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RELATÓRIO& CONTAS

2010

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • ÍNDICE

ÍNDICE

001INTRODUÇÃOPÁG. 03Brisa 2010 3Perfil Brisa 4Mensagem do Presidente 5Principais Indicadores 9Enquadramento Macroeconómico 11

002CONCESSÕES RODOVIÁRIASPÁG. 1

003OPERAÇÃO E MOBILIDADEPÁG. 27Brisa Operação e Manutenção 28Segurança Rodoviária 32

004SERVIÇOS DE MOBILIDADEPÁG. 33Via Verde 34Mcall 36BIT 37Controlauto 38

005INFRA-ESTRUTURAS DETRANSPORTEPÁG. 39

006ACTIVIDADE INTERNACIONALPÁG. 43Venda da participação na CCR 44NWP 45Movenience 45BNV Mobility – Brisa Nedmobiel Ventures 45Brisa Feedback Ventures 46

008ANÁLISE ECONÓMICA-FINANCEIRAPÁG. 53

009RELATÓRIO SOBRE O GOVERNOSOCIETÁRIOPÁG. 57

010NOTA FINALPÁG. 100

011DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAE ANEXOS INDIVIDUAISPÁG. 087

012ANEXOS: ESTATÍSTICAS DETRÁFEGOPÁG. 131

Concessão Brisa 14Concessão Atlântico 19Concessão Brisal 21Concessão Douro Litoral 23Concessão Baixo Tejo 24Concessão Litoral Oeste 26

BEG 40Ferrovia de Alta Velocidade 41Aeroportos 41TIIC 42

007SUSTENTABILIDADEEMPRESARIALPÁG. 47

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INT

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ÇÃ

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 001 INTRODUÇÃO

001INTRODUÇÃO

JAN

Brisa apresenta a BIT–Brisa inovação e Tecnologia, queresulta da integração da Direcção de Inovação eTecnologia com a Brisa Access Electrónica Rodoviária. ABIT passa a constituirum centro de competência devanguarda tecnológica na área das infra-estruturas detransportese a assegurar as actividades de investigação,concepção, produção, instalação e manutenção de todosos sistemas inteligentes de transportes.

Auto-estrada A9 (CREL) cortada ao trânsito em ambos ossentidos, entre o Nó de Ligação à A16 e o Nó de Belas, nasequência de um deslizamento de terras.

FEV

Reaberta à circulação, no sentido Alverca-Estádio, osublanço da A9 (CREL), entre o Nó de Belas e o Nó deLigação à A16, encerrado em Janeiro devido a umdeslizamento de terras.

MAR

Assembleia-Geral da Brisa aprova Relatório e Contasreferente a 2009 e distribuição de dividendo de 31cêntimos por acção.

Brisa apresenta o Relatório de Sustentabilidade, auditadoexternamente e classificado com a notação GRI A+ ThirdParty Checked na avaliação dos indicadores da GlogalReporting Initiative.

Reaberta à circulação, no sentido Estádio-Alverca, osublanço da A9 (CREL), entre o Nó de Belas e Nó deLigação à A16. Restabelecida assim a normalidade dacirculação na A9 (CREL)

ABR

Brisa paga dividendo de 31 cêntimos por acção.

MAI

O agrupamento ELOS, co-liderado pela Brisa (16,3%)assina contrato de adjudicação da concessão da Ferroviade Alta Velocidade, entre o Poceirão e Caia. A Concessão,outorgada por um período de 40 anos, inclui a construçãoe manutenção da infra-estrutura e compreende uminvestimento total de cerca de 1 495 milhões de euros.

Agência de rating S&P revê notação da Brisa de BBB paraBBB-, com outlook stable.

JUN

Brisa celebra acordo, com os restantes accionistas, paraa alienação de 6% do capital da brasileira CCR e detodas as participações relacionadas. No âmbito desteacordo,a Brisa fica livre para proceder à alienação dolote remanescente de acções ordinárias da CCR por sidetidas, representativas de 10,35% do capital social daempresa.

JUL

Agência de rating Fitch atribui notação de rating delongo prazo à Brisa de BBB+ com rating watchevolving, tendo por base o impacto da ReorganizaçãoSocietária.

SET

Brisa concretiza, nos termos anteriormente anunciados,a alienação de 6% do capital da CCR, por um valor decerca de 430 milhões de euros.

OUT

Brisa procede à alienação de mais 15,1 milhões deacções da CCR, ao preço unitário de aproximadamente46 Reais, numa transacção de cerca de 300 milhões deeuros.

NOV

8º Investors’ Day da Brisa

DEZ

Brisa procede à alienação de cerca de 30 milhões deacções da CCR, ao preço unitário de cerca de 43 Reais, oque corresponde a uma transacção de cerca de 478milhões de euros. Com esta operação, a Brisa conclui avenda da totalidade da participação de 16,35%,quedetinha no início do ano no capital da CCR, por ummontante total de cerca de 1,2 mil milhões de euros.

Após a realização da Assembleia-Geral extraordinária de17 de Dezembro, a Brisa conclui o processo dereorganização societária, que vinha sendo preparado aolongo dos últimos dois anos. Com a concretização destaoperação passam a ser atribuídos às emissões deobrigações da Brisa – Concessão Rodoviária, S.A. osratings A-, pela Fitch, e Baa1, pela Moody’s.

BRISA 2010

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 001 INTRODUÇÃO

PERFIL BRISACom 39 anos de actividade, a Brisa Auto-Estradas é uma dasmaiores operadoras de auto-estradas do mundo e a maior empresade infra-estruturas de transporte em Portugal.

Fundada em 1972, a Brisa detém em Portugal seis concessõesrodoviárias - Brisa, Atlântico, Brisal, Douro Litoral, Baixo Tejo eLitoral Oeste, que integram 23 auto-estradas. A concessão Brisadestaca-se por abranger um total de 1 116 km, distribuídos por 12auto-estradas que cobrem o país de Norte a Sul e de Leste a Oeste.

Internacionalmente, a Brisa controla a concessão Northwest Parkway,nos EUA, o primeiro activo detido no continente norte-americano.

Na experiência internacional da Brisa inclui-se ainda aparticipação, desde 2001, no capital da maior operadora de infra-estruturas da América Latina, a brasileira CCR -Companhia deConcessões Rodoviárias. Em 2010, a Brisa procedeu à alienação daparticipação que detinha na CCR, realizando um encaixe financeirolíquido superior a 1,1 mil milhões de euros.

Para apoiar a sua actividade, a Brisa detém outras empresas deserviços rodoviários, destacando-se a Brisa Operação eManutenção (Brisa O&M), que garante as operações de todas asconcessionárias nacionais do Grupo. A Via Verde, um dos produtosmais emblemáticos da Brisa, é um serviço de pagamentoelectrónico da tarifa relativa à quilometragem percorrida em auto-estrada, por débito automático na conta bancária do utilizador.

Presente no mercado de capitais há mais de uma década, a Brisaestá cotada na Euronext Lisboa e integra o seu principal índice, oPSI 20. No final de 2010, apresentava uma capitalização bolsistaacima dos 3 000 milhões de euros.

A Brisa integra também o índice Euronext 100, que reúne asmaiores empresas de França, Holanda, Bélgica e Portugal, oBloomberg European 500, que congrega as 500 empresaseuropeias com maior capitalização bolsista e o FTSE4Good,referência europeia no que respeita à Responsabilidade Social.

CONCLUSÃO DA REORGANIZAÇÃOSOCIETÁRIA

A Brisa concluiu em 22 de Dezembro de 2010 uma reorganizaçãosocietária cuja implementação foi inicialmente aflorada na AssembleiaGeral de Accionistas de 2009. Para a conclusão da referidareorganização foi fundamental o trabalho desde então desenvolvidocom múltiplas contrapartes, designadamente o Concedente, o BancoEuropeu de Investimento e demais parceiros financeiros, as agênciasde rating e as autoridades reguladoras e de supervisão.

O processo de reorganização societária implementado pela Brisaassentou, entre outros aspectos, na autonomização da actividade deconcessionária de auto estradas por si desenvolvida ao abrigo docontrato de concessão que se rege pelas bases anexas ao Decreto-Leinº 294/97, de 24 de Outubro, na redacção que lhe foi dada peloDecreto-Lei nº 247-C/2008, de 30 de Dezembro e cuja minuta foiaprovada pela Resolução do Conselho de Ministros nº 198-B/2008, de31 de Dezembro, com a consequente criação de uma sociedadeveículo exclusivamente dedicada ao exercício da mesma. Com efeitoa Brisa, nos termos e ao abrigo do disposto na Base XLII anexa aocitado diploma legal e na cláusula 40 do aludido contrato deconcessão, transferiu para a Brisa Concessão Rodoviária S.A. (BCR)-uma sociedade por si totalmente dominada - a posição deconcessionária que detinha naquele contrato. Esta operação incluiu atransferência, para a BCR e mediante aumento de capital por

ESTRUTURA APÓSA REORGANIZAÇÃO

RESERVA FINANCEIRASUPORTE ÀS NECESSIDADES FINANCEIRASSUPORTE À POLÍTICA DE DIVIDENDOSNECESSIDADES DE RECAPITALIZAÇÃOOPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO

BCR

BCR

PERFIL FINANCEIRO FORTEPLATAFORMA FINANCEIRA SÓLIDA PARA ACESSO A FINANCIAMENTO

OUTRAS CONCESSÕES

BRISAL | DOURO | ATLÂNTICO | BAIXO TEJOLITORAL OESTE | OUTROS ACTIVOSPROJECT FINANCE COM AMORTIZAÇÃO GRADUAL E BAIXO RISCODE REFINANCIAMENTOFINANCIAMENTO DE LONGO PRAZO

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entradas em espécie realizado e subscrito em 22 de Dezembro de2010, da totalidade dos activos e passivos afectos ao exercício dasactividades compreendidas no objecto do referido contrato deconcessão, nomeadamente Know-how, pessoal, posições contratuaise equipamento, passando a BCR a assumir a qualidade deconcessionária e a ocupar-se, com carácter de exclusividade, daexploração e manutenção da rede viária que tinha sidoconcessionada à Brisa. Em relação à componente de passivos, edesignadamente em relação à dívida, foram por esta via transferidasas emissões obrigacionistas efectuadas ao abrigo de um programaEuro Medium Term Note (EMTN), empréstimos bancários concedidospelo BEI, uma operação de titularização de créditos e diversas linhasde crédito junto de instituições bancárias nacionais e internacionais.Para além da dívida transferida, foram igualmente transferidasposições contratuais em algumas operações de derivados decobertura de risco de taxa de juro e algumas garantias bancárias.

Para além desta importante etapa, será útil relembrar que oprocesso de reorganização contemplou outros passos necessáriosà implementação da estrutura final pretendida, designadamente:

• A autonomização de parte da actividade de operação emanutenção exercida pelo Grupo Brisa e respectiva afectação àBrisa O&M, S.A., sociedade integralmente dominada pela Brisa(esta componente foi concretizada em Dezembro de 2009);

• A autonomização da actividade de inovação e desenvolvimento doGrupo Brisa e respectiva transferência para à Brisa Inovação eTecnologia, S.A., sociedade integralmente dominada pela Brisa (estacomponente foi também concretizada em Dezembro de 2009);

• A reorganização das sociedades operacionais do Grupo Brisa (jáexistentes ou entretanto constituídas), através da criação deestruturas intermédias de detenção de participações para aexploração dos diferentes ramos de actividade e áreas de negócio;

• A manutenção da Brisa Auto-Estradas de Portugal, S.A. enquantovértice do Grupo, como sociedade cotada, aberta ao investimentopúblico, e desenvolvendo actividades operacionais próprias.

• A conclusão da reorganização societária, ao melhorar a eficiênciaorganizacional, tanto na vertente operacional como financeira,permite potenciar a implementação de um novo modelo de gestãodirigido à concretização da estratégia de desenvolvimento, não sóda concessão Brisa como também das diferentes áreas de negóciodo Grupo Brisa, garantindo estabilidade para a prossecução dessamesma estratégia numa óptica de longo prazo.

Será importante referir que, associada à transferência da dívidapara a BCR, foi implementado um novo pacote contratual, no qualforam agregados os termos e condições comuns aplicáveis à dividafinanceira da BCR, independentemente de ser contratada nomercado bancário ou emitida no mercado de capitais. Este novopacote contratual inclui uma estrutura de covenants e garantiascom algumas semelhanças em relação à existente noutrosprojectos de infra-estruturas rodoviárias, designadamente:

• O cumprimento de rácios e de deveres de informação adicionais;

• Restrições ao exercício de outras actividades;

• A contratação de dívida adicional sujeita a mecanismos decontrolo específicos;

• A criação de contas de reserva destinadas a assegurar, entreoutros, o cumprimento do serviço da dívida;

• A constituição de penhor sobre acções, contas bancárias e bensda BCR a favor dos credores;

• A celebração de um Acordo Directo com o Estado/Concedente.

Este conjunto de obrigações contratuais asseguram um efectivo

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 001 INTRODUÇÃO

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 001 INTRODUÇÃO

“ring-fencing” da concessão Brisa, passando a exposição creditíciados financiadores da BCR a ser unicamente a esta concessão, comconsequente melhoria e estabilidade do respectivo rating, o qualpassou a ser de A- (Stable) pela Fitch e BBB+ (Stable) pela Moody’s.

Por outro lado, e numa perspectiva mais exógena, a concretização domodelo de reorganização, ao associar à concessão Brisa uma estruturacontratual algo similar às restantes concessões (ou subconcessões,conforme o caso) permitiu um mais ajustado enquadramento daconcessão Brisa na política de harmonização do sector rodoviáriodesenvolvida pelo Estado Português, garantindo também, através daexistência de uma equipa de gestão dedicada, um maior enfoque nagestão da concessão e na relação com o Concedente.

Destacam-se as seguintes vantagens decorrentes daimplementação deste novo modelo de organização do Grupo Brisa:

Permite que a nova BCR venha a ter um rating estável e fortecomo foi reconhecido pela Moody’s (Baa1) e pela Fitch (A-).Merece destaque o facto desta classificação ter sido obtida numcontexto de grande instabilidade financeira internacional que tende apenalizar as análises de risco feitas pelas agências e, sobretudo, numaconjuntura de degradação do rating da República Portuguesa. Oreconhecimento pelas agências do ring-fencing proporcionado pelaestrutura financeira inovadora da BCR foi crucial para a obtençãodeste resultado em termos de notações de rating.A existência de umaBCR financeiramente forte, com um rating estável, é fundamentalpara assegurar o acesso futuro aos mercados de dívida internacionaisproporcionando capacidade de refinanciamento particularmenteimportante nas condições de mercado actuais.

Renegociação do financiamento com o Banco Europeu deInvestimento. Foi possível, graças ao ring-fencing da BCR, negociarcom o BEI a transferência dos financiamentos contratados pela Brisa

Auto-Estradas de Portugal S.A. para a BCR no montante de € 780milhões. Em simultâneo com a transferência, foi negociada com o BEIa consolidação dos 16 contratos de financiamento existentes numúnico e uma extensão substancial da sua maturidade, até 2030. Estarenegociação permitiu reduzir em cerca de € 275 M o reembolso dedívida ao BEI nos próximos 5 anos.

Contribui para a estabilidade da política de dividendos daBrisa. Na medida em que reduz a incerteza em relação àcapacidade de refinanciamento no futuro e diminui a pressão paraa redução da dívida do Grupo a médio prazo, contribuí para ocumprimento da política de distribuição de dividendos divulgadapelo Grupo Brisa.

Permite potenciar a concretização de oportunidades decrescimento. A diminuição da pressão para a redução da dívida anível consolidado, permite que uma fatia maior dos recursosdisponíveis possa ser afecta a investimentos criadores de valorpara os accionistas.

Proporciona uma maior visibilidade dos vários activos e doseu cash-flow. Permite que o Grupo Brisa adopte, em temosorganizacionais, uma estrutura compatível com o seuposicionamento de gestor de um portfólio de Concessões.

Vai permitir aumentar a eficiência das várias áreas denegócio. Através de uma melhor definição de prioridades eobjectivos e do reforço das competências centrais e específicas acada negócio.

Aumento da eficiência na gestão da Concessão Brisa. Maiorenfoque na optimização da operação e na gestão da relação como Concedente assegurada por uma equipa de gestão dedicada.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 001 INTRODUÇÃO

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A Brisa viveu um ano especial em 2010, atingindo concretizaçõessignificativas. Se, por um lado, o Grupo foi afectado pela conjunturamacroeconómica muito difícil que dominou a agenda de Portugal, poroutro, foram realizadas profundas transformações que potenciam acompetitividade, a solidez e o crescimento da empresa.

Conjuntura macroeconómicadifícilA nossa actividade foi afectada por um conjunto de factores externos,em que a instabilidade dos mercados financeiros internacionais e oagravamento do risco soberano, assumiram uma importância central.Ao nível financeiro assistimos no mercado de capitais a umaexcessiva correlação entre o aumento do risco soberano de Portugale o desempenho negativo da acção Brisa.Ao nível económico observámos aumentos generalizados nosimpostos directos e indirectos, bem como dos preços das matérias-primas. Estes, em conjugação com o reaparecimento da inflação e oaumento dos custos de financiamento contribuíram para uma fortediminuição do rendimento disponível das famílias. O trafego nasredes Brisa ressentiu-se desta diminuição e registou uma quebra de3% em 2010. No entanto, parte desta quebra é atribuível ao impactoda concorrência nos primeiros 9 meses das SCUTS.

Melhoria da eficiênciaoperacional

A operação foi uma das áreas que registou maiores transformações.A busca de uma maior eficiência de processos e de sistemas deuorigem a um novo sistema de pagamento de portagens na Brisa – aVia Manual. A face mais visível deste sistema é a máquina depagamento semiautomático, através da qual o condutor podeproceder ao pagamento da portagem de uma forma manual,utilizando qualquer um dos meios de pagamento. Este projecto traráà cobrança de portagens uma maior eficiência, permitindo ganhosfuturos consideráveis.

Outro evento relevante para a nossa eficiência operacional foi aintrodução de portagens reais nas SCUT do Norte do País. A adopçãoda cobrança electrónica de portagens nestas auto-estradas contribuiupara um crescimento significativo do número de aderentes à Via Verdee para o aumento do número de transacções totais realizadas, comimpacto positivo nos custos por transacção suportados pelasconcessionárias. No total, a Via Verde passou a estar presente em maistrês auto-estradas, as quais abrangem mais 173 km com portagens.Com a conversão de mais quatro SCUTs, agendada para 2011, a ViaVerde deverá duplicar o número de transacções, consolidando o seupapel como a referência nacional de cobrança de portagens.

A Brisa prosseguiu entretanto o trabalho iniciado na gestão dosconsumos de energia, água e combustíveis e das emissões de CO2.Neste sentido, o Grupo passou a recorrer a um Índice de EcoeficiênciaBrisa, o qual mede a racionalidade da nossa operação conjugada comos respectivos impactos. Para além de ser uma ferramenta deeficiência e de gestão de riscos fundamental para o Grupo, este índicedeverá constituir a base para a avaliação do desempenho da Brisanos principais eixos da gestão ambiental.

Gestão dinâmica da carteira

A par do trabalho realizado na busca de processos e soluções maiseficientes, o Grupo continuou a dar passos assinaláveis naconcretização da sua estratégia de crescimento.

A assinatura do contrato de concessão do troço Poceirão-Caia, daRede de Alta Velocidade, entre o consórcio ELOS e o Estado, marca atransformação da Brisa, de operador de infra-estruturas rodoviáriasem operador de infra-estruturas globais de transporte, numa obraque envolve a construção de 167 km de linha de Alta Velocidade e uminvestimento de 1,5 mil milhões de Euros.

A venda da posição na participada brasileira CCR – Companhia deConcessões Rodoviárias, concluída em 15 de Dezembro, foi ummomento-chave de viragem do posicionamento internacional.Após terdesenvolvido uma operação de dez anos de sucesso em parceria comsócios locais, a Brisa decidiu sair do Brasil por não ser possívelconsolidar a sua participação minoritária, realizando um encaixefinanceiro líquido superior a € 1,1 mil milhões. Este negócio cria condi-ções para a Brisa replicar, noutras geografias, o mesmo modeloaplicado no Brasil.

Após análise das diferentes oportunidades existentes, elegemos aÍndia e a Turquia como os mercados prioritários para a nossaactividade internacional. A constituição da joint-venture FeedbackBrisa Highways, na índia, no final de Novembro, é prova dodinamismo desta nova fase de crescimento no exterior.

Ainda no domínio da gestão de activos merece destaque o diálogoque a Brisa manteve com o Estado, no sentido de adaptar asConcessões Brisal e Douro Litoral ao modelo de subconcessão(receitas por disponibilidade), da empresa de capitais públicos EP -Estradas de Portugal.

Conclusão da ReorganizaçãoSocietária

A maior transformação foi, contudo, aquela que resultou dareorganização da estrutura societária do Grupo Brisa, cujo aspectofulcral foi a transferência da concessão Brisa, os seus activos e passivospara um veículo próprio, a BCR-Brisa Concessão Rodoviária. Esteprocesso iniciado após a revisão do contrato de concessão da Brisa, emDezembro de 2008, envolveu ainda a autonomização de áreas denegócio, a integração de competências em novas participadas e aredistribuiu dos recursos humanos que dão vida ao Grupo.

A nova estrutura corportativa marca uma nova fase da história daBrisa, em particular pelas suas implicações na estrutura financeira doGrupo. A reorganização resultou num reforço da solidez financeira eda notação rating e maiores eficiência na gestão dos activos evisibilidade dos cash flows, permitindo uma opção pelo crescimentosustentado, em conjunto com a definição de uma política deremuneração accionista estável, a qual deverá ser no mínimo 31cêntimos por acção nos próximos cinco anos.

A Brisa entra, assim, em 2011, dotada de uma nova estruturasocietária, financeiramente mais sólida, com uma organizaçãooperacional mais eficiente e flexível e com um potencial acrescido dedesenvolvimento. Acreditamos ter construído, deste modo, as basespara uma política de dividendos estável e motivadora de crescimento.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 001 INTRODUÇÃO

001MENSAGEM DO PRESIDENTE

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 001 INTRODUÇÃO

ENQUADRAMENTOMACROECONÓMICO

Os sinais de recuperação económica mundial registados no final de2009 concretizaram-se em 2010, tendo o Produto Interno Bruto(PIB) mundial registado um crescimento de 4,6%. O ritmo daretoma foi no entanto abrandando ao longo do ano, à medida queos factores temporários de crescimento, nomeadamente osestímulos orçamentais dos governos, foram desaparecendo semdarem lugar a uma dinâmica de crescimento auto-sustentável. Peloseu lado, as economias emergentes estão também a crescer a umritmo mais controlado, embora mais sustentável, o que deixaantever uma retoma moderada no curto prazo.

Ao longo de 2010, as principais Bolsas mundiais continuaram atrajectória ascendente iniciada em 2009, superando os níveis pré-crise financeira, com destaque para o índice alemão DAX, oamericano DOW JONES IA e o britânico FTSE100, que valorizaram14%, 9% e 9%, respectivamente. A Bolsa portuguesa registou umcomportamento inverso, com o PSI 20 a acumular perdas de 10%durante o ano, espelhando o aumento do risco da dívida soberanae o seu efeito nas empresas portuguesas.

EUROPA E PORTUGAL

A evolução da economia da Zona Euro em 2010 foi encorajadora,com o PIB a registar um crescimento surpreendentemente positivo(1,7% vs. -4,1 em 2009). Ao contrário do que se previa – umarecuperação assente em factores temporários, como o ajustamento

de stocks e as medidas de estímulo adoptadas - a retomaeconómica na UE está a concretizar-se em conformidade com ascaracterísticas de anteriores recuperações: Numa primeira fase,ancorada nas exportações, que têm registado um fortecrescimento; Numa segunda fase, que está agora a iniciar-se, como aumento das exportações a estimular o investimento.

A fase subsequente, de criação de emprego, ainda não começou,uma vez que o mercado de trabalho reage com algumdesfasamento temporal. Em 2010, a taxa de desemprego na ZonaEuro superou os 10% e espera-se que as condições gerais destemercado permaneçam frágeis, em resultado do fim dos incentivostemporários e dos ajustamentos estruturais em curso, em especialno Sector Público. Neste contexto, a inflação manteve-secontrolada (1,5% em 2010), apesar do aumento dos preços dasmatérias-primas e da fiscalidade indirecta em alguns Estados-Membros.

Como resposta às medidas de consolidação orçamental adoptadas eàs políticas estruturais para promover o crescimento sustentável, osdéfices públicos começam a diminuir. No entanto, a evolução nosdiferentes Estados-Membros é díspar, o que, aliado ao abrandamentoda actividade mundial e ao fim dos incentivos temporários, limita asperspectivas de curto prazo para a economia da UE.

A economia portuguesa caracteriza-se por uma baixaprodutividade e competitividade e por uma extrema dependênciaexterna, tanto comercial como financeira, pelo que a sua evoluçãotem sido financiada com recurso a um crescente endividamentoexterno.

2007 2008 2009 2010

ZONA EURO

PIB 2,9 0,4 -4,1 1,7

INFLAÇÃO 2,1 3,3 0,3 1,5

DESEMPREGO 7,5 7,5 9,5 10,1

EUA

PIB 7,9 0,0 -2,7 2,7

INFLAÇÃO 2,7 3,3 0,2 1,7

DESEMPREGO 4,6 53,8 9,3 9,6

PORTUGAL

PIB 2,4 0,0 -2,6 1,3

INFLAÇÃO 2,4 2,7 -0,9 1,4

DESEMPREGO 8,1 7,7 9,6 10,5

Fonte: Previsões de Outono da UE, Novembro 2010

PRINCIPAIS INDICADORES MACROECONÓMICOS

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 001 INTRODUÇÃO

Neste enquadramento, a contracção dos principais parceiroseconómicos, a deterioração do mercado de trabalho e a ausênciade reestruturação de alguns sectores-chave, atingiram fortementeas Finanças Públicas e colocaram Portugal sob apertadadesconfiança dos mercados financeiros, com imediataconsequência nas taxas de juro da Dívida Pública. Para aliviar apressão, o Governo anunciou dois pacotes de medidas deausteridade, em Maio e Setembro, algumas das quaisimplementadas ainda em 2010.

Apesar de tudo, em 2010 o PIB terá apresentado um crescimentode 1,25%, construído essencialmente no 1º semestre do ano,quando o consumo privado beneficiou de reduzidas taxas de jurose antecipou a subida do IVA.

PETRÓLEO E COMBUSTÍVEIS RODOVIÁRIOS

Em 2010, apesar da elevada volatilidade do preço do petróleo -que oscilou entre mínimos de USD 70, registados várias vezes aolongo do ano, e os USD 90 do final de Dezembro – a subida faceàs cotações do inicio do ano foi muito inferior à verificada em2009: 12% vs. 70%. A média das cotações do Brent situou-se emUSD 79,5, o que representa um acréscimo de 28% em relação a2009. Na Zona Euro, o aumento do preço do petróleo ao longo doano foi de 17% (de EUR 80 para EUR 94 por barril), por efeito daevolução do USD face ao EUR, que em 2010 sofreu uma apreciaçãode 7%.

Em 2010, à semelhança do verificado na generalidade dascommodities, o preço do petróleo, no mercado americano,apresentou uma estabilidade não conhecida em anos anteriores.De facto, depois de em 2008 e 2009 ter registado amplitudes entremínimos e máximos de 360% e 140%, respectivamente, em 2010variou entre o mínimo de USD 66 em Maio e o máximo de USD 91em Dezembro, uma variação global inferior a 40%. Assistiu-se,portanto, a uma menor volatilidade e a uma gradual fixação dopreço do petróleo em níveis elevados, com o preço médio a subirpara perto dos USD 80 em 2010. O preço do petróleo, na ZonaEuro, acompanhou a tendência descrita anteriormente, variandoentre o mínimo de EUR 70 e o máximo de EUR 94 por barril.

MERCADO AUTOMÓVEL

Em 2010, o mercado automóvel da União Europeia pré-alargamento a leste (UE15), manteve a tendência de decréscimodos últimos anos, acumulando uma quebra de 36% desde 2008. Avenda de automóveis, nas maiores economias mundiais, tem-sesituado abaixo da tendência de longo prazo, o que indicia um riscolimitado de persistência da evolução negativa das vendas. EmPortugal verificou-se uma recuperação das vendas para os níveisde 2008 (270 000 veículos), explicada pela antecipação deaquisições, motivada pelo aumento do IVA em 2011, como ocomprova o crescimento de quase 50% nas vendas em Dezembroface ao mês anterior.

4,0

2,0

0,0

-2,0

-4,0

-6,0

TAXA DE CRESCIMENTODO PIB (%)

2007

Zona Euro EUA PortugalFonte: Banco de Portugal

2008 2009 2010

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12

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 001 INTRODUÇÃO

1,70

1,60

1,50

1,40

1,30

1,20

1,10

1,00

0,90

0,80

EVOLUÇÃO DO PREÇO MÉDIODOS COMBUSTÍVEIS RODOVIÁRIOS, 2007-2010

J M M J S N J M M J S N J M M J S N J M M J S N

Média Gasóleo Gasolinas

2007 2008 2009 2010

10%

5%

0%

-5%

-10%

-15%

-20%

-25%

-30%

EVOLUÇÃO DAS VENDASDE VEÍCULOS NOVOS, 2004-2010

Portugal

EU15

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

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13

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 002 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

CO

NC

ESS

ÕE

SR

OD

OV

IÁR

IAS

002

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14

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

002CONCESSÕESRODOVIÁRIAS

CONCESSÕESRODOVIÁRIAS

NO FINAL DO ANO DE 2010, O MERCADO PORTUGUÊSDETINHA 21 CONCESSÕES ROVOVIÁRIAS, ABRANGENDOCERCA DE 3 000 QUILÓMETROS COM PERFIL DE AUTO-ESTRADA. DESTE TOTAL, A BRISA, ATRAVÉS DE SEISCONCESSÕES RODOVIÁRIAS, ASSUME A GESTÃO DE CERCADE METADE DOS QUILÓMETROS, DISTRIBUÍDOS DA FORMASEGUINTE:

1.A Brisa Concessão Rodoviária (100% Brisa), com uma rede queintegra 11 auto-estradas e um total de 1 116 km concessionados.Esta concessão termina em 2035;

2.Auto-estradas do Atlântico (50% Brisa), que detém a concessãode duas auto-estradas (A8 e A15), num total de 170 km. Estaconcessão termina em 2028;

3.Litoral Centro (Brisal) (70% Brisa)que detém a Auto-estradaLitoral Centro (A17), com 93 km. Esta concessão termina em 2034;

4.Douro-Litoral (45% Brisa), uma concessão de 3 auto-estradas(A32, A41 e A43), que compreende um total de 129 km. Estaconcessão termina em 2034;

5.Baixo Tejo (30% Brisa), concessão atribuída em Janeiro de 2009e situada na margem Sul do Rio Tejo, com um total de 68 km Estaconcessão terminam em 2038;

6.Litoral Oeste (15% Brisa), concessão atribuída em Fevereiro de2009 e situada na Região Oeste, estendendo-se para Este, ligandoa A1 (Concessão Brisa) à A17 (Concessão Brisal) e à A8 (ConcessãoAtlântico). Total de 112 km, dos quais 19 km com portagem. Estaconcessão termina em 2038.

CONCESSÃOBRISAA rede concessionada à BCR integra 12 auto-estradas, com umtotal de 1 101,9 km, sem contar com a quilometragem do futuroacesso ao Novo Aeroporto de Lisboa.

Com a rede praticamente construída, encontram-se actualmenteem exploração directa 11 auto-estradas, num total de 1 094,6 kmem operação, sendo 1 012,8 km constituídos por sublanços comportagens.

A finalização da rede realizar-se-á com a construção da A33,correspondente ao acesso ao Novo Aeroporto de Lisboa. Na redeem operação estão incluídas as ligações às plataformas logísticasde Lisboa Norte e Poceirão e ao Alto da Guerra, na EN10, ainda emfase de construção.

A rede cobre o pais de Norte a Sul e Este a Oeste, abrangendo osseus principais eixos rodoviários - corredor litoral e ligação Lisboa-Madrid. Inclui também importantes vias radiais e circulares dasÁreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto. De acordo com oContrato de Concessão, negociado com o Estado Português, aConcessão termina em 2035.

ALARGAMENTOS, EXPANSÃO ECONSERVAÇÃO

De acordo com o Contrato de Concessão, sempre que o TráfegoMédio Diário (TMD) de um sublanço seja superior a 35 000veículos ou a 60 000 veículos, este deverá ser alargado,respectivamente, de duas para três vias e de três para quatro viasem cada sentido.

Em 2010 foram concluídos os alargamentos para 2x3 vias nosublanço Estarreja–Feira da A1 (Auto-estrada do Norte), e dossublanços Coina–Palmela A2/A12 da A2 (Auto-Estrada do Sul).Concluiu-se também a última parte do alargamento para 2x4 vias nosublanço Águas Santas–Maia da A3 (Auto-estrada Porto/Valença).

Estão em curso os alargamentos de cerca de 13,8 km no sublançoMaia-Santo Tirso da A3 (Auto-estrada Porto/Valença) e no sublançoValongo-Campo da A4 (Auto-estrada Porto/Amarante).

Em relação aos novos investimentos previstos contratualmente, em2010, prosseguiu o desenvolvimento do estudo do acesso àplataforma logística do Poceirão e foi concluído o projecto do Nóde Soure. Foi ainda iniciada a construção do acesso à plataformalogística de Lisboa Norte, em Castanheira do Ribatejo, e da ligaçãoao Alto da Guerra (A12–EN10, em Setúbal).

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15

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

AUTO-ESTRADAS EXTENSÃO (KM)

COM PORTAGEM SEM PORTAGEM TOTAIS 2X2 VIAS 2X3 VIAS 2X4 VIAS

A1 – AUTO-ESTRADA DO NORTE 277,8 17,4 295,2 160,6 127,3 7,3

A2 – AUTO-ESTRADA DO SUL 225,2 9,6 234,2 202,8 32,0

A3 – AUTO-ESTRADA PORTO/VALENÇA 101,3 11,5 112,8 104,4 8,4

A4 – AUTO-ESTRADA PORTO/AMARANTE 48,3 3,0 51,3 51,3

A5 – AUTO-ESTRADA DA COSTA DO ESTORIL 16,9 8,1 25,0 3,8 21,2

A6 – AUTO-ESTRADA MARATECA/ELVAS 138,8 19,1 157,9 157,9

A9 – CIRCULAR REGIONAL EXTERNA DE LISBOA 34,4 34,4 34,4

A10 – AUTO-ESTRADA BUCELAS/CARREGADO/IC3 39,8 39,8 7,4 32,4

A12 – AUTO-ESTRADA SETÚBAL/MONTIJO 24,8 24,8 5,2 19,6

A13 – AUTO-ESTRADA ALMEIRIM/MARATECA 78,7 78,7 78,7

A14 – AUTO-ESTRADA FIGUEIRA DA FOZ/COIMBRA NORTE 26,8 13,1 39,9 39,9

TOTAL 1012,8 81,8 1094,6 812,0 266,9 15,7

CARACTERÍSTICASDA CONCESSÃO BRISA EM 2010

AUTO-ESTRADAS EXTENSÃO (KM) TIPO

A 3 - AUTO-ESTRADA PORTO/VALENÇA

SUBLANÇO MAIA – SANTO TIRSO 12,8 2X3

A 4 - AUTO-ESTRADA PORTO/AMARANTE

SUBLANÇO VALONGO - CAMPO 1,0 2X3

ALARGAMENTOS EM FASEDE CONSTRUÇÃO EM 2010

13

INDICADORESECONÓMICOS

1

Milhões de Euros523,6

Milhões de Euros386,473,80%

RESULTADO EBITDA

MARGEM EBITDA

NÚMERO DE TRABALHADORES

PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO

1 Valores pro forma

Ao nível da conservação, para além de diversas intervençõeslocalizadas, destaca-se a conclusão das seguintes empreitadas debenefício e reforço do pavimento:

• Obras de beneficiação / reforço do pavimento do trecho Nó deSacavém-Viaduto do Trancão, do sublanço Sacavém-São João daTalha da A1 (Auto-estrada do Norte);

• Obras de beneficiação do pavimento no sublanço GrândolaNorte-Grândola Sul, sentido Sul/Norte da A2 (Auto-estrada doSul);

• Obras de beneficiação do pavimento nos sublanços BragaOeste–EN 201-Ponte de Lima Sul da A3 (Auto-estradaPorto/Valença).

Em 31 de Dezembro de 2010, estavam ainda em curso, asempreitadas para as obras de beneficiação do pavimento nossublanços Alcácer do Sal-Grândola Norte da A2 (Auto-estrada doSul) e Montijo-Pinhal Novo da A12 (Auto-estrada Setúbal/Montijo).

Prosseguiram as inspecções periódicas às infra-estruturas bemcomo a auscultação de pavimentos cuja informação, depois deintroduzida no sistema de Gestão de Pavimentos ou de Obras deArte, serve de apoio aos estudos de beneficiação e reforço dosmesmos. Continuou também a instalação progressiva de barreirasacústicas ao longo da rede.

De salientar, por último, a introdução de um novo tipo de viamanual de pagamento semiautomática que, com um elevado nívelde fiabilidade na cobrança, aumenta a disponibilidade de

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16

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

TIPO DE INVESTIMENTO 2005 2006 2007 2008 2009 2010

NOVOS LANÇOS 154,3 200,9 110,6 9,2 2,5 15,2

PROJECTOS COMPLEMENTARES1 64,2 56,8 54,5 73,5 60,1 51,9

OUTROS 39,6 31,5 17,9 21,7 13,4 17,6

TOTAL 258,1 289,2 183,0 104,4 76,0 84,7

1Reporta-se, fundamentalmente, a alargamentos.

INVESTIMENTO DIRECTO NA CONCESSÃO BRISA

atendimento nas praças de portagem. Trata-se de um equipamentoque mantém todas as funcionalidades da via manual:

• Todos os meios de pagamento estão disponíveis

• Assistência permanente através de câmaras de vídeo e contactode voz

• Emissão de facturas

Em 2010, este equipamento foi instalado em 249 vias de 84barreiras de portagem da rede BCR, o que representou uminvestimento de cerca de 11,9 milhões de euros.

INVESTIMENTO DIRECTO NA REDE

O investimento directo na rede da Concessão Brisa totalizou 84,7milhões de euros. A parcela mais importante foi canalizada para oalargamento de sublanços, no montante de 56,5 milhões de euros.

TRÁFEGO NA CONCESSÃO BRISA

Em 2010, o Tráfego Médio Diário (TMD) na Concessão Brisa foi de19 178 veículos, o que representou uma diminuição anual de 2,9%em relação ao ano anterior. O facto de um sublanço adicional daCircular Sul de Braga ter sido integrado na A3 explica a diferençaentre a variação do TMD e da Circulação Total.

Esta evolução resultou da conjuntura económica desfavorável, quese vem sentindo desde 2008, bem como do impacto daconcorrência e da canibalização de que a Concessão Brisa foi alvo.

Estes dados vêm demonstrar a resiliência do tráfego, cujodecréscimo do TMD, mesmo com efeitos exógenos, foi muito menordo que queda do PIB.

A conclusão, em Setembro de 2009, da Concessão Costa de Prata(com a abertura ao tráfego do sublanço Angeja–Estarreja), veioconsolidar e prolongar o corredor viário Norte-Sul referido epermitiu uma nova ligação Lisboa-Porto por auto-estrada. Estenovo corredor afectou negativamente os resultados da A1 (Auto-estrada do Norte), durante os primeiros noves meses de 2010,contribuindo para o agravamento dos resultados globais daConcessão Brisa.

Entre o fim de Janeiro e o início de Março, o sublanço A9/A16-Radial Pontinha da A9 (CREL-Circular Regional Exterior de Lisboa),esteve cortado ao tráfego, devido a um deslizamento de terras.Embora tenha sido um incidente localizado, afectou negativamente

os resultados de toda a auto-estrada, contribuindo igualmentepara o agravamento dos resultados da Concessão Brisa.

Na segunda quinzena de Outubro teve início a cobrança deportagens nas concessões Costa de Prata, Grande Porto e NorteLitoral, que até então eram estradas sem custos para o utilizador(SCUT). Com a introdução da cobrança de portagens registou-seuma redução na procura destas concessões, tendo parte da procurasido repartida entre as vias existentes na sua envolvente. A A1(Auto-estrada do Norte), a A3 (Auto-estrada Porto/Valença) e A4(Auto-estrada Porto/Amarante) foram as auto-estradas daConcessão Brisa que registaram um maior efeito positivo, ao teremcaptado parte do tráfego que deixou de circular nas concessõesCosta de Prata, Grande Porto e Norte Litoral.

ANÁLISE POR AUTO-ESTRADA

Quando comparada com 2009, a evolução da circulação por auto-estrada alterou os pesos relativos de cada via na rede comportagem da Brisa.

DECOMPOSIÇÃO CRESCIMENTO 2009-2010

TRÁFEGO MÉDIO DIÁRIO -2,9%

CIRCULAÇÃO TOTAL -2,8%

EVOLUÇÃO DO TMD E CIRCULA-ÇÃO NA REDE COM PORTAGEM

DECOMPOSIÇÃO CRESCIMENTO 2009-2010

ORGÂNICO -1,1%

EFEITO SCUTS -1,5%

CORTE DA A9 -0,2%

TOTAL CIRCULAÇÃO -2,8%

CIRCULAR SUL DE BRAGA -0,1%

TOTAL TMD -2,9%

EVOLUÇÃO DO TRÁFEGOMÉDIO DIÁRIO (TMD)

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17

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

5,0%

4,0%

3,0%

2,0%

1,0%

0,0%

-1,0%

-2,0%

-3,0%

-4,0%

-5,0%

-6,0%

-7,0%

-8,0%

-9,0%

-10,0%

CRESCIMENTO ANUAL DACIRCULAÇÃO POR AUTO-ESTRADA

A1

-3,3%

A2

-3,4%

A3

0,9%

A4

2,2%

A5

-1,3%

A6

-1,9%

A9

-9,0%

A10

-4,8%

A12

-3,5%

A13

-4,8%

A14

-1,5%

TOTAL

-2,8%

50%

40%

30%

20%

10%

0%

PESO RELATIVO DA CIRCULAÇÃODE CADA AUTO-ESTRADA NA REDE BRISA

2009 2010

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A9 A10 A12 A13 A14

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A A1 (Auto-estrada do Norte) sofreu os efeitos de concorrência daConcessão Costa de Prata, até Setembro de 2010, apesar deparcialmente compensados pela introdução de portagens nestaúltima, no último trimestre do ano

No caso da A9 (CREL), o comportamento negativo deve-seessencialmente ao corte de tráfego ocorrido no primeiro trimestrede 2010, que penalizou igualmente os resultados da A10 (Auto--Estrada Bucelas/Carregado/IC3).

A A3 (Auto-estrada Porto/Valença) e a A4 (Auto-estradaPorto/Amarante) revelaram uma evolução muito favorável,beneficiando da introdução de portagens nas concessões NorteLitoral e Grande Porto, em Outubro de 2010.

ANÁLISE POR CLASSE DE VEÍCULO

A avaliação da distribuição do tráfego por classe de veículos revelauma redução de 6,7% no tráfego de veículos pesados, maisacentuada que a quebra de 2,7% registada nos ligeiros. Este factoconfirma o enquadramento económico desfavorável quecaracterizou o ano passado. Refira-se, no entanto, que os veículospesados representam uma percentagem do tráfego total que rondaapenas os 5%.

A repartição do tráfego por classe de portagem, onde as classes 2a 4 perdem peso relativo face a 2009, confirma a conjunturaeconómica e o impacto negativo do fecho da Concessão Costa dePrata, ao longo de 2010.

18

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

CLASSE 2009 2010

1 82,4% 82,9%

2 12,5% 12,1%

3 0,7% 0,7%

4 4,4% 4,3%

ESTRUTURA DE TRÁFEGOPOR CLASSE DE PORTAGEM

2009ESTRUTURA DE TRÁFEGOPOR TIPO DE VEÍCULO

4,9% 95,1%Pesados Ligeiros

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 10

20105,1% 94,9%Pesados Ligeiros

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 10

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CONCESSÃOATLÂNTICOA Concessão Atlântico compreende a exploração das auto-estradasA8 (Lisboa/Leiria) e a A15 (Caldas da Rainha/Santarém), num totalde 170 km, ambas localizadas na região Oeste de Portugal. A A8liga directamente a Norte, na zona de Leiria, com a A17 (Auto-estrada Litoral Centro), da Concessão Brisal, e a Sul com a A9(CREL), da Concessão Brisa.

A A15 também tem ligação à Concessão Brisa, na zona deSantarém, com a A1 (Auto-estrada do Norte). Esta rede tem umaforte componente urbana, uma vez que serve a região Norte daárea metropolitana de Lisboa. É ainda parte do segundo eixorodoviário Norte-Sul e serve também a zona Oeste, uma das maisdesenvolvidas de Portugal.

Em 2010 foram concluídos os trabalhos de alargamento de 2 para3 vias no sublanço Loures-Malveira na Região de Lisboa. Para2011, está prevista a ligação da A8 ao IC36, na zona de Leiria.

Durante o ano de 2010 foram implementadas vias manuais emtodas as barreiras de portagem da A15 e em algumas da A8. Para2011, está prevista a conclusão da instalação em todas asrestantes barreiras da A8.

TRÁFEGO NA CONCESSÃO ATLÂNTICO

No ano de 2010 o Tráfego Médio Diário (TMD) na ConcessãoAtlântico foi de 16 520 veículos, o que representou uma descidaanual de 2,9% face ao ano anterior.

19

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

220

INDICADORESECONÓMICOS

Milhões de Euros

PROVEITOS OPERACIONAIS

68,947,969,50%

RESULTADO EBITDA

MARGEM EBITDA

NÚMERO DE TRABALHADORES

Milhões de Euros

AUTO-ESTRADA EXTENSÃO (KM)

TOTAIS SEM PORTAGEM COM PORTAGEM 2X2 VIAS 2X3 VIAS

A8 – AUTO-ESTRADA LISBOA/LEIRIA 129,8 26,0 103,8 79,1 50,7

A15 - AUTO-ESTRADA CALDAS DA RAINHA/SANTARÉM 40,2 0 40,2 40,2 0

TOTAIS 170,0 26,0 144,0 119,3 50,7

CARACTERÍSTICASDA CONCESSÃO ATLÂNTICO

TIPO DE INVESTIMENTO 2006 2007 2008 2009 2010

NOVOS LANÇOS 0,2 0,1 0,2 - -

PROJECTOS COMPLEMENTARES 0,6 1,9 0,3 10,9 32,7

OUTROS 0,0 0,0 0,0 0,4 1,3

TOTAL 0,8 2,0 0,5 11,3 34,0

INVESTIMENTO DIRECTONA CONCESSÃO ATLÂNTICO

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Além do impacto da conjuntura económica desfavorável, a procurada Concessão Atlântico foi influenciada positivamente pelaconclusão da Concessão Costa de Prata, em Setembro de 2009, enegativamente pela introdução de portagens nesta mesmaconcessão, em Outubro de 2010.

ANÁLISE POR CLASSE DE VEÍCULO

Contrariamente ao registado na Concessão Brisa, a redução da procurafoi mais acentuada nos veículos ligeiros (-3,0%) do que nos veículospesados (-0,9%).Assim, o peso relativo dos pesados aumentou ligeira-mente para 4,0% do tráfego, contra os 3,9% registados em 2009.

No que diz respeito às classes de portagem, registou-se umaestabilidade do peso de cada classe comparativamente a 2009.

20

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

CLASSE 2009 2010

1 83,5% 83,6%

2 12,6% 12,4%

3 0,8% 0,8%

4 3,2% 3,2%

ESTRUTURA DE TRÁFEGOPOR CLASSE DE PORTAGEM

AUTO-ESTRADA TMD CRESCIMENTO 2009-2010

(REDE COM PORTAGEM) 2010 TMD CIRCULAÇÃO

A8 20 828 -3,2% -3,2%

A15 5 402 0,0% 0,0%

REDE TOTAL 16 520 -2,9% -2,9%

TMD E CRESCIMENTOANUAL 2009–2010

2009ESTRUTURA DE TRÁFEGOPOR TIPO DE VEÍCULO

4,0% 96,0%Pesados Ligeiros

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

20103,9% 96,1%Pesados Ligeiros

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

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CONCESSÃOBRISALA Concessão Brisal integra a auto-estrada A17 (Litoral Centro),com uma extensão total de 92,7 km. Tem um prazo contratualvariável, que varia entre 22 e 30 anos (2034).

Esta concessão está localizada na zona litoral do Continente eintegra o segundo eixo rodoviário Norte-Sul, ligando as duasprincipais cidades de Portugal: Lisboa e Porto. Tem ligação contíguacom a Concessão Atlântico e com a Concessão Brisa, na A14(Figueira da Foz/Coimbra Norte), na região da Figueira da Foz.

Até ao ano da sua conclusão, em 2008, a A17, no lanço MarinhaGrande-Mira, foi sendo incrementada com sucessivas entradas emserviço de ligações parciais. No entanto, o corredor Lisboa-Porto sóficou estabelecido com a abertura, em Setembro de 2009, do lançoAngeja-Estarreja, da Concessão Costa de Prata, situada a Norte econtígua à Concessão Brisal.

A implementação do sistema Via Manual, com o sistema decobrança Via Mais Verde, que dispensa a existência de umabarreira física de cobrança de portagens, permitiu diminuir aindamais os tempos de viagem e aumentou os níveis de conforto e desegurança do cliente. A Brisal apresenta-se assim como umaconcessão totalmente automatizada, representando um exemplode projecto que será gradualmente adaptado pelas restantesconcessões do Grupo Brisa.

Durante o ano de 2010 mantiveram-se conversações com o Estado,tendo em vista a alteração do contrato de concessão.

TRÁFEGO NA CONCESSÃO BRISAL

O Tráfego Médio Diário (TMD) na Concessão Brisal foi de 8425veículos, o que representou uma evolução anual positiva de 3,7%,em comparação com o ano anterior.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

AUTO-ESTRADA EXTENSÃO (KM)

TOTAIS SEM PORTAGEM COM PORTAGEM EM OPERAÇÃO

A17 – MARINHA GRANDE/LOURIÇAL 32,3 - 32,3 32,3

A17 – LOURIÇAL /MIRA 60,4 - 60,4 60,4

CARACTERÍSTICASDA CONCESSÃO BRISAL

TIPO DE INVESTIMENTO 2006 2007 2008 2009 2010

NOVOS LANÇOS 203,9 230,4 51,5 3,4 -

TOTAL 203,9 230,4 51,5 3,4 -

INVESTIMENTO DIRECTONA CONCESSÃO BRISAL

Aveiro

Mira

Cantanhede

CoimbraFigueira da Foz

Pombal

Marinha GrandeLeiria

A8

A17

3

INDICADORESECONÓMICOS

Milhões de Euros

PROVEITOS OPERACIONAIS

26,2

Milhões de Euros14,756,10%

RESULTADO EBITDA

MARGEM EBITDA

NÚMERO DE TRABALHADORES

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Beneficiando da conclusão da Concessão Costa de Prata, emSetembro de 2009, a Brisal registou um forte aumento do TMDnesta auto-estrada, nos primeiros nove meses de 2010. No últimotrimestre, a procura da Concessão Brisal foi influenciadanegativamente pela introdução de portagens na Concessão Costade Prata.

ANÁLISE POR CLASSE DE VEÍCULO

A Brisal beneficiou dos desenvolvimentos da rede envolvente. Poreste motivo, o desempenho dos veículos pesados foi superior aodos ligeiros, uma vez que a consolidação do corredor A8-A17-A29se tornou mais atractiva para este tipo de veículos, em especialporque a zona Norte deste corredor não teve portagem atéOutubro.

O aumento da procura foi mais acentuado nos veículos pesados(+11,8%) do que nos ligeiros (+2,8%). Assim, a percentagem depesados aumentou para 10,7%, contra os 10,0% registados em 2009.

Relativamente às classes de portagem, registou-se umaestabilidade do peso de cada classe comparativamente a 2009.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

CLASSE 2009 2010

1 79,7% 76,5%

2 12,8% 12,7%

3 1,0% 1,2%

4 6,5% 9,5%

ESTRUTURA DE TRÁFEGO PORCLASSE DE PORTAGEM

2009ESTRUTURA DE TRÁFEGOPOR TIPO DE VEÍCULO

10,7%Pesados

89,3%Ligeiros

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

201010,0%Pesados

90,0%Ligeiros

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

TMD CRESCIMENTO 2009-2010

BRISAL 2010 TMD CIRCULAÇÃO

REDE HOMÓLOGA 8 425 3,7% 3,7%

TMD E CRESCIMENTOANUAL 2009–2010

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AUTO-ESTRADA EXTENSÃO (KM)TOTAIS COM PORTAGEM EM OPERAÇÃO

A43 – GONDOMAR /AGUIAR DE SOUSA (IC24) 8,1 3,3 4,8

A41 – PICOTO (IC2) - NÓ DA ERMIDA (IC25) 33,2 33,2 -

A32 – OLIVEIRA DE AZEMÉIS /IP1 (S.LOURENÇO) 34,4 34,4 -

LANÇOS EM OPERAÇÃO (SEM PORTAGEM) 52,6 - 52,6

TOTAL 128,3 70,9 57,4

CARACTERÍSTICAS DACONCESSÃO DOURO LITORAL

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

CONCESSÃODOURO LITORAL

A Concessão Douro Litoral, adjudicada em Dezembro de 2007 aoconsórcio liderado pela Brisa, por um período de 27 anos, envolve aconstrução e exploração de três novas auto-estradas com portagemreal, totalizando cerca 76 km, ea operação e manutenção, por umperíodo de cinco anos (de Março de 2008 a Março de 2013), dosprincipais eixos rodoviários que circundam a Área Metropolitana doPorto. Esta segunda rede tem cerca de 53 km, elevando o total daconcessão total a mais de 128 km.

A localização privilegiada dos novos troços a construir e dos lançosactualmente em serviço, estabelece-se numa rede de viasfundamentais à mobilidade na Região Norte, entrecruzando ecomplementando infra-estruturas existentes, sejam elasconcessionadas à Brisa, como são os casos da A1, A3 e A4, quer deoutras concessionárias, como a A28, A42 e A29.

A magnitude da concessão é bem ilustrada pelos montantesestimados de investimento, aproximadamente mil milhões de euros,estendidos por um período de construção de cerca de 3 anos.

O ano de 2011 será fundamental para a concessão, com a aberturadas três auto-estradas que a compõem: a A41 e o resto da A43, a 1 deAbril, e a totalidade da A32, a 1 de Outubro.

Durante o ano de 2010 mantiveram-se conversações com o Estado,tendo em vista a alteração do contrato de concessão.

No decorrer do ano de 2010, a actividade da concessionária focou-se:

• Na conclusão e abertura ao tráfego, em 1 de Setembro, do troço daGondomar-Gens, da A43-IC29, com a extensão de 4 km, cumprindo-se o previsto no Contrato de Concessão em prazo e preço;

• Pela conclusão do processo de expropriações na A32, faltandoapenas 95 de 1 341 parcelas a expropriar; e

• Pela operação e manutenção de algumas auto-estradas em torno daÁrea Metropolitana do Porto, transferidas para a concessionária emMarço de 2008, e nas quais se realizaram um conjunto deimportantes intervenções, sobretudo ao nível do pavimento (EN14 –Leça do Bailio/A4), da segurança (concluído o processo de instalaçãode DPM’s) e do ruído (instalada a primeira fase de barreirasacústicas na VCI), para além da manutenção corrente, como o cortede verdes, a limpeza de órgãos de drenagem e a sinalizaçãohorizontal.

Gondomar

Porto

Gaia

Matosinhos

Maia

A43

A44

A1

N14

A20

A28

Espinho A41

Feira

A41

A32

Paredes

Valongo

S. João da Madeira

A actividade prevista para 2011 materializar-se-á em investimentosem construção e equipamentos que ascenderão a mais de 149 milhõesde euros.

Nos lanços actualmente em operação e manutenção pelaconcessionária, serão iniciados, no decorrer do primeiro semestre de2011, os trabalhos de reforço da pavimentação no IC1, a continuaçãoda instalação de barreiras acústicas na VCI e a instalação do sistemade gestão de tráfego previsto parra operar neste conjunto de auto-estradas.

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CONCESSÃOBAIXO TEJOAo longo de 2010, a Concessão do Baixo Tejo esteve em fase deconstrução e desenvolvimento. Esta concessão foi adjudicada aoconsórcio liderado pela Brisa, em Janeiro de 2009, por um períodode 30 anos. Tem como objecto a concepção, projecto, construção,aumento do número de vias, financiamento, exploração econservação de lanços de auto-estrada, estrada regional econjuntos viários associados no Distrito de Setúbal.

Em traços gerais, esta concessão compreende a construção eexploração de dois lanços de auto-estrada do IC32 (Palhais-Coinae Casas Velhas-Palhais), com cobrança de portagens para o tráfegonão local, bem como a operação e manutenção dos lanços à dataem serviço: Coina-Montijo (IP1) do IC32, Montijo (IP1)-Alcochete,do IC3, IC20 – Via Rápida da Caparica (IC20) e Via Rápida doBarreiro (IC21), perfazendo esta rede cerca de 34 km. Está aindaprevista a beneficiação, e posterior transferência para oconcedente, da Avenida do Mar entre a Fonte da Telha e Belverde.A extensão destas vias totaliza cerca de 39 km.

A localização privilegiada dos novos troços a construir e dos lançosactualmente em serviço estabelece-se numa rede de viasfundamentais à mobilidade na Região Sul do Tejo, entrecruzando ecomplementando infra-estruturas existentes, concessionadas àBrisa, como são os casos da A2 e A12, ou de outra concessionária(a Lusoponte), no caso da articulação com as pontes 25 de Abril eVasco da Gama. Omontante estimado de investimento ascende acerca de 289 milhões de euros, estendidos por um período deconstrução de cerca de 3 anos.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

Lisboa

AlmadaMontijo

Barreiro

Amora

IC32

IC3

IC21IC20

Setúbal

VIAS LANÇOS EXTENSÃO (KM) OBSERVAÇÕES

IC 32 PALHAIS - COINA 17,7 CONSTRUÇÃO NOVA

IC 32 CASAS VELHAS - PALHAIS 3,5 CONSTRUÇÃO NOVA

LIGAÇÃO FUNCHALINHO FUNCHALINHO - LAZARIM 1,4 CONSTRUÇÃO NOVA

LIGAÇÃO TRAFARIA TRAFARIA - FUNCHALINHO 2,0 CONSTRUÇÃO NOVA

ER 377-2 COSTA DA CAPARICA - FONTE DA TELHA 9,1 CONSTRUÇÃO NOVA

IC 32 COINA - MONTIJO (IP1) 15,4 EM SERVIÇO

IC 3 MONTIJO (IP1) - ALCOCHETE 3,1 EM SERVIÇO

IC 20 VIA RÁPIDA DA CAPARICA 5,9 EM SERVIÇO

IC 21 VIA RÁPIDA DO BARREIRO 9,5 EM SERVIÇO

TOTAL 67,6

CARACTERÍSTICAS DACONCESSÃO BAIXO TEJO

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

No decorrer de 2010, a actividade da concessionária passou pelaconclusão e abertura ao tráfego, a 16 de Dezembro, da ligação aoFunchalinho, com uma extensão de 1,4 km. Paralelamente,avançou o processo de expropriações, faltando obter posseadministrativa ou acordo em cerca de 25% do total de 430parcelas a expropriar. De destacar ainda desenvolvimento dosestudo de reformulação do Nó de Casas Velhas e relativos àbeneficiação do pavimento do IC3 e do IC32.

Na operação e manutenção dos lanços em serviço, transferidos paraa concessionária em Janeiro de 2009, realizaram-se um conjunto deimportantes intervenções, sobretudo ao nível da beneficiação ereforço do pavimento da Via Rápida da Caparica, (IC20), além damanutenção corrente (conservação civil e manutenção eléctrica),como a limpeza de órgãos de drenagem, a sinalização vertical ehorizontal, bem como a manutenção vegetal. Foi também iniciada a

construção do canal técnico rodoviário naquele lanço.O ano de 2011 será um ano fundamental para a concessão, com aabertura ao tráfego da Ligação à Trafaria e, posteriormente, do lançoCasas Velhas-Palhais, do IC32, que ocorrerá em simultâneo com aabertura ao tráfego do reformulado Nó de Casas Velhas.A actividadeprevista para 2011 implicará investimentos em construção eequipamentos que ascenderão a mais de 181 milhões de euros.

Nos lanços actualmente em operação e manutenção pelasubconcessionária, prevê-se que seja iniciada, no decorrer doprimeiro semestre de 2011, a instalação de barreiras acústicas noIC32, a instalação do canal técnico rodoviário nos restantes lançosem serviço (IC3, IC21 e IC32), bem como a instalação do sistemade gestão de tráfego para operar aquele conjunto de lanços.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

CONCESSÃOLITORAL OESTE

A Concessão Litoral Oeste encontra-se adjudicada desde 26 deFevereiro de 2009, por um prazo de 30 anos.

Correspondendo a um investimento total de 622 milhões de euros,terá uma extensão total de 111,6 km (construção e exploração de81,7 km, exploração de 26,8 km e 3,1 km de alargamento), eabrangerá uma população residente na ordem dos 400 000habitantes, distribuídos por nove concelhos.

Em 26 de Abril de 2009, passaram a ser operadas pela Auto-Estradas do Litoral Oeste S.A., as seguintes vias: Circular Orientalde Leiria (COL), Via de Penetração de Leiria (VPL), Nó do IC9-Nó deS. Jorge do IC2 (EN1), Nó IC 36-Nó EN 109 (IC2) e o sublançoCarregueiros/Tomar do IC9. Em conjunto representam umaextensão de cerca de 23,7 Km.

Em 9 de Outubro de 2009, com a entrada em exploração dosublanço Vale dos Ovos-Carregueiros do IC9, encontravam-se emoperação cerca de 30 Km de Vias.

Em 13 de Outubro de 2010 entrou em operação a Variante daNazaré (EN 242), numa extensão de 5,7 Km.

No mês de Dezembro conclui-se o alargamento do IC2, que passoua designar-se A19. A rede da Auto-Estradas do Litoral Oeste, nofinal de 2010 totalizava cerca de 35 Km em Exploração.

Durante o ano de 2010 o investimento total na concessão LitoralOeste ascendeu a 161 milhões de euros.

AUTO-ESTRADAS EXTENSÃO (KM)

COM PORTAGEM SEM PORTAGEM TOTAIS 1X2 VIAS 2X2 VIAS 2X3 VIAS

IC 36 – LEIRIA SUL/LEIRIA NASCENTE 6,0 6 6,0

IC 2 – VARIANTE DA BATALHA/NÓ IC 36/NÓ EN 109 13,3 3,1 16,4 13,3 3,1

IC 9 – NAZARÉ/ALCOBAÇA/EN1/TOMAR/IC 3 70,4 70,4 70,4

VARIANTE DA NAZARÉ 5,7 5,7 5,7

CIRCULAR ORIENTAL DE LEIRIA 3,5 3,5 3,5

VIA DE PENETRAÇÃO DE LEIRIA 1,6 1,6 1,6

EN 1 8,0 8,0 8,0

TOTAL 19,3 92,3 111,6 84,1 24,4 3,1

CARACTERÍSTICASDA CONCESSÃO LITORAL OESTE

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 003 OPERAÇÃO E MOBILIDADE

OP

ER

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003

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OPERAÇÕESBRISA OPERAÇÃO & MANUTENÇÃO(BRISA O&M)

No âmbito do processo de reorganização societária, e tendo emvista aumentar a sua eficiência, a Brisa optou por autonomizar asactividades de operação e manutenção desenvolvidas pelo Grupoe concentrá-las numa única empresa: a Brisa Operação eManutenção, S.A. (Brisa O&M).

A Brisa O&M iniciou a sua actividade a 23 de Dezembro de 2009 etem como missão a prestação integrada de serviços especializadosde monitorização, operação, manutenção e suporte a clientes, àsconcessionárias de auto-estradas e de outras infra-estruturas.

A constituição da Brisa O&M resultou da integração de umaempresa anteriormente designada Brisa Assistência Rodoviária,com um conjunto de outros serviços de operação e manutenção deinfra-estruturas rodoviárias, que até então eram assegurados pordiversas direcções da Brisa Auto-Estradas. A integração inclui osrespectivos meios humanos e materiais.

A Brisa Assistência Rodoviária teve a sua génese no Serviço deAssistência a Clientes da Brisa Auto-Estradas de Portugal e inicioua sua actividade em 1977, com a entrada em serviço do lanço deVila Franca de Xira/Carregado e a integração na concessão da Brisados lanços Sacavém/Alverca/Vila Franca de Xira.

Do que resulta que a Brisa O&M conta com uma experiênciaefectiva de mais de 30 anos na a prestação de serviços deoperação e manutenção de infra-estruturas, a assistênciarodoviária.

OPERAÇÃO E EXCELÊNCIA DE SERVIÇO

Ao nível da operação corrente das infra-estruturas rodoviárias, aactividade da Brisa O&M estende-se da monitorização deoperações e equipamentos e da gestão do pessoal, à cobrança,controle e recuperação da receita gerada.

A excelência no serviço ao automobilista é assumida como um dosvalores fundamentais da Brisa O&M. A gestão activa do tráfego, ainformação ao cliente e a sua satisfação, bem como a assistência e arede das áreas de serviço, são alguns dos seus serviços de referência.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 003 OPERAÇÃO E MOBILIDADE

003OPERAÇÃO EMOBILIDADE

1 471

INDICADORESECONÓMICOS

118,322,919,36%

RESULTADO EBITDA

MARGEM EBITDA

NÚMERO DE TRABALHADORES

Milhões de Euros

Milhões de Euros

PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO

CADEIA DE VALORBRISA O&M

Operação Manutenção eConservação

Concepção eOptimização

Procurement eDelivering

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Como suporte aos serviços que presta aos seus clientes – asconcessionárias de infra-estruturas rodoviárias -, bem como àmelhoria contínua da sua eficácia e eficiência, a Brisa O&M obteve,em 16 de Setembro de 2010, a certificação do seu Sistema deGestão da Qualidade pelo referencial NP EN ISO 9001:2008, parao âmbito “Controlo de Circulação e Operação, Monitorização eConservação de Infra-estruturas e Assistência Rodoviária”.

SERVIÇO AO CLIENTE

As diversas Auto-Estradas são operadas através dos 15 CentrosOperacionais dispersos ao longo do País, que têm como principaisresponsabilidades planear, organizar, coordenar e controlar ascondições de circulação, as actividades de cobrança e demanutenção e conservação das estruturas e infra-estruturas na suaárea de jurisdição, de forma a garantir o cumprimento dasobrigações contratuais estabelecidas e elevados níveis dequalidade e de satisfação dos clientes.

Estes Centros desempenham a sua actividade em estreitacolaboração com os departamentos centrais da Brisa O&M, comoé o caso dos departamentos de Monitorização e Conservação, deSistemas e Equipamentos e de Operações e de Clientes. Os Centrosoperam quer ao nível da circulação, conservação de equipamentose manutenção da rede de infra-estruturas (nomeadamente dospavimentos, obras de arte, edifícios e demais estruturas de apoio),da vegetação e sinalização, da gestão e monitorização ambiental ede resíduos e da gestão da segurança.

São actualmente operadas pela Brisa O&M, S.A. as concessõesBrisa Concessão Rodoviária (BCR), Douro Litoral (AEDL) e Brisal eas Subconcessões Baixo Tejo (AEBT) e Litoral Oeste (AELO). Nasconcessões Atlântico e Túnel do Marão a Brisa O&M apenas prestaserviços de Assistência Rodoviária. Tudo somado, a área deintervenção da empresa abrange cerca de 1 506 km.

Em 2010, na actividade de “Vigilância e patrulhamento” forampercorridos 13 311 898 km nas redes concessionadas, a quecorrespondeu uma quilometragem média diária de 36 471 km.Foram efectuadas 105 974 intervenções, com a distribuiçãoapresentada no quadro.

GESTÃO CENTRALIZADA

Situado em Carcavelos, no campus da sede do grupo Brisa, oCentro de Coordenação Operacional (CCO) assegura acentralização das operações de socorro, protecção, patrulhamento,assistência e informação aos utentes. Este apoio é concretizado emestreita colaboração com os 15 Centros Operacionais.

O CCO assegura a coordenação dos meios necessários para umagestão activa do tráfego, a assistência a utentes, a vigilância e asboas condições da circulação. O Centro está também preparadopara alargar a prestação destes serviços a futuras redes de infra-estruturas rodoviárias. Todas as suas actividades estão suportadaspor equipamentos de telemática rodoviária, instalados nas redesoperadas.

Hoje, existem cerca de 200 painéis de mensagem variável (PMV),que fornecem informação em tempo real aos condutores. Cerca de550 câmaras de vídeo garantem uma cobertura na ordem dos 80%da rede operada. Ao longo da rede operada, o Grupo teminstalados 1 271 postos SOS, para que o cliente possa solicitarassistência sempre que necessário. Por forma a avaliar ascondições meteorológicas da rede, existem ainda 56 EstaçõesMeteorológicas.

Os meios acima referidos permitem à Brisa O&M recolher toda ainformação necessária para a sua operação, representando osmeios internos 88% de toda a informação que chega ao CCO.

O Centro tem acesso a uma base de dados de todas asincidências que ocorrem na rede operada, o que permite a análisee o tratamento estatístico da informação relevante para aoperação. Por outro lado, também fornece a base para aconstrução de indicadores de gestão, apoiando a melhoriacontínua do sistema.

FACTOS MAIS RELEVANTES NO DECURSO DE2010

• Remoção de terras proveniente de deslizamento de talude ao KM9+600 da A9 (CREL), que originou o encerramento temporário dolanço entre o Nó de Ligação à A16 e o Nó de Belas, desta via;

• Em Setembro entraram em exploração 4,5 km da A43, daConcessão Douro Litoral;

• Em Outubro entraram em exploração 5 km da EN242-Variante àNazaré, da Concessão Litoral Oeste;

• Em Dezembro entraram em exploração 1,2 km da Ligação aoFunchalinho, da Concessão Baixo Tejo;

• Obras de alargamento de 2x2 para 2x3 vias entreAlbergaria/Estarreja (concluída em Novembro), entreCoina/Palmela/Setúbal (Coina/Palmela concluída em Novembro).Início dos trabalhos de alargamento entre Maia/Santo Tirso.

• De 22 de Julho a 21 de Dezembro, instalação da nova forma depagamento de portagem – Via Manual Semi-Automática (VMSA).

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 003 OPERAÇÃO E MOBILIDADE

TOTAL INTERVENÇÕES ANO 2010

ASSISTÊNCIA 34 374DESEMPANAGEM 9 992SOC. PROTECÇÃO 48 886ACIDENTES 11 870REBOQUES 852TOTAL 105 974

VIGILÂNCIA EPATRULHAMENTO

VIATURA BRISA 53%

LINHA AZUL 13%

TELEMÁTICA 9%

POSTO DE S.O.S. 6%

OUTROS MEIOS BRISA 7%

88%

DISTRIBUIÇÃODA INFORMAÇÃO VEICULADAAO CCO POR MEIOS INTERNOS

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INFORMAÇÃO AO CLIENTE

Número Azul – 808 508 508

O Número Azul de Assistência e Informação é um instrumentoprivilegiado na comunicação dos automobilistas com asconcessionárias, que a Brisa O&M opera. Além de ser um canal deinformação directo ao cliente sobre as condições de circulação,pode também ser utilizado para solicitar assistência. Tambémcentraliza toda a informação da rede de auto-estradas dasconcessionárias Brisa, Brisal e Douro Litoral e dassubconcessionárias Baixo Tejo e Litoral Oeste e está disponívelpara pedidos de informação ou Assistência aos clientes 24h pordia, 365 dias por ano. Durante 2010 foram atendidas 154 477chamadas.

Web site www.brisa.pt

No site da Brisa é disponibilizada informação sobre a empresa e asua rede de auto-estradas, nomeadamente: informação de tráfegocom imagens em tempo real, descrição da rede de auto-estradasoperadas pela Brisa e respectivas taxas de portagem e serviçosdisponíveis ao longo de toda rede.

Este site foi visualizado uma média de 3 089 vezes por dia, o quecorresponde a 1 130 394 entradas ao longo do ano, efectuados por674 167 visitantes.

Web site www.viaverde.pt

No site da Via Verde Portugal é possível consultar os canais deatendimento Via Verde e os serviços disponíveis. Na área reservadaa clientes, podem ser consultados todos os dados do identificadore fazer a gestão do contrato Via Verde (Via Verde Online). Durante2010 contabilizaram-se 175 923 logins nesta área reservada.

Rádio

• Repórter Brisa. Parceria com a TSF, que consiste em intervençõesdos operadores do N.º Azul de Assistência e Informação emdirecto, duas vezes por dia, às 07h50 e às 18h50;

• Brisa Fm. Informação sobre trânsito disponibilizada às principaisestações nacionais e locais, através de um programa específicodesenvolvido pela Brisa.

Televisão

É disponibilizada, pelo circuito de câmaras da Brisa, informação emtempo real aos canais de TV nacionais.

Lojas

Em 2010, o serviço presencial foi assegurado por 11 lojaslocalizadas nos principais centros urbanos. Nestes pontos éprestado um serviço integral, das concessionárias operadas pelaBrisa O&M que contrataram este serviço, e da Via Verde. As lojastêm por base o conceito one-stop-shop, que visa a resolução detodos os assuntos de uma só vez. Durante 2010, realizaram-se 546711 atendimentos nas lojas.

Para o Grupo Brisa a opinião dos clientes é fundamental e, por isso,valorizamos todas as contribuições que possam melhorar ascondições de segurança, circulação e conforto nas nossas auto-estradas. Nesse sentido, o cliente tem à sua disposição um vastoleque de meios de contacto, desde as lojas, site, e-mail, carta, fax eo formulário RSF, disponível nas barreiras de portagem. Durante oano de 2010, foram processadas cerca de 23 mil exposições peloServiço ao Cliente da Brisa O&M.

ÁREAS DE SERVIÇO

Ao longo das redes concessionadas operadas pela Brisa O&M,existem 27 Áreas de Serviço, cuja distância média entre si é decerca de 40 km.

A gestão e manutenção destas unidades é da responsabilidade dasempresas petrolíferas contratadas em regime de concessão, quepor sua vez podem subcontratar outros parceiros para a gestãodirecta e específica de alguns dos serviços, sempre com asupervisão e aprovação da Brisa.

Embora a responsabilidade pelas Áreas de Serviço seja daspetrolíferas, a Brisa mantém-se atenta ao cumprimento dessaobrigação, verificando periódica e sistematicamente o estado dasinfra-estruturas e os níveis de serviço prestados. É neste âmbito queé contratada uma empresa externa para a realização de auditoriasde Qualidade e Higiene Alimentar e de acções de Cliente Mistério.Assim, a gestão das Áreas de Serviço tem cada vez maior enfoquena qualidade do serviço prestado e na satisfação dos clientes.

Em 2010, as Áreas de Serviço cumpriram, em média, 84% doscritérios avaliados, o que corresponde a um acréscimo de 6% faceao ano anterior. A partir destes resultados, a Brisa passou a atribuirum Prémio de Qualidade de Serviço, premiando o desempenho e aqualidade de serviço prestado por cada Área de Serviço da rede eincentivando à sua melhoria contínua.

Além destas avaliações da qualidade do serviço, são realizadasinternamente vistorias periódicas, no sentido de assegurar aqualidade das infra-estruturas e do serviço prestado.

30

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 003 OPERAÇÃO E MOBILIDADE

SITE BRISA 2009 2010

NÚMERO DE VISITAS SITE BRISA 655 439 1 130 394

MÉDIA DIÁRIA VISITAS SITE 1 791 3 089

% DO NÚMERO DE VISITANTES NA ÁREA CLIENTES 30% 58%

WEB SITE BRISA – ÁREA DE CLIENTES

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SATISFAÇÃO DO CLIENTE

São efectuados mensalmente inquéritos de satisfação, tendo emvista a implementação de medidas para melhorar o serviçoprestado nos canais de atendimento. Em 2010, a média global desatisfação dos clientes em cada um dos serviços analisados (numaescala de 1 a 4), foi claramente positiva:

• N.º Azul de Assistência e Informação: 3,51

• Assistência Rodoviária: 3,60

• Lojas (apenas de Janeiro a Agosto de 2010): 3,25

SISTEMAS DE PAGAMENTO

Os sistemas de pagamento são uma área estratégica da eficiênciae qualidade do serviço. No final de 2010, cerca de 61% dastransacções da Concessão Brisa eram realizadas através da ViaVerde, 23% em dinheiro e 16% através de Cartões Bancários,conforme gráfico abaixo.

A 22 de Julho de 2010, iniciou-se a implementação de um novosistema de operação/cobrança –a Via Manual Semi-automática(VMSA) – tendo sido concluída a sua implementação, naConcessão Brisa, a 21 de Dezembro. Durante este período foraminstalados 249 equipamentos nas 304 vias manuais disponíveis.

Este é um projecto ambicioso e transversal ao Grupo, com especialenvolvimento, para além da Brisa O&M, da Brisa Inovação eTecnologia (BIT), da Direcção de Recursos Humanos (DRH), dosGestores operacionais e de toda a equipa da operação deportagens.

No final do ano, as transacções repartiam-se pelos diferentessistemas de pagamento de portagens, da seguinte forma:

• Via Verde: 126 362 861

• Via Manual Semi-Automática: 7 917 078

• Via Manual com portageiro: 74 617 394

• Total de transacções: 208 897 333

31

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 003 OPERAÇÃO E MOBILIDADE

REPARTIÇÃODE TRANSACÇÕES PORMEIO DE PAGAMENTO

Via VerdeCartões BancáriosDinheiro

23%

16%61%

REPARTIÇÃODE TRANSACÇÕESPOR TIPO DE VIA

Via Verde

Via ManualSemi-Automática

Via Manualcom Portageiro

36%

4%60%

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SEGURANÇARODOVIÁRIAPREVENÇÃO RODOVIÁRIA

A Brisa apoia de uma forma continuada campanhas de prevençãorodoviária e reforça regularmente a segurança da sua rede.

De entre as acções realizadas destacam-se as obras debeneficiação e reforço de algumas auto-estradas. Estesinvestimentos passam por uma melhoria das condições decirculação, aumento das vias de circulação em lanços sujeitos aobras de alargamento e instalação e melhoramento das condiçõesde desempenho da sinalização rodoviária.

Nesta área, destaca-se o programa “Primeiro a Segurança”, que aBrisa tem promovido desde 2005. Este programa divide-se em duascomponentes, Uma que pretende comunicar com osautomobilistas, através da realização de campanhas desensibilização; a segunda, dirigida aos alunos do 1º Ciclo do EnsinoBásico, através de programas educativos.

SINISTRALIDADE

A sinistralidade é o principal indicador da segurança rodoviária e,como tal, uma questão central na actividade da Brisa. Amonitorização sistemática da sinistralidade e a rigorosa avaliaçãoda sua evolução assumem uma importância vital como indicadordo impacte na sociedade e do desempenho da organização.

No Relatório de Sustentabilidade de 2009, a Brisa passou acomunicar um conjunto de oito indicadores associados àsinistralidade, que mantém no relatório deste ano, completados pelohistórico de cinco anos. A análise destes dados, confrontada com ainformação dos registos meteorológicos, resulta na interpretação dasua evolução e consequente avaliação ao nível da gestão.

Entre 2005 e 2010, verifica-se uma diminuição acumulada da taxade sinistralidade de 4,5%.

Na Brisa Concessão Rodoviária (BCR), registou-se um acréscimoligeiro de 0,3% no número de acidentes face ao ano anterior. Oaumento de 3,0% na taxa de sinistralidade deve-se à diminuiçãoda circulação, em cerca de 2,6%, e às condições atmosféricasadversas que se fizeram sentir. A análise detalhada por trimestrepermitiu concluir que houve um agravamento da sinistralidade nosprimeiros três meses do ano, altura em que se registaram ascondições meteorológicas mais adversas.

INDICADORES DE SINISTRALIDADE (ÂMBITO BCR)• Taxa de sinistralidade +3,0%• Taxa de acidentes com mortos +11%• Taxa de acidentes com feridos graves +39,6%• Taxa de acidentes com feridos ligeiros -0,3%• Índice de sinistralidade +2,0%• Taxa de mortos +24,7%• Taxa de feridos graves +20,1%• Taxa de feridos ligeiros +1,9%

Na Concessão Brisal, a evolução positiva da segurança rodoviáriaé reforçada em 2010 pela descida de todos os indicadores desinistralidade, em particular os relacionados com a gravidade dosacidentes. Registou uma descida de 100% na taxa de acidentescom mortos e feridos graves de 37,5% na taxa de acidentes feridosligeiros e de 42,3% da taxa de acidentes com vítimas. Em númerosabsolutos a sinistralidade traduziu-se na ausência de acidentescom mortos e feridos graves e em apenas 15 acidentes com feridosligeiros. Nos últimos três anos, a tendência para a diminuição dataxa de sinistralidade tem vindo a manter-se, apesar da circulaçãototal na rede ter aumentado cerca de 69%.

32

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 003 OPERAÇÃO E MOBILIDADE

55

50

45

40

35

30

25

20

15

10

EVOLUÇÃO DASINISTRALIDADE

BCR BRISAL

47,89

2010

46,11

2009

44,0244,18

54,16

200820072006

15,79

24,13

31,54

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33

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

SER

VIÇ

OS

DE

MO

BIL

IDA

DE

004

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 004 SERVIÇOS DE MOBILIDADE

004SERVIÇOSDE MOBILIDADE

SERVIÇOS DEMOBILIDADE

A BRISA DETÉM O CONTROLO MAIORITÁRIO DE UMCONJUNTO DE EMPRESAS QUE PRESTAM SERVIÇOSRODOVIÁRIOS E QUE COMPLEMENTAM A SUA ACTIVIDADEPRINCIPAL. ESTAS PARTICIPADAS PRESTAM SERVIÇOSASSOCIADOS À SEGURANÇA OU À COMODIDADE DACIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA EM AUTO-ESTRADAS E EMCIRCUITOS URBANOS.

O principal objectivo destas empresas (com excepção daControlauto), consiste em apoiar as concessões rodoviárias,através de uma forte especialização e de ganhos de eficiênciaoperativos. Apesar de a Concessão Brisa se manter como o seuprincipal cliente, estas empresas prestam cada vez mais serviços aoutras entidades exteriores ao Grupo.

VIA VERDE

A Via Verde Portugal é controlada em 60% pela Brisa, 20% pelaAscendi e em 20% pela SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços),que centraliza as compensações interbancárias e gere a redeMultibanco.

O sistema disponibilizado pela Via Verde possibilita o pagamentoautomático de uma forma totalmente electrónica, sem que oveículo tenha de parar na via, através de uma comunicação rádioentre a unidade de bordo (OBU) e o equipamento instalado na via(RSE). O sistema Via Verde foi disponibilizado a outras operadorasde auto-estradas em Portugal, promovendo a interoperabilidadeentre as diversas redes e todas as concessões. A Via Verde foi aprimeira empresa no mundo a disponibilizar este serviço numarede de portagens completa (a rede Brisa).

O sistema está disponível na rede de portagens das auto-estradasdas concessionárias Brisa, AEA (Auto-estradas do Atlântico),Ascendi (Auto-estradas do Norte e Grande Lisboa), Mafratlântico,Brisal (Auto-estradas do Litoral S.A), nas pontes 25 de Abril e Vascoda Gama concessionadas à Lusoponte e ainda nas concessões (ex-SCUT) Norte Litoral, Grande Porto e Costa de Prata.

O ano de 2010 ficou marcado pela introdução de portagens nasconcessões (ex-SCUT) Norte Litoral, Grande Porto e Costa de Prata epela adopção de um novo formato de Identificadores, os MDR (MediumData Rate) tecnologicamente mais evoluídos.A cobrança electrónica deportagens naquelas três infra-estruturas é assegurada pela Via Verde.

O sistema Via Verde está ainda disponível em vários parques deestacionamento de diferentes operadores nacionais, nos postos deabastecimento da rede Galp e agora também, ainda em fase piloto,na cadeia de restauração McDonald’s, em três restaurantesMcDrive.

Hoje, mais de 1 600 quilómetros de auto-estradas e pontes, maisde 80 parques de estacionamento e de 98 postos de abastecimen-to de combustíveis, estão equipados com o sistema Viva Verde, quetrata aproximadamente 61% das transacções realizadas em porta-gens em Portugal. Nos trechos urbanos destas vias, o peso da ViaVerde nos pagamentos efectuados atinge valores da ordem dos71%. Nos parques de estacionamento os pagamentos efectuadoscom Via Verde já se aproximam ao volume dos pagamentos comVia Verde em portagens.

131

INDICADORESECONÓMICOS

Milhões de Euros

PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO

27,7

Milhões de Euros

5,118,41%

RESULTADO EBITDA

MARGEM EBITDA

NÚMERO DE TRABALHADORES

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 004 SERVIÇOS DE MOBILIDADE

200 000 000

195 000 000

190 000 000

185 000 000

180 000 000

175 000 000

170 000 000

165 000 000

160 000 000

155 000 000

TRANSACÇÕES COM VIA VERDEEM AUTO-ESTRADAS

2002 2004 2005 2006 2007 2008 20092003

80

70

60

50

40

30

20

10

0

PARQUES DE ESTACIONAMENTOCOM VIA VERDE

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Em 2010, é de salientar o crescimento do número de transacçõesVia Verde relativas a parques de estacionamento e postos deabastecimento de combustíveis.Com a entrada em funcionamentodo serviço Via Verde nos parques de estacionamento do Hospitalda Luz e da Estação do Oriente, as transacções ultrapassaram os 9milhões de euros, representando já 5,2% do total de cobrançaselectrónicas, o que equivale a um aumento de 13% em relação aosvalores de 2009.

A afirmação como a entidade nacional de referência para acobrança electrónica de portagens, é assumida como a prioridadeestratégica da Via Verde Portugal. Nesse sentido, salientam-se osdesenvolvimentos ao nível dos sistemas e das aplicaçõesinformáticas, através da criação de um novo contrato de adesão aoServiço Via Verde, bem como o reforço das várias plataformas decontacto ao cliente e da concepção de novas peças decomunicação, entre outras iniciativas. Nota ainda para acontinuação do projecto de interoperabilidade, que permitirá autilização do sistema Via Verde por estrangeiros.

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MCALL

A Mcall é a empresa do grupo Brisa especializada na prestação deserviços de contact center, nomeadamente de atendimento remoto(call centers), multicanal e de melhoria da eficiência no serviço aosclientes do universo Brisa e Via Verde. Para além de ser responsávelpelo atendimento da linha de apoio ao cliente da Via Verde, estaempresa desenvolve várias acções relacionadas com este sistema.

A McCall é igualmente responsável pelo atendimento do númeroazul da Brisa, 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias porano. Este sistema disponibiliza um conjunto alargado de serviçosde assistência em viagem e informações sobre tráfego, roteiros esimulações de percursos, taxas de portagem, serviços em situaçõesde emergência rodoviária, áreas de serviço e de repouso existentesna rede Brisa, entre outras.

A empresa faz também a gestão de pedidos de assistência nasauto-estradas, por parte de deficientes auditivos (via SMS), e doatendimento para marcação de inspecção automóvel para aempresa Controlauto.

36

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 004 SERVIÇOS DE MOBILIDADE

45

INDICADORESECONÓMICOS

Milhões de Euros

PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO

2,7

Milhões de Euros

0,518,51%

RESULTADO EBITDA

MARGEM EBITDA

NÚMERO DE TRABALHADORES

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BRISA INOVAÇÃOE TECNOLOGIA

A Brisa Inovação e Tecnologia, S. A. é a empresa que resulta da fusãodo Departamento de Inovação e Tecnologia da Brisa, com a BrisaAssistência e Electrónica Rodoviária.

Em 2010, a área de desenvolvimento da Brisa Inovação eTecnologia, S. A. concretizou os seguintes projectos:

• As Vias Manuais Semi-Automáticas (VMSA), que vão permitiruma redução significativa dos custos operacionais das portagensdas concessionárias suas clientes;

• Um Portal de Tráfego, que veio substituir a anterior Base deDados (Data Warehouse), passando a suprir novas necessidadesde negócio e aumentando a rapidez de obtenção da informação.Ao mesmo tempo este Portal de Tráfego passou a integrar osdados das portagens com os dados dos contadores de tráfego,assegurando uma visão global e integrada, além de permitir oacesso, via Web, e de eliminar os custos de licenciamento face aorecurso extensivo a ferramentas de Open Source;

• Uma nova geração de contadores de tráfego, que respeitando asclassificações da Estradas de Portugal se diferenciam porpermitirem uma instalação mais simples e menos intrusiva e,simultaneamente, requerem menor manutenção sem diminuiçãode desempenho. O que se traduz em reduções de custos, tanto nafase de instalação como na manutenção;

• Um novo CODEC de vídeo de baixo custo, que permite aintegração da função DAI (Detecção Automática de Incidentes)assim como da sua alarmística, de forma a minimizar os custosde manutenção;

• O Sistema de Gestão de Facturas de Portagem, que permite aosseus clientes agregar as facturas de todas as portagens e, a partirde uma única plataforma, seguir todo o ciclo de vida dasfacturas, fazer o interface com o SAP e a SIBS, além de permitir aemissão de notas de crédito, agilizando de forma significativatodo o trabalho na área de clientes da Brisa O&M e das lojas daVia Verde, no que se refere às facturas;

• A Antena DSRC, cuja produção se prevê tenha início em 2011;

• O identificador 5,8 GHzm desenvolvido com a colaboração doISEL, Universidade de Aveiro e da start-up Daily Work, lançadoem pré-série de fabrico, no final de 2010

No campo da disseminação do conhecimento desenvolvido foipublicado o livro “R&D+I Open Roads To Innovation”, que compilaas publicações científicas da área de inovação da Brisa e dos seusparceiros universitários, entre 2003 e 2008.

No seguimento do trabalho dos últimos anos, a BIT e a Brisa,continuaram os esforços de promoção da inovação no meioempresarial português, nomeadamente através da colaboraçãocom a COTEC, continuando a participação no projecto DSIE(Desenvolvimento Sustentado da Inovação Empresarial).

Actualmente, a BIT encontra-se empenhada na implementação daDirectiva ITS, aprovada em Julho pelo Parlamento Europeu, e emtentar assegurar a maximização da comparticipação dos fundoscomunitários nos programas de investimento já aprovados e emcurso.

Em termos de fornecimento são de salientar os contratos das 272VMSA com a Brisa e a AEA, o sistema free-flow, instalado naportagem da Maia no âmbito das obras de alargamento aliverificadas, a reinstalação de toda a telemática na zona das obrasde alargamento entre Coina e Palmela, assim como o fornecimentoda última versão dos sistemas DSRC para pagamento dasgasolinas na GALP com fortes reduções de custos de instalação emanutenção, permitindo a sua adopção em todas as bombas dasestações de serviço.Foram também instalados 13 novos contadores de tráfego na A5,EN242 e IC2.

Em parceria com a Via Verde Portugal foram equipados mais 8novos parques, que resultam num total de 27 novas vias deentrada e saída, equipadas com o sistema.

Uma área fundamental da actividade da empresa é a manutenção,que em 2010 quase duplicou o número de intervenções realizadas,para um total de 2 577, devido fundamentalmente aos normaisproblemas de infância com as VMSA. Esse forte aumento deactividade realizou-se sem degradação dos níveis de serviçocontratados com os clientes.

Em termos internacionais, consolidou-se o sistema de portagemem operação na Northwest Parkway e foram implementados 3sistemas pilotos de parques de estacionamento na Holanda.

37

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 004 SERVIÇOS DE MOBILIDADE

84

INDICADORESECONÓMICOS

Milhões de Euros

PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO

27,0

Milhões de Euros

2,28,20%

RESULTADO EBITDA

MARGEM EBITDA

NÚMERO DE TRABALHADORES

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CONTROLAUTO

A Controlauto e a Iteuve operam no sector de inspecção deveículos automóveis e detêm uma rede de 46 centros de inspecção.

Em 2010, a Controlauto prosseguiu o programa de informatizaçãodas linhas de inspecção com o objectivo de melhorar aprodutividade, aumentar a segurança no controlo das inspecções emelhorar o atendimento ao cliente, reduzindo o tempo de espera.Este projecto estará concluído em 2011.

Com o objectivo de promover a diferenciação e aumentar a suacompetitividade, a Controlauto iniciou o Projecto “Controlauto deExcelência”, que pretende criar uma cultura de atendimento deexcelência, centrada num conjunto de regras específicas que seaplicam a todas as funções desempenhadas num centro deinspecções.

38

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 004 SERVIÇOS DE MOBILIDADE

327

INDICADORESECONÓMICOS

Milhões de Euros

PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO

22,5

Milhões de Euros

7,131,56%

RESULTADO EBITDA

MARGEM EBITDA

NÚMERO DE TRABALHADORES

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39

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

INF

RA

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005

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INFRA-ESTRUTURASDE TRANSPORTE

A BRISA TEM VINDO A APOSTAR NA DIVERSIFICAÇÃO DASSUAS ACTIVIDADES NO MERCADO NACIONAL, APROVEI-TANDO E VALORIZANDO AS SUAS CAPACIDADES ÚNICASNO DOMÍNIO DA GESTÃO DE GRANDES PROJECTOSRODOVIÁRIOS, PARA OUTRAS INFRA-ESTRUTURAS DETRANSPORTE.

No seu plano estratégico de definição de prioridades é privilegiadoo sector das infra-estruturas de transporte ferroviárias eaeroportuárias.

Ao nível das infra-estruturas ferroviárias, a Brisa está presente noconsórcio ELOS, ao qual foi atribuída a concessão do troço doComboio de Alta Velocidade entre o Poceirão e Caia. No Projectodo Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) e de privatização da ANA, aBrisa lidera o consórcio Asterion.

O reconhecido know-how da Brisa no sector de infra-estruturas detransporte, resulta não só da sua actividade principal, as auto-estradas, mas também da participada BEG (Brisa Engenharia eGestão), que tem assumido uma posição importante em váriosprojectos ao nível das infra-estruturas ferroviárias.

Tendo em vista a aposta na diversificação, a Brisa participa aindanum fundo de infra-estruturas, o TIIC (Transport InvestmentInfrastructure Company), uma sociedade de investimentopromovida em conjunto com o banco Millennium BCP e aCompagnie Benjamin de Rothschild, e que tem como objectivoinvestir em projectos de infra-estruturas de transportes na UniãoEuropeia e no continente americano.

BRISA ENGENHARIAE GESTÃO (BEG)

No decurso de 2010, e decorrente da política de reorganização doGrupo Brisa, procedeu-se à transferência do escritório principal daBEG para novas instalações no campus Brisa, em São Domingos deRana, de forma a melhor se rentabilizar os recursos e aumentar aoperacionalidade.

A actividade da BEG manteve-se focada nos projectos em que oGrupo se encontra envolvido, nomeadamente nas áreas de gestãoe coordenação de estudos e projectos, expropriações, fiscalização

de empreitadas, coordenação de segurança, ambiente e gestão deobras de arte e pavimentos.

Apesar de não assumir a relevância do passado, a BEG manteve umapresença nacional e internacional na gestão de infra-estruturas, comos compromissos anteriormente assumidos com a ANA- Aeroportosde Portugal e a José de Mello Saúde, ao nível da fiscalização de Obras,com a Abertis Logística, no âmbito do projecto dos acessos àPlataforma Logística de Lisboa Norte, com a Refer, no projecto deModernização da Linha do Norte e, no mercado internacional, com aAGA–L’Algérienne de Gestion des Autoroutes, para apoio técnico eorganizacional à implementação da Empresa Pública responsávelpela gestão e exploração da rede de auto-estradas Argelina.

Em 2010, merece realce o contrato firmado com a ELOS – Ligaçõesde Alta Velocidade, para a gestão e fiscalização da construção daligação ferroviária de Alta Velocidade entre Poceirão e Caia.

40

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 005 INFRA-ESTRUTURAS DE TRANSPORTE

005INFRA-ESTRUTURASDE TRANSPORTE

220

INDICADORESECONÓMICOS

Milhões de Euros

PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO

20,4

Milhões de Euros

2,110,29%

RESULTADO EBITDA

MARGEM EBITDA

NÚMERO DE TRABALHADORES

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 005 INFRA-ESTRUTURAS DE TRANSPORTE

No que concerne aos serviços de gestão e coordenação de estudose projectos, expropriações e fiscalização de obras das diversasconcessionárias rodoviárias do grupo Brisa, a actividade da BEGcontinuou a centrar-se fundamentalmente na prestação destesserviços para as concessões do Douro Litoral, do Baixo Tejo e doLitoral Oeste, para além das empreitadas de beneficiação ealargamento que vêem ocorrendo na rede Brisa.

FERROVIA DE ALTAVELOCIDADE

Durante 2010, o troço Poceirão-Caia do Projecto da Rede de AltaVelocidade foi já desenvolvido pela sua concessionária, a ELOS -Ligações de Alta Velocidade S.A., participada em 16,3% pela Brisa.A co-liderança do projecto deu à Brisa a Presidência do Conselhode Administração da ELOS, tendo a gestão executiva sido entreguea um Director-Geral e a dois Directores-Gerais Adjuntos.

Em 8 de Maio de 2010, foi assinado o Contrato de Concessão como Estado, que prevê um volume de investimento de 1 496 milhõesde euros, de entre os quais 1 401 milhões para a construção, quese estenderá por quatro anos.

O financiamento será assegurado por 121,9 milhões de euros decapitais próprios, a que se somarão 91 milhões de créditos dabanca comercial, 600 milhões (dos quais 300 são a risco-projecto),do Banco Europeu de Investimento (BEI) e subsídios dos fundoscomunitários no montante de 661 milhões de euros. O EstadoPortuguês participa com 116 milhões de euros e a Refer com 58milhões. O regime de exploração da concessão é o de pagamentosde disponibilidade.

A concessionária esteve durante este ano a estruturar a suaorganização, a admitir os seus recursos humanos e a desenvolvero anteprojecto e parte do projecto de execução da infra-estrutura,enquanto aguardava o visto do Tribuna de Contas para o Contrato.Até 8 de Novembro de 2010 não havia sido ainda concedidoqualquer visto pelo que todos os prazos do Contrato de Concessãoforam suspensos (em cumprimento da aplicação do próprioclausulado do Contrato). O Governo retirou entretanto o seupedido de visto inicial para que o contrato pudesse ser reformadoem alguns dos seus aspectos, nomeadamente os que se referem àmatriz de risco do projecto.

Embora não incluído no âmbito deste relatório informa-se que a 19de Janeiro de 2011 foi comunicada a nova adjudicação, no âmbitodo Contrato de Concessão reformado e a 9 de Fevereiro de 2011foi assinada, com o Estado, a reforma do Contrato de Concessão,tendo a documentação correspondente sido já enviada para oTribunal de Contas para obtenção do visto.

A actividade da ELOS durante o ano corrente foi marcada pelosconstrangimentos da não existência de visto ao Contrato(nomeadamente os de ordem financeira) e da suspensão dosprazos contratuais. Combinados, estes dois aspectos determinaramum abrandamento da actividade de elaboração dos projectos eprincipalmente das suas aprovações por parte do Concedente. Anível financeiro o impacto fez-se sentir a nível do consórcio dosbancos financiadores que, face à ausência de visto, pararam osseus desembolsos até que a situação se clarifique.

Outro aspecto relevante para a actividade da empresa foi aanulação do Concurso Lisboa-Poceirão, em Setembro. O Governoterá agora seis meses para o relançar, não existindo, até à data,qualquer informação oficial sobre os moldes em que o mesmo iráser lançado.

AEROPORTOS

A privatização da ANA - Aeroportos de Portugal, e a construção doNovo Aeroporto de Lisboa constitui um dos grandes projectosnacionais de cariz transaccionáveis, e altamente interessante paragrandes operadores de infra-estruturas de transportes mundiais,onde a Brisa tem um lugar de relevo.

Numa estratégia de diversificação da sua actividade, a Brisa detémuma participação maioritária, juntamente com a Mota-Engil, noConsórcio Asterion, que também integram três principais bancosnacionais - Caixa Geral de Depósitos, Banco Espírito Santo eMillennium BCP -, e as construtoras Somague, MSF e Lena.

O Asterion ACE garantiu já a colaboração de parceirosinternacionais de reputação mundial nas valências aeroportuárias,para melhor conseguir uma forte possibilidade de sucesso noconcurso, cujo lançamento o Governo tem vindo a anunciar.

A ANA gere actualmente cerca de 24 milhões de passageiros porano, nos seus Aeroportos do Continente e nas Ilhas, tendoregistado um volume de negócios superior a 380 milhões de eurose um EBIT superior 150 milhões de euros, em 2009.

Confirmando as previsões feitas pela ANA relativamente aocrescimento do tráfego de passageiros no Aeroporto da Portela, emLisboa, foram ultrapassados em Dezembro último os 14 milhões depassageiros. Este facto e o aumento de 6,4% de tráfego comercialde passageiros em relação a 2009 justificam a necessidade deavançar o mais rapidamente possível no desenvolvimento do NovoAeroporto da capital.

O Novo Aeroporto de Lisboa mobilizará um investimento superiora 3 mil milhões de euros e ocupará parte do Campo de Tiro deAlcochete, na margem esquerda do Tejo. Prevê-se a entrada emfuncionamento da sua primeira fase em 2017, para servir cerca de25 milhões de passageiros por ano.

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TRANSPORTINVESTMENTINFRASTRUCTURECOMPANY (TIIC)

O Transport Infrastructure Investment Company (TIIC), umainiciativa conjunta da Brisa, Millennium bcp e CompagnieBenjamin de Rothschild para o investimento em infra-estruturas detransportes na Europa, América do Norte e nalguns mercados daAmérica Latina, registou em 2010 o seu segundo ano completo deactividade. O TIIC fez o seu closing final, atingindo um montante decapitais disponíveis para investir de 140,5 milhões de euros.

O ano caracterizou-se por um intenso trabalho noacompanhamento das participadas, nomeadamente a Auto-Estradas do Baixo Tejo, a Auto-Estradas do Litoral Oeste, a Emparke a NDIA, num esforço para apoiar estas empresas nodesenvolvimento da sua actividade. O esforço veio a mostrar-seprodutivo no que respeita às duas primeiras participadas, queobtiveramo visto do Tribunal de Contas, que lhes permitiuprosseguir com normalidade as suas actividades. Já no querespeita à Empark é de destacar o esforço feito na fusão dasoperações portuguesa e espanhola, que se concluiu comassinalável sucesso durante o ano. Finalmente, no que se refere àNDIA, cumpre referir o bom andamento dos trabalhos deconstrução da fase 2 do projecto, que se prevê possa estarconcluída no final de 2011.

Ao longo no ano, prosseguiu a análise de oportunidades deinvestimento. Foram analisadas dezenas de projectos, mas não foiconcretizado nenhum investimento, mantendo-se assim para 2011os objectivos de encerrar o investimento do TIIC, procurando deseguida o desenvolvimento de outras iniciativas de âmbitosemelhante.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 005 INFRA-ESTRUTURAS DE TRANSPORTE

ACTIVOS PARTICIPAÇÃO SECTOR

GTC 25,3% AUTO-ESTRADAS

CONCESSÃO BAIXO TEJO 25% AUTO-ESTRADAS

CONCESSÃO LITORAL OESTE 20% AUTO-ESTRADAS

EMPARK 8,3% PARQUES DE

ESTACIONAMENTO

PORTFÓLIODE ACTIVOS EM 2010

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ACTIVIDADEINTERNACIONAL

A INTERNACIONALIZAÇÃO DA BRISA TEM SIDO UM DOSPILARES ESSENCIAIS PARA O CRESCIMENTO DO GRUPO EPARA A SUA AFIRMAÇÃO NO MERCADO GLOBAL COMOUM INTERVENIENTE IMPORTANTE NA GESTÃO DE INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS.

O crescimento internacional tem sido baseado na vasta experiênciaacumulada ao longo dos muitos anos de actividade e nascompetências-chave de desenvolvimento de concessõesrodoviárias e de soluções de integração e sistemas de cobrançaelectrónica de portagens.A Brisa tem operações na América Latina,América do Norte e em vários países da Europa Ocidental.

Durante o ano de 2010, salienta-se a alienação da participaçãodetida no capital da empresa brasileira CCR - Companhia deConcessões Rodoviárias, o que permitiu um encaixe líquidosuperior a 1 100 milhões de euros.

BRASIL: ALIENAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO NA CCR – COMPANHIA DE CONCESSÕESRODOVIÁRIAS

A CCR – Companhia de Concessões Rodoviárias é o maior grupoprivado de infra-estruturas rodoviárias brasileiras, sendo responsávelpela administração de mais de 1 500 km. Está presente nos estadosde São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, gerindo as concessões NovaDutra, AutoBan, Via Oeste, Rodoanel, Ponte, Via Lagos e Rodonorte.Desde 2008, detém uma participação de 40% do capital social daconcessionária Renovias, que gere um total de 345,6 km da via queliga a cidade de Campinas, no interior do Estado de São Paulo, ao Suldo Estado de Minas Gerais.

Durante 2010, a Brisa concluiu com sucesso a alienação integral daparticipação de 16,35% que detinha no capital da CCR. A estratégiade venda foi estruturada em alienações parciais e sucessivas, que

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 006 ACTIVIDADE INTERNACIONAL

006ACTIVIDADEINTERNACIONAL

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CRESCIMENTO TRIMESTRALDA CIRCULAÇÃO NA NWP

1T 2T 3T 4T

decorreram ao longo do ano. O desafio consistiu em conciliar aestratégia de saída e, simultaneamente, impedir que a expectativade venda de blocos futuros viesse a contaminar o título, levando àsua desvalorização. O profissionalismo das competências internas, oapoio dos sócios maioritários da CCR e a qualidade dos assessoresseleccionados permitiu que a operação se concluísse, com êxito, nasdatas previstas e dentro das expectativas criadas.

O processo de alienação foi constituído por um modelo misto quecontemplou parte da venda em M&A (onde os sócios maioritáriosadquiriram 6% do capital) eos restantes 10,35% através domercado de capitais. A Brisa escolheu criteriosamente o momentoadequado para efectuar o seu block trade, de forma a optimizar oencaixe total da operação.

Como resultando, a Brisa teve um encaixe líquido superior a 1 100 mi-lhões de euros, a que acrescem mais de 200 milhões de euros de divi-dendos recebidos ao longo dos anos em que foi accionista. Recorde-seque o investimento total na tomada de uma posição no capital da CCR,entre 2001 e 2003, foi de aproximadamente 185 milhões de euros.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA: NORTHWESTPARKWAY

Esta concessionária é detida na totalidade pela Brisa e representaum marco importante no processo de internacionalização e umteste à capacidade do Grupo para agregar valor a uma operaçãonesse mercado.

Em 2010 a Northwest Parkway consolidou o projecto “eMigrar”,que culminou com a substituição do antigo sistema de cobrança deportagens e a preparação do mesmo para um modo defuncionamento totalmente electrónico, o All Electronic Tolling. Atecnologia desta migração foi integralmente criada, desenvolvida eimplementada pela Brisa Auto-Estradas, em parceria com a ViaVerde Portugal e a Northwest Parkway.

TRÁFEGO NA CONCESSÃO NORTHWESTPARKWAY

A Concessão Northwest Parkway revelou uma recuperação daprocura muito positiva, com uma tendência de crescimento aolongo do ano de 2010.

Comparativamente com o ano anterior, em 2010 a Circulação totalcresceu 5,4%.

HOLANDA: MOVENIENCE

A Movenience é responsável pela cobrança electrónica deportagens na concessão do túnel de Westerschelde, localizado naprovíncia holandesa de Zeeland. Esta empresa, criada em 2007, édetida em 40% pela Brisa e tem vindo a posicionar-se comoparceiro do Governo holandês na implementação do programanacional Road Pricing, uma “Reforma Fiscal Automóvel”, queprevê a cobrança de impostos sobre veículos com base no númerode quilómetros percorridos, nas emissões produzidas e nas zonas eperíodos do dia de circulação.

HOLANDA: BNV MOBILITY– BRISA NEDMOBIELVENTURES

Criada no final de 2010, a Brisa Nedmobiel Ventures (BNV)concretiza a parceria 50/50 entre a Brisa e a empresa holandesaNedMobiel, com vista à participação em projectos de mobilidade(avoid rush hour, road pricing, mobility budgets) no mercadoholandês e em mercados vizinhos do Norte da Europa,respondendo também à crescente procura de serviços de operaçãoe manutenção, por parte de concessionárias e de entidadesestatais, no espaço EMEA (Europa, Médio Oriente e África).

Do portfólio da BNV destacam-se dois dos mais importantesprojectos de mobilidade a decorrer na Holanda, em Roterdão e emUtrecht, e o contrato de consultoria de operação e manutençãorelativo ao projecto de uma auto-estrada de 400 km,que ligará ascidades de Gebze e Izmir, na Turquia. A BNV vai posicionar-se comouma plataforma de internacionalização da Brisa, através daprestação de serviços e soluções de mobilidade inovadoras e daprestação de serviços de operação e manutenção.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 006 ACTIVIDADE INTERNACIONAL

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ÍNDIA: FEEDBACK BRISAHIGHWAYS

Fruto de um processo de avaliação e reconhecimento do mercadoindiano como prioritário para o crescimento internacional da Brisa,foi constituída, no final de 2010, a Feedback Brisa Highways OMT(FBH), empresa indiana detida a 40% pela Brisa e a 60% pelosparceiros indianos da Feedback Ventures. Esta joint-venturepretende-se posicionar como uma empresa líder na operação,manutenção e cobrança de portagens de auto-estradas na Índia.

Com 12 000 km de auto-estradas já construídas e requalificadas,9 000 km em construção e 25 000 km previstos para lançar eadjudicar no período 2011-2015, a maioria dos quais em regimesde Parcerias Público-Privadas, a Índia é actualmente o mercadomundial com o maior e mais ambicioso plano de requalificação,modernização e construção de auto-estradas.

Através da FBH, a Brisa pretende duplicar, a curto prazo, a extensãototal de auto-estradas que opera actualmente.

TURQUIA: PRIVATIZAÇÃODA REDE DAS AUTO--ESTRADAS E DAS PONTESSOBRE O BÓSFORO

A Brisa, em consórcio com a Akfen Holding Company, um dosmaiores grupos turcos de gestão de infra-estruturas, está aposicionar-se para concorrer à privatização da rede turca de auto-estradas com portagem real, incluindo as duas pontes sobre oBósforo, que totaliza mais de 1 700 km de auto-estradas e 250 kmde vias de acesso.

O processo de privatização está previsto arrancar no início de2011.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 006 ACTIVIDADE INTERNACIONAL

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SUSTENTABILIDADEEMPRESARIAL

A RESPONSABILIDADE SOCIAL NA BRISA É ASSUMIDA COMUMA PERSPECTIVA DE LONGO PRAZO E TEM COMO OBJEC-TIVO CRIAR VALOR PARA OS ACCIONISTAS E PARA ACOMUNIDADE, ATRAVÉS DO CRESCIMENTO A NÍVELECONÓMICO, COM PROGRESSO SOCIAL E QUALIDADEAMBIENTAL. O COMPROMISSO PARA COM O DESENVOLVI-MENTO SUSTENTÁVEL É UMA ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICADA EMPRESA, AO NÍVEL DA GESTÃO DOS RISCOS E DA CRI-AÇÃO DE NOVAS OPORTUNIDADES.

Desde 2003, que a Brisa publica um Relatório Anual deSustentabilidade que, de forma integrada, comunica a sua políticae analisa o seu desempenho nas vertentes económica, ambiental esocial. O Relatório de Sustentabilidade 2010, elaborado de acordocom as directrizes GRI 3 da Global Reporting Initiative, e verificadoexternamente com a classificação GRI A+ Third Party Checked,contém informação mais desenvolvida e detalhada sobre cadaárea considerada na estratégia de sustentabilidade.

Este documento está disponível no site da Brisa, acessível emwww.brisa.pt.

Consciente dos impactos da sua actividade de construção e gestãode infra-estruturas, a Brisa propõs-se quantificar e analisarqualitativamente estes efeitos, para que sejam totalmentecompatíveis com o desenvolvimento sustentável.

O reconhecimento externo do seu desempenho e boas práticas évisível, a nível nacional e internacional, pela sua participaçãoactiva nas organizações de referência, inclusão em índicesespecializados e classificação em rankings de sustentabilidade.

Em 2010, destaca-se o nível do compromisso da Brisa nesta áreapela manutenção da empresa no índice FTSE4Good e pela respostaa analistas e benchmarks de referência, como a Sustainalytics, DowJones Sustainability Index, FTSE4Good, Carbon Disclosure Project eHeidrick & Struggles, entre outros. A empresa participa também noUnited Nations Global Compact, do qual é subscritor desde 2007.

É ainda de referir a classificação no Índice ACGE - ResponsabilidadeClimática em Portugal.A 7ª posição, com um nível de 70%, constituiua maior subida no Índice, face aos 45,9%, obtidos em 2009.

A Brisa participa em organizações como o BCSD Portugal(Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável), cujapresidência assegurou até Maio de 2010, e no WBCSD (WorldBusiness Council for Sustainable Development), integrando oDevelopment Focus Area Core Team, do qual é membro activo emdiversos projectos, entre os quais se destaca a iniciativa “Mobilityfor Development”.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 007 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

007SUSTENTABILIDADEEMPRESARIAL

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 007 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

VALORES EM MILHÕES DE EUROS 2008 2009 2010

INVESTIMENTO EM AUTO-ESTRADAS 207 110 122

CUSTOS OPERACIONAIS 409,5 454,1 199,9

REMUNERAÇÕES 93,3 95,1 100,9

RESULTADO LÍQUIDO 151,8 161,0 758,9

INVESTIMENTO EM AMBIENTE 15,5 18,5 11,4

CUSTOS DE PREVENÇÃO E DE GESTÃO AMBIENTAL 2,3 5,6 1,47

CUSTOS DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS, TRATAMENTO DE EMISSÕES E DE REMEDIAÇÃO 13,2 12,9 9,94

INVESTIMENTO EM INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO 5,2 6,0 4,9

INVESTIGAÇÃO ND* 0,46 0,55

DESENVOLVIMENTO ND* 5,53 4,31

INVESTIMENTO EM COMUNIDADES LOCAIS 1 , 4

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE

Os indicadores ambientais apresentados constituem a base paracálculo do indicador de eco-eficiência da organização. Osobjectivos fixados para o triénio 2010-2012 utilizarão 2009 comoo ano de referência para análise da evolução.

Os indicadores sociais reflectem a reorganização da estruturasocietária. Os indicadores económicos mostram uma tendênciacrescente no investimento em ambiente e inovação e umaestabilização do investimento nas comunidades locais.

CINCO VECTORES DE SUSTENTABILIDADE

Os 5 vectores de sustentabilidade identificados no capítulo Visão eEstratégia, do Relatório Anual de Sustentabilidade da Brisa,reflectem os temas materiais para a Brisa, aqueles com maiorimpacto na organização e nas comunidades onde esta se insere.

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

Este vector, denominado em anos anteriores apenas por SegurançaRodoviária ou Serviço ao Cliente, apresenta neste Relatório umaabordagem mais abrangente, que reflecte melhor as expectativasdo cliente e das comunidades locais: um serviço prestado comqualidade, segurança, conforto e fluidez de tráfego, que contribuapara o desenvolvimento local e para soluções de mobilidade eacessibilidade.

Promover uma mobilidade sustentável é responder ao desafiodestas expectativas, numa lógica de benefício para a sociedade ede criação de vantagens competitivas para a empresa.

AMBIENTE

A Brisa tem um longo caminho percorrido na área ambiental. Aolongo de mais de duas décadas de existência, acumulou um histórico

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de forte preocupação ambiental. A importância crescente destatemática foi acompanhada pelas boas práticas da empresa, nasvárias vertentes da sua actividade: Projecto, Construção e Operação.\

Hoje, a Brisa dispõe de uma abordagem integrada, asseguradapelo seu Sistema de Gestão Ambiental e pela sua PolíticaAmbiental, formalizada em 2003.

Além dos temas operacionais, mais directamente relacionados coma actividade, a biodiversidade e as alterações climáticas, foramidentificadas pela Brisa e pelas suas partes interessadas outrostemas prioritários, para as quais têm sido desenvolvidas iniciativasespecíficas e que ultrapassam os requisitos mínimos legais.

Suportada pelo seu Sistema de Gestão Ambiental, amplamentedescrito em relatórios de anos anteriores, a Brisa identificou a eco-eficiência como área prioritária de actuação, tendo definidoobjectivos quantitativos para 5 indicadores fundamentais:consumos de água, electricidade e combustível, produção deresíduos e emissões.

RECURSOS HUMANOS

O ano 2010 foi particularmente desafiante para o Grupo Brisa emmatéria de gestão de recursos humanos. As exigências decompetitividade e eficiência levaram a Brisa a procurar alternativasconducentes à minimização dos custos fixos. A implementação dasVias Manuais de cobrança automática veio permitir ganhos decompetitividade muito significativos na cobrança de portagens,mas trouxe desafios ao nível da gestão de recursos humanos. ABrisa fez da diminuição do impacto social desta medida um dosguias de toda a estratégia da sua implementação.

Apesar da introdução das máquinas automáticas se poder traduzirnuma eventual redução do número de colaboradores dedicados aoprocesso de cobrança, a Brisa fez da diminuição do impacto socialdesta medida um dos guias de toda a estratégia deimplementação. Tendo como base esta premissa, foram adoptadasum conjunto de medidas para defender o maior número de postosde trabalho e incrementar a empregabilidade dos Operadores dePosto de Portagem.

O Grupo assumiu, desde logo, que as saídas a concretizardecorreriam da revogação dos contratos por mútuo acordo,permitindo que cada colaborador pudesse equacionar as suasopções de vida e enveredar por projectos que com o incentivofinanceiro recebido associado poderia concretizar.

A criação de um segundo Centro de Operação de Portagens na Maia,quando naturalmente teria sido mais eficiente a sua implementaçãonas actuais instalações do CCO em Carcavelos, o qual contava comtodas as infra-estruturas tecnológicas necessárias, foi outraimportante medida tomada na defesa dos empregos. Este novo Centro

de apoio remoto ao processo de cobrança, permitiu manter mais de 50postos de trabalho de Operadores de Posto de Portagem.

No final de 2010 o Grupo Brisa apresentava a distribuição deColaboradores apresentada na tabela acima.

A este efectivo acrescem os colaboradores em missão deexpatriação: 2 no Brasil e 2 nos EUA e os 5 colaboradoresestrangeiros nos EUA (1 na BNA e 4 na NWP).

As alterações ocorridas no processo de cobrança de portagemcontribuíram para a recomposição do efectivo. Em relação ao anoanterior registamos uma redução de 29% dos contratos a termo e3% dos Contratos sem termo.

Por outro lado,. as saídas ocorreram pelos motivos apresentadosna tabela em anexo.

Em 2010 registaram-se 63 admissões, sendo 32% de QuadrosSuperiores, 19% de Inspectores, 16% para a Assistência a Clientes,13% de profissionais na área de fiscalização de obras e 6% paraas áreas da electrónica, portagem e Call Center.

Os efectivos do Grupo integram 72% homens e 28% de mulheres.A média etária situa-se nos 41 anos.

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

O desenvolvimento económico e social do país está estreitamenteligado à existência de infra-estruturas de transporte. Oinvestimento nestas infra-estruturas proporciona vantagens, querpara as pessoas quer para as empresas.

Para além do impacto positivo da actividade da empresa, aintervenção da brisa como empresa cidadã evoluiusignificativamente, concentrando-se sobretudo na implementaçãode projectos de investimento nas comunidades locais.

Em 2010, destaca-se o projecto Nova Via Manual, para o qual aBrisa desenvolveu um modelo de inovação próprio, que tem vindoa aperfeiçoar e adequar ao longo dos anos. Uma das característicasdistintivas deste modelo é a colaboração intensa com um conjuntoalargado de parceiros, privilegiando a inovação em rede efavorecendo uma estreita colaboração, com o intuito de maximizaro potencial de inovação da empresa. A rede inclui fornecedores,universidades, centros tecnológicos, concorrentes, startups eentidades estatais, que funcionam num esquema de fábrica virtual.

Este modelo tem permitido ganhos claros para todas as partesenvolvidas, através da criação de parcerias em projectos e dapromoção do aparecimento de startups, que resultam de projectosdesenvolvidos em conjunto.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 007 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

TOTAL %

CESSAÇÃO CONTRATOS A TERMO 80 35,40%INICIATIVA DO TRABALHADOR 21 9,29%MÚTUO ACORDO 116 51,33%REFORMA 3 1,33%OUTROS 6 2,65%

226 100,00%

TAXA DE SAÍDASMOTIVOS

ANO EFECTIVOS CONTRATADOS

2010 2 411 2582009 2 480 3632008 2 531 336

TAXA DE SAÍDASMOTIVOS

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 007 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

TIPO DE CONTRATO

EMPRESA SEM TERMO TERMO CERTO TERMO INCERTO TOTAL GERAL

BRISA AUTO-ESTRADAS 187 1 0 188

BRISA CONCESSÃO RODOVIÁRIA 13 0 0 13

BRISA ENGENHARIA E GESTÃO, S.A. 105 12 103 220

BRISA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA, S.A. 82 3 0 84

BRISA O&M 1 418 44 9 1 471

BRISAL 3 0 0 3

CONTROLAUTO 281 38 9 327

ITEUVE 59 14 1 74

MCALL, S.A. 29 16 0 45

VIA VERDE PORTUGAL 125 7 0 131

AEA 109 1 0 110

TOTAL NO PAÍS 2 411 136 122 2 669

COLABORADORES DO GRUPO BRISA

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 007 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

Nascido no seio desta rede de inovação, em 2010 a Brisa instalouao longo da sua rede de auto-estradas um sistema de pagamentode portagens semi-automático: a Nova Via Manual.

O desenvolvimento deste sistema promoveu:

iii) O empreendedorismo das empresas nacionais - A aposta naindústria nacional foi um dos grandes desígnios deste projecto;

iii) O know-how tecnológico nacional - Maximizou a incorporaçãode capacidade tecnológica nacional, mantendo o conhecimento ea produção em Portugal;

iii) Novas oportunidades para as empresas nacionais comcapacidade exportadora - A Brisa lançou um desafio à rede deempresas nacionais com capacidade exportadora, para asquais o projecto Via Manual trouxe novas oportunidades denegócio;

iv) A minimização do impacte social - Paralelamente, foiidentificado e rigorosamente avaliado o impacte social desteprojecto, tendo um dos resultados sido a deslocalização dos 2centros de operação remota da Nova Via Manual de Carcavelos(localização inicialmente prevista) para a Maia e Vendas Novas,por forma a minimizar o impacte social do projecto.

Em 2010, a Brisa manteve a participação nos projectos SerSolidário e Aprender a Empreender, cujo principal contributo éassegurado pelos colaboradores.

Por outro lado, iniciou a preparação de um novo Programa Social,como resposta às necessidades mais prementes das comunidadeslocais.

INOVAÇÃO E QUALIDADE

Um ano após a sua criação, a Brisa Inovação reforça o seu papeldeterminante no Projecto E-toll Nova Via Manual. Assume-se comopromotora do desenvolvimento do negócio e, ao mesmo tempo,como catalisadora da inovação, em Portugal e no estrangeiro,juntamente com os seus parceiros.

Em 2010, é ainda de destacar a tripla certificação em Inovação,Qualidade e Ambiente obtida pela Brisa Inovação e Tecnologia(BIT), tornando-se na primeira empresa do Grupo a atingir esteobjectivo. O projecto foi iniciado na sequência da criação da BIT, nofinal de 2009, e resulta da integração dos sistemas existentes naentão Direcção de Inovação e Tecnologia (Inovação e Qualidade)com os da BAER (Qualidade e Ambiente).

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 008 RELATÓRIO FINANCEIRO

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 008 ANÁLISE ECONºOMICA-FINANCEIRA

ANÁLISE ECONÓMICO--FINANCEIRA

A presente análise económica é baseada nas demonstraçõesfinanceiras individuais da Brisa Auto-estradas de Portugal S.A..

Em 22 de Dezembro de 2010, a Brisa – Auto-Estradas de Portugal,S.A. (Empresa), no âmbito do processo de reorganização ao nívelda estrutura societária, transmitiu para a Brisa – ConcessãoRodoviária S.A. (“BCR”), a sua posição no contrato de concessãoaprovado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 198-B/2008,de 31 de Dezembro (a “Concessão Brisa”). Esta operação foi

acompanhada pela entrega pela Brisa de um conjunto de activos epassivos afectos à Concessão Brisa, consubstanciando no seuconjunto uma entrada em espécie para realização de um aumentode capital social na BCR. Decorrente do referido processo dereorganização, a Empresa passou a ter como actividade a detençãode participações sociais, gestão e desenvolvimento de novosnegócios e fornecimento de serviços de apoio logístico e de gestãoadministrativa e financeira.

Decorrente da reorganização societária, da transferência docontrato da Concessão Brisa para a BCR, os resultados daactividade desenvolvida ao abrigo do referido contrato foramidentificados como “Resultados de operações descontinuadas” naDemonstração do Rendimento Integral. De seguida apresenta-se aDemonstração do Rendimento Integral da Empresa1.

008ANÁLISEECONÓMICA-FINANCEIRA

MILHÕES DE EUROS 2009 2010 VAR. %

OPERAÇÕES EM CONTINUAÇÃO PROVEITOS OPERACIONAIS 10.8 80.4 644%

CUSTOS OPERACIONAIS 40.5 56.5 40%

RESULTADOS OPERACIONAIS -29.7 23.9 -180%

CUSTOS E PERDAS FINANCEIRAS -24.5 -114.8 369%

PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS 2.9 3.8 31%

RESULTADOS DE INVESTIMENTOS -78.7 486.0 -718%

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO -13.8 5.6 -141%

RESULTADO LÍQUIDO -116.2 393.4 -439%

RESULTADO LÍQUIDO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 149.9 108.1 -28%

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 33.7 501.4 +1388%

1Exceptuando outros rendimentos e gastos reconhecidos no Capital Próprio

RENDIMENTO INTEGRAL1

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 008 ANÁLISE ECONºOMICA-FINANCEIRA

PROVEITOS OPERACIONAIS

Durante o exercício de 2010, ao nível das operações emcontinuação, é de salientar o fee de sucesso debitado pelaEmpresa, uma vez que, no âmbito da reorganização societária, estacoordenou a totalidade das actividades e executou tarefasespecíficas, quer através da utilização de recursos internos, querpor via da contratação de serviços externos especializados. Omontante deste fee ascendeu a 66.5 milhões de euros. O restantevalor de proveitos operacionais refere-se, no essencial, à prestaçãode serviços de apoio logístico, administrativo e financeiro a váriasempresas que integram o grupo Brisa.

CUSTOS OPERACIONAIS

Os custos operacionais em 2010 ascenderam a 56.5 milhões deeuros e estão essencialmente relacionados com o âmbito revistodas actividades da Empresa, após conclusão do processo dereorganização anteriormente referido, nomeadamente a gestão departicipações sociais, desenvolvimento e gestão de negócios bemcomo prestação de serviços de apoio logístico, administrativo efinanceiro a várias empresas que integram o Grupo Brisa. O valortotal de custos operacionais atrás referido inclui um valorsignificativo, e não recorrente, de cerca de 20 milhões de eurosrelacionado com serviços externos contratados pela empresa noâmbito da operação de venda de activos do Grupo no Brasil.

RESULTADOS FINANCEIROS

Nos custos financeiros de 2010 evidencia-se o valor de 112.0milhões de euros resultante de provisão constituída para fazer facea potenciais perdas decorrentes de compromissos assumidos noâmbito de acordos celebrados com o consórcio construtor daconcessão Douro Litoral (representando cerca de 98% do total darúbrica de custos financeiros).

No que respeita aos resultados relativos a investimentos, cerca de591 milhões de euros resultaram de dividendos recebidos, dosquais 573 milhões originários da Brisa Internacional, SGPS, S.A..Adicionalmente, e com sinal contrário, registaram-se perdas deimparidade nos investimentos na Brisal e Via Oeste no valor de80.1 milhões de euros e, como perdas com responsabilidades eminvestimentos na Brisal, o valor de 24.9 milhões de euros.

OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

O resultado líquido do exercício da empresa em 2010 ascendeu a501.4 milhões de euros, sendo que daquele montante 108.1milhões de euros são respeitantes a operações descontinuadas,nomeadamente as decorrentes do período de operação daConcessão Brisa desde o início do ano e até ao dia 22 deDezembro.

Os valores relativos a operações descontinuadas relevados noexercício de 2009 respeitam igualmente à operação da ConcessãoBrisa durante esse período, bem como aos resultados decorrentesdas operações de “Inovação e Tecnologia” e “Operação eManutenção”, as quais foram, ainda durante o ano de 2009,transferidas para duas outras sociedades do Grupo Brisa,respectivamente Brisa, Inovação e Tecnologia, S.A. e Brisa, O&M,S.A.

BALANÇO

No final de 2010, o activo líquido total atingiu os 1 429 milhões deeuros, o que representa uma diminuição significativa, face aos 3720 milhões de euros registados no final do ano anterior, por viada entrega pela Empresa de um conjunto de activos e passivosafectos à Concessão Brisa, consubstanciando no seu conjunto umaentrada em espécie para realização de um aumento de capitalsocial na BCR. É também por este motivo que o Passivo regista umdiminuição considerável, de cerca de 2 621 milhões de euros paraum total de 268 milhões de euros.

Merece destaque, no final de 2010, o facto de a Empresa terdeixado de deter dívida bancária.

O activo corrente regista um aumento significativo, relacionadocom o incremento do saldo de caixa e depósitos bancários, estandoeste justificado em grande parte, pelo recebimento de dividendos.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 02 CONCESSÕES RODOVIÁRIAS

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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DECLARAÇÃO DECUMPRIMENTOA BRISA, NOS TERMOS DO NÚMERO 1 DO ART. 1.º DOREGULAMENTO Nº 1/2010 DA CMVM, ADOPTA O CÓDIGO DEGOVERNO DAS SOCIEDADES DIVULGADO PELA CMVM.A BRISA DECLARA, NOS TERMOS E PARA OS EFEITOS DOREGULAMENTO CMVM Nº 1 / 2010, QUE O GRAU DE CUMPRIMENTODAS RECOMENDAÇÕES CONTIDAS NO CÓDIGO DE GOVERNO DASSOCIEDADES DA CMVM É O SEGUINTE:

I. ASSEMBLEIA GERAL

I.1. Mesa da Assembleia Geral

I.1.1 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral deve dispor derecursos humanos e logísticos de apoio que sejam adequados àssuas necessidades, considerada a situação económica dasociedade. Cumpre. [I.1]

I.1.2 A remuneração do presidente da mesa da assembleia geraldeve ser divulgada no relatório anual sobre o governo dasociedade. Cumpre. [I.3]

I.2 Participação na Assembleia

I.2.1 Não aplicável por força do art 23-C do CVM

I.2.2 Não aplicável por força do art 23-C do CVM

I.3 Voto e Exercício do Direito de Voto

I.3.1 As sociedades não devem prever qualquer restriçãoestatutária do voto por correspondência e, quando adoptado eadmissível, ao voto por correspondência electrónico. Cumpre. [I.9 eI.12]

I.3.2 O prazo estatutário de antecedência para a recepção dadeclaração de voto emitida por correspondência não deve sersuperior a 3 dias úteis. [Cumpre1,11]

I.3.3 As sociedades devem assegurar a proporcionalidade entre osdireitos de voto e a participação accionista, preferencialmenteatravés de previsão estatutária que faça corresponder um voto acada acção. Não cumprem a proporcionalidade as sociedades que,designadamente: i) tenham acções que não confiram o direito devoto; ii) estabeleçam que não sejam contados direitos de votoacima de certo número, quando emitidos por um só accionista oupor accionistas com ele relacionados, Cumpre. [I.6]

1.4. Quórum Deliberativo

As sociedades não devem fixar um quórum deliberativo superiorao previsto na lei. Cumpre. [1,8]

I.5.Actas e Informação sobre Deliberações Adoptadas

Extractos de actas das reuniões da assembleia geral, ou documentosde conteúdo equivalente, devem ser disponibilizadas aos accionistasno sítio Internet da sociedade no prazo de 5 dias após a realização daassembleia geral, ainda que não constituam informação privilegiada.A informação divulgada deve abranger as deliberações tomadas, ocapital representado e os resultados das votações. Estas informaçõesdevem ser conservadas no sítio na internet da sociedade durante pelomenos três anos. Cumpre. [I.13]

1.6. Medidas relativas ao Controlo das Sociedades

I.6.1 As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxitode ofertas públicas de aquisição devem respeitar os interesses dasociedade e dos seus accionistas. Os estatutos das sociedades que,respeitando esse princípio, prevejam a limitação do número devotos que podem ser detidos ou exercidos por um único accionista,de forma individual ou em concertação com outros accionistas,devem prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos,será sujeita a deliberação pela assembleia geral a alteração ou amanutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos dequórum agravado relativamente ao legal – e que, nessadeliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquelalimitação funcione. Cumpre. [I.20 e I.21]

I.6.2 Não devem ser adoptadas medidas defensivas que tenhampor efeito provocar automaticamente uma erosão grave nopatrimónio da sociedade em caso de transição de controlo ou demudança da composição do órgão de administração, prejudicandodessa forma a livre transmissibilidade das acções e a livreapreciação pelos accionistas do desempenho dos titulares doórgão de administração. Cumpre. [I.20]

II. ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃOE FISCALIZAÇÃO

II.1. Temas Gerais

II.1.1. Estrutura e Competência

II.1.1.1 O órgão de administração deve avaliar no seu relatório degoverno o modelo adoptado, identificando eventuais constrangimentosao seu funcionamento e propondo medidas de actuação que, no seujuízo, sejam idóneas para os superar. Cumpre. [II.17]

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

009RELATÓRIO SOBREO GOVERNO SOCIETÁRIO(de acordo com o modelo imposto pelo Regulamento CMVM nº 1/2010)

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II.1,1,2 As sociedades devem criar sistemas internos de controlo egestão de riscos, em salvaguarda do seu valor e em benefício datransparência do seu governo societário, que permitam identificar egerir o risco. Esses sistemas devem integrar, pelo menos, as seguintescomponentes: i) fixação dos objectivos estratégicos da sociedade emmatéria de assumpção de 3 riscos; ii) identificação dos principaisriscos ligados à concreta actividade exercida e dos eventossusceptíveis de originar riscos; iii) análise e mensuração do impacto eda probabilidade de ocorrência de cada um dos riscos potenciais; iv)gestão do risco com vista ao alinhamento dos riscos efectivamenteincorridos com a opção estratégica da sociedade quanto à assunçãode riscos; v) mecanismos de controlo da execução das medidas degestão de risco adoptadas e da sua eficácia; vi) adopção demecanismos internos de informação e comunicação sobre as diversascomponentes do sistema e de alertas de riscos; vii) avaliaçãoperiódica do sistema implementado e adopção das modificações quese mostrem necessárias. Cumpre. [II.5 e II.9]

II.1.1.3 O órgão de administração deve assegurar a criação efuncionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão deriscos, cabendo ao órgão de fiscalização a responsabilidade pelaavaliação do funcionamento destes sistemas e propor o respectivoajustamento às necessidades da sociedade. Cumpre. [II.5 e II.24]

II.1.1.4. As sociedades devem, no relatório anual sobre o Governoda Sociedade: i) identificar os principais riscos económicos,financeiros e jurídicos a que a sociedade se expõe no exercício daactividade; ii) descrever a actuação e eficácia do sistema de gestãode riscos. Cumpre. [II.9]

II.1.1.5. Os órgãos de administração e fiscalização devem terregulamentos de funcionamento os quais devem ser divulgados nosítio na Internet da sociedade. Cumpre. [II.7]

II.1.2 Incompatibilidades e Independência

II.1.2.1 O conselho de administração deve incluir um número demembros não executivos que garanta efectiva capacidade desupervisão, fiscalização e avaliação da actividade dos membrosexecutivos Cumpre. [II.3]

II.1.2.2 De entre os administradores não executivos deve contar-seum número adequado de administradores independentes, tendoem conta a dimensão da sociedade e a sua estrutura accionista,que não pode em caso algum ser inferior a um quarto do númerototal de administradores. Cumpre. [II.3]

II.1.2.3. A avaliação da independência dos seus membros nãoexecutivos feita pelo órgão de administração deve ter em conta asregras legais e regulamentares em vigor sobre os requisitos deindependência e o regime de incompatibilidades aplicáveis aosmembros dos outros órgão sociais, assegurando a coerênciasistemática e temporal na aplicação dos critérios de independênciaa toda a sociedade. Não deve ser considerado independenteadministrador que, noutro órgão social, não pudesse assumir essaqualidade por força das normas aplicáveis. Cumpre. [II.15]

II.1.3 Elegibilidade e Nomeação

II.1.3.1 Consoante o modelo aplicável, o presidente do conselhofiscal, da comissão de auditoria ou da comissão para as matériasfinanceiras deve ser independente e possuir as competênciasadequadas ao exercício das respectivas funções. Cumpre [II.21]

II.1.3.2. O processo de selecção de candidatos a administradoresnão executivos deve ser concebido de forma a impedir ainterferência dos administradores executivos. Cumpre. [II.16]

II.I.4 Política de Comunicação de Irregularidades

II.1.4.1 A sociedade deve adoptar uma política de comunicação deirregularidades alegadamente ocorridas no seu seio, com osseguintes elementos: i) indicação dos meios através dos quais ascomunicações de práticas irregulares podem ser feitasinternamente, incluindo as pessoas com legitimidade para recebercomunicações; ii) indicação do tratamento a ser dado àscomunicações, incluindo tratamento confidencial, caso assim sejapretendido pelo declarante. Cumpre [II.35]

II.1.4.2. As linhas gerais desta política devem ser divulgadas norelatório sobre o Governo da Sociedade. Cumpre. A Brisaimplementou um sistema de comunicação de irregularidades, cujoregulamento está disponível em www.brisa.pt e que é explicitadodetalhadamente em [II.35]

II.1.5 Remuneração

II.1.5.1 A remuneração dos membros do órgão de administraçãodeve ser estruturada de forma a permitir o alinhamento dosinteresses daqueles com os interesses de longo prazo dasociedade, basear-se em avaliação de desempenho e desincentivara assunção excessiva de riscos. Para este efeito, as remuneraçõesdevem ser estruturadas, nomeadamente, da seguinte forma:

(i) A remuneração dos administradores que exerçam funçõesexecutivas deve integrar uma componente variável cujadeterminação dependa de uma avaliação de desempenho,realizada pelos órgãos competentes da sociedade, de acordocom critérios mensuráveis pré-determinados, que considere oreal crescimento da empresa e a riqueza efectivamente criadapara os accionistas, a sua sustentabilidade a longo prazo e osriscos assumidos, bem como o cumprimento das regrasaplicáveis à actividade da empresa. Cumpre [II.30]

(ii) A componente variável da remuneração deve ser globalmenterazoável em relação à componente fixa da remuneração, edevem ser fixados limites máximos para todas as componentes.Cumpre. [II.30]

(iii) Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferidapor um período não inferior a três anos, e o seu pagamento deveficar dependente da continuação do desempenho positivo dasociedade ao longo desse período. Não cumpre.

(iv) Os membros do órgão de administração não devem celebrarcontratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenhampor efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneraçãoque lhes for fixada pela sociedade. Cumpre [II.31]

(v) Até ao termo do seu mandato, devem os administradoresexecutivos manter as acções da sociedade a que tenhamacedido por força de esquemas de remuneração variável, até aolimite de duas vezes o valor da remuneração total anual, comexcepção daquelas que necessitem ser alienadas com vista aopagamento de impostos resultantes do benefício dessasmesmas acções. Cumpre. [II.30 e III.10]

(vi) Quando a remuneração variável compreender a atribuição deopções, o início do período de exercício deve ser diferido porum prazo não inferior a três anos. Não aplicável.

(vii) Devem ser estabelecidos os instrumentos jurídicos adequadospara que a compensação estabelecida para qualquer forma dedestituição sem justa causa de administrador não seja paga sea destituição ou cessação por acordo é devida a desadequado

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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desempenho do administrador. Não aplicável. Em últimaanálise, a compensação por despedimento sem justa causa éda competência dos tribunais.

viii) A remuneração dos membros não executivos do órgão deadministração não deverá incluir nenhuma componente cujovalor dependa do desempenho ou do valor da sociedade.Cumpre [II.30 e II.34]

II.1.5.2 A declaração sobre a política de remunerações dos órgãosde administração e fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lein.º 28/2009, de 19 de Junho, deve, além do conteúdo ali referido,conter suficiente informação: i) sobre quais os grupos desociedades cuja política e práticas remuneratórias foram tomadascomo elemento comparativo para a fixação da remuneração; ii)sobre os pagamentos relativos à destituição ou cessação poracordo de funções de administradores. Cumpre. [I.16. e II.30]

II.1.5.3 A declaração sobre a política de remunerações a que serefere o art. 2.º da Lei n.º 28/2009 deve abranger igualmente asremunerações dos dirigentes na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários e cuja remuneração contenhauma componente variável importante. A declaração deve serdetalhada e a política apresentada deve ter em conta,nomeadamente, o desempenho de longo prazo da sociedade, ocumprimento das normas aplicáveis à actividade da empresa e acontenção na tomada de riscos. Cumpre. [I.16]

II.1.5.4 Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativaà aprovação de planos de atribuição de acções, e/ou de opções deaquisição de acções ou com base nas variações do preço dasacções, a membros dos órgãos de administração, fiscalização edemais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Códigodos Valores Mobiliários. A proposta deve conter todos oselementos necessários para uma avaliação correcta do plano. Aproposta deve ser acompanhada do regulamento do plano ou,caso o mesmo ainda não tenha sido elaborado, das condiçõesgerais a que o mesmo deverá obedecer. Da mesma forma devemser aprovadas em Assembleia Geral as principais características dosistema de benefícios de reforma de que beneficiem os membrosdos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, naacepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos ValoresMobiliários. Cumpre. [I.17]

II.1.5.6. Pelo menos um representante da comissão deremunerações deve estar presente nas assembleias gerais deaccionistas. Cumpre. [I.15]

II.1.5.7. Deve ser divulgado, no relatório anual sobre o Governo daSociedade, o montante da remuneração recebida, de formaagregada e individual, em outras empresas do grupo e os direitosde pensão adquiridos no exercício em causa. Cumpre. [II.31]

II.2 Conselho de Administração

II.2.1 Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estruturade administração e fiscalização, e salvo por força da reduzidadimensão da sociedade, o conselho de administração deve delegara administração quotidiana da sociedade, devendo ascompetências delegadas ser identificadas no relatório anual sobreo Governo da Sociedade Cumpre. [II.3]

II.2.2 O conselho de administração deve assegurar que asociedade actua de forma consentânea com os seus objectivos, nãodevendo delegar a sua competência, designadamente, no querespeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade;

ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devamser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou àssuas características especiais Cumpre. [II.3]

II.2.3 Caso o presidente do conselho de administração exerçafunções executivas, o conselho de administração deve encontrarmecanismos eficientes de coordenação dos trabalhos dosmembros não executivos, que designadamente assegurem queestes possam decidir de forma independente e informada, e deveproceder-se à devida explicitação desses mecanismos aosaccionistas no âmbito do relatório sobre o governo da sociedadeCumpre. [II.8]

II.2,4 O relatório anual de gestão deve incluir uma descrição sobrea actividade desenvolvida pelos administradores não executivosreferindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados.Cumpre. [II.17]

II.2.5 A sociedade deve explicitar a sua política de rotação dospelouros no Conselho de Administração, designadamente doresponsável pelo pelouro financeiro, e informar sobre ela norelatório anual sobre o Governo da Sociedade. Cumpre. [II.11]

II.3 Administrador Delegado, Comissão Executiva e Conselhode Administração Executivo

II.3,1 Os administradores que exerçam funções executivas, quandosolicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar,em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações poraqueles requeridas. Cumpre. [II.8]

II.3,2 O presidente da comissão executiva deve remeter,respectivamente, ao presidente do conselho de administração e,conforme aplicável, ao presidente da conselho fiscal ou dacomissão de auditoria, as convocatórias e as actas das respectivasreuniões. Cumpre. [II.8]

II.3,3 Não aplicável.

II.4 Conselho Geral e de Supervisão, Comissão para asMatérias Financeiras, Comissão de Auditoria e Conselho Fiscal

II.4.1 Não aplicável;

II.4.2 Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida peloconselho geral e de supervisão, a comissão para as matériasfinanceiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal devem serobjecto de divulgação no sítio da Internet da sociedade, em conjuntocom os documentos de prestação de contas. Cumpre. [II.4]

II.4.3 Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida peloconselho geral e de supervisão, a comissão para as matériasfinanceiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal devemincluir a descrição sobre a actividade de fiscalização desenvolvidareferindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados.Cumpre. [II.4]

II.4.4 O conselho geral e de supervisão, a comissão de auditoria e oconselho fiscal, consoante o modelo aplicável, devem representar asociedade, para todos os efeitos, junto do auditor externo,competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços,a respectiva remuneração, zelar para que sejam asseguradas, dentroda empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços, bemassim como ser o interlocutor da empresa e o primeiro destinatáriodos respectivos relatórios. Cumpre. [II.24]

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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II.4.5 O conselho geral de supervisão, a comissão de auditoria e oconselho fiscal, consoante o modelo aplicável, devem anualmenteavaliar o auditor externo e propor à assembleia geral a sua destituiçãosempre que se verifique justa causa para o efeito. Cumpre. [II.24]

II.4.6 Os serviços de auditoria interna, e os que velem pelocumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços decompliance), devem reportar funcionalmente, no caso dassociedades que adoptem o modelo latino, a um administradorindependente ou ao Conselho Fiscal, independentemente darelação hierárquica que esses serviços mantenham com aadministração executiva da sociedade. Cumpre. [II.24]

II.5 Comissões Especializadas

II.5.1 Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselhode administração e o conselho geral e de supervisão, consoante omodelo adoptado, devem criar as comissões que se mostremnecessárias para: i) assegurar uma competente e independenteavaliação do desempenho dos administradores executivos e para aavaliação do seu próprio desempenho global, bem assim como dasdiversas comissões existentes; ii) reflectir sobre o sistema de governoadoptado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes asmedidas a executar tendo em vista a sua melhoria ii) identificaratempadamente potenciais candidatos com o elevado perfil necessárioao desempenho de funções de administrador. Cumpre. [II.15. e II.17]

II.5.2 Os membros da comissão de remunerações ou equivalentedevem ser independentes relativamente aos membros do órgão deadministração e incluir pelo menos um elemento comconhecimentos e experiência em matérias de políticas deremuneração. Cumpre [II.38. e II.39]

II.5.3 Não deve ser contratada para apoiar a Comissão deremunerações no desempenho das suas funções qualquer pessoasingular ou colectiva que preste ou tenha prestado, nos últimos trêsanos, serviços a qualquer estrutura na dependência do Conselho deAdministração, ao próprio Conselho de Administração da sociedadeou que tenha relação actual com consultora da empresa. Estarecomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular oucolectiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato detrabalho ou prestação de serviços. Cumpre. [II.39]

II.5.4 Todas as comissões devem elaborar actas das reuniões querealizem. Cumpre [II.37]

III. INFORMAÇÃO E AUDITORIA

III.1 Deveres Gerais de Informação

III.1.1 As sociedades devem assegurar a existência de umpermanente contacto com o mercado, respeitando o princípio daigualdade dos accionistas e prevenindo as assimetrias no acesso àinformação por parte dos investidores. Para tal deve a sociedademanter um gabinete de apoio ao investidor. Cumpre [III.16]

III.1.2 A seguinte informação disponível no sítio da Internet dasociedade deve ser divulgada em inglês:a) A firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e os demais

elementos mencionados no artigo 171.º do Código dasSociedades Comerciais;

b) Estatutos;c) Identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante

para as relações com o mercado;d) Gabinete de Apoio ao Investidor, respectivas funções e meios de

acesso;e) Documentos de prestação de contas;

f) Calendário semestral de eventos societáriosg) Propostas apresentadas para discussão e votação em

assembleia geral;h) Convocatórias para a realização de assembleia geral. Cumpre III.16.

III.1.3 As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim dedois ou três mandatos, conforme seja respectivamente de quatro outrês anos. A sua manutenção além deste período deverá serfundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização quepondere expressamente as condições de independência do auditor eas vantagens e os custos da sua substituição. Não Cumpre. [III.17]

III.1.4 O auditor externo deve, no âmbito das suas competências,verificar a aplicação das políticas e sistemas de remunerações, aeficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno ereportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização dasociedade. Cumpre. [Relatório do Auditor Externo]

III.1.5 A sociedade não deve contratar ao auditor externo, nem aquaisquer entidades que com eles se encontrem em relação departicipação ou que integrem a mesma rede, serviços diversos deauditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços –que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitas noseu relatório anual sobre o Governo da Sociedade – eles nãodevem assumir um relevo superior a 30% do valor total dosserviços prestados à sociedade. Não cumpre. [III.18]

IV. CONFLITOS DE INTERESSES

Iv.1. Os negócios da sociedade com accionistas titulares departicipação qualificada, ou com entidades que com eles estejamem qualquer relação, nos termos do art. 20.º do Código dos valoresMobiliários, devem ser realizados em condições normais demercado. Cumpre [III.12]

IV.1.2 Os negócios de relevância significativa com accionistastitulares de participação qualificada, ou com entidades que comeles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20.º doCódigo dos valores Mobiliários, devem ser submetidos a parecerprévio do órgão de fiscalização. Este órgão deve estabelecer osprocedimentos e critérios necessários para a definição do nívelrelevante de significância destes negócios e os demais termos deintervenção. Cumpre. [III.12]

CAPÍTULO IASSEMBLEIA GERAL

I.1 A composição da Mesa da Assembleia Geral é a seguinte:

Presidente: António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino

Vice-Presidente: Francisco de Sousa da Câmara

Secretário: Tiago Severim de Melo Alves dos Santos (Secretário daSociedade)

A Sociedade disponibiliza ao Presidente da Mesa da Assembleia Geraltodos os meios necessários para que este possa preparar e realizar asassembleias gerais de forma independente, eficiente e competente.

No sítio www.brisa.pt, poderão ser consultadas as actas erespectivas listas de presenças das assembleias gerais realizadasnos últimos 3 anos.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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I.2 O mandato social em curso é o de 2008-2010

I.3 A remuneração do Presidente da Mesa da Assembleia Geral éde € 5 000 por reunião.

I.4 Não aplicável nos termos do art. 23º do CVM.

I.5 Não aplicável nos termos do art. 23.º do CVM.

I.6 O capital da Brisa é representado por 600 milhões de acções de1 euro cada, estando todas as acções cotadas e não havendoquaisquer diferentes categorias de acções ou de direitos. A cadaacção corresponde um voto. A Brisa foi, de resto, a primeirasociedade a estabelecer este princípio de uma acção um voto, a parda abolição de quaisquer limitações ao livre exercício do voto.

I.7 Não existem categorias especiais de acções quaisquer regrasestatutárias de limitação do exercício dos direitos de voto porqualquer accionista, independentemente do número de acções quepossa deter.

I.8 Não existem quaisquer regras estatutárias de fixação dequalquer quórum constitutivo ou deliberativo, aplicando-se paraesse efeito o regime supletivo previsto no Código das SociedadesComerciais.

I.9 Não existem quaisquer limitações estatutárias ao exercício dovoto por correspondência.

O art. 14.º dos estatutos da sociedade, regula o voto porcorrespondência do seguinte modo:

“1 - O direito de voto pode ser exercido por correspondência emtodas as deliberações, nos termos e condições constantes dosnúmeros seguintes e de outros que, com observância da lei e destecontrato, venham a constar de regulamento a ser, eventualmente,elaborado pelo Conselho de Administração.2 - Em caso de exercício do voto por correspondência, osaccionistas apenas se poderão pronunciar em relação às propostasoportunamente apresentadas e submetidas à sua apreciação.3 - Em caso de apresentação de nova proposta, ou de alteração daproposta inicialmente formulada sobre assunto relativamente aoqual tenha sido exercido o voto por correspondência, o votoemitido nesses termos é contabilizado como voto negativo.4 - O voto exercido nos termos dos números anteriores mantém-seválido para a assembleia reunida em segunda convocação, salvo sena mesma comparecer o accionista.”

I.10 No sítio da Brisa, www.brisa.pt é disponibilizado um modelopara o exercício do voto por correspondência.

I.11 Desde a Assembleia Geral Anual de 2007, realizada a 28 deMarço desse ano, que os votos por correspondência têm que serrecepcionados pela sociedade até ao terceiro dia útil anterior àassembleia geral.

I.12 Os accionistas podem votar através do sítio da Internetwww.brisa.pt, desde que, até ao sexto dia após a publicação daconvocatória da Assembleia-Geral, façam chegar à sede daSociedade uma comunicação (elaborada de acordo com o modeloconstante daquele sítio da Internet) dirigida ao Presidente da Mesada Assembleia-geral, com assinatura reconhecida (ou, no caso depessoas singulares, com assinatura simples acompanhada defotocópia do respectivo bilhete de identidade), da qual conste umapalavra-chave seleccionada pelo accionista e um endereçoelectrónico para onde pretenda que seja enviada a palavra-chave

a ser disponibilizada pela Sociedade (a qual, em conjunto comaquela outra, permitirá aceder ao respectivo boletim de voto no járeferido sítio da Internet www.brisa.pt). Estes accionistas podemexercer o seu direito de voto desde as 0 horas do décimo primeirodia a contar da data de publicação da convocatória da Assembleia-geral. Só são considerados os votos dos accionistas relativamenteaos quais seja recebida, até às 23:59 horas (GMT) da Data deRegisto, a declaração de titularidade de acções, com referência às0:0 horas da Data de Registo.

I.13 As actas das assembleias gerais são disponibilizadas no sítioda sociedade.

I.14 As actas das assembleias gerais da Brisa, que incluem osresultados de todas as votações, relativas aos 5 últimos anos, estãodisponíveis no sítio da sociedade.

I.15 Por norma, encontra-se presente nas Assembleias GeraisAnuais um membro da Comissão de Vencimentos nas Assembleias,conforme consta das respectivas actas.

1.16 Um dos princípios há muitos e longos anos consagrado noDireito Português é o de que a remuneração do órgão daadministração, é da exclusiva competência da Assembleia Geral,que pode delegar esta função numa comissão de vencimentos.

Na Assembleia Geral Anual de 2008, foi eleita uma Comissão deVencimentos para o triénio 2008-2010, tendo sido apreciada pelaAssembleia uma declaração desta Comissão, sobre os critériospara a determinação da remuneração do órgão de administração.Princípio igualmente consagrado há muito tempo no DireitoPortuguês, é o da obrigação de apreciação do desempenho dosórgãos de administração e fiscalização por parte da AssembleiaGeral Anual.

Nos termos do regime legal vigente, a avaliação do desempenho dosdirigentes que não integram os órgãos sociais eleitos pela AssembleiaGeral, é da exclusiva competência do Conselho de Administração.Contudo, o Conselho de Administração submeteu à apreciação daAssembleia Geral Anual de 2010, a seguinte declaração:

“Os Quadros Dirigentes constituem um dos principais esteios daBrisa, enquanto instrumentos dinamizadores da prossecução dosobjectivos que a sociedade se propõe. Localizados na estruturahierárquica imediatamente a seguir ao órgão de administração,cabe-lhes a tarefa de assumir e pôr em prática os principais planosde acção da sociedade, descentralizando, acompanhando,motivando e, em última análise, assegurando o cumprimento dasmetas nos exactos termos em que foram planeadas.

A esta luz, devem os Quadros Dirigentes exercer as suas funçõesde forma diligente e criteriosa, no interesse da sociedade. Domesmo modo, é do interesse da sociedade que os QuadrosDirigentes beneficiem de incentivos suficientemente mobilizadoresdo bom desempenho das suas funções.

Os Quadros Dirigentes, face à importância que assumem nocontexto da actividade global da sociedade, são submetidos a umcomplexo processo de avaliação contínua, que envolve três fases:a fixação dos objectivos, o acompanhamento da execução e aavaliação final.

A avaliação processa-se em dois planos: no plano dascompetências reveladas (ponderado com 45%) e no plano dosobjectivos satisfeitos (ponderado com 55%). Há competênciasnucleares – visão estratégica, motivação e conhecimento (20%);

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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competências específicas – comunicação, decisão, agilidade,criatividade e organização (20%); e competências técnicas (5%). Ehá objectivos específicos (30%) e objectivos partilhados:partilhados pela Unidade de Negócio em que os avaliados seintegram (15%) e partilhados por todo o Grupo (10%). A tudo istose associam índices de desempenho, de que resulta um índice final,a que corresponde um determinado valor de remuneração variável.

Em 2009 trabalhavam na sociedade 30 Quadros Dirigentes, queauferiram 4 510 239 euros de remuneração fixa, 981 441 euros deremuneração variável – neste caso, em resultado da avaliação dedesempenho no exercício de 2009 - e ainda 265 694 euros debenefícios definidos.

Ainda no âmbito da remuneração variável, está em curso um planoquinquenal de incentivos à gestão, associado à valorização emBolsa do título Brisa, que se vence em três tranches: 27 de Abril de2009 (20%), 27 de Abril de 2010 (30%) e 27 de Abril de 2011(50%). Participam neste plano 33 Quadros Dirigentes, envolvendo1 470 000 acções da Brisa.”

1.17 Os planos de aquisição de acções, quer para os membros doConselho de Administração, quer para os quadros dirigentes, sãosempre objecto de decisão e acompanhamento por parte daAssembleia Geral.

1.18 Na Assembleia Geral Anual da Sociedade, realizada em 28 deMarço de 1989 foi aprovado um complemento de reforma queabrange ainda administradores de outras empresas do Grupo equadros dirigentes.

1.19 Não aplicável, uma vez que não existe qualquer limitação aoexercício do voto.

1.20 Não existem igualmente quaisquer medidas defensivas quetenham por efeito provocar automaticamente uma erosão graveno património da sociedade em caso de transição de controlo oude mudança de composição do órgão de administração.

1.21 Não existem quaisquer acordos ou entendimentos dequalquer espécie, de que a sociedade seja parte, que entrem emvigor, sejam alteradas ou cessem em caso de mudança de controloda sociedade.

1.22 Não existem acordos entre a sociedade e os titulares doórgão de administração e dirigentes, na acepção do nº 3 do art.248.º-B do Código de Valores Mobiliários, que prevejamindemnizações em caso de demissão, despedimento sem justacausa ou cessação da relação de trabalho na sequência de umamudança de controlo da sociedade.

CAPÍTULO IIÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO EFISCALIZAÇÃO

Secção I- Temas Gerais

II.1. Identificação e composição dos órgãos sociais

Mesa da Assembleia Geral:

Presidente António Manuel de Carvalho Ferreira VitorinoVice-Presidente Francisco de Sousa da CâmaraSecretário Tiago Severim de Melo Alves dos Santos

Conselho de Administração:Presidente Vasco Maria Guimarães José de Mello*Vice-Presidente João Pedro Stilwell Rocha e Melo*Vogal João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho*Vogal João Afonso Ramalho Sopas Pereira Bento*Vogal António José Nunes de Sousa*Vogal António José Fernandes de SousaVogal António Nogueira LeiteVogal Salvador Alemany MásVogal Martin Wolfgang Johannes ReyVogal Luís Manuel de Carvalho Telles de AbreuVogal Rui Alexandre Pires DinizVogal João Vieira de AlmeidaVogal Daniel Alexandre Miguel Amaral**

* Comissão Executiva** Cooptado em 19 de Janeiro de 2011, na sequência da renúncia apresentada por

Pedro Bordalo Silva

O mandato social actualmente em curso é o de 2008-2010.

Conselho Fiscal:Presidente Francisco Xavier AlvesVogais Tirso Olazábal Cavero

Joaquim Patrício da Silva

Revisor Oficial Alves da Cunha, A. Dias & Associados,de Contas SROCnº 74, representado porExterno: José Duarte Assunção Dias

Revisor Oficial de José Luís Areal Alves da CunhaContas Externo suplente:

A Brisa, por deliberação dos seus accionistas, adoptou comomodelo de governo o conselho de administração e conselho fiscal.Deste modo, as funções executiva e fiscalizadora são claramentedistintas entre si sendo, por isso mesmo, atribuídas a órgãosdistintos.

Neste quadro, ao nível do conselho de administração, existe umregime de solidariedade e de responsabilidade mútua, semexcepção, entre todos os seus membros.

No entanto, e sem prejuízo desse regime de solidariedade, é pordemais evidente a vantagem em que os órgãos de administraçãosejam compostos por membros executivos e não executivos, umavez que estes últimos, por não estarem tão assoberbados com agestão directa e diária, poderão ter uma visão mais abrangente emenos comprometida com as situações concretas do dia-a-dia,estando, assim, numa situação privilegiada para contribuir deforma construtiva para a análise e definição estratégica e noacompanhamento da actividade das sociedades, identificandoeventuais falhas, sugerindo alterações e melhorias, ou mesmo,soluções alternativas.

É neste contexto que, além da comissão executiva, foramconstituídas no seio do Conselho de Administração duas outrascomissões que integram exclusivamente administradores nãoexecutivos, tendo uma como atribuições principais oacompanhamento e fiscalização das matérias referentes aogoverno societário e da sustentabilidade e a outra as funçõesrelativas ao acompanhamento das questões relativas à auditoriainterna e gestão de riscos.

Nestes termos, o conselho de administração faz uma apreciaçãopositiva desta forma de estruturação do governo societário, porconsiderar que, face à actividade desenvolvida pela sociedade, a

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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sua estrutura accionista e a experiência já adquirida, este é osistema mais adequado para assegurar o governo da sociedade deforma eficiente e transparente, de modo a criar valor para todos osaccionistas.

II.2. O sistema de governo societário adoptado na Brisa é o deConselho de Administração e Conselho Fiscal, pelo que, além dascomissões constituídas no seio do Conselho de Administração edescritas em II.3., não existem outras comissões com competênciasem matéria de administração ou fiscalização.

Organogramas relativos à estruturação dos órgãos sociais epelouros da Comissão Executiva. A informação mais sobre asdelegações de competências no seio do Conselho deAdministração encontra-se mais detalhada no ponto II.3.

II.3. Organogramas

Nos termos da legislação vigente, nas sociedades com umaestrutura governativa como a da Brisa (Conselho de Administraçãoe Conselho Fiscal) o Conselho de Administração é um órgãocolegial cujos membros exercem as suas funções a título pessoal,independentemente de quem os tenha designado ou proposto. OConselho de Administração é composto por treze membros, dosquais cinco integram a Comissão Executiva.

Importa ainda referir relativamente aos 13 membros do conselhode administração, que 8 são não executivos, de entre estes, 4 sãoindependentes entendendo-se como tal, os administradores que noexercício das suas funções não se encontram associados de formaindelével a qualquer dos grupos de interesses específicos quecoabitam na Sociedade.

Nos termos estatutariamente definidos, as reuniões do conselho deadministração têm uma periodicidade mínima trimestral, a gestãoexecutiva da Sociedade está atribuída à comissão executiva.

De acordo com o modelo governativo adoptado na Brisa, oPresidente do Conselho de Administração é Presidente daComissão Executiva.

À comissão executiva foram atribuídos os mais amplos poderes degestão com excepção dos que por força legal ou estatutária estãoreservados ao Conselho de Administração. Nestes termos, estãoreservados ao conselho de administração os seguintes poderes:

(a) Cooptação de Administradores;

(b) Pedido de convocação das Assembleias Gerais;

(c) Elaboração dos relatórios e contas anuais;

(d) Prestação de cauções, de garantias pessoais, reais ou outraspela Sociedade;

(e) Mudança de sede e aumentos de capital;

(f) Projectos de fusão, de cisão e de transformação da Sociedade;

(g) Aprovação de qualquer Plano de Negócios, bem comoquaisquer alterações e actualizações ao mesmo;

(h) Aprovação do orçamento anual e quaisquer actualizações aomesmo;

(i) Celebração de contratos relevantes, assunção deresponsabilidades, aquisições ou alienações de quaisqueractivos, incluindo participações noutras sociedades, sempre queo valor estimado seja superior, numa base individual, a (i)€ 100 000 000 (cem milhões de euros) se previstos noorçamento anual, ou a (ii) € 10 000 000 (dez milhões de euros)caso não se encontrem previstos no orçamento anual;

(j) Empréstimos, financiamentos, obrigações, valores mobiliáriosrepresentativos de dívida, papel comercial e outras formas definanciamento por terceiros, incluindo emissão de garantias ougarantias stand-by de montante superior, numa base individual,a (i) € 100 000 000 (cem milhões de euros) se previstos noorçamento anual ou a (ii) € 10 000 000 (dez milhões de euros)caso não se encontrem previstos no orçamento anual;

(l) Qualquer das matérias referidas nas alíneas (a). a (d). suprarelativamente a qualquer uma das subsidiárias da Sociedade

(m) Transacções (incluindo a assunção de compromissos deconclusão de tais transacções) que possam resultar natransmissão ou oneração de quaisquer acções detidas pelaSociedade em qualquer uma das suas subsidiárias que, directaou indirectamente, actue como concessionária da concessãocujas bases foram aprovadas pelo Decreto-Lei n.º 247-C/2008,de 30 de Dezembro (ou outra que lhe suceda, e que inclua norespectivo objecto, pelo menos, as auto-estradas neleidentificadas) (a “Concessão Principal”);

(n) Contratos, acordos ou quaisquer transacções dos quais resulte,directa ou indirectamente, a transmissão ou oneração daConcessão Principal, incluindo em resultado de reorganizaçõesinternas do grupo societário controlado pela Sociedade;

(o) Contratos, acordos ou quaisquer transacções dos quais resulte,directa ou indirectamente, a diluição da participaçãoeconómica da Sociedade na Concessão Principal, incluindo emresultado da emissão de acções ou de outros valoresmobiliários convertíveis em acções representativas do capitalsocial da Sociedade e/ou de qualquer uma das subsidiárias daSociedade, incluindo da Brisa Participações SGPS, S.A., da Brisa– Concessão Rodoviária SGPS, S.A. e da Brisa – ConcessãoRodoviária, S.A. (ou de quaisquer entidades que as substituam,directa ou indirectamente, na prossecução das actividadescompreendidas na Concessão Principal) (as “Sociedades daConcessão”);

(p) Entrega de fundos à Brisa por qualquer uma das Sociedades daConcessão, quer por via de distribuições ou empréstimos queratravés de propostas de pagamento dos mesmos, sempre que omontante a entregar represente menos de 80% (oitenta porcento) dos fundos disponíveis no balanço da Brisa – ConcessãoRodoviária, S.A. (tendo em conta tanto as restrições legaisaplicáveis como as restrições contratuais existentes edecorrentes de financiamentos obtidos junto de terceiros);

(q) Alterações aos estatutos ou aos regulamentos internos dosórgãos sociais de qualquer uma das Sociedades da Concessão,bem como cisão, fusão, dissolução, contratos de subordinaçãoou de grupo, relativos ou a celebrar por qualquer uma dessassociedades;

(r) Emissão de instruções vinculativas nos termos do Artigo 503.ºdo Código das Sociedades Comerciais ou o exercício dequaisquer direitos como accionista, sempre que relativas aqualquer uma das matérias compreendidas nas alíneasanteriores 3.

Nos termos do art. 7.º dos estatutos da Sociedade, estãodisponíveis no site www.brisa.pt.

Os administradores não executivos podem solicitar todos osesclarecimentos que entenderem e têm acesso a toda a informaçãoque pretendam, nomeadamente às actas da comissão executiva eordens de trabalhos, quer individualmente, quer no âmbito dostrabalhos desenvolvidos pelas duas comissões especializadasconstituídas no seu seio e identificadas em II.1. As reuniões doconselho de administração são marcadas e preparadas comantecedência, e atempadamente disponibilizada documentação

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

VASCODE MELLO

ORGANOGRAMAQUADROS DIRECTIVOS

CENTRO CORPORATIVO

ADMINISTRATIVACARLOS SALAZAR DE SOUSA

AUDITORIA, ORGANIZAÇÃOE QUALIDADEANA CLÁUDIA GOMES

DESENVOLVIMENTO ENEGÓCIOSGUILHERME MAGALHÃES

FINANCEIRAJOÃO PEREIRA DE VASCONCELOS

INVESTIDORES, COMUNICAÇÃOE SUSTENTABILIDADELUÍS D’EÇA PINHEIRO

JURÍDICALUÍS GERALDES

PLANEAMENTO ECONTROLO DE GESTÃOLUÍS REBELO DA SILVA

PLANEAMENTO ESTRATÉGICOMANUEL MELO RAMOS

RECURSOS HUMANOSHENRIQUE PULIDO

REDES E SISTEMASRUI GIL

PEDRO ROCHAE MELO

JOÃO AZEVEDOCOUTINHO

JOÃOBENTO

ANTÓNIODE SOUSA

ASSEMBLEIA GERAL(AG)

CONSELHO FISCAL(CF)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO SECRETÁRIOCOMISSÃO EXECUTIVA (CA/CE) DA SOCIEDADE

PRESIDENTE ANTÓNIO VITORINOVICE PRESIDENTE FRANCISCO DE SOUSACÂMARASECRETÁRIO TIAGO MELO

PRESIDENTE FRANCISCO XAVIER ALVESVOGAL TIRSO OLÁZABAL CAVEROVOGAL JOAQUIM PATRÍCIO DA SILVAROC ALVES DA CUNHA,ASSUNÇÃO DIAS & ASSOCIADOS

PRESIDENTE VASCO DE MELLO *VICE PRESIDENTE PEDRO ROCHA E MELO *VOGAL JOÃO AZEVEDO COUTINHO *VOGAL JOÃO BENTO *VOGAL ANTÓNIO NUNES DE SOUSA *VOGAL ANTÓNIO FERNANDES DE SOUSAVOGAL ANTÓNIO NOGUEIRA LEITEVOGAL SALVADOR ALEMANY MÁSVOGAL LUIS TELLES DE ABREUVOGAL RUI DINIZVOGAL JOÃO VIEIRA DE ALMEIDAVOGAL MARTIN REYVOGAL DANIEL ALEXANDRE AMARAL

* COMISSÃO EXECUTIVA

TIAGO MELO

COMISSÕES

ELEITA PELA AG:

COMISSÃO DE VENCIMENTOSPRESIDENTE JARDIM GONÇALVESVOGAL LUÍS CORTES MARTINSVOGAL RUI ROQUE DE PINHO

DESIGNADAS PELO CA:

COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTODO GOVERNO SOCIETÁRIOE SUSTENTABILIDADEPRESIDENTE JOÃO VIEIRA DE ALMEIDAVOGAL LUIS TELLES DE ABREUVOGAL ANTÓNIO NOGUEIRA LEITE

COMISSÃO DE AUDITORIAE GESTÃO DE RISCOSPRESIDENTE ANTÓNIO DE SOUSAVOGAL LUIS TELLES DE ABREUVOGAL ANTÓNIO NOGUEIRA LEITE

ÓRGÃOSSOCIAIS

CONCESSÕESRODOVIÁRIAS

CONCESSÃO BRISAMANUEL LAMEGO

CONCESSÃO LITORAL CENTROJOSÉ BRAGA

DOURO LITORALJOÃO PORTELA

AUTO-ESTRADAS DO ATLÂNTICOJOSÉ BRAGA

CONCESSÃO LITORAL OESTEJOSÉ BRAGA

CONCESSÃO BAIXO TEJOJOÃO PORTELA

OPERAÇÕESRODOVIÁRIAS

BRISA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃOVALDEMAR MENDESLUÍS RODAVASCO TRIGOSO DA CUNHA

BRISA INOVAÇÃO E TECNOLOGIAJORGE SALES GOMESRUI ROQUEFRANCISCO MONTANHA REBELO

VIA VERDE PORTUGALLUÍS VASCONCELOS PINHEIRO

MCALLMARGARIDA CHARTERS

OUTRASINFRA-ESTRUTURAS

BRISA ENGENHARIA E GESTÃOPEDRO CARVALHO

CONTROLAUTO - CONTROLOTÉCNICO AUTOMÓVELGIUSEPPE NIGRALUÍS GRAÇA NERY

TRANSPORT INFRASTRUCTURESINVESTMENT COMPANYMANUEL CARYFRANCISCO ROCIO MENDES

ASTERION ACEJOAQUIM EVARISTO DA SILVA

CONSÓRCIO ELOSJOÃO BENTO

INTERNACIONAL

EUA

BRISA NORTH AMERICAVICTOR SALTÃO

NORTHWEST PARKWAYPEDRO COSTA

HOLANDA

MOVENIENCEJOSÉ HONORATO MEDEIROS

BRISA NEDMOBIEL VENTURESPEDRO MOURISCA

ÍNDIA

FEEDBACK HIGHWAYS OMTJORGE CUNHA

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referente às matérias constantes da respectiva ordem de trabalhos,no sentido de assegurar a todos os membros do conselho deadministração as condições para o exercício das suas funções deforma informada e independente.

Durante o exercício de 2010, os administradores não executivos,para além de terem participado activamente nas reuniões doconselho de administração, os que integram as comissõesespecializadas participaram igualmente activamente nos trabalhosdesenvolvidos no seu seio.

II.4. Anualmente, o Conselho Fiscal produz um relatório detalhadoda sua actividade no exercício anterior, que está disponível no sítioda sociedade, juntamente com o relatório de gestão e contas.

II.5 A Política de Gestão de Risco é determinada pelo Conselho deAdministração, o qual estabelece os objectivos e procedimentospara a detecção e prevenção de riscos relevantes, atribuindo, parao efeito, responsabilidades aos restantes órgãos que compõem oGrupo Brisa.

A Gestão de Riscos tem como objectivo garantir o crescimentosustentado dos negócios e salvaguardar o valor do Grupo Brisa,através da adopção das melhores práticas, permitindo capitalizar oconhecimento interno, na gestão efectiva dos riscos a que o grupose encontra exposto, nomeadamente, nas vertentes ambiental,jurídica, financeira e operacional.

Sendo um pilar do Governo da Sociedade, a Gestão de Riscos, estápresente na cultura da Brisa e nos processos de gestão, cabendoaos colaboradores a responsabilidade de mitigar os factores derisco minimizando o seu impacto e identificando, sempre quepossível, oportunidades de melhoria e/ou retorno.

O processo de Gestão de Riscos, ainda em fase dedesenvolvimento, assenta numa abordagem estruturada,sistemática e disciplinada, contemplando os seguintes aspectos:

- Fixação de objectivos estratégicos em matéria de assunção de riscos;

- Alinhamento dos riscos efectivamente incorridos com a opçãoestratégica do grupo;

- Identificação dos principais riscos inerentes às actividades dogrupo e respectivas causas;

- Análise e medição do impacto e da probabilidade de ocorrênciade cada um dos potenciais riscos;

- Definição de mecanismos de controlo da execução das medidasde gestão de risco adoptadas e monitorização da sua eficácia;

- Adopção de mecanismos internos de informação e decomunicação sobre as diversas componentes do sistema, assimcomo alertas de riscos;

- Avaliação periódica do sistema implementado e adopção dasmodificações que se considerem necessárias.

Para esse efeito, durante o ano de 2010, foi desenvolvida umaferramenta que visa a gestão integrada do sistema de gestão deriscos, de acordo com os aspectos acima referidos.

Paralelamente está em curso um profundo trabalho, que implica oenvolvimento e participação activa de cada uma das áreas daempresa, no sentido de identificar e classificar, em termos decriticidade, os riscos com que cada uma se depara, para entãoserem classificadas e acompanhadas através do sistema de gestãointegrada de riscos.

Resta ainda salientar que, no exercício de 2010, foi iniciado oprocesso de convergência da Gestão de Riscos com o planeamentoestratégico, através da identificação e avaliação dos principaisriscos do portfólio de negócios do Grupo Brisa, bem como dadefinição de estratégias para a sua gestão e mitigação. Para esseefeito, as várias unidades de negócio incluíram nos seus planos deacção, os factores de risco e respectivos impactos associados aosobjectivos estratégicos definidos, bem como as medidas demitigação a adoptar, tendo em consideração os limites detolerância ao risco estrategicamente definidos que serãoacompanhados e monitorizados através do sistema integrado degestão de riscos.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

PELOUROS DOS MEMBROSDA COMISSÃO EXECUTIVA

VASCO DE MELLO

COORDENAÇÃO GERAL

CENTRO CORPORATIVOINVESTIDORES, COMUNICAÇÃOE SUSTENTABILIDADE

PEDRO ROCHAE MELO

CENTRO CORPORATIVOJURÍDICAPLANEAMENTO ESTRATÉGICORECURSOS HUMANOS

CONCESSÕESCONCESSÃO BRISA

JOÃO AZEVEDOCOUTINHO

CENTRO CORPORATIVOADMINISTRATIVAAUDITORIA, ORGANIZAÇÃOE QUALIDADEFINANCEIRA E PLANEAMENTOE CONTROLO DE GESTÃO

INFRA-ESTRUTURASCONTROLAUTO - CONTROLOTÉCNICO AUTOMÓVELTRANSPORT INFRASTRUCTURESINVESTMENT COMPANY

JOÃO BENTO

CENTRO CORPORATIVODESENVOLVIMENTODE NEGÓCIOSREDES E SISTEMAS

CONCESSÕESCONCESSÃO LITORAL CENTROAUTO-ESTRADAS DO ATLÂNTICOCONCESSÃO LITORAL OESTECONCESSÃO BAIXO TEJO

INFRA-ESTRUTURASASTERION ACECONSÓRCIO ELOS

INTERNACIONALEUABRISA NORTH AMERICANORTHWEST PARKWAY

HOLANDAMOVENIENCEBRISA NEDMOBIEL VENTURES

ÍNDIAFEEDBACK HIGHWAYS OMT

ANTÓNIO NUNESDE SOUSA

OPERAÇÕESBRISA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃOBRISA INOVAÇÃO E TECNOLOGIAVIA VERDE PORTUGALMCALL

CONCESSÕESCONCESSÃO DOURO LITORAL

INFRA-ESTRUTURASBRISA ENGENHARIA E GESTÃO

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II.6. De acordo com o regime legal previsto para o modelo degoverno adoptado pela Brisa, Conselho de Administração eConselho Fiscal, estes dois órgãos têm um papel fulcral na criaçãoe acompanhamento dos sistemas de controlo interno e de gestãode riscos da sociedade, bem como na avaliação do seufuncionamento e ajustamentos às necessidades da sociedade. OConselho de Administração constituiu no seu seio a Comissão deAuditoria e Gestão de Risco, composta por três administradoresindependentes, que tem como missão acompanhar de forma maisdirecta as questões relacionadas com aquelas matérias,acompanhando de perto a actividade desenvolvida pela Direcçãode Auditoria e Qualidade, propondo ao Conselho as alterações queentende pertinentes. Esta Comissão é também o interlocutorprivilegiado do Conselho Fiscal, que tem competências específicasnesta matéria, legalmente consagradas.

II.7. Para além dos regulamentos dos órgãos sociais da sociedadedisponíveis no sítio www.brisa.pt, não existem outras regrasrelativas a incompatibilidades ou ao número máximo de cargosacumuláveis.

Secção II – Conselho de Administração

II.8. Na estrutura de Governo adoptada pela Brisa, o Presidente doConselho de Administração é igualmente Presidente da ComissãoExecutiva. Os membros não executivos do Conselho deAdministração têm acesso a toda a documentação referente àsreuniões do Conselho de Administração e da Comissão Executiva,podendo ainda requerer quaisquer esclarecimentos adicionais, demodo a que possam desenvolver a sua actividade de formainformada, independente e competente.

II.9 Nos termos do primeiro levantamento dos riscos efectuado noâmbito do sistema descrito em II.4, foram identificados osseguintes grandes grupos de riscos que poderão afectar o normaldesenvolvimento da actividade da Brisa:

Riscos OperacionaisA Brisa ao posicionar-se como uma empresa de referência nosector das infra-estruturas de transportes, assume a Gestão deRiscos, como uma actividade omnipresente para odesenvolvimento sustentável dos seus negócios.

O investimento continuado na excelência e inovação das diferentesoperações onde intervém, com enfoque especial nas expectativasdos seus clientes, nomeadamente, ao nível da segurança, confortoe fluidez do tráfego, qualidade das infra-estruturas e serviçoprestado, demonstra o comprometimento do grupo na procura damelhoria contínua.

Neste âmbito, o apoio a campanhas de prevenção rodoviária e oreforço das características de segurança da sua rede, na realizaçãode obras de beneficiação e alargamento de auto-estradas,respeitando os padrões de exigência do grupo e em conformidadecom a legislação em vigor, visam criar as condições necessáriaspara uma melhor circulação do tráfego.

A existência de um modelo de gestão e comunicação de crise pararesponder a situações de emergência e a definição de planos decontingência específicos para as diversas áreas, evidencia apreocupação e o rigor do grupo, na gestão da sua actividadeoperacional.

Em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho, a Brisa dispõe deuma estrutura especializada, que supervisiona e garante acoordenação central e local dos planos de segurança e saúdeassociados a actividades de risco.

Em 2010, foram reforçadas diversas iniciativas, relacionadas comactividades sujeitas a risco de atropelamento, nomeadamente, asdesenvolvidas nas barreiras de portagem, as quais foramcomunicadas e estendidas às empresas externas contratadas.

O seu Centro de Coordenação Operacional, suportado por umainfra-estrutura de Telemática e Segurança Rodoviária, assegura oregisto, tratamento e disponibilização, de informação actualizada eoportuna aos seus clientes e serviços de apoio complementar. Coma criação, em 2010, de dois Centros de Operação de Portagens,reforçou-se o controlo das operações internas e garantiu-se adisponibilização de meios complementares, na identificaçãoatempada de situações que careçam de intervenção.

A cultura de inovação, consolidada em 2010, através daconstituição de uma empresa especializada nesse ramo, possibilitaà Brisa manter-se na vanguarda da evolução tecnológica e namodernização das suas infra-estruturas e operações, através daparceria com diversas empresas e universidades de referência,reflectindo o seu compromisso numa área crítica.

A preocupação sistemática no desenvolvimento de esforços, comespecial enfoque na identificação de um conjunto de riscosoperacionais e definindo medidas de gestão e práticas demitigação, adequadas às actuais necessidades dos seus negócios,enquadra-se na estratégia do grupo, para fazer face às exigênciasde uma realidade global em constante mutação e onde aprevenção assume um carácter fulcral.

Riscos de Regulação & ComplianceA operação e exploração concessões de infraestruturas é objectode regulação muito específica e exaustiva. Neste quadro, o riscoresultante de alterações regulatórias assume particular relevância.

Na gestão do risco de regulação assume particular relevo aDirecção Jurídica, que acompanha de perto o processo de evoluçãoregulatória das actividades e dos mercados em que o Grupo Brisaestá envolvido, e propõe as medidas e soluções jurídicas que semostrem mais adequadas ao normal desenvolvimento das váriasactividades do Grupo, de acordo com o quadro jurídico em cadamomento vigente.

Nas actividades desenvolvidas em 2010, destaca-se o profundotrabalho desenvolvido em matéria da privacidade e da segurançano tratamento de bases de dados e a formação relativa à novalegislação de contratação pública, no âmbito da gestão efiscalização dos contratos de empreitadas e de projectos.

Riscos AmbientaisO Grupo Brisa identificou a gestão ambiental como uma das suasprioridades, nas fases de projecto, construção e operação das auto-estradas, desenvolvendo, para o efeito, acções que visam aidentificação de situações de risco ambiental e actuando de formapreventiva, na gestão de medidas minimizadoras do seu impacto,em conformidade com a Política Ambiental estabelecida.

Neste âmbito, em toda a sua cadeia de valor, desenvolve esforçoscom o intuito de zelar por uma actuação responsável, pautada pelaprossecução dos objectivos e metas ambientais, cumprindo alegislação e regulamentos aplicáveis, assim como outros requisitosque o grupo subscreva, relacionados com os aspectos ambientaisdecorrentes das actividades em que intervém.

A existência de empresas certificadas ambientalmente pela normaISO 14001, reconhecida internacionalmente como o referencialnormativo que define as directrizes sobre a área de gestãoambiental nas empresas, bem como a adopção pelo Grupo Brisa,

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de directrizes específicas próprias (Declaração de PolíticaAmbiental), critérios de eco-eficiência, objectivos quantitativospúblicos relativamente a indicadores ambientais críticos e de umSistema de Informação de Gestão da Sustentabilidade, reforçam osseus padrões de exigência na procura da melhoria contínua e napromoção do desempenho sustentável dos seus negócios.

Riscos de Sistemas de InformaçãoOs sistemas, tecnologias de informação e comunicações do GrupoBrisa existem como meio para a prossecução da missão dasempresas que o constituem, isto é, servem o propósito de suportaras actividades de negócio.

Nesse sentido, as actividades desenvolvidas nesta área, no âmbitoda segurança da informação e da resiliência da infra-estruturaexistente, contemplam acções que visam mitigar diferentesvertentes de risco a que o grupo se encontra exposto,nomeadamente, na redundância e segurança da infra-estrutura detelecomunicações e na implementação de sistemas seguros comalta disponibilidade tendo por objectivo assegurar a integridadedos dados e a continuidade do negócio.

Adicionalmente, em 2010, prosseguiu-se a avaliação eimplementação de estratégias de recuperação de desastre dossistemas de informação.

Riscos FinanceirosA Brisa, à semelhança da generalidade das empresas, encontra-seexposta a um conjunto de riscos financeiros que resultam da suaactividade. Merecem destaque: os riscos de liquidez e de taxa dejuro decorrentes do passivo financeiro; o risco de taxa de câmbioresultante do investimento na Companhia de ConcessõesRodoviárias (no Brasil), tendo esta exposição sendo eliminada nofinal de 2010, através da venda da totalidade da participaçãodetida pela Brisa; o risco de taxa de câmbio resultante doinvestimento na Northwest Parkway (nos Estados Unidos daAmérica); e o risco de contraparte a que a empresa fica exposta nasequência da contratação de operações de cobertura de risco e darealização de aplicações financeiras.

As políticas de gestão de risco financeiro são aprovadas pela ComissãoExecutiva e implementadas pela Direcção Financeira (DFI) da BrisaAuto-Estradas. Esta última tem como responsabilidades neste âmbitoa identificação e quantificação dos riscos financeiros a que o Grupo seencontra exposto, bem como a proposta e implementação de medidaspara a sua gestão/mitigação. Este âmbito de actuação na gestão deriscos financeiros traduz-se na gestão centralizada na DFI detransacções cambiais, operações de financiamento, aplicações deexcedentes de tesouraria, contratação de instrumentos financeiros decobertura e gestão do respectivo risco de contraparte. Todas asoperações de gestão de risco financeiro que envolvam a utilização deinstrumentos financeiros derivados são submetidas à aprovação doAdministrador Financeiro ou da Comissão Executiva.

Destaca-se também a política de gestão/mitigação de risco assumidapara a participação em concursos de adjudicação de novasconcessões de infra-estruturas. O project finance é a estrutura definanciamento utilizada neste tipo de projectos, possibilitando asegregação operacional, financeira e jurídica de cada projecto. Aconstituição de empresas com estruturas de financiamento própriassem recurso a cash-flows ou activos da Brisa Auto-Estradas (paraalém dos compromissos de capital cujo montante é conhecido àpartida) para estes projectos, permite limitar e quantificar o riscoassumido pela Brisa no investimento em novas concessões.Adicionalmente, a Brisa participa nestes projectos em regime deparceria, quase sempre com participações minoritárias, mitigandotambém por esta via, a exposição a cada projecto.

Adicionalmente, em 2010, com a conclusão do projecto dereorganização societária, e consequente segregação e ring-fencingda Concessão Brisa numa empresa (Brisa Concessão Rodoviária,S.A.,- BCR), foram fortemente mitigados os riscos financeiros a quea BCR está sujeita. A estrutura financeira inovadora montada naBCR proporcionou a obtenção de um rating forte (A- pela Fitch eBaa1 pela Moody’s) e estável, o que é fundamental para asseguraro acesso futuro aos mercados de dívida internacionais, mitigandoo risco de refinanciamento desta empresa. De notar que a estruturafinanceira da BCR incorpora o estabelecimento de uma politica decobertura de risco financeiro, a qual estabelece as principais regrase guidelines de gestão de risco, contemplando, por exemplo, umrácio mínimo de taxa fixa na estrutura de dívida, a não-existênciade exposições cambiais significativas não cobertas, bem como asolidez financeira mínima (em função do rating) exigida àscontrapartes da empresa para efectuar operações financeiras.

II.10 Os poderes do Conselho de Administração são aqueleslegalmente previstos. No que se refere concretamente adeliberações de capital social, o Conselho de Administração, noscasos em que tal seja legalmente admitido, poderá deliberar sobrea emissão, quer no mercado interno, quer no mercado externo, dequalquer tipo de obrigações e/ou outros valores mobiliários,incluindo, nomeadamente, obrigações convertíveis em acções,obrigações que confiram direito à subscrição de acções e/ouwarrants autónomos sobre valores mobiliários próprios.

II.11 A sociedade não tem qualquer política de rotação de pelourosno Conselho de Administração, por entender que aos administradoresdeverão ser atribuídas as funções que, em cada momento são as maisadequadas às suas capacidades e competências face às necessidadese interesses da Sociedade. Nos termos de regime jurídico aplicável àssociedades comerciais, nas sociedades com o modelo de governocomo o da Brisa (Conselho de Administração e Conselho Fiscal) acompetência para a apresentação de propostas e eleição dosmembros do conselho de administração e do Conselho Fiscal éexclusiva dos accionistas em sede de assembleia geral. Nestestermos, não existe qualquer limitação estatutária à apresentação depropostas e eleição destes dois órgãos. No caso de renúncia ouimpedimento definitivo para o exercício de algum administradordurante o seu mandato, o conselho de administração procede àcooptação de um novo membro, a qual tem que ser objecto deratificação por parte da primeira assembleia geral que se realize apósa cooptação em causa. No caso de renúncia ou impedimentodefinitivo de algum membro do Conselho Fiscal, o lugar deixado emaberto é preenchido pelo membro suplente deste órgão.

II.12 Durante o exercício de 2010, o Conselho de Administraçãoreuniu 12 vezes, e o Conselho Fiscal reuniu 8 vezes. De todas asreuniões são lavradas actas,

II.13 Durante o ano de 2010, a Comissão Executiva reuniu 57vezes. Os administradores não executivos têm acesso a todas asactas da Comissão Executiva.

II.14 Os administradores Vasco Maria Guimarães José de Mello,João Pedro Stilwell Rocha e Melo, João Pedro Ribeiro de AzevedoCoutinho, João Afonso Ramalho Sopas Pereira Bento e AntónioJosé Nunes de Sousa são executivos e os administradores AntónioJosé Fernandes de Sousa, António Nogueira Leite, SalvadorAlemany Más, Martin Wolfgang Johannes Rey, Luís Manuel deCarvalho Telles de Abreu, Rui Diniz, João Vieira de Almeida e DanielAmaral são administradores não executivos.

Caso o regime de incompatibilidades previsto no art. 414.º-A do Códigodas Sociedades Comerciais e exclusivamente aplicável aos membros do

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órgão de fiscalização e da Mesa da Assembleia Geral, pudesse seraplicado aos membros do Conselho de Administração, e maisconcretamente aos administradores não executivos, osadministradores, António Nogueira Leite, Salvador Alemany Más, RuiDiniz e Martin Wolfgang Johannes Rey, não cumpririam as regrasdaquele regime de incompatibilidades, por exercerem funções deadministração em cinco sociedades. Os administradores não executivosAntónio José Fernandes de Sousa, Luís Manuel de Carvalho Telles deAbreu, João Vieira de Almeida e Daniel Alexandre Miguel Amaralcumpririam as regras do referido regime de incompatibilidades. Caso ocritério de independência previsto no nº 5 do art. 414.º do CSCespecificamente para os membros do conselho fiscal fosse aplicável aosmembros do conselho de administração, os administradores executivosJoão Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho e João Afonso Ramalho SopasPereira Bento, seriam de igual modo considerados independentes.

II.15 A sociedade considera independente os membros doconselho de administração, que não estejam associados a qualquergrupo de interesses específicos na sociedade, nomeadamente emvirtude de ser titular ou actuar por conta de titulares departicipação qualificada na sociedade, igual ou superior a 2% docapital social.

II.16 Nos termos do regime legal vigente, a eleição dosadministradores é da competência exclusiva da assembleia geral,segundo proposta dos accionistas, pelo que os administradoresnão podem interferir na selecção dos candidatos aadministradores, executivos ou não.

II.17 Relatório da Comissão de Acompanhamento do GovernoSocietário e da Sustentabilidade.

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

De acordo com as recomendações em vigor, compete à Comissãode Acompanhamento do Governo Societário e da Sustentabilidade(CAGSS) levar a cabo uma avaliação do desempenho dosadministradores executivos, bem como das comissões existentes,incluindo uma autoavaliação.

A CAGSS não definiu instrumentos específicos de avaliação dedesempenho aplicáveis à luz desta recomendação, tendo optadopor aguardar por uma fase de maior maturidade e experiência domercado – e da própria CAGSS – nesta matéria, de forma a poderrecorrer a métricas testadas e confiáveis, que possam compararcom as melhores práticas de mercado.

Assim, a CAGSS, tal como nos anos anteriores, estabeleceu, paraefeitos do exercício de avaliação, parâmetros e pressupostos denatureza geral, que balizam a acção de avaliação levada a cabo eque consistem no seguinte:

1. Âmbito

A CAGSS entende que a avaliação a efectuar deve incidirexclusivamente sobre os aspectos que caiem no seu foro deatribuições específico – governo societário e sustentabilidade – nãolhe competindo pronunciar-se sobre matérias que extravasam essecampo, designadamente as de natureza financeira ou operacional.

2. Método

2.1. A CAGSS sustenta a sua avaliação numa análise focada (i) naregularidade do funcionamento dos órgãos sociais à luz daspolíticas definidas e das regras e recomendações em vigor emsede de governo societário, (ii) no desempenho da empresa na

área da sustentabilidade, tal como reflectido no Relatório deSustentabilidade e (iii) no grau de execução dos planos eprojectos definidos para o ano em análise, com impactosrelevantes em sede de governo societário e/ou sustentabilidade.

2.2. Tendo em atenção a natureza colegial dos corpos sociaisavaliados, a CAGSS efectua uma análise ao desempenho dessesórgãos e organismos e não a cada um dos seus membros.

3. Avaliação

3.1. Comissão Executiva (CE)Não foram detectados quaisquer constrangimentos oudificuldades ao normal e regular funcionamento do órgãoexecutivo, em particular na articulação entre a CE e oConselho de Administração, tendo sido assegurados a todos osseus membros os meios necessários ao desempenho dasrespectivas funções de forma informada e autónoma.

A CE reuniu 57 vezes durante o ano de 2010, tendo sidoelaboradas actas de todas as reuniões havidas e submetidasaos órgãos e serviços competentes as decisões e informaçõesque necessitavam de ratificação ou comunicação, tendo emvista a respectiva execução.

A CE esteve presente em todas as reuniões do Conselho deAdministração, tendo efectuado ou mandado efectuar asapresentações e prestado os esclarecimentos necessários para ainformação dos membros do Conselho de Administração, demodo a permitir a identificação clara das questões em discussãoe a formação da vontade do órgão de administração.

Foram prestadas a esta Comissão, bem como à Comissão deAuditoria e ao Conselho Fiscal – conforme confirmado porestes órgãos – todas as informações e apoio necessários parao regular funcionamento dos mesmos.

O exercício fica marcado pela conclusão do processo dereorganização, que implicou a afectação de significativosrecursos da empresa e, neste caso, da CE. O processo foiextremamente dinâmico e testou intensamente o interfaceentre a CE e o Conselho de Administração e entre este e osaccionistas, numa demonstração de capacidade de diálogo eesforço colaborativo que redundou, a final, na introdução dediversos aperfeiçoamentos ao modelo de governação aplicávelao grupo pós-reorganização. A este propósito, a CAGSScongratula-se com as garantias de independência, por umlado, e de participação accionista necessária, por outro, queresultam do modelo de governo adoptado – essencialmenteao nível da Brisa Concessão Rodoviária,S.A. e na relação destacom a empresa-mãe – Brisa Auto-Estradas de Portugal, S.A. -e que traduzem um grau elevado de sofisticação na definiçãodo sistema de “checks and balances”.

A CE demonstrou ainda capacidade para gerir e proteger aimagem da Brisa, salvaguardar a prossecução dos projectoscom impacto na sustentabilidade da empresa e manter umdiálogo aberto com todos os stakeholders, em circunstânciasparticularmente exigentes dada a situação de crise financeiramundial.

Faz-se, pois, uma apreciação muito positiva do desempenho da CE.

3.2. Comissão de Auditoria e Gestão de Riscos (ComAud)

A ComAud desempenha um papel fulcral no quadro dogoverno societário da Brisa, assegurando uma fiscalização

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independente e atenta da situação económica e financeira daempresa.

Em 2010, a ComAud reuniu bimestralmente, tendo tido acessoa todas as informações de que necessitou e o apoio dosserviços internos da Brisa que solicitou. A ComAud leva a caboencontros periódicos com os departamentos da empresaenvolvidos nas áreas sob sua jurisdição, com particulardestaque para a Direcção de Auditoria e Qualidade, bem comocom o Conselho Fiscal, o que de novo ocorreu durante o anotransacto.

A ComAud manteve uma participação activa nos Conselhos deAdministração, dando conta da sua actividade, formulandorecomendações e solicitando informações à CE tendentes aesclarecer questões em debate.

Com referência à actividade desenvolvida pela ComAud noexercício de 2010, importa realçar a participação activa, nãosó nos trabalhos que levaram à definição do sistema integradode gestão de riscos, como também no acompanhamento dasua implementação.

A avaliação do desempenho da ComAud é claramente positiva.

3.3. CAGSS

A CAGGS reúne bimestralmente, convidando a participar nasreuniões os representantes das áreas da empresa mais ligadosàs questões do governo e da sustentabilidade, bem como,pontualmente, o Provedor do Colaborador.

Durante o ano de 2010, a CAGSS cumpriu os objectivos que setinha proposto, a saber:• Acompanhamento do processo de reorganização em matéria

de governação e sustentabilidade;• Participação alargada no processo de elaboração do

Relatório de Sustentabilidade;• Criação de um canal de comunicação privilegiada com o

Provedor de Ética.

Estes objectivos cumpriram-se integralmente, confirmando umprocesso de gradual afirmação do papel da CAGSS no âmbitoda estrutura interna da empresa.

A propósito do processo de reeorganização, a CAGSS reuniu como Conselho de Administração e, a pedido destes, com accionistasque procuraram esclarecimentos sobre o projecto. No que toca aoRelatório de Sustentabilidade, e graças à estabilização deprocessos e ao profissionalismo da estrutura interna da empresa,o CAGSS teve oportunidade de, com uma antecedênciaadequada, debruçar-se sobre o projecto de documento,contribuindo para o mesmo. Finalmente, saliente-se que a relaçãocom o Provedor de Ética está estabilizada, tendo sido criadasrotinas que asseguram um acompanhamento, pelo CAGSS, dasquestões que se suscitam em sede de provedoria.

Em conclusão, a CAGSS avalia positivamente a sua actuaçãodurante o ano de 2010.

II.18. Qualificações profissionais e funções exercidas nos últimos 5anos pelos membros do Conselho de Administração:

Vasco Maria Guimarães José de Mello, Presidente do Conselhode Administração e da Comissão Executiva da Brisa Auto-estradasde Portugal S.A..

Exerce funções no Conselho de Administração da Brisa desde 2000,sendo que o mandato actualmente em curso é o de 2008-2010.

Licenciado em Gestão de Empresas pelo American College ofSwitzerland, em 1978. De 1978 a 1979, frequenta o “TrainingProgram” no Citigroup, em Nova Iorque.

Em 1980, desempenhou funções no Banco Crefisul de Investimento,do Grupo Citicorp, em São Paulo, Brasil. Em 1985 assumiu o cargo deAdministrador Delegado da CUF Finance (Genebra, Suíça), dedicadaà gestão de patrimónios. Em 1988, passou a desempenhar o cargode Administrador da UIF - União Internacional Financeira. Entre 1991e 2000 foi Administrador e Presidente do Conselho de Administraçãodo Banco Mello, do Banco Mello de Investimentos e da Companhiade Seguros Império, bem como Vice-Presidente da José de Mello,SGPS. Foi ainda membro do Conselho Estratégico dos CTT - Correiosde Portugal, S.A..

Foi vogal do Conselho de Administração da ONI, SGPS (2000-2002).

Foi Vice-Presidente do Conselho Superior do Banco ComercialPortuguês (2000-2007).

Vogal do Conselho de Supervisão do Bank Millennium - Polónia(2005-2007).

Vogal do Conselho de Administração da Abertis, Barcelona (2003-2007).

É titular de 581 795 acções Brisa.

João Pedro Stilwell Rocha e Melo, Vice-Presidente do Conselhode Administração e vogal da Comissão Executiva da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A..

Exerce funções no Conselho de Administração da Brisa desde 2002,sendo que o mandato actualmente em curso é o de 2008-2010.

Licenciado em Engenharia Mecânica, pelo Instituto SuperiorTécnico, em 1985.

Pós-Graduação em Gestão de Empresas (MBA), pela UniversidadeNova de Lisboa, com a colaboração da Wharton School, daUniversidade da Pensilvânia, em 1986. Curso de “InternationalCapital Markets Course”, na Universidade de Oxford, em 1991.

Programa de formação em Gestão “Leadership for Top Managers”- IMD International, em 2002.

Foi Administrador da Mello Valores - Sociedade Financeira deCorretagem e Director Geral do Banco Mello de Investimentos.Entre 1997 e 2000 foi Presidente da Comissão Executiva do BancoMello de Investimentos, Administrador do Banco Mello eAdministrador da Companhia de Seguros Império. Foi ainda Vice-Presidente do Conselho de Administração do BCP Investimento.

É titular de 580 161 acções Brisa.

João Pedro Ribeiro Azevedo Coutinho, Vogal do Conselho deAdministração e da Comissão Executiva da Brisa Auto-estradas dePortugal, S.A.

Exerce funções no Conselho de Administração da Brisa desde 1999sendo que o mandato actualmente em curso é o de 2008-2010.Licenciado em Administração e Gestão de Empresas, naUniversidade Católica Portuguesa, em 1982.

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Programa de formação em gestão de “Leadership for TopManagers”, IMD International, em 2002.

Foi Auditor Sénior na Coopers & Lybrand, Auditores, Lda., Directorresponsável pelas áreas de engenharia financeira, corporate finance,fusões e aquisições e mercado de capitais na DECA, DecisãoEstratégica, Consultores Associados em Gestão, S.A., Directorresponsável pelas áreas de investimento e engenharia financeira emercado primário de capitais da RAR - Sociedade de Investimentos eEngenharia Financeira S.A., Director do Deutsche Bank, em Portugal,onde exerceu as funções de responsável pela Divisão de InvestmentBanking, vogal do Conselho de Administração da DB Vida, S.A. e vogalda Comissão Executiva do Banco Mello de Investimento.

É titular de 525 248 acções Brisa.

João Afonso Ramalho Sopas Pereira Bento, Vogal do Conselhode Administração e da Comissão Executiva da Brisa Auto-estradasde Portugal, S.A. desde 2001, sendo que o mandato actualmenteem curso é o de 2008-2010.

Licenciado em Engenharia Civil, pelo Instituto Superior Técnico(IST/UTL), em 1983 e Mestre em Engenharia de Estruturas, pelamesma universidade, em 1987.

PhD in Civil Engineering pelo Imperial College of Science,Technology & Medicine, da Universidade de Londres, e Doutor emEngenharia Civil pelo IST/UTL em 1992 onde obteve a Agregaçãoem Engenharia Civil - Sistemas Inteligentes, em 1999.

Integrou, entre outros, os Conselhos de Administração da EDPentre 2000 e 2003, da Adamastor Capital, SGPS, de 2002 a 2004 eda Brisatel de 2000 e 2001.

Foi o primeiro Presidente dos Conselhos de Administração da BrisaEngenharia e Gestão (2002 a 2007), da Brisa Conservação deInfraestruturas (2002 a 2005) e da Brisa Assistência Rodoviária(2003 a 2007).

Foi presidente da ASECAP - Associação Europeia de Auto-estradascom Portagem, entre 2005 e 2007, tendo sido designado seuPresidente Honorário em Maio de 2007. Foi também BoardMember da International Bridge, Tunnel and Turnpike Associationde 2007 a 2011 e Presidente da Associação das Concessionárias deAuto-Estradas e Pontes com Portagem de 2005 a 2011.

Foi Professor Catedrático do IST até 2002, mantendo-se comoProfessor Catedrático Convidado do Dep. de Engª Civil e Arqª damesma escola. É Vice-Presidente da Academia de Engenharia.

É titular de 529 223 acções Brisa..

António José Nunes de Sousa, Vogal do Conselho deAdministração e da Comissão Executiva da Brisa Auto-estradas dePortugal, S.A.

Exerce funções no Conselho de Administração da Brisa desde 2008sendo que o mandato actualmente em curso é o de 2008-2010.

Licenciado em Engenharia Civil, pelo Instituto Superior Técnico(IST), em 1982.

Pós-Graduação em Gestão de Empresas, Universidade CatólicaPortuguesa, Lisboa em 1998.

De 1993 a 1999 desempenhou várias funções técnicas na JuntaAutónoma de Estradas, tendo sido nomeado em 1996 Director deEmpreendimentos Concessionados.

Na Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A., desempenhou de 1999 a2002 as funções de Director Geral Técnico.

De 2002 a 2004 exerceu as funções de Administrador Delegado daBrisa Engenharia e Gestão, S.A. e as de Presidente da respectivaComissão Executiva de Junho a Novembro de 2004.

De Dezembro de 2004 a Agosto de 2006 desempenhou as funçõesde vogal do Conselho de Administração da Brisa Internacional,SGPS, S.A., desempenhando igualmente as funções de DirectorPresidente da Brisa Participações e Empreendimentos, Ltda (Brasil)e de vogal do Conselho de Administração da Companhia deConcessões Rodoviárias, S.A., no Brasil, de 2005 a 2008.

É titular de 432 000 acções Brisa

António José Fernandes de Sousa, Vogal do Conselho deAdministração da Brisa Auto-estradas de Portugal S.A..

Exerce funções no Conselho de Administração da Brisa desde 2002sendo que o mandato actualmente em curso é o de 2008-2010.

Licenciado em Administração e Gestão de Empresas, naUniversidade Católica Portuguesa em 1977.

Doutorado em Gestão de Empresas, área de PlaneamentoEstratégico, na Wharton School da University of Pennsylvania, em1983.

Foi Secretário de Estado Adjunto e do Comércio Externo, entre1991-1993, Secretário de Estado Adjunto e das Finanças, noperíodo de 1993-1994, Governador do Banco de Portugal, entre1994 e 2000 e Presidente do Conselho de Administração da CaixaGeral de Depósitos, de 2000 a 2004.

É titular de 1 520 acções Brisa.

António Nogueira Leite, Vogal do Conselho de Administração daBrisa Auto-estradas de Portugal S.A..

Exerce funções no Conselho de Administração da Brisa desde 2002.

Licenciado em Economia, pela Universidade Católica Portuguesa,em 1983. “Masters of Science in Economics”, na University ofIllinois at Urbana-Champaign, em 1986.

Ph.D. em Economics na University of Illinois at Urbana-Champaignem 1988.

Equivalência ao grau de Doutor em Economia (especialidade:Microeconomia), concedida pela Faculdade de Economia daUniversidade Nova de Lisboa.

Agregação na Universidade Nova em 1992 onde actualmente éProfessor Catedrático Convidado.

Exerceu funções como Presidente do Conselho de Administraçãoda Bolsa de Valores de Lisboa em 1999. Foi, ainda, Secretário deEstado do Tesouro e das Finanças do XIV Governo Constitucional,de Outubro de 1999 a Setembro de 2000. Por inerência de funções,foi Governador Suplente do Banco Europeu de Investimentos,Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento e doBanco Inter-Americano de Desenvolvimento. Foi representante dePortugal no Conselho Económico e Financeiro da União Europeia.

Não detém acções Brisa.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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Salvador Alemany Más, Vogal do Conselho de Administração daBrisa Auto-estradas de Portugal S.A..

Exerce funções no Conselho de Administração da Brisa desde 31 deMarço 2008 sendo que o mandato actualmente em curso é o de2008-2010.

Profesor Mercantil e Licenciado em Ciencias Económicas pelaUniversidade de Barcelona.

Diplomado por IESE – Revisor Oficial de Contas.

Eleito Administrador Delegado da Abertis em 2003, tendo ocupadocargos similares em várias empresas do Grupo Abertis.

Não detém acções Brisa.

Martin Wolfgang Johannes Rey, Vogal do Conselho deAdministração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A..

Exerce funções desde Setembro de 2007 sendo que o mandatoactualmente em curso é o de 2008-2010.

Licenciado em Direito pela Universidade de Rheinische Friedrich-Wilhelms em Bona, tendo ainda feito estudos em gestão naUniversidade de Hagen.

Integrou o Grupo Babcock em 2003. Antes dessa datadesempenhou várias funções directivas na Bayerische Hypo-undVereinsbank (HVB).

Não detém acções Brisa.

Luís Manuel de Carvalho Telles de Abreu, Vogal do Conselhode Administração da Brisa Auto-estradas de Portugal S.A..

Exerce funções no Conselho de Administração da Brisa desde 2003sendo que o mandato actualmente em curso é o de 2008-2010.

Licenciado em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade deCoimbra, em 1963.

Foi membro do Conselho Distrital do Porto da Ordem dosAdvogados nos triénios de 1978 -1980 e de 1981 - 1983;

Foi membro do Conselho Geral da Ordem dos Advogados notriénio de 1990 -1992;

Foi membro do Conselho Superior da Ordem dos Advogados notriénio de 2005 2007.

Não detém acções Brisa.

Rui Alexandre Pires Diniz, Vogal do Conselho de Administraçãoda Brisa Auto-estradas de Portugal S.A..

Exerce funções no Conselho de Administração da Brisa desdeMarço de 2010, sendo que o mandato actualmente em curso é ode 2008-2010.

Licenciatura em Economia, na Universidade Católica.

Mckinsey & Company (Escritório Ibérico) De 05/ 96 a 02/10: ondedesempenhou as funções de Offfice Manager do escritório de Lisboa(Setembro 2007 a Fevereiro de 2010) Director (Sócio-Director) daMckinsey & Company (Julho de 2008 a Junho de 2008) Consultor daMckinsey & Company (Março de 1996 a Junho de 2002).

Não detém acções Brisa.

João Vieira de Almeida, Vogal do Conselho de Administração daBrisa Auto-estradas de Portugal S.A..

Exerce funções no Conselho de Administração da Brisa desde 2003sendo que o mandato actualmente em curso é o de 2008-2010.

Licenciado em Direito, pela Universidade Católica Portuguesa, em1985, inscrito na Ordem dos Advogados Portugueses e na Ordemdos Advogados do Brasil. Foi vogal do Conselho Distrital e doConselho Geral da Ordem dos Advogados Portugueses.

É sócio e Presidente da Direcção da Vieira de Almeida & Associados- Sociedade de Advogados; R:L., co-responsável pela Área de M&Ae Corporate Finance.

Não detém acções Brisa.

Daniel Alexandre Miguel Amaral, Vogal do Conselho deAdministração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A..

Exerce funções desde Janeiro de 2011, sendo que o mandato emcurso é o de 2008-2010.

Licenciado em Gestão pelo ISEG.

Ingressou no Grupo Caixa Geral de Depósitos em Outubro de 1996,tendo sido Director Coordenador do Caixa- Banco de Investimento,S.A. entre Abril de 2003 e Março de 2008 e AdministradorExecutivo do CREDIP – Instituição Financeira de Crédito, S.A. entreAbril de 2007 e Março de 2008. Foi membro do EuropeanInfrastructure Team da Babcock & Brown (Abril de 2008 a Junho de2009), sendo actualmente Partner da Arcus Infrastructure Partners.

Não detém acções Brisa.

II.19 Funções Desempenhadas pelos Membros do Órgão deAdministração em outras Sociedades

Cargos sociais desempenhados pelo Presidente do Conselhode Administração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A.,Vasco Maria Guimarães José de Mello:

José de Mello, SGPS, S.A.Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva

CRP – Centro Rodoviário PortuguêsVice-Presidente do Conselho de Fundadores

Sogefi, Sociedade de Gestão e Financiamentos, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

BCSD Conselho Empresarial para o Desenvolvimento SustentávelMembro da Direcção

CMVM-Comissão do Mercado de Valores MobiliáriosMembro do Conselho Consultivo

Fundação Amélia de MelloMembro da Direcção

Fundação EDPMembro da Direcção

AEM - Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados emMercadoMembro da Direcção

Brisa Serviços Viários, SGPS, S.A.Presidente do Conselho de Administração

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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Brisa Internacional, SGPS, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Via Oeste, SGPS, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Brisa Infraestruturas, SGPS, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Brisa Participações, SGPS, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Brisa Concessão Rodoviária, SGPS, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Brisa Concessão Rodoviária, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Cargos sociais desempenhados pelo Vice - Presidente do Conselhode Administração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A.,João Pedro Stilwell Rocha e Melo:

Via Oeste, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Serviços Viários, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Internacional, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

TECNOHOLDING II – Investimentos Tecnológicos S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Participações, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Infraestruturas, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Concessão Rodoviária, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Concessão Rodoviária, S.A.Vogal do Conselho de Administração

APCAP – Associação Portuguesa das Sociedades Concessionáriasde Auto-Estradas com PortagensVogal do Conselho de Administração

José de Mello – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão Executiva

ASTERION, A.C.E.Vogal do Conselho Geral

Associação Comercial de LisboaMembro da Direcção

Associação Schoenstatt LisboaMembro da Direcção

Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselhode Administração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A.,João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho:

Controlauto Controlo Técnico Automóvel, S.A.Presidente do Conselho de Administração

TECNOHOLDING II – Investimentos Tecnológicos S.A.Presidente do Conselho de Administração

Brisa Serviços Viários, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Internacional SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Via Oeste, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Participações, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Infraestruturas, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Concessão Rodoviária, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Concessão Rodoviária, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselhode Administração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A.,João Afonso Ramalho Sopas Pereira Bento:

BRISAL Auto-Estradas do Litoral, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Auto-Estradas do Baixo Tejo, S.A.Presidente do Conselho de Administração

AEDL – Auto-Estradas do Douro Litoral, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Serviços Viários, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Internacional SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Via Oeste, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Participações, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Infraestruturas, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Concessão Rodoviária, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Concessão Rodoviária, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa United States, LLC (EUA)Vogal do Conselho de Administração

Brisa North America, Inc (EUA)Vogal do Conselho de Administração

Elos Ligações de Alta Velocidade, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Elos OM, S.A.Presidente do Conselho de Administração

ASTERION, A.C.E.Vogal do Conselho Geral

Brisa Participações e Empreendimentos Ltda. (Brasil)Presidente do Conselho Consultivo

EFACEC Capital, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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TECNOHOLDING II – Investimentos Tecnológicos S.A.Vogal do Conselho de Administração

APCAP- Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias deAuto-Estradas ou Pontes com Portagens.Presidente do Conselho de Administração

International Bridge, Tunnel and Turnpike Association (EUA)Member of the Board of Directors (Vogal do Conselho de Administração)

Fundação Luso-BrasileiraMembro do Conselho de Curadores e Vogal do Conselho de Administração

InIR, Instituto Regulador do Sector RodoviárioMembro do Conselho Consultivo

Cargos desempenhados pelo Vogal do Conselho de Administraçãoda Brisa, António José Nunes de Sousa:

Brisa Engenharia e Gestão, S.A.Presidente do Conselho de Administração

AEDL – Auto-Estradas do Douro Litoral, S.A.Presidente do Conselho de Administração

MCall Serviços de Telecomunicações, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Via Verde Portugal, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Brisa O&M, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Brisa Inovação e Tecnologia, S.A.Presidente do Conselho de Administração

TECNOHOLDING II – Investimentos Tecnológicos S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Serviços Viários, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Internacional SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Via Oeste, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Participações, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Infraestruturas, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Concessão Rodoviária, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Brisa Concessão Rodoviária, S.A.Vogal do Conselho de Administração

APCAP – Associação Portuguesa das Sociedades Concessionáriasde Auto-Estradas com PortagensVogal do Conselho de Administração

Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho deAdministração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A.,António José Fernandes de Sousa:

Associação Portuguesa de BancosPresidente da Direcção

STRATORG – Gabinete de Gestão de Empresas, S. A.Presidente

ECS Sociedade de Capital de Risco, S.A.Administrador

ECS capital, SGPS, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho deAdministração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A.,António do Pranto Nogueira Leite:

José de Mello Investimentos, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

CUF – Companhia União Fabril, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

CUF-Quimicos Industriais, S.A.Vogal do Conselho de Administração

José de Mello – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.Vogal do Conselho de Administração

EFACEC Capital, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

COMITUR – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.Vogal do Conselho de Administração

COMITUR IMOBILIÁRIA,S.A.Vogal do Conselho de Administração

Herdade do Vale da Fonte - Sociedade Agrícola, Turística eImobiliária, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Sociedade Imobiliária e Turística do Cojo, S.A.Vogal do Conselho de Administração

REDITUS, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração.

BANIF Investment, S.A.Vice-Presidente do Conselho Consultivo

Instituto de gestão do Crédito PúblicoMembro do Conselho Consultivo

OPEX, SGSNM, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Instituto Português de Relações InternacionaisVogal da Direcção

Comunidade Portuária de AveiroPresidente da Direcção

Assocação Oceano XXIPresidente da Direcção

EDP Renováveis, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Fundação Batalha de AljubarrotaVogal do Conselho de Administração

Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho deAdministração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A.,Salvador Alemany Más:

Abertis Infraestructuras, S.A.Administrador Delegado

Autopistas, C.E.S.A.Presidente do Conselho de Administração

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Abertis Telecom, S.A.Presidente do Conselho de Administração

Iberpistas, S.A.C.E.Vogal do Conselho de Administração

Saba Aparcamientos, S.A.Administrador Delegado

Parc Logístic, S.A.Vice Presidente do Conselho de Administração

Centro Intermodal de Logística, S.A. (CILSA)Vice Presidente do Conselho de Administração

AreamedVice Presidente do Conselho de Administração

Círculo de EconomíaPresidente

Miembro de a Comissão de Política Econ. da Câmara de Comerciode BarcelonaGremio de Garajes de BarcelonaPresidente Honorario

ASETA (“Asociación de Sociedades Españolas Concesionarias deAutopistas, Túneles, Puentes y Vías de Peaje”)Vice Presidente

Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho deAdministração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A,Martin Wolfgang Johannes Rey:

Babcock & Brown France (Fruges II) SAS, FrançaVice-Director Geral

Babcock & Brown GmbH, AlemanhaDirector Geral

Babcock & Brown Windpark Verwaltungs GmbHDirector Geral

Babcock & Brown Windpark Management GmbH, AlemanhaDirector Geral

Renerco AG, AlemanhaVice-Presidente do Conselho de Supervisão

Nordex SE, AlemanhaMembro do Conselho de Supervisão

ZAAB Energy AG, AlemanhaMembro do Conselho de Supervisão

Babcock & Brown European Investments S.a.r.l, LuxemburgVogal executive do Conselho de Administração

B&B MB, investicije, d.o.o., SloveniaDirector

BABCOCK & BROWN, investicije d.o.o., SloveniaDirector

Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho deAdministração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A.,Luís Manuel de Carvalho Telles de Abreu:

Telles de Abreu e Associados – Sociedade de Advogados, R.L.Administrador

Imobiliária 1928, LimitadaGerente

Caraimo – Propriedade, Investimento e Administração de BensMobiliários e Imobiliários, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Cimertex - Sociedade de Máquinas e Equipamentos, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Cinca – Companhia Industrial de Cerâmica, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Empresa Predial Ferreira & Filhos, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Galilei, S.G.P.S., S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Gamobar, SGPS, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Itron Imobiliária, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

José Luís Ferreira da Costa, S.G.P.S., S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Prainha – Empreendimentos Imobiliários, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Prainhamar – Exploração Hoteleira, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Real Vida Seguros, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Tecniforma – Oficinas Gráficas, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Viagens Abreu, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Asorg – Administração de Bens Mobiliários e Imobiliários, S.A.Secretário da Mesa da Assembleia Geral

Encontrarse – Associação de Apoio às Pessoas com PerturbaçãoMental GraveSecretário da Mesa da Assembleia Geral

Liga dos Amigos do Hospital de Santo AntónioSecretário da Mesa da Assembleia Geral

Quinta dos Cónegos – Sociedade Imobiliária, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselhode Administração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A.,João Vieira de Almeida:

Brisa Internacional, SGPS, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Banco Finantia, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Grow – Sociedade Gestora de Patrimónios, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

José de Mello Investimentos, SGPS, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

PPPS – Consultoria em Saúde, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

SGFI,S.A. – Sociedade Gestora de Fundos de InvestimentoImobiliário, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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Route to Market, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Imopolis - Sociedade Gestora de Fundos de InvestimentoImobiliário, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.Presidente da Mesa da Assembleia Geral

José de Mello Saúde, S.A.Secretário da Mesa da Assembleia Geral

Banif – InvestimentoMembro do Conselho Consultivo

Vieira de Almeida & Associados – Sociedade de Advogados, R.L.Presidente da Direcção

VAS – Vieira de Almeida Serviços, Lda.Gerente

Associação Colecção BerardoPresidente da Mesa da Assembleia Geral

Fundação do GilPresidente do Conselho Fiscal

Federação Portuguesa de RâguebiVogal do Conselho Jurisdicional

Associação de Curling de PortugalPresidente da Direcção

Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselhode Administração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A.,Rui Alexandre Pires Diniz

José de Mello Saúde – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.AVogal do Conselho de Administração e membro da Comissão Executiva

José de Mello Saúde España, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Escala Braga – Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Hospital CUF Infante Santo, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Hospital CUF Descobertas, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Hospital das Descobertas, S.A.Vogal do Conselho de Administração

Hospital CUF Porto, S.A.Vogal do Conselho de Administração

JMS – Prestação de Serviços Administrativos e Operacionais, ACEVogal do Conselho de Administração

JMS – Prestação de Serviços de Saúde, ACEVogal do Conselho de Administração

Loja SaúdeCUF – Produtos e Serviços de Saúde e Bem Estar, S.A.Vogal do Conselho de Administração

PPPS – Consultoria em Saúde, S.A.Vogal do Conselho de Administração

PPPS – Parcerias Públicas Privadas na Saúde, SGPS, S.A.Vogal do Conselho de Administração

José de Mello Saúde – Serviços de Gestão e Consultoria, LDA.Gerente

BESO, Serviços de Comodidade e Conveniência, LDA.Gerente

Novamente - Associação de Apoio aos Traumatizados CrâneoEncefálicos e suas famíliasAdministrador

Cargos sociais desempenhados pelo Vogal do Conselho deAdministração da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A.,Daniel Alexandre Miguel Amaral

Arcus Infrastructure Partners LLPPartner

Arcus ISH LLPPartner

Hidroeléctrica de Dornelas, Unipessoal, Lda.Gerente

PEG, Unipessoal, Lda.Gerente

Culturado, Unipessoal, Lda.Gerente

Solfasquia, Unipessoal, Lda.Gerente

Norteturbo, Unipessoal, Lda.Gerente

Maintranche, Unipessoal, Lda.Gerente

Círculo Corrente, Lda.Gerente

Secção III Conselho Fiscal

II.21. Na Brisa a fiscalização está atribuída a um Conselho Fiscalde três membros independentes e a um Revisor Oficial de ContasExterno, com a seguinte composição:

Presidente: Francisco Xavier AlvesVogais: Tirso Olazábal Cavero

Joaquim Patrício da Silva

Revisor Oficial de Contas Externo: Alves da Cunha, A. Dias &Associados, SROC nº 74, representado por Dr. José DuarteAssunção Dias ROC nº 513, com escritório na Rua Américo Durão,6-8º Esqº, 1900 – 064 LISBOA.

Está em curso o mandato de 2008-2010 e todos os membros doConselho Fiscal cumprem as regras de incompatibilidades previstasno nº 1 do art. 414.º-A e são independentes à luz do critério definidono nº 5 do art. 414.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais.

II.22. Qualificações profissionais e actividades profissionaisexercidas pelos membros do Conselho Fiscal

Francisco Xavier Alves, é o Presidente do Conselho Fiscal, tendosido eleito para exercer funções no Conselho Fiscal da Brisa emMarço de 2007. Na Assembleia Geral Anual realizada em 31 Marçode 2008 foi reeleito vogal do Conselho Fiscal e em Junho de 2008foi eleito Presidente do Conselho Fiscal, na sequência da renúnciaao cargo apresentado pelo então Presidente do Conselho Fiscal,Eng. Pedro Ribeiro da Cunha. Tem o Curso Superior de Finanças, doISCEF, sendo Revisor Oficial de Contas. Tem desenvolvido aactividade de coordenação de trabalhos de auditoria financeira,projectos de reestruturação empresarial e consultadoria nodomínio da gestão e organização. Não titular de acções Brisa.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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Tirso Olazábal Cavero, é vogal do Conselho Fiscal, tendo sidoeleito para exercer funções no Conselho Fiscal da Brisa em Marçode 2007, e reeleito em Março de 2008. É licenciado em Gestão.De 1988 a 2002 desempenhou as funções de AdministradorDelegado da sociedade Constância Editores S.A.

A partir de 2002 passou a desempenhar as funções de Partner eAdministrador da sociedade de consultadoria Olazábal & Artola,desempenhando igualmente funções de Administrador Delegado ePartner da sociedade Agoa Gestão de Resíduos S.A., bem como dasociedade Ociomedia.

Desde 2006 desempenha as funções de vogal do Conselho deAdministração do Grupo Media Capital. Não é titular de acções Brisa.

Joaquim Patrício da Silva, é vogal do Conselho Fiscal, tendo sidoeleito como vogal suplente do Conselho Fiscal da Brisa em Marçode 2007, e reeleito em Março de 2008. Em Junho de 2008, nasequência da renúncia ao cargo apresentado pelo então Presidentedo Conselho Fiscal, Eng. Pedro Ribeiro da Cunha, assumiu asfunções de vogal efectivo do Conselho Fiscal.

É licenciado em Finanças pelo ISCEF, exercendo desde 1979 aactividade de Revisor Oficial de Contas. Não é titular de acções Brisa.

II.23. Funções desempenhadas pelos membros do Conselho Fiscal

Francisco Xavier Alves, desenvolve a actividade de Revisor Oficialde Contas, desempenhando nessa qualidade funções em váriassociedades. Não desempenha funções em qualquer sociedade doGrupo Brisa.

Tirso Olazábal Cavero é sócio gerente de Olazabal&Artola,Consultoria Economico Financeira Lda., membro do conselho deAdministração do grupo Media Capital. Não desempenha funçõesem qualquer sociedade do Grupo Brisa.

Joaquim Patrício da Silva desenvolve a actividade de Revisor Oficialde Contas, desempenhando nessa qualidade funções em váriassociedades. Não desempenha funções em qualquer sociedade doGrupo Brisa.

II.24. O Conselho Fiscal avalia anualmente o desempenho do AuditorExterno, não podendo, contudo, propor à Assembleia Geral a suadestituição, uma vez que essa competência não é da AssembleiaGeral, mas sim do Conselho de Administração. A Conselho Fiscalcompete ainda, nomeadamente, fiscalizar a eficácia do sistema degestão de riscos, do sistema de controlo interno, e do sistema deauditoria interna, e propor a contratação do Auditor Externo erespectiva remuneração, assegurar que lhe são facultados os meiosnecessários ao exercício das suas funções e avaliar o seu desempenho.

II.25. a II.29. não aplicável.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

SALDO SALDO

NOME 31-12-2009 COMPRA VENDA 31-12-2010

VASCO MARIA GUIMARÃES JOSÉ DE MELLO 581 795 - - 581 795

JOÃO PEDRO ROCHA E MELO 580 161 - - 580 161

JOÃO PEDRO RIBEIRO AZEVEDO COUTINHO 525 248 - - 525 248

JOÃO AFONSO RAMALHO SOPAS PEREIRA BENTO 524 223 30 ABR - 529 2235 000€5,36

ANTÓNIO NUNES DE SOUSA 432 000 - - 432 000

ANTÓNIO FERNANDES DE SOUSA 1 520 - - 1 520

ANTÓNIO DO PRANTO NOGUEIRA LEITE - - - -

SALVADOR ALEMANY MÁS - - - -

LUIS CARVALHO TELLES DE ABREU - - - -

JOÃO VIEIRA DE ALMEIDA - - - -

RUI ALEXANDRE PIRES DINIZ - - - -

MARTIN WOLFGANG REY - - - -

DANIEL ALEXANDRE MIGUEL AMARAL - - - -

FRANCISCO XAVIER ALVES - - - -

TIRSO OLAZÁBAL CAVERO - - - -

JOAQUIM PATRÍCIO DA SILVA - - - -

AQUISIÇÕES / ALIENAÇÕES DE VALORES MOBILIÁRIOS DA SOCIEDADE DETIDOSPELOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DURANTE O EXERCÍCIO DE 2010

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Secção IV Remuneração

II.30. Na Assembleia Geral Anual realizada no dia 26 de Março de2010, foi aprovada seguinte declaração da Comissão de Vencimentossobre a política de remunerações, do órgão de administração:

“A Comissão de Vencimentos, na sequência da declaraçãosubmetida à Assembleia Geral Anual de 2009, e em cumprimentodas disposições legais e regulamentares em matéria de política deremuneração introduzidas pelo artigo 2º da Lei nº 28/2009 de 19de Junho, submete à aprovação da Assembleia Geral Anual de2010, a seguinte declaração sobre a política de remunerações dosórgãos de administração e de fiscalização:- Os membros do órgão de administração devem desempenhar as

suas funções de forma diligente e criteriosa, no interesse dasociedade, tendo em conta os interesses dos seus accionistas,colaboradores e demais “stakeholders”.

- É do interesse da sociedade e dos seus accionistas criar ascondições e os incentivos adequados, mobilizadores do bomdesempenho de funções por parte do Conselho de Administração,de acordo com os critérios acima referidos.

- Nesta perspectiva, a remuneração constitui um instrumento degestão essencial para o enquadramento e motivação dodesempenho dos dirigentes ao nível das empresas.

- A definição e aplicação dos critérios subjacentes à fixação dasremunerações dos Administradores, cometida à Comissão deVencimentos, deve deste modo ser coerente e homogénea,levando, por um lado, em linha de conta o nível de remuneraçõesactualmente praticado em empresas europeias congéneres, e poroutro, o grau de cumprimento dos objectivos estratégicosdefinidos para a empresa, a criação de valor para os accionistase a conjuntura económica.

- Neste sentido, a remuneração deverá contemplar uma componentefixa que visa remunerar o esforço desenvolvido ao longo de cadaexercício do respectivo mandato, aplicável aos membros executivose não executivos do Conselho de Administração, e umacomponente variável a ser atribuída aos membros executivos como objectivo de os recompensar pelo desempenho da Sociedade ealinhar os seus interesses com os interesses de sustentabilidade dasociedade em ciclos de mais longo prazo. Este alinhamento serágarantido, designadamente, através da repercussão no calculo daremuneração variável da performance operacional e financeira dacompanhia em cada exercício, da qualidade intrínseca dosresultados (recorrentes e extraordinários) apresentados, tendo emconsideração a situação dos mercados accionistas, o

posicionamento da Brisa nos mercados em que actua, aexpectativa de evolução do negócio a médio e longo prazo, índicesa que alude ao art. 2º nº 3 alíneas a) e e) da citada Lei 28/2009.

- A atribuição da componente variável, para além do que já se referiu,fica também dependente da avaliação do cumprimento deobjectivos de desempenho definidos anualmente, tendo em contaos seguintes indicadores: EBITDA, EBIT, RESULTADOS LÍQUIDOS,ROE e ROA, não apenas numa perspectiva de evolução em razão dohistórico da empresa mas também levando em consideração o nívelremuneratório das principais empresas do mercado doméstico, eainda as do mesmo sector a nível internacional.

- Poderão ainda ser tidos em conta factores excepcionais quevalorizem ou desvalorizem a prestação da Comissão Executiva oude qualquer dos seus membros.

- A remuneração variável é paga após o encerramento de cadaexercício e logo que apurados os respectivos resultados.

- Nos termos de deliberação tomada em 2008, existe um plano deincentivos à gestão em que os seus Beneficiários (colaboradorese os administradores executivos) adquiriram acções da Brisa aopreço de mercado, com recurso a crédito bancário em condiçõesestabelecidas para este efeito, não tendo sido ulteriormenteaprovado qualquer plano adicional.

- A Comissão de Vencimentos oportunamente aprovou os termosde um acordo com os administradores executivos do Conselho deAdministração, no sentido de lhes atribuir, em caso de cessaçãode funções, um montante equivalente à remuneração de trêsanos, sob condição de, durante esse período, não exerceremfunções em actividade concorrente à da Brisa.

No que se refere ao órgão de fiscalização, atento o disposto no art.422.º, em conjugação com o disposto no nº1 do art. 399.º doCódigo das Sociedades Comerciais, a remuneração dos membrosdo Conselho Fiscal deve consistir numa quantia fixa, que deverá serdeterminada tendo em conta a complexidade e responsabilidadedas funções desempenhadas, bem como a situação económica daempresa.”

II.31 Remuneração do Conselho de Administração

Os valores abaixo expressos representam a totalidade dos custossalariais para a empresa. A remuneração base dos Administradoresnão executivos é de € 5000, a abonar por 14 vezes, de € 6 000 aabonar por 14 vezes para os que integrem uma comissão, e de €

6 500 a abonar por 14 vezes para os que integrem duas comissões

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

NOME REMUNERAÇÃO REMUNERAÇÃO BENEFÍCIOS

FIXA VARIÁVEL DEFINIDOS TOTAL

VASCO MARIA GUIMARÃES JOSÉ DE MELLO 423 331,42 * 59 850,00 483 181,42JOÃO PEDRO STILWELL ROCHA E MELO 394 108,55 210 000,00 57 750,00 661 858,55JOÃO PEDRO RIBEIRO DE AZEVEDO COUTINHO 366 258,16 185 000,00 51 450,02 602 708,18JOÃO AFONSO RAMALHO SOPAS PEREIRA BENTO 380 799,84 157 347,00 51 450,02 589 596,86ANTÓNIO JOSÉ LOPES NUNES DE SOUSA 361 598,03 185 000,00 51 450,02 598 048,05TOTAL 1 926 096,00 737 347,00 271 950,06 2 935 393,06

* Por solicitação do Presidente do Conselho de Administração, apresentada à Comissão de Remunerações, não lhe foi atribuída remuneração variável

REMUNERAÇÃO INDIVIDUALIZADAMEMBROS EXECUTIVOS

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

NOME REMUNERAÇÃO FIXA

ANTÓNIO JOSÉ FERNANDES DE SOUSA 99 727,00ANTÓNIO NOGUEIRA LEITE 92 607,24JOÃO VIEIRA DE ALMEIDA 85 483,44LUÍS MANUEL DE CARVALHO TELLES DE ABREU 92 607,24MARTIN WOLFGANG JOHANNES REY 71 236,32PEDRO JORGE BORDALO SILVA 63 530,27SALVADOR ALEMANY MÁS 71 236,32RUI ALEXANDRE PIRES DINIZ 73 017,71TOTAL 649 445,54

REMUNERAÇÃO INDIVIDUALIZADAMEMBROS NÃO EXECUTIVOS

Os valores acima expressos constituem a totalidade das quantiaspagas no exercício de 2010, à luz do conceito previsto no pontoII.32 do Regulamento CMVM nº 1/2010. Os administradores daBrisa Auto-estradas de Portugal, S.A. não auferem qualquerretribuição, para além do descrito no parágrafo seguinte, ouquaisquer outros benefícios por desempenharem funções emquaisquer outras empresas do Grupo Brisa.

Os benefícios definidos no valor de 271 950,06 Euros identificadosno quadro da remuneração dos membros do conselho deadministração, referem-se a um complemento de reforma,atribuídos aos membros do conselho de administração, nos termosde uma deliberação da Assembleia Geral da Sociedade, realizadaem 28 de Março de 1989.

Este complemento de reforma abrange ainda administradores deoutras empresas do Grupo e quadros dirigentes. No exercício de 2010.Nos termos do referido benefício de complemento de reforma, a Brisaassumiu o compromisso de entregar a uma companhia de seguros,10% da remuneração base anual dos beneficiários. O valor dosprémios registados em custos com pessoal no exercício findo de 31 deDezembro de 2010 foi de 472 550,84 Euros, tendo sido de 271 950,06Euros para os membros da Comissão Executiva.

A sociedade não celebrou com os membros do Conselho deAdministração qualquer contrato, que tenha por efeito mitigar o riscoinerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pelasociedade, nem tem conhecimento que os administradores tenhamcelebrado com terceiros qualquer contrato com esse propósito.

II.32 A remuneração do Conselho de Administração é estruturadae determinada de acordo com os quadros constantes do ponto II.31 e a declaração do Conselho Fiscal reproduzida no ponto II.30,que expressamente consagra a necessidade de a remuneração dosmembros do Conselho de Administração “alinhar os seusinteresses com os interesses de sustentabilidade da sociedade emciclos de mais longo prazo.”

II.33. Em relação á remuneração dos administradores executivos:

a) A remuneração dos administradores executivos, a sua composiçãoe critérios de atribuição consta dos pontos II.30., II.31., II.32.;

b) A Avaliação e atribuição da retribuição variável é da competênciada Comissão de Vencimentos;

c) Os critérios para a avaliação do desempenho dos administradoresexecutivos são descritos em II.30;

d) Os valores da remuneração dos administradores executivos sãodiscriminados em II.31.;

e) No ponto II.30. é identificado o diferimento do pagamento daremuneração variável;

f) A relevância do critério da sustentabilidade da empresa para adeterminação da remuneração variável dos administradoresexecutivos consta do ponto II.30.;

g) A informação sobre o plano de aquisição de acções por parte dosadministradores executivos consta do ponto II.30. e do III.10

h) Não existe remuneração variável em opções;

i) Não existem quaisquer benefícios não pecuniários;

j) Não existe qualquer remuneração sob a forma de participação noslucros;

l) No exercício de 2010 não foram pagas, nem são devidas, quaisquerindemnizações a ex-administradores executivos por cessação defunções;

m) Não existe uma limitação contratual para a compensação a pagarpor destituição de um administrador sem justa causa. Em ultimaanálise, será aos tribunais que competirá determinar o valor daindemnização por destituição sem justa causa;

n) Os administradores da Brisa não auferem qualquer remuneraçãopelo exercício de funções em qualquer outra sociedade do Grupo;

o) A descrição do sistema complementar de pensões está identificadoe a referência à sua aprovação pela Assembleia Geral consta doponto II.31.;

p) Não existem benefícios não pecuniários relevantes não abrangidosnas alíneas anteriores.

q) Não estão criados mecanismos que impeçam os administradoresexecutivos de celebrar com terceiros, contratos que possam pôr emcausa a razão de ser da remuneração variável. Contudo, nunca édemais salientar que a competência exclusiva para a determinaçãoda remuneração é da assembleia geral, que no caso concreto daBrisa, delega numa comissão de vencimentos eleita para essesefeitos. Neste contexto, os administradores executivos e não-executivos, não podem celebrar com a empresa quaisquer contratosque de alguma forma alterem ou desvirtuem a remuneraçãodeterminada pela comissão de vencimentos.

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II.34. A inexistência de remuneração variável dos administradoresnão executivos está patente na declaração da Comissão deVencimentos em II.30.

II.35. A 3 de Fevereiro de 2009, a Comissão Executiva da Brisa, porproposta da Comissão de Acompanhamento do Governo Societárioe Sustentabilidade, aprovou a constituição de um sistema decomunicação interna de irregularidades.

Esta deliberação tem como objectivo a criação, sob a supervisão daComissão para o Acompanhamento do Governo Societário e daSustentabilidade, de um sistema que dê a possibilidade a todos oscolaboradores da Brisa de denunciar, de forma livre e consciente,situações que configurem eventuais violações de natureza ética oulegal que se verifiquem no seio da empresa, corporizando destaforma o forte compromisso da Brisa na condução da sua actividadeno respeito da legalidade e dos princípios vertidos no Código deÉtica, contribuindo ainda para a detecção precoce de eventuaissituações irregulares.Nos termos do regulamento aprovado, (disponível emwww.brisa.pt) foram criados através da intranet e do sítio daempresa, uma lista de endereços dedicados que permitam, emambiente de absoluta confidencialidade, a comunicação eventuaisirregularidades por via de e-mail, fax ou via postal.

O tratamento desta informação e condução dos respectivosprocessos são da competência do Provedor de Ética, funções quesão desempenhadas pelo Dr. Daniel Pacheco Amaral, a quem sãofacultados todos os meios para o cabal desempenho das suasfunções de forma eficaz e independente, podendo solicitar a todosos serviços, todas as informações e consultar toda a documentaçãoque considere pertinente.

Nenhum colaborador poderá ser perseguido, intimidado nem dequalquer forma discriminado ou prejudicado nos seus direitos, porcomunicar qualquer irregularidade, com excepção dos casos emque se verifique a falta de fundamentação, a par de dolo nacomunicação por parte do seu autor.

O Provedor, sem prejuízo de situações que, no seu melhorentendimento, considere graves ou urgentes, apresentarátrimestralmente, à Comissão para o Acompanhamento do GovernoSocietário e da Sustentabilidade, um relatório da actividadedesenvolvida e das recomendações que preconiza em relação acada um dos processos concluídos nesse trimestre.

Os processos e recomendações referentes a situações que oProvedor considere graves ou urgentes deverão ser desde logo sercomunicadas à Comissão para o Acompanhamento do GovernoSocietário e da Sustentabilidade.

A Comissão para o Acompanhamento do Governo Societário e daSustentabilidade, consoante a avaliação que faça do resultado dasaveriguações realizadas no âmbito de cada processo, e dasrecomendações apresentadas pelo Provedor, proporá ao Conselhode Administração a alteração de métodos ou procedimentos queconsidere mais convenientes, a participação às autoridadescompetentes ou quaisquer outras medidas que em cada casoconsidere mais adequadas.

Na sequência da designação do Provedor de Ética foi desenvolvidauma ampla acção de formação, abrangendo 2 434 Colaboradoresda Brisa e das suas participadas, no sentido de explicar e esclarecertodas as dúvidas sobre o Código de Ética e sua aplicação, assimcomo o modo e forma de funcionamento do sistema decomunicação de irregularidades.

Entretanto, o regulamento de comunicação de irregularidades foisubmetido à apreciação da Comissão Nacional de Protecção deDados, estando a aguardar-se a sua aprovação.

Secção V - Comissões Especializadas

II.36 Nos termos do regime jurídico do sistema de governoadoptado pela Brisa, Conselho de Administração, Conselho Fiscal,vigora o princípio da responsabilidade solidária entre os seusmembros, razão pela qual não é efectuada uma avaliaçãoindividual dos membros do Conselho de Administração. Contudo, oConselho de Administração criou a Comissão de Comissão deAcompanhamento do Governo Societário, constituída por trêsadministradores não executivos, que, entre outras funções, fazanualmente a avaliação do funcionamento do Conselho deAdministração. A selecção e eleição dos membros dos órgãossociais é, nos termos do regime legal aplicável, da exclusivacompetência dos accionistas, reunidos em assembleia geral, peloque empresa não pode identificar candidatos para os seus órgãossociais.

II.37. Durante o exercício de 2010, a Comissão deAcompanhamento de Governo Societário e da Sustentabilidadereuniu 4 vezes. De todas as reuniões foram lavradas actas.

II.38. O Eng. Rui Roque de Pinho, vogal da Comissão deVencimentos, possui conhecimentos e experiência em matéria depolítica de remuneração.

II.39. Todos os membros da Comissão de Vencimentos sãoindependentes, quer em relação ao Conselho de Administração, quercom consultora da empresa, não tendo sido contratada para apoiar aComissão de remunerações no desempenho das suas funçõesqualquer pessoa singular ou colectiva que preste ou tenha prestado,nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência doConselho de Administração, ao próprio Conselho de Administração dasociedade ou que tenha relação actual com consultora da empresa.

CAPÍTULO IIIINFORMAÇÃO E AUDITORIA

III.1. O capital da Brisa é representado por 600 milhões de acçõesde 1 euro cada, estando todas as acções cotadas e não havendoquaisquer diferentes categorias de acções ou de direitos. A cadaacção corresponde um voto não havendo quaisquer limitações aolivre exercício do voto.

III.2. Participações qualificadas no capital social do emitente, nostermos do artigo 20º do Código de Valores Mobiliários

A estrutura accionista apresentada tem em consideração ocomunicado que a Empresa recebeu a 8 de Fevereiro de 2011, dasociedade Caixa de Aforros de Galicia, Vigo, Ourense e Pontevedra,a informar que alienou nessa data, a participação de 2% quedetinha na Brisa, a um conjunto de investidores institucionais.

Em 31 de Dezembro de 2010 a Brisa detinha 23 483 163 acçõespróprias tendo na data acima referida 25 406 063 de acções próprias.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

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III.3. Não existem accionistas com direitos especiais.

III.4. Não existem quaisquer limitações à transmissibilidade outitularidade das acções representativas do capital social da Brisa.

III.5. A empresa não tem conhecimento de qualquer acordoparassocial que possa conduzir a restrições em matéria detransmissão de acções Brisa.

III.6. A alteração dos estatutos, nos termos do art 12.º é daresponsabilidade exclusiva da Assembleia Geral.

III.7. Não existe qualquer mecanismo para o controle do exercíciode voto por parte dos trabalhadores da Brisa.

III.8. Descrição da evolução da cotação

O ano de 2010 foi marcado por uma forte volatilidade dos mercadosaccionistas. A crise financeira que contaminou as principaiseconomias mundiais levou os governos e bancos centrais a intervir

nos mercados financeiros, originando um aumento dos deficitsorçamentais principalmente nos países do sul da Europa. Este factorteve um impacto negativo no rating das várias economias econsequentemente nas empresas mais correlacionadas com o seucrescimento como é o caso da Brisa. A acção Brisa teve umcomportamento negativo, durante o ano (-27,3%) face a 2009. Acotação de fecho do título em Dezembro foi de 5,20€.

No entanto, apesar da desvalorização do título, houve um aumentono volume transaccionado de 23%, face a 2009.

O valor médio diário da acção Brisa transaccionada ao longo doano foi de 5,5 milhões de euros, representando um acréscimo de20% relativamente a 2009.

O volume médio diário também aumentou face ao ano passadotendo sido de 1,007 mil acções transaccionadas por dia face a816,3 mil registadas em 2009.

O peso da acção Brisa no PSI-20 foi de cerca de 5,36% no ano de2010, sendo também uma componente do índice Euronext 100.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

Nº DE ACÇÕES % CAPITAL % VOTO

JOSÉ DE MELLO SGPS, S.A.

JOSÉ DE MELLO INVESTIMENTOS SGPS, S.A. 116 716 530 19,45% 20,31%

ORLA SGPS, S.A. (*) 65 337 862 10,89% 11,37

JOSÉ DE MELLO SAÚDE SGPS, S.A. 52 249 0,01% 0,01%

ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO (**) 1 177 093 0,20% 0,20%

ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO 1 040 0,00% 0,00%

TOTAL 183 284 774 30,55% 31,90%

ABERTIS INFRAESTRUTURAS S.A.

ABERTIS PORTUGAL, SGPS, S.A. 87 643 700 14,61% 15,25%

TOTAL 87 643 700 14,61% 15,25%

ARCUS EUROPEAN INFRASTRUCTURES FUND GP LLP

HIDROELÉCTRICA DE DORNELAS, UNIPESSOAL, LDA. 86 557 795 14,43% 15,06%

NORTETURBO - UNIPESSOAL, LDA. 16 000 000 2,67% 2,78%

PEG - UNIPESSOAL, LDA. 12 000 000 2,00% 2,09%

TOTAL 114 557 795 19,09% 19,94%

KENDALL DEVELOPS S.A. 19 867 980 3,31% 3,46%

THE STATE OF NEW JERSEY COMMON PENSION FUND FOR THE BENEFIT

OF NJ STATE EMPLOYEES 12 000 000 2,00% 2,08%

(*) Nos termos de um Comunicado divulgado no dia 24 de Junho de 2010, a sociedade francesa Société Générale, S.A., nos termos de contrato celebradocom a Orla SGPS, S.A., tem a possibilidade de poder vir a adquirir 15 673 513 das acções detidas por esta última, sendo pelo que lhe passaram a sertambém imputáveis os respectivos direitos de voto, nos termos da alínea e) do nº 1 do artigo 20º do CVM. Ao abrigo do referido Contrato, todos osdireitos societários inerentes aquelas acções permanecem na esfera jurídica da ORLA, apenas se transmitindo esses direitos com a efectiva transmissãodas acções, o que poderá ou não vir a suceder, até à data limite de 25 de Junho de 2013.

(**) Inclui 581 795 acções detidas por Vasco de Mello e 580 1981 acções detidas por Pedro Rocha e Melo.

PARTICIPAÇÕES QUALIFICADASART.º 20º CVM

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

Em termos de performance, o índice português registou tambémum desempenho negativo durante o ano (-10,3%) em comparaçãocom 2009.

No quadro abaixo apresenta-se a cotação da acção Brisa nas datasde divulgação de resultados durante o ano de 2010.

III.9. Política de distribuição de dividendos e histórico dos últimos3 anos

A política de dividendos é da competência da Assembleia Geral,que a todo o momento a pode alterar. Contudo, o Conselho deAdministração da Brisa tem procurado seguir uma política dedistribuição de dividendos no sentido de remunerar de formaefectiva e crescente os seus accionistas. Neste sentido, o dividendopago por acção tem vindo a crescer e assim deverá continuar, namedida do crescimento dos resultados da Empresa. Esta políticatem vindo a ser validada pela Assembleia Geral e é divulgadaanualmente de forma clara no relatório e contas.

Nestes termos, a proposta do Conselho de Administração sobre adistribuição de dividendos está descrita no final do capítuloProposta de Aplicação de Resultados.

O dividendo é pago anualmente, até 30 dias depois da suaaprovação em Assembleia Geral.

Nos três últimos exercícios, a distribuição de dividendos por acçãofoi a seguinte:

2009 - 31 cêntimos por acção2008 - 31 cêntimos por acção2007 - 31 cêntimos por acção

III.10. A Brisa considera que os planos de incentivos à gestãoconstituem uma importante ferramenta na avaliação e estímulo dodesenvolvimento da actividade dos seus quadros a médio e longoprazo em prol da criação de valor para os accionistas. Desde modo,na Assembleia-geral Anual da Brisa, realizada em 10 de Março de

10%

0%

-10%

-20%

-30%

-40%

DESEMPENHO BRISAVS PSI20 EM 2010

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Brisa PSI20

€ 8,0

€ 7,5

€ 7,0

€ 6,5

€ 6,0

€ 5,5

€ 4,5

€ 4,0

COTAÇÃO DA ACÇÃOBRISA EM 2010

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

2006, foi conferida autorização ao Conselho de Administração paraproceder à criação de um novo plano de incentivos à gestão (Plano)que possibilite o estabelecimento de mecanismos que permitam aosbeneficiários do Plano (Beneficiários), em função da avaliação anualdo seu desempenho, proceder à aquisição directa de acções própriasda Brisa, ao preço de mercado do dia da aquisição.

Nos termos daquela autorização, o Conselho de Administração daBrisa definiu as condições do referido plano de incentivos,mediante a aprovação de um Regulamento de Aquisição de Acções(Regulamento) nos termos do qual os Beneficiários poderãoadquirir acções da Brisa ao preço de mercado, com recurso acrédito bancário em condições estabelecidas para este efeito.

O número de Beneficiários, incluindo colaboradores eadministradores executivos, abrangidos pelo Plano foi de 125. Onúmero total de acções atribuídas a colaboradores eAdministradores no âmbito do plano de incentivos foi de5 211 250.

Nos termos do Plano, as referidas acções não podem sertransaccionadas enquanto não for confirmado, decorrente de umaavaliação do desempenho, o direito de vender e de usufruir dospotenciais ganhos, o que ocorrerá nos seguintes momentos:

• Administradores- Na totalidade em Setembro de 2011

• Restantes colaboradores- 20% em Abril de 2009- 30% em Abril de 2010- 50% em Abril de 2011

Ao abrigo do Plano é estabelecido um mecanismo de garantia paraos participantes, que se traduz no compromisso de eventualrecompra das acções pela Empresa, quer por via de não seremconfirmados os direitos de venda as acções, ou por liquidaçãoantecipada em resultado de desvinculação da sociedade, tendosido igualmente estabelecido um mecanismo de protecção para osparticipantes, mediante o exercício de uma opção de venda por umvalor equivalente ao preço de aquisição das acções acrescido dosencargos do empréstimo, para o cenário de desvalorização dasacções. A venda da tranche de 30% efectuada em Abril de 2010,foi efectuada ao abrigo desse mecanismo de protecção, não tendoos colaboradores registada qualquer ganho em resultado damesma.

A 31 de Dezembro de 2010 o número total de acções detidas porcolaboradores e Administradores no âmbito do plano de incentivosascende a 3 555 000. No exercício de 2010, foram vendidas 14 000

acções, relativas à liquidação do plano referente a trabalhadoresque se desvincularam da Brisa, tendo sido igualmente vendidas780 000 acções correspondentes à segunda tranche de 30% doPlano de Incentivos.

III.11. Durante o exercício de 2010, não foram realizados negóciosou operações com significado económico entre a sociedade por umlado e, por outro, os membros dos órgãos de administração efiscalização.

III.12. Durante o exercício de 2010, não foram realizados negóciosou operações com significado económico entre a sociedade porum lado e, por outro titulares de participações qualificadas ousociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo.

III.13. O Conselho Fiscal, nos termos das suas competências emiteparecer sobre os negócios a celebrar pela sociedade com os seusadministradores, com accionistas titulares de participaçãoqualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquerrelação, nos termos do art. 20.º do Código dos valores Mobiliários.

III.14. Durante o exercício de 2010, não se verificaram negóciosda sociedade com os seus administradores, com accionistastitulares de participação qualificada, ou com entidades que comeles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20.º doCódigo dos valores Mobiliários.

III.15. Os relatórios do Conselho Fiscal estão disponíveis no sítioda empresa.

III.16. A Direcção de Investidores, Comunicação eSustentabilidade (DIS) é responsável pela comunicação daEmpresa com o mercado financeiro em geral, com analistas,investidores e público de uma forma geral, respeitando aigualdade dos accionistas prevenindo diferenças no acesso àinformação por parte dos vários interessados. Assegura também orelacionamento com as entidades gestoras e supervisoras deentidades cotadas em bolsa, nomeadamente a Euronext, aComissão de Mercado de Valores Mobiliários e a Interbolsa. Édisponibilizada informação ao mercado numa base regularatravés de apresentações feitas a investidores e analistas,comunicados de informação empresarial e financeira, assim comodos Relatórios e Contas trimestrais e anuais. Neste âmbito,durante o ano de 2010 foram visitados 229 investidores, sendo osprincipais mercados visitados – Londres, Nova York, Paris, Madride Lisboa. Foram efectuadas 142 reuniões tipo one1one, 17 groupmeetings e 82 conference calls. Foram ainda feitos ao mercado 69Comunicados de informaçaão privilegiada e outros.

No site da Empresa é também disponibilizado um vasto conjunto

VALORES (EUROS) ABERTURA MÁXIMO MÍNIMO FECHO

RESULTADOS 2009 – 24 FEV 6,12 6,13 5,90 6,0

PAGAMENTO DE DIVIDENDOS – 26 ABRIL 5,87 5,87 5,57 5,59

RESULTADOS 1º TRIMESTRE – 28 ABRIL 4,92 5,6 4,66 5,24

RESULTADOS 1º SEMESTRE –28 JULHO 5,08 5,14 5,08 5,11

RESULTADOS 3º TRIMESTRE – 02 NOVEMBRO 5,55 5,65 5,50 5,52

COTAÇÃO DA ACÇÃO BRISA NAS DATASDE DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS

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de informação como a Firma, a qualidade de sociedade aberta, asede e os demais elementos mencionados no artigo 171º do CSC,sendo de destacar também os estatutos da Empresa, a identidadedos Órgãos Sociais, nomeadamente as suas qualificações eactividades profissionais, os documentos de prestação de contas, ocalendário de eventos societários, assim como a documentaçãorelevante referente às assembleias gerais dos últimos 5 anos. Todaa informação é disponibilizada em português e em inglês. Ocontacto para qualquer esclarecimento pode ser efectuado atravésdo endereço electrónico - IR @brisa.pt, do telefone 21 444 95 70ou do fax 21 444 86 72. O Responsável para as Relações com oMercado é o Dr. Luis d’Eça Pinheiro, que é também Director daDirecção de Investidores e Sustentabilidade.

ResearchÉ mantido de forma continuada o relacionamento com analistasfinanceiros que produzem relatórios financeiros sobre a estratégiae valorização da Empresa. Esta cobertura tem sido intensificada,revelando diferentes visões que várias casas de investimento têmsobre a Brisa e o sector onde se insere. Apresenta-se no quadro aoda página seguinte os price targets mais recentes das váriasentidades financeiras com cobertura da Empresa.

III.17. A remuneração total paga ao Auditor Externo durante oexercício de 2010 foi a que se apresenta na tabela acima.

O Conselho Fiscal recebe anualmente, nos termos do artigo 62º-Bdo Decreto-Lei nº 487/99, de 16 de Novembro (alterado peloDecreto-Lei nº 224/2008, de 20 de Novembro), a declaração deindependência do auditor, onde são descritos os serviços prestados

por este e por outras entidades da mesma rede, respectivasremunerações pagas, eventuais ameaças à sua independência e asmedidas de salvaguarda para fazer face às mesmas. Todas asameaças à independência do auditor identificadas são avaliadas ediscutidas com o mesmo, assim como as respectivas medidas desalvaguarda. Mais se esclarece que o grande peso dos serviços deconsultoria fiscal durante o exercício de 2010 se ficou a dever aoprocesso de reorganização, concluído em Dezembro desse mesmoexercício.

III.18. O Conselho Fiscal procede anualmente a uma avaliação dotrabalho do Auditor Externo, vigiando ainda que o disposto noartigo 54º do Decreto-Lei nº 487/99, de 16 de Novembro (alteradopelo Decreto-Lei nº 224/2008, de 20 de Novembro). Sobre arotatividade do Auditor externo, esta é assegurada em termos derotação do sócio responsável pela execução do trabalho.

Forte ligação entre o risco soberano de Portugal e o desempenho daacção BrisaDurante o ano de 2010 foi por demais evidente a relação inversaentre o risco soberano de Portugal e o desempenho da acção Brisa.Ao longo do ano transacto assistimos a uma relação causa-efeitoentre o aumento do risco soberano de Portugal e o decréscimo devalor da acção Brisa. Esta relação foi apenas quebrada nos últimosdois meses de 2010, por via do reforço da solidez financeira doGrupo Brisa, através da conclusão da reorganização societária. Nográfico da página seguinte pode ser verificada esta relação, atravésda observação do comportamento da variável Credit DefaultSwaps (CDS), especificamente do inverso desta variável,multiplicada por 1000, por comparação com o comportamento daacção Brisa.

84

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

NATUREZA VALOR %

SERVIÇOS DE REVISÃO LEGAL DE CONTAS 273,095 24%

OUTROS SERVIÇOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE 171,700 15%

SERVIÇOS DE CONSULTORIA FISCAL 642,940 56%

OUTROS SERVIÇOS QUE NÃO DE REVISÃO LEGAL DE CONTAS 69,000 6%

1,156,735 100%

REMUNERAÇÃO PAGA AO AUDITOR EXTERNO

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 009 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO SOCIETÁRIO

INSTITUIÇÃO DATA PRICE TARGET RECOMENDAÇÃO ANALISTABPI 26-JAN-11 € 5,75 ACCUMULATE BRUNO SILVA / PEDRO OLIVEIRANOMURA 25-JAN-11 € 6,80 BUY JOEL COPP-BARTONBANCO ESPÍRITO SANTO 11-JAN-11 € 6,80 BUY NUNO ESTÁCIOSABADEL 28-DEZ-10 € 7,00 BUY JESUS DOMINGUEZSANTANDER 20-DEZ-10 € 7,00 BUY OAQUIN FERRERCAIXA BI 16-DEZ-10 € 6,70 BUY HELENA BARBOSABBVA 25-NOV-10 € 4,90 UNDERPERFORM ANTONIO RODRIGUEZ EXANEBNP PARIBAS 24-NOV-10 € 5,40 UNDERPERFORM STANISLAS COQUEBERT DE NEUVILLE /

NICOLAS MORACREDIT SUISSE 23-NOV-10 € 6,40 UNDERPERFORM UR-CHENG LEONG / ROBERT CRIMESBANIF 23-NOV-10 € 5,40 NEUTRAL FRANCISCO SEQUEIRAMACQUARIE 15-NOV-10 € 6,70 OUTPERFORM MARCUS HESSEMILLENNIUM BCP 15-NOV-10 € 5,55 BUY ANTÓNIO SELADASFIDENTIIS 03-NOV-10 € 6,75 BUY DANIEL RODRIGUEZNATIXIS 03-NOV-10 € 5,00 REDUCE GRÉGOIRE THIBAULTJP MORGAN 03-NOV-10 € 6,00 UNDERPERFORM ELODIE RALLMORGAN STANLEY 26-OUT-10 € 6,20 RELATIVE UNDERWEIGHT JAIME ROWBOTHAMCITIGROUP 17-SET-10 € 7,00 BUY MIKE PINKNEY / SERGIO FERNANDEZDEUTSCHE BANK 21-JUL-10 € 6,16 HOLD JOSE-FRANCISCO RUIZBANK OF AMERICA-MERRILL LYNCH 01-JUL-10 € 5,60 UNDERPERFORM MARCIN WOJTALUBS 25-JUN-10 € 7,80 BUY BOSCO OJEDAIBERIAN EQUITIES 04-MAR-10 € 7,90 BUY DAVID STIX

ANALISTAS ERECOMENDAÇÕES

€ 8,0

€ 7,5

€ 7,0

€ 6,5

€ 6,0

€ 5,5

€ 4,5

€ 4,0

BRISA VS 1000/CDS(INVERSO RISCO PORTUGAL)

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Inverso CDS Portugal (1000/CDS) Acção Brisa

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 010 NOTA FINAL

Nos termos da alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Código deValores Mobiliários

Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, o Conselhode Administração submete à apreciação dos accionistas o Relatóriode Gestão, o Balanço e Contas referentes ao exercício de 2010, nafirme convicção de que, tanto quanto é do seu conhecimento, ainformação nele contida foi elaborada em conformidade com asnormas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira eapropriada do activo e do passivo da empresa, da situaçãofinanceira e dos seus resultados e das empresas incluídas no seuperímetro da consolidação, expõe fielmente a evolução dosnegócios, do desempenho e da posição da empresa e das empresasincluídas no perímetro da consolidação, contém uma descrição dosprincipais riscos e incertezas com que se defrontam.

São Domingos de Rana, 18 de Março de 2011.

Conselho de Administração

Presidente Vasco Maria Guimarães José de Mello*Vice-Presidente João Pedro Stilwell Rocha e Melo*Vogal João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho*Vogal João Afonso Ramalho Sopas Pereira Bento*Vogal António José Nunes de Sousa*Vogal António José Fernandes de SousaVogal António Nogueira LeiteVogal Salvador Alemany MásVogal Martin Wolfgang Johannes ReyVogal Luís Manuel de Carvalho Telles de AbreuVogal Rui Alexandre Pires DinizVogal João Vieira de AlmeidaVogal Daniel Alexandre Miguel Amaral**

* Comissão Executiva** Cooptado em 19 de Janeiro de 2011, na sequência da renúncia apresentada por

Pedro Bordalo Silva

Depois das amortizações e provisões consideradas adequadas, aconta de resultados líquidos apresenta, relativamente ao exercíciode 2010, um saldo positivo de 501 427 580,89 Euros.

Nos termos legais e estatutários, e tendo em conta,designadamente, o disposto no Artigo 27º dos Estatutos, propõe-sea seguinte aplicação daqueles resultados:

• 25 071 379,04 Euros, equivalente a 5% dos resultados líquidos,para reserva legal;

• 189 327 317,99 para a conta de resultados transitados;

• Distribuição aos accionistas, sob a forma de dividendos, de 31cêntimos por acção;

• o remanescente para reservas livres.

São Domingos de Rana, 18 de Março de 2011.

Conselho de Administração

010NOTAFINAL

APLICAÇÃO DERESULTADOS

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

DE

MO

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RA

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRAEM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

31.12.2009 01.01.2009

NOTAS 31.12.2010 REEXPRESSO REEXPRESSO

ACTIVOS NÃO CORRENTES:ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS 10 12 599 53 454 70 499ACTIVOS INTANGÍVEIS 11 708 3 140 441 3 177 537INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS 12 731 316 233 977 285 951OUTROS INVESTIMENTOS 12 2 821 1 331 415ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS 13 9 093 129 119 168 883

TOTAL DE ACTIVOS NÃO CORRENTES 756 537 3 558 322 3 703 285

ACTIVOS CORRENTES:EXISTÊNCIAS 27 25 1 163CLIENTES E OUTROS DEVEDORES 14 119 833 37 759 33 114EMPRESAS DO GRUPO 12 76 813 71 763 60 794OUTROS ACTIVOS CORRENTES 15 17 759 17 693 22 282CAIXA E EQUIVALENTES 16 457 734 34 157 48 942

672 166 161 397 166 295ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA 12 - 5 -

TOTAL DE ACTIVOS CORRENTES 672 166 161 402 166 295

TOTAL DO ACTIVO 1 428 703 3 719 724 3 869 580

CAPITAL PRÓPRIO:CAPITAL 17 600 000 600 000 600 000ACÇÕES PRÓPRIAS - VALOR NOMINAL 18 (23 483) (23 483) (23 483)ACÇÕES PRÓPRIAS - DESCONTOS E PRÉMIOS 18 (152 629) (152 629) (152 629)RESERVA LEGAL E OUTRAS 19 424 628 409 178 437 515RESULTADOS TRANSITADOS (189 327) (36 334) 109 986RESULTADO LÍQUIDO 501 427 33 651 -

TOTAL DE CAPITAL PRÓPRIO 1 160 616 830 383 971 389

PASSIVOS NÃO CORRENTES:EMPRÉSTIMOS - 2 053 434 2 118 485RESPONSABILIDADE POR PENSÕES 24 2 807 3 383 6 497PROVISÕES 21 147 830 140 250 110 519OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES - 101 588 108 924PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS 13 45 51 41

TOTAL DE PASSIVOS NÃO CORRENTES 150 682 2 298 706 2 344 466

PASSIVOS CORRENTES:FORNECEDORES 6 175 25 524 17 412EMPRÉSTIMOS 16 303 495 707 430 170ACCIONISTAS 736 714 693FORNECEDORES DE IMOBILIZADO 595 23 804 26 346OUTROS PASSIVOS CORRENTES 22 109 596 44 886 79 104

TOTAL DE PASSIVOS CORRENTES 117 405 590 635 553 725

TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 1 428 703 3 719 724 3 869 580

O anexo faz parte integrante da demonstração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2010.

O Técnico Oficial de Contas nº 62018 O Conselho de Administração

(Montantes expressos em milhares de euros)

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL DOS EXERCÍCIOSFINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

NOTAS 2010 2009

OPERAÇÕES EM CONTINUAÇÃO

PROVEITOS OPERACIONAIS:

OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS 4 80 429 10 786

CUSTOS OPERACIONAIS:

FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS (31 932) (16 815)

CUSTOS COM O PESSOAL (19 359) (20 284)

AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS 10 E 11 (3 763) (2 158)

PROVISÕES (502) (563)

IMPOSTOS (82) (238)

OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS (898) (457)

TOTAL DE CUSTOS OPERACIONAIS (56 536) (40 515)

RESULTADOS OPERACIONAIS 23 893 (29 729)

CUSTOS E PERDAS FINANCEIROS 6 (114 819) (24 483)

PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS 6 3 805 2 895

RESULTADOS RELATIVOS A INVESTIMENTOS 6 486 038 (78 745)

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 398 917 (130 062)

IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO 7 (5 563) 13 827

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO DAS OPERAÇÕES EM CONTINUAÇÃO 393 354 (116 235)

OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 3 108 073 149 886

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 501 427 33 651

OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS RECONHECIDOS EM CAPITAL PRÓPRIO:

VARIAÇÃO NO JUSTO VALOR DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS, LÍQUIDO DE IMPOSTO 13 3 350 (3 350)

PLANO DE PENSÕES - GANHOS/PERDAS ACTUARIAIS 13 E 24 (328) 2 591

PLANO DE INCENTIVOS 25 4 505 4 822

RENDIMENTO RECONHECIDO DIRECTAMENTE NO CAPITAL PRÓPRIO 7 527 4 063

TOTAL DO RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO 508 954 37 714

RESULTADO POR ACÇÃO (MONTANTES EXPRESSOS EM EUROS):

DE OPERAÇÕES EM CONTINUAÇÃO E DESCONTINUADAS

BÁSICO 8 0,87 0,06

DILUÍDO 8 0,87 0,06

DE OPERAÇÕES EM CONTINUAÇÃO

BÁSICO 8 0,68 (0,20)

DILUÍDO 8 0,68 (0,20)

O anexo faz parte integrante da demonstração do rendimento integral do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010.

O Técnico Oficial de Contas nº 62018 O Conselho de Administração

(Montantes expressos em milhares de euros)

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DOSEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

AJUSTAMENTOS DE

PARTES DE CAPITAL RESERVA

ACÇÕES EM FILIAIS E LEGAL E RESULTADOS RESULTADO

NOTAS CAPITAL PRÓPRIAS ASSOCIADAS OUTRAS TRANSITADOS LÍQUIDO TOTAL

SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2009 600 000 (176 112) (117 804) 433 329 414 255 146 320 1 299 988

EFEITOS DE REEXPRESSÃO 29 - - 117 804 4 186 (450 589) - (328 599)

SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2009 (REEXPRESSO) 600 000 (176 112) - 437 515 (36 334) 146 320 971 389

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO DE 2009 - - - - - 33 651 33 651

OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS RECONHECIDOS EM CAPITAL PRÓPRIO:

VAR. NO JUSTO VALOR DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS, LÍQUIDO DE IMPOSTO 13 - - - (3 350) - - (3 350)

PLANO DE PENSÕES - GANHOS/PERDAS ACTUARIAIS 13 E 24 - - - 2 591 - - 2 591

PLANO DE INCENTIVOS 25 - - - 4 822 - - 4 822

TOTAL DO RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO - - - 4 063 - 33 651 37 714

APLICAÇÃO DO RESULTADO DE 2008:

TRANSFERÊNCIA PARA RESERVA LEGAL - - - 7 316 - (7 316) -

DISTRIBUIÇÃO DE RESERVAS LIVRES - - - (39 716) - - (39 716)

DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS 9 - - - - - (139 004) (139 004)

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 600 000 (176 112) - 409 178 (36 334) 33 651 830 383

SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2010 600 000 (176 112) - 409 178 (36 334) 33 651 830 383

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO DE 2010 - - - - - 501 427 501 427

OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS RECONHECIDOS EM CAPITAL PRÓPRIO:

VAR. NO JUSTO VALOR DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS, LÍQUIDO DE IMPOSTO 13 - - - 3 350 - - 3 350

PLANO DE PENSÕES - GANHOS/PERDAS ACTUARIAIS 13 E 24 - - - (328) - - (328)

PLANO DE INCENTIVOS 25 - - - 4 505 - - 4 505

TOTAL DO RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO - - - 7 527 - 501 427 508 954

APLICAÇÃO DO RESULTADO DE 2009:

TRANSFERÊNCIA PARA RESERVA LEGAL - - - 7 923 - (7 923) -

DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS 9 - - - - (28 175) (150 546) (178 721)

TRANSFERÊNCIA PARA RESULTADOS TRANSITADOS - - - - (124 818) 124 818 -

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 600 000 (176 112) - 424 628 (189 327) 501 427 1 160 616

O anexo faz parte integrante da demonstração das alterações no capital próprio do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010.

O Técnico Oficial de Contas nº 62018 O Conselho de Administração

(Montantes expressos em milhares de euros)

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXADOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

NOTAS 2010 2009

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

RECEBIMENTOS DE CLIENTES 505 435 521 688

PAGAMENTOS A FORNECEDORES (139 325) (79 209)

PAGAMENTOS AO PESSOAL (23 003) (57 985)

FLUXOS GERADOS PELAS OPERAÇÕES 343 107 384 494

RECEBIMENTO/(PAGAMENTO) DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 4 005 28 570

OUTROS (PAGAMENTOS)/RECEBIMENTOS RELATIVOS À ACTIVIDADE OPERACIONAL (49 651) 17 860

FLUXOS DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS (1) 297 461 430 924

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE:

INVESTIMENTOS FINANCEIROS 218 8 870

ACTIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS 643 103

DIVIDENDOS 6 591 041 1 237

591 902 10 210

PAGAMENTOS RESPEITANTES A:

INVESTIMENTOS FINANCEIROS (149 445) (35 593)

ACTIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS (93 400) (97 310)

(242 845) (132 903)

FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO (2) 349 057 (122 693)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE:

EMPRÉSTIMOS OBTIDOS 2 903 000 1 925 100

PAGAMENTOS RESPEITANTES A:

EMPRÉSTIMOS OBTIDOS (2 845 940) (1 924 136)

JUROS E CUSTOS SIMILARES (85 131) (96 092)

DIVIDENDOS 9 (178 699) (178 699)

INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS (14 616) (24 166)

(3 124 386) (2 223 093)

FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) (221 386) (297 993)

EFEITO CAMBIAL (4) - 36

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (5) = (1) + (2) + (3) + (4) 425 132 10 274

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 16 32 299 22 025

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 16 457 431 32 299

'O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010.

O Técnico Oficial de Contas nº 62018 O Conselho de Administração

(Montantes expressos em milhares de euros)

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1. NOTA INTRODUTÓRIAA Brisa – Auto-Estradas de Portugal, S.A. (“Empresa” ou “Brisa”) foiconstituída em 28 de Setembro de 1972, tendo como actividadeprincipal a construção, conservação e exploração de auto-estradas erespectivas áreas de serviço, em regime de concessão, bem como oestudo e realização de infra-estruturas de equipamento social. Em 22de Dezembro de 2010, no âmbito do processo de reorganização aonível da estrutura societária, a Empresa transmitiu para a Brisa –Concessão Rodoviária S.A. (“BCR”), a sua posição no contrato deconcessão aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros nº198-B/2008, de 31 de Dezembro (a “Concessão Brisa”). Estaoperação foi acompanhada pela entrega pela Brisa de um conjuntode activos e passivos afectos à Concessão Brisa, consubstanciando noseu conjunto uma entrada em espécie para realização de umaumento de capital social na BCR (Nota 3). Decorrente do referidoprocesso de reorganização, a Empresa passou a ter como actividadea detenção de participações sociais, gestão e desenvolvimento denovos negócios e fornecimento de serviços de apoio logístico e degestão administrativa e financeira.

2. PRINCIPAIS POLÍTICASCONTABILÍSTICAS2.1. BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas nopressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros eregistos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com asdisposições das Normas Internacionais de Relato Financeiro,efectivas para os exercícios iniciados em 1 de Janeiro de 2010,conforme adoptadas pela União Europeia. Devem entender-secomo fazendo parte daquelas normas, quer as NormasInternacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) emitidas peloInternational Accounting Standards Board (“IASB”), quer asNormas Internacionais de Contabilidade (“IAS”) emitidas peloInternational Accounting Standards Committee (“IASC”) erespectivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas pelo IFRSInterpretations Committee (“IFRIC”) e Standing InterpretationCommittee (“SIC”). De ora em diante, o conjunto daquelas normase interpretações serão designadas genericamente por “IFRS”.

Até 31 de Dezembro de 2009, a Brisa elaborou, aprovou epublicou, para efeito do cumprimento da legislação comercialvigente, demonstrações financeiras de acordo com os princípios decontabilidade geralmente aceites em Portugal até àquela data,contidos no Plano Oficial de Contabilidade, DirectrizesContabilísticas e demais legislação complementar, os quais foramrevogados pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, o qualinstituiu o novo Sistema de Normalização Contabilística.

A demonstração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2009e as demonstrações do rendimento integral, dos fluxos de caixa e dasalterações no capital próprio do exercício findo naquela data,apresentadas para efeitos comparativos, foram ajustadas de forma aestarem de acordo com as IFRS. Os ajustamentos efectuados comefeito a 1 de Janeiro de 2009, data da transição, foram efectuados deacordo com as disposições da IFRS 1 – Primeira Adopção das NormasInternacionais de Relato Financeiro. As divulgações requeridas pelaIFRS 1, relativas à transição do normativo contabilístico em vigor em31 de Dezembro de 2009 em Portugal para as IFRS, são apresentadasna Nota 29. Os efeitos dos ajustamentos relacionados com a adopçãodas IFRS, reportados a 1 de Janeiro de 2009, foram registados emresultados transitados, conforme estabelecido pela IFRS 1.

2.2. INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Os investimentos nas empresas subsidiárias, nas quais se detém ocontrolo; em empresas associadas, nas quais existe influênciasignificativa; e os outros investimentos são registados pelo valordo custo, reduzido das perdas de imparidade acumuladas.

2.3. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOSPARA VENDA

Activos não correntes (ou operações descontinuadas) sãoclassificados como detidos para venda se o seu respectivo valor forrealizável através de uma transacção de venda, ao invés de o seratravés do seu uso continuado. Considera-se que esta situação severifica apenas quando: (i) a venda é provável e o activo estádisponível para venda imediata nas suas actuais condições; (ii) agestão está comprometida com um plano de venda; e, (iii) éexpectável que a venda se concretize num período de doze meses.

Activos não correntes (ou operações descontinuadas) classificadoscomo detidos para venda são mensurados ao menor de entre valorcontabilístico ou respectivo justo valor deduzido dos custos para asua venda.

2.4. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Os activos intangíveis compreendem, essencialmente, direitoscontratuais e despesas incorridas na fase de desenvolvimento deprojectos específicos com valor económico futuro, encontram-seregistados ao custo de aquisição, deduzido das amortizaçõesacumuladas e perdas de imparidade. Os activos intangíveis apenassão reconhecidos se for provável que dos mesmos advenhambenefícios económicos futuros para a Empresa, sejam por estacontroláveis e o respectivo valor possa ser mensurado comfiabilidade.

Os activos intangíveis gerados internamente, nomeadamente, asdespesas com investigação e desenvolvimento corrente sãoregistados como custo quando incorridos.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimentode software são registados como custos na demonstração dorendimento integral quando incorridos, excepto na situação emque estes custos estejam directamente associados a projectos paraos quais seja provável a geração de benefícios económicos futurospara a Empresa. Nestas situações, os valores incorridos sãoclassificados como activos intangíveis.

As amortizações são calculadas, a partir do momento em que osactivos se encontram disponíveis para utilização, pelo método dasquotas constantes, em conformidade com o período de utilidadeesperada dos activos em causa.

2.5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Os activos fixos tangíveis utilizados na produção, prestação deserviços ou para uso administrativo são registados ao custo deaquisição ou produção, incluindo as despesas imputáveis àcompra, deduzido da depreciação acumulada e perdas deimparidade acumuladas, quando aplicável.

Os activos fixos tangíveis são depreciados pelo método das quotasconstantes, de acordo com a sua vida útil estimada, a partir dadata em que os mesmos se encontram disponíveis para seremutilizados no uso pretendido, de acordo com as seguintes vidasúteis estimadas:

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2.6. LOCAÇÕES

Os contratos de locação são classificados como: (i) locaçõesfinanceiras, se através deles forem transferidos para a Empresasubstancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à suaposse; e, (ii) locações operacionais, se através deles não foremtransferidos para a Empresa substancialmente todos os riscos evantagens inerentes à sua posse.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feitaem função da substância e não da forma do contrato.

Os activos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos delocação financeira, bem como as correspondentesresponsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro,reconhecendo o activo fixo tangível, as depreciações acumuladascorrespondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordocom o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os jurosincluídos no valor das rendas e as depreciações do activo fixotangível são reconhecidos como custos na demonstração dorendimento integral do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidassão reconhecidas como custo na demonstração do rendimentointegral numa base linear durante o período do contrato delocação.

2.7. IMPARIDADE DE ACTIVOS NÃOCORRENTES

É efectuada uma avaliação de imparidade à data da demonstraçãoda posição financeira e sempre que seja identificado um evento ouuma alteração nas circunstâncias que indiciem que o montantepelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.Em caso de existência de indícios, a Empresa procede àdeterminação do valor recuperável do activo, de modo adeterminar a eventual extensão da perda de imparidade.

Nas situações em que o activo individualmente não gera cash-flows de forma independente de outros activos, a estimativa dovalor recuperável é efectuada para a unidade geradora de caixa aque o activo pertence.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado ésuperior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda deimparidade, registada na demonstração do rendimento integral narubrica Amortizações e ajustamentos.

A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço de vendalíquido (valor de venda, deduzido dos custos para vender) e o valorde uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria coma alienação do activo numa transacção entre entidadesindependentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamenteatribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxosde caixa futuros estimados decorrentes do uso continuado doactivo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantiarecuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, nocaso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos decaixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercíciosanteriores é registada quando existem indícios de que as perdas deimparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversãodas perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dorendimento integral como Reversão de amortizações eajustamentos. Contudo, a reversão da perda de imparidade éefectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquidade amortização) caso a perda de imparidade não tivesse sidoregistado em exercícios anteriores.

2.8. ACTIVOS, PASSIVOS E TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA

As transacções em outras divisas que não Euros são registadas àstaxas em vigor na data da transacção. Em cada data dademonstração da posição financeira, os activos e passivosmonetários expressos em moeda estrangeira são convertidos paraEuros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes naquela data.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadaspelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data dastransacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou àdata da demonstração da posição financeira, são registadas comoproveitos e custos na demonstração do rendimento integral.

2.9. CUSTOS DE FINANCIAMENTO

Os custos com empréstimos são reconhecidos na demonstração dorendimento integral do período a que respeitam.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamenterelacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixostangíveis e intangíveis são capitalizados, fazendo parte do custo doactivo, quando estes necessitem de um período substancial de tempopara estarem preparados para o seu uso pretendido. A capitalizaçãodestes encargos começa após o início da preparação das actividadesde construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após oinício de utilização ou final de produção ou construção do activo, ouquando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquerproveitos financeiros gerados por empréstimos obtidosantecipadamente e correspondentes a um investimento específico, sãodeduzidos aos custos financeiros elegíveis para capitalização.

2.10. SUBSÍDIOS

Os subsídios estatais são reconhecidos de acordo com o seu justovalor, quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidose que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a suaconcessão.

Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação decolaboradores, são reconhecidos na demonstração do rendimentointegral de acordo com os custos incorridos que lhe estãoassociados.

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ANOSDE VIDA ÚTIL

EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES 10 A 50

EQUIPAMENTO BÁSICO 3 A 20

EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE 3 A 6

EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO 3 A 10

FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS 4

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Os subsídios ao investimento, relacionados com a aquisição deactivos fixos tangíveis e intangíveis, são deduzidos ao valor dessesactivos e reconhecidos na demonstração do rendimento integral emquotas constantes de forma consistente e proporcional com asdepreciações dos activos a cuja aquisição se destinaram.

2.11. EXISTÊNCIAS

As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custode aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado,utilizando-se o custo médio como método de custeio.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhosem curso são valorizados ao custo médio de produção, que inclui ocusto das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos geraisde fabrico (considerando as depreciações dos equipamentosprodutivos calculada em função de níveis normais de utilização), oqual é inferior ao valor realizável líquido. Este corresponde ao preçode venda normal deduzido dos custos para completar a produção edos custos de comercialização.

São registados ajustamentos por depreciação de existências, peladiferença entre o seu valor de custo e o respectivo valor de realização,no caso deste ser inferior ao custo.

2.12. RESULTADO DAS OPERAÇÕES

O resultado das operações inclui a totalidade dos custos e proveitosdas operações, quer sejam recorrentes ou não recorrentes, incluindoos custos com reestruturações e os custos e proveitos associados aactivos operacionais (activos fixos tangíveis e intangíveis). Assim,excluem-se dos resultados operacionais os custos líquidos definanciamento, os resultados apurados relativos a investimentos e osimpostos sobre o rendimento.

2.13. PROVISÕES

As provisões são reconhecidas apenas quando existe uma obrigaçãopresente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, sejaprovável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída derecursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmenteestimado.As provisões são revistas na data de cada demonstração daposição financeira e são ajustadas de modo a reflectir a melhorestimativa a essa data.

As provisões para custos de reorganização são reconhecidas sempreque exista um plano formal e detalhado de reorganização e que omesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

As obrigações presentes originadas por contratos onerosos sãoreconhecidas e mensuradas como provisões. Um contrato onerosoexiste sempre que a Empresa é parte num contrato em que os custosinevitáveis para cumprir com as suas obrigações excedam osbenefícios económicos que se esperam obter do mesmo.

2.14. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Activos e passivos financeiros são reconhecidos quando a Empresa seconstitui parte na respectiva relação contratual.

Caixa e equivalentes a caixa

Os montantes incluídos na rubrica de Caixa e equivalentes de caixacorrespondem aos valores disponíveis em caixa, depósitos bancários,depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis amenos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveiscom insignificante risco de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de Caixae equivalentes de caixa compreende também os descobertosbancários incluídos na rubrica de Outros empréstimos, nademonstração da posição financeira.

Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

- Investimentos detidos até à maturidade- Activos mensurados ao justo valor através de resultados- Activos financeiros disponíveis para venda

Os investimentos detidos até à maturidade são classificados comoinvestimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferiora doze meses da data da demonstração da posição financeira, sendoregistados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida epara os quais não existe a intenção e capacidade de os manter atéessa data.

Os activos mensurados ao justo valor através de resultados sãoclassificados como investimentos correntes.

Os activos financeiros disponíveis para venda são classificados comoactivos não correntes.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas àdata dos respectivos contratos de compra e venda,independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor deaquisição, que é o justo valor do preço pago, deduzido de despesasde transacção.

Após o reconhecimento inicial, os activos mensurados ao justo valoratravés de resultados e os activos financeiros disponíveis para vendasão reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valorde mercado à data da demonstração da posição financeira, semqualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir aocorrer até à sua venda. Nas situações em que os investimentossejam instrumentos de capital próprio não admitidos à cotação emmercados regulamentados, e para os quais não é possível estimarcom fiabilidade o seu justo valor, os mesmos são mantidos ao seucusto de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valordos activos financeiros disponíveis para venda são registados nocapital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor até oinvestimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ounas situações em que se entende existir perda de imparidade,momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) nademonstração do rendimento integral.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valordos activos mensurados ao justo valor através de resultados sãoregistados(as) na demonstração do rendimento integral do exercício.

Os investimentos detidos até à maturidade são registados ao custoamortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizaçõesde capital e juros recebidos.

Passivos financeiros e instrumentos de capital

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio sãoclassificados de acordo com a substância contratual, independe-ntemente da forma legal que assumam. Os instrumentos de capitalpróprio são contratos que evidenciam um interesse residual nosactivos a Empresa, após dedução dos passivos.

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Os instrumentos de capital próprio emitidos são registados pelo valorrecebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

Activos e passivos financeiros ao custo amortizado

Os activos e passivos financeiros ao custo amortizado deduzido, nocaso dos activos, de eventuais perdas de imparidade acumuladas,incluem:

- Contas a receber;- Empréstimos concedidos;- Contas a pagar;- Empréstimos obtidos.

O custo amortizado corresponde à quantia pela qual um activofinanceiro ou passivo financeiro é mensurado no reconhecimentoinicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos aamortização cumulativa, usando o método da taxa de juro efectiva,de qualquer diferença entre essa quantia inicial e a quantia namaturidade. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta ospagamentos ou recebimentos futuros estimados na quantia líquidaescriturada do activo ou passivo financeiro.

Instrumentos financeiros derivados e contabilidade decobertura

A Empresa tem como política recorrer a instrumentos financeirosderivados com o objectivo de efectuar a cobertura dos riscosfinanceiros a que se encontra exposto, decorrentes de variações nastaxas de juro. Neste sentido, a Empresa não recorre à contratação deinstrumentos financeiros derivados com objectivos especulativos.

O recurso a instrumentos financeiros obedece às políticas internasaprovadas pelo Conselho de Administração.

Os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelorespectivo justo valor. O método de reconhecimento depende danatureza e objectivo da sua contratação.

Contabilidade de cobertura

A possibilidade de designação de um instrumento financeiro derivadocomo sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições daIAS 39, nomeadamente, quanto à respectiva documentação eefectividade.

As variações no justo valor dos instrumentos financeiros derivadosdesignados como cobertura de justo valor são reconhecidas comoresultado financeiro do período, bem como as alterações no justovalor do activo ou passivo sujeito aquele risco.

As variações no justo valor dos instrumentos financeiros derivadosdesignados como cobertura de cash-flow são registadas em Outrasreservas na sua componente eficaz e, em resultados financeiros nasua componente não eficaz. Os valores registados em Outras reservassão transferidos para resultados financeiros no período em que o itemcoberto tem igualmente efeito em resultados.

A contabilização de cobertura é descontinuada quando o instrumentode cobertura atinge a maturidade, é vendido ou exercido, ou quando arelação de cobertura deixa de cumprir os requisitos exigidos na IAS 39.

Instrumentos de negociação

Relativamente aos instrumentos financeiros derivados que, emboracontratados com o objectivo de efectuar cobertura económica, deacordo com as políticas de gestão de risco da Empresa, não

cumpram todas as disposições da IAS 39 no que respeita àpossibilidade de qualificação como contabilidade de cobertura, asrespectivas variações no justo valor são registadas nademonstração do rendimento integral do período em que ocorrem.

Acções próprias

As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisiçãocomo um abatimento ao capital próprio. Os ganhos ou perdasinerentes à alienação das acções próprias são registadas emOutras reservas.

Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor dos activos e passivos financeiros é determinado daseguinte forma:

• O justo valor de activos e passivos financeiros com condiçõespadronizadas e transaccionados em mercados activos édeterminado com referência aos valores de cotação;

• O justo valor de outros activos e passivos financeiros (exceptoinstrumentos financeiros derivados) é determinado de acordocom modelos de avaliação geralmente aceites, com base emanálise de cash-flows descontados, tendo em consideraçãopreços observáveis em transacções correntes no mercado;

• O justo valor de instrumentos financeiros derivados édeterminado com referência a valores de cotação. No caso denão estarem disponíveis valores de cotação o justo valor édeterminado com base em análise de cash-flows descontados, osquais incluem pressupostos não suportados em preços ou taxasobserváveis no mercado.

Imparidade de activos financeiros

Os activos financeiros classificados na categoria “ao custoamortizado” são sujeitos a testes de imparidade em cada data derelato. Tais activos financeiros encontram-se em imparidadequando existe uma evidência objectiva de que, em resultados deum ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimentoinicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afectados.

Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, aperda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entrea quantia escriturada do activo e o valor presente nos novos fluxosde caixa futuros estimados descontados à respectiva taxa de juroefectiva original.

Para os activos financeiros mensurados ao custo, a perda porimparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantiaescriturada do activo e a melhor estimativa do justo valor doactivo.

As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubricaAmortizações e ajustamentos no período em que sãodeterminadas.

Subsequentemente, se o montante de perda por imparidadediminui e tal diminuição pode ser objectivamente relacionada comum acontecimento que teve lugar após o reconhecimento daperda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve serefectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (custoamortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada.A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados narubrica Reversões de perdas por imparidade.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

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Desreconhecimento de activos e passivos financeiros

A Empresa desreconhece activos financeiros apenas quando osdireitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quandotransfere para outra entidade os activos financeiros e todos os riscose benefícios significativos associados à posse dos mesmos. Sãodesreconhecidos os activos financeiros transferidos relativamente aosquais a Empresa reteve alguns riscos e benefícios significativos, desdeque o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.

A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando acorrespondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

2.15. RESPONSABILIDADE COM PENSÕES

A Empresa assumiu o compromisso de conceder aos seus empregadosprestações pecuniárias a título de complementos de pensões dereforma, os quais configuram um plano de benefícios definidos, tendosido constituídos para o efeito fundos de pensões autónomos.

A fim de estimar as suas responsabilidades pelo pagamento dasreferidas prestações, são obtidos periodicamente cálculosactuariais das responsabilidades determinadas de acordo com oProjected Unit Credit Method. Os ganhos e perdas actuariais sãoregistados no capital próprio e os custos com os benefíciosconcedidos são registados na demonstração do rendimentointegral do período em que ocorrem.

Os custos por responsabilidades passadas são reconhecidosimediatamente nas situações em que os benefícios se encontrem aser pagos, caso contrário são reconhecidos em quotas constantesdurante o período médio estimado até à data em que os direitossejam adquiridos pelos colaboradores (na maioria dos casos nadata de reforma caso estejam ao serviço da Empresa).

As responsabilidades por pensões reconhecidas à data de balançorepresentam o valor presente das obrigações por planos debenefícios definidos, ajustado de ganhos ou perdas actuariais e/oude responsabilidades por serviços passados não reconhecidas ereduzido do justo valor dos activos líquidos do fundo de pensões.

As contribuições efectuadas pela Empresa para planos de contribuiçãodefinida são registadas como custo na data em que são devidas.

2.16. PAGAMENTOS BASEADOS EM ACÇÕES

Os benefícios concedidos a colaboradores ao abrigo de Planos deincentivos de aquisição de acções ou de opções sobre acções sãoregistados de acordo com as disposições da IFRS 2 – Pagamentoscom base em acções.

De acordo com a IFRS 2, os benefícios concedidos a seremliquidados com base em acções próprias (instrumentos de capitalpróprio), são reconhecidos pelo justo valor na data de atribuição. Ojusto valor determinado na data da atribuição do benefício éreconhecido como custo de forma linear ao longo do período emque o mesmo é adquirido pelos beneficiários, decorrente deprestação de serviços. Por sua vez, os benefícios concedidos combase em acções, mas liquidados em dinheiro, conduzem aoreconhecimento de um passivo valorizado pelo justo valor na datada demonstração da posição financeira.

2.17. ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Os passivos contingentes não são reconhecidos nasdemonstrações financeiras, sendo divulgados no respectivo anexo,a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectandobenefícios económicos futuros seja remota, caso em que não sãoobjecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstraçõesfinanceiras, mas divulgados no seu anexo, quando é provável aexistência de um benefício económico futuro.

2.18. RÉDITO E ESPECIALIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos nademonstração do rendimento integral quando os riscos ebenefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para ocomprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmentequantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos,descontos e outros custos inerentes à sua concretização pelo justovalor da contraprestação recebida ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços sãoreconhecidos na demonstração do rendimento integral comreferência à fase de acabamento da prestação de serviços à datada demonstração da posição financeira.

O resultado dos contratos de construção, quando é possível serestimado com fiabilidade, os correspondentes gastos erendimentos são reconhecidos por referência à percentagem deacabamento do contrato na data de relato. A percentagem deacabamento é determinada de acordo com as fases de realizaçãodos trabalhos efectuados na obra. Quando não é possível estimarcom fiabilidade o resultado do contrato de construção, o rédito docontrato é reconhecido até à concorrência dos gastos do contratoincorridos que se espera recuperar. Os gastos do contrato sãoreconhecidos no exercício em que são incorridos. Quando éprovável que os gastos do contrato vão exceder os seusrendimentos, a correspondente perda esperada é reconhecida deimediato como um gasto.

Os dividendos de investimentos financeiros são reconhecidos comoproveitos no período em que são atribuídos.

Os juros e proveitos financeiros são reconhecidos de acordo com oprincípio da especialização dos exercícios e de acordo com a taxade juro efectiva aplicável.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizemrespeito, independentemente da data do seu pagamento ourecebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não sejaconhecido são estimados.

Os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujasdespesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bemcomo as despesas e as receitas que já ocorreram, mas querespeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultadosde cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde, sãoregistados nas rubricas de Outros activos correntes e Outrospassivos correntes.

2.19. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com basenos resultados tributáveis e considera a tributação diferida.

Os impostos diferidos referem-se a diferenças temporárias entre osmontantes dos activos e dos passivos para efeitos de registocontabilístico e os respectivos montantes para efeitos detributação, bem como os resultantes de benefícios fiscais obtidos ede diferenças temporárias entre o resultado fiscal e contabilístico.

Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados eperiodicamente avaliados utilizando-se as taxas de tributação quese espera estarem em vigor à data da reversão das diferençastemporárias.

Os activos por impostos diferidos são registados unicamentequando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futurossuficientes para os utilizar. Anualmente é efectuada umareapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activospor impostos diferidos, no sentido de os reconhecer ou ajustar emfunção da expectativa actual de recuperação futura.

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

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2.20. JULGAMENTOS CRÍTICOS/ESTIMATIVASNA APLICAÇÃO DAS POLITICASCONTABILÍSTICAS

A preparação das demonstrações financeiras, em conformidadecom os princípios de reconhecimento e mensuração das IFRS,requer que o Conselho de Administração formule julgamentos,estimativas e pressupostos que poderão afectar o valor dos activose passivos apresentados, em particular activos por impostosdiferidos, activos intangíveis, depreciações e provisões, asdivulgações de activos e passivos contingentes à data dasdemonstrações financeiras, bem como os seus proveitos e custos.

Essas estimativas são baseadas no melhor conhecimento existenteem cada momento e nas acções que se planeiam realizar, sendopermanentemente revistas com base na informação disponível.Alterações nos factos e circunstâncias podem conduzir à revisãodas estimativas, pelo que os resultados reais futuros poderãodiferir daquelas estimativas.

As estimativas e pressupostos significativos formulados peloConselho de Administração na preparação destas demonstraçõesfinanceiras incluem, nomeadamente, os pressupostos utilizados naavaliação de responsabilidades com pensões, impostos diferidos,vidas úteis dos activos tangíveis, provisões e análises da imparidade.

2.21. EVENTOS SUBSEQUENTES

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posiçãofinanceira que proporcionem informação adicional sobre condições

que existiam à data da demonstração da posição financeira sãoreflectidos nas demonstrações financeiras.

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posiçãofinanceira que proporcionem informação sobre condições queocorram após a data da demonstração da posição financeira, semateriais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

3. OPERAÇÕESDESCONTINUADASConforme mencionado na nota introdutória, em 22 de Dezembro de2010, no âmbito do processo de reorganização societária do GrupoBrisa, procedeu-se à transferência da Concessão Brisa para a BCR,a qual foi igualmente acompanhada pela transferência, naqueladata, de um conjunto de activos e passivos relacionados comaquela concessão, cujo valor líquido contabilístico ascendia a 429570 milhares de Euros. Os activos e passivos transferidos para aBCR foram identificados com base nos registos contabilísticos daEmpresa em 30 de Novembro de 2010 e consubstanciaram no seuconjunto uma entrada em espécie para realização de acções noâmbito de um aumento de capital na BCR, no montante de 74 825milhares de Euros, com um prémio de emissão de 354 745 milharesde Euros. As alterações no valor dos referidos activos e passivosidentificados, decorrentes das transacções e fluxos monetáriosocorridos entre 30 de Novembro de 2010 e 22 de Dezembro de2010, data da sua transferência efectiva, foram objecto de débitopela BCR à Empresa pelo seu quantitativo global conforme segue:

97

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

AUMENTO DECAPITAL NA BCR ACERTOS TOTAL

ACTIVOS NÃO CORRENTES:ACTIVOS INTANGÍVEIS 3 099 750 9 165 3 108 915ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS 35 009 2 708 37 717ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS 88 467 (3 265) 85 202

TOTAL DE ACTIVOS NÃO CORRENTES 3 223 226 8 608 3 231 834

ACTIVOS CORRENTES:CLIENTES 22 020 (10 151) 11 869OUTROS DEVEDORES 3 395 (908) 2 487OUTROS ACTIVOS CORRENTES 7 147 (752) 6 395

TOTAL DE ACTIVOS CORRENTES 32 562 (11 811) 20 751TOTAL DO ACTIVO 3 255 788 (3 203) 3 252 585

PASSIVOS NÃO CORRENTES:EMPRÉSTIMOS 2 042 417 (79 894) 1 962 523PROVISÕES 127 885 (1 281) 126 604OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES 78 907 - 78 907PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS 56 (56) -

TOTAL DE PASSIVOS NÃO CORRENTES 2 249 265 (81 231) 2 168 034

PASSIVOS CORRENTES:FORNECEDORES 40 046 (21 788) 18 258EMPRÉSTIMOS 494 912 146 075 640 987FORNECEDORES DE IMOBILIZADO 24 323 5 701 30 024ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 55 8 63OUTROS CREDORES 10 489 1 242 11 731OUTROS PASSIVOS CORRENTES 7 128 (8 017) (889)

TOTAL DE PASSIVOS CORRENTES 576 953 123 221 700 174

TOTAL DO PASSIVO 2 826 218 41 990 2 868 208

AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL E PRÉMIO DE EMISSÃO NA BCR 429 570

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Decorrente da reorganização societária, da transferência docontrato da Concessão Brisa para a BCR, os resultados daactividade desenvolvida ao abrigo do referido contrato foramidentificados como “Resultados de operações descontinuadas” nademonstração do rendimento integral, aos quais corresponde oseguinte detalhe:

98

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010 2009

OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

PROVEITOS OPERACIONAIS:

VENDAS DE MERCADORIAS - 715

PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS 505 223 536 243

PROVEITOS SUPLEMENTARES 1 292 17 273

OUTROS PROVEITOS E GANHOS OPERACIONAIS 3 371 5 140

REVERSÃO DE AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS 1 081 119

SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO - 208

RÉDITO ASSOCIADO A SERVIÇO DE CONSTRUÇÃO 73 647 78 221

TOTAL DE PROVEITOS OPERACIONAIS 584 614 673 919

CUSTOS OPERACIONAIS:

CUSTO DAS VENDAS - (624)

FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS (111 904) (71 288)

CUSTOS COM O PESSOAL (1 034) (35 962)

AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS (124 538) (134 858)

PROVISÕES (15 559) (17 438)

IMPOSTOS (1 078) (1 095)

OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS (8 433) (147)

ENCARGOS ASSOCIADOS A SERVIÇO DE CONSTRUÇÃO (73 647) (78 221)

TOTAL DE CUSTOS OPERACIONAIS (336 193) (339 633)

RESULTADOS OPERACIONAIS 248 421 298 286

CUSTOS E PERDAS FINANCEIROS (108 141) (99 808)

PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS 7 6 744

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 140 287 205 222

IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO (32 214) (55 336)

RESULTADO LÍQUIDO DE OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 108 073 149 886

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4. PROVEITOSOPERACIONAISNos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, osproveitos operacionais relativos a operações em continuação têma seguinte composição:

No âmbito da reorganização societária a Brisa coordenou atotalidade das actividades e executou tarefas específicas, o queexigiu a disponibilização de recursos humanos, técnicos efinanceiros internos e a contratação de recursos técnicosespecializados externos para a implementação do projecto. Nestecontexto, com a implementação bem sucedida do projecto,concretizada em 22 de Dezembro de 2010, a BAE debitou um feede sucesso que remunera o seu trabalho neste projecto nomontante de 66 469 milhares de Euros.

99

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010 2009

OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS:

SUCCESS FEES 68 696 -

APOIO LOGÍSTICO E ADMINISTRATIVO 8 992 5 518

GANHOS EM ACTIVOS FIXOS 323 448

OUTROS 2 418 4 820

80 429 10 78

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5. LOCAÇÕESOPERACIONAISNos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 foramreconhecidos custos de 324 milhares de Euros e 783 milhares deEuros, respectivamente, relativos a rendas de contratos de locaçãooperacional.

As rendas vincendas de contratos de locação operacional em vigorem 31 de Dezembro de 2010 e 2009 apresentam as seguintesmaturidades:

6. RESULTADOSFINANCEIROSOs custos e perdas financeiros dos exercícios findos em 31 deDezembro de 2010 e 2009, relativos a operações em continuação,têm a seguinte composição:

100

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANO 2010 2009

2010 - 608

2011 320 443

2012 228 228

2013 162 66

2014 69 -

779 1 345

2010 2009

JUROS SUPORTADOS 784 921

DIFERENÇAS DE CÂMBIO DESFAVORÁVEIS 551 62

PERDAS COM OBRIGAÇÕES EM INVESTIMENTOS (NOTA 21) 112 000 21 814

OUTROS CUSTOS E PERDAS FINANCEIROS 1 484 1 686

114 819 24 483

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Os proveitos e ganhos financeiros dos exercícios findos em 31 deDezembro de 2010 e 2009, relativos a operações em continuação,têm a seguinte composição:

Os resultados relativos a investimentos dos exercícios findos em 31de Dezembro de 2010 e 2009, relativos a operações emcontinuação, têm a seguinte composição:

101

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010 2009

JUROS OBTIDOS 3 522 2 839

DIFERENÇAS DE CÂMBIO FAVORÁVEIS 147 56

OUTROS PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS 136 -

3 805 2 895

2010 2009

RENDIMENTOS DE EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS:

BRISA INTERNACIONAL, SGPS, S.A. ("BRISA INTERNACIONAL") 573 440 -

BRISA SERVIÇOS VIÁRIOS, SGPS, S.A. ("BRISA SERVIÇOS") 17 568 1 157

SICIT - SOCIEDADE INVESTIMENTO E CONSULTORIA EM INFRA-ESTRUTURAS DE TRANSPORTES, S.A. ("SICIT") 18 9

BRISA FINANCE B.V. ("BRISA FINANCE") 15 71

591 041 1 237

PERDAS DE IMPARIDADE EM INVESTIMENTOS:

BRISAL - AUTO-ESTRADAS DO LITORAL, S.A. ("BRISAL") (NOTA 20) (68 378) (66 427)

VIA OESTE, SGPS, S.A. ("VIA OESTE") (NOTA 20) (11 678) (13 555)

(80 056) (79 982)

PERDAS EM ALIENAÇÕES DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS:

BCR (97) -

PERDAS COM RESPONSABILIDADE EM INVESTIMENTOS:

BRISAL (NOTA 21) (24 850) -

486 038 (78 745)

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102

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

7. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOA Brisa encontra-se sujeitas a IRC à taxa normal de 25%, que podeser incrementada pela Derrama até à taxa máxima de 1,5% dolucro tributável, resultando numa taxa de imposto agregadamáxima de 26,5%. Adicionalmente, a partir de 1 de Janeiro de2010 os lucros tributáveis que excedam os 2 000 milhares deEuros são sujeitos a derrama estadual à taxa de 2,5%. Nos termosdo artigo 88.º do Código do Imposto sobre o Rendimento dasPessoas Colectivas, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmentea tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxasprevistas no artigo mencionado.

A Empresa é tributada em sede de IRC ao abrigo do Regime Especialde Tributação dos Grupos de Sociedades (“RETGS”) em conjunto comas subsidiárias Brisa Engenharia e Gestão, S.A., Brisa Serviços Viários,SGPS, S.A., Brisa O&M, S.A., Brisa Inovação e Tecnologia, S.A., Brisa –Concessão Rodoviária, S.A., Brisa Internacional, SGPS, S.A., Via Oeste,SGPS, S.A., Brisa – Concessão Rodoviária, SGPS, S.A., BrisaInfraestruturas, SGPS, S.A. e Brisa Participações, SGPS, S.A..

Este regime consiste na agregação dos resultados tributáveis detodas as empresas incluídas no perímetro de tributação, deduzidosdos dividendos distribuídos, aos quais será aplicável a taxa de IRCacrescida da respectiva Derrama.

De acordo com a legislação em vigor em Portugal, as declaraçõesfiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte dasautoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anospara a Segurança Social), excepto quando tenha havido prejuízosfiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam emcurso inspecções, reclamações ou impugnações casos estes emque, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados oususpensos. Assim, as declarações fiscais da Empresa dos anos de2007 a 2010 ainda poderão estar sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração entende que eventuais correcçõesresultantes de revisões/inspecções fiscais àquelas declarações deimpostos não terão um efeito significativo nas demonstraçõesfinanceiras em 31 de Dezembro de 2010.

No âmbito das inspecções regulares desenvolvidas pelasAutoridades Fiscais, têm sido solicitadas correcções à matériacolectável e imposto, em particular no que respeita à actividadedesenvolvida no âmbito do contrato de concessão. O Conselho deAdministração, com base em pareceres técnicos de consultoresexternos, entende que existem correcções solicitadas semprovimento. Neste contexto, o Conselho de Administração temutilizado os diversos instrumentos processuais e legais à suadisposição para defender as suas posições, continuando convictoda bondade dos seus argumentos e num desfecho favorável de

todos os diferendos existentes com as Autoridades Fiscais. Face aoexposto, em 31 de Dezembro de 2010 não se encontra constituídaqualquer provisão para o efeito.

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 foi recepcionado pelaBrisa o Relatório de Inspecção Tributária relativa ao exercício de 2007,no qual a Administração Fiscal conclui quanto ao inadequadoenquadramento legal e fiscal da operação de titularização de créditosfuturos no montante de 400 000 milhares de Euros, realizada em 19de Dezembro de 2007, considerando não ser a mesma enquadrávelno regime jurídico da titularização de créditos, estabelecido noDecreto-Lei nº 453/99, de 5 de Novembro, alterado pelo Decreto-Leinº 82/02 de 5 de Abril, e como tal não aplicável o regime fiscalprevisto no Decreto-Lei nº 219/2001, de 4 de Agosto, ambos alteradospelo Decreto-Lei 303/2003 de 5 de Dezembro.

Em face do exposto, a Administração Fiscal considera que:

• O valor de 400 000 milhares Euros recebido pela Brisa noâmbito da referida operação foi indevidamente acrescido aolucro tributável de 2007;

• Os proveitos correspondentes às prestações de serviços dasquais derivam os créditos futuros cedidos são imputáveis,fiscalmente e contabilisticamente aos períodos de tributação emque venham a ser gerados;

• Foi deduzido indevidamente à colecta de 2007 um montante de,aproximadamente 100 000 milhares de Euros, relativo aobenefício fiscal enquadrável no Decreto-Lei nº 287/99 passível deser utilizado até esse mesmo exercício.

É entendimento do Conselho de Administração da Brisa, suportadono parecer dos seus consultores e peritos jurídicos, contabilísticose fiscais, que o tratamento considerado para a referida operação seencontra adequadamente enquadrado do ponto de vista legal e,consequentemente, contabilístico e fiscal. Sendo assim, o Conselhode Administração da Brisa considera que as correcções propostas econstantes do Relatório de Inspecção Tributária, não têm qualquerprovimento, tendo tal sido expresso em Sede de Audição Prévia. ABrisa utilizará todos os instrumentos de defesa que tem à suadisposição, como contribuinte, para fazer valer categoricamente otratamento dado a esta operação sobre todas as suas perspectivas.Face ao exposto, em 31 de Dezembro de 2010 não se encontraconstituída qualquer provisão para o efeito.

Os prejuízos fiscais até ao exercício findo em 31 de Dezembro de2009 são reportáveis durante um período de seis anos após a suaocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais geradosdurante esse período. Os prejuízos fiscais gerados a partir de 1 deJaneiro de 2010 são passíveis de reporte num período de 4 anosapós a sua ocorrência.

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, são como segue:

2010 2009

IMPOSTO CORRENTE 618 (8 125)

IMPOSTOS DIFERIDOS (NOTA 13) 4 963 (5 702)

IMPOSTO SOBRE RESULTADOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (18) -

5 563 (13 827)

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A reconciliação do resultado antes de impostos das operações emcontinuação com o imposto do exercício, é como segue:

103

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010 2009

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 398 917 (130 062)

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS NEGATIVAS - (2 163)

PROVEITOS NÃO TRIBUTÁVEIS:

RENDIMENTOS DE CAPITAL (591 041) (1 237)

OUTROS (3 186) (2 952)

(594 227) (4 189)

CUSTOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS:

AMORTIZAÇÃO NÃO DEDUTÍVEIS 56 859

CONSTITUIÇÃO DE PROVISÕES 502 20 563

REGISTO DE PERDAS DE IMPARIDADE 217 124 79 982

OUTROS 961 3 775

218 643 105 179

CUSTOS A ACRESCER PARA EFEITOS FISCAIS

UTILIZAÇÃO DE PROVISÕES (10 871) -

LUCRO TRIBUTÁVEL 12 462 (31 235)

TAXA DE IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO EM PORTUGAL 25% 25%

IMPOSTO CALCULADO 3 116 (7 809)

TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA 103 152

UTILIZAÇÃO DE PERDAS FISCAIS (3 081) -

DERRAMA 187 (469)

DERRAMA ESTADUAL 287 -

EFEITO RETGS 6 -

IMPOSTO SOBRE RESULTADOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (18) -

EFEITO DA CONSTITUIÇÃO/REVERSÃO DE IMPOSTOS DIFERIDOS (NOTA 13) 4 963 (5 702)

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 5 563 (13 827)

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8. RESULTADO POR ACÇÃOO resultado de operações em continuação e descontinuadas poracção, básico e diluído, dos exercícios findos em 31 de Dezembrode 2010 e 2009 foi calculado tendo em consideração os seguintesmontantes:

O resultado de operações em continuação por acção, básico ediluído, dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009foi calculado tendo em consideração os seguintes montantes:

104

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010 2009

RESULTADO POR ACÇÃO BÁSICO

RESULTADO PARA EFEITO DE CÁLCULO DO RESULT. LÍQUIDO POR ACÇÃO BÁSICO (RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO) 501 427 33 651

NÚMERO MÉDIO PONDERADO DE ACÇÕES PARA EFEITO DE CÁLCULO DO RESULTADO LÍQUIDO POR ACÇÃO BÁSICO 576 516 837 576 516 837

RESULTADO LÍQUIDO POR ACÇÃO BÁSICO (EM EUROS) 0,87 0,06

RESULTADO POR ACÇÃO DILUÍDO

RESULTADO PARA EFEITO DE CÁLCULO DO RESULT. LÍQUIDO POR ACÇÃO BÁSICO (RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO) 501 427 33 651

NÚMERO MÉDIO PONDERADO DE ACÇÕES PARA EFEITO DE CÁLCULO DO RESULTADO LÍQUIDO POR ACÇÃO DILUÍDO 576 516 837 576 516 837

RESULTADO LÍQUIDO POR ACÇÃO DILUÍDO (EM EUROS) 0,87 0,06

2010 2009

RESULTADO POR ACÇÃO BÁSICO

RESULTADO PARA EFEITO DE CÁLCULO DO RESULTADO LÍQUIDO POR ACÇÃO BÁSICO (RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO) 393 354 (116 235)

NÚMERO MÉDIO PONDERADO DE ACÇÕES PARA EFEITO DE CÁLCULO DO RESULTADO LÍQUIDO POR ACÇÃO BÁSICO 576 516 837 576 516 837

RESULTADO LÍQUIDO POR ACÇÃO BÁSICO (EM EUROS) 0,68 (0,20)

RESULTADO POR ACÇÃO DILUÍDO

RESULTADO PARA EFEITO DE CÁLCULO DO RESULTADO LÍQUIDO POR ACÇÃO BÁSICO (RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO) 393 354 (116 235)

NÚMERO MÉDIO PONDERADO DE ACÇÕES PARA EFEITO DE CÁLCULO DO RESULTADO LÍQUIDO POR ACÇÃO DILUÍDO 576 516 837 576 516 837

RESULTADO LÍQUIDO POR ACÇÃO DILUÍDO (EM EUROS) 0,68 (0,20)

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9. DIVIDENDOSEm Assembleia-Geral de Accionistas realizada em 26 de Março de2010 foi deliberado o pagamento de dividendos de 0,31 Euros poracção referentes ao resultado líquido do período de 2009 (0,31Euros por acção em 2009 referentes ao resultado líquido doperíodo de 2008).

10. ACTIVOS FIXOSTANGÍVEISDurante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009,o movimento ocorrido no valor dos activos fixos tangíveis, bemcomo nas respectivas depreciações e perdas por imparidadeacumuladas, foi o seguinte:

105

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010TERRENOS EDIFÍCIOS

E RECURSOS E OUTRAS EQUIPAMENTO EQUIPAMENTO EQUIPAMENTO FERRAMENTAS ACTIVOS FIXOSNATURAIS CONSTRUÇÕES BÁSICO DE TRANSPORTE ADMINISTRATIVO E UTENSÍLIOS EM CURSO TOTAL

ACTIVO BRUTO:

SALDO INICIAL 1 641 8 820 112 983 2 129 15 559 11 5 846 146 989

ADIÇÕES 1 031 227 10 576 738 478 - 2 045 15 095

ALIENAÇÕES - - - (500) (44) - - (544)

ABATES - - (2 839) (6) (19) - - (2 864)

TRANSFERÊNCIAS 392 - 2 804 - - - (3 196) -

EFEITO DE ACTIVOS TRANSFERIDOS (NOTA 3) - (31) (117 038) (1 471) (227) - (2 920) (121 687)

SALDO FINAL 3 064 9 016 6 486 890 15 747 11 1 775 36 989

DEPRECIAÇÕES E PERDAS DE IMPARIDADES ACUMULADAS:

SALDO INICIAL - 2 744 75 583 945 14 253 10 - 93 535

REFORÇOS - 183 15 186 315 520 1 1 731 17 936

REDUÇÕES - - - (245) - - - (245)

ABATES - - (2 829) (6) (31) - - (2 866)

EFEITO DE ACTIVOS TRANSFERIDOS (NOTA 3) - (29) (83 556) (349) (36) - - (83 970)

SALDO FINAL - 2 898 4 384 660 14 706 11 1 731 24 390

VALOR LÍQUIDO 3 064 6 118 2 102 230 1 041 - 44 12 599

2009TERRENOS EDIFÍCIOS

E RECURSOS E OUTRAS EQUIPAMENTO EQUIPAMENTO EQUIPAMENTO FERRAMENTAS ACTIVOS FIXOSNATURAIS CONSTRUÇÕES BÁSICO DE TRANSPORTE ADMINISTRATIVO E UTENSÍLIOS EM CURSO TOTAL

ACTIVO BRUTO:

SALDO INICIAL 1 641 8 814 8 430 2 189 19 374 51 2 119 42 618

EFEITO DA REEXPRESSÃO (NOTA 29) - - 99 056 - - - 9 400 108 456

SALDO INICIAL REEXPRESSO 1 641 8 814 107 486 2 189 19 374 51 11 519 151 074

VARIAÇÕES DO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO - - - - - - - -

EFEITO DA CONVERSÃO CAMBIAL - - - - - - - -

ADIÇÕES - 29 1 135 464 692 2 1 106 3 428

ALIENAÇÕES - - - (502) (1) - - (503)

ABATES - - (16) (2) (84) (1) - (103)

TRANSFERÊNCIAS - - 6 877 - - - (6 779) 98

EFEITO DE ACTIVOS TRANSFERIDOS - (23) (2 499) (20) (4 422) (41) - (7 005)

SALDO FINAL 1 641 8 820 112 983 2 129 15 559 11 5 846 146 989

DEPRECIAÇÕES E PERDAS DE IMPARIDADES ACUMULADAS:

SALDO INICIAL - 2 583 5 356 895 16 972 46 - 25 852

EFEITO DA REEXPRESSÃO (NOTA 29) - - 54 723 - - - - 54 723

SALDO INICIAL REEXPRESSO - 2 583 60 079 895 16 972 46 - 80 575

VARIAÇÕES DO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO - - - - - - - -

EFEITO DA CONVERSÃO CAMBIAL - - - - - - - -

REFORÇOS - 170 17 610 346 1 107 2 - 19 235

REDUÇÕES - - - (274) (1) - - (275)

ABATES - - (15) (2) (80) (1) - (98)

TRANSFERÊNCIAS - - 5 - - - - 5

EFEITO DE ACTIVOS TRANSFERIDOS - (9) (2 096) (20) (3 745) (37) - (5 907)

SALDO FINAL - 2 744 75 583 945 14 253 10 - 93 535

VALOR LÍQUIDO 1 641 6 076 37 400 1 184 1 306 1 5 846 53 454

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11. ACTIVOS INTANGÍVEISDurante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009,o movimento ocorrido nos activos intangíveis, bem como nasrespectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foio seguinte:

106

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010

ACTIVOSDIREITOS INTANGÍVEIS

CONTRATUAIS SOFTWARE EM CURSO TOTALACTIVO BRUTOSALDO INICIAL 4 369 557 1 776 87 615 4 458 948ADIÇÕES 9 846 240 63 935 74 021ABATES - (40) - (40)TRANSFERÊNCIAS 34 883 91 (34 974) -EFEITO DE ACTIVOS TRANSFERIDOS (NOTA 3) (4 414 228) - (120 086) (4 534 314)CUSTOS FINANCEIROS CAPITALIZADOS - - 3 587 3 587

SALDO FINAL 58 2 067 77 2 202

AMORTIZAÇÕES E PERDAS DE IMPARIDADES ACUMULADAS:SALDO INICIAL 1 317 611 896 - 1 318 507REFORÇOS 107 841 561 - 108 402ABATES - (16) - (16)EFEITO DE ACTIVOS TRANSFERIDOS (NOTA 3) (1 425 399) - - (1 425 399)

SALDO FINAL 53 1 441 - 1 494VALOR LÍQUIDO 5 626 77 708

2009

ACTIVOSDIREITOS INTANGÍVEIS

CONTRATUAIS SOFTWARE EM CURSO TOTALACTIVO BRUTOSALDO INICIAL 398 008 3 156 171 401 335EFEITO DA REEXPRESSÃO (NOTA 29) 3 910 308 - 68 392 3 978 700SALDO INICIAL REEXPRESSO 4 308 316 3 156 68 563 4 380 035VARIAÇÕES DO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO - - - -EFEITO DA CONVERSÃO CAMBIAL - - - -ADIÇÕES 20 106 381 59 377 79 864ALIENAÇÕES - - - -ABATES - - (59) (59)TRANSFERÊNCIAS 41 135 973 (42 206) (98)EFEITO DE ACTIVOS TRANSFERIDOS - (2 734) (521) (3 255)CUSTOS FINANCEIROS CAPITALIZADOS - - 2 461 2 461

SALDO FINAL 4 369 557 1 776 87 615 4 458 948

AMORTIZAÇÕES E PERDAS DE IMPARIDADES ACUMULADAS:SALDO INICIAL 51 310 883 - 52 193EFEITO DA REEXPRESSÃO (NOTA 29) 1 150 307 - - 1 150 307SALDO INICIAL REEXPRESSO 1 201 617 883 - 1 202 500VARIAÇÕES DO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO - - - -EFEITO DA CONVERSÃO CAMBIAL - - - -REFORÇOS 115 970 1 023 - 116 993REDUÇÕES - - - -ABATES - - - -TRANSFERÊNCIAS 24 (29) - (5)EFEITO DE ACTIVOS TRANSFERIDOS - (981) - (981)

SALDO FINAL 1 317 611 896 - 1 318 507VALOR LÍQUIDO 3 051 946 880 87 615 3 140 441

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12. INVESTIMENTOSO detalhe dos investimentos em empresas subsidiárias e outrosinvestimentos, bem como o respectivo movimento no exercíciofindo em 31 de Dezembro de 2010, são como segue:

Em 22 de Dezembro de 2010, no âmbito do processo dereorganização societária do Grupo Brisa (Notas 1 e 2), a Empresaprocedeu ao aumento de capital na Brisa Participações pelaentrada em espécie da participação na BCR. Adicionalmente, foramrealizadas prestações acessórias nessa participada no montante de126 257 milhares de Euros.

Em 7 de Dezembro de 2010 foram aprovados os termos dos contratosde opções a celebrar entre a Brisa e os restantes accionistas daConcessão AEDL (Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, AlvesRibeiro, Construtora do Tâmega e Zagope – Construções eEngenharia). Nos termos de cada um destes contratos, é atribuídauma opção de compra à Brisa, bem como uma opção de venda a cadauma das partes contratantes, da quase totalidade das acções detidas

107

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010

SALDO PERDAS DEINICIAL IMPARIDADE SALDO

REEXPRESSO AUMENTOS DIMINUIÇÕES ALIENAÇÕES (NOTA 20) FINALINVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS:

BRISA - SERVIÇOS VIÁRIOS, SGPS, S.A.("BRISA SERVIÇOS") 18 264 220 (215) - - 18 269BRISA INTERNACIONAL, SGPS, S.A.("BRISA INTERNACIONAL") 42 768 - - - - 42 768BRISA PARTICIPAÇÕES, SGPS, S.A.("BRISA PARTICIPAÇÕES") 50 555 908 - - - 555 958BRISA INFRAESTRUTURAS, SGPS, S.A.("BRISA INFRAESTRUTURAS") 50 - - - - 50BRISA FINANCE B.V.("BRISA FINANCE") 2 000 - - - - 2 000BRISAL - AUTO-ESTRADAS DO LITORAL, S.A.("BRISAL") 54 238 14 140 - - (68 378) -VIA OESTE, SGPS, S.A.("VIA OESTE") 96 698 - - - (11 678) 85 020TECNOHOLDING II, INVESTIMENTOS TECNOLÓGICOS, S.A.("TECNOHOLDING") 50 - - - - 50AEDL - AUTO-ESTRADAS DO DOURO LITORAL, S.A.("AEDL") 1 159 2 494 - - - 3 653AEBT - AUTO-ESTRADAS DO BAIXO TEJO, S.A.("AEBT") 15 - - - - 15SICIT - SOCIEDADE INVESTIMENTO E CONSULTORIA EMINFRA-ESTRUTURAS DE TRANSPORTES, S.A. ("SICIT") 18 - - - - 18TRANSPORT INFRASTRUCTURE INVESTMENT COMPANY SCA("SICAR") 18 650 4 750 - - - 23 400TRANSPORT INFRASTRUCTURE, S. À R.L. 5 - - - - 5TIICC, S. À R.L. ("TIICC") 4 - - - - 4ELOS - LIGAÇÕES DE ALTA VELOCIDADE, S.A.("ELOS") 8 90 - - - 98ELOS - OM, S.A. ("ELOS - OM") - 8 - - - 8

233 977 577 610 (215) - (80 056) 731 316

OUTROS INVESTIMENTOS:AELO - AUTO-ESTRADAS DO LITORAL OESTE, S.A.("AELO") 544 1 466 - - - 2 010ASTERION, A.C.E. ("ASTERION") 556 14 - - - 570FARNCOMBE LIMITED 202 - - - - 202F-HITEC 29 10 - - - 39

1 331 1 490 - - - 2 821

ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA:AEDL 5 - - (5) - -

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por estas no capital da AEDL. Estas opções (de compra e de venda)poderão ser exercidas entre 1 de Agosto de 2011 e a data darecepção provisória do último lanço de construção nova, ficando umaeventual transmissão de acções dependente de aprovação préviapelo Concedente, Financiadores e Autoridade da Concorrência.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os saldos com empresas dogrupo e associadas apresentam o seguinte detalhe:

Adicionalmente, as transacções realizadas com empresas do grupoe associadas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e2009, foram como segue:

108

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

FORNECEDORES OUTROS OUTROS EMPRESAS OUTROS ACTIVOS OUTROS PASSIVOS RETGSCLIENTES FORNECEDORES DE IMOBILIZADO DEVEDORES CREDORES DO GRUPO CORRENTES CORRENTES (NOTAS 14 E 22)

2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009BRISA SERVIÇOS 77 35 - - - - - - 175 - 3 277 2 353 - - - - 2 87BRISA ENGENHARIA E GESTÃO, S.A. ("BEG") 222 342 - 2 242 - 2 288 - - - - - - - - - - 410 55VIA VERDE PORTUGAL, S.A. ("VIA VERDE") 224 184 - 141 - - - - - - - - - - - 328 -BRISA O&M, S.A. ("BOM") 3 087 3 114 - 7 641 - 84 - - 1 346 - - - 78 - - - 6 426 52BRISA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA, S.A. ("BIT") 351 200 75 2 793 - - - - - - - - - - - - 381 510BRISA CONCESSÃO RODOVIÁRIA, S.A. ("BCR") 97 730 14 38 119 - - - - - - - - - - 11 561 - 726 65CONTROLAUTO - CONTROLO TÉCNICO AUTOMÓVEL, S.A. ("CONTROLAUTO") 343 177 - 1 - - - - - - - - - - - - - -ITEUVE PORTUGAL, LDA ("ITEUVE") 29 45 - - - - - - - - - - - - - - -MCALL, S.A. ("MCALL") 26 - 12 - - - - - - - - - - - - - - -BRISA INTERNACIONAL - - - - - - - - 235 - - - - - - - (6 901) 119BRISA INTERNATIONAL INVESTMENTS, B.V. ("BII BV") - - - - - - 865 - - - - - - - - - - -BRISA UNITED STATES, LLC - - - - - - - - - - - - 380 266 - - - -BRISA PARTICIPAÇÕES - - - - - - 12 50 - - - - - - - - (4) -BRISA INFRAESTRUTURAS - - - - - - - - - - - - - - - - (1) -BRISA CONCESSÃO RODOVIÁRIA, SGPS, S.A. ("BCR SGPS") - - - - - - - - - - - - - - - - (1) -BNV MOBILITY, B.V. 11 - - - - - - - - - - - - - - - - -FEEDBACK HIGHWAYS OMT PVT, LTD 83 - - - - - - - - - - - - - - - - -BRISAL 178 1 674 - 42 - - 1 631 - - - - - - - - - -VIA OESTE - - - - - - - - 211 - 70 40468 552 - - - - (143) (210)AUTO ESTRADAS DO ATLÂNTICO, S.A. ("AEA") 283 - - 1 - - - - - 93 - - - - - - - -GEIRA, S.A. 240 - - - - - - - - - - - - - - - - -AEDL 52 1 036 - - - - 1 061 - - - - 2 - - - - - -SICIT 15 27 - - - - - - - - - - - - - - - -AEBT 6 236 - - - - - - - - - - - - - - - -ELOS 2 089 - - - - - - - - - - - - - - - - -ELOS - OM - - - - - - - - - - - - - - - - - -AELO 120 520 - - - - - - - - 3 132 856 - - - - - -ASTERION - 8 - - - - - - - - - - - - - - - -

105 166 7 612 125 12 980 - 2 372 3 569 50 1 967 93 76 813 71 763 458 266 11 561 328 895 678

PROVEITOS CUSTOS CUSTOS PROVEITOS AQUISIÇÃO DEOPERACIONAIS OPERACIONAIS FINANCEIROS FINANCEIROS IMOBILIZADO

2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009BRISA SERVIÇOS 1 1 - - - - 125 71 - -BEG 1 073 1 420 1 116 1 760 - - - - 6 366 8 384VIA VERDE 1 096 912 12 490 12 935 - - - - - -BOM 4 547 405 102 723 12 965 - - - - 385 482BIT 957 1 713 549 6 406 - - - - 15 877 -BCR 67 206 76 8 335 488 - - - - - -CONTROLAUTO 890 580 1 1 - - - - - -ITEUVE 148 177 - - - - - - - -MCALL 130 - 45 - - - - - - -BRISA INTERNACIONAL 1 1 - - - - - - - -BRISA FINANCE - - - - 22 236 24 300 - - - -BRISA UNITED STATES, LLC - - - - - - 125 131 - -BRISAL 881 8 369 8 088 1 - - - - - -VIA OESTE 1 1 - - - - 1 916 2 767 - -AEA 477 217 - - - - - - - -GEIRA, S.A. 480 - - - - - - - - -AEDL 259 5 179 (5 262) 124 - - - - - -SICIT 37 481 - - - - - - - -AEBT 76 2 348 - - - - - - - -ELOS 1 727 - - - - - - - - -AELO 72 2 727 - - - - - - - -ASTERION - 58 - - - - - - - -

80 059 24 665 128 085 34 680 22 236 24 300 2 166 2 969 22 628 8 866

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13. IMPOSTOS DIFERIDOSO detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 deDezembro de 2010 e 2009, de acordo com as diferençastemporárias que os originam, é o seguinte:

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nosexercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 foi como segue:

109

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010 2009

SALDO INICIAL 129 068 168 841EFEITO EM RESULTADOS:

(UTILIZAÇÃO) / REFORÇO DE PREJUÍZOS FISCAIS REPORTÁVEIS (2 081) -DIFERENÇAS ENTRE A BASE TRIBUTÁVEL E O VALOR CONTABILÍSTICO DE:

ACTIVOS INTANGÍVEIS (153) (14)OUTROS ACTIVOS (22) 53OUTROS PASSIVOS 6 (10)

MOVIMENTO DAS PROVISÕES NÃO ACEITES FISCALMENTE (2 480) 5 449BENEFÍCIOS DE REFORMA (233) 224

SUB-TOTAL (NOTA 7) (4 963) 5 702

EFEITO EM CAPITAL PRÓPRIO:BENEFÍCIOS DE PENSÕES 151 (934)VALORIZAÇÃO / (DESVALORIZAÇÃO) DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS (1 208) 1 208

(1 057) 274

OPERAÇÕES EM DESCONTINUAÇÃO:TRANSFERÊNCIA DE ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS (NOTA 3) (85 202) -EFEITO EM RESULTADOS (28 798) (45 749)

(114 000) (45 749)

SALDO FINAL 9 048 129 068

ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

2010 2009 2010 2009PROVISÕES NÃO CONSIDERADAS FISCALMENTE 3 102 5 651 - -PROVISÕES PARA REPOSIÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS - 30 668 - -BENEFÍCIOS DE REFORMA (PENSÕES) 814 897 - -DIFERENÇAS ENTRE A BASE TRIBUTÁVEL E O VALOR CONTABILÍSTICO DE:

ACTIVOS INTANGÍVEIS 1 077 1 230 - -OUTROS ACTIVOS 153 175 - -OUTROS PASSIVOS - - 45 51

PREJUÍZOS FISCAIS REPORTÁVEIS 3 947 25 491 - -TITULARIZAÇÃO DE CRÉDITOS - 63 600 - -INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS - 1 407 - -

9 093 129 119 45 51

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14. CLIENTES E OUTROSDEVEDORESEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica tinha a seguintecomposição:

As contas a receber de terceiros resultam da actividadeoperacional e encontram-se deduzidas de perdas de imparidadeacumuladas. Estas são estimadas com base na informaçãodisponível e experiência passada.

110

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010 2009

CLIENTES:

BCR (NOTA 12) 97 730 14

BOM (NOTA 12) 3 087 3 114

ELOS (NOTA 12) 2 089 -

BIT (NOTA 12) 351 200

BRISAL (NOTA 12) 178 1 674

AEDL (NOTA 12) 52 1 036

PORTAGENS - 19 337

OUTROS 2 826 6 359

CLIENTES DE COBRANÇA DUVIDOSA 148 14 236

106 461 45 970

OUTROS DEVEDORES:

RETGS (NOTA 12) 7 945 888

BRISAL (NOTA 12) 1 631 -

AEDL (NOTA 12) 1 061 -

BII BV (NOTA 12) 865 -

PESSOAL 226 143

OUTROS 1 792 4 994

OUTROS DEVEDORES DE COBRANÇA DUVIDOSA 11 52

13 531 6 077

119 992 52 047

PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS EM CONTAS A RECEBER (NOTA 20) (159) (14 288)

119 833 37 759

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111

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

15. OUTROS ACTIVOSCORRENTESEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tinha a seguintecomposição:

16. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXAEm 31 Dezembro de 2010 e 2009, o detalhe de caixa e seusequivalentes era o seguinte:

A rubrica de caixa e equivalentes a caixa compreende os valores decaixa, depósitos imediatamente mobilizáveis, aplicações detesouraria e depósitos a prazo com vencimento a menos de trêsmeses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.Em descobertos bancários estão registados os saldos credores decontas de depósitos à ordem em instituições financeiras.

2010 2009

ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS:IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLECTIVAS

IMPOSTO A RECUPERAR 15 831 15 831

ACRÉSCIMOS DE PROVEITOS:JUROS A RECEBER 254 7OUTROS ACRÉSCIMOS DE PROVEITOS 549 398

803 405

CUSTOS DIFERIDOS:SEGUROS 980 952RENDAS - 58OUTROS CUSTOS DIFERIDOS 145 447

1 125 1 45717 759 17 693

2010 2009

NUMERÁRIO 4 542

DEPÓSITOS BANCÁRIOS 457 730 33 615

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 457 734 34 157

DESCOBERTOS BANCÁRIOS (303) (1 858)

457 431 32 299

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112

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

17. COMPOSIÇÃO DO CAPITALO capital em 31 de Dezembro de 2010 encontra-se totalmentesubscrito e realizado e está representado por 600 000 000 acçõescom o valor nominal de um Euro cada.

Em 31 de Dezembro de 2010, a José de Mello Investimentos, SGPS,S.A. detinha directa e indirectamente, através de empresas suasparticipadas, uma participação de 29,92% no capital da Empresa.

18. ACÇÕES PRÓPRIASEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a Empresa detinha 23 483163 acções próprias no valor de 176 112 milhares de Euros.

A legislação comercial relativa a acções próprias obriga àexistência de uma reserva livre de montante igual ao preço deaquisição das acções próprias adquiridas, que se torna indisponívelenquanto essas acções não forem alienadas, tendo sido para oefeito criada uma reserva de 176 112 milhares de Euros (Nota 19).Por outro lado, dispõem as regras contabilísticas aplicáveis que osganhos ou perdas na alienação de acções próprias sejamregistados em reservas.

19. RESERVA LEGAL E OUTRAS RESERVASReserva legalA legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% doresultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reservalegal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Estareserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação daEmpresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois deesgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a reserva legal constituídaascendia a 110 926 milhares de Euros e 103 003 milhares de Euros,respectivamente.

Outras reservasEsta rubrica inclui reservas de 137 589 milhares de Eurosdisponíveis para distribuição e uma reserva de 176 112 milhares deEuros (Nota 18), correspondente ao valor das acções próprias emcarteira, a qual nos termos da legislação societária se mantémindisponível enquanto as acções próprias forem mantidas.

20. PERDAS DE IMPARIDADEACUMULADASOs movimentos ocorridos nas perdas de imparidade acumuladasdurante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009foram como segue:

2010EFEITO DE

ENTRADA EMSALDO ESPÉCIE SALDO

INICIAL REFORÇO REDUÇÃO (NOTA 3) FINAL

PERDAS DE IMPARIDADE:

CONTAS A RECEBER (NOTA 14) 14 288 1 963 (1 081) (15 011) 159

INVESTIMENTOS FINANCEIROS (NOTAS 6 E 12) 134 687 80 056 - - 214 743

148 975 82 019 (1 081) (15 011) 214 902

2009SALDO SALDO

INICIAL REFORÇO UTILIZAÇÃO REDUÇÃO FINAL

PERDAS DE IMPARIDADE:

CONTAS A RECEBER (NOTA 14) 17 559 786 (3 938) (119) 14 288

INVESTIMENTOS FINANCEIROS (NOTA 6) 54 705 79 982 - - 134 687

72 264 80 768 (3 938) (119) 148 975

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As perdas de imparidade estão deduzidas ao valor docorrespondente activo.

As perdas de imparidade reconhecidas em investimentosfinanceiros nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e2009, relativos à participação na Brisal e na Via Oeste, foramdeterminadas através de testes formais, tendo por base asprojecções de cash-flows até ao término dos contratos daConcessão Litoral Centro e da Concessão Atlântico, atendendo àscorrespondentes projecções de tráfego.

A avaliação dos referidos contratos foi efectuada de acordo com ométodo dos cash-flow descontados, considerando os respectivosprazos e uma taxa WACC de 6,4% e 7%, respectivamente para aConcessão Litoral Centro e Concessão Atlântico, para descontar osreferidos cash-flows.

Relativamente à participação na Brisal, decorrente da referida análisede imparidade, numa perspectiva de “worst case scenario” edesconsiderando os eventuais impactos decorrentes do processo denegociação com o concedente, ainda em aberto, suportados nostermos do respectivo contrato de concessão, foi constituída,adicionalmente, uma provisão de 24 850 milhares de Euros (Nota 21)por conta de compromissos da Empresa de injecção de capitalnaquela participada, no âmbito do Traffic Support Agreementcelebrado entre os accionistas da Brisal e as entidades financiadoras.

Está em finalização o pedido de compensação a apresentar ao Estadoconcedente pela Brisal, no quadro do seu contrato de concessão.

21. PROVISÕESO movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios findosem 31 de Dezembro de 2010 e 2009 foi o seguinte:

A provisão para processos judiciais em curso destina-se a fazerface a responsabilidades estimadas com base em informações dosconsultores legais, decorrentes de processos intentados contra aEmpresa. O valor total das indemnizações reclamadas, em 31 deDezembro de 2010, ascendia a 1 754 milhares de Euros, e arespectiva provisão corresponde à melhor estimativa sobre omontante a que poderão ascender essas responsabilidades.

A provisão para outros riscos e encargos, em 31 de Dezembro de2010 e 2009, inclui os montantes de 121 129 milhares de Euros e 20000 milhares de Euros, respectivamente, correspondentes àsestimativas do Conselho de Administração relativas a perdaspotenciais a serem incorridas pela Empresa associadas à Concessãodo Douro Litoral, decorrentes de compromissos assumidos no âmbitodos acordos celebrados com o respectivo Consórcio construtor DouroLitoral, Construtores ACE (“DLACE”).

Está em finalização o pedido de compensação a apresentar ao Estadoconcedente pela AEDL, no quadro do seu contrato de concessão.

113

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010EFEITO DE

ENTRADA EMSALDO ACTUALIZAÇÃO ESPÉCIE SALDO

RUBRICAS INICIAL REFORÇO UTILIZAÇÃO REDUÇÃO FINANCEIRA (NOTA 3) FINAL

PROVISÕES:

PROCESSOS JUDICIAIS EM CURSO 3 290 - - (199) - (2 972) 119

INVESTIMENTOS FINANCEIROS (NOTAS 6 E 20) - 24 850 - - - - 24 850

REPOSIÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS 115 730 15 559 (11 421) - 3 764 (123 632) -

OUTROS RISCOS E ENCARGOS 21 230 112 502 (10 871) - - - 122 861140 250 152 911 (22 292) (199) 3 764 (126 604) 147 830

2009EFEITO DE SALDO

SALDO REEXPRESSÃO INICIAL ACTUALIZAÇÃO SALDORUBRICAS INICIAL (NOTA 29) REEXPRESSO REFORÇO UTILIZAÇÃO FINANCEIRA FINAL

PROVISÕES:

PROCESSOS JUDICIAIS EM CURSO 3 210 - 3 210 80 - - 3 290

INVESTIMENTOS FINANCEIROS 109 473 (109 473) - - - - -

REPOSIÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS - 106 642 106 642 17 358 (12 053) 3 783 115 730

OUTROS RISCOS E ENCARGOS 667 - 667 20 563 - - 21 230

113 350 (2 831) 110 519 38 001 (12 053) 3 783 140 250

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22. OUTROS PASSIVOSCORRENTESEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tinha a seguintecomposição:

(a) Esta rubrica compreende o passivo relativo ao compromissoassumido pela recompra de acções próprias no âmbito do planode incentivos (Nota 25).

(b) Este montante corresponde a uma compensação por custosincorridos com a infraestrutura rodoviária no montante de 8335 milhares de Euros, os quais em 31 de Dezembro de 2010ainda não tinham sido debitados pela BCR.

(c) Esta rubrica compreende o valor da especialização de férias,subsídio de férias e prémio de desempenho a pagar aosempregados.

(d) Este montante corresponde a alterações nos activos e passivostransferidos pelo aumento de capital em espécie na BCR (Nota 3),as quais ascenderam a 3 226 milhares de Euros e que em 31 deDezembro de 2010 não tinham sido ainda debitados pela BCR.

(e) Este montante inclui a estimativa de imposto da Brisa dasoperações em continuação no montante de 618 milhares deEuros (Nota 7) e das operações em descontinuação nomontante de 3 416 milhares de Euros, acrescido das restantesempresas do grupo no âmbito do RETGS no montante de 895milhares de Euros (Nota 12).

114

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010 2009

ACRÉSCIMOS DE CUSTOS:

PLANO DE INCENTIVOS (a) 32 872 6 624

EFEITO COMPENSAÇÃO POR CUSTOS COM INFRAESTRUTURA (b) 8 335 -

REMUNERAÇÕES A LIQUIDAR (c) 5 987 4 277

VALORES A REGULARIZAR - TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO BRISA (d) 3 226 -

ENCARGOS FINANCEIROS A LIQUIDAR 213 242

OUTROS ACRÉSCIMOS DE CUSTOS 1 607 2 123

52 240 13 266

PROVEITOS DIFERIDOS:

RECEITAS ANTECIPADAS DE ÁREAS DE SERVIÇO - 2 469

COMPENSAÇÃO POR PERDAS DE EXPLORAÇÃO - 1 572

OUTROS PROVEITOS DIFERIDOS - 43

- 4 084

ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS:

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLECTIVAS

PAGAMENTO POR CONTA (1 609) (3)

RETENÇÕES NA FONTE (1 912) (2 000)

ESTIMATIVA DE IMPOSTO (e) 4 929 2 069

IMPOSTO A PAGAR 5 615 -

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES:

RETENÇÕES DE IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO 167 684

IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO 23 143 11 505

CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL 133 859

MULTAS - 1 107

OUTROS IMPOSTOS 271 544

30 737 14 765

OUTROS CREDORES:

BANCO SANTANDER TOTTA, S.A. 16 970 -

RETGS (NOTA 12) 7 050 210

OUTROS 2 599 12 561

26 619 12 771

109 596 44 886

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115

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

23. ACTIVOS E PASSIVOSCONTINGENTESEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a Brisa tinharesponsabilidades por garantias bancárias apresentadas aterceiros, como segue:

(a) Este montante diz respeito a garantias bancárias apresentadaspela Brisa, para garantir o cumprimento do Acordo deSubscrição e Realização de Capital de cada uma das entidadesindicadas.

(b) Este montante diz respeito a uma garantia bancáriaapresentada pela Brisa, com vista a garantir o cumprimento deum contrato de financiamento na NWP (o Guaranteed LoanAgreement), a qual foi emitida pelo montante de 61 521milhares de USD.

(c) Este montante diz respeito a garantias bancárias prestadas adiversos tribunais no âmbito de processos de expropriação deimóveis.

No âmbito das empresas financiadas em Project Finance (AEDL –Auto-Estradas do Douro Litoral, S.A. (“AEDL”), Auto-Estradas doAtlântico, S.A. (“AEA”), Northwest Parkway LLC (“NWP”), AEBT –Auto-Estradas do Baixo Tejo, S.A. (“AEBT”) e AELO - Auto Estradasdo Litoral Oeste, S.A. (“AELO”)) as participações dos accionistasencontram-se dadas em penhor a favor das entidadesfinanciadoras.

No âmbito do Traffic Support Agreement realizado entre osaccionistas da Brisal e as entidades financiadoras, a Brisacomprometeu-se a injectar em determinadas circunstâncias ummontante que poderá atingir 24 836 milhares de Euros (Nota 21).

2010 2009

AEDL (a) 283 828 314 823

AEBT (a) 21 918 22 753

ELOS (a) 21 195 13 785

AELO (a) 9 763 13 521

BRISAL (a) - 3 115

NWP (b) 46 042 -

EP - ESTRADAS DE PORTUGAL (BASE XX DO CONTRATO

DE CONCESSÃO DA BRISA) - 53 900

GARANTIAS BANCÁRIAS A FAVOR DE TRIBUNAIS (c) - 3 667

OUTRAS GARANTIAS PRESTADAS A FAVOR DE TERCEIROS 25 351 10 053

408 097 435 617

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

24. RESPONSABILIDADESPOR PENSÕESPLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO

A Brisa e algumas empresas participadas têm em vigor um planocomplementar de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência,através do qual os empregados, que atinjam a idade de reforma aoserviço da Empresa e de algumas das suas participadas e quetenham pelo menos dez anos de antiguidade, bem como aquelesque com pelo menos cinco anos de antiguidade fiquem na situaçãode invalidez, têm direito a uma pensão de reforma complementarà pensão garantida pela Segurança Social.

O benefício definido no plano de pensões corresponde a 7% daremuneração ilíquida à data da reforma, acrescido de 0,5% porcada ano de trabalho após o décimo ano. Também de acordo como plano em vigor, o complemento da pensão de reforma não

poderá exceder em 17% o valor da remuneração ilíquida à data dereforma e o somatório desta pensão com a atribuída pelaSegurança Social também não poderá ultrapassar essaremuneração ilíquida.

Este plano confere ainda, em determinadas condições, em caso demorte do beneficiário, o direito a uma pensão complementar desobrevivência ao cônjuge sobrevivo, aos filhos ou aos equiparados,que corresponderá a 50% da pensão complementar de reformaque o beneficiário estiver a receber.

As responsabilidades decorrentes do esquema supra referidoforam transferidas para um fundo de pensões autónomo e sãoapuradas semestralmente com base em estudos actuariais,elaborados por peritos independentes, sendo o último disponívelreportado a 31 de Dezembro de 2010.

Os estudos actuariais reportados a 31 de Dezembro de 2010 e aosanos anteriores utilizaram a metodologia denominada porProjected Unit Credit e assentaram nos seguintes pressupostos ebases técnicas actuariais:

2010 2009 2008 2007

TAXA TÉCNICA DE JURO 5,00% 5,50% 5,50% 4,85%

TAXA ANUAL DE RENDIMENTO DO FUNDO 5,00% 5,50% 5,50% 4,85%

TAXA ANUAL DE CRESCIMENTO SALARIAL 3,15% 3,15% 3,15% 3,0%

TAXA ANUAL DE CRESCIMENTO DE PENSÕES 0% 0% 2,15% 0%

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Adicionalmente, os pressupostos demográficos considerados em31 de Dezembro de 2010 e nos anos anteriores foram os seguintes:

De acordo com os referidos estudos actuariais, os custos comcomplementos de pensões de reforma nos exercícios findos em 31de Dezembro de 2010 e anteriores são como segue:

Decorrente da política adoptada pela Empresa (Nota 2,15),conforme permitido pela IAS 19, os ganhos e perdas actuariais sãoregistados como rendimentos e gastos reconhecidos directamenteno capital próprio.

Como antes referido, a responsabilidade pelo pagamento dosbenefícios sociais acima mencionados foi transferida para umfundo de pensões autónomo, para onde a Empresa fazcontribuições regulares, tendentes a cobrir essa responsabilidade.

Em 31 de Dezembro de 2010 e nos anos anteriores, o diferencialentre o valor actual das responsabilidades e o valor de mercadodos activos do fundo era o seguinte:

117

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010 2009 2008 2007

CUSTO COM SERVIÇOS CORRENTES 183 766 545 354

CUSTO DO FINANCIAMENTO 218 704 425 335

GANHOS E PERDAS ACTUARIAIS 479 (3 525) 2 996 2 075

RENDIMENTO DO FUNDO (1 456) (627) 671 (77)

(576) (2 682) 4 637 2 687

2010 2009 2008 2007

VALOR ACTUAL DAS RESPONSABILIDADES PROJECTADAS 4 725 3 864 12 131 8 287

VALOR DE MERCADO DO FUNDO (1 918) (481) (6 066) (6 859)

2 807 3 383 6 065 1 428

2010 2009 2008 2007

TÁBUAS DE MORTALIDADE TV 88/90 TV 88/90 TV 88/90 TV 88/90

TÁBUA DE INVALIDEZ EKV80 EKV80 EKV80 EKV80

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A diferença entre o valor de mercado dos activos do fundo e o valoractual das responsabilidades encontra-se registado como passivonão corrente.

PLANO DE CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA

Os administradores e directores têm o benefício de um complementode pensão de reforma de contribuição definida, tendo a Empresaassumido o compromisso de entregar a uma companhia de seguros10% da respectiva remuneração base anual. Nos exercícios findos em31 de Dezembro de 2010 e 2009, o valor dos prémios registados emcustos com pessoal foi de 409 milhares de Euros e 430 milhares deEuros, respectivamente.

25. PLANO DE INCENTIVOSEm Assembleia-Geral realizada a 10 de Março de 2006 foiconferida autorização ao Conselho de Administração para procederà criação de um plano de incentivos à gestão, mediante aaprovação de um regulamento de aquisição de acções. Destemodo, foram definidas as condições do Plano Geral de Incentivos eRegulamento de Aquisição de Acções (“Plano”), nos termos doqual foi permitido aos beneficiários adquirir acções da Brisa aopreço de mercado, com recurso a crédito bancário.

Decorrente do exercício da totalidade dos direitos de aquisição deacções da Brisa, foram adquiridas pelos beneficiários do Plano,durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, 5 105 000acções pelo valor de 40 789 milhares de Euros, correspondente aum preço de mercado de 7,99 Euros. Adicionalmente, decorrentedo alargamento do Plano, durante o exercício findo em 31 deDezembro de 2007 foram adquiridas 106 250 acções, pelosrespectivos beneficiários do Plano, pelo valor de 1 063 milhares deEuros, correspondente a um preço de mercado de 10 Euros poracção. No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2008,o plano foi renovado no que respeita à parcela que tem comobeneficiários os administradores, na sequência do vencimento doanteriormente estabelecido. Nos termos deste novo plano, noexercício findo em 31 de Dezembro de 2008 foram adquiridas 2255 000 acções pelos respectivos beneficiários, pelo valor de 21300 milhares de Euros, correspondente a um preço de mercadoentre 9,40 e 9,56 Euros por acção.

Nos actuais termos do Plano, as referidas acções não podem sertransaccionadas enquanto não for confirmado, pela Empresa, odireito de vender e de usufruir dos potenciais ganhos, fixando-separa tal as seguintes datas:

• Administradores

- Na totalidade em Setembro de 2011

• Restantes colaboradores

- 20% em Abril de 2009

- 30% em Abril de 2010

- 50% em Abril de 2011

De acordo com as IAS 32 e IFRS 2, adicionalmente ao registo davenda das acções próprias acima referido, as transacçõesassociadas a este plano de incentivos tem no seu conjunto osseguintes impactos nas demonstrações financeiras:

- Reconhecimento de um passivo financeiro por contrapartida dereservas, correspondente ao valor presente da responsabilidadepela recompra das acções, o qual é sujeito a actualizaçãofinanceira (Nota 22).

- Reconhecimento do benefício, que nos termos da IFRS 2 éentendido como sendo concedido aos colaboradores eadministradores, inerente à valorização das acções. O registodeste benefício, decorrente da caracterização do plano como“benefício concedido com base em acções e liquidado cominstrumentos de capital próprio” nos termos da IFRS 2, traduz-seno reconhecimento de um custo com o pessoal e de um aumentono capital próprio. Este registo deverá repetir-se ao longo doperíodo que decorre até a confirmação do direito de venda dasacções pelos beneficiários, tendo por base a mensuração do justovalor do benefício no início do plano.

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, decorrente dovencimento da segunda tranche do Plano dos colaboradores,correspondente a 30% das acções atribuídas e da liquidaçãoantecipada dos direitos detidos por colaboradores que saíram daEmpresa, foi assumida a responsabilidade, já anteriormentereconhecida, pela recompra de um total de 794 000 acçõesanteriormente alienadas, a qual foi liquidada em termos líquidospor 2 899 milhares de Euros.

Decorrente da contabilização do plano de incentivos, no exercíciofindo em 31 de Dezembro de 2010 ocorreu um aumento na rubricade Reserva legal e outras correspondente a:

(a) O montante indicado corresponde ao diferencial entre opassivo financeiro anteriormente reconhecido, correspondenteao compromisso de recompra de acções ao abrigo do Plano deincentivos e o valor efectivamente pago, decorrente daliquidação em base líquida daquele compromisso pelodiferencial entre o valor de recompra daquelas acções e o seuvalor de mercado.

118

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

VENCIMENTO DE COMPROMISSOS DE RECOMPRA

DE ACÇÕES PRÓPRIAS (a) 3 942

BENEFÍCIOS CONCEDIDOS AOS COLABORADORES

AO ABRIGO DO PLANO DE INCENTIVOS 563

4 505

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26. GESTÃO DE RISCOSFINANCEIROSPRINCÍPIOS GERAIS

A Brisa, à semelhança da generalidade das empresas, encontra-seexposta a um conjunto de riscos financeiros que resultam da suaactividade. Merece destaque o risco de contraparte a que aEmpresa fica exposta na sequência da contratação de operaçõesde cobertura de risco e da realização de aplicações financeiras.

Todas as operações de gestão de risco financeiro, nomeadamenteas que envolvem a utilização de instrumentos financeirosderivados são submetidas à aprovação prévia do AdministradorFinanceiro ou da Comissão Executiva.

De seguida analisam-se de forma mais detalhada os principaisriscos financeiros a que a empresa se encontra exposta e asprincipais medidas implementadas no âmbito da sua gestão.

RISCO DE TAXA DE JURO

A política de gestão de risco de taxa de juro tem por objectivo aminimização do custo da dívida sujeito à manutenção de um nívelbaixo de volatilidade dos encargos financeiros.

À data de 31 de Dezembro de 2010, a Brisa não possuíaempréstimos, tendo estes sido transferidos para a BCR aquando daconclusão do processo de reorganização societária do Grupo Brisa(durante o mês de Dezembro).

RISCO DE CRÉDITO

O risco de crédito está relacionado com os saldos a receber declientes e outros devedores. Apesar de limitado, face àscaracterísticas da actividade desenvolvida, este risco émonitorizado numa base regular nos diversos negócios comobjectivo de:

- acompanhar a evolução do nível de saldos a receber;- analisar a recuperabilidade dos valores a receber numa base

regular.

O movimento nas perdas de imparidade das contas a receberencontra-se divulgado na Nota 20.

Em 31 de Dezembro de 2010, é entendimento do Conselho deAdministração que as perdas por imparidade estimadas em contasa receber se encontram adequadamente relevadas nasdemonstrações financeiras.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as contas a receber deterceiros incluem saldos vencidos conforme segue, para os quaisnão foram registadas perdas por imparidade por o Conselho deAdministração considerar que os mesmos são realizáveis:

RISCO DE CONTRAPARTE

As aplicações de excedentes financeiros e a generalidade dasoperações com instrumentos financeiros derivados expõem aempresa a risco de incumprimento das contrapartes nessasoperações. De forma a mitigar este risco, são controladospermanentemente os níveis de exposição a cada entidade e estãodefinidos limites de crédito para as contrapartes, em função dosrespectivos níveis de rating, entre outros factores.

PROJECT FINANCE

O Grupo Brisa tem como política concorrer a novas concessões deinfra-estruturas rodoviárias, quer domésticas quer internacionais,integrada em consórcios. Nos projectos de greenfield domésticostem sido privilegiada a parceria com empresas do sector deconstrução, as quais assumem o risco de construção inerente aesses projectos.

O project finance tem sido o esquema de financiamento utilizadonesses projectos, com o objectivo claro de separar em termosoperacionais, financeiros e jurídicos a actividade da Brisa, quedecorre do contrato de concessão original, da actividade inerentea estes novos projectos.

Para cada projecto é constituída uma empresa com uma estruturade financiamento própria e sem recurso por parte dos credores acash flows ou activos da Brisa (para além das normais garantias destand-by equity dadas ao abrigo destes projectos e cujosmontantes são conhecidos à partida). Assim, o risco assumido pelaBrisa encontra-se limitado ao montante dos Capitais Própriosalocados ao projecto e às garantias acima mencionadas.

119

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010 2009

SALDOS VENCIDOS:

ATÉ 90 DIAS 994 1 209

DE 90 A 180 DIAS 6 201

DE 180 A 360 DIAS 95 1 317

MAIS DE 360 DIAS 19 2 025

1 114 4 752

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27. PARTESRELACIONADASOs principais saldos a receber e a pagar em 31 de Dezembro de2010 e 2009, com outras entidades relacionadas, apresentam oseguinte detalhe:

Adicionalmente, as principais transacções realizadas com outrasentidades relacionadas nos exercícios findos em 31 de Dezembrode 2010 e 2009, foram como segue:

120

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

FORNECEDORES OUTROSCLIENTES FORNECEDORES DE IMOBILIZADO DEVEDORES

2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009

GRUPO EFACEC 71 78 32 3 416 - 16 - -

M DADOS – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, S.A. - - - 64 - - 93 -

SAGIES - SOCIEDADE DE ANÁLISE E GESTÃO DE

INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS SOCIAIS, S.A. - - 11 22 - - - -

JOSÉ DE MELLO, SGPS, S.A. - - - - - - 3 3

71 78 43 3 502 - 16 96 3

ACTIVOS FIXOS CUSTOS PROVEITOSTANGÍVEIS OPERACIONAIS OPERACIONAIS

2010 2009 2010 2009 2010 2009

GRUPO EFACEC 64 504 115 12 564 393 411

M DADOS – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, S.A. - - 515 281 - -

SAGIES - SOC. DE ANÁLISE E GESTÃO DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS SOCIAIS, S.A. - - 13 34 - -

EID – EMPRESA DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE ELECTRÓNICA, S.A. - - - 4 - -

JOSÉ DE MELLO, SGPS, S.A. - - - 3 - -

64 504 643 12 886 393 411

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As remunerações dos membros dos órgãos sociais da Brisa nosexercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, podem serapresentadas como segue:

As remunerações das pessoas chave de gestão da Brisa nosexercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, podem serapresentadas como segue:

28. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRASAs demonstrações financeiras do período findo em 31 deDezembro de 2010 foram aprovadas pelo Conselho deAdministração em 18 de Março de 2011.

121

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

2010 2009

ADMINISTRADORES EXECUTIVOS:

REMUNERAÇÃO FIXA 1 926 1 943

REMUNERAÇÃO VARIÁVEL 737 926

BENEFÍCIOS DEFINIDOS 272 272

ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS:

REMUNERAÇÃO FIXA 649 573

CONSELHO FISCAL 130 130

3 714 3 844

2010 2009

PESSOAS CHAVE DE GESTÃO:

REMUNERAÇÃO FIXA 3 499 3 577

REMUNERAÇÃO VARIÁVEL 135 811

BENEFÍCIOS DEFINIDOS 553 219

4 187 4 607

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29. PRIMEIRA APLICAÇÃODOS “INTERNATIONALFINANCIAL REPORTINGSTANDARDS”A Empresa adoptou as Normas Internacionais de Relato Financeirona preparação e apresentação das suas demonstrações financeirasseparadas (individuais) em 2010 (em 2005 nas contasconsolidadas), tendo aplicado para o efeito a “IFRS 1 – Primeiraadopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro”, sendoa data de transição para efeitos da apresentação destasdemonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2009.

A adopção das IFRS tem como principais impactos, os seguintes:

• Investimentos em subsidiárias – os investimentos em subsidiárias eassociadas passaram a ser mensurados de acordo com o métododo custo. De acordo com o POC, estas participações eramregistadas pelo método da equivalência patrimonial, pelo que essadiferença conduziu a alterações nos respectivos valorescontabilísticos. As respectivas participações foram sujeitas a testesde imparidade, confrontando o custo de aquisição original com ojusto valor em cada data de reporte, tendo-se procedido aos ajustesque se demonstraram necessários.

• A Empresa adoptou a IFRIC 12, pelo que os principais impactossão como seguem:

• A infra-estrutura (lanços de auto-estrada) deixou de serreconhecida como activo fixo tangível reversível da Empresa,na medida em, que se considera que, nos termos dos contratosde concessão é adquirido o direito de a utilizar, não existindocontrolo sobre a mesma uma vez que:- O concedente controla o uso da infra-estrutura e os serviços

prestados (respectivas condições); e- A infra-estrutura reverte para o concedente no final do

controlo;

• O valor do investimento inicialmente realizado na construçãoda infra-estrutura, anteriormente reconhecido como activo fixotangível reversível, foi reclassificado para activo intangível,líquido das correspondentes amortizações acumuladas tendoem conta o período já decorrido até final do contrato deconcessão, correspondendo ao valor do direito contratual autilizar a infra-estrutura para a prestação do serviço público,sendo remunerado em função da sua utilização. De referir queno caso dos contratos de concessão celebrados pela Brisa nãoé estabelecido qualquer direito incondicional a receber caixa ououtro activo financeiro do concedente, situação quedeterminaria o reconhecimento de um activo financeiro;

• Desreconhecimento do valor líquido das intervençõesrealizadas na infra-estrutura, anteriormente capitalizadas novalor dos lanços (activo fixo tangível), que não corresponderamà expansão ou aumento de capacidade da infra-estrutura;

• Constituição de uma provisão resultante da obrigaçãocontratual de manter ou repor a infra-estrutura emdeterminados níveis de serviço, compreendendo em particularas repavimentações programadas. Esta provisão é constituídapara cada sublanço ao longo do período que decorre entre asintervenções;

• Actualização financeira em cada período da provisão acimamencionada, em contrapartida do registo de um custofinanceiro;

• A reclassificação, antes mencionada, do activo fixo tangívelpara activo intangível do valor da construção inicial da infra-estrutura foi efectuada sem alterar a respectiva mensuraçãoinicial, de acordo com as disposições transitórias da IFRIC 12que isentam a sua aplicação retrospectiva;

• Reconhecimento de reditos e encargos associado ao serviço deconstrução conforme preconizado na IAS 11;

• Os impactos de adopção da IFRIC 12 à data de 1 de Janeiro de2009 foram registados em resultados transitados.

• Custos diferidos – até 31 de Dezembro de 2009, a Brisamantinha registado como custos diferidos valores já pagos aoEstado em resultado de renegociações anteriores do contrato deconcessão, associados ao alargamento do prazo do mesmo. Deacordo com as IFRS, aqueles valores constituem-se como direitoscontratuais sendo classificados como outros activos intangíveis;

• Comparticipações financeiras – de acordo com o POC, a Brisatinha registado como proveito diferido o valor dascomparticipações financeiras do Estado no investimento emauto-estradas (subsídios do Estado). Para efeitos de IFRS, optou-se pelo tratamento alternativo previsto na IAS 20, sendo osmesmos registados como dedução ao valor dos activossubsidiados. Adicionalmente, ao invés de um proveitooperacional, o reconhecimento em resultados daquelascomparticipações passou a ser efectuado como menos valor dedepreciação;

• Trabalhos para a própria empresa – de acordo com o POC, aEmpresa tinha como procedimento capitalizar, através de registode trabalhos para a própria empresa, diversos custosrelacionados com o investimento em activos fixos tangíveis, nodecurso do respectivo período de construção. Com a adopçãodas IFRS, a capitalização daqueles custos passou a ser efectuadadirectamente, não sendo reflectidos na demonstração dorendimento integral.

• Resultados extraordinários – as IFRS não contemplam aexistência de custos e proveitos extraordinários.Consequentemente, os valores anteriormente apresentados nasrubricas de extraordinários nas demonstrações dos resultados edos fluxos de caixa foram reclassificados em função dasrespectivas naturezas.

Os efeitos na demonstração da posição financeira, em 1 de Janeirode 2009, da conversão das demonstrações financeiras preparadasde acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitesem Portugal (“POC”) para as demonstrações financeirasreexpressas em conformidade com as Normas Internacionais deRelato Financeiro (“IFRS”) em vigor em 1 de Janeiro de 2010,detalha-se como segue:

122

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

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123

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

01.01.2009AJUSTAMENTOSDE CONVERSÃO

POC PARA IFRS IFRS

ACTIVOS NÃO CORRENTES:

ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS 16 766 53 733 70 499

ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS REVERSÍVEIS 3 536 534 (3 536 534) -

ACTIVOS INTANGÍVEIS 349 144 2 828 393 3 177 537

INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS 636 433 (350 482) 285 951

OUTROS INVESTIMENTOS 317 98 415

GOODWILL 789 (789) -

ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS 137 513 31 370 168 883

TOTAL DE ACTIVOS NÃO CORRENTES 4 677 496 (974 211) 3 703 285

ACTIVOS CORRENTES:

EXISTENCIAS 1 163 - 1 163

CLIENTES E OUTROS DEVEDORES 33 114 - 33 114

EMPRESAS DO GRUPO 57 409 3 385 60 794

CAIXA E EQUIVALENTES 22 282 - 22 282

OUTROS ACTIVOS CORRENTES 123 223 (74 281) 48 942

TOTAL DE ACTIVOS CORRENTES 237 191 (70 896) 166 295

TOTAL DO ACTIVO 4 914 687 (1 045 107) 3 869 580

CAPITAL PRÓPRIO:

CAPITAL 600 000 - 600 000

ACÇÕES PRÓPRIAS - VALOR NOMINAL (23 483) - (23 483)

ACÇÕES PRÓPRIAS - DESCONTOS E PRÉMIOS (152 629) - (152 629)

AJUSTAMENTOS DE PARTES DE CAPITAL EM FILIAIS E ASSOCIADAS (117 804) 117 804 -

RESERVA LEGAL 433 329 4 186 437 515

RESULTADOS TRANSITADOS 414 255 (450 589) (36 334)

RESULTADO LIQUIDO 146 320 - 146 320

TOTAL DE CAPITAL PRÓPRIO 1 299 988 (328 599) 971 389

PASSIVOS NÃO CORRENTES:

EMPRÉSTIMOS 2 123 119 (4 634) 2 118 485

RESPONSABILIDADE POR PENSÕES - 6 497 6 497

PROVISÕES 113 350 (2 831) 110 519

OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES 796 227 (687 303) 108 924

PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS - 41 41

TOTAL DE PASSIVOS NÃO CORRENTES 3 032 696 (688 230) 2 344 466

PASSIVO CORRENTE:

FORNECEDORES 17 412 - 17 412

EMPRÉSTIMOS 416 849 13 321 430 170

EMPRESAS DO GRUPO 693 - 693

FORNECEDORES DE IMOBILIZADO 26 346 - 26 346

OUTROS PASSIVOS CORRENTES 120 703 (41 599) 79 104

TOTAL DE PASSIVOS CORRENTES 582 003 (28 278) 553 725

TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 4 914 687 (1 045 107) 3 869 580

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O detalhe dos ajustamentos efectuados com efeitos em capitalpróprio reportados a 1 de Janeiro de 2009 para efeito de conversãopara as IFRS, é como segue:

Adicionalmente, as reconciliações entre capital próprio de acordocom o POC e de acordo com as IFRS em 31 de Dezembro de 2009,bem como a reconciliação entre os respectivos resultados noexercício findo naquela data são como seguem:

124

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

01.01.2009

CAPITAL PRÓPRIO - POC 1 299 988

AJUSTAMENTOS DE TRANSIÇÃO:

INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS - REPOSIÇÃO DO VALOR DE CUSTO (186 995)

EFEITO DA ADOPÇÃO DA IFRIC 12 (82 101)

IMPARIDADES (54 705)

BENEFÍCIOS DE REFORMA (4 458)

TITULARIZAÇÃO DE CRÉDITOS (339)

COMPARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS (115)

ENCARGOS COM EMPRÉSTIMOS 114

(328 599)

CAPITAL PRÓPRIO - IFRS 971 389

31.12.2009

CAPITAL PRÓPRIO - POC 1 344 231

AJUSTAMENTOS DE TRANSIÇÃO (328 599)

AJUSTAMENTOS DO PERÍODO EM RESULTADOS:

IMPARIDADES (79 982)

INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS (35 870)

EFEITO DA ADOPÇÃO DA IFRIC 12 (6 301)

BENEFÍCIOS DE REFORMA (2 591)

TITULARIZAÇÃO DE CRÉDITOS (146)

COMPARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS 44

ENCARGOS COM EMPRÉSTIMOS 28

(124 818)

AJUSTAMENTOS DO PERÍODO EM RESERVAS:

BENEFÍCIOS DE REFORMA 2 591

AJUSTAMENTOS DO PERÍODO EM AJUSTAMENTOS DE PARTES DE CAPITAL: (68 188)

AJUSTAMENTOS DO PERÍODO EM RESULTADOS TRANSITADOS:

INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS 708

BENEFÍCIOS DE REFORMA 4 458

5 166

CAPITAL PRÓPRIO - IFRS 830 383

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Decorrente dos ajustamentos indicados, a demonstração daposição financeira relativa ao exercício findo em 31 de Dezembrode 2009, reexpressa de acordo com as IFRS, é como segue:

125

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

31.12.2009

AJUSTAMENTOS

DE CONVERSÃO

POC PARA IFRS IFRS

ACTIVOS NÃO CORRENTES:ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS 14 531 38 923 53 454ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS REVERSÍVEIS 3 473 680 (3 473 680) -

ACTIVOS INTANGÍVEIS 334 842 2 805 599 3 140 441INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS 834 003 (600 026) 233 977OUTROS INVESTIMENTOS 912 419 1 331ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS 97 046 32 073 129 119

TOTAL DE ACTIVOS NÃO CORRENTES 4 755 014 (1 196 692) 3 558 322

ACTIVOS CORRENTES:EXISTÊNCIAS 25 - 25CLIENTES E OUTROS DEVEDORES 37 759 - 37 759ACCIONISTAS 65 598 6 165 71 763OUTROS ACTIVOS CORRENTES 91 873 (74 180) 17 693CAIXA E EQUIVALENTES 34 157 - 34 157

229 412 (68 015) 161 397ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA - 5 5

TOTAL DE ACTIVOS CORRENTES 229 412 (68 010) 161 402

TOTAL DO ACTIVO 4 984 426 (1 264 702) 3 719 724

CAPITAL PRÓPRIO:CAPITAL 600 000 - 600 000ACÇÕES PRÓPRIAS - VALOR NOMINAL (23 483) - (23 483)ACÇÕES PRÓPRIAS - DESCONTOS E PRÉMIOS (152 629) - (152 629)AJUSTAMENTOS DE PARTES DE CAPITAL EM FILIAIS E ASSOCIADAS (49 616) 49 616 -RESERVA LEGAL E OUTRAS 402 401 6 777 409 178RESULTADOS TRANSITADOS 409 089 (445 423) (36 334)RESULTADO LIQUIDO 158 469 (124 818) 33 651

TOTAL DE CAPITAL PRÓPRIO 1 344 231 (513 848) 830 383

PASSIVOS NÃO CORRENTES:EMPRÉSTIMOS 2 056 974 (3 540) 2 053 434RESPONSABILIDADE POR PENSÕES - 3 383 3 383PROVISÕES 199 090 (58 840) 140 250OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES 761 663 (660 075) 101 588PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS - 51 51

TOTAL DE PASSIVOS NÃO CORRENTES 3 017 727 (719 021) 2 298 706

PASSIVO CORRENTE:FORNECEDORES 25 524 - 25 524EMPRÉSTIMOS 485 556 10 151 495 707EMPRESAS DO GRUPO 714 - 714FORNECEDORES DE IMOBILIZADO 23 804 - 23 804OUTROS PASSIVOS CORRENTES 86 870 (41 984) 44 886

TOTAL DE PASSIVOS CORRENTES 622 468 (31 833) 590 635

TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 4 984 426 (1 264 702) 3 719 724

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30. HONORÁRIOS DO REVISOR OFICIAL DE CONTASOs honorários do Revisor Oficial de Contas no exercício findo em31 de Dezembro de 2010 ascenderam a 35 milhares de Euros.

S. Domingos de Rana, 18 de Março de 2011

O Técnico Oficial de Contas nº 62018

João Rodrigues

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOVasco Maria Guimarães José de MelloJoão Pedro Stilwell Rocha e MeloJoão Pedro Ribeiro de Azevedo CoutinhoJoão Afonso Ramalho Sopas Pereira BentoAntónio José Nunes de SousaAntónio José Fernandes de SousaAntónio Nogueira LeiteSalvador Alemany MásMartin Wolfgang Johannes ReyLuís Manuel de Carvalho Telles de AbreuRui Alexandre Pires DinizJoão Vieira de AlmeidaDaniel Alexandre Miguel Amaral

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E PARECER DOCONSELHO FISCAL SOBREA PRESTAÇÃO DE CONTASINDIVIDUAIS1. Em cumprimento das disposições legais e estatutárias

aplicáveis, o Conselho Fiscal emite o presente Relatório eParecer sobre o Relatório de Gestão e restantes documentos deprestação de contas individuais da Brisa - Auto-Estradas dePortugal, SA, apresentados pelo Conselho de Administração,relativamente ao exercício de 2010.

2. O Conselho Fiscal, ao longo do exercício em análise,acompanhou a gestão da empresa e a evolução dos seusnegócios, tendo efectuado reuniões com regularidade, nasquais, em regra, contou com a presença do Administrador como pelouro financeiro, com o Secretário da sociedade e com oRevisor Oficial de Contas, entidades com as quais manteveestreita colaboração. Participou ainda da reunião do Conselhode Administração que aprovou o relatório de gestão e teveacesso às actas das reuniões deste órgão, bem como a toda adocumentação considerada necessária, não tendo no decursodestas e de outras diligências tomado conhecimento dequalquer situação que viole as disposições legais e estatutárias.

3. O Conselho Fiscal, com a periodicidade consideradaaconselhável, exercitou as competências formuladas no art.420º do Código das Sociedades Comerciais, tendodesignadamente apreciado as políticas contabilísticas e oscritérios valorimétricos utilizados na elaboração da informaçãofinanceira, os quais considera adequados e acompanhado aimplementação do sistema de gestão de riscos, odesenvolvimento das acções de auditoria interna e a eficácia dosistema de controlo interno.

4. O Conselho Fiscal considera que o Relatório do Conselho deAdministração e as demonstrações financeiras individuaisreferentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010(balanço, demonstração dos resultados por naturezas e porfunções, demonstração dos fluxos de caixa e o anexo àsdemonstrações financeiras), são adequados à compreensão dasituação patrimonial da empresa no fim do exercício e à formacomo se formaram os resultados e se desenrolou a actividade. Ainformação financeira atrás referida está suportada por registoscontabilísticos e documentos apropriados e foi adequadamentepreparada.

5. O Conselho Fiscal apreciou a Certificação Legal das Contas,emitida nos termos da legislação em vigor pelo Revisor Oficialde Contas, a qual mereceu o seu acordo; analisou o relatórioanual da fiscalização efectuada por ele elaborado; e tomouconhecimento da forma como se desenvolveu a revisão legal daprestação das contas, a qual, segundo o seu juízo, foi realizadacom total independência.

6. O Conselho Fiscal apreciou a actividade desenvolvida peloAuditor Externo, tendo considerada adequada a metodologiaadoptada e tomou conhecimento das principais conclusões dotrabalho realizado, as quais foram objecto de análise conjunta esão conformes, globalmente, com a sua própria percepção sobrea matéria.

7. O Conselho Fiscal manifesta o seu apreço pela colaboraçãorecebida do Conselho de Administração, do Revisor Oficial deContas, do Auditor Externo e dos Serviços, em geral.

PARECER

Em consequência do acima referido, o Conselho Fiscal é de parecerque estão reunidas as condições para que a Assembleia-Geral daBrisa - Auto-Estradas de Portugal, SA, aprove:

a) O Relatório do Conselho de Administração e as contasindividuais do exercício de 2010;

b) A Proposta de Aplicação de Resultados formulada pelo Conselhode Administração no seu relatório.

DECLARAÇÃO DO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal declara que, tanto quanto é do seuconhecimento, a informação contida no Relatório de Gestão,Balanço e Contas individuais referente ao exercício de 2010, foielaborada em conformidade com as normas contabilísticasaplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activoe do passivo da Empresa, da situação financeira e dos seusresultados, expõe fielmente a evolução dos negócios, dodesempenho e da posição da empresa, contém uma descrição dosprincipais riscos e incertezas com que se defrontam.

São Domingos de Rana, 21 de Março de 2011

O CONSELHO FISCAL

Francisco Xavier Alves (Presidente)Tirso Olazábal Cavero (Vogal)Joaquim Patrício da Silva (Vogal)

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

CERTIFICAÇÃO LEGALDAS CONTASINTRODUÇÃO

1. Examinámos as demonstrações financeiras individuais da BRISA -Auto-Estradas de Portugal, S.A., as quais compreendem asDemonstrações da posição financeira em 31 de Dezembro de 2010(que evidencia um total de 1 428 703 milhares de euros e um totalde capital próprio de 1 160 616 milhares de euros, incluindo umresultado líquido de 501 427 milhares de euros), as Demonstraçõesdo rendimento integral, das alterações no capital próprio e dosfluxos de caixa do exercício findo naquela data, bem como o Anexoàs demonstrações financeiras.

RESPONSABILIDADES

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparaçãode demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeirae apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suasoperações e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas ecritérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistemade controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opiniãoprofissional e independente, baseada no nosso exame daquelasdemonstrações financeiras.

ÂMBITO

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as NormasTécnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dosRevisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo sejaplaneado e executado com o objectivo de obter um grau desegurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estãoisentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referidoexame incluiu:

- a verificação numa base de amostragem, do suporte das quantiase divulgações constantes das demonstrações financeiras e aavaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidospelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticasadoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circuntâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a

apresentação das demonstrações financeiras.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância dainformação financeira constante do relatório de gestão com asdemonstrações financeiras.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma baseaceitável para a expressão da nossa opinião.

OPINIÃO

7. Em nossa opinião,as referidas demonstrações financeiras individuaisapresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectosmaterialmente relevantes, a posição financeira da BRISA - Auto-estradas de Portugal S.A. em 31 de Dezembro de 2010, o resultadodas suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naqueladata, em conformidade com as Normas Internacionais de RelatoFinanceiro (IAS/IFRS) adoptadas pela União Europeia.

RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS

8. É também nossa opinião que a informação constante do relatório degestão é concordante com as demonstrações financeiras doexercício.

ÊNFASE

9. Sem afectar a opinião expressa nos parágrafos 7 e 8, chamamos aatenção para as seguintes situações:

9.1 Tal como referido nas notas 2 e 29 do Anexo, as contas emapreço foram elaboradas pela primeira vez de acordo com asNormas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) tal comoadoptadas na União Europeia, tendo a transição do POC para oreferencial contabilístico vigente produzido um impactonegativo na data da transição (01/01/2009) no capital própriode 328 599 milhares de euro;

9.2 Tal como referido nas notas Introdutória e 3 do Anexo, em 22de Dezembro de 2010, no âmbito do processo de reorganizaçãosocietária do Grupo Brisa, procedeu-se à transferência daConcessão Brisa para a sua subsidiária então constituida (BCR- Brisa Concessão Rodoviária, S.A.), acompanhada pelatransferência de um conjunto de activos e passivosrelacionados com aquela concessão, os quais se encontramdetalhados na nota 3, e que constituiram uma entrada emespécie no valor de 429 570 milhares de euros para realizaçãode acções no capital da BCR, de valor nominal 74 825 milharesde euros, com um prémio de emissão de 354 745 milhares deeuros.

Lisboa, 21 de Março de 2010

ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOSSociedade de Revisores Oficiais de Contasrepresentada por José Duarte Assunção Dias

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

INTRODUÇÃO

1. Para os efeitos do artigo 245º do Código dos ValoresMobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobrea informação financeira contida no Relatório de Gestão e asdemonstrações financeiras anexas do exercício findo em 31 deDezembro de 2010 da Brisa – Auto-Estradas de Portugal, S.A.(“Empresa”), as quais compreendem a demonstração daposição financeira em 31 de Dezembro de 2010, (que evidenciaum activo total de 1 428 703 milhares de euros e capital própriode 1 160 616 milhares de euros, incluindo um resultado líquidode 501 427 milhares de euros), as demonstrações dorendimento integral, das alterações no capital próprio e dosfluxos de caixa do exercício findo naquela data e ocorrespondente anexo.

RESPONSABILIDADES

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração: (i) apreparação de demonstrações financeiras que apresentem deforma verdadeira e apropriada a posição financeira da empresao rendimento integral das suas operações, as alterações no seucapital próprio e os seus fluxos de caixa; (ii) que a informaçãofinanceira histórica seja preparada de acordo com as NormasInternacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas naUnião Europeia e que seja completa, verdadeira, actual, clara,objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos ValoresMobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticosadequados e a manutenção de um sistema de controlo internoapropriado; (iv) a informação de qualquer facto relevante quetenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou o seurendimento integral.

3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informaçãofinanceira contida nos documentos de prestação de contasacima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectosmaterialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara,objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos ValoresMobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional eindependente baseado no nosso exame.

ÂMBITO

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com asNormas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordemdos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este sejaplaneado e executado com o objectivo de obter um grau desegurança aceitável sobre se as demonstrações financeirasestão isentas de distorções materialmente relevantes. Esteexame incluiu a verificação, numa base de amostragem, dosuporte das quantias e informações divulgadas nasdemonstrações financeiras e a avaliação das estimativas,

baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho deAdministração, utilizadas na sua preparação. Este exameincluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas aspolíticas contabilísticas adoptadas, e a sua divulgação, tendo emconta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade doprincípio da continuidade das operações, a apreciação sobre seé adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras, e a apreciação, para os aspectosmaterialmente relevantes, se a informação financeira écompleta, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nossoexame abrangeu também a verificação da concordância dainformação financeira constante do Relatório de Gestão com osrestantes documentos de prestação de contas, bem como asverificações previstas nos números 4 e 5 do Artigo 451º doCódigo das Sociedades Comerciais. Entendemos que o exameefectuado proporciona uma base aceitável para a expressão danossa opinião.

OPINIÃO

5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas noparágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira eapropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes,para os fins indicados no parágrafo 8 abaixo, a posiçãofinanceira da Brisa – Auto-Estradas de Portugal, S.A. em 31 deDezembro de 2010, o rendimento integral das suas operações,as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa noexercício findo naquela data, em conformidade com as NormasInternacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pelaUnião Europeia e a informação financeira nelas constante é, nostermos das definições incluídas nas directrizes mencionadas noparágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectivae lícita.

ÊNFASE

6. Conforme divulgado na Nota 2 do anexo às demosntraçõesfinanceiras, a Empresa adoptou, com efeitos a partir de 1 deJaneiro de 2010, as Normas Internacionais de Relato Financeiro,tal como adoptadas pela União Europeia (“IAS/IFRS”). Noprocesso de transição das normas contabilísticas anteriormenteadoptadas em Portugal, consubstanciadas no Plano Oficial deContabilidade (“POC”), para as IAS/IFRS, a Empresa seguiu osrequisitos previstos na IFRS 1 - Adopção pela primeira vez dasNormas Internacionais de Relato Financeiro, tendo a data detransição sido reportada a 1 de Janeiro de 2009.Consequentemente, a informação financeira de 2009,anteriormente apresentada de acordo com o POC, foi reexpressade acordo com as IAS/IFRS, para efeitos de comparabilidade. Asdivulgações adicionais exigidas relativamente ao processo detransição para as IAS/IFRS foram incluídas na Nota 29 do anexoàs demonstrações financeiras.

RELATÓRIO E AUDITORIACONTAS INDIVIDUAIS

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7. Conforme divulgado na Nota Introdutória e na Nota 3 do anexoàs demonstrações financeiras, em 22 de Dezembro de 2010, noâmbito de um processo de reorganização ao nível da estruturasocietária do Grupo Brisa, a Empresa transmitiu para a Brisa -Concessão Rodoviária, S.A. (“BCR”) a sua posição no contrato deconcessão aprovado pela Resolução do Conselho de Ministrosn.º 198-B/2008, de 31 de Dezembro (“Concessão Brisa”). Estaoperação foi acompanhada pela entrega pela Empresa de umconjunto de activos e passivos afectos á Concessão Brisa,consubstanciando no seu conjunto uma entrada em espécie pararealização de acções no âmbito de um aumento de capital naBCR, no montante de 74 825 milhares de Euros, com um prémiode emissão de 354 745 milhares de Euros. Decorrente do referidoprocesso de reorganização, a Empresa passou a ter comoactividade a detenção de participações sociais, gestão edesenvolvimento de novos negócios e fornecimento de serviçosde apoio logístico e de gestão administrativa e financeira, e oresultado da actividade desenvolvida ao abrigo da ConcessãoBrisa foi identificado como resultado líquido do exercício dasoperações descontinuadas na demonstração do rendimentointegral.

8. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1acima, referem-se á actividade da Empresa a nível individual eforam preparadas para aprovação e publicação nos tremos dalegislação em vigor. Conforme indicado nas Notas 2.2 e 12 doanexo às demonstrações financeiras, os investimentosfinanceiros nas empresas subsidiárias e associadas encontram-se registados pelo método do custo deduzido de perdas deimparidade acumuladas. A Empresa preparou, nos termos dalegislação em vigor, demonstrações financeiras consolidadas deacordo com as normas Internacionais de Relato Financeiro talcomo adoptadas pela União Europeia, para publicação emseparado.

RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS

9. É também nossa opinião que a informação financeira constantedo Relatório de Gestão é concordante com as demonstraçõesfinanceiras do exercício e o Relatório sobre o Governo Societárioinclui os elementos exigíveis à Empresa nos termos do artigo 245º-A do Código dos Valores Mobiliários.

Lisboa, 22 de Março de 2011

Deloitte & Associados, SROC S.A.Representada por Carlos Alberto Ferreira da Cruz

130

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 011 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

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131

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 012 ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO

EST

AT

ÍST

ICA

SD

E T

FE

GO012

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132

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 012 ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO

CONCESSÃO BRISA

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

ALVERCA (A1/A9)-V. FRANCA DE XIRA II 1,8 1,8 68 900 68 952 0,1% 0,1%

V. FRANCA DE XIRA II-V. FRANCA DE XIRA I 1,0 1,0 70 825 70 518 -0,4% -0,4%

V. FRANCA DE XIRA I-A1/A10 1,1 1,1 57 538 57 685 0,3% 0,3%

A1/A10-CARREGADO 0,2 0,2 66 868 66 106 -1,1% -1,1%

CARREGADO-AVEIRAS DE CIMA 2,7 2,7 48 193 48 154 -0,1% -0,1%

AVEIRAS DE CIMA-CARTAXO 1,5 1,5 37 442 37 250 -0,5% -0,5%

CARTAXO-SANTARÉM 1,1 1,1 37 904 37 838 -0,2% -0,2%

SANTARÉM-A1/A15 0,2 0,2 41 717 41 445 -0,7% -0,7%

A1/A15-TORRES NOVAS (A1/A23) 3,9 3,8 39 275 39 042 -0,6% -0,6%

TORRES NOVAS (A1/A23)-FÁTIMA 2,0 2,0 27 309 27 216 -0,3% -0,3%

FÁTIMA-LEIRIA 1,5 1,5 27 726 27 674 -0,2% -0,2%

LEIRIA-POMBAL 2,3 2,3 26 464 25 956 -1,9% -1,9%

POMBAL-CONDEIXA 2,7 2,7 26 912 26 653 -1,0% -1,0%

CONDEIXA-COIMBRA SUL 0,8 0,8 29 747 29 042 -2,4% -2,4%

COIMBRA SUL-COIMBRA NORTE (A1/A14) 0,8 0,8 26 412 25 632 -3,0% -3,0%

COIMBRA NORTE (A1/A14)-MEALHADA 1,1 1,1 26 185 25 434 -2,9% -2,9%

MEALHADA-AVEIRO SUL 2,2 2,1 25 283 24 469 -3,2% -3,2%

AVEIRO SUL-ALBERGARIA (A1/IP5) 1,2 1,1 22 077 20 507 -7,1% -7,1%

ALBERGARIA (A1/IP5)-ESTARREJA 1,6 0,9 41 482 25 006 -39,7% -39,7%

ESTARREJA-FEIRA 1,5 1,3 23 655 22 008 -7,0% -7,0%

FEIRA-ESPINHO (IC24) 1,1 1,0 29 658 29 161 -1,7% -1,7%

ESPINHO (IC24)-FEITEIRA 0,9 0,9 32 905 32 542 -1,1% -1,1%

A1 33,2 32,1 32 761 31 673 -3,3% -3,3%

(A) Circulação em 108 veic.km

A1/IP1 - AUTO-ESTRADA DO NORTE

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133

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 012 ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

FOGUETEIRO-COINA 1,6 1,6 50 557 48 543 -4,0% -4,0%

COINA-PALMELA 1,4 1,4 34 401 33 506 -2,6% -2,6%

PALMELA-A2/A12 0,3 0,2 35 015 33 665 -3,9% -3,9%

A2/A12-MARATECA 1,6 1,6 25 155 24 597 -2,2% -2,2%

MARATECA-A2/A6/A13 0,2 0,2 23 006 22 560 -1,9% -1,9%

A2/A6/A13-ALCÁCER DO SAL 1,7 1,7 19 324 18 879 -2,3% -2,3%

ALCÁCER DO SAL-GRÂNDOLA NORTE 1,4 1,4 17 249 16 820 -2,5% -2,5%

GRÂNDOLA NORTE-GRÂNDOLA SUL 0,8 0,7 13 401 12 837 -4,2% -4,2%

GRÂNDOLA SUL-ALJUSTREL 1,2 1,2 10 614 10 179 -4,1% -4,1%

ALJUSTREL-CASTRO VERDE 1,0 1,0 10 489 10 031 -4,4% -4,4%

CASTRO VERDE-ALMODÔVAR 0,7 0,7 11 581 11 056 -4,5% -4,5%

ALMODÔVAR-S.B. MESSINES 1,4 1,4 11 805 11 281 -4,4% -4,4%

S.B. MESSINES-PADERNE (A22) 0,5 0,5 11 633 11 122 -4,4% -4,4%

A2 13,9 13,5 16 971 16 396 -3,4% -3,4%

(A) Circulação em 108 veic.km

A2/IP1 - AUTO-ESTRADA DO SUL

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

MAIA-SANTO TIRSO 2,4 2,4 50 396 50 514 0,2% 0,2%

SANTO TIRSO-FAMALICÃO 0,9 0,9 43 979 44 072 0,2% 0,2%

FAMALICÃO-CRUZ 0,7 0,7 22 086 22 363 1,3% 1,3%

CRUZ-BRAGA SUL 0,5 0,5 18 858 19 145 1,5% 1,5%

BRAGA SUL-BRAGA POENTE 0,1 0,1 7 327 7 362 0,5% 0,5%

BRAGA POENTE-EN 201 0,5 0,5 6 858 6 807 -0,7% -0,7%

EN201-PONTE DE LIMA SUL 0,3 0,3 7 849 7 773 -1,0% -1,0%

PONTE DE LIMA SUL-PONTE DE LIMA NORTE 0,0 0,0 10 532 10 453 -0,7% -0,7%

PONTE DE LIMA NORTE-EN 303 0,6 0,5 7 429 6 979 -6,1% -6,1%

EN 303-VALENÇA 0,2 0,2 7 239 6 806 -6,0% -6,0%

BRAGA SUL-CELEIRÓS 0,1 0,1 15 633 15 881 1,6% 1,6%

CELEIRÓS-EN14 0,1 26 097

A3 6,3 6,3 17082 17 008 0,9% -0,4%

(A) Circulação em 108 veic.km

A3/IP1 - AUTO-ESTRADA PORTO-VALENÇA

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134

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 012 ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

ERMESINDE-VALONGO 0,6 0,6 39 710 40 424 1,8% 1,8%

VALONGO-CAMPO 0,7 0,7 36 901 37 924 2,8% 2,8%

CAMPO-BALTAR 0,7 0,7 29 013 30 080 3,7% 3,7%

BALTAR-PAREDES 0,5 0,5 24 733 25 618 3,6% 3,6%

PAREDES-GUILHUFE 0,2 0,2 21 362 22 099 3,5% 3,5%

GUILHUFE-PENAFIEL 0,2 0,2 20 726 21 383 3,2% 3,2%

PENAFIEL-CASTELÕES (A4/IP9) 0,5 0,5 18 502 18 907 2,2% 2,2%

CASTELÕES (A4/IP9)-AMARANTE POENTE 0,8 0,8 15 510 15 390 -0,8% -0,8%

A4 4,2 4,3 23 805 24 321 2,2% 2,2%

(A) Circulação em 108 veic.km

A4/IP4 - AUTO-ESTRADA PORTO-AMARANTE

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

ESTÁDIO NACIONAL-OEIRAS 1,6 1,6 124 825 121 718 -2,5% -2,5%

OEIRAS-CARCAVELOS 1,0 1,0 81 739 78 980 -3,4% -3,4%

CARCAVELOS-ESTORIL 0,9 0,9 53 318 52 250 -2,0% -2,0%

ESTORIL-ALCABIDECHE 0,4 0,4 38 592 37 692 -2,3% -2,3%

ALCABIDECHE-ALVIDE 0,1 0,1 26 167 32 691 24,9% 24,9%

ALVIDE-CASCAIS 0,1 0,2 22 299 27 853 24,9% 24,9%

A5 4,1 4,1 67 193 66 339 -1,3% -1,3%

(A) Circulação em 108 veic.km

A5/IC15 - AUTO-ESTRADA DA COSTA DO ESTORIL

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

A2/A6/A13-VENDAS NOVAS 0,6 0,6 8 889 8 781 -1,2% -1,2%

VENDAS NOVAS-MONTEMOR-O-NOVO POENTE 0,6 0,6 8 259 8 096 -2,0% -2,0%

MONTEMOR-O-NOVO POENTE-MONTEMOR-O-NOVO NASCENTE 0,2 0,1 7 563 7 405 -2,1% -2,1%

MONTEMOR-O-NOVO NASCENTE-ÉVORA POENTE 0,4 0,4 6 676 6 545 -2,0% -2,0%

ÉVORA POENTE-ÉVORA NASCENTE 0,2 0,2 3 104 3 025 -2,6% -2,6%

ÉVORA NASCENTE-ESTREMOZ 0,4 0,4 3 868 3 788 -2,1% -2,1%

ESTREMOZ-BORBA 0,1 0,1 2 899 2 839 -2,1% -2,1%

BORBA-ELVAS POENTE 0,2 0,2 2 847 2 766 -2,8% -2,8%

A6 2,7 2,6 5 285 5 182 -1,9% -1,9%

(A) Circulação em 108 veic.km

A6/IP7 - AUTO-ESTRADA MARATECA (A2)-CAIA

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135

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 012 ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

ESTÁDIO NACIONAL (A5/A9)-QUELUZ 0,5 0,4 39 087 34 895 -10,7% -10,7%

QUELUZ-A9/A16 0,5 0,4 43 310 35 931 -17,0% -17,0%

A9/A16-RADIAL PONTINHA 0,5 0,5 45 524 43 309 -4,9% -4,9%

RADIAL PONTINHA-RADIAL ODIVELAS 0,7 0,6 28 280 25 425 -10,1% -10,1%

RADIAL ODIVELAS-A8/A9 0,4 0,3 29 344 27 323 -6,9% -6,9%

A8/A9-BUCELAS (ZAMBUJAL) 0,3 0,3 24 291 22 815 -6,1% -6,1%

BUCELAS (ZAMBUJAL)-A9/A10 0,5 0,4 15 662 14 486 -7,5% -7,5%

A9/A10-ALVERCA 0,1 0,1 9 091 8 893 -2,2% -2,2%

A9 3,4 3,1 27 165 24 713 -9,0% -9,0%

(A) Circulação em 108 veic.km

A9/IC18 - CRELCIRCULAR REGIONAL EXTERIOR DE LISBOA

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

A9/A10-ARRUDA DOS VINHOS 0,3 0,3 12 356 11 843 -4,1% -4,1%

ARRUDA DOS VINHOS-CARREGADO 0,4 0,3 9 090 8 193 -9,9% -9,9%

CARREGADO-BENAVENTE 0,3 0,3 5 817 5 818 0,0% 0,0%

BENAVENTE-A10/A13 0,1 0,1 2 394 2 328 -2,8% -2,8%

A10 1,0 1,0 7 219 6 870 -4,8% -4,8%

(A) Circulação em 108 veic.km

A10/IC2 - AUTO-ESTRADABUCELAS (CREL)-CARREGADO-IC3

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

MONTIJO-PINHAL NOVO 0,8 0,7 20 474 19 808 -3,3% -3,3%

PINHAL NOVO-A2/A12 0,7 0,7 19 795 19 181 -3,1% -3,1%

A2/A12-SETÚBAL 0,6 0,6 30 732 29 420 -4,3% -4,3%

A12 2,0 2,0 22 367 21 586 -3,5% -3,5%

(A) Circulação em 108 veic.km

A12/IC3 - AUTO-ESTRADASETÚBAL-MONTIJO

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136

RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 012 ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

ALMEIRIM-SALVATERRA MAGOS 0,4 0,4 4 646 4 406 -5,1% -5,1%

SALVATERRA MAGOS-A13/A10 0,2 0,2 4 642 4 424 -4,7% -4,7%

A13/A10-STO. ESTEVÃO 0,2 0,2 6 018 5 753 -4,4% -4,4%

STO. ESTEVÃO-PEGÕES 0,4 0,4 5 760 5 493 -4,6% -4,6%

PEGÕES-MARATECA 0,2 0,2 5 688 5 418 -4,8% -4,8%

A13 1,5 1,4 5 243 4 993 -4,8% -4,8%

(A) Circulação em 108 veic.km

A13/IC3/IC11 - AUTO-ESTRADAALMEIRIM-MARATECA

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

SANTA EULÁLIA-MONTEMOR-O-VELHO 0,1 0,1 4 593 4 491 -2,2% -2,2%

MONTEMOR-O-VELHO-EN335 0,1 0,1 4 782 4 658 -2,6% -2,6%

EN335-ANÇÃ 0,2 0,2 4 936 4 852 -1,7% -1,7%

ANÇÃ-COIMBRA NORTE (A14/A1) 0,1 0,1 7 972 7 988 0,2% 0,2%

A14 0,5 0,5 5 327 5 244 -1,5% -1,5%

(A) Circulação em 108 veic.km

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

BRISA 73,0 70,9 19 754 19 178 -2,8% -2,9%

(A) Circulação em 108 veic.km

A14/IP3 - AUTO-ESTRADAFIGUEIRA DA FOZ-COIMBRA (NORTE)

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 012 ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO

CONCESSÃO AUTO-ESTRADAS DO ATLÂNTICO

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

LOURES - CREL 0,3 0,2 45 941 43 940 -4,4% -4,4%CREL - LOUSA 1,6 1,5 55 560 52 612 -5,3% -5,3%LOUSA - MALVEIRA 0,4 0,4 51 484 48 348 -6,1% -6,1%MALVEIRA - ENXARA 0,8 0,8 29 479 28 434 -3,5% -3,5%ENXARA - TORRES VEDRAS SUL 1,0 0,9 28 089 27 261 -2,9% -2,9%TORRES VEDRAS SUL - TORRES VEDRAS NORTE (PAGANTE) 0,5 0,5 22 220 21 487 -3,3% -3,3%TORRES VEDRAS NORTE - RAMALHAL 0,2 0,2 24 472 23 861 -2,5% -2,5%RAMALHAL - CAMPELOS 0,6 0,6 18 425 17 904 -2,8% -2,8%CAMPELOS - BOMBARRAL 0,5 0,5 17 889 17 417 -2,6% -2,6%ZONA INDUSTRIAL - TORNADA (PAGANTE) 0,2 0,2 12 160 11 871 -2,4% -2,4%TORNADA - ALFEIZERÃO 0,4 0,4 13 410 13 145 -2,0% -2,0%ALFEIZERÃO - VALADO DE FRADES 0,6 0,6 13 352 13 176 -1,3% -1,3%VALADO DE FRADES - PATAIAS 0,3 0,3 13 516 13 375 -1,0% -1,0%PATAIAS - MARINHA GRANDE SUL 0,5 0,5 13 246 13 118 -1,0% -1,0%MARINHA GRANDE SUL - A17 0,1 0,1 13 211 13 186 -0,2% -0,2%MARINHA GRANDE SUL - MARINHA GRANDE ESTE 0,0 0,0 6 646 6 428 -3,3% -3,3%A17 - MARINHA GRANDE ESTE 0,0 0,0 7 754 7 735 -0,2% -0,2%MARINHA GRANDE ESTE - LEIRIA SUL 0,1 0,1 6 168 6 286 1,9% 1,9%A8 8,2 7,9 21 510 20 828 -3,2% -3,2%

(A) Circulação em 108 veic.km

A8/IC1 - AUTO-ESTRADA DO OESTE

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

ARNOIA - A DOS NEGROS (PAGANTE) 0,1 0,1 4 571 4 503 -1,5% -1,5%A DOS NEGROS - A DOS FRANCOS 0,2 0,2 5 584 5 598 0,2% 0,2%A DOS FRANCOS - RIO MAIOR OESTE 0,1 0,1 4 612 4 628 0,4% 0,4%RIO MAIOR OESTE - RIO MAIOR ESTE 0,1 0,1 4 438 4 447 0,2% 0,2%RIO MAIOR ESTE - MALAQUEIJO 0,2 0,2 5 918 5 895 -0,4% -0,4%MALAQUEIJO - NÓ A1/A15 0,2 0,2 5 933 5 941 0,1% 0,1%A15 0,8 0,8 5 404 5 402 0,0% 0,0%

(A) Circulação em 108 veic.km

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

ATLÂNTICO 8,9 8,7 17 013 16 520 -2,9% -2,9%

(A) Circulação em 108 veic.km

A15/IP6 - AUTO-ESTRADACALDAS DA RAÍNHA-SANTARÉM

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 012 ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO

CONCESSÃO BRISAL

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

SUBLANÇO 2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

MARINHA GRANDE - LEIRIA (NORTE) 0,3 0,3 7 623 7 991 5,9% 4,8%

LEIRIA (NORTE) - MONTE REAL 0,1 0,2 9 068 9 415 4,8% 3,8%

MONTE REAL - MONTE REDONDO 0,2 0,2 8 954 9 259 4,3% 3,4%

MONTE REDONDO - GUIA 0,2 0,2 8 852 9 177 4,6% 3,7%

GUIA - LOURIÇAL (IC8) 0,2 0,2 8 648 8 956 4,5% 3,6%

LOURIÇAL (IC8) / MARINHA DAS ONDAS 0,2 0,2 7 863 8 134 4,5% 3,4%

MARINHA DAS ONDAS / A14 0,5 0,5 7 645 7 865 4,0% 2,9%

A14 / QUIAIOS 0,2 0,2 7 042 7 221 3,7% 2,5%

QUIAIOS / TOCHA 0,4 0,5 8 176 8 542 5,5% 4,5%

TOCHA / MIRA 0,3 0,3 8 402 8 739 5,0% 4,0%

MIRA / MIRA PV 0,1 0,2 9 040 9 361 4,5% 3,6%

A17 2,7 2,9 8 125 8 509 4,7% 4,7%

(A) Circulação em 108 veic.km

CIRCULAÇÃO (A) TMDA VARIAÇÃO

2009 2010 2009 2010 CIRCULAÇÃO TMDA

BRISAL 2,7 2,9 8 125 8 509 4,7% 4,7%

(A) Circulação em 108 veic.km

A17/IC1 - AUTO-ESTRADAMARINHA GRANDE (A8) - MIRA

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RELATÓRIO & CONTAS 2010 • 012 ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO

TMDA VARIAÇÃO

2009 2010 TMDA

NORTHWEST PARKWAY 10 592 10 936 3,2%

NORTHWEST PARKWAY

CONCESSÃO NORTHWEST PARKWAY

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