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RELATO INTEGRADO: ADERÊNCIA DAS INFORMAÇÕES QUALITATIVAS E
FINANCEIRAS DA FIBRIA CELULOSE S.A
TANAKA, Alessandra Yukari Shimamura1
OLIVEIRA, Letícia Prechlak de2
BORÇATO, Edileusa Cristina3
RESUMO: Analisar a aderência das informações qualitativas e financeiras no Relato
Integrado da Fibria Celulose S.A é o objetivo geral deste estudo. A coleta de dados
documental delimitou-se à análise dos conteúdos dos Relatos Integrados-RI dos exercícios
2015, 2016 e 2017. O RI reúne informações com aspectos financeiro, natural, humano,
intelectual, manufaturado e de relacionamento, com os propósitos de facilitar a compreensão
de como a organização empresarial cria valor ao longo do tempo e quais os efeitos de seu
desenvolvimento no meio em que está inserida. Este mecanismo de divulgação voluntária, foi
criado pela International Integrated Reporting Council (IIRC), e incentivado sua
implementação nas empresas a partir de 2013, logo, encontra-se ainda em fase de
amadurecimento, desta forma, acredita-se que este estudo poderá contribuir nas reflexões
sobre a participação do contador no processo de implantação, elaboração e divulgação do RI,
bem como, provocar ou alicerçar futuros estudos nesta temática. Os resultados demonstram
que a empresa Fibria Celulose S.A cumpriu a maioria dos quesitos presentes nas orientações
do IIRC quanto à estrutura do RI, entretanto constatou-se: não existir aderência das
informações financeiras e qualitativas; as informações financeiras mais evidenciadas foram:
investimentos, lucro líquido, EBITDA e Receita líquida; houve tímida evidenciação dos
custos, despesas e dívidas.
Palavras-chaves: Divulgação voluntária. Contabilidade. Análise de conteúdo.
INTEGRATED REPORTING: ADHERENCE OF QUALITATIVE AND FINANCIAL
INFORMATION FROM THE COMPANY FIBRIA CELULOSE S.A
ABSTRACT: The objective of this study is to analize the adherence of qualitative and
financial information in the Integrated Reporting from the company Fibria Celulose S.A. The
data collection was based on the analysis of the contents of the Integrated Reporting from
2015 to 2017. The IR compiles information with financial, natural, human, intellectual,
manufactured and relationship aspects, for the purpose of facilitating the comprehension of
how business organization creates value over time and what are the effects of its development
in the embedded environment. This voluntary disclosure mechanism was created by the
International Integrated Reporting Council (IIRC) and its implementation in companies since
2013, but nevertheless it still needs a maturing process, so it is believed that this work may
contribute to the reflections about the accountant contribution in the process of
implementation, elaboration and disclosure of the IR, as well as to incite future studies on this
issue. The results show that the company Fibria Celulose S.A. fulfilled most of the
requirements mentioned in the IIRC guidelines related to the IR structure, but it was verified a
non-existing adherence of qualitative and financial information. The most emphasized
financial information were: investiments, net profit, EBITDA margin and net income; there
was a low emphasize of the costs, expenses and debts.
Keywords: Voluntary disclosure. Accounting.Content analysis
1Graduanda do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Paranaense – UNIPAR. 2Graduanda do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Paranaense – UNIPAR. 3Professora Orientadora Docente do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Paranaense – UNIPAR.
2
1. INTRODUÇÃO
Os acontecimentos das últimas décadas foram relevantes para que os relatórios
ambientais expandissem no mundo dos negócios. Pode-se citar como exemplos desses
acontecimentos o desastre na Usina Nuclear de Chernobyl em 1986, e a tragédia em Goiânia
(GO), muito conhecida por “Césio 137” em 1987. Em decorrência de eventos como estes,
surgiram iniciativas internacionais para a normatização e divulgação de relatórios de
responsabilidades sociais e ambientais empresariais. Têm-se como exemplos de organizações
incentivadoras a Global Reporting Initiative (GRI), AA1000 divulgado pela Institute of Social
and Ethical Accountability (ISEA) e o Social Accountability (AS) (FAUR et al, 2012).
Países como a França, Alemanha e Inglaterra, podem ser considerados percussores no
incentivo à responsabilidade social das empresas, e consolidaram a necessidade da divulgação
de relatórios de responsabilidade social e ambiental. Em 1972, na França, a empresa Singer,
elaborou e divulgou o primeiro balanço social (IBASE, 2008). Atualmente existem diversos
modelos de relatórios, dentre eles os que seguem as diretrizes do Global Reporting Initiative
(GRI), Instituto Ethos, Instituto Brasileiro de Análise Social e Econômico (IBASE) (VAZ;
LEZANA; MALDONADO, 2017).
A Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas no Brasil (ACDE), na década 60
iniciaram uma discussão com algumas empresas para agirem com responsabilidade social
(MARTINS; BERNARDO; MADEIRA, 2002). Foi utilizada a “Carta de Princípios do
Dirigente Cristão de Empresas” para esse fim, mas somente algumas empresas começaram a
adotar esse comportamento no início da década de 90, passando a divulgar e a sistematizar os
balanços e relatórios sociais e ambientais (TREVISAN, 2002).
Com o propósito de facilitar a compreensão de como a organização cria valor ao longo
do tempo, surgiu a ideia de integrar as informações: financeiras, naturais, humanas,
intelectuais, manufaturados e de relacionamentos em um mesmo documento. Diante disso, em
2010 surgiu o Relato Integrado (RI), criado pelos membros do International Integrated
Reporting Council (IIRC). Segundo o IIRC (2013), Relato Integrado é um documento que
expõe as estratégias, o desempenho, a visão de uma organização, a governança e a criação de
valor em curto, médio e longo prazo, de forma sucinta.
Diante do exposto, apresenta-se a seguinte questão de pesquisa: existe aderência das
informações financeiras e qualitativas nos Relatos Integrados divulgados pela Fibria
Celulose S.A referente aos períodos de 2015 a 2017? Para responder essa questão tem-se o
3
objetivo geral analisar a aderência das informações qualitativas e financeiras no RI da Fibria
Celulose S.A, divulgados em 2015, 2016 e 2017. E, como objetos específicos almejam-se:
A). Identificar quais informações financeiras foram mais evidenciadas nos RIs;
B). Constatar quais informações quantitativas não foram evidenciadas nos RIs;
Este estudo está organizado em cinco partes, sendo que a primeira está a introdução
que apresenta de forma sucinta a origem e a evolução dos relatórios socioambientais. A
segunda parte denominada de fundamentação teórica e contemplam os antecedentes do RI, a
origem, conceitos e princípios do RI, e alguns estudos anteriores sobre a temática estudada.
Em seguida apresenta-se a metodologia que aborda como foram coletados, analisados e
apresentados os dados, e por fim a conclusão e as referências.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esse capítulo irá contemplar alguns fatores que deram origem ao RI, bem como sua
finalidade e suas características.
2.1 ANTECEDENTES DO RELATO INTEGRADO
Para melhor entendimento de como surgiu o RI, é preciso conhecer seu princípio: o
Meio Ambiente. Desde o início da humanidade tem-se a noção de que o ser humano pertence
a um lugar, em consequência disso, ele poderá ou não o modificar. O homem sem medir as
consequências que causaria no meio em que está inserido fez uso da natureza por muitos anos,
como se fosse algo infinito e inesgotável (CURI, 2012).
Mas como tudo na vida tem consequências, o meio ambiente começou a cobrar sua
conta. Diversos desastres naturais como o de Chernobil em 1986, e a tragédia da Baia de
Minamata no Japão em 1965, vieram ceifar diversas vidas. Eventos fizeram com que algumas
pessoas parassem para pensar, em como certas atitudes impactam negativamente no planeta
(ALLEDI FILHO et al., 2012).
Em decorrência às preocupações com o meio ambiente, surgiram diversos atos, pactos
e protocolos de proteção à natureza. Contudo logo surgiu o conceito de desenvolvimento
sustentável, o qual vem sendo discutido e implantado por diversas lideranças internacionais,
com o objetivo de amenizar os problemas ambientais e sociais globais (SANDLER; LOYD,
2009).
4
Isto quer dizer que, antes mesmo da Declaração do Milênio em 2000 já existiam
diversas iniciativas pelo mundo para a implementação de um sistema de gestão
socioambiental, e de melhoria contínua. Pode-se destacar nesse caso o Balanço Social, que é
um instrumento de utilização nas empresas que tem como propósito apresentar de forma mais
clara e perceptível as informações financeiras e ambientais aos usuários internos e externos
(BNDES, 2000).
Segundo Carvalho e Siqueira (2012a) o Balanço Social tem como objetivo apresentar
as influências da empresa no ambiente em que está inserida. Tal demonstração não tem
obrigatoriedade de apresentação e elaboração no Brasil, mas tem sua importância
reconhecida.
No Brasil, discussões a respeito de informações sociais e humanas começaram a tomar
forma a partir da década de 1960, através da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas
– ADCE. Segundo Sucupira (2001) uma das maiores convicções é de que uma empresa não
produz apenas bens e prestação de serviços, mas também possui função social de interferir
diretamente em seus trabalhadores, e no meio em que está inserida.
Os primeiros países a implementar o Balanço Social foram: França, Portugal e
Bélgica. Nesse caso o destaque maior foi para a França, que em 12 de julho de 1977
estabeleceu a Lei nº 77.769, que obrigou todas as organizações francesas, que possuíam mais
que 299 empregados a elaborar o Balanço Social, com 7 partes, sendo elas: emprego,
remuneração e encargos sociais, condições de higiene e segurança, outras condições de
trabalho, formação profissional, relações profissionais e outras condições de vida dependentes
da empresa (SIQUEIRA, 2012).
Diferente dos países da Europa, o Brasil não possui uma legislação que obriga a
elaboração e publicação do Balanço Social, entretanto alguns estados e municípios já
regulamentam o mesmo. Ressalta-se que o órgão regulador da profissão contábil, o Conselho
Federal de Contabilidade incentiva a elaboração de tal demonstração, lançando até diretrizes
para orientar a realização (CARVALHO; SIQUEIRA, 2012b). A norma a que os autores se
referem é a NBC T 15 que “[...], estabelece procedimentos para evidenciação de informações
de natureza social e ambiental” [...] (CFC, 2004, p. 2).
Outra organização que estimula a elaboração de relatórios socioambientais é a Global
Reporting Initiative – GRI, iniciado em 1997. A GRI é uma organização que tem como
principal finalidade desenvolver e disseminar a ideia das diretrizes de elaboração e
desenvolvimento dos relatórios de sustentabilidade. Sua sede fica em Amsterdam na Holanda,
5
e possui escritórios regionais nos continentes Africanos, Asiático, Norte Americano, Oceania
e Latino Americano. A GRI possui aderência de 8.451 empresa, e cerca de 21.121 relatórios
são publicados nos moldes das diretrizes (GRI, 2014).
Para as organizações a GRI é vista como um órgão que busca incessantemente o
desenvolvimento sustentável e transparente das empresas. Os princípios que melhor definem a
utilização das diretrizes da GRI são de acordo com Kassai, Ha e Carvalho (2011, p. 4):
Um padrão de referências e avaliações do desempenho de sustentabilidade, a
demonstração de como a empresa influencia e é influenciada pelas expectativas de
desenvolvimento sustentável e a comparação de desempenho dentro das
organizações ao longo do tempo, gerando credibilidade, consistência e
comparabilidade, buscando estabelecer um padrão internacional de relatório
econômico, social e ambiental.
Com base nas diretrizes do GRI G3 os relatórios deverão conter indicadores de
expressa necessidade para a performance e complementares. Os indicadores de necessidade
permitem a comparabilidade, enquanto os complementares mostraram as fases mais
relevantes ao longo do processo (GRI, 2014).
Em conformidade com o GRI (2015) as diretrizes são expostas de duas maneiras: os
princípios para relatório e conteúdo padrão, e o manual de implementação. Essas diretrizes
apresentam os princípios, conteúdos e critérios, aos quais as organizações optantes por esse
tipo de elaboração deveriam seguir para que pudessem apresentar um Relatório de
Sustentabilidade de maneira que todas as exigências fossem atendidas (GRI, 2015). O Manual
de Implementação é um passo a passo de como a empresa deve aplicar os princípios do
relatório, e desta forma abranger todos os conceitos abordados ao longo das diretrizes (GRI,
2015).
Segundo o CEBDS (2017), os principais motivos que levam as empresas a aderirem ao
GRI são: mostrar como as empresas se preocupa, quais são os impactos causados por ela na
sociedade; mostrar transparência em seus relacionamentos; apresentar-se preparados para
competir com mercados concorrentes; planejar suas atividades acerca de mostrar-se cada vez
mais sustentável, e ganhar melhor posicionamento no mercado, tanto interno quanto externo;
e também como segue a legislação vigente no país em que ela estiver instalada.
Outro instrumento de divulgação de informações financeiras, e não financeiras é o
Relatório Único. Este relatório foi criado para divulgar informações e dados encontrados nas
demonstrações contábeis, com informações não financeiras das empresas. Pode-se dizer
também que ele seria de grande importância no melhor entendimento e interpretação, já que
6
mostra o impacto dos dados financeiros nas informações não financeiras (ECCLES, KRZUS,
2011).
A principal finalidade dessa obra é estimular e incentivar a criação de um relatório
administrativo com informações necessárias aos stakeholders, para oportunizar a melhor
compreensão. Portanto, o Relatório Único pode ser definido como um compilado das
informações contidas nas demonstrações financeiras, juntamente com informações de
relatórios sociais e de sustentabilidade (ECCLES, KRZUS, 2011).
Outro instrumento que pode ser considerado mecanismo de divulgação, sobre a
criação de valor da empresa através da riqueza gerada e distribuída é a Demonstração do
Valor Adicionado (DVA).
Segundo Martins et al. (2013), a Demonstração do Valor Adicionado – DVA tem
como um de seus princípios, demonstrar a riqueza gerada pela empresa, e o modo como ela
contribuiu para o meio em que está inserida. Até o ano de 2007 não havia a obrigatoriedade
de ser apresentada pelas empresas, mas com a promulgação da Lei nº 11.638/2007, que
alterou a Lei nº 6.404/1976 fez com que a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) se
tornasse obrigatório.
Até se tornar obrigatória, a DVA, tinha o incentivo e amparo da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), para que houvesse elaboração e divulgação dessa demonstração, através
do Parecer de Orientação CVM nº 24/92. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC),
também viu a importância dessa demonstração, e emitiu procedimentos a serem seguidos para
que pudessem ser evidenciadas informações econômicas e financeiras em relação ao valor
adicionado pela empresa e sua distribuição com base na NBC TG 09, Demonstração do Valor
Adicionado (MARTINS et. al., 2013).
2.2 RELATO INTEGRADO: CONCEITO, ORIGEM E PRINCÍPIO
Por sua vez, o Relato Integrado-RI surge como um meio de distribuição de
informações precisas em relação à estratégia, desempenho, governança e perspectivas de
determinada empresa em relação ao ambiente externamente inserida, mostrando como ela
adquiriu valor em curto, médio e longo prazo (IIRC, 2013).
Para que pudesse ter uma base de estrutura conceitual, pela qual as organizações
utilizassem para a elaboração, houve a criação de uma organização não governamental, à qual
se reuniram reguladores, investidores, empresas, organismos de normatização, contabilistas e
7
outras organizações. Esta organização denominada de International Integrated Reporting
Councill (IIRC), e tinha como objetivo criar uma nova ferramenta de comunicação com
informações financeiras e não financeiras integradas e mais completas (IIRC, 2013).
O principal intuito de RI é demonstrar como uma organização gera valores ao longo
do tempo. Essa informação não irá beneficiar somente a empresa, mas também seus
colaboradores, clientes, fornecedores, representantes comerciais, políticos, reguladores e as
comunidades locais (IIRC, 2014).
Para demonstrar que esse tipo de relatório pudesse realmente ser utilizado, foi criado
um projeto nos quais companhias e investidores compartilhavam ideias, e experiências. Nesse
projeto fizeram parte mais de 100 empresas de vários países e setores e 75 investidores de 23
países, que perceberam como esse relatório poderia fazer a diferença em suas empresas e no
meio em que elas estavam inseridas (MACIEL; CINTRA, 2015).
Ainda segundo o IIRC (2013) o RI não veio para substituir nenhum relatório ou
demonstração, mas sim complementá-los, ou seja, veio para apoiar os processos decisórios,
pois há neles informações que não havia em nenhum outro meio de divulgação.
Os responsáveis pela realização do RI precisaram levar em consideração o bom senso,
e determinar quais conteúdos há maior materialidade, e como serão divulgados, e quais
métodos serão utilizados em relação à mensuração e divulgação. Essa análise se faz
indispensável para que possam ser mais simplesmente compreendidos e comparados a outros
tipos de relatórios ou informações (IIRC, 2013).
Na declaração sugerida pelo IIRC (2013 p. 5), há alguns princípios básicos e
elementos que devem ser seguidos. Os principais princípios são: “foco estratégico e
orientação para o futuro, conectividade de informação, relação com as partes interessadas,
materialidade, concisão, confiabilidade e completude, coerência e comparabilidade”. Em
relação aos elementos apresentados, pode-se destacar a “visão geral organizacional, ambiente
externo, governança, modelo de negócios, riscos, oportunidades, estratégia e alocação de
recursos, perspectiva e base de apresentação (Idem)”.
O RI, também pode ser utilizado como um instrumento de legitimação. Conforme
Borçato (2017) os gestores buscam através do RI construir e manter a reputação da entidade
perante os stakeholders, ou seja, visam divulgar que a entidade cumpriu seu papel de maneira
correta com a sociedade e com o meio ambiente.
8
2.3 ESTUDOS ANTERIORES
Na literatura científica podem ser encontradas várias pesquisas sobre o RI, em sua
maioria comparando-o com outros relatórios, apresentando suas vantagens e desvantagens, e
sua relação com a governança corporativa nas empresas.
Em relação à aderência das informações financeiras e não financeiras, pode-se
destacar os estudos de Castro, Miranda e Rodrigues (2014), Evangelista, Rodrigues e Silva
(2014), e Maciel (2015).
Castro, Miranda e Rodrigues (2014) apresentaram um estudo sobre o nível de
aderência das empresas brasileiras no contexto ambiental, e como estas afetam o meio
ambiente e seu envolvimento com os relatórios financeiros e não financeiros. Determinaram
que existindo bom nível de utilização do RI, pelas empresas do ramo de celulose, ainda são
poucas as divulgações de informações não financeiras nos meios, principalmente dos meios
eletrônicos.
Evangelista, Rodrigues e Silva (2014) buscavam identificar as aderências das
divulgações pelas empresas, listas na B3 durante os anos de 2012 a 2014, através de
indicadores específicos dos RI’s. Concluíram que as informações mais divulgadas são: capital
social e de relacionamento; capital financeiro; e o capital natural.
Maciel (2015) analisou a estrutura conceitual e como ocorreu sua aplicação nos
relatórios das empresas no Brasil. Constatou que ao longo dos anos, houve uma melhora
significativa no desenvolvimento dos RI’s, mas ainda há muito que ser melhorado, pois ainda
não há clareza na forma como a entidade gera valor.
3. METODOLOGIA
O desenvolvimento deste estudo foi em etapas. A primeira etapa constituiu-se pela
busca de possíveis questões de interesse científico, através das leituras exploratórias de artigos
publicados no Google Acadêmico e Scientific Periodicals Electronic Library (Spell). A
segunda etapa deu-se pela escolha do tema e exploração aprofundada do assunto por meio de
leitura crítica em revistas, artigos e sites oficiais de órgãos competentes.
A terceira etapa compreendeu na compreensão das quatro fases de Análise de
Conteúdo de Bardin (2010), conforme exposto no Quadro 1.
9
Quadro 1: Fases da análise de conteúdo de Bardin
FASES PROCESSOS DESCRIÇÃO
1ª Fase Pré-análise
Escolha do corpus para análise dos dados,
estruturação dos objetivos, hipóteses e indicadores
para interpretar o material coletado.
2ª Fase Codificação
Exploração do material onde ocorreu a estruturação
das codificações ao longo dos registros, definindo
as regras de contagem e a classificação e agregação
dos dados em categorias simbólicas ou temáticas.
3ª Fase Categorização Criação de sistema de categorias.
4ª Fase Análise
Tratamento dos resultados, onde ocorre a análise e
seus resultados significativos e válidos para usuário
desta informação, onde mostrará os dados
descobertos pela investigação.
Fonte: Com base em Bardin (2010)
A pré-análise é o momento em que há a compreensão inicial do conteúdo e no qual se
busca maiores informações a respeito dele. Há também nessa fase a escolha dos documentos a
serem analisados, estabelecimento de objetivos, reprodução dos principais índices e
indicadores e por fim a preparação de todo esse material em conjunto. No caso deste estudo,
escolheu-se compreender a finalidade e a estrutura do RI.
A codificação é a fase em que há a transformação dos dados brutos em um conteúdo
consolidado, e que diz respeito a determinado assunto. Nessa fase há o recorte, em que
palavras que indiquem relevância são isoladas, a enumeração em que demonstra determinado
modo de contar, e a classificação e agregação, fase que irá servir com base para a
categorização. Neste trabalho, a codificação ocorreu pela identificação pelas informações
financeiras evidenciadas no RI.
A categorização é dividida em duas etapas: o inventário é isolamento dos elementos
encontrados nos documentos analisados. Na classificação separam-se os elementos e buscam
agrupá-los de acordo com características parecidas, para uma apresentação de forma
simplificada de conteúdo. Neste estudo optou-se por codificar e categorizar, em planilha de
excel, mediante a identificação das páginas em que as informações financeiras foram
10
evidenciadas no RI da empresa objeto deste estudo, tendo como base o balanço patrimonial e
a DRE.
Na análise de conteúdo utilizam-se vários critérios de qualidade para que possa ser
feita uma boa escolha. São eles: a exclusão mútua, a pertinência, a objetividade, a fidelidade,
e a produtividade (BARDIN, 2010).
A exclusão mútua oportuniza encaixar o conteúdo em apenas uma categoria. A
pertinência significa como o material escolhido se encaixa com a categoria apresentada
(BARDIN, 2010).
A objetividade e a fidelidade demonstram de forma clara quais as variáveis que
definem o conteúdo, e quais os critérios que devem ser levados em consideração no momento
da escolha da entrada na categoria. E a produtividade leva em consideração o que deve ser
levado em consideração, o quão produtivo e qual a perspectiva de resultados que ele pode
apresentar (BARDIN, 2010).
Neste estudo, a análise ocorreu a partir da contagem e da interpretação das
informações financeiras divulgadas, e não divulgadas pelos gestores como intuito de analisar
a aderência das informações qualitativas e financeiras no RI da Fibria Celulose S.A.
Em relação à classificação metodológica deste estudo pode-se concluir que, quanto ao
objetivo da pesquisa classifica-se como exploratória. Para Prodanov e Freitas (2013), a
pesquisa exploratória é realizada por meio de novas pesquisas, onde possibilita complementar
estudos e conhecimentos, isto é, preencher lacunas que costumam apresentar-se em um estudo
e informações que ainda não foram concluídas.
Quanto à abordagem do problema, pode-se classificar este estudo como uma pesquisa
qualitativa, pois o objetivo é destacar o caráter subjetivo dos objetivos da pesquisa. O uso
deste tipo pesquisa busca entender o fenômeno, os comportamentos, as reações e as mudanças
dentro de um contexto (OLIVEIRA, 2011).
A perspectiva temporal da pesquisa é longitudinal, visto que foram analisados os RI’s
dos anos de 2015, 2016 e 2017 da empresa Fibria Celulose S.A. Para Cabral e Gonçalves
(2011) dados longitudinais são de grande importância para as observações de variáveis
respostas apresentadas ao longo do tempo em um ou mais grupo de estudos.
Quanto aos procedimentos da pesquisa pode-se classificar este estudo como
documental, por se caracterizar pelo método da apuração, seleção e análise de dados a partir
de fontes apropriadas (SÁ-SILVA; ALMEIDA; GUINDANI, 2009). Serão analisados os RI’s
11
com base nas demonstrações financeiras da empresa Fibria Celulose S.A., referente aos anos
de 2015, 2016 e 2017.
Quanto ao procedimento de coleta de dados, esta pesquisa se enquadra como estudo de
caso. Para Silva (2003) o estudo de caso oportuniza análise com profundidade, indicado para
pesquisas exploratórias, podendo utilizar análise documental e o objeto de estudo ser uma
empresa.
Escolheu-se como objeto de estudo a Fibria Celulose S. A., em razão de ter sido eleita
pela sexta vez consecutiva a melhor empresa do setor de papel e celulose, conforme o
Anuário Época Negócios 360°, e pelo contexto de respeito e comprometimento com o meio
ambiente, apresentado em sua missão, visão e valores (FIBRIA, 2018b).
A Fibria Celulose S.A., que tem como atividade principal, a fabricação de celulose e
outras pastas para a fabricação de papel. Esta empresa surgiu na fusão da Aracruz e a
Votorantim VCP em 1 de setembro de 2009, e desde seu início é considerada uma líder na
produção de celulose eucalipto (FIBRIA, 2018c).
A Fibria Celulose S. A. possui a sede da matriz em São Paulo, e também fábricas em
Três Lagoas, Aracruz, e Jacareí, nos estados de Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e São
Paulo respectivamente. Possui participações na Veracel, Portocel em Aracruz (ES),
CelluForce no Canadá, Ensyn Corporation nos Estados Unidos e na Spinnova na Finlândia,
detém centros de distribuições na Europa, EUA e Ásia, e tem como missão, visão e valores,
conforme demonstrado na Figura 1 (FIBRIA, 2018a).
Figura 1: Missão, visão e valores da Fibria Celulose S. A.
Fonte: Fibria (2018)
12
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Nos anos de 2015, 2016 e 2017 as informações expostas na DVA, não se apresentaram
de forma integrada às informações qualitativas. Nos RI’s foi destinada uma página exclusiva
para a divulgação da DVA.
As únicas informações financeiras evidenciadas nos RI’s dos respectivos períodos,
referente ao Balanço Patrimonial da empresa foram: dividendos, investimentos, ativo total,
patrimônio líquido, dívida líquida, custo de caixa, volume financeiro, fornecedores,
empréstimos, caixa e equivalente de caixa (FIGURA 2).
Em relação às demonstrações do resultado do exercício foram apresentadas nos RI’s,
as informações financeiras de: lucro líquido, impostos, receita líquida, energia, consumo de
água, multas e vendas de resíduos (FIGURA 2).
A única informação financeira integrada às informações qualitativas, relacionada ao
fluxo de caixa, foi de forma singela apresentada apenas uma única vez no ano de 2017
(FIGURA 2).
Também foram evidenciadas nos RI’s outras informações financeiras não
contempladas nas demonstrações contábeis, como: EBITDA, valor da ação, subsídios, valor
de mercado, incrementos e emissão de títulos (FIGURA 2).
A partir da Figura 2 pode-se constatar que as únicas informações divulgadas nos três
períodos foram: lucro líquido, EBITDA, investimentos, receita e dívida líquida e valor da
ação.
13
Figura 2: Informações financeiras da empresa Fibria Celulose S. A.
Fonte: Elaborado pelas autoras
Observa-se pela Figura 2 a ausência de padronização nas divulgações das informações
financeiras.
14
Figura 3: Intensidade da divulgação das informações financeiras
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Os gestores deram ênfase em informações financeiras, que demonstram aspectos
positivos em relação à organização, como: investimentos, receita líquida, lucro líquido,
EBITDA e dividendos (FIGURA 3).
5. CONCLUSÃO
Nesta pesquisa foram analisadas as informações divulgadas nos RI’s dos exercícios de
2015, 2016 e 2017 da empresa Fibria Celulose S. A., buscando constatar a aderência das
informações financeiras e qualitativas nos referidos relatórios.
Constatou-se que, ao longo dos três anos foi à ausência de padronização, tendo em
vista que informações que estiveram presentes em um ano, nos anos seguintes não foram
apresentadas, como por exemplo, o valor de mercado, valor adicionado líquido, custo de
investimentos, vendas de resíduos e consumo de água, entre outros.
Em relação aos dados divulgados percebe-se que por se tratar de uma empresa que é
extremamente ligada ao meio ambiente, em sua maioria, os RI’s apresentam dados muito
15
ligados a esse respeito, mas sem demonstrá-los monetariamente, ou até mesmo, quais as
quantias necessárias para mantê-los, ou fazer novos investimentos.
Os investimentos, por sua vez, são apresentados diversas vezes nos RI’s, mas sem
exibir a forma como obteve o montante.
Descobriu-se que algumas relevantes informações financeiras não foram exploradas ao
longo dos RI’s como: estoque, imobilizado, capital social, reservas, contas a receber e
principalmente custos e despesas, inclusive em nenhum momento fez menção a quaisquer
tipos de autuações ou notificações sejam elas fiscais ou ambientais.
Também se percebe que não houve o máximo de aproveitamento possível das
informações financeiras que foram apresentadas ao longo dos anos. Na maioria das vezes, os
dados foram apenas demonstrados como figuras, mas sem apresentar sua evolução ou uma
explicação sobre a importância de cada elemento que compõe a demonstração e seu
significado, e em outros casos, o resultado foi apresentado de maneira bruta, apenas com os
saldos ou demonstrações sem a devida explicação do passo a passo para que pudesse chegar o
que foi demonstrado.
Verificou-se também a omissão nos RI’s referente as informações sobre a base para
apresentação, como é mencionado no IIRC, relativo aos elementos de conteúdo para seguir ao
longo da estrutura do RI elaborado. No caso da Fibria, em nenhum dos três anos pode-se
perceber qualquer tipo de informação à esse respeito, o que acaba dificultando uma análise em
certa linha de tempo, já que nunca se sabe qual temática irá ser abordada em cada relato, o
que também acabou sendo percebido no modo como cada relato foi elaborado, já que não há
certa padronização.
Umas das dificuldades encontradas ao longo do estudo foi obter material de apoio
relacionado ao RI. Sabe-se que esta temática é algo novo e ainda de pouca aceitação por
empresas brasileiras, principalmente por não se tratar de uma demonstração obrigatória e com
cunho mais voltado ao lado social.
Em geral, o que pode se dizer é que a empresa Fibria Celulose S.A. cumpriu a maioria
dos quesitos presentes nas orientações da estrutura do RI divulgado pelo IIRC. Pode-se
constatar que os gestores possuem preocupação, visão a função social da empresa, ou seja,
reagem diretamente sobre seus empregados e o meio onde está inserido. Tais constatações
vem ao encontro das afirmações de Sucupira (2001).
Entretanto, não houve convergência com a convicção de Eccles e Krzus (2011), de
que os relatórios com informações financeiras e não financeiras poderiam proporcionar
16
melhor entendimento e interpretação dos impactos das atividades da empresa em seu meio.
Visto que são poucas as informações financeiras e sua aderência às informações qualitativas,
apresentadas nos RI’s pela Fibria Celulose S. A., dificultando assim, a compreensão dos
impactos de suas atividades.
Com base no resultado deste estudo, a de se concordar como Maciel (2015), de que
está ocorrendo uma melhora significativa na elaboração dos RI’s, entretanto, ainda há muito a
que ser melhorado, pois falta clareza na forma como a empresa gera valor ao longo do tempo.
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