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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1 Unidade Auditada: DEPARTAMENTO REGIONAL DO SESC NO AMAPA Exercício: 2014 Município: Macapá - AP Relatório nº: 201503958 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO AMAPÁ _______________________________________________ Análise Gerencial Senhor Chefe da CGU-Regional/AP, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201503958, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pelo Departamento Regional do SESC no Amapá. 1. Introdução Os trabalhos de campo foram realizados no período de 30/06/2015 a 13/07/2015, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos, que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas; e Achados de Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas, consistindo, assim, em subsídio ao julgamento das contas apresentadas pela Unidade ao Tribunal de Contas da União – TCU. 2. Resultados dos trabalhos

Relatorio-5 - Relatórios de Auditoria da CGU · Conjunto de Atividades que objetiva contribuir para o direito ao lazer; a melhoria da qualidade de vida, no âmbito individual e coletivo;

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Unidade Auditada: DEPARTAMENTO REGIONAL DO SESC NO AMAPA Exerccio: 2014 Municpio: Macap - AP Relatrio n: 201503958 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIO NO ESTADO DO AMAP

_______________________________________________

Anlise Gerencial Senhor Chefe da CGU-Regional/AP,

Em atendimento determinao contida na Ordem de Servio n. 201503958, e consoante o estabelecido na Seo III, Captulo VII da Instruo Normativa SFC n. 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestao de contas anual apresentada pelo Departamento Regional do SESC no Amap.

1. Introduo

Os trabalhos de campo foram realizados no perodo de 30/06/2015 a 13/07/2015, por meio de testes, anlises e consolidao de informaes coletadas ao longo do exerccio sob exame e a partir da apresentao do processo de contas pela unidade auditada, em estrita observncia s normas de auditoria aplicveis ao Servio Pblico Federal. Nenhuma restrio foi imposta realizao dos exames.

O Relatrio de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos, que contempla a sntese dos exames e as concluses obtidas; e Achados de Auditoria, que contm o detalhamento das anlises realizadas, consistindo, assim, em subsdio ao julgamento das contas apresentadas pela Unidade ao Tribunal de Contas da Unio TCU.

2. Resultados dos trabalhos

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De acordo com o escopo de auditoria firmado, por meio da Ata de Reunio realizada em 04 de novembro de 2014, entre a Coordenao-Geral de Auditoria da rea de Servios Sociais (DPSES) da Secretaria Federal de Controle Interno (SFC) da Controladoria-Geral da Unio (CGU) e a Secretaria de Controle Externo da Previdncia, Trabalho e Assistncia Social do Tribunal de Contas da Unio (TCU), foram efetuadas as seguintes anlises:

2.1 Avaliao dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gesto

A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas neste item considerou-se a seguinte questo de auditoria: os resultados quantitativos e qualitativos esto sendo atingidos pela Entidade auditada? O Servio Social do Comrcio possui cinco Macroprocessos Finalsticos que esto relacionados s aes voltadas ao cumprimento de sua misso institucional, bem como para a gerao de valor de seus clientes. So pertencentes rea fim da Instituio e compreendem as atividades dos Programas Educao, Sade, Cultura, Lazer e Assistncia e esto assim distribudos:

Programa Descrio Atividades

Educao

Conjunto de Atividades que abrange processos formativos voltados educao bsica e complementar, ao progresso no trabalho e educao permanente.

Educao Infantil Educao Fundamental Educao de Jovens e Adultos Educao Complementar Cursos de Valorizao Social

Sade

Conjunto de Atividades que busca contribuir para a melhoria da qualidade de vida, por meio da promoo, preveno e recuperao da sade do individuo e da coletividade, considerando o princpio da integralidade e os fatores determinantes do processo sade doena-cuidado.

Nutrio Assistncia Odontolgica Educao em Sade

Assistncia Mdica

Cultura

Conjunto de Atividades voltado para a transformao social por meio do desenvolvimento e difuso das artes, do conhecimento e da formao dos agentes culturais, respeitando a dinmica dos processos simblicos e fomentando a tradio, preservao, inovao e criao.

Biblioteca Apresentaes Artsticas

Desenvolvimento Artstico e Cultural

Lazer

Conjunto de Atividades que objetiva contribuir para o direito ao lazer; a melhoria da qualidade de vida, no mbito individual e coletivo; a ampliao de experincias e conhecimentos e o desenvolvimento de valores, por meio da oferta de contedos fsicoesportivos, socioculturais, tursticos e da natureza.

Desenvolvimento Fsico-Esportivo Recreao

Turismo Social

Assistncia

Consistem em Atividades socioeducativas e assistenciais que estimulem a participao social e a cooperao entre indivduos, instituies e setores da sociedade, visando contribuir ara a incluso social e para o acesso aos direitos sociais.

Trabalho com Grupos Ao Comunitria

Assistncia Especializada

Alm dos programas elencados anteriormente, relativos aos processos Macroprocessos Finalsticos, o SESC/AP executou os programas Administrao e Previdncia, cujos objetivos, respectivamente so: garantir os meios necessrios ao desenvolvimento das

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atividades da rea-fim e proporcionar amparo e assistncia aos servidores do SESC/AP e seus beneficirios. No exerccio de 2014 o SESC/AP executou recursos financeiros na ordem de R$16.209.786,38 para a execuo de suas aes. No quadro a seguir relacionam-se os resultados das execues fsicas e financeiras dos 7 programas executados.

Quadro Execuo Fsica e Financeira dos Programas do SESC/AP

Programa Execuo Fsica Execuo Financeira

Previsto Realizado Realizao %

Previsto Realizado Realizao %

Educao 1.225.906 1.072.512 87,49% 2.003.380,00 1.890.626,72 94,4% Sade 950.263 855.541 90,03% 2.879.302,03 2.561.912,03 88,98% Cultura 372.525 408.792 109,74% 2.453.917,00 2.526.172,26 102,94% Lazer 952.481 883.014 92,71% 1.864.410,00 1.366.938,43 73,32% Assistncia 3.064.706 7.090.676 231,37% 263.608,00 197.014,62 74,74% Administrao - - - 4.290.971,00 4.154.674,07 96,82% Previdncia - - - 3.758.007,00 3.512.448,25 93,46%

Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP Foram selecionados para anlise as aes de maior materialidade do SESC/AP dentro dos Programas Educao e Sade, quais sejam Educao Fundamental e Nutrio. Tambm foi selecionado o Programa de Comprometimento e Gratuidade PCG, criado pelo Decreto n. 6.632/2008, e que est distribudo ao longo dos Programas Educao, Sade, Cultura, Lazer e Assistncia. Nos quadros a seguir so apresentados os resultados alcanados pelo SESC/AP nas Aes Educao Fundamental e Nutrio: Quadro Execuo da Meta Fsica

Ao Previsto

(Atendimentos) Realizado (Atendimentos)

Realizao %

Educao Fundamental 571.644 566.988 99,19% Nutrio 822.145 732.500 89,10%

Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP Quadro Execuo da Meta Financeira

Programa/Ao Previsto (R$) Realizado (R$) Realizao % Educao Fundamental 538.170,00 469.741,14 87,28% Nutrio 1.935.058,00 1.789.068,54 92,45%

Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP Conforme dados do Relatrio de Gesto, o alcance de quase 100% da meta fsica do Ensino Fundamental decorreu do aumento de nmero de matrculas, bem como a sensibilizao feita junto aos pais e/ou responsveis a respeito da importncia da frequncia do aluno, conforme o previsto na legislao educacional. Quanto meta fsica da Ao Nutrio, mesmo apresentando desempenho satisfatrio, a meta no foi atingida devido s dificuldades encontradas na aquisio de produtos para as atividades, havendo atrasos na entrega dos materiais e/ou equipamentos e at cancelamento das entregas por parte dos fornecedores. O Programa de Comprometimento e Gratuidade PCG, regulado pela Resoluo SESC-CN n. 1.166/2008 possui como objetivo bsico comprometer parcela de recursos com a oferta de cursos e atividades educativas, sendo que a metade desses recursos dever ser canalizada para a oferta de cursos e atividades educativas gratuitas, destinados a beneficirios de baixa renda. A estipulao do parmetro de baixa renda foi

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feita na citada resoluo, sendo considerado enquadrado nessa condio aquele beneficirio cuja renda familiar seja de at 3 salrios mnimos. Os quadros a seguir apresentam o desempenho alcanado pelo SESC/AP na execuo do Programa de Comprometimento e Gratuidade: Quadro - Metas fsicas e financeiras PCG/2014 - Programa Educao

Programa: Educao Atendimentos

Qtde inscritos

Valores (R$)

Atividades Previsto

no Perodo

Realizado no

Perodo

Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Educao Fundamental 18.090 22.264 27 33.466,50 43.123,66 Educao de Jovens e Adultos e Alfabetizao

68.340 74.108 92 133.263,00 172.888,71

Educao Complementar-PHE 63.580 60.052 107 120.166,20 134.840,13 Educao Complementar -Curso de LIBRAS

4.000 2.481 64 345,10 195,46

Curso de Valorizao Social 12.000 12.134 235 83.339,82 69.665,74 Total 166.010 171.039 525 370.580,62 420.713,70

Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP Quadro - Metas fsicas e financeiras PCG/2014 - Programa Sade

Programa: Sade Atendimentos Valores (R$)

Atividades Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Educao em Sade 84.000 89.383 274.000,00 149.951,41 Total 84.000 89.383 274.000,00 149.951,41

Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP Quadro - Metas fsicas e financeiras PCG/2014 - Programa Cultura

Programa: Cultura Atendimentos Qtde

inscritos

Valores (R$)

Atividades Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

DAC - Dana 24.238 40.235 98 42.206,82 45.648,06 DAC Artes Plsticas 3.500 10.137 24 14.441,22 4.501,63 Biblioteca - parcial 71.000 85.962 - 496.000,00 484.932,86 Total 99.238 136.334 122 552.648,04 535.082,55

Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP Quadro - Metas fsicas e financeiras PCG/2014 Programa Lazer

Programa: Lazer Atendimentos Qtde

inscritos

Valores (R$)

Atividades Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Turismo Social 2.540 2.853 522 96.520 141.971,92 Iniciao Esportiva 5.512 4.570 46 16.070,62 6.770,92

Total 8.052 7.423 568 112.590,62 148.742,84 Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP Quadro - Metas fsicas e financeiras PCG/2014 - Programa Assistncia

Programa: Assistncia Atendimentos Qtde

inscritos

Valores (R$)

Atividades Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Trabalhos em Grupos 47.056 81.849 241 394.086,75 643.201,45 Total 47.056 81.849 241 394.086,75 643.201,45

Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP

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A seguir grficos demonstrativos da execuo financeira de todos os programas do SESC/AP e das execues fsica e financeira do Programa de Comprometimento e Gratuidade PCG. Grfico I Demonstrativo da Execuo Financeira dos Programas do SESC/AP em relao ao valor total executado no exerccio de 2014 (R$)

Grfico II Demonstrativo da Execuo Fsica do Programa de Comprometimento e Gratuidade (Atendimentos)

Grfico III Demonstrativo da Execuo Financeira do Programa de Comprometimento e Gratuidade (R$)

1.890.626,72

2.561.912,03

2.526.172,26

1.366.938,43197.014,62

4.154.674,07

3.512.448,25Programa Educao

Programa Sade

Programa Cultura

Programa Lazer

Programa Assistncia

Programa Administrao

Programa Previdncia

171.039

89.383

136.334

7.42381.849

Programa Educao

Programa Sade

Programa Cultura

Programa Lazer

Programa Assistncia

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De acordo com o SESC/AP, os atendimentos que competem s metas fsicas dos Programas so calculados conforme os critrios especficos de cada realizao e modalidade a qual se refere Atividade. No Ensino Fundamental, por exemplo, os atendimentos (previstos/realizados) so calculados pela quantidade de beneficirios e/ou usurios presentes em cada aula/hora. Segundo os dados do Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP os resultados quantitativos e qualitativos dos servios/produtos foram alcanados de forma satisfatria. Na execuo do Programa de Comprometimento e Gratuidade na maioria das aes, as metas foram alcanadas e at ultrapassadas. Ressalva-se, porm, fragilidade detectada na gesto dos procedimentos de identificao e controle dos beneficirios do referido Programa, a qual ser abordada em ponto especfico deste relatrio. ##/Fato##

2.2 Avaliao da Conformidade das Peas

Considerando-se a natureza jurdica do SESC/AP, avaliou-se a conformidade das peas do processo de contas da unidade auditada, encaminhadas diretamente ao TCU por meio do Sistema e-Contas.

Ao processo de contas no foi juntado o Parecer da Unidade de Auditoria Interna. Com relao a esta ausncia, o SESC/AP informou que, por meio da Resoluo SESC/AP n. 345/2014, foi institudo o rgo de Controladoria, com a responsabilidade de realizar a auditoria interna de todo o Departamento Regional. O SESC/AP aduz, entretanto, que apesar da implementao do rgo, ainda no foi possvel a ocupao do cargo de Auditor em face da situao de arrecadao financeira do SESC. Informa ainda que est realizando estudos e levantamentos especficos quanto aos custos e a readequao de metas financeiras objetivando contratao de profissional para o cargo a partir de 2016.

Quando da anlise do Relatrio de Gesto, foram verificadas ausncias quanto ao contedo nos itens solicitados pela Deciso Normativa TCU n. 134/2013, alm de incorrees de quadros, conforme descrito abaixo:

420.713,70

149.951,41

535.082,55

148.742,84

643.201,45Programa Educao

Programa Sade

Programa Cultura

Programa Lazer

Programa Assistncia

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a) Item 1.5, da parte C, do Anexo II da DN TCU n. 134/2013 (pgs. 11 a 18 do Relatrio de Gesto): no consta identificao dos respectivos titulares das reas de competncia ou subunidades estratgicas da unidade jurisdicionada, com nome, cargo, data de nomeao e exonerao.

b) Item 3.1, da parte C, do Anexo II da DN TCU n. 134/2013 (pg. 22 do Relatrio de Gesto): ausente descrio sobre as estruturas de governana do SESC/AP.

c) Item 3.2, da parte C, do Anexo II da DN TCU n. 134/2013 (pg. 22 do Relatrio de Gesto): ausncia de informaes acerca da atuao da unidade de auditoria interna.

d) Item 5.3, da parte C, do Anexo II da DN TCU n. 134/2013 (pg. 106 do Relatrio de Gesto: ausncia de informaes relativas desonerao da folha de pagamento propiciada pelo art. 7 da Lei n. 12.546/2011 e pelo Decreto n. 7.828/2012.

e) Item 5, da parte C do Anexo II da DN TCU n. 134/2013 (pgs. 98 e 102 do Relatrio de Gesto): incorrees nos quadros 71, 72, 76 e 77 do Relatrio de Gesto, com informaes sobre a fora de trabalho do SESC/AP.

As informaes complementares apresentadas equipe de auditoria constam em item especfico deste relatrio, visto que no poderiam ser incorporadas ao Relatrio de Gesto, o qual j havia sido publicado. ##/Fato##

2.3 Avaliao da Gesto de Pessoas

A auditoria realizada sobre a gesto de recursos humanos do SESC/AP teve o objetivo de avaliar o quantitativo de pessoal; a adequabilidade da fora de trabalho frente s suas atribuies; a poltica de admisso e os critrios de seleo de pessoal; hipteses de acmulo funcional e de impedimento; anlise da folha de pagamento; regularidade do Plano de Previdncia Complementar; e anlise dos controles internos. Avaliou-se a adequabilidade da fora de trabalho do SESC/AP frente s suas atribuies, considerando as informaes apresentadas no Relatrio de Gesto e na CE n. 0556/2015-SECEX/SESC/AP, de 24 de julho de 2015, que retificou os quadros demonstrativos da fora de trabalho divulgados. Verificou-se que o quadro de pessoal do SESC/AP estava assim constitudo no final do exerccio de 2014: Quadro Demonstrativo da Fora de Trabalho Situao apurada em 31/12/2014.

Descrio Quantitativo Nmero de Pessoal Efetivo em Atividade 433 Nmero de Pessoal Contratado 13 Nmero de Prestadores de Servio atravs de empresas

-

Nmero de Estagirios do Programa Especial de Bolsa de Estgio (DN)

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Nmero de Estagirios do Regional 13 Outros no apresentados nos itens anteriores Total 505

Fonte: CE n. 0556/2015-SECEX/SESC/AP, de 24/07/2015. Analisando-se o quantitativo de pessoal e a suficincia da fora de trabalho do SESC/AP, verificou-se que o quantitativo atende s suas necessidades atuais, mas que no h uma poltica voltada realizao de estudos quanto ao dimensionamento da fora de trabalho, no que diz respeito ao quantitativo, composio, perfil e parmetros

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de lotao, bem como quanto definio de estratgias e aes que se fazem necessrias para viabilizar o alcance de suas necessidades. No que tange aos procedimentos de seleo de pessoal, a Resoluo SESC n. 1163/2008 estatui normatizao especfica sobre processo seletivo para contratao no mbito do SESC, de empregados regidos pelas leis trabalhistas. Das 175 contrataes realizadas em 2014, 168 foram precedidas de processo seletivo externo. Para as demais contrataes houve dispensa de processo seletivo, pois tratavam-se de cargos de confiana. As admisses foram decorrentes de 28 processos seletivos, dos quais foram selecionados sete para anlise da regularidade da legislao aplicvel. Baseado na anlise amostral no probabilstica dos processos de seleo, constatou-se a regularidade no processo de contratao de empregados do SESC/AP no exerccio auditado. Com o intuito de verificar hipteses de acumulao funcional dos empregados do SESC/AP foram realizados cruzamentos em bases de dados de sistemas corporativos e anlise de documentao disponibilizada. Foi registrada a ocorrncia de servidores que acumulam/acumulavam o cargo de colaborador do SESC/AP com cargos na Administrao Pblica, com carga horria semanal superior a 60 horas semanais. Sobre o tema, foram verificadas fragilidades nos controles de admisso de servidores pblicos ou autrquicos a servio do SESC, tendo em vista a ausncia de prvia autorizao do titular do respectivo ministrio ou autoridade correspondente (art. 41, 2 do Decreto n. 61.836/1967, que aprovou o Regulamento do Servio Social do Comrcio). Esta constatao est relatada em item especfico dos Achados de Auditoria. Em relao anlise da folha de pagamento do SESC/AP, foi realizado exame amostral, a partir do qual no foram identificadas irregularidades quanto aos valores pagos aos dirigentes ou quanto aos pagamentos feitos aos colaboradores. Verificou-se que no houve pagamento de remunerao varivel (Prmios/Participao nos Lucros e/ou Resultados) aos colaboradores do SESC/AP. Em relao conformidade do Plano de Previdncia Complementar Privada legislao aplicvel, o SESC/AP, por meio do expediente CE n. 0456/2015-SECEX/SESC/AP, informa que no instituiu Plano de Previdncia Complementar para os seus servidores. A avaliao quanto estrutura de controles internos do SESC/AP na rea de gesto de pessoas, com vistas a garantir que seus objetivos estratgicos para o exerccio fossem atingidos, foi realizada com base nos procedimentos de auditoria aplicados e na avaliao do prprio gestor, sendo tal avaliao coletada por meio do Questionrio de Avaliao de Controles Internos. Verificou-se que os controles adotados so razoavelmente suficientes para garantir a regularidade dos procedimentos vinculados seleo e aos limites remuneratrios. Entretanto, alguns aspectos precisam ser melhorados, notadamente a ausncia de processos para verificao peridica de possvel acumulao funcional por parte dos colaboradores do SESC/AP, tendo em vista a verificao de que pelo menos 62

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funcionrios do SESC/AP acumulam cargos na administrao pblica, com carga horria total que ultrapassam 60 horas semanais. ##/Fato##

2.4 Avaliao da Situao das Transferncias Voluntrias

No houve transferncias financeiras concedidas pelo SESC/AP e vigentes no exerccio sob exame. ##/Fato##

2.5 Avaliao da Regularidade dos Processos Licitatrios da UJ

A fim de avaliar a regularidade dos processos licitatrios e das contrataes e aquisies realizadas por meio de dispensa de licitao e de inexigibilidade, foram selecionados 37 processos para anlise pelo critrio da materialidade, relevncia e criticidade. Tambm com base nessa amostra, foi analisado se os servios contratados foram entregues ou prestados, respectivamente, de acordo com as clusulas contratuais ou termos congneres. Em decorrncia da seleo da amostra, tendo em vista a ausncia de critrios estatsticos, os resultados dos exames limitam-se aos processos licitatrios analisados. Nos quadros abaixo esto relacionados o quantitativo de processos do SESC/AP, do exerccio de 2014, o quantitativo avaliado e os valores envolvidos. Quadro Licitaes avaliadas

Descrio Quantidade de processos Valor envolvido* Processos licitatrios 45 R$4.113.591,98 Processos avaliados 10 R$1.574.942,86 Processos em foi detectada alguma desconformidade *

2 R$ 164.587,39

*O valor mencionado na ltima linha corresponde ao total das aquisies e no indica necessariamente a existncia de prejuzos

Fonte: Relatrio de Gesto 2014-SESC/AP. Processos de inexigibilidade analisados.

Quadro Dispensas de licitao avaliadas

Descrio Quantidade de processos Valor envolvido* Processos de dispensa 264 R$794.274,50 Processos avaliados 23 R$294.933,65 Processos em foi detectada alguma desconformidade 0 0,00

Fonte: Relatrio de Gesto 2014-SESC/AP. Processos de Dispensa analisados.

Quadro Inexigibilidades de licitao avaliadas

Descrio Quantidade de processos Valor envolvido Processos de inexigibilidade 24 R$267.525,00 Processos avaliados 4 R$92.790,00 Processos em foi detectada alguma desconformidade 0 0,00

Fonte: Relatrio de Gesto 2014-SESC/AP. Processos de Inexigibilidade analisados.

No que se refere regularidade das aquisies por meio de dispensa de licitao constatou-se, nos processos analisados, o correto enquadramento da despesa de acordo com as hipteses de dispensa de licitao previstas no Regulamento de Licitaes e

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Contratos do SESC. Na anlise das despesas realizadas com base em dispensa de licitao no se constatou fracionamento de despesa.

Quanto regularidade das licitaes, constatou-se desconformidades em dois processos de licitao na modalidade Convite. Os editais elaborados pelo SESC/AP para contratao de obras e servios de engenharia autorizaram a apresentao de propostas at 20% superiores ao valor referencial, em desacordo com entendimento do Tribunal de Contas da Unio contido nos Acrdos 378/2011-Plenrio e 6456/2011-1 Cmara. Entretanto, o SESC/AP alega que seguia orientao do Departamento Nacional. Ressalte-se que nas contrataes em que foi detectada a insero desse percentual nos editais no houve prejuzo na contratao, conforme tratado em item especfico deste Relatrio.

Quanto aos pagamentos contratuais, verificou-se a compatibilidade do objeto adquirido/servio prestado em relao s especificaes e quantidades exigidas nos editais/contratos, pedidos de compra ou outro instrumento congnere. Verificou-se ainda que o SESC/AP mantm uma rotina de atesto nas notas fiscais ou documento equivalente, quando do recebimento do objeto. Controles Internos Administrativos no mbito das Licitaes e Contratos Com base na anlise dos processos citados anteriormente, na verificao das rotinas adotadas pelo SESC/AP e na avaliao do prprio gestor, coletada por meio do Questionrio de Avaliao de Controles Internos, constatou-se que as atividades de controle so razoveis e esto relacionadas com os objetivos do controle e foram institudas de forma a mitigar os riscos. A seguir destacam-se algumas boas prticas adotadas pelo SESC/AP: a) Existncia de Setor Responsvel e servidor designado para realizao das atividades relacionadas licitao; b) Para a execuo das principais atividades envolvidas na realizao de licitaes, dispensas e inexigibilidades existem normas, manuais e check list; c) Existncia de controle da disponibilidade oramentria e financeira utilizado para subsidiar o processo de contratao e respectivos aditivos; d) Os processos de aquisio (minutas dos editais de licitao e anexos) so submetidos apreciao prvia da Assessoria Jurdica, inclusive dispensa e inexigibilidade; e) Os avisos de editais de licitao so publicados nos meios de comunicao previstos no Regulamento de Licitaes e Contratos; f) O SESC/AP dispe de controle manual das empresas penalizadas por ela com declarao de suspenso, inidoneidade ou impedimento; g) O SESC/AP designa formalmente o fiscal dos contratos e consulta a regularidade fiscal da contratada antes de cada pagamento. ##/Fato##

2.6 Avaliao do Cumprimento das Determinaes/Recomendaes do TCU

Por meio de pesquisa no stio eletrnico do Tribunal de Contas da Unio e de informaes contidas no Relatrio de Gesto do SESC/AP, no foram identificados Acrdos com determinaes/recomendaes ao Departamento Regional do SESC no Estado do Amap, nos quais haja determinao expressa do Tribunal para acompanhamento do Controle Interno. ##/Fato##

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2.7 Avaliao do Cumprimento das Recomendaes da CGU

Para avaliao do cumprimento das recomendaes da CGU, a metodologia consistiu no levantamento de todas as recomendaes existentes e emitidas em 2014 com posterior verificao do seu atendimento, bem como anlise dos controles internos administrativos relativos ao acompanhamento e atendimento das recomendaes. No decorrer do exerccio de 2014 foram expedidas ao SESC/AP seis recomendaes advindas da execuo da Ordem de Servio n 201211852, cujo escopo consistiu no exame sobre itens constituintes de oramentos de obras dos processos licitatrios n. 11/00004 e n. 10/00006. Com base nas informaes registradas no Plano de Providncias Permanente e no Relatrio de Gesto do SESC/AP, verificou-se que a Entidade adotou providncias suficientes para atendimento de 100% das recomendaes expedidas pela CGU. Desta forma, no h recomendaes pendentes. Quanto rotina de acompanhamento e atendimento das recomendaes da CGU, o SESC/AP informou que no h documentos que determinem os responsveis pelo monitoramento das recomendaes da CGU com respectivas atribuies e responsabilidades. ##/Fato##

3. Concluso

Eventuais questes formais que no tenham causado prejuzo ao errio, quando identificadas, sero includas no Plano de Providncias Permanente ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislao aplicvel, submetemos o presente relatrio considerao superior, de modo a possibilitar a emisso do competente Certificado de Auditoria.

Macap/AP, 29 de setembro de 2015.

Nome: Cargo: ANALISTA DE FINANCAS E CONTROLE Assinatura:

Nome: Cargo: ANALISTA DE FINANCAS E CONTROLE Assinatura:

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Relatrio supervisionado e aprovado por:

_____________________________________________________________ Chefe da Controladoria Regional da Unio no Estado do Amap

_______________________________________________

Achados da Auditoria - n 201503958 1 CONTROLES DA GESTO

1.1 CONTROLES INTERNOS

1.1.1 AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS

1.1.1.1 INFORMAO Informaes complementares s apresentadas originalmente no Relatrio de Gesto. Fato Em complemento s peas enviadas por meio do Sistema e-Contas ao Tribunal de Contas da Unio do exerccio de 2014, e em atendimento Solicitao de Auditoria n. 201503958/003, o Departamento Regional do SESC no Estado do Amap, vinculado ao Ministrio da Assistncia Social e Combate Fome, apresentou as informaes a seguir relacionadas em complementao s apresentadas originalmente: Quadro Informaes complementares s apresentadas originalmente no Relatrio de Gesto.

Informao complementada Pea Item/Normativo Identificao dos respectivos titulares das reas de competncia ou subunidades estratgicas da unidade jurisdicionada, com nome, cargo, data de nomeao e exonerao.

Relatrio de Gesto

Item 1.5, da parte C, do Anexo II da DN TCU n. 134/2013.

Descrio das estruturas de governana do SESC/AP. Relatrio de Gesto

Item 3.1, da parte C, do Anexo II da DN TCU n. 134/2013.

Informao sobre a atuao da unidade de auditoria interna. Relatrio de Gesto

Item 3.2, da parte C, do Anexo II da DN TCU n. 134/2013.

Detalhamento sobre contratos firmados com empresas que podem ser beneficiadas pelo art.

Relatrio de Gesto Item 5.3, da parte C, do Anexo II da DN

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Informao complementada Pea Item/Normativo 7 da Lei n. 12.546/2011 e art. 2 do Decreto n. 7.828/2012.

TCU n. 134/2013.

Alm dessas informaes, foram reapresentados os quadros constantes no item 5, da parte C do Anexo II da DN TCU 134/2013 (Gesto de Pessoas, Terceirizao de Mo de Obra e Custos Relacionados), tendo em vista incorreo nos dados apresentados. Estavam incorretos os seguintes quadros: Quadro Lista de quadros apresentados no Relatrio de Gesto com incorreo.

Lista de Quadros Relatrio de Gesto Descrio do Quadro Quadro 71 Demonstrativo da Fora de Trabalho situao

apurada em 31/12. Quadro 72 Composio do Quadro de Recursos Humanos

situao apurada em 31/12. Quadro 76 Quantidade de servidores da UJ por faixa etria

Situao paurada em 31/12. Quadro 77 Quantidade de servidores da UJ por nvel de

escolaridade Situao apurada em 31/12.

Saliente-se que as informaes dos quadros anteriores no podem ser objeto de correo no sistema e-Contas, visto que j foi publicado o Relatrio de Gesto 2014 do SESC/AP. Com relao s estruturas de governana do SESC/AP, a Entidade informou o que segue: O SESC Amap possui um Conselho Regional, presidido pelo Representante da Federao do Comrcio de Bens do Estado do Amap, Servios e Turismo; 06 Delegados das atividades de comrcio de bens e servios; 01 Representante da Federao Nacional; 01 Representante do Ministrio do Trabalho e Emprego; pelo Diretor do Departamento Regional do SESC; 01 Representante do INSS e 02 Representantes dos trabalhadores, indicados pelas centrais sindicais. A base normativa que regulamenta as atribuies e forma de atuao do Conselho Regional a Resoluo SESC/AP n. 254/2009, que aprovou o Regimento Interno do Conselho Regional do SESC/AP. Quanto atuao da unidade de auditoria interna, o SESC/AP apresentou as seguintes informaes: Quanto unidade de Controle Interno, ratificamos as informaes prestadas atravs da CE n. 0371/2015-SECEX/SESC/AP, enviada ao TCU/AP, em 29 de maio de 2015, visto que o Regional j implementou desde Abril de 2014, seu rgo de Controladoria. No entanto, ainda no foi possvel a ocupao do referido cargo, em face da situao da arrecadao financeira do SESC, alm do cenrio econmico crtico a qual se encontra o mercado brasileiro. Ainda assim, para subsidiar as demandas dos rgos de controle quanto efetiva fiscalizao da gesto da Unidade, que hoje realizada de forma descentralizada pelos rgos de Direo Executiva e Tcnico-Administrativa, o SESC/AP est realizando estudos e levantamentos especficos quanto aos custos e readequao de metas financeiras objetivando a contratao do profissional qualificado para a ocupao do cargo e incio das atividades a partir de 2016.

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A Resoluo SESC/AP n. 345/2014, que dispe sobre o Regimento Interno do Departamento Regional do Servio Social do Comrcio no Estado do Amap, o normativo que instituiu o rgo Controladoria sob a subordinao da Presidncia do Conselho Regional, alm de relacionar suas atribuies. Quanto ao item 5.3, parte C do Anexo II da DN TCU n. 134/2013, o SESC/AP informou, por meio da CE n. 666/2015-SECEX/SESC/AP, de 28/08/2015, que existem contratos com empresas beneficiadas pelo art. 7 da Lei n. 12.546/2011 e pelo art. 2 do Decreto 7.828/2012, conforme demonstrado a seguir: Quadro Contratos firmados pelo SESC/AP com empresas beneficiadas pelo art. 7 da Lei n. 12.546/2011

N do contrato Objeto da

Contratao Razo Social da

Empresa CNAE da atividades principal da empresa

AP-2012-OP-002 Construo da Unidade

SESC Sade Santa Rita Engenharia

Ltda. 41.20-4-00 (Construo

de edifcios) AP-2015-CS-005 Servios de Hotelaria A & A Agra Ltda. 55.10-8-01 (Hotis)

Fonte: CE n. 666/2015-SECEX/SESC/AP, de 28/08/2015 ##/Fato##

2 GESTO OPERACIONAL

2.1 AVALIAO DOS RESULTADOS

2.1.1 EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS

2.1.1.1 CONSTATAO Fragilidades na gesto dos procedimentos de identificao e controle dos beneficirios do Programa de Comprometimento e Gratuidade. Fato Com relao aos resultados quantitativos e qualitativos do SESC/AP em 2014, selecionou-se para anlise o Programa de Comprometimento e Gratuidade - PCG. Em julho de 2008, os Ministrios da Educao, do Trabalho e Emprego e da Fazenda, a Confederao Nacional do Comrcio, Bens, Servios e Turismo CNC, o Servio Social do Comrcio SESC e o Servio Nacional de aprendizagem Comercial SENAC firmaram um Protocolo de Compromissos no qual foi acordado que a CNC, iniciasse em 2009, o Programa de Comprometimento de Gratuidade, por meio de aes do SENAC e do SESC voltadas populao de baixa renda. Para efetivao do Protocolo de Compromisso, foram includas alteraes no Regulamento do SESC pelo Decreto n 6.632, de 5 de novembro de 2008, que determinou a vinculao, anual e progressiva, at o ano de 2014, do valor correspondente a um tero da Receita de Contribuio Compulsria Lquida RCCL em educao bsica e continuidade ou aes educativas relacionadas com os demais programas. Estabeleceu ainda, que cinquenta por cento desse total far parte da oferta de Gratuidade destinada aos comercirios e seus dependentes e aos estudantes da educao bsica, todos de baixa renda. O Objetivo bsico desse Programa, regulado pela Resoluo SESC-CN n. 1.166/2008, comprometer parcela de recursos com a oferta de cursos e atividades educativas,

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sendo que a metade desses recursos dever ser canalizada para a oferta de cursos e atividades educativas gratuitas, destinados a beneficirios de baixa renda. A estipulao do parmetro de baixa renda foi feita na citada resoluo, sendo considerado enquadrado nessa condio aquele beneficirio cuja renda familiar seja de at 3 salrios mnimos. Essa condio dever ser autodeclarada por meio de Autodeclarao de Renda Familiar. A execuo do PCG compreende a oferta de cursos e eventos variados, que abrangem, por exemplo, a realizao de atividades de educao formal (ensino fundamental e mdio), cursos de desenvolvimento fsico em diversas modalidades esportivas, bem como realizao de diversos eventos tais como palestras, shows, excurses de turismo do SESC etc. A oferta das aes ocorre nas escolas do SESC, vinculada aos Departamentos Regionais de cada Estado. De acordo com o Relatrio de Gesto do SESC/AP, os resultados fsicos e financeiros do Programa de Comprometimento e Gratuidade em 2014 foram os seguintes: Quadro - Metas fsicas e financeiras PCG/2014 - Programa Educao

Programa: Educao Atendimentos

Qtde inscritos

Valores (R$)

Atividades Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Previsto no Perodo

Realizado no

Perodo Educao Fundamental 18.090 22.264 27 33.466,50 43.123,66 Educao de Jovens e Adultos e Alfabetizao

68.340 74.108 92 133.263,00 172.888,71

Educao Complementar-PHE 63.580 60.052 107 120.166,20 134.840,13 Educao Complementar -Curso de LIBRAS

4.000 2.481 64 345,10 195,46

Curso de Valorizao Social 12.000 12.134 235 83.339,82 69.665,74 Total 166.010 171.039 525 370.580,62 420.713,70

Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP Quadro - Metas fsicas e financeiras PCG/2014 - Programa Sade

Programa: Sade Atendimentos Valores (R$)

Atividades Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Educao em Sade 84.000 89.383 274.000,00 149.951,41 Total 84.000 89.383 274.000,00 149.951,41

Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP Quadro - Metas fsicas e financeiras PCG/2014 - Programa Cultura

Programa: Cultura Atendimentos Qtde inscritos

Valores (R$)

Atividades Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

DAC - Dana 24.238 40.235 98 42.206,82 45.648,06 DAC Artes Plsticas 3.500 10.137 24 14.441,22 4.501,63 Biblioteca - parcial 71.000 85.962 - 496.000,00 484.932,86 Total 99.238 136.334 122 552.648,04 535.082,55

Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP Quadro - Metas fsicas e financeiras PCG/2014 Programa Lazer

Programa: Lazer Atendimentos Qtde

inscritos

Valores (R$)

Atividades Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Turismo Social 2.540 2.853 522 96.520 141.971,92

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Iniciao Esportiva 5.512 4.570 46 16.070,62 6.770,92 Total 8.052 7.423 568 112.590,62 148.742,84

Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP Quadro - Metas fsicas e financeiras PCG/2014 - Programa Assistncia

Programa: Assistncia Atendimentos Qtde

inscritos

Valores (R$)

Atividades Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Previsto no Perodo

Realizado no Perodo

Trabalhos em Grupos 47.056 81.849 241 394.086,75 643.201,45 Total 47.056 81.849 241 394.086,75 643.201,45

Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP A seguir grficos demonstrativos das execues fsicas e financeiras do Programa de Comprometimento e Gratuidade PCG. Grfico I Demonstrativo da Execuo Fsica do PCG - Previsto e Realizado (Atendimentos)

Grfico II-Demonstrativo da Execuo Financeira do PCG - Previsto e Realizado (R$)

ProgramaEducao

ProgramaSade

ProgramaCultura

Programalazer

ProgramaAssistncia

Previsto 166.010 84.000 99.238 8.052 47.056

Realizado 171.039 89.383 136.334 7.423 81.849

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

180.000

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Para a anlise dos resultados quantitativos e qualitativos, realizou-se a avaliao quanto aplicao dos recursos, conforme estipulado pelo Decreto n 6.632/2008, e controle sobre os beneficirios atendidos pelo PCG. Dessa forma, apresentam-se os resultados com base nas seguintes Questes de Auditoria: 1. Os percentuais de execuo financeira, em cursos de educao bsica e continuada ou em aes educativas relacionadas com os demais programas, estipulados pelo Decreto n 6.632/2008, foram atingidos e/ou esto compatveis com a previso para o perodo transcorrido? 2. Os beneficirios so, de fato, de baixa renda? Quanto primeira questo de auditoria, e considerando as informaes declaradas pelo SESC/AP no Relatrio de Gesto 2014, houve o cumprimento da exigncia de aplicao de 33,33% da receita compulsria lquida em educao e/ou aes educativas dos demais programas, conforme dados no quadro abaixo: Quadro - Demonstrativo de cumprimento do percentual de execuo financeira estipulado pelo Decreto n 6.632/2008

Clculo da Receita Compulsria Lquida Previsto Anual (R$)

Realizado Acumulado

DEZ/2014 (R$)

Realizado %

Compulsria Bruta 5.094.960,00 5.269.101,36 103,42 (-) INSS 2% 101.899,20 105.223,22 103,26

SUB-TOTAL 4.993.060,80 5.163.878,14 103,42 (-) Contribuio a Federao do Comrcio 149.791,00 153.504,12 102,48 Receita Compulsria Lquida 4.843.269,80 5.010.374,02 103,45 Valor destinado PCG 1.614.261,82 1.669.957,66 103,45 Valor destinado a Gratuidade 807.130,91 834.978,83 103,45 Recursos aplicados em Educao e/ou aes educativas dos demais programas

1.703.906,03 1.897.691,95 111,37

Recursos aplicados no Plano Gratuidade 933.906,03 1.262.807,68 135,22 Fonte: Relatrio de Gesto 2014 SESC/AP

ProgramaEducao

ProgramaSade

ProgramaCultura

ProgramaLazer

ProgramaAssistncia

Previsto (R$) 370.580,62 274.000,00 552.648,04 112.590,62 394.086,75

Realizado (R$) 420.713,70 149.951,41 535.082,55 148.742,84 643.201,45

0,00

100.000,00

200.000,00

300.000,00

400.000,00

500.000,00

600.000,00

700.000,00

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No que se refere segunda questo de auditoria, a partir da anlise de amostra no probabilstica realizada na documentao apresentada por beneficirios do Programa Gratuidade, selecionados com base no Edital n. 01/2013, de 28/10/2013, verificou-se a ausncia da Autodeclarao de Renda Familiar para os seguintes beneficirios/cursos: Quadro Beneficirios do PCG que no apresentaram Autodeclarao de Renda

Familiar

Curso Beneficirio - CPF Cursos de Valorizao Social / Curso de Pintura em Tecido ***.918.322-**

Cursos de Valorizao Social / Curso de Chocolate ***.633.502-** ***.057.932-** ***.219.402-**

Cursos de Valorizao Social / Curso Bordado com Fitas ***.995.852-**

A Autodeclarao do Postulante documento preenchido pelo aluno candidato aos cursos gratuitos, por exigncia instituda pelo Protocolo de Intenes firmado entre CNC, SESC, Min. Fazenda, MEC, e pela Resoluo SESC-CN n 1.166/2008, que atesta sua situao de baixa renda familiar (at 3 salrios mnimos). Os fatos detectados evidenciam fragilidades na gesto de informaes por parte do SESC/AP relativas a anlise do perfil socioeconmico dos beneficirios do Programa de Comprometimento e Gratuidade. Isso posto, questionou-se mediante a Solicitao de Auditoria n. 201503958/006, de 15/072015, acerca da ausncia de Autodeclarao de Renda Familiar e do Questionrio Socioeconmico nos documentos que compuseram a inscrio de alguns beneficirios do Programa de Comprometimento e Gratuidade PCG, no exerccio de 2014. ##/Fato##

Causa O Gestor implantou parcialmente as rotinas e procedimentos de identificao e controle dos beneficirios do Programa de Comprometimento e Gratuidade. A no implementao total de todas as rotinas e procedimentos de identificao contribuiu para a constatao identificada. ##/Causa##

Manifestao da Unidade Examinada Por meio da CE n. 0519/2015-SECEX/SESC/AP, de 17 de julho de 2015, o SESC/AP assim se manifestou: 2.1 - Informamos que a Atividade 006 - Cursos de Valorizao Social (CVS) consiste em aes destinadas a qualificao da clientela por meio de desenvolvimento de habilidades de nvel bsico com vista melhoria da renda familiar e a incluso social de pessoas com baixa renda. Tendo por base o Edital 02/2014-PCG/SESC/AP, anexo, onde no item "4 - Da Inscrio de Instituies" a inscrio para instituies de carter scio assistencial sem fins lucrativos. Sendo necessrios para a inscrio os seguintes documentos: a) Ficha de Inscrio, anexa, de Instituio devidamente preenchida pelo responsvel legal da instituio; b) Documentos comprobatrios de regulamentao institucional:

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Decreto de Criao, CNPJ e comprovante de endereo; c) Documentao do responsvel pela instituio: decreto de nomeao do responsvel, CPF, RG e comprovante de endereo; d) Apresentar Estatuto de Entidade sem fins-lucrativos ou similares, que apontem o pblico atendido pela instituio. Segue anexado o Edital. Cabe ainda destacar que no ato da seleo, conforme o item 4.4 (pag.5), o responsvel da instituio dever assinar o Termo de Compromisso, devendo 1) participar integralmente das reunies, atividades propostas e cumprir todos os compromissos firmados com a instituio; 2) cumprir todas as normas regimentais da Entidade; 3) cumprir nos termos do cumprimento regimental do Programa de Comprometimento e Gratuidade, a participao de pessoas que atendam os critrios de baixa renda na atividade na qual a instituio foi selecionada; 4) Comunicar a Unidade Sesc responsvel quando do impedimento ou desistncia da instituio em participar das atividades a qual foi selecionada, apresentando justificativa formal via oficio devidamente assinado contendo o motivo da desistncia. Diante do exposto, informamos que os beneficirios apontados na auditoria so das instituies Casa Chico Xavier e Parquia So Pedro (...). Informamos que a tcnica responsvel pela atividade no exerccio de 2014 - no est mais no quadro de pessoal - criou uma ficha para facilitar no ato da inscrio (condensando os dados), de maneira que os beneficirios tivessem que preencher uma nica ficha com objetivo de facilitar no ato do preenchimento, visto que a clientela atendida possui baixo nvel de instruo, sendo alguns at analfabeto. Em anlise a documentao dos beneficirios, observamos a existncia de duas fichas consolidadas: uma que inclui os dados da autodeclarao e outra sem os dados da autodeclarao. Ressaltamos que essa Administrao Regional j vem adotando nesse exerccio a apresentao do Questionrio Socioeconmico e Ficha de Autodeclarao de Renda de cada beneficirio na Atividade Cursos de Valorizao Social, o que j exigido nas demais atividades ofertadas pelo Programa de Comprometimento e Gratuidade PCG. Por meio da CE n. 0612/2015-SECEX/SESC/AP, de 05 de julho de 2015, em resposta Solicitao de Manifestao sobre os Fatos, o SESC/AP acrescentou: O Sesc Amap realiza anualmente processo seletivo para a seleo de beneficirios que se enquadrem no perfil de clientela do PCG conforme item 5.2 do normativo que considera que o acesso ao PCG para a "clientela com renda familiar de at 3 (trs) salrios mnimos nacionais". A partir do documento "'Autodeclarao de Renda Familiar" como prev as Normas de Aplicao - Resoluo Sesc n. 1.166/2008, o candidato atesta sua condio de baixa renda. Cabe ressaltar que a autodeclarao documento obrigatrio apresentado pelos beneficirios no momento da inscrio, cabendo aos tcnicos responsveis pela execuo das atividades exigirem a assinatura no momento da inscrio. Especificamente, em relao Atividade de valorizao Social, a tcnica no faz mais parte do quadro de pessoal em razo de no atender o perfil exigido para o cargo. A Administrao Regional adotou como medida de gesto, desde agosto de 2014, a criao da Coordenadoria de Assistncia Social com atribuies especificas de planejar, orientar e acompanhar as aes/projetos e atividades que fazem parte do

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Programa de Comprometimento e Gratuidade - PCG, em conformidade com as Normas de Aplicao - Resoluo Sesc n. 1.166/2008. Encaminhamos anexa as atribuies da coordenadoria responsvel pelo PCG, conforme alterao na Resoluo n. 00350/2014. Outra medida de Gesto para o aperfeioamento dos controles ser ampliar as atribuies da comisso instituda pela Ordem de Servio, com atribuies especficas de acompanhamento e controle permanente do exerccio em questo. ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Anlise do Controle Interno Em sua manifestao o prprio SESC/AP confirma que a Autodeclarao de Renda Familiar" uma exigncia da Resoluo Sesc n. 1.166/2008 para que o candidato a uma das atividades includas no Programa de Comprometimento e Gratuidade-PCG ateste sua condio de baixa renda. Essa exigncia constava tambm no item 3.3 do Edital 01/2013, com base no qual foram selecionados candidatos para diversas atividades do PCG. Constatou-se, com base na documentao disponibilizada, que alguns candidatos no apresentaram essa declarao, o que vai de encontro ao disposto na Resoluo SESC n. 1.166/2008 e ao Edital que regulou a seleo. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendaes: Recomendao 1: Admitir, nas atividades includas no Programa de Comprometimento e Gratuidade - PCG, somente os candidatos que apresentem a documentao exigida pela Resoluo SESC n. 1.166/2008, dentre elas a Autodeclarao de Renda Familiar. 3 GESTO DE RECURSOS HUMANOS

3.1 MOVIMENTAO

3.1.1 QUANTITATIVO DE PESSOAL

3.1.1.1 INFORMAO Avaliao da gesto de pessoal do SESC/AP quanto fora de trabalho. Fato A Resoluo SESC/AP n. 346/2014, que dispe sobre a estrutura organizacional e o Plano de Cargos e Salrio do quadro de pessoal do Departamento Regional do SESC no Estado do Amap, estabelece o quantitativo mximo de 587 colaboradores ocupantes de cargos permanentes. Com base nas informaes extradas do Relatrio de Gesto de 2014 e nas informaes fornecidas pelo SESC/AP, por meio do expediente CE n. 0556/2015-SECEX/SESC/AP, de 24 de julho de 2015, que retificou informaes prestadas no Relatrio de Gesto acerca da situao da fora de trabalho, verificou-se que o quadro de pessoal do SESC/AP estava assim constitudo em 31/12/2014: Quadro - Composio do Quadro de Recursos Humanos em 31/12/2014

Tipologia dos cargos Lotao Ingressos

em 2014

Egressos

em 2014 Autorizada Efetiva 1. Provimento de cargo efetivo 587 446 175 143

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1.1 Servidores efetivos em atividade 587 425 153 116 1.2 Servidores com contratos temporrios (contrato de aprendiz e contrato por prazo determinado)

- 13 22 27

1.3 Servidores Cedidos ou em Licena - 08 - - 1.3.1 Cedidos - - - - 1.3.2 Licena remunerada - 06 - - 1.3.3 Licena no remunerada - 02 - - TOTAL GERAL 587 446 175 143

Fonte: CE n. 0556/2015-SECEX/SESC/AP, de 24 de julho de 2015. No final do exerccio de 2014, o Departamento do SESC no Estado do Amap possua uma lotao efetiva de 446 colaboradores. Contava ainda com 59 estagirios, totalizando uma fora de trabalho de 505 funcionrios. Considerando o escopo dos trabalhos de auditoria, avaliou-se a suficincia da fora de trabalho diante das necessidades do SESC/AP para a consecuo de seus objetivos institucionais. Segundo informado pelo SESC/AP, a fora de trabalho atual tem-se mostrado satisfatria s necessidades inerentes s aes da Entidade, entretanto fatores como a alta rotatividade decorrente da sada de colaboradores por aprovao em concursos pblicos vm afetando tanto a rea meio quanto rea fim, principalmente quando no h quadro de reserva disponvel, dado o tempo significativo de tempo para substituio dos egressos. Outro fator apontado que afeta o desenvolvimento das aes so os afastamentos por licenas como auxlio doena e licenas mdicas, que tem incidncia significativa na atividade de Nutrio. Durante o exerccio de 2014 foram realizadas contrataes temporrias para substituio em cargos como Odontlogos, Motoristas e Servios Gerais das Unidades SESC Ler. Por meio da Solicitao de Auditoria n. 201503958/001, de 23/06/2015, a equipe de auditoria solicitou ao SESC/AP informaes sobre a realizao de estudos quanto suficincia quantitativa e qualitativa do quadro de pessoal frente aos objetivos, metas e estratgias da Entidade. Tambm solicitou-se a disponibilizao de estudos quanto utilizao de instrumentos e metas para reduo da defasagem (se existente) entre o quantitativo e o perfil atual e o desejado, com estimativa de custos e cronograma de implementao, assim como a apresentao de avaliaes quanto ao impacto no quantitativo de pessoal decorrente da evoluo futura de desligamentos e aposentadorias.

Por meio de resposta emitida em 29/06/2015, o SESC/AP informou que no realizou tais estudos. Segundo o artigo 5 da Resoluo SESC/AP n. 252/2009, que aprovou o Regulamento de Pessoal da Administrao Regional do SESC no Estado do Amap, cabe ao Conselho Regional do SESC/AP aprovar anualmente o quantitativo numrico dos Cargos Genricos e Funes Equivalentes do Quadro de Pessoal da Entidade, na forma prevista na Estrutura de Cargos e Salrios do SESC/AR/AP.

A falta de poltica voltada realizao de estudos de dimensionamento da fora de trabalho, quanto ao perfil e necessidades para alcance das estratgias e aes do SESC/AP, cria risco de que a determinao do quantitativo e do perfil das funes permanentes e dos cargos e funes de confiana no Plano de Carreiras e de Administrao Salarial no seja adequada real necessidade do SESC/AP, podendo comprometer alcance das metas estipuladas. Sendo assim, a existncia de uma poltica

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de realizao de tais estudos de forma peridica importante para garantir que a fora de trabalho do SESC/AP esteja de acordo com as suas reais necessidades ao longo do tempo.

Em anlise ao Relatrio de Gesto do exerccio de 2014, infere-se que o SESC/AP informa, no item Gesto de Pessoas, Terceirizao de Mo de Obra e Custos Relacionados, pg. 100, que est sendo providenciada para o exerccio de 2015 a realizao de um estudo geral do quantitativo do quadro de pessoal face s necessidades institucionais.

Apesar da ausncia de estudos que tratem especificamente de dimensionamentos das necessidades decorrentes da evoluo futura de desligamentos e aposentadorias, verificou-se que o quadro de pessoal do SESC/AP composto por funcionrios relativamente jovens, no sendo o impacto de aposentadorias no quantitativo de pessoal um fator significativo. Conforme demonstrado no quadro abaixo, verificou-se que a maior concentrao de empregados est na faixa etria dos 31 a 40 anos. Quadro Quantidade de servidores por faixa etria Situao apurada em 31/12/2014

Tipologia de cargos Quantidade de servidores por faixa etria At 30 anos

De 31 a 40 anos

De 41 a 50 anos

De 51 a 60 anos

Acima de 60 anos

1. Provimento de cargo efetivo 156 156 68 18 5 1.1 Servidores de carreira 145 154 68 18 5 1.2 Servidores com contratos temporrios 11 2 - - - 2. Provimento de Cargos em Comisso 6 19 14 4 - 2.1 Grupo de Direo e Assessoramento Superior

1 4 3 1 -

2.2 Funes gratificadas 5 15 11 3 - Totais (1 + 2) 162 175 82 22 5

Fonte: CE n. 0556/2015-SECEX/SESC/AP, de 24/07/2015.

Destaca-se como aspecto positivo da gesto de pessoas a concesso de bolsas de estudo e oferecimento de cursos de capacitao na forma presencial e na modalidade distncia. Acerca de cursos e treinamentos ofertados fora de trabalho no exerccio de 2014, o SESC/AP informou, por meio da CE n. 0456/2015-SECEX/SESC/AP, de 29/06/2015, o que segue:

O Regional Amap, no exerccio 2014, orou um valor de R$ 257.591,00. At o final do exerccio, o valor executado foi de R$ 216.539,10, aproximadamente 84% do limite disponvel. O nmero de servidores capacitados de forma presencial foi de 351 servidores, representando um ndice de alcance de servidores do Sesc com capacitao de 79%. Alm disso, 12 servidores receberam Auxlio Graduao e 3 receberam Auxlio Ps-graduao pelo Departamento Regional. O mesmo configura-se pelo custeio do valor de do salrio mnimo das mensalidades de Graduao e at 40% do valor das mensalidades de Ps-graduao. Do total de servidores capacitados, 64% participaram de mais de um evento de capacitao. Dessa forma, a carga horria total de capacitao para os servidores no exerccio de 2014 foi de 476 horas, e a carga horria mdia por servidor capacitado foi de aproximadamente 2 horas. O nmero de aes de capacitao oferecidas aos servidores foi de 29, incluindo eventos realizados pela prpria instituio, contratados no prprio estado e de outras capitais dos pais.

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Essas aes foram realizadas de forma presencial, entretanto o Regional Amap, com apoio do Departamento Nacional, viabilizou aes de capacitao distncia, atravs de videoconferncia, um total de 389 servidores foram capacitados nessa modalidade de ensino com uma carga horria de 351 horas. ##/Fato##

3.1.2 RECRUTAMENTO, SELEO E ADMISSO

3.1.2.1 INFORMAO Anlise da gesto de pessoas do SESC/AP quanto admisso de pessoal. Fato

A Resoluo SESC n. 1163/2008 estabelece as normas de Processo Seletivo para a contratao, no mbito do SESC, de empregados regidos pelas leis trabalhistas. A mencionada Resoluo veda, em obedincia aos princpios da moralidade e da impessoalidade, a ocorrncia de prticas como nepotismo, trfico de influncia, apadrinhamento, troca de favores, bem como as discriminaes relativas ao art. 7 da Constituio Federal.

Conforme ditames do art. 3 da Resoluo SESC n. 1163/2008, toda contratao de empregados ser precedida de processo seletivo, ressalvadas as hipteses previstas no prprio regulamento em questo. O art. 4 estatui que o processo seletivo ser composto de uma fase de recrutamento e outra de seleo propriamente dita.

O recrutamento a fase do processo em que se buscam os candidatos para participar da seleo, de acordo com o perfil delineado pela rea requisitante. J a fase de seleo propriamente dita, refere-se anlise e avaliao das competncias dos candidatos.

De acordo com art. 6 da Resoluo SESC n. 1163/2008, a forma de recrutamento de candidatos para participar da etapa de seleo, pode ocorrer de duas maneiras:

I Recrutamento Externo: quando a busca de candidatos realizada fora do mbito da Instituio;

II Recrutamento Interno: quando a busca dos candidatos realizada entre empregados dos servios sociais autnomos ou entre empregados do prprio SESC/AP.

As ressalvas contratao por meio de processo seletivo esto elencadas no art. 14 do regulamento:

Art. 14 O preenchimento de vagas independer da realizao de processo seletivo nos seguintes casos:

I. Nas contrataes destinadas a preencher cargos/funes de confiana; II. Nos casos de urgncia para atendimento das situaes comprovadamente

imprevisveis, em que no haja tempo hbil para se realizar o processo seletivo, ficando esse contrato limitado a 6 (seis) meses de durao ou at a concluso do processo seletivo, o que ocorrer primeiro;

III. Na contratao de profissional de notria especializao, assim entendido aquele cujo conhecimento especfico dos servios sociais autnomos ou conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho

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anterior, estudos, experincias, publicaes, permita inferir que o seu trabalho o mais adequado ao pleno desempenho das funes a serem exercidas.

No exerccio auditado, foram admitidos 175 funcionrios no SESC/AP, todos mediante recrutamento externo. Sete contrataes ocorreram para preenchimento de cargos/funes de confiana, que conforme o art. 14, inciso I, da Resoluo SESC n. 1.163/2008, independem de processo seletivo. As demais admisses ocorridas em 2014 foram decorrentes de 28 processos seletivos, os quais tiveram incio entre 2010 e 2014.

Foram selecionados oito processos seletivos para anlise dos critrios de seleo utilizados, bem como a observncia dos princpios constitucionais da legalidade, moralidade, finalidade, isonomia, igualdade e da publicidade dos atos, alm das disposies normativas aplicveis.

Segue a seleo dos processos que fizeram parte da nossa amostra no probabilstica:

Quadro Processos seletivos analisados

Nmero do Processo seletivo Nmero de contratados no exerccio de 2014

001/2010 22

004/2012 32

009/2013 33

002/2014 02

004/2014 15

013/2014 10

020/2014 01

024/2014 12 TOTAL 127

Fonte: Processos seletivos analisados

Dos processos seletivos selecionados para anlise, dois foram realizados por meio de contrato firmado com a empresa CONED Consultoria e Assessoria Educacional S/S Ltda (CNPJ n. 02.424.823/0001-70). Um processo seletivo foi realizado por meio de contrato firmado com a empresa Intelectus (CNPJ n. 04.146.792/0001-68). Os demais processos foram conduzidos pelo SESC/AP.

Apesar de arquivados em sequncia cronolgica dos fatos, falhas formais foram verificadas, dada a ausncia de numerao sequencial com aposio de rubrica nas folhas em 5 dos 7 processos seletivos analisados.

Em que pese tais falhas, considerando o escopo dos trabalhos de auditoria e a partir da anlise documental, observou-se a regularidade com as normas aplicveis na conduo das selees, sendo os principais itens verificados a seguir relacionados:

a) Publicao das selees por meio de anncio em jornal de grande circulao complementada por divulgao em outros meios como a internet;

b) Instrumento editalcio contendo previso de critrios objetivos de correo e pontuao, contedo programtico das provas, identificao do cargo a ser preenchido com respectiva atribuio, requisitos para preenchimento do cargo e

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carga horria a ser cumprida, identificao do quantitativo de vagas para cada cargo, previso dos critrios que sero utilizados em caso de empate de pontuao entre dois ou mais candidatos;

c) Previso de interposio de recursos por parte dos candidatos eventualmente irresignados com sua avaliao;

d) Previso de validade do processo seletivo, a contar da data da homologao do resultado, bem como previso nos editais da possibilidade de prorrogao, a critrio do SESC/AP;

e) Aproveitamento dos candidatos dentro da validade do processo seletivo; f) Obedincia ordem de classificao.

Das anlises realizadas possvel concluir que os processos seletivos obedeceram regulamentao interna aplicvel admisso de pessoal, com a ressalva de que deve ser providenciada melhor organizao formal dos processos com correta numerao e organizao em ordem cronolgica dos fatos. ##/Fato##

3.1.3 Gesto de Pessoas

3.1.3.1 CONSTATAO Empregados do SESC/AP com acmulo de cargos na Administrao Pblica, com carga horria semanal excedendo 60 horas. Fato A partir da anlise dos dados cadastrais dos empregados do SESC/AP e de informaes disponibilizadas pela Entidade durante os trabalhos de auditoria, verificou-se a ocorrncia de 64 casos de colaboradores que acumulam/acumulavam cargo na administrao pblica, cuja carga horria semanal ultrapassa 60 horas semanais. Foram evidenciados dois casos de acumulao de colaboradores do SESC/AP, que exercem cargo na Administrao Pblica Federal, conforme evidenciado no quadro a seguir: Quadro - Colaboradores do SESC/AP que exercem cargo na Administrao na Administrao Pblica Federal.

CPF

Situao Funcional no SESC/AP Outra Situao Funcional Carga

horria semanal

(soma das situaes)

Cargo/Funo Carga

Horria Semanal

Data de Admisso

no SESC/AP

Cargo/Funo

Carga Horri

a Seman

al

Data de Admisso

***.006.012-**

Coordenador de Odontologia

30 04/04/2011 Odontlogo 40 28/05/2014

70

***.411.422-**

Professor 25 07/10/2014 Tcnico do

Seguro Social 40

17/01/2013 65

Fonte: CE n. 0541/2015-SECEX/SESC/AP, de 22/07/2015; pesquisa a sistemas corporativos do Governo Federal. A servidora de CPF ***.411.422-**, admitida no SESC/AP em 07/10/2014, ocasio em que j possua vnculo com o Instituto Nacional do Seguro, foi desligada do quadro de colaboradores do SESC/AP em 25/03/2015. O funcionrio de CPF ***.006.012-** permanece com os vnculos informados.

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Verificou-se tambm que quarenta e oito casos de acumulao referem-se a servidores vinculados ao Governo do Estado do Amap, conforme evidenciado a seguir: Quadro - Colaboradores do SESC/AP com acmulo de cargos no Governo do Estado do Amap.

CPF

Situao Funcional no SESC/AP Outra Situao Funcional Carga

horria semanal

(soma das situaes)

Cargo/Funo

Carga Horri

a Seman

al

Data de Admisso

Cargo/Funo Carga

Horria Semanal

Data de admisso

***.124.012-**

Professor 25 02/03/2009 Professor 40 01/03/2006

65

***.549.382-**

Professor 25 21/09/2009 Professor 40 02/07/2007

65

***.394.382-**

Encarregado/ Desenvolviment

o Fsico e Esportivo

40 16/10/2006 Professor 40

17/08/2006

80

***.724.052-**

Professor 25 10/04/2012 Professor 40 23/02/2006

65

***.941.612-**

Professor 25 06/03/2006 Sem informao 40 -

65

***.382.592-**

Gerente de Unidade

Operacional SESC LER

40 06/11/2003 Professor 40 13/04/2010

80

***.128.792-**

Professor 25 02/03/2009 Professor 40 01/03/2006

65

***.692.932-**

Professor de Educao Fsica

25 16/01/2012 Professor 40 14/08/2013

65

***.438.012-**

Professor 25 16/01/2012 Professor 40 13/01/2014

65

***.062.332-**

Coordenador Pedaggico

40 07/04/2014 Educador Social 40 05/07/2011

80

***.117.022-**

Professor de Educao Fsica

30 22/09/2014 Professor 40 27/06/2014

70

***.459.452-**

Professor 25 22/09/2014 Pedagogo 40 06/05/2013

65

***.549.892-**

Animador Cultural

40 07/08/2014 Professor 40 13/01/2014

80

***.826.642-**

Professor 25 01/11/2011 Professor 40 24/04/2006

65

***.385.672-**

Professor 25 14/08/2013 Professor 40 01/03/2006

65

***.686.572-**

Professor 25 02/03/2009 Professor 40 01/03/2006

65

***.808.392-**

Professor 25 09/08/2013 Professor 40 01/03/2006

65

***.671.172-**

Animador Cultural

40 03/06/1991 Professor 40 06/05/1994

80

***.636.282-**

Professor de Educao Fsica (desligamento

em 01/04/2015)

30 06/03/2013 Soldado 40 16/07/2008

70

***.282.682-**

Professor de Educao Fsica

30 15/03/2011 Educador

Penitencirio 40

03/02/2014

70

***.894.302-**

Professor de Educao Fsica

30 15/03/2011 Professor 40 14/08/2013

70

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CPF

Situao Funcional no SESC/AP Outra Situao Funcional Carga

horria semanal

(soma das situaes)

Cargo/Funo

Carga Horri

a Seman

al

Data de Admisso

Cargo/Funo Carga

Horria Semanal

Data de admisso

***.475.212-**

Professor 25 01/08/2013 Professor 40 06/05/1994

65

***.843.542-**

Coordenador de Educao

40 01/10/2014 Professor 40 - 80

***.564.512-**

Professor 25 02/02/2004 Professor 40 01/03/2006

65

***.118.702-**

Professor 25 24/08/2009 Professor 40 28/06/2000

65

***.912.162-**

Professor de Educao Fsica

30 02/02/1998 Professor 40 13/06/2006

70

***.565.642-**

Professor 25 06/01/2014 Pedagogo 40 11/04/2013

65

***.316.144-**

Professor de Educao Fsica

30 19/09/2011 Professor 40 29/04/2008

70

***.769.012-**

Professor de Educao Fsica

25 05/05/2014 Sem informao 40 21/01/2015

65

***.123.732-**

Professor de Educao Fsica

30 03/11/2000 Professor 40 02/05/1992

70

***.183.612-**

Professor 25 03/06/2013 Professor 40 08/03/2013

65

***.131.962-**

Professor 25 17/03/2014 Professor 40 01/03/2006

65

***.458.232-**

Encarregada/SEDET

40 01/02/2002 Pedagogo 40 12/03/2007

80

***.275.702-**

Professor 25 02/03/2009 Professor 40 13/08/2013

65

***.528.702-**

Professor de Educao Fsica

30 02/05/2002 Professor 60 02/08/2007 07/08/2000

90

***.763.872-**

Professor de Educao Fsica

30 06/03/2003 Professor 60 30/04/2010 25/05/2001

90

***.797.902-**

Professor de Educao Fsica

30 02/09/2013 Sem informao 40 21/01/2015

70

***.102.042-**

Professor de Educao Fsica

30 15/03/2011 Professor 40 23/03/2010

70

***.757.132-**

Professor 25 01/04/2009 Professor 40 20/03/2007

65

***.858.892-**

Professor de Educao Fsica

30 02/03/2009 Professor 40 23/02/2006

70

***.717.102-**

Nutricionista 40 14/10/2014 Tcnico de

Enfermagem 30 02/10/2000

70

***.885.662-** Professor de

Educao Fsica 30 02/09/2002

Professor

40

16/07/2010 70

***.868.162-**

Professor 40 18/02/2013 Professor 40 - 80

***.276.272-**

Professor de Educao Fsica

30 10/03/2014 Professor 40 26/12/2013

70

***.704.922-**

Professor de Educao Fsica

25 21/05/2012 Professor 40 01/03/2006

65

***.012.652-**

Odontlogo 30 05/09/2012

Odontlogo 30 -

100 Cirurgio dentista

(Prefeitura de Macap)

40 -

***.707.352-** Professor 25 02/09/2013 Professor 40 01/03/2006 65

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CPF

Situao Funcional no SESC/AP Outra Situao Funcional Carga

horria semanal

(soma das situaes)

Cargo/Funo

Carga Horri

a Seman

al

Data de Admisso

Cargo/Funo Carga

Horria Semanal

Data de admisso

***.219.492-**

Odontlogo 30 03/04/2007 Auxiliar

Administrativo 40

01/06/2011

70

Fonte: CE n. 0541/2015-SECEX/SESC/AP, de 22/07/2015; Ofcio n. 1188/2015-GAB/SEAD, de 30/03/2015; pesquisa a sistemas corporativos do Governo Federal. Segundo dados do stio eletrnico do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade (CNESNet), a servidora ***.885.662-** possui ainda um vnculo empregatcio com a Secretaria Municipal de Sade de Macap/AP, com carga horria semanal de 30 horas, alm dos vnculos com SESC/AP e com o Governo do Estado do Amap. Desse modo, tem carga horria semanal de 100 horas. O mesmo ocorre com a colaboradora ***.012.652-**, que conforme dados do CNES, possui vnculo de 40 horas semanais com a Secretaria Municipal de Sade de Macap/AP, alm dos vnculos com o SESC/AP e com o Governo do Estado do Amap. Os vnculos somam uma carga horria de 100 horas semanais.

Os casos de servidores pblicos municipais que possuem vnculo com o SESC/AP esto demonstrados a seguir:

Quadro - Colaboradores do SESC/AP com acmulo de cargos em municpios do Amap.

CPF

Situao Funcional no SESC/AP Outra Situao Funcional Carga horria semanal

total

Cargo/ Funo

Carga Horria Semanal

Data de Admisso Cargo/Funo

Carga Horria Semanal

Data de Admisso

***.227.282-** Professor (Macap)

25 08/09/2009

Vnculo com Prefeitura de

Macap (Secretaria de

Educao)

44 27/08/2004 69

***.540.912-**

Porteiro SESC Ler

Amap 36 05/05/2014

Vigia da Prefeitura

Municipal de Amap

36 29/03/2011 72

***.528.852-**

Professor (Macap)

25 05/05/2014 Professor da Prefeitura de

Santana 40 17/07/2008 65

***.416.952-**

Professor (Macap)

25 05/02/2013 Sem informao 40 - 65

***.500.402-**

Professor SESC Ler

Laranjal do Jari

25 02/05/2011 Professor da Prefeitura de

Laranjal do Jari 40 - 65

***.192.443-**

Professor SESC Ler

Laranjal do Jari

25 15/03/2011 Professora Prefeitura de

Laranjal do Jari 40 11/03/1996 65

***.304.622-**

Professor SESC Ler Oiapoque

25 14/01/2013

Pedagogo da Prefeitura

Municipal de Oiapoque

40 02/04/2012 65

***.621.302-** Gerente de 40 03/06/2002 Assistente 40 08/04/2010 80

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Unidade Operacional SESC LER

Amap

Administrativo/Municpio de

Amap

***.080.102-**

Porteiro SESC Ler Mazago

36 22/09/2014 Vigia/Prefeitura

de Mazago 36 09/04/2012 72

***.797.632-**

Professor SESC Ler Oiapoque

25 14/01/2013 Professor/Prefei

tura de Oiapoque

40 22/03/2012 65

***.367.242-**

Professor SESC Ler Oiapoque

25 19/08/2013 Auxiliar de

escritrio/Prefeitura de Oiapoque

40 27/02/2012 65

***.622.073-**

Professor SESC Ler

Laranjal do Jari

25 02/05/2011 Professor/Prefeitura de Laranjal

do Jari 40 16/10/2006 65

***.672.182-**

Coordenador Pedaggico SESC Ler

Mazago

40 03/11/1998 Professor/Prefeitura de Mazago 40 15/01/1996 80

***.115.572-**

Professor SESC Ler Oiapoque

25 17/04/2013 Professor/Prefei

tura de Oiapoque

40 15/04/2006 65

Fonte: CE n. 0541/2015-SECEX/SESC/AP, de 22/07/2015; Ofcio n. 1188/2015-GAB/SEAD, de 30/03/2015; Sistemas Corporativos do Governo Federal. Com relao ao exerccio de empregos ou funes no SESC por servidores pblicos, o art. 41, 2 do Decreto n. 61.836, de 5 de dezembro de 1967, que aprova o Regulamento do Servio Social do Comrcio, dispe: Sem prvia autorizao do titular do respectivo ministrio ou autoridade correspondente no sero admitidos servidores pblicos ou autrquicos a servio do SESC. Conforme a Resoluo SESC/AP n. 252/2009, que aprova o Regulamento de Pessoal da Administrao Regional do SESC no Estado do Amap, uma das exigncias para ingresso no quadro de pessoal, uma declarao, por escrito, se o colaborador ocupa cargo e/ou funo no servio pblico. Em anlise s pastas funcionais dos servidores elencados no foi constatada a autorizao exigida pelo Decreto n. 61.836/1967. Em alguns casos estava presente apenas uma declarao informando sobre o acmulo ou no de cargo/ funo no servio pblico. Em resposta Solicitao de Auditoria n. 201503958/007, o SESC/AP informa que os funcionrios da Regional registram ponto biomtrico e que cumprem a carga horria conforme estabelecido para o cargo. O SESC/AP encaminhou os registros de frequncia dos trs ltimos meses do exerccio de 2014. Dos casos elencados, trs colaboradores no registram ponto biomtrico, pois exercem cargo de confiana, dispensados do registro conforme o art. 19, 1 da Resoluo SESC/AP n. 252/2009. Esto dispensados do registro de ponto biomtrico os colaboradores de CPF ***.382.592-**, ***.621.302-** e ***.843.542-**. ##/Fato##

Causa Os gestores no adotaram providncias com vistas a solicitar de seus empregados a declarao de no acumulao de cargos ou, caso acumulassem, autorizao do titular

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do respectivo ministrio ou autoridade correspondente, o que originou a ocorrncia dos casos de acumulao detectados. ##/Causa##

Manifestao da Unidade Examinada Acerca dos questionamentos relativos aos empregados do SESC/AP com acmulo de cargos na Administrao Pblica, por meio da CE n. 0612/2015-SECEX/SESC/AP, de 05 de agosto de 2015, a Entidade assim se manifestou: Com relao aos servidores que trabalham nesta Instituio, as providncias primrias adotadas por este Regional foi encaminhar a relao com os nomes dos funcionrios s Secretarias de Administrao dos municpios de Macap, Santana, Oiapoque, Laranjal do Jari, Mazago e Amap para verificao da compatibilidade de carga horria e horrio, como tambm para a Secretaria de Administrao do Estado SEAD, a Procuradoria Geral do Estado do Amap, a Superintendncia de Administrao do Ministrio da Fazenda no Estado do Amap e Reitoria da Universidade Federal do Amap UNIFAP. A Secretaria de Administrao do Estado, respondeu a solicitao informando a carga horria e tambm pediu a frequncia dos 3 (trs) ltimos meses dos servidores que desempenham funes no Governo do Estado. A resposta com pontos dos servidores foi encaminhada e ainda no h um posicionamento sobre tal assunto. A Superintendncia de Administrao do Ministrio da Fazenda no Estado do Amap informou que no tem servidores da instituio com vnculo empregatcio com as Unidades Pagadoras do Governo do Ex-Territrio Federal do Amap. Os demais rgos at o presente momento no responderam ao documento enviado com a solicitao da consulta dos servidores desta Instituio. Os funcionrios deste Regional registram o ponto biomtrico e cumprem a carga horria conforme estabelecido para o cargo. Com os cruzamentos elencados pela auditoria da CGU, o Regional Amap adotar medidas para promover a comprovao documental da autorizao dos rgos competentes dos seus servidores e, como providncias iniciais, est promovendo:

Recadastramento funcional de todos os colaboradores, para investigar a existncia de outros servidores pblicos;

Levantamento do valor de verbas rescises para dos colaboradores que no podero continuar a labutar neste Regional; (sic)

Estudo para a reduo de carga horria aos professores e Educao Bsica.

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Anlise do Controle Interno A jurisprudncia do Tribunal de Contas da Unio pacfica no sentido de que as entidades do Sistema S tm natureza de entidades paraestatais de cooperao, no integram a Administrao Pblica direta, nem tampouco a indireta (Acrdos TCU n. 2.244/2008 e 779/2010, ambos do Plenrio, e 2.788/2006 1 Cmara).

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Sendo assim, seus colaboradores no so servidores pblicos ou empregados pblicos para fins de aplicao do dispositivo contido no art. 37, inciso XVI, que veda acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto nos casos ressalvados no prprio dispositivo constitucional e desde que haja compatibilidade de horrio. Entretanto, uma vez que as Entidades em questo so mantidas por intermdio da arrecadao de contribuies compulsrias parafiscais, de recolhimento compulsrio por parte dos contribuintes do Sistema S, esto subordinadas aos princpios gerais que regem a gesto de recursos pblicos. Neste sentido, preciso verificar a questo da compatibilidade de horrios dos colaboradores que prestam servios ao SESC/AP, dado que a percepo de remunerao sem a adequada contraprestao de servios configura, no mnimo, ofensa aos princpios da legalidade e moralidade, dado o descumprimento por parte do empregado da obrigao de prestar convenientemente o servio para o qual estava sendo remunerado, importando, se for ocaso, em prejuzo para o Errio. Diante da grande quantidade de casos de acmulo de empregos, cargos e/ou funes por colaboradores do SESC/AP, necessrio que a Entidade apure a acumulao de cargos em cada caso, principalmente no concernente ao cumprimento da jornada de trabalho, para a qual os servidores foram contratados, de modo a no comprometer a qualidade dos servios prestados pelos colaboradores. A adoo do procedimento de verificaes peridicas de acumulao funcional associado confirmao do cumprimento da jornada importante para evitar futuras ocorrncias similares. Da anlise da manifestao do SESC/AP, restou evidente a iniciativa de verificar a situao dos funcionrios elencados no campo fato. O SESC/AP informa que seus colaboradores registram o ponto biomtrico e cumprem a carga horria estabelecida. Foram fornecidos os registros de ponto do ltimo trimestre de 2014 (outubro, novembro e dezembro) dos colaboradores elencados no campo fato. No obstante, h casos de acmulo com carga horria total que chegam a 100 horas semanais, demandando uma anlise mais precisa acerca do efetivo cumprimento da jornada de trabalho, de modo a evitar prejuzos ao SESC/AP. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendaes: Recomendao 1: Implementar verificaes peridicas de acumulao de situaes funcionais por colaboradores do SESC/AP, de modo a evitar casos onde o colaborador no cumpre sua jornada de trabalho na Entidade, informando aos respectivos rgos da Administrao Pblica Federal, Estadual e Municipal os casos identificados. Recomendao 2: Exigir para admisso de servidores pblicos ou autrquicos no quadro de colaboradores do SESC/AP prvia autorizao do titular do respectivo ministrio ou autoridade correspondentes, conforme 2, art. 41 do Decreto n. 61.836, de 5/12/1967, que aprova o Regulamento do Servio Social do Comrcio. 3.2 REMUNERAO, BENEFCIOS E VANTAGENS

3.2.1 CONSISTNCIA DOS REGISTROS

3.2.1.1 INFORMAO

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Anlise da gesto de pessoas quanto remunerao. Fato Com vistas a avaliar a gesto de pessoas, por meio da observncia sobre remunerao, foram analisados os dados da folha de pagamento de 23 empregados do SESC/AP, representando 5,1% do total. Considerando o escopo do trabalho de auditoria, no foram detectadas irregularidades quanto folha de pagamento em 2014. Em anlise da listagem das rubricas contbeis (Plano de Contas) que compem os contracheques dos empregados do SESC/AP, no se verificou ocorrncia de pagamento de remunerao varivel. Dessa forma, observou-se que o SESC/AP adotou procedimentos compatveis com a legislao aplicvel e orientaes emanadas pelos rgos de controle. ##/Fato##

3.2.1.2 INFORMAO Avaliao dos controles internos administrativos - gesto de pessoas. Fato Com o objetivo de avaliar os controles internos do setor de gesto de pessoas do SESC/AP, foram aplicados procedimentos relacionados ao quantitativo de pessoal, processos de seleo, limites de remunerao do setor de recursos humanos, hipteses de acmulo funcional e anlise da folha de pagamento. Alm dos procedimentos aplicados, a avaliao em nvel da atividade de gesto de pessoas baseou-se na aplicao do Questionrio de Avaliao de Controles Internos (QACI), respondido pelo gestor e corroborado com apresentao das evidncias que atestassem a existncia do controle informado. O QACI, utilizado para coleta de dados junto ao gestor, foi confeccionado com base nos conceitos e terminologias constantes nas Normas de Controle Interno do Escritrio Geral de Contabilidade dos Estados Unidos (GAO Ferramenta de Gesto e Avaliao de Controle Interno), que foi constitudo com fundamento na metodologia delineada no modelo de referncia do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission COSO. Baseados nas concluses obtidas por meio da execuo dos procedimentos e na avaliao feita pelo gestor, tem-se que as atividades de controles adotadas para a rea de recursos humanos so razoavelmente suficientes para garantir a regularidade dos procedimentos vinculados seleo, ao quantitativo de pessoal e aos limites remuneratrios implementados pelo SESC/AP. O departamento responsvel pela gesto de pessoas da unidade auditada possui duas coordenaes: a Coordenadoria de Pessoal e Benefcios, que gerencia a rotina de administrao de pessoal, e a Coordenadoria de Gesto de Pessoas, responsvel pelo desenvolvimento e aperfeioamento relacionados gesto de pessoas. A execuo das principais atividades concernentes rea de gesto de pessoas est apoiada em polticas e procedimentos formais. Existe segregao de funes nas rotinas

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de cadastro e folha de pagamento e tambm existe processo de controle de cumprimento da jornada de trabalho exigida por meio de ponto eletrnico. So realizadas auditorias sistemticas pelo Conselho Fiscal do Departamento Nacional para a verificao da conformidade nos pagamentos de direitos alusivos rea de pessoal. Apesar de no haver um Plano de Capacitao especfico para funcionrios responsveis pela atividade de gesto de pessoas, o SESC/AP realiza a gesto do processo de educao voltada promoo da educao continuada dos servidores. Para execuo das aes de capacitao, realizado um levantamento de necessidades de treinamento junto aos coordenadores de cada rea. Estas necessidades so registradas no Plano de Trabalho do Regional. O SESC/AP informou que com a criao do Setor de Gesto de Processos pretende padronizar o procedimento para realizao de capacitaes. Um ponto que apresenta fragilidades e deve ser aprimorado diz respeito ausncia de processo para verificao peridica de possvel acumulao indevida de cargos, empregos e funes. Foi constatada a ocorrncia de colaboradores do SESC/AP que exercem cargos na Administrao pblica federal, estadual e municipais, com cargas horrias totais que ultrapassam 60 horas semanais, conforme relatado em item especfico deste relatrio. ##/Fato##

4 GESTO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIOS

4.1 PROCESSOS LICITATRIOS

4.1.1 OPORTUNIDADE DA LICITAO

4.1.1.1 CONSTATAO Editais de licitao elaborados pelo SESC/AP para contratao de obras e servios de engenharia autorizaram a apresentao de propostas at 20% superiores ao valor referencial, em desacordo com entendimento do Tribunal de Contas da Unio. Fato O SESC/AP realizou, no exerccio de 2014, duas licitaes na modalidade Convite para realizao de obras e servios de engenharia. O Convite n 14/00001 teve como objeto a contratao de empresa especializada em servios de empreitada global para reforma das salas de ginstica e bike indoor da academia do SESC Arax, com valor contratado de R$ 59.539,14. O valor de referncia, constante no item 9.3 do Edital foi R$63.000,00. O Convite n 14/00002 teve como objeto a contratao de empresa especializada em servios de empreitada global para servios de reforma da Escola SESC, com valor contratado de R$105.048,25. O valor de referncia, constante no item 10.3 do Edital foi R$118.000,00. Em anlise aos processos referentes aos citados convites, verificou-se a insero nos editais da seguinte previso nos itens relativos ao critrio de julgamento das propostas. Sero desclassificadas e eliminadas da licitao as propostas que: a) Apresentem preo global excessivo, assim considerado aquele cujo valor seja superior a 20% sobre

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o valor de Referncia. (Item 9.2 (a) do Edital do Convite n. 01/2014 e item 10.2 (a) do Edital do Convite n. 02/2014). No obstante os valores contratados terem sido inferiores aos valores referenciados, relevante mencionar que, de acordo com entendimento do Tribunal de Contas da Unio, autorizar a apresentao de proposta at 20% superior ao valor referencial da obra ou servio de engenharia caracteriza-se como sobrepreo praticado pelo prprio SESC/AP, ainda na fase interna da licitao, conforme se verifica nas transcries a seguir de trechos dos acrdos do TCU n. 6456/2011 - 1 Cmara e 378/2011 - Plenrio:

A Administrao no pode estabelecer preo mximo, como critrio de aceitabilidade dos preos unitrio e global, superior ao valor orado. Quando a Administrao verifica ser possvel contratar por determinado valor, no h razo para a Administrao admitir propostas com valores mais elevados. O estabelecimento de preos mximos no sucedneo de oramentos precisos. Os oramentos, elaborados pela Administrao, devem retratar os valores efetivamente praticados no mercado. Se a Administrao reconhece que os valores constantes do oramento no refletem os preos praticados pelo m