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3 1. INTRODUÇÃO Os produtos descritos nesse relatório encontram-se intimamente ligados a diversas atividades humanas desde preocupações meramente estéticas até manutenção da qualidade da aparência e para embelezar ou realçar o atrativo da pessoa. Os três produtos em questão têm ampla relação e podem ser agrupados da seguinte maneira: shampoos, condicionador e sabonete, classificados na categoria de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Através da Resolução nº 79, de 28/8/2000 pode-se definir cosméticos, produtos de higiene e perfumes sendo, preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado. O xampu ou shampoo surgiu na Alemanha em 1890, onde até aquele período, as pessoas utilizavam os sabonetes para lavar os cabelos. Somente após a Primeira Guerra Mundial, o xampu começou a ser comercializado em grande escala. Seu nome é proveniente de um modismo indiano presente na Inglaterra, pois “xampu” veio do hindu “champo”, que significa massagear. Contudo, os xampus eram muito parecidos, todos continham tensoativos, uma substância que altera a superfície de contato entre dois líquidos, provocando a limpeza do cabelo. A partir do século XX, diferentes tipos de xampus foram elaborados para cada tipo de cabelo. Os condicionadores de cabelos modernos foram criados na virada do século 20 quando Ed. Pinaud, um famoso fabricante de perfumes, apresentou um produto que chamou de “brilliantine” na Exposição Universal de 1900 em Paris. Esse produto visava amaciar o cabelo masculino, incluindo barba e bigode. Desde a invenção dos primeiros condicionadores de cabelos modernos de Pinaud a ciência moderna avançou para incluir produtos com silicone, álcool graxo e outros compostos que proporcionam os benefícios sem a sensação de oleosidade. O sabão foi inventado pelos fenícios, seiscentos anos antes de Cristo. Eles ferviam água com banha de cabra e cinzas de madeira, obtendo um sabão pastoso. O sabão sólido só apareceu no século VII, quando os árabes descobriram o processo de saponificação mistura de óleos naturais, gordura animal e soda cáustica, que depois de fervida endurece. Os espanhóis, tendo aprendido a lição com os árabes, acrescentaram-lhe óleo de oliva, para dar ao sabão um cheiro mais

Relatorio Cq Analise Fisico Quimico Microbiologico Fitoterapicos

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ANALISE FÍSICO QUIMICO

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  • 3

    1. INTRODUO

    Os produtos descritos nesse relatrio encontram-se intimamente ligados a

    diversas atividades humanas desde preocupaes meramente estticas at

    manuteno da qualidade da aparncia e para embelezar ou realar o atrativo da

    pessoa. Os trs produtos em questo tm ampla relao e podem ser agrupados da

    seguinte maneira: shampoos, condicionador e sabonete, classificados na categoria

    de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosmticos.

    Atravs da Resoluo n 79, de 28/8/2000 pode-se definir cosmticos,

    produtos de higiene e perfumes sendo, preparaes constitudas por substncias

    naturais ou sintticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, com o

    objetivo exclusivo ou principal de limp-los, perfum-los, alterar sua aparncia e ou

    corrigir odores corporais e ou proteg-los ou mant-los em bom estado.

    O xampu ou shampoo surgiu na Alemanha em 1890, onde at aquele

    perodo, as pessoas utilizavam os sabonetes para lavar os cabelos. Somente aps a

    Primeira Guerra Mundial, o xampu comeou a ser comercializado em grande escala.

    Seu nome proveniente de um modismo indiano presente na Inglaterra, pois

    xampu veio do hindu champo, que significa massagear. Contudo, os xampus

    eram muito parecidos, todos continham tensoativos, uma substncia que altera a

    superfcie de contato entre dois lquidos, provocando a limpeza do cabelo. A partir

    do sculo XX, diferentes tipos de xampus foram elaborados para cada tipo de

    cabelo.

    Os condicionadores de cabelos modernos foram criados na virada do sculo

    20 quando Ed. Pinaud, um famoso fabricante de perfumes, apresentou um produto

    que chamou de brilliantine na Exposio Universal de 1900 em Paris. Esse produto

    visava amaciar o cabelo masculino, incluindo barba e bigode.

    Desde a inveno dos primeiros condicionadores de cabelos modernos de

    Pinaud a cincia moderna avanou para incluir produtos com silicone, lcool graxo e

    outros compostos que proporcionam os benefcios sem a sensao de oleosidade.

    O sabo foi inventado pelos fencios, seiscentos anos antes de Cristo. Eles

    ferviam gua com banha de cabra e cinzas de madeira, obtendo um sabo pastoso.

    O sabo slido s apareceu no sculo VII, quando os rabes descobriram o

    processo de saponificao mistura de leos naturais, gordura animal e soda

    custica, que depois de fervida endurece. Os espanhis, tendo aprendido a lio

    com os rabes, acrescentaram-lhe leo de oliva, para dar ao sabo um cheiro mais

  • 4

    suave. Nos sculos XV e XVI, enfim vrias cidades europeias tornaram-se centros

    produtores de sabo entre elas, Marselha, na Frana, e Savona, na Itlia. Foi da

    cidade de Savona que os franceses tiraram a palavra Savon, sabo, e o diminutivo

    Savonnette, sabonete.

    Fitocosmtico pode ser definido como o cosmtico que contm ativo natural,

    de origem vegetal, seja um extrato, leo ou leo essencial, cuja ao define a

    atividade do produto. Deve passar por todas as etapas de pesquisa: proposio,

    criao e desenvolvimento, incluindo os testes de estabilidade, para assegurar a

    atividade durante toda sua vida til.

    A Portaria n 348 de 18 de agosto de 1997 da ANVISA, determina que todos

    os estabelecimentos produtores de Produtos de Higiene Pessoal, Cosmticos e

    Perfumes, devem cumprir as diretrizes estabelecidas no Regulamento Tcnico -

    Manual de Boas Prticas de Fabricao e Controle (BPF e C) para Produtos de

    Higiene Pessoal, Cosmticos e Perfumes. A implantao de processos de

    desenvolvimento de produtos realizada atravs do Manual de Boas Prticas para

    Desenvolvimento de Produtos Cosmticos (ANVISA, 2007).

    Com o avano dos cosmticos no mercado, e a grande procura dos fito

    cosmticos, os consumidores ficaram mais exigentes quanto a qualidade, segurana

    e eficcia dos produtos, com isso a manipulao de produtos cosmticos deve ser

    realizada de acordo com as Boas Prticas de Manipulao para que estas

    exigncias sejam atendidas. Com intuito de proporcionar segurana aos

    consumidores a ANVISA exige que produtos cosmticos sejam submetidos a

    avaliaes de parmetros fsico-qumicos para verificar se os mesmos iro

    permanecer estveis durante todo o perodo de sua validade. Assim nesta prtica

    foram avaliados parmetros fsico-qumicos como pH, densidade, caractersticas

    organolpticas e microbiolgicas, para verificar a estabilidade dos mesmos e a

    validao dos produtos final que ir chegar ao consumidor com segurana e eficcia

    e que atendam as expectativas dos usurios.

  • 5

    2. OBJETIVO GERAL

    Validar das formulaes Fito Cosmticos, produzidos pela Turma FAM05S1,

    atravs do Controle de Qualidade realizado aps sua fabricao.

    2.1 OBJETIVO ESPECFICO

    Avaliar atravs do Controle de Qualidade as formulaes fito cosmticos:

    Xampu, Condicionador e Sabonete de Confrei e Cupuau, produzidos pela turma

    FAM05S1. Por estudos em laboratrio, atravs de pesquisas de bancada, com a

    finalidade de analisar a conformidade das formulaes cosmticas pelos seguintes

    aspectos:

    pH;

    Densidade;

    Viscosidade

    Cor;

    Odor;

    Anlise Microbiolgica.

  • 6

    3. MATERIAIS

    Amostragem de xampu de confrei com cupuau;

    Amostragem de condicionador de confrei com cupuau;

    Amostragem de sabonete de confrei com cupuau.

    Fita para anlise e medio do pH;

    gua destilada;

    3 swabs

    3 placas de gar slido BDA para fungos;

    3 placas de gar slido LB para bactrias;

    Fichas de validao.

  • 7

    4. METODOLOGIA

    Aps recebimento de cada amostragem, as mesmas foram dispostas em

    bancadas e foram avaliadas uma a uma.

    Avaliou se o xampu por meio de ensaios organolpticos; avaliou se o aspecto,

    avaliou se a cor, avaliou se o odor.

    Avaliou se o xampu por meio de ensaio fsico-qumico; avaliou se o pH, por

    meio de fita medidora diretamente sobre o liquido, avaliou se a densidade aparente

    e avaliou se viscosidade.

    Com um swab plaqueou se uma pequena amostra do xampu em meio gar

    slido BDA para fungos identificando a e outra pequena amostra em meio gar

    slido LB para bactrias, identificando a; em seguida acondicionou se as placas em

    estufa microbiolgica 37C, avaliando as posteriormente 24 horas, se houve

    crescimento microbiolgico ou no.

    Avaliou se o condicionador por meio de ensaios organolpticos; avaliou se o

    aspecto, avaliou se a cor, avaliou se o odor.

    Avaliou se o condicionador por meio de ensaio fsico-qumico; avaliou se o

    pH, por meio de fita medidora diretamente sobre o liquido, avaliou se a densidade

    aparente e avalio se a viscosidade.

    Com um swab plaqueou se uma pequena amostra do condicionador em meio

    gar slido BDA para fungos identificando a e outra pequena amostra em meio gar

    slido LB para bactrias, identificando a; em seguida acondicionou se as placas em

    estufa microbiolgica 37C, avaliando as posteriormente 24 horas, se houve

    crescimento microbiolgico ou no.

    Avaliou se o sabonete por meio de ensaios organolpticos; avaliou se o

    aspecto, avaliou se a cor, avaliou se o odor.

    Avaliou se o sabonete por meio de ensaio fsico-qumico; avaliou se o pH,

    umidificando uma pequena parte isolada deste e passando a fita medidora, a

    densidade aparente.

    Com um swab plaqueou se uma pequena amostra do sabonete em meio gar

    slido BDA para fungos identificando a e outra pequena amostra em meio gar

    slido LB para bactrias, identificando a; em seguida acondicionou se as placas em

    estufa microbiolgica 37C, avaliando as posteriormente 24 horas, se houve

    crescimento microbiolgico ou no.

  • 8

    5. RESULTADOS E DISCURSES

    5.1 CRITERIOS DE CLASSIFICAO

    Segundo ANVISA; 2004 para a validao de Produtos de Higiene Pessoal,

    Cosmticos e Perfumes. Segundo parmetros de Ensaios Organolpticos avaliados

    so:

    5.1.1 Aspecto

    O aspecto pode ser descrito como: granulado, p seco, p mido, cristalino,

    pasta, gel, fludo, viscoso, voltil, homogneo, heterogneo, transparente, opaco,

    leitoso, etc.

    A amostra pode ser classificada segundo os seguintes critrios:

    normal, sem alterao;

    levemente separado, levemente precipitado ou levemente turvo;

    separado, precipitado ou turvo.

    5.1.2 Cor

    A amostra do produto pode ser classificada segundo os seguintes critrios:

    normal, sem alterao;

    levemente modificada;

    modificada;

    intensamente modificada.

    5.1.3 Odor

    Compara-se o odor da amostra com a do padro estabelecido, diretamente

    atravs do olfato.

    normal, sem alterao;

    levemente modificada;

    modificada;

    intensamente modificada.

  • 9

    Os resultados da avaliao de cada produto foram dispostos de acordo com

    as tabelas:

    Tabela 1 Xampu de Confrei e Cupuau;

    Tabela 2 Condicionador de Confrei e Cupuau;

    Tabela 3 Sabonete de Confrei e Cupuau.

  • 10

    5.2 RESULTADOS

    5.2.1 Tabela 1 Xampu de Confrei e Cupuau:

    FICHA DE VALIDAO

    DATA DE RECEBIMENTO : 30/04/2014

    IDENTIFICAO DO PRODUTO : Xampu de Confrei e Cupuau

    ENSAIOS ORGANOLPTICOS

    PARAMETROS AVALIADOS RESULTADOS OBTIDOS

    ASPECTO

    No houve separao de fases, no

    houve turvao; no houve presena de

    cristais. SEM ALTERAO.

    COR

    Incompatvel com as espcies usadas

    como substncias ativas do

    fitocosmtico. MODIFICADA.

    ODOR

    O cheiro no agradvel, no direciona

    a propriedade do cupuau, cheiro de

    confrei muito ativo. INTENSAMENTE

    MODIFICADA.

    ENSAIO FSICO-QUMICO

    pH 8.0 Reprovado.

    DENSIDADE APARENTE Aparentemente normal.

    VISCOSIDADE Viscosidade aparente media, compatvel

    com a caracterstica do produto.

    ANLISE MICROBIOLGICA

    gar BDA Houve crescimento microbiolgico.

    gar LB Houve crescimento microbiolgico.

    APROVADO

    DATA DA VALIDAO: 30/04/2014 REPROVADO

  • 11

    As imagens da Anlise Microbiolgica do Xampu de Confrei e Cupuau foram

    dispostas conforme as figuras a seguir:

    Figura 1: Resultado do xampu semeado em LB Figura 2: Resultado do xampu semeado em BDA

    5.2.1.1 Discurses sobre os resultados de Validao do Xampu de Confrei e

    Cupuau

    Para a correo da cor A cor deve estar harmonizada com atributos do

    produto e expectativas do consumidor. Sugere-se trocar o corante verde pelo

    corante amarelo, conferindo a cor branco-amarelada ou deixar predominar o branco

    que mais caracterstico com a substncia em questo do produto.

    Para correo do odor A escolha da fragrncia deve ser baseada em um

    consenso entre os corantes, a finalidade e o tipo do produto. Sugere-se trocar a

    fragrncia em uso pela fragrncia caracterstica da substncia ativa do produto.

    Para correo do pH - O PH do couro cabeludo est entre 3.8 e 5.6 e o PH

    ideal para um xampu de uso dirio est entre 5,5 e 6,6. Se o PH for maior que 7, as

  • 12

    cutculas se abriro mais. O pH maior que 7 alcalino, deve-se adicionar um

    corretor de pH cido. O procedimento nesse caso diluir um pouco de cido ctrico

    na gua e ir adicionando aos poucos no produto at obter pH entre 5,5 e 6,6.

    Para correo de resultados microbiolgicos A presena de gua e

    componentes orgnicos na formulao favorece o crescimento de microrganismos.

    Em alguns casos, estes afetam a estrutura dos agentes conservantes influenciando

    na estabilidade do produto justificando a avaliao microbiolgica do produto.

    (ANVISA; 2004)

    O cumprimento das Boas Prticas de Fabricao e os sistemas conservantes

    utilizados podem garantir as caractersticas conforme os requisitos especificados na

    Resoluo n 481, de 23 de setembro de 1999 Parmetros para controle

    microbiolgico de Produtos de Higiene Pessoal, Cosmticos e Perfumes. (ANVISA;

    2004)

    Tambm deve se definir claramente as especificaes fsico-qumicas e

    microbiolgicas da gua utilizada na fabricao dos produtos de Higiene Pessoal,

    Cosmticos e Perfumes, devendo atender no mnimo aos padres microbiolgicos

    de potabilidade. (MERCOSUL/GMC/RES. N 19/11).

  • 13

    5.2.2 Tabela 2 Condicionador de Confrei e Cupuau

    FICHA DE VALIDAO

    DATA DE RECEBIMENTO : 30/04/2014

    IDENTIFICAO DO PRODUTO : Condicionador de Confrei e Cupuau

    ENSAIOS ORGANOLPTICOS

    PARAMETROS AVALIADOS RESULTADOS OBTIDOS

    ASPECTO

    No houve, separao de fases, no

    houve turvao; no houve presena de

    cristais. SEM ALTERAO.

    COR

    Incompatvel com as espcies usadas

    como substncias ativas do fito

    cosmtico. LEVEMENTE

    MODIFICADA.

    ODOR

    O cheiro no agradvel, aroma

    incompatvel com a propriedade do

    cupuau, cheiro de confrei muito ativo.

    INTENSAMENTE MODIFICADA.

    ENSAIO FSICO-QUMICO

    pH 7.0 Reprovado.

    DENSIDADE APARENTE Muito denso compatvel com agente

    condicionante.

    VISCOSIDADE Viscosidade aparente alta, compatvel

    com o produto.

    ANLISE MICROBIOLGICA

    gar BDA Houve crescimento microbiolgico.

    gar LB Houve crescimento microbiolgico.

    APROVADO

    DATA DA VALIDAO: 30/04/2014 REPROVADO

  • 14

    As imagens da Anlise Microbiolgica do Condicionador de Confrei e

    Cupuau foram dispostas conforme as figuras a seguir:

    Figura 3: Resultado do condicionador semeado em LB Figura 4: Resultado do condicionador semeado em BDA

    5.2.2.1 Discurses sobre os resultados de Validao do Condicionador

    de Confrei e Cupuau:

    Para a correo da cor A cor deve estar harmonizada com atributos do

    produto e expectativas do consumidor. Sugere-se diminuir a quantidade do corante

    amarelo, conferindo a cor branco-amarelada ou deixar predominar o branco que

    mais caracterstico com a substncia em questo do produto.

    Para correo do odor A escolha da fragrncia deve ser baseada em um

    consenso entre os corantes, a finalidade e o tipo do produto. Sugere-se trocar a

    fragrncia em uso pela fragrncia caracterstica da substncia ativa do produto.

    Para correo do pH - O PH do couro cabeludo est entre 3.8 e 5.6 e o PH

    ideal para um condicionador est entre 3,8 a 4,5. O procedimento nesse caso diluir

  • 15

    um pouco de cido ctrico na gua e ir adicionando aos poucos no produto at obter

    pH entre 5,5 e 6,6.

    Para correo de resultados microbiolgicos A presena de gua e

    componentes orgnicos na formulao favorece o crescimento de microrganismos.

    Em alguns casos, estes afetam a estrutura dos agentes conservantes influenciando

    na estabilidade do produto justificando a avaliao microbiolgica do produto.

    (ANVISA; 2004)

    O cumprimento das Boas Prticas de Fabricao e os sistemas conservantes

    utilizados podem garantir as caractersticas conforme os requisitos especificados na

    Resoluo n 481, de 23 de setembro de 1999 Parmetros para controle

    microbiolgico de Produtos de Higiene Pessoal, Cosmticos e Perfumes. (ANVISA;

    2004)

    Tambm deve se definir claramente as especificaes fsico-qumicas e

    microbiolgicas da gua utilizada na fabricao dos produtos de Higiene Pessoal,

    Cosmticos e Perfumes, devendo atender no mnimo aos padres microbiolgicos

    de potabilidade. (MERCOSUL/GMC/RES. N 19/11).

  • 16

    5.2.3 Tabela 3 Sabonete de Confrei e Cupuau

    FICHA DE VALIDAO

    DATA DE RECEBIMENTO : 30/04/2014

    IDENTIFICAO DO PRODUTO : Sabonete de Confrei e Cupuau

    ENSAIOS ORGANOLPTICOS

    PARAMETROS AVALIADOS RESULTADOS OBTIDOS

    ASPECTO

    No houve presena de cristais; no

    apresentou homogeneidade, houve

    precipitao. PRECIPITADO.

    COR

    Incompatvel com as espcies usadas

    como substncias ativas do fito

    cosmtico. MODIFICADA.

    ODOR

    O cheiro no agradvel, aroma

    incompatvel com a propriedade do

    cupuau, cheiro de confrei muito ativo.

    INTENSAMENTE MODIFICADA.

    ENSAIO FSICO-QUMICO

    pH 9.0 Satisfatrio.

    DENSIDADE APARENTE Densidade aparente compatvel com o

    produto.

    VISCOSIDADE Viscosidade aparente alta.

    ANLISE MICROBIOLGICA

    gar BDA Houve crescimento microbiolgico.

    gar LB Houve crescimento microbiolgico.

    APROVADO

    DATA DA VALIDAO: 30/04/2014 REPROVADO

  • 17

    Imagens da Anlise Microbiolgica do Sabonete de Confrei e Cupuau foram

    dispostas conforme as figuras a seguir:

    Figura 5: Resultado do sabonete semeado em LB Figura 6: Resultado do sabonete semeado em BDA

    5.2.3.1 Discurses sobre os resultados de Validao do Sabonete de

    Confrei e Cupuau:

    Para a correo da cor A cor deve estar harmonizada com atributos do

    produto e expectativas do consumidor. Sugere-se trocar o corante vermelho pelo

    corante amarelo, conferindo a cor branco-amarelada ou deixar predominar o branco

    que mais caracterstico com a substncia em questo do produto.

    Para correo do odor A escolha da fragrncia deve ser baseada em um

    consenso entre os corantes, a finalidade e o tipo do produto. Sugere-se trocar a

    fragrncia em uso pela fragrncia caracterstica da substncia ativa do produto.

    Para correo do Aspecto Observou-se a precipitao de outra substancia,

    a qual no homogeneizou com a base, glicerina. Sugere-se para a correo,

  • 18

    cuidados indispensveis como temperatura e o contnuo processo de agitao para

    se obter homogeneidade da mistura.

    Para correo de resultados microbiolgicos A presena de gua e

    componentes orgnicos na formulao favorece o crescimento de microrganismos.

    Em alguns casos, estes afetam a estrutura dos agentes conservantes influenciando

    na estabilidade do produto justificando a avaliao microbiolgica do produto.

    (ANVISA; 2004)

    O cumprimento das Boas Prticas de Fabricao e os sistemas conservantes

    utilizados podem garantir as caractersticas conforme os requisitos especificados na

    Resoluo n 481, de 23 de setembro de 1999 Parmetros para controle

    microbiolgico de Produtos de Higiene Pessoal, Cosmticos e Perfumes. (ANVISA;

    2004)

  • 19

    6. CONCLUSO

    VALIDAO DOS PRODUTOS:

    Xampu de Confrei e Cupuau: REPROVADO

    Condicionador de Confrei e Cupuau: REPROVADO

    Sabonete de Confrei e Cupuau: REPROVADO

    As trs formulaes fito cosmticos base de Confrei e Cupuau foram

    reprovadas por estarem fora dos parmetros avaliados no Controle de Qualidade

    especificados pela ANVISA no Guia de Controle de Qualidade de Produtos

    Cosmticos e na Portaria n 348/GM/MS, publicada em 1997, anexo I. Regulamento

    Tcnico Manual de Boas Prticas de Fabricao e Controle Para Produtos De

    Higiene Pessoal, Cosmticos e Perfumes.

  • 20

    BIBLIOGRAFIA

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    Cosmticos. Guia de Estabilidade de Produtos de Cosmticos. Braslia, 2004.

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    Qualidade de Produtos Cosmticos: Uma abordagem sobre os ensaios fsicos

    e qumicos. Braslia, 2007. Disponvel em: <

    http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/material/guia_cosmetico.pdf >. Acessado em:

    05/06/2014

    BRASIL. Portaria n 348/GM/MS, publicada em 1997, anexo I. Agncia Nacional de

    Vigilncia Sanitria (ANVISA). Regulamento Tcnico Manual de Boas Prticas de

    Fabricao e Controle Para Produtos De Higiene Pessoal, Cosmticos e

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    de Janeiro, 2012

    REBELLO, T. Guia de produtos cosmticos. 7 ed. So Paulo. Ed. Senac, 2007.

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