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Ano II • nº 14 • Agosto de 2013 ‘‘A educação é um privilégio que a vida confere à família. (PÁGINA 13) No Borel, projeto mostra que crianças também podem sonhar Leia o que o autor de “Iracema” escreveu para Machado de Assis: “No alto da Boa Vista, quando se descortina longe, serpejando pela várzea, a grande cidade réptil, onde as paixões pululam, a alma que se havia atrofiado no foco do materialismo, sente- -se homem. Embaixo era uma ambição; em cima contemplação. Transposto esse primeiro estádio, além, para as bandas da Gávea, há um lugar que chamam Vista Chinesa. Este nome lembra-lhe naturalmente um sonho oriental, pintado em papel de arroz. É uma tela sublime, uma decoração magnífica deste ini- mitável cenário fluminense. Dir-se-ia que Deus entregou a algum de seus arcanjos o pincel de Apeles, e mandou-lhe encher aquele pano de horizonte. Então o homem sente-se religioso. Finalmente, chega-se ao Pico da Tijuca, o ponto culminante da serra, que fica do lado oposto. Daí os olhos deslumbrados vêem a terra como uma vasta ilha a submergir-se entre dois oceanos, o oceano do mar e o oceano do éter. Parece que estes dois infinitos, o abismo e o céu, abrem-se para absorver um ao outro”. PÁGINAS 6-7 No Alto da Boa Vista, José de Alencar recebeu Castro Alves R ivaldo Santana olha para as crianças do Borel, onde mora, e acredita que pode con- tribuir para tenha uma vida melhor. Ele fica cheio de esperança, quando se lembra da história de um menino de 9 anos. – Cada uma das crianças é um retrato de superação. Mas teve uma criança que vivia em uma família de- sestruturada. Ele come- çou a participar do proje- to no ano passado. Vivia problema de drogas, nas ruas, violência, crack, etc. Tinha 9 anos. A própria mãe não tinha mais espe- ranças de reavê-lo. Não sabia ler, nem escrever seu nome. Não estava matriculado em escola. Fomos de encontro dele, para tentar resgatá-lo. PARTICIPAR – “As crianças que fazem a lição de casa diariamente se tornam mais seguras. Acompanhe as atividades de casa. O retorno positivo e o enco- rajamento são muito bem-vindos. O pai pode levar a criança a querer fazer a ati- vidade de forma diferente, percebendo a dificuldade”. PÁGINA 3 RELATIVIZAR – “Então, uma tal de `pós- -modernidade` bateu na porta lá de casa e entrou sem que eu tivesse chance de permitir ou não. E ela foi me dizendo que agora não se tem apenas uma verdade absoluta sobre alguma coisa e que preci- samos considerar as várias maneiras de se olhar o mundo”. PÁGINA 8 POUPAR – “Incentive seu filho a sonhos altos e diga que o sucesso, tão desejado por milhões, não cai do céu, porque de- pende de planejamento, muito esforço e dedicação. Fale com seu filho sobre poupança, fale com sua família sobre poupança, fale com seus amigos sobre poupança”. PÁGINA 9 A Banca do Mário fica na praça Saens Peña, per- to de onde a Conde de Bonfim se encontra com a general Roca. A Banca do Mário é um oásis. No sábado, já tem gente ligando para saber se o jornal de domingo já chegou, para nao sair à toda de casa. Leia o perfil do Mário na PÁGINA 12 Você já esteve na banca do Mário? A Força Nacional ocupou a rua Conde de Bonfim. E não foi pelos motivos de an- tigamente. Era para a segurança do papa Francisco, em direção à Ordem Terceira. Mesmo na chuva, as pessoas se aglomeraram para ver seu carro passar. PÁGINAS 4-5 E A TIJUCA ENTROU NO MAPA DE NOVO

RELATIVIZAR POUPAR a dificuldade”. PÁGINA 8 PÁGINA 9 ‘‘A ... · Ano II • nº 14 • Agosto de 2013 ‘‘A educação é um privilégio que a vida confere à família. (PÁGINA

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Ano II • nº 14 • Agosto de 2013 ‘‘A educação é um privilégio que a vida

confere à família.(PÁGINA 13)

No Borel, projeto mostra que crianças também podem sonharLeia o que o autor de

“Iracema” escreveu para Machado de Assis:“No alto da Boa Vista, quando se descortina longe, serpejando pela várzea, a grande cidade réptil, onde as paixões pululam, a alma que se havia atrofiado no foco do materialismo, sente--se homem. Embaixo era uma ambição; em cima contemplação.Transposto esse primeiro estádio, além, para as bandas da Gávea, há um lugar que chamam Vista Chinesa. Este nome lembra-lhe naturalmente um sonho oriental, pintado em papel de arroz. É uma tela sublime, uma decoração magnífica deste ini-mitável cenário fluminense. Dir-se-ia que Deus entregou a algum de seus arcanjos o pincel de Apeles, e mandou-lhe encher aquele pano de horizonte. Então o homem sente-se religioso.Finalmente, chega-se ao Pico da Tijuca, o ponto culminante da serra, que fica do lado oposto. Daí os olhos deslumbrados vêem a terra como uma vasta ilha a submergir-se entre dois oceanos, o oceano do mar e o oceano do éter. Parece que estes dois infinitos, o abismo e o céu, abrem-se para absorver um ao outro”. PÁGINAS 6-7

No Alto da Boa Vista, José de Alencar recebeu Castro Alves

Rivaldo Santana olha para as crianças do Borel, onde mora, e

acredita que pode con-tribuir para tenha uma vida melhor. Ele fica cheio de esperança, quando se lembra da história de um menino de 9 anos.– Cada uma das crianças é um retrato de superação. Mas teve uma criança que vivia em uma família de-

sestruturada. Ele come-çou a participar do proje-to no ano passado. Vivia problema de drogas, nas ruas, violência, crack, etc. Tinha 9 anos. A própria mãe não tinha mais espe-ranças de reavê-lo. Não sabia ler, nem escrever seu nome. Não estava matriculado em escola. Fomos de encontro dele, para tentar resgatá-lo.

PARTICIPAR – “As crianças que fazem a lição de casa diariamente se tornam mais seguras. Acompanhe as atividades de casa. O retorno positivo e o enco-rajamento são muito bem-vindos. O pai pode levar a criança a querer fazer a ati-vidade de forma diferente, percebendo a dificuldade”. PÁGINA 3

RELATIVIZAR – “Então, uma tal de `pós--modernidade` bateu na porta lá de casa e entrou sem que eu tivesse chance de permitir ou não. E ela foi me dizendo que agora não se tem apenas uma verdade absoluta sobre alguma coisa e que preci-samos considerar as várias maneiras de se olhar o mundo”. PÁGINA 8

POUPAR – “Incentive seu filho a sonhos altos e diga que o sucesso, tão desejado por milhões, não cai do céu, porque de-pende de planejamento, muito esforço e dedicação. Fale com seu filho sobre poupança, fale com sua família sobre poupança, fale com seus amigos sobre poupança”. PÁGINA 9

A Banca do Mário fica na praça Saens Peña, per-to de onde a Conde de Bonfim se encontra com a general Roca. A Banca do Mário é um oásis.No sábado, já tem gente ligando para saber se o jornal de domingo já chegou, para nao sair à toda de casa.Leia o perfil do Mário na PÁGINA 12

Você já esteve na banca do Mário?

A Força Nacional ocupou a rua Conde de Bonfim. E não foi pelos motivos de an-tigamente. Era para a segurança do papa Francisco, em direção à Ordem Terceira. Mesmo na chuva, as pessoas se aglomeraram para ver seu carro passar. PÁGINAS 4-5

E A TIJuCA ENTRou No MAPA dE NoVo

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Uma publicação da Igreja Batista Itacuruçápara a Tijuca e também para Andaraí,Alto da Boa Vista, Grajaú, Maracanã,

Rio Comprido, Vila Isabel e adjacências

Agosto de 2013

Editor:Israel Belo de Azevedo (RP 4.493/MG)

Editor-AdjuntoRoberto Francellino

Equipe:Camilla Viccari, Dalton Lopes (fotos), Elenice Ma-galhães, Geraldo Machado (diagramação), Paulo Campos e Ruth Amorim (revisão)

IGREJA BATISTA ITACURUÇÁRua José Higino, 416 Praça Barão de Corumbá, 49 -- Tijuca20510-170 -- Rio de Janeiro, [email protected] @jtijucaemfocoFacebook /tijucaemfoco(21) 3344-9700

Gráfica: Newstech - 21 (3552-0580)

Tiragem: 15.000 exemplares (distribuição gratuita)

T E C N o L o G I A2

TIJUCA EM FOCO Privacidade e Internet IINa edição passada falei da

ilusão de privacidade na in-ternet. Retomando o tema, a

novidade do momento é o PRISM, programa de espionagem do go-verno dos EUA, do qual partici-pam gigantes da internet, como o Yahoo!, Microsoft, Apple e Face-book.

O PRISM é mantido pela agên-cia de segurança nacional (NSA) dos Estados Unidos desde 2007. O programa tem como objetivo o monitoramento e a avaliação de mídias eletrônicas, de maneira a possibilitar não apenas a recupe-ração de informações armazenadas sobre um alvo específico em poten-cial, mas também a vigilância de comunicações em tempo real.

O procedimento é o seguinte: após uma breve confirmação, por exemplo, de que um usuário do Facebook está envolvido em ati-vidades terroristas ou com a pro-liferação de armas nucleares, um analista da NSA recebe acesso total às opções de busca da corporação.

FÁBIO CUNhA

seu envolvimento com um progra-ma desse tipo, garantindo “total respeito à proteção da privacidade de seus usuários”.

É claro que tudo isso não deve nos atingir, reles mortais, que usa-mos a internet simplesmente para compartilhar com a “família dis-tante” as fotos da festinha do filho. Afinal, não é sobre isso que você fala na internet?

Mais informações sobre o PRISM em http://bit.ly/1cC4vo2

Já para usuários do Skype bas-ta apenas uma ligação para que a vigilância seja ativada. Os bancos de dados de fotos, chaves de bus-ca digitadas, dados do Gmail e do Google Drive estariam também sob vigilância da NSA.

O jornal The Washington Post informa que o PRISM é “a princi-pal fonte primária de inteligência usada nos relatórios de análise da NSA”. Obviamente, todas as em-presas citadas trataram de negar

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ENTREVISTA 3E d u C A R P A R A A V I d A

responsável deve sinalizar na agenda, ou na própria atividade, quais foram as dificuldades percebidas.

Certa vez, ouvi um pai dizer que seu filho não estava aprendendo nada na escola, pois não sabia fazer as ativida-des de casa sozinho. Sobre esse assun-to, pense nas formas de a criança apre-ender o conceito trabalhado em sala: a criança na subaprendizagem está em contato com o assunto, mas não pres-ta atenção e, portanto, não assimila o conteúdo trabalhado em sala de aula. Na aprendizagem simples, a criança entra em contato com o assunto, pres-ta atenção, mas ainda não memorizou o assunto. Na superaprendizagem ou aprendizagem ideal, a criança entra em contato com o assunto, presta atenção, assimila e memoriza o conteúdo traba-lhado. Em todas as formas o conteúdo precisa ser exercitado.

Aconselho a não desanimarem diante de tantos desafios. Educar não é uma tarefa fácil, porém é realizável, à medida que investimos tempo. Tenho visto, através das minhas próprias ex-periências como mãe, que, à medida que as crianças crescem, elas adquirem conhecimentos e assimilam conceitos que até nos surpreendem. Vale a pena participar da educação dos nossos fi-lhos e sermos mediadores na constru-ção do conhecimento. Nossa interven-ção como pais e responsáveis precisa ser algo grande. Então, invista tempo na educação de seus filhos. Invista para obter o retorno desejado.

*Jovana Nunes, Pedagoga, pós-graduada e mestranda em Educação. Coordenadora Pe-dagógica do Ensino Fundamental I do Colégio Batista Shepard

Forme em sua casa um ambiente mais acolhedor para os estudos, visando fomentar nas crianças o

prazer de estudar e de aprender. As-sim, valorize o momento dos estudos, em especial o momento da atividade de casa, facilitando o aprendizado e enco-rajando seus filhos a assumirem condi-ção ativa, com recursos que os levem a pesquisar, opinar, debater e serem de-safiados a descobertas. Tenha em sua casa um local para a criança guardar sua mochila e seus livros e crie um am-biente favorável para ela estudar. Pais e filhos podem partilhar uma mesma experiência agradável no momento dos estudos. A criança descobrirá, desde cedo, que estudar é prazeroso. Esse momento precisa ser natural, espon-tâneo, tranquilo e significativo, para que, aos poucos, possa se solidificar e ganhar espaço na vida das crianças.

Não faça dos momentos de estu-dos um campo de concentração, com brigas, gritos e insistência para que pare de brincar ou ver televisão, usar o tablet, etc. Se você passa por essa si-tuação, chame a criança para um bate--papo, e diga a ela que, até então, o momento do estudo tinha acontecido dessa forma. Nesse momento, relem-bre as experiências negativas e desres-peitosas ocorridas. Faça-a entender os novos combinados para o momento dos estudos. Estimule a criança a ex-pressar suas dificuldades em quaisquer âmbitos da sua vida; ouça, dê atenção a ela, pois esta é a maneira de formar pessoas seguras e felizes.

É preciso ensinar a criança a ter uma rotina, para que ela se organize. Como ainda não é capaz de estabelecer uma rotina sozinha, a criança não tem autonomia para organizar o seu dia e os seus compromissos, lidar com ho-rários, distribuir o tempo para brincar, fazer a atividade de casa, tomar banho e se alimentar, precisando da ajuda dos pais nesse processo de construção da autonomia. Ajude a criança a criar um plano de estudos, designando o que es-tudará a cada dia, de acordo com a sua maturidade, estabelecendo um horário para os estudos.

O ideal é que a criança tenha um ambiente próprio para fazer a ativi-dade: um local ventilado, uma mesa

adequada, espaçosa, local onde possa guardar todo o seu material escolar, e que seja um espaço definido para reali-zar as tarefas. Fazer a atividade de casa assistindo TV, ou no pátio do colégio, sem capricho, às pressas, para se ver livre do compromisso, não contribui de forma efetiva para a elaboração dos conceitos.

Acredite! Já ouvi a frase: “professo-ra, não sei mais o que fazer, pois meu filho não gosta de estudar”. Se as crian-ças apresentam resistência, comece, devagar, a incentivá-las a estudar. Ofe-reça pequenas doses diárias de conversa

o prazer de estudar

JOVANA NUNES

tanto, diante do erro da criança, esteja atento para oferecer novas oportunida-des, sem esquecer-se de oferecer mo-tivação e não conhecimento – os pais não são responsáveis por lançar conte-údos. Você pode levar a criança a que-rer fazer a atividade de forma diferen-te, percebendo a dificuldade. Sinalize a dificuldade para a escola e não banalize a dúvida da criança, pois a dúvida pode e deve estimular o conhecimento.

Motive na solidão! A criança com grande dificuldade escolar vive uma espécie de dupla solidão. Sente-se sozi-nha para enfrentar a escola, já que não

motivadora, agradável, inicialmente sentando junto da criança, sem forçar, mas com naturalidade, desenvolven-do na criança um hábito que poderá acompanhá-la pela vida afora. Mas, saiba também a hora de deixá-la se-guir sozinha. Você não estará com ela no momento das avaliações que acon-tecem por toda a vida, para ajudá-la. Diga que você acredita nela, melhoran-do a imagem que ela tem de si mesma, e que ela é capaz de estudar sozinha, também.

ENVOLVA-SE

As pesquisas comprovam que crian-ças que fazem a lição de casa diaria-mente se tornam mais seguras. Acom-panhe as atividades de casa e participe da vida escolar de seu filho. O retorno positivo e o encorajamento são muito bem-vindos durante o estudo. Entre-

conta com a ajuda dos seus pais. Estes devem participar da vida escolar, ain-da que de longe, sem dúvida. Portanto, converse sobre o que a criança apren-deu na escola e demonstre curiosidade em relação à sua rotina de estudos, se você passa o dia fora de casa. A ativida-de de casa é, sobretudo, um exercício que o aluno deve fazer sozinho, justa-mente para que os professores descu-bram quais são as suas dificuldades. Caso a criança tenha dificuldade, o

CONSELhOS PRÁTICOS PARA OS PAIS

• Crie um ambiente favorável para os estudos

• Organize o tempo do seus filhos• Motive• Comece devagar• Acompanhe as lições de casa• Não desanime

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4 E N T R E V I S T A

minhos, inseri-las em uma vida estrutu-rada na sociedade. A educação (pública) em nosso estado, no Brasil, é precária. Então o apoio escolar vem a calhar para suprir essa demanda. Entendemos que isso faz parte do “ide a todo mundo e pregai o evangelho”. Pregamos tanto às crianças quanto a seus familiares.

Como funciona essa junção de ati-vidades escolares e pregação do evan-gelho?

Não pregamos todo o tempo o evan-gelho. Nós fazemos atividades. Temos recreação e leitura. Nessa leitura, é a ocasião em que eles podem ter contato com literatura infantil de cunho cristão. Além disso, a igreja tem suas atividades, como por exemplo, o departamento de

dança, teatro, etc. Não é obrigatório que a pessoa que participa do projeto se converta a Cristo. O objetivo não é impor nada a ninguém nesse sentido. Mas naturalmente, a conduta ensinada dentro do projeto, do respeito, do não xingamento, leva a pessoa a Cristo.

Como são as outras atividades do projeto?

Além do reforço escolar, temos o te-atro, a dança, uma oficina de xadrez, de musicalização, de informática e aulas de inglês.

Qual é a história mais especial do pro-jeto que você consegue lembrar agora?

Cada uma das crianças é um retra-to de superação. Mas teve uma criança

Provir: restaurandovidas desde 2011

que vivia em uma família desestrutura-da. Ele começou a participar do proje-to no ano passado. Vivia problema de drogas, nas ruas, violência, crack, etc. Tinha 9 anos. A própria mãe não tinha mais esperanças de reavê-lo. Não sabia ler, nem escrever seu nome. Não estava matriculado em escola. Fomos de en-contro a ele, para tentar resgatá-lo. O inscrevemos no Provir. Com muita per-serverança, oração, prontidão, começou um resultado muito legal. Ele começou a se adequar, até mesmo às normas e à contuda dentro do Provir, de não agres-são, violência, que haja respeito entre eles. Ele foi tomando prazer pela leitu-ra, pela escrita. Começou a escrever o nome dele, a ler. Ele pediu à mãe para ser matriculado numa escola porque todos no Provir estudavam. A mãe foi percebendo que ele começou uma bus-ca dele mesmo.

E hoje, como está essa criança?Está matriculado em uma escola, está

crescendo bastante como pessoa, tam-bém integrado à igreja. A comunidade mesmo não acredita que hoje ele é um ser humano. Porque o tinham como bi-cho. Andava descalço, passava as noites pelos becos do morro, dormindo pelos cantos, próximo a esgoto. Era uma vida de animal. Alguns o chamavam de ca-chorro vira-lata. Hoje você vê uma mu-dança radical. Não tem mais contato com droga, está estudando, fala normal-mente, tem uma conduta legal. Isso para nós é um exemplo muito edificante e que nos estimula, apesar de tantas dificulda-des que temos.

Projeto no Morro do Borel ajudacrianças a abandonar maus caminhose se inserirem na sociedade

O que é o projeto Provir?Significa Projeto Vida Renovada.

Surgiu para atender uma demanda da comunidade pelo ensino de crianças, jovens e adolescentes. Temos aulas de teatro, dança, xadrez e o apoio escolar. Essas aulas ocorrem de segunda a sexta--feira e atende a 60 crianças, divididas em dois turnos, manhã e tarde.

Quando começou?Nessa formatação de agora, em 2011.

Mas como igreja sempre fizemos um tra-balho nesse sentido. Estamos há duas dé-cadas na comunidade do Borel, desenvol-vendo esse tipo de trabalho. Como igreja, sempre percebemos essa necessidade de fazer um trabalho de cunho social.

Quem coordena o projeto?É a nossa Igreja Cristã Vida Reno-

vada. A Igreja Batista Itacuruçá é nos-sa parceira. Ela nos ajuda com lanches, sempre que pode, a irmã Elvira nos con-segue coisas para o bazar, como lápis, cadernos e o material escolar em geral necessário para fazer o apoio.

Como foi a ideia de criar o projeto na formatação atual?

Esse projeto surgiu de Deus, que colocou em nosso coração, de a gente fazer esse trabalho. Como igreja, vamos percebendo a necessidade, pela graça de Deus, de tirar as pessoas dos maus ca-

ROBERTO FRANCELLINO

Funcionando há dois anos no Morro do Borel, o projeto Projeto Vida Renovada (Provir) vem rendendo bons frutos à comunidade. Coordenado pela Igreja Cristã Vida Renovada, fundada pelo pastor Rivaldo Santana e sua esposa Eliude Santana, o projeto atende a 60 crianças atualmente, com reforço escolar, aulas de xadrez, teatro, musicalização, entre outras atividades. Pastor há 20 anos, Santana, que chegou ao Borel em 1991, diz que sente uma satisfação pessoal em poder ajudar o próximo. “Poder mostrar a essas crianças que existe um outro caminho e sermos correspondidos nos anima”, conta. Conheça mais sobre o projeto na entrevista abaixo concedida ao Tijuca em Foco.

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E N T R E V I S T A 5

Quantas pessoas estão envolvidas no projeto?

Eu sou o presidente, temos uma co-ordenadora, que é a Eulide, dois profes-sores no turno da manhã, dois a tarde, dois professores de informática, um de musicalização, um de inglês, um de xa-drez. Ao todo são 11 pessoas envolvidas. Todos voluntários.

Todos são membros da igreja?Temos dois que não são. O profes-

sor de xadrez nem cristão é. Mas é uma pessoa que tem um coração muito bon-doso. E que sobe o morro toda sexta--feira. Esse trabalho dele em particular tem sido maravilhoso. Ajuda a desen-

volver o raciocínio lógico das crianças.

Qual a satisfação que traz esse tra-balho?

Nos sentimos muito felizes em fazer um trabalho como esse porque os resul-tados su peram e muito qualquer quan-tia que a gente pudesse ganhar. Tirar uma criança dessas de uma conduta de drogas, violência, e de outros que pode-riam estar seguindo este caminho, como seus familiares, é muito prazeroso. Po-der mostrar a essas crianças que existe um outro caminho e sermos correspon-didos nos anima mais ainda. É esse re-sultado que nos impulsiona a continuar esse trabalho.

O que é necessário para criar um projeto como esse?

Você tem de ter no seu coração, pri-meiramente, a disposição de ajudar o ser humano. Se você não tem essa dis-posição, você não vai deixar sua casa, seu apartamento para subir o morro.

A sociedade é pouco engajada nesse tipo de projeto?

Talvez por falta de conhecimento. Se ela souber que a missão de ajudar o próximo muito alegra a Deus, ela vai se prontificar. Uma outra coisa é a pessoa conhecer um trabalho que realmen-te esteja fazendo a diferença. Afinal de contas, queremos sempre nos envolver em projetos que dão resultado. É o caso do professor de xadrez que soube de nós por um terceiro, nos ligou e veio ajudar. Ele ficou muito impressionado com o que viu e disse que vinha há anos procu-rando um projeto como esse.

Se alguém quiser ser voluntário, como deve fazer?

Pode me procurar diretamente, no te-lefone (21) 8537-2773 ou me mandar um e-mail para [email protected]. Aí pensamos como encaixá-lo no projeto.

Quais são as principais dificulda-des enfrentadas pelo projeto?

A dificuldade maior é a de manter o projeto. De ter os recursos necessários, sejam eles financeiros ou materais, que atendam à demanda. Nós atendemos 60 crianças. Mais percebemos uma demanda próxima de nós de outras 60 crianças que precisam ser alfabetizadas. Temos uma sala, estamos buscando parcerias para adequá-la. E para pagar um professor.

Como o projeto é sustentado?Fazemos bazares, tem ajuda da

igreja, das ofertas, pessoas que volun-tariamente nos procurarm e fazem suas contribuições.

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6 H I S T Ó R I A

ALTo dA BoA VISTA:Um passeio por sua história

Integrante do maciço da Tijuca, que divide a cidade em zonas (Norte, Sul, Oeste e Centro), o bairro começa no largo da Usina e se estende até a descida para a Barra da Tiju-ca, passando pela comunidade Maracaí. É, sem dúvida, um recanto do Rio que vale a pena ser visitado. Entrecortado por várias estradas que dão aces-so a diversos pontos turísticos da cidade, como a Cascatinha, Vista Chinesa, Mesa do Impe-rador, Capela Mayrink, o Cristo Redentor, dentre outros, o Alto da Boa Vista tem sua história que começa no século XIX.

Pintores famosos como Rugendas, Debret e Nicolas Taunay ajudaram a formar um magnífico acervo e docu-mentação pictóricos de um tempo em que não existia a fotografia. Taunay, ao chegar no Brasil numa missão em 1816, lecionou na Academia Imperial das Belas Artes, dei-xando várias pinturas de pai-sagens da região. Construiu uma cabana no Alto da Boa Vista, num lugar até hoje co-nhecido como Cascatinha de Taunay, na estrada do Impe-rador, tornando-se seu pri-meiro habitante.

JOSÉ MAURICIO CUNhA DO AMARAL O nome do bairro tem sua origem na bela paisagem que se admira das suas encostas e que no início era uma ser-ra, onde mais tarde vieram as plantações de café, cujos fa-zendeiros desmataram os mor-ros e alteraram a vazão de rios da região, influindo no abaste-cimento dos bairros da planí-cie, antes do reflorestamento.

D. Pedro II determinou o reflorestamento das matas da região da Tijuca. O plantio foi iniciado em 1861 e durou 13 anos, sob a direção do Major Manuel Gomes Archer e do ad-ministrador Thomás Nogueira da Gama, resultando no plan-tio de cerca de 80 mil mudas de espécies variadas de árvo-res, nativas e exóticas. Thomás Nogueira da Gama recuperou durante 25 anos as matas do Sumaré e das Paineiras, com mais de 20 mil mudas de ár-vores. Além disso, melhorou as trilhas e acessos à região, contribuindo para o aumen-

to do número de visitantes. Ao final, estava reflorestado o maior parque urbano do mun-do, inaugurando uma nova atração no Rio de Janeiro, que permitia à população da cidade fazer piqueniques des-frutando das belezas da Mata Atlântica.

Dentre os ilustres mora-dores do bairro destacam-se o romancista José de Alencar, cearense, nascido em 1829,

autor de diversas obras como “Lucíola”, “A Viuvinha”, “O Guarani” e “Iracema”, sua obra clássica, dentre outros estrangeiros que para ali vie-ram atraídos pelo clima e a be-leza da região.

A partir das décadas de 1980 e de 1990, o bairro ex-perimentou um processo de esvaziamento, especialmente por parte dos mais ricos. Isso explica o acentuado número

Cercado por uma das maiores florestas urbanas do mundo, a uma altitude média de 300 metros acima do nível do mar, com suas cascatas, uma exuberante flora e fauna que ainda

preserva diversas espécies nativas como macacos, gambás, pre-guiças, tatus e outros animais silvestres, além de uma enorme quantidade de pássaros e com o clima mais ameno da cidade, inclusive no verão, o Alto da Boa Vista é considerado um bairro aristocrático, sobretudo por sua localização privilegiada.

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de mansões vazias e muitas outras que se transformaram em grandes casas para festas e recepções. A ocupação de suas encostas, num pequeno processo de favelização, levou as autoridades a rediscutirem, a partir de 2010, os atuais ter-mos de utilização do solo.

A legislação urbanística prevê novas construções so-mente em terrenos que in-tegrem no mínimo 10.000 m2 de área. Outro fator que contribuiu para esse esvazia-mento foi o crescimento de outros bairros, como a Barra da Tijuca, com melhor infra-estrutura de comércio, trans-porte e lazer.

O Alto da Boa Vista é consi-derado parte da Grande Tijuca assim como era conhecido em tempos passados, inclusive no século XIX. Hoje em dia, a população do bairro é rela-tivamente pequena, estimada em cerca de 20 mil habitantes (dados de 2010).

7H I S T Ó R I A

José de Alencar escrevesobre a Tijuca e o AltoLeia a seguir trechos de uma carta de José de Alencar a Machado de Assis, em que apresenta um (então) desconhecido poeta: José de Alencar.

“Tijuca [Rio de Janeiro],18 de fevereiro de 1868.

Ilmo Sr. Machado de Assis.

Recebi ontem a visita de um poeta. O Rio de Janeiro não o conhece ainda; muito breve o há de conhecer o Brasil. Bem entendido, falo do Brasil que sente; do coração e não do resto.

(...) Felizmente estava eu na Tijuca. O senhor conhece esta montanha en-

cantadora. A natureza a colocou a duas léguas da Corte, como um ninho para as almas cansadas de pousar no chão. Aqui tudo é puro e são. O corpo banha-se em águas cristalinas, como o espírito na limpidez des-te céu azul. Respira-se à larga, não somente os ares finos que vigoram o sopro da vida, porém aquele hálito celeste do Criador, que bafejou o mundo recém-nascido. Só nos ermos em que não caíram ainda as fezes da civilização, a terra conserva essa divindade do berço.

Elevando-se a estas emi-nências, o homem aproxima--se de Deus. A Tijuca é um escabelo entre o pântano e a nuvem, entre a terra e o céu. O coração que sobe por este genuflexório, para se pros-trar ao pés do Onipotente, conta três degraus; em cada um deles, uma contrição. No alto da Boa Vista, quando se descortina longe, serpejando pela várzea, a grande cidade réptil, onde as paixões pu-lulam, a alma que se havia atrofiado no foco do mate-rialismo, sente-se homem. Embaixo era uma ambição; em cima contemplação. - Transposto esse primeiro es-tádio, além, para as bandas da Gávea, há um lugar que chamam Vista Chinesa. Este nome lembra-lhe naturalmente um sonho oriental, pintado em papel de arroz. É uma tela sublime, uma decoração magnífica deste inimitável ce-nário fluminense. Dir-se-ia que Deus entregou a algum de seus arcanjos o pincel de Apeles, e mandou-lhe encher aquele pano de horizonte. Então o homem sente-se religioso.

Finalmente, chega-se ao Pico da Tijuca, o ponto culminante da serra, que fica do lado oposto. Daí os olhos deslumbrados vêem a terra como uma vasta ilha a submergir-se entre dois oceanos, o oceano do mar e o oceano do éter. Parece que estes dois infinitos, o abismo e o céu, abrem-se para absorver um ao outro. E no meio dessas imensidades, um átomo, mas um átomo-rei, de tanta magnitude. Aí o ímpio é cristão e adora o Deus verdadeiro”.

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8 S A Ú d E E M o C I o N A L

CRISTIANE FIAUx

Essa tal pós-modernidade...

Há tempos que percebo que lá em casa a coisa funciona diferente. No meu tempo de criança e ado-

lescente eu não debatia com meus pais sobre o que eu pleiteava. Apenas pedia algo e ouvia “sim” ou “não”. No máximo perguntava o porquê e ouvia novamente “porque sim” ou “porque não” de meus pais. O diálogo era:

– Mãe, posso ver TV até mais tarde um pouquinho?

– Não.– Por que não?– Porque não.Era simples assim e ao mesmo tem-

po irritante. Atualmente não venço fá-cil qualquer que seja o pedido de meus filhos. O diálogo agora transcorre desse jeito:

– Mãe, posso ver aquele programa de TV?

– Não.

“Os limites da linguagem representam os limites

de meu mundo.”L. Wittgenstein

todas plausíveis e consideráveis que nossos filhos têm. Mas que fenômeno é esse que a gente vive que leva os jovens a argumentarem tin tin por tin tin cada tema e de forma infinita?

Uma tal de “pós-modernidade” ba-teu na porta lá de casa e entrou sem que eu tivesse chance de permitir ou não. E ela foi me dizendo que agora não se tem apenas uma verdade absoluta sobre al-guma coisa e que precisamos considerar as várias maneiras de se olhar o mundo, pois os significados das coisas estão as-sociados a contextos e a contingências. A todo momento co-construímos nossas relações e significados de vida. É a partir da linguagem, que não é inocente (Tom Andersen), que vamos produzindo rea-lidades e se antes eu pensava para falar, agora eu falo enquanto penso.

Não existe uma realidade igual para todo mundo. Existem sim muitas for-mas de abordar um problema. Como disse Marcelo Pakman, vir ao mundo é entrar em uma festa que já começou, por isso, somos constituídos e consti-tuímos. O que sabemos ou pensamos que sabemos está em constante mudan-ça, pois o conhecimento é socialmente construído a todo instante. Não nos construímos sozinhos, as pessoas vão se construindo nas relações. Será que é por isso que nossos filhos insistem tanto em seus argumentos?

– Não, mas por quê?– Porque não.– Mas “não” não é resposta.– É, sim.– Não, não é. Naquele outro dia você

deixou. Por que hoje não deixa?– Naquele dia deixei porque você

não tinha que acordar cedo no dia se-guinte...

– Mas quem vai acordar cedo sou eu. Eu é que vou ficar com sono!

– Pois é, vai ficar com sono e não vai render nada na escola!

– Mas quando eu chegar da escola eu durmo um pouquinho...

– Dorme um pouquinho e aí não vai conseguir estudar e ir para o curso à tar-de...

Bom, não preciso dizer que o assun-to se estendeu ao infinito. E o que me chama atenção é a vastidão de argu-mentos, de tentativas, de explicações,

Resta-me então como mãe, mais do que nunca, participar ativamente da vida e da educação de meus filhos, pro-movendo parcerias no pensar, criando novos olhares para os antigos proble-mas e novos significados para as situa-ções, consequentemente, novas manei-ras de agir. Só não posso perder de vista que a lei continua a existir. E pode ser que a última palavra tenha mesmo que ser minha, como mãe e como autorida-de que sou. Se meu filho não aprender a ouvir a última palavra de mim, vai dolo-rosamente ter que aprender a ouvir do futuro chefe, por exemplo.

E como terapeuta, resta-me então possibilitar a emergência das histórias lá no meu consultório, sem cristalizar aquele que vem em busca de ajuda, acreditando que ele pode ser várias pos-sibilidades e se transformar para o me-lhor e mais saudável.

A propósito, você não precisa con-cordar comigo neste texto. Discordar também é um processo reflexivo carac-terístico da pós-modernidade. Bem vin-do a ela!

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9d E B E M C o M o d I N H E I R o

MARCOS LIMA

A importância de poupar emuma sociedade desigual

de nação e voltadas para o interesse próprio.

Também fica fácil entender a hor-ripilante diferença de tratamento dada pelo poder público às ruas da zona sul e da zona norte e também da baixada Fluminense e de cidades do interior.

Fica fácil também entender termos um dos piores Índices de Desenvolvi-mento Humano. O Brasil ocupa a 85ª posição dentre os 187 países pesquisa-dos pela ONU, atrás de quatro países da América do Sul – Chile (40º lugar), Argentina (45º), Uruguai (51º) e Peru (77º). Entre outros vizinhos, fica na fren-te de Equador (89º) e Colômbia (91º).

A ausência de políticas públicas que promovam o desenvolvimento da pessoa não é decorrente da falta de re-cursos. Exemplo recente mostra que temos dinheiro de sobra, haja visto o

elevado investimento voltado à Copa do Mundo de Futebol de 2014 – hoje estimado R$ 28 bilhões, mas há que

diga que será muito mais – e às Olimpíadas de 2016.

Enquanto isso, nossas crianças frequentam es-colas públicas e privadas de baixo rendimento, que

oferecem muito pouco e adotam peda-gogias descontextualizadas com a reali-dade onde atuam. Como esperar então por um futuro próspero, se no presen-te não se investe em uma cultura de poupança, característica de países de primeiro mundo? Nossas crianças são sugadas pelo poderoso e inescrupuloso mote “consumo logo existo”.

Bem, é certo que essa grande luta não será vencida se forças do bem não se unirem. Os pais precisam fazer pri-meiramente sua parte, ensinando, não só com palavras, mas acima de tudo com atitudes, que o desperdício é peca-do contra Deus, a família, a sociedade e o planeta. Precisam ensinar que pou-par é saudável e de que o melhor pra-zer é aquele que não tira o sono no dia seguinte e também não compromete o futuro.

Precisam incentivar seus filhos a uma vida que valorize as pessoas e não as coisas das pessoas. Precisam ensinar que o amor está acima da posse desse ou daquele modelo ou marca de celu-lar, de roupa, tênis, etc. Dessa forma, ficará mais fácil para a escola fazer sua parte, contribuindo de forma decisiva para a formação educacional e cultural.

notório que o nível educacional de nossa imensa população não con-diz com a posição de sexta maior

economia do mundo. Lamentavelmen-te os governos (federal, estadual e mu-nicipal) não dão a atenção necessária e constitucional que o tema merece. O resultado traduz-se em um contingen-te enorme de brasileiros que não assi-nam, mas desenham seus nomes e ou-tros tantos milhões que não conseguem interpretar o que leem. Triste.

O Brasil, segundo a consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), ocupa a 39ª posição dentre 40 nações e fica atrás de vizinhos como Chile, Argentina, Colômbia e México. Assim, fica fácil de entender o abismo que separa, em pleno século 21, po-bres e ricos e uma classe política tão distante da realidade, sem projetos

É

Como disse Albert Einstein, “a única fi-nalidade da educação consiste em pre-parar indivíduos que ajam e pensem como pessoas independentes e livres”. Também será mais fácil para as igrejas construírem um projeto educacional que reforce a verdade de que não so-mos apenas corpo, mas também temos uma alma que necessita de um encon-tro com seu Criador.

Enfim, ser a sexta economia do planeta ajuda, mas se não cuidarmos da educação com muita seriedade, em breve este posto será de outro.

Cuide de seu filho. Converse com ele sobre essas questões. Incentive-o a sonhos altos e diga que o sucesso, tão desejado por milhões, não cai do céu, depende de planejamento, muito esfor-ço e dedicação.

Fale com seu filho sobre poupança, fale para seu cônjuge sobre poupança, fale com sua família sobre poupança, fale com seus amigos sobre poupança...poupe.

O Brasil, segundo a consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), ocupa a 39ª posição dentre 40 nações e fica atrás de vizinhos como Chile, Argentina, Colômbia e México

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CuLTuRA10 G A S T R o N o M I A

o inverno chegou. E, com ele, o frio, que pede uma boa massa italiana. Por isso, a sugestão do

mês é o Restaurante Fiorino. Instalado numa bela casa na Av. Heitor Beltrão, o local é referência tijucana e carioca de cozinha italiana de alto nível. Com atendimento rápido e cordial, o estabe-lecimento tem ainda serviço de mano-brista e estacionamento.

Grande parte das massas do cardá-pio é produzida no próprio restaurante, o que dá um toque especial e persona-lizado ao ambiente. Uma sugestão do cardápio é o Paglia e Fieno com rúcula e abobrinha ou um Raviolone de queijo brie com pignole (pinhão italiano) e rú-cula selvagem. Outra pedida é o Gam-beretti, umas trouxinhas de massa bem delicada recheadas com camarão. Estes são só alguns exemplos. O cardápio é amplo e variado e traz numerosas ou-tras deliciosas opções.

Os pratos são individuais e os pre-ços variam entre R$ 25 e R$ 45. A casa aceita apenas dinheiro ou cheque, por-tanto, vá preparado.

Porque o frio pede uma massa

REGINALDO MACEDO DE ALMEIDA

Restaurante FiorinoAv. Heitor Beltrão, 126Tel: (21) 2567-4476

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A R T E 11

os benefícios do canto coral

Não é à toa que muitas em-presas, como a Petrobras, Rede Globo, SBT, IBGE e

BNDES adotam e incentivam a prática do canto coral por seus funcionários. Certo dia estava conversando sobre este assun-to com o professor Dr. Eduar-do Lackschevitz (Unirio) que desenvolve trabalhos há anos na área coral, inclusive em em-presas. Conversamos sobre os elementos que envolvem a prática e vimos o quão impor-tantes são em uma sociedade cujas empresas esperam cada vez mais de seus empregados.

Na coluna de hoje, propo-nho refletirmos sobre dois be-nefícios advindos da prática

Sociológico: Cada vez mais as empresas percebem o va-lor dos bons relacionamentos.

Não adianta ser um exímio profissional e, ao mesmo tem-po, ser antipático, incapaz de conversar e se relacionar. No canto coral, o coro deve agir com uma integração tal que seu som soe como se fosse uma só pessoa cantando. O corista deve aprender a ouvir e per-ceber o que está ao seu redor. Além disso, no coro podem es-tar juntos gerentes, diretores e estagiários. Anula-se a barrei-ra da hierarquia, favorecendo uma maior integração na em-presa.

Psicológico: Matéria publi-cada do Jornal do Brasil afirma “(...)a música diminui o estres-se e reforça o sistema imunoló-gico, reduzindo os sentimentos de ansiedade, solidão, e de-pressão, males que atingem a

RAMON ChRySTIANDE ALMEIDA LIMA

sociedade moderna, principal-mente os idosos. (...) a música é capaz de trazer a leveza para as adversidades do dia a dia. Outro detalhe muito importan-te, é que através dos exercícios vocais, muitas pessoas conse-guem diminuir ou até mesmo abandonar o uso do fumo, ál-cool, e drogas. Agentes, que prejudicam os pulmões e os re-flexos auditivos e visuais.”

Poderia citar diversos ou-tros benefícios, como o desen-volvimento da proatividade, liderança, desenvolvimento cognitivo, motor, etc. Enfim, várias das virtudes procuradas pelas empresas nos profissio-nais podem ser desenvolvidas através da atividade coral.

E você, o que está esperan-do para começar a cantar?

Idealizado pelo ator e diretor Walmor Chagas, o Teatro Ziem-binski foi inaugurado em 1988. Naquela época o projeto tinha como maior objetivo divulgar os autores e autores da cidade.

O nome do teatro é uma ho-menagem ao diretor polonês, Zbgniew Ziembinski, que fugiu das tropas de Hitler e chegou ao Brasil em 1939.

Em 1992 o Teatro Ziem-binski passou a ser administra-do pela Prefeitura. Uma grande reforma que aconteceu em 2009 e 2010, deixou o teatro fechado por quase dois anos e o bairro órfão de espetáculos teatrais.

Desde 2012 a direção artísti-ca da casa está a cargo da Com-panhia Teatral – Os Ciclomá-ticos que estão administrando artisticamente o teatro, organi-zando sua programação, pro-movendo espetáculos, cursos e atividades de artes em geral.

A Cia os Ciclomáticos é for-mada por uma grande equipe de profissionais de diversas áreas, como atores, diretores, drama-turgos, cenógrafos, figurinistas, iluminadores e maquiadores.

Os espetáculos tem preços populares e uma programação bem diversificada, aumentando a oferta de espetáculos e apre-sentando peças que estão fora do circuito à montagens premiadas.

No mês de agosto o Zimba, como é carinhosamente chama-

TEATRo ZIEMBINSKIProgramação com grandes

novidades em agostoELENICE MAGALhÃES

do, está repleto de novidades. Além dos espetáculos em cartaz “Vestido de Noiva”, “ Meu Caro Vizinho” e “ Cartas” , o teatro ainda terá o show “ Caminhos e andanças” com o cantor e ator Getúlio Nascimento. Este show faz parte do novo projeto Músi-ca no Ziembinski, abrindo espa-ço para talentos da música.

Para a criançada o conheci-do e imperdível espetáculo “O Mágico de OZ” completa a pro-gramação do mês de agosto.

Serviço:Teatro Municipal ZiembinskiResidência Artística – Os CiclomáticosRua Heitor Beltrão, s/n TijucaIngressos: R$ 10,00 (inteira) R$ 5,00 (meia)

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12 P E R F I L

CAMILLA VICCARI

uem nunca a usou de ponto de encontro? Quem nunca foi dire-tamente a ela quando precisou

de uma revista ou jornal especial? Ou aquela apostila para concurso? Há décadas, a famosa Banca do Mário deixou de ser uma simples banca de jornais para se tornar referência na Tijuca.

O estabelecimento já existia fazen-do parte de uma associação de vários jornaleiros na qual os irmãos Mário e Pasquale trabalhavam e, em 1968, foi comprada por eles dessa associação. Em 45 anos no meio da movimentada Praça Saens Peña, o que não falta são casos divertidos que segundo Mônica – filha de Mário – daria para escrever um bom livro!

Banca do Mário: a históriapor trás de jornais e revistas

A marca registrada é sempre o bom humor do atendimento e conhecimen-to de tudo o que é vendido. “Fazemos amigos aqui. Tentamos sempre ajudar os conhecidos: guardamos exemplares encomendados por telefone, encomen-damos números atrasados, o pessoal liga no sábado pra saber se o jornal de domingo já saiu pra não sair à toa”.

Na parte administrativa, a eficiên-cia prevalece. Trabalham com um sis-tema específico para bancas de jornais e um estoque fora para recebimento e controle de produtos. Além disso, foi feito um website além de perfil no Fa-cebook para estreitar ainda mais o con-tato com seus clientes.

Mais uma vez comprovado um dos segredos para o sucesso: o respeito, simpatia e comprometimento com seus clientes sempre!

Q

Em 45 anos no meio da movimentada Praça Saens Peña, o que não falta são casos divertidos

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de modo crítico conhecimentos referentes a diferentes áreas e mé-todos e técnicas que se aplicam no trato de cada área específica. Desta forma, por exemplo, num Curso de Medicina são estudados todos os aspectos relativos à estrutura e fun-cionamento do corpo humano e to-das as técnicas a serem utilizadas no enfrentamento dos males e doenças. Num curso de Direito, a organiza-ção social e os princípios e normas que devem norteá-la e as regras que devem ser seguidas nos diferentes segmentos da ordem da sociedade. O ensino superior forma profissio-nais para áreas específicas, necessá-rias à vida humana, e ao domínio do conhecimento, de modo a se apro-fundar cada vez mais o conhecimen-to e o domínio das diferentes áreas. Na educação superior destacam-se três atividades desenvolvidas pe-las universidades: a) a atividade de ensino, que consiste na transmis-são, em nível crítico e racional, do conhecimento já dominado e com-provado; b) a atividade de pesquisa, que consiste na busca e descoberta de novos conhecimentos na área que está sendo estudada; e c) a ati-vidade de extensão, que consiste na maior socialização possível dos co-nhecimentos estudados e descober-tos. No afã de aprofundar cada vez mais o conhecimento, encontramos na educação superior as atividades de graduação e pós-graduação.

13E d u C A Ç Ã o

Para melhor entender a educação (III)PAULO ChRISTIANO MAINhARD

educação visa ao desenvolvi-mento individual e social da pes-soa. Ela é realizada, a princípio

pela família mas, logo em seguida, pela sociedade. A família tem o privilégio de gerar a pessoa, introduzi-la no mundo físico e social e, sobretudo, orientá-la na assunção da sua individualidade e da sua condição de ser social. A educa-ção é um privilégio que a vida confere à família, mas jamais deve ser usada como instrumento de posse ou de cer-ceamento da pessoa. Cabe à família “ensinar a criança no caminho em que deve andar”, porém consciente de que a liberdade pessoal faz parte da essên-cia do ser humano. A família, a escola, a sociedade, a igreja, etc., ensinam a criança, mas não podem obrigá-la ou constrangê-la a adotar os seus valores.

Denominamos de informal a edu-cação dada pela família, pela igreja, pelas instituições sociais que não a têm

como finalidade essencial e de formal a educação dada pelas escolas, que são instituições criadas, mantidas e organi-zadas pela sociedade.

É importante entendermos com clareza como se estrutura a educação formal brasileira, suas finalidades e os seus objetivos em cada etapa.

1. Estrutura da educação formal brasi-leira

A nossa educação formal possui duas grandes divisões: a) A educa-ção básica, que deve cuidar do edu-cando do nascimento até os 17 anos; e b) A educação superior, que deve ser ministrada a partir dos 17/18 anos.

2. A educação básica, como já diz o nome, deve ser a base da qual neces-sitamos não apenas para integração na sociedade, como também para a assimilação do conhecimento que basicamente vai nos permitir com-

A

preender a realidade física e social. A educação básica é organizada em três segmentos, a saber:

a. Educação Infantil, que compreende a Creche e visa a atender a criança do nascimento até os 5 anos de ida-de, iniciando o processo de alfabeti-zação, trabalhando a sua socializa-ção e desenvolvendo a sua capacida-de motora;

b. O Ensino Fundamental, que tem por escopo desenvolver a alfabetização como instrumento de leitura e comu-nicação da realidade e estudar e en-sinar os fundamentos da realidade física e social, em crianças e pré-ado-lescentes dos 6 aos 14 anos de idade; e

c. O Ensino Médio, que objetiva apro-fundar o conhecimento da realidade física e social dos adolescentes, dos 15 aos 17 anos, explorando a cres-cente capacidade crítica que se de-senvolve nessa fase. O Ensino Médio é frequentemente visto como pre-paratório ao curso superior porque ministra e aprofunda conhecimentos necessários à compreensão das ciên-cias específicas. Contudo a grande finalidade dele é reforçar o conhe-cimento básico, preparando o edu-cando para a educação superior e/ou dando-lhe uma formação técnica.

d. A Educação Superior, que recebe essa designação não por ser mais importante que as outras fases, mas por usar eminentemente a razão. Os cursos superiores, que variam de duração, são cursos que analisam

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CuLTuRA14 N o T A 1 0

EM MARÇOAs ruas Clovis Bevilacqua e Itacuruçá/Dona Delfina já estão liberadas ao tráfe-go depois de mais de dois anos interdi-tadas para as obras do metrô. Os trans-tornos praticamente acabaram.Em março, os tijucanos poderão usar os cinco acessos (um na Dona Delfina, dois na Itacuruçá e dois na Conde de Bonfim) da estação. Só mesmo a rua Uruguai não terá acesso, embora o conjunto leve o seu nome.

As mudanças são possíveis?A pergunta serve para todos os palcos, sejam eles os nossos corações ou as ruas de nossas cidades.As mudanças são possíveis se as de-sejamos. O desejo deve ser forte o suficiente para nos mover a pagar o preço por elas, se for o caso. O fácil também não existe.As mudanças são possíveis se não te-mos delas. O medo, geralmente basea-do em experiências negativas anterio-res, é pior que bomba de efeito moral ou mesmo de gás paralisante.As mudanças devem começar dentro dos nossos corações. Se queremos o fim da corrupção, precisamos come-çar avaliando nossas próprias atitu-

des, se também não são corruptas ou corruptoras. Se queremos o respeito pelos outros, devemos olhar, com sinceridade, para nós mesmos e nos avaliar: respeitamos os outros, mes-mo que suas opiniões neguem as nos-sas? Se queremos o fim das desigual-dade, precisamos refletir sobre como tratamos os outros ao nosso redor: como radicalmente iguais a nós?Devemos saber que as mudanças são possíveis se persistimos nos esforços para que aconteçam. Não se dão de uma hora para a outra. Podem até co-meçar com passeatas, em si mesmas insuficientes.Fora disto, os gestos pelas mudanças não passam de espetáculos. (IBA)

MAIS QUE ESPETÁCULO

ALEGRIA RETRÔVoltou a funcionar no estacionamento ExtraTijuca o PointKar, um autorama de 20 metros, com capacidade de até seis carros simultâneos.

LIVROS MAIS VENDIDOS NA TIJUCA - JULhO 2013

TÍTULO, AUTOR (EDITORA), MESES

1. “O inferno”, de Dan Brown (Arqueiro) - 2

2. “O Inferno de Gabriel”, Sylvain Reynard (Arqueiro) -

3. “Gélido”, de Tess Gerritsen (Record) - Y4. “Cinco séculos de sonetos portugueses: de Camões a Fernando Pessoa”, de Cleonice Berardinelli, org (Casa da Palavra) -

5. “No Coração do Mar”, de Nathaniel Philbrick (Cia das Letras) -

6. “A vida de Francisco: o papa do povo”, de Evangelina Himitian (Objetiva) -

7. “Bruxos e Bruxas”, de James Patterson (Novo Conceito) -

8. “Sedução ao amanhecer”, de Lisa Kleypas (Arqueiro) -

9. “O silêncio das montanhas”, de Khaled Hosseini (Globo) - 2

10. “O substituto”, de David Nicholls (Bertrand) -

Fonte: Livraria Eldorado

ESPERAR PARA VERPor R$ 300 milhões, a Prefeitura da ci-dade está construindo cinco piscinões na Tijuca, visando pôr fim às inunda-ções no bairro. Os dois principais (com capacidade de 125 milhões de litros) fi-cam nas praças Varnhagem (na av. Ma-racanã, com Major Ávila) e Niterói (en-tre a Dona Luzia e Santa Luzia).

OUTROS VENTOSNada de novo, na lista dos mais ven-didos, que a maioria deles esteja vin-culado a filmes em cartaz. O novo (ou quase, depois de Paulo Leminsky) é uma coletânea de Sonetos estar entre os quatro mais vendidos. Nem tudo está perdido.A CIDADE AGRADECE

Já está disponível o serviço de consultas a multas de trânsito.Basta acessar http://www0.rio.rj.gov.br/multas.Se você não tiver cometido alguma in-fração, vai ganhar um elogio: NÃO HÁ MULTAS PARA A PLACA (***). PARA-BÉNS! A CIDADE AGRADECE

QUINTANAO sempre citado poeta gaúcho Mário Quinta estaria fazendo 107 anos por es-tes dias. Para homenageá-lo, a Biblioteca Municipal da Tijuca (ou Biblioteca Popu-lar Municipal Marques Rebelo) oganizou uma exposição.

Vai até o dia 31 de julho.

A biblioteca fica na escondida rua Guape-ni, 61. (Telefone 2204-0752).

POESIA EM CONCURSOO concurso de poesias do Alma Tijuca teve prorrogadas as suas inscrições.Agora os organizadores recebem poe-mas até o dia 26 de agosto de 2013.Serão avaliados os seguintes itens: be-leza; originalidade; criatividade e corre-ção gramatical. O primeiro lugar recebe, além de meda-lha e certificado, um vale-livro no valor de R$ 300,00, a ser resgatada na Livra-ria Eldorado Tijuca. Há prêmios tam-bém para o segundo e terceiro lugares.Inscreva seu poema escrevendo para [email protected].

O QUE VALE VEMDA LEITURACom tantos eventos na cidade, o pesso-al da Bienal do Livro vai ter que correr para divulgar a feira, que acontece no Riocentro, de 29 de Agosto a 8 de Se-tembro.Marketing à parte, eis uma excelen-te oportunidade para escolas e igrejas levarem os mais novos, porque ainda hoje “uma pessoa vale pelo que diz, diz pelo que pensa, pensa pelo que lê”.As inscrições para visitação escolar es-tão esgotadas. Assim mesmo, o estu-dante que estiver identificado vai en-trar, pagando R$ 7.00.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO,com colaboradores

Envie sua colaboração [email protected]

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H o M I N I 15

Café da manhã marca fundação do Homini

Um grupo de quase 60 homens se reuniu no dia 6 de julho no anexo do Colégio Batista para marcar a fundação do

ministério Homini com um delicioso café da manhã. A palavra em latim sig-nifica homem, e, como o próprio nome diz, esse projeto, com homens da Igreja Batista Itacuruçá, visa a contribuir na construção e promoção de um homem relevante no contexto atual do mundo, a partir dos ensinamentos e valores do cristianismo.

O evento de fundação do Homini contou com palestra do doutor Edson Lanes, que por meio da Palavra de Deus e de conhecimentos de psicologia e psiquiatria, deu conselhos práticos sobre o comportamento e o papel do homem no mundo de hoje. Lanes con-tou também deliciosas histórias sobre o comportamento de homens dos nos-sos dias.

O ministério Homini, em seus en-contros, tratará de temas como prepa-ração para a aposentadoria, educação dos filhos, relacionamento conjugal, vida profissional, valores religiosos, saúde sexual e vida familiar. Os assun-tos serão debatidos, sempre que possí-vel, com o apoio de especialistas.

A criação do Ministério com Ho-mens vem a calhar no momento em que vive o homem na sociedade con-temporânea, pautada pelo individua-lismo, consumismo e imediatismo. O resultado tem sido pessoas cada vez mais oprimidas e estressadas. Vive-se num tempo em que tudo é para ontem. Até as refeições, pautadas pelo delírio do fast food e dos restaurantes por qui-lo, embutem estresse.

Essa loucura se reflete na saúde do homem. As consequências mais visí-veis são o aumento do colesterol, hi-pertensão, baixa libido e fadiga exces-siva. Em um mundo assim, o homem passa a ter dificuldade de perceber sua importância e relevância na sociedade e na família, porque o trabalho passou a família na lista de prioridades.

É visando trazer este homem de vol-ta ao papel que realmente lhe pertence que o Homini pode fazer um trabalho bastante significativo. Além de ser uma oportunidade de integração e constru-ção de novos laços de amizade e com-panheirismo. “Esse desafio de apontar alternativas que tragam o homem de volta a seu lugar no mundo torna-se motivador e desafiador”, afirma o coor-denador do projeto, Marcos Lima.

ROBERTO FRANCELLINO

Projeto com Homens busca contribuir para construção de um homem relevantena sociedade

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