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Relatório 20/10/2015

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Relatório 20/10/2015

Resumo 3

Varejo 6

Consumo 15

Economia 25

Móveis 39

Extra: Como a inovação constrói valor para as marcas 42

Resumo

• A matéria cita um blog que listou alguns itens essenciais para ambientes pequenos, como apartamentos e que, mesmo sem grande espaço, podem ganhar móveis bonitos sem perder funcionalidade usando móveis planejados.

• Em Manaus, produtos novos com pequenos danos são opção para quem busca economia em época de inflação alta que pode chegar até 60%. A montagem e a entrega também são gratuitas, além da opção de parcelar o pagamento, ajudando na renovação de estoque.

• O mercado de usados é outra opção para quem busca economia.

• Móveis planejado são os queridinhos dos consumidores

• Atualmente, existem opções de softwares 3D onde o cliente pode saber como ficará depois de pronto.

• No mês de agosto, produção industrial recua em 9 estados. Houve também retração de fabricação de móveis (-27,2%).

• Industria de móveis de Santa Catarina aumentou as exportações em 2015 com a ajuda do alta do dólar e do euro, que ajudaram aquecer a venda do setor no Estado, para isso, investiram em qualidade.

• O indicador de recuperação de crédito teve uma queda de 1,5% no acumulado de 12 meses em setembro de 2015, em relação a igual período no ano anterior, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC.

• O Palácio do Planalto disse que o governo adota medidas para reduzir a inflação e recuperar o crescimento da economia do país.

• Joaquim Lev diz que ainda há necessidade de reequilibrar as contas para o país voltar a crescer.

• As vendas do comércio varejista caíram 3,4% em setembro na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA).

• Produtos feitos com traços exclusivos e as melhores matérias-primas do mundo se tornam marcas registradas. Apesar da crise, houve um crescimento real de 12% de público da classe A.

• Economistas dizem que economia brasileira vai demorar para se recuperar e acreditam que isso deve impactar as taxas de emprego.

• O comércio varejista do País finalizou o mês de agosto com queda de 0,9% nas vendas em relação a julho, elevando a retração acumulada nos primeiros oito meses do ano (janeiro-agosto) para 3%. O resultado é o pior dos últimos 15 anos.

• Mais de 50% dos varejistas acreditam que a economia irá piorar, sendo a 10ª queda consecutiva e menor valor da série histórica que começou em 2011 e na comparação com o mesmo mês do ano passado, a retração foi de 28,1%.

• Pesquisa mostra que os homens representam 53% dos consumidores de móveis e que em 62% dos casos, são as mulheres que dão a última palavra. As mulheres valorizam lojas que sejam especializadas em móveis.

• Pesquisas mostram que 84% dos consumidores pretendem reduzir ainda mais os gastos até o final de 2015 mudando o seu padrão de consumo. Porém, a aquisição de móveis continua nos planos dos brasileiros, com 49%.

• Os segmentos de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática e o de combustíveis e lubrificantes registraram altas de 0,6% e 0,3%, respectivamente, durante o mês de setembro.

Varejo

Índice Cielo indica retração de 3,4% no varejo em setembro

As vendas do comércio varejista caíram 3,4% em setembro na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). O dado já leva em conta a inflação do período medida pelo IPCA. Com a retração, o indicador deflacionado acumula perda de 2,7% no terceiro trimestre de 2015 ante o mesmo período de 2014.A pesquisa apontou que o comportamento negativo das vendas foi influenciado sobretudo pelo desempenho do varejo de bens duráveis. Materiais para Construção, Vestuário, Móveis, Eletro e Lojas de Departamento apresentaram retração em setembro. A razão apontada para esse desempenho é a maior dependência que esses setores têm do crédito, uma vez que as compras desses tipos de bem têm tipicamente valor médio mais alto.Já o segmento de bens não duráveis, que inclui supermercados e hipermercados, teve desempenho superior à média em setembro, segundo o ICVA. O setor de drogarias e farmácias continuou com tendência positiva e puxou novamente as vendas para cima em setembro, sendo um dos poucos setores com alta na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Receita e produtividade estão no foco do Varejo

Na visão de Alberto Serrentino, fundador da consultoria de Varejo Varese Retail, ampliar a receita e aumentar a produtividade operacional são as prioridades para os varejistas em tempos de crise. E a Tecnologia da Informação tem papel fundamental nessas duas frentes trazendo um diferencial competitivo para o setor.“De fato, diante da atual situação econômica do País, o Varejo terá ainda mais desafios na sua operação, cenário que exige uma maior concentração de esforços para aumentar a eficiência e produtividade. Com a TI, os varejistas terão oportunidade de melhorar os controles internos, alocação de recursos e aumentar o grau de informação sobre produtos, lojas e clientes”, aponta.Na visão de Serrentino, a crise econômica impacta todas as áreas do Varejo, mas de maneira diferenciada. “A maturidade, competitividade e efeitos da economia brasileira são heterogêneos entre setores. Isto gera diferentes níveis de demandas e prioridades por parte das empresas”, acrescenta. Mas o especialista enxerga outro cenário para o setor em 2016, tanto em vendas quanto em investimentos em TI, desde que haja no País implantação de medidas de ajuste fiscal e equilíbrio político. “Estamos vivendo um momento de incerteza e os aportes em novas tecnologias dependem muito da situação de cada organização, sobretudo em relação a resultados, estrutura de capital e liquidez”, completa.Com 30 anos de experiência em Varejo e consumo, Alberto Serrentino liderou mais de 100 projetos para empresas brasileiras e internacionais. Este mês, o especialista lança o livro “Varejo e Brasil – Reflexões estratégicas” a fim de auxiliar os varejistas a superarem esses desafios. “Acredito no pensamento simples, no foco nos negócios e na visão de longo prazo. O livro procura trazer uma leitura da evolução do varejo brasileiro em ciclos, a fim de entendermos melhor o atual momento em que vivemos. A ideia é trazer um modelo de reflexão em cinco grandes gargalos como repensar a relação com produto; o novo papel da loja; experiência do cliente; integração ao mundo digital; e propósito e cultura”, finaliza Serrentino.

Vendas no varejo caem 5,7% na primeira quinzena de outubro

O Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou retrações de 4,2% nas vendas a prazo e de 7,2% nas vendas à vista na primeira quinzena de outubro ante igual período de 2014. A queda média foi de 5,7%, próxima da estimativa divulgada anteriormente pela entidade. A pesquisa avalia as vendas no varejo da capital paulista.Chegou-se a esse resultado por meio de um ajuste com base na média diária de vendas, já que a primeira quinzena de outubro deste ano teve um dia útil a menos em relação a 2014. Sem esse ajuste, o resultado ficaria distorcido, apontando queda média ainda maior, de 12,95% (-11,6% nas vendas a prazo e -14,3% à vista).Já na comparação com a primeira quinzena de setembro de 2015, o comércio varejista de São Paulo registrou aumentos sazonais de 10,8% nas vendas a prazo e de 26,6% nas vendas à vista. Esses números são explicados pela data comemorativa do Dia das Crianças, uma vez que setembro não contou com nenhuma data comercial.“O Dia das Crianças deste ano teve desempenho pior do que em 2014 e em relação à média histórica. E a elevação maior nas operações à vista em relação a setembro indica que o consumidor deu preferência a artigos de menor valor”, observa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo).

InadimplênciaO Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI), que mede o número de carnês em atraso no varejo, apontou leve alta de 0,6% na primeira quinzena de outubro na comparação com o mesmo período de 2014Por sua vez, o Indicador de Recuperação de Crédito (IRC), que calcula o cancelamento de dívidas, apresentou recuo de 11,8%. Essa queda acentuada resulta da base forte de comparação do ano passado, que contou com grandes e eficientes campanhas de renegociação, uma vez que o desemprego era menor e, a massa salarial, mais alta.

“Vê-se uma tendência de elevação na inadimplência, que, embora ainda não desponte para um cenário de disparada, precisa ser acompanhada de perto. É recomendável que as empresas de crédito continuem investindo em campanhas de recuperação e deem mais facilidades para os consumidores quitarem ou renegociarem suas dívidas”, analisa Burti.O Balanço de Vendas da ACSP é elaborado com base em amostra fornecida pela Boa Vista Serviços.

Especialistas dão dicas a empresários do comércio varejista

O comércio varejista do País finalizou o mês de agosto com queda de 0,9% nas vendas em relação a julho, elevando a retração acumulada nos primeiros oito meses do ano (janeiro-agosto) para 3%. O resultado é o pior dos últimos 15 anos. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e indicam retração de 6,9% na comparação com agosto do ano passado. A queda no volume de vendas do varejo entre julho e agosto foi o sétimo resultado negativo seguido, acumulando no período perda de 6,4%. Ainda em relação a agosto, o recuo de 6,9% é a quinta taxa negativa consecutiva.João Gomes, economista e consultor do Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico, Eletrônicos e Eletrodomésticos do Rio de Janeiro (Simerj) explica, no relatório econômico da instituição, que em ambos os casos há um aprofundamento do cenário negativo a partir do início deste ano. "Avaliando os dados nacionais e regionais usando o volume de vendas na comparação com o ano passado do índice de vendas do varejo podemos reparar que, em ambos os casos, há um aprofundamento do cenário negativo a partir do início deste ano. No mês de agosto, porém, o resultado ficou um pouco melhor para o estado dado que a queda foi abaixo de 6% e para o país quase 7%. A distância não é grande mas mostra que o Rio mesmo com as dificuldades recentes não passa por problemas mais intensos do que os observados nos dados nacionais. Em última análise podemos dizer que ainda não vemos reversão para as vendas no curto prazo. Ou seja, tendência para o Brasil e para o estado ainda não são favoráveis. Assim, podemos dizer que o empresário precisa ficar de olho e não projetar para o final do ano em seus pedidos um grande volume de vendas", explicou.Ele também chama a atenção para a queda nas vendas de eletrodomésticos

"Quando olhamos no detalhe um setor muito dependente do crédito que no passado apresentou resultados positivos e hoje não vai muito bem, vemos um volume de vendas de eletrodomésticos com uma queda significativa. A variação menos negativa observada no mês de julho, uma ligeira melhora em relação ao dado anterior, não se manteve. Agosto retomou a forte tendência de queda. Com crédito em ritmo bem menor e os dados do emprego adversos também não nos remetem a uma reversão de tendência neste final de ano. É preciso organizar bem os estoques e fazer promoções que os resultados podem vir”, afirmou.Antônio Florêncio, presidente do Simerj, também comentou a pesquisa. "Sendo nosso setor muito dependente do crédito, o efeito da política econômica é sentido de imediato e o ritmo inflacionário, principalmente nos setores de serviços e preços administrados, consome a renda das famílias impedindo qualquer movimento positivo de consumo", comentou.

Mais de 50% dos varejistas acreditam que a economia irá piorarEm setembro, confiança atingiu 72,3 pontos; índice caiu 28,1% em um ano. É 10ª queda consecutiva e menor valor da série histórica, iniciada em 2011.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) passou para 72,3 pontos em setembro, retração de 2,1% na comparação com os 73,9 pontos registrados em agosto - 10ª queda consecutiva e o menor valor da série histórica, iniciada em março de 2011. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a retração foi de 28,1%.O ICEC varia de 0 (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total) e é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).De acordo com a entidade, 53,6% dos empresários do varejo com até 50 empregados acreditam que a economia brasileira irá piorar ainda mais nos próximos meses.No caso dos donos de empresas varejistas que administram companhias com mais de 50 funcionários, o porcentual vai para 67,5%.Para a assessoria econômica da federação, a pesquisa evidencia o aumento da decepção do empresariado, que é reflexo direto da atual turbulência socioeconômica brasileira."O baixo volume de vendas e os demais fatores negativos, como inflação elevada, alta da taxa de juros e deterioração da confiança de consumidor, influenciam diretamente a insatisfação dos empresários", afirma.A FecomercioSP alerta que não existem perspectivas de início de um processo de recuperação nos próximos meses e que as projeções não são animadoras. A entidade prevê queda de 2,6% no PIB, e a moeda norte-americana pode terminar o ano acima de R$ 4.

Indicadores

As percepções dos empresários do comércio continuam piorando e os três quesitos que compõem o indicador registraram queda. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio apresentou recuo de 3% e atingiu 35,6 pontos em setembro, ante os 36,7 vistos em agosto.O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio declinou 2,7% e passou de 114,3 em agosto para 111,2 pontos em setembro. Já o Índice de Investimento do Empresário do Comércio apresentou uma leve baixa, de 0,7%, e foi de 70,7 em agosto para 70,1 pontos em setembro.

Por porte

Na análise por porte, em setembro, a variação do índice para grandes empresas (que possuem acima de 50 funcionários) apresentou maior retração em relação às pequenas, quando comparada com o mesmo período do ano anterior (-35,5%).No comparativo mensal, passou de 78,4 em agosto para 78,7 pontos em setembro. Entre as companhias com até 50 empregados, o recuo anual foi de 27,9% e, no comparativo mensal, o índice caiu de 73,8 para 72,2 pontos.

Consumo

Mulheres dominam poder de consumo

Pesquisas revelam que na maioria dos casos são as mulheres que decidem os produtos que serão levados para casa

Exigentes, atentas, independentes e bem resolvidas, as mulheres vêm ocupando um espaço cada vez maior na economia nacional. Segundo dados de um estudo realizado em 2010, pelo Instituto Sophia Mind, empresa de pesquisa e inteligência de mercado do grupo Bolsa de Mulher, elas são responsáveis pelo poder de compra de 66% de tudo o que é consumido pelas famílias brasileiras.Entre os segmentos em que predominam as escolhas femininas, estão produtos específicos para as mulheres, produtos para a casa e bens, e serviços ligados à educação dos filhos. Além de lazer e entretenimento, saúde, serviços para a família e gastos de maior valor, como reforma da casa ou compra de eletrodomésticos. Enquanto os homens dominam serviços ligados ao setor automobilístico, cuidado pessoal masculino e manutenção de aparelhos domésticos.Parte desse protagonismo está ligado diretamente à sua independência financeira, fruto de uma inserção crescente no mercado de trabalho. De acordo com o Instituto Data Popular, 14 milhões de brasileiras ingressaram no mercado de trabalho nas últimas duas décadas. Ao todo, elas já representam mais da metade da população do País e contribuem com 40% da massa de renda total da população. Até o fim deste ano, mesmo com a crise, estima-se que R$ 741 bilhões sejam movimentados apenas com a renda das brasileiras.Além da própria renda, muitas vezes, elas ainda são responsáveis por administrar os rendimentos de seus parceiros. Segundo a CEO do Grupo Bolsa de Mulher, Andiara Petterle, “as brasileiras não apenas decidem e compram diretamente, mas também influenciam e controlam os gastos masculinos. E, mais do que a própria renda, elas gerenciam o orçamento familiar como um todo”.

Com gastos médios de 1 trilhão ao ano, elas fazem do Brasil um dos maiores mercados femininos do mundo e representam um público fiel e em potencial. Porém, é preciso estar atento às suas exigências. Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Sophia Mind, grande parte das reclamações está relacionada à oferta de produtos e serviços que não disponibilizam uma comunicação que seja mais eficaz e cuidadosa e não levam em consideração a falta de tempo para fazer as compras.

Mercado de MóveisNa maior parte dos casos são elas que decidem o produto que será levado para casaNa hora de mobiliar a casa, a decisão final sobre o produto que será adquirido também fica por conta delas. Segundo dados da última pesquisa de Comportamento de Compra do Iemi, realizada no final de 2014, ainda que os homens representem 53% dos consumidores de móveis do País, em 62% dos casos são as mulheres que dão a última palavra na hora de realizar uma compra. Enquanto o poder de decisão dos homens é de 36% e o de profissionais da área, como arquitetos ou decoradores contratos, representa apenas 3%.Independente do poder de compra, elas são maioria na escolha de produtos de maior preço, principalmente nos produtos com preços entre R$ 800 e R$ 3.000, faixa que inclui quase 50% dos móveis consumidos pelas mulheres.Outra característica comum apontada por este gênero é a pré-disposição em realizar pesquisas antes da compra. “Seja nas lojas físicas, seja em sites ou revistas de decoração. Na maioria das vezes, a pesquisa das mulheres está direcionada a buscar opções sobre o melhor preço para o produto que ela viu em uma loja e se encantou com ele”, afirma o diretor do Iemi, Marcelo Prado. Em contrapartida, os homens tendem a tomar decisões mais rápidas, pois quando gostam de um produto, estão mais propensos a fechar a compra logo.Em relação à escolha das lojas, os homens preferem a conveniência das lojas de departamento e as mulheres valorizam lojas que sejam especializadas em móveis. Para Prado, talvez seja essa a razão para mulheres serem “mais suscetíveis à influência dos vendedores das lojas, na hora de tomar as suas decisões de compra”.

Crise faz brasileiro mudar padrão de consumo

Brasileiro muda padrão de consumo diante da crise e, até o final do ano, sete em cada dez pessoas pretendem reduzir ainda mais os gastos.Uma pesquisa mostrou que 45% dos consumidores já adotaram novas formas de destinar as receitas em cerca de 20 setores da economia.Entre os entrevistados, 93% e 87% afirmaram que o principal corte será no consumo de energia elétrica e de água, respectivamente.

Para economizar, 84% afirmam que vão mudar padrão de consumo

Uma pesquisa da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento Acrefi e TNS Brasil divulgada recentemente indicou que 84% dos consumidores pretendem reduzir ainda mais os gastos até o final de 2015 mudando o seu padrão de consumo.Em Alagoas, o índice de entrevistados foi baixo: apenas 6% da população foi ouvida. O maior êxito foi para os estados maiores como Pernambuco 30% e Bahia 26%. O levantamento mostrou que 92% dos consumidores brasileiros acreditam que a inflação impacta na decisão sobre novos financiamentos. A pesquisa ouviu mais de 1 mil pessoas de todas as regiões do País, com idade entre 18 e 65 anos, sendo 54% mulheres e 46% homens, e captou o comportamento da população nos primeiros meses de 2015 e perspectivas de consumo, crédito e financiamento.Elaine Cristina, que tem três filhos menores de idade, admite que houveram reduções nas contas por conta da crise financeira que o país vive. “Agora estou dividindo tudo: TV a cabo, internet, roupas somente se precisar e cinema nem pensar. Presente de aniversário, agora só se tiver em promoção. Meus filhos estão levando lanche de casa para a escola, antes era dinheiro para lanchar na cantina, faxina duas vezes na semana e olhe lá”, frisou.Ela completou, enfatizando que alguns gastos fixos não tiveram como serem diminuídos como, por exemplo, feira, plano de saúde e escola.

APERTOMara Góes também está ‘apertando os cintos’ diante da crise. Ela contou que chuveiro elétrico e ferro de passar nem pensar. “A conta está cada vez mais alta para o consumidor e a alternativa é economizar ainda mais”, disse. Mara já sentiu sua conta reduzir depois da opção de desligar aparelhos elétricos da tomada, bem como na feira, onde trocou a carne bovina por frango..

O economista Romulo Sales é enfático ao afirmar com a tendência seja que a crise perdure até o primeiro semestre de 2016. O especialista explicou a pré-disposição tendo como base o relatório Focus do Banco Central que prever uma inflação próxima de 10% ao ano.A dica do economista é conter gastos, sobretudo aqueles com prazos longos. Ele revelou que muitos consumidores estão optando por marcas desconhecidas na realização da feira mensal para não deixar de levar o produto.Outra sugestão é evitar gastar mais do que o necessário dentro de casa na conta de luz. “Desligar as luzes surte efeito na conta de energia, faz parte de uma das estratégias para ter ‘jogo de cintura’ e controlar os gastos”, completou.

IMPACTO DO LAZERA grande maioria (92%) disse que a inflação impacta na decisão quanto a novos financiamentos e que já estão mudando os padrões de consumo. O lazer foi o padrão de consumo que mais teve impacto para 83% dos entrevistados, seguido de vestuário (77%), alimentação (76%), transporte (46%), saúde (40%), educação (35%) e outros (2%).A pesquisa apontou alta de 84% ante 76%, em abril, na intenção de não fazer um financiamento em 2015. Entretanto, aquisição de móveis (49%), carro (50%) e eletrodomésticos (20%) continua nos planos dos brasileiros. Em seguida aparece empréstimo pessoal (20%) e o crédito consignado (9%).Para aquisição dos bens citados acima, 35% dos entrevistados buscariam como forma de financiamento o crédito automotivo, 28% optariam pelo imobiliário, 34% pelo crédito direto ao consumidor (CDC) e 23% pelo consignado.O levantamento constatou que aumentou a proporção de consumidores com algum tipo de dívida, 68% frente a 62% em abril. 75% das pessoas declararam ter dívida de cartão de crédito, 29% de carnê/boleto, 21% de financiamento de carro, 18% de financiamento imobiliário, 15% de CDC, 3% de leasing e 3% declaram ter outros tipos de dividas.

O desemprego continua impactando no otimismo dos consumidores. Para 86% dos entrevistados, o desemprego vai aumentar nos próximos meses, ante 81% apontado no levantamento do primeiro trimestre deste ano.

Desemprego em alta reduz confiança de varejistasHá apenas três meses do Natal, a época do ano mais esperada pelos varejistas, os dados da Pesquisa Mensal de Emprego divulgados, nesta manhã (24), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam a preocupação da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). “Os números continuam muito ruins. O desemprego segue em alta pelo oitavo mês consecutivo e, infelizmente, este ano não estamos vislumbrando um Natal com boas vendas. O consumo está freado”, comenta Honório Pinheiro, presidente da CNDL.Atingindo o patamar de 7,6%, depois de bater 7,5% em julho, a taxa de desemprego apresentada foi a maior para o mês desde 2009. Outro índice preocupante foi o rendimento médio real habitual, que apresentou queda de 3,5%, na comparação com agosto do ano passado. “Os números refletem o cenário ruim que estamos vivenciando e os reflexos da inflação alta. Hoje temos menos trabalhadores empregados e ainda por cima com salários menores, em termos reais”, explica.Para Pinheiro, os varejistas devem se preparar para um Natal fraco e atípico. “O Natal é a grande festa para o varejo. Estamos apenas três meses da data, época que muitas empresas já pensam nas contratações temporárias. Esse ano está bem diferente, acredito que além das vendas fracas, haverá uma grande queda em relação a essas novas vagas. Diante desse cenário, essa é a hora que o varejista precisa ser criativo e buscar diferentes alternativas de vendas”, alerta o presidente da CNDL.

MOVIMENTOO aumento do desemprego e a baixa confiança dos consumidores, aliados à alta de juros, impactaram a atividade do comércio em setembro, segundo a Serasa. Na comparação com o mês anterior, o setor ficou estagnado.

Na comparação com o mês anterior, o setor ficou estagnado.Frente a setembro do ano passado, o movimento dos consumidores nas lojas caiu 2,6%. Já no acumulado do ano, ainda há expansão de 1,4% –mas este é o pior resultado desde 2003.De agosto para setembro, a maior queda foi registrada no segmento de veículos, motos e peças, de 1,9%. Houve quedas ainda em tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-1,5%), material de construção (-0,4%) e supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-0,3%).Na direção contrária, os segmentos de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática e o de combustíveis e lubrificantes registraram altas de 0,6% e 0,3%, respectivamente, durante o mês de setembro.

27% temem perder empregos nos próximos meses

Quanto à manutenção do emprego, no próximo semestre, 38% dos entrevistados disseram estar seguros quanto a sua permanência, mas 27% disseram que não se sentem seguros e 36% revelaram que não estão empregados.Aumentou significativamente a porcentagem dos consumidores que acredita que a situação financeira do País é ruim ou péssima (71%/jul), contra (66%/abr) e 37% em 2014.Quando questionados sobre “quem você acha que é responsável por essa situação? ” 72% responderam que é o Governo Federal, 61% o Congresso (Senadores e Deputados Federais) e 25% o setor privado.Em relação a pergunta sobre a expectativa de melhora na situação econômica do País, 33% dos consumidores disseram não saber quando essa melhora virá, apenas 5% acredita em uma melhora a partir do segundo semestre deste ano, 32% espera uma melhora a partir de 2016 e 17% acredita que só sentirá melhora em 2018.

DESCONTENTESA satisfação dos brasileiros com a vida voltou a cair em setembro, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador recuou 1,8%, na comparação com junho, para o menor nível dos últimos 16 anos – quando começou a ser calculado.

Na comparação com setembro de 2014, o indicador de satisfação recuou 9,5%.“Isso indica que a atual crise econômica está afetando a população com mais intensidade que as anteriores”, afirma a CNI em nota.A satisfação caiu mais entre os brasileiros com renda familiar menor: para aqueles com rendimento até um salário mínimo, a queda foi de 13,5% na comparação com setembro de 2014. Já entre os que ganham acima de cinco salários mínimos, o recuo foi menor, de 3,9%.O medo do desemprego também ficou maior: a alta foi de 1,7% em relação a junho, e de 37,5% frente a setembro de 2014. Com essas elevações, o indicador alcançou 105,9.A Ordem dos Advogados do Brasil, a Confederação Nacional da Indústria, a Confederação Nacional do Transporte, a Confederação Nacional de Saúde e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas avaliaram que o aumento da carga tributária proposto pelo governo para reequilibrar as contas públicas impede o crescimento do país.

Economia

Consumidor ganha até 60% de desconto em itens novos com avariasA montagem e a entrega também são gratuitas e há opção de parcelar o pagamento.

Manaus - Em época de alta dos juros e inflação, os consumidores de Manaus podem driblar os preços elevados e conseguir descontos de até 60% na compra de móveis e eletrodomésticos com pequenas avarias oferecidos pelas redes varejistas. A montagem e a entrega também são gratuitas e há opção de parcelar o pagamento.“Sempre fazemos promoções que chegam até 60% com móveis do mostruário e que apresentam pequenas avarias. Estamos sempre buscando renovar nosso estoque”, disse o gerente de Marketing da Apa Móveis, Guilherme Castilho. Do mesmo modo que os produtos sem defeitos, a montagem e a entrega são feitos pela loja de graça.O gerente de vendas da City Lar, Wilclemar Assis, informa que a empresa oferece vários móveis e eletrodomésticos que chegam a ser vendidos pela metade do preço em relação aos demais, por apresentarem pequenos danos. “Como as vendas tiveram uma queda desde o início do ano de até 30%, resolvemos oferecer essas opções para nossos clientes”, disse. De acordo com o gerente, a compra desses produtos também pode ser parcelada. “Podemos fazer até três vezes sem juros. Só que o cliente fica responsável em levá-los da loja. Neste caso, não realizamos a entrega”, adiantou. O gerente da TVLar, Humberto Santos, informou que a rede varejista sempre dispôs de ofertas de móveis e eletrodomésticos com avarias e que a procura aumentou nos últimos meses. O abatimento no preço, segundo o gerente, é negociado na hora da compra. “Esse desconto é acertado com o cliente que está interessado no produto”, explicou. Para mobiliar a casa e não gastar muito, a universitária Clara dos Santos procurou objetos com avarias ou mesmo seminovos e até usados.

“Comprei um balcão lindo de madeira por R$ 250. Ele custava R$ 650. Antes de comprar qualquer coisa, busco antes nesse mercado. Acho ótimo, porque economizo e não faço dívidas. Compro à vista por um bom preço”, disse.

Usados

O mercado de usados é outra opção para quem busca economia. A dona de casa Neide Vieira disse que com seu orçamento atual não tem condições de comprar um objeto novo. “As coisas estão tão difíceis. Tem que pagar luz, água e comprar alimento. Não sobra dinheiro para adquirir um móvel ou uma geladeira nova. Por isso, estou pesquisando nos lugares que vendem móveis e aparelhos usados”, disse. Esse nicho de mercado atraiu Mário Teles, proprietário do site Usados.com, que atua no ramo há mais de dez anos. “Vendo móveis usados, seminovos e até novos. E consigo tirar um lucro”, disse. A contadora Jane Cristina Rodrigues transformou um hobby em um negócio. “Hoje, consigo tirar em torno de R$ 2 mil por mês. Antes, recebia livros de doações, mas agora peço dos meus fornecedores livros novos e usados”, disse. A empreendedora também vende roupas usadas e seminovas, principalmente para a zona leste de Manaus. “Tenho um site, onde o internauta pode visualizar todos os meus produtos e, quando ele coloca o produto no carrinho, recebo uma mensagem no meu celular e entro em contato com o cliente”, disse. O endereço do site é gutigutinovoseseminovos.com.br. Para compras a partir de R$ 100 não é cobrado taxa de entrega. A proprietária da loja de usados Hayden Móveis, Nilda Pereira, localizada na zona leste, disse que os usados e seminovos são uma ótima opção para quem precisa do objeto, mas não tem dinheiro para comprar um novo. “Hoje, está difícil comprar uma geladeira nova, porque está saindo a R$ 2 mil. Aqui tenho de R$ 400”, disse.

Boa Vista: recuperação de crédito cai 1,5% em setembro no acumulado de 12 meses

O indicador de recuperação de crédito teve queda de 1,5% no acumulado de 12 meses em setembro, em relação a igual período anterior, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC. De janeiro até o mês passado, o dado apresentou recuo de 0,5%.Na comparação com setembro de 2014, o indicador apresentou alta de 2,0%. Em relação ao mês de agosto, houve elevação de 3,3%, segundo dados ajustados sazonalmente.Segundo a Boa Vista, a queda registrada na análise de longo prazo pode ser consequência do desaquecimento do mercado de trabalho, da elevação da inflação e do aumento dos juros."Ainda assim, não foram observadas modificações relevantes na avaliação acumulada em 12 meses neste ano, mas indícios de retomada de crescimento são perceptíveis. Desta forma, espera-se que a recuperação de crédito retorne a um patamar próximo à estabilidade na comparação com 2014", diz a pesquisa.Na comparação com dados acumulados em 12 meses, a recuperação de crédito teve alta de 4,0% na região Sul, 2,9% no Centro-Oeste e 2,9% no Norte. Já na região Sudeste, houve queda de 3,5%. No Nordeste, o recuo foi de 2,5%.

Produção industrial registra queda no Paraná e em mais nove estados

A produção da indústria do Paraná recuou 1,3% na passagem de julho para agosto de 2015, enquanto que na média nacional a queda foi de 1,2%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (7). Entre os quatorze locais pesquisados no País, dez apresentaram redução no ritmo da produção industrial. Com esse resultado, o Paraná registra a segunda taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto, acumulando nesse período perda de 7,3%. Os ramos que influenciaram negativamente no índice geral do Estado foram fabricação de produtos químicos, fabricação de veículos automotores, fabricação de coque e produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e fabricação de móveis.Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), os resultados da produção industrial refletem as condições macroeconômicas, que afetam intensamente a estrutura industrial do Paraná, causando forte retração das vendas internas. “A combinação entre a escalada da taxa de inflação, dos juros e do câmbio afeta significativamente o setor industrial, em especial os Estados que possuem maior participação do setor automotivo em sua estrutura produtiva”, analisa Castro.

AGOSTO - Em agosto deste ano, em relação ao mesmo mês de 2014, o setor fabril paranaense apontou recuo de 11,4%. No Brasil, houve contração de 9%, com retração em doze locais pesquisados. Os setores que afetaram negativamente o desempenho da indústria no Estado foram fabricação de veículos automotores, reboques e semirreboques (-29,4%), impulsionado pela menor produção de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, motores de explosão e combustão interna para veículos automotores, reboques e carrocerias.

Houve também retração de fabricação de móveis (-27,2%), devido à menor produção de armários de madeira para uso residencial, cômodas de madeira, mesas de madeira de uso residencial, móveis diversos de metal para escritório, poltronas e sofás de madeira (exceto para escritório) e colchões.Também interferiu no resultado o recuo na fabricação de produtos minerais não-metálicos (-16,4%), pressionado pela menor produção de blocos de tijolos para construção, misturas betuminosas fabricadas com asfalto ou betumes e cimentos Portland. Houve influência, ainda, na fabricação de produtos de metal (-15,6%), em artefatos diversos de ferroe aço estampado, estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas, cadeados, torres e pórticos de ferro e aço e parafusos, ganchos, pinos e porcas.Houve diminuição, também, na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,2%), explicado pelo recuo na produção de fios, cabos e condutores elétricos com capa isolante, eletroportáteis domésticos, refrigeradores ou congeladores, chicotes elétricos para transmissão de energia e fogões de cozinha e pela fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-14,9%), devido à menor produção de gasolina automotiva, gás liquefeito de petróleo (GLP), óleos combustíveis e asfalto de petróleo.Em sentido oposto, o principal impacto positivo veio do setor de celulose, papel e produtos de papel (15,2%), pressionado principalmente pelo aumento na produção de caixas ou outras cartonagens dobráveis de papel-cartão ou cartolina.

OITO MESES - No índice acumulado para os oito primeiros meses de 2015, a indústria do Paraná desacelerou 7,7% no confronto contra igual período do ano anterior. A produção nacional registrou redução de 6,9%. Dos treze setores pesquisados, nove diminuíram a produção, puxados por fabricação de veículos automotivos (-28,7%), fabricação de produtos de minerais não-metálicos (-19,1%), fabricação de móveis (-12,4%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-8%), produtos de metal (-7,2%) e produtos de borracha e de material plástico (-4,9%).

DOZE MESES - No índice acumulado nos últimos doze meses, terminado em agosto de 2015, a indústria do Paraná desacelerou 6,7%, contra retração de 5,7% na produção nacional. Os setores que afetaram negativamente o desempenho do Estado foram fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-26,8%), produtos minerais não-metálicos (-15,6%), fabricação de máquinas e equipamentos (-9,8%), fabricação de móveis (-9%), e produtos de metal (-5,4%).

Planalto diz que toma medidas para recuperar economia; ministro defende diálogo

Após a agência de classificação de risco Fitch ter rebaixado hoje (1) a nota do Brasil, o Palácio do Planalto disse que o governo adota medidas para reduzir a inflação e recuperar o crescimento da economia do país. A Fitch rebaixou a nota do Brasil, mas manteve o grau de investimento. De acordo com a agência Ficth, a decisão reflete o crescimento do peso da dívida brasileira e a piora do cenário econômico. A nota passou de BBB para BBB-, com perspectiva negativa.Em nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República destacou que, apesar da alteração na nota, passou de BBB para BBB-, o país continua a ter grau de investimento. De acordo com o comunicado, o Brasil tem tomado "uma série de medidas" de reequilíbrio fiscal "que contribuirão para estabilizar a dívida pública e recuperar o crescimento da renda e do emprego nos próximos anos"."Cabe destacar que o país é um dos principais destinos de investimento estrangeiro, o sexto do mundo, segundo a Unctad [Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento]", diz ainda o Planalto.Ao comentar o rebaixamento da nota, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Edinho Silva, disse que o fato ocorreu em razão da “guerra política” que o país está vivendo e defendeu o diálogo entre governo e oposição. “É urgente a aprovação das medidas de ajustes pelo Congresso Nacional", afirmou o ministro, em entrevista ao portal de notícias UOL.Edinho Silva ressaltou que é preciso dar previsibilidade à economia e que é urgente a aprovação das medidas tributárias e orçamentárias. "A guerra política travada no Brasil está gerando instabilidade e prejudicando a economia. Como tem dito a presidenta Dilma, é hora de construirmos a paz política, é hora de colocarmos os interesses públicos antes dos interesses partidários. Fica nítido, com mais esse desgaste internacional da imagem do país, que é hora de dialogarmos e acharmos o que nos unifica. É hora de governo e oposição dialogarem e defenderem os interesses do Brasil."

Joaquim Levy diz que ainda há necessidade de se apertar o cintoMinistro da Fazenda participou de audiência no plenário da Câmara. Lembrou que Lula fez ajuste em 2003 e defendeu orçamento superavitário.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltou a defender nesta quarta-feira (14), durante audiência pública no plenário da Câmara dos Deputados, o ajuste das contas públicas, implementado pelo governo por meio da alta de uma série de tributos e, também, contenção de gastos públicos.Segundo ele, ainda há necessidade de se apertar o cinto e de reequilibrar as contas para que o país possa voltar a crescer de forma sustentada. Avaliou também que é necessário um "ajuste rápido" para que a resposta seja também rápida nas taxas de crescimento e de emprego."Quando a gente tem as contas públicas em ordem, o crescimento econômico é mais fácil. As pessoas têm mais confiança. Até por que, nessas ocasiões, o risco macroeconômico diminui e as pessoas entendem que podem tomar mais risco. O empresário pode fazer mais investimento. Nas famílias, é a mesma coisa. Se têm segurança, [as famílias] entram no crediário. Se não, ficam paradas esperando as coisas acalmarem. É imprescindível para o crescimento a segurança fiscal. Saber que mais para frente as contas do governo não terão surpresas negativas", declarou.

Ajustes nas gestões de FHC e Lula

Levy lembrou que, em 1999, no governo Fernando Henrique Cardoso, e também em 2003, no início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, houve "rápida reversão" da economia, com retomada do crescimento, com ajustes nas contas públicas.

"A economia cresceu [em 1999] porque todas as medidas necessárias para botar a economia em reequilíbrio foram adotadas, inclusive decisões corajosas em relação a impostos", disse.No ano de 2003, na época de Lula, ele afirmou que havia dúvidas sobre o "compromisso fiscal" do governo, mas acrescentou que o então presidente "conduziu esse momento de forma que rapidamente essas dúvidas se dissiparam"."Houve decisão até de aumentar superávit fiscal. O retorno disso não demorou. Houve estabilização do câmbio e a inflação caiu quando o presidente Lula assumiu a responsabilidade fiscal. Rapidamente a economia voltou e 2004 foi mais uma vez um ano de crescimento. Isso é muito importante", declarou ele.Nesta terça-feira (13), em São Paulo, o ex-presidente Lula afirmou governo Dilma precisava abandonar de forma imediata o ajuste fiscal que está sendo implementado pela equipe econômica.

Economia brasileira vai demorar para se recuperar, apontam analistasMercado vê dólar em R$ 4 até 2019 e PIB negativo no 2º mandato de Dilma

Na semana passada, menos de dez meses depois, o mercado já vê o dólar acima de R$ 4 até 2019, o PIB médio negativo para o segundo mandato de Dilma, juros mais altos e inflação maior, acima, pela média, de 6,3% – com novo crescimento em relação aos quatro anos anteriores.De modo geral, os analistas acreditam que a piora do quadro está relacionada, principalmente, com as dificuldades do governo em acertar as contas públicas, o que deve impactar, mais ainda, as taxas de emprego nos próximos anos.

Dificuldades"Por mais que a economia internacional tenha contribuído para o quadro de dificuldades, a crise no Brasil é fundamentalmente interna e do setor público [contas em desordem]. O que mina a confiança dos agentes e causa instabilidade. Reverter esse quadro é crítico e está se mostrando muito demorado. Uma crise fiscal [das contas públicas] dessa magnitude, talvez você tenha um período longo [de recuperação] como a Europa teve. Em alguns países da Europa, você tem quatro ou cinco anos [para se recuperar]. Eu diria que, de certo modo, pode ser um segundo mandato inteiro [da presidente Dilma] de ajuste", avaliou o chefe da Unidade de Política Econômica da CNI, Flavio Castelo Branco.Adriano Gomes, sócio-diretor da Méthode Consultoria e professor do Curso de Administração da ESPM, também acredita que o ajuste na economia poderá demandar todo o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff."É bem por aí. Na economia real, você tem quebra das empresas, falência grande, desemprego elevado e empresas com pedidos de recuperação judicial como nunca se viu. O ajuste fiscal está jogando a economia mais ainda na recessão

A CPMF é um imposto perverso, cumulativo. Nasce no primeiro elo da cadeia e vai até o consumidor final", avaliou ele, que defendeu um corte maior nos gastos para equilibrar as contas públicas ao invés de alta de tributos.

Previsões para o PIBSegundo pesquisa do BC com mais de 100 instituições financeiras, realizada na semana passada, o Produto Interno Bruto (PIB) terá dois anos de retração, em 2015 e 2016, de respectivamente, 2,97% e de 1,20% – algo que não ocorre desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1948.A previsão é de um retorno ao campo positivo somente em 2017 (+1%), avançando para 2% de alta em 2018. Mesmo assim, no segundo mandato da presidente Dilma, ficaria negativo, pela média, em 0,29% –a pior marca desde o governo Collor, que registrou média negativa de 1,28% entre 1990 e 1992. No início deste ano, a estimativa era de um crescimento médio do PIB de 1,7% no segundo mandato de Dilma.De 1985 a 1990, no governo Sarney, o PIB avançou, pela média, 4,3%. De 1990 a 1992, no governo Collor, recuou 1,28%. Entre 1992 e 1994, na gestão de Itamar Franco, teve expansão média de 5,3%. No primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998, registrou crescimento de 3%. No segundo mandato de FHC, houve expansão de 2,3%.No primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 2003 a 2006, o PIB avançou 3,5% e, no seu segundo mandato (2007 a 2010), cresceu 4,6% - ainda pela média dos quatro anos. De 2011 a 2014, no primeiro mandato da presidente Dilma, foi registrado crescimento médio de 2,14%.

'Mãe' de todos os problemasSegundo Adriano Gomes, a "mãe" dos problemas da economia brasileira é a gestão das contas públicas."Nós vemos uma queda constante do superávit primário nos últimos anos, até que se chegou ao desastre total com as tais pedaladas fiscais [nos dois últimos anos], que estão na ordem do dia. As agências de risco têm a mesma visão.

Elas acompanham não só este indicador, mas também o aumento da dívida pública, chegando a um número que elas consideram crítico, na casa de 65% [para a dívida bruta]. Isso fez com que o país perdesse o grau de investimento", avaliou ele.Os economistas das instituições financeiras, consultados pelo BC em sua pesquisa semanal, abrangendo mais de 100 bancos, não acreditam que o governo conseguirá levar adiante o ajuste nas contas públicas prometido. A meta deste ano é de um superávit primário de 0,15% para todo o setor público (governo, estados, municípios e empresas estatais), ou R$ 8,7 bilhões. Até agosto, porém, o resultado está deficitário em R$ 1,1 bilhão.Para 2015, o mercado prevê um déficit de 0,30% do PIB e, para 2016, um resultado também negativo - de 0,20% do PIB (ainda bem distante da meta de superávit de 0,7% do PIB fixada para o próximo ano) -perfazendo três anos no vermelho, visto que 2014 já foi deficitário. As contas voltariam ao azul somente em 2017 (com superávit de 0,80%).

Turbulências políticas e Lava Jato

Segundo análise da agência Moodys, além da deterioração das contas públicas, as turbulências políticas e as investigações da operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras, levaram à uma queda do emprego, do consumo e dos salários, levando a uma retração do PIB em 2015 e 2016."O quadro político está muito desgastado para fazer ajustes na magnitude em que eles são necessários, como alterar regras de benefícios previdenciários, assistenciais e regras de vinculação de despesas. Mudar o processo orçamentário. Tudo isso exige maiorias legislativas significativas. Se sele conta no ajuste fiscal com os recursos dessas medidas, e se há dificuldade em aprová-las, isso passa um ambiente de incerteza e instabilidade. O que é mortal para a retomada da economia. O investimento é a mola para iniciar um processo de retomada", avaliou o Flavio Castelo Branco, da CNI.Os impactos diretos e indiretos da Operação Lava Jato na economia, por sua vez, podem tirar R$ 142,6 bilhões da economia brasileira em 2015, o equivalente a uma retração de 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto),

segundo estudo da consultoria GO Associados antecipado ao G1. “O impacto será um pouco menor, mas ainda muito significativo. No último cálculo consideramos uma redução de 42% nos investimentos da Petrobras”, explicou, em agosto, Gesner Oliveira, professor da Fundação Getúlio Vargas e sócio da consultoria GO Associados.

Desemprego subindoSegundo estudo da Confederação Nacional da Indústria, a taxa de desemprego metropolitana medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que subiu para 7,6% em agosto deste ano, deve encerrar este ano em 8% e tende a continuar avançando em 2016. "É bem provável que se agrave no início de 2016. É possível que tenhamos um quadro mais agravado pelo reajuste do salário mínimo [que acontecerá no início do ano que vem]", avaliou Castelo Branco.Para Rodolfo Torelly, especialista no mercado de trabalho, deverão ser fechadas 1,38 milhão de vagas formais neste ano, no pior resultado da série histórica dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que começa em 1992. Até agosto deste ano, 572 mil vagas com carteira assinada foram fechadas. "O mercado de trabalho está refletindo o que a economia está mostrando. Acho que a gente não chegou no fundo do poço ainda. Todo mês a situação está piorando", declarou. Para ele, a taxa de desemprego, medida pelo IBGE, certamente vai chegar a 10% em 2016.

Dólar mais altoNo início deste ano, o mercado financeiro estimava um dólar abaixo de R$ 3 até 2019. Na semana passada, segundo estimativas colhidas pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras, porém, o cenário já havia se alterado significativamente.Aos olhos dos economistas dos bancos, o dólar alto veio para ficar. A previsão é de que o dólar termine este ano em R$ 4, avance para R$ 4,15 no fechamento de 2017, termine 2017 e 2018 em R$ 4 e que suba para R$ 4,11 no fim de 2019.Essa, porém, é uma estimativa sujeita a erro, uma vez que os próprios economistas costumam dizer que Deus inventou o câmbio para lhes

ensinar humildade. Nesta semana, por exemplo, a moeda americana já está operando ao redor de R$ 3,80.

Mais inflaçãoNo campo da inflação, as previsões dos analistas ouvidos pelo BC em sua pesquisa semanal também estão piorando no curto prazo, colocando em xeque a meta do Banco Central de trazer o IPCA para a meta central de 4,5% em 2016 - embora estejam melhores para 2017 e 2018. O objetivo de atingir a meta central de inflação de 4,5% em 2016 foi anunciado no fim do ano passado e, até o momento, ainda não foi alterado.No início de 2015, o mercado estimava um IPCA de 5,70% para o próximo ano, valor que recuou para até 5,40% em agosto. Depois, porém, com a deterioração das contas públicas e revisão para baixo das metas fiscais, voltou a subir, atingindo 6,05% na semana passada - vem mais próximo do teto de 6,5% do que do objetivo central de 4,5%.A inflação média projetada para o segundo mandato da presidente Dilma está em 6,36% - considerando as últimas previsões do mercado financeiro (9,70% para este ano, 6,05% para 2016, 5% para 2017 e 4,7% para 2018). Com isso, em termos de mandatos presidenciais, haverá nova piora, se esse cenário se confirmar. No primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, o índice somou 6,16%, contra 5,14% no último mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Seria a maior inflação, por mandatos, desde a primeira gestão de Lula, entre 2003 e 2006 - que teve inflação média de 6,43%.

Juros mais altosMesmo sem atingir a meta central de inflação de 4,5% até 2018, o mercado financeiro também não prevê que a taxa básica de juros da economia brasileira, atualmente em 14,25% ao ano - o maior patamar em nove anos e os juros reais (após o abatimento da inflação estimada para os próximos 12 meses) mais altos do mundo - caindo fortemente.A previsão é de que a taxa recue para 12,63% ao ano no fim e 2016, para 11% ao ano no fechamento de 2017 e para 10% ao ano no fim de 2018, ou seja, ainda no patamar de dois dígitos até o fim do segundo mandato de Dilma Rousseff.

Espaços Goumet

Cozinha gourmet – projetos priorizam praticidade e espaços aconchegantes

Receber convidados em casa para refeições mais elaboradas tem se tornado um hábito recorrente entre os brasileiros, que estão preferindo investir no conforto do lar a sair para programações externas. “Fatores como a falta de segurança da cidade e o controle cada vez mais rígido do consumo de álcool estão levando as pessoas a terem um estilo de vida mais caseiro, que permita aproveitar melhor os momentos sociais em família e entre amigos”, explica Colman Knijnik, chef de cozinha e especialista em consultoria gastronômica.Recomendar as melhores soluções para a composição ideal de uma cozinha gourmet é um dos ofícios do chef Colman, apaixonado por gastronomia e pela recepção de convidados. “A cozinha gourmet é caracterizada por um amplo e bem-equipado espaço para preparar os alimentos, onde tudo está ao alcance das mãos do cozinheiro, de forma prática”, explica.A grande vantagem do espaço, segundo ele, é a possibilidade de máxima interação entre anfitrião e convidados. “Enquanto o cozinheiro prepara a refeição, os amigos podem observar, aprender e trocar ideias. O gourmet adora isso”, explica.Com o objetivo de valorizar ainda mais o trabalho de quem comanda a cozinha, a proposta é planejar um espaço que dê maior destaque ao preparo dos alimentos. “A cozinha gourmet pode ser projetada como uma ilha no centro da cozinha, integrada à mesa de jantar, para que o cozinheiro seja o centro das atenções”, salienta o arquiteto Luiz Sentinger.Para compor um ambiente funcional, Colman recomenda uma cozinha equipada com aparelhos elétricos de qualidade centralizados (entre eles: forno, fogão, coifa, cooktop, micro-ondas, freezer e até mesmo uma boa adega) acompanhados de bons móveis ao alcance das mãos e dos olhos.

Para compor um ambiente funcional, Colman recomenda uma cozinha equipada com aparelhos elétricos de qualidade centralizados (entre eles: forno, fogão, coifa, cooktop, micro-ondas, freezer e até mesmo uma boa adega) acompanhados de bons móveis ao alcance das mãos e dos olhos.“Uma cozinha gourmet eficiente conta com armários envidraçados para uma melhor visualização do que se tem, além de um generoso paneleiro térreo para os itens mais pesados – panelas de ferro – e um suporte externo para panelas mais leves, ambos próximos ao fogão”, garante. O mesmo vale para a coleção de facas: “Uma ótima opção para sustentar as facas são os suportes com ímã”, opina. De acordo com o especialista, também devem ser suspensos os acessórios mais utilizados, como espátulas e colheres.Para o preparo dos alimentos, ambos indicam bancadas revestidas em materiais como silestone e vidro, que substituem o granito e facilitam a limpeza, disponíveis em cores variadas. “É imprescindível que a bancada da pia conte com duas cubas em inox, uma para a lavagem dos alimentos e outra para os utensílios”, ensina Colman. Outra dica valiosa é a preferência por torneiras temporizadas, sensíveis ao toque e que encerram a saída de água automaticamente.De acordo com a Andreia Galvan, arquiteta e consultora de tendências na área, além da integração de ambientes, a cozinha gourmet pode ficar ainda mais completa com a instalação de uma churrasqueira e de um forno especial para pizza. “As opções de mobiliário existentes hoje possuem linhas mais retas, com o uso de gavetões, basculantes, sistemas elétricos e portas com larguras maiores, associados à ilha central”, explica. Para ela, o investimento em painéis e vistas de acabamento também é bem-vindo. “Esses detalhes trazem mais charme ao ambiente”, garante. Entre os materiais mais recomendados para os móveis estão o inox, o vidro e a madeira. São nobres e combinam entre si”, recomenda.

Extra:Como a inovação constrói valor para as marcas.

Como a inovação constrói valor para as marcasMais adaptado às tecnologias, consumidores estão mais exigentes e esperam que as empresas sejam cada vez mais transparentes em suas ações. Dados são do The Earned Brand, da Edelman

tartups, crowdfunding, crowdsourcing, economia compartilhada, 99Táxis, Airbnb e Uber. São muitos os novos termos e empresas que rapidamente passaram a fazer parte da sociedade do consumo e que facilmente se integraram ao dia-a-dia dos consumidores. Para entrar nesse universo disruptivo, muitas marcas tradicionais passaram a apostar na inovação para engajar seus públicos, que estão cada vez mais antenados, exigentes e conectados.Apesar de não ser algo tão antigo assim, a inovação passou a fazer parte da vida das pessoas há algum tempo e, com a circulação da informação cada vez mais veloz, é preciso muito mais do que apresentar uma novidade. É imprescindível fazer sentido para inspirar os consumidores, afinal, oito em cada 10 brasileiros acreditam que a inovação abre a mente humana e 97% concordam que ela é essencial para ajudar a progredir. Esses dados são do levantamento The EarnedBrand 2015, realizado pela Edelman, que ouviu 10 mil consumidores de 10 países, inclusive o Brasil, para entender como a inovação ajuda a construir valor para as marcas.A pesquisa mostra que o desafio das empresas é muito grande, principalmente no Brasil, onde oito em cada 10 consumidores acreditam que as companhias são as principais encarregadas de encontrar a grande novidade. “A inovação é fonte de inspiração e importante para a evolução. A medida em que ela vai se consolidando as pessoas vão entendendo melhor suas implicações, especialmente nos âmbitos de segurança e privacidade, com o crescente uso dos aplicativos e compartilhamento de dados pessoais”, comenta Daniela Schmitz, Líder de Engajamento para Marketing na Edelman Significa, em entrevista ao Mundo do Marketing.

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Mais transparência nas açõesPara conquistar a confiança dos consumidores em suas iniciativas inovadoras, as empresas devem apostar na transparência e em um plano de comunicação eficaz. A falta de conhecimento sobre o que as empresas fazem com as informações fornecidas, por exemplo, faz com que muitos usuários desistam de utilizam certas tecnologias. Nove em cada 10 entrevistados afirmaram que não comprarão de empresas por causa de suas preocupações que são por questões de: problemas de privacidade, segurança, impacto ambiental e, ainda, pela obrigação de estar sempre conectado.Os consumidores do Reino Unido e Estados Unidos são os mais preocupados com questões de privacidades. Os índices de 71% e 75%, respectivamente, ficaram acima da média global que foi de 66%. Já entre os brasileiros essa preocupação é um pouco menor, 61%. Os brasileiros e os alemães são os que mais se preocupam com a necessidade de estar conectada a todo o tempo, com 65% e 63%, respectivamente. Índices bem maiores do que a média global que ficou em 50%. As preocupações ambientais são globais, mas mais forte na Europa e na América Latina, entre os brasileiros o índice ficou em 62%. Mas o que mais inquieta os consumidores são as questões de segurança.Para conquistar esses usuários mais preocupados, as empresas devem investir em comunicação, como para explicar os reais motivos pelos quais pede acesso a uma conta de e-mail ou de uma rede social para instalar um aplicativo, por exemplo. “As pessoas refletem um pouco mais sobre as ameaças e se perguntam se vale realmente correr determinados riscos para adquirir ou fazer parte de uma determinada inovação. Assim como já era uma exigência para as empresas como um todo, as companhias que trabalham com inovação também têm que atuar com muita transparência e com um propósito. E neste quesito é importante que se faça um trabalho de comunicação eficiente, pois os clientes vão querer saber para que as empresas querem os dados delas e quais serão suas responsabilidades caso alguma coisa aconteça”, reforça Daniela.

Para tranquilizar os usuários diante dessas incertezas, é fundamental que as marcas tenham propósitos bem definido, reforçando suas preocupações sociais. Manter uma relação humanizada fará com que futuras falhas sejam perdoadas, pois o elo de confiança já estará consolidado. “A empresa pode até errar, pois todo mundo falha. Mas, agora, o consumidor espera que ela se posicione e peça desculpas. As marcas devem ter uma identidade clara e transparente para dialogar com seus públicos. Também é preciso ter atitude, pois estamos todos cansados de empresas que falam e não agem. Tem que ter ação e resultado por conta do propósito e da causa e não que falem de inovação apenas como conteúdo midiático”, reforça Daniela Schmitz.

Recomendação dos amigos ainda importa

Mesmo em um mundo cada vez mais tecnológico são nas relações interpessoais que os consumidores buscam sanar suas dúvidas e pedem indicações. O levantamento da Edelman mostra que quando os millennials querem saber sobre inovação de marcas, eles escolhem canais peer-to-peer, como Skype, Whatsapp, Facebook e SMS. Para eles, a experiência de seus conhecidos é uma prova. Esses canais têm um impacto seis vezes maior do que a propaganda na mudança de opinião a respeito dos riscos das inovações. Se antes o bate-papo com os amigos ajudava na recomendação das marcas, agora ele ajuda a converter vendas.Com o nível de exigência está cada vez mais elevado, ganham ainda mais a confiança dos clientes aquelas empresas que ajudam a promover esse diálogo. Mais do que manter conversas sobre determinada marca nas redes sociais, os internautas querem que essas empresas mantenham em seus canais um espaço para que seus próprios serviços sejam avaliados. O levantamento aponta que as marcas ganham ao promover a conversa entre pares. Entre os respondentes brasileiros, 77% afirmaram que “confiam mais em uma marca se achar fácil avaliar seus produtos e serviços”. O índice ficou 10 pontos percentuais acima da média global.

A preferência continua caso as empresas estimular os clientes a comentarem as experiências no mesmo espaço da venda. Essa iniciativa ajuda a engajar os consumidores e reforça ela não deve ser feita apenas com a entrega de produtos, serviços e informar. Agora é preciso manter uma via de mão dupla, oferecendo espaço para o cliente opinar, co-criare conversar a respeito. “O engajamento não passa mais pela sedução dos filmes publicitários, que ainda têm importância, evidentemente. Atualmente, as pessoas não querem mais consumir passivamente, sendo apenas impactadas com as estratégias de comunicação. Elas querem ter uma participação mais efetiva, até porque esses canais já estão abertos e não faz sentido as empresas não usufruírem dessa relação”, finaliza Daniela Schmitz.

Fim