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- 1 - ÍNDICE TÍTULO I Disposições Gerais ......................................................................................................................... 2 CAPÍTULO I Regras gerais ......................................................................................................................... 2 CAPÍTULO II Simbologia e unidades ......................................................................................................... 3 TÍTULO II Sistemas de distribuição Pública de Água..................................................................................... 4 CAPÍTULO I Concepção dos Sistemas ....................................................................................................... 4 CAPÍTULO II Elementos de base para dimensionamento........................................................................... 4 CAPÍTULO III Rede de distribuição ........................................................................................................... 6 SECÇÃO I Condutas................................................................................................................................ 7 SECÇÃO II Ramais de Ligação ............................................................................................................... 9 CAPÍTULO IV Elementos acessórios da rede ........................................................................................... 10 CAPÍTULO V Instalações complementares .............................................................................................. 14 SECÇÃO I Reservatórios ....................................................................................................................... 14 SECÇÃO II Instalações de bombagem ................................................................................................. 16 TÍTULO III Sistemas de distribuição predial de água ................................................................................... 18 CAPÍTULO I Regras gerais ...................................................................................................................... 18 CAPÍTULO II Concepção geral................................................................................................................. 19 CAPÍTULO III Elementos de base para dimensionamento ....................................................................... 20 CAPÍTULO IV Rede predial de água fria e água quente ........................................................................... 21 CAPÍTULO V Elementos acessórios da rede ............................................................................................ 23 CAPÍTULO VI Instalações complementares ............................................................................................. 25 CAPÍTULO VII Verificação, ensaios e desinfecção ................................................................................. 30 TÍTULO IV Sistemas de Drenagem Pública de Águas Residuais Domésticas .............................................. 31 CAPÍTULO I Regras Gerais ...................................................................................................................... 31 CAPÍTULO II Concepção dos Sistemas .................................................................................................... 33 CAPÍTULO III Elementos de base para dimensionamento ....................................................................... 33 CAPÍTULO IV Rede de colectores............................................................................................................ 35 SECÇÃO I Colectores............................................................................................................................ 35 SECÇÃO II Ramais de Ligação ............................................................................................................. 39 CAPÍTULO V Elementos Acessórios da Rede .......................................................................................... 40 SECÇÃO I Câmaras de Visita ............................................................................................................... 40 SECÇÃO II Câmaras de Corrente de Varrer.......................................................................................... 42 SECÇÃO III Descarregadores ............................................................................................................... 42 SECÇÃO IV Forquilhas......................................................................................................................... 42 CAPÍTULO VI Instalações Complementares ............................................................................................ 43 SECÇÃO I Instalações elevatórias ......................................................................................................... 43 SECÇÃO II Sifões invertidos ................................................................................................................ 44 SECÇÃO III Desarenadores e câmaras de grades.................................................................................. 45 SECÇÃO IV Medidores e registadores.................................................................................................. 45 CAPÍTULO VII Destino Final das Águas Residuais Industriais ............................................................... 45 TÍTULO V Sistemas de Drenagem Predial de Águas Residuais Domésticas ................................................ 48 CAPÍTULO I Regras Gerais ...................................................................................................................... 48 CAPÍTULO II Concepção dos sistemas..................................................................................................... 48 CAPÍTULO III Elementos de base para dimensionamento ....................................................................... 49 CAPÍTULO IV Canalizações ..................................................................................................................... 50 Secção I Ramais de descarga ................................................................................................................. 50 Secção II Ramais de ventilação .............................................................................................................. 51 Secção III Tubos de queda ..................................................................................................................... 52 Secção IV Colunas de ventilação .......................................................................................................... 54 Secção V Colectores prediais ................................................................................................................. 55 CAPÍTULO V Acessórios ......................................................................................................................... 57 CAPÍTULO VI Instalações complementares ............................................................................................. 58 CAPÍTULO VII Aparelhos sanitários ........................................................................................................ 59 CAPÍTULO VIII Ensaio ............................................................................................................................ 60 TÍTULO VI Estabelecimento e exploração de sistemas públicos .................................................................. 61 CAPÍTULO I Estudos e projectos.............................................................................................................. 61 CAPÍTULO II Execução de Obras ............................................................................................................ 64 SECÇÃO I Condições gerais ................................................................................................................. 64 SECÇÃO II Fiscalização........................................................................................................................ 65 SECÇÃO III Ramais de ligação ............................................................................................................. 65 CAPÍTULO III Exploração de sistemas públicos ..................................................................................... 67 SECÇÃO I Regras gerais ....................................................................................................................... 67

Regulamento SMAS PORTo

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    NDICE TTULO I Disposies Gerais .........................................................................................................................2

    CAPTULO I Regras gerais .........................................................................................................................2 CAPTULO II Simbologia e unidades .........................................................................................................3

    TTULO II Sistemas de distribuio Pblica de gua.....................................................................................4 CAPTULO I Concepo dos Sistemas .......................................................................................................4 CAPTULO II Elementos de base para dimensionamento...........................................................................4 CAPTULO III Rede de distribuio ...........................................................................................................6

    SECO I Condutas................................................................................................................................7 SECO II Ramais de Ligao...............................................................................................................9

    CAPTULO IV Elementos acessrios da rede...........................................................................................10 CAPTULO V Instalaes complementares ..............................................................................................14

    SECO I Reservatrios.......................................................................................................................14 SECO II Instalaes de bombagem .................................................................................................16

    TTULO III Sistemas de distribuio predial de gua ...................................................................................18 CAPTULO I Regras gerais ......................................................................................................................18 CAPTULO II Concepo geral.................................................................................................................19 CAPTULO III Elementos de base para dimensionamento .......................................................................20 CAPTULO IV Rede predial de gua fria e gua quente...........................................................................21 CAPTULO V Elementos acessrios da rede ............................................................................................23 CAPTULO VI Instalaes complementares .............................................................................................25 CAPTULO VII Verificao, ensaios e desinfeco .................................................................................30

    TTULO IV Sistemas de Drenagem Pblica de guas Residuais Domsticas..............................................31 CAPTULO I Regras Gerais ......................................................................................................................31 CAPTULO II Concepo dos Sistemas....................................................................................................33 CAPTULO III Elementos de base para dimensionamento .......................................................................33 CAPTULO IV Rede de colectores............................................................................................................35

    SECO I Colectores............................................................................................................................35 SECO II Ramais de Ligao.............................................................................................................39

    CAPTULO V Elementos Acessrios da Rede..........................................................................................40 SECO I Cmaras de Visita ...............................................................................................................40 SECO II Cmaras de Corrente de Varrer..........................................................................................42 SECO III Descarregadores ...............................................................................................................42 SECO IV Forquilhas.........................................................................................................................42

    CAPTULO VI Instalaes Complementares ............................................................................................43 SECO I Instalaes elevatrias.........................................................................................................43 SECO II Sifes invertidos ................................................................................................................44 SECO III Desarenadores e cmaras de grades..................................................................................45 SECO IV Medidores e registadores..................................................................................................45

    CAPTULO VII Destino Final das guas Residuais Industriais ...............................................................45 TTULO V Sistemas de Drenagem Predial de guas Residuais Domsticas................................................48

    CAPTULO I Regras Gerais ......................................................................................................................48 CAPTULO II Concepo dos sistemas.....................................................................................................48 CAPTULO III Elementos de base para dimensionamento .......................................................................49 CAPTULO IV Canalizaes.....................................................................................................................50

    Seco I Ramais de descarga .................................................................................................................50 Seco II Ramais de ventilao..............................................................................................................51 Seco III Tubos de queda .....................................................................................................................52 Seco IV Colunas de ventilao ..........................................................................................................54 Seco V Colectores prediais.................................................................................................................55

    CAPTULO V Acessrios .........................................................................................................................57 CAPTULO VI Instalaes complementares .............................................................................................58 CAPTULO VII Aparelhos sanitrios........................................................................................................59 CAPTULO VIII Ensaio ............................................................................................................................60

    TTULO VI Estabelecimento e explorao de sistemas pblicos..................................................................61 CAPTULO I Estudos e projectos..............................................................................................................61 CAPTULO II Execuo de Obras ............................................................................................................64

    SECO I Condies gerais .................................................................................................................64 SECO II Fiscalizao........................................................................................................................65 SECO III Ramais de ligao.............................................................................................................65

    CAPTULO III Explorao de sistemas pblicos .....................................................................................67 SECO I Regras gerais .......................................................................................................................67

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    SECO II Higiene e segurana ...........................................................................................................67 CAPTULO IV Tarifao .........................................................................................................................68

    TTULO VII Estabelecimento e explorao de sistemas prediais ................................................................69 CAPTULO I Generalidades......................................................................................................................70 CAPTULO II Medidores de caudal .........................................................................................................72 CAPTULO III Contratos ..........................................................................................................................73 CAPTULO IV Projecto ...........................................................................................................................76 CAPTULO V Execuo das obras...........................................................................................................79

    TTULO VIII - Sanes, Reclamaes, Recursos e Disposies Finais ..................................................82 CAPTULO I Disposies Gerais ..............................................................................................................82 CAPTULO II Sanes, Reclamaes e Recursos.....................................................................................82

    SECO I Sanes................................................................................................................................82 SECO II Reclamaes e Recursos ....................................................................................................84

    CAPTULO III Disposies finais............................................................................................................85 ANEXO I - SIMBOLOGIA DISTRIBUIO PBLICA DE GUA......................................................87 ANEXO II - SIMBOLOGIA DISTRIBUIO PREDIAL DE GUA.....................................................88 ANEXO III TERMINOLOGIA - DISTRIBUIO PREDIAL DE GUA.................................................90 ANEXO IV CAUDAIS MNIMOS NOS DISPOSITIVOS DE UTILIZAO DE GUA FRIA OU QUENTE........................................................................................................................................................92 ANEXO V - CAUDAIS DE CLCULO EM FUNO DOS CAUDAIS ACUMULADOS PARA UM NVEL MDIO DE CONFORTO.................................................................................................................93 ANEXO VI ESQUEMA TIPO DE DESENVOLVIMENTO EM ALTURA ............................................94 ANEXO VII - CAUDAL DE DISTRIBUIO............................................................................................95 ANEXO VIII - DRENAGEM PBLICA DE GUAS RESIDUAIS...........................................................96 ANEXO IX - TIPOS DE TRATAMENTO DE GUAS RESIDUAIS ........................................................97 ANEXO X CRITRIOS DE DEFINIO DO GRAU DE TRATAMENTO EM ESTURIOS................98 ANEXO XI SIMBOLOGIA - DRENAGEM PREDIAL DE GUAS RESIDUAIS....................................99 ANEXO XII Caudais de descarga dos aparelhos e equipamentos sanitrios..................100 ANEXO XIII - CAUDAIS DE CLCULO DE GUAS RESIDUAIS DOMSTICAS EM FUNO DOS CAUDAIS ACUMULADOS.......................................................................................................................101 ANEXO XIV DISTNCIAS MXIMAS ENTRE OS SIFES E AS SECES VENTILADAS PARA ESCOAMENTO A SECO CHEIA.........................................................................................................102 ANEXO XV - TAXAS DE OCUPAO DE TUBOS DE QUEDA SEM VENTILAO SECUNDRIA......................................................................................................................................................................103 ANEXO XVI - DIMENSIONAMENTO DE TUBOS DE QUEDA DE GUAS RESIDUAIS DOMSTICAS ............................................................................................................................................104 ANEXO XVII - ABERTURA PARA O EXTERIOR DE TUBOS DE QUEDA DE GUAS RESIDUAIS DOMSTICAS ............................................................................................................................................105 ANEXO XIX NMERO DE APARELHOS EM ENSAIOS DE EFICINCIA ........................................106 ANEXO XX RESISTNCIA AO ESMAGAMENTO..............................................................................107 ANEXO XXI Valores Mximos Admissveis de Parmetros Caractersticos de guas Residuais Industriais a Serem Verificados Entrada do Sistema Pblico de Drenagem de guas Residuais Domsticas..............108

    TTULO I Disposies Gerais

    CAPTULO I Regras gerais

    Artigo 1 Objecto

    O Presente Regulamento tem por objecto os sistemas de distribuio pblica e predial de gua e de drenagem pblica e predial de guas residuais domsticas, no concelho do Porto, de forma que seja assegurado o seu bom funcionamento global, preservando-se a segurana, a sade pblica e o conforto dos utentes.

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    Artigo 2 mbito

    O Presente Regulamento aplica-se a todos os sistemas referidos no artigo anterior, sem prejuzo das normas especficas aplicveis aos sistemas objecto de concesso.

    Artigo 3 Princpios de gesto

    1. - A Gesto dos sistemas pblicos de distribuio de gua e de drenagem de guas residuais domsticas, da responsabilidade dos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto, assegurada numa perspectiva conjunta das variveis intervenientes nos dois sistemas e das condies naturais existentes no concelho. 2. - Os Servios Municipalizados guas e Saneamento asseguram o equilbrio econmico e financeiro do servio, com um nvel de atendimento adequado, em defesa da sade pblica e comodidade dos utentes

    Artigo 4 Obrigatoriedade de instalao e de ligao

    1.- Todos os edifcios novos, remodelados ou ampliados devero prever redes prediais de abastecimento de gua e a drenagem de guas residuais domsticas, independentemente da existncia ou no das redes pblicas no local. 2.- As redes prediais a instalar, nos termos do n. 1 em locais onde no existam redes pblicas devero ser executadas de modo a permitir, no futuro, a sua fcil ligao quelas redes. 3. - Em todos os edifcios obrigatria a ligao s redes pblicas de abastecimento de gua e de drenagem de guas residuais domsticas, quando existam ou venham a ser instaladas. 4. - Os Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto notificam os proprietrios, estabelecendo prazo, no inferior a 30 (trinta) dias, para que dem cumprimento ao estipulado no n. 3. 5. - Aos proprietrios dos prdios que, depois de devidamente notificados, nos termos do disposto no n. 4, no cumpram a obrigao imposta, os Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto mandam proceder s respectivas ligaes, devendo o pagamento da correspondente despesa ser feito pelo interessado, dentro do prazo de 40 dias aps a sua concluso, findo o qual se preceder cobrana coerciva da importncia devida, sem prejuzo da aplicao da respectiva coima.

    CAPTULO II Simbologia e unidades

    Artigo 5 Simbologia e unidades

    1. - A simbologia dos sistemas pblicos e prediais e a terminologia dos sistemas prediais de gua e guas residuais domsticas a utilizar, enquanto no for aprovada a respectiva normalizao portuguesa, a indicada nos anexos I, II, III, VIII e XI ao presente Regulamento. 2.- As unidades em que so expressas as diversas grandezas devem observar a legislao portuguesa.

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    TTULO II Sistemas de distribuio Pblica de gua

    CAPTULO I Concepo dos Sistemas

    Artigo 6 Concepo geral

    1. - A concepo dos sistemas de distribuio pblica de gua deve passar pela anlise prvia das previses do planeamento urbanstico e das caractersticas especficas dos aglomerados populacionais, nomeadamente sanitrias, e da forma como se vo abastecer as populaes com gua potvel em quantidade suficiente e nas melhores condies de economia e ainda atender s necessidades de gua para o combate a incndios. 2. - As condies sanitrias da zona urbana devem ainda ser averiguadas tendo em ateno os dados existentes sobre doenas hdricas e sobre o estado das infra-estruturas locais de saneamento bsico.

    Artigo 7 Concepo de novos sistemas

    1.- Na concepo de novos sistemas de distribuio pblica de gua deve ser tida em conta a necessidade de garantir um servio adequado, traduzido pela continuidade do fornecimento, garantia de presses nos dispositivos de utilizao prediais entre um mnimo de 100 kPa e um mximo de 600 kPa, estabilidade da superfcie piezomtrica e minimizao de zonas de baixa velocidade. 2. - Quando o novo sistema se interligar num ou mais pontos com outro j existente, deve ser avaliado o impacto hidrulico e eventualmente estrutural sobre este ltimo, por forma a evitar-se quebras significativas da sua eficincia.

    Artigo 8 Remodelao ou reabilitao de sistemas existentes

    1. - Na remodelao ou reabilitao de sistemas existentes deve fazer-se a avaliao tcnico-econmica da obra, procurando melhoria da sua eficincia sem originar um impacte hidrulico ou estrutural negativo nos sistemas envolventes. 2. - Na avaliao tcnico-econmica devem ser considerados tambm os custos sociais resultantes do prejuzo causado aos utentes, aos pees, ao trnsito automvel e ao comrcio.

    CAPTULO II Elementos de base para dimensionamento

    Artigo 9 Cadastro do sistema existente

    1. - Na elaborao de estudos de sistemas de distribuio de gua deve ter-se em considerao os elementos constantes dos respectivos cadastros. 2. - Os cadastros devem estar permanentemente actualizados e conter, no mnimo:

    a) A localizao em planta das condutas, acessrios e instalaes complementares, sobre carta topogrfica escala 1:500, com implantao de todas as edificaes e pontos importantes;

    b) As seces, profundidades, materiais e tipos de junta das condutas;

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    c) A natureza do terreno e condies de assentamento; d) O estado de conservao das condutas e acessrios; e) A ficha individual para os ramais de ligao e outras instalaes do sistema.

    3. - Os cadastros podem existir sob a forma grfica tradicional ou informatizados.

    Artigo 10 Dados de explorao

    Na elaborao de estudos de sistemas de distribuio de gua deve atender-se aos dados de explorao, nomeadamente os relativos aos macro e microconsumos, nveis nos reservatrios, presses na rede, horas de funcionamento das estaes elevatrias e de tratamento e indicadores de qualidade fsica, qumica e bacteriolgica da gua.

    Artigo 11 Evoluo populacional

    1. - Na elaborao de estudos de sistemas de distribuio de gua indispensvel conhecer a situao demogrfica actualizada da zona a servir, em termos de populao residente e flutuante, e avaliar a sua evoluo previsvel. 2. - Devem ser consultados os dados de estudos existentes e os registos disponveis, nomeadamente os recenseamentos populacionais, os recenseamentos eleitorais, a ocupao turstica e os planos de desenvolvimento urbanstico.

    Artigo 12 Capitaes

    1. - A elaborao de estudos de sistemas de distribuio de gua deve basear-se no conhecimento dos consumos de gua, quando sejam representativos, os quais podem ser obtidos a partir dos registos dos servios de explorao dos sistemas existentes. 2. - Com base nos valores do consumo de gua e da populao obtm-se a capitao mdia anual actual e, a partir desta, estima-se a sua evoluo previsvel. 3. - Quando no se disponha de informao correcta dos consumos, os valores da capitao so estimados atendendo dimenso e caractersticas da zona urbana, ao nvel de vida da populao e seus hbitos higinicos e s condies climticas.

    Artigo 13 Consumos domsticos

    1. - As capitaes na distribuio exclusivamente domstica no devem, qualquer que seja o horizonte de projecto, ser inferior a 250 l(habitante X dia). 2. - Os Servios Municipalizados de guas e Saneamento do Porto obrigam-se a publicar quinquenalmente, ou sempre que julguem conveniente, os valores mnimos actualizados da capitao para usos domsticos.

    Artigo 14 Consumos comerciais

    1. - As capitaes correspondentes aos consumos comerciais e de servios podem, na generalidade dos casos, ser incorporados nos valores mdios da capitao global. 2. - Em zonas com actividade comercial intensa pode admitir-se uma capitao da ordem dos 50 l (habitante X dia) ou considerarem-se consumos localizados.

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    Artigo 15 Consumos industriais e similares

    1. - Os consumos industriais caracterizam-se por grande aleatoriedade nas solicitaes dos sistemas, devendo ser avaliados caso a caso e adicionados aos consumos domsticos. 2. - Consideram-se consumos assimilveis aos industriais os correspondentes, entre outros, s unidades tursticas e hoteleiras e aos matadouros.

    Artigo 16 Consumos pblicos

    1. - Os consumos pblicos, tais como de fontanrios, bebedouros, lavagem de arruamentos, rega de zonas verdes e limpeza de colectores, podem geralmente considerar-se incorporados no valores mdios de capitao global, variando entre 5 e 20 l (habitante X dia). 2. - No se consideram consumos pblicos os de estabelecimentos de sade, ensino, militares, prisionais, bombeiros e instalaes desportivas, que devem ser avaliados de acordo com as suas caractersticas.

    Artigo 17 Fugas e perdas

    As fugas de gua nos sistemas devem ser avaliados, no podendo, em caso algum, admitir-se um valor inferior a 10% do volume de gua entrado no sistema.

    Artigo 18 Volumes de gua para combate a incndios

    Os volumes de gua para combate a incndios so funo do risco da sua ocorrncia e propagao na zona, cabendo ao Batalho Sapadores Bombeiros, caso a caso, a definio do grau de risco e do caudal instantneo a garantir.

    Artigo 19 Factores de ponta

    1. - Na falta de elementos que permitam estabelecer factores de ponta instantneos, devem usar-se, para os consumos domsticos ou outros que tenham uma variao assimilvel da populao, os valores resultantes da expresso:

    f = 2 + 70

    P em que P a populao a servir. 2. - Os factores de ponta em redes de distribuio podem ser avaliados pelo grfico do anexo VII. 3. - Para consumos especiais cuja variao no seja assimilvel populao residente, como os de zonas tursticas com pontas sazonais, os factores de ponta devem ser calculados caso a caso.

    CAPTULO III Rede de distribuio

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    SECO I Condutas

    Artigo 20 Caudais de clculo Nos sistemas de distribuio de gua consideram-se os caudais dirios mdios anuais previstos no incio da explorao do sistema e no ano de horizonte de projecto, afectados de um factor de ponta instantneo, a que se adicionam os caudais de fugas e perdas.

    Artigo 21 Dimensionamento hidrulico 1. - No dimensionamento hidrulico deve ter-se em conta a minimizao dos custos, que deve ser conseguida atravs de uma combinao criteriosa de dimetros, observando-se as seguintes regras:

    a) A velocidade de escoamento para o caudal de ponta no horizonte de projecto no deve exceder o valor calculado pela expresso:

    V = 0,127 D0,4 onde V a velocidade limite (m/s) e D o dimetro interno da tubagem (mm); b) A velocidade de escoamento para o caudal de ponta no ano de incio de explorao

    do sistema no deve ser inferior a 0,30m/s e nas condutas onde no seja possvel verificar este limite devem prever-se dispositivos adequados para descarga peridica;

    c) A presso mxima, esttica ou de servio, em qualquer ponto de utilizao no deve ultrapassar os 600 kPa medida ao nvel do solo;

    d) No aceitvel grande flutuao de presses em cada n do sistema, impondo-se uma variao mxima ao longo do dia de 300 kPa;

    e) A presso de servio em qualquer dispositivo de utilizao predial para o caudal de ponta no deve ser, em regra, inferior a 100 kPa o que, na rede pblica e ao nvel do arruamento, corresponde aproximadamente a:

    H = 100 + 40 n onde H a presso mnima (kPa) e n o nmero de pisos acima do solo, inclundo o

    piso trreo; em casos especiais, aceitvel uma reduo daquela presso mnima, a definir, caso a caso, em funo das caractersticas do equipamento.

    Artigo 22 Situaes de incndio Nas situaes de incndio no exigvel qualquer limitao de velocidades nas condutas e admitem-se alturas piezomtricas inferiores a 100 kPa.

    Artigo 23 Dimetros mnimos 1. - O dimetro nominal mnimo das condutas de distribuio de 100mm. 2. - Quando o servio de combate a incndios tenha de ser assegurado pela mesma rede pblica, os dimetros nominais mnimos das condutas so em funo do risco da zona e devem ser:

    a) 100mm - grau 1 a 3; b) 125mm - grau 4; c) 150mm (a definir caso a caso) - grau 5.

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    Artigo 24 Implantao 1. - A implantao das condutas da rede de distribuio em arruamentos deve fazer-se em articulao com as restantes infra-estruturas e, sempre que possvel, fora das faixas de rodagem. 2. - As condutas da rede de distribuio devem ser implantadas em ambos os lados dos arruamentos, podendo reduzir-se a uma quando as condies tcnico-econmicas o aconselhem, e nunca a uma distncia inferior a 0,80m dos limites das propriedades. 3. - A implantao das condutas deve ser feita num plano superior ao dos colectores de guas residuais e a uma distncia no inferior a 1m, de forma a garantir proteco eficaz contra possvel contaminao, devendo ser adoptadas proteces especiais em caso de impossibilidade daquela disposio.

    Artigo 25 Profundidade 1. - A profundidade de assentamento das condutas no deve ser inferior a 0,80m, medida entre a geratriz exterior superior da conduta e o nvel do pavimento. 2. - Pode aceitar-se um valor inferior ao indicado desde que se protejam convenientemente as condutas para resistir a sobrecargas ou a temperaturas extremas. 3. - Em situaes excepcionais, admitem-se condutas exteriores ao pavimento desde que sejam convenientemente protegidas mecnica, trmica e sanitriamente.

    Artigo 26 Largura das valas 1. - Para profundidades at 3m, a largura til no fundo das valas para assentamento das tubagens deve ter, em regra, a dimenso mnima definida pelas seguintes frmulas: L = De + 0,50 para condutas de dimetro at 0,40m; L = De + 0,70 para condutas de dimetro superior a 0,40m; onde L a largura til no fundo da vala (metros) e De o dimetro exterior da conduta (metros). 2. - Para profundidades superiores a 3m, a largura til no fundo das valas deve ter a dimenso mnima definida pelas frmulas do n. 1, acrescida de 0,1m por cada acrscimo, na profundidade de 1,0m ou fraco.

    Artigo 27 Assentamento 1. - As tubagens devem ser assentes por forma a assegurar-se que cada troo de tubagem se apoie contnua e directamente sobre terrenos de igual resistncia. 2. - Quando, pela sua natureza, o terreno no assegure as necessrias condies de estabilidade das tubagens ou dos acessrios, deve fazer-se a sua substituio por material mais resistente devidamente compactado. 3.Quando a escavao for feita em terreno rochoso, as tubagens devem ser assentes, em toda a sua extenso, sobre uma camada uniforme previamente preparada de 0,15m a 0,30m de espessura, de areia, gravilha ou material similar cuja maior dimenso no exceda 20mm. 4. - Devem ser previstos macios de amarrao nas curvas e pontos singulares, calculados com base nos impulsos e resistncia dos solos.

    Artigo 28 Aterro das valas

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    1. - O aterro das valas deve ser efectuado de 0,15m a 0,30m acima do extradorso das tubagens com material cujas dimenses no excedam 20mm. 2. - A compactao do material do aterro deve ser feita cuidadosamente por forma a no danificar as tubagens e a garantir a estabilidade dos pavimentos.

    Artigo 29 Ensaio de estanquidade Todas as condutas, aps assentamento e com as juntas a descoberto, devem ser sujeitas a ensaios de estanquidade de acordo com o determinado na normalizao aplicvel, bem como a operaes de lavagem com o objectivo de desinfeco antes da sua entrada em servio.

    Artigo 30 Natureza dos materiais As condutas de distribuio pblica de gua sero nos materiais a autorizar pelos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto, tendo em ateno as condies de explorao, de instalao e a defesa da sade pblica.

    Artigo 31 Proteco 1. - Sempre que o material das condutas seja susceptvel de ataque interno ou externo, deve prever-se a sua conveniente proteco de acordo com a natureza do agente agressivo. 2. - No caso de proteco interna devem ser usados produtos que no afectem a potabilidade da gua.

    SECO II Ramais de Ligao

    Artigo 32 Ligao rede pblica 1. - Os ramais de ligao asseguram o abastecimento predial de gua, desde a rede pblica at ao limite da propriedade a servir, em boas condies de caudal e presso. 2. - Quando se justifique, pode uma mesma edificao dispor de mais de uma ramal de ligao para abastecimento domstico ou de servios. 3. - Os estabelecimentos comerciais e industriais devem ter ramais de ligao privativos. 4. - Nos ramais de ligao de abastecimento a reservas de gua e piscinas que se encontrem instaladas a uma cota no superior a 10 m relativamente ao arruamento de onde se faz a ligao, obrigatria a instalao de coluna piezmetrica com desenvolvimento a definir pelos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto.

    Artigo 33 Caudais de clculo 1.- Os caudais a considerar nos ramais de ligao so os caudais de clculo dos referidos sistemas prediais.

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    2. - Se o ramal de ligao for cumulativo com a distribuio de gua quente e fria e com a distribuio de gua para combate a incndio, o caudal a considerar deve corresponder ao maior desses valores de clculo.

    Artigo 34 Dimensionamento hidrulico O dimensionamento hidrulico dos ramais de ligao consiste na determinao dos seus dimetros com base nos caudais de clculo e para uma velocidade de escoamento compreendida entre 0,5m/s e 2,0m/s, funo da presso disponvel na rede pblica.

    Artigo 35 Dimetro mnimo 1. - O dimetro nominal mnimo admitido em ramais de ligao de 25mm. 2. - Quando se tenha de assegurar simultaneamente o servio de combate a incndios sem reservatrio de regularizao, o dimetro no deve ser inferior a 45mm.

    Artigo 36 Profundidade mnima A profundidade mnima de assentamento dos ramais de ligao de 0,80m, que pode ser reduzida para 0,50m nas zonas no sujeitas a circulao viria.

    Artigo 37 Insero na rede pblica 1. - A insero dos ramais de ligao nas condutas da rede pblica de distribuio faz-se por meio de acessrios adequados, devendo prever-se vlvula de seccionamento para suspenso do servio de abastecimento. 2. - A insero no permitida em condutas com dimetro igual ou superior a 300mm, excepto em casos devidamente justificados.

    Artigo 38 Natureza dos materiais Os ramais de ligao sero nos materiais a autorizar pelos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto, tendo em ateno as condies de explorao, de instalao e a defesa da sade pblica.

    CAPTULO IV Elementos acessrios da rede

    Artigo 39 Juntas 1. - As juntas estabelecem a ligao de tubos, elementos acessrios e demais dispositivos da rede pblica de distribuio e devem ser estanques, possibilitar a dilatao e facilitar a montagem e desmontagem de tubos e acessrios. 2. - De acordo com a sua funo e caractersticas, as juntas podem classificar em rgidas, flexveis, de dilatao e de desmontagem.

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    Artigo 40 Vlvulas de seccionamento 1. - As vlvulas de seccionamento devem ser instaladas de forma a facilitar a operao do sistema e minimizar os inconvenientes de eventuais interrupes do abastecimento. 2. - As vlvulas de seccionamento devem ser devidamente protegidas e facilmente manobrveis e localizar-se, nomeadamente:

    a) Nos ramais de ligao; b) Junto de elementos acessrios ou instalaes complementares que possam ter de ser

    colocados fora de servio; c) Ao longo da rede de distribuio, por forma a permitir isolar reas com um mximo

    de 500 habitantes; d) Ao longo de condutas da rede de distribuio mas sem servio de percurso, com

    espaamentos no superiores a 1000m; e) Nos cruzamentos principais, em nmero mnimo de trs; f) Nos entroncamentos principais, em nmero mnimo de duas.

    Artigo 41 Vlvulas de reteno 1. - As vlvulas de reteno devem instalar-se, de acordo com o sentido do escoamento pretendido, nas tubagens de compresso e ou de aspirao das instalaes elevatrias e, quando necessrio em termos de operao, na rede de distribuio ou em reservatrios. 2. - Na definio e caracterizao das vlvulas de reteno devem ser determinados o dimetro e a presso a que ficam submetidas, tendo em conta o seu tipo e as condies de abertura e fecho.

    Artigo 42 Redutores de presso 1. - Os redutores de presso tm por finalidade reduzir a presso por forma a no exceder, para jusante, um valor prefixado. 2. - Os redutores de presso podem classificar-se em vlvulas redutoras de presso e cmaras de perda de carga.

    Artigo 43 Vlvulas redutoras de presso 1. - As vlvulas redutoras de presso devem ser instaladas em cmaras de manobra que garantam proteco adequada e fcil acessibilidade, dispondo a montante de filtro para reteno de areias e a jusante de manmetro ou dispositivo que permita fcil adaptao do mesmo, para controlo das presses. 2. - As vlvulas redutoras de presso tambm devem ser dotadas de vlvulas de seccionamento, a montante e a jusante, e de by-pass com seccionamento eventualmente amovvel, cuja eficincia deve ser permanentemente assegurada, dispensando-se este no caso de vlvulas redutoras instaladas em paralelo.

    Artigo 44 Cmaras de perda de carga As cmaras de perda de carga devem estar dotadas de descargas de superfcie e de fundo com adequada proteco sanitria.

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    Artigo 45 Ventosas As ventosas, que podem ser substitudas por bocas de rega e lavagem desde que seja garantida a sua operao peridica, tm por finalidade permitir a admisso e a expulso de ar nas condutas.

    Artigo 46 Localizao e dimetro das ventosas 1. - As ventosas devem ser localizadas nos pontos altos, nomeadamente nos extremos de condutas perifricas ascendentes, e nas condutas de extenso superior a 1000m sem servio de percurso. 2. - Nas condutas extensas referidas no nmero anterior, as ventosas devem localizar-se:

    a) A montante ou a jusante de vlvulas de seccionamento consoante se encontrem respectivamente em troos ascendentes ou descendentes;

    b) Na seco de jusante de troos descendentes pouco inclinados quando se lhes segue um troo descendente mais inclinado;

    3. - O dimetro mnimo de uma ventosa no deve ser inferior a um oitavo do dimetro da conduta onde instalada, com um mnimo de 20mm.

    Artigo 47 Descargas de fundo 1. - As descargas de fundo destinam-se a permitir o esvaziamento de troos de condutas e de partes de redes de distribuio situados entre vlvulas de seccionamento, nomeadamente para proceder a operaes de limpeza, desinfeco ou reparao, e devem ser instaladas:

    a) Nos pontos baixos das condutas; b) Em pontos intermdios de condutas com o mesmo sentido de inclinao em

    comprimentos considerados relativamente elevados, tendo em ateno a necessidade de limitar o tempo de esvaziamento das condutas, e nas redes de distribuio extensas de modo a minimizar o nmero de consumidores prejudicados por eventuais operaes de esvaziamento.

    2. - Nos casos referidos na alnea b) ao nmero anterior, as descargas de fundo devem localizar-se imediatamente a montante ou a jusante das vlvulas de seccionamento, respectivamente, nas condutas descendentes e nas condutas ascendentes.

    Artigo 48 Lanamento dos efluentes das descargas de fundo 1. - Os efluentes das descargas de fundo devem ser lanados em linhas de gua naturais, colectores pluviais ou cmaras de armazenamento transitrio, salvaguardando-se, em qualquer dos casos, os riscos de contaminao da gua da conduta. 2. - Sempre que necessrio, devem prever-se na zona de lanamento dispositivos de dissipao de energia cintica.

    Artigo 49 Dimensionamento das descargas de fundo O dimensionamento de uma descarga de fundo consiste na determinao do seu dimetro de modo a obter-se um tempo de esvaziamento do troo de conduta compatvel com o bom funcionamento do sistema, no devendo o seu dimetro ser inferior a um sexto do dimetro da conduta onde instalada, com um mnimo de 50mm.

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    Artigo 50 Medidores de caudal Os medidores de caudal tm por finalidade determinar o volume de gua que se escoa, podendo, conforme os modelos, fazer a leitura do caudal instantneo e do volume escoado ou apenas deste e ainda registar esses valores.

    Artigo 51 Instalao dos medidores 1. - Os medidores de caudal devem ser instalados em locais devidamente protegidos, acessveis e de forma a possibilitarem leituras correctas. 2. - Para alm da montagem nos ramais de introduo predial de todos os consumidores, os medidores de caudal devem ser instalados nas condutas de sada dos reservatrios e das instalaes elevatrias e noutros pontos criteriosamente escolhidos, por forma a permitir um melhor controlo do rendimento do sistema. 3. - Os medidores de caudal no devem ser instalados em pontos de eventual acumulao de ar para se evitar perturbaes nas medies, devendo prever-se comprimentos mnimos de tubagem a montante e a jusante sem qualquer singularidade, com valores recomendados pelos fabricantes, que s podem ser reduzidos pela utilizao de regularizadores de escoamento. 4. - Devem prever-se vlvulas de seccionamento a montante e a jusante do medidor de caudal.

    Artigo 52 Factores de seleco dos medidores Na seleco de um medidor de caudal devem ter-se em ateno, alm da gama de caudais a medir, a preciso pretendida, a perda de carga admissvel, a presso de servio, o dimetro e posio da conduta, o espao para montagem, a robustez, a simplicidade de reparao e a necessidade de medies num ou nos dois sentidos.

    Artigo 53 Bocas de rega e de lavagem 1. - A implantao das bocas de rega e lavagem funo da organizao urbanstica dos aglomerados populacionais, nomeadamente arruamentos e espaos verdes. 2. - O afastamento entre bocas de rega e lavagem, quando necessrias, no deve ser superior a 50m. 3. - O dimetro nominal mnimo das bocas de rega e lavagem e respectivos ramais de alimentao de 25mm.

    Artigo 54 Hidrantes 1. - Consideram-se hidrantes as bocas de incndio e os marcos de gua. 2. - As bocas de incndio devem ser de parede e quando autorizadas pelos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto instaladas no passeio. 3. - Os marcos de gua so salientes em relao ao nvel do pavimento. 4. - A concepo dos hidrantes deve garantir a sua utilizao exclusiva pelas corporaes de bombeiros e servios municipais.

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    Artigo 55 Localizao dos hidrantes Cabe aos Servios Municipalizados guas e Saneamento a definio da localizao dos hidrantes, aps parecer do Batalho de Sapadores Bombeiros.

    Artigo 56 Ramais de alimentao de hidrantes 1. - Os dimetros nominais mnimos dos ramais de alimentao dos hidrantes so de 45mm para as bocas de incndio e de 90mm para os marcos de gua. 2. - Os dimetros de sada so fixados em 45mm para as bocas de incndio e em 60mm para duas sadas e 90mm para os marcos de gua.

    Artigo 57 Cmaras de manobras As cmaras de manobra destinam-se fundamentalmente instalao de acessrios no sistema e a facilitar o acesso para observao e operaes de leitura ou de manobra em condies de segurana e eficincia e devem ser concebidas e constitudas de acordo com as mesmas regras previstas para as cmaras de visita do sistema pblico de drenagem de guas residuais.

    CAPTULO V Instalaes complementares

    SECO I Reservatrios

    Artigo 58 Finalidade Os reservatrios tm principalmente as seguintes finalidades:

    a) Servir de volante de regularizao, compensando as flutuaes de consumo face aduo;

    b) Constituir reservas de emergncia para combate a incndios ou para assegurar a distribuio em casos de interrupo voluntria ou acidental do sistema de montante;

    c) Equilibrar as presses na rede de distribuio; d) Regularizar o funcionamento das bombagens.

    Artigo 59 Classificao Os reservatrios classificam-se:

    a) Consoante a sua funo, em: de distribuio ou equilbrio, de regularizao de bombagem e de reserva para combate a incndio;

    b) Consoante a sua implantao, em: enterrados, semienterrados e elevados; c) Consoante a sua capacidade, em: pequenos, mdios e grandes, respectivamente,

    para volumes inferiores a 500m3, compreendidos entre 500m3e 5000m3e superiores a este ltimo valor.

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    Artigo 60 Localizao 1. - Os reservatrios devem situar-se o mais prximo possvel do centro de gravidade dos locais de consumo, a uma cota que garanta as presses mnimas em toda a rede. 2. - Em reas muito acidentadas podem criar-se andares de presso, localizando-se os reservatrios de forma a que as presses na rede se encontrem entre os limites mnimo e mximo admissveis. 3. - Em reas extensas pertencentes ao mesmo andar de presso pode dividir-se a capacidade de reserva por vrios reservatrios afastados, mas ligados entre si de forma a equilibrar toda a distribuio. 4. - Em aglomerados que se expandam numa direco preferencial pode localizar-se um segundo reservatrio de extremidade, a um nvel inferior ao principal, de modo a equilibrar as presses nas zonas de expanso.

    Artigo 61 Dimensionamento hidrulico 1. - O dimensionamento hidrulico dos reservatrios com funes de regularizao consiste na determinao da sua capacidade de armazenamento, que deve ser o somatrio das necessidades para regularizar e reserva de emergncia. 2. - A capacidade para regularizao depende das flutuaes de consumo que se devem regularizar por forma a minimizar os investimentos do sistema adutor e do reservatrio. 3. - O sistema adutor geralmente dimensionado para o caudal do dia de maior consumo, devendo a capacidade do reservatrio ser calculada para cobrir as flutuaes horrias, ao longo do dia. 4. - Pode ainda o sistema adutor ser dimensionado para o caudal dirio mdio do ms de maior consumo, devendo a capacidade do reservatrio ser ento calculada para cobrir tambm as flutuaes dirias ao longo desse ms. 5. - Definidas as flutuaes de consumo a regularizar, a capacidade do reservatrio determinada em funo da variao, no tempo, dos caudais de entrada e de sada, atravs de mtodos grficos ou numricos. 6. - A capacidade para reserva de emergncia deve ser o maior dos valores necessrios para incndio ou avaria. 7. - Para reserva de gua de combate a incndios os Servios Municipalizados guas e Saneamento garantem o valor mnimo de 2000 m3 em qualquer zona da cidade, independentemente do seu grau de risco. 8. - A reserva de gua para avarias deve ser fixada admitindo que:

    a) A avaria se d no perodo mais desfavorvel, mas no simultaneamente em mais de uma conduta alimentadora;

    b) A sua localizao demora entre uma e duas horas quando a conduta acessvel por estrada ou caminho transitvel, ou ainda em pontos afastados de no mais de 1 Km e demora mais meia hora para cada quilmetro de conduta no acessvel por veculos motorizados;

    c) A reparao demora entre quatro e seis horas, incluindo-se neste tempo o necessrio para o esvaziamento da conduta, reparao propriamente dita, reenchimento e desinfeco.

    9. - Em reservatrios apenas com a funo de equilbrio de presses, a capacidade da torre de presso de presso deve corresponder no mnimo ao volume consumido durante quinze minutos em caudal de ponta. 10. - Independentemente das condies de alimentao do reservatrio, a capacidade de armazenamento do sistema deve ser:

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    V K Qmd onde Qmd o caudal mdio dirio anual (metros cbicos) da zona urbana e K um coeficiente que toma os seguintes valores mnimos:

    K = 1,0 para zonas populacionais superiores a 100 000 habitantes; K = 1,25 para zonas populacionais compreendidas entre 10 000 e 100 000

    habitantes; K = 1,5 para zonas populacionais compreendidas entre 1000 e 10 000 habitantes; K = 2,0 para zonas populacionais inferiores a 1000 habitantes e para zonas de

    maior risco, nomeadamente aerogares, estabelecimentos hospitalares e quarteis.

    Artigo 62 Aspectos construtivos 1. - Os reservatrios devem ser resistentes, estanques e ter o fundo inclinado a, pelo menos, 1% para as caleiras ou para a caixa de descarga. 2. - Permitir a sua colocao fora de servio para eventuais operaes de limpeza, desinfeco e manuteno, os reservatrios devem estar dotados de by-pass, a menos que sejam constitudos por mais de uma clula. 3. - Os reservatrios enterrados e semienterrados devem ser formados, pelo menos, por duas clulas que, em funcionamento normal, se intercomuniquem, estando no entanto preparadas para funcionar isoladamente. 4. - Cada clula deve dispor, no mnimo, de:

    a) Circuito de alimentao com entrada equipada com vlvula de seccionamento; b) Circuito de distribuio com entrada protegida por ralo e equipado com vlvula de

    seccionamento; c) Circuito de emergncia atravs de descarregador de superfcie; d) Circuito de esvaziamento e limpeza atravs da descarga de fundo; e) Ventilao adequada; f) Fcil acesso ao seu interior.

    Artigo 63 Proteco sanitria Para garantia de proteco sanitria da gua armazenada, os reservatrios devem:

    a) Ser perfeitamente estanques s guas subterrneas e superficiais; b) Possuir um recinto envolvente vedado, de acesso condicionado; c) Possuir as aberturas protegidas contra a entrada de insectos, pequenos animais e

    luz; d) Utilizar materiais no poluentes ou txicos em contacto permanente ou eventual

    com a gua; e) Ter a entrada e a sada da gua em pontos suficientemente afastados para evitar a

    formao de zonas de estagnao; f) Ser bem ventilada de modo a permitir a frequente renovao do ar em contacto com

    a gua; g) Ter, quando necessrio, adequada proteco trmica para impedir variaes de

    temperatura da gua;

    SECO II Instalaes de bombagem

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    Artigo 64 Finalidade e tipos 1. - As instalaes de bombagem tm por finalidade introduzir energia no escoamento em situaes devidamente justificadas. 2. - As instalaes de bombagem classificam-se em elevatrias e sobrepressoras consoante a aspirao efectuada a partir de um reservatrio em superfcie livre ou da prpria conduta sem perda de presso.

    Artigo 65 Localizao Na localizao das instalaes de bombagem deve considerar-se:

    a) A integrao com o restante sistema por forma a minimizar custos globais; b) Os condicionamentos urbansticos, topogrficos, geolgicos e hidrolgicos,

    nomeadamente a verificao dos nveis mximos de cheia; c) Os condicionamentos hidrogeolgicos, designadamente a existncia de nveis

    freticos elevados que possam originar um efeito de impulso significativo; d) A distncia da fonte de alimentao de energia elctrica; e) A minimizao de problemas do funcionamento hidrulico da explorao atravs

    de um traado adequado da conduta elevatria em planta e perfil longitudinal; f) A localizao da descarga de emergncia, quando a mesma se torne necessria; g) Os efeitos da propagao de rudos e vibraes.

    Artigo 66 Constituio Nas instalaes de bombagem h, em geral, a considerar os seguintes elementos:

    a) Dispositivos de tratamento preliminar; b) Cmaras e condutas de aspirao; c) Equipamentos de bombagem; d) Condutas elevatrias; e) Dispositivos de controlo, comando e proteco; f) Descarregadores.

    Artigo 67 Dispositivos de tratamento preliminar Quando as caractersticas das guas afluentes e a proteco dos equipamentos e do sistema a jusante o exijam, devem instalar-se grade e, se necessrio, desarenadores.

    Artigo 68 Cmaras de aspirao 1. - No dimensionamento das cmaras de aspirao deve ser analisada a variabilidade dos caudais afluentes e a frequncia de arranques, compatvel com os tipos dos equipamentos utilizados. 2. - A forma das cmaras de aspirao deve evitar a acumulao de lamas em zonas mortas, tendo para isso as arestas boleadas e soleira com inclinao adequada.

    Artigo 69 Equipamento de bombagem

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    1. - O equipamento de bombagem constitudo por grupos electrobomba, submersveis ou no, de eixo horizontal ou vertical. 2. - Na definio e caracterizao dos grupos electrobomba deve ter-se em considerao:

    a) O nmero mximo de arranques por hora admissvel para o equipamento a instalar; b) A velocidade mxima de rotao compatvel com a natureza do material; c) A instalao, no mnimo, de um dispositivo de elevao de reserva, com potncia

    igual a cada um dos restantes instalados e destinado a funcionar como reserva activa mtua e, excepcionalmente, em conjunto para reforo da capacidade elevatria.

    Artigo 70 Condutas elevatrias 1. - O dimetro das condutas elevatrias definido em funo de um estudo tcnico-econmico que abranja todo o perodo de explorao. 2. - O perfil longitudinal preferencialmente ascendente, no devendo a linha piezomtrica intersectar a conduta, mesmo em situaes de caudal nulo. 3. - Devem ser definidas as envolventes de cotas piezomtricas mnimas e mximas provenientes de ocorrncia de registos transitrios e verificada a necessidade ou no de rgos de proteco. 4. - Para libertao do ar das condutas pode recorrer-se a ventosas de funcionamento automtico ou a tubos de ventilao. 5. - Em todos os pontos baixos da conduta e sempre que se justificar em pontos intermdios, devem ser instaladas descargas de fundo por forma a permitir um esvaziamento num perodo de tempo aceitvel. 6. - Devem ser previstos macios de amarrao de acordo com o disposto no n. 4 do artigo 27.

    Artigo 71 Dispositivos de proteco contra o choque hidrulico 1. - obrigatria a anlise prvia dos regimes hidrulicos transitrios nas instalaes de bombagem em presso, com definio dos eventuais dispositivos de proteco. 2. - Os dispositivos de proteco referidos no n. 1 devem ser definidos em funo das envolventes das cotas piezomtricas mnimas e mximas provenientes do choque hidrulico por ocorrncia de regimes transitrios na situao mais desfavorvel previsvel.

    Artigo 72 Descarregadores As instalaes de bombagem com alimentao por canal devem dispor, a montante, de um descarregador ligado a um colector de recurso para fazer face ocorrncia de avarias, necessidade de colocao da instalao fora de servio e permitir o desvio da gua em excesso.

    TTULO III Sistemas de distribuio predial de gua

    CAPTULO I Regras gerais

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    Artigo 73 Separao de sistemas

    Os sistemas prediais alimentados pela rede pblica devem ser independentes de qualquer sistema privado de distribuio de gua com outra origem, nomeadamente poos ou furos.

    Artigo 74 Cadastro dos sistemas

    1. - Os Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto devem manter em arquivo os cadastros dos sistemas prediais de distribuio de gua. 2. - Nos processos deve constar:

    a) A memria descritiva e justificativa das solues adoptadas; b) A natureza dos materiais e acessrios utilizados; c) As condies de instalaes das canalizaes; d) O dimensionamento hidrulico; e) As peas desenhadas devem ser em nmero e escala que permitam identificar, de

    forma inequvoca, a localizao das canalizaes, quando estas no so colocadas vista ou facilmente acessveis.

    Artigo 75 Identificao das canalizaes

    As canalizaes instaladas vista ou visitveis devem ser identificadas consoante a natureza da gua transportada e de acordo com o sistema de normalizao vigente.

    Artigo 76 Preveno da contaminao

    1. - No permitida a ligao entre a rede predial de distribuio de gua e as redes prediais de drenagem de guas residuais. 2. - O fornecimento de gua potvel aos aparelhos sanitrios deve ser efectuado sem pr em risco a sua potabilidade, impedindo a sua contaminao, quer por contacto, quer por aspirao de gua residual em caso de depresso.

    Artigo 77 Utilizao de gua no potvel

    1. - Os Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto podem autorizar a utilizao de gua no potvel exclusivamente para lavagem de pavimento, rega, combate a incndios e fins industriais no alimentares, desde que salvaguardadas as condies de defesa da sade pblica. 2. - As redes de gua no potvel e respectivos dispositivos de utilizao devem ser sinalizados.

    CAPTULO II Concepo geral

    Artigo 78 Concepo de novos sistemas

    1. - Na concepo de novos sistemas h que atender: a) presso disponvel na rede geral de alimentao e necessria nos dispositivos

    de utilizao;

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    b) Ao tipo e nmero de dispositivos de utilizao; c) Ao grau de conforto pretendido; d) minimizao de tempos de reteno da gua nas canalizaes.

    2. - As presses de servio nos dispositivos de utilizao devem situar-se entre 50 kPa e 400 kPa, sendo recomendvel, por razes de conforto e durabilidade dos materiais, que se mantenham entre 150 kPa e 300 kPa.

    Artigo 79 Remodelao ou ampliao de sistemas existentes

    Sempre que na remodelao ou ampliao de um sistema haja aumento de caudal de ponta, deve comprovar-se a suficincia da capacidade hidrulica de transporte das canalizaes e das eventuais instalaes complementares a montante, sem prejuzo das condies de funcionamento do sistema na sua globalidade.

    CAPTULO III Elementos de base para dimensionamento

    Artigo 80 Dispositivo de utilizao

    1. - Na elaborao dos estudos relativos distribuio predial de gua, devem definir-se os tipos de dispositivos de utilizao e indicar-se a sua localizao. 2. - Os aparelhos alimentados por dispositivos de utilizao devem estar devidamente identificados nas peas desenhadas do projecto.

    Artigo 81 Caudais instantneos

    1. - Os caudais instantneos a atribuir aos dispositivos de utilizao devem estar de acordo com o fim especfico a que se destinam. 2. - Os valores mnimos dos caudais instantneos a considerar nos dispositivos de utilizao mais correntes so indicados no anexo IV.

    Artigo 82 Coeficientes de simultaneidade

    1. - Na determinao dos caudais de clculo deve ter-se em conta a possibilidade do funcionamento no simultneo da totalidade dos dispositivos de utilizao, considerando-se coeficientes de simultaneidade como se dispe nos nmeros seguintes. 2. - Designa-se por coeficiente de simultaneidade numa dada seco a relao entre o caudal simultneo mximo previsvel, ou seja o caudal de clculo, e o caudal acumulado de todos os dispositivos de utilizao alimentados atravs dessa seco. 3. - O coeficiente de simultaneidade pode ser obtido por via analtica ou grfica resultante de dados estatsticos aplicveis. 4. - No anexo V apresentada uma curva que, tendo em conta os coeficientes de simultaneidade, fornece os caudais de clculo para um nvel de conforto mdio em funo dos caudais acumulados, e pode ser utilizada para os casos correntes de habitao sem fluxmetros.

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    5. - No caso de instalao de fluxmetros, ao caudal de clculo obtido de acordo com os nmeros anteriores deve ainda adicionar-se o caudal de clculo dos fluxmetros, a determinar de acordo com o indicado no anexo V.

    Artigo 83 Presses na rede pblica

    Para efeitos de clculo da rede predial devem ser fornecidos, pelos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto, os valores das presses mxima e mnima na rede pblica no ponto de insero naquela.

    CAPTULO IV Rede predial de gua fria e gua quente

    Artigo 84 Caudais de clculo

    Os caudais de clculo na rede predial de gua fria e de gua quente devem basear-se nos caudais instantneos atribudos aos dispositivos de utilizao e nos coeficientes de simultaneidade.

    Artigo 85 Dimensionamento hidrulico

    1. - O dimensionamento hidrulico da rede predial de gua fria e quente efectuado de acordo com os seguintes elementos:

    a) Caudais de clculo; b) Velocidades, que devem situar-se entre 0,5m/s e 2,0m/s; c) Rugosidade do material.

    2. - Nos ramais de alimentao de fluxmetros para bacias de retrete devem ter-se em ateno as presses mnimas de servio a cujos valores correspondem os seguintes dimetros mnimos:

    Presso (kPa)

    Dimetro

    (milmetros)

    200 80 50

    25 32 40

    Artigo 86 Traado

    1. - O traado das canalizaes prediais de gua deve ser constitudo por troos rectos, horizontais e verticais, ligados entre si por acessrios apropriados, devendo os primeiros possuir ligeira inclinao para favorecer a circulao do ar e considerando-se recomendvel 0,5% como valor orientativo. 2. - A exigncia de alguns acessrios pode ser dispensvel caso se utilizem canalizaes flexveis. 3. - As canalizaes de gua quente devem ser colocadas, sempre que possvel, paralelamente s de gua fria e nunca abaixo destas. 4. - As canalizaes de gua quente devem preferencialmente prever circuito de retorno.

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    5. - A distncia mnima entre canalizaes de gua fria e de gua quente de 0,05 m.

    Artigo 87 Instalao

    1. - As canalizaes interiores da rede predial de gua fria e quente podem ser instaladas vista, em galerias, caleiras, tectos falsos, embainhadas ou embutidas. 2. - As canalizaes no embutidas so fixadas por abraadeiras, espaadas em conformidade com as caractersticas do material. 3. - Na instalao de juntas e no tipo de abraadeiras a utilizar devero ser consideradas a dilatao e a contraco da tubagem. 4. - As canalizaes exteriores da rede predial de gua fria podem ser enterradas em valas, colocadas em paredes ou instaladas em caleiras, devendo ser sempre protegidas de aces mecnicas e isoladas trmicamente quando necessrio. 5. - As canalizaes no devem ficar:

    a) Sob elementos de fundao; b) Embutidas em elementos estruturais; c) Embutidas em pavimentos, excepto quando flexveis e embainhadas; d) Em locais de difcil acesso; e) Em espaos pertencentes a chamins e a sistemas de ventilao.

    Artigo 88 Preveno contra a corroso

    1. - No projecto das redes prediais de gua devem ser consideradas medidas destinadas a atenuar os fenmenos de corroso, devendo para o efeito:

    a) As canalizaes metlicas da rede ser executadas, de preferncia, com o mesmo material;

    b) No caso de materiais diferentes, o material mais nobre ser instalado a jusante do menos nobre, procedendo-se ao isolamento das ligaes por juntas dielctricas;

    c) O assentamento de canalizaes metlicas de redes distintas fazer-se sem pontos de contacto entre si ou com quaisquer elementos metlicos da construo;

    d) O assentamento de canalizaes no embutidas fazer-se com suportes de material inerte, do mesmo material ou de material de nobreza prxima inferior;

    e) O atravessamento de paredes e pavimentos fazer-se atravs de bainhas de material adequado inerte ou de nobreza igual ou prxima inferior ao da canalizao;

    f) As canalizaes metlicas ser colocadas, sempre que possvel, no embutidas ou revestidas com materiais no agressivos;

    g) Ser evitado o assentamento de canalizaes metlicas em materiais potencialmente agressivos;

    h) As canalizaes enterradas ser executadas, preferencialmente, com materiais no corrosveis.

    2. - As temperaturas da gua na distribuio de gua quente no devem exceder os 60C. 3. - Sendo necessrio manter temperaturas superiores indicada no nmero anterior, tm de ser tomadas precaues especiais na escolha do material a utilizar, na instalao e ainda com a segurana dos utentes.

    Artigo 89 Isolamento da rede de gua quente

    1. - As canalizaes de gua quente devem ser isoladas com produtos adequados, imputrescveis, no corrosivos, incombustveis e resistentes humidade.

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    2. - Podem no ser isolados as derivaes para os dispositivos de utilizao, quando de pequeno comprimento. 3. - As canalizaes e respectivos isolamentos devem ser protegidos sempre que haja risco de condensao de vapor de gua, de infiltraes ou de choques mecnicos.

    Artigo 90 Natureza dos materiais

    1. - As tubagens e acessrios que constituem as redes interiores podem, entre outros, ser de cobre, ao inoxidvel, ao galvanizado ou PVC rgido, este ltimo no caso de canalizaes de gua fria no afectas a sistemas de combate a incndios ou a sistemas simultaneamente de abastecimento e de combate a incndios 2.- As tubagens e acessrios instalados devem reunir as necessrias condies de utilizao e estarem devidamente homologados.

    CAPTULO V Elementos acessrios da rede

    Artigo 91 Torneiras e fluxmetros

    As torneiras e fluxmetros so dispositivos de utilizao colocados sada de ramais de alimentao com a finalidade de regular o fornecimento de gua.

    Artigo 92 Vlvulas

    As vlvulas so rgos instalados nas redes com a finalidade de: a) Impedir ou estabelecer a passagem de gua em qualquer dos sentidos - vlvula de

    seccionamento; b) Impedir a passagem de gua num dos sentidos - vlvula de reteno; c) Manter a presso abaixo de determinado valor por efeito de descarga - vlvula de

    segurana; d) Manter a presso abaixo de determinado valor com a introduo de uma perda de

    carga - vlvula redutora de presso; e) Permitir a regulao do caudal - vlvula de regulao.

    Artigo 93 Instalao de vlvulas

    obrigatria a instalao de vlvulas: a) De seccionamento entrada dos ramais de introduo individuais, dos ramais de

    distribuio das instalaes sanitrias e das cozinhas e a montante de autoclismos, de fluxmetros, de equipamento de lavagem de roupa e de loua, do equipamento de produo de gua quente, de purgadores de gua e ainda imediatamente a montante e a jusante de contadores;

    b) De reteno a montante de aparelhos produtores-acumuladores de gua quente e no incio de qualquer rede no destinada a fins alimentares e sanitrios;

    c) De segurana na alimentao de aparelhos produtores-acumuladores de gua quente;

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    d) Redutoras de presso nos ramais de introduo sempre que a presso seja superior a 600 kPa e ou as necessidades especficas do equipamento o exijam.

    e) De regularizao nos ramais de ligao sempre que as caractersticas da rede pblica permitam que os Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto possam prescindir da aplicao do disposto no n. 4 do artigo 32.

    Artigo 94 Preveno contra a corroso

    Para atenuar os fenmenos de corroso, devem utilizar-se vlvulas de material de nobreza igual ou to prxima quanto possvel da do material das canalizaes ou utilizarem juntas dielctricas.

    Artigo 95 Natureza dos materiais das vlvulas

    As vlvulas podem ser de lato, bronze, ao, PVC ou outros materiais que renam as necessrias condies de utilizao.

    Artigo 96 Contadores

    Compete aos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto a definio do tipo, calibre e classe metrolgica do contador a instalar, para medio do volume de gua abastecido.

    Artigo 97 Instalao dos contadores

    1. - Os contadores devem ser instalados obrigatoriamente um por cada consumidor, e so designados por contadores individuais. 2. - Os contadores devem ser colocados em nichos prprios, dotados de portas e fechaduras aprovadas pelos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto. 3. - Os contadores podem ser colocados isoladamente ou em conjunto, constituindo neste ltimo caso, uma bateria de contadores; no caso de ser constituda esta bateria, deve ser estabelecido um circuito fechado no qual tm origem os ramais de introduo individuais. 4. - Os nichos para alojamento de contadores de 15 e 20 mm de dimetro tero, no mnimo, o comprimento de 0,60m, a profundidade de 0,20m e a sua altura ser igual, no mnimo, a 0,40m + (n - 1) x 0,25m e com o mximo de 1,40m, medido a partir do nvel do pavimento; sendo n o nmero de contadores a instalar no nicho. 5. - Os nichos para alojamento de contadores de dimetro superior a 20mm sero definidos caso a caso pelos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto. 6. - Um esquema de instalao de bateria de contadores apresentado no anexo VI. 7. - Quando um contador servir simultaneamente uma rede de distribuio predial e dispositivos de combate a incndios, deve ser instalada uma derivao ao contador, se tal for determinado pelo clculo hidrulico de abastecimento rede de incndio, no qual existir uma vlvula fechada e selada pelos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto, a manobrar, exclusivamente, em caso de incndio. 8. - A vlvula referida no n. anterior, ficar alojada no nicho do respectivo contador. 9. - obrigatria a instalao de um contador que sirva um reservatrio de uso colectivo e que se designar por contador totalizador, sendo proibida a instalao entre ele e o reservatrio, de qualquer dispositivo hdrico.

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    10. - Os contadores servidos a partir de reservatrio, referido no n. anterior e instalado no termos do n. 1, designam-se por contadores individuais divisionrios. 11. - A instalao de contadores de obras exclusivamente destinada contagem de consumo de gua, para realizao das mesmas, devendo os consumidores, aps concluso das obras, solicitarem aos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto, por escrito, que os mesmos sejam retirados.

    Artigo 98 Localizao dos contadores

    1. - Nos edifcios confinantes com a via ou espaos pblicos, os contadores devem localizar-se no seu interior, na zona de entrada ou em zonas comuns, consoante se trate de um ou de vrios consumidores. 2. - Nos edifcios com logradouros privados, os contadores devem localizar-se:

    a) No logradouro junto zona de entrada contgua com a via pblica, no caso de um s consumidor;

    b) No interior do edifcio em zonas comuns ou no logradouro junto entrada contgua com a via pblica, no caso de vrios consumidores.

    CAPTULO VI Instalaes complementares

    Artigo 99 Reservatrios

    1. - Os reservatrios prediais tm por finalidade o armazenamento de gua presso atmosfrica, constituindo uma reserva destinada alimentao das redes dos prdios a que esto associados. 2. - O armazenamento de gua para fins alimentares s permitido em casos devidamente autorizados pelos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto, nomeadamente quando as caractersticas do fornecimento por parte do sistema pblico no ofeream as garantias necessrias ao bom funcionamento do sistema predial, em termos de caudal e presso.

    Artigo 100 Dimensionamento

    1. - O volume til dos reservatrios destinados a fins alimentares e sanitrios no deve, excepto em casos devidamente justificados, exceder o valor correspondente ao volume mdio dirio do ms de maior consumo para ocupao previsvel. 2. - O dimensionamento de reservatrios para combate a incndios est condicionado s exigncias do Batalho Sapadores Bombeiros, tendo em conta a ocupao de risco do edifcio ou a distncia ao quartel dos Bombeiros, com um volume mnimo que garanta o fornecimento de gua durante 30 minutos s redes de incndios armadas. 3. - As reservas de gua destinadas alimentao s so susceptveis de serem comuns com as reservas de gua para combate a incndios, se o volume desta ltima for igual ou inferior a 20% daquela.

    Artigo 101 Localizao

    1. - Os reservatrios devem ser localizados em zonas que permitam uma fcil inspeco e a execuo de trabalhos de manuteno ou reparao interior ou exterior.

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    2. - Os reservatrios de uso colectivo devem ser instalados em zonas comuns. 3. - Quando armazenam gua para fins alimentares e sanitrios, os reservatrios devem ter proteco trmica e estar afastados de locais sujeitos a temperaturas extremas. 4. - Os paramentos verticais devero ficar afastados de qualquer outra parede com um espaamento no inferior a 0.50m. 5. - A placa de cobertura dever ficar afastada de qualquer outra de uma distncia no inferior a 1.50m, quando o acesso ao interior for efectuado pela parte superior, se o acesso ao interior for lateral, a placa superior poder ficar com um espao no inferior a 0.40m, desde que seja fcilmente amovvel, visvel pelo exterior, apresente inclinao no inferior a 10% e garanta a total vedao do interior do reservatrio. 6. - Deve ser garantida a ventilao ambiente do compartimento onde fique instalado o reservatrio.

    Artigo 102 Aspectos construtivos

    1. - Os reservatrios devem ser impermeveis e dotados de dispositivos de fecho estanques e resistentes. 2. - As arestas interiores devem ser boleadas e a soleira ter a inclinao mnima de 1% para a caixa de limpeza a fim de facilitar o esvaziamento. 3. - As paredes, fundo e cobertura dos reservatrios no devem ser comuns aos elementos estruturais do edifcio. 4. - Os reservatrios para abastecimento domstico devem ser dotados de:

    a) Duas clulas para volumes entre 2m3 e 20m3, trs clulas para volumes entre 21m3 e 40m3 e com quatro clulas para volumes entre 41m3 e 60m3; Acima deste valor os Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto, definiro, caso a caso, o nmero de clulas a adoptar; Esta compartimentao dever permitir a intercomunicabilidade da gua armazenada e a intercepo de cada uma das clulas;

    b) Sistema de ventilao, convenientemente protegido com rede de malha fina, tipo mosquiteiro e de material no corrosivo, para assegurar a renovao frequente do ar em contacto com a gua;

    c) Soleira e superfcies interiores das paredes tratadas com revestimentos adequados que permitam uma limpeza eficaz, a conservao dos elementos resistentes e a manuteno da qualidade da gua;

    d) Entrada e sada da gua devidamente posicionadas de modo a facilitar a circulao da massa de gua armazenada;

    e) Dispositivos de acesso ao interior de cada clula, com a dimenso mnima de 50 m ou 0,50 x 0,50 m, quando colocados na cobertura; Estes dispositivos devem ser estanques e impedirem a entrada de qualquer elemento slido ou escorrncias; Os dispositivos de acesso ao interior das clulas podem ser substituidos por aberturas laterais, com as dimenses mnimas de 0,50 m de altura por 1,20 m de comprimento, serem vedadas com rede mosquiteira de material no corrosivo e impedirem a entrada de escorrncias;

    Artigo 103 Circuitos e rgos acessrios

    1. - Cada reservatrio ou clula de reservatrio deve dispor de: a) Entrada de gua localizada, no mnimo, a 0,10m acima do nvel mximo da

    superfcie livre do reservatrio em carga, equipada com uma vlvula de funcionamento automtico, destinada a interromper a alimentao quando o nvel mximo de armazenamento for atingido;

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    b) Sadas para distribuio, protegidas com ralo e colocadas, no mnimo, a 0,15m do fundo;

    c) O descarregador de superfcie dever ser colocado a um nvel que impea o contacto da gua armazenada com a gua de entrada e possuir conduta de descarga de queda livre visvel, protegida com rede de malha fina, tipo mosquiteiro, dimensionado para um caudal no inferior ao mximo de alimentao do reservatrio;

    d) Descarga de fundo implantada na soleira, com vlvula adequada, associada a caixa de limpeza, para volumes de armazenamento superiores a 2m3 ;

    e) Ser dotado de dispositivo de aviso sonoro/luminoso, colocado em zona comum e facilmente visvel pelos utentes do prdio, de que h perda de gua pela descarga de superfcie ou de fundo.

    f) Torneira inserida na tubagem de sada, destinada recolha de gua para anlise.

    Artigo 104 Natureza dos materiais

    1. - Os reservatrios podem ser de beto, alvenaria de tijolo ou de blocos de cimento, ao ou outros materiais, que reunam as necessrias condies de utilizao. 2. - Nos reservatrios de gua destinada a fins alimentares e sanitrios, os materiais e revestimentos usados na sua construo no devem alterar a sua qualidade.

    Artigo 105 Instalaes elevatrias

    1. - As instalaes elevatrias so conjuntos de equipamentos destinados a elevar, por meios mecnicos, a gua armazenada em reservatrios. 2. - Devem ser localizados junto aos reservatrios e obedecerem s condies impostas nos ns. 1, 2 e 6 do artigo 101. 3. - Devem ser equipadas de dispositivos de comando, segurana e alarme, no caso de avaria. 4. - O grupo de electrobombas a instalar deve dispor, no mnimo, de um elemento que se constitua reserva, com potncia igual maior das restantes unidades instaladas e destinado a funcionar como reserva activa mtua e, excepcionalmente, em conjunto para reforo da capacidade elevatria. 5. - Os rgos electromecnicos devem ter nvel de rudo admissvel de acordo com a legislao especfica. 6. - Devem ser apoiados em pavimentos prprios, dotados de apoios elsticos que impeam a propagao de rudos e vibraes, de acordo com a legislao especfica.

    Artigo 106 Instalaes de recirculadores de gua

    1. - Os grupos recirculadores so equipamentos destinados a auxiliar a circulao de gua quente, por meios mecnicos, nos circuitos de retorno. 2. - A sua instalao deve prever o disposto nos ns. 3, 5 e 6 do artigo anterior.

    Artigo 107 Instalaes de redes de incndio armadas

    1. - obrigatrio a instalao de bocas de incndio em nmero, locais e caractersticas definidas pelo Batalho Sapadores Bombeiros. 2. - As bocas de incndio devem ser dispostas por forma a que:

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    a) A distncia entre elas, medida ao eixo dos percursos de circulao, no exceda o dobro do menor dos comprimentos das mangueiras com que sejam equipadas;

    b) permitam atingir todos os pontos do espao a proteger a uma distncia no superior a 5 m;

    c) O seu volante de manobra se situe a uma altura do pavimento compreendida entre 1,20 m e 1,50 m;

    d) Exista uma boca de incndio a uma distncia no superior a 5 m de cada sada;

    Artigo 108 Caractersticas das bocas de incndio

    1. - As bocas de incndio podem ser do tipo carretel ou do tipo teatro. 2. - As bocas de incndio devem possuir as seguintes caractersticas mnimas:

    a) Tipo carretel calibre de 25 mm; carretel de mangueira semi-rgida com 20 m de comprimento; agulheta de 3 posies (jacto, leque e nevoeiro);

    b) Tipo teatro calibre de 45 mm; mangueira flexvel com 20 m de comprimento; agulheta de 3 posies (jacto, leque e nevoeiro);

    3.- As bocas de incndio devem ser encerradas em armrios prprios, devidamente sinalizados de acordo com a normalizao Portuguesa em vigor e dotados de porta com fechadura.

    Artigo 109 Dimensionamento da rede de incndios armada

    Os caudais de clculo da rede de incndio armada devem basear-se nas condies impostas pelo Batalho Sapadores Bombeiros, tendo em ateno o dimensionamento hidrulico das condutas baseado nos seguintes parmetros:

    a) Presso na boca de incndio hidraulicamente mais desfavorvel deve existir uma presso

    dinmica mnima de 250 kPa, medida com metade das bocas de incndio da rede abertas, num mximo exigvel de quatro;

    b) Caudais instantneos mnimos bocas de incndio do tipo carretel - 1,5 l/s; bocas de incndio do tipo teatro - 3 l/s.

    c) Velocidade mxima nas condutas de 3 m/s.

    Artigo 110 Dimetros das canalizaes

    1. - O dimetro da canalizao principal que alimenta uma Rede de Incndio Armada deve obedecer s regras de dimensionamento hidrulico com o limite mximo de 3 m/s, no podendo ser inferior a 50mm de dimetro. 2. - Para efeitos de dimensionamento da canalizao, cada duas bocas de incndio de 25mm equivalem a uma de 45mm.

    Artigo 111 Alimentao das redes de incndio armadas

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    1. - A alimentao das bocas de incndio deve ser assegurada por canalizaes independentes, salvo se se verificarem as condies do n. 3 do artigo 100. 2. - Sempre o Batalho Sapadores Bombeiros o entenda, em zonas onde a rede pblica de abastecimento no apresente garantias de continuidade, presso ou caudal, devem ser previstas reservas de gua cujas capacidades sero determinadas de acordo com as necessidades de caudal das bocas de incndio que alimentam, nos termos do previsto no n. 2 do artigo 100. 3. - As canalizaes destinadas exclusivamente para combate a incndios devem prever sistemas prprio de recirculao da gua e serem susceptveis de consumo de gua para lavagem e rega devendo, junto a cada hidrante e em local visvel, existir aviso indicando gua imprpria para consumo.

    Artigo 112 Instalaes elevatrias na rede de incndio armadas

    1. - As instalaes elevatrias, quando necessrias, devero obedecer ao artigo 105 deste Regulamento. 2. - Nos casos em que as condies de presso e caudal exigidas no artigo 109 sejam asseguradas por grupos sobrepressores accionados a energia elctrica, estes devem ser apoiados por fontes de energia de emergncia. Fontes estas que devem garantir o fornecimento de energia aos grupos que alimentam no prazo mximo de 15 segundos aps a falha de alimentao da rede pblica, apresentando autonomias suficientes para assegurar o funcionamento daquelas instalaes, nas condies mais desfavorveis. 3. - O Batalho Sapadores Bombeiros poder autorizar, caso a caso e desde que devidamente justificado, que a alimentao das electrobombas seja feita a partir do quadro geral do edifcio, atravs de barramento exclusivo dedicado, sendo a alimentao das electrobombas realizada com cabos resistentes ao fogo. 4. - As condies de presso e caudal exigidas no artigo 109 podem tambm ser asseguradas por motobombas que disponham de tanque de combustvel e dois grupos de baterias de arranque. 5. - As instalaes elevatrias devero ser sujeitos a rotinas de funcionamento, no mximo semanais, por perodos no inferiores a 15 minutos e rotinas de manuteno de acordo com as instrues do fornecedor do equipamento, a garantir pelo utilizador.

    Artigo 113 Controlo da presso da gua

    A presso da gua nas Redes de Incndio Armadas deve ser indicada por meio de manmetros instalados nos seus pontos mais desfavorveis.

    Artigo 114 Colunas secas 1.- obrigatrio a instalao de colunas secas em nmero, locais e caractersticas definidas pela legislao em vigor. 2. - A instalao das colunas secas deve obedecer aos seguintes requisitos:

    a) Serem instaladas em todas as vias verticais de evacuao protegidas dos edifcios, sempre que a legislao o exija;

    b) Cada coluna deve ter um dimetro nominal mnimo de 70 mm; c) Em cada piso que serve deve dotada de duas bocas de incndio de 45 mm de

    dimetro, sendo uma dela armada com mangueira flexvel de 20 m de

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    comprimento, ficando resguardadas dentro de armrios com porta e fechadura, situados nas paredes e devidamente sinalizados;

    d) As bocas de incndio referidas na alnea anterior devem ser dispostas no interior das comunicaes verticais ou das cmaras corta-fogo, sempre que estam existam;

    e) As colunas que sirvam pisos situados a uma altura superior a 28 m devem ter dimetro nominal no inferior a 100 mm.

    3.- A alimentao exterior das colunas ser realizada por siamesas de dimetro nominal de 60 mm, com passadores e tampes, devidamente protegidas e sinalizadas. Sero localizadas nas fachadas dos edifcios, junto s vias verticais que dizem respeito e em posio acessvel s viaturas dos bombeiros.

    Artigo 115 Instalao de redes sprinklers

    A instalao de redes de sprinklers dever obedecer aos requisitos impostos, caso a caso, pelo Batalho Sapadores Bombeiros.

    Artigo 116 Termoacumuladores de presso

    1. - Os termoacumuladores tm como finalidade armazenar gua sob presso a temperatura superior fornecida pela rede de gua fria e destinada a abastecer as canalizaes de gua quente. 2. - A instalao de termoacumuladores s pode ser efectuada por pessoa ou empresa qualificada, designada por tcnico responsvel, que para o efeito dever passar termo de responsabilidade pela qualidade e instalao deste equipamento. 3. - A responsabilidade pela instalao do termoacumulador estende-se aos troos dos circuitos hidrulicos de gua fria e quente que respeitem segurana do aparelho, mesmo que no tenham sido estabelecidos pelo tcnico responsvel. 4. - Se na mesma edificao forem instalados vrios termoacumuladores pelo mesmo tcnico responsvel, o termo de responsabilidade poder ser um s, mas dever identificar inequvocamente quais os aparelhos a que se reporta a responsabilidade. 5. - Os termoacumuladores devem estar sujeitos a aces de manuteno e de limpeza peridicas, anuais, a cargo e da iniciativa dos utentes, efectuadas por pessoal especializado que garanta a qualidade do servio prestado. 6. - Junto a cada termoacumulador dever existir identificao do responsvel pela sua manuteno no qual conste a data limite da validade desse trabalho. 7. - Os termoacumuladores esto sujeitos fiscalizao permanente dos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto, que, no entanto, poder fazer as vistorias por amostragem.

    CAPTULO VII Verificao, ensaios e desinfeco

    Artigo 117 Verificao

    A verificao da conformidade do sistema com o projecto aprovado e com as disposies legais em vigor, a levar a efeito pela fiscalizao dos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto, deve ser feita com as canalizaes e respectivos acessrios vista.

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    Artigo 118 Ensaio de estanquidade

    1. - O ensaio de estanquidade deve ser conduzido com as canalizaes, juntas e acessrios vista, convenientemente travados e com as extremidades obturadas e desprovidas de dispositivos de utilizao. 2. - O processo de execuo do ensaio o seguinte:

    a) Ligao da bomba de ensaio com manmetro, localizada to prximo quanto possvel do ponto de menor cota do troo a ensaiar;

    b) Enchimento das canalizaes por intermdio da bomba, de forma a libertar todo o ar nelas contido e garantir uma presso igual a uma vez e meia a mxima de servio, com o mnimo de 900 kPa;

    c) Leitura do manmetro da bomba, que no deve acusar reduo durante um perodo mnimo de quinze minutos;

    d) Esvaziamento do troo ensaiado. 3.- Este ensaio da responsabilidade do promotor da construo e deve ser realizado na presena de pessoal dos Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto.

    Artigo 119 Desinfeco dos sistemas

    1. - Os sistemas de distribuio predial de gua para fins alimentares e sanitrios, depois de equipados com os dispositivos de utilizao e antes de entrarem em funcionamento, devem ser submetidos a uma operao de lavagem com o objectivo de desinfeco e higienizao do reservatrio de modo a garantir a potabilidade da gua armazenada. 2. - Junto ao reservatrio obrigatrio a existncia de um mapa no qual conste:

    a) Boletim de anlises fsica, qumica e bacteriolgica da gua nele armazenada, nomeadamente, PH, condutividade, turvao, cloro residual, contagem de germes totais a 22 e 37C, coliformes totais, coliformes fecais, estreptococos fecais e clostridios sulfito-redutores, cujo prazo no deve ser superior a seis meses;

    b) Data de novas aces de limpeza e desinfeco, cujo prazo no deve ser superior a um ano.

    Artigo 120 Prova de funcionamento hidrulico

    Aps os ensaios de estanquidade e a instalao dos dispositivos de utilizao, deve verificar-se o comportamento hidrulico do sistema.

    TTULO IV Sistemas de Drenagem Pblica de guas Residuais Domsticas

    CAPTULO I Regras Gerais

    Artigo 121 mbito dos sistemas

    Este ttulo aplica-se aos sistemas de drenagem pblica de guas residuais domsticas e industriais, e ainda aos sistemas de drenagem privados, desde que destinados a utilizao

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    colectiva, contemplando fundamentalmente a rede de colectores e o destino final dos efluentes.

    Artigo 122 Constituio dos sistemas

    1. - Os sistemas de drenagem pblica de guas residuais domsticas so essencialmente constitudos por redes de colectores, instalaes de tratamento e dispositivos de descarga final. 2. - As guas residuais domsticas provm de instalaes sanitrias, cozinhas e zonas de lavagem de roupas e caracterizam-se por conterem quantidades apreciveis de matria orgnica, serem facilmente biodegradveis e manterem relativa constncia das suas caractersticas no tempo. 3. - As guas residuais industriais derivam da actividade industrial e caracterizam-se pela diversidade dos compostos fsicos e qumicos que contm, dependentes do tipo do processamento industrial e ainda por apresentarem, em geral, grande variabilidade das suas caractersticas no tempo.

    Artigo 123 Tipos de sistemas

    O sistema de drenagem pblica de guas residuais domsticas, no concelho do Porto, do tipo separativo.

    Artigo 124 Lanamentos interditos

    Sem prejuzo de legislao especial, interdito o lanamento nas redes de drenagem pblico de guas residuais domsticas, qualquer que seja o seu tipo, directamente ou por intermdio de canalizaes prediais, de:

    a) Matrias explosivas ou inflamveis; b) Matrias radioactivas em concentraes que possam constituir perigo quer para o

    pessoal operador, quer para o sistema de drenagem pblico; c) Efluentes de laboratrios ou de instalaes hospitalares que, pela sua natureza

    qumica ou microbiolgica, constituam um elevado risco para a sade pblica, para o sistema pblico ou para os operadores do sistema;

    d) Entulhos, leitadas de cimento, areias ou cinzas; e) Efluentes a temperaturas superiores a 30C; f) Lamas extradas de fossas spticas e gorduras ou leos de cmaras retentoras ou

    dispositivos similares, que resultem das operaes de manuteno; g) As guas provenientes de circuitos de refrigerao ou de instalaes de

    aquecimento; h) As guas de piscinas ou depsitos de armazenamento de gua; i) As guas de drenagem do sub-solo; j) As guas resultantes de regas de jardins ou espaos verdes, de lavagem de

    arruamento, ptios ou parques de estacionamento, ou seja, aquelas que de um modo geral so recolhidas pelas sarjetas, sumidouro ou ralos;

    k) Efluentes de unidades industriais que contenham: compostos cclicos hidroxilados e seus derivados halogenados; matrias sedimentveis, precipitveis e flutuantes que, por si ou aps mistura

    com outras substncias existentes nos colectores, possam pr em risco a sade dos trabalhadores ou as estruturas dos sistemas;

    substncias que impliquem a destruio dos processos de tratamento biolgico;

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    substncias que possam causar a destruio dos ecosistemas aquticos ou terrestres nos meios receptores;

    quaisquer substncias que estimulem o desenvolvimento de agentes patognicos. l) Efluentes industriais que incluam substncias em concentraes superiores s

    estabelecidas contratualmente, entre os Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto e a unidade industrial ou quaisquer outras substncias que possam interferir negativamente com o processo de tratamento ou com o meio receptor final onde essas guas so lanadas;

    m) As guas industriais de azeite, designadas por guas russas; n) As guas residuais das indstrias metalrgicas e de petrleo ou seus derivados.

    CAPTULO II Concepo dos Sistemas

    Artigo 125 Concepo geral

    1. - A concepo dos sistemas de drenagem pblica de guas residuais deve passar pela anlise prvia e cuidada do destino final a dar aos efluentes, tanto do ponto de vista de proteco dos recursos naturais como de sade pblica e de economia global da obra. 2. - Na drenagem de guas residuais domsticas e industriais deve procurar-se um desenvolvimento da rede de colectores que possa cobrir toda a rea a servir, minimizando os custos globais e procurando que o escoamento dos efluentes se faa por via gravtica de modo a favorecer a fiabilidade do sistema.

    Artigo 126 Novos sistemas

    1. - Na concepo de sistemas de drenagem pblica de guas residuais em novas reas de urbanizao deve ser adoptado o sistema separativo. 2. - Em sistemas novos, obrigatria a concepo conjunta do sistema de drenagem de guas residuais domsticas e industriais, independentemente de eventuais faseamentos diferidos de execuo das obras.

    CAPTULO III Elementos de base para dimensionamento

    Artigo 127 Cadastro do sistema existente

    1. - Os Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto devem manter actualizados os respectivos cadastros. 2. - Os cadastros devem conter, no mnimo:

    a) A localizao em planta dos colectores, acessrios e instalaes complementares, sobre carta topogrfica em escala 1:500, onde estejam implantadas todas as edificaes e pontos importantes;

    b) As cotas de pavimento e de soleira das cmaras de visita; c) As seces, materiais e tipos de juntas dos colectores; d) A natureza do terreno e condies de assentamento; e) A informao relativa s condies de funcionamento dos colectores;

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    f) A ficha individual para os ramais de ligao e instalaes complementares. 3. - Os cadastros podem existir sob forma grfica tradicional ou informatizados. 4. - Os Servios Municipalizados guas e Saneamento do Porto deve manter actualizada informao relativa flutuao de caudais nas seces mais importantes da rede de colectores, bem como a indicadores fsicos, qumicos, biolgicos e bacteriolgicos das guas residuais.

    Artigo 128 Evoluo populacional, capitaes, caudais comerciais e industriais

    Na elaborao de estudos relativos drenagem de guas residuais domsticas e