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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO –
Campus GUANAMBI
Relatório de aula prática: Balas
cristalinas e não cristalinas
Guanambi, 24 de agosto de 2014
Jônatas Natã Rocha Chaves
Relatório de aula prática: Balas
cristalinas e não cristalinas
Relatório de
aula prática requerido pela
Professora Mayra Diniz, da
Disciplina de Tecnologia de açúcar,
Do 5º semestre do curso de
Tecnologia em Agroindústria.
Guanambi, 24 de agosto de 2014
1. Introdução
As balas cristalinas são aquelas em que há a formação de cristais de gelo,
sendo necessária uma especial atenção durante o processo de
armazenamento, para que sua textura se mantenha lisa e cremosa. Mesmo
sendo necessária a cristalização, não é recomendável que a mesma ocorra de
forma incontrolável, formando grandes cristais. Portanto, usa-se agentes que
evitam a formação de cristais, em quantidade adequada. Já nas balas não
cristalinas é completamente evitada a cristalização por meio de agentes
adequados. As balas, em geral, são produtos obtidos a partir do cozimento de
açúcares, adicionados de corantes, aromatizantes e acidulantes, podendo
ainda conter outras substâncias permitidas, especificas de cada tipo de bala
(FADINI e QUEIROZ, 2002 apud KHALIL, 2004). Assim, para obtenção das
balas cristalinas e não cristalinas há diferença. A primeira pode ser preparada a
partir de açúcar e água, na presença de açúcar invertido formado por ação de
um ácido durante a cocção. As balas não cristalinas, por sua vez, são obtidas
aquecendo-se a sacarose com açúcar invertido ou ácido, em temperaturas
bastante elevadas. Posteriormente, despeja-se a massa cozida sobre uma
superfície lisa, onde é mantida em repouso para resfriar. A aula prática teve
como objetivo obter balas cristalinas e não cristalinas, de vários sabores.
Avaliar os produtos, quanto a presença ou ausência de cristais e o tamanho
dos cristais formados nos produtos elaborados.
2. Formulação: bala de coco
Matéria-prima
Formulação
Açúcar 1000g
Água 200g
Ácido cítrico 30 gotas
Leite de coco 200 mL
2.1. Metodologia
2.1.1 Materiais
Foram usados na realização da aula prática: balança eletrônica de precisão;
termômetro; béquer; espátula; açúcar cristal; água; ácido cítrico e leite de coco.
2.1.2 Métodos
Durante a realização da aula pratica foram execultados os seguinte métodos na
preparação da bala de coco: pesou-se todos os ingredientes na balança
eletrônica de precisão. Após isso todos os ingredientes foram dissolvidos e a
mistura restante colocada em uma panela de alumínio, sem mexer. Assim a
mistura passou por uma cocção em fogo alto até o inicio da ebulição (1 – 2
min), a intensidade da chama abaixada e esperou-se passar assim
aproximadamente 8 – 10 min, para que fosse dado o ponto certo da mistura.
Após a cocção, foi levado a massa para resfriamento e modelagem. A mesma
foi despejada em superfície lisa e fria (bancada de mármore, untada com
margarina) aguardando aproximadamente 1 min de resfriamento até iniciar a
modelagem da massa. A modelagem consistiu em estica-la como um chiclete,
até atingir a coloração branca e aspecto estriado. O corte foi feito rapidamente,
antes que a massa se tornasse muito dura. As balas já cortadas foram
acondicionadas em embalagens adequadas e deixadas em repouso durante 7
dias a temperatura ambiente.
3. Formulação: bala de goma
Matéria-prima
Formulação
Açúcar 1 xícara
Gelatina sabor morango 2 envelopes
Água 1,5 xícara
Essência A gosto
Óleo
Necessário
Açúcar cristal Necessário
Cachaça 0,5 xícara
3.1 Metodologia
3.1.1 Materiais: foram usados açúcar cristal, água, xarope de milho, gelatina,
ácido cítrico, gelatina em pó ou em folha sem sabor, corante e essência.
3.1.2 Método: Métodos: Foi misturado, em uma panela, a gelatina e 1 xícara de
água em fogo médio para dissolver. Em seguida foi adicionado a água restante,
o açúcar, e a solução foi sendo mexida até levantar fervura. Ao ferver, foi
abaixado o fogo e deixar cozinhar por 20 min mexendo apenas de vez em
quando. Ao retirar do fogo foi misturado a essência de morango, e despejado a
mistura em um refratório e deixado descansar por 24 horas. Em seguida foi
cortado em tubinhos e passado no açúcar cristal.
4. Formulação: bala de limão
Matéria-prima Formulação
Gelatina sem sabor 20g
Agua 1 xícara
Gelatina sabor limão 1 caixa
Corante Necessário
Açúcar refinado 500g
Açúcar cristal Necessário
4.1 Métodos: as gelatinas foram derretidas em banho-maria e adicionado o
açúcar, mexendo bem. Em seguida foi levado ao fogo e sem deixar ferver,
mexendo sempre até o açúcar se dissolver completamente. Foi adicionado e
misturado o corante vegetal alimentício, e a mistura colocada em um pirex.
Após descansar de um dia para outro, foi cortado e passado as balas em
açúcar.
5. Formulação: bala de coco
Matéria-prima
Formulação
Açúcar refinado 1000g
Leite de coco 200g
Coco ralado 30 gotas
Leite de vaca 200 mL
Manteiga -
5.1 Métodos: foi misturado bem o açúcar e o leite de coco. Após isso, a
mistura foi colocada em uma panela, sem mexer, e esperado ferver, em fogo
baixo, e esperado aproximadamente 18 min. Após estar no ponto o caldo, o
mesmo foi derramado na bancada de mármore e esperado aproximadamente 5
min para mexer, durante mais ou menos 10 min, até que a mesma aparentou
resistente e branca. Assim, cortou-se em pedacinhos pequenos, e foi feito uma
mistura com o leite de vaca e o leite de coco, onde mergulhou-se as balas.
Uma vez já mergulhadas na mistura, as balas foram levadas para a geladeira.
6. Resultados e discussão
Todas as balas formuladas em aula prática foram provadas e avaliadas pela
turma, algumas instantaneamente, e outras, após descanso e/ou resfriamento.
Apesar de alguns defeitos pequenos, todas as balas elaboradas deram corte.
Após 7 dias de repouso a temperatura ambiente, a bala de coco esteve a
disposição da turma para avaliação. A bala apresentou-se quebradiça e
esfarinhando, sendo inválidos os métodos para modelagem. Não se sabe ao
certo o motivo da bala de coco ter adquirido essa consistência, mas acredita-se
que a mesma tenha ficado por tempo a mais em alta temperatura. A 2ª
formulação, de bala de limão, esteve resfriando e secando por 24 horas, e após
esse intervalo, armazenada, para apreciação da turma. A bala de limão
apresentou características desejáveis, porém, um tanto rígida e constatou-se a
presença de alguns cristais de açúcar. Apesar de ser bala cristalina, a
presença de cristais em tamanho e quantidade inadequada é indesejável na
bala. A 3ª formulação, a bala de goma, acrescida de cachaça, ficou aderente e
de demorada dissolução em contato com a saliva. Também foi observado que
tinha a presença de cristais de açúcar. Segundo Bobbio (1992) o controle do
crescimento dos cristais também pode ser obtido pela adição de misturas de
açúcares, que irão retardar a velocidade do crescimento dos cristais, e pela
agitação da massa a cristalizar, com incorporação de ar, de modo a ter muitos
núcleos de cristalização que graças a uma eficiente e uniforme transferência de
massa irão crescer pouco e de modo semelhante. A ultima formulação,
também de bala de coco não-cristalina, apresentou boas características,
apesar de ficar com a consistência fraca, devido ao fato de se ter sido trocado
a água pelo leite de coco em sua formulação.
7. Conclusão
Considerando o fato de ter tido alguns poucos defeitos, as balas elaboradas
pela turma foram em sua maioria de boas características sensoriais,
apreciáveis ao paladar e à visão. A formação de cristais, for hora, pode ser
controlada com adição de mistura de açúcares, o que foi o nosso caso. As
balas não cristalinas, consideradas substancias instáveis, necessitam
grandemente de substâncias capazes de reter água, para que o produto não
apresente a forma esfarinhada, ou fraca.
8. Referências bibliográficas
BOBBIO, Paulo A.; BOBBIO, Florinda O. Química do processamento de
alimentos. 2. Ed. São Paulo: Varela, 1992.