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1 RELATIVIDADE: Seus ERROS e o PARADOXO dos TRIGÊMEOS O presente trabalho é, na verdade, uma pequena complementação aos meus dois trabalhos anteriores, pois desde que terminei o trabalho “Universo: Físico, Químico ou Divino?” que escrevi logo depois de terminar o trabalho “ O Espaço-Tempo e a Relati- vidade” fiquei angustiado por dois motivos: - o primeiro foi o fato ter chegado a fortíssimas evidências, praticamente “conclusões” de que as explicações dos efeitos Fotoelétrico e Compton, elaborados respectivamente por Einstein e Compton, eram completamente equivocados do ponto de vista químico. E foi exatamente baseado no efeito fotoelétrico que Einstein, para ter respaldo para sua explicação, precisou considerar a luz como corpuscular e não mais somente como onda eletromagnética (puramente energia). Depois do estabelecimento de que a Luz apresenta comportamento corpuscular, corroborado pela explicação do efeito Compton, ensejou a De Broglie generalizar a ambiguidade, ou seja, ficou definido que onda possui matéria e matéria em movimento possui comportamento ondulatório. Uma vez que passei a ter fortíssimas evidências químicas de esses conceitos não condiziam com a realidade, fi- quei um tanto perplexo, pois isso me obrigava a aceitar a ocorrência de um possível erro de tais gênios. É sempre muito incômodo um “ilustre desconhecido de terceiro mundo” apontar equívocos nas explicações de tais gênios para os eventos citados. Entretanto, meus conhecimentos de ciência, especialmente de química, não são tão desprezíveis, pois afinal milito na área há cinquenta anos, já tendo sido professor universitário de química, entre outras funções, que me credenciam a avaliar e dar opini- ão, mesmo que seja contra as opiniões desses gênios. Pelo respeito e admiração que tenho por eles, especialmente pelo fabuloso gênio que foi Einstein, tive o cuidado de apresentar todos os questionamentos científicos contrários a eles, da maneira mais didá- tica que pude. - o segundo motivo foi uma das coisas que tinha ficado mais evidente no desenvolvi- mento dos trabalhos citados, que foi o efeito cascata dessas evidências, já que me leva- vam a obrigação de questionar vários outros pontos de aceitação quase unânime, especi- almente no tocante aos conceitos da Relatividade, já que a mesma se baseia solidamente no fato dessa interconversão onda matéria, que foi quantificada por Einstein. Uma vez que mostro que essa interconversão é um equívoco, detona a avalanche relativista, o que é, sem dúvida, reconheço, uma posição que pode parecer audaciosa demais. Entretanto, convicto dos conhecimentos químicos que possuo e levando em conta que o que esses gênios sugeriram foi há um SÉCULO ATRÁS, e os envolvidos eram todos físicos e, portanto, sem a sólida formação química que possuo, tomei consciência de que meus conhecimentos e avaliações podem ajudar no esclarecimento de alguns pontos obscuros.

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RELATIVIDADE: Seus ERROS e o PARADOXO dos TRIGÊMEOS

O presente trabalho é, na verdade, uma pequena complementação aos meus dois

trabalhos anteriores, pois desde que terminei o trabalho “Universo: Físico, Químico ou

Divino?” que escrevi logo depois de terminar o trabalho “ O Espaço-Tempo e a Relati-

vidade” fiquei angustiado por dois motivos:

- o primeiro foi o fato ter chegado a fortíssimas evidências, praticamente “conclusões”

de que as explicações dos efeitos Fotoelétrico e Compton, elaborados respectivamente

por Einstein e Compton, eram completamente equivocados do ponto de vista químico.

E foi exatamente baseado no efeito fotoelétrico que Einstein, para ter respaldo para sua

explicação, precisou considerar a luz como corpuscular e não mais somente como onda

eletromagnética (puramente energia). Depois do estabelecimento de que a Luz apresenta

comportamento corpuscular, corroborado pela explicação do efeito Compton, ensejou a

De Broglie generalizar a ambiguidade, ou seja, ficou definido que onda possui matéria e

matéria em movimento possui comportamento ondulatório. Uma vez que passei a ter

fortíssimas evidências químicas de esses conceitos não condiziam com a realidade, fi-

quei um tanto perplexo, pois isso me obrigava a aceitar a ocorrência de um possível erro

de tais gênios. É sempre muito incômodo um “ilustre desconhecido de terceiro mundo”

apontar equívocos nas explicações de tais gênios para os eventos citados.

Entretanto, meus conhecimentos de ciência, especialmente de química, não são

tão desprezíveis, pois afinal milito na área há cinquenta anos, já tendo sido professor

universitário de química, entre outras funções, que me credenciam a avaliar e dar opini-

ão, mesmo que seja contra as opiniões desses gênios. Pelo respeito e admiração que

tenho por eles, especialmente pelo fabuloso gênio que foi Einstein, tive o cuidado de

apresentar todos os questionamentos científicos contrários a eles, da maneira mais didá-

tica que pude.

- o segundo motivo foi uma das coisas que tinha ficado mais evidente no desenvolvi-

mento dos trabalhos citados, que foi o efeito cascata dessas evidências, já que me leva-

vam a obrigação de questionar vários outros pontos de aceitação quase unânime, especi-

almente no tocante aos conceitos da Relatividade, já que a mesma se baseia solidamente

no fato dessa interconversão onda matéria, que foi quantificada por Einstein. Uma vez

que mostro que essa interconversão é um equívoco, detona a avalanche relativista, o que

é, sem dúvida, reconheço, uma posição que pode parecer audaciosa demais. Entretanto,

convicto dos conhecimentos químicos que possuo e levando em conta que o que esses

gênios sugeriram foi há um SÉCULO ATRÁS, e os envolvidos eram todos físicos e,

portanto, sem a sólida formação química que possuo, tomei consciência de que meus

conhecimentos e avaliações podem ajudar no esclarecimento de alguns pontos obscuros.

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Por essa razão, como expliquei ao final do próprio trabalho, resolvi apresenta-lo e me

sujeitar a críticas e até a possíveis deboches.

Entretanto, dentro desse turbilhão que se tornou meu conjunto de neurônios, a

partir de ter que discordar de quem você idolatra, não foi tarefa fácil recolocar os pés no

chão novamente, saindo das profundas divagações que as explicações deles nos levam a

fazer até conseguirmos nos concentrar no foco real que eles objetivavam. Inclusive, a

coisa que mais me incomodava era o fato de ter discordado de Einstein depois de ter

absorvido tanto do que ele nos legou.

Só para exemplificar, posso citar o fato de que nunca aceitei o conceito de

TEMPO. Parecia um pouco de loucura, mas eu tinha absoluta convicção que o tempo

era realmente algo abstrato, criado pelo homem, logo, sem nenhum alicerce científico

que o amparasse.

E o grande apoio que obtive na minha evidência, foi exatamente através dele, do

gênio de Einstein. Ao propor que o tempo não existia como entidade absoluta, mas sim

era uma variável criada dentro da própria estrutura do espaço, formando o elemento

espaço-tempo, que ele chamou de quadridimensional e arqueado.

No trabalho “O Espaço-Tempo e a Relatividade” mostrei didaticamente o meu

entendimento sobre essa associação e ainda mantive sua caracterização como “quadri-

dimensional”. Já no trabalho seguinte, “Universo: Físico, Químico ou Divino” que é

uma continuação do anterior, já mostro minha discordância frontal desse termo, já que,

como o tempo não existe como entidade, ele não pode ser considerado uma “dimensão”

e dessa forma, sua associação com as três dimensões do espaço NÃO pode formar uma

quarta dimensão. Assim, no segundo trabalho volto a chamar essa associação somente

de “espaço-tempo”, eliminando o termo quadridimensional, já que considero o sistema

ainda tridimensional.

Ainda no primeiro dos trabalhos citados, já havia mostrado minha forma de en-

tender o que foi considerado pelo homem como “tempo”, e o associei aos movimentos.

Todos os corpos celestes se movimentam translacionalmente em torno de algum astro

central, como também, e simultaneamente, giram em torno de seu próprio eixo, num

movimento de rotação. Apesar de Einstein ter associado o espaço com o tempo forman-

do um elemento único, não deixou claro (pelo menos que eu saiba) o que seria o tempo,

mesmo depois de associado ao espaço. Nesse ponto, pelas fortes evidências apresenta-

das, introduzi o movimento como aquilo que representa o chamado Tempo. E mais ain-

da, o homem amarrou o tempo não a qualquer movimento, mas especificamente ao mo-

vimento de seu habitat, o planeta Terra. Apesar de vivermos em um planetinha 335.000

vezes menor que seu astro, que por seu lado não passa de uma estrela de Quinta grande-

za, mas por ser nossa moradia, o homem identifica e quantifica TUDO que ele conhece

do Universo em função dos parâmetros que nos regem, ou seja, dos parâmetros que re-

gem o “divino” planeta Terra.

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Depois de ter deixado minha opinião sobre o tempo, que seria apenas uma medi-

da de quanto nosso planeta se moveu, tenha sido translacionalmente em torno de seu

astro Sol, tenha sido rotacionalmente em torno de seu próprio eixo, continuava difícil

imaginar uma possível associação entre eles. Para conseguir uma visualização de como

poderia se dar essa associação do espaço com esse novo parâmetro, obtido pela quanti-

ficação dos movimentos da Terra durante a ocorrência de algum evento, só fui encontrar

respaldo no “Paradoxo dos Gêmeos” de Einstein. Nele, pelo que entendi da explicação

de Einstein, ele deixa transparecer que a sequenciação das coisas, como nosso envelhe-

cimento, por exemplo, que chamamos de “passagem do tempo”, é função direta da ve-

locidade, já que na velocidade de deslocamento da luz o tempo NÃO passa. Concordo

plenamente com isso, embora a equação que Einstein elaborou para sua comprovação,

não passa, na minha opinião, de um grande equívoco, conforme foi mostrado no item 7

do capítulo 9 do trabalho Universo: Físico, Químico ou Divino?

Dessas e de todas as considerações anteriores, ao longo de minhas meditações,

resultam alguns problemas que desafiaram meus neurônios, e me propus a esmiuçá-los,

a fim de esclarecê-los ou, pelo menos, ter uma compreensão mais clara desses eventos.

AS PRINCIPAIS DISCORDÂNCIAS

Os principais pontos onde discordo dos conceitos atuais, são basicamente conse-

quências das avaliações dos eventos respectivos, através da visão puramente química

desse evento. Foi isso que fiz nos dois citados trabalhos, quando discordei de inúmeros

pontos já sacramentados na ciência atual e que, para relembrar, faço um pequeno resu-

mo deles:

- discordo da existência de tempo, logo, o mesmo não pode ser uma Dimensão;

- discordo frontalmente do modelo de início de Universo conhecido como Big

Bang (ou A Grande Explosão Térmica) por violar a Termodinâmica;

- discordo do termo “arqueado” para o espaço-tempo e proponho o termo “de-

formado” para substitui-lo;

- não aceito como possível, a quantificação de matéria nas ondas eletromagnéti-

cas;

- não considero possível a interconversão onda-matéria, logo, a equação de Eins-

tein E = m c2 é errada;

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- discordo da equação proposta por Einstein: m = mo / [(1-(v/c)2 ]1/2 para limitar

a rapidez do deslocamento de coisas materiais, muito embora concordo que haja um

limite para a rapidez de deslocamento, que pode ser a velocidade de transmissão da luz;

- discordo da explicação de Einstein para o efeito fotoelétrico;

- discordo da explicação de Compton para o efeito que leva seu nome;

- discordo frontalmente de De Broglie, pois nem onda tem matéria nem matéria

tem comportamento ondulatório;

- discordo da utilização da equação ondulatória de Schroedinger para quantificar

a energia dos elétrons em seus orbitais (matéria em movimento);

- discordo da transferência de quantidade de energia h.ʋ quando um fóton colide

com um anteparo qualquer, já que essa quantidade de energia só se integraliza após 1

segundo de contato, durante o qual o elétron já se deslocou dezenas de milhares de qui-

lômetros em torno do núcleo;

- discordo do valor adotado de 300.000 Km/s como velocidade máxima de um

fóton, já que esta é a velocidade de transmissão da luz e não sua velocidade máxima,

pois em cada comprimento de onda existem dois pontos onde a velocidade é nula e ou-

tros dois em que a velocidade é máxima, logo, a velocidade de transmissão é a média

desses valores unitários, o que faz com que a a velocidade máxima atingida seja de

600.000 Km/s.

A partir daí, me senti na obrigação de levar aos possíveis leitores alguns dados,

os mais claros possíveis, sobre os conceitos que utilizei para chegar às evidências a que

cheguei, algumas podendo até ser chamadas de “conclusões”.

Para sequenciar didaticamente os questionamentos que faço em relação a teoria

da Relatividade, cujos pontos foram enumerados acima, todos devidamente avaliados

detalhadamente nos dois trabalhos citados, ambos disponíveis na pagina:

www.franciscoguerreiro.com.br vou seguir com algumas avaliações complementares

aos relatados nos citados trabalhos, divididos em tópicos, assim discriminados:

a) o primeiro, que considero o que mais deve causar impacto, é que foi mostrado que a

equação de Einstein (E = m.c2) que transformaria matéria em energia e vice verso é

equivocada, de forma que apresento mais um exemplo bastante eficaz na demonstração

de que essa equação é errada, através da avaliação do Poder de Penetração das Partícu-

las alfa, beta e gama.

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b) - em segundo lugar, como é amplamente reconhecido por todos, o conceito de velo-

cidade é bastante complexo, já que mede a rapidez do deslocamento de algo em relação

a uma referência externa (observador), em função de cuja posição e da rapidez de seu

próprio deslocamento podem nos levar a conclusões bastante diferentes do mesmo

evento observado; este fato será avaliado mais a frente sob a forma de um observador

relatar uma “CORRIDA DE FÓRMULA UM”.

c) - em terceiro lugar, o fato do homem quantificar Tudo no Universo em função dos

movimentos de rotação e de translação de nosso habitat, deixa um certo vazio nos nos-

sos neurônios: afinal, tudo se movimenta, mas quanto? Quanto determinado corpo se

desloca mais rápido ou mais lento que nós? Para tentar uma visão mais realista do pro-

blema, o autor propõe uma disputa sui generis: uma CORRIDA ESPACIAL”.

d) - em quarto lugar, o Paradoxo dos Gêmeos só avalia e compara a passagem do “tem-

po” em função unicamente da velocidade do deslocamento entre eles. Para aprofundar

esse tópico, mais a frente será apresentado uma avaliação proposta pelo autor através do

“PARADOXO DOS TRIGÊMEOS”, onde é colocado um terceiro gêmeo aos dois de

Einstein, atrelado a condições específicas, permitindo nova forma de ver e avaliar os

fenômenos, que serviu para corrigir um grande equívoco do autor em tirar conclusão da

experiência de Einstein em relação a forma de se quantificar a passagem da vida através

de sua relação com os movimentos dos corpos celestes.

AVALIAÇÃO DOS TÓPICOS PROPOSTOS

A seguir serão detalhados os itens indicados acima, cada um mostrando ao leitor

aquilo que o autor considera divergir dos conceitos vigentes.

a) Primeiro Tópico: PODER DE PENETRAÇÃO DE ONDAS

Antes de terminar o trabalho Universo: Físico, Químico ou Divino? eu já tinha

uma espécie de lanterna acesa em meus neurônios, como a procura de algo que me dei-

xasse mais claro algo que eu tinha fortes indícios de serem verdadeiros, mas, lá no fun-

do, os indícios iam se enevoando um pouco.

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Trata-se do poder de penetração das partículas alfa, beta e gama.

É de conhecimento primário na química que os raios alfa têm pouquíssimo poder

de penetração nos materiais. Os raios beta, que são os elétrons acelerados, penetram

muito mais que os raios alfa. Na sequência, vêm os raios X que ocupam o intervalo en-

ter os raios visíveis e os raios gama. Finalmente, os raios gama são os que têm o maior

poder de penetração, atravessando qualquer obstáculo, fora o chumbo.

No estudo de Rutherford, Geiger e Marsden, o bombardeio de partículas alfa (α)

emitidas a uma velocidade de 20.000 Km/s (vinte mil quilômetros por segundo) sobre

uma fina lâmina de ouro, foi a experiência serviu de amparo para a elaboração do atual

modelo atômico, onde uma a cada vinte mil partículas era rechaçada, mostrando que o

átomo tem um núcleo forte e a maior parte é de espaço vazio.

O experimento foi repetido usando folhas de outros materiais e observaram que,

quanto maior o peso atômico do material, maior número de partículas eram espalhadas a

grandes ângulos. A explicação foi a existência de pontos de pequeníssimas dimensões

mas com fortíssimo campo elétrico positivo, nos pontos onde havia desvio dos raios α.

Assim, pode-se concluir que onde existe matéria densa (como o núcleo, por

exemplo), a partícula α não atravessa. Os raios beta têm mais energia que os alfa, mas

são pouco mais penetrantes que os alfa, comparados com X e gama.

Os raios X são usados amplamente em medicina diagnóstica, já que atravessam

todo o corpo em sua parte “gelatinosa”, como órgãos internos, pele, gordura, etc. Mas

não têm energia suficiente para atravessar a parte óssea, razão pela qual o mesmo é uti-

lizado para diagnosticar problemas ósseos.

Já os raios gama não podem ser usados em seres humanos devido ao seu conteú-

do energético tão elevado, que podem causar problemas irreversíveis ao organismo.

No estudo de ondas eletromagnéticas fica muito claro que as ondas eletromagné-

ticas têm tanto maior conteúdo energético quanto maior for sua frequência, logo, menor

seja seu comprimento de onda. Essa relação inversa e logarítmica parece ser bastante

clara e sua aceitação é geral.

A única restrição que fiz, e continuo fazendo, é a amplitude com que é usado o

mesmo fator de transformação, que é a velocidade de transmissão da luz no vácuo, de-

terminada experimentalmente como c = 3 x 108 m/s.

Por outro lado, na sua teoria da Relatividade, Einstein propõe a condição granu-

lar para as ondas eletromagnéticas, logo, associou matéria às ondas. E ainda as quantifi-

cou, através do mesmo fator de transformação (só que ao quadrado), através de sua

equação: E = m x c2. Logo depois, De Broglie propôs a generalização da relação de

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Einstein: além de poder se associar matéria às ondas eletromagnéticas, também seria

correto atribuir comprimento de onda e frequência a massas em movimento.

Daí me veio uma grande interrogação: qual a consequência dessa inter conversão

onda x matéria em termos energéticos, logo, de capacidade de penetrar nos corpos re-

ceptores?

a) partícula alfa: a partícula alfa é o núcleo do átomo de Hélio, ou seja, o átomo de

Hélio ionizado - He+2.

A partícula alfa tem dois prótons e dois nêutrons. A massa de cada um é de:

mp = mn = 1,67 x 10-27 Kg

Daí, pela equação de Einstein, temos a quantidade de energia da partícula:

E = m x c2 E = 4 x 1,67 x 10-27 Kg x (3 x 108 m/s)2

E = 4 x 1,67 x 9 x 10-27 x 1016 Kg. m2 / s2

E = 6,012 x 10-10 J / s

b) onda eletromagnética de alta energia (raios gama).

O raio gama é calculado diretamente pelas equações ondulatórias. Vamos traba-

lhar com raio gama de frequência de ʋ = 1018 Hz. Como ʎ.ʋ = c, vem: ʎ = 3 x 10-10 m

E = h. ʋ E = 6,626 x 10-34 x 1018

E = 6,626 x 10-16 J / s

Não é preciso sequer ter cuidado com a importantíssima questão do “tempo de

contato” entre a partícula considerada e o receptor da colisão, já que em ambas a unida-

de é a mesma, em J/s, mesma unidade de energia (J) pelo mesmo intervalo de duração

da colisão.

Mesmo trabalhando com raios gama de frequência da ordem de 1021 Hz, com

seu ʎ = 3 x 10-13 m, que tem como valor de conteúdo energético a quantia de:

E = h. ʋ

E = 6,626 x 10-34 x 1021

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E = 6,626 x 10-13 J / s

dá para se observar que o conteúdo energético da partícula ALFA é muito maior que a

da partícula GAMA, mesmo sendo esta de altíssima energia.

A observação dos valores obtidos nos permite uma evidência tão clara que se

pode considera-la como uma possível CONCLUSÃO:

O conteúdo energético da partícula ALFA é de 3 ordens de grandeza superior ao

conteúdo energético dos raios GAMA de alta frequência, logo, seu poder de penetração

nos obstáculos é muito maior que aquele!

Entretanto, sabe-se que essa conclusão, apesar de tão clara e evidente, é FALSA.

Somos então obrigados a fazer algumas considerações a respeito, que podem

repercutir mais a frente, em outras conclusões tão óbvias, mas que analisadas mais pro-

fundamente, se mostram FALSAS.

Como foi mostrado, é sabido da química que o poder de penetração das partículas alfa é

o menor deles, seguido da partícula BETA e finalmente, das radiações altamente ener-

géticas, como os RAIOS X e, finalmente, os raios GAMA.

Então como explicar os resultados falsos obtidos?

A primeira opção é evidente: “a equação que inter relaciona quantitativamente matéria e

energia, de autoria de Einstein, está errada”. Ou então, se Einstein estiver certo, as

equações da Teoria Ondulatória estão ERRADAS.

Não sei dizer, a priori, quem está certo e quem está errado. Afinal trata-se de ciência, e

não de “jogo de opiniões e tentativas”.

No trabalho “Universo: Físico, Químico ou Divino? segui com aprofundamento

da avaliação e cheguei a fortíssimas evidências da NÃO EXISTÊNCIA DA INTER

CONVERSÃO ONDA X MATÉRIA, logo, que a equação proposta por Einstein para

tal finalidade deixava de ter razão para existir por ser equivocada.

b) O Segundo Tópico: CORRIDA FÓRMULA UM

O segundo tópico surgiu durante minhas divagações, que faço sempre que olho

para o céu, deitado na rede da varanda de minha casa, começo a pensar profundamente

sobre o que realmente eu vejo. A primeira sensação que se tem é que tudo é azul e tudo

está parado. Fica-se um tempão olhando a Lua e as Estrelas, que sempre “se mantém no

mesmo lugar”.

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Entretanto, fazendo alguns cálculos bastante simplórios, consegue-se chegar a

valores que, na intuição apenas, creio que seriam mais ou menos inimagináveis.

Como exemplo, bastante simplório, pode-se imaginar que em algum ponto da

superfície da Terra, preferencialmente na zona equatorial ou próximo a ela, existe um

autódromo e nele está para começar a disputa de um Grande Prêmio de Fórmula UM.

Vamos imaginar que três observadores estão acompanhando a prova em todos os

mínimos detalhes, sendo que as posições dos três observadores são:

- o primeiro está sentado na arquibancada do autódromo bem no meio da reta

principal de 100 metros de comprimento livre, sendo esta paralela a uma outra reta tam-

bém de 100 m livres.

- o segundo está olhando a mesma posição da corrida que o espectador da arqui-

bancada, mas está vendo da periferia do Sistema Solar, fora de qualquer influência ima-

ginável do planeta Terra, mas ainda sujeito a todas as influências exercidas pelo Sol.

- o terceiro também está olhando a mesma posição da corrida que os dois outros

observadores, mas com um telescópio muito forte e vê exatamente igual aos outros dois

embora esteja situado em outro ponto da constelação, bastante distante do sistema solar,

logo, fora de qualquer influência da Terra e do Sol.

Antes de dar a partida, é preciso esclarecer que nas retas os carros de fórmula um

desenvolvem a fabulosa velocidade de 360 Km/h, ou 360 x 1000 m/ 60 x 60s, ou seja,

nas retas os pilotos correm a 100 m/s.

Entretanto, também é preciso esclarecer que a Terra se desloca rotacionalmente a

464 m/s e translacionalmente a 30.000 m/s, e ainda que as retas que vamos acompanhar

metro a metro o carro, são paralelas, após uma curva “ideal”, que não consome tempo.

Na hora da largada os três observadores ficam sabendo que a primeira reta será a

de “ida” e a segunda, a de “volta” no circuito, sendo que a de IDA tem o mesmo sentido

do deslocamento translacional da Terra, assim como faz parte de um segmento de al-

guns quilômetros que pode ser considerado reto no movimento de rotação dos mais de

40.000 Km de perímetro equatorial da Terra.

Assim, enquanto o carro está “indo”, também estão indo na mesma direção, os

deslocamentos rotacional e translacional da Terra, que continuarão “indo” quando os

carros estiverem “voltando”.

Depois da primeira etapa, composta por “ida e volta”, damos uma pequena tré-

gua e vamos procurar saber como os observadores viram e relatam o evento.

- o primeiro observador, sentado na arquibancada, vê o carro desenvolver a velo-

cidade de 100 m/s, tanto na ida quanto na volta. Claro que o bom senso lhe diz que em

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relação ao todo, NÃO houve deslocamentos, ou seja, o carro andou 100 m para lá e de-

pois 100 m para cá. Em relação a ele e ao Todo, na visão dele, Não houve nenhum des-

locamento de caráter permanente. A explicação é simplória: TODOS os movimentos

envolvendo o autódromo como um todo, tem a participação do observador nesse movi-

mento e nada interfere diretamente na observação dele.

- o segundo observador vai apresentar resultado completamente diferente do

primeiro: para ele, o carro se deslocou 60.928 metros SÓ na direção de IDA. O resulta-

do da observação do segundo observador é absolutamente correto: como ele está em um

ponto fixo e situado próximo a periferia do sistema Solar, não sofre qualquer influência

da Terra, mas sofre as influências do Sol. Dessa forma, ele está fixo e, através de sua

“luneta” consegue ver os carros se deslocando, mas acoplado aos movimentos de rota-

ção e de translação da Terra. Assim, quando o carro faz o percurso da “ida” ele vê um

deslocamento total de 30.000 m oriundo da translação da Terra, mais os 464 m oriundos

do movimento de rotação da terra e mais os 100 m percorridos pelo carro durante um

segundo. No total ele vê o deslocamento de 30.564 m.

Entretanto, no segundo seguinte, quando o carro percorre o trajeto de “volta” o

que ele vê é o deslocamento translacional da Terra no sentido de “ida”, mais os 464 m

do deslocamento rotacional da Terra também no sentido de “ida”, mas vê o carro “dimi-

nuindo” esse deslocamento, já que o mesmo está se opondo ao mesmo. Assim, no fim

do segundo “segundo” ele viu o deslocamento total de 30.000 m mais os 464 m, mas

essa soma “DIMINUIDA” dos 100 m que o carro andou na volta, que funciona como

uma leve oposição ao grande deslocamento de MARCHA A RÉ dado pelo carro no sen-

tido da ida. Dessa forma, o saldo visto pelo observador é de 30.464 m no sentido da

“ida”, menos os 100 m que o carro andou “para frente na volta”, diminuindo nesses 100

m o deslocamento total, o que faz com que o segundo observador tenha comprovado um

deslocamento total de 60.928 m no sentido de “ida”.

- o terceiro observador vai chocar ainda mais com sua resposta: como ele está

situado em um ponto fora do sistema solar, dirá que viu o carro se deslocar 500.928 m

no sentido da ida, já que vai observar tudo exatamente igual ao Segundo observador,

mas tudo ocorrendo a uma velocidade de Translação do Sol, que é de 220 Km/s, veloci-

dade com que o SOL arrasta e carrega consigo TUDO o que está sob sua guarda, mas

não interfere nas contas ocorridas no interior da experiência.

Fica evidente que se houver um QUARTO observador, situado em outra Conste-

lação, nesse resultado ele teria que acrescentar a quantidade de deslocamento de nossa

constelação em relação a que ele se encontra. Da mesma forma, um QUINTO observa-

dor situado em outra galáxia, teria que acrescer aos quantitativos anotados pelo quarto

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observador, o valor do deslocamento de nossa galáxia em relação aquela em que ele se

encontra.

Imaginando um sem número de galáxias até chegar próximo ao Centro do Uni-

verso, dá para imaginar o que seus habitantes poderiam dizer: os carros de fórmula um

da Terra NÃO se movimentam. Estariam errados?

As avaliações dos observadores são completamente diferentes: para o segundo

observador, só quem se desloca rapidamente é a Terra, que leva consigo o carro. Já para

o terceiro observador, o carro está parado na Terra, que por seu lado, se desloca muito

lentamente, e seu movimento no espaço é devido ao deslocamento do Sol, que os arrasta

consigo.

Os resultados parecem nos indicar claramente que TUDO no Universo é real-

mente RELATIVO. Não se pode observar um evento e quantifica-lo como absoluto:

isso só vale em relação ao observador; depois de “quantificar” a posição do observador

em relação ao resto do Universo, a avaliação pode ser mudada de forma significativa.

E qual seria a reação e as conclusões, caso o observador fosse um de nós? É evi-

dente que para nós, é visível que os cálculos são simplórios, mas o que eu gostaria de

saber é a conclusão de quem NÃO sabe que nosso planeta Translaciona e Rotaciona,

muito menos os seus quantitativos. A que conclusão poderia chegar?

Senhores Religiosos, é só isso que somos. Por favor, repensem suas divindades e

seus conceitos e, principalmente suas CERTEZAS e, principalmente nos questionarmos

em um ponto: quantificar tudo nesse Universo quase sem fim em função dos movimen-

tos de NOSSO HABITAT, não seria pretensão demasiada?

c) Terceiro Tópico: CORRIDA ESPACIAL

Um exemplo ainda mais simples disso é imaginar uma CORRIDA ESPACIAL

entre um AVIÃO SUPER SÔNICO e o Planeta TERRA (o nosso habitat). Quando

olhamos para o céu, a impressão é de que estamos PARADOS.

Façamos a seguinte COMPETIÇÃO: em determinado ponto de sua órbita em

torno do Sol, imaginemos que se situe ao lado da TERRA um avião Super Sônico, tipo

F (americano) ou MIG (soviético) bem modernos, com capacidade de viajar indefini-

damente sem combustível, e sem nenhuma interferência de um sobre outro.

Nesse ponto, saem ambos paralelamente entre si, ao longo da órbita natural da

Terra em torno do Sol. Como o raio orbital da Terra mede aproximadamente cento e

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cinquenta milhões de quilômetros, ou cento e cinquenta bilhões de metros, isto é: 1,5 x

1011 m em valor médio, logo, o perímetro é:

P = 2 x x r P = 2 x 3,1416 x 1,5 x 1011 m P = 9,42 x 1011 m

A Terra vai seguir seu caminho normal, rotacionando a 464 m/s e desenvolvendo

sua translação a 30.000 m/s.

Já o avião, vamos considerar que ele voa a uma velocidade que seja o TRIPLO

da velocidade do som. Como a velocidade do Som é de 334 m/s, o avião vai se deslocar

a ~1.000 m/s, que corresponde a 3.600 Km/h

Cada competidor parte para cumprir sua tarefa de completar a órbita da Terra em

torno do Sol.

Após a partida, só seguem lado a lado, durante MENOS QUE O PRIMEIRO

SEGUNDO, já que após este tempo, o avião se deslocou de 1.000 metros enquanto o

Planeta TERRA se deslocou 30.000 metros, assim o avião não está mais ao lado do pon-

to da Terra quando partiu, e sim 29.000 m para trás. Como o raio da Terra é de aproxi-

madamente 6.400.000 m, depois de 220 s o avião já terá sido ultrapassado pelo Polo Sul

da Terra, pois nesse tempo, ele se deslocou 220.000 m enquanto a Terra se deslocou

6.600.000 m.

Quando a TERRA tiver completado uma translação completa, o que ocorre após

365 rotações dela em torno de seu eixo, conhecidos como 365 dias terrestres, ou seja:

365 x 24 x 60 x 60 = 31.536.000 s para percorrer o perímetro de sua órbita, que é de

9,42 x 1011 m e chegar exatamente ao ponto de onde partiu, o avião Tri super sônico

caminhou 31.536.000 x 1.000 = 3,15 x 1010 m, logo percorreu apenas 3,3 % do percur-

so, pois a Terra se desloca TRINTA VEZES MAIS RÁPIDO que o avião tri super sô-

nico. Isto que significa que o avião só chegará junto ao ponto de partida quando a Terra

estiver chegando lá pela TRIGÉSIMA VÊZ.

A conclusão da CORRIDA é realmente assustadora.

Entretanto agora vamos imaginar que o piloto resolve disputar uma corrida com

o planeta Mercúrio. É claro que os conceitos e os cálculos são os mesmos. Só que ago-

ra o planeta não translaciona a 30.000 m/s, mas sim a 48.000 m/s, mais de 50% mais

veloz. Agora a derrota é até covardia: enquanto o avião caminha 1.000 m, Mercúrio

caminhou 48.000 m. Logo, o avião só vai chegar no ponto de partida quando Mercúrio

estiver chegando junto com ele, mas pela QUADRAGÉSIMA OITAVA VÊZ.

Lembrar que o avião desenvolve uma velocidade TRÊS vezes superior ao som.

Se o avião se deslocar na velocidade do som, que é de 334 m/s, que equivale a veloci-

13

dade de 1.200 Km/h, ele chegará pela primeira vês ao ponto de partida, quando o plane-

ta Terra estiver chegando lá pela NONAGÉSIMA VÊZ.

Se esse novo avião (a 1.200 Km/h) desafiar Mercúrio, será um vexame: ele só

completará seu primeiro percurso quando Mercúrio estiver completando sua CENTÉ-

SIMA QUADRAGÉSIMA QUARTA TRANSLAÇÃO COMPLETA.

Repetindo a competição com o planeta Plutão, o mais lento e mais distante de

todos no sistema Solar, que tem as características:

- perímetro de Translação: 371,4 x 1011 m

- período de translação: 248 anos = 90.520 dias = 7.820.930.000 s

- velocidade de translação: 4.670 m/s

Como a velocidade do Tri supersônico é de 1.000 m/s, o planeta se desloca 4,67

vezes mais rápido que ele, logo, quando ele completar a primeira translação completa, o

planeta Plutão já estará próximo a completar sua QUINTA volta. Na primeira volta

completa de Plutão, quando ele percorreu os 37,14 x 1012 m de seu perímetro, o avião

terá percorrido 7,82 x 1012 m, produto de sua velocidade pelo número de segundos gasto

no percurso, que equivale a 21% do perímetro. O avião só completará sua primeira

translação após 248 anos x 4,7 = 1.158 anos terrestres.

Já se o avião for na velocidade do som, ele só completará uma translação quando

Plutão estiver acima da sua nona translação, ou ainda, 248 x 4,67 x 3 = 3.474 anos.

Sem querer ser repetitivo, mas não posso deixar de pedir aos religiosos da Terra:

somos isso, somente isso! Por favor reflitam profundamente sobre nossa divindade e

nossas “certezas absolutas”.

d) Quarto Tópico: O PARADOXO DOS TRIGÊMEOS

Como expliquei no início do trabalho, dois motivos dos dois trabalhos anteriores

me deixaram angustiado, mas o que fazer? Ciência é Ciência, e ela evolui exatamente

por isso: por mais constrangedor que seja ter que discordar de algum gênio que você

idolatra, mas se seus conhecimentos indicarem que algum desses gênios cometeu algum

equívoco, o cidadão tem a obrigação moral de divulgar suas conclusões, para o bem da

ciência.

14

Entretanto, mesmo com a idolatria que continuava e ainda continuo nutrindo por

Dr Einstein, fomentando diuturnamente o turbilhão em que se tornou meu conjunto de

neurônios, a única coisa que eu conseguia sugar límpido lá das entranhas dos neurônios,

era que a obrigação moral de um homem que dedicou toda sua vida a ciência, não pode

ser envolvida com sentimentos, que não pertencem a parte do cérebro que nos dá a ra-

zão, que é a parte dos neurônios. O sentimento pertence ao local do cérebro chamado

lumbical, que permite o sentimento aos mamíferos, e não só ao homem. Durante o

transcorrer dos dois trabalhos anteriores já inúmeras vezes citados, inclusive e, princi-

palmente, nesse, lutei muito comigo mesmo para não deixar que o sentimento interferis-

se, por menos que fosse, na sequência racional dos neurônios. Afinal, o homem é o úni-

co mamífero que o possui e se deixar o lumbical bloqueá-lo, estaremos retrocedendo em

relação ao processo evolutivo.

Alias, há décadas critico através de inúmeros trabalhos e artigos, que a maioria

dos seres humanos faz isso, ou seja, bloqueia o neo cortical (os neurônios) e usa só o

lumbical, devidamente recheado com vários conceitos que ele adiciona por pura vaidade

e interesse pessoal (geralmente escusos). O motivo que leva o homem a bloquear seu

neo cortical é seu pavor do desconhecido, que ele fatalmente vai ter que enfrentar quan-

do de sua morte, existindo ou não vida após nossa morte material.

Dessa forma, depois de toda essa explicação (ou justificativa?) fiz o que achei

correto: continuar idolatrando o Einstein com o lumbical, mas deixar os neurônios fluí-

rem, mesmo que isso ferisse algum ponto onde eu mais o admirasse, pois esse é o papel

de um homem de ciência.

Foi ai que cheguei a um dos pontos que mais me ajudaram nesses estudos, e

mais me ensinaram a conhecer ondas (luz) e tempo, e que considero uma obra realmente

de gênio: “O Paradoxo dos Gêmeos”.

O paradoxo dos gêmeos foi muito bem idealizado e utilizado por Einstein, que

considera um deles viajando na velocidade da luz, enquanto o outro ficava na superfície

da Terra aguardando o retorno dele.

O paradoxo em si é amplamente divulgado na literatura e eu próprio já o colo-

quei em meus trabalhos anteriores. O porque de tê-los colocado e avaliado ficou bem

claro desde o início: nunca aceitei a existência de TEMPO. Nunca achei que tempo fos-

se uma coisa real, e lendo o Paradoxo dos Gêmeos de Einstein, finalmente se abriram as

cortinas do palco a minha frente. Afinal, ele sendo um dos maiores gênios da humani-

dade, e descobrir que os conceitos que ele nos legou tem muito a ver com o que eu pró-

prio pensava, é um estímulo extremamente importante e não quantificável.

Resumindo, quando Einstein o propôs, chegou a conclusão que o gêmeo viajante

na velocidade da luz, retorna depois de determinado número de rotações e/ou transla-

ções da Terra, quando o viajante chegava de volta ao ponto de onde saíra, no mesmo

ponto do “tempo” em que ele estava quando partiu.

15

Por outro lado, o gêmeo que ficou na Terra, logo, sujeito a todos os movimentos

desse corpo celeste, participando de todas as rotações dela em torno de seu próprio eixo

como também de todas as translações realizadas em torno do astro SOL, claro que não

podia estar de forma semelhante ao outro, mas sim bem mais envelhecido, embora gê-

meos.

Embora Einstein não tenha dito explicitamente que o tempo seja função dos mo-

vimentos de rotação e/ou translação dos corpos, pelo menos que eu tenha assim enten-

dido de tudo que li dele, pois ele somente afirmava que o tempo era criado dentro da

própria estrutura do espaço tempo, foi essa a diretriz que optei por seguir.

Avaliando mais profundamente esse assunto, pois discordava dessa criação “sem

um motivo ou razão específica para tal”, segui caminho diferente do que eu pensei ter

entendido de sua avaliação.

Antes de mostrar o caminho que eu segui, em direção bem diferente daquela que

“penso eu ter sido aquilo que ele considerou ocorrer”, vou deixar bem claro o que en-

tendi e submeter a opinião dos leitores.

Esse assunto foi abordado no trabalho “O Espaço-Tempo e a Relatividade”, no

capítulo intitulado “Emissão de Luz e Tempo Futuro”. Lá faço um comentário, mas

ainda sem citar que era a origem das geodésicas com a consequente criação do “espaço-

tempo”. Como o referido capítulo é bastante curto (menos de uma página), vou trans-

creve-lo e a seguir, complementar o raciocínio que não fiz na ocasião.

“EMISSÃO DE LUZ E TEMPO FUTURO”

Baseado no que foi visto anteriormente, conclui-se que quando as estrelas emitem luz,

esses fótons vêm caminhando pelo espaço, mas sem serem afetados pelo tempo, ou seja, en-

quanto ele estiver vagando pelo espaço do universo, ele estará com seu “rótulo” com todas as

características que tinha no momento da emissão. Assim, no momento em que é recebido por

algum anteparo, transfere seu conteúdo para o corpo e passam a fazer parte de um novo con-

junto energético. No momento da colisão ocorre um EVENTO SINGULAR: a colisão entre

DOIS PONTOS DISTINTOS DO TEMPO.

Este fenômeno da colisão de um fóton de determinado momento do tempo PASSADO

com um objeto do TEMPO PRESENTE mostra a convivência de DIFERENTES PONTOS DO

TEMPO NO MESMO PONTO DO ESPAÇO. Este fato, por si só, já começa a debilitar a condi-

ção absolutista do conceito de Tempo.

Uma experiência que pode elucidar esse novo conceito de tempo, é considerarmos a

emissão do SOL estando a TERRA em algum ponto de sua órbita.

No momento da emissão, que é feita em todas as direções e sentidos, vamos considerar

que saíram do SOL dois fótons: um na direção de um ponto A, que é o ponto onde a TERRA se

encontra. E ao mesmo tempo sai outro fóton na direção B (pouco adiante).

16

Claro que ambos os fótons vão chegar a seus destinos EXATAMENTE no ponto do

tempo em que foram emitidos, pois a luz não é atingida pelo tempo. Mas a Terra é, e assim

depois de determinado tempo, que a Terra tiver se deslocado de determinada distância, chegam

a seus destinos os dois fótons:

- o primeiro chegará ao ponto onde a Terra estava no momento de sua emissão, mas na sua

chegada NÃO encontra mais a Terra, que já se deslocou no espaço. Em relação ao momento da

chegada do fóton, este ponto onde a Terra ESTAVA no momento da emissão já pertence ao

PASSADO em relação a Terra, mas PRESENTE em relação ao tempo da emissão. Claro que

ele não vai colidir com a Terra, pois ela não está mais naquele ponto, já se deslocou, e assim o

fóton vai continuar sua viagem, sempre no tempo da emissão, até atingir um corpo que esteja

NAQUELE LOCAL QUE ELE VAI ESTAR, INDEPENDENTEMENTE DE QUE PONTO DO

TEMPO ELE ESTEJA.

- o segundo chegará ao mesmo tempo em um ponto pouco adiante, onde a TERRA SE ENCON-

TRA NAQUELE MOMENTO. Assim, o Fóton chega em um tempo PRESENTE para ele, mas

FUTURO para a Terra. Entretanto, a colisão transfere para a Terra toda a energia trazida

pelo fóton, muito embora ele (fóton) já tenha se desprendido do emissor em tempo anterior ao

ATUAL da Terra, assim como só no momento dessa colisão, no Futuro (na Terra) em relação

ao momento da emissão, é que ele transfere sua energia e contribui para o aumento da EN-

TROPIA do Universo.

No referido trabalho, deixei por aí, tudo apenas sub entendido, pois não é tarefa

fácil discordar de um gênio como Einstein.

Entretanto, depois de tudo que ocorreu de lá até agora, vou acrescer o que consi-

dero que foi aquilo que ele imaginou quando da elaboração de sua teoria.

Fica claro que os fótons andam em linha reta (com as conhecidas exceções em

função de desvios ocasionados por corpos celestes de fortíssimo campo gravitacional,

que não é o caso presente). Assim, com os dois fótons emitidos no mesmo momento

(em relação a alguma referência fixa no Universo), pode-se considerar que ambos car-

regam o MESMO CÓDIGO GENÉTICO, considerando-se como tal, alguma caracterís-

tica possuída pelos fótons e que os identifiquem perante esse ponto de referência PA-

DRÃO no UNIVERSO. Claro que o fóton seguinte a qualquer um deles dois, obrigato-

riamente terá um Código Genético Diferente, pois terá atrelado a si, um ponto do tempo

DIFERENTE do ponto do tempo da emissão do fóton anterior, por menor que seja esse

“tempo”, que é o tempo em que um oscilador produz uma onda (um comprimento de

onda inteiro), que para radiações eletromagnéticas na faixa visível pelo homem, é da

ordem de grandeza de “quadrilionésimos de segundo”.

Como o fóton viaja pelo espaço sem “gastar tempo”, ou seja, fica eternamente

atrelado às características daquele instante em que foi criado e só transferirá seu conteú-

do energético para algum corpo receptor quando o atingir, enquanto os corpos celestes

se movimentam, causando a colisão de inúmeros fótons emitidos no mesmo instante,

logo, com o mesmo “código genético” com o mesmo corpo receptor em diversas posi-

17

ções de seu movimento rotacional e translacional, logo, em “diferentes pontos do tempo

futuro”.

Por essa razão, como no exemplo dado, o fóton que foi emitido na direção A

chega ao ponto A após se deslocar entre o local da emissão e o local da colisão com o

receptor, mas não encontra a Terra lá. Como ele não consome tempo, creio ter sido este

o raciocínio de Einstein: em linha reta o fóton chega a seu destino no mesmo instante do

tempo em que foi emitido, logo, tem que colidir com o receptor. Mas como o receptor

se deslocou no espaço, acredito que ele tenha considerado que “como o tempo não pas-

sa”, deveria haver uma compensação no espaço para que esse encontro obrigatoriamente

ocorresse. Assim, acredito que ele tenha considerado a associação do TEMPO com o

espaço percorrido “indevidamente” pelo corpo receptor, para que se encontrassem no

local onde a Terra já se encontra, mas ainda no momento do TEMPO em que o fóton foi

emitido.

Assim, só levando em conta a reta percorrida pelo fóton, não haveria colisão,

mas como ela ocorre permanentemente, era necessário ajustar o deslocamento do fóton

até seu destino final, sem considerar o deslocamento da Terra como passagem de tempo,

o que obrigaria a que essa associação (espaço-tempo) só seria possível através de sua

CURVATURA, o que faria com que o trajeto feito pelo fóton, que na verdade é uma

RETA (na TERCEIRA dimensão), depois da associação ela teria obrigatoriamente que

fazer uma curvatura para atingir seu ponto de chegada no mesmo ponto do tempo da

emissão.

Acredito que esta tenha sido sua forma de imaginar o fenômeno, pela sua expli-

cação através de atirar uma pedra sobre uma superfície absolutamente planar (duas di-

mensões) provocando a sequência de ondas Tridimensionais ao longo do PLANO. Des-

sa forma, ele teria uma curvatura na associação do espaço com o tempo, já que sem con-

siderar o TEMPO, ou seja, sem considerar deslocamento dos corpos receptores, a situa-

ção voltaria a ser TRIDIMENSIONAL e o trajeto seria obrigatoriamente uma RETA.

Esta curva “na reta” causada pela conjugação do espaço com o tempo, ele chamou de

GEODÉSICA e, como era oriunda da associação do espaço (TRIDIMENSIONAL) com

uma dimensão extra, no caso, o TEMPO, então considerou o conjunto como sendo um

ELEMENTO ESPAÇO-TEMPO já em dimensão superior. Para que isso fosse possível,

ele tinha como condição, que a geodésica, embora curva na nova dimensão, era na ver-

dade uma reta TRIDIMENSIONAL. Por esse motivo, é que creio que ele chamou esse

elemento de ESPAÇO-TEMPO QUADRIDIMENSIONAL ARQUEADO.

Nesse ponto é que me dissociei da sequência de raciocínio dele. Como na velo-

cidade da luz o tempo não passa, razão pela qual propus no trabalho acima citado, um

novo modelo de início de Universo isométrico, Fotônico e eterno, já que só com fótons

não existe tempo e eterno não significa tempo longo e sim sua ausência. Nesse modelo,

considerei que o aparecimento de matéria se daria a partir de colisões poli fotônicas,

criando matéria e depois as sequências de colisões de fótons com a matéria, aumentan-

18

do-a, até os valores atuais. O início poderia se dar por colisões poli fotônicas ao acaso,

como também poderia se dar em algum momento a partir da vontade de um possível

Criador. Como no trabalho seguinte consegui fortes evidências de que a interconversão

onda x matéria proposta por Einstein é um equívoco, tive que pedir desculpas aos possí-

veis leitores já que, se o Universo primordial era fotônico, o aparecimento espontâneo

de matéria se tornara impossível, o que leva o modelo proposto, a ter sido obrigatoria-

mente criado por algo externo, logo, obriga a existência de um Criador. E, como respei-

to a opinião de todos, não gosto de propostas ou sugestões que cerceiem o direito de

opinar, de escolher, de ter alternativas viáveis.

Bem, depois de tudo isto, que coloquei da forma mais objetiva que consegui,

preciso retornar ao assunto original: o Paradoxo dos Gêmeos e o Conceito de Tempo.

No trabalho anterior, citado acima, mostrei qual a minha visão do conceito de

TEMPO. Como nunca acreditei mesmo na existência de tempo, aproveitei o exemplo de

Einstein com o seu “Paradoxo dos Gêmeos” onde fica estabelecido explicitamente que

na velocidade da LUZ o tempo não passa. Assim, os dois gêmeos em determinado ins-

tante se separam:

- um deles embarca numa nave que viaja na velocidade da luz, ou próximo a ela:

- o outro gêmeo fica na superfície da Terra, onde participa de seus movimentos

de rotação e translação.

Depois de um determinado número de rotações e/ou translações da Terra, o gê-

meo viajante chega e se encontra com seu irmão. Como na velocidade da luz o tempo

não passa, o viajante chega com exatamente a mesma idade que tinha no momento da

partida.

Enquanto isso, o gêmeo que ficou na superfície da Terra sofrendo as rotações e

as translações dela, está mais velho que o gêmeo viajante, sendo a diferença de idade

entre eles, exatamente o número de rotações e/ou translações a que ficou submetido

enquanto o viajante ficara estacionado no tempo, devido a sua velocidade.

Independentemente do que tenha sido considerado por Einstein como tempo, já

que nunca tomei conhecimento de nenhuma afirmação dele nesse sentido, mas conside-

rei o resultado da experiência dos gêmeos como forte indício de que o tempo realmente

NÃO existe: na velocidade da luz ele não passa, e em velocidades reduzidas dos corpos

celestes, enquanto os fótons estão caminhando do emissor ao corpo receptor, esses cor-

pos estão sempre se movimentando, quer seja fazendo rotações em torno de seu eixo,

quer seja fazendo translações em torno de outro corpo celeste. Esse fato implicava em

que depois de emitida, enquanto se desloca até o corpo receptor, este está se deslocando,

de forma que o ponto do receptor onde o fóton colide, NÃO é o mesmo na direção do

qual o emissor o enviou. Sempre existe uma defasagem rotacional e translacional entre

19

o ponto na direção do qual o fóton foi enviado e o ponto onde ele realmente colide com

o corpo receptor.

Todas as evidências me levavam nessa direção, ou seja, mesmo que o código

genético do fóton seja o mesmo na emissão e na colisão, já que na velocidade da luz o

tempo não passa, mas os corpos se movimentam, o que faz a colisão ocorrer no mesmo

ponto do tempo da emissão, mas em ponto espacialmente diferente daquele ao qual foi

direcionado.

Mesmo sem saber se esta também seria a ideia do Einstein, adotei essa evidência

como tendo grande probabilidade de ser verdadeira. Assim, passei a considerar que essa

“defasagem” entre os pontos do espaço em que o corpo receptor se encontra no momen-

to da emissão do fóton e que se encontra no momento da colisão, seria o equivalente ao

que foi convencionado pelo homem ser chamado de “tempo”, já que o próprio Einstein

teve que “arquear” o espaço para permitir que a luz caminhando em linha reta saísse do

emissor na direção do corpo receptor e pudesse atingir o alvo no mesmo ponto do tempo

da emissão, mas em posição espacial bem diferente.

Mas, como gosto de avaliar tudo que estudo até o âmago da questão e, princi-

palmente porque se trata de uma discordância do grande gênio que foi o Einstein, me

senti na obrigação de procurar ir um pouco mais profundo no assunto.

Como sempre respeitei as opiniões dele, resolvi estudar mais a fundo a sua “ex-

periência teórica”, o Paradoxo dos Gêmeos.

Então imaginei uma nova experiência: “O PARADOXO DOS TRIGÊMEOS”.

Em verdade trata-se somente de um acréscimo a sua experiência. Na dele exis-

tem dois irmãos gêmeos, um que fica subordinado as condições normais e o outro que é

o gêmeo viajante na velocidade da luz.

Na nova experiência, até aqui é tudo cem por cento igual. A única diferença sur-

ge no aparecimento de outro irmão gêmeo, eles eram na realidade TRIGÊMEOS.

A experiência segue da mesma forma, com um nas condições normais e o outro

viajante na velocidade da luz. Nesse momento, em que vai partir a nave, é que entra o

terceiro gêmeo. Simplesmente ele é CONGELADO A 0ºK.

Todo o resto é absolutamente idêntico: enquanto o viajante se desloca na veloci-

dade da luz, o outro espera seu retorno nas condições normais, mas agora não mais so-

zinho, pois junto a si se encontra o terceiro gêmeo congelado a 0ºK (ZERO ABSOLU-

TO), temperatura onde tudo se torna um cristal perfeito, por só ter um único arranjo

espacial possível e por isso tem ENTROPIA NULA, como informa o Terceiro Princípio

da Termodinâmica.

20

Depois do número de rotações ou translações combinado, chega a nave do via-

jante, trazendo-o exatamente como no momento da partida, enquanto o que ficou espe-

rando, envelheceu todo aquele período da viagem do irmão.

Até aqui é claro, pois é tudo igual a experiência de Einstein, comprovando que

na velocidade da luz o tempo não passa e nas condições normais dos movimentos do

planeta Terra, ele gira e translaciona um determinado número de vezes, o que o faz ficar

muito mais velho que o irmão viajante. E por essa razão, adotei os movimentos de rota-

ção e de translação dos corpos celestes como uma possível medida do curso das coisas,

chamada pelo homem, de TEMPO.

Finalmente, aparece a novidade: existe o terceiro gêmeo, mantido a 0ºK, logo,

como cristal perfeito, sem troca de entropia com o restante do Universo. Ao ser descon-

gelado, o terceiro gêmeo também está nas mesmas condições que o IRMÃO VIAJAN-

TE. Exatamente da forma como quando foi congelado, ou seja, PARA ELE O TEMPO

TAMBÉM NÃO PASSOU!

Acredito que nesse ponto, muito leitor deverá dizer: Grande besteira, era óbvio

que era isso que ia acontecer!

De minha parte, como químico e ligado a ciência, tenho opinião bem diferente,

pelo menos com os conceitos que eu tinha anteriormente a esta experiência.

Da experiência de Einstein, o que se extraiu foi que:

- na velocidade da luz, o tempo não passa;

- levando a vida normal na superfície do Planeta, rodando com ele cada giro em torno

de seu eixo, viajando com ele em todos os pontos de seu perímetro de translação, subor-

dinado a temperaturas externas altamente variáveis, desde 50 a 60 ºC positivos até 70 ou

80 ºC negativos, sempre mantendo sua condição interna de forma invariável, com tem-

peratura sempre em torno dos 37ºC independente das condições climáticas externas,

dando sequência a seus ciclos naturais, de respiração, de digestão, de reprodução etc,

sempre mantendo todos os seus movimentos e ciclos, com os quais troca ENTROPIA

com o resto do Universo, dia após dia, ele vai caminhando para o final de seu ciclo total,

que é uma curva de Gauss, a cada dia se afastando mais de seus irmãos.

Em relação ao gêmeo VIAJANTE, eu até concordo com as conclusões oficiais

de que o tempo não passa, mas passa e com bastante estrago no gêmeo que fica nas

condições normais de vida no Planeta, devido as condições de vida, que foram conside-

radas por mim (não sei se por Einstein também) serem consequência dos movimentos

de rotação e translação do Planeta, ao qual o gêmeo estacionário acompanhou.

Entretanto, e aí é que vai meu grande questionamento em relação a minha pró-

pria “conclusão”, ou seja, de que o tempo para nós passa em função dos movimentos a

que somos submetidos: o irmão gêmeo CONGELADO, ficou exatamente junto com o

21

estacionário, mesmo número de rotações, de translações, mas sofre os mesmos efeitos

do gêmeo viajante.

Realmente essa observação me pegou desprevenido, pois sou obrigado a descar-

tar minha grande evidência anterior, de que o que nos faz envelhecer sejam os movi-

mentos de rotação e translação dos corpos celestes, que foram “batizados” pelo homem

como “TEMPO”.

Claro que continuo pensando no assunto e avaliando todas as possibilidades que

se me apresentem. Deixo claro que, como químico, tenho já visão formada sobre o pro-

cesso de envelhecimento, que já passo a enumerar. Entretanto, antes, preciso dar uma

satisfação aos leitores e, pasmem, a mim mesmo, em relação ao problema do Espaço-

Tempo.

Uma coisa parece ter ficado bastante evidente: Não é o movimento dos corpos

celestes que caracteriza o chamado tempo, cuja passagem nos envelhece e mata. Então,

o que seria?

Pela experiência do Paradoxo dos Gêmeos, pode–se quase garantir que é o mo-

vimento dos corpos. Entretanto pela experiência do Paradoxo dos Trigêmeos, as evidên-

cias anteriores vão por agua abaixo.

AVALIAÇÃO FINAL DO AUTOR

Dessa forma, tenho que explanar os resultados de avaliação sobre isso tudo e,

antes de explanar minha visão do nosso ciclo de vida e envelhecimento, preciso primei-

ro emitir minha opinião formal sobre a associação do espaço com o tempo: concordo

plenamente com o Dr Einstein quando considera o TEMPO como uma CRIAÇÃO do

ESPAÇO, formando um conjunto chamado ESPAÇO-TEMPO. Digo isso porque creio

que foi essa a interpretação que ele deu ao que se chamava TEMPO, ou seja, o afasta-

mento da posição ESPACIAL do corpo receptor em relação a POSIÇÃO TEMPORAL

que ocupava quando da emissão de fótons pelos emissores. Assim, essa modificação

TEMPORAL passou a ser considerada por ele (creio eu) como uma DEFORMAÇÃO

do ESPAÇO. Como ele certamente não acreditava na existência de TEMPO como enti-

dade independente, tinha obrigação de encontrar um solução para que essa deformação

ocorresse justamente para permitir que o fóton emitido atingisse o corpo receptor NO

MESMO PONTO DO TEMPO em que foi emitido. Na minha opinião, foi essa a razão

dele ter chamado essa associação de ESPAÇO-TEMPO, e era acompanhado de outra

necessidade imperiosa: esse elemento tinha que ser DEFORMADO COMO UM TODO,

22

que ele chamou de ARQUEADO, que era a única forma de justificar O MESMO PON-

TO DO TEMPO NA EMISSÃO DO FÓTON E NA COLISÃO COM O CORPO RE-

CEPTOR, o que permitia que ele considerasse o trajeto da luz como linha reta, mas

atingindo o receptor deslocado, o fóton tinha que, em relação a nossa capacidade, fazer

uma curva. Como isso é impensável, creio que ele atribuiu a possibilidade da luz passar

a fazer um trajeto curvo, sendo reto, através da distorção do espaço tridimensional cau-

sado pelo TEMPO. Assim, o espaço puro, continua íntegro, com a luz caminhando

obrigatoriamente em linha reta, mas devido ao necessário deslocamento ESPACIAL da

luz para atingir seu alvo em posição diferente da original, a solução foi bastante sim-

ples: a luz anda em linha reta, mas o espaço é que ficou ARQUEADO pela incorporação

do TEMPO, razão pela qual o caminhamento da luz no ESPAÇO é uma reta, e no ES-

PAÇO-TEMPO também é uma reta, só que através de um espaço ARQUEADO, e que

ele deu o nome de GEODÉSICA.

Na minha avaliação, a solução dele foi realmente genial, mas deixa muito claro

que isso tudo foi conduzido para permitir que a luz caminhando em linha reta, chegasse

a seu destino deslocado espacialmente, o que obrigaria a, ao manter só 3 dimensões, os

raios teriam que fazer curvas. Isto me leva a uma conclusão simplória: ao atribuir a cur-

vatura (GEODÉSICA) a uma QUARTA dimensão, obtida pela associação das três di-

mensões habituais do ESPAÇO com uma nova DIMENSÃO (O TEMPO) era para

JUSTIFICAR o deslocamento do corpo receptor em um sistema onde não existe TEM-

PO. Foi por essa razão que adotei nos meus estudos, a conclusão dele (embora nunca a

li explicitada) de correlacionar a possível dimensão TEMPO aos deslocamentos ESPA-

CIAIS dos corpos receptores. Essa associação coloca dois (ou mais) pontos distintos

ocupados pelo corpo receptor NO MESMO PONTO DO TEMPO em que se deu a

emissão do fóton, o que obrigava a que o fóton ficava obrigado a seguir A FORMA DO

ESPAÇO ONDE ELE SE DESLOCA. Creio que tenha sido esta a razão dele considerar

o ESPAÇO-TEMPO ARQUEADO, embora ele nunca tenha explicado como se AR-

QUEIA o espaço, e sim, afirmou inúmeras vezes, e é a razão de ter corrigido sua Relati-

vidade Restrita e Proposto uma nova versão, chamada Relatividade Geral: ele sempre

afirmou que corpos em movimento DEFORMAM o ESPAÇO a sua volta. E ainda mais,

afirma na Relatividade geral que essa deformação dos corpos é que geram a capacidade

de atração para o centro deles, conhecida como FORÇA DA GRAVIDADE.

No trabalho citado acima, critico o conceito de espaço-tempo ARQUEADO e

proponho o termo espaço-tempo DEFORMADO. É claro que com o espaço-tempo DE-

FORMADO, tendo em vista que são inúmeros pontos de deformação, mas não chega a

ocasionar uma DEFORMAÇÃO TOTAL DO CONJUNTO, que possa caracterizar um

ARQUEAMENTO, fica obrigatório o abandono do conceito de GEODÉSICA.

Finalmente, a ultima discordância minha, é a utilização por ele do termo QUA-

DRIDIMENSIONAL. Com os mil perdões de Einstein, se ele mesmo concorda que o

TEMPO não existe enquanto ENTIDADE, logo, enquanto DIMENSÃO, já que ele se

cria DENTRO DA ESTRUTURA DO ESPAÇO, perde completamente o sentido de

associa-lo as TRÊS dimensões do espaço e formar um sistema QUADRIDIMENSIO-

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NAL. Eu prefiro chamar o ESPAÇO-TEMPO de uma estrutura TRIDIMENSIONAL,

sem GEODÉSICAS, com a luz caminhando sempre em linha RETA, sendo essa estrutu-

ra DEFORMADA EM MÚLTIPLAS REGIÕES, MAS NÃO ARQUEADA EM SEU

CONJUNTO.

Para encerrar esse assunto, deixando minha posição clara e definida, o resultado

da experiência do Paradoxo dos Trigêmeos mostra claramente que eu errei ao considerar

que o “tempo”, seja lá o que ele for, era consequência dos movimentos de rotação e de

translação dos corpos celestes, no nosso caso, a Terra. Pelo Paradoxo dos Gêmeos, de

Einstein, a conclusão óbvia é que seriam os movimentos a que somos subordinados, os

motivos de nosso processo de envelhecimento. Mas o Paradoxo dos Trigêmeos mostra

exatamente o contrário: um corpo congelado a 0 ºK se submete aos mesmos movimen-

tos SEM passagem de tempo.

A SUGESTÃO (OU O ENTENDIMENTO) DO AUTOR

Minha opinião como químico, é que o processo de envelhecimento dos seres vi-

vos, como todo e qualquer envelhecimento, NADA tem a ver com movimentos de cor-

pos celestes, sejam rotacionais sejam translacionais, mas simplesmente um “processo

de oxidação”. O oxidante natural é o oxigênio, logo, nosso envelhecimento e morte é

dependente fundamentalmente de nosso ciclo respiratório, inspirando oxigênio que é

transportado para todas as células de nosso organismo, sem o qual elas morrem. E, pa-

radoxalmente, elas só morrem por causa do oxigênio.

Dessa forma minha opinião é de que nosso processo vital natural, é dependente

primordialmente do nosso ciclo RESPIRATÓRIO, ajudado por outros processos contri-

butivos como doenças, alimentação, e outros. Assim sendo, minhas evidências são inte-

gralmente no sentido de que nosso ciclo vital não tem realmente NADA a ver com os

movimentos de rotação e de translação da Terra nem dos demais corpos celestes, sendo

apenas um processo normal de oxidação por oxigenação.

É evidente que o homem, acostumado a conceber tudo através de comparações

de valores dos eventos, sempre quantificando cada coisa “em função” de outra determi-

nada coisa (ou valor), vai sempre continuar com esse tipo de avaliação. Tudo para o

homem vai continuar sendo avaliado em função de “quanto a Terra rotacionou (ou

translacionou) durante a realização do evento”, que é conhecido como TEMPO.

Entretanto, para finalizar, só desejo mostrar aos leitores que, quando “desembar-

camos” de nossa viagem sideral, na carona do planeta Terra, não o fazemos porque a

Terra deu X rotações ou Y translações. Se não houver um fator extra, como doença,

acidente, homicídio, ou outro fator que interrompa nosso ciclo, que segue uma curva de

Gauss, mesmo assim, nós “desembarcaremos” dessa nossa viagem espacial, pois pelas

sucessivas respiradas que damos para viver, nosso organismo vai se oxidando lentamen-

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te, e assim, perdendo a capacidade de responder às necessidades a que somos submeti-

dos para enfrentar as intempéries a que estamos subordinados, para podermos continuar

respirando, logo, nos mantendo vivos. Se nenhum fator contributivo ocorrer, nosso “de-

sembarque” se dará pelo que chamam de “falência múltipla dos órgãos”, que é apenas o

final do processo de envelhecimento por oxidação (por oxigenação).

A quem se interessar pelo assunto, está a disposição dos interessados os traba-

lhos originais “O Espaço-tempo e a Relatividade” e “Universo: Físico, Químico ou Di-

vino? na pagina www.franciscoguerreiro.com.br.

Qualquer dúvida, sugestão, questionamento ou informação, favor encaminhar

email para [email protected].