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REGULAMENTO Regulamento Interno RE.HSA.004.01 Página 1 de 26 Elaboração Conselho de Administração 2006.12.12 Aprovação Conselho de Administração Deliberação do C.A. em 2006.12.28 MAPA DE REVISÕES Revisão Página Motivo Data Responsável 01 __ Controlo Periódico de Edições (Sem alterações) 2009.12.03 O Conselho de Administração ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ DESTINATÁRIOS Todos os Profissionais

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Regulamento Interno

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Elaboração Conselho de Administração 2006.12.12

Aprovação Conselho de Administração Deliberação do C.A. em 2006.12.28

MAPA DE REVISÕES

Revisão Página Motivo Data Responsável

01 __ Controlo Periódico de Edições

(Sem alterações) 2009.12.03

O Conselho de

Administração

____/____/____

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ÍNDICE:

DISPOSIÇÕES GERAIS ...................................................................................................................... 4

(Natureza jurídica e sede) ............................................................................................................. 4

(Missão) ........................................................................................................................................ 4

(Valores) ....................................................................................................................................... 4

(Politica da qualidade e objectivos) .............................................................................................. 4

(Legislação aplicável) ................................................................................................................... 5

(Objecto e área de influência) ....................................................................................................... 5

(Formas inovadoras de gestão) ..................................................................................................... 5

ORGÃOS DO HOSPITAL ................................................................................................................... 6

Classificação dos Orgãos do Hospital ............................................................................................... 6

(Tipos de orgãos) .......................................................................................................................... 6

Orgãos Sociais .................................................................................................................................. 6

(Constituição dos orgãos sociais) .................................................................................................. 6

(Conselho de administração)......................................................................................................... 6

(Director clínico) ........................................................................................................................... 7

(Enfermeiro director) .................................................................................................................... 7

(Fiscal único) ................................................................................................................................ 7

(Conselho consultivo) ................................................................................................................... 7

Orgãos de Apoio Técnico ................................................................................................................. 8

(Natureza, constituição, mandato e funcionamento dos orgãos de apoio técnico) ....................... 8

(Comissão médica)........................................................................................................................ 8

(Comissão de enfermagem) .......................................................................................................... 9

(Comissão de ética) ....................................................................................................................... 9

(Comissão de qualidade) ............................................................................................................... 9

(Comissão de humanização) ......................................................................................................... 9

(Comissão de controlo da infecção) ............................................................................................ 10

(Comissão de farmácia e terapêutica) ......................................................................................... 10

(Comissão de coordenação oncológica) ...................................................................................... 10

(Comissão de informática) .......................................................................................................... 11

(Direcção do internato médico) .................................................................................................. 11

(Gabinete de auditoria e codificação clínica).............................................................................. 11

(Conselho técnico) ...................................................................................................................... 12

Outros Orgãos ................................................................................................................................. 12

(Gabinete de educação e formação permanente) ........................................................................ 12

(Gabinete de comunicação, relações públicas e imagem) .......................................................... 12

(Auditor interno) ......................................................................................................................... 13

ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS .................................................................................................. 13

(Tipologia dos serviços) .............................................................................................................. 13

Serviços de Prestação de Cuidados ................................................................................................. 13

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(Áreas de prestação de cuidados) ................................................................................................ 13

(Serviços) .................................................................................................................................... 14

(Competências e princípios gerais de direcção) .......................................................................... 14

(Estrutura organizacional dos serviços de prestação de cuidados) ............................................. 15

(Gestão dos serviços de prestação de cuidados) ......................................................................... 15

(Departamentos) .......................................................................................................................... 17

(Áreas assistenciais comuns) ...................................................................................................... 17

(Chefias de enfermagem) ............................................................................................................ 17

(Coordenação técnica) ................................................................................................................ 18

Serviços de Suporte à Prestação de Cuidados ................................................................................. 18

(Estrutura organizacional dos serviços de suporte à prestação de cuidados) .............................. 18

(Bloco operatório) ....................................................................................................................... 18

(Serviço farmacêutico) ................................................................................................................ 19

(Serviço social) ........................................................................................................................... 19

(Serviço de esterilização) ............................................................................................................ 19

(Unidade de nutrição e dietética) ................................................................................................ 19

Disposições Comuns ....................................................................................................................... 20

(Gestão intermédia) ..................................................................................................................... 20

Serviços de Gestão e Logística ....................................................................................................... 20

(Directório) ................................................................................................................................. 20

(Gabinete de planeamento e controlo de gestão) ........................................................................ 21

(Gabinete de gestão de sistemas de informação) ........................................................................ 21

(Gabinete jurídico) ...................................................................................................................... 21

(Serviço de gestão de doentes) .................................................................................................... 22

(Serviço de gestão financeira) ..................................................................................................... 22

(Serviço de gestão de recursos humanos) ................................................................................... 22

(Serviço de segurança, higiene e saúde no trabalho) .................................................................. 22

(Serviço de aprovisionamento) ................................................................................................... 23

(Serviços hoteleiros) ................................................................................................................... 23

(Serviço de instalações e equipamentos) .................................................................................... 23

(Estrutura, direcção e gestão intermédia) .................................................................................... 23

GESTÃO DE RECURSOS ................................................................................................................. 24

(Manuais de procedimentos) ....................................................................................................... 24

(Recursos humanos) .................................................................................................................... 24

(Regime financeiro) .................................................................................................................... 24

(Aquisição de bens, serviços e empreitadas de obras) ................................................................ 24

GARANTIAS ..................................................................................................................................... 25

(Gestão do risco) ......................................................................................................................... 25

(Confidencialidade)..................................................................................................................... 25

DISPOSIÇÕES FINAIS ..................................................................................................................... 25

(Assistência religiosa) ................................................................................................................. 25

(Assistência post-mortem) .......................................................................................................... 25

(Exercício de actividade privada) ............................................................................................... 25

(Remissões) ................................................................................................................................. 26

(Regulamentação complementar) ............................................................................................... 26

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CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1º

(Natureza jurídica e sede)

O Hospital de Santo André, E.P.E., adiante designado de hospital, constitui uma entidade pública empresarial, criada pelo DL nº 233/2005, de 29 de Dezembro, possui o número de pessoa colectiva 506361675 e tem a sua sede em Olhalvas, Leiria.

Artigo 2º (Missão)

O hospital tem por missão prestar cuidados de saúde diferenciados e de qualidade a todos os utentes que a este ocorram, em articulação com os cuidados de saúde primários e com os demais hospitais integrados na rede do Serviço Nacional de Saúde, utilizando adequadamente todos os recursos humanos e materiais entendidos por necessários dentro dos princípios de eficácia e eficiência recomendados. Faz igualmente parte da sua missão assegurar condições de investigação e de formação profissional aos respectivos colaboradores e assegurar as condições de conforto, higiene e segurança para utentes e colaboradores.

Artigo 3º (Valores)

No desenvolvimento da sua actividade, o hospital rege-se pelos seguintes valores: a) Respeito pela dignidade humana; b) Respeito pelos códigos de conduta próprios de cada grupo profissional, no quadro da prestação de

cuidados em equipa; c) Prossecução da qualidade e da eficiência no desenvolvimento da sua actividade; d) Desenvolvimento de uma cultura de conhecimento e aperfeiçoamento técnico e profissional; e) Primado do doente.

Artigo 4º (Politica da qualidade e objectivos)

1. O hospital tem como política da qualidade a prática contínua de um nível elevado da qualidade dos

cuidados prestados, em todos os sectores, de acordo com as necessidades dos utentes e da comunidade. Todos os serviços estão organizados segundo normas e cumprem as regras de boa prática técnico-científicas dando, desse modo, resposta aos problemas/expectativas dos utentes. Desenvolve e mantém condições de trabalho consentâneas com a motivação dos seus colaboradores que conduzem a um elevado grau de satisfação, visando a obtenção de ganhos em saúde e ao reforço da qualidade assistencial.

2. Na sua actuação, o hospital pautar-se-á pela prossecução dos seguintes objectivos: a) Prestar cuidados de saúde de qualidade, acessíveis em tempo oportuno;

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b) Assegurar a sustentabilidade económica e financeira promovendo a eficiência na utilização dos recursos e a eficácia nos resultados;

c) Assegurar a melhoria contínua através da eficácia do sistema de gestão da qualidade fazendo revisões periódicas do mesmo, introduzindo medidas correctivas.

3. O cumprimento dos objectivos quantificados e assumidos através dos contratos programa e dos planos de acção será objecto de avaliação interna e externa, no sentido de assegurar a concretização das metas estabelecidas pela tutela e o sucesso do hospital enquanto instituição prestadora de cuidados hospitalares.

Artigo 5º

(Legislação aplicável) O hospital rege-se pelo presente regulamento interno e pela seguinte legislação: a) Diploma de transformação em entidade pública empresarial (DL 233/2005 de 29 de Dezembro,

diploma que aprova, em anexo, os estatutos do hospital) e respectiva legislação enquadradora (Lei de Bases da Saúde, Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro e DL nº 11/93 de 15 de Janeiro, Estatuto do Serviço Nacional de Saúde);

b) Regime jurídico do sector empresarial do Estado, aprovado pelo DL 588/99 de 17 de Dezembro; c) Outras normas especiais decorrentes do seu objecto social.

Artigo 6º (Objecto e área de influência)

1. O hospital tem por objecto a prestação de cuidados de saúde, de acordo com o seu grau de

diferenciação e o seu posicionamento no contexto do Serviço Nacional de Saúde. 2. O hospital pode acessoriamente explorar serviços e efectuar operações civis e comerciais

relacionadas directa ou indirectamente, no todo ou em parte, com o seu objecto social ou que sejam susceptíveis de facilitar ou favorecer a sua realização, bem como participar em agrupamentos outras formas de associação.

3. A área de influência a que está adstrito no contexto do Serviço Nacional de Saúde é a correspondente aos concelhos de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Porto de Mós e parcialmente a de Ourém. Como hospital de 2ª linha, o hospital serve ainda parte dos concelhos de Alcobaça e de Pombal, e na valência específica de urologia, parte dos concelhos de Bombarral, Caldas da Rainha, Óbidos, e Peniche, sem prejuízo do disposto nos documentos das redes de referenciação hospitalar.

Artigo 7º

(Formas inovadoras de gestão) O hospital assegurará a prestação de cuidados de saúde e as demais actividades complementares através de meios próprios ou de terceiras entidades, estabelecendo, para o efeito e no quadro legal em vigor, os contratos que melhor correspondam à concretização do seu objecto social, ou as formas de associação que para o efeito se considerem oportunas.

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Capítulo II

ORGÃOS DO HOSPITAL

Secção I Classificação dos Orgãos do Hospital

Artigo 8º

(Tipos de orgãos)

Os orgãos do hospital agrupam-se nas seguintes categorias: a) Orgãos sociais; b) Orgão consultivo; c) Orgãos de apoio técnico; d) Outros orgãos.

Secção II Orgãos Sociais

Artigo 9º

(Constituição dos orgãos sociais)

São orgãos sociais do hospital: a) O Conselho de administração; b) O Fiscal único; c) O Conselho consultivo.

Artigo 10º (Conselho de administração)

1. A composição, o funcionamento, a competência, as reuniões, as deliberações e a vinculação do

conselho de administração são reguladas pelos artigos 6º, 7º e 8º dos estatutos do hospital. 2. Para além da competência específica do presidente do conselho de administração, a cada um dos

vogais do conselho de administração será atribuída a responsabilidade de pelouros próprios, com ou sem delegação de competências.

3. As regras de funcionamento do conselho de administração são as seguintes: a) As reuniões do Conselho de Administração ocorrerão, semanalmente, sem prejuízo de em períodos

de férias as reuniões se realizarem quinzenalmente; b) A ordem de trabalhos será aprovada pelo Presidente do Conselho de Administração e

disponibilizada até às 17:00 horas do dia anterior; c) A vinculação da sociedade processar-se-à através da assinatura de dois administradores,

nomeadamente para efeitos de emissão de ordens de pagamento, em que a respectiva obrigação carece da assinatura de dois administradores;

d) O Presidente do Conselho de Administração tem voto de qualidade, em caso de empate na votação; e) Nas reuniões do Conselho de Administração serão lavradas actas a aprovar na reunião seguinte.

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Artigo 11º

(Director clínico)

1. As competências do director clínico são as constantes do artigo 9º dos estatutos do hospital, sem prejuízo da possibilidade de, por deliberação do conselho de administração e autorização superior, nos termos legais, exercer actividades assistenciais.

2. No exercício das suas funções, o director clínico é coadjuvado por até três adjuntos, sendo a sua área específica de actividade definida no respectivo despacho de nomeação.

3. Pelo exercício de funções de adjunto é devida uma remuneração correspondente a 10%, do vencimento base de origem, pagável em 12 mensalidades por ano, não acumulável com a remuneração específica devida pelo exercício do cargo de director de serviço ou de departamento.

4. A nomeação e exoneração dos adjuntos do director clínico, é efectuada livremente, a todo o tempo, por mera conveniência funcional, sem prejuízo da cessação automática por efeito da cessação do mandato do director clínico.

Artigo 12º

(Enfermeiro director)

1. As competências do enfermeiro director são as constantes do nº 10º dos estatutos do hospital. 2. No exercício das suas funções, o enfermeiro director será coadjuvado por até três adjuntos, sendo a

sua área específica de actividade definida no respectivo despacho de nomeação. 3. Pelo exercício das funções de adjunto é devida uma remuneração correspondente a 10%, do

vencimento base de origem, pagável em 12 mensalidades por ano. 4. A nomeação e exoneração dos adjuntos do enfermeiro director, é efectuada livremente, a todo o

tempo, por mera conveniência funcional, sem prejuízo da cessação automática por efeito da cessação do mandato do enfermeiro director.

Artigo 13º

(Fiscal único)

A natureza, competências, regime de substituição, tempo de mandato e regime de exercício de funções no respectivo termo do fiscal único são as constantes dos artigos 15º e 16º dos estatutos do hospital.

Artigo 14º

(Conselho consultivo)

A natureza, composição, funcionamento e mandato dos membros do conselho consultivo são as constantes do artigo 18º, 19º e 20º dos estatutos do hospital.

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Secção III

Orgãos de Apoio Técnico

Artigo 15º (Natureza, constituição, mandato e funcionamento dos orgãos de apoio técnico)

1. Para actuação em matéria especializada de interesse comum, o hospital poderá constituir estruturas

permanentes ou eventuais. 2. São orgãos permanentes de apoio técnico ao hospital: a) A comissão médica; b) A comissão de enfermagem; c) A comissão de ética; d) A comissão de qualidade; e) A comissão de humanização; f) A comissão de controlo da infecção; g) A comissão de farmácia e terapêutica; h) A comissão de coordenação oncológica; i) A comissão de informática; j) A direcção do internato médico; l) O gabinete de auditoria e codificação clínica; m) O conselho técnico. 3. Os orgãos de apoio técnico, permanentes ou eventuais, têm por função colaborar com os orgãos de

administração, por sua iniciativa ou a pedido daqueles, nas matérias da sua competência. 4. Pelo exercício de funções no âmbito dos orgãos de apoio técnico não é devida qualquer

remuneração especial. 5. O mandato dos membros dos orgãos de apoio técnico é de 3 anos, terminando o mesmo com a

cessação de funções do conselho de administração, sem prejuízo da manutenção de funções até à nomeação dos novos titulares bem como dos cargos exercidos por inerência de outros cargos.

Artigo 16º (Comissão médica)

1. A comissão médica é um orgão de apoio ao director clínico, por ele presidida, cabendo-lhe

acompanhar e avaliar a actividade clínica, designadamente os aspectos relacionados com o exercício da medicina.

2. A comissão médica é composta pelos adjuntos do director clínico, pelos directores de departamento e pelos directores dos serviços de prestação de cuidados, sem prejuízo do director clínico poder convocar para participar nas reuniões outros profissionais que considere relevantes para o assunto a tratar.

3. A comissão médica reunirá por convocação do director clínico, podendo funcionar em comissões especializadas, sempre que tal se justifique.

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Artigo 17º

(Comissão de enfermagem)

1. A comissão de enfermagem é um orgão de apoio ao enfermeiro director, sendo por ele presidida, competindo-lhe apreciar os aspectos relacionados com o exercício da enfermagem no hospital e avaliar a actividade desenvolvida neste sector.

2. A comissão de enfermagem é composta pelos adjuntos do enfermeiro director, pelos enfermeiros supervisores e pelos enfermeiros chefes, podendo o enfermeiro director convocar para participar nas reuniões outros profissionais que considere relevantes para o assunto a tratar.

3. A comissão de enfermagem reúne por convocação do enfermeiro director, podendo funcionar em comissões especializadas, de âmbito restrito, sempre que tal se mostre necessário ou adequado.

Artigo 18º

(Comissão de ética)

1. A comissão de ética é um orgão multidisciplinar de apoio ao conselho de administração, no âmbito das exigências de natureza ética associadas à actividade do hospital.

2. A composição da comissão de ética será designada pelo director clínico e homologada pelo conselho de administração e terá uma composição de até sete membros.

3. A comissão de ética rege-se pelas disposições do DL nº 97/95 de 10 de Maio.

Artigo 19º (Comissão de qualidade)

1. A comissão de qualidade é um orgão de apoio técnico ao conselho de administração no âmbito da

qualidade dos serviços, tendo por objecto a sua promoção efectiva. 2. Compete-lhe, especialmente: a) A formulação de propostas ou pareceres sobre a política de qualidade a prosseguir pelo hospital, de

forma orientada para o utente, nas dimensões de garantia, planeamento, controlo estatístico e melhoria contínua;

b) A avaliação das diferentes dimensões da qualidade, incluindo a dos custos da não qualidade; c) A apresentação de proposta do plano de acção, com previsão dos recursos necessários à sua

execução; d) O acompanhamento das actividades incluídas no plano de acção anual; e) A elaboração do relatório de actividades a submeter a aprovação do conselho de administração. 3. A comissão de qualidade é composta por até cinco membros, nomeados pelo conselho de

administração que designará o presidente.

Artigo 20º (Comissão de humanização)

1. A comissão de humanização é um orgão de apoio técnico ao conselho de administração, no âmbito

da humanização, tendo por objecto a sua promoção efectiva. 2. Compete à comissão de humanização: a) Proceder à reflexão sobre os objectivos estratégicos a traçar no domínio da humanização; b) Analisar e inventariar a situação do hospital em matéria de humanização;

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c) Formular propostas de acção ou adopção de medidas, promovendo a sua execução; d) Colaborar com o gabinete de educação e formação permanente na realização de acções de formação

e sensibilização dos funcionários; e) Contribuir para a melhoria das condições de recepção, acolhimento, informação e apoio a doentes e

acompanhantes; f) Apoiar em todos os serviços do hospital projectos específicos de humanização; 3. A comissão é composta por até nove membros, nomeados pelo conselho de administração que

designará o presidente. 4. A comissão reunirá ordinariamente com periodicidade mensal, mediante convocatória do presidente.

Artigo 21º (Comissão de controlo da infecção)

A comissão de controlo da infecção rege-se pelas disposições estabelecidas no despacho do Director Geral de Saúde de 23/08/96, publicado no DR, 2ª série de 23/10/96.

Artigo 22º (Comissão de farmácia e terapêutica)

1. A comissão de farmácia e terapêutica é constituída por até seis membros, três médicos e três

farmacêuticos, deles contando o director clínico e o director do serviço farmacêutico, sendo presidida pelo director clínico ou um dos seus adjuntos que terá voto de qualidade. O responsável do serviço de aprovisionamento poderá ser convocado a participar nas reuniões em função da incidência económica e de gestão das matérias a tratar.

2. Compete à comissão de farmácia e terapêutica: a) Actuar como orgão de ligação entre os serviços de prestação de cuidados e o serviço farmacêutico; b) Elaborar as adendas privativas de aditamento ou exclusão ao formulário hospitalar nacional de

medicamentos; c) Emitir pareceres e relatórios, acerca de todos os medicamentos a incluir ou a excluir no formulário

hospitalar nacional de medicamentos, que serão enviados trimestralmente ao Infarmed; d) Acompanhar o cumprimento do formulário hospitalar nacional de medicamentos e suas adendas; e) Pronunciar-se sobre a correcção da terapêutica prescrita aos doentes, quando solicitado pelo seu

presidente e sem quebra das normas deontológicas; f) Apreciar com cada serviço hospitalar os custos de terapêutica que periodicamente lhe são

submetidas, após emissão de parecer obrigatório pelo director do serviço farmacêutico do hospital; g) Elaborar, observando parecer de custos, a emitir pelo director do serviço farmacêutico, a lista de

medicamentos de urgência que devem existir nos serviços de prestação de cuidados; h) Propor o que tiver por conveniente dentro das matérias da sua competência.

Artigo 23º (Comissão de coordenação oncológica)

1. A comissão de coordenação oncológica é um orgão de apoio técnico presidido pelo director clínico

ou por um dos seus adjuntos e composta por até sete membros nomeados pelo conselho de administração, sob proposta do director clínico.

2. São competências genéricas da comissão de coordenação oncológica:

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a) Organizar as consultas de grupo multidisciplinar com o objecto de analisar e definir as estratégias de diagnóstico e terapêutica relativas à oncologia;

b) Definir critérios e propor protocolos de relacionamento com instituições especialmente vocacionadas para a problemática, em especial o Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, E.P.E.;

c) Definir e aprovar protocolos de actuação diagnóstica e terapêutica dos diversos tipos de doença oncológica;

d) Promover e coordenar o registo oncológico do hospital fornecendo os elementos necessários ao cumprimento das tarefas do registo oncológico regional com sede no Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, E.P.E..

3. No mais, a comissão oncológica rege-se pela Portaria nº 420/90, de 8 de Junho.

Artigo 24º (Comissão de informática)

1. A comissão de informática é um orgão de apoio ao conselho de administração constituída por até

cinco membros, nomeados pelo conselho de administração, que designará o presidente. 2. Compete, especialmente, à comissão de informática: a) Apoiar a sistematização e integração das soluções informáticas existentes; b) Avaliar a performance da estrutura informática existente, propondo soluções de melhoria, extensão

ou desenvolvimento; c) Colaborar na definição do plano estratégico e na avaliação dos investimentos a realizar. 3. A comissão de informática reunirá por convocatória do respectivo presidente.

Artigo 25º (Direcção do internato médico)

1. A direcção do internato médico é assegurada por um adjunto do director clínico. 2. A nomeação, competência e funcionamento da direcção do internato médico é definida no

regulamento do internato médico que atenderá, em especial, à disciplina do regime jurídico da formação médica após licenciatura em medicina.

3. Sem prejuízo das funções que lhe são inerentes terá também a responsabilidade de coordenar os estágios dos alunos da licenciatura em medicina.

Artigo 26º

(Gabinete de auditoria e codificação clínica)

1. O gabinete de auditoria e codificação clínica é composto por três médicos codificadores, um dos quais coordenador, nomeados pelo conselho de administração.

2. Ao gabinete de auditoria compete genericamente: a) Orientar a codificação clínica e assegurar a respectiva qualidade técnica; b) Divulgar os dados das estatísticas de codificação aos respectivos serviços; c) Resolver as dúvidas de codificação suscitadas; d) Organizar e realizar auditorias à codificação clínica.

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Artigo 27º (Conselho técnico)

1. O conselho técnico é composto pelos técnicos directores, técnicos coordenadores e técnicos

indigitados para o exercício das funções de coordenador por cada profissão dos técnicos de diagnóstico e terapêutica, conforme previsto no artigo 13º do DL 564/99 de 21 de Dezembro, nomeados pelo conselho de administração, que entre si elegerão um coordenador, um secretário e um sub-secretário, com mandato trienal.

2. Ao conselho técnico compete especialmente: a) A promoção da articulação das actividades dos respectivos sectores e a emissão de pareceres sobre

matérias relacionadas com o exercício profissional no âmbito das actividades de diagnóstico e terapêutica;

b) Promover orientações que visem o melhor aproveitamento dos recursos humanos nas respectivas áreas profissionais de diagnóstico e terapêutica, avaliando anualmente os índices de produtividade;

c) Promover orientações ao nível das boas práticas profissionais.

Secção IV

Outros Orgãos

Artigo 28º (Gabinete de educação e formação permanente)

1. O gabinete de educação e formação permanente é composto por até sete membros nomeados pelo

conselho de administração, que designará o coordenador. 2. Compete especialmente ao gabinete de educação e formação permanente:

a) Proceder anualmente ao levantamento das necessidades de formação inicial e contínua da instituição;

b) Elaborar e divulgar os planos de actividades e submetê-los à aprovação superior; c) Coordenar e orientar as acções necessárias à execução dos planos e programas aprovados; d) Organizar e supervisionar as acções programadas; e) Avaliar os resultados das acções realizadas; f) Elaborar o relatório anual de actividades.

3. Compete, ainda, ao gabinete de formação e educação permanente coordenar a execução dos projectos co-financiados pelos fundos comunitários ou por outras fontes de financiamento externo, nomeadamente nas situações em que é relevante o desenvolvimento de módulos de formação e aperfeiçoamento técnico-profissional, nos termos a definir no seu regulamento interno.

Artigo 29º

(Gabinete de comunicação, relações públicas e imagem)

1. O gabinete de comunicação, relações públicas e imagem é um orgão de apoio ao conselho de administração, composto por até cinco membros, nomeados pelo conselho de administração, que designará o coordenador, competindo-lhe, especialmente, as seguintes atribuições:

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a) Coligir e organizar a documentação para divulgação pela comunicação social, organizar dossiers temáticos para distribuição pela comunicação social, na sequência dos trabalhos e intervenções do presidente e vogais do conselho de administração;

b) Estabelecer relações de colaboração com os meios de comunicação social em geral, e em especial com os de expressão regional e local;

c) Preparar, elaborar, editar e distribuir publicações periódicas de informação geral que visem a promoção e divulgação das actividades dos órgãos e serviços e as deliberações e decisões do presidente e vogais do conselho de administração;

d) Preparar as cerimónias protocolares promovendo os registos audiovisuais regulares dos principais eventos ocorridos no hospital ou que tenham relação com a actividade hospitalar, procedendo ao respectivo tratamento em função das utilizações.

Artigo 30º

(Auditor interno)

A natureza, competências, regime de substituição, tempo de mandato e regime de exercício de funções no respectivo termo do auditor interno são as constantes do artigo 17º dos estatutos do hospital.

CAPÍTULO III

ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

Artigo 31º (Tipologia dos serviços)

O hospital encontra-se organizado em três áreas distintas: a) Serviços de prestação de cuidados; b) Serviços de suporte à prestação de cuidados; c) Serviços de gestão e logística.

Secção I Serviços de Prestação de Cuidados

Artigo 32º

(Áreas de prestação de cuidados)

Os serviços de prestação de cuidados desenvolvem as suas actividades nas seguintes áreas: a) Internamento, organizado de acordo com o seu grau de intensidade, especialização e regime

hoteleiro; b) Cirurgia do ambulatório, constituindo um programa cirúrgico caracterizado por entrada e alta dos

doentes no mesmo dia; c) Consulta externa, que engloba o sector de exames especiais, caracterizada pela prestação de cuidados

com marcação prévia sem hospitalização; d) Hospital de dia, caracterizado pelo trabalho com base em programa e protocolos terapêuticos

específicos;

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e) Urgência, organizada num modelo de triagem com vista a responder a cuidados urgentes e emergentes;

f) Meios complementares de diagnóstico e terapêutica, dedicados à prestação de actos de diagnóstico e de terapêutica;

g) Quartos particulares, organizados de acordo com o regulamento tipo aprovado por despacho do Secretário de Estado da Saúde de 27/07/79, divulgado pela Circular Normativa nº 27/79 da Direcção Geral dos Hospitais de 18/08/79.

Artigo 33º (Serviços)

1. Os recursos do hospital são organizados através de serviços. 2. O serviço é a unidade básica da organização, funcionando autonomamente ou de forma agregada em

departamentos, quando existam. 3. A organização e a nomenclatura dos serviços enquanto centros de custo, tem em consideração a

aplicação da Portaria nº 898/2000, de 28 de Setembro (Plano Oficial de Contas do Ministério da Saúde).

Artigo 34º

(Competências e princípios gerais de direcção)

1. Compete a todos os responsáveis dos serviços pôr em prática as actividades próprias do ciclo de gestão, a saber:

a) Planear, de acordo, os objectivos gerais de exploração para o hospital, tendo como instrumentos o plano de acção e orçamento;

b) Executar, pondo em prática as medidas constantes do plano; c) Acompanhar mensalmente o cumprimento dos objectivos e reportar para o nível superior os

resultados atingidos; d) Corrigir os desvios, tomando as medidas apropriadas. 2. Todos os responsáveis seguirão as melhores práticas na gestão dos recursos colocados sob a sua

direcção, devendo nessa perspectiva: a) Orientar a actividade do serviço na satisfação das necessidades e expectativas dos seus clientes; b) Exercer a sua actividade operacional através da melhoria contínua da estrutura dos processos e dos

resultados, identificando e resolvendo problemas e estabelecendo a comparação com outros de melhor nível de processos e desempenho;

c) Promover a valorização dos recursos humanos, através da actualização do conhecimento e das técnicas utilizadas e do envolvimento nas actividades de criação de valor;

d) Estabelecer processos multidisciplinares e intersectoriais de trabalho; e) Manter um sistema eficaz de controlo, destinado à salvaguarda dos activos e à economia no

consumo de recursos; f) Assegurar um sistema de informação qualificado, íntegro e fiável; g) Providenciar pela gestão dos recursos do serviço, com base em padrões de qualidade e de eficiência.

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Artigo 35º (Estrutura organizacional dos serviços de prestação de cuidados)

1. A estrutura organizacional do hospital contempla a existência dos seguintes serviços:

a) Anatomia patológica;

b) Anestesiologia; c) Cardiologia; d) Cirurgia I; e) Cirurgia II; f) Dermatologia g) Estomatologia; h) Gastrenterologia; i) Ginecologia/obstetrícia; j) Imagiologia; l) Medicina I; m) Medicina II; n) Medicina física e reabilitação; o) Neurologia; p) Oftalmologia; q) Ortopedia I; r) Ortopedia II; s) Otorrinolaringologia; t) Patologia clínica; u) Pediatria, que engloba a unidade funcional de pedopsiquiatria; v) Pneumologia; w) Psiquiatria e saúde mental; x) Sangue; y) Unidade de cuidados intensivos; z) Urgência geral; aa) Urologia. 1. A direcção dos serviços referidos no número anterior é assegurada por um director de serviço.

Artigo 36º (Gestão dos serviços de prestação de cuidados)

1. O director de serviço é um médico especialista que manifeste notórias capacidades de organização e

qualidades de chefia, nomeado pelo conselho de administração, em comissão de serviço, por um período de três anos, sob proposta do director clínico.

2. Os directores de serviço são responsáveis pela correcção e prontidão dos cuidados de saúde a prestar aos doentes, bem como pela utilização e eficiente aproveitamento dos recursos postos à sua disposição, respondendo perante o conselho de administração, a quem cabe fixar os objectivos, ouvidos os directores de serviço, implementar os meios necessários para os atingir e definir os mecanismos de avaliação periódica.

3. Aos directores de serviço compete-lhes genericamente planear e dirigir toda a actividade do serviço, com autonomia na organização do trabalho e os correspondentes poderes de direcção sobre todo o

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pessoal que integra o serviço, independentemente da sua carreira ou categoria profissionais, com a salvaguarda das competências específicas e científicas atribuídas por lei a cada profissão.

4. São competências específicas do director de serviço: a) Definir a organização da prestação de cuidados de saúde e fixar orientações, com observância das

normas emitidas pelas entidades competentes; b) Elaborar o plano anual de actividades e orçamento do serviço; c) Analisar mensalmente os desvios verificados face à actividade esperada e verbas orçamentadas,

corrigi-los, ou, sendo necessário, propor medidas correctivas ao director clínico, ou de departamento, quando existam;

d) Assegurar a produtividade e eficiência dos cuidados de saúde prestados e proceder à sua avaliação sistemática;

e) Acompanhar a realização dos ensaios clínicos ou outras actividades promocionais em que esteja envolvido o nome do estabelecimento ou o serviço do hospital sem colidir com o disposto no número anterior;

f) Promover a aplicação dos programas de controlo da qualidade e da produtividade, zelando por uma melhoria contínua da qualidade dos cuidados de saúde;

g) Zelar pela organização e constante actualização dos processos clínicos, designadamente através da revisão das decisões de admissão e de alta, mantendo um sistema de codificação correcto e atempado das altas clínicas;

h) Propor ao director clínico, quando necessário, a realização de auditorias clínicas; i) Propor a celebração de protocolos de colaboração ou apoio, contratos de prestação de serviço ou

convenções com profissionais de saúde e instituições, públicas e privadas, no âmbito das suas actividades e para a prossecução dos objectivos definidos;

j) Zelar pela actualização das técnicas utilizadas, promovendo por si ou propondo aos orgãos competentes as iniciativas aconselháveis para a valorização, aperfeiçoamento e formação profissional do pessoal em serviço, e organizar e supervisionar todas as actividades de formação e investigação;

l) Tomar conhecimento e determinar as medidas adequadas em resposta a reclamações apresentadas pelos utentes;

m) Assegurar a gestão adequada dos recursos humanos, incluindo a avaliação interna do desempenho global dos profissionais, dentro dos parâmetros estabelecidos;

n) Exercer o poder disciplinar sobre todo o pessoal, independentemente do regime de trabalho que o liga ao hospital, nos termos a definir pelo conselho de administração;

o) Promover a manutenção de um sistema de controlo interno eficaz destinado a assegurar a salvaguarda dos activos, a integridade e fiabilidade do sistema de informação, a observância das leis, dos regulamentos e normas aplicáveis, assim como o acompanhamento dos objectivos globais definidos;

p) Zelar pelo registo atempado e correcto da contabilização dos actos clínicos e providenciar pela boa gestão dos bens e equipamentos do serviço;

q) Assegurar a gestão adequada e o controlo dos consumos dos produtos mais significativos, nomeadamente medicamentos e material clínico;

r) Assegurar as condições técnicas e profissionais adequadas ao desempenho da actividade assistencial. 5. O director de serviço pode delegar as suas competências, excepto o controlo da actividade do

mesmo. 6. As comissões de serviço dos directores de serviço podem ser dadas por findas, a todo o tempo, pelo

conselho de administração, com fundamento no incumprimento dos objectivos previamente definidos, na aplicação de sanção disciplinar, na reorganização ou reestruturação dos serviços de prestação de cuidados ou a requerimento do interessado.

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Artigo 37º

(Departamentos) 1. Na medida em que razões organizacionais e funcionais o aconselhem, poderá o conselho de

administração determinar a constituição de departamentos, que integrarão serviços segundo critérios de complementaridade técnica e funcional, tendo em vista flexibilizar e articular o seu desempenho em função da prossecução de objectivos comuns.

2. Compete ao conselho de administração fixar o estatuto e competências do director de departamento.

Artigo 38º

(Áreas assistenciais comuns)

1. Com vista a facilitar e integrar o processo assistencial realizado pelos serviços em áreas de utilização comuns, envolvendo meios físicos, técnicos e humanos, a respectiva coordenação técnica e funcional dependerá do director clínico, ou do seu adjunto designado para o efeito.

2. Sem prejuízo de outras, poderão ser consideradas áreas assistenciais comuns as áreas de consulta

externa, exames especiais e hospital de dia.

Artigo 39º (Chefias de enfermagem)

1. Os serviços de prestação de cuidados de saúde em que exista a prestação directa de cuidados de

enfermagem disporão de enfermeiro chefe, em condições a definir pelo conselho de administração, sob proposta do enfermeiro director e ouvido o director de serviço.

2. Compete ao enfermeiro chefe, para além das competências constantes do DL nº 437/91, de 8 de Novembro, o exercício das seguintes competências:

a) Supervisionar os cuidados de enfermagem e coordenar, tecnicamente, a actividade de enfermagem; b) Colaborar na preparação de planos de acção e respectivos relatórios do serviço e promover a

utilização optimizada dos recursos, com especial relevo para o controlo dos consumos; c) Programar as actividades de enfermagem, definindo nomeadamente as obrigações específicas dos

enfermeiros e do pessoal auxiliar que com eles colabora, em especial os auxiliares de acção médica, e propondo medidas destinadas a adequar os recursos disponíveis às necessidades, nomeadamente aquando da elaboração de horários e planos de férias;

d) Propor o nível e tipo de qualificação exigidas ao pessoal de enfermagem, em função dos cuidados de enfermagem a prestar;

e) Elaborar, de forma articulada, o plano e relatório anuais referentes às actividades de enfermagem, sempre que a sua dimensão ou complexidade o justifique;

f) Incrementar métodos de trabalho que favoreçam um melhor nível de desempenho do pessoal de enfermagem e responsabilizar-se pela garantia de qualidade dos cuidados de enfermagem prestados;

g) Promover a divulgação de informação com interesse para o pessoal de enfermagem.

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Artigo 40º (Coordenação técnica)

1. Nos serviços de prestação de cuidados de saúde que envolvam a realização de meios

complementares de diagnóstico e terapêutica, poderão ser criados, por profissão, cargos de técnico coordenador, a quem competirá o exercício das funções previstas no DL nº 564/99, de 21 de Dezembro.

2. Compete ao conselho de administração a criação dos cargos referidos no número anterior e a definição do respectivo estatuto.

Secção II Serviços de Suporte à Prestação de Cuidados

Artigo 41º

(Estrutura organizacional dos serviços de suporte à prestação de cuidados)

O hospital dispõe dos seguintes serviços de suporte à prestação de cuidados: a) Bloco operatório; b) Serviço farmacêutico; c) Serviço social; d) Serviço de esterilização; e) Unidade de nutrição e dietética.

Artigo 42º (Bloco operatório)

1. O serviço de bloco operatório, que integra as unidades central e de cirurgia do ambulatório, é

dirigido por um médico, nomeado pelo conselho de administração, sob proposta do director clínico, em comissão de serviço, por um período de três anos, renovável.

2. O bloco operatório é um serviço constituído por um conjunto de meios físicos, técnicos e humanos vocacionados para o tratamento cirúrgico do doente, cujo funcionamento se articula com os serviços utilizadores e de apoio.

3. Compete especialmente ao director de serviço: a) Reunir as condições necessárias e suficientes à prática de actos cirúrgicos programados e urgentes,

conjugando de forma adequada os meios materiais e humanos disponíveis para o efeito, tendo em consideração a utilização eficaz e eficiente do serviço;

b) Criar condições para que a actividade cirúrgica se desenvolva de forma essencialmente previsional, com base num plano operatório adequado às necessidades da procura e às condições da oferta;

c) Promover condições de trabalho e relacionamento profissional, bem como normas de organização e disciplina tendo em conta a garantia da qualidade correspondente às funções específicas que são desenvolvidas.

4. Ao director de serviço aplica-se, com as necessárias adaptações, o regime estabelecido para os directores de serviços de prestação de cuidados.

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Artigo 43º (Serviço farmacêutico)

1. O serviço farmacêutico será dirigido por um farmacêutico nomeado pelo conselho de administração,

em comissão de serviço, por um período de três anos, renovável. 2. Compete especialmente ao director do serviço farmacêutico: a) Divulgar internamente informação técnico-científica relativa aos medicamentos; b) Participar no processo aquisitivo, armazenagem e gestão dos stocks de medicamentos; c) Efectuar a distribuição dos medicamentos nos diferentes serviços hospitalares através de métodos

que potenciem a sua gestão racional e de qualidade; d) Praticar uma política de informação relativa ao consumo dos medicamentos nos serviços; e) Colaborar na investigação e no ensino relativo à área do medicamento. 3. O estatuto do director de serviço farmacêutico será estabelecido pelo conselho de administração.

Artigo 44º

(Serviço social)

1. O serviço social é coordenado por um assistente social nomeado pelo conselho de administração, em comissão de serviço, por um período de três anos, renovável.

2. Compete ao serviço social, em especial: a) Apoiar os serviços de internamento, urgência e ambulatório, no cumprimento da respectiva missão e

dentro das suas atribuições; b) Implementar uma política de preparação efectiva das altas hospitalares, em colaboração com os

serviços de internamento, de modo a proporcionar uma rápida e adequada reintegração dos doentes na comunidade;

c) Participar nas acções de apoio domiciliário ou outras iniciativas em que intervenha o hospital; d) Gerir o gabinete do utente nos termos da legislação aplicável. 3. O estatuto do coordenador do serviço social será estabelecido pelo conselho de administração.

Artigo 45º (Serviço de esterilização)

1. O serviço de esterilização é chefiado por um enfermeiro nomeado pelo conselho de administração,

sob proposta do enfermeiro director, em comissão de serviço, por um período de três anos, renovável.

2. Compete ao serviço de esterilização a recolha, preparação, tratamento, armazenamento e distribuição de todo o material sujeito à intervenção do serviço, de acordo com as normas técnicas aplicáveis e em articulação com a comissão de controlo da infecção.

Artigo 46º

(Unidade de nutrição e dietética) 1. A unidade de nutrição e dietética é coordenada por um profissional especializado nomeado pelo

conselho de administração, em comissão de serviço, por um período de três anos, renovável. 2. Compete à unidade de nutrição e dietética: a) Exercer a sua actividade em articulação com os serviços hospitalares e as equipas de saúde familiar; b) Avaliar a composição das ementas fornecidas aos utentes e pessoal da instituição;

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c) Supervisionar a preparação, confecção e distribuição das refeições por forma a garantir a sua qualidade e adequação nutricional e terapêutica;

d) Participar nos programas institucionais e acções multidisciplinares desenvolvidas nas áreas de prevenção, promoção da saúde e saúde escolar, assistência, reabilitação e ensino.

3. O estatuto do coordenador da unidade de nutrição e dietética será estabelecido pelo conselho de administração.

Secção III

Disposições Comuns

Artigo 47º (Gestão intermédia)

1. Em termos a definir pelo conselho de administração, poderão ser criadas estruturas intermédias de

gestão, constituídas por conjuntos de serviços de prestação de cuidados de saúde ou de serviços de suporte à prestação de cuidados, que serão agregados a título de unidades integradas de gestão, compreendendo centros de custo ou de resultados, por linhas de produção ou de actividades.

2. As estruturas intermédias de gestão serão confiadas, sempre que possível, a administradores hospitalares, a quem competirá, genericamente, a elaboração, integração e acompanhamento da execução dos respectivos planos de acção e orçamentos, bem como exercer os poderes de gestão que lhes forem delegados pelo conselho de administração.

Secção IV

Serviços de Gestão e Logística

Artigo 48º (Directório)

Os serviços de gestão e logística são os seguintes: a) Gabinete de planeamento e controlo de gestão; b) Gabinete de gestão de sistemas de informação; c) Gabinete jurídico; d) Serviço de gestão de doentes; e) Serviço de gestão financeira; f) Serviço de gestão de recursos humanos; g) Serviço de segurança, higiene e saúde no trabalho; h) Serviço de aprovisionamento; i) Serviços hoteleiros; j) Serviço de instalações e equipamentos.

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Artigo 49º (Gabinete de planeamento e controlo de gestão)

O gabinete de planeamento e controlo de gestão é uma estrutura de apoio ao conselho de administração na definição do planeamento estratégico e operacional do hospital e no controlo da sua execução, competindo-lhe coordenar o processo de elaboração dos planos de actividades, anuais ou plurianuais, dos orçamentos e planos de acção, globais ou sectoriais, ou outros instrumentos de gestão previsional e garantir o acompanhamento da sua execução numa óptica de controlo de gestão.

Artigo 50º (Gabinete de gestão de sistemas de informação)

1. O gabinete de gestão de sistemas de informação integra as áreas da estatística e da informática e tem

por finalidade garantir a operacionalidade dos sistemas de informação do hospital e a obtenção de informação para a gestão.

2. Compete-lhe genericamente: a) Recolher e tratar os dados de informação pertinentes, em tempo oportuno e com fiabilidade em três

vertentes fundamentais: acessibilidade, eficácia e eficiência; b) Divulgar diferentes tipos de informação destinados aos vários níveis de gestão e direcção; c) Relacionar a situação do serviço e do hospital com padrões e valor esperado ou contratualizado; d) Relacionar os aspectos de produção com os custos, qualidade e tempo/oportunidade de cuidados; e) Desenvolver com rapidez e eficácia a assistência e manutenção dos equipamentos informáticos, das

redes e comunicações; f) Promover a rentabilização dos recursos, bem como a optimização da qualidade de utilização; g) Assegurar a confidencialidade e integridade dos dados pessoais informatizados.

Artigo 51º

(Gabinete jurídico)

1. O gabinete jurídico é um orgão de apoio que tem por função informar e preparar em termos jurídico-legais a tomada de decisão.

2. São atribuições do gabinete jurídico, designadamente: a) Emitir pareceres, elaborar informações e proceder a estudos sobre todas as questões jurídicas que

lhe forem submetidas; b) Colaborar na preparação e elaboração de projectos de circulares, protocolos, regulamentos internos,

contratos, ou quaisquer outros actos que lhe sejam superiormente solicitados; c) Apoiar a instrução e instruir processos disciplinares, inquéritos, averiguações, nos termos previstos

na lei, e outros processos de que seja incumbido; d) Preparar os projectos de resposta nos recursos hierárquicos, de contencioso administrativo e contra-

ordenacional.

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Artigo 52º (Serviço de gestão de doentes)

1. O serviço de gestão de doentes compreende a execução de todas as funções de natureza administrativa relacionadas com o atendimento, a admissão e o encaminhamento do utente desde o seu primeiro contacto com a instituição até à alta administrativa, incluindo a gestão do arquivo clínico.

2. Compete-lhe genericamente: a) Garantir a conformidade dos procedimentos administrativos de admissão e encaminhamento dos

doentes, de acordo com as regras aplicáveis e em vigor na instituição e no Serviço Nacional de Saúde;

b) Assegurar que os circuitos dos utentes estão claramente estabelecidos e respondem com segurança, flexibilidade, racionalidade de meios e iguais padrões de qualidade às diversas situações;

c) Garantir que a informação recolhida e transmitida seja a necessária, de forma a estarem garantidas a operacionalidade e eficiência em todas as fases do processo de trabalho;

d) Criar e manter os suportes necessários aos registos para efeitos de facturação, financiamento e gestão da informação;

e) Guardar, conservar e tratar toda a documentação clínica e clínico-administrativa dos utentes, independentemente da especialidade, regime de atendimento ou suporte em que a informação resida.

Artigo 53º

(Serviço de gestão financeira) O serviço de gestão financeira tem por função apoiar o conselho de administração na formulação de política de gestão financeira, executar os planos financeiros e de tesouraria aprovados e produzir a informação de natureza orçamental, financeira e contabilística do hospital, designadamente os documentos de prestação de contas obrigatórios e demais informação de suporte à elaboração e controlo da execução de orçamentos globais e sectoriais.

Artigo 54º (Serviço de gestão de recursos humanos)

O serviço de gestão de recursos humanos tem por função apoiar o conselho de administração na definição da política de recursos humanos e na gestão do respectivo plano, cabendo-lhe, especificamente, participar no recrutamento de efectivos, organizar e assegurar a administração do pessoal, designadamente manutenção dos cadastros, remunerações, controlo de assiduidade, avaliação do desempenho e produzir a informação de gestão pertinente.

Artigo 55º (Serviço de segurança, higiene e saúde no trabalho)

1. O serviço de segurança, higiene e saúde no trabalho é uma estrutura técnica que tem por objectivo

garantir o cumprimento das obrigações legais no âmbito respectivo. 2. Cumpre desenvolver, em particular, pelo serviço de segurança, higiene e saúde no trabalho as

seguintes actividades, organizando os meios necessários para tanto, destinadas a assegurar a segurança e saúde no trabalho:

a) Planificação e organização da prevenção de riscos profissionais;

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b) Eliminação dos factores de risco e de acidente; c) Avaliação e controlo de riscos profissionais; d) Informação, formação, consulta e participação dos trabalhadores e seus representantes; e) Promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores; f) Recolha e organização de elementos estatísticos e outra informação relativa às condições de

segurança e saúde no trabalho.

Artigo 56º (Serviço de aprovisionamento)

O serviço de aprovisionamento tem por funções promover, com observância dos princípios de racionalidade económica, a disponibilização dos meios e serviços necessários à execução das actividades de prestação de cuidados de saúde e outras de apoio, competindo-lhe, genericamente, a respectiva gestão económica, material e administrativa, compreendendo as funções de aquisição, armazenamento e distribuição, bem como a gestão do património, produzindo a informação de gestão pertinente.

Artigo 57º (Serviços hoteleiros)

Os serviços hoteleiros têm por funções garantir, preferencialmente através de contratação de empresas especializadas, o fornecimento de alimentação a pessoal e doentes, em articulação com a unidade de nutrição e dietética, o abastecimento de roupas aos serviços prestadores de cuidados de saúde e outros de apoio, e, bem como, organizar e realizar as acções de higiene e limpeza das instalações e equipamentos do hospital, de acordo com regras e procedimentos definidos em colaboração com a comissão de controlo da infecção.

Artigo 58º (Serviço de instalações e equipamentos)

O serviço de instalações e equipamentos tem por funções participar na elaboração da política de investimento e gestão de instalações e equipamentos do hospital, visando garantir a plena operacionalidade e funcionalidade técnica e económica desses meios operacionais, competindo-lhe, genericamente, manter actualizado o cadastro das instalações e equipamentos, elaborar, executar e controlar os planos de manutenção aprovados e gerir os contratos de manutenção celebrados com entidades externas.

Artigo 59º (Estrutura, direcção e gestão intermédia)

1. A organização interna dos serviços de gestão e logística, bem como a definição das suas estruturas

funcionais e hierárquicas e respectivas competências, serão estabelecidas pelo conselho de administração.

2. Em função de vantagens operacionais ou económicas, os serviços de gestão e logística poderão, no todo ou em parte, constituir-se em unidades integradas de gestão, em condições a definir pelo conselho de administração.

3. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, a direcção dos serviços de gestão e logística, ou das respectivas unidades integradas de gestão, deverá ser confiada, a profissionais com perfil adequado, numa óptica de gestão intermédia.

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CAPÍTULO IV GESTÃO DE RECURSOS

Artigo 60º

(Manuais de procedimentos)

A gestão dos recursos do hospital seguirá o modelo empresarial, orientando-se para a prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade, ao serviço dos doentes, potenciando o desenvolvimento e o mérito profissionais, procurando a melhor eficiência técnica e social, na base da utilização, sempre que possível, de manuais de procedimentos e protocolos de actuação.

Artigo 61º (Recursos humanos)

1. A gestão de recursos humanos rege-se pelos artigos 14º, 15º, 16º, 17º, 18º e 19º do DL nº 233/2005,

de 29 de Dezembro. 2. Sem prejuízo do que constar no instrumento de regulamentação colectiva do trabalho, o regime de

recrutamento e selecção de pessoal será aprovado por deliberação do conselho de administração, observando, designadamente, os princípios da publicidade, da transparência e da igualdade.

3. O hospital disporá de quadro próprio referente ao pessoal em regime de contrato individual de trabalho, que será definido anualmente pelo conselho de administração, em concordância com as orientações da tutela sobre o mesmo.

Artigo 62º

(Regime financeiro)

O regime financeiro do hospital rege-se pelos artigos 10º, 11º e 12º do DL nº 233/2005, de 29 de Dezembro, e pelos artigos 22º a 25º dos estatutos do hospital.

Artigo 63º (Aquisição de bens, serviços e empreitadas de obras)

1. O regime de aquisição de bens, serviços e empreitadas rege-se pelo artigo 13º do DL n.º 233/2005

de 29 de Dezembro. 2. A contratação da locação ou aquisição de bens e serviços rege-se pelas normas de direito privado,

sem prejuízo da aplicação das directivas comunitárias e do Acordo sobre Mercados Públicos, celebrado no âmbito da Organização Mundial de Comércio.

3. A contratação de empreitadas de obras rege-se pelas normas do direito privado, sem prejuízo da aplicação das directivas comunitárias e do Acordo sobre Mercados Públicos, celebrado no âmbito da Organização Mundial de Comércio.

4. O conselho de administração aprovará o regulamento interno que definirá os princípios gerais e as regras de procedimentos adequados relativamente às contratações referidas nos números anteriores.

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CAPÍTULO V GARANTIAS

Artigo 64º

(Gestão do risco)

1. O hospital assegurará a manutenção de um sistema de gestão de risco, assente em actividades de identificação de avaliação de riscos potenciais, de prevenção e de controlo de perdas.

2. Para o efeito, o hospital desenvolverá um sistema de informação baseado em incidentes e ocorrências e definirá, para cada risco, estratégias de minimização ou transferência, consoante as circunstâncias.

3. O hospital manterá operacional um plano de emergência para desastres internos ou externos. 4. O hospital desenvolverá e manterá operacional um plano específico destinado à segurança de

pessoas e bens. Artigo 65º

(Confidencialidade)

O hospital definirá uma política de confidencialidade para assegurar a protecção dos dados e informação relativa a doentes e colaboradores.

CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 66º

(Assistência religiosa)

Nos termos legais e regulamentares, o hospital garantirá a prestação da assistência religiosa aos doentes por parte dos diversos cultos, competindo ao conselho de administração fixar os termos e condições da respectiva prestação.

Artigo 67º (Assistência post-mortem)

1. Nos termos legais e regulamentares, o hospital disporá de instalações apropriadas e em condições de

dignidade para possibilitarem a conservação e preparação de pessoas em situação de óbito. 2. As regras e procedimentos a observar em situações de óbito, designadamente no que concerne à

forma, momento e condições da informação a prestar às famílias, bem como quanto à prestação de serviços lutuosos, serão estabelecidas pelo conselho de administração em regulamento próprio.

Artigo 68º (Exercício de actividade privada)

Nos termos legais e regulamentares, ao pessoal poderá ser autorizado o exercício de actividade privada nas instalações do hospital, em condições a fixar pelo conselho de administração.

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REGULAMENTO

Regulamento Interno

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Artigo 69º (Remissões)

As remissões para os diplomas legais e regulamentares feitas no presente regulamento considerar-se-ão efectuadas para aqueles que venham a regular, no todo ou em parte, as matérias em causa.

Artigo 70º (Regulamentação complementar)

Compete ao conselho de administração a regulamentação e a definição de normas complementares ou interpretativas para a aplicação do presente regulamento, sem prejuízo da manutenção dos regulamentos específicos e demais normas de funcionamento internas em vigor que não o contrariem.