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Relatório de Ações Socioambientais Korin Agropecuária

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Relatório de Ações Socioambientais

Korin Agropecuária

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ÍNDICE

• INTRODUÇÃO 4

• MENSAGEM DO PRESIDENTE 5

• A KORIN 7

• SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL 32

• COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO 51

• GOVERNANÇA CORPORATIVA 61

• DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO 63

• 20 ANOS DE KORIN 66

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IntroduçãoA Korin Agropecuária é uma empresa diferente das demais desde o nascimento. Ela

surgiu não para ganhar o mercado, estritamente, mas para ajudar a construir um novo

conceito de alimentação. O objetivo era contribuir com uma vida mais saudável, em

equilíbrio com o meio ambiente e que pudesse se estender a todo o Brasil.

Foi pioneira numa série de produtos que hoje comercializa, como o frango AF (Antibiotic

Free) e os ovos com certificação de bem-estar animal. Por isso, tornou-se referência

também no desenvolvimento de tecnologias agrícolas e de criação animal, feitas em

parceria com instituições de ensino e de pesquisa. Tornou-se símbolo de uma empresa

inovadora e tem os resultados de seus trabalhos publicados internacionalmente.

Também se transformou em exemplo a ser seguido por outras empresas interessadas em

modos alternativos de produção e que querem fugir do sistema convencional tão nocivo

ao solo, às águas, ao ar e aos próprios produtores e consumidores.

O início foi complicado. A marca era desconhecida e seus produtos tinham que competir

com outros de grandes empresas com nomes estabelecidos no mercado. Também foi

difícil contar com produtores parceiros, receosos de uma empreitada que poderia render

resultados no mínimo duvidosos.

A solução foi a construção de granjas próprias e, posteriormente, a adoção do sistema de

integração. Com o investimento em pesquisas que resultaram no aprimoramento de suas

atividades e, consequentemente, da produção, a Korin hoje atingiu um patamar de solidez

e encontra-se em plena expansão de suas atividades.

A empresa cresceu e a marca Korin tornou-se símbolo de produtos saudáveis e

sustentáveis, o que fez aumentar a demanda não só por quantidade como por diversidade

de produtos. Em 2010, a revista Supermercado Moderno elegeu a Korin como a 5ª marca

mais lembrada pelos varejistas na Grande São Paulo e no Rio de Janeiro.

Tudo isso, contudo, sem perder de vista seu objetivo primordial e razão de sua origem: a

promoção da saúde, do bem-estar e do equilíbrio entre o homem e a natureza, demonstrando

que é possível, sim, crescer com uma proposta diferente para o mercado, com base na

construção de uma cadeia de valor.

Este Relatório se propõe a contar como a Korin, que completa 20 anos em 2014, conseguiu

atingir este seu atual patamar de excelência, suas principais atividades e iniciativas que dizem

respeito à inovação e à gestão sob o ponto de vista socioambiental e os principais desafi os

e lacunas ainda por superar.

Boa leitura!

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

O que move uma empresa é o seu valor. Para a Korin, este valor não se refere somente à

qualidade dos produtos, o que também é fundamental, mas principalmente ao trabalho

em torno de uma palavra: respeito. Respeito às centenas de colaboradores que fazem a

empresa diariamente, aos produtores que cultivam os alimentos que chegam à mesa dos

brasileiros, aos fornecedores que nos procuram por sermos uma instituição transparente

e responsável, aos consumidores conscientes que sabem diferenciar preço de valor

agregado, tendo conhecimento de que a saúde é o bem mais importante da vida, e ao meio

ambiente, com a preocupação em desenvolver uma cadeia sustentável que mantenha a

natureza íntegra e o solo vivo, produtivo e rico em energia vital.

A Korin, desde seu nascimento, em 1994, segue os princípios da Agricultura Natural,

preconizada pelo filósofo e pensador japonês Mokiti Okada (1882-1955), que preza pelo

cultivo dentro de uma cadeia sustentável, de total harmonia entre o homem e o solo.

Este tipo de agricultura diferencia-se em diversos aspectos das agriculturas tradicionais,

começando pela menor emissão de gases causadores do efeito estufa, passando pela

preservação da saúde dos agricultores e finalizando com maior qualidade dos alimentos.

Mokiti Okada entrou em minha vida muito cedo. Quando conheci as maravilhas que seus

conhecimentos poderiam fazer pelo mundo, decidi dedicar minha vida à expansão da

alimentação natural. Em um de seus ensinamentos ele diz: “Em termos humanos, quanto

mais se trabalha, mais saúde se tem; quanto mais se descansa, mais fraco se fica”.

Aprendi que esta definição se aplica tanto ao homem quanto também ao solo, de onde

provém todos os alimentos que nutrem a humanidade. O pensador ainda afirmou. “Os

três elementos básicos – fogo, água e terra – são forças motrizes para desenvolver os

produtos agrícolas, bastará que estes sejam plantados numa terra pura, expostos ao sol

e suficientemente abastecidos com água, para se obter um grande êxito, jamais visto até

hoje. Não se sabe desde quando, mas o homem cometeu um enorme equívoco ao usar

adubos, pois ignorou completamente, a natureza do solo”. Isso quer dizer que um solo

puro resulta em uma planta pura e consequentemente um alimento puro, produtos esses

que a Korin oferece a todos os seus consumidores e encara como um compromisso de

vida.

A interferência do homem na natureza e nas produções agropecuárias está afetando

em ritmo acelerado o planeta e as sociedades. Hoje, por exemplo, nos deparamos com o

aumento exponencial de alimentos transgênicos. A melhor forma de fomentar a produção

de grãos não transgênicos é aumentar a demanda por frangos orgânicos, o que serve de

grande incentivo para que os produtores parem de produzir grãos OGM (Organismos

Geneticamente Modificados).

A responsabilidade social, inerente às nossas atividades, abrange desde a compra

antecipada de milho proveniente da agricultura familiar, que garante sua subsistência

perante um mercado de grandes produtores, até a compra de arroz cultivado em

terras de reforma agrária, que ajuda famílias de agricultores a se manterem no campo,

evitando assim, o êxodo rural. Por sermos adeptos da Filosofia de Mokiti Okada, temos o

grande desejo de pragmatizar os ensinamentos da Agricultura Natural e disponibilizar à

população toda a linha de alimentos naturais, promovendo, não só a saúde e o bem-estar

do consumidor, como também a prosperidade do produtor rural, que, com dignidade,

conseguirá fazer com que sua atividade econômica seja transmitida a seus filhos para

que se orgulhem da história de seus pais e optem por seguir o mesmo caminho.

Ao longo desses anos, nos esforçamos para resolver as lacunas que o sistema agroalimentar

orgânico possui. Através de palestras, exposições e entrevistas, conseguimos expandir o

mercado consumidor e produtor e tivemos, como resultado, produtos mais saborosos e

saudáveis num ambiente mais equilibrado e justo.

A Korin é uma empresa que difere das outras, uma vez que a maior pulsação de sua

existência não está nos modelos empresariais clássicos de lucro pelo lucro, o que faz

com que as premissas de sustentabilidade nos sejam intrínsecas e o que nos permite

mostrar, há duas décadas, que é possível produzir sem degradar, crescer sem prejudicar,

naquele que costumamos chamar de “o verdadeiro caminho para a agricultura”.

Por tudo isso, é com imensa satisfação que apresentamos nosso primeiro Relatório de

Ações Socioambientais. Uma feliz coincidência, já que em 2014, completamos vinte anos

de história. Este documento registra de forma transparente nossas ações e, olhando para

trás, podemos ver o quanto crescemos e evoluímos na construção do objetivo de levar

alimentos saudáveis a um número cada vez maior de pessoas e o quanto ainda vamos

evoluir daqui para frente.

Muito obrigado.

Reginaldo Morikawa

Diretor superintendente da Korin Agropecuária

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A KORINA KORINMISSÃO: Produzir e comercializar alimentos que promovam a saúde e o bem-estar do consumidor, assim

como a prosperidade do produtor, utilizando métodos produtivos que gradativamente concretizem

a Agricultura Natural preconizada por Mokiti Okada, através de um modelo, social, ambiental e

economicamente sustentável.

PRINCÍPIOS E VALORES:• RESPEITO AO CONSUMIDOR - É a orientação de nossas ações internas e externas. Respeitamos

o consumidor ao nos preocuparmos em levar alimentos saudáveis à sua mesa, mantendo uma

busca incessante por melhores produtos;

• PREOCUPAÇÃO COM A SAÚDE - Buscamos atingir o estado de Verdadeira Saúde, na produção

agropecuária e na vida humana. Produzimos alimentos naturais, com alto valor biológico e que

não prejudiquem a saúde porque nos preocupamos com a saúde dos consumidores e com a

saúde do planeta;

• RESPEITO AO MEIO AMBIENTE - Em harmonia com a Natureza, aprendemos seus mecanismos

e contribuímos para preservar o futuro. O sistema de produção da Korin baseia-se no respeito

ao meio ambiente e às Leis da Natureza. Nossa preocupação é não poluir e não agredir o meio

ambiente. Somente assim conseguiremos proporcionar maior qualidade de vida a todos os seres;

• ÉTICA EMPRESARIAL E INTEGRIDADE - Sinceridade, honestidade e respeito às leis norteiam

as nossas relações com funcionários, clientes e fornecedores. Ética empresarial e integridade nas

relações trabalhistas e fiscais zelam pela imagem de empresa idônea, obtida através de anos de

trabalho sério e transparente;

• QUALIDADE - O aumento da eficiência e da satisfação dos clientes internos e externos é o

nosso objetivo constante. A qualidade é o princípio que norteia todos os esforços da nossa equipe

de trabalho;

• VALORIZAÇÃO DO PRODUTOR - Elevar a qualidade de vida do produtor é fundamental para a

construção de uma sociedade equilibrada. A valorização do produtor, que representa a base do

processo, garante a sustentação de toda a cadeia produtiva. Colocamos a saúde e o bem-estar

dos produtores em primeiro lugar;

• INOVAÇÃO - Com sua prática de respeito à Natureza, a Korin criou um novo conceito de

agroindústria. Mesmo sendo pioneira, a Korin não para de evoluir, em ideias e tecnologia

RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORIN

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• ESPIRITUALIDADE - Este é um conceito muito abrangente e profundo, pois reconhecemos a

existência do sentimento e do espírito em todas as coisas: nos animais, nos vegetais e nos demais

seres. União, trabalho competente e espiritualidade geram resultados cada vez mais positivos,

garantindo, com isso, a viabilidade da atividade. Reconhecer a missão espiritual dos alimentos é

contribuir para elevar a sua qualidade e o seu valor biológico. O alimento é vida;

• PIONEIRISMO E DIFUSÃO DE TECNOLOGIA - A Korin é uma das primeiras empresas a investir

na produção de alimentos de Agricultura Natural em larga escala, motivando produtores e outras

empresas a seguirem o mesmo caminho. Difundimos a tecnologia de produção natural com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida à população. Aprendemos e ensinamos,

colaborando e construindo parcerias;

• RESPONSABILIDADE SOCIAL - Nosso trabalho visa transformar positivamente a sociedade, em

favor da paz, da justiça e da saúde através da alimentação. Exercemos nossa responsabilidade

social, por exemplo, contribuindo para a preservação da saúde dos agricultores e incentivando a

sustentabilidade da sua produção;

• TRABALHO EM EQUIPE E PARTICIPAÇÃO DO FUNCIONÁRIO - É da criatividade e motivação

das pessoas que depende o sucesso da empresa. A figura do funcionário, dentro dessa cadeia

produtiva, é uma das mais importantes, pois a sua participação é percebida na qualidade de nossos

produtos;

• EFICIÊNCIA - Respeitando os princípios da Lei da Natureza, a Korin busca constantemente atingir

a eficiência;

• RESPEITO AO COLABORADOR - A ética e integridade de nossa empresa fazem com que nos

preocupemos com nossos colaboradores (sejam eles funcionários ou fornecedores), através de

cuidados ligados à sua alimentação/saúde;

• FOCO NO CLIENTE - Desde o início da produção até os postos de venda, a Korin preocupa-se em

oferecer ao cliente produtos verdadeiramente confiáveis. A Korin produz produtos naturais, com

qualidade, pensando sempre em sua principal razão de existir. E sua principal razão de existir é o

cliente;

• BEM-ESTAR ANIMAL - A produção da Korin considera o bem-estar dos animais de criação como

princípio, ao cuidar da sua saúde, conforto, nutrição, manejo e abate humanitários. Os animais

podem expressar comportamentos da espécie e não devem sofrer com dores, medo ou angústia.

VISÃO:Tornar-se em cinco anos uma empresa líder no Brasil e uma referência mundial,

com sustentabilidade financeira e ambiental, e benéfica ao desenvolvimento

socioeconômico do país, através da oferta de produtos oriundos da tecnologia da

Agropecuária Natural.

A FILOSOFIA POR TRÁS DA EMPRESA:

AFINAL, QUEM É A KORIN?

A Korin Agropecuária é uma empresa brasileira, fundada há 20 anos, que segue os

princípios e valores ecológicos na produção de alimentos naturais. Baseado na filosofia

de Mokiti Okada (fundador da Igreja Messiânica, criada em 1935, no Japão), o modelo de

Agricultura Natural aplicado pela empresa privilegia o perfeito equilíbrio entre preservação

e uso dos recursos naturais, sem que seja necessária a aplicação de produtos químicos.

O principal objetivo da Korin é contribuir para a expansão da Agricultura Natural e,

consequentemente, para o desenvolvimento pleno e sustentável de seus praticantes,

priorizando a qualidade de vida, o meio ambiente e a responsabilidade social.

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RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORINRELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORIN

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1994: Criação da Korin no brasil1995: Construção do abatedouro

de frangos criados sem antibióticos e

promotores de crescimento em Ipeúna/

SP

2002: Começa o replantio de árvores

nativas no Polo de Agricultura Natural de

Ipeúna, em parceria com o Consórcio das

Bacias dos Rios Capivari e Piracicaba

2005: Tem início o conceito de

“desembalagem” na empresa, com o

objetivo de reduzir os resíduos sólidos

da produção

2008: Processo produtivo de frango

AF passa a ser inspecionado pela WQS

(World Quality Services)

2010: Inaugurada primeira loja de

franquia da Korin, em Natal; a revista

Supermercado Moderno elege a

Korin a 5ª marca mais lembrada pelos

varejistas na Grande São Paulo e no Rio

de Janeiro; inicia-se o projeto Agenda

Verde na propriedade de Ipeúna

2013: Korin recebe o prêmio

ECO-AMCHAM pelo segundo ano

consecutivo; é escolhida pelo Ministério

da Agricultura e Pecuária como “uma

empresa modelo de sustentabilidade”,

o que significou sua inclusão no livro

“Gestão Sustentável na Agricultura” (2ª

edição), lançado em 2014

1997: Primeira ampliação do

abatedouro de aves em função do

aumento da produção

2004: A Korin começa a produzir

ovos de maneira sustentável

2007: Segunda ampliação do

abatedouro de aves; início do processo

de maior profissionalização da gestão

2009: Empresa começa a dar lucro

de forma efetiva; O Centro de Pesquisa

Mokiti Okada é convidado a participar

do Conselho Unificado das APAs

Corumbataí – Piracicaba (nas quais o

Polo de Ipeúna está inserido)

2012: Korin recebe os prêmios ECO-

AMCHAM, na modalidade “práticas

de sustentabilidade”, e Greenbest (da

Greenvana), na categoria “alimentação”;

recebe a pontuação de 0,87 (numa

escala de 0 a 1) da avaliação de

impacto ambiental APOIA-NovoRural,

da Embrapa/Jaguariúna

Atenta não apenas aos valores ecológicos, a Korin também se preocupa com a parte social

que tange sua produção. Por isso, estimula e orienta os agricultores que formam sua rede

de fornecedores e colaboradores para o fortalecimento de unidades agrícolas familiares

sustentáveis, através de iniciativas inovadoras, capazes de gerar desenvolvimento

econômico e social. Além disso, trabalha com pequenos e médios produtores, para quem

transfere conhecimento e tecnologia para a prática do método de Agricultura Natural.

Tudo isso para desenvolver uma produção agrícola justa, capaz de oferecer alimentos

puros, sem prejuízo à saúde do lavrador e do consumidor, resguardando a integridade

ambiental e a qualidade de origem dos seus produtos.

Assim como a agricultura, a criação industrial de animais da empresa também leva

em consideração os pilares da Agricultura Natural. No caso da produção de aves, por

exemplo, elas são criadas sem o uso de antibióticos ou ingredientes de origem animal

em sua ração.

RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORINRELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORIN

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A AGRICULTURA NATURALO modelo da Agricultura Natural nasce de uma profunda preocupação com o emprego excessivo

de agroquímicos no solo, que, por conta do seu uso indiscriminado, têm provocado graves

consequências ao meio ambiente, contaminando mananciais, leitos de rios, lençóis freáticos e

afetando assim toda a cadeia alimentar. Além disso, a impregnação de resíduos químicos nos

alimentos provoca a alteração do seu verdadeiro sabor e compromete a saúde de quem produz e

de quem compra.

Para Mokiti Okada, o pai da Agricultura Natural, a natureza, em seu estado original, representa a

Verdade e, portanto, precisa ser respeitada. Para o filósofo, a humanidade, ao longo de sua história,

se afastou da natureza e acabou por promover um estado de degradação do meio ambiente,

fazendo o uso indiscriminado de seus recursos naturais, o que resultou numa agricultura como a

que é praticada atualmente, denominada “agricultura convencional”, que negligencia o poder do

solo, as plantações e o equilíbrio natural.

Segundo o Mokiti Okada, que preconiza a identidade entre espírito e matéria, o espírito é inerente

não só ao homem, mas a todos os seres vivos. E, sendo o solo o maior organismo vivo do planeta,

sua importância é vital para a preservação da vida humana na Terra. Por isso, a Agricultura Natural

tem no solo a base de sua filosofia e de seu trabalho.

Diferente do que se imagina, a proposta para uma nova agricultura não é o aperfeiçoamento de técnicas

de cultivo, mas a valorização e o fortalecimento do solo. Um solo forte é a chave para restabelecer

o estado natural de produção de alimentos, sem o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos.

Os principais objetivos da filosofia que cerca a

Agricultura Natural são os seguintes:

• Produzir alimentos que incrementem cada vez mais

a saúde do homem.

• Ser econômica e espiritualmente vantajosa, tanto para

o produtor como para o consumidor.

• Poder ser praticada por qualquer pessoa e, além disso,

ter caráter permanente.

• Respeitar a Natureza e conservá-la.

• Garantir alimentação para toda humanidade,

independentemente de seu crescimento demográfico.

RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORIN

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A RELAÇÃO COM O MERCADO:Criada em 1994, a Korin nasceu para dar continuidade ao desenvolvimento de

um mercado nacional de alimentos orgânicos e naturais, trabalho que vinha

sendo realizado pela Igreja Messiânica havia cerca de 16 anos. É esta conexão

que permite compreender a razão da existência de uma empresa que apenas

começou a dar lucro em 2009, 15 anos depois de ter começado a funcionar.

Controlada pela Igreja Messiânica Mundial do Brasil, a Korin, que significa

anéis de luz em japonês, tem como filosofia o incentivo à alimentação

saudável e, para tanto, comercializa atualmente mais de 60 produtos. Ao

longo dos anos, o reconhecimento e a força da marca possibilitaram novas

oportunidades de negócios, como as parcerias com indústrias e produtores

em outros Estados, como Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e São

Paulo, que, por desenvolverem processos produtivos com base nos mesmos

conceitos, foram aprovados para comercializar com a marca Korin produtos

como mel e seus derivados, café, arroz, sopa instantânea e até cosméticos.

Muitos desses produtos apresentam resultados no vermelho. Ou seja, ainda não dão lucro para

a empresa. No entanto, sua produção faz sentido dentro da política mercadológica da Korin que,

como já foi mencionado, nasceu com um objetivo mais amplo do que o meramente comercial.

Hoje, o mercado de alimentos orgânicos e naturais já alcançou um patamar um pouco maior do

que o encontrado pelos seus fundadores à época em que abriram a empresa. Mesmo assim, ela

segue sendo a pioneira na criação do frango Antibiotic Free (AF), sem antibióticos e promotores

artificiais de crescimento, no Brasil e é a única a produzir ovos com selo de bem-estar animal.

Mais do que o lucro, o compromisso da Korin é com uma agricultura e criação de animais livres de agroquímicos, capazes de produzir alimentos puros e saudáveis para o meio ambiente e para a sociedade.

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Estado

Acre

Alagoas

Amapá

Amazonas

Bahia

Ceará

Distrito Federal

Espírito Santo

Goiás

Maranhão

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso

Minas Gerais

Pará

Paraíba

Paraná

Pernambuco

Piauí

Rio de Janeiro

Rio Grande do Norte

Rio Grande do Sul

Rondônia

Roraima

Santa Catarina

São Paulo

Sergipe

Tocantins

TOTAL

Sigla

AC

AL

AP

AM

BA

CE

DF

ES

GO

MA

MS

MT

MG

PA

PB

PR

PE

PI

RJ

RN

RS

RO

RR

SC

SP

SE

TO

Pontos de Venda

0

4

4

6

31

20

22

14

6

9

8

2

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6

5

32

18

6

280

6

18

2

0

31

840

10

1

1406

Região

Norte

Nordeste

Norte

Norte

Nordeste

Nordeste

Centro-Oeste

Sudeste

Centro-Oeste

Nordeste

Centro-Oeste

Centro-Oeste

Sudeste

Norte

Nordeste

Sul

Nordeste

Nordeste

Sudeste

Nordeste

Sul

Norte

Norte

Sul

Sudeste

Nordeste

Norte

DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS DE VENDA NO BRASIL (Dados de 2013)

Norte

Centro-Oeste

Sul

Nordeste

Sudeste

DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS DE VENDA NO BRASIL

(Dados de 2013)

82%

8%

6%

3%

1%

DISTRIBUIÇÃO DE CLIENTES POR REGIÃO DO BRASIL

RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORINRELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORIN

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A PRODUÇÃO ORGÂNICA E DE AGRICULTURA NATURAL

O que exatamente são produtos orgânicos e naturais? O que os diferencia de produtos

convencionais? É verdade que eles são melhores para a saúde? O que eles têm a ver com

sustentabilidade e responsabilidade social?

Essas são algumas das perguntas feitas por quem ainda não está familiarizado com o universo

orgânico, ao comparar seus produtos com os convencionais. Inicialmente, um produto para poder

ser comercializado como orgânico precisa ser certificado, e isso pode ser feito de três maneiras.

Atualmente, a legislação brasileira prevê que a qualidade orgânica pode ser atestada por meio de

Certificação por Auditoria, através dos Sistemas Participativos de Garantia ou pelo Controle Social

para a Venda Direta sem Certificação.

Hoje, a Certificação por Auditoria pode ser conferida, por exemplo, pela Ecocert Brasil Certificadora,

pelo IBD Certificações, pela IMO Control do Brasil, pelo Instituto Nacional de Tecnologia e pelo

Instituto de Tecnologia do Paraná.

Já o Sistema Participativo de Garantia (SPG) permite que entidades como a Associação dos

Agricultores Biológicos do Rio de Janeiro (ABIO), a Associação de Agricultura Natural de Campinas

e Região (ANC), a Associação Ecovida de Certificação Participativa (Rede Ecovida) também possam

certificar. O objetivo desse sistema é possibilitar a geração da credibilidade adequada a diferentes

realidades sociais, culturais, políticas, institucionais, organizacionais e econômicas de produtores

no país. Para se tornar um SPG, devem ser reunidos produtores e outras pessoas interessadas

para assim organizar a sua estrutura básica, que é composta pelos Membros do Sistema e

pelo Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (OPAC). Os OPACs correspondem

às certificadoras no Sistema de Certificação por Auditoria. São eles que avaliam, verificam e

atestam que produtos ou estabelecimentos produtores ou comerciais atendem às exigências

do regulamento da produção orgânica. Para os OPACs atuarem legalmente, eles precisam estar

credenciados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Por último, está o Controle Social para a Venda Direta sem Certificação. Este sistema representa

uma brecha na legislação brasileira para que agricultores familiares possam vender diretamente a

seus consumidores finais sem necessidade de certificação. Para isso, é necessário que se constitua

uma Organização de Controle Social (OCS), que pode ser formada por um grupo, associação,

cooperativa ou consórcio, com ou sem personalidade jurídica, de agricultores familiares, com alto

grau de credibilidade, organização, comprometimento e confiança. O papel de uma OCS é orientar

de forma correta os agricultores que fazem parte dela, permitir que seus consumidores possam

tirar dúvidas sobre o processo produtivo e tenham seu direito de visita às unidades de produção

assegurado, além de viabilizar a comunicação com os órgãos fiscalizadores.

O constante crescimento do mercado de orgânicos no Brasil e no mundo se deve, basicamente, à

atuação do consumidor que, com o aumento da sua conscientização e busca por produtos mais

saudáveis e menos agressivos ao meio ambiente, tem pressionado as empresas a prestarem mais

atenção aos seus processos produtivos.

A palavra “orgânico” refere-se à maneira como estes produtos agrícolas são cultivados e processados. Ela se refere a um sistema de produção, transformação, distribuição e vendas que garante aos consumidores que os produtos mantêm a integridade orgânica que começa na unidade de produção.

A produção orgânica é baseada em um sistema de cultivo que mantém e repõe a fertilidade do

solo sem o uso de pesticidas e fertilizantes químicos, aditivos sintéticos, drogas veterinárias ou

sementes transgênicas. Produtos biológicos utilizados nas culturas também devem ser fabricados

sem o uso de antibióticos ou hormônios sintéticos. Sendo assim, seu cultivo utiliza apenas

sistemas naturais de adubação para combater pragas e fertilizar o solo.

As certificações concedidas aos produtores orgânicos existem justamente para assegurar que

os métodos, práticas e substâncias utilizadas na produção e manipulação de culturas, gado e

produtos agrícolas transformados estão em conformidade com estas determinações.

Do outro lado, a produção convencional baseia-se na utilização de maquinário pesado,

melhoramento genético e insumos químicos, acarretando desgaste do solo, contaminação de

alimentos por agrotóxicos e diminuição da qualidade dos alimentos em geral, sem falar no risco

de intoxicação de quem está diretamente envolvido no cultivo.

Todo esse cuidado com a produção orgânica se reflete na qualidade dos alimentos e o resultado

é que os orgânicos são minimamente processados, sem ingredientes artificiais, conservantes ou

irradiação para manter sua integridade.

Os benefícios da agricultura orgânica e natural também são refletidos no meio ambiente, uma vez

que a biodiversidade em propriedades com cultivos sem a utilização de pesticidas e fertilizantes

químicos é superior às áreas que produzem pelo método convencional. Importante salientar que a

agricultura orgânica e natural difundida pela Korin não se faz apenas pelo não uso de agrotóxico,

mas também e fundamentalmente pelo respeito à natureza e seus ciclos e pelo equilíbrio entre o

homem e o meio ambiente, respeitando as comunidades locais.

A Korin transfere para seus parceiros, produtores e fornecedores de matéria-prima, os princípios

e conceitos da produção sustentável, orgânica e da Agricultura Natural, contribuindo para o

fortalecimento de uma cadeia produtiva com base na agroecologia.

RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORINRELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORIN

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A QUESTÃO DO PREÇO

Os produtos orgânicos são, de fato, mais caros que os convencionais. No entanto, eles não carregam

no preço o alto impacto sobre o meio ambiente, como a contaminação do solo e da água por

agrotóxicos e do ar pela emissão de gases causadores do efeito estufa. Também têm a vantagem

de não afetar a saúde dos agricultores e criadores de animais e dos próprios consumidores. Ao

avaliar sob esta ótica, são os produtos convencionais que possuem custo mais baixo justamente

por ignorarem estes impactos, às custas de uma metodologia de produção de baixo custo, porém

de alto impacto ambiental e muitas vezes social.

“Os produtos orgânicos custam mais do que os convencionais? Custam, mas as pessoas não

enxergam para além dos benefícios imediatos, não veem os benefícios não-tangíveis. É preciso

reconhecer o benefício de longo prazo, o benefício para a saúde, para o meio ambiente”, afirma

Reginaldo Morikawa, diretor superintendente da Korin. Ele defende que as empresas precisam

ser claras quanto ao real custo de seus produtos. Ou seja, é importante levar em conta, ao avaliar

o preço, o que fica para a sociedade ao longo do processo produtivo que o envolve: a emissão de

gases poluentes, a geração de lixo, o consumo de água doce, a contaminação do solo e da água,

etc.

Em função disso, órgãos internacionais como FAO (Organização das Nações Unidas para a

Alimentação e a Agricultura), OMS (Organização Mundial de Saúde) e UNCTAD (Conferência das

nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento) estão lançando campanhas para estimular

a população mundial a consumir produtos advindos de práticas agroecológicas, tanto pelos

benefícios à saúde quanto ao meio ambiente e à cadeia produtiva como um todo.

Mensagens recebidas através dos canais de atendimento da Korin têm demonstrado que os

clientes da empresa detêm esse conhecimento e se preocupam com a forma como o alimento é

produzido, concordando que o valor no preço final do produto acaba por ser mais alto que os da

agricultura convencional.

Um exemplo claro sobre como determinado alimento acaba tendo um custo mais alto do que

os demais é o que acontece com a criação do frango AF: neste caso, as aves são abatidas com

46 dias (pesando, em média, 2,4kg), quatro dias a mais do que as de granjas convencionais. A

necessidade de criação por mais tempo se dá em função da alimentação (baseada estritamente em

ingredientes vegetais, no caso do AF, e mais cara do que as demais) e do não uso de antibióticos

e promotores artificiais de crescimento.

RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORINRELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORIN

A KORIN EM NÚMEROS

produtores rurais que seguem os preceitos de produção15

Korin para entrega de frutas, legumes e verduras;

No entorno de Ipeúna, interior de SP, a empresa agregou mais

Crescimento de

80%da empresa nos últimos três anos;

427 funcionários e colaboradores;

R$ 76de faturamento em 2013;

Investimento médio de R$ 1,7 milhão nos últimos anos que

bateu o recorde de R$ 3 milhões em 2013;

milhões

60 Os campeões de venda são o frango e os ovos;

Portfólio deprodutos.

Produção realizada nos hectares de área agrícola e industrial em Ipeúna;

A entrada no segmento de carnes resultou em uma rede de produtores de frango de corte parceiros, três produtores de ovos e dez de milho;

28

172

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BENEFÍCIOS DIRETOS E INDIRETOS DE PRODUTOS DE ORIGEM ORGÂNICA

E NATURAL EM CONTRAPONTO COM OS DE ORIGEM CONVENCIONAL

O cultivo de alimentos orgânicos prioriza os pequenos produtores;

Ao consumirmos produtos orgânicos e naturais, estamos contribuindo para a diminuição do

envenenamento por agrotóxicos de agricultores e consumidores;

Sua produção ajuda na preservação do solo e evita erosões;

As propriedades que cultivam orgânicos apresentam maior biodiversidade

e equilíbrio de fauna e flora;

Sua produção auxilia na preservação das águas de lençóis freáticos, rios e lagos, uma vez que é

livre de insumos químicos;

São alimentos com maior teor de nutrientes e fotoquímicos (substâncias antioxidantes) do

que os convencionais (que perdem parte de suas vitaminas e minerais pela forma como são

cultivados), além de serem mais saborosos;

São alimentos mais saudáveis por não ter contato com substâncias químicas;

A metodologia orgânica e a Agricultura Natural contribuem para a redução do aquecimento

global, uma vez que o solo tratado com substâncias químicas libera mais gás carbônico, metano

e óxido nitroso do que o solo da agricultura natural e orgânica.

O cultivo de orgânicos apresenta menor custo social, já que a certificação garante que uma série

de pré-requisitos de boas práticas na produção seja cumprida.

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IPEÚNA, O CENTRO PRODUTIVO DA KORIN

O centro produtivo da Korin fica em Ipeúna, cidade do interior de São Paulo, localizada a 191 km da capital.

É lá que está o Polo de Agricultura Natural, que reúne as instalações da Korin Agropecuária e das duas

outras instituições que integram o Grupo, a Korin Meio Ambiente e o Centro de Pesquisa da Fundação

Mokiti Okada. Esta última é responsável pelo desenvolvimento de modelos sustentáveis de agricultura e

de produção animal. Já a Korin Meio Ambiente atua no tratamento de resíduos agrícolas e industriais.

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DEPOIMENTO DE CLAUDIO PATRÍCIO,

PROPRIETÁRIO DA FRANQUIA DA KORIN

NO CAMPO BELO (SÃO PAULO)

Eu já era consumidor Korin. Sempre gostei

muito dos produtos e era um simpatizante

da filosofia da empresa. Um certo dia eu

e meu irmão começamos a buscar uma

oportunidade para abrir um negócio juntos,

quando ficamos sabendo que a Korin também

estava franquiando sua marca. Foi quando

buscamos nos informar e daí pra frente

resolvemos abrir uma loja no Campo Belo. Ao

abrir o estabelecimento, ficamos surpresos

com a quantidade de consumidores dos

produtos da Korin. Estamos muito contentes

e espero que nossos clientes estejam sempre

satisfeitos com os nossos produtos e serviços.

A loja da Korin no Campo Belo foi inaugurada

em 10 de dezembro de 2013.

AS FRANQUIAS

Após a consolidação da marca e do comércio de produtos, a Korin decidiu apostar numa rede

de franquias para expandir a sua presença no Brasil. Atualmente são quatro lojas localizadas em

São Paulo (onde também está a primeira loja da Korin, na Vila Mariana, que pertence à empresa

e que ajudou a semear a ideia das franquias como sendo uma boa oportunidade para oferecer

seus produtos diretamente aos clientes), na Bahia e no Rio Grande do Norte. A primeira delas foi

inaugurada em Natal, em 2010, e nasceu do sonho e da perseverança de um empresário que tinha

grande interesse em levar os produtos naturais da empresa para o Nordeste, uma das regiões em

que a Korin tem menos consumidores.

Com as franquias, a empresa oferece seus produtos naturais e orgânicos a um número cada vez

maior de consumidores. No entanto, antes de decidir por este modelo, foi necessário ampliar sua

malha logística de produtores e distribuidores para que fosse possível chegar a diferentes pontos

do país.

Mas não é só de negócios que o interessado em adquirir uma franquia da Korin tem que entender.

O potencial franqueado também precisa ter identificação com a filosofia da empresa, com os

princípios da Agricultura Natural e ter compromisso com a difusão dos benefícios da alimentação

saudável.

Estima-se que o retorno do investimento inicial em uma loja franqueada da Korin, que faz parte

da Associação Brasileira de Franquias, seja alcançado no prazo de 36 a 48 meses. Esta projeção

está baseada no grau de conhecimento da marca pelos consumidores (a maioria das classes A

e B), que reconhecem os benefícios dos produtos naturais e priorizam a segurança alimentar, a

qualidade de vida e a produção sustentável.

• Em 2014 foram inauguradas também as lojas de Brasília e do Rio de Janeiro.

• A partir de 2014, a Korin diminuirá consideravelmente sua produção de FLV orgânicos para focar

na produção segundo o

1

LOJAS KORIN NO BRASIL

São Paulo/SPVila Mariana (Rua Cel. Arthur de Godoy, 246)Loja Campo Belo (Rua Vieira de Morais, 1115)

Natal/RN Tirol (Rua Joaquim Fagundes, 764)

Lauro de Freitas/BA Av. Praia de Itapoan, 626

SP

RN

BA

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OS PRODUTOS KORIN

Atualmente, a Korin possui em sua cartela cerca de 60 produtos sendo comercializados.

Os maiores volumes e os que geram o mais alto percentual de lucro continuam sendo os

de frango e os ovos (cerca de 5 mil toneladas e 244 toneladas, respectivamente, em 2013),

porém o leque tem aumentado tanto em quantidade quanto em diversidade.

Os produtos da Korin estão classificados em três linhas: Sustentável, Orgânica e de

Agricultura Natural, numa sequência crescente de valores.

Os produtos da Linha Sustentável, os primeiros na linha de “evolução” para a

Agricultura Natural, apresentam as seguintes características: sem aditivos químicos, sem

quimioterápicos e sem conservantes, são economicamente viáveis, ecologicamente

corretos, socialmente justos, culturalmente aceitos, levam em consideração o bem-estar

animal e são produzidos dentro da prática de comércio justo, o chamado “Fair-trade”. A

Linha Orgânica é composta por produtos certificados, enquanto a Linha da Agricultura

Natural deve ser o caminho a ser seguido por todos os outros e propõe um cultivo natural

onde existe a harmonia do meio ambiente com a alimentação, a saúde do homem e

também com a espiritualidade.

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Abaixo estão listados os principais produtos comercializados hoje pela empresa:

• Arroz orgânico:

Produzido por uma cooperativa que tem

origem na reforma agrária do Rio Grande do

Sul, a COOPAN (Cooperativa de Produção

Agropecuária Nova Santa Rita LTDA), o arroz

orgânico da Korin vem em quatro tipos: cateto

integral, cateto polido (estes dois primeiros

estão sendo lançados no mercado), agulhinha

integral e agulhinha polido, desde 2012.

• Café orgânico:

Vem do sul de Minas Gerais e da região da

Mogiana, em São Paulo, e é produzido em

pequenas propriedades agrícolas familiares

de manejo natural. Para a produção de café, a

Korin ajudou alguns agricultores a recuperarem

uma antiga forma de cultivo local, misturando

diferentes culturas, como o milho e o feijão, como

meio de evitar o esgotamento do solo e contribuir

para a biodiversidade (a Korin pretende estender

este modelo de cultivo para os demais produtores

de café que atuam como seus parceiros). Tanto

o milho, quanto o feijão também são comprados

pela Korin. São três as variedades de café

comercializadas pela empresa: Café Orgânico

100% Arábica, Café Reserva Sustentável e Café

Premium;

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A COOPAN foi escolhida após uma ampla prospecção de fornecedores de arroz orgânico

certificado para atender a clientes e consumidores dos produtos Korin, com qualidade e condições

satisfatórias de quantidade e preço. No entanto, uma das características que mais chamou a

atenção e terminou por influenciar definitivamente a escolha pela cooperativa foram sua missão,

filosofia e forma de atuação que envolvem um trabalho coletivo e uma produção com princípios

de sustentabilidade que coincidem com os objetivos da Korin.

A sede da COOPAN, fundada em 1995, fica numa agrovila, onde também estão as glebas de

cultivo, as instalações de criação de suínos e o engenho de arroz. Ao redor dela, estão as casas

das famílias.

A cooperativa é formada por “um grupo de famílias que acreditaram na forma coletiva de

organização econômica e social da produção, agroindustrialização e comercialização dos frutos de

seu trabalho”, segundo descrição da própria COOPAN. Seus princípios são muito semelhantes à

filosofia da Korin: “a preservação do meio ambiente, a responsabilidade social e o respeito aos que

trabalham, garantindo qualidade de vida. Sua produção está orientada em práticas agroecológicas

que visam à sustentabilidade ambiental e social, bem como o comércio justo.” A cooperativa é

composta por um grupo de famílias com alto grau de organização, com gestão inovadora e enorme

capacidade de trabalho.

Para garantir sua qualidade, a produção de arroz é coordenada pela COCEARGS (Cooperativa

Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul), órgão gestor que viabiliza a certificação por

auditoria pela IMO.

A parceria com a Korin foi fundamental para o arroz da COOPAN alcançar outros Estados do Brasil.

A empresa também representou um elo importante entre produção, logística e distribuição, uma

vez que a cooperativa já tinha uma produção expressiva de arroz, mas enfrentava dificuldades

nesses outros itens da cadeia.

“A gente tinha uma produção considerável, mas nossa fragilidade estava na distribuição e na

logística. Além da parceria com a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), que adquiria

o nosso arroz, e da venda para mercados locais de produtos orgânicos e integrais, o restante

da produção era mais difícil de ser comercializado”, conta Airton Luiz Rubenich, coordenador

comercial da cooperativa.

A parceria deu tão certo que Airton já pensa no aumento do percentual da produção em colaboração

com a Korin, hoje estimado em 10% do total. “Queremos chegar a 30%”, afirma. “Temos uma ótima

relação de trabalho, muita troca de informações e conhecimento. É uma relação de parceria

mesmo”, completa o coordenador comercial.

Parcerias como esta firmada com a COOPAN são um diferencial da Korin, que atua como elo entre

pequenos e médios produtores, cooperativas e agricultores familiares e o mercado, fortalecendo

a cadeia de produtos orgânicos e naturais e ajudando aqueles que, sozinhos, não conseguiriam

distribuir seus produtos.

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• Mel orgânico e seus derivados:

Foi o primeiro produto de mercearia da Korin. Elaborado a partir do néctar

de flores silvestres, ele vem de áreas manejadas de reservas florestais de

mata atlântica, autenticadas ou certificadas, no Paraná, o que o difere da

produção convencional, que utiliza monoculturas na criação de abelhas.

O mel e seus derivados, como o extrato de própolis, são produzidos em

parceria com a empresa Breyer, sem o uso de agrotóxicos, antibióticos e

pesticidas, a partir do manejo de 27 mil colmeias e com a ajuda de 102

apicultores integrados.

• Shiitake orgânico:

Vem de uma pequena propriedade localizada em Suzano, no interior

de São Paulo. Utiliza serragem de madeira de reflorestamento na sua

produção, reutiliza a água da chuva para irrigação e recicla seus resíduos

sólidos, dando origem a um substrato que pode ser usado para jardinagem,

em hortas de agricultura orgânica e natural. O shiitake orgânico da Korin é

cultivado sem o uso de fertilizantes ou defensivos químicos em nenhuma

etapa da produção, colheita ou embalagem.

Um dos maiores desafios na produção do shiitake é a sanitização, que tem

que ser bastante minuciosa e dispensar quaisquer produtos químicos.

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• Massas:

Sem aditivos químicos ou agrotóxicos em sua composição, as massas,

mais especificamente o penne e o tagliatelle, vêm da Itália, onde

receberam o certificado do Instituto Biológico da Itália. Apesar de todos

os ingredientes utilizados na sua fabricação serem livres de agrotóxicos,

uma certificadora brasileira precisaria estar entre as conveniadas pelo

governo italiano ou vice-versa para que o produto fosse considerado

orgânico. Como, por enquanto, este tipo de tramitação não existe, o

produto está identificado apenas como natural/biológico e faz parte da

Linha Sustentável da Korin.

• Sopa instantânea:

A sopa da Korin é feita a base de frango orgânico, com baixo teor de sódio

que, neste caso, é apenas o encontrado naturalmente nos ingredientes.

Mesmo sendo um alimento industrializado, mantém mais de 95% dos

nutrientes. Não contém corantes artificiais, aromatizantes e realçadores

de sabor como o glutamato monossódico.

• Ovos:Os ovos da Korin são produzidos de forma bastante diferente daqueles originários de galinhas criadas pelo método convencional. Aqui, as galinhas não ficam confinadas em gaiolas, permanecendo soltas nos galpões, nem têm os bicos cortados (prática comum nas granjas convencionais por causa do estresse sofrido pela ave em função do confinamento). Além disso, recebem ração 100% vegetal e não são criadas à base de antibióticos ou promotores artificiais de crescimento, garantindo ao consumidor a isenção total de resíduos químicos nos ovos. Os ovos são postos em ninhos e coletados manualmente.

Por conta destas características de produção, os ovos da Korin são certificados pela WQS (World Quality Services) como “Livre de Antibióticos” e receberam o selo de Bem-Estar Animal da HFAC (Humane Farm Animal Care), outorgado pela certificadora Ecocert.

Em dezembro de 2013, o Processo Produtivo de Ovos Korin (cuja produção em Ipeúna, iniciada em 2004, com 1500 aves, hoje conta com 20.500 galinhas poedeiras) recebeu o prêmio “Eco-2013” da AMCHAM (Câmara Americana de Comércio), que há mais de 30 anos premia as empresas que buscam resultados econômico-financeiros com elevados padrões de ética, assumindo sua responsabilidade com o desenvolvimento da sociedade e com operações que gerem o menor impacto possível sobre o meio ambiente. Foi o segundo ano consecutivo em que a empresa recebeu o prêmio.

• Frango:

Assim como as galinhas poedeiras, os frangos de corte da Korin, pioneira

no país na produção do frango AF (Antibiotic Free - Livre de Antibióticos)

ficam fora de gaiolas, podem ciscar ao ar livre ou descansar sob a sombra

de árvores e subir em poleiros. Também recebem ventilação quando a

temperatura sobe demais e são criados com alimentação 100% vegetal e

livre de antibióticos.

A ração dada às aves (tanto poedeiras, quanto de corte), criadas dentro do

Polo de Agricultura Natural da Korin, em Ipeúna, ou pelos colaboradores

da região, é produzida dentro da propriedade, fiscalizada e certificada.

A supervisão se estende aos produtores associados e ao abatedouro,

também localizado dentro do Polo de Ipeúna.

Estas práticas permitiram à Korin conquistar a certificação de Bem-Estar

Animal da HFAC também para seu frango de corte, que correspondia a

83% do faturamento da empresa em 2013.

Tanto as galinhas poedeiras, quanto os frangos de corte, são criados

em sistema de parceria com pequenos produtores familiares de cidades

vizinhas à Ipeúna. Isso porque a Korin acredita que também é seu

papel fomentar a agricultura familiar como forma de contribuir para o

desenvolvimento das comunidades onde atua.

• Frutas, legumes e verduras (FLV):

Assim como os ovos e o frango, frutas, legumes e verduras também

são produzidos em regime de parceria com produtores de todo o país,

para quem a Korin transfere treinamento e tecnologia para o cultivo

de orgânicos e de Agricultura Natural. Depois de colhidos, os produtos

são encaminhados para o Polo de Ipeúna, onde são checados, limpos e

embalados.

Morango, laranja, melão e manga são algumas das frutas que compõem

a lista da Korin. Entre legumes e verduras, são produzidos de acordo

com as certificações orgânicas desde alface, rúcula e espinafre, até

beterraba, tomate, pepino e pimentão. Importante salientar que morango,

laranja, pepino, tomate e pimentão, quando produzidos pelo método

convencional, têm sido comercializados com alto teor de contaminação

por agrotóxicos.

A Korin também chegou a aumentar sua produção de FLV Minimamente

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Processados, preparados na Packing House de Ipeúna. São produtos que duram mais tempo e

podem alcançar regiões mais distantes do país.

Além dos produtos acima, a Korin prepara o lançamento dos seguintes outros:

• Cortes Temperados Assados e Congelados de Frango: produto pronto para consumo, sendo

necessário somente aquecer;

• Frango caipira orgânico: inteiro e em cortes, o frango caipira orgânico diferencia-se na ração,

a base de milho e soja orgânicos, é livre de antibióticos terapêuticos e certificado pela Certified

Humane e pela WQS;

• Carne bovina sustentável: a carne bovina da Korin vem da região do pantanal sul-mato-grossense.

É uma parceria com Associação Brasileira de Pecuária Orgânica e que conta também com a

fiscalização da ONG WWF para garantir uma prática da pecuária sustentável, que se baseia na

manutenção das pastagens nativas de boa qualidade, e com respeito ao homem pantaneiro.

Os fornecedores da Korin são pecuaristas preocupados com a viabilidade econômica de seus

empreendimentos e com a manutenção do equilíbrio ambiental e social da região. Neste caso,

a certificação orgânica se baseia no cumprimento dos seguintes critérios básicos: cumprimento

integral da legislação ambiental e do Código Florestal Brasileiro; todas as fazendas devem possuir

as Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente intactas; é proibido o uso de agrotóxicos;

são mandatórias a proteção e a conservação dos recursos hídricos.

A pecuária sustentável garante que mais de 90 mil hectares de área são utilizados numa produção

ambientalmente correta, em que os rebanhos são criados em pastagens nativas, convivendo em

harmonia com fauna e flora da região, e os bezerros permanecem com suas matrizes até atingir a

fase do desmame e tratados somente com medicamentos homeopáticos e fitoterápicos.

No que tange à questão social da produção, os pecuaristas também têm como prioridade a

melhoria contínua da qualidade de vida das populações isoladas do Pantanal, promovendo, assim,

a cultura pantaneira e a manutenção do homem pantaneiro na região, contribuindo para a melhoria

e o acesso à educação básica, bem como ao atendimento médico-odontológico, para a população

da região, e a capacitação e a valorização da mão de obra local.

Nas criações tradicionais, os quimioterápicos, administrados de forma descontrolada para acelerar

o crescimento e a diminuição de gordura na carne do animal, deixam resíduos e afetam seu sistema

metabólico. Por outro lado, o gado criado de forma sustentável possui uma alimentação verde, à

base de capim (alimentando-se de grãos para ganho de peso somente nos últimos meses de vida).

Este sistema permite a redução de 90% de vermífugos utilizados em produções convencionais.

Além disso, o boi é criado livre no pasto.

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• Linguiças e patê de frango: a linguiça poderá ser encontrada nos sabores frango ao vinho, ervas

e chimi churri. Já o patê virá nas versões Tradicional (75% de fígado de frango como matéria prima)

e Intenso (100% de fígado de frango como matéria prima). Ambos são produzidos com frango

livre de antibióticos e sem adição de glutamato monossódico, utilizando aromatizantes naturais e

especiarias em sua composição;

• Hambúrguer: os hambúrgueres Korin terão as versões frango e carne bovina e uma linha suave,

sem adição de sal, sem glutamato monossódico, utilizando aromatizantes naturais e especiarias

em sua composição;

• Feijão Orgânico: nas versões carioca e preto, o feijão Korin é cultivado sem agrotóxicos e com

certificação orgânica;

• Óleo de Soja Orgânico: originado do grão de soja orgânica prensado a frio, o que garante que

menos produtos químicos sejam adicionados à composição durante seu refino, como ocorre nos

óleos prensados a quente;

• Massas Congeladas Orgânicas: preparadas a partir de uma produção artesanal de massas

recheadas, a Korin utiliza no preparo deste produto ingredientes orgânicos da empresa, como os

ovos, o frango e o shiitake;

• Ovo Orgânico: a Korin que já possui o ovo livre de antibióticos, lança a versão orgânica do ovo,

com as mesmas propriedades, com o diferencial da alimentação das galinhas à base de milho e

soja orgânicos;

• Cosméticos: a linha de cosméticos (shampoo, condicionador e creme para pentear) é livre de

ingredientes de origem animal em todos os seus processos de produção e de embalagem, além

de ser fabricada de forma a otimizar a utilização de recursos naturais e a redução de agentes

químicos. São produtos livres de parabenos, corantes e óleo mineral e, claro não testados em

animais.

Ao incorporar a linha de cosméticos ao portfólio da empresa, a Korin busca demonstrar que, para

além da alimentação, o bem-estar também precisa ser contemplado de forma saudável. Para isso,

sua produção precisa passar por bases sustentáveis.

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Frango: todo o país, com

exceção de Sergipe,

Acre e Roraima

Ovos: São Paulo, Rio

de Janeiro, Minas

Gerais, Espírito Santo,

Amazonas e Mato

Grosso do Sul

DISTRIBUIÇÃO DOS PRINCIPAIS PRODUTOS KORIN NO PAÍS

Mercearia: Rio de

Janeiro, Minas Gerais,

Espírito Santo,

Amazonas, Mato Grosso

do Sul, Pará, Rio Grande

do Sul, Santa Catarina e

Paraná.

• Ovos

• Frango

• Aromatizante Bucal

• Arroz

• Café

• Shiitake Desidratado

• Extrato de Própolis

• Mel

• Feijão

• Massas

• Sopa Instantânea

• Frutas

• Verduras e legumes

244.825 kg

4.923.219 kg

1.940 frascos

23.244 kg

6.568 kg

64 kg

2.376 frascos

5.258 kg

7.584 kg

20.562 kg

6.140 kg

4.100 kg

124.638 kg

VOLUME DE VENDAS (2013)

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QUEM FAZ A KORIN

A Korin conta hoje com 427 funcionários e colaboradores que trabalham

no município de São Paulo (onde está a sede administrativa da empresa)

e em Ipeúna, local do Polo de Agricultura Natural. Em São Paulo são 59

pessoas e em Ipeúna 368.

É grande a diversidade de gênero. Porém, a divisão entre homens e

mulheres é diferente nas duas cidades. Em Ipeúna, elas são maioria, 52%,

enquanto na capital, as mulheres representam 39% dos funcionários.

Com relação à idade, a grande maioria dos trabalhadores da empresa

está na faixa etária de 20 a 39 anos. Esta distribuição é a mesma nos

dois locais de trabalho. Chama à atenção, no entanto, a presença de

funcionários entre 40 e 59 anos em Ipeúna: 61 no total. Em São Paulo,

este número é bem menor: 8.

O mesmo acontece com os mais novos no interior. Lá, somam 13 os

funcionários com menos de 20 anos, enquanto na capital, não há ninguém

nesta faixa etária. A maioria do quadro da Korin no Polo de Agricultura

Natural é composta por pessoas entre 20 e 29 anos: 177 no total.

Por estar localizado no interior do Estado, o centro produtor emprega

pessoas de várias cidades da região. A maioria, no entanto, é de Ipeúna

mesmo (248 funcionários), seguida pelas cidades de Charqueada e Rio

Claro (61 e 48, respectivamente). Já na sede da Korin, quase a totalidade

do quadro de funcionários é da própria capital (48 pessoas).

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR GÊNERO (SEDE):

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR GÊNERO (IPEÚNA):

Mulheres:

Mulheres:

Homens:

Homens:

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Funcionários - Gênero

Funcionários - Gênero

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QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR LOCALIDADE (SEDE):

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR LOCALIDADE (IPEÚNA):

Funcionários - Localidade

Funcionários - Localidade

Taboão da Serra

Taboão da Serra

São Paulo

Sumaré

São Bernado do Campo

São Paulo

Rio Claro

São Bernado do Campo

Osasco

Rio Claro

Curitiba (PR)

Mauá

Itarapina

Araras

Moji das Cruzes

Piracicaba

Charqueada

Diadema

Ipeúna

Américo Brasiliense

RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORINRELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • A KORIN

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR FAIXA ETÁRIA (SEDE):

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR FAIXA ETÁRIA (IPEÚNA):

70 - 79

Mais de 60

60 - 69

50 - 59

50 - 59

40 - 49

40 - 49

30 - 39

30 - 39

20 - 29

20 - 29

Menos de 20

Funcionários - Faixa etária

Funcionários - Faixa etária

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JARBAS CORDEIRO DE SOUZA É O

FUNCIONÁRIO MAIS ANTIGO DA KORIN

Eu entrei na Korin em 1994. Fui o primeiro funcionário registrado na empresa. Mas, na verdade, eu já tinha trabalhado em outras três “empresas-irmãs” da Korin, surgidas antes desta última e já com atividades encerradas, também criadas pela Igreja Messiânica e com o mesmo objetivo de negócio, que era o desenvolvimento de alimentos saudáveis: a MGC - Messiânica General Company, a Zuiun e a Pronam. Na Korin, eu comecei como gerente da loja da Vila Mariana, que tinha acabado de abrir. Em seguida fui para a que tínhamos em Moema. A verdade é que eu me identificava bastante com a filosofia da Igreja Messiânica no que se refere à alimentação saudável e a Agricultura Natural. Gostava de poder contribuir para uma vida melhor, com mais saúde para as pessoas. E como eu já era um membro da Igreja Messiânica, isso acabou sendo um caminho natural para mim. Ao todo, são quase 30 anos de história na Korin e nas suas antecessoras. A maior parte deste tempo eu trabalhei na área comercial, que é o que mais gosto.

Jarbas Cordeiro de Souza trabalha atualmente no departamento de desenvolvimento de produtos

e está na Korin desde sua fundação, em 1994.

FABIANA DEL SANTOS BARROS, UMA DAS MAIS

ANTIGAS FUNCIONÁRIA DA KORIN

Desde jovem eu já me dedicava à Agricultura Natural

pela Igreja Messiânica. Era algo que me tocava, que eu

gostava muito. Numa determinada época, fiquei sem

trabalhar, mas continuava me dedicando à Igreja. Meu

sonho era trabalhar lá. Um dia uma amiga me disse

que minha dedicação à Agricultura Natural poderia

se dar em outro lugar. Justamente naquela época eu

recebi, pela terceira vez, um convite para vir trabalhar

na Korin e iniciar o Departamento Pessoal. Eu aceitei

e, aos poucos, fui me apaixonando pela empresa. Mas

o amor à agricultura em si eu conheci aqui em Ipeúna.

Hoje a Korin é tudo na minha vida. Eu gosto tanto da

empresa que tenho medo de acabar a minha missão

aqui. Aqui tem paz! Temos problemas no dia adia, mas

aqui eu encontro a paz, trabalho no meio da natureza...

Consigo observar a beleza que está do lado de fora

da janela da minha sala. Existe competividade em

todo lugar, mas aqui é diferente. Eu sou da época em

que havia somente um computador na empresa. Hoje

cada profissional tem sua ferramenta de trabalho. Dou

muito valor a tudo. A preocupação que temos com os

funcionários é enorme. Temos muito carinho por todos.

Uma palavra que resume o meu sentimento? Amor!

Fabiana é gerente administrativo e financeiro e está há

18 anos na empresa

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ORGANOGRAMA DA KORIN

SUPERINTENDÊNCIA REGINALDO MORIKAWA

DIRETORIA ADMINISTRATIVA

EVANDO POSSAMAI

MARKETINGMARCELO BRAGA

DIRETORIA COMERCIALEDSON SHIGUEMOTO

ATACADOCELSO MORINAGA

CONTROLADORIAPAULO

FIGUEIREDO

TIRODOLFO CARBONE

ADM/FINAN/RHFABIANA BARROS

MANUFATURAVALDEMIR TREVISOU

PRODUÇÃO ANIM.LEIKA IWAMURA

MANUTENÇÃOELCIO BARROS

GEST. QUALIDADECECILIA IFUKI

MENDES

PRODUÇÃO VEGETALJAMIL PEREIRA

GOMES

DISTRIBUIDORAROBERTO

RODRIGUES

VAREJOJAIR ALVES

LOGISTICADIEGO DEL VALHE

DIRETORIA INDUSTRIALLUIZ CARLOS DEMATTÊ FILHO

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SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE

SOCIAL

SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE

SOCIAL

O CENTRO PRODUTOR DE IPEÚNA E AS APAS QUE O CERCAM

O Polo de Agricultura Natural, em Ipeúna, está inserido entre duas Áreas de Proteção Ambiental,

a APA Corumbataí-Botucatu Tejupá e a APA Piracicaba Juqueri-Mirim. Lá estão preservadas

importantes formações rochosas da região, rios e nascentes, além de uma variedade de espécies

de plantas e animais do cerrado. Para contribuir com a preservação das duas APAS, que juntas

somam mais de 270 mil hectares, o Centro de Pesquisa Mokiti Okada faz parte do Conselho

Gestor Unificado das Áreas de Proteção Ambiental de Corumbataí-Piracicaba.

Na propriedade de 172 hectares de área agrícola e industrial são produzidos ovos, frutas, verduras

e legumes, frangos e ovos. As plantações não recebem agrotóxicos ou pesticidas, a ração dada

aos animais é 100% vegetal, as galinhas poedeiras são criadas passando parte do dia ao ar

livre e os frangos de corte não recebem antibióticos terapêuticos nem como melhoradores de

desempenho. Tudo isso, com baixo impacto ambiental e social.

Partindo da premissa que um solo sadio produz alimentos e animais saudáveis, a Korin se

preocupa com o bem-estar do homem e com a preservação do meio ambiente como um todo.

Se a produção não respeitar um ciclo sustentável, certamente ela não será capaz de produzir

alimentos 100% completos. E quando falamos em ciclo sustentável, estamos nos referindo

não só à produção de vegetais e à criação de animais em regimes que respeitam os ciclos da

natureza, mas também ao respeito ao trabalhador e ao produtor que fazem parte desta cadeia.

Visitando o Polo de Agricultura Natural, é possível entender melhor essa filosofia que está por

trás dos produtos Korin.

Começamos pela área verde: habitats foram recuperados desde que a propriedade foi adquirida

pela Korin e, com isso, a biodiversidade da área tem aumentado. Hoje, há mais árvores, mais água

e mais animais silvestres frequentando o local. Foram recuperadas nascentes e a vegetação à

beira dos cursos d´água, e plantadas milhares de mudas de árvores nativas.

Mata, lagoas e nascentes convivem em harmonia com a produção de milho orgânico, com os

cultivos de frutas, legumes e verduras e com as instalações para produção de ovos e frango.

O milho orgânico é justamente um dos ingredientes, junto com a soja, que compõem a ração dada

ao frango de corte e às galinhas poedeiras da Korin e fabricada dentro da própria propriedade. Ao

contrário do que acontece na criação do frango convencional, a ração produzida aqui é livre de

qualquer ingrediente de origem animal.

SUSTENTABILIDADE TAMBÉM DIZ RESPEITO AO SER HUMANO

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Os ovos das galinhas poedeiras são coletados manualmente e levados em seguida para o

Entreposto de Ovos onde são lavados, classificados e embalados

Já os frangos de corte seguem para o abatedouro no período mais fresco do dia, de forma a

respeitar o ritmo biológico do animal. Eles são apanhados um a um pelo dorso e colocados

em gaiolas com no máximo oito aves. Permanecem assim durante a madrugada, em área com

controle de temperatura e umidade, até o momento do abate. Em todas essas etapas, as normas

de bem-estar animal são seguidas, garantindo um tratamento adequado às aves.

A família Rossi, composta pelo pai, João de Jesus Rossi, 71, e os filhos Rogério Pedro Rossi,

27, Ourivaldo José Rossi, 32 e Reginaldo Manoel Rossi, 42, trabalha com a Korin como

produtores de frango orgânico e natural. A parceria começou com o pai, que logo foi seguido

pelos filhos.

“Trabalhávamos com outras empresas, mas a relação era muito difícil. Não tinha apoio

técnico e a venda de volta do frango sempre era complicada. Foi aí que decidi que queria

trabalhar com a Korin. Eu já tinha escutado de outros granjeiros da região que com eles o

tratamento era diferente e resolvi tentar. No começo, só tínhamos uma granja. Tivemos que

ampliar os espaços (na criação de frango convencional, o espaço mínimo permitido é de 12

aves por metro quadrado, enquanto na criação orgânica o máximo são 10 animais por metro

quadrado. Além disso, por condições sanitárias, o total de aves por granja também é menor:

são 11.800 frangos, enquanto na metodologia convencional este número pode chegar a

15.400) e nos adaptar à produção orgânica e natural, que tem regras diferentes.

Aqui há um intervalo de 20 dias antes recebermos os pintinhos (são fornecidos pintinhos

com um dia de vida, além de ração e medicamentos fitoterápicos), quando fazemos a limpeza

e desinfecção da granja. Somos inspecionados toda semana, até o momento do abate.

O pessoal da Korin nos dá orientação sobre a criação, verifica se os animais têm alguma

enfermidade, se o espaço está limpo e com as medidas certas... Além do mais, temos um

contrato de longo prazo com a empresa e isso nos dá muito mais segurança. ”

Depoimento de João de Jesus Rossi, parceiro produtor da Korin.

Os resíduos do abate, que são as penas, o sangue e as vísceras do frango, vão para a Graxaria,

onde são transformados em farinha. Posteriormente, este subproduto com alto teor nutritivo,

é vendido para empresas fabricantes de ração para cães e gatos. Trata-se de uma solução

sustentável que garante que resíduos restos não sejam despejados no meio ambiente.

Perto dali está o Packing House, instalação que recebe todas as frutas, legumes e verduras

orgânicos certificados, produzidos na propriedade ou não, para serem selecionados, lavados e

embalados. São cerca de 200 toneladas de produtos in natura por mês, vindos de 15 produtores.

A Korin acredita em modelos de parcerias como uma das engrenagens principais para um

negócio sustentável. Por isso, conta com 28 criadores de frango de corte e outros três produtores

de ovos em Ipeúna e cidades vizinhas. São agricultores familiares de pequenas propriedades,

em sua maioria, e que contribuem não apenas para o negócio da empresa, mas principalmente

para a sua filosofia que é difundir a agricultura natural e orgânica e todos os seus benefícios

para a saúde do homem e para o meio ambiente, levando alimentos saudáveis para todo o país.

O ABATEDOURO UTILIZA UMA GRANDE QUANTIDADE DE ÁGUA EM FORMA DE VAPOR GERADO POR UMA CALDEIRA QUE FUNCIONA À BASE DA QUEIMA DE EUCALIPTO. PARA EVITAR QUE SE COMPRASSE UMA GRANDE QUANTIDADE DESSA LENHA DE TERCEIROS E COM ISSO FOSSE GERADA UMA SIGNIFICATIVA PEGADA DE GÁS CARBÔNICO PROVENIENTE DO SEU TRANSPORTE _ALÉM DA PREOCUPAÇÃO COM A CERTIFICAÇÃO DE ORIGEM DESSA MADEIRA_, A KORIN DECIDIU CULTIVAR SEU PRÓPRIO “COMBUSTÍVEL”. FORAM PLANTADAS, ENTÃO, 33 MIL MUDAS DE EUCALIPTO NA PROPRIEDADE. DESSA FORMA, CERCA DE 30% DA MADEIRA UTILIZADA NA CALDEIRA DO ABATEDOURO VÊM DO PRÓPRIO LOCAL. ESTAS ÁRVORES AINDA RECEBEM DE VOLTA ESTA ÁGUA, SOB A FORMA DE EFLUENTE TRATADO, COMO FERTIRRIGAÇÃO (UMA TÉCNICA DE ADUBAÇÃO QUE UTILIZA A ÁGUA DE IRRIGAÇÃO PARA LEVAR NUTRIENTES AO SOLO CULTIVADO)

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AVALIAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE APOIA-NOVORURAL (EMBRAPA MEIO AMBIENTE)

Por conta desta convivência harmônica entre meio ambiente e atividades agrícola e avícola, o polo

produtor de Ipeúna foi avaliado sob o ponto de vista de indicadores socioambientais. Estes indicadores

específi cos (um total de 62) foram desenvolvidos pela Embrapa Meio Ambiente na criação da

metodologia APOIA – NovoRural, que visa à melhoria da gestão ambiental de atividades rurais.

O APOIA – NovoRural possui uma escala de 0 a 1 no índice de desempenho ambiental da atividade,

em que resultados a partir de 0,7 indicam aspectos de sustentabilidade do negócio. As cinco

dimensões da análise são: Ecologia da Paisagem, Qualidade Ambiental, Valores Socioculturais,

Valores Econômicos e Gestão e Administração.

O objetivo deste estudo era responder à seguinte pergunta: a Agricultura Natural está cumprindo

seu papel de produzir e comercializar alimentos saudáveis, através de um modelo social, ambiental

e economicamente sustentável?

Segundo o resultado dos indicadores das cinco dimensões, a resposta é positiva, uma vez que o

centro produtor da Korin, como um todo, apresentou um índice integrado de sustentabilidade igual

a 0,87, indicando um ótimo desempenho da empresa. A avaliação foi realizada em 2012.

Abaixo está a pontuação de cada uma das cinco dimensões, segundo o relatório da avaliação:

- Ecologia da Paisagem: foi registrada uma evolução nas condições de conservação e recuperação

dos habitats naturais, avanços nas práticas de manejo das áreas de produção agrícola, além de

melhorias na diversidade, nas condições de produção animal e das atividades agroindustriais, o

que resultou num índice de 0,87.

- Qualidade Ambiental: todas as dimensões de análise foram muito positivas. As de água registraram

um índice global de 0,91 pelo fato de águas de boa qualidade drenarem todo o estabelecimento

e cursos d’água crescentemente protegidos pela vegetação natural que se recupera nas áreas de

preservação. Os indicadores de qualidade do solo (que receberam um total de 0,85) evidenciaram

a evolução da sua qualidade em função de seu manejo, inteiramente realizado sob os preceitos

da Agricultura Natural.

- Valores Socioculturais: os indicadores mostraram excelentes condições de trabalho nas questões

de atributos legais e benefícios à segurança ocupacional e à qualificação das ocupações. Esses

atributos permitem, segundo a APOIA, boas condições de vida aos residentes e colaboradores, com

oferta de serviços básicos e elevado e crescente padrão de consumo. Por isso, o total conferido a

esta dimensão foi de 0,83.

- Valores Econômicos: as condições de desempenho socioambiental são resultado da dinâmica

econômica da Korin Agropecuária, segundo os fatores de geração, diversidade e distribuição da

renda. A tomada de créditos, já amortizados, indica ação empreendedora. O investimento em

infraestrutura e a qualidade e conservação de seus recursos naturais resultou em valorização da

propriedade. O resultado foi um índice de 0,88.

Gestão e administração: o índice máximo concedido (1,0) confirmou a hipótese de “agricultura

sustentável”, cujos instrumentos de gestão são essenciais para promover o desempenho

socioambiental e o conjunto de indicadores de sustentabilidade. Na Korin Agropecuária, os

resultados confirmaram a dedicação e perfil do responsável pela propriedade, as organizadas

condições de comercialização, os cuidados na disposição de resíduos e as condições irreparáveis

de relacionamento institucional, com destaque para o Centro de Pesquisas Mokiti Okada.

CERTIFICAÇÕES E MONITORAMENTO DA PRODUÇÃO

Por ser pioneira na produção de frango AF, a Korin teve que construir um mecanismo de certifi cação

que fosse capaz de transmitir as informações inerentes a esse processo ao consumidor. A certifi cação

teve como base as normas da Associação de Avicultura Alternativa (AVAL) e, desde 2008, o processo é

inspecionado pela certifi cadora WQS (World Quality Services). Este selo garante que os procedimentos

utilizados na criação do frango de corte: não utilizam antibióticos como promotores de crescimento;

a alimentação é estritamente vegetal; e a rastreabilidade é mantida em toda cadeia produtiva. Além

disso, a certifi cação que inspeciona se os animais estão sendo criados com espaço e condições de

manifestar “seu comportamento natural” e abatidos humanitariamente é dada pela Ecocert Brasil,

acreditada pela HFAC (Humane Farm Animal Care), entidade norte americana que estabelece normas

para essa certifi cação.

Já a criação e o processo de produção do frango orgânico são inspecionados e certifi cados pelo IBD

(Instituto Biodinâmico) Certifi cações.

BEM-ESTAR ANIMAL

DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE

Todas essas certifi cações exigem também capacitação técnica e operacional dos produtores, portanto,

os colaboradores da Korin trabalham todos em conformidade com essas regras. A equipe técnica da

empresa acompanha a produção para garantir o cumprimento de todas essas exigências no que diz

respeito à criação dos animais e suas instalações. Para isso, são feitas visitas semanais que avaliam

infraestrutura, manejo, condições sanitárias, desempenho e atendimento às normas estabelecidas,

além de controlar estoques de insumos e de ração, evitando custos com transporte para retorno de

sobra de ração e perdas da qualidade. Este sistema de monitoramento faz parte dos Programas de

Gestão da Qualidade da empresa.

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A Korin conquistou o Prêmio Eco, conferido pela AMCHAM,

(American Chamber of Commerce) em 2012 e 2013 na

modalidade “Práticas de Sustentabilidade - Processos”, pela

construção de cadeias produtivas sustentáveis. Em 2012

também foi contemplada com o Prêmio Greenbest, na categoria

“alimentação”, premiação realizada pelo GREENVANA.

Por fi m, foi escolhida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária

como “uma empresa modelo de sustentabilidade”, o que

signifi cou a sua inclusão no livro “Gestão Sustentável na

Agricultura” (2ª edição), lançado em 2014.

INOVAÇÕES NA CADEIA PRODUTIVA

A metodologia de produção da Korin, por si só, já representa uma inovação. Ela diferencia-se das

empresas de avicultura convencional por utilizar, na prática, princípios agroecológicos na produção de

aves e plantas. A criação sustentável e natural, como se sabe, não faz uso de fertilizantes químicos,

de agrotóxicos nem de antibióticos, o que contribui para a diminuição da poluição da água e do solo.

Por consequência, a construção desta cadeia de avicultura alternativa vem aumentando a demanda

por milho e soja produzidos de maneiras mais sustentáveis, contribuindo para a expansão da produção

agrícola alternativa.

A empresa possui uma granja experimental para a realização de pesquisas em nutrição e de novos

produtos, o que tem gerados artigos e publicações científi cas.

A inovação também vai além da produção, passando pelo processo de embalagem. Neste caso, a

Korin foi a primeira empresa do setor a eliminar o papel absorvente das bandejas de frango, diminuindo

assim o uso de plástico em seus produtos. Era o conceito de “desembalagem”, que passava a ser

incorporado pela companhia a partir de 2005.

Durante um tempo, chegaram a ser utilizadas bandejas fabricadas à base de fécula de mandioca. Houve

um contratempo com o fornecedor e o uso desta embalagem específi ca teve de ser interrompido. No

entanto, a empresa estuda outras alternativas para serem colocadas em prática.

GESTÃO SUSTENTÁVEL NA AGRICULTURA

SUSTAINABLE MANAGEMENT IN AGRICULTURE

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

CUIDADOS GERAIS COM O MEIO AMBIENTE NO CENTRO PRODUTIVO DE IPEÚNA

O Polo de Agricultura Natural de Ipeúna é gerido segundo um modelo ambientalmente sustentável. A

antiga fazenda que hoje abriga as instalações da Korin Agropecuária, Korin Meio Ambiente e o Centro

de Pesquisas da Fundação Mokiti Okada utiliza técnicas de agricultura orgânica e natural, trata todos

os seus efl uentes industriais e vem desenvolvendo um trabalho para atender à Agenda Verde do

Estado de São Paulo (um conjunto de medidas estratégicas, formado por ações, programas e projetos

voltados para o desenvolvimento sustentável), e que prevê a regularização das Áreas de Preservação

Permanente (APP) e de Reserva Legal da propriedade.

Em 2010, visando atender às exigências da CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento

Ambiental) para indústrias instaladas em áreas rurais, iniciou-se o projeto da Agenda Verde. A

propriedade hoje apresenta 21 hectares de APP e 9 hectares de reserva legal. A meta é chegar a 30

hectares e 34 hectares, respectivamente, até 2017.

A propriedade (que inclui todas as suas unidades produtivas) possui licenciamento ambiental aprovado

pela CETESB, pois promoveu melhorias em sua Estação de Tratamento de Efl uentes, como o controle

de odores e a implantação de um plano de emergência em caso de vazamento de amônia na sala de

máquinas do abatedouro, entre outras iniciativas.

O Polo cumpre todas as exigências legais de funcionamento através de licença junto aos órgãos

ambientais competentes.

Total de custos e investimentos com meio ambiente

A Korin investiu um total de R$ 2.076.891 em ações relacionadas ao meio ambiente nos últimos 20

anos. Só em 2013, foram R$ 364.873,00.

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FEIRINHA PARA FUNCIONÁRIOS EM IPEÚNA, REFEITÓRIO E COMPOSTAGEM A Korin se preocupa com a saúde e alimentação dos seus funcionários, colaboradores e suas famílias.

Por isso, nos restaurantes da empresa (na sede comercial administrativa em São Paulo e em Ipeúna),

onde são servidas aproximadamente 500 refeições por dia, o cardápio é preparado de maneira a

incluir ingredientes orgânicos e saudáveis na maior quantidade possível. Frangos e ovos produzidos

pela Korin são servidos diariamente.

Outra iniciativa que visa colaborar com a alimentação de qualidade dos funcionários é a venda de

produtos aos colaboradores com preços mais acessíveis, próximos aos de custo.

Para incentivar que produtos orgânicos e naturais cheguem à mesa de seus colaboradores, a Korin

também realiza uma feira semanal em sua propriedade em Ipeúna em que frutas, legumes e verduras,

além de ovos e frango, são vendidos aos colaboradores da unidade de produção. A feira acontece às

terças e quartas-feiras.

A medida também é uma forma de evitar o desperdício, uma vez que os vegetais, apesar de manterem

todos seus valores nutricionais, não poderiam ser encaminhados aos pontos de venda por razões

inerentes às certifi cações a que têm que ser submetidos, como tamanho ou falta de padronização.

Contribui também para fechar o ciclo sustentável da produção em Ipeúna, a compostagem que é feita

com os resíduos do refeitório instalado na propriedade.

BIODIVERSIDADE

• Descrição dos impactos significativos das atividades da Korin nas APAs de Ipeúna:

A atividade agrícola no Polo de Agricultura Natural de Ipeúna foi planejada de forma a gerar o menor

impacto possível sobre as APAs onde está inserido. Para isso foi criado um Programa de Gestão de

Efl uentes e de Resíduos que dá a destinação correta a todos os produtos secundários das atividades

da Korin (mais informações nos itens “Programa de Gestão de Efl uentes” e “Reaproveitamento de

resíduos e coleta seletiva”).

Além disso, as instalações foram pensadas para interagirem com o verde da propriedade de forma a

proporcionar um ambiente de produção harmônico e que refl etisse a fi losofi a da Agricultura Natural,

que prega o equilíbrio entre homem e meio ambiente. Por isso, o cultivo de frutas, verduras e legumes,

por exemplo, é feito em conjunto com o de milho orgânico, o que ajuda a prevenir o desgaste do solo.

Desde que a empresa adquiriu a propriedade para transformá-la num centro produtivo, tem sido

registrado alguns impactos positivos, como a recuperação de Áreas de Preservação Permanente

e de Reserva Legal, de nascentes e cursos d’água. Também foi substituída a área de pastagem

(resquícios da antiga fazenda) por uma plantação de milho orgânico, o que contribuiu para a melhoria

da qualidade do solo.

Um impacto negativo que a Korin está trabalhando para tentar diminuir é o de geração de gases

poluentes provenientes dos veículos de transporte de produtos. A empresa tem ciência de que trata-se

de uma importante pegada de carbono e está elaborando uma estratégia de distribuição mais efetiva

para diminuir suas emissões.

Outro impacto importante é o elevado consumo de água no centro produtivo, do qual 80% é destinado

ao abatedouro. A Korin tenta minimizar este impacto com o reaproveitamento de 90% da água utilizada

que, depois de tratada, é desviada para sua plantação de eucaliptos (cuja madeira abastece a caldeira

do próprio abatedouro).

• Práticas de preservação e habitats protegidos ou recuperados:

Como citado anteriormente, a Korin tem trabalhado de forma efetiva para recuperar as APPs e de

reserva legal de sua propriedade. Foram recuperadas as matas ciliares de oito lagoas e sete nascentes,

o que resultou em maior abundância dos cursos d’águas e na diversidade de animais que frequentam

a antiga fazenda.

Esta atividade ocorre desde 2002, quando a empresa começou a plantar mudas de árvores nativas.

Parte do processo foi realizada através de convênio com o Consórcio das Bacias dos Rios Capivari e

Piracicaba. O objetivo é refl orestar 20% da área da propriedade como reserva legal e adequar as APPs,

conforme exige a legislação ambiental.

O Polo de Agricultura Natural tem uma representação importante na região por conta da sua

localização entre as duas APAs, destacando-se as formações rochosas, seus rios e nascentes e o

bioma de cerrado que fazem parte da propriedade. Por isso, em 2009, o Centro de Pesquisa Mokiti

Okada foi convidado a participar do Conselho Unifi cado das APAs Corumbataí – Piracicaba, como

membro titular do segmento Instituição de Pesquisa. Desde então o CPMO participa das reuniões

bimestrais nos processos de deliberação de licenciamentos ambientais da região e na construção

do Plano de Gestão e Manejo das APAs.

Como parte do trabalho, o Conselho já iniciou suas ações para construção do Termo de Referência

para o Plano de Gestão das APAs. A contribuição do CPMO se dará na elaboração da diretriz de

recuperação e conservação ambiental, que visa implantar programas de recomposição fl orestal,

saneamento, minimização de impactos de áreas urbanas e principalmente conservação de solos nas

áreas agrícolas e redução do uso de agroquímicos pelas propriedades agrícolas da região.

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ENERGIA

• Fontes de energia utilizadas no centro produtivo de Ipeúna:

Em Ipeúna, faz-se o uso de energia elétrica proveniente da rede estadual para todas as instalações

do Polo de Agricultura Natural. No entanto, no abatedouro, também utiliza-se lenha para abastecer a

caldeira. Parte desta lenha (cerca de 30%) vem das árvores de eucaliptos (33 mil exemplares) plantadas

na propriedade.

Apesar de liberar CO2, a queima de madeira, por se tratar de matéria-prima vegetal (e não de fonte

mineral, como a utilizada por algumas empresas), libera uma fuligem que é mais facilmente absorvida

pela vegetação que cobre o local.

• Iniciativas para reduzir o consumo de energia:

A empresa está engajada em ações que visem à racionalização do uso de energia tanto em seus

escritórios em São Paulo, quanto no centro produtor do interior. Por isso, tem orientado e fi scalizado

seus funcionários e colaboradores (através de atividades de integração, campanhas, informações

expostas em murais etc.) para que o uso dos recursos naturais seja feito de maneira consciente.

ÁGUA

• Consumo total:

Em Ipeúna, o consumo de água é de 160m³/dia, sendo 80% destinados ao abatedouro.

• Reutilização e coleta de água da chuva:

A água da chuva é captada em alguns pontos distribuídos pelo centro produtor de Ipeúna. Depois de

coletada, esta água é utilizada para irrigação das áreas agrícolas da propriedade.

• Programa de gestão de efluentes:

Através de processos físico-químicos e biológicos, todo o efl uente gerado é tratado, chegando a uma

efi ciência média de 90%. Seu descarte fi nal, conforme citado anteriormente, é a fertirrigação das áreas

de plantio de eucaliptos, utilizados posteriormente para geração de calor para indústria, completando

o ciclo de reaproveitamento.

Além disso, a Korin orienta e fi scaliza seus colaboradores para que o uso da água seja feito de maneira

consciente e racional, divulgando informativos semanais referente ao consumo de água no setor

industrial.

RESÍDUOS, EMISSÕES E EFLUENTES

• Quantidade de emissões diretas e indiretas de gases do efeito estufa:

A Korin ainda não iniciou o processo de registro de sua pegada de carbono e de geração de gases

promotores do efeito estufa. No entanto, é importante notar que os sistemas agroecológicos são

apontados como potenciais neutralizadores de carbono. Isso se dá pelo fato de que esses sistemas não

utilizam adubos químicos solúveis, como os NPK’s e a ureia, que são os mais utilizados na agricultura

convencional. Isso faz com que haja uma redução na formação de compostos voláteis, como é o caso

do oxido nitroso. “Este gás é 320 vezes mais potente que o CO2 na formação do efeito estufa. Ou

seja, uma molécula de N2O, equivale a 320 moléculas de CO2. Isto já dá uma ideia do quão positiva

é esta abordagem. O fato de seguirmos os princípios da Agricultura Natural nos posiciona de forma

ainda mais favorável neste processo, uma vez que nela não utilizamos estercos de origem animal de

forma sistemática em nossas produções, pois o uso destes estercos na produção orgânica é um fator

de emissão de gases de efeito estufa”, explica Luiz Carlos Demattê Filho, diretor industrial da Korin e

coordenador geral do Centro de Pesquisa Mokiti Okada - CPMO.

Ainda assim, a empresa se compromete a, em curto prazo, iniciar o registro da sua pegada de carbono

e elaborar projetos ambientais para compensá-la.

• Despejo total de efluentes

São gerados aproximadamente 152m³ de efl uente por dia. Conforme citado anteriormente, o tratamento

dos seus efl uentes chega a 90% do total gerado.

• Reaproveitamento de resíduos e coleta seletiva

Um dos maiores impactos provenientes do processamento industrial de aves ao meio ambiente

podem ser o tratamento inadequado dos resíduos gerados, o que ocasionaria graves problemas ao

ecossistema. Todas as etapas do processamento industrial geram cargas de resíduos potencialmente

poluentes ao meio ambiente, sendo os resíduos mais comuns o sangue, as vísceras e as penas. No

entanto, a Korin encontrou uma solução sustentável para estes resíduos provenientes do abatedouro:

eles são encaminhados para a Graxaria, onde são utilizadas na fabricação de Farinha de Pena e Óleo

e Farinha de Vísceras. Estes tipos de farinha são muito utilizados pela indústria de ração para cães e

gatos por seu alto valor nutritivo, por isso a Korin as vende para empresas do ramo, o que representa

uma solução ambientalmente correta para este resíduo, além de ter se tornado mais uma fonte

econômica para a companhia.

Os demais resíduos orgânicos (provenientes de alimentos não aproveitados na Packing House e no

refeitório) são utilizados no processo de compostagem.

Outra medida adotada foi a instalação, em 2012, de um ponto de coleta de óleo em Ipeúna para facilitar

a correta destinação deste resíduo pelos funcionários. O óleo é coletado por uma empresa parceira, a

Planeta Azul, de Rio Claro (SP), que processa o resíduo e o destina a produtoras de biodiesel.

Além disso, foi implantada a coleta seletiva (os materiais para reciclagem são enviados para o projeto

Desafi o Jovem, também no município de Rio Claro) e as embalagens dos produtos utilizadas pelos

produtores associados são recolhidas pela Korin, que faz a correta destinação destes resíduos.

Nos escritórios, somente é utilizado papel reciclado.

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DESEMPENHO SOCIAL E PRÁTICAS TRABALHISTAS

• Transporte:

Por estar situada numa região onde o transporte público é precário fora dos centros das cidades, a

Korin disponibiliza ônibus fretados que apanham seus funcionários para levá-los ao trabalho e de volta

para casa após o fi nal do expediente.

• Ações de endomarketing e que proporcionam bem-estar aos funcionários:

A Korin realiza uma atividade de integração para todos os novos colaboradores e funcionários da

empresa como forma de contribuir para uma melhor adaptação ao trabalho.

No que se refere às práticas relacionadas à produção, no abatedouro, os trabalhadores param por 20

minutos a cada 1h20 para uma pausa térmica (dentro da instalação a temperatura é bastante baixa

para atender às exigências de conservação do frango).

Por se tratar de um trabalho que exige muito esforço da maioria de seus funcionários, em Ipeúna

foi disponibilizada uma profi ssional de fi sioterapia para atender aos seus colaboradores, mediante

agendamento de uma consulta.

A Korin se preocupa com o bem-estar de seus funcionários e colabores, por isso realiza eventos

mensais para divulgação de resultados e notícias relacionadas à empresa e abre espaço para críticas e

sugestões, de forma que possa sempre melhorar seu desempenho como empregadora.

• Benefícios e cursos de aperfeiçoamento

São oferecidos de forma contínua os seguintes cursos à equipe da Korin:

- Treinamento de Desenvolvimento de Liderança (mensal): ministrado pelo RH da empresa, é destinado

aos líderes de equipe e encarregados dos setores de produção e operação;

- Treinamento Motivacional: para todos os colaboradores (autoestima, cuidados pessoais, liderança,

missão, visão e valores da empresa são os temas abordados)

- Treinamento de Qualidade, Boas Práticas de Fabricação e APPCC (Analise de Perigos e Pontos

Críticos: para os funcionários envolvidos com a produção de alimentos.

Também são oferecidos cursos pontuais, muitas vezes sugeridos pelos próprios funcionários.

Já os benefícios disponíveis para os funcionários são os seguintes:

- Benefício creche: funcionárias com fi lhos até 1 ano, têm direito a uma ajuda de custo de R$ 140,00 por

mês;

- Nascimento: a Korin providencia um auxílio de R$ 100,00 para contribuir com a compra de itens de

primeira necessidade;

- Kit escolar: a Korin ajuda com kits escolares infantil (1º a 4º ano) e juvenil (5º ao 9º ano). Compõem os

kits cadernos, canetas, lápis, giz de cera, apontador, borracha, etc;

- Médico: a empresa disponibiliza um profi ssional duas vezes por semana para dar consulta aos seus

funcionários e colaboradores;

- Cesta básica: funcionários e colaboradores recebem uma cesta básica mensalmente.

Além destes benefícios específi cos, todos os funcionários participam do PLR (Programa de Participação

nos Lucros e Resultado), Auxílio Farmácia, Plano Odontológico e de Saúde.

A Korin também implementou recentemente um sistema de remuneração que visa privilegiar as

funções consideradas menos nobres na empresa. Segundo uma metodologia interna, trabalhadores

que atuam em atividades consideradas sujas, perigosas, desvalorizadas e/ou pesadas recebem um

valor a mais em seu salário para cada uma delas (o valor é cumulativo, ou seja, para quem trabalha no

abatedouro de aves, por exemplo, o salário recebe o acréscimo por todas as quatro características).

Este sistema tem como objetivo, além de evitar a evasão e rotatividade excessiva entre os postos de

trabalho, a valorização do profi ssional e o aumento da sua autoestima. O princípio por trás dele está na

valorização do trabalhador em função da utilidade do serviço prestado por ele, e não apenas no seu

grau de escolaridade.

EVENTOS:

A Korin acredita na realização de cursos e eventos como mais uma forma de integrar a equipe e

promover uma maior ligação entre a empresa e seu público interno e por isso oferece alguns eventos

ao longo do ano como, tais como:

- Cultos mensais de gratidão: realizado na própria Korin em agradecimento à Agricultura Natural;

- Oficinas de Ikebana;

- Atividade de Johrei: ocorre duas vezes por semana e é aberta a todos os funcionários;

- Culto em memória dos animais abatidos: realizado em agosto, todos os anos, no Polo de Ipeúna.

• Taxas de acidentes de trabalho e de ausência e cursos e programas para prevenção de acidentes:

É realizada anualmente a SIPAT e SIMAQ, eventos sobre Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e

Qualidade, reforçando a importância dos cuidados com a saúde, qualidade de vida, alimentação e

meio ambiente.

Em 2013, a Korin registrou 27 acidentes de trabalho (COMPLEMENTAR)

• Pactos e programas para eliminação do trabalho infantil e escravo:

A Korin ainda não é signatária do Pacto para Erradicação do Trabalho Escravo e também não faz parte

do Programa Empresa Amiga da criança, da Fundação Abrinq. No entanto, a produção sustentável,

orgânica e de Agricultura Natural já pressupõem a não utilização de mão de obra escrava (ou análoga)

ou infantil. Todas as certifi cações recebidas pela empresa atestam que o processo produtivo envolvido

está em conformidade com as legislações trabalhistas e respeita o comércio justo.

Entretanto, a Korin está disposta a analisar a possibilidade de se tornar parte de ambas as iniciativas

como forma de reafi rmar seu compromisso (e de toda sua cadeia produtiva) com a produção em bases

justas, em defesa dos direitos da criança e do adolescente e de maneira inegociável com quem explora

o trabalho escravo.

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• Ações de RSC em geral:

A maioria das ações de Responsabilidade Social da Korin estão voltadas para os temas da qualidade

de vida e da importância da alimentação. Dentro destes grandes temas, a empresa tem atuado dentro

das seguintes linhas:

- Apoio ao esporte: a empresa apoiou por dois anos seguidos a Copa Korin de Tênis, em Natal (RN)

e patrocina anualmente a Corrida Solidária, organizada pela Fundação Mokiti Okada. A prática do

esporte está intimamente ligada à qualidade de vida e bem-estar pregados pela Korin;

- Treinamento em agricultura orgânica para técnicos da Secretaria de Agricultura do Estado de São

Paulo: a Korin oferece o treinamento gratuitamente como forma de contribuir para a divulgação da

importância da prática orgânica e natural;

- AVAL (Associação da Avicultura Alternativa): a empresa fundou a AVAL com o objetivo de que a

instituição funcione como um órgão difusor de ideias para o manejo e criação de frango;

- Palestras: são realizadas inúmeras palestras ao longo do ano em congressos, feiras, workshops e

reuniões em todo o país sobre alimentação saudável e soluções sustentáveis para a produção agrícola.

Por entender que a responsabilidade social é fundamental para o fortalecimento da empresa e de

seus públicos de interesse, a Korin iniciou, em 2013, o processo para elaboração de sua Política de

Responsabilidade Socioambiental. O objetivo do documento é legitimar as ações da empresa no

campo da responsabilidade socioambiental e estabelecer diretrizes norteadoras complementares

a essas áreas. Ela legitima o compromisso da Korin com a sustentabilidade, organizando de forma

estratégica todas as iniciativas já elaboradas pela empresa, assim como orienta as novas ações e seu

investimento social privado, segundo eixos e linhas de atuação mais convenientes para a companhia

e seus stakeholders.

CSA BRASIL - AGRICULTURA SUSTENTADA PELA COMUNIDADE

A Korin está desenvolvendo uma parceria com o CSA Brasil, um projeto cujo objetivo se assemelha à fi losofi a

da empresa de difundir a importância do equilíbrio na produção do alimento e de contribuir para a alimentação

saudável na vida das pessoas.

O CSA Brasil, cuja sigla, em inglês, signifi ca Agricultura Sustentada pela Comunidade, é uma das organizações

que estão à frente de uma iniciativa que ganha força em várias partes do mundo, buscando resgatar um modelo

de comércio e agricultura ancestrais e que renasceu no Japão nos anos 1960. Na época, a preocupação era com

o aumento do uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos nas lavouras, com a diminuição de agricultores no

campo em algumas regiões e com o crescimento da importação de alimentos.

O CSA Brasil, que começou a ser costurado no país há cerca de dois anos, assim como outras iniciativas-irmãs

no mundo, propõe um modelo de agricultura saudável para o meio ambiente, ao ser humano, às relações

sociais e à economia e prega a responsabilidade nas relações envolvidas na produção dos alimentos.

Os principais pilares deste modelo são:

- o comércio direto entre produtores e consumidores locais (chamados de coprodutores neste modelo), sem o

varejo intermediário;

- o uso responsável do solo e dos demais recursos naturais;

- a autonomia em relação à agricultura industrial e globalizada.

Na prática, este sistema funciona de forma simples, através de uma associação entre coprodutores e agricultores,

formando uma cooperativa de produção e distribuição de alimentos, estabelecendo entre as partes um contrato

de intenções.

Desta forma, os próprios cooperados fi nanciam a produção de alimentos anualmente, pois “compram” os

produtos antecipadamente. Os valores são “negociados” em assembleia com a participação de cooperados e

coprodutores, de forma a garantir o preço justo para ambos. Por fi m, os consumidores recebem regularmente

uma cesta de alimentos com produtos da estação. Estes são mais frescos, puros e saborosos, resultados do

manejo orgânico e pelo fato de não fi carem expostos a longas jornadas de logística e distribuição e custam o

equivalente aos convencionais que seriam adquiridos em mercados.

A cooperativa também funciona como um polo de desenvolvimento técnico do produtor, que é um dos objetivos

do CSA: providenciar capacitações nas áreas de agronomia, planejamento fi nanceiro e administrativo.

A entrada da Korin como colaboradora do projeto servirá não apenas para atuar como produtora de frango e

ovos, mas também para a expansão do CSA (que atualmente está nos municípios do Rio de Janeiro, São Paulo,

Cuiabá, Campo Grande, Curitiba e Itajaí) por ser considerada uma referência na agricultura natural e orgânica e

hoje presente em todas as regiões do país.

• Multas signifi cativas e/ou sanções não-monetárias pelo não-cumprimento de leis e/ou regulamentações

ambientais e orgânicas:

A Korin se orgulha de não ter recebido, até hoje, nenhuma multa ou sanção signifi cativa envolvendo seu

processo produtivo relacionadas às legislações ambientais. Isso demonstra, mais uma vez, o compromisso

assumido pela empresa de desenvolver uma metodologia de produção diferente e com foco no equilíbrio.

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DESENVOLVIMENTO LOCAL

• Relação com fornecedores e produtores:

A Korin adotou o modelo de integração para a expansão de sua produção e para aumentar

o alcance de seus produtos. A integração idealizada e executada pela empresa tem como

foco o pequeno agricultor e as unidades agrícolas familiares. Por isso, a Korin atua também

no fortalecimento dessas unidades, transferindo não apenas ração e outros insumos para

produção de frangos e ovos, por exemplo, mas também tecnologia, conhecimento e suporte

técnico para a produção.

Outro exemplo é o relacionado aos fornecedores de milho: para estreitar o relacionamento

com os produtores da região onde está inserido o Polo de Agricultura Natural, a empresa

oferece a possibilidade de contrato de compra antecipada para entrega futura. A quantidade

a ser comprada e o valor pago são estabelecidos no contrato. 50% do valor da compra são

adiantados ao produtor e os outros 50% são pagos no momento da entrega, garantindo

assim maior tranquilidade para o produtor se proteger de eventualidades ao longo do cultivo.

Os produtores recebem orientações sobre Agricultura Natural, prática que começa com a

redução de adubos solúveis e agroquímicos, a adoção de práticas conservacionistas como o

plantio direto e o uso de compostos naturais. Além disso, a Korin disponibiliza ajuda técnica

capacitada no sistema de produção orgânica para dar suporte aos cultivos através de visitas

e auxílio de veterinários, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas, a fi m de adequar as

propriedades às normas e legislações ambientais.

Como resultado secundário, esta adequação acaba levando ao aumento da qualidade da

alimentação e da saúde dos seus colaboradores.

Como parte do desenvolvimento das comunidades onde atua, a Korin também é reconhecida

por oferecer melhores remunerações aos seus produtores colaboradores, contribuindo para o

estabelecimento de padrões mais altos para o salário rural e para a fi xação do produtor e de

sua família no campo.

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• Relação com a comunidade:

A Korin se preocupa com as comunidades onde atua e por isso prioriza a contratação de mão

de obra local e das cidades vizinhas ao seu centro produtor em Ipeúna. O principal objetivo,

além de fomentar a economia e o crescimento da região, é contribuir com o princípio da

cadeia de valores que distribui o lucro de forma proporcional a todos os seus produtores e

fornecedores.

Outra forma de contribuir com o desenvolvimento local são os contratos de longo prazo

fi rmados com seus colaboradores, estabelecendo uma relação duradoura de parceria entre

eles e a empresa.

A Korin também faz parte do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de Ipeúna,

instituição cujo objetivo é a reunir representantes do poder público local, do setor privado

e de moradores com o intuito de discutir, planejar e acompanhar as questões relacionadas

à segurança na cidade. Além disso, o Conselho também procura desenvolver campanhas

educativas e aproximar os diversos setores da comunidade.

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COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO

COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO

a) Estratégias de relacionamento e de fidelização com clientes:

A Korin está desenvolvendo uma metodologia e ferramentas de pesquisa para entender melhor o perfi l do

seu cliente. A empresa não quer saber apenas seus dados demográfi cos, mas conhecer seus hábitos, gostos,

preferências, rotina, etc. Isso vai permitir atuar de maneira mais a satisfazer ainda mais seus antigos clientes,

antecipando-se às suas dúvidas, questionamentos e anseios, bem como elaborando estratégias de comunicação

que permitam um relacionamento mais estreito, íntimo e direto com o seu consumidor.

A Korin não quer apenas conhecer melhor o seu público, quer criar laços com ele, excedendo suas expectativas

e obtendo a sua confi ança.

b) Programa de visitas:

A Korin recebe muitos visitantes ao longo do ano no Polo de Agricultura Natural, em Ipeúna. Cerca de 2 mil

pessoas passam por lá anualmente (incluindo seguidores da Igreja Messiânica, estudantes, agricultores,

pesquisadores e empresários). Durante a visita à propriedade, os visitantes recebem orientações e palestras de

sensibilização sobre questões ligadas à alimentação saudável, segurança alimentar e Agricultura Natural, além,

claro, de passarem por um tour para conhecer todo o processo de produção da Korin e toda a propriedade.

c) Canais de comunicação:

Além do seu site, hoje a Korin também está presente nas redes sociais. A empresa tem uma página no Facebook,

uma conta no Instagram e outra no Twitter. O conteúdo compartilhado é produzido e monitorado internamente

pelo departamento de Marketing da empresa. São informações sobre produtos, dicas de qualidade de vida e

alimentos saudáveis, receitas, eventos, prêmios, novas franquias, sustentabilidade e meio ambiente.

Por se tratar de uma iniciativa relativamente recente, ainda não há dados disponíveis sobre a contribuição do uso

das redes sociais para o aumento das vendas dos produtos. Foi detectado, no entanto, que a utilização dessas

ferramentas ampliou a visibilidade da empresa.

Além disso, o compartilhamento do conteúdo postado entre os “seguidores” da Korin e suas redes de amigos

e família indica maior divulgação não só dos produtos, mas também dos princípios e fi losofi a da empresa. Sem

falar, claro, da circulação de informação para possíveis novos clientes.

Uma curiosidade: observou-se uma diferença de público nas diferentes redes sociais. No Instagram, por exemplo,

muitos dos “seguidores” são nutricionistas, atletas e pessoas que procuram pelas hashtags relacionadas à saúde

e qualidade de vida. Já o Facebook atinge um público mais genérico, composto, no entanto, em sua maioria, por

mulheres, com idades entre 30 e 50 anos.

O SAC também é uma importante ferramenta de comunicação entre a empresa e o consumidor Korin. Em média,

os contatos para tirar dúvidas representam mais de 80% e chegam via site, e-mails ou ligações telefônicas.

d) Relacionamento com público interno:

A Korin está trabalhando para o desenvolvimento de ferramentas de comunicação interna mais efetivas como

jornal mural e uma newsletter voltada para seu público interno, por acreditar que uma boa comunicação dentro

da instituição é fundamental para a integração das diferentes equipes e para o fortalecimento da empresa.

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e) Destaques na imprensa em 2013

Canal Rural

Data: 22 de janeiro

Assunto: “Bem Estar Animal como exemplo dentro da agroindústria – O caso da Korin”. Entrevista de

6 minutos com o Diretor Superintendente da Korin, Reginaldo Morikawa.

Link: http://videos.ruralbr.com.br/canalrural/video/bom-dia-campo/2013/01/reginaldo-morikawa-

fala-sobre-bem-estar-animal/10721/

Jornal Valor Econômico

Data: 30 de janeiro

Assunto: “Queridinha das mães’, Korin ensaia voo mais alto” e “Saudável, mas caro, Korin adota

franquia para crescer”.

Links: http://www.valor.com.br/empresas/2988708/queridinha-das-maes-korin-ensaia-voo-mais-alto

http://www.valor.com.br/empresas/2988780/saudavel-mas-caro-korin-adota-franquia-

para-crescer

Jornal O Globo

Data: 17 de fevereiro

Assunto: “Johrei na produção de frangos e ovos orgânicos”

Link: http://oglobo.globo.com/tecnologia/johrei-na-producao-de-frangos-ovos-

organicos-7600443

Canal Rural – Programa Bom Dia Campo

Quadro: Sabor do Campo

Data: 15 de março

Assunto: Receita de biomassa de banana verde –Culinarista da Korin, Ângela Festa.

Link: http://videos.ruralbr.com.br/canalrural/video/sabor-do-campo/2013/03/aprenda-

fazer-biomassa-banana-vede/15311/

Rádio CBN (Curitiba)

Data: 9 de abril

Assunto: Métodos Produtivos da Korin - Participação ao vivo do diretor superintendente da Korin,

Reginaldo Morikawa

Duração: 1h de entrevista.

Link: http://www.youtube.com/watch?v=Rh3dXFWkM1k&list=UUJGCsH92-

THK_07oaOkXWlg&index=1

Revista Ideia Sustentável

Edição 31: Trimestral Março/Abril/Maio

Assunto: “Economia Sustentável” - Entrevista com o Diretor Comercial da Korin, Edson Shiguemoto

(matéria de capa).

Rádio Gazeta AM – São Paulo

Data: 15 de maio

Assunto: “Bem-estar e o problema dos antibióticos na criação animal” - Tema na palestra de

Reginaldo Morikawa, diretor superintendente da Korin Agropecuária, no XXVI Congresso

Internacional de Prática Ortomolecular e Radicais Livres (ocorrido em 09/05/2013).

Link: http://www.youtube.com/watch?v=U31iAGh4uB0&feature=youtu.be

Jornal Folha de S. Paulo

Data: 5 de junho

Assunto: “Setor de alimentos orgânicos faturou em 2012 R$ 1,5 bilhão, cerca de 1% do mercado global”

Em visita ao polo da Korin, a repórter retrata o método produtivo da empresa, suas metas, técnicas e

objetivos.

Link: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/06/1289637-setor-de-alimentos-organicos-

faturou-em-2012-r-15-bilhao-cerca-de-1-do-mercado-global.shtml

Site Globo Rural

Data: 9 de junho

Assunto: “Pesquisadores apostam em inovação para impulsionar o agronegócio.

Link: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI338992-18078,00-PESQUISAD

ORES+APOSTAM+EM+INOVACAO+PARA+IMPULSIONAR+O+AGRONEGOCIO.html

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Jornal Brasil Econômico

Data: 13 de junho

Assunto: “Dos restaurantes para as gôndolas de fino trato – Três fabricantes de alimentos apostam

em parcerias com chefs antes de estrar no varejo” – Método de produção dos frangos orgânicos da

Korin e o fornecimento para o chef Alex Atala.

Portal Fator Brasil

Data: 14 de junho

Assunto: “Korin Agropecuária tem plano de conquistar 100 franqueados até 2016”

Link: http://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=237763

Jornal SBT Manhã

Data: 14 de junho

Assunto: ABF São Paulo. Apresentação do stand da Korin como exemplo de franquia no setor de

orgânicos.

Link: http://www.youtube.com/watch?v=-6LdfAeZgYk

Portal IG - Saúde

Assunto: “Feiras apresentam novidades em alimentação saudável e natural” Data: 29 de junho

Link: http://saude.ig.com.br/alimentacao-bemestar/2013-06-29/feiras-apresentam-novidades-em-

alimentacao-saudavel-e-natural.html

Jornal Valor Econômico

Data: 02 de julho

Assunto: “Potencial do mercado doméstico anima as empresas de orgânicos” – Citação da empresa

como produtora de orgânicos e com o ramo de franquias.

Link: http://www.valor.com.br/empresas/3181726/potencial-do-mercado-domestico-anima-

empresas-de-organicos

Canal Terra Viva - Jornal Terra Viva

Data: 3 de julho

Assunto: “Biofach e o crescimento do mercado de orgânicos” - Entrevista com o diretor comercial da

Korin, Edson Shiguemoto

Link: http://www.youtube.com/watch?v=p5DonOd8cn8

Rádio Jovem Pan AM

Data: 23 de julho

Assunto: Participação da Korin no festival do Japão – Entrevista com o diretor superintendente da

empresa, Reginaldo Morikawa.

Link: http://www.youtube.com/watch?v=9s4JSLqp678

Portal UOL – Editoria Economia/Agronegócio

Data: 29 de julho

Assunto: “Frango especial é criado com milho orgânico e uma espécie de ‘Yakult’”

Link: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/07/29/frango-organico-conquista-

consumidor-empresa-aumenta-numero-de-abates-em-sp.htm

Revista Vida Simples

Data: Edição de Agosto

Assunto: “Mais sabor, por favor – Ingredientes como ovos ou leite, provenientes de animais criados

livres, estão atraindo a atenção de chefs pelo seu sabor mais apurado”

Site ADAPAR (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná)

Data: 10 de setembro

Assunto: “Carne Sustentável: Frango Antibiotic Free da Korin Agropecuária é destaque entre os

alimentos expostos no IX Congresso Internacional de Nutrição Clínica Funcional” (ocorrido em

setembro em São Paulo)

Link: http://www.miti.com.br/ce2/?a=noticia&nv=IUnEZA0Kgs3K5J5DKc7zfw

TV SBT NATAL - Programa Viver Bem

Data: 10 de setembro

Assunto: Início da comercialização da linha de biscoitos Schär, sem glúten. Os benefícios e

diferenciais do produto e a citação da loja da Korin como comercializadora da linha – Entrevista com o

proprietário da Korin Natal, Edson Melo

Link: http://www.youtube.com/watch?v=M3OhRfJnadY&feature=youtu.be

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Revista do Campo

Data: 12 de setembro

Assunto: “Granja Orgânica e Frangos de Corte” - Visita à Granja da Korin em Ipeúna, entrevistas com

funcionários e com o diretor industrial, Luiz Carlos Demattê.

Link: http://www.youtube.com/watch?v=n4qT5A5Pm7o

OrganicsNet

Data: 24 de setembro

Assunto: “Korin apresenta ao mercado a primeira sopa instantânea orgânica”

Link:http://www.organicsnet.com.br/2013/09/korin-apresenta-ao-mercado-a-primeira-sopa-instantanea-

organica/

Revista Isto É Dinheiro (Coluna de Clayton Netz)

Data: 25 de setembro

Assunto: “Comida Natural Aves em Dobro” – Nota sobre o aumento de abate em Ipeúna e

lançamento da sopa orgânica.

Site Globo Rural (Nota)

Data: 12 de outubro

Assunto: “Korin lança primeira sopa instantânea orgânica certificada”

Link: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI343858-18078,00-KORIN+LANCA+

PRIMEIRA+SOPA+INSTANTANEA+ORGANICA+CERTIFICADA.html

Canal Terra Viva – Dia Rural

Data: 25 de outubro

Assunto: “Empresa divulga frango orgânico e sem antibióticos” - Entrevista com o diretor comercial

da Korin, Edson Shiguemoto.

Link: http://tvterraviva.band.uol.com.br/noticia.aspx?n=688737

Livro Alimentos Orgânicos no Brasil – História, Cultura e Gastronomia

Data de Lançamento: 2013

Autores: Eduardo Sganzerla, Rafael Moro Martins e Diego Singh - Editora Esplendor

Assunto: Participação da Korin no Capítulo “Frangos Naturais para Todo o Brasil” – Página 90

Livro Prato Sujo – Como a indústria manipula os alimentos para viciar você - Editora Abril - Revista

Superinteressante

Data de Lançamento: Novembro 2013

Autora: Marcia Kedouk

Assunto: Participação da Korin com seu sistema diferenciado de produção, a partir de entrevista com

o diretor industrial da empresa, Luiz Carlos Demattê Filho.

Site Portal ABRAS

Data: 5 de dezembro

Assunto: “Korin desenvolve aves sem antibióticos para as comemorações de final de ano”

Link: http://www.abras.com.br/clipping.php?area=14&clipping=42508

Jornal Folha de S. Paulo

Data: 5 de dezembro

Assunto: “Quase orgânicos – Em vez de terminar neste ano, permissão para o plantio de orgânicos

com sementes tratadas com agrotóxicos terá prazo estendido” – Entrevista com o diretor industrial da

Korin, Luiz Carlos Demattê

Link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/142143-quase-organicos.shtml

Site Envolverde

Data: 11 de dezembro

Assunto: “Korin Agropecuária ganha, pelo segundo ano consecutivo, o prêmio ECO AMCHAM”

Link: http://envolverde.com.br/mundo-corporativo/korin-agropecuaria-ganha-pelo-segundo-ano-

consecutivo-o-premio-eco-amcham/

RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTORELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO

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RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • GOVERNAÇA CORPORATIVA

a) Ativos Intangíveis:

Aspectos e ativos intangíveis de uma empresa, como a capacidade de inovação tecnológica, por

exemplo (como é o caso da Korin), e que não podem ser registrados pela contabilidade são cada vez

mais valorizados. O ativo intangível proporciona às organizações maior competitividade e diferencial

de mercado, o que, por consequência, permite ganhos em termos de lucratividade e rentabilidade.

Eles são capazes de oferecer ao cliente a satisfação de outras necessidades, além daquelas que

se identifi cam pelo consumo do produto ou serviço ofertado pela empresa, ou seja, oferecendo

benefícios adicionais que os concorrentes não possuem.

Eles podem ser defi nidos como um conjunto estruturado de conhecimentos, práticas e atitudes

da instituição que, interagindo com seus ativos tangíveis, contribui para a formação do valor das

empresas.

No caso da Korin, seus princípios e valores, bem como os conceitos da Agricultura Natural, que

permeiam e guiam o trabalho da empresa, são seus principais ativos intangíveis. Eles refl etem no

valor que hoje a marca detém, na confi ança e reconhecimento por parte dos seus consumidores

e nas parcerias duradouras e permanentes estabelecidas com seus produtores, fornecedores e

colaboradores. São eles que conferem valor à cadeia de produção da Korin.

b) Ações e políticas de boa governança:

A diretoria da Korin tem como prática o aproveitamento de palestras, eventos como as semanas

SIPAT e SIMAQ (eventos sobre Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Qualidade) e treinamentos

de grupos por setores para falar sobre os resultados da empresa. Nestas ocasiões, são divulgados

internamente seus principais resultados recentes, as perspectivas futuras de pequeno e médio prazo,

os desafi os e gargalos a serem superados de forma mais emergencial e as diretrizes e metas a

serem seguidas.

Trata-se de uma medida de transparência que ajuda a mobilizar o público interno e a fortalecer a

empresa no sentido de cumprir as metas defi nidas.

c) Código de Ética e Ouvidoria:

O Código de Ética é um conjunto de regras e princípios que visa orientar a conduta de um

determinado grupo de pessoas de acordo com os valores da empresa. Ele está ligado diretamente

à cultura organizacional da instituição, pois é nele que estão pautadas as atitudes e iniciativas que

serão desenvolvidas pelas diferentes áreas e setores, bem como as formas de se pensar estratégias

de trabalho.

A Korin reconhece a importância deste documento e se compromete com o desenvolvimento do

seu próprio Código de Ética para dar continuidade ao seu histórico de boas práticas de governança e

transparência.

Da mesma forma, a empresa ainda não possui um sistema de ouvidoria, porém está avaliando a

melhor forma de disponibilizar este canal e elaborando estratégias de atuação a serem utilizadas

pelo mesmo.

GOVERNANÇA CORPORATIVAGOVERNANÇA CORPORATIVA

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RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO

DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO

DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO

a) Como demonstração de sua política de transparência, a Korin disponibiliza seu Balanço Financeiro 2013

neste Relatório (abaixo):

BALANÇO PATRIMONIAL (Janeiro a Dezembro de 2013)

ATIVO PASSIVO

Ativo circulante

- Disponibilidades

- Caixa Geral

- Bancos conta movimento

- Aplicações de liquidez imediata

• Aplicações de liquidez imediata

- Créditos

• Duplicatas a receber

• Duplicatas descontadas

• Administradora de cartões e tickets

- Outros créditos

• Valores em cobrança – curto prazo

• Adiantamento a terceiros

• Crédito de funcionários

• Impostos a recuperar

- Estoques

• Estoques de mercadorias – comercial

• Estoque agrícola

• Estoque avícola

• Insumos agropecuários

• Material de embalagem

- Despesas antecipadas

• Prêmio de seguros a apropriar

Ativo não circulante

- Ativo realizável a longo prazo

• Créditos e valores

- Imobilizado

• Bens administrativos

• Bens comerciais

• Bens rurais

• Imobilizado em andamento

Total do ativo

24.086.465,26

615.173,97

263.117,32

352.056,65

5.023.244,53

5.023.244,53

9.533.000,54

9.573.322,93

(98.647,05)

58.324,66

3.641.127,97

43.670,64

1.286.480,04

1.977,86

2.308.999,43

5.265.700,42

465.659,23

48.038,35

3.230.670,17

898.473,34

622.859,33

8.217,83

8.217,83

10.878.778,32

146.838,36

146.838,36

10.731.939,96

813.868,85

267.334,04

6.035.452,67

3.615.284,40

34.965.243,58

7.129.027,13

312.832,34

134.579,35

165.330,96

12.922,03

13.263,66

3.518,40

1.738,34

8.006,92

6.802.931,13

169.961,75

5.602.772,27

0,13

415.820,89

101.149,96

25.513,94

10.451,83

358,57

4.658,80

2.156,69

77.346,83

1.025,80

391.713,67

2.599.221,79

2.599.221,79

2.500.000,05

22.059,82

77.161,92

25.236.994,66

29.291.537,00

(4.054.542,34)

34.965.243,58

Passivo circulante

- Obrigações

• Empréstimos e fi nanciamentos

• Fornecedores nacionais – lojas

• Fornecedores nacionais – atacado

- Obrigações fiscais

• ICMS a recolher

• PIS a recolher

• COFINS a recolher

- Outras obrigações

• Adiantamento de clientes

• Contas a pagar

• Salários a pagar

• INSS a recolher

• FGTS a recolher

• IRRF Folha a recolher

• Contribuição sindical-assistencial a recolher

• INSS produtor rural a recolher

• IRRF terceiros a recolher

• ISS a recolher

• INSS sobre prestações de serviços a

• Contribuições retidas na fonte a recolher

• Financiamentos – Leasing

Passivo não circulante

- Passivo exigível a longo prazo

• Adiantamento para futuros aumentos

• Parcelamentos de impostos

• Financiamentos – Leasing

- Patrimônio líquido

• Capital social

• Prejuízos acumulados

Total do passivo

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Receita bruta de vendas

Vendas de mercadorias

Vendas de produção agropecuária

Vendas de produção agrícola

Vendas de produção bokashi

Total das vendas brutas

(-) Deduções da receita bruta de vendas

(-) Devoluções de vendas (13.828,78)

(-) Devoluções de vendas de procução

(-) Impostos s/vendas – ativ. Comercial

(-) Impostos s/vendas – ativ. Agropecuária

Receitas líquidas de vendas

3.432.656,00

65.472.247,91

7.891.058,62

676.708,49

77.472.671,02

Custo das mercadorias vendidas

Custo das mercadorias p/revenda

Custo dos produtos vendidos

Custo agropecuário

Custo agrícola

Custo agrícola bokashi

Lucro bruto

(2.928.285,35)

Receitas operacionais

Receitas fi nanceiras

Receitas c/ títulos e val. Imobiliários

Receitas eventuais

Despesas operacionais

Despesas administrativas

Despesas c/pessoal

Despesas tributárias

Despesas fi nanceiras

Despesas c/vendas

Despesas indedutíveis

Resultado operacional

82.012,01

585.484,25

19.881,57

(13.924.821,77)

(4.421.532,21)

(66.075,62)

(1.290.651,12)

(3.175.381,54)

(2.138.353,46)

1.471.197,44

Outras receitas / despesas

Outras receitas

Outras despesas

Receitas não operacionais

Crédito outorgado ICMS

Crédito extemporâneo PIS

Crédito extemporâneo COFINS

Lucro / prejuízo líquido do exercício

22.767,45

-

1.671.574,99

24.248,66

111.690,80

3.301.479,34

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Discriminação Janeiro a dezembro/2013

(13.828,78)

(815.419,39)

(227.692,12)

(1.981.042,27)

74.434.688,46

(39.052.128,90)

(3.639.829,28)

(3.013.809,60)

25.800.635,33

RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRORELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA • DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO

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20 ANOS DE KORIN AGROPECUÁRIA – HISTÓRIA, DESAFIOS E PLANOS FUTUROS

20 ANOS DE KORIN AGROPECUÁRIA – HISTÓRIA, DESAFIOS E PLANOS FUTUROS

a) O que mudou:

Prestes a completar 20 anos, a Korin é hoje uma empresa muito diferente da que surgiu, em 1994,

para levar adiante os princípios da Agricultura Natural pregados por Mokiti Okada, seu idealizador.

O começo foi bastante difícil, principalmente devido aos processos alternativos de criação de aves e

cultivos de alimentos e à baixa escala de produção, que tornavam os custos muito mais altos do que

os oferecidos pelos métodos convencionais. A competitividade nas gôndolas era desleal.

Foi necessário o investimento em granjas próprias para demonstrar que o sistema de criação

alternativa era viável para que, posteriormente, fosse possível adotar o sistema de integração com

pequenas unidades agrícolas vizinhas ao Polo de Ipeúna (com uma média de 1.300.000 aves

alojadas por ano na época). Ocorreu então uma mudança de cenário e a Korin, que agora ganhara

a confi ança do mercado, passou então a conseguir fi rmar contratos com parceiros, fornecedores de

estrutura, equipamentos e mão de obra, não necessitando mais de altos investimentos diretos.

A partir daí, o crescimento veio como consequência natural. Claro que não sem muitos esforços. Os

lucros só vieram mesmo a partir de 2009, porém, de lá pra cá, a curva de faturamento e expansão só

subiu. Hoje, a Korin cria frangos de corte em parceria com 28 colaboradores e produz ovos junto com

outros três.

Os investimentos feitos, principalmente a partir de 2008 (quando o frango passou a sustentar

a empresa, no lugar da Igreja Messiânica, segundo palavras de Reginaldo Morikawa, diretor

superintendente da Korin), tornaram a empresa mais completa e mais forte para conseguir um

espaço maior no mercado. A Korin passou a plantar parte do milho que utiliza como alimento

para as aves (um dos maiores custos da empresa) e a fabricar sua própria ração (19 mil toneladas

por ano). São cerca de 13 mil toneladas de milho por ano, dos quais 52% comprados diretamente

de aproximadamente 200 produtores familiares da região de Ipeúna, o que contribuiu para a

dinamização da região.

O número de aves alojadas passou para cerca de 4 milhões por ano. A qualidade também melhorou

em função de novas técnicas de manejo e de nutrição dos animais nos últimos anos. O aumento do

peso médio do frango de corte foi de 8,13% em 12 anos. Também conseguiu-se reduzir a mortalidade

das aves em 45,76% neste intervalo.

O abatedouro, inicialmente construído para o abate de 1.500 aves por dia, foi ampliado em 1997 e

novamente em 2007. A média de abate diário, que em 2004 era de 6.500 aves diariamente, passou

para 16.000 aves por dia em 2013.

A solidifi cação da cadeia produtiva para frangos AF possibilitou incremento nas linhas de crédito

concedidas aos produtores integrados, a ampliação industrial e o desenvolvimento de outros

produtos da empresa, como o frango caipira, frango orgânico, ovos e industrializados através de

parcerias.

A marca se tornou mais conhecida do público, o que abriu espaço para a diversifi cação dos produtos,

principalmente os de mercearia. Novas oportunidades de negócio surgiram e a Korin apostou em

empresas com fi losofi as afi ns e interessadas em produzir em conjunto produtos de mercearia, como

o mel e o café, aumentando o seu leque de ofertas.

Também neste período adotou-se o sistema de franquias de suas lojas como mais uma maneira de

levar seus produtos para outras regiões do país.

RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA 20 ANOS DE KORIN AGROPECUÁRIA – HISTÓRIA, DESAFIOS E PLANOS FUTUROS

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Nos últimos quatro anos, o faturamento da empresa cresceu em mais de 150%. Junto com ele, veio uma nova

expansão e, com ela, o aumento do número de produtores de frangos e, claro, do quadro de funcionários.

A Korin também passou por uma modernização de instalações e equipamentos e por uma maior

profi ssionalização de alguns de seus departamentos.

As mudanças fi zeram com que a empresa traçasse metas audaciosas. Uma delas era aumentar a produção de

ovos. Isso não só foi possível como ultrapassou as expectativas e, em 2013, ela dobrou. Para 2014 e 2015, os

planos são de quadriplicar a produção de frutas, legumes e verduras para o primeiro e produzir três vezes mais

frangos para o segundo.

b) Parcerias

Ao longo de sua história, a Korin desenvolveu e fortaleceu parcerias com uma série de instituições. Com o

trabalho conjunto tem sido possível a troca de conhecimentos, tecnologia e até a elaboração de estratégias

conjuntas para o setor agropecuário.

O Centro de Pesquisas Mokiti Okada é um parceiro de longa data e, junto com ele, a Korin tem desenvolvido

pesquisas nas áreas de Agricultura Natural e avicultura alternativa, com a fi nalidade de criar ou aprimorar

técnicas com foco na melhoria da produtividade. Os resultados dos estudos são divulgados como forma de

contribuir com a difusão da produção alternativa.

Por ser pioneira na produção industrial com base na Agricultura Natural, a Korin sentiu necessidade de

elaborar normas técnicas e certifi cações para o setor. Fundou, então, a AVAL (Associação da Avicultura

Alternativa) para ajudar a organizá-lo. Através dela, compartilha suas experiências e resultados com outros

sócios da entidade.

A empresa também é participante ativa da CPOrg-SP (Comissão de Produção Orgânica de São Paulo),

instituição criada para auxiliar o desenvolvimento da produção orgânica e para atuar de maneira efetiva no

planejamento das políticas públicas afi ns com esta atividade.

A Korin possui ainda um representante na Câmara Temática de Agricultura Orgânica do Ministério da

Agricultura e Pecuária, que colaborou na elaboração da Política Nacional de Agroecologia e Produção

Orgânica (aprovada em agosto de 2012).

Além da já mencionada parceria com a ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica) para a produção

de carne bovina em bases sustentáveis na região do Pantanal, a empresa mantém uma relação de cooperação

com ONGs e organizações de ensino e pesquisa como WSPA (World Society for Protection of Animals),

FAI (Food Animal Initiative, parceira na criação e frango caipira), USP (Universidade de São Paulo) e UNESP

(Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”), resultando em experimentos, artigos, teses de

mestrado e doutorado, trabalhos acadêmicos, etc.

c) Desafios, perspectivas e planos

“A Korin já nasceu sendo uma empresa com DNA sustentável, diferente da grande maioria das empresas”,

defi ne Edson Shiguemoto, diretor comercial da Korin. Este DNA, aliado ao crescimento, e, o mais importante,

ao fortalecimento da marca, mostra que é possível desenvolver uma estratégia de negócios com foco para

além do lucro. O resultado é um modelo de negócio apoiado na construção de uma cadeia de valores,

baseada na fi losofi a que prega o equilíbrio entre a preservação e o uso dos recursos naturais e capaz de gerar

oportunidades para pequenos produtores ao mesmo tempo em que resulta em lucro para a empresa.

Foram muitos os avanços, especialmente no período de 2012 a 2013. Nesta fase, houve uma melhor

estruturação do sistema de franquias, aumento da produção de frangos e ovos, carros-chefes da

Korin, assim como foram lançados novos produtos de mercearia e estão para começar a serem

comercializados outros, como a carne bovina. No que se refere à área de relacionamento institucional,

a empresa atuou fortemente junto a AVAL a fi m de melhorar a regulamentação do setor de criação

alternativa de aves. Internamente, foram implementados programas que visam à valorização dos

funcionários e outros de gratifi cação por desempenho. Para completar, foram ampliados projetos de

caráter ambiental e de sustentabilidade, demonstrando que o conceito “sustentável” está cada vez

mais transversal a todas as áreas da Korin.

“A partir de 2007 a Korin entrou numa fase de gestão muito mais profi ssional no sentido de formar

e qualifi car profi ssionalmente seus colaboradores e de buscar níveis de efi cácia em seus processos.

Passou a utilizar ferramentas de gestão mais modernas, sistemas informatizados e a cuidar mais

da sua estrutura de suprimentos e fornecedores em geral. Os balanços fi nanceiros fi caram mais

frequentes e apurados, o que permitiu uma gestão fi nanceira mais bem planejada. Criou uma

controladoria interna e estruturou seu RH, gerando novos e modernos mecanismos de avaliação de

desempenho, o que acabou infl uenciando positivamente a carreira dos colaboradores da empresa”,

relembra Reginaldo Morikawa, diretor superintendente da empresa.

“Hoje, a Korin atingiu um patamar de reconhecimento e representa um benchmarking para as

empresas agropecuárias que querem se identifi car com sustentabilidade, inovação, bem-estar...

Também tem muito valor na área de pesquisas”, avalia Luiz Carlos Demattê Filho, diretor industrial da

Korin.

Ele afi rma que os desafi os foram e continuam sendo “gigantescos”, justamente pelo fato de a

empresa atuar como um contraponto ao modelo convencional na área agrícola. Por atuar em mais

de uma cadeia de produtos (e ainda por cima não verticalizada), houve muita difi culdade para ganhar

escala na produção, ao mesmo tempo em que sempre buscou ser um modelo de ideias sustentáveis

e alternativas.

O primeiro desafi o foi o cenário encontrado: uma agricultura altamente dependente de produtos

químicos. O segundo: atuar como uma conscientizadora da importância da questão alimentar e

da vida saudável. “No começo, eram poucas as pessoas que compravam nossos produtos. Era um

grupo restrito que conseguia superar a barreira do desconhecido e do preço. Além disso, a legislação

de produtos orgânicos é muito recente, então o nosso produto era quase ‘informal’”, lembra Demattê.

A Korin teve papel fundamental na expansão do mercado de orgânicos no Brasil. Os gargalos

eram muitos: matéria-prima insufi ciente, poucos produtores (e os que atuavam como produtores

de orgânicos estavam, em sua maioria, desconectados de redes de distribuição), transporte e

distribuição defi cientes, leis inexistentes ou não implementadas, questão das certifi cações e

auditorias ainda não resolvidas, etc. “Todas as etapas da cadeia estavam um pouco capengas. A

Korin atuou nesses gaps. Ajudamos a movimentar o setor e hoje podemos dizer que há um mercado

de orgânicos real no Brasil”, afi rma Morikawa.

RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA 20 ANOS DE KORIN AGROPECUÁRIA – HISTÓRIA, DESAFIOS E PLANOS FUTUROS

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A desinformação diminuiu, mas ainda se coloca como uma questão. Segue sendo pequeno o

número de pessoas que tem consciência de tudo que envolve um processo produtivo, os impactos

ambientais e sociais que este envolve até chegar a sua mesa. A conscientização dos custos que

recaem sobre a saúde (de quem produz e de quem consome) e o meio ambiente ainda está restrita a

pequenos grupos, mas a Korin enxerga uma mudança de cenário lenta e gradativa no Brasil.

“O preço é um só, tanto do produto convencional quanto do natural. A diferença é que se paga

menos agora, pelos produtos convencionais, e mais lá na frente com médicos, remédios, tratamentos.

Isso sem falar na recuperação das áreas degradadas durante a produção”, completa Demattê.

Por isso, um dos desafi os a vencer ainda é o ganho em escala para, com isso, reduzir também o

preço dos produtos para o consumidor fi nal. A diretoria da Korin, no entanto, está otimista quanto a

esta perspectiva, uma vez que tem sido registrado o aumento nas vendas, motivado principalmente

pela tendência de consumo por alimentos naturais.

Para Morikawa, “divulgar mais o conceito da Agricultura Natural e aumentar o nível de conhecimento

sobre a Korin colocam-se como um desafi o. O número de consumidores ainda é restrito, por isso

precisamos, cada vez mais, aproximar consumidor e produtor. Tenho certeza de que os 20 anos da

Korin (comemorados no segundo semestre de 2014) serão um divisor de águas”.

Ele também anuncia que a partir do segundo trimestre de 2014, a Korin irá adotar uma nova postura

com relação aos seus produtos orgânicos, numa estratégia que visa a não impactar os pequenos

produtores orgânicos brasileiros. Para isso, a empresa irá se retirar do mercado de FLV, concentrando

seus esforços apenas em alguns produtos: tomate, milho verde, cenoura, arroz e feijão, que

normalmente não são cultivados por unidades agrícolas familiares, por necessitarem de uma área

mais extensa.

A Korin percebeu que sua atuação como produtora e distribuidora de frutas, legumes e verduras

estava impactando de forma negativa alguns produtores com difi culdades de distribuir suas

mercadorias, o que acabava deixando-os em desvantagem no mercado. E este tipo de conduta, não

cabe dentro dos preceitos fi losófi cos da Agricultura Natural, seguidos pela Korin.

A decisão também foi tomada com base no entendimento de que a empresa já cumpriu seu papel

de fomentar o mercado de orgânicos no Brasil e agora precisa leva-lo para o que considera ser um

estágio superior, o da Agricultura Natural.

Mas, para além da expansão dos seus produtos, o maior desafi o da empresa é com ela mesma, na

opinião de Demattê. A Korin não só utiliza técnicas diferentes, mas tem uma visão diferente das

outras empresas. Daí coloca-se a questão de como lidar com sua complexidade e diversidade daqui

para frente. “Ficamos um bom tempo à frente. Agora, temos que lidar com o nível de complexidade

e de amplitude que atingimos nos nossos processos de produção. Como uma empresa como a

nossa vai lidar com sua própria diversidade? Como criar mecanismos internos para lidar com seus

processos e, ao mesmo tempo, seguir com seu maior objetivo que é contribuir para o sistema de

agricultura no mundo, produzindo alimentos puros e saudáveis?”, questiona o diretor industrial.

Para enfrentar estes e outros desafi os, a Korin continuará no caminho de vanguarda do setor. A

busca por conhecimento e inovação, marcas da empresa, seguem sendo dois dos seus principais

objetivos. O aprimoramento contínuo, o questionamento de modelos e regras, a quebra de

paradigmas, tudo isso já faz parte da cultura da Korin. Sua base, no entanto, continua a mesma: o

equilíbrio e a construção de uma cadeia de valores, que permanecerão ditando o ritmo dos seus

próximos passos.

RELATÓRIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS KORIN AGROPECUÁRIA 20 ANOS DE KORIN AGROPECUÁRIA – HISTÓRIA, DESAFIOS E PLANOS FUTUROS

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