de queda e caleiras

1. A instalação de tubos de queda deve obedecer às seguintes condições:

a) É proibida a utilização de material plástico, excepto da série DIN devendo, neste

caso, o último troço (2.50M) ser em material galvanizado, devidamente fixado à

parede.

b) Ficarem ligados às sarjetas ou colectores, através de caixas de pavimento ou, no

caso de não existir passeio, através de curva do tubo, que encaminhe as águas no

sentido do escoamento.

2. A drenagem das varandas deve ser encaminhada para os tubos de queda do edifício.

3. As caleiras, no exterior, devem ser executadas em alumínio, aço inoxidável, chapa

zincada, zinco ou cobre, não sendo permitida a utilização de plástico.

Artigo 71º

Instalação de infra-estruturas de suporte das estações de radiotelecomunicações

1. Sem prejuízo de outras disposições contidas em legislação especial, a instalação de

infra-estruturas de suporte das estações de radiotelecomunicações, deve obedecer às

seguintes condições:

a) Respeitar um raio de afastamento mínimo de 250 metros de edifícios destinados a

equipamentos de utilização pública, nomeadamente, escolas, centros de dia,

centros de saúde, hospitais, clínicas, museus, teatros, cinemas, superfícies

comerciais, instalações desportivas;

b) Respeitar um raio de afastamento mínimo de 100 metros de qualquer outra

instalação de radiotelecomunicações;

c) Respeitar um afastamento mínimo de 7 metros do limite frontal e lateral do imóvel,

quando instaladas em coberturas de edifícios;

d) Não prejudicar, do ponto de vista estético e de segurança, o edifício, a paisagem e

o ambiente envolventes.

e) Utilizar postes tubulares metálicos em detrimento de estruturas treliçadas, visando

minimizar os impactos visuais;

f) Identificar correctamente o nome da operadora, endereço, contacto telefónico,

nome do responsável técnico e número da licença municipal;

g) Cumprir as normas de segurança legais, devendo a área ser isolada, iluminada e

sinalizada com placas, bem visíveis, advertindo para a radiação não ionizante;

2. A estrutura de suporte de qualquer nova antena a instalar deverá ser obrigatoriamente

partilhável por qualquer operador.

3. A licença municipal para instalação das infra-estruturas de suporte das estações de

radiotelecomunicações tem a validade máxima de dois anos renováveis

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4. A Câmara Municipal pode mandar efectuar ou solicitar à operadora, medições,

visadas pelo ICP – ANACOM, do nível de radiações emitidas por tais equipamentos.

CAPÍTULO V - OCUPAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO

Secção IOcupação da via pública

Artigo 72º

Regras gerais de ocupação do espaço público

A ocupação do espaço público e implica a observância das seguintes condições:

a) Ser sinalizada e restringir-se ao estritamente necessário, de forma a não prejudicar o

trânsito

de veículos e de peões e a minimizar os danos estéticos e urbanísticos;

b) Serem prontamente acatadas as directrizes dos serviços municipais;

c) Ser efectuada a reparação integral dos danos ou prejuízos decorrentes da ocupação;

d) Serem repostas as boas condições de utilização imediatamente após a execução das

obras ou decorrido o prazo de validade da licença.

Artigo 73º

Pedido de licença

1. A ocupação do espaço público está sujeita a licenciamento municipal.

2. O pedido de licenciamento da ocupação do espaço público decorrente da execução de

operações urbanísticas, é instruído com os elementos referidos no Titulo III, Capítulo

II, Secção V.

3. O pedido de licença de ocupação do espaço público deve ser efectuado:

a) Quando decorra da necessidade de realização de operações urbanísticas sujeitas

a licença, simultaneamente com a apresentação dos projectos de especialidade;

b) Quando decorra da necessidade de realização de operações urbanísticas sujeitas

a autorização, deve acompanhar a requerimento da autorização;

c) Quando decorra da necessidade de realização de operações urbanísticas sujeitas

a comunicação prévia, deve acompanhar o requerimento relativo à comunicação

prévia.

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4. O alvará de licença de ocupação do espaço público, sem o qual não poderá ser

efectuada a ocupação, é emitido após a apresentação do comprovativo do pagamento

da taxa

5. O prazo previsto para a ocupação do espaço público não pode exceder o prazo

previsto para a execução da respectiva operação urbanística.

Artigo 74º

Tapumes

1. Em todas as obras é obrigatória a montagem de tapumes ou resguardos, que tornem

inacessível, aos transeuntes, a área destinada aos trabalhos.

2. Os tapumes devem:

a) Ser em material resistente, de preferência metálicos, com desenho e execução

cuidada;

b) Ter a altura mínima de 2.20m, devendo existir uma faixa opaca, de pelo menos

0.50m em toda a sua extensão, que impeça a saída ou escorrência de materiais

para a via pública;

c) Ter portas de acesso a abrir para dentro;

d) Ter cabeceiras pintadas com faixas reflectoras alternadas, de cor branca e

vermelha e com sinalização nocturna, luminosa;

e) Se necessário prever a construção de passagem pedonal, devidamente protegida.

3. Nas ruas onde existam bocas de incêndio ou de rega, os tapumes são executados de

forma a ficarem acessíveis a partir da via pública.

4. É proibido utilizar o espaço exterior ao tapume.

5. Sem prejuízo do disposto no número anterior, desde que não prejudique o trânsito,

pode ser utilizado o espaço exterior ao tapume, nos seguintes casos:

a) operações de carga e descarga, por tempo não superior a uma hora;

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b) permanência de contentores destinados ao depósito de entulhos.

6. Todas as máquinas e materiais utilizados na execução das obras, bem como os

amassadouros e depósitos de entulhos, ficam situados no interior do tapume.

Artigo 75º

Andaimes

Os andaimes devem ser revestidos na vertical, a toda a altura, pelo lado de fora e nas

cabeceiras, com redes de malha fina ou telas que, com segurança, impeçam a queda de

materiais, detritos ou quaisquer utensílios para fora da prumada dos andaimes.

Artigo 76º

Corredores para peões

A pedido do interessado, a Câmara Municipal pode licenciar a ocupação total do passeio e

parcial da faixa de rodagem ou de zonas de estacionamento, desde que sejam

construídos corredores para peões nas seguintes condições:

a) Confinantes com o tapume;

b) Largura mínima de 1,00m;

c) Vedados pelo lado de fora com prumos e corrimão em tubo redondo, metálico,

com pintura a branco e vermelho;

d) Com rampas que permitam o acesso de pessoas com mobilidade condicionada.

Artigo 77º

Protecção de árvores e candeeiros

1. As árvores, candeeiros e mobiliário urbano, que se encontrem junto à obra devem ser

protegidos com resguardos que impeçam quaisquer danos.

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2. A Câmara Municipal pode determinar a retirada do mobiliário urbano, devendo o

requerente, a expensas suas, promover a desmontagem e transporte até ao armazém

municipal, bem como a sua recolocação após a conclusão da obra.

Artigo 78º

Cargas e descargas na via pública

1. A ocupação da via pública com cargas e descargas de materiais só é permitida nas

seguintes condições:

a) Durante as horas de menor intensidade de tráfego, por período não superior a

uma hora;

b) Com colocação de sinalização adequada, a uma distância mínima de 5.00m em

relação ao veículo estacionado.

2. A ocupação da via pública com autobetoneiras e equipamento de bombagem de

betão, para trabalhos de betonagem, só é licenciada nas seguintes condições:

a) Durante o período estritamente necessário à execução dos trabalhos;

b) Sempre que se verifiquem transtornos do trânsito, o dono da obra deve recorrer às

autoridades policiais para assegurarem a sua disciplina;

c) Observância dos procedimentos previstos no número anterior.

3. Imediatamente após os trabalhos referidos nos números anteriores, é obrigatória a

limpeza da via pública, com especial incidência nos sumidouros, sarjetas e tampas de

caixas de visita.

Artigo 79ºCondutas de descarga de entulhos

Os entulhos devem ser vazados através de conduta fechada e recebidos em recipientes

fechados.

Artigo 80º

Contentores para depósito de materiais e recolha de entulhos

1. É permitida a recolha de entulhos em contentores metálicos, os quais devem ser

recolhidos quando se encontrem cheios ou neles tenha sido depositado qualquer

material que possa provocar insalubridade.

2. Os contentores não podem ser instalados em local que afecte a normal circulação de

peões e veículos, com excepção de casos justificados e desde que sejam adoptadas

as medidas previstas nesta Secção.

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3. A Câmara Municipal Coimbra pode exigir a colocação de contentores metálicos nas

áreas centrais e/ou se não se verificar possível ou vantajoso relativamente à ocupação

com estaleiro.

Artigo 81º

Escritórios de vendas

1. A colocação de escritórios de vendas está sujeita a licenciamento municipal.

2. A colocação de escritórios de vendas de empresas imobiliárias, para venda de lotes

ou apartamentos, apenas é permitida em urbanizações.

3. O pedido de licenciamento deve ser acompanhado de um plano geral de ocupação

prevendo o número e localização dos standes.

4. Os escritórios de vendas de vendas devem ser retirados no prazo máximo de dezoito

meses, após a recepção provisória das obras de urbanização,

5. A publicidade a colocar no exterior dos escritórios será objecto de licenciamento.

Artigo 82ºRealização de actos públicos

1. Aquando da celebração de qualquer acto público, seja incompatível a existência de

materiais, tapumes, andaimes, contentores ou escritórios de vendas, a Câmara

Municipal pode notificar o proprietário da obra, para a sua remoção e limpeza do local.

2. Em caso de incumprimento a Câmara Municipal substituir-se-á ao proprietário,

procedendo à remoção e limpeza, a expensas deste, nos termos do Título V, Capítulo

III.

3. Durante o acto público que tornar incompatível a existência dos materiais, tapumes ou

andaimes, cessam os respectivos trabalhos devendo a Câmara Municipal notificar o

empreiteiro e o dono da obra.

Artigo 83º

Indeferimento do pedido de licenciamento

O pedido de licenciamento da ocupação da via pública é indeferido quando:

a) Da ocupação requerida resultem prejuízos para o trânsito, segurança de pessoas

e bens e estética das povoações ou beleza da paisagem;

b) A obra ou os trabalhos dos quais decorra a ocupação, esteja parada por falta de

licença ou autorização, ou embargada;

c) A ocupação viole as normas legais e regulamentares aplicáveis;

d) A ocupação ou a natureza dos materiais a manusear seja susceptível de danificar

as infra-estruturas existentes, salvo se for prestada caução.

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Secção IIExecução de obras e utilização do espaço público

Subsecção IRegras Gerais

Artigo 84º

Realização de obras

1. A realização de obras, no domínio público, para instalação de infra-estruturas, por

entidades públicas, privadas ou concessionárias de serviços públicos, está sujeita a

licenciamento municipal.

2. Estão isentos de licença municipal os trabalhos promovidos por entidades

concessionárias de obras ou serviços públicos, quando se reconduzam à prossecução

do objecto da concessão nos termos da alínea e), do numero 1 do artigo 7º do RJUE.

3. As obras referidas nos números anteriores não podem ser iniciadas sem que se

mostrem pagas ou satisfeitas as taxas correspondentes.

4. As obras previstas no número 2 ficam sujeitas a parecer prévio não vinculativo da

Câmara Municipal nos termos do n.º 2 do artigo 7º do RJUE.

5. As obras referidas nos números anteriores devem ser executadas de acordo com as

determinações do presente Regulamento, sem prejuízo das demais normas legais e

regulamentares aplicáveis.

Artigo 85º

Prestação de caução

1. No acto de emissão do alvará de licença é apresentado o comprovativo do depósito de

caução, garantia bancária ou seguro/caução, nos termos do RJUE, visando assegurar

a correcta reposição dos pavimentos ou outras infra-estruturas.

2. Nos casos com carácter de urgência, definidos na subsecção III, a caução é prestada

aquando da comunicação da ocorrência.

3. O montante da caução corresponde à estimativa do valor dos trabalhos de reposição

dos pavimentos ou outras infra-estruturas afectadas pelas obras executadas no

espaço público.

4. Admite-se, mediante a prévia celebração de acordo escrito, que a caução a prestar

seja global, para o conjunto das obras previsivelmente a realizar num ano; este acordo

deverá prever a garantia e modo de execução das reparações que se venham a

demonstrar necessárias, no prazo de garantia de cinco anos.

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Artigo 86º

Organização e coordenação

1. As entidades com intervenção no espaço público devem fornecer aos serviços

municipais os planos de utilização do espaço público e suas actualizações, para

permitir o planeamento global, a coordenação e o acompanhamento das obras.

2. Este plano não substitui o licenciamento municipal, a requerer, nos termos da

Subsecção II.

Artigo 87º

Reajuste de infra-estruturas

Sempre que a Câmara Municipal promova rectificações ou recargas de pavimento,

constitui obrigação das entidades com infra-estruturas na via pública, a sua reposição ou

ajuste em altimetria e/ou alinhamento, aplicando-se a estas obras o regime previsto para

as obras com carácter de urgência, com as devidas adaptações.

Subsecção IILicenciamento

Artigo 88º

Pedido de licenciamento

O pedido de licenciamento para a realização de obras na via pública, deve ser efectuado

com uma antecedência de 30 dias e instruído com os elementos referidos no Título III,

Capítulo II, Secção V.

Artigo 89º

Licenciamento

1. A realização de obras para instalação de infra-estruturas e utilização do espaço

público é precedida de licença e pagamento das respectivas taxas.

2. Sempre que se preveja a interrupção do trânsito, referida no n.º 2 do artigo 96º,

aquando do levantamento do alvará, o requerente deve entregar cópia do respectivo

aviso publicado na imprensa.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 63

3. Tendo em conta o volume de obra, o trânsito e a importância do local, a Câmara

Municipal pode determinar alterações à programação e execução dos trabalhos,

nomeadamente períodos do dia, dias da semana e prazos de execução.

Artigo 90º

Alteração à programação dos trabalhos

Quando, por conveniência do dono da obra, devidamente fundamentada, haja alteração

na data do início da obra ou necessidade de prorrogação do prazo de execução, a

alteração deve ser comunicada à Câmara Municipal, com a antecedência mínima de 5

dias úteis, não podendo os trabalhos iniciarem-se ou prosseguirem sem a emissão do

aditamento ao alvará.

Artigo 91º

Indeferimento do pedido de licenciamento

O pedido de licenciamento de execução de obras em espaço público é indeferido quando:

a) Das obras requeridas resultem prejuízos para o trânsito e segurança de pessoas e

bens considerados não ultrapassáveis;

b) As obras violem as normas legais e regulamentares aplicáveis;

Subsecção IIIObras com carácter de urgência

Artigo 92º

Carácter de urgência das obras

São obras com carácter de urgência aquelas que requeiram a execução imediata,

nomeadamente:

a) Reparação de fugas de água ou gás;

b) Reparações de avarias em cabos;

c) Substituição de postes ou outros elementos, em perigo iminente de queda;

d) Reparação de infra-estruturas cujo estado constitua perigo para a população.

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Artigo 93º

Início das obras com carácter de urgência

1. As entidades competentes podem iniciar a execução das obras com carácter de

urgência de imediato, devendo ser logo comunicada “via fax”, até ao primeiro dia útil

seguinte ao da ocorrência da intervenção.

2. Sempre que a intervenção exija a interrupção total do trânsito a comunicação da

situação deve ser feita de imediato à Polícia de Segurança Pública e á Polícia

Municipal.

Subsecção IVIdentificação, sinalização e medidas de segurança

Artigo 94º

Identificação da obra

1. Na obra é obrigatória a colocação de painéis nos quais constem:

a) Identificação do dono da obra;

b) Entidade responsável pela execução da obra;

c) Número do alvará de licença;

d) Prazo de execução.

2. Os painéis devem ser colocados em locais bem visíveis, em cada frente de trabalho e

junto ao estaleiro da obra.

3. Os painéis identificativos devem ser retirados da obra após a conclusão dos trabalhos,

no prazo máximo de 5 dias.

Artigo 95º

Sinalização da obra

1. O dono da obra é responsável pela ocorrência de qualquer acidente cujas causas

sejam imputáveis à obra.

2. A sinalização dos trabalhos é da responsabilidade do dono da obra e deve ser feita

nos termos seguintes:

a) De acordo com a legislação em vigor relativa à sinalização de carácter temporário

de obras e obstáculos na via pública, incluindo iluminação nocturna;

b) Deve ser retirada do local depois de repostas as condições normais de circulação

e imediatamente após a conclusão dos trabalhos.

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PROPOSTA DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO DE COIMBRAVersão para Pré - Discussão Pública – 17 de Novembro de 2003

Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 65

3. Na fase de execução da sinalização deve o promotor comunicar o início dos trabalhos

à Câmara Municipal, por escrito, podendo ser “via fax”, e com uma antecedência

mínima de 5 dias úteis.

Artigo 96º

Medidas de segurança

1. Os trabalhos devem ser executados de modo a garantir o trânsito pedonal e

automóvel, sendo utilizados todos os meios adequados a manter a segurança e

comodidade da circulação, nomeadamente passadiços, guardas e outros dispositivos

de acesso às propriedades e ligação entre vias, incluindo se necessário a requisição

de intervenção de meios policiais.

2. Quando na autorização para a execução das obras esteja prevista a interrupção total

do trânsito automóvel, o dono da obra deve publicitar essa situação nos meios de

comunicação social (em pelo menos um jornal de âmbito regional), indicando o local,

as horas e os dias em que tal ocorrerá e os circuitos alternativos.

3. A zona dos trabalhos deve ser protegida por tapumes, redes plásticas, guardas ou

grades fabricadas para o efeito.

Subsecção VExecução da obra

Artigo 97º

Condições técnicas

A execução da obra deve obedecer às condições técnicas a seguir indicadas:

1. A reposição dos pavimentos e reparação de outras infra-estruturas afectadas é

realizada no prazo máximo de 48 horas após a conclusão dos trabalhos, salvo se

outro prazo tenha sido estabelecido no alvará de licenciamento.

2. Os aterros das valas devem ser executados da seguinte forma:

a) Preenchimento da vala com areia, fortemente regada, vibrada e, ou, compactada;

b) Aplicação de tout-venant em duas camadas 0,15m de espessura cada,

devidamente compactadas.

3. A reposição dos pavimentos é realizada com materiais e características de

assentamento iguais aos existentes, salvo outras indicações da Câmara Municipal.

4. A reposição de pavimentos betuminosos deve ser executada da seguinte forma:

4.1 Com semi-penetração betuminosa:

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a) Aplicação de semi-penetração betuminosa com 0,08m de espessura de brita

e asfalto 180/200 à taxa de 4,0Kg/m2de betume.

b) Revestimento superficial betuminoso simples e asfalto 180/200 à taxa de

1,5Km/m2 de betume.

4.2 Com betão betuminoso:

a) Rega de impregnação com emulsão à taxa de 1,5Kg/m2.

b) Aplicação de mistura betuminosa densa (“binder”) com 0,05m de espessura.

c) Aplicação de camada de desgaste com tapete betuminoso a quente com 0,05

m de espessura, após rega de colagem com emulsão catiónica rápida à taxa

de 0,5 Kg/m2.

- A camada de desgaste será aplicada na caixa aberta nas seguintes

condições:

c.1) Nas vias, no caso de cortes transversais, a uma distância não inferior

a 0,10m de ambos os bordos da vala é efectuado o corte ou fresagem

do pavimento existente contíguo à vala, a uma profundidade de 0,05 m,

definindo linhas rectas e paralelas.

c.2) No caso de cortes longitudinais, em toda a extensão da vala, e

desenvolvendo linhas paralelas e à semelhança do traçado da via.

c.3) Em passeios até 1,5 m de largura, em cortes longitudinais, a reposição

é em toda a sua largura; e em passeios de largura superior, em toda a

metade do passeio onde foi aberta a vala.

5. No caso de calçada ou calçadinha, o material de assentamento deve possuir um traço

de cimento não inferior a 1:4.

6. Quando o volume de entulhos, materiais de construção e resíduos depositados no

espaço público, o justifique, a Câmara Municipal pode exigir a colocação de

contentores especiais.

7. Imediatamente após a conclusão dos trabalhos deve ser feita a limpeza do local,

removendo e transportando para os locais adequados todos os materiais sobrantes.

Artigo 98º

Mudança de frente e natureza de trabalho

1. A mudança significativa da frente de trabalho ou da sua natureza, deve ser

previamente comunicada à Câmara Municipal.

2. No caso de incumprimento do disposto no número anterior, a Câmara Municipal pode

recusar a recepção das obras e exigir ao promotor a realização de ensaios e

sondagens.

3. Os ensaios previstos no n.º 2 devem ser realizados por entidades acreditadas, na

presença de técnicos municipais.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 67

Subsecção VIFiscalização técnica e embargo da obra

Artigo 99º

Elementos a disponibilizar no local da obra

No local das obras devem estar disponíveis, o alvará de licença e a cópia carimbada do

processo entregue na Câmara Municipal, devendo ser facultados à fiscalização sempre

que sejam solicitados.

Artigo 100º

Embargo

1. Sempre que não for cumprido o disposto nesta Secção e o estipulado no alvará de

licenciamento, pode a Câmara Municipal embargar a obra, parcial ou totalmente.

2. São ainda motivos de embargo da obra:

a) Utilização de material de aterro com características desadequadas;

b) Deficiente compactação de aterro;

c) Reposição incorrecta do pavimento;

d) Incumprimento dos prazos aprovados;

e) Ausência ou deficiente sinalização;

f) Utilização de meios técnicos desadequados;

g) Falta de condições de segurança;

h) Incorrecto acondicionamento de materiais;

i) Danificação ou deterioração da área envolvente;

3. Em caso de embargo, é da responsabilidade do dono da obra a manutenção das

condições de trânsito para veículos e peões, podendo a Câmara Municipal substituir-

se-lhe, nos termos previstos neste Regulamento.

Subsecção VIIConclusão e recepção da obra

Artigo 101º

Conclusão da obra

1. A conclusão da obra deve ser comunicada à Câmara Municipal.

2. O interessado deve requerer a recepção da obra um ano após a comunicação referida

no número anterior.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 68

3. A caução será levantada após a recepção da obra.

4. Após a conclusão dos trabalhos, a requerimento do interessado e mediante vistoria

efectuada pela Câmara Municipal, a caução pode ser reduzida até um valor não

inferior a 10% do seu valor total.

Artigo 102º

Deficiências de execução

1. Após a comunicação referida no número 1 do artigo anterior, a Câmara Municipal

realiza uma vistoria no prazo máximo de um mês.

2. Caso se verifiquem deficiências que determinem a reexecução das obras, no todo ou

em parte, o facto é comunicado à entidade responsável que deve providenciar a

rectificação no prazo de 48 horas.

3. Após a conclusão das obras referidas no número anterior, o interessado deve

proceder à comunicação referida no n.º 1 do artigo 101º.

Artigo 103º

Garantia da obra

1. Até à recepção da obra são da inteira responsabilidade da entidade promotora os

prejuízos que advenham, para o interesse público ou para terceiros, por causa

imputável à realização dos trabalhos e sua manutenção.

2. Sempre que, no decorrer do prazo de garantia de um ano, previsto no número 2 do

artigo 101º, se verifiquem anomalias que prejudiquem a normal circulação do trânsito,

a correcção deve ser realizada no prazo de 72 horas.

3. Em caso de incumprimento do disposto no número anterior a Câmara Municipal pode

substituir-se ao dono da obra, nos termos previstos neste Regulamento.

TÍTULO III – PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO I – TÉCNICOS

Artigo 104º

Inscrição

1. Para projectar ou dirigir obras relativas às operações urbanísticas referidas no RJUE,

os técnicos devem estar inscritos numa das seguintes entidades:

a) Câmara Municipal;

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 69

b) Associação pública profissional.

2. A inscrição a que se refere a alínea a) do número anterior tem a validade de três

anos.

A renovação da inscrição efectuar-se-á a requerimento do interessado, até vinte

dias antes do termo do prazo de validade.

4. Só podem inscrever-se na Câmara Municipal os técnicos que, de acordo com a

legislação em vigor, tenham qualificação e habilitações profissionais suficientes.

5. A Câmara Municipal Coimbra manterá uma listagem dos técnicos inscritos nos termos

do ponto 1 e operações urbanísticas de que são responsáveis.

6. Os técnicos inscritos devem manter actualizados os dados constantes na ficha de

inscrição, devendo, para o efeito, comunicar por escrito qualquer alteração,

nomeadamente a informação quanto à validade da inscrição em associação pública de

natureza profissional.

7. Os técnicos da administração central e local são dispensados dos procedimentos

previstos nos números anteriores, quando intervenham em obras da iniciativa da

administração.

Artigo 105º

Processamento

A inscrição ou a renovação efectuar-se-ão mediante requerimento do interessado,

acompanhado dos seguintes documentos, actualizados:

a) Documento comprovativo de inscrição no organismo responsável pela concessão

da carteira profissional;

b) Duas fotografias tipo passe.

Artigo 106º

Anulação e caducidade da inscrição

1. A inscrição de um técnico é anulada:

a) A requerimento do interessado;

b) A requerimento da associação profissional onde o técnico esteja inscrito, desde

que devidamente fundamentada;

c) Por aplicação de sanção;

2. A inscrição de um técnico caduca:

a) Pelo esgotamento do prazo de validade da inscrição, nos termos do número 2 do

artigo 104º.

b) Se, no caso da actividade estar abrangida por inscrição em associação pública de

natureza profissional, aquela inscrição, por razões estatutárias, perder a validade.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 70

3. A anulação do registo por força das alíneas b) e c) do número 1 será comunicada ao

técnico e à Ordem ou Associação onde o respectivo técnico responsável estiver

inscrito, no prazo de vinte dias.

4. O cancelamento da inscrição por força do número 2 será comunicado ao técnico no

prazo de vinte dias.

Artigo 107º

Qualificação dos técnicos autores dos projectos

É obrigatório serem elaborados por arquitectos os projectos de arquitectura para:

Centros Históricos;

Imóveis classificados e edifícios públicos e respectivas zonas de protecção;

Imóveis destinados a equipamentos colectivos e de utilização pública;

Empreendimentos turísticos, nos termos da legislação em vigor.

Artigo 108º

Competências e obrigações dos técnicos autores dos projectos e directores técnicos de obras

Sem prejuízo de qualquer outra competência ou obrigação definida na lei, os técnicos

responsáveis devem:

a) Cumprir a legislação em vigor e os regulamentos municipais aplicáveis aos

projectos, apresentando os processos devidamente instruídos e sem erros ou

omissões;

b) Cumprir ou fazer cumprir nas obras sob a sua direcção e responsabilidade, todos

os projectos aprovados, normas de execução, disposições legais aplicáveis e

intimações que sejam feitas pela Câmara Municipal;

c) Dirigir técnica e efectivamente as obras da sua responsabilidade, registando as

suas visitas no livro de obra;

d) Tratar de todos os assuntos técnicos que se relacionem com a elaboração dos

projectos e direcção de obra, junto dos serviços municipais.

Artigo 109º

Sanções acessórias

Podem ser aplicadas sanções aos técnicos, para além das expressamente previstas na

legislação geral, nomeadamente quando:

a) Apresentem projectos com erros ou omissões que possam prejudicar ou induzir

em erro a sua apreciação;

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 71

b) Não cumpram, durante a execução da obra, o projecto aprovado no que diz

respeito à implantação, cota de soleira, volumetria, cérceas, composição exterior,

natureza dos materiais e acabamentos;

c) Após a notificação do técnico de que não está a cumprir as obrigações

estabelecidas neste Regulamento ou na lei, e satisfeitas os procedimentos

previstos no CPA, a Câmara Municipal Coimbra pode determinar a interdição do

exercício no município da profissão, nomeadamente, ser inibido de apresentar

projectos ou dirigir obras, pelo período de 1 a 2 anos, caducando a respectiva

inscrição na Câmara Municipal.

Artigo 110º

Incompatibilidades

É incompatível e incorre em responsabilidade disciplinar o funcionário da Câmara

Municipal que elabore projecto, subscreva declarações de responsabilidade ou se

encarregue de quaisquer trabalhos relacionados com obras particulares a executar na

área do município, que estejam subordinados à jurisdição da Câmara Municipal, com

excepção dos que estão na situação de licença sem vencimento de duração ilimitada.

CAPÍTULO II - INSTRUÇÃO DE PEDIDOS

Secção IDisposições gerais

Artigo 111º

Operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia

1. As operações urbanísticas referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 6º do RJUE, bem

como as obras de escassa relevância urbanística, definidas no artigo 12º, devem ser

previamente comunicadas à Câmara Municipal e ficam sujeitas ao regime dos artigos

34º, 35º e 36º do RJUE.

2. .As obras sujeitas a comunicação prévia, nos termos do número anterior, devem

cumprir a legislação em vigor, nomeadamente em matéria de ordenamento do

território, da utilização do solo e do domínio público hídrico.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 72

Artigo 112ºDispensa de projecto de execução

1. Para efeitos do disposto no número 4 do artigo 80º do RJUE, dispensa-se a

apresentação dos projectos de execução de arquitectura e das várias especialidades,

nos casos de obras de escassa relevância urbanística, definidas no artigo 12º,

dispensa que não isenta do dever de só executar obras com projecto técnico.

2. Em todas as restantes operações urbanísticas, os projectos de execução de

arquitectura e das várias especialidades, deverão ser apresentados unicamente em

formato digital, com excepção das seguintes situações, em que também deve ser

apresentado em suporte de papel:

a) Obras que pela sua natureza e dimensão justifiquem maior pormenorização, a

determinar aquando da apreciação e decisão sobre o projecto base;

b) Edifícios de equipamento de utilização colectiva;

c) Projectos de construção de espaço exterior, público.

Artigo 113ºProjectos de especialidades ou de infra-estruturas

1. Todos os projectos das especialidades ou das infra-estruturas referentes à autorização

ou licenciamento de qualquer operação urbanística, devem ser entregues

simultaneamente e nos prazos fixados no RJUE

2. No caso de autorizações administrativas, os projectos referidos no número anterior,

devem ser acompanhados dos pareceres de aprovação das entidades competentes

exteriores ao município, incluindo AC - Águas de Coimbra, EM.

3. No caso de licenças administrativas, sempre que os projectos referidos no número 1

sejam acompanhados dos pareceres das entidades competentes, a taxa prevista na

parcela A do número 2 dos artigos 135º e 149º e no número 1 dos artigos 140º, 143º

e 156º será reduzida de 60%.

Artigo 114º

Normas de apresentação dos projectos

1. Todas as peças escritas e desenhadas devem ser numeradas, assinadas pelo autor

do projecto e datadas.

2. O projecto deve ser entregue no prazo máximo de seis meses após a sua assinatura.

3. As peças escritas devem ter formato A4 ou A3 e as peças desenhadas devem ser

dobradas no mesmo formato.

4. As escalas indicadas nos desenhos não dispensam a cotagem.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 73

5. Em desenhos de alteração e sobreposição (plantas e alçados) devem ser

representados:

a) A preto, os elementos a conservar;

b) A vermelho, os elementos a construir;

c) A amarelo, os elementos a demolir.

6. Os projectos e as telas finais devem ser apresentados em papel e em formato digital.

7. Não se aceitam peças rasuradas

Artigo 115º

Elementos adicionais

1. A Câmara Municipal pode solicitar, por uma vez, em cada fase do projecto, a entrega

de elementos adicionais quando considerados necessários à apreciação dos pedidos

referidos nas Secções II a V.

2. Para efeitos do número anterior, sempre que a localização do prédio ou o tipo de obra

o justifique, podem ainda ser solicitados, fundamentando, estudos complementares

como de tráfego, sondagens ou estudos arqueológicos e geológicos.

Artigo 116º

Toponímia e numeração policial

1. As normas de toponímia e numeração policial são aplicáveis a todos os projectos de

operações urbanísticas.

2. Antes da recepção provisória ou da emissão do alvará de loteamento, conforme se

trate de operação de loteamento com ou sem obras de urbanização, o loteador deve

solicitar a atribuição de topónimos para os respectivos arruamentos e espaços

públicos.

3. Após aprovação do parecer da Comissão de Toponímia, compete à Câmara Municipal

definir a posição e características dos suportes, a colocar pelo loteador ou pelos

proprietários dos edifícios, logo que construídos.

4. Os suportes de toponímia, sua manutenção e substituição são propriedade e da

competência da Câmara Municipal e/ou das Juntas de Freguesia ainda que colocados

em edifícios particulares.

5. Os proprietários devem numerar os prédios segundo a ordem estabelecida pelo

regulamento municipal próprio.

6. A numeração das portas deve ser conservada em bom estado, não sendo permitido

retirar ou alterar a numeração de polícia sem prévia autorização da Câmara Municipal.

7. A numeração de polícia deve ser requerida em simultâneo com o pedido de emissão

da autorização de utilização.

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PROPOSTA DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO DE COIMBRAVersão para Pré - Discussão Pública – 17 de Novembro de 2003

Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 74

Secção IIOperações de loteamento e obras de urbanização

Artigo 117º

Instrução dos pedidos

A instrução dos pedidos relativos às operações de loteamento e obras de urbanização é

feita nos termos dos modelos seguintes:

- Informação prévia de operações de loteamento – mod. 1

- Informação prévia de obras de urbanização – mod. 2

- Autorização das operações de loteamento – mod. 7

- Licenciamento das operações de loteamento – mod. 8

- Autorização de obras de urbanização – mod. 10

- Licenciamento de obras de urbanização – mod. 9

- Redução parcial do valor da caução – mod. 24

- Recepção provisória e definitiva das obras de urbanização – mod. 25

- Projecto de arruamentos – mod. 29

- Projecto de intervenção paisagística – mod. 30

- Renovação do licenciamento ou autorização de obras de urbanização (Art. 72º RJUE) –

mod. 33

- Renovação do licenciamento ou autorização das operações de loteamento (Art. 72º

RJUE) – mod. 34

Artigo 118º

Equipa multidisciplinar para projectos de loteamento

Nos termos do disposto no artigo 4º do Decreto-Lei n.º 292/95, de 14 de Novembro:

1. Os projectos de operações de loteamento são elaborados por equipas

multidisciplinares que devem incluir, pelo menos, um arquitecto, um engenheiro civil,

ou um engenheiro técnico civil, e um arquitecto paisagista.

2. As equipas multidisciplinares de projectos de loteamento dispõem de um coordenador

técnico designado entre os seus membros, que deverá ser urbanista ou especialista

em ordenamento do território .

3. Os técnicos devem subscrever uma declaração conjunta, comprovativa da constituição

da equipa técnica para a realização do projecto em causa, identificando o coordenador

técnico do projecto a apresentar com o projecto de loteamento.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 75

Artigo 119º

Dispensa de equipa técnica

Para além das excepções previstas na legislação em vigor, dispensam-se do disposto no

artigo anterior as operações de loteamento que, cumulativamente, não excedam os

seguintes limites máximos:

a) 10 fogos ou unidades de ocupação destinadas a outros fins;

b) Área total a lotear de 5 000 m2.

Artigo 120º

Recepção provisória das obras de urbanização

No momento da recepção provisória das obras de urbanização, que será objecto de

vistoria, devem verificar-se as seguintes condições:

a) Os arruamentos e as infra-estruturas, incluindo espaços verdes e sistemas de rega

(programados e em funcionamento), devem estar executadas de acordo com o

definido em alvará de loteamento ou contrato de urbanização.

b) Os lotes devem estar piquetados e assinalados, por meio de marcos inamovíveis;

c) O mobiliário urbano deve estar instalado.

Artigo 121º

Recepção provisória parcial das obras de urbanização

Nos casos em que a Câmara Municipal reconheça o interesse público da situação, pode

admitir-se a recepção parcial provisória das obras de urbanização.

Secção IIIEdificação

Artigo 122º

Instrução dos pedidos

A instrução dos pedidos relativos à edificação é feita nos termos dos modelos seguintes:

- Informação prévia de obras de edificação (no Centro Histórico e/ou a submeter à

apreciação do IPPAR / IPA) – mod. 3A

- Informação prévia sobre obras de demolição – mod. 4

- Informação prévia sobre alteração de utilização (de edifícios ou fracções) – mod. 5

- Licenciamento de obras de edificação – mod. 11

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 76

- Licenciamento de obras de edificação (*CH) no Centro Histórico e/ou a submeter à

apreciação do IPPAR – Memória descritiva – mod. 11 A (CH)

- Licenciamento ou Autorização de obras de edificação – Memória descritiva e

justificativa – mod.11A

- Licenciamento ou Autorização de obras de edificação – Projecto de arquitectura –

mod. 11B

- Licenciamento de obras de edificação no Centro Histórico e/ou a submeter à

apreciação do IPPAR – Projecto de arquitectura – mod. 11B (CH)

- Licenciamento ou Autorização de obras de edificação – Projectos das especialidades –

mod. 11C

- Propriedade horizontal – mod. 11D

- Autorização de obras de edificação – mod. 12

- Autorização de obras de demolição – mod. 13

- Licenciamento de obras de demolição – mod. 14

- Licenciamento ou Autorização de alteração de utilização – mod. 15

- Autorização de utilização – mod. 16

- Licenciamento ou Autorização de muros – mod. 20

- Demolição, escavação e contenção periférica – mod.21

- Comunicação prévia – mod. 22

- Projecto de condicionamento acústico – mod. 31

- Renovação do licenciamento ou autorização de obras em edifícios (Art. 72º RJUE) –

mod. 32

- Licença especial para conclusão de obras inacabadas (Art. 88º RJUE) – mod. 35

Artigo 123º

Propriedade horizontal

1. A requerimento do interessado, pode ser emitida certidão do cumprimento dos

requisitos para constituição ou alteração do edifício em propriedade horizontal se, da

análise do projecto de arquitectura ou, não existindo projecto aprovado porque ao

tempo da construção não exigível, da vistoria ao edifício, assim se concluir.

2. Para além dos requisitos previstos no regime da propriedade horizontal, consideram-

se condições para a constituição ou alteração da propriedade horizontal:

a) O prédio estar legalmente constituído;

b) Não se verificar a existência de obras não legalizadas;

c) Não ser necessário a sua divisão através de um processo de loteamento;

d) Cada uma das fracções autónomas a constituir disponha, ou possa vir a dispor,

após a realização de obras, das condições de utilização legalmente exigíveis;

3. As garagens ou os lugares de estacionamento privado, devem ficar integrados nas

fracções que os motivaram, na proporção regulamentar.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 77

4. As garagens em número para além do exigido neste Regulamento, podem constituir

fracções autónomas.

5. Os espaços físicos destinados ao estacionamento colectivo privado, quer se situem na

área coberta ou descoberta do lote, não podem constituir fracções autónomas,

devendo ficar incluídos nos espaços comuns do edifício.

6. Não podem considerar-se fracções autónomas as dependências destinadas a

arrumos, nem o vão do telhado.

Artigo 124º

Convenções

1. Nos edifícios possuindo dois fogos ou fracções por piso, com entrada comum, a

designação de “esquerdo” caberá ao fogo ou fracção que se situe à esquerda de

quem acede ao patamar respectivo, pelas escadas.

2. Se em cada andar houver três ou mais fogos ou fracções, estes deverão ser

referenciados segundo a chegada ao patamar nos termos do número anterior, pelas

letras do alfabeto, de A em diante e no sentido do movimento dos ponteiros do relógio.

Artigo 125º

Estimativa orçamental das obras

A estimativa do custo das obras de edificação sujeitas a licenciamento ou autorização é

elaborada com base no valor unitário de custo de construção fixado de acordo com a

seguinte fórmula:

E= Cm x K

em que:

E – corresponde ao valor do custo de construção por metro quadrado de área

bruta de construção;

Cm – corresponde ao custo do metro quadrado de construção para o concelho,

fixado por portaria, publicada anualmente nos termos do n.º 1 do artigo 7º do

Decreto-Lei n.º13/86, de 23 de Janeiro;

K – corresponde ao factor a aplicar a cada tipo de obra, sendo:

a) Habitação unifamiliar ou colectiva – 0.60;

b) Caves, garagens e anexos – 0.30;

c) Edifícios para estabelecimentos comerciais, serviços e multiusos – 0.50;

d) Pavilhões comercias ou industriais – 0.35;

e) Construções rurais para agricultura ou pavilhões agrícolas – 0.20

f) Muros confinantes com a via pública (m/l) – 0.05;

g) Muros não confinantes com via pública (m/l) – 0.025

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 78

Artigo 126º

Autorização para construção em loteamentos

1. A autorização para a realização de obras de edificação em lotes resultantes de uma

operação de loteamento, antes de efectuada a recepção provisória das obras de

urbanização, apenas pode ser concedida nas seguintes condições:

a) A caução a que se refere o artigo 54º do RJUE seja suficiente para assegurar a

execução das obras de urbanização em falta;

b) Os arruamentos, as infra-estruturas de água e saneamento e a rede de

distribuição de energia eléctrica, iluminação pública, gás e telecomunicações, que

servem o lote em causa, se encontrem em adiantado estado de execução.

2. Por “adiantado estado de execução”, entende-se encontrarem-se concluídas as infra-

estruturas subterrâneas e executados os arruamentos, à excepção da camada de

desgaste.

Artigo 127º

Conclusão da obra de edificação

Considera-se que uma obra de edificação está concluída, quando estiverem executados:

a) Os trabalhos relativos à edificação, aos muros de vedação e arranjo do(s)

logradouro(s);

b) A remoção de todos os materiais e resíduos da obra;

c) A construção ou reposição dos pavimentos danificados;

d) A colocação de candeeiros e outro mobiliário urbano e a plantação de espécies

vegetais ou o ajardinamento de espaços públicos, sempre que exigido no

licenciamento ou autorização da obra.

Artigo 128º

Prazo de pedido de licença ou autorização de utilização

1. A licença ou autorização de utilização não é concedida em caso de incumprimento do

disposto nas alíneas c) e d) do artigo 72º e no artigo 127º.

2. O pedido de licença ou autorização de utilização deve ser efectuado pelo titular da

licença ou autorização de construção, no prazo de 30 dias a partir da data da

conclusão dos trabalhos.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 79

Secção IVTrabalhos de remodelação de terrenos e outras operações urbanísticas

Artigo 129º

Instrução dos pedidos

A instrução dos pedidos de remodelação de terrenos e outras operações urbanísticas é

feita nos termos dos modelos seguintes:

- Informação prévia sobre remodelação de terrenos e outras operações urbanísticas –

mod. 6

- Autorização de obras de remodelação de terrenos – mod. 18

- Licenciamento de obras de remodelação de terrenos – mod. 17

- Autorização de outras operações urbanísticas – mod. 19

- Destaque – mod. 23

- Renovação do licenciamento ou autorização de trabalhos de remodelação de

terrenos (Art. 72º RJUE) – mod. 33

- Licenciamento de publicidade – mod. 27

- Autorização de instalação de infra-estruturas de suporte de estações de

radiotelecomunicações – mod. 28

Secção VUtilização do espaço público

Artigo 130º

Instrução dos pedidos

A instrução dos pedidos de utilização do espaço público é feita nos termos dos modelos

seguintes:

- Licenciamento de ocupação de via pública – mod. 26

- Licenciamento de execução de obras na via pública – mod. 36

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TÍTULO IV - TAXAS E COMPENSAÇÕES

CAPÍTULO I - REGRAS GERAIS

Artigo 131º

Princípios de equidade relativos a operações urbanísticas

1. As taxas e compensações definidas neste Regulamento prosseguem os princípios de

igualdade e equidade de tratamento das diversas operações urbanísticas e de uma

justa distribuição de encargos pelos diversos agentes, no processo de ocupação do

território.

2. As taxas correspondentes a loteamentos e a edificações são proporcionais à “área

bruta de construção” a licenciar ou autorizar aos promotores.

Artigo 132º

Regime de pagamento

1. As taxas previstas no presente Regulamento são liquidadas:

a) No momento de entrega do requerimento, as previstas nos artigos .......................

b) No momento do levantamento da documentação solicitada ou de acordo com o

previsto na legislação em vigor, as previstas nos restantes casos.

2. Os actos administrativos, alvarás e outros documentos referidos em 1, não são

emitidos ou fornecidos sem que se mostrem pagas as taxas devidas.

3. A requerimento do interessado a Câmara Municipal pode permitir o fraccionamento do

pagamento das taxas previstas, até ao termo do prazo de execução fixado no alvará,

desde que seja prestada caução nos termos do artigo 54º do RJUE.

4. Só é possível o fraccionamento referido no número anterior quando o valor das taxas

a pagar for igual ou superior a 25 000 €.

5. A primeira prestação é paga com o pedido de emissão do alvará de licença ou

autorização, devendo ser prestada, em simultâneo, caução, seguro-caução, ou

garantia bancária, de valor correspondente às prestações seguintes.

6. O não pagamento de uma prestação na data devida implica o vencimento automático

das seguintes e dá lugar à imediata execução da garantia indicada no ponto 5.

7. O pagamento é feito, no máximo, em 6 prestações, acrescidas de juros à taxa legal,

sempre que o seu vencimento ocorra depois de 12 meses.

8. O pagamento pode ser efectuado por cheque, desde que visado.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 81

Artigo 133º

Arredondamentos

Os valores obtidos nos termos deste título são arredondados, por excesso, para a dezena

de cêntimo imediatamente superior.

Artigo 134º

Erros na liquidação

1. Quando se verifique que na liquidação das taxas e compensações se cometeram

erros ou omissões imputáveis aos serviços municipais e dos quais tenha resultado

prejuízo para o município, promover-se-á, de imediato, a liquidação adicional se, sobre

o facto tributário, não houver decorrido mais de quatro anos.

2. O devedor é notificado para, no prazo de quinze dias, pagar a diferença, sob pena de,

não o fazendo, se proceder à cobrança através de execução fiscal.

3. Da notificação constam os fundamentos da liquidação adicional, o montante e prazo

para pagamento e, ainda, a advertência da consequência do não pagamento.

4. Quando tenha sido liquidada quantia superior à devida, devem os serviços promover,

mediante despacho do presidente da Câmara, a restituição da importância

indevidamente paga.

5. Não há lugar à liquidação adicional de quantias quando o seu quantitativo for inferior a

cinco euros.

Artigo 135º

Recibo de quitação

No acto de pagamento da taxa a Câmara Municipal emite documento comprovativo do

pagamento da taxa.

Artigo 136º

Actualização

As taxas previstas no presente Regulamento são actualizadas anualmente, por aplicação

do índice de preços ao consumidor, sem habitação, fornecidos pelo Instituto Nacional de

Estatística.

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CAPÍTULO II – LOTEAMENTOS E OBRAS DE URBANIZAÇÃO

Artigo 137º

Processamento técnico - administrativo do pedido

O processamento técnico-administrativo dos pedidos de loteamentos e obras de

urbanização está sujeito às seguintes taxas:

1. Qualquer requerimento relativo a loteamentos ou obras de urbanização

incluídas ou não em loteamento: 25 €

2. Consideram-se, nomeadamente, incluídos no n.º 1:

a) Pedido de informação;

b) Pedido de informação prévia de loteamento e, ou, obras de urbanização;

c) Licença e autorização de loteamento, respectivos aditamentos e alterações;

d) Licença e autorização de obras de urbanização, respectivos aditamentos e

alterações;

e) Emissão de alvará de licença ou autorização de loteamento ou obras de

urbanização;

f) Emissão de alvará de licença ou autorização de loteamento para execução de

obras de urbanização por fases;

g) Alteração à licença ou autorização de loteamento ou de obras de urbanização;

h) Prorrogação de prazo de execução de obras de urbanização;

i) Renovação de licença ou autorização de loteamento ou de obras de urbanização;

j) Pedido de licença especial para conclusão de obras inacabadas;

k) Pedido de redução ou cancelamento de caução ou outra garantia bancária;

l) Pedido de recepção de obras de urbanização;

m) Pedido de destaque;

n) Averbamentos.

3. Às situações referidas nas alíneas b) a j) e l) acrescem os montantes definidos nos

termos dos artigos seguintes.

Artigo 138º

Informação prévia

O pedido de informação prévia sobre a viabilidade de realização de determinada operação

de loteamento ou de obras de urbanização, está sujeita ao pagamento das seguintes

taxas:

a) Relativa à possibilidade de realização da operação em terreno de área

até 5 ha: 100 €

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 83

b) Relativa à possibilidade de realização da operação em terreno de área

superior a 5 ha, por cada 5 ha ou fracção a mais, e em acumulação com o

montante previsto no número anterior 50 €

Artigo 139º

Emissão de alvará de licença ou autorização de loteamento

A emissão de alvará de licença ou autorização de loteamento está sujeita às seguintes

taxas:

1. Por cada alvará, não incluindo os encargos decorrentes da alínea b) do

número 2 do artigo 78º do RJUE:........................................................... 100 €

2. Ao valor do número anterior acresce:

T= (n X y X Ab) + ((Ab-A’b) X Ti – I) + (Ab X 0,7 – Ced) X v

Em que se designa:

a) T: taxa a pagar pelo dono da obra, correspondente à remoção do limite legal à

possibilidade de urbanizar e que compreende:

i) a contrapartida pela prestação de um serviço do município, que se

consubstancia na apreciação e processamento técnico administrativo do

pedido – parcela A;

ii) a comparticipação nos investimentos municipais com a construção, reforço e

manutenção das infra-estruturas, equipamentos e espaços verdes – parcela B

iii) a satisfação da obrigação de cedência de terrenos para as infra-estruturas e

equipamentos – parcela C.

sendo:

a) n: número de anos ou fracção, de execução das obras de urbanização. Não

estando prevista a execução de obras de urbanização, n=1;

b) y = 0,1€ se não estiverem previstas obras de urbanização

y = 0,2€ quando estiverem previstas obras de urbanização;

c) Ab: “Área bruta de construção” autorizada ao promotor;

d) A’b: “Área bruta de construção” que, legalmente constituída, já existisse na

propriedade;

e) Ti: conforme a localização dos prédios, assume os seguintes valores:

LOCALIZAÇÃO Ti

Cidade de Coimbra 37 €

Aglomerados, Núcleos e Zonas Industriais com redes deesgotos domésticos

25 €

Aglomerados e Núcleos sem redes de esgotos domésticos 19 €

Restantes zonas 12 €

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 84

f) I: valor das infra-estruturas locais e gerais a construir pelo promotor. Consideram-

se as correspondentes à construção da rede viária, redes de abastecimento de

água, de drenagem de esgotos, de distribuição de energia eléctrica e iluminação

pública e espaços verdes;

g) Ced: Área cedida para infra-estrutura geral.

i) Consideram-se para este efeito somente as áreas destinadas a vias principais

sem construção adjacente, de equipamento conforme definido no Plano

Director Municipal e zonas verdes de dimensão significativa.

ii) Esta área não é, em princípio, inferior a 0,7 Ab, sendo Ab a área bruta de

construção permitida ao promotor;

iii) Se não se justificar a cedência de 0,7Ab para os efeitos previstos na alínea i),

haverá lugar ao pagamento da compensação prevista na parcela C da

fórmula expressa no número 2;

iv) O pagamento da compensação referida em iii) é efectuado em numerário ou

em espécie;

v) Sendo em espécie, a compensação é feita através da cedência para domínio

privado municipal de parcela/s de terreno com capacidade construtiva igual a:

- Diferença entra a “capacidade construtiva do terreno” e a “área bruta de

construção autorizada ao promotor”, se aquela for superior a esta;

- Área de cedência em falta multiplicada por 0,2, quando a “capacidade

construtiva do terreno” for igual ou inferior à “área bruta de construção

autorizada ao promotor”;

vi) Se a cedência for superior a 0,7 Ab, o valor da parcela C será descontado no

valor global da taxa ou a Câmara Municipal adquirirá o terreno de acordo com

os valores “v” a seguir descriminados;

vii) O disposto na alínea vi) não é aplicável nos casos em que Ab seja superior à

“área bruta autorizada ao promotor”, calculada de acordo com o disposto nos

números 1 a 3 do artigo 61º do regulamento do PDM, por motivo do disposto

no número 5 do mesmo artigo;

viii) Admite-se, excepcionalmente, que o pagamento devido seja efectuado

através da cedência de parcelas de terreno susceptíveis de serem

urbanizadas ou outros imóveis, desde que considerados de interesse pela

Câmara Municipal.

ix) Nos casos referidos na alínea anterior, há lugar à avaliação das parcelas de

terreno ou dos imóveis a ceder ao município, de acordo com as regras

estabelecidas nos números seguintes.

x) A avaliação é efectuada por uma comissão composta por três elementos:

- um técnico nomeado pela Câmara Municipal;

- um técnico nomeado pelo promotor da operação urbanística;

- um técnico designado por cooptação.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 85

xi) As decisões da comissão serão tomadas por maioria dos votos dos seus

membros;

xii) Se o valor apurado nos termos do número anterior não for aceite pelo

promotor da operação urbanística, a proposta deste será apreciada pela

Câmara Municipal, que toma a decisão final;

xiii) Caso o promotor não se conforme com a decisão do executivo municipal, a

compensação é paga em numerário;

xiv) Sempre que se verifiquem diferenças entre o valor calculado para a

compensação devida em numerário e o valor dessa compensação a entregar

em espécie, as mesmas serão liquidadas da seguinte forma:

- Se o diferencial for favorável ao município, será o mesmo pago em

numerário pelo promotor da operação urbanística;

- Se o diferencial for favorável ao promotor, ser-lhe-á o mesmo deduzido no

pagamento das respectivas taxas de urbanização. Caso o valor das taxas

seja inferior ao diferencial, o montante remanescente é liquidado em

numerário.

l) v: valor do terreno por metro quadrado:LOCALIZAÇÃO V

Cidade de Coimbra 40 €

Aglomerados, Núcleose Zonas Industriais comredes de esgotosdomésticos

20 €

Aglomerados e Núcleossem redes de esgotosdomésticos

15 €

Restantes zonas 10 €

m) Para as áreas de “Reserva de Urbanização” previstas no Plano Director Municipal,

que por força de Plano de Urbanização ou de Plano de Pormenor, ou por criação

de unidade operativa de planeamento e gestão ou delimitação de unidade de

execução, se vierem a tornar urbanizáveis, aplica-se o valor do terreno definido

para a Cidade de Coimbra;

Artigo 140º

Emissão de alvará de licença ou autorização para execução das obras de urbanização por

fases

A emissão de alvará de licença ou autorização para execução das obras de urbanização

por fases está sujeita ao pagamento das seguintes taxas:

a) Alvará de licença ou autorização da 1ª fase: taxa prevista no artigo 138º,

considerando-se a área bruta de construção que integra a 1ª fase, nas parcelas A

e B e a área bruta de construção total, na parcela C.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 86

b) Se a área cedida for superior a 0,7Abc, o valor a reembolsar será descontado nas

sucessivas fases, havendo lugar ao acerto final na emissão do aditamento

correspondente à última fase.

c) Emissão de aditamento ao alvará, para as fases subsequentes: taxa prevista no

artigo 139º, considerando-se a área bruta de construção que integra cada uma das

fases subsequentes, nas parcelas A e B e a área bruta de construção = 0, na

parcela C.

Artigo 141º

Aditamentos aos projectos de loteamento ou obras de urbanização

Por aditamento ao projecto de loteamento ou obras de urbanização: 100 €

Artigo 142º

Aditamento ao alvará de licença ou autorização de loteamento (Art. 27º)

1. Por aditamento ao alvará de licença ou autorização de loteamento: 50 €

2. Acresce, ao montante referido no número anterior:

a) Por metro quadrado de área bruta de construção em excesso relativamente ao

alvará anterior, as taxas e compensações previstas no artigo 139º;

b) No caso de existir alteração do prazo de execução de obras de urbanização,

associado à alteração dos projectos, por metro quadrado de área bruta de

construção total e por trimestre ou fracção prorrogado: Parcela A do artigo 139º.

Artigo 143º

Prorrogação de prazos de execução das obras de urbanização (n.º 2 e 3 do Art. 53º)

A prorrogação de prazos de execução das obras de urbanização está sujeita ao

pagamento das seguintes taxas:

1. Por trimestre ou fracção, por metro quadrado de área bruta de construção permitida

pelo alvará: Parcela A do artigo 139º;

2. Prorrogação quando a obra se encontra em fase de acabamento: Por trimestre ou

fracção, por metro quadrado de área bruta de construção permitida pelo alvará:

Parcela A, sendo y = 0,5 €

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 87

Artigo 144º

Renovação da licença ou autorização de loteamento

1. A emissão do alvará de licença ou autorização, para efeitos do número 1 do artigo 72º

do RJUE está sujeita à taxa prevista nos números1 e 2 do artigo 138º, deduzidos os

montantes eventualmente pagos no que se refere às parcelas B e C.

2. A emissão do alvará de licença ou autorização, para efeitos do número 2 do artigo 72º

do RJUE está sujeita à taxa prevista nos termos do número anterior, sendo y = 0,1 €

ou y = 0,05 €, consoante haja ou não lugar à realização de obras de urbanização.

Artigo 145º

Emissão de alvará de licença ou autorização de obras de urbanização não incluídas em

loteamento

1. A emissão do alvará de licença ou autorização de obras de urbanização não incluídas

em loteamento está sujeita á taxa de ............................. 100 €

2. Acresce ao montante referido no número anterior:

a) por cada mês ou fracção, permitido pelo alvará:...................................... 60 €

b) por cada tipo de infra-estruturas:.............................................................. 25 €

Artigo 146º

Aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de urbanização não incluídas em

loteamento

1. Por aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de urbanização não

incluídas em loteamento:.................................................................................... 50 €

2. Acresce ao montante referido no número anterior:

a) por cada mês ou fracção, permitido pelo alvará:...................................... 60 €

b) por cada tipo de infra-estruturas:.............................................................. 25 €

Artigo 147º

Prorrogação de prazo de execução das obras de urbanização não incluídas em

loteamento

1. Por prorrogação de prazo de execução das obras de urbanização não incluídas em

loteamento:....................................................................................................... 50 €

2. Acresce ao montante referido no número anterior:

a) por cada mês ou fracção, permitido pelo alvará:...................................... 60 €

b) por cada tipo de infra-estruturas:.............................................................. 25 €

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Artigo 148º

Renovação da licença ou autorização de obras de urbanização não incluídas em

loteamento

1. A emissão do alvará de licença ou autorização, para efeitos do número 1 do artigo 72º

do RJUE está sujeita à taxa prevista no artigo 145º.

2. A emissão do alvará de licença ou autorização, para efeitos do número 2 do artigo 72º

do RJUE está sujeita à taxa prevista no artigo 145º, reduzida em 50% no que se refere

aos valores da alínea a) e b) do número 2.

Artigo 149º

Emissão de licença especial para conclusão de obras de urbanização inacabadas

Para emissão da licença especial para a conclusão de obras inacabadas nos termos do

artigo 88º do RJUE, aplicam-se as taxas previstas no artigo 145º.

Artigo 150º

Recepção provisória ou definitiva de obras de urbanização

1. Por vistoria para efeito de recepção provisória ou definitiva de obras de

urbanização:.................................................................................................... 150 €

2. Por emissão e homologação do auto de recepção provisória ou definitiva

de obras de urbanização:.. ................................................................. 100 €

CAPÍTULO III - EDIFICAÇÕES

Artigo 151º

Processamento técnico-administrativo do pedido

O processamento técnico-administrativo dos pedidos relativos a edificações está sujeito às

seguintes taxas:

1. Qualquer requerimento relativo a edificações: 25 €

2. Consideram-se, nomeadamente, incluídos no n.º 1:

a) Pedido de informação;

b) Pedido de informação prévia;

c) Aditamentos ao projecto de arquitectura;

d) Aditamentos aos projectos de especialidade;

e) Pedido de demolição e/ou escavação e contenção periférica;

f) Emissão de alvará de licença ou autorização de edificação ou demolição;

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 89

g) Emissão de alvará de licença parcial para construção de estrutura;

h) Emissão de alvará de licença ou autorização para execução por fases;

i) Prorrogação de prazo de licença ou autorização;

j) Renovação de licença ou autorização;

k) Pedido de licença especial para conclusão de obras de edificação inacabadas;

l) Comunicação prévia;

m) Pedido de constituição ou alteração da propriedade horizontal;

n) Vistorias;

o) Pedido de licença ou autorização de utilização ou alteração de utilização;

q) Pedido de atribuição de número de polícia;

r) Averbamentos diversos;

3. Às situações referidas nas alíneas b) a k) e m) a r), acrescem os montantes definidos

nos termos dos artigos seguintes.

Artigo 152º

Informação prévia

O pedido de informação prévia sobre a possibilidade de realização de obras de edificação está

sujeito à taxa de : 50 €

Artigo 153º

Aditamentos aos projectos de arquitectura ou especialidades

Cada aditamento aos projectos de arquitectura ou especialidades está sujeito à taxa de : 50 €

Artigo 154º

Emissão de alvará de licença ou autorização de obras de edificação

1. A emissão de alvará de licença ou autorização de obras de edificação está sujeita às

seguintes taxas:

1.1. Por cada alvará: 30 €

1.2. Acresce: Te = (n X y X Ab) + ((Ab-A’b) X Tic – IC) sendo:

a) (n X y X Ab), parcela A;

b) (A’b X Tic – IC), parcela B; sendo negativa, considera-se o valor 0;

c) n: o número de 3 meses ou fracção de execução da obra; no caso de legalização,

este período é estimado;

d) y = 0,1 € ;

e) Ab: “Área bruta de construção” autorizada ao promotor;

f) A’b: “Área bruta de construção” que, legalmente constituída, já existisse na

propriedade;

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 90

g) Tic: Conforme a localização dos prédios assume os valores do quadro seguinte.

Tratando-se de edificação em lote constituído através de loteamento, em

conformidade com este, assume o valor 0.

LOCALIZAÇÃO Tic

Cidade de Coimbra 65 €

Aglomerados, Núcleos e ZonasIndustriais com redes de esgotosdomésticos

39 €

Aglomerados e Núcleos sem redesde esgotos domésticos

30 €

Restantes zonas 19 €

h) IC: Valor do terreno cedido e das infra-estruturas eventualmente executadas pelo

promotor.

i) Consideram-se as obras correspondentes à construção da rede viária, redes

de abastecimento de água, de drenagem de esgotos, de distribuição de

energia eléctrica e iluminação pública e espaços exteriores;

ii) Para o terreno consideram-se os valores do quadro constante na alínea l) do

artigo 138º.

i) Para as áreas de “Reserva de Urbanização” previstas no Plano Director Municipal,

que por força de Plano de Urbanização ou de Plano de Pormenor se vierem a

tornar urbanizáveis, aplicam-se os valores das taxas definidas para a Cidade de

Coimbra.

Artigo 155º

Emissão de alvará de licença ou autorização para edifícios com impacte semelhante a

loteamento

A emissão de alvará de licença ou autorização de obras de edificação com impacte

semelhante a loteamento está sujeita às seguintes taxas:

1. Por cada alvará 30 €

2. Acresce a taxa prevista no número 2 do artigo 138º com as alterações nos termos

seguintes:

a) Na alínea e) deve ler-se n: número de períodos de 3 meses ou fracção de

execução da obra;

b) Na alínea f) deve ler-se y= 0,1 €;

c) O disposto na alínea vi) não é aplicável nos casos em que Ab seja superior à “área

bruta autorizada ao promotor”, calculada de acordo com o disposto no artigo 61º 1

a 3 do regulamento do PDM, por motivo do disposto nos números 4 e 5 do mesmo

artigo;

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PROPOSTA DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO DE COIMBRAVersão para Pré - Discussão Pública – 17 de Novembro de 2003

Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 91

Artigo 156º

Emissão de alvará de licença parcial para construção de estrutura

A emissão de alvará de licença parcial para construção de estrutura sujeita-se ao

pagamento de 30% do valor da taxa devida pela emissão do alvará de licença definitivo.

Artigo 157º

Emissão de alvará de licença ou autorização para execução de obras de edificação por

fases

A emissão do alvará de licença ou autorização para execução das obras de edificação por

fases, está sujeita ao pagamento das seguintes taxas:

a) Emissão do alvará de licença ou autorização da 1ª fase: taxa prevista no artigo

154º, números 1 e 2, considerando-se a área bruta de construção total, na parcela

B e a área bruta de construção que integra a 1ª fase, na parcela A.

b) Emissão de aditamento ao alvará, para as fases subsequentes: taxa prevista no

número 1 do artigo 154º a que acresce a prevista no número 2, considerando-se a

área bruta de construção = 0, na parcela B e a área bruta de construção que

integra cada uma das fases subsequentes, na parcela A .

Artigo 158º

Emissão de alvará de licença ou autorização para execução de obras de edificação com

impacte semelhante a loteamento por fases

A emissão do alvará de licença ou autorização para execução das obras de edificação

com impacte semelhante a loteamento por fases, está sujeita ao pagamento das taxas

previstas no artigo 140º, com as adaptações referidas no artigo 155º.

Artigo 159º

Aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de edificação (Art. 83º)

A emissão de aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de

edificação está sujeita ao pagamento das seguintes taxas:

1. Por aditamento ao alvará de licença ou autorização: 20 €

2. Acresce, ao montante referido no número anterior:

a) Por metro quadrado de área bruta de construção em excesso

relativamente ao alvará anterior, as taxas e compensações previstas no

artigo 154º;

b) Por metro quadrado de área bruta de construção e por trimestre ou

fracção prorrogado: Parcela A do artigo 153º.

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Artigo 160º

Aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de edificação com impacte

semelhante a loteamento (Art. 83º)

A emissão de aditamento referido em epígrafe, está sujeita ao pagamento das seguintes

taxas:

1. Por aditamento ao alvará de licença ou autorização: 20 €

2. Acresce, ao montante referido no número anterior:

a) Por metro quadrado de área bruta de construção em excesso relativamente ao

alvará anterior, as taxas e compensações previstas no artigo 154º:

b) Por metro quadrado de área bruta de construção e por trimestre ou fracção

prorrogado: Parcela A do artigo 154º.

Artigo 161º

Prorrogação de prazo para conclusão de obras de edificação e de edificação com impacte

semelhante a loteamento

A prorrogação do prazo para conclusão das obras referidas em epígrafe está sujeita ao

pagamento das seguintes taxas:

1. 1ª prorrogação: por trimestre ou fracção, por metro quadrado de área bruta de

construção permitida pelo alvará: = Parcela A do artigo 154º,

2. 2ª prorrogação: = Parcela A, do artigo 154º, sendo y = 0,2 €.

Artigo 162º

Renovação da licença ou autorização de obras de edificação

1. A emissão do alvará de renovação de licença ou autorização, para efeitos do número

1 do artigo 72º do RJUE, está sujeita à taxa prevista nos números1 e 2 do artigo 153º,

deduzidos os montantes eventualmente pagos no que se refere à parcela B.

2. A emissão do alvará de renovação de licença ou autorização, para efeitos do número

2 do artigo 72º do RJUE, está sujeita à taxa prevista nos termos do número

anterior, sendo y = 0,05.

Artigo 163º

Renovação da licença ou autorização de obras de edificação com impacte semelhante a

loteamento

1. A emissão do alvará de renovação de licença ou autorização de obras de edificação

com impacte semelhante a loteamento, para efeitos do número 1 do artigo 72º do

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 93

RJUE, está sujeita à taxa prevista nos números 1 e 2 do artigo 155º, deduzidos os

montantes eventualmente pagos no que se refere às parcelas B e C.

2. A emissão do alvará de renovação de licença ou autorização de obras referidas no

número 1, para efeitos do número 2 do artigo 72º do RJUE, está sujeita à taxa

prevista nos termos do número anterior, sendo y = 0,05 €.

Artigo 164º

Emissão de licença especial para conclusão de obras inacabadas (Artigo 88º, RJUE)

Para emissão da licença especial para a conclusão de obras inacabadas nos termos do

artigo 88º do RJUE, aplicam-se as taxas previstas no número 1 e 2, parcela A, do artigo

154º.

Artigo 165º

Emissão de alvará de licença ou autorização de obras de demolição

1. Pelo alvará de licença ou autorização de demolição, não precedendo

licença ou autorização de construção é devida a taxa de 30 €

2. Acresce, por metro quadrado de área bruta de construção a demolir e por mês ou

fracção: 0,10 €

Artigo 166º

Emissão de licença ou autorização de utilização

A emissão do alvará de licença ou autorização de utilização fica sujeita ao pagamento das

seguintes taxas:

1. Por alvará de licença ou autorização emitido: 50 €

2. Não havendo lugar à realização de vistoria, acresce, por metro quadrado

de área bruta de construção: 0,1 €

3. Havendo lugar à realização de vistoria, acresce, por metro quadrado de

área bruta de construção:

a) Utilizações abrangidas por legislação específica: 1 €

b) Utilizações não abrangidas por legislação específica: 0,3 €

4. Acresce, nas alterações de uso:

a) No caso de alteração de habitação para qualquer outro

uso.................15 € /m2 de área bruta de construção cujo uso é alterado;

b) No caso de subdivisão de unidades de comércio ou serviços, incluindo

centros comerciais, por cada unidade adicional: 1 000 €

c) No caso de alteração de garagem para outro uso, por metro quadrado

cujo uso é alterado, o valor da parcela B do número 2 do artigo 154º.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 94

Artigo 167º

Emissão de certidão da aprovação de edifício em regime de propriedade horizontal

A emissão de certidão da aprovação de um edifício em regime de propriedade horizontal

está sujeita ao pagamento da seguinte taxa:

1. Por certidão: 50 €

2. Acresce por fracção autónoma: 20 €

3. Pela emissão de certidão de rectificação ou renovação: 20% do valor inicial

Artigo 168º

Vistorias – Conservação do edificado

Realização de vistoria, por unidade funcional: 50 €

Artigo 169º

Emissão de licença de construção de postos de abastecimento de combustíveis

A emissão de licença de construção de postos de abastecimento de combustíveis está

sujeita ao pagamento das seguintes taxas:

1. Por cada alvará emitido:

a) Para a Cidade de Coimbra 150.000 €

b) Para a Área Exterior à Cidade: 75 000€

2. Acresce:

a) Por cada área de abastecimento, sendo o número de áreas de abastecimento o

número máximo de veículos ligeiros que pode ser abastecido simultaneamente:

- na Cidade de Coimbra: 50.000 €

- na Área Exterior à Cidade 25.000 €

b) Por cada unidade de lavagem associada:

- na Cidade de Coimbra: 50.000 €

- na Área Exterior à Cidade: 25.000 €

3. por cada área de abastecimento para gaz e/ou electricidade .............................25 000 €

Artigo 170º

Emissão de licença de construção de unidades de lavagem de veículos

A emissão de licença de construção de unidades de lavagem de veículos está sujeita ao

pagamento das seguintes taxas:

1. Por cada alvará emitido:

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 95

a) Para a Cidade de Coimbra 50 000 €

b) Para a Área Exterior à Cidade: 25.000 €

2. Acresce, por cada área de lavagem, sendo o número de unidades de lavagem o

número máximo de veículos ligeiros que podem ser lavados simultaneamente:

- na Cidade de Coimbra: 50.000 €

- na Área Exterior à Cidade 25.000 €

Artigo 171º

Casos especiais

1. Nos casos especiais cada alvará emitido sujeita-se à taxa de 25 €

2. Ao montante do número anterior acresce:

a) Muros de vedação: 1 € /ml confinante com espaço público

b) Piscinas, tanques: 3 €/m3 ou fracção

c) Campos de ténis e equipamentos similares: 0,5/m2

d) Bases de sustentação de infra-estruturas de radiotelecomunicações, por cada: 2.500 €

e) Atribuição de número de polícia: 50 €

CAPÍTULO IV - TRABALHOS DE REMODELAÇÃO DE TERRENOS

Artigo 172º

Processamento técnico-administrativo do pedido

O processamento técnico-administrativo dos pedidos de remodelação de terrenos está

sujeito às seguintes taxas:

1. Qualquer requerimento relativo a remodelação de terrenos, não associado a outra operação urbanística: 25 €

2. Consideram-se, nomeadamente, incluídos no n.º 1:

a) Pedido de informação;

b) Pedido de informação prévia;

c) Comunicação prévia;

d) Pedidos de licença ou autorização e respectivos aditamentos;

e) Prorrogação de prazo de licença ou autorização;

f) Renovação de licença ou autorização;

g) Averbamento.

3. Às situações referidas nas alíneas d), e), e f) acrescem os montantes definidos nos

termos do artigo seguinte.

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Artigo 173º

Emissão de alvará de licença ou autorização para remodelação de terrenos

A emissão de alvará de licença ou autorização para remodelação de terrenos está sujeita

às seguintes taxas:

1. Pela emissão do alvará de licença ou autorização: 50 €

2. Acresce, em função da extensão dos trabalhos e por cada mês ou fracção:

a) Até 1000m2, implicando uma variação das cotas altimétricas superior a 1.00m: 100 €

b) De 1000m2 a 5000m2: 200 €

c) Superior a 5000m2, acresce por cada 1000m2: 100 €

Artigo 174º

Prorrogações de prazo para remodelação de terrenos

As prorrogações do prazo de licença ou autorização de remodelação de terrenos estão

sujeitas às seguintes taxas:

1. Por prorrogação de prazo: 50 €

2. Acresce ao montante referido no número anterior:

a) Na 1ª prorrogação, os valores do número 2 do artigo anterior;

b) Prorrogação quando as obras estão em fase de acabamentos: o dobro dos valores

indicados na alínea anterior:

CAPÍTULO V - OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO

Secção IOcupação do Espaço Público por motivo de Execução de Infra-Estruturas,

Obras de Urbanização e Edificação

Artigo 175º

Tapumes

Os tapumes e outros resguardos, por metro quadrado ou fracção de espaço

público ocupado, por período de um mês ou fracção, sujeitam-se ás seguintes

taxas: 15 €

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 97

Artigo 176º

Andaimes

Os andaimes, na parte não defendida por tapumes, por metro linear ou fracção,

por período de um mês ou fracção, sujeitam-se ás seguintes taxas: 15 €

Artigo 177º

Gruas, guindastes ou similares

As gruas, guindastes ou similares, colocados no espaço público, ou que se

projectem sobre o espaço público, por período de um mês ou fracção e por

unidade, estão sujeitos à taxa de 35 €

Artigo 178º

Valas

As valas, por metro linear ou fracção, por mês ou fracção estão sujeitas à taxa

de 5 €

Artigo 179º

Escritórios de vendas

1. A emissão de licença para ocupação do espaço público por standes de

vendas sujeita-se à taxa de 500 €.

2. Acresce, por metro quadrado ou fracção de espaço público ocupado, por

período de um mês ou fracção, 100 €.

Artigo 180º

Outras Ocupações

Quaisquer outras ocupações do espaço público, por metro quadrado ou

fracção, por período de um mês ou fracção: 20 €

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 98

Secção II - Utilização do Espaço Público

Artigo 181º

Espaço aéreo

A utilização do espaço aéreo, por mês ou fracção, sujeita-se às seguintes taxas:

1. por metro quadrado ou fracção 20 €

2. por metro linear ou fracção: 10 €

Artigo 182º

Antenas de radiotelecomunicações

A instalação de antenas de operadores de radiotelecomunicações está sujeita às

seguintes taxas:

- Por antena e por ano ou fracção: 6.000 €

Artigo 183º

Solo

A utilização do solo, por mês ou fracção, sujeita-se às seguintes taxas:

Construção, por metro quadrado ou fracção:......................................... 15 €

1. a) no Centro Histórico: 25 €

b) na Cidade, em local exterior ao Centro Histórico: 20 €

c) em Área Exterior à Cidade 15 €

Outra ocupação, sem construção ......................................................... 15 €

2.

a) no Centro Histórico: 15 €

b) na Cidade, em local exterior ao Centro Histórico e em Área Exterior à

Cidade: 10 €

Artigo 184º

Subsolo

A utilização subterrânea do solo, por ano ou fracção, está sujeita ao pagamento das

seguintes taxas:

1. por metro quadrado ou fracção:

a) no Centro Histórico

b) na Cidade, em local exterior ao Centro Histórico:

c) em Área Exterior à Cidade

2. por metro linear ou fracção:

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 99

a) no Centro Histórico

b) na Cidade, em local exterior ao Centro Histórico:

c) em Área Exterior à Cidade

CAPÍTULO VI - SITUAÇÕES CONEXAS COM AS OPERAÇÕESURBANÍSTICAS

Artigo 185º

Técnicos

1. A inscrição dos técnicos na Câmara Municipal está sujeita à taxa de 25 €

2. A renovação trienal está sujeita à taxa de 15 €

Artigo 186º

Prestação de Serviços Administrativos

1. Os averbamentos de titulares autores dos projectos, responsáveis pela direcção

técnica da obra, titulares de classificação de industrial de construção civil e titulares de

registo na actividade de construção estão sujeitos à taxa de: 20 €

2. A emissão de certidões está sujeita ás seguintes taxas:

2.1 Aprovação de edifício em regime de propriedade horizontal: 50 €

2.1.1 Acresce, por fracção: 10 €

2.2 Operação de destaque: 50 €

2.3 Documentos destinados à obtenção de título de registo ou certificado de

classificação de industrial de construção civil, nomeadamente sobre estimativa

do custo de obras e modo como as mesmas foram executadas: 30 €

2.4 Outras certidões: 15 €

2.4.1 Por lauda ou face, em acumulação com o referido no número anterior:

2.4.1.1 Sendo de teor: 5 €

2.4.1.2 Sendo narrativa:..........................................................................10 €

3. Fotocópias simples:

3.1. Por folha de formato A4: 0,10 €

3.2. Por folha de formato A3: 0,15 €

4. Fotocópia autenticada de peças escritas:

4.1. Por folha de formato A4: 7,70 €

4.2. Por folha de formato A3: 7,85 €

5. Cópia simples de peças desenhadas, por metro quadrado ou fracção:

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 100

- em papel “ozalid” ou semelhante................................................................

- em papel “reprolar” ou semelhante.............................................................

6. Cópia autenticada de peças desenhadas, por metro quadrado ou fracção:

- em papel “ozalid” ou semelhante...............................................................

- em papel “reprolar” ou semelhante...........................................................

7. Plantas cartográficas

7.1. Por cada pedido satisfeito............................................................................... 10 €

7.2. Acresce no caso de autenticação................................................................... 10 €

7.3. Acresce, ainda:

a) por cada A4:

Em papel................................................................................................ 0,25 €

Em película transparente (ou semelhante)................................................. 2 €

b) por cada A3:

Em fotocópia........................................................................................... 0,35 €

Em reprolar (ou semelhante)...................................................................... 3 €

c) para outros formatos, por metro quadrado

Em fotocópia............................................................................................... 6 €

Em película transparente (ou semelhante)................................................ 12 €

8. Cartografia digital:

8.1. Escala 1/1000 - ficheiro correspondente a uma área de 40 ha (800 x 500 m)

Planimetria - por ficheiro................................................................................. 60 €

Altimetria - por ficheiro.................................................................................... 30 €

8.2. Escala 1/2000 - ficheiro correspondente a uma área de 160 ha (1600 x 1000 m)

Planimetria - por ficheiro............................................................................... 120 €

Altimetria - por ficheiro.................................................................................... 60 €

9. Cartas topográficas anteriores a 1993:

- Em fotocópia (folha)........................................................................................... 40 €

- Em película transparente (ou semelhante)........................................................ 80 €

- Em suporte informático..................................................................................... 100 €

10. Fotografia aérea (vários anos):

- Positivos de fotografia aérea.............................................................................. 10 €

- Em suporte informático...................................................................................... 20 €

11. Exceptua-se do definido nos números 8 e 9 o fornecimento de plantas topográficas,

em fotocópia, de formato A4, que sendo para instruir processos relativos aos capítulos

II a V, do presente Regulamento, que são ...........................................................grátis.

12. Conferição e autenticação de documentos apresentados por particulares, por cada

folha:.......................................................................................................................... 1 €

13. Buscas, aparecendo ou não o objecto:................................................................ 12,5 €

14. Fornecimento de livro de obras:.............................................................................

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 101

15. Fornecimento de avisos de publicitação do pedido de licenciamento ou autorização e

da emissão de alvará: ..........................................................................................

16. Fornecimento do Regulamento do Plano Director Municipal:..............................

17. Fornecimento dos cartogramas e anexos do Plano Director Municipal, cada:

17.1 em “ozalid” ou semelhante......................................................................

17.2 em “reprolar” ou semelhante:.............................................................

CAPÍTULO VII – ISENÇÕES E DISPENSA

Artigo 187º

Isenções

1. Estão isentas do pagamento das taxas previstas no presente Regulamento:

a) As entidades referidas no artigo 33º da Lei n.º 42/98, de 6 de Agosto;

b) O agregado familiar com rendimento não superior a dois salários mínimos nacionais,

no caso de:

i) as obras se destinarem a habitação própria permanente do agregado até 200 m2

de área bruta de construção e serem executadas em terreno de que seja

proprietário.

ii) não ser proprietários de outra habitação no município.

iii) não ter beneficiado anteriormente de qualquer isenção ou redução.

iv) Requerer essa isenção.

c) As demais pessoas singulares ou colectivas, de direito público ou de direito privado,

às quais a lei confira tal isenção.

Artigo 188º

Dispensa e redução do pagamento da taxa

1. Podem ser dispensadas do pagamento das taxas previstas no presente Regulamento:

a) As pessoas colectivas de mera utilidade pública administrativa e as pessoas que,

no município de Coimbra, prossigam fins de relevante interesse público;

b) Pessoas singulares a quem seja reconhecida insuficiência económica;

c) Requerentes de fotocópias de documentos necessários à elaboração de estudos

académicos, ensino, investigação ou outros, sem fins lucrativos;

d) Os empreendimentos com especial interesse público, reconhecido pela Câmara

Municipal mediante deliberação expressa.

2. Nos casos em que não seja de conceder a dispensa, pode a taxa ser reduzida em

montante adequado e proporcional à situação do requerente, nomeadamente nos

casos previstos na alínea b) do artigo anterior, em que o agregado familiar aufira,

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 102

mensalmente, entre dois e quatro salários mínimos nacionais, caso em que a taxa é

reduzida em 50%.

3. Compete à Câmara Municipal conceder a redução ou a dispensa previstas nos

números anteriores.

4. A redução de taxas carece de formalização de pedido fundamentado, acompanhado

dos seguintes documentos:

a) no caso no caso de pessoas singulares, da última declaração de rendimentos

(IRS) e declaração de rendimentos anuais auferidos, emitida pela entidade

pagadora.

b) de pessoas colectivas, de documentos comprovativos da sua natureza jurídica e

objecto estatutário;

TÍTULO V - FISCALIZAÇÃO, SANÇÕES E MEDIDAS DE TUTELA DALEGALIDADE

Capítulo I - Fiscalização

Artigo 189º

Exercício da actividade de fiscalização

1. A actividade fiscalizadora é exercida pelos fiscais municipais e técnicos afectos à

fiscalização.

2. Além dos funcionários indicados no número anterior, impende sobre os demais

funcionários municipais o dever de comunicarem as infracções de que tiverem

conhecimento em matéria de normas legais e regulamentares relativas a obras de

urbanização e edificação.

3. Os funcionários incumbidos da actividade fiscalizadora de obras particulares podem

recorrer às autoridades policiais, sempre que necessitem, para o bom desempenho

das suas funções.

Artigo 190º

Objecto

1. A fiscalização das obras de urbanização, edificação e outras operações urbanísticas,

incide na verificação da sua conformidade com as normas legais e regulamentares

vigentes, as normas técnicas de construção, e ainda visa:

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 103

a) Esclarecer e divulgar junto dos munícipes os regulamentos municipais,

promovendo uma acção pedagógica que conduza a uma diminuição dos casos de

infracção;

b) Zelar pelo cumprimento da lei, regulamentos posturas e execução coerciva dos

actos administrativos em matéria urbanística;

c) Verificar a conformidade das operações urbanísticas não sujeitas a licenciamento

ou autorização com as normas legais e regulamentares aplicáveis;

d) Detectar operações urbanísticas sujeitas a licenciamento ou autorização não

tituladas por alvará ou em desacordo com o mesmo;

e) Realizar vistorias, inspecções ou exames técnicos;

f) Efectuar notificações pessoais;

g) Verificar a afixação do aviso publicitando o pedido de licenciamento ou

autorização;

h) Verificar a existência do alvará de licença ou autorização e a afixação do aviso

dando publicidade à emissão do mesmo;

i) Verificar a afixação, no prédio, da placa identificadora do director técnico da obra e

do projectista;

j) Verificar se a publicidade à alienação de lotes, de edifícios ou fracções autónomas

neles construídos, em construção ou a construir, contém o número de alvará de

loteamento e a data da sua emissão, bem como o respectivo prazo de validade;

k) Verificar a existência do livro da obra e sua conformidade com as normas legais;

l) Verificar as condições de segurança e higiene na obra;

m) Verificar o alinhamento e as cotas de soleira;

n) Verificar a conformidade da execução da obra com o projecto aprovado;

o) Verificar o licenciamento da ocupação da via pública;

p) Verificar o cumprimento da execução da obra no prazo fixado no alvará de licença

ou autorização de construção;

q) Verificar a limpeza do local da obra após a sua conclusão, e a reposição dos

equipamentos públicos deteriorados ou alterados em consequência da execução

das obras e/ou ocupações da via pública;

r) Verificar se há ocupação de edifícios ou de suas fracções autónomas sem licença

ou autorização de utilização ou em desacordo com o uso fixado no alvará de

licença ou autorização de utilização;

s) A realização de embargos administrativos de obras ou loteamentos, quando

estejam a ser efectuados sem licença, autorização ou em desconformidade com

ela, lavrando os respectivos autos;

t) Fazer notificação do embargo determinado pelo presidente da Câmara Municipal e

verificar a suspensão dos trabalhos;

u) Verificar o cumprimento do prazo fixado pelo presidente da Câmara Municipal ao

infractor, para demolir a obra e repor o terreno na situação anterior;

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PROPOSTA DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO DE COIMBRAVersão para Pré - Discussão Pública – 17 de Novembro de 2003

Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 104

v) Obter e prestar informações e elaborar relatórios no domínio da gestão

urbanística, nomeadamente participações de infracções sobre o não cumprimento

de disposições legais e regulamentares relativas ao licenciamento municipal,

sobre o desrespeito de actos administrativos que hajam determinado embargo, a

demolição de obras e/ou a reposição do terreno nas condições em que se

encontrava antes da data de início das obras ou trabalhos, para efeitos de

instauração de processos de contra-ordenação e participação do crime de

desobediência;

Artigo 191º

Deveres dos donos das obras

O titular da licença ou autorização, o técnico responsável pela direcção técnica da

obra ou qualquer pessoa que execute os trabalhos, são obrigados a facultar aos

funcionários municipais incumbidos da actividade fiscalizadora, o acesso à obra,

todas as informações e respectiva documentação.

As entidades referidas no número anterior são responsáveis solidariamente, pela

existência no local da obra, do projecto aprovado e do livro de obra.

1. O titular do alvará de licença ou autorização de operações urbanísticas deve afixar os

avisos de obras a que se referem as Portarias 1106/2001 e 1108/2001, de 18 de

Setembro, nas seguintes condições:

a) Preenchidos com letra legível;

b) Recobertos com material impermeável e transparente;

c) Colocados a uma altura não superior a 4 metros, preferencialmente no plano limite

de confrontação com o espaço público, ou, em alternativa, em local com boas

condições de visibilidade a partir do espaço público.

2. Durante a execução de obras de urbanização, nomeadamente de rede viária,

abastecimento de água, de saneamento, águas pluviais e zonas verdes, o titular da

licença ou autorização ou o director técnico da obra devem solicitar a presença dos

serviços da Câmara Municipal, a fim de estes verificarem os materiais a utilizar e

fiscalizarem a sua aplicação.

Artigo 192º

Incompatibilidades

1. A todos os funcionários e colaboradores da CMC aplica-se o disposto no Decreto Lei

nº 24/84, de 16/1 (Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da Administração

Central, Regional e Local).

2. Em particular, os funcionários incumbidos da informação e apreciação de projectos de

obras particulares ou fiscalização de obras e outras operações urbanísticas ou que de

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 105

alguma forma intervenham nos procedimentos relativos a operações urbanísticas não

podem, por forma oculta ou pública:

a) Ter qualquer intervenção na elaboração de projectos, petições, requerimentos ou

quaisquer trabalhos ou procedimentos relacionados directa ou indirectamente com

as obras;

b) Associar-se a técnicos, construtores ou fornecedores de materiais;

c) Representar empresas do ramo em actividade na área do município.

CAPÍTULO II - SANÇÕES

Artigo 193º

Sanções

1. Sem prejuízo do disposto no RJUE, a violação de qualquer norma ou notificação

previstas neste Regulamento para as quais não exista outra sanção, constitui contra-

ordenação, punível com coima graduada de 250 euros até ao máximo de ...........

euros, no caso de pessoa singular, ou até .............. euros, no caso de pessoa

colectiva

2. Sem prejuízo da responsabilidade civil, criminal ou disciplinar dos técnicos, são

puníveis como contra-ordenação:

a) A apresentação de telas finais em desconformidade com a obra realizada;

b) A falta ou deficiente prestação de esclarecimentos e de assistência ao titular da

licença;

c) A falta ou deficiente acompanhamento da obra nos termos definidos na lei;

d) Incumprimento das prescrições legais ou deste Regulamento.

3. As contra-ordenações previstas no número anterior são puníveis com a coima

graduada de 250 euros, até ao máximo de ............. euros, no caso de pessoa singular,

ou até ............... euros no caso de pessoa colectiva.

4. A tentativa e a negligência são puníveis.

5. Às contra-ordenações aplica-se o regime previsto no Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de

Outubro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 244/95, de 14 de Setembro

e alterado pela Lei n.º 109/2001, de 24 de Dezembro.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 106

Artigo 194º

Sanções acessórias

As contra-ordenações previstas no artigo anterior podem ainda determinar, quando a

gravidade da infracção cometida o justifique, a aplicação das seguintes sanções

acessórias:

a) Apreensão dos objectos pertencentes ao agente e utilizados como instrumento no

cometimento da infracção;

b) Interdição do exercício da profissão ou de actividades conexas com a infracção

cometida, no município, pelo período máximo de dois anos;

c) Privação do direito a subsídios ou comparticipações atribuídos pela Câmara

Municipal.

CAPÍTULO III - MEDIDAS DE TUTELA DA LEGALIDADE

Artigo 195º

Serviços ou obras executados pela Câmara Municipal em substituição dos proprietários

1. Sem prejuízo da aplicação do regime contra-ordenacional, quando os proprietários ou

entidades responsáveis pela execução de obras, se recusarem a executar, no prazo

fixado, quaisquer serviços ou operações urbanísticas impostas pela Câmara Municipal

no uso das suas competências, esta substituir-se-á aos donos das obras, através dos

serviços municipais ou por recurso a entidade exterior, por conta daqueles, sendo o

custo efectivo dos trabalhos acrescido de 20% para encargos de administração.

2. O custo dos trabalhos executados nos termos do número anterior, quando não pago

voluntariamente no prazo de 20 dias a contar da notificação para o efeito, se outro

prazo não decorrer da lei, será cobrado judicialmente, em processo de execução

fiscal, servindo de título executivo a certidão passada pelos serviços competentes,

comprovativa das despesas efectuadas.

3. Ao custo total acresce o imposto sobre o valor acrescentado à taxa legal, quando

devido.

Artigo 196º

Danos no espaço público

1. A reparação dos danos provocados no espaço público, em consequência da execução

de obras ou outras acções, constitui encargo dos responsáveis pelos mesmos que,

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 107

sem prejuízo da sua comunicação à Câmara Municipal, devem proceder ao início da

sua execução no prazo máximo de 48 horas.

2. Ultrapassado o prazo estipulado no número anterior, a Câmara Municipal pode

substituir-se ao dono da obra, nos termos do artigo anterior, sem necessidade de

comunicação.

TÍTULO VI - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 197º

Outras soluções urbanas

Em casos especiais pode a Câmara Municipal aprovar soluções urbanas diferentes das

previstas no presente regulamento, desde que devidamente fundamentadas.

Artigo 198º

Dúvidas e omissões

Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na interpretação e aplicação do presente

Regulamento, que não possam ser resolvidas pelo recurso aos critérios legais de

interpretação, são submetidas a decisão dos órgãos competentes, nos termos do disposto

na Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

Janeiro.

Artigo 199º

Entrada em vigor

O presente Regulamento entra em vigor 15 dias após a sua publicação na 2ª série do

Diário da República.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 108

Artigo 200º

Norma revogatória

Com a entrada em vigor do presente Regulamento consideram-se revogados:

a) Regulamento Municipal de Edificações e Urbanizações, edital n.º 57/91, de 12 de

Abril, aprovado pela Assembleia Municipal em 2 de Abril de 1991;

b) Regulamento Municipal sobre Taxas e Cedências relativas à Administração

Urbanística, edital n.º 34/99, aprovado pela Assembleia Municipal em 26 de Fevereiro

de 1999;

c) Todas as disposições de natureza regulamentar aprovadas pelo município de

Coimbra, em data anterior à da entrada em vigor do presente Regulamento e que com

ele estejam em contradição.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 109

ANEXOS:I - Normas de instrução de processos

II - Normas Interpretativas do Plano Director MunicipalIII - Planta de zonamento para aplicação de índices de estacionamento

IV - Planta de zonamento para pavimentações

V - Modelos para instrução dos pedidos para instrução de processos

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 110

::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Artigo 132º

Regime de pagamento

9. As taxas previstas no presente Regulamento são liquidadas:

c) No momento de entrega do requerimento, as previstas nos artigos .......................

d) No momento do levantamento da documentação solicitada ou de acordo com o

previsto na legislação em vigor, as previstas nos restantes casos.

10. Os actos administrativos, alvarás e outros documentos referidos em 1, não são

emitidos ou fornecidos sem que se mostrem pagas as taxas devidas.

11. A requerimento do interessado a Câmara Municipal pode permitir o fraccionamento do

pagamento das taxas previstas, até ao termo do prazo de execução fixado no alvará,

desde que seja prestada caução nos termos do artigo 54º do RJUE.

12. Só é possível o fraccionamento referido no número anterior quando o valor das taxas

a pagar for igual ou superior a 50.000 25 000€.

13. A primeira prestação é paga com o pedido de emissão do alvará de licença ou

autorização, devendo ser prestada, em simultâneo, caução, seguro-caução, ou

garantia bancária, de valor correspondente às prestações seguintes.

14. O não pagamento de uma prestação na data devida implica o vencimento automático

das seguintes e dá lugar à imediata execução da garantia indicada no ponto 5.

15. O pagamento é feito, no máximo, em 6 prestações, acrescidas de juros à taxa legal,

sempre que o seu vencimento ocorra depois de 12 /18 meses.

16. Quando o pagamento seja efectuado com cheque sem provisão, é considerado nulo e

procede-se em conformidade com a legislação aplicável em vigor.

17. O alvará ou título a que respeita a taxa paga com cheque sem provisão considera-se

nulo e o seu uso constitui crime de falsificação de documentos nos termos da

legislação em vigor.

Artigo 133º

Arredondamentos

Os valores obtidos nos termos deste título são arredondados, por excesso, para a dezena

de cêntimo imediatamente superior.

Artigo 134º

Erros na liquidação

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 111

6. Quando se verifique que na liquidação das taxas e compensações se cometeram

erros ou omissões imputáveis aos serviços municipais e dos quais tenha resultado

prejuízo para o município, promover-se-á, de imediato, a liquidação adicional se, sobre

o facto tributário, não houverem decorrido mais de dois/três cinco anos.

7. O devedor é notificado para, no prazo de quinze dias, pagar a diferença, sob pena de,

não o fazendo, se proceder à cobrança através de execução fiscal.

8. Da notificação constam os fundamentos da liquidação adicional, o montante e prazo

para pagamento e, ainda, a advertência da consequência do não pagamento.

9. Quando tenha sido liquidada quantia superior à devida e não tenham decorrido

dois/três cinco anos sobre o pagamento, devem os serviços promover, mediante

despacho do presidente da Câmara, a restituição da importância indevidamente paga.

10. Não há lugar à liquidação adicional de quantias quando o seu quantitativo for inferior a

cinco euros.

Artigo 135º

Recibo de quitação

No acto de pagamento da taxa a Câmara Municipal emite documento comprovativo da

liquidação.

Artigo 136º

Actualização

As taxas previstas no presente Regulamento são actualizadas anualmente, por aplicação

do índice de preços ao consumidor, sem habitação, fornecidos pelo Instituto Nacional de

Estatística.

CAPÍTULO II – TAXAS DEVIDAS EM LOTEAMENTOS E OBRAS DEURBANIZAÇÃO

Artigo 137º

Processamento técnico - administrativo do pedido

O processamento técnico-administrativo dos pedidos de loteamentos e obras

de urbanização está sujeito às seguintes taxas:

4. Qualquer requerimento relativo a loteamentos ou obras de urbanização

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 112

incluídas ou não em

loteamento:........................................................................... 25 €

5. Consideram-se, nomeadamente, incluídos no n.º 1:

o) Pedido de informação;

p) Pedido de informação prévia de loteamento e, ou, obras de

urbanização;

q) Licença e autorização de loteamento, respectivos aditamentos e

alterações;

r) Licença e autorização de obras de urbanização, respectivos

aditamentos e alterações;

s) Emissão de alvará de licença ou autorização de loteamento ou obras

de urbanização;

t) Emissão de alvará de licença ou autorização de loteamento para

execução de obras de urbanização por fases;

u) Alteração à licença ou autorização de loteamento ou de obras de

urbanização;

v) Prorrogação de prazo de execução de obras de urbanização;

w) Renovação de licença ou autorização de loteamento ou de obras de

urbanização;

x) Pedido de licença especial para conclusão de obras inacabadas;

y) Pedido de redução ou cancelamento de caução ou outra garantia

bancária;

z) Pedido de recepção de obras de urbanização;

aa) Pedido de destaque;

bb) Averbamentos.

6. Às situações referidas nas alíneas b) a j) e l) acrescem os montantes

definidos nos termos dos artigos seguintes.

Artigo 138º

Informação prévia

O pedido de informação prévia sobre a viabilidade de realização de determinada

operação de loteamento ou de obras de urbanização, está sujeita ao pagamento

das seguintes taxas:

h) Relativa à possibilidade de realização da operação em terreno de área

até 5 ha:.. 100 €

i) Relativa à possibilidade de realização da operação em terreno de área

superior a 5 ha, por cada 5 ha ou fracção a mais, e em acumulação com o

montante previsto no número anterior

............................................................................................................. 50 €

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Artigo 139º

Emissão de alvará de licença ou autorização de loteamento

A emissão de alvará de licença ou autorização de loteamento está sujeita às

seguintes taxas:

3. Por cada alvará, não incluindo os encargos decorrentes da alínea b) do

número 2 do artigo 78º do

RJUE:................................................................................................. 100 €

4. Ao valor do número anterior acresce:

T= (n X y X Ab) + (A’b X Ti – I) + (Ab X 0,7 X v – Ced X v)

sendo:

j) (n X y X Ab), parcela A;

k) (A’b X Ti – I), parcela B - sendo negativa, considera-se o valor 0;

l) (Ab X 0,7 X v – Ced X v), parcela C;

m) T: taxa a pagar pelo dono da obra, correspondente:

iv) à contrapartida pela prestação de um serviço do município, que se

consubstancia na apreciação e processamento técnico

administrativo do pedido;

v) à comparticipação nos investimentos municipais com a construção,

reforço e manutenção das infra-estruturas, equipamentos e espaços

verdes

vi) à remoção do limite legal à possibilidade de urbanizar;

n) n: número de anos ou fracção, de execução das obras de urbanização.

Não estando prevista a execução de obras de urbanização, n=1;

o) y = 0,1€ se não estiverem previstas obras de urbanização

y = 0,2€ quando estiverem previstas obras de urbanização;

p) Ab: “Área bruta de construção” permitida ao promotor;

q) A’b: “Área bruta de construção” que, legalmente constituída, já existisse

na propriedade;

r) Ti: conforme a localização dos prédios, assume os seguintes valores:

LOCALIZAÇÃO Ti

Cidade de

Coimbra

37

Aglomerados,Núcleos e ZonasIndustriais comredes de esgotosdomésticos

25

Aglomerados eNúcleos semredes de esgotosdomésticos

19

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 114

Restantes zonas 12

s) I: valor das infra-estruturas locais e gerais a construir pelo promotor.

Consideram-se as correspondentes à construção da rede viária, redes

de abastecimento de água, de drenagem de esgotos, de distribuição de

energia eléctrica e iluminação pública e espaços verdes;

t) Ced: Área cedida para infra-estrutura geral.

i) Consideram-se para este efeito somente as áreas destinadas a vias

principais sem construção adjacente, de equipamento conforme definido

no Plano Director Municipal e zonas verdes de dimensão significativa.

ii) Esta área não é, em princípio, inferior a 0,7 Ab, sendo Ab a área

bruta de construção permitida ao promotor;

iii) Se não se justificar a cedência de 0,7Ab para os efeitos previstos na

alínea i), haverá lugar ao pagamento da compensação prevista na

parcela C da fórmula expressa no número 2;

iv) O pagamento da compensação referida em iii) é efectuado em

numerário ou em espécie;

v) Sendo em espécie, a compensação é feita através da cedência para

domínio privado municipal de parcela/s de terreno com capacidade

construtiva igual a:

- Diferença entra a “capacidade construtiva do terreno” e a “área

bruta de construção autorizada ao promotor”, se aquela for

superior a esta;

- Área de cedência em falta multiplicada por 0,2, quando a

“capacidade construtiva do terreno” for igual ou inferior à “área

bruta de construção autorizada ao promotor”;

xv) Se a cedência for superior a 0,7 Ab, o valor da parcela C será

descontado no valor global da taxa ou a Câmara Municipal adquirirá

o terreno de acordo com os valores “v” a seguir descriminados;

xvi) O disposto na alínea vi) não é aplicável nos casos em que Ab seja

superior à “área bruta autorizada ao promotor”, calculada de acordo

com o disposto nos números 1 a 3 do artigo 61º do regulamento do

PDM, por motivo do disposto no número 5 do mesmo artigo;

xvii) Admite-se a cedência de parcelas de terreno susceptíveis de serem

urbanizadas ou outros imóveis, desde que considerados de

interesse pela Câmara Municipal.

xviii) Nos casos referidos na alínea anterior, há lugar à avaliação das

parcelas de terreno ou dos imóveis a ceder ao município, de acordo

com as regras estabelecidas nos números seguintes.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 115

xix) A avaliação é efectuada por uma comissão composta por três

elementos:

- um técnico nomeado pela Câmara Municipal;

- um técnico nomeado pelo promotor da operação urbanística;

- um técnico designado por cooptação.

xx) As decisões da comissão serão tomadas por maioria dos votos dos

seus membros;

xxi) Se o valor apurado nos termos do número anterior não for aceite

pelo promotor da operação urbanística, a proposta deste será

apreciada pela Câmara Municipal, que toma a decisão final;

xxii) Caso o promotor não se conforme com a decisão do executivo

municipal, a compensação é paga em numerário;

xxiii) Sempre que se verifiquem diferenças entre o valor calculado para a

compensação devida em numerário e o valor dessa compensação a

entregar em espécie, as mesmas serão liquidadas da seguinte

forma:

- Se o diferencial for favorável ao município, será o mesmo pago

em numerário pelo promotor da operação urbanística;

- Se o diferencial for favorável ao promotor, ser-lhe-á o mesmo

deduzido no pagamento das respectivas taxas de urbanização.

Caso o valor das taxas seja inferior ao diferencial, o montante

remanescente é liquidado em numerário.

m) v: valor do terreno por metro quadrado:LOCALIZAÇÃO v

Cidade de Coimbra 40 €

Aglomerados, Núcleose Zonas Industriais comredes de esgotosdomésticos

20 €

Aglomerados e Núcleossem redes de esgotosdomésticos

15 €

Restantes zonas 10 €

n) Para as áreas de “Reserva de Urbanização” previstas no Plano Director

Municipal, que por força de Plano de Urbanização ou de Plano de

Pormenor, ou por criação de Área ..... se vierem a tornar urbanizáveis,

aplica-se o valor do terreno definido para a Cidade de Coimbra;

Artigo 140º

Emissão de alvará de licença ou autorização para execução das obras de urbanização por

fases

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 116

A emissão de alvará de licença ou autorização para execução das obras de

urbanização por fases está sujeita ao pagamento das seguintes taxas:

d) Alvará de licença ou autorização da 1ª fase: taxa prevista no artigo

138º, considerando-se a área bruta de construção que integra a 1ª

fase, nas parcelas A e B e a área bruta de construção total, na parcela

C.

e) Se a área cedida for superior a 0,7Abc, o valor a reembolsar será

descontado nas sucessivas fases, havendo lugar ao acerto final na

emissão do aditamento correspondente à última fase.

f) Emissão de aditamento ao alvará, para as fases subsequentes: taxa

prevista no artigo 139º, considerando-se a área bruta de construção

que integra cada uma das fases subsequentes, nas parcelas A e B e a

área bruta de construção = 0, na parcela C.

Artigo 141º

Aditamentos aos projectos de loteamento ou obras de urbanização

Por aditamento ao projecto de loteamento ou obras de urbanização: 100 €

Artigo 142º

Aditamento ao alvará de licença ou autorização de loteamento (Art. 27º)

3. Por aditamento ao alvará de licença ou autorização de loteamento: 50 €

4. Acresce, ao montante referido no número anterior:

c) Por metro quadrado de área bruta de construção em excesso

relativamente ao alvará anterior, as taxas e compensações previstas no

artigo 139º;

d) No caso de existir alteração do prazo de execução de obras de

urbanização, associado à alteração dos projectos, por metro quadrado

de área bruta de construção total e por trimestre ou fracção prorrogado:

Parcela A do artigo 139º.

Artigo 143º

Prorrogação de prazos de execução das obras de urbanização (n.º 2 e 3 do Art. 53º)

A prorrogação de prazos de execução das obras de urbanização está sujeita

ao pagamento das seguintes taxas:

3. Por trimestre ou fracção, por metro quadrado de área bruta de construção

permitida pelo alvará: Parcela A do artigo 139º;

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 117

4. Prorrogação quando a obra se encontra em fase de acabamento: Por

trimestre ou fracção, por metro quadrado de área bruta de construção

permitida pelo alvará: Parcela A, sendo y = 0,5 €

Artigo 144º

Renovação da licença ou autorização de loteamento

3. A emissão do alvará de licença ou autorização, para efeitos do número 1

do artigo 72º do RJUE está sujeita à taxa prevista nos números1 e 2 do

artigo 138º, deduzidos os montantes eventualmente pagos no que se refere

às parcelas B e C.

4. A emissão do alvará de licença ou autorização, para efeitos do número 2

do artigo 72º do RJUE está sujeita à taxa prevista nos termos do número

anterior, sendo y = 0,1 € ou y = 0,05 €, consoante haja ou não lugar à

realização de obras de urbanização.

Artigo 145º -

Emissão de alvará de licença ou autorização de obras de urbanização não incluídas em

loteamento

3. A emissão do alvará de licença ou autorização de obras de urbanização

não incluídas em loteamento está sujeita á taxa de ............................. 100 €

4. Acresce ao montante referido no número anterior:

c) por cada mês ou fracção, permitido pelo alvará:............................

60 €

d) por cada tipo de infra-estruturas:.....................................................

25 €

Artigo 146º

Aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de urbanização não incluídas em

loteamento

1. Por aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de

urbanização não incluídas em

loteamento:............................................................................... 50 €

2. Acresce ao montante referido no número anterior:

c) por cada mês ou fracção, permitido pelo

alvará:......................................................... 60 €

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d) por cada tipo de infra-

estruturas:.................................................................................. 25 €

Artigo 147º

Prorrogação de prazo de execução das obras de urbanização não incluídas em

loteamento

3. Por prorrogação de prazo de execução das obras de urbanização não

incluídas em

loteamento:....................................................................................................... 50 €

4. Acresce ao montante referido no número anterior:

a) por cada mês ou fracção, permitido pelo

alvará:........................................................... 60 €

b) por cada tipo de infra-

estruturas:................................................................................... 25 €

Artigo 148º

Renovação da licença ou autorização de obras de urbanização não incluídas em

loteamento

3. A emissão do alvará de licença ou autorização, para efeitos do número 1

do artigo 72º do RJUE está sujeita à taxa prevista no artigo 145º.

4. A emissão do alvará de licença ou autorização, para efeitos do número 2

do artigo 72º do RJUE está sujeita à taxa prevista no artigo 145º, reduzida

em 50% no que se refere aos valores da alínea a) e b) do número 2.

Artigo 149º

Emissão de licença especial para conclusão de obras de urbanização inacabadas

Para emissão da licença especial para a conclusão de obras inacabadas nos

termos do artigo 88º do RJUE, aplicam-se as taxas previstas no artigo 145º.

Artigo 150º

Recepção provisória ou definitiva de obras de urbanização

3. Por vistoria para efeito de recepção provisória ou definitiva de obras de

urbanização:.................................................................................................... 150 €

4. Por emissão e homologação do auto de recepção provisória ou definitiva

de obras de urbanização:..

....................................................................................................... 100 €

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CAPÍTULO III - EDIFICAÇÕES

Artigo 151º

Processamento técnico-administrativo do pedido

O processamento técnico-administrativo dos pedidos relativos a edificações

está sujeito às seguintes taxas:

4. Qualquer requerimento relativo a edificações: 25 €

5. Consideram-se, nomeadamente, incluídos no n.º 1:

p) Pedido de informação;

q) Pedido de informação prévia;

r) Aditamentos ao projecto de arquitectura;

s) Aditamentos aos projectos de especialidade;

t) Pedido de demolição e/ou escavação e contenção periférica;

u) Emissão de alvará de licença ou autorização de edificação ou

demolição;

v) Emissão de alvará de licença parcial para construção de estrutura;

w) Emissão de alvará de licença ou autorização para execução por fases;

x) Prorrogação de prazo de licença ou autorização;

y) Renovação de licença ou autorização;

z) Pedido de licença especial para conclusão de obras de edificação

inacabadas;

aa) Comunicação prévia;

bb) Pedido de constituição ou alteração da propriedade horizontal;

cc) Vistorias;

dd) Pedido de licença ou autorização de utilização ou alteração de

utilização;

s) Pedido de atribuição de número de polícia;

t) Averbamentos diversos;

6. Às situações referidas nas alíneas b) a k) e m) a r), acrescem os montantes

definidos nos termos dos artigos seguintes.

Artigo 152º

Informação prévia

O pedido de informação prévia sobre a possibilidade de realização de obras de

edificação está sujeito à taxa de : 50 €

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Artigo 153º

Aditamentos aos projectos de arquitectura ou especialidades

Cada aditamento aos projectos de arquitectura ou especialidades está sujeito à taxa de : 50 €

Artigo 154º

Emissão de alvará de licença ou autorização de obras de edificação

1. A emissão de alvará de licença ou autorização de obras de edificação está

sujeita às seguintes taxas:

1.1. Por cada alvará: 30 €

1.3. Acresce: (n X y X Ab) + (A’b X Tic – IC) sendo:

e) (n X y X Ab), parcela A;

f) (A’b X Tic – IC), parcela B; sendo negativa, considera-se o valor 0;

g) n: o número de 3 meses ou fracção de execução da obra; no caso de

legalização, este período é estimado;

h) y = 0,1 € ;

h) Ab: “Área bruta de construção” autorizada ao promotor;

i) A’b: “Área bruta de construção” que, legalmente constituída, já existisse

na propriedade;

j) Tic: Conforme a localização dos prédios assume os valores do quadro

seguinte.

Tratando-se de edificação em lote constituído através de loteamento,

em conformidade com este, assume o valor 0.

LOCALIZAÇÃO Tic

Cidade de Coimbra 65 €

Aglomerados, Núcleos e ZonasIndustriais com redes de esgotosdomésticos

39 €

Aglomerados e Núcleos sem redesde esgotos domésticos

30 €

Restantes zonas 19 €

d) IC: Valor do terreno cedido e das infra-estruturas eventualmente

executadas pelo promotor.

e) Consideram-se as obras correspondentes à construção da rede viária,

redes de abastecimento de água, de drenagem de esgotos, de distribuição

de energia eléctrica e iluminação pública e espaços exteriores;

f) Para o terreno consideram-se os valores do quadro constante na alínea l)

do artigo 138º.

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j) Para as áreas de “Reserva de Urbanização” previstas no Plano Director

Municipal, que por força de Plano de Urbanização ou de Plano de

Pormenor se vierem a tornar urbanizáveis, aplicam-se os valores das

taxas definidas para a Cidade de Coimbra.

Artigo 155º

Emissão de alvará de licença ou autorização para edifícios com impacte semelhante a

loteamento

A emissão de alvará de licença ou autorização de obras de edificação com

impacte semelhante a loteamento está sujeita às seguintes taxas:

3. Por cada alvará 30 €

4. Acresce a taxa prevista no número 2 do artigo 138º com as alterações nos

termos seguintes:

d) Na alínea e) deve ler-se n: número de períodos de 3 meses ou fracção

de execução da obra;

e) Na alínea f) deve ler-se y= 0,1 €;

f) O disposto na alínea vi) não é aplicável nos casos em que Ab seja

superior à “área bruta autorizada ao promotor”, calculada de acordo

com o disposto no artigo 61º 1 a 3 do regulamento do PDM, por motivo

do disposto nos números 4 e 5 do mesmo artigo;

Artigo 156º

Emissão de alvará de licença parcial para construção de estrutura

A emissão de alvará de licença parcial para construção de estrutura sujeita-se

ao pagamento de 30% do valor da taxa devida pela emissão do alvará de

licença definitivo.

Artigo 157º

Emissão de alvará de licença ou autorização para execução de obras de edificação por

fases

A emissão do alvará de licença ou autorização para execução das obras de

edificação por fases, está sujeita ao pagamento das seguintes taxas:

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 122

c) Emissão do alvará de licença ou autorização da 1ª fase: taxa prevista

no artigo 154º, números 1 e 2, considerando-se a área bruta de

construção total, na parcela B e a área bruta de construção que integra

a 1ª fase, na parcela A.

d) Emissão de aditamento ao alvará, para as fases subsequentes: taxa

prevista no número 1 do artigo 154º a que acresce a prevista no

número 2, considerando-se a área bruta de construção = 0, na parcela

B e a área bruta de construção que integra cada uma das fases

subsequentes, na parcela A .

Artigo 158º

Emissão de alvará de licença ou autorização para execução de obras de edificação com

impacte semelhante a loteamento por fases

A emissão do alvará de licença ou autorização para execução das obras de

edificação com impacte semelhante a loteamento por fases, está sujeita ao

pagamento das taxas previstas no artigo 140º, com as adaptações referidas no

artigo 155º.

Artigo 159º

Aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de edificação (Art. 83º)

A emissão de aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de

edificação está sujeita ao pagamento das seguintes taxas:

3. Por aditamento ao alvará de licença ou autorização: 20 €

4. Acresce, ao montante referido no número anterior:

c) Por metro quadrado de área bruta de construção em excesso

relativamente ao alvará anterior, as taxas e compensações previstas no

artigo 154º;

d) Por metro quadrado de área bruta de construção e por trimestre ou

fracção prorrogado: Parcela A do artigo 153º.

Artigo 160º

Aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de edificação com impacte

semelhante a loteamento (Art. 83º)

A emissão de aditamento referido em epígrafe, está sujeita ao pagamento das

seguintes taxas:

3. Por aditamento ao alvará de licença ou autorização: 20 €

4. Acresce, ao montante referido no número anterior:

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 123

a) Por metro quadrado de área bruta de construção em excesso

relativamente ao alvará anterior, as taxas e compensações previstas no

artigo 154º:

b) Por metro quadrado de área bruta de construção e por trimestre ou

fracção prorrogado: Parcela A do artigo 154º.

Artigo 161º

Prorrogação de prazo para conclusão de obras de edificação e de edificação com impacte

semelhante a loteamento

A prorrogação do prazo para conclusão das obras referidas em epígrafe está

sujeita ao pagamento das seguintes taxas:

3. 1ª prorrogação: por trimestre ou fracção, por metro quadrado de área bruta

de construção permitida pelo alvará: = Parcela A do artigo 154º,

4. 2ª prorrogação: = Parcela A, do artigo 154º, sendo y = 0,2 €.

Artigo 162ºRenovação da licença ou autorização de obras de edificação

3. A emissão do alvará de renovação de licença ou autorização, para efeitos

do número 1 do artigo 72º do RJUE, está sujeita à taxa prevista nos

números1 e 2 do artigo 153º, deduzidos os montantes eventualmente

pagos no que se refere à parcela B.

4. A emissão do alvará de renovação de licença ou autorização, para efeitos

do número 2 do artigo 72º do RJUE, está sujeita à taxa prevista nos

termos do número anterior, sendo y = 0,05.

Artigo 163º

Renovação da licença ou autorização de obras de edificação com impacte semelhante a

loteamento

3. A emissão do alvará de renovação de licença ou autorização de obras de

edificação com impacte semelhante a loteamento, para efeitos do número 1

do artigo 72º do RJUE, está sujeita à taxa prevista nos números 1 e 2 do

artigo 155º, deduzidos os montantes eventualmente pagos no que se refere

às parcelas B e C.

4. A emissão do alvará de renovação de licença ou autorização de obras

referidas no número 1, para efeitos do número 2 do artigo 72º do RJUE,

está sujeita à taxa prevista nos termos do número anterior, sendo y = 0,05

€.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 124

Artigo 164º

Emissão de licença especial para conclusão de obras inacabadas (Artigo 88º, RJUE)

Para emissão da licença especial para a conclusão de obras inacabadas nos

termos do artigo 88º do RJUE, aplicam-se as taxas previstas no número 1 e 2,

parcela A, do artigo 154º.

Artigo 165º

Emissão de alvará de licença ou autorização de obras de demolição

3. Pelo alvará de licença ou autorização de demolição, não precedendo

licença ou autorização de construção é devida a taxa de

...........................................30 €

4. Acresce, por metro quadrado de área bruta de construção a demolir e por mês ou

fracção: 0,10 €

Artigo 166º

Emissão de licença ou autorização de utilização

A emissão do alvará de licença ou autorização de utilização fica sujeita ao

pagamento das seguintes taxas:

4. Por alvará de licença ou autorização emitido: 50 €

5. Não havendo lugar à realização de vistoria, acresce, por metro quadrado

de área bruta de construção: 0,1 €

6. Havendo lugar à realização de vistoria, acresce, por metro quadrado de

área bruta de construção:

c) Utilizações abrangidas por legislação específica: 1 €

d) Utilizações não abrangidas por legislação específica: 0,3 €

4. Acresce, nas alterações de uso:

d) No caso de alteração de habitação para qualquer outro uso...............15

€ /m2 de área bruta de construção cujo uso é alterado;

e) No caso de subdivisão de unidades de comércio ou serviços, incluindo

centros comerciais, por cada unidade adicional: 1 000 €

f) No caso de alteração de garagem para outro uso, por metro quadrado

cujo uso é alterado, o valor da parcela B do número 2 do artigo 154º.

Artigo 167º

Emissão de certidão da aprovação de edifício em regime de propriedade horizontal

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 125

A emissão de certidão da aprovação de um edifício em regime de propriedade

horizontal está sujeita ao pagamento da seguinte taxa:

4. Por certidão: 50 €

5. Acresce por fracção autónoma: 20 €

6. Pela emissão de certidão de rectificação ou renovação: 20% do valor inicial

Artigo 168º

Vistorias – Conservação do edificado

Realização de vistoria, por unidade funcional: 50 €

Artigo 169º

Emissão de licença de construção de postos de abastecimento de combustíveis

A emissão de licença de construção de postos de abastecimento de combustíveis está

sujeita ao pagamento das seguintes taxas:

2. Por cada alvará emitido:

c) Para a Cidade de Coimbra 150.000 €

d) Para a Área Exterior à Cidade: 75 000/50.000 €

3. Acresce:

c) Por cada área de abastecimento, sendo o número de áreas de abastecimento o

número máximo de veículos ligeiros que pode ser abastecido simultaneamente:

- na Cidade de Coimbra: 50.000 €

- na Área Exterior à Cidade 25.000 €

d) Por cada unidade de lavagem associada:

- na Cidade de Coimbra: 50.000 €

- na Área Exterior à Cidade: 25.000 €

3. por cada área de abastecimento para gaz. e electricidade ............................25 000. €

Artigo 170º

Emissão de licença de construção de unidades de lavagem de veículos

A emissão de licença de construção de unidades de lavagem de veículos está sujeita ao

pagamento das seguintes taxas:

1. Por cada alvará emitido:

c) Para a Cidade de Coimbra 50 000/75.000 €

d) Para a Área Exterior à Cidade: 25.000 €

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 126

3. Acresce, por cada área de lavagem, sendo o número de unidades de lavagem o

número máximo de veículos ligeiros que podem ser lavados simultaneamente:

- na Cidade de Coimbra: 50.000 €

- na Área Exterior à Cidade 25.000 €

Artigo 171º

Casos especiais

3. Nos casos especiais cada alvará emitido sujeita-se à taxa de 25 €

4. Ao montante do número anterior acresce:

f) Muros de vedação: 1 € /ml confinante com espaço público

g) Piscinas, tanques: 3 €/m3 ou fracção

h) Campos de ténis e equipamentos similares: 0,5/m2

i) Bases de sustentação de infra-estruturas de radiotelecomunicações, por cada: 2.500 €

j) Atribuição de número de polícia: 50 €

CAPÍTULO IV - TRABALHOS DE REMODELAÇÃO DE TERRENOS

Artigo 172º

Processamento técnico-administrativo do pedido

O processamento técnico-administrativo dos pedidos de remodelação de terrenos está

sujeito às seguintes taxas:

3. Qualquer requerimento relativo a remodelação de terrenos, não associado a outra

operação urbanística: 25 €

4. Consideram-se, nomeadamente, incluídos no n.º 1:

g) Pedido de informação;

h) Pedido de informação prévia;

i) Comunicação prévia;

j) Pedidos de licença ou autorização e respectivos aditamentos;

k) Prorrogação de prazo de licença ou autorização;

l) Renovação de licença ou autorização;

m) Averbamento.

4. Às situações referidas nas alíneas d), e), e f) acrescem os montantes definidos nos

termos do artigo seguinte.

Artigo 173º

Emissão de alvará de licença ou autorização para remodelação de terrenos

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 127

A emissão de alvará de licença ou autorização para remodelação de terrenos está sujeita

às seguintes taxas:

3. Pela emissão do alvará de licença ou autorização: 50 €

4. Acresce, em função da extensão dos trabalhos e por cada mês ou fracção:

a) Até 1000m2, implicando uma variação das cotas altimétricas superior a 1.00m: 100 €

b) De 1000m2 a 5000m2: 200 €

c) Superior a 5000m2, acresce por cada 1000m2: 100 €

Artigo 174º

Prorrogações de prazo para remodelação de terrenos

As prorrogações do prazo de licença ou autorização de remodelação de terrenos estão

sujeitas às seguintes taxas:

3. Por prorrogação de prazo: 50 €

4. Acresce ao montante referido no número anterior:

c) Na 1ª prorrogação, os valores do número 2 do artigo anterior;

d) Prorrogação quando as obras estão em fase de acabamentos: o dobro dos valores

indicados na alínea anterior:

CAPÍTULO V - OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO

Secção IOcupação do Espaço Público por motivo de Execução de Infra-Estruturas,

Obras de Urbanização e Edificação

Artigo 175º

Tapumes

Os tapumes e outros resguardos, por metro quadrado ou fracção de espaço público

ocupado, por período de um mês ou fracção, sujeitam-se ás seguintes taxas:.....

....................................................................................................... 15 €

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 128

a) se localizado em Centro Histórico: 20 €

b) se localizado noutra área do concelho: 15 €

Artigo 176º

Andaimes

Os andaimes, na parte não defendida por tapumes, por metro linear ou fracção, por

período de um mês ou fracção, sujeitam-se ás seguintes taxas: ............15 €

a) se localizado em Centro Histórico: 20 €

b) se localizado noutra área do concelho: 15 €

Artigo 177º

Gruas, guindastes ou similares

As gruas, guindastes ou similares, colocados no espaço público, ou que se projectem sobre o

espaço público, por período de um mês ou fracção e por unidade, estão sujeitos à taxa de 35 €

Artigo 178º

Valas

As valas, por metro linear ou fracção, por dia mês ou fracção estão sujeitas à taxa de 5 €

Artigo 179º

Standes de vendas

3. A emissão de licença para ocupação do espaço público por standes de vendas sujeita-

se à taxa de 500 €.

4. Acresce, por metro quadrado ou fracção de espaço público ocupado, por período de

um mês ou fracção, 100 €.

Artigo 180º

Outras Ocupações

Quaisquer outras ocupações do espaço público, por metro quadrado ou fracção, por

período de um mês ou fracção: ............................................................ 20 €

a) se localizado em Centro Histórico: 25 €

b) se localizado noutra área do concelho: 20 €

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 129

Secção II - Utilização do Espaço Público

Artigo 181º

Espaço aéreo

A utilização do espaço aéreo, por mês ou fracção, sujeita-se às seguintes taxas:

3. por metro quadrado ou fracção:

a) no Centro Histórico: 25 €

b) na Cidade, em local exterior ao Centro Histórico: 20 €

c) em Área Exterior à Cidade: 15 €

4. por metro linear ou fracção:

a) no Centro Histórico: 10 €

b) na Cidade, em local exterior ao Centro Histórico: 5 €

c) em Área Exterior à Cidade: 3 €

Artigo 182º

Antenas de radiotelecomunicações

A instalação de antenas de operadores de radiotelecomunicações está sujeita às

seguintes taxas:

- Por antena e por ano ou fracção: 6.000 €

Artigo 183º

Solo

A utilização do solo, por mês ou fracção, sujeita-se às seguintes taxas:

Construção, por metro quadrado ou fracção:............................................ 15 €

3. .d) no Centro Histórico: 25 €

e) na Cidade, em local exterior ao Centro Histórico: 20 €

f) em Área Exterior à Cidade 15 €

Outra ocupação, sem construção .................................................................... 15 €

4. :

c) no Centro Histórico: 15 €

d) na Cidade, em local exterior ao Centro Histórico e em Área Exterior à Cidade: 10 €

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 130

Artigo 184º

Subsolo

A utilização subterrânea do solo, por ano ou fracção, está sujeita ao pagamento das

seguintes taxas:

3. por metro quadrado ou fracção:

d) no Centro Histórico

e) na Cidade, em local exterior ao Centro Histórico:

f) em Área Exterior à Cidade

4. por metro linear ou fracção:

d) no Centro Histórico

e) na Cidade, em local exterior ao Centro Histórico:

f) em Área Exterior à Cidade

CAPÍTULO VI - SITUAÇÕES CONEXAS COM AS OPERAÇÕESURBANÍSTICAS

Artigo 185º

Técnicos

3. A inscrição dos técnicos na Câmara Municipal está sujeita à taxa de 25 €

4. A renovação trienal está sujeita à taxa de 15 €

Artigo 186º

Prestação de Serviços Administrativos

3. Os averbamentos de titulares autores dos projectos, responsáveis pela direcção

técnica da obra, titulares de classificação de industrial de construção civil e titulares de

registo na actividade de construção estão sujeitos à taxa de: 20 €

4. A emissão de certidões está sujeita ás seguintes taxas:

4.1 Aprovação de edifício em regime de propriedade horizontal: 50 €

4.1.1 Acresce, por fracção: 10 €

4.2 Operação de destaque: 50 €

4.3 Documentos destinados à obtenção de título de registo ou certificado de

classificação de industrial de construção civil, nomeadamente sobre estimativa

do custo de obras e modo como as mesmas foram executadas: 30 €

4.4 Outras certidões: 15 €

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 131

4.4.1 Por lauda ou face, em acumulação com o referido no número anterior:

4.4.1.1 Sendo de teor: 5 €

2.4.1.2 Sendo narrativa:..........................................................................10 €

9. Fotocópias simples:

9.1. Por folha de formato A4: ...................................................

9.2. Por folha de formato A3:..........................................................

10. Fotocópia autenticada de peças escritas:

10.1. Por folha de formato A4:..............................................................

10.2. Por folha de formato A3:..................................................................

11. Cópia simples de peças desenhadas, por metro quadrado ou fracção:

- em papel “ozalid” ou semelhante................................................................

- em papel “reprolar” ou semelhante.............................................................

12. Cópia autenticada de peças desenhadas, por metro quadrado ou fracção:

- em papel “ozalid” ou semelhante...............................................................

- em papel “reprolar” ou semelhante...........................................................

13. Plantas cartográficas

13.1. P

or cada pedido satisfeito......................................................................................... 10 €

7.2. Acresce no caso de autenticação............................................................................ 10 €

7.3. Acresce, ainda:

d) por cada A4:

Em papel........................................................................................................... 0,25 €

Em película transparente (ou semelhante).................................................... 2 €

e) por cada A3:

Em fotocópia...................................................................................................... 0,35 €

Em reprolar (ou semelhante).............................................................................. 3 €

f) para outros formatos, por metro quadrado

Em fotocópia..................................................................................................... 6 €

Em película transparente (ou semelhante)........................................................ 12 €

14. Cartografia digital:

8.1. Escala 1/1000 - ficheiro correspondente a uma área de 40 ha (800 x 500 m)

Planimetria - por ficheiro.......................................................................................... 60 €

Altimetria - por ficheiro............................................................................................. 30 €

8.2. Escala 1/2000 - ficheiro correspondente a uma área de 160 ha (1600 x 1000 m)

Planimetria - por ficheiro..................................................................................... 120 €

Altimetria - por ficheiro......................................................................................... 60 €

9. Cartas topográficas anteriores a 1993:

- Em fotocópia (folha)................................................................................................. 40 €

- Em película transparente (ou semelhante)............................................................... 80 €

- Em suporte informático.............................................................................................. 100 €

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PROPOSTA DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO DE COIMBRAVersão para Pré - Discussão Pública – 17 de Novembro de 2003

Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 132

10. Fotografia aérea (vários anos):

- Positivos de fotografia aérea....................................................................................... 10 €

- Em suporte informático............................................................................................... 20 €

18. Exceptua-se do definido nos números 8 e 9 o fornecimento de plantas topográficas,

em fotocópia, de formato A4, que sendo para instruir processos relativos aos capítulos

II a V, do presente Regulamento, que são ...........................................................grátis.

19. Conferição e autenticação de documentos apresentados por particulares, por cada

folha:........................................................................................................................ 1 €

20. Buscas, aparecendo ou não o objecto:.................................................................... 12,5 €

21. Fornecimento de livro de obras:.............................................................................

22. Fornecimento de avisos de publicitação do pedido de licenciamento ou autorização e

da emissão de alvará: ..........................................................................................

23. Fornecimento do Regulamento do Plano Director Municipal:..............................

24. Fornecimento dos cartogramas e anexos do Plano Director Municipal, cada:

17.1 em “ozalid” ou semelhante......................................................................:

17.2 em “reprolar” ou semelhante:...................................................................

CAPÍTULO VII – ISENÇÕES E DISPENSA

Artigo 187º

Isenções

2. Estão isentas do pagamento das taxas previstas no presente Regulamento as

entidades referidas no artigo 33º da Lei n.º 42/98, de 6 de Agosto.

3. Estão ainda isentas do pagamento de taxas as demais pessoas singulares ou

colectivas, de direito público ou de direito privado, às quais a lei confira tal isenção.

Artigo 188º

Dispensa e redução do pagamento da taxa

2. Podem ser dispensadas do pagamento das taxas previstas no presente Regulamento:

e) As pessoas colectivas de mera utilidade pública administrativa e as pessoas que,

no município de Coimbra, prossigam fins de relevante interesse público;

f) Pessoas singulares a quem seja reconhecida insuficiência económica;

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 133

g) Requerentes de fotocópias de documentos necessários à elaboração de estudos

académicos, ensino, investigação ou outros, sem fins lucrativos ..........................

h) Os empreendimentos com especial interesse público, reconhecido pela Câmara

Municipal mediante deliberação expressa.

5. Nos casos em que não seja de conceder a dispensa, pode a taxa ser reduzida em

montante adequado e proporcional à situação do requerente................. vago

6. Compete à Câmara Municipal conceder a redução ou a dispensa previstas nos

números anteriores.

7. A redução de taxas carece de formalização de pedido fundamentado, acompanhado

dos seguintes documentos:

c) no caso de pessoas colectivas, de documentos comprovativos da sua natureza

jurídica e objecto estatutário;

d) no caso de pessoas singulares, da última declaração de rendimentos (IRS) e

declaração de rendimentos anuais auferidos, emitida pela entidade pagadora.

TÍTULO V - FISCALIZAÇÃO, SANÇÕES E MEDIDAS DE TUTELA DALEGALIDADE

Capítulo I - Fiscalização

Artigo 189º

Competência

4. A actividade fiscalizadora externa compete aos fiscais municipais e técnicos afectos à

fiscalização, bem como às autoridades administrativas e policiais.

5. Além dos funcionários indicados no número anterior, impende sobre os demais

funcionários municipais o dever de comunicarem as infracções de que tiverem

conhecimento em matéria de normas legais e regulamentares relativas a obras de

urbanização e edificação.

6. Os funcionários incumbidos da actividade fiscalizadora de obras particulares podem

recorrer às autoridades policiais, sempre que necessitem, para o bom desempenho

das suas funções.

Artigo 190º

Objecto

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 134

2. A fiscalização das obras de urbanização, edificação e outras operações urbanísticas,

incide na verificação da sua conformidade com as normas legais e regulamentares

vigentes, as normas técnicas de construção,

3. e visa ainda visa:

w) Esclarecer e divulgar junto dos munícipes os regulamentos municipais,

promovendo uma acção pedagógica que conduza a uma diminuição dos casos de

infracção;

x) Zelar pelo cumprimento da lei, regulamentos posturas e execução coerciva dos

actos administrativos em matéria urbanística;

y) Verificar a conformidade das operações urbanísticas não sujeitas a licenciamento

ou autorização com as normas legais e regulamentares aplicáveis;

z) Detectar operações urbanísticas sujeitas a licenciamento ou autorização não

tituladas por alvará ou em desacordo com o mesmo;

aa) Realizar vistorias, inspecções ou exames técnicos;

bb) Efectuar notificações pessoais;

cc) Verificar a afixação do aviso publicitando o pedido de licenciamento ou

autorização;

dd) Verificar a existência do alvará de licença ou autorização e a afixação do

aviso dando publicidade à emissão do mesmo;

ee) Verificar a afixação, no prédio, da placa identificadora do director técnico

da obra e do projectista;

ff) Verificar se a publicidade à alienação de lotes, de edifícios ou fracções autónomas

neles construídos, em construção ou a construir, contém o número de alvará de

loteamento e a data da sua emissão, bem como o respectivo prazo de validade;

gg) Verificar a existência do livro da obra e sua conformidade com as normas

legais;

hh) Verificar as condições de segurança e higiene na obra;

ii) Verificar o alinhamento e as cotas de soleira;

jj) Verificar a conformidade da execução da obra com o projecto aprovado;

kk) Verificar o licenciamento da ocupação da via pública;

ll) Verificar o cumprimento da execução da obra no prazo fixado no alvará de licença

ou autorização de construção;

mm) Verificar a limpeza do local da obra após a sua conclusão, e a reposição

dos equipamentos públicos deteriorados ou alterados em consequência da

execução das obras e/ou ocupações da via pública;

nn) Verificar se há ocupação de edifícios ou de suas fracções autónomas sem

licença ou autorização de utilização ou em desacordo com o uso fixado no alvará

de licença ou autorização de utilização;

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 135

oo) A realização de embargos administrativos de obras ou loteamentos,

quando estejam a ser efectuados sem licença, autorização ou em

desconformidade com ela, lavrando os respectivos autos;

pp) Fazer notificação do embargo determinado pelo presidente da Câmara

Municipal e verificar a suspensão dos trabalhos;

qq) Verificar o cumprimento do prazo fixado pelo presidente da Câmara

Municipal ao infractor, para demolir a obra e repor o terreno na situação anterior;

rr) Obter e prestar informações e elaborar relatórios no domínio da gestão

urbanística, nomeadamente participações de infracções sobre o não cumprimento

de disposições legais e regulamentares relativas ao licenciamento municipal,

sobre o desrespeito de actos administrativos que hajam determinado embargo, a

demolição de obras e/ou a reposição do terreno nas condições em que se

encontrava antes da data de início das obras ou trabalhos, para efeitos de

instauração de processos de contra-ordenação e participação do crime de

desobediência;

Artigo 191º

Deveres dos donos das obras

O titular da licença ou autorização, o técnico responsável pela direcção técnica da

obra ou qualquer pessoa que execute os trabalhos, são obrigados a facultar aos

funcionários municipais incumbidos da actividade fiscalizadora, o acesso à obra,

todas as informações e respectiva documentação.

As entidades referidas no número anterior são responsáveis solidariamente, pela

existência no local da obra, do projecto aprovado e do livro de obra.

3. O titular do alvará de licença ou autorização de operações urbanísticas deve afixar os

avisos de obras a que se referem as Portarias1106/2001 e 1108/2001, de 18 de

Setembro, nas seguintes condições:

d) Preenchidos com letra legível;

e) Recobertos com material impermeável e transparente;

f) Colocados a uma altura não superior a 4 metros, preferencialmente no plano limite

de confrontação com o espaço público, ou, em alternativa, em local com boas

condições de visibilidade a partir do espaço público.

4. Durante a execução de obras de urbanização, nomeadamente de rede viária,

abastecimento de água, de saneamento, águas pluviais e zonas verdes, o titular da

licença ou autorização ou o director técnico da obra devem solicitar a presença dos

serviços da Câmara Municipal, a fim de estes verificarem os materiais a utilizar e

fiscalizarem a sua aplicação.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 136

Artigo 192º

Incompatibilidades

1. A todos os funcionários e colaboradores da CMC aplica-se o regime geral ........

2. Em particular, os funcionários incumbidos da informação e apreciação de projectos de

obras particulares ou fiscalização de obras e outras operações urbanísticas ou que de

alguma forma .................................................... não podem, por forma oculta ou pública:

d) Ter qualquer intervenção na elaboração de projectos, petições, requerimentos ou

quaisquer trabalhos ou procedimentos relacionados directa ou indirectamente com

as obras;

e) Associar-se a técnicos, construtores ou fornecedores de materiais;

f) Representar empresas do ramo em actividade na área do município.

CAPÍTULO II - SANÇÕES

Artigo 193º - Sanções

3. Sem prejuízo do disposto no RJUE, a violação de qualquer norma ou notificação

previstas neste Regulamento para as quais não exista outra sanção, constitui contra-

ordenação, punível com coima graduada de 250 euros até ao máximo de 100.000,00

euros, no caso de pessoa singular, ou até 250.000,00 euros, no caso de pessoa

colectiva................. muito incompleto

4. Sem prejuízo da responsabilidade civil, criminal ou disciplinar dos técnicos, são

puníveis como contra-ordenação:

e) A apresentação de telas finais em desconformidade com a obra realizada;

f) A falta ou deficiente prestação de esclarecimentos e de assistência ao titular da

licença;

g) A falta ou deficiente acompanhamento da obra nos termos definidos na lei;

h) Incumprimento das prescrições legais ou deste Regulamento.

6. As contra-ordenações previstas no número anterior são puníveis com a coima

graduada de 250 euros, até ao máximo de 100.000 euros, no caso de pessoa singular,

ou até 250.000 euros no caso de pessoa colectiva.

7. A tentativa e a negligência são puníveis.

8. A coima é fixada em função da gravidade da contra-ordenação, da culpa e da situação

económica do agente.

9. Às contra-ordenações aplica-se o regime previsto no Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de

Outubro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 244/95, de 14 de

Setembro.

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PROPOSTA DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO DE COIMBRAVersão para Pré - Discussão Pública – 17 de Novembro de 2003

Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 137

Artigo 194º

Sanções acessórias

As contra-ordenações previstas no artigo anterior podem ainda determinar, quando a

gravidade da infracção cometida o justifique, a aplicação das seguintes sanções

acessórias:

d) Apreensão dos objectos pertencentes ao agente e utilizados como instrumento no

cometimento da infracção;

e) Interdição do exercício da profissão ou de actividades conexas com a infracção

cometida, no município, pelo período máximo de dois anos;

f) Privação do direito a subsídios ou comparticipações atribuídos pela Câmara

Municipal.

CAPÍTULO III - MEDIDAS DE TUTELA DA LEGALIDADE

Artigo 195º

Serviços ou obras executados pela Câmara Municipal em substituição dos proprietários

4. Sem prejuízo da aplicação do regime contra-ordenacional, quando os proprietários ou

entidades responsáveis pela execução de obras, se recusarem a executar, no prazo

fixado, quaisquer serviços ou operações urbanísticas impostas pela Câmara Municipal

no uso das suas competências, esta substituir-se-á aos donos das obras, através dos

serviços municipais ou por recurso a entidade exterior, por conta daqueles, sendo o

custo efectivo dos trabalhos acrescido de 20% para encargos de administração.

5. O custo dos trabalhos executados nos termos do número anterior, quando não pago

voluntariamente no prazo de 20 dias a contar da notificação para o efeito, se outro

prazo não decorrer da lei, será cobrado judicialmente, servindo de título executivo a

certidão passada pelos serviços competentes, comprovativa das despesas

efectuadas.

6. Ao custo total acresce o imposto sobre o valor acrescentado à taxa legal, quando

devido.

Artigo 196º

Danos no espaço público

3. Os danos provocados no espaço público, em consequência da execução de obras ou

outras acções, constituem encargos dos responsáveis pelos mesmos que, sem

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 138

prejuízo da sua comunicação à Câmara Municipal, devem proceder ao início da sua

reparação no prazo máximo de 48 horas.

4. Ultrapassado o prazo estipulado no número anterior, a Câmara Municipal pode

substituir-se ao dono da obra, nos termos do artigo anterior, sem qualquer outra

comunicação.

TÍTULO VI - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 197º - Outras soluções urbanas

Em casos especiais pode a Câmara Municipal aprovar soluções urbanas diferentes das

previstas no presente regulamento, desde que devidamente fundamentadas.

Artigo 198º

Dúvidas e omissões

Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na interpretação e aplicação do presente

Regulamento, que não possam ser resolvidas pelo recurso aos critérios legais de

interpretação, são submetidas a decisão dos órgãos competentes, nos termos do disposto

na Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

Janeiro.

Artigo 199º

Entrada em vigor

O presente Regulamento entra em vigor 15 dias após a sua publicação na 2ª série do

Diário da República.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 139

Artigo 200º

Norma revogatória

Com a entrada em vigor do presente Regulamento consideram-se revogados:

Regulamento Municipal de Edificações e Urbanizações, edital n.º 57/91, de 12 de

Abril, aprovado pela Assembleia Municipal em 2 de Abril de 1991;

Regulamento Municipal sobre Taxas e Cedências relativas à Administração

Urbanística, edital n.º 34/99, aprovado pela Assembleia Municipal em 26

de Fevereiro de 1999;

bem como todas as disposições de natureza regulamentar aprovadas pelo

município de Coimbra, em data anterior à da entrada em vigor do presente

Regulamento e que com ele estejam em contradição.

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Câmara Municipal de Coimbra - Direcção Municipal de Administração do Território 140

ANEXOS:I - Normas de instrução de processos

II - Normas Interpretativas do Plano Director MunicipalIII - Planta de zonamento para aplicação de índices de estacionamento

IV - Planta de zonamento para pavimentações

V - Modelos para instrução dos pedidos para instrução de processos