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UNIVESIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA DISCIPLINA DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Pedro Olesko S24 Rodrigo Brito S24 Rodrigo Espinoza S24 CONVERSOR CC-CC ABAIXADOR (BUCK) Relatório apresentado na disciplina de Eletrônica de Potência do curso de Engenharia Industrial Elétrica, Eletrotécnica. Professor: Eduardo Romaneli

Relatorio Conversor CC-CC BUCK

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Page 1: Relatorio Conversor CC-CC BUCK

UNIVESIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁDEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICADISCIPLINA DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

Pedro Olesko S24Rodrigo Brito S24

Rodrigo Espinoza S24

CONVERSOR CC-CC ABAIXADOR (BUCK)

Relatório apresentado na disciplina de Eletrônica de Potência do curso de Engenharia Industrial Elétrica,

Eletrotécnica.Professor: Eduardo Romaneli

Curitiba/PRSetembro / 2008

Page 2: Relatorio Conversor CC-CC BUCK

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1- Modelagem de um retificador monofásico de onda completa com ligação em ponte................................................................................... ...............4Figura 2 - Formas de ondas considerando diodos ideais.....................................5

Figura 3 – Circuito do retificador em ponte com o acréscimo do capacitor C.......5

Figura 4 – Demonstração da redução da ondulação............................................6Figura 5 – Circuito do modulador PWM................................................................7

Figura 6 – Esquema de um circuito de conversor CC-CC abaixador com filtro

LC.........................................................................................................................8

Figura 7 – (a) Primeira etapa de funcionamento e (b) Segunda etapa de

funcionamento......................................................................................................9

Figura 8 – (a) Tensão sobre o diodo, (b) corrente sobre o indutor, (c) Corrente

sobre a fonte E e (d) Corrente sobre o diodo......................................................11

Figura 9: Forma de onda representando a freqüência de comutação.................14

Figura 10: Formato da Tensão de saída..............................................................15

Figura 11:Tempo ligado detalhado…………………………………………………..15

Figura 12: Medição do periodo da onda modulada.............................................16

Figura. 13: Formato da tensão no shunt em série com o indutor........................16

Figura 14: Tensão de saída com variação da carga............................................17

Figura 15:Variação da tensão de saída...............................................................17

Figura 16 – Imagem do circuito retificador utilizado nos ensaios em aula..........18

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SUMÁRIO1. Introdução Teórica...........................................................................................4

1.1 Retificadores Monofásicos de onda completa com filtro capacitivo................4

1.2 Modulador PWM (Pulse-Width Modulation)…………………………………….6

1.3 Conversor CC-CC abaixador (BUCK).............................................................7

1.4 Objetivos.......................................................................................................11

2. Relação de Materiais.....................................................................................12

2.1 Retificador monofásico de onda completa com filtro capacitivo....................12

2.2 Modulador PWM............................................................................................12

2.3 Conversor CC-CC BUCK...............................................................................13

3. Desenvolvimento..........................................................................................13

3.1 Teórico...........................................................................................................13

3.2 Prático............................................................................................................14

3.3 Confecção do circuito....................................................................................18

4. Conclusão.......................................................................................................19

5. Referências Bibliográficas............................................................................20

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Page 4: Relatorio Conversor CC-CC BUCK

1. Introdução Teórica

1.1 Retificadores Monofásicos de onda completa com filtro

capacitivo.

Existem os retificadores monofásicos para uso em aparelhos eletrônicos

de um modo geral e os retificadores polifásicos para uso em circuitos industriais

de alta potência.(AHMED,2000)

A tensão fornecida pela concessionária de energia elétrica é alternada ao

passo que os dispositivos eletrônicos operam com tensão contínua. Então é

necessário retificá-la e isto é feito através dos circuitos retificadores que

convertem corrente alternada em corrente contínua.

O funcionamento deste retificador pode ser descrito na figura 1:

Figura 1- Modelagem de um retificador monofásico de onda completa com

ligação em ponte.

Quando a tensão Vab se encontra no semi-ciclo positivo, a corrente sai

de A passa por D1, R, D3 e chega ao ponto B. Caso estiver no semi-ciclo

negativo, a corrente sai de B passa por D2, R, D4 e chega ao ponto A. Assim

conduzem somente dois diodos de cada vez.

Desta maneira, para qualquer polaridade de Vab, a corrente IL circula

num único sentido em R e por isto, a corrente em R é contínua. Temos somente

os semi-ciclos positivos na saída.

Uma observação importante é que freqüência de ondulação na saída é o

dobro da freqüência de entrada.

Considerando diodos ideais, os formatos de ondas no circuito são

exemplificados na figura 2.

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Figura 2 - Formas de ondas considerando diodos ideais.

A ondulação na saída do circuito retificador é muito grande o que torna a

tensão de saída inadequada para alimentar a maioria dos circuitos eletrônicos. É

necessário fazer uma filtragem na tensão de saída do retificador com a

introdução de um capacitor como mostra a figura 3. A filtragem nivela a forma de

onda na saída do retificador tornando-a próxima de uma tensão contínua pura.

Figura 3 – Circuito do retificador em ponte com o acréscimo do capacitor

C.

A maneira mais simples de efetuar a filtragem é ligar um capacitor de alta

capacitância em paralelo com a carga RL e normalmente, utiliza-se um capacitor

eletrolítico.

A função do capacitor é reduzir a ondulação na saída do retificador e

quanto maior for o valor deste capacitor menor será a ondulação na saída da

fonte, esta redução é representada na figura 4.

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Page 6: Relatorio Conversor CC-CC BUCK

Figura 4 – Demonstração da redução da ondulação

1.2 Modulador PWM (Pulse-Width Modulation)

Segundo AHMED (2000), o PWM modula por largura de pulso de um

sinal e pode ser melhor compreendido pensando em uma carga ligada a uma

fonte com um interruptor que se abre e fecha periodicamente. O interruptor

fechado define a largura de pulso pelo tempo que ele fica nesta condição,

transferindo assim toda a tensão da fonte a carga. O intervalo entre os pulsos

são definidas também pelo tempo em que fica aberto, neste momento a tensão

sobre a carga se torna nula.

A modulação em fontes de alimentação envolve a modulação de sua

razão cíclica (duty cycle) para transportar informação ou um valor de tensão que

será entregue a carga.

A figura 5 mostra o esquema para a montagem do modulador PWM. Nos

pinos 15 e 13 ocorre a alimentação do CI, o trimpot regulador do tempo de

condução está conectado ao pino 16, 2 e finalmente ligado a referencia

juntamente com outros pinos. Nos pinos 11 e 14 ocorre a saída dos sinais, o

restante do circuito é necessário para sua junção.

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Figura 5 – Circuito do modulador PWM

1.3. Conversor CC-CC abaixador (BUCK)

Segundo BARBI (2002), os conversores CC-CC controlam o fluxo de

energia entre dois sistemas de corrente contínua. Estes conversores são

empregados, principalmente, em fontes de alimentação e para o controle de

velocidade de motores de corrente contínua.

Tal circuito, conversor BUCK, pode ser representado pela figura 6. A fonte

de tensão contínua é representada por Ve, S representa a chave MOSFET, o

indutor é representado por L, D um diodo de roda-livre que será considerado

Ideal (sem queda de tensão quando estiver positivamente polarizado) enquanto

a análise gráfica do conversor, um capacitor C e a carga representado por um

resistor R com tensão Vs.

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Figura 6 – Esquema de um circuito de conversor CC-CC abaixador com filtro LC.

O circuito do conversor tem duas etapas de funcionamento, que são

representadas na figura 7. Em um primeiro momento a chave S está fechada e o

diodo D está inversamente polarizado e pode ser desconsiderado, C está sendo

carregado. Na segunda etapa, a chave S está aberta, excluindo assim a fonte E

do circuito, já o diodo de roda-livre D entra em funcionamento fazendo com que

a corrente iL (corrente que passa no indutor) exclusiva da energia acumulada no

indutor, passe a fluir pela carga e os demais componentes.

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Figura 7 – (a) Primeira etapa de funcionamento e (b) Segunda etapa de

funcionamento.

Para entender o funcionamento do conversor, será feita a analise de seu

circuito em cada uma das etapas de funcionamento. A razão cíclica será

chamada de D e o período de T.

Sejam as seguintes definições:

= tensão sobre o indutor L

= Tensão sobre a chave S

= Tensão de entrada

= Tensão de saída sobre a carga R

A partir do princípio, a tensão média no indutor deve ser igual a zero, :

(1)

Na primeira etapa,

Através de análise de malhas:

(2)

(3)

(4)

(5)

Usando (4) e (5) em (3):

(6)

9

Page 10: Relatorio Conversor CC-CC BUCK

Indutância é obtida através da relação (1) em (6):

(7)

Obtenção da capacitância:

(8)

(9)

Na segunda etapa, (roda-livre):

(10)

(11)

As formas de onda de interesse do conversor CC-CC estão

representadas na figura 8.

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Figura 8 – (a) Tensão sobre o diodo, (b) corrente sobre o indutor, (c) Corrente

sobre a fonte E e (d) Corrente sobre o diodo.

1.4 Objetivos

Este relatório tem como objetivos:

1. Descrever a montagem do circuito retificador de onda completa em ponte com

filtro capacitivo;

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Page 12: Relatorio Conversor CC-CC BUCK

2. Mostrar a influência do filtro capacitivo e da atuação dos diodos da ponte para

retificação;

3. Descrever o funcionamento de um modulador PWM e seu uso na chave de

um conversor CC-CC abaixador;

4. Descrever a montagem e uso de um conversor CC-CC BUCK e a sua

integração com o circuito retificador de onda completa com filtro capacitivo e o

modulador PWM e;

5. Comprovar a correspondência dos modelos teóricos estudados com a prática;

2. Relação de Materiais

Para a realização desta experiência foram utilizados os seguintes

materiais:

2.1. Retificador monofásico de onda completa com filtro capacitivo:

- 1 lâmpada 25Wx220v

- soquete

- 4 diodos 1n4007

- 1 resistor de 0,1 Ω x 5W

- 1 capacitor eletrolítico 220 uF x 250V

2.2 Modulador PWM:

- 1 CI SG3525

- Soquete para CI de 16 pinos

- 2 capacitores eletrolíticos 10uF x 25V

- 1 capacitor 10 nF x 25V

- 1 trimpot 4,7k

- 2 diodos 1n4148

- 1 diodo zener 18V x 1/2W

- 2 resistores 10K x 1/8W

- 1 resistor 22 x 1/8W

- 1 resistor 10 x 1/8W

- 1 resistor 4,7k x 1/8W

- 1 Transistor BC548

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Page 13: Relatorio Conversor CC-CC BUCK

- 1 Transistor BC 558

2.3 Conversor CC-CC BUCK:

- 2 resistores 47Ω x 10W

- 1 resistor 0,1 Ω x 10W

- 1 indutor 11mH

- 1 diodo UF4007

- 1 MOSFET IRF740

- 1 capacitor 47uF 50V

2.4 Materiais de uso comum:

- Ferro de soldar

- Estanho fino para soldagem

- Cabos banana-jacaré

- Fita isolante

3. Desenvolvimento

3.1 Teórico

Como não foram especificados valores de referência, estipula-se (para

fins de referência e análise) que a freqüência de comutação encontrada é de

16kHz.Tendo como conhecido o valor do indutor e do capacitor, calcula-se:

Cálculo de D:

Cálculo de

Cálculo de

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Os valores de tensão que a chave e o capacitor devem suportar, no

mínimo, têm de ser iguais a tensão de entrada.

3.2 Prático

Dada a confecção do circuito, conforme exemplificado acima, realizou-se

as medições para a determinação das principais características

presentes.Inicialmente mediu-se a freqüência de comutação do circuito

conforme visto na figura 9:

Figura 9: Forma de onda representando a freqüência de comutação.

Tal valor é visto como sendo de e pela fórmula , tem-se

que o valor do período corresponde a .

Através do trimpot,variou-se a Razão Cíclica (D) afim de obter uma

tensão de saída de aproximadamente 30 V como mostrado na figura 10:

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Figura 10: Formato da Tensão de saída.

Conhecendo o valor médio da saída e sabendo que o valor de entrada é

de 60 V, através da expressão , obtem-se uma razão cícilica de 0,495

(aproximadamente 0,5).O conceito de razão cíclica consiste numa relação entre

o tempo em que a onda modulada apresenta um valor positivo, tempo em que

está ligada, e o seu período:

Analisando as figuras 11 abaixo:

Figura 11:Tempo ligado detalhado.

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Page 16: Relatorio Conversor CC-CC BUCK

Figura 12: Medição do periodo da onda modulada.

Analisando os dados apresentados nas figuras, vê-se uma incoerência.O

tempo ,mostrado na fig11, apresenta um valor de .Calculando a

razão cíclica usando o valor do período mostrado na fig. 12, encontra-se um

valor de aproximadamente 0,38.Como expresso anteriormente, deveria ser

encontrado um valor aproximado de 0,5, o que não ocorreu pela analise das

figuras em questão.Um dos motivos para o resultado não coincidir é um possível

erro de medição.

Conectando as pontas do osciloscópio no shunt em série com o indutor,

observou-se a forma de tensão:

Figura. 13: Formato da tensão no shunt em série com o indutor

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Page 17: Relatorio Conversor CC-CC BUCK

Como especificado na imagem a variação de tensão é da ordem de

, utilizando a expressão , o resultado para a variação de

corrente ou 36,88%.O valor mínimo da corrente é de ,o

máximo de , logo conhecendo a variação do valor médio da corrente no

indutor apresenta-se o valor de

Em seguida, foram realizadas medições na saída do conversor.Primeiro

variou-se a carga onde obteve-se o mostrado:

Figura 14: Tensão de saída com variação da carga.

Por último, mediu-se a ondulação da tensão de saída na carga,

ou .

Figura 15:Variação da tensão de saída.

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3.3 Confecção do circuito

Na montagem do circuito foram utilizadas duas placas de circuito

impresso do tipo placa padrão, com as ilhas de cobres prontas. A montagem do

circuito e a soldagem de seus componentes foram feitas conforme visto na teoria

apresentada anteriormente neste relatório. Foram adicionados resistores de

baixa resistência (0,1 Ω) para medição de correntes ao longo do circuito, e

cabos nas laterais da placa padrão para se aplicar a tensão a qual será

retificada e a alimentação CC do controlador.

Na figura 16 se tem uma imagem do circuito em seu estágio final, o

mesmo foi utilizado para todos os ensaios realizados em aula. Na placa superior

se encontra o retificador e na inferior o controlador.

Figura 16 – Imagem do circuito retificador utilizado nos ensaios em aula.

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4. Conclusão

Após a análise dos resultados obtidos nos ensaios é possível concluir que

num patamar geral, o conversor buck operou como o esperado.

Observou-se na saída do circuito um sinal continuo de tensão, com uma

pequena faixa de ondulação, o que já era esperado do circuito, devido ao

intervalo de tempo no qual o capacitor está descarregando energia.No entanto, a

ondulação de tensão de saída medida, em relação ao referencial estipulado pelo

grupo, apresentou valor diferente.O mesmo aconteceu com a ondulação de

corrente no indutor.Esta, apresentou um grau de ruídos que foi em parte

corrigida pelo osciloscópio, mas se manifestou presente na gravação da imagem

da onda.Apesar dessa perturbação, foi possível ver a forma da onda.A condução

apresentada no conversor é contínua.Isso pode ser visto na figura X, onde a

corrente no indutor (mesma da saída) não chega a um valor zero.

Além de ter tido a oportunidade de ver-se o conversor buck em operação,

este trabalho enriqueceu nossas experiências técnicas na faculdade, a qual

ainda não haviam sido muito trabalhada no decorrer dos períodos passados,

desde do dimensionamento dos componentes até a soldagem dos mesmos na

placa padrão.

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5. Referências Bibliográficas

AHMED, A. Eletrônica de Potência. Prentice Hall, p. 168 – 173. São Paulo – 2000.

BARBI, Ivo. Eletrônica de Potência. 4ª Edição, Florianópolis, Ed. do Autor, 2002.

GUIRARDELLO, A. ”Apostila sobre Modulação PWM – Curso Técnico em

Eletrônica Industrial”. Colégio POLITEC, 2005.

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