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Instituto Politécnico de Viana do Castelo Escola Superior Agrária Relatório Anual de Curso Curso de Licenciatura em Biotecnologia Ponte de Lima, Dezembro 2012

Relatório Anual de Curso Curso de Licenciatura em Biotecnologia · objetivos do Processo de Bolonha, durante o ano letivo de 2011/12, no curso de licenciatura em Biotecnologia da

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Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Escola Superior Agrária

Relatório Anual de Curso

Curso de Licenciatura em Biotecnologia

Ponte de Lima, Dezembro 2012

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Índice

1 Introdução .............................................................................................................................................. 5 1.1 A Escola responsável pela lecionação do ciclo de estudos ......................................................... 5

1.2 Enquadramento do documento, com a referência dos seus objetivos ........................................ 5

2 Ciclo de Estudos .................................................................................................................................... 6 2.1 Caracterização do Ciclo de Estudos ............................................................................................ 6

2.1.1 Designação do Ciclo de Estudos:......................................................................................... 6

2.1.2 Publicação do plano de Estudos em Diário da Republica ................................................... 6

2.1.3 Área científica predominante do ciclo de estudos ................................................................ 6

2.1.4 Classificação da área do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005 de 16 de Março .................................................................................................................................... 7

2.1.5 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005 de 16 de Março .................................................................................................................... 7

2.1.6 Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau ................................................. 7

2.1.7 Duração do ciclo de estudos (art.º 3 DL-74/2006) ............................................................... 7

2.1.8 Número de vagas aprovado no último ano letivo ................................................................. 7

2.1.9 Condições de acesso e ingresso.......................................................................................... 7

2.1.10 Regime de funcionamento .................................................................................................... 7

2.1.11 Docente Responsável pela Coordenação do Ciclo de Estudos ........................................... 7

2.1.12 Objetivos definidos para o ciclo de estudos. ........................................................................ 7

2.1.13 Coerência dos objetivos definidos com a missão e objetivos da instituição ........................ 9

2.1.14 Meios de divulgação dos objetivos aos docentes e aos estudantes envolvidos no ciclo de estudos ................................................................................................................................. 10

2.2 Estrutura Curricular .................................................................................................................... 11

2.2.1 Ciclo de estudos estruturado em ramos ............................................................................. 11

2.2.2 Áreas Científicas e Créditos que devem ser reunidos para a obtenção do grau de licenciado ...................................................................................................................................... 11

2.2.3 Plano de Estudos................................................................................................................ 11

2.2.4 Estágios e Períodos de Formação em Serviço .................................................................. 14

3 Organização Interna e Mecanismos da Qualidade ............................................................................. 16 3.1 Estrutura organizacional responsável pelo ciclo de estudo ....................................................... 16

3.2 Participação ativa de docentes e estudantes nos processos de tomada de decisão ................ 16

3.3 Estruturas e mecanismos de garantia da qualidade para o ciclo de estudos ............................ 17

3.4 Recolha de informação, acompanhamento e avaliação periódica do ciclo de estudos. ........... 17

3.5 Avaliação das qualificações e das competências dos docentes ................................................ 18

3.6 Utilização dos resultados das avaliações do ciclo de estudos ................................................... 18

3.7 Outras vias de avaliação/acreditação ........................................................................................ 19

4 Recursos Materiais .............................................................................................................................. 19 4.1 Recursos Materiais – Áreas disponíveis .................................................................................... 19

4.2 Recursos Materiais – Equipamentos .......................................................................................... 19

4.3 Recursos financeiros .................................................................................................................. 20

5 Parcerias .............................................................................................................................................. 21 5.1 Parcerias internacionais e nacionais no Ciclo de Estudos ......................................................... 21

5.2 Promoção da cooperação interinstitucional ............................................................................... 23

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5.3 Relacionamento do ciclo de estudos com as entidades externas ............................................. 24

6 Pessoal Docente e Não Docente ........................................................................................................ 29 6.1 Pessoal Docente ........................................................................................................................ 29

6.1.1 Distribuição de Serviço Docente ........................................................................................ 29

6.1.2 Número de docentes do ciclo de estudos a tempo integral ............................................... 30

6.1.3 Percentagem de docentes do ciclo de estudos a tempo integral ....................................... 30

6.1.4 Número de docentes do CE a tempo integral, com ligação a instituição há mais de 3 anos. .......................................................................................................................................... 30

6.1.5 Percentagem dos docentes em tempo integral com uma ligação à instituição por um período superior a três anos ........................................................................................................ 30

6.1.6 Número de docentes em tempo integral com grau de doutor ............................................ 31

6.1.7 Percentagem de docentes em tempo integral com grau de doutor ................................... 31

6.1.8 Número de docentes em tempo integral com o título de especialista ................................ 31

6.1.9 Percentagem de docentes em tempo integral com o título de especialista ....................... 31

6.1.10 Número (ETI) de docentes do ciclo de estudos inscritos em programas de doutoramento há mais de um ano ..................................................................................................... 31

6.1.11 Percentagem dos docentes do ciclo de estudos inscritos em programas de doutoramento há mais de um ano ..................................................................................................... 31

6.1.12 Número (ETI) de docentes do ciclo de estudos não doutorados com grau de mestre (pré-Bolonha) ......................................................................................................................... 31

6.1.13 Percentagem dos docentes do ciclo de estudos não doutorados com grau de mestre (pré-Bolonha) ......................................................................................................................... 31

6.2 Pessoal Não Docente de apoio ao Ciclo de Estudos ................................................................. 31

6.3 Pessoal Não Docente de apoio ao Ciclo de Estudos .................... Erro! Marcador não definido.

6.3.1 Número e regime de dedicação do pessoal não docente afeto à lecionação do ciclo de estudos. ................................................................................................................................ 31

6.3.2 Qualificação do pessoal não docente de apoio à lecionação do ciclo de estudos ............ 32

6.3.3 Avaliação do desempenho ................................................................................................. 32

7 Estudantes ........................................................................................................................................... 33 7.1 Caracterização dos Estudantes ................................................................................................. 33

7.1.1 Caracterização dos estudantes inscritos no ciclo de estudos: género, idade, região de proveniência e origem socioeconómica ............................................................................ 33

7.1.2 Procura do ciclo de estudos ............................................................................................... 35

7.2 Ambiente de Ensino/Aprendizagem ........................................................................................... 35

7.2.1 Estruturas e medidas de apoio pedagógico e de aconselhamento sobre o percurso académico dos estudantes. ................................................................................................ 36

7.2.2 Medidas para promover a integração dos estudantes na comunidade académica ........... 39

7.2.3 Estruturas e medidas de aconselhamento sobre as possibilidades de financiamento e emprego .................................................................................................................. 39

7.2.4 Utilização dos resultados de inquéritos de satisfação dos estudantes na melhoria do processo ensino/aprendizagem .................................................................................................... 40

7.2.5 Estruturas e medidas para promover a mobilidade, incluindo o reconhecimento mútuo de créditos .............................................................................................................................. 43

8 Processos - Formação ........................................................................................................................ 48 8.1 Objetivos de aprendizagem ........................................................................................................ 48

8.2 Verificação de que a carga média de trabalho necessária aos estudantes corresponde ao estimado em ECTS ...................................................................................................... 49

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8.3 Periodicidade da Revisão curricular ........................................................................................... 55

9 Resultados Académicos ...................................................................................................................... 56 9.1 Sucesso Escolar ......................................................................................................................... 57

9.1.1 Taxas de aprovação de Inscritos (taxa de inscritos) e taxa de avaliados .......................... 57

9.1.2 Classificação Final por UC– Média, Máxima e Mínima ...................................................... 58

9.2 Empregabilidade ......................................................................................................................... 59

9.3 Internacionalização ..................................................................................................................... 60

10 Análise SWOT do Ciclo de Estudos .................................................................................................... 61 10.1 Missão e Objetivos ..................................................................................................................... 61

10.2 Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade .................................................. 62

10.3 Recursos materiais e parcerias .................................................................................................. 63

10.4 Pessoal docente e não docente ................................................................................................. 64

10.5 Estudantes .................................................................................................................................. 65

10.6 Processos ................................................................................................................................... 66

10.7 Resultados Académicos. ............................................................................................................ 67

11 Proposta de ações de melhoria ........................................................................................................... 68 11.1 Missão e Objetivos ..................................................................................................................... 68

11.2 Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade .................................................. 70

11.3 Recursos materiais e parcerias .................................................................................................. 70

11.4 Pessoal docente e não docente ................................................................................................. 72

11.5 Estudantes .................................................................................................................................. 72

11.6 Processos ................................................................................................................................... 73

11.7 Resultados Académicos ............................................................................................................. 74

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Introdução

1.1 A Escola responsável pela lecionação do ciclo de estudos

A Escola Superior Agrária (ESA) é uma das Unidades Orgânicas integrantes do Instituto

Politécnico de Viana do Castelo (IPVC). Foi criada em 1985 através do Decreto do Governo n.º 46/85

de 22 de Novembro.

Aliada a uma forte carga histórica, transportada pela importância cultural e arquitetónica das

suas instalações, excelentemente recuperadas pelo Arquiteto Fernando Távora, a ESA apresenta

uma qualificada e dinâmica equipa de docentes com uma grande diversidade de competências e

meios laboratoriais e informáticos que permitem desenvolver projetos de ensino, I&D e apoio à

comunidade.

A ESA-IPVC é um centro de formação humana, cultural, científica e técnica de nível superior,

ao qual cabe ministrar a preparação para o exercício de atividades profissionais altamente

qualificadas e promover o desenvolvimento da região em que se insere, sendo suas atribuições:

a) a realização de cursos conducentes à obtenção, nos termos da lei, do grau de licenciatura

e de mestrado;

b) a realização de cursos de especialização tecnológica (CETs) e outros cursos de pequena

duração, creditáveis com certificados ou diplomas adequados;

c) a organização ou cooperação em atividades de extensão educativa, cultural e técnica;

d) a realização de trabalhos de investigação aplicada e de desenvolvimento experimental;

e) a organização ou cooperação na organização de cursos de formação profissional

relacionados com os seus domínios de atividade, não diretamente enquadrados no sistema escolar;

f) o estabelecimento de acordos, convénios e protocolos de cooperação com organismos

públicos ou privados, nacionais, estrangeiros ou internacionais, nos termos dos estatutos do IPVC.

Localizada no concelho de Ponte de Lima, é a única Escola Superior Agrária inserida no

subsistema de ensino superior politécnico da Região Agrária de Entre Douro e Minho.

1.2 Enquadramento do documento, com a referência dos seus objetivos

A crescente procura de cursos de biotecnologia por parte dos jovens que ingressam no ensino

superior, a adequação da formação do corpo docente, assim como dos recursos materiais às

exigências científicas e pedagógicas e à qualidade do ensino, justificaram a criação do Curso de

Licenciatura em Biotecnologia na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

(ESA-IPVC), com início no ano letivo de 2006/2007, seguindo as orientações do modelo de Bolonha.

O presente relatório tem por finalidade apresentar a forma como foram concretizados os

objetivos do Processo de Bolonha, durante o ano letivo de 2011/12, no curso de licenciatura em

Biotecnologia da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, dando assim

cumprimento ao disposto no artigo art.º 66-A do Decreto-Lei nº 107/2008, de 25 de Junho de 2008.

Este relatório também tem por objetivo ser um instrumento de síntese quer de informação,

quer das análises realizadas a diferentes níveis dos processos de formação na ESA e no IPVC,

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incluindo elementos resultantes do processo de auto avaliação dos alunos, da Comissão de Curso,

do Conselho Pedagógico e relativos a alguns processos de desenvolvimento do curso ou de apoio ao

seu desenvolvimento. Pretende-se que seja um documento que contribua de forma relevante para a

necessária avaliação interna e externa deste curso.

É importante salientar que este Relatório de Acompanhamento do Processo de Bolonha, relativo ao

ano letivo de 2011/2012, se refere ao sexto ano de funcionamento deste curso de Licenciatura da

ESA-IPVC, contemplando, pela quarta vez, uma análise à globalidade do plano de estudos do

referido curso.

O presente relatório foi elaborado com base nas seguintes fontes de informação:

i) Dados publicados pela Direcção-Geral do Ensino Superior relativos ao CNAES;

ii) Dados fornecidos pelos Serviços Académicos e Observatório do IPVC relativos aos

resultados de candidatura ao CNAES e Concursos Especiais, dados académicos e

inquérito a antigos alunos;

iii) Relatório de auto-avaliação da Escola Superior Agrária do IPVC relativo ao ano letivo

de 2011/2012;

iv) Inquéritos a antigos alunos;

v) Planos e relatórios de unidades curriculares relativos ao ano letivo de 2011/2012;

vi) Relatório Erasmus Survey – Alunos estrangeiros em mobilidade Erasmus, 2011/2012;

vii) Relatório de Atividades da Licenciatura em Biotecnologia da ESA-IPVC, de 2012;

viii) Relatórios de Concretização do Processo de Bolonha de 2006/2007 a 2010/2011;

ix) Relatório de Acreditação Preliminar de Ciclo de Estudos em Funcionamento

(CEF/0910/16162);

2. Ciclo de Estudos

2.1. Caracterização do Ciclo de Estudos

2.1.1. Designação do Ciclo de Estudos

Licenciatura em Biotecnologia

2.1.2. Publicação do plano de Estudos em Diário da Republica

A Portaria 714A/2006, de 14 de Julho autoriza a ESA-IPVC a conferir o grau de licenciado em

Biotecnologia. As áreas científicas e o plano de estudos do referido curso foram aprovados pela

Portaria 1431/2007, de 2 de Novembro.

2.1.3. Área científica predominante do ciclo de estudos

Tecnologia dos processos químicos - Biotecnologia

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2.1.4. Classificação da área do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005 de 16 de Março

524

2.1.5. Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005 de 16 de Março

524

2.1.6. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau

180

2.1.7. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 DL-74/2006)

3 anos

2.1.8. Número de vagas aprovado no último ano letivo

24

2.1.9. Condições de acesso e ingresso

Biologia e Geologia ou Física e Química ou Matemática

2.1.10. Regime de funcionamento

Regime Diurno, organizado por semestres. Cada semestre é constituído por 20 semanas de

atividade académica, que inclui 16 semanas de atividade letiva, mais 2 semanas para recuperação

dos elementos de avaliação contínua e 2 semanas para avaliação em exame final.

2.1.11. Docente Responsável pela Coordenação do Ciclo de Estudos

Ana Cristina Pontes de Barros Rodrigues

2.1.12. Objetivos definidos para o ciclo de estudos

Este ciclo de estudos tem como principal objetivo a formação de técnicos de nível superior na

área da Biotecnologia, proporcionando-lhes uma boa preparação técnica e tecnológica,

eminentemente profissionalizante, que confira competências para o desenvolvimento,

acompanhamento, análise, avaliação e otimização de processos biotecnológicos. É dada especial

atenção às aplicações da Biotecnologia nos sectores agrícola, alimentar e ambiental.

De uma forma geral, o Licenciado em Biotecnologia, explorando todos os recursos pessoais e

técnico-científicos adquiridos ao longo do curso, deverá: dominar as Ciências Biotecnológicas nas

principais áreas de intervenção (biotecnologia agrícola, alimentar e ambiental); estar capacitado para

ser um leitor ao longo da vida, atributo fundamental num mundo em rápida mudança; estar apto para

organizar, planificar e executar tarefas, em parceria intelectual, integrando equipas de trabalho

multidisciplinares; possuir capacidade de comunicação oral e escrita, bem como iniciativa e espírito

empreendedor, que lhe permitam executar estudos técnicos e projetos de I&D; demonstrar

capacidade de análise e síntese, a par da capacidade de gestão da informação.

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Poderão valorizar-se as competências do Licenciado em Biotecnologia em domínios técnicos e

científicos como o do conhecimento dos sistemas biológicos a nível celular e molecular; dos

processos biotecnológicos clássicos de produção; dos microrganismos intervenientes nos processos

biotecnológicos e respetivos fatores de crescimento e produção; das diferenciações celulares como

bases morfológicas e funcionais da diversidade biológica; das características estruturais e funcionais

das células e dos tecidos fatores de crescimento; dos mecanismos fisiológicos que ocorrem nos

animais de interesse zootécnico, assim como em espécies vegetais; dos métodos utilizados na

Genética clássica, como o mapeamento de genes e de marcadores genéticos; das técnicas de

manipulação de DNA, incluindo a sua extração, quantificação e amplificação por PCR e hibridação

por FISH; dos marcadores genéticos, nomeadamente a aplicação de QTL no melhoramento; de

técnicas moleculares para autenticação e rastreabilidade; das metodologias para isolar, purificar e

imobilizar enzimas; das técnicas de extração e purificação de compostos intra e extracelulares, para

valorização de produtos nas áreas alimentares e ambientais; de ferramentas bioinformáticas para

análise de sequências, genomas e estruturas moleculares; de modelos matemáticos capazes de

descrever os processos biológicos, permitindo o controlo, a otimização e o dimensionamento dos

sistemas.

Na área de intervenção da Biotecnologia Agrícola, conferem-se competências para, em

particular, desenvolver aplicações biotecnológicas com vista à obtenção de variedades de plantas

com características melhoradas, mais produtivas, mais tolerantes a condições adversas, resistentes a

herbicidas e pragas; atuar ao nível do diagnóstico de doenças genéticas, desenvolvimento de novas

vacinas e hormonas de crescimento; executar um programa de micropropagação, micorrização e

bacterização de espécies florestais e agrícolas; atuar no teatro da produção integrada, recolhendo,

avaliando e produzindo organismos de interesse para a produção vegetal, incluindo agentes de

biocontrolo e de promoção de crescimento das plantas.

No domínio da Biotecnologia Alimentar, conferem-se competências para, especificamente,

identificar, selecionar e melhorar microrganismos industriais para produção de enzimas, aminoácidos,

agentes anti-microbianos, compostos responsáveis por características organoléticas diferenciadas,

produtos de valor acrescentado, novos produtos alimentares, em particular, no domínio dos alimentos

funcionais; otimizar os processos de produção de fermentos e produtos alimentares fermentados;

dominar os mecanismos de produção de biomassa e metabolitos; otimizar técnicas de conservação e

transformação de alimentos; aplicar técnicas moleculares para autenticação e rastreabilidade de

produtos alimentares.

Na área da Biotecnologia Ambiental, conferem-se competências para identificar e selecionar

microrganismos e plantas intervenientes em processos ambientais específicos; implementar e

monitorizar processos de tratamento biológico de águas residuais, tratamento biológico de resíduos

sólidos, controlo de emissões gasosas mediante a utilização de biofiltros, produção de bioenergia e

técnicas de biorremediação, com vista à redução da poluição de ecossistemas aquáticos e terrestres;

selecionar indicadores biológicos para avaliar o estado dos ecossistemas; desenvolver processos

tecnológicos com vista à obtenção de produtos com menor impacte ambiental.

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As competências do Licenciado em Biotecnologia no domínio social incluem a formação

quanto aos princípios e regras éticas e deontológicas e legais relativas ao exercício da profissão,

nomeadamente as ferramentas necessárias para uma adequada resolução dos dilemas e conflitos

éticos, proporcionando o desenvolvimento contínuo de valores e atitudes profissionais que possam

ser classificadas como eticamente corretas no âmbito da prática biotecnológica. Competências na

área da gestão integrarão, igualmente, o perfil do Licenciado em Biotecnologia.

2.1.13. Coerência dos objetivos definidos com a missão e objetivos da instituição

O IPVC é uma instituição pública de ensino superior (ES) que produz, difunde e transfere

conhecimento e cultura, promove a formação integral dos cidadãos e a aprendizagem ao longo da

vida, numa atitude de permanente inovação, qualidade e espírito empreendedor, centrado no

desenvolvimento regional, do país e na internacionalização, em convergência com o espaço europeu

do ES.

Valoriza e promove a liberdade, a responsabilidade e a cidadania, o espírito crítico e de

pertença, a solidariedade, a inclusão, a cooperação e a multiculturalidade.

Identifica, em cada momento, as partes interessadas – agentes científicos, culturais, sociais e

económicos, da região, do país ou estrangeiros – e com elas promove as parcerias consideradas

necessárias para uma ação eficaz e de sucesso. A criação de sinergias pela ação concertada das

comunidades interna (alunos, funcionários e professores) e externa, em particular, autarquias,

serviços e empresas, constituirão a atitude-marca da instituição.

Dispõe de um modelo organizacional convergente para um projeto único e plural, servido por

um sistema de direção estratégica ágil, capaz de distribuir eficientemente os recursos e orientado

para os seus objetivos estratégicos. Dispõe, ainda, de serviços organizados que servem,

transversalmente, toda a instituição.

Dispõe de uma oferta formativa diversificada, transversal às suas Escolas e que assegura a

formação integral das pessoas, fomentadora do sucesso, da autoaprendizagem e da capacidade de

empreender. Usa métodos e processos de ensino/aprendizagem inovadores, atrativos, suportados

em novas tecnologias e um ambiente académico estimulante. Desenvolve os seus processos

formativos com grande proximidade ao tecido social e económico visando a aproximação dos

estudantes ao seu papel social futuro e à realidade do mundo empresarial e do trabalho.

Neste contexto, os objetivos do curso de licenciatura em Biotecnologia coadunam-se com os

objetivos e missão do IPVC, na medida em que se trata de um projeto de ensino e formação

direcionado para as necessidades dos formandos e as necessidades de todo o tecido social que o

IPVC procura servir, apostando num ensino de excelência, através da implementação e

desenvolvimento de novas ferramentas de trabalho, como sistemas de informação pelo uso de novas

tecnologias e sistemas de gestão de qualidade e da formação avançada, formação contínua e

formação pedagógica quer dos docentes quer dos alunos. O desenho curricular encontra-se centrado

na aprendizagem e no espírito crítico do Aluno, valorizando inovação, investigação, espírito de equipa

e empreendedorismo, estimulando a curiosidade, a capacidade de análise e de síntese, as

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perspetivas interdisciplinares, a independência de julgamento, os valores éticos e sociais muito mais

do que a mera aquisição de informação e fornecimento de factos. A conceitualização de leitor ao

longo da vida, numa abordagem de ensino contínuo ao longo da vida, está presente, em grande

relevância, na formação deste profissional.

O Curso de Licenciatura em Biotecnologia é um projeto da ESA-IPVC, em colaboração com

outras instituições públicas e privadas, de aposta num ensino de excelência, acompanhando sempre

a evolução científica, pedagógica e das novas tecnologias, das necessidades dos alunos e sempre

orientado para a sociedade a que serve.

O Meio Social e a Região onde a Escola Superior Agrária de Ponte de Lima se insere, assim

como a ausência da oferta formativa em Biotecnologia, com cariz profissionalizante e politécnico,

quer nesta área de influência, quer na região transfronteiriça da Galiza, com a qual existe já um

interessante intercâmbio entre Instituições de Ensino Superior, justificaram a criação do Curso de

Licenciatura em Biotecnologia na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

(ESA-IPVC), com início no ano letivo de 2006/2007. A Região Norte apresenta uma extensão de

cerca de 21 278 km2, representando cerca de 3 530 800 habitantes e uma elevada densidade

populacional de 166 habitantes por km2. Compreende, ainda, na sua região de influência áreas

geográficas com população jovem (Ave e Cávado), de perfil caracteristicamente urbano (com elevada

consciência ambiental e preocupação relativamente à segurança alimentar) e, simultaneamente,

regiões de grande dinamismo produtivo (elevada concentração de produção leiteira e hortofrutícola,

produção vitivinícola na região litoral do Entre Douro e Minho, indústrias alimentares) e de importante

património genético (raças autóctones, variedades hortofrutícolas regionais e elevada biodiversidade

florestal).

É ainda de salientar que o funcionamento da licenciatura de biotecnologia na ESA-IPVC serve

de sustentação e reforço técnico-científico a outros projetos educativos desta UO, designadamente

ao nível das licenciaturas em Engenharia agronómica e Engenharia do Ambiente, assim como de

outros tipos de oferta formativa (Cursos de Formação Especializada e de 2º ciclo), oferendo aos

alunos da ESAPL e do IPVC, e profissionais do tecido empresarial da região uma maior possibilidade

de desenhar a formação que mais lhes convém em termos profissionais.

2.1.14. Meios de divulgação dos objetivos aos docentes e aos estudantes envolvidos no ciclo de estudos

A apresentação do Ciclo de Estudos, seus objetivos, duração, perfil e saídas profissionais,

assim como plano curricular e condições de acesso estão explicitamente descritos no portal do IPVC

(www.ipvc.pt), na ligação associada ao mesmo. No início de cada ano letivo são dinamizadas

reuniões com os docentes e estudantes envolvidos no ciclo de estudos para a divulgação dos

objetivos gerais e funcionamento. Na primeira aula de cada UC é efetuada a apresentação dos

objetivos específicos dessa UC, programa e metodologias de avaliação. Esta informação também é

disponibilizada através da plataforma de e-learning do IPVC (http://elearning.ipvc.pt).

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2.2. Estrutura Curricular

O plano de estudos do curso de licenciatura em Biotecnologia inclui 26 unidades curriculares

(24 obrigatórias e 2 optativas) e um estágio/projeto individual (Quadro 1.2).

As unidades curriculares de opção permitem conferir ao estudante a possibilidade de optar entre

percursos formativos alternativos, segundo as linhas de orientação do Modelo de Bolonha. Assim, o

plano de estudos inclui: i) a unidade curricular de Ciências do Solo no 2º semestre do 1º ano, como

UC optativa, podendo os alunos, em alternativa, optar pela inscrição numa UC das Opções do Grupo

I (Quadro 1.2); ii) a unidade curricular de Tecnologias de Informação Geográfica no 2º semestre do 3º

ano, como UC optativa, podendo os alunos, em alternativa, optar pela inscrição numa UC das

Opções do Grupo II (Quadro 1.2).

2.2.1. Ciclo de estudos estruturado em ramos

Não aplicável

2.2.2. Áreas Científicas e Créditos que devem ser reunidos para a obtenção do grau de licenciado

No Quadro 1.1 apresentam-se as áreas científicas e o nº de créditos que devem ser reunidos

para a obtenção do grau ou diploma.

QUADRO 1.1 - Áreas científicas e créditos que devem ser reunidos para a obtenção do grau ou diploma

Área Científica Sigla ECTS Obrigatórios ECTS Opcionais (1)

Ciências Exatas CE 12 0

Ciências Sociais CS 9 0

Ciências Naturais CN 42 12

Ciências Económicas e Empresariais CEE 0 5

Ciências de Engenharia ENG 18 6

Ciências Agrárias AGR 12 18

Ciências Biotecnológicas CBT 68 0

Ciências Ambientais AMB 0 22

Ciências Alimentares ALI 6 0

Áreas científicas acima descritas 168 12 (1) Número de créditos das áreas científicas optativas, necessários para a obtenção do grau ou diploma.

2.2.3. Plano de Estudos

No Quadro 1.2 apresenta-se o plano de estudos.

Page 12: Relatório Anual de Curso Curso de Licenciatura em Biotecnologia · objetivos do Processo de Bolonha, durante o ano letivo de 2011/12, no curso de licenciatura em Biotecnologia da

1º Semestre curricular

UC Ano/Sem Área

Científica Horas

Trabalho Horas de Contacto ECTS

OBS

Matemática Semestral

CE 162 T: 32; PL: 32; TP: 32; OT: 16 6

Biologia Celular e Molecular Semestral

CN 162 T: 32; PL: 32; OT: 16 6

Química Semestral

CN 162 T: 16; PL: 48; OT: 16 6

Bioquímica Semestral

CN 162 T: 32; PL: 32; OT: 16 6

Introdução à Biotecnologia Semestral

CBT 162 T:16; PL:26; OT:16; S:16; O:6 6

2º Semestre curricular

UC Ano/Sem Área

Científica Horas

Trabalho Horas de Contacto ECTS OBS

Fisiologia Animal e Vegetal Semestral

CN 162 T: 32; PL: 48; OT: 16 6

Genética Clássica e

Molecular Semestral CN 162

T:32; PL:38: OT:16; S: 10 6

Microbiologia Semestral

CN 162 T: 32; PL: 32; OT: 16 6

Produção Agrícola Semestral

AGR 162 TP:32; TC:24; OT:16; O:8 6

Ciências do Solo Semestral

CN 162 T:32; PL:32; TC:16; OT:16 6 Optativa

(1)

(1) Escolha entre opções do grupo I

3º Semestre curricular

UC Ano/Sem Área

Científica Horas

Trabalho Horas de Contacto ECTS OBS

Cultura de Tecidos Semestral

CBT 162 T: 16; PL: 43; OT: 16; O: 5 6

Estatística e Delineamento

Experimental Semestral CE 162

PL: 48: TP: 32; OT: 16 6

Tecnologia Enzimática Semestral

CBT 135 T: 16; PL: 48; OT: 16 5

Engenharia Genética Semestral

ENG 189 T:16; PL:64; OT:16; S:8; O:8 7

Economia e Gestão Semestral

CEE 162 T:16; TP:42; OT:16; S:6 6

4º Semestre curricular

UC Ano/Sem Área

Científica Horas

Trabalho Horas de Contacto ECTS OBS

Biotecnologia Agrícola Semestral

CBT 162 T: 16; PL: 48; OT: 16; O: 16 6

Ecologia Semestral

CN 162 T: 32; PL: 28; 6

Melhoramento e Recursos Semestral AGR 162 T:16; PL:26; OT:16; S:6; O:16 6

Page 13: Relatório Anual de Curso Curso de Licenciatura em Biotecnologia · objetivos do Processo de Bolonha, durante o ano letivo de 2011/12, no curso de licenciatura em Biotecnologia da

Genéticos

Processos de Separação Semestral

ENG 162 T:16; PL:60; OT:16; S:4 6

Modelação de Processos Semestral

ENG 162 T:16; PL:54; OT:16; O:10 6

5º Semestre curricular

UC Ano/Sem Área

Científica Horas

Trabalho Horas de Contacto ECTS OBS

Projeto Integrado Semestral

CBT 162 PL: 80; OT: 32; 6

Biotecnologia Ambiental Semestral

CBT 324 T:32; PL:98; OT:32; S:4; O:10 12

Biotecnologia Alimentar Semestral

CBT 324 T:32; PL:98; OT:32; S:4; O:10 12

6º Semestre curricular

UC Ano/Sem Área

Científica Horas

Trabalho Horas de Contacto ECTS OBS

Segurança Alimentar Semestral

ALI 162 T: 32; PL: 32; OT: 16; S: 8 6

Legislação e Bioética Semestral

CS 81 T: 16; TP; 32; OT: 16 3

Tecnologias de Informação

Geográfica Semestral

ENG 162 T: 16; PL: 64; OT: 16 6 Optativa

(2)

Projeto Individual Semestral

CBT 405 15

(2) Escolha entre opções do grupo II

Opções do Grupo I

UC Ano/Sem Área

Científica Horas

Trabalho Horas de Contacto ECTS OBS

Plantas Ornamentais e

Olericultura Semestral AGR 162 T: 32; PL: 32; OT: 16; O: 16 6

Fruticultura e Viticultura Semestral

AGR 162 T: 32; TC: 48; OT: 16 6

Conservação e Recuperação

Biofísica Semestral AMB 162

T:16; PL:56; OT:16; O:8 6

Tecnologias de Informação

Geográfica Semestral ENG 162 T: 16; PL: 64; OT: 16 6

Optativa

(2)

Opções do Grupo II

UC Ano/Sem Área

Científica Horas

Trabalho Horas de Contacto ECTS OBS

Planeamento e Análise de

Projeto CEE

Semestral 135

T: 16; PL: 16; TP:32 ; OT:16 5*

Page 14: Relatório Anual de Curso Curso de Licenciatura em Biotecnologia · objetivos do Processo de Bolonha, durante o ano letivo de 2011/12, no curso de licenciatura em Biotecnologia da

Energia e Ambiente AMB Semestral

108 T:16; PL: 27; OT:16; O:5 4*

Proteção Integrada AGR Semestral

162 T: 32; PL: 32; OT: 16; O: 8 6

Ecologia da Paisagem CN Semestral

162 T16; PL:24; OT16; O:24 6

*Obrigatório completar um total de 6 ECTS

2.2.4. Estágios e Períodos de Formação em Serviço

A organização do ciclo de estudos assenta numa lógica de aprendizagem, consolidação e

aplicação de conhecimentos e competências em áreas específicas da biotecnologia, através da

sequência definida para os conteúdos e métodos de ensino-aprendizagem das unidades curriculares

que o constituem. Os primeiros semestres visam conferir uma formação inicial em áreas disciplinares

de base e estruturantes, desenvolvendo e consolidando conhecimentos teóricos e competências

práticas laboratoriais, de pesquisa, análise e comunicação de dados nos domínios da biologia celular

e molecular, microbiologia, cultura de tecidos e engenharia genética, posteriormente aplicados em UC

específicas da biotecnologia agronómica, alimentar e ambiental.

A autonomia técnico-científica dos alunos é reforçada no último ano, através da realização de um

projeto de investigação na UC de Projeto Integrado, desenvolvido maioritariamente sob orientação

tutória, e finalmente pela realização do Estágio e Projeto Individual (15 ECTS). Este tem por objetivos

desenvolver no estudante: i) as suas competências práticas na resolução de problemas e a sua

capacidade e autonomia técnico-científica, traduzida em atividades de investigação, análise,

experimentação, planeamento e execução de projetos; ii) fomentar a sua capacidade de iniciativa e

decisão e, iii) aumentar a sua capacidade de contextualização/adaptação a um espaço e ambiente

profissional.

Inserido no ensino superior politécnico, de natureza eminentemente prática e profissionalizante, este

estágio pode assumir as modalidades: i) Trabalho Experimental, de caráter técnico-científico, onde se

pretende que o estudante desenvolva os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos, ao longo do

curso e os aplique de uma forma sistemática e eficiente ao projeto de estágio; ii) Projeto, no qual se

pretende que o estudante estruture com base nos meios técnicos e económicos disponíveis um

projeto nas suas fases de caraterização, execução e avaliação; ou iii) Estágio Profissionalizante, no

qual se pretende que o estudante seja capaz de: a) relacionar e aplicar os conhecimentos teóricos e

práticos à realidade da atividade de uma empresa ou instituição na sua área de formação; b) integrar

conhecimentos, refletir e desenvolver, com juízo crítico, aplicações da biotecnologia nas suas

diferentes áreas de intervenção; c) propor, elaborar e implementar soluções biotecnológicas,

inovadoras e sustentáveis; d) adquirir, desenvolver e aplicar os conhecimentos na supervisão ou

coordenação das atividades da empresa ou instituição de acolhimento.

A realização do Estágio e Projeto Individual traduz-se, com frequência, em oportunidades para a

realização de atividades extracurriculares indutoras de experiências profissionais futuras, seja ao

nível da conceção, execução, exposição, gestão e avaliação, seja como incentivo à capacidade de

ação-decisão e à autonomia nos processos. Realça-se que têm surgido diversas situações de alunos

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estagiários serem convidados para dar continuidade ao trabalho por convite das instituições

acolhedoras, ou passarem a colaboradores efetivos através de concursos a estágio profissional. Os

temas e locais de estágio dos alunos inscritos à UC de Estágio e Projeto Individual em 2011/2012 são

apresentados no Quadro 1.3.

2.2.4.1. Indicação dos locais de estágio

Segundo informação fornecida pela Direção da ESA-IPVC, o documento FOR-05/02 foi

implementado no presente ano letivo (2012/13), pelo que não existe informação disponível neste

formato sobre o ano de 2011/12. A informação descrita no Quadro a seguir apresentado foi recolhida

pela comissão de estágios e faz referência a alunos cujos planos de estágio foram entregues no início

do 2º semestre do ano 2011/12.

Quadro 1.3 – Tema e local de estágio dos alunos inscritos à UC de Estágio e Projeto Individual do

Curso de Licenciatura em Biotecnologia, em 2011/2012

Aluno Tema de Estágio Local de Estágio

Rui Silva

Virginie Pinheiro Estudo comparativo da qualidade microbiológica

de diferentes tipos de amostras de alimentos congeladas e após descongelação

Laboratório de Microbiologia da Silliker Portugal, SA.

Patricia Monte Aplicação da técnica FISH na identificação da

bactéria filamentosa Tipo 0581 em sistemas de lamas ativadas

Centro de Engenharia Biológica, Instituto de Biotecnologia e

Bioengenharia, Universidade do Minho

Carla Tavares

ICBAS - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar

Ângela Sousa Avaliação da atividade coagulante de estrato de sementes de Moringa oleífera no tratamento de

águas residuais

Centro de Engenharia Biológica, Instituto de Biotecnologia e

Bioengenharia, Universidade do Minho

Cátia Costa

Avaliação da capacidade adsorvente de sementes de Moringa oleifera no tratamento de

águas residuais

Centro de Engenharia Biológica, Instituto de Biotecnologia e

Bioengenharia, Universidade do Minho

Cristina Gondar

Caracterização das águas residuais resultantes do processo de conservação do peixe e

dimensionamento de um reator anaeróbio Ambisys

Áurea Leonor Cerqueira Gomes

Estación Fitopatolóxica do

Areeiro. Pontevedra, Espanha

Fábia Susana Oliveira

Fernandes

Centro de Engenharia Biológica, Instituto de Biotecnologia e

Bioengenharia, Universidade do Minho

Sara Cristiana Lopes

Peixoto

Centro de Engenharia Biológica, Instituto de Biotecnologia e

Bioengenharia, Universidade do Minho

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Diana ESA-IPVC

Número total de instituições acolhedoras Nº total estágios

11

3. Organização Interna e Mecanismos da Qualidade

3.1. Estrutura organizacional responsável pelo ciclo de estudo

A aprovação da criação dos Ciclos de Estudo (CE) é da competência do Presidente, com parecer da

Direção da UO, Conselho Pedagógico (CP), do Conselho Académico e do Conselho Técnico-

Científico (CTC).O Coordenador de Curso (CC),em colaboração com a Comissão de Curso, elabora o

relatório anual do CE, que é apreciado pela Direção e pelo CP da Escola. Este relatório pode conter

propostas de alteração ou ações de melhoria do CE, sujeitas a aprovação pelos órgãos competentes.

As propostas de revisão ao plano de estudos são apresentadas pelo CC e submetidas ao CTC, com

parecer da Direção e do CP e validação final do Presidente do IPVC. O CC articula com os

responsáveis das UCs a atualização dos programas, que são aprovados pelo CTC, e garante o seu

bom funcionamento. Anualmente, os coordenadores de curso identificam as necessidades de serviço

docente do curso. Com base nessa informação, as áreas científicas, através dos seus grupos

disciplinares, propõem contratação, renovação de contratos e distribuição de serviço docente aos

diretores das UO’s que enviam à respetiva comissão técnico-científica para aprovação em CTC e

homologação pela Presidência.

A Comissão de Curso da Licenciatura em Biotecnologia é constituída pelos seguintes docentes:

- Ana Cristina Pontes de Barros Rodrigues (Coordenadora)

- Ana Isabel Oliveira Faria Ferraz

- Maria Luísa Roldão Marques Moura

- Álvaro Inácio Teixeira Queiroz

Integram ainda a Comissão de Curso o aluno representante do curso de Licenciatura em

Biotecnologia no Conselho Pedagógico, e um aluno eleito pelos seus pares como delegado do curso.

3.2. Participação ativa de docentes e estudantes nos processos de tomada

de decisão

A participação dos docentes é assegurada pela sua intervenção no Conselho Geral, Conselho

Técnico-Científico, Conselho Académico, Conselho Pedagógico, Comissões de Curso, interação nas

Áreas Científicas e Grupos Disciplinares. Além disso, essa participação é ainda promovida em

reuniões periódicas de docentes, participação em inquéritos de avaliação do funcionamento do IPVC,

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intervenção em processos pedagógicos e académicos chave como a preparação de materiais

pedagógicos, análise de pedidos de creditação de competências, júris de provas, etc.

A participação dos estudantes é assegurada através da sua representação no Conselho

Geral, Conselho Académico, Conselho Pedagógico, intervenção das Associações e Federação de

Estudantes, Inquéritos de avaliação da Qualidade de Ensino, das Bibliotecas e dos Serviços de Acão

Social.

3.3. Estruturas e mecanismos de garantia da qualidade para o ciclo de

estudos

O IPVC tem implementado um Sistema de Gestão e de Garantia da Qualidade (SGGQ),

certificado desde 2008, organizado em processos e orientado para a melhoria da qualidade do ensino

e demais atividades de gestão e de suporte. O SGGQ, coordenado pelo Gabinete de Avaliação e

Qualidade (GAQ), gera informação para definir medidas de melhoria contínua dos ciclos de estudos e

procura o comprometimento de todos os atores neste processo. O GAQ apoia as Coordenações de

Curso nos mecanismos de Garantia da Qualidade, em cooperação com órgãos e serviços que

intervém nas atividades administrativas, científicas e pedagógicas. Anualmente, é implementado um

Programa de Auditorias, permitindo definir causas de ocorrências e ações corretivas. São elaborados

Relatórios Anuais das UC’s e de Curso que permitem, juntamente com os Relatórios das auditorias,

Relatórios de Auscultação às partes interessadas e com os resultados dos indicadores de

desempenho dos processos relacionados com o ensino e aprendizagem, efetuar uma análise do grau

de cumprimento dos objetivos e definir ações de melhoria para o ciclo de estudo.

3.4. Recolha de informação, acompanhamento e avaliação periódica do ciclo

de estudos.

O GAQ tem implementado procedimentos de auscultação para avaliar o grau de satisfação

das partes interessadas incluindo a realização de inquéritos e monitorização de sugestões e

reclamações e estudos de follow-up, feitos a antigos estudantes, parceiros e instituições

empregadoras. Destaca-se o inquérito de avaliação da satisfação da qualidade de Ensino elaborado

semestralmente aos estudantes, que inclui uma componente de avaliação da escola, dos docentes e

das UC’s e do ciclo de estudos no seu todo. É continuamente monitorizada informação relativa a

candidaturas e colocações, caracterização dos estudantes, sucesso, abandono e empregabilidade

para o ciclo de estudos, que juntamente com os relatórios resultantes das auditorias internas e dos

processos de auscultação e avaliação da satisfação, são usados para a avaliação periódica do ciclo

de estudos e reportados no Relatório anual de Curso. Com base nos resultados, são definidas ações

de melhoria.

São também elaborados, no final de cada semestre, os relatórios de UC, os quais são posteriormente

analisados pela Comissão de Curso, com o propósito de identificar oportunidades de melhoria no

funcionamento e na concretização dos objetivos de cada UC. Nas reuniões da Comissão de Curso,

realizadas no final de cada semestre, são ainda ouvidos os Alunos membros da Comissão de Curso,

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os quais fornecem informações relevantes (recolhidas previamente por consulta aos restantes alunos

do curso) sobre o funcionamento das UC.

3.5. Avaliação das qualificações e das competências dos docentes

O IPVC considera que o potencial das pessoas pode ser melhor usado através da partilha de

valores e de uma cultura de confiança e de responsabilização, que encoraje o envolvimento de todos.

Baseado numa gestão e partilha de conhecimentos, dentro de uma cultura de aprendizagem

contínua, inovação e melhoria, procura-se: transmitir a importância da contribuição de cada um;

identificar fatores que constituem obstáculo ao trabalho; aceitação das responsabilidades; avaliar o

seu desempenho, em função de objetivos e metas; estimular o reforço das suas competências,

conhecimentos e experiência e sua partilha; a discussão aberta de problemas e questões relevantes.

O Regulamento do Sistema de Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente do IPVC (Despacho

14652/2012 de 13 de novembro), define os mecanismos para a identificação dos objetivos do

desempenho docente para cada período de avaliação, explicitando a visão da instituição, nos seus

diversos níveis, ao mesmo tempo que traça um quadro de referência claro para a valorização das

atividades dos docentes e estabelece, ainda, as regras para alteração do posicionamento

remuneratório de acordo com os artigos 35º-A e 35º-C do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente

do Ensino Superior Politécnico (ECPDESP). As medidas para a atualização do corpo docente não

poderão ser vistas, no momento atual, afastadas da obrigação legal das instituições de ensino

superior criarem condições aos seus docentes para fazerem ou concluírem a sua formação

avançada, como condição básica da sustentabilidade do próprio subsistema, da própria instituição e

do acesso à carreira por parte dos docentes. Até ao final de 2011, o programa PROTEC, organizado

pela ADISPOR, permitiu um impulso na formação avançada dos docentes do ensino superior

politécnico, contratualizando essa formação com universidades europeias. Além da formação

avançada o IPVC têm mantido uma atitude de incentivo e ajuda à atualização permanente do corpo

docente, quer através de formação organizada internamente, quer por apoio à participação em

formação externa quer, ainda, pela concessão do estatuto de bolseiro. A própria existência do

Sistema de Gestão e de Garantia da Qualidade, em que, no âmbito do Processo de gestão dos

Recursos Humanos, se diagnosticam as necessidades formativas e se elaboram Planos anuais de

Formação, apoia a política de formação da instituição. A instituição assume que a qualidade do

ensino & aprendizagem, de investigação e de prestação de serviços se baseia nas qualificações e

competências dos seus docentes e funcionários. De referir ainda, nesta política de Melhoria da

Qualidade, a realização periódica dos inquéritos de satisfação dos colaboradores do IPVC. Através

do RJIES e dos Estatutos, todas estas informações são debatidas a nível das direções das UO’s, das

áreas científicas, do Conselho de Gestão alargado, dos Conselhos Técnico-Científico, Académico e

Pedagógico e das Comissões de Curso.

3.6. Utilização dos resultados das avaliações do ciclo de estudos

Os relatórios de Curso são analisados em Conselho Pedagógico e são divulgados à

comunidade através do portal do IPVC. Poderão também ser analisados em reuniões de docentes e

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de estudantes do CE, em particular, pela Comissão de Curso. As ações de melhoria propostas são

submetidas à Direção da Escola e no caso de envolverem modificações ao plano de estudos,

também ao CTC. As ações são planeadas entre a Coordenação de Curso e a Direção, definidos

responsáveis e prazos de implementação. O acompanhamento e a análise da eficácia das ações

implementadas para a melhoria do CE é da responsabilidade da CC que reporta à Direção e regista

no relatório de Curso seguinte. O seguimento das ocorrências detetadas em auditorias,

acompanhamento de sugestões e reclamações e avaliação da eficácia das ações corretivas é da

responsabilidade do GAQ, que também monitoriza os indicadores desempenho dos processos e dos

objetivos gerais da Qualidade do SGGQ, definidos anualmente, e reporta nos Balanços da Qualidade

para Revisão do Sistema.

3.7. Outras vias de avaliação/acreditação:

O SGGQ do IPVC está certificado pela Norma Internacional ISO 9001, desde Janeiro de

2009, tendo sido sujeito a uma auditoria pela A3ES em Maio de 2012.

4. Recursos Materiais

4.1. Recursos Materiais – Áreas disponíveis

A Escola Superior Agrária do IPVC tem 7 000 m2 de área coberta: laboratórios de ensino e de

investigação, salas de aulas teóricas e práticas, biblioteca, estruturas de apoio audiovisuais e de

informática (3 salas de computadores), gabinetes, serviços administrativos e académicos e refeitório,

um auditório com meios audiovisuais e de tradução simultânea, uma residência de estudantes e

espaços desportivos. As áreas agrícolas e florestais correspondem a 34 ha. Incluem-se ainda, dois

laboratórios nas áreas das TIG, um de Cartografia Digital e Deteção Remota e outro de SIG com 22

Workstations, plotter, rede e servidor cartográfico e uma listagem extensa de software licenciado e de

dados de base.

A rede informática em fibra ótica facilita as atuais dinâmicas de colaboração ao nível do ensino e

I&DT. Possibilita-se a pesquisa bibliográfica através da página web da Escola, na biblioteca do

conhecimento on-line, que reúne as principais editoras de revistas científicas internacionais.

4.2. Recursos Materiais – Equipamentos

Para além da listagem que consta do Pedido de Acreditação Preliminar de Ciclo de Estudos

em Funcionamento (PAPCEF) foram posteriormente adquiridos pela ESA-IPVC os equipamentos

indicados no Quadro 1.4. A concretização do projeto QREN-ON2-SAIECT-IETIEFE, visando a

aquisição de equipamento e material de laboratório, revelou-se fundamental para melhorar/reforçar a

capacidade letiva e de investigação da ESA-IPVC na área da biotecnologia.

Quadro 1.4. Equipamento adquirido pela ESA-IPVC desde 2010/2011

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Tipo de Equipamento Número

Medidor de biogás 1

Câmara de fluxo laminar 1

Liofilizador para temperaturas de -80º C 1

Tinas de electroforese e fontes de alimentação 1

Tinas de Western-blot 1

Torre de Potter 1

Medidor de área foliar 1

Equipamento de mensuração de variáveis ambientais em estábulos 1

Microcentrifugas mini-spin 1

Centrifuga refrigerada 1

Incubadora orbital 1

Refratómetros digitais 2

Viscosímetro 1

Titulador automático 1

Cabines de prova 10

Bomba de vácuo para Liofilizador 1

Eletrobombas 2

Gerador de hidrogénio 99,999% 1

Incubadora com agitação e temperatura controlada 1

Caudalímetro, pequena capacidade 4

Cromatografia líquida de alta resolução (HPLC) 1

Cromatografia gasosa (GC) 1

Bomba peristáltica com regulação de caudal, 4 canais de alimentação

2

Sistema Bioblog para identificação de microrganismos 1

4.3. Recursos financeiros

Os recursos financeiros disponíveis para o ciclo de estudos cumprir os seus objetivos de

forma sustentada no ano de 2012 foi de 1500 euros destinados a visitas de estudo, seminários e

deslocação de oradores convidados, mais 500 euros para aquisição de bibliografia, verbas alocadas

em Centro de Custos gerido e supervisionado por Direção da ESA e Serviços Centrais do IPVC.

O curso de licenciatura em Biotecnologia é financiando através das receitas de propinas e de

dotação orçamental própria. Tais recursos financeiros permitem o pagamento da carga horária ao

corpo docente do IPVC afeto ao curso, assim como o pagamento de despesas com docentes-

convidados, com a realização de visitas de estudo e com os materiais e equipamentos necessários às

aulas laboratoriais e de campo.

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5. Parcerias

5.1. Parcerias internacionais e nacionais no Ciclo de Estudos

A cooperação e o conhecimento sobre o desenvolvimento estão a constituir uma área de grande

importância para o IPVC. A missão do IPVC, no âmbito do Plano Estratégico 2008-2013, elege a

cooperação como uma “aposta clara” com os países de língua portuguesa. De entre os valores

consagrados na Missão da instituição destacam-se a “Cidadania” e a “Solidariedade”. Um dos eixos

do Plano Estratégico – Relações com a Sociedade e Internacionalização – confere, em sintonia com

as orientações da cooperação internacional, uma particular ênfase ao espaço lusófono, devendo o

IPVC ser um “parceiro atento e ativo em prol do desenvolvimento sustentável, da luta contra a

pobreza e da educação para o desenvolvimento”. É, com este espírito, que se pretende consolidar

uma estratégia para o enraizamento da cooperação para o desenvolvimento no IPVC e nas suas

unidades orgânicas nos próximos anos.

O IPVC, através da Escola Superior Agrária (ESA), tem desenvolvido uma ação proactiva no âmbito

da Associação de Ensino Superior de Ciências Agrárias dos Países de Língua Portuguesa

(ASSESCA-PLP), tendo participado no II Seminário, realizado no estado de Mato Grosso – Brasil, em

Novembro de 2009, e na reunião realizada, em Bragança, em Janeiro de 2010.

Em 25 de Novembro de 2009 foi assinado um Protocolo de Intenções entre o IPVC e a Fundação

Universidade Federal de Mato Grosso, a Universidade Estadual de Mato Grosso e a Secretaria de

Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso. Esse Protocolo tem como objetivo a cooperação

técnica, científica, educacional e cultural entre os participes, visando o desenvolvimento e a execução

conjunta de Programas e Projetos e o intercâmbio em assuntos educacionais, culturais e

tecnológicos.

Com base numa visita de trabalho, realizada por docentes da ESA/IPVC, em 2008, à região do

Huambo – Angola, foi acordada uma proposta de colaboração entre a ESA/IPVC e a ONG ADRA

(Associação para o Desenvolvimento Rural de Angola) para as áreas da produção agropecuária,

segurança alimentar e nutricional e controlo da poluição hídrica. Em Janeiro de 2009, a ESA/IPVC

elaborou uma proposta de Projeto de Desenvolvimento Rural para a região do Huambo com a

participação da ADRA, IPVC, Instituto de Investigação Agronómica de Angola, Faculdade de Ciências

Agrárias da Universidade Agostinho Neto, Instituto Médio Agrário do Huambo, Centro de Fitologia de

Angola e a União de Associações de Camponeses da Caála.

Ao nível da mobilidade de docentes e alunos no âmbito dos países lusófonos, refere-se que a

ESA/IPVC colaborou no 1º mestrado (2007/2009) em Engenharia do Ambiente (ramo de

Geoambiente) da Universidade Agostinho Neto (Angola)/Faculdade de Ciências da Universidade do

Porto. A colaboração baseou-se na lecionação das disciplinas de Remediação de Solos e Estudos de

Caso e na orientação de teses. Mantém-se continuidade da colaboração do IPVC para a 2ª edição do

mesmo mestrado (2013/2015). Tem havido mobilidade de alunos da ESA/IPVC para Cabo Verde, no

âmbito de Estágios de fim de curso, nas áreas da Enfermagem Veterinária e da Agronomia.

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No que se refere a parcerias internacionais, no âmbito do programa de mobilidade Erasmus, as

entidades parceiras na área das ciências agrárias e ambientais são:

i) Universidad Politécnica de Valencia (ETSIA);

ii) Universidad de León;

iii) Universidad de Santiago de Compostela;

iv) Universitá Degli Studi della Tuscia;

v) Universitá Degli Studi di Napoli Federico II;

vi) Università Degli Studi Di Teramo;

vii) Wroclaw University of Environmental and Life Sciences..

O IPVC conta com estruturas e medidas de apoio à concretização das parcerias existentes e ao

estabelecimento de novas parcerias, através do Gabinete de Mobilidade e Cooperação Internacional

(GMCI) e o Gabinete de Estudos para a Educação e Desenvolvimento (GEED). Os programas de

Cooperação Internacional em que o IPVC participa são: Erasmus Mobilidade, Erasmus Mundus,

Erasmus Intensive Language Courses (EILC), Leonard da Vinci e Comenius.

Existem ainda parcerias internacionais no âmbito de projetos, com ligação ao ciclo de estudos, entre

as quais se destacam as seguintes:

- BIOEMPRENDE: Desarollo Transfronterizo de Empresas Biotecnológicas, Galicia - Portugal

POCTEP [2008-2011] em parceria com Fundação Universidade de Vigo, BIC Galicia, EOSA

Consultores, entre outros;

- BIO_SOS: Biodiversity Multiresource Monitoring System: from Space to species: FP7-SPA-2010-1-

263435

- EcoSensing (Indicators, methods, and protocols for reporting and monitoring the condition of

biodiversity and ecosystems in changing rural landscapes):PTDC/AGR-AAM/104819/2008

- BIODIV_GNP (Biodiversidad vegetal amenazada Galicia-Norte de Portugal: conocer, gestionar e

implicar): POCTEP nº 0479_BIODIV_GNP_1_E

- SIAC – I&ES, Inovação e Empreendedorismo Sustentado, em parceria com Escuela de Negocios

Caixanova – Vigo e BioValley do Alto Reno (Estudo de benchmarking clusterial na área da

Biotecnologia, envolvendo visita de docente do curso ao BioValley do Alto Reno, em Estrasburgo);

- TECNOMED: redes e ações de novas tecnologias na floresta mediterrânica; SUDOE Interrreg III-B;

SO2/4.1/E23

- EBONE (European Biodiversity Observation Network): ENV-CT-2008-212322;

- IND_CHANGE - Ferramentas de modelação baseadas em indicadores para prever alterações na

paisagem e promover a aplicação da investigação sócio-ecológica na gestão adaptativa do território:

PTDC/AAG-MAA/4539/2012

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A ESA-IPVC tem ainda parcerias com várias entidades nacionais, com ligação ao curso de

Biotecnologia, que têm vindo a colaborar no âmbito da UC de Estágio e Projeto Individual, em

Jornadas e Seminários, na realização de visitas de estudo no âmbito de várias UC do curso, em

projetos de investigação, entre outras atividades. O conjunto dessas entidades inclui:

i) Águas do Noroeste;

ii) Lipor;

iii) Gintegral;

iv) Leal & Soares, Lda.,

v) Plantit – Hortas Ecológicas;

vi) Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho – Instituto de

Biotecnologia e Bioengenharia;

vii) LEPAE – Laboratório de Engenharia de Processos, Ambiente e Energia da

Universidade do Porto;

viii) CIBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade – Faculdade de Ciências da

Universidade do Porto;

ix) BIC Minho - Oficina da Inovação do Minho

x) Instituto Empresarial do Minho

xi) Ambisys

xii) Europac Kraft Viana

xiii) CVR - Centro de Valorização de Resíduos

xiv) WeDoTech

xv) Simbiente – Engenharia e Gestão Ambiental, Lda.;

xvi) Laticínios das Marinhas;

xvii) UNICER, SA;

xviii) CenTI

xix) Direção Regional de Agricultura de Entre‐Douro‐e‐Minho;

xx) Direção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território Norte;

xxi) Associações Regionais de Desenvolvimento do Vale do Lima (ADRIL) e do Vale do

Minho (ADRIMINHO);

xxii) Associação dos Criadores de Bovinos da Raça Barrosã (AMIBA);

xxiii) Associação Portuguesa dos Criadores de Bovinos da Raça Minhota (APACRA);

xxiv) CPC – Castro, Pinto & Costa, Lda

xxv) entre outras.

5.2. Promoção da cooperação interinstitucional

O IPVC tem definido os procedimentos, para a cooperação em projetos I&D, com apoio da

OTIC, cooperação em mobilidade, com coordenação pelo GMCI e para cooperação em projetos de

ensino, coordenado pelas direções da Escola e Presidência. A identificação de oportunidades para

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estabelecimento de parcerias para Mobilidade, I&D e Cooperação pode ser desencadeado pelos

órgãos dirigentes do IPVC e das Escolas, por Coordenadores de Curso, Áreas Científicas, Docentes,

Investigadores ou por qualquer colaborador do IPVC. Os contactos iniciais poderão ser realizados

pelos preponentes ou pelo GMCI, que dará conhecimento desta intenção à Presidência do IPVC. O

estabelecimento de parcerias para mobilidade poderá ser com base em acordos bilaterais entre

instituições europeias detentoras da Carta Universitária Erasmus (EUC) ou através de acordos com

Consórcios de Países Terceiros e/ou do Espaço Europeu.

5.3. Relacionamento do ciclo de estudos com as entidades externas

O relacionamento do ciclo de estudos com o tecido empresarial e o sector público, e com

outras entidades, incluindo instituições da região que lecionam ciclos de estudos similares, decorre do

relacionamento dos docentes e alunos do curso com entidades externas, tais como empresas do

sector público e privado, associações, cooperativas, outras instituições de ensino superior, centros de

investigação, entidades da administração pública central, regional, local, sobretudo no âmbito da UC

de Estágio e Projeto Individual e na organização de várias atividades curriculares e extra-curriculares

como visitas de estudo, o envolvimento dos estudantes na elaboração de trabalhos curriculares em

articulação com as entidades externas, o desenvolvimento de trabalhos de estágio, a organização de

Seminários, Jornadas, Workshops, entre outras iniciativas de natureza técnico-científica.

É ainda de referir a colaboração entre o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), o Instituto Politécnico

do Porto (IPP) e o Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), que integram com o IPVC a

Associação de Politécnicos do Norte (APNOR), assim como a recente criação do CIMOipvc integrado

no CIMO – Centro de Investigação de Montanha, do IPB.

No âmbito deste curso, o IPVC conta também com várias parcerias de instituições da região que

lecionam ciclos de estudos similares, o que é evidenciado por estágios de alunos realizados no

Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho – Instituto de Biotecnologia e

Bioengenharia, a participação de docentes da ESA-IPVC em júris de provas de Mestrado da UM,

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FC-UP) e na Universidade de Trás os Montes e

Alto Douro (UTAD) e na orientação e co-orientação de dissertações; verifica-se ainda a integração de

docentes do Departamento de Engenharia Biológica da UM, da UTAD e da FC-UP no corpo docente

de Mestrados da ESA-IPVC.

O relacionamento do ciclo de estudos com as entidades externas é também evidenciado pela realização

do workshop “Empreendedorismo em Biotecnologia: desafios e oportunidades”, a 14 de Dezembro

de 2011, com o objetivo de apresentar/divulgar os resultados do projeto Bioemprende. O projecto

Bioemprende – Recursos para o desenvolvimento transfronteiriço de empresas biotecnológicas

(www.bioemprende.eu), integrado no Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal

2007/2013 (POCTEP - 006-BIOMPRENDE-1-E), financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento

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Regional (FEDER), tem como objetivo promover a cooperação entre os agentes envolvidos no sector da

Biotecnologia da Euro-região Galiza - Norte de Portugal e fornecer recursos para identificar oportunidades

de negócio, melhorar a aptidão dos bioempreendedores, aumentar a competitividade das empresas

através da biotecnologia e gerar sinergias resultantes da construção de uma rede de empresas

biotecnológicas. Neste contexto, o workshop “Empreendedorismo em Biotecnologia – Desafios e

Oportunidades” dirigido a atuais e futuros empreendedores, alunos de cursos de Licenciatura e Mestrado,

investigadores, docentes, empresários, técnicos de empresas e responsáveis técnicos da administração e de

associações locais e regionais, teve os seguintes objetivos específicos:

i. Identificar os principais agentes do sector biotecnológico na Euro-Região Galiza – Norte de Portugal e

promover o estabelecimento de parcerias e de plataformas colaborativas;

ii. Dar a conhecer um conjunto de instrumentos, desenvolvidos no âmbito do projecto Bioemprende,

realçando as suas potencialidades no apoio ao empreendedorismo em Biotecnologia;

iii. Demonstrar a importância da biotecnologia para a inovação dos processos e a criação de novas

empresas ou implementação de novas linhas de negócio em empresas já existentes;

iv. Promover a região Galiza – Norte de Portugal como uma bio-região.

Este Workshop incluiu um conjunto de apresentações que evidenciaram a relevância dos instrumentos

desenvolvidos no âmbito do projeto Bioemprende e as suas potencialidades no apoio, quer à criação de

empresas de base biotecnológica, quer ao estabelecimento de redes colaborativas e plataformas tecnológicas

que visem a consolidação desses mesmos projetos empresariais:

Programa do Workshop

14:30h Sessão de abertura do workshop

14:50h

15:10h

15:30h

15:50h

16:10h

Diagnóstico do Sector Biotecnológico: a importância das redes colaborativas e plataformas

tecnológicas

Ana Cristina Rodrigues (ESA-IPVC, Coordenadora da Licenciatura em Biotecnologia)

O Observatório do Bioemprende

Ana Giráldez (BIC Galicia) e Lourenço Ribeiro (IEMinho – Instituto Empresarial do Minho)

O Geoportal do Bioemprende

Joaquim Mamede Alonso (ESA-IPVC, Responsável Centro SIG da ESA-IPVC)

Contributo das incubadoras para o desenvolvimento do projeto empresarial: O caso da

Plantit – Hortas e Jardins Ecológicos

Susana Caseiro (Sócia-gerente da Plantit)

Oportunidades para o Desenvolvimento de Negócios Biotecnológicos no Sector dos Vinhos

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16:30h

João Cabral Almeida (Enólogo)

Encerramento do workshop com prova de vinhos documentada

Os alunos da Licenciatura em Biotecnologia relacionam-se com o tecido empresarial, o setor público

e outras entidades no âmbito das suas atividades também através de visitas de estudo e trabalhos de

que são exemplo:

- 1 visita de estudo no âmbito UC de Biotecnologia ambiental, à ETAR de Ponte de Lima –

AdNoroeste;

- 3 visitas de estudo no âmbito da UC de Ecologia: a) Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S.

Pedro d´Arcos (Ponte de Lima), b) Paisagem Protegida de Corno de Bico (Paredes de Coura) e c)

Parque Natural do Litoral Norte (Esposende);

- 2 visitas de estudo, no âmbito da UC de Melhoramento e Recursos Genéticos, à Federação das

Raças Autóctones (S. Torcato) - Centro de Recolha de Sémen (Guimarães) (S. Torcato –

Guimarães); b) Banco de Germoplasma (Braga)

- 1 visita de estudo, integrada na UC de Biotecnologia Agrícola, à empresa de produção e

comercialização de cogumelos Sousacamp, unidade de vila Flor;

- 3 visitas de estudo realizadas no âmbito da UC de Biotecnologia alimentar: a) Laticínios das

Marinhas; b) UNICER, SA. E c) Proenol.

O relacionamento com as entidades externas é ainda evidenciado pelas parcerias que envolvem

docentes da ESA-IPVC em projetos de I&DT com outras instituições nacionais, dos quais se podem

destacar:

- BIOEMPRENDE: Desarollo Transfronterizo de Empresas Biotecnológicas, Galicia - Portugal

POCTEP [2008-2011] em parceria com Fundação Universidade de Vigo, BIC Galicia, EOSA

Consultores, BIC Minho - Oficina da Inovação do Minho e o Instituto Empresarial do Minho (IEMinho);

- Projecto “A agro-ecologia e a conservação da biodiversidade em paisagens rurais de elevado valor

natural no concelho de Melgaço”. IPVC e CIBIO. Medida: Gestão Activa de Espaços Protegidos e

Classificados do PO-NOR

- SIMBionN – Sistema de Informação e Monitorização de Biodiversidade do Norte de Portugal, O 3-2-

14-1-1192 [2009-2010]

- Projecto CEI_13584: Compostagem de espécies infestantes, no âmbito do Sistema de Incentivos à

I&DT, integrado no Programa Operacional Temático Factores de Competitividade/ Pólo de

Competitividade e Tecnologia das Indústrias de Base Florestal, apoiado pelo FEDER no âmbito do

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Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013, promovido pela Leal & Soares SA com a co-

promoção do IPVC e da Universidade de Coimbra, 2010-2012.

- Projeto SIAC – I&ES, Inovação e Empreendedorismo Sustentado, em parceria com Escuela de

Negocios Caixanova – Vigo, Expoente - Serviços de Economia e Gestão, S.A e BioValley do Alto

Reno (Estudo de benchmarking clusterial na área da Biotecnologia, envolvendo visita de docente do

curso ao BioValley do Alto Reno, em Estrasburgo; identificação e caracterização de casos de

empreendedorismo em biotecnologia, a nível nacional: Simbiente – Engenharia e Gestão Ambiental,

Lda; CPC – Castro, Pinto & Costa, Lda; Biotempo – Consultoria em Biotecnologia, Lda; INNO –

Laboratório Veterinário; Anselmo Mendes Vinhos, Lda.);

- PRODER – Promoção do conhecimento e desenvolvimento de competências (Frutech)

No âmbito da UC de Introdução à Biotecnologia, do 1º semestre do 1º ano, os alunos participaram no

Congresso Nacional MicroBiotec’11 e no Workshop “Empreendedorismo em Biotecnologia: desafios e

oportunidades”, onde foram apresentados os resultados do projeto Bioemprende. No âmbito da UC

de Fisiologia Animal e Vegetal, também do 1º ano do curso, os alunos participaram no Congresso

Internacional de Valorização de Produtos Tradicionais. Estas iniciativas contribuíram para a

integração dos alunos em atividades de investigação e inovação, logo desde o 1º ano do curso e para

promover o contacto/relacionamento com as entidades externas.

Destaca-se ainda a participação de alunos do curso em congressos com apresentações em poster

e/ou comunicações resultantes de trabalhos desenvolvidos no âmbito de UCs do curso,

designadamente na UC de Estágio e Projeto Individual, ou enquadrados em projetos de investigação

e/ou prestação de serviços:

i) Barros, A., Silva, C., Cardoso, A. P. e Rodrigues, A. C. (2011). Dyeing of wool

using an enzymatic system. In: MicroBiotec’11, 1 – 3 de Dezembro 2011, Braga,

Portugal.

ii) Castro, A. M., Ferraz, A. I, Carvalho, J. Castro, F. (2011). Removal of copper (II),

chloride and methylene blue using eggshell residues as low-cost biosorbent. In:

MicroBiotec’11, 1 – 3 de Dezembro 2011, Braga, Portugal;

iii) A. C. Rodrigues, A. Ferraz, R. Macho and J. M. Alonso (2012). Assessment of the Pollution Loads

of Dairy Farming Wastewaters in the Northwest Region of Portugal. In: Congresso Internacional

EcoSTP – Ecotechnologies for wastewater treatment, da International Water Association, Santiago de

Compostela, 25 – 27 de Junho.

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No quadro 5.1 descrevem-se as ações de divulgação da oferta formativa da ESA/IPVC em 2011/201.

Destaca-se que no dia Aberto da escola participaram cerca de 120 alunos. No âmbito das escolas

profissionais agrícolas foram visitadas as de S. Tirso, Marco de Canaveses, Fermil de Basto, Casa

Escola Campo Verde- Vila do Conde, Vagos e Ponte de Lima.

Quadro 5.1 - Ações de divulgação da oferta formativa da ESA-IPVC em 2011/2012

DESCRIÇÃO DA ACÇÃO RECURSOS

NECESSÁRIOS RESPONSÁVEL DATAS PARTICIPANTES

Participação na Feira das Profissões, Colégio D. Dinis

(Porto) Material

divulgação

Ana Cristina Rodrigues, Ana Isabel Ferraz

16 de Fevereiro

Gabinete de Promoção e Imagem; Docentes da ESA

Participação na Feira das Profissões, Escola

Secundária D. Afonso Sanches (Vila do Conde)

Material divulgação

Ana Cristina Rodrigues, Ana Isabel Ferraz

24 Fevereiro de 2012

Gabinete de Promoção e Imagem; Docentes da ESA

Participação na Feira das Profissões, Escola

Secundária D. Maria (Braga)

Material divulgação

Ana Cristina Rodrigues, Joaquim

Alonso

20 Março de 2012

Gabinete de Promoção e Imagem; Docentes da ESA

Participação na Feira da Trofa

Material divulgação

Jorge Agostinho e Sandra Silva

4 a 6 Março

Gabinete de Promoção e Imagem; Alunos e Docentes da ESA

Participação no evento de divulgação e esclarecimento

de oferta formativa no Ensino Sup. (Escola

Secundária de Melgaço)

Susana Mendes e Joaquim Alonso

19 Março Gabinete de Promoção e Imagem;

Docentes da ESA

Visita de alunos do Colégio D. Diogo de Sousa, Braga

Jorge Agostinho,

Coordenadores de Curso

23 Março Coordenadores/Comissões de

Curso; Presidente do CP; Alunos; Direção da ESA-IPVC

Participação na Feira Agro, Braga

Stand Novo Material de divulgação

Jorge Agostinho e Sandra Silva

31/Março a 3/Abril

Gabinete de Promoção e Imagem; Alunos e Docentes da ESA

Participação na I Mostra do IPVC

1 Stand por curso de licenciatura

16 e 17 de

Maio Gabinete de Promoção e Imagem;

Alunos e Docentes da ESA

Festa do Vinho Verde, Ponte de Lima; Concurso de VV – Organizado ESA/IPVC

Stand Jorge Agostinho

Ana Paula Susana Mendes

14 Junho Alunos, Funcionários e Docentes da

ESA

Dia Aberto Material

divulgação

Pedro Araújo, Sandra Silva e Associação de

Estudantes

4 Maio

- EPAMAC (CET Cuidados Veterinários, CET GATER, Produção Agrícola e Turismo - Escola D. Afonso Henriques - Vila das Aves

Spots Publicitários nas rádios locais

Jorge Agostinho e

Sandra Silva 20/Junho a

20/Julho Ondas do Lima, Antena Minho, Onda

Viva, 93.5 e Alto Minho

Visitas Escolas Profissionais Agrícolas

Brochuras e brindes

Jorge Agostinho Maio/ Junho

Jorge Agostinho e Sandra Silva

Comemoração do Ano Internacional da Floresta

Brochuras e Brindes

Jorge Agostinho 3 de Junho ECOESA e Associação de

Estudantes

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6. Pessoal Docente e Não Docente

6.1. Pessoal Docente

6.1.1. Distribuição de Serviço Docente

Docente Grau

Académico Categoria Área Científica

Regime Tempo (%)

UC Lecionadas no Curso

Álvaro Inácio Teixeira Queiroz

Mestre Professor Adjunto

Ciências da Vida e da Terra

100% Estatística e Delineamento Exper.

Biologia Celular e Molecular

Ana Cristina Rodrigues

Doutor Professor Adjunto

Ciências da Vida e da Terra

100% Modelação de Processos Biotecnologia Ambiental

Projeto Integrado

Ana Isabel Ferraz Doutor Professor Adjunto

Ciências da Vida e da Terra

100% Introdução à Biotecnologia

Processos de Separação Projeto Integrado

Ana Paula Vale Mestre Professor Adjunto

Ciências da Vida e da Terra

100% Biologia Celular e Molecular

Segurança Alimentar

Ana Sofia Rodrigues

Doutor Equiparada a Assistente do

2º Triénio

Ciências da Vida e da Terra

35% Introdução à Biotecnologia

Produção Agrícola

António Maria Ferreira Cardoso

Doutor Professor Adjunto

Educação e Ciências Sociais

100% Legislação e Bioética

Cláudio A. Paredes

Mestre Equiparado a Assistente do

2º Triénio

Ciências da Vida e da Terra

100% Tecnol. Infor. Geográfica

Fernando Jorge Simões Nunes

Doutor Professor Adjunto

Ciências Económicas e Empresariais

100% Economia e Gestão

Isabel de Maria Cardoso Mourão

Doutor Professora

Coordenadora Ciências da Vida e

da Terra 100% Ecologia

Isabel Maria Afonso Paula

Doutor Assistente do

2º Triénio Ciências da Vida e

da Terra 100%

Tecnologia Enzimática Biotecnologia Alimentar

Segurança Alimentar Projeto Integrado

Joana Lopes Nogueira Santos

Mestre Equiparada a Assistente do

2º Triénio

Educação e Ciências Sociais

100% Estatística e Delineam. Exp

Joaquim Mamede Alonso

Mestre Equiparado a

Professor Adjunto

Ciências da Vida e da Terra

100% Tecnol. Infor. Geográfica

Joaquim Orlando Lima Cerqueira

Mestre Equiparado a Assistente do

2º Triénio

Ciências da Vida e da Terra

100% Produção Agrícola

Fisiologia Animal e Vegetal

José Carlos Medeira Santos

Doutor Professor Adjunto

Ciências Económicas e Empresariais

100% Economia e Gestão

José Manuel Gonçalves Pires

Mestre Professor Adjunto

Ciências da Vida e da Terra

100% Produção Agrícola

José Pedro Pinto Araújo

Doutor Professor Adjunto

Ciências da Vida e da Terra

100% Projeto Integrado

José Raul Oliveira Rodrigues

Doutor Professor Adjunto

Ciências da Vida e da Terra

100% Ciências do Solo

Produção Agrícola

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Docente Grau

Académico Categoria Área Científica

Regime Tempo (%)

UC Lecionadas no Curso

Juan Javier Castillo Sanchez

Doutor Professor Adjunto

Ciências Exatas 100% Química

Introdução à Biotecnologia

Júlio César Oliveira Lopes

Mestre Equiparado a

Professor Adjunto

Ciências da Vida e da Terra

100% Bioquímica

Engenharia Genética Projeto Integrado

Luís Miguel Mesquita de Brito

Doutor Professor

Coordenador Ciências da Vida e

da Terra 100%

Estatística e Del. Exper. Fisiologia Animal e Vegetal

Ciências do Solo Biotecnologia Ambiental

Projeto Integrado

Maria Laura Costa Soares

Mestre Equiparada a Assistente do

2º Triénio

Ciências da Vida e da Terra

100% Bioquímica

Produção Agrícola

Maria Luísa Marques Moura

Doutor Professora

Adjunta Ciências da Vida e

da Terra 100%

Microbiologia Biotecnologia Agrícola

Sandra Cristina Gonçalves Silva

Mestre Equiparada a Assistente do

2º Triénio Ciências Exatas 100% Matemática

Susana Miguel Mendes Moura

Mestre Equiparada a Assistente do

2º Triénio

Ciências da Vida e da Terra

100% Biologia Celular e Molecular

Cultura de Tecidos Ciências do Solo

Teresa Cristina Madureira

Mestre Equiparada a Assistente do

2º Triénio

Ciências Económicas e Empresariais

100% Matemática

Alexandrina Lima Rodrigues

Doutor Assistente Convidada

50% Química a)

Sofia Isabel Vieira de Sousa

Doutor Assistente Convidada

50% Física b)

Joana Gabriela Laranjeira da Silva

Doutor Assistente Convidada

50% Microbiologia c)

Notas: (a) De 10/01/2012 a 09/11/2012, em substituição do docente Javier Javier Castillo Sanchez

que se encontrava em situação de faltas por doença; (b) De 01/03/2012 a 31/08/2012, em

substituição do docente Javier Javier Castillo Sanchez que se encontrava em situação de faltas por

doença; (c) De 01/04/2012 a 30/09/2012, em substituição do docente Maria Luísa Roldão Marques de

Moura que se encontrava em situação de faltas por doença.

6.1.2. Número de docentes do ciclo de estudos a tempo integral

24.

6.1.3. Percentagem de docentes do ciclo de estudos a tempo integral:

85,7 % (dos 4 docentes a tempo parcial, 3 lecionaram parte das UC por motivos de faltas por

doença dos docentes contratados a 100%)

6.1.4. Número de docentes do CE a tempo integral, com ligação a instituição há mais de 3 anos.

24.

6.1.5. Percentagem dos docentes em tempo integral com uma ligação à instituição por um período superior a três anos

85,7%.

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6.1.6. Número de docentes em tempo integral com grau de doutor

12.

6.1.7. Percentagem de docentes em tempo integral com grau de doutor

50,0%.

6.1.8. Número de docentes em tempo integral com o título de especialista

0.

6.1.9. Percentagem de docentes em tempo integral com o título de especialista

0%.

6.1.10. Número (ETI) de docentes do ciclo de estudos inscritos em programas de doutoramento há mais de um ano

12.

6.1.11. Percentagem dos docentes do ciclo de estudos inscritos em programas de doutoramento há mais de um ano

50,0 % (considerando os docentes em tempo integral); 48,0 % (considerando o nº total de

docentes).

6.1.12. Número (ETI) de docentes do ciclo de estudos não doutorados com grau de mestre (pré-Bolonha)

12.

6.1.13. Percentagem dos docentes do ciclo de estudos não doutorados com grau de mestre (pré-Bolonha)

50,0 % (considerando os docentes em tempo integral); 48,0 % (considerando o nº total de

docentes).

6.2. Pessoal Não Docente de apoio ao Ciclo de Estudos

6.2.1. Número e regime de dedicação do pessoal não docente afeto à lecionação do ciclo de estudos.

A implementação dos novos Estatutos do IPVC, conduziu a uma reestruturação transversal,

com a centralização nos Serviços Centrais dos seguintes serviços: Direção de Serviços

Administrativos e Financeiros, Direção de Serviços informáticos, Divisão de Serviços Técnicos,

Divisão de Serviços Académicos, Divisão de Recursos Humanos, Gabinete Comunicação e Imagem,

Gabinete Mobilidade e Cooperação Internacional, Gabinete Avaliação e Qualidade e a OTIC.

O pessoal não docente da ESA-IPVC apoia todos os cursos através dos serviços de apoio que realiza

nomeadamente no Balcão Único, Serviços Académicos, Serviços de Informática, Serviços de

Laboratório, Biblioteca, Serviços de Manutenção e Conservação e outros serviços. O Quadro 6.2

apresenta uma listagem do pessoal não docente afeto ao ciclo de estudos.

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Os Serviços Agrários são realizados por empresa em regime de prestação de serviços, sendo

a organização e gestão dos trabalhos coordenados pelo Bacharel José Fernando Monteiro Durão.

Quadro 6.2 – Pessoal não docente afeto à lecionação do curso de Licenciatura em Biotecnologia

Nome Categoria Habilitações Académicas

Adelino Tito Vieira Barros de Morais Assistente Técnico Licenciado

Alberto Gonçalves Mesquita Assistente Técnico Mestre

Ana Maria Silva Ferreira Correia Assistente Operacional 12º ano de escolaridade

Corina Ferreira Soares Assistente Operacional 6º ano de escolaridade

José Fernando Monteiro Durão Técnico Superior Bacharelato

Luís Armando Soares Morais Técnico de Informática Curso complementar do ensino secundário

Manuel Pereira da Rocha Barros Técnico Superior Licenciado

Maria da Conceição Barbosa Reis Velho Assistente Operacional 9º ano de escolaridade

Maria da Conceição Ferreira Marinho Assistente Técnica 12º ano de escolaridade

Maria da Rocha Gonçalves Técnica Superior Bacharelato

Maria de Fátima de Sousa R. Esteves Técnica Superior Bacharelato

Maria Helena G. Ferreira Carvalhosa Assistente Operacional 9º ano de escolaridade

Maria Ofélia Lima de Brito Técnica de Informática 12º ano de escolaridade

Maria Pereira Peixoto Assistente Operacional 4º ano de escolaridade

Maria Rosalina Peixoto Barbosa Lopes Assistente Operacional 12º ano de escolaridade

Rosália Maria Marinho Pinheiro Lacerda Assistente Técnica 12º ano de escolaridade

Sara da Costa Brito Assistente Operacional 4º ano de escolaridade

Virgílio Miguel Marques Peixoto Técnico Superior Licenciado

6.2.2. Qualificação do pessoal não docente de apoio à lecionação do ciclo de estudos

A qualificação do pessoal não docente de apoio à lecionação do ciclo de estudos está descrita em

quadro do ponto anterior. Neste ano letivo o pessoal não docente não notificou a frequência de

cursos de formação avançada ou contínua.

6.2.3. Avaliação do desempenho

A Avaliação do Pessoal Não Docente é feita através do SIADAP. O SIADAP é o modelo de

avaliação global que permite implementar uma cultura de gestão pública, baseada na

responsabilização dos trabalhadores relativamente à prossecução dos objetivos fixados para o

avaliado, por UO e Serviço. Posteriormente, a harmonização das propostas de avaliação é efetuada

através da reunião do Conselho Coordenador de Avaliação. A avaliação decorre através de

preenchimento de ficha de autoavaliação e posterior ficha de avaliação preenchida em reunião entre

o avaliador e o avaliado. Esta avaliação é objeto de parecer por parte da Comissão Paritária para a

Avaliação. As avaliações são homologadas pelo Presidente do IPVC, com o conhecimento do

Avaliado.

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7. Estudantes

7.1. Caracterização dos Estudantes

7.1.1. Caracterização dos estudantes inscritos no ciclo de estudos: género, idade, região de proveniência e origem socioeconómica

No ano de 2011/2012, encontravam-se inscritos no curso de Biotecnologia, 71 alunos, ou seja, cerca

de 17,5 % do número total de alunos inscritos nos cursos de 1º Ciclo da Escola Superior Agrária do

IPVC (405 alunos), mantendo-se idêntico ao de 2010/2011. A distribuição de alunos pelos 3 anos do

ciclo de estudos é equilibrada, conforme se verifica pelos dados do Quadro 7.1.

Em 2011/2012, o curso de Biotecnologia foi maioritariamente frequentado por alunos do género

feminino (Quadro 7.2), à semelhança do que se verificou também no ano anterior. Relativamente à

faixa etária, predominam alunos entre os 20 e os 23 anos, representando cerca de 62 % dos alunos

inscritos no curso, tendo 90 % dos alunos inscritos no curso até 23 anos, uma idade que pode ser

considerada típica para alunos do 1º ciclo de estudos.

A frequência no curso de 10 % de alunos com 24 ou mais anos de idade pode justificar-se pelo

ingresso de alunos via candidaturas especiais, nomeadamente pelo concurso especial para maiores

de 23 anos e detentores de diplomas de Cursos de Especialização Tecnológica, mas também casos

de reingresso e mudança e transferência de curso. A população de alunos Trabalhadores Estudantes

(TE) tem vindo a ser, historicamente, baixa, na ordem dos 5 % (dados de 2010/2011), podendo estar

associada a alunos de faixas etárias mais elevadas.

Quadro 7.1 – Distribuição de alunos pelos anos curriculares

Ano Curricular N.º Alunos

1º 23

2º 20

3º 28

Total 71

Quadro 7.2 – Alunos inscritos: distribuição por idade e género

Género %

Masculino 18

Feminino 82

Idade %

Até 20 anos 28

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20-23 anos 62

24-27 anos 3

28 e mais anos 7

Considerando a região de proveniência dos alunos do ciclo de estudos, verifica-se que a quase

totalidade provém da região Norte (Quadro 7.3), sendo desta forma notória a atratividade regional da

licenciatura em Biotecnologia da ESA-IPVC. Para este facto devem contribuir as diversas ações de

divulgação que o IPVC e a ESA-IPVC desenvolveram, sendo que estas decorrem com maior

incidência nesta região do país (Quadro 5.1).

Quadro 7.3 – Caracterização dos estudantes por origem

Região %

Norte 94

Centro 6

Lisboa 0

Alentejo 0

Algarve 0

Ilhas 0

Relativamente à origem sócio-cultural dos alunos desta licenciatura verifica-se que a maioria provém

de famílias com escolaridade até ao nível básico 3 (71 %), sendo reduzida a percentagem de alunos

com pais diplomados do ensino superior (apenas 4%). A maioria dos alunos tem os pais empregados

(Quadro 7.4).

Quadro 7.4 – Caraterização dos Estudantes por origem socio-cultural

Escolaridade dos Pais %

Superior 4

Secundário 26

Básico 3 25

Básico 2 30

Básico 1 16

Situação Profissional dos

Pais %

Empregados 70

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Desempregados 5

Outros 25

7.1.2. Procura do ciclo de estudos

A caracterização dos alunos que ingressaram em 2011/2012, representada no Quadro 7.5, considera

o número de vagas disponibilizadas e o número candidatos e de alunos colocados na 1ª fase, assim

como as notas de entrada, nos anos letivos de 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/2012.

De acordo com os dados apresentados no Quadro 7.5, verifica-se que, dos 4 anos letivos em análise,

o ano de 2011/2012 foi o que registou o menor nº de candidatos na 1ª fase do CNAES. Atendendo

ao nº total de vagas disponíveis, verifica-se que nos cursos de área científica igual ou afim tem vindo

a diminuir desde 2009. No entanto, o nº total de vagas disponíveis no ensino superior apresentou

uma tendência inversa, o que pode justificar a menor procura pela dispersão dos candidatos pelas

novas ofertas formativas.

Quadro 7.5 – Número de vagas, candidatos e alunos colocados no Curso de Licenciatura em

Engenharia do Ambiente: 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior de 2009/10 a

2011/12.

2008/2009 2009/10 2010/11 2011/12

Nº de vagas 24 24 24 24

Candidatos 117 85 109 74

Candidatos 1.ª Opção 15 8 9 4

Colocados 24 23 24 16

Colocados 1.ª opção 12 8 8 4

Nota de Candidatura do Último Colocado

pelo Contingente Geral

137,0 113,6 115,2 114,2

Nota de média de Entrada 137,2 131,4 128 131,6

De facto, segundo a lista de vagas para o ensino superior universitário e politécnico divulgada pelo

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em 2010/2011 abriram 53410 vagas, o que

representa um aumento de 2058 vagas em relação ao ano anterior, evidenciando a tendência

crescente de oferta no Ensino Superior. No entanto, uma análise mais detalhada permite concluir

que, no caso de cursos de Licenciatura/1º Ciclo (L1) e Mestrado Integrado (MI) em Biotecnologia e

áreas afins (Bioengenharia/Engenharia Biológica/Engenharia Química e Biológica/Engenharia

Biotecnológica), o número de vagas manteve-se igual, diminuindo, até, ligeiramente, nalguns casos,

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relativamente ao ano 2010/2011. A mesma tendência foi já registada no ano letivo anterior. Sendo

também tradicional a procura dos estudantes ser maior para o sistema de ensino universitário,

justifica-se neste cenário uma menor procura no ensino politécnico em ofertas formativas disponíveis

também nas universidades, onde em particular na área da Biotecnologia/Engenharia Biológica

predomina a oferta de cursos de mestrado integrado, inexistente no ensino superior politécnico.

Neste contexto, observou-se, de acordo com os dados apresentados no Quadro 7.5, uma diminuição

do nº de candidatos ao curso de Licenciatura em Biotecnologia da Escola Superior Agrária de Ponte

de Lima – Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESAPL – IPVC), na 1ª fase do CNAES de

2011/12, relativamente ao ano lectivo anterior. De facto, segundo os dados publicados pela Direcção-

Geral do Ensino Superior, no ano de 2011, a Licenciatura em Biotecnologia da ESAPL - IPVC

registou 74 candidatos na 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES).

Este valor representa, relativamente ao ano de 2010 (109 candidatos), uma diminuição de cerca de

30 % no nº de candidatos na 1ª fase do CNAES.

Em 2011/2012 o curso preencheu 16 das 24 vagas disponíveis na 1ª fase do CNAES, correspondente

a uma taxa de ocupação relativa de 67 %, preenchendo 83 % das vagas nas restantes fases do

concurso geral de acesso ao ensino superior e nos concursos para alunos com diploma de

especialização tecnológica e para os candidatos maiores de 23 anos. Salienta-se ainda que todos os

candidatos com 1ª opção para o curso de Biotecnologia foram de facto colocados.

No que respeita à classificação dos alunos colocados, constata-se uma ligeira diminuição da nota de

candidatura do último colocado pelo contingente geral (114,2 em 2011/12 e 115,2 em 2010/11) mas,

por outro lado, um aumento da nota média de entrada, de 128 para 131,6.

Nesta análise, importa ainda referir que a aprovação do curso de 2º ciclo na área da Biotecnologia

(proposto para avaliação pela A3ES durante o ano letivo de 2011/2012) revelar-se-á fundamental

para aumentar a atratividade no IPVC por percursos formativos nesta área, oferecendo a

possibilidade de continuidade dos estudos neste domínio, assim como o reforço do número e

qualidade dos recursos humanos e materiais nesta área de ensino. Não obstante, os dados

apresentados justificam a definição de soluções que visem uma maior divulgação e procura junto de

públicos escolares e aceitação junto dos futuros e potenciais empregadores em simultâneo a

adequações internas com vista ao reforço das dinâmicas positivas e ganhos de eficácia e eficiência.

7.2. Ambiente de Ensino/Aprendizagem

7.2.1. Estruturas e medidas de apoio pedagógico e de aconselhamento sobre o percurso académico dos estudantes.

Os estudantes encontram apoio pedagógico junto da Coordenação de Curso e dos docentes,

estando definido um horário de atendimento para o efeito. O Conselho Pedagógico da Escola e o

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Conselho Académico do IPVC, são estruturas onde os estudantes estão representados e que

permitem discutir a orientação pedagógica, apreciar queixas relativas a falhas pedagógicas e propor

providências necessárias. O IPVC possui um Gabinete de Mobilidade e Cooperação Internacional

que presta apoio e aconselhamento aos estudantes ao nível da mobilidade internacional.

O curso apresenta uma matriz de ensino-aprendizagem progressivamente focada em competências

profissionais sem perder a possibilidade de definição de percursos individuais. Este desiderato

obtém-se, seja pela possibilidade de realização de unidades curriculares opcionais, pelo envolvimento

em atividades (extra)curriculares específicas, internas e/ou externas, seja ainda pela realização das

atividades inerentes ao trabalho final de curso. Neste nível, convém sublinhar: i) o papel da

coordenação/comissão de curso na orientação/informação relativamente às UC de opção; ii) o papel

dos responsáveis por UCs na coordenação da UC e dos restantes docentes envolvidos, com vista ao

cumprimento dos objetivos propostos no plano de UC, assim como na informação relativa a aspetos a

melhorar, incluindo a revisão/adequação dos conteúdos programáticos inicialmente previstos (através

da elaboração dos relatórios de UC); e ainda iii) o papel da Comissão de Estágios na proposta de

temas para o desenvolvimento do Estágio e Projeto Individual, no âmbito do curso.

Considerando, como atrás referido, que o sucesso ao nível do processo de ensino-aprendizagem é

uma preocupação central na gestão e funcionamento do curso de Licenciatura em Biotecnologia,

desenvolveu-se um conjunto de atividades e ações, entre as quais se destacam as seguintes:

i. aposta em metodologias de avaliação contínua com um peso significativo e crescente de

tempo, que incluem elementos de natureza prática desenvolvidos ao longo do semestre e que

facilitem a distribuição temporal das tarefas e um maior envolvimento/abertura potencial dos

discentes para estas atividades;

ii. desenvolvimento, pela coordenação de curso, de um Calendário da Avaliação Contínua que

tenta programar racionalmente as inúmeras atividades de avaliação de natureza prática e

teórica;

iii. inclusão nos programas curriculares de aulas tutórias de apoio, em cada unidade curricular;

as aulas tutórias apresentam um carácter complementar às aulas presenciais e ao trabalho

autónomo do aluno, revelando-se fundamentais para a discussão e apoio em aspetos ou

elementos particulares da unidade curricular e das temáticas associadas;

iv. continuação da exploração das potencialidades da plataforma e-learning Moodle, na qual são

disponibilizados os sumários, materiais pedagógicos de apoio e outra informação; esta

plataforma tem-se manifestado de enorme utilidade e utilização crescente, por parte de toda a

comunidade escolar, em particular pelos estudantes trabalhadores;

v. desenvolvimento de horários escolares adequados às especificidades de unidades

curriculares com um número elevado de alunos, em particular, estudantes trabalhadores, os

quais, normalmente, apresentam taxas de insucesso mais elevadas; para tanto,

disponibilizam-se, em certas UC, aulas ao fim da tarde e noite, de forma a possibilitar uma

maior frequência presencial;

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vi. manifestação de uma particular atenção aos estudantes trabalhadores, seja pelo reforço e

disponibilidade dos docentes em facultar materiais de apoio presencialmente ou via

plataforma e-learning, seja ao nível da formulação de horários adequados, seja no apoio ao

nível do período de recuperação que ocorre entre o período letivo presencial e o início do

período normal de exames;

vii. participação ativa no curso através da docência, acompanhamento de visitas e a realização

de eventos com a participação docentes, investigadores e técnicos de outras instituições com

experiência prática relevante;

viii. efetivação de ações formativas, auxiliadoras dos alunos na pesquisa, organização de

bibliografia, e elaboração de trabalhos práticos.

ix. no 2º semestre do 3º ano, tenta-se concentrar o horário das UCs Segurança Alimentar,

Legislação e Bioética e Tecnologias de Informação Geográfica (ou outra UC de opção II, na

qual se tenham registado mais inscrições de alunos do curso de Biotecnologia) nos dois

primeiros dias da semana, de modo a permitir que os alunos possam dedicar os restantes

três dias da semana de trabalho ao Projeto Individual.

Ao nível das ações realizadas neste último ano podem destacar-se, as seguintes:

i) implementação de diversas ações integradas nas unidades curriculares (conferências,

visitas de estudo, etc.), as quais permitem alargar o âmbito de competências em diversos

temas, bem como promover o contacto e o interesse dos alunos, que se reflete na sua

atitude ao nível das aulas teóricas e práticas;

ii) a organização, no início do ano letivo 2011/2012, pela Direção da ESA-IPVC, juntamente

com a Comissão de Curso de Licenciatura em Biotecnologia e os Serviços da Ação

Social do IPVC, de uma sessão de receção e acolhimento dos Novos Alunos; o programa

visou a apresentação dos objetivos, do plano de estudos, das metodologias de trabalho a

adotar na generalidade das unidades curriculares do curso, assim como das atividades

extracurriculares a desenvolver; nesta sessão deu-se, ainda, particular destaque à

estrutura curricular do curso e à forma como foram contempladas as premissas do

Modelo de Bolonha na criação deste ciclo de estudos; Esta sessão contou com a

participação e testemunho de um recém-licenciado em Biotecnologia pela ESAPL - IPVC,

Yolanda Afonso, membro da equipa do projeto Geraz com Querença;

iii) a concretização do projeto QREN-ON2-SAIECT-IETIEFE, visando a aquisição de

equipamento e material de laboratório, reforçando a capacidade letiva e de investigação

da ESA-IPVC na área da biotecnologia;

iv) a realização, durante o ano letivo de 2011/2012, de diversas reuniões da Comissão do

Curso de Biotecnologia com a presença dos representantes dos alunos para assegurar o

bom funcionamento e o alcance dos objetivos deste curso de Licenciatura, bem como a

melhoria contínua da qualidade do ensino.

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O insucesso é um problema seriamente considerado por esta Comissão de Curso. Para tal, têm vindo

a ser desenvolvidas e propostas estratégias de (re)organização dos curricula, programação atempada

das atividades semestrais, ações centradas em grupos de alunos específicos (turmas, trabalhadores

estudantes, entre outros), ou mesmo, apoio individualizado. Face aos indicadores de desempenho

apresentados ao longo de todo este relatório, importa continuar este trabalho e corrigir eventuais

situações não conformes aos desejos de todos nós: o sucesso académico e profissional dos nossos

alunos e a sua realização plena como cidadãos.

7.2.2. Medidas para promover a integração dos estudantes na comunidade académica

O IPVC produz um Guia de Acolhimento ao estudante, possui uma Oficina Cultural, um

Gabinete de Saúde e um Centro Desportivo que existem para o fomento da cultura, desporto e saúde

e para a integração dos seus estudantes no ambiente académico. Anualmente, são ainda promovidas

atividades extracurriculares que estimulam a participação na comunidade académica (e.g Jornadas

técnico-científicas e workshops com temáticas específicas dos cursos). As Associações e a

Federação Académica, em articulação com o Provedor do Estudante, têm como função a defesa dos

interesses dos estudantes e a sugestão de ações de melhoria das condições de ensino e de estímulo

da participação na comunidade. O Dia do IPVC, Dia da Escola, Semana de Receção ao Caloiro,

Semana Académica e Semanas Culturais são eventos, também, promovidos com essa finalidade.

Estas medidas são monitorizadas através dos inquéritos de satisfação da qualidade de ensino, sendo

os resultados considerados para avaliação das medidas implementadas e para a definição de ações

de melhoria.

Outras atividades realizadas na ESA-IPVC, promovidas ou fortemente apoiadas pela

Associação de Estudantes tal como a Desfolhada, o Concurso Gastronómico e o Jantar de Natal,

envolvem a participação de estudantes, docentes e não docentes, o que contribuirá também para

uma saudável integração dos estudantes em toda a comunidade escolar.

7.2.3. Estruturas e medidas de aconselhamento sobre as possibilidades de financiamento e emprego

A UNIVA – Unidade de Inserção na Vida Ativa do IPVC, em articulação com a OTIC, presta

aconselhamento ao nível do financiamento a projetos de investimento e à criação do autoemprego

durante e após a conclusão da formação. O empreendedorismo é efetivamente uma das

capacitações que se pretende incutir aos estudantes, nomeadamente através de concursos de ideias

(Poliempreende e Start Up Program). O IPVC possui ainda uma bolsa de emprego online onde são

publicitadas ofertas de emprego ao público em geral e aos estudantes do IPVC em particular. Através

dos Serviços de Ação Social os alunos candidatam-se a bolsas de estudo que são concedidas com

base nas regras definidas pela tutela para o efeito. Paralelamente, o IPVC criou a Bolsa de

Colaboradores Bolseiros, iniciativa que visa reforçar as condições para o desenvolvimento da oferta

de atividades profissionais em tempo parcial pela instituição aos estudantes, em condições

apropriadas ao desenvolvimento simultâneo da sua atividade académica.

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7.2.4. Utilização dos resultados de inquéritos de satisfação dos estudantes na melhoria do processo ensino/aprendizagem

Semestralmente é promovido o Inquérito de Avaliação da Satisfação da Qualidade de Ensino

(IASQE). Neste instrumento de auscultação, os estudantes são convidados a se pronunciar sobre

questões relacionadas com o curso, funcionamento das UC’s e desempenho dos docentes. Deste

processo resulta um relatório que é comunicado às Escolas, Áreas Científicas, Docentes e

Estudantes, analisado ainda no Conselho Pedagógico e onde se podem aferir os resultados com

base nos quais são definidas medidas de melhoria do processo de ensino/aprendizagem. São ainda

consideradas as reclamações e sugestões apresentadas pelos Estudantes no âmbito do ciclo de

estudo. Complementarmente, é realizado um inquérito anual aos utilizadores das bibliotecas. A

informação resultante do processo de auscultação dos estudantes é analisada no âmbito do Relatório

Anual de Curso. Estes resultados são considerados para o processo de avaliação do desempenho

docente. É elaborado ainda um inquérito aos estudantes ERASMUS que é analisado pelos cursos em

que há mobilidade.

No que respeita à opinião dos alunos sobre as UC do curso, mantém-se, à semelhança de anos

anteriores, a apreciação geral positiva das UC do curso, que se acentua à medida que as disciplinas

analisadas se inserem em semestres de anos letivos mais avançados. Tal situação, presume-se,

deverá ter a ver com o facto de os alunos já estarem mais evoluídos no seu processo formativo

(como alunos, mas também como cidadãos), e, também, porque estão em causa UC mais

específicas ao âmbito do curso.

Para as questões “O programa despertou o meu interesse” e “O programa é relevante para o curso

frequentado” as respostas foram sempre acima de 75 % de concordância, destacando a apenas a UC

de Matemática com 50 %. Estes resultados apontam para uma elevada motivação para o curso, que

se traduz também na avaliação global muito positiva do ciclo de estudos (Figuras 8.5 e 8.6).

A opinião dos alunos para as questões “A componente teórica foi adequada aos objetivos da UC” e “A

componente prática foi adequada aos objetivos da UC” também demonstra globalmente satisfação,

em geral acima dos 80 %.

Para a questão “Tive facilidade em compreender os conteúdos abordados”, verifica-se que as

maiores dificuldades dos alunos são sentidas em UC do 1º ano, em particular na Matemática, na

Biologia Celular e Molecular e na Genética Clássica e Molecular. No entanto, a apreciação do

desempenho escolar, realizada no ponto 9.1 do presente relatório, demonstra que, apesar das

dificuldades sentidas na compreensão dos conteúdos destas UC, as taxas de aprovação a Biologia

Celular e Molecular e Genética Clássica e Molecular foram de 60% e 56%, respetivamente, enquanto,

por outro lado, a Matemática foi a UC com a taxa de reprovação mais elevada em 2011/2012, de

77%. Esta apreciação justifica que as medidas de promoção do sucesso escolar devem ser mantidas,

nomeadamente a existência de uma turma extra para Matemática, adequando-se às especificidades

identificadas anualmente.

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Em termos de recursos bibliográficos, foram identificadas algumas UC mais carenciadas,

designadamente Legislação e Bioética, Segurança Alimentar, Biotecnologia Ambiental, Biotecnologia

Alimentar e Biologia Celular e Molecular. A futura aquisição de livros será orientada prioritariamente

para bibliografia de suporte a estas UC.

Para a questão “Tive facilidade no acesso e utilização dos meios laboratoriais necessários” as

respostas também demonstram globalmente uma satisfação por parte dos alunos, com resposta de

75% de concordância para a maioria das UC do curso. Foi, no entanto, identificado um caso com

níveis de satisfação mais baixos, tratando-se de uma UC que, pela sua natureza e objetivos de

aprendizagem específicos, não usa recursos laboratoriais (Legislação e Bioética).

Relativamente à opinião dos alunos sobre o curso, os indicadores globais de satisfação, específicos

do curso de Licenciatura em Biotecnologia, evidenciam uma apreciação positiva (Figuras 7.1 e 7.2).

Constata-se que a percentagem de alunos que considera que a carga horária anual do curso é

adequada é de cerca de 90 %. Já uma percentagem menor de Alunos considera a distribuição da

carga horária por aulas teóricas e práticas adequada (entre 75 e 80%). A opinião dos Alunos

relativamente a esta questão, embora seja considerada globalmente positiva, indicia a necessidade

de reforçar a componente prática de algumas UC do curso, o que parece ser corroborado pela

indicação de um nº de horas de dedicação semanal (para além das horas de contacto) superior ao

valor estimado pelo docente, para algumas UC (Quadro 8.1). No entanto, na avaliação individual das

UC anteriormente referida, a opinião dos alunos demonstra, de um modo geral, que a carga teórica e

prática das UC é adequada aos objetivos das UC, podendo considerar-se que a distribuição das

aulas atual é bem avaliada e adequada aos objetivos de aprendizagem definidos para as UC em

particular e do curso como um todo.

Destaca-se ainda que nas questões C2 e C5 as respostas evidenciam uma concordância acima dos

75 % com as expectativas dos alunos e face à correspondência a necessidades da vida profissional.

Figura 7.1 - Resultado do Inquérito de Opinião sobre o Curso de Licenciatura em

Biotecnologia da ESA-IPVC, 2011/2012 (nº inquiridos: 22).

Page 42: Relatório Anual de Curso Curso de Licenciatura em Biotecnologia · objetivos do Processo de Bolonha, durante o ano letivo de 2011/12, no curso de licenciatura em Biotecnologia da

Figura 7.2 - Resultado do Inquérito de Opinião sobre o Curso de Licenciatura em

Biotecnologia da ESA-IPVC (Valorização Qualitativa), 2011/2012 (nº inquiridos: 22).

À semelhança dos anos letivos anteriores, os resultados do inquérito relativamente à opinião dos

alunos sobre a disponibilidade e desempenho dos docentes ao nível das metodologias de ensino a

que recorrem, o grau de exigência, a pontualidade/assiduidade, a dinamização do processo ensino-

aprendizagem, e os elementos de apoio ao estudo, evidenciam um quadro muito positivo. Este

aspeto mostra, em termos gerais, um contexto muito interessante na relação entre os docentes e os

alunos que interessa explorar nas estratégias e projetos educativos atuais e futuros da instituição.

As respostas às questões colocadas, para o 1º e 2º semestre, são apresentadas nos Quadros 7.6 e

7.7. Considerando-se a média das percentagens relativas às questões supracitadas, o grau de

satisfação da atividade letiva da Escola Superior Agrária é, para o 1º semestre, de 88,7 % e para o 2º

semestre, de 90,4 %.

Quadro 7.6 – Resultados do Inquérito de opinião sobre o grau de satisfação da atividade letiva para

os cursos lecionados na ESA. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da Escola Superior Agrária, Ano

Letivo 2011/2012, 1º Semestre

Quadro 7.7 – Resultados do Inquérito de opinião sobre o grau de satisfação da atividade letiva para

os cursos lecionados na ESA. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da Escola Superior Agrária, Ano

Letivo 2011/2012, 2º Semestre

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O grau de satisfação relativo ao atendimento dos alunos na Escola Superior Agrária, considerando as

horas de contacto letivo, as horas de atendimento dos docentes, e a sua qualidade foi de 90,2 % no

1º semestre, e de 92,5 % no 2º semestre (Quadros 7.8 e 7.9).

Quadro 7.8 – Resultados do Inquérito de opinião sobre o grau de satisfação do atendimento aos

alunos para os cursos lecionados na ESA. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da Escola Superior

Agrária, Ano Letivo 2011/2012, 1º Semestre

Quadro 7.9 – Resultados do Inquérito de opinião sobre o grau de satisfação do atendimento aos

alunos para os cursos lecionados na ESA. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da Escola Superior

Agrária, Ano Letivo 2011/2012, 2º Semestre

7.2.5. Estruturas e medidas para promover a mobilidade, incluindo o reconhecimento mútuo de créditos

O Gabinete de Mobilidade e Cooperação Internacional e o Gabinete de Estudos e Educação

para o Desenvolvimento do IPVC funcionam atualmente com diversos programas (ERASMUS

Mobilidade, ERASMUS Mundus, Leonardo da Vinci, Comenius, EILC e projetos de cooperação com

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os PALOP), a vários níveis e em vários âmbitos, promovendo a dimensão internacional nos estudos e

o fomento da mobilidade dos estudantes, docentes e não docentes no ensino superior. Este serviço é

transversal a toda a instituição e serve todos os ciclos de estudo. Como instrumento para a

equivalência de créditos é celebrado um plano de equivalência (learning agreement) que define o

plano de estudos a frequentar em mobilidade para o aluno, nacional ou estrangeiro. Outras

competências obtidas pelo estudante em mobilidade, para além do plano de estudos definido, são

objeto de reconhecimento de créditos através do Suplemento ao Diploma.

A divulgação e promoção da mobilidade dos alunos do IPVC é também assegurada através de uma

sessão de esclarecimento realizada antes do período de candidaturas às bolsas de mobilidade

Erasmus em todas as Escolas. Na ESA esta sessão é divulgada entre todos os alunos de licenciatura

e Mestrado, contando com a participação de representantes do GMCI e o Coordenador Erasmus da

ESA.

A divulgação e promoção da mobilidade entre os parceiros internos e externos é ainda assegurada

pela organização anual de um evento por parte do GMCI. Em 2009, 2010 e 2011 este evento

assumiu a forma de “Semana Internacional IPVC” (Programas apresentados nas Figuras 7.1 a 7.3).

Participaram nestes eventos membros do Gabinete Internacional, Coordenadores Institucionais e

Departamentais dos Programas de mobilidade, e docentes das Instituições parceiras do IPVC.

No ano de 2012 foi organizada, em colaboração com a Fórum Estudante, o evento “Geração

ERASMUS” (Programa apresentado na Figura 7.4), integrado na Mostra do IPVC que dedicou uma

tarde a este tema, com a participação de alunos enviados e recebidos no âmbito de programa de

mobilidade Erasmus (estudos e estágio), com a apresentação das respetivas experiências. Decorreu

ainda a apresentação do Livro “Fair e Store” por Arminda Fernandes, uma antiga aluna do IPVC que

participou num programa de mobilidade Erasmus na Dinamarca.

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Figura 7.1 – Programa da Semana Internacional do IPVC de 2009.

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Figura 7.2 – Programa da Semana Internacional do IPVC de 2010.

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Figura 7.3 – Programa da Semana Internacional do IPVC de 2011.

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Figura 7.4 – Programa do evento “Geração Erasmus” Mostra do IPVC, 2012.

8. Processos - Formação

8.1. Objetivos de aprendizagem

A licenciatura em Biotecnologia caracteriza-se por um ensino marcadamente aplicado e uma

formação predominantemente profissionalizante, promovendo a formação de profissionais bem

preparados para o exercício da profissão, com competências que lhe permitam contribuir para o

desenvolvimento de aplicações tecnológicas nas áreas da biotecnologia agrícola, alimentar e

ambiental.

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Na vertente da biotecnologia agrícola, os conhecimentos teóricos e práticos sobre fisiologia animal e

vegetal, melhoramento genético e cultura de tecidos, permitem que este profissional esteja apto a

intervir nos domínios da agro-biotecnologia e da biotecnologia vegetal industrial. A sua formação

prática permitir-lhe-á, em particular, desenvolver aplicações biotecnológicas com vista ao

melhoramento da resistência a herbicidas, a pragas e doenças e a stresses abióticos, assim como ao

melhoramento das propriedades nutritivas e organoléticas dos alimentos e intervir na conservação

dos recursos genéticos, tanto vegetais como animais, participando ou coordenando levantamentos de

variabilidade genética de uma raça ou cultivar.

As valências relativas à biotecnologia alimentar ou ambiental, que visam a aquisição de competências

ao nível do controlo da componente biológica de processos, podem ser reforçadas em apenas uma

das duas áreas possibilitando uma maior especialização e capacidade de atuação na área escolhida,

contexto que poderá ser especialmente útil a estudantes com uma vida profissional já ativa.

No que respeita à formação para a atuação na área alimentar, os conhecimentos sobre bioprocessos,

catálise enzimática, catálise microbiana e segurança alimentar conferem competências para atuar no

desenvolvimento de alimentos com maior valor nutricional, bem como na melhoria e otimização de

técnicas de conservação e transformação de alimentos. Além disso, os conhecimentos sobre

engenharia genética, aliados ao espírito de inovação, permitem-lhe, não só intervir no

desenvolvimento de produtos biotecnologicamente modificados, intimamente relacionados com a

biotecnologia agrícola, mas também atuar ao nível do controlo da qualidade e segurança alimentar.

Um outro aspeto importante desta formação, é a preparação de licenciados capazes de

equacionarem e minimizarem o impacte ambiental das atividades industriais biotecnológicas, através

da intervenção no próprio processo de fabrico. Assim, na área da biotecnologia ambiental, os

conhecimentos sobre ecologia, microbiologia e modelação de bioprocessos patentes no plano

obrigatório do curso, integrados com conhecimentos sobre gestão de resíduos sólidos, tecnologias de

tratamento de águas de abastecimento e efluentes, e a conservação e recuperação biofísica,

constantes do grupo de opções III, permitem, na especialização na área ambiental, contribuir para o

desenvolvimento de novas opções tecnológicas, tendo em vista a proteção e restauração da

qualidade do ambiente e, portanto, o desenvolvimento sustentado.

Considerando que cada UC do plano de estudos do curso confere competências e apresenta

objetivos específicos, que convergem para os objetivos gerais do CE, o nível de cumprimento dos

objetivos de cada UC é avaliado e reportado no relatório de UC, elaborado pelo docente responsável

da mesma, no final de cada semestre letivo. Os resultados apresentados nos relatórios de UC são,

posteriormente analisados em reunião da Comissão de Curso e integrados no Relatório Anual do

Curso.

8.2. Verificação de que a carga média de trabalho necessária aos estudantes

corresponde ao estimado em ECTS

Em 2011/2012 a avaliação dos ECTS, pelos alunos, para as Unidades Curriculares das Licenciaturas

ministradas na Escola Superior Agrária foi efetuada através dos resultados dos Inquéritos à

Qualidade do Ensino, e consta dos Relatórios de Auto-avaliação da Escola Superior Agrária,

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referentes ao ano letivo de 2011/2012, para o 1º e o 2º Semestre, publicados pelo Gabinete de

Avaliação do IPVC.

A participação dos alunos nestes inquéritos foi de 40 % no S1 e de 31,4 % no S2, mantendo-se na

ordem de grandeza do ano letivo anterior, o que demonstra que as estratégias e mecanismos

facilitadores e incentivadores de participação dos alunos nestes processos de avaliação têm vindo a

surtir algum efeito, sendo no entanto necessário dar continuidade ao trabalho já desenvolvido neste

âmbito, melhorando aspetos como antecipar as datas em que os inquéritos são efetivamente

disponibilizados on-line para períodos do semestre onde possa haver um acompanhamento mais

eficaz do seu preenchimento correto, nomeadamente através da identificação precoce de problemas

informáticos/erros no formulário que impedem os alunos de finalizar o preenchimento do inquérito.

Assim, apesar de a informação recolhida ser considerada relevante para o presente relatório, é de

salvaguardar que corresponde à auscultação de menos de 50 % de alunos do curso.

Nos Relatórios de Auto-avaliação, a apresentação dos resultados da avaliação de ECTS é realizada

de acordo com o número de horas semanais dedicadas ao estudo para a generalidade das Unidades

Curriculares de cada curso de Licenciatura da ESA-IPVC (Figuras 8.1 e 8.2) e o número de horas

semanais dedicadas a cada Unidade Curricular do curso de Licenciatura em Biotecnologia (Figuras

8.3 e 8.4).

Figura 8.1 – Nº de horas semanais de dedicação a todas as Unidades Curriculares dos Cursos de

Licenciatura da ESA-IPVC. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da Escola Superior Agrária, Ano Letivo

2011/2012, 1º Semestre.

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Figura 8.2 – Nº de horas semanais de dedicação a todas as Unidades Curriculares dos Cursos de

Licenciatura da ESA-IPVC. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da Escola Superior Agrária, Ano Letivo

2011/2012, 2º Semestre.

De acordo com os resultados obtidos nos Inquéritos à Qualidade do Ensino para o 1º e 2º semestre

letivos de 2011/2012, apresentados nas Figuras 8.1 e 8.2, respetivamente, manteve-se a coerência

na perceção e indicação, por parte dos Alunos, do nº de horas semanais dedicadas ao estudo para

todas as unidades curriculares do curso, para além das horas de contacto, já verificada no ano

letivo anterior, tendo os alunos apontado, tanto para o 1º como para o 2 semestre de 2011/112,

para cerca de 10 – 12 horas semanais de dedicação à generalidade das UC do curso de

Licenciatura em Biotecnologia. Importa referir que em 2009/2010 as respostas dadas pelos Alunos

de Biotecnologia ao Inquérito à Qualidade do Ensino indicavam valores muito diferentes entre ambos

os semestres, sendo de 10 h/semana no 1º semestre e de cerca de 21 h/semana no 2º semestre.

Figura 8.3 – Nº de horas semanais de dedicação a cada uma das Unidades Curriculares do 1º

semestre do curso de Licenciatura em Biotecnologia. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da Escola

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Superior Agrária, Ano Letivo 2011/2012, 1º Semestre.

Figura 8.4 – Nº de horas semanais de dedicação a cada uma das Unidades Curriculares do 2º

semestre do curso de Licenciatura em Biotecnologia. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da Escola

Superior Agrária, Ano Letivo 2011/2012, 2º Semestre.

No que respeita à avaliação das horas de trabalho autónomo dos alunos por parte dos docentes,

apresenta-se, no Quadro 8.1, o valor estimado por cada docente responsável por UC (no relatório de

UC realizado anualmente), considerando: i) a leitura individual (e.g. livros, artigos, sebentas jornais,

internet, outros); ii) a elaboração de trabalhos escritos individuais (e.g., relatórios de trabalhos,

resolução de problemas); iii) a elaboração de trabalhos escritos em grupo (e.g. relatórios de

trabalhos, resolução de problemas); iv) a elaboração de outro tipo de trabalhos (não textuais)

(produção de software, etc.); v) Orientação docente e esclarecimento de dúvidas (extra sala de aula);

vi) Preparação de apresentações (power point e/ou orais); e vii) outras.

A análise dos resultados apresentados nas Figuras 8.3, 8.4 e no Quadro 8.1, permite constatar que, à

semelhança do que se tem vindo a verificar em anos letivos anteriores, o nº de horas semanais de

dedicação à generalidade das UC do curso indicado pelos Alunos é inferior ao valor apontado pelos

docentes. De facto, de acordo com os resultados do inquérito aos docentes, o tempo semanal de

trabalho autónomo pelos alunos é, em média, de 0,53 h/ECTS, correspondendo a 15,9 h

semanais/semestre, aproximadamente (Quadro 8.1).

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Quadro 8.1 – Opinião dos docentes sobre o nº de horas semanais que o aluno despende com cada

unidade curricular (dados dos relatórios de UC 2011/2012) e sua relação com a opinião dos Alunos

segundo os dados do Inquérito à Qualidade do Ensino 2011/12

Unidade curricular Tempo de trabalho autónomo pelo aluno (h) estimado pelo

docente

Tempo de trabalho autónomo pelo aluno (h) indicado pelos

Alunos

Matemática 3,0 2,1

Química 4,0 2,3

Bioquímica 3,0 6,0

Biologia Celular e Molecular 4,0 2,5

Estatística e delineamento experimental 4,5 1,5

Economia e gestão 5,5 2,0

Cultura de tecidos 3,0 1,8

Engenharia genética 3,5 1,8

Biotecnologia ambiental 7,0 3,0

Introdução à biotecnologia 4,0 3,3

Tecnologia enzimática 3,0 2,2

Projeto integrado 4,5 3,5

Biotecnologia alimentar 5,0 3,2

Biotecnologia agrícola 4,5 1,8

Ecologia 3,5 1,5

Melhoramento e recursos genéticos 4,0 1,8

Processos de separação 3,5 2,5

Modelação de processos 3,5 2,2

Fisiologia Animal e Vegetal 3,0 3,3

Ciências do Solo (Optativa) 4,5 2,6

Produção Agrícola 4,5 3,2

Microbiologia 3,5 4,0

Biotecnologia Agrícola 3,0 1,7

Genética Clássica e Molecular 4,4

Segurança Alimentar 4,0 5,8

Legislação e Bioética 2,5 1,5

Proteção Integrada (UC de opção) 5,0 3,0

Tecnologias de Informação Geográfica (Optativa)

3,5 6,4

Total 87,5 (0,53h/ECTS)

Da análise das Figuras 6.5 e 6.6 e dos dados do Quadro 6.5, é de evidenciar que os alunos

continuam a indicar, para a maioria das UC, um nº de horas de dedicação às unidades curriculares

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inferior à estimada pelos docentes. Tal facto poderá ter decorrido da alteração ao plano de estudos

realizada em 2009/10 (ajuste da carga horária de algumas unidades curriculares, em particular

aquelas de natureza estruturante e aplicada, no sentido de reduzir 1 h/semana às aulas de orientação

tutória para aumentar a carga horária das aulas práticas em 1 h/semana), que resultou da análise aos

Inquéritos à Qualidade do Ensino realizados aos alunos em anos transatos, que apontavam a

necessidade do reforço das aulas práticas, e dos Relatórios Anuais de Concretização do processo de

Bolonha, que sugeriam a revisão da carga horária e do funcionamento das aulas de orientação

tutória. Estas alterações foram implementadas segundo as orientações da Presidência do IPVC e do

Conselho Diretivo da ESA. De um modo geral, para a maioria das UC, verifica-se que o reforço de

aulas práticas terá resultado na diminuição da necessidade de trabalho individual dos alunos. O

impacte desta alteração foi já notado e comentado no que se refere ao aproveitamento escolar de

algumas UC em 2010/2011, revelando-se também benéfico quanto à satisfação dos alunos no que

respeita à carga horária do curso. Contudo, este resultado indicia também a necessidade de dar

continuidade à sensibilização dos Alunos para a importância da leitura e pesquisa individual,

preparação prévia para as aulas práticas laboratoriais, etc, como já foi referido no relatório do ano

letivo anterior. Esta ação de sensibilização por parte dos docentes parece já ter surtido algum efeito

ao nível de algumas UC do curso (e.g., Bioquímica, FAV, Microbiologia, Segurança Alimentar e TIG),

para as quais os Alunos apontam um nº de horas de dedicação semanal (para além das horas de

contacto) superior ao valor estimado pelo docente, tal como é referido nos Inquéritos de Auto-

avaliação (Quadro 8.1). Este resultado poderá indiciar a necessidade de se proceder a um ajuste da

carga horária destas UC.

Os planos curriculares das UC incluem informação sobre os objetivos e competências, os conteúdos

programáticos, metodologias, avaliação e bibliografia recomendada. Nas aulas práticas é notório o

recurso a metodologias que envolvem o “saber fazer”, tanto através de aulas laboratoriais (em

laboratórios analíticos e informáticos), como pelo desenvolvimento de trabalhos de pesquisa e

projeto, frequentemente aplicados a casos de estudo e envolvendo instituições/entidades parceiras

da ESA-IPVC, assegurando que as competências específicas das UC sejam adquiridas, em função

dos objetivos da UC. São ainda frequentes metodologias de avaliação com recurso a apresentações

orais seguidas de discussão dos trabalhos práticos, contribuindo para o reforço de competências

pessoais transversais às várias UC do curso. Os trabalhos práticos desenvolvidos são considerados

como elementos de avaliação com percentagens variáveis na classificação final.

A participação em atividades técnico-científicas inclui ainda atividades já descritas em 5.3 pois

denotam simultaneamente o relacionamento do ciclo de estudos com entidades parceiras,

nomeadamente: i) a organização de seminários convidando técnicos, docentes e investigadores de

entidades externas; ii) realizando visitas de estudo, inclusive com a finalidade de recolha de

informação para a elaboração de trabalhos práticos; iii) o desenvolvimento de trabalhos de revisão

bibliográfica, experimentais e de projeto com recurso a pesquisa bibliográfica de natureza técnico-

científica; iv) a participação em eventos técnico-científicos extracurriculares (Jornadas, Seminários,

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Workshops, etc.) em função das oportunidades disponíveis ano a ano; v) o desenvolvimento de

trabalhos de estágio integrados em projetos a decorrer na ESA-IPVC ou noutras instituições

acolhedoras, e o vi) o incentivo à publicação de trabalhos desenvolvidos no âmbito das UC de Projeto

Integrado e/ou Projeto Individual de estágio em eventos técnico-científicos.

Em 2011/2012, os alunos da Licenciatura em Biotecnologia participaram ainda nos seguintes eventos

técnico-científicos:

i) Congresso Nacional MicroBiotec’11, 1 – 3 de Dezembro 2011, Braga, Portugal;

ii) 6º. Encontro Nacional de Empresas de Biotecnologia BIOMEET 2011, integrado no

MicroBiotec’11, 1 – 3 de Dezembro 2011, Braga, Portugal;

iii) Workshop “Empreendedorismo em Biotecnologia: desafios e oportunidades”, com

apresentação dos resultados do projeto Bioemprende e prova de vinhos documentada, 5

de Dezembro de 2011, ESA-IPVC;

iv) I Congresso Internacional de Valorização de Produtos Tradicionais, 3 – 5 de Maio 2012,

ESA-IPVC;

v) WORKSHOP_ I9EIBT_APOIO À CRIAÇÃO DE EMPRESAS INOVADORAS DE BASE

TECNOLÓGICA – “Inovar com sucesso nos negócios biotecnológicos”, 11 de Setembro

2012, Avepark, Guimarães;

vi) Conferência - I&ES “Inovação e Empreendedorismo Sustentado: 15 Casos de Sucesso

Nacionais e Estudo de Benchmarking Internacional, dia 23 de março de 2012, no auditório

do IEMinho;

vii) 2ª Edição do “Silicon Valley comes to Lisbon & Viana do Castelo”, 17-18 de Novembro

2011 (transmitido em direto na ESA-IPVC).

8.3. Periodicidade da Revisão curricular

A revisão curricular tem sido discutida na comissão de curso tendo-se identificado oportunidades de

melhoria pontuais, tendo por base a análise dos relatórios de Curso anuais, as relatórios de Auto-

avaliação da ESA-IPVC, os Planos e os relatórios de UC, as reuniões periódicas da Comissão de

Curso, onde os alunos que a integram participam também trazendo os contributos dos colegas de

curso.

Tratando-se de um curso de 1º ciclo, foi estipulada a periodicidade mínima de revisão do curso de 3

em 3 anos. Os programas das UC são revistos com uma periodicidade igual aos anos de duração do

respetivo ciclo de estudos, sem prejuízo de serem alterados no decorrer deste intervalo de tempo

sempre que seja identificada essa necessidade.

Desde a sua entrada em vigor, o curso foi alvo de 1 revisão, que incidiu principalmente na alteração

da carga horária de algumas UC do curso em 2009/2010 (reforço da carga horária de aulas práticas

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com redução de horas de orientação tutória), que resultou da análise aos Inquéritos à Qualidade do

Ensino realizados aos alunos em anos transatos, que apontavam a necessidade do reforço das aulas

práticas, e dos Relatórios Anuais de Concretização do processo de Bolonha, que sugeriam a revisão

da carga horária e o funcionamento das aulas de orientação tutória. Estas alterações foram

implementadas segundo as orientações da Presidência do IPVC e do Conselho Diretivo da ESA-

IPVC.

Durante o ano letivo de 2012/2013 a comissão de curso irá analisar detalhadamente o

relatório anual do curso referente a 2011/2012 e dar início à implementação e monitorização das

ações de melhoria propostas. No entanto, a opinião recolhida junto dos alunos através dos relatórios

de auto-avaliação da ESA, das reuniões da Comissão de Curso, dos inquéritos aos antigos aluno e

também de entidades externas (e.g., supervisores de estágios curriculares) sugerem que o curso se

encontra estruturado de forma ainda atual, tendo-se incorporado ao longo dos anos novos

conhecimentos entretanto adquiridos ao nível das respetivas unidades curriculares e efetuado

alterações pontuais no sistema de avaliação, com o objetivo de contribuir para o sucesso escolar e o

cumprimento dos objetivos das UC.

9. Resultados Académicos

Quadro 9.1 – Alunos diplomados do curso de Licenciatura em Biotecnologia

Curso 2009/10 20010/11 20011/12

N.º diplomados 16 19 9

N.º diplomados em N anos 4 15 6

N.º diplomados em N +1 anos 12 4 3

N.º diplomados N+2 anos 0 0 0

N.º diplomados em mais de N+2 anos 0 0 0

(dados fornecidos pelo GAQ)

Nota: os dados relativos a 2011/12 são provisórios, com data de referência Novembro/2012,

não permitindo concluir acerca da eficiência formativa do curso de Licenciatura em

Biotecnologia relativamente ao ano letivo de 2011/2012. Importa referir que, a esta data,

vários alunos se encontravam ainda na fase de conclusão e entrega e/ou a aguardar as

provas do Projeto Individual (estágio final), não sendo, por isso, considerados para efeitos de

contabilização de diplomados, podendo induzir a uma subestimação da eficiência formativa

do curso.

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9.1. Sucesso Escolar

9.1.1. Taxas de aprovação de Inscritos (taxa de inscritos) e taxa de avaliados

Em 2011/2012, as Taxas de Aproveitamento (Aprovados/Inscritos), apresentadas no Quadro 9.2,

foram, de um modo geral, elevadas À semelhança do que aconteceu no ano letivo anterior,

verificaram-se, para a UC de Economia e Gestão, taxas de aproveitamento bastante satisfatórias, de

71% em 2011/2012. Importa recordar que esta UC teve as taxas de aproveitamento efetiva e relativa

mais baixas, no ano letivo de 2009/2010, com valores de 37,5 % e 28,13 %, respetivamente.

A taxa de aprovação efetiva a Matemática (33%) manteve-se semelhante à do ano letivo anterior

(34,9%). Estes resultados são pouco satisfatórios e sugerem a necessidade de rever as medidas já

implementadas na sequência das recomendações efetuadas nos Relatórios de Concretização do

Processo de Bolonha referentes aos anos 2009/2010 e 2010/2011 ou a definição de novas medidas

para incentivar os alunos à avaliação no âmbito desta unidade curricular.

Por outro lado, verificou-se uma ligeira diminuição da taxa de aprovação efetiva, para a UC de

Genética Clássica e Molecular, de 65,5% em 2010/2011 para 56% em 2011/2012. Será importante

tentar averiguar a(s) causa(s) desta tendência e definir ações de melhoria, sempre que possível.

Importa ainda referir que, à data de realização do presente relatório anual do curso, não é possível

dispor da informação do nº de alunos efetivamente aprovados a esta UC, pois a data limite para

entrega do Relatório do Projeto Individual de Estágio é 15 de Dezembro, sendo frequente a

realização das respetivas apresentações orais e discussões durante o mês de Janeiro do ano

seguinte.

Quadro 9.2 – Taxas de aprovação de inscritos e de avaliados

Nome Disciplina Aprov. Repr. Total Amost. Taxa de aprovação

(%)

Matemática 15 30 45 33

Química 21 3 25 84

Bioquímica 19 3 22 86

Produção Agrícola 19

19 100

Microbiologia 19 1 20 95

Ciências do Solo 17 7 24 71

Estatística e Delineamento Experimental 20 1 21 95

Economia e Gestão 17 6 24 71

Proteção Integrada 16

16 100

Tecnologia de Informação Geográfica 5 2 7 71

Biotecnologia Agrícola 19 1 20 95

Melhoramento e Recursos Genéticos 14 2 16 88

Segurança Alimentar 20 1 21 95

Cultura de Tecidos 16 3 19 84

Engenharia Genética 17

17 100

Genética Clássica e Molecular 15 12 27 56

Ecologia 17 1 18 94

Biotecnologia Ambiental 20 2 23 87

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Modelação de Processos 16 1 17 94

Legislação e Bioética 19 1 20 95

Biologia Celular e Molecular 12 8 20 60

Introdução à Biotecnologia 18 4 22 82

Fisiologia Animal e Vegetal 14 9 23 61

Tecnologia Enzimática 12 8 20 60

Processos de Separação 19 4 23 83

Projecto Integrado 21

21 100

Biotecnologia Alimentar 16 4 21 76

Projecto Individual

28

9.1.2. Classificação Final por UC– Média, Máxima e Mínima

Quadro 9.3 – Classificação final por UC média, máxima e mínima, considerando valores de 0 a 20

Nome Disciplina Amostragem Nota Final

Disciplina AVG Nota Final

Disciplina MAX Nota Final

Disciplina MIN

Matemática 26 8,42 16 2

Química 23 13,52 17 8

Bioquímica 22 11,73 15 5

Produção Agrícola 19 13,89 16 11

Microbiologia 19 12,53 14 10

Ciências do Solo 24 10,04 14 5

Genética Clássica e Molecular 22 10,41 14 5

Biologia Celular e Molecular 19 9,47 16 4

Introdução à Biotecnologia 21 13,43 16 8

Fisiologia Animal e Vegetal 22 10,41 16 3

Estatística e Delineamento Experimental 20 13,95 17 10

Economia e Gestão 24 9,96 15 5

Protecção Integrada 1 17,00 17 17

Biotecnologia Agrícola 19 14,89 18 12

Melhoramento e Recursos Genéticos 15 12,67 17 5

Cultura de Tecidos 17 12,24 17 6

Engenharia Genética 17 13,82 17 12

Ecologia 18 13,39 17 8

Modelação de Processos 16 14,94 18 13

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Tecnologia Enzimática 16 11,56 16 1

Processos de Separação 22 13,41 17 6

Proteção Integrada 15 14,60 17 12

Tecnologia de Informação Geográfica 5 16,00 18 13

Segurança Alimentar 20 13,15 16 11

Biotecnologia Ambiental 21 15,24 18 8

Legislação e Bioética 19 14,16 17 12

Projeto Integrado 21 16,57 18 15

Biotecnologia Alimentar 20 12,95 17 4

Os resultados apresentados no Quadro 9.3 evidenciam a tendência observada já em anos anteriores,

de aumento da classificação média global de cada ano curricular do 1º para o 3º ano do curso. Em

2011/2011, a classificação média foi de sendo de 11,4 no 1º ano, de 14,8 no 2º ano e de 14,7 no 3º

ano. Este resultado realça, mais uma vez, o melhor desempenho dos alunos em unidades

curriculares específicas das áreas científicas predominantes no curso de Licenciatura em

Biotecnologia da ESA-IPVC, em particular das ciências biotecnológicas e ciências de engenharia. As

classificações médias globais ocorridas no 2º e no 3º ano do curso foram superiores às registadas no

ano letivo anterior (13,6 e 14,0, respetivamente).

9.2. Empregabilidade

O IPVC encontra-se neste momento a promover a auscultação dos seus antigos estudantes através

de um inquérito online. Esta metodologia de auscultação é recente e está implementada desde

Fevereiro de 2012, não tendo sido possível obter um conjunto de resposta que permita, desde já, a

resposta à questão 7.1.4 do ACEF. Desta forma, o enquadramento da empregabilidade dos

diplomados do ciclo de estudo é efetuado considerando os dados do Instituto de Emprego e

Formação Profissional, descritos no Relatório do GPEARI-MCTES “A procura de emprego dos

diplomados com habilitação superior”.

De facto, o número de resposta ao inquérito é pouco representativo da situação dos diplomados em

Biotecnologia, tendo sido registadas apenas 11 respostas. Por outro lado, os elementos fornecidos

pelo IEFP, I.P. do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social apresentam resultados apenas até

Dezembro de 2011, o que também é manifestamente insuficiente para a análise detalhada do período

a que este relatório se refere. Em Dezembro de 2011, o número de diplomados do ciclo de estudos

inscritos nos Centros de Emprego do IEFP era de 22 (Quadro 9.4). Este valor corresponde a menos

de 50% dos diplomados do curso desde 2008/2009.

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Quadro 9.4 – Desempregados registados com par estabelecimento/curso válido, por par

estabelecimento/curso, situação de procura de emprego e tempo de inscrição, diplomados entre 2008

e 2011, Dezembro de 2011 (Continente)

O sistema de monitorização promovido pelo Observatório do IPVC será fundamental para avaliar o

real valor e interesse profissional das competências adquiridas do presente curso e a respetiva

empregabilidade efetiva, e para apoiar os alunos na inserção profissional e também para a definição

de formações pós-graduadas e de mestrados que satisfaçam carências formativas identificadas nos

diplomados do IPVC. Desta forma, torna-se necessária a definição de medidas de incentivo ao

preenchimento destes inquéritos.

9.3. Internacionalização

No que respeita à mobilidade de docentes, no ano letivo de 2011-2012, foi atribuída uma bolsa de

mobilidade a um docente da ESA para a deslocação a Universidade de Santiago de Compostela, com

os objetivos de: i) apresentar seminários técnicos temáticos; ii) divulgar os projetos de ensino, de

investigação e de inovação da ESA-IPVC; iii) reforçar a criação de parcerias nestes domínios entre as

duas instituições, nomeadamente no incentivo dos alunos da Instituição de acolhimento a realizarem

períodos de formação na ESA-IPVC; iv) potenciar a integração e o reconhecimento da ESA-IPVC na

rede de instituições Europeias com competências nos domínios da agricultura biológica, biotecnologia

agrícola, alimentar e ambiental, da engenharia do ambiente, da engenharia agronómica e do

ordenamento do território.

No Quadro 9.5 constam os dados de internacionalização dos alunos de Biotecnologia em 2011/2012.

Relativamente a alunos nacionais em programas de mobilidade, foram atribuídas três bolsas: uma

para o 1º semestre na Universidade de Santiago de Compostela, Campus de Lugo (Espanha) e duas

para a Wroclaw University of Environmental and Life Science (Polonia). Estas últimas foram

prolongadas no segundo semestre na categoria de ERASMUS free-mover.

Durante o 1º semestre do ano 2011/12 frequentou a ESA-IPVC um aluno da Università degli Studi di

Napoli Federico II (Itália) e um aluno da Universidade de Vigo durante o primeiro e segundo semestre.

Quadro 9.5 – Nível de Internacionalização do ciclo de estudos

Área de

estudo

Desempregados que concluiram o curso entre 2008 e 2011

Total em

2010

Diplomados

de

2007/2008 a

2010/2011

Primeiro emprego Novo emprego

Total < 6 meses

6 a <12

meses ≥12 meses < 6 meses

6 a <12

meses ≥12 meses

524 4 1 1 2 1 1 10 6 22

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Nível de Internacionalização no Ciclo de Estudos

Alunos estrangeiros 2

Alunos em programas internacionais 3

Docentes estrangeiros 1

Docentes em programas internacionais 1

10. Análise SWOT do Ciclo de Estudos

10.1. Missão e Objetivos;

Pontos fortes

Importância de um curso de licenciatura com este âmbito e objetivos.

Experiência de ensino da ESA-IPVC em áreas de aplicação da biotecnologia, designadamente nas

áreas das ciências agrárias, ciências e tecnologias do Ambiente e ciências alimentares.

Definição clara dos propósitos do curso, dos objetivos e adequação das parcerias.

Natureza multidimensional e multidisciplinar do curso.

Forte articulação dos objetivos e funcionamento do curso com o projeto científico, educativo e cultural

do IPVC.

Reforço da qualidade dos recursos humanos e dos recursos materiais disponíveis para este projeto

de ensino.

Pontos fracos

Evolução considerável e intensa dos referenciais científicos de enquadramento ao curso, o que torna

os métodos de ensino exigentes ao nível da produção e atualização de novos conteúdos.

Aumentar a quantidade do empreendedorismo associados ao curso.

Oportunidades

Reforço das áreas de ensino da ESA-IPVC.

Articulação com projetos e unidades de I&DT existente no IPVC.

Maior colaboração com o tecido institucional regional, nacional e internacional.

Possibilidade de continuidade dos ciclos de estudo a alunos internos ou alunos/profissionais

formados por outras instituições.

Promoção da criação de redes de conhecimento, de trabalho e ensino a nível regional/transfronteiriço

potenciando e favorecendo a continuidade de projetos de ensino, investigação e inovação no IPVC e

na região com apoio em projetos com alunos graduados.

Reforço do trabalho colaborativo entre docentes e investigadores do IPVC e destes com centros de

investigação e redes de trabalho nacionais e internacionais.

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Apoio e contributo para a economia regional e transfronteiriça, e para a promoção das atividades

relacionadas com as áreas de aplicação do curso.

Constrangimentos

As limitações impostas pela atuais condições e modelos de financiamento do ensino superior.

Aposta na formação por parte de empresas e apoio aos respetivos colaboradores.

Financiamento para apoios à colaboração interinstitucional e internacionalização.

Aumento da oferta formativa aos alunos em áreas curriculares alternativas.

10.2. Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade

Pontos fortes

SGGQ certificado pela ISO 9001 desde Jan. de 2009.O âmbito do Sistema centra-se no processo

ensino&aprendizagem mas considerando todos os processos de suporte ao mesmo (ver Manual da

Qualidade), incluindo os processos de gestão estratégica, cooperação internacional, gestão

académica, RH, projetos, infraestruturas, higiene e segurança e serviços de apoio (bibliotecas,

alojamento, alimentação ,bolsas). Existência de metodologias de monitorização e controlo de activ.,

com definição anual de objetivos, indicadores e metas para cada processo com base no Plano

Estratégico e na Politica da Qualidade Destaca-se o Inquérito de aval. da qualidade de ensino,

realizado semestralmente aos estudantes, as auditorias internas ao longo do ano e os inquéritos de

aval. da satisfação de estudantes, colaboradores e entidades externas e os balanços da qualidade

relativos ao desempenho do SGGQ. Com os novos estatutos, o IPVC definiu uma estrutura de

decisão hierárquica eficiente e congregando vários níveis de participação.

Pontos fracos

Reconhecimento do sistema interno de garantia da qualidade por parte dos estudantes e a sua

participação no mesmo ainda reduzido.

São ainda pouco robustas as metodologias de auscultação de antigos estudantes e das entidades

empregadoras, a participação das mesmas e a inclusão de especialistas externos nos processos de

criação e revisão dos ciclos de estudos.

Baixa eficiência do sistema de gestão documental, de sistemas de acompanhamento de indicadores

de desempenho e de recolha de informação.

Oportunidades

Integrar o Programa de avaliação institucional da Ass. das Universidades Europeias. Participação no

exercício experimental de auditoria, por parte da A3ES, ao SIGGQ do IPVC e possível acreditação do

mesmo. Envolver mais os estudantes nas auditorias internas ao sistema e na elaboração dos

relatórios de curso. Maior envolvimento dos órgãos consultivos e de gestão na estrutura e gestão dos

processos do SIGGQ. Ajustar as metodologias de auditoria aos critérios e referenciais propostos pela

A3ES. Melhorar os SI e comunicação, tornando mais eficiente o fluxo de informação/documentos de

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suporte, a monitorização de indicadores de desempenho e a tomada de decisão para melhoria

continua. Implementação de sistema de workflow, que reduza o papel nos fluxos documentais e

melhorar integração dos SI administrativos entre si. Propor certificação pelas normas internacionais

de TIC do IPVC DataCenter, dotado de características de segurança de dados e de estrutura de rede

que permitem a sua submissão.

Constrangimentos

Poucos recursos humanos disponíveis e elevados custos financeiros associados às oportunidades

identificadas para a melhoria do sistema interno de garantia da qualidade;

Adversidade e dificuldade de adoção por alguns agentes;

A necessidade de ajustar processos gerais a situações específicas de cada Unidade Orgânica.

10.3. Recursos materiais e parcerias;

Pontos fortes

Desenvolvimento científico, cumprimento dos requisitos legais, aumento das capacidades técnicas e

tecnológicas da ESA-IPVC.

Corpo docente (internos e colaboradores) com qualificação firmada e crescente nas áreas de

intervenção do curso, e um forte envolvimento e articulação com outras instituições de ensino

superior, centros de investigação e outras parcerias da administração e do tecido empresarial.

Articulação institucional relevante com o tecido socioeconómico regional, nacional e tranfronteiriço

reforçado através de protocolos de parceria.

Instalações/equipamentos adequados às necessidades do curso, reforçados pela criação das

Unidades Laboratoriais nas áreas da Biotecnologia Ambiental, Biodiversidade e Recursos Genéticos,

além do aumento considerável dos recursos afetos ao Centro de Geomática e Sistemas Ambientais.

Qualidade de funcionamento dos equipamentos, do sistema de informação e da rede informática

interna;

Crescente dinamização de atividades de divulgação do curso e consolidação do relacionamento com

entidades parceiras através da colaboração em trabalhos de estágio, Seminários, Jornadas,

Workshops.

Pontos fracos

Processo inicial de adaptação a novas metodologias de ensino inovadores (e-learning) que funcionam

numa base de complemento às aulas e ao fornecimento de materiais presenciais.

Dimensão da ESA-IPVC e a dificuldade de gerar economias de escala em termos da gestão dos

recursos afetos.

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Necessidade de reforço da presença do curso em redes temáticas, redes de trabalho e conhecimento

internacionais com viabilidade de acesso a financiamento regular e contínuo.

Oportunidades

Aumento das possibilidades de financiamento da investigação, inovação e desenvolvimento

tecnológico ao nível da Estratégia 2020 para o período 2014-2020

Melhoria das condições e um forte incentivo à investigação, ensino e formação por contrato com

parceiros regionais e (inter)nacionais.

Possibilidade de valorizar os recursos materiais adquiridos ou a adquirir nos projetos aprovados.

Possibilidade de inserção profissional e de resposta aos países lusófonos emergentes de África e

América do Sul.

Constrangimentos

Inexistência de um centro de investigação no IPVC que centralize e organize os projetos e processos

de investigação dispersos pela iniciativa de pequenos grupos ou concentrada em unidades de

investigação internos e centros de investigação externos aos quais os docentes pertencem.

Modelos e práticas coerentes de manutenção dos custos de operação dos recursos materiais

existentes.

10.4. Pessoal docente e não docente;

Pontos fortes

Excelente relação do corpo docente e do corpo não docente com os estudantes;

Qualidade dos mecanismos de programação e comunicação entre os envolvidos;

Práticas de ensino-aprendizagem centradas nas necessidades dos alunos, com acesso alargado

destes a meios laboratoriais e acompanhamento tutório ao longo dos trabalhos das UC, por docentes

e técnicos não docentes, incluindo nos trabalhos finais de curso;

Ganhos recentes da quantidade e da relevância das atividades de I&D na instituição, em particular

pelo envolvimento dos docentes e dos alunos finalistas em projetos e grupos de I&D.

Pontos fracos

Dificuldade em manter trabalhos curriculares e de investigação de laboratório em contínuo por

limitações do número de técnicos de laboratório (pessoal não docente);

A dificuldade de manter/assegurar a multiplicidade de responsabilidades em atividades ao nível da

docência, investigação e serviços especializados e cargos de gestão/administrativos;

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A necessidade de aumentar a quantidade de colaboração de docentes/profissionais com experiencia

relevante.

Oportunidades

Corpo docente multidisciplinar, agregador para as diversas áreas científicas e de ensino do IPVC que

se relacionam com o curso, assim como interessado na criação de uma unidade de investigação que

integre a área das ciências biotecnológicas;

Possibilidade de fixar docentes e investigadores de qualificação académica e profissional crescente e

continuar linhas de investigação, ensino e formação com um percurso relevante na ESA-IPVC e de

interesse regional e transfronteiriço.

Constrangimentos

Estabilidade do corpo docente e não docente;

A necessidade de assegurar a motivação do corpo docente, não docente e alunos;

Acesso a formação específica para o cumprimento e melhoria de processos;

Possibilidade de abertura e acesso a fundos de apoio à cooperação internacional.

10.5. Estudantes;

Pontos fortes

Forte domínio, incentivo e participação dos alunos para as novas tecnologias de ensino-

aprendizagem e de comunicação;

Forte capacidade e motivação para a inserção dos alunos em projetos e trabalhos de investigação;

Utilização de trabalhos de grupo para desenvolver competências de trabalho em equipa integrando

elementos com formação de base distinta, contribuindo para o desenvolvimento do espírito crítico e

integração de conhecimentos multidisciplinares;

Continuidade de alguns alunos licenciados para cursos de mestrado em alternativa ou em

complementaridade à atividade profissional;

Disponibilidade e vontade dos alunos em promover o autoemprego;

Pontos fracos

Financiamento e custos associados à inscrição e frequência de cursos de licenciatura;

Os custos e as dificuldades logísticas de transporte para a ESA-IPVC;

Insuficiente intenção e possibilidade de mobilidade (inter)nacional;

Baixa participação de alunos estrangeiros;

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Dificuldade em articular a atividade académica com a vida profissional;

Necessidade de lecionar em horários alargados por forma a incluir os estudantes trabalhadores em

UC com maior insucesso escolar;

Dificuldade na integração de todos os tópicos de UCs com o envolvimento de muitos docentes;

Dificuldade no domínio da Língua Inglesa

Oportunidades

Valorização do conhecimento e da aprendizagem;

Valorização profissional de competências técnicas e profissionalizantes;

Valorização da participação em atividades extracurriculares através do Suplemento ao Diploma;

Continuação para segundos ciclos de estudo;

Inserção em projetos de investigação, inovação e empreendedorismo ou prestação de serviços de

elevado valor acrescentado.

Aumento da iniciativa empresarial, no desenvolvimento de processos e produtos biotecnológicos

inovadores.

Constrangimentos

A dificuldade de emprego tendo em conta a situação económica.

Os custos de educação a suportar pelos estudantes e respetivas famílias, que também se reflete na

dificuldade em concretizar a participação em períodos de mobilidade internacional.

.

10.6. Processos;

Pontos fortes

Abertura e colaboração dos docentes e não docentes para a implementação e melhoria dos

processos de ensino/aprendizagem dos estudantes.

Desenvolvimento de novos processos com fins pedagógicos e administrativos.

Forte dinâmica de implementação de inovação organizacional e processual.

Participação crescente dos alunos nos processos de monitorização, avaliação e melhoria do curso.

Elevado grau de satisfação dos alunos com o curso, atividade letiva e atendimento aos alunos.

Pontos fracos

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Processo ensino-aprendizagem é prejudicado pela repartição da UC por vários docentes, o que

implica cuidados na distribuição de serviço docente e articulação nos conteúdos, metodologias e

avaliação da UC;

Insuficiente experiência de colaboração institucional com entidades internacionais e a necessidade de

reforçar a posição do IPVC a este nível aproveitando a experiência individual dos docentes.

Reduzida utilização dos instrumentos internos ao curso, e em particular a nível institucional, de

monitorização do sucesso do ensino-aprendizagem.

Necessidade de reforçar a monitorização das saídas profissionais dos licenciados na sua relação com

a implementação de ações de melhoria.

Auscultação das partes interessadas externas ainda pouco consolidada na integração dos alunos em

atividades técnico-científicas.

Oportunidades

Desenvolvimento de novos métodos e ferramentas para a gestão de processos/gestão da qualidade.

Novos referenciais de gestão da qualidade total no IPVC.

Constrangimentos

Dificuldade na comunicação da nova oferta formativa junto dos atuais e potenciais públicos.

Os custos e as dificuldades da normalização de processos.

10.7. Resultados Académicos.

Pontos fortes

Tendência de melhoria do aproveitamento escolar médio.

Diversidade de formas e tipos de avaliação centrada na aquisição de diferentes tipos de

competências;

Publicação de calendário de avaliação contínua com forte articulação entre docentes minimizando

sobreposição de elementos de avaliação.

Período de recuperação como oportunidade de melhoria de elementos de avaliação prática

(Relatórios de trabalhos/projetos)

A existência do estágio curricular é um forte contributo para a integração dos alunos em atividades de

I&D;

Forte incentivo as competências de natureza tecnológica e profissionalizante.

Realização de trabalhos/projetos curriculares de natureza técnico-científica e em articulação com

entidades parceiras ao longo do ciclo de estudos e reforçada pela UC de Estágio e Projeto Individual.

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Pontos fracos

Dificuldade de articulação entre as atividades desenvolvidas no âmbito do estágio com as atividades

das restantes UC do 6º semestre.

Assegurar abordagens e desenvolvimento de temáticas específicas do curso em UC comuns a outros

ciclos de estudos.

Baixa taxa de aprovação à UC de Matemática, resultando na acumulação de ECTS para o ano letivo

seguinte com possibilidade de condicionar o aproveitamento a outras UC.

Elevada resistência e esforço necessário à utilização de bibliografia em inglês por parte dos Alunos..

Oportunidades

Valorização externa do aproveitamento escolar enquanto elemento de promoção profissional dos

alunos e sinal da eficiência de encargos com o curso;

Possibilidade de aumentar dinâmicas e atividades de promoção do sucesso escolar

Constrangimentos

Dificuldade de articular atividades letivas com as obrigações profissionais dos TE.

Necessidade de desenvolver metodologias de ensino e avaliação em articulação com alunos TE.

Necessidade de valorizar os bons resultados finais com uma maior inserção ou promoção profissional

do Licenciado em Biotecnologia.

11. Proposta de ações de melhoria

11.1. Missão e Objetivos

Debilidades

1 - Maior nível de integração entre os projetos de ensino da ESA e do IPVC, em geral; adequar

sistematicamente os temas das unidades curriculares às aplicações da biotecnologia nas suas

diferentes áreas de intervenção (agronomia, alimentação e Ambiente) e reforçar a partilha de

recursos e de unidade curriculares com outros cursos de grau similar das diversas unidades

orgânicas do IPVC.

2 - Necessidade de formalizar mais parcerias através de protocolos à escala regional e nacional;

Procurar ainda um maior ajustamento a problemas e potencialidades do quadro regional e nacional e

a necessidade de aumentar a diversidade de instituições colaboradoras.

3 - Importância de estabelecer mais parcerias a nível internacional, em particular no espaço lusófono;

Aumentar o nível de internacionalização seja na participação de docentes e alunos no curso com o

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aumento da mobilidade com as instituições protocoladas, em particular reforçar a comunicação e

partilha de projetos com países lusófonos

1 - Aumentar o número de iniciativas (reuniões de coordenação dos cursos, do numero de visitas de

estudo, de propostas) comuns entre os cursos no sentido de estender o plano de

atividades/programação atual

2 - Formalizar protocolos e estreitar as relações e a auscultação com um conjunto de entidades com

quem a ESA e a licenciatura de Engenharia do Ambiente tem uma colaboração atual

3 - Identificar e a avançar com parcerias, propostas e projetos comuns com entidades a nível

internacional, em particular no espaço lusófono

Proposta de melhoria

Ação de melhoria Objetivo

Meta

Indicador Tempo

(meses)

Responsável Prioridade

1 - Aumentar o número de iniciativas

(reuniões de coordenação dos cursos,

do número de visitas de estudo, de

propostas comuns) entre os cursos no

sentido de estender o plano de

atividades/programação atual

Número de reuniões entre

as coordenações de curso

Número de visitas

Propostas de organização

ou outras iniciativas

conjuntas

9

Alta

2 - Formalizar protocolos e estreitar as

relações e a auscultação com um

conjunto de entidades com quem a

ESA e a licenciatura em Biotecnologia

tem uma colaboração atual

Número de protocolos 9 Alta

3 - Identificar e avançar com parcerias,

propostas e projetos comuns com

entidades a nível internacional, em

particular no espaço lusófono

Parcerias estabelecidas

Protocolos

Projetos

12 Alta

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11.2. Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade;

Debilidades

1. Baixo reconhecimento do sistema interno de garantia da qualidade por parte dos

estudantes e a sua participação no mesmo.

2. Gestão documental e de sistemas de acompanhamento de indicadores de desempenho e

de recolha de informação pouco eficiente.

3. Ferramentas de avaliação de desempenho do sistema interno de garantia da qualidade

ainda não totalmente adaptados aos referenciais e critérios propostos pela A3ES.

Proposta de melhoria

Ação de melhoria Objetivo Meta

Indicador Tempo (meses)

Responsável Prioridade

1. Melhorar a participação dos estudantes no sistema interno de garantia da qualidade, incluindo aumento da taxa de participação nos inquéritos à qualidade de ensino; integração nas equipas de auditorias internas ao sistema e nas equipas de elaboração dos relatórios de curso.

Taxa de participação dos estudantes nos inquéritos online à qualidade de ensino; Número de auditorias com participação de estudantes

9 Alta

2. Melhorar os sistemas de informação e comunicação, tornando mais eficiente o fluxo de informação/documentos de suporte ao sistema e a monitorização de indicadores de desempenho e a tomada de decisão para a melhoria continua. Implementação de sistema de workflow. que permita a redução do papel nos fluxos documentais e melhorar integração dos sistemas de informação administrativos entre si.

Número de processos com sistema de workflow implementado; Tempo de decisão de ações para resposta a não-conformidades detetadas no sistema; tempo de resposta a reclamações

18 Média

3. Nível de cumprimento dos referenciais de autoavaliação (com base no relatório de auditoria realizada pela agência)

Nível de cumprimento dos referenciais de auto-avaliação (com base no relatório de auditoria realizada pela agência)

12 Alta

4. Promover a participação de entidades externas na revisão/melhoria dos planos curriculares

Nº entidades envolvidas Nº contributos

12 Alta

11.3. Recursos materiais e parcerias

Debilidades

1. Insuficiência de equipamentos em áreas e/ou laboratórios específicos ao nível de apoio a algumas

atividades de aulas práticas.

2. A necessidade de aumentar a quantidade e qualidade de equipamento no apoio a linha de

investigação em que se enquadrem os alunos, bem como de consumíveis

3. Dificuldade de programação e realização de visitas de estudo e apoio à realização de estágios de

curta duração dos alunos e docentes

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Proposta de melhoria

Ação de melhoria Objetivo

Meta

Indicador Tempo (meses)

Responsável Prioridade

1. Aquisição e operacionalização de equipamentos em áreas e/ou laboratórios específicos ao nível de apoio a algumas atividades de aulas práticas.

Nº equipamentos adquiridos Valor do investimento realizado (euros)

18 Média

2. Aumento do número de candidaturas a projetos de investigação e de aquisição de equipamento da instituição de apoio ao curso

Nº candidaturas apresentadas Nº candidaturas realizadas Nº projetos aprovados Valor projetos aprovados (euros)

18 Média

3. Realização de visitas de estudo e apoio à realização de estágios de curta duração dos alunos e docentes

12 Alta

4. Criação da bolsa de estágios, a ser gerida pela Comissão de Estágios da ESA-IPVC

Aumentar o nº de parcerias e fomentar o relacionamento com entidade externas

Nº parcerias e/ou protocolos

12 Comissão de Estágios da ESA-IPVC / Direção

Alta

Realização das 1as Jornadas em

Biotecnologia

Aumentar o nº de parcerias e fomentar o relacionamento com entidade externas

Nº de participantes nas Jornadas

12 CCurso Alta

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11.4. Pessoal docente e não docente

Debilidades

1. A importância de alargar a formação ao nível do doutoramento ou de acreditação de especialistas

à totalidade dos docentes envolvidos no curso

2. A necessidade de aumentar mobilidade dos docentes e dos alunos e da disponibilidade para

envolvimento e assumir responsabilidade em atividades extracurriculares de interesse para a

instituição (cargos/atividades de gestão, coordenação ou investigação)

3. A importância de atualização e formação específica para o pessoal não docente em novas áreas,

métodos e equipamentos

Proposta de melhoria

Ação de melhoria Objetivo Meta

Indicador Tempo (meses)

Responsável Prioridade

1. Incentivar e promover o término do doutoramento ou a acreditação de especialistas aos docentes

Nº doutoramentos terminados Nº especialistas reconhecidos

18 Alta

2. Aumentar a mobilidade dos docentes/dos alunos e contabilizar na carga docente os cargos/atividades de gestão, coordenação ou investigação em paralelo à carga letiva

Nº bolsas de mobilidades aprovadas Nº bolsas de mobilidade apoiadas Nº docentes envolvidos em cargos Nº de horas consideradas em cargos/responsabilidade

18 Média

3. Promoção da atualização e formação específica para o pessoal não docente em novas áreas, métodos e equipamentos

Nº técnicos Envolvidos Nº ações de formação realizadas

12 Alta

11.5. Estudantes

Debilidades

1. Embora em sentido ascendente, a taxa de participação dos estudantes estrangeiros é

relativamente diminuta

2. Os alunos disponíveis ou com possibilidade de participar em programas de mobilidade é baixo

3. A importância de aumentar os níveis de empregabilidade e de aumentar os casos de

empreendedorismo

4. A importância de reforçar as competências dos alunos em áreas e temáticas complementares

como sejam as línguas estrangeiras

5. A importância de envolver os alunos em projetos de investigação e aumentar a sua participação

em produção técnico-científica

Proposta de melhoria

Ação de melhoria Objetivo Meta

Indicador Tempo (meses)

Responsável Prioridade

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1. Aumentar os alunos estrangeiros do espaço europeu e espaço lusófono no curso

Nº alunos estrangeiros

12 Alta

2. Aumentar o número e o período de mobilidade de alunos do curso em universidades estrangeiras no âmbito dos acordos ERASMUS ou de qualquer outro enquadramento.

Nº alunos portugueses em mobilidade

12 Alta

3. Melhorar o apoio direto e continuo ao aluno ao nível da inserção profissional e em projetos de empreendedorismo seja no quadro da Comissão de Curso ou por outros órgãos do IPVC.

Nº alunos envolvidos em empreendedorismo Nº estágios apoiados

12 Média

5. Aumentar a quantidade de atividades cursos extracurriculares disponíveis para os alunos (ex. Inglês, Castelhano,..) e a quantidade de bibliografia disponível para consulta aos estudantes

Nº de atividades desenvolvidas Nº alunos participantes

18 Alta

6. Envolver os alunos em projetos de investigação e aumentar a sua participação na produção técnico-científica

Nº alunos envolvidos Nº publicações Nº de outros produtos técnic-cinetificos

12 Alta

11.6. Processos

Debilidades

1 – Implementação contínua e melhoria dos processos previstos no Sistema de Gestão da Qualidade

do IPVC associada a uma divulgação junto de toda a comunidade escolar com um plano de melhoria

e instrumentos tecnológicos monitorização de processos.

2 - A importância de envolver os alunos em órgãos estudantis, órgãos de gestão da instituição e

atividades de natureza extracurricular em paralelo à divulgação do Suplemento ao Diploma

3 - A experiencia mostra a importância do estabelecimento e divulgação formal de alguns

procedimentos administrativos e pedagógicos que não estejam claros atualmente.

Proposta de melhoria

Ação de melhoria Objetivo Meta

Indicador Tempo (meses)

Responsável Prioridade

1. Implementação e monitorização direta de processos com a recolha direta de indicadores de uso na plataforma de gestão da qualidade e na plataforma e-learning

Nº de alunos inscritos na plataforma Nº ações de divulgação Tempo de acesso na plataforma

12 Média

2. Envolver os estudantes em órgãos estudantis, órgãos de gestão da instituição e atividades de natureza extracurricular em paralelo à

Nº de alunos em órgãos Nº atividades desenvolvidas pro estudantes

12 Alta

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divulgação do Suplemento ao Diploma

Nº de reuniões com alunos Nº ações de divulgação do Suplemente ao DIploma Nº alunos que pedem o Suplemente ao DIploma

3. Identificação, estabelecimento e divulgação formal de alguns procedimentos administrativos e pedagógicos que não estejam claros e previstos atualmente.

Nº processos propostos Nº processos desenvolvidos

12 Média

11.7. Resultados Académicos

Debilidades

1 – Torna-se necessário desenvolver mecanismos de apoio direto, e de colaboração contínua, com todas as

instituições e parceiros com vista a melhorar o sucesso ao nível do limite do prazo estabelecido para a conclusão

do Estágio e Projeto Individual;

2 - É necessário divulgar resultados e trabalhos académicos realizados no âmbito do curso, com destaque

para eventos e publicações de divulgação técnica e científica, com trabalho realizado no âmbito dos

trabalhos finais;

3 – Falta de bibliografia específica, sobretudo para as UC Legislação e Bioética, Segurança Alimentar,

Biotecnologia Ambiental, Biotecnologia Alimentar e Biologia Celular e Molecular.

Proposta de melhoria

Ação de melhoria Objetivo Meta

Indicador Tempo (meses)

Responsável Prioridade

Implementar ações de melhoria indicados nos relatórios de UC para sistema de avaliação, conteúdos programáticos, metodologias de ensino, organização de visitas de estudo

Nº de ações de melhoria implementadas

Início de 2012/3013

Alta

Reforçar articulação entre docentes em UC partilhadas

Melhorar articulação entre conteúdos programáticos intra e inter UC e coordenar participação em atividades curriculares e extracurriculares

Nº visitas estudo realizadas em articulação com 2 ou + UC Nº atividades curriculares ou extracurriculares organizadas em articulação com 2 ou + UC

Início de 2012/3013

Alta

Incentivar trabalho autónomo dos alunos Melhorar desempenho académico e ganhos de autonomia

Horas trabalho autónomo indicadas pelo aluno

Início de 2012/3013

Alta

Aquisição bibliografia

(para as UC: L&B, Seg. Alim, Biotec Amb, Biotec

Aumentar a bibliografia relacionada

Nº de livros/revistas/jornais/.. relacionados com o curso

12 Alta

Page 75: Relatório Anual de Curso Curso de Licenciatura em Biotecnologia · objetivos do Processo de Bolonha, durante o ano letivo de 2011/12, no curso de licenciatura em Biotecnologia da

Alim e BCM) (para as UC: L&B, Seg. Alim, Biotec Amb, Biotec Alim e BCM)

com o curso

Reforçar a consulta de bibliografia em inglês nas

UC

Aumentar a fluência em inglês dos estudantes

Nº de UC com bibliografia em inglês; Nº de apresentações orais em inglês

12 Alta

Definir de forma adequada o âmbito, os objetivos, e a programação (que pode incluir, se pertinente, a entrega de produtos intermédios) como forma de melhorar a qualidade e antecipar a entrega e defesa do Relatório Final de Curso.

18 Média

Adaptar conteúdos programáticos das aulas práticas aos objetivos de aprendizagem específicos de cada ciclo de estudos, em UC comuns (e.g, Produção Agrícola)

12 Alta

Manter turma extra a matemática 12 Alta

Ponte de Lima, 31 de Dezembro de 2012

O Coordenador do Curso,

(Ana Cristina Rodrigues)