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2015 Deolinda Ribas TFT – Construção Civil, Ldª 26-01-2015 RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE) Tribunal Comarca de Braga V. N. Famalicão – Inst. Central 2ª Secção do Comércio – J3 Processo n.º 253/14.7TBAMR

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2015

Deolinda Ribas

TFT – Construção Civil, Ldª

26-01-2015

RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE)

Tribunal Comarca de Braga

V. N. Famalicão – Inst. Central

2ª Secção do Comércio – J3

Processo n.º 253/14.7TBAMR

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Índice

ÍNDICE ............................................................................................................................... 2

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4

2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE ........................... 5

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE ........................................................... 5

2.2. COMISSÃO DE CREDORES ..................................................................... 5

2.3. A ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA .................................................. 5

2.4. DATAS DO PROCESSO .......................................................................... 6

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA

ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª ............................................................................ 6

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS ........................................................ 6

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS . 7

3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE ............................... 10

3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA .................................................................. 10

4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO

DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA ........................................................... 12

5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA ............................................ 14

5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA .................................................................... 14

5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE INSOLVÊNCIA ............ 15

5.3. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES ........ 15

6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO

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6.1. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA ...................... 17

6.2. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA .............................. 17

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7. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE) ...................................................... 18

8. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE) ...................................... 18

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1. INTRODUÇÃO

Pelo credor “Tcc – Técnica de Componentes de Construção, Ldª” foi

requerida a insolvência da sociedade “TFT – Construção Civil, Ldª”, tendo

sido proferida sentença em 4 de Dezembro de 2014.

Nos termos do art.º 155.º do CIRE, o administrador da insolvência deve

elaborar um relatório contendo:

a) A análise dos elementos incluídos no documento referido na alínea c)

do n.º 1 do artigo 24.º;

b) A análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião

sobre os documentos de prestação de contas e de informação

financeira juntos aos autos pelo devedor;

c) A indicação das perspectivas de manutenção da empresa do

devedor, no todo ou em parte, da conveniência de se aprovar um

plano de insolvência, e das consequências decorrentes para os

credores nos diversos cenários figuráveis;

d) Sempre que se lhe afigure conveniente a aprovação de um plano de

insolvência, a remuneração que se propõe auferir pela elaboração do

mesmo;

e) Todos os elementos que no seu entender possam ser importantes para

a tramitação ulterior do processo.

Ao relatório devem ser anexados o inventário e a lista provisória de credores.

Assim, nos termos do art.º 155.º do CIRE, vem a administradora apresentar o

seu relatório.

A Administradora da Insolvência

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2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE

SOCIEDADE TFT – Construção Civil, Ldª

NIPC 508005426

SEDE Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, nº 15, Bloco A, 2º

Andar, Ferreiros Braga

MATRICULA Conservatória do Registo Comercial de Braga

OBJECTO SOCIAL Construção, reparação, remodelação, demolição e

decoração de imóveis. Construção civil e obras

públicas. Comercialização de imóveis.

CAPITAL SOCIAL € 5.000,00

GERENTE Rui Manuel de Sousa Pimenta

SÓCIO Rui Manuel de Sousa Pimenta

QUOTA € 2.500,00

SÓCIO António Maia da Cunha

QUOTA € 2.500,00

FORMA DE OBRIGAR É necessária a assinatura conjunta de um gerente

2.2. COMISSÃO DE CREDORES

Não nomeada.

2.3. A ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA

Deolinda Ribas

NIF/NIPC: 175620113

Rua Bernardo Sequeira, 78, 1.º - Apartado 3033 – 4710-358 Braga

Telef: 253 609310 – 253 609330 – 917049565 - 962678733

E-mail: [email protected]

Site para consulta: Informações sobre o processo

http://www.n-insolvencias.com/insolvencias/253147tbamr;

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2.4. DATAS DO PROCESSO

Data e hora da prolação da sentença: 12-12-2014 pelas 11h00m

Publicado no portal Citius – 17 de Dezembro de 2014

Fixado em 30 dias o prazo para reclamação de créditos.

Assembleia de Credores art.º 155.º CIRE: 04-02-2015 pelas 10:30 horas

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS

Dispõe a al ínea c) do n.º 1 do artigo 24ª do CIRE que o devedor

deve juntar, entre outros, documento em que se expl icita a

actividade ou actividades a que se tenha dedicado nos úl timos

três anos e os estabelecimentos de que seja titular, bem como o

que entenda serem as causas da situação em que se encontra.

Após ser notificada a insolvente e o seu representante legal , nos

termos dos art.º 29.º, n.º 2 e 83.º do CIRE, para proceder à

entrega à signatária dos documentos referidos no n.º 1 do artigo

24.º do CIRE, nenhum documento foi junto.

A administradora da insolvência logrou entrar em contacto com

o TOC da insolvente , António Martinho Peixoto Silva, o qual

informou que renunciou às funções em 2010, disponibil izando os

seguintes documentos:

a) IES 2010;

b) Balancete de 2010;

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c) Mapa de depreciações de 2010;

Pelo requerente da insolvência foram juntos os seguintes

documentos:

d) Certidão permanente;

e) Cheques devolvidos;

f) Relação de processos pendentes;

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS

ÚLTIMOS TRÊS ANOS

CAE Principal 41200-R3 - Construção de edifícios (residenciais e

não residenciais) .

A sociedade tem como objecto social a construção, reparação,

remodelação, demol ição e decoração de imóveis , nos úl timos

três anos e tendo por base os elementos que foi possível

compilar, não desenvolveu qualquer actividade comercial .

Assim, é possível verif icar através da contabil idade e

informações prestadas pelo TOC, que a sociedade está inactiva

há pelo menos 4 anos.

De realçar que a sociedade não apresenta contas desde o

exercício de 2010, nem facultou quaisquer elementos referentes

aos últimos exercícios.

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EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS

Ano 2009 2010

2011, 2012,

2013 e 2014

Volume de

Negócios € 853.264 € 260.870 N/D

EVOLUÇÃO DOS CUSTOS E PERDAS

Rubricas 2009 2010 2011, 2012,

2013 e 2014

CMVMC € 101.870 € 73.768 N/D

FSE € 134.807 € 72.871 N/D

Custos com o

Pessoal

€ 173.483 € 79.268 N/D

Outros Custos

e Perdas

€ 22.878 € 13.821 N/D

Totais € 433.038 € 239.729 N/D

Resultados líquidos

Ano 2009 2010 2011, 2012,

2013 e 2014

Total € 356.500 € 25.167 N/D

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Balanços Históricos

Activos Fixos Tangíveis

Ano 2009 2010 2011, 2012,

2013 e 2014

Total € 50.264 € 27.346 N/D

Na rubrica de activos fixos tangíveis estão registados diversos

materiais de escritório e equipamentos básico, tais como prancha

metál ica, andas metál icas, um veículo automóvel, etc, conforme

mapa de imobil izado enviado pelo TOC da sociedade.

A signatária encetou diversas dil igências no sentido local izar os

bens da insolvente, no entanto nenhum bem foi localizado.

Acresce que através das buscas efectuadas na Conservatória do

Registo Automóvel, foi possível aferir que o veículo automóvel foi

vendido em 2011 a João Nino Montes da Silva.

Passivo

Ano 2009 2010 2011, 2012,

2013 e 2014

Total 625.194 631.464 N/D

O passivo da sociedade é superior ao valor do activo, o que

levou a sociedade a uma si tuação de insolvência .

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3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE

A sociedade tem a sua sede registada em instalações

arrendadas, sito na Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, nº 15, Bloco A,

2º Andar, Ferreiros Braga.

Após deslocação ao local identificado como sendo a sede da

devedora, foi possível verif icar que no local já não se encontra a

laborar a devedora.

Pelos vizinhos foi transmitido que a sede foi desocupada e

entregue aos proprietários há cerca de dois anos.

3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA

A empresa não se apresentou voluntariamente à insolvência.

As conclusões que infra se enunciam sobre as causas da

insolvência resultam da anál ise efectuada à informação

colocada à disposição da Administradora de Insolvência (petição

inicial e documentos fornecidos), bem como das dil igências

efectuadas por esta.

Deste modo, indicam-se os factos que foram possíveis da actual

situação de insolvência da devedora:

Foi constituída em 2007;

Na prossecução da sua actividade comercial a requerente

da insolvência vendeu e entregou à devedora diversas

mercadorias.

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Para proceder ao pagamento da quant ia que se encontrava

em divida, a ora insolvente entregou dois cheques para

pagamento, os quais apresentados a pagamento foram

devolvidos por falta de compensação;

A requerente da insolvência perante tal situação, intentou

uma Acção Executiva que correu termos na Secção Única

do Tribunal Judicial de Amares sob o n° 497/11.3TBAMR, no

qual foi f ixado o valor em divida de € 7,054.51.

No âmbito das dil igências efectuadas para apreensão de

bens e dos elementos documentais referentes à insolvente, a

signatária deslocou-se à sede da devedora e deparou-se

com um local residencial , não logrando obter quaisquer

informações nem local izar quaisquer bens ;

Para além da dívida à requerente da insolvência tem os

ainda seguintes credores:

Credores Fundamento Montante

Autoridade Tributária e

Aduaneira - Ministério

Público de Vila Nova de

Famalicão

IVA com vencimento em 20/08/2013,

16/12/2013, 23/01/2014, 21/02/2014,

27/05/2014, 26/08/2014 e 25/11/2014

4.873,87

Autoridade Tributária e

Aduaneira - Ministério

Público de Vila Nova de

Famalicão

IRC referente a 2010, IRS referente a 2010,

IVA reportado a 2011 e 2012, coimas e

encargos de processos de contra-

ordenação e custas de processos de

execução fiscal

247.250,47

Instituto da Segurança

Social, I.P.

Contribuições referentes aos meses de

Maio de 2007, Setembro a Dezembro de

2007, Abril de 2008 a Novembro de 2009,

Janeiro de 2010 a Junho de 2012 e custas

dos processos n.º 0301200801199552 e

apensos, 0301201000800040 e apensos e

0301201200477400 e apenso

183.148,35

Meo - Serviços de

Comunicações e

Multimédi, S.A.

Facturação 12.884,44

TCC - Técnica de

Componentes de Cheques 2.199,76

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Construção, S.A.

TCC - Técnica de

Componentes de

Construção, S.A.

Cheques 6.599,27

Vodafone Portugal -

Comunicações Pessoais,

S.A.

Facturação 954,50

Não foi possível apurar outras causas para a insolvência devido à

fal ta de documentação contabil í stica.

4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA

No relatório apresentado ao abrigo do art.º 155.º do CIRE, deve a

Administradora da insolvência efectuar uma anál i se do estado da

contabil idade da devedora e a sua opinião sobre os documentos

de prestação de contas e de informação financeira juntos pela

devedora.

A contabil idade da empresa foi processada sob a

responsabil idade técnica do TOC António Martinho Peixoto Silva,

com o NIF 188527362.

Em termos gerais, a contabil idade tem de transmitir uma imagem

verdadeira e apropriada da real idade económica e financeira da

sociedade e tem de ser compreensível para o conjunto de

entidades com as quais se relaciona, nomeadamente

investidores, empregados, mutuantes, fornecedores, cl ientes,

Estado e outros.

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Nos termos do art.º 115.º do CSC, as sociedades comerciais são

obrigadas a dispor de contabil idade organizada nos termos da lei

comercial e fiscal e não são permitidos atrasos na execução da

contabil idade superiores a 90 dias.

Da anál ise dos documentos juntos re lativos aos exercícios de 2009

e 2010, verifica-se que a contabil idade da sociedade satisfaz os

princípios de natureza comercial e fiscal e permitem apurar,

àquela data, a respectiva verdadeira posição financeira, o que,

foram apresentadas.

EXACTIDÃO DO BALANÇO APRESENTADO

De acordo com o que foi verif icado, concluímos que foram

adoptados os procedimentos contabil í sticos que decorrem do

Plano Oficial de Contabil idade (POC) e do SNC Sistema de

Normal ização Contabil í stica.

SITUAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO COMERCIAL

As contas do exercício de 2011 a 2013 não foram apresentadas e

depositadas na Conservatória do Registo Comercial , conforme

determinado por lei.

CRITÉRIOSVALORIMÉTRICOS

Imobil izações Corpóreas

Não resulta dos elementos facultados que as imobil izações

corpóreas não tenham sido contabil izadas pelo respecti vo valor

de aquisição. Os valores apresentados no balanço não incluem

reaval iações efectuadas ao abrigo dos diplomas legais bem

como reaval iações extraordinárias, conforme referido nos

diplomas legais uti l izados na reaval iação de imobil izado.

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5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA

5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA

A empresa não se apresentou voluntariamente à insolvência e

não se encontra a laborar.

A signatária deslocou-se ao local onde laborava a insolvente , s ita

na Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, nº 15, Bloco A, 2º Andar,

Ferreiros, Braga, não sendo possível verificar se no local existem

bens da propriedade da devedora, por se tratar de um

apartamento e não se encontrar lá qualquer pessoa .

Pelos vizinhos foi transmitido que a sede da devedora foi

desocupada e entregue aos proprietários há mais de dois anos.

Fotos da sede da insolvência

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5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE

INSOLVÊNCIA

Após recolhas de elementos sobre a sociedade, não foi possível

reunir condições para vir a ser apresentado um Plano de

Insolvência.

Assim, tendo em conta as informações supra referidas, apenas se

poderá concluir pela impossibi l idade de manutenção da

empresa.

Nada foi junto aos autos que permita sustentar a inversão

daquela situação.

Assim sendo, entende-se por inexequível um qualquer plano de

recuperação.

5.3. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS

CREDORES

Actualmente a insolvente não possui qualquer estabelecimento .

Procedeu-se à deslocação ao local identificado como

correspondente à sede da insolvente, tendo sido possível verificar

que a mesma já al i se não encontra a laborar.

A signatária encetou dil igências no sentido de averiguar a

existência de bens no património da insolvente, nomeadamente

através da anál ise da contabil idade, deslocação à sede da

insolvente e contactos com o TOC, bem como junto da

Conservatória do Registo Predial e Automóvel e Repartição de

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Finanças, tendo verificado que a devedora não possui quai squer

bens móveis ou imóveis registados.

Através das buscas efectuadas na Conservatória do Registo

Automóvel, foi possível aferir que o veículo automóvel registado

na contabil idade em 2010 e descrito no mapa de activos fixos

tangíveis da devedora foi vendido em 2011, a João Nino Montes

da Silva.

Assim, sendo a massa insolvente é insuficiente para a satisfação

das custas do processo e das restantes dívidas da massa

insolvente, situação da qual se dá, desde já, conhecimento nos

termos e para os efeitos no disposto nos artºs 232.º e 230º, n.º 1,

al . d),a fim de, caso assim se entenda, ser declarado encerrado o

presente processo de insolvência.

Assim, considerando que:

1. De acordo com a percepção recolhida pela Administradora

de Insolvência, e tendo em atenção as anál ises já referidas

e expl icitadas acima, afigura-se que a Insolvente não tem

qualquer capacidade económica ou financeira de poder vir

a solver os seus compromissos;

2. Não existe por parte dos Credores ou qualquer legitimado

intenção de apresentação de um Plano de Insolvência;

a Administrador da Insolvência propõe, nos termos do art.º 156.º

do CIRE:

a) O encerramento definitivo do estabelecimento onde a

insolvente prestava a sua actividade (n.º 2 do art.º 156.º

do CIRE);

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b) O encerramento do processo de insolvência por

insuficiência da massa (artºs 232.º e 230º, n.º 1, al . d)).

c) A notif icação da AT -Autoridade Tributária e Aduaneira –

Serviço de Finanças - , para que, proceda oficiosamente à

cessação imediata da actividade da Insolvente, em sede

de IVA e de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas

Colectivas (I .R.C.), de acordo com do nº 3, do art. 65º do

C.I .R.E. (com a redacção da Lei nº 16/2012, de 20 d e

Abril ).

6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO

6.1. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA

Uma vez que não foram facultados à signatária quaisquer

elementos para além da contabil idade junta pelo TOC da

sociedade, não existe informação que permita à Administradora

de Insolvência poder pronunciar -se quanto ao presente

dispositivo.

6.2. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA

Caso disponha de elementos que justifiquem a abertura do

incidente de qual ificação da insolvência, na sentença que

declarar a insolvência, o juiz declara aberto o incidente de

qual ificação, com carácter pleno ou l imitado – cfr. al . i) doa rt.º

36.º do CIRE.

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Nos presentes autos a sentença que decretou a insolvência não

declarou, desde logo, aberto aquele incidente.

Assim, nos termos do n.º 1 do art.º 188.º do CIRE, até 15 dias após

a real ização da assembleia de apreciação do relatório, a

administradora da insolvência ou qualquer interessado deverá

alegar, fundamentadamente, por escri to, em requerimento

autuado por apenso, o que tiver por conveniente para efeito da

qual ificação da insolvência como culposa e indicar as pessoas

que devem ser afetadas por tal qual ificação, cabendo ao juiz

conhecer dos factos alegados e, se o considerar oportuno,

declarar aberto o incidente de qual ificação da insolvência, nos

10 dias subsequentes.

Para o efeito, regista-se, desde já a inexistência de colaboração

por parte da gerência e ausência de elementos referentes à

devedora para além da contabil idade disponibil izada pelo TOC.

7. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE)

Não foi possível local izar e lograr a apreensão de quaisquer bens

pertencentes à insolvente.

8. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE)

Em anexo