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Relatrio
Agrupamento de Escolas
da Moita
AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS
rea Territorial de Inspeo
do Sul
2014 2015
Agrupamento de Escolas da Moita
2
CONSTITUIO DO AGRUPAMENTO
Jardins de Infncia e Escolas EPE 1. CEB 2. CEB 3. CEB ES
Escola Secundria da Moita
Jardim de Infncia do Carvalhinho, Moita
Jardim de Infncia de Sarilhos Pequenos, Moita
Escola Bsica da Moita
Escola Bsica n. 2 da Moita
Escola Bsica de Penteado, Moita
Escola Bsica de Cho Duro, Moita
Escola Bsica de Sarilhos Pequenos, Moita
Escola Bsica D. Pedro II, Moita
Agrupamento de Escolas da Moita
1
1 INTRODUO
A Lei n. 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliao dos estabelecimentos de educao
pr-escolar e dos ensinos bsico e secundrio, definindo orientaes gerais para a autoavaliao e para a
avaliao externa. Neste mbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliao dos
jardins de infncia e das escolas bsicas e secundrias pblicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de
avaliao em junho de 2011.
A ento Inspeo-Geral da Educao foi
incumbida de dar continuidade ao programa de
avaliao externa das escolas, na sequncia da
proposta de modelo para um novo ciclo de
avaliao externa, apresentada pelo Grupo de
Trabalho (Despacho n. 4150/2011, de 4 de
maro). Assim, apoiando-se no modelo construdo
e na experimentao realizada em doze escolas e
agrupamentos de escolas, a Inspeo-Geral da
Educao e Cincia (IGEC) est a desenvolver
esta atividade consignada como sua competncia
no Decreto Regulamentar n. 15/2012, de 27 de
janeiro.
O presente relatrio expressa os resultados da
avaliao externa do Agrupamento de Escolas da
Moita realizada pela equipa de avaliao, na
sequncia da visita efetuada entre 13 e 16 de
abril de 2015. As concluses decorrem da anlise
dos documentos fundamentais do Agrupamento,
em especial da sua autoavaliao, dos
indicadores de sucesso acadmico dos alunos, das
respostas aos questionrios de satisfao da
comunidade e da realizao de entrevistas.
Espera-se que o processo de avaliao externa
fomente e consolide a autoavaliao e resulte
numa oportunidade de melhoria para o
Agrupamento, constituindo este documento um
instrumento de reflexo e de debate. De facto, ao
identificar pontos fortes e reas de melhoria,
este relatrio oferece elementos para a
construo ou o aperfeioamento de planos de
ao para a melhoria e de desenvolvimento de
cada escola, em articulao com a administrao
educativa e com a comunidade em que se insere.
A equipa de avaliao externa visitou a escola-
-sede do Agrupamento, o Jardim de Infncia de
Sarilhos Pequenos, as escolas bsicas de Cho
Duro, de Penteado e n. 2 da Moita, a ltima com jardim de infncia.
A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilizao do Agrupamento, bem como a colaborao
demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparao e no decurso da avaliao.
ESCALA DE AVALIAO
Nveis de classificao dos trs domnios
EXCELENTE A ao da escola tem produzido um impacto
consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria
das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos
respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam
na totalidade dos campos em anlise, em resultado de
prticas organizacionais consolidadas, generalizadas e
eficazes. A escola distingue-se pelas prticas exemplares em
campos relevantes.
MUITO BOM A ao da escola tem produzido um impacto
consistente e acima dos valores esperados na melhoria das
aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos
percursos escolares. Os pontos fortes predominam na
totalidade dos campos em anlise, em resultado de prticas
organizacionais generalizadas e eficazes.
BOM A ao da escola tem produzido um impacto em linha
com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e
dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos
escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes
nos campos em anlise, em resultado de prticas
organizacionais eficazes.
SUFICIENTE A ao da escola tem produzido um impacto
aqum dos valores esperados na melhoria das aprendizagens
e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos
escolares. As aes de aperfeioamento so pouco
consistentes ao longo do tempo e envolvem reas limitadas
da escola.
INSUFICIENTE A ao da escola tem produzido um impacto
muito aqum dos valores esperados na melhoria das
aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos
percursos escolares. Os pontos fracos sobrepem-se aos
pontos fortes na generalidade dos campos em anlise. A
escola no revela uma prtica coerente, positiva e coesa.
O relatrio do Agrupamento apresentado no mbito da
Avaliao Externa das Escolas 2014-2015 est disponvel na pgina da IGEC.
http://www.ige.min-edu.pt/upload/Legisla%E7%E3o/Lei_31_2002.pdfhttp://dre.pt/pdf2sdip/2011/03/045000000/1077210773.pdfhttp://www.ige.min-edu.pt/upload/Legislao/Decreto_Regulamentar_15_2012.pdfhttp://www.ige.min-edu.pt/content_01.asp?BtreeID=03/01&treeID=03/01/03/00&auxID=
Agrupamento de Escolas da Moita
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2 CARACTERIZAO DO AGRUPAMENTO
O Agrupamento de Escolas da Moita foi criado em julho de 2010, na sequncia da agregao da Escola
Secundria e do Agrupamento de Escolas D. Pedro II. Situa-se no concelho da Moita, distrito de
Setbal, e abrange, para alm da freguesia da Moita, a de Sarilhos Pequenos. constitudo por dois
jardins de infncia, cinco escolas bsicas do 1. ciclo, duas das quais com educao pr-escolar, pela
Escola Bsica D. Pedro II, com 2. e 3. ciclos, e pela Escola Secundria da Moita (escola-sede). No
mbito do primeiro ciclo da avaliao externa das escolas, a Escola Secundria e o Agrupamento de
Escolas D. Pedro II foram avaliados em janeiro e abril de 2010, respetivamente.
No ano letivo de 2014-2015, o Agrupamento frequentado por 2560 crianas e alunos: 184 na educao
pr-escolar (nove grupos); 518 no 1. ciclo do ensino bsico (26 turmas); 242 no 2. ciclo (11 turmas); 476
no 3. ciclo (22 turmas); 10 no curso de educao e formao, Tipo 2 (uma turma); 85 nos percursos
curriculares alternativos (uma turma de 2. ciclo e quatro de 3.); 26 no Programa Integrado de
Educao e Formao (duas turmas); 74 nos cursos vocacionais (duas turmas de ensino bsico e outra de
secundrio); 77 nos cursos de educao e formao de adultos (quatro turmas, duas de nvel bsico e
duas de secundrio); 503 nos cursos cientfico-humansticos (20 turmas); 270 nos cursos profissionais
(12 turmas) e 95 no ensino recorrente secundrio (duas turmas). O Agrupamento dispe de um Centro
de Qualificao e Ensino Profissional desde abril de 2014.
Relativamente ao social escolar, verifica-se que 67% dos alunos no beneficiam de auxlios
econmicos. J no que respeita s tecnologias de informao e comunicao, 80,8% dos alunos do ensino
bsico possuem computador com internet, em casa, percentagem que aumenta para 90,7% quanto aos
do ensino secundrio. O Agrupamento frequentado por 6% de alunos de nacionalidades estrangeiras,
provenientes de 21 pases diferentes.
A educao e o ensino so assegurados por 211 docentes, dos quais 81% pertencem aos quadros, dados
que refletem uma grande estabilidade do corpo docente e experincia profissional significativa, pois
89,1% lecionam h 10 ou mais anos. O pessoal no docente composto por 71 trabalhadores e 63,3%
destes tm 10 ou mais anos de servio.
Os dados relativos formao acadmica dos pais e das mes dos alunos do ensino bsico revelam que
12,9% tm formao de nvel superior e 27% de secundrio. No tocante aos dos alunos do ensino
secundrio, verifica-se que 10,2% possuem habilitaes de nvel superior e 27% de secundrio. No que
respeita s atividades profissionais dos pais e encarregados de educao dos alunos, no ensino bsico,
25,9% desempenham profisses de nvel superior e intermdio, enquanto no que concerne ao ensino
secundrio essa percentagem se cifra nos 22,3%.
De acordo com os dados disponibilizados pela Direo-Geral de Estatsticas da Educao e Cincia,
relativos ao ano letivo de 2012-2013, o Agrupamento, quando comparado com as outras escolas pblicas,
apresenta valores das variveis de contexto bastante favorveis, embora no seja dos mais favorecidos.
Destacam-se a percentagem de alunos que no beneficiam de ao social escolar, a mdia do nmero de
anos da habilitao dos pais e das mes e a percentagem de docentes do quadro.
3 AVALIAO POR DOMNIO
Considerando os campos de anlise dos trs domnios do quadro de referncia da avaliao externa e
tendo por base as entrevistas e a anlise documental e estatstica realizada, a equipa de avaliao
formula as seguintes apreciaes:
Agrupamento de Escolas da Moita
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3.1 RESULTADOS
RESULTADOS ACADMICOS
O trabalho realizado na educao pr-escolar, no mbito da avaliao do percurso individual de cada
criana e do grupo, tem permitido saber que a maioria realiza progressos nas aprendizagens, tendo por
base as reas de contedo das orientaes curriculares. Deste modo, foi reconhecida a importncia da
divulgao e da discusso alargada da referida avaliao, nomeadamente nos diferentes rgos e
estruturas de coordenao educativa e superviso pedaggica, no sentido de facilitar o seu conhecimento
e reflexo, para uma melhoria da qualidade das aprendizagens das crianas e dos alunos.
No ano letivo de 2012-2013, so de salientar os resultados observados nas taxas de concluso dos 6. e
9. anos e na avaliao externa a portugus do 6. ano e a matemtica do 12. ano que esto acima dos
valores esperados, e a taxa de concluso do 12. ano em linha com o valor esperado, quando comparados
com os das escolas com valores anlogos nas variveis de contexto. Contudo, so preocupantes os
resultados obtidos na avaliao externa a matemtica nos trs ciclos do ensino bsico, a portugus dos
4., 9. e 12. anos e em histria do 12. ano, bem como na taxa de concluso do 4. ano, que se encontram
aqum dos valores esperados.
Em termos de evoluo, ao longo do trinio de 2010-2011 a 2012-2013, de referir que os valores
observados nas taxas de concluso dos 6. e 9. anos de escolaridade e na avaliao externa em
portugus do 6. ano e em matemtica do 12. ano apresentam uma tendncia de melhoria. Todavia, os
resultados da taxa de concluso do 4. ano e da avaliao externa em portugus dos 4. e 9. anos, em
matemtica dos 4. e 6. anos e em histria do 12. ano traduzem uma tendncia de agravamento.
O Agrupamento apresenta valores das variveis de contexto favorveis. Porm, os resultados
observados situam-se globalmente aqum dos valores esperados quando comparados com os das escolas
com valores anlogos nas variveis de contexto, determinados para o trinio em anlise, o que evidencia
dificuldades ao nvel dos processos de ensino e de aprendizagem.
Relativamente s outras ofertas formativas, as taxas de sucesso dos cursos vocacionais e de educao e
formao mostram flutuao nos ltimos quatro anos letivos, oscilando entre 51,8% e 88%. Os cinco
cursos profissionais, cujos ciclos de formao foram concludos no trinio de 2010-2011 a 2012-2013,
apresentam taxas de concluso baixas, oscilando entre 25% e 42,9%.
Deste modo, no foi superada a constatao assinalada numa das avaliaes externas anteriores: As
baixas taxas de sucesso nos cursos profissional e de educao e formao, bem como nos do ensino
noturno.
As causas subjacentes s taxas de sucesso no 2. ano de escolaridade, que tm sido, em cada um dos
anos letivos do trinio de 2011-2012 a 2013-2014, sempre as mais baixas relativamente aos outros anos
do ciclo, no esto identificadas de forma objetiva, o que pode ter repercusses negativas na
determinao das medidas de promoo do sucesso.
A anlise e a reflexo sobre os resultados escolares, realizadas nos diferentes rgos e estruturas de
coordenao educativa e superviso pedaggica, bem como, por exemplo, os planos de melhoria
elaborados por alguns grupos disciplinares, apontam constrangimentos ao sucesso e causas
determinantes do insucesso. Contudo, remetem, de um modo geral, para o elevado nmero de alunos por
turma, para o contexto social e econmico e para as dificuldades no acompanhamento por parte dos pais
e encarregados de educao, pelo que a anlise e a reflexo sistemticas dos resultados no esto
centradas na identificao dos fatores explicativos intrnsecos aos processos de ensino e de
aprendizagem, de forma a ser possvel a construo de planos de melhoria eficazes.
Agrupamento de Escolas da Moita
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Nos ltimos quatro anos letivos verificou-se a inexistncia de abandono escolar no 1. ciclo e uma
diminuio significativa no ensino secundrio (abandono/desistncia), embora se observe um aumento
das respetivas taxas nos 2. e 3. ciclos do ensino bsico. Consequentemente, foi superada a constatao
referida numa das avaliaes externas anteriores: A no existncia de progressos, no ltimo trinio,
das taxas de desistncia.
RESULTADOS SOCIAIS
O Agrupamento tem promovido o desenvolvimento cvico e a aprendizagem para a cidadania. Os
Programas de Apoio Promoo e Educao para a Sade e Eco-Escolas, bem como o Desporto Escolar
tm sido utilizados para estimular o respeito pelos outros e a convivncia democrtica. Para o mesmo
efeito, tm contribudo a disponibilidade dos docentes titulares de grupo e de turma e dos diretores de
turma no atendimento aos pais e encarregados de educao e a interveno de tcnicos especializados,
nomeadamente da psicloga. Os diferentes profissionais esto tambm atentos s situaes de carncia
alimentar das crianas e dos alunos, utilizando mecanismos para a sua diminuio.
Na Escola Bsica D. Pedro II, os delegados de turma tm reunido para debaterem aspetos relacionados
com o funcionamento e condies da escola. Esta medida de auscultao dos alunos no est
generalizada ao Agrupamento, observando-se pouca participao dos mesmos na tomada de decises
atinentes vida na escola. Assim, urge promover atividades da iniciativa dos alunos, designadamente
atravs das assembleias de delegados e da associao de estudantes, e reforar a sua participao nas
atividades j existentes, nomeadamente as de cariz social e solidrio, como forma de potenciar a sua
autonomia, criatividade e responsabilidade.
Ocorrem casos de comportamentos pouco adequados, os quais no favorecem um ambiente calmo e de
respeito, propiciador das aprendizagens e que contribuem para o insucesso escolar. Estes casos so
vistos pelos alunos como uma dificuldade da escola em resolver bem a indisciplina, sendo, por isso, uma
questo no resolvida para a qual as aes em curso no tm sido eficazes.
O Gabinete de Informao e Apoio ao Aluno tem tido algumas repercusses positivas na dissuaso de
comportamentos perturbadores das aprendizagens, no que respeita ordem de sada dos alunos da sala
de aula. O registo e a tipificao das ocorrncias podero agilizar a comunicao e a articulao com os
diferentes profissionais, nomeadamente com o servio de psicologia e orientao, no sentido de serem
desenvolvidas formas de preveno e de atuao mais eficazes.
Deste modo, no foi superado o ponto fraco referido numa das avaliaes externas anteriores:
Persistncia dos casos de indisciplina por parte de alguns alunos, com impactos negativos nos
resultados.
O Programa de Apoio Promoo e Educao para a Sade, em articulao com a Unidade de Sade da
Moita, com a Cmara Municipal da Moita e com a associao de pais e encarregados de educao,
aborda temticas relevantes para a preveno de comportamentos de risco e para a divulgao de
hbitos e de estilos de vida saudveis, como, por exemplo, educao para a sexualidade, alimentao e
atividade fsica, preveno do consumo de substncias psicoativas e higiene oral.
A oferta de vrias modalidades de Desporto Escolar, como golfe, voleibol, badmnton, basquetebol e
futsal, tem em conta os interesses dos alunos e promove, tambm, a aquisio de hbitos de vida
saudveis, motivando-os para a escola.
Foi reconhecida a necessidade de implementar um procedimento formal de seguimento dos alunos, aps
a concluso dos estudos, que permita conhecer o impacto das aprendizagens, de modo a refletir e a
desenvolver estratgias para melhorar a prestao do servio educativo. Este acompanhamento poder
ser estendido aos cursos profissionais tambm para conhecer com maior rigor as respetivas taxas de
empregabilidade.
Agrupamento de Escolas da Moita
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RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE
No mbito da presente avaliao externa e em resposta aos questionrios aplicados comunidade
educativa, a satisfao de alunos, encarregados de educao e trabalhadores, expressa no predomnio
dos nveis de concordncia e de concordncia total, mostra mdias globais elevadas, designadamente no
caso do pessoal no docente, dos pais das crianas que frequentam a educao pr-escolar e dos alunos
do 1. ciclo, e menos elevadas, no caso do pessoal docente. No respeitante aos itens Gosto desta
escola/Gosto de trabalhar nesta escola/Gosto que o meu filho ande nesta escola/Gosto que o meu filho
frequente este JI, os nveis de satisfao so tambm mais elevados para o pessoal no docente, para os
pais das crianas que frequentam a educao pr-escolar e para os alunos do 1. ciclo e menos elevados
para o pessoal docente.
O regulamento interno prev a atribuio de prmios de mrito e, recentemente, foi criado o Quadro de
Honra que visa o reconhecimento dos resultados acadmicos. Porm, no foram ainda implementados
mecanismos que permitam reconhecer o mrito dos alunos noutros domnios, como por exemplo cultural,
social e desportivo. Assim, no foi totalmente superado o ponto fraco referido numa das avaliaes
externas anteriores: Inexistncia de estratgias destinadas a premiar os alunos pelo seu bom
desempenho acadmico e cvico.
O Centro de Qualificao e Ensino Profissional do Agrupamento tem orientado e encaminhado jovens e
adultos para diferentes vias de formao, incentivando a valorizao da escola e das aprendizagens na
sociedade local.
A oferta formativa diversificada e alargada em reas como o marketing, o turismo, o apoio gesto
desportiva, o apoio psicossocial, a hortofloricultura, a informtica e as artes, no mbito dos cursos
profissionais e vocacionais, bem como o funcionamento dos cursos de educao e formao de adultos,
dos cursos do ensino recorrente por mdulos capitalizveis, do Programa Integrado de Educao e
Formao e dos percursos curriculares alternativos, tem em conta as necessidades dos alunos e
responde, o mais possvel, s necessidades da sociedade local. Ainda assim, o curso profissional de
Tcnico de Comunicao Marketing, Relaes Pblicas e Publicidade, cujo ciclo de formao foi
concludo no trinio de 2010-2011 a 2012-2013, apresenta uma taxa de empregabilidade na rea de
formao de 55,6%, o que corresponde a um total de cinco alunos.
Em suma, a ao do Agrupamento tem produzido um impacto aqum dos valores esperados na melhoria
das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As aes de
aperfeioamento so pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem reas limitadas. Tais
fundamentos justificam a atribuio da classificao de SUFICIENTE no domnio Resultados.
3.2 PRESTAO DO SERVIO EDUCATIVO
PLANEAMENTO E ARTICULAO
O planeamento da ao educativa para o desenvolvimento do currculo realizado nas reunies dos
conselhos de docentes e dos grupos disciplinares, com recurso a um tempo semanal comum, tendo em
conta o contexto em que est inserido o Agrupamento e procurando estratgias que melhorem as
aprendizagens das crianas e dos alunos.
Os docentes da educao pr-escolar e do 1. ciclo renem, separadamente, em trs conselhos de
docentes, de acordo com a localizao das respetivas escolas. Reconhece-se que esta prtica
organizacional deve ser monitorizada e avaliada, de modo a que, no futuro, se possa concluir sobre as
repercusses na definio e na operacionalizao de estratgias comuns para estes nveis de educao e
ensino.
Agrupamento de Escolas da Moita
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A articulao horizontal do currculo est presente principalmente nos planos de grupo e de turma e
reforada pelas atividades integradas no plano anual. Todavia, uma abordagem do currculo numa
perspetiva mais interdisciplinar, designadamente no ensino bsico, a partir de um diagnstico mais
profundo das aprendizagens, com um trabalho desenvolvido nos conselhos de docentes e de turma e
liderado pelos professores titulares e diretores de turma poder conduzir a uma melhoria dos resultados
escolares.
O plano de articulao curricular explicita um conjunto rico e alargado de atividades a desenvolver,
fundamentais para a contextualizao do currculo e para a promoo da identidade do Agrupamento.
Algumas destas iniciativas pretendem tambm reforar a ligao entre a escola e a famlia, a
comunidade e o meio empresarial.
Foi reconhecida a necessidade de implementar uma articulao curricular vertical, cuja
sustentabilidade assente em aes e decises, devidamente avaliadas, e focada nos contedos e
processos de aprendizagem, tendo em conta as caractersticas e necessidades dos alunos, com a
respetiva insero no plano de articulao curricular.
A contextualizao do currculo emerge da realizao de atividades e de projetos que integram o plano
anual, que se caracteriza pela sua abrangncia, e tem repercusses positivas na formao integral das
crianas e dos alunos.
Os planos de grupo e de turma permitem conhecer o percurso escolar das crianas e dos alunos,
incluindo as propostas de medidas de promoo do sucesso e os casos especiais de acompanhamento.
Contudo, estas medidas no esto associadas a processos de monitorizao e de avaliao, de forma a
aumentar a sua eficcia.
A informao sobre o percurso escolar das crianas e dos alunos, includa nos planos de grupo e de
turma, transmitida em reunies de docentes realizadas para o efeito nas transies entre a educao
pr-escolar e o 1. ciclo e os restantes nveis de ensino. O plano de articulao curricular prev tambm
um conjunto de atividades que visam o contacto e o conhecimento das crianas e dos alunos com o
espao escolar dos ciclos subsequentes.
O planeamento mostra coerncia entre ensino e avaliao, com a indicao das diferentes modalidades e
dos respetivos instrumentos, bem como a definio de critrios de avaliao que contribuem para a
regulao do ensino e das aprendizagens.
Os planos de melhoria, elaborados por alguns grupos disciplinares, decorrentes do trabalho colaborativo
entre os docentes na anlise e reflexo sobre os resultados escolares, propem a implementao de
vrias medidas, de forma a dar resposta s dificuldades/necessidades dos alunos. Contudo, estes planos
no preveem a sua operacionalizao nem as formas de monitorizao com vista avaliao da sua
eficcia na melhoria das aprendizagens.
Tm vindo a ser realizadas reunies interdepartamentais e intradepartamentais para o planeamento,
para a anlise e reflexo sobre os resultados escolares e para a avaliao das aprendizagens dos alunos.
Ainda assim, verifica-se a necessidade de intensificao do trabalho colaborativo, particularmente entre
os docentes que lecionam a mesma disciplina e ano de escolaridade, centrado na reflexo sobre as
diferentes metodologias de ensino utilizadas, pelo que foi parcialmente superado o ponto fraco referido
numa das anteriores avaliaes externas: A fraca articulao intradepartamental e
interdepartamental, o que compromete a gesto conjunta e articulada dos programas.
PRTICAS DE ENSINO
A reflexo, em sede de departamento curricular da educao pr-escolar, sobre as questes da prtica
pedaggica, das opes metodolgicas e da avaliao das aprendizagens das crianas, com base nas
Agrupamento de Escolas da Moita
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reas de contedo das respetivas orientaes curriculares, poder constituir uma mais-valia em
diversas dimenses, nomeadamente na adequao das atividades educativas aos ritmos de
aprendizagem das crianas.
Tambm no est generalizada a implementao de prticas de diferenciao pedaggica em sala de
aula, nos ensinos bsico e secundrio, com a utilizao de estratgias de ensino diversificadas, de modo
a promover a autonomia e o sucesso dos alunos, no apenas dos que apresentam dificuldades de
aprendizagem, como tambm dos que tm desempenhos de excelncia.
de realar o trabalho desenvolvido pela educao especial e pelo servio de psicologia e orientao, em
articulao com os docentes titulares e os diretores de turma, com as famlias e aproveitando os recursos
disponveis, de modo a facilitar a integrao e o sucesso dos alunos com necessidades educativas
especiais, bem como a orientao vocacional dos alunos. Efetivamente, nos ltimos quatro anos letivos,
as taxas de sucesso dos alunos com necessidades educativas especiais tm oscilado entre 73,3% e 91,6%.
Assim, foi resolvido o constrangimento assinalado numa das avaliaes externas anteriores: A
inexistncia de docentes de educao especial, face ao nmero de alunos com necessidades educativas
especiais que frequentam a Escola.
A estimulao e a valorizao das potencialidades das crianas e dos alunos realizam-se atravs da
exposio dos seus trabalhos e da participao em concursos nacionais, como o programa Eco-Escolas, o
Campeonato Nacional de Jogos Matemticos e as Olimpadas Portuguesas da Matemtica. No mesmo
sentido, de salientar o projeto de construo do livro O mar e outras histrias iniciado pela escritora
Lusa Ducla Soares, escrito por crianas e alunos do Agrupamento e publicado com o apoio da Cmara
Municipal da Moita.
As atividades desenvolvidas no mbito dos projetos Laboratrio Aberto para o 6. ano de escolaridade e
Horta Biolgica e Compostagem nas Escolas para a educao pr-escolar e para o 1. ciclo e a
participao nas Olimpadas do Ambiente para o 3. ciclo tm contribudo para incentivar uma atitude
positiva face aprendizagem das cincias. Contudo, foi reconhecida a necessidade de reforar a
componente experimental ao nvel curricular, principalmente na educao pr-escolar e no ensino
bsico, fundamental para o desenvolvimento de procedimentos e formas de pensar inerentes
construo do conhecimento cientfico.
A dimenso artstica valorizada com o ensino da msica nas atividades de enriquecimento curricular,
com a comemorao do Dia Mundial da Msica, com a implementao do clube de Dana e de visitas de
estudo a museus, idas ao teatro e com a realizao de exposies dos trabalhos das crianas e dos alunos
no mbito das artes visuais, que promovem a sua formao integral e contribuem para o embelezamento
dos espaos escolares.
As bibliotecas escolares so valorizadas e utilizadas enquanto espaos interativos de aprendizagem,
contribuindo para o desenvolvimento de competncias no mbito da lngua portuguesa e promovendo
alguma articulao com as outras reas/disciplinas do currculo, so disso exemplo a organizao de
visitas de escritores, a participao em projetos e atividades, como Histrias de Liberdade, Biblioteca
Viva, Semana da Leitura Palavras do Mundo ou o Concurso de Leitura. No 1. ciclo so realizadas
tarefas intencionalmente planeadas em articulao com as professoras bibliotecrias e os professores
titulares de turma. No entanto, foi reconhecida uma menor procura por parte dos alunos de forma
autnoma.
O acompanhamento e a superviso da prtica letiva so realizados, essencialmente, atravs da
verificao do cumprimento das planificaes e dos programas. Porm, importante tambm fomentar a
superviso da prtica letiva em sala de aula, designadamente pelos coordenadores de departamento
curricular e de grupo disciplinar, como forma de promover o desenvolvimento profissional, atravs da
partilha de experincias e da reflexo sobre a adequao e a eficcia do ensino, a fim de melhorar a
prestao do servio educativo.
Agrupamento de Escolas da Moita
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MONITORIZAO E AVALIAO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS
Os grupos disciplinares elaboram e utilizam matrizes e, por vezes, instrumentos de avaliao comuns.
Todavia, estas prticas ainda no esto generalizadas, de forma a contriburem para uma melhor
regulao do processo de ensino e de aprendizagem e para a aferio dos instrumentos de avaliao. No
mesmo sentido, foi reconhecida a importncia de valorizar e generalizar os procedimentos e os
instrumentos que suportam a avaliao formativa. Assim, foi parcialmente superado o ponto fraco
apresentado numa das ltimas avaliaes externas: A inexistncia de prticas generalizadas de
elaborao e utilizao de matrizes e de instrumentos de avaliao comuns e de monitorizao da
aplicao dos critrios de avaliao.
de destacar a implementao de medidas de promoo do sucesso escolar, projeto Mais Sucesso,
como a sala de estudo, o apoio ao estudo, as tutorias e a Turma Mais numa turma do 4. ano, nas
disciplinas de portugus e de matemtica. Apesar disso, estes processos esto, ainda, pouco consolidados
e no foi realizada uma avaliao que permita refletir sobre a eficcia dessas medidas, de forma a saber
se as mesmas produziram os efeitos desejados.
De igual modo, no foram criados mecanismos de monitorizao das medidas de promoo do sucesso
aplicadas aos alunos com dificuldades de aprendizagem, bem como a utilizao de indicadores, o que
dificulta a avaliao da sua eficcia. Estes mecanismos so importantes para decidir sobre a
continuidade ou no da aplicao das referidas medidas, como por exemplo continuar a atribuir tutorias
caso os alunos faltem. Deste modo, no foi superado o ponto fraco referido numa das anteriores
avaliaes externas: A no monitorizao dos apoios prestados aos alunos com dificuldades de
aprendizagem, o que dificulta a avaliao da sua eficcia.
Os relatrios do Observatrio de Qualidade incluem as taxas de sucesso dos alunos sujeitos a planos de
acompanhamento pedaggico, que continuam a ser reveladoras da fraca eficcia destas medidas de
apoio. No mesmo sentido, foi reconhecida a inexistncia de aes de melhoria globais e abrangentes que
visem melhorar os resultados escolares, pelo que no foi superado o ponto fraco apontado num das
avaliaes externas anteriores: Taxas de sucesso dos alunos sujeitos a planos de recuperao e de
acompanhamento, reveladoras de alguma ineficcia destas medidas de apoio.
As medidas de promoo do sucesso desenvolvidas, a ao dos professores titulares e dos diretores de
turma em articulao com as famlias, com os tcnicos especializados e com a Comisso de Proteo de
Crianas e Jovens, as ofertas formativas e a interveno do Gabinete de Informao e Apoio ao Aluno
no tm produzido, ainda, o impacto desejado na diminuio do abandono escolar nos 2. e 3. ciclos do
ensino bsico.
Em suma, a ao do Agrupamento tem produzido um impacto aqum dos valores esperados na melhoria
das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As aes de
aperfeioamento so pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem reas limitadas, o que justifica a
atribuio da classificao de SUFICIENTE no domnio Prestao do Servio Educativo.
3.3 LIDERANA E GESTO
LIDERANA
A misso e a viso, ancoradas no lema Unir para enfrentar desafios, defendem uma escola orientada
para uma ao formativa igualitria, permitindo a igualdade de oportunidades, de forma a responder
s necessidades do meio envolvente, o que est em consonncia, por exemplo, com a oferta formativa
alargada, com o funcionamento do Centro de Qualificao e Ensino Profissional do Agrupamento e com
a diversidade e abrangncia das atividades previstas no plano anual.
Agrupamento de Escolas da Moita
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O projeto educativo identifica trs reas de interveno, define objetivos gerais e estratgicos e
apresenta as respetivas metas, indicadores e meios de verificao, destacando-se uma articulao
coerente entre este, o plano anual de atividades e o plano de articulao curricular.
Assim, foram superados os pontos fracos mencionados nas avaliaes externas anteriores: Existncia
de um Plano Anual e de um Projeto Curricular para cada unidade educativa, dificultando a consolidao
do esprito de Agrupamento e a concertao de prticas educativas e Inexistncia de metas
quantificveis e avaliveis, dificultando a operacionalizao da poltica de gesto patente no Projeto
Educativo.
A liderana do diretor mostra-se disponvel e colaborativa com alguma partilha de responsabilidades
pelos elementos da direo, de forma a promover a qualidade e o trabalho motivado dos profissionais.
Contudo, urge fomentar um clima de escola de maior cooperao, incrementando o debate, a
participao e a corresponsabilizao das lideranas intermdias na tomada de decises para melhorar
a prestao de servio educativo e os processos de ensino e de aprendizagem.
O contributo positivo e o empenho do conselho geral tm estado assentes na perceo efetiva do papel de
cada parceiro, das respetivas reas de interveno e do trabalho a desenvolver, nomeadamente no apelo
ao envolvimento dos alunos na vida da escola e do seu bem-estar. Todavia, numa perspetiva de
consolidar a sua ao, importa reforar a articulao com os diferentes rgos e estruturas de
coordenao educativa e superviso pedaggica, promovendo a motivao e as relaes interpessoais
positivas entre os elementos da comunidade educativa para a melhoria do sucesso escolar e do
funcionamento do Agrupamento.
Os projetos, parcerias e formas de colaborao com a Cmara Municipal da Moita, as juntas de
freguesia e as empresas e associaes locais tm sido implementadas no sentido de construir respostas
conjuntas, quer para alunos com necessidades educativas especiais quer para o desenvolvimento de
ofertas formativas, nomeadamente na formao em contexto de trabalho no mbito dos cursos
profissionais, de educao e formao e vocacionais.
A colaborao mtua com a cmara municipal tem aumentado de forma progressiva, designadamente
com as atividades no mbito da leitura para a educao pr-escolar e para o 1. ciclo e com projetos como
a Biblioteca Viva, a Feira de Projetos Educativos, o Desfile de Carnaval, a Comemorao do Dia
Mundial da Criana e a Horta Biolgica e Compostagem. Deste modo foi aproveitada a oportunidade
mencionada numa das avaliaes externas anteriores: Oferta de projetos educativos da iniciativa da
Cmara Municipal da Moita.
A monitorizao da participao dos pais e encarregados de educao nas reunies realizada pelos
docentes titulares e pelos diretores de turma e est expressa nos planos de grupo e de turma, pelo que
foi superado o ponto fraco apontado numa das avaliaes externas anteriores: A no monitorizao dos
nveis de participao dos pais e encarregados de educao nas reunies.
de salientar o envolvimento da associao de pais e encarregados de educao na vida do
Agrupamento em geral, como o demonstram, por exemplo, o projeto de psicologia e terapia da fala e o
projeto Merendinha, para atribuio de um suplemento alimentar aos alunos em conjugao com o
Programa Escolar de Reforo Alimentar, bem como a promoo das atividades de enriquecimento
curricular.
Neste sentido, foi resolvido o constrangimento: A inexistncia de uma associao de pais e
encarregados de educao, o que dificulta a sua maior participao e envolvimento na Escola e
superado o ponto fraco: Abertura pouco significativa do Agrupamento na rea da inovao, para
resoluo de problemas persistentes, apontados numa das avaliaes externas anteriores.
Agrupamento de Escolas da Moita
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GESTO
A distribuio de servio docente atende ao respetivo perfil e continuidade pedaggica, sempre que
possvel, assegurando um ciclo de estudos. A estabilidade do corpo docente e o conhecimento que os
responsveis possuem sobre as capacidades destes profissionais leva a uma particular ateno na
atribuio da direo de turma, tendo em conta a continuidade no acompanhamento das turmas at ao
final do ciclo, o que facilita a integrao dos alunos e a utilizao da informao sobre o seu percurso
escolar.
A distribuio de servio do pessoal no docente tem como critrios as diferentes competncias
profissionais e a adequao s respetivas funes e s suas preferncias, considerando assim as pessoas
e o seu bem-estar.
A comisso de formao faz, anualmente, o levantamento das necessidades identificadas pelo pessoal
docente e no docente em articulao com o Centro de Formao de Escolas do Barreiro e Moita.
Salienta-se a existncia de algumas iniciativas realizadas por docentes do Agrupamento, como
exemplo a ao desenvolvida no mbito das metas curriculares para a matemtica.
No entanto, importa priorizar a promoo do desenvolvimento profissional atravs da realizao de
formao interna, utilizando, o mais possvel, docentes do Agrupamento na disseminao do
conhecimento em contexto de trabalho, de modo a conduzir a uma maior motivao, melhorando o
ambiente de interao humana e profissional.
O constrangimento apontado numa das anteriores avaliaes externas sobre as Limitaes no espao
fsico de algumas unidades educativas, dificultando uma resposta adequada s exigncias do
funcionamento da escola a tempo inteiro e gerando listas de espera na educao pr-escolar encontra-se
por resolver, uma vez que foram reconhecidas ainda algumas dificuldades relativas ao espao fsico
destinado educao pr-escolar. No mesmo sentido, na Escola Bsica n. 2 da Moita as turmas do 1.
ciclo funcionam em regime duplo.
AUTOAVALIAO E MELHORIA
A autoavaliao tem sido um processo desenvolvido pelos diferentes profissionais e melhor conseguido
no presente ano letivo, em que foi relanada a sua dinmica liderada por uma equipa, o Observatrio de
Qualidade, cuja ao tem sido focada na recolha, organizao e sistematizao de informao relevante,
permitindo um diagnstico pormenorizado e sustentado do Agrupamento. Contudo, este processo carece
ainda da construo de planos de melhoria especficos e consistentes, cujas aes incidam nas
dificuldades identificadas, nas formas de as monitorizar e avaliar e na respetiva divulgao
comunidade educativa.
Deste modo, no foi superado o ponto fraco mencionado numa das avaliaes externas anteriores:
Fragilidades no processo de autoavaliao, dificultando a definio de planos de melhoria especficos e
consistentes e limitando a sustentabilidade do progresso.
O Observatrio de Qualidade, constitudo por representantes do pessoal docente, coordena o projeto de
autoavaliao e articula com a direo, num trabalho que no presente ano letivo incidiu na elaborao
dos relatrios de 2012-2013 e de 2013-2014 que integram o diagnstico realizado nas reas consideradas
de prioridade educativa relativas aos diferentes nveis de educao e ensino, bem como algumas
propostas para aes de melhoria a desenvolver. Assim, foi superado parcialmente o ponto fraco referido
numa das avaliaes externas anteriores: A estruturao do processo de autoavaliao, que restringe a
participao ao pessoal docente, no aprofunda todas as dimenses da Escola, nem identifica,
formalmente, as oportunidades e os constrangimentos.
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O reconhecimento da necessidade de aperfeioamento do processo de autoavaliao incentivou alguns
elementos da equipa a procurar formao neste domnio. Este procedimento poder ser alargado no
sentido de fazer o levantamento das necessidades de formao decorrentes da elaborao dos planos de
ao de melhoria.
O Agrupamento, atravs dos relatrios de monitorizao das atividades e de apreciao do projeto
educativo, tem vindo tambm a desenvolver um trabalho que incide na avaliao do grau de execuo do
plano anual que operacionaliza o projeto educativo. Todavia, foi reconhecida alguma dificuldade na
avaliao das atividades resultante do seu planeamento, designadamente no que respeita ao nmero de
objetivos, aos indicadores de medida e respetiva monitorizao.
So de salientar a disponibilidade e o interesse desta equipa em levar a cabo um processo de
autoavaliao que envolva toda a comunidade educativa e contribua para a formalizao de planos de
melhoria exequveis e, consequentemente, para a sustentabilidade e desenvolvimento do Agrupamento.
Em resumo, a ao do Agrupamento tem produzido um impacto aqum dos valores esperados na
melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As aes
de aperfeioamento so pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem reas limitadas. Tais
fundamentos justificam a atribuio da classificao de SUFICIENTE no domnio Liderana e
Gesto.
4 PONTOS FORTES E REAS DE MELHORIA
A equipa de avaliao reala os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:
Implementao do Programa de Apoio Promoo e Educao para a Sade que aborda temticas relevantes para a preveno de comportamentos de risco e para a divulgao de
hbitos e de estilos de vida saudveis;
Oferta formativa diversificada e alargada, nomeadamente no mbito dos cursos profissionais e vocacionais, dos cursos de educao e formao de adultos, dos cursos do ensino recorrente por
mdulos capitalizveis, que tem em conta as necessidades dos alunos e da sociedade local;
Contextualizao do currculo com a realizao de atividades e projetos que integram o plano anual, que se caracteriza pela sua abrangncia, com repercusses positivas na formao
integral das crianas e dos alunos;
Trabalho desenvolvido pela educao especial e pelo servio de psicologia e orientao, em articulao com os docentes titulares e os diretores de turma, com as famlias e aproveitando os
recursos disponveis, de modo a facilitar a integrao e o sucesso dos alunos com necessidades
educativas especiais;
Projetos, parcerias e formas de colaborao com a Cmara Municipal da Moita, as juntas de freguesia e as empresas e associaes locais, no sentido de construir respostas conjuntas, quer
para alunos com necessidades educativas especiais quer para o desenvolvimento de ofertas
formativas.
A equipa de avaliao entende que as reas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus
esforos para a melhoria so as seguintes:
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Anlise e reflexo dos resultados escolares centradas na identificao dos fatores explicativos intrnsecos aos processos de ensino e de aprendizagem, de forma a ser possvel a construo de
planos de melhoria eficazes;
Articulao curricular vertical, cuja sustentabilidade assente em aes e decises, devidamente avaliadas, e focada nos contedos e processos de aprendizagem, tendo em conta as
caractersticas e necessidades dos alunos;
Implementao de prticas de diferenciao pedaggica em sala de aula, com a utilizao de estratgias de ensino diversificadas, de modo a promover a autonomia e o sucesso dos alunos;
Processo de autoavaliao que envolva toda a comunidade educativa e contribua para a formalizao de planos de melhoria exequveis e, consequentemente, para a sustentabilidade e
desenvolvimento do Agrupamento.
30-06-2015
A Equipa de Avaliao Externa: Catarina Delgado, Fernanda Lota e Joo Nunes
Concordo. considerao do Senhor
Secretrio de Estado do Ensino e da
Administrao Escolar, para homologao.
O Inspetor-Geral da Educao e Cincia
Homologo.
O Secretrio de Estado do Ensino e da
Administrao Escolar
2015-07-31T16:15:03+0100Lus Alberto Santos Nunes Capela
2015-08-31T12:40:43+0100Joo Casanova de Almeida