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Página 1 de 120 Auditoria de manejo florestal realizada por: Estrada Chico Mendes, 185 – Caixa Postal 411 Piracicaba, SP, Brasil, 13400.970 Tel e Fax: +55 19 3429 0800 www.imaflora.org Resumo Público de Avaliação de Certificação ou Auditoria Anual 2015 do Manejo Florestal da: Fibria Celulose S.A. – Unidade Jacareí em Jacareí - SP Relatório finalizado: 08 de setembro de 2015. Data de auditoria fase II: 11 a 22 de maio de 2015. Equipe de auditoria: Ricardo Camargo Cardoso; Antonio Carlos Antiqueira; Fábio Zanirato; Heidi Cristina Buzato; Isabel Garcia Drigo; Rubens Mazzili Louzada. Responsável pelo processo no Imaflora Guilherme de Andrade Lopes. Código de certificação: IMA-MF-0006 Emissão do certificado: 02 de dezembro de 2015 Expiração do certificado: 01 de dezembro de 2020 Contato do empreendimento: Sandro Bressan Pinheiro. Endereço escritório central Rodovia General Euryale Jesus Zerbini (SP 66), s/nº Km 84, Jacareí, SP. Responsável pelo Manejo Florestal Sandro Bressan Pinheiro. Contato do Responsável pelo Manejo Florestal [email protected]

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Auditoria de manejo florestal realizada por:

Estrada Chico Mendes, 185 – Caixa Postal 411 Piracicaba, SP, Brasil,

13400.970 Tel e Fax: +55 19 3429 0800

www.imaflora.org

Resumo Público de Avaliação de Certificação ou

Auditoria Anual 2015 do Manejo Florestal da:

Fibria Celulose S.A. – Unidade Jacareí em

Jacareí - SP

Relatório finalizado: 08 de setembro de 2015. Data de auditoria fase II: 11 a 22 de maio de 2015. Equipe de auditoria: Ricardo Camargo Cardoso;

Antonio Carlos Antiqueira; Fábio Zanirato; Heidi Cristina Buzato; Isabel Garcia Drigo; Rubens Mazzili Louzada.

Responsável pelo processo no Imaflora

Guilherme de Andrade Lopes.

Código de certificação: IMA-MF-0006

Emissão do certificado: 02 de dezembro de 2015 Expiração do certificado: 01 de dezembro de 2020

Contato do empreendimento: Sandro Bressan Pinheiro. Endereço escritório central Rodovia General Euryale

Jesus Zerbini (SP 66), s/nº Km 84, Jacareí, SP.

Responsável pelo Manejo Florestal

Sandro Bressan Pinheiro.

Contato do Responsável pelo Manejo Florestal

[email protected]

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CONTEÚDOCONTEÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO

SIGLAS E ABREVIAÇÕES ...................................................................................................................... 3

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 7

2. HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DO EMF ...................................................................................... 7

3. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE MANEJO FLORESTAL E DO SISTEMA DE MANEJO ............. 8

4. CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO SÓCIO ECONOMICO ..............................................................10

5. PROCESSO DE AUDITORIA ..............................................................................................................13

5.1. AUDITORES E QUALIFICAÇÕES ............................................................................................................................ 13 5.2. CRONOGRAMA DE AUDITORIA FASE II ................................................................................................................. 15 5.3. DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO .................................................................................... 19 5.3.1. VISITA PRÉVIA (SE APLICÁVEL) ......................................................................................................................... 19 5.3.2. AUDITORIA INICIAL (AUDITORIA FASE I) ............................................................................................................ 19 5.3.3. AUDITORIA INICIAL (AUDITORIA FASE II) ........................................................................................................... 20 5.3.4. TRATAMENTO DE NÃO CONFORMIDADES .......................................................................................................... 21 5.3.5. COMISSÃO DE CERTIFICAÇÃO ........................................................................................................................... 22

6. EVIDÊNCIAS DE AUDITORIA E RESULTADOS .................................................................................22

6.1. DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE CONSULTA A PARTES INTERESSADAS ................................................................ 22 6.2. COMENTÁRIOS RECEBIDOS NA CONSULTA PRÉVIA E TRATAMENTO DAS DEMANDAS ......................................... 24 6.3. DESCRIÇÃO DAS NÃO CONFORMIDADES ENCONTRADAS (NCRS) ...................................................................... 45 6.4. OBSERVAÇÕES .................................................................................................................................................... 48 6.5. CONCLUSÕES DE AUDITORIA ............................................................................................................................... 51

ANEXO I – Escopo do EMF ....................................................................................................................69

Áreas atuais no escopo do certificado: ....................................................................................................71

ANEXO II – Lista de partes interessadas consultadas .............................................................................81

ANEXO III – Conformidade aos padrões de manejo florestal ...................................................................90

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SIGLAS E ABREVIAÇÕES AAVC Atributo de Alto Valor para a Conservação ou Área de Alto Valor de Conservação

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACEVP Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba

APA Área de Proteção Ambiental

APP Área de Preservação Permanente

ASSIM Associação da Indústria Madeireira de Capão Bonito

ATSG Academia Tecnológica de Sistemas de Gestão

AVC Alto valor de Conservação

BD Orçamento (Budget)

BO Boletim de Ocorrência.

BR, BRA Brasil

CAR Cadastro Ambiental Rural

CAR Requisição de Ação Corretiva (Corrective Action Request)

CBRN Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais

CCIR Certificado de Cadastro de Imóvel Rural

CDB Convenção da Diversidade Biológica

CERFLOR Programa Brasileiro de Certificação Florestal

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

CF Constituição Federal

CGCRE Coordenação Geral de Acreditação

CITES Convenção Internacional sobre o Comércio de Fauna e Flora em Perigo de Extinção

CMM Controle de Movimentação de Madeira

COA Controle de Obrigações Acessórias

COC Cadeia de custódia (Chain of Custody)

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

COOPEMAD Cooperativa Madeireira de Capão Bonito

CRL Comissão de Relacionamento Local

CT Centro de Tecnologia

CTNBio Comissão Técnica Nacional de Biossegurança

CVA Auditoria de Verificação de CARs (CAR Verification Audit)

DEPRN Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais

DER Departamento de Estradas de Rodagem

DHO Desenvolvimento Humano Organizacional

DST Doenças Sexualmente Transmissíveis

EIA-RIMA Estudo de Impacto Ambiental - Relatório de Impacto Ambiental

EPI Equipamento de Proteção Individual

EMF Empreendimento de Manejo Florestal

EPS Empresa Prestadora de Serviços

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ESALQ Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

FLSP Florestal São Paulo

FM Manejo Florestal (Forest Management)

FSC Forest Stewardship Council ou Conselho de Manejo Florestal

FO Ficha Operacional

GOL Gestão On Line

Ha Hectares

HSMT Higiene, Medicina e Segurança do Trabalho

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICMS Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços

IDSA Indicador de Desempenho Socioambiental

ILO International Labour Organization

IMAFLORA Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola

IMA Incremento Médio Anual

IN Instrução Normativa

INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

IPEF Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

ISO Organização Internacional de Normalização (International Organization for Standardization)

ITESP Instituto de Terras do Estado de São Paulo

ITR Imposto Territorial Rural

ITTA Acordo Internacional Sobre Madeiras Tropicais (International Tropical Timber Agreement)

JAC Jacareí

Kg ou kg Quilogramas

Km ou km Quilômetros

L ou l Litros

MA Manual de Operação

MA Meio Ambiente

MG Manual de Gestão

MG Minas Gerais

MP Ministério Público

MS Mato Grosso do Sul

NA ou N/A Não Aplicável

NBR Norma Brasileira

NCR Relatório de Não Conformidade (Non Conformity Report)

NEA Núcleo de Educação Ambiental

NF Nota Fiscal

NR Norma Regulamentadora

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NTFP Produtos Florestais Não-Madeireiros

OCF Organismo de Certificação Florestal

OGM Organismos Geneticamente Modificados

OIT Organização Internacional do Trabalho

ONG Organização Não Governamental

ORT Observação de Risco no Trabalho

PAE Planejamento Anual de Estradas

PAS Planejamento Anual de Silvicultura

PAT Planejamento Anual de Transporte

PCF Programa de Certificação Florestal

PCMSO Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional

PDRT Programa de Desenvolvimento Rural Territorial

P&C Princípios e Critérios

PETAR Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira

PGSSMATR Programa de gestão de segurança, saúde e meio ambiente de trabalho rural

PM Plano de Monitoramento

PO Padrão Operacional

PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

PRA Programa de Regularização Ambiental

PROCAM Programa de Pós Graduação em Ciência Ambiental

RA Rainforest Alliance

RAIS Relação Anual de Informações Sociais

RENASEM Registro Nacional de Sementes e Mudas

RL Reserva Legal

S/A ou S.A. Sociedade Anônima

SAP Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados

SIF Sociedade de Investigações Florestais

SIG Sistema de Informações Geográficas

SIGLA Sistema de Gerenciamento de Licenças Ambientais

SISPART Sistema de Partes Interessadas

SLIMF Florestas pequenas e com baixa intensidade de manejo (Small and Low Intensity Managed Forest)

SMA Secretaria do Maio Ambiente

SSO Saúde e Segurança Ocupacional

SP São Paulo

SSRG São Sebastião do Ribeirão Grande

STD Padrão (Standard)

SST Saúde e Segurança do Trabalho

STF Supremo Tribunal Federal

STJ Superior Tribunal de Justiça

STR Sindicato dos Trabalhadores Rurais

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TAC Termo de Ajustamento de Conduta

TJ Tribunal de Justiça

UC Unidade de Conservação

UFLA Universidade Federal de Lavras

UFRRJ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

UGRH Unidade de Gestão de Recursos Hídricos

UMF Unidade de Manejo Florestal

UNESP Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

USP Universidade de São Paulo

V Versão

VCP Votorantim Papel e Celulose

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1. INTRODUÇÃO

O propósito deste processo de avaliação foi analisar a performance ambiental, social e econômica do manejo florestal da Fibria Celulose S.A. - Unidade Jacareí, conforme definido pelos princípios e critérios estabelecidos na ABNT NBR 14789:2012 – Manejo Florestal Sustentável – Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais. Este relatório apresenta os resultados de uma auditoria independente de avaliação de certificação conduzida por uma equipe de especialistas representantes do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) relacionadas ao atendimento às normas da ABNT NBR 14789:2012 – Manejo Florestal Sustentável – Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais. A seção 6 deste relatório descreve as conclusões da auditoria relacionadas ao atendimento as normas da ABNT NBR 14789:2012 e as ações de seguimento solicitadas ao empreendimento em função de não conformidades identificadas. As informações descritas nos itens 2, 3 e 4 deste relatório foram extraídas de documentos fornecidos pelo EMF, tais como Plano de Manejo e procedimentos operacionais, sendo sua veracidade analisada durante as atividades de campo através da análise dos indicadores descritos no Anexo III. O Imaflora é um organismo acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO (CGCRE) segundo a ISO 17021:2011 como Organismo de Certificação Florestal (OCF). Os serviços de auditoria e certificação do Imaflora, que compreendem planejamento da auditoria, avaliação, certificação e decisões, são de responsabilidade do mesmo que não subcontrata nenhuma etapa. Os relatórios de auditoria do Imaflora incluem informações que se tornarão públicas. Resolução de conflitos: organizações ou indivíduos com considerações ou comentários sobre o Imaflora e seus serviços, se identificados, são fortemente encorajados a contatar diretamente o Imaflora ([email protected]). Reclamações ou considerações formais devem ser enviadas por escrito.

2. HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DO EMF

Em 20 de janeiro de 2009, foi divulgada ao mercado a fusão das ações da Aracruz Celulose e da Votorantim Celulose e Papel, e a partir desta fusão, concluída no dia 26 de agosto de 2009, criou-se uma nova empresa, a Fibria. A empresa possui unidades de manejo florestal distribuídas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia. A presente avaliação abrange as áreas da Fibria - Unidade Jacareí, que alcança mais de sessenta municípios nas regiões do Vale do Paraíba e de Capão Bonito (Sudoeste do Estado),

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além de áreas menores em outras regiões do Estado de São Paulo e nos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A área florestal do empreendimento na região do Vale do Paraíba começou com a aquisição da Indústria Simão em 1992. Desde então, a base aumentou por meio da aquisição e utilização de áreas ocupadas por outras culturas como café, laranja e pasto. Por sua vez a região florestal de Capão Bonito surgiu com a incorporação das áreas florestais da Siderúrgica Barra Mansa, pertencentes ao Grupo Votorantim, no ano de 1998, de modo a atender à ampliação da Unidade Industrial de Jacareí iniciada em 2002. O manejo florestal do empreendimento tem como objetivo principal o abastecimento de madeira de eucalipto para a Unidade Industrial de Jacareí, observando-se parâmetros de produtividade, qualidade, custos otimizados, responsabilidade socioambiental e competitividade do empreendimento.

3. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE MANEJO FLORESTAL E DO SISTEMA DE MANEJO

Com a missão de produzir madeira para o abastecimento do processo de produção de celulose, a Unidade Florestal realiza plantios de eucaliptos em áreas próprias, arrendamentos e parcerias com produtores rurais, a Unidade Florestal São Paulo é composta por 157.198,26 hectares, compostos por 84.572,74 hectares de plantações florestais de eucalipto, 62.309,24 hectares de áreas destinadas à conservação e 10.316,28 hectares destinados a outros usos, como estradas, instalações, etc. A presente avaliação abrange mais de sessenta municípios nas regiões do Vale do Paraíba e de Capão Bonito (Sudoeste do Estado), além de áreas menores em outras regiões do Estado de São Paulo e nos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. As terras destinadas à conservação são compostas por áreas protegidas por legislação (áreas de preservação permanente e reservas legais) e outras áreas preservadas por iniciativa voluntária da empresa, identificadas e delimitadas como de dificuldade operacional, de interesse ecológico ou de interesse da comunidade. Em 15 de novembro de 2013, o empreendimento certificado assinou um contrato vinculante com Parkia Participações S.A., para a alienação de terras localizadas nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo, perfazendo um total de aproximadamente 210.000 (duzentos e dez mil) hectares. A Fibria também assinou contratos de parceria rural/florestal com a mesma empresa, com prazo de até 24 (vinte e quatro) anos, durante o qual o EMF continuará a operar suas florestas nas áreas objeto do negócio. O contrato da Parkia na região de São Paulo representa 25.289 hectares, ou 16% da área total certificada. Essas áreas, incluídas no escopo de certificação florestal, são identificadas no cadastro como áreas de parceria. A base florestal do empreendimento conta, ainda, com cerca de 69,1 mil hectares de plantios renováveis de participantes do programa de fomento florestal, uma importante fonte alternativa de madeira, de diversificação de renda e do uso da terra para o produtor rural. As áreas com contrato de fomento não estão inclusas no escopo de certificação. O empreendimento possui outras unidades de manejo florestais que estão fora do escopo de certificação. Em 2012 o empreendimento vendeu os ativos florestais que faziam parte da Unidade Florestal Capão do Leão, no Rio Grande do Sul, perfazendo em torno 107.841,43 ha de áreas próprias. Contratos

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com produtores florestais na região foram mantidos, de forma que o empreendimento deverá adquirir a madeira por meio da aplicação do programa de verificação (madeira controlada). O manejo florestal do empreendimento é conduzido de forma que os seguintes parâmetros sejam observados em curto e médio prazos. - Disponibilidade e uso racional de áreas para o cultivo de eucalipto por meio de diretrizes e procedimentos para compra e arrendamento de propriedades. - Desenvolvimento de novos materiais genéticos e realização de monitoramentos nutricionais do solo, de pragas e outros definidos em rotinas operacionais e projetos específicos de pesquisa. - Padronização, divulgação e contínua melhoria nos procedimentos relacionados à produção de mudas, implantação, reforma, tratos silviculturais, abertura e manutenção de estradas, colheita e transporte de produto florestal. - Definição de programas voltados ao meio ambiente, à saúde e segurança no trabalho e a aspectos socioambientais, incluindo a atendimento à legislação aplicável. - No planejamento operacional do manejo florestal são estabelecidas metas e planos de ação, definidas com base nas diretrizes corporativas e nos aspectos e impactos ambientais significativos do empreendimento. No viveiro florestal de Capão Bonito que atende a unidade São Paulo são produzidas mudas clonais de eucalipto através de mini estacas. A capacidade total de produção é de 13,7 milhões de mudas clonais. O procedimento operacional do viveiro inclui as fases de produção de brotos, preparação dos recipientes, estaqueamento, manejo das mudas, aclimatação, enraizamento, crescimento e expedição. As florestas são formadas predominantemente por híbridos de eucalipto obtidos a partir do cruzamento entre as espécies Eucalyptus grandis e Eucalyptus urophylla. Estas espécies e seus híbridos foram selecionados por melhor se adaptar às condições de clima e solo. Possuem também características como densidade básica, teor de celulose e morfologia de fibras, adequadas à produção de celulose. Esta combinação de adaptação à diversidade de condições ambientais brasileiras e adequação à produção de celulose, complementada pela possibilidade de propagação vegetativa (clonagem), é que historicamente justificou a utilização do eucalipto para este fim. Com relação ao manejo do solo, pratica-se o cultivo mínimo. A periodicidade média de rotação da cultura é de sete anos, podendo variar entre seis e oito. Efetuado o primeiro corte as plantações são manejadas por reforma ou condução. A manutenção florestal consiste em um conjunto de atividades realizadas para garantir o crescimento e a produtividade florestal, como o controle de ervas daninhas, adubação, controle de pragas, doenças, incêndios e outros que são realizados de acordo com a necessidade específica detectada durante os monitoramentos realizados em cada área. As atividades de manutenção devem seguir as informações e recomendações dos monitoramentos previamente realizados. O processo de planejamento do suprimento de madeira de longo prazo (38 anos) tem como objetivo principal formular referências para a gestão da cadeia de abastecimento de madeira da indústria. Outros objetivos incluem o dimensionamento da área florestal, a definição de políticas de compra e permuta de terra, de fomento florestal e de compra de madeira de terceiros, a definição do período de corte, a garantia de atendimento das grandes restrições sociais e ambientais, a quantificação do fluxo de madeira nos modais de transporte, a viabilidade econômica da habilitação de novas redes de transporte, a definição da disponibilidade de madeira no tempo para a expansão das fábricas, a projeção do fluxo de caixa e a maximização do valor presente líquido do processo de produção florestal.

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Assim que as florestas atingem seu ponto ótimo de corte, a madeira é colhida para abastecer a fábrica, consumidora desta matéria prima. A colheita florestal abrange o processo que vai do corte da árvore à disposição das toras em um ponto em que possam ser carregadas por caminhões ou outro meio de transporte. Como as regiões onde se encontram os maciços florestais têm diferentes relevos e características, a mecanização da atividade pode ser total ou parcial. O sistema de colheita mecanizada possui máquinas de ultima geração (feller buncher, clambunk, picador, garra traçadora ou slasher, harvester, harvester com guincho, forwarder, forwarder com guincho, guincho de arraste, cabo aéreo) e práticas operacionais que minimizam os impactos gerados pela operação. Os produtos gerados pela colheita florestal são toras longas sem casca, cavaco e toras para energia (ponta fina da árvore), conforme necessidade da unidade industrial. A área de logística florestal tem como principal responsabilidade transferir do campo para a unidade industrial a matéria prima (toras de eucalipto e cavacos) para produção de celulose. Os volumes a serem transportados das áreas de colheita até a fábrica são estabelecidos com base no planejamento anual de transporte. A partir desse planejamento define-se a sequência operacional de carregamento, trajetos e distribuição das carretas, considerando os requisitos estabelecidos nos procedimentos operacionais e de segurança da logística florestal. As rotas para transporte das toras de madeira são estabelecidas em conjunto com a área de sustentabilidade de forma a verificar os impactos que podem ser gerados nas comunidades do entorno e adjacentes. São agendadas no mínimo dois meses antes do inicio do transporte reuniões com as comunidades do entorno com a participação de funcionários das áreas de sustentabilidade e logística florestal para tratamento das demandas e definição da rota dos caminhões, sendo registradas atas contendo os assuntos abordados. A malha viária florestal é constituída por estradas municipais, estaduais, principais, secundárias e aceiros. A construção e manutenção das estradas obedecem a critérios definidos internamente pela empresa, tendo como principais diretrizes e objetivos: divisão de talhões e prevenção contra incêndios; acesso para pessoal, materiais e equipamentos; transporte da madeira colhida; cumprimento dos requisitos das certificações CERFLOR, FSC®, ISO 14.000 e das leis específicas que regulam a construção e conservação de estradas rurais/florestais; diálogo e prevenção de impactos em conjunto com as comunidades locais; minimização da erosão do solo, do assoreamento de cursos de água e da própria desagregação do solo das estradas; racionalização do traçado das estradas e minimização da necessidade de pátios de estocagem; utilização da drenagem natural como base para o modelo da rede; redução no consumo de recursos naturais; minimização de alocação em áreas de conservação, legalizadas ou não; e promoção de segurança para os trabalhadores e as comunidades locais, que podem utilizar a estrada ou serem afetadas por seu tráfego.

4. CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO SÓCIO ECONOMICO

A UMF da Fibria atua em municípios distribuídos em duas regiões florestais - Vale do Paraíba e Capão Bonito. A região florestal do Vale do Paraíba abrange municípios da região administrativa de São José dos Campos, das regiões central e sul do estado de Minas Gerais e da Região do Médio Paraíba no estado do Rio de Janeiro. A região florestal de Capão Bonito abrange municípios localizados nas regiões administrativas de Sorocaba, Bauru e Campinas. Essa área de atuação da empresa se caracteriza por diferentes realidades econômicas, sociais e culturais, bem como, diferentes históricos de relacionamentos, o que gera diferentes níveis de

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demandas e complexidade de relacionamento. O EMF considera a área de influência direta do empreendimento todos os municípios onde a empresa realiza o manejo direto de propriedades rurais. São consideradas como diretamente afetadas pelas atividades florestais as localidades situadas num raio de três quilômetros em torno das propriedades pertencentes ao escopo de certificação, destinadas à produção de eucalipto. Sua extensa área de atuação se caracteriza por diferentes realidades econômicas, sociais e culturais, bem como, diferentes históricos de relacionamentos, o que gera diferentes níveis de demandas e complexidade de relacionamento. Região Administrativa de São José dos Campos - Vale do Paraíba: Localiza-se no leste do Estado de São Paulo, no eixo entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, agregando as terras ao longo da calha do Rio Paraíba do Sul e também as encostas das Serras da Mantiqueira e do Mar. A região apresenta um panorama socioeconômico diversificado, uma vez que, a disposição geográfica, mais o traçado da Rodovia Presidente Dutra, proporcionaram níveis diferenciados de evolução da economia. Os municípios localizados mais próximos da rodovia conheceram um intenso surto de industrialização e de urbanização a partir das décadas de 1960 e 1970. Por sua vez, os municípios localizados nas encostas das Serras do Mar e da Mantiqueira, permaneceram vinculados ao setor primário da economia, registrando constante êxodo rural e empobrecimento de sua população. Os municípios que margeiam a Rodovia Dutra, têm acesso fácil à metrópole paulista e são, em geral, os mais ricos do Vale do Paraíba, com uma estrutura econômica bastante diversificada (São José dos Campos, Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba, Caçapava, Guaratinguetá, Lorena, Cruzeiro, Jambeiro, Aparecida, Cachoeira Paulista, Tremembé e Roseira). Os demais municípios são, em sua maioria, menores, menos urbanizados e mais centrados no setor primário, na administração pública e nos serviços. Os municípios do chamado “Vale Histórico”, que compreende Arapeí, Areias, Bananal, Cunha, Lagoinha, Lavrinhas, Queluz, São José do Barreiro, São Luiz do Paraitinga e Silveiras, possuem topografia acidentada, acesso deficiente, atividades pouco estruturadas e população reduzida. Preservam prédios, fazendas e parte da cultura do período do ciclo cafeeiro e têm sua economia apoiada na agricultura familiar e no turismo. Já os municípios do Litoral Norte, formado por Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba e os municípios da Serra da Mantiqueira, Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí têm sua economia calcada no setor terciário. Embora geograficamente façam parte do Vale, algumas cidades não compartilham de história comum com as demais cidades da região, motivo pelo qual estarem politicamente na Região Metropolitana de São Paulo, geograficamente em sua extremidade. Elas são as cidades de Guararema, Santa Isabel e Salesópolis, que fazem parte do Vale do Paraíba Paulista, mas não da Mesorregião do Vale do Paraíba Paulista, divisão esta de caráter político. Apesar de o setor de serviços ser responsável pela maior parte do emprego formal e do valor adicionado da região, a dinâmica econômica regional é dada, principalmente, pela indústria, que é diversificada, destacando-se os segmentos de material de transporte (Caçapava, Taubaté e São José dos Campos), papel e papelão (Jacareí), produtos químicos e refino de petróleo (em função da presença de uma refinaria em São José dos Campos), bebidas (Jacareí) e borracha, plástico, alimentos e produtos de metal em Guaratinguetá.

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No setor de serviços são importantes aqueles ligados à dinâmica das empresas, como decorrência da forte presença da indústria na região. Entre os serviços pessoais e coletivos, destaca-se o turismo, em razão das praias do Litoral Norte e de Campos de Jordão. De pequena expressão na economia local, o setor primário tem peso relevante mais por sua produção florestal e atividades de pesca e aquicultura do que pelas atividades agropecuárias. A agropecuária tem como principais produtos, em termos de geração de valor, o leite, a carne bovina e o arroz, e é importante, sobretudo, nos municípios menores, onde predomina a agricultura familiar. A pesca e aquicultura é uma atividade importante na região, devido à existência de estâncias balneárias e um território cortado por muitos rios, destacando-se os municípios de Arapeí, Cunha, Igaratá, Ilhabela, Paraibuna, Santo Antônio do Pinhal, São Sebastião e Ubatuba. A atual estrutura fundiária do Vale do Paraíba é fruto de mudanças significativas na forma de distribuição das terras ocorridas a partir da decadência do café, quando as grandes fazendas passaram a ser retalhadas em partilhas e heranças familiares. Esse processo se multiplicou à medida que as gerações foram se sucedendo, o que resultou numa região pontuada por pequenas propriedades e produção agropecuária marcadamente familiar. A introdução de atividades mais concentradoras como é o caso do eucalipto, terminou de configurar a atual distribuição fundiária. Região Administrativa de Sorocaba: A Região Administrativa de Sorocaba, localizada no sudoeste, é a mais extensa do Estado e possui grandes contrastes, abrigando áreas dinâmicas e de melhor qualidade de vida e municípios comparativamente mais pobres e com carências sociais mais pronunciadas. Dentre esses, Apiaí, Barra do Chapéu, Iporanga, Itapirapuã Paulista, Ribeira, Ribeirão Branco e Tapiraí, fazem parte do chamado “Vale do Ribeira”, considerado a região mais pobre do Estado de São Paulo. Segundo dados de emprego da RAIS 2008, os municípios próximos ao eixo da Rodovia Castello Branco possuem uma estrutura econômica com forte predomínio da indústria de transformação, envolvendo grandes indústrias, enquanto os municípios do Sul/Sudoeste têm forte presença do setor primário e da Administração Pública. A agricultura tem base familiar e vários de seus municípios são cobertos por expressiva porção da Mata Atlântica. O perfil industrial é fortemente marcado pela estrutura da indústria de Sorocaba e municípios vizinhos, onde se localizam empresas dos ramos de alimentos, máquinas e equipamentos, eletroeletrônico, de telecomunicações, metalomecânico, além de inúmeras metalúrgicas, constituindo um dos mais importantes centros do Estado na fabricação de implementos para telecomunicações. O município de Sorocaba e seu entorno têm historicamente despertado interesse das grandes indústrias pela proximidade com a Região Metropolitana de São Paulo e a área metropolitana de Campinas. O setor primário tem peso relevante na região, particularmente pela produção florestal. A agropecuária é uma importante fonte de riqueza da região, com gado de corte e de leite, suinocultura, cana-de-açúcar, citros, frutas, feijão, milho, entre outras, sendo bastante importante para os municípios menores, onde predomina a agricultura familiar. Também devido à localização próxima à Grande São Paulo, a região é importante produtora de hortigranjeiros. Para atender a esse mercado exigente, os produtores locais têm investido em novas atividades agrícolas, como a agricultura orgânica, a fruticultura, a apicultura, a produção de cogumelos e flores, etc., que usam tecnologias diferenciadas e mão de obra especializada.

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Região Administrativa de Bauru: A Região Administrativa de Bauru é formada por 39 municípios e localiza-se no centro do Estado de São Paulo, num importante entroncamento rodo-hidro-ferroviário. Margeia a parte navegável do Rio Tietê, na área de influência da Hidrovia Tietê-Paraná, onde se localizam o principal terminal hidroviário de cargas do Estado, em Pederneiras, e as eclusas e usinas hidrelétricas de Bariri e Barra Bonita. Trata-se de uma região que se desenvolveu a partir das primeiras décadas do século vinte, com a chegada de ferrovias e de migrantes atraídos pelas atividades agrícolas no período de expansão do café. A região possui forte perfil agropecuário com encadeamento agroindustrial e tem, nas atividades de fabricação de produtos alimentícios, biocombustíveis, couros e calçados, produtos da cadeia produtiva da madeira (produção florestal, celulose e papel, produtos de madeira, móveis), além da produção do setor gráfico, alguns dos principais ramos de sua indústria de transformação. A estratégica localização da região fez de seus maiores municípios, particularmente Bauru, importantes centros de comércio e de serviços. A agropecuária é bastante diversificada e tem como principais produtos a cana-de-açúcar, a carne bovina, a laranja de mesa e para a indústria, frutas cítricas, a carne de frango, o milho, o café beneficiado, o leite, a sericicultura, entre outros. Embora todos os municípios da região tenham relevante produção agropecuária, os principais destaques são: Lençóis Paulista, Promissão, Bariri, Pederneiras, Bauru, além de municípios onde a atividade é particularmente concentrada como Arealva e Avaí. 5. PROCESSO DE AUDITORIA 5.1. Auditores e qualificações

a) Auditoria Fase I:

Nome do auditor Ricardo Camargo Cardoso Atribuições do auditor

Auditor líder. Aspectos legais e ambientais

Qualificações

Engenheiro Florestal com mais de quinze anos de experiência em empresas de base florestal (plantações) e certificação florestal e ambiental, Advogado e membro do Imaflora, representante do Programa Rainforest Alliance de Certificação Florestal, coordenador de certificação FSC e CERFLOR para manejo florestal de plantações. Participação em mais de cinqüenta processos de certificação florestal em empresas de plantações florestais. Auditor líder nos sistemas FSC e CERFLOR. Instrutor de cursos de Formação de Auditores FSC, promovidos pelo Imaflora, possui formação adicional em cursos sobre ISO 19011, ISO 14001 (Auditor Líder) e CERFLOR (Formação de Auditores).

b) Auditoria Fase II:

Nome do auditor Ricardo Camargo Cardoso Atribuições do auditor

Auditor líder. Aspectos legais e ambientais

Qualificações

Engenheiro Florestal com mais de quinze anos de experiência em empresas de base florestal (plantações) e certificação florestal e ambiental, Advogado e membro do Imaflora, representante do Programa Rainforest Alliance de Certificação Florestal, coordenador de certificação FSC e CERFLOR para manejo florestal de plantações.

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Participação em mais de cinqüenta processos de certificação florestal em empresas de plantações florestais. Auditor líder nos sistemas FSC e CERFLOR. Instrutor de cursos de Formação de Auditores FSC, promovidos pelo Imaflora, possui formação adicional em cursos sobre ISO 19011, ISO 14001 (Auditor Líder) e CERFLOR (Formação de Auditores).

Nome do auditor Antonio Carlos Antiqueira Atribuições do auditor

Auditor

Qualificações

Engenheiro Florestal pela ESALQ/USP. Realizou diversas auditorias pelo Imaflora. Trabalhou como consultor para empresas de celulose e papel para avaliação, estudos e implantação de sistemas mecanizados de colheita florestal, adequação de frotas para transporte de madeira, organização de pátios de estocagem de madeira. Consultor do programa de certificação florestal do Imaflora em avaliações e auditorias de certificação florestal pelos sistemas FSC e CERFLOR.

Nome do auditor Fábio Zanirato Atribuições do auditor

Auditor em treinamento

Qualificações

Engenheiro Florestal, especialista em Gerenciamento Ambiental com experiências voltadas a elaboração e execução de projetos socioambientais, na implantação de técnicas de adequação ambiental de propriedades e territórios tradicionais, implantação e execução de atividades voltadas a recuperação dos recursos hídricos e também na elaboração de projetos e acompanhamento de processos de licenciamento ambiental. Possui formação adicional em cursos de ISO 14001:2004 (auditor líder) pela ATSG, FSC e CERFLOR.

Nome do auditor Heidi Cristina Buzato Atribuições do auditor

Auditora social

Qualificações

Socióloga, mestre em Ciências Florestais, com ampla experiência em trabalhos com comunidades tradicionais. Trabalha como auditora social em processos de certificação FSC tendo participado de diversas auditorias de manejo de florestas nativas e plantações florestais em todo o Brasil, desde 1998. Instrutora de cursos de Formação de Auditores promovidos pelo Imaflora, possui formação adicional em cursos sobre ISO 19011, FSC e CERFLOR.

Nome do auditor Isabel Garcia Drigo Atribuições do auditor

Auditora social

Qualificações

Doutora em Ciência Ambiental (PROCAM/USP/AgroParisTech/França) com tese sobre as barreiras para a implantação de concessões florestais na América do Sul .Autora de dissertação de mestrado sobre os impactos da certificação florestal do FSC em duas comunidades do Estado do Acre. Possui treinamento para auditor interno de ISO 9001:2000. Possui sete anos de experiência com administração de equipes de auditores nos processos de certificação de produtos orgânicos no Brasil. Desde 2008 executa auditorias dos princípios e critérios sociais nos projetos de manejo florestal comunitário e empresarial no Brasil. Possui treinamento de auditora líder ISO 14001:2008 pela ATSG, além de formação em cursos FSC e CERFLOR.

Nome do auditor Rubens Mazzili Louzada Atribuições do auditor

Auditor

Qualificações

Engenheiro agrônomo, mestre em Entomologia Econômica. Consultor do Imaflora em avaliações e auditorias de certificação. Possui formação adicional em curso de formação e atualização para auditores promovidos pelo Imaflora nos sistemas FSC e CERFLOR. Auditor líder nas Normas ISO 19011, ISO 14001 e ISO 18001.

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5.2. Cronograma de auditoria fase II

Data Localização / sítios

principais Principais atividades

11/05/2015 Escritório Jacareí Fazenda Barra Bonita Fazenda Capão Bonito Fazenda Valinhos Fazenda Mangueirinha

- Reunião de abertura; - Planejamento de campo; - Exame inicial de documentos; - Verificação inicial de não conformidades abertas. - Colheita mecanizada e manual. - Viveiro. - Colheita manual; - Remanescentes de vegetação natural, RLs, APPs. - Baldeio; - Remanescentes de vegetação natural, RLs, APPs.

12/05/2015 Fazenda Santa Eliza Fazenda Calipso Fazenda Sertão Fazenda Gaspar Fazenda Nossa Senhora D’Ajuda Fazenda Glória Fazenda Santa Terezinha Fazenda São Lourenço Fazenda Conceição I

- Capina química manual; - Remanescentes de vegetação natural, RLs, APPs; - Construção e manutenção de estradas. - Pátio intermediário de madeira. - Colheita mecanizada; - Baldeio; - Remanescentes de vegetação natural, RLs, APPs; - Construção e manutenção de estradas. - Capina química. - Reforma, plantio. - Capina química; - Restauração de APP. - APP recuperada. - Remanescentes de vegetação natural, RLs, APPs; - Construção e manutenção de estradas. - Remanescentes de vegetação natural, RLs, APPs; - Construção e manutenção de estradas.

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Fazenda Planalto Fazendas Suinã e Tijuco Fazenda Água Branca Fazenda Cemiterinho Fazenda Abraão e Rota Santa Cruz (Jambeiro) STR de São José dos Campos Estrada da Fazenda do Banco (Santa Branca e Guararema) Município de Santa Branca Fazenda Paineira (Capão Bonito) Município de Capão Bonito Fazenda Água Fria (Guapiara) Município de Guapiara

- AVC; - Remanescentes de vegetação natural, RLs, APPs. - AVC; - Plantio; - Rebaixamento de tocos; - Preparo de solo; - Remanescentes de vegetação natural, RLs, APPs. - Colheita mecanizada; - Baldeio; - Picador. - Colheita mecanizada. - Entrevistas com partes interessadas. - Entrevistas com partes interessadas. - Entrevistas com partes interessadas. - Reunião pública. - Projetos de desenvolvimento agrícola (PDRT). - Entrevistas com partes interessadas; - Reunião pública. - AVC; - Entrevistas com partes interessadas. - Entrevistas com partes interessadas; - Projetos de desenvolvimento rural.

13/05/2015 Fazenda Americana II

- Desbrota; - Capina química.

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Fazenda Lago Azul Fazenda Santa Rita III Fazenda Santa Maria II Fazenda Itupararanga Sede (Capão Bonito) Município de Taubaté Município de São Luiz do Paraitinga Distrito de Catuçaba Município de Votorantim Fazenda Arariba (Bauru) Fazenda Barreiro Grande (Pederneiras) Terra Indígena Avaí (Bauru)

- Coveamento manual; - Plantio. - Adubação. - AVC; - Construção e manutenção de estradas. - Entrevistas com partes interessadas. - Colheita mecanizada; - Baldeio. - Depósito de produtos químicos; - Descarte de resíduos sólidos; - Coleta seletiva; - Pátio de madeira. - Entrevistas com partes interessadas. - Entrevistas com partes interessadas. - Entrevistas com partes interessadas; - Rota de transporte. - Entrevistas com partes interessadas. - Entrevistas com partes interessadas. - Entrevistas com partes interessadas. - Entrevistas com partes interessadas.

14/05/2015 Fazenda Cava Grande Fazenda Una Fazenda Santa

- Remanescentes de vegetação natural, RLs, APPs; - Construção e manutenção de estradas; - Vigilância patrimonial. - Remanescentes de vegetação natural, RLs, APPs; - Construção e manutenção de estradas; - Vigilância patrimonial. - Remanescentes de vegetação natural, RLs, APPs; - Construção e manutenção de estradas; - Vigilância patrimonial.

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Fazenda Colibri (MG) Fazenda Barreiro (MG) Município de Guaratinguetá Bairro Borba Gato (Pindamonhangaba) Bairro Mato Dentro (São Luiz do Paraitinga) Distrito de Catuçaba Município de Capão Bonito Município de Itapeva Sede (Capão Bonito)

- Carregamento e transporte; - APPS programadas para recuperação. - Combate a formigas; - Áreas degradadas controladas. - Entrevistas com partes interessadas. - Entrevistas com partes interessadas. - Projetos de desenvolvimento agrícola (PDRT). - Entrevistas com partes interessadas. - Entrevistas com partes interessadas. - Entrevistas com partes interessadas. - Exame de documentos.

15/05/2015 Imaflora - Reunião de consolidação da primeira semana; - Definição de encaminhamentos e responsabilidades.

18/05/2015 Escritório Jacareí Parque Estadual Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia

- Exame de documentos; - Entrevistas com equipes internas do empreendimento. - Rota de transporte, condições de estradas; - Entrevistas com partes interessadas.

19/05/2015 Escritório Jacareí Fazenda Nossa Senhora D’Ajuda

- Exame de documentos; - Entrevistas com equipes internas do empreendimento. - Monitoramento e reversão de APPs.

20/05/2015 Escritório Jacareí - Exame de documentos; - Entrevistas com equipes internas do empreendimento.

21/05/2015 Escritório Jacareí - Exame de documentos; - Entrevistas com equipes internas do empreendimento; - Reunião de consolidação final da equipe.

22/05/2015 Escritório Jacareí - Reunião preliminar com os representantes do empreendimento;

- Reunião de encerramento.

Número total de pessoas-dia utilizadas na auditoria: 120

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= número de auditores participando 06 multiplicado pela média de número de dias gastos na preparação, visita de

campo, e acompanhamento pós-visita, incluindo consultas com partes interessadas 20 5.3. Descrição das etapas do processo de avaliação

5.3.1. Visita prévia (se aplicável) Após análise e avaliação da documentação apresentada pelo empreendimento candidato, e considerando o histórico de certificação CERFLOR do empreendimento, a experiência do Imaflora com relação a processos com o nível de complexidade apresentada e, principalmente, o conhecimento prévio da empresa candidata pelo Imaflora, obtido em outros processos de certificação, foi dispensada a realização da visita prévia à unidade de manejo florestal. 5.3.2. Auditoria inicial (auditoria fase I) Tem as funções de: a) Fornecer subsídios para o planejamento da Auditoria Fase II, por meio do conhecimento sobre o manejo florestal do empreendimento candidato, com base nos princípios, critérios e indicadores conforme ABNT NBR 14789 e, em particular, do preparo do empreendimento para receber auditoria; b) Verificar nos órgãos públicos competentes o cumprimento da legislação, segundo o Princípio 1; c) Identificar as partes interessadas a serem convidadas para a consulta pública, por meio de levantamento direto e indicações do empreendimento; d) Realizar uma consulta prévia, envolvendo as partes interessadas sobre o processo de certificação, por um período não inferior a 30 dias para o recebimento de comentários; e) Nesta fase também pode ocorrer visita de campo para melhor compreensão do empreendimento e planejamento da auditoria fase II. Foram examinados diferentes documentos apresentados pelo empreendimento candidato, com os objetivos de avaliar preliminarmente o atendimento dos princípios, critérios e indicadores conforme ABNT NBR 14789 e, em particular, do preparo do empreendimento para receber a auditoria. Foram analisados os seguintes documentos: - Plano de Manejo Florestal SP; - Procedimentos operacionais de silvicultura, colheita, construção e manutenção de estradas, entre outros; - Certidões de débitos tributários junto às receitas Federal, Estadual e Municipal; - Certidões de débitos junto ao INSS e ao FGTS; - Certidões de ações junto às Justiças do Trabalho, Federal e Estadual (Cíveis e Penais); - Documentos relativos ao licenciamento ambiental do empreendimento; - Documentos relativos ao desempenho ambiental do empreendimento; - Relatórios anteriores emitidos pelo sistema de certificação CERFLOR.

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As certidões de ação, em especial, listam ações em andamento que envolvem a Fibria – Unidade Jacareí como parte processual. A lista de ações será verificada durante a Auditoria Fase II. A verificação do cumprimento da legislação deu-se por meio da solicitação das certidões acima descritas. Os documentos examinados permitiram constatar uma consistência mínima suficiente para justificar a viabilidade da realização da Auditoria Fase 2, a ser realizada em dez dias por uma equipe composta por cinco auditores, que deverá incluir visitas a frentes operacionais e de importância ambiental, comunidades e órgãos públicos, além do exame mais detalhado de documentos e entrevistas com trabalhadores e membros da equipe do empreendimento. A identificação de partes interessadas ocorreu por meio de uma lista de partes interessadas apresentada pelo empreendimento candidato e listas estratégicas mantidas pelo Imaflora, resultantes de experiências anteriores na região. Foi efetuada uma consulta prévia por e-mail, considerando as partes interessadas identificadas e os prazos estipulados para o recebimento de comentários. Adicionalmente, foi efetuada uma divulgação na página eletrônica do Imaflora, bem como uma divulgação em instrumentos de mídia locais. Durante entrevistas, prévias ou mesmo durante entrevistas presenciais durante a auditoria de campo, novas partes interessadas podem ser identificadas e consultadas. Conforme descrição já efetuada no item 5.3.1, foi dispensada a realização de visita de campo durante esta fase da auditoria. 5.3.3. Auditoria inicial (auditoria fase II) Após todas as constatações da Auditoria Fase I, inicia-se a Auditoria Fase II nas dependências do empreendimento para avaliar a implementação dos requisitos da norma. Nesta fase são realizadas Reuniões Públicas para coletar comentários das partes interessadas. A avaliação da Fibria – Unidade Jacareí foi planejada para ser realizada em um período de duas semanas por uma equipe quase exclusivamente composta por profissionais experientes em processos de certificação florestal, incluindo três Engenheiros Florestais, um Engenheiro Agrônomo, uma Socióloga e uma Doutora em Ciência Ambiental. Na primeira semana foram desenvolvidas atividades de campo e de consulta a partes interessadas externas, abrangendo as duas regionais (Vale do Paraíba e Capão Bonito), de forma a antecipar o maior volume de trabalho de campo necessário. Como descrito no item 6.1, além de todo o processo de consulta pública, optou-se pela realização adicional de duas reuniões públicas nos Municípios de Santa Branca (regional do Vale do Paraíba) e Capão Bonito (regional de Capão Bonito). Ao final da primeira semana ocorreu uma consolidação geral da equipe, visando organizar as principais evidências encontradas e levantar eventuais lacunas na avaliação, de forma a determinar responsabilidades e medidas adicionais de encaminhamento. Durante a segunda semana, focou-se na finalização dos processos iniciados durante a primeira semana à luz das informações já coletadas, no exame da documentação apresentada pelo empreendimento e na realização de entrevistas com as equipes responsáveis pela gestão florestal da unidade de manejo. Durante a fase de avaliação de campo a equipe cumpriu as seguintes etapas e diretrizes gerais:

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- Análise de documentos do EMF – a documentação foi analisada para a obtenção de uma base de informações sobre o histórico recente, as atividades, o processo produtivo e detalhes sobre questões ambientais e sociais da operação florestal. - Seleção de locais – juntamente com os responsáveis pelo manejo florestal a equipe revisou a documentação enviada pela empresa e, de posse dos mapas e das informações sobre as frentes de trabalho, selecionou os sítios a serem visitados. Priorizou-se a avaliação dos sítios com frentes de trabalho, buscando-se a amostragem de diferentes prestadores de serviços, situações topográficas e operações, amostrando-se adicionalmente outros aspectos como áreas de conservação e pesquisa, eventuais denúncias e documentação em escritório. A composição da amostragem e a decisão de visitas da equipe nas diferentes áreas considerou a distribuição regional das unidades de manejo. - Consolidação parcial de equipe – no final de cada dia de trabalho foram efetuadas conversas com os membros da equipe para análise dos dados observados, revisão de documentação (procedimentos de manejo florestal, políticas, plano de manejo etc.) e definição de eventuais atividades adicionais no dia seguinte. - Discussão interna e apresentação preliminar dos resultados – após reunião da equipe para consolidação das principais constatações da avaliação, foi apresentado à equipe responsável pela certificação na empresa um resumo dos pontos positivos e negativos observados, incluídos no relatório de avaliação. - Reunião de encerramento. 5.3.4. Tratamento de não conformidades Caso seja identificada alguma não conformidade maior durante o processo, o empreendimento deve tratar a mesma, e a evidência objetiva de cumprimento é requisito para emissão do certificado. Processo de CVA (CAR Verification Audit) – em função da aplicação da NCR Maior #01/15 no processo de avaliação, sobre situações de trabalho inseguras (uma frente de roçada manual em que o corte das plantas ocorria em bisel, colocando em risco os trabalhadores em caso de quedas e uma frente de colheita manual com uso de motosserra em que foi evidenciada a realização da operação sem a manutenção da distância mínima de segurança entre operadores), foi realizada uma auditoria de escritório com a finalidade de examinar as evidências objetivas apresentadas pelo empreendimento e avaliar a resolução das causas que originaram a não conformidade. A verificação, efetuada por meio de exame de documentos, ocorreu entre os dias 06 e 07 de agosto de 2015. No caso da operação de roçada pré-corte, o empreendimento adotou ações de definição de regras e diretrizes da atividade, estabelecimento de um procedimento operacional específico, orientação e treinamento das equipes envolvidas e implementação de estudos para a definição de ferramenta apropriada. Para a operação de colheita manual com motosserra, foram adotadas estratégias de treinamento da equipe prestadora de serviços responsável, orientação dos responsáveis pela supervisão, revisão de procedimentos e instruções de trabalho existentes, revisão de listas de verificação de campo e estabelecimento de visitas de campo conjuntas dos técnicos de segurança do EMF e da empresa prestadora de serviços. As medidas propostas, já executadas ou em implementação, foram consideradas suficientes para o encerramento da não conformidade.

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5.3.5. Comissão de certificação O processo do EMF passará pela avaliação de uma comissão de certificação que valida a decisão tomada pelo Imaflora.

6. EVIDÊNCIAS DE AUDITORIA E RESULTADOS

6.1. Descrição do processo de consulta a partes int eressadas O propósito da estratégia de consulta a partes interessadas para a avaliação foi: 1) Assegurar que o público esteja consciente e informado sobre o processo de avaliação de certificação e seus objetivos; 2) Auxiliar a equipe de avaliação na identificação de tópicos potenciais; 3) Fornecer diferentes oportunidades ao público para discussão e participação no processo de levantamento de evidências da avaliação. Esse processo não é somente uma notificação, mas sim, sempre que possível, uma interação detalhada e significativa com as partes interessadas. O processo de consulta a partes interessadas não se encerra após as visitas de campo, podendo ter continuidade inclusive após a decisão de certificação. O Imaflora estimula, a qualquer momento, comentários sobre operações certificadas e utiliza-se de tais comentários, se aplicáveis, em avaliações de campo. Previamente à avaliação de certificação foi realizado um amplo processo de consulta pública, incluindo a elaboração de uma lista de partes interessadas. O mapeamento de partes interessadas foi realizado tomando em consideração o banco de dados do Imaflora, acumulado através do histórico das auditorias realizadas na região desde 2005. A atualização deste banco de dados foi efetuada utilizando-se pesquisas na internet e contatos diretos com instituições relevantes, através de entrevistas e contatos telefônicos. O banco de dados acumulado na certificadora era composto por diferentes listas de partes interessadas, criadas e atualizadas durante diversos processos de consulta realizados pela instituição. A estas listas foi somada a lista de partes interessadas fornecida pelo empreendimento candidato. O processo de consulta a partes interessadas foi iniciado com mais de cinquenta dias de antecedência em relação à data da avaliação de campo. As partes interessadas foram informadas e convidadas através de carta anúncio e um comunicado público – utilizando-se para isso, correio eletrônico e postal, fax e telefone – a participarem do processo de consulta pública. O comunicado público foi publicado na página eletrônica do Imaflora em 17/03/2015, no seguinte endereço: http://www.imaflora.org/consulta-publica.php e a divulgação do lançamento da consulta pública ocorreu nas redes sociais incluindo blog, Facebook e Twitter na mesma ocasião. O conjunto de informações fornecidas permitiu o acesso do público a dados detalhados sobre o manejo do empreendimento candidato, incluindo número de hectares de plantações de eucalipto, localização das áreas, entre outros. Foram realizadas duas reuniões públicas nos municípios de Jacareí e Capão Bonito, ambas no dia 12 de maio de 2015, cujo objetivo foi informar sobre o processo de certificação da empresa e recolher contribuições das partes interessadas. A divulgação das reuniões públicas compreendeu as seguintes etapas:

� Desenvolvimento de anúncio para a Rádio Mensagem AM de Jacareí/SP, com abrangência nos municípios de Jacareí, São José dos Campos, Guararema, Caçapava,

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Igaratá, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna, Santa Branca, Santa Isabel e São Francisco Xavier, divulgado durante o período de 09 a 12 de Maio de 2015, totalizando vinte inserções comuns em horários diferenciados;

� Desenvolvimento de anúncio para a Rádio Cacique AM de Capão Bonito/SP, com abrangência nos municípios de Capão Bonito, Ferreira dos Matos, Gramadinho, Gramadão, Turvo dos Almeidas, Ana Benta, Apiaí Mirim, Ribeirão Grande, Guapiara, Apiaí, Buri, São Miguel Arcanjo e Taquarivaí, divulgado durante o período de 09 a 12 de Maio de 2015, totalizando trinta inserções comuns em horários diferenciados;

� Desenvolvimento de anúncio para a Rádio Jovem Pan FM de Capão Bonito/SP, com abrangência nos municípios de Capão Bonito, Itapeva, Ribeirão Grande, Guapiara, Ribeirão Branco, Apiaí, Iporanga, Nova Campina, Taquarivaí, Buri, Eldorado, Campina do Monte Alegre, Angatuba, São Miguel Arcanjo, Sete Barras, Sarapuí e Itapetininga, divulgado durante o período de 09 a 12 de Maio de 2015, totalizando trinta inserções comuns em horários diferenciados;

� Desenvolvimento de anúncio para o Jornal O Expresso de Capão Bonito/SP, com distribuição nos municípios de Capão Bonito, Buri, Taquarivaí, Ribeirão Grande, Ribeirão Branco, Guapiara e Apiaí, divulgado no dia 09 de Maio de 2015;

� Desenvolvimento de anúncio para o Jornal O Semanário de Capão Bonito/SP, com distribuição nos municípios de Capão Bonito, Buri, Taquarivaí, Ribeirão Grande, Ribeirão Branco, Guapiara e Apiaí, divulgado no dia 08 de Maio de 2015.

Como uma segunda etapa de consulta, foram elaboradas, a partir da lista inicial, listas qualificadas de partes interessadas relevantes, para as quais foram adotadas diferentes estratégias de aproximação mais direta, incluindo e-mails personalizados, teleconferências ou visitas presenciais durante a avaliação de campo. Nesta fase foram efetuados contatos e agendamentos. Durante as auditorias de campo foram entrevistados trabalhadores próprios e terceirizados, moradores e lideranças de comunidades vizinhas às áreas de manejo, órgãos públicos, sindicatos de trabalhadores, representantes do poder local, vereadores, representantes de ONGs e projetos sociais desenvolvidos pelo empreendimento junto às comunidades afetadas. As organizações e pessoas que receberam o comunicado público estão resumidas no quadro abaixo.

Classificação da parte interessada Número de

pessoas/entidades informadas

Número de pessoas/entidades

diretamente consultadas ou que forneceram comentários

ONGs Ambientais 13 04

ONGs Sociais 06 03

Associações 12 02

Comunidades 13 12

Organizações governamentais 68 04

Instituições de Ensino 18 02

Colaboradores da Rainforest Alliance 03 00

Colaboradores do Imaflora 26 00

Prestadores de Serviços 13 00

Sindicatos 04 02

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Auditores externos 44 00

Trabalhadores próprios 88 88

Trabalhadores terceirizados 92 92

6.2. Comentários recebidos na consulta prévia e tra tamento das demandas As atividades de consulta a partes interessadas foram organizadas para dar aos participantes a oportunidade de fornecer comentários de acordo com categorias gerais de interesse baseadas nos critérios de avaliação. A tabela a seguir resume os itens identificados pela equipe de avaliação, com uma rápida discussão de cada um, baseados em entrevistas específicas ou comentários em reunião pública. Princípio s Comentários de interessados Resposta do Imaflora Princípio 1 Ações c ivi s pública s e outras

ações contra a empresa O Defensor Público encaminhou uma Ação Civil Pública denunciando irregularidades ambientais da empresa. Existem diversas ações civis públicas contra o empreendimento. Foi interposta uma ação judicial contestando plantios em áreas de recarga de água, contaminando e secando o poço de um vizinho à jusante da propriedade que não pode explorar a água, para a qual possui outorga de exploração comercial.

Foram evidenciadas ações civis públicas interpostas pela Defensoria Pública – Regional de Taubaté, ou pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. Evidenciou-se, ainda, a existência de inquéritos civis públicos em andamento sobre temas correlatos, sem a interposição, até o momento da avaliação, das respectivas ações civis públicas, bem como da ação judicial indenizatória descrita nos comentários. As questões específicas apontadas nas ações e inquéritos existentes, em especial interpostas pelo MP e pela Defensoria Pública, foram analisadas pela certificadora, tratam de diversos temas aqui apresentados e se encontram em geral em andamento junto às esferas competentes, sem definições judiciais finais transitadas em julgado. Não é papel da certificadora antecipar as decisões finais do Poder Judiciário, restando apenas o acompanhamento do andamento das ações. Uma vez emitida uma decisão judicial final pelo Poder Judiciário, envolvendo áreas de manejo florestal, dentro ou fora do escopo de certificação, mas sob responsabilidade do empreendimento candidato ou certificado, deve-se analisar se e em que grau o comportamento condenado representa uma não conformidade com relação ao padrão ou demais normas de certificação do CERFLOR. Apesar da importância dos temas apontados, não é factível a aplicação de ações corretivas, que podem levar à inviabilização do certificado

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Ausência de licenciamento ambiental O empreendimento não possui EIA-RIMA para as plantações florestais. Ausência de averbação de reservas legais Existem diferentes pendências da empresa com relação à averbação de reservas legais.

sem a devida comprovação judicial definitiva das alegações apontadas nas ações em andamento. O empreendimento não possui, efetivamente, estudos e relatórios de impactos ambientais referentes aos seus plantios no Estado de São Paulo. Os órgãos ambientais estaduais consultados, responsáveis pelo licenciamento de atividades poluidoras, entendem não ser sua incumbência o licenciamento das atividades de plantações florestais, exceto nos casos determinados judicialmente. Nos Municípios em que foram alcançadas decisões judiciais nesse sentido, o empreendimento vem cumprindo com as restrições estabelecidas. Dada a determinação dos órgãos responsáveis e o questionamento judicial da Defensoria Estadual, contemplado com decisões liminares favoráveis em Municípios de atuação da empresa, o assunto vem sendo e será tratado em conformidade com as decisões judiciais consolidadas. Os requisitos legais do padrão CERFLOR são aplicáveis à luz da legislação vigente no momento da auditoria, cabendo ao Imaflora adotar, portanto, a orientação da aplicabilidade do novo Código Florestal como parâmetro para a verificação da legalidade do manejo florestal de empreendimentos certificados pelo CERFLOR. Antes da entrada em vigor do novo Código Florestal o empreendimento vinha regularizando a situação de averbação de reservas legais de suas áreas, em conformidade com a legislação vigente e obedecendo a um cronograma acompanhado pela certificadora. Segundo o novo Código, o registro de reservas legais no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro de Imóveis. O empreendimento apresentou informações de registro de aproximadamente 92% de suas áreas junto ao CAR. Não foram identificadas

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Desmatamento Houve desmatamento na Fazenda Santa Rita V, em Guaratinguetá. Ocorrem conversões de matas nativas para plantações. Plantios em APPs hídricas e de topos de morros As Fazendas Cava Grande e Santa têm eucalipto plantado até a beira do rio. Existem plantios em APPs de topos de morros,

não conformidades sobre o tema. A importância e riqueza de biodiversidade existente em ecossistemas naturais, em especial em ecossistemas ameaçados de extinção como é o caso da mata atlântica, constituem um valor fundamental dentro do sistema de certificação CERFLOR. Além das restrições legais propiciadas pelas legislações florestal e ambiental brasileiras, não são admitidas pelos padrões de certificação conversões injustificadas de ecossistemas naturais para plantações florestais efetuadas pelos manejadores em áreas certificadas, a partir de 31 de dezembro de 2010. Além do histórico de avanço de plantios de eucalipto priorizando a ocupação de áreas de pastagens extensivas, para evidenciar sua adequação a esta regra de certificação, o empreendimento procedeu a um estudo utilizando imagens de satélite anteriores à data de corte do CERFLOR, ou anteriores à aquisição das propriedades pela empresa, comparadas com o uso atual do solo, não sendo evidenciadas áreas significativas de potencial conversão. O novo Código Florestal definiu a questão de APPs de topos de morro no inciso IX de seu artigo 4º. O empreendimento vem demarcando as APPs de topo de morro existentes na unidade de manejo florestal, de acordo com seu plano anual de colheita e vem indicando essas áreas como áreas consolidadas (aproximadamente 54% das áreas próprias levantadas até maio de 2015, com 22,87 hectares de plantios identificados como consolidados). O manejo dessas áreas deverá adotar práticas que garantam a conservação da água e do solo, ainda segundo o novo Código. As práticas utilizadas no manejo dessas áreas deverão ser verificadas nos próximos monitoramentos anuais. Embora todas as áreas de topo de morro identificadas estivessem devidamente registradas, evidenciou-se a ausência de um procedimento formalizado para

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Manejo de áreas em zonas de amortecimento de unidades de conservação A Fazenda Sertãozinho, contígua ao Parque da Serra do Mar utiliza agrotóxicos na produção das florestas de eucalipto. O eucalipto é cultivado na zona de amortecimento do Parque Nacional da Serra do Mar. Acordos coletivos de trabalho As empresas prestadoras de

a comunicação entre as áreas de Geoprocessamento e Patrimônio, de forma a garantir o registro ou a correção das APPs identificadas junto ao CAR, aplicando-se a OBS #02/15 sobre o tema. As fazendas mencionadas foram visitadas durante a avaliação. Durante esta avaliação, situações semelhantes foram constatadas no campo, inclusive nas propriedades citadas. Trata-se de antigos plantios comerciais, efetuados segundo a legislação vigente à época, ou frutos de erros operacionais das equipes de plantio, ou de ausência de precisão nas técnicas de mapeamento, totalizando aproximadamente 3.600 hectares. A retirada do eucalipto dessas áreas para posterior recuperação (quando necessária) depende da autorização da CETESB/CBRN (Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais), o que vem dificultando a adequação proposta pelo empreendimento, vinculada ao plano anual de colheita. Mais recentemente, o empreendimento passou a obter com maior agilidade as referidas autorizações para remoção de eucaliptos em APPs por meio de solicitações de retirada segundo a Resolução SMA 32/2014. Não foram identificadas não conformidades sobre o tema. A Fazenda Sertãozinho II, localizada no Município de São Luiz do Paraitinga, se encontra efetivamente na zona de amortecimento do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia, definida, de acordo com a legislação aplicável, dentro de um raio de dez km do entorno da Unidade de Conservação. As normas aplicáveis a esta zona de amortecimento, especificadas no Plano de Manejo do Parque Estadual, em seu item 4.11.5, não prevêem restrições ao cultivo do eucalipto ou ao uso de agrotóxicos. As empresas terceirizadas possuem acordos

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serviços não possuem plano de saúde e não conseguem fechar acordo sobre pagamento de horas in itinere. Assuntos tributários O empreendimento é beneficiado pela questão fiscal porque transfere a madeira para ela mesma, recolhendo menos impostos. Outras produções seriam mais interessantes para o município de Capão Bonito, como lavouras de soja e milho. O recolhimento de impostos é centralizado em Jacareí e os outros municípios são injustiçados. Baixa receita tributária nos municípios com plantações florestais.

para pagar as horas efetivamente percorridas. Os levantamentos de documentos e entrevistas com trabalhadores evidenciaram que as horas de transporte têm sido pagas de acordo com o realizado. Embora existam diferenças entre os planos fornecidos, evidenciou-se que as empresas prestadoras de serviços na unidade de manejo florestal possuem planos de saúde para seus funcionários. Não foram evidenciadas não conformidades sobre o tema. A incidência de tributos é regida pelo complexo arcabouço legal sobre o tema, com a definição de tributos, competências e repartições tributárias e regras gerais em níveis constitucional e federal e a legislação e operacionalização dos tributos existentes efetuadas pelas entidades federativas detentoras das distintas competências tributárias. A distribuição dos tributos advindos das atividades industriais e de produção florestal de empresas de papel e celulose não ocorre, efetivamente, de maneira uniforme, havendo grande concentração de recolhimentos nos níveis federal e estadual, bem como nos municípios sede dos empreendimentos industriais, em detrimento dos demais municípios em que ocorrem somente atividades florestais. Embora soluções de consenso tenham sido observadas em algumas situações, por meio da repactuação na distribuição de recursos tributários pelos diferentes municípios de influência de empresas certificadas, tais ações esbarram nitidamente nas limitações do alcance da certificação florestal, dependendo da articulação entre as partes, sobretudo, dos entes governamentais envolvidos.

Princípio 2 Não foram recebidos comentários sobre o Princípio.

N/A.

Princípio 3 Transgênicos Teme-se que o cultivo de transgênicos poderá prejudicar o projeto de mel na regional de Capão Bonito. Ocorre a difusão de

O sistema de certificação proíbe expressamente o uso comercial de OGMs em unidades certificadas de manejo florestal. A pesquisa de OGMs é tolerada mediante a adequação a normas e técnicas de biossegurança.

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organismos geneticamente modificados (OGMs) no meio ambiente. Conservação de matas

O empreendimento mantém pesquisas com OGMs em áreas não certificadas, incluindo um laboratório autorizado pelo órgão competente federal para realizar pesquisas em sistema fechado e controlado de OGM. O laboratório está localizado no município de Jacareí em área que não gera nenhum risco de potencial contaminação com o material genético utilizado atualmente para plantios comerciais. Atualmente, o empreendimento desenvolve experimentos de campo com árvores geneticamente modificadas de eucalipto, sempre em áreas fora do escopo de certificação. Durante a avaliação de recertificação o Imaflora efetuou uma atualização das informações sobre pesquisas com OGMs realizadas pela empresa, constatando que: as pesquisas conduzidas possuem um claro conteúdo e propósito investigativo; os experimentos são conduzidos em áreas limitadas, fora do escopo de certificação, e possuem planejamento e prazos compatíveis com as finalidades de pesquisa propostas; e as pesquisas seguem rigorosamente os requerimentos legais aplicáveis, incluindo as autorizações necessárias junto ao CTNBio (órgão federal responsável) e as salvaguardas e medidas de isolamento e proteção necessárias à biossegurança dos experimentos. Com o intuito de dar transparência à sua posição institucional, a empresa vem desenvolvendo uma campanha para o engajamento de partes interessadas relevantes na discussão do tema, incluindo posições contrárias ao uso da técnica, e apresentou uma política pública, disponibilizada em http://www.fibria.com.br/institucional/tecnologia/. A certificadora tem conhecimento das instalações, locais e outros detalhes de experimentos com OGMs realizados pelo empreendimento. Tais informações, no entanto, são mantidas em sigilo em razão de aspectos de biossegurança e de políticas de confidencialidade do empreendimento certificado.

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ciliares Não se sabe se a certificação trata das questões de conservação das matas ciliares. Deserto verde, baixa biodiversidade do eucalipto, isolamento de fragmentos naturais, alelopatia O eucalipto isola os remanescentes de matas nativas e constitui um deserto verde. O eucalipto possui baixa biodiversidade, ausência de intercâmbio natural e de cadeia alimentar não permitindo a sobrevivência nem mesmo de insetos. As plantações de eucalipto impedem o crescimento de plantas nativas em seu interior.

O sistema de certificação atribui valor fundamental às questões de conservação dos remanescentes naturais existentes, em especial de matas ciliares. As áreas destinadas à conservação, entremeadas na unidade de manejo florestal, ocupam cerca de 40% da área total certificada. Sobre o tema, ver comentários sobre a presença de plantios de eucalipto em APPs hídricas nos comentários ao Princípio 1 deste item. Embora não possa ser comparada a biodiversidade existente em remanescentes naturais com aquela mantida em plantios florestais, motivo pelo qual se restringe a possibilidade de conversão de remanescentes em plantios de eucalipto nas áreas certificadas, esta última é significativamente melhor que a existente em outros usos e ocupações do solo. Práticas de manejo florestal de plantações como a manutenção dos remanescentes existentes entremeados às plantações e a existência de corredores ecológicos entre os remanescentes naturais favorecem a manutenção da biodiversidade existente. As áreas destinadas à conservação, entremeadas na unidade de manejo florestal, ocupam cerca de 40% da área total certificada. Os sub-bosques que se desenvolvem sob a copa das plantações de eucalipto são constituídos frequentemente por espécies de ocorrência natural da região e permitem um grau variável de permeabilidade da fauna existente nos remanescentes naturais. Os exames dos mapas georreferenciados e as visitas de campo evidenciaram a existência de conexões entre fragmentos naturais. No plano de restauração ecológica apresentado pela empresa foram priorizadas as áreas inclusas nas linhas de conectividade do projeto Corredor Ecológico do Vale do Paraíba (ACEVP) e as áreas de conectividade definidas pelo Projeto Biota FAPESP para as áreas de Capão Bonito. Os

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Combate a incêndios Não há iniciativa da empresa em ações de combate a incêndios. Vigilância patrimonial A Fazenda Sertãozinho não conta com um morador ou vigilante. Ocorrem ações de caça na região, incluindo a apreensão de caçadores e armas dentro da fazenda.

registros de levantamentos de fauna e flora periódicos efetuados nas áreas de remanescentes naturais da unidade de manejo florestal indicam a presença de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção na unidade de manejo florestal. Não foram evidenciadas não conformidades sobre o tema. Foi disponibilizado um procedimento interno de combate a incêndios florestais determinando as fontes de risco, as instruções de emergência e os recursos disponíveis em casos de incêndio, incluindo torres de observação, caminhões de combate a incêndios, equipes de brigadistas, entre outros. Visitas de campo e entrevistas com funcionários evidenciaram a disponibilidade dos recursos elencados. Não foram evidenciadas não conformidades sobre o tema. Evidenciou-se que a empresa possui um sistema estabelecido de vigilância patrimonial terceirizado que ronda todos os talhões da unidade de manejo florestal com uma frequência mínima de três meses. Os eventos com interface legal são reportados às autoridades legais competentes por meio da emissão de boletins de ocorrência. As ocorrências identificadas, que abrangem casos de caça, pesca, roubos de flora, atropelamentos de animais silvestres, presença de gado e lixo, entre outras ocorrências contra o patrimônio, são consolidadas em relatórios submetidos à análise crítica e às ações cabíveis dos setores responsáveis pela supervisão das áreas. Uma equipe de inteligência patrimonial própria foi recentemente estabelecida, com a missão de aperfeiçoar os trabalhos de vigilância atualmente implementados. Sobre o tema de vigilância patrimonial em áreas de relevante interesse ecológico, foi aplicada a OBS #06/15.

Princípio 4 Exaurimento de nutrientes do solo O eucalipto exaure a terra.

Além da adoção de práticas como o cultivo mínimo, que propiciam a manutenção de

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Secamento de solos, hidrologia das plantações, impactos das operações florestais em corpos d’água Não se sabe se a certificação trata das questões de água. As florestas de eucalipto causam o secamento de poços e corpos d’água a jusante de suas propriedades.

resíduos florestais nos talhões colhidos, a empresa dispõe de procedimentos específicos de adubação, incluindo um sistema de monitoramento nutricional das plantações de eucalipto que busca analisar o estoque de nutrientes contidos no solo. Conhecendo-se a demanda de nutrientes necessária para todo um ciclo do eucalipto (6 a 7 anos), este monitoramento indica as quantidades de nutrientes necessárias para manter a produtividade. O sistema inclui recomendação de adubação de base, manutenções e adubações complementares. As adubações complementares são baseadas no monitoramento nutricional realizado nas florestas de eucalipto com idades de 18 e 36 meses e têm como objetivo verificar a necessidade de uma complementação nutricional, adequando a dose e o tipo de fertilizante para cada situação de solo e material genético, de modo a garantir o suprimento de nutrientes necessários para atender à demanda pela floresta. A manutenção no longo prazo da produtividade de plantações de eucalipto é dependente de um planejamento adequado de adubações, realizadas em diferentes momentos do ciclo de crescimento da espécie. O plano anual de silvicultura e os controles operacionais, bem como observações de campo evidenciam a efetiva implementação das medidas planejadas. Os dados de produtividade das plantações, por outro lado, evidenciam a manutenção da capacidade produtiva dos solos utilizados ao longo do tempo. Não foram evidenciadas não conformidades sobre o tema. O tema é controverso e recorrente nas consultas a partes interessadas, em especial em função do fenômeno generalizado de secamento de corpos d’água, relacionado a questões multidisciplinares que incluem o uso e ocupação do solo, o aumento na demanda de água relacionado ao crescimento da população

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O manejo das estradas causa assoreamento em terrenos vizinhos da empresa. Nas plantações ocorre menor interceptação, ausência de infiltração, erosão, assoreamento de rios e danos ocasionados por operações florestais como colheita e construção e manutenção de estradas.

e à ausência de um zoneamento ecológico-econômico implantado, modificações climáticas, entre outros. A ciência florestal não confirma nem repele a suposição popular de que o eucalipto seca o solo, demonstrando que esta espécie se comporta de forma semelhante a diferentes espécies florestais durante seu desenvolvimento, reconhecendo que existe uma absorção natural de água realizada pelos processos de evaporação e transpiração das plantas. A adoção de técnicas equivocadas de manejo pode prejudicar, além disso, o balanço hídrico de uma microbacia. O sistema de certificação, por sua vez, demanda o monitoramento, prevenção e mitigação dos impactos ambientais causados pelas atividades de manejo florestal, demandando ações corretivas no caso de identificação de não conformidades sobre o tema. Entre as atividades verificadas durante as auditorias de campo e pelo exame dos procedimentos operacionais do empreendimento encontram-se os processos de plantio e colheita florestal, bem como as atividades de construção e manutenção de estradas, além dos monitoramentos hídricos qualitativos e quantitativos efetuados pela empresa. Os registros de monitoramentos examinados durante a avaliação de campo permitiram a constatação de comportamentos hidrológicos e fluxos de vazão compatíveis com as condições locais de disponibilidade hídrica e de qualidade da água. A intensidade, frequência, resultados e análise crítica dos monitoramentos efetuados deverão ser verificados de forma contínua durante os próximos monitoramentos a serem efetuados por esta certificadora. O comportamento geral hidrológico das plantações comerciais possui, além de seus pontos controversos, aspectos positivos. Comparativamente a outras atividades de uso do solo (nunca aos ecossistemas florestais originais), o nível de exposição do solo em cultivos florestais é muito menor, por diferentes motivos. O ciclo de manejo da floresta, compreendendo de cinco a sete anos, mantém protegido o solo por uma escala de tempo maior que outras culturas temporárias, ou

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Agrotóxicos A empresa utiliza agrotóxicos em grande quantidade, incluindo o princípio ativo sulfluramida, proibido nos Estados Unidos e condenado pela Convenção de Estocolmo.

mesmo permanentes. Em termos hidrológicos, a interceptação da água de chuva pelas copas e sub-bosque e a proteção fornecida pela camada de serapilheira, naturalmente promovem uma melhor infiltração da água comparada a outros usos de solo, evitando a percolação superficial, causadora de enxurrada, erosão e assoreamento. A qualidade das práticas operacionais florestais, por outro lado, tem influência sobre os processos de percolação, em especial as operações de colheita e construção e manutenção de estradas, auditadas pela certificadora em seus processos de avaliação e auditoria. Diversas frentes operacionais ou pós operacionais foram visitadas durante a auditoria de campo. Embora as condições gerais de planejamento e operação observadas tenham sido em geral pautadas por procedimentos corretos, incluindo o uso de técnicas de cultivo mínimo, o alinhamento de estradas preferencialmente em nível, a baixa densidade de estradas em geral observada, o replanejamento de alocação de estradas em propriedades antigas com alta densidade e a redução consistente do uso de estradas no contorno de remanescentes florestais, foram observados alguns pontos de erosão laminar e em canaletas, bem como um ponto com uma saída d’água direcionada para um remanescente florestal nativo, aplicando-se a OBS #05/15. As concentrações de agrotóxicos utilizadas nas operações de manejo florestal são em regra pouco significativas, em quantidades em geral muito menores que as utilizadas em outras culturas agrícolas, com remotas chances de contaminação dos cursos d’água presentes na unidade de manejo. O controle da presença de agrotóxicos deve ocorrer por meio dos monitoramentos qualitativos efetuados pelo empreendimento. Existe a previsão de realização de medições da presença dos princípios ativos sulfluramida e glifosato quando do surgimento de demandas de partes interessadas, não tendo sido identificada até o

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São utilizados alguns produtos químicos em viveiro sem o devido registro para a cultura.

momento a presença significativa dos referidos princípios ativos. O sistema de certificação adota uma abordagem que busca a otimização e a minimização do uso de agrotóxicos durante as operações florestais. A empresa emprega, em especial, produtos com o princípio ativo glifosato para o controle de matocompetição e produtos à base do princípio ativo sulfluramida para controle de formigas cortadeiras. Este último produto vem a ser praticamente a única alternativa viável para o controle em escala comercial de formigas cortadeiras, sendo amplamente adotado para a produção de florestas plantadas em todo o Brasil. Em resumo, a despeito da periculosidade do precursor químico do princípio ativo sulfluramida, o mesmo é tolerado tanto em nível internacional (Convenção de Estocolmo, em seu Anexo B), como pelo sistema de certificação. A forma de utilização por meio de iscas, por outro lado, minimiza os danos potenciais ao meio ambiente. Durante a auditoria de recertificação foram analisadas as dosagens e metodologias de aplicação, bem como as práticas de aplicação e segurança adotadas em campo durante a realização das operações. Em virtude da avaliação de campo e das informações disponíveis sobre o uso dos princípios ativos, não foram identificadas não conformidades sobre o tema. O uso de químicos em viveiros florestais apresenta baixo risco ambiental por ser utilizado em ambiente fechado, havendo pouquíssima deriva dos produtos para fora do ambiente. Além disso, os produtos são utilizados somente para tratamento curativo, o que possibilita a utilização de pequena quantidade quando comparada ao uso em outras culturas agrícolas. Em função da pequena escala de consumo, as empresas químicas não conseguem viabilidade econômica para o registro dos produtos junto ao Ministério da Agricultura. Esforços vêm sendo mantidos em parceria com outras instituições para viabilizar o registro adequado

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à cultura de todos os produtos químicos utilizados em viveiros florestais. Não foi evidenciada uma não conformidade sobre o tema.

Princípio 5 Impactos derivados da concentração de terras Existência de concentração de terras em regime de cultivo monocultural e consequências como êxodo rural e inchaço das cidades, ocupação de terras destinadas à produção de alimentos, baixo índice de utilização de mão de obra, desqualificada e com baixos salários.

O Imaflora acredita que a certificação de empresas no setor de plantações florestais tem um potencial transformador, especialmente em relação à garantia de direitos e condições trabalhistas, melhoria das relações comunitárias e respeito a direitos tradicionais, e a adoção de práticas de produção florestal que reduzem os impactos sobre a fauna, a flora e os recursos hídricos e protegem áreas de importância para a conservação. O Imaflora também reconhece os limites do sistema. A certificação florestal promove boa gestão florestal conforme definido pelas normas e políticas de certificação, mas não é suficiente para resolver todos os problemas socioambientais de uma empresa ou da região onde a empresa opera. As atividades de reflorestamento com a finalidade de produção de madeira para a fabricação de celulose utilizam em regra grandes extensões de áreas. O processo de desenvolvimento histórico e econômico regional configurou uma concentração de áreas destinadas a esta e a outras atividades agropecuárias na região. Embora este modelo econômico receba constantes críticas de movimentos sociais regionais e internacionais, contrapostas por opiniões favoráveis de outros setores da sociedade, a certificação socioambiental florestal trabalha diretamente com a certificação de tais atividades, tendo em vista principalmente a ampliação dos benefícios socioambientais que podem advir da aplicação efetiva dos padrões de certificação. O processo de certificação avaliou, de acordo com os P&C do padrão de certificação, as medidas socioambientais tomadas pelo empreendimento candidato para o tratamento de impactos derivados das operações de manejo florestal, incluindo aqueles considerados em escala

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Isolamento cultural de populações tradicionais e comunidades locais O eucalipto promove um isolamento e comprometimento do enraizamento cultural das populações afetadas pelo seu manejo. Impactos do transporte de madeira no Município de

regional. No que se refere à interface do empreendimento com populações tradicionais, a empresa apresentou um mapa contendo as populações indígenas e tradicionais (quilombolas) que vivem nas regiões em que se situa a unidade de manejo florestal. Nenhuma área florestal está sobreposta ou é limítrofe com populações indígenas e/ou tradicionais. A equipe de auditoria confirmou esta situação por intermédio de entrevistas, consultas às partes interessadas e mapas. Não foram identificados locais de especial significado histórico, arqueológico, cultural, ecológico, econômico ou religioso para as populações indígenas e tradicionais, nem foram evidenciados usos de conhecimentos tradicionais dessas populações nas atividades de manejo florestal. Embora não tenham sido identificadas interfaces com populações indígenas e tradicionais, o empreendimento procedeu, nas áreas que compõem sua unidade de manejo florestal, a um levantamento de áreas de importância social para as comunidades locais, independentemente da tradicionalidade. Foram identificados três locais considerados relevantes em função da disponibilidade de recursos hídricos (fontes de captação de água) às comunidades locais (projeto Planalto em Capão Bonito; projeto Santa Terezinha VI em Jacareí; e projeto Água Fria em Guapiara) e dez locais considerados por sua importância cultural, consistentes de capelas religiosas e cemitérios distribuídas no interior da unidade de manejo florestal. Os levantamentos ocorreram com a participação das comunidades envolvidas e foram estabelecidas medidas de proteção e monitoramento para cada uma das áreas identificadas.

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Santa Branca

Há danos na estrutura viária dentro da cidade de Santa Branca que nunca foram arrumados pela empresa, O transporte da empresa continua passando pelas ruas da cidade de Santa Branca, principalmente quando vem da região de Paraibuna. Existem rotas de transporte alternativas que poderiam ser usadas pela empresa. Caminhões passam de madrugada por Santa Branca, mas as pessoas não sabem se a madeira provém de fomentados da Fibria. Impactos do transporte de madeira no Distrito de Catuçaba

A madeira que sai da Fazenda Sertãozinho causa danos à comunidade de Catuçaba, incluindo rachaduras nas casas, canos do Condomínio Pró-Lar, ruídos com o fluxo noturno dos caminhões e trânsito nas ruas durante feriados como a sexta-feira santa. O DER deu um parecer dizendo que a estrada que liga Catuçaba à Rodovia Oswaldo Cruz não comporta o tráfego de caminhões. Mesmo assim a empresa mantém o tráfego de caminhões e causa danos à estrada.

Conforme verificação das rotas utilizadas atualmente pela empresa não há passagem de caminhões dentro do município de Santa Branca, sendo adotadas rotas alternativas. A falta de um diálogo mais constante com os representantes do município deixa, no entanto, uma lacuna de informações. O tema foi tratado na NCR #02/2015. O tema tratado, embora relevante, não é alcançado pelo sistema de certificação. As atividades relacionadas ao manejo praticado nos programas de fomento mantidos pelo empreendimento, de responsabilidade dos produtores participantes, não são abrangidas pelo escopo de certificação. Durante a avaliação foram ouvidas as diferentes partes afetadas direta ou indiretamente pelas atividades de transporte dentro da Vila de Catuçaba. Foram adotadas diversas ações de auditoria, incluindo o exame de documentos da empresa sobre a convocação de reuniões com a comunidade local, verificações locais dos danos causados no calçamento da Vila e na estrada de acesso e entrevistas com autoridades locais, membros da comunidade e da empresa e com a Defensoria Estadual regional. Após a análise realizada pela equipe de avaliação, foram efetivamente verificados impactos na rota de passagem dos caminhões pelo Distrito, potencialmente causados pelas operações do empreendimento e/ou pelos demais veículos que transitam no local. Dado o cenário evidenciado, a efetividade das medidas de

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Moradores de Catuçaba reclamam que não dormem à noite com o barulho e a trepidação quando passam os caminhões. Houve três acidentes na estrada, um deles com perda total do veículo. Um grupo de moradores alega não ter recebido convite para participar da reunião em que a empresa comunicou a retirada da madeira no Distrito de Catuçaba. A comunidade não é beneficiada pela presença da empresa. Existe um estudo para uma rota alternativa à passagem dos caminhões por dentro de Catuçaba. A comunidade de Catuçaba foi avisada por cartazes, alto-falante da igreja e contatos pessoais. Algumas pessoas, no entanto, estão com medo porque pensam que a empresa não vai compensar os danos ocasionados pela passagem de madeira.

comunicação, prevenção e mitigação tomadas pelo empreendimento não atenderam às expectativas da comunidade. Foram evidenciados grupos de moradores locais desinformados e insatisfeitos e impactos gerados nas residências e instalações públicas da rota de passagem de caminhões pela comunidade, bem como na estrada vicinal que liga a Comunidade à Rodovia Oswaldo Cruz. Os estudos para a busca de rotas alternativas ao transporte, promovidos por iniciativa da empresa, não se demonstraram viáveis em função de diferentes fatores. A previsão de reparo dos danos ocasionados em casas e infraestrutura pública no final do ciclo de transporte não mitigou a insatisfação e a desinformação da comunidade local. Paralelamente ao processo de avaliação, ocorreu a aprovação de uma lei municipal no sentido de proibir o transporte de eucalipto nas ruas da Comunidade, além da publicação de reportagens em jornais de grande circulação nas escalas estadual e nacional. O empreendimento, buscando atender às demandas da comunidade, assumiu compromissos de: interromper o transporte de madeira no Distrito até uma eventual reversão da proibição legal e negociação com a comunidade local; independentemente dessas negociações, abster-se de realizar novamente o transporte de madeira utilizando-se desta rota de transporte em outros ciclos de colheita, com possibilidade de definição de destinação alternativa para o imóvel em questão; e manutenção do compromisso de reparação dos danos efetivamente ocasionados pelo transporte de madeira do empreendimento. Após as avaliações de campo o Imaflora tomou conhecimento de novos andamentos ocorridos sobre o tema. Segundo os moradores da comunidade, a lei municipal perdeu temporariamente seus efeitos em função de uma medida cautelar concedida em ação direta de inconstitucionalidade, interposta pela Prefeitura de São Luiz de Paraitinga. Simultaneamente, a Fibria vem mantendo

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Medidas mitigadoras de impactos e projetos sociais

A empresa não tem projetos de educação na cidade de Santa Branca e encerrou as atividades do Centro de Educação Ambiental. O empreendimento poderia fazer muito mais do que faz para o Município de Capão Bonito devido à quantidade de áreas ocupadas por plantações e o volume de utilização das estradas. Há falta de informação sobre os valores que a empresa prevê investir no município de Capão Bonito nos próximos anos.

novas reuniões de negociação com a comunidade, não tendo sido retomado o transporte até o momento de encerramento deste relatório. O seguimento das negociações e a implementação das medidas compromissadas continuarão a ser acompanhados pela certificadora. Os auditores verificaram que o empreendimento identificou situações consideradas críticas para o transporte, assim classificadas pela complexidade que determinadas rotas possuem, sobretudo em relação à presença de comunidades, como é o caso da comunidade de Catuçaba. O Imaflora constatou que quando ocorrem casos críticos específicos, como o exemplo de Catuçaba, são acionados os mesmos procedimentos de diálogo utilizados nas operações regulares da empresa, que se mostraram insuficientes para garantir o envolvimento participativo das partes interessadas e afetadas para definir as medidas de mitigação e seu calendário de implementação. Foi aplicado sobre o tema o NCR #03/15. Foi verificado que a empresa efetivamente encerrou as atividades do NEA (Núcleo de Educação Ambiental) no município de Santa Branca, permanecendo em atividade apenas o núcleo de Jacareí. Os projetos da empresa atendem a uma agenda de implantação de acordo com uma avaliação de impactos causados pelas atividades e estão destinados a municípios e comunidades definidos a partir de critérios socioeconômicos e pela importância da empresa em cada município. A equipe de auditoria analisou os documentos que estabelecem as medidas de prevenção, minimização e mitigação de impactos sociais negativos, incluindo as questões de geração de emprego e renda e produção de alimentos, que redundam na adoção de projetos de interesse social implementados pela empresa. As entrevistas e a revisão dos documentos de

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A organização poderia participar mais das associações dos municípios. Redução de mão de obra em função de processos de terceirização

Redução da absorção de mão de obra, advinda em especial de processos de mecanização. Uso de mão de obra de outras localidades.

acompanhamento dos projetos desenvolvidos mostram que estes ainda não atingem um percentual considerável das localidades priorizadas pela empresa para este tipo de intervenção. O empreendimento apresentou, no entanto, um plano de ação contemplando as ações previstas, indicando os projetos a serem ampliados, as localidades que receberão os investimentos, as metas de crescimento visando o atendimento a 100% das comunidades priorizadas e os investimentos e prazos para atingir essas metas de acordo com a sua escala. Foi aplicada sobre o tema a OBS #04/15. A redução de postos de trabalho em função de processos de mecanização tem sido um desafio socioeconômico para diferentes atividades rurais. A redução histórica de contratações no setor florestal deveu-se, sobretudo, aos processos de mecanização das operações de colheita florestal. A questão de geração de emprego e renda é tratada no âmbito da certificação por meio das ações de caráter social mantidas pela empresa, conforme descrição nos itens anteriores. Não foram identificadas reduções substanciais no quadro de empregos do empreendimento durante a avaliação de campo realizada. Por intermédio de entrevistas com os responsáveis do departamento de recursos humanos da empresa, responsáveis encarregados dos recursos humanos das empresas prestadoras de serviços, e também através da análise de uma amostragem de contratos de trabalho e carteiras de trabalho de trabalhadores próprios e terceiros, verificou-se que tanto na regional Capão Bonito quanto na regional do Vale, a empresa prioriza oportunidades de emprego e treinamento às populações locais. Foi evidenciada, ainda, a existência de diferentes fornecedores locais de produtos e serviços como empresas

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Fornecimento de madeira sólida

Houve descumprimento do contrato de parceria estabelecido entre a ASSIM e o empreendimento, principalmente no que se refere ao fornecimento mensal das quantidades de madeira estabelecidas pelo contrato e às condições de seu encerramento. Segundo a Associação o empreendimento forneceu ao longo dos doze meses uma quantidade de madeira inferior ao que estava estabelecido em contrato. Canais de diálogo As organizações da comunidade da Regional

agropecuárias, farmácias, restaurantes, etc. Não foram evidenciadas não conformidades sobre o tema. Para fomentar a produção de madeira sólida na região de Capão Bonito, o empreendimento estabeleceu parcerias de fornecimento com duas cooperativas de produtores de madeira para serraria, a COOPEMAD e a ASSIM, que foram visitadas durante a recertificação. O presidente da COOPEMAD aprovou a parceria e afirmou que o empreendimento tem cumprido com os termos estabelecidos em contrato. Em reuniões com os representantes da ASSIM, por outro lado, foi apresentada a situação da parceria com o empreendimento, firmada em contrato com vencimento previsto para o final de maio de 2015. A Associação demonstrou insatisfação com a parceria, em especial com relação aos volumes de madeira fornecidos e ao iminente processo de finalização do contrato sem um período de transição adequado para os produtores beneficiados. As entrevistas com representantes da empresa evidenciaram a existência de pontos divergentes entre as partes. Apesar das divergências apuradas, a empresa evidenciou durante a auditoria a disposição de manutenção de canais abertos e proativos de diálogo e negociação com a Associação para a obtenção de uma solução de consenso sobre o assunto, de acordo com seus procedimentos de diálogo com partes afetadas pelo manejo florestal. Após a auditoria de campo, a Certificadora tomou ciência do estabelecimento de um acordo satisfatório entre as partes para o fornecimento transitório de madeira antes da finalização do contrato. Não foram identificadas não conformidades sobre o tema. A equipe de auditoria revisou os Relatórios de Diálogos Operacionais (que consistem em

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Capão Bonito não têm um canal de diálogo direto com a diretoria. O contato é somente com a área de sustentabilidade local, que não tem poder de decisão. O canal de comunicação com a Comunidade de Santa Branca é precário. A empresa se apresenta durante as operações de colheita e depois não volta para mitigar os danos ocasionados à comunidade. Havia uma maior proximidade da empresa com a direção do Núcleo Santa Virgínia (do Parque Estadual da Serra do Mar), mas este canal de comunicação deixou de existir.

instrumentos de comunicação criados pelo empreendimento para diálogo imediato com comunidades afetadas pela operação florestal) aplicados nas vizinhanças das operações florestais nas regionais de Capão Bonito e do Vale. Esta análise demonstrou que alguns processos de diálogo não alcançam um número significativo de moradores no entorno das operações. Nos Relatórios Pré e Pós Colheita não fica explícita uma abordagem específica e uma metodologia que permita esclarecer e dialogar especificamente sobre danos patrimoniais. Constatou-se também que as denominadas agendas presenciais (instrumentos de comunicação criados pelo empreendimento para dialogar com as comunidades vizinhas) não abrangem de forma eficaz as partes que não foram alcançadas quando se aplica o Diálogo Operacional, restrito às áreas objeto de operações de manejo florestal. Ou seja, partes interessadas relevantes ficam sem ser consultadas ao longo do ciclo de produção da floresta. A análise dos documentos do Diálogo Construtivo (instrumento de comunicação com instituições e lideranças dos municípios onde o empreendimento está presente) comprova que este instrumento ficou restrito ao município de Jacareí na regional do Vale. A abrangência restrita dos meios de Diálogo Operacional, Diálogo Construtivo e da Agenda Presencial foi também evidenciada através de uma série de entrevistas com partes interessadas tanto na regional Vale, em locais como o Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo Santa Virgínia) e o Município de Santa Branca, como também na regional Capão Bonito, aplicando-se por este motivo o NCR #02/15.

Outros temas. Insuficiência da consulta pública Não foram disponibilizadas informações suficientes sobre a consulta pública e as reuniões públicas realizadas pelo Imaflora na região de Taubaté.

As estratégias utilizadas pelo Imaflora para a divulgação da consulta pública do processo de certificação da Fibria – Unidade Jacareí e das reuniões públicas sobre o tema encontram-se descritas em detalhe no item 6.1 deste relatório. Embora as inserções definidas pelo plano de

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Ausência de confiabilidade dos processos de certificação A certificação não é um processo confiável, é um processo promovido pela empresa.

mídia não tenham alcançado a região de Taubaté, em que se inserem diversos atores interessados no manejo florestal da empresa, os processos de consulta direta envolveram diversos atores da região. Definiu-se Município de Santa Branca para a realização da consulta pública na regional do Vale do Paraíba em função da identificação, em outras auditorias de campo, de transtornos relacionados ao transporte de eucalipto. A certificadora dedicou esforços significativos para a realização de uma consulta pública de qualidade, envolvendo as partes interessadas realmente relevantes, mas se posiciona de forma a considerar e adotar futuramente sugestões válidas de aperfeiçoamento do processo. A certificação florestal pelo sistema CERFLOR visa garantir que o manejo florestal praticado obedece aos princípios, critérios e indicadores do padrão NBR 14789, os quais possuem diferentes requisitos sociais, ambientais e econômicos. Empresas que demonstram cumprimento em relação a estes princípios critérios e indicadores são recomendadas para receber a certificação florestal, e, assim, podem utilizar o selo em seus produtos. Em consequência, a responsabilidade das certificadoras é avaliar o desempenho do manejo florestal das empresas frente às exigências das políticas e normas do CERFLOR. O sistema de certificação florestal possui mecanismos de transparência e consulta pública, ampliando as possibilidades de participação e controle da sociedade civil sobre a atuação das empresas certificadas. O Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em 1995, com sede própria, localizada em Piracicaba, SP. O Imaflora tem equipe própria permanente com um total de mais de sessenta funcionários,

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incluindo cerca de vinte profissionais especializados e um corpo de consultores associados, além de profissionais nas áreas de tecnologia e informática, comunicação e administração, que complementam a estrutura fundamental para a condução de processos de certificação. Como já afirmado anteriormente, a certificação florestal promove boa gestão florestal conforme definido pelas normas e políticas de certificação CERFLOR, mas não é suficiente para resolver todos os problemas socioambientais de uma empresa ou da região onde a mesma se insere.

6.3. Descrição das não conformidades encontradas (N CRs) Uma não conformidade é uma discrepância ou falha identificada durante a avaliação, entre algum aspecto do sistema de gestão do EMF e um ou mais requisitos de certificação. Dependendo da gravidade da não conformidade, a equipe de avaliação a classifica como uma não conformidade maior ou menor. • Não conformidade Maior é resultante de uma falha fundamental para atingir o objetivo do critério. Uma série de não conformidades menores de um requerimento pode ter um efeito cumulativo e ser considerada uma não conformidade maior. • Não conformidade Menor é uma não conformidade não usual, temporária ou não sistemática, para a qual os efeitos são limitados. A seguinte classificação é usada para indicar a situação de cada NCR: Categorias de situação Explicação

Encerrado A operação cumpriu satisfatoriamente o NCR.

Aberto A operação não cumpriu ou cumpriu parcialmente o NCR.

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NCR Maior # 01/15

Norma e Requisito ABNT NBR 14789:2012 – Manejo Florestal Sustentável – Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, indicador 1.3.e.

Seção do Relatório Anexo III.

Descrição da não conformidade e evidências relacion adas 1.3. e) existência de um programa implementado de gestão de segurança e saúde do trabalho. Não-conformidade: Foram evidenciadas frentes de trabalho sem garantia de condições ambientais apropriadas para a segurança dos trabalhadores no desempenho de suas atividades, demonstrando falha na implementação do programa de gestão de segurança e saúde do trabalho. Evidências: Em uma frente de roçada pré-corte foi evidenciado o corte dos caules em bisel, o que representa situação insegura para os trabalhadores que executavam a operação em caso de quedas. Evidenciou-se também uma frente de colheita manual com uso de motosserra em que não estava sendo respeitada a distância mínima de segurança entre os operadores. Fontes de evidência: visitas de campo a frentes operacionais. Solicitação de ação corretiva O EMF deve implementar ações corretivas para demonstrar

conformidade com os requisitos referenciados acima. Nota: ações corretivas efetivas devem focar no encaminhamento da ocorrência descrita na evidência acima, bem como eliminar e prevenir a causa principal com o objetivo de não haver a recorrência da não conformidade.

Prazo para a adequação Antes da emissão do certificado.

A avaliação deverá ocorrer por meio de exame de doc umentos. Evidência objetiva para finalização da NCR fornecida pelo EMF

- Plano de ação para a operação para correção e prevenção de execução de roçada pré-corte em bisel. - Plano de ação para garantir o respeito à manutenção da distância mínima de segurança na operação de colheita manual com motosserra. - Procedimentos revisados, registros de orientações e treinamentos.

Avaliação da eficácia do NCR Foi realizada uma auditoria de escritório com a finalidade de examinar as evidências objetivas apresentadas pelo empreendimento e avaliar a resolução das causas que originaram a não conformidade. A verificação, efetuada por meio de exame de documentos, ocorreu entre os dias 06 e 07 de agosto de 2015. No caso da operação de roçada pré-corte, o empreendimento adotou ações de definição de regras e diretrizes da atividade, estabelecimento de um procedimento operacional específico, orientação e treinamento das equipes envolvidas e a implementação de estudos para a definição de ferramenta apropriada. Para a operação de colheita manual com motosserra, foram adotadas estratégias de treinamento da equipe prestadora de serviços responsável, orientação dos responsáveis pela supervisão, revisão de procedimentos e instruções de trabalho

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existentes, revisão de listas de verificação de campo e estabelecimento de visitas de campo conjuntas dos técnicos de segurança da empresa e da prestadora de serviços. As medidas propostas, já executadas ou em implementação, foram consideradas suficientes para o encerramento da não conformidade.

Situação do NCR ENCERRADO. Comentários (opcional) Devido ao risco proporcionado à integridade física dos trabalhadores,

decidiu-se pela aplicação de uma não conformidade maior.

NCR # 02/15

Norma e Requisito ABNT NBR 14789:2012 – Manejo Florestal Sustentável – Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, indicador 5.2.b.

Seção do Relatório Anexo III.

Descrição da não conformidade e evidências relacion adas 5.2. b) Evidência de programas implementados de consulta e comunicação entre a organização e as partes interessadas, internas e externas. Não-conformidade: Os programas de consulta, divulgação e canais de diálogo não permitem a comunicação efetiva e o engajamento de parte das comunidades, pessoas e grupos diretamente afetados pelas operações. Evidências: A equipe de auditoria revisou uma amostragem de Relatórios de Diálogo Operacional aplicados nas vizinhanças das operações florestais nas regionais de Capão Bonito e do Vale. Esta análise demonstrou que alguns processos de diálogo não alcançam um número significativo de moradores no entorno das operações. Nos Relatórios Pré e Pós Colheita não fica explícito que houve uma abordagem específica e aplicada uma metodologia que permita esclarecer e dialogar sobre danos patrimoniais, especificamente. Constatou-se também que as Agendas Presenciais não abrangem de forma eficaz as partes que não foram alcançadas quando se aplica o Diálogo Operacional. Ou seja, partes interessadas relevantes ficam sem ser consultadas ao longo do ciclo de produção da floresta. A análise dos documentos do Diálogo Construtivo comprova que este instrumento ficou restrito ao município de Jacareí na regional do Vale. A abrangência restrita dos meios de Diálogo Operacional, Diálogo Construtivo e da Agenda Presencial foi também evidenciada através de uma série de entrevistas com partes interessadas tanto da regional Vale em locais como o Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo Santa Virgínia) e o Município de Santa Branca e também na regional Capão Bonito. Solicitação de ação corretiva O EMF deve implementar ações corretivas para demonstrar

conformidade com os requisitos referenciados acima. Nota: ações corretivas efetivas devem focar no encaminhamento da ocorrência descrita na evidência acima, bem como eliminar e prevenir a causa principal com o objetivo de não haver a recorrência da não conformidade.

Prazo para a adequação Até o próximo monitoramento. Evidência objetiva para finalização da NCR fornecida pelo EMF

PENDENTE.

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Avaliação da eficácia da NCR PENDENTE. Situação do NCR ABERTO. Comentários (opcional) N/A. NCR # 03/15

Norma e Requisito ABNT NBR 14789:2012 – Manejo Florestal Sustentável – Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, indicador 5.1.b.

Seção do Relatório Anexo III.

Descrição da não conformidade e evidências relacion adas 5.1. b) Evidência de ações para evitar, mitigar ou, quando aplicável, compensar impactos sociais e econômicos negativos significativos decorrentes. Não-conformidade: As medidas de prevenção, minimização e mitigação para os impactos socioeconômicos negativos identificados não foram adequadas à escala de impactos específicos em casos críticos e não foram definidas envolvendo suficientemente as partes interessadas. Evidências: A equipe de auditoria analisou os documentos e entrevistou os responsáveis pela condução dos processos de definição de medidas para lidar com impactos negativos identificados. A análise mostra que existem medidas de prevenção, minimização e mitigação dos impactos socioeconômicos negativos identificados em casos padrão. Quando se trata de casos críticos como o exemplo de Catuçaba, no entanto, não foram evidenciados processos e procedimentos que garantam o envolvimento participativo das partes afetadas e a definição conjunta de medidas de mitigação efetivas e de seu calendário de implementação. Solicitação de ação corretiva O EMF deve implementar ações corretivas para demonstrar

conformidade com os requisitos referenciados acima. Nota: ações corretivas efetivas devem focar no encaminhamento da ocorrência descrita na evidência acima, bem como eliminar e prevenir a causa principal com o objetivo de não haver a recorrência da não conformidade.

Prazo para a adequação Até o próximo monitoramento. Evidência objetiva para finalização da NCR fornecida pelo EMF

PENDENTE.

Avaliação da eficácia da NCR PENDENTE. Situação do NCR ABERTO. Comentários (opcional) N/A. 6.4. Observações Observações podem ser identificadas quando questões ou os estágios iniciais de um problema são identificados e não constituem uma não conformidade, mas que o auditor considera que pode ser uma não conformidade futura, se ações não forem tomadas pelo EMF. Uma

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observação pode ser um sinal de aviso para um problema específico, se não tratada, podendo virar uma NCR no futuro (ou uma pré-condição ou condição na recertificação).

OBS 01/15 Referência ao padrão: ABNT NBR 14789:2012 – Manejo Florestal Sustentável –

Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, indicador 1.1.a.

Descrição das evidências encontradas: embora exista uma análise de aplicabilidade de acordos e

convenções internacionais aplicáveis no Brasil, incluindo as convenções da OIT, o que demonstrou a

conformidade com o requisito do padrão, evidenciou-se que alguns decretos legislativos que legalizam os

acordos no Brasil não se encontravam disponíveis no sistema adotado pela empresa para atualização e

acompanhamento de legislações.

Observação : é recomendável que o EMF corrija a situação evidenciada e previna a ocorrência de

situações semelhantes no futuro.

OBS 02/15 Referência ao padrão: ABNT NBR 14789:2012 – Manejo Florestal Sustentável –

Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, indicador 1.1.b.

Descrição das evidências encontradas: as áreas de topos de morro identificadas pelo empreendimento

foram apontadas nos respectivos CARs pelo setor de patrimônio. Não foi evidenciado, no entanto, um

procedimento ou instrução formal definindo a comunicação entre os responsáveis dos setores de

geoprocessamento e patrimônio, de forma a garantir a inclusão das áreas identificadas no CAR antes do

início das operações de colheita florestal.

Observação : é recomendável que o EMF corrija a situação evidenciada e previna a ocorrência de

situações semelhantes no futuro.

OBS 03/15 Referência ao padrão: ABNT NBR 14789:2012 – Manejo Florestal Sustentável –

Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, indicador 1.3.b.

Descrição das evidências encontradas: foi verificada uma situação pontual, em uma frente de trabalho, de

falta de fornecimento de água sobressalente aos funcionários.

Observação : é recomendável que o EMF corrija a situação evidenciada e previna a ocorrência de

situações semelhantes no futuro.

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OBS 04/15 Referência ao padrão: ABNT NBR 14789:2012 – Manejo Florestal Sustentável –

Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, indicador 5.1.b.

Descrição das evidências encontradas: as entrevistas e a revisão dos documentos de acompanhamento

dos projetos desenvolvidos para mitigar impactos relacionados à geração de emprego e renda e à

produção de alimentos mostram que estes projetos deixam de atingir 75% das localidades priorizadas

pela empresa para este tipo de intervenção. O empreendimento apresentou, no entanto, um plano de

ação contemplando as ações previstas, indicando os projetos a serem ampliados, as localidades que

receberão os investimentos, as metas de crescimento visando o atendimento a 100% das comunidades

priorizadas e os investimentos e prazos para atingir essas metas de acordo com a sua escala. Em função

da existência de um plano estruturado de ação, justificou-se a aplicação de uma observação sobre o

tema, que será monitorado pela certificadora nos próximos monitoramentos anuais para a verificação do

cumprimento do plano, incluindo prazos e metas a serem atingidas.

Observação : é recomendável que o EMF corrija a situação evidenciada e previna a ocorrência de

situações semelhantes no futuro.

OBS 05/15 Referência ao padrão: ABNT NBR 14789:2012 – Manejo Florestal Sustentável –

Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, indicador 4.2.d.

Descrição das evidências encontradas: embora tenham sido evidenciadas boas práticas de campo com

relação às operações de manutenção e construção de estradas, incluindo uma baixa densidade de

estradas em novas propriedades e o replanejamento de estradas em propriedades antigas, foi observada

a presença de alguns pontos de erosão laminar e em canaleta, bem como uma situação de saída d’água

direcionada a uma APP.

Observação : é recomendável que o EMF corrija a situação evidenciada e previna a ocorrência de

situações semelhantes no futuro.

OBS 06/15 Referência ao padrão: ABNT NBR 14789:2012 – Manejo Florestal Sustentável –

Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, indicador 3.5.b.

Descrição das evidências encontradas: foi evidenciada a inclusão das propriedades que contêm áreas de

relevante interesse ecológico por seus excepcionais atributos naturais, socioambientais ou ambientais

nos cronogramas de inspeções formais dos sistemas de vigilância patrimonial existentes. Não foram

evidenciados, no entanto, procedimentos e instruções para direcionar as inspeções e verificar as áreas

identificadas, de forma a mitigar, minimizar e monitorar a frequência de ocorrências específicas nessas

áreas.

Observação : é recomendável que o EMF corrija a situação evidenciada e previna a ocorrência de

situações semelhantes no futuro.

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OBS 07/15 Referência ao padrão: ABNT NBR 14789:2012 – Manejo Florestal Sustentável –

Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, indicador 3.6.b.

Descrição das evidências encontradas: embora tenha sido evidenciada a preparação e instalação de

placas de sinalização e advertência sobre o controle da caça e pesca, não houve a identificação das

mesmas em algumas das fazendas visitadas.

Observação : é recomendável que o EMF corrija a situação evidenciada e previna a ocorrência de

situações semelhantes no futuro.

6.5. Conclusões de auditoria Baseado na conformidade do EMF em relação aos princ ípios e critérios, a equipe de auditoria recomenda:

Requisitos atendidos, certificação recomendada. Mediante aceitação das NCRs aplicadas abaixo: NCRs #02 e 03/15.

Requisitos de certificação não atendidos: N/A.

Comentários adicionais: Foi aplicado o NCR Maior #01/15 no processo de recertificação, tratando sobre operações inseguras em frentes de trabalho de roçada manual e colheita manual com uso de motosserra. Estas não conformidades foram consideradas impeditivas à concessão imediata da recertificação até sua resolução. Foi realizada uma auditoria de escritório com a finalidade de examinar as evidências objetivas apresentadas pelo empreendimento e avaliar a resolução das causas que originaram a não conformidade. A verificação, efetuada por meio de exame de documentos, ocorreu entre os dias 06 e 07 de agosto de 2015. As evidências coletadas e apresentadas pelo empreendimento foram consideradas suficientes para o encerramento da não conformidade aplicada. Para manter a certificação, se obtida, o EMF será auditado anualmente no campo e deverá permanecer em conformidade com os padrões e normas aplicáveis, além de cumprir com as ações corretivas aplicadas durante o processo de avaliação. Especialistas do Imaflora vão revisar o desempenho contínuo do manejo florestal e a conformidade com as ações corretivas descritas neste relatório anualmente, durante as auditorias programadas e ao acaso.

Problemas identificados como controversos ou de difícil avaliação.

Comentários: os principais temas considerados controversos ou de difícil avaliação foram tratados no item 6.2 deste relatório. Os tópicos a seguir reproduzem as posições estabelecidas, ou remetem aos respectivos comentários já efetuados no referido item. - Ações civis públicas e outras ações contra a empresa: Foram evidenciadas ações civis públicas interpostas pela Defensoria Pública – Regional de Taubaté, ou pelo Ministério Público do Estado de

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São Paulo. Evidenciou-se, ainda, a existência de inquéritos civis públicos em andamento sobre temas correlatos, sem a interposição, até o momento da avaliação, das respectivas ações civis públicas, bem como da ação judicial indenizatória descrita nos comentários.

As questões específicas apontadas nas ações e inquéritos existentes, em especial interpostas pelo MP e pela Defensoria Pública, foram analisadas pela certificadora, tratam de diversos temas aqui apresentados e se encontram em geral em andamento junto às esferas competentes, sem definições judiciais finais transitadas em julgado. Não é papel da certificadora antecipar as decisões finais do Poder Judiciário, restando apenas o acompanhamento do andamento das ações. Uma vez emitida uma decisão judicial final pelo Poder Judiciário, envolvendo áreas de manejo florestal, dentro ou fora do escopo de certificação, mas sob responsabilidade do empreendimento candidato ou certificado, deve-se analisar se e em que grau o comportamento condenado representa uma não conformidade com relação ao padrão ou demais normas de certificação do CERFLOR. Apesar da importância dos temas apontados, não é factível a aplicação de ações corretivas, que podem levar à inviabilização do certificado sem a devida comprovação judicial definitiva das alegações apontadas nas ações em andamento. - Temas legais ambientais: Diferentes questionamentos sobre o desempenho legal do empreendimento foram efetuados durante o processo de consulta a partes interessadas, incluindo a ausência de EIA RIMA, ausência de averbação de reservas legais, ocorrência de desmatamentos, plantios de eucalipto em APPs hídricas e de topo de morro, entre outras. A abordagem da certificadora sobre cada um desses temas e as principais conclusões de auditoria podem ser encontradas no item 6.2 do presente relatório (Comentários recebidos na consulta prévia e tratamento das demandas, Princípio 1). - Impactos derivados da concentração de terras: O Imaflora acredita que a certificação de empresas no setor de plantações florestais tem um potencial transformador, especialmente em relação à garantia de direitos e condições trabalhistas, melhoria das relações comunitárias e respeito a direitos tradicionais, e a adoção de práticas de produção florestal que reduzem os impactos sobre a fauna, a flora e os recursos hídricos e protegem áreas de importância para a conservação. O Imaflora também reconhece os limites do sistema. A certificação florestal promove boa gestão florestal conforme definido pelas normas e políticas de certificação, mas não é suficiente para resolver todos os problemas socioambientais de uma empresa ou da região onde a empresa opera.

As atividades de reflorestamento com a finalidade de produção de madeira para a fabricação de celulose utilizam em regra grandes extensões de áreas. O processo de desenvolvimento histórico e econômico regional configurou uma concentração de áreas destinadas a esta e a outras

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atividades agropecuárias na região. Embora este modelo econômico receba constantes críticas de movimentos sociais regionais e internacionais, contrapostas por opiniões favoráveis de outros setores da sociedade, a certificação socioambiental florestal trabalha diretamente com a certificação de tais atividades, tendo em vista principalmente a ampliação dos benefícios socioambientais que podem advir da aplicação efetiva dos padrões de certificação. O processo de certificação avaliou, de acordo com os P&C do padrão de certificação, as medidas socioambientais tomadas pelo empreendimento candidato para o tratamento de impactos derivados das operações de manejo florestal, incluindo aqueles considerados em escala regional. - Canais de diálogo, medidas mitigadoras de impactos e projetos sociais: A abordagem da certificadora sobre esses temas e as principais conclusões de auditoria, incluindo observações e não conformidades evidenciadas, foram abordadas no item 6.2 do presente relatório (Comentários recebidos na consulta prévia e tratamento das demandas, Princípio 5).

- Impactos do transporte de madeira no Distrito de Catuçaba: Durante a avaliação foram ouvidas as diferentes partes afetadas direta ou indiretamente pelas atividades de transporte dentro da Vila de Catuçaba. Foram adotadas diversas ações de auditoria, incluindo o exame de documentos da empresa sobre a convocação de reuniões com a comunidade local, verificações locais dos danos causados no calçamento da Vila e na estrada de acesso e entrevistas com autoridades locais, membros da comunidade e da empresa e com a Defensoria Estadual regional. Após a análise realizada pela equipe de avaliação, foram efetivamente verificados impactos na rota de passagem dos caminhões pelo Distrito, potencialmente causados pelas operações do empreendimento e/ou pelos demais veículos que transitam no local. Dado o cenário evidenciado, a efetividade das medidas de comunicação, prevenção e mitigação tomadas pelo empreendimento não atenderam às expectativas da comunidade. Foram evidenciados grupos de moradores locais desinformados e insatisfeitos e impactos gerados nas residências e instalações públicas da rota de passagem de caminhões pela comunidade, bem como na estrada vicinal que liga a Comunidade à Rodovia Oswaldo Cruz. Os estudos para a busca de rotas alternativas ao transporte, promovidos por iniciativa da empresa, não se demonstraram viáveis em função de diferentes fatores. A previsão de reparo dos danos ocasionados em casas e infraestrutura pública no final do ciclo de transporte não mitigou a insatisfação e a desinformação da comunidade local. Paralelamente ao processo de avaliação, ocorreu a aprovação de uma lei municipal no sentido de proibir o transporte de eucalipto nas ruas da Comunidade, além da publicação de reportagens em jornais de grande circulação nas escalas estadual e nacional. O empreendimento, buscando atender às demandas da comunidade,

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assumiu compromissos de: interromper o transporte de madeira no Distrito até uma eventual reversão da proibição legal e negociação com a comunidade local; independentemente dessas negociações, abster-se de realizar novamente o transporte de madeira utilizando-se desta rota de transporte em outros ciclos de colheita, com possibilidade de definição de destinação alternativa para o imóvel em questão; e manutenção do compromisso de reparação dos danos efetivamente ocasionados pelo transporte de madeira do empreendimento. Após as avaliações de campo o Imaflora tomou conhecimento de novos andamentos ocorridos sobre o tema. Segundo os moradores da comunidade, a lei municipal perdeu temporariamente seus efeitos em função de uma medida cautelar concedida em ação direta de inconstitucionalidade, interposta pela Prefeitura de São Luiz de Paraitinga. Simultaneamente, a Fibria vem mantendo novas reuniões de negociação com a comunidade, não tendo sido retomado o transporte até o momento de encerramento deste relatório. O seguimento das negociações e a implementação das medidas compromissadas continuarão a ser acompanhados pela certificadora. Os auditores verificaram que o empreendimento identificou situações consideradas críticas para o transporte, assim classificadas pela complexidade que determinadas rotas possuem, sobretudo em relação à presença de comunidades, como é o caso da comunidade de Catuçaba. O Imaflora constatou que quando ocorrem casos críticos específicos, como o exemplo de Catuçaba, são acionados os mesmos procedimentos de diálogo utilizados nas operações regulares da empresa, que se mostraram insuficientes para garantir o envolvimento participativo das partes interessadas e afetadas para definir as medidas de mitigação e seu calendário de implementação. Foi aplicado sobre o tema o NCR #03/15.

- Secamento de solos e corpos d’água, impactos diretos das operações sobre solos e corpos d’água: O tema é controverso e recorrente nas consultas a partes interessadas, em especial em função do fenômeno generalizado de secamento de corpos d’água, relacionado a questões multidisciplinares que incluem o uso e ocupação do solo, o aumento na demanda de água relacionado ao crescimento da população e à ausência de um zoneamento ecológico-econômico implantado, modificações climáticas, entre outros. A ciência florestal não confirma nem repele a suposição popular de que o eucalipto seca o solo, demonstrando que esta espécie se comporta de forma semelhante a diferentes espécies florestais durante seu desenvolvimento, reconhecendo que existe uma absorção natural de água realizada pelos processos de evaporação e transpiração das plantas. A adoção de técnicas equivocadas de manejo pode prejudicar, além disso, o balanço hídrico de uma microbacia. O sistema de certificação, por sua vez, demanda o monitoramento, prevenção e mitigação dos impactos ambientais causados pelas atividades de manejo florestal, demandando ações corretivas no caso de identificação de não conformidades sobre o tema. Entre as atividades verificadas durante as auditorias de campo e pelo exame dos

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procedimentos operacionais do empreendimento encontram-se os processos de plantio e colheita florestal, bem como as atividades de construção e manutenção de estradas, além dos monitoramentos hídricos qualitativos e quantitativos efetuados pela empresa. Os registros de monitoramentos examinados durante a avaliação de campo permitiram a constatação de comportamentos hidrológicos e fluxos de vazão compatíveis com as condições locais de disponibilidade hídrica e de qualidade da água. A intensidade, frequência, resultados e análise crítica dos monitoramentos efetuados deverão ser verificados de forma contínua durante os próximos monitoramentos a serem efetuados por esta certificadora.

O comportamento geral hidrológico das plantações comerciais possui, além de seus pontos controversos, aspectos positivos. Comparativamente a outras atividades de uso do solo (nunca aos ecossistemas florestais originais), o nível de exposição do solo em cultivos florestais é muito menor, por diferentes motivos. O ciclo de manejo da floresta, compreendendo de cinco a sete anos, mantém protegido o solo por uma escala de tempo maior que outras culturas temporárias, ou mesmo permanentes. Em termos hidrológicos, a interceptação da água de chuva pelas copas e sub-bosque e a proteção fornecida pela camada de serapilheira, naturalmente promovem uma melhor infiltração da água comparada a outros usos de solo, evitando a percolação superficial, causadora de enxurrada, erosão e assoreamento. A qualidade das práticas operacionais florestais, por outro lado, tem influência sobre os processos de percolação, em especial as operações de colheita e construção e manutenção de estradas, auditadas pela certificadora em seus processos de avaliação e auditoria. Diversas frentes operacionais ou pós operacionais foram visitadas durante a auditoria de campo. Embora as condições gerais de planejamento e operação observadas tenham sido em geral pautadas por procedimentos corretos, incluindo o uso de técnicas de cultivo mínimo, o alinhamento de estradas preferencialmente em nível, a baixa densidade de estradas em geral observada, o replanejamento de alocação de estradas em propriedades antigas com alta densidade e a redução consistente do uso de estradas no contorno de remanescentes florestais, foram observados alguns pontos de erosão laminar e em canaletas, bem como um ponto com uma saída d’água direcionada para um remanescente florestal nativo, aplicando-se a OBS #05/15. - Outros impactos ambientais do eucalipto: Críticas generalizadas ao desempenho ambiental das plantações de eucalipto incluíram temas como deserto verde, baixa biodiversidade, isolamento de fragmentos naturais, alelopatia, uso de agrotóxicos, entre outros. A abordagem da certificadora sobre cada um desses temas e as principais conclusões de auditoria podem ser encontradas no item 6.2 do presente relatório (Comentários recebidos na consulta prévia e tratamento das demandas, Princípios 3 e 4).

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- Atividades de pesquisa com uso de OGMs: O sistema de certificação proíbe expressamente o uso comercial de OGMs em unidades certificadas de manejo florestal. A pesquisa de OGMs é tolerada mediante a adequação a normas e técnicas de biossegurança. O empreendimento mantém pesquisas com OGMs em áreas não certificadas, incluindo um laboratório autorizado pelo órgão competente federal para realizar pesquisas em sistema fechado e controlado de OGM. O laboratório está localizado no município de Jacareí em área que não gera nenhum risco de potencial contaminação com o material genético utilizado atualmente para plantios comerciais. Atualmente, o empreendimento desenvolve experimentos de campo com árvores geneticamente modificadas de eucalipto, sempre em áreas fora do escopo de certificação. Durante a avaliação de recertificação o Imaflora efetuou uma atualização das informações sobre pesquisas com OGMs realizadas pela empresa, constatando que: as pesquisas conduzidas possuem um claro conteúdo e propósito investigativo; os experimentos são conduzidos em áreas limitadas, fora do escopo de certificação, e possuem planejamento e prazos compatíveis com as finalidades de pesquisa propostas; e as pesquisas seguem rigorosamente os requerimentos legais aplicáveis, incluindo as autorizações necessárias junto ao CTNBio (órgão federal responsável) e as salvaguardas e medidas de isolamento e proteção necessárias à biossegurança dos experimentos. Com o intuito de dar transparência à sua posição institucional, a empresa vem desenvolvendo uma campanha para o engajamento de partes interessadas relevantes na discussão do tema, incluindo posições contrárias ao uso da técnica, e apresentou uma política pública, disponibilizada em http://www.fibria.com.br/institucional/tecnologia/.

A certificadora tem conhecimento das instalações, locais e outros detalhes de experimentos com OGMs realizados pelo empreendimento. Tais informações, no entanto, são mantidas em sigilo em razão de aspectos de biossegurança e de políticas de confidencialidade do empreendimento certificado. - Reaproveitamento de áreas destinadas à conservação: O empreendimento apresentou a intenção de aproveitar algumas áreas atualmente destinadas à conservação, que perderam vínculo obrigatório com o advento do novo código. Estão sendo consideradas áreas não vinculadas a compromissos legais de conservação, fora de APPs, com vegetação de pastagens, ou em estágio pioneiro de regeneração. Foram visitadas áreas destinadas à reversão na Fazenda Nossa Senhora d’Ajuda, evidenciando-se a consistência da metodologia de identificação de sub-bosque empregada. Até o momento foram revertidos aproximadamente 113 hectares e o potencial de áreas passíveis de análise para reversão totaliza um montante estimado em 4.400 hectares em toda a unidade de manejo. Não foram identificadas não conformidades sobre o tema.

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Ações judiciais e restrições legais: Segue-se uma relação das principais ações cujo andamento vem sendo acompanhado pela certificadora: Processo n. 0001195-88.2007.8.26.0579 Juízo Comarca de São Luis do Paraitinga - SP Instância 1ª Instância Data de Instauração 13/11/2007 Partes no Processo Autor: Defensoria Pública do Estado de São Paulo

Réu: Votorantim Celulose e Papel; Município de São Luiz do Paraitinga; Suzano Papel e Celulose e Estado de São Paulo.

Causa de Pedir Insurge-se contra o plantio e o corte de eucalipto realizado pela Empresa alegando que para a atividade em questão, é imprescindível a realização do Estudo Prévio de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório (EIA-RIMA), além de considerar inadequada ambientalmente a condução das referidas atividades de silvicultura.

Pedido Liminar (1) suspensão imediata de todo e qualquer plantio de eucalipto no município de São Luis do Paraitinga, até a realização, pela empresa ré, de um aprofundado estudo de impacto ambiental cingido ao correlato relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA); (2) determinação às pessoas jurídicas de direito público demandas para que efetivamente fiscalizem o cumprimento da ordem judicial, bem como assegurem a cabal efetivação das normas de proteção ao meio ambiente no município, suspendendo, através de seus órgãos, os licenciamentos e as atividades nas fazendas recobertas pela monocultura até a realização do EIA/RIMA.

Demais Pedidos Realização de EIA para todas as fazendas relacionadas na inicial; obrigação de cortar os eucaliptos em topo de morro; recomposição da floresta nativa atingida pela monocultura de eucalipto; pagamento de indenização à título de danos materiais e morais; condenação do Estado de São Paulo em intensificar fiscalização; condenação do município em instituir zoneamento agroflorestal; suspensão de financiamentos à Fibria e obrigação de fazer a ser dirigida ao Gestor da bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul a implantar a cobrança pelo uso de Recursos Hídricos.

Tese da Defesa 1) Inexistência de riscos e danos; 2) a atividade não possui potencial de causar significativa degradação ambiental; 3) Não poderia o Poder Judiciário definir se a atividade da empresa é passível de elaboração de EIA-RIMA, por falta de competência.

Liminar concedida Liminar concedida, em sede de recurso, suspendendo novos plantios de eucalipto no município de São Luiz do Paraitinga.

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Fase atual Aguardando perícia para apuração dos eventuais danos. A juíza inverteu o ônus da prova para determinar às requeridas Fibria e Suzano que arquem com as despesas da prova pericial. Foi proferido acórdão pela 1ª Câmara Reservada ao MA do TJ-SP, determinando que a inversão do ônus não implica, necessariamente, na inversão da obrigação de arcar com os honorários periciais.

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Processo n 0000784-74.2009.8.26.0579 (Processo n. 396/2009) Juízo Comarca de São Luis do Paraitinga - SP Data de Instauração 11/08/2009 Partes no Processo Autor: Defensora Pública do Estado de São Paulo

Réu: VCP Causa de Pedir Trata-se ação visando que a empresa se abstenha

de cortar eucalipto na Fazenda Sertãozinho II até a realização de EIA/RIMA, bem como, que a demandada não realize transporte de eucalipto pelas vias públicas internas do Distrito de Catuçaba.

Antecipação de Tutela Liminar concedida para que a VCP se abstenha de realizar quaisquer corte de eucaliptos na Fazenda Sertãozinho II e em outras situadas no entorno do Distrito de Catuçaba, bem como o respectivo transporte de eucaliptos através de caminhões de quaisquer dimensões pela via principal ou adjacências do Distrito Municipal de São Pedro de Catuçaba até a realização, pela empresa empreendedora, do Estudo de Impacto Ambiental e Social cingido ao correlato Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), que aponte alternativas para o desvio do tráfego de caminhões da área urbana de Catuçaba e os mecanismos de recomposição dos estragos socioambientais respectivos, instruídos com as consectárias audiências públicas, sob pena de multa diária de R$ 15.000,00 (quinze mil reais)

Tese da Defesa 1) Há litispendência com relação ao pedido de EIA RIMA para o corte de eucaliptos nessa localidade. 2) É equivocado submeter as atividades de corte à elaboração de EIA RIMA. 3) Inexistem riscos decorrentes do corte e do transporte de eucalipto no caso em questão.

Fase atual Foi publicado acórdão na data de 19/03/2014, proferido pela 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente revogando a liminar concedida sob o argumento de que a Defensoria não conseguiu comprovar, que a Fibria estaria realizando plantio em desacordo com as disposições legais.

Processo n 0000519-38.2010.8.26.0579 (Fazenda Calipso). Juízo Comarca de São Luiz do Paraitinga - SP Data de Instauração 29/07/2010 Partes no Processo Autor: Ministério Público Estadual.

Réu: Fibria Celulose S/A; Causa de Pedir i) plantios de eucalipto em áreas de preservação

permanente (APP) situadas em topos de morros. Segundo o laudo técnico do MP, nenhuma APP em topo de morro estaria sendo preservada na Fazenda Calipso, ora em referência; (ii) plantios de eucalipto em APPs situadas em faixa marginal de rio - com invasão de 4 metros da referida faixa marginal e área total de 2.000 m2.

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Segundo o laudo técnico do MP, tal circunstância estaria acarretando processo erosivo e o assoreamento do rio; e (iii) insuficiência da área de reserva legal averbada junto à matrícula da fazenda, por não corresponder ao mínimo de 20% da extensão total do imóvel.

Pedidos (i) restaurar a vegetação nativa situada em áreas de preservação permanente (APPs) ao longo de rio e “no terço superior dos morros e linhas de cumeada do imóvel”, atualmente ocupadas com eucaliptos que, segundo o MP, precisariam ser removidos. Conforme o pedido do MP a citada condenação incluiria as obrigações de a Fibria: (a) apresentar aos órgãos florestal e responsável pelos recursos hídricos, em sessenta dias contados da intimação da sentença, “projeto de reflorestamento completo”, subscrito por profissional regularmente credenciado e mediante Anotação de Responsabilidade Técnica; e (b) iniciar o reflorestamento em dez dias contados de sua aprovação. (ii) “compensar os danos causados” à conta dos aludidos plantios de eucaliptos em alegadas APPs, mediante reflorestamento de área equivalente ao dobro das referidas APPs; (iii) pagar indenização por alegados danos ambientais, materiais e extrapatrimoniais; (iv) averbar no Cartório do Registro de Imóveis, à margem das matrículas abrangidas pela Fazenda Calipso, a reserva legal corresponde a 20% da extensão do imóvel, como previsto nos arts. 16, § 2º e 18, caput, da Lei n. 4.771/1965 – o Código Florestal; e (v) “apresentar plano de corte de eucalipto prevendo, dentre outras, todas as medidas de conservação de solos rurais, carreadores e estradas, bem como a preservação de recursos hídricos necessárias a evitar erosões e impactos ambientais na Fazenda Calipso”.

Tese da Defesa i) São improcedentes as acusações de irregularidades em APPs hídricas conforme atesta o Laudo Técnico de Vistoria. ii) A soma dos percentuais de APP e reseva legal do imóvel totaliza 52,37% da propriedade – o que excede 50% do imóvel, hipótese em que o § 6º do art. 16 do Código Florestal expressamente admite o cômputo de APPs para perfazer os 20% a serem mantidos como reserva legal, contanto que não se promova a conversão de novas áreas para o uso alternativo do caso; iii) a Resolução CONAMA 303/2002 (e também a Decisão de Diretoria da CETESB n.º 148/2010), por inovar no ordenamento jurídico, seria inconstitucional, na medida em que viola, de maneira frontal, o princípio da legalidade.

Fase atual Sentença 06/10/2014:

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(i) Aplicou o Novo Código Florestal, instituído pela Lei 12.651/2012 (ii) inexistência, na Fazenda Calipso, de áreas de preservação permanente em topo de morro iii) o registro do imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR) desobriga a averbação da reserva legal na matrícula do imóvel iv) condenou a Fibria a promover a entrega ao órgão ambiental competente de projeto de retirada das árvores de eucalipto e reflorestamento das áreas de APP especificadas no processo bem como de medidas para sanar os dois processos de erosão apontados nos autos. O MP recorreu da sentença.

Processo n. 101.01.2010.003896-0/000000-000 (Fazenda Bonfim) Juízo Comarca de Caçapava – SP Data de Instauração 27/07/2010 Partes no Processo Autor: Ministério Público Estadual

Réu: Fibria Celulose S/A; Rubens Ramos Causa de Pedir (i) os Requeridos estariam exercendo a atividade

de silvicultura em áreas de preservação permanente de topo de morro; (ii) não estariam sendo respeitadas as disposições do Código Florestal relacionadas à necessidade de averbação de reserva florestal legal; e (iii) a cultura de eucaliptos consome grande quantidade de água e teria sido responsável pela redução da vazão do Ribeirão da Serrinha.

Pedidos (i) restauração de áreas que considerou de preservação permanente; (ii) apresentação de plano de corte de eucalipto, prevendo “medidas de conservação de solos rurais, carreadores e estradas, bem como preservação de recursos hídricos”; (iii) compensação dos danos, por meio de “florestamento ou reflorestamento de uma área duas vezes equivalentes à área atingida”; (iv) regularização da “situação registraria do imóvel matrícula 5570 de Caçapava, a fim de proceder à averbação no Cartório de Registro de Imóveis da reserva florestal legal”; (v) pagamento de indenização por danos materiais e extrapatrimoniais.

Tese da Defesa i) a Resolução CONAMA 303/2002 (e também a Decisão de Diretoria da CETESB n.º 148/2010), por inovar no ordenamento jurídico, seria inconstitucional, na medida em que violaria o princípio da legalidade. ii) a Fibria. preserva, a título de reserva florestal legal, mais de 30 % (trinta por cento) da propriedade objeto da presente demanda. A reserva florestal legal estaria devidamente preservada, em atenção ao que determina o Código Florestal. iii) não haveria elementos que demonstrassem a

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existência de nexo causal entre a atividade objeto da demanda e a alegada redução do curso d’água.

Fase atual Tendo em vista o julgamento favorável do Agravo de Instrumento relacionado ao custeio da perícia, que afastou a obrigação da empresa de arcar com o ônus financeiro, o Ministério Público sugeriu a manifestação da Agência Ambiental de Taubaté para que realize vistoria in loco a fim de apresentar, nos autos, parecer técnico acerca dos danos ambientais bem como, resposta aos quesitos apresentados pelas partes.

Processo n 625.01.2010.003916-7 Juízo Comarca de Taubaté - SP Data de Instauração 2010 Partes no Processo Autor: Defensora Pública do Estado de São Paulo

Réu: Fibria Celulose S/A; Município de Taubaté, Município de Redenção Da Serra, Estado De São Paulo, CETESB.

Causa de Pedir i) o plantio de eucaliptos pela Fibria nos municípios de Taubaté e Redenção da Serra/SP, cuja expansão sem o controle e a fiscalização no estado de São Paulo e dos municípios ocupa grande extensão de terras – 11.650 ha; II) uso indiscriminado de defensivos agrícolas, em especial, do glifosato; iii) competição de clones da Fibria com a vegetação nativa impedindo a sua regeneração; iv) plantios em APPs hídricas e de topo de morro; v) ausência de corredores ecológicos; vi) ausência de licenciamento ambiental.

Antecipação de Tutela (i) suspensão imediata de todo e qualquer plantio de eucalipto nos Municípios de Taubaté e de Redenção da Serra, em empreendimentos presentes ou projetos futuros, até a realização, pela empresa empreendedora requerida, de aprofundado estudo de impacto ambiental cingido ao correlato relatório de impacto ambiental ii) imediata ordem judicial para que as pessoas jurídicas de direito público requeridas, responsáveis pela gestão e controle da exploração e manejo dos recursos naturais efetivamente fiscalizem o cumprimento da ordem judicial postulada, assegurando a cabal efetivação das normas de proteção ao meio ambiente na sede do Município e região, suspendendo, por meio de seus órgãos, os licenciamentos e as atividades nas fazendas recobertas pela monocultura referida e a realização dos EIA/RIMA postulados, sob pena de multa diária.

Tese da Defesa (i) a alegação de “enorme concentração de plantações de eucalipto nos Municípios de Taubaté e de Redenção da Serra” não autorizaria a antecipação de tutela deferida contra a Fibria; (ii) o “desenvolvimento de mudas geneticamente modificadas” que avançariam “nos territórios de

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matas nativas” – não procederia, tampouco, a suspeita de que a Fibria investe contra remanescentes de matas nativas; (iii) o “possível impacto ambiental negativo em face de construção de estradas para o escoamento da produção” – tratar-se-ia de suspeita infundada e, portanto, também incapaz de legitimar a antecipação de tutela. (iv) “contaminação causada por agentes químicos, os agrotóxicos” não comprovada.

Fase atual Foi publicado acórdão na data de 03/07/2014, proferido pela pela 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente revogando a liminar concedida sob o argumento de que a Defensoria não conseguiu comprovar o perigo de dano grave da atividade; os elementos dos autos indicam que as propriedades estão bem cuidadas, com significativa reserva florestal e preservação das áreas protegidas. Concluiu que a suspensão do plantio não virá em benefício do ambiente.

Processo n. 0000950-48.2011.8.26.0220 Juízo Comarca de Guaratinguetá – SP Data de Instauração 03/02/2011 Partes no Processo Autor: Defensoria Pública do Estado de São Paulo

Réu: Fibria Celulose S/A; Fazenda Pública do Município de Guaratinguetá; Fazenda Pública do Estado de São Paulo.

Causa de Pedir Insurge-se contra o plantio e o corte de eucalipto realizado pela Empresa porque, para a atividade em questão, seria imprescindível a concessão de licenciamento ambiental com sujeição à realização do Estudo Prévio de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório (EIA-RIMA), além de considerar inadequada ambientalmente a condução das referidas atividades de silvicultura, por, supostamente, ocorrer em área de preservação permanente, sem reserva florestal legal e com prejuízo à água, solo e outros bens ambientais.

Antecipação de Tutela (1) suspensão imediata de todo e qualquer plantio de eucalipto no município de Guaratinguetá, até a realização, pela empresa ré, de um aprofundado estudo de impacto ambiental cingido ao correlato relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA), (2) abstenção da empresa ré de realizar quaisquer cortes de eucaliptos na Fazenda Santa Rita V, bem como do respectivo transporte de eucaliptos, através de caminhões de quaisquer dimensões, pela via principal ou adjacências do bairro municipal em referência até a realização, pela empresa ré, de um aprofundado estudo de impacto ambiental somado ao correlato relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA), (3) determinação às pessoas jurídicas de direito público demandas para que efetivamente

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fiscalizem o cumprimento da ordem judicial, bem como assegurem a efetivação das normas de proteção ao meio ambiente no município, suspendendo, através de seus órgãos, os licenciamentos e as atividades nas fazendas recobertas pela monocultura até a realização do EIA/RIMA.

Demais Pedidos Realização de EIA para todas as fazendas relacionadas na inicial, obrigação de não cortar os eucaliptos em topo de morro; obrigação de delimitar as APPs de topo de morro de acordo com os critérios estabelecidos pela Decisão de Diretoria da CETESB 148/2010; obrigação de plantio de nativas nos corredores dos eucaliptais em topo de morro; recomposição da floresta nativa atingida pela monocultura de eucalipto; averbação de reserva legal; condenação do Estado de São Paulo em intensificar fiscalização e emissão de licenças para os plantios; condenação do município em instituir zoneamento agroflorestal; suspensão de financiamentos à Fibria e obrigação de fazer a ser dirigida ao Gestor da bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul a implantar a cobrança pelo uso de Recursos Hídricos.

Tese da Defesa 1) Tal atividade não possuiria potencial de causar significativa degradação ambiental nos termos do art. 225, § 1º, inciso IV da CF, conforme atestado tanto pelo Ministério do Meio Ambiente (IN 03/2009) e pelo antigo DEPRN (Portaria 16/1993); e nenhuma de suas fazendas em Guará possui mais de 1.000 ha, o que afastaria a incidência da Resolução 01/86; 2) Não poderia o Poder Judiciário definir se a atividade da empresa é passível de elaboração de EIA-RIMA, por ausência de competência.

Liminar Concedida Liminar concedida suspendendo o plantio de eucalipto no município de Guaratinguetá e proibição de corte na Fazenda Santa Rita V.

Fase atual Aguardando decisão de Recursos interpostos pela empresa perante o STJ e STF contra a liminar deferida.

Processos n. 101.01.2011.006667-8-0-000000-000; 101.01.2011.006668-0-000000-000 (Caçapava) Juízos Comarcas de Caçapava Instância 1ª Instância Data de Instauração 2011 Partes no Processo Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo

Réu: Fibria Celulose S/A Assunto Tratam-se de Ações Civis Públicas em que o MP

pleiteia a condenação da empresa na obrigação de averbar a reserva legal dos imóveis denominados Fazenda São Lourenço e Conceição I, sob pena de multa.

Posição atual 08/01/2015 [Petição] Protocolo de petição pela Fibria informando o cumprimento do TAC (documentos comprovantes anexados) e

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pleiteando a baixa/arquivamento do processo. 625.01.2011.027422.0.000000-000; 625.01.2011.027426-0.000000-000; 625.01.2011.027424-5 (Taubaté) Juízos Comarca de Taubaté Instância 1ª Instância Data de Instauração 2011 Partes no Processo Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo

Réu: Fibria Celulose S/A Assunto Tratam-se de Ações Civis Públicas em que o MP

pleiteia a condenação da empresa na obrigação de averbar a reserva legal dos imóveis denominados Fazenda São José, Nossa Senhora da Ajuda e Gaspar sob pena de multa.

Posição atual Firmado TAC. Acordo cumprido. Arquivo 445.01.2011.011976-0 (Pindamonhangaba); Juízos Comarcas Pindamonhangaba - SP Instância 1ª Instância Data de Instauração 2011 Partes no Processo Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo

Réu: Fibria Celulose S/A Assunto Trata-se de Ação Civil Pública em que o MP

pleiteia a condenação da empresa na obrigação de averbar a reserva legal do imóvel denominado Fazenda Jambeiro, sob pena de multa.

Posição atual 11/03/2015 – Designada perícia para se constatar se a área de reserva legal está devidamente delimitada.

488.01.2011.002005-9 (Queluz) Juízos Comarca de Queluz- SP Instância 1ª Instância Data de Instauração 2011 Partes no Processo Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo

Réu: Fibria Celulose S/A Assunto Trata-se de Ação Civil Pública em que o MP

pleiteia a condenação da empresa na obrigação de averbar a reserva legal do imóvel denominado Fazenda Palmeiras I, sob pena de multa.

Posição atual 16/03/2015 – Fibria apresentada petição de manifestação acerca do Acordo Judicial proposto pelo MP.

0001329-52.2012.8.26.0220 (Guaratinguetá) Juízos Comarca de Guaratinguetá – SP Instância 1ª Instância Data de Instauração 2012 Partes no Processo Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo

Réu: Fibria Celulose S/A Assunto Trata-se de Ação Civil Pública em que o MP

pleiteia a condenação da empresa na obrigação de averbar a reserva legal do imóvel denominado Fazenda Santa Edwirges sob pena de multa.

Posição atual 24/02/2014 – Sentença condenando a empresa a inscrever o imóvel no CAR no prazo de 180 dias. A

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empresa apresentou apelação. 008587-32.2011.8.26.0323 (Lorena) Juízos Comarcas de Lorena – SP Instância 1ª Instância Data de Instauração 2011 Partes no Processo Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo

Réu: Fibria Celulose S/A Assunto Trata-se de Ação Civil Pública em que o MP

pleiteia a condenação da empresa na obrigação de averbar a reserva legal dos imóvel denominado Fazenda Porto Meira sob pena de multa.

Posição atual 18/05/2015 – Sentença ainda não publicada: decisão pela total improcedência da ação com julgamento de mérito e revogação da liminar anteriormente concedida. A magistrada endossou os argumentos da Fibria e aplicou todos os dispositivos legais vigentes para verificar a regularidade das áreas protegidas pela legislação florestal na Fazenda Porto Meira. O principal documento que serviu de base foi o comprovante de inscrição no CAR e a retificação do Cadastro quando da anexação do Termo de Responsabilidade de Preservação de Reserva Legal pela Fibria.

0000369-27.2012.8.26.0534 (Santa Branca) Juízos Comarca de Santa Branca – SP Instância 1ª Instância Data de Instauração 2011 Partes no Processo Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo

Réu: Fibria Celulose S/A Assunto Trata-se de Ação Civil Pública em que o MP

pleiteia a condenação da empresa na obrigação de averbar a reserva legal do imóvel denominado Fazenda Barra Limpa sob pena de multa.

Posição atual 29/10/2014 - Sentença: Obrigação de fazer consistente na apresentação ao órgão ambiental competente no prazo de 180 dias, de todos os trabalhos técnicos exigidos pelo órgão ambiental para a análise do pedido de aprovação da área de reserva legal, inclusive de projeto indicando a área de reserva legal, de no mínimo 20% do total da gleba considerada em seu conjunto. 02/05/2015 – A empresa protocolizou Agravo de Instrumento contra decisão que recebeu a apelação no efeito devolutivo.

534.01.2011.001703-6/000000-000 (Santa Branca) Juízos Comarca de Santa Branca – SP Instância 1ª Instância Data de Instauração 2012 Partes no Processo Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo

Réu: Fibria Celulose S/A Assunto Trata-se de Ação Civil Pública em que o MP

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pleiteia a condenação da empresa na obrigação de averbar a reserva legal dos imóvel denominado Fazenda Santa Maria sob pena de multa.

Posição atual 28/08/2014 – Laudo pericial apresentado ressaltando categoricamente que não há dano ambiental na propriedade. 06/04/2015 – Manifestação das partes sobre o laudo.

1000053-51.2015.8.26.0579 Juízos Comarca de São Luiz do Paraitinga – SP Instância 1ª Instância Data de Instauração 2012 Partes no Processo Autor: Defensora Pública do Estado de São Paulo

Réu: Fibria Celulose S/A Assunto Pleiteia-se a concessão de liminar para proibir o

transporte de eucalipto na Fazenda Sertãozinho II e outras através de caminhões de quaisquer dimensões, pela via principal e adjacências do Distrito de Catuçaba e pela Rodovia Estadual Abílio Monteiro de Campos até o desfecho da Ação Principal de número 0000784-74.2009.8.26.0579.

0000239-19.2006.8.26.0220 Juízos Comarca de Guaratinguetá – SP Instância 1ª Instância Data de Instauração 2006 Partes no Processo Autor: Cláudio Marcondes Velloso e outro

Réu: VCP Assunto Trata-se de ação de Indenização por danos

ocasionados às propriedades vizinhas dos autores em função da plantação de eucaliptos efetivada na Fazenda Santa Rita V (VCP), a qual teria ocasionado a redução da capacidade produtiva de uma mina de água mineral potável, bem como a redução dos cursos de água, erosão da terra e sua contaminação pelo uso indiscriminado de defensivos agrícolas na cultura. Indenização pleiteada no valor de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).

Situação atual Perícia favorável à empresa. Em maio de 2014 o juiz acolheu o laudo pericial e julgou improcedente a ação. O processo se encontra sobrestado, aguardando decisão de Agravo de Instrumento proposto pelo autor, alegando suspeição do perito. Após esta decisão será iniciada a fase recursal.

534.01.2005.003199-0 Juízos Comarca de Santa Branca – SP Instância 1ª Instância – ação criminal Data de Instauração 17/11/2009 Partes no Processo Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo

Réu: Fibria Assunto Condenação pelo plantio de eucalipto em torno de

nascente da Fazenda São Joaquim - Agropecuária

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Leme. Situação atual Aguardando oitiva de testemunhas. Foram evidenciados adicionalmente: - Inquéritos civis públicos em andamento sobre temas correlatos, sem a interposição, até o momento da avaliação, das respectivas ações civis públicas; - Processos administrativos, autos de infração e TACs sobre diversos temas ambientais, em trâmite normal nas competentes esferas administrativas; - Leis municipais de restrições ao plantio do eucalipto, em diferentes situações de vigência a aplicabilidade. Todas as leis vêm sendo monitoradas pela empresa e as aplicáveis vêm sendo obedecidas; - Ações trabalhistas sobre assuntos diversos, dentro da normalidade considerando-se as dimensões da empresa. Todas as informações foram disponibilizadas pelo empreendimento à certificadora, ou obtidas por meio de certidões e informações coletadas em entrevistas diretas com partes interessadas. Sobre a importância das ações em andamento para o processo de certificação, ver comentário nos problemas identificados como controversos ou de difícil avaliação, descritos no quadro inicial deste mesmo item.

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ANEXO I – Escopo do EMF Informações sobre o empreendimento de manejo florestal: Nome l egal do EMF : Fibria Celulose S.A. – Unidade Jacareí. 1. Escopo do c ertificado Tipo do Certificado: individual.

2. Informação do EMF Zona Florestal Tropical. Área certificada por tipo de floresta

- Natural 62.309,24 hectares - Plantação 84.572,74 hectares

Margens de rios e corpos de água 4.509,36 km lineares 3. Classificação da área florestal Área total certificada 157.198,26 ha 1. Total da área florestal no escopo do certificado. 146.881,98 ha a. Área de produção florestal 84.572,74 ha b. Área florestal não produtiva 62.309,24 ha

- Áreas de proteção florestal (reservas) 62.309,24 ha - Áreas protegidas sem operação de colheita e

manejadas somente para produção de NTFP ou serviços

0,0 ha

- Remanescentes florestais não produtivos 62.309,24 ha 2. Área não florestal (ex., margens de rios, formações rochosas, campos, etc.). 10.316,28 ha 4. Espécies e taxa sustentável de colheita Nome científico Nome comum /

comercial Corte anual permitido

Safra atual (2014)

Safra projetada para o próximo ano

Eucalyptus grandis Eucalipto. N/A. 3.617.731 m3 3.240.576 m3 Eucalyptus urophylla Eucalipto. N/A. Eucalyptus spp. Eucalipto híbrido

urograndis. N/A.

Total N/A. 3.617.731 m3 3.240.576 m3 Total estimado de produção anual de toras: 3.655.574 m3 Total estimado de produção anual produtos NTFPs certificado: 0,0 m3 (lista de todos os NTFPs certificados por tipo de produção): N/A.

5. Trabalhadores Número de trabalhadores incluindo funcionários, de meio-expediente e trabalhadores temporários:

1 Considerar o ponto central do EMF ou grupo, com um máximo de 5 casas decimais.

Certificado de grupo (Lista de membros do grupo, se aplicável): N/A. UMF

Nome/Descrição Área Tipo de

Floresta Localização

Latitude/Longitude1

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Número total de trabalhadores 1.641 trabalhadores Do total de trabalhadores listados acima: 1.490 homens 151 mulheres Número de acidentes graves 05 Número de fatalidades 01

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Áreas atuais no escopo do certificado:

Áreas (ha)

Fazenda Município Total Área de

Produção Áreas destinadas à conservação*

Outras Áreas**

Titulação

São Francisco III VOTORANTIM 4.094,85 1.307,53 2.040,54 746,78 Própria

Ponte Alta SALTO DE PIRAPORA 1.068,43 261,65 288,48 518,30 Arrendada

Santa Maria II SOROCABA 331,38 329,31 0,63 1,44 Própria

Santa Maria II VOTORANTIM 2.565,04 768,30 1.534,41 262,33 Própria

Ribeirão PILAR DO SUL 566,96 263,61 254,03 49,32 Própria

Santa Rita I SALTO DE PIRAPORA 232,86 160,38 39,17 33,31 Própria

Santa Rita III ALAMBARI 377,02 221,53 125,51 29,98 Arrendada

Pantojo ALUMÍNIO 272,26 225,28 42,26 4,72 Arrendada

Pantojo MAIRINQUE 727,44 350,97 282,72 93,75 Arrendada

Capuavinha SALTO DE PIRAPORA 292,17 162,84 91,50 37,83 Arrendada

Capuavinha VOTORANTIM 14,57 14,57 0,00 0,00 Arrendada

Pantojo II MAIRINQUE 105,79 58,89 34,28 12,62 Arrendada

Pantojo III ALUMÍNIO 610,48 338,84 218,33 53,31 Arrendada

Karamacy ITAPEVA 2.834,48 2.193,22 441,29 199,97 Parceria

Santo Angelo ITAPEVA 749,01 652,59 69,16 27,26 Parceria

Santa Clara II RIBEIRÃO BRANCO 369,70 182,67 165,89 21,14 Própria

Guarizinho ITAPEVA 195,77 172,54 12,31 10,92 Parceria

Campina ITAÍ 1.032,95 826,61 174,77 31,57 Parceria

Coimbra RIBEIRÃO BRANCO 843,79 337,23 475,47 31,09 Própria

Esplanada TAQUARIVAÍ 828,92 570,35 218,63 39,94 Parceria

Agua Fria GUAPIARA 246,68 100,72 134,03 11,93 Arrendada

Dos Cravos GUAPIARA 223,56 120,02 98,61 4,93 Parceria

Irema ALUMÍNIO 116,97 21,79 78,19 16,99 Arrendada

Pirajibu ALUMÍNIO 135,56 68,07 54,16 13,33 Arrendada

Itupararanga VOTORANTIM 1.762,64 700,48 892,68 169,48 Arrendada

Arariba AVAÍ 1.101,95 776,09 277,61 48,25 Parceria

Esmeralda DUARTINA 1.829,47 1.138,36 630,18 60,93 Parceria

Esmeralda FERNÃO 0,05 0,00 0,05 0,00 Parceria

Pirapitinga I AREALVA 126,69 102,58 15,84 8,27 Arrendada

Pirapitinga II AREALVA 128,66 124,20 0,00 4,46 Parceria

Barreiro Grande AREALVA 39,34 15,85 23,18 0,31 Parceria

Barreiro Grande PEDERNEIRAS 432,13 403,17 16,25 12,71 Parceria

Santa Rosa AGUDOS 636,15 428,88 185,88 21,39 Parceria

Maria Paula VOTORANTIM 192,11 60,66 115,24 16,21 Própria

Ligiana CAMPINA DO MONTE ALEGRE 1.210,25 996,83 154,75 58,67 Parceria

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Peão CAMPINA DO MONTE ALEGRE 60,70 60,70 0,00 0,00 Parceria

Peão ITAPETININGA 2.836,18 1.181,73 1.542,75 111,70 Parceria

Mangue Seco(Bom Retiro) ITAPETININGA 368,16 153,79 184,34 30,03 Arrendada

Monte Verde CAMPINA DO MONTE ALEGRE 610,91 273,15 309,45 28,31 Parceria

Monte Verde ITAPETININGA 305,99 298,26 7,73 0,00 Parceria

Pinheiro ITAPETININGA 1.089,94 630,10 415,85 43,99 Parceria

Fazenda Velha ITAPETININGA 830,67 301,07 511,69 17,91 Parceria

Cesario ITAPETININGA 1.175,78 602,03 517,55 56,20 Parceria

Juriti ITAPETININGA 2.606,54 1.324,03 1.198,05 84,46 Parceria

Santa Albana ITAPETININGA 1.034,07 522,04 467,28 44,75 Parceria

Iguaçu ANGATUBA 86,10 67,31 14,40 4,39 Parceria

Olho D'Água ITAPETININGA 136,85 103,86 25,86 7,13 Arrendada

São José VI ITAPETININGA 403,98 191,82 190,90 21,26 Parceria

Banhadinho ITAPETININGA 1.442,98 992,61 361,93 88,44 Parceria

Cruz de Ferro CAPÃO BONITO 1.294,60 795,00 401,04 98,56 Arrendada

Porto (Bom Retiro) ITAPETININGA 197,81 103,26 89,91 4,64 Arrendada

Manacá BURI 778,39 495,22 250,00 33,17 Arrendada

Rancho BURI 1.690,57 957,77 580,15 152,65 Arrendada

Açude do Lobo BURI 1.584,93 1.054,96 442,16 87,81 Arrendada

Lageado BURI 1.307,64 915,34 308,80 83,50 Arrendada

Sede Velha CAPÃO BONITO 1.017,35 820,04 157,84 39,47 Arrendada

Capão Alto CAPÃO BONITO 1.032,48 798,02 206,28 28,18 Arrendada

Água Branca CAPÃO BONITO 1.450,33 1.061,99 306,09 82,25 Arrendada

Boa Vista CAPÃO BONITO 1.706,49 1.169,11 427,99 109,39 Arrendada

Retiro CAPÃO BONITO 1.517,12 1.148,81 279,27 89,04 Arrendada

Lavrinhas CAPÃO BONITO 795,83 424,24 341,72 29,87 Arrendada

Prainha CAPÃO BONITO 714,87 486,67 207,91 20,29 Arrendada

Deserto CAPÃO BONITO 1.388,39 767,39 550,15 70,85 Arrendada

Suina CAPÃO BONITO 1.681,65 615,26 998,13 68,26 Arrendada

Tijuco CAPÃO BONITO 1.971,30 903,66 963,25 104,39 Arrendada

Inglês CAPÃO BONITO 1.025,33 707,51 265,86 51,96 Arrendada

Valinhos CAPÃO BONITO 1.228,56 930,51 253,28 44,77 Arrendada

São Roque CAPÃO BONITO 1.262,80 949,98 231,56 81,26 Arrendada

Mangueirinha CAPÃO BONITO 1.634,51 1.147,84 421,08 65,59 Arrendada

Apiaí Mirim CAPÃO BONITO 169,19 57,44 108,87 2,88 Arrendada

Santana CAPÃO BONITO 726,68 379,10 305,92 41,66 Arrendada

Correas CAPÃO BONITO 882,66 480,76 300,74 101,16 Arrendada

Silo CAPÃO BONITO 1.248,98 858,41 305,69 84,88 Arrendada

Grupo CAPÃO BONITO 1.027,28 704,92 224,74 97,62 Arrendada

Campo de Pouso CAPÃO BONITO 1.130,58 847,42 244,58 38,58 Arrendada

Cemiterinho CAPÃO BONITO 1.341,66 1.012,12 287,31 42,23 Arrendada

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Paranapanema CAPÃO BONITO 1.430,79 951,44 431,58 47,77 Arrendada

Torre CAPÃO BONITO 1.679,92 1.075,35 544,91 59,66 Arrendada

Copa CAPÃO BONITO 77,04 59,39 13,91 3,74 Própria

Santo Antonio VII CAPÃO BONITO 240,69 173,17 50,89 16,63 Parceria

Planalto CAPÃO BONITO 442,82 329,60 60,78 52,44 Parceria

Paineira CAPÃO BONITO 233,11 166,33 49,17 17,61 Parceria

Santa Dolores BURI 875,40 600,06 235,32 40,02 Parceria

Chapadão Verde ITIRAPINA 383,97 179,95 172,08 31,94 Arrendada

Sitio Alaor JACAREÍ 8,87 0,00 0,00 8,87 Própria

Banco GUARAREMA 774,49 516,92 200,50 57,07 Própria

Santa Branca SANTA BRANCA 544,71 316,06 187,41 41,24 Própria

Santa Maria SANTA BRANCA 588,39 335,69 212,59 40,11 Própria

São Carlos SANTA BRANCA 415,55 284,45 100,05 31,05 Própria

Francos GUARAREMA 366,21 215,17 117,50 33,54 Própria

Tietê BIRITIBA-MIRIM 91,05 47,84 39,01 4,20 Própria

São José V GUARAREMA 54,69 34,98 16,05 3,66 Própria

Santa Luzia GUARAREMA 264,14 152,21 96,46 15,47 Própria

São Manoel MOJI DAS CRUZES 756,62 0,00 734,94 21,68 Própria

Marcilio MOJI DAS CRUZES 156,39 0,00 154,50 1,89 Própria

Pena GUARAREMA 35,34 26,93 5,97 2,44 Própria

São Silvestre JACAREÍ 280,79 99,79 68,31 112,69 Própria

São Simão BERTIOGA 702,60 0,00 670,07 32,53 Própria

Morro Azul IGARATÁ 842,09 405,36 393,64 43,09 Própria

São Joaquim SANTA BRANCA 1.100,51 527,11 503,73 69,67 Arrendada

Angola JACAREÍ 167,85 108,82 35,28 23,75 Arrendada

São José IV SANTA BRANCA 326,45 164,00 140,87 21,58 Arrendada

São Sebastião III JACAREÍ 106,09 74,24 24,25 7,60 Própria

Santo Antonio III JACAREÍ 75,65 28,56 42,54 4,55 Própria

Barra Limpa SANTA BRANCA 317,76 181,46 113,37 22,93 Própria

Bela Vista III SANTA BRANCA 353,51 209,94 121,15 22,42 Própria

Santa Laura JACAREÍ 294,11 105,11 168,39 20,61 Própria

Rosa Helena IGARATÁ 266,56 135,41 114,61 16,54 Própria

Rogemar GUARAREMA 318,66 106,15 175,39 37,12 Própria

Rogemar SANTA BRANCA 36,11 34,94 1,17 0,00 Própria

São Pedro II GUARAREMA 316,15 186,87 101,08 28,20 Própria

Barra Bonita SANTA BRANCA 205,72 117,12 75,07 13,53 Própria

Taboão SANTA BRANCA 545,99 262,97 252,92 30,10 Própria

Santa Cruz III JACAREÍ 54,92 18,28 20,91 15,73 Própria

São João II IGARATÁ 98,53 57,98 36,45 4,10 Própria

São Silvestre II JACAREÍ 89,76 49,02 35,48 5,26 Própria

Santa Marta IGARATÁ 159,70 88,97 60,07 10,66 Própria

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Capixaba JACAREÍ 112,31 56,10 44,51 11,70 Própria

Santa Fé II GUARAREMA 167,29 68,95 83,12 15,22 Própria

Amarela JAMBEIRO 113,83 41,18 58,63 14,02 Parceria

Santa Cruz do Sertãozinho SÃO LUÍS DO PARAITINGA 149,46 88,89 53,27 7,30 Parceria

Granja Clarim CRUZEIRO 55,48 23,02 26,26 6,20 Própria

Santa Terezinha III AREIAS 208,98 106,79 85,98 16,21 Arrendada

Santa Terezinha III SILVEIRAS 53,60 13,95 39,65 0,00 Arrendada

Nossa Senhora de Lourdes II PINDAMONHANGABA 347,88 185,17 148,21 14,50 Parceria

Velha JAMBEIRO 93,17 43,49 34,86 14,82 Parceria

Almeida Rosa JAMBEIRO 145,75 50,87 60,63 34,25 Parceria

Sao Judas Tadeu NATIVIDADE DA SERRA 536,85 205,95 310,43 20,47 Própria

São José dos Coqueiros LORENA 102,66 62,20 36,44 4,02 Própria

Santa Rita VI GUARATINGUETÁ 105,74 40,50 58,99 6,25 Própria

São Joaquim II GUARATINGUETÁ 96,90 53,92 37,77 5,21 Arrendada

Daniela GUARATINGUETÁ 193,57 67,96 114,76 10,85 Própria

Panda IGARATÁ 108,18 51,95 49,14 7,09 Própria

São José VIII LORENA 242,38 107,50 116,99 17,89 Parceria

Do Tanque SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 314,99 127,23 176,88 10,88 Parceria

Santa Maria V GUARATINGUETÁ 208,07 69,97 124,30 13,80 Própria

Santa Cecilia SÃO LUÍS DO PARAITINGA 118,40 61,60 49,31 7,49 Parceria

Velha II LORENA 226,73 142,71 49,30 34,72 Parceria

Nossa Senhora Aparecida II NATIVIDADE DA SERRA 208,29 0,00 206,74 1,55 Própria

São Luiz II TREMEMBÉ 132,82 63,07 57,43 12,32 Parceria

Santana II BARRA MANSA 320,02 214,70 88,44 16,88 Parceria

Lagoinha NATIVIDADE DA SERRA 145,60 53,30 84,37 7,93 Própria

Pinheirinho II GUARATINGUETÁ 122,32 59,70 58,50 4,12 Própria

Sertãozinho III PINDAMONHANGABA 142,10 83,72 53,62 4,76 Arrendada

Candonga GUARATINGUETÁ 104,36 30,05 70,19 4,12 Parceria

Americana GUARATINGUETÁ 230,09 125,10 72,84 32,15 Própria

Limoeiro I e II RESENDE 210,32 85,96 114,81 9,55 Própria

Cordeiro GUARATINGUETÁ 132,30 69,31 54,40 8,59 Parceria

Do Rosario LORENA 408,82 185,78 208,60 14,44 Parceria

Cachoeira GUARATINGUETÁ 95,15 45,54 41,72 7,89 Parceria

Cafundó do Meio CRUZÍLIA 133,09 74,32 48,65 10,12 Própria

Bela Cruz CRUZÍLIA 1.443,98 828,89 563,55 51,54 Própria

Grama ANDRELÂNDIA 482,69 317,31 153,74 11,64 Arrendada

Pedra MADRE DE DEUS DE MINAS 203,96 118,57 79,24 6,15 Arrendada

Barreiro CARRANCAS 1.910,09 1.134,94 715,75 59,40 Arrendada

Barreiro LUMINÁRIAS 237,34 221,39 0,03 15,92 Arrendada

Pio ANDRELÂNDIA 68,56 52,82 13,64 2,10 Própria

Placas ANDRELÂNDIA 104,76 74,64 26,01 4,11 Própria

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Geribá MADRE DE DEUS DE MINAS 209,39 158,45 43,78 7,16 Arrendada

Goiabeiras MADRE DE DEUS DE MINAS 241,23 148,62 88,08 4,53 Arrendada

Diamantina MADRE DE DEUS DE MINAS 180,26 96,29 81,61 2,36 Arrendada

Catitu CARRANCAS 694,93 416,65 241,45 36,83 Arrendada

Bruno ANDRELÂNDIA 124,21 75,13 42,62 6,46 Arrendada

Carapina ANDRELÂNDIA 68,71 36,26 26,94 5,51 Arrendada

Sete Valo ANDRELÂNDIA 73,86 33,93 38,04 1,89 Arrendada

Pinheiros ANDRELÂNDIA 307,47 186,58 110,64 10,25 Arrendada

Colibri CRUZÍLIA 322,83 113,21 199,63 9,99 Própria

Pelotas ANDRELÂNDIA 81,43 46,24 32,85 2,34 Arrendada

Morro dos Ventos PIEDADE DO RIO GRANDE 60,57 45,09 12,74 2,74 Arrendada

João de Barro ANDRELÂNDIA 41,24 27,28 13,14 0,82 Arrendada

Nova Esperança CRUZÍLIA 223,99 123,11 91,32 9,56 Arrendada

Pasto de Casa ANDRELÂNDIA 44,10 31,06 12,47 0,57 Arrendada

Boa Esperança II ANDRELÂNDIA 68,68 36,62 26,27 5,79 Arrendada

Favacho CRUZÍLIA 184,47 115,44 63,38 5,65 Arrendada

Taquaral ANDRELÂNDIA 119,61 47,40 69,96 2,25 Própria

Fazenda Samambaia ANDRELÂNDIA 339,37 187,17 142,82 9,38 Arrendada

Do Capivari LUMINÁRIAS 116,77 81,92 28,46 6,39 Arrendada

Itapeva ANDRELÂNDIA 266,13 154,25 104,79 7,09 Arrendada

Botelhos AREIAS 339,74 190,18 121,68 27,88 Arrendada

São Francisco AREIAS 70,26 37,82 26,55 5,89 Arrendada

Palmeiras I QUELUZ 684,81 411,15 217,31 56,35 Própria

Santa Rosa AREIAS 129,89 59,72 64,58 5,59 Arrendada

São Benedito SILVEIRAS 246,54 108,27 126,11 12,16 Própria

Cava Grande REDENÇÃO DA SERRA 469,83 284,24 157,90 27,69 Própria

Espirito Santo JAMBEIRO 184,12 81,30 86,57 16,25 Parceria

Nossa Senhora Aparecida JAMBEIRO 181,90 85,21 80,15 16,54 Arrendada

Patizal do Vale Feliz PARAIBUNA 183,54 84,23 89,37 9,94 Própria

Recanto do Didi JAMBEIRO 99,90 51,36 34,72 13,82 Parceria

Santa Cruz I JAMBEIRO 157,95 153,18 2,52 2,25 Própria

Santa Cruz I REDENÇÃO DA SERRA 1.428,61 792,19 549,73 86,69 Própria

Santo Antonio Varadouro JAMBEIRO 626,69 362,81 209,43 54,45 Parceria

São Domingos JAMBEIRO 402,45 229,60 141,45 31,40 Parceria

São João JAMBEIRO 404,66 244,13 120,51 40,02 Parceria

São Pedro I PARAIBUNA 2.081,56 1.115,32 819,00 147,24 Arrendada

Serrote II JAMBEIRO 197,57 80,55 89,86 27,16 Parceria

Espirito Santo SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 529,39 195,99 307,45 25,95 Arrendada

Hercilia / Mascarenhas SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 907,98 443,81 407,64 56,53 Arrendada

Karacy SAPUCAÍ-MIRIM 1.701,46 540,09 1.114,70 46,67 Própria

Picapau Amarelo MONTEIRO LOBATO 308,82 94,45 194,29 20,08 Arrendada

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CF_MOD_21_04 Página 76 de 120

Santa Rita II SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 243,65 111,24 112,04 20,37 Arrendada

Santa Terezinha I SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 966,96 457,33 475,96 33,67 Própria

Santo Antonio II MONTEIRO LOBATO 124,75 68,20 48,54 8,01 Arrendada

São Luiz MONTEIRO LOBATO 317,77 134,30 156,60 26,87 Própria

Sertãozinho SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 121,86 56,12 53,02 12,72 Arrendada

Campo Belo CAÇAPAVA 92,53 58,05 28,15 6,33 Arrendada

Carazal TREMEMBÉ 140,72 71,60 63,46 5,66 Parceria

Damião MONTEIRO LOBATO 779,03 358,99 367,42 52,62 Parceria

Kobayashi CAÇAPAVA 130,32 99,29 23,91 7,12 Parceria

Santa Terezinha II CAÇAPAVA 149,13 102,74 30,11 16,28 Própria

São Lourenço CAÇAPAVA 245,01 176,26 55,28 13,47 Própria

São Sebastião do Rib Grande PINDAMONHANGABA 1.617,47 0,00 1.583,68 33,79 Própria

Baronesa PINDAMONHANGABA 1.626,76 719,34 834,50 72,92 Própria

Vagalume GUARAREMA 2,32 2,32 0,00 0,00 Própria

Vagalume JACAREÍ 270,82 133,86 107,61 29,35 Própria

Cobras JACAREÍ 188,44 78,24 68,65 41,55 Própria

Santa Rita IV GUARAREMA 466,03 110,70 332,92 22,41 Própria

Vitória JACAREÍ 87,56 50,92 30,44 6,20 Própria

Invernada Bugio PIRACAIA 653,92 298,01 320,17 35,74 Parceria

Nossa Senhora d´Ajuda CAÇAPAVA 359,73 274,23 63,49 22,01 Própria

Conceição I CAÇAPAVA 185,56 162,88 15,48 7,20 Própria

Conceição I TAUBATÉ 240,86 124,15 80,65 36,06 Própria

São Gabriel NATIVIDADE DA SERRA 254,57 0,00 247,75 6,82 Própria

Gaspar CAÇAPAVA 529,26 330,64 163,81 34,81 Própria

Gaspar TAUBATÉ 334,70 221,19 48,75 64,76 Própria

Nossa Senhora da Gloria CAÇAPAVA 635,95 227,38 366,39 42,18 Própria

Jambeiro PINDAMONHANGABA 263,71 183,87 60,73 19,11 Própria

São José I CAÇAPAVA 317,28 160,43 137,97 18,88 Própria

Quilombo TAUBATÉ 568,03 297,19 235,45 35,39 Parceria

Santa Cruz II NATIVIDADE DA SERRA 362,09 195,67 143,14 23,28 Própria

Modelo CAÇAPAVA 237,01 184,57 44,32 8,12 Própria

São Francisco II REDENÇÃO DA SERRA 128,62 80,97 42,06 5,59 Própria

Santa TAUBATÉ 455,94 212,72 223,82 19,40 Própria

São José II SÃO LUÍS DO PARAITINGA 824,11 537,11 233,32 53,68 Própria

Nossa Senhora de Lourdes SÃO LUÍS DO PARAITINGA 376,83 191,69 153,26 31,88 Arrendada

Rio Claro CAÇAPAVA 203,57 95,56 100,61 7,40 Própria

São José III SÃO LUÍS DO PARAITINGA 256,03 145,34 98,30 12,39 Própria

Luiza Miranda TAUBATÉ 221,56 129,68 72,59 19,29 Arrendada

Pinheiral NATIVIDADE DA SERRA 78,26 29,80 42,85 5,61 Arrendada

Una TAUBATÉ 493,37 211,09 256,71 25,57 Própria

Água Branca REDENÇÃO DA SERRA 104,27 66,52 29,34 8,41 Própria

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CF_MOD_21_04 Página 77 de 120

Beira Rio NATIVIDADE DA SERRA 472,25 156,64 287,25 28,36 Própria

Três Estrelas REDENÇÃO DA SERRA 239,52 162,71 56,77 20,04 Parceria

Três Marias PINDAMONHANGABA 350,85 204,51 118,67 27,67 Própria

Boa Esperança LORENA 454,72 205,79 227,14 21,79 Própria

Riacho Fundo CANAS 100,67 42,91 49,12 8,64 Própria

Riacho Fundo LORENA 27,03 23,80 2,55 0,68 Própria

Calipso SÃO LUÍS DO PARAITINGA 242,02 144,74 81,69 15,59 Própria

Santo Antonio IV CANAS 398,59 228,95 150,25 19,39 Própria

Serra do Mato Dentro CACHOEIRA PAULISTA 46,45 28,95 15,01 2,49 Própria

Pio X SÃO LUÍS DO PARAITINGA 140,21 85,38 41,90 12,93 Própria

Porto do Meira LORENA 340,35 203,91 113,51 22,93 Própria

Aliança PIQUETE 272,26 138,61 106,90 26,75 Própria

Santo Antonio V CACHOEIRA PAULISTA 155,21 104,64 32,73 17,84 Arrendada

Santa Lúcia GUARATINGUETÁ 223,60 145,95 61,87 15,78 Arrendada

Salto Goiabal QUELUZ 447,50 196,98 224,53 25,99 Parceria

Santa Lúcia II CACHOEIRA PAULISTA 93,74 59,75 30,35 3,64 Própria

Santo Antonio VI SÃO LUÍS DO PARAITINGA 74,83 42,65 29,58 2,60 Própria

Lago Azul LORENA 157,82 111,98 33,69 12,15 Própria

Cachoeira II AREIAS 168,82 109,33 48,57 10,92 Parceria

Conceição II AREIAS 231,91 130,91 81,07 19,93 Parceria

Conceição II SILVEIRAS 13,25 13,25 0,00 0,00 Parceria

Campo Novo AREIAS 134,30 65,49 36,97 31,84 Parceria

Santa Maria III AREIAS 54,84 38,81 13,90 2,13 Parceria

Salto CRUZEIRO 224,49 66,93 148,59 8,97 Parceria

Recreio LAVRINHAS 308,61 135,89 154,41 18,31 Parceria

Serrinha SANTA BRANCA 256,19 119,01 124,34 12,84 Própria

Jardim da Dinda JAMBEIRO 142,45 64,35 62,12 15,98 Parceria

Santa Elisa REDENÇÃO DA SERRA 333,54 215,19 93,18 25,17 Própria

Figueira CANAS 145,94 107,51 31,70 6,73 Própria

São Roque II QUELUZ 82,41 50,52 23,96 7,93 Parceria

Palmeiras II APARECIDA 233,49 122,49 90,73 20,27 Própria

Caieiras TAUBATÉ 287,54 120,98 150,07 16,49 Parceria

Chalé Azul LAVRINHAS 351,04 228,83 100,19 22,02 Parceria

Campo Alegre TREMEMBÉ 326,72 186,64 110,35 29,73 Própria

Tanque Verde TREMEMBÉ 231,29 143,77 70,49 17,03 Própria

Santa Maria IV AREIAS 128,37 71,75 51,48 5,14 Parceria

Vida Nova CUNHA 133,48 74,36 51,74 7,38 Própria

Santa Júlia I CRUZEIRO 83,01 49,20 27,29 6,52 Própria

Santa Júlia II CRUZEIRO 140,20 71,69 50,11 18,40 Arrendada

Banharão CUNHA 374,07 197,26 162,40 14,41 Própria

Várzea do Tanque CUNHA 281,91 176,80 87,04 18,07 Própria

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CF_MOD_21_04 Página 78 de 120

Sitio Velho CUNHA 157,95 109,53 40,20 8,22 Própria

São Benedito II CUNHA 44,09 29,58 12,25 2,26 Própria

Comprida CUNHA 315,97 187,46 109,26 19,25 Própria

Santa Edwiges GUARATINGUETÁ 1,28 1,28 0,00 0,00 Própria

Santa Edwiges LORENA 1.286,65 634,45 596,04 56,16 Própria

Santa Rita V APARECIDA 193,28 117,45 75,83 0,00 Própria

Santa Rita V GUARATINGUETÁ 739,06 242,09 470,37 26,60 Própria

São Benedito III NATIVIDADE DA SERRA 329,28 106,28 205,09 17,91 Parceria

Santa Cruz dos Coqueiros REDENÇÃO DA SERRA 458,88 217,40 197,53 43,95 Parceria

Independência RESENDE 258,19 158,99 80,46 18,74 Parceria

Monte Alegre RESENDE 561,50 342,81 166,29 52,40 Parceria

São Pedro III RESENDE 185,44 123,24 50,03 12,17 Parceria

Caximonan RESENDE 168,32 90,51 68,10 9,71 Parceria

Sitio Salão CUNHA 60,32 21,08 35,54 3,70 Própria

Nevada NATIVIDADE DA SERRA 162,96 63,30 92,33 7,33 Própria

Montanha GUARATINGUETÁ 146,35 71,59 66,81 7,95 Própria

Sertãozinho II SÃO LUÍS DO PARAITINGA 325,31 197,36 109,92 18,03 Própria

Vila Rica PINDAMONHANGABA 212,13 74,74 124,47 12,92 Parceria

Pinheirinho GUARATINGUETÁ 76,50 38,46 32,85 5,19 Própria

João da Silva APARECIDA 24,45 14,77 8,86 0,82 Própria

Novela GUARATINGUETÁ 105,64 62,99 39,32 3,33 Arrendada

Ribeirão do Meio GUARATINGUETÁ 74,04 38,63 30,63 4,78 Própria

Roque Mota CUNHA 44,09 27,11 14,06 2,92 Própria

Balaeiro CUNHA 105,04 64,97 30,93 9,14 Própria

Retorno JACAREÍ 60,77 32,51 24,86 3,40 Própria

Jardim SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 507,03 188,47 292,39 26,17 Parceria

Gonçalo GUARATINGUETÁ 268,48 96,07 123,64 48,77 Própria

Leopoldina GUARATINGUETÁ 57,73 34,22 21,38 2,13 Própria

Ponte RESENDE 392,66 142,68 199,22 50,76 Própria

São Sebastião SILVEIRAS 769,92 374,69 325,89 69,34 Própria

Santa Rita do Pinheiro GUARATINGUETÁ 77,75 8,71 68,66 0,38 Própria

Santa Matilde PINDAMONHANGABA 131,81 76,59 44,76 10,46 Própria

Varadouro JAMBEIRO 84,91 20,39 47,71 16,81 Parceria

Recreio do Pinheiro NATIVIDADE DA SERRA 115,73 58,59 50,27 6,87 Própria

Humaitá SILVEIRAS 193,53 95,74 85,38 12,41 Própria

Vale dos Sonhos REDENÇÃO DA SERRA 143,13 70,29 65,58 7,26 Própria

Reino ROSEIRA 641,42 267,30 304,58 69,54 Própria

Ponte Nova RESENDE 286,66 132,69 139,43 14,54 Própria

Santa Sé JACAREÍ 39,95 21,45 14,17 4,33 Própria

Soledade II RESENDE 394,07 145,19 236,02 12,86 Própria

Bonfim CAÇAPAVA 1.136,60 399,19 636,69 100,72 Parceria

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CF_MOD_21_04 Página 79 de 120

São Miguel NATIVIDADE DA SERRA 386,97 180,24 186,63 20,10 Própria

JR LAVRINHAS 325,92 161,54 151,97 12,41 Própria

Capuava CRUZEIRO 152,06 67,48 60,92 23,66 Parceria

São José do Tanque PINDAMONHANGABA 435,50 201,19 198,35 35,96 Própria

Rio Das Cobras IGARATÁ 381,26 208,17 152,88 20,21 Própria

Barro Branco IGARATÁ 49,34 26,99 20,29 2,06 Própria

Soledade/São Gonçalo RESENDE 247,49 131,78 105,37 10,34 Parceria

Jataí JAMBEIRO 140,74 54,89 78,12 7,73 Própria

Jataí PARAIBUNA 26,93 26,06 0,55 0,32 Própria

Guarujá LORENA 341,39 123,74 190,55 27,10 Própria

Urutay PARAIBUNA 153,05 88,83 54,90 9,32 Parceria

Ronco LORENA 88,74 36,40 44,07 8,27 Própria

Rodeio SÃO JOSÉ DO BARREIRO 115,03 50,60 58,69 5,74 Arrendada

Santa Clara III TAUBATÉ 162,25 91,44 63,78 7,03 Própria

São José VII TREMEMBÉ 237,44 79,19 148,97 9,28 Própria

Santo Antonio I GUARATINGUETÁ 229,38 77,53 130,56 21,29 Própria

Palmeira GUARATINGUETÁ 46,02 3,35 38,31 4,36 Própria

Chumbo Grosso GUARATINGUETÁ 137,71 69,71 63,24 4,76 Arrendada

Bom Jardim APARECIDA 39,92 28,72 8,44 2,76 Parceria

Sinhô JAMBEIRO 147,81 51,67 86,67 9,47 Parceria

São Benedito IV JACAREÍ 145,99 62,14 72,06 11,79 Parceria

Santa Martha RESENDE 41,55 23,06 16,61 1,88 Parceria

Passa Vinte CRUZEIRO 96,30 56,40 35,23 4,67 Parceria

Abraão JAMBEIRO 97,69 53,16 39,14 5,39 Arrendada

Sete Voltas TAUBATÉ 474,21 199,29 257,25 17,67 Própria

São José IX LORENA 181,02 92,37 80,09 8,56 Própria

Lampião JAMBEIRO 109,42 48,71 56,65 4,06 Parceria

Esperança GUARATINGUETÁ 116,83 40,38 70,36 6,09 Própria

Marambaia GUARATINGUETÁ 209,49 99,84 82,76 26,89 Parceria

Do Sertão TAUBATÉ 200,20 85,78 107,95 6,47 Arrendada

Mato Dentro CANAS 318,00 53,26 254,46 10,28 Arrendada

Mato Dentro LORENA 40,48 38,82 0,00 1,66 Arrendada

Boa Vista LORENA 138,69 57,97 76,85 3,87 Arrendada

Flor Branca GUARATINGUETÁ 221,69 111,12 87,82 22,75 Arrendada

Santa Terezinha IV GUARATINGUETÁ 278,84 131,78 135,32 11,74 Arrendada

Passa Vinte II CRUZEIRO 47,51 24,53 19,65 3,33 Arrendada

São José Boa Esperança NATIVIDADE DA SERRA 145,58 63,92 76,31 5,35 Arrendada

Cedro Taquaral RESENDE 309,45 45,88 252,68 10,89 Própria

Rio Branco CACHOEIRA PAULISTA 321,11 184,44 119,03 17,64 Arrendada

Itamirim JACAREÍ 112,39 52,22 53,55 6,62 Arrendada

Estiva CUNHA 158,26 93,91 55,65 8,70 Arrendada

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Santo Antonio VIII CACHOEIRA PAULISTA 245,63 151,93 76,17 17,53 Arrendada

Bela Vista CRUZEIRO 159,28 90,31 61,62 7,35 Arrendada

Americana II GUARATINGUETÁ 164,41 94,97 55,66 13,78 Arrendada

Santa Terezinha V JACAREÍ 195,92 99,02 87,05 9,85 Arrendada

Santa Terezinha VI JACAREÍ 66,22 38,58 22,90 4,74 Arrendada

São Benedito do Paraitinga CUNHA 38,02 23,78 11,19 3,05 Própria

TOTAL 157.198,26 84.572,74 62.309,24 10.316,28 -------- * Áreas com vegetação natural remanescente já estab elecida, destinada exclusivamente a conservação, ou áreas em processo de recuperação, áreas degradadas (jazidas, erosões, etc.) e outras áreas destinadas a conserv ação e que ainda dependem de ações para restauração e/ou recuperação ; ** Outras áreas: estradas, construções, cultivos ag rícolas etc.

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ANEXO II – Lista de partes interessadas consultadas Lista de funcionários do EMF

Nome Cargo/função Contato Tipo de participação Adilson Rodrigues da Silva

Operador de máquina florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Adriano Veiga Supervisor de operação silvicultura

Não disponibilizado. Entrevista.

Agnaldo Antonio Nunes Servente rural viveiro Capão Bonito

Não disponibilizado. Entrevista.

Aires Galhardo Diretor Executivo Florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Alcides Batista Ferreira Operador de máquina florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Alex dos Santos Vieira Operador de máquina florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Ana Luiza Reis Rosa da Silva

Sustentabilidade Jacareí

Não disponibilizado. Entrevista.

Andressa Nogueira dos Santos

Controle de processos previdenciários

Não disponibilizado. Entrevista.

Anísio Pereira Ramos Operador de forwarder

Não disponibilizado. Entrevista.

António Aparecido Borges Júnior

Supervisor de distrito florestal

Não disponibilizado. Entrevista e acompanhamento.

Antonio Carlos da Silva Carvalho

Supervisor operacional florestal

Não disponibilizado. Entrevista e acompanhamento.

Antonio Evandro Queiroz Operador de máquina florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Antonio Santino as Silva Mecânico Não disponibilizado. Entrevista. Assis Pereira Técnico em

segurança corporativa

Não disponibilizado. Entrevista.

Aurélio Mendes Aguiar

Especialista em genética e melhoramento

Não disponibilizado. Entrevista.

Benedito Elias Xavier Filho

Gerente de silvicultura

Não disponibilizado. Entrevista e acompanhamento.

Caio Eduardo Zanardo Gerente de planejamento e desenvolvimento florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Carlos Alberto da Costa Técnico de segurança do trabalho

Não disponibilizado. Entrevista.

Page 82: Relatorio CERFLOR_Fibria_SP RP

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Cecília Queiroz Técnica de enfermagem do trabalho

Não disponibilizado. Entrevista.

Celso Luiz Rodrigues

Operador de máquina florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Cesar Augusto Valencize Bonine

Gerente de assuntos regulatórios

Não disponibilizado. Entrevista.

Cesar Martins Andrade Coordenador inventário Florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Cirineu José de Carvalho Rosa

Analista de desenvolvimento operacional

Não disponibilizado. Entrevista.

Cleiton Jesus Coordenador de área florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Cristina Ortunio Assistente de comunicação

Não disponibilizado. Entrevista.

Cyane Frasão Castello Toledo

Analista de sistema de gestão

Não disponibilizado. Entrevista e acompanhamento.

Daiane Cardoso Queiroz Analista de desenvolvimento e capacitação

Não disponibilizado. Entrevista.

Dennis Bernardi Coordenador de cadastro e geoprocessamento

Não disponibilizado. Entrevista.

Dimas Donizete Patrocínio Coordenador de recursos de campo

Não disponibilizado. Entrevista.

Edson Leonel Ferreira Auxiliar de logística Não disponibilizado. Entrevista. Eduardo Campinhos Coordenador de

meio ambiente Não disponibilizado. Entrevista.

Eduardo Ribeiro da Cunha Supervisor de colheita

Não disponibilizado. Entrevista.

Elias Daniel Chagas Analista SIG Não disponibilizado. Entrevista. Emerson Santos Oliveira Operador de

máquina florestal Não disponibilizado. Entrevista.

Fabiana Bastos Passalacqua

Analista de licenciamento ambiental

Não disponibilizado. Entrevista.

Fabio Tedesco Supervisor de viveiro Capão Bonito

Não disponibilizado. Entrevista.

Fausto Rodrigues Alves de Camargo

Gerente de sustentabilidade

Não disponibilizado. Entrevista.

Flavia Tayama Coordenadora de sustentabilidade

11 99653 2626 Entrevista.

Glodoaldo Arantes Ramiro Coordenador de desenvolvimento operacional

Não disponibilizado. Entrevista.

Hélio Ivase Coordenador de patrimônio

Não disponibilizado. Entrevista.

Henrique Vecchi Gerente DHO Não disponibilizado. Entrevista. Israel Batista Gabriel Sustentabilidade

Capão Bonito Não disponibilizado. Entrevista.

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CF_MOD_21_04 Página 83 de 120

Jair Pereira Supervisor do distrito de Itapetininga

Não disponibilizado. Entrevista.

Janice de Almeida Jardim Técnica de segurança do trabalho

Não disponibilizado. Entrevista.

Jesus Rodrigues da Silva Técnico de silvicultura

Não disponibilizado. Entrevista e acompanhamento.

João Carlos Augusti Gerente de meio ambiente florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

João Ezequiel Operador de máquina florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

João Magela de Melos Especialista em estradas

Não disponibilizado. Entrevista e acompanhamento.

João Vitorino da Silva Supervisor de operação de madeira serrada

Não disponibilizado. Entrevista.

José Antonio Pereira Supervisor de colheita

Não disponibilizado. Entrevista e acompanhamento.

José Carlos da Rosa Jr. Supervisor de logística

Não disponibilizado. Entrevista.

José Eduardo Petrilli Mendes

Manejo florestal e recursos naturais

Não disponibilizado. Entrevista.

José Eugênio Pereira Ribeiro

Coordenador de colheita

Não disponibilizado. Entrevista.

Juliana de Oliveira Fernandes Viana

Pesquisadora de assuntos regulatórios e propriedade intelectual

Não disponibilizado. Entrevista.

Leandro Andreatta Barros Coordenador de sistemas de gestão integrada

12 2128 1485 Entrevista e acompanhamento.

Leandro Batili Técnico Florestal Não disponibilizado. Entrevista. Leonardo Novaes Coordenador de

logística Não disponibilizado. Entrevista.

Luciano Carlos Proença Operador de máquina florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Luciano Venâncio Supervisor de logística

Não disponibilizado. Entrevista.

Ludmila Garrossimo da Costa

Sustentabilidade Capão Bonito

Não disponibilizado. Entrevista.

Luis Fernando Fantti Coordenador de silvicultura e viveiro

Não disponibilizado. Entrevista.

Luiz Carlos Roque Operador de máquina

Não disponibilizado. Entrevista.

Manoel Pereira dos Santos

Supervisor de operação florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Mariah Juliana Pereira Vargas

Inventário Não disponibilizado. Entrevista.

Maureen Novaes S. Cordeiro

Especialista florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Murilo Campanelli Gerente de segurança corporativo

Não disponibilizado. Entrevista.

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Naiara Cristina de Carvalho

Consultora de gestão ambiental

Não disponibilizado. Entrevista e acompanhamento.

Nanci Contarini Coordenadora de comunicação

Não disponibilizado. Entrevista.

Natali Guimarães de Paula

Analista de operações florestais

Não disponibilizado. Entrevista.

Nelson Rosa de Oliveira Técnico de desenvolvimento florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Norberto Marcelino de Oliveira

Técnico em Segurança Corporativa

Não disponibilizado. Entrevista.

Onara Oliveira de Lima Coordenadora de Meio Ambiente

Não disponibilizado. Entrevista.

Paulo Ferreira Mendes

Supervisor de colheita (Módulo II)

Não disponibilizado. Entrevista.

Paulo Ricardo da Silva Rodrigues

Analista de meio ambiente

Não disponibilizado. Entrevista.

Paulo Roberto de Oliveira Servente rural viveiro Capão Bonito

Não disponibilizado. Entrevista.

Paulo Roberto Monteiro Supervisor de logística

Não disponibilizado. Entrevista.

Pedro Henrique dos Santos

Técnico de operação florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Rafaela Alves Migoto Auxiliar administrativo

Não disponibilizado. Entrevista.

Raphael Bortolazo Coordenador Não disponibilizado. Entrevista e acompanhamento.

Regiane Siqueira da Silva Alimentação DHO Não disponibilizado. Entrevista. Régis Francisco dos Santos

Operador de máquina

Não disponibilizado. Entrevista.

Rivaldo Lopes de Andrade Consultor de sistemas de gestão

[email protected]

Entrevista e acompanhamento.

Roberta Aparecida Tretel Auxiliar administrativa

Não disponibilizado. Entrevista.

Roberto Marcelino Mendes

Operador de máquina florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Roberto Ramos Gonçalves

Técnico de segurança do trabalho

Não disponibilizado. Entrevista.

Saturnina Conceição Medeiros dos Santos

Área florestal Não disponibilizado. Entrevista.

Vilmar Gonçalves da Silva Supervisor de operação florestal

Não disponibilizado. Entrevista.

Yasmin Paiva Rody Pesquisadora - centro de tecnologia

Não disponibilizado. Entrevista.

Lista de outros consultados

Nome Organização Contato Tipo de participação Ademir Sarttory de Almeida JFI Não disponibilizado. Entrevista.

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Adilson Xavier da Cruz João Venâncio Não disponibilizado. Entrevista. Adriano de Lima Awa-o-Owera Aldeia Tereguá da

Terra Indígena Araribá-Guarani

Não disponibilizado. Entrevista.

Adriano Silva Martins Consultoria Não disponibilizado. Entrevista. Adriano Teixeira da Costa Barbosa Inácio Não disponibilizado. Entrevista. Alexandre Evaldo Lohm Copemad –

Cooperativa madeireira de Capão Bonito

015 99179 5913 Entrevista

Alexandre Luiz do Nascimento JFI Não disponibilizado. Entrevista. Alexandre Oliveira de Castilho João Venâncio Não disponibilizado. Entrevista. Anderson Aparecido Salgado JFI Não disponibilizado. Entrevista. André Donizete Jacintho JFI Não disponibilizado. Entrevista. Antonio Aparecido de Oliveira Lima

Associação dos Produtores do Quilombo do Jaó

(15) 99664.8244 Entrevista.

Antonio Marcos de Camargo Engeseg Não disponibilizado. Entrevista. Aparecida Mendes Rota de transporte

da Fazenda Abraão - Jambeiro

Não disponibilizado. Entrevista.

Aparecido Rosa Rota de transporte da Fazenda Santa Teresa – Guararema

Não disponibilizado. Entrevista.

Ari Alves dos Santos Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Benedito Tadeu dos Santos Administração

Distrital de Catuçaba

Não disponibilizado. Entrevista.

Caíque Alvin Barbosa Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Carlos Alexandre de Souza Barbosa Inácio Não disponibilizado. Entrevista. Carmo Henrique Contini APICAB Não disponibilizado. Entrevista. Cesar Fernando de Paula Breda Transporte

e Serviço S/A Não disponibilizado. Entrevista.

Cláudio Batista de Campos Equilíbrio Não disponibilizado. Entrevista. Claudio Veloso Fazenda Santa

Rita V – Guaratinguetá

(12) 98129 6795; 3126 3017

[email protected]

Entrevista.

Claudionor Borges da Silva JFI Não disponibilizado. Entrevista. Cleone Gomes Torino JFI Não disponibilizado. Entrevista. Clésio Prates Nascimento Equilíbrio Não disponibilizado. Entrevista. Clovis Juvenal de Toledo Breda Transporte

e Serviço S/A Não disponibilizado. Entrevista.

Cristiane Aparecida de Paiva Bittencourt

Akarui [email protected]; (12) 3671 2337; 99182

4711

Entrevista.

Daniel Matias de Campos JFI Não disponibilizado. Entrevista. Danilo Cesar Brisola JFI Não disponibilizado. Entrevista. Danilo José Rodrigues da Silva

Munhoz Não disponibilizado. Entrevista.

Dirce Rosa Rota de transporte da Fazenda Santa Teresa – Guararema

Não disponibilizado. Entrevista.

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Eduardo Belinassi Breda Transporte e Serviço S/A

Não disponibilizado. Entrevista.

Elaine Cristina Pereira Rota de transporte da Fazenda do Banco – Santa Branca

Não disponibilizado. Entrevista.

Élcio Medeiros de Oliveira Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Elias da Mota PDRT – São Luis

do Paraitinga Não disponibilizado. Entrevista.

Erion Benedito Ferreira JFI Não disponibilizado. Entrevista. Fabiano Aparecido Ribeiro JFI Não disponibilizado. Entrevista. Fernanda Parque Estadual

da Serra do Mar pesm.santavirginia@fflorest

a.sp.gov.br Reunião na

comunidade. Fernando Oliveira Cardoso JFI Não disponibilizado. Entrevista. Flavio Teixeira de Oliveira JFI Não disponibilizado. Entrevista. Geni Morgado Distrito de

Catuçaba [email protected]

m Reunião na

comunidade. Geovani de Paula JFI Não disponibilizado. Entrevista. Gilbersan Marcelo Vidal Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Gilson Eduardo Kurtz de Carvalho Lopes

Rede Cidadã de Capão Bonito

Não disponibilizado. Entrevista.

Glória e Lucio Rota transporte Bairro Borba Gato - Pindamonhangaba

Não disponibilizado. Entrevista.

Heberson Vítor Caetano Santos

JFI Não disponibilizado. Entrevista.

Henrique José Ferreira Escola Municipal de Inhaíba

Não disponibilizado. Entrevista.

Hermírio José Silveira Breda Transporte e Serviço S/A

Não disponibilizado. Entrevista.

Isac de Oliveira Carvalho Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Ismael de Oliveira João Venâncio Não disponibilizado. Entrevista. Jamil Carlos de Lima Jr. JFI Não disponibilizado. Entrevista. Jerônimo Bratti Netto JFI Não disponibilizado. Entrevista. Jesus Nazareno de Moura TMW Não disponibilizado. Entrevista. João Comunidade de

Catuçaba [email protected] Reunião na

comunidade. João e Maria Comunidade de

Catuçaba [email protected]

om.br Reunião na

comunidade. João Gomes Ferreira Emflora Não disponibilizado. Entrevista. João Paulo de Souza Inácio Emflora Não disponibilizado. Entrevista. João Paulo Villani

Núcleo Santa Virgínia – Parque Estadual da Serra do Mar

011 95651.9566 Entrevista.

João Pereira de Almeida JFI Não disponibilizado. Entrevista. João Roberto Galvão JFI Não disponibilizado. Entrevista. Joaquim Consultoria Não disponibilizado. Entrevista. Joel Caetano de Souza JFI Não disponibilizado. Entrevista. Joel Rodrigues de Almeida Munhoz Não disponibilizado. Entrevista. Jorge Batista JFI Não disponibilizado. Entrevista. José Benedito dos Santos Emflora Não disponibilizado. Entrevista. José Bonifácio de Barros Filho JFI Não disponibilizado. Entrevista.

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José Camilo Emflora Não disponibilizado. Entrevista. José Carlos Correa

Fazenda Sete Cachoeiras

011 99609 0509 Entrevista.

José Carlos Monteiro de Campos

Câmara dos Vereadores de Catuçaba

Não disponibilizado. Entrevista.

José Carlos Vaz João Venâncio Não disponibilizado. Entrevista. José Correa dos Santos JFI Não disponibilizado. Entrevista. José Costa dos Santos Barbosa Inácio Não disponibilizado. Entrevista. José dos Reis Américo Emflora Não disponibilizado. Entrevista. José Elmar dos Santos JFI Não disponibilizado. Entrevista. José Francisco Alves do Carmo

Emflora Não disponibilizado. Entrevista.

José Francisco da Silva Emflora Não disponibilizado. Entrevista. José Moreira Rota de transporte

da Fazenda Abraão - Jambeiro

Não disponibilizado. Entrevista.

José Vicente Barreto Emflora Não disponibilizado. Entrevista. José Vitória de Arruda Barbosa Inácio Não disponibilizado. Entrevista. José Wilson Machado Rota de transporte

da Fazenda Abraão - Jambeiro

Não disponibilizado. Entrevista.

Juarez Vitor de Lima Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Juliana Farinaci Comunidade de

Catuçaba [email protected] Reunião na

comunidade. Laércio Batista Albertino JFI Não disponibilizado. Entrevista. Leandro Daniel Figueira Rota de transporte

da Fazenda do Banco – Santa Branca

Não disponibilizado. Entrevista.

Leandro Júnior da Rosa JFI Não disponibilizado. Entrevista. Lucas Peranovichi Akarui [email protected] Entrevista. Luciano Aparecido Rosa JFI Não disponibilizado. Entrevista. Luciano Felipe Rosa Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Luiz Antonio de Oliveira Breda Transporte

e Serviço S/A Não disponibilizado. Entrevista.

Luiz Antonio Silva Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Luiz Rodrigues Muniz Rota de transporte

Santa Cruz - Jambeiro

Não disponibilizado. Entrevista.

Maicon Alex Ferreira TMW Não disponibilizado. Entrevista. Marcelo Amaral Breda Transporte

e Serviço S/A Não disponibilizado. Entrevista.

Marcelo Bras Breda Transporte e Serviço S/A

Não disponibilizado. Entrevista.

Marcelo de Oliveira Breda Transporte e Serviço S/A

Não disponibilizado. Entrevista.

Marcelo Toledo Câmara dos Vereadores – São Luiz do Paraitinga

[email protected]; [email protected]

Entrevista.

Maria José Rota de transporte Santa Cruz - Jambeiro

Não disponibilizado. Entrevista.

Marino Aparecido Schimidt Munhoz Não disponibilizado. Entrevista.

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Maurício da Silva Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Maurílio Célio da Silva Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Michel Guimarães Pedro Equilíbrio Não disponibilizado. Entrevista. Moisés Santos Souza Rota de transporte

da Fazenda do Banco – Santa Branca

Não disponibilizado. Entrevista.

Moreno Overá Comunidade de Catuçaba

[email protected]

Reunião na comunidade.

Nelson Homem de Oliveira STR Capão Bonito Não disponibilizado. Entrevista. Nelson Medeiros da Costa Breda Transporte

e Serviço S/A Não disponibilizado. Entrevista.

Odair Henrique de Oliveira TMW Não disponibilizado. Entrevista. Osmar Magalhães Breda Transporte

e Serviço S/A Não disponibilizado. Entrevista.

Paulo Morais Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Paulo Roberto Soares Alves Munhoz Não disponibilizado. Entrevista. Reginaldo Assis Rota de transporte

Fazenda Abraão - Jambeiro

Não disponibilizado. Entrevista.

Reginaldo Donizete Santos Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Ricardo Consultor Não disponibilizado. Entrevista. Ricardo Luiz Vieira JFI Não disponibilizado. Entrevista. Rivaldo Martins JFI Não disponibilizado. Entrevista. Robson Pedro Correa Comunidade de

Inhaíba 015 99602.7496 Entrevista.

Rogedeon Comunidade de Catuçaba

[email protected] Reunião na comunidade.

Rogério Alves AGAOR Guapiara Não disponibilizado. Entrevista. Romário José Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Ronaldo José da Costa Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Roque Tadeu de Almeida JFI Não disponibilizado. Entrevista. Saturnino Amaral JFI Não disponibilizado. Entrevista. Sebastião Vitorino Coelho Neto

STR de São José dos Campos

Não disponibilizado. Entrevista.

Sergio Dias da Cruz TMW Não disponibilizado. Entrevista. Sidnei Antonio Dias Breda Transporte

e Serviço S/A Não disponibilizado. Entrevista.

Sidney de Camargo Almeida JFI Não disponibilizado. Entrevista. Sílvio Aparecido dos Santos JFI Não disponibilizado. Entrevista. Simone Comunidade de

Catuçaba Simonemaria.santos@yaho

o.com.br Reunião na

comunidade. Sissa Comunidade de

Catuçaba mariasilviacarvalhal@yahoo

.com.br Reunião na

comunidade. Sonivaldo Oliveira Martins JFI Não disponibilizado. Entrevista. Tiago da Silva Santos Emflora Não disponibilizado. Entrevista. Ton Comunidade de

Catuçaba [email protected] Reunião na

comunidade. Valdir Lemes da Silva JFI Não disponibilizado. Entrevista. Valdir Rodrigues de Moura PDRT – São Luis

do Paraitinga Não disponibilizado. Entrevista.

Vanderley Antonio do Nascimento

Benfica Não disponibilizado. Entrevista.

Vicente Sávio de Paula Emflora Não disponibilizado. Entrevista.

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Vicentina e Benedito Moura Rota transporte Bairro Borba Gato - Pindamonhangaba

Não disponibilizado. Entrevista.

Wagner Giron de la Torre Defensoría Pública do Estado

[email protected]

Entrevista.

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ANEXO III – Conformidade aos padrões de manejo flor estal A tabela a seguir demonstra a conformidade ou não com o padrão de manejo florestal usado para a auditoria, conforme exigência da ABNT NBR 14789:2012.

P & C Conformidade: Sim, Não

Descrição do Atendimento dos requisitos da Norma (incluir os elementos organizacionais que foram avaliados)

NCR/OBS (#)

Princípio 1 – Cumprimento da legislação

1.1 Sim. Critério atendido. OBS #01 e 02/15

a) Sim.

O empreendimento faz a gestão do conhecimento de legislações aplicáveis por meio do Sistema Ius Natura, que permite o acompanhamento online de diplomas referentes às legislações Federal, Estadual e Municipal. Foi amostrada a disponibilidade de diferentes leis municipais, incluindo as leis municipais 1.422/2005 de Cachoeira Paulista, 1.165/05 de Santa Branca e os Decretos 3607/00 – CITES, 2519/98 – CDB, 5051/04 – OIT 169 e 6481/08 – OIT 182. O empreendimento mantém uma planilha de identificação de Unidades de Conservação para o Estado de São Paulo, relacionando as propriedades presentes em áreas de conservação ou em suas zonas de influência. Foram identificadas 54 propriedades em APAs e 6 propriedades em outras UC, evidenciando-se o levantamento dos respectivos planos de manejo com potencial de afetar o manejo dessas propriedades. Embora exista uma análise de aplicabilidade de acordos e convenções internacionais aplicáveis no Brasil, incluindo as convenções da OIT, evidenciou-se que alguns decretos legislativos que legalizam os acordos no Brasil não se encontravam disponíveis no sistema adotado pela empresa para atualização e acompanhamento de legislações, aplicando-se a OBS #01/15.

OBS #01/15

b) Sim.

Entrevistas e consultas por telefone e e-mail com representantes evidenciaram que os órgãos ambientais estaduais competentes não demandam o licenciamento ambiental de plantações de eucalipto e não existem procedimentos para tanto. Em alguns casos, atividades de cultivo de eucalipto foram suspensas até a execução de um EIA-RIMA. Nestes casos, a empresa vem obedecendo as restrições judiciais enquanto discute as ações judiciais. Os processos e prazos legais de licença de atividades específicas são controlados pelo sistema SIGLA (Sistema

OBS #02/15

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de Gerenciamento de Licenças Ambientais). São licenciadas diferentes atividades específicas, entre as quais foram amostradas as seguintes: Santa Cruz I (Redenção da Serra): retirada de eucalipto de APP, antigo e comercial – Processo #03/10095/14 –13/05/2015); Nossa Senhora de Lourdes II (Pindamonhangaba): construção de ponte com retirada de árvores nativas isoladas (Processo #03/10350/15) – 20/03/2015; São Benedito IV (Jacareí): limpeza de estradas existentes em APP (Processo #57/10260/15 – 14/04/2015); e Água Branca (Redenção da Serra): autorização de supressão de sub-bosque para retirada de eucalipto dentro e fora de APP (Proc. 03/10299/15 – 07/04/2015). Foram evidenciadas ações civis públicas interpostas pela Defensoria Pública – Regional de Taubaté, ou pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. As questões específicas apontadas nas ações e inquéritos existentes, em especial interpostas pelo MP e pela Defensoria Pública, foram analisadas pela certificadora, tratam de diversos temas aqui apresentados e se encontram em geral em andamento junto às esferas competentes, sem definições judiciais finais transitadas em julgado. Foram evidenciados adicionalmente: - Inquéritos civis públicos em andamento sobre temas correlatos, sem a interposição, até o momento da avaliação, das respectivas ações civis públicas, bem como da ação judicial indenizatória descrita nos comentários; - Processos administrativos, autos de infração e TACs sobre diversos temas ambientais, em trâmite normal nas competentes esferas administrativas; - Leis municipais de restrições ao plantio do eucalipto, em diferentes situações de vigência a aplicabilidade. Todas as leis vêm sendo monitoradas pela empresa e as aplicáveis vêm sendo obedecidas; - Ações trabalhistas sobre assuntos diversos, dentro da normalidade considerando-se as dimensões da empresa; Todas as informações foram disponibilizadas pelo empreendimento à certificadora, ou obtidas por meio de certidões e informações coletadas em entrevistas diretas com partes interessadas. O empreendimento implementou a metodologia legal de definição de APPs de topos de morro de acordo com o novo Código Florestal e vem executando sua identificação por georreferenciamento de forma simultânea ao seu plano anual de colheita. Após um levantamento em 54% da área total da UMF, foram identificadas seis áreas

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totalizando 22,87 ha caracterizados como APPs de topos de morro. Essas áreas serão reformadas, caracterizando-se como áreas consolidadas conforme o novo código florestal. As áreas de topos de morro identificadas até aqui foram apontadas nos respectivos CARs pelo setor de patrimônio. Não foi evidenciado, no entanto, um procedimento ou instrução formal definindo a comunicação entre os responsáveis dos setores de geoprocessamento e patrimônio, de forma a garantir a inclusão das áreas identificadas no CAR antes do início das operações de colheita florestal, aplicando-se a OBS #02/15. A existência de plantios de eucalipto nas demais situações de APPs foi identificada e tratada. Durante esta avaliação, situações semelhantes foram constatadas no campo. Trata-se de antigos plantios comerciais, efetuados segundo a legislação vigente à época, ou frutos de erros operacionais das equipes de plantio, ou de ausência de precisão nas técnicas de mapeamento, totalizando aproximadamente 3.600 hectares. A retirada do eucalipto dessas áreas para posterior recuperação (quando necessária) depende da autorização da CETESB/CBRN, o que vem dificultando a adequação proposta pelo empreendimento, vinculada ao plano anual de colheita. Mais recentemente, o empreendimento passou a obter com maior agilidade as referidas autorizações para remoção de eucaliptos em APPs por meio de solicitações de retirada segundo a Resolução SMA 32/2014. Não foram identificadas não conformidades sobre o tema. Antes da entrada em vigor do novo Código Florestal o empreendimento vinha regularizando a situação de averbação de reservas legais de suas áreas, em conformidade com a legislação vigente e obedecendo a um cronograma específico. Segundo o novo Código, o registro de reservas legais no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro de Imóveis. O empreendimento apresentou informações de registro de aproximadamente 92% de suas áreas junto ao CAR. Não foram identificadas não conformidades sobre o tema. As outorgas d’água são solicitadas mediante demanda anual de outorgas efetuada pelos coordenadores das áreas, considerando pontos estratégicos de captação de água, para todas as operações. Não são utilizadas cascalheiras próprias. O EMF adquire material de cascalheiras de terceiros, controlando a validade dos respectivos licenciamentos. Foram examinados os documentos referentes ao funcionamento do viveiro de

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produção de mudas, incluindo o registro junto ao RENASEM. Foram evidenciados procedimentos e monitoramentos para o controle do peso dos caminhões de transporte de madeira (PO.03.05.051).

1.2 Sim. Critério atendido. N/A.

a) N/A. Não foram identificadas comunidades locais ou tradicionais detentoras de direitos de posse ou uso legal ou costumário nas áreas da unidade de manejo florestal.

N/A.

b) Sim.

A organização apresentou os mapas que localizam as comunidades afetadas na regional de Capão Bonito e regional do Vale. A caracterização destas comunidades é feita nos Relatórios de Diálogo Operacional em que o responsável caracteriza a comunidade que está sendo visitada para iniciar o diálogo. Não foram identificadas não conformidades com relação ao respeito aos limites definidos.

N/A.

c) Sim.

As áreas da UMF possuem os devidos registros em cartórios de registros de imóveis da região. As áreas que integram o escopo de certificação da UMF são compostas por áreas próprias (36,2%), parcerias rurais (40,7%) e arrendamentos (37,9%). Em termos de áreas próprias foram evidenciadas 398 matrículas, com 62.203 hectares documentais. Desse total, foi evidenciado um único documento de posse, totalizando 121 hectares, cadastrado no INCRA e registrado em Cartório de Títulos e Documentos. Em 15 de novembro de 2013, o empreendimento certificado assinou um contrato vinculante com Parkia Participações S.A., para a alienação de terras localizadas nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo, perfazendo um total de aproximadamente 210.000 (duzentos e dez mil) hectares. A Fibria também assinou contratos de parceria rural/florestal com a mesma empresa, com prazo de até 24 (vinte e quatro) anos, durante o qual o EMF continuará a operar suas florestas nas áreas objeto do negócio. O contrato da Parkia na região de São Paulo representa 25.289 hectares, ou 16% da área total certificada. Essas áreas, incluídas no escopo de certificação florestal CERFLOR, são identificadas no cadastro como áreas de parceria. Durante a recertificação foram examinados de forma amostral os seguintes documentos comprobatórios da propriedade ou posse da terra: - Matrículas próprias: 12.328 e 18.506 de Pindamonhangaba; 2.565 e 702 em São Luiz do

N/A.

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Paraitinga; 2.596 em Sorocaba; 17.527 e 13.821 em Cruzilha; 56.398 1C e 56.359 em Itapetininga; e 514 em Resende. - Arrendamentos (matrículas e contratos): registro de posse da Fazenda F147, em Santa Branca; 1.187 em Capão Bonito; e 14.027 em Jambeiro. - Parcerias rurais (matrícula e contrato): 1.538 em Itapeva; 8.663 em Itaí; 27.790 em Guaratinguetá; 20.148 em Lorena; e 6.804 em Redenção da Serra.

d) Sim.

A organização apresentou o Manual de Gestão de Relacionamento (MA.20.01.001) que no seu item 4.7, págs.19/35 contém o procedimento documentado para resolução de conflitos de direitos de uso da terra. O documento foi analisado e prevê os passos necessários em caso de conflitos sobre direitos de posse e uso. Ficou evidenciada a ausência de disputas relativas aos direitos de posse e uso da terra, portanto não há necessidade de demonstração de evidências de encaminhamento de resolução de conflitos.

N/A.

e) Sim.

Por intermédio das entrevistas e consultas às partes interessadas fica evidenciado que as áreas florestais das regionais de Capão Bonito e do Vale possuem como vizinhos comunidades rurais que praticam agricultura e criação de animais em suas próprias áreas bem delimitadas. Não foram evidenciadas reivindicações de acesso para fins recreativos nas áreas florestais do escopo da certificação.

N/A.

1.3. Não. Não conformidade Maior aplicada no indicador 1.3.e. NCR Maior #01/15 e OBS #03/15

a) Sim.

O pagamento tempestivo de recolhimentos previdenciários foi evidenciado por meio do exame de certidões negativas de débitos junto à esfera federal que incluem recolhimentos previdenciários. Foram solicitadas, adicionalmente e de forma amostral, certidões negativas de débitos fiscais de prestadoras de serviços do EMF. Especificamente com relação à área previdenciária, foi analisada uma amostragem de contracheques de trabalhadores próprios e terceiros e guias de recolhimento do INSS. Verificou-se que os pagamentos se encontram em dia.

N/A.

b) Sim.

Por intermédio da análise de uma amostragem de contratos de trabalho, contracheques, comprovantes de obrigações previdenciárias, acordos coletivos de trabalho e entrevistas com uma amostragem de trabalhadores, fica

OBS #03/15

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evidenciado que o empreendimento está em conformidade com a legislação trabalhista. As evidências por entrevistas demonstram que os trabalhadores se relacionam com seus sindicatos e negociam os termos dos contratos. Não há evidência de trabalho infantil nem de discriminação racial, de sexo ou religião. Foi verificada uma situação pontual, em uma frente de trabalho, de falta de fornecimento de água sobressalente aos funcionários, aplicando-se a OBS #03/15.

c) Sim.

O pagamento tempestivo de tributos em geral foi evidenciado por meio do exame de certidões negativas de débitos das diferentes esferas de governo com competências tributárias. Foram solicitadas, adicionalmente e de forma amostral, certidões negativas de débitos fiscais de prestadoras de serviços do EMF. Especificamente com relação à área trabalhista foi analisada uma amostragem de contratos de trabalho e contracheques de trabalhadores próprios e terceiros. Verificou-se que os pagamentos estão em dia e os acordos são respeitados.

N/A.

d) Sim.

O sistema de controle das obrigações trabalhistas é efetivado através de uma plataforma na rede mundial de computadores denominada Portal dos Fornecedores. Através deste portal o empreendimento acompanha o cumprimento das cláusulas de acordos coletivos e convenções das empresas prestadoras de serviço em um processo que se denomina Controle de Obrigações Acessórias (COA). O monitoramento de cumprimento das obrigações e do atendimento da legislação de saúde e segurança pelas empresas prestadoras de serviço é feito também pelo departamento de Higiene, Saúde e Medicina do Trabalho. Foram analisadas as listas de verificação das várias auditorias que verificam os itens legais nos prestadores de serviço.

N/A.

e) Não.

Por intermédio de entrevistas com o responsável corporativo e os técnicos de segurança que operam o sistema de gestão de saúde, segurança e meio ambiente e da análise dos documentos deste sistema (PPRA, PCMSO e outros procedimentos específicos) concluiu-se o programa está ativo e é bastante robusto. Processos como análise de perigos e riscos para todas as atividades são executados e os seus resultados compilados foram demonstrados; um elemento chave é a atitude preventiva que se traduz em procedimentos como a ORT, Observação de Risco no Trabalho, através da qual todos

NCR Maior #01/15

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os trabalhadores observam seus colegas e emitem alertas em caso de identificar risco comportamental de qualquer natureza, inclusive ergonômico. Os trabalhadores terceirizados também são orientados pelo sistema para executar tais ORTs. O sistema de gestão da saúde, de segurança e meio ambiente se estrutura em um Comitê Gerencial e da Segurança e Comitês específicos como o Comitê de Segurança Logística (Documento “Ata 60ª Reunião do Comitê de Logística de 27/11/2014”), o Comitê de Segurança na Silvicultura (“Ata de reunião Comitê de Silvicultura de 15/05/2015”) e o Comitê de Segurança na Colheita (“Ata de reunião Comitê SST Colheita de 19/11/2014”). Das reuniões destes Comitês participam representantes dos terceiros, conforme evidenciam as atas. Há dois grandes programas, o “Floresta Segura” e o “Estrada Segura”. O programa Floresta Segura possui um manual (documento “Consolidação 2015”) As ações do Comitê de Segurança são programadas anualmente (documento “AÇÕES Comitê Colheita”). Foram evidenciadas frentes de trabalho sem garantia de condições ambientais apropriadas para a segurança dos trabalhadores no desempenho de suas atividades, demonstrando falha na implementação do programa de gestão de segurança e saúde do trabalho. Em uma frente de roçada pré-corte foi evidenciado o corte dos caules em bisel, o que representa situação insegura para os trabalhadores que executavam a operação em caso de quedas. Evidenciou-se também uma frente de colheita manual com uso de motosserra em que não estava sendo respeitada a distância mínima de segurança entre os operadores, aplicando-se o NCR Maior #01/15 .

Princípio 2 – Racionalidade no uso dos recursos flo restais a curto, médio e longo prazos, em busca da sua sustentabilidade

2.1 Sim. Critério atendido. N/A.

a) Sim.

Evidenciou-se que o empreendimento identificou e avaliou os aspectos e impactos ambientais relacionados às suas operações de manejo florestal. As informações que devem ser coletadas e os impactos avaliados estão descritos no procedimento PO.12.13.005 que tem como objetivo definir o modelo para identificação e avaliação de aspectos e impactos ambientais dos produtos, atividades e serviços das unidades florestais. A LT.12.13.010 (Aspectos e Impactos Significativos) relaciona as medidas mitigadoras e de controle para eventuais impactos causados pelas atividades de manejo florestal.

N/A.

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Diversos monitoramentos relacionados a potenciais impactos ambientais são realizados pelo empreendimento, evidenciados pelos seguintes documentos: a) apresentação “Monitoramento Hídrico 1”, em que se demonstra como foram definidos os critérios para escolha das quatro fazendas onde são realizados os monitoramentos. As avaliações realizadas após as operações de silvicultura e colheita demonstraram não haver impactos negativos aos recursos hídricos; b) PO.12.00.002 (Monitoramentos e Plano de monitoramentos de recursos hídricos – Rede); c) citação no plano de manejo de levantamento de espécies raras, em extinção, ou em perigo, relacionadas nas tabelas 24 e 25; e d) tabela 22 relacionando trabalhos de pesquisas ambientais.

b) Sim.

As áreas de manejo florestal são formadas predominantemente por híbridos de eucalipto obtidos a partir do cruzamento entre as espécies Eucalyptus grandis e Eucalyptus urophylla. Estas espécies e seus híbridos foram selecionados por melhor se adaptar às condições de clima e solo, o que resulta em uma das maiores produtividades florestais sustentáveis do mundo e consequentemente em menores custos de produção de madeira. As espécies utilizadas possuem também qualidade da madeira adequada à polpação, destacando-se características como densidade básica, teor de celulose e morfologia de fibras. Esta combinação de adaptação à diversidade de condições ambientais brasileiras e adequação às exigências para a produção de celulose com qualidade, complementada pela possibilidade de propagação vegetativa (clonagem) historicamente justificou a utilização do eucalipto para este fim.

N/A.

c) Sim.

No sistema mecanizado, utilizado quando possível devido às condições topográficas, os equipamentos empregados são adequados para a colheita e não degradam a madeira. Em áreas em que a declividade local é um fator limitante para utilização de máquinas o empreendimento utiliza a derrubada manual com motosserra. Neste caso não há como evitar algumas quebras das árvores no momento de queda, por ser mais difícil o controle direcional de queda e também por ocorrer queda livre das mesmas. Em visita a esta atividade no campo foi evidenciado não haver quebra demasiada de madeira, na Fazenda Barra Bonita (colheita manual e mecanizada). Os sistemas mecanizados e equipamentos adotados pelo empreendimento são adequados para a colheita. As

N/A.

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cascas e galhadas são dispostas no solo de forma a evitar danos à brotação em caso de condução. No sistema de produção de cavaco os resíduos gerados são distribuídos internamente no interior do talhão aproveitando-se a viagem de retorno do equipamento para dentro do talhão.

d) Sim.

O empreendimento apresentou a lista de procedimentos de que se utiliza para a execução das atividades de manejo florestal. Como evidenciado nas visitas de campo as frentes de trabalho contavam com os procedimentos disponíveis para consulta. MA.12.13.001 - Plano de Manejo - descreve as práticas do manejo florestal; PO.01.01.001 - Elaboração e Controle de Documentos do Sistema de Gestão; PO.12.01.001 - Operação Viveiro; PO.12.15.002 - Planejamento Operacional - Silvicultura SP/MS; PO.12.02.001 - Processo de Implantação Florestal; PO.12.02.003 - Processo de Combate a Formiga; PM.27.04.001 - Avaliação de Máquinas e Implementos; PM.27.04.002 - Avaliação de Plantio; PM.27.04.003 - Avaliação de Preparo de Solo; PM.27.04.004 - Avaliação de Adubação; PM.27.04.005 - Avaliação de Pulverização; PM.27.04.006 - Avaliação de Aplicação de Isca Formicida Manual e Mecanizada; PM.27.04.007 - Avaliação de Brotação; PM.27.04.008 - Avaliação de Resíduos na Madeira; PM.27.04.009 - Avaliação dos Parâmetros de Corte; PO.12.15.004 - Planejamento Anual de Silvicultura – PAS; PO.12.15.005 - Planejamento Anual de Transporte – PAT; PO.12.15.011 - Planejamento Anual de Estradas – PAE; PO.27.01.002 - Monitoramento de Solos; PO.12.07.003 - Troca de Óleo e Filtros; PO.12.07.004 - Lavagem de Máquinas; PO.12.09.001 - Construção e Manutenção de Estradas; PO.12.13.009 - Planejamento Socioambiental; PO.12.00.007 - Requisitos Legais Aplicáveis e Outros; PO.12.00.001 - Gerenciamento de Resíduos Sólidos; PO.12.13.005 - aspectos e Impactos Ambientais; PO.12.00.002 - Monitoramentos Ambientais PO.12.00.033 - Plano de Monitoramento Florestal SP; MA.20.01.001 - Manual de Gestão de Relacionamento; PO.20.01.004 - Comissão de Relacionamento Local.

N/A.

e) Sim. As cascas e galhadas são dispostas no solo de forma a evitar danos à brotação em caso de condução. No sistema

N/A.

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de produção de cavacos os resíduos gerados são distribuídos internamente no interior do talhão aproveitando-se a viagem de retorno do equipamento para dentro do talhão.

f) Sim.

Os principais responsáveis pela elaboração e execução do plano de manejo estão relacionados abaixo: Diretor Executivo Florestal – Aires Galhardo; Gerente de Segurança Corporativa – José Antonio V. Neto; Gerente Meio Ambiente Florestal – João Carlos Augusti; Gerente Florestal SP/MS/RS – Cláudia C. G. S.; Gerente Silvicultura e Fomento SP – Mário H. F. Grassi; Gerente de Colheita e Manutenção Florestal – Luiz Sérgio C. Filho; Gerente de Logística Florestal SP/MS/RS – Marcos Aurélio Barbosa.

N/A.

2.2 Sim. Critério atendido. N/A.

a) Sim.

O plano de manejo do empreendimento define em seus documentos: - Item 2 - Localização de escopo de certificação e áreas fora de escopo de certificação; item 3 - Caracterização da região: descreve os recursos florestais a serem manejados, uso das terras, situação legal e condições socioeconômicas das áreas adjacentes. - Item 5 - Processos Florestais: descreve o sistema de manejo utilizado pelo empreendimento. - Item 5.6 - Planejamento Florestal, e tabelas de 15 a 18 demonstram a taxa de colheita de produtos florestais madeireiros e o programa de reposição através de condução de brotação ou reforma de talhões. Produtos não madeireiros estão especificados em questões e programas sociais apresentando a produção de mel em suas áreas. - Item Meio Ambiente: o empreendimento destaca as ações que realiza com o intuito de identificação, proteção de espécies existentes em seus remanescentes florestais. Programas de restauração de áreas degradadas, monitoramentos específicos com objetivo de avaliar a recuperação de áreas preservadas, são descritos em seus variados subitens relacionados ao tema meio ambiente. - Mapas: estão disponibilizados digitalmente com os devidos detalhes identificando áreas de preservação, local de empilhamento de madeira nos microplanejamentos, áreas em restauração, localização de comunidades, recursos hídricos, fazendas e acessos. - Item 13 - Sustentabilidade: define as ações de caráter

N/A.

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preventivo, levantamentos visando minimizar ou evitar os impactos sociais, especificamente no Item 13.6 - Gestão de Impactos Sociais. Item 12 - Meio Ambiente: descreve as ações planejadas com relação à ocorrência dos impactos ambientais potenciais, e relaciona no item 12.6 os monitoramentos ambientais. - Item 6 - Inventário Florestal do plano de manejo: o empreendimento descreve os sistemas de inventário utilizados – o de avaliação de qualidade de plantio; o inventário com parcelas permanentes e o pré-corte. - O empreendimento apresentou o documento “Plano de Monitoramento SP”, no qual descreve os monitoramentos programados, os indicadores, a frequência com que são realizados e o setor responsável pela realização dos monitoramentos. Em seu plano cita resultados de alguns monitoramentos nas áreas sociais e ambientais. - As comunidades afetadas pelo manejo do empreendimento estão devidamente localizadas em mapas e identificadas. Todos os mapas estão disponíveis em arquivos digitais para consulta. - As áreas de relevante interesse ecológico estão devidamente identificadas em mapas digitais disponíveis para consulta.

b) Sim.

O plano de manejo e cada um dos procedimentos apresentam as informações de seus elaboradores e aprovadores. O plano de manejo foi elaborado pela funcionária Naiara Cristina de Carvalho e aprovado por Caio Eduardo Zanardo, profissionais legalmente habilitados.

N/A.

c) Sim. Anualmente é realizada a revisão do plano de manejo conforme descrição no item 1.3 do plano de manejo - Controle de documentação.

N/A.

d) Sim.

O empreendimento apresentou resultados de monitoramentos sociais nas tabelas 31,32, 33 e áreas queimadas nas tabelas 40 e 41 do plano de manejo. As tabelas 15 a 18 apresentaram dados de fornecimento de madeira e o programa de condução de brotação/reforma e a tabela 20 apresentou a taxa anual de colheita.

N/A.

e) Sim. Evidenciou-se que o resumo do plano de manejo de 2015 está finalizado e aprovado pela certificadora.

N/A.

f) Sim.

O departamento de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho (HSMT) demonstrou que um programa de treinamento está ativo. Por intermédio de entrevistas com os responsáveis pelo departamento e técnicos de segurança verificou-se que o programa de treinamento

N/A.

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abrange todas as funções operacionais (plantio, operação de máquinas, etc.), incluindo uso de EPIs e eventos de reciclagem. A planilha em Excel denominada “Treinamentos 2015” comprova a programação. As entrevistas com responsáveis das empresas prestadoras de serviço e funcionários em campo evidenciam os esforços de treinamento em segurança e saúde contínuos. Trabalhadores próprios e de empresas prestadoras de serviço demonstraram ter conhecimento de sua responsabilidade quanto ao cumprimento do plano de manejo e procedimentos relacionados, bem como aos cuidados ambientais, segundo evidências obtidas nas entrevistas nas frentes de trabalho, nas conversas com operadores de máquinas de colheita, operadores de motosserra e trabalhadores na operação capina química. O empreendimento apresentou através do HSMT a planilha digital e outros documentos em que estão registrados os treinamentos realizados de 2012 a meados de 2015, executados pelo EMF e pelos prestadores de serviços florestais.

g) Sim.

O empreendimento mantém programas de saúde médico e campanhas de saúde que incluem familiares. Por intermédio de entrevista com profissional de saúde verificou-se a existência de campanhas sobre temas como prevenção de hipertensão, DST, etc.

N/A.

h) Sim.

As áreas destinadas à conservação encontram-se devidamente mapeadas. Foram evidenciadas medidas de proteção e conservação, incluindo vigilância patrimonial, recuperação de áreas degradadas, cuidados operacionais, monitoramentos de fauna e flora, etc. O Plano de Restauração Ecológica considera a necessidade de estabelecer ações que facilitem a conectividade. Foram consideradas as áreas inclusas nas linhas de conectividade do Projeto Corredor Ecológico do Vale do Paraíba (ACEVP) e as áreas de conectividade definidas pelo Projeto Biota FAPESP para as áreas de Capão Bonito. As APPs hídricas exercem, adicionalmente, o papel de conexão entre diferentes fragmentos de remanescentes naturais.

N/A.

2.3 Sim. Critério atendido. N/A.

a) Sim.

O centro de tecnologia é o setor do empreendimento responsável pela realização das pesquisas e desenvolvimento operacional. As linhas principais de pesquisas são as de melhoramento genético, fertilização, controle de pragas e doenças. Evidências foram

N/A.

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apresentadas nas entrevistas com gestores do centro de tecnologia, incluindo as seguintes apresentações: “Biossegurança Fibria certificação”; “Auditorias – Melhoramento abril 2015”; “Recursos hídricos”; “Auditoria Cerflor JAC 2014”. Estes documentos mostram pesquisas realizadas pelo empreendimento.

b) Sim.

De acordo com o procedimento PO.01.01.001 (Elaboração e Controle de Documentos do Sistema de Gestão), a informação de alterações pontuais de procedimentos e outros documentos é identificada pela presença da letra “R” no lado esquerdo dos trechos alterados, ou haverá a indicação expressa de revisão total do documento ao final da primeira página, ou por meio de registro no software DOL. Foram evidenciadas versões atualizadas de diferentes procedimentos examinados.

N/A.

c) Sim. Evidenciou-se que os procedimentos examinados estão atualizados com os resultados de pesquisas efetuados pelo centro de tecnologia da empresa.

N/A.

d) Sim.

O empreendimento apresentou através do HSMT a planilha digital e outros documentos em que estão registrados os treinamentos realizados de 2012 a meados de 2015, executados pelo EMF e pelos prestadores de serviços florestais.

N/A.

e) Sim.

O departamento de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho (HSMT) demonstrou que um programa de treinamento está ativo. Por intermédio de entrevistas com os responsáveis pelo departamento e técnicos de segurança verificou-se que o programa de treinamento abrange todas as funções operacionais (plantio, operação de máquinas, etc.), incluindo uso de EPIs e eventos de reciclagem. A planilha em Excel denominada “Treinamentos 2015” comprova a programação. As entrevistas com responsáveis das empresas prestadoras de serviço e funcionários em campo evidenciam os esforços de treinamento em segurança e saúde contínuos. Trabalhadores próprios e de empresas prestadoras de serviço demonstraram ter conhecimento de sua responsabilidade quanto ao cumprimento do plano de manejo e procedimentos relacionados, bem como aos cuidados ambientais, segundo evidências obtidas nas entrevistas nas frentes de trabalho, nas conversas com operadores de máquinas de colheita, operadores de motosserra e trabalhadores na operação capina química.

N/A.

f) Sim. Nas visitas às operações de plantio, colheita mecanizada e semimecanizada, capinas químicas e preparo de solo,

N/A.

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ficou evidenciado que os equipamentos e máquinas são condizentes com a topografia. Em algumas áreas as operações são manuais devido ao declive do terreno, impossibilitando operações mecanizadas. Nas operações de preparo de solo o empreendimento utiliza-se da técnica de cultivo mínimo, adequada às condições topográficas da região de atuação do manejo florestal.

g) Sim.

O CT (Centro de Tecnologia) é o setor do empreendimento responsável pela realização das pesquisas e desenvolvimentos operacionais. As linhas principais de pesquisas são as de melhoramento genético, fertilização e controle de pragas e doenças. O empreendimento desenvolve pesquisas e participa de vários programas junto a universidades e institutos de pesquisa, incluindo ESALQ, IPEF, SIF, UFLA, UNESP Botucatu.

N/A.

2.4 Sim. Critério atendido. N/A.

a) Sim.

O empreendimento apresentou um cadastro atualizado com todas as áreas de manejo florestal. Foram apresentados mapas digitalizados de todas as fazendas visitadas.

N/A.

b) Sim.

O sistema de controle é baseado em formulários de apontamento, documentos de transporte e notas fiscais de venda ou transferência (CMM/guias Cem). A documentação identifica a unidade de produção, incluindo dados sobre: fazenda, área, projeto ou talhão, identificação do veículo de transporte e demais itens exigidos para a rastreabilidade da cadeia de custódia.

N/A.

c) Sim.

O EMF possui procedimento escrito de cadeia de custódia que estabelece a identificação do produto desde nos controles operacionais e na identificação de cada carga efetuada.

N/A.

d) Sim. O procedimento de cadeia de custódia trata da a rastreabilidade da madeira nos pátios intermediários de armazenamento.

N/A.

e) Sim.

Foram identificados registros de controle estoque. O empreendimento apresentou um resumo da movimentação de madeira que apresenta o estoque disponível no campo, pátio e indústria (arquivo “RESUMO MADEIRA JAC 04 2015”).

N/A.

Princípio 3 – Zelo pela diversidade biológica

3.1 Sim. Critério atendido. N/A.

a) Sim. O melhoramento genético florestal por meio de técnicas de seleção recorrente identifica os melhores materiais genéticos para as condições ambientais da unidade. O

N/A.

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melhoramento genético tem o objetivo de selecionar os materiais genéticos capazes de produzir maior quantidade de matéria prima, no menor espaço de tempo, da forma mais econômica e sustentável, e com a melhor qualidade possível. O programa baseia-se na composição de Populações de Melhoramento e aplicação de diferentes métodos de seleção recorrente (recombinação, avaliação e seleção de genótipos superiores por sucessivas gerações). Por meio de polinização controlada são geradas novas combinações entre árvores previamente selecionadas de modo a agregar às gerações posteriores as melhores características para produção de madeira e de celulose. A seleção de um novo material genético (clone) passa então por uma série de etapas como os testes de progênies, testes clonais e os ensaios de competição, até a sua recomendação e utilização comercial.

b) Sim.

As áreas de manejo florestal são formadas predominantemente por híbridos de eucalipto obtidos a partir do cruzamento entre as espécies Eucalyptus grandis e Eucalyptus urophylla, adaptados às condições de clima e solo local.

N/A.

c) Sim.

Na base do programa de melhoramento genético do empreendimento está a conservação da diversidade genética das principais espécies de interesse: Eucalyptus grandis e E. urophylla. Além destas, outras espécies são utilizadas dentro do programa de melhoramento na busca de combinações que agreguem características importantes para a empresa, não encontradas nas duas espécies principais citadas anteriormente. Dentre estas espécies destacam-se o Eucalyptus saligna, Eucalyptus globulus e Eucalyptus dunnii, sendo que várias outras espécies podem eventualmente ser utilizadas com objetivo de aumentar a variabilidade para atributos específicos.

N/A.

d) Sim.

O empreendimento mantém pesquisas com OGMs em áreas não certificadas, incluindo um laboratório autorizado pelo órgão competente federal para realizar pesquisas em sistema fechado e controlado de OGM. O laboratório está localizado no município de Jacareí em área que não gera nenhum risco de potencial contaminação com o material genético utilizado atualmente para plantios comerciais. Atualmente, o empreendimento desenvolve experimentos de campo com árvores geneticamente modificadas de eucalipto, sempre em áreas fora do escopo de certificação. Durante a avaliação de recertificação o Imaflora efetuou uma atualização das informações sobre

N/A.

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pesquisas com OGMs realizadas pela empresa, constatando que: as pesquisas conduzidas possuem um claro conteúdo e propósito investigativo; os experimentos são conduzidos em áreas limitadas, fora do escopo de certificação, e possuem planejamento e prazos compatíveis com as finalidades de pesquisa propostas; e as pesquisas seguem rigorosamente os requerimentos legais aplicáveis, incluindo as autorizações necessárias junto ao CTNBio (órgão federal responsável) e as salvaguardas e medidas de isolamento e proteção necessárias à biossegurança dos experimentos. A certificadora tem conhecimento das instalações, locais e outros detalhes de experimentos com OGMs realizados pelo empreendimento. Tais informações, no entanto, são mantidas em sigilo em razão de aspectos de biossegurança e de políticas de confidencialidade do empreendimento certificado.

3.2 Sim. Critério atendido. N/A.

a) Sim.

Evidenciou-se por meio de registros históricos que a unidade de manejo e suas instalações ocupam áreas antropizadas, sobretudo em antigas pastagens e áreas de cultivo de café e laranja. Conversões foram estudadas por meio da comparação de imagens de satélite, adequando-se às regras aplicáveis deste padrão.

N/A.

b) Sim.

Os mapas do EMF evidenciam que o planejamento da paisagem e do mosaico da plantação florestal é efetuado considerando os padrões dos corpos hídricos e das florestas naturais presentes na unidade de manejo. O Plano de Restauração Ecológica considera a necessidade de estabelecer ações que facilitem a conectividade. Foram consideradas as áreas inclusas nas linhas de conectividade do Projeto Corredor Ecológico do Vale do Paraíba (ACEVP) e as áreas de conectividade definidas pelo Projeto Biota FAPESP para as áreas de Capão Bonito. As APPs hídricas exercem, adicionalmente, o papel de conexão entre diferentes fragmentos de remanescentes naturais. Evidenciou-se que os remanescentes de vegetação natural se encontram identificados e caracterizados.

N/A.

c) Sim.

O empreendimento realizou levantamentos de fauna e flora para identificação de espécies endêmicas, raras, ameaçadas ou em perigo de extinção presentes nas áreas de manejo florestal, bem como de seus principais habitats. O documento identificado como “Banco de Dados de Biodiversidade” descreve os avistamentos, contendo

N/A.

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informações sobre o projeto, local de avistamento ou identificação da presença, responsável e data do evento.

d) Sim.

Evidenciou-se que a empresa possui um sistema estabelecido de vigilância patrimonial terceirizado que ronda todos os talhões da unidade de manejo florestal com uma frequência mínima de três meses. As ocorrências identificadas, que abrangem casos de caça, pesca, roubos de flora, atropelamentos de animais silvestres, presença de gado e lixo, entre outras ocorrências contra o patrimônio, são consolidadas em relatórios submetidos à análise crítica e às ações cabíveis dos setores responsáveis pela supervisão das áreas. Uma equipe de inteligência patrimonial própria foi recentemente estabelecida, com a missão de aperfeiçoar os trabalhos de vigilância atualmente implementados.

N/A.

e) Sim.

Análise de documentos, entrevistas com responsáveis e observações de campo em ambas as regionais (Capão Bonito e Vale) evidenciaram que, quando identificados, locais de valor arqueológico, histórico, cultural e social estão mapeados e protegidos.

N/A.

f) Sim.

O empreendimento mantém uma planilha de identificação de Unidades de Conservação para o Estado de São Paulo, relacionando as propriedades presentes em áreas de conservação ou em suas zonas de influência. Foram identificadas 54 propriedades em APAs e 6 propriedades em outras UC, evidenciando-se o levantamento dos respectivos planos de manejo com potencial de afetar o manejo dessas propriedades.

N/A.

g) Sim.

Após classificação e quantificação das áreas a serem recuperadas, definem-se as técnicas de restauração a serem utilizadas com base no diagnóstico dos estágios sucessionais constantes na base cartográfica (que passou por revisão no ano de 2014). O quadro do item 2.3 do Plano de Restauração Ecológica (Técnicas de Restauração x Estágios Sucessionais, página 10), apresenta a base para a definição das técnicas de restauração recomendadas para cada estágio sucessional apresentado nas áreas diagnosticadas.

N/A.

h) Sim.

Além do histórico de avanço de plantios de eucalipto priorizando a ocupação de áreas de pastagens extensivas, para evidenciar sua adequação a esta regra de certificação, o empreendimento procedeu a um estudo utilizando imagens de satélite anteriores à data de corte do CERFLOR, ou anteriores à aquisição das propriedades pela empresa, comparadas com o uso atual do solo, não

N/A.

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sendo evidenciadas áreas significativas de potencial conversão. O estudo identificou a presença de uma área de floresta nativa atualmente usada por talhões de Eucalyptus spp. em dois talhões do projeto F880 (parceria rural da fazenda Recreio, no Município de Lavrinhas) totalizando 30 ha. A quantidade de hectares detectada representa área pouco significativa em relação ao total do escopo de certificação (0,02%). Existe a possibilidade, além disso, de ausência de responsabilidade da empresa pelo desmatamento (dependendo de uma análise de imagens antes da data do contrato de parceria rural). A localização da área, por outro lado, não evidencia indícios de desmatamento em áreas de relevante interesse ecológico, florestas primárias ou em estágio avançado de regeneração e outros ecossistemas não florestais que apresentem conservados seus atributos naturais típicos. A quantidade de áreas destinadas para conservação na unidade de manejo atinge um montante de 62.309 hectares, ou aproximadamente 40% do total de áreas dentro do escopo de certificação e os remanescentes florestais ainda existentes são protegidos pelas medidas de proteção implementadas pelo EMF, configurando benefícios de conservação adequados. O EMF se comprometeu, ainda, em realizar a recuperação da área convertida após a próxima colheita. A equipe de certificação concluiu pela viabilidade de manutenção dessa área dentro do escopo de certificação. Não foram identificadas não conformidades sobre o tema.

i) Sim.

Evidenciou-se que o empreendimento prioriza a utilização de terras agrícolas abandonadas para o plantio de eucalipto, buscando trazer benefícios sociais, econômicos e ecológicos para a região.

N/A.

3.3 Sim. Critério atendido. N/A.

a) Sim.

O PM.12.02.009 Monitoramento Integrado de Pragas Florestais determina que deve ser dada preferência ao controle biológico em relação ao químico, desde que baseado em conhecimento científico e por meio de técnicas eficazes.

N/A.

b) Sim.

O PN.01.08.001 (Combate a Incêndio Florestal) determina as fontes de risco, as instruções de emergência e os recursos disponíveis em casos de incêndio, incluindo torres de observação, caminhões de combate a incêndios, equipes de brigadistas, entre outros. Visitas de campo e entrevistas com funcionários evidenciaram a disponibilidade dos recursos elencados.

N/A.

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c) Sim.

O procedimento PO.12.02.009 – Monitoramento de Pragas Florestais, define os sistemas de monitoramento dos insetos considerados pragas florestais visando o crescimento homogêneo das florestas de eucalipto e o cumprimento das metas de produtividade estabelecidas. Foram apresentados registros de informações meteorológicas nas áreas de manejo florestal.

N/A.

d) Sim.

A sequência de controle preconizada pelo plano de monitoramento integrado em casos de ocorrência de pragas nas florestas prioriza ações de controle natural, controle biológico induzido e, somente então, controle químico. Os monitoramentos existentes de formigas, pragas e doenças permitem o uso racional de produtos químicos quando necessário.

N/A.

e) Sim.

O empreendimento dá preferência ao controle biológico em relação ao químico, desde que baseado em conhecimento científico e por meio de técnicas eficazes. As formas de controle biológico aplicadas nas áreas de manejo florestal são: controle natural, privilegiando o equilíbrio ambiental e evitando o surgimento de pragas; controle induzido, por meio da aplicação de produtos biológicos, como no caso do uso do Bacillus thuringiensis para o controle de lagartas desfolhadoras e da Beauveria bassiana para o controle de besouros desfolhadores; e o controle biológico clássico, por meio da introdução de inimigos naturais controladores da praga alvo no ambiente de interesse. No caso das lagartas desfolhadoras, a definição de necessidade e dos métodos de controle é efetuada com base na população em fase larval (PM.12.02.009 - Monitoramento Integrado de Pragas Florestais).

N/A.

3.4 Sim. Critério atendido. N/A.

a) Sim.

O empreendimento possui 62.309,24 hectares de áreas destinadas à conservação, de um total de 157.198,26 hectares, ou aproximadamente 40% da área total da unidade de manejo. As áreas de conservação representam os principais biomas regionais e estão distribuídas em todas as áreas de manejo do empreendimento. Foi evidenciada a caracterização fitossociológica dos remanescentes presentes, indicando a presença de diferentes estágios de sucessão dentro do bioma da mata atlântica do Estado de São Paulo. Segundo o planejamento existente, os monitoramentos de flora devem acontecer duas vezes a cada três anos.

N/A.

b) Sim. O empreendimento vem realizando levantamentos de N/A.

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fauna para identificação de espécies endêmicas, raras, ameaçadas ou em perigo de extinção presentes nas áreas de manejo florestal. O documento identificado como “Banco de Dados de Biodiversidade” descreve o sistema de avistamentos, contendo informações sobre o projeto, local de avistamento ou identificação da presença, responsável e data do evento. O cronograma de monitoramentos de fauna prevê sua realização em dois a cada três anos, de forma compatível com os levantamentos de flora.

c) Sim.

O resumo público do plano de manejo descreve os monitoramentos ambientais realizados pelo empreendimento. O documento “Relatório de Monitoramento Flora Fibria Jacareí”, realizado por empresa especializada, com data de abril de 2015, fez levantamentos da flora em seis fazendas do empreendimento. São descritos resultados dos levantamentos e considerações a respeito do manejo utilizado e de suas implicações nas áreas preservadas.

N/A.

d) Sim.

Evidenciou-se a identificação de espécies endêmicas, raras e ameaçadas na unidade de manejo, por meio de levantamentos de fauna e do sistema de avistamento mantido pelo empreendimento. A Tabela 1 – Medidas de Proteção e Ações de Monitoramento, da página 113 do plano de manejo (MA.12.13.001, revisão 12) identifica as medidas de proteção adotadas relacionadas às espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção.

N/A.

3.5 Sim. Critério atendido. OBS #06/15

a) Sim.

O empreendimento possui o mapeamento de APPs, RLs e de todos os remanescentes de vegetação nativa nas áreas de manejo florestal. Foram fornecidos os mapas das fazendas visitadas e também foi examinada a base de dados georreferenciados do EMF, evidenciando-se o mapeamento dessas áreas.

N/A.

b) Sim.

Por meio da identificação de áreas contendo altos valores para a conservação, de acordo com o conceito verificável em https://www.hcvnetwork.org/, incluindo áreas de relevante interesse ecológico por seus excepcionais atributos naturais, socioambientais ou ambientais, o empreendimento atende ao requisito. A identificação de ameaças e as medidas de proteção dos atributos identificados foram registradas no plano de manejo e respectivo resumo público, bem como no relatório de levantamento de AVCs na unidade de manejo florestal (documento “Estudo AAVC SP após revisão externa -

OBS #06/15

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Relatorio AAVC JAC – final”). Foi evidenciada a inclusão das propriedades que contêm áreas de relevante interesse ecológico em função de atributos naturais, socioculturais ou ambientais nos cronogramas de inspeções formais dos sistemas de vigilância patrimonial existentes. Não foram evidenciados, no entanto, procedimentos e instruções para direcionar as inspeções e verificar as áreas identificadas, de forma a mitigar, minimizar e monitorar a frequência de ocorrências específicas nessas áreas, aplicando-se a OBS #06/15.

c) Sim.

Visitas de campo nas diversas fazendas amostradas evidenciaram que o empreendimento mantém medidas de proteção de remanescentes florestais presentes na unidade de manejo, sobretudo APPs e reservas legais, protegidos através de vigilância patrimonial contratada, placas de advertência proibindo caça e pesca, placas indicando a existência de áreas preservadas, programas de restauração de áreas degradadas e procedimentos específicos para construção e manutenção de estradas, silvicultura e colheita incluindo orientações com a finalidade de se evitar ou minimizar danos ambientais potenciais.

N/A.

d) Sim.

O programa de controle de espécies exóticas está resumido no arquivo “Controle de Exóticas – atualização 23 Abril 15”, que apresenta um cronograma de eliminação de exóticas incluindo o que foi realizado em 2014 e o que está previsto para 2015. O controle de exóticas invasoras e o manejo das áreas de conservação nas APPs estão citados na página 95 do Plano de Manejo. Evidenciou-se a implantação do programa durante as visitas de campo.

N/A.

3.6 Sim. Critério atendido. OBS #07/15

a) Sim.

Evidenciou-se que a empresa possui um sistema estabelecido de vigilância patrimonial terceirizado que ronda todos os talhões da unidade de manejo florestal com uma frequência mínima de três meses. As ocorrências identificadas, que abrangem casos de caça, pesca, roubos de flora, atropelamentos de animais silvestres, presença de gado e lixo, entre outras ocorrências contra o patrimônio, são consolidadas em relatórios submetidos à análise crítica e às ações cabíveis dos setores responsáveis pela supervisão das áreas. Uma equipe de inteligência patrimonial própria foi recentemente estabelecida, com a missão de aperfeiçoar os trabalhos de vigilância atualmente implementados.

N/A.

b) Sim. Embora tenha sido evidenciada a preparação e instalação OBS #07/15

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de placas de sinalização e advertência sobre o controle da caça e pesca, não houve a identificação das mesmas em algumas das fazendas visitadas, aplicando-se a OBS #07/15.

c) Sim.

O Plano de Restauração Ecológica considera a necessidade de estabelecer ações que facilitem a conectividade. Foram consideradas as áreas inclusas nas linhas de conectividade do Projeto Corredor Ecológico do Vale do Paraíba (ACEVP) e as áreas de conectividade definidas pelo Projeto Biota FAPESP para as áreas de Capão Bonito. As APPs hídricas exercem, adicionalmente, o papel de conexão entre diferentes fragmentos de remanescentes naturais. Foram evidenciados procedimentos específicos para construção e manutenção de estradas, silvicultura e colheita incluindo orientações com a finalidade de se evitar ou minimizar danos ambientais potenciais aos remanescentes florestais presentes na unidade de manejo.

N/A.

d) Sim. Os trabalhadores entrevistados pela equipe de avaliação demonstraram conhecer as restrições estabelecidas em relação a caça e pesca nas áreas de manejo florestal.

N/A.

Princípio 4 – Respeito às águas, ao solo e ao ar

4.1 Sim. Critério atendido. N/A.

a) Sim.

O empreendimento está concluindo o levantamento de solos de suas áreas que teve início em 1995 (95% das áreas efetuado). As informações foram disponibilizadas na apresentação “Auditoria Cerflor JAC - Manejo Florestal mai15”.

N/A.

b) Sim.

O empreendimento realiza monitoramentos da qualidade de corpos hídricos para que seja possível a comparação com dados históricos e consequente avaliação de desempenho hídrico das bacias submetidas ao manejo florestal (apresentação “Recursos Hídricos”). São avaliados parâmetros qualitativos e quantitativos para avaliar possíveis impactos ocasionados aos recursos hídricos (PO.12.00.002 Monitoramento). O empreendimento possui 22 unidades Hídricas, sendo que duas foram caracterizadas como as mais representativas dentro da unidade de manejo.

N/A.

c) Sim.

Os mapas do EMF evidenciam que o planejamento das áreas de plantação florestal é efetuado considerando os padrões dos corpos hídricos e das florestas naturais presentes na unidade de manejo. Foram evidenciadas boas práticas de campo com relação

N/A.

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às operações de manutenção e construção de estradas, incluindo a previsão de baixa densidade de estradas em novas propriedades e o replanejamento de estradas em propriedades antigas.

d) Sim.

O empreendimento considera os dados climáticos locais na condução do manejo florestal. Foram evidenciados, entre outros, procedimentos de manutenção de áreas estratégicas de colheita em casos de excesso de chuvas e de aplicação de defensivos condicionada às condições climáticas de campo.

N/A.

e) Sim.

Por meio da avaliação de áreas contendo altos valores para a conservação, de acordo com o conceito verificável em https://www.hcvnetwork.org/, evidenciou-se que o empreendimento identificou três locais considerados de relevante interesse ecológico em função da disponibilidade de recursos hídricos (fontes de captação de água) às comunidades locais (projeto Planalto em Capão Bonito; projeto Santa Terezinha VI em Jacareí; e projeto Água Fria em Guapiara).

N/A.

4.2 Sim. Critério atendido. OBS #05/15

a) Sim.

O PO.12.09.001 Construção e Manutenção de Estradas prevê o uso de técnicas de: caixas de contenção/micro bacia (com transporte do material da escavação para fora da APP); colocação de grelhas e ou mantas geotêxteis nas canaletas para diminuir a velocidade da água e o carreamento de sedimentos; da estrada para o lado da APP, permitindo que as águas pluviais escorram naturalmente sem serem canalizadas; construção de camaleões e lombadas para direcionar as águas pluviais para bigodes e ou caixas de contenção, impedindo que esta chegue próximo dos cursos de água. Em locais de abertura de estradas que apresentarem a formação de solos siltosos, devem ser observados alguns critérios de construção, buscando evitar a ocorrência de erosões e minimizar o impacto das águas pluviais sobre o leito da estrada, tais como, troca de solo (consiste na aplicação de uma camada de solo argiloso e/ou cascalhento nos locais onde o leito carroçável da estrada apresentar formação de solo siltoso e com uma declividade maior que 10%); proteção das canaletas laterais; assentamento de canaletas de concreto; proteção da canaleta com a utilização de mantas geotêxteis ou mantas reaproveitadas da fábrica.

N/A.

b) Sim. O PM.12.02.005 (Monitoramento Nutricional) tem como objetivo descrever as variáveis, responsabilidades e ações

N/A.

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adotadas no monitoramento nutricional das florestas de eucalipto. A recomendação ou não de adubações complementares é baseada na análise conjunta do balanço de nutrientes, na biomassa, na quantidade de nutrientes disponíveis no solo e nas estimativas de demanda pelos nutrientes para uma determinada expectativa de produtividade na idade de corte. Recomendações frequentes de adubações complementares podem indicar a necessidade de revisão e/ou ajuste da estratégia de fertilização adotada. As operações são efetuadas considerando-se as condições climáticas nos locais e momentos da adubação.

c) Sim.

O empreendimento realiza monitoramentos da qualidade de corpos hídricos para que seja possível a comparação com dados históricos e consequente avaliação de desempenho hídrico das bacias submetidas ao manejo florestal (apresentação “Recursos Hídricos”). São avaliados parâmetros qualitativos e quantitativos para avaliar possíveis impactos ocasionados aos recursos hídricos (PO.12.00.002 Monitoramento). O empreendimento possui 22 unidades Hídricas, sendo que duas foram caracterizadas como as mais representativas dentro da unidade de manejo. Como descrito anteriormente, o PM.12.02.005 (Monitoramento Nutricional) tem como objetivo descrever as variáveis, responsabilidades e ações adotadas no monitoramento nutricional das florestas de eucalipto.

N/A.

d) Sim.

Embora tenham sido evidenciadas boas práticas de campo com relação às operações de manutenção e construção de estradas, incluindo uma baixa densidade de estradas em novas propriedades e o replanejamento de estradas em propriedades antigas, foi observada a presença de alguns pontos de erosão laminar e em canaleta, bem como uma situação de saída d’água direcionada a uma APP, aplicando-se a OBS #05/15.

OBS #05/15

4.3 Sim. Critério atendido. N/A.

a) Sim.

O PO.01.08.002 - Preparo e Aplicação de Defensivo Agrícola - estabelece diretrizes para o preparo e aplicação de defensivos agrícolas de modo minimizar riscos. Outros procedimentos tratam das demais etapas envolvidas com o uso de agrotóxicos. O PN.01.08.005 - Acidente no Transporte de Produtos Perigosos - fornece instruções sobre os cuidados no transporte e medidas que devem ser tomadas em caso de acidente.

N/A.

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b) Sim.

O documento “Consumo Insumos SP” apresenta o consumo de agrotóxicos, com estoque atual, responsável pela aplicação, método, dosagem aplicada, talhão e data de aplicação. Possui ainda um histórico por produto utilizado pelo empreendimento.

N/A.

c) Sim.

Não foi identificado o uso ou armazenamento de produtos banidos no Brasil, por acordos internacionais ou classificados pela Organização Mundial de Saúde (WHO) como do tipo 1A ou 1B ou à base de hidrocarbonetos clorados. A empresa emprega, em especial, produtos com o princípio ativo glifosato para o controle de matocompetição e produtos à base do princípio ativo sulfluramida para controle de formigas cortadeiras. Este último produto vem a ser praticamente a única alternativa viável para o controle em escala comercial de formigas cortadeiras, sendo amplamente adotado para a produção de florestas plantadas em todo o Brasil. Em resumo, a despeito da periculosidade do precursor químico do princípio ativo sulfluramida, o mesmo é tolerado tanto em nível internacional (Convenção de Estocolmo, em seu Anexo B), como pelo sistema de certificação. A forma de utilização por meio de iscas, por outro lado, minimiza os danos potenciais ao meio ambiente.

N/A.

d) Sim.

O empreendimento apresentou os registros de treinamento dos aplicadores de produtos químicos e respectivos certificados fornecidos aos trabalhadores que estão disponíveis nas frentes de trabalho. O arquivo “Treinamentos provedores ano de 2012 a 2014” apresenta um resumo dos treinamentos que aconteceram ao longo do ano listando temas ministrados, carga horária e número de participantes.

N/A.

e) Sim.

O PO 12.08.002 Transporte e Armazenamento de Produtos Químicos e Insumos Florestais estabelece diretrizes para garantir a segurança no armazenamento de produtos químicos e insumos florestais. As evidências observadas durante a avaliação confirmaram a implementação do procedimento no campo.

N/A.

f) Sim.

O PO 12.08.002 - Transporte e Armazenamento de Produtos Químicos e Insumos Florestais, estabelece diretrizes para garantir a segurança no transporte de produtos químicos e insumos florestais. As evidências observadas durante a avaliação confirmaram a implementação do procedimento no campo.

N/A.

g) Sim. O PO.01.08.002 – Preparo e Aplicação de Defensivo Agrícola, estabelece diretrizes para o preparo e aplicação

N/A.

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de defensivos agrícolas de modo a prevenir acidentes com intoxicação. O procedimento recomenda aplicar nas horas menos quentes do dia e sem ventos fortes e não aplicar defensivos agrícolas nas proximidades de fontes de águas, riachos, lagos.

h) Sim.

O empreendimento faz a manutenção dos equipamentos utilizados na aplicação de agrotóxicos. As informações inseridas no FO.27.04.001 são consolidadas no relatório “Avaliação de Máquinas/Implementos” e são enviadas mensalmente aos supervisores e coordenadores da área operacional.

N/A.

i) Sim.

A disposição dos resíduos perigosos, incluindo embalagens de agrotóxicos, está descrito no PO.12.00.001 Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Está prevista a devolução das embalagens aos fabricantes.

N/A.

j) Sim.

O documento “Consumo Insumos SP” apresenta o consumo de fertilizantes, com estoque atual, responsável pela aplicação, método, dosagem aplicada, talhão e data de aplicação. O empreendimento possui ainda um histórico por produto utilizado pelo empreendimento.

N/A.

4.4 Sim. Critério atendido. N/A.

a) Sim.

O PO.12.00.001 – Gerenciamento de Resíduos Sólidos estabelece os procedimentos referentes ao armazenamento e descarte dos resíduos sólidos gerados visando minimizar os impactos ambientais. A coleta seletiva está prevista para a destinação de resíduos das Classes IIA e IIB. A implementação do procedimento foi evidenciada durante as visitas às frentes operacionais e demais instalações do empreendimento.

N/A.

b) Sim.

O procedimento PO.12.00.001 – Gerenciamento de Resíduos Sólidos prevê a destinação adequada para cada modalidade de resíduo perigoso, incluindo devolução ao fabricante (embalagens de agrotóxicos, etc.), reutilização e re-refino (óleos), coprocessamento ou incineração (resíduos contaminados com óleos e graxas), aterro sanitário e destinação para empresas licenciadas para dar a destinação adequada aos resíduos.

N/A.

c) Sim.

A matriz de responsabilidades do PO.12.00.001 – Gerenciamento de Resíduos Sólidos tem instruções sobre as demandas legais e técnicas referentes ao recolhimento, acondicionamento, armazenamento, transporte e destino final de resíduos sólidos e líquidos. O PO.12.00.002 – Monitoramentos Ambientais trata dos monitoramentos de efluentes líquidos e ações a serem tomadas em casos de desvios das recomendações legais aplicáveis.

N/A.

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d) Sim.

O PN 01.08.005 – Acidente no Transporte de Produtos Perigosos lista as fontes de risco e as medidas emergenciais que devem ser tomadas em caso de derrames, vazamentos e outros acidentes potenciais com produtos químicos.

N/A.

e) Sim.

O documento “Plano de monitoramento SP” especifica que 10% das máquinas próprias devem ser monitoradas mensalmente e todas as máquinas de prestadores de serviços florestais a cada três meses. O procedimento PO.12.00.002 – Monitoramentos ambientais também orienta quanto à necessidade e frequência de monitoramentos de fumaça preta em veículos e máquinas em atividade nas áreas de manejo florestal do empreendimento. Não foram evidenciadas não conformidades sobre o tema.

N/A.

Princípio 5 – Desenvolvimento ambiental, econômico e social das regiões em que se insere a atividade florestal

5.1 Não. Não conformidade aplicada junto ao indicador 5.1.b. NCR #03/15 e OBS #04/15

a) Sim.

Constata-se que a organização conduziu uma avaliação de impactos socioeconômicos e foi apresentado e revisado o Procedimento PO.20.01.005, que trata da “Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Sociais”. Neste documento lê-se na página 02/09 qual é o processo conduzido: “A Gerência de Sustentabilidade é a responsável pela coordenação e identificação dos aspectos e impactos sociais. A aprovação das análises realizadas deve ser feita pelos gestores dos processos envolvidos e a validação final deve ser feita pela Comissão de Relacionamento Local (CRL). Para a identificação e análise dos aspectos e impactos sociais devem ser consideradas as demandas de partes interessadas pertinentes oriundas do software SISPART, que possui como fonte de dados, dentre outras, o ‘Engajamento’, o ‘Diálogo Operacional’, os ‘Encontros Comunitários’ e a ‘Agenda Presencial’. Além destas ferramentas, caso seja necessário, podem ser realizadas consultas às partes interessadas por meio de audiências, reuniões, visitas e outros meios. Uma vez identificados os aspectos sociais, estes devem ser inseridos e avaliados por meio de uma planilha eletrônica (‘Matriz Impactos Sociais’)”.

Foram analisados ainda os documentos que evidenciam que estes passos foram efetivamente implementados e as entrevistas com uma amostragem das partes envolvidas neste processo evidenciaram que o processo está ativo.

N/A.

b) Não. A equipe de auditoria analisou os documentos e entrevistou os responsáveis pela condução dos processos

NCR #03/15 e OBS #04/15

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de definição de medidas para lidar com impactos negativos identificados. A análise mostra que existem medidas de prevenção, minimização e mitigação dos impactos socioeconômicos negativos identificados em casos padrão. Quando se trata de casos críticos como o exemplo de Catuçaba, no entanto, não foram evidenciados processos e procedimentos que garantam o envolvimento participativo das partes afetadas e a definição conjunta de medidas de mitigação efetivas e de seu calendário de implementação, aplicando-se o NCR #03/15. As entrevistas e a revisão dos documentos de acompanhamento dos projetos desenvolvidos para mitigar impactos relacionados à geração de emprego e renda e à produção de alimentos mostram que estes projetos deixam de atingir 75% das localidades priorizadas pela empresa para este tipo de intervenção. O empreendimento apresentou, no entanto, um plano de ação contemplando as ações previstas, indicando os projetos a serem ampliados, as localidades que receberão os investimentos, as metas de crescimento visando o atendimento a 100% das comunidades priorizadas e os investimentos e prazos para atingir essas metas de acordo com a sua escala. Em função da existência de um plano estruturado de ação, justificou-se a aplicação de uma observação sobre o tema (OBS #04/15), que será monitorado pela certificadora nos próximos monitoramentos anuais para a verificação do cumprimento do plano, incluindo prazos e metas a serem atingidas.

c) Sim.

A equipe de avaliação interpreta os projetos sociais do empreendimento como iniciativas que, além de mitigar impactos sociais regionais, se prestam ao propósito de criar impactos sociais positivos. Ver, sobre o tema, a OBS #04/15, descrita no indicador 5.1.b acima.

OBS #04/15

d) N/A.

Não foram identificadas comunidades locais ou tradicionais detentoras de hábitos e costumes não predatórios na unidade de manejo florestal ou em seu entorno.

N/A.

e) N/A.

Não foram identificados usos de conhecimentos tradicionais ou outras modalidades de propriedade intelectual de populações indígenas e/ou tradicionais nas operações de manejo florestal.

N/A.

f) Sim.

Por intermédio de entrevistas com os responsáveis do departamento de recursos humanos da organização, responsáveis encarregados dos recursos humanos das empresas prestadoras de serviço e também através da

N/A.

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análise de uma amostragem de contratos de trabalho e carteiras de trabalho de trabalhadores próprios e terceiros, verificou-se que tanto na regional Capão Bonito quanto na regional Vale, a organização oferece oportunidades de emprego e treinamento à população local.

g) Sim.

Por intermédio das entrevistas com os responsáveis pela área de sustentabilidade da regional Capão Bonito e com responsáveis pela área de suprimentos, verificou-se que há formas de priorizar a contratação de serviços e compras locais. Na regional Capão Bonito, por exemplo, os fornecedores locais de serviços, quando procuram uma área como a de sustentabilidade, são encaminhados à área de suprimentos. Foi apresentada uma planilha eletrônica com a lista de fornecedores locais (empresas agropecuárias, farmácias, restaurantes, etc.). Outra ação específica já em curso é um projeto piloto em Votorantim (“Projeto descentralização da alimentação em campo – Piloto Votorantim”) que está voltado para preparar um restaurante para o fornecimento da alimentação para empresas terceirizadas dentro dos padrões exigidos pela organização. Ou seja, trata-se de uma ação articulada entre o departamento que cuida de suprimentos/alimentação e suas empresas prestadoras de serviços para melhorar um fornecedor local.

N/A.

h) Sim.

A organização mantém programas de saúde médico e campanhas de saúde que incluem familiares. Por intermédio de entrevista com a profissional de saúde na Unidade Vale verificou-se que há campanhas sobre temas como prevenção de hipertensão, doenças sexualmente transmissíveis, etc.

N/A.

i) Sim.

A organização mantém um Centro de Educação Ambiental em Jacareí que recebe escolas da região e programas na regional Capão Bonito que permitem visitas voltadas à educação ambiental de escolas do entorno.

N/A.

j) Sim.

O programa de treinamento da organização, voltado aos trabalhadores próprios e terceiros, inclui temas envolvendo as interfaces ambientais operacionais como prevenção de contaminação, destinação de resíduos sólidos, prevenção e mitigação de danos causados a solos, recursos hídricos e remanescentes naturais, entre outros.

N/A.

5.2 Não. Não conformidade aplicada junto ao indicador 5.2.b. NCR #02/15

a) Sim.

Evidenciou-se que informações sobre o manejo florestal estão contempladas no resumo público do plano de manejo, disponibilizado internamente no empreendimento para todos os funcionários através da intranet e

N/A.

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externamente em sua página eletrônica, conforme evidências apresentadas em arquivo digital do empreendimento e acesso via internet ao site do empreendimento. Evidenciou-se, ainda, a distribuição individualizada do resumo público a diferentes partes interessadas.

b) Não.

A equipe de auditoria revisou uma amostragem de Relatórios de Diálogo Operacional aplicados nas vizinhanças das operações florestais nas regionais de Capão Bonito e do Vale. Esta análise demonstrou que alguns processos de diálogo não alcançam um número significativo de moradores no entorno das operações. Nos Relatórios Pré e Pós Colheita não fica explícito que houve uma abordagem específica e aplicada uma metodologia que permita esclarecer e dialogar sobre danos patrimoniais, especificamente. Constatou-se também que as Agendas Presenciais não abrangem de forma eficaz as partes que não foram alcançadas quando se aplica o Diálogo Operacional. Ou seja, partes interessadas relevantes ficam sem ser consultadas ao longo do ciclo de produção da floresta. A análise dos documentos do Diálogo Construtivo comprova que este instrumento ficou restrito ao município de Jacareí na regional do Vale. A abrangência restrita dos meios de Diálogo Operacional, Diálogo Construtivo e da Agenda Presencial foi também evidenciada através de uma série de entrevistas com partes interessadas tanto da regional Vale em locais como o Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo Santa Virgínia) e o Município de Santa Branca e também na regional Capão Bonito. Foi aplicado o NCR #02/15.

NCR #02/15

c) Sim.

Verificou-se que os passos documentados para a resolução de queixas e disputas no caso de perdas ou danos estão descritos nas páginas 08/09 e 09/09 do PO. 20.01.005. Por intermédio de uma análise amostral no sistema SISPART a equipe de auditoria evidenciou que os registros estão implementados e são monitorados pelo empreendimento.

N/A.

d) Sim.

A organização se relaciona com as entidades representativas da comunidade local, órgãos governamentais e afins por intermédio dos processos de “Agenda Presencial” e “Diálogo Operacional”. Os registros de implementação deste processo foram analisados pela equipe de auditores. Ver, sobre o tema, a aplicação do NCR #02/15, descrito no indicador 5.2.b.

NCR #02/15

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