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RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO DE RISCOS ANO 2013

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ANO 2013

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ÍNDICE APRESENTAÇÃO 02

1. PERFIL CORPORATIVO 02

2. PROCESSO DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS CORPORATIVOS 02

3. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS CORPORATIVOS 03

4. POLÍTICAS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 03

5. METODOLOGIAS PARA O GERENCIAMENTO DE RISCOS 04

6. SISTEMA INTEGRADO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 05

7. GESTÃO DO RISCO DE CRÉDITO 05

7.1. Limites e Concessão de Crédito 05 7.2. Classificação de Risco de Crédito 05 7.3. Modelos De Mensuração De Risco De Crédito 06 7.4. Exposição Da Carteira – Modelo Proprietário 06 7.5. Exposição e Cred-Var da Carteira Global 06 7.6. Stress da Carteira de Crédito (Multidimensional – Stress – Rating) 07 7.7. Exposição Da Carteira De Crédito por Fator de Ponderação de Risco (FPR) 07 7.8. Montante Das Operações Em Atraso, Bruto de Provisões e Excluídas as Operações

Baixadas para Prejuízo 08

7.9. Fluxo Das Operações Baixadas Para Prejuízo 08 7.10. Montante Das Provisões Para Carteira De Crédito Global 08 7.11. Exposição Por Cliente - 10 Maiores 08

8. GESTÃO DO RISCO DE MERCADO 09 8.1. Limites Operacionais 09

8.2. Modelos de Mensuração de Risco de Mercado 09

8.3. Var Proprietário 10 8.4. Efeito Diversificação 10 8.5. Detalhamento Do Valor Exposto Por Fator De Risco 10 8.6. Exposições Financeiras 11 8.7. Validação do Modelo Utilizado para Gerenciamento do Risco de Mercado – Técnica de

Backtesting Tunneling 11

8.8. Stress Test 12

8.9. Análise De Sensibilidade 13

9. GESTÃO DO RISCO DE LIQUIDEZ 13 9.1. Acompanhamento Da Margem De Liquidez 13

9.2. Análise De Liquidez Do Período 14

9.2.1 Stress Test 14 10. GESTÃO DO RISCO OPERACIONAL 14

10.1 Identificação E Gerenciamento De Eventos De Risco 14

10.2 Base de Perdas Operacionais 15

10.3 Resposta ao Risco 15 10.4 Cálculo Do Capital Exigido para Cobertura do Risco Operacional 15

11. GERENCIAMENTO DE CAPITAL 16 11.1. Patrimônio de Referência (PR) 16

11.1. 1. Detalhamento do Cálculo do PR 16

11.2. Requerimento de Capital 16

11.2. 1. Ativos Ponderados Pelo Risco (RWA) 17

11.2.2. Detalhamento do RWA 17

11.3. Compatibilização do PR com RWA 18

11.4. Índice De Basileia 18

11.4.1. Índice de Basileia III 18 Conclusão 19

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APRESENTAÇÃO

O presente relatório visa apresentar, às partes interessadas, informações qualitativas e quantitativas referentes à gestão de riscos, aos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) e à adequação do Patrimônio de Referência (PR) do Banco do Estado do Pará, de forma a detalhar as práticas de gerenciamento e controle dos riscos financeiro e operacional as quais a Instituição está exposta, evidenciando fatores internos e externos que, influenciaram nas posições e exposições de risco assumidas pelo Banpará. A instituição segue as diretrizes do Acordo de Basileia, atendendo às Resoluções CMN nº 4.090/12, 3.380/06, 3.464/07, 3.721/09, 4.281/13, 3.988/11 e circulares relacionadas, adotando as melhores práticas da indústria financeira e os preceitos da governança corporativa.

Tais informações serão apresentadas com detalhamento adequado ao escopo, à complexidade das operações e à sofisticação dos sistemas e processos de gestão de riscos utilizados pelo Banco. 1. PERFIL CORPORATIVO O Banco do Estado do Pará S/A é um banco múltiplo de economia mista que tem como missão ser um banco moderno, autossustentável, comprometido com a excelência no atendimento, com as políticas de fomento e desenvolvimento socioeconômico do Pará, atuando com ética e responsabilidade social. Sua visão é ser referência como banco regional de varejo e de fomento. Seus valores são definidos como inovação com qualidade, valorização da Instituição, transparência nas ações, compromisso com o cliente, responsabilidade socioambiental, crescimento sustentável e lucro como medida de desempenho. Dentre as diretrizes estratégicas destacam-se as de tornar o Banco mais competitivo no mercado paraense; atuar com responsabilidade social e ambiental; dispor de uma equipe de colaboradores qualificada, motivada e atuante. Como resultado o Banpará espera reduzir a pobreza e a desigualdade, pelo desenvolvimento sustentável. A administração cabe ao Conselho de Administração e a Diretoria Colegiada, formada em sua maioria por funcionários de carreira do Banco. 2. PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS CORPORATIVOS O Banpará desenvolve o gerenciamento de riscos alinhado às melhores práticas adotadas pela indústria financeira, acompanhando a evolução de seus produtos e serviços, com vistas a garantir o processo de gerenciamento de riscos eficaz. As práticas adotadas pela área de gerenciamento de riscos visam mitigar os riscos cumprindo as regulamentações vigentes, realizando a constante comunicação interna e externa de práticas, processos e exposições aos riscos assumidos pelo Banco. O processo decisório, em todas as instâncias, é pautado pela análise do retorno ajustado ao risco, que proporciona aos gestores da Instituição a visão do retorno gerado pelos produtos frente aos riscos assumidos, estimulando a disseminação da cultura de riscos na Instituição.

O Gerenciamento dos Riscos corporativos do Banpará tem por finalidade alinhar o apetite ao risco à estratégia de negócios adotada, fortalecer as decisões considerando os riscos, reduzir as surpresas e prejuízos operacionais e otimizar o capital. O processo conduzido pelo Conselho de Administração, Diretoria Colegiada e demais unidades, busca o estabelecimento de estratégias formuladas para identificar em todo o Banco, eventos em potencial capazes de afetá-lo e administrar

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os riscos de modo a mantê-los compatíveis com os níveis de risco assumidos pelo Banpará, possibilitando garantir o cumprimento dos objetivos almejados.

Para controlar estrategicamente os riscos faz-se necessário considerá-los como parte integrante no processo de competitividade, mantendo a potencialidade e capacidade dos negócios do Banco na geração de benefícios futuros. 3. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS CORPORATIVOS O gerenciamento de riscos corporativos está vinculado à Diretoria de Controladoria e Planejamento e Relação com Investidores – DICOP e estruturado na Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos – SUCOR, segundo organograma funcional abaixo:

A estrutura de gerenciamento de riscos e de gestão de capital do Banpará possibilita que os riscos e a necessidade de capital sejam identificados, mensurados, mitigados, acompanhados e reportados aos Comitês e à Diretoria Colegiada. A identificação e acompanhamento dos riscos e o gerenciamento do capital são realizados de modo a fornecer informações e proposições aos comitês para avaliação de limites, parâmetros e procedimentos estabelecidos em políticas.

O gerenciamento dos riscos corporativos do Banpará contribui para assegurar comunicação eficaz, cumprimento de leis e regulamentos e evitar danos à reputação do Banco, ajudando a organização a atingir seus objetivos e a evitar perigos e surpresas em seu percurso. Além disso, possibilita aos seus administradores tratar com eficácia as incertezas, os riscos e oportunidades a elas associadas de forma a aprimorar capacidade de geração de valor. 4. POLÍTICAS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS O Banpará realiza o gerenciamento dos riscos de Crédito, Mercado, Liquidez, Operacional e o gerenciamento de capital, com base em políticas institucionalizadas para cada risco e para a gestão de capital, as quais estabelecem um conjunto de diretrizes globais definidas pela Diretoria Colegiada para disciplinar o processo de gestão de riscos e de capital do Banco.

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As políticas estão devidamente documentadas, e estabelecem limites operacionais, mecanismos de mensuração e procedimentos destinados a manter as exposições aos riscos em níveis considerados aceitáveis pela administração da Instituição, permitindo o adequado gerenciamento, de modo a garantir a identificação, avaliação, monitoração e controle de suas operações. São revisadas no mínimo anualmente, aprovadas pelo Conselho de Administração e divulgadas a todas as unidades do Banco por meio de Sistema de Informação Interno (Intranet e Sistema de Controles Internos).

Em conformidade com as Resoluções CMN nº 4.090/12, 3.380/06, 3.464/07, 3.721/09, 4.281/13, 3.988/11 foi realizada a revisão das Políticas de Gerenciamento de Risco de Liquidez, Mercado, Crédito e Operacional e estabelecida a Política de Gerenciamento de Capital, adequando-as ao escopo e à complexidade das operações realizadas. As políticas foram apreciadas e aprovadas pela Diretoria Colegiada e Conselho de Administração. 5. METODOLOGIA PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS O Banpará realiza o gerenciamento dos riscos inerentes às suas atividades de forma integrada, com aprimoramento contínuo de suas metodologias, acompanhando a evolução dinâmica dos negócios, de maneira a minimizar possíveis distorções que venham impedir a qualidade plena do gerenciamento. Para tanto, define as seguintes etapas relativas ao processo de gerenciamento dos riscos:

ETAPAS DESCRIÇÃO

IDENTIFICAÇÃO

A identificação dos riscos é realizada pela avaliação diária das posições mantidas pela Instituição de modo a identificar os riscos inerentes às atividades do Banco. Além disso, o Banco conta com Comitês específicos que avaliam todos os riscos e sua aceitabilidade, de modo a aprovar novos produtos, métricas e demais implementações, em conjunto com a aprovação da Diretoria Colegiada.

MENSURAÇÃO

São utilizados modelos de mensuração técnicos fundamentados em critérios consistentes e verificáveis, devidamente aprovados, cuja capacidade preditiva é permanentemente monitorada pelas unidades envolvidas no processo, com base nos parâmetros utilizados de acordo com a particularidade de cada risco, o que permite quantificar possíveis perdas tanto em condições normais quanto em situações de stress.

MITIGAÇÃO

É realizada por meio de medidas qualitativas adotadas pelo Banco e pela determinação de limites operacionais aceitáveis de acordo com a complexidade das operações, minimizando possíveis impactos decorrentes de eventos inesperados. Tais ações contemplam: controles internos, taxas de retorno, efeito diversificação, pré-acionadores para possíveis utilização de Plano de Contingência em cenários de stress.

MONITORAMENTO

É realizada por meio de diversas atividades cujo objetivo é garantir a conformidade dos limites aprovados em política, aderência às regulamentações definidas pelo Órgão Regulador e o constante alinhamento às melhores práticas dos processos utilizados bem como suas atualizações.

REPORTE

As ações realizadas pela área de gerenciamento de risco são divulgadas para as áreas envolvidas nos processos, e em situações de anormalidade quanto de adversidade, os eventos são reportados tempestivamente para a Diretoria Colegiada subsidiando na tomada de decisão.

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6. SISTEMA INTEGRADO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS O Banpará monitora seus riscos através de sistema integrado de risco de crédito, mercado, liquidez, operacional e gestão de capital, alinhado aos objetivos do planejamento estratégico da Instituição, capaz de: medir, monitorar, controlar e simular a exposição aos riscos financeiros, abrangendo todas as operações mantidas pelo Banco, assim como gerar relatórios periódicos e tempestivos para a Diretoria Colegiada e usuários internos e externos. 7. GESTÃO DO RISCO DE CRÉDITO O Risco de Crédito define-se como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração da classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

A Gestão do Risco de Crédito abrange o conjunto de todas as operações detidas pelo Banco, contemplando o conjunto de áreas da Instituição que participam direta e indiretamente do ciclo creditício (prospecção, avaliação, concessão, Gestão Institucional do Risco, cobrança e recuperação de crédito). 7.1- LIMITES E CONCESSÃO DE CRÉDITO A formalização das operações de crédito é responsabilidade das Unidades de Negócios que deverão garantir que todas as condições para a aprovação do limite de crédito estejam em consonância com as normas e políticas internas. Os limites são concedidos a partir da aplicação de um modelo de qualificação de risco, cuja função é classificar os clientes quanto ao nível de risco, propiciando maior segurança às decisões de crédito sem se tornar elemento inibidor do poder de competitividade da instituição no mercado.

Como exposição ao Risco de Crédito, o Banpará não poderá ultrapassar em suas operações, por cliente ou grupo econômico, o limite de 5% do Patrimônio de Referência do Banco. O Limite de exposição ao Risco de crédito por cliente, não se aplica aos Depósitos interfinanceiros, os quais estão sujeitos à regulamentação específica. 7.2- CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO A classificação de risco de crédito é um fator de alta relevância na determinação da precificação do capital investido e da provisão para perdas de crédito. Para cada operação de crédito sujeita à aprovação, deverá ser atribuída uma classificação de risco com base nas premissas institucionalizadas na política de crédito da carteira comercial.

Após a concessão da operação de crédito, as avaliações de risco devem ser ajustadas de forma contínua, conforme necessário, para refletir as mudanças na condição financeira do devedor, fluxo de caixa, ou a viabilidade financeira em curso. O acompanhamento regular da capacidade de um devedor ou contraparte, com as suas obrigações, permite a realização de ajustes os quais poderão afetar a medição do risco de crédito.

A classificação realizada pela Instituição sobre a qualidade de suas operações de crédito contempla os aspectos estabelecidos pela Resolução CMN n º 2.682/99

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realizada com base em critérios consistentes e verificáveis, em ordem crescente de risco, nos seguintes níveis: AA; A; B; C; D; E; F; G e H, acompanhados de provisão em montantes suficientes para fazer face às perdas esperadas na realização das operações.

Além dos critérios constantes na Resolução CMN n º 2.682/99, para uma melhor gestão do risco de crédito global, o Banpará adota também modelo proprietário, o qual viabiliza a identificação das classes de riscos e categorias de clientes considerando fatores internos, permitindo maior exatidão no processo de mensuração, avaliação e mitigação desses riscos. 7.3- MODELOS DE MENSURAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO O Banpará utiliza como modelo de mensuração de risco de crédito o VaR Paramétrico que indica a perda financeira máxima a que uma carteira está sujeita em um determinado nível de confiança. Utiliza a aproximação de ponto de sela de Martin-Tompson-Browne, o que garante a não contabilização de múltiplos defaults de um mesmo contrato, com precisão adequada na calda de distribuição das perdas mesmo considerando o desvio observado das aproximações por ele realizadas. É indicado para carteiras com elevada quantidade de contratos dada a agilidade na realização dos cálculos. Além disso, através de simulações de cenários de stress é possível identificar situações extremas ou incomuns que possam causar grandes perdas financeiras.

7.4- EXPOSIÇÃO DA CARTEIRA - MODELO PROPRIETÁRIO

Em dezembro de 2013, a classificação da carteria de crédito por nível de risco atingiu o montante contábil de R$ 2.721 bilhões, com 90,96% dos contratos classificados no nível de risco A.

A concentração de contratos no nível de risco A deve-se ao grande volume de operações adimplentes, onde destacamos as operações de crédito Consignado e Banparacard. O nível de risco C, em dez/13 teve 2,18% de contratos classificados neste nível, tendo uma ampliação de 12,03% quando comparado a dezembro de 2012, esta majoração deve-se ao aumento na demanda dos clientes com responsabilidade total superior a 50 mil, cujo modelo de classificação fundamenta-se na pesquisa do cliente no mercado com ponderação atribuída por modelo interno. Fonte: Sucor/Gerif

7.5- EXPOSIÇÃO E CRED-VAR DA CARTEIRA GLOBAL DE CRÉDITO A carteira de crédito do Banpará registrou em 2013 uma exposição global ao risco de crédito, no volume de R$ 3.439.808.298,88 (MtM). O valor em risco, Cred-VaR, representa 0,6% sobre a exposição, ele apresentou declínio de 70% em relação a dezembro de 2012, já que houve redução na perda esperada (Expected Loss - EL) de 71% (equivale à aplicação da inadimplência sobre o valor presente adimplente) e

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na perda não esperada (Unexpected Loss – UL) de 69% (que representa a diferença entre o valor do Cred-VaR e a perda esperada). Esta variação é decorrente da alteração na configuração do prazo de tolerância de atrasos de 0 para 60 dias corridos.

Fonte: Sucor/Gerif

7.6- STRESS DA CARTEIRA DE CRÉDITO (MULTIDIMENSIONAL – STRESS – RATING) O Banpará utiliza, no cálculo do Stress Rating, a degradação da qualidade da carteira, por meio da deterioração da classificação do risco cliente. Este impacto no rating tem a finalidade de causar perturbação direta na probabilidade de inadimplência. Com isso, considerando como premissa de stress o declínio da classe de risco do cliente, a probabilidade de inadimplência sofre majoração de 11,2%. O Cred-Var passa a representar 236,3% em relação ao cenário de normalidade, a perda esperada 196,3% e a perda não esperada 296,8%.

Fonte: Sucor/Gerif

7.7- EXPOSIÇÃO DA CARTEIRA DE CRÉDITO POR FATOR DE PONDERAÇÃO DE RISCO (FPR) Abaixo, a evolução das exposições ao risco de crédito (valor contábil) por Fator de Ponderação de Riscos (FPR), conforme disposto na Circular nº 3.360/2007, para os trimestres de março, junho e setembro de 2013, e a Circular 3.644/13, para o trimestre de dezembro de 2013, que incluiu o FPR de 250%, que refere-se ao fator de ponderação para o valor da exposição de Crédito Tributário não utilizado na base de cálculo para se obter o valor de exposição a ser deduzido no Patrimônio de referência – PR.

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7.8- MONTANTE DAS OPERAÇÕES EM ATRASO, BRUTO DE PROVISÕES EXCLUÍDAS AS OPERAÇÕES BAIXADAS PARA PREJUÍZO.

A seguir apresentamos o montante de operações em atraso, segregada por faixas de prazo.

7.9- FLUXO DAS OPERAÇÕES BAIXADAS PARA PREJUÍZO Abaixo demonstramos o fluxo das operações baixadas para prejuízo, por trimestre:

7.10- MONTANTE DAS PROVISÕES PARA CARTEIRA DE CRÉDITO GLOBAL A carteira de crédito Banpará ao longo do ano de 2013 apresentou o montante de provisão para cobertura de perda esperada conforme tabela abaixo:

7.11- EXPOSIÇÃO POR CLIENTE - 10 MAIORES Abaixo apresentamos tabela com a evolução trimestral do percentual das exposições dos 10 maiores clientes em relação ao total das operações com características de concessão de crédito.

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8. GESTÃO DO RISCO DE MERCADO O Risco de Mercado origina-se da variação no valor dos ativos e passivos, causada por mudanças nos preços e taxas de mercado (estando inclusos juros, índice de preços, ações, ouro, cotações de moedas estrangeiras e preços de mercadorias - commodities), mudanças na correlação (interação) entre eles e nas suas volatilidades.

O gerenciamento do risco de mercado assumido pelo Banpará é realizado através de medições e monitoramento diário das exposições ao risco de mercado. São realizados testes de stress contemplando inclusive quebra de premissas para auferir resultados os quais são considerados no estabelecimento ou revisão de limites definidos em política para adequação de capital. 8.1- LIMITES OPERACIONAIS Os limites de exposição ao Risco de Mercado são submetidos à apreciação do comitê de risco de mercado e liquidez e à aprovação da Diretoria Colegiada. A determinação dos limites é subsidiada por análises efetuadas pela área de gerenciamento de riscos, considerando identificações prévias dos riscos inerentes às novas atividades e produtos, e realização de teste de stress, conforme as características das operações segregadas nas seguintes Carteiras:

• Carteira Trading Book ou Carteira de Negociação – contempla todas as operações com instrumentos financeiros, commodities e derivativos, detidas com a intenção de negociação ou destinadas a hedge de outras operações de trading, destinadas à revenda, obtenção de benefícios com flutuações de preços ou realização de arbitragem.

• Carteira Banking Book ou Mantida até o Vencimento - demais posições que abrangem todas as fontes relevantes de risco de mercado, menos sujeitas às perdas decorrentes da volatilidade de preços como: operações de crédito comercial realizadas pelas agências e mantidas até o vencimento, operações de captação de recursos, títulos públicos e privados de baixa liquidez, assim como todas as operações do Banco sujeitas ao risco de mercado não classificadas em trading desde que observadas o nível de liquidez da Instituição. 8.2 - MODELOS DE MENSURAÇÃO DE RISCO DE MERCADO Para mensuração e controle do risco de mercado o Banco adota como abordagem o VaR Paramétrico, o qual utiliza decaimento exponencial ou EWMA (Exponentially Weighted Moving Average) tanto para o cálculo do valor em risco quanto para o cálculo de volatilidades de vértices, o que vale para spots e para curvas de mercado, e realiza a validação do modelo adotado por meio da técnica de backtest, que consiste na aplicação da ferramenta de VaR em uma carteira no passado, replicada com a mesma características da carteira na data base.

O VaR proprietário é calculado diariamente, para o prazo de um dia, com confiança de 95%, o qual não poderá ultrapassar 5% (cinco por cento) do Patrimônio de Referência (PR) do mês sob análise. O Banpará realiza o acompanhamento diário de suas posições/exposições por fator de risco, considerando o valor de suas operações marcadas a mercado.

Além disso, por meio de elaboração de cenários de stress, avalia mensalmente os prováveis impactos nas carteiras de operações quantificando os choques

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desfavoráveis às posições mantidas, considerando as exposições aos diversos fatores de riscos de mercado assumidos. 8.3- VaR PROPRIETÁRIO Ao longo do ano de 2013, o Banpará manteve-se dentro dos limites operacionais definidos pelo Banco (5% do PR). No período analisado o maior valor em risco registrado correspondeu a 3,3% do PR. Tal fato ocorreu principalmente em função da alta volatilidade das taxas de mercado influenciada pelos cenários interno e externo. No final de 2013 o VaR proprietário representou 2,2% do PR.

Fonte: Sucor/Gerif

8.4- EFEITO DIVERSIFICAÇÃO O VaR do Banpará é calculado com base diária e extrapolado para outros horizontes de tempo, portanto, além do VaR para 1 du é calculado o VaR para 10 du, 21 du e 252 du, que representam a perda potencial para os prazos definidos. O Efeito Diversificação praticado, que equivale à diferença entre o valor em risco global e o somatório das parcelas individuais de cada fator de risco, motivado pela correlação entre os diversos fatores de risco produz uma redução em seu valor total.

Fonte: Sucor/Gerif

8.5- DETALHAMENTO DO VALOR EXPOSTO POR FATOR DE RISCO A partir do cálculo de VaR é realizado o detalhamento das posições financeiras mantidas pelo Banco, por fator de risco, destacando: posição líquida (PL); valor exposto; duration das posições do ativo e do passivo, cujo valor é calculado em dias úteis com base no valor presente para valor exposto ou posição e a alavancagem

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financeira, que representa a relação entre o valor exposto a risco e a posição líquida para o respectivo fator risco.

Fonte: Sucor/Gerif

8.6- EXPOSIÇÕES FINANCEIRAS As maiores exposições mantidas pelo Banco podem não ser as responsáveis pela maior parcela de VaR, uma vez que podem anular posições entre si, possuir duration diferentes, além da própria relevância do fator de risco de cada exposição, considerando também que as informações de ativo e passivo podem ser decompostas em mais de um fator de risco.

Fonte: Sucor/Gerif

8.7- VALIDAÇÃO DO MODELO UTILIZADO PARA GERENCIAMENTO DO RISCO DE MERCADO – TÉCNICA DE BACKTESTING TUNNELING Para o ano de 2013 a utilização da técnica de validação do modelo demonstra a eficiência do mesmo, cuja quantidade de extrapolações máxima esperada foi menor que duas vezes o complemento do intervalo de confiança adotado (5%), em razão da contabilização bicaudal do túnel. Os parâmetros utilizados na técnica de Backtesting Tunneling são revisados no mínimo trimestralmente, com vistas a

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manter o número de violações do limite estabelecido de VaR dentro de uma margem aceitável, conforme preceitua a Política de Risco de Mercado.

Fonte: Sucor/Gerif

8.8- STRESS TEST O cálculo de Stress é utilizado como metodologia para mensuração do risco das operações sujeitas à variação de taxa de juros nas carteiras trading e banking em condições extremas de mercado, considerando o deslocamento das curvas para o 1º e o 99º percentil, simultaneamente. Os choques que irão mover as curvas de mercado são obtidos pela maior variação entre os extremos históricos das taxas analisadas (1º e 99º), tomando como referência a data-base da apuração, conforme fundamento da Circular nº 3.365/2007. O principal objetivo é estimar as possíveis perdas, representadas por Delta, não contempladas pelo VaR.

O Banpará é tolerante à stress de mercado e, mesmo em cenários em que as curvas de preço possam gerar elevadas reduções no valor de mercado de suas posições, o Banco não pretenderá realizá-las, visto que sempre mantém quantidade de recursos disponíveis suficientes para fazer face as oscilações observadas e esperadas. Apresentamos a seguir a tabela contemplando os dados comparativos dos testes de stress aplicados para carteira trading e banking.

Fonte: Sucor/Gerif

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8.9- ANÁLISE DE SENSIBILIDADE A análise de sensibilidade é realizada com o objetivo de estimar os impactos no Patrimônio de Referência (PR) decorrentes da variação do valor de mercado das operações não classificadas na carteira de negociação, com utilização de choque compatível com o 1º e o 99º percentil de uma distribuição histórica de variações nas taxas de juros, considerando o período de manutenção (holding period) de um ano e o período de observação de cinco anos.

Fonte: Sucor/Gerif

Os cenários 1, 2 e 3, representam os impactos de redução equivalentes a 5%, 10% e 20% do PR, respectivamente, com a aplicação dos pontos bases indicados na coluna Variação % do Patrimônio. As simulações fornecem riqueza de informações e subsidiam a administração na avaliação comportamental do perfil de risco das carteiras e seus possíveis impactos sobre o patrimônio da Instituição.

9. GESTÃO DO RISCO DE LIQUIDEZ O Banpará define Risco de Liquidez como a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis - "descasamentos" entre pagamentos e recebimentos - que possam afetar a capacidade de pagamento do Banco, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.

A Instituição mantém o controle e acompanhamento da margem de liquidez, de acordo com a Resolução - CMN n.º 4.090/2012 e com a Política Institucional de Gerenciamento de Risco de Liquidez do Banpará, aprovada pelo Conselho de Administração.

O gerenciamento de ativos e passivos (ALM) do Banpará é realizado por meio da análise de liquidez representada pelo fluxo de caixa do Banco impactado pelo run-off (vencimento) das operações ao longo do tempo, rolagens, atrasos, inadimplência e demais situações com impacto financeiro, inclusive despesas orçamentárias.Também é realizada a análise de GAP e a simulação de Proft & Loss. 9.1- ACOMPANHAMENTO DA MARGEM DE LIQUIDEZ Com objetivo de manter adequado o volume dos recursos disponíveis (equivalentes à caixa) para absorver as flutuações do estoque de recursos do Banco, e com isso mantê-lo com capacidade de enfrentar as adversidades do mercado financeiro, conforme preceitua a Política Institucional de Risco de Liquidez, o Banpará revisou seu Limite Mínimo de Liquidez (LML - Colchão de Liquidez) e o limite Acionador do Plano de Contingência (Papco).

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A Diretoria Colegiada é informada tempestivamente, por meio de relatórios de risco, das posições de liquidez e de fatores que possam influenciar na composição da margem. Além disso, o Comitê de Risco de Mercado e Liquidez se reúne quinzenalmente e sempre que necessário para avaliação da margem de liquidez, dos recursos que a compõem e da conjuntura econômica. 9.2- ANÁLISE DE LIQUIDEZ DO PERÍODO No decorrer de 2013 o Banpará garantiu a manutenção da margem liquidez em função do volume de ativos de alta liquidez (cash like) que compõem o cálculo da margem, em sua maioria Títulos Públicos Federais e recursos aplicados em operações compromissadas de baixo risco. 9.2.1- STRESS TEST A configuração do cenário de stress de liquidez é utilizada para observar o comportamento da margem de liquidez do Banpará, em situações que possam comprometer a sua capacidade de pagamento.

O Cenário de Stress considera, para efeitos de configuração, o acréscimo de 20% sobre a estimativa de saques de depósito à vista, depósito a prazo e poupança, sem novas captações de recursos e o aumento de 10% no atraso das operações de crédito. 10. RISCO OPERACIONAL O Risco Operacional é conceituado como a ocorrência de perdas eventuais oriundas de falha, deficiência ou inadequação de processos, pessoas e sistemas internos, ou de eventos externos, incluindo-se nesse entendimento o risco legal associado à inconformidade ou deficiência em contratos instituídos, assim como a sanções provenientes de descumprimento de dispositivos definidos em lei e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pelo banco.

O Banpará estabeleceu a sua Política de Gerenciamento do Risco Operacional, pautada nos fundamentos da Resolução CMN 3.380/2006, e que consolida as principais diretrizes imprescindíveis para a disciplina do processo de gestão do Risco Operacional, se constituindo em uma importante ferramenta para a consecução e solidificação dos objetivos institucionais, uma vez que norteia a identificação, avaliação/mensuração, resposta e monitoramento dos eventos de risco inerentes aos seus produtos/serviços. 10.1- IDENTIFICAÇÃO E GERENCIAMENTO DE EVENTOS DE RISCO Para identificação dos principais eventos de risco, o Banpará no ano de 2013, revisou os mapeamentos de processos e riscos de todos os seus macroprocessos. Além disso, também foram identificados e tratados eventos de risco operacionais com base nos relatórios de auditorias interna e externa, nas atas dos Comitês, nos relatórios de Ouvidoria e nas autoavaliações. Esses eventos foram gerenciados mediante análise individualizada, com a definição dos controles para mitigação, a designação dos responsáveis e o estabelecimento de prazos para o efetivo cumprimento das ações, bem como foram submetidos aos testes necessários através da metodologia CRSA – Control and Risk Self Assessment, visando obter a exposição da instituição aos riscos apontados. Em 2013, o volume de planos ativados e finalizados evidencia a celeridade no processo de identificação e tratamento das deficiências observadas, reduzindo a probabilidade de ocorrência de

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novos eventos, bem como denota maior eficiência no tocante ao aperfeiçoamento contínuo da gestão de riscos.

10.2- BASE DE PERDAS OPERACIONAIS A manutenção de uma base contendo os dados de perdas associadas ao risco operacional foi determinada pela Resolução 3.380/2006, do Conselho Monetário Nacional. Nesse sentido, no ano de 2013 foram armazenados na base de perdas do Banco os eventos de risco que incorreram em perdas financeiras.

As perdas de maior representatividade e ocorrência foram registradas nos eventos de Práticas Inadequadas, Fraudes Externas e Demandas trabalhistas, com 48,43%, 26,18% e 20,82%, respectivamente. A manutenção de uma base de perdas possibilita a avaliação do impacto na continuidade dos negócios, de forma que sejam estabelecidos planos de ação para correção das deficiências que ocasionaram tais perdas.

Fonte: Sucor/Gecro

10.3- RESPOSTA AO RISCO Após a identificação dos eventos de risco na autoavaliação das unidades, foram adotadas as medidas necessárias à mitigação dos eventos com indicadores de maior criticidade, através da elaboração e ativação de planos de ação. A partir da aplicação da metodologia de Autoavaliação CRSA - Control and Risk Self Assessment nas unidades, foram ativados no ano de 2013, 83 (oitenta e três) Planos de Ação no sistema de Controles Internos. Foram também elaborados e ativados 88 (oitenta e oito) planos para correção de deficiências apontadas por diversas fontes tais quais: Auditoria Interna, Relatório/Demanda Auditoria Externa, Auditoria/Demanda Bacen, Revisão de Políticas, Controles Internos e Revisão de Regimento de Comitê interno.

10.4- APURAÇÃO DOS ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO OPERACIONAL POR ABORDAGEM PADRONIZADA (RWAOPAD) No ano de 2013, o Banpará adotou para apurar os ativos ponderados pelo risco operacional por abordagem padronizada (RWAopad), a metodologia Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada - Apas, integrada em sua fórmula de cálculo pelo Indicador de Exposição ao Risco Operacional - IE (correspondente, para cada período anual, à totalidade dos valores semestrais de Receitas de Intermediação Financeira e Receitas com Prestação de Serviços, com a dedução das Despesas de Intermediação Financeira) e pelo Indicador Alternativo de Exposição ao Risco Operacional - IAE (correspondente, para cada período anual, à média aritmética dos saldos das operações de crédito, de arrendamento mercantil e de outras operações com característica de concessão de crédito e dos títulos e valores mobiliários não classificados na carteira de negociação), em obediência à Circular nº 3.640, de

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04/03/2013, e Circular nº 3.675, de 31/10/2013, definidas e publicadas pelo Banco Central do Brasil. 11- GERENCIAMENTO DE CAPITAL Conforme a Resolução CMN n° 3.988/2011, define-se como gerenciamento de capital o processo contínuo de monitoramento e controle do capital mantido pela instituição, da avaliação da necessidade de capital para fazer face aos riscos a que a instituição está sujeita e do planejamento de metas e de necessidade de capital, considerando os objetivos estratégicos da instituição. Essa definição inclui que a instituição deve adotar uma postura prospectiva, antecipando a necessidade de capital decorrente de possíveis mudanças nas condições de mercado. 11.1- PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA (PR) O Banpará calcula mensalmente o Patrimônio de Referência, o qual é composto pelo somatório do Nível I e Nível II, conforme detalhado na Res. nº 4.278/13. 11.1.1- DETALHAMENTO DO CÁLCULO DO PR Em atendimento a Circ. nº 3.398/08, realiza-se o detalhamento do cálculo de apuração do Patrimônio de Referência no qual em sua composição o Banpará apresenta apenas o Nível I, incluindo as contas de resultado credoras, devedoras e Patrimônio Líquido, bem como as deduções especificadas. A evolução do PR ao longo do ano de 2013 apresentou crescimento de aproximadamente 20,6%. No 4° trimestre de 2013 a Res. nº 4.192/13 alterou a metodologia de apuração do PR, conforme quadro abaixo.

Fonte: Sucor/Gerif

11.2- REQUERIMENTO DE CAPITAL O Banpará realiza a gestão de capital regulamentar de modo a promover condições de alcançar as metas estratégicas da Instituição. Este processo visa garantir a manutenção de uma base sólida de capital para sustentar o desenvolvimento de suas atividades, além

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de fazer face aos riscos assumidos e, também, atender aos requerimentos de capital, conforme estabelecido pelo órgão regulador. 11.2.1- ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO (RWA) O Banpará, para atendimento da Resolução CMN nº 4.281/2013 realiza a apuração do valor dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA), considerando no mínimo a soma das seguintes parcelas para cobertura dos riscos abaixo relacionados:

RWA = RWACPAD + RWACAM + RWAJUR + RWACOM + RWAACS + RWAOPAD

Onde:

11.2.2- DETALHAMENTO DO RWA A composição do valor dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) do Banpará é dada pela soma das parcelas de exposições aos riscos de Crédito (RWACPAD), Mercado (RWAJUR), e Operacional (RWAOPAD), sobre as quais o Banco mantém exposições assumidas e capital suficiente para cobertura de seus riscos.

A tabela abaixo demonstra a evolução da alocação de capital nos três primeiros trimestres de 2013 em conformidade com Basileia II e em atendimento a Basileia III as exposições no 4º trimestre, sendo possível observar a maior variação no 2º trimestre em decorrência do aumento da parcela RWAcpad (PEPR):

Fonte: Sucor/Gerif

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11.3- COMPATIBILIZAÇÃO DO PR COM RWA Em atendimento à Resolução CMN nº 4.281/13 o Banco mantém permanentemente valor de Patrimônio de Referência (PR), calculado conforme os termos da Resolução nº 4.278/2013, e compatível com os riscos de suas atividades.

Fonte: Sucor/Gerif

11.4- ÍNDICE DE BASILEIA

11.4.1- BASILEIA III Mudanças significativas no ambiente financeiro mundial, tais como a integração entre os mercados por meio do processo de globalização, assim como o aumento da sofisticação tecnológica, tornaram as atividades, os processos financeiros e seus riscos cada vez mais complexos. Esses fatores influenciaram para que houvesse preocupação global com a gestão de riscos por parte dos órgãos regulamentares. Em 2011 o Banco Central do Brasil publicou o Comunicado nº 20.615 que estabelece cronograma referente à implementação de Basileia III no Brasil. Em 2012, dando continuidade ao processo de implementação das medidas prudenciais do referido comunicado, foi divulgado edital de audiência pública nº40 dispondo sobre nova definição de Patrimônio de Referência (PR) e de seus componentes, bem como redefinição dos requerimentos mínimos de manutenção dos componentes do capital regulatório para instituições financeiras. Em 2013, o Banco Central do Brasil normatizou as definições propostas na audiência pública nº40, ratificando desta forma o cronograma de Basileia III.

Considerando a importância dada ao gerenciamento de risco, o Banpará tem baseado suas ações, nas implementações do cronograma divulgado pelo Banco Central do Brasil.

Para a base 31/12/13, o Banco registrou IB de 18,70%, bem acima do mínimo exigido pelo Órgão Regulador (11%). Isto significa que, ao alavancar seus negócios, o Banpará possui um índice de solvabilidade capaz de cobrir suas exposições aos riscos sem comprometer totalmente a sua margem operacional. Além disso, o Banco mantém PR suficiente para fazer face ao risco de taxa de juros das operações não incluídas na carteira de negociação (RBAN - carteira Banking), o que resultou, para o mês de dezembro de 2013, em uma margem operacional de R$ 175 milhões, proporcionando ao Banco relativo conforto para alavancagem de suas operações:

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Fonte: Sucor/Gerif

CONCLUSÃO O Banpará, ao longo do ano de 2013, manteve o efetivo gerenciamento de riscos corporativos, com a utilização de ferramentas e modelos em constante atualização, visando o atendimento de exigências legais e a adequação às melhores práticas de mercado. Além disso, conta com o comprometimento efetivo da Diretoria Colegiada e todo o corpo funcional no processo de gestão dos riscos, adotando uma cultura corporativa para riscos, de maneira a gerenciá-los de forma planejada.

Pautada em caráter estratégico, a gestão de riscos no Banpará tem priorizado o desenvolvimento e o aprimoramento de processos e controles que venham a mitigar os vários tipos de riscos a que estão sujeitas as atividades do Banco, de maneira que possibilite aos seus investidores, parceiros e sociedade em geral uma relação confortável de confiança diante das posições mantidas pelo Banco e, consequentemente, uma percepção positiva no mercado financeiro. O controle e a correta gestão do capital corporativo no Banpará são fatores determinantes para o sucesso institucional, alcançando a lucratividade, eficiência operacional e eficácia dos processos. Sônia Maria Souza Vasconcelos Superintendente de Controles e Gerenciamento de Riscos