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RELATÓRIO 15 - anatel.gov.br 2 3 20 RELATÓRIO 15 ANUAL AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES Missão Regular o setor de telecomunicações para contribuir com o desenvolvimento

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2015RELATÓRIO ANUAL

AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES

MissãoRegular o setor de telecomunicações para contribuir com o desenvolvimento do Brasil.

VisãoSer reconhecida como insituição de excelência que promove o ambiente favorável para as comunicações do Brasil, em benefício da sociedade brasileira.

ValoresTransparência, segurança regulatória, participação social e capacitação institucional.

SUMÁRIOMensagem do Presidente 7

Perfil Institucional 13Estrutura Organizacional .........................................................................13

Desempenho da Anatel 19Plano Estratégico .......................................................................................19Oferta de Serviços .....................................................................................25Telefones Públicos .....................................................................................26Ampliação de Acessos .............................................................................30Qualidade......................................................................................................34Competição ..................................................................................................38Espectro .........................................................................................................43Certificação ..................................................................................................45Acompanhamento, controle e fiscalização ......................................48TACs .................................................................................................................56Pados e multas ............................................................................................56Consumidor ..................................................................................................60Relacionamento com a sociedade ......................................................66Atuação internacional ..............................................................................69Transparência ...............................................................................................71

Panorama de Serviços 75Telefonia fixa ................................................................................................75Telefonia móvel ...........................................................................................86Banda larga fixa ..........................................................................................96TV por Assinatura ......................................................................................102Satélites..........................................................................................................107

Administração 111Orçamento ....................................................................................................111Aquisições e contratos .............................................................................117Tecnologia da informação ......................................................................117Infraestrutura ...............................................................................................117Recursos humanos ....................................................................................118

Série Histórica 123

Anexo I 129

Anexo II 139

20152015

20152015 7

O ano de 2015 foi marcado por iniciativas da Anatel que possibilitaram a redução nos preços dos ser-viços para os consumidores e a continuidade do proces-so de expansão da infraestrutura de telecomunicações no País, em um ambiente de negócios saudável e com-petitivo.

A concorrência acirrada nos serviços prestados em regime privado – sempre estimulada pela Agência em sua regulamentação – proporcionou, por exemplo, que-da de 7% no valor do minuto da telefonia móvel em re-lação a 2014 e, na banda larga fixa, decréscimo de 15,6% no preço de 1 megabite por segundo na comparação com o ano anterior.

Na telefonia fixa, serviço prestado em regime pú-blico, as ligações destinadas a telefones móveis ficaram até 22% mais baratas. A queda foi consequência da re-dução dos valores de referência para tarifas de remu-neração de redes móveis determinada pela Anatel por meio do Ato 1.082/2015, em decorrência do Plano Geral de Metas de Competição. A redução abrangeu chama-das originadas nas redes de todas as concessionárias.

Para atender a crescente demanda pelos serviços de telecomunicações, a Anatel realizou licitações relevantes.

Em relação a radiofrequências, foram oferecidos lo-tes nas faixas de 1.800 MHz, 1.900 MHz e 2.500 MHz para exploração dos serviços Móvel Pessoal, de Comunicação Multimídia e/ou Limitado Privado. Além de direitos de exploração de serviços para áreas geográficas extensas, foram colocados à disposição dos interessados 20 mil lo-tes para exploração de serviços de telecomunicações em nível municipal.

Para esses lotes, o cadastramento dos interessados e o envio das propostas de preço ocorreram remotamente, por meio de sistema eletrônico na internet, de modo a incentivar e facilitar a participação dos prestadores de menor porte econômico. Também com esse objetivo, a maioria dos lotes municipais foi ofertada a preços infe-riores a R$ 10 mil, em condições facilitadas de financia-mento. Ao final do certame, 324 empresas haviam apre-sentado ofertas para os quase 5,5 mil lotes em 2,9 mil municípios brasileiros – 52% do total.

Em 2015, a Anatel licitou mais quatro direitos de ex-ploração de satélites pelo prazo de 15 anos, prorrogável uma única vez pelo mesmo período. Foi a sétima licitação dessa natureza realizada com sucesso desde a criação da Agência, o que mostra o interesse das empresas em in-vestir no incremento da capacidade satelital brasileira.

MENSAGEMDO PRESIDENTE

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Também com a finalidade de incrementar a infra-estrutura nacional, foram dados passos decisivos para o processo de desocupação da faixa de 700 MHz, atual-mente utilizada pela TV aberta analógica. Durante 2015, o município de Rio Verde, piloto do desligamento do sinal analógico, foi preparado para o switch off, processo que prosseguirá, em 2016, em outros municípios.

O desligamento do sinal analógico da TV aberta, com o início das transmissões 100% digitais, é a última fase da transição para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD). Com a TV Digital, as transmissões terão melhor qualidade de som e de imagem, possibilidade de multiprogramação, recepção móvel e suporte à inte-ratividade.

Com o fim das transmissões analógicas, a faixa de 700 MHz, ideal para grandes distâncias, será utilizada para ampliar a cobertura, a disponibilidade e a quali-dade dos serviços de telefonia móvel e de internet de quarta geração (4G), atualmente prestados na faixa de 2,5GHz. Todo o processo se dá com a participação direta dos diversos agentes interessados, entre eles radiodifu-sores e prestadores de serviços de telecomunicações,no âmbito do Grupo de Implantação do Processo de Redis-tribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (Gired).

A transparência é um valor que orienta diversas ações da Anatel. Em 2015, a Agência lançou nova versão de seu portal na internet, com as finalidades de facili-tar o acesso a informações por parte dos interessados e de estreitar a comunicação entre a Agência e a socie-dade. Ao longo do ano, foi acessado por 5,5 milhões de usuários. Com o novo portal, foi registrado aumento de 174% na média mensal de usuários, que alcançou a marca de 463 mil.

No exercício também foram reformulados o Portal Legislação, com o objetivo de facilitar o acesso dos usu-ários aos normativos pertinentes à Anatel e ao setor de telecomunicações, e o hotsite Grandes Eventos, destina-do a facilitar o acesso do público especializado às orien-tações técnicas referentes aos Jogos Rio 2016 e apri-morar a experiência dos usuários que visitem a página.

Também foi disponibilizada no portal página es-pecífica sobre a qualidade dos serviços de telefonias fixa e móvel, banda larga fixa e TV por assinatura, com informações sobre o processo de acompanhamento e controle da qualidade, com análise do desempenho e ranking das prestadoras no cumprimento das metas de cada serviço. Mais uma medida que auxilia os consumi-dores a escolher a sua operadora no momento da con-tratação.

Neste sentido, é importante mencionar também os canais de divulgação da Anatel (YouTube, Twitter e Facebook), onde é possível obter informações sobre as atividades da Agência e informações úteis para o exercí-cio de direitos por parte dos consumidores. Em 2015, a página de divulgação da Anatel atingiu as cem mil cur-tidas e registrou o recorde de alcance de um post (600 mil pessoas).

Em 2015, a Agência lançou um aplicativo que permi-te ao consumidor registrar e acompanhar, em celulares e tablets, reclamações contra as prestadoras de teleco-municações junto à Anatel. Com o aplicativo, a Agên-cia espera não apenas tornar o registro de reclamações mais intuitivo e fácil para o consumidor, como também se adequar às novas tendências de atendimento, que indicam que o consumidor tende a substituir os canais tradicionais, como call centers, por meios digitais.

O aplicativo Anatel Serviço Móvel recebeu nova funcionalidade: um módulo que permite o compartilha-mento de experiências com o serviço de telefonia móvel. O usuário pode, por exemplo, relatar uma falta de sinal ou queda de ligação e verificar um mapa de eventos em sua localidade. Além disso, o consumidor pode acompa-nhar e comparar a qualidade na prestação dos serviços de voz e dados por prestadora em nível municipal, por meio de ranking das operadoras construído a partir dos indicadores de acessibilidade, conexão, quedas e desco-nexão aferidos em campo.

A preocupação em sempre criar condições para a prestação de um serviço melhor pauta as negociações com diversos grupos de telecomunicações visando à celebração dos primeiros Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) nos moldes estabelecidos pelo Regu-

lamento de Celebração e Acompanhamento de Com-promisso de Ajustamento de Conduta, aprovado pela Resolução 629/2013.

Trata-se de um assunto relevante, uma vez que a concretização dos TACs tem potencial de trazer bene-fícios diretos aos consumidores, com a conversão dos valores das multas em investimentos para aperfeiçoa-mento dos serviços. O processo de celebração de TACs é realizado é acompanhado pari pasu pelo Tribunal de Contas da União, órgão com o qual a Anatel mantém uma histórica relação de colaboração.

No âmbito administrativo, foi concluída em 2015 a implantação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) em toda a Anatel – ação que teve início, como projeto--piloto, em 2014 – fazendo com que não seja mais ne-cessária a utilização de papel como suporte físico para processos e documentos.

Na comparação com a gestão de documentos em meio físico, o processo eletrônico tem demonstrado ga-nhos em agilidade, economia, transparência e seguran-ça. Até o final de 2015, a Anatel contava com mais de 70 mil processos eletrônicos que reuniam mais de 120 mil documentos. Trata-se de medida essencial para aumen-tar a eficiência do órgão regulador em face dos desafios futuros.

Os próximos anos, aliás, serão de intenso trabalho, focado especialmente no atendimento da crescente de-manda da sociedade por dados. Nos últimos anos, o perfil de consumo dos usuários tem mudado substan-cialmente. Desde 2012, o tráfego de mensagens de tex-to do serviço móvel (os tradicionais torpedos) diminuiu 59%; a quantidade de minutos de voz trafegados, por sua vez, manteve-se praticamente estável. No período, houve grande incremento no tráfego de dados nas re-des do serviço móvel: de 35 bilhões de Megabytes no início de 2012, para 176 bilhões em 2015 – aumento de 402%.

O maior percentual de crescimento do serviço mó-vel em 2015 foi registrado justamente na tecnologia LTE, de quarta geração: houve aumento de 276% na quanti-dade de acessos que utilizam essa tecnologia, que per-

mite maior velocidade no envio e recebimento de da-dos. No final do exercício, 10% dos acessos móveis eram atendidos por 4G prestado na faixa de 2,5 GHz.

Essa mudança de perfil de consumo provoca, em um horizonte próximo, a necessidade de estudo profun-do do futuro das concessões de telefonia fixa, tema que já provocou reflexões interessantes durante o processo de consulta pública da revisão dos contratos e do Plano Geral de Metas para a Universalização (PGMU) para os próximos cinco anos.

Nestas discussões sobre os rumos do setor, a Anatel está sempre aberta ao diálogo. A colaboração com ou-tros órgãos é uma prioridade da Agência. Em 2015, por exemplo, a Anatel compareceu a 32 eventos promovidos pelo Congresso Nacional: 27 audiências e reuniões téc-nicas na Câmara dos Deputados, três no Senado Federal e duas no Conselho de Comunicação Social (CCS). Nos estados, a Anatel foi representada em 100 eventos pro-movidos pelas mais diferentes instituições.

Com o propósito de apontar à sociedade os rumos da regulação do setor com clareza, a Anatel editou o seu Plano Estratégico para o período 2015-2024. O Plano é essencial para concretizar quatro objetivos estratégicos: promover a ampliação do acesso e o uso dos serviços, com qualidade e preços adequados; estimular a com-petição e a sustentabilidade do setor; promover a sa-tisfação dos consumidores; e promover a disseminação de dados e informações setoriais. O Plano Estratégico se desdobra em um plano operacional, que prioriza as ações a serem realizadas.

Como se observa, a atuação do órgão regulador tem sido decisiva para estabelecer fundamentos segu-ros e estáveis no setor de telecomunicações, marcado por um dinamismo extraordinário, sempre em colabo-ração com os diversos agentes, tendo a transparência como valor basilar.

João Rezende Presidente da Anatel

1110

2015PERFIL

INSTITUCIONAL1ªagência reguladora a entrar em funcionamento no País, a

Anatel foi criada pela Lei 9.472/1997

12integrantes compõem o Conselho Consultivo, órgão de

participação institucionalizada da sociedade na Agência

27representações estaduais garantem a

presença da Anatel em todo o País

20152015 13

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é uma entidade integrante da Administração Pública Fe-deral indireta, submetida a regime autárquico especial e vinculada ao Ministério das Comunicações.

A Agência foi criada por meio da Lei 9.472/1997, a Lei Geral de Telecomunicações (LGT). Instalada em 5 de novembro daquele mesmo ano, foi a primeira agência reguladora a entrar em funcionamento no País.

A Anatel atua com independência, imparcialidade, legalidade, impessoalidade e publicidade e cabe a ela adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento das teleco-municações brasileiras.

No rol de atribuições da Agência, destacam-se:

• implementar, em sua esfera de atribuições, a polí-tica nacional de telecomunicações;

• representar o Brasil nos organismos internacio-nais de telecomunicações, sob a coordenação do Poder Executivo;

• administrar o espectro de radiofrequências e o uso de órbitas, expedindo as respectivas normas;

• expedir ou reconhecer a certificação de produtos, observados os padrões e as normas por ela esta-belecidos;

• compor administrativamente conflitos de interes-ses entre prestadoras de serviço de telecomuni-cações;

• reprimir infrações dos direitos dos usuários; e

• exercer, relativamente às telecomunicações, as competências legais em matéria de controle, pre-venção e repressão das infrações da ordem eco-nômica, ressalvadas as pertencentes ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Estrutura Organizacional

O órgão máximo da Agência é o Conselho Diretor, colegiado integrado por cinco brasileiros de reputa-ção ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de sua especialidade, escolhidos pelo Presi-dente da República e nomeados após aprovação pelo Senado Federal.

PERFILINSTITUCIONAL

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Os conselheiros têm mandato fixo, de cinco anos, e estabilidade. Cada conselheiro vota com independência, fundamentando seu voto. As decisões são tomadas, sem-pre, por maioria absoluta, por meio de reuniões, sessões ou circuitos deliberativos (procedimento de coleta de vo-tos sem a necessidade de reunião presencial).

O presidente do Conselho Diretor acumula a fun-ção de presidente-executivo e cabe a ele a representa-ção da Agência, além do comando hierárquico sobre o pessoal e o serviço, com as competências administrativas correspondentes.

As atividades da Anatel são exercidas por oito supe-rintendências e um superintendente-executivo, além de oito órgãos de assessoramento, conforme o organogra-ma ao lado.

O Conselho Consultivo é o órgão de participação ins-titucionalizada da sociedade na Agência. Composto por 12 integrantes – representantes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, do Poder Executivo, das entida-des de classe das prestadoras de serviços de telecomu-nicações, das entidades representativas dos usuários e das entidades representativas da sociedade – seus mem-bros não são remunerados e têm mandato de três anos, vedada a recondução.

O ouvidor é nomeado pelo presidente da Repúbli-ca para mandato de dois anos, admitida uma recondu-ção. Cabe a ele – que tem acesso a todos os assuntos da Anatel e acompanha as reuniões do Conselho Diretor da Agência – produzir, semestralmente ou quando julgar oportuno, apreciações críticas sobre a atuação da Agên-cia, encaminhando-as ao Conselho Diretor, ao Conselho Consultivo, ao Ministério das Comunicações, a outros órgãos do Poder Executivo e ao Congresso Nacional. O ouvidor atua com independência, sem vinculação hierár-quica com o Conselho Diretor.

A Anatel tem sede em Brasília e por meio de uni-dades descentralizadas localizadas em todas as capi-tais brasileiras realiza as atividades de fiscalização e mantém contato mais próximo com a sociedade e com instituições locais.

Superintendênciade Planejamento

e Regulamentação

Superintendênciade Fiscalização

Superintendênciade Competição

Superintendênciade Gestão Interna

da Informação

Superintendênciade Outorga e

Recursos à Prestação

Superintendênciade Controle

de Obrigações

Superintendênciade Relações com

Consumidores

Superintendênciade Administração

e Finanças

Assessoria Internacional

Assessoria de Relações com os Usuários

Assessoria Técnica

Assessoria Parlamentar e de Comunicação Social

Gabinete do Presidente

Procuradoria

Corregedoria

Assessoria de Relações Institucionais

Secretaria do Conselho Diretor

Comitês

Auditoria

Presidência

Conselho Consultivo Conselho Diretor Ouvidoria

Superintendente-Executivo

1716

20152015DESEMPENHO

DA ANATEL 63,6 milinstituições urbanas de ensino estavam conectadas à internet como resultado do Programa Banda Larga nas Escolas

300empresas estavam credenciadas ou em fase de credenciamento para adquirir produtos no mercado de atacado por meio do SNOA

9,4 milações de fiscalização foram realizadas pela Agência no exercício

1.720processos foram admitidos nas negociações dos termos de ajustamento de conduta

20152015 19

DESEMPENHODA ANATEL

Elaborado em atendimento ao inciso XXVIII do ar-tigo 19 da Lei Geral de Telecomunicações (LGT – Lei 9.472/1997), o Relatório Anual da Anatel destaca o cum-primento das políticas públicas do setor.

São apresentados a seguir os principais resultados alcançados ao longo de 2015.

Plano EstratégicoO Plano Estratégico da Anatel para o período 2015-

2024 foi aprovado pelo Conselho Diretor da Agência em fevereiro de 2015, por meio da Portaria 174/2015, após processo que contou com a participação dos servidores da Anatel e de vários segmentos da sociedade.

Para a elaboração do Plano Estratégico, foram de-senvolvidas as seguintes atividades:

Como parte dos trabalhos relacio-nados á elaboração do Plano Estratégi-co da Agência, foi desenvolvida nova identidade institucional para a Anatel.

Missão: Regular o setor de telecomu-nicações para contribuir com o desen-volvimento do Brasil.

Visão: Ser reconhecida como institui-ção de excelência que promove um am-biente favorável para as comunicações no Brasil, em benefício da sociedade brasileira.

Valores: Capacitação institucional. Segurança regulatória. Transparência. Participação social.

Entenda melhor

2120

• realização de diagnóstico interno e externo da Anatel;

• construção de cenários de atuação da Agência nos próximos dez anos;

• definição de medidas para os pontos fracos e for-tes identificados no diagnóstico interno;

• definição dos objetivos estratégicos que nortearão a atuação da Agência;

• definição de nova identidade institucional; e

• construção do Plano Estratégico.

Com o Plano, a Agência pretende alcançar quatro objetivos estratégicos:

1. promover a ampliação do acesso e o uso dos ser-viços, com qualidade e preços adequados;

2. estimular a competição e a sustentabilidade do setor;

3. promover a satisfação dos consumidores; e

4. promover a disseminação de dados e informações setoriais.

Considerando que este foi o primeiro Plano Estra-tégico da Agência, foi criado o Grupo de Implantação e Acompanhamento do Plano Estratégico (Giape) que, pre-sidido por um conselheiro da Anatel, é responsável por coordenar, orientar e acompanhar sua execução. Além disso, foi contratada – após processo licitatório condu-zido pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) – consultoria para dar suporte à execução dos trabalhos.

Os serviços da consultoria incluem produtos relacio-nados à revisão do modelo regulatório, à implantação de uma rede de inteligência, ao mapeamento de processos e proposta de ajuste da estrutura organizacional, ao pla-nejamento da força de trabalho e à melhoria da gestão da tecnologia da informação.

Os trabalhos a serem desenvolvidos foram orga-nizados em seis fases e deverão ser concluídos até novembro de 2016.

Consultoria do Plano EstratégicoFases Produtos

Fase I: Planejamento geral

I.1 Relatório com a descrição da metodologia e do cronograma propostos

Fase II: Revisão do modelo regulatório do setor de telecomunicações

II.1 Relatório com benchmarking internacional de cinco países nas regiões da Europa, América do Norte e Ásia, considerando pelo menos um país por região

II.2 Relatório contendo análise comparativa entre o benchmarking internacional e o se-tor de telecomunicações brasileiro

II.3 Estabelecimento de metodologia de análise de impacto regulatório e sua aplicação em proposta de revisão dos modelos de prestação de serviços, de gestão da qualidade, de outorga e licenciamento e de gestão do espectro e metodologia de monitoramento da implementação regulatória

Fase III: Sistema de inteligência estratégica

III.1 Estabelecimento de catálogo de bens de informação, fluxos, fontes e interações na organização

III.2 Estabelecimento de modelo ontológico conceitual

III.3 Proposta de modelo de relacionamento institucional para a Anatel

III.4 Proposta de modelo de monitoramento do setor

III.5 Proposta de modelo de análise prospectiva

Fase IV: Mapeamento e análise da arquitetura dos processos e estrutura organizacional

IV.1 Análise da arquitetura dos processos da Anatel e mapa da estrutura organizacional

IV.2 Estrutura organizacional – propostas de ajustes e otimização

Fase V: Planejamento e análise da força de trabalho

V.1 Proposta de planejamento da força de trabalho

V.2 Definição de competências

V.3 Proposta de plano de implementação

Fase VI: Bases de informação

VI.1 Proposta para arquiteturas de referências, metodologia de garantia de qualidade e metodologia de gestão do ciclo de vida dos sistemas de informação

VI.2 Análise dos requisitos dos sistemas de informação e casos de uso dos negócios e desenvolvimento de protótipo para os principais processos da Anatel

VI.3 Proposta de plano para melhoria dos sistemas

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Plano OperacionalO Plano Estratégico é desdobrado em planos operacionais para viabilizar a sua implementação – esses do-

cumentos estabelecem, por exemplo, os cronogramas de execução das ações. O Plano Operacional 2015-2016 prioriza as ações a serem realizadas por meio de 29 projetos estratégicos agrupados em sete programas, conforme tabela a seguir.

Plano Operacional 2015 – 2016Programas Projetos

Fiscalização avançada

Reavaliação do modelo de gestão da qualidade de serviços de telecomunicaçõesModernização da fiscalização/sistematização de análise e acompanhamento da prestação do serviçoEvolução da gestão de recursos satelitais

Simplificação da outorga e do licenciamentoReavaliação do modelo de gestão de espectroReavaliação do modelo de outorga e de licenciamentoAutomação dos processos de outorga e de licenciamento

Regulação econômica em redes convergentes

Evolução do Modelo de CustosGestão de estrutura societáriaAcompanhamento econômico e financeiro das prestadorasGestão das relações de atacadoGestão de tarifas e acompanhamento de preços

Gestão das relações de consumoAferição da satisfação do consumidorDiagnóstico das relações de consumo em telecomunicações

Evolução regulatória 2025Agenda regulatória – 2015/2016Reavaliação do regime e do escopo dos serviços de teleMetodologia de Análise de Impacto Regulatório

Fortalecimento institucional

Orçamento estratégicoAprimoramento das relações institucionaisFormação de líderes da AnatelGestão de pessoas por competênciasDimensionamento de pessoal e planejamento da força de tra-balhoGestão estratégicaAdequação dos sistemas de TI ao Plano EstratégicoGestão eletrônica de documentosAvaliação da satisfação dos usuários com os serviços prestados pela AnatelOtimização de processos prioritários para entrega de valorServiços e sistemas de qualidade

Inteligência regulatória e dados setoriaisSistema de inteligênciaGovernança de dados

Agenda Regulatória

A Agenda Regulatória da Anatel para o ciclo 2015-2016 – instrumento que reúne as principais ações regu-latórias da Agência previstas para o segundo semestre de 2015 e o exercício 2016 – foi aprovada pelo Conselho Diretor por meio da Portaria 1.003/2015. O documento relaciona mais de 30 ações e cada uma delas possui cor-relação com ao menos um dos quatro objetivos estraté-gicos da Anatel.

A Agenda Regulatória confere publicidade, previ-sibilidade, transparência e eficiência ao processo regu-lamentar da Agência e contém as normatizações e os estudos que terão execução priorizada.

São relacionadas a seguir as 31 ações previstas na Agenda Regulatória:

1. elaborar posicionamento da Anatel para subsi-diar decreto de regulamentação da neutralidade de rede prevista no Marco Civil da Internet;

2. reavaliação do regime e do escopo dos serviços de telecomunicações;

3. revisão dos contratos de concessão do Serviço Telefônico Fixo Comutado;

4. reavaliação da regulamentação sobre comparti-lhamento de infraestrutura entre prestadores de ser-viços de telecomunicações;

5. proposta de revisão do Plano Geral de Metas para a Universalização;

6. reavaliação da regulamentação sobre acessibili-dade;

7. reavaliação da regulamentação de obrigação de universalização;

8. reavaliação da regulamentação de telefones de uso público;

9. reavaliação dos procedimentos de acompanha-mento e controle de obrigações;

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10. reavaliação do modelo de gestão da qualida-de de serviços de telecomunicações;

11. reavaliação da regulamentação de pesquisa da qualidade percebida e da satisfação dos usuá-rios de serviços de telecomunicações;

12. reavaliação da regulamentação sobre inter-rupções;

13. reavaliação do modelo de gestão de espectro;

14. reavaliação da regulamentação de uso de es-pectro;

15. reavaliação da regulamentação do Serviço de Acesso Condicionado;

16. reavaliação da regulamentação do Serviço Te-lefônico Fixo Comutado;

17. reavaliação de critérios para isenção de outor-ga de serviços;

18. reavaliação do modelo de outorga e licencia-mento de serviços de telecomunicações;

19. reavaliação da regulamentação sobre contro-le de bens reversíveis;

20. reavaliação da regulamentação sobre interco-nexão;

21. reavaliação da regulamentação de numeração de redes de telecomunicações;

22. reavaliação da regulamentação do Plano Ge-ral de Contas;

23. reavaliação da regulamentação sobre a meto-dologia do Fator X;

24. reavaliação da regulamentação de mercados relevantes;

25. elaboração da regulamentação sobre homo-logação das ofertas de referência de produtos de atacado;

26. desenvolvimento de requisitos técnicos para a certificação de terminais fixos para verificar o su-porte ao protocolo IPv6;

27. reavaliação da regulamentação sobre certifi-cação e homologação de produtos para telecomu-nicações;

28. reavaliação da regulamentação sobre exposi-ção humana a campos eletromagnéticos de radio-frequência;

29. avaliação da regulamentação sobre acompa-nhamento de infraestruturas críticas e mitigação de desastres;

30. disponibilização de espectro de radiofrequên-cias para a prestação de serviços de telecomunica-ções; e

31. reavaliação do modelo de tratamento das prestadoras de pequeno porte.

O detalhamento de cada uma dessas ações é ob-jeto do Anexo I do Relatório, que apresenta, também, o grau de correlação de cada uma delas com os obje-tivos estratégicos da Anatel.

Na mesma reunião em que aprovou a Agenda Regulatória – e considerando o processo de gestão estratégica orientada a resultados implantado na Ana-tel e suportado pelo Plano Estratégico 2015-2024 –, o Conselho Diretor decidiu revogar, por meio da Reso-lução 658/2015, o Plano Geral de Atualização da Re-gulamentação das Telecomunicações no Brasil (PGR), que havia sido aprovado pela Resolução 516/2008. O Anexo II do Relatório apresenta balanço das ações do PGR.

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Oferta de Serviços

Contratos de concessão

Os contratos de concessão do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) assinados em 2005 preveem revi-sões quinquenais – uma delas inicialmente marcada para dezembro de 2015. Na mesma ocasião também poderia ser alterado o Plano Geral de Metas para a Universaliza-ção (PGMU). Os dois documentos já foram submetidos a consultas públicas.

A alteração dos Contratos de Concessão proposta pela Anatel tem como premissas a preservação do equi-líbrio econômico-financeiro, a simplificação dos termos contratuais e a estabilidade regulatória.

A proposta de revisão do PGMU, por sua vez, tem por premissa a adequação das obrigações atuais, ten-do em vista o diagnóstico de que, cada vez mais, a po-pulação tem preferido os serviços que proporcionam mobilidade e acesso à internet, em detrimento do STFC tradicional.

Em setembro, o Ministério das Comunicações, por meio da Portaria 4.420/2015, criou Grupo de Trabalho – com participação de representantes da Anatel – com o objetivo de:

I. realizar estudos quanto às perspectivas de evolu-ção das concessões de telefonia fixa no País, consi-derando a importância de estimular o desenvolvi-mento da infraestrutura de suporte à banda larga;

II. elaborar proposta de atos e alternativas de políti-cas públicas a serem apresentadas, pelo Ministério das Comunicações, em consulta pública; e

III. assessorar o Ministério das Comunicações na re-alização de audiências públicas e na análise das contribuições.

Segundo a Portaria, a criação desse Grupo de Traba-lho considerou a importância de examinar o arcabouço normativo das telecomunicações com base na evolução

tecnológica e na crescente relevância da banda larga, além da pertinência de debater diferentes alternativas e cenários regulatórios, de modo a promover a segurança jurídica e a estabilidade de regras.

Os trabalhos deste grupo deverão ser concluídos no início de 2016.

Diante desse cenário – e após a realização de con-sulta pública – foi editada a Resolução 659/2015, que adiou a data prevista para a alteração dos Contratos de Concessão de 31 de dezembro de 2015 para 30 de abril de 2016.

TV digital

O desligamento do sinal analógico da TV aberta, com o início das transmissões 100% digitais, é a últi-ma fase da transição para o Sistema Brasileiro de Te-levisão Digital (SBTVD) – processo iniciado em 2006 com a edição do Decreto 5.820/2006, alterado por meio do Decreto 8.061/2013.

Com a TV Digital, as transmissões terão melhor qua-lidade de som e de imagem (alta definição), maior capa-cidade de transporte de informações (multiprograma-ção e dados), recepção móvel e suporte à interatividade.

Para que o desligamento das transmissões analógi-cas ocorra, é preciso que 93% dos domicílios do muni-cípio que acessem o serviço livre, aberto e gratuito por transmissão terrestre, estejam aptos à recepção da te-levisão digital terrestre, indicador aferido por meio de pesquisa.

Com o fim das transmissões analógicas, a faixa de 700 MHz – em que atualmente operam canais de TV em fase de migração – será utilizada para ampliar a dispo-nibilidade dos serviços de telefonia móvel e de internet de quarta geração (4G).

A cidade de Rio Verde/GO foi escolhida para o pro-jeto-piloto de desligamento do sinal analógico. O Dis-trito Federal e cidades vizinhas, de Minas Gerais e de Goiás, formam a primeira grande região prevista para ser desligada em 2016.

2726

No final do exercício, o Ministério das Comunica-ções reavaliava os prazos para o desligamento.

Gired

O processo de digitalização da TV aberta é coorde-nado pelo Grupo de Implantação do Processo de Redis-tribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (Gired).

O Grupo é presidido por um conselheiro da Anatel e conta com representantes da Agência, do Ministério das Comunicações, dos radiodifusores e das empresas de telecomunicações que adquiriram, na licitação realizada pela Anatel em 2014, o direito de uso de radiofrequên-cias na subfaixa de 700 MHz.

Cabe ao Grupo acompanhar, disciplinar e fiscalizar o trabalho da Entidade Administradora do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (EAD).

Constituída pelas proponentes vencedoras da lici-tação (Algar, Claro, Tim e Telefônica/Vivo), a EAD é res-ponsável por operacionalizar e divulgar o processo de desligamento das transmissões analógicas; distribuir conversores e antenas para os beneficiários do Progra-ma Bolsa Família do Governo Federal; e mitigar as even-tuais interferências que surjam.

Dentre as decisões tomadas pelo Gired em 2015, merece destaque a definição do modelo de conversor de TV digital destinado aos beneficiários do Bolsa Famí-lia. O conversor escolhido conta com o middleware de interatividade Ginga C, com 512 Mb de memória RAM e 2 Gb de memória flash.

Campanha

A Portaria 481/2014 do Ministério das Comunica-ções estabeleceu a obrigatoriedade de os radiodifusores realizarem campanha sobre a TV Digital.

Um ano antes da data prevista para o término das transmissões analógicas, os telespectadores passam a ver em suas televisões, em alguns momentos do dia, o símbolo da televisão analógica (a letra “A” que depois se abre formando a palavra “Analógico”).

A presença da letra “A” indica ao telespectador que ele está assistindo a uma transmissão analógica. Na parte inferior da tela, é exibido um texto informando a partir de quando aquela programação estará disponível somente em formato digital.

Dois meses antes da data prevista para o desliga-mento, haverá uma indicação fixa no alto da tela, com a contagem regressiva para o desligamento.

Em caso de dúvidas, o telespectador poderá con-sultar informações na página www.vocenatvdigital.com.br ou entrar em contato gratuitamente com a central telefônica 147 – ambos mantidos pela EAD.

Telefones PúblicosEntre janeiro e março de 2015, a Anatel realizou con-

sulta pública sobre proposta de substituição do cartão indutivo de Telefones de Uso Público (TUPs, os orelhões) por outro meio de pagamento básico. O tema foi deba-tido com a sociedade também por meio de audiência pública realizada em Brasília, com possibilidade de par-ticipação remota de interessados de outras cidades, que compareceram às representações estaduais da Agência.

Entre os fatores que levaram a Anatel a discutir a substituição do cartão indutivo como meio de paga-mento básico estava a busca contínua de alternativas para fomentar a revitalização do TUP e torná-lo mais atrativo para o usuário.

A elaboração da proposta da Agência considerou aspectos como:

• a estagnação, em termos de funcionalidades e de comodidades, que torna os orelhões pouco atra-tivos para o usuário;

• a forte redução no tráfego de chamadas, que re-sulta em ociosidade da planta;

• a tarifação complexa e de pouca transparência para o usuário;

• problemas com a distribuição de cartões induti-vos;

• a disponibilidade/vandalismo da planta; e

• o fim da produção do cartão indutivo.

A Resolução 638/2014, que aprovou o Re-gulamento do Telefone de Uso Público, estabe-leceu a possibilidade de substituição do cartão indutivo como o meio de pagamento básico do serviço.

De acordo com o Regulamento, as empre-sas podem usar dois tipos de meio de paga-mento nos telefones públicos:

• básico: meio de pagamento padrão, de comercialização obrigatória, aceito em todos os TUPs da concessionária, usado para o cumprimento das metas de uni-versalização e sujeito à tarifação máxima homologada pela Anatel.

• alternativo: meio de pagamento com-plementar, de livre implantação e comer-cialização pela concessionária.

Entenda melhor

Durante todo o processo de revisão do regulamento, prestadoras e representantes dos consumidores mostra-ram interesse em poder utilizar outros meios de paga-mento. Em novembro de 2014, as concessionárias já ha-viam apresentado à Anatel proposta de substituição do meio de pagamento básico.

Na consulta pública, a Agência recebeu contribuições relativas ao calling card, meio de pagamento proposto pelas concessionárias Oi, Telefônica/Vivo, Algar, Sercom-tel e Embratel. O calling card é um cartão pré-pago, se-melhante aos utilizados em larga escala na modalidade pré-paga da telefonia móvel.

As características do calling card e as contribuições recebidas por meio de consulta pública foram analisadas pela Agência, mas as prestadoras solicitaram o encerra-mento do processo devido ao aumento da complexidade

para a utilização dos orelhões, principalmente quanto à marcação do número de identificação, que chegava a 14 dígitos.

No final de 2015, as prestadoras trabalhavam em nova proposta a ser submetida à Anatel.

Acessibilidade

A proposta de Regulamento Geral de Acessibilidade em Telecomunicações (RGA) foi discutida com a socieda-de, por meio de consulta pública, entre agosto e outubro de 2015. De modo a incentivar a participação de pessoas com deficiências, uma versão da minuta em Língua Bra-sileira de Sinais (Libras), com audiolocução, também foi disponibilizada pela Agência.

O regulamento proposto estabelece regras que pro-porcionam às pessoas com deficiência a fruição de servi-ços e a utilização de equipamentos de telecomunicações em igualdade de oportunidades com as demais pessoas por meio da supressão das barreiras à comunicação e à informação. Com isso, pretende-se resguardar e reforçar os direitos à acessibilidade, à isonomia e ao atendimento especializado e individualizado.

Para promover a acessibilidade no setor, o novo re-gulamento procura padronizar as atuais obrigações rela-tivas à:

• disponibilização de informações em formato aces-sível;

• oferta de planos de serviço específicos para pesso-as com deficiência auditiva;

• existência de mecanismos de interação com o con-sumidor que atendam às expectativas das pessoas com deficiência;

• existência de atendimento especializado; e

• disponibilização de site acessível.

A proposta busca estimular a modernização dos ore-lhões adaptados para pessoas com deficiência auditiva por meio de recursos como videochamadas, envio e re-

2928

cebimento de mensagens, acesso à internet diretamente pelo terminal ou por meio de conexão sem fio.

Além disso, o RGA procura criar condições para a ex-pansão das Centrais de Intermediação de Comunicação, com a possibilidade de compartilhamento de custos por parte das prestadoras, que poderiam adotar uma cen-tral integrada ou terceirizada; a utilização de tecnologias para permitir a intermediação por vídeo e mensagens; e o fomento do uso de Libras.

A proposta foi desenvolvida a partir do resultado de debates preliminares realizados ao longo de 2014 e 2015 envolvendo representantes das prestadoras, da indústria, dos consumidores, de pessoas com deficiências auditi-vas, da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência e do Ministério das Comunica-ções.

A previsão da Anatel é que o Regulamento seja apro-vado e publicado no primeiro semestre de 2016.

Convergência

Em fevereiro, a Anatel aprovou, por meio da Reso-lução 647/2015, a Norma de Adaptação dos Instrumen-tos de Permissão e de Autorização do Serviço Móvel Es-pecializado (SME) para o Serviço Móvel Pessoal (SMP), Serviço Limitado Privado (SLP) ou Serviço Limitado Especializado (SLE).

A mudança na regulamentação do serviço – resul-tado de proposta focada na convergência de outorgas e na ampliação da competição no mercado móvel – con-siderou os benefícios para os usuários, o equilíbrio na prestação do serviço e procedimentos operacionais e de ordem administrativa.

De acordo com a Norma, os instrumentos de permis-são e de autorização para a exploração do SME poderão ser adaptados mediante requerimento do interessado, mas são mantidas as regras relativas à área de prestação do serviço e a eventuais compromissos de abrangência.

Com a edição da Norma, a Anatel suspendeu a emis-são de novos instrumentos de permissão e termos de

autorização para a prestação do SME e estabeleceu que autorizações de uso das radiofrequências associadas se-rão renovadas apenas nas situações em que os instru-mentos de outorga para a prestação do Serviço Móvel Especializado forem adaptados para outros serviços.

A proposta da Anatel considerou enten-dimento da Agência, do Conselho Adminis-trativo de Defesa Econômica (Cade), da Se-cretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae) e da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE) quanto às similaridades entre os servi-ços Móvel Especializado (SME) e Móvel Pes-soal (SMP); o grau de substitutibilidade entre os serviços; e seu potencial para competirem em um mesmo segmento de mercado de comunicações móveis.

Entenda melhor

Radiação restritaO Regulamento sobre Equipamentos de Radio-

comunicação de Radiação Restrita – documento que define condições técnicas para a caracterização de al-guns tipos de equipamentos de telecomunicações cujo emprego independe de autorização de uso de radio-frequências, conforme prescreve a Lei Geral de Teleco-municações (Lei 9.472/1997) – é periodicamente atuali-zado pela Anatel, de modo a acompanhar as evoluções tecnológicas do setor.

Entre setembro e dezembro de 2015, a Agência re-alizou consulta pública sobre a nova proposta de atuali-zação do regulamento, processo que resultou no recebi-mento de mais de 500 contribuições. Nesta atualização, foram consideradas as recomendações e as resoluções de organismos internacionais, além dos resultados de reuniões com Organismos de Certificação Designados (OCDs) e laboratórios de ensaio, realizadas com o obje-tivo de identificar melhorias necessárias à atual regula-mentação.

Dispensa de outorga

Em paralelo, a Anatel retomou o debate sobre a re-gulamentação dos casos de exploração de serviços de telecomunicações que independerão de outorga (con-forme previsto no §2º do artigo 131 da Lei 9.472/1997). Assim, essa mesma consulta pública tratou da possibili-dade de dispensa de autorização para alguns serviços – como o de Comunicação Multimídia (SCM) e o Limitado Privado (SLP) – em situações específicas: uso de redes que empreguem apenas meios confinados ou equipa-mentos de radiocomunicação de radiação restrita por prestadoras que possuam número reduzido de usuários.

A dispensa de autorização para a prestação desses serviços retira encargos administrativos de pequenas operadoras, facilitando o desenvolvimento do setor e fomentando a competição.

Nono dígito

No exercício, teve continuidade o processo de ado-ção do nono dígito na telefonia móvel. Com a mudan-ça, o dígito 9 é acrescentado à esquerda dos números de celular, que passam a ter o formato: 9xxxx-xxxx. No momento da discagem, o nono dígito deve ser acres-centado por todos os usuários de telefone fixo e móvel que liguem para telefones móveis dos estados em que ocorreu a mudança, independentemente do local de ori-gem da chamada.

No final de maio, os telefones celulares de Pernam-buco, de Alagoas, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, do Ceará e do Piauí receberam mais um número. Para os telefones móveis de Minas Gerais, da Bahia e de Sergipe, a mudança ocorreu em outubro.

Os números do Distrito Federal, de Goiás, de Tocan-tins, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, do Acre e de Rondônia serão alterados em 29 de maio de 2016; para os telefones do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, a mudança ocorrerá em 6 de novembro de 2016, como detalhado no mapa ao lado.

Implementação do 9° dígito

A partir de 29 de maio de 2016

A partir de 6 de novembro de 2016

Já implementado

Cronograma

3130

Com a adoção do nono dígito na telefonia móvel, o número de combinações disponíveis em cada DDD pas-sa de 37 milhões para 90 milhões; em todo o País, serão mais de seis bilhões de combinações.

Até o final de 2016, o nono dígito será acrescentado aos celulares de todo o País. A medida foi adotada pela Anatel por meio da Resolução 553/2010 e teve por objetivo aten-der à crescente demanda pelo serviço móvel no Brasil, além de manter padronizada a for-ma de discagem em todo o País.

Os planos de numeração dos serviços de telefonia fixa não sofrerão alterações, permanecendo com códigos de acesso de oito dígitos.

Entenda melhor

Ampliação de Acessos

Aice

Ofertado exclusivamente a assinantes responsáveis por residências inscritas no Cadastro Único para pro-gramas sociais do Governo Federal, o Acesso Individual Classe Especial (Aice) tem como objetivo a progressiva universalização do acesso individualizado de telefonia fixa por meio de condições específicas para oferta, utili-zação, aplicação de tarifas, forma de pagamento, trata-mento de chamadas, qualidade e função social.

Conhecido também como telefone popular, o Aice é oferecido por todas as concessionárias de telefonia fixa local (Oi, Telefônica, Sercomtel e CTBC). A assinatura bá-sica respeita o limite máximo de 33% do valor da assina-tura da classe residencial.

Na comparação com 2014 – quando o Brasil conta-va com 159,3 mil acessos do telefone popular –, houve crescimento da base de assinantes de 11,2%: no final de 2015, eram 177,2 mil assinaturas do Aice. A Região Sudeste concentrava pouco mais de 50% desse total e a Nordeste, 30%, como aponta o gráfico abaixo.

Distribuição do Aice por região

Sudeste 94.546 53,35% Nordeste

53.980 30,46%

Sul 13.674 7,72%

Centro -Oeste 10.843 6,12%

Norte 4.162 2,35%

PNBL

O Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) foi criado pelo Decreto 7.175/2010 com o objetivo de mas-sificar o acesso à internet em banda larga no País, prin-cipalmente nas regiões mais carentes dessa tecnologia. Em junho de 2011, foram firmados Termos de Compro-misso entre o Ministério das Comunicações, a Anatel e as empresas Oi, Vivo, CTBC e Sercomtel.

No final do exercício, 5,4 mil municípios eram aten-didos com ofertas de varejo e 4,2 mil com ofertas de atacado, como detalhado na tabela a seguir.

Atendimento a municípios pelo PNBLUnidade da Federação Municípios Ofertas

de VarejoOfertas de

AtacadoAcre 22 20 18

Alagoas 102 102 23

Amapá 16 7 0

Amazonas 62 5 1

Bahia 417 414 360

Ceará 184 184 182

Distrito Federal 1 1 0

Espírito Santo 78 78 77

Goiás 246 246 205

Maranhão 217 214 212

Mato Grosso 141 134 131

Mato Grosso do Sul

79 78 76

Minas Gerais 853 852 810

Pará 144 71 29

Paraíba 223 223 108

Paraná 399 399 376

Pernambuco 185 184 65

Piauí 224 221 219

Rio de Janeiro 92 92 82

Rio Grande do Norte

167 167 64

Rio Grande do Sul 497 496 286

Rondônia 52 52 51

Roraima 15 7 5

Santa Catarina 295 293 201

São Paulo 645 645 373

Sergipe 75 75 69

Tocantins 139 139 138

Total 5.570 5.399 4.161

Casos pontuais de não atendimento às obrigações passaram a ser tratados pela Agência, em 2015, atra-vés de procedimento específico constante dos Termos de Compromisso.

Banda larga nas escolas

Lançado em 2008, quando os grupos Telefônica, Oi, CTBC e Sercomtel firmaram com a Anatel aditivo aos termos de autorização para a prestação do Serviço de Comunicação Multimídia, o Programa Banda Larga nas Escolas Públicas Urbanas prevê que, até 2025, essas insti-tuições sejam conectadas à internet gratuitamente.

O Programa contempla todas as escolas urbanas de ensino público cadastradas no Instituto Nacional de Es-tudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ou seja, todas as escolas urbanas municipais, estaduais e fe-derais.

Entre 2014 e 2015, foi registrado crescimento de pouco mais de 1% no número de escolas conectadas, que alcançou 63,6 mil instituições, como detalhado na tabela abaixo. No final do exercício, 17,1 mil escolas ain-da não haviam sido atendidas; em 65,8% dos casos, a fal-ta de conexão devia-se a pendências da própria escola.

3332

Escolas públicas urbanas atendidasEscolas conectadas Escolas não conectadas

Unidade da Federação

Escolas abrangidas Até 2014 Até 2015 Variação Pendência da

prestadora

Pendência da escola/MEC/

FNDETotal

Acre 604 325 328 0,92% 161 115 276 Alagoas 1.395 939 952 1,38% - 443 443

Amapá 365 251 254 1,20% 63 48 111 Amazonas 1.491 841 873 3,80% 419 199 618 Bahia 7.010 5.363 5.415 0,97% 976 619 1.595 Ceará 3.135 2.338 2.366 1,20% - 769 769 Distrito Federal 572 567 572 0,88% - - -

Espírito Santo 1.449 1.229 1.241 0,98% 208 - 208

Goiás 2.393 2.344 2.357 0,55% - 36 36 Maranhão 5.320 2.854 2.870 0,56% 1.561 889 2.450 Mato Grosso 1.205 1.074 1.081 0,65% - 124 124 Mato Grosso do Sul 745 765 741 -3,14% - 4 4

Minas Gerais 8.461 6.958 6.998 0,57% - 1.463 1.463

Pará 3.731 1.982 2.001 0,96% 988 742 1.730

Paraíba 2.699 1.743 1.751 0,46% - 948 948 Paraná 4.770 4.464 4.488 0,54% 282 - 282

Pernambuco 4.581 2.459 2.495 1,46% - 2.086 2.086

Piauí 3.294 1.748 1.763 0,86% - 1.531 1.531

Rio de Janeiro 5.023 4.595 4.625 0,65% 398 - 398 Rio Grande do Norte 1.971 1.433 1.449 1,12% - 522 522

Rio Grande do Sul 3.881 3.754 3.749 -0,13% 2 130 132

Rondônia 762 521 522 0,19% 153 87 240 Roraima 328 186 192 3,23% 82 54 136 Santa Catarina 2.863 2.565 2.566 0,04% 297 - 297

São Paulo 10.652 10.073 10.397 3,22% 95 160 255

Sergipe 985 739 742 0,41% - 243 243

Tocantins 1.030 815 815 0,00% 165 50 215

Total 80.715 62.925 63.603 1,08% 5.850 11.262 17.112

Cada escola deve ser atendida com velocidade equivalente à melhor oferta comercialmente dissemi-nada ao público em geral na área de atendimento na qual se inclui a escola, sendo a velocidade mínima de 2 Mbps. No caso de atendimento por satélite, os índi-ces corresponderão a, no mínimo, um quarto das ve-locidades de download e de upload previstas para as outras tecnologias.

Durante o exercício 2015, foram realizadas fiscaliza-ções nas concessionárias Telefônica e Oi, especialmente para verificação das obrigações relativas às velocidades mínimas ofertadas. A análise dessas fiscalizações será realizada em 2016.

Dados sobre as escolas atendidas estão disponíveis no portal da Anatel.

Escolas rurais

O Edital 004/2012/PVCP/SPV-ANATEL – por meio do qual foram licitadas faixas de frequências de 2,5 GHz (telefonia móvel 4G) e de 450 MHz (atendimento a áre-as rurais) – estabeleceu a obrigação de atendimento a escolas rurais situadas a até 30 quilômetros do distrito--sede de cada município para as empresas vencedoras: Claro, Oi, Telefônica e Tim.

O Edital previu atendimento com velocidades de conexão de, no mínimo, 256 kbps de download e 128 kbps de upload até o final de 2017, quando as velocida-des mínimas deverão ser de 1 Mbps e 256 kbps, respec-tivamente.

Até o final de 2015, 24,6 mil escolas rurais haviam sido atendidas, como detalhado na tabela ao lado.

Escolas públicas rurais atendidasUnidade da Federação Escolas atendidas

Acre 116

Alagoas 1.134

Amapá 26

Amazonas 42

Bahia 746

Ceará 2.486

Distrito Federal 76

Espírito Santo 545

Goiás 523

Maranhão 1.093

Mato Grosso 697

Mato Grosso do Sul 232

Minas Gerais 2.673

Pará 963

Paraíba 1.722

Paraná 962

Pernambuco 2.226

Piauí 1.587

Rio de Janeiro 694

Rio Grande do Norte 997

Rio Grande do Sul 2.190

Rondônia 117

Roraima 1

Santa Catarina 759

São Paulo 1.019

Sergipe 849

Tocantins 90

Total 24.565

Dentre as pendências da prestadora – identificadas tanto em escolas urbanas quanto em escolas rurais – destacam-se os casos onde o serviço se encontra em processo de instalação e situações onde a rede da em-presa não possibilita a oferta de banda larga, necessi-tando de ampliação.

Já nos casos identificados como pendência da esco-la, do Ministério da Educação (MEC) ou do Fundo Nacio-nal de Desenvolvimento da Educação (FNDE), destacam-

imagem: portalbrasil

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-se divergências cadastrais da escola, impossibilidade de acesso ao local e insuficiência da infraestrutura existente (inexistência de computador ou falta de tubulação ou de energia elétrica, por exemplo).

Satélites

Até 2014, a Anatel realizou seis licitações para con-ferir direitos de exploração de satélites: nos anos de 1998, 1999, 2001, 2006, 2011 e 2014. Em fevereiro de 2015, o Conselho Diretor aprovou a realização de nova licitação, para conferir até quatro direitos de exploração de satélites pelo prazo de 15 anos, prorrogável uma úni-ca vez pelo mesmo período.

A realização dessa licitação decorreu da constatação de que ainda havia interesse do mercado por direitos de exploração de satélite brasileiro, conforme relatório de Análise de Impacto Regulatório elaborado pelas áreas técnicas da Anatel. A licitação teve como objetivo refor-çar a infraestrutura de telecomunicações do País.

Em maio, quatro empresas – Eutelsat do Brasil, His-pamar Satélites, Star Satellite Communications Company e Telesat Brasil Capacidade de Satélites – entregaram documentos de identificação e de habilitação, além das propostas de preço.

Os quatro direitos de exploração de satélite foram licitados por R$ 183,7 milhões – ágio médio de 69,5%, como detalhado na tabela abaixo. Em junho, o resultado da licitação foi adjudicado pela Anatel.

Etapa ProponenteProposta

vencedora (R$)

Ágio

1ª Telesat Brasil Capacidade de Satélites

42.500.020 56,86%

2ª Telesat Brasil Capacidade de Satélites

46.860.000 72,96%

3ª Star Satellite Commu- nications Company

44.100.000 62,77%

4ª Hispamar Satélites 50.295.000 85,63%

A capacidade referente aos novos satélites estará disponível para o mercado brasileiro nos próximos qua-tro ou cinco anos – de acordo com as faixas de operação –, aumentando, assim, as condições para atender as de-mandas do setor.

Qualidade

Qualidade percebida

Por meio da Resolução 654/2015, a Anatel aprovou o Regulamento das Condições de Aferição do Grau de Satisfação e da Qualidade Percebida junto aos Usuários de Serviços de Telecomunicações.

O normativo disciplina as condições gerais para a realização de pesquisas de aferição do grau de satisfa-ção e de qualidade percebida dos serviços de telecomu-nicações de interesse coletivo – telefonias fixa e móvel, banda larga fixa e televisão por assinatura –, simplifican-do e unificando, em um único instrumento normativo, as diretrizes regulamentares para a realização das pesqui-sas de opinião geridas pela Anatel.

Antes da edição do Regulamento, as diretrizes para a realização das pesquisas de qualidade percebida cons-tavam da regulamentação de qualidade de cada um dos serviços (exceto os de televisão por assinatura, para os quais ainda não havia previsão). A pesquisa de satisfa-ção era regulamentada pela Resolução 296/2002.

Segundo o novo Regulamento, as pesquisas deve-rão ser realizadas anualmente para cada um dos serviços e os resultados serão usados pela Anatel como um dos elementos para subsidiar suas atividades. As obrigações não se aplicam às prestadoras de pequeno porte, que possuem até 50 mil assinantes.

Os critérios de pesquisa foram revistos e ampliados. Antes, elas eram feitas a partir dos indicadores dos re-gulamentos gerais de qualidade de cada serviço. Com a Resolução 654/2015, serão considerados os seguintes atributos:

• satisfação geral: satisfação do usuário com o serviço prestado;

• canais de atendimento: meios de comunicação colocados pelas prestadoras à disposição dos consumidores;

• oferta e contratação: relação entre a informação veiculada pelas prestadoras e as características dos serviços efetivamente prestados;

• funcionamento: condições de uso e de fruição dos serviços, incluindo aspectos de qualidade;

• cobrança: correção dos valores cobrados pela prestação dos serviços;

• recarga: clareza e correção no processo de inser-ção e consumo dos créditos no serviço móvel pré--pago;

• capacidade de resolução: capacidade da presta-dora em resolver as solicitações dos usuários; e

• reparo e instalação: atividades que incluem a visita de técnicos ao local do serviço instalado.

Entre as inovações trazidas pelo Regulamento, tam-bém merecem destaque:

• a unificação dos dois tipos de pesquisas – satis-fação e qualidade –, sem perda das informações coletadas;

• o estabelecimento de periodicidade anual (ape-nas a aferição da qualidade percebida era anual; não havia essa previsão para a pesquisa de satis-fação); e

• a ampliação do escopo das pesquisas para todos os principais serviços de telecomunicações (com a inclusão da telefonia fixa e da televisão por as-sinatura).

As pesquisas serão segmentadas por prestadora e por Unidade da Federação, o que permitirá mensurar, em cada uma das 27 UFs, a satisfação e a percepção dos consumidores. Os resultados subsidiarão a Anatel na to-mada de decisões para a melhoria dos serviços.

No levantamento, serão utilizados questionários elaborados pela Agência para cada serviço e modalida-de. Os entrevistados darão notas de 0 a 10 para cada atributo, visando refletir percepções gerais sobre os itens pesquisados.

Resultados 2014

No exercício, a Anatel divulgou os resultados da pesquisa de qualidade percebida realizada em 2014. Foram entrevistados 85,4 mil usuários do Serviço Móvel Pessoal (SMP) e 46,9 mil usuários do Serviço de Comuni-cação Multimídia (SCM).

As pesquisas foram realizadas por meio de entrevis-tas telefônicas pela empresa contratada pelas prestado-ras, conforme disposto nos regulamentos de qualidade dos serviços.

A Anatel definiu os questionários aplicados nas co-letas e enviou à empresa as amostras que seriam pes-quisadas – selecionadas de forma aleatória, a partir da base de assinantes encaminhada pelas prestadoras, con-siderando três aspectos: prestadora, Unidade da Federa-ção do consumidor e modalidade da oferta do serviço (pré ou pós-pago, no caso do SMP, e velocidade acima ou abaixo de 2Mbps, no caso do SCM).

Na comparação com as edições anteriores da pes-quisa – relativas aos exercícios 2012 e 2013 –, a qua-lidade geral da banda larga fixa aumentou, sob a óti-ca dos usuários entrevistados; na telefonia móvel, no entanto, houve ligeira queda, tanto na modalidade pré-paga quanto na pós-paga, como detalhado nos gráficos a seguir.

3736

Banda Larga Fixa

3,10 3,31 3,39 3,06 3,23 3,32 3,14

3,28 3,28

Orientação aousuário

Qualidade geral Qualidade daconexão

2012 2013 2014

3,29 3,27 3,30

Capacidade deresolução

3,58 3,87

3,58 3,86 3,64 3,88

Competência eorganização da

prestadora

Suportetécnico

3,34 3,53 3,31 3,51 3,39 3,57

Competência doatendente

Conta e cobrança

Telefonia Móvel Pré-paga

3,36 3,43 3,61 3,50 3,27 3,30 3,51 3,49 3,18 3,20 3,40 3,45

Capacidade deresolução

Qualidade dasligações

Qualidade geral Competência doatendente

2012 2013 2014

3,57

3,67

4,00

3,52 3,64

3,96

3,47

3,60

3,90

Orientação aousuário

Competência eorganização da

prestadora

Conta e cartão

Telefonia Móvel Pós-paga

2012 2013 2014

3,30 3,24 3,30 3,28 3,20 3,16 3,26 3,26 3,10 3,12 3,18 3,26

Qualidade dasligações

Capacidade deresolução

Qualidade geral Competência doatendente

3,36 3,56 3,75

3,32 3,54 3,70

3,29 3,54 3,68

Orientação aousuário

Competência eorganização da

prestadora

Conta e cartão

Telefones públicos

Em fevereiro, a Anatel determinou, por meio do Des-pacho 565/2015, que a Oi garantisse – até 31 de março de 2015 – que a disponibilidade da planta de orelhões alcançasse no mínimo 90% em todas as Unidades da Fe-deração em que opera e no mínimo 95% nas localidades atendidas somente por acesso coletivo.

Segundo a decisão da Agência, nos estados em que não fossem atingidos os patamares mínimos de disponi-bilidade, a concessionária deveria pagar multa diária de R$ 50 mil ou fornecer gratuitamente chamadas a partir de seus orelhões, observando o cronograma abaixo:

• a partir de 15 de abril de 2015, para as chamadas da modalidade Local;

• a partir de 1º de outubro de 2015, também para as chamadas Longa Distância Nacional destinadas a terminais de acesso fixo;

• a partir de 1º de maio de 2016, também para as chamadas Fixo-Móvel VC1 (ligações feitas para te-lefones móveis em que os DDDs são iguais); e

• a partir de 1º de outubro de 2016, também para as chamadas Fixo Móvel VC2 e VC3 (ligações feitas para telefones móveis em que os DDDs dos tele-fones de origem e de destino são diferentes).

Como, nas medições realizadas no final de março, a prestadora Oi não atingiu os patamares mínimos de dis-ponibilidade nos estados de Alagoas, Amazonas, Ama-pá, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe, foi estabelecida a gratuidade para as ligações originadas nesses 15 estados.

Em outubro, a gratuidade das chamadas foi amplia-da para as ligações de Longa Distância Nacional em 14 estados onde a concessionária não havia atingido os pa-tamares mínimos de disponibilidade.

Dos estados onde a medida havia sido estabelecida pela Anatel em abril, para as ligações locais, apenas Ser-gipe alcançou o patamar mínimo de disponibilidade de telefones públicos em operação – razão pela qual dei-xou a condição de gratuidade para as chamadas.

As demais concessionárias (Algar, Sercomtel, Telefô-nica e Embratel) não foram incluídas nas obrigações de gratuidade do Despacho 565/2015 por terem percentu-ais maiores de orelhões em funcionamento. Consideran-do todas as concessionárias, a média nacional de dispo-nibilidade era, no final do ano, de 82%, como mostra o gráfico ao lado.

Evolução da disponibilidade da planta de orelhões (%)

87 88 92 91 95 91 95 91 98 99 100 99

2012 2013

Embratel Telefônica OI

Geral Algar Sercomtel

91 87 88 90

81 79 81 82 98 94 99 99

2014 2015

3938

Telefonia móvel

No final de abril, a Anatel determinou que as ope-radoras de telefonia móvel Claro, CTBC, Nextel, Oi, Ser-comtel, Tim e Vivo melhorassem seus indicadores de qualidade de rede em todos os municípios brasileiros. Os resultados dos indicadores de acesso às redes de voz e de dados deveriam ser superiores a 85% e os dos in-dicadores de queda de voz e de dados, inferiores a 5%.

Foram considerados municípios em que ao menos um indicador estava em desconformidade com esses parâmetros. A Agência estabeleceu os seguintes prazos para atendimento:

• até seis meses, para os municípios atendidos ex-clusivamente por uma operadora;

• até nove meses, para os municípios atendidos por duas operadoras; e

• até 15 meses, para os demais municípios.

A Anatel também determinou que as operadoras apresentassem, no prazo de 60 dias, plano para envio de SMS aos usuários para informá-los sobre o ranking de qualidade de rede disponibilizado pela Agência des-de 2013 para todos os 5.570 municípios na página da Agência na internet e no aplicativo Anatel Serviço Mó-vel, disponível para os sistemas iOS, Android e Windows Phone.

Os efeitos da cautelar persistem até setembro de 2016 e, após fiscalizações que permitam verificar o cum-primento das determinações, a Agência divulgará rela-tório sobre os resultados alcançados.

O indicador de acesso à rede mede a dis-ponibilidade da rede quando o usuário deseja realizar uma conexão de voz ou de dados.

O indicador de queda da rede mede a taxa de desconexões de voz ou de dados sem a in-tervenção do usuário.

Entenda melhor

Competição

PGMC

A Anatel aprovou, por meio da Resolução 649/2015, alteração no Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) com o objetivo principal de evitar o intervalo entre o término das assimetrias no regime de pagamen-to dos valores de uso de rede móvel (RVU-M), previsto para 24 de fevereiro de 2016, e a entrada em vigor dos valores de referência orientados a custos, inicialmente apurados em modelo Top-Down e convergindo para re-sultados de modelos incrementais de longo prazo, pre-vista para 2019.

Se mantidos os patamares originalmente previstos no Plano, o descasamento temporal das duas medidas resultaria em aumento de custos médios de intercone-xão para as operadoras de telefonia móvel sem Poder de Mercado Significativo (PMS). A fim de evitar esse incre-mento, a Anatel propôs manter o Bill & Keep parcial até a efetiva redução do RVU-M ao custo do modelo mais eficiente.

A implantação do Bill & Keep parcial entre grupos com e sem PMS pretende diminuir a elevada concentra-ção de chamadas on-net, o chamado “efeito clube”.

O PGMC estabelece um calendário de ações progra-madas, fundamentais para mantê-lo efetivo. Nesse sen-tido, três iniciativas foram desenvolvidas no exercício.

O PGMC é uma das principais ferramentas regu-latórias da Anatel para o incentivo e a promoção da competição livre, ampla e justa no setor de telecomu-nicações.

O Plano estabelece um arcabouço de medidas regulatórias que permitem que a Agência avalie sistematicamente o ambiente de competição do se-tor de telecomunicações e atue de forma a promover seu desenvolvimento.

Entenda melhor

Reavaliação dos grupos com PMS

Em 2015, a Anatel realizou a revisão bienal dos gru-pos econômicos com PMS em mercados relevantes que se sujeitam a obrigações relacionadas à oferta de pro-dutos de atacado nos mercados definidos pelo PGMC.

A proposta foi concluída pela área técnica no final do ano e novo ato de designação dos grupos com PMS deverá ser publicado em 2016.

A Anatel considera cinco critérios para identificar grupos com Poder de Mercado Significativo em deter-minado produto e dentro de área geográfica específica:

• participação de mercado;

• capacidade de explorar as economias de escala do mercado relevante;

• capacidade de explorar as economias de esco-po do mercado relevante;

• controle sobre infraestrutura cuja duplicação não seja economicamente viável; e

• atuação concomitante nos mercados de ataca-do e de varejo.

Revisão de mercados relevantes e medidas assimétricas

A identificação dos mercados considerados rele-vantes para o estabelecimento de assimetrias regulató-rias considera, principalmente, a existência de falhas de mercado, a ausência de perspectivas de competição de longo prazo e a possibilidade de exercício de poder de mercado.

Nessa análise, realizada a cada quatro anos, a Ana-tel divide o mercado de telecomunicações em merca-dos específicos, de forma a avaliar essa interdepen-dência e a presença de falhas passíveis de correção por meio da regulação.

O PGMC prevê a aplicação das seguintes medidas regulatórias assimétricas:

• medidas de transparência;

• medidas de tratamento isonômico e não dis-criminatório;

• medidas de controle de preços de produtos de atacado;

• medidas de obrigação de acesso e de forneci-mento de recursos de rede específicos;

• obrigações de oferta de produtos de atacado nas condições especificadas pela Anatel;

• obrigações para corrigir falhas de mercados específicas ou para atender ao ordenamento legal ou regulatório em vigor; e

• separação contábil, funcional ou estrutural.

Em 2015, a Agência avançou na análise dos merca-dos de varejo e dos respectivos mercados de atacado associados à mesma cadeia produtiva. A revisão foi fina-lizada pela área técnica e deverá ser publicada em 2016.

4140

Homologação de ofertas

A homologação das ofertas de referência é neces-sária à operacionalização dos preceitos de isonomia e não discriminação elencados no Plano Geral de Metas de Competição. Em março e novembro de 2015 foram realizados, respectivamente, o terceiro e o quarto ciclos de homologação de ofertas de referência de produtos no mercado de atacado.

Nesse processo, são considerados:

• a possibilidade de replicação das ofertas de va-rejo de grupos detentores de PMS nos mercados de atacado pelos grupos sem PMS nos mesmos mercados;

• a orientação dos preços aos custos de oferta dos produtos de atacado;

• o incentivo ao investimento na modernização e na ampliação de infraestruturas e redes de telecomu-nicações; e

• o atendimento a disposições, critérios, prazos e limites estabelecidos no PGMC.

SNOA

Criado em 2013, o Sistema de Negociações das Ofertas de Atacado (SNOA) se consolidou em 2015 como importante ferramenta para a promoção da com-petição, contribuindo para garantir o tratamento isonô-mico e não discriminatório nas negociações de insumos de atacado das empresas detentoras de Poder de Mer-cado Significativo (PMS) nos mercados relevantes.

O SNOA tem promovido amplo acesso dos interes-sados aos insumos de atacado por meio de um sistema informatizado e transparente.

Em 2015, mais de 300 empresas estavam creden-ciadas ou em fase de credenciamento para adquirir pro-dutos no mercado de atacado por meio do SNOA. O

maior volume de pedidos de negociação realizados no Sistema esteve concentrado na Exploração Industrial de Linhas Dedicadas, seguido do compartilhamento de tor-res e das ofertas de interconexão em redes móveis.

No final do exercício, a Anatel trabalhava em pro-posta de alteração do Regulamento de Compartilha-mento de Infraestrutura entre Prestadoras de Serviços de Telecomunicações que prevê a definição de alternati-va para que empresas sem PMS possam ofertar insumos no mercado de atacado, por meio do SNOA.

Ainda em 2015, foi desenvolvido o Sistema de Ofer-ta de Insumos de Atacado (SOIA), que possibilita que prestadoras não detentoras de Poder de Mercado Sig-nificativo comercializem seus produtos de atacado. O sistema foi desenvolvido pela Entidade Supervisora de Ofertas de Atacado.

Compartilhamento de postes

Entrou em vigor, no final do primeiro trimestre, a Resolução Conjunta 4/2014 – normativo elaborado pela Anatel e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Ane-el) que estabeleceu regras para uso e ocupação dos postes, bem como o preço de referência para o com-partilhamento dos pontos de fixação a ser utilizado nos processos de resolução de conflitos.

A elaboração de resolução sobre compar-tilhamento de postes decorreu da constatação de um cenário de ocupação desordenada, oca-sionando barreiras à entrada de prestadores de serviços de telecomunicações, necessidade de estabelecimento de critérios objetivos para a resolução de conflitos entre empresas dos seto-res elétrico e de telecomunicações e ausência de atendimento às normas técnicas do setor elétrico.

Entenda melhor

Merecem destaque três pontos da Resolução:

• estabelecimento do valor de R$ 3,19 como preço de referência para o ponto de fixação;pagamento, pela prestadora de serviços de telecomunicações, de valor correspondente a um ponto de fixação por poste; e

• limitação do número de pontos de fixação ocu-pados em cada poste para apenas um por grupo de prestadora de serviço de telecomunicações, de modo a permitir o acesso de novos players.

As regras aprovadas foram discutidas com a socie-dade por meio de consultas e audiências públicas. As mais de 300 contribuições recebidas foram analisadas pelas duas agências reguladoras, resultando em impor-tantes alterações na proposta original.

Devido ao grande número de compartilhamentos já existentes, buscou-se um cronograma exequível de regularização para as situações atuais, de modo a mi-nimizar o impacto para as prestadoras (tanto as atuais ocupantes quanto as novas interessadas). Nesse sentido, a Resolução prevê que um cronograma de regularização seja acordado entre as partes e que os custos de acom-panhamento e de fiscalização da desocupação fiquem a cargo das prestadoras de serviços de telecomunicações, a partir da liberação do segundo ponto de fixação.

Ainda como resultado da implementação da Reso-lução Conjunta 4/2014, foi criado um grupo de trabalho com o objetivo de operacionalizar um sistema eletrôni-co para receber o cadastro atualizado da ocupação dos pontos de fixação dos postes. Os requisitos para o de-senvolvimento desse sistema foram aprovados no final de 2015.

Homologação de contratos

De acordo com a Resolução Conjunta 1/1999 – nor-mativo elaborado pela Anatel, pela Aneel e pela Agên-cia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) –, os contratos de compartilhamento de infraes-truturas entre os setores elétrico, de telecomunicações e petrolífero devem ser homologados pela agência regu-ladora do setor de atuação do detentor da infraestrutu-

ra, com análise prévia por parte da agência reguladora do setor de atuação do solicitante.

No caso do compartilhamento de postes, a Anatel analisa os contratos firmados entre as operadoras de telecomunicações e as distribuidoras de energia elétri-ca com o objetivo de garantir o atendimento à Reso-lução Conjunta 4/2014, verificando critérios como não discriminação e preços e condições justos e razoáveis. Em 2015, 548 contratos de compartilhamento de postes foram encaminhados pela Aneel.

Resolução de conflitos

Em 2015, foram instaurados 31 processos a serem decididos pela Comissão de Resolução de Conflitos das Agências Reguladoras dos Setores de Energia, Teleco-municações e Petróleo. No final do exercício, 29 ainda estavam em andamento. A maioria dos processos tra-tava do preço do ponto de fixação dos postes compar-tilhados entre as distribuidoras de energia elétrica e as empresas de telecomunicações.

Também ao longo de 2015, foram instauradas 41 novas reclamações administrativas, todas ainda em an-damento no final do ano. No exercício, foram decididos 91 processos. Os principais temas objeto dos conflitos foram:

• interconexão – retenção indevida;

• interconexão – técnico;

• interconexão – fraude; e

• Exploração Industrial de Linha Dedicada (EILD).

Interconexão

Para garantir a interconexão das redes de telecomu-nicações de forma isonômica e em condições equâni-mes, de acordo com o previsto na Resolução 410/2005, a Anatel realiza a homologação dos contratos de inter-conexão celebrados entre as prestadoras de telecomu-nicações.

No exercício, foram homologados 129 contratos.

4342

Movimentações de mercado

GVT/Telefônica

No exercício, a Anatel concedeu – por meio do Ato 448/2015 – anuência prévia para que a Telefônica Brasil S.A. adquirisse o controle integral da Global Village Te-lecom S.A. (GVT). Para a realização da operação, foram definidos os seguintes condicionamentos:

• apresentação de todas as certidões comprobató-rias de regularidade fiscal exigidas pela regula-mentação da Anatel;

• eliminação da sobreposição de outorgas de te-lefonia fixa existentes entre Telefônica e GVT no prazo máximo de 18 meses contados a partir da publicação do ato de concessão de anuência pré-via no Diário Oficial;

• assunção, pela Telefônica, das seguintes obriga-ções:

- manter, indefinidamente, no mínimo a atu-al cobertura geográfica de atendimento dos Grupos GVT e Telefônica para os serviços de Comunicação Multimídia (SCM) e de Acesso Condicionado (SeAC), abstendo-se de des-continuar totalmente sua oferta ou de subs-tituí-la por planos inacessíveis aos usuários finais já atendidos;

- manter as ofertas de planos de serviço e ofer-tas conjuntas do STFC, do SCM e do SeAC vi-gentes na data de aprovação da operação, pelo prazo mínimo de 18 meses, contados a partir da publicação do ato de anuência pré-via no Diário Oficial;

- manter, por no mínimo 18 meses, contados a partir da publicação do ato de anuência, to-dos os contratos firmados pela GVT com usu-ários de serviços de telecomunicações, salvo negociação entre as partes;

- apresentar à Anatel, no prazo de noventa dias, contados da publicação do ato de anu-ência prévia, plano de expansão da cobertura da rede e dos principais serviços de teleco-municações para, no mínimo, dez localidades fora do Estado de São Paulo ainda não aten-didas pelo grupo econômico ampliado, a ser implementado em no máximo três anos.

As mudanças de participação no mercado decorren-tes dessa operação são detalhadas no capítulo Panora-ma dos Serviços.

Neutralidade de rede

No primeiro semestre, a Anatel realizou consulta pública para receber contribuições da sociedade para a formulação do posicionamento da Agência sobre a re-gulamentação da neutralidade de rede prevista no §1º do artigo 9º da Lei 12.965/2014, que aprovou o Marco Civil da Internet.

A consulta foi estruturada em 31 questionamentos, organizados em seis temas:

• prestação adequada de serviços e aplicações;

• relações entre os agentes envolvidos;

• modelos de negócio;

• comunicações de emergência;

• bloqueio de conteúdo a pedido do usuário; e

• outras considerações.

Com base nas contribuições recebidas, a Anatel es-tava, no final do exercício, elaborando seu relatório para subsidiar a regulamentação da neutralidade de rede. Ao longo do ano, a Agência participou de discussões sobre o tema em diversos foros (Congresso Nacional, Ministé-rio das Comunicações, Ministério Público Federal, coo-perações internacionais, entre outros).

A discussão inclui tanto questões relativas à garan-tia dos direitos dos consumidores quanto as relativas

à concorrência entre os diversos agentes econômicos envolvidos, em especial os prestadores de serviços de telecomunicações e os provedores de conteúdos e de aplicações.

Além da consulta pública realizada pela Anatel, o Ministério da Justiça e o Comitê Gestor da Internet tam-bém realizaram, em 2015, consultas sobre o tema.

No Brasil, o conceito de neutralidade de rede foi estabelecido legalmente no Marco Civil da Internet, que determina que “o res-ponsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação”.

O documento dispõe também que “a discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribui-ções privativas do Presidente da República previstas no inciso IV do art. 84 da Consti-tuição Federal, para a fiel execução desta Lei, ouvidos o Comitê Gestor da Internet e a Agência Nacional de Telecomunicações, e somente poderá decorrer de: (i) requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequa-da dos serviços e aplicações; e (ii) prioriza-ção de serviços de emergência”.

Entenda melhor

Tarifas e preços

Remuneração de redes

Em fevereiro, as ligações locais e interurbanas feitas de telefone fixo para móvel ficaram mais baratas para o usuário. A queda foi consequência da redução dos va-lores de referência para tarifas de remuneração de re-

des móveis determinada pela Anatel por meio do Ato 1.082/2015.

A redução de tarifas abrangeu chamadas originadas nas redes de todas as concessionárias (Oi, Telefônica, CTBC, Embratel e Sercomtel) e destinadas às operadoras móveis.

Como resultado, foram registradas as seguintes re-duções:

• 22%, em média, nas ligações feitas de telefone fixo para móvel em que os DDDs são iguais (telefones com o DDD 21, por exemplo);

• 14%, em média, nas chamadas de fixo para móvel em que os DDDs dos telefones de origem e de destino da ligação têm apenas o primeiro dígito igual (DDDs 61 e 62, por exemplo); e

• 12%, em média, nas ligações em que os primeiros dígitos dos DDDs dos telefones de origem e de destino são diferentes (DDDs 31 e 41, por exem-plo).

Espectro

Licitação

Em outubro, a Anatel aprovou edital de licitação de faixas de radiofrequências com o objetivo de ampliar a cobertura de serviços de telecomunicações no País.

O texto final foi elaborado após a realização de con-sulta pública que recebeu 98 contribuições. A proposta de edital foi objeto, também, de audiência pública em Brasília, com possibilidade de participação remota dos interessados a partir das gerências regionais da Anatel.

Na licitação, foram oferecidos lotes nas faixas de 1.800 MHz, 1.900 MHz e 2.500 MHz, associadas à explo-ração dos serviços Móvel Pessoal, de Comunicação Mul-timídia e/ou Limitado Privado.

4544

Os adquirentes terão direito de uso das radiofre- quências por 15 anos, prorrogáveis por mais 15, e po-derão iniciar a operação de suas redes tão logo sejam assinados os Termos de Autorização.

Na disputa pelos lotes dos tipos A e B, foi registrado ágio médio de 16,7% – o maior ágio foi de 1.272,5%. Do total de lotes ofertados pela Anatel, 46,1% foram arre-matados. A tabela abaixo apresenta os resultados por empresa.

Empresa PropostaNextel Telecomunicações SMP Ltda. R$ 455.000.000,00

Telefonica Brasil S.A. R$ 185.450.079,39

Claro S.A. R$ 61.858.885,17

Tim Celular S.A. R$ 56.500.000,00

TPA Telecomunicações Ltda. R$ 2.455.423,99

Ligue Telecomunicações Ltda. R$ 1.045.919,03

Sercomtel S.A. – Telecomunicações R$ 241.000,00

Clivo Participações Ltda. R$ 120.001,00

Total R$ 762.671.308,58

Dos mais de 20 mil lotes do tipo C disponibilizados pela Anatel, 5,5 mil receberam lances, como detalhado na tabela abaixo, que distribui os dados por região.

Região Lotes com lancesNorte 256

Nordeste 1.633

Centro-Oeste 300

Sul 1.711

Sudeste 1.579

Total 5.479

As propostas apresentadas à Agência para esse con-junto de lotes somaram R$ 89,9 milhões, com ágio mé-dio de 99,4% – o maior ágio foi de 4.972%. O menor lance registrado nos lotes de tipo C foi de R$ 1,5 mil e o valor médio dos lances foi de R$ 16,4 mil.

No final do exercício, a Anatel estava analisando a documentação apresentada. Resultados preliminares in-dicavam que 324 empresas haviam ofertado lances para os quase 5,5 mil lotes indicados na tabela acima. Com a licitação, 2,9 mil municípios brasileiros – 52,1% do total – poderão ser atendidos por mais de uma prestadora de banda larga fixa, com significativo reforço de infra-estrutura em localidades que geralmente não atraem os grandes prestadores, mas são de interesses de peque-nos e médios provedores.

Cabe esclarecer que esses dados referem-se a le-vantamento realizado ao final de 2015; os valores po-derão ser alterados à medida que as fases do processo licitatório forem cumpridas.

Na licitação realizada em 2015, foram oferecidos, além de lotes com áreas geo-gráficas extensas, mais de 20 mil lotes para exploração de serviços de telecomunicações em nível municipal.

Para esses lotes, o cadastramento dos interessados e o envio das propostas de preço ocorreram remotamente, por meio de sistema eletrônico na internet, de modo a incentivar e facilitar a participação dos prestadores de menor porte econômico. Também nesse sentido, a maioria dos lotes municipais foi ofertada a preços inferiores a R$ 10 mil.

Os compradores contaram com condi-ções de pagamento facilitadas: entrada de 10% e dez parcelas iguais e anuais, a partir do terceiro ano, com taxa de juros simples de 0,25% ao mês mais IGP-DI.

Entenda melhor

Destinação de faixas

SeAC

Por meio da Resolução 648/2015, a Anatel destinou ao Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) faixas de ra-diofrequências até então destinadas aos serviços de Dis-tribuição de Sinais Multiponto (MMDS), de Distribuição de Sinais de Televisão e de Áudio por Assinatura via Sa-télite (DTH) e Especial de Televisão por Assinatura (TVA).

A Resolução consolidou a transição das modalida-des de TV por Assinatura para o serviço instituído pela Lei 12.485/2011, após um período de adaptação das ou-torgas em que a maior parte das prestadoras optou por se filiar às regras do SeAC.

Com a nova resolução, a Anatel buscou:

• adequar a regulamentação de condições de uso de radiofrequências à Lei 12.485/2011, que dis-põe sobre a comunicação audiovisual de acesso condicionado, bem como à Resolução 581/2012, que aprovou o Regulamento do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC);

• atender a necessidade de expansão dos serviços de TV por Assinatura para distribuição de conte-údos; e

• estabelecer ambiente que propicie a realização de novos investimentos, incremente a competição e a diversidade de serviços de telecomunicações e promova a indústria nacional.

CertificaçãoA certificação e a homologação garantem ao consu-

midor a aquisição e o uso de produtos de telecomunica-ções que respeitam padrões de qualidade e de seguran-ça, além das funcionalidades técnicas regulamentadas.

O Regulamento sobre Certificação e Homologação, aprovado pela Resolução 242/2000, estabelece que a emissão do documento de homologação é pré-requisito obrigatório para fins de comercialização e utilização, no Brasil, de produtos para telecomunicações.

No exercício, foram homologados pela Anatel 6,3 mil produtos de telecomunicações, volume 18,3% maior que o registrado em 2014, como mostra o gráfico abaixo.

10.068

2.683 3.179

3.456 4.470 4.773 4.743 5.007 5.309 5.367 6.347 18,49%

8,71%

29,34%

6,78%

-0,63%

5,57%

6,03%

1,09%

18,26%

-5,00%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

-2.000

-

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2002-2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Produtos Variação

Evolução de produtos homologados

4746

De acordo com o modelo adotado no Brasil, os Or-ganismos de Certificação Designados (OCDs) realizam o processo de certificação dos produtos de telecomu-nicações após a realização de ensaios em laboratórios especializados acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inme-tro) ou avaliados por um OCD. A Anatel, por sua vez, é responsável por expedir os atos de homologação, como detalhado na imagem a seguir.

O fabricante seleciona um OCD e fornece

informações técnicas sobre o produto que pretende homologar

O fabricante escolheum laboratório e

fornece uma amostrado produto

O OCD analisa os resultados, emite o

Certi�cado de Conformidade e o

cadastra no sistemada Anatel

A Anatel analisa toda a documentação e emite

o Certi�cado de Homologação

O laboratório executa os ensaios previstos na

regulamentação e emite o Relatório de Ensaio

O OCD analisa o produto e suas

características e determina os padrões e os ensaios aplicáveis

Os cinco primeiros passos são realizados pelo inte-ressado na homologação e o tempo para a execução de cada passo depende do próprio interessado, do labo-ratório de ensaio e do Organismo de Certificação De-signado. O interessado na homologação tem acesso a todos esses passos e – como cada etapa depende de sua atuação – pode influenciar nos tempos de execução.

Ao longo do ano, o prazo médio na Anatel para a homologação de produtos de telecomunicações (sexto

passo do esquema) foi de 28 dias. Esse prazo médio, cabe ressaltar, engloba o tempo de análise da Anatel para cada requerimento, além dos prazos necessários para que o OCD corrija inconsistências identificadas no processo.

Qualidade continuada

Desde 2013, a Anatel avalia o desempenho dos OCDs, de modo a promover a melhoria contínua do processo de certificação e homologação de produtos para telecomunicações. Por meio do Programa de Qua-lidade Continuada dos Organismos de Certificação De-signados, a Agência estabelece metas específicas para a quantidade máxima de requerimentos de homologação, de cada OCD, que passam por exigências antes de sua aprovação, o que reflete a necessidade de reavaliação da documentação apresentada, decorrente de alguma falha técnica ou documental ocorrida durante o processo de avaliação da conformidade do produto.

A Anatel divulga trimestralmente, em seu portal na internet, os resultados desse acompanhamento. No final de 2015, o percentual médio de requerimentos anali-sados pela Agência que passaram por exigências foi de 9,9%, como aponta o gráfico na página ao lado.

As exigências são analisadas pela Anatel e reporta-das ao OCD específico para análise e definição de Plano de Medidas Corretivas. Desde o início do Programa de Qualidade Continuada, os Organismos de Certificação Designados evoluíram de maneira significativa, por meio de avaliação mais crítica de seus processos internos.

No início de 2013, a Anatel trabalhava com meta de até 25% de exigências para cada OCD; desde então, essa meta tem sido ajustada periodicamente, de modo a aumentar a qualidade desses organismos. No final de 2015, os OCDs com maior participação de mercado já estavam próximos do objetivo de 5% de exigências.

Os dados sobre o Programa de Qualidade Continu-ada estão disponíveis no portal da Anatel na internet.

IPv6

Desde dezembro de 2015, as prestadoras de tele-comunicações disponibilizam, nos principais centros do País, endereços no protocolo IPv6 aos seus novos usu-ários. Para as interconexões e interligações (usuários coorporativos), o novo protocolo já está disponível nos principais pontos de troca de tráfego de todas as pres-tadoras.

O IP (Internet Protocol ) é o principal protocolo de comunicação da internet, responsável por endereçar e encaminhar as informações que trafegam pela rede, identificando cada dispositivo conectado a ela. A versão 6 desse protocolo (IPv6) foi criada devido à falta de endereços possíveis de serem alocados pela atual versão 4 (IPv4), cuja capacidade está esgotada.

Entenda melhor

Em fevereiro de 2014, a Anatel, com participação das prestadoras de telecomunicações e do NIC.br, ini-ciou a coordenação das atividades necessárias à adoção

do novo protocolo nas redes brasileiras e da solução temporária para o período de transição para o IPv6.

Até a migração completa, foi definida a adoção do compartilhamento de endereços IPv4 públicos. Com essa solução, vários usuários irão, num mesmo instante, acessar a internet por meio do mesmo endereço IP pú-blico. Essa medida tem como objetivo permitir o cresci-mento dos usuários de banda larga do País mesmo com o esgotamento dos endereços IPv4 disponíveis.

Durante a fase de transição, nas localidades onde não houver oferta de IPv6, a prestadora deverá alocar ao usuário, de forma dinâmica ou fixa, um endereço IPv4 público não compartilhado.

Entre as determinações da Anatel relativas ao IPv6 destacam-se:

• Ato 7.424/2014 – definiu os requisitos técnicos de avaliação do suporte ao protocolo IPv6 nos pro-dutos para telecomunicações para equipamentos DOCSYS (cable modem) e de Redes Móveis;

• Ato 3.276/2015 – determinou que, a partir de 1º de janeiro de 2016, são compulsórios os requi-sitos técnicos para avaliação do suporte ao pro-tocolo IPv6 nos produtos para telecomunicações com interface para as redes móveis indicados na

Metas x exigências dos OCDs

25,0% 25,0%

20,0% 20,0%

15,0% 15,0%

10,0% 10,0% 7,5% 7,5% 7,5%

5,0%

18,0% 16,5%

10,1%

14,9% 13,4% 13,4%

13,3% 16,3%

14,3% 12,0% 10,7%

9,9%

1T2013 2T2013 3T2013 4T2013 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015

Meta Exigências

4948

Lista de Requisitos Técnicos de Produtos para Telecomunicações;

• Ato 6.426/2015 – atualizou a lista de requisitos para equipamentos com interface para as redes móveis, mantendo o prazo de compulsoriedade definido no ato anterior; e

• Ato 50.554/2015, determinou que, a partir de 1º de novembro de 2016, serão compulsórios os requi-sitos técnicos para avaliação do suporte ao pro-tocolo IPv6 nos produtos para telecomunicações com interfaces xDSL (Digital Subscriber Line) e xPON (Passive Optical Network) destinados às re-des fixas indicados na Lista de Requisitos Técnicos de Produtos para Telecomunicações.

Acompanhamento, controle e fiscalização

A Anatel acompanha permanentemente a prestação dos serviços de telecomunicações por meio da análise de informações coletadas a partir de manifestações de usuários, ações de fiscalização em campo e dados dos sistemas interativos da Agência, como os de Infraestru-tura Crítica (Siec) e de Gestão da Qualidade (SGQ).

Ao identificar indícios ou tendência de descumpri-mento de obrigações, a Agência adota medidas de con-trole que objetivam a melhoria da prestação dos servi-ços, soluções para as inconformidades detectadas e a reparação ou minimização de eventuais danos ao setor e aos usuários.

As diretrizes de fiscalização para o período 2015-2016 definiram sete temas prioritários a serem trata-dos nas atividades de fiscalização desempenhadas pela Anatel:

1. Termos de Ajustamento de Conduta;

2. Direitos e garantias gerais dos consumidores;

3. Qualidade da banda larga no Serviço Móvel Pes-soal e no Serviço de Comunicação Multimídia;

4. Redes do Serviço Telefônico Fixo Comutado;

5. Telefones de Uso Público nas Regiões Norte e Nordeste;

6. Olimpíadas e Paralimpíadas no Rio de Janeiro e outros grandes eventos nacionais; e

7. Plano Geral de Metas para a Universalização na Região Norte e áreas indígenas.

Em 2015, a Agência realizou 9,4 mil ações de fisca-lização; a previsão inicial era de 12,5 mil. A diferença foi resultado, principalmente, das restrições financeiras de-correntes da edição da Portaria 172/2015, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Por meio de novo planejamento, a Anatel buscou otimizar os recursos destinados às atividades de fisca-lização que demandavam maiores gastos com diárias e deslocamentos. Ainda assim, o número de ações regis-trou queda de quase 25% em relação aos anos anterio-res, como mostra o gráfico abaixo.

Evolução das ações de fiscalização (em mil)

13,7 10,6 12,3 12,5

9,4

-22,63%

16,04%

1,63%

-24,80%

2011 2012 2013 2014 2015

Ações de fiscalização Variação

São destacados a seguir os principais resultados alcançados no exercício.

Qualidade da banda larga

As fiscalizações referentes ao Plano de Monitora-mento de Redes são atividades de abrangência nacional, com granularidade municipal. Por meio delas, a Anatel verifica a qualidade da banda larga nos serviços Móvel

Pessoal (SMP) e de Comunicação Multimídia (SCM). São acompanhados indicadores de disponibilidade e de re-paro, além de indicadores de rede que refletem o de-sempenho da infraestrutura em termos de percentuais de estabelecimentos e quedas de conexões de dados.

Os indicadores de velocidades instantânea e média de conexão são verificados pela Entidade Aferidora de Qualidade (EAQ) e disponibilizados à Agência para a tomada das medidas pertinentes. Mensalmente, os re-sultados dos indicadores monitorados pela Anatel são atualizados no Aplicativo “Serviço Móvel”, para ampla divulgação à sociedade.

Dados detalhados sobre a evolução da qualidade da banda larga estão disponíveis no capítulo Panorama dos Serviços.

Telefonia fixa

No final do exercício, estavam em execução ações de fiscalização relativas ao Serviço Telefônico Fixo Co-mutado (STFC) para verificações relativas a reparo e a disponibilidade do serviço.

Também foram realizadas, em 2015, atividades para a verificação das conexões providas pelas concessioná-rias Oi e Telefônica no âmbito do Programa Banda Larga nas Escolas Públicas Urbanas e fiscalizações de backhaul, para identificação dos enlaces de fibra ótica já implan-tados, em todo o Brasil, nas redes de transmissão dessas concessionárias e da CTBC.

O funcionamento da telefonia de uso público (ore-lhões) nas regiões Norte e Nordeste e o cumprimento do Plano Geral de Metas para a Universalização na Re-gião Norte e em áreas indígenas também foram objeto das verificações realizadas em 2015: os esforços da Ana-tel envolveram 14 Unidades da Federação: Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Bahia, Sergipe, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Pará, Maranhão, Amapá, Amazonas, Ron-dônia e Roraima.

Como essas ações foram concluídas apenas no final do ano, a Agência analisará os relatórios de fiscalização – para a adoção das medidas cabíveis – ao longo de 2016.

Compromissos de abrangência

Como forma de ampliar a abrangência da telefonia móvel, a Agência estabelece, nos editais de licitação das faixas de radiofrequência destinadas ao serviço, diversos compromissos de atendimento.

Nas licitações realizadas em 2007 e em 2010, a Ana-tel estabeleceu que 2.686 municípios deveriam estar atendidos por pelo menos uma prestadora do SMP com tecnologia 3G até o final de 2014; até o final de 2015, mais 674 municípios deveriam contar com essa cobertu-ra. A licitação realizada em 2012, por sua vez, estabele-ceu que todos os municípios deverão ser atendidos por 3G até o final de 2019.

Em relação à tecnologia 4G, a licitação de 2012 es-tabeleceu que, até o final de 2014, todas as capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes (45 cidades) deveriam estar atendidos por quatro prestadoras – co-bertura que deveria ser expandida, até o final de 2015, para todos os municípios com mais de 200 mil habitan-tes (88 cidades). Ainda segundo o edital, até 2017, pouco mais de mil municípios deverão ser atendidos com 4G.

Ao longo de 2015, foram verificados os compromis-sos vencidos em 2014, o que resultou nos quantitati-vos de municípios apontados no gráfico abaixo. Cabe destacar que esses números referem-se exclusivamen-te às obrigações previstas nos editais de licitação, cujo cumprimento foi fiscalizado e atestado. O mapa efeti-vo de atendimento ultrapassa esses quantitativos, visto que diversos municípios são atendidos por interesse da prestadora, sem que haja compromisso estabelecido.

5150

Municípios atendidos por tecnologia

2.997

1.025

5.570 2.573

45

Municípios com 2G Municípios com 3G Municípios com 4G

Meta Atendidos

Os compromissos com vencimento em 2015, por sua vez, serão verificados ao longo do ano de 2016.

Direitos e garantiasdos consumidores

Durante todo o ano de 2015, foram realizadas ações para a fiscalização das obrigações constantes do Regu-lamento Geral de Direitos dos Consumidores dos Servi-ços de Telecomunicações (RGC).

Foram verificados itens do Regulamento que entra-ram em vigor nos anos de 2014 e 2015, em esforço que demandou 38,9 mil horas de trabalho em 24 Unidades da Federação. A fiscalização do RGC abrange os quatro principais serviços de telecomunicações de interesse co-letivo: telefonias fixa e móvel, banda larga fixa e TV por assinatura.

Segundo o Regimento Interno da Anatel, o PAC é o conjunto de medidas necessárias para o acompanhamento da prestação dos serviços de telecomunicações, para a preven-ção e para a correção de práticas em desacor-do com as disposições estabelecidas em lei, regulamento, norma, contrato, ato, termo de autorização ou permissão, bem como em ato administrativo de efeitos concretos em maté-ria de competência da Agência.

Entenda melhor

Caso as regras estabelecidas pela Agência sejam descumpridas, as operadoras poderão ser multadas em valores que podem chegar até R$ 50 milhões.

Para acompanhar a implementação das obrigações trazidas pelo RGC, foram instaurados Procedimentos de Acompanhamento e Controle (PACs) em face dos maio-res grupos que prestam serviços de telecomunicações e programadas ações de fiscalização.

Ao longo de 2015, foram fiscalizados todos os itens que entraram em vigor em 2014, observando-se, princi-palmente, os seguintes aspectos:

• recebimento de mensagens publicitárias;

• pedidos de cancelamento;

• retorno automático de ligações;

• correspondência entre oferta, contrato e prática da prestadora;

• sumário da contratação;

• devolução dos valores pagos indevidamente;

• cobrança de serviços adicionais; e

• informação da validade dos créditos.

No final do exercício, os relatórios das fiscalizações estavam em processo de análise para que fosse verifica-da a existência de infrações e a necessidade de adoção de providências pela Anatel.

Fiscalização Tributária

As ações de fiscalização relacionadas ao Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust) e ao Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Te-lecomunicações (Funttel) realizadas no exercício tiveram foco nos anos-calendário de 2011 e 2012.

Em 2014, haviam sido fiscalizadas, para esses anos--calendário, apenas as grandes empresas; em 2015, o trabalho esteve concentrado nas empresas menores, o que resultou em diminuição dos valores apurados.

A Agência realizou 3,2 mil ações, que permitiram a fiscalização de 1,2 mil entidades e a apuração de R$

169,2 milhões para o Fust e de R$ 84,6 milhões para o Funttel, conforme tabela abaixo.

Ao longo do ano, foram realizadas outras 217 ações referentes a impugnações de créditos tributários lançados como resultado de fiscalizações relacionadas ao Fust e ao Funttel em anos anteriores.

Os relatórios de fiscalização tributária relativos ao Fust são enviados à área de arrecadação da Anatel e os do Funttel, ao seu Conselho Gestor, no Ministério das Comu-nicações, por meio de processos administrativos fiscais.

Resultados da fiscalização tributáriaFust Funttel

Arbitrado1 R$ 91.107.816,80 R$ 45.553.908,40

Auditado2 R$ 78.079.913,65 R$ 39.039.956,83

Total R$ 169.187.730,45 R$ 84.593.865,23

1 Situação em que a prestadora não responde ao requerimentos de informações da Anatel e casos em que os documentos encaminhados são insuficientes para a identificação da Receita Operacional Bruta decorrente da prestação de serviços de telecomunicações.

2 Situação em que a documentação encaminhada pelas prestadoras é suficiente para a identificação da base de calculo, ou seja, é identificada a Receita Operacional Bruta decorrente da prestação de serviços de telecomunicações.

FronteirasNo segundo semestre de 2015, a Anatel iniciou pro-

jeto para aprimorar as ações de prevenção de problemas decorrentes de radiointerferências causadas por emissões de sinais de estações de radiocomunicação instaladas em países vizinhos.

No exercício, foram realizadas medições em mu-nicípios com maior incidência de interferências des-sa natureza no Rio Grande do Sul, no Paraná e no Mato Grosso do Sul.

Os dados obtidos pela fiscalização em campo nes-sas regiões de fronteira serão usados como subsídio para atividades de planejamento e harmonização regio-nal do espectro, coordenação de estações fronteiriças e relações internacionais no âmbito do Mercosul ou na esfera bilateral.

Bens reversíveisAo longo do ano, as ações de fiscalização relaciona-

das a bens reversíveis tiveram dois objetivos principais:

• verificação pontual de imóveis, para subsidiar a análise das alegações das concessionárias de não reversibilidade; e

• verificações sistêmicas, para análise de consistência das Relações de Bens Reversíveis, uso da conta vin-culada e outros.

No final do exercício, esse conjunto de informações se encontrava em análise na Agência.

Ônus contratual

No exercício, a Anatel arrecadou R$ 525,6 milhões em decorrência do ônus contratual. As seis concessionárias de telefonia fixa recolheram – a título de ônus incidente sobre a renovação dos contratos de concessão – R$ 390,0 milhões. As prestadoras de telefonia móvel, por sua vez, recolheram R$ 135,6 milhões relativos ao ônus devido à renovação dos termos de autorização de uso de radiofre-quência e exploração do SMP.

Combate a não outorgadasEm 2015, a Anatel interrompeu o funcionamento de

587 estações de entidades não outorgadas, como detalha-do na tabela a seguir. As entidades de telecomunicações responderam por 54,2% do total de estações que tiveram seu funcionamento interrompido pela Anatel.

5352

Estações interrompidasRadiodifusão

Telecomunicações TotalUnidade da Federação Total ≥ 25 watts >25 watts Sem registro de potência

SedeDistrito Federal

13 4 4 5 2 15

GR01São Paulo

24 5 11 8 33 57

GR02Rio de Janeiro e Espírito Santo

9 2 2 5 25 34

GR03Paraná e Santa Catarina

10 7 2 1 51 61

GR04Minas Gerais

53 21 28 4 14 67

GR05Rio Grande do Sul

15 1 1 13 7 22

GR06Pernambuco, Alagoase Paraíba

22 10 2 10 9 31

GR07Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins

17 8 8 1 38 55

GR08Bahia e Sergipe

31 10 9 12 47 78

GR09Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí

21 6 11 4 61 82

GR10Pará, Maranhão e Amapá

53 24 19 10 24 77

GR11Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima

1 0 0 1 7 8

Total 269 98 97 74 318 587

No exercício, a gerência regional que reúne Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí concentrou o maior número de estações interrompidas (82); o menor número foi identificado pela gerência que reúne Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima, como mostra o gráfico abaixo, que apresenta, também, como evoluiu o número de interrupções em esta-ções de entidades não outorgadas por gerência regional entre 2014 e 2015.

Estações interrompidas

22 6

17 25 27

65

159

46

72 85

55

84

8 15 22 31 34 55 57 61 67

77 78 82

- 63,64%

150,00%

29,41% 24,00% 25,93%

-15,38%

-64,15%

32,61%

-6,94% -9,41%

41,82%

-2,38%

-100%

-50%

0%

50%

100%

150%

-100

-50

0

50

100

150

200

GR11AM, RO, AC e

RR

SedeDF

GR05RS

GR06PE, AL e PB

GR02Rj e ES

GR07GO, MT,MS e TO

GR01SP

GR03PR e SC

GR04MG

GR10PA, MA e AP

GR08BA e SE

GR09CE, RN e PI

2014 2015 Variação

Denúncias

Ao longo de 2015, foram trata-das 1,8 mil denúncias, incluindo as de radiointerferência. Considerando o prazo regimental para solução – 90 dias, prorrogáveis por mais 90 –, 82,9% das denúncias foram concluí-das dentro do prazo.

As denúncias de uso não auto-rizado do espectro e de prestação de serviço clandestino somaram, no exercício, 55% de todas as denúncias recebidas pela Anatel, como detalha-do no gráfico ao lado.

Distribuição das denúncias recebidas

Uso não autorizado do espectro

infração ao art.163720

30,68%

Prestação de serviço de

telecomunicação sem outorga

(clandestinidade) infração ao art.131

56123,90%

Radiointerferência interesse comercial

23710,10%

Radiointerferência demais casos

1446,13%

Radiointerferência risco à vida

1315,58%

Obrigações de homologação/

certificação de produtos123

5,24%

Obrigações contratuais

1044,43%

Operação em desacordo com os

dados técnicos aprovados

984,18%

Demais assuntos229

9,75%

5554

Radiomonitoração de satélites

Ao longo de 2015, a Anatel desenvolveu diversas ações estruturantes para fortalecer sua capacidade ope-racional no combate a casos de interferência, dentre as quais se destacam:

• o desenvolvimento de ferramentas de suporte e mapas de estações terrenas que permitem visão mais precisa das estações e entidades a serem fis-calizadas;

• o estabelecimento de equipe dedicada ao projeto;

• as interações com universidades, a Marinha do Brasil, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) e outros órgãos reguladores que possuem processos e operam estações de radiomonitora-ção de satélites; e

• o desenvolvimento de técnicas para otimização da operação da Estação de Radiomonitoração de Sa-télites (EMSAT), com redução significativa de erros de geolocalizações de interferências em satélites.

Como resultado desse trabalho, foram soluciona-dos, no exercício, seis casos de interferências:

• quatro relativos a interferências em satélites, in-cluindo um caso de interferência em sistema de suporte ao trafego aéreo, impactando duas regi-ões do País; e

• dois relativos a estações terrenas de recepção de satélite, impactando serviços de TV terrestre de Região Nordeste.

Grandes eventos

Eventos que envolvem volume significativo de pú-blico, demanda do espectro de radiofrequências e/ou número de equipamentos de radiofrequência – como acontece com as comemorações de ano-novo e os des-files de carnaval – costumam demandar uma atuação di-ferenciada da fiscalização da Anatel.

Nesses casos, as ações de fiscalização têm como objetivo:

• monitorar o espectro de radiofrequências;

• coibir o uso de equipamentos não autorizados;

• fiscalizar interferências prejudiciais; e

• monitorar a qualidade e fluidez dos serviços mó-veis de voz e de dados.

No exercício, a Anatel atuou em diversos eventos de grande porte no País, tais como:

• Carnaval, no Rio de Janeiro/RJ e em Salvador/BA;

• Fórmula Truck, em Campo Grande/MS;

• Festival Folclórico de Parintins, em Parintins/AM;

• Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em Palmas/TO; e

• Fórmula 1 2015, em São Paulo/SP.

Rio 2016

Em 2015, a Anatel participou de eventos-teste pre-paratórios para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, incluindo a fase final da Liga Mundial de Vôlei e competições de triatlo, remo, hipismo, vela e tiro com arco, além de testes específicos de equipamentos e fre-quências com o Comitê Rio 2016.

Nesses eventos, foram realizadas inspeções de equipamentos de radiocomunicação utilizados pelas entidades envolvidas na cobertura e na organização do evento, como veículos com estações terrenas itinerantes em veículos (SNGs), câmeras de filmagem sem fio, mi-crofones sem fio e radiocomunicadores portáteis.

Além de garantir o espectro livre de interferências, a Agência realizou testes com instrumental de controle do espectro e identificou necessidades técnicas e logís-ticas para os Jogos, com foco principal nas demandas de monitoração do espectro, prevenção, solução de inter-ferências e combate ao uso não autorizado de radiofre-quências.

Também foram realizados testes de monitoração de emissões de sinais de satélites utilizados durante a transmissão do evento para o Brasil e exterior, executa-dos por meio de acesso remoto à Estação de Monitora-ção de Satélites da Anatel, instalada no Rio de Janeiro.

De forma geral a Anatel tem encontrado, nos even-tos-teste, condições para verificar os planos e os pro-cedimentos que serão aplicados nos Jogos Rio 2016. Visando o aprimoramento dos processos, a Agência tem mantido diálogo com o Comitê Rio 2016 e demais entidades participantes, aperfeiçoando rotinas específi-cas relacionadas com temas como segurança do evento, credenciamento, infraestrutura, comunicação interna e externa.

Do ponto de vista de qualidade do serviço, a Anatel tem realizado, desde o início de 2015, reuniões com as prestadoras de telefonia móvel de modo a manter os in-dicadores de qualidade (taxa de conexão e desconexão de voz e dados), em todos os locais de competição, den-tro dos patamares exigidos na regulamentação mesmo com o aumento de tráfego esperado para o evento.

Atendendo a demanda do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, foram mapea-das também as principais infraestruturas críticas de tele-comunicações no Rio de Janeiro e nas cidades sedes do futebol olímpico.

Os Jogos Olímpicos Rio 2016 – primeiro evento desse tipo realizado na América do Sul – reunirão 10,5 mil atletas de 205 paí-ses e 42 modalidades esportivas. As disputas ocorrerão em 33 locais de competição espa-lhados em quatro regiões da cidade.

Os Jogos Paralímpicos, por sua vez, reu-nirão 4,3 mil atletas de 178 países. Serão 20 locais de competição e 23 modalidades es-portivas.

Até maio de 2016, serão realizados 39 eventos-teste.

Entenda melhor

5756

TACsEm 2015 a Anatel prosseguiu nas negociações ini-

ciadas no ano anterior com diversos grupos de teleco-municações visando à celebração dos primeiros Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) nos moldes estabe-lecidos pelo Regulamento de Celebração e Acompanha-mento de Compromisso de Ajustamento de Conduta, aprovado pela Resolução 629/2013.

Até o final do exercício, haviam sido propostos 32 Processos de Negociação de TAC com 11 grupos econô-micos, abrangendo os serviços de telefonia fixa, telefo-nia móvel, TV por Assinatura e banda larga fixa.

No âmbito desses processos, foram analisados cerca de cem requerimentos solicitando a admissão de mais de 3,3 mil processos administrativos da Agência (san-cionatórios, de acompanhamento e controle, cautelares e outros).

No final do ano, 1,7 mil processos administrativos haviam sido admitidos nessas tratativas – como deta-lhado na tabela abaixo – e deverão compor os valores de referência que serão utilizados nos Termos de Ajusta-mento em análise.

Grupos econômicos

Processos admitidos

Processos denegados

Desis-tência Total

Oi 1.315 915 41 2.271

Telefônica 201 373 110 684

Embratel 77 33 56 166

Tim 43 5 24 72

CTBC 40 2 1 43

GVT 18 5 19 42

Sercomtel 16 6 12 34

Local Int 6 6

Sky 2 2

Unify 2 2

BBS Options 1 1

Total 1.720 1.340 263 3.323

Esses processos – para os quais estão sendo esta-belecidos compromissos e metas a serem atendidos pe-las compromissárias ao longo do prazo de vigência dos TACs a serem celebrados – englobam mais de 18 mil in-frações distribuídas em quatro macrotemas:

• universalização e ampliação do acesso,

• qualidade e interrupções,

• direitos e garantias dos usuários e

• fiscalização.

O volume de processos e o número de infrações permite inferir a complexidade inerente às negociações e explicam o motivo pelo qual não houve o estabeleci-mento de TACs ao longo de 2015.

Pados e multasA Anatel instaurou, ao longo do exercício, 2,4 mil

Procedimentos para Apuração de Descumprimento de Obrigações (Pados), 30,9% a menos que em 2014. Essa queda deve-se à opção da Agência por outros mecanis-mos de controle, como os Procedimentos de Acompa-nhamento e Controle (PACs) e os Termos de Ajustamen-to de Conduta (TACs). No período, foram encerrados 6,3 mil Pados – 34,7% a mais que em 2014.

Evolução dos PadosPados Instaurados Encerrados

Até 2009 66.959 47.790

2010 3.894 7.288

2011 4.893 8.909

2012 4.055 13.138

2013 4.458 4.148

2014 3.455 4.651

2015 2.388 6.265

Ao longo do exercício, a Anatel constituiu 3,9 mil multas, volume 46,5% maior que o registrado em 2014. Do ponto de vista financeiro, no entanto, houve redução de 73,7% – o montante caiu de R$ 469,0 milhões para R$ 123,2 milhões. Essa redução no valor constituído é resultado das negociações relativas aos TACs, que suspenderam a aplicação de multas para os processos em discussão.

A arrecadação de multas também teve redução no período: caiu de R$ 121,3 milhões em 2014 para R$ 39,1 mi-lhões em 2015. Parte dessa diminuição justifica-se pelo fato de que, em 2014, havia sido registrado incremento na arrecadação de multas devido a benefícios oferecidos pela Lei 12.996/2014, que estabeleceu descontos nas multas e nos juros de dívidas vencidas até o final de 2013. Uma das empresas sancionadas pela Anatel efetuou o pagamento, à vista, de 29 multas que totalizaram R$ 82,3 milhões.

O gráfico abaixo mostra a variação, nos últimos anos, dos valores de multas constituídas e arrecadas.

Multas (em R$ milhões)

44,07 56,52 67,81 91,09 267,60

646,92

1.027,38

1.984,00

468,96 123,23

78,90 93,90 114,60 65,50 76,80 76,30 72,30 90,03 121,31

39,10 -

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Multas constituídas Multas arrecadadas

Do total de multas constituídas no exercício, 24,1% haviam sido quitadas – crescimento de 18,2 pontos percentu-ais na comparação com 2014 –, como detalhado no gráfico a seguir.

5958

Desde o ano 2000, a Agência constituiu 54,6 mil mul-tas com valor total de R$ 5,0 bilhões. Desse valor, foram arrecadados R$ 709,7 milhões, sendo R$ 705,4 milhões em decorrência de multas integralmente quitadas e R$ 4,3 milhões resultantes de multas arrecadadas parcial-mente.

Multas constituídas são aquelas apuradas e conso-lidadas por meio de regular processo administrativo em que não seja mais cabível qualquer recurso, encontran-do-se, assim, superada a fase do contencioso administra-tivo. Somente após o trânsito em julgado a sanção tor-na-se líquida, certa e exigível e a Anatel pode adotar as ações de cobrança cabíveis.

Das 19,3 mil multas que não haviam sido quitadas integralmente até o final do exercício, 812 estavam sus-pensas judicialmente, quantitativo que responde por 45,9% do volume financeiro de multas constituídas. Este percentual se deve ao fato de que as empresas de gran-de porte tendem a recorrer ao Judiciário, suspendendo o pagamento. A Agência vem, por meio de sua Procurado-ria, agindo na esfera judicial para a adoção de medidas de cobrança necessárias. As multas suspensas judicial-mente respondem por R$ 2,3 bilhões.

No final do exercício, 15,4 mil multas (28,2%) esta-vam inscritas no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e/ou na Dívi-da Ativa, totalizando R$ 2,0 bilhões. Havia, ainda, pouco mais de mil multas (1,9%) parceladas.

Para 1,5 mil multas (2,7%), que somavam R$ 12,9 mi-lhões, haviam sido expedidos comunicados para os de-vedores, informando-os de que o não pagamento do dé-bito resultaria em inclusão no Cadin, no prazo de 75 dias.

Após esse prazo legal, caso não haja o pagamen-to, a Anatel realiza a inscrição do devedor no Cadin e encaminha o processo para inscrição em Dívida Ativa e ajuizamento de execução fiscal. Em algumas Unidades da Federação, a Agência também já iniciou o encami-nhamento de processos para inscrição em Dívida Ativa e realização de protesto extrajudicial.

As 582 multas (1%) em fase de notificação (Comu-nicado Cadin pendente de expedição), de modo geral, correspondem a créditos recentemente constituídos de forma definitiva para os quais ainda não foi expedido o comunicado para inscrição no Cadin.

O inadimplemento das obrigações para com a Ana-tel pode resultar em medidas como restrição da certidão negativa de débitos e o impedimento no licenciamento de novas estações. A regularidade fiscal das prestadoras constitui-se em condição para participar de licitações, requerer outorgas, bem como celebrar contratos com a Agência.

O quadro ao lado apresenta a situação das multas constituídas pela Anatel entre 2000 e 2015.

Quitadas - 5,95%

Suspensas judicialmente6,86%

Inscritas em Cadin e/ou Dívida Ativa66,67%

Comunicado Cadin expedido - 20,10%

Outros - 0,42%

2014

Quitadas - 24,13%

Suspensas judicialmente 25,15%

Inscritas em Cadin e/ou Dívida Ativa 38,73%

Comunicado Cadin expedido - 3,82%

Outros - 8,18%

2015

468,96

123,23

Multas Constituídas (em R$ milhões)

Multas Constituídas Anatel (2000-2015)Montante Arrecadado Integralmente

Situação Financeiro (em R$) Percentual (Financeiro)

Físico Percentual (Físico)

Multas Arrecadadas 705.401.757,93 14,01% 35.332 64,67%Montante Arrecadado Parcialmente

Situação Financeiro (em R$) Percentual (Financeiro)

Físico Percentual (Físico)

Suspensas judicialmente 2.692.209,96 0,05% 9 0,02%

Parceladas 330.994,51 0,01% 253 0,46%

CADIN e/ou Dívida Ativa 1.033.852,09 0,02% 978 1,79%

Comunicado (CADIN) expedido

163.688,14 0,00% 127 0,23%

Comunicado (CADIN) em fase de notificação

50.361,44 0,00% 34 0,06%

Subtotal 4.271.106,14 0,08% 1.401 2,56%Montante Não Arrecadado

Situação Financeiro (em R$) Percentual (Financeiro)

Físico Percentual (Físico)

Suspensas judicialmente 2.309.485.534,65 45,86% 803 1,47%

Parceladas 13.393.692,66 0,27% 765 1,40%

CADIN e/ou Dívida Ativa 1.982.767.155,58 39,37% 14.422 26,40%

Comunicado (CADIN) expedido

12.732.675,56 0,25% 1.363 2,50%

Comunicado (CADIN) em fase de notificação

8.009.863,26 0,16% 548 1,00%

Subtotal 4.326.388.921,71 85,91% 17.901 32,77%Total 5.036.061.785,78 100,00% 54.634 100,00%

Os montantes integral e parcialmente arrecadados correspondem ao valor principal recolhido, sem o acréscimo de juros e correção monetária.

O montante ainda não arrecadado corresponde ao saldo devedor principal, desconsiderando os acréscimos moratórios.

6160

Consumidor

Atendimento

Ao longo de 2015, a Anatel realizou 6,7 milhões de atendimentos – volume 11,0% maior que o registrado em 2014. No período, a participação das demandas registradas por meio da central telefônica (1331) caiu 8,9 pontos percen-tuais, passando de 86,7% para 77,8%, como detalhado na tabela abaixo. As demandas registradas pelo Fale Conosco – sistema disponível na página da Anatel na internet –, por sua vez, cresceram 9,2 pontos percentuais, passando de 12,6% para 21,7%.

Atendimentos realizados

Canal de Atendimento2014 2015 Variação

Quantidade Participação Quantidade Participação 2014 – 2015Central Telefônica 5.280.091 86,73% 5.259.631 77,83% -0,39%Internet 765.759 12,58% 1.469.074 21,74% 91,85%Outros 42.278 0,69% 28.974 0,43% -31,47%Total 6.088.128 100,00% 6.757.679 100,00% 11,00%

Na comparação com 2014, o número de reclamações alcançou 4,1 milhões – aumento de 43,4% em relação aos 2,8 milhões registrados naquele ano. Quando considerados apenas os quatro serviços de interesse coletivo – telefo-nias fixa e móvel, banda larga fixa e TV por assinatura –, no entanto, o crescimento foi menor: 43,6%.

A exemplo do que ocorreu em 2014, o serviço mais reclamado em 2015 foi o de telefonia móvel, que concen-trou 44,7% das queixas dos consumidores – 67,2% deste total, oriundos de usuários de celulares pós-pagos. O maior aumento percentual de reclamações entre 2014 e 2015 foi registrado na TV por Assinatura (82,9%), como aponta a tabela abaixo.

Reclamações por serviço

Serviço2014 2015 Variação

2014 – 2015Quantidade Participação Quantidade ParticipaçãoTelefonia móvel 1.189.164 41,92% 1.821.179 44,72% 53,15%

Pré-pago 390.208 13,75% 596.806 14,66% 52,95%Pós-pago 798.956 28,17% 1.224.373 30,07% 53,25%

Telefonia fixa 892.039 31,45% 1.032.416 25,35% 15,74%Banda larga fixa 435.913 15,37% 634.383 15,58% 45,53%TV por assinatura 319.421 11,26% 584.087 14,34% 82,86%Total 2.836.537 100,00% 4.072.065 100,00% 43,56%

Alterações em relação ao Relatório Anual 2014 devem-se a casos de reclassificação de registros

Registros sobre cobrança – que em 2014 responde-ram por 31,6% das reclamações – alcançaram, no exer-

cício, 29,8% das queixas dos consumidores de teleco-municações. Em segundo lugar, com 24,3%, ficaram as reclamações sobre qualidade e funcionamento de servi-ço ou equipamento. O gráfico abaixo distribui as recla-mações por motivo.

Principais aspectos reclamados

Cobrança1.214.05229,81%

Qualidade e Funcionamento do Serviço ou Equipamento

987.45524,25%

Instalação ou Ativação ou Habilitação

264.8216,50%

Crédito Prépago255.4556,27%

Atendimento211.0425,18%

Outros Motivos1.139.24027,99%

Na análise dos fatores mais reclamados por servi-ço, percebe-se que, na telefonia fixa e na banda larga fixa – 36,6% e 49,4%, respectivamente –, a qualidade e o funcionamento do serviço ou do equipamento são os aspectos mais reclamados. Na telefonia móvel pós-paga e na TV por Assinatura – 48,7% e 40,3%, respectivamente –, a cobrança é o item que mais gerou reclamações em 2015. Na telefonia móvel pré-paga, 42,6% dos consu-midores reclamaram sobre créditos. O gráfico a seguir resume esses dados.

6362

Aspectos mais reclamados por serviço

32,00

4,347,89

15,50

40,27

15,99

3,70

14,53

49,37

36,5532,67

27,14

6,943,99

25,38

16,41

48,65

31,62

42,63

13,139,8610,46

3,145,08

2,76

SMP-Pré

SMP-Pós

STFCSCMSeAC

Outros Motivos

AtendimentoInstalação ou Ativação ou Habilitação

Qualidade e Funcionamento do Serviço ou EquipamentoCobrança/Crédito Pré-pago

O gráfico abaixo relaciona a evolução do número de atendimentos realizados ao longo de 2015, o crescimento da base de assinantes dos principais serviços de telecomunicações e as reclamações registradas por meio dos canais de atendimento da Agência.

Reclamações por mil acessos

370,6

371,7

372,6

372,9 373,6 371,8

370,7 369,0365,1 362,7 358,0 346,0

203,3259,3

380,0

344,4 363,1 368,6

411,9378,4

364,0 344,7 335,4 335,3242,8

347,0

576,0 569,0595,3 615,3

704,5668,9 656,6

599,1564,4 575,6

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Acessos (milhão) Reclamações (mil) Atendimentos (mil)

IDAAs reclamações registradas pelos diferentes canais de atendimento da Anatel são encaminhadas às prestadoras e

a Agência acompanha como e em qual prazo elas são tratadas e respondidas pelas empresas.

Os dados gerados nesse processo permitem o cálculo de indicadores como o Índice de Desempenho no Atendi-mento (IDA). A metodologia para cálculo do indicador considera:

• a quantidade de reclamações em relação ao número de acessos da operadora (índice de reclamações);

• o percentual de reclamações resolvidas pelas operadoras no prazo (taxa de resolvidas em cinco dias úteis);

• o percentual de reclamações reabertas pelos consumidores após serem consideradas respondidas pelas ope-radoras (taxa de reabertas); e

• o percentual de reclamações registradas e resolvidas pelas operadoras nos três meses anteriores ao mês de re-ferência do IDA (taxa de resolvidas no período).

Criado em 2009, o Índice permite o estabelecimento de rankings de atendimento, por operadora, para os serviços de telefonia fixa local, telefonia móvel e TV por Assinatura. Desde outubro, o indicador foi ampliado para os serviços de banda larga fixa.

Nos últimos anos, tem sido observada tendência de piora no IDA médio das operadoras para todos os serviços avaliados, o que se deve, principalmente, ao aumento do número de reclamações registradas na Anatel.

Evolução do Índice de Desempenho no Atendimento

85,6

3

90,5

8

90,3

6

80,0

6 92,6

1

81,1

4

87,2

2

75,1

0

85,2

5

90,9

2

86,0

7

48,5

0

84,6

8

83,5

8

78,8

8

53,3

0

86,1

0

92,9

0

87,2

9

41,2

5 64,6

4 84,7

3

43,5

6

75,2

8

Telefone fixo local TV por assinatura Móvel pessoal Banda larga fixa Média global

2010 2011 2012 2013 2014 2015

6564

Regulamentação

Em março, entraram em vigor cinco novos direitos previstos no Regulamento Geral de Direitos do Consu-midor de Serviços de Telecomunicações (RGC) da Ana-tel, aprovado pela Resolução 632/2014:

• espaço reservado na internet – as prestadoras devem disponibilizar ambiente onde o consumi-dor poderá acessar documentos como cópia do contrato e do plano do serviço; documentos de cobrança e relatório detalhado dos serviços pres-tados nos últimos seis meses e perfil de consumo dos últimos três meses;

• gravação das ligações entre consumidor e prestadora – as prestadoras devem gravar todas as ligações realizadas entre elas e o consumidor, independentemente de quem tenha originado a interação (consumidor ou prestadora); caso o con-sumidor solicite cópia da gravação, a prestadora deve disponibilizá-la em, no máximo, dez dias;

• mecanismo de comparação – as prestadoras de-vem disponibilizar em suas páginas na internet um mecanismo de comparação de Planos de Ser-viço e ofertas promocionais no qual os interessa-dos poderão identificar a opção disponível mais adequada ao seu perfil de consumo com base em informações como velocidade contratada e quantidade de dados consumidos, quantidade de mensagens consumidas, minutos consumidos na modalidade local, longa distância nacional e in-ternacional, a depender do serviço;

• relatório detalhado dos serviços – no espaço reservado ao consumidor, as prestadoras devem disponibilizar relatório detalhado dos serviços e facilidades prestados, com informações como o número chamado ou o destino da mensagem; a data e hora do início da chamada ou do envio da mensagem, o volume diário de dados trafegados, os limites estabelecidos por franquias e os exce-didos;

• documento de cobrança – as prestadoras devem elaborar documentos de cobrança de forma cla-

ra, inteligível, ordenada e em padrão uniforme, de forma que o consumidor possa compreender o que está sendo cobrado. Esse documento de cobrança deverá conter, sempre que aplicável, da-dos como a identificação do período que compre-ende a cobrança e o valor total de cada serviço e facilidades cobradas, bem como de promoções e descontos aplicáveis, a identificação do valor refe-rente à instalação, ativação e reparos, quando sua cobrança for autorizada pela regulamentação; o número do centro de atendimento telefônico da prestadora que emitiu o documento; o número da central de atendimento da Anatel; a identificação de multas e juros aplicáveis em caso de inadim-plência; e a identificação discriminada de valores restituídos.

Em setembro, mais um grupo de dispositivos do RGC entrou em vigor, estabelecendo novas regras relati-vas a atendimento.

• atendimento de ofertas conjuntas (combos) – deverá ocorrer em um canal comum para todos os serviços prestados no pacote contratado pelo consumidor; e

• Setor de Atendimento Presencial – deve estar apto a atender todos os serviços e modalidades prestados pelo Grupo dentro da microrregião e dimensionado para atender o consumidor em até 30 minutos, tempo que será controlado com a en-trega de senhas.

Além disso, as concessionárias da telefonia fixa de-verão disponibilizar em todos os municípios brasileiros, na Área de Prestação que não tenha Setor de Atendi-mento Presencial, ao menos um local de atendimento que possibilite ao consumidor o registro e encaminha-mento de suas demandas junto à prestadora.

O RGC também estabeleceu às prestadoras de te-lecomunicações a obrigação de disponibilizar atendi-mento a todos os consumidores que se dirigirem aos estabelecimentos associados à marca da operadora. Em quiosques de shoppings, por exemplo, o atendimento pode ser realizado por meio de terminais eletrônicos ou por meio do registro de protocolo de atendimento.

Em março de 2016, entram em vigor as últimas re-gras do RGC.

Mensalmente, a Anatel encaminha às prestadoras informações a respeito de reclamações relacionadas a aspectos tratados pelo Regulamento, agrupadas em sete temas:

• gravação de interações;

• dificuldades para cancelar serviços;

• queda de ligação (na central de atendimento);

• contestação de fatura;

• ofertas para novos e antigos clientes;

• falta de transparência em ofertas; e

• validade dos créditos do SMP.

CdustPor meio da Resolução 650/2015, a Anatel aprovou

o Regimento Interno do Comitê de Defesa dos Usuários de Serviços de Telecomunicações (Cdust), de modo a ampliar as competências de caráter opinativo do órgão, atualizar a composição e detalhar o rito de funciona-mento das reuniões daquele colegiado.

As alterações em relação à versão anterior do Re-gimento foram elaboradas pelos próprios membros do Comitê, submetidas a comentários da sociedade por meio de consulta pública e, então, aprovadas pelo Con-selho Diretor da Agência.

As principais mudanças foram:

• adequação ao novo Regimento Interno da Agên-cia;

• alteração no foco da composição dos representan-tes, não mais orientada pela divisão em serviços;

• estabelecimento da Superintendência de Relações com Consumidores como responsável por secre-tariar o Comitê; e

• previsão de realização de reuniões ordinárias tri-mestrais (antes eram semestrais).

No exercício, foram realizadas duas reuniões do Cdust, nas quais foram discutidos, entre outros assuntos, a revisão das pesquisas de satisfação e de qualidade per-cebida, o balanço dos primeiros meses do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Teleco-municações e a participação da Anatel na regulamenta-ção do Marco Civil da Internet.

Conselhos de usuáriosEm março, a Anatel realizou o 1º Fórum de Presi-

dentes dos Conselhos de Usuários de Serviços de Tele-comunicações, evento que contou com a participação de mais de 60 pessoas, com programação que incluiu palestras sobre o setor de telecomunicações, relações de consumo e participação social, além de visita ao Centro de Monitoramento de Redes da Anatel.

O Fórum foi realizado com a reunião do Cdust, de modo a aproximar os representantes do Comitê e dos Conselhos de Usuários, uma vez que os Conselhos de Usuários podem enviar relatórios e informações para o Comitê.

No Fórum, os representantes dos Conselhos apre-sentaram experiências que resultaram em melhorias na prestação do serviço ou nos processos das prestadoras.

Com caráter consultivo e voltados para a ava-liação dos serviços e da qualidade do atendimento, os Conselhos de Usuários também apresentam pro-postas de sugestões para a melhoria dos serviços de telecomunicações.

Cabe às prestadoras dos serviços de telefonia fixa e móvel, de banda larga fixa, de TV por Assinatu-ra e Móvel Especializado (trunking) com mais de um milhão de usuários manter esses colegiados em to-das as regiões geográficas nas quais possuam pelo menos 50 mil acessos em serviço.

Entenda melhor

No final do exercício, 37 conselhos estavam em fun-cionamento, como detalhado na tabela a seguir.

6766

Prestadora Norte Nordeste Centro-Oeste Sul Sudeste TotalAlgar 2 2 4Embratel 1 1 1 1 1 5GVT 1 1 1 1 4Oi 1 1 1 1 1 5Sercomtel 1 1Sky 1 1 1 1 1 5Tim 1 1 1 1 1 5Nextel 1 1 1 3Vivo 1 1 1 1 1 5

Total 5 7 9 7 9 37

Relacionamento com a sociedade

Portal

Em março, a Anatel lançou nova versão de seu por-tal, acessado, em 2015, por 5,5 milhões de usuários.

O objetivo da mudança foi estreitar a comunicação entre a Agência e a sociedade, otimizar e modernizar a disponibilidade de serviços e informações, além de me-lhorar a experiência de acesso dos usuários. A nova ver-são do portal atende às recomendações e aos padrões estabelecidos pelo Comitê Executivo do Governo Eletrô-nico para portais da Administração Pública Federal.

Entre as principais mudanças estão: portal mais mo-derno, layout responsivo (adaptável aos diversos dis-positivos de acesso), atendimento ao modelo de aces-sibilidade em Governo Eletrônico (e-MAG), navegação facilitada e intuitiva, atualização de conteúdos, ferra-menta de busca integrada às bases dos sistemas intera-tivos abertos além de informações elaboradas e direcio-nadas aos diversos públicos da Anatel.

A navegação está estruturada por meio de quatro abas, definidas de acordo com o público-alvo:

• Institucional – temas relacionados à atuação da Agência, conteúdos voltados à imprensa, bem como aqueles temas exigidos por força de leis e órgãos de controle, a exemplo da Lei de Acesso à Informação;

• Consumidor – conteúdos direcionados ao con-sumidor dos serviços de telecomunicações, como direitos, participação social, atendimento, carti-lhas, entre outros;

• Setor Regulado – informações direcionadas, principalmente, ao público especializado em tele-comunicações (engloba fornecedores, prestado-res de serviços, organismos certificadores, entre outros); e

• Dados – disponibilização de relatórios, dados es-tatísticos, acessos, séries históricas, entre outros.

Com o novo portal, foi registrado aumento de 174% na média mensal de usuários, que alcançou a marca de 463 mil. No exercício também foram reformulados o Portal Legislação, com o objetivo de facilitar o acesso dos usuários aos normativos pertinentes à Anatel e ao setor de telecomunicações, e o hotsite Grandes Even-tos, destinado a facilitar o acesso do público especia-

lizado às orientações técnicas referentes aos Jogos Rio 2016 e aprimorar a experiência dos usuários que visitem a página.

Qualidade

Também no exercício foi disponibilizada no portal página específica sobre a qualidade dos serviços de te-lefonias fixa e móvel, banda larga fixa e TV por Assina-tura.

Essa nova área traz informações sobre o processo de acompanhamento e controle da qualidade, com links para os principais dispositivos regulamentares vigentes, análise do desempenho e ranking das prestadoras com base no cumprimento das metas de cada serviço.

O layout da nova página priorizou o fácil entendi-mento pelos consumidores da situação das prestadoras em relação ao cumprimento das metas estabelecidas pala Anatel.

Também estão disponíveis relatórios com informa-ções detalhadas sobre a qualidade da prestação dos ser-viços e a base de dados com o histórico de indicadores de todas as prestadoras.

Aplicativos

Anatel Consumidor

Em junho, a Agência lançou o aplicativo Anatel Con-sumidor, que permite ao consumidor registrar e acom-panhar, em celulares e tablets, reclamações contra as prestadoras de telecomunicações. A ferramenta tam-bém permite o registro e o acompanhamento de suges-tões e pedidos de informação e conta com uma seção destinada a tirar as principais dúvidas sobre direitos do consumidor por meio de Perguntas Frequentes.

O app está disponível para os sistemas Android, iOS e Windows Phone e pode ser baixado nas lojas de apli-cativos de forma gratuita.

Com o aplicativo, a Anatel espera não apenas tor-nar o registro de reclamações mais intuitivo e fácil para

o consumidor, como também se adequar às novas ten-dências de atendimento, que indicam que o consumidor tende a substituir os canais tradicionais, como call cen-ters, por meios digitais.

Em dezembro, foi lançada nova versão do aplicativo, com novidades que buscam facilitar o acesso e a nave-gação dos usuários no sistema. O app passou a contar com um índice de reclamações por prestadoras já na pá-gina inicial, de modo que o consumidor pode acompa-nhar o desempenho das empresas e escolher a que mais se adequa ao seu perfil.

Além disso, foram implementadas inovações no processo de recuperação de senha e de dados cadas-trais, com a inserção de uma página mobile para altera-ção de senha agregada ao próprio app. O novo sistema também permite a manipulação de documentos e arqui-vos anexos, ou seja, o consumidor pode incluir anexos nas suas reclamações. Outra novidade é a melhoria da seção “ajuda” e o aperfeiçoamento do cadastro a partir da complementação dos dados solicitados.

Serviço Móvel

Lançado em 2014, o aplicativo Anatel Serviço Móvel – disponível para os sistemas operacionais Android, iOS e Windows Phone – conquistou, em 2015, o primeiro lu-gar na categoria utilidade pública do Prêmio Oi Tela Viva Móvel 2015, com base na avaliação de júri especializado.

Por meio do aplicativo, o consumidor pode acom-panhar e comparar a qualidade na prestação dos servi-ços de voz e dados por prestadora em cada município. O usuário pode, também, consultar o ranking das ope-radoras, construído a partir dos indicadores de acessibi-lidade, conexão, quedas e desconexão aferidos. É possí-vel, ainda, acompanhar a evolução da qualidade de cada operadora a partir da consulta ao histórico desses indi-cadores em intervalos de até 12 meses.

Além disso, o aplicativo permite que o usuário visu-alize em um mapa as estações licenciadas e em funcio-namento e suas respectivas tecnologias (2G, 3G e 4G), por operadora, o que permite que os usuários se infor-mem melhor sobre a disponibilidade do serviço.

6968

No final do exercício, foi disponibilizado um novo módulo para esse aplicativo, que permite o comparti-lhamento de experiências com o serviço de telefonia móvel. O usuário pode, por exemplo, relatar uma falta de sinal ou queda de ligação e verificar um mapa de eventos em sua localidade.

Comparador para consumo consciente

O desenvolvimento de aplicativo para smartphones de Comparador para Consumo Consciente de Teleco-municações foi incluído na relação de projetos prioritá-rios do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos publicada em outubro no Diário Oficial da União.

O aplicativo permitirá aos usuários comparar ofertas de serviços de telecomunicações e pretende oferecer ao consumidor uma plataforma única de comparação, que reúna todas as ofertas do setor e aponte aquela mais adequada a seu perfil de consumo.

O projeto proposto pela Anatel utilizará recursos do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), con-ta vinculada ao Ministério da Justiça, que apoia proje-tos relacionados aos direitos transindividuais, entre os quais a proteção e defesa dos direitos do consumidor.

Criado pela Lei 7.347/1985 e regulamenta-do pelo Decreto 1.306/1994, o Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) é destinado à repa-ração de danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico, por in-fração à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos.

A utilização de recursos do Fundo depende da seleção e aprovação de projetos pelo Conse-lho Federal Gestor do Fundo.

Entenda melhor

Mitigação de riscos e desastres

Por meio da Resolução 656/2015, a Anatel aprovou, em agosto, o Regulamento sobre Gestão de Risco das Redes de Telecomunicações e Uso de Serviços de Tele-comunicações em Desastres, Situações de Emergência e Estado de Calamidade Pública. A elaboração do Regu-lamento considerou, entre outros aspectos, o potencial, já verificado em outros países, da utilização dos serviços de telecomunicações para mitigação de desastres.

De acordo com o normativo, as prestadoras de tele-fonia móvel e de serviços de TV por assinatura deverão, quando acionadas pelos órgãos responsáveis, dissemi-nar gratuitamente notificação de alertas, alarmes e de orientação aos usuários localizados nos municípios em situação de risco.

Além disso, quando for declarada situação de emer-gência ou estado de calamidade pública, as prestado-ras deverão, nas áreas afetadas e enquanto perdurar o evento:

• tomar as ações necessárias para garantir a dispo-nibilidade de comunicação entre suas redes e os órgãos de Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polí-cias Militar e Civil, serviço público de remoção de doentes (ambulância) e serviço público de resga-tes a vítimas de sinistros;

• tomar as ações necessárias para o pronto restabe-lecimento, em caso de interrupção, e a continui-dade dos serviços nas áreas afetadas; e,

• compartilhar infraestruturas e viabilizar o acesso de usuários de outras prestadoras em sua rede na localidade afetada pelo evento.

Ações de comunicação

Em novembro, o perfil da Agência no Facebook su-perou a marca de 100 mil curtidas. Criado em março de 2012, o perfil Anatel Informa tem como finalidade divul-gar mensagens de orientação aos usuários, notícias, avi-sos sobre audiências e consultas públicas, links de car-tilhas, vídeos e materiais informativos diversos para que

as pessoas possam compreender melhor as atribuições da Agência e as regras do setor de telecomunicações, de modo a exercer com mais consciência seus direitos.

Além do Facebook, a Agência também está presen-te no Twitter e no YouTube (onde são disponibilizados vídeos de todas as reuniões do Conselho Diretor).

Na Sala de Imprensa da Anatel, no portal da Agência na internet, foram publicadas no exercício, 530 notícias.

Atuação institucional

Em 2015 a Anatel compareceu a 32 eventos promo-vidos pelo Congresso Nacional: 27 audiências e reuniões técnicas na Câmara dos Deputados, três no Senado Fe-deral e duas no Conselho de Comunicação Social (CCS). Entre os temas tratados nas reuniões, estão: qualidade da telefonia e da internet, fundos setoriais, regulamen-tação do Marco Civil da Internet, neutralidade de rede, reversibilidade de bens, transição da TV analógica para digital, revisão do modelo de telecomunicações e crimes cibernéticos, entre outros, como a migração do protoco-lo IPv4 para o IPv6.

No período, a Anatel passou a acompanhar 192 no-vas matérias legislativas, sendo 164 na Câmara e 28 no Senado Federal. No total, são 1,1 mil propostas em tra-mitação sob acompanhamento da Agência. Destas, 907 têm origem na Câmara, 156 no Senado Federal e 43 em outras casas legislativas (estaduais/municipais).

A Agência encaminhou, ao Ministério das Comuni-cações, 104 posicionamentos institucionais sobre pro-postas de lei em tramitação.

Nos estados a Anatel foi representada em 100 even-tos promovidos pelos mais diferentes órgãos com que se relaciona institucionalmente para tratar de assuntos de sua competência. No total, foram 21 participações em eventos promovidos por assembleias legislativas, 6 por câmaras de vereadores e 73 de diversos outros órgãos.

Audiências e consultas públicasDesde março, a Anatel tem utilizado nova ferramen-

ta para a participação da sociedade nas discussões sobre o setor: o Diálogo Anatel. Para acessar os conteúdos e apresentar contribuições por meio do Diálogo Anatel, os interessados precisam apenas preencher um cadastro.

A primeira matéria disponível para comentários por meio dessa nova ferramenta – amigável e interativa – foi a consulta pública com questionamentos para auxiliar na formulação do posicionamento da Agência sobre a regulamentação da neutralidade de rede.

No exercício, foram realizadas 33 consultas públicas (três delas com prazo de conclusão em 2016), por meio das quais foram recebidas mais de 1,7 mil contribuições.

Além disso, a Anatel realizou cinco audiências públi-cas. De modo a ampliar as possibilidades de discussão sobre o tema, em quatro delas os interessados puderam participar dos debates organizados pela Agência tam-bém de forma remota, bastando, para isso, comparecer a uma das gerências regionais da Anatel.

Atuação internacional

Ações multilaterais

CMR-15

A edição 2015 da Conferência Mundial de Radioco-municações (CMR) foi realizada em Genebra, na Suíça, no mês de novembro e teve a participação de três mil delegados de 193 países.

Os trabalhos de preparação para a CMR-15 foram coordenados pela Anatel, por meio da Comissão Bra-sileira de Comunicações – Radiocomunicações (CBC 2) e contaram com a participação de representantes dos demais órgãos do governo e do setor privado de tele-comunicações.

7170

Dentre os resultados da CMR-15 destacam-se deci-sões sobre a atribuição de faixas de frequências destina-das à tecnologia IMT (International Mobile Telecommu-nication) abaixo de 6 GHz, atualização de resolução sobre Comunicações de Segurança Pública e Proteção em caso de Desastres (PPDR), atribuição de faixas de fre-quências para WAIC (Wireless Avionics Systems) e Glo-bal Flight Tracking (GFT) e revisão de procedimentos de coordenação internacional de redes de satélites.

Também como resultado da CMR-15, foram prelimi-narmente definidos itens de agenda das próximas edi-ções da Conferência a serem realizadas em 2019 e em 2023.

SGT-1 Mercosul

Em maio, o Brasil sediou a XLVII Reunião Ordinária do Subgrupo de Trabalho nº 1 (SGT- 1) “Comunicações” do Mercado Comum do Sul (Mercosul) com a presença de delegações da Argentina, da Bolívia e do Paraguai.

A realização destas reuniões, que ocorrem semes-tralmente, contribui para o intercâmbio de ideias e a so-lução de problemas comuns, aprofundando o movimen-to de integração regional.

Foram tratados assuntos relacionados a roaming, qualidade de serviços de telecomunicações, defesa do consumidor, coordenação de estações em zonas de fronteira para os serviços de telefonia móvel e de ra-diodifusão, avaliação da proposta de Marco Regulatório de TV em UHF e o estabelecimento de posicionamentos comuns em fóruns internacionais de telecomunicações.

Cooperação bilateral

Em cumprimento aos Memorandos de Entendimen-to que a Anatel possui com diversas administrações e órgãos reguladores estrangeiros para a troca de experi-ências regulatórias e capacitação de pessoal, a Agência recebeu, ao longo de 2015, delegações dos reguladores do Peru, do Paraguai, do Quênia, do Chile, do Japão, da Bolívia e do Vietnam, que vieram trocar informações re-gulatórias, sobretudo nas questões relativas à medição da qualidade dos serviços, à competição, à defesa do consumidor, ao monitoramento do espectro e à coorde-nação de radiofrequências em áreas de fronteiras.

Com os Estados Unidos, foi retomada a agenda de consultas bilaterais de alto nível sobre sociedade da in-formação. Sob a coordenação do Ministério das Rela-ções Exteriores – e com a participação da Anatel – foi realizada reunião em outubro de 2015 com trocas de informações sobre temas relacionados à internet, neu-tralidade de redes, privacidade e segurança cibernética.

Em novembro, o Brasil sediou o VIII Diálogo Brasil e União Europeia sobre Sociedade da Informação, encon-tro que reuniu academia, entidades privadas e represen-tantes dos governos para discutir temas como neutrali-dade de redes e privacidade, o mercado único europeu em vias de execução e o estágio atual da competição nos mercados brasileiro e europeu.

Ao longo de 2015, a Anatel e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aprofundaram as trocas de informações tendo em vista a intenção do governo brasileiro de se fazer membro efetivo dessa organização. Para tanto, foram respondi-das consultas e questionários sobre diversos aspectos do mercado de telecomunicações brasileiro que cons-tituirão base para a futura entrada do Brasil na organi-zação e na construção de estatísticas e estudos sobre banda larga e mercados da América Latina.

A Conferência Mundial de Radiocomuni-cações (CMR) é realizada a cada três ou quatro anos e tem como objetivo analisar ou atualizar os Regulamentos de Rádio (RR) – tratados in-ternacionais por meio dos quais se rege a uti-lização do espectro de radiofrequências, bem como as órbitas de satélites geoestacionários e não geoestacionários.

Entenda melhor

Participação da sociedade

Por meio das Comissões Brasileiras de Comunica-ção (CBCs), a sociedade pode contribuir com a atuação internacional da Anatel. As reuniões das Comissões são abertas e amplamente divulgadas, de modo a permitir que as posições defendidas pelo Brasil nos organismos internacionais sejam formuladas de modo participativo.

Os trabalhos nos foros internacionais de telecomu-nicações são organizados por quatro Comissões:

• CBC-1: Governança e Regimes Internacionais;

• CBC-2: Radiocomunicações;

• CBC-3: Normalização de Telecomunicações; e

• CBC-4: Desenvolvimento das Telecomunicações.

Transparência

Reuniões do Conselho Diretor

As reuniões do Conselho Diretor da Anatel ocorrem normalmente às quintas-feiras e as pautas são divulga-das na página da Agência na internet com pelo menos seis dias de antecedência.

Ao longo do exercício, o Conselho Diretor se reuniu 25 vezes, tendo deliberado, nesses encontros, sobre 502 matérias. Por meio de circuitos deliberativos – procedi-mento remoto de coleta de votos –, o colegiado deli-berou sobre outras 192 matérias (131 delas de caráter administrativo).

Desde junho de 2014 – quando foi publicada a Re-solução 636/2014 –, os interessados podem se manifes-tar oralmente durante as reuniões e ter acesso à sala onde elas são realizadas. Além disso, de modo a ampliar a transparência das decisões da Anatel, as reuniões são transmitidas pela internet.

No exercício, foram registradas 17 manifestações orais. Cerca de 500 pessoas acompanharam as reuniões na sede da Anatel, em Brasília, e aproximadamente duas mil assistiram as reuniões pela internet.

Lei de Acesso à Informação

No exercício, a Anatel recebeu 1,3 mil solicitações ba-seadas na Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011), volume 52,8% menor que o registrado em 2014, como detalhado no gráfico abaixo. Ao final do ano, todas as solicitações haviam sido respondidas pela Agência e apenas três delas (0,23%) haviam sido negadas: um pe-dido era incompreensível, um envolvia dados pessoais e o terceiro foi considerado desproporcional ou desarra-zoado.

O tempo médio para o envio de respostas aos in-teressados foi de 9,7 dias – bem abaixo, portanto, do prazo legal de 20 dias.

Evolução dos pedidos de informação

939 1.535

2.786

1.315

63,47%

81,50%

-52,80%

-

2012 2013 2014 2015

Solicitações Variação

73

20152015PANORAMA

DOS SERVIÇOS2,4%foi o percentual de crescimento dos acessos de telefonia fixa prestados por empresas autorizadas; entre as concessionárias, a redução foi de 6,4%

R$ 0,14era o valor médio do minuto da telefonia móvel no final do exercício

39,1%dos acessos de banda larga fixa operavam na faixa de 2-12Mbps

19,1 milhõesde domicílios contavam, no final do exercício, com serviços de TV por Assinatura

75

20152015Telefonia fixa

Evolução da planta

Em 2015, o número de linhas ativas do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) diminuiu pela primeira vez desde 2006. Com essa queda, de 2,9%, o Brasil encerrou o exercício com 43,7 milhões de acessos fixos (1,3 milhão a menos que em 2014), retornando a patamar semelhante ao de 2011. No final do ano, a densidade do serviço era de 21,3 acessos por grupo de cem habi-tantes (redução de 3,7% em relação ao registrado no exercício anterior). O gráfico abaixo mostra como o serviço evoluiu nos últimos anos.

Evolução dos acessos do STFC (em milhões)

39,85 38,80 39,40 41,23 41,50 42,14 43,03

44,31 44,66 45,00 43,68

-2,64%

1,55% 4,66%

0,63% 1,55% 2,10% 2,97% 0,80% 0,76%

-2,94%

21,50% 20,70% 20,70% 21,40% 21,60% 21,70% 22,00% 22,47% 22,48% 22,11% 21,29%

-5%

5%

15%

25%

35%

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Acessos Variação Densidade (acessos/100 habitantes)

A variação percentual tem como referência o número absoluto de acessos

PANORAMADOS SERVIÇOS

7776

Nos primeiros anos após a desestatização do setor de telecomunicações, ocorrida em 1998, as taxas de crescimen-to do serviço de telefonia fixa eram altas, atingindo a marca de 20% ao ano. Nos últimos anos, no entanto, tem havido estagnação da planta, o que decorre da concorrência de outros serviços, como a telefonia móvel e a banda larga fixa.

Entre as concessionárias, o número de acessos vem caindo desde 2005, como mostra o gráfico abaixo. Essas em-presas encerraram 2015 com 25,4 milhões de acessos, número 6,4% inferior ao registrado em 2014. A retração não foi mais significativa devido, em grande parte, à popularização dos combos, pacotes de serviços de banda larga, TV por Assinatura e telefonia móvel que incluem também a telefonia fixa. Entre as autorizadas do serviço, a base de linhas ativas cresceu, em relação a 2014, 2,4%.

Distribuição dos acessos do STFC – concessionárias x autorizadas (em milhões)

37,55 35,70 35,02 34,55 33,38 32,11 30,67 29,89 28,51 27,19 25,45

2,30 3,10 4,38 6,68 8,12 10,03 12,36 14,42 16,15 17,81 18,23

-4,93% -1,91% -1,32% -3,41% -3,79% -4,51% -2,53% -4,63% -4,60% -6,41%

34,72% 41,34%

52,42%

21,55% 23,49% 23,25% 16,63% 12,06% 10,23%

2,35% 0,00%0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Acessos Concessionárias Acessos AutorizadasVariação Concessionárias Variação Autorizadas

38,80 39,40

41,23 41,50

42,14 43,03

44,31 44,66 45,00 43,68

39,85

A variação percentual tem como referência o número absoluto de acessos

O Sudeste concentrava, no final do exercício, 61,4% dos acessos da telefonia fixa, como detalhado no gráfico abai-xo. Em relação a 2014, não houve alterações significativas na distribuição de acessos por região.

Distribuição de acessos do STFC por região

2014 2015

Sudeste 61,09%

Sul 16,07%

Nordeste 12,41%

Centro-Oeste 7,18%

Norte 3,25%

Sudeste 61,35% Sul

16,25%

Nordeste 11,95%

Centro-Oeste 7,33%

Norte 3,12%

Densidade

Na comparação entre 2014 e 2015, a densidade da telefonia fixa diminuiu em todas as regiões. A maior queda (-7,9%) foi registrada na Região Norte; a menor (-2,4%), na Centro-Oeste.

Densidade do STFC por região (Acessos/100 habitantes)

8,42 9,91

21,11 22,11 24,84

32,19

7,75 9,20

20,61 21,29 24,20

31,15

Norte Nordeste Centro-Oeste Brasil Sul Sudeste

2014 2015

No período, o estado em que houve a maior redução da densidade do serviço foi o Pará, onde a variação chegou a -12,9%: o indicador caiu de 7,0 para 6,1 acessos por grupo de cem habitantes. A menor redução do indicador foi regis-trada no Mato Grosso do Sul (-1,5%), onde a densidade passou de 18,5 para 18,2. São Paulo (36,9), Rio de Janeiro (33,4) e Distrito Federal (33,0) eram, no final do exercício, as Unidades da Federação com maior densidade de telefonia fixa.

Densidade do STFC por UF (acessos/100 habitantes)

5,71

7,01

7,07

7,43

8,47

8,92

9,30

9,56

9,72

9,92

10,0

8

10,2

6

10,8

5

11,2

0

11,5

0

12,7

0 15,5

6 18,4

9

19,1

8

20,1

2

21,5

3

22,1

1

22,8

1 25,1

3

26,7

3

34,1

6

34,2

1 38,0

6

5,06

6,11

6,27

6,62

7,67

8,52

8,68

8,91

8,95

9,67

9,85

9,95

10,4

7

10,6

1

10,8

4

11,9

7 15,2

3 18,2

0

18,5

7

19,5

0

20,0

5

21,2

9

22,1

3 24,5

4

26,0

9

32,9

9

33,4

3 36,9

2

0,00

MA PA PI AP AL PB AM CE RN TO SE RO AC RR BA PE MT MS GO MG ES Brasil RS SC PR DF RJ SP

2014 2015

7978

Qualidade

A Anatel monitora o desempenho das prestadoras de telefonia fixa com mais de 50 mil acessos em três aspectos: reação do usuário, rede e atendimento. Considerando os indicadores de todas as prestadoras monitoradas durante o ano de 2015, o percentual de cumprimento de metas do serviço alcançou 72,6% – queda de 0,4 ponto percentual na comparação com 2014, como aponta o gráfico abaixo.

Evolução da qualidade do STFC

97,49%

86,73% 83,36% 81,81% 82,89% 85,41% 84,51% 83,70% 75,70% 72,93% 72,57%

0,00%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

A tendência de redução do cumprimento das metas de qualidade pelas prestadoras de te-lefonia fixa registrada nos últimos três anos pode ser explicada por dois motivos:

• a entrada em vigor do Regulamento Geral de Qualidade do Serviço, que elevou o nível de exigência em relação à regulamentação anterior, e

• a progressão de metas de alguns indicadores de conexão de rede, ocorrida em janeiro de 2014 e janeiro de 2015, que os tornou mais rigorosos.

Quando se analisa os três grupos de indicadores da telefonia fixa, percebe-se que o aten-dimento tem sido o maior ofensor à qualidade: ao final de 2015, apenas 36,8% das metas desse grupo eram cumpridas pelas prestadoras, como detalhado no gráfico ao lado.

Evolução da qualidade do STFC por grupo de indicador

88,5%

73,5%

40,1%

84,5% 74,9%

33,8%

88,4%

68,6%

36,8%

Rede Reação do usuário Atendimento

2013 2014 2015

Entre 2014 e 2015, o único grupo de indicadores em que foi registrada queda foi o de reação do usuário – que inclui aspectos como taxa de reclamações, núme-ro de solicitações de reparo e número de documentos de cobrança com reclamações de erro –, que passou de 74,9% de cumprimento de metas para 68,6%.

Diante desse cenário – e como parte da estratégia de acompanhamento e controle da qualidade dos ser-viços –, a Anatel iniciou, no segundo semestre de 2015, o Ciclo de Reuniões para a Promoção da Qualidade dos Serviços. Com periodicidade trimestral, o evento tem por objetivo discutir com as prestadoras as principais deficiências e oportunidades de melhoria da qualidade dos serviços de telefonias fixa e móvel, banda larga fixa e TV por Assinatura.

Nessas reuniões, as prestadoras apresentam escla-recimentos sobre as falhas identificadas pela Agência e planos de ação para a correção das deficiências.

Tarifas e preços

Cabe à Anatel fixar e autorizar o reajuste das tarifas de telefonia fixa – a cada intervalo de pelo menos 12 meses –, conforme disposto nos contratos de conces-são. Os índices de reajuste autorizados pela Anatel em 2015 são detalhados na tabela a seguir:

Reajustes autorizados pela Anatel

Concessionária Reajuste máximo da cesta Local/LDN

Oi (Telemar e Brasil Telecom) 3,684%

Sercomtel 3,684%

Telefônica 3,684%

Algar Telecom (CTBC Telecom) 4,546%

Embratel 6,279%

No exercício, a Agência também homologou o va-lor do crédito do orelhão e do Terminal de Acesso Pú-blico (TAP) para as concessionárias Oi, Telefônica, Ser-comtel e Algar Telecom (CTBC Telecom), no valor de R$ 0,1305, com impostos e contribuições sociais, aumento de 3,57%.

O reajuste da telefonia fixa é feito com base na va-riação do Índice de Serviços de Telecomunicações (IST) e no Fator de Produtividade X, que funciona como um redutor baseado nos ganhos de produtividade das con-cessionárias.

Desde 2005, o IST apresentou variação acumulada inferior aos demais índices inflacionários do Brasil: o IGP-DI, por exemplo, registrou variação de 82,3%, en-quanto o IST oscilou em 64,0%. No período, o reajuste das tarifas da telefonia fixa alcançou 13,6%, conforme gráfico a seguir.

8180

Comparativo Inflação x Reajuste Ano-base: 2005

De novembro de 2013 a dezembro de 2014, o IPCA apresentou variação de 7,4% e o IST, de 6,5%. Esse foi o perío-do utilizado no cálculo do reajuste das concessionárias da telefonia fixa local – com exceção da Algar Telecom (CTBC), que solicitou reajuste de dezembro de 2013 a janeiro de 2015, intervalo no qual a variação do IPCA foi de 7,727% contra 7,265% do IST.

A tabela abaixo apresenta os valores médios das tarifas das chamadas originadas e destinadas a redes fixas nos últimos anos.

Valores médios homologados do minuto fixo-fixoConcessionária 2013 2014 2015

Telemar R$ 0,08028 R$ 0,08886 R$ 0,07553

Oi (antiga Brasil Telecom) R$ 0,08818 R$ 0,09760 R$ 0,08296

Telefônica R$ 0,07479 R$ 0,07527 R$ 0,08058

CTBC R$ 0,09846 R$ 0,10407 R$ 0,11721

Sercomtel R$ 0,09354 R$ 0,09414 R$ 0,09781

Valor Médio R$ 0,08375 R$ 0,09199 R$ 0,09082

Cabe esclarecer que esses valores, isentos de impos-tos, são compostos de médias simples, sem ponderação pela quantidade de usuários vinculados a cada tarifa. Já as tarifas das chamadas originadas em redes fixas e des-tinadas a redes móveis tinham, no final do exercício, os seguintes valores médios:

Valores médios homologados do minuto fixo-móvel

Concessionária 2015Telemar R$ 0,35072

Oi (antiga Brasil Telecom) R$ 0,35877

Telefônica R$ 0,32282

CTBC R$ 0,39401

Sercomtel R$ 0,38108

Valor Médio R$ 0,36148

No acumulado de janeiro a dezembro, a variação do IPCA foi de 10,7%. No mesmo período, o item Comuni-cação teve variação de apenas 2,1%, como detalhado no gráfico ao lado.

IPCA acumulado – grandes grupos(acumulado de janeiro a dezembro de 2015)

2,10

4,47

5,38

9,20

9,25

9,51

10,17

10,67

12,01

18,34

Com

unic

ação

Ves

tuár

io

Art

igo

s d

e re

sid

ênci

a

Saúd

e e

cuid

ado

s p

esso

ais

Educ

ação

Des

pes

as p

esso

ais

Tran

spor

tes

IPC

A

Alim

enta

ção

e b

ebid

as

Hab

itaç

ão

Quando se analisa os preços monitorados – aque-les estabelecidos por contrato ou por órgão público – a telefonia fixa foi o único grupo a ter redução (-1,6%), como indica o gráfico a seguir.

8382

IPCA Preços Monitorados(acumulado de janeiro a dezembro de 2015)

-1,60

12,20

13,30

13,70

14,80

15,10

18,10

20,10

22,60

51,00

Tele

fone

fix

o

Plan

o d

e sa

úde

Óle

o d

iese

l

Met

rôÁ

gua

e e

sgo

to

Ôni

bus

urb

ano

IPC

A -

Pre

ços

mo

nito

rad

o

Gas

olin

a

Buti

jão

de

gás

Ener

gia

elé

tric

a

Competição

A competição na telefonia fixa prestada na modali-dade local tem crescido ano após ano, em grande parte devido ao aumento do número de acessos providos pe-las autorizadas. Desde o ano 2000, quando as primeiras autorizadas entraram em operação, o número de aces-sos dessas empresas saltou de 0,5 milhão para 18,2 mi-lhões – crescimento de 3.540%.

Na comparação com 2014, a participação das con-cessionárias no mercado de telefonia fixa caiu dois pontos percentuais (de 60,4% para 58,3%), mantendo a tendência registrada em exercícios anteriores, como de-talhado nos gráficos abaixo.

Distribuição dos acessos do STFC por operadoraautorizada x concessionária

2014

OI/Telemar 36,17%

Telefônica 22,29%

CTBC 1,59%

Sercomtel 0,38%

Embratel 25,85%

GVT 10,14%

TIM/Intelig 0,89%

CTBC 0,45%

OI/Telemar 0,33%

Sercomtel 0,14%

Telefônica 1,35%

Outras Autorizadas

0,43%

Au

tori

zad

a 39

,57%

Co

nce

ssio

nár

ia 6

0,43

%

2015

OI/Telemar 34,21%

Telefônica 22,02%

CTBC 1,65%

Sercomtel 0,39%

Embratel 26,61%

TIM/Intelig 1,35%

CTBC 0,52%

OI/Telemar 0,37%

Sercomtel 0,17%

Telefônica 12,24% Outras

Autorizadas 0,47%

Au

tori

zad

a 41

,73%

Co

nce

ssio

nár

ia 5

8,27

%

Na comparação com 2014, Roraima foi a única Uni-dade da Federação onde houve queda (-3,8 pontos per-centuais) da participação das autorizadas no mercado de telefonia fixa: o indicador caiu de 17,8% para 14,0%. Os estados com maior crescimento das autorizadas foram Amazonas (5,1 pontos percentuais), Sergipe (5,0 pontos percentuais) e Santa Catarina (4,0 pontos percentuais).

O gráfico ao lado mostra como evoluiu a participa-ção das autorizadas na prestação da telefonia fixa por Unidade da Federação.

Participação das autorizadas por UF (acessos de autorizadas/total de acessos)

6,28%

11,05%

17,76%

25,14%

27,81%

29,43%

28,36%

30,42%

31,28%

36,17%

34,93%

35,89%

38,50%

39,31%

39,57%

38,75%

39,51%

40,69%

42,72%

39,18%

43,12%

44,27%

46,53%

49,09%

49,79%

52,44%

51,80%

58,42%

8,44%

13,61%

13,98%

25,32%

30,68%

31,30%

31,99%

32,51%

33,54%

37,62%

38,90%

39,06%

39,20%

40,47%

41,73%

42,40%

42,81%

43,27%

43,38%

44,19%

45,38%

47,96%

49,26%

49,44%

52,51%

53,66%

56,93%

61,92%

RO

TO

RR

PI

MA

MT

AC

AP

MG

GO

SC

MS

BA

SP

Brasil

RJ

CE

PE

PA

SE

RN

RS

PB

AL

PR

ES

AM

DF

2014 2015

8584

Telefones públicos

Evolução da planta

No final de 2015, o Brasil contava com 859,1 mil Telefones de Uso Público (TUPs, mais conhecidos como orelhões), volume 1,1% inferior ao registrado no exercício anterior. Essa redução no número de aparelhos decorre das revisões dos Planos Gerais de Metas para a Universalização (PGMUs), por meio das quais a Anatel procura adequar a quantida-de de orelhões às necessidades da sociedade.

Como resultado de avanços tecnológicos, como o surgimento da internet, da maciça utilização dos celulares e de novas necessidades de comunicação da população, os orelhões têm apresentado, há alguns anos, declínio em sua utilização.

Em 2010, quando foi realizada a última modificação do Plano – que será novamente alterado no processo de revisão dos contratos de concessão da telefonia fixa, conforme detalhado no capítulo Desempenho da Anatel –, a densidade de TUPs foi reduzida de seis orelhões por mil habitantes por setor do Plano Geral de Outorgas para quatro orelhões por mil habitantes por município.

O gráfico abaixo demonstra como tem evoluído o número de orelhões nos últimos anos e aponta também que, apesar das reduções ocorridas – desde 2011 a diminuição do número de TUPs chega a 15,1% –, em todo o Brasil a densidade da telefonia pública era, no final do exercício, de 4,2 aparelhos por grupo de mil habitantes.

Evolução de TUPs (em mil)

1.273,95

1.132,80 1.142,03 1.131,09 1.127,21 1.103,02 1.012,12

947,72 875,71 868,95 859,12

-11,08%

0,81%

-0,96% -0,34% -2,15% -8,24% -6,36% -7,60% -0,77% -1,13%

6,90

6,00 6,00 5,90 5,90 5,70 5,20

4,80 4,40 4,27 4,19

(200,00)

-

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

TUPs Variação Densidade

PGMU I Decreto

2.592/1998

PGMU II Decreto

4.763/2003

PGMU III Decreto

7.512/2011

A variação percentual tem como referência o número absoluto de acessos

Em todo o País, 36,7 mil localidades com mais de cem habitantes contavam, no final de 2015, com pelo menos um orelhão em funcionamento.

Entre 2014 e 2015, praticamente não houve altera-ção na distribuição de telefones públicos por região. O Sudeste concentrava, no final do ano, 42,8% dos apare-lhos; a região com o menor número de orelhões era a Centro-Oeste (7,3%), como detalhado nos gráficos abai-xo.

Distribuição de telefones públicos por região

2014

Sudeste 43,19%

Nordeste26,82%

Sul14,42%

Norte8,25%

Centro- Oeste7,32%

2015

Sudeste 42,79%

Nordeste27,20%

Sul14,32%

Norte8,35%

Centro-Oeste 7,34%

Acessibilidade

No final de 2015, o Brasil contava com 25,8 mil te-lefones públicos adaptados para pessoas com deficiên-cias: 20,2 mil para pessoas com dificuldades de locomo-ção (cadeirantes) e 5,6 mil para pessoas com deficiência auditiva e/ou da fala.

O gráfico a seguir mostra como evoluiu, nos últimos anos, o número de terminais adaptados. A diminuição no quantitativo de aparelhos deve-se, principalmente, às retiradas para reparos, à redistribuição de telefones e à desativação de orelhões instalados em localidades que deixaram de existir.

Evolução dos telefones públicos adaptados para pessoas com deficiência (em mil)

20,97

21,65

21,72

21,68

21,88

22,11

21,86

21,40

20,77

20,61

20,15

1,27

2,34

2,68

3,56

4,22

5,18

5,87

5,90

5,61

5,68

5,62

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

Cadeirantes Auditivos

8786

Telefonia móvel

Evolução da planta

Em 2015 – pela primeira vez desde a criação do serviço – houve queda na base de acessos do Serviço Móvel Pes-soal, que passou de 280,7 milhões para 257,8 milhões: redução de 22,9 milhões de acessos (8,2%).

Esse resultado é, em parte, consequência da diminuição do valor da interconexão entre as redes fixas e móveis (VC) e do valor de remuneração de uso de rede do SMP (VU-M), que permitiu às prestadoras a introdução de novas ofertas de serviço com redução nos valores praticados para chamadas entre redes (off-net).

Com preços menores para utilizar as redes de outras prestadoras, o mercado de múltiplos chips (“efeito clube”) perdeu espaço, gerando cancelamentos de parte dos consumidores que possuíam mais de um acesso em operação de prestadoras diferentes.

Fatores como a desaceleração econômica também estão entre os motivos desse encolhimento da base de acessos móveis.

No período, a densidade do serviço caiu 12,3 pontos percentuais e alcançou a marca de 125,7 acessos por grupo de cem habitantes, como mostra o gráfico ao lado.

Evolução dos acessos do SMP (em milhões)

86,20

99,92

120,98

150,64

173,96

202,94

242,23 261,81

271,10

280,73

257,81

46,6

0%

53,20%

63,60%

78,10%

90

,50%

10

4,70

%

12

3,90

%

13

2,78

%

13

6,45

%

137,

96%

125,

67%

15,9

0%

21,0

8%

24,5

2%

15,4

8%

16,6

6%

19,3

6%

8,08

%

3,55

%

3,55

%

-8,1

6%

-1

0%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

110%

120%

130%

140%

150%

160%

170%

180%

-10

0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Acessos em Operação Densidade (acessos/100 habitantes) Variação

A variação percentual tem como referência o número absoluto de acessos

No final do exercício, 71,6% dos acessos móveis eram pré-pagos e os 28,42% restantes, pós-pagos. Desde 2010, a taxa de crescimento do número de acessos pós-pagos tem sido maior que a dos pré-pagos.

Analisando apenas os terminais pré-pagos, a redução, em 2015, foi de 28,4 milhões de acessos (-13,3%); a base de acessos pós-pago, por outro lado, encerrou o exercício com um incremento de 5,4 milhões (8,1%).

Distribuição dos acessos do SMP (em milhões)

69,67

86,2199,92

120,98

150,64

173,96

202,94

242,23

261,81271,10

280,73

257,81

80,5697,58

122,73

143,60

167,10

198,17210,88 211,58 212,93

184,54

16,5419,36

23,40

27,91

30,36

35,84

44,06

50,9359,52

67,80

73,27

15,62%

21,13%25,78%

17,00%

16,36% 18,59% 6,41%0,33% 0,64%

-13,33%

17,07%20,87% 19,25%

8,77%

18,08%

22,92%

15,58% 16,86%13,92%

8,07%

0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Pré-pago Pós-pago Variação Pré-pago Variação Pós-pago

A variação percentual tem como referência o número absoluto de acessos

Na comparação com 2014, o número de acessos móveis à internet rápida prestados por meio do Serviço Móvel Pessoal registrou aumento de 14,3%, alcançando a marca de 180,5 milhões. Com esse resultado, a banda larga móvel atingiu densidade de 88,0 acessos para cada grupo de cem habitantes, como mostra o gráfico a seguir.

Considerando também os 25,5 milhões de acessos de banda larga fixa, prestada por meio do Serviço de Comuni-cação Multimídia, o Brasil somava, no final do exercício, 206,0 milhões de acessos à banda larga, volume 13,3% supe-rior que o registrado em 2014.

8988

Evolução de acessos banda larga móvel (em milhões)

1,81 7,0718,91

38,61

59,19

103,11

157,87

180,49

0,94% 3,68% 9,76%

19,75% 30,02%51,89%

77,58%87,97%

291,65%

167,41%

104,16%

53,27%

74,21%

53,11%14,33%

0,00%0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

140,00

160,00

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Acessos Densidade (Acessos/100 habitantes) Variação

A variação percentual tem como referência o número absoluto de acessos

Na distribuição de acessos do SMP por região, não houve alterações significativas entre 2014 e 2015. No final do exercício, a Região Sudeste concentrava a maior parte dos acessos e a Norte, o menor percentual.

Distribuição de acessos do SMP por Região

2014 2015

Sudeste44,20%

Nordeste25,28%

Sul14,61%

Centro-Oeste8,68%

Norte7,23%

Sudeste45,09%

Nordeste24,94%

Sul14,56%

Centro-Oeste8,40%

Norte7,01%

Densidade

Na comparação com 2014, a densidade do serviço caiu em todas as regiões brasileiras. O Centro-Oeste foi a região com redução mais expressiva (-12,4%). A menor variação (-7,0%) foi registrada na Região Sudeste.

Densidade do SMP por Região (acessos/100 habitantes)

117,21

125,97

137,96

140,84

145,28

159,22

102,83

113,39

125,67

127,98

135,13

139,54

Norte

Nordeste

Brasil

Sul

Sudeste

Centro-Oeste

2014 2015

Na média nacional, a densidade do SMP teve redu-ção de 8,9% entre 2014 e 2015. As menores reduções foram registradas em São Paulo (-6,0%), Piauí (-6,4%) e Rio de Janeiro (-7,4%). As maiores quedas do indicador ocorreram no Sergipe (-16,1%), Amapá (-15,7%), Ron-dônia (-13,6%) e Mato Grosso do Sul (-13,0%). O gráfico ao lado mostra como a densidade evoluiu na telefonia móvel no exercício.

Densidade do SMP por UF (acessos/100 habitantes)

97,11

106,56

102,28

112,59

113,96

120,13

115,13

123,17

123,50

125,37

128,95

130,59

138,99

134,28

131,38

130,64

136,90

134,39

137,96

144,95

140,17

145,55

138,07

146,03

147,45

150,07

154,06

217,82

87,55

93,59

94,09

99,11

99,60

100,76

100,97

103,84

109,21

111,67

118,10

118,35

120,10

120,90

121,09

122,32

123,85

124,07

125,67

126,08

126,55

126,80

127,25

128,40

131,08

139,02

144,87

191,21

0,00

50,00

MA

AM

RR

ES

AC

SE

PA

AP

BA

AL

MG

PB

RO

TO

CE

PI

RN

SC

Brasil

MS

PE

MT

PR

GO

RS

RJ

SP

DF

2014 2015

9190

Qualidade

Na comparação com 2014, o percentual de cumpri-mento do Regulamento Geral de Qualidade do Serviço Móvel Pessoal se manteve praticamente estável – redu-ção de 0,15 ponto percentual – como detalhado no grá-fico abaixo.

Evolução da qualidade do SMP

66,96% 68,75% 68,67% 68,52%

2012 2013 2014 2015

No Serviço Móvel Pessoal, o acompanhamento da qualidade nas prestadoras com mais de 50 mil acessos em operação é feito por meio do monitoramento de quatro aspectos: reação do usuário, redes, atendimento e conexão de dados.

No final de 2015, o grupo atendimento possuía o menor nível de cumprimento das metas de qualidade (62,8%); na comparação com 2014, o grupo reação do usuário foi o que registrou maior queda (-14,3 pontos percentuais). O gráfico abaixo mostra como evoluiu a qualidade, por grupo de indicador, nos últimos três anos.

Evolução da qualidade do SMP por grupo de indicador (%)

67,13

86,90

67,7062,59

84,9479,47

66,6062,83

88,21

67,10

Atendimento Conexãode Dados

Reaçãodo Usuário

Rede

2013 2014 2015

64,91 65,20

Tecnologia

Em 2015, a quantidade de acessos que suportam a banda larga móvel (tecnologias WCDMA, CDMA2000 e LTE, além de terminais de dados) teve crescimen-to de 13,8 pontos percentuais, como detalhado no gráfico a seguir.

Evolução dos acessos do SMP por taecnologias

63,6

0 78,4

7

88,9

0

90,0

1

87,7

6

82,3

7

74,8

0

58,9

0

40,2

5

25,6

0

26,02

17,268,45 4,83

2,060,66

0,05

0,01

10,32 4,260,77 0,18

0,01

1,87 4,9810,17

16,9722,57

38,03

56,23

70,01

2,58 3,06 3,52 4,40

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

GSM CDMA TDMA M2MBanda Larga Móvel (LTE, WCDMA, CDMA2000 e Dados Banda Larga)

Desde 2010, a participação no mercado de telefonia móvel dos acessos com tecnologia GSM (segunda geração) tem diminuído. Na comparação com o exercício anterior, a redução em 2015 foi de 41,6%: em 2014, 40,2% dos acessos eram atendidos por essa tecnologia; no final de 2015, esse percentual havia diminuído para 25,6%.

Na tecnologia WCDMA (terceira geração), manteve-se a tendência de crescimento de participação no mercado – consequência das obrigações estabelecidas pela Anatel nas licitações realizadas em 2007 e em 2010. No final do exercício, 57,8% – 6,3 pontos percentuais a mais que no ano anterior – dos acessos móveis eram atendidos por essa tecnologia, que estava presente em 77,0% de todos os municípios brasileiros.

O maior percentual de crescimento em relação a 2014 foi registrado na tecnologia LTE, de quarta geração: houve aumento de 276,1% e, no final do exercício, 9,9% dos acessos móveis eram atendidos por 4G. Na licitação realizada em 2012, a Anatel estabeleceu diversos compromissos de abrangência relativos ao uso da faixa de radiofrequências de 2,5 GHz para atendimento ao Serviço Móvel Pessoal.

Até o final de 2015, todos os municípios com mais de 200 mil habitantes deveriam contar com cobertura 4G. Como detalhado no capítulo Desempenho da Anatel, o cumprimento dos compromissos de abrangência vencidos no exercício serão verificados pela Agência ao longo de 2016.

Os terminais M2M Especial totalizavam, no final de 2015, 3,9 milhões; os M2M Padrão, terminais máquina-a-má-quina que não se enquadram na definição do Decreto 8.234/2014, somavam 7,4 milhões de acessos.

9392

Os gráficos a seguir mostram a distribuição dos acessos do SMP por tecnologia em 2014 e 2015.

Distribuição de acessos por tecnologia

2014 2015

WCDMA 144.668.450

51,53%GSM

112.982.571 40,25%

M2M Padrão 8.585.697

3,06%

LTE 6.765.646

2,41%

Dados Banda Larga

6.433.455 2,29%

M2M Especial 1.287.266

0,46% CDMA 8.851 0,00%

WCDMA 149.118.547

57,84%

GSM 65.993.506

25,60%

LTE 25.446.700

9,87%

M2M Padrão 7.394.557

2,87%

Dados Banda Larga

5.920.519 2,30%

M2M Especial 3.937.968

1,53%

CDMA 2.4770,00%

Preços

Diferentemente da telefonia fixa, na telefonia móvel – serviço prestado em regime privado – não há estabeleci-mento de tarifas: as empresas têm liberdade para definir os preços que serão cobrados dos clientes.

A partir de informações de receita e tráfego, a Anatel acompanha indicadores de receita por minuto dos serviços prestados nas modalidades pré e pós-paga. Os cálculos feitos pela Agência consideram, além dos minutos cobrados diretamente dos assinantes, os minutos com preço zero (promocionais).

Dessa forma, é possível refletir as diversas promoções praticadas pelas prestadoras no valor médio do minuto, que, no final do exercício, era de R$ 0,14. O gráfico abaixo mostra como evoluiu, desde 2012, o preço do minuto na telefonia móvel.

Evolução do tráfego e preço médio

75,5581,20 81,67 83,77

89,80 88,53 90,34 89,0381,29 79,65

83,99 82,5776,77 76,76 79,05

R$ 0,17R$ 0,19 R$ 0,17

R$ 0,17

R$ 0,16

R$ 0,16

R$ 0,15

R$ 0,17

R$ 0,15

R$ 0,16

R$ 0,16

R$ 0,16

R$ 0,16R$ 0,15

R$ 0,14

1º TRI 2º TRI 3º TRI 4º TRI 1º TRI 2º TRI 3º TRI 4º TRI 1º TRI 2º TRI 3º TRI 4º TRI 1º TRI 2º TRI 3º TRI

2012 2013 2014 2015

Tráfego (bilhões de minutos) Preço Médio

Na comparação com os valores praticados no final de 2014, as quatro maiores prestadoras de telefonia móvel diminuíram suas tarifas, como aponta o gráfico abaixo. No fechamento do Relatório Anual 2015, ainda não estavam disponíveis os dados relativos ao último trimestre, que dependem de dados de balanço das prestadoras, consolidados até abril de 2016.

Preço médio do minuto por empresa

1º T

ri

2º T

ri3º

Tri

4º T

ri1º

Tri

2º T

ri3º

Tri

4º T

ri

1º T

ri

2º T

ri3º

Tri

4º T

ri1º

Tri

2º T

ri3º

Tri

4º T

ri

1º T

ri

2º T

ri3º

Tri

4º T

ri1º

Tri

2º T

ri3º

Tri

4º T

ri

1º T

ri

2º T

ri3º

Tri

4º T

ri1º

Tri

2º T

ri3º

Tri

4º T

ri1º

Tri

2º T

ri3º

Tri

1º T

ri

2º T

ri3º

Tri

1º T

ri

2º T

ri3º

Tri

1º T

ri

2º T

ri3º

Tri

0,16

0,16

0,14

0,18

0,16 0,17

0,14 0,

150,

150,

130,

120,

150,

14 0,14

0,14

0,13 0,13

0,16

0,15

0,14

0,13

0,11 0,12 0,12

0,12 0,

13 0,13

0,13 0,13 0,14

0,13

0,11

0,11

0,10

0,10

0,10

0,09

0,09

0,09

0,09

0,09

0,09

0,09

0,08

2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015

Vivo Oi + BrT Claro Tim

9594

Nos últimos anos, o perfil de consumo dos usuários de serviços móveis tem mudado. Desde 2012, o tráfego de mensagens de texto (Short Message Service ou SMS, os tradicionais torpedos) diminuiu 59,4%; a quantidade de minu-tos de voz trafegados, por sua vez, manteve-se praticamente estável. No período, houve grande incremento no tráfego de dados: de 35 bilhões de Megabytes no início de 2012, para 176 bilhões em 2015: aumento de 402%.

O gráfico abaixo mostra essa evolução por trimestre. Também neste caso, não estavam disponíveis, no fechamen-to do Relatório, dados do último trimestre de 2015.

Comparação de tráfego de voz, de dados e de SMS

35,0440,85 40,90 43,16

51,2557,44

64,86 68,0379,07

93,29

119,48130,46

147,75

162,44

176,03

50,27

70,7359,09

69,96 69,22 68,08

67,27 60,52 48,39

34,69 30,1425,26 23,15 22,91 20,42

74,4181,20 81,67 81,36

89,80 88,53 90,34 89,03

81,2979,65

83,99 82,5776,77 77,73 79,05

1T12 2T12 3T12 4T12 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14

Tráfego de Dados Quantidade SMS Minutos de Voz

Crescimento402,37%

Redução59,38%

1T15 2T15 3T15

Competição

Os quatro maiores grupos de telefonia móvel man-tiveram, em 2015, as mesmas posições que ocupavam no mercado em 2014, como mostra o gráfico abaixo.

Distribuição dos acessos do SMP por operadora

2014

Vivo28,47%

Tim26,97%

Claro25,33%

Oi18,14%

Outros1,09%

2015

Vivo28,42%

Tim25,69%

Claro25,59%

Oi18,65%

Outros1,65%

9796

Banda larga fixa

Evolução da plantaEm um ano em que a base de assinantes dos demais serviços de interesse coletivo – telefonia fixa, telefonia móvel

e TV por Assinatura – diminuiu, o número de acessos em serviço do Serviço de Comunicação Multimídia, a banda larga fixa, cresceu 6,2%. No final do exercício, eram 25,5 milhões de acessos, como aponta o gráfico abaixo.

Evolução dos Acessos do SCM (em milhões)

4,395,92

8,2610,62

12,4914,96

17,02

19,8322,19

23,9825,47

8,77%11,54%

15,70%19,69%

21,51%25,44%

28,30%33,33%

35,57% 36,53%38,49%

34,98%

39,49%

28,55%

17,64% 19,73%

13,80%

16,49%11,89%

8,08%6,22%

-

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Acessos Densidade (acessos/100 domicílios) Variação

A variação percentual tem como referência o número absoluto de acessos

No final de 2015, 39,1% dos acessos de banda larga fixa operavam na faixa de 2-12 Mbps, como detalhado no grá-fico abaixo. A faixa de 12-34 Mbps concentrava 21,8% dos usuários do serviço. Na comparação com 2014, o número de conexões com velocidade acima de 34 Mbps cresceu 80,9%.

Acessos de banda larga fixa por faixa de velocidade (em milhões)

2,01

9,57

4,57

0,83

0,05

1,49

9,84

6,97

1,40

0,14

1,44

9,27

8,97

2,19

0,32

1,48

7,44

11,2

4

3,04

0,78

1,19

7,35

9,97

5,55

1,41

0Kbps a 512Kbps 512Kbps a 2Mbps 2Mbps a 12Mbps 12Mbps a 34Mbps > 34Mbps

2011 2012 2013 2014 2015

Entre 2014 e 2015, praticamente não houve altera-ção na distribuição de acessos do Serviço de Comunica-ção Multimídia por região. No período, o maior cresci-mento (0,40 ponto percentual) foi registrado na Região Norte, como mostra o gráfico abaixo.

Distribuição de acessos do SCM por região

2014

Nordeste11,95%

Centro-Oeste7,97%

Norte3,12%

Sudeste59,56%Sul

17,40%

2015

Nordeste11,81%

Centro-Oeste8,14%

Norte3,48%

Sudeste59,12%

Sul17,45%

Densidade

No final de 2015, a densidade do serviço – medida pela quantidade de acessos por grupo de 100 domicílios – alcançou 38,5, como mostra o gráfico abaixo. O cresci-mento nacional do indicador, em relação a 2014, foi de 5,4%. Na Região Norte foi registrada a maior variação: a densidade aumentou 15,9%, saltando de 15,6 para 18,0. No final do exercício, o Nordeste possuía a menor den-sidade do serviço (17,3).

Densidade do SCM por região (acessos/100 domicílios)

15,55

36,53

37,43

41,57

50,17

18,03

38,49

40,15

43,72

52,51

Norte

Brasil

Centro-Oeste

Sul

Sudeste

2014 2015

Nordeste16,78

17,33

9998

Na comparação com 2014, houve redução na densidade do serviço em cinco estados: Alagoas (-2,0%), Roraima (-1,5%), Pernambuco (-0,7%), Bahia (-0,6%) e Espírito Santo (-0,1%). O maior crescimento do indicador foi registrado no Amapá (60,9%). No final de 2015, seis Unidades da Federação possuíam densidade maior que a média nacional: Rio Grande do Sul (39,2), Paraná (46,6), Santa Catarina (46,8), Rio de Janeiro (49,4), São Paulo (62,9) e Distrito Federal (66,8).

Densidade do SCM por UF (acessos/100 domicílios)

9,37

11,6

7 15,3

8

13,6

9

16,2

6

17,1

3

18,7

4

19,0

6

19,0

4

21,3

5

21,6

8

23,2

5

19,0

4

14,8

2

22,3

7

19,7

6

28,3

6

33,6

7

35,0

5

32,7

3

33,0

0 36,5

3

38,3

2

45,9

1

43,8

0 47,2

2

60,3

6

66,5

9

10,3

7

12,2

0 15,0

6

15,2

7

16,1

6

17,0

2 19,9

7

20,5

2

20,7

6

21,5

1

22,4

8

22,9

0

23,1

1

23,8

5

23,9

7

24,2

4

29,5

4

34,8

1

35,0

0

35,3

7

36,9

5

38,4

9

39,2

2

46,6

1

46,7

5 49,3

9

62,9

3 66,8

2

MA PA AL PI BA PE PB SE TO CE AC RR RO AP RN AM MT MG ES GO MS Brasil RS PR SC RJ SP DF

2014 2015

Qualidade

A exemplo do que ocorre na telefonia fixa, na banda larga fixa o desempenho das prestadoras com mais de 50 mil acessos em serviço também é avaliado com base na reação do usuário, nas redes e no atendimento. No final de 2015, eram cumpridas 59,8% das metas estabe-lecidas no Regulamento Geral de Qualidade do Serviço de Comunicação Multimídia – 8,3 pontos percentuais a menos que em 2014, como detalhado no gráfico abaixo.

Evolução da qualidade do SCM

70,88%2012

70,54%

68,07%

59,78%

2013

2014

2015

A redução do cumprimento das metas em relação aos anos anteriores deve-se, principalmente, à progres-são da meta de alguns indicadores, ocorrida em outubro de 2014, e à mudança metodológica na regra de valida-ção estatística, ocorrida em julho de 2015, que tornou inválidos alguns indicadores que vinham sendo cumpri-dos pela maioria das prestadoras.

Embora registrasse, no final do exercício, o maior percentual de cumprimento das metas da banda larga

fixa (68,4%), o grupo redes foi o que registrou a maior queda: 16,1 pontos percentuais na comparação com 2014, quando 84,5% das metas eram atendidas. O grá-fico abaixo mostra a evolução da qualidade cada grupo de indicadores nos últimos três anos.

Evolução da qualidade do SCM por grupo de indicador

63,4%

80,0%

85,9%

58,4%

66,8%

84,5%

56,7%

57,7%

68,4%

Atendimento

Reação do Usuário

Rede

2013 2014 2015

101100

Preços

A Anatel não regula os preços do Serviço de Comunicação Multimídia que, como a telefonia móvel, também é prestado em regime privado. Os preços praticados são acompanhados pela Anatel a partir da análise do número de usuários por faixa de velocidade, da velocidade média oferecida pelas empresas e da receita total das prestadoras; com base nesses indicadores, é calculado o valor médio mensal de 1 Mbps.

Desde 2010, o valor médio nacional caiu 71,7%, passando de R$ 21,18 para R$ 5,98, como detalhado no gráfico abaixo. Na comparação com 2014, a redução foi de 15,5%: no final do exercício, o valor médio era de R$ 5,98.

Evolução do Preço Médio Mensal de 1 Mbps

R$ 4,77 R$ 4,64 R$ 4,32 R$ 2,08 R$ 2,73

R$ 2,73

R$ 8,24 R$ 8,00 R$ 7,53

R$ 4,07 R$ 3,50

R$ 2,26

R$ 16,90

R$ 11,53

R$ 5,20 R$ 4,89 R$ 5,14 R$ 5,29

R$ 41,55

R$ 34,01

R$ 19,24

R$ 13,35

R$ 10,47 R$ 9,36

R$ 34,48

R$ 19,83

R$ 17,41

R$ 16,66

R$ 13,56

R$ 10,27

R$ 3,03

R$ 2,04

R$ 21,18

R$ 15,60

R$ 10,74 R$ 8,21

R$ 7,08 R$ 5,98

2010 2011 2012 2013 2014 2015

GVT Claro (Net) Sercomtel Telefonica Oi TIM. S.A Média

Competição

Em 2015, o número de empresas autorizadas a oferecer o serviço de banda larga fixa cresceu 19,5% na compara-ção com o exercício anterior, como detalhado no gráfico a seguir. O aumento da taxa de crescimento do número de prestadoras em 2014 e 2015 deve-se, principalmente, às alterações ocorridas no Regulamento do Serviço de Comu-nicação Multimídia, aprovado pela Resolução 614/2013, que simplificaram o processo de autorização e licenciamento de estações e reduziram o valor do preço pela autorização de R$ 9 mil para R$ 400,00.

Evolução do número de autorizadas de SCM

398 533 710

1.049

1.601

2.341

3.038

3.612

4.009

4.649

5.555

33,92% 33,21%

47,75%

52,62%

46,22%

29,77%

18,89%

10,99%

15,96% 19,49%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Autorizadas Variação

Com a aquisição da GVT pela Telefônica (conforme detalhado no capítulo Desempenho da Anatel), houve movi-mentação entre a segunda e a terceira posições do mercado de banda larga fixa: a participação da Telefônica cresceu, na comparação com 2014, 11,5 pontos percentuais, saltando de 17,1% para 28,6%. No período, a participação de ou-tras empresas no mercado cresceu 2,5 pontos percentuais, resultado do aumento do número de autorizadas.

Distribuição dos acessos do SCM por operadora

2014 2015

Claro(Embratel/Net)

31,38%

OI 27,33%

Telefonica

17,11%

GVT

12,29%

Algar (CTBC) 1,73%

Outras 10,16%

Claro(Embratel/Net)

31,84%

Telefonica(Inclui GVT)

28,63%

OI 25,02%

Algar (CTBC) 1,78%

Outras 12,73%

103102

TV por Assinatura

Evolução da planta

Desde 2012, o número de adições líquidas de assinantes de TV paga tem demonstrado sinais de estagnação, apesar das diversas ofertas com múltiplos serviços (combos) e do crescimento do número de acessos em banda larga.

Em 2015, houve diminuição de 2,4% na base de assinantes. Possíveis explicações para essa queda são a substitui-ção da TV por assinatura por aplicações em banda larga ou, ainda, o fato de que a adesão a planos com TV paga já tenha estagnado para domicílios que dispõem de renda para a contratação desse serviço.

No final do exercício, as assinaturas de TV somavam 19,1 milhões, como detalhado no gráfico abaixo. Consideran-do a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 3,1 pessoas por domicílio, os serviços de TV paga estavam disponíveis para 59,2 milhões de brasileiros.

Evolução TV por Assinatura (em milhões)

4,18 4,585,35

6,327,47

9,77

12,74

16,19

18,02

19,57 19,11

9,65%

16,80% 18,18%18,23%

30,72% 30,45%27,03%

11,31%

8,63%

-2,39%

8,35% 8,92% 10,16%11,72%

12,87%

16,62%

21,19%

27,22%28,89% 29,82% 28,87%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Assinaturas Variação Densidade (assinaturas/ 100 domicílios)

A variação percentual tem como referência o número absoluto de assinaturas

A Região Sudeste era, no final do exercício, a que concentrava a maior parte das assinaturas de TV paga, com 61,7% do total. Entre 2014 e 2015 não houve, como mostram os gráficos a seguir, alterações significativas na distri-buição de acessos por região.

Distribuição das assinaturas por região

2014

Sudeste 61,59%

Sul15,13%

Nordeste11,89%

Centro-Oeste7,19%

Norte 4,20%

2015

Sudeste 61,73%

Sul

15,16%

Nordeste11,75%

Centro-Oeste

7,14%

Norte4,21%

Densidade

A queda do número de assinaturas de TV paga teve consequências diretas na densidade do serviço, que caiu 3,2% na comparação com 2014. Ao final de 2015, o Bra-sil contava com 28,9 milhões de assinaturas para cada grupo de cem domicílios. Em relação a 2014, houve re-dução do indicador em todas as regiões.

Densidade de TV por Assinatura por região (assinaturas/100 domicílios)

13,63

17,14

27,58

29,49

42,34

13,07

16,50

26,37

28,64

41,13

Nordeste

Norte

Centro-Oeste

Sul

Sudeste

2014 2015

29,82

28,87

Brasil

105104

Em apenas quatro Unidades da Federação houve aumento da densidade dos serviços de TV por Assinatura: Mara-nhão (0,4%), Amazonas (0,5%), Piauí (1,7%) e Sergipe (4,6%). As maiores reduções na base de assinantes, em relação a 2014, foram registradas em Roraima (-18,2%), Amapá (-16,9%), Alagoas (-13,2%) e Rondônia (-12,2%). O gráfico abaixo mostra como evoluiu a densidade dos serviços de TV por Assinatura entre 2014 e 2015.

Densidade de TV por Assinatura por UF (assinaturas/100 domicílios)

8,11

8,67

9,93

13,6

6

13,6

3

12,7

8

15,1

6

14,9

7

12,2

2

13,9

1

14,2

6

14,1

6

15,7

5

16,2

9 20,4

3

22,5

8

23,5

0

22,8

6

22,3

4

24,9

9

26,3

4 29,8

2

30,9

6

33,2

1

31,4

1

46,3

8 50,5

9

57,0

0

8,25

8,70

8,75

11,8

6

11,9

7

12,0

2

12,4

0

12,4

4

12,7

9

12,8

6

13,0

6

13,3

0

14,8

3

15,2

2 19,1

6

20,4

2

20,7

2

21,3

1

22,1

9

22,9

0

24,6

7 28,8

7

29,4

3

31,5

8

31,5

8

44,3

2

49,7

4 54,2

1

PI MA TO AL RO PB RR AP SE BA PA PE CE AC GO ES MT RN MS MG PR BrasilSC RS AM RJ SP DF

2014 2015

Qualidade

O percentual de cumprimento de metas de qualidade dos serviços de TV por Assinatura alcançou, no final do exercício, 89,0% – um ponto percentual a menos que no exercício anterior. Diferentemente dos demais serviços – em que são consideradas as prestadoras com mais de 50 mil assinantes –, na TV paga os indicadores apresentados resu-mem os dados das dez maiores empresas do setor.

O gráfico ao lado apresenta a evolução do cumprimento das metas de qualidade nos últimos anos.

Evolução da qualidade da TV por Assinatura

67,50%

67,23%

78,70%

80,62%

78,58%

79,12%

87,07%

89,97%

88,98%

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

Para o acompanhamento da qualidade da TV por Assinatura, são monitorados quatro grupos de indicado-res: qualidade, atendimento, cobrança e continuidade. No final de 2015, o menor percentual de cumprimento

das metas (86,8%) era registrado no grupo de indica-dores de atendimento, que teve redução de 2,4 pontos percentuais em relação a 2014, como mostra o gráfico abaixo.

Evolução da qualidade por grupo de indicador

88,68%

89,31%

88,79%

81,94%

89,20%

86,77%

95,57%

96,22%

94,70%

86,10%

87,28%

89,58%

2013

2014

2015

Qualidade Atendimento Cobrança Continuidade

107106

TecnologiaA diminuição verificada na base de assinantes dos

serviços de TV por Assinatura esteve concentrada, em grande parte, nos acessos providos por meio da tecno-logia DTH (prestação do serviço via satélite), cuja par-ticipação no mercado diminuiu, entre 2014 e 2015, de 61,0% para 58,2%, como mostra o gráfico abaixo.

Distribuição de assinaturas por tecnologia

62,07%

60,48%

60,49%

57,91%

50,99%

43,31%

38,30%

38,12%

38,92%

41,78%

32,30%

33,01%

33,21%

37,32%

45,82%

54,81%

60,82%

61,77%

61,02%

58,17%

5,63%

6,50%

6,30%

4,77%

3,19%

1,88%

0,88%

0,11%

0,06%

0,05%

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

TV a Cabo DTH MMDS

CompetiçãoNo exercício, não houve movimentações significa-

tivas no mercado de TV paga. O grupo Claro/Net/Em-bratel se manteve com a maior participação de merca-do: 51,8%. Devido à aquisição da GVT pela Telefônica, a participação do grupo no mercado de TV por Assinatura cresceu, entre 2014 e 2015, 5,4 pontos percentuais, atin-gindo a marca de 9,4%.

Distribuição das assinaturas por operadora

2014

Claro/Embratel/Net 51,96%

SKY 28,83%

OI 6,66%

GVT 4,51%

Telefônica/Vivo 3,94%

Outras 4,10%

2015

Claro/Embratel/Net 51,80%

SKY/AT&T 28,49%

Oi 6,12%

Telefonica(Inclui GVT)

9,36%

Outras 4,23%

Satélites

Satélites brasileiros

No final de 2015, 13 satélites geoestacionários bra-sileiros encontravam-se em operação comercial ou tem-porária. Destaca-se a entrada em operação definitiva do satélite Star One C4 e a retirada do Echostar-15, que se encontrava em operação temporária.

O lançamento do satélite Star One C4, associado ao direito de exploração conferido a uma das vencedoras da licitação realizada em 2011, ocorreu no prazo estabele-cido nas regras daquele certame, trazendo ao mercado brasileiro mais um satélite com capacidade para atender as demandas de TV por assinatura pela tecnologia DTH.

Também cabe destacar a prorrogação, por mais 15 anos, do direito de exploração de satélite brasileiro con-ferido à Hispamar Satélites S.A..

As empresas vencedoras da licitação para conferên-cia de direitos de exploração de satélite brasileiro reali-zada em 2015 têm prazo entre quatro e cinco anos para lançar e colocar em operação os satélites nas posições orbitais e faixas de frequências escolhidas (mais informa-ções no capítulo Desempenho da Anatel).

Satélites estrangeiros

O Brasil encerrou o ano com 36 satélites geoestacio-nários estrangeiros autorizados a comercializar capacida-de espacial no País, assim como três sistemas de satélites não geoestacionários.

No exercício, quatro direitos de exploração de satéli-te estrangeiro tiveram termo final de seus prazos de vali-dade, sendo um deles prorrogado. Em outros dois casos – em que o direito não foi prorrogado, tendo em vista a ausência de solicitação nesse sentido no prazo regula-mentar –, a Anatel identificou o interesse das explora-doras de satélites de continuarem a operar no Brasil e conferiu a essas empresas novos direitos.

Dessa forma, ao longo do ano, foram conferidos seis novos direitos de exploração de satélite estrangeiro e ex-tinto, por renúncia, um direito. Cumpre observar que dois satélites associados a direitos de exploração de satélite estrangeiro em vigor foram substituídos. Ao longo do ano, também foram autorizadas radiofrequências adicio-nais associadas a dois direitos de exploração de satélites estrangeiros.

Capacidade satelital

Embora a maior parte da capacidade satelital brasi-leira esteja concentrada nas bandas C e Ku, nos últimos anos – em consequência do congestionamento do arco orbital – os operadores de satélite têm buscado outras faixas de frequência, como as bandas C e Ku planejadas e a banda Ka.

O crescimento da demanda para serviços de DTH e internet também tem influído na escolha dessas faixas, o que tem sido notado nas opções das proponentes vence-doras das últimas três licitações realizadas pela Anatel – em 2011, 2014 e 2015 –, bem como nos direitos de explo-ração de satélite estrangeiros conferidos no último ano.

O gráfico abaixo ilustra o início dessa modificação do provimento de capacidade satelital no mercado brasi-leiro em relação às faixas de frequências.

Capacidade satelital por faixa de frequência (em MHz)

18.815 18.815

14.444 14.794

1.728 3.456 2.254 2.714

1.080 1.080

2014 2015

38.32140.859

Banda C Banda Ku Banda Ku planejada

Banda Ka Banda C planejada

109

20152015 ADMINISTRAÇÃO

R$ 484,4 milhõesfoi o orçamento destinado à Anatel por meio da Lei Orçamentária Anual e créditos suplementares

92,8%foi o percentual de execução orçamentária da Agência

245procedimentos licitatórios foram realizados

70 mil processos eletrônicos haviam sido instaurados até o final do exercício, reduzindo gastos com papel, toners e outros insumos

20152015 111

Orçamento

Receitas

Destinado a prover recursos para cobrir despesas do Governo Federal com a execução da fiscalização de servi-ços de telecomunicações, o desenvolvimento de meios e o aperfeiçoamento da técnica necessária, o Fundo de Fiscali-zação das Telecomunicações (Fistel) tem natureza contábil e foi criado pela Lei 5.070/1966.

Desde a criação da Anatel, em 1997, o Fistel arrecadou R$ 67,8 bilhões. Em 2015, as receitas do Fundo alcançaram R$ 5,4 bilhões – valor 38,4% menor que o registrado no exercício anterior, como aponta o gráfico a seguir. Quando se compara a arrecadação de 2015 à registrada em 2012 e em 2013, no entanto, verifica-se crescimento de cerca de 10%.

Essa menor arrecadação registrada em 2015 era espe-rada, uma vez que o resultado de 2014 – quase 80% su-perior ao de 2013 – foi fortemente impactado pelas duas grandes licitações realizadas pela Anatel naquele exercício: a de autorização de uso de radiofrequências na faixa de 700 MHz e a de outorga de quatro direitos de exploração de satélites. Juntas, as duas licitações resultaram em arre-cadação de mais de R$ 5,3 bilhões.

ADMINISTRAÇÃO

113112

Evolução da arrecadação do Fistel (em R$ milhão)

16.469,76

2.018,59 3.083,89

6.416,86 4.909,92

3.431,25

7.268,25

4.918,55 4.913,83

8.772,07

5.401,41

-0,10%

52,77%

108,08%

-23,48%

-30,12%

111,82%

-32,33%

78,52%

-

38,42%

1997-2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Arrecadação Variação

A variação percentual é calculada com base na arrecadação absoluta

Em 2015, a participação das outorgas de telecomunicações na composição da arrecadação do Fistel caiu de 67,1% para 42,9%, na comparação com 2014. No mesmo período, a participação das taxas de fiscalização subiu de 31,5% para 56,2%, como detalhado na tabela abaixo.

Receitas do Fistel (em R$ milhão)

Grupo de ReceitaArrecadado em 2014 Arrecadado em 2015 Variação

2014 – 2015Valor Participação Valor Participação

Taxas de fiscalização (TFF1 e TFI2) 2.759,40 31,46% 3.038,86 56,22% 10,13%

Multas LGT3 121,31 1,38% 39,83 0,74% -67,16%

Outorgas de telecomunicações 5.887,88 67,12% 2.322,37 42,96% -60,56%

Aplicações financeiras4 1,42 0,02% 1,71 0,03% 20,46%

Outras receitas 2,06 0,02% 2,64 0,05% 28,25%

Total 8.772,07 100,00% 5.405,41 100,00% -38,38%

Fonte: Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi)

A variação tem como referência o valor absoluto arrecadado

1 TFF: Taxa de Fiscalização de Funcionamento2 TFI: Taxa de Fiscalização de Instalação3 Multas decorrentes de descumprimentos de dispositivos da Lei Geral de Telecomunicações (LGT) 4 Os recursos do Fistel são aplicados pelo Siafi, diariamente, na Conta Única do Tesouro Nacional e remunerados, a cada dez dias, por taxa estabelecida pelo Ministério da Fazenda

O Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) foi criado pela Lei 9.998/2000 com o obje-tivo de proporcionar recursos destinados a cobrir a parcela de custo exclusivamente atribuível ao cumprimento das obrigações de universalização de serviços de telecomunicações que não possa ser recuperada com a exploração efi-ciente do serviço, nos termos do disposto na Lei Geral de Telecomunicações (LGT – Lei 9.472/1997).

Em 2015, a arrecadação do Fundo totalizou R$ 1,8 bilhão, valor 1,5% superior ao registrado em 2014, como de-monstra o gráfico abaixo. Desde sua criação, o Fundo arrecadou R$ 19,5 bilhões.

Evolução da arrecadação do Fust (em R$ milhão)

3.981,62

634,01

1.166,16 1.444,01 1.436,39

986,61

2.717,93

1.924,90 1.713,85 1.756,77 1.782,74

6,54%

83,93%

23,83%

-0,53% -31,31%

175,48%

-29,18% -10,96%

2,50% 1,47% 0,00%

2001 - 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Arrecadação Variação

A variação percentual é calculada com base na arrecadação absoluta

Os valores arrecadados em 2015 referentes à receita de outorgas de telecomunicações foram ajustados pela Se-cretaria do Tesouro Nacional para cumprimento de dispositivos da Lei 9.472/1997 e do Decreto 3.624/2000, que limi-tam em R$ 700 milhões o valor de transferência das receitas de outorga do Fistel para o Fust.

115114

A tabela abaixo mostra como evoluiu a arrecadação – por grupo de receita – entre 2014 e 2015.

Receitas do Fust (em R$ milhão)

Grupo de ReceitaArrecadado em 2014 Arrecadado em 2015 Variação

2014 – 2015Valor Participação Valor ParticipaçãoMulta LGT 60,64 3,45% 19,92 1,12% -67,15%

Outorgas de telecomunicações 638,44 36,34% 681,12 38,21% 6,69%

Certificação/homologação de produtos de te-lecomunicações

0,95 0,05% 1,00 0,06% 5,34%

Contribuição sobre a Receita Operacional Bru-ta decorrente de prestação de serviços de te-lecomunicações

1.056,75 60,16% 1.080,63 60,62% 2,26%

Total 1.756,78 100,00% 1.782,67 100,00% 1,47%

Fonte: Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi)

A variação tem como referência o valor absoluto arrecadado

A Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pú-blica (CFRP) foi criada pela Lei 11.652/2008 com o obje-tivo de propiciar meios para a melhoria dos serviços de radiodifusão pública e para a ampliação de sua pene-tração mediante a utilização de serviços de telecomuni-cações. Cabe à Anatel planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento da Contri-buição. Os valores arrecadados são destinados à Empre-sa Brasil de Comunicações (EBC), sendo a Agência retri-buída por seus serviços em 2,5% do montante.

Desde 2010 as grandes empresas do setor têm en-trado na Justiça para contestar a legalidade do paga-mento anual dessa contribuição, depositando o valor devido em juízo.

Em 2015, duas grandes empresas efetuaram o pa-gamento da contribuição. Como resultado, a arreca-dação da CFRP alcançou a marca de R$ 311,4 milhões,

valor 50% inferior ao registrado em 2014, quando uma empresa havia efetuado o pagamento e a Justiça havia determinado a conversão em renda dos depósitos de anos anteriores (2010 a 2013).

A tabela a seguir apresenta a evolução da arrecada-ção da CFRP.

Arrecadação da CFRP (em R$ mil)Ano Valor Variação2009 53.591.343,91

2010 4.442.244,96 -91,71%

2011 3.826.940,97 -13,85%

2012 4.228.206,50 10,49%

2013 4.283.864,14 1,32%

2014 622.717.748,06 14.436,36%

2015 311.430.945,99 -49,99%

Total 1.004.521.294,53

Despesas

A Lei 13.115/2015 (Lei Orçamentária Anual – LOA/2015) definiu o orçamento da Anatel em R$ 466,5 milhões. Créditos suplementares autorizados ao longo do ano elevaram a dotação orçamentária da Anatel, no final de 2015, para R$ 484,4 milhões, distribuídos con-forme o gráfico abaixo.

Dotação orçamentária autorizada R$ 484,41 milhões

Pessoal e EncargosSociais

R$ 338,69milhões

69,92%

Outras DespesasCorrentes

R$ 138,22milhões28,53%

InvestimentosR$ 7,50 milhões

1,55%

Com base no Decreto 8.496/2015, editado em julho, foi contingenciado o orçamento da Anatel, definindo em R$ 123,1 milhões o limite de movimentação e empe-nho para investimentos e despesas correntes, excluindo Benefícios Assistenciais.

O percentual de execução orçamentária total da Agência em 2015 foi de 92,8% – resultado da restrição ao limite de pagamentos imposta à Anatel no exercício, o que a obrigou a ajustar os valores a serem empenha-dos à previsão de disponibilidade de recursos financei-ros.

Do total de R$ 449,8 milhões empenhados, foram liquidados R$ 426,5 milhões e pagos R$ 416,0 milhões; outros R$ 23,2 milhões foram inscritos em Restos a Pa-gar, como mostra a tabela a seguir.

117116

Execução do Orçamento 2015 - Por Grupo de Despesa (em R$ 1,00)

Grupo de Despesa

Dotação autorizada

(LOA + Créditos) Liberado para

empenho Empenhado Liquidado Pago Inscrito em Restos a Pagar

Execução Orçamentária

Pessoal e Encargos Sociais

338.690.867,00 338.637.567,00 336.979.311,19 334.047.494,22 334.047.494,22 2.931.816,97 99,49%

Outras Despesas Correntes

138.218.040,00 117.319.718,00 108.541.871,00 91.465.513,41 81.203.863,13 17.076.357,76 78,53%

Investimen-tos

7.500.000,00 4.880.570,00 4.260.085,80 1.025.676,50 840.254,50 3.234.409,30 56,80%

Total 484.408.907,00 460.837.855,00 449.781.267,99 426.538.684,13 416.091.611,85 23.242.584,03 92,85%

No exercício, o grupo de despesas com maior execução do orçamento foi o de Pessoal e Encargos Sociais, que alcançou a marca de 99,5%. No grupo Outras Despesas Correntes – recursos destinados à execução das atividades relacionadas à fiscalização, à manutenção da infraestrutura da sede e das 27 unidades descentralizadas, ao funciona-mento da Central de Atendimento, dentre outros –, o percentual de execução orçamentária foi de 78,5%.

O gráfico abaixo mostra como foram distribuídos os valores empenhados para a realização de Outras Despesas Correntes da Anatel em 2015, excluídos os Benefícios Assistenciais, que somaram R$ 11,3 milhões.

Execução de Outras Despesas Correntes R$ 97,21 milhões

Administraçãoda Unidade

R$ 51,85 milhões

53,33%

Relações com os usuários

R$ 26,21 milhões26,96%

Fiscalização

R$ 17,90 milhões

18,42%

Regulamentação R$ 0,60 milhão

0,62%

Capacitação R$ 0,54 milhão

0,56%

Suporte à prestação dos serviços

R$ 0,11 milhão 0,11%

A execução do grupo Investimentos atingiu o per-centual de 56,8% – resultado das restrições financeiras registradas no exercício, que fizeram com que a Agência optasse por priorizar as despesas correntes. Os R$ 4,3 mi-lhões empenhados foram aplicados, principalmente, na manutenção evolutiva e no desenvolvimento de softwa-res, sendo que parcela dos recursos foi investida na aqui-sição de equipamentos para a implementação do proces-so eletrônico na Agência e na melhoria da infraestrutura de algumas unidades descentralizadas.

Aquisições e contratosAo longo de 2015, a Anatel realizou 245 procedimen-

tos licitatórios, conforme gráfico abaixo. Na comparação com 2014, quando haviam sido realizados 405 procedi-mentos, houve redução de 39,5%.

Os pregões eletrônicos realizados pela Agência em 2015 resultaram em contratações e aquisições no valor de R$ 80,1 milhões, com economia média de 40,2% en-tre o menor preço (lance) homologado e o valor estimado.

Tecnologia da informação

No exercício, foi concluída a implantação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) em toda a Anatel – ação que teve início, como projeto-piloto, em 2014 – fazendo com que não seja mais necessária a utilização de papel como suporte físico para processos e documentos.

Na comparação com a gestão de documentos em meio físico, o processo eletrônico tem demonstrado ga-nhos em agilidade, economia, transparência e segurança. Até o final de 2015, a Anatel contava com mais de 70 mil processos eletrônicos que reuniam mais de 120 mil do-cumentos.

Embora a adoção definitiva do SEI em toda a Agência tenha ocorrido apenas em novembro de 2015, a adoção do processo eletrônico na Anatel já resultou em redução de cerca de 15% no consumo de papel; de 10% na re-posição de toners de impressoras; e de 12% em outros insumos, como capas de processos, grampos e carimbos.

InfraestruturaEm novembro de 2015, a Anatel desocupou as insta-

lações da Unidade Operacional do Distrito Federal – loca-lizada em Sobradinho/DF. O imóvel foi doado pela União ao Governo do Distrito Federal.

As atividades desenvolvidas pela Unidade já haviam sido transferidas para a sede da Agência, em Brasília.

119118

Recursos humanos

Quadro de pessoal

No final do exercício, a Anatel contava com 1,6 mil servidores – aumento de 4,4% em relação a 2014, como detalhado no gráfico abaixo. A recomposição do quadro de pessoal aos patamares de 2010/2011 foi resultado, principalmente, da nomeação de 94 novos servidores, aprovados no último concurso público realizado pela Agência para o provimento de cargos de níveis médio e superior.

Evolução do quadro de pessoal

1.620 1.620 1.583 1.569 1.553 1.622

0,00%

-2,28%

-0,88%

-1,02%

4,44%

0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Servidores Variação

No final do exercício, quase 50% da força de trabalho da Agência estavam concentrados na sede da Anatel, em Brasília, como mostra o gráfico abaixo, que aponta também as Unidades da Federação com maior contin-gente de servidores.

Distribuição do quadro de pessoal

Distrito Federal 790 (48,71%)

São Paulo 149 (9,19%)

Rio de Janeiro 87 (5,36%)

Minas Gerais 74 (4,56%)

Bahia

54 (3,33%)

Paraná 50 (3,08%)

Rio Grande do Sul 50 (3,08%)

Outros 368 (22,69%)

Embora no final do exercício 41,5% dos servidores da Anatel ocupassem cargos de nível médio, apenas 14,6% da força de trabalho da Agência não possuía formação de nível superior.

Capacitação

Em 2015, o orçamento destinado à capacitação dos servidores foi 15,2% maior que o do exercício anterior, como mostra o gráfico abaixo. Devido a restrições finan-ceiras, no entanto, o valor empenhado foi de apenas R$ 544,1 mil – redução de 36,8% em relação a 2014. Ainda assim, os esforços para aprimoramento da força de traba-lho da Agência resultaram na capacitação de 1,3 mil servi-dores – boa parte deles em cursos a distância e gratuitos.

Recursos destinados à capacitação (em R$ milhão)

1,19

1,37

0,89

0,54

2014 2015

Dotação Orçamentária Empenhado

121120

2015 SÉRIE HISTÓRICA

257,8 milhões de acessos móveis estavam em funcionamento; no exercício, o serviço registrou a primeira redução do número de assinantes desde sua criação

38,5% dos domicílios brasileiros contavam com banda larga fixa

859,1 miltelefones de uso público estavam em instalados no Brasil, resultando em densidade de 4,2 orelhões por grupo de mil habitantes

1.608rádios OM estavam em funcionamento, volume 9,7% inferior a 2014 devido à migração de emissoras para FM

122

INDICADORES UNIDADE 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

EXPANSÃO DO SETOR

TOTAL DE TELEFONES milhões 1,3 1,5 1,7 1,9 2,4 2,9 3,7 4,2 4,8 5,3 5,7 6,2 6,7 7,2 7,4 7,9 8,4 8,8 9,4 10,1 10,8 11,6 13,1 14,7 17,5 21,5 27,4 40,0 54,1 66,1 73,7 85,5 105,2 126,0 138,7 160,4 191,8 215,4

DENSIDADE TOTAL DE TELEFONES 1,3 1,5 1,6 1,8 2,2 2,6 3,2 3,5 4,0 4,4 4,6 4,9 5,2 5,5 5,5 5,8 6,0 6,2 6,5 6,9 7,2 7,5 8,5 9,4 11,0 13,4 16,8 24,2 32,4 39,0 42,9 48,3 58,7 68,1 73,9 84,3 99,5 112,1

SERVIÇO TELEFONICO FIXO COMUTADO USO INDIVIDUAL (STFC)

ACESSO FIXO INSTALADO ¹ 1,5 1,7 1,9 2,3 3 3,7 4,7 5 5,5 5,8 6,4 6,8 7,3 7,6 8,1 8,5 9,1 9,7 10,3 10,8 11,7 12,4 13,3 14,6 16,5 18,8 22,1 27,8 38,3 47,8 49,2 49,8 50 50,5 51,2 52,7 57,9

DENSIDADE TELEFÔNICA INSTALADA 1,5 1,7 1,8 2,1 2,7 3,3 4 4,2 4,6 4,8 5,2 5,4 5,6 5,8 6 6,2 6,5 6,8 7,1 7,3 7,8 8,2 8,6 9,3 10,4 11,7 13,6 16,8 23,1 28,2 28,7 28,2 27,9 27,3 27,26 27,7 30,1

ACESSO FIXO EM SERVIÇO ¹ 1,3 1,5 1,7 1,9 2,4 2,9 3,7 4,2 4,8 5,3 5,7 6,2 6,7 7,2 7,4 7,9 8,4 8,8 9,4 10,1 10,8 11,5 12,3 13,3 14,8 17,0 20,0 25,0 30,9 37,4 38,8 39,2 39,6 39,8 38,8 39,4 41,2

DENSIDADE TELEFÔNICA EM SERVIÇO 1,3 1,5 1,6 1,8 2,2 2,6 3,2 3,5 4,0 4,4 4,6 4,9 5,2 5,5 5,5 5,8 6,0 6,2 6,5 6,9 7,2 7,6 8,0 8,5 9,4 10,6 12,4 15,1 18,6 22,1 22,6 22,2 22,1 21,5 20,7 20,7 21,4

TAXA DE DIGITALIZAÇÃO DA REDE LOCAL % - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 27,9 35,5 45,8 56,1 67,8 73,2 84,6 92,5 97,2 98,3 98,7 99,4 99,9 99,9 99,9 99,9

SERVIÇO TELEFONICO FIXO COMUTADO USO PUBLICO (STFC - TUP)

TELEFONE DE USO PÚBLICO mil 10,5 13,8 14,0 18,7 24,7 29,7 38,5 46,0 53,6 60,7 69,6 77,7 94,3 106,2 149,7 181,3 209,9 230,7 239,8 233,3 258,2 278,2 342,6 367,0 428,4 520,5 589,1 740,0 909,5 1.378,7 1.368,2 1.318,3 1.316,6 1.274,0 1.132,8 1.142,0 1.131,1 1.127,2

DENSIDADE TELEFONE DE USO PÚBLICO telefones

/ 1000 habitantes 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,3 0,4 0,5 0,5 0,6 0,6 0,7 0,8 1,1 1,3 1,5 1,6 1,7 1,6 1,7 1,8 2,2 2,3 2,7 3,2 3,6 4,5 5,5 8,1 8,0 7,5 7,3 6,9 6,0 6,0 5,9 5,9

SERVIÇO MÓVEL

ACESSO MÓVEL CELULAR mil - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,7 6,7 31,7 191,4 755,2 1.416,5 2.744,5 4.550,2 7.368,2 15.032,7 23.188,2 28.745,8 33.188,2 3.377,3 - - - - -

ACESSO MÓVEL PESSOAL (SMP) milhões - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1,7 43,0 65,6 86,2 99,9 120,9 150,6

DENSIDADE ACESSO MÓVEL PESSOALacesso

/ 100 habitantes - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,5 0,9 1,7 2,8 4,5 9,1 14,0 17,0 20,3 26,2 36,6 46,6 53,2 63,6 78,1

SERVIÇO MÓVEL ESPECIALIZADO

ACESSO MÓVEL ESPECIALIZADO (SME) ² mil - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2,1 6,2 7,9 20,1 20,8 21,4 23,8 82,2 193,83 358,6 429,8 429,9 430,0 431,0 668,6 927,5 1.330,5 1.844,3 2.508,3

DENSIDADE ACESSO MÓVEL ESPECIALIZADO ³ acesso

/ 100 habitantes - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,1 0,1 0,2 0,5 0,8 1,0 0,9 0,9 0,9 1,3 1,8 2,6 3,5

COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA

ACESSO FIXO EM SERVIÇO (SCM) 4 mil - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 122,5 360,2 587,2 966,3 3.157,5 4.363,8 5.921,9 8.260,5 10.618,6 12.491,8

DENSIDADE ACESSO FIXO acesso

/ 1000 habitantes - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,7 2,1 3,4 5,5 17,6 23,6 31,6 43,4 55,1

DENSIDADE ACESSO FIXO acesso

/ 100 domicílios - - - - - - - - - - - - - - - - 15,7 19,7

TELEVISÃO POR ASSINATURA

SERVIÇO DE TELEVISÃO POR ASSINATURA mil assinaturas - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 400,0 1.000,0 1.842,6 2.455,2 2.575,5 2.799,6 3.426,2 3.607,0 3.553,8 3.596,3 3.851,1 4.176,4 4.579,4 5.348,6 6.320,9 7.473,5

DENSIDADE SERVIÇO TV POR ASSINATURAassinaturas

/ 100 domicílios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1,1 2,6 4,7 6,0 6,2 6,5 7,7 8,0 7,7 7,6 7,9 8,3 8,9 10,2 11,7

RADIODIFUSÃO

GERADORES DE TV estação ND ND ND ND ND ND 113 118 119 126 129 133 141 162 180 192 235 235 238 255 257 257 257 257 259 259 259 266 274 366 427 441 449 462 478 481 492

RETRANSMISSORA DE TV ND ND ND ND ND ND 300 369 1.640 1.670 1.773 4.656 4.964 5.177 5.434 5.530 5.590 5.760 5.797 5.997 6.142 6.216 6.462 6.755 7.749 7.945 7.986 8.427 8.677 8.841 9.638 9.787 9.878 9.816 9.897 9.993 10.044 10.208

RÁDIOS FM ND ND ND ND ND ND 225 266 320 369 413 459 511 591 675 816 1.144 1.135 1.140 1.235 1.247 1.247 1.247 1.265 1.285 1.290 1.291 1.297 1.345 1.622 2.025 2.149 2.223 2.320 2.600 2.678 2.732

RÁDIOS OM ND ND ND ND ND ND 970 1.009 1.040 1.089 1.160 1.187 1.214 1.274 1.312 1.362 1.528 1.529 1.532 1.563 1.571 1.571 1.573 1.575 1.576 1.576 1.576 1.578 1.588 1.632 1.682 1.697 1.707 1.708 1.711 1.718 1.749

RÁDIOS OC ND ND ND ND ND ND 35 39 39 39 37 37 35 33 30 30 33 33 33 33 33 33 32 32 35 64 64 65 64 64 62 66 66 66 66 66 66

RÁDIOS OT ND ND ND ND ND ND 105 105 104 99 98 94 90 88 85 82 84 85 83 83 83 82 82 80 80 80 80 80 80 78 76 75 75 75 75 75 74

RÁDIOS COMUNITÁRIAS - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 980 1.625 1.932 2.207 2.443 2.734 3.154 3.386 3.897

Nota: 1- Dados referentes às concessionárias e autorizadas do STFC2- Dados alterados, em 2009, devido à revisão de sistema 3- Dados calculados com base na população de municípios atendidos por SME4- Dados alterados, em 2012, em razão de depuração da base de dados e exclusão de acessos de outros serviços como SLE, SRTT e ect5- inclui TUPs

Dados retrospectivos (parte1/2)

INDICADORES UNIDADE 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

EXPANSÃO DO SETOR

TOTAL DE TELEFONES milhões 1,3 1,5 1,7 1,9 2,4 2,9 3,7 4,2 4,8 5,3 5,7 6,2 6,7 7,2 7,4 7,9 8,4 8,8 9,4 10,1 10,8 11,6 13,1 14,7 17,5 21,5 27,4 40,0 54,1 66,1 73,7 85,5 105,2 126,0 138,7

DENSIDADE TOTAL DE TELEFONES telefones total / 100 habitantes 1,3 1,5 1,6 1,8 2,2 2,6 3,2 3,5 4,0 4,4 4,6 4,9 5,2 5,5 5,5 5,8 6,0 6,2 6,5 6,9 7,2 7,5 8,5 9,4 11,0 13,4 16,8 24,2 32,4 39,0 42,9 48,3 58,7 68,1 73,9

SERVIÇO TELEFONICO FIXO COMUTADOUSO INDIVIDUAL (STFC)

ACESSO FIXO INSTALADO ¹ milhões 1,5 1,7 1,9 2,3 3 3,7 4,7 5 5,5 5,8 6,4 6,8 7,3 7,6 8,1 8,5 9,1 9,7 10,3 10,8 11,7 12,4 13,3 14,6 16,5 18,8 22,1 27,8 38,3 47,8 49,2 49,8 50 50,5 51,2

DENSIDADE TELEFÔNICA INSTALADA acesso instalado / 100 habitantes 1,5 1,7 1,8 2,1 2,7 3,3 4 4,2 4,6 4,8 5,2 5,4 5,6 5,8 6 6,2 6,5 6,8 7,1 7,3 7,8 8,2 8,6 9,3 10,4 11,7 13,6 16,8 23,1 28,2 28,7 28,2 27,9 27,3 27,26

ACESSO FIXO EM SERVIÇO ¹ milhões 1,3 1,5 1,7 1,9 2,4 2,9 3,7 4,2 4,8 5,3 5,7 6,2 6,7 7,2 7,4 7,9 8,4 8,8 9,4 10,1 10,8 11,5 12,3 13,3 14,8 17,0 20,0 25,0 30,9 37,4 38,8 39,2 39,6 39,8 38,8

DENSIDADE TELEFÔNICA EM SERVIÇO acesso serviço / 100 habitantes 1,3 1,5 1,6 1,8 2,2 2,6 3,2 3,5 4,0 4,4 4,6 4,9 5,2 5,5 5,5 5,8 6,0 6,2 6,5 6,9 7,2 7,6 8,0 8,5 9,4 10,6 12,4 15,1 18,6 22,1 22,6 22,2 22,1 21,5 20,7

TAXA DE DIGITALIZAÇÃO DA REDE LOCAL % - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 27,9 35,5 45,8 56,1 67,8 73,2 84,6 92,5 97,2 98,3 98,7 99,4 99,9 99,9

SERVIÇO TELEFONICO FIXO COMUTADO USO PUBLICO (STFC - TUP)

TELEFONE DE USO PÚBLICO mil 10,5 13,8 14,0 18,7 24,7 29,7 38,5 46,0 53,6 60,7 69,6 77,7 94,3 106,2 149,7 181,3 209,9 230,7 239,8 233,3 258,2 278,2 342,6 367,0 428,4 520,5 589,1 740,0 909,5 1.378,7 1.368,2 1.318,3 1.316,6 1.274,0 1.132,8 1.142,0

DENSIDADE TELEFONE DE USO PÚBLICO telefones / 1000 habitantes 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,3 0,4 0,5 0,5 0,6 0,6 0,7 0,8 1,1 1,3 1,5 1,6 1,7 1,6 1,7 1,8 2,2 2,3 2,7 3,2 3,6 4,5 5,5 8,1 8,0 7,5 7,3 6,9 6,0 6,0

SERVIÇO MÓVEL

ACESSO MÓVEL CELULAR mil - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,7 6,7 31,7 191,4 755,2 1.416,5 2.744,5 4.550,2 7.368,2 15.032,7 23.188,2 28.745,8 33.188,2 3.377,3 - - -

ACESSO MÓVEL PESSOAL (SMP) milhões - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1,7 43,0 65,6 86,2 99,9

DENSIDADE ACESSO MÓVEL PESSOAL acesso / 100 habitantes - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,5 0,9 1,7 2,8 4,5 9,1 14,0 17,0 20,3 26,2 36,6 46,6 53,2

SERVIÇO MÓVEL ESPECIALIZADO

ACESSO MÓVEL ESPECIALIZADO (SME) ² mil - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2,1 6,2 7,9 20,1 20,8 21,4 23,8 82,2 193,83 358,6 429,8 429,9 430,0 431,0 668,6 927,5 1.330,5

DENSIDADE ACESSO MÓVEL ESPECIALIZADO ³ acesso / 100 habitantes - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,1 0,1 0,2 0,5 0,8 1,0 0,9 0,9 0,9 1,3 1,8

COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA

ACESSO FIXO EM SERVIÇO (SCM) 4 mil - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 122,5 360,2 587,2 966,3 3.157,5 4.363,8 5.921,9 8.260,5

DENSIDADE ACESSO FIXO acesso / 1000 habitantes - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,7 2,1 3,4 5,5 17,6 23,6 31,6

DENSIDADE ACESSO FIXO acesso / 100 domicílios - - - - - - - - - - - - - - - -

TELEVISÃO POR ASSINATURA

SERVIÇO DE TELEVISÃO POR ASSINATURA mil assinaturas - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 400,0 1.000,0 1.842,6 2.455,2 2.575,5 2.799,6 3.426,2 3.607,0 3.553,8 3.596,3 3.851,1 4.176,4 4.579,4 5.348,6

DENSIDADE SERVIÇO TV POR ASSINATURA assinaturas / 100 domicílios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1,1 2,6 4,7 6,0 6,2 6,5 7,7 8,0 7,7 7,6 7,9 8,3 8,9

RADIODIFUSÃO

GERADORES DE TV estação ND ND ND ND ND ND 113 118 119 126 129 133 141 162 180 192 235 235 238 255 257 257 257 257 259 259 259 266 274 366 427 441 449 462 478

RETRANSMISSORA DE TV ND ND ND ND ND ND 300 369 1.640 1.670 1.773 4.656 4.964 5.177 5.434 5.530 5.590 5.760 5.797 5.997 6.142 6.216 6.462 6.755 7.749 7.945 7.986 8.427 8.677 8.841 9.638 9.787 9.878 9.816 9.897

RÁDIOS FM ND ND ND ND ND ND 225 266 320 369 413 459 511 591 675 816 1.144 1.135 1.140 1.235 1.247 1.247 1.247 1.265 1.285 1.290 1.291 1.297 1.345 1.622 2.025 2.149 2.223 2.320 2.600

RÁDIOS OM ND ND ND ND ND ND 970 1.009 1.040 1.089 1.160 1.187 1.214 1.274 1.312 1.362 1.528 1.529 1.532 1.563 1.571 1.571 1.573 1.575 1.576 1.576 1.576 1.578 1.588 1.632 1.682 1.697 1.707 1.708 1.711

RÁDIOS OC ND ND ND ND ND ND 35 39 39 39 37 37 35 33 30 30 33 33 33 33 33 33 32 32 35 64 64 65 64 64 62 66 66 66 66

RÁDIOS OT ND ND ND ND ND ND 105 105 104 99 98 94 90 88 85 82 84 85 83 83 83 82 82 80 80 80 80 80 80 78 76 75 75 75 75

RÁDIOS COMUNITÁRIAS - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 980 1.625 1.932 2.207 2.443 2.734 3.154

Nota: 1- Dados referentes às concessionárias e autorizadas do STFC2- Dados alterados, em 2009, devido à revisão de sistema 3- Dados calculados com base na população de municípios atendidos por SME4- Dados alterados, em 2012, em razão de depuração da base de dados e exclusão de acessos de outros serviços como SLE, SRTT e ect5- inclui TUPs

Dados retrospectivos (parte1/2)

telefones total/100 habitantes

milhões

acesso instalado/100 habitantes

milhõesacesso serviço/100 habitantes

INDICADORES UNIDADE

EXPANSÃO DO SETOR

TOTAL DE TELEFONES milhões

DENSIDADE TOTAL DE TELEFONES

SERVIÇO TELEFONICO FIXO COMUTADO USO INDIVIDUAL (STFC)

ACESSO FIXO INSTALADO ¹

DENSIDADE TELEFÔNICA INSTALADA

ACESSO FIXO EM SERVIÇO ¹

DENSIDADE TELEFÔNICA EM SERVIÇO

TAXA DE DIGITALIZAÇÃO DA REDE LOCAL %

SERVIÇO TELEFONICO FIXO COMUTADO USO PUBLICO (STFC - TUP)

TELEFONE DE USO PÚBLICO mil

DENSIDADE TELEFONE DE USO PÚBLICO telefones

/ 1000 habitantes

SERVIÇO MÓVEL

ACESSO MÓVEL CELULAR mil

ACESSO MÓVEL PESSOAL (SMP) milhões

DENSIDADE ACESSO MÓVEL PESSOALacesso

/ 100 habitantes

SERVIÇO MÓVEL ESPECIALIZADO

ACESSO MÓVEL ESPECIALIZADO (SME) ² mil

DENSIDADE ACESSO MÓVEL ESPECIALIZADO ³ acesso

/ 100 habitantes

COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA

ACESSO FIXO EM SERVIÇO (SCM) mil

DENSIDADE ACESSO FIXO acesso

/ 1000 habitantes

DENSIDADE ACESSO FIXO acesso

/ 100 domicílios

TELEVISÃO POR ASSINATURA

SERVIÇO DE TELEVISÃO POR ASSINATURA mil assinaturas

DENSIDADE SERVIÇO TV POR ASSINATURAassinaturas

/ 100 domicílios

RADIODIFUSÃO

GERADORES DE TV estação

RETRANSMISSORA DE TV

RÁDIOS FM

RÁDIOS OM

RÁDIOS OC

RÁDIOS OT

RÁDIOS COMUNITÁRIAS

telefones total/100 habitantes

milhões

acesso instalado/100 habitantes

acesso serviço/100 habitantes

Dados retrospectivos (parte1/2)

Nota: 1- Dados referentes às concessionárias e autorizadas do STFC2- Dados alterados, em 2009, devido à revisão de sistema 3- Dados calculados com base na população de municípios atendidos por SME4- Dados alterados, em 2012, em razão de depuração da base de dados e exclusão de acessos de outros serviços como SLE, SRTT e ect5- inclui TUPs

123

125124

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

54,1 66,1 73,7 85,5 105,2 126,0 138,7 160,4 191,8 215,4 245,0 285,2 306,1 315,8 325,7 301,5

32,4 39,0 42,9 48,3 58,7 68,1 73,9 84,3 99,5 112,1 126,4 145,9 155,3 158,9 160,1 147,0

38,3 47,8 49,2 49,8 50 50,5 51,2 52,7 57,9 59,6 62,0 64,7 68,3 44,4 - -

23,1 28,2 28,7 28,2 27,9 27,3 27,26 27,7 30,1 31,0 32,0 33,1 34,7 22,3 - -

30,9 37,4 38,8 39,2 39,6 39,8 38,8 39,4 41,2 41,5 42,1 43,0 44,3 44,7 45,0 43,7

18,6 22,1 22,6 22,2 22,1 21,5 20,7 20,7 21,4 21,6 21,7 22,0 22,5 22,5 22,1 21,3

92,5 97,2 98,3 98,7 99,4 99,9 99,9 99,9 99,9 99,9 99,9 99,9 99,9 99,9 - -

909,5 1.378,7 1.368,2 1.318,3 1.316,6 1.274,0 1.132,8 1.142,0 1.131,1 1.127,2 1.103,0 1.012,1 947,7 875,7 869,0 859,1

5,5 8,1 8,0 7,5 7,3 6,9 6,0 6,0 5,9 5,9 5,7 5,2 4,8 4,4 4,3 4,2

23.188,2 28.745,8 33.188,2 3.377,3 - - - - - - - - - - - -

- - 1,7 43,0 65,6 86,2 99,9 120,9 150,6 173,9 202,9 242,2 261,8 271,1 280,7 257,9

14,0 17,0 20,3 26,2 36,6 46,6 53,2 63,6 78,1 90,5 104,7 123,9 132,8 136,4 138,0 125,7

358,6 429,8 429,9 430,0 431,0 668,6 927,5 1.330,5 1.844,3 2.508,3 3.337,1 4.133,0 3.868,3 3.630,0 2.717,9 1.620,0

0,8 1,0 0,9 0,9 0,9 1,3 1,8 2,6 3,5 4,6 6,1 7,4 3,0 2,7 2,0 1,2

122,5 360,2 587,2 966,3 3.157,5 4.363,8 5.921,9 8.260,5 10.618,6 12.491,8 14.956,7 17.021,3 19.828,7 22.185,7 23.968,4 25.469,3

0,7 2,1 3,4 5,5 17,6 23,6 31,6 43,4 55,1 - - - - - - -

- - - - - - - 15,7 19,7 21,5 25,4 28,3 33,3 35,6 36,5 38,5

3.426,2 3.607,0 3.553,8 3.596,3 3.851,1 4.176,4 4.579,4 5.348,6 6.320,9 7.473,5 9.769,0 12.744,0 16.188,9 18.019,7 19.574,1 19.106,4

7,7 8,0 7,7 7,6 7,9 8,3 8,9 10,2 11,7 12,9 16,6 21,2 27,2 28,9 29,8 28,9

274 366 427 441 449 462 478 481 492 498 512 514 519 541 542 395

8.677 8.841 9.638 9.787 9.878 9.816 9.897 9.993 10.044 10.208 10.403 10.506 10.471 10.513 11.308 6.593

1.345 1.622 2.025 2.149 2.223 2.320 2.600 2.678 2.732 2.903 3.064 3.125 3.162 3.180 3.208 2.044

1.588 1.632 1.682 1.697 1.707 1.708 1.711 1.718 1.749 1.773 1.784 1.785 1.783 1.781 1.781 1.608

64 64 62 66 66 66 66 66 66 66 66 66 66 66 62 61

80 78 76 75 75 75 75 75 74 74 74 74 74 74 73 71

- 980 1.625 1.932 2.207 2.443 2.734 3.154 3.386 3.897 4.150 4.409 4.514 4.613 4.650 4.435

INDICADORES UNIDADE

EXPANSÃO DO SETOR

TOTAL DE TELEFONES milhões

DENSIDADE TOTAL DE TELEFONES

SERVIÇO TELEFONICO FIXO COMUTADO USO INDIVIDUAL (STFC)

ACESSO FIXO INSTALADO ¹

DENSIDADE TELEFÔNICA INSTALADA

ACESSO FIXO EM SERVIÇO ¹

DENSIDADE TELEFÔNICA EM SERVIÇO

TAXA DE DIGITALIZAÇÃO DA REDE LOCAL %

SERVIÇO TELEFONICO FIXO COMUTADO USO PUBLICO (STFC - TUP)

TELEFONE DE USO PÚBLICO mil

DENSIDADE TELEFONE DE USO PÚBLICO telefones

/ 1000 habitantes

SERVIÇO MÓVEL

ACESSO MÓVEL CELULAR mil

ACESSO MÓVEL PESSOAL (SMP) milhões

DENSIDADE ACESSO MÓVEL PESSOALacesso

/ 100 habitantes

SERVIÇO MÓVEL ESPECIALIZADO

ACESSO MÓVEL ESPECIALIZADO (SME) ² mil

DENSIDADE ACESSO MÓVEL ESPECIALIZADO ³ acesso

/ 100 habitantes

COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA

ACESSO FIXO EM SERVIÇO (SCM) mil

DENSIDADE ACESSO FIXO acesso

/ 1000 habitantes

DENSIDADE ACESSO FIXO acesso

/ 100 domicílios

TELEVISÃO POR ASSINATURA

SERVIÇO DE TELEVISÃO POR ASSINATURA mil assinaturas

DENSIDADE SERVIÇO TV POR ASSINATURAassinaturas

/ 100 domicílios

RADIODIFUSÃO

GERADORES DE TV estação

RETRANSMISSORA DE TV

RÁDIOS FM

RÁDIOS OM

RÁDIOS OC

RÁDIOS OT

RÁDIOS COMUNITÁRIAS

telefones total/100 habitantes

milhões

acesso instalado/100 habitantes

acesso serviço/100 habitantes

Dados retrospectivos (parte2/2)

Nota: 1- Dados referentes às concessionárias e autorizadas do STFC2- Dados alterados, em 2009, devido à revisão de sistema 3- Dados calculados com base na população de municípios atendidos por SME4- Dados alterados, em 2012, em razão de depuração da base de dados e exclusão de acessos de outros serviços como SLE, SRTT e ect5- inclui TUPs

2015

127126

2015 ANEXO I

ACOMPANHAMENTO DA AGENDA REGULATÓRIA

4 objetivos estratégicos orientam a atuação da Anatel

31ações regulatórias estão previstas na Agenda para o período 2015-2016

4ações regulatórias concluídas até o final do exercício

129

20152015A elaboração do Plano Estratégico da Anatel teve início logo após a re-estruturação da Agência – aprovada por meio da Resolução 612/2013 – e foi concluída em 2015, com a publicação da Portaria 174/2015 (mais informações no capítulo Desempenho da Anatel).

Após a aprovação do Plano Estratégico para o período 2015-2024, que abrange temas de natureza institucional e regulatória, a Anatel passou ao de-senvolvimento de uma agenda regulatória para o período 2015-2016, com ações a serem desenvolvidas entre o segundo semestre de 2015 e o segundo semestre de 2016.

Todas as ações estão relacionadas aos quatro objetivos estratégicos da Agência:

• promover a ampliação do acesso e o uso dos serviços, com qualidade e preços adequados;

• estimular a competição e a sustentabilidade do setor;

• promover a satisfação dos consumidores; e

• promover a disseminação de dados e informações setoriais.

Aprovado pela Portaria 1.003/2015, esse documento reúne 31 ações re-gulatórias detalhadas a seguir.

ANEXO IACOMPANHAMENTO DA AGENDA REGULATÓRIA

131130

Ação regulatória Descrição Situação

Proposta de Revisão do Plano Geral de Metas para a Universalização (PGMU)

Revisão do Plano Geral de Metas para a Universaliza-ção, nos termos da Cláusula 3.2 dos contratos de conces-são vigentes, que prevê que as metas poderão ser altera-das, entre outras datas, em 1 de dezembro de 2015 para estabelecer novos condicionamentos, novas metas para uni-versalização e para qualidade, tendo em vista as condições vigentes à época.

Análise do Conselho Diretor após a realização de Consul-ta Pública.

Reavaliação da regulamentação sobre acessibilidade

Elaboração de Regulamento Geral de Acessibilidade em Tele-comunicações (RGA), visando estabelecer regras para propiciar às pessoas com deficiência a fruição de serviços e a utilização de equipamentos de telecomunicações em igualdade de opor-tunidades com as demais pessoas, por meio da supressão das barreiras à comunicação e informação.

Análise, pela área técnica, do Parecer elaborado pela Pro-curadoria após a realização de Consulta Pública.

Reavaliação da regulamentação de obrigação de universalização

Reavaliação da regulamentação que trata das obrigações de universalização em razão do novo Plano Geral de Metas para a Universalização.

Estudo/elaboração pela área técnica.

Reavaliação da regulamentação de TUP

Reavaliação da regulamentação sobre os Telefones de Uso Pú-blico (TUPs), objeto da Resolução 638/2014, no que diz respeito à disponibilidade dos acessos coletivos.

Elaboração, pela Procurado-ria, de Parecer antes da reali-zação de Consulta Pública.

Reavaliação dos procedimentos de acompanhamento e controle de obrigações

Detalhamento do procedimento de acompanhamento e controle previsto no Regimento Interno da Anatel, defini-do como o conjunto de medidas necessárias para o acom-panhamento da prestação dos serviços de telecomu-nicações para a prevenção e a correção de práticas em desacordo com as disposições estabelecidas em normativos ou em ato administrativo de efeitos concretos em matéria de competência da Agência.

Estudo/elaboração pela área técnica.

Reavaliação do modelo de gestão da qualidade de serviços de telecomunicações

Reavaliação do arcabouço normativo afeto à qualidade dos serviços de telecomunicações, com análise da viabilida-de de concentrar esforços em um número reduzido de in-dicadores estratégicos que melhor atendam aos anseios dos usuários e, ao mesmo tempo, minimizem os custos ad-ministrativos e operacionais aplicáveis à Anatel e às pres-tadoras. Busca-se, também, avaliar a possibilidade de con-vergência destes indicadores e metas para os diversos serviços de telecomunicações considerando a convergência tecnológica e das ofertas.

Estudo/elaboração pela área técnica.

Ação regulatória Descrição Situação

Elaborar posicionamento da Anatel para subsidiar Decreto de regulamentação da neutralidade de rede prevista no MCI

No Brasil, o conceito de neutralidade de rede foi estabelecido legalmente no Marco Civil da Internet (MCI – Lei 12.965/2014), que determina que o responsável pela transmissão, comu-tação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonô-mica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por con-teúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação. O MCI também prevê que a discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada pela Presidência da República, ou-vidos o Comitê Gestor da Internet e a Anatel. Esta ação regula-tória visa construir o posicionamento da Agência para subsidiar a referida regulamentação.

Análise, pela área técnica, das contribuições recebidas na Consulta Pública.

Reavaliação do regime e escopo dos serviços de telecomunicações

Reavaliação do modelo regulatório brasileiro de prestação de serviços de telecomunicações, baseado nos regimes público e privado, conforme a Lei Geral de Telecomunicações (LGT – Lei 9.472/1997), considerando, entre outros aspectos, as melho-res práticas internacionais sobre o tema, a essencialidade dos diversos serviços de telecomunicações, os modelos de outor-ga (concessão, autorização e permissão), a reversibilidade dos bens, a continuidade, a universalização e os regimes de estabe-lecimento de preços.

Estudo/elaboração pela área técnica.

Revisão dos Contratos de Concessão do STFC

Revisão dos modelos de Contratos de Concessão do Ser-viço Telefônico Fixo Comutado, anexos à Resolução 552/2010, nos termos da Cláusula 3.2 dos contratos vigen-tes, que prevê que tais contratos poderão ser alterados, entre outras datas, em 31 de dezembro de 2015 para es-tabelecer novos condicionamentos, novas metas para uni-versalização e para qualidade, tendo em vista as condições vigentes à época.

Análise do Conselho Diretor após a realização de Consul-ta Pública.

Reavaliação da regulamentação sobre compartilhamento de infraestrutura entre prestadores de serviços de telecomunicações

Reavaliação da regulamentação sobre compartilhamen-to de infraestrutura entre prestadores de serviços de tele-comunicações, atualmente regido pela Resolução 274/2001, considerando as determinações da Lei 11.934/2009 e da Lei 13.116/2015.

Análise do Conselho Diretor anterior à realização de nova Consulta Pública. O assunto havia sido discutido com a sociedade em 2010, mas devido às mudanças decor-rentes da Lei 13.116/2015 (Lei das Antenas), a área técnica sugeriu ao Conselho Diretor a realização de nova consulta.

133132

Ação regulatória Descrição Situação

Reavaliação de critérios para isenção de outorga de serviços

Estabelecimento de critérios para definição dos casos que inde-penderão de outorga para a exploração de serviço de teleco-municações em regime privado, conforme previsto na Lei Geral de Telecomunicações (LGT – Lei 9.472/1997), visando a simpli-ficação do procedimento de outorga, bem como a minimiza-ção dos custos afetos à Anatel e aos prestadores, garantindo a identificação e a rastreabilidade dos diversos agentes prestado-res de serviços de telecomunicações, outorgados ou não pela Agência.

Análise, pela área técnica, das contribuições recebidas na Consulta Pública.

Reavaliação do modelo de outorga e licenciamento de serviços de telecomunicações

Reavaliação dos atuais procedimentos de outorga para explo-ração de serviços de telecomunicações, bem como de licen-ciamento de estações, considerando, entre outros aspectos, as melhores práticas internacionais. Busca-se avaliar o impacto de tais procedimentos na prestação dos serviços, especialmente no que diz respeito ao tempo e aos custos até a entrada em operação, bem como o estabelecimento de barreiras à entrada e, consequentemente, de menores níveis de competição nestes mercados. Visa, também, simplificar os processos e, assim, mi-nimizar os custos afetos à Anatel e aos prestadores de serviços de telecomunicações, principalmente nos casos de uso compar-tilhado de estações por mais de um prestador ou para mais de um serviço de telecomunicações.

Estudo/elaboração pela área técnica.

Reavaliação da regulamentação sobre controle de bens reversíveis

Reavaliação da regulamentação sobre controle de bens reversí-veis, atualmente estabelecida na Resolução 447/2006, com vis-tas a aprimorar procedimentos operacionais pertinentes à anu-ência prévia de operações de alienação, substituição, oneração e desvinculação de bens reversíveis. Adicionalmente, avalia-se novas formas de controle e melhor organização de listas de bens reversíveis e serviços prestados por terceiros.

Estudo/elaboração pela área técnica.

Reavaliação da regulamentação sobre interconexão

Reavaliação do arcabouço normativo afeto à interconexão de redes no intuito de minimizar a existência de conflitos, relacio-nados principalmente à inadimplência dos valores devidos a título de remuneração pelo uso de redes, ao uso fraudulento da interconexão e à oferta de trânsito e transporte. Além disso, há que se reavaliar outros aspectos da regulamentação, espe-cialmente no que diz respeito à sua atualidade tecnológica e à modernização dos procedimentos administrativos ali previstos.

Análise do Conselho Diretor anterior à realização de Con-sulta Pública.

Ação regulatória Descrição SituaçãoReavaliação da regulamentação de pesquisa da qualidade percebida e da satisfação dos usuários de serviços de telecomunicações

Reavaliação da regulamentação afeta à realização de pesquisas junto aos usuários de serviços de telecomunicações para aferir o grau de satisfação e da qualidade percebida, buscando atu-alizar os normativos existentes, bem como convergir as regras que regem tais pesquisas para os diversos serviços de teleco-municações.

Concluído.

Resolução 654/2015.

Reavaliação da regulamentação sobre interrupções

Reavaliação do arcabouço normativo sobre interrupções na prestação de serviços de telecomunicações de interesse coleti-vo, visando estabelecer regramentos claros no que diz respeito à caracterização das interrupções, às obrigações de informação aos usuários e ao ressarcimento dos valores pagos proporcio-nalmente ao tempo de indisponibilidade de tais serviços.

Elaboração, pela Procurado-ria, de Parecer antes da reali-zação de Consulta Pública.

Reavaliação do modelo de gestão de espectro

Reavaliação do atual modelo brasileiro de gestão do espectro de radiofrequências considerando as melhores práticas inter-nacionais no que diz respeito ao planejamento do uso do es-pectro, ao monitoramento de seu uso eficiente, às formas de autorização e custos relacionados, às práticas de compartilha-mento, às políticas econômicas e de desenvolvimento industrial e tecnológico, entre outros.

Estudo/elaboração pela área técnica.

Reavaliação da regulamentação de uso de espectro

Reavaliação da regulamentação que rege o uso do espectro de radiofrequências, atualmente estabelecida na Resolução 259/2001, especialmente em relação à exploração industrial de radiofrequências; ao prazo para o início da exploração efetiva da radiofrequência; à outorga de direito de uso de radiofrequ-ência em caráter secundário para outros agentes que não os au-torizados em caráter primário; à harmonização de conceitos; ao preço a ser cobrado pela outorga do direito de explorar serviço de telecomunicações adicional nos casos de multidestinação de faixa; e a outros aprimoramentos na regulamentação.

Análise, pela área técnica, do Parecer elaborado pela Pro-curadoria após a realização de Consulta Pública.

Reavaliação da regulamentação do Serviço de Acesso Condicionado

Reavaliação do arcabouço normativo estabelecido para o Ser-viço de Acesso Condicionado (SeAC) por meio da Resolução 581/2012, especialmente no que diz respeito ao tratamento isonômico a ser dispensado pelos prestadores deste serviço no carregamento dos canais obrigatórios. Busca-se avaliar também o procedimento para dispensa do carregamento de tais canais em virtude de limitação técnica, o procedimento de outorga e transferência deste serviço e os regramentos sobre a acessibili-dade de tal serviço aos portadores de algum tipo de deficiência.

Análise do Conselho Diretor anterior à realização de Con-sulta Pública.

Reavaliação da regulamentação do Serviço Telefônico Fixo Comutado

Reavaliação da regulamentação sobre o procedimento de ou-torga em regime privado e acompanhamento das transferências de autorização e controle do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), atualmente regida pela Resolução 283/2001.

Análise do Conselho Diretor após a realização de Consul-ta Pública.

135134

Ação regulatória Descrição Situação

Reavaliação da regulamentação sobre certificação e homologação de produtos para telecomunicações

Reavaliação da regulamentação sobre certificação e homolo-gação de produtos para telecomunicações, atualmente regida pela Resolução 242/2000, visando atualizar regras e procedi-mentos gerais.

Estudo/elaboração pela área técnica.

Reavaliação da regulamentação sobre exposição humana a campos eletromagnéticos de radiofrequência

Reavaliação da regulamentação que trata da exposição huma-na a campos eletromagnéticos de radiofrequência, em espe-cial a Resolução 303/2002, com vistas à sua adequação à Lei 11.934/2009, que estabeleceu novas competências à Anatel e introduziu novas exigências de medição às prestadoras de ser-viços de telecomunicações.

Análise do Conselho Diretor anterior à realização de Con-sulta Pública.

Avaliação da regulamentação sobre acompanhamento de infraestruturas críticas e mitigação de desastres

Estabelecimento de medidas relativas ao gerenciamento do ris-co das redes e serviços de telecomunicações e de preparação de respostas a serem tomadas na ocorrência de desastres, situ-ações de emergência e estado de calamidade pública.

Concluído.

Resolução 656/2015.

Disponibilização de espectro de radiofrequências para a prestação de serviços de telecomunicações

Edital de Licitação para autorização de sobras de radiofrequ-ências destinadas à prestação do Serviço Móvel Pessoal (SMP), ou outros serviços para as quais estejam destinadas, visando ampliar a capacidade das redes de acesso por meios não con-finados disponibilizando insumo essencial à prestação de tais serviços com qualidade adequada.

Concluído.

Edital de Licitação 002/2015/SOR/SPR/CD-Anatel.

Reavaliação do modelo de tratamento das Prestadoras de Pequeno Porte

Avaliação da viabilidade de unificação do conceito de Presta-dora de Pequeno Porte no âmbito da regulamentação expedida pela Agência, abrangendo possível proposta de definição única ou de conceitos para fins de distribuição de competências entre o Conselho Diretor da Anatel e a Superintendência de Com-petição quanto ao tratamento dos pedidos de anuência prévia relacionados no Regimento Interno da Anatel. Abrange, ainda, a viabilidade de se criar um “estatuto da Prestadora de Pequeno Porte” que reúna a disciplina regulatória a elas direcionada.

Estudo/elaboração pela área técnica.

Ação regulatória Descrição Situação

Reavaliação da regulamentação de numeração de redes de telecomunicações

Revisão da regulamentação relacionada à numeração de redes de telecomunicações, visando atualizar e adequar as regras às atuais necessidades e à evolução do setor, especialmente no que diz respeito à administração e utilização dos recursos de redes de numeração.

Em relação à numeração de redes, a matéria passava, no final do exercício, por análise do Conselho Diretor ante-rior à realização de Consulta Pública.

Em relação à administração de recursos de numeração, a matéria estava em fase de estudo/elaboração pela área técnica.

Reavaliação da regulamentação do Plano Geral de Contas

Reavaliação do Plano Geral para Separação e Alocação de Con-tas (PGSAC) previsto no Regulamento de Separação e Alocação de Contas, aprovado pela Resolução 396/2005, considerando as características dos diversos modelos de custos previstos na Resolução 639/2014.

Estudo/elaboração pela área técnica.

Reavaliação da regulamentação sobre a metodologia do Fator X

Reavaliação da metodologia sobre cálculo do Fator de Transfe-rência “X” aplicado nos reajustes de tarifas do Serviço Telefô-nico Fixo Comutado, atualmente estabelecida pela Resolução 507/2008.

Resposta, pela área técnica, aos esclarecimentos solicita-dos pela Procuradoria antes da realização da Consulta Pública.

Reavaliação da regulamentação de mercados relevantes

Revisão dos mercados relevantes e das medidas regulatórias assimétricas previstas no Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), aprovado pela Resolução 600/2012, que deverá ocorrer a cada quatro anos, conforme §2º do artigo 13 daquele Plano.

Elaboração, pela Procurado-ria, de Parecer antes da reali-zação de Consulta Pública.

Elaboração da regulamentação sobre homologação das Ofertas de Referência de Produtos de Atacado

Estabelecimento de procedimentos para a homologação das Ofertas de Referência de Produtos de Atacado (ORPAs) previs-tas no Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), especial-mente no que diz respeito à análise de replicabilidade de preço, prazo e qualidade das ofertas de varejo de grupos detentores de Poder de Mercado Significativo (PMS) nos mercados de ata-cado pelos grupos sem PMS nos mesmos mercados de atacado, bem como sobre a atuação da Agência nos casos de não apre-sentação ou atualização das ORPAs, entre outros aspectos.

Análise do Conselho Diretor anterior à realização de Con-sulta Pública.

Desenvolvimento de requisitos técnicos para a certificação de terminais fixos para verificar o suporte ao protocolo IPv6

Estabelecimento dos requisitos para a certificação de terminais fixos no intuito de garantir que suportem o Protocolo de Inter-net em sua versão 6 (IPv6), de maneira a garantir, juntamente com a implantação deste protocolo nas redes de telecomunica-ções, recursos de numeração suficiente para suprir o crescimen-to destas redes.

Concluído.

Ato 50.554/2015.

137136

2015 ANEXO II

ACOMPANHAMENTODO PGR

48 projetos concluídos

28resoluções aprovadas

Resolução 658/2015revogou o Plano Geral de Atualização da Regulamentação das Telecomunicações no Brasil (PGR)

139

O Plano Geral de Atualização da Regulamentação das Telecomunicações no Brasil (PGR) foi aprovado por meio da Resolução 516/2008 com o objetivo de estabelecer uma agenda para as atividades da Anatel, de modo a propor-cionar previsibilidade e segurança jurídica à regulação do setor.

Em 2013, a Agência passou por um processo de reestruturação (pre-visto no PGR). O novo Regimento Interno – aprovado por meio da Reso-lução 612/2013 – estabelece que “a Agência deverá planejar e gerir sua atuação segundo modelo de planejamento e gestão nos níveis estratégico e operacional”.

Considerando o processo de gestão estratégica orientada a resul-tados implantado na Agência – e a aprovação do Plano Estratégico da Anatel –, o Conselho Diretor revogou o PGR, em dezembro, por meio da Resolução 658/2015.

Ao longo dos sete anos de vigência do PGR, avanços importantes foram alcançados no setor de telecomunicações, como indicam as tabelas abaixo, que apresentam síntese dos projetos desenvolvidos nesse período.

A tabela a seguir relaciona os projetos concluídos entre 2008 e 2015:

ANEXO IIACOMPANHAMENTO

DO PGR20152015

141140

Seq. Projeto Descrição

1Alteração do Plano Geral de Outorgas (PGO)

Por meio do Decreto 6.654/2008, foi efetivada a alteração que permitiu a atuação de grupos que contenham concessionárias em mais de uma região do PGO, estabele-cendo, para esses grupos, obrigações adicionais.

2Proteção da Infraestrutura Crítica de Telecomunicações

Com o objetivo de subsidiar a formulação de estratégias, de normas e de regula-mentos para a segurança de telecomunicações, o projeto foi concluído em 2009 com o desenvolvimento e a aplicação de cinco metodologias: Identificação da Infra-estrutura Crítica; Identificação e Análise de Ameaças; Análise de Interdependência entre Infraestruturas Críticas; Criação do Cenário Ideal para Infraestrutura Crítica; e Diagnóstico de Infraestrutura Crítica.

3Revisão da Norma para Cálculo do Índice de Serviços de Telecomunicações (IST)

Por meio da Resolução 532/2009, a Anatel aprovou a Revisão da Norma para Cálculo do Índice de Serviços de Telecomunicações Aplicado no Reajuste e Atualização de Valores Associados à Prestação dos Serviços de Telecomunicações. A metodologia para determinação do IST baseia-se em uma cesta ponderada de índices existentes, definida a partir da participação percentual de cada despesa na estrutura de Despe-sas de Referência definida na Norma.

4

Elaboração da Norma sobre Metodologia de Cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital

O projeto foi concluído com a publicação da Resolução 535/2009, que aprovou a Norma da Metodologia de Estimativa do Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC – também conhecido pela sigla WACC, do inglês Weighted Average Cost of Capital). A Norma deve ser adotada no cumprimento das obrigações legais, regulamentares e contratuais das prestadoras de serviços de telecomunicações.

5Elaboração do Plano de Metas de Universalização II (PMU II)

A Anatel concluiu, em 2009, a elaboração do Plano de Metas de Universalização II, que tem como proposta o atendimento do serviço de telefonia fixa, por meio da instalação de um orelhão em localidades com menos de cem habitantes. A proposta foi apreciada pelo Conselho Consultivo e encaminhada ao Ministério das Comunica-ções, que solicitou à Anatel reavaliação em função do PGMU III.

6 Plano de Ação Pró-Usuários

Aprovado por meio da Portaria 1.160/2010, o Plano de Ação Pró-Usuários tem como objetivo principal aperfeiçoar e ampliar, no âmbito da Anatel, os esforços para a proteção dos direitos do consumidor por meio de política específica que promova o fortalecimento da cultura interna em prol do consumidor, as parcerias com institui-ções, a transparência e a participação da sociedade no processo regulatório.

7Destinação da Faixa de 3,5 GHz

A Resolução 537/2010 republicou, com alterações, o Regulamento sobre Condições de Uso da Faixa de Radiofrequências de 3,5 GHz. Com a decisão da Anatel, essa faixa poderá ser explorada também para a prestação de serviços móveis e não apenas para os serviços de telefonia fixa e de comunicação multimídia. Além disso, a subfai-xa de 3.400-3.410 MHz poderá ser usada por órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta – Federal, Estadual ou Municipal – para a prestação do Serviço Limitado Privado a fim de promover a inclusão digital

8Elaboração do Regulamento do Plano Geral de Metas para a Universalização (PGMU II)

Por meio da Resolução 539/2010, a Anatel aprovou o Regulamento do Plano Geral de Metas para a Universalização (PGMU II), que estabeleceu a troca de metas de pos-tos de serviços de telecomunicações (PSTs) urbanos por backhaul.

9Destinação da Faixa de 2,5 GHz

Pela Resolução 544/2010, a faixa de 2,5 GHz foi destinada para os serviços Móvel Pessoal, de Comunicação Multimídia, Limitado Privado, Telefônico Fixo Comutado e de TV por Assinatura via MMDS, possibilitando a oferta de banda larga móvel.

Seq. Projeto Descrição

10Alteração do Regulamento Técnico para Emissoras de Radiodifusão Sonora em FM

A alteração foi aprovada por meio da Resolução 546/2010. Na elaboração do docu-mento, foram consideradas as adaptações decorrentes de recomendações da União Internacional de telecomunicações (UIT) e a necessidade de compatibilizar estudos de viabilidade técnica que envolvam simultaneamente emissoras do Serviço de Ra-diodifusão Sonora em Frequência Modulada (FM) e estações de Radiodifusão Comu-nitária (RadCom).

11

Revisão da Norma para unificação das tarifas e preços do STFC praticados nos setores consolidados pelo PGO

A Norma para Unificação das Tarifas e Preços do Serviço Telefônico Fixo Comutado Praticados nos Setores Consolidados pelo Plano Geral de Outorgas foi aprovada pela Resolução 547/2010. A Norma é aplicável às modalidades Local, Longa Distância Nacional e Longa Distância Internacional e tem como pressuposto a preservação da receita obtida em cada item do plano básico analisado.

12Elaboração do Regulamento do Uso Eficiente do Espectro

O Regulamento para Avaliação da Eficiência de Uso do Espectro de Radiofrequências foi aprovado pela Resolução 548/2010, que estabeleceu critérios para a avaliação da eficiência de uso do espectro para sistemas terrestres ponto-a-ponto e ponto-área, além de sistemas de satélites.

13Revisão do Regulamento de Remuneração de Redes do SMP

Pela Resolução 549/2010, foi modificado o artigo 24 do Regulamento, que trata da determinação dos grupos detentores de Poder de Mercado Significativo (PMS) na oferta de interconexão em rede móvel em cada Região do Plano Geral de Autoriza-ções do Serviço Móvel Pessoal.

14Elaboração do Regulamento de Exploração de Rede Virtual no SMP

Pela Resolução 550/2010, a Anatel aprovou o Regulamento sobre Exploração de Ser-viço Móvel Pessoal por meio de Rede Virtual (RRV-SMP – também conhecido como MVNO, do inglês Mobile Virtual Network Operator), que estabelece critérios e proce-dimentos para a prestação do serviço por autorizados e credenciados, normatizando as relações entre os envolvidos no processo. O Regulamento permite a existência de maior número de ofertantes do serviço, com propostas inovadoras de facilidades, condições e relacionamentos com os usuários.

15Atualização do Planejamento de Outorga para os serviços de TV a Cabo e MMDS

O Planejamento do Serviço de TV a Cabo e do Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal (MMDS) foi aprovado por meio da Resolução 551/2010 com o objetivo de estimular a entrada de novas empresas e a competição no setor. O novo Planejamento abrange todo o território nacional, sem limites ao número de outorgas dos serviços de TV a Cabo e de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal (MMDS), salvo em caso de indisponibilidade de radiofrequência.

16Destinação da Faixa de 450-470 MHz

Aprovado pela Resolução 558/2010, o Regulamento sobre Canalização e Condições de Uso de Radiofrequências na Faixa de 450-470 MHz destinou essa faixa de frequ-ências para a prestação dos serviços Telefônico Fixo Comutado, Móvel Pessoal e de Comunicação Multimídia, de modo a permitir provimento de acesso aos serviços de telefonia e de dados em banda larga, preferencialmente em áreas rurais, de baixa densidade populacional ou não atendidas por sistemas de telecomunicações.

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Seq. Projeto Descrição

17Revisão dos Contratos de Concessão do STFC

A Resolução 559/2010 aprovou a alteração dos contratos de concessão do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), nas modalidades Local, Longa Distância Nacional e Longa Distância Internacional para o período 2011-2015. De acordo com a Reso-lução, os contratos poderão ser alterados em 2011, 2015 e 2020 para estabelecer novos condicionamentos e metas para a universalização e a qualidade. A assinatu-ra dos contratos ocorreu em 30 de junho de 2011, data de publicação do Decreto 7.512/2011, que aprovou o Plano Geral de Metas para a Universalização (PGMU III).

18Licitação da Banda H e Sobras do SMP

A licitação de radiofrequências nas faixas de 1,9 GHz e 2,1 GHz (subfaixa H), além de sobras e subfaixas de Extensão do SMP, foi realizada em dezembro de 2010. Os con-correntes ofereceram R$ 2,7 bilhões por 60 lotes, tendo sido registrado ágio médio de 30,6%. A licitação permitirá a entrada de um quinto prestador de SMP no Brasil, além da ampliação da capacidade dos prestadores atuais.

19Ampliação das Áreas Locais do STFC

O novo Regulamento sobre Áreas Locais para o Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), aprovado pela Resolução 560/2011, tem como objetivo ampliar os critérios de definição de áreas locais, que passarão a abranger o conjunto de municípios per-tencentes a uma região metropolitana ou região integrada de desenvolvimento que tenham continuidade geográfica e pertençam a um mesmo código nacional de área.

20

Elaboração de Regulamento de Gestão da Qualidade da Prestação do Serviço de Comunicação Multimídia (RGQ-SCM)

O Regulamento de Gestão da Qualidade do Serviço de Comunicação Multimídia (RGQ-SCM), aprovado pela Resolução 574/2011, estabelece padrões de qualidade para o serviço, de forma a promover a progressiva melhoria da experiência do usu-ário em aspectos relacionados ao atendimento e ao desempenho das conexões de banda larga.

21Atualização do Plano Geral de Metas de Qualidade – Serviço Móvel Pessoal (PGMQ-SMP)

O Regulamento sobre Gestão da Qualidade da Prestação do Serviço Móvel Pessoal (RGQ-SMP), aprovado pela Resolução 575/2011, abrange a revisão do Plano Ge-ral de Metas de Qualidade do SMP (PGMQ-SMP) e do Regulamento de Indicadores de Qualidade do SMP (RIQ-SMP). O RGQ-SMP trata da reestruturação do processo de avaliação de qualidade, em especial no tratamento de indicadores da qualidade percebida pelos usuários. Além disso, o RGQ-SMP passou a prever indicadores es-pecíficos voltados à aferição da qualidade de serviços de dados, inclusive quando prestados em banda larga.

22 Elaboração do PGMU III

O Plano Geral de Metas para a Universalização do STFC – aprovado pelo Decre-to 7.512/2011 – constitui um dos anexos dos contratos de concessão da telefonia fixa e estabelece obrigações que as concessionárias deverão atender no período de 2011-2015. Merecem destaque a revisão do Acesso Individual Classe Especial (Aice); a oferta, pelas concessionárias, de acesso individual em áreas rurais, por meio de plano alternativo de oferta obrigatória de serviço; e o estabelecimento de densidade de quatro telefones de uso público por grupo de mil habitantes, por município.

23Elaboração do Regulamento para Critérios de Reajuste do Valor de Chamada (VC)

O Regulamento sobre os Critérios de Reajuste das Tarifas das Chamadas do Serviço Telefônico Fixo Comutado Envolvendo Acessos do Serviço Móvel Pessoal ou do Ser-viço Móvel Especializado foi aprovado pela Resolução 576/2011.

Seq. Projeto Descrição

24Elaboração do Regulamento de Atendimento e Cobrança Indevida

A Anatel concluiu a realização dos estudos sobre uniformização das regras sobre atendimento e cobrança aplicáveis aos serviços de telecomunicações de interesse coletivo. O Conselho Diretor deliberou pela edição de um regulamento único sobre o assunto que contemplará normas sobre atendimento, cobrança, oferta conjunta e mecanismos de reparação ao usuário.

25Implementação do Modelo de Custos

Em 2012, a Anatel assinou contrato com consórcio internacional para o desenvolvi-mento de modelo de custos, após licitação internacional realizada pela União Inter-nacional de Telecomunicações (UIT). Por meio do modelo de custos, serão definidos aspectos como tarifas e preços de interconexão e preços de disponibilização de elementos de rede.

26

Pesquisa de satisfação dos usuários do STFC, do SMP e dos serviços de TV por Assinatura

No primeiro semestre de 2011, a Anatel concluiu o processo licitatório, iniciado no final de 2010, para a contratação de instituição para execução de Pesquisa para Afe-rição do Grau de Satisfação da Sociedade com relação aos serviços de telecomu-nicações. Esse levantamento tem como objetivo obter subsídios para melhorar a qualidade dos serviços prestados, por meio do aperfeiçoamento dos instrumentos regulatórios. Os resultados da pesquisa foram divulgados pela Agência em 2013.

27Elaboração da Norma de Uso dos Canais Básicos de Utilização Gratuita

Após a edição da Lei 12.485/2011, as competências para regulamentar a programa-ção dos canais de que trata a proposta de Norma foram transferidas para a Agência Nacional do Cinema (Ancine), exceto no caso do canal universitário – tratado pelo Regulamento do SeAC.

28Revisão do Regulamento do Serviço de TV a Cabo

Devido ao novo marco legal estabelecido por meio da Lei 12.485/2011, Lei do Ser-viço de Acesso Condicionado (SeAC), esse projeto foi arquivado por deliberação do Conselho Diretor da Anatel.

29Revisão do Regulamento do Serviço DTH

Devido ao novo marco legal estabelecido por meio da Lei 12.485/2011, Lei do Ser-viço de Acesso Condicionado (SeAC), esse projeto foi arquivado por deliberação do Conselho Diretor da Anatel.

30Revisão do Regulamento do Serviço Especial de Televisão por Assinatura (TVA)

Devido ao novo marco legal estabelecido por meio da Lei 12.485/2011, Lei do Ser-viço de Acesso Condicionado (SeAC), esse projeto foi arquivado por deliberação do Conselho Diretor da Anatel.

31Concessão de Outorga para os Serviços de TV a Cabo

Devido ao novo marco legal estabelecido por meio da Lei 12.485/2011, Lei do Ser-viço de Acesso Condicionado (SeAC), não serão mais expedidas concessões para a prestação do serviço de TV a Cabo.

32

Alteração do Regulamento Técnico para a Prestação dos Serviços de Radiodifusão de Sons e Imagens e Retransmissão de Televisão

A alteração do Regulamento, aprovada por meio da Resolução 583/2012, tem como objetivo incluir critérios técnicos para a instalação e a operação de estações de te-levisão digital.

33Revisão do Regulamento do Acesso Individual Classe Especial (Aice)

Aprovado pela Resolução 586/2012, o Regulamento do Aice atualizou as regras bá-sicas, os requisitos e as características para implementação, oferta, utilização, tarifa-ção e qualidade do chamado Telefone Popular, destinado aos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.

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Seq. Projeto Descrição

34Edital / licitação da faixa de 2,5 GHz

Após a elaboração do Edital 4/2012 - PVCP/SPV, a Anatel realizou, em 2012, Licitação para Expedição de Autorizações de Uso de Radiofrequências na subfaixa 2500 MHz a 2690 MHz e/ou na subfaixa de 451 MHz a 458 MHz e de 461 MHz a 468 MHz, associa-das a Autorizações para Exploração dos serviços de Comunicação Multimídia (SCM), Telefônico Fixo Comutado (STFC) e Móvel Pessoal (SMP). As empresas participantes ofereceram R$ 2,9 bilhões pelo direito de uso das radiofrequências – ágio de 31,3% em relação aos valores mínimos dos lotes colocados em disputa. Como não houve proposta para a faixa de 450 MHz, isoladamente, ela foi ofertada com lotes da faixa de 2,5 GHz.

35Outorga da faixa de 450-470 MHz

36Revisão do Regulamento de Sanções Administrativas

O Regulamento, aprovado pela Resolução 589/2012, estabeleceu parâmetros e cri-térios para a aplicação de sanções administrativas por infrações referentes às leis aplicáveis ao setor de telecomunicações, aos regulamentos ou às demais normas pertinentes, bem como em consequência da inobservância dos deveres decorrentes de outorgas para a prestação de serviços de telecomunicações ou o uso de radio-frequências.

37Revisão do Regulamento de Exploração Industrial de Linha Dedicada (EILD)

A Revisão do Regulamento de EILD, aprovada pela Resolução 590/2012, tem por objetivo proporcionar a reavaliação do conjunto de regras que disciplinam a explo-ração industrial de linha dedicada no Brasil, tendo em vista a sua adequação ao atual panorama tecnológico e mercadológico nacional e a promoção da competição na oferta dos serviços de telecomunicações.

38Revisão do Regulamento de Fiscalização

Aprovado por meio da Resolução 596/2012, o Regulamento prevê o estabelecimen-to dos limites, dos procedimentos e dos critérios para a fiscalização da execução, da comercialização e do uso dos serviços de telecomunicações e da utilização dos recursos de órbita.

39Elaboração do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC)

A Resolução 600/2012, que aprovou o Plano, permitirá a definição dos mercados relevantes e dos grupos econômicos detentores de Poder de Mercado Significativo (PMS) em cada um deles, bem como o estabelecimento de mecanismos de estímulo à competição, como assimetrias regulatórias entre grupos com e sem PMS.

40

Atualização do Plano Geral de Metas de Qualidade do Serviço Telefônico Fixo Comutado (PGMQ-STFC)

O Regulamento Geral de Gestão da Qualidade da do Serviço Telefônico Fixo Co-mutado (RGQ-STFC), aprovado pela Resolução 605/2012, estabeleceu indicadores de qualidade percebida pelos usuários do serviço, além de outras obrigações das concessionárias para o período 2011-2015.

41Elaboração de Regulamento do Serviço Limitado Privado

Aprovado pela Resolução 617/2013, o Regulamento simplificou o arcabouço regu-lamentar, agrupando vários serviços classificados como de interesse restrito em um único instrumento normativo.

42Elaboração do Regulamento de Resolução do Conflito

Os Procedimentos Administrativos de Resolução de Conflitos foram contemplados no novo Regimento Interno da Anatel, aprovado por meio da Resolução 612/2013.

43

Elaboração do Regulamento sobre Atendimento Fora da Área de Tarifação Básica (FATB)

O Regulamento, aprovado pela Resolução 622/2013, disciplina as condições de atendimento rural para a prestação e a fruição de serviços de telecomunicações de interesse coletivo.

Seq. Projeto Descrição

44 Reestruturação da Anatel Aprovado pela Resolução 612/2013, o novo Regimento Interno modernizou a es-trutura administrativa da Agência e a adequou ao atual cenário de convergência tecnológica.

45Revisão do Regulamento do SCM

A Resolução 614/2013 aprovou a revisão do Regulamento do Serviço de Comunica-ção Multimídia (SCM) e teve como um de seus objetivos principais a massificação do acesso à banda larga e a ampliação dos direitos dos usuários.

46Segurança e proteção da infraestrutura nacional de telecomunicações

Criação do Sistema Rede Nacional de Fibras Ópticas (Renaf), que tem como objetivo mapear as redes de fibras ópticas do País, de forma georreferenciada, para análise e planejamento de ações que viabilizem cobertura mais eficiente por esse tipo de in-fraestrutura. O projeto Renaf está contemplado no Projeto Sistema de Infraestrutura Crítica de Telecomunicações (SIEC).

47Alteração do Regulamento do STFC

O Regulamento do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), aprovado pela Resolu-ção 615/2013, disciplina as condições de prestação e de fruição do serviço. O novo Regulamento diferencia direitos de assinantes e de usuários; insere regra expressa determinando que o assinante tem direito de pedir detalhamento permanente do documento de cobrança; simplifica as regras de cobrança; e ajusta as regras de aten-dimento.

48Revisão do PGMQ-TV por Assinatura

Conforme deliberação do Conselho Diretor, as informações e os estudos elabora-dos para a revisão do Plano Geral de Metas de Qualidade dos Serviços de TV por Assinatura serão utilizados na elaboração do Regulamento de Gestão da Qualidade dos Serviços de Telecomunicações – normativo que atualizará a regulamentação de qualidade com o objetivo de unificar os regulamentos de gestão de qualidade dos diversos serviços de telecomunicações.

Apenas 12 projetos do PGR não foram concluídos.

  Projeto Comentários

1Edital/licitação da faixa de 3,5 GHz

Devido a fatores como a necessidade de ajustes para garantir a convivência harmoniosa dos sistemas terrestres da subfaixa de 3,5 GHz e as aplicações por satélite da faixa vizinha, as Bandas C e C estendida, o Conselho Diretor aprovou a revisão do certame, determinando que a área técnica revisse a minuta do Edital visando a realização de licitação de blocos de radiofrequências de abrangência local e regional na porção inferior da subfaixa de 3,5 GHz.

Esse tema foi incluído no processo que tratou do Edital de Licitação de sobras de Radiofrequências, realizado no final de 2015. Por meio do Acórdão 472/2015-CD e do Despacho Ordinatório 212/2015-CD, a Agência decidiu excluir do edital os lotes referente à faixa de 3,5GHz e determinou à área técnica estudos sobre a canalização e a ocupação da subfaixa de 3,5 GHz.

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  Projeto Comentários

2

Revisão de Proposta de Regulamento sobre Divulgação de Listas de Assinantes e de Edição e Distribuição de LTOG

A proposta, que visa disciplinar a edição e o fornecimento de Lista Telefônica Obrigatória e Gratuita (LTOG) e a gratuidade do código 102 passou por Consulta Pública, teve as contribuições recebidas analisadas pela área técnica e recebeu parecer da Procuradoria Federal Especializada da Anatel. Ao final de 2015, o processo encontrava-se em análise na área técnica, para posterior envio ao Conselho Diretor.

3Revisão do Regulamento de Controle de Bens Reversíveis

O projeto consta da Agenda Regulatória para o biênio 2015-2016, com encaminhamento de Relatório de AIR previsto para o primeiro semestre de 2016. No final de 2015, o processo encontrava-se em análise pela área técnica.

4

Revisão do Regulamento para Expedição de Autorização para Prestação do STFC

Devido à necessidade de simplificação das normas que disciplinam o procedimento de outorga em regime privado e acompanhamento das transferências de autorização e controle do STFC, foi realizada, em 2014, consulta pública sobre o assunto. No final do exercício, o processo se encontrava no Conselho Diretor para aprovação final.

5Revisão do Regulamento de Uso do Espectro (RUE)

O Regulamento estabelece procedimentos de utilização do espectro, assim como parâmetros gerais de administração, condições de uso e controle de radiofrequências em território nacional, incluindo o espaço aéreo e águas territoriais. A proposta de revisão já foi submetida a consulta pública e, no final de 2015, as áreas técnicas trabalhavam na análise do parecer da Procuradoria para posterior envio da versão final do Regulamento para o Conselho Diretor.

6Elaboração do Regulamento de Interrupções Sistêmicas do STFC

Após conclusão de que seria oportuno e conveniente tratar no Regulamento não apenas das interrupções sistêmicas do STFC, mas das condições de acompanhamento e controle das interrupções, da regularidade e da continuidade da prestação dos serviços de telecomunicações de interesse coletivo, de modo a simplificar e unificar a regulamentação, a proposta voltou à área técnica para ajustes. No final de 2015, a proposta encontrava-se em análise pela Procuradoria da Agência para posterior envio ao Conselho Diretor e aprovação de consulta pública.

7 Alteração do PGA-SMP Projeto não priorizado na Agenda Regulatória.

8

Atualização da regulamentação do SMGS e elaboração do Regulamento de Numeração do SMGS

Projeto não priorizado na Agenda Regulatória.

  Projeto Comentários

9Elaboração do Regulamento de Numeração do SCM

Projeto não priorizado na Agenda Regulatória.

10Elaboração do Regulamento de Remuneração de Redes do SCM

Projeto não priorizado na Agenda Regulatória.

11

Implantação do Centro de Desenvolvimento de Estudos Regulatórios da Anatel (Cedra)

O Centro destina-se à realização de estudos e análises prospectivas, além de qualificação técnica dos servidores da Anatel relativamente ao avanço das telecomunicações e às respectivas técnicas de regulação. O tema foi tratado na elaboração do Plano Estratégico da Agência, resultando nas iniciativas estratégicas de implantar processo de inteligência e gestão estratégicas. Além disso, diversas capacitações estão sendo desenvolvidas para qualificar os servidores da Anatel.

12Elaboração do Regulamento de PD&I

Projeto não priorizado na Agenda Regulatória.

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MINIST ÉRIO DACIÊNCIA, TECNO LOGIA,

INOVAÇÕES E CO MUNI CAÇÕES