151
RELATÓRIO CONTAS 2012

RELATÓRIO - Resinorte · 2012 foi um ano de transição de mandato dos órgãos de gestão, tendo ocorrido no mês de Arbil a eleição dos novos Corpos Sociais, acompanhada pela

  • Upload
    vudung

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

RELATÓRIO

CONTAS 2012

ÍNDICE MENSAGEM DO PRESIDENTE 5

A EMPRESA 7

I.CADEIA DE VALOR 9

2. SÍNTESE DE INDICADORES 10

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS 11

GOVERNO DA SOCIEDADE 14

I. MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICAS 14

2. REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS 15

3. INFORMAÇÃO SOBRE TRANSAÇÕES RELEVANTES 15

4. MODELO DE GOVERNO 17

4.1. ÓRGÃOS SOCIAIS 17

4.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 24

5. REMUNERAÇÕES E OUTROS ENCARGOS 27

6. ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE 3 I

7. GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 33

8. I&D E INOVAÇÃO GOVERNO 36

9. CÓDIGO DE CONDUTA E ÉTICA 37

10. CONTROLO DE RISCO 37

I I . PREVENÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSES 40

12. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO 41

I3. INFORMAÇÃO SINTÉTICA SOBRE AS INICIATIVAS DE PUBLICIDADE

INSTITUCIONAL 43

I4. CUMPRIMENTO DAS INSTRUÇÕES, DESPACHOS E LEGISLAÇÃO

DIVERSA 43

14.1. EVOLUÇÃO DO PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS 45

15. RELATÓRIO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS 468

ATIVIDADE DA EMPRESA 50

1. ENQUADRAMENTO MACROECONÔMICO 50

2. ENQUADRAMENTO DO SETOR 52

3. REGULAÇÃO 55

4. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 57

4.1. ANÁLISE ECONÓMICA 57

4.2. ANÁLISE FINANCEIRA E PATRIMONIAL 61

4.3. FINANCIAMENTO 62

4.4. TARIFAS 62

5. ATIVIDADE OPERACIONAL 64

5.1. ÁREA DA PRODUÇÃO 64

5.1. I. RECEÇÃO DE RESÍDUOS 64

5.1.2. TRATAMENTO, VALORIZAÇÃO E CONFINAMENTO TÉCNICO 67

5.1.3. OUTRAS ATIVIDADES 68

ÍNDICE 5.1.4. CONTROLO AMBIENTAL 69

5.2. GESTÃO DE EQUIPAMENTO E MANUTENÇÃO 69

5.3. ÁREA TÉCNICA 70

5.3.1. ESTUDOS PROJETOS E OBRAS 70

5.3.2. LICENCIAMENTOS 70

5.3.3. METAS E OBJETIVOS ESTRATÉGICOS 7I

6. OBJETIVOS DE GESTÃO 75

7. PERSPETIVAS PARA O FUTURO 76

8. FATOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO 76

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 76

I0. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 77

1 I. ANEXO AO RELATÓRIO 78

CONTAS DO EXERCÍCIO 80

ANEXOS 144

MENSAGEM DO PRESIDENTE

f1_ ,do 111/ RESINORTE

b Caros acionistas,

_.... ?- Durante o ano de 2012 vimos agravar as dificuldades financeiras do país, ao/ nível do estado, dos municípios, das empresas e das famílias.

Esta situação teve um forte impacto na atividade da Resinorte, pela redução dos quantitativos de resíduos e consequente redução de volume de negócios da empresa, pelas dificuldades de muitos do nossos clientes

municípios em efetuar atempadamente o pagamento dos serviços prestados e pelas dificuldades da empresa em obter os financiamentos necessários ao

cumprimento da sua missão.

Adicionalmente, vimos a atividade não concessionada ser fortemente reduzida, com o fim da de recolha de resíduos nos municípios de maior

dimensão da área do Alto Tâmega, que obrigou à necessidade de

importantes ajustamentos ao nível dos recursos humanos.

Apesar destas dificuldades, 2012 não deixou de ser também um ano de

construção do futuro, com o início de operação do primeiro motor de

valorização energética de biogás no aterro sanitário de Codessoso, que contribuiu fortemente para o aumento de receitas das vendas. A este juntar-

se-ão mais 5 motores em 2013, que se espera possam contribuir significativamente para a melhoria do desempenho económico da empresa.

Outra das apostas da Resinorte foi o investimento na otimização do TMB de Riba de Ave, que entrará em funcionamento no início de 2013, e que permitirá a recuperação de uma quantidade significativa de materiais

recicláveis a partir dos resíduos indiferenciados.

Durante este ano o novo Conselho de Administração investiu fortemente

na revisão, uniformização e otimização dos principais processos da empresa. Procurámos reduzir as barreiras herdadas da fusão de 5 identidades distintas, que o tempo ainda não permitiu que fossem suficientemente

caldeadas, mas que acreditamos estão a dar origem a uma nova cultura que no futuro constituirá a identidade da Resinorte.

No final do ano vimos ainda renovada a certificação da empresa em

ambiente, qualidade e segurança.

Estamos especialmente orgulhosos do trabalho desenvolvido pelos

colaboradores da Resinorte, que apesar das adversidades têm mantido um

empenho e dedicação que não pode deixar de ser enaltecido, dando-nos a garantia de um futuro de sucesso para a Resinorte.

Agradecemos ainda a todos os acionistas, municípios e população servida,

concedente e outras entidades oficiais, assim como aos restantes

stakeholders, toda e colaboração e confiança depositada na Resinorte ao

longo de mais este ano de prestação de serviço público.

Tomás de Oliveira Serra

Presidente do Conselho de Administração

1 A EMPRESA

rt )1 A-

A EMPRESA

DIREÇÃO ADM. FINANCEIRA

DIREÇÃO TÉCNICA

1 RECURSOS HUMANOS

1 APROVISIONAMENTO

COMUNICAÇÃO E IMAGEM

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

SERVIÇOS PARTILHADOS

RESINORTE

11 , .

A EMPRESA

7-- A Resinorte, S.A. é a sociedade concessionária do Sistema Multimunicipal de Triagem, Recolha,

Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Central, integrando como

utilizadores originários os municípios de Alijó, Amarante, Armamar, Baião, Boticas, Cabeceiras de

Basto, Celorico de Basto, Chaves, Cinfães, Fafe, Guimarães, Lamego, Marco de Canaveses, Mesão

Frio, Moimenta da Beira, Mondim de Basto, Montalegre, 'Murça, Penedono, Peso da Régua,

Resende, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Santo Tirso, São João da Pesqueira,

Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Trofa, Valpaços, Vila Nova de Famalicão, Vila Pouca de Aguiar,

Vila Real e Vizela.

A estrutura orgânica e funcional da empresa é a que apresentamos de seguida.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

COMISSÃO E XCLJ TIVA

I SECRETARIADO ADMINNTRAÇÂO

RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL

A Resinorte, S.A., é uma Empresa de capitais públicos, com capital social de 8.000.000 de euros

integralmente realizado, distribuído por Empresa Geral de Fomento, S.A., na percentagem de 51%

IA EMPRESA

*RESINORTE

e os restantes 49%, distribuídos pelos municípios utilizadores do sistema de forma direta ou

através de associações de acordo com a tabela que se segue.

Acionista

Amaraste

Arm amar

Baião

3,06%

N.° de Ações Valor (€) 244.470 244.470

.10111■Mw

0,36% 28.428 28.428

1,04% 83.105 83.105 ■■••••••••■

Boticas 0,38% 30.000 30.000 .••••••=111111■1

Cabeceiras de Basto 0,88% 70.348 70.348

Celorico de Basto 0,99% 78.972 78.972 .....

30.000 30.000 Chaves 0,38% .........-------.1•01W~1.■1111. ,,

Cinfães 1,02% 81.448 81.448

Lamego 1,30% 104.033 104.033

Marco de Canaveses 2,73% 218.745 218.745

Moimenta da Beira 0,55% 43.657 43.657

Mondim de Basto 0,41% •■■•■•■■-

33.073 33.073

30.000 UM,

30.000 •■•■

Montalegre 0,38% MINNI■1,

Penedono 0,17% 13.202 13.202 wibm■ •

Resende J 0,58% 46.423 46.423

Ribeira de Pena 0,38% 30.000 30.000

São João da Pesqueira 0,40% 32.251 32.251 —

Sernancelhe 0,30% 24.084 24.084

Tabuaço 0,31% 24.922 24.922

Tarouca 0,42% 33.224 33.224

Valpaços 0,38% 30.000 30.000 .•••••",

0,38% 30.000 30.000 Vila Pouca de Aguiar

AMAVE 24,11% 1.928.940 1.928.940

AMVDN 5,30% 423.683 423.683

EHATB 2,84% 226.992 — 126:492

EGF ..111111•111■1110, .fflemffins,

51,00% 4.080.000 4.080.000 1.11■111•111■E.,

8.000.000 TOTAL 100% 8.000.000

M

IA EMPRESA

Indiferenciada

Est. Transferincia

Aterro Sanitário

Val. Orgânica

RESINORTE

1. Cadeia de Valor

A Resinorte atua numa extensa e complexa cadeia de valor de acordo com o modelo técnico da

empresa, congregando um conjunto interdependente de competências e valor acrescentado,

desde a identificação dos recursos, RU, até à entrega dos produtos finais aos clientes como sejam

as entidades gestoras, SPV, Valorpneu, Amb3E, ERP, Ecopilhas. Apresentamos de seguida uma

representação esquemática da cadeia de valor do negócio do tratamento e valorização dos

resíduos com a especificação das diferentes atividades de operação.

Cadeia de Valor

Trat Mecânico

Energia

[ Xolr

..dilk■ Composto

Seletiva

Orgânicos

Seletiva

Multimaterial

Vidro, Papel

Metal, Plástico

Resíduo Urbano

IA EMPRESA

11, RESINORTE

2. Síntese de Indicadores

No quadro que se segue apresentamos uma síntese dos principais indicadores da Resinorte.

2011 2012

Capital Social 8 000 000€ 8.000.000 €

Capital Próprio 9 616 463€ 12.556.955 €

Ativo Líquido Total 139 882 842€ 136.524.524 €

Investimento 2 164 814€ 592.718 €

Vendas e Serviços Prestados 17 299 689€ 16.389.055 €

Resultado Antes de Imp. Enc. Fin. e Amortizações 7 037 433€ 6.620.744 €

Resultado antes de Impostos e Encargos Financeiros 2 219 841€ 2.106.649 €

Resultado antes de Impostos 539 025€ 527.321 €

666 879€ 489.286 € NIENI■NÉ,

Resultado Líquido do Exercício

Cash — Flow 5 394 786€ 5.324.733 €

Número de Trabalhadores 319 271

Número de Clientes 225 264

Número de Municípios Abrangidos 35 35

População Residente na Área da Concessão 956.393 956.445

Área Total Abrangida 8.031 km2 8.031 km2

Resíduos Urbanos Tratados 323.955 ton 310.312 ton

Venda de Materiais Recicláveis 4 141 085€ 3.886.707 €

V A B (cash-flow+Desp. c/Pess.+ Imp+ Enc. Financeiros) 12 895,„.,L56£ 1 11.896.422 €

I A EMPRESA

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

RESINORTE

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

2012 foi um ano de transição de mandato dos órgãos de gestão, tendo ocorrido no mês de Arbil

a eleição dos novos Corpos Sociais, acompanhada pela alteração do modelo de governo da

sociedade que passou a incluir uma Comissão Executiva.

No contexto do processo de integração das organizações originárias da RESINORTE, pôs-se em

marcha um processo de reengenharia da organização, com especial enfoque na gestão da

produção, na gestão de recursos humanos, na gestão de aprovisionamento, no planeamento e

gestão do sistema de informação e na gestão do equipamento e de manutenção.

Os Sistemas de Gestão da Qualidade, Gestão Ambiental e Gestão da Segurança e Saúde do

Trabalho, todos no âmbito da Recolha, tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos, viram

renovada a sua certificação, naquela que foi a primeira auditoria de renovação. Estes Sistemas

abrangem toda a área de intervenção da RESINORTE com exceção da dos Municípios que

integram a Associação de Municípios do Vale do Douro Norte (AMVDN).

No âmbito da prestação de serviço de recolha indiferenciada, serviço não concessionado,

registou-se a cessação dos contratos com os Municípios de Chaves, de Valpaços e de Vila Pouca

de Aguiar, o que obrigou à dispensa, por acordo, de cerca de cinco dezenas de colaboradores.

Procedeu-se à adjudicação ao titular da despectiva licença de ligação da concessão de exploração

energética do Biogás do aterro de Vila Real. Procedeu-se ainda ao lançamento de um

procedimento de concurso público para a conceção, construção, fornecimento e montagem de

sistemas de aproveitamento energético do biogás produzido nos aterros sanitários de Bigorne,

Boticas, Codessoso (2° motor), Guimarães e Santo Tirso, prevendo-se um investimento total

máximo de 3,625 milhões de euros.

Em matéria de investimentos, destacam-se os seguintes acontecimentos:

Conclusão da obra de otimização da capacidade de encaixe do aterro sanitário de Santo Tirso, investimento que totalizou 301.919,41 EUR.

Consignação da obra de otimização do tratamento mecânico e estação de triagem do Vale do Ave, no valor global de 1.097.141,17 EUR, com o objetivo de aumentar a eficiência na recuperação de materiais recicláveis nas atuais linhas de tratamento de RU.

Consignação das obras de reabilitação das instalações sociais das unidades de Riba D'Ave e de Celorico de Basto.

— Aquisição de equipamento para apetrechamento de ecocentros, assegurando a manutenção de um nível de serviço apropriado.

Dotou-se a zona do Douro Norte de mais uma infraestrutura, o ecocentro de Vila Real, que

iniciou o seu funcionamento em agosto de 2012.

Alargou-se a recolha porta-a-porta nos comerciantes aos municípios de Vila Real e Vizela.

1 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS ACONTECIMENTOS

GOVERNO DA SOCIEDADE

RESINORTE

GOVERNO DA SOCIEDADE

O presente relatório contém informação relativa às principais atividades desenvolvidas durante o

ano de 2012 e pretende estabelecer-se como um documento de síntese que permita uma visão

abrangente das especificidades da Resinorte e da sua atual performance.

I. Missão, Objetivos e Políticas

Missão

A Resinorte tem como Missão a Exploração e Gestão do Sistema Multimunicipal de Triagem,

Recolha, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Central, contribuindo

para o desenvolvimento sustentável da região e do país e para a maximização do bem-estar

humano, através da criação de valor e respeitando as exigências legais instituídas para a sua área

de atividade.

Objetivos e Políticas

O objetivo principal, da Resinorte é a exploração e gestão do sistema multimunicipal de triagem,

recolha, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Norte, sistema integrado,

tecnicamente avançado, socialmente correto, ambientalmente adequado e economicamente

sustentável, bem como gerir qualquer outra atividade relacionada com os resíduos urbanos,

resíduos industriais banais, biomassa, entre outros resíduos sólidos não perigosos.

Para atingir os objetivos expressos na sua missão, o Conselho de Administração da Resinorte

definiu a sua política de responsabilidade empresarial, que contempla os seguintes compromissos:

Estabelecer, de acordo com o princípio da melhoria contínua, objetivos e metas, avaliando

de forma sistemática os resultados obtidos para um aumento da eficácia do sistema, com

a preocupação constante na otimização dos custos;

Implementar de forma objetiva e continuada, processos, procedimentos e práticas de

trabalho orientados para a satisfação das expectativas das Partes Interessadas e para a

minimização e controlo dos riscos laborais e dos aspetos ambientais significativos;

Zelar pelo cumprimento da legislação, dos compromissos contratualmente assumidos e

dos regulamentos aplicáveis;

Prevenir a poluição, as doenças profissionais, os incidentes e os danos para a saúde dos

trabalhadores através da utilização das melhores técnicas disponíveis e das melhores

práticas utilizadas no setor da gestão de resíduos sólidos;

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

RESINORTE

Providenciar formação e sensibilização regular e adequada aos colaboradores, visando a

melhoria contínua das suas competências e do desempenho das funções que lhes são

atribuídas;

Estabelecer mecanismos de comunicação com as Partes Interessadas, de forma a

promover o envolvimento de todos os agentes na estratégia de desenvolvimento da

Resinorte.

O Conselho de Administração assumiu ainda o compromisso de divulgação da sua política de

responsabilidade empresarial a todos os colaboradores e partes interessadas, bem como a

preocupação pela permanente adequação desta Política à realidade da empresa.

2. Regulamentos Internos e Externos

Na sua política de responsabilidade empresarial a Resinorte assume o compromisso do

cumprimento de todos os requisitos legais e outros aplicáveis, decorrentes de obrigações legais,

políticas de grupo, contrato de concessão e requisitos normativos.

Para dar cumprimento a todos estes requisitos foi implementado um sistema de responsabilidade

empresarial certificado pelas normas NP EN ISO 9001:2008 (Qualidade), NP EN ISO 14001:2004

(Ambiente), OHSAS 18001: I 999/NP 4397:2001 (Segurança e Saúde do Trabalho).

O sistema de responsabilidade empresarial prevê a existência de documentação diversa que

responde ao especificado nos diferentes referenciais normativos e que engloba procedimentos,

manuais, instruções de trabalho, planos de monitorização ambiental e outros e regulamentos de

aplicação interna e externa.

Os regulamentos encontram-se publicados no site da empresa.

3. Informação sobre transações relevantes com entidades relacionadas

O relacionamento da RESINORTE com as empresas do universo AdP — Águas de Portugal SGPS,

SA, funciona no quadro de uma relação in house estabelecida com base num modelo relacional

aprovado pela AdP — Águas de Portugal SGPS, SA.

Em 2012, o volume total de transações com a unidade de serviços partilhados, AdP - Águas de

Portugal Serviços Ambientais, SA, foi de 65.138,50 EUR, sendo que a maior parcela, no valor de

46.562,29 EUR, diz respeito ao licenciamento das aplicações informáticas da Microsoft em

utilização na empresa.

-JJ

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

1„„0

RESINORTE

As transações em 2012 com a EGF — Empresa Geral do Fomento, SA totalizaram 285.245,72

EUR, decorrente de serviços de gestão, assistência técnica especializada e aluguer de

equipamento.

Informação sobre outras transações

No aprovisionamento de bens e serviços a RESINORTE cumpre os procedimentos determinados

no Código dos Contratos Públicos aprovado pelo Decreto-Lei n° 18/2008 de 29 de Janeiro, na

sua versão catual, complementadas pelas orientações específicas do Governo aplicáveis ao Sector

Empresarial do Estado, nomeadamente a orientação vertida no Despacho n.° 438/10 - SETF, de 10

de maio de 2010, que determina que nos contratos de prestação de serviços de valor igual ou

superior a 125.000 EUR devem ser cumpridas as seguintes formalidades:

A adjudicação deve ser precedida de justificação da necessidade de contratar;

■ Os resultados obtidos sejam objeto de avaliação;

Os desvios quanto à realização temporal e financeira sejam justificados.

Tendo em consideração a especificidade dos procedimentos de contratação pública e a obrigação

de garantir o seu integral cumprimento, procedeu-se à concentração num só serviço da função de

aprovisionamento.

No quadro seguinte apresenta-se a lista dos fornecedores que representam mais do que 5% do

valor dos FSE da empresa.

Fornecedor Valor % dos FSE

Petrogal 1.379.942,93 € 20,99%

Real Verde - Técnicas do Ambiente, Lda. 1.559.078,23 € 23,71%

EDP 582.986,75 € 8,87%

O universo de procedimentos de contratação ocorridos em 2012 por natureza e o despectivo

volume de compras resume-se nos quadros seguintes:

Tipo de procedimento

N.° de procedimentos

Valor Contratado Valor Faturado

Concurso Público

Ajuste Direto

3 1.392.501,17

9 624.862,29

540.461,14

472.704,70

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

RESINORTE

4. Modelo de Governo

O modelo de governo Resinorte tem como enquadramento os Estatutos da Sociedade, aprovados

pelo Decreto-Lei n.° 235/2009 de 15 de setembro, o Estatuto do Gestor Público (EGP), aprovado

pelo Decreto-Lei n.° 71/2007 de 27 de março e alterado pelo Decreto-Lei n° 8/2012 de 18 de

janeiro, e os Princípios de Bom Governo (PBG) das empresas do Estado, estabelecidos pela

Resolução do Conselho de Ministros (RCM) n.° 49/2007, de 28 de março, bem como o Código

das Sociedades Comerciais.

Com a eleição dos catuais órgãos sociais, ocorrida a 30 de Abril, o modelo de governo da

sociedade foi alterado, passando a incluir uma Comissão executiva composta pelo Presidente do

Conselho de Administração e dois Administradores Executivos.

A Resinorte é gerida por práticas corretas e transparentes, e para tal foram instituídos

mecanismos de tomada de decisão, de divulgação de informação, de interação com todas as

Partes Interessadas e de fiscalização adequados que conduzem a uma utilização eficiente dos

recursos disponíveis.

Com o atual modelo de governo societário pretende-se incrementar os níveis de desempenho,

conjuntamente com a adoção de estratégias concertadas de sustentabilidade nos domínios

económico, social e ambiental.

4.1.Órgãos Sociais

Os Órgãos Sociais da RESINORTE-Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. têm, desde 30

de Abril de 2012, a seguinte constituição:

Assembleia Geral

Presidente

Município do Mesão Frio, representado pelo Dr. Alberto Monteiro Pereira

Vice-presidente

EGF - Empresa Geral do Fomento, SA

Secretária

Dr. Alexandra Isabel Martins Varandas Colaço

Conselho de Administração,

Presidente

Eng. Tomás Joaquim de Oliveira Serra

Administradores executivos

Eng. Gerardo José Sampaio da Silva Saraiva de Menezes

Eng. Carlos Manuel Sanches Gonçalves

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

RESINORTE

Administradores não executivos

Eng. Artur João Lopes Cabeças

Eng. José João dos Anjos Pinto Rodrigues

Associação de Municípios do Vale do Douro Norte, representada pelo Eng. Miguel de Matos

Esteves

Associação de Municípios do Vale do Ave, representada pelo Dr. Domingos Bragança Salgado

Município de Lamego, representado pelo Eng. Francisco Manuel Lopes

Município de Boticas, representado pelo Eng. Fernando Ferreira Campos

Conselho Fiscal

Presidente

Município de Vila Pouca de Aguiar, representado pelo Dr. Domingos Manuel Pinto Batista Dias

Vogais

Dr. João Paulo Raimundo Henriques Ferreira

Dr. Paulo Jorge de Sousa da Fonseca Ferreira

Vogal Suplente: Dr. Pedro João Reis de Matos Silva

Fiscal único

ROC Efetivo

ERNST & YOUNG AUDIT & ASSOCIADOS — SROC, S.A., representado por Dr. Rui Manuel da

Cunha Vieira

ROC Suplente

ERNST & YOUNG AUDIT & ASSOCIADOS — SROC, S.A. Dr. João Carlos Miguel Alves

Comissão de Vencimentos

Presidente

Eng. João Pedro Rodrigues

Vogal

Município de Moimenta da Beira, representado pelo Dr. José Eduardo Ferreira

Currículos dos membros dos Órgãos Sociais

Presidente — Tomás Joaquim de Oliveira Serra

Data de nascimento: 13/12/1965

Habilitações Académicas

Licenciado em Engenharia Mecânica, Ramo Termodinâmica Aplicada, pelo Instituto Superior

Técnico (1983/1988), complementou mais tarde a sua formação em gestão através de programas

promovidos pela Universidade Católica e pelo ISCTE

Carreira Profissional

Iniciou a sua carreira profissional na EDP em Dezembro de 1988, onde desempenhou funções

técnicas em projetos associados a diversas Centrais Termoeléctricas, e já como PROET —

empresa de engenharia da área termoeléctrica do grupo EDP participou no projeto e construção

da CTRSU — Central de Tratamento de RSU da Valorsul.

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

1,„„,) ■1 RESINORTE "

‘7 r A partir de Abril de 2001 passou a integrar o grupo Somague em empresas da área do ambiente

(AGS e Hidrurbe) para implementação da Prestação de Serviços de Operação da Estação de

Tratamento de Resíduos Sólidos da Meia Serra, Madeira. Neste âmbito foi Administrador e

Diretor Geral da OTRS — Operação da ETRS da Meia Serra durante mais de 6 anos.

Entre Maio de 2008 e Fevereiro de 2012 assumiu funções de Administrador Executivo da

Valorsul, SA. Durante este período fez ainda parte da Direção da AVALER — Associação de

Entidades de Valorização Energética de RSU.

Cargos ocupados noutras empresas:

Administrador executivo da EGF — Empresa Geral de Fomento, S.A.

Administrador não executivo da VALORSUL — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das

Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A.

Vogal Executivo — Gerardo José Sampaio da Silva Saraiva de Menezes

Data de nascimento: 28/09/1958

Habilitações Académicas

Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto em 1982.

Em 1993 concluiu o PADE — Programa de Alta Direção de Empresas, na AESE — Associação de

Estudos Superiores de Empresa. Pós-graduado em Gestão da Construção e do Património

Imobiliário pela Universidade do Minho em 2001.

Carreira Profissional

Iniciou a carreira em 1982, no sector da construção civil e obras públicas, tendo exercido, até

1990 e sucessivamente, funções de Diretor de Obra, Diretor de Produção e Diretor Técnico.

Entre 1990 e 2007 exerceu funções de administrador de empresas de construção e obras

públicas, tendo sido responsável por pelouros tais como produção, comercial e organização

interna. Entre Maio de 2009 e Fevereiro de 2011 integrou o Conselho de Administração da

Parque Escolar, EPE, com os pelouros do planeamento e produção. Desde Março de 2011 exerce

atividade de consultoria de engenharia e de gestão de projetos de investimento.

Vogal Não Executivo — Artur João Lopes Cabeças

Data de nascimento: 27/09/1953

Habilitações Académicas

Licenciado em Engenharia Civil pelo IST, com Pós-Graduação em "Mecânica dos Solos e

Engenharia de Geologia" pela Universidade Nova de Lisboa (1987), tendo frequentado cursos

complementares na área da Gestão, nomeadamente, "Finanças para Não Financeiros" e MBA em

"Gestão e Finanças" - ISCTE- INDEG Business School.

Carreira Profissional

Desde os anos 80 a sua atividade profissional centrou-se na realização e responsabilidade de

Estudos e Projetos e Estudos de Mercado, nomeadamente na área dos Sistemas de Recolha e

Transporte e Soluções e Modelos Técnicos de Tratamento de resíduos sólidos urbanos e

industriais, (no Continente, Ilhas Autónomas, Macau e Timor, Sultanato de Oman e Emirates),

Estações de Transferência, Centrais de Triagem, tendo também integrado o consórcio

internacional responsável pela construção da Central de Incineração de Macau. Paralelamente foi

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

RESINORTE

também responsável por estudos e projetos de vias e arruamentos, fundações e geotecnia, tendo

também desenvolvido fiscalização e coordenação de obras.

Em 2001 foi responsável pela elaboração dos estudos " Medidas imediatas de intervenção em

DILI" e do " Plano Diretor de Resíduos Sólidos para Timor Leste" sob o patrocínio da ONU

(UNOPS-United Nations for Projects and Services) e do Governo Português, e, em 2008, pelo

"Sistema de Recolha de Resíduos em Maputo" financiado pelo Banco Mundial, sendo atualmente ó

CEO da operação em curso.

Em 1987 foi convidado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia — Universidade Nova de Lisboa,

para integrar o Departamento de Engenharia do Ambiente como Assistente Convidado, tendo em

2001 assumido o cargo de Professor Auxiliar. Exerce docência na Licenciatura de Engenharia do

Ambiente, Mestrado de Engenharia Sanitária, Mestrado Integrado de Bolonha, Cursos Avançados

e de Gestão integrada e Valorização dos Resíduos. Também leccionou na Escola Nacional de

Saúde Pública (1986/92) e integrou o corpo docente convidado em vários cursos de formação

efetuados pelo FUNDEC-IST, AMBIFORUM e IPAMB (1995/2004) no domínio dos resíduos

sólidos. Tem participado em inúmeros congressos e seminários como preletor, sendo autor e co-

autor de bastantes artigos técnicos bem como co-autor dos seguintes livros técnicos publicados:

"Resíduos Sólidos Urbanos — Conceção, Construção e Exploração de Tecnossistemas" - INR

2002; "Resíduos Sólidos Urbanos — PRINCÍPIOS E PROCESSOS" — AEPSA 2005.

Foi vogal do Conselho de Administração da Valorlis (1997/02), da Amarsul (2003/05) e da Algar.

Cargos ocupados noutras empresas

Integra a Empresa Geral do Fomento, S.A desde 1997, pertencente ao grupo AdP — Águas de

Portugal, assumindo o cargo de Diretor Executivo da Direção de Engenharia. Vogal do Conselho

de Administração da Algar, S.A.

Vogal Não Executivo — José João dos Anjos Pinto Rodrigues

Data de nascimento: 28/01/1958

Habilitações Académicas

Licenciatura em Engenharia de Minas pelo Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de

Lisboa, Pós Graduação em Gestão pelo IMD (Lousanne Suíça) e Técnicas Mineiras pela

Universidade de Lulea (Suécia).

Carreira Profissional

Iniciou carreira em 1982 na SOMICOR primeiro como Chefe do Departamento de Produção, da

Direção de Trabalhos Subterrâneos (1982/89) depois como Diretor de Trabalhos Subterrâneos

(1989/98) e posteriormente como Diretor de Serviços Técnicos (1998/99) da empresa. Exerceu a

função de Diretor Técnico da ERSUC — Resíduos Sólidos do Centro, S.A. Responsável técnico

pelos aterros sanitários de Aveiro, Coimbra e Figueira da Foz (1999-2000). Em 2000 foi admitido

como Diretor Industrial da SIBELCO PORTUGUESA, Lda.,

Cargos ocupados noutras empresas:

Em 2001 foi nomeado Vogal do Conselho de Administração da empresa Valnor - Valorização e

Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., assumindo as funções de Administrador Executivo. Em

Janeiro de 2011, foi nomeado Vogal do Conselho de Administração da Resiestrela, S.A.. Em 30 de

abril de 2012 foi nomeado Vogal do Conselho de Administração da Resinorte, S.A.

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

RESINORTE

Vogal Executivo - Carlos Manuel Sanches Gonçalves

Data de nascimento: 15/06/1963 ?if Habilitações Académicas:

Licenciatura em Engenharia Civil, Opção Estruturas, pela Faculdade de Engenharia da Universidade

do Porto, em Julho de 1986.

Carreira Profissional:

Funções docentes na Escola Secundária de Vila Pouca de Aguiar no Ano letivo de 1986/87.

Docente na Escola Secundária Dr. Júlio Martins no ano letivo de 1988/89 - Construção civil e

áreas tecnológicas.

Docente na Escola Secundária Dr. Júlio Martins no ano letivo de 1988/89 - Construção civil e

áreas tecnológicas.

Monitor de cursos da Associação dos Industriais e Comerciantes do Alto Tâmega, tendo por

objetivo a formação de profissionais da construção civil.

Responsável pela montagem e apoio técnico da Empresa Britachaves.

De Janeiro de 1990 a Novembro de 1990 pertenceu ao quadro técnico da Empresa "Sociedade de

Construções do Cavado" com funções de Diretor Técnico.

Em Novembro de 1990, Ingresso no quadro privativo da Comissão de Coordenação da Região

Norte, a exercer funções no Gabinete de Apoio Técnico do Alto Tâmega.

Em Janeiro de 1995 participa na fundação da empresa de prestação de serviços "Capitatus,

Arquitetura e Engenharia, Lda." como sócio gerente e na qual passou a exercer funções de

engenheiro projetista.

Requisitado ao quadro da Comissão de Coordenação da Região Norte, pela empresa

multimunicipal, Resat — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., em Novembro de

2000, para o exercício de funções de Diretor Técnico.

Em Fevereiro de 2002 nomeado para o exercício de funções de Administrador Executivo da

Resat — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. do Grupo Águas de Portugal.

Em Abril de 2003, nomeado para o exercício de funções de Administrador Executivo da

Residouro - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.,em representação do acionista

maioritário, Empresa Geral de Fomento, S.A., em acumulação com o exercício das mesma funções

na Resat — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A..

Em Maio de 2004, nomeado para o exercício de funções de Administrador Executivo da Rebat —

Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do Baixo Tâmega, S.A., em representação do

acionista maioritário, Empresa Geral de Fomento, S.A., em acumulação com o exercício das

mesma funções nas empresas do mesmo grupo, Resat — Valorização e Tratamento de Resíduos

Sólidos, S.A. e Residouro - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A..

Em Outubro de 2006, renuncia ao cargo desempenhado na Residouro — Valorização e

Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., por motivos de dificuldade de compatibilizar o exercício de

funções com as assumidas noutras empresas do grupo, Rebat — Valorização e Tratamento de

Resíduos Sólidos do Baixo Tâmega, S.A. e Resat — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos,

S.A..

Administrador Executivo da Resat — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. desde

Fevereiro de 2002, em acumulação com o exercício das mesmas funções na empresa do mesmo

grupo, Rebat — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do Baixo Tâmega, S.A. desde Maio

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

RESINORTE

de 2004, em regime de requisição ao quadro da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento

Regional do Norte, até Outubro de 2009.

Em Outubro de 2009 contratado com a categoria de Técnico Altamente Especializado pela

empresa Resinorte — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. do Grupo Águas de

Portugal, onde desempenhou funções de Diretor de Exploração até Abril de 2012.

Em Abril de 2012 nomeado para o exercício de funções de Administrador Executivo da Resinorte

— Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. do Grupo Águas de Portugal, para o triénio

2012/2014.

Vogal Não Executivo — Miguel de Matos Esteves

Data de nascimento: 20/11/1955

Habilitações Académicas:

Licenciado em Engenharia Agrícola

Curso Aberto de Gestão para Executivos — Universidade Católica Portuguesa.

MBA Executivo em Gestão Autárquica — Escola de Negócios e Administração — Vila Nova de

Gaia.

MPA em "Public Administration" — Universidade Católica Portuguesa — Porto.

Carreira Profissional:

Técnico Superior do quadro do Ministério da Agricultura, onde ingressou em 01 de Setembro de

1979.

De 28/02/1994 a 23/10/1995 — Chefe de Divisão dos Serviços Regionais do Instituto Português da

Juventude.

De 13/04/1998 a 31/12/2003 — Administrador Delegado dos SMAS (Serviços Municipalizados de

Água e Saneamento) de Vila Real.

De 01/01/2004 a 11/2005 — Administrador Delegado da EMAR-VR (Empresa Municipal de Água e

Resíduos) de Vila Real.

De 11/2005 até hoje — Presidente do Conselho de Administração da EMAR-VR.

De 12/2001 a 11/2005 — Vereador do Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Vila Real.

De 11/2005 a 10/2009 — Vereador dos Pelouros do Ambiente, Urbanismo e Trânsito da Câmara

Municipal de Vila Real.

Presidente de Junta de Freguesia durante dois mandatos.

Concelho Geral da ANAFRE (Associação Nacional de Freguesias) e fundador.

Membro da Direção dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca de Vila Real.

Presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca de

Vila Real.

Presidente da Comissão de Desenvolvimento Sustentável da Associação Transfronteiriça — Eixo

Atlântico do Noroeste Peninsular.

Cargos ocupados noutras empresas:

Presidente do Conselho de Administração da EMAR-VR

Presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca de

Vila Real.

Vereador dos Pelouros do Ambiente, Urbanismo e Trânsito da Câmara Municipal de Vila Real.

Vogal do Conselho de Administração da Resinorte, SA

GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

111/ RESINORTE

Vogal Não Executivo — Domingos Bragança Salgado

Data de nascimento: 25/08/1955

Habilitações Académicas

Licenciado em Economia, pela Universidade de Coimbra.

Carreira Profissional

Consultor de empresas para as áreas financeira e económica, especificamente na reestruturação e

desenvolvimento das empresas.

Vice-Presidente e Vereador da Câmara Municipal de Guimarães.

Competências na qualidade de Vereador:

Departamento de Obras Municipais

Departamento Financeiro

Divisão de Sistemas de Informação

Gabinete de Apoio às Freguesias

Gabinete de Estudos para a Tributação do Património

Cargos ocupados noutras empresas

Representações da Câmara Municipal de Guimarães na qualidade de Vereador:

AMAVE (representante na Assembleia Intermunicipal)

SMAS EM LIQUIDAÇÃO (Vogal do Conselho de Administração)

AVEPARK- Parque de Ciência e Tecnologia, S.A (Vogal do Conselho de Administração)

TAIPAS TURITERMAS, CIPRL (Presidente do Conselho Fiscal)

Em 30 de abril de 2012 foi nomeado Vogal do Conselho de Administração da Resinorte, S.A.

Vogal Não Executivo - Francisco Manuel Lopes

Data de nascimento: 29/07/1967

Habilitações Académicas

Licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (1990, FEUP)

Pós — graduação e Mestrado em engenharia e Planeamento Municipal (2005, UTAD)

Master in Public Administration (2011, UCP)

Carreira Profissional

É quadro superior da EDP — Eletricidade de Portugal, S.A., desde 1990

Entre 1997 e 2002 exerceu funções de Assessor e de Subdiretor-geral no IND- Instituto de

Navegabilidade do Douro.

Entre 2002 e 2005 foi Vogal do Conselho de Administração do IPTM — Instituto Portuário e dos

Transportes Marítimos.

Desde 31 de Outubro de 2005 que exerce as funções de Presidente da Câmara Municipal de

Lamego.

Cargos ocupados noutras empresas:

Presidente do Conselho de Administração da Lamego Convida Gestão de Equipamentos

Municipais, EM;

- Vogal do Conselho de Administração da Resinorte S.A;

- Presidente da Direção da Associação Ibérica dos Municípios Ribeirinhos do Douro;

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

1111, RESINORTE

- Presidente da Direção da Associação de Municípios Portugueses com Centro Histórico;

- Vogal do Conselho de Administração da Associação de Municípios Vale do Douro Sul;

- Vice-Presidente do Conselho Executivo da CIMDouro;

- Tesoureiro da Associação de Desenvolvimento do Vale do Douro, Beira Douro;

Vogal Não Executivo - Fernando Pereira Campos Data de nascimento: 17/05/1951

Habilitações Académicas

Licenciatura em Engenharia de Recursos Florestais

Master in Public Administration

Curso de Auditor de Defesa Nacional

Carreira Profissional

Técnico do Ministério da Agricultura

Exerce as funções de Presidente da Câmara Municipal de Boticas

Cargos ocupados noutras empresas:

Vogal do Conselho de Administração da Resinorte S.A;

Presidente do Conselho de Administração da EHATB - Empreendimentos Hidroeléctricos do

Alto Tâmega e Barroso.

4.2. Estrutura Organizacional

Para o correto exercício das suas funções, a Resinorte dispõe de um conjunto de órgãos

funcionais, para apoio à gestão da empresa e a cada uma das suas unidades de negócio,

responsáveis pela definição, implementação das políticas e exploração.

O organograma que representa a estrutura orgânica dos serviços da Resinorte consta do

regulamento orgânico.

As direções centralizam e tratam a informação e coordenam e interagem de forma integrada e

bidirecional com os responsáveis operacionais de cada um dos poios, segundo as políticas e

estratégias definidas pela Administração e sobre os serviços da sua área de competência, que a

seguir se especificam:

Direção Administrativa e Financeira

Assegurar o acompanhamento da evolução económico-financeira da Resinorte assegurando a

emissão dos relatórios financeiros operacionais periódicos e do exercício.

Garantir o acompanhamento e coordenação das atividades financeiras, contabilísticas e

administrativas, assegurando o cumprimento de prazos e requisitos legais.

Controlo da tesouraria, gestão de fundos e imobilizado da empresa.

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

RESINORTE

Assegurar a negociação das operações financeiras e gestão dos recursos financeiros tendo em

vista a maximização da sua rentabilidade.

Garantir a elaboração e execução de orçamentos e planos de investimento procedendo à

respetiva análise de viabilidade económica e controlo financeiro e de gestão.

Assegurar e coordenar a assessoria jurídica no âmbito societário, comercial e fiscal.

Direção de Produção

Assegurar a coordenação e controlo das atividades de exploração, de tratamento e valorização e

das respetivas áreas de manutenção, desenvolvidas nos poios.

Colaborar na definição estratégica de políticas e programas de exploração que visem a otimização

das operações e racionalização de recursos.

Assegurar a coordenação integrada de todas as atividades de exploração desenvolvidas nos Poios,

definindo objetivos e metas operacionais, controlando os indicadores de desempenho das diversas

atividades e garantindo uma adequada gestão dos recursos materiais, humanos e financeiros.

Garantir a definição dos programas de manutenção preventiva, sua orçamentação e gestão da

intervenção.

Colaborar com a direção técnica, na elaboração de estudos, pareceres e preparação de peças de

procedimento inerentes à Contratação Pública.

Direção Técnica

Elaborar e acompanhar estudos e projetos, incluindo projetos de investigação & desenvolvimento.

Garantir a compilação e tratamento global de dados técnicos e demais informação estatística,

emitindo os respetivos relatórios.

Assegurar a instrução e manutenção de licenciamentos.

Estudar, propor e avaliar a implementação das soluções técnicas mais apropriadas à otimização

técnica e económica da atividade da empresa.

Colaborar na definição estratégica de políticas e programas de exploração que visem a otimização

das operações e racionalização de recursos.

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

RESINORTE

Gabinete de Responsabilidade Empresarial

Gestão do Sistema de responsabilidade empresarial da Resinorte, auditando a sua implementação.

Gestão de reclamações e auditoria da implementação das medidas corretivas.

Gabinete de Comunicação e Imagem

Garantir o planeamento de ações estratégicas e operacionais no âmbito da comunicação e

imagem, através da utilização de várias formas de comunicação que permitam a promoção de

atividades de sensibilização, contribuindo para a consolidação e manutenção de uma política

consistente de desenvolvimento sustentado.

Gabinete de Recursos Humanos

Assegurar a gestão administrativa da relação laborai com os funcionários da RESINORTE, em

todas as suas vertentes.

Assegurar o apoio técnico e administrativo às unidades e serviços em matéria de gestão dos

recursos humanos.

Gerir, em colaboração com o respetivo responsável técnico, os serviços de medicina do trabalho.

Gerir o processo de identificação de necessidades de formação e de definição e implementação

do plano de formação.

Gabinete de Aprovisionamentos

Assegurar o processo de aprovisionamento para satisfazer em tempo e nas melhores condições

de mercado, as necessidades da organização.

Garantir o cumprimento das disposições legais relativas à formação dos contratos públicos.

Assegurar o processamento administrativo das operações de compra e o controlo de existências,

bem como os processos de procura, negociação e classificação de fornecedores.

Gabinete de Sistemas de Informação

Assegurar a implementação e manutenção do sistema de informação da empresa (SI).

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

RESINORTE

Gestão das infraestruturas de suporte ao SI.

Gestão de comunicações.

Assistência técnica à organização e gestão dos contratos da especialidade.

Partes Interessadas

É objetivo fundamental para a Resinorte a procura de criação de valor para os acionistas,

suportado nos compromissos para com a excelência do desempenho profissional, económico, de

responsabilidade social e de desenvolvimento sustentável.

A Resinorte respeita o princípio de igualdade de tratamento dos seus acionistas, assegurando a

disponibilização em tempo útil das necessárias informações, de forma verdadeira, transparente e

rigorosa.

Na informação prestada aos acionistas, individualmente ou na sua generalidade, a Resinorte

proporcionará elementos qualitativos e quantitativos identificadores dos riscos económicos,

financeiros, sociais, ambientais e de sustentabilidade, comprometendo-se ainda à intransigente

defesa, proposta e aplicação de medidas adequadas à eliminação ou mitigação dos riscos

envolvidos.

Junto dos seus clientes e fornecedores promoverá a observância dos regulamentos e práticas de

segurança que estejam em vigor na empresa.

A Resinorte promoverá a correção, urbanidade, afabilidade e brio profissional nas relações com

clientes e fornecedores, bem como o respeito pelos respetivos direitos, sensibilidades e

diversidade.

Não manterá relacionamentos com fornecedores que não estejam alinhados com o espírito do

código de ética. A Resinorte compromete-se a monitorizar a conduta ética dos seus fornecedores

e a adotar medidas imediatas e rigorosas nos casos em que a conduta ética seja questionável.

5. Remunerações dos membros dos órgãos sociais

Nos termos da alínea h) do n.° 2 do artigo 17° dos estatutos da sociedade, é à Assembleia Geral

que compete deliberar sobre as remunerações dos membros dos órgãos sociais, o que esta fez

na sua reunião de 2 de agosto de 2012, com efeitos a 30 de Abril de 2012.

A remuneração dos membros do Conselho de Administração foi fixada de acordo com o

disposto nos artigos 28.° e 30.° do Estatuto do Gestor Público, na redação decorrente da

Declaração de Retificação n.° 2/2012, de 25 de janeiro, na Resolução do Conselho de Ministros

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

\\ RESINORTE

n.° 16/2012, de 14 de fevereiro, e na Resolução do Conselho de Ministros n.° 36/2012, de 26 de

março.

À RESINORTE — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., foi atribuída a classificação

C, nos termos das resoluções supra identificadas

Mesa Assembleia Geral

Unid: €

2012

Mesa da Assembleia Geral Presidente Vice-Presidente Secretário

Mandato I

Remuneração anual fixa* o 277

Redução remuneratória** o O

Remuneração anual efetiva o o 277

* Valores por senha de presença pagos à Empresa Geral do Fomento, S.A., conforme acta da Comissão de Vencimentos

— Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-8/2011, conforme aplicável

Unid• €

2012

Mesa da Assembleia Geral Mandato II

Presidente Vice-Presidente Secretário

Remuneração anual fixa' O U 277

Redução remuneratória" O O O

Remuneração anual efetiva O O 277

* Valores por senha de presença pagos à Empresa Geral do Fomento, S.A., conforme acta da Comissão de Vencimentos

** Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-8/2011, conforme aplicável

Órgãos de Fiscalização

Conselho Fiscal V

Remuneração anual fixa' o 737 737

Redução remuneratória - o o Remuneração anual efetiva o 737 737

Valores por senha de presença

** Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B+2011 conforme aplicável

ROC 2012

Remuneração anual auferida 7 700

Redução remuneratória' 0

Remuneração anual efetiva 7 7001

* Decorrente da Lei 55-A'2010 ou Lei 6.4-13'2011 conforme aplicável

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

Cargo

Presidente

Vogal executivo 1"V 1"

Vogal executivo 2 "V 2"

Vogal executivo 3"V 3"

Vogal executivo 4 "V 4"

RESINORTE

Conselho de Administração - Mandato I

Nome

Eng. Rui Nobre Gonçalves

Eng. José Manuel Tinoco Ribeiro Cardona

Dr. Luís Filipe dos Santos Guerreiro Faísca

Eng. Artur João Lopes Cabeças

Eng. Francisco Xavier Martins

Presidente* V 1* V4

1. Remuneração unidade: C

1.1. Remuneração base/fixa 9.662 25.003 8.349 8.349 7.388

1.2. Redução da Lei 12-A (30-06-2010) (483) (1.031) (417) (417) (326)

1.3. Redução decorrente da Lei 64-B/2011 (371) (1.959) (241) (241) (241)

1.3. Acumulação de funções de gestão O

1.4. Prémios de gestão O O O

1.5. 1HT (subsídio de isenção de horário de trabalho) O O

total 1. 8.808 22.013 7.691 7.691 6.821

*Valores pagos à Empresa Geral do Fomento, S.A., conforme acta do Comissão de Vencimentos e Carta do próprio

2. Outras regalias e compensações

2.1. Gastos na utilização de telefones

2.2. Renda das viaturas de serviço

2.3. Valor do combustível gasto com as viaturas de serviço

2.4. Subsídio de deslocação

2.5. Subsídio de refeição

2.6. Outros (acertos de Km, seguro da viatura)

total 2.

3. Encargos com benefícios sociais

3.1. Regime convencionado

3.2. Seguros de saúde

3.3. Seguros de vida

3.4. Outros

total 3.

4. Informações Adicionais

4.1. Opção pelo vencimento de origem

4.2. Regime convencionado

4.2.1. Segurança Social

4.2.2. Outro

4.3. Ano do início do contrato do AOV

4.4. Exercício funções remuneradas fora do grupo

4.5. Outras

140 o

O O

2.647 o

O O

1.306 o

O O

O o

O O

o

O O

o

O O

4.093

O O o

1.872 F 4.678 1.634 1.634

O O O

O O O

O O O O

1.872 4.678 1.634 1.634

n.a. n.a. n.a. n.a.

n.a. n.a. n.a. n.a.

n.a. n.a. n.a. n.a.

n.a. n.a. n.a. n.a.

não exerce não exerce não exerce não exerce

n.a. n.a. n.a. n.a.

o o o o o o o

1.449

O

O

O

1.449

n.a.

n.a.

n.a.

n.a.

Sim

n.a

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

Cargo Presidente

Administrador executivo "V 1"

Administrador executivo "V 2"

Administrador não executivo "V 3"

Administrador não executivo "V 4"

RESI NORTE

Conselho de Administração - Mandato II

Nome Eng. Tomás Joaquim de Oliveira Serra

Eng. Gerardo José Sampaio da Silva Saraiva de Menezes

Eng. Carlos Manuel Sanches Gonçalves

Eng. Artur João Lopes Cabeças

Eng. José João dos Anjos Pinto Rodrigues

1. Remuneração

Presidente* V 1** V 2** V3* V 4*

unidade: €

1.1. Remuneração base/fixa 51.276 29.300 29.300 7.325 7.325

1.2.Despesas de Representação (Anual) 11.720 11.720

1.3. Redução da Lei 12-A (30-06-2010) (2.564) (2.051) (2.051) (366) (366)

1.4. Redução decorrente da Lei 64-13/2011 (4.871) (3.897) (3.897)

1.5. Acumulação de funções de gestão

1.6. Prémios de gestão

1.7. IHT (subsídio de isenção de horário de trabalho)

total 1. 43.841 35.073 35.073 6.959 6.959

*Valores pagos à Empresa Geral do Fomento, S.A., conforme acta da Comissão de Vencimentos e Corta do próprio

**Tendo sido verificado que durante o ano 2012 as remunerações dos órgãos sociais não foram reduzidas nos termos previstos

na Lei 12-A de 30 de junho de 2010 e na Lei 64-8 de 30 de dezembro de 2011, a situação foi regularizada até ao dia 3 de março de

2013, com a devolução de todas as verbas pagas em excesso, perfazendo os valores apresentados no quadro.

2. Outras regalias e compensações

2.1. Gastos na utilização de telefones

395

292

2.2. Renda das viaturas de serviço

6.185

3.734

2.3. Valor do combustível gasto com as viaturas de serviço

2.605

1.777

2.4. Subsídio de deslocação

2.5. Subsídio de refeição

403 756

2.6. Outros (acertos de Km, seguro da viatura)

total 2. 9.588 6.559

3. Encargos com benefícios sociais

3.1. Regime convencionado

3.2. Seguros de saúde

3.3. Seguros de vida

3.4. Outros

total 3.

4. Informações Adicionais

4.1. Opção pelo vencimento de origem

4.2. Regime convencionado

4.2.1. Segurança Social

4.2.2. Outro

4.3. Ano do início do contrato do AOV

4.4. Exercício funções remuneradas fora do grupo

4.5. Outras

9.316 7.120 8.330 1.479 1.479

9.316 7.120 8.330 1.479 1.479

n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

não exerce não exerce não exerce não exerce não exerce

n.a. n.a. n.a. n.a. n.a

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

,;4„.

RESINORTE

6. Análise de Sustentabilidade

A sustentabilidade assenta em três pilares básicos económico, social e ambiental, os quais devem

ser perseguidos de forma coerente e deverá continuar a constituir, cada vez mais, um propósito

das pessoas, das organizações e da sociedade.

Assim, o conceito de sustentabilidade é um conceito que tem como objetivo principal uma

melhoria contínua do processo produtivo, de forma a anular todos os desperdícios e perdas

consumidores de recursos naturais.

A Resinorte, enquanto organização que presta um serviço público essencial à Sociedade, no

tratamento de resíduos sólidos urbanos delineou, de acordo com a sua Missão e Estratégia, um

conjunto de procedimentos, políticas e metas para percorrer um caminho em busca do seu

desempenho de sustentabilidade, quer seja na vertente económica, financeira, ambiental ou social.

Assim, no que diz respeito ao ambiente e sustentabilidade a Resinorte e os seus colaboradores

estão empenhados na mitigação dos impactos da sua atividade sobre o meio ambiente e na

promoção da sustentabilidade em harmonia com os seus princípios de defesa ambiental e nos

seguintes princípios de desenvolvimento sustentável:

;. Criação de valor;

■ Promoção dos valores ambientais;

■ Proteção e qualificação ambiental;

• Eficiência na utilização de recursos;

■ Gestão racional do capital humano;

• Diálogo com partes interessadas;

'4. Integridade;

■ Apoio ao desenvolvimento sustentável.

Tudo será feito para que a Resinorte se reja por boas práticas sociais, ambientais e de segurança

dos colaboradores e de todas as outras partes interessadas envolvidas, assentando assim em

princípios de organização que, no caso da Resinorte, estão consagrados sobre a forma de variadas

regras saídas dos referenciais normativos da qualidade, ambiente, segurança, cuja certificação a

empresa obteve muito recentemente.

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

RESINORTE

Responsabilidade Empresarial

A Resinorte adotou, desde fevereiro de 2012, a modalidade de serviços internos para a

organização dos seus serviços de higiene e segurança no trabalho, integrados no Gabinete de

Responsabilidade Empresarial.

No período de abril a junho decorreu a realização do inquérito de avaliação da satisfação dos

clientes da Resinorte (Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, clientes porta-a-porta, clientes de

composto, utilizadores de ecocentros e utilizadores de aterro), reportada ao ano de 2011, com

resultados globais Bastante Satisfatórios (Índice de Satisfação = 3,2 numa escala de O a 4, sendo O

a pontuação mínima e 4 a pontuação máxima);

Durante o mês de abril, foi comemorada a Semana SST, alusiva ao tema "Os novos rumos da

SST", que teve como principal objetivo a sensibilização dos colaboradores para a adoção de

comportamentos seguros, através da realização de ações de sensibilização e divulgação de

informação didática, marcando assim o dia nacional da prevenção e segurança e dia mundial da

segurança e saúde no trabalho (28 de abril);

Nos meses de julho e outubro foram realizadas auditorias internas (quatro, no total) aos

diferentes processos da Organização, por forma a acompanhar a evolução e implementação do

Sistema de Responsabilidade Empresarial; destas, 3 foram efetuadas por auditores internos

qualificados para o efeito e 1 por auditores externos;

No início do mês de dezembro realizou-se, com sucesso, a auditoria externa de renovação ao

processo de Certificação de acordo com os referenciais normativos da Qualidade, Ambiente e

Segurança, da Resinorte, realizada pela entidade certificadora APCER;

Durante o I° semestre foram realizadas ações de formação específicas no âmbito da Organização

de Emergência e consequente realização de simulacros (incêndio, derrame, evacuação), por forma

a treinar os comportamentos dos colaboradores, perante situações de emergência, com a

colaboração dos bombeiros locais;

Ao longo de todo o ano, foi efetuada a gestão dos incidentes de trabalho ocorridos e

monitorizada a sinistralidade laborai para a tomada de medidas, que se traduz num desempenho

globalmente positivo no ano de 2012, comparativamente a 2011, com a redução da frequência de

acidentes de trabalho e da consequente gravidade.

O Índice de Frequência permitiu extrapolar para o nível de probabilidade do risco ocorrido,

através da relação entre o número de acidentes com baixa, por milhão de horas-homem

trabalhadas.

O Índice de Gravidade permitiu percecionar o nível de severidade do dano, através da relação

entre o número de dias (úteis) perdidos, por cada mil horas-homem trabalhadas, parâmetro este

que traduz o impacto efetivo da sinistralidade na capacidade produtiva da empresa.

GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

1111, RESINORTE

"Seja inteligente, trabalhe sem acidente"

Pólo as<

Janeiro Feirarem,

Março

Mero jurio

.4e.o

Seeembro Ow.bro

Novembro Dezembro

Distinção Mensal Més Dezembro

RESINORTE

A sustentar a melhoria da sinistralidade laborai patente de 2011 para 2012, está o Concurso "Seja

inteligente, trabalhe sem acidente" (entre outras atividades desenvolvidas), levado a cabo no ano

de 2012 com o objetivo de incrementar a adoção de comportamentos seguros por parte dos

colaboradores e, consequentemente, reduzir a sinistralidade laborai através da competição

saudável entre Unidades de Produção.

A unidade vencedora no ano de 2012 foi a do Vale do Douro, tendo sido atribuído a todos os

colaboradores envolvidos um Diploma de Participação.

Ao longo de todo o ano, foram implementadas outras atividades no âmbito da SHT, das quais se

destacam:

■ A Coordenação de Segurança em empreitadas realizadas na Organização;

■ Realização de monitorizações SHST como complemento à (re)avaliação dos riscos

profissionais, a contaminantes químicos, físicos e biológicos (ex: ruído ocupacional, vibrações,

agentes biológicos e iluminação) nos diferentes postos de trabalho e atividades da empresa;

■ Monitorização e acompanhamento das sugestões e reclamações de partes interessadas;

■ Realização de duas consultas SST aos colaboradores, recolhendo assim os seus contributos

para a melhoria das condições de Segurança da Organização;

'4. Elaboração e divulgação de notícias e de boletins trimestrais, contemplando informação

diversa na área da SST.

7. Gestão do Capital Humano

O principal fator dinamizador do sucesso de qualquer organização é o capital humano, formado

pelo conjunto das pessoas que contribuem com os seus conhecimentos, experiência e atitudes,

unidos por uma cultura comum que visa a melhoria contínua e a excelência.

A 31 de dezembro de 2012 o quadro de pessoal da empresa integrava 271 colaboradores, cuja

distribuição por unidade de produção e pelos serviços transversais se apresenta no quadro

seguinte.

GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

Baixo Tâmega Alto Tâmega Vale do Douro Vale do Ave

Serviços

Partilhados

■ I■1 9 Colaboradores

Sindicalizados

15

25

49 48

114 120

100

80

60

40

20

0

RESINORTE

39 42

13 12

Baixo Tâmega Alto Tâmega Vale do Douro Vale do Ave Serviços

Partilhados

■ Homens ha Mulheres

Dos colaboradores mencionados 182 apresentam um vínculo efetivo, enquanto que os restantes

89 colaboradores se encontram contratados a termo.

No período em análise foram admitidos 12 novos colaboradores e efetuadas 61 desvinculações.

Reportando a 31 de dezembro, podemos constatar que o género masculino se encontra

maioritariamente representado por polo, e consequentemente englobando a maior percentagem

(86,5%) no âmbito geral.

A média de idades dos colaboradores da empresa é de 41 anos, encontrando-se a estrutura etária

representada no gráfico despectivo.

De entre os 271 colaboradores da empresa, 24% encontram-se filiados em associações sindicais.

109 120

100

80

60

40

20

0

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

46

7

80

70

60

50

40

30

20

10

0

26

Até 24 25-30 31-35

75

59

36-40 41-50

RESINORTE

o Ensino Básico

Esino Secundário

kir Ensino Superior

A tabela que se segue representa a evolução da taxa de absentismo, por polo, no decurso do ano

de 2012.

Taxa de

Absentismo/Polo Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago S et Ou t Nov Dez

Média

anual

Alto Tâmega 2,1% 5,2% 1,7% 3,8% 2,6% 2,8% 0,7% 0,9% 0,2% 3,5% 2,2% 3,4% 2,4%

Baixo Tâmega 9,2% 4,3% 2,1% 4,4% 6,8% 9,9% 12,2% 12,1% 15,7% 12,4% 12,6% 10,5% 9,3%

Vale do Douro 1,9% 6,4% 0,6% 2,8% 0,0% 2,4% 0,3% 4,8% 0,3% 7,0% 3,9% 3,3% 2,8%

Vale do Ave 4,9% 6,8% 5,6% 2,2% 5,5% 8,9% 6,3% 8,0% 9,9% 6,7% 7,1% 9,0% 6,7%

Da análise comparativa entre os poios constata-se que a taxa de absentismo mensal no polo do

Baixo Tâmega é a mais elevada, sendo que este resultado se encontra diretamente indexado ao

número de horas de trabalho perdido por motivo de ausência inerentes a baixas médicas e

seguro.

Foram providenciadas ações de formação e

sensibilização regular e adequada aos

colaboradores, visando a melhoria contínua das

suas competências e do desempenho das funções

que lhes são atribuídas. Em 2012 foram

ministradas 3.542 horas de formação.

O gráfico ilustra o nível de escolaridade dos

colaboradores.

1 GOVERNO DA SOCIEDADE ACONTECIMENTOS

RESINORTE

Em matéria de organização, procedeu-se à alteração do modelo de gestão do serviço no Gabinete

de Recursos Humanos centralizando a gestão administrativa, de forma a assegurar maior

especialização e por conseguinte melhor controlo operacional.

A partir do segundo semestre de 2012, o Gabinete de Recursos Humanos assumiu também a

gestão da Medicina do Trabalho. Na mesma altura optou-se pela modalidade de serviços internos

de saúde no trabalho, promovendo a contratação, em regime de avença, de um médico de

trabalho que assegura a coordenação técnica do serviço. Desta forma pretende-se incrementar a

eficiência da política de prevenção de riscos para a saúde, assegurando-se um acompanhamento

de maior proximidade.

A área de I&D e Inovação promovida pela Resinorte durante o ano de 2012 teve como principal

objetivo a melhoria do desempenho e da sustentabilidade ambiental e económica do sistema.

Elaboraram-se dois trabalhos técnicos que foram submetidos ao comité científico do XV simpósio

luso-brasileiro sobre engenharia sanitária e ambiental que se realizou nos dias 18 a 22 de março

p.p. em Belo Horizonte — Minas Gerais, Brasil. Os trabalhos intitularam-se "osmose inversa e

reinjeção de concentrado na massa de resíduos - sistema de tratamento do percolado em aterro

sanitário" e "procedimentos de resposta a emergências ambientais - aterro sanitário". Os

trabalhos técnicos referidos foram ambos aprovados para apresentação oral no simpósio.

Este reconhecimento dos trabalhos técnicos propostos valorizou o capital humano e técnico da

Resinorte tendo sido uma mais-valia em termos da promoção, divulgação e reconhecimento da

empresa não só em termos nacionais mas também internacionalmente.

Procedimentos de resposta a emergências ambientais Osmose Inversa e Reinjeção de Concentrado

Aterro Sanitário na Massa de Residuos

sistema de tratamento de percolado em aterro sanitário

ROSA. MOVAM

N1tY11 4040 CAHFÇAS

11•10 HertroAtH marAH.12

aPesb 4815

WH ...amo Am.o .12

1 83

aipesti AH,

1 GOVERNO DA SOCIEDADE

▪ RESINORTE

9. Código de Conduta e Ética

A RESINORTE acredita que a concretização dos seus interesses de longo prazo no desempenho

da missão que lhe foi cometida pelo Estado Português está necessariamente alicerçada no estrito

cumprimento dos mais elevados padrões de conduta ética.

O código de conduta e ética do grupo Águas de Portugal, adotado e implementado na

RESINORTE, vem expressar o compromisso do grupo e da empresa com uma conduta ética nos

seus relacionamentos internos e externos, tendo como objetivo o reforço dos padrões éticos

aplicáveis e a criação de um ambiente de trabalho que promova o respeito, a integridade e a

equidade.

Mas mais do que um compromisso, este código de conduta e ética reflete a vontade de prosseguir

um caminho de melhoria contínua de um grupo empresarial que assume como princípios

estruturantes da sua ação o respeito pelos direitos dos trabalhadores, a responsabilidade da

defesa e proteção do meio ambiente, a transparência nas suas relações com o exterior e a

contribuição para um desenvolvimento sustentável.

O código vincula todos os colaboradores da empresa, independentemente da sua função ou posição.

Valores éticos da RESINORTE e do grupo AdP e Princípios de Atuação

A RESINORTE tem como valores centrais: Espírito de Servir, Excelência, Integridade,

Responsabilidade e Rigor.

E rege-se pelos seguintes princípios:

Respeito e proteção dos direitos humanos

Respeito pelos direitos dos trabalhadores

Luta contra a corrupção

Erradicação de todas as formas de exploração

■ Erradicação de todas as práticas discriminatórias

• Responsabilidade na defesa e proteção do meio ambiente

• Contribuição para o desenvolvimento sustentável

I 0.Controlo de Risco

A Resinorte e em particular, o seu Conselho de Administração e Comissão Executiva, dedicam

grande atenção aos riscos inerentes à sua atividade, cujo controlo é alcançado através da

monitorização periódica dos principais riscos da atividade que resultam da operação diária.

1 GOVERNO DA SOCIEDADE

■1 RESINORTE

Os riscos encontram-se organizados de acordo com uma estrutura de classes e categorias

definidas de acordo com a metodologia COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the

Treadway Commission), a qual apresentamos em baixo:

Classes Governação

Governação 1

Corporativa

Estratégia & Operacional/ Planeamento Infraestrutura

Conformidade

Reporte Responsabilidade

Social e Sustentabilidade

Ativos Conformidade

Ética Fatores Externos Gestão Financeira

Estratégia Recursos Humanos

Tecnologias Planeamento

de Informação

Categorias Legal

Desenvolvimento de

Produtos e Serviços

Marketing. Vendas

e Comunicação

Supply Chain

A avaliação dos riscos foi efetuada na perspetiva da probabilidade de ocorrência e do impacto,

considerando os respetivos riscos inerente e residual. Deste modo, procura-se aferir a eficácia do

sistema de controlo interno instituído pela empresa para manter o nível de risco num patamar

considerado aceitável.

Os riscos são avaliados considerando várias dimensões, pelo que quando se avalia o impacto estão

a ser consideradas para cada risco diversas dimensões, nomeadamente:

• Financeira;

• Reputação;

• Legal ou regulamentar; e

• Nível de alinhamento com os objetivos de negócio.

A perspetiva da probabilidade de ocorrência do risco é avaliada considerando igualmente um

conjunto alargado de fatores, nomeadamente:

• Existência e eficácia de controlos;

• Ocorrência anterior do risco;

• Complexidade do risco; e

• Capacidade instalada para gerir o risco (pessoas, processos, sistemas).

1 GOVERNO DA SOCIEDADE

RESINORTE

O acompanhamento da avaliação dos riscos e respetivas medidas de mitigação é efetuado pela

Auditoria Interna e Controlo de Risco da AdP tem por missão a identificação dos riscos inerentes

aos negócios do grupo AdP, a realização de auditorias internas às empresas participadas em

posição maioritária, a caracterização dos elementos-chave de controlo necessários para minimizar

ou eliminar o seu impacto e a realização de testes de conformidade para avaliar os resultados.

Considerando que reporta diretamente ao Conselho de Administração da Águas de Portugal

SGPS, SA, é reforçada a sua independência perante as administrações das empresas auditadas e

está dotada de um adequado grau de autonomia na realização dos trabalhos, otimizando os

recursos disponíveis e evitando a duplicação de estruturas.

Os principais riscos a que a empresa se encontra exposta são os seguintes:

• Envolvente política, económica e financeira

• Relacionamento com os municípios;

• Gestão do conhecimento;

• Cobranças e

• Crédito e financiamento.

Tendo em consideração os riscos identificados e as obrigações determinadas neste plano, a sua

monitorização é realizada diretamente pela Resinorte, sendo periodicamente apreciados pelo

acionista maioritário (Empresa Geral do Fomento, SA).

Neste sentido, o Conselho de Administração da Resinorte instituiu ações de monitorização

periódicas sobre os principais riscos identificados anteriormente, de forma a acompanhar a sua

evolução e aferir o nível de controlo, estando as mesmas a ser realizadas conforme previsto.

Complementarmente, assegurou-se em 2012 a implementação do PLANO DE GESTÃO DE

RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS, revisto em Dezembro de 2011.

Durante 2012 promoveram-se várias diligências de monitorização e auditoria, bem como se

implementaram vários projetos de que se destaca:

■ A auditoria externa realizada pela "Auditoria Interna e Controlo de Risco" (AICR) da AdP em

Janeiro de 2012, cujas recomendações foram acolhidas, dando origem a várias medidas

corretivas que foram sendo implementadas ao longo do ano;

• A especialização e concentração da função de aprovisionamento, num modelo que,

assegurando maior conhecimento e envolvendo diversos interessados, potencia a redução do

risco;

A realização em Julho de 2012, de auditoria interna aos procedimentos de compras em todas

as unidades e serviços;

A aquisição e implementação de novas versões das ferramentas de suporte ao sistema de

informação da empresa, acompanhadas do processo de reengenharia de alguns procedimentos

vitais do âmbito do aprovisionamento, do registo de entradas e saídas de mercadorias e

resíduos e tratamento de dados, da gestão de recursos humanos e da gestão de frota e da

manutenção de máquinas e equipamentos, incrementando significativamente os níveis de

1 GOVERNO DA SOCIEDADE

RESINORTE

controlo automático e reduzindo consideravelmente a necessidade de intervenção humana

durante todo o processo de processamento e tratamento da informação.

Reengenharia de alguns procedimentos internos, reforçando as soluções de controlo

decisões e de controlo de serviços e entregas.

A cessação de todos os contratos de prestação de serviços com mecanismo de renovação

automática sem limite temporal.

1 1. Prevenção de Conflitos de Interesses

Os membros do Conselho de Administração da Resinorte têm conhecimento do regime de

impedimentos definido na Lei n.° 64/93, de 26 de agosto, no Estatuto do Gestor Público e nos

Princípios de Bom Governo das Empresas do Setor Público Empresarial (RCM n.° 49/2007, de 28

de março), em que são estabelecidas regras relativas ao exercício cumulativo de funções e a

obrigatoriedade de não intervenção nas decisões que envolvam interesses próprios destes

titulares. Têm ainda conhecimento da Lei n.° 4/83, de 2 de fevereiro na redação da Lei n.° 25/95,

de 18 de agosto.

Para esse efeito, os membros do Conselho de Administração da Resinorte cumprem com as

seguintes obrigações:

(i) - Entrega, junto da Inspeção-Geral de Finanças, de declaração contendo todas as participações

e interesses patrimoniais que detenham, direta ou indiretamente na empresa, bem como cargos,

funções e atividades profissionais que exerçam (artigo 22°, n.° 9 do Decreto-Lei n.° 71/2007, de

27 de março);

(ii) - Entrega da Declaração de Património e Rendimentos junto do Tribunal Constitucional (Lei

n.° 4/83 de 2 de fevereiro, na redação da Lei n.° 25/95, de 18 de agosto, Decreto - Regulamentar

n° 1/2000, de 9 de março e ainda Lei 28/82 de 15 de novembro);

(iii) - Entrega à Procuradoria-Geral da República de Declaração de Inexistência de

Incompatibilidades ou Impedimentos (artigo 1 I° da Lei n.° 63/94 de 26 de agosto e artigo 22°, n.°

8 do Decreto-Lei n.° 71/2007, de 27 de março);

(iv) - Não intervenção em deliberações quando nelas tenha interesse, direta ou indiretamente

(artigo 22° do Decreto-Lei n.° 71/2007, de 27 de março);

(v) - Cumprimento das demais disposições previstas no Decreto-Lei n.° 71/2007, de 27 de março,

e no Código das Sociedades Comerciais relacionadas com esta matéria.

1 GOVERNO DA SOCIEDADE

RESI NORTE

I 2.Divulgação de Informação

No âmbito dos sistemas e tecnologias de informação existe o site da Resinorte cujo link de

acesso é www.resinorte.pt .

Este site contém informação sobre a atividade da empresa e entre outros permite um

acompanhamento direto da área da produção através de gráficos atualizados mensalmente.

Permite aos utilizadores marcarem visitas e palestras online através de formulários desenvolvidos

para o efeito, solicitações que são encaminhadas diretamente para os responsáveis do GACI de

cada polo, da mesma forma permite também aos utilizadores apresentarem

sugestões/reclamações que são encaminhadas para o GARE.

Os utilizadores podem visualizar em mapa as infraestruturas existentes, distribuídas por cada

polo, e terem acesso a informação de cada uma delas. Foi desenvolvida uma área de acesso

reservado ao GACI que permite que este gabinete introduza diretamente no site as notícias

relativas à Resinorte.

O site pretende ser um veículo de promoção da atividade da Resinorte e ao mesmo tempo ser

um contributo para informação e acesso a diferentes funcionalidades como sejam a área de

contratação pública e outras.

Apresentam-se nos quadros seguintes a divulgação da informação quer no site da DGTF

(www.dgtf.pt), divisão do SEE (Sector Empresarial do Estado), quer no site da Resinorte.

1 GOVERNO DA SOCIEDADE

RESINORTE

Informação a constar no Site do SEE Divulgação

5 N N.A.

Estatutos actualizados (PDF)

Historial, Visão, Missão e Estratégia

Ficha sintese da empresa x x x x

xx x

x

Identificação da Empresa:

Missão, objectivos, politicas, obrig. serv. público e modelo de financiamento

Modelo Governo / Ident. Orgãos Sociais:

Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais)

Estatuto re mune ratório fixado

Remunerações auferidas e demais regalias

Regulamentos e Transacções:

Regulamentos Internos e Externos

Transações Relevantes c/ entidade(s) relacionada(s)

Outras transacções

Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental

Avaliação do cumprimento dos PBG

Código de Ética

Informação Financeira histórica e actual

Esforço Financeiro do Estado

Informação a constar no Site da Empresa Divulgação

5 N N.A.

Existência de Site

Historial, Visão, Missão e Estratégia

Organigrama

x x

x x

x x

x x

x x

x x

Orgãos Sociais e Modelo de Governo:

Identifica dos orgãos sociais

Identificação das áreas de responsabilidade do CA

Identificação de comissões existentes na sociedade

Identificar sistemas de controlo de riscos

Remuneração dos órgãos sociais

Regulamentos Internos e Externos Transacções fora das condições de mercado Transacções relevantes com entidades relacionadas

Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental

Código de Ética

Relatório e Contas

Provedor do cliente

X

X

1 GOVERNO DA SOCIEDADE

RESINORTE

13. Informação Sintética sobre as Iniciativas de Publicidade Institucional

A Resolução do Conselho de Ministros n.°47/2010, de 25 de junho - que fixa orientações para a

colocação de publicidade institucional para o Estado, os institutos públicos e as empresas públicas

concessionárias de serviços públicos, relativamente às respetivas obrigações de serviço público,

estipula que as entidades abrangidas por aquela Resolução devem incluir no relatório de atividades

uma secção especificamente dedicada à divulgação de informação sintética sobre as iniciativas e

ações de publicidade institucional desenvolvidas.

Ora, a Resinorte, durante o ano de 2012, não promoveu qualquer tipo de iniciativa de publicidade

institucional onerosa.

I4.Cumprimento das Instruções, Despachos e Legislação Diversa

Medidas de racionalização de política de aprovisionamento de bens e serviços

(tomadas no âmbito das orientações previstas na Lei n°64-A/20 I I e

respeitantes a "Sistema Nacional de Compras Públicas" e "Parque de Veículos

do Estado")

O grupo Águas de Portugal dispõe de uma unidade de serviços partilhados - a AdP Serviços

Ambientais, SA - que funciona como estrutura operacional de centralização, otimização e

racionalização da aquisição de bens e serviços no âmbito das atividades a que se dedicam as

empresas do que integram o Grupo. Neste quadro foi estabelecido um modelo relacional no

âmbito do qual se encontra listado um conjunto padronizado de bens e serviços cuja contratação

se opera através da Direção de Compras e Apoio Geral da AdP Serviços, que funciona como

central de compras do Grupo.

A existência desta estrutura privativa do Grupo justifica-se por um conjunto de particularidades

bastante relevantes dos bens e serviços de que as empresas participadas carecem. Tratando-se de

categorias de bens tão específicos como os reagentes químicos e os materiais de laboratório

usados pelo segmento do tratamento da água ou dos efluentes ou contentores utilizados pela

fileira dos resíduos, estas particularidades encontram-se igualmente presentes no parque

automóvel no qual as viaturas operacionais utilizadas obedecem a tipologias específicas adaptadas

às atividades desenvolvidas que podem ir desde pick-ups adaptadas a camiões de transporte de

resíduos — neste contexto, foram contratadas em 2012 apenas viaturas operacionais e em

situações excecionais de carácter urgente e inadiável, suscetíveis de comprometer o desempenho

operacional do sistema.

O mesmo se aplica no caso da energia elétrica com um conjunto vasto de instalações incluídas na

Alta Tensão, Média Tensão e Baixa Tensão (Especial e Normal) onde a escala proporcionada pelo

universo do Grupo tem permitido a obtenção de sinergias muito significativas que têm produzido

1 GOVERNO DA SOCIEDADE

RESINORTE

bons resultados ao nível da centralização de aquisições como o demonstra os recentes concursos

públicos para fornecimento de energia elétrica ao Grupo.

Medidas adotadas no que respeita ao Princípio da Igualdade do Género

da RCM n° 19/2012, de 23 de Fevereiro)

A RESINORTE adota e rege-se pelo conjunto de princípios do grupo Águas de Portugal que

promovem a Igualdade de Géneros, através da adoção de práticas evidentes de não discriminação,

seja em razão da raça, etnia, sexo, idade, deficiência física, convicção religiosa, opinião ou filiação

política. A promoção da igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres,

assim como, a adoção de medidas tendentes a potenciar a conciliação entre a vida pessoal e

profissional, são objetivos estratégicos da empresa e do Grupo.

O grupo Águas de Portugal tem 38% das suas empresas certificadas em Responsabilidade Social,

de acordo com os requisitos da norma SA8000, e está comprometido com o United Nations

Global Compact que no seu princípio n. 6 enuncia a "eliminação da discriminação no emprego e

ocupação". Estes compromissos são um garante adicional do respeito pelo Princípio da Igualdade

do Género.

O grupo Águas de Portugal aposta igualmente na mobilidade interna como forma de proporcionar

aos colaboradores um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. As oportunidades que

em cada momento existam são divulgadas por todo o Grupo permitindo a candidatura dos

colaboradores que, fruto das suas motivações, pretendam abraçar outra função na mesma ou

noutra empresa.

A possibilidade de trabalhar em regime de horário flexível ou inclusive a tempo parcial permite

aos colaboradores ajustar melhor o seu horário de trabalho às necessidades da sua vida familiar.

Cumprimento do Plano de Redução de Custos definido para 2012 (conforme

ofício-circular n° 82, de 6 de janeiro, relativo às instruções sobre a elaboração

dos IPG)

A avaliação do indicador prioritário relativo ao plano de redução de custos é efetuado em termos

consolidados e o seu grau de cumprimento está espelhado no relatório e contas do grupo.

Redução do número de efetivos e de cargos dirigentes (conforme ofício-

circular n° 82, de 6 de janeiro, relativo às instruções sobre a elaboração dos

IPG

A avaliação relativa ao plano de redução do número de órgãos sociais, dirigentes e efetivos é

efetuado em termos consolidados estando o seu grau de cumprimento espelhado no relatório e

contas do grupo.

1 GOVERNO DA SOCIEDADE

\IP RESINORTE /40

(9 A coordenação e obtenção dos financiamentos à atividade da empresa são desenvolvidas pela AdP

e,---77- SGPS, SA, no âmbito do definido no seu objeto social, assumindo a holding a responsabilidade d

coordenar e obter os financiamentos necessários para fazer face às respetivas necessidades das

sociedades que constam do seu portfólio, tendo sempre presente o objetivo de manutenção do

equilíbrio da estrutura de financiamento numa perspetiva consolidada.

A centralização de parte significativa de fundos na AdP SGPS, SA tem permitido gerir, de forma

coesa e coerente, as necessidades financeiras do Grupo, com reduzidos impactos na atividade de

exploração das suas empresas.

Os excedentes permanentes de tesouraria foram transferidos para o Instituto de Gestão da

Tesouraria e do Crédito Público, na sequência das instruções recebidas, mantendo-se os

excedentes temporários como caução das linhas de financiamento de curto prazo obtidas, tendo

para tal sido solicitada à tutela pela AdP SGPS, dispensa parcial do cumprimento do principio de

unidade de tesouraria do estado, nos termos previstos na Lei.

Auditorias do Tribunal de Contas

No seguimento da auditoria efetuada pelo Tribunal de Contas ao grupo Águas de Portugal foram

emanadas recomendações dirigidas ao Conselho de Administração da AdP SGPS cujo

cumprimento está expresso no respetivo relatório e contas.

14.1. Evolução do Prazo Médio de Pagamentos e Recebimentos

De seguida apresentamos um pequeno quadro onde se pode observar a evolução do prazo médio

de recebimentos (PMR) dos clientes e a evolução do prazo médio de pagamentos (PMP) a

fornecedores, calculado em conformidade com a Resolução do Conselho de Ministros 34/2008 de

22 de fevereiro, que aprovou o programa "Pagar a Tempo e Horas" com a alteração introduzida

pelo despacho n.° 9870/2009, de 13 de abril.

PM P 1°T 2011 2°T 2011 3°T 2011 4°T 2011

148 127 106 91

PMP a Fornecedores (dias) 1°T 2012 2°T 2012 3°T 2012 4°T 2012

53 43 39 36

Os indicadores apresentados representam a média dos trimestres decorridos, ou seja, o indicador

apresentado no 4° trimestre é a média de todo o ano de 2012.

Cumprimento da Lei n°64-B/201 1 (art° 89°) no que diz respeito ao Princípio

da Unidade de Tesouraria do Estado

1 GOVERNO DA SOCIEDADE

RESINORTE

A governação da RESINORTE respeita os Princípios de Bom Governo das empresas do

Sector Empresarial do estado aprovados pela Resolução do Conselho de Ministros n°

49/2007 de 28 de Março,

Princípios (as empresas do Estado devem.) Cumpri

mento Fundamentação

• Cumprir a missão e os objetivos que tenham sido determinados

para a empresa, de forma económica, inanoeir a, social e

ambientalmente eficiente, atendendo a parâmetros exigentes de

qualidade, procurando salvaguardar e expandir a sua competitividade,

respeitando os princbios de responsabilidade social, desenvolvimento

sustentável, serviço público e satisfação das necessidades da

coletividade que lhe hajam sido fixados.

Total • A RESINORTE cumpre a sua missão e os objetivos fixados de brrp‘

económica, financeira, social e ambientalmente eficiente. Anualmente, é

apresentado no Relatório e Contas uma avaliação da atividade

desenvolvida.

• Proceder à enunciação e divulgação da sua missão, dos seus

objetivos e das políticas para si e para as par tidpadas que controla.

Total • A divulgação da missão da RESINORTE, dos seus objetivos e das

políticas desenvolvidas é realizada através do seu Relatório e Contas

anual, do sítio da empresa, do sitio do Setor Empresarial do Estado

(SEE - DGTF) e da intranet da empresa.

• Elaborar planos de atividades e orçamentos adequados aos recursos

e tantas de financiamento disponíveis, tendo em conta o cumprimento da

missão e dos objetivos definidos.

Total • A RESINORTE elabora anualmente o seu plano de atividades e

orçamento de acordo com os recursos e fontes de Inandamento

disponíveis e considerando a sua missão e objetivos fixados.

• Definir estratégias de sustentabilidade nos domínios económico, social

e ambiental, estabelecendo os objetivos a atingir e os respetivos

instrumentos de planeamento, execução e controlo.

Total • A RESINORTE implementa a estratégia e a tática definidas pelo grupo

AdP e que levam este grupo a ser um ator principal no palco da

sustentabilidade. A estratégia de sustentabilidade do Grupo encontra-se

disponível no seu Relatório de Sustentabilidade, no sitio da empresa e

no sitio do SEE (DGTF).

• Adotar planos de igualdade, após diagnóstico da situação, de brma a

alcançar uma efetiva igualdade de tratamento e de opor tun dades entre

homens e mulheres, a eliminar as discriminações e a permitir a

condliação da vida pessoal, familiar e profissional.

Total • Um dos compromissos da RESINORTE, evidenciado na estratégia de

sustentabilidade do grupo AdP que adoptou. é "garantir a igualdade de

opor (unidades", relatando o seu desempenho no Relatório de

Sustentabilidade do Grupo.

• Informar anualmente os membros do Governo. a tutela e o público em

geral de como foi prosseguida a missão, do grau de cumprimento dos

objetivos, de como foi cumprida a política de responsabilidade social, de

desenvolvimento sustentável e os termos do ser viço público, e de como

foi salvaguardada a sua competitividade.

Total • A RESINORTE cumpre na integra as obrigações de reporte de

informação anual à tutela, ao grupo AdP e ao público em geral

Anualmente, é apresentado no Relatório e Contas uma avaliação da

atividade desenvolvida pela empresa.

• Cumprir a legislação e a regulamentação em vigor, devendo o seu

comportamento ser eticamente irrepreensível no que respeita à

aplicação de normas de natureza Iscai de branqueamento de capitais.

de concorrência, de proteção do consumidor, de natureza ambiental e

de índole laborai, nomeadamente relativas à não discriminação e à

promoção da igualdade entre homens e mulheres.

Total • Toda a atividade da RESINORTE é norteada pelo cumprimento

rigoroso das normas legais, regulamentares, éticas, deontológicas e

boas práticas. Neste contexto, a RESINORTE adota um comportamento

eticamente irrepreensível na aplicação de normas de natureza Iscai, de

prevenção do branqueamento de capitais, de concorrência, de

proteção do consumidor, de natureza ambiental e de indole laborai.

• Tratar com respeito e integridade os seus trabalhadores, contribuindo

para a sua valorização profissional.

Total • A RESINORTE aposta na formação dos seus colaboradores.

desenvolvendo as suas competências e poÊnciando novos desafios e

oportunidades profissionais internas.

• Tratar com equidade tidos os dientes, brnecedores e demais titulares

de direitos legítimos. Estabelecer e divulgar os procedimentos adotados

no que se refere a aquisição de bens e ser viços e adotar critérios de

adjudicação, assegurando a eficiência das transações realizadas e a

igualdade de oportunidades para todos os interessados habilitados para

o efeito.

Total • A RESINORTE respeita toda a legislação vigente reterente à matéria

de aquisição de bens e serviços, lendo procedimentos internos

transparentes. pautados pela adoção de critérios de adjudicação

orientados por princípios de economia, eficácia e de igualdade de

oportunidades para todos os interessados habilitados para o efeito.

• Divulgar anualmente as transações que não tenham ocorrido em

condições de mercado, bem como uma lista dos brnecedores que

representem mais de 5% do total dos brnecimenbs e ser viços

externos, se esta percentagem corresponder a mais de um milhão de

euros.

Total • A RESINORTE divulga anualmente as transações que não tenham

ocorrido em condições de mercado, bem como uma lista dos

fornecedores que representam mais de 5% do total dos fornecimenbs

e serviços externos, se esta percentagem corresponder a mais de

um milhão de euros, através do seu Relatório e Contas anual, do silo

da empresa e do sítio do SEE (DGTF).

• Conduzir com integridade os negócios da empresa, devendo ser

adequadamente formalizados, não podendo ser praticadas despesas

confidenciais ou não documentadas.

Total • A RESINORTE pauta a sua atuação por uma conduta integra na

realização dos negócios, refutando veementemente práticas menos

éticas. A RESINORTE adoptou o Código de Conduta e Ética do grupo

AdP que expressa o seu compromisso com uma conduta ética e

transparente nos seus relacionamentos internos e externos, tendo como

objetivo o reforço dos padrões éticos aplicáveis a todos os agentes e

contribuindo para um desenvolvimento sustentável consolidado.

Adidonalmente tal elaborado e está implementado um Plano de Gestão

de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas, o qual visa reforçar o

compromisso individual de cada colaborador com as boas práticas no

que respeita a relações com terceiros. Não há despesas confidenciais

ou não documentadas na RESINORTE.

• Ter ou aderir a um código de ética, que contemple exigentes

comportamentos éticos e deontológicos, divulgando aos

colaboradores, dientes, fornecedores e público em geral.

Total • O Código de Conduta e Ética da RESINORTE encontra-se disponível

no sito da empresa e no sito do SEE (DGTF).

'ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE

Princípios (as empresas do Estado devem ) u enb

npri Cm

Fundamentação E

stru

tura

s de

Adm

inis

traç

ão e

Fis

caliz

ação

• Deter órgãos de administração e de fiscalização ajustados à dimensão e complexidade da empresa, de forma a assegurar a eficácia do processo de tomada de decisão e a garantir uma efetiva capacidade de

supervisão, não devendo exceder o número de membros em empresas privadas de dimensão equivalente e do mesmo setor de atividade.

Total • Cumprindo o disposto na legislação aplicável, a dimensão dos órgãos de administação e fiscalização da RESINORTE estão perfeitamente

ajustados à complexidade da empresa, assegurando a eficácia do

processo de tomada de decisão e garantindo uma autêntica capacidade de supervisão enquadrada no setor em que se insere.

--•

• Ter um modelo de governo que assegure a efetiva segregação de funções de administração executiva e de fiscalização, devendo, no caso das empresas de maior dimensão e complexidade, a função de supervisão ser responsabilidade de comissões especializadas, entre as quais uma comissão de auditoria ou uma comissão para as matérias financeiras, de acordo como modelo adotado. Os membros não executivos dos órgãos de administração, os membros do conselho geral e de supervisão devem emiti: anualmente um relatório de avaliação do

desempenho individual dos gestores executivos, assim como uma apreciação global das estruturas e dos mecanismos de governo em vigor na empresa.

Total • O Modelo de Governo da RESINORTE, que assegura a efetiva segregação de funções de administração e fiscalização, é composto, de acordo com os Estatutos da Sociedade pebs seguintes órgãos sociais: a

Assembleia Geral, O Conselho de Administação, a Comissão

Executiva, O Conselho Fiscal e o ROC. Os Administradores não executivos emitem anualmente um relatório

sobre o desempenho dos Administadores executivos. O Conselho Fiscal verifica regularmente a actividade da empresa, emitindo um relatório e parecer anual sobre os documentos de prestação de contas, Ambos os relatórios anuais são pubhcados no Relabrio e Contas da

empresa.

• Ter as contas auditadas anualmente por entidades independentes, observando padrões idênticos aos que se pratiquem para as empresas admitidas à negociação em mercado regulamentado. Os membros não executivos dos órgãos de administração, os membros do conselho geral

e de supervisão deverão ser os interbcutores da empresa junto dos auditores externos, competindo-lhes proceder à sua seleção, à sua confirmação, à sua contratação e à aprovação de eventuais ser viços alheios à função de auditoria, que deve ser concedida apenas se não

estiver em causa a independência dos auditores.

Total • A auditoria anual às contas da RESINORTE é ettuada por entidade independente externa, que tem domo interlocutores privilegiados a

Administação, a Comissão Executiva, o Conselho Fiscal e a Direção Adminsitaliva e Financeira.

• Promover a rotação e limitação de mandatos dos membros dos

seus órgãos de fiscalização.

Total • Os membros dos órgãos sociais da RESINORTE são eleitos por um perbdo de três anos, podendo ser reeleitos. No entanto, por imposição

legal e estatutária o número de renovações consecutivas não pode exceder o limite de tês, condição que vem sendo observada

escrupulosamente.

• O órgão de administração deve afiar e manter um sistema de controb

adequado, de brma a proteger os investimentos da empresa e os seus ativos, devendo abarcar todos os riscos relevantes assumidos pela

empresa.

Total • A gestão de risco, enquanto pilar do Governo das Sociedades, foi incorporada em tidos os processos de gestão, tendo sido assumida como uma preocupação constante dos gestores e dos colaboradores da RESINORTE.

Neste contexto, foram atribuídas ao Gabinete de Responsabilidade Empresarial competências de auditoria das principais atividades

empresariais e dos respetivos controlos-chave para reduzir ou eliminar

o impacte dos riscos associados, já identificados ou que o venham a ser na sequência desta intervenção. Os riscos económicos são atenuados por criterios de segurança e prudência que tem em conta a dispersão

geográfica dos investimentos efetuados nas diferentes áreas de negócio e pela realização de estudos prévios à sua concretização.

Rem

une

raç

ões

e

outr

os

dire

itos

•Divulgar publicamente em cada ano, nos termos da legislação

aplicável, as remunerações totais, variáveis e fixas, auferidas por cada

membro do órgão de administração e do órgão de fiscalização,

distinguindo entre funções executivas e não executivas.

Total • A divulgação pública das remunerações totais, variáveis e fixas,

auferidas por cada membro dos órgãos sociais é realizada através do Relabrio e Contas anual e, por esta via, no sitio da empresa e no stio do SEE (DGTF).

• Divulgar anualmente tidos os beneficios e regalias,

designadamente quanto a seguros de saúde, utilização de viatura e outros beneficios concedidos pela empresa.

Total • A divulgação pública anual dos beneficios e regalias de cada membro dos órgãos sociais é realizada através do Relatório e Contas anual e,

por esta via, no stio da empresa e no sítio do SEE (DGTF).

Pre

ven

ção

d e

Co

nfli

tos

de in

tere

sse

1

•Abster-se de intervir nas decisões que envolvam os seus próprios

interesses, designadamente na aprovação de despesas por si

realizadas.

Total • Os membros do Conselho de Administração da RESINORTE têm pleno conhecimento das normas relativas à abstenção de participar na discussão e deliberação de determinados assuntos e respeitam essas

mesmas normas na sua atividade.

• No inbio de cada mandato, sempre que se justificar, os membros dos

órgãos sociais devem declarar ao órgão de administração, ao órgão de

fiscalização e à Inspeção-Geral de Finanças, quaisquer par

ticipações patrimoniais impor tentes que detenham na empresa, assim cone relações relevantes que mantenham com fornecedores, dentes, instituições financeiras ou outros parceiros de negócio, que possam

gerar conflitos de interesse.

Total • Não existem incompatibilidades ente o exercício dos cargos de

administração na RESINORTE e os demais cargos desempenhados pelos membros do Conselho de Administração. Os membros do

Conselho de Administração cumprem todas as disposições legais relativas à comunicação dos cargos exercidos em acumulação. Os membros do Conselho de Administração, de acordo com o estipulado no Estabb do Gestor Público, comunicaram à Inspeção-Geral de

Finanças todas as participações e interesses patrimoniais que detinham, directa ou indiretamente, nas empresas onde exercem funções.

47 ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE I 6.Relatório dos Administradores Não Executivos

I. Introdução

Nos termos da alínea m) do artigo 13° - A do Decreto-Lei n.° 558/99, de 17 de

dezembro, na redação do Decreto-Lei n.° 300/2007, de 23 de agosto, cumpre-nos, na

qualidade de administradores não executivos, apresentar um relatório sobre o

desempenho da comissão executiva referente ao exercício de 2012.

2. Atividade

Nos termos da lei, e das competências que o novo estatuto do gestor público determina,

e de outras atribuições decididas pelo Conselho de Administração, acompanhamos a

gestão da empresa e o desempenho da comissão executiva.

As nossas funções foram exercidas com independência, sendo nosso juízo, no que se

refere à comissão executiva, livre e incondicionado.

3. Parecer

Face ao acima exposto, fazemos uma apreciação de proximidade positiva do seu

desempenho global, não perdendo de vista a preocupação dos administradores executivos

de auscultar as nossas opiniões e juízos de valor sobre as ações de gestão, adotando em

muitas ocasiões os conceitos das nossas intervenções mais relevantes que tiveram em

vista um melhor rigor na gestão da empresa.

Codessoso, 01 de fevereiro de 2013

Os Administradores não executivos

(1,‹) (j 1WIP((

ng. Artur Jlão Lopes Cabeças Eng. osé João dos nos Pinto Rodrigues

41#41445)&1"-~— A- 1(411,-,, • Dr. Domingos Bragança Salgado

Eng. M9 e Matos Esteves

Eng. Francisco Manuel Lopes

'ATIVIDADE DA EMPRESA

ATIVIDADE DA EMPRESA

111, RESINORTE

ATIVIDADE DA EMPRESA

1. Enquadramento Macroeconómico

Global

À semelhança de 2011, em 2012 a economia mundial apresenta níveis de crescimento moderados

(3,2% em 2012; 3,9% em 2011). As crises das dívidas soberanas dos últimos anos nas economias

mais avançadas, que levaram à estagnação do seu crescimento económico são fatores relevantes

que influenciam de sobremaneira este status quo, cuja recuperação se afigura lenta e que teve

início no já longínquo ano de 2007 nos Estados Unidos da América, com a crise financeira do

"subprime". Não fosse novamente o crescimento das economias emergentes (China, Índia, Brasil,

Rússia, México, Indonésia, Malásia, Filipinas, países africanos, etc.) e o abrandamento da economia

mundial teria sido mais acentuado. Surpreendente foi o desempenho económico dos Estados

Unidos, com uma taxa de crescimento superior ao esperado (2,3%), suportado, em grande

medida, por um ambiente favorável dos mercados financeiros e uma recuperação do mercado

imobiliário. Em 2013 é expectável uma ligeira recuperação económica, podendo, no entanto os

riscos da zona euro e a recessão do Japão podem inviabilizar esta perspetiva.

União Europeia

A economia da União Europeia registou em 2012 uma recessão relevante com uma contração do

Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos 0,5%. A diminuição da procura interna, a queda do

investimento, a diminuição da produção industrial, o aumento do desemprego, são indicadores

que sustentam a grave crise económica da Europa, com particular incidência na zona euro. Por

outro lado, a desconfiança dos mercados sobre a capacidade dos governos europeus e do Banco

Central Europeu em resolverem em definitivo a crise da dívida soberana também não ajudam a

inverter este ciclo negativo. Ainda que numa primeira fase esta crise tenha afetado principalmente

países considerados periféricos (Irlanda, Portugal e Grécia, e mais recentemente o Chipre), é um

facto que durante 2012 também chegou a Espanha e Itália, economias com peso significativo na

zona euro. Esta instabilidade colocou uma pressão adicional nas instituições europeias no sentido

de aprovarem medidas que salvaguardem a integridade do euro, como moeda única.

Deste modo, o Banco Central Europeu tomou medidas consideradas determinantes na

recuperação de alguma confiança da zona euro. No início de 2012 efetuou uma segunda operação

de cedência de liquidez à banca que, em conjunto com a primeira em Dezembro de 2011, atingiu

o montante de 1000 milhões de euros. Posteriormente apresentou um programa de aquisição de

títulos de dívida pública em mercado secundário, sem limite máximo. Estas medidas, consideradas

instrumentos potentes, em conjunto com alguns passos dos governos nacionais que consolidaram

o compromisso e coordenação política no sentido de estabilização e fortalecimento da união

monetária, tiveram um efeito positivo no final de 2012, no que concerne à redução dos riscos

sistémicos da zona euro e à recuperação de alguma confiança dos mercados, tendo contribuído,

ATIVIDADE DA EMPRESA

"igtRESINORTE

ui de forma significativa, para a forte redução das taxas de juro da dívida pública dos países

intervencionados.

Portugal

Em 2012, deu-se continuidade ao cumprimento do programa de ajustamento decorrente do

pedido de Assistência Económica e Financeira à Comissão Europeia, Banco Central Europeu e ao

Fundo Monetário Internacional. O desempenho da economia portuguesa em 20I2continuou a ser

fortemente marcado pelo processo de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos

estruturais, nomeadamente pelo impacto imediato das medidas de consolidação orçamental, assim

como de condições de financiamento restritivas, no quadro do processo de desalavancagem

ordenada e gradual do sector bancário e de persistência de tensões associadas à crise da dívida

soberana na área do euro. Em 2012 a queda do PIB em cerca de 3%, confirma um cenário de

recessão que não se observava na economia portuguesa desde 1975. Esta evolução resulta de uma

queda expressiva e generalizada da procura interna, mitigado pelo assinalável crescimento das

exportações ao longo do ano. Em 2012, o consumo privado deverá ter registado uma contração

de 5,5%, ao passo que o investimento deverá ter caído cerca de 14 por cento, traduzindo uma

redução de todas as componentes, com especial incidência no investimento público e residencial.

O consumo público ter-se-á reduzido cerca de 4,5% pelo segundo ano consecutivo. A retração da

procura global, não obstante o significativo aumento das exportações, contribuiu para uma queda

das importações de cerca de 7,0%, refletindo a redução expressiva de componentes da procura

com elevado conteúdo importado — consumo de bens duradouros e investimento empresarial.

Positiva tem sido a alteração da composição da despesa agregada, traduzindo-se num ajustamento

rápido das necessidades de financiamento externo da economia portuguesa. O saldo da balança

corrente e de capital passou de um défice de 9.4 por cento do PIB em 2010 para uma situação

próxima do equilíbrio em 2012. A atual projeção aponta para a continuação da melhoria da

balança de bens e serviços, para a qual se projetam excedentes de 3.1 e 4.1 por cento do PIB em

2013 e 2014, respetivamente.

O deficit das contas públicas nacionais deverá atingir um valor próximo dos 5% do PIB em 2012,

não obstante o desvio significativo da receita face aos valores orçamentados (cerca de 880

milhões de euros no caso da Administração Central e Segurança Social). Para isto terá

contribuído um recuo da despesa mais acentuado que o inicialmente previsto (em cerca de 1622

milhões de euros), em parte resultante de poupanças adicionais associadas a despesas com

remunerações, aquisição de bens e serviços, despesas de investimento e despesa líquida com

juros. Ao nível das medidas extraordinárias, mas no lado da receita, a execução orçamental de

2012 beneficiou sobretudo de uma receita não recorrente associada à concessão dos serviços

públicos de gestão dos aeroportos à empresa ANA (800 milhões de euros recebidos em 2012, ou

perto de 0.5% do PIB).

A taxa de desemprego em Portugal, deverá ser de 15,6% em 2012, superior à média registada no

conjunto dos 27 países da União Europeia, que se situava em 10,7%. A taxa em Portugal é a

terceira mais alta da Europa, logo atrás da Grécia e de Espanha, onde o desemprego supera já os

26% da população ativa.

'ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE

O grande desafio com que Portugal está confrontado é o de promover o desenvolvimento e

crescimento económico num novo quadro institucional. A implementação coerente de reformas e

a redefinição do papel do Estado são fundamentais para estimular o investimento, a inovação e o

progresso técnico, sem os quais não existirá desenvolvimento económico. O desafio do

desenvolvimento económico passa pela mobilização dos agentes para a necessidade e benefícios

de reformas que assegurem níveis de bem-estar compatíveis com a manutenção da coesão social.

Fonte: Grupo AdP; FMI world economic outllook; ES Research; Boletim económico do Banco Portugal; Eurostat;

2. Enquadramento do Setor

O Grupo AdP prestou os serviços públicos de abastecimento de águas, saneamento de águas

residuais e de tratamento e valorização de resíduos urbanos durante o ano de 2012 num

contexto de acrescidas restrições impostas ao Setor Empresarial do Estado no âmbito do

Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF) quer quanto à evolução de custos e

quer quanto ao crescimento do nível de endividamento.

Neste contexto de restrição de recursos, o Grupo AdP prosseguiu o esforço de adaptação dos

diversos processos internos por forma a não comprometer o respeito dos princípios de

universalidade no acesso, de qualidade de serviço e de eficiência e equidade de preços na

prestação destes serviços de interesse económico geral essenciais ao bem-estar das populações, à

saúde pública, ao desenvolvimento das atividades económicas e à proteção do ambiente.

Paralelamente, durante o ano de 2012, iniciou-se o processo de implementação das medidas

traçadas pelo Governo para o setor das águas e resíduos que, naturalmente, condicionam de

forma determinante o Grupo AdP, enquanto ator predominante.

O Programa do Governo ditou três linhas orientadoras para a reestruturação preconizada:

• Reorganizar o setor do abastecimento de água e saneamento de águas residuais, com

prioridade para a sua sustentabilidade económico-financeira;

• Prosseguir a identificação e resolução do défice tarifário, a revisão do sistema de tarifas, a

abertura à participação de entidades públicas estatais ou municipais (bem como de

entidades privadas na gestão do sistema), a promoção da eficiência, a integração vertical e

o agrupamento de sistemas exigentes, a adequada manutenção de redes e equipamentos

antigos e a prevenção da construção de capacidade desnecessária;

'ATIVIDADE DA EMPRESA

.4t*v ffli RESINORTE Autonomizar o subsetor dos resíduos no seio do Grupo Águas de Portugal e implementar

as medidas necessárias à sua abertura ao setor privado.

Neste âmbito, o Governo mandatou o Grupo AdP que procedesse à realização de estudos que

permitissem apurar a adequada agregação territorial para o setor das águas de forma a promover

a sustentabilidade económico-financeira dos sistemas multimunicipais, através da obtenção das

economias de escala geradas por sistemas de maior dimensão e para a redução das desigualdades

entre as diversas regiões do País, fomentando a convergência tarifária. A gradual verticalização

dos sistemas em baixa foi apontada como a forma de completar a maximização de sinergias

operacionais bem como de transmitir às populações o referido equilíbrio tarifário dos sistemas

em alta.

Os estudos relativos à agregação dos sistemas multimunicipais, bem como da verticalização dos

sistemas multimunicipais através de parcerias a constituir no âmbito do Decreto-Lei n.° 90/2009,

têm vindo a ser apresentados aos municípios abrangidos, envolvendo neste processo de

reestruturação todas as partes interessadas. Através destes processos, estão a proceder-se aos

estudos necessários para a integração e verticalização dos sistemas em "alta" e em "baixa"

promovendo soluções que conduzam à melhoria dos níveis de serviço prestados à população bem

como ao objetivo de acessibilidade tarifária e de resolução dos défices tarifários, num contexto de

respeito do princípio, já amplamente disposto na atual legislação, de recuperação integral de

custos incorridos na prestação deste serviço de interesse económico geral.

A reestruturação do setor será acompanhada pela revisão de diversos diplomas legais

determinantes para os referidos objetivos nacionais de acessibilidade universal do serviço no

respeito pela sustentabilidade económica e financeira. Das matérias a cristalizar em diploma legal

destacam-se:

• A reforma das leis de bases dos setores de abastecimento e saneamento;

• A adoção de medidas com vista à redução do impacto dos incumprimentos por parte dos

clientes municipais, em complemento das medidas já adotadas no Orçamento de Estado

para 2013 (Lei 66-B/20I2, de 31 de dezembro), por forma a garantir a continuidade da

prestação do serviço;

• A adoção de medidas para proceder ao reconhecimento e reintegração por via tarifária

dos montantes relativos aos défices tarifários, bem como de medidas determinadas a

promover a eficiência económica na prestação do serviço;

ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE • O reforço dos poderes do regulador setorial, tendo sido submetida ao parlamento a

proposta da nova lei orgânica da ERSAR. Esta medida vem no âmbito da proposta do

programa de Governo que visa transformar as entidades com funções reguladoras

dependentes do Governo, e cujos mercados regulados pela sua importância o justifiquem,

em Autoridades Administrativas Independentes, reintegrando as restantes na

administração tradicional.

O desenvolvimento destas matérias vem ao encontro das recomendações vertidas na Resolução

da Assembleia da República n.°113/2012, de 10 de agosto, onde se recomenda ao Governo que se

promova a acessibilidade, sustentabilidade e qualidade dos serviços de abastecimento de água e

saneamento, destacando-se a agregação dos sistemas em "alta", a sua verticalização com os

sistemas em "baixa" e a harmonização e equilíbrio tarifário com recuperação integral dos custos

de prestação dos serviços e resolução do défice tarifário.

No que diz respeito à autonomização do setor dos resíduos no seio do Grupo AdP, os trabalhos

encontram-se mais avançados, tendo já sido elaborado o estudo de diagnóstico das bases do novo

modelo regulatório que, por despacho da Sr.' Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do

Ordenamento do Território, será objeto de desenvolvimento pelo regulador. Também se deu

início ao processo de revisão dos diplomas legais que estruturam o setor, por forma a criar as

bases necessárias à abertura à iniciativa privada, criando as condições necessárias para que a

prossecução do interesse público seja assegurada bem como para que o referido envolvimento da

iniciativa privada garanta o aprofundamento da eficiência económica na prestação do serviço, com

ganhos para o utilizador, e a atração de capitais que permitam o desenvolvimento dos objetivos

nacionais e europeus em matéria ambiental.

Simultaneamente encetaram-se as revisões dos planos estratégicos PEAASAR II (2007 — 2013) e

PERSU II (2007 — 2016), que definirão as metas e objetivos do Estado para cada um destes

setores. Estes dois planos serão estruturantes para os planos de investimento a realizar nos

próximos anos.

¡ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE 3. Regulação

ti

A Resinorte exerce atividades que constituem serviços de interesse económico geral,

indispensáveis ao bem-estar das populações, ao desenvolvimento das atividades económicas e à

proteção do meio ambiente. Estas atividades são desenvolvidas num enquadramento de melhoria

contínua na prestação dos serviços públicos de tratamento e valorização de resíduos com ganhos

crescentes de eficiência produtiva e ambiental, beneficiando os utilizadores e consumidores

através das tarifas praticadas, sujeitas também às fortes restrições determinadas para o setor

empresarial do Estado.

A Resinorte tem a sua atividade desenvolvida em regime de concessão efetivamente regulada

economicamente pela ERSAR. Estas atividades são desenvolvidas num contexto definido pela

legislação (Decretos-Leis n.° 379/93, de 5 de novembro, n.° 294/94, de 16 de novembro, na

redação que lhes é dada pelo Decreto-Lei n.° 195/2009, de 20 de agosto) e regulamentação em

vigor, pelo disposto nos contratos de concessão de serviço público celebrados com o Estado e

respetivos anexos, bem como pelas disposições e recomendações emitidas pela Entidade

Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).

Durante o ano de 2009, com a publicação do Decreto-Lei n.° 277/2009, de 2 de Outubro, os

poderes e âmbito de atuação da ERSAR foram reforçados e alargados aos serviços prestados ao

utilizador final (serviços em "baixa"). O novo estatuto da ERSAR criou condições para reduzir as

distorções decorrentes de se verificarem tarifários aos utilizadores finais que não estão

otimizados, por não serem escrutinados pelo Regulador.

Neste âmbito, a ERSAR emitiu em 2009 uma recomendação quanto à formação de tarifários dos

serviços públicos de abastecimento de água para consumo humano, de saneamento de águas

residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos (Recomendação IRAR n.° 1/2009 —

Recomendação Tarifária), complementada em 2010 com uma Recomendação que pretende criar

as linhas orientadoras para o apuramento de custos e construção dos tarifários.

Uma das linhas de reestruturação do setor, amplamente defendida e promovida pelo atual

Governo, passava pelo reforço dos poderes da ERSAR e pelo aumento da sua independência, para

a qual foi apontada como crítica a reformulação da respetiva lei orgânica, cuja proposta legislativa

deu entrada no Parlamento durante janeiro de 2013. Durante o ano de 2012 foi preparado pelo

Governo um diagnóstico dos alicerces para o novo modelo regulatório do sector dos resíduos,

atividade que previsivelmente passará a contar com a possibilidade de participação maioritária de

agentes económicos privados.

'ATIVIDADE DA EMPRESA

11111 RESINORTE Em novembro de 2012, por despacho da Sr.a Ministra da Agricultura, do Mar, do Am ente e do

Ordenamento do Território, a ERSAR foi mandatada pelo Governo para, com base no estudo de

diagnóstico, aprofundar o novo modelo regulatório para o setor, designadamente para o setor

dos resíduos no contexto de futuro fortalecimento da participação do setor privado, devendo a

ERSAR proceder ao desenvolvimento de um modelo de custeio e de um regulamento tarifário.

Regulação Económica sujeita à atuação da ERSAR

De acordo com o disposto nos contratos de concessão, o ciclo regulatório anual inicia-se em 30 de

Setembro com a apresentação ao Concedente e ao Regulador das propostas de orçamento e

projeto tarifário para o(s) ano(s) seguinte(s). Com a publicação do Decreto-Lei 195/2009, de 20 de

Agosto, o prazo de avaliação das propostas uniformizou-se em 60 dias para todos os sistemas

multimunicipais.

As propostas de orçamento e tarifa para 2012 foram apresentadas nos termos da Portaria

1275/2003, de 7 de novembro, uma vez que a Portaria 269/2011, de 19 de setembro, não foi

conhecida em prazo que permitisse a entrega das propostas de orçamento e tarifa no prazo

contratual. Neste ano, apresentámos ao Concedente e Regulador um processo de orçamento e

projeto tarifário plurianual 2012 — 2014.

Para 2013 as propostas foram apresentadas pela primeira vez nos termos da portaria 269/2011,

de 19 de setembro.

O ciclo orçamental de 2012, iniciado em Setembro de 2011, estendeu-se até Janeiro de 2012, data

em que foi aprovada a tarifa. O ciclo orçamental da Resinorte durou cerca de 100 dias.

O Decreto-Lei 195/2009, de 20 de agosto, determina que os tarifários aplicados aos utilizadores

produzem efeitos a partir do início do exercício económico a que dizem respeito,

independentemente da sua data de aprovação, o que permite uma mais adequada recuperação

dos encargos de prestação dos serviços, num cenário de maior pressão sobre os meios financeiros

disponíveis.

Em setembro de 2012 iniciou-se o ciclo orçamental para 2013, não tendo a proposta de

orçamento e projeto tarifário sido aprovada até 31 de dezembro de 2012. O processo de

contraditório do projeto de parecer do Regulador terminou em 20 de dezembro de 2012.

De acordo com o modelo regulatório vigente (custo de serviço) e nos termos dos contratos de

concessão, podem gerar-se diferenças entre o volume de proveitos necessário à cobertura da

totalidade dos encargos incorridos pela entidade gestora, incluindo os impostos sobre os

resultados da sociedade e a remuneração dos capitais próprios, e o volume de proveitos

efetivamente gerado em cada um dos exercícios económicos. Estas diferenças denominam-se de

desvios tarifários ou desvios de recuperação de custos.

Estes desvios podem assumir uma natureza deficitária, quando os proveitos gerados são

inferiores aos necessários, ou excedentária, quando os proveitos gerados são superiores aos

'ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE

necessários, salvaguardados os montantes relativos a ganhos de produtividade e eficiência nos

termos dos contratos de concessão.

Durante o ano de 2010 o Regulador apresentou uma proposta legislativa para o reconhecimento e

recuperação dos défices e superavit tarifários ou de recuperação de custos relativos a cada

sistema multimunicipal, bem como dos procedimentos para a distribuição dos ganhos de

produtividade contratuais, uma vez que estes não se encontravam suficientemente detalhados

nos contratos de concessão e legislação aplicável.

A sustentabilidade das entidades gestoras e do setor, em estrito cumprimento da lei e dos

contratos, exigem que não se adie por mais tempo o expresso reconhecimento e densificação do

modelo regulatório de recuperação de custos preconizado nos contratos de concessão,

designadamente da definição do montante dos desvios tarifários ou de recuperação de custos das

concessionárias, cujas regras de ressarcimento urge clarificar.

Regulação da Qualidade de Serviço

A atuação da ERSAR abrange ainda a monitorização e a avaliação da qualidade de serviço, através

de um conjunto de indicadores, efetuando um exercício de benchmark entre as várias entidades

gestoras dos setores das águas e dos resíduos, publicando anualmente os resultados no relatório

que elabora sobre o setor. Desde 2004, esta empresa tem obtido por parte do Regulador uma

avaliação positiva da qualidade do serviço prestado.

4. Análise Económica e Financeira

A Resinorte, SA foi constituída pelo Decreto-lei 235/2009 de 15 de setembro e o seu início de

atividade é de 20 de outubro de 2009, data da Assembleia Geral de acionistas.

4.1. Análise Económica O resultado líquido cifra-se em 489.286 EUR positivos cuja descrição é a seguinte:

Descrição 2011 2012

Resultados Operacionais 2.219.841 € 2.106.649 €

Resultados Financeiros -1.680.816 € -1.579.328 €

Resultados antes de Impostos 539.025 € 527.321 €

Imposto sobre Rendimento 127.854 € -38.036 €

Resultado Líquido 666.879 € 489.286 €

'ATIVIDADE DA EMPRESA

"4' 111111 RESINORTE

O Resultado Liquido apurado foi influenciado significativamente e negativamente pelos Resulta oli o

Os resultados operacionais têm uma redução de aproximadamente 10%, sendo este desy .

originado pela redução no volume de negócios e pelo acréscimo de gastos em imparidades de

clientes.

Dos Gastos

Os gastos, no montante de 19.352.288 euros, tiveram a seguinte estrutura:

Descrição 2011 2012

Custo das vendas/Variação de inventários 273.906 € 238.182 €

Fornecimentos e Serviços Externos 6.699.660 € 6.575.627 €

Gastos com pessoal 5.448.839 € 4.784.504 €

Amortizações, depreciações e Reversões do Exercício 4.817.593 € 4.514.095 €

Provisões e Reversões do Exercício 321.353 €

Outros Gastos e Perdas Operacionais 337.152 € 455.533 €

Gastos e Perdas de Financiamento 2.125.333 € 2.462.995 €

Total 19.702.483 € 19.352.288 C

Em 2012, apenas considerando os gastos de natureza operacional, ou seja, o custo das

mercadorias vendidas e matérias consumidas, os fornecimentos e serviços externos e os gastos

operacionais, a Resinorte regista uma poupança de 824 mil euros.

Esta variação deve-se essencialmente à redução de gastos com pessoal, onde se verifica um desvio

positivo de 664.335 EUR, para o qual contribui a aplicação da Lei do Orçamento de Estado para

2012, ou seja, a poupança dos montantes a pagar referentes ao subsídio de férias e de natal, que

corresponde aproximadamente a 249 mil euros.

Nesta rubrica existe também uma poupança na ordem dos 14 mil euros, em comparação com o

ano de 2011, na subrubrica "Gastos com Órgãos Sociais".

Financeiros.

'ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE O desvio favorável que existia, consequência de redução do número de funcionários da Resinorte,

quase foi absorvido nos meses de Junho a Outubro pelas indeminizações pagas aos colaboradores

: que terminaram contrato com a Resinorte, por força do término dos contratos de recolha (

indiferenciada nos Municípios de Chaves e Vila Pouca de Aguiar em Junho de 2012 e no Município

de Valpaços em Outubro de 2012.

Os gastos operacionais do exercício de 2012 têm registado, aproximadamente, 325 mil euros

referentes à correção da estimativa de gastos realizada em 2010 e 2011 para os subcontratos de

recolha seletiva e exploração do aterro de Vila Real, processo que apenas ficou encerrado em

Abril de 2012.

De salientar que no que concerne às amortizações, estas foram calculadas de acordo com o

período de concessão, para o cálculo de amortizações de investimento futuro, a base utilizada foi

o investimento futuro estimado no Orçamento e Projeto Tarifário de 2012, no montante de 29,9

milhões de euros.

Na revisão em curso do Modelo Técnico e Estudo de Viabilidade Economico Financeiro estima-se

que o investimento futuro da Resinorte ascenda a 77 milhões de euros, sendo que se a empresa

utilizasse este valor como base de cálculo, as amortizações do investimento contratual a registar

em 2012 seriam superiores em 1,8 milhões de euros.

A análise dos gastos financeiros deve ser feita em conjunto com os rendimentos financeiros.

Assim, os resultados financeiros apresentam um resultado negativo de 1.579.328 EUR.

Os gastos financeiros aumentaram comparativamente com 2011, devido ao aumento considerável

das taxas de juro, que registaram subidas constantes durante o ano de 2012, apresentando taxas

efetivas nos empréstimos de curto prazo que se aproximaram dos 10%. Entretanto em 2012 a

empresa manteve durante todo o exercício a utilização de suprimentos no montante de

10.250.0000 EUR.

O desvio verificado deve-se também aos atrasos de recebimento, encontrando-se à data de 31 de

Dezembro de 2012 divida vencida no montante 13.158.496, obrigando assim que a Resinorte

tenha nessa data em utilização 4 milhões de euros em contas correntes caucionadas.

'ATIVIDADE DA EMPRESA

Vendas

Prestação de Serviços

Variações nos Inventários da Produção

4.141.085€ 4.536.575€

13.158.604 € 11.852.480 €

-23.300 €

Reversões de Provisões 89.686 € O €

Subsídios ao Investimentos 2.400.582 € 2.400.582 €

Outros rendimentos e ganhos Operacionais 84.557 € 229.606 €

Juros, Dividendos e Outros Rendimentos Similares 444.517 € 883.667 €

Total 20.241.502 € 19.879.610 €

Descrição

2011

2012

11/ RESINORTE

Dos Rendimentos

Os rendimentos, no montante de 19.879.610 EUR, tiveram a seguinte estrutura:

O volume de negócios registado em 2012 foi de 16.389.055 EUR, do qual cerca de 28% é

proveniente da venda de materiais recicláveis e energia os restantes 72% da prestação de serviços.

Comparado com 2011, o volume de negócios registou uma redução de 5,26%, ou seja, no

montante de 910.633 EUR.

Em Orçamento e Projeto Tarifário, a Resinorte considerou um aumento de 27% para venda de

material reciclável, já que a partir de Agosto de 2011 iniciou a triagem e respetivo

encaminhamento dos materiais valorizáveis do Douro Norte, no entanto durante o ano de 2012

registou-se uma quebra de aproximadamente 7%, em comparação com o ano anterior, com

origem na diminuição das quantidades de material valorizável recolhido.

Na rubrica "venda de energia elétrica — Biogás" regista-se um desvio positivo de 28% em

comparação com o Orçamento e Projeto Tarifário de 2012. A Resinorte, em sede de Orçamento,

previa que o rendimento do motogerador fosse crescendo ao longo de 2012, contudo, desde o

início do ano que este se encontra com um rendimento superior a 95%.

Não existe comparação com o ano anterior, pois esta atividade apenas se iniciou na última

quinzena de 2011.

'ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE Na rubrica RSU Municipal, tarifas, o desvio negativo é de 466 mil euros em comparação com

2011.

(PP

A redução de rendimentos verificada deve-se à redução da quantidade de RSU tratados, e

diminuição da atividade não concessionada - recolha de RSU nos Municípios do Alto Tâmega —

decorrente da cessação dos contratos com os municípios de Chaves e Vila Pouca de Aguiar e

Valpaços.

As quantidades dos resíduos de particulares (RIB e REU) reduziram significativamente, tendo em

2012 registado apenas 75 mil euros, aproximadamente 40% dos montantes registados em 2011.

4.2.Análise

O Balanço

Financeira e Patrimonial

apresenta a seguinte estrutura:

Balanço 2011 2012

Ativos não Correntes 125.033.977 € 115.851.904 €

Ativos Correntes 14.848.865 € 20.672.620 €

Total do Ativo 139.882.842 € 136.524.524 €

Capital Próprio 9.616.463 € 12.556.955 €

Passivos não Correntes 121.301.081 € 115.352.344 €

Passivos Correntes 8.965.298 € 8.615.225 €

Total do Capital Próprio e Passivo 139.882.842 € 136.524.524 €

Da análise à estrutura de balanço, podemos concluir que as diferenças com maior relevância entre

2011 e 2012 verificam-se:

nos valores registados em ativos não correntes e ativos correntes, facto este

justificado pela reclassificação das dívidas de clientes de médio ou longo prazo para

curto prazo, pois a Resinorte resolveu os acordos de regularização de divida com os

Municípios de Alijó, Chaves e Valpaços e com a Trofáguas, pois encontravam-se em

incumprimento.

Nos capital próprio e passivos não correntes, pela correção de estimativa registada

em acréscimo de gastos contratuais e respetivos impostos diferidos, que foram

corrigidos considerando que a Resinorte à data têm em curso a Revisão do Modelo

Técnico e Estudo de Viabilidade Economico Financeiro, e no qual prevê investimento

¡ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE

futuro no montante de 77 milhões de euros, valor este que foi a base de cálculo para

apurar o saldo final das amortizações de investimentos futuros que a empresa teria

que ter registado nas suas contas.

‘\\

4.3. Financiamento

A construção das infraestruturas que corporizam hoje o sistema apoiou-se, na componente

financeira não elegível, em financiamento de curto e de médio longo prazo.

A divida da Resinorte encontra-se dividida da seguinte forma:

Sindicato bancário BPI/Millennium BCP com um saldo de 30 milhões de euros, linha de

crédito de médio/longo prazo.

Caixa Geral de Depósitos com um saldo de 2 milhões de euros a curto prazo.

BPI com um saldo de 1 milhão de euros a curto prazo.

BCP com um saldo de 1 milhão de euros a curto prazo.

Suprimentos com a EGF com um saldo de 10,25 milhões de euros.

4.4. Tarifas

A Resinorte durante o ano de 2012 aplicou a tarifa de 34,06€/ton de RU, de acordo com o

orçamento e projeto tarifário aprovado para 2012.

'ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE

1,6 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICO - FINANCEIROS

INDICADORES 2011 2012

Solvabilidade

Solvabilidade Geral 7,38% 10,13%

Capital Próprio/Passivo Total

Autonomia Financeira 6,87% 9,20%

Capital Próprio/Activo Liquido

Liquidez Geral -1•11■11.,

166,77% 239,95%

Activo Corrente/Passivo Corrente 711111•110111=1~.

Liquidez Reduzida 162,18% 235,57%

(Activo Corrente-Exisências)/Passivo Corrente •■••■■■

Liquidez Imediata 16,15% 32,88%

(Caixa + Dep. O rdem)/Passivo Corrente •-■••••ffl,■ffiffilmi.

Rendibilidade dos Capitais

Rendibilidade Capital Próprio 6,93% 3,90%

Res. Liquido/Cap. Próprio

91 36 Prazo Médio de Pagamentos

Prazo Médio de Recebimentos 323 86

Volume Total de Negócios 17.299.689 16.389.055

Resultados Operacionais 2.219.841 2.106.649

N.° Trabalhadores 319 270

956.393 População Servida 956.445

N.° de Concelhos 35 35

Investimento 2.164.814 592.718

63 ATIVIDADE DA EMPRESA

111, RESINORTE

5. ATIVIDADE OPERACIONAL

5.1. ÁREA DA PRODUÇÃO

A área de produção garante a coordenação e controlo das atividades de exploração, de

tratamento e valorização desenvolvidas em cada uma das Unidades da organização, colaborando

na definição estratégica de políticas e programas de exploração que visem a otimização das

operações e racionalização de recursos.

5.1.1. Receção de resíduos

Durante o ano 2012 foram recebidos os resíduos urbanos provenientes de recolhas municipais e

de particulares dos 35 municípios da área de intervenção da Resinorte.

a. Recolha Indiferenciada

Os resíduos provenientes de recolha indiferenciada foram recebidos nas diversas instalações,

nomeadamente, unidade de tratamento mecânico e biológico de Riba d'Ave e nos aterros

sanitários de Bigorne, Boticas, Codessoso, Santo Tirso e Vila Real. Na tabela seguinte apresenta-

se o resumo das quantidades recebidas nas diferentes instalações.

Recolha Indiferenciada

(Ton) Aterro Sanitário TMB Total

Boticas 31.543 31.543

Codessoso 63.944 O 63.944

St. Tirso / Riba d'Ave 87.083 55.732 142.815

Bigorne / Vila Real 72.010 O 72.010

Total 254.580 55.732 310.312

b. Recolha Seletiva

Os materiais provenientes das recolhas seletivas multimaterial foram encaminhados para as

unidades de triagem, das quais resulta a expedição de vidro, de papel/cartão e de embalagens de

plástico e de metal, através do contrato estabelecido com a SPV. Nos ecocentros foi feita a

receção, de forma seletiva, de outros materiais para além dos recolhidos em sistema

multimaterial, nomeadamente, resíduos elétricos e eletrónicos, pneus, madeiras e metais,

entregues por munícipes e por pequenas entidades particulares. Na tabela seguinte apresenta-se

um resumo das quantidades recebidas nas diferentes instalações.

'ATIVIDADE DA EMPRESA

Wir0 Boticas Codessoso Riba d'Ave Bigorne Vila Real Total

RESINORTE

Recolha Seletiva (Ton) Unidade Triagem Ecocentro Total

Boticas 2.856 512 3.368

Codessoso 4.113 26 4.139

Riba d'Ave

Bigorne

18.430

4.450

1.053 19.482

5.493 1 .043

Total 29.850 2.633 32.483

Dos resíduos provenientes da recolha seletiva destacam-se os resíduos de embalagem cuja

descriminação se apresenta nos gráficos seguintes.

Na globalidade dos diferentes materiais existiu um decréscimo da ordem dos 10% relativamente

ao ano de 201 I. Esta diminuição resulta da conjuntura económica do país, que, se por um lado

origina uma retração no consumo por parte da população, tendo uma implicação direta e

imediata na produção de resíduos, em especial nas embalagens, por outro proporciona o

aparecimento de pequenas empresas do setor, que operam na região dedicadas à fileira

verdoreca.

De particular importância, salienta-se o decréscimo de 25,4%, no que respeita à região do Douro

Norte, sendo este desproporcional relativamente à redução verificada no universo de

intervenção da Resinorte. O decréscimo verificado está a ser analisado juntamente com o

prestador de serviços que efetua a recolha seletiva nessa região.

Receção de Papel/cartão (Ton)

12.000

11.000

10.000

9.000

8.000

7.000

6.000

5.000

4.000

3.000

2.000

1.000

• 201 I 02012

(ATIVIDADE DA EMPRESA

Total

RESINORTE

Em termos globais foram recolhidas 9.134

Ton. de papel/cartão no ano de 2012. Verifica-se a diminuição acentuada de 17,3% relativamente

ao ano de 2011. Salienta-se a situação do material recolhido na região do Douro Norte, com um

decréscimo de 48,9% relativamente ao ano de 2011.

Receção de Plástico/metal (Ton)

6.000

5.500

5.000

4.500

4.000

3.500

3.000

2.500

2.000

1.500

1.000

500

O total -11 1.1%01 Boticas Codessoso Riba cl -Ave Bigorne Vila Real

20 I I 2012

Em termos globais, no período em análise, foram recolhidas 5.063 Ton. de resíduos provenientes

do embalão. Verifica-se a diminuição de 5,3% relativamente ao ano de 2011. Salienta-se o

decréscimo de 41% relativamente aos materiais recolhidos na região do Douro Norte.

Receção de Vidro (Ton)

18.000 17.000 16.000 15.000 14.000 13.000 12.000 11.000 10.000 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000

1 O Boticas Codessoso Riba d'Ave Bigorne Vila Real Total

bd 2011 ■ 2012

ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE sc7

Em termos globais, no ano de 2012, foram recolhidas 15.652 Ton. de vidro. Esta quantidade

representa uma diminuição de 7,4% relativamente ao ano de 2011. Salienta-se o decréscimo de

34,7% relativamente aos materiais recolhidos na região do Alto Tâmega.

5.1.2. Tratamento, Valorização e Confinamento Técnico

Triagem Nas várias unidades de triagem foram processados um total de 29.415 Ton. de resíduos provenientes da recolha multimaterial, vidro, papel/cartão e plástico/metal. No quadro seguinte apresenta-se a distribuição por instalação.

Resíduos Processados (To n) Triagem

Boticas 2.856

Codessoso 4.013

Riba d'Ave 18.304

Bigorne 4.242

Total 29.415

Tratamento Mecânico e Biológico

No ano de 2012 foram processadas no sistema de Tratamento Mecânico e Biológico localizado

em Riba D'Ave, 55.732 Ton. de Resíduo Urbano provenientes dos municípios. Dos quantitativos

processados foram produzidas 7.528 Ton de composto. A produção mensal do composto

apresenta-se no gráfico seguinte.

Gráfico 2 — Comparação da Produção mensal de composto (Ton) 2500 -

2010

bd 2011 ■ 2012

'ATIVIDADE DA EMPRESA

Confinamento Técnico (Ton) RU RIB REU Ra) Refugos Total

Boticas

Codessoso

Santo Tirso

Bigorne

Vila Real

Total

31.543

63.944

87.083

33.127

38.883

254.580

311 986

315

3.330

223 480

912

534 6.022

O 173

33.012

23 99

64.381

O 36.587

127.000

388 175

34.393

O O 39.795

411 37.033 298.580

111, RESINORTE

Valorização Energética do Biogás

No que respeita ao sistema de valorização energética de biogás do aterro sanitário de Celorico

de Basto, verificou-se, relativamente ao ano de 2012, uma produção de energia de 6.427MWh,

dos quais, 6.150MWh foram injetados na rede do SEP. Os principais indicadores apresentam-se na

tabela seguinte.

Valorização energética biog ás BT Jan-12 Fev-I2 Mar-12 Abr-12 Mai-12 Jun-I2 fui-12 Ago-12 Set-12 Out-I2 Nov-12 Dez-I2 Total Tendência 2012

Energia produzida (kWh/mês) 319.350 520.102 564.001 557.400 557.440 560.656 557.273 577.857 530.652 582.431 529.766 569.881 6.426.808 /-

Energia injetada na rede (kWhirn és) 305.598 497.705 539.714 533.397 533.435 536.513 533.276 552.973 507.801 557.350 506.953 545.341 6.150.056 /

Biogás tratado motores (m3/mês) 133.674 217.617 230.513 207.072 209.620 212.570 216.049 220.506 202.517 218.267 194.752 208.025 2.471.182

Biogás tratado tocha (m3/mês) 354 O O O O 0 O O O O O O 354

% média de metano no biogás 58,1% 57,5% 57,7% 57,3% 57,7% 58,8% 60,1%

horas de operação do motor 726 686 727 715 711 715 722 737 691 743 674 725 8.572

Confinamento Técnico A deposição em aterro sanitário comportou um total de 298.580Ton nos diferentes aterros, das

quais 254.580 Ton. correspondem a resíduos urbanos e 6.967 Ton. a resíduos industriais banais,

equiparados a urbanos e resíduos de construção e demolição (estes últimos foram utilizados

como material para construção de acessos dentro dos próprios aterros). Foram ainda confinadas,

37.033 Ton. de refugos, das quais, 36.448 Ton. foram provenientes do sistema TMB as restantes

das diversas unidades de triagem. Apresenta-se no quadro seguinte a distribuição da deposição de

resíduos pelos vários aterros sanitários.

5.1.3. Outras Atividades

Durante o ano de 2012 foi efetuado o serviço não concessionado de recolha de resíduos

indiferenciados nos municípios da região do Alto Tâmega.

'ATIVIDADE DA EMPRESA

À-t" RESINORTE

Recolha Indiferenciada — Alto Tâmega

A quantidade de resíduos recolhidos durante o período em análise nos municípios do Alt c Tâmega foi de 21.336Ton, cuja distribuição por município se apresenta no quadro seguinte. Os

contratos com os municípios de Chaves e Vila Pouca de Aguiar, referentes a esta prestação d e serviços, terminaram em junho, e com o município de Valpaços em outubro. A Recolha de

resíduos indiferenciados foi efetuada durante todo o ano de 2012 nos restantes municípios dessa

região.

Município RU (Ton) REU Cx Metálicas

(Ton) Total

Boticas 1.644 213 1.857

Chaves 6.958 587 7.545

Montalegre 3.038 3.038

Ribeira de Pena 1.813 210 2.023

Valpaços 3.961 960 4.921

V. Pouca de Aguiar 1.686 267 1.953

Total 19.099 2.237 21.336

5.1.4. Controlo Ambiental

A monitorização ambiental do sistema é realizada através das campanhas de análise, quer da

qualidade das águas subterrâneas e superficiais envolventes ao sistema, quer dos lixiviados

produzidos e dos efluentes descarregados no meio recetor, bem como, das emissões atmosféricas

e controlo de enchimentos e assentamentos nos aterros sanitários. A caraterização

meteorológica foi efetuada com recurso aos valores registados pelas estações meteorológicas

existentes nas instalações.

A monitorização foi realizada de acordo com a legislação em vigor e respetivas licenças ambientais

e de exploração. Os resultados da monitorização revelaram que os sistemas de proteção

ambiental funcionam de forma adequada. Os resultados foram enviados ao longo do ano às

autoridades competentes e serão reportados no relatório ambiental anual.

5.2. GESTÃO DE EQUIPAMENTOS E MANUTENÇÃO

O departamento de Gestão de Equipamento e Manutenção foi constituído tendo em vista a

centralização e controlo de toda a atividade de manutenção dos equipamentos e gestão da frota

da Resinorte.

Após um período de reconhecimento das Instalações da empresa, foi efetuado o levantamento e

identificação de todos os equipamentos e respetiva localização nas diversas unidades de produção,

¡ATIVIDADE DA EMPRESA

.4V RESINORTE

seguido do processo de confirmação do cumprimento das normas legais. Foi efetuada a

certificação dos equipamentos, segundo o DL 50/2005, no âmbito da Auditoria Interna de

Certificação no contexto do Sistema de Responsabilidade Empresarial.

5.3. ÁREA TÉCNICA Garantiu o planeamento, gestão e coordenação de estudos, projetos e obras, assegurando o seu

acompanhamento, cumprimento de prazos e fiscalização bem como o tratamento de toda a

informação de âmbito técnico do sistema. A realização do plano de investimentos permitiu

equacionar as soluções técnicas e as ações necessárias para responder às exigências nacionais e

comunitárias, considerando o modelo técnico da empresa. Promoveu ainda a instrução de

processos de licenciamento e das autorizações necessárias para o exercício da atividade.

5.3.1. Estudos Projetos e Obras

Como relevante, salienta-se a execução da construção, fornecimento e montagem da otimização

do tratamento mecânico e estação de triagem do Vale do Ave, com o objetivo de aumentar a

eficiência na recuperação de materiais recicláveis nas atuais linhas de tratamento de RU.

Procedeu-se ao lançamento do concurso público para a conceção, construção, fornecimento e

montagem de sistemas de aproveitamento energético do biogás produzido nos aterros sanitários

da Resinorte, Bigorne, Boticas, Codessoso (2° motor), Guimarães e Santo Tirso.

5.3.2. Licenciamentos

No decurso do ano de 2012, foram efetuados os seguintes licenciamentos e autorizações:

;4, Alteração e aditamento à licença de operação de gestão de resíduos do tratamento

mecânico e biológico de Riba de Ave;

Licenciamento de operação de gestão de resíduos do Ecocentro de Vila Real;

Licenciamento de operação de gestão de resíduos da Estação de Transferência de Fafe;

Alteração das licenças de operação de gestão de resíduos de Moimenta da Beira e São

João da Pesqueira;

▪ Alteração da licença de operação de gestão de resíduos de Chaves;

▪ Alteração ao alvará de licença para a realização de operações de gestão de resíduos

Armazenagem e triagem de Pneus usados de Bigorne;

Averbamento alvará de Licença para a Realização das Operações de Gestão de Resíduos

da plataforma REEE de Riba de Ave e de Boticas;

Averbamento alvará de licença de operação de gestão de resíduos para a plataforma de

vidro de Boticas;

• Averbamento licença de estabelecimento para eletroprodução de energia elétrica de

Boticas;

▪ Licenciamento do posto de combustível de Bigorne;

Averbamento da autorização da Estação de Triagem de Bigorne.

¡ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE

Autorização para captação de águas das minas da Estação de tratamento de Riba de Ave;

Autorização para captação de água subterrânea do Ecocentro de Fafe;

Alteração de titularidade da captação de águas subterrâneas de Santo Tirso e Boticas;

Autorização para descarga das águas residuais do Aterro sanitário de Boticas;

A

Bigorne e de Celorico de Basto;

utorização para captação de águas subterrâneas do aterro sanitário de Guimarães;

Averbamento à autorização para descarga de águas residuais do Aterro sanitário de

Autorização para captação de águas subterrâneas de Vila Real;

Autorização para descarga das águas residuais do Aterro sanitário de Vila Real;

Alteração das autorizações para descarga de água no coletor municipal da TRATAVE da

ETRSU, Aterro de Santo Tirso e de Guimarães;

Licença de exploração de energia elétrica de Cinfães e Moimenta da Beira;

Licença de comercialização do composto;

Licenciamento do número de controlo veterinário para a unidade de TMB;

Averbamento da autorização de captação de imagens de videovigilância da estação de

tratamento de resíduos de Riba de Ave;

▪ Autorização de captação de imagens de videovigilância da estação de transferência de

Fafe.

Encontram-se em curso os seguintes processos:

▪ Averbamento à autorização para captação de águas subterrâneas de Boticas;

Licenciamento do posto de combustível de Santo Tirso e de Riba de Ave

Averbamento alvará de Licença para a Realização das Operações de Gestão de Resíduos

— REEE de Codessoso, Plataforma de Monstros e Metais e Vidro de Celorico de Basto;

Alteração ao alvará de Licença para a Realização de Operações de Gestão de Resíduos -

Estação de Triagem de Celorico de Basto;

ir Averbamento da estação da vermicompostagem de Riba de Ave;

Averbamento da licença de exploração do aterro sanitário de Guimarães

Averbamento à licença de operação de gestão de resíduos da ET e Ecocentro de Cinfães

Licenciamento ambiental do aterro sanitário de Vila Real

Aditamento e renovação da licença de exploração e da licença ambiental do aterro

sanitário de Boticas.

5.3.3. Metas e Objetivos Estratégicos

A Estratégia Nacional e Comunitária de Gestão de Resíduos encontra-se fundamentalmente

consubstanciada no Decreto-Lei n.° 183/2009, de 10 de agosto, e no Plano Estratégico para os

Resíduos Sólidos Urbanos - PERSU II, onde se estabelece um reforço acentuado na redução das

quantidades de resíduos a encaminhar para destino final, com prioridade para a sua reutilização,

reciclagem, valorização orgânica e aproveitamento energético. Neste sentido, torna-se necessário

desenvolver no âmbito do modelo de intervenção implantado na Resinorte, um conjunto de ações

que permitam concretizar de forma progressiva as metas e os objetivos estratégicos quantificáveis

estabelecidos.

'ATIVIDADE DA EMPRESA

/*Iikr

Metas ç\i RESINORTE

Considerou-se do ponto de vista técnico, e em termos das principais metas temporais e objetivos

quantificáveis, o Decreto-Lei n.°183/2009, de 10 de agosto, que fixa as metas de desvio dos

resíduos biodegradáveis de aterro no espaço temporal que se prolonga até 2016, e, em termos

dos objetivos quantitativos de valorização e reciclagem de resíduos de embalagens a Diretiva

n.°2004/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho de 11 de fevereiro, que fixa as metas a

concretizar no período temporal que se enquadra até 2011 neste domínio, também traduzidas

Despacho n.°10287/2009. No caso dos RU considerou-se o orçamento e projeto tarifário e os

valores que serviram de base à elaboração do PAPERSU da Resinorte.

Resíduos urbanos No que respeita ao tratamento de RU proveniente dos municípios, foram recebidas no ano de

2012, 310.312 Ton.

No gráfico seguinte estão registadas as quantidades recebidas por comparação com as

quantidades previstas no OPT referente ao mesmo período.

Gráfico 3 — RU indiferenciados

Quantidades (Ton)

350.000

325.936 299.837

300.000

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

75.93 49.665

104.265 13 3

157.95

186.68

273.87

-4,8% 247.045

219.335

I I I I

26.30

o

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez ~Meta Realizada Acumulada —4—Meta Orçada Acumulada

Verifica -se uma diminuição de 4,8% relativamente às metas definidas para os RU indiferenciados

previstos em OPT. Este desvio explica-se face à conjuntura atual do País uma vez que se verifica

uma diminuição generalizada em termos de produção de resíduos ao nível nacional.

'ATIVIDADE DA EMPRESA

90' RESINORTE

Seletiva Multimaterial

Os quantitativos de resíduos recolhidos seletivamente e encaminhados para valorização atingiram

durante o ano de 2012 a quantidade de 27.888 Ton.

Verificamos, em termos globais, relativamente aos materiais encaminhados para reciclagem, uma

diminuição de 14,8% relativamente às quantidades previstas em OPT. Os materiais que registaram

uma redução mais acentuado foram os metais ferrosos com um desvio de 31%, o papel/cartão e

embalagens de plástico/metal com 24,1% e 13,7% respetivamente.

Desvio de RUB de Aterro

O desvio de RUB de aterro é contabilizado considerando os dados da caracterização dos

resíduos, matéria orgânica sujeita a tratamento biológico no TMB da empresa adicionados aos

quantitativos de papel/cartão entrados nas várias unidades de Triagem e fração ECAL enviada para

reciclar. No período em análise verifica-se um desvio positivo de 63,56%.

Gráfico 4 — Desvio de RUB de Aterro

50.000

45.000

c 40.000 o 1— 35.000 E w 30.000

0 25.000

20.000 c

15.000

10.000

5.000

O

46.028

hd Meta a dez

u Real a dez

Putrescíveis

Papel/cartão Total

Objetivos Estratégicos

Tendo presente o modelo técnico, bem como a contribuição para o cumprimento das exigências

nacionais e comunitárias para o setor, os objetivos estratégicos para o novo paradigma da gestão

de resíduos que a Resinorte, pretende assumir no contexto orientador dado pelo PERSU II e,

'ATIVIDADE DA EMPRESA

fi RESINORTE

suportados em 3 pilares da sustentabilidade, ou sejam, as vertentes ambiental, social e económico-

financeira, e, subsidiariamente a estes princípios, no cumprimento estrito da legislação nacional e

comunitária aplicável, passam fundamentalmente por desenvolver as intervenções que se

descriminam em seguida, apresentadas por Unidade de produção e tipo de atividade.

Polo Vetor de intervenção Ações Objetivos Situação Atual

Alto Tâmega Aterro sanitário de Boticas

Implementação do sistema electroprodutor de

energia Valorização energética Em concurso

Instalação de Unidade de tratamento mecânico

simples a montante do aterro sanitário Desvio de RUB de aterro Em estudo

Baixo Tâmega Aterro sanitário de

Codessoso

Aquisição do r motor para o sistema

electroprodutor de energia Valorização energética Em concurso

CITRUS

Otimização do tratamento mecânico Valorização multimaterial Em curso

Requalificação da estação de triagem

automatizada Valorização multlmaterial Em curso

Aterro sanitário de

Guimarães

Implementação do sistema electroprodutor de

energia Valorização energética Em concurso

Aterro sanitário de Santo

TIrso

Implementação do sistema elecroprodutor de

energia Valorização energética Em concurso

Vale do Douro

Aterro sanitário de Vila

Real

Implementação do sistema electroprodutor de

energia Valorização energética Em estudo

Instalação de Unidade de tratamento mecânico

simples a montante do aterro sanitário Desvio de RUB de aterro Em estudo

Aterro sanitário de

&gome

Implementação do sistema electroprodutor de

energia Valorização energética Em concurso

Recolha Seletivo Recolho Seletivo Reforço da rede de recolha; Expansão do

número de Ecopontos; Reforço dos meios Reciclagem Em curso

Recoha Seletiva PaP Recoka Seletiva PoP Expansão da RPP Reciclagem Em curso

Energias renováveis Energias renováveis Implantação de painéis solares, fotovoltaicos e

produção de biodiesel Valorização energética Em curso

Sensibilização

ambiental Sensibilização ambiental

Incremento das acções e recurso a meios móveis

de informação da população escolar Reciclagem Em curso

Caraterização de RU Caraterização de RU Elaboração de campanhas anuais de acordo com

a legislação em vigor PERSU II Realizada

ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE

6. OBJETIVOS DE GESTÃO

As orientações estratégicas aprovadas em Assembleia Geral da Resinorte, de 02 de

agosto de 2012, traduziram indicadores de gestão que apresentamos de seguida.

Cumprimento das Orientações legais Cumprimento Quantificação Justificação

N N.A. Objectivos de Gestão:

1. Custos Operacionais / VN

2. Cash Cost RSU

3. Receitas de Novos Negócios

4. Divida Comercial Vencida

5. PMR

6. PMP

7. PEC endividamento

8. Margem EBITDA

9. Cumprimento dos prazos de reporting

10. Data de preenchimento dos avisos de pedidos

regulares

11. Envio do Orçamento para o Concedente

Gestão do Risco Financeiro

Limites de Crescimento do Endividamento

Deveres Especiais de Informação

Recomendações do acionista na aprovação de contas:

Remunerações:

Não atribuição de prémios de gestão, nos termos

art.2 29.2 da Lei 64-B/2011

Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos

do art.° 20.0 da Lei 64-B/2011

Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo

122 da Lei n.2 12-A/2010

Órgãos Sociais - suspensão sub. Férias e natal , nos

termos do ar-t.2 210 da Lei 64-B/2011

Restantes trabalhadores - redução remuneratória,

nos termos do art.0 202 da Lei 64-B/2011

Restantes trabalhadores - suspensão sub. Férias e

natal , nos termos do art.2 210 da Lei 64-6/2011

Artigo ar do EGP

Utilização de cartões de crédito

Reembolso de despesas de representação pessoal

Contratação Pública

Normas de contratação pública

Normas de contratação pública pelas participadas

X

X

X

X

X

X

x

X

X

X

X

x

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X X

XX

X

Atingido

Atingido

Não Atingido

Superado

Superado

Superado

Superado

Superado

Superado

Superado

Superado

De acordo o ponto II do ofício 843 da

DGTF, a Assembleia Geral da

Resinorte reuniu em 12 de Julho de

2011, onde autorizou a realização de

investimentos ou endividamentos

que representassem 5% do capital

social.

Total da Redução remuneratoria em

2012 - 15.717 EUR

Total da Redução remuneratoria em

2012 - 10.073 EUR

Total da Redução remuneratoria em

2012 - 17.855 EUR

Total da Redução remuneratoria em

2012 - 26.066 EUR

Total da Redução remuneratoria em

2012 - 266.457 EUR

Em caso afirmativo, quantificar

Em caso afirmativo, quantificar

Término da Atividade não

concessionada nos Municpios de

Chaves, Valpaços e Vila Pouca de

Aguiar

Aumento da divida vencida, porforça

da resolução dos acordo de

regularização de divida em

incumprimento

A avaliação deste indicador é

efetuada do ponto de vista

consolidado.

Avaliação efetuada no relatório e

contas consolidado da AdP SPGS.

Contratos submetidos a visto prévio do TC

Adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas

Parque Automóvel

Principio da Igualdade do Género

Plano de Redução de Custos

Gastos com pessoal

Fornecimentos e Serviços Externos

Redução n° Efetivos e Cargos Dirigentes

N2 de efetivos

NO de cargos dirigentes

X

X

X

X

Var. 11,82% em 2012, face a 2010

Var. 34,19% em 2012, face a2010

Var. 27,30% em 2012, face a 2010

Var. O % em 2012, face a 2010

A avaliação do indicador prioritário

relativo ao plano de redução de custos

é efetuado em termos consolidados e

o seu grau de cumprimento está

espelhado no relatório e contas

consolidado do grupo.

Prindpio da Unidade da Tesouraria X 100% disponibilidades depositadas

no IGCP em 31 de Dezembro 2012

'ATIVIDADE DA EMPRESA

‘10 RESINORTE

A Avaliação Global de Desempenho, de acordo com as orientações estratégicas

aprovadas em Assembleia Geral da Resinorte, o valor do atingimento dos objetivos de

gestão é de 2,50, considerando-se assim de acordo com a tabela escala definida como

superados os objetivos de 2012.

7. PERSPETIVAS PARA O FUTURO

Durante o exercício de 2013 será dado cumprimento ao plano de investimentos

aprovado, retratando-se de seguida os mais relevantes.

• Conclusão da empreitada de otimização do Tratamento Mecânico de Riba de Ave;

• Mudança da prensa da Triagem de Riba de Ave;

• Valorização energética do biogás dos aterros sanitários de: Boticas, Bigorne, Celorico de

Basto (2° motor), Guimarães, e Santo Tirso;

• Aquisição e instalação de sistema de tratamento de lixiviado no aterro sanitário de Vila

Real;

• Construção da unidade de tratamento mecânico simples em Celorico de Basto.

Não é do nosso conhecimento a existência de fatos relevantes após o termo do

exercício.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Conselho de Administração deseja expressar o seu profundo reconhecimento:

Aos Acionistas Câmaras Municipais o agradecimento pela participação nos diversos

aspetos da atividade da empresa.

Ao Acionista EGF pelo contínuo apoio que tornou possível a boa execução dos objetivos

da Empresa durante o exercício decorrido.

Ao Revisor Oficial de Contas, Auditor e Conselho Fiscal pela disponibilidade e

colaboração prestada.

'ATIVIDADE DA EMPRESA

RESINORTE

Ao Auditor Independente pela colaboração prestada.

(3:

À ERSAR, APA, CCDR-N ARH-N pela colaboração prestada.

A todos os colaboradores da empresa, que com a sua dedicação e competência tornaram

10. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

O Conselho de Administração propõe que o resultado líquido do exercício de 2012, no valor de 489.285,57 EUR positivos, tenha a seguinte aplicação:

Reserva Legal = 24.464,28 EUR

Distribuição de Dividendos = 464.821,29 EUR

O Conselho de Administração propõe ainda que se pague parte da Remuneração Acionista em

atraso, usando para o efeito o valor de 2.467.082,72 EUR registado em Resultados Transitados.

possível a concretização dos objetivos definidos.

'ATIVIDADE DA EMPRESA

tOr RESINORTE

I I .ANEXO AO RELATÓRIO

O capital social da Resinorte — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, SA

era integralmente detido pelos seguintes acionistas:

Acionista 5% N.° de Acções Valor (€)

Amarante 3,06% 244.470 244.470

Armamar --,7

0,36% 28.428 28.428

Baião 1,04% 83.105 83.105

Boticas 0,38% 30.000 30.000

Cabeceiras de Basto 0,88% 70.348 rama

70.348

Celorico de Basto 0,99% 78.972 78.972

Chaves 0,38% 30.000 30.000

Cinfães 1,02% 81.448 81.448

Lamego 1,30% 104.033 104.033

Marco de Canaveses 2,73% 218.745 218.745

Moimenta da Beira 0,55% ry 43.657 43.657

Mondim de Basto 0,41% 33.073 33.073

Montalegre 0,38% 30.000 30.000

Penedono 0,17% 13.202 13.202

Resende 0,58% 46.423 46.423

Ribeira de Pena 0,38% 30.000 30.000

São João da Pesqueira 0,40% 32.251 32.251

Sernancelhe 0,30% 24.084 24.084

Tabuaço 0,31% 24.922 24.922

Tarouca 0,42% 33.224 33.224

Valpaços 0,38% 30.000 30.000

Vila Pouca de Aguiar 0,38% 30.000 30.000

AMAVE 24,11% 1.928.940 1.928.940

AMVDN 5,30% 423.683 423.683

E HATB 2,84% 226.992 226.992

EG F 51,00% 4.080.000 4.080.000

TOTAL 100% 8.000.000 8.000.000

Codessoso, 4 de março de 2013

O Conselho de Administração

C. c

'ATIVIDADE DA EMPRESA

CONTAS DO EXERCÍCIO

ler RESINORTE

CONTAS DO EXERCÍCIO

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas

31.12.2012

IFRS

31.12.2011

IFRS Activos Não Correntes

Activos intangíveis

Activos fixos tangíveis Propriedades de investimento

Investimentos financeiros Impostos diferidos activos

Clientes e outros activos não correntes

6 7

8 9 10

110.212.926

99.145

O

918.033 3.436.590 1.185.211

113.101.810

154.495 O

655.738 3.470.600

7.651.335

Total dos activos não correntes 115.851.904 125.033.977

Activos Correntes

Inventários 11 377.666 411.584

Clientes 12 15.529.624 8.592.370

Estado e outros entes públicos 13 509.272 655.262

Outros activos correntes 14 1.423.342 3.741.896

Caixa e seus equivalentes 15 2.832.716 1.447.752

Total dos activos correntes 20.672.620 14.848.865

Total do activo 136.524.524 139.882.842

Capital próprio dos accionistas maioritários Capital social 16 8.000.000 8.000.000

Reservas e outros ajustamentos 16 1.600.587 1.567.243

Resultados transitados 16 2.467.082,72 (617.659)

Resultado líquido do exercício 489.286 666.879

Total do capital próprio 12.556.955 9.616.463

Passivos Não Correntes

Provisões Responsabilidades com pensões

Empréstimos 17 38.794.984 40.087.710

Fornecedores e outros passivos não correntes 516.188 538.816

Impostos Diferidos Passivos 9 3.477.741 2.613.264

Acréscimos de custos do investimento contratual 18 7.747.719 10.844.996

Subsídios ao investimento 19 64.815.712 67.216.294

Total dos passivos não correntes 115.352.344 121.301.081

Passivos Correntes Empréstimos 17 5.287.939 3.000.000

Fornecedores 20 1.218.349 3.004.521

Outros passivos correntes 21 943.537 1.691.479

Imposto sobre o rendimento do exercício 22 105.562 365.677

Estado e outros entes públicos 13 1.059.839 903.621

Total dos passivos correntes 8.615.225 8.965.298

Total do passivo 123.967.569 130.266.379

Total do passivo e do capital próprio 136.524.524 139.882.842

CONTAS DO EXERCÍCIO

/ai" RESINORTE

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

-----?/2/ - _.----_,

Notas

31.12.2012

IFRS

31.12.2011

IFRS

Vendas Prestações de serviços

23

23

4.536.575

11.852.480

4.141.085

13 158.604

Volume de negócios 16.389.055 17.299.689

Custo das vendas/variação dos inventários 24 ' (261.482) (351.430)

Margem bruta 16.127.573 16.948.259

Fornecimentos e serviços externos

Gastos com pessoal Amortizações, depreciações e reversões do exercício

%visões e reversões do exercício

Fèrdas por imparidade e reversões

Subsídios ao investimento

Outros gastos e perdas operacionais

Outros rendimentos e ganhos operacionais

25

26

27

28

29

19

30 31

(6.575.627) (4.784.504)

(4.514.095)

(321.353)

2.400.582

(455.533) 229.606

(6.699.660)

(5.448.839)

(4.817.593)

89.686

2.400.582

(337.152)

84.557

Resultados operacionais 2.106.649 2.219.841

Gastos financeiros

Rendimentos financeiros

Ganhos/(perdas) de investimentos financeiros

32

33

(2.462.995)

883.667

(2.125.333) 444.517

Resultados financeiros (1.579.328) (1.680.816)

Resultados antes de impostos 527.321 539.025

Imposto corrente

Imposto diferido

22

9 e 22

(110.768) 72.732

(467.905)

595.759

Resultado líquido do exercício operações continuadas 489.286 666.879

Resultado líquido de operações descontinuadas o Resultado líquido do exercício 489.286 666.879

Resultado por acção (básico e diluído) 16 0,06 0,08

Notas

31.12.2012

IFRS

31.12.2011

IFRS Resultado líquido do exercício

489.286

666.879

Ganhos de reavaliações o

Perdas actuariais

489.286

666.879 Rendimento integral

CONTAS DO EXERCÍCIO

Eli, R SINORTE ;#)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA \v\

(2í 31.12.2012 31.12.2011

Fluxo de caixa das actividades operacionais

Recebimentos de clientes 19.241.855 20.113.335

Pagamentos a fornecedores (11.983.545) (13.434.412)

Pagamentos ao pessoal (3.612.055) (3.486.512)

Recebimentos do Imposto sobre o Rendimento O O

Pagamentos do Imposto sobre o Rendimento (596.871) (226.584)

Outros Recebimentos relativos à Actividade Operacional 440.000 1.440.000

Outros Pagamentos relativos à Actividade Operacional (423.987) (363.492)

Pagamentos Segurança Social (1.106.318) (1.258.217)

Pagamentos de Outros Impostos (1.300.163) (1.016.034)

658.916 1.768.083

Fluxo de caixa das actividades de investimento

Recebimentos de investimentos financeiros

Recebimentos de activos fixos tangíveis

Recebimentos de activos intangíveis

Recebimentos de subsídios de investimento 2.586.091 993.729

Pagamentos de investimentos financeiros (262.295) (206.289)

Pagamentos de activos fixos tangíveis

Pagamentos de activos intangíveis (902.991) (1.382.590)

1.420.806 (595.149)

Fluxo de caixa das actividades de financiamento

Recebimentos de empréstimos obtidos 1.700.000 2.300.000

Recebimentos de realizações de capital O O

Pagamentos de empréstimos obtidos (37.384) (1.071.816)

Pagamentos de juros e gastos similares (2.357.373) (2.104.597)

Pagamentos de dividendos

(694.757) (876.413)

Variação de caixa e seus equivalentes 1.384.964 296.521

Caixa e seus equivalentes no início do período 1.447.752 1.151.231

Caixa e seus equivalentes no fim do período 2.832.716 1.447.752

1.384.964 296.521

31.12.2012 31.12.2011

Caixa 1.551 6.096

Depósitos à ordem 931.165 1.441.656

Depósitos a prazo 1.900.000 O

2.832.716 1.447.752

!CONTAS DO EXERCÍCIO

,iimenf# RESINORTE

li DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES DO CAPITAL PRÓPRIO

Capital social Reserva legal Resultados

transitados

Resultado

líquido do

exercício

TOTAL

Saldo a 31 de Dezembro de 2011 IFRS 8.000.000 1.567.243 (617.659) 666.879 9.616.463

Aplicação do resultado liquido do exercício 33.344 633.535 (666.879)

Dividendos pagos

Correções de exercidos anteriores 2.451.206 2.451.206

Resultado líquido do exercício 489.286 489.286

Saldo a 31 de Dezembro de 2011 IFRS 8.000.000 1.600.587 2.467.083 489.286 12.556.955

Notas às demonstrações financeiras

1. Atividade económica da Resinorte, S.A.

1.1. Introdução

A Resinorte, S.A. (adiante designada também por Empresa ou Sociedade) foi constituída

em 20 de Outubro de 2009, graças à publicação do Decreto-Lei n.° 235/2009, de 15 de

Setembro. Realizou-se assim e em simultâneo a operação de fusão das sociedades REBAT

- Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do Baixo Tâmega, S. A., RESAT

Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., e RESIDOURO - Valorização e

Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A..

No âmbito da integração do Vale do Ave do Vale Douro Norte no início de 2010 foram

assinados os contratos de entrega e receção com os municípios utilizadores pertencentes

ao Vale do Ave e ao Douro Norte, produzindo efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2010.

A sede social da Sociedade é no Aterro Sanitário do Baixo Tâmega, Freguesia de

Codessoso, Concelho de Celorico de Basto.

1.2. Atividade

A Resinorte, S.A., foi constituída pelo Decreto-lei n° 235/09, de 15 de Setembro, tendo

como acionistas a Empresa Geral do Fomento, S.A., os Municípios de Amarante,

CONTAS DO EXERCÍCIO

1111' Atr

RESINORTE

Armamar, Baião, Boticas, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Chaves, Cinfães,

Lamego, Marco de Canaveses, Moimenta da Beira, Mondim de Basto, Montalegre,

Penedono, Resende, Ribeira de Pena, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço,

Tarouca, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, a Associação de Municípios do Vale do Ave, a

Associação de Municípios do Vale Douro Norte e a Empresa Hidrelétrica do Alto

Tâmega e Barroso.

A Empresa tem por objeto, nos termos do artigo 5.° do Decreto-lei n° 235/09, de 15 de

Setembro "a exploração e gestão do sistema do Norte Central.

Tendo por base o Contrato de Concessão celebrado com o Estado Português em 20 de

Outubro de 2009, foi atribuída à Sociedade, em regime de exclusividade, a concessão da

gestão, da aquisição, exploração, manutenção, reparação e renovação dos equipamentos e

infraestruturas para processamento dos Resíduos Sólidos Urbanos, ou a tal equiparados

nos termos da lei, gerados nas áreas dos municípios utilizadores, bem como a gestão, da

aquisição, instalação, exploração, manutenção e renovação dos equipamentos de recolha

seletiva para deposição, remoção, triagem e encaminhamento dos materiais depositados

em pontos fixos constituídos por contentores específicos para matérias de pequena

dimensão (ecopontos) ou, se for caso disso, para materiais de pequenas e grandes

dimensões (ecocentros), pelo prazo de 30anos.

1.3. Acionistas

São acionistas da Sociedade a Empresa Geral do Fomento, S.A. (51%), os Municípios de

Amarante (3,06%), Armamar (0,36%), Baião (1,04%), Boticas (0,38%), Cabeceiras de Basto

(0,88%), Celorico de Basto (0,99%), Chaves (0,38%), Cinfães (1,02%), Lamego (1,30%),

Marco de Canaveses (2,73%), Moimenta da Beira (0,55%), Mondim de Basto (0,41%),

Montalegre (0,38%), Penedono (0,17%), Resende (0,58%), Ribeira de Pena (0,38%), São

João da Pesqueira (0,40%), Sernancelhe (0,30%), Tabuaço (0,31%), Tarouca (0,42%),

Valpaços (0,38%), Vila Pouca de Aguiar (0,38%), a Associação de Municípios do Vale do

Ave (24,11%), a Associação de Municípios do Vale Douro Norte (5,30%) e a Empresa

Hidrelétrica do Alto Tâmega e Barroso (2,84%).

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE

1 .4. Aprovação das Demonstrações financeiras

Estas Demonstrações Financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração no

dia 8 de Fevereiro de 2012.

2. Políticas contabilísticas

As presentes demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) emitidas pelo "International Accounting

Standards Board" ("IASB") e Interpretações emitidas pelo "International Financial

Reporting Interpretations Committee" ("IFRIC") ou pelo anterior "Standing

Interpretations Committee" ("SIC"), adotadas pela UE, em vigor para exercícios iniciados

em 1 de Janeiro de 2010.

As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação destas

demonstrações financeiras encontram-se descritas abaixo. Estas políticas foram aplicadas

de forma consistente nos períodos comparativos, exceto quando referido em contrário.

2.1. Bases de apresentação

Os valores apresentados, salvo indicação em contrário, são expressos em euros (EUR).

As demonstrações financeiras da Resinorte foram preparadas segundo a base do custo

histórico. A preparação de demonstrações financeiras em conformidade com os IAS/IFRS

requer o uso de estimativas e assunções que afetam as quantias reportadas de ativos e

passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período

de reporte. Apesar destas estimativas serem baseadas no melhor conhecimento da gestão

em relação aos eventos e ações correntes, em última análise, os resultados reais podem

diferir dessas estimativas. No entanto, é convicção da gestão que as estimativas e

assunções adotadas não incorporam riscos significativos que possam causar, no decurso

do próximo exercício, ajustamentos materiais ao valor dos ativos e passivos.

CONTAS DO EXERCÍCIO

1111, RESINORTE

2.1.1. Novas normas e alteração de políticas

Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012, não ocorreram alteraçõ

voluntárias de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação

financeira relativa ao exercício anterior apresentada nos comparativos, que decorram da

aplicação de novas normas emitidas após 31 de Dezembro de 201 I.

• Novas normas e interpretações emitidas pelo IASB e já endossadas pela

União Europeia, cuja aplicação é obrigatória apenas em períodos com

início após 30 de Junho de 2012:

o IAS I Apresentação de demonstrações financeiras (Emenda

A emenda à IAS I altera a agregação de itens apresentados na Demonstração do

Rendimento Integral. Itens suscetíveis de serem reclassificados (ou "reciclados")

para lucros ou perdas no futuro (por exemplo na data de desreconhecimento ou

liquidação) devem ser apresentados separados dos itens que não suscetíveis de

serem reclassificados para lucros ou perdas (por exemplo, reservas de reavaliação

previstas na IAS 16 e IAS 38).

Esta emenda não altera a natureza dos itens que devem ser reconhecidos na

Demonstração de Rendimento Integral, nem se os mesmos devem ou não ser

suscetíveis de serem reclassificados em lucros ou perdas no futuro.

As alterações à IAS I serão aplicáveis para os exercícios iniciados após 30 de Junho de

2012, podendo ser antecipada desde que devidamente divulgada. A aplicação é

retrospetiva.

Sem Impacto na empresa

• Novas normas e interpretações emitidas pelo IASB e não endossadas pela

União Europeia, cuja aplicação é obrigatória apenas em períodos com

início após 30 de Junho de 2012 e 1 de janeiro de 2013:

CONTAS DO EXERCÍCIO

IP RESINORTE

á

o IFRS I - Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato

financeiro - economias hiperinflacionárias (Emenda)

Quando a data de transição para as IFRS ocorrer na data, ou após data, em que a

moeda funcional cesse de ser uma moeda de uma economia hiperinflacionária, a

entidade pode mensurar todos os ativos e passivos detidos antes da data da

cessação e que foram sujeitas aos efeitos de uma economia hiperinflacionária, ao

seu justo valor na data da transição para IFRS. Este justo valor pode ser utilizado

como o custo considerado para esses ativos e passivos na data de abertura da

demonstração da posição financeira.

A emenda remove adicionalmente as datas fixas na IFRS I relativas ao

desreconhecimento de ativos e passivos financeiros e de ganhos e perdas em

transações no reconhecimento inicial, a nova data passa a ser considerada a data

da transição para as IFRS.

As alterações à IFRS I serão aplicáveis para os exercícios iniciados após 30 de Junho de

201 I. A aplicação antecipada é permitida desde que divulgada.

Sem Impacto na empresa

o IFRS I (Emenda) - Adopção pela primeira vez das normas internacionais de

relato financeiro - IFRS 9 e IAS 20 Contabilização dos subsídios

governamentais e divulgação de apoios governamentais

A emenda estabelece uma exceção na aplicação retrospetiva da IFRS 9

Instrumentos financeiros e IAS 20 Contabilização dos subsídios governamentais e

divulgação de apoios governamentais.

Esta emenda requer que as entidades que apliquem a IFRS I apliquem

prospectivamente os requisitos exigidos pela IAS 20 relativamente a empréstimos

governamentais que existam à data da transição para as IFRS. No entanto, as

entidades podem optar por aplicar os requisitos previstos na IFRS 9 (ou IAS 39,

conforme aplicável) e IAS 20 a empréstimos governamentais retrospetivamente se

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE

A a informação necessária tenha sido obtida na data de reconhecimento inicial

desses empréstimos.

Esta adoção permite aos primeiros adotantes um alívio da aplicação retrospetiva

da mensuração de empréstimos governamentais com uma taxa de juro inferior à

taxa de juro de mercado. Como resultado da não aplicação retrospetiva da IFRS 9

(ou IAS 39) e IAS 20, os adotantes pela primeira vez não necessitam de

reconhecer o correspondente benefício de uma taxa inferior à taxa de juro de

mercado num empréstimo governamental como subsídio.

As alterações à IFRS 1 serão aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de

Janeiro de 2013. A aplicação antecipada é permitida desde que divulgada.

Sem Impacto na empresa

o IFRS 7 (Emenda) Compensação de ativos financeiros e passivos financeiros

Esta emenda requer que as entidades divulguem informação sobre direitos de

compensação e acordos relacionados (por exemplo Garantias colaterais). Estas

divulgações providenciam informações que são úteis na avaliação do efeito líquido

que esses acordos possam ter na Demonstração da Posição Financeira de cada

entidade. As novas divulgações são obrigatórias para todos os instrumentos

financeiros que possam ser compensados tal como previsto pela IAS 32

Instrumentos Financeiros: Apresentação. As novas divulgações também se aplicam

a instrumentos financeiros que estão sujeitos a acordos principais de compensação

ou outros acordos similares independentemente de os mesmos serem

compensados de acordo com o previsto na IAS 32.

As alterações à IFRS 1 serão aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1

de Janeiro de 2013. A emenda à IFRS 7 deverá ser aplicável retrospectivamente de

acordo com a IAS 8. Contudo se a entidade decidir aplicar antecipadamente a IAS

32 Compensação de activos financeiros e passivos financeiros deve aplicar

conjuntamente as divulgações previstas na IFRS 7.

Sem Impacto na empresa

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESI NORTE

o IFRS 9 Instrumentos financeiros (Introduz novos requisitos de classificação e

mensuração de activos e passivos financeiros)

A primeira fase da IFRS 9 Instrumentos financeiros aborda a classificação e

mensuração dos ativos e passivos financeiros. O IASB continua a trabalhar e a

discutir os temas de imparidade e contabilidade de cobertura com vista à revisão e

substituição integral da IAS 39. A IFRS 9 aplica-se a todos os instrumentos

financeiros que estão no âmbito de aplicação da IAS 39.

As principais alterações são as seguintes:

Ativos Financeiros:

Todos os ativos financeiros são mensurados no reconhecimento inicial ao justo

valor.

Os instrumentos de dívida podem ser mensurados ao custo amortizado

subsequentemente se:

■ a opção pelo justo valor não for exercida;

■ o objetivo da detenção do ativo, de acordo com o modelo de

negócio, é receber os cash-flows contratualizados; e

■ nos termos contratados os ativos financeiros irão gerar, em datas

determinadas, cash-flows que se consubstanciam somente no

pagamento de reembolso de capital e juros relativos ao capital em

dívida.

Os restantes instrumentos de dívida são mensurados subsequentemente ao justo

valor.

Todos os investimentos financeiros de capital próprio são mensurados ao justo

valor através da Demonstração de Rendimento Integral ou através de proveitos e

perdas. Cada um dos instrumentos financeiros de capital próprio deve ser

mensurado ao justo valor através de i) na Demonstração de Rendimento integral

ou (ii) Proveitos e perdas (os instrumentos financeiros de capital próprio detidos

para devem ser mensurados ao justo valor com as respetivas variações sempre

reconhecidas através de proveitos e perdas)

Passivos Financeiros:

CONTAS DO EXERCÍCIO

1111, RESINORTE 4 As diferenças no justo valor de passivos financeiros ao pelo justo valor através dos

lucros ou prejuízos que resultem de alterações no risco de crédito da entidade

devem ser apresentadas na Demonstração de rendimento integral. Todas as

restantes alterações devem ser registadas nos lucros e perdas exceto se a

apresentação das diferenças no justo valor resultantes do risco de crédito do

passivo financeiro fossem suscetíveis de criar ou aumentar uma descompensação

significativa nos resultados do período.

Todas as restantes regras de classificação e mensuramento relativamente a

passivos financeiros existentes na IAS 39 permanecem inalteradas na IFRS 9

incluindo as regras da separação de derivados embutidos e o critério para ser

reconhecidos ao justo valor por proveitos e perdas.

Esta norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2015. A

aplicação antecipada é permitida desde que devidamente divulgada. A aplicação das

disposições relativas aos passivos financeiros pode ser também antecipada desde que em

simultâneo com as disposições relativas aos ativos financeiros.

Sem Impacto na empresa

o IFRS I O Demonstrações financeiras consolidadas

O IASB emitiu a IFRS 10 Demonstrações financeiras consolidadas que substitui os

requisitos de consolidação previstos na SIC 12 Consolidação - entidades com

finalidade especial e na IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e

separadas.

A IFRS estabelece um novo conceito de controlo que deverá ser aplicado para

todas as entidades e veículos com finalidade especial. As mudanças introduzidas

pela IFRS 10 irão requerer que a Gestão faça um julgamento significativo de forma

a determinar que entidades são controladas e consequentemente ser incluídas nas

Demonstrações financeiras consolidadas da empresa-mãe.

Esta norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013,

podendo ser antecipada desde que a entidade aplique simultaneamente a IFRS I I, IFRS

12, IAS 27 (revista em 2011) e IAS 28 (revista em 2011). A aplicação é retrospetiva.

I CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE

Sem Impacto na empresa

o IFRS I I Acordos conjuntos

A IFRS 11:

■ substitui a IAS 31 Interesses em empreendimentos Conjuntos e a SIC 13

Entidades conjuntamente controladas — contribuições não monetárias por

empreendedores.

■ altera o conceito de controlo conjunto e remove a opção de contabilizar

uma entidade conjuntamente controlada através da método da

consolidação proporcional, passando uma entidade a contabilizar o seu

interesse nestas entidades através do método da equivalência patrimonial.

■ define ainda o conceito de operações conjuntas (combinando os conceitos

existentes de ativos controlados e operações controlados conjuntamente)

e redefine o conceito de consolidação proporcional para estas operações,

devendo cada entidade registar nas suas demonstrações financeiras os

interesses absolutos ou relativos que possuem nos ativos, passivos,

rendimentos e custos.

Esta norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013,

podendo ser antecipada desde que a entidade aplique simultaneamente a IFRS 10, IFRS

12, IAS 27 (revista em 2011) e IAS 28 (revista em 2011). A aplicação é retrospetiva.

Sem Impacto na empresa

o IFRS 12 Divulgação de participações em outras entidades

A IFRS 12 Divulgação de participações em outras entidades estabelece o nível

mínimo de divulgações relativamente a empresas subsidiárias, empreendimentos

conjuntos, empresas associadas e outras entidades não consolidadas.

Esta norma inclui, por isso, todas as divulgações que eram obrigatórias nas IAS 27

Demonstrações financeiras consolidadas e separadas referentes às contas

consolidadas, bem como as divulgações obrigatórias incluídas na IAS 31 Interesses

CONTAS DO EXERCÍCIO

/4tPr RESINORTE

em empreendimentos conjuntos e na IAS 28 Investimentos em associadas, para

além de novas informações adicionais.

Esta norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013,

podendo ser antecipada desde que a entidade aplique simultaneamente a IFRS 10, IFRS

11, IAS 27 (revista em 2011) e IAS 28 (revista em 2011). A aplicação é retrospetiva.

Sem Impacto na empresa

o IFRS 13 Mensuração do justo valor

A IFRS 13 estabelece uma fonte única de orientação para a mensuração do justo

valor de acordo com as IFRS. A IFRS 13 não indica quando uma entidade deverá

utilizar o justo valor, mas estabelece uma orientação de como o justo valor deve

ser mensurado sempre que o mesmo é permitido ou requerido.

O justo valor é definido como o "preço que seria recebido para vender um ativo

ou pago para transferir um passivo numa transação entre duas partes a atuar no

mercado na data de mensuração".

Esta norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013, a

aplicação antecipada permitida desde que divulgada. A aplicação é prospetiva.

Sem Impacto na empresa

o IAS 12 Impostos sobre o rendimento

A emenda à IAS 12 clarifica que a determinação de imposto diferido relativo a

propriedades de investimento mensuradas ao justo valor, ao abrigo da IAS 40,

deverá ser calculada tendo em conta a sua recuperação através da sua alienação

no futuro. Esta presunção pode ser no entanto rebatível caso a entidade tenha um

plano de negócios que demonstre que a recuperação desse imposto será efetuada

através do uso das propriedades de investimento.

Adicionalmente, a emenda refere ainda que os impostos diferidos reconhecidos

por ativos fixos tangíveis não depreciáveis que sejam mensurados de acordo com

o modelo de revalorização devem ser calculados no pressuposto de que a sua

recuperação será efetuada através da venda destes ativos.

CONTAS DO EXERCÍCIO

)411,1 RESINORTE

As alterações à IAS 12 serão aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após I de

Janeiro de 2012, podendo ser antecipada desde que devidamente divulgada. A apli cação

é retrospetiva.

Sem Impacto na empresa

o IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas (Revista em 201 I)

Com a introdução da IFRS 10 e IFRS 12, a IAS 27 limita-se a estabelecer o

tratamento contabilístico relativamente a subsidiárias, empreendimentos conjuntos

e associadas nas contas separadas.

As alterações à IAS 27 serão aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de

Janeiro de 2013 podem ser antecipadas desde que a entidade aplique simultaneamente

a IFRS 10, IFRS 11, IFRS 12 e IAS 28 (revista em 2011). A aplicação é retrospetiva.

Sem impacto na empresa

o IAS 28 Investimentos em associadas e joint ventures

Com as alterações à IFRS I I e IFRS 12, a IAS 28 foi renomeada e passa a

descrever a aplicação do método de equivalência patrimonial também às joint

ventures à semelhança do que já acontecia com as associadas.

As alterações à IAS 27 serão aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de

Janeiro de 2013 podendo ser antecipada desde que a entidade aplique simultaneamente

a IFRS 10, IFRS 11, IFRS 12 e IAS 27 (revista em 2011). A aplicação é retrospetiva.

Sem Impacto na empresa

o IAS 32 Instrumentos financeiros (Compensação de ativos financeiros e

passivos financeiros)

A emenda clarifica o significado de "direito legal correntemente executável de

compensar" e a aplicação da IAS 32 aos critérios de compensação de sistemas de

CONTAS DO EXERCÍCIO

fi 11111 RESINORTE

compensação (tais como sistemas centralizados de liquidação e compensação)

quais aplicam mecanismos de liquidação brutos que não são simultâneos.

O parágrafo 42 a) da IAS 32 requer que "um ativo financeiro e um passivo

financeiro devem ser compensados e a quantia líquida apresentada no balanço

quando, e apenas quando, uma entidade tiver atualmente um direito de

cumprimento obrigatório para compensar as quantias reconhecidas". Esta emenda

clarifica que os direitos de compensar não só têm de ser legalmente

correntemente executáveis no decurso da atividade normal mas também têm de

ser executáveis no caso de um evento de incumprimento e no caso de falência ou

insolvência de todas as contrapartes do contrato, incluindo da entidade que

reporta. A emenda também clarifica que os direitos de compensação não devem

estar contingentes de eventos futuros.

O critério definido na IAS 32 para a compensação de instrumentos financeiros

requer que a entidade de reporte pretenda, ou liquidar numa base líquida, ou

realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo. A emenda clarifica que só os

mecanismos de liquidação pelo valor bruto que eliminam ou resultam em riscos de

crédito e liquidez insignificantes em que o processo de contas a receber e a pagar

é um único processo de liquidação ou ciclo podem ser, de facto, equivalentes a

uma liquidação pelo valor líquido, cumprindo com efeito o critério de liquidação

líquido previsto na norma.

Esta norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após l de Janeiro de 2014. A

emenda à IFRS 7 deverá ser aplicável retrospetivamente de acordo com a IAS 8. A

aplicação antecipada é permitida devendo divulgar este facto e cumprir com as

divulgações previstas pela IFRS 7 Divulgações (Emenda) - Compensação de ativos

financeiros e passivos financeiros.

Sem Impacto na empresa

o IFRIC 20 Custos de separação de resíduos durante a fase de produção numa

mina à superfície

Esta interpretação aplica-se à remoção de resíduos incorridos numa mina de

superfície durante a fase de produção.

/ /

os

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE Ã •

Se o benefício decorrente da atividade de separação de resíduos or realizado

)n ° nc?‘14

período corrente, uma entidade deve reconhecer esses custos de separação e

remoção de resíduos como custos de inventários. Quando o benefício se referé a

um acesso melhorado ao minério então a entidade deverá reconhecer esses

custos como ativos não correntes se determinados critérios de reconhecimento

forem cumpridos. Os ativos de separação e remoção de resíduos devem ser

contabilizados como uma adição ou melhoramentos a ativos já existentes.

Se os custos da atividade de separação de resíduos que reúnem as condições para

serem reconhecidos como um ativo e o inventário produzido não forem

identificáveis separadamente, uma entidade deve alocar estes custos por ambos os

ativos utilizando um método de alocação baseado numa medida relevante de

produção.

Após a mensuração inicial, o ativo resultante da atividade de separação e remoção

de resíduos deve estar registado ao seu valor de custo ou ao valor reavaliado,

líquido de amortizações e imparidades, utilizando os mesmos critérios de

valorização dos ativos de que esta componente faça parte integrante.

A IFRIC 20 é aplicável para os exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013,

pode no entanto ser aplicada antecipadamente desde que devidamente divulgada. A

IFRIC não requer a total aplicação é retrospetiva.

Sem Impacto na empresa

• Normas e interpretações recentemente emitidas pelo IASB, cuja aplicação

é obrigatória apenas para os períodos com início após I de Janeiro de 2013:

o IAS 19 (Revista) Benefícios dos Empregados

CONTAS DO EXERCÍCIO

III/ RESINORTE

■ a eliminação da opção de diferir o reconhecimento dos ganhos e perdas

atuariais, conhecida pelo "método do corredor"; Ganhos e Perdas atuariais

são reconhecidos na Demonstração do Rendimento Integral quando os

mesmos ocorrem. Os valores reconhecidos nos lucros ou prejuízos são

limitados: ao custo corrente e de serviços passados (que inclui os ganhos e

perdas nos cortes), ganhos e perdas na liquidação e gastos (rendimentos)

relativos a juros líquidos. Todas as restantes alterações no valor líquido do

ativo (passivo) decorrente do plano de benefício definido devem ser

reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral, sem subsequente

reclassificação para lucros ou perdas.

■ Os objetivos para as divulgações relativos a planos de benefício definido

são explicitamente referidos na revisão da norma, bem como novas

divulgações ou divulgações revistas. Nestas novas divulgações inclui-se

informação quantitativa relativamente a análises de sensibilidade à

responsabilidade dos benefícios definidos a possíveis alterações em cada

um dos principais pressupostos atuariais.

■ Benefícios de cessação de emprego deverão ser reconhecidos no

momento imediatamente anterior: (i) a que compromisso na sua atribuição

não possa ser retirado e (ii) a provisão por reestruturação seja constituída

de acordo com a IAS 37.

■ A distinção entre benefícios de curto e longo prazo será baseado na

tempestividade da liquidação do benefício independentemente do direito

ao benefício do empregado já ter sido conferido.

Sem Impacto na empresa

• Melhorias anuais relativas ao ciclo 2009-2011, emitidas pelo IASB

o IFRS I (Emenda) Adoção pela primeira vez das normas internacionais de

relato financeiro

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE

Clarifica que uma entidade que parou de aplicar as IFRS pode escolher entre: (i)

voltar a aplicar a IFRS I, apesar de já o ter feito num período anterior; ou (ii)

aplicar retrospetivamente de acordo com a IAS 8, como se nunca tivesse deixado

de aplicar as IFRS. Se uma entidade voltar a aplicar a IFRS I ou aplicar a IAS 8,

deve divulgar as razões porque deixou de aplicar as IFRS e subsequentemente

reatou a aplicação das IFRS.

Clarifica que, na adoção das IFRS, uma entidade que tenha capitalizado custos de

financiamento de acordo com o anterior normativo, pode manter esse montante

capitalizado sem qualquer ajustamento na Demonstração da posição financeira na

data de transição.

Sem Impacto na empresa

o IAS 1 (Emenda) Apresentação de demonstrações financeiras

Clarifica a diferença entre informação comparativa adicional e informação mínima

comparativa. Geralmente, a informação comparativa mínima requerida

corresponde ao período comparativo anterior.

Uma entidade deve incluir informação comparativa nas notas às demonstrações

financeiras quando voluntariamente divulga informação para além da informação

mínima requerida. A informação adicional relativa ao período comparativo não

necessita de conter um conjunto completo de demonstrações financeiras.

Adicionalmente, o balanço de abertura do da posição financeira (terceiro balanço)

deve ser apresentado nas seguintes circunstâncias: i) quando uma entidade aplica

uma política contabilística retrospetivamente ou elabora uma reexpressão

retrospetiva de itens nas suas demonstrações financeiras; ou ii) quando reclassifica

itens nas suas demonstrações financeiras e estas alterações são materialmente

relevantes para a demonstração da posição financeira. O balanço de abertura

deverá ser o balanço de abertura do período comparativo. Todavia, ao contrário

da informação comparativa voluntária, não são requeridas notas para sustentar a

terceira demonstração da posição financeira.

Sem Impacto na empresa

4

CONTAS DO EXERCÍCIO

/,...----71312, ;1111 RESINORTE

o IAS 16 Ativos fixos tangíveis _ Clarifica que sobressalentes e equipamentos de serviço que cumprem com a

definição de ativos fixos tangíveis devem ser classificados como tal e não são

inventários.

Sem Impacto na empresa

o IAS 32 Instrumentos financeiros

Clarifica que o imposto sobre o rendimento que resulte de distribuições a

acionistas deve ser contabilizado de acordo com a IAS 12 Impostos sobre o

rendimento.

Sem Impacto na empresa

o IAS 34 Relato financeiro intercalar

Clarifica que os requisitos da IAS 34 relativamente à informação por segmentos

para o total de ativos e passivos para cada segmento reportável, de forma a

melhorar a consistência com a IFRS 8 Relato por segmentos.

De acordo com esta emenda, o total de ativos e passivos para cada um dos

segmentos reportáveis só necessitam de ser divulgados quando os mesmos são

regularmente providenciados aos gerentes de segmento.

As melhorias às IFRS são aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro

de 2013, podem ser aplicadas antecipadamente desde que devidamente divulgadas. A

aplicação é retrospetiva.

Sem Impacto na empresa

o Guia de aplicação para as IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12

Clarifica algumas disposições transitórias das IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12.

Este guia de aplicação será aplicável para os exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro

de 2013 podendo ser antecipado se a entidade aplicar a IFRS 10, IFRS I I, IFRS 12

antecipadamente.

I CONTAS DO EXERCÍCIO

,4101 '4

IIP RESINORTE 11,

Sem Impacto na empresa

2.2. Atividade regulada — reconhecimento de ativos e passivos regulatórios

2.2.1. Introdução

As empresas gestoras de SMM (sistemas multimunicipais) atuam no âmbito das atividades

reguladas. O maior efeito da regulação sobre a atividade das empresas está no escrutínio

que a entidade reguladora (ERSAR - DL 362/98, de 18 de Novembro, com as alterações

introduzidas pelos DL 151/2002, de 23 de Maio, e DL 277/2009, de 2 de Outubro) faz da

tarifa a aplicar aos serviços prestados aos utilizadores e bem como do respetivo

orçamento anual.

De acordo com este escrutínio, as tarifas a praticar pelas empresas carecem da aprovação

pelo órgão que exerce o poder concedente, mediante o parecer do regulador sobre a sua

adequabilidade.

A atividade da Resinorte, S.A. é regulada, no sentido de que os preços são fixados por

uma terceira entidade (Ministério do Ambiente) sob parecer do Regulador — ERSAR, I.P.,

Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos, I.P.

2.2.2. Acréscimos de custos para investimentos contratuais

Em cumprimento do estipulado nos contratos de concessão e com as regras regulatórias,

e sempre que aplicável, é registada a quota-parte anual dos custos estimados para fazer

face aos encargos futuros em investimentos contratuais (regulados) ou em investimentos

de expansão (regulados) da concessão.

Estes acréscimos são calculados com base no investimento contratual de substituição

definido na revisão ao modelo económico (Estudo de Viabilidade Económico Financeiro),

submetido para análise e aprovação do concedente, e são registadas em resultados por

contrapartida de passivo não corrente.

Saliente-se que os acréscimos de custos para investimentos contratuais visam garantir o

princípio da especialização dos exercícios e o balanceamento, durante o prazo de vigência

dos contratos de concessão com o Estado, dos proveitos (tarifas) e dos custos

(incorridos e a incorrer) que constituem a sua base de cálculo.

I CONTAS DO EXERCÍCIO

„dr RESINORTE

Na prática estes acréscimos, correspondem a um reembolso futuro à tarifa, permitindo

um nível de estabilização da mesma, bem como o balanceamento, durante o prazo de

,,---71,

vigência dos contratos de concessão com o Estado, dos proveitos (tarifas) e dos custos V (incorridos e a incorrer) referidos anteriormente.

Estes acréscimos são reconhecidos em custos na rubrica Gastos de Depreciação e

Amortização e no passivo (não corrente), sendo transferido o passivo para amortizações

acumuladas aquando da concretização do investimento subjacente.

2.3. Atividade concessionada — IFRIC 12

2.3.1. Enquadramento

A IFRIC 12 — "Acordos de concessão de serviço” define os princípios a observar na

contabilização dos contratos de concessão de serviço público, atendendo aos serviços a

que a concessionária se obriga a prestar e ao controlo que exerce sobre os cativos da

concessão.

No âmbito da IFRIC 12 estão os contratos de concessão de serviço que possuem as

seguintes características:

(i) O objetivo do contrato é a prestação de um serviço público aos utilizadores

em geral;

(ii) O contrato de concessão regula o tipo e a qualidade dos serviços a serem

prestados pelo concessionário;

(iii) O concessionário é responsável pela conceção, desenho e construção /

requalificação das infraestruturas necessárias à prestação do serviço público;

(iv) Os preços a praticar (tarifas) são aprovados pelo concedente sob escrutínio

do regulador;

(v) O concedente controla qualquer valor residual das infraestruturas

independentemente de quem a construiu ou detêm a titularidade um vez que

(a) o concessionário não pode onerar, alienar ou ceder as infraestruturas da

concessão e (b) no final da concessão, as infraestruturas da concessão

revertem para o concedente / associação de municípios

A IFRIC 12 proporciona orientação quanto ao tratamento contabilístico a adotar pelos

concessionários de serviços públicos com as características acima identificadas. Quando a

CONTAS DO EXERCÍCIO

ffir RESINORTE

IFRIC 12 é aplicada, o concessionário não pode reconhecer nas suas demonstrações

financeiras, como ativos fixos tangíveis, os ativos da concessão utilizados na prestação do

serviço por não deter o controlo sobre os mesmos, embora retenha o risco de

construção e de financiamento.

Dado que a construção/aquisição das infraestruturas da concessão não qualifica como

investimento em ativos próprios do concessionário, em substância o concessionário

presta um serviço de construção que terá de registar de acordo com a IAS 11 —

Contratos de construção.

A aplicação da IAS 1 I prevê o reconhecimento da totalidade dos gastos incorridos na

prestação do serviço de construção/ requalificação das infraestruturas da concessão

consoante a sua natureza, e o registo do justo valor do rédito da construção.

Uma vez que no caso das concessões este serviço está associado ao contrato de

concessão que prevê a exploração subsequente das infraestruturas construídas/

adquiridas, é necessário determinar a contraprestação do rédito reconhecido.

A IFRIC 12 preconiza dois modelos de contabilização para os serviços de construção

consoante os riscos e benefícios assumidos pelo concessionário:

i) o modelo do ativo financeiro — se o concedente tem a responsabilidade de

pagar ao concessionário pela prestação do serviço de construção, os

montantes despendidos constituem um direito a receber;

ii) o modelo do ativo intangível — se o concessionário tem direito a cobrar

consoante a prestação do serviço públicos aos utilizadores (pagando o

utilizador ou o concedente), os montantes despendidos constituem o custo da

aquisição do direito de concessão.

O concessionário deve reconhecer um ativo financeiro na medida em que tem um direito

contratual de receber dinheiro ou outro ativo financeiro do concedente pelos serviços de

construção e o concedente não tem como evitar o pagamento, uma vez que o contrato

tem a força de lei. O concessionário tem um direito incondicional de receber dinheiro se

o concedente garantir contratualmente esse pagamento ao concessionário que

corresponde a (a) um montante especifico, ou (b) à diferença, se existir, entre os

montantes recebidos dos utilizadores do serviço público, e outro montante específico,

CONTAS DO EXERCÍCIO

111, RESINORTE

mesmo que o pagamento seja contingente ao facto de o concessionário assegurar que

infraestrutura está de acordo com os requisitos de qualidade e eficiência.

O concessionário deve reconhecer um ativo intangível na medida em que recebe um

direito (licença) de cobrar aos utilizadores pela prestação do serviço público. O direito a

cobrar aos utilizadores por um serviço público não é um direito incondicional de

cobrança, porque os montantes estão condicionados ao facto de os utilizadores utilizarem

o serviço.

O concessionário deve reconhecer o rédito e os custos relacionados com o serviço de

operação da concessão de acordo com o IAS 18 - Rédito.

Nos termos desta interpretação a RESINORTE, S.A. presta os dois tipos de serviços: o de

construção, requalificação e renovação das infraestruturas afetas ao sistema; e o de

exploração e gestão do sistema constituído pelas infraestruturas, necessárias à prestação

de serviços aos utilizadores, pelo que aplica os princípios da IFRIC 12.

Decorrente da atividade concessionada, a RESINORTE, S.A., gestora de um SMM

(sistemas multimunicipais) está sujeita à regulação económica em vigor para o serviço

público prestado. O maior impacto da regulação sobre a atividade da empresa está no

escrutínio que a entidade reguladora (ERSAR - DL 362/98, de 18 de Novembro, com as

alterações introduzidas pelos DL 151/2002, de 23 de Maio, e DL 277/2009, de 2 de

Outubro) faz da tarifa a aplicar aos serviços prestados aos utilizadores, bem como do

respetivo orçamento anual e plano de investimentos.

Concessões, prazo e indexantes

Água e saneamento/ Concessão/ Remuneração acionista Prazo Período

Residuos Parceria

Taxa Incidência

Resíduos

Concessão 30 Anos 2010-2039 OT 10 anos + 3% Capital Social e

Reserva Legal

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE

2.3.2. Classificação da infraestrutura

A RESINORTE, S.A. encontra-se integrada no universo do Grupo AdP, constituindo urna

sociedade estabelecida com os Municípios / Associação de Municípios para a execução do

contrato de concessão prestação do serviço público de valorização e tratamento de

resíduos atribuído pelo Estado.

Do ponto de vista dos acionistas da RESINORTE, S.A., a concessão assenta num modelo

tendente à classificação como ativo financeiro, uma vez que, tendo os acionistas direito a

uma remuneração (mínima) anual garantida contratualmente, cujo recebimento pode ser

diferido no tempo, na sua perspetiva, não está sujeito a perda de valor.

Contudo, na esfera jurídica da RESINORTE, S.A. que possui o contrato de concessão de

prestação de serviço público, a contabilização de acordo com o modelo do ativo

financeiro não se aplica, uma vez que de acordo com a definição de ativo financeiro,

estabelecida pelo IAS 32 — Instrumentos financeiros, a Resinorte não possui um direito

presente e incondicional a receber dinheiro ou outro ativo financeiro. De entre os vários

mecanismos de reequilíbrio dos contratos de concessão; (i) aumento de tarifas, (ii)

indemnização direta do concedente e/ou (iii) extensão do prazo de concessão, esta última

não cumpre com os requisitos previstos naquela norma (IAS 32), uma vez que constitui

um direito futuro a cobrar aos utilizadores, inviabilizando o reconhecimento do ativo

financeiro.

Deste modo, a RESINORTE, S.A. como concessionária de SMM classifica os montantes

incorridos na construção/ aquisição das infraestruturas dos sistemas que explora como

ativos intangíveis — Direito de concessão

A formação do custo dos ativos intangíveis (direitos de concessão) compreende o custo

de aquisição ou construção, incluindo os custos e proveitos (líquidos) diretos e

indiretamente relacionados com os projetos de construção, que são capitalizados em

ativos intangíveis em curso, por permuta com os serviços de construção prestados.

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos para financiamento dos

projetos de construção em curso são capitalizados na sua totalidade até à entrada em

exploração das infraestruturas do sistema.

Os investimentos adicionais de expansão ou modernização nas infraestruturas da

concessão, cuja vida útil se prolongue para além do prazo da concessão, e que

CONTAS DO EXERCÍCIO

111, RESINORTE

apresentem valor residual no termo da concessão, darão lugar a uma indemnização

equivalente ao valor ainda não amortizado a essa data, pelo que a RESINORTE, S.A.

procede ao registo, na data da permuta pelo direito de concessão, do valor a receber ,4 descontado como um ativo financeiro.

As despesas com grandes reparações e benfeitorias às infraestruturas da concessão

(incluindo bens de substituição), por via da regulação económica da concessão, são

especificamente remuneradas na medida em que concorrem igualmente para a formação

da tarifa (ou seja, têm uma recuperação implícita na aceitação da amortização pelo

regulador), sendo desta forma contabilizadas como parte do ativo intangível

A manutenção e conservação corrente das infraestruturas, são contabilizadas em

resultados no exercício em que ocorrem

A empresa considera no conceito de infraestrutura a universalidade dos bens afetos à

concessão.

2.3.3. Amortizações

O ativo intangível, direito de concessão, é amortizado numa base sistemática de acordo

com o padrão de obtenção dos benefícios económicos associados ao mesmo. No caso da

RESINORTE, S.A. os benefícios económicos obtidos da exploração do direito de

concessão são determinados pela regulação económica e a aceitação dos custos de

amortização na formação anual das tarifas por parte do regulador.

2.3.4. Acréscimos de custos por responsabilidades contratuais

Em cumprimento do estipulado no contrato de concessão e com as regras regulatórias, é

registada a quota-parte anual dos gastos estimados para fazer face às responsabilidades

em investimentos contratuais da concessão. Estes acréscimos são calculados com base no

padrão de obtenção dos benefícios económicos associados ao mesmo. No caso da

RESINORTE, S.A. os benefícios económicos obtidos são determinados pela regulação

económica tendo por base o modelo económico de suporte ao contrato de concessão e

são registados em resultados do exercício por contrapartida de passivo não corrente. Na

CONTAS DO EXERCÍCIO

111, RESINORTE

prática estes acréscimos correspondem a uma responsabilidade por reembolso a tarifas

futuras.

2.3.5. Rédito — serviços de construção

De acordo com o IFRIC 12 — Contratos de concessão, o rédito dos serviços de

construção deve ser reconhecido de acordo com o IAS 11 — Contratos de construção. O

modelo regulatório e as regras de cálculo das tarifas não permitem que a RESINORTE,

S.A. expurgue da tarifa o serviço de construção e o serviço de operação, e que se

determine o justo valor do respetivo rédito com fiabilidade.

Saliente-se ainda que a RESINORTE, S.A., na fase de construção das infraestruturas atua

como um "agente"/intermediário, transferindo os riscos e os retornos a um terceiro (que

constrói), sem apropriação de qualquer margem, no decurso da sua atividade operacional.

Assim, e tendo em conta a atividade regulada da RESINORTE, S.A., o rédito reconhecido

é aquele que resulta da aplicação das tarifas aprovadas pelo concedente e escrutinadas

pelo regulador.

Caso a RESINORTE, S.A. tivesse optado por reconhecer o rédito associado à construção,

o volume de negócios e o custo das vendas seria superior em 451.021 Euros, sem

qualquer impacto no resultado do exercício.

2.4. Ativos intangíveis

2.4.1. Direitos de utilização de infraestruturas

Com base na IFRIC 12, os direitos de utilização das infraestruturas foi valorizado pelo

custo de aquisição da universalidade dos investimentos, sendo a vida útil calculada com

base no prazo em falta para o termo da concessão, contado a partir da aquisição dos

investimentos.

Ver nota 2.3.2.

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE k/-\- 2.5. Ativos e passivos financeiros

2.5.1. Classificação de ativos financeiros

Os ativos financeiros da Resinorte, S.A. são classificados nas categorias que abaixo se

descrevem:

2.5.1.1. Empréstimos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber são registados inicialmente ao justo valor e

subsequentemente pelo custo amortizado, não têm implícito juros por não ser material o

valor temporal do dinheiro e como tal estão mensuradas pelo seu valor nominal com

base na taxa de juro efetiva, deduzidos de eventuais perdas de imparidade. As perdas de

imparidade são registadas com base na estimativa e avaliação das perdas associadas aos

créditos de cobrança duvidosa, na data do balanço, para que reflitam o seu valor realizável

líquido.

São registados ajustamentos por imparidade quando existam indicadores objetivos de que

a Resinorte, S.A. não irá receber todos os montantes que lhe são devidos de acordo com

os termos originais dos contratos estabelecidos. Na identificação de situações de

imparidade são utilizados indicadores como: análise de incumprimento; incumprimento há

mais de 6 meses; dificuldades financeiras do devedor; probabilidade de falência do

devedor.

2.5.2. Passivos financeiros

Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual,

independentemente da forma legal que assumem. O IAS 39 — Instrumentos financeiros:

reconhecimento e mensuração, prevê a classificação dos passivos financeiros em duas

categorias: (i) passivos financeiros ao justo valor por via de resultados; (ii) outros passivos

financeiros. Os outros passivos financeiros incluem Empréstimos obtidos e Fornecedores

e outras contas a pagar.

I CONTAS DO EXERCÍCIO

4,) RESINORTE

2.5.2.1. Empréstimos bancários

Os empréstimos são reconhecidos inicialmente ao justo valor deduzidos de custos de

transação incorridos e subsequentemente são mensurados ao custo amortizado. _ ) Qualquer diferença entre o valor de emissão (líquido de custos de transação incorridos) e

o valor nominal é reconhecido em resultados durante o período de existência dos/

empréstimos de acordo com o método do juro efetivo. Os empréstimos obtidos são

classificados no passivo corrente, exceto se a Resinorte, S.A. possuir um direito

incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos I2 meses após a data do

balanço, sendo neste caso classificado no passivo não corrente.

2.5.2.2. Fornecedores e outras contas a pagar

Os saldos de fornecedores e outras contas a pagar são inicialmente registados pelo seu

valor nominal, o qual se entende ser o seu justo valor.

2.6. Clientes e outras contas a receber

Os saldos de clientes e outras contas a receber são valores a reconhecer pela venda de

mercadorias ou de serviços prestados pela Resinorte, S.A. no curso normal das suas

atividades. São registados ao justo valor.

2.7. Inventários

Os inventários estão valorizados ao custo de aquisição (o qual inclui todas as despesas até

à sua entrada em armazém) e ao valor realizável líquido. O valor realizável líquido resulta

do preço de venda estimado no decurso da atividade normal da empresa. O método de

custeio adotado para a valorização das saídas de armazém é o FIFO.

2.8. Caixa e equivalentes de caixa

O caixa e equivalentes de caixa incluem numerário, depósitos bancários, outros

investimentos de curto prazo.

CONTAS DO EXERCÍCIO

mor 111, RESINORTE

2.9. Imparidade

Clientes, devedores e outros ativos financeiros

São registados ajustamentos para perdas por imparidade quando existem indicad res

objetivos que a Resinorte, S.A. não irá receber todos os montantes a que tinha direito de

acordo com os termos originais dos contractos estabelecidos. Na identificação de

situações de imparidade são utilizados diversos indicadores, tais como: (i) análise de

incumprimento; (ii) incumprimento há mais de 6 meses; (iii) dificuldades financeiras do

devedor; (iv) probabilidade de falência do devedor.

2.10. Capital

As ações ordinárias são classificadas no capital próprio.

2.11. Dividendos a pagar

Os dividendos são classificados no capital próprio, pelo valor realizado.

2.12. Subsídios do governo

Os subsídios para investimento são reconhecidos quando existe uma segurança razoável

que o subsídio será recebido e que a Resinorte, S.A. cumprirá as obrigações inerentes ao

seu recebimento. Os subsídios para investimento relativos à aquisição e/ou construção de

ativos intangíveis são incluídos nos passivos não-correntes e são creditados na

demonstração dos resultados com base no mesmo método da amortização dos ativos

subjacentes.

Os restantes subsídios são reconhecidos na demonstração dos resultados no mesmo

período dos gastos que pretendem compensar.

CONTAS DO EXERCÍCIO

rffilj RESINORTE y -,...-

2.13. Impostos

O imposto sobre rendimento do período compreende os impostos correntes e os

impostos diferidos. Os impostos sobre o rendimento são registados na demonstração dos

resultados, exceto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos

diretamente nos capitais próprios. O valor de imposto corrente a pagar, é determinado

com base no resultado antes de impostos, ajustado de acordo com as regras fiscais.

Os impostos diferidos são reconhecidos usando o método do passivo de balanço,

considerando-se as diferenças temporárias provenientes da diferença entre a base fiscal

de ativos e passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras. Os impostos

diferidos ativos são reconhecidos na medida em que seja provável que os lucros

tributáveis futuros estarão disponíveis para utilização da diferença temporária ou quando

se espera a reversão de um imposto diferido ativo para a mesma altura e com a mesma

autoridade

Os impostos diferidos são calculados com base na taxa de imposto em vigor ou já

oficialmente comunicada, à data do balanço e que se estima que seja aplicável na data da

realização dos impostos diferidos ativos ou na data do pagamento dos impostos diferidos

passivos.

Os impostos diferidos são registados no resultado líquido ou em capital próprio

consoante o registo da transação ou evento que lhes deu origem.

2.14. Rédito

O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestação de serviços, líquido de

impostos e descontos. O rédito é reconhecido como segue:

2.14.1. Prestação de serviços

Atividade regulada — Resíduos Sólidos Urbanos

O rédito é registado pelo valor do produto entre a tarifa aprovada e as toneladas

entregues pelos Municípios acionistas;

CONTAS DO EXERCÍCIO

/4tP

RESINORTE ob Atividade não regulada — Resíduos Industriais Banais, Resíduos Equiparados a Urbanos e

Recolha de Resíduos no Alto Tâmega

O rédito é registado pelo valor do produto entre a tarifa comunicada à Entidad

Reguladora e as toneladas entregues/recolhidas pelos clientes produtores de Resíduos

Industriais Banais, Resíduos Equiparados a Urbanos e Recolha de Resíduos no Alto

Tâmega;

2.14.2. Venda de bens

Atividade regulada — Entregas à Sociedade Ponto Verde

O rédito é registado pelo valor do produto entre a tarifa aprovada por Despacho emitido

pelos Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento

Regional e da Economia e da Inovação e as toneladas entregues para valorização;

Atividade regulada — Entregas a Outros Retomadores

O rédito é registado pelo valor do produto entre a tarifa definida no contrato celebrado

com as respetivas entidades ou na inexistência de contrato celebrado pelo valor de

cotação mais elevado e as toneladas entregues para valorização;

2.15. juros

O rendimento de juros é reconhecido com base na taxa de juro efetiva e são registados

no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo.

2.16. Gastos e perdas

Os gastos e perdas são registados no exercício a que respeitam, independentemente do

momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime do acréscimo

(especialização do exercício).

CONTAS DO EXERCÍCIO

,or 111/ RESINORTE

2.17. Eventos subsequentes

\/- Os eventos ocorridos após a data de balanço que proporcionem informação adicional

sobre condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações

financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobr e

condições que ocorram após a data do balanço, se materiais e não ajustáveis são

divulgados nas notas às Demonstrações financeiras, se ajustáveis são alteradas as

Demonstrações financeiras.

3. Políticas de gestão do risco financeiro

3.1. Fatores de risco

As atividades da Resinorte, S.A. estão expostas a uma variedade de fatores de risco

financeiro: risco de crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa

de juro.

3.2. Risco de crédito

O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte

falhar nas suas obrigações contratuais, resultando uma perda financeira para a empresa. A

Resinorte está sujeita ao risco de crédito nas suas atividades operacionais, de

investimento e de tesouraria.

O risco de crédito relacionado com operações está essencialmente relacionado com

créditos de serviços prestados a clientes (serviços de água, saneamento e resíduos). Este

risco é em teoria reduzido, dadas as características do serviço prestado (a entidades

estatais - municípios). No entanto dada a situação económica e financeira particular do

país nos últimos 2 anos, com consequências diretas junto das autarquias locais, o

montante de saldos vencidos tem vindo a crescer significativamente (ver notas 16 e 18

-clientes).

Os ajustamentos de imparidade para contas a receber são calculados considerando: i) o

perfil de risco do cliente, consoante se trate de cliente institucional ou empresarial; ii) o

CONTAS DO EXERCÍCIO

11, RESINORTE

prazo médio de recebimento, o qual difere de negócio para negócio; e iii) a condição

financeira do cliente

O grupo AdP tem vindo a alertar o Governo Central para a insustentabilidadé da atual

situação de mora junto de alguns municípios, no sentido de encontrar alternativas que

permitam cobrar os valores em dívida. No Orçamento de Estado para 2012, no n.° 1 do

artigo 58° estabeleceu que as autarquias locais que tenham dívidas vencidas às entidades

gestoras dos sistemas multimunicipais do setor da água, do saneamento básico e dos

resíduos deveriam apresentar até ao dia 15 de fevereiro de 2012, ao ministério da tutela

setorial, as condições de regularização dos respetivos débitos.

No Conselho de Ministros de 14 de junho de 2012, foi aprovado o Programa de Apoio à

Economia Local (PAEL), tem por objeto a regularização do pagamento de dívidas dos

municípios vencidas há mais de 90 dias, registadas na Direção-Geral das Autarquias Locais

até 31 de março de 2012.

O PAEL abrange todos os pagamentos em atraso há mais de 90 dias dos municípios,

independentemente da sua natureza comercial ou administrativa, sendo os municípios

aderentes autorizados a celebrar um contrato de empréstimo com o Estado nos termos e

condições definidos nesta proposta de lei.

Os limites gerais de endividamento de médio e longo prazo, previsto na Lei das Finanças

Locais, não prejudicam a contração de empréstimos ao abrigo do presente diploma. O

fundo disponível para o financiamento do PAEL é de 1.000.000.000 euros. São 263

municípios que estão em condições de beneficiar do acordo assinado entre o Governo e

as autarquias para uma linha de crédito de mil milhões de euros.

O PAEL divide-se em dois programas: o primeiro direcionado para autarquias em situação

de desequilíbrio estrutural e com pedido de reequilíbrio financeiro apresentado ao

Estado. Nesse caso, o contrato de financiamento pode chegar aos 100 por cento das

dívidas. O segundo dirige-se às dívidas em atraso, pelo menos, há 90 dias, e os contratos

podem cobrir entre 50 a 90 por cento das dívidas.

As autarquias que estabeleçam um contrato ao abrigo do PAEL são impostas um conjunto

de obrigações, entre as quais multas no caso de existir um aumento do endividamento no

período da execução do contrato.

CONTAS DO EXERCÍCIO

11, RESINORTE

A Administração da Resinorte acompanhou de perto (junto das "entidades interessadas")

estas negociações, estando otimista quanto ao desfecho deste processo. Ainda que esta

data não seja possível determinar com exatidão as verbas que irão ser pagas à empresa, é

expetável que partes significativas das dívidas dos Municípios anteriores a 31 de

Dezembro de 2011 venham a ser liquidadas quando estes contratos forem assinados e

disponibilizada a verba por parte do Governo Central aos Municípios.

A Administração tomou conhecimento que o Tribunal de Contas se encontra a analisar as

contas dos vários municípios, para posteriormente dar um parecer ao Governo, assim

sendo é expectável por parte da Administração que durante o ano de 2013, estas dívidas

venham a ser pagas, no âmbito deste programa de ajuda aos Municípios.

Adicionalmente o Conselho de Administração da Resinorte encontra-se a avaliar à

adoção de outras medidas que visem assegurar a recuperabilidade dos saldos a receber

dos Municípios, entre as quais o acionamento do mecanismo associado ao Privilégio

Creditório, o qual incide sobre as dívidas correntes, e o estabelecimento de acordos de

pagamento.

Ainda que atendendo à incerteza existente acerca dos prazos em que os clientes

Municípios procederão ao cumprimento das suas obrigações, o Conselho de

Administração da Resinorte continua a entender que sobre esses saldos não existem à

data indicadores que conduzam ao reconhecimento de perdas por imparidade.

A seguinte tabela representa a exposição máxima da empresa a risco de crédito (não

incluindo saldos de clientes e de outros devedores) a 31 de dezembro de 2012, sem ter

em consideração qualquer colateral detido ou outras melhorias de crédito. Para ativos no

balanço, a exposição definida é baseada na sua quantia escriturada como reportada na

face do balanço.

Ativos financeiros bancários 3 1.1 2.201 2

Depósitos à Ordem

Depósitos Prazo

Outros títulos

Fundo de renovação do equipamento

Fundo de reconstituição do capital

Outros

931.165

1.900.000

0

O

918.033

O

3.749.198

CONTAS DO EXERCÍCIO

Moody's

Longo prazo

Ano 2012

Ba3

BI

Ba3

BI

A3

Baa3

A2

Baa3

A2

Ba3

Ba I

A3

Ba 1

B2

Ba3

n.d.

Ba3

n.d.

n.d.

Ba3

Ba3

BI

Moody's

Longo prazo

Ano 201 1

Ba2

Ba3

Ba2

Ba2

AI

Aa3

Aa3

Aa3

Aa3

Ba2

A2

AI

Baa2

Ba3

Ba3

Ba2

Ba3

n.d.

n.d.

Ba2

frt" RESINORTE

Ratings óbtidos em 16-01-2013

BANCO BPI

BANCO COMERCIAL PORTUGUES, SA

BANCO ESPIRITO SANTO

BANCO EXPRESSO ATLANTICO

CITI

BANCO BILBAO VIZCAYA ARGENTARIA (PORTUGAL)

BANCO CETELEM SA - SUCURSAL

BANCO DE NEGOCIOS ARGENTARIA

BNP PARIBAS

CAIXA GERAL DE DEPOSITOS, SA

BANCO POPULAR PORTUGAL

BARCLAYS BANK, PLC

SANTANDER-TOTTA

BANIF - BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL SA

CAIXA ECONOMICA MONTEPIO GERAL

BPN - BANCO PORTUGUES DE NEGOCIOS, SA

FINIBANCO, SA

CAIXAS DE CREDITO AGRICOLA MUTUO

BCI Fomento - Moçambique (CGD E BPI têm 80%)

Instituto de Gestão de Crédito Público

Montepio

Caixa Galicia

3.3. Risco de liquidez

A gestão do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades a um nível

razoável, a viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante

adequado de facilidades de crédito e a habilidade de liquidar posições de mercado. Em

virtude da dinâmica dos negócios subjacentes, a tesouraria a Resinorte pretende

assegurar a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo para o efeito as linhas de crédito

disponíveis. A empresa efetua a gestão do risco de liquidez através da contratação e

manutenção de linhas de crédito e facilidades de financiamento com compromisso de

tomada firme junto de instituições financeiras nacionais e internacionais de elevada

notação de crédito que permitem o acesso imediato a fundos. Neste último exercício

esta prática tem sido altamente condicionada pelas conhecidas dificuldades em aceder aos

'CONTAS DO EXERCÍCIO

clientes.

RESINORTE 1_

mercados de crédito em Portugal, bem como pelo crescente aumento das d É as de

Tal como o país, a Resinorte atravessa uma fase de reduzida liquidez. Face a este

problema a empresa procedeu à análise dos seus compromissos de investimentos,

realizando uma recalendarização dos investimentos da empresa, efetuando um

mapeamento dos mesmos face a sua importância, impacto financeiro, económico, e

ambiental, minimizando desta forma todos os riscos associados aos compromissos

associados com as diversas entidades.

A tabela abaixo apresenta as responsabilidades da empresa por intervalos de maturidade

residual contratual. Os montantes apresentados na tabela são os fluxos de caixa

contratuais, não descontados a pagar no futuro (sem os juros a que estão a ser

remunerados estes passivos).

< 1 ano

1 a 5 anos > 5 anos

Financiamentos

4.000.000

21.564.465

18.750.000

Fornecedores e outros passivos

2.161.885

102.607

413.581

3.4. Risco de fluxos de caixa e de justo valor associado à taxa de juro

O risco da taxa de juro da Resinorte advém, essencialmente, da contratação de

empréstimos de longo prazo. Neste âmbito, empréstimos obtidos com juros calculados a

taxas variáveis expõem a Resinorte ao risco de fluxos de caixa e empréstimos obtidos

com juros à taxa fixa expõem a empresa ao risco do justo valor associado à taxa de juro.

A tabela abaixo apresenta a análise de sensibilidade dos encargos financeiros da Resinorte.

Análise de sensibilidade à variação de taxa de juro

CONTAS DO EXERCÍCIO

Juros suportados Juros suportados tx média +1% Juros suportados

31.12.2012 31.12.2011 2.125.333

2.778.408

2.478.735 1.672.485

Real

2.365.906

tx média -1%

1.953 404

1111/' RESINORTE

3.5. Risco de capital

O objetivo da Resinorte em relação à gestão de capital, que é um conceito mais amplo do

que o capital relevado na face do balanço é manter uma estrutura de capital ótima,

através da utilização prudente de dívida que lhe permita reduzir o custo de capital.

O intuito da gestão do risco de capital é salvaguardar a continuidade das operações da

empresa, com uma remuneração adequada aos acionistas e gerando benefícios para todos

os terceiros interessados.

31.12.2012 31.12.2011 Empréstimos não correntes 40.082.923 40.087.710

Empréstimos correntes 4.000.000 3.000.000 Disponibilidades (2.832.716) (1.447.752) Dívida 41.250.207 41.639.958 Subsídios ao investimento 64.815.712 67.216.294

Total do capital próprio 12.556.955 9.616.463 Capital 118.622.874 118.472.715 Dívida/total do capital 0,35 0,35

3.6. Risco regulatório

A regulação é a mais significativa restrição à rendabilidade das atividades económicas

desenvolvidas pela empresa. O regulador pode tomar medidas com impacto negativo no

cash-flow, com todas as consequências adversas que daí resultam. De forma a minimizar

estes riscos, a Resinorte têm procurado acompanhar mais de perto as atividades do

regulador, procurando, assim, antecipar potenciais impactos negativos na empresa

decorrentes das regras emanadas pela ERSAR.

O Programa do XIX Governo Constitucional, assim como o Plano de Assistência

Económica e Financeira preveem a autonomização do subsector dos resíduos do grupo

Águas de Portugal (AdP) e a necessidade de implementar as medidas necessárias à sua

abertura ao sector privado. Assim durante o primeiro semestre de 2012, iniciaram-se

I CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE

diversos grupos de trabalho, para se desenvolver estudos relativos à revisão do modelo

de regulação vigente, nomeadamente ao nível da regulação dos sistemas multimunicipais

de tratamento de resíduos urbanos, ao nível do quadro jurídico-económico.

A esta data o Conselho de Administração da Resinorte não tem conhecimento de

eventuais decisões tomadas por parte do Concedente no âmbito da provável

reestruturação do sector.

4. Estimativas e julgamentos

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da Resinorte,

S.A. são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor

estimativa da Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência

acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se

acreditam serem razoáveis. A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o

reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de

relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. As estimativas e os julgamentos

que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor

contabilístico de ativos e passivos no decurso do exercício seguinte são as que seguem:

4.1. Provisões

A Resinorte, S.A. analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de

eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação.

4.2. Ativos intangíveis

As depreciações são calculadas pelo período da Concessão, tendo em conta os

investimentos de substituição apresentados no Orçamento e Projeto Tarifário para 2012.

4.3. Imparidade

A determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela

ocorrência de diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de influência da

CONTAS DO EXERCÍCIO

1111, RESINORTE 4,

Resinorte, S.A., tais como a disponibilidade futura de financiamento, o custo de capital ou

a manutenção da atual estrutura regulatória do mercado, bem como por quaisquer outras

alterações, quer internas, quer externas à Empresa.

À data de emissão das demonstrações financeiras da Resinorte, S.A. não é considerada

como provável a existência de qualquer situação de imparidade nos ativos reportados.

Os ajustamentos para contas a receber são calculados essencialmente com base na

antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos clientes e a situação financeira dos

mesmos.

5. Instrumentos financeiros por categoria

Activos

financeiros

ao justo

valor por

resultados

Empréstimos

e contas a

receber

Passivos

financeiros

ao justo

valor por

resultados

Passivos

financeiros

ao custo

amortizado

TOTAL

Activos e

passivos não

classificados

com o instrumentos

financeiros

Total de

balanço a 31.12.2011

Activos intangkeis

Activosfixos tangíveis Ropriedades de investimento

o o o

113.101.810

154.495

O

113.101.810

154.495

O

hvestimentos financeiros 655.738 655.738 O 655.738

hpostos diferidos activos O O 3.470.600 3.470.600

Cientes e outros activos não correntes O 7.651.335 7.651.335

hventários O 411.584 411.584

Cientes 8.592.370 8.592.370 O 8.592.370

Estado e outros entes públicos O 655.262 655.262

Outros activos correntes 3.741.896 3.741.896 O 3.741.896

Caixa e seus equivalentes 1.447.752 1.447.752 O 1.447.752

Total do activo O 14.437.756 O O 14.437.756 125.445.086 139.882.842

Rovisões O O O

Responsabilidades com pensões O O O

Empréstimos não correntes 40.087.710 40.087.710 O 40.087.710

Fornecedores e outros passivos não correntes O O O

hpostos diferidos passivos O 2.613.264 2.613.264

Acréscimos de custos do investimento contratual O 10.844.996 10.844.996

Subsídios ao investimento O 67.216.294 67.216.294

Empréstimos correntes 3.000.000 3.000.000 O 3.000.000

Fornecedores 3.543.337 3.543.337 O 3.543.337

Outros passivos correntes 1.691.479 1.691.479 O 1.691.479

Irrposto sobre o rendimento do exercício O 365.677 365.677

Estado e outros entes públicos O 903.621 903.621

Total do passivo O O O 48.322.526 48.322.526 81.943.853 130.266.379

118 'CONTAS DO EXERCÍCIO

Total de

balanço a 31.12.2012

918.033

3.436.590 1.185.211

377.666

15.529.624

509.272 1.423.342

2.832.716

136.524.524 o o

40.082.923

516.188 3.477.741

7.747.719

64.815.712

4.000.000

1.218.349

943.537

105.562 1.059.839

123.967.569

31 12 2012

158.502.899 158.502.899 31.12.2012

O

(48.289.973)

(48.289.973) 110.212.926

!111111 RESINORTE

Activos

financeiros

ao justo

valor por

resultados

Empréstimos

e contas a

receber

Passivos

financeiros

ao justo

valor por

resultados

Passivos

financeiros

ao custo

amortizado

TOTAL

Activos e

passivos não

classificados

como

instrumentos

financeiros

Activos intangíveis 110.212.926

Activosfixos tangíveis O 99.145

Ropriedades de investimento O

hvestimentos financeiros 918.033 918.033 O

hpostos diferidos activos 0 O 3.436.590 Cientes e outros activos não correntes O 1.185.211

hventários O 377.666

Cientes 15.529.624 15.529.624 O

Estado e outros entes públicos O 509.272

Outros activos correntes 1.423.342 1.423.342 O

Caixa e seus equivalentes 2.832.716 2.832.716

Total do activo O 20.703.715 o o' 20.703.715' 115.820.810 Rovisões o Responsabilidades com pensões 0 Empréstimos não correntes 40.082.923 40.082.923

Fornecedores e outros passivos não correntes 0 516.188

Impostos diferidos passivos o' 3.477.741

Acréscimos de custos do investimento contratual 0 7.747.719

Subsídios ao investimento o 64.815.712

Empréstimos correntes 4.000.000 4.000.000

Fornecedores 1.218.349 1.218.349

Outros passivos correntes 943.537 943.537

Irrposto sobre o rendimento do exercício 105.562

Estado e outros entes públicos O 1.059.839

Total do passivo o o o 46.244.808 46.2 808 77.722.761

6. Ativos intangíveis

31.12.2012 31.12.2011 Despesas de desenvolvimento Propriedade industrial e outros direitos Direitos de utilização de infraestruturas

110.212.926 113.101.810 110.212.926 113.101.810

6. I. Movimentos do período

Valor Bruto 31 12 2011 Aumentos Abates Alienações Transfer Despesas de desenvolvimento

Propriedade industrial e outros direitos

Direitos de utilização de infraestruturas

o o

157.612.491 1.247.046 (356.638) O O 157.612.491 1.247.046 (356.638) O

Amortizações acumuladas 31.12.2011 Aumentos Abates Alienações Transfer Despesas de desenvolvimento

Propriedade industrial e outros direitos

Direitos de utilização de infraestruturas (44.510.682) (3.779.292) O O

(44.510.682) (3.779.292) O O O 113.101.810 (2.532.246) (356.638) O

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE

6.2. DUI — movimentos do período

Valor Bruto Terrenos

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros

DUI em curso

Amortizações acumuladas Terrenos

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros Ajustamento

Activos fixos tangíveis 99.144,52 154.495,03

154.495,03 99.144,52

Valor Bruto

31 12 2011 Aumentos Abates Alienações Transfer 31.12 2012

Amortizações acumuladas

31 12 2011 Aumentos Abates Alienações Transfer 31 12 2012

fixos tangíveis (2.079.750) (2.079.750)

154.495

(53.017) (53.017) (53.017)

O 295.356 O 295.356 O (2.334)

O (1.837.411) O (1.837.411)

99.145

Activos fixos tangíveis 2.234.245 O (297.690) O 1.936.556

2.234.245 O (297.690) O 1.936.556

31.12 2011 Aumentos Abates Alienações Transfer 31.12 2012 7.671.024 o 7.671.024

103.107.526 814.589 (356.638) 103.565.477 35.443.511 190.372 1.102.857 36.736.739 8.585.570 o 8.585.570

917.631 16.005 933.637 696.186 26.079 722.265

1.191.043 200.000 (1.102.857) 288.187 157.612.491 1.247.046 (356.638) O 158.502.899 31.12 2011 Aumentos Abates Alienações Transfer 31 12.2012

(1.321.089) (228.080) 848.013 (701.156)

(38.413.163) (2.519.907) 11.488.335 (29.444.736) (16.990.214) (765.643) 4.061.156 (13.694.700)

(4.147.000) (241.288) 949.114 (3.439.174) (940.301) (12.515) 103.211 (849.604)

(228.589) (11.860) 79.845 (160.604) 17.529.674 o (17.529.674) o

(44.510.682) (3.779.292) O O O (48.289.974) 113.101.810 (2.532.246) (356.638) O O 110.212.926

7. Ativos Fixos tangíveis

31.12.2012 31.12.2011

7.1. Movimentos do período

CONTAS DO EXERCÍCIO

OÇ/\, Aumentos Abates Alienações Transfer 31 12 2012

RESINORTE

Valor Bruto

31 12 2011

Terrenos Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outros DUI em curso

1.030.913 1.182.545

619 20.169

(199.239) (98.450)

2.234.245

O (297.690)

Amortizações acumuladas 31 12 2011

Terrenos Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outros

(901.582) (1.156.835)

(591) (20.742)

o o 831.673 o 1.084.095 o 619 o o

20.169

O 1.936.556 Aumentos Abates Alienações Transfer 31 12 2012

O O (30.003) 196.906 O (734.679) (23.560) 98.450 O (1.081.945)

(28) O (619) 574 (20.169)

(53.017) O 295.356 O (1.837.411) (53.017) O (2.334) O 99.145

(2.079.750) 154.495

8. Investimentos financeiros

31.12.2012 31 12 2011

Fundo de renovação

0

O Fundo de reconstituição

918.033

655.738 Participação financeira

0

O

918.033 655.738

Para cumprimento do estabelecido no contrato de concessão encontra-se criado o Fundo

para a Reconstituição do Capital Social no montante de 918.033 EUR.

No exercício de 2012 a Resinorte S.A. reforçou o Fundo Reconstituição de Capital em

262.295,08 EUR.

CONTAS DO EXERCÍCIO

>4* RESINORTE

9. Impostos diferidos

9.1. Impostos diferidos Ativos

Saldo Inicial Correcções Dotação Utilização Saldo Final

Taxa de IRC

Taxa de Derrama

Ativos por Impostos Diferidos

Rovisões

Rovisões - riscos e encargos

Rovisões - perdas de irrparidade

Rovisões - pensões

Rovisões - outros

Indemnizações por reforma antecipada

Outros

Amortizações não aceites /investimento

contratual não realizado

Diferença Amortização/subsídios —

investimentos realizados

Custo amortizado

Desvio tarifário

Ajustamentos Transição - Subsídios

Outros (detalhe outros em comentário)

Base de incidência IRC Derrama

~diferido ativo reconhecido

Taxa de IRC

Taxa de Derrama Passivos por impostos diferidos

Reavaliações

Reavaliações fiscais

Reavaliações livres

Reinvestimento de mais valias

Outros

Ajustamentos Transição -

Amortizações/subsídios - investimento contratual

não realizado

Diferença Amortização fiscal / contabilística

/ subsidio investimento contratual realizado

Desvio tarifário

Outros (detalhe outros em comentário)

Base de incidência IRC Derrama

25,00% 25,00% 25,00% 25,00% 25,00%

0,70% 0,70% 0,70% 0,70% 0,70%

- - - -

217.942 217.942

13.882.401 0 681.768 (1.410.166) 13.154.004

- _

_ -

13.882.401 O ' 899.710 -1.410.166 13.371.946 3.470.600 0 P 226.452 (352.541) 3.344.511

n

3.470.600

25,00%

99.386

_ 25,00%

6.298

_rái.L..,.:...&,

25,00%

(13.605)

25,00%

92.079

25,00% 0,70% 0,70% 0,70% 0,70% 0,70%

- -

12.531.204 (2.078.147) 3.079.010 13.532.067

- - -

12.531.204 (2.078.147) 3.079.010 O 13.532.067 2.613.264 O 769.752 O 3.383.017

O 73.171 21.553 94.724

Diferimento fiscal dos efeitos da transição contabilística pelo prazo

remanescente da concessão

No decorrer de um Pedido de Informação Vinculativo (PIV) submetido pelo grupo AdP,

foi entendimento das autoridades fiscais que os acréscimos de gastos do investimento

contratual deixassem de ser fiscalmente aceites com a extinção do POC e,

consequentemente, da Diretriz Contabilística n.° 4, e, a sua substituição pelas normas

internacionais de contabilidade (IFRS/IAS). Saliente-se que a prática contabilística se

CONTAS DO EXERCÍCIO

r;44 RESINORTE

manteve inalterada, tendo em conta o enquadramento contabilístico e regulatório a que o

Grupo está vinculado.

As alterações que resultaram do facto anteriormente descrito foram contabilizadas a

de dezembro de 2010, conforme preconizado nas normas, tendo as empresas aplicado o

regime transitório previsto no artigo 5° do Decreto-Lei n.° 159/2009, de 13 de julho. O

regime transitório prevê que os efeitos nos capitais próprios decorrentes da adoção do

novo normativo (IFRS), que sejam considerados fiscalmente relevantes nos termos do

Código do IRC e respetiva legislação complementar, concorrem, em partes iguais, para a

formação do lucro tributável do primeiro período de tributação (exercício de 2010) e

dos quatro períodos de tributação seguintes.

O Grupo considerou que este entendimento colocava em causa o princípio de

balanceamento dos rendimentos (tarifas) e dos gastos (incorridos e a incorrer), na

medida em que, durante o prazo de vigência dos contratos de concessão celebrados com

o Estado Português, não se justifica que as Concessionárias tenham de pagar impostos

nos próximos 5 exercícios respeitantes a períodos de tributação anteriores, dentro de

um horizonte temporal que excede claramente os 5 exercícios.

Neste contexto, a AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A., procedeu à entrega de uma

exposição em 5 de abril de 2011 junto da DGCI com conhecimento dos Ministérios das

Finanças e do Ambiente, solicitando que as correções retroativas decorrentes dos

ajustamentos de transição relacionados com o investimento contratual devam concorrer,

em partes iguais, para a formação do lucro tributável ao longo do período remanescente

da concessão, uma vez que é esse o período temporal fiscalmente relevante para efeitos

contabilísticos e fiscais, tutelando assim as legitimas expectativas criadas sem por em

causa a sustentabilidade económica e financeira dos Sistemas Multimunicipais, onde se

enquadram as empresas concessionárias do grupo AdP.

Assim, este foi o procedimento adotado pelo grupo, nos seus registos contabilísticos do

exercício de 2010 e 2011, bem como nos Modelos 22 (IRC) de 2010 e 2011.

No dia 3 I de dezembro de 2012 foi aprovada a Lei n°66-B/2012, onde no seu art° 255,

onde se introduziu um regime transitório nos contratos de concessão de sistemas

Multimunicipais, aditando para o efeito ao Decreto-Lei n°159/2009, de 13 de julho o

artigo 5°-A.

CONTAS DO EXERCÍCIO

k - frk--- e, De acordo com o disposto neste artigo 5°-A, para as entidades gestoras de sistemas

multimunicipais de abastecimento de água, saneamento ou resíduos urbanos que

beneficiaram da dedutibilidade fiscal das amortizações do investimento contratual não 4.4-k--

______„

111/ RESINORTE

realizado até à entrada em vigor do Decreto-Lei n°159/2009, de 13 de Julho, o prazo de

regularização dos efeitos nos capitais próprios decorrentes na adoção pela primeira vez

da NCRF, corresponde aos períodos de tributação remanescentes do contrato de

concessão em vigor no final de cada exercício.

De acordo ainda com o disposto no n°2 do artigo 5°-A esta alteração ao regime

transitório prevista no artigo 5° do decreto-Lei n°159/2009, de 13 de julho, tem natureza

interpretativa, logo retroativa.

Assim a empresa, manteve o procedimento dos ajustamentos de transição relacionados

com o investimento contratual pelo prazo remanescente da concessão concorram, em

partes iguais, para a formação do lucro tributável, com exceção dos ajustamentos

relacionados com o investimento já realizado à data da transição, onde estes ajustamentos

concorrem para o lucro tributável, tal como está definido no Decreto-Lei 159/2009, ou

seja 5 anos.

10.Clientes e outros ativos não correntes

31.12.2012 31.12.2011 Clientes - Municipios (acordos) 1.185.211 7.651.335 Fundo de coesão a receber O Valor a receber do concedente O O

Outros O O 1.185.211 7.651.335

CONTAS DO EXERCÍCIO

4711i RESINORTE

31.12.2012 31 12 2011 Municipio de Alijó O 218.382 Municipio de Armamar O 900 Municipio de Chaves O 2.902.122 Municipio do Marco de Canaveses O 107.496 Municpio de Moimenta da Beira O 44.059 Municipio do Peso da Régua 153.966 282.274" Municpio de Resende 76.399 180.648 Municpio de Tabuaço 65.574 116.342 Municpio de Tarouca O 33.750 Trofáguas O 983.403 Municipio de Valpaços O 1.349.014 Municpio de Vila Pouca de Aguiar 297.323 484.096 EMAR, Vila Real 430.826 687.907 Municpio de Vizela 161.123 260.941

1.185.211 7.651.335

Os valores dos ativos não correntes em 2012 são referentes a acordos de regularização

de divida com Municípios celebrados no ano de 2011.

Durante o ano de 2012 Conselho de Administração da Resinorte decidiu redobrar

esforços para que os Municípios com acordos de regularização de divida, cumprissem

com o pagamento pontual das prestações dos acordos e da divida que se vencia

mensalmente.

No último trimestre de 2012, foram resolvidos os acordos de regularização de divida do

Município de Alijó, Chaves, Trofáguas e Valpaços.

A Norma de Contabilística e de Relato Financeiro 27, tem por base as Normas

Internacionais de Contabilidade IAS 32 — Instrumentos Financeiros, os princípios

estabelecidos nesta Norma complementam os princípios para o reconhecimento e a

mensuração de ativos financeiros e de passivos financeiros enunciados na IAS 39

Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, bem como os princípios para a

divulgação de informação sobre os mesmos enunciados na IFRS 7 Instrumentos

Financeiros: Divulgações.

No ano de 2012, a Resinorte reconheceu o passivo financeiro referente aos desconto da

divida dos acordos de regularização de divida celebrados com os Municípios, no montante

de 97.088,95 EUR.

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE

1 1.Inventários

31.12.2012 31.12 2011 Mercadorias O Matérias-primas 146.067,78 156.685,65 Produtos acabados 231.598,60 254.898,49

377.666,38 411.584,14

As existências de matérias-primas e subsidiárias são valorizadas ao menor dos valores de

aquisição ou produção e de mercado. O critério de movimentação das saídas é o FIFO.

Os valores apresentados na rubrica de Matérias-primas respeitam a fita e arame, materiais

utilizados no tratamento de lixiviado, através do sistema de osmose inversa, óleos e

combustível e peças diversas para conservação e reparação de viaturas.

Os produtos acabados referem-se às existências de material reciclável existente nas

instalações da Resinorte para enviar para a SPV e outros recicladores autorizados e estão

registados pelo valor de realização.

1 2.Clientes

31.12.2012 31.12.2011 Clientes municipios 14.534.891 7.038.127

Clientes outros 994.733 1.554.243

15.529.624 8.592.370

31.12.2012 31.12.2011 Clientes municipios não correntes 1.185.211 7.651.335

Clientes municipios correntes 14.534.891 7.038.127

15.720.102 14.689.462

Os valores de clientes municípios em ativo corrente aumentaram significativamente em

2012, já que a Resinorte resolveu os acordos de regularização de divida que se

encontravam em incumprimento, transformando assim grande parte do ativo não

corrente em ativo corrente.

Se analisarmos o total da divida dos municípios, corrente e não corrente, podemos

verificar que durante 2012 verificou-se um aumento de aproximadamente 6%.

Os clientes Outros também sofreram uma diminuição de aproximadamente 30%, estando

nesta conta incluída a Sociedade Ponto Verde, outros retomadores e Produtores de

Resíduos Industriais Banais.

CONTAS DO EXERCÍCIO

11111 RESINORTE

Atendendo ao prazo de vencimento das dívidas (2 anos) a Resinorte tem vindo a

desencadear os mecanismos legais que asseguram a recuperabilidade dos valores em

7bcausa.

No Conselho de Ministros de 14 de junho de 2012, foi aprovado o Programa de Apoio' à

Economia Local (PAEL), tem por objeto a regularização do pagamento de dívidas dos

municípios vencidas há mais de 90 dias, registadas na Direção-Geral das Autarquias Locais

até 31 de março de 2012.

O PAEL abrange todos os pagamentos em atraso há mais de 90 dias dos municípios,

independentemente da sua natureza comercial ou administrativa, sendo os municípios

aderentes autorizados a celebrar um contrato de empréstimo com o Estado nos termos e

condições definidos nesta proposta de lei.

Os limites gerais de endividamento de médio e longo prazo, previsto na Lei das Finanças

Locais, não prejudicam a contração de empréstimos ao abrigo do presente diploma. O

fundo disponível para o financiamento do PAEL é de 1.000.000.000 euros. São 263

municípios que estão em condições de beneficiar do acordo assinado entre o Governo e

as autarquias para uma linha de crédito de mil milhões de euros.

O PAEL divide-se em dois programas: o primeiro direcionado para autarquias em situação

de desequilíbrio estrutural e com pedido de reequilíbrio financeiro apresentado ao

Estado. Nesse caso, o contrato de financiamento pode chegar aos 100 por cento das

dívidas. O segundo dirige-se às dívidas em atraso, pelo menos, há 90 dias, e os contratos

podem cobrir entre 50 a 90 por cento das dívidas.

As autarquias que estabeleçam um contrato ao abrigo do PAEL são impostas um conjunto

de obrigações, entre as quais multas no caso de existir um aumento do endividamento no

período da execução do contrato.

A Administração da Resinorte acompanhou de perto (junto das "entidades interessadas")

estas negociações, estando otimista quanto ao desfecho deste processo. É expetável que

parte das dívidas de clientes da empresa, sejam liquidadas quando estes contratos forem

assinados e disponibilizada a verba por parte do Governo Central aos Municípios.

CONTAS DO EXERCÍCIO

?tv. ler RESINORTE

12.1. Clientes - municípios - total da dívida por vencimento

Vencido até 3 anos Vencido até 2 anos Vencido até 1 ano Total vencido Não vencido Total

A lijó 129.205 148.979 69.688 347.872 34.187 382.059

Amarante O 54.804 54.804

A rmarnar 46.103 46.103 13.092 59.195

Baião 33.717 33.717

Boticas 6.734 6.734

Cabeceiras de Basto 11.696 11.696 26.328 38.025

Celorico de Basto 12.459 267 12.726 25.218 37.945

Chaves 2.505.208 1.538.969 1.291.759 5.335.936 468.303 5.804.239

Cinfães o 16.190 16.190

Faf e O 93.899 93.899

Guimarães 198.588 198.588 360.387 558.975

Lamego 1.505 3.182 238.697 243.384 74.139 317.523

Marco de Canaveses 477 477 108.266 108.743

Mesão Frio 6.047 6.047 11.234 17.282

Moimenta da Beira 7.950 90.979 98.929 20.745 119.674

Mondim de Basto 1.860 1.860 6.414 8.274

Montalegre 5.556 5.556 14.455 20.011

Murça 6.717 6.717 12.733 19.449

Penedono O 2.925 2.925

Peso da Régua 163.901 118.019 9.106 291.026 46.415 337.440

Resende 116.297 63.352 23.754 203.403 20.489 223.892

Ribeira de Pena 319 6.407 148.836 155.561 27.238 182.799

S. João da Pesqueira O 17.630 17.630

Sabrosa 5.360 35.406 40.766 14.551 55.317

Santo Trso 13.673 844.860 858.532 182.748 1.041.280

Sernancelhe 4.265 4.265

Sta.Marta Penaguião O 19.938 19.938

Tabuaço 111.682 8.538 6.900 127.120 12.082 139.202

Tarouca 34.008 34.008 14.924 48.932

Trof a 500.659 620.259 695.184 1.816.102 203.881 2.019.984

Valpaços 785.605 530.696 557.606 1.873.907 182.761 2.056.668

Vila Nova de Famalicão O 129.060 129.060

Vila Pouca de Aguiar 297.323 273.525 570.848 26.641 597.488

Vila Real 423.566 264.431 687.997 125.242 813.239

Vela 161.123 121.643 282.766 50.540 333.306

5.220.549 3.067.243 4.970.135 13.257.927 2.462.176 15.720.102

13. Estado e outros entes públicos

31.12.2012 31.12.2011

IVA a receber 197.753 494.512

Pagamento por Conta 66.715

Pagamentos Especial por Conta 35.450

Retenções na Fonte 63

Outros 311.519 58.522

EOEP activos 509.272 655.262

IVA a pagar O

Retenções - IRS (15.683) (22.560)

Retenções - Segurança social (77.843) (94.286)

Outros - TGR - Taxa de Gestão de Residuos (966.312) (786.776)

EOEP passivos (1.059.839) (903.621)

(550.567) (248.359)

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE

O valor inscrito na rubrica Outros — EOEP ativos, é, na sua maioria, referente ao IRC a

• receber, pela alteração dos valores considerados em ajustamento de transição nas

modelos 22 de 2010 e 2011.

I 4. Outros ativos correntes

31.12.2012 31.12.2011

Fundo de coesão a receber 928.504 3.037.261

Outros devedores 438.525 599.131

Acréscimos de proveitos 27.246 33.828

Gastos a reconhecer 29.067 71.675

1.423.342 3.741.896

Na rubrica acréscimos de proveitos encontram em 2011 registados juros a receber

referentes ao Fundo de reconstituição de Capital.

15. Caixa e bancos

31.12 2012 31.12.2011

Caixa 1.551 6.096

Depósitos à ordem 931.165 1.441.656

Depósitos a prazo 1.900.000

2.832.716 1.447.752

CONTAS DO EXERCÍCIO

111' RESINORTE

1 6. Capital

Capital subscrito Capital realizado Capital subscrito Capital realizado 31 12 2012 31 12 2012 31 12 2011 31.12 2011

A f" r rante 3,06% 244.470 244.470 244.470 244.470

Armarnar 0,36% 28.428 28.428 28.428 28.428

Baião 1,04% 83.105 83.105 83.105 83.105

Boticas 0,38% 30.000 30.000 30.000 30.000

Cabeceiras de Basto 0,88% 70.348 70.348 70.348 70.348

Celorico de Basto 0,99% 78.972 78.972 78.972 78.972

Chaves 0,38% 30.000 30.000 30.000 30.000

Cinfães 1,02% 81.448 81.448 81.448 81.448

Lameg o 1,30% 104.033 104.033 104.033 104.033

Marco de Canaveses 2,73% 218.745 218.745 218.745 218.745 MoirrEnta da Beira 0,55% 43.657 43.657 43.657 43.657

Mondim de Basto 0,41% 33.073 33.073 33.073 33.073

Montalegre 0,38% 30.000 30.000 30.000 30.000

Penedono 0,17% 13.202 13.202 13.202 13.202

Resende 0,58% 46.423 46.423 46.423 46.423

Ribeira de Pena 0,38% 30.000 30.000 30.000 30.000

São João da Pesqueira 0,40% 32.251 32.251 32.251 32.251

Sernancelhe 0,30% 24.084 24.084 24.084 24.084

Tabuaço 0,31% 24.922 24.922 24.922 24.922

Tarouca 0,42% 33.224 33.224 33.224 33.224

Valpaços 0,38% 30.000 30.000 30.000 30.000

Vila Pouca de Aguiar 0,38% 30.000 30.000 30.000 30.000 AMAVE 24,11% 1.928.940 1.928.940 1.928.940 1.928.940 AMVDN 5,30% 423.683 423.683 423.683 423.683

EHATB 2,84% 226.992 226.992 226.992 226.992

EGF 51,00% 4.080.000 4.080.000 4.080.000 4.080.000

100% 8.000.000 8.000.000 8.000.000 8.000.000

16.1.

16.2.

Resultado por ação

31.12.2012 31.12.2011 Resultado líquido

Número médio de acções (1,00Eur/cada) 489.286

8.000.000

666.879

8.000.000 Resultado por acção 0,06 0,08

Movimentos do período

31.12.2011 Afect. Res. Liq.

Correções

relativas a exerc ices

anteriores

Dividendos Res. Liquido 31.12.2012

Reservas Livres 1.565.270 1.565.270

Reservas Legais 1.972 33.344 35.316

Resultados transitados (617.659) 633.535 2.451.206 2.467.083

Resultado líquido do exercício 666.879 (666.879) 489.286 489.286

1.616.463 O O 489.286 4.556.955

CONTAS DO EXERCÍCIO

4t*t RESINORTE

hh

As reservas legais só podem ser destinadas à cobertura de prejuízos ou ao aumento de

capital social, sendo que 5% do Resultado deve ser afetado a esta Reserva até ao máximo (i

de 20% do Capital Social.

17. Empréstimos

31.12.2012 31 12 2011 Empréstimos bancários BEI O Empréstimos bancários - banca comercial 28.515.459 29.732.817 Empréstimos - Locação financeira 29.526 104.893 Empréstimos - Empresa-mãe 10.250.000 10.250.000 Não correntes 38.794.984 40.087.710

Descobertos bancários O Empréstimos bancários - banca comercial 1.250.000 Empréstimos - Locação financeira 37.939 o Empréstimos - Conta corrente não Concessionada 4.000.000 3.000.000 Correntes 5.287.939 3.000.000 Tola de empréstimos 44.082.923 43.087.710

17.1. Empréstimos por intervalos de maturidade

31.12.2012 31.12.2011

Até 1 ano 5.250.000 3.000.000 De 1 a 2 anos 12.817.465 10.354.893 De 2 a 3 anos 2.500.000 De 3 a 4 anos 2.500.000 De 4 a 5 anos 2.500.000 Superior a 5 anos 18.515.459 29.732.817

44.082.923 43.087.710

17.2. Empréstimos por tipo de taxa de juro

Taxa de juro variável 31.12.2012 31.12.2011 Até 1 anos 4.000.000 3.000.000 De 1 a 2 anos 12.817.465 10.354.893 De 2 a 3 anos O Superior a 3 anos O

16.817.465 13.354.893

Taxa de juro fixa 31.12.2012 31.12.2011

Até 1 anos 1.250.000 De 1 a 2 anos 2.500.000

De 2 a 3 anos 2.500.000 O

Superior a 3 anos 21.015.459 29.732.817

27.265.459 29.732.817 44.082.923 43.087.710

'CONTAS DO EXERCÍCIO

7.747.719

7.747.719 10.844.996

10.844.996 Acréscimos de custos de investimento contratual

11, RESINORTE

17.3. Linhas de crédito contratadas e não utilizadas

Linhas de crédito não utilizadas 31.12.2012 31.12.2011

Expira num ano (taxa variavel)

Expira para lá de 1 ano (taxa variável)

o o

1.000.000

o o 1.000.000

Justo valor dos financiamentos

31.12.2012 31.12.2011

Empréstimos bancários BEI

Empréstimos bancários - banca comercial

Empréstimos - Locação financeira

Empréstimos - Empresa-mãe

O

29.765.459

67.465

10.250.000

O

29.732.817

104.893

10.250.000

Não correntes 40.082.923 40.087.710

Locação financeira

Capital em dívida por activo locado 31.12.2012

71.285

31.12.2011

186.718

Edifícios

Equipamento básico 71.285 186.718

Futuros pagamentos mínimos 31.12.2012 31.12.2011

Até 1 anos

De 1 a 5 anos

Superior a 5 anos

37.939

29.526

O

49.769

126.940

67.465 176.709

Juros 31 12.2012 31.12.2011

Até 1 anos

De 1 a 5 anos

Superior a 5 anos

2.147

1.673

2.817

7.192

O

3.820 10.009

Valor presente dos pagamentos mínimos 31.12.2012

40.086

31.199

31.12.2011

52.586

134.132 Até 1 anos

De 1 a 5 anos

Superior a 5 anos

71.285 186.718

I 8.Acréscimos de custos de investimento contratual

31.12.2012 31.12.2011

17.4.

17.5.

No ano de 2012 a Resinorte procedeu à revisão do estudo que definiu a arquitetura do

modelo técnico a implementar no universo geográfico da RESINORTE, pretendendo

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE

ajustar o modelo à luz da evolução do negócio, seja na vertente interna (evolução da

empresa) seja na vertente externa (evolução do mercado, do conhecimento e das

políticas do sector), incorporando-se a experiência obtida nestes três primeiros anos de

laboração integrada.

Desta revisão, resultou uma nova estimativa de Investimentos Futuros, tendo a

Administração da Resinorte decidido corrigir o valor registado em acréscimos de custos

de investimento contratual em 31.12.2012 por contrapartida de resultados transitados.

19. Subsídios ao investimento

31.12.2012 31.12.2011

Fundo de coesão 17.600.909 18.252.794

Integração de património 47.214.803 48.963.500

Outros subsídios O O 64.815.712 67.216.294

No final de 2010 a Resinorte, S.A. elaborou o ultimo pedido de pagamento da candidatura

que transitou da Associação de Municípios do Vale do Ave, para a qual o financiamento

esperado ascende a 4.508.324 EUR, deste montante, em 2011, foram recebidos 1.471.063

EUR e em 2012 foram recebidos 2.108.757 EUR.

I 9. I . Movimentos do período

31.12.2011 Aumentos Resultados Regularizações 31.12.2012

Fundo de coesão 18.252.794 O (651.885) O 17.600.909

Integração de património 48.963.500 O (1.748.697) O 47.214.803

Outros subsídios O O O

67.216.294 O (2.400.582) O 64.815.712

CONTAS DO EXERCÍCIO

/4*f RESINORTE

20. Fornecedores correntes

31.12.2012 31.12.2011

Fornecedores de investimentos 32.625 912.450

Fornecedores gerais 889.750 1.772.428

Fornecedores empresas do Grupo 295.974 319.644 Fornecedores facturas em recepção e conferência

1.218.349 3.004.521

2 1.0utros passivos correntes

31.12.2012 31.12.2011

Acréscimos com férias e subsídio de férias 393.218 472.114

Empresas do Grupo

Outros acréscimos e diferimentos 517.702 1.181.210

Outros credores 32.617 38.155

943.537 1.691.479

O valor inscrito em outros acréscimos e diferimentos, resulta da estimativa de faturação

da Real Verde (Vale Douro Norte).

22. Imposto sobre o rendimento

31.12.2012 31.12.2011

Resultado antes de impostos 527.321 539.025 Variações Patrimoniais Positivas 149.489 896.933

Acréscimos à matéria Coletável 19.565 56.008

Amortizações de Imvestimentos Futuros 683.470 788.567

Deduções à matéria Coletável (20.541)

Prejuizos Fiscais (354.552) O

Matéria Coletável 1.004.753 2.280.533

Imposto 251.188 444.681

Resultado da Liquidação (art° 86°) 54.486

Tributação Autónoma 17.115 16.210

Derrama Estadual 9.515 7.013

Imposto a Pagar 332.304 467.905

31.12.2012 31.12.2011

Estimativa de imposto a pagar 105.562 365.677

105.562 365.677

CONTAS DO EXERCÍCIO

11, RESINORTE

22.1.

22.2.

Imposto do exercício

31.12.2012 31.12.2011

Imposto corrente

Imposto diferido

110.768

(72.732)

467.905

(595.759)

38.036 (127.854)

Reconciliação entre a taxa normal e a taxa efetiva de imposto

31.12.2012 31.12.2011

Resultado antes de impostos 527.321 539.025 Imposto 20.921 (144.065)

tributação autónoma 17.115 16.210

Diferenças permanentes (prejuízos fiscais)

Total do imposto 38.036 (127.854)

Taxa efectiva de imposto 7,2% -23,7%

23.Vendas e prestação de serviços

23.1. Vendas

No ano de 2012 registou-se uma diminuição das vendas de resíduos, provocada pela

redução de quantidade de material valorizável recolhido.

Na última quinzena de 2011 a Resinorte iniciou o processo aproveitamento energético de

biogás, e em 2012, o motogerador instalado no aterro de Codessoso, esteve em

funcionamento todo o ano, tendo-se vendido energia elétrica no montante de 649.868

EUR.

31.12.2012 31.12.2011

Vendas de resíduos 3.886.707 4.135.003

Vendas de energia 649.868 6.082

Outras vendas enrrprcríps ria pxprr írins anterinres

O

4.536.575 4.141.085

23.2. Prestação de serviços

A redução de rendimentos verificada deve-se a uma redução quantidade de RSU tratados,

à Atividade não concessionada, recolha de RSU nos Municípios do Alto Tâmega, também

pela diminuição de quantidades recolhidas, mas principalmente porque desde o mês de

Julho que deixou de ser prestado este serviço ao município de Chaves e Vila Pouca de

Aguiar e no final de Outubro terminou também o contrato com o Município de Valpaços.

CONTAS DO EXERCÍCIO

11, RESINORTE

As quantidades dos resíduos de particulares (RIB e REU) e outros serviços também

reduziram significativamente, tendo em 2012 registado apenas 127 mil euros.

31.12.2012 31.12.2011 Prestação de serviços a municípios 10.705.092 11.171.117

Prestação de serviços a particulares 127.516 273.316

Prestação de serviços - Actividade não Concessionada 1.019.873 1.714.170

Descontos

Correcções de exercícios anteriores

11.852.480 13.158.604

24.Custo das Vendas

31.12.2012 31.12.2011 CMVMC- Mercadorias

CMVMC - Matérias primas

CMVMC- Matérias subsidiárias

CMV MC - Diversos

238.182,41 273.905,64

238.182,41 273.905,64 Variação da produção 23.299,89 77.524,28

261.482,30 351.429,92

Os valores apresentados na rubrica CMVMC respeitam apenas a fita e arame, e materiais

utilizados no tratamento de lixiviado, através do sistema de osmose inversa.

O consumo de gasóleo, óleo e pneus utilizados pelas viaturas da Empresa, materiais para

ecopontos e o produto para neutralização de odores são registados na rubrica

Fornecimentos e Serviços Externos.

25. Fornecimentos e Serviços Externos

31.12.2012 31.12.2011 Sub-contratos 1.663.335 1.316.317 Trabalhos especializados 437.829 461.849 Conservação e Reparação 965.072 991.643 Energia 593.661 558.409 Combustiveis 1.711.127 2.001.256 Outros FSEs 1.204.601 1.370.186

6.575.627 6.699.660

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE • (1%'

Em Dezembro de 2012 os custos com Fornecimentos e Serviços Externos ficaram cerca

de 2% abaixo do ano anterior. A impedir que este decréscimo fosse maior está a rubrica

subcontratos, que tem registado aproximadamente 325 mil euros, referentes à correção

da estimativa realizada em 2010 e 2011 para os subcontratos de recolha seletiva e

exploração de aterro do Douro Norte.

26.G astos com Pessoal

31.12.2012 31.12.2011 Remunerações 3.324.752 3.786.359 Encargos sociais sobre remunerações 750.903 839.586 Encargos com pensões O Outros custos com pessoal 708.849 822.893 Correcções relativas a exercícios anteriores

4.784.504 5.448.839

A diminuição dos gastos com pessoal está relacionada com o fim da atividade de recolha

de resíduos nos Municípios de Chaves, Vila Pouca de Aguiar e Valpaços.

Em comparação com o Orçamento e Projeto Tarifário de 2011 verifica-se uma poupança

na ordem dos 14%, aproximadamente 664 mil euros.

26.1. Quadro de pessoal

Número médio de colaboradores 31.12.2012 31.12.2011

Orgãos sociais Trabalhadores efectivos e outros

9,00 298,00

9,00 335,00

307,00 344,00

Número de colaboradores a 31 de Dezembro 31.12.2012 31.12.2011

Orgãos sociais Trabalhadores efectivos e outros

9,00 272,00

9,00 319,00

281,00 328,00

27. Depreciações, amortizações e reversões do exercício

31.12.2012 31.12.2011

Depreciação de propriedades de investimento Amortizações de activos intangíveis 3.779.292 4.039.350 Amortizações de activos fixo tangíveis 53.017 158.421

Acréscimos de custos do investimento contratual 681.786 619.822 Reversões de amortizações de activos intangíveis

4.514.095 4.817.593

CONTAS DO EXERCÍCIO

,0"

111, RESINORTE

28. Provisões e reversões do exercício

31.12.2012 31.12.2011 Provisões para processos judiciais

Provisões para acidentes de trabalho

Provisões - outros

Reversões de provisões para processos judiciais

Reversões de provisões para acidentes de trabalho

Reversões de provisões - outros O 89.686

O 89.686

29. Perdas por imparidade e reversões do exercício

31.12.2012 31.12.2011 Perdas por imparidade de clientes

Perdas por imparidade de outros deverdores

418.442 o o

418.442 o Reversões de perdas por imapridade O

418.442 O

30.Outros gastos operacionais

31.12.2012 31.12.2011 Impostos

Donativos

Outros gastos operacionais

234.740

4.150

216.643

285.093

8.062

43.997

455.533 337.152

31.0utros rendimentos e ganhos operacionais

31.12.2012 31.12.2011 Rendimentos suplementares

Subsídios à exploração

Outros rendimentos e ganhos operacionais

Correcções relativas a exercícios anteriores

22.846

1.359

205.401

O

60.249

8.893

3.196 12.220

229.606 84.557

32. Gastos financeiros

31.12.2012 31.12.2011 Juros suportados 2.331.122 2.124.622

Custo Amortizado - Acordos MLP 97.089 O

Outros gastos financeiros 34.784 711

2.462.995 2.125.333

CONTAS DO EXERCÍCIO

Wif RESINORTE

33. Rendimentos financeiros

31.12.2012 31.12.2011

Juros de actualização de divida de clientes O 27 541

Juros de actualização de dívida do concedente O O

Juros de mera 846.443 416.973

Outros juros 37.224 3 883.667 444.517

No exercício de 2012, por deliberação do Conselho de Administração, a Resinorte, emite

regularmente Juros de Mora pela dividida vencida.

34. Transações com entidades relacionadas

34.1. Transações

31.12.2012 31.12.2012 31.12.2011 31 12.2011

Proveitos Custos Proveitos Custos

Aguas de Trás dos Montes e Alto Douro, SA

245

AdP- Serviços Ambientais, SA

(65.139)

(62.703) EGF - Empresa Geral do Fomento, SA

(1.271.994)

(1.087.786) Resulima

2.647

34.2. Saldos

31 12 2012

Ativos

31 12.2012

Passivos

31.12.2011

Ativos

31 12.2011

Passivos

Águas de Trás dos Montes e Alto Douro, SA AdP - Serviços Ambientais, SA EGF - Empresa Geral do Fomento, SA EGF - Empresa Geral do Fomento, SA - Suprimentos

7.920 (407) (10.764)

(284.803) (10.250.000)

8.337 (407) (7.171)

(317.943) (10.250.000)

35. Compromissos

A Empresa possui assumidos os seguintes compromissos que não se encontram incluídos

no Balanço apresentado:

a) Contrato de Concessão

Os investimentos futuros reversíveis incluídos no EVEF ora apresentado perfazem

77.185.000 EUR.

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE

36. Ativos e passivos contingentes i\\ 36.1. Garantias prestadas

Garantia Bancária, sobre a Caixa Geral de Depósitos, no montante de 846.391,70 EUR, a )( 1

favor do Ministério do Ambiente, para cumprimento dos deveres contratuais emergentes

da concessão.

Garantia Bancária, sobre o Banco Espírito Santo, no montante de 168.158,53 €, a favor da

CCDRn, para garantia do bom pagamento de todas as responsabilidades que possam advir

do não cumprimento das obrigações assumidas.

Garantia Bancária, sobre a Caixa Geral de Depósitos, no montante de 13.973.55 EU, a

favor da EDP — Distribuição Energia, S.A., para assegurar o cumprimento de todas as

obrigações legais e contratuais resultantes do contrato de fornecimento de energia

Garantia Bancária, sobre o Banco Totta & Açores, no montante de 125.050,05 EUR, a

favor dos Municípios do Alto Tâmega, com exceção do Município de Montalegre, para

cumprimento dos deveres contratuais emergentes do Contrato de Prestação de Serviços

de Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos, fornecimento, manutenção e lavagem de

contentores.

Garantia Bancária, sobre o BPI, no montante de 1 I.404,35EUR, a favor do Município de

Montalegre, para cumprimento dos deveres contratuais emergentes do Contrato de

Prestação de Serviços de Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos, fornecimento,

manutenção e lavagem de contentores.

Garantia Bancária, sobre a Caixa Geral de Depósitos, no montante de 4.650,00 €, a favor

do Tribunal de Cabeceiras de Basto, para expropriação de terrenos.

37.Informações exigidas por diplomas legais

Art.° 397.° do Código das Sociedades Comerciais

Relativamente aos seus administradores, a sociedade Resinorte, S.A., não lhes concedeu

quaisquer empréstimos ou créditos, não efetuou pagamentos por conta deles, não

prestou garantias a obrigações por eles contraídas e não lhes facultou quaisquer

CONTAS DO EXERCÍCIO

RESINORTE

adiantamentos a remunerações. Também não foram celebrados quaisquer contrato

entre a sociedade e os seus administradores, diretamente ou por pessoa interposta.

Art.° 324 do Código das Sociedades Comerciais

A sociedade Resinorte, S.A., não possui quaisquer ações próprias nem efetuou até ao /L„. momento qualquer negócio que envolvesse títulos desta natureza.

Art.° 21 do Decreto-Lei n.° 411/91 de 17 de Setembro

Declara-se que não existem dívidas em mora da Empresa ao Sector Público Empresarial

nem à Segurança Social, e que os saldos contabilizados em 31 de Dezembro de 2012,

correspondem à retenção na fonte, descontos e contribuições, referentes a Dezembro, e

cujo pagamento se efetuará em Janeiro do ano seguinte.

38. Rendimento garantido

Conforme disposto no contrato de concessão, os capitais próprios aplicados na empresa

serão remunerados através de uma margem, a qual corresponderá à aplicação, ao capital

e reserva legal, de uma taxa correspondente às Obrigações do Tesoura a 10 anos,

acrescida de 3 pontos percentuais a título de prémio de risco.

11/

CONTAS DO EXERCÍCIO

))4tr RESINORTE

O valor das remunerações do capital calculado nos termos da concessão era o seguinte,

por acionista em 31 de Dezembro de 2012:

Accionistas Remuneração devida

em 31-12-2011

Dividendos distribuidos em

2012

Remuneração do Remuneração acumulada

Exerci ci o de 2012 em 31-12-2012

Amarante 80.204,02 0,00 34.073,79 114.277,81

Armamar 52.541,19 0,00 8.482,50 61.023,69

Baião 28.692,19 0,00 11.732,36 40.424,56

Boticas 14.792,82 0,00 4.699,18 19.492,00

Cabeceiras de Basto 22.772,88 0,00 9.772,93 32.545,81

Celorico de Basto 26.418,24 0,00 11.060,28 37.478,52

Chaves 14.792,82 0,00 4.699,18 19.492,00

Cinfães 146.891,49 0,00 23.921,92 170.813,41

Lamego 186.413,99 0,00 30.428,79 216.842,78

Marco de Canaveses 72.629,28 0,00 30.578,76 103.208,04

Moimenta da Beira 74.321,77 0,00 12.360,74 86.682,50

Mondim de Basto 11.963,12 0,00 4.726,05 16.689,17

Montalegre 14.792,82 0,00 4.699,18 19.492,00

Penedono 23.334,50 0,00 3.827,81 27.162,32

Resende 81.023,41 0,00 13.352,33 94.375,74

Ribeira de Pena 14.792,82 0,00 4.699,18 19.492,00

São João da Pesqueira 58.456,08 0,00 9.502,85 67.958,93

Sernancelhe 45.142,32 0,00 7.252,19 52.394,52

Tabuaço 48.187,78 0,00 7.658,79 55.846,57

Tarouca 63.526,71 0,00 10.135,47 73.662,18

Valpaços 14.792,82 0,00 4.699,18 19.492,00

Vila Pouca de Aguiar 14.792,82 0,00 4.699,18 19.492,00

AMAVE 284.920,13 0,00 232.460,47 517.380,60

AMVDN 97.107,50 0,00 54.670,33 151.777,83

EHATB 249.766,94 0,00 49.973,80 299.740,74

EGF 2.238.759,03 0,00 662.826,16 2.901.585,19

TOTAL 3.981.829,48 0,00 1.256.993,42 5.238.822,90

Celorico de Basto, 7 de Fevereiro de 2013

CONTAS DO EXERCÍCIO

ANEXOS

ANEXOS

código e fluN

LaPCer I Ner

ERNST&YOUNG

Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A. Avenica da Boavista, 36, 3° 4050-112 Poeto PoetJgal Tel: +351 226 002 015 Fax: +351 226 000 004 www.ey.corn

Certificação Legal das Contas

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas de Resinorte - Valorização e Tratamento de

Resíduos Sólidos, S.A., as quais compreendem a Demonstração da Posição Financeira em 31 de

Dezembro de 2012 (que evidencia um total de 136.524.524 Euros e um total de capital próprio

de 12.556.955 Euros, incluindo um resultado líquido de 489.286 Euros), a Demonstração dos

Resultados, a Demonstração do Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações no Capital

Próprio e a Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e as Notas.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações

financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa,

o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e

os seus fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e

a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,

baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de

Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo

seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as

demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o

referido exame incluiu:

a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações

constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em

juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

Sociedade Anónima Capital Social 1.105.000 euros - Inscrição n.° 178 na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas - Inscrição N.° 9011 na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários -

Contribuinle 505 98B 283 C. R. Comercial de Lisboa sob o mesmo número Sede: Av da República 90 6 " 1600-206 Lisboa • A member firm of Ernst & Young Global Urnited

II" - 1111111 11111111i ERNST &YOUNG

2

a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua

divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações

financeiras.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira

constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa

opinião.

Reserva

7. Conforme evidenciado na nota 18, na sequência de uma redução do total do investimento

previsto para a concessão, foi registado um aumento dos resultados transitados no valor de

2.808 milhares de euros, decorrente da diminuição do passivo com "acréscimos de gastos para

investimentos contratuais" no valor de 3.779 milhares de euros e redução do respectivo activo

por impostos diferidos em 971 milhares de euros. Embora sem afectar a posição financeira em

31 de Dezembro de 2012, entendemos que, tendo em conta a estimativa de investimento

contratual não realizado, as amortizações do exercício se encontram subavaliadas em 1.900

milhares de euros (2011: 1.922 milhares de euros), pelo que o resultado líquido do exercício

deveria ter sido inferior em 1.412 milhares de euros, considerando o respectivo efeito fiscal.

Opinião

8. Em nossa opinião, excepto quanto ao efeito do assunto indicado no parágrafo anterior, as

demonstrações financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos

os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira de Resinorte - Valorização e

Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., em 31 de Dezembro de 2012, o resultado e o

rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de

caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de

Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia.

111 11 11 111111111111" =.1.1ERNST& YOUNG 3

Relato sobre outros requisitos legais

9. É também nossa opinião que a informação constante do Relatório de Gestão é concordante com

as demonstrações financeiras do exercício.

Ênfases

10. Sem afectar a opinião expressa sobre as demonstrações financeiras, chamamos a atenção para

as situações seguintes:

Conforme descrito no Decreto-Lei que regula a actividade da Empresa e no contrato de

concessão, as tarifas e os preços devem ser fixados anualmente de forma a permitir a

recuperação dos custos inerentes à concessão e remunerar os capitais investidos, e, assim,

assegurar o equilíbrio económico-financeiro da concessão. Atendendo a que ainda não foram

aprovados pelas entidades competentes os mecanismos tendentes a reflectir os eventuais

excessos ou insuficiências das tarifas e preços, a Empresa optou por não reflectir esta

situação nas demonstrações financeiras;

Conforme apresentado na nota 12, existem saldos a receber dos Municípios que apresentam

um agravamento significativo da sua antiguidade, situação para a qual não foi registado

qualquer ajustamento nas demonstrações financeiras da Empresa. Num contexto de

restrições de acesso ao crédito, esta situação poderá colocar em causa o equilíbrio

económico e financeiro da Concessão. O Conselho de Administração entende que dos

processos de renegociação em curso, incluindo as medidas relativas ao Programa de Apoio à

Economia Local e Lei dos Compromissos, irão resultar as soluções que permitam assegurar o

referido equilíbrio económico e financeiro da Concessão, e o cumprimento das obrigações

contratuais; e

111 111 11 111111 11 1111H I I I affii ERNST& YOUNG 4

Os valores relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, que são apresentados

nas demonstrações financeiras anexas para efeitos comparativos, não foram por nós

examinados. A respectiva Certificação Legal das Contas foi emitida por uma outra Sociedade

de Revisores Oficiais de Contas, em 17 de Fevereiro de 2012, com uma reserva e uma

ênfase.

Porto, 28 de Fevereiro de 2013

Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (n° 178) Representada por:

Rui Manuel da Cunha Vieira (ROC no 1154)

I I

ÁGUAS X

_11010 PORTUGAL

Auditoria Interna e Controlo de Risco

OBJETIVOS DE GESTÃO DE 20 I 2 — RESI NORTE, S.A.

INDICADORES VALOR

FIXADO GRAU DE

DESEMPENHO

,

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8. ,

9.

10.

11.

Custos Operacionais / Volume de Negócio (a) Atingido

Cash Costs - Resíduos Sólidos Urbanos (€/Ton) 33,3' ) Atingido

Receitas de novos negócios (mil €) 2. I 82 ')

(b)

Não Atingido

Superado Dívida comercial vencida (%)

PMR - Prazo Médio Recebimentos (dias) (c) Superado

PMP - Prazo Médio Pagamentos

PEC endividamento

Margem EBITDA

Cumprimento dos prazos de reporting

Data de preenchimento dos avisos de

pedidos regulares

Envio do Orçamento para Concedente

(dias) (c) Superado

(%) (d) Superado

(PP)

(dias)

(%)

(c)

(e)

(O

Superado

Superado

Superado

30/set/20 12 Superado

NOTAS:

VALOR FIXADO - Objetivo fixado na reunião da Assembleia Geral de 2 de agosto de 2012.

z i - Indicadores calculados com base no OPT aprovado pelo Concedente em 27 de janeiro 20 1 2.

(a) Manutenção de uma redução de gastos em 2012, na actividade comparável com 2009, que

sustenta a redução de 15% determinada para o ano de 201 I , sujeita ao integral cumprimento das

obrigações legais e contratuais, das orientações das tutelas sectorial e financeira e às

recomendações do regulador.

(b) Redução da dívida vencida de clientes municipais existentes a 3 I de dezembro de 20 I I.

(c) Não deterioração do indicador face ao valor atingido em 201 I .

(d) 19,2% em 20 12 face a 20I I .

(e) Cumprir prazos definidos pela EGF.

Valor do Atingimento Global dos Objetivos de Gestão: 2,50

ÁGUAS DE ‘■90 PORTUGAL

Auditoria Interna e Controlo de Risco

RELATÓRIO SOBRE OBJETIVOS DE GESTÃO DE 20 12

INTRODUÇÃO

Executámos os procedimentos abaixo enumerados com o objetivo de verificar a conformidade

dos Objetivos de Gestão do Conselho de Administração da RESINORTE — Valorização e

Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012,

apresentados no Relatório de Gestão com os requisitos estabelecidos na Assembleia Geral de 2 de

agosto de 2012, e respetivo Contrato de Gestão.

2. RESPONSABILIDADE

É da responsabilidade do Conselho de Administração da RESINORTE a preparação do Relatório

de Gestão, com os Objetivos de Gestão para o ano 2012 que evidencie os valores atingidos em

cada um dos indicadores estabelecidos, bem como a adoção de políticas e critérios adequados e a

manutenção de um sistema de controlo interno adequado. A nossa responsabilidade consiste em

emitir um relatório com base no trabalho efetuado.

3. ÂMBITO

O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de validar os procedimentos de recolha e o cômputo

do valor das variáveis utilizadas para o cálculo dos Objetivos de Gestão e incluiu, nomeadamente:

a) Confirmação da concordância dos indicadores de gestão e dos objetivos estabelecidos e

aprovados na Assembleia Geral de 2 de agosto de 2012;

b) Análise da documentação de suporte da informação utilizada no cálculo dos valores

atingidos em cada um dos indicadores estabelecidos;

c) Confirmação dos cálculos efetuados relativamente aos valores atingidos em cada um dos

indicadores estabelecidos e tendo por base os critérios estabelecidos, a metodologia

definida na referida Assembleia Geral e a documentação referida na alínea anterior;

d) Confirmação dos cálculos efetuados relativamente ao valor atingido anual, resultante da

soma dos resultados atingidos para cada indicador, conforme metodologia definida em

Assembleia Geral.

4. CONCLUSÃO

Com base no trabalho efetuado, não foram identificados quaisquer factos ou s ituações significativos

que nos levem a concluir que os valores atingidos em cada um dos indicadores estabelecidos, para

o exercício findo em 31 de dezembro de 20 12, contidos no Relatório de Gestão apresentado pela

RESINORTE não estejam em conformidade com os requisitos definidos para a sua elaboração.

Lisboa, 8 de março de 2013

Direção de Auditoria Interna e Controlo de Risco