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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS ALTO PARAOPEBA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA III BOMBA DE ROTAÇÃO VARIÁVEL Ouro Branco - MG 2012

Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

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Page 1: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI

CAMPUS ALTO PARAOPEBA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA III

BOMBA DE ROTAÇÃO VARIÁVEL

Ouro Branco - MG

2012

Page 2: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI

CAMPUS ALTO PARAOPEBA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA III

Bomba de rotação variável

Autores: Fernanda Resende Ribeiro

Flávio Luiz Martins

João Paulo Sousa Coelho

Willian Cirineu Ferreira

Professor Dr. Eduardo Prado Baston

Ouro Branco-MG

2012

Page 3: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

SUMÁRIO

FOLHA DE ROSTO ............................................................................................................................... 2

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 4

2. OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 5

3. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................................................. 5

3.1. BOMBAS ...................................................................................................................................... 5

3.2. BOMBAS CENTRÍFUGAS ........................................................................................................... 6

3.2.1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO .................................................................................... 6

3.2.2. COMPONENTES DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS ............................................................. 7

3.2.3. CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS ............................................................. 9

3.3. SELEÇÃO DE BOMBAS .............................................................................................................. 9

3.3.1. VAZÃO ................................................................................................................................. 10

3.3.2. ALTURA MANOMÉTRICA ................................................................................................... 10

3.3.3. POTÊNCIA ........................................................................................................................... 11

3.3.4. RENDIMENTO ..................................................................................................................... 11

3.4. CURVAS CARACTERÍSTICAS ................................................................................................. 12

3.4.1. CURVAS CARACTERÍSTICAS DA BOMBA ..................................................................... 12

3.4.2. CURVA CARACTERÍSTICA DO SISTEMA ....................................................................... 12

3.5. LEIS DE SEMELHANÇA ............................................................................................................ 13

4. METODOLOGIA EXPERIMENTAL .................................................................................................. 16

4.1. APARATO EXPERIMENTAL ..................................................................................................... 16

4.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ......................................................................................... 16

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................................... 17

6. CONCLUSÕES ................................................................................................................................ 19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 20

ANEXO: MEMORIAL DE CÁLCULO ................................................................................................... 21

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1. Introdução

Bombas são máquinas utilizadas para transporte de líquidos. Elas dividem-se

em dois grandes grupos, de acordo com o modo como a energia é fornecida ao

fluido: bombas de deslocamento positivo e bombas dinâmicas. (FOX et al., 2006).

Bombas centrífugas são bombas dinâmicas que transferem energia mecânica

para o fluido a ser bombeado, em forma de energia cinética. Esta energia cinética é

transformada em energia de pressão. O movimento rotacional de um rotor inserido

em uma carcaça (corpo da Bomba) é o responsável por tal transformação. As

bombas centrífugas caracterizam-se pela ausência de pulsação em serviço

contínuo. Apresentam um rotor com pás montado em um eixo girando no interior da

carcaça. O fluido chega ao centro do rotor através de uma boca de aspiração sendo

forçado através de pás do rotor para a periferia onde, atinge uma velocidade

elevada. Saindo da ponta das pás o líquido passa para a carcaça, onde ocorre a

transformação da energia cinética em energia de pressão (MOREIRA; SOARES,

2010; ALÉ, 2010).

A escolha de uma bomba requer informações sobre a capacidade e a pressão

de descarga que se deseja, e as propriedades do líquido a ser bombeado. A

especificação de uma bomba para certa instalação de bombeamento é função da

vazão a ser recalcada e da altura manométrica da instalação. O dimensionamento

da bomba é determinado pela pressão desenvolvida e pelas exigências de

capacidade. Para especificar uma bomba para sistemas de escoamento, deve-se

conhecer o aumento de pressão (altura de carga), a potência e a eficiência da

máquina. (CARVALHO, 1997; FOX et al., 2006) .

Seria impossível caracterizar uma família de máquinas semelhantes pela

grande quantidade de variáveis envolvidas. Por isso, grupos adimensionais são

formados a partir das variáveis envolvidas para fornecer leis de semelhança que

governam as relações entre uma família de máquinas geometricamente semelhante.

Todas as máquinas de uma mesma família operam sob condições dinamicamente

semelhantes. Desta forma, os coeficientes adimensionais são os mesmos em pontos

correspondentes de suas características (ALÉ, 2010; WHITE, 2002; MUNSON et al.,

2004).

As leis de semelhança podem ser utilizadas para calcular o efeito das

variações de vazão do fluido, de rotação ou de tamanho em qualquer bomba. Por

Page 5: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

5

exemplo, sempre que houver alteração na rotação da bomba, haverá, em

consequência, modificação nas suas curvas características, sendo a correção para a

nova rotação feita através de equações em que: a vazão é diretamente proporcional

à rotação; a altura manométrica varia com o quadrado da rotação; a potência

absorvida varia com o cubo da rotação (MUNSON et al., 2004; WHITE, 2002).

Visando reduzir os custos operacionais referentes ao consumo de energia,

indústrias têm acoplado unidades motrizes de rotação variável às bombas

centrífugas. Os principais benefícios do controle de rotação é que permite com

facilidade modificar o ponto de operação, adequando a curva da bomba para a curva

do sistema. O procedimento também permite otimizar a energia do sistema,

eliminado as perdas por controle de registro, assim como permite um funcionamento

suave no processo de partida do motor da bomba. Dessa forma, pode-se prever,

para o mesmo rendimento em um ponto homólogo (de mesma posição rotativa), a

influência da rotação na vazão, na altura manométrica e na potência de uma bomba

centrífuga industrial (JÚNIOR; MORAES, 2011).

Na aula prática realizada, operou-se uma bomba centrífuga de rotação

variável. Seu objetivo foi determinar, a partir dos dados experimentais obtidos, o

rendimento da bomba para duas rotações, o expoente das relações entre a rotação

e a vazão, a altura manométrica e a potência para a bomba centrífuga com rotação

variável e verificar a validade das leis de semelhança.

2. Objetivos

Determinar, a partir dos dados experimentais obtidos, o rendimento da bomba

para duas rotações, o expoente das relações entre a rotação e a vazão, a altura

manométrica e a potência para a bomba centrífuga com rotação variável do aparato

experimental. Verificar a validade das leis de semelhança.

3. Revisão da Literatura

3.1. Bombas

As bombas são máquinas motrizes que recebem energia de um motor ou de

uma turbina e transformam parte desta em energia cinética (movimento) e energia

de pressão (força), cedendo estas duas energias ao fluido bombeado, de forma a

recirculá-lo ou transportá-lo de um ponto a outro (ALÉ, 2010).

Page 6: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

6

As bombas dividem-se em dois grandes grupos, de acordo com o modo como

a energia é fornecida ao fluido: bombas de deslocamento positivo e bombas

dinâmicas. Nas bombas de deslocamento positivo, a transferência de energia é feita

por variações de volume que ocorrem devido ao movimento da fronteira, na qual o

fluido está confinado. Em contraste com as máquinas de deslocamento positivo, não

há volume confinado numa bomba dinâmica. Todas as interações de trabalho em

uma bomba dinâmica resultam de efeitos dinâmicos do rotor sobre a corrente de

fluido (FOX et al., 2006).

3.2. Bombas centrífugas

Bombas dinâmicas que têm por princípio de funcionamento a transferência de

energia mecânica para o fluido a ser bombeado, em forma de energia cinética. Por

sua vez, esta energia cinética é transformada em energia de pressão. O movimento

rotacional de um rotor inserido em uma carcaça (corpo da Bomba) é o órgão

funcional responsável por tal transformação (WHITE, 2002).

São as bombas hidráulicas mais utilizadas para bombear fluidos. São

amplamente empregadas na indústria de processos químicos, indústria de

alimentos, irrigação de lavouras e instalações residenciais (MOREIRA; SOARES,

2010).

3.2.1. Princípio de funcionamento

Conforme mostrado na Figura 1 abaixo, essa bomba consiste em um rotor

que gira dentro de uma carcaça. O fluido entra axialmente através do flange de

entrada da carcaça, é aspirado pelas pás do rotor, gira tangencialmente e escoa

radialmente para fora, até que é expelido através de todas as partes periféricas do

rotor para dentro da parte difusora da carcaça. O fluido ganha velocidade e pressão

quando passa através do rotor. A seção da carcaça difusora em formato de caracol

desacelera o escoamento e, com isso, aumenta sua pressão (WHITE, 2002).

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Figura 1. Corte parcial esquemático de uma bomba centrífuga típica, em que o ponto 1 representa o flange de entrada e o ponto 2 é o flange de saída da carcaça (WHITE, 2002).

3.2.2. Componentes das bombas centrífugas

A bomba centrífuga é constituída essencialmente de duas partes: uma parte

móvel que consiste em um rotor (impulsor) conectado a um eixo denominado

conjunto girante; uma parte estacionária que consiste em uma carcaça com os

elementos complementares como caixa de gaxetas, mancais, suportes estruturais e

adaptações para montagens (MUNSON et al., 2004). A Figura 2 apresenta os

componentes de uma bomba centrífuga.

Figura 2. Principais componentes de uma bomba centrífuga (ALÉ, 2010).

a) Rotor (impulsor):

É a peça fundamental de uma bomba centrífuga, que tem a incumbência de

receber o líquido e fornecer-lhe energia. Converte a energia do motor em energia

cinética e fornece a aceleração centrífuga para o fluido. O seu formato e dimensões

relativas vão depender as características de funcionamento da bomba (ALÉ, 2010).

As bombas centrífugas podem apresentar rotores do tipo aberto, semi-aberto

e fechado. O rotor aberto é utilizado para água e fluidos com pequenas

viscosidades; o rotor semi-aberto é usado para fluidos viscosos; o rotor fechado é

empregado para fluidos muito viscosos (MUNSON et al., 2004). A Figura 3 é uma

representação dos diferentes tipos de rotores.

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Figura 3. Diferentes tipos de rotores (ALÉ, 2010).

b) Carcaça:

É o componente fixo que envolve o rotor, responsável pela contenção do

fluido bombeado e que converte a energia cinética em energia de pressão.

Apresenta aberturas para entrada do líquido até ao centro do rotor e saída do

mesmo para a tubulação de descarga (MUNSON et al., 2004).

As carcaças geralmente são de dois tipos: em voluta ou circular. A voluta é

tipo um funil encurvado que aumenta a área no ponto de descarga. A carcaça em

voluta proporciona uma carga mais alta e ajuda a equilibrar a pressão hidráulica no

eixo da bomba. Por outro lado, a carcaça circular é usada para baixa carga e

capacidade alta (ALÉ, 2010).

c) Bocais de sucção e de descarga:

O bocal de sucção representa o flange de entrada do fluido na carcaça e o

bocal de descarga é o flange de saída do fluido (ALÉ, 2010).

d) Eixo:

Transmite o torque do acionador ao rotor. O eixo é projetado para que se

tenha uma deflexão máxima pré-estabelecida quando em operação, impedindo-se

que as folgas entre as peças rotativas e estacionárias se alterem. Dessa forma,

evita-se desgaste e maior consumo de energia (ALÉ, 2010).

e) Mancais:

Têm a função de suportar o peso do conjunto girante, as forças radiais e

axiais que ocorrem durante a operação da bomba. Os mancais que suportam as

forças radiais são chamados de mancais radiais e os que suportam forças axiais são

chamados de mancais axiais (ALÉ, 2010).

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f) Anéis de lubrificação:

São peças que podem ser montadas somente na carcaça, somente no rotor

ou em ambos. Promovem a separação entre regiões onde imperam as pressões de

descarga e de sucção e, dessa forma, impedem um retorno exagerado de fluido de

descarga para a sucção (ALÉ, 2010).

g) Selo:

O selo mecânico é utilizado quando o fluido bombeado não pode vazar para o

meio externo da bomba, por um motivo qualquer (líquido inflamável, tóxico,

corrosivo, com mau cheiro). É constituído de superfícies polidas que são mantidas

em contato através de molas (superfícies de selagem perpendiculares ao eixo) (ALÉ,

2010).

3.2.3. Classificação das bombas centrífugas

As bombas centrífugas são classificadas segundo o tipo de escoamento em:

Axiais: descarregam o fluido axialmente. São adequadas para altas vazões, mas

desenvolvem baixas pressões.

Radiais: descarregam o fluido radialmente. São adequadas para baixas vazões,

mas desenvolvem altas pressões.

Mistas: descarregam o fluido diagonalmente, ou seja, a direção do fluido

bombeado é inclinada em relação ao eixo de rotação (WHITE, 2002).

3.3. Seleção de bombas

Com a grande variedade de tipos de bombas existentes, a escolha de uma

bomba para um serviço específico requer informações detalhadas sobre a

capacidade e a pressão de descarga que se deseja, e também sobre as

propriedades do líquido a ser bombeado. Basicamente, a especificação de uma

bomba para certa instalação de bombeamento é função do conhecimento da vazão

a ser recalcada e da altura manométrica da instalação. O dimensionamento da

bomba é determinado pela pressão desenvolvida e pelas exigências de capacidade.

A escolha do tipo de bomba é efetuada através dos catálogos de seleção dos

fabricantes, que definem o tipo de bomba capaz de atender ao ponto de

funcionamento (CARVALHO, 1997; FOX et al, 2006) .

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10

A Figura 4 apresenta as operações necessárias para a escolha de uma

bomba.

Figura 4. Sequência de operações para cálculo e escolha de uma bomba (CARVALHO,1997).

Para especificar uma bomba para sistemas de escoamento, deve-se

conhecer o aumento de pressão (altura de carga), a potência e a eficiência da

máquina (CARVALHO,1997).

3.3.1. Vazão:

A vazão representa a quantidade de fluido que a bomba fornece ao sistema.

É quantificada em termos de vazão mássica ( ) em kg/s ou vazão volumétrica (Q)

em m3/s ou m3/h (CARVALHO, 1997). O cálculo das vazões mássica e volumétrica é

representado pelas Equações (a) e (b), respectivamente:

(a)

(b)

em que m é a massa de fluido, ∆t é a variação de tempo e ρ é a densidade do fluido.

3.3.2. Altura manométrica:

É a quantidade de energia hidráulica que a bomba deve fornecer ao fluido,

para que o mesmo seja recalcado a certa altura, vencendo, inclusive, as perdas de

carga (CARVALHO, 1997). A altura manométrica é descrita pela Equação (c),

partindo-se do princípio de conservação da energia:

(c)

Page 11: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

11

em que H representa a altura manométrica cedida ao fluido pela bomba, é a

diferença de pressão existente entre a linha de recalque e sucção da bomba,

é

a variação de energia cinética provocada pela variação de velocidade do fluido entre

as linhas de recalque e de sucção, é o desnível entre as tomadas de pressão,

é o termo correspondente à perda de carga entre o ponto de tomada de pressão da

linha de sucção e a bomba e é o valor da perda de carga computado no trecho

entre a bomba e a tomada de pressão da linha de recalque (CARVALHO, 1997).

3.3.3. Potência:

O trabalho realizado por uma bomba é uma função da altura manométrica

total e do peso do líquido bombeado num determinado período de tempo. A potência

cedida pela bomba (whp) é a potência transmitida pela bomba ao fluido e a potência

absorvida pela bomba (BHP) é a potência cedida pelo motor à bomba (MUNSON, et

al., 2004). As Equações (d) e (e) fornecem o cálculo de whp e BHP,

respectivamente.

(d) (e)

em que: Hm é a altura manométrica; Q é a vazão; é o peso específico da água; é

o torque medido; é a velocidade angular.

3.3.4. Rendimento:

A bomba é um dispositivo que tem a função de transformar a energia

mecânica no seu eixo em energia hidráulica cedida ao fluido.

O rendimento da bomba, expresso pela Equação (f), é a relação entre a potência

mecânica, fornecida à bomba pelo motor, e a potência hidráulica cedida ao fluido

(MUNSON et al., 2004).

(f)

em que whp é a potência transmitida pela bomba ao fluido e BHP é a potência

cedida pelo motor à bomba.

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12

3.4. Curvas características

3.4.1. Curvas características da bomba

Quando se trabalha com estas curvas, têm-se graficamente as variáveis

altura manométrica (Hm), rendimento (η) e NPSHrequerido em função da vazão (Q).

Essas três variáveis caracterizam as condições de funcionamento de uma bomba. O

NPSH requerido representa a energia absoluta necessária no flange de sucção das

bombas, de tal forma que haja a garantia de que não ocorrerá cavitação na bomba.

É função das características construtivas da bomba e de projeto (ALÉ, 2010).

As curvas características da bomba são plotados pelos fabricantes e

publicados na forma de catálogos, utilizando-se resultados de testes realizados em

laboratório (MELO; JÚNIOR, 2008). Para bombas centrífugas, estes gráficos são

representados pela Figura 5.

Figura 5. Curvas características de bombas centrífugas (ALÉ, 2010).

3.4.2. Curva característica do sistema

A curva do sistema, também conhecida como curva da tubulação é uma curva

traçada no gráfico Hm x Q. Ela é obtida a partir da equação da altura manométrica,

em que a parcela relativa às perdas de carga é calculada para diversos valores de

vazão (MOREIRA; SOARES, 2010). A curva do sistema para uma bomba é

representada na Figura 6.

Figura 6. Curva característica do sistema (MOREIRA; SOARES, 2010).

Page 13: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

13

A importância da curva do sistema está na determinação do ponto de trabalho

ou ponto de operação da bomba, pois esse é obtido no encontro dessa curva com a

curva característica da bomba (MOREIRA; SOARES, 2010). A Figura 7 apresenta o

gráfico Hm x Q, em que é representado o ponto de trabalho (ponto de operação) da

bomba.

Figura 7. Gráfico Hm x Q, em que é representado o ponto de trabalho da bomba (MOREIRA; SOARES, 2010).

.

3.5. Leis de semelhança

Trabalhando com as grandezas reais de uma máquina, seria impossível

caracterizar uma família de máquinas semelhantes pela grande quantidade de

variáveis envolvidas. Essa questão é resolvida aplicando análise adimensional às

variáveis envolvidas, formando grupos adimensionais. Desta forma, os grupos

adimensionais fornecem leis de semelhança que governam as relações entre uma

família de máquinas geometricamente semelhante (ALÉ, 2010; WHITE, 2002).

Todas as máquinas de uma mesma família operam sob condições

dinamicamente semelhantes. Desta forma, os coeficientes adimensionais são os

mesmos em pontos correspondentes de suas características (MUNSON et al.,

2004). Isto implica que as leis de similaridade, que governam as relações entre tais

pontos correspondentes, podem ser relacionadas como:

Coeficiente de vazão:

(g)

Coeficiente de altura:

(h)

Coeficiente de potência:

(i)

Page 14: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

14

Se uma bomba 1 e uma bomba 2 são da mesma família e estão operando em

pontos homólogos, suas vazões, alturas de carga e potências serão relacionadas

pelas Equações (j), (k) e (l).

(

)

(j)

(

)

(

)

(k)

(

)

(

)

(l)

As leis de semelhança podem ser utilizadas para calcular o efeito das

variações de vazão do fluido, de rotação ou de tamanho em qualquer bomba

(WHITE, 2002). Uma representação gráfica dessas leis é dada na Figura 8,

mostrando os efeitos de rotação e de diâmetro no desempenho de bombas.

Figura 8. Efeito das variações de (a) rotação e de (b) diâmetro no desempenho de bombas homólogas (WHITE, 2002).

a) Regulação de válvulas:

A regulação de uma válvula de registro pode ajustar a vazão para uma nova

condição de operação. Para diminuir a vazão de uma bomba em operação, é

realizado o procedimento de fechamento do registro (estrangulamento) para atingir a

vazão requerida. Esta obstrução do escoamento com a válvula produz um aumento

de perda de carga, que modifica a curva do sistema original, deslocando o ponto de

operação até a interseção da curva da bomba com a curva do sistema modificada.

Este procedimento é de baixo custo, contudo, pouco eficiente, já que o aumento da

perda de carga se traduz em energia dissipada (perdida) transformada em calor

(ALÉ, 2010).

Page 15: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

15

b) Diâmetro (D) do rotor:

As carcaças das bombas podem trabalhar com rotores de diâmetros

diferentes e, para cada diâmetro, tem-se uma curva correspondente. Existe uma

proporcionalidade entre os valores de vazão (Q), altura manométrica (Hm) e potência

(BHP) com o diâmetro do rotor da bomba, mostradas pelas Equações (j), (k) e (l).

Observando tais Equações, nota-se que: a vazão varia com o cubo do diâmetro do

rotor; a altura manométrica varia com o quadrado do diâmetro do rotor; a potência

absorvida varia com a quinta potência do diâmetro do rotor (ALÉ, 2010; WHITE,

2002).

c) Rotação da bomba (n):

Existe uma proporcionalidade entre os valores de vazão (Q), altura

manométrica (Hm) e potência (BHP) com a rotação da bomba, dadas pelas Leis de

semelhança. Assim sendo, sempre que houver alteração na rotação da bomba,

haverá, em consequência, modificação nas suas curvas características, sendo a

correção para a nova rotação feita através das Equações (j), (k) e (l), em que: a

vazão é diretamente proporcional à rotação; a altura manométrica varia com o

quadrado da rotação; a potência absorvida varia com o cubo da rotação (MUNSON

et al., 2004; WHITE, 2002).

A variação da vazão de fluidos através de válvulas traz como consequência

um inevitável desperdício de energia. Visando reduzir os custos operacionais

referentes ao consumo de energia, indústrias químicas e unidades de tratamento de

água de abastecimento e águas residuárias têm acoplado unidades motrizes de

rotação variável às bombas centrífugas. Dessa forma, pode-se prever, para o

mesmo rendimento em um ponto homólogo (de mesma posição rotativa), a

influência da rotação na vazão, na altura manométrica e na potência de uma bomba

centrífuga industrial (JÚNIOR; MORAES, 2011).

Page 16: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

16

4. Metodologia experimental

4.1. Aparato experimental

Figura 9. Representação de aparato experimental de uma bomba centrífuga com rotação variável: 1) bomba; 2) eixo; 3) motor de rotação variável; 4) braço; 5) dinamômetro; 6) manômetro em U com mercúrio; 7) tubo de polietileno flexível; 8) tomada de pressão de recalque; 9) válvula; 10) duto de recalque de ½”; 11) braço flexível para coleta de água; 12) caixa com água; 13) duto de sucção de ¾”; 14) tomada de sucção (JÚNIOR; MORAES, 2011).

Figura 10. Aparato experimental Bomba de rotação variável (UNISANTA).

4.2. Procedimento experimental

Primeiramente ligou-se a bomba centrífuga de rotação variável em uma

rotação máxima de 2128 RPM, e realizou-se a medição da força desenvolvida pelo

motor, que foi medida com auxílio de um dinamômetro. Com o auxílio de uma régua,

mediu-se a distância compreendida entre o centro do eixo do motor ao braço, no

qual foi acoplado o dinamômetro. O fluido que atravessou a tubulação até o tanque

foi coletado em um béquer e o tempo foi cronometrado para o cálculo da vazão.

Através de uma trena, mediram-se a distância entre o ponto de tomada de pressão

da linha de sucção e a bomba e a distância do trecho entre a bomba e a tomada de

Page 17: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

17

pressão da linha de recalque. O desnível da coluna de mercúrio foi obtido utilizando-

se uma régua.

Logo após todas essas medições a bomba foi desligada e ajusta para uma

rotação mínima da bomba de 1010 RPM. Então, o procedimento descrito acima foi

realizado novamente. Para a medida da rotação da bomba utilizou um tacômetro.

5. Resultados e discussão

Visando avaliar o efeito da variação da frequência de rotação sobre o

desempenho de uma bomba centrífuga, sem voluta e com o rotor aberto, bem como

calcular os expoentes das relações matemáticas de similaridade de bombas, foram

feitas algumas medidas experimentais, as quais foram anotadas na Tabela 1.

Tabela 1. Conjunto de dados experimentais que foram medidos durante o experimento.

Dado experimental Condição 1 Condição 2

Freqüência de rotação (rpm) 2128 1010

Distância do braço (cm) 17,6 17,5

Desnível do mercúrio (cm) 7,0 2,0

Força (N) 0,46 0,26

Massa de água coletada (kg) 3,326 3,482

Tempo de coleta (s) 10,13 39,79

De posse desses dados e seguindo os procedimentos narrados no Memorial

de Cálculo, foram obtidos, para cada condição analisada, a vazão volumétrica, a

altura manométrica total (Hm), a potência cedida pelo motor à bomba (BHP), a

potência transmitida pela bomba ao fluido (WHP) e o rendimento. Todos esses

valores se encontram na Tabela 2.

Tabela 2. Vazão volumétrica, altura manométrica total, BHP (Brake Horse Power), WHP (Liquid Horse Power) e rendimento operacional da bomba.

Variável Condição 1 Condição 2

Vazão volumétrica (m³/s)

Altura manométrica total (mca)

BHP (watts)

WHP (watts)

Rendimento (%)

Page 18: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

18

Observando-se os dados da Tabela 2, pode-se verificar que ambos os

rendimentos obtidos foram baixos, fato que pode estar relacionado à inexistência de

voluta ou difusor na bomba utilizada. Ambos os dispositivos tem como finalidade

reduzir a velocidade de escoamento do fluido, convertendo-a em pressão, reduzindo

as perdas internas por atrito, proporcionando, assim, um incremento em seu

rendimento (FOX et al., 2006).

As bombas empregadas para bombeamento de fluidos com sólidos

suspensos diferem daquelas utilizadas para recalcar líquidos sem sólidos

suspensos, nos seguintes aspectos: número reduzido de pás no rotor, visando

reduzir o desgaste por abrasão e aumentando a sua vida útil; rotor aberto,

objetivando evitar a ocorrência de obstrução entre as pás. Essas duas

características, que estão presentes no modelo de bomba analisado, diminuem a

sua altura manométrica, e, consequentemente, reduzem o seu rendimento

(CHAVES, 2010).

Analisando a Tabela 2, verificou-se, também, que ao se reduzir a frequência

de rotação da bomba, o seu rendimento total sofreu um significativo decréscimo.

Isso ocorreu devido ao aumento da recirculação interna do fluido, no interior da

carcaça do rotor (FOX et al., 2006).

Com o start-up da bomba com a tubulação de recalque vazia, verificou-se a

fluência de água somente com aceleração de sua rotação. Isso demonstra a

necessidade de instalação de uma válvula de retenção na linha de recalque a fim de

evitar o seu esvaziamento e permitir um início de operação mais “suave” da bomba,

demandando um menor esforço do motor. Por esse motivo, em instalações

industriais, é aconselhável o acionamento da bomba com a válvula de recalque

totalmente fechada, a fim de evitar o desligamento do motor de acionamento por

sobrecarga elétrica (FOX et al., 2006).

Durante a realização do experimento, observou-se, em vazões extremamente

baixas, a formação de um sifão, fenômeno gerado pelo desenvolvimento de

pressões negativas na linha de recalque, devido ao posicionamento da saída da

tubulação (ponto de descarga) num nível inferior à tomada de medição da pressão

de recalque da bomba.

Conforme pode ser constatado, observando a Tabela 2, a variação da

frequência de rotação da bomba é uma maneira de alterar o valor da vazão de fluido

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19

recalcada pela bomba. Entretanto, frequências de rotações extremamente baixas

podem superaquecer o motor elétrico, devido à redução na sua capacidade de

autorrefrigeração, danificando-o.

Os coeficientes adimensionais derivados da lei de similaridade de bombas

permitem prever qual será o efeito da variação da frequência de rotação sobre a

vazão de recalque, a altura manométrica e a potência da bomba. A fim de avaliar a

aplicabilidade das Equações (m), (n) e (o), utilizando os coeficientes teóricos para

bombas centrífugas dotadas de rotor fechado e voluta, calculou-se, a partir dos

dados experimentais e seguindo os passos descritos no Memorial de cálculo, esses

mesmos valores. Na Tabela 3 foram anotados os valores teóricos e experimentais

desses expoentes.

(

)

(

)

(

)

Tabela 3. Valores teóricos e experimentais dos expoentes das equações derivadas da lei de similaridade de bombas.

Expoente Valor teórico Valor experimental

x 1 1,773

y 2 2,989

z 3 1,758

Conforme observado na Tabela 3, os valores experimentais foram bem

distintos dos expoentes teóricos (FOX et al., 2006). Diante desse fato, é importante

ressaltar que a aplicabilidade das equações 1, 2 e 3 está condicionada à existência

de similaridade geométrica e dinâmica entre as bombas, e, no caso analisado, esses

pré-requisitos não são obedecidos, pois a bomba analisada não é dotada de rotor

fechado e voluta (FOX et al., 2006). Portanto, a utilização dos valores teóricos, para

a prática em discussão, não é recomendável.

6. Conclusão

Os rendimentos da bomba analisada foram muito baixos, fato relacionado às

características rotor aberto e ausência de voluta, que tornam este equipamento

apropriado para o transporte hidráulico de materiais sólidos. Além disso, a redução

da frequência de rotação da bomba provocou uma acentuada diminuição em seu

Page 20: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

20

rendimento total de 12,72% para 1,35%. Esse fato, conforme discutido, se deve ao

aumento da recirculação interna de fluido no interior da carcaça da bomba.

Além desses fatos, verificou-se que os coeficientes experimentais das

equações de similaridade de bombas não coincidiram com os valores teóricos, visto

que os detalhes construtivos da bomba analisada (rotor aberto e ausência de voluta)

diferem dos tipos de bombas para os quais os expoentes teóricos são aplicados

(rotor fechado e presença de voluta).

Referências Bibliográficas

ALÉ, J.A.V. Sistemas fluidomecânicos. 2010. 242 f. Departamento de Engenharia Mecânica e Mecatrônica, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

CARVALHO, D.F. Instalações elevatórias: bombas.

CHAVES, A. P. Teoria e Prática do Tratamento de minérios. Volume 1. 3ª.edição. São Paulo: Signus, 2010.

FOX, R.W.; MCDONALD, A.T.; PRITCHARD, P.J. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 6 ª edição, Rio de Janeiro: LTC, 2006. 798 p.

JÚNIOR, D. M.; MORAES, M. S. Laboratório de operações unitárias I. São Paulo: 2011, 216p.

MELLO, C.R.; JÚNIOR, T.Y. Escolha de Bombas Centrífugas. Disponível em: < http://www.editora.ufla.br/site/_adm/upload/boletim/bol_29.pdf >. Acesso em: 17 mar. 2012.

MOREIRA, R.F.P.M.; SOARES, J.L. Bombas. Disponível em: <http://www.enq.ufsc.br/disci/eqa5313/bombas.htm>. Acesso em: 20 mar. 2012.

MUNSON, B.R.; YOUNG, D.F.; OKIISHI,T.H. Fundamentos da Mecânica dos Fluidos. Volume 2. 2 ª edição (tradução), São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2004.

PERRY, R.H., et al. Perry’s Chemical Engineer’s Handbook. 8ª edição, Nova York: McGraw-Hill, 2008. 2667 p.

UNISANTA. Laboratório de Operações Unitárias. Disponível em: <http://cursos.unisanta.br/quimica/laborato/index.html>. Acesso em: 27 mar. 2012.

WHITE, F.M. Mecânica dos fluidos. 4ª edição, Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2002. 570 p.

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21

ANEXO: MEMORIAL DE CÁLCULO

O primeiro passo foi calcular as vazões mássicas, através das Equações 1A e

1B, utilizando-se os pesos do fluido coletado, em cada experimento, bem como os

tempos cronometrados.

O próximo passo foi o cálculo das vazões volumétricas, as quais foram

obtidas dividindo-se as respectivas vazões mássicas pelo valor da densidade da

água a 23 °C, utilizando-se as Equações 2A e 2B.

Para obtenção da pressão na linha de recalque da bomba, utilizando-se o

densímetro de mercúrio, estimou-se a densidade do mercúrio a 23 °C, utilizando-se

a Equação 3 (JÚNIOR; MORAES, 2011):

[ ]

Para utilização desta correlação, foi necessário converter a temperatura de °C

para °F, através da Equação (4).

Substituindo-se esse valor na Equação 3, obtém-se:

[ ]

Convertendo-se esse valor para unidades do sistema internacional:

Para obter a diferença de pressão entre a linha de recalque e de sucção,

acusada pelo manômetro em U, aplicou-se a Lei de Steven, nos pontos isobáricos,

conforme pode ser visualizado nas Figura 9 e 10 (FOX et al., 2006) .

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22

Decompondo-se os dois termos da Equação 5, obtém-se a Equação 6:

em que L é a distância vertical entre as tomadas de pressão, h1 o desnível da coluna

de mercúrio, e os respectivos pesos específicos da água e do mercúrio.

Cancelando-se os termos semelhantes que aparecem nos dois lados da

Equação 6, chega-se às Equações 7 e 8, que são precisamente a diferença de

pressão acusada pelo manômetro em U.

O peso específico do mercúrio, é calculado por meio da Equação 9:

De forma análoga, obtém-se o peso específico da água:

Substituindo-se os valores na Equação 7, têm-se os valores de para cada

uma das duas condições analisadas:

Partindo-se do princípio de conservação de energia, obtém-se a Equação 10:

em que: Hm é a altura manométrica cedida ao fluido pela bomba (mca: metros de

coluna de água); é a diferença de pressão existente entre a linha de recalque e

sucção da bomba;

é a variação de energia cinética provocada pela variação de

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23

velocidade do fluido entre as linhas de recalque e de sucção; é o desnível entre

as tomadas de pressão; é o termo correspondente à perda de carga entre o ponto

de tomada de pressão da linha de sucção e a bomba; o valor da perda de carga

no trecho entre a bomba e a tomada de pressão da linha de recalque (JÚNIOR;

MORAES, 2011).

Desprezando: os termos e da Equação 10, cujos valores são irrisórios

quando comparadas com a magnitude da carga manométrica adicionada pela

bomba ao circuito; a variação de velocidade entre as linhas de sucção e de recalque,

uma vez que as perdas por atrito são desprezíveis; o desnível geométrico , já que

as tomadas de pressão estavam no mesmo nível, obtém-se a Equação 11, e através

desta, a altura manométrica total da bomba para as duas condições analisadas:

A potência cedida pela bomba ao fluido, nas duas condições, foi calculada

através da Equação 12 (FOX et al., 2006).

em que: é a potência cedida pela bomba ao fluido; é a altura manométrica

da bomba; é o peso específico da água.

O cálculo da potência cedida pelo motor à bomba foi efetuado a partir da

Equação 13.

em que: (“Brake Horse Power”) é a potência cedida pelo motor à bomba; é o

valor do torque; é a velocidade angular (FOX et al., 2006).

A velocidade angular foi calculada por meio da Equação 14 (JÚNIOR;

MORAES, 2011):

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24

em que é a frequência de rotação do motor obtida através do tacômetro em cada

um dos dois experimentos.

A conversão da frequência de rotação de rpm (rotações por minuto) para rps

(rotação por segundo) ou Hertz, foi feita conforme demonstrado abaixo:

ç

ç

ç

ç

Substituindo os dois valores na Equação 14, obtêm-se as velocidades

angulares:

O cálculo do torque foi realizado utilizando-se a Equação 15 (JÚNIOR;

MORAES, 2011):

em que: é a força desenvolvida pelo motor nas duas condições experimentais, a

qual foi medida com auxílio de um dinamômetro; é a distância compreendida entre

o centro do eixo do motor ao braço, no qual foi acoplado o dinamômetro.

Substituindo os seguintes valores experimentais na Equação 15, têm-se o

torque exercido pelo motor nas duas condições experimentais analisadas:

De posse dos dois valores do torque e das duas velocidades angulares e

utilizando a Equação 13, obtêm-se os valores de e :

De acordo com a Equação 16, o rendimento total da bomba pode ser definido

como a razão entre os valores de potência cedida pela bomba ao fluido bombeado e

Page 25: Relatório Bomba de rotaç¦o variável - William (1)

25

a potência transmitida à bomba pelo motor (FOX et al., 2006).

Substituindo os valores de e , obtém-se :

De forma análoga ao que foi feito anteriormente, utilizando-se e ,

obtém-se :

O próximo passo foi obter os expoentes das relações matemáticas 1, 2 e 3, as

quais são derivadas dos coeficientes de similaridade de bombas. Para cada uma das

Equações, foi tomado o logaritmo em ambos os lados do sinal de igualdade

(JÚNIOR; MORAES, 2011).

(

)

(

) (

)

(

) (

)

(

)

(

) (

)

(

) (

)

(

)

(

) (

)

(

) (

)