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FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA ELLANY PEIXOTO PINON FRIAES RELATÓRIO DE ATIVIDADE PROFISSIONAL DEPARTAMENTO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DA CLÍNICA LOBO. BELÉM - PARÁ BELÉM 2013

RELATÓRIO DE ATIVIDADE PROFISSIONAL · 2014-05-22 · 2013 _____ Relatório de Atividade Profissional Friaes ... Figura 1: Wilhelm Conrad Roentgen, ... Figura 2: Sir Godfrey N. Hounsfield,

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FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA

TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA

ELLANY PEIXOTO PINON FRIAES

RELATÓRIO DE ATIVIDADE PROFISSIONAL

DEPARTAMENTO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DA CLÍNICA LOBO.

BELÉM - PARÁ

BELÉM

2013

___________________________________________________

Relatório de Atividade Profissional Friaes, Ellany Peixoto Pinon/ Ellany Peixoto Pinon

Friaes – Belém – Faculdades Integradas Ipiranga- 2013

X f.

Orientador: Prof. Stanley Xavier

Relatório de Atividade Profissional (Graduação) – Faculdades Integradas Ipiranga

Belém - 2013

1.

CDD -

____________________________________________________

ELLANY PEIXOTO PINON FRIAES

Relatório de Atividade Profissional apresentado às

Faculdades Integradas Ipiranga como requisito

obrigatório para obtenção do grau no

Curso Superior de Tecnologia em Radiologia.

Data: 24/06/2013

Ellany Peixoto Pinon Friaes Nota:_______

Avaliador: ________________________________

Avaliador: ________________________________

Belém – 2013

Somos sempre, a continuidade de nossos antepassados: quer dos meus bisavós, dos avós e de meus pais; pois sem eles, certamente que não estaria aqui neste aconchego de mestres, professor e colegas; quero também dedicar este trabalho ao meu inesquecível e saudoso irmão Allan, que tanto acreditava em mim nesta caminhada do saber; estendo também, à minha querida filha Sarah Allana, que com seu olhar sereno e doce, me fez ver melhor as questões humanísticas, como também da importância do valor altruístico nesta minha nova caminhada, que creio ser uma das mais relevantes no campo da medicina. E são a todos esses meus amores, que sempre comigo estiveram, é que dedico de todo coração, este humilde Relatório de Atividade Profissional.

AGRADECIMENTO

Neste momento de agradecimento, meu pensamento mergulha numa

profunda reflexão sobre meu passado de aprendizagem, desde minha tenra infância.

E neste mergulho do passado, vejo primeiramente aquele momento

inesquecível de minha mãe me preparando para escolinha do jardim da infância, e

logo em seguida, sendo conduzida pelas mãos de meu pai, ao caminho do saber.

Não há como esquecer! E é a eles, que nunca me abandonaram na busca do

conhecimento humano, o meu eterno agradecimento; sem eles, jamais teria esta

alegria tão transbordante que hoje sinto.

Depois, me vejo a caminho dos cursos do fundamental, colegial, do meu

primeiro curso de Técnico de Radiologia; e agora, ao concluir o curso de Tecnólogo

em Radiologia Médica, vejo o quanto sou grata aos queridos professores, colegas

de jornadas estudantis, à minha doce irmã e cunhado que tanto me encorajavam

nos estudos, e sem esquecer, o mestre dos momentos difíceis dos questionários da

faculdade, o humanista e médico Dr. Octávio Lobo, que tão amável me foi neste

percurso da minha vida.

Por último, é a DEUS, que agradeço, pois que sem Ele, jamais teria este dia tão

maravilhoso e tão cheio de esperanças para com o meu futuro.

“Não é a prolixidade do ensino que dá a sabedoria humana, nem a

complexidade das palavras o discernimento da aprendizagem. A

sabedoria humana advém do altruísmo ético.”

Pinon Friaes

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 7

2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 14

2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 14

2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS ........................................................................... 14

3 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA .................................................................... 15

3.1 SETOR DE RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM ......................... 18

3.1.1 Equipamentos e acessórios ......................................................................... 23

3.1.2 Equipamentos de proteção individual – EPI´S ............................................. 23

4 RELÁTORIO DESCRITIVO ............................................................................... 27

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 31

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 32

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1 INTRODUÇÃO

Desde os tempos imemoriáveis da “saúde primitiva” que o ser humano busca

incansavelmente o elixir mágico da vida saudável.

Sem que esqueçamos a longa caminhada da luta pela sobrevivência das

espécies e da vida a “fagulha luminosa” só veio a brotar com a descoberta dos raios-

X. A incógnita “X” tão misteriosa, descoberta e descrita por Wilhelm Conrad

Roentgen em 1895, que anos mais tarde, daria à medicina, o vislumbre promissor do

lenitivo saudável.

Com o desenvolvimento das novas descobertas no campo da radiologia, a

medicina evoluiu com perspectivas de bons diagnósticos das diversas enfermidades,

dando aos enfermos, expectativa de restabelecimento com qualidade e muitas

curas. Milhões de vidas foram salvas com a introdução do uso dos raios-X no

cotidiano da humanidade e nos hospitais de campanha, em suas guerras.

Foi a partir de inúmeras inovações tecnológicas que a radiologia passou a

proporcionar à medicina, o avanço tão almejado na busca do “elixir mágico”. Porém,

mesmo com o progresso científico e tecnológico desta ciência radiológica, os

enfermos, na sua grande maioria, não acompanharam a evolução e o

desenvolvimento dos eventos que ela proporciona à medicina.

A partir do final da segunda grande guerra, com o vasto uso dos raios-X nos

hospitais de campanha, sai à radiologia consagrada na sua importância. No mesmo

período avançam as pesquisas na terapia do câncer e mais uma vez os raios-X

presentes com o advento das técnicas de radioterapia e terapia com megavoltagens.

Como legado dos sonares e radares da extinta guerra começam os primeiros

estudos para o desenvolvimento futuro dos aparelhos de ultrassonografia.

Recém-saídos da II grande guerra, e nos estertores da posterior guerra fria, os

computadores e a tecnologia digital promovem uma revolução mundial, ecoando até

os dias de hoje, e deflagram uma nova era tecnológica que afetaria definitivamente a

humanidade e a medicina.

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Observações cotidianas do exercício das técnicas radiológicas em nosso meio

amazônico com sua heterogeneidade étnica e cultural tem nos dado conta de que os

enfermos ao se submeterem a exames radiológicos complexos e introduzidos nas

máquinas grandiosas e modernas dos dias de hoje, de sobremaneira se assustam e

ficam ansiosos na execução e no decurso dos exames aos quais são submetidos.

Nas últimas décadas, a ciência tem contribuído de forma decisiva para o

aperfeiçoamento cientifico e tecnológico do diagnostico por imagens e das técnicas

de obtenção de imagens do corpo humano e de seus aspectos funcionais.

A partir desse momento, muitas transformações aconteceram principalmente

em relação à realização de estudo do corpo inteiro, passando a serem incorporadas

nos maiores centros de imagem do mundo.

Apesar de todo esse avanço, ainda hoje, nos deparamos com adversidades

inesperadas que exigem intervenções rápidas, eficazes e precisas das equipes de

trabalho.

E assim tem sido desde o começo, em que o espírito do grande Roentgen

estava voltado para o aperfeiçoamento duradouro da sua invenção. Curiosamente,

um mês após a sua descoberta, já obtinha sua primeira radiografia da história, isto,

há exatos 118 anos quando descobriu incidentalmente os raios-X em 08 de

novembro de 1895. Fato ocorrido quando realizava experiências com tubos de raios

catódicos no laboratório de física da Universidade de Wuzburg (Alemanha).

Estava nos experimentos cotidianos de pesquisa de descargas elétricas nos

tubos a vácuo, quando, repentinamente, notou que uma tela coberta por platino

cianeto de bário, próximo à ampola, começou a brilhar intensamente. Roentgen logo

percebeu que acabara de descobrir um novo fenômeno físico ou algum tipo de

radiação. Como era de origem ainda desconhecida (incógnita), passou então a

chamá-la de raios-X. (Figura 1)

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Figura 1: Wilhelm Conrad Roentgen, o descobridor dos raios-X. Fonte: http://odontobloggers.blogspot.com.br/2011/01/pesquisadores-que-contribuiram-para.html

Em 1901 ROENTGEN foi premiado com o primeiro Nobel de física, e

surpreendendo a todos, doou o dinheiro que recebera da premiação para a sua

universidade e, num gesto de grandiosidade, rejeitou a patente da sua descoberta.

“Um grande número de invenções verdadeiramente notáveis ocorreram no século

XIX, mas foi o descobrimento de Roentgen que fascinou o público de modo especial

- ele proporcionou um meio de: sem cortar, nem abrir, explorar o corpo humano”.

(GRAHAM FARMELO, s.d.)

Não mais haveria sossego, a radiologia disparou para a modernidade com o

uso dos raios–X digitais, mamografia, tomografias computadorizadas, técnicas de

Ressonância Magnética e PET. A transmissão de dados via NET e os sistemas de

computadores PACS revolucionaram o diagnóstico radiológico por imagens.

Um engenheiro eletrônico Inglês (Sir Godfrey N. Hounsfield) em 1970

desenvolve a tomografia computadorizada.

A modalidade obteve uma grande repercussão em toda a comunidade

cientifica principalmente pela capacidade de visualização de tecidos moles

(parênquima cerebral) (COSTA, 2009).

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Segundo Costa (2009) o primeiro tomógrafo foi projetado para estudo do

crânio, devido a grande necessidade na época de uma modalidade de imagem que

demonstrasse toda estrutura cerebral, em especial em tecidos moles. Nos raios- X

convencionais, obtem- se somente avaliação do crânio, sendo que a dimensão do

gantry somente comportava a estrutura da cabeça.

Figura 2: Sir Godfrey N. Hounsfield, inventor da tomografia computadorizada Fonte: http://www.radioinmama.com.br/historiadatomografia.html

A introdução dessa modalidade revolucionou o diagnóstico neurológico. Antes

de sua introdução, o diagnóstico de tumores cerebrais, avaliação de hematomas,

trauma crânio encefálico (TCE), do acidente vascular encefálico só podia ser feito de

forma clínica ou por intervenção cirúrgica. E mais uma vez a radiologia é agraciada

com outro premio Nobel (COSTA, 2009).

Em nosso meio, há mais de 60 anos, dentre outros pioneiros, foi à abnegação

e devoção de um verdadeiro humanista no coração da Amazônia, mais

precisamente, em Belém do Pará, na pessoa do médico Dr. Octávio Augusto Pereira

Lobo, que em 1950, montava o primeiro laboratório com aparelhos de raios-X, com

radioscopia e de seriógrafos (1956) como também a abreugrafia (1959-1960).

Consequentemente, hoje, após 60 anos desse trabalho apaixonante e

extraordinário em Belém do Pará, tenho honra de participar do quadro desta que se

tornou uma das pioneiras instituições radiológicas do Brasil, e que também, me

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orgulho de realizar o presente Relatório no seio dessa empresa, hoje denominada

de CLINICA LOBO.

Os tecnólogos e técnicos de radiologia da clínica efetuam os exames da área

de radiologia, atuando na produção de imagens do corpo, que possibilitarão aos

médicos radiologistas diagnosticar situações patológicas as mais diversas. As suas

principais funções consistem, assim, na programação, execução e avaliação de

todas as técnicas radiológicas utilizadas no diagnóstico, da prevenção e promoção

da saúde, recorrendo para esse efeito aos equipamentos tecnologicamente

avançados da empresa.

Suas funções compreendem desde a recepção, esclarecimentos e

orientações iniciais seguindo-se, da preparação e posicionamento do paciente para

a realização do exame, bem como a vigilância durante a execução. Além disso, se

planeja e escolhe o protocolo mais adequado à execução dos procedimentos

necessários para o esclarecimento da situação clínica, segundo a solicitação medica

e orientação do médico radiologista. Por vezes, se elabora um relatório preliminar

descritivo daquilo que foi realizado com todas as s suas intercorrências no sentido

de permitir uma correta avaliação por parte do médico radiologista na elaboração de

um bom diagnóstico.

Pelo fato de trabalharmos com radiações ionizantes, é obrigatório manter um

nível máximo de segurança na sua utilização com vista a assegurar sua própria

proteção, do paciente e de toda a equipe envolvida no procedimento.

As técnicas que tradicionalmente utilizamos incluem a radiologia convencional

digital, tomografia computadorizada, mamografia e ressonância magnética.

No âmbito da tomografia computadorizada tem aumentado nos últimos anos o

uso das angiotomografias, que tem permitido o estudo dos vasos arteriais e venosos

de maneira não invasiva.

A grande colaboração do tecnólogo é estar apto a operar com excelente nível

de responsabilidade técnica para obter imagens diagnósticas as mais

esclarecedoras possíveis. Além dos conhecimentos técnicos e científicos, os

profissionais devem ter a capacidade de trabalhar em equipe de uma maneira eficaz,

uma vez que trabalham em estreita colaboração com outros profissionais: colaboram

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diariamente com médicos radiologistas (bem como de outras especialidades, como

anestesiologistas, cardiologistas, neurologistas, gastroenterologistas, etc.). A

capacidade de comunicação é determinante ao sucesso de todo o processo,

sobretudo, entre o médico que prescreve o exame, o médico radiologista e o

tecnólogo & técnico de radiologia que executa o exame.

Por outro lado, é necessária avaliação criteriosa do paciente e suas reais

condições para colaborar com o exame/procedimento tendo sempre presente à

necessidade de estabilizar a ansiedade, esclarecendo-o da melhor maneira possível

dos objetivos do exame. Neste sentido, a segurança, seriedade dos propósitos

aliados ao calor humano natural serão determinantes para criar empatia e um clima

de confiança mútua, facilitador de uma realização bem sucedida do exame.

Platão, discípulo de Sócrates, já dizia que para uma alma sã, se faz

necessário um corpo e uma mente sã. Quando aqui falamos deste corpo são,

estamos nos direcionando à imperiosa humanização do relacionamento com o

paciente nos dias de hoje. Não somente no tratamento das enfermidades ou da

assistência hospitalar, mas para com suas aflições e dúvidas, principalmente,

quando se busca um lenitivo ao sofrimento; também é imperiosa, a necessidade de

atendimento focado no paciente, mas acima de tudo, com um olhar humanístico.

É dever, de todos os profissionais da saúde, contribuírem em todas as

escalas do atendimento hospitalar, com uma assistência genuinamente humanística

aos enfermos. Daí, a importância de esclarecimentos antecipados ao paciente sobre

a necessidade de preparos aos exames radiológicos ou, em qualquer fase da

execução do procedimento.

Desta forma, há necessidade de conscientizar o enfermo sobre a

complexidade e segurança do equipamento e da equipe, como também da sua

importância para com o diagnóstico médico, e eficácia do tratamento. A realização

de procedimentos e exames é mais bem sucedida quando o paciente está bem

informado. É foco e padrão da empresa (CLINICA LOBO) o trabalho integrado com

protocolos para a boa execução técnica dos exames, porém, atrelados à

conscientização e humanismo dos exames em todas as fases do atendimento,

sendo esse um grande diferencial da empresa.

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É de se considerar o ensinamento de que: “a mente domina o corpo, mas

também o corpo pode dominar a mente”.

Igualmente, vale salientar o adágio de que: “todos os profissionais da saúde

são humanos, mas nem todos podem ter a honra de ser denominado humanizado”.

Isto se justifica pelo rápido aceleramento dos avanços tecnológicos no campo da

medicina; a singularidade do paciente – angústia, emoções, medo – ficou relegado a

um segundo plano; a doença passou a ser considerado objeto medicamentoso.

Talvez esse processo, atingiu em cheio muitos dos profissionais da saúde, no que

tange a falta de interação antecipada com o paciente, quanto à busca de

esclarecimento mais abrangente.

Precisamos ser enfáticos sobre o termo “humanização”, não há como separar

humanização de ética, ambas interage no procedimento da conduta humana.

Qualquer que seja a atividade do profissional da saúde, as qualidades técnicas e

humanas devem coexistir.

O presente Relatório de Atividades Profissionais vai ao encontro dos

princípios morais e éticos, citado pela psicóloga, Maria Martins em Humanização das

Relações Assistenciais: “Na saúde, a preocupação com a qualidade faz com que em

cada especialidade, se busque desenvolver a capacidade técnica, que faz parte do

que chamamos de conhecimento e habilidade relativa à área técnica para a

capacitação interacional de qualquer especialidade, torna-se necessário a

instrumentalização para reconhecer e lidar com os aspectos emocionais da tarefa

assistencial, isto é, o desenvolvimento de atitude.”.

Seguindo essa trilha de ensinamentos, observamos que muitos dos

problemas dos pacientes podem ser resolvidos ou atenuados quando se sentem

compreendidos e respeitados pelos profissionais, a falta de acolhimento e de

moderação aos aspectos emocionais, pode conduzir a um mau exame radiológico.

É de fundamental importância que os profissionais que atuam no campo da

saúde incorporem os ensinamentos e o continuo aprimoramento da tarefa

assistencial para que desenvolvam aptidões objetivando melhor conhecer a

realidade do paciente, ouvir seus lamentos, queixas e buscar junto com ele, meios

que facilitem o sucesso e a qualidade máxima do atendimento.

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Os bons ensinamentos recebidos dos mestres me conduzem a uma profunda

reflexão sobre as colocações dos princípios Éticos e Humanos, dados durante os

estágios de aprimoramento que sempre abordou a “humanizar no atendimento”,

tornando-se um dos fatores essenciais ao restabelecimento da saúde,

principalmente se cuidar do paciente com afeto e não em relação a sua

enfermidade.

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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Descrever a rotina do atendimento humanizado por um tecnólogo em radiologia

no setor de tomografia computadorizada

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Conceituar e descrever a metodologia de humanização na área da saúde;

-Descrever o processo de atendimento humanizado por um tecnólogo em radiologia;

-Estabelecer através da humanização um grau de confiabilidade e segurança;

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3. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

A Clínica Lobo, em Belém do Pará, é considerada a pioneira na atividade

radiológica, como também, em métodos de diagnóstico por imagem e sendo uma

das mais antigas em operação em todo o país, e em crescente desenvolvimento e

funcionamento desde 1950. A radiologia como método de diagnóstico no Brasil e

especificamente na Amazônia começou nas décadas de 40 e 50.

A Clinica Lobo está situada na Avenida Generalíssimo Deodoro n° 1208 no

bairro do Umarizal. Essa empresa tem sido praticamente um marco de

desenvolvimento da especialidade e pioneira em diversos campos de atuação, não

só na região Norte, mas, também em todo Brasil (Figura 2).

FIGURA 3: Fachada da Clinica Lobo (Ellany Friaes, 2013)

A presente instituição foi o embrião das atividades médicas especializadas do

setor, assim como, o berço de aprendizagem dos primeiros técnicos de raios-X, na

cidade de Belém e em toda região amazônica desde 1950, já que as primeiras

escolas de técnicos, só surgiram nos meados dos anos 80, e dos tecnólogos, em

período recente sendo que a Clinica Lobo, tem se mantido como referência de apoio

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de estágios, treinamentos supervisionados nas áreas de técnicos e tecnólogos e

pioneira na residência médica em radiologia.

A Clínica Lobo foi pioneira no uso de aparelhos de raios X, como também de

radioscopia e seriografia (1956), abreugrafia (1959-1960), posteriormente, com

mesa telecomandada (1978) sob-radioscopia em circuito fechado de TV. Foi à

primeira clinica privada no Brasil a instalar um sistema de revelação automática de

filmes em substituição a revelação manual (1965). Mamografia (1980),

ultrassonografia digital (1980), cineangiocoronariográfia (1979), procedimentos

angiográficos e intervencionistas (1980), instalou a primeira máquina, introduziu e

difundiu o uso das técnicas de tomografia computadorizada (1980) e ressonância

magnética no Pará e em toda a região norte do país (1995) muito antes de todos os

investimentos similares na área pública de saúde.

As técnicas de Radiologia digital e redes PACS vêm sendo utilizadas na

clinica desde (1990). Seu parque de equipamentos de diagnóstico vem

acompanhando a evolução tecnológica e sendo substituídos a cada 05 anos em

média.

Hoje, trata-se de uma empresa com aproximadamente 120 funcionários nas

diversas áreas, desde escriturários, atendentes, profissionais de enfermagem,

técnicos e tecnólogos de raios-X e um corpo clinico médico com mais de 30

profissionais.

Fundada há mais de 60 anos, com finalidade de ser o consultório médico de

radiologia e radiodiagnóstico do saudoso Dr. Octávio Augusto Pereira Lobo, falecido

em 1993. O consultório permaneceu até 1983 quando passou a ser constituída uma

sociedade civil, em razão do seu crescimento e a necessidade do aumento do

espaço físico, para melhor atendimento e evolução administrativa, atualizando e

melhorando seu desempenho físico, contábil e planejamento em geral.

Essa empresa já passou ao longo dos anos por processos de consultorias de

qualidade e acreditação e processos de reengenharia e planejamento de fluxo

produtivo de trabalho.

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Possui um programa continuo de adequação as normas de conduta e

trabalho na área de responsabilidade ambiental, já bastante evoluídas e

aprimoradas.

Seu capital social está hoje, dividido entre o espólio familiar do saudoso Dr.

Octávio Augusto Pereira Lobo e os seus três filhos médicos radiologistas Arnaldo,

Octávio e Arthur Lobo, responsáveis clínicos e elementos ativos no conselho

administrativo e planejamento estratégico da referida empresa. Hoje essa equipe já

planeja o processo de evolução sucessória.

A missão dessa empresa de caráter familiar tem sido ao longo desses anos o

ramo de diagnostico médico com foco principal na radiologia clinica e

radiodiagnóstico por imagem, porém, nos últimos anos houve expansão e o

desenvolvimento para o diagnostico nas demais atividades clinicas e laboratoriais

assim como investimentos em áreas de terapias de curta permanência ou

minimamente invasivas.

Possui reconhecida participação no Colégio Brasileiro de Radiologia e

Diagnóstico por Imagem (CBR) tendo sido o berço da formação da Sociedade

Paraense de Radiologia (SPar) e de toda a radiologia regional amazônica. Mantém

seu centro de estudos com atividades acadêmicas em constante intercâmbio com

outras instituições científicas regionais, nacionais, assim como correlatas norte

americanas e europeias como o CBR, SPR, RSNA e EURORAD.

A empresa mantêm atividades de ensino e pesquisa, e foi pioneira em

treinamento técnico e médico no setor. Hoje em convênio com o hospital Ophir

Loyola e Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência participa junto com a

Comissão de Ensino e pesquisa do HOL da residência médica em Radiologia e

diagnóstico por imagem reconhecida pelo MEC, e estágios supervisionados para

tecnólogos e técnicos de raios-X, além de ter frequentemente atividades em

pesquisa complementar conveniada a instituições universitárias.

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3.1 SETOR DE RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

De acordo com a portaria 453/98, a clinica Lobo obedece a todos os

parâmetros estabelecidos pela Portaria SVS/MS n° 453, de 1 de junho de 1998.

A clínica lobo oferece três salas de raios-X, devidamente equipadas e

instaladas conforme a portaria 453/98 (Figuras 4 e 5).

Além das salas de raios-X, existem salas de processamento de imagens

radiográficas (Figura 6), salas de ressonância magnética (Figuras 7 e 8), Sala de

equipamentos utilizados na Ressonância Magnética (Figura 9), Sala de Mamografia

Digital (Figura 10), Sala de Densitometria Óssea (Figura 11) e Sala de

Ultrassonografia (Figura 12).

FIGURA 4: Sala de raios- X (Ellany Friaes, 2013)

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FIGURA 5: Sala de raios -X CR (Ellany Friaes, 2013)

FIGURA 6: Sala de Processamento de Imagens Radiográficas (Ellany Friaes, 2013)

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FIGURA 7: Ressonância Magnética (Ellany Friaes, 2013)

FIGURA 8: Sala de Ressonância Magnética (Ellany Friaes, 2013)

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FIGURA 9: Sala de Equipamentos (Bobinas) utilizada na Ressonância Magnética (Ellany Friaes,

2013)

FIGURA 10: Sala de Mamografia Digital (Ellany Friaes, 2013)

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FIGURA 11: Sala de Densitometrial (Ellany Friaes, 2013)

FIGURA 12: Sala de Ultrassonografia (Ellany Friaes, 2013)

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3.1.1 Equipamentos e acessórios

Faremos algumas considerações técnicas dos equipamentos utilizados no

qual trabalhamos, considerações sobre as instalações e normas técnicas de

radioproteção.

3.1.2 Equipamento de Proteção individual EPIs

Os EPIs são de vários tipos e modelos, dependendo da finalidade a que se

destinam tais como aventais, saias, coletes, protetores de tireoide, óculos, luvas,

protetores gonadais, etc.

As vestimentas de proteção contra raios-X servem para:

a) Manter a exposição abaixo permissível em locais onde a radiação dispersa

ultrapassa o limite tolerado para serviços sem vestes de proteção:

b) Diminuição da radiação secundaria incidente sobre a pessoa

profissionalmente exposta, ainda que não sejam ultrapassados os limites da

exposição máxima permissível:

c) Proteção adicional para órgãos especialmente sensíveis das pessoas

profissionalmente expostas;

d) Proteção adicional do paciente contra radiação secundaria nas partes do

organismo, fora da área do feixe útil.

Dentre os tipos de equipamentos de Proteção individual para os Serviços

de Radiodiagnóstico, podemos citar: Aventais de proteção tipo leve, sobretudo de

proteção tipo leve, aventais de proteção pesados, saias de proteção, aventais

pequenos, protetores abdominais para pacientes, luvas de proteção tipo leve,

luvas de proteção tipo pesadas, mangas, proteção para membros inferiores,

protetores gonadais para pacientes masculinos, anteparos móveis de proteção,

óculos pumbliferos e protetores de tireoide.

Algumas Imagens dos EPIs mais utilizados.

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Avental de chumbo

A utilização dos Aventais de Chumbo (Figura 13) objetivo impedir a

penetração na região do tórax, abdômen de raios- X ionizantes. Muito utilizados

cuja área onde irá fazer o exame não seja essas regiões, e que não precisem ser

expostos à radiação.

FIGURA 13: Avental de Chumbo (Ellany Friaes, 2013)

Protetor de Tireoide

Proteção da tireoide (Figura14) para Tecnólogos/ Técnicos e acompanhantes,

utilizados quando a região da tireoide não tenha importância no diagnóstico do

paciente.

FIGURA 14: Protetor de tireoide

Fonte: http://www.aureamedic.com.br/protetor-de-tireoide.html

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Óculos plumbíferos

A utilização dos óculos plumbiferos (Figura 15), tem a função de impedir a

penetração nos olhos de raios-X ionizantes. Muito utilizados quando os operadores

de raios-X e/ou acompanhantes necessitem estar próximos ao paciente.

FIGURA 15: Óculos Plumbifero (Ellany Friaes, 2013)

Protetores gonadais.

É uma proteção plana de contato (equivalente a 1 mm de chumbo) (Figura

16).

FIGURA 16: Protetores gonadais

Fonte: http://www.aureamedic.com.br/protetor-de-tireoide.html

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Dosímetro Termoiluminescente

Utilizado pelo Tecnólogo e Técnico em radiologia para medir radiação durante

a jornada de trabalho (Figura 17).

FIGURA 17: Dosímetro termoiluminescente (Ellany Friaes, 2013)

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4 RELATÓRIO DESCRITIVO

Os pacientes ao chegarem a clinica e dirigir-se a recepção (Figura 18) serão

recepcionados por atendentes que farão o cadastro de primeira vez ou a

confirmação e atualização de dados cadastrais preenchendo um prontuário

eletrônico com os dados pessoais e clínicos do paciente, a solicitação médica será

escaneada e enviada para a sala de exame, onde o tecnólogo ou técnico já poderá

visualiza-la, planejar e escolher o protocolo mais adequado.

FIGURA 18: Recepção (Ellany Friaes, 2013)

Após o cadastro e a devida preparação da sala de exame, o paciente será

convocado para se preparar com as vestimentas adequadas, o tecnólogo ou técnico

preencherá uma cuidadosa anamnese do paciente, pois é importante colher o

máximo possível de informações, já que, nem sempre, estará o médico radiologista

disponível para o contato direto inicial com o paciente, Neste questionário há

questões importantes, a saber, do tipo: Qual o motivo do seu exame? Qual é a sua

queixa principal? O que sente? Em que região do corpo? Há quanto tempo? Você já

foi operado? Sofreu acidentes? Já fez exame similar ou fez uso de contrastes ou

medicações?Passou mal ou teve reações adversas ou incômodas? Em seguida

será explicado ao paciente os detalhes da realização do exame e qual a importância

da sua colaboração durante o mesmo.

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Seria recomendável e de boa prática que os esclarecimentos da importância

do exame já iniciassem com os médicos solicitantes eleitos por seus próprios

pacientes e nos quais depositam sua saúde, confidências e a total confiança.

A empresa já na fase de recepção e cadastramento assim como na espera

para realização de procedimentos ou entrega de exame apresenta um clima ameno

com iluminação e climatização rigorosamente controladas, possui, decoração com

elementos cromáticos variáveis com pinturas e esculturas, diferenciados com sofás,

mesas particulares de três lugares, poltronas e cadeiras individuais de tal forma que

cada paciente, grupo familiar etc. Encontre seu próprio espaço, e com o qual se

identifiquem visando a humanização do atendimento para que o ambiente se

descaracterize da tensa expressão hospitalar clássica.

Como pano de fundo musical, se observa com frequência um piano ao vivo e

por vezes outras formas de musicalização para a descontração dos clientes. Desta

forma inúmeros ensaios têm sido realizados sempre trabalhando no sentido de

minimizar as angústias e tornar a experiência na clinica a mais favorável e agradável

possível, quebrando todos os paradigmas do atendimento hospitalar.

Especificamente minhas atividades profissionais tem sido a realização e

participação efetiva no departamento de tomografia computadorizada da clinica que

possui duas unidades de tomografia computadorizada de múltiplos cortes e canais

detectores. Nesse departamento são realizadas todas as modalidades de exames

tomográficos computadorizados com e sem o uso de meios de contrastes iodados

orais e endovenosos.

Para a preparação do paciente existem vestiários com privacidade (Figura 18)

e conforto aos pacientes, assim como instalações para preparo do paciente,

cateterismo venoso e canulização para posterior uso e infusão de meios de

contraste que poderão ser administrado em seringas manuais ou bombas injetoras

automáticas de alto desempenho e sincronizadas com o traçado eletrocardiográfico

do paciente. Neste ambiente existe um leito de terapia intensiva especifico para

recuperação, controle de complicações ou adversidades onde encontramos carro de

parada, cardioversor, material de entubação oro traqueal e respiradores artificiais.

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FIGURA 19: Sala de Recuperação (Ellany Friaes, 2013)

A tomografia (Figura 20) ao longo do tempo vem se tornando um dos

exames radiológicos de imagem da maior importância na detecção e documentação

precoce de diversas enfermidades da nosologia médica.

Os meios de contraste utilizados nas Tomografias Computadorizada (TC) são

essenciais ao diagnóstico e realização de muitos exames quando corretamente

prescritos e indicados pelo médico radiologista, que deverá avaliar eventuais

contraindicações ou possibilidade de complicações do tipo anafilaxia & alergia ou

outros comemorativos somente obtidos na conversa e informações de sua vida

pessoal e de experiências anteriores, cabendo a todos os membros da equipe estar

atentos para alertar o médico radiologista assistentes de qualquer possibilidade de

acidente.

Caberá ao tecnólogo a formatação das técnicas e protocolos técnicos para o

exame de comum acordo com o médico radiologista, visando atender as

expectativas do médico solicitante para o esclarecimento dos problemas de saúde e

a correta aplicação de uma metodologia de investigação e posterior documentação

de imagens e envio de todos os dados e imagens do paciente para a rede PACS

para a facilitação do laudo pelo médico radiologista através de películas em poliéster

ou folhas impressas coloridas do tipo A3, mais frequentemente, ou a qualquer outro

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tipo de mídia e nas estações de trabalho (“Workstations”) acessíveis remotamente

de qualquer lugar na instituição ou mesmo a longa distância através da NET.

FIGURA 20: Sala de Tomografia Computadorizada (Ellany Friaes, 2013)

31

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.

O presente relatório de atividade profissional diz respeito às observações, das

minhas atividades profissionais e labuta diária nos últimos 24 meses no

departamento de tomografia computadorizada da qual faço parte do quadro de

profissionais.

A proposta de meu relatório é demonstrar de maneira ordenada toda a

sequência de atividades referentes ao trabalho no departamento de tomografia

computadorizada, desde as características das rotinas de atendimento (com suas

nuances, visando à humanização e excelência no atendimento) e posterior

anamnese primaria e seus protocolos tanto para a aplicação de meios de contraste

como para obtenção de informações clinicas básicas a formatação do protocolo

técnico para realização das tomografias.

Ao envolver-me com a instituição percebi claramente que algo de novo estava

no ar, e que, ultrapassava o atendimento clássico como a realização usual, pura e

simples do exame em si, e, que haveria algo mais além da realização técnica do

exame com uma clara diferenciação e preocupação com outras grandezas de

atendimento, conforto, segurança e firme preocupação com a humanização do

atendimento e boa empatia na relação com a equipe assistencial.

Os avanços das inter-relações envolvendo os diversos segmentos da saúde,

bem como as características e necessidade de organizações modernas e saudáveis

na humanização e prestação de serviços na área da saúde vem impondo a

necessidade de novos cenários no tratamento e manejo na prestação de serviços

médicos.

Atualmente, a maioria dos hospitais preocupa-se apenas com o atendimento

de suas demandas de serviços, e com a velocidade do atendimento. Há

necessidade de mudanças e de agregar valores adicionais. O investimento

concomitante em outras áreas do conhecimento do individuo como um todo psico-

orgânico, só tem vindo acrescentar melhorias aos resultados finais de excelência da

saúde com competência médico-profissional, segura e francamente com genuína

humanidade.

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REFERÊNCIAS

Castro, Manuel Cabada. – Afetividade e Humanização. São Paulo.2009

Chopra, Deepak. A Cura Quântica: O Poder da Mente e da Consciência na Busca da

Saúde Integral. Ed. Best Seller. 2003

Martins. Maria C. - Humanização das Relações Assistenciais. S. Paulo.

Costa Denis Honorato- Radiologia. São Paulo, 2009. Ed. Martinaria

http://radiologiaemprimeiramao.blogspot.com.br/2013/01/introducao-radiologia.html,

acesso em 24/02/2013

http://radioemergencial.blogspot.com.br/2007/09/introduo-radiologia-fundamentos-

de.html, acesso em 25/03/2013

http://www.saude.mg.gov.br/atos_normativos/legislacao-sanitaria/estabelecimentos-

de-saude/radiodiagnostico/Portaria_453.pdf, acesso em 25/03/2013

http://protecaoradiologia.blogspot.com.br/2010/12/equipamentos-de-protecao-

individuais.htmlTrabalho de Proteção e Higiene, TRM5,Instituto Cimas,

Componentes: Israel e Fabiano, tema: Proteção Radiológica na Radiologia.

http://odontobloggers.blogspot.com.br/2011/01/pesquisadores-que-contribuiram-

para.html, acesso em 05/04/2013

http://www.radioinmama.com.br/historiadatomografia.html, acesso em 18/06/2013