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RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014 2014

RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

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Núcleo de Inovação

Centro de Referência em Energia Proposta Técnica

2013

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SOBRE A FUNDAÇÃO DOM CABRAL

A Fundação Dom Cabral é um centro de desenvolvimento de executivos, empresários

e gestores públicos que há 36 anos pratica o diálogo e a escuta comprometida,

recebendo anualmente mais de 30 mil gestores em seus programas. Centro

internacional alinhado com as mais modernas tecnologias de gestão, a FDC mantém

alianças e acordos estratégicos com renomadas escolas na Europa, Ásia, Estados

Unidos e no continente americano.

Desde 2010 a FDC alcançou posição de destaque no ranking de educação executiva

do jornal Financial Times e America Economia, sendo considerada a Melhor Escola de

Negócios da América Latina. A FDC diferencia-se das escolas tradicionais de negócios

porque é orientada para formar equipes que vão interagir crítica e estrategicamente

dentro das organizações, resultando na conexão entre teoria e prática de efetivas

tecnologias de gestão. Mais do que trabalhar para uma organização, a Fundação Dom

Cabral trabalha com as organizações, reunindo aprendizagens e promovendo o

intercâmbio de experiências para a renovação constante do conhecimento.

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O NÚCLEO DE INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO

Nos Núcleos de Desenvolvimento do Conhecimento da Fundação Dom Cabral, são

produzidos estudos sobre as empresas e sua gestão no Brasil, dando sustentação aos

programas desenvolvidos pela FDC e traduzindo os seus avanços como instituição

geradora de conhecimento.

Os atuais Núcleos de Desenvolvimento do Conhecimento da FDC são:

Desenvolvimento de Liderança

Estratégia e Negócios Internacionais

Infraestrutura e Logística

Inovação e Empreendedorismo

Sustentabilidade

O Núcleo de Inovação e Empreendedorismo foi estabelecido em 2002, visando ao

desenvolvimento de processos que permitissem às empresas inovarem, tendo em

vista que as empresas operantes no país estavam buscando desenvolver sua

capacidade competitiva a partir da oferta de produtos e serviços com maior valor

agregado.

Contando atualmente com a participação de professores e pesquisadores, o Núcleo

de Inovação e Empreendedorismo, juntamente com instituições e empresas parceiras

e apoiadoras, trabalha no desenvolvimento de conhecimento sobre gestão de

inovação no contexto brasileiro, conduzindo pesquisas e programas em temas

diversos, tais como:

Cultura de inovação

Design thinking

Empreendedorismo e novos negócios

Estratégia de Inovação

Gestão de projetos de inovação

Ideação: geração de ideias na inovação

Incentivos e fomentos governamentais para a inovação

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Inovação aberta

Inovação, cadeia produtiva e cadeia de valor

Inovação colaborativa

Inovação e produtos para a base da pirâmide

Inovação e sustentabilidade

Inovação na cadeia de ciências da vida

Liderança para a inovação

Mecanismos de geração de ideias para inovação

Métricas e indicadores de inovação

Proatividade de mercado

Programas de captura de ideias

Redes de inovação

Inovação e empreendedorismo

Análises de cenários

Inovação e competitividade

Energia

Mais informações sobre o Núcleo de Inovação e Empreendedorismo podem ser

obtidas no site www.fdc.org.br/inovacao.

CRI EM INOVAÇÃO

Em 2003, como parte do projeto de pesquisa sobre indicadores de inovação, a

Fundação Dom Cabral propôs a criação de uma comunidade prática para discutir e

abordar as questões ligadas à inovação nas empresas. O GIT Inovação foi criado

dentro do CTE – Centro de Tecnologia Empresarial – e contou com a participação de

27 empresas1. Baseado na metodologia de desenvolvimento do conhecimento,

desenvolvida por Nonaka e Takeushi2, esse grupo promoveu 20 reuniões em seus

1 ABB, Accor, Acesita, Ampla, Andrade Gutierrez, Banco Real, Belgo Mineira, BrasilPrev, Caixa

Econômica Federal, Cemig, Elektro, Natura, Novelis, Orbitall, Petrobras, Philips, RBS, Rede Globo, Sadia, Samarco, Serasa, Siemens, Telefônica, Usiminas, Vale, Votorantim, Xerox

2Nonaka, Ijujiro e Hirotaka Takeuchi, 1995. The knowledge-creating company. Oxford.

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quatro anos de atividade, abordando temas como Cultura de Inovação, Estratégia de

Inovação, Estratégia do Oceano Azul e Inovação de Valor, Gestão do Futuro,

Indicadores de Inovação, Inovação de Serviços, Inovação em Redes, Lead Users,

Metanacionais, Mindmap, Patentes e Propriedade Intelectual, Transferência de

Conhecimento em Processos de Inovação, etc.

As empresas foram convidadas para participar de reuniões com especialistas de

diversas instituições nacionais e internacionais, entre os quais destacam-se: a Profa.

Lynda Applegate, da Harvard Business School; o Prof. Eric vonHippel, do MIT; os

Profs. Dan Muzyka e Ives Doz, do INSEAD; o Prof. Mohan Sawhaney, da Kellogg, e

professores da Fundação Dom Cabral, USP e UFRJ. Os resultados de pesquisas

acadêmicas foram combinados com casos das empresas participantes e de outras

empresas.

Ao longo dos quatro anos do projeto, foram discutidas várias experiências

empresariais, entre elas as de inovação de empresas como a Accor Service, Banco

Real, Cemig, Embraer, Embrapa, GE, IBM, Serasa, Siemens, Telefônica, Vale, entre

outras.

Das vinte reuniões realizadas ao longo dos quatro anos, participaram mais de

duzentos e cinquenta gestores e executivos das empresas associadas, permitindo

ampla troca de experiências e desenvolvimento de conhecimento. Após cada

reunião, a equipe da FDC preparava um sumário dos temas trabalhados, que foram

disponibilizados para as empresas participantes, permitindo uma eventual

internalização dos temas discutidos.

Em abril de 2008, tendo em vista a descontinuidade do CTE, algumas empresas

participantes, entre elas Siemens, Telefônica e Vale, propuseram à equipe do Núcleo

de Inovação a continuidade da comunidade prática. Foram convidadas para participar

empresas que tivessem a inovação como opção estratégica e que estivessem

buscando um maior conhecimento sobre mecanismos e processos para ampliar a

inovação e torná-la um processo sustentável. Inicialmente 14 empresas aceitaram o

convite em 2008, e atualmente o CRI (Centro de Referência em Inovação, como

passou a ser chamado), que se reúne em São Paulo-SP (ao qual chamamos de CRI-

Nacional), conta com 22 empresas associadas:

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“Acredito que a participação da ArcelorMittal no CRI Minas contribui

para a aceleração do aprendizado e possível aplicação imediata de melhores práticas

com o que há de estado-da-arte no assunto. O aprendizado de conceitos e métodos

além do contato direto com outras empresas participantes de forma pragmática,

é a melhor forma de empresas buscarem o aperfeiçoamento.”

(José dos Reis – ArcelorMittal)

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A EXPANSÃO DOS CRIs EM INOVAÇÃO

Em 2009, baseado na experiência bem-sucedida do CRI São Paulo, decidiu-se

estendê-la para Minas Gerais. A proposta para o CRI-MG também foi fundamentada

no conceito de comunidade prática, reunindo integrantes da área de conhecimento

da gestão da inovação. O CRI-MG conta hoje com a participação de 17 empresas

associadas, conforme a relação a seguir:

Sabe-se que, tradicionalmente, essas comunidades são constituídas por

representantes de organizações que possuem objetivos, interesses, preocupações ou

problemas comuns e que voluntariamente decidem compartilhar e trocar suas ideias

e experiências, visando preservar e aprimorar a capacitação e competência

individuais. Por esse motivo, na metodologia proposta pelo CRI, são as próprias

empresas integrantes que decidem os rumos do trabalho para os encontros

propostos, traçando metas e objetivos claros, que serão implementados pela equipe

gestora da FDC e pelos integrantes do CRI.

Além de preparar a agenda das reuniões, convidando eventuais palestrantes

externos, cuidando da logística do evento e facilitando a condução das reuniões, a

equipe do Núcleo de Inovação da FDC ficará responsável pela produção de artigos

técnicos, documentação de casos, geração de conteúdo para o site e webvideos,

antes e após cada encontro, para facilitar a internalização do conhecimento

desenvolvido nas empresas associadas ao CRI.

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Essa experiência dos CRIs São Paulo e Minas tem apresentado excelentes resultados,

levando todo o grupo de integrantes a um maior amadurecimento sobre temas

relacionados à gestão da inovação, e a uma integração cada vez maior entre as

empresas.

“É imprescindível para nós participar de encontros de inovação como o CRI,

hoje um dos principais fóruns de discussão sobre o tema no Estado e no Brasil.”

Alexandre Bueno – CEMIG

Em 2012 foi criado o CRI Multinacionais, como um fórum de discussão entre

subsidiárias de multinacionais que possuem atividades de pesquisa, desenvolvimento

e inovação (PD&I) no Brasil, com os objetivos de:

apoiar o desenvolvimento dos centros de PD&I dessas empresas;

identificar barreiras e gargalos para a operação desses centros;

promover o intercâmbio de experiências e práticas entre gestores;

criar oportunidades de relacionamento e contato com representantes de

agências governamentais e entidades acadêmicas.

O CRI-Multinacionais contou com nove empresas participantes:

As empresas integrantes dos CRIs existentes, assim como diversas outras empresas

com as quais temos tido contato, têm demonstrado interesse em aprofundar-se em

temas relacionados à gestão tecnológica, de onde surgiu a ideia de criar um CRI

dedicado a esse tema. Em 2013 estão sendo criados o Centro de Referência em

Inovação com foco em Gestão Tecnológica (CRI-Tecnologia) e o CRI Energia.

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METODOLOGIA DO MAPA DE CONTEXTO

SOBRE O MAPA DE CONTEXTO

O mapa de contexto é uma metodologia muito utilizada por empresas que desejam analisar os processos de gestão de uma forma ampla, destacando os principais processos, seus respectivos pontos a melhorar e indicadores de acompanhamento.

O desdobramento do mapa de contexto é a formulação de projetos relevantes e que tragam resultados reais, com a utilização de um cronograma de implementação, da famosa matriz 5W2H, oriunda dos procedimentos da qualidade total e de um orçamento (caso a empresa julgue viável) para mensurar o retorno sobre o investimento das novas práticas de gestão.

Para o CRI Nacional, a proposta consiste em escolher um projeto relevante para a empresa participante, unindo áreas de trabalho com o objetivo de melhoria sistêmica, estabelecendo um líder e na criação de uma agenda contínua de debates. Finalmente, caso seja interessante para a empresa, estas reuniões poderiam formalizar o desenvolvimento de um comitê de inovação, tendo os professores do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC como apoiadores técnicos e para a geração conjunta do conhecimento.

A seguir, são recomendadas etapas para o desenvolvimento do mapa de contexto.

Etapa 1: Análises do Mapa de Contexto

Em recente artigo publicado na Revista Pequenas e Médias, Grandes Negócios, o Professor Carlos Arruda sugere que para inovar, as empresas devem saber estruturar os seus processos, buscando oportunidades de melhoria, conforme a Figura 1.

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Figura 1 – Inovar requer processos bem definidos Fonte: Pequenas e Médias, Grandes Negócios (2013)

Logo, o mapa de contexto consiste em uma avaliação dos relacionamentos atuais entre áreas, mediante a estratégia corporativa. A proposta do mapa de contexto é identificar os pontos fortes e fracos destes relacionamentos.

Um bom mapa de contexto é aquele que consegue desdobrar a visão macro da gestão em aspectos operacionais, conforme a Figura 2.

Figura 2 Nível 1 do Mapa de Contexto

Fonte: Rocha (2012)

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A partir do nível 1, a empresa deverá desdobrar a unidade de trabalho escolhida e aprofundar os relacionamentos existentes, buscando identificar pontos fortes e a melhorar. Como exemplo, foi escolhida a área da manufatura para aprofundamento, conforme Figura 3.

Figura 3 – Nível 2 do Mapa de Contexto

Fonte: Rocha (2012)

Pontos importantes:

• Setas: indicam relacionamento entre áreas de trabalho. • Setas e escritos: indicam os pontos fortes ou a melhorar entre as áreas de

trabalho. • Caixas: indicam as áreas de trabalho. Dentro delas, há a necessidade de

descrever as funções de trabalho. • Para o CRI Nacional, o foco será o relacionamento entre a área de inovação,

com os demais departamentos e na busca por projetos relevantes.

Etapa 2: Elaboração dos Pontos a Melhorar

A partir da Figura 3 e do trabalho de equipe, sugere-­­se a geração de ideias para projetos, de tal forma a buscar soluções para os problemas, conforme a Figura 4.

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Figura 4 – Geração de Ideias e Projetos

Fonte: Tadeu (2013)

Etapa 3: Sugestão de Indicadores de Acompanhamento

Dando sequência a Figura 4, propõe-­­se o estabelecimento de um processo para a validação dos novos projetos, determinando indicadores de acompanhamento, conforme a Alvarenga Neto (2008) e Figura 5.

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Figura 5 – Validação de Projetos de Inovação na Embrapa

Fonte: Alvarenga Neto (2008)

Etapa 4: Projeto de Inovação

A partir da Figura 5, torna-­­se essencial o estabelecimento de um projeto formalizado, em que cada empresa analisará os riscos do projeto, a equipe envolvida, os principais stakeholders e o compromisso de solução do problema.

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Figura 6 – Abertura do Projeto

Fonte: Tadeu (2013)

Figura 7 -­­ 5W2H

Fonte: Tadeu (2013)

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Figura 8 – Cronograma

Fonte: Tadeu (2013)

Etapa 5: Apresentação

Como etapa final, sugere-se o desenvolvimento de uma apresentação das equipes, que ocorrerá na última reunião do CRI Nacional do ciclo 2013/2014, bem como no evento Rumos da Inovação, que ocorrerá em agosto de 2014.

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ATAS DOS ENCONTROS 2013/2014

PRIMEIRA REUNIÃO

O começo de um ciclo, com novos integrantes e uma proposta diferente em relação à construção conjunta de soluções. O CRI Nacional teve na última semana o primeiro encontro do período 2013/2014 com o tema Inovação Estratégica. A reunião aconteceu na unidade de São Paulo e foi conduzida pelo professor Hugo Tadeu, novo coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral.

Depois de ser apresentado ao grupo por Carlos Arruda, diretor de Parcerias da FDC, o professor Hugo falou sobre assuntos como gestão, sustentabilidade financeira, comercialização, retorno sobre investimento, tabus, métricas e indicadores de inovação. Ele também apresentou de maneira resumida o novo modelo de trabalho e de entregas do CRI, o cronograma de ações e a agenda do centro para o ciclo. A grande mudança deste novo ciclo é a proposta de aprendizagem pela dinâmica “learning by doing”, mais eficaz na internalização do conhecimento. Cada empresa terá que elaborar um PAI (Projeto de Aprendizagem em Inovação) focado nas principais oportunidades de melhoria de seus processos internos para maximizar os resultados de suas empresas. O quadro abaixo apresenta de forma sucinta a dinâmica do novo modelo do ciclo que ora se inicia.

Professor Hugo Tadeu, novo coordenador do CRI Nacional

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Hugo destacou a estratégia de criação de mapas de contexto para trabalhar a interação na produção de conhecimento e iniciativas junto às empresas participantes. Na parte da tarde, convidou todos a realizarem a criação de quatro mapas em uma dinâmica de grupo.

Inovação Estratégica

Em seguida, Carlos Arruda conversou com os integrantes e explanou sua visão sobre o tema do encontro, apresentando itens que considera fundamentais para o sucesso de um planejamento com foco na conversão de resultados. Salientou que o modelo de inovação adotado pela FDC é inspirado em alguns autores importantes, como o prof. Joe Tidd, da Universidade de Sussex. Arruda frisou a visão sistêmica do processo, integrando a cultura, estrutura e gestão, a identificação e realização de processos de curto, médio e longo prazo, assim como a importância da participação da alta diretoria. Mencionou a importância do processo de inteligência competitiva para a elaboração da estratégia de inovação, como por exemplo, uma produtiva análise de cenários.

Carlos Arruda ministra o tema Inovação como opção estratégica

Para exemplificar o que estava propondo, apresentou uma ferramenta intitulada CVF (Competing Values Framework), cujo objetivo é identificar o perfil da gestão da

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empresa e os reflexos na estratégia de inovação. A ferramenta é ilustrada no gráfico abaixo.

Arruda solicitou aos participantes que discorressem sobre a estratégia de inovação de suas empresas. Foram mencionados os seguintes processos:

- Elaboração de uma visão de futuro, chamada no exemplo citado de Global Technology Outlook, desdobrada posteriormente em ações buscando trazer o futuro para hoje (chamadas Pathways to Technology)

-escuta abrangente de toda a empresa, com participação de milhares de colaboradores, em plataforma de captura de sugestões, por 72 hs, chamada JAM.

- processos paralelos de inovação tecnológica: a) um funil de projetos de longo prazo, visando o desenvolvimento de novas tecnologias, sem estarem vinculados diretamente a novos produtos ou novos processos e b) um funil de projetos de aplicação direta a novos produtos e processos. Estes dois funis têm diferentes estratégias de funding e métricas de gestão

- Redução do risco de adoção de inovação tecnológica radical desdobrando-a em uma série programada de inovações incrementais, que são paulatinamente implementadas em novos produtos. Com esta estratégia, após algum tempo e a adoção da sequencia destas inovações, a empresa obtêm a vantagem competitiva da inovação radical com passos seguros.

Na segunda parte de sua conversa com os presentes, Carlos Arruda falou sobre a sinergia entre Inovação e Competitividade, comentando os resultados da edição 2013-2014 do Relatório Global de Competitividade, editado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) em parceria no Brasil com a Fundação Dom Cabral (FDC) e o Movimento Brasil Competitivo (MBC), em que o Brasil caiu e ocupa atualmente a 56a posição.

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Ele também destacou o que vem sendo apresentado na Sondagem da Inovação, iniciativa realizada pela ABDI que busca acompanhar sistematicamente a evolução de indicadores de inovação tecnológica da indústria brasileira e orientar eventuais ajustes1.

Afirmando que em 95% das ações analisadas pela ABDI com as empresas existe um baixo grau de inovação tecnológica, Arruda categorizou o momento como inovação com foco no retrovisor: “onde a busca está em sustentar as condições competitivas da empresa ... com inovações que não visam gerar algo novo, e sim compensar perdas de vantagens competitivas no mercado”.

Dentro deste contexto, frisou o crescimento do ambiente empreendedor e da atuação de Startups em parceria com grandes empresas, apresentando soluções de Corporate Venturing

1. Para a elaboração da pesquisa são entrevistadas trimestralmente 304 empresas industriais com 500 ou mais pessoas, da indústria extrativa e de transformação e debatendo junto com os integrantes modelos de análise de cenários e integração com roadmaps estratégicos.

Por fim, o diretor de Parceiras da FDC fez questão de apresentar os novos integrantes do CRI Nacional: BG GROUP, IBM, O BOTICÁRIO, SOLVAY (RHODIA), e disse que espera uma comunidade cada vez mais sólida no ciclo que começou com esta primeira reunião.

Mapas de Contexto

Como prosseguimento do encontro, o professor Hugo Tadeu detalhou a proposta de execução do Mapa de Contexto, fruto da interlocução com os participantes e da busca do melhor formato para evoluir na construção de conhecimento e na troca de melhores práticas entre as empresas associadas.

Similar ao conceito estabelecido recentemente por Alexander Osterwalder com o método Canvas, o mapa de contexto busca fazer uma representação gráfica dos pontos de ligação entre unidades da empresa e de seu relacionamento com os stakeholders.

Sua construção busca ampliar a relação entre setores internos, categorizar quais ações devem ser feitas para avançar no relacionamento externo e quais ações devem ser tomadas para dirimir problemas. É uma ferramenta para mapear e encontrar possíveis gargalos, ajudando a visualizar a estrutura funcional, como uma espécie de retrato dentro do planejamento.

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Este mapeamento vai ao encontro da visão sistêmica defendida por Tidd, identificando um processo que converge a atuação de diferentes setores e públicos, numa estrutura multidisciplinar e interfuncional. O professor Hugo Tadeu também fez questão de citar o autor Paulo Rocha e o conceito de Sincronismo Organizacional, salientando aos presentes a importância da gestão de projetos, de mensagens claras entre estratégia e desenvolvimento, e de se realizar ações com parceiros.

Para fazer a correlação entre a teoria do Mapa de Contexto e a atuação nos departamentos de Inovação das empresas presentes, Hugo pediu para que os integrantes observassem o quadro abaixo, onde estão exemplificados os processos internos da área segundo os contextos Organizacional, Estratégico e Metodológico. Um mapa de contexto interno da área, inspirado no quadro abaixo, é útil para melhor compreensão do processo e inovação na empresa.

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A partir dos mapas de contexto, pode-se elaborar o diagrama de processos voltados para a inovação de cada empresa. O objetivo desta reflexão é explicitar as relações internas que são consideradas críticas e precisam ser aprimoradas. Estas relações devem ser o principal objeto de mensuração por indicadores quantitativos e qualitativos.

Dessa maneira, provocou os integrantes do CRI a participarem da construção de mapas dentro de suas organizações no ciclo 2013/2014, afirmando que a Fundação vai apoiá-las com a presença de um especialista, caso necessário.

Dinâmica de Grupo

Depois do almoço os participantes foram divididos em quatro grupos, sendo escolhida uma empresa a ser estudada para cada um deles. Cada grupo teve 1 hora para explicitar as principais conexões necessárias para a inovação da empresa em análise. Ao final o líder de cada grupo apresentou o trabalho aos outros três grupos, que se revezavam em intervalos de 15 minutos, e coletou propostas de melhoria do processo. Os quadros abaixo apresentam os mapas elaborados e as oportunidades de melhoria apontadas.

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Integrantes das empresas associadas ao centro durante a dinâmica

Após a execução da dinâmica foi realizada uma avaliação sobre o exercício e o debate sobre temas como execução de orçamento e identificação de métricas dentro do processo. Os participantes valorizaram a interação promovida no exercício, destacando a possibilidade de mapear as conexões e construir de maneira conjunta uma visão sistêmica da operação em cada empresa.

Como próximo passo, os integrantes receberam um “dever de casa”: além de elaborarem os mapas de contexto da inovação em suas empresas, ele sugeriu responderem a um questionário com perguntas ligadas aos desdobramentos da estratégia corporativa e sua relação com a estratégia de inovação.

Os mapas de contexto serão apresentados na próxima reunião e, para isto, deverão estar prontos até 4/10/2013.

Ao final do dia o professor Hugo Tadeu, convidou a todos a participarem do próximo encontro no dia 17 de Outubro , onde serão convidados os CEOs das organizações que participam do CRI. O professor também fez questão de lembrar a possibilidade da organização de uma viagem internacional para debater com centros de excelência a gestão de Inovação, e que possivelmente deve acontecer em março de 2014.

A equipe do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo agradece mais uma vez a presença de todos e apresenta abaixo algumas indicações de leitura sobre o tema

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debatido na última reunião e links de materiais citados no relatório.

Links: Relatório Global de Competitividade:

http://www.fdc.org.br/imprensa/Paginas/noticia.aspx?noticia=20

Sondagem da Inovação ABDI:

http://www.abdi.com.br/Paginas/sondagem.aspx

SEGUNDA REUNIÃO

5º Seminário Rumos da Inovação no Contexto Brasileiro:

7 e 8 de Agosto/2013

Dentro de seu esforço de colaborar com o desenvolvimento da inovação no Brasil, a

Fundação Dom Cabral promoveu em Agosto de 2013 o Seminário Rumos da Inovação

no Contexto Brasileiro. Em sua 5ª edição, o evento foi sediado pela primeira vez no

Campus Aloysio Faria, em Nova Lima, sede mineira da FDC. Com o objetivo de reunir

anualmente lideranças empresariais, políticas e acadêmicas para compartilhar e

avaliar os distintos mecanismos para incrementar a inovação no país, as palestras e

atividades deste ano aconteceram nos dias 07 e 08 de Agosto e o tema proposto foi

“Inovação e Crescimento”.

Marcando um diferencial desta edição, o dia 07 foi exclusivo para as empresas

associadas aos Centros de Referência em Inovação Nacional e Minas. Na parte da

manhã e da tarde os executivos puderam participar das arenas de discussão que

aconteceram simultaneamente no campus e foram divididas em três temas, que

abordaram a inovação no setor de energia, as políticas de incentivo e fomento à

inovação e os estudos em inovação no Brasil.

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Arenas de Acadêmica, Energia e Políticas Públicas, coordenadas pelos professores do

Núcleo de Inovação e Empreendedorismo

A Arena Inovação no Setor de Energia foi coordenada pelo professor Hugo Tadeu e

teve por objetivo discutir a importância e as expectativas que recaem sobre as

energias renováveis quando se discutem os rumos da inovação no país. Na

oportunidade, foram debatidos temas como os desafios e perspectivas para

bioenergia e energia solar, os desafios de longo prazo para o setor energético e a

sustentabilidade e, ainda, uma discussão sobre inovação tecnológica, energia e as

experiências brasileiras. Dentre os palestrantes convidados estavam o prof. Luiz

Augusto Horta (UNIFEI, com atuações na FAO e ANP), a profa. Elizabeth Duarte

(Anima Educação), prof. Otávio Avelar (PUC Minas) e Ulisses Mello, diretor do IBM

Brazil Research Lab.

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A Arena de Políticas de Incentivo e Fomento à Inovação, coordenada pela professora

Hérica Righi, promoveu uma discussão acerca dos mecanismos públicos de incentivo

à inovação e os principais desafios para a aprovação de projetos no país. Com a

participação dos palestrantes convidados Manuela Soares (Inventta) e Marcelo

Ferreira (Vallourec), os executivos que optaram por essa arena puderam discutir

sobre as leis de incentivos e linhas de fomentos existentes hoje no Brasil e sobre os

principais desafios enfrentados pelas empresas. Por fim, fomentou-se um debate

acerca dos principais processos internos a serem aprimorados para a captação de

recursos públicos.

A Arena Acadêmica seguiu uma lógica um pouco diferente das demais e promoveu a

discussão de artigos acadêmicos cujo tema girava em torno da inovação no contexto

brasileiro. A arena foi coordenada pela professora Flávia Carvalho e contou com a

participação de professores e pesquisadores de renomadas universidades e

instituições de pesquisa do Brasil, dentre os quais a profa. Fernanda de Negri (IPEA),

o prof. Rodrigo Simões (Cedeplar/UFMG), o prof. Allan Claudius Barbosa

(Cepead/UFMG), o pesquisador Paulo Savaget (UFRJ), o prof. André Sena (UFBA) e a

profa. Elza Araújo (FAPEMIG). Os artigos em debate foram divididos em inovação no

contexto micro e inovação no contexto macro, além da condução de um painel final

de debates em torno do papel das políticas públicas e da agenda necessária de

estudos em inovação no Brasil.

As atividades do dia 07 foram encerradas com um coquetel de confraternização para

os associados e convidados.

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Coquetel de Confraternização, Seminário Rumos da Inovação, 07 de Agosto de 2013

As palestras do dia 08 foram abertas ao público externo e o evento contou com a

presença de cerca de 150 empresários, acadêmicos e demais interessados no tema

em debate. O Presidente da Fundação Dom Cabral, Wagner Veloso, e o Diretor

Executivo de Parcerias Empresariais da FDC, Carlos Arruda, receberam os convidados

para um café da manhã de boas vindas e promoveram a abertura das atividades do

dia.

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Wagner Veloso, presidente executivo da FDC e Carlos Arruda diretor adjunto de

parcerias e coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo fazem a

abertura do segundo dia

O primeiro grande debate foi conduzido pelo professor Hitendra Patel, convidado

internacional e diretor do IXL Center (Center for Innovation, Excelence and

Leadership) da Hult International Business School, com campus em Boston. Durante a

manhã os participantes puderam discutir com o professor suas principais questões

em torno do tema inovação como base para o crescimento. Na sequencia, o

professor Hitendra seguiu com sua participação no evento, agora como expectador,

fomentando novas discussões e debates ao longo das demais palestras do dia.

Ainda durante a manhã, o professor da FDC Hugo Tadeu foi moderou o debate sobre

os casos de empresas brasileiras que têm na inovação a base para o seu crescimento.

Foram convidados a compor este painel na função de debatedores os representantes

das empresas Magnesita,Axxion e Magnet Marelli, que trouxeram para a mesa

redonda suas experiências profissionais.

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Hitendra Patel, diretor da XLC center e primeiro painel do dia coordenado pelo

professor Hugo Tadeu

Após o almoço, o professor Carlos Arruda conduziu o painel sobre a cooperação

público-privada para o crescimento e inovação. Esta seção teve como key-note

speaker o representante do governo de Cingapura Damian Chan, Diretor

Internacional das Américas do Economic Development Board do país. O sr. Damian

foi convidado a apresentar e discutir as estratégias de crescimento de Cingapura e as

políticas que permitem às suas empresas inovar e competir internacionalmente,

fossem tais políticas nacionais ou voltadas para um setor específico. Os debatedores

do painel foram o sr. Sérgio Borger, responsável por estratégia na IBM Research

Brazil e o prof. Mario Neto, presidente da FAPEMIG.

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O último grande painel teve como tema a Mobilização Empresarial pela Inovação –

MEI. Contou com a participação do prof. João Carlos Ferraz, Vice-presidente do

BNDES, sr. Paulo Mol, Diretor de Inovação da CNI e prof. Mario Neto, Presidente da

FAPEMIG. O objetivo do painel foi promover uma integração da temática de inovação

e crescimento com os esforços em curso pela MEI. A apresentação do prof. João

Carlos e o debate na sequencia ofereceram aos participantes do evento uma visão

consistente sobre os desafios e as oportunidades que a inovação enfrenta hoje Brasil,

tendo em vista o atual cenário econômico-empresarial nacional e internacional.

Na primeira foto: Damian Chan, representante do governo de Cingapura. Segunda

foto o último painel do dia: Prof. Mário Neto (FAPEMIG), João Carlos Ferraz, (BNDES),

Paulo Mol (CNI) e moderador Carlos Arruda (FDC)

Page 30: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

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O seminário foi promovido pelo Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da

Fundação Dom Cabral e contou o patrocínio da VALE. Os anfitriões do evento foram

os professores da FDC , Carlos Arruda, Hugo Tadeu e Hérica Righi, auxiliados pela

coordenação de Érika Bahia e Éber Arã, e apoio da professora Flávia Carvalho

(também anfitriã da Arena Acadêmica), da pesquisadora Fabiana Madsen e dos

bolsistas de pesquisa: Breno Salomon, Daniel Andrade, Raquel Andretto, Samuel

Siewers, Uri Alanati e Vinícius Goulart.

TERCEIRA REUNIÃO

“Cenários Econômicos e Impactos para a Inovação em 2014”

11 de Dezembro de 2013

Abertura:

O encontro foi aberto pelo professor Hugo Tadeu, que começou explicando algumas

novas propostas de mudanças e o novo modelo do CRI Nacional para o próximo ciclo,

e terminou com uma breve introdução ao evento e ao tema proposto para o dia,

perspectivas e cenário econômico para a Inovação em 2014.

Page 31: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

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Perspectivas para a Inovação em 2014:

O primeiro convidado do dia foi o Alexandre Schwartsman, Ex-Diretor do Banco

Central do Brasil, e Ex-economista chefe do Unibanco e Santander.

Schwartsman apresentou seu ponto de vista sobre o cenário atual de crescimento da

economia brasileira, o que está ocorrendo no país, e o que levou a atual

desaceleração no crescimento do Brasil.

Para o economista, pistas do que está ocorrendo podem ser encontradas no mercado

de trabalho: a ociosidade no mercado de trabalho e o crescimento efetivo acima do

potencial. A produtividade vem perdendo fôlego e isso pode ser explicado pela queda

do desemprego no país. O emprego agora é limitado pela população, e o desemprego

baixo pressiona os salários para cima, superando em muito a produtividade. Isso

causa impactos visíveis sobre a inflação (custo unitário do salário) e provoca perda de

competitividade industrial pelo aumento dos preços.

Dessa forma, para Schwartsman o atual baixo crescimento do país é explicado por um

estrangulamento no mercado de trabalho e consequente queda da produtividade.

O economista destacou que, a situação da produtividade reflete a falta de poupança

e investimentos no país, principalmente em infraestrutura, assim como uma série de

reformas internas que o Brasil já devia ter feito. O crescimento da indústria não

acompanha o desenvolvimento tecnológico

externo pela falta de investimentos na área.

Entretanto, isso não é indicativo de crise séria

por conta do perfil positivo do passivo externo

do país. Mesmo assim, Schwartsman não vê,

para um futuro próximo, um cenário melhor

do que o atual, já que faltam medidas

expansivas mais eficientes.

Num contexto mundial, o economista acredita num cenário um pouco melhor do que

hoje, mas, no geral, com as mesmas condições. Isso pela falta de mudanças positivas

e significativas num cenário econômico global.

Desafios da Produtividade no Brasil e as Inovações:

Page 32: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

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Em seguida foi a vez do Jorge Arbache,

Assessor Econômico da Presidência do BNDES,

apresentar para o grupo um pouco de suas

reflexões e experiências sobre produtividade e

indicadores de inovação no país.

Arbache considera que a produtividade é

atualmente um problema sério no país e

merece maior atenção. Entretanto, o

economista defende que ela deva ser

analisada relativamente à produtividade dos competidores específicos de cada

indústria.

No Brasil a baixa participação da indústria no PIB, assim como a baixa densidade

industrial, explicam em parte os problemas de produtividade. A demanda da

indústria é o principal motor para a sofisticação, modernização e aumento da

competitividade do setor de serviços, e o nível desses acaba, muitas vezes, sendo

mais importante do que o tamanho da indústria para uma dada economia.

Para Arbache, há uma incompatibilidade estrutural no Brasil, e o setor de serviços é

onde está o problema. A relação da indústria com o PIB ainda é pequena, o capital

humano é pouco qualificado, e há baixo investimento em P&D, inovação e tecnologia

no país, falta de produção científica (teórica e aplicada) e baixo número de pequenas

empresas, e empresas inovadoras.

Para finalizar, Arbache frisa que a produtividade é uma variável de resultado e não de

causa, e resulta de um processo cumulativo. O seu aumento requer estratégia,

planejamento e coordenação entre os níveis de governo e agente econômicos, e a

produtividade precisa ser prioridade nacional.

Estratégia de Inovação para Tempos Incertos:

O próximo convidado do dia foi o Rodrigo Gomes, atual Gerente Corporativo de

Inovação em Energia e Planejamento Estratégico da Votorantim Metais,

apresentando uma visão empresarial sobre o cenário da inovação no Brasil a partir da

experiência, estratégias e ações de Inovação da Votorantim Metais.

Page 33: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

| 33 |

Após breve introdução sobre o grupo

Votorantim e seu histórico na empresa,

Rodrigo traz aos participantes um contexto

da empresa, apresentando em 2011 um

cenário marcado por excesso de oferta

mundial, perspectivas ruins para os preços

do Alumínio, Níquel e Zinco (produtos da

Votorantim Metais), previsão de aumento

dos custos, produtos em grande parte de

menor valor agregado.

As análises mostravam que o grupo precisava traçar estratégias de médio-longo

prazo e tomar ações para se proteger de um futuro provavelmente difícil. Era preciso

buscar saltos tecnológicos com baixos recursos financeiros, implantar mais inovações

transformadoras e enraizar sustentabilidade nas ações da empresa. Para isso, foi

criada a Governança de Diretoria de Tecnologia. O órgão tinha como principais

objetivos atingir resíduo zero e 100% de recirculação de água nas linhas de produção,

estar na fronteira tecnológica, atingir o 1º quartil da curva de custos em todas as

unidades da VM, flexibilizar o uso de matérias-primas, incluindo matriz energética, e

desenvolver novos produtos em Alumínio, Níquel, Zinco e metais correlatos.

Entretanto, o objetivo primordial do projeto era o de manter o padrão da VM em

relação à excelência operacional, qualidade nos produtos e melhoria contínua,

incorporando a sustentabilidade e os saltos tecnológicos em suas ações. E o principal

desafio para isso era o de como buscar os saltos tecnológicos com baixos recursos

financeiros.

Segundo Rodrigo, a estratégia da Diretoria de Tecnologia girava em torno de pessoas

dinamizando os Processos para Inovação, Inteligência da indústria e Governo e

gestão dos Resultados obtidos (econômicos, ambientais e sociais). Algumas ações

implantadas com esse programa foram o planejamento de projetos para os próximos

dez anos da empresa, a utilização de software, programação e metodologia avançada

para o acompanhamento dos objetivos e metas traçados e transparência com as

estratégias de inovação da Votorantim, com gastos com P&D, relacionamento com

agentes externos, projetos, parcerias etc.

Page 34: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

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A análise de resultados mostrou um EBITDA três vezes o investimento em P&D por

ano, recuperação dos custos de inovação a partir da lei do bem, obtenção de

financiamentos via Finep a juros de 3,5% ao ano e solicitação de verba a fundo

perdido nas agências de fomento.

O objetivo do projeto é que o custo da diretoria de tecnologia seja próximo de zero,

como forma de mostrar os resultados e a viabilidade do projeto, e

consequentemente da implantação da inovação, para toda empresa.

Mesa Redonda:

Após um rápido intervalo, o professor Hugo

Tadeu mediou uma mesa redonda com os

três convidados do evento. Foram

respondidas algumas dúvidas e discutidos

alguns pontos colocados pelos

participantes. Os principais temas debatidos

foram o problema nacional de tributação

excessiva nesse contexto, a reforma

previdenciária como forma de mudança do

cenário, como comprovar para a empresa a

eficiência da inovação em tempos difíceis, e os financiamentos, incentivos e gastos do

setor publico nesse contexto.

Mapas de Contexto, Indicadores e Desdobramento em Projetos:

Na parte da tarde as atividades foram retomadas com uma breve articulação das

apresentações da parte da manhã, onde o professor Hugo liderou o grupo num

levantamento das principais ideias discutidas, e como as falas de cada palestrante se

relacionam.

As principais conclusões do grupo foram em relação aos problemas de capacidade

instalada e infraestrutura no Brasil, além dos consequentes problemas de

produtividade. A inovação ainda sofre nesse contexto, e ainda não é tão valorizada

pela maior parte das empresas quanto deveria ser. O aumento dos custos

operacionais leva, muitas vezes, a um indevido corte dos gastos com investimento

em inovação e P&D, cultura de inovação etc. É preciso correlacionar a inovação com

uma série de outros fatores estruturais, para o sucesso e a eficiência produtiva

dentro das empresas.

Page 35: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

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Em seguida o professor conduziu o grupo na dinâmica de construção dos mapas de

contexto das empresas, continuando o projeto do CRI Nacional para o atual ciclo.

Os participantes se reuniram por empresa e, a partir de alguns arquivos sobre o

tema, recebidos em um pendrive, tiveram conversas individuais com os professores

Hugo Tadeu e Herica Righi, onde puderam mostrar a evolução dos seus projetos,

discutir pontos importantes e sanar dúvidas principais, assim como discutir os

próximos passos da dinâmica.

QUARTA REUNIÃO

No dia 18 de março, aconteceu, no Campus da FDC, o 3º Encontro do Ciclo

2013/2014 do CRI Nacional. O objetivo central deste encontro foi de intensificar a

troca de experiências e percepções das empresas quanto aos desafios e caminhos da

gestão da inovação. Neste encontro foi feita uma pequena homenagem à carreira do

José Duarte, ex-diretor da IBM, que se aposentou depois de 37 anos de empresa.

O encontro iniciou com a exposição do Fabio Gandour, cientista-chefe da IBM, a

respeito da importância de reinventar a inovação como forma de sobrevivência deste

processo nas empresas. A partir da estrutura de Gestão da Inovação e Resultados na

IBM, Fabio apresentou a importância de ter responsáveis pelo processo de inovação

na empresa. No início de sua fala, Gandour destacou que a IBM é processual, a

empresa tem pessoas que estão dedicadas para cumprir o processo. A IBM é

inovadora, segundo Fabio, porque ela sabe como fazer e quem faz (Know how e

Know who). Os executivos, na sua opinião, têm menos know how porque cada vez

mais eles têm o Know Who, “a agenda telefônica sí aumenta”, enfatizou.

Fabio ainda destacou que dentre os principais elementos que a IBM detém que

permite a entrega de soluções inovadoras para seus clientes destacam-se a

competência da equipe e as metodologias existentes na empresa. Sobre as

metodologias foi destacada a importância de criar metodologias para inovar e para

com o “achismo”, característica normal do brasileiro. Para Fabio, a característica de

acomodação é muito forte no Brasil, por isso o empresariado resiste para investir em

novos conhecimentos e inovação que podem gerar vantagem competitiva para elas.

Page 36: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

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Esse ponto pode ter sérias consequências para o futuro da inovação no Brasil, ficando

apenas como um modismo criado no mundo dos negócios. Para “inovar a inovação”,

precisamos de conhecimento com metodologias. Ao final, Fabio deixou seu recado:

“Inovar é doloroso”!

Em seguida, o Argemiro Costa, Gerente de P&D da Pirelli, apresentou os processos

ligados à inovação na Pirelli. Dentre as práticas apresentadas, Argemiro destacou o

ganho de conhecimento e competência que a empresa adquiriu ao trabalhar em

projetos em parceria com universidades e também as competências geradas nas

universidades a partir desses projetos.

Para Argemiro, a inovação tem que ser trabalhada com foco no cliente, tem que ver

com os olhos do cliente, isto é, transformar o conhecimento em dinheiro, gerar

resultados. Na Pirelli, não existem indicadores de inovação, mas indicadores de

resultados da inovação.

No entanto, Costa destacou que a cultura de inovação é ainda mais importante, é

necessário engajar a empresa como um todo no processo de inovação. Assim ela não

fica restrita aos laboratórios, mas também integra os processos de todas as outras

áreas. Para isto, a alta liderança tem que entender essa importância e traçar metas

alinhadas com a estratégia da empresa.

O terceiro depoimento do dia, foi convidado o Leonardo Comparsi, da Gerdau, para

apresentar os processos e resultados da inovação na empresa. Leonardo destacou

que desde a década de 80, a Gerdau investe pesadamente na construção e

desenvolvimento do seu sistema de gestão, baseado no conceito de qualidade total.

No entanto, atualmente, o mercado exige novas maneiras de trabalhar, que criem

maior valor para o negócio. A partir dessa nova realidade, a Gerdau decidiu

sistematizar o processo de inovação. Essa sistematização está sendo realizada em

etapas, na primeira etapa foi construído o modelo de inovação da Gerdau, que foi

embasado no modelo FDC de inovação.

De acordo com Leonardo, a empresa prefere começar a trabalhar em grupos

pequenos e depois expandir para o restante da empresa. O modelo desenvolvido tem

como pilares a estratégia, ideação e gestão de portfólio, esses três pilares são

embasados por processos de suporte. Processo a ser absorvido gradualmente para

não gerar maior impacto.

Page 37: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

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Para expandir o conceito, disseminar a cultura de inovação e fomentar a geração de

ideias, a Gerdau realiza feiras e workshops temáticos.

No momento, a empresa está desenvolvendo e implementando de forma faseada as

métricas (primeiro input – estágio atual, eficácia dos projetos e resultados). Os

projetos ainda estão em fase inicial.

Para fechar o encontro, o Prof. Hugo Tadeu apresentou um relatório das atividades

realizadas no ciclo 2013-2014 do CRI Nacional.

TEMA PARA 2014/2015 – PROVOCAÇÃO

Como a inovação poderia aumentar a produtividade empresarial?

PUBLICAÇÕES NÚCLEO DE INOVAÇÃO 2013

LIVROS

ARRUDA, C.; TADEU, H. F. B. et al. Inovação em Cadeias de Valor de Grandes

Empresas. 1. ed. Brasília: CNI, 2013.

ARRUDA, Carlos; CARVALHO, Flavia. Inovações Ambientais: políticas públicas,

tecnologias e oportunidades de negócios. Rio de Janeiro: Editora Campus/Elsevier,

2014.

CAPÍTULO DE LIVRO

TADEU, Hugo Ferreira Braga; SALUM, Fabian Ariel; REIS, Rosana. Innovation

Management Reflections: a Brazilian Market Perspective. In: BREM, Alexander;

VIARDOT, Eric. (Org.). Evolution of Innovation Management. 1.ed. Estados Unidos:

Palgrave, 2013, v. 1.

Page 38: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

| 38 |

ARRUDA, C.; CARVALHO, F.; SAVAGET, P. Portraying the Eco-Innovative Landscape in

Brazil: determinants, processes and results. To be published in: “Eco-innovation and

the Development of Business Models: Lessons from Experience and New Frontiers in

Theory and Practice”. Springer, forthcoming, 2014.

ARTIGOS EM JORNAIS/REVISTAS

TADEU, H. F. B.; SILVA, Jersone Tasso Moreiraa. Does an Innovation Process Improve

Organizational Performance? A Practical Approach for Identifying Opportunities.

Global Journal of Management and Business (GJMBR), v. 13, p. 45-54, 2013.

TADEU, H. F. B.; NASCIMENTO, Fabio. Planejamento de estratégias na operação

logística. Dom (Fundação Dom Cabral), v. 1, p. 39-47, 2013.

TADEU, H. F. B.; SILVA, Jersone Tasso Moreira; ARRUDA, C. Estimating Private

Investment Functions for the Brazilians Capital Formation Industries: Evidence from

the Panel Data and Fixed Effects Models. African Journal of Business Management,

v. 7, p. 891-898, 2013.

TADEU, H. F. B.; SILVA, Jersone Tasso Moreira. Determinants of Private and R&D

Investment in Brazil: an Empirical Analyses of the Period 1996-2011. Business

Management Dynamics, v. 3, p. 34-45, 2013.

TADEU, H. F. B.; SILVA, Jersone Tasso Moreira. The Determinants of the Long Term

Private Investments in Brazil: an Empirical Analyses Using Cross-Section and Monte

Carlo Simulation. Journal of Economics, Finance and Administrative Science, v. 1, p.

11-17, 2013.

TADEU, H. F. B.; SILVA, Jersone Tasso Moreira. Energy Investment in Brazil: an

Empirical Analyses of the Period 1996-2011. Business Management Dynamics, v. 3, p.

10-25, 2013.

Page 39: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

| 39 |

The Influence of External Search Strategies on the Innovative Performance of

Brazilian Firms, RISUS - Journal on Innovation and Sustainability, São Paulo, vol. 4, n.

1, p. 43-59, 2013.

FERREIRA, Paulo Henrique Carvalho; OLIVEIRA, Carlos Alberto Arruda de; ROSSI,

Anderson; SOUZA, CARVALHO, Gustavo Ferreira Mendes de. et al. A inserção dos

serviços na atividade industrial. Revista DOM, 21, p. 63-69, jul/out 2013.

CONGRESSOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

CARVALHO, Flavia Pereira de; OLIVEIRA, Carlos Alberto Arruda de; DUTRA, Henrique

Dornas. Chasing Eco-advantage: Unravelling Who Creates and What Determines

Radical Eco-Innovations in Brazil. In: DRUID CELEBRATION CONFERENCE, 35., 2013,

Barcelona. 35th DRUID Celebration Conference. Barcelona: ESADE, 2013. 31 p.

RIGHI, Herica Morais; REIS, Rosana Silveira; SALUM, Fabian Ariel; PEREIRA, FARIA,

Raoni Henrique de. The barriers to innovate in Brazil. In: INTERNATIONAL

CONFERENCE ON MANAGEMENT OF TECHNOLOGY, 22, Porto Alegre, 2013. 22th

International Conference on Management of Technology.

CARVALHO, Flavia Pereira de. A Portrait of Eco-Innovative Activities in Brazilian Firms,

To be presented at the Globelics Conference, Ankara – Turkey, September 2013.

ARRUDA, C.; SAVAGET, P.; CARVALHO, F. Regulações como fator determinante de

Eco-Inovações no Brasil. Artigo a ser apresentado na Conferência LALICS, Rio de

Janeiro, 11-12 novembro 2013.

RELATÓRIOS DE PESQUISA

CADERNOS DE IDEIAS

Page 40: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

| 40 |

TADEU, Hugo Ferreira Braga; SILVA, Jersone Tasso Moreira. Avaliação setorial para o

investimento privado no Brasil: o caso do setor de fabricação de coque, refino de

petróleo, elaboração de combustível nuclear e produção de álcool. CI1309.

CARVALHO, Flavia; LAURIANO, Lucas Amaral. Ecoestratégia: o meio ambiente como

fonte de competitividade para as empresas. CI1308.

CARVALHO, Flavia. Os desafios enfrentados pelo empreendedorismo de base

tecnológica no Brasil: algumas percepções sobre as EBTS ambientais minerais.

CI1307.

TADEU, Hugo Ferreira Braga; SILVA, Jersone Tasso Moreira. Simulação de cenários

para o planejamento estratégico empresarial. CI1304.

TADEU, Hugo Ferreira Braga; SILVA, Jersone Tasso Moreira. Modelos de negócios,

estratégias e inovação: um estudo de caso para as empresas de aviação. CI1302.

PEREIRA, Raoni H.; RIGHI, Hérica Morais; LOURES, Marina; BICALHO, Tiara; BHERING,

Janayna; XAVIER, Bárbara. Pesquisa: fomento para inovação nas empresas brasileiras.

CI1306.

LARA, Alexander Prado. Empreendedorismo corporativo: a nova fronteira da

inovação? CI1301.

CASOS FDC

ROSSI, Anderson; FREITAS, Carlos. OI estrutura mercado de ideias como forma de

impulsionar cultura de inovação.CF1303.

ROSSI, Anderson; ARRUDA, Carlos; FREITAS, Carlos Alberto de; CARVALHO, Fábio

Antonio. Faber-Castell: fortalecendo sua cultura de inovação e buscando soluções

tecnológicas integradas ao futuro da companhia. CF1302.

Page 41: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

| 41 |

GRISOLIA, Luiza; PEREIRA, Raoni; RIGHI, Herica; SALUM, Fabian. A inovação em prol

da sustentabilidade na mineração: alguns desafios enfrentados pela Samarco.

CF1301.

ARTIGOS CURTOS EM JORNAIS/REVISTAS/SITES

TADEU, H. F. B. Crise Energética?.NewsComex, NewsComex, 21 out. 2013.

TADEU, H. F. B. Indicadores de Inovação. NewsComex, NewsComex, 31 out. 2013.

TADEU, H. F. B. Brasil e Coréia do Sul Crescimento Econômico e Inovação.

NewsComex, NewsComex, 1º out. 2013.

TADEU, H. F. B. Inovação na Prática. Portal NewsComex, Portal News Comex, 23 set.

2013.

TADEU, H. F. B. Energia e Inovação Tecnológica. NewsComex, NewsComex, 12 set.

2013.

TADEU, H. F. B. A Gestão de Operações com Foco na Inovação de Processos e

Serviços. CRN Brasil, http://crn.itweb.com.br, p. 36 - 41, 28 ago. 2013.

TADEU, H. F. B. Capital Físico, Humano e Riqueza. Portal NewsComex, Portal

NewsComex, 1º ago. 2013.

TADEU, H. F. B. Uma Breve História no Tempo. Portal NewsComex, Portal

NewsComex, 13 jun. 2013.

TADEU, H. F. B. Inovação Tecnológica e Mobilidade. Portal NewsComex, Portal

NewsComex, 8 mar. 2013.

TADEU, H. F. B. Infraestrutura e Competitividade. Revista Indk, Revista Indk, p. 10 -

13, 10 jan. 2013.

TADEU, H. F. B. Informação e Produtividade. Brasil Econômico, Brasil Econômico, p.

Page 42: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

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39 - 39, 7 jan. 2013.

ARRUDA, Carlos. O papel dos líderes na criação de empresas inovadoras. Pequenas

Empresas Grandes Negócios, 28 outubro 2013.

ARRUDA, Carlos. O Brasil é ruim de inovação, mas tem como melhorar. Pequenas

Empresas Grandes Negócios, 27 setembro 2013.

ARRUDA, Carlos. Inovação com olho no passado e no futuro. Pequenas Empresas

Grandes Negócios, 29 agosto 2013.

ARRUDA, Carlos. Inovar requer processos bem definidos. Pequenas Empresas

Grandes Negócios, 26 julho 2013.

ARRUDA, Carlos. Como romper as barreiras à inovação. Pequenas Empresas Grandes

Negócios, 25 junho 2013.

ARRUDA, Carlos. Inovar ou inovar, a opção estratégica para empresas competitivas.

Pequenas Empresas Grandes Negócios, 29 maio 2013.

ENTREVISTAS

TADEU, H. F. B. Infraestrutura Brasileira. 2013. Jornal Estado de Minas.

TADEU, H. F. B. As seis pragas que afetaram a aviação comercial em 2012. 2013.

(Programa de rádio ou TV/Entrevista). Jornal Estado de Minas.

TADEU, H. F. B. Longe de outros países. 2013. Jornal Estado de Minas.

TADEU, H. F. B. Terceira tentativa de licitar obra do puxadinho fracassa e Confins

esbarra na privatização. 2013. Jornal Estado de Minas.

TADEU, H. F. B. Mercado de palestras está em alta. 2013. Mundo S/A. Globo News.

TADEU, H. F. B. Inovação na Vale. 2013. Jornal Estado de Minas.

Page 43: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

| 43 |

TADEU, H. F. B. Falta de investimentos nos aeroportos gera prejuízos para

companhias aéreas e passageiros. 2013. Diário do Comércio

TADEU, H. F. B. Socorro vem a jato. 2013. Jornal Estado de Minas.

TADEU, H. F. B. Leilão de Confins pode ficar para o próximo ano. 2013. Jornal Estado

de Minas.

TADEU, H. F. B. Obras na pista do Aeroporto de Confins vão durar sete meses, diz

Infraero. 2013. Jornal Estado de Minas.

TADEU, H. F. B. Confins perde passageiros com queda de 6,8% no fluxo. 2013. Jornal

Estado de Minas.

Page 44: RELATÓRIO CRI NACIONAL CICLO 2013/2014

| 44 |

COORDENAÇÃO TÉCNICA DO NÚCLEO DE INOVAÇÃO E

EMPREENDEDORISMO

Carlos Arruda Professor de Inovação e Competitividade,

Diretor Executivo Adjunto de Parcerias Empresariais e Coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral.

TITULAÇÃO Doutor em Administração Internacional, pela University of Bradford, Inglaterra, 1992. Mestre em Administração, pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, 1988. Graduado em Engenharia Mecânica, pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG,

1980. ATUAÇÃO PROFISSIONAL Professor na área de Inovação e Competitividade, Diretor Executivo Adjunto de Parcerias

Empresariais e Coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral – FDC

Na FDC, foi Diretor de Relações Internacionais, Diretor Executivo do Conselho Internacional e Diretor de Desenvolvimento e Finanças, Diretor do Programa MBA Empresarial e Coordenador do Núcleo de Internacionalização e Competitividade.

Membro do Conselho Assessor do Kellogg Innovation Network (EUA), do conselho da Universidade de Angola (Angola).

Presidente do Conselho do UNICON (EUA) 2005-2011; membro do Conselho Técnico Científico do Instituto Venturus (Brasil) (2004-2010); Membro do Global Council on Talent and Diversity do World Economic Forum (Suíça), 2008-2010; do júri do Globe Award on Sustainable City (Suécia) 2010-2011; e do CTIT UFMG 2011-2012.

Oficial Superior de Divisão de Desenvolvimento e Suporte Empresarial, International Trade Centre UNCTAD/ITC, Suíça, 1998-2001.

Coordenador, no Brasil, dos Estudos World Competitiveness Yearbook do IMD e do Global Competitiveness Report do World Economic Fórum.

PUBLICAÇÕES Autor e coautor de diversas publicações no Brasil e no exterior, sobre os temas:

internacionalização de empresas; competitividade internacional; gestão da inovação, longevidade empresarial e empreendedorismo, incluindo os livros “Internacionalização de empresas brasileiras”, “Em busca do futuro – a competitividade no Brasil” e “Brazil Competitiveness Report 2009”.

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Hugo Ferreira Braga Tadeu

Professor da Fundação Dom Cabral TITULAÇÃO Pós-Doutor em Transportes, pela Sauder School of Business, Canadá. Doutor em Engenharia Mecânica, pela PUC Minas. Mestre em Engenharia Elétrica, pela PUC Minas. Graduado em Administração de Empresas, pela Faculdade de Economia e Administração

do IBMEC.

ATUAÇÃO PROFISSIONAL Coordenador Técnico no curso de Especialização em Gestão – Ênfase Projetos , Professor

da Fundação Dom Cabral – FDC, na área de Gestão de Operações e Logística e Gestão da Inovação. Pesquisador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo.

Na FDC, atua nos programas customizados para empresas de grande porte, nas parcerias empresariais, programas abertos, especialização e como professor colaborador do mestrado com a PUC Minas.

Pesquisador do Centre for Transportations Studies, Sauder School of Business, Canadá. Membro da ARTS – Air Transport Research Society. Atuou como professor dos programas de mestrado em administração e turismo em meio

ambiente do Centro Universitário UNA. Também foi Coordenador do Curso de Administração.

Atuou no desenvolvimento, comercialização e coordenação do CBA em Logística do IBMEC-MG.

Atuou como professor nos cursos de pós-graduação da PUC Minas e FGV-BI Minas. Atuou como professor em cursos de graduação da PUC Minas e Fundação João Pinheiro.

PUBLICAÇÕES Autor de livros sobre logística e gestão de operações: Gestão de Estoques, Logística

Aeroportuária, Logística Reversa, Logística Empresarial e Ensaios Aplicados à Logística, pela editora Cengage Learning.

Autor de livros sobre gestão da inovação: Estratégia, Operações e Inovação, pela Cengage Learning, Inovação em Cadeias de Valor de Grandes Empresas, pela CNI e Evolution of Innovation Management, pela Palgrave.

Autor de diversos artigos de opinião em jornais como Brasil Econômico, Estado de Minas, O Tempo, NewsComex, BrasilComex, Instituto Millenium, entre outros.

Prêmio de Melhor Livro de Logística e Comércio Exterior, na Bienal do Livro em Porto Alegre e São Paulo, 2011.

Vencedor do Prêmio Honra ao Mérito – Conselho Federal de Administração, 2010.

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Hérica Morais Righi

Professora Assistente da Fundação Dom Cabral

TITULAÇÃO Doutoranda em Política Científica e Tecnológica, pelo Departamento de Política Científica

e Tecnológica do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, início 2010 e previsão de conclusão 2014.

Mestre em Política Científica e Tecnológica, pelo Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas -UNICAMP, 2009.

Graduada em Economia, pela Faculdade de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, 2005.

ATUAÇÃO PROFISSIONAL Professora Assistente da Fundação Dom Cabral – FDC. Foi Pesquisadora Associada do

Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral – FDC, 2006-2011. Atuou no Núcleo Serasa de Inovação da FDC, 2005-2006.

Coordenadora do Centro de Referência em Inovação de Minas Gerais da Fundação Dom Cabral, 2012.

Autora de artigos nacionais e internacionais e de capítulos de livros. Pesquisadora do Projeto Interação Universidade - Empresa no Brasil coordenado pelo

Prof. Dr. Wilson Suzigan, 2006 - 2011. Coordenadora do estudo de mapeamento do Sistema de Inovação de Biotecnologia em

Minas Gerais realizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado, 2010-2012.

Atuou como consultora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) no Projeto de Mapeamento e Caracterização dos Fundos Setoriais, sendo responsável pelo estudo relativo ao CT-Petro, 2009-2010.

PUBLICAÇÕES Menção Honrosa - IX Seminário de Economia Industrial - Seminário Jovens

Pesquisadores, Grupo de Estudos em Economia Industrial (GEEIN) - UNESP. 2008. Originalidade do Tema e Importância para o Desenvolvimento – VII Seminário de

Economia Industrial - Seminário Jovens Pesquisadores, Grupo de Estudos em Economia Industrial (GEEIN) - UNESP. 2006.

Melhores Trabalhos em Ciências Sociais Aplicadas - XII Semana de Iniciação Cientifica, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. 2003.