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RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DAS ETAPAS DO PROGRAMA DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL “BONITO PARA SEMPRE” – FASE II
BONITO/MS
2006
RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DAS ETAPAS DO PROGRAMA DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL “BONITO PARA SEMPRE” – FASE II
1. APRESENTAÇÃO
A II Fase do Programa de Educação Ambiental “Bonito Para Sempre”, desenvolvido pelo
Instituto das Águas da Serra da Bodoquena – IASB em parceria com a Prefeitura de Bonito, através
das Secretarias de Meio Ambiente, de Obras e de Educação, IBAMA, Promotoria de Justiça e
empresários locais tem por finalidade sensibilizar a população a respeito das questões ambientais,
principalmente sobre o manejo adequado do lixo, os cuidados necessários para evitar o desperdício
de água, bem como a importância das matas ciliares.
Para tanto, continuaram sendo envolvidos nas atividades estabelecidas deste programa, os
alunos das 8ª séries, professores e moradores locais, buscando estimulá-los a entender, transformar e
melhorar o meio ao seu redor em busca de uma melhor qualidade de vida. Espera-se, através de
práticas de educação ambiental sensibilizar esses alunos para que se tornem fortes aliados na
conservação dos recursos naturais.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
Desenvolver atitudes e habilidades de sensibilização nos alunos de 8ª séries das escolas
públicas e particulares de Bonito/MS perante as problemáticas ambientais existentes no município.
Além disso, estabelecer uma interação entre educadores e educandos no que se refere à
sensibilização necessária a uma práxis educativa ambiental, contribuindo assim na formação de um
cidadão mais comprometido com a conservação da natureza.
2.2. Objetivos específicos
Envolver os professores de modo a engajá-los para que o programa possa ter continuidade;
Incentivar a participação do aluno na conservação do meio ambiente;
Avaliar os alunos antes e depois da participação nas atividades de estudo;
Promover “Mutirão de Limpeza”, inicialmente no córrego restinga;
Criação do “Mural Ambiental” para ser doado às escolas participantes;
Publicação da “Cartilha Ecológica”;
Palestra de sensibilização com a comunidade Bonitense.
3. ESCOLAS PARTICIPANTES
Tabela 01 – Relação das escolas participantes
NOMES DAS ESCOLAS PARTICIPANTES
PERÍODO Nº. ALUNOS
Escola Municipal Profª. Durvalina Dorneles Teixeira Vespertino 23
Escola Municipal João Alves de Arruda Matutino 11
Escola Sagrada Família Matutino 23
Colégio Honorato Jacques Matutino 23
Escola Estadual Luiz da Costa Falcão
Matutino “A” 26
Matutino “B” 38
Noturno “C” 30
Escola Estadual Bonifácio Camargo Gomes
Matutino “A” 35
Vespertino “B” 35
Noturno “C” 35
Noturno “D” 34
Total de alunos que se pretende envolver 313
4. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
As atividades do programa tiveram início a partir do dia 31 de agosto, com uma oficina para
os professores de 8ª séries das escolas públicas e privadas do município de Bonito. As atividades
com os alunos foram iniciadas no dia 12 de setembro. A Escola João Alves de Arruda e o Colégio
Honorato Jacques realizaram as atividades em conjunto. A Escola Sagrada Família realizou apenas a
visita nos pontos de estudo com a turma do período noturno da Escola Luis da Costa Falcão.
COLÉGIO HONORATO JACQUES
ESCOLA MUNICIPAL JOÃO ALVES DE ARRUDA
Tabela 02 – Atividades das escolas participantes
Atividades 31/08 01/09 12/09 14/09 18/10 31/10 06/11 17/11 18/11
Oficina com os professores X X
Palestra de sensibilização X
Visita aos pontos de estudo X
Reaplicação do questionário X
Mutirão de limpeza e
plantio de mudas
X
Confecção do Mural
Ambiental
X
Entrega da Cartilha
Ecológica
X
Reunião de finalização com
os professores
X
ESCOLA MUNICIPAL DURVALINA DORNELES TEIXEIRA
Tabela 03 – Atividades das escolas participantes
Atividades 31/08 01/09 12/09 15/09 19/10 26/10 07/11 17/11 18/11
Oficina com os professores X X
Palestra de sensibilização X
Visita aos pontos de estudo X
Reaplicação do questionário X
Mutirão de limpeza e
plantio de mudas
X
Confecção do Mural
Ambiental
X
Entrega da Cartilha
Ecológica
X
Reunião de finalização com
os professores
X
ESCOLA SAGRADA FAMÍLIA
Tabela 04 – Atividades das escolas participantes
Atividades 31/08 01/09 18/09 19/09 18/10 26/10 06/11 17/11 18/11
Oficina com os professores X X
Palestra de sensibilização X
Visita aos pontos de estudo X
Reaplicação do questionário X
Mutirão de limpeza e
plantio de mudas
X
Confecção do Mural
Ambiental
X
Entrega da Cartilha
Ecológica
X
Reunião de finalização com
os professores
X
ESCOLA ESTADUAL LUIZ DA COSTA FALCÃO - MATUTINO
Tabela 05 – Atividades das escolas participantes
Atividades 31/08 01/09 21/09 22/09 19/10 01/11 07/11 17/11 18/11
Oficina com os professores X X
Palestra de sensibilização X
Visita aos pontos de estudo X
Reaplicação do questionário X
Mutirão de limpeza e
plantio de mudas
X
Confecção do Mural
Ambiental
X
Entrega da Cartilha
Ecológica
X
Reunião de finalização com
os professores
X
ESCOLA ESTADUAL LUIZ DA COSTA FALCÃO – NOTURNO
Tabela 06 – Atividades das escolas participantes
Atividades 31/08 01/09 18/09 19/09 19/10 01/11 07/11 17/11 18/11
Oficina com os professores X X
Palestra de sensibilização X
Visita aos pontos de estudo X
Reaplicação do questionário X
Mutirão de limpeza e
plantio de mudas
X
Confecção do Mural
Ambiental
X
Entrega da Cartilha
Ecológica
X
Reunião de finalização com
os professores
X
ESCOLA ESTADUAL BONIFÁCIO CAMARGO GOMES – MATUTINO
Tabela 07 – Atividades das escolas participantes
Atividades 31/08 01/09 25/09 19/09 20/10 27/10 08/11 17/11 18/11
Oficina com os professores X X
Palestra de sensibilização X
Visita aos pontos de estudo X
Reaplicação do questionário X
Mutirão de limpeza e
plantio de mudas
X
Confecção do Mural
Ambiental
X
Entrega da Cartilha
Ecológica
X
Reunião de finalização com
os professores
X
ESCOLA ESTADUAL BONIFÁCIO CAMARGO GOMES – VESPERTINO
Tabela 08 – Atividades das escolas participantes
Atividades 31/08 01/09 25/09 03/10 20/10 27/10 08/11 17/11 18/11
Oficina com os professores X X
Palestra de sensibilização X
Visita aos pontos de estudo X
Reaplicação do questionário X
Mutirão de limpeza e
plantio de mudas
X
Confecção do Mural
Ambiental
X
Entrega da Cartilha
Ecológica
X
Reunião de finalização com
os professores
X
ESCOLA ESTADUAL BONIFÁCIO CAMARGO GOMES - NOTURNO
Tabela 09 – Atividades das escolas participantes
Atividades 31/08 01/09 25/09 03/10 20/10 27/10 08/11 17/11 18/11
Oficina com os professores X X
Palestra de sensibilização X
Visita aos pontos de estudo X
Reaplicação do questionário X
Mutirão de limpeza e
plantio de mudas
X
Confecção do Mural
Ambiental
X
Entrega da Cartilha
Ecológica
X
Reunião de finalização com
os professores
X
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Ao todo participaram de pelo menos uma das atividades propostas, 250 estudantes das 06
escolas envolvidas (Tabela 10)
Tabela 10 – Número de alunos participantes em cada etapa por escola. Escola Nº. Alunos
participantes
geral
Alunos
palestras
Alunos
visita
Alunos
reaplicação do
questionário
Alunos
mutirão
Alunos
Mural
Nº.
Cartilhas
Entregues
E. M. Profª.
Durvalina Dorneles
Teixeira
24 24 22 24 21 22 5
E. M. João Alves de
Arruda
7 6 5 5 3 - -
E. Sagrada Família 22 17 20 17 18 17 4
C. Honorato Jacques 24 20 16 20 16 23 2
E. E. Luis da Costa
Falcão
77 58 37 55 23 18 6
E. E. Bonifácio
Camargo Gomes
96 90 56 88 53 40 16
Total 250 215 156 209 134 120 33
5.1.Oficina de Educação Ambiental do Programa de Educação Ambiental “Bonito para
Sempre”
A Oficina de Educação Ambiental foi ministrada aos professores envolvidos com o
Programa de Educação Ambiental “Bonito para Sempre”, executado pelo Instituto das Águas da
Serra da Bodoquena – IASB, no município de Bonito, Estado de Mato Grosso do Sul.
A realização da oficina vem ao encontro da proposta de sensibilizar os envolvidos para a
importância da causa ambiental, além de fornecer subsídios teóricos para trabalhar a Educação
Ambiental com o público alvo do Programa, alunos das 8ª séries do Ensino Fundamental.
Durante a oficina, que teve a duração de 16 horas, foram utilizadas várias dinâmicas de
grupo que contribuíram para a descontração, integração e participação ativa dos inscritos. Também
os conceitos teóricos foram reforçados por meio de atividades práticas e lúdicas, que vêm agregar
valor aos objetivos da Educação Ambiental.
A Educação Ambiental trabalha diferentes dimensões, quer sejam: social, política,
econômica, cultural e histórica, e se propõe a clarear e reforçar as relações de interdependência entre
o homem e o meio ambiente, a resgatar a atitude cidadã e a trabalhar a visão holística, com o intuito
de ter atores co-responsáveis e pró-ativos na construção de um mundo com melhor qualidade de
vida para todos os seres vivos.
5.1.1 Estruturação da Oficina de Educação Ambiental
A Oficina de Educação Ambiental do Programa de Educação Ambiental “Bonito para
Sempre” foi realizada nas dependências do Conselho Municipal de Turismo – COMTUR, durante os
dois períodos do dia 31 de agosto de 2006, e no período da tarde do dia 1º de setembro de 2006.
Durante o período da manhã do dia 1º de setembro de 2006 foi realizada a prática de campo, com
visita aos pontos elencados na Programação.
5.1.1.1 Programação
A Oficina foi estrutura da forma que se segue:
31/AGO/2006 – Quinta-feira
Manhã: 07H30/07H45: Credenciamento dos participantes
07H45/08H15: Dinâmica de apresentação
08H15/08H30: Apresentação do IASB – Liliane
Lacerda
08H30/08H45: Projeto Bonito para Sempre – Janaina
Mainchein
08H45/09H15: Educação Ambiental – Elionete Garzoni
09H15/09H30: Intervalo para lanche (no local)
09H30/09H45: Dinâmica
09H45/10H30: Região da Serra da Bodoquena +
Dinâmica
10H30/11H15: Resíduos Sólidos – Parte I + Dinâmica
11H15/11H30: Encerramento do período da manhã
Tarde: 13H00/13H30: Recepção e dinâmica
13H30/14H15: Resíduos Sólidos – Parte II + Dinâmica
14H15/15H00: Matas Ciliares
15H00/15H15: Intervalo para lanche (no local)
15H15/15H30: Dinâmica
15H30/16H30: Recursos Hídricos + Dinâmica
16H30/17H00: Encerramento do período da tarde
01/SET/2006 – Sexta – feira
Manhã:
07H30: Saída para os pontos de estudo
Córrego Restinga
Viveiro Municipal
Aterro Controlado
UPL
ETE
Balneário Municipal
12H00/13H00: Almoço no local (incluso)
Tarde:
13H00: Retorno à Secretaria de Turismo
13H00/13H30: Dinâmica da Dança
13H30/14H00: Confecção do “Mapa do Tesouro”
14H00/14H45: Apresentação do “Mapa do Tesouro”
14H45/15H00: Conclusão da atividade pela facilitadora
15H00/15H15: Intervalo para lanche (no local)
15H15/15H45: Apresentação da Cartilha Educativa
15H45/16H30: Dinâmica da Teia
16H30/16H45: Avaliações
16H45/17H00: Encerramento da Oficina
5.1.1.2 Descrição das atividades propostas
Dinâmica de Apresentação
Para a dinâmica de apresentação faz-se necessário sortear duplas entre os participantes. Essas
duplas entrevistar-se-ão, tentando obter informações que serão posteriormente transmitidas aos
demais, como forma de apresentação. Entretanto, no momento que todos concluem as entrevistas e
formas um círculo para as apresentações, o mediador comunica que terão que „ trocar de papel ‟ com
o colega, ou seja, vão se apresentar como se fosse o outro da dupla, assumindo para si as
características e condições da pessoa entrevistada. O objetivo é proporcionar alguma descontração
inicial, já que a troca de lugares, em algumas duplas pressupõe a troca também de gênero, papel
social e demais convenções da sociedade.
Dinâmica do Chocolate
Em primeiro lugar cada participante escolhe um bombom de sua preferência. Em seguida, o
mediador orienta que podem comer o bombom, mas não podem dobrar o braço, ou seja, devem
mantê-lo esticado. Após algumas tentativas, os participantes concluem que deverão oferecer seus
bombons aos demais, sendo que comerão os bombons uns dos outros. Essa dinâmica foi feita para
trabalhar as trocas que devem ser estabelecidas entre os participantes, o exercício de doação, quando
cada um dá ao outro o que escolheu como melhor para si mesmo, e a união do grupo, que é
trabalhada por meio do processo de partilha.
Dinâmica do Canudinho
A dinâmica do canudinho consiste em dispô-los em círculo e distribuir um canudinho a cada
um deles, sendo que uma das extremidades do canudinho deve ser colocada na boca do participante.
Um anel é colocado no canudinho de um voluntário. O objetivo é passar o anel de um canudinho
para outro, sem utilizar as mãos, até fechar a roda. Trabalhos em equipe, confiança, paciência, além
de alguma habilidade motora são trabalhados nesta dinâmica.
Dinâmica do Endereço Ecológico
Esta dinâmica foi realizada após a explanação sobre as características naturais (físicas e
biológicas) da região da Serra da Bodoquena, onde se encontra o município de Bonito. Assim, após
os participantes terem acesso a uma gama de conhecimentos técnicos e científicos sobre seu local de
residência, deveriam formular seu “endereço ecológico”, partindo dos dados acima descritos para
designarem seu local de moradia. A atividade busca trabalhar a percepção ambiental para o que há
ao redor em termos de ambiente natural, valorizando tais recursos e integrando-os no dia-a-dia.
Dinâmica do Desafio
Primeiramente os participantes acordam com o mediador que não irão olhar uns para os
outros até que sejam autorizados. Formam então um círculo, mas permanecem voltados para fora. O
mediador avisa que irá fazer uma marcação na testa de cada um deles e que não devem ver qual é
até que seja dado o sinal. Percorre toda a roda fazendo símbolos que vão de I a III em formatos
diferentes em cada participante. Antes de dar o sinal para se voltarem para o centro da roda, o
mediador orienta que deverão solucionar o desafio sem utilizar a comunicação verbal. Assim, a
partir de gestos e mímicas, devem entender o objetivo das marcas e formar grupos conforme o
número de símbolos que há na testa de cada um. Após os grupos formados o mediador comenta o
quanto estavam vulneráveis e impotentes e, mesmo assim, foram capazes de resolver o desafio,
mesmo sem ter absoluta certeza de qual seria a solução. Fica como incentivo aos desafios que
teremos que vencer durante o dia-a-dia e que nem sempre nos consideramos aptos num primeiro
momento.
Dinâmica do Segredo
Utilizada apenas como descontração, a dinâmica do segredo consiste em dispor os
participantes sentados em círculo e orientar para que pensem em um presente imaginário que dariam
ao colega da direita. Pode ser qualquer coisa e deve ser dita no ouvido do colega da direita, como
um segredo, iniciando pelo mediador. Após todos terem „ recebido ‟ seus presentes, o mediador
orienta que a partir de agora vão pensar em um lugar qualquer da casa (em cima da cama, na gaveta
da cozinha, na garagem, na estante da sala, etc.) que dirão no ouvido do colega da esquerda. O
mediador inicia e aguarda que todos tenham sabido os lugares. Ao final, o mediador informa que o
lugar da casa é onde devem „ guardar ‟ o presente que ganharam. Assim, cada um deverá dizer em
voz alta o que ganhou e em que parte da casa deverá guardar. É uma dinâmica de descontração, à
medida que surgem fatos engraçados e até mesmo impossíveis de acontecer.
Dinâmica da Coleta Seletiva
Esta dinâmica foi proposta para exercitar a coleta seletiva de resíduos sólidos. Os
participantes são sorteados em duplas e o moderador informa que terão que separar os resíduos
conforme diferentes tipos. É feito então um sorteio entre as duplas para saber que tipos de resíduo
deverão coletar entre: latas, papel, caixa de papelão, plástico transparente, plástico fosco e
embalagem longa vida. As duplas recebem então uma venda e um pedaço de barbante para que os
integrantes decidam quem será vendado (o que não vê, mas têm as mãos livres) e quem terá as mãos
amarradas (o que tem as mãos amarradas mas enxerga). Após os integrantes serem vendados e
amarrados com a ajuda do mediador e apoios o lixo é espalhado e cada integrante de mãos atadas
orienta seu colega vendado qual o resíduo que deverá ser coletado conforme sorteio. Ao final,
quando todas as duplas terminam a coleta, retiram se as vendas e as amarras e é discutida a
colaboração de cada um na coleta seletiva de resíduos sólidos do município, clamando pela co-
responsabilidade cidadã.
Dinâmica do Rio
Trata-se de uma adaptação da brincadeira do “Gato e rato”. Os participantes dispostos em
círculo, simulando a Mata Ciliar, devem impedir que dois inimigos dos cursos d´água entrem em
contato com o rio, quais sejam: “Assoreamento” e “Agrotóxico”. Dois voluntários, representando
esses „ inimigos „, tentam furar a barreira da Mata Ciliar e atingir o rio que ela protege. Trabalha de
forma lúdica uma situação real, buscando sensibilizar para a conservação das matas ciliares dos
cursos d´água da região.
Dinâmica do Nó Humano
Primeiramente é formado um círculo com todos os participantes de mãos dadas. Solicita-se
que gravem muito bem a mão de quem estavam segurando do lado direito e do lado esquerdo,
porque, em determinado momento da dinâmica será pedido que dêem novamente as mãos
exatamente como na formação inicial. Após memorização, os participantes soltam as mãos e
caminham aleatoriamente pelo salão ao som de uma música. Quando a música pára, os participantes
são conduzidos pelo facilitador ao centro, de forma que fiquem muito próximos. Estando todos
agrupados, são orientados a, sem sair do lugar, darem novamente as mãos, direita e esquerda, para as
mesmas pessoas que estavam segurando no círculo. Normalmente é com algum esforço que os
participantes fazem o solicitado e, em seguida, são informados que devem constituir novamente o
círculo sem soltar as mãos, ou seja, desatar o nó humano. Quando novamente em círculo, os
participantes comentam as sensações vivenciadas, que perpassaram por paciência, compreensão,
companheirismo, cooperação, angústia, colaboração, ceder, obediência, entre outros. O facilitador
finaliza a atividade comentando que mesmo com todas essas dificuldades, eles conseguiram superar
o desafio e solucionar o jogo, exatamente porque foram capazes de trabalhar em equipe e contribuir
conjuntamente para encontrar tal solução.
Confecção do “Mapa do Tesouro”
O “Mapa do Tesouro” nada mais é que a materialização da atividade de campo por meio de
expressão plástica. Trata-se de „ desenhar ‟ o percurso feito na parte da manhã, com as respectivas
paradas e salientar para cada um deles qual o sentido que foi mais solicitado. São distribuídas
canetas hidrocor e folhas de papel Kraft para os participantes para que possam desenvolver a
atividade, que será posteriormente apresentada e comentada pelo grupo.
Dinâmica da Dança
A Dinâmica da Dança trabalha a flexibilidade do grupo, e é também utilizada para despertar
os participantes após o almoço. São formadas duplas e estas se dispõem em círculo, com os pares de
frente um para o outro. Ao som de uma seleção de trechos de música de diferentes ritmos, os pares
devem dançar, sendo que, ao mudar o ritmo, os participantes de dentro do círculo deveriam trocar de
par, „ pulando ‟ um, dois ou três pessoas para a direita ou para a esquerda, conforme orientação do
moderador. Ao final, cada dupla escolhe uma palavra que sintetize a atividade para compartilhar
com o grupo. Entre as diversas palavras citadas, que normalmente compreendem descontração,
integração, alegria, companheirismo e vários outros sentimentos, é trabalhada a questão da
flexibilidade e de como ela se faz necessária em nossas vidas, já que, em muitas vezes, temos que
“dançar conforme a música”.
Dinâmica da Teia da Vida
A dinâmica da Teia da Vida vem trabalhar conceitos de visão holística e sustentabilidade. Os
participantes são convidados a sentar em círculo e para um dos integrantes é entregue um carretel de
barbante. Esta pessoa deve ficar com a ponta do barbante e jogar o carretel para uma outra, dizendo
em voz alta um bom motivo para se viver no planeta Terra. A segunda pessoa que recebe o carretel
deve segurar uma parte do barbante (de modo que o mesmo fica esticado entre a 1ª e a 2ª pessoa) e
jogar o carretel para outro componente da roda, dizendo um bom motivo para viver na Terra. Esse
passo é repetido até que todos os componentes da roda tenham sua parte do barbante. Estará
formada, então, uma grande teia, como na figura abaixo:
Neste momento o facilitador comenta a importância de cada um na confecção e existência da
teia, remetendo à questão holística, onde as partes estão interligadas e são interdependentes. Coloca-
se, então uma bexiga no meio da teia, de modo que ele fique sustentado e em equilíbrio sobre a
mesma, para explicar o conceito de „sustentabilidade„, onde a bexiga que está sendo sustentada
representa o equilíbrio ideal resultante da interação de cada parte. São solicitados a observar que
para que o balão esteja perfeitamente equilibrado é importante que todas as partes colaborem entre
si.
A partir daí o facilitador vai tirando da mão de cada um o pedaço de barbante e deixando-o
cair, enquanto dá exemplos de coisas ruins e negativas que acontecem no planeta Terra, quer seja
em relação aos maus tratos à natureza, à ganância do Homem, e às atrocidades em geral que
presenciamos ou ouvimos falar no nosso dia-a-dia, fruto do sistema social vigente nos nossos
tempos. Quando todos já deixaram „cair‟ seu pedaço de barbante, e a teia se desfaz, fazendo com
que o balão perca o equilíbrio e se desmorone. Nessa hora um outro balão, é estourado, fazendo com
que os participantes se assustem com a gravidade da situação. Entretanto, o facilitador resgata a
essência da Vida dizendo coisas positivas e dando bons motivos para se viver na Terra e, a cada
coisa nobre e boa que acontece no planeta, toca as mãos dos participantes fazendo com que os
mesmos resgatem seu pedaço de barbante e, um a um, reconstruam novamente a teia. A bexiga é
novamente colocada em ponto de equilíbrio, e todos são instados a compreender sua parcela de
responsabilidade para com o todo.
5.1.2 Resultados
5.1.2.1 Atividades do dia 31 de agosto de 2006
Ao iniciar as atividades no dia 31 de agosto, quinta-feira, a Oficina de Educação Ambiental
contou com a presença de 12 participantes, que se mantiveram assíduos até o final das atividades no
dia seguinte.
Para que todos se conhecessem, e para proporcionar um clima de descontração, foi proposta
a Dinâmica de Apresentação.
Visão parcial do grupo
Após todos terem se apresentado de forma muito descontraída, foram convidados a realizar a
Dinâmica do Chocolate, que novamente trouxe um clima de companheirismo, e um voluntário fez a
leitura do texto constante no envelope do material que receberam.
Dinâmica do Chocolate
Ao término dessas duas atividades, tiveram início as apresentações programadas para o
período da manhã. A primeira delas foi a apresentação do Instituto das Águas da Serra da
Bodoquena – IASB, para que todos pudessem conhecer um pouco mais da instituição proponente do
Programa, sua missão, bem como as demais atividades por ela desenvolvidas.
Liliane Lacerda durante
apresentação IASB
Dando continuidade à Programação, foi apresentado aos participantes do Programa de
Educação Ambiental “Bonito para Sempre”, de forma clara e detalhada, com exemplos e análise do
retorno obtido na edição anterior.
Janaina Mainchein durante apresentação do Programa
“Bonito para Sempre”
Concluindo essa primeira série de apresentações, os participantes tiveram uma explanação
sobre Educação Ambiental, onde foram discutidos alguns conceitos internacionalmente aceitos, bem
como sua função na sociedade atual e sua efetiva contribuição para o Programa “Bonito para
Sempre”.
Elionete Garzoni apresentando a Educação Ambiental
Conforme programado os participantes fizeram um intervalo e, ao retornar às atividades,
partiram para a Dinâmica do Canudinho, que contribuiu na descontração do grupo bem como
trabalhou a questão de „equipe‟ e solidariedade.
Dinâmica do Canudinho
Em seguida tiveram início as apresentações do conteúdo da apostila, sempre intercalados por
atividades ou dinâmicas. As apresentações foram feitas pela consultora em Educação Ambiental
Elionete de Castro Garzoni e foi utilizado um projetor multimídia.
O primeiro assunto a ser abordado foi a Região da Serra da Bodoquena, tratando do relevo,
vegetação, hidrografia, fauna e flora, entre outros, além dos impactos sofridos na região.
A dinâmica proposta para assimilação deste conteúdo foi a do Endereço Ecológico, cujos
resultados encontram-se abaixo:
Compondo o Endereço Ecológico
Abaixo, os Endereços Ecológicos elaborados pelos participantes1:
Lurdinha – Eu moro na Vila dos Sapos, perto do córrego que não me lembro o nome, minha
casa faz fundo com vários pés de flamboyants, vizinhos? Terrenos baldios, sujos.
João – Eu moro numa rua ao lado de uma árvore onde muitos pássaros repousam para
descansar, pois a vida que eles levam para caçar alimentos é árdua. Eu moro logo atráz dessa
árvore, perto do Hotel Refúgio.
Elza – Pega a trilha dos triciclos em frente ao conchete da Fazenda São Domingos, tenho
como vizinhos as araras e muitos periquitos. Ao fundo pés de manga e uma bela horta.
Kenia – Moro em uma cidade de águas límpidas e cristalinas, com uma vegetação muito
diversificada e uma fauna abundante. Ao lado de minha casa existe um pé de embaúba, onde os
tucanos se alimentam. Existe um pé de manga que serve de abrigo para periquitos que fazem a
maior festa ao entardecer. A rua não é asfaltada, e a escorrência das águas da chuva levam muitos
sedimentos para nossos rios. Onde moro, como vocês perceberam, possui pontos positivos e
negativos.
Eleuza – Eu moro à margem do córrego Restinga, perto do Hotel Bonsai. Minha casa não
tem esgoto, os resíduos são jogados no córrego Restinga. Mas é gostosa porque dentro da cidade
parece que moro numa chácara.
Daiana – Moro ao lado de uma bocaiúva onde o gado coça o pescoço a tarde, perto de um
córrego que alimenta o rio Mimoso a uns 5 km a frente. Na frente de casa tem um pé de jaca, uma
sobra enorme onde vejo o por do sol em um morro bem longe. Do lado direito tem a capela do S.
Cleri onde as graças sobrevoam um açude na frente.
1 Os textos foram reproduzidos na íntegra, conforme redigidos pelos participantes, sem alterações ou intervenções
gramaticais.
Nirléia – Moro num lugar onde tem vários rios com águas cristalinas, o meu esconderijo é
depois de uma mangueira, em frente a um pé de ciriguela.
Cleide – Vai pela avenida principal cheia de árvores enormes e frondosas com vários ninhos
de araras azuis, quando chegar bem em frente ao pé de aroeira mais alto vire à direita, um lugar
plano cheio de arbustos e flores, tem uma casinha branca cercada de trepadeiras coloridas sem
número e com muita esperança.
Teresinha – Pegue a estrada das figueiras e siga em direção ao Morro das Onças, dobre à
esquerda e caminhe em direção ao barulho das águas, chegando lá atravesse a Pinguela das
Ariranhas, siga rumo às Três Figueiras onde existe um conjunto habitacional idealizado pelo
Mestre João de Barro Titi, atrás numa casa construída com cipós em cima de uma figueira, o gato-
do-mato miará anunciando a sua chegada, suba pela escada de cipós. Bem vindo.
Dando continuidade partiu-se para o assunto Resíduos Sólidos – Parte I, que tratou sobre o
conceito, a produção, os tipos de lixo, a destinação e as doenças por ele transmitidas. Como
atividade para assimilação do conteúdo foi proposta a Dinâmica do Desafio, que propõe que se
decifre o „enigma‟ ou se resolva o „desafio‟ sem mesmo saber exatamente qual é. Assim, a proposta
foi de tratar a questão dos resíduos sólidos como um grande desafio de nossa sociedade, e com a
mesma destreza utilizada durante a dinâmica, encontrar soluções e alternativas para ela.
Dinâmica do Desafio
Essa atividade encerrou o período da manhã da Oficina de Educação Ambiental, que foi
retomada após o almoço. Ao retornar, a dinâmica proposta foi a Dinâmica do Segredo, com o intuito
de descontrair e integrar o grupo.
Dinâmica do Segredo
Após a dinâmica foi retomado conteúdo da apostila com o assunto Resíduos Sólidos – Parte
II, que tratou da duração de cada material na Natureza, dos 3Rs, da Coleta Seletiva de Resíduos
Sólidos e da situação do município de Bonito em relação ao lixo que produz.
A assimilação deste conteúdo se deu por meio da Dinâmica da Coleta Seletiva, realizada em
área externa ao local das apresentações, onde as duplas coletaram exemplares de resíduos
previamente sorteados.
Duplas se preparando para a Dinâmica da Coleta Seletiva
O próximo assunto na apostila eram as Matas Ciliares, e foi este o próximo tema das
apresentações. Desde as definições, as matas ciliares enquanto categorias de conservação ambiental,
legislação, sua importância para a vida de um curso d´água, e as principais causas de degradação
sofridas. Para melhor assimilação foi realizada a Dinâmica do Rio, onde duas participantes se
voluntariaram para ser AGROTÓXICO e ASSOREAMENTO, dois grandes males que afetam a vida
dos rios e podem ser minimizados pelas Matas Ciliares.
Participantes em formação para a Dinâmica do Rio
Na seqüência foi realizado intervalo para lanche e, em seguida, o assunto tratado foi
Recursos Hídricos, que abordou desde o Ciclo da Água, sua composição e os „estados‟ em que
pode ser encontrada na Natureza, as relações da água com a vida humana, o consumo e o
desperdício de água, as Bacias Hidrográficas, e a contaminação e poluição da água. Finalizando o
assunto de Recursos Hídricos, foi passado um vídeo sobre o tema, que ilustrava os tópicos
anteriormente abordados de forma bastante didática.
Para encerrar as atividades da tarde foi proposta a Dinâmica do Nó Humano, com o intuito
de trabalhar vários sentimentos, dentre os quais: cooperação, confiança, trabalho em equipe e muitos
outros imprescindíveis à boa realização dos projetos de Educação Ambiental.
Participantes durante a primeira fase da Dinâmica do Nó
Humano
Dessa forma foram encerradas as atividades do dia, e transmitidas as orientações para a
manhã seguinte quando, conforme Programação seria feita a parte de campo.
5.1.2.2 Atividades do dia 01 de setembro de 2006
Na manhã seguinte os participantes se encontraram em frente à sede do Instituto das Águas
da Serra da Bodoquena, para saída a campo, onde seriam visitados os mesmos pontos que são
visitados com os alunos durante o Programa de Educação Ambiental “Bonito para Sempre”.
Antes da saída, os participantes foram orientados a verificar e registrar alguns quesitos em
cada uma das paradas, para compor a atividade do Mapa do Tesouro, a ser realizada no período da
tarde. Tais quesitos seriam:
“Qual o „sentido‟ principal?”: indicando qual dos nossos 5 sentidos (tato, olfato, visão,
audição e paladar) foi o mais aguçado ou mais solicitado em cada parada.
“Pontos fortes/pontos a melhorar”: indicar os pontos fortes e pontos a melhorar de cada uma
das paradas.
“Novidade!!!”: indicando algo que é novidade, cujo conhecimento se tomou ali durante a
visita.
“Ah! Já sabia...”: indicando algo que já era de seu conhecimento e a visita só veio a
confirmar.
O primeiro ponto a ser visitado e onde foi, portanto, a primeira parada, foi o córrego
Restinga, na altura do Hotel Bonsai.
Primeira parada – córrego Restinga
Neste ponto puderam ser verificadas a existências de manilhas que lançam esgoto
diretamente no leito do córrego, uma mata ciliar bastante rala e nenhuma restrição quanto à Área de
Preservação Permanente – APP, inclusive com residências onde deveria estar preservado.
Durante o tempo que o grupo permaneceu sobre a ponte, este foi abordado por moradores
das redondezas que utilizam desse trajeto para se deslocarem até o centro da cidade, e se
demonstraram felizes e satisfeitos por verem alguma iniciativa de preocupação com a área.
Primeira parada – córrego Restinga
A segunda parada foi no Viveiro Municipal, onde o Sr. Eduardo Tumelero recepcionou o
grupo e apresentou toda sua equipe e todo o trabalho do viveiro.
Segunda parada – Viveiro Municipal
Os participantes conheceram os „tubetes‟ onde são plantadas as mudas e o Sr. Eduardo
explicou todo o processo de maturação da mesma. Em seguida foram levados à área coberta onde
conheceram o sistema de irrigação e várias das muitas espécies ali cultivadas.
Também puderam ver que além de espécies arbóreas há árvores frutíferas e ornamentais, e o
Viveiro conta com uma área de plantio própria de algumas frutas que são posteriormente doadas a
algumas instituições municipais.
Segunda parada – Viveiro Municipal
A terceira parara foi no Depósito de Lixo Municipal que, conforme dados da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, funciona sob os moldes de um Aterro Controlado. Ali os
participantes tiveram a oportunidade de conversar com alguns dos catadores de lixo, bem como
conhecer um pouco do processo de despejo dos resíduos.
Terceira parada – Depósito de lixo municipal
A quarta parada foi na Unidade de Processamento de Lixo – UPL, onde além de conhecer
a infra-estrutura disponível, os participantes tiveram a oportunidade de acompanhar uma retirada de
material prensado pelos catadores que ali trabalhavam. As condições inadequadas de salubridade, a
falta de equipamentos de segurança e a precariedade dos equipamentos existentes foram alguns dos
pontos observados pelo grupo.
Quarta parada – Unidade de Processamento de Lixo - UPL
A quinta parada foi na Estação de Tratamento de Esgoto – ETE, onde os participantes
acompanharam todo o processo feito com o esgoto coletado do município antes que este seja
lançado de volta ao curso d´água.
Quinta parada – Estação de Tratamento de Esgoto - ETE
Passo a passo, desde a chegada em estado bruto até o final das baias do sistema „ralf', o
grupo acompanhou as explicações e as orientações fornecidas pelo colaborador da SANESUL.
Quinta parada – Estação de Tratamento de Esgoto - ETE
A sexta e última parada foi no Balneário Municipal, onde também foi servido o almoço aos
participantes. Antes disso o Guia de Turismo Gelson Muller, conhecido como "Panda”, passou ao
grupo todas as orientações que são passadas aos visitantes, orientando como devem se conduzir
naquela área e como podem contribuir para conservação da natureza daquele local.
Sexta parada – Balneário Municipal
Após o almoço e pequeno descanso foram feitas as atividades e dinâmicas programadas para
a sensibilização ambiental. Iniciando com breve exercício de meditação dirigida, o grupo foi
convidado a, de mãos dadas, sentir a Natureza a seu redor, aguçar os sentidos, e pedir licença para
entrar na mata. Em seguida, divididos em duplas, foi proposto o exercício de sensibilização
propriamente dito, quando deveriam percorrer a trilha ali existente de olhos vendados, conduzidos
pelo colega de dupla, com o intuito de „ver‟ sem os olhos.
Sexta parada – Balneário Municipal
Grupo em meditação dirigida Preparo das duplas para início da trilha
Sexta parada – Balneário Municipal
Duplas na trilha Exercício de tocar uma árvore
Sexta parada – Balneário Municipal
Duplas na trilha Troca de duplas para retornar
Findas as atividades de campo, o grupo retornou para a sede do COMTUR, onde seria
ministrado o último período da Oficina de Educação Ambiental.
A primeira atividade ao chegar foi a confecção do “Mapa do Tesouro”, prevista na
Programação. Em princípio seria feita individualmente, mas por solicitação dos participantes e
acordo da mediadora Elionete Garzoni, os mesmos foram divididos aleatoriamente em grupos que
deveriam transcrever para o papel, sob a forma de um mapa o trajeto feito durante a parte da manhã,
indicando a cada parada os quesitos anteriormente anotados: “Ah! Já sabia...”, “Nossa!!! É
verdade!?!?”, e “Qual o „sentido‟?”.
Grupos confeccionando o Mapa do Tesouro
Em seguida cada pequeno grupo apresentou seu trabalho:
Grupos apresentando o Mapa do Tesouro
Grupo: Ivanice, Elza e Daiana
Grupo: Kenia, João e Lurdinha
O grupo trabalhou com representações gráficas, ficando inviável reproduzi-las neste
relatório.
Grupo: Maria Aparecida, Eleuza e Nirléia
Grupo: Teresinha, Cleide e Simone
Após a surpreendente apresentação dos grupos, e com todos já descansados da caminhada
matutina, foi então realizada a Dinâmica da Dança, que estava prevista em Programação para ser a
primeira atividade do período da tarde.
Participantes posicionados para iniciar a Dinâmica da Dança
Após o intervalo para o lanche Liliane Lacerda e Janaina Mainchein fizeram a distribuição e
apresentação da Cartilha Educativa do Programa de Educação Ambiental “Bonito para Sempre”.
Com o modelo em mãos, os participantes foram orientados quanto às sugestões de como utilizá-la e
quais as expectativas do Programa a respeito do material. Tiveram oportunidade de tirar dúvidas e
fazer comentários não somente sobre o material, bem como sobre a Oficina de Educação Ambiental
como um todo.
Janaina Mainchein apresentando a Cartilha Educativa
Em seguida e conduzindo ao encerramento das atividades, foi realizada a última dinâmica
programada para a Oficina de Educação Ambiental, que é a Dinâmica da Teia da Vida. Com um
grande poder de sensibilização, esta dinâmica selou todo o trabalho realizado nos dois dias de
oficina, estabelecendo as conexões e as relações de interdependência entre cada um dos presentes e
o meio ambiente. Trazendo para a prática o complexo conceito de sustentabilidade, cada qual pode
se sentir ciente de sua parcela de responsável para com o tão almejado equilíbrio Homem-Natureza.
Dinâmica da Teia da Vida
Como Encerramento propriamente dito foi utilizado o Baralho de Anjinhos, onde cada
participante retirou uma carta e, a partir da palavra sorteada, deu seu depoimento do que a Oficina
de Educação Ambiental representou para ele.
Encerramento com o Baralho de Anjinhos
As palavras sorteadas foram: LUZ, FLEXIBILIDADE, NASCIMENTO, ENTREGA,
ESPONTANEIDADE, LIBERDADE, ENCANTO, HARMONIA, SIMPLICIDADE, EDUCAÇÃO,
COMUNICAÇÃO, PACIÊNCIA, EQUILÍBRIO e GRAÇA.
Foi então solicitado que preenchessem as Fichas de Avaliação, com o intuito de identificar
os pontos fortes e pontos a melhorar do trabalho executado, e que fossem deixados registros de suas
impressões sobre a Oficina de Educação Ambiental que contribuíram para que existisse.
Participantes da 1ª Oficina de Educação Ambiental do IASB
5.1.2.3 Tabulação das fichas de avaliação2
2 Os textos foram reproduzidos na íntegra, conforme redigidos pelos participantes, sem alterações ou intervenções
gramaticais.
Em que esta Oficina contribuiu para sua formação e para as atividades que irá desenvolver no
Projeto “Bonito para Sempre”?
Contribuiu, principalmente com um modo diferente de trabalhar E.A. e com um contato
maior com o pessoal do IASB para “agregar valores”.
Muito boa aprendi, muitas coisas já tinha conhecimento mas não tinha o material em mãos
(apostila, dados) para poder aprofundar os meus conhecimentos.
Ampliou meus conhecimentos possibilitando-me assim um melhor desempenho em sala de
aula.
Para a minha vida particular (foi uma terapia) e também para a minha vida profissional (em
sala de aula).
Aprofundar os trabalhos com os alunos, não só com a 8ª série e sim com todas as séries
como já trabalho.
Conhecimento sobre o assunto e a maneira (e material) para transmitir aos alunos.
Esta oficina superou às minhas expectativas. Todo o envolvimento dos organizadores e
participantes em relação as práticas desenvolvidas fizeram com que saíssemos daqui de
“alma lavada” de resistências em tudo o que é novo. Parabéns, que consigamos aplicar tudo
o que foi nos passado.
Contribuiu para sairmos lá fora e conscientizar as pessoas da importância do nosso meio
ambiente, que nada está perdido, e sim, somos grandes e capazes para essa mudança.
Eu penso que me ajudou muito na maneira que irei conduzir o tema aos meus alunos.
Muito, para poder repassar aos nossos alunos, onde esses podem passar para suas famílias
para uma melhor qualidade de vida.
Informações a serem passadas aos alunos como fortalecimento de nos organizar para
defender o nosso planeta, incentivo para que os mesmos participem das oficinas.
Na confecção da cartilha com os alunos, irei desenvolver mais meus conhecimentos tido
durante o curso. Volto a falar da dinâmica, que aprendi a gostar, muito obrigada por ter
conseguido fazer com que isso acontecesse comigo.
Em ordem de importância, que tipo de atividade você considera interessante para trabalhar
com os alunos sobre os temas propostos neste Programa de E.A.?
Saliento que apenas um dos participantes assinalou a opção “outros”, sendo esta a de 7ª
colocação na opinião do mesmo, e a sugestão foi: “Aulas teóricas feitas pelos alunos, como
poderiam fazer para que tudo acontecesse (em todas as salas)”.
Críticas, elogios, sugestões e observações finais?
Adorei a proposta do programa e estarei empenhada em fazer com que todos os objetivos
sejam alcançados e estarei a disposição com meus serviços.
Somente elogios, foi maravilhoso tudo.
Equipe super afinada, bom entrosamento e pontualidade.
Só tenho elogios a fazer, portanto, simplismente Parabéns a vocês!! Amei!
Sugestão: que tragam os outros professores. Elogios: foi maravilhoso estar com vocês;
Parabéns.
Adorei tudo! Parabéns!
Críticas – nenhuma. Elogios – todos. Sugestões – que pudéssemos retornar para mostrar os
resultados obtidos – manter o elo – Obrigada!
Parabéns, Parabéns! Esse curso só se resume nessa palavra.
Foi muito bem elaborado, só tenho elogios. Parabéns. Sugestões: Estender o curso a profº de
outras disciplinas.
Sugestão: Que outros cursos com este nível aconteça, até para nos incentivar e não esquecer
que todos dependemos do meio ambiente preservado.
Para mim valeu muito esse curso.
5.1.3 Considerações Finais sobre a Oficina
Os resultados da Oficina de Educação Ambiental mostraram um grupo absolutamente
integrado e participativo. Os doze professores inscritos estiveram presentes e interagindo durante
toda a Oficina e os resultados só foram possíveis em função dessa postura.
Percebeu-se, como é comum em atividades dessa natureza, que há muito interesse das
pessoas pelo tema ambiental e, muitas vezes, faltam informações sérias e oportunidades para
atuação. A apostila elaborada pela equipe IASB, coordenada pela técnica Liliane Lacerda, recebeu
merecidos elogios por todos que ali estavam e constitui importante material de consulta que,
indubitavelmente, contribuirá com aqueles que pretendem levar a Educação Ambiental adiante em
suas salas de aula e comunidades.
A infra-estrutura proporcionada pela equipe IASB, que organizou o evento, também merece
destaque, uma vez que sem isso o desenvolvimento dos trabalhos se veria comprometido. Também
ficou claro o apoio que a instituição recebeu de vários parceiros e isso configura valor agregado a
uma oficina com essa missão, já que o trabalho em equipe e as relações de interdependência foram
insistentemente focados durante todo o período, e sem eles não se faz Educação Ambiental.
Os depoimentos feitos durante o Encerramento da Oficina (Baralho de Anjinhos)
demonstraram que todos estavam satisfeitos por ali estarem, felizes com as experiências
compartilhadas e gratos pela oportunidade, o que pode ser confirmado pelos gráficos das Fichas de
Avaliação da Oficina.
A certeza de que trocas foram estabelecidas e „encantamentos do mundo‟ realizados é prova
de que a Educação Ambiental, com sua missão maior de transformar as condutas humanas pode sim
nos arrebatar de nossa passividade em relação à vida que nos cerca e nos colocar em postura de
alerta e consciência crítica para o exercício de nossa co- responsabilidade cidadã.
O Programa de Educação Ambiental “Bonito para Sempre” certamente contará com uma
equipe motivada que fará com que esta semente, plantada no fértil solo do coração humano, renda
muitas flores e frutos para a comunidade bonitense.
Por Elionete Garzoni
Consultora em Educação Ambiental
5.2 Palestras de sensibilização
A primeira atividade do Programa de Educação Ambiental Bonito para Sempre realizada
com os alunos foi uma palestra de sensibilização, que teve por objetivo transmitir informações sobre
a importância das matas ciliares, os cuidados com a água e o manejo adequado do lixo. Também
neste momento, foi aplicado um questionário aos alunos com a intenção de avaliar o nível de
conhecimento desses alunos em relação aos temas ambientais propostos no programa. E ainda, foi
apresentado a esses estudantes o cronograma das atividades de campo e o Concurso da Cartilha
Ecológica, onde foi mostrado o modelo da cartilha, as instruções de preenchimento e a data limite de
entrega.
Alunos da Sagrada respondendo ao questionário
A palestra foi realizada pelas técnicas do IASB, Janaina Mainchein e Liliane Lacerda, que
transmitiram informações a respeito da reciclagem do lixo, do aterro controlado de Bonito e falou
sobre a importância das matas ciliares para garantir a qualidade dos rios da região. Na ocasião foram
mostrados aos alunos alguns produtos confeccionados a partir de materiais que podem ser
reaproveitados, como papel, plástico, alumínio, cedidos pela Associação Amigos da Brazil Bonito.
Também foi passado um DVD de 20 minutos sobre a água e no final da palestra, um clipe sobre a
criação do mundo através da água. Clipe este, que por se tratar de uma música conhecida pelos
alunos causou bastante descontração entre os mesmos. No final da palestra cada aluno recebeu uma
camiseta do projeto, além de orientações sobre as atividades de campo. Ao todo, 215 alunos
participaram da palestra.
Alunos da Durvalina assistindo a palestra Alunos do BCG assistindo o DVD sobre a água
5.3 Visitas nos pontos de estudos
A segunda etapa do Programa de Educação Ambiental Bonito para Sempre consistiu na
realização de uma visita pelos alunos nos seguintes pontos de estudo: Córrego Restinga, Viveiro
Municipal, Aterro Controlado, Unidade de Processamento de Lixo (UPL), Estação de Tratamento de
Esgoto (ETE) e o Balneário Municipal. Esta segunda etapa contou com 156 alunos.
Além de estarem acompanhados pela equipe do IASB, que procurou passar informações
técnicas dos lugares visitados, os alunos foram recepcionados no viveiro pelo técnico responsável,
como também na Sanesul, onde o responsável deu todas as orientações necessárias. Já no Balneário,
foram recebidos pelo guia de turismo.
O primeiro ponto visitado foi o córrego Restinga, no trecho próximo ao Hotel Bonsai. Neste
ponto, os alunos foram orientados a fazer uma reflexão sobre o estado do córrego, avaliando a
questão da mata ciliar, assoreamento, lixo, construções irregulares, aspecto da água, odor e demais
informações que achassem importantes. Também nesta reflexão foi solicitado que os alunos
identificassem o que eles já sabiam e o que foi novidade sobre o estado de conservação do córrego.
Alunos do Honorato, João Alves, Falcão noturno e da Escola Sagrada Família observando o córrego Restinga
O segundo ponto visitado foi o Viveiro Municipal de Bonito. Neste local os alunos foram
orientados a coletar informações sobre a importância do viveiro para o município, o número de
espécies existentes no viveiro e como é realizada a venda das mudas. Ainda, tiveram a oportunidade
de retirar mudas dos tubetes e plantá-las nos saquinhos. Todas as informações que os alunos
necessitaram foram transmitidas pelo responsável do viveiro, o Srº. Eduardo Tumelero, que na
ocasião mostrou as diversas etapas empregadas na produção e no manejo de mudas nativas.
Alunos do BCG recebendo orientações do responsável pelo
Viveiro Municipal
Estudantes do Falcão plantando mudas no viveiro
No Aterro Controlado, com o auxílio de um técnico do IASB, os alunos puderam conhecer o
destino dado ao lixo da cidade e fazer comentários sobre o que eles estavam observando. Os alunos
também entenderam melhor qual é a diferença entre um lixão, um aterro controlado e um aterro
sanitário, pois conseguiram acompanhar o sistema que é empregado em Bonito, desde a chegada do
lixo até a compactação desse lixo nas valas. Neste local, os alunos receberam informações sobre a
situação dos catadores de lixo, a importância da separação do lixo, dos 3Rs (reduzir, reutilizar e
reciclar) e as doenças provocadas pelo acúmulo de lixo. E ainda, foram informados sobre a quantia
de lixo produzida por dia em Bonito e a localização dos pontos de entrega dos materiais recicláveis.
Neste dia, também tiveram a oportunidade de observar os catadores separando os materiais
recicláveis em meio a uma pilha de lixo que chega diariamente através do caminhão de coleta que
passa pela cidade e puderam entender melhor o processo de separação dos materiais recicláveis,
após acompanhar um grupo de trabalhadores realizando esta atividade.
Chegada dos alunos do João Alves e Honorato no aterro Alunos do Falcão observando o aterro
Após esta visita, os alunos foram conhecer a Unidade de Processamento de Lixo - UPL.
Logo na chegada foi enfatizado para os alunos a importância da coleta seletiva de lixo para os
catadores, principalmente, no que diz respeito à separação do lixo seco e do lixo orgânico, pois eles
puderem ver que no local onde esses catadores poderiam estar trabalhando em melhores condições
havia poucas pessoas. Os alunos perceberam que pelo fato das pessoas não separarem seu lixo
dificulta muito o trabalho desses catadores. No local onde o material deveria ser separado, ou seja,
na esteira, ultimamente os caminhões tem descarregado o lixo todo misturado. Como citado
anteriormente, os catadores foram encontrados durante a visita no Aterro Controlado.
As pessoas encontradas trabalhando na UPL no momento em que os alunos fizeram as
visitas estavam fazendo a prensagem e estocagem dos materiais recicláveis separados pelos
catadores no Aterro Controlado para uma posterior venda. Os alunos foram conhecer o local dessa
prensagem e do armazenamento e receberam explicações sobre a separação dos materiais recicláveis
por categoria (diversos tipos de plástico, papel, vidro, etc.) e qual a renda que esses catadores
conseguem por mês com a venda desses materiais.
Alunos do BCG conhecendo a estrutura da UPL Alunos da Durvalina visitando a UPL
Já na Estação de Tratamento de Esgoto - ETE, os alunos conheceram cada etapa do processo
de tratamento do esgoto da cidade (desde o sistema de coleta ao escoamento). Também, puderam
perceber a diferença do esgoto que chega à estação e da água incolor e inodora (90% tratada) que
escoa para o córrego Bonito. Ainda, receberam informações através do funcionário da SANESUL
sobre as principais ações que prejudicam a qualidade das águas e as práticas indevidas que
atrapalham o bom funcionamento da estação, além de receberem dicas de como evitar o desperdício
de água.
Alunos da Sagrada, João Alves e Honorato conhecendo as etapas do tratamento do esgoto da cidade
No último ponto, o Balneário Municipal, logo na chegada os alunos foram recebidos pelo
Guia de Turismo que estava de plantão no dia. Este guia levou os alunos para percorrerem a trilha
do Balneário e passou informações sobre a importância das matas ciliares, a atividade de um guia de
turismo, os cuidados com o Balneário e a questão da alimentação dos peixes. Também deu dicas de
comportamento e explicou como é feito o atendimento ao turista que vem visitar Bonito, além de
explicar a importância de proteger a fauna e flora local para se obter melhores condições de vida e
garantir a sustentabilidade dos recursos naturais e, conseqüentemente da atividade turística. Após as
explicações do guia, aconteceram as brincadeiras educativas que além de propiciar aos alunos um
maior entrosamento, contribuiu também para uma maior assimilação das informações ambientais
anteriormente transmitidas.
Alunos da Durvalina recebendo orientações do guia de turismo
Na primeira brincadeira, os alunos foram divididos em dois grupos para participarem da
dinâmica da mata ciliar. Esta dinâmica consiste em duas pessoas representando impactos para o rio
(assoreamento e agrotóxico). Estas pessoas tentam passar pela mata ciliar, que são o restante dos
alunos formando um círculo/barreira, representando a mata ciliar. As pessoas que representam os
impactos devem passar pela barreira para atingir o rio e a barreira tem que impedir que isso
aconteça. Com essa dinâmica os alunos compreenderam melhor a importância das matas ciliares
para a conservação dos recursos hídricos. Assim que a dinâmica foi encerrada, os alunos foram
convidados para o almoço.
Alunos do Honorato e João Alves realizando a dinâmica da
Mata ciliar
Passado o almoço, os alunos realizaram a dinâmica Caça Palavras. Para a realização desta
dinâmica os alunos foram divididos em 06 grupos e o grupo que terminou primeiro ganhou um
brinde do IASB. Em seguida, ainda em grupos, os alunos confeccionaram um Mapa do Tesouro.
Este mapa foi confeccionado a partir das informações solicitadas aos alunos e das anotações que eles
fizeram desde o primeiro ponto de visita. Neste mapa foi desenhado todo o percurso realizado desde
a saída da escola e em cada ponto os alunos anotaram o que mais chamou a atenção. Cada grupo
apresentou o seu mapa para os demais explicando o que foi feito em cada local visitado. Terminada
as apresentações, os alunos foram liberados para brincarem no Balneário.
Alunos da Durvalina realizando a dinâmica Caça
Palavras
Alunos do Falcão confeccionando o Mapa do Tesouro Alunos da Sagrada apresentando o Mapa do Tesouro
5.4 Reaplicação do questionário
Nesta etapa participaram apenas os alunos que responderam ao primeiro questionário que foi
dado antes da palestra de sensibilização com os alunos. Esta medida foi tomada para que se possa
avaliar o nível de aprendizagem dos alunos após terem participado das atividades do Programa de
Educação Ambiental Bonito para Sempre. Ao todo, responderam ao questionário 209 alunos.
Alunos do BCG e Sagrada respondendo ao novo questionário
Após reaplicar o questionário em todas as escolas, a equipe do IASB iniciou a tabulação e
compilação dos resultados, conforme segue abaixo.
5.4.1 Tabulação dos questionários das 06 escolas participantes
Como forma de avaliação crítica do programa de educação ambiental e visando identificar
requisitos para futuro aprimoramento, foi aplicado um questionário quali/quantitativo aos alunos das
8ª séries das escolas envolvidas com a finalidade de identificar o grau de conhecimento e o nível de
absorção dos temas ambientais contemplados, assim como o nível de satisfação dos estudantes em
participar do programa de Educação Ambiental “Bonito Para Sempre”. Do universo de 250 alunos
que participaram de pelo menos uma das atividades do programa, foram pesquisados ao todo 204
estudantes, sendo 140 das Escolas Públicas Estaduais, 29 das Públicas Municipais e 35 das Escolas
Particulares (Tabela 11).
Tabela 11 – Total de alunos que responderam aos questionários
Escolas Participantes Nº. alunos
Escola Estadual Bonifácio Camargo Gomes 84
Escola Estadual Luiz da Costa Falcão 56
Escola Municipal Profª. Durvalina Dorneles Teixeira 24
Escola Municipal João Alves de Arruda 05
Colégio Honorato Jacques 18
Escola Sagrada Família 17
Total 204
Para facilitar a compreensão e uma maior comparação, sempre que necessário e possível
analisaremos separadamente os dados das escolas públicas e escolas privadas.
A - Temas relacionados ao projeto
1- Quando questionados sobre o que mudou após terem participado das atividades do programa, as
respostas “mudei alguns hábitos que costumava ter, como jogar papel de bala e chicletes no chão” e
“comecei a economizar água, reaproveitando-a para outros fins quando for viável” foram as mais
citadas pelos alunos das escolas públicas e particulares. Isso demonstra o resultado positivo do
mutirão de limpeza, onde o aluno pôde constatar na prática a quantidade de lixo que vem sendo
jogado diariamente nas ruas e que acabam se armazenando nas margens dos córregos. Outro fato a
ser considerado é a visitação na ETE, responsável pelo tratamento da águas residuais provenientes
das residências, comércios, etc., que por sua vez são tratadas e lançadas no córrego Bonito com
baixo teor de impureza. Nas diversas ocasiões foram repassadas dicas de como evitar o desperdício
de água (Gráfico 01 e 02)
Gráfico 01 – Escolas Públicas Gráfico 02 – Escolas Particulares
16%
32%32%
20% 0%
15%
37%29%
18% 1%
2- A respeito da avaliação sobre a palestra de sensibilização que contemplou os temas ambientais
que foram trabalhados durante o projeto “mata ciliar, água e lixo”, 89% dos alunos das escolas
públicas e 82 % das escolas particulares citaram que a palestra foi “boa, com muitas informações
interessantes que desconheciam”. Neste caso, podemos avaliar que os recursos utilizados cumpriram
o objetivo de levar informações novas aos alunos como também “prender” a atenção dos mesmos.
Como novidade nesta segunda fase, foi apresentado um DVD sobre a importância dos recursos
hídricos e uma outra apresentação sobre a origem da água, que de forma descontraída contagiou a
turma. E, também foram apresentados produtos feitos a partir de material reciclado pela ONG Brazil
Bonito (Gráfico 03 e 04).
Gráfico 03 – Escolas Públicas Gráfico 04 – Escolas Particulares
5%
89%
6% 0%
13%
82%
5% 0%
3- No item 3, os alunos foram questionados sobre o que acharam das visitas nos pontos de estudo.
56% dos alunos das escolas públicas responderam que “gostaram, mas poderiam ter visitado mais
lugares”, contra 76% dos estudantes das escolas privadas que citaram que “puderam visitar vários
lugares e vivenciar cada um, conhecendo melhor a realidade ambiental e social de Bonito” (Gráfico
05 e 06).
Gráfico 05 – Escolas Públicas Gráfico 06 – Escolas Particulares
41%
56%
2%1%
76%
19%
5% 0%
Primeiramente, cada local visitando está diretamente relacionado com os temas ambientais
contemplados no programa. Também cabe fazer uma reflexão a respeito do tempo utilizado nas
visitas, devendo ser dosado para não causar omissão de informações importantes e tão pouco
permita que o aluno disperse sua atenção. Vem sendo constatado que nas atividades realizadas no
Balneário Municipal, o aluno fica impaciente, querendo logo que chegue a parte de recreação no rio.
Por isso é preciso que seja analisada realmente a importância de acrescentar outros locais de visita,
diminuindo assim o tempo no balneário e consequentemente a maior pressão dos alunos para o
tempo de recreação.
B - Temas ambientais
1- Quando questionados sobre quais problemas ambientais afetam o município de Bonito, as
respostas mais citadas foram “queimadas”, “poluição das águas”, “desmatamentos” e “falta de
manutenção das estradas, contribuindo com o assoreamento dos corpos d’ água”. Isso mostra um
contexto de respostas que evidenciam que os alunos conhecem os principais problemas que afetam a
sua região, talvez por se tratar de jovens que em números significativos residem em áreas rurais ou
pelo menos têm contato com o campo. Cabe ressaltar que a “falta de mata ciliar”, foi pouco
assinalada entre os estudantes, mas que também se enquadra dentro da problemática ambiental do
município (Gráfico 07 e 08).
Gráfico 07 – Escolas Públicas Gráfico 08 – Escolas Particulares
14%
18%
8%
16%7%7%
5%
7%
9%
10% 1%
11%
14%
7%
19%6%7%
8%3%
10%
14% 1%
Como forma de avaliar ocorrências de alterações às respostas citadas como problemas
ambientais, esta mesma questão deverá futuramente compor o questionário de reaplicação.
2- Sobre as ações realizadas pelos alunos para diminuir os problemas ambientais que afetam o
município, as respostas citadas mais vezes foram em primeiro lugar “não jogar lixo nos rios e no
chão”, em seguida “economizar água” e “ensina os amigos e familiares sobre a importância do
meio ambiente”. A resposta “separar o lixo para coleta seletiva” foi apontada por 13% dos
entrevistados e menos de 3% assinalaram que não fazem nenhuma ação. Embora o sistema de coleta
seletiva de lixo ainda não tenha sido implantado no município é possível identificar que algumas
famílias já vêm realizando a separação do lixo seco do molhado. Outro ponto que merece atenção é
a reação dos alunos durante a visita ao aterro controlado que diante da amplitude do problema
verificado e de suas conseqüências para o ambiente, do qual depende a vida de todos os seres, os
alunos puderam entender a importância do acúmulo racional de lixo em casa e da seleção adequada
deste para a reciclagem (Gráfico 09 e 10).
Gráfico 09 – Escolas Públicas Gráfico 10 – Escolas Particulares
13%
13%
29%7%
22%
14% 2%
12%
13%
27%8%
16%
21%3%
3- Na questão que aborda o conceito de mata ciliar, 62% dos alunos das escolas públicas e 87% dos
estudantes das escolas particulares acertaram a resposta (Gráfico 11 e12).
Gráfico 11 – Escolas Públicas Gráfico 12 – Escolas Particulares
20%
7%
62%
6% 5%
5% 0%
87%
5% 3%0%
a b c d e f
Após terem participado das atividades do programa, novamente os alunos responderam aos
questionários, tendo aumentado o número de acertos, passando para 78% e 91% respectivamente
(Gráfico 13 e 14).
Gráfico 13 – Escolas Públicas Gráfico 14 – Escolas Particulares
16%
8%
78%
9%
91%
4- Quando questionados sobre a importância das matas ciliares, 46% dos estudantes das escolas
públicas e 64% dos alunos das escolas particulares responderam que são “importantes por que
protegem os cursos d’água, evitando o assoreamento, contaminação e a diminuição da quantidade
de água” (Gráfico 15 e 16).
Gráfico 15 – Escolas Públicas Gráfico 16 – Escolas Particulares
46%
19%
5%
23%
7%
64%17%
11%2% 6%
Analisando os dados acima, após a participação dos estudantes nas etapas do programa, o
número de acertos também foi maior, sendo respondido corretamente por 71% dos alunos das
escolas públicas e 92% dos jovens das escolas particulares (Gráfico 17 e 18).
Gráfico 17 – Escolas Públicas Gráfico 18 – Escolas Particulares
71%
3%
26%
92%
8%
Com base nesses dados é possível avaliar que houve assimilação das informações que foram
transmitidas durante a palestra de sensibilização, como também o resultado do trabalho dos guias de
turismo que atenderam os alunos na visita ao Balneário, que de forma prática passaram aos jovens a
importância das matas ciliares para garantir a qualidade e o volume dos rios. Cabe ressaltar aqui que
o número de acertos por parte dos alunos das escolas particulares foi maior, podendo ser avaliado
como ponto positivo a participação dos professores durante a visita, como também a obrigatoriedade
dos alunos apresentarem relatório aos educadores, contendo informações sobre os conteúdos
ambientais abordados.
5- Em relação ao tema água, a resposta mais assinalada entre os alunos das escolas públicas e
particulares foi que “se não começarmos a evitar o desperdício de água, brevemente este recurso se
tornará escasso, lembrando que muitos países já estão sofrendo com a falta de água”. Já 43% dos
alunos das escolas pública responderam que a “água é um bem ilimitado”, contra uma porcentagem
menor de alunos das escolas particulares (Gráfico 19 e 20).
Gráfico 19 – Escolas Públicas Gráfico 20 – Escolas Particulares
43%
57%
8%
92%
6- Sobre as formas de evitar o desperdício de água, as resposta “tomar banhos mais rápidos e
desligar o chuveiro enquanto de ensaboa e lava os cabelos” foi assinalada mais vezes. Já quase
empatando apareceu as respostas “reaproveitar para outros fins a água que foi utilizada para lavar
as roupas” e “cuidar com os vazamentos”. Analisando essas informações, podemos concluir que o
DVD apresentado na palestra de sensibilização que abordou a importância da água e a forma de
evitar o desperdício de água, contribuiu para um maior aprendizado dos alunos. Também nos pontos
de visitas, em diversas ocasiões foi abortada a questão do mau uso da água e quais atitudes devem
ser adotadas para minimização dos desperdícios (Gráfico 21 e 22).
Gráfico 21 – Escolas Públicas Gráfico 22 – Escolas Particulares
33%
33%
32%
33%
37%
30%
7- Quando questionados sobre o que é coleta seletiva e reciclagem de lixo, 52% dos alunos da escola
estaduais e 66% dos estudantes das escolas particulares acertaram as questões. Neste caso foi
apontado dúvidas em relação à coleta seletiva, embora este assunto tenha sido trabalhado durante a
palestra de sensibilização e na visita ao aterro controlado, o aluno confunde o termo coleta seletiva,
que vem a ser o ato de separação do lixo de acordo com o tipo de material, com a coleta feita porta-
a-porta (Gráfico 23 e 24).
Gráfico 23 – Escolas Públicas Gráfico 24 – Escolas Particulares
20%
23%52%
7%
16%
18%
66%
8- Quando solicitados para que assinalassem as alternativas sobre comportamentos frente à
problemática do lixo, as repostas obtidas antes a após a participação dos alunos foram bastante
relevantes, cabendo fazer uma análise das principais mudanças de comportamento. Antes da
participação no projeto, 61% dos alunos das escolas públicas e particulares assinalaram que em sua
casa não é feito a separação do lixo. Após a participação, esse número diminui para 30%, o que faz
concluir que as visitas ao aterro controlado e UPL são bastante importantes para que o aluno possa
vivenciar na prática a problemática do lixo e frente a isso mudar certos hábitos. Outro aumento
significante foi em relação a novos usos para os produtos já usados, sendo que anteriormente 19%
dos alunos “sempre” destinavam novos usos, passando para 35%. Houve também uma variação
significativa sobre a questão “jogar lixo no chão”, sendo que após a participação no projeto, mais da
metade dos alunos respondeu ter mudado de atitude, não jogando mais papel de bala e chicletes no
chão. E na questão “se procura deixar um lugar mais limpo do que encontrou”, não foi apontada
uma diferença significativa do antes e depois da participação aluno no projeto, sendo 37% e 40%
respectivamente (Gráfico 25 e 26).
Gráfico 25 – Resposta dos alunos antes do projeto
61%
19%
64%
37%
não faz a separação do
lixo
destina novos usos
para os produtos já
usados
joga lixo no chão
procura deixar o local
mais limpo do que
encontrou
Gráfico 26 – Resposta dos alunos antes do projeto
30%
35%
54%
40%
não faz a separação do
lixo
destina novos usos
para os produtos já
usados
joga lixo no chão
procura deixar o local
mais limpo do que
encontrou
9- Sobre a opinião dos alunos a respeito das “razões que a população bonitense tem para cuidar do
meio ambiente”, 59% dos alunos das escolas públicas responderam para o “bem-estar social,
proteção dos recursos naturais e para que nós e nossa geração possamos continuar desfrutando dos
recursos que a natureza oferece”. Já 53% dos alunos das escolas particulares, citaram que o
“turismo” é a causa principal de a população cuidar do meio ambiente. O que comprova que a
grande maioria das famílias dos estudantes das escolas particulares está envolvida diretamente com
a atividade turística (Gráfico 27 e 28).
Gráfico 27 – Escolas Públicas Gráfico 28 – Escolas Particulares
41%
59%
47%
53%
10- Concordando com o conhecimento demonstrado pela pesquisa a respeito do meio ambiente e de
sua importância, os alunos demonstraram conhecer as instituição ambientalistas que atuam no
município. As quatro que mais apareceram foram:
Tabela 12 – Instituições mais citadas
Ordem de citação Instituições
1ª IASB
2ª Polícia Militar Ambiental
3ª IBAMA
4ª Brazil Bonito
Isso demonstra um reconhecimento às ações ambientais que estas instituições vêm
realizando no município, principalmente aquelas voltadas à comunidade estudantil.
5.4.2 - Considerações finais sobre o questionário
As proporções e qualificações das respostas obtidas permitem-nos afirmar que havia um
“certo” conhecimento dos estudantes sobre os temas ambientais, mas que através da participação
desses jovens no programa, o conhecimento foi ampliado, assim como o grau de percepção frente
aos problemas ambientais que afetam o município.
Nas questões que contemplam mudanças de comportamento, grande parcela dos
entrevistados demonstrou alterações em seus hábitos, principalmente no que diz respeito às formas
de economizar água, não jogar mais lixo nas ruas e iniciarem a separação de lixo em suas
residências. Portanto, cabe afirmar o quão positivo foram às visitas ao Aterro Controlado, a UPL e a
ETE, não podendo deixar de citar a importância do mutirão de limpeza, no qual irá contribuir com a
função de chamar a atenção ainda mais desses jovens para jogar o lixo no lixo.
Sobre a avaliação dos alunos em relação ao programa, as respostas foram positivas,
confirmando o que na prática foi observado, ou seja, boa parte dos envolvidos se mostrou engajado
às ações do programa, participativo e sensibilizado frente às temáticas ambientais trabalhadas no
decorrer das atividades. Sabe-se que trabalhar com educação ambiental é como plantar uma
semente, mas com a noção de que nem sempre irá germinar. Assim como a maioria dos jovens
aderiram ao programa, pequena parcela se mostrou indiferente. Neste caso, para que a educação
ambiental seja mais efetiva, requer um trabalho contínuo, contando com o apoio do professor, no
qual é um forte aliado para disseminação de informações e integração dos alunos.
Cabe também fazer uma análise da importância do turismo, sendo esta atividade apontada
como a principal causa da população cuidar do meio ambiente, ficando aparente a importância dessa
atividade para a comunidade, não só no aspecto econômico, mas também como o turismo vem
colaborando na conservação dos recursos naturais e na melhoria da qualidade de vida, sendo este o
tripé da sustentabilidade.
Continuar buscando o desenvolvimento do conhecimento ambiental e provocar mudanças de
atitudes nocivas, estimulando posturas que promovam o equilíbrio ambiental foi à causa da
realização da II fase do programa de educação ambiental nas escolas de Bonito, levando sempre em
consideração a importância do aprimoramento do projeto, a experiência adquirida e a parceria,
tornando possível a continuidade das nossas ações ambientais.
5.5 Mutirão de limpeza
A terceira etapa, realizada entre os dias 26, 30 e 31 de outubro e 01 de novembro contou com
o auxílio de 01 técnico e 08 brigadistas do IBAMA. Nesta atividade participaram 134 alunos.
Nenhum aluno do período noturno compareceu.
Para iniciar a ação, os alunos da Escola Bonifácio Camargo Gomes se deslocaram até uma
área próxima à escola, na ponte em sentido ao Bairro Marambaia onde realizaram o plantio de
mudas de espécies nativas na mata ciliar do córrego Restinga. Já os alunos das demais escolas se
deslocaram até uma área próxima ao Hotel Bonsai. Os alunos da Escola Falcão tiveram que se
deslocar de ônibus. Cada aluno ficou responsável por plantar uma muda.
Durante o plantio, os alunos foram auxiliados pelo técnico do IBAMA e brigadistas, que
ajudaram a abrir as covas e irrigar as mudas. As ferramentas utilizadas no plantio foram emprestadas
pelo IBAMA e as mudas foram doadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Para a
identificação do local de plantio das mudas na mata ciliar, foi colocada uma placa contendo
informações da escola e o nome do projeto.
Alunos da Durvalina e Falcão durante o plantio de mudas na mata ciliar do córrego Restinga
Como novidade nesta segunda fase do projeto, o plantio de mudas no córrego Restinga
proporcionou um maior contato com moradores locais, que se sensibilizaram com os alunos.
Promoveu ainda, o exercício de cidadania por parte dos alunos e contribui com a recuperação da
mata ciliar do respectivo córrego, ressaltando para esses alunos a necessidade da continuidade deste
tipo de ação.
Após o plantio, os alunos voltaram para a escola realizando o mutirão de limpeza onde, com
a ajuda dos brigadistas, foram recolhendo e armazenando em sacos plásticos os resíduos
encontrados no caminho. A turma do BCG percorreu quadras abaixo da escola, no entorno e
também deu a volta por cima da escola e na rua ao lado. As turmas das escolas João Alves e
Honorato percorreram as quadras entre o Hotel Bonsai e a Unidade do Honorato Jacques, quando
retornavam para a escola. Os alunos do Falcão retornaram de ônibus e percorreram o entorno da
escola. Os alunos da Sagrada percorreram quadras próximas à escola. A turma da Durvalina
percorreu quadras abaixo da escola e a rua adjacente. Os sacos com o lixo recolhido foram levados
pelo carro do IBAMA para o pátio da Secretária de Obras, a pedido do secretário.
Alunos do João Alves e BCG durante o mutirão de limpeza
Através do mutirão os alunos puderam verificar na prática a quantidade de lixo depositado
em frente às casas, pontos de comércio e principalmente nos terrenos baldios e no entorno da escola,
permitindo dar a eles condições de refletir sobre a falta de respeito da população para com a sua
cidade. No entorno da escola, o principal lixo coletado foi papel de bala, de chicletes, de bolacha,
canudos e filtro de cigarro. A turma que percorreu a rua que faz ligação entre as Escolas Bonifácio
Camargo Gomes e Durvalina Dorneles Teixeira foi a que mais coletou os materiais citados acima.
No entanto, a maior quantidade de lixo encontrada foi próxima à Polícia Civil, onde a turma do
Honorato e João Alves encontrou muito lixo amontoado ao lado da delegacia, em um terreno baldio.
Neste local foi encontrado muito lixo domiciliar, entulhos, restos de equipamentos hidráulicos,
dentre outros.
Com o término do mutirão de limpeza, os alunos distribuíram para os veículos e pessoas que
trafegavam em frente à escola, saquinhos de lixo para automóveis e um folder do Projeto Nossos
Córregos contendo dicas para a população colaborar com a conservação dos recursos naturais.
Alunos do BCG, Honorato e João Alves durante a sensibilização dos motoristas
5.6 Mural Ambiental
Entre os dias 06, 07 e 08 de novembro, no período da manhã, os alunos foram reunidos nas
escolas para confecção do mural ambiental. Os alunos do período noturno foram convidados, mas
não compareceram. Participaram ao todo 120 alunos. No dia 06 de novembro foi agendado com a
escola João Alves de Arruda a confecção do Mural Ambiental. No entanto, neste dia, a equipe do
IASB não encontrou nenhum aluno em sala de aula. Desta forma, o mural e os materiais
informativos foram deixados na escola para que os alunos pudessem montá-lo posteriormente com o
auxílio de um professor.
Para a montagem do mural, os alunos receberam algumas folhas contendo fotos das ações.
Abaixo de cada foto havia linhas para que eles descrevessem o que aconteceu naquela etapa.
Também receberam folhas contendo o nome do projeto, patrocinadores, doação do mural, histórico
do IASB e um resumo do projeto.
Alunos do Falcão e Honorato confeccionando o material para o mural
Os alunos ficaram à vontade para distribuírem as informações no mural na seqüência que
acharam mais conveniente.
Alunos do BCG e Durvalina montando o mural
Mural Ambiental da Escola Sagrada e BCG
Depois de montado, o mural foi doado à escola juntamente com uma carta contendo
recomendações para a utilização do mesmo, as quais estão descritas abaixo:
O mural deverá ser exposto em local de fácil acesso a todos os alunos da escola, pois tem
como proposta principal divulgar as ações do projeto e valorizar a participação dos
alunos envolvidos;
Deverá ser exposto em local protegido contra ações do tempo, como chuva e sol;
Zelar pela conservação do mesmo, pois como o projeto é de ação contínua, pretendemos
utilizá-lo no próximo ano;
Posteriormente este mural poderá ser utilizado pela escola contendo novos assuntos
relacionados ao meio ambiente. Sugerimos que o abastecimento dessas informações
continue sendo feito por alunos da 8ª série.
5.7 Cartilha Ecológica
O Concurso da Cartilha Ecológica foi lançado na Oficina de Educação Ambiental com os
professores. Nesta oficina foi solicitado aos professores que orientassem os alunos na confecção das
cartilhas. Para os alunos, a cartilha foi apresentada durante a palestra de sensibilização. Como
premiação, os alunos, autores da cartilha vencedora, ganharão uma visita num atrativo da região, a
Estância Mimosa.
Este concurso surgiu no sentido de ser um instrumento a mais na sensibilização dos alunos,
fazendo com que eles, através da busca de conhecimento para elaborar a cartilha, sintam-se
mobilizados e incentivados a ser um defensor do meio ambiente.
Para auxiliar os alunos quanto ao formato da cartilha, foi criado um lay out contendo
instruções de elaboração, local para identificação dos autores, escola e o professor que deu
orientação, também há folhas em branco para a criação das histórias com os temas já definidos:
Água, Lixo e Mata Ciliar.
Capa da Cartilha Ecológica Folha de fechamento da
cartilha
Folha contendo dados dos
autores
Folha com instruções de
preenchimento
Temas da cartilha
Os professores retomaram a cartilha durante as aulas e formaram grupos entre os alunos para
produzirem a história, conforme tabela abaixo:
Tabela 13 - Quantidade de grupos por escola para confecção das cartilhas
Quantidade de grupos Escola
04 Luis da Costa Falcão – Matutino A
08 Bonifácio Camargo Gomes – Matutino
06 Luis da Costa Falcão – Matutino B
04 Luis da Costa Falcão – Noturno
05 Durvalina Dorneles Teixeira
06 Bonifácio Camargo Gomes - Vespertino
05 Bonifácio Camargo Gomes - Noturno
04 Honorato Jacques
01 João Alves de Arruda
04 Sagrada Família
TOTAL DE CARTILHAS 47
O prazo para a entrega da cartilha foi estipulado até o dia 17 de novembro, véspera da
reunião de finalização realizada com os professores para apresentação dos resultados do projeto.
Nesta reunião as cartilhas foram pré-selecionadas, para posteriormente, haver a avaliação final.
No total foram entregues 33 cartilhas. Apenas a Escola Municipal João Alves de Arruda não
entregou nenhuma cartilha.
Tabela 14 – Número de cartilhas entregues por escola
Escola Quantidade
Honorato Jacques 02
Sagrada Família 04
Durvalina Dorneles Teixeira 05
Luis da Costa Falcão 06
Bonifácio Camargo Gomes 16
Total 33
É importante ressaltar que o sucesso da cartilha foi devido ao empenho dos professores,
também porque alguns utilizaram a cartilha como nota para as disciplinas e ainda por cima, da
motivação dos alunos em participar do concurso.
Através desta cartilha, o IASB espera contribuir na elaboração de um material de fácil
compreensão e que atinja alunos das mais variadas idades, dando dessa forma, continuidade ao
programa.
5.8 Reunião de finalização com os professores
No sentido de finalizar oficialmente as atividades da II Fase do Programa de Educação
Ambiental Bonito para Sempre, foi realizada no dia 18 de novembro de 2006, no passeio
ecoturístico Estância Mimosa, uma reunião de encerramento com os professores participantes da 1ª
etapa do projeto. Nesta reunião a proposta foi confraternizar com os participantes, apresentar a
tabulação dos questionários aplicados aos alunos e mostrar os resultados obtidos. Ao todo, estiveram
presentes 08 professores.
Participantes da reunião de finalização
Chegando à Estância Mimosa, os professores foram recebidos com um café da manhã. Para
iniciar a reunião, os professores participaram de uma dinâmica conhecida como Biodança, a “dança
da vida”, onde foram convidados a ficar descalços, como forma de trocar energias com a natureza.
Em seguida, todos se sentaram em círculos e envolvidos por uma música relaxante, ouviram as
explicações das etapas da Biodança.
A primeira etapa consistiu num momento de reflexão, onde cada professor foi convidado a
relaxar, limpar seus pensamentos e fazer uma análise sobre sua vida, ou seja, desprender-se de todos
os preconceitos e das limitações que o impedem de progredir e buscar dentro de si seus talentos e
virtudes.
Professores durante a 1ª etapa da Dinâmica Biodança
Na segunda parte os professores foram convidados a dançar ao som de uma música
contagiante, olhando sempre nos olhos do parceiro, cada qual no seu ritmo e do seu jeito. Também
foram estimulados a se mover; a se expressar, a se cuidar, a olhar os ritmos diferentes das pessoas,
se aceitando e aceitando os outros como são.
Professores durante a 2ª etapa da Dinâmica Biodança
Terminada a dinâmica, foram apresentados aos professores os resultados obtidos com a II
Fase do projeto. Nesta apresentação constaram o objetivo e tempo de duração do projeto, o relato
das etapas realizadas, uma breve conclusão e os devidos agradecimentos.
Após a apresentação, os professores foram convidados a fazer uma pré-seleção das cartilhas
ecológicas. Para tal, foram divididos em duplas, onde se teve o cuidado de que cada dupla ficasse
responsável por avaliar cartilhas de escolas que eles não lecionassem. Essa medida foi tomada como
forma de não induzir o professor a dar uma nota maior para as cartilhas que eles orientaram.
Para realizar a pré-seleção, os professores receberam uma folha de avaliação contendo
alguns critérios, descritos a seguir:
Organização do material
Coerência de idéias
Mensagem da história/conteúdo
Criatividade
Cada critério foi pontuado com notas que variaram entre 5 e 10 pontos. As cartilhas que
receberam notas acima de 36 pontos passaram para a etapa de avaliação final.
Professores realizando a pré-seleção das cartilhas ecológicas
Feita a pré-seleção, os professores foram convidados para um delicioso almoço regional
oferecido pela Estância Mimosa.
Professores durante o almoço
No início da tarde, os professores foram realizar o passeio oferecido pelo local e antes de
saírem, participaram de um sorteio de 02 camisetas e 01 boné, cortesias da Estância Mimosa.
Janaina sorteando os brindes
Durante o passeio, que foi acompanhado pelo guia de Turismo Valdemir Morales, os
professores percorreram uma trilha com mais de 3.000 metros, passando por várias formações e
cachoeiras, conhecendo árvores centenárias, como perobas e aroeiras, além de serem surpreendidos
por um grupo de macacos-prego.
Professores ao iniciarem a trilha Professores recebendo orientações do guia de Turismo
Formações e cachoeiras vistas durante o passeio na Estância Mimosa
Este passeio foi muito importante porque contribui numa maior aproximação entre os
professores e entre eles e a equipe do IASB. Por mais de 3 horas, que foi a duração do passeio, o
clima de alegria e descontração foi grande, principalmente nos pontos de parada para banho,
ressaltando que, este clima esteve presente desde manhã, na vinda dos professores e durante todo o
tempo em que a equipe esteve reunida.
Professores conhecendo a “Gruta do Desejo” Professores na Cachoeira do Mutum
Ao encerrar o passeio, os professores retornaram para a sede onde foram recebidos com um
diversificado café da tarde. Após lancharem, houve a entrega dos certificados da Oficina de
Educação Ambiental e um encerramento do dia, onde a coordenadora do projeto, Janaina Mainchein
leu um texto de reflexão e agradeceu a todos pela participação.
Entrega dos certificados Coordenadora do projeto encerrando as atividades
Na ocasião, os professores também pediram a palavra, representados pela professora Maria
Aparecida, para agradecer a oportunidade oferecida e solicitar a continuação do projeto. Também
agradeceram ao proprietário da Estância Mimosa pelo atendimento oferecido e pela cortesia do
passeio.
Professores agradecendo a oportunidade
5.9 Avaliação final das Cartilhas Ecológicas
Após a pré-seleção realizada pelos professores durante a reunião de finalização do projeto, as
cartilhas com notas acima de 36 pontos foram para a avaliação final. No geral as notas variaram
entre 19 a 38 pontos, conforme a tabela abaixo:
Tabela 15 – Notas das cartilhas segundo os professores
Escola Quantidade de cartilhas Nota
Sagrada Família
01 26
01 30
01 35
01 37
Luis da Costa Falcão
01 21
01 24
01 27
02 30
01 36
Bonifácio Camargo Gomes
05 24
03 26
04 28
01 36
01 37,5
01 38
Durvalina Dorneles Teixeira
01 20
01 26
01 31
01 34
01 36
Honorato Jacques 01 19
01 31
Apenas 06 cartilhas receberam notas acima de 36 pontos. As cartilhas pré-selecionadas são
pertencentes às seguintes escolas:
Tabela 16 – Cartilhas pré-selecionadas
Escola Quantidade
Bonifácio Camargo Gomes 03
Sagrada Família 01
Luis da Costa Falcão 01
Durvalina Dorneles Teixeira 01
Para participar da avaliação final, dois dos principais parceiros do projeto foram convidados:
a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Secretaria Municipal de Turismo. Entre os dias 20 e
21 de novembro, os representantes destas secretarias se reuniram e avaliaram as cartilhas com o
auxílio da folha de avaliação que continha os mesmos critérios utilizados pelos professores, ou seja:
Organização do material
Coerência de idéias
Mensagem da história/conteúdo
Criatividade
Após as avaliações, foi constatado que devido à alta qualidade das cartilhas, tanto no que diz
respeito ao conteúdo quanto à dedicação dos alunos no desenho, pintura e organização, houve um
empate entre três cartilhas, que tiveram notas muito próximas. As notas foram retiradas no
somatório das pontuações dadas pelos professores, pela Secretaria de Meio Ambiente e pela
Secretaria de Turismo.
Tabela 17 – Notas dadas às cartilhas por critério na Avaliação final
Critério Cartilha Avaliação Professores Avaliação Secretaria
Meio Ambiente
Avaliação Secretaria
Turismo
Organização do
material
1 9.5 9.5 10.0
2 9.5 10.0 10.00
3 9.0 9.0 10.00
Coerência de idéias
1 9.0 10.0 9.5
2 9.5 9.0 9.5
3 9.0 10.00 9.0
Mensagem da
história/conteúdo
1 9.0 10.0 10.0
2 10.0 9.0 10.0
3 10.0 9.0 10.0
Criatividade
1 10.0 9.0 9.0
2 9.0 10.0 9.0
3 9.0 9.0 10.0
Total Geral
1 114,5
2 114,0
3 113,0
Devido às notas terem sido muito próximas, a diretoria do IASB conclui que os três grupos
deverão receber a premiação. Dessa forma, as cartilhas vencedoras são as seguintes:
Tabela 18 – Relação das cartilhas premiadas
Escola Integrantes Professor
responsável
Título das histórias
Bonifácio
Camargo
Gomes
Andréa, Letícia,
Carolina, Luana e
Thaynara
Kênia Oenning
Tema Água:
“Vamos economizar!”.
Tema Lixo:
“Destino certo para o lixo”.
Tema Mata Ciliar:
“Preserva já a mata ciliar”.
Agatha Oliveira,
Andréa Cardoso,
Otávia Gomes, Silvia
Maria, Taís Oliveira
e Talissa Balbueno
Maria de Lourdes
Mello
Eleuza Muniz
Galeano
Tema Água:
“Água: recurso limitado”.
Tema Lixo:
“Lixo: este patrimônio também é seu”.
Tema Mata Ciliar:
“Mata Ciliar: será que sabemos o que é isso?”.
Luis da
Costa
Falcão
Sunamita, Josivane,
Keiliane, Patrícia,
Alinne e Helena
Teresinha
Gonçalves de
Souza
Tema Água:
“Um dia sem água”.
Tema Lixo:
“O dia da CL (Coleta do lixo)”.
Tema Mata Ciliar:
“As conseqüências de um erro”.
A premiação trata-se de uma visita no atrativo Estância Mimosa, onde os alunos poderão
passar o dia e saborear um típico almoço regional. Os alunos premiados serão consultados entre os
dias 22 a 24 de novembro para escolherem a melhor data para realização do passeio. Estes alunos
deverão ser acompanhados por um dos 03 professores que os auxiliaram na elaboração da cartilha.
Futuramente, as cartilhas premiadas serão revisadas e poderão ser impressas para veicular
nas demais escolas. A impressão destas cartilhas irá depender de patrocínios e do recurso financeiro
que o IASB possuir na época.
5.9.1 Considerações finais sobre a cartilha
A Cartilha Ecológica “Bonito para Sempre” foi planejada para ser um instrumento a mais na
sensibilização dos estudantes sobre as questões ambientais. Entretanto, a partir das 33 cartilhas
recebidas, pôde-se verificar que o resultado foi maior que o esperado. Sem dúvida, a elaboração da
cartilha garantiu a interação, o diálogo e a busca de conhecimentos, tanto por parte dos alunos,
quanto dos professores.
A concepção das cartilhas no geral foi muito boa, tendo como ponto mais interessante a
contextualização da realidade ambiental da região. O recurso mais utilizado além das ilustrações
através de desenhos, foi colagem de papel e a grande parte das histórias com mensagens de
conscientização ambiental, demonstrou a criatividade e, além disso, a preocupação dos alunos com
as questões ambientais.
Por isso, a análise das cartilhas mostrou que a qualidade das mesmas dificultaria a premiação
de somente uma. Inclusive, será necessário pensar em uma nova estratégia para a III fase do projeto
no que se refere à premiação.
Mas, todos os alunos, sem exceção, merecem ser parabenizados, tanto por terem
disponibilizado o seu tempo na elaboração da cartilha e se dedicarem a esta atividade quanto por
terem acreditado no trabalho do IASB e elaborado um material de muito boa qualidade.
Saída dos alunos a Estância Mimosa
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
BONITO PARA SEMPRE
O Programa de Educação Ambiental Bonito para Sempre a partir dos resultados obtidos,
demonstrou ser uma importante ferramenta para o processo de mudança de comportamento dos
jovens. A forma de promover a educação ambiental nas escolas, não apenas com o objetivo de
ensinar sobre a água, mata ciliar e lixo, mas de educar, através do contato com a realidade local vem
sendo a marca registrada desse projeto.
A maneira de como as atividades foram realizadas, através de uma metodologia participativa
e interativa, tanto em relação aos professores quanto aos alunos, proporcionou que um maior
número de pessoas fosse envolvido. Além de tudo, a vivência com cada turma permitiu conhecer
jovens responsáveis, que demonstraram que estavam satisfeitos em participar das atividades e gratos
pela oportunidade. Também permitiu conhecer professores comprometidos e empenhados com a
educação desses jovens e com as questões ambientais.
O exercício da criatividade e a exposição de uma visão crítica da realidade foram
estimulados entre os jovens, que identificaram de forma descontraída as causas e conseqüências dos
problemas ambientais expostos durante as atividades, em histórias em quadrinhos, através da
elaboração da Cartilha Ecológica. Inclusive, o número considerável de cartilhas recebidas,
demonstrou o interesse desses alunos pelo assunto, o incentivo dos professores para que eles
participassem e melhor ainda, jovens conscientes do seu papel na sociedade.
Através desses resultados e por acreditar que este projeto contribui na formação de cidadãos
mais críticos e participativos, comprometidos com a conservação da natureza é que o IASB irá
executar no próximo ano a III fase, buscando aprimorar cada vez mais as atividades de modo que se
torne continuo, possibilitando que ainda mais jovens, obtenha uma consciência dos valores sociais e
éticos, que resultam no desenvolvimento de conhecimentos e atividades voltados para a busca de
novos estilos de utilização dos recursos naturais.
6.1. Pontos Positivos
Maior experiência técnica adquirida;
Participação dos professores na oficina de EA;
Colaboração dos alunos em preencher o questionário do IASB, tanto antes quanto na
reaplicação;
Interesse dos alunos em participar das atividades propostas;
Empenho dos professores e alunos em participar do concurso da Cartilha Ecológica;
Bom comportamento dos alunos durantes as atividades de campo;
Distribuição das camisetas do projeto aos alunos;
Plantio de mudas às margens do córrego Restinga;
Mutirão de limpeza;
Confecção do mural ambiental através da colaboração dos alunos;
Participação dos alunos do período noturno, pelo menos em algumas das atividades
propostas;
Maior entrosamento da equipe IASB com professores, alunos e coordenação das escolas;
Parcerias locais;
Boas condições climáticas.
6.2. Pontos negativos
Falta de comunicação em algumas escolas, dificultando a divulgação das atividades do
projeto previstas para os alunos, o que ocasionou alterações no cronograma;
Pouca participação dos alunos do período noturno nas atividades de campo;
Não haver cones para a realização da entrega dos saquinhos de lixo para os automóveis, o
que dificultou um pouco a atividade;
Não haver manutenção às mudas plantadas na mata ciliar do córrego Restinga, o que pode
ocasionar uma alta taxa de mortalidade das mesmas;
6.3. Propostas para aprimoramento do projeto
Manutenção das mudas por alunos que residem próximo à área plantada;
Criar atividades específicas para os alunos do período noturno;
Envolver os alunos da Pestalozzi, conforme solicitado por esta instituição;
Incluir na palestra de sensibilização o tema “mudanças climáticas”;
Ampliar os recursos áudio visuais (buscar materiais interessantes);
Criar mais colocações para a premiação da cartilha, como 1º, 2º e 3º lugar;
Criar material de divulgação do projeto (banner, folheto, logomarca);
Promover reunião com a comunidade local para exposição dos resultados do projeto, assim
com apresentação dos problemas ambientais identificados e contribuições de minimização.
7. APOIO/PATROCÍNIO
7.1 Instituições públicas
Prefeitura Municipal de Bonito – Secretaria de Educação, Secretaria de Meio Ambiente,
Secretaria de Obras e Secretaria de Turismo
Promotoria de Justiça – Comarca de Bonito
IBAMA – Escritório Parque Nacional da Serra da Bodoquena
COMTUR – Conselho Municipal de Turismo de Bonito
7.2 Associações
Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região – ATRATUR
Associação Bonitense de Hotelaria – ABH
Associação Bonitense de Proprietários de Agências de Ecoturismo – ABAETUR
Associação dos Guias de Turismo de Bonito - AGTB
7.3 Empresários
Abismo Anhumas
Agência Ar
Balneário do Sol
Boca da Onça
Cotton Box