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Relatório de AtividadesNUPEMEC 2012
TRIBUNAL DE JUSTIÇADO DISTRITO FEDERAL
E DOS TERRITÓRIOS
GSVPGabinete da Segunda
Vice-Presidência
NUPEMECNúcleo Permanente de
Mediação e Conciliação
NUPEMEC
Relatório Anual de Atividades 2012
PODER JUDICIÁRIO DA UNIÃOTRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
Brasília, abril de 2013.
COMPOSIÇÃO ADMINISTRATIVA
ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR
Desembargador João de Assis Mariosi Presidente
Desembargador Sérgio Bittencourt 1º Vice-Presidente
Desembargador Lecir Manoel da Luz 2º Vice-Presidente
Desembargador Dácio Vieira Corregedor
Lídia Maria Borges de Moura Secretária-Geral
Kleiler Luiz Alves De Faria Secretário-Geral da Corregedoria
2ª VICE-PRESIDÊNCIA
Tatiana Pires Villas Boas de Carvalho Chefe de Gabinete da 2ª Vice-Presidência
Maria Elisa Jordão Assessora da 2ª Vice-Presidência
Pacífico Marcos Nunes Assessor da 2ª Vice-Presidência
Carlos Cesar Ricken Vanderlinde Assessor da 2ª Vice-Presidência
NUPEMEC
Juiz de Direito Substituto Atalá Correia Juiz Coordenador do Núcleo Permanente
de Mediação e Conciliação
Marcelo Girade Corrêa Coordenador do Núcleo Permanente e Mediação e Conciliação
CEJUSC‐BSB
Juiz de Direito Substituto Atalá Correia Juiz Coordenador do Centro Judiciário
de Solução de Conflitos e Cidadania de Brasília
Marinurze Marra Batista Ribeiro Supervisora do Centro Judiciário de Solução
de Conflitos e Cidadania de Brasília
CEJUSC-JEC/BSB
Juiz de Direito Substituto Ricardo Faustini Baglioli Juiz Coordenador do Centro Judiciário
de Solução de Conflitos e Cidadania dos
Juizados Especiais Cíveis de Brasília
Andrezza Gaglionone Passani Supervisora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos
e Cidadania dos Juizados Especiais Cíveis de Brasília
CEJUSC-TAG
Juiz de Direito Substituto Atalá Correia Juiz Coordenador do Centro Judiciário de Solução
de Conflitos e Cidadania de Taguatinga
Leila Duarte Lima Supervisora do Centro Judiciário de Solução
de Conflitos e Cidadania de Taguatinga
ESTRUTURA ORgANIzACIONAl
2ª Vice-Presidência
CEJUSC-PJC
CEJUSC-CJI
CEJUSC-MSVDF
CEJUSC-PJR
ASVP GSVP CACSDNUPEMEC NUPECOM
CEJUSC-JEC/BSB
CEJUSC-BSB
CEJUSC-TAG
SVP Segunda Vice-Presidência.
GSVP Gabinete da Segunda Vice-Presidência.
ASVP Assessoria da Segunda Vice-Presidência
NUPEMEC Núcleo Permanente de Mediação e Conciliação.
CEJUSC-BSB Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania de Brasília.
CEJUSC-TAG Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania de Taguatinga.
CEJUSC-JEC/BSB Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania dos Juizados Especiais Cíveis de Brasília.
NUPECON Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos.
CEJUSC-PJC Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania do Programa Justiça Comunitária.
CEJUSC-CJI Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania da Central Judicial do Idoso.
CEJUSC-MSVDF Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar.
CEJUSC-PJR Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania do Programa Justiça Restaurativa.
CACSD Comissão Permanente de Apoio ao Concurso para Servidores e para Delegação de Serviços de Notas e Registros.
lISTA DE SIglAS
CEJUSC-BSB Centro de Solução de Conflitos e Cidadania de Brasília
CEJUSC-JEC/BSB Centro de Solução de Conflitos e Cidadania dos Juizados Cíveis de Brasília
CEJUSC-TAG Centro de Solução de Conflitos e Cidadania de Taguatinga
CNJ Conselho Nacional de Justiça
GTRAD Grupo de Trabalho de Resolução Alternativa de Disputas da Universidade de Brasília
NUAT Núcleo de Atendimento de Trânsito
NUPEMEC Núcleo Permanente de Mediação e Conciliação
PSU Pesquisa de Satisfação dos Usuários
SGQSU Sistema de Gestão de Qualidade e Satisfação do Usuário
SIREC Sistema de Resolução de Conflitos
SISCON Sistema de Controle de Conciliação
SISTJ Sistema de 1ª Instância
SUMáRIO
APRESENTAção 11
CoNCILIAção E MEDIAção No TJDFT – BREVE HISTóRICo 13
A ESTRUTURA ADMINISTRATIVA Do NUPEMEC E DoS CEJUSCS 21
PRINCIPAIS DESTAQUES DE 2012 25
NUPEMEC – NúCLEo PERMANENTE DE MEDIAção E CoNCILIAção 27
CEJUSC-BSB – CENTRo JUDICIáRIo DE SoLUção DE CoNFLIToS E CIDADANIA DE BRASíLIA 41
CEJUSC‐JEC/BSB – CENTRo JUDICIáRIo DE SoLUção DE CoNFLIToS
E CIDADANIA DoS JUIzADoS ESPECIAIS CíVEIS DE BRASíLIA 57
CEJUSC-TAG – CENTRo JUDICIáRIo DE SoLUção DE CoNFLIToS E CIDADANIA DE TAGUATINGA 65
CoNCILIAção NoS JUIzADoS ESPECIAIS CíVEIS 71
oBJETIVoS ESTRATéGICoS PARA 2013 77
ANExoS 79
11
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
APRESENTAÇÃO
o presente relatório permite, além de uma pres-
tação de contas anual, a possibilidade de compre-
ensão do percurso da mediação e da conciliação no
TJDFT, tanto antes como depois da publicação da
Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça –
CNJ, em novembro de 2010.
Levando em consideração o fato de ser uma ativi-
dade institucional recente, entendemos que seria de
fundamental importância apresentar as atividades de
mediação e conciliação a partir da criação das uni-
dades previstas na Resolução 125 do CNJ. Assim,
em sua primeira parte, o relatório apresenta algumas
considerações sobre as estruturas criadas, seu fun-
cionamento e estágio de desenvolvimento das mes-
mas. Em seguida, pode-se conhecer o percurso, em
linhas gerais, da conciliação e da mediação Cível e de
Família no âmbito do Tribunal.
Foram apresentados os principais destaques desde
o início de 2012 até a presente data. Na sequência,
procurou-se reportar as atividades fundamentais do
NUPEMEC e seus CENTRoS bem como as estatísticas
e resultados das pesquisas de avaliação da qualidade.
os anexos contém rico material sobre o detalhamento
das práticas e estatísticas mais aprofundadas para os
que desejam conhecer mais a fundo tais informações.
os resultados apresentados no presente relatório
sinalizam que o trabalho realizado pela Segunda Vice-
-Presidência, por meio do NUPEMEC e seus CEJUSCs
está na direção certa. Não sem motivo, o TJDFT foi
agraciado com o Prêmio Conciliar é Legal de 2012 pelo
conjunto da obra realizada, fruto do trabalho de todos
aqueles que acreditam e se esforçam para consolidar
em nossa sociedade uma verdadeira cultura de paz.
13
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
CONCIlIAÇÃO E MEDIAÇÃO NO TJDFT Breve Histórico
A CONCILIAÇÃO
A conciliação está prevista no Código de Processo
Civil de 1973 nos seguintes dispositivos:
“Art. 278. [...] § 1º Na audiência, antes de iniciada a instrução, o juiz tentará conciliar as partes, observan-do-se o disposto no art. 448.
Art. 447. Quando o litígio versar sobre direitos patrimo-niais de caráter privado, o juiz, de ofício, determinará o comparecimento das partes ao início da audiência de instrução e julgamento.
Parágrafo único. Em causas relativas à família, terá lu-gar igualmente a conciliação, nos casos e para os fins em que a lei consente a transação.
Art. 448. Antes de iniciar a instrução, o juiz tentará conciliar as partes. Chegando a acordo, o juiz mandará tomá-lo por termo.
Art. 449. O termo de conciliação, assinado pelas partes e homologado pelo juiz, terá valor de sentença.
Art. 584. São títulos executivos judiciais: [...] III – a sen-tença homologatória de transação, de conciliação, ou de laudo arbitral”.
A partir de década de 1990, diversas leis foram
publicadas no sentido de ampliar as possibilidades
de conciliação. A primeira delas, a Lei 8.952/94, in-
cluiu como dever do juiz a tentativa de conciliação não
apenas antes da instrução, mas a qualquer tempo (art.
125, inciso IV). Ainda, no art. 331 (alterado pela Lei
10.444/02), instituiu a conciliação como uma fase
do processo civil em procedimento ordinário anterior
à audiência de instrução e julgamento, ampliando as
possibilidades para “direitos que admitam transação”.
No mesmo ano, a Lei 8.953/94 modificou o art.
584, incluindo como título executivo judicial o acordo
homologado judicialmente, mesmo nos casos em que
inexiste discussão da matéria em juízo, o que foi rati-
ficado posteriormente pela Lei 10.358/01 e revogado
pela lei 11.232/05, que transpôs o dispositivo para o
art. 475-N, inciso III.
No entanto, foi a Lei 9.099/95, que instituiu os Jui-
zados Especiais, que deu maior visibilidade para a con-
ciliação. A referida norma foi instituída com o propósito
de ampliar o acesso à justiça, facilitando o tratamento
judicial das causas cíveis de menor complexidade e das
causas criminais de menor potencial ofensivo. Dessa
forma, estabeleceu em seu art. 2º e 62 que o processo
seria orientado pelos princípios da oralidade, simplici-
dade, informalidade, economia processual e celeridade,
tendo a conciliação seu principal instrumento de reso-
lução de lide. Viabilizada em audiência preliminar, cujo
comparecimento pessoal é obrigatório tanto da parte
demandante quanto da parte demandada, sob pena
de desídia e revelia, respectivamente, a conciliação foi
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
14
possibilitada inclusive para as causas criminais, quando
referente a ações penais privadas ou públicas condicio-
nadas à representação, com o intuito de reparação dos
danos sofridos pela vítima. os Juizados Especiais, por-
tanto, diferenciam-se dos tribunais comuns não apenas
pelos tipos de causas que tratam, mas, sobretudo, pela
forma como tratam as causas: por meio da conciliação.
outra inovação foi a institucionalização da figura do
conciliador como auxiliar da Justiça, recrutado, prefe-
rentemente, entre os bacharéis em Direito, excluídos
os que exerçam funções na administração da Justiça
Criminal, nas causas criminais. Entre suas atribuições,
previu-se a condução de audiência preliminar, cível ou
criminal, sob orientação de juiz, bem como a proposi-
ção de possíveis soluções para os conflitos, como o
pagamento do débito a prazo ou a prestação, a da-
ção em pagamento ou a imediata adjudicação do bem
penhorado, entre outras medidas cabíveis, nos casos
de audiência de ação de execução de título executivo
extrajudicial (art. 53. §2º).
A Lei nº 9.245/95 instituiu a conciliação como fase
anterior à audiência de instrução e julgamento também
no procedimento sumário, na qual incluiu o conciliador
como auxiliar do magistrado.
No Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Terri-
tórios (TJDFT), a Resolução n. 01, de 31 de janeiro de
1996 instituiu as regras para implantação, composição
e funcionamento dos Juizados Especiais Cíveis e Crimi-
nais e criou as dez primeiras varas. A Resolução n. 03,
de 29 de fevereiro do mesmo ano, instituiu regras para
implantação, composição e funcionamento da Turma
Recursal.
Entre os normativos mais relevantes, impende citar
os seguintes:
» Resolução 03/99, que criou o Juizado Especial
Cível Itinerante do Distrito Federal, em que ocorrem
atualmente as conciliações pré-processuais;
» Resolução 16/99, que instituiu o Juizado Especial
Cível Volante, cuja denominação foi alterada para Juizado
Especial de Trânsito, pela Portaria Conjunta n. 27/01;
» Resolução 08/01, que dispõe sobre a função do
conciliador;
» Resolução 09/01, que dispõe sobre a função do
juiz leigo;
» Portaria Conjunta 14/03, que inaugura o sis-
tema de mutirão de conciliações, com processos da
Varas Cíveis da Circunscrição Especial Judiciária de
Brasília;
» Portaria Conjunta 18/05, que Cria Núcleo de
Conciliação das Varas Cíveis, vinculado à Corregedoria,
e composto inicialmente por um quadro permanente de
200 conciliadores;
» Portaria Conjunta 35/07, que cria o Posto Avan-
çado do Juizado Especial do Aeroporto Internacional de
Brasília Juscelino Kubitschek;
» Portaria Conjunta 49/07, que institui o Proces-
so Eletrônico no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios;
» Portaria Conjunta 10/08, que altera a estrutura
da Corregedoria e cria, vinculada à Subsecretaria de
15
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
Apoio aos Juizados Especiais – SUAJE, o Serviço de
Apoio e Gerenciamento de Conciliadores – SEAGEC
» Portaria Conjunta 23/09, que altera a estru-
tura da Corregedoria e cria a Central de Conciliação
dos Juizados Especiais Cíveis de Brasília (CCoJE),
vinculada à Coordenadoria dos Juizados Especiais e
das Turmas Recursais – CoJEST. Suas atividades são
regulamentadas posteriormente pela Portaria Conjunta
88/09, alterada pela Portaria Conjunta 60/10; e
» Resolução 7/10, que dispõe sobre a criação dos
Juizados Especiais da Fazenda Pública da Justiça do
Distrito Federal, instituídos pela Lei n. 12.153/10.
outrossim, impende destacar que a institucionali-
zação do Conselho Nacional de Justiça, pela Emenda
Constitucional n. 45/2004, mais conhecida como a Re-
forma do Judiciário, foi de enorme relevância para os
métodos autocompositivos de resolução de conflitos. In-
cumbido do controle da atuação administrativa e finan-
ceira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres
funcionais dos juízes, o CNJ teve como um de seus
principais projetos o Movimento pela Conciliação, con-
sistente na divulgação e incentivo à solução de confli-
tos por meio do diálogo, com vistas a garantir maior
celeridade e efetividade do Poder Judiciário.
Nesse sentido, instituiu o Dia Nacional da Conci-
liação, atribuído ao dia 8 de dezembro, dia Nacional
da Justiça1. Também, criou o Comitê Executivo2 e o
Comitê Gestor3, este com a incumbência ainda de or-
1 Portaria 48/06 do CNJ.
2 Portaria 370/08 do CNJ.
3 Portaria 637/09 do CNJ.
ganizar e implementar ações para a Semana Nacional
da Conciliação, campanha de fortalecimento da cultura
do diálogo, de realização anual, que envolve todos os
tribunais brasileiros, os quais selecionam os proces-
sos que tenham possibilidade de acordo e intimam as
partes envolvidas para solucionarem o conflito durante
o período de uma semana. Ainda, recomendou aos Tri-
bunais de Justiça, Tribunais Regionais Federais e Tribu-
nais Regionais do Trabalho a realização de estudos e de
ações tendentes a dar continuidade ao Movimento pela
Conciliação4 e a adoção de medida para criação de um
endereço eletrônico, denominado conciliar, no domínio
de suas estruturas5.
No TJDFT, essas recomendações foram concreti-
zadas pela Portaria Conjunta 55/06, que instituiu, no
âmbito distrital, o Dia Nacional da Conciliação; pela
Portaria Conjunta 48/09, que dispôs sobre a realização
da Semana Nacional de Conciliação; e pela Portaria
Conjunta 81/10, que institui Comissão de Conciliação
para promover sua realização, recebendo processos re-
lacionados pela Coordenadoria de Correição e Inspeção
Judicial (CoCIJU) e pela Secretaria Judiciária (SEJU),
vinculadas à Corregedoria da Justiça do Distrito Federal
e dos Territórios e à Presidência, respectivamente.
Essa estrutura veio a ser alterada pela edição da
Resolução 125/10 do CNJ, disponível do Anexo 1* do
presente relatório, e a criação da Segunda Vice-Presi-
* Conteúdo disponibilizado para acesso em CD anexo.
4 Recomendação 8/07 do CNJ.
5 Recomendação 15/07 do CNJ.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
16
dência do TJDFT, como será relatado após a descrição
do histórico da mediação a seguir.
A MEDIAÇÃO
A mediação ainda não foi normatizada no país, em-
bora existam alguns projetos de lei em tramitação no
Congresso Nacional6.
No entanto, o TJDFT, em 27 de março de 2002, de
forma pioneira, implementou o Programa de Estímulo à
Mediação7, sob coordenação conjunta da Presidência,
da Vice-Presidência e da Corregedoria, representados,
à época, pelos Desembargadores Edmundo Minervino
Dias, José de Campos Amaral e Nívio Geraldo Gonçalves,
respectivamente. No mesmo ato, foi criado o Serviço de
Mediação Forense (SEMFoR), com as atribuições de co-
ordenar, planejar, apoiar, executar e avaliar as atividades
integrantes do Programa de Estímulo à Mediação.
A implantação do Programa de Estímulo à Media-
ção ficou a cargo do Grupo de Trabalho composto pe-
las Juízas de Direito Dra. Carmen Nícea N. Bittencourt
e Dra. Sandra Reves V. Tonussi e pelo servidor Mar-
celo Girade Corrêa, os quais instalaram um projeto-
-piloto no Fórum de Taguatinga, atendendo causas
das 1ª e 3ª Varas Cíveis e 1ª e 2ª de Família. Em face
do significativo sucesso alcançado pelo SEMFoR, o
projeto-piloto foi ampliado para as demais Varas Cí-
veis e de Família de Taguatinga.
6 Projeto de Lei 4.827/98, Projeto de Lei 94/02 e PLS 517/11.
7 Resolução n. 02/12.
No dia 7 de dezembro de 2002, formou-se a pri-
meira turma de mediadores8. Constituída por 20 servi-
dores, a atuação dos primeiros mediadores logo trouxe
resultados positivos. Por meio de local devidamente
preparado para essa finalidade, personalização do
atendimento de partes e advogados, e das metodolo-
gias próprias da mediação, em dois meses de efetivo
funcionamento realizou cinco mediações. o primeiro
acordo obtido em sessão de mediação no TJDFT foi
homologado no dia 13 de dezembro de 2002, pelo ma-
gistrado Robson Barbosa de Azevedo.
Foi o início de uma significativa mudança institucio-
nal no TJDFT. Nos anos seguintes, os mediadores for-
mados e experientes se capacitaram como instrutores
e contribuíram para a multiplicação dos conhecimentos,
técnicas e habilidades autocompositivas, formando mais
mediadores e ampliando cada vez mais os serviços de
mediação na Casa. o índice de acordos, paralelamen-
te à profissionalização dos mediadores, também foi
crescente: em 2003, foram realizados 13 acordos; em
2004, 19; em 2005, 21; em 2006, 49, totalizando em
seus primeiros quatro anos de atuação, 103 acordos.
o sucesso da iniciativa se expressava não somente
em razão dos acordos. Por meio de pesquisa de opinião
com partes e advogados que participaram das media-
ções, em 2006, 77% dos entrevistados avaliaram o ser-
viço como excelente e, entre os advogados questiona-
dos, 96% consideraram válida a tentativa de mediação
mesmo sem ter chegado ao acordo; 94% afirmaram
8 o primeiro curso de formação de mediadores foi realizado na
data de 22/11/2002 a 07/12/2002 (evento n. 0345/02).
17
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
que aconselhariam seus clientes a participarem de uma
sessão de mediação para resolverem seus litígios; e
86% consideraram excelente a iniciativa do TJDFT em
implantar o Programa de Estímulo à Mediação.
Em julho de 2007, sob a liderança do então Presi-
dente da Casa, Des. Lécio Resende da Silva, por meio
da edição da Portaria GPR n. 406, as ações do Progra-
ma de Estímulo à Mediação, passaram a ser de res-
ponsabilidade do Centro de Resolução Não-Adversarial
de Conflitos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal
e dos Territórios (CRNC), com a competência de co-
ordenar todas as ações concernentes ao processo de
mediação judicial no âmbito do Tribunal. Além de assu-
mir as atividades do SEMFoR, assumiu também as ati-
vidades do Serviço de Justiça Restaurativa – SEREST
9, bem como as futuras expansões nas Circunscrições
Judiciárias do Distrito Federal.
No ano seguinte, o TJDFT promoveu o I Congresso
Brasileiro de Mediação Judicial, no qual participaram
os ministros do Superior Tribunal de Justiça Fátima
Nancy e José Delgado; os desembargadores deste
Egrégio, o então Presidente Des. Lécio Resende e o
Vice-Presidente Des. Romão Cícero de oliveira; o Juiz
Federal do Estado da Califórnia (EUA), Wayne Brazil; a
Professora da cadeira de Resolução de Disputas na
Faculdade de Direito da Universidade de Georgetown
(EUA), Carrie Menkel-Meadow (EUA); o então Secretá-
rio de Reforma do Judiciário, Rogério Favreto; o Juiz do
Tribunal de Justiça da Bahia, André Gomma (BRA); a
9 Dois meses após, esse setor foi desvinculado do CRNC, pela
Portaria GPR n. 680, de 06 de setembro 2007.
Mediadora Familiar Marie-Clarie Belleau (CAN); a Vice-
-Presidente do Fórum Mundial de Mediação, Letícia
García Villaluenga (ESP); a Co-Coordenadora do FoNA-
ME- Fórum Nacional de Mediação, Célia Regina zappa-
rolli (BRA); entre outras autoridades e especialistas da
área. Segundo o Ministro José Delgado, “a iniciativa do
TJDFT em promover este encontro foi louvável e lançou
a semente para que as experiências até então postas
em prática no país possam se desenvolver e se apri-
morar com o intercâmbio de conhecimentos nacionais
e estrangeiros sobre o tema” 10.
o Ministério da Justiça teve importante atuação no
incentivo à mediação. Em 2007, a Secretaria de Refor-
ma do Judiciário estabeleceu como eixo prioritário da
sua agenda a “Democratização do Acesso à Justiça” e
em 2009, o Ministério da Justiça lançou o Manual de
Mediação Judicial11, resultado do esforço iniciado em
2001 no Grupo de Pesquisa e Trabalho em Resolução
Apropriada de Disputas (então denominado de Grupo
de Pesquisa e Trabalho em Arbitragem, Mediação e Ne-
gociação da Faculdade de Direito da Universidade de
Brasília (GTRAD/FD/UnB)12. A publicação reuniu, de for-
10 http://direito2.com/tjdf/2008/mar/7/palestras-sobre-experien-
cias-nacionais-e-internacionais
11 Disponível em: < http://portal.mj.gov.br/main.asp?View={6509
7B8F-6402-4696-A98F-70E8EA365F15}&BrowserType=IE&LangID
=pt-br¶ms=itemID%3D%7BBA2F1830-E05C-443B-97A3-E0ED
0EE3774B%7D%3B&UIPartUID=%7B2218FAF9-52 30-431C-A9E3-
-E780D3E67DFE%7D>
12 Sob coordenação de André Felipe Gomma de Azevedo, o
GTRAD busca transmitir aos estudantes um panorama do movimen-
to doutrinário voltado a resolução apropriada de disputas (RADs),
apresentando textos da teoria autocompositiva nos três principais
métodos adotados no Brasil (Arbitragem, Mediação e Negociação)
e nos métodos híbridos e demais institutos afetos às RADs (Abor-
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
18
ma simplificada e pragmática, a teoria autocompositiva
relativa à mediação para uso por mediadores judiciais,
nos diversos projetos-piloto existentes no Brasil, dos
quais o TJDFT foi um dos pioneiros. o intuito foi o de
complementar e aperfeiçoar o treinamento em técnicas
e habilidades autocompositivas realizado nos tribunais
e nas faculdades de direito do país e de estimular uma
cultura de resolução de conflitos e a pacificação social,
por meio do aprimoramento das comunicações.
o fortalecimento da iniciativa contribuiu para que
o TJDFT, em 2009, ampliasse mais ainda sua estrutu-
ra. Pela Resolução n. 5, criou-se o Sistema Múltiplas
Portas de Acesso à Justiça (SMPAJ), com o objetivo
de disponibilizar a implantação de um sistema que
ofereça possibilidades abrangentes de construção do
consenso. Nesse contexto, o SMPAJ continha as se-
guintes unidades: 1) Coordenadoria do Sistema Múlti-
plas Portas de Acesso à Justiça; 2) Serviço de Apoio ao
Programa Justiça Comunitária13; 3) Serviço de Apoio ao
dagem Paralela, Avaliação neutra, Avaliação preliminar de conflitos,
Conciliação judicial, Gestão de conflitos, Júri simulado, Med-arb, Mini-
-julgamento, ombudsman, Parceiragem e Sistema multi-portas, etc.).
Mais informações disponíveis em: < http://vsites.unb.br/fd/gt/rad/> e
<http://www.fd.unb.br/index.php?option=com_zoo&task=item&item_
id=127&Itemid=201&lang=br>.
13 o Programa de Justiça Comunitária “estimula a comunidade a
desenvolver mecanismos próprios de resolução de conflitos, por meio
do diálogo, participação social e efetivação dos direitos humanos. os
agentes comunitários, voluntários capacitados, buscam a realização
de acordos e o fortalecimento da comunidade. o Programa foi o
vencedor da 2ª edição do Prêmio Innovare em 2005, na categoria
Tribunal de Justiça e tem sido apontado como referência nacional
pelo Ministério da Justiça”. Mais informações podem ser vistas em
http://www.tjdft.jus.br/acesso-rapido/acoes/sistema-de-solucao-de-
-conflitos/justica-comunitaria.
Programa Justiça Restaurativa14; 4) Serviço de Apoio à
Central Judicial do Idoso15; e 5) Serviço de Apoio aos
Núcleos de Mediação Cível e de Família. Esse último,
mais conhecido como SERMEC, veio a substituir o anti-
go CRNC, e foi submetido à coordenação das Juízas de
Direito aposentadas Márcia Terezinha Gomes Amaral e
Eutália Maciel Coutinho.
IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA JUDICIÁRIA
NACIONAL DE TRATAMENTO ADEQUADO
DOS CONFLITOS DE INTERESSES
NO ÂMBITO DO TJDFT
Em 2010, considerando as experiências bem suce-
didas dos tribunais com a conciliação e a mediação na
promoção da pacificação social, na solução satisfatória
e prevenção de litígios, bem como na redução da ex-
cessiva judicialização e recorribilidade dos conflitos de
interesses, e considerando a competência do Judiciário
de estabelecer política pública de tratamento adequado
dos problemas jurídicos e de garantir, com efetividade,
14 o Programa Justiça Restaurativa “reúne pessoas envolvidas e
afetadas por um fato delituoso para dialogarem sobre o crime e suas
consequências. Busca reparação de prejuízos emocionais, morais e
materiais e restauração da relação entre vítima e réu”. Mais infor-
mações podem ser vistas em http://www.tjdft.jus.br/acesso-rapido/
acoes/sistema-de-solucao-de-conflitos/justica-restaurativa.
15 A Central Judicial do Idoso é “trabalho interdisciplinar destinado
à pessoa idosa do Distrito Federal que tenha seus direitos ameaçados
ou violados e que necessite de orientação e atendimento na esfera da
Justiça. Tem como principais objetivos garantir a efetiva aplicação do
Estatuto do Idoso; prover a comunidade do DF de informações; pro-
mover a articulação com instituições para atendimento das demandas
existentes e assessorar autoridades competentes”. Mais informações
podem ser vistas em: http://www.tjdft.jus.br/acesso-rapido/acoes/
sistema-de-solucao-de-conflitos/central-do-idoso.
19
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
o acesso à justiça e a responsabilização social (Resolu-
ção 70/CNJ e art. 5º, xxxV, da Constituição Federal), o
CNJ instituiu o grupo de trabalho para realizar estudos
e propostas de ações com vistas a elaborar uma políti-
ca pública permanente de incentivo e aperfeiçoamento
dos mecanismos consensuais de solução de litígios16,
em especial pelos métodos consensuais.
Esse trabalho de organização, sistematização e apri-
moramento foi consolidado pela Resolução 125/10, que
instituiu, no âmbito do Poder Judiciário, a Política Ju-
diciária Nacional de Tratamento Adequado dos Conflitos
de Interesses. Por esse normativo, o CNJ atribuiu aos
órgãos judiciários a responsabilidade de oferecer outros
mecanismos de soluções de controvérsias adequados à
sua natureza e peculiaridade, em especial, os chamados
meios consensuais, como a mediação e a conciliação,
bem assim prestar atendimento e orientação ao cidadão.
Para tanto, estabeleceu a centralização das estrutu-
ras judiciárias, diretrizes para capacitação, treinamento
e reciclagem de servidores, conciliadores e mediado-
res, bem como recomendações para o monitoramento e
avaliação da política, respeitadas as especificidades de
cada segmento da Justiça e cabendo, para o cumpri-
mento de seus objetivos, a formação de parcerias com
entidades públicas e privadas.
Em relação às estruturas judiciárias, determinou
aos Tribunais a criação de um Núcleo Permanente de
Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, e a ele
vinculado, os Centros Judiciários de Solução de Con-
flitos e Cidadania, responsáveis pela realização das
16 Portaria 141/10, revogada pela Portaria 110/11.
sessões e audiências de conciliação e mediação que
estejam a cargo de conciliadores e mediadores, bem
como pelo atendimento e orientação ao cidadão.
Quanto à capacitação, treinamento e reciclagem de
servidores, conciliadores e mediadores, estabeleceu pa-
râmetros de conteúdo programático e carga horária, bem
como regras o estágio supervisionado e a certificação.
Ainda, definiu princípios para a atuação dos conciliadores
e mediadores judiciais em um código de ética específico.
Sobre os dados estatísticos, determinou as infor-
mações a serem coletadas e atualizadas em banco de
dados e criou o Portal da Conciliação.
No âmbito do Distrito Federal, a política pública foi
implementada por ação específica do Desembargador
Sérgio Bittencourt, então Corregedor da Justiça do Dis-
trito Federal, por meio da Resolução 5, de 18 de maio de
2011 (revogada pela Revolução 13/12, esta alterada pela
Resolução 70/12), que, conforme a Resolução 125/10
do CNJ, centralizou os programas tanto de mediação,
como de conciliação, que passaram a ser coordenadas
pelo Núcleo Permanente de Mediação e Conciliação –
NUPEMEC e exercidas por seus Centros Judiciários de
Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs)17.
17 o mesmo normativo também criou o Núcleo Permanente de
Métodos Consensuais de Solução de Conflitos – NUPECoN recepcio-
nou as atividades exercidas pelo Sistema Múltiplas Portas de Acesso
à Justiça (SMPAJ), com exceção da mediação cível e familiar. Dessa
forma, ficou responsável pela coordenação dos programas referentes
a públicos alvos específicos, agora denominados Centro Judiciário de
Solução de Conflitos e de Cidadania do Programa Justiça Comunitária,
do Núcleo de Formação e Pesquisa em Justiça Comunitária, do Centro
Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Central de Apoio
Judicial aos Idosos, do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de
Cidadania do Programa Justiça Restaurativa, esses já existentes antes
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
20
Foram criados três CEJUSCs: o Centro Judiciário
de Solução de Conflitos e Cidadania de Brasília – CE-
JUSC-BSB, estrutura completamente nova, cujas ati-
vidades foram regulamentadas pela Portaria Conjunta
58/11; o Centro Judiciário de Solução de Conflitos
e Cidadania de Taguatinga – CEJUSC-TAG, estru-
tura adaptada do antigo SERMEC, antes vinculados
ao SMPAJ, e cujas atividades foram regulamentadas
também pela mesma Portaria Conjunta 58/11; e o
Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania
dos Juizados Especiais Cíveis de Brasília – CEJUSC-
-JEC/BSB, estrutura adaptada da antiga Central de
Conciliação e cujas atividades foram regulamentadas
pela Portaria Conjunta 57/11.
Embora a coordenação do NUPEMEC e de seus
Centros tenha sido vinculada inicialmente à Correge-
doria da Justiça do Distrito Federal, foi atribuída bre-
vemente à Presidência, com a edição da Resolução
06/12, e definitivamente, pela Resolução 13/12 (alte-
rada pela Resolução 70/12), à Segunda Vice-Presidên-
cia, criada pela Emenda Regimental 03/11 (alterada
pela Emenda Regimental 04/12), por meio da liderança
do Desembargador Lecir Manoel da Luz.
A centralização das atividades de conciliação e
mediação em uma estrutura específica possibilitou o
desenvolvimento de estudos, o aperfeiçoamento da
capacitação e treinamento dos conciliadores e me-
diações e a melhoria das práticas e dos usos desses
instrumentos, como demonstra este relatório nas pró-
da referida Resolução, e do Centro Judiciário de Solução de Conflitos
e Cidadania da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar.
ximas páginas. Para maiores detalhes sobre a Políti-
ca Judiciária Nacional de Tratamento Adequado dos
Conflitos de Interesses, recomenda-se a leitura da
Resolução 125 do CNJ, em anexo (Anexo 1*).
* Conteúdo disponibilizado para acesso em CD anexo.
21
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
A ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO NUPEMEC E DOS CEJUSCs
Em fevereiro de 2012, o Gabinete da Corregedoria
apresentou à Administração Superior e ao Tribunal como
um todo, a nova estrutura organizacional que previa a ins-
talação das unidades previstas na Resolução 125 do CNJ.
NUPEMEC
Concebido para ser a uma unidade estratégica de
gestão, o Núcleo Permanente de Mediação e Concilia-
ção funciona como definidor de ações que permitem
a implantação e implementação da Política Nacional
prevista na Resolução 125 e a unidade de interlocução
entre o TJDFT e o CNJ nos temas afins.
o NUPEMEC tem em sua estrutura de gestão um
Juiz Coordenador e um Coordenador Administrativo
que definem, em conjunto com a 2ª Vice-Presidência,
as políticas relacionadas ao tratamento adequado dos
conflitos de interesses em âmbito local.
Figura 1 – Apresentação da estrutura do NUPEMEC segundo a Rel. 125 do CNJ
CEJUSC-BSB
o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cida-
dania de Brasília – CEJUSC-BSB teve suas atividades
regulamentadas pela Portaria Conjunta 58/2011. Sua
coordenadoria foi assumida inicialmente pela Juíza de
Direito Substituta Luciana Yuki Fugishita Sorrentino e,
em razão de seu afastamento para cumprir licença-
-maternidade, essa atribuição passou a ser exercida
pelo Juiz de Direito Substituto, Atalá Correia, desde 26
de novembro de 2012. o Centro tem como supervisora
a servidora Marinurze Ribeiro. Informações mais deta-
lhadas e o resumo executivo das atividades no ano de
2012 serão apresentadas mais a frente neste relatório.
Figura 2 – Sessão de conciliação no CEJUSC-BSB
CEJUSC-JEC/BSB
o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e
Cidadania dos Juizados Especiais Cíveis de Brasília
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
22
– CEJUSC-JEC/BSB funciona no Fórum Desembar-
gador José Júlio Leal Fagundes sob a Coordenação
do Dr. Ricardo Faustini Baglioli, Juiz Coordenador do
Centro e da servidora Andrezza Gaglionone Passani.
A equipe conta com 22 servidores e 44 estagiários.
o CEJUSC-JEC/BSB é responsável pela demanda
de processos dos sete Juizados Especiais Cíveis de
Brasília em sua fase inicial. Suas atividades foram
regulamentadas pela Portaria Conjunta 56/11 (reti-
ficada pela Portaria Conjunta 74/11).
CEJUSC-TAG
o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Ci-
dadania de Taguatinga – CEJUSC-TAG teve suas ati-
vidades regulamentadas pela Portaria Conjunta 58, de
18 de novembro de 2011. No entanto, uma vez que o
CEJUSC-TAG assumiu as atribuições do SERMEC, rea-
liza principalmente mediações cíveis e de família, com
preponderância para a área familiar.
o CEJUSC-TAG conta com uma equipe de sete
servidores e três estagiários. Este Centro é coor-
denado provisoriamente pelo Juiz Coordenador do
NUPEMEC, Dr. Atalá Correia e supervisionado pela
servidora Leila Duarte Lima.
Resolução 125, CNJRes. 05/2011, revogada pela Res. 13/2012, alterada pela PC 70/2012.
Núcleo de Conciliação das
Varas CíveisPC 18/2005
Extinto
Centro de Resolução Não-Adversarial de Con�itos
Criação: PGPR 680/2007Alterada: PGPR 680/2007
Central de Conciliaçãodos Juizados Especiais Cíveis
de Brasília − CCOJECriado: PC 680/2009
Regulamentação: 37/2009Atualizações: PC 88/2009
e PC 60/2010
Centro Judiciário de Solução de Con�itos e de Cidadania
dos Juizados Especiais Cíveis de Brasília −CEJUSC-JEC/BSB
PC 57/2011
Centro Judiciário de Solução de Con�itos e de Cidadania de Taguatinga
− CEJUSC/TAGPC 58/2011
Centro Judiciário de Solução de Con�itos e de
Cidadania de Brasília − CEJUSC/BSBPC 58/2011
Centro Judiciário de Solução de Con�itos e de Cidadania do Programa Justiça Restaurativa −
CEJUSC-PJRRes. 13/2012
Alterada: PC 70/2012
Centro Judiciário de Solução de Con�itos e de Cidadania do Programa Justiça Comunitária −
CEJUSC-PJCRes. 13/2012
Alterada: PC 70/2012
Centro Judiciário de Solução de Con�itos e de
Cidadania da Central Judicial do Idoso −
CEJUSC-CJIRes. 13/2012
Alterada: PC 70/2012
Centro Judiciáriode Solução de Con�itos
e de Cidadania da Mulher em Situação de Violência
Doméstica e Familiar− CEJUSC-MSVDF
Res. 13/2012Alterada: PC 70/2012
Serviço de Mediação Forense −SEMFOR
Res. 02/2002
Serviço de Mediação Forense
−SEMFOR
GPR 406/2007
Comissão de Conciliação
PC 48/2009 Extinto
Serviço de Justiça Restaurativa −
SEREST
Criação: GPR 406/2007
Serviço de Apoio ao Núcleos de
Mediação Cível e de Família −SERMEC
Res. 05/2009
Serviço de Apoio Programa Justiça
Restaurativa
Res. 05/2009
Serviço de Apoio ao Programa Justiça
Comunitária
Res. 05/2009
Serviço de Apoio à Central Judicial do
Idoso
Res. 05/2009
Sistema de Múltiplas Portas de Acesso à Justiça − SMPAJ
Res. 05/2009
Programa Justiça
Comunitária
PGPR 658/2000
Segunda Vice-Presidência
ER 03/2011Alterada ER 04/2012
NUPEMECNúcleo Permanente
de Mediação e Conciliação
Res. 13/2012
NUPECONNúcleo Permanente
de Métodos Consensuais de
Solução de Con�itosRes. 13/2012
NUPECONNúcleo Permanente
de Métodos Consensuais de
Solução de Con�itosRes. 13/2012
HISTóRICO DA CRIAÇÃO
E TRANSFORMAÇÃO DAS UNIDADES
Esquema 1 – Transformação e criação das unidades ao longo dos últimos 10 anos
23
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
Resolução 125, CNJRes. 05/2011, revogada pela Res. 13/2012, alterada pela PC 70/2012.
Núcleo de Conciliação das
Varas CíveisPC 18/2005
Extinto
Centro de Resolução Não-Adversarial de Con�itos
Criação: PGPR 680/2007Alterada: PGPR 680/2007
Central de Conciliaçãodos Juizados Especiais Cíveis
de Brasília − CCOJECriado: PC 680/2009
Regulamentação: 37/2009Atualizações: PC 88/2009
e PC 60/2010
Centro Judiciário de Solução de Con�itos e de Cidadania
dos Juizados Especiais Cíveis de Brasília −CEJUSC-JEC/BSB
PC 57/2011
Centro Judiciário de Solução de Con�itos e de Cidadania de Taguatinga
− CEJUSC/TAGPC 58/2011
Centro Judiciário de Solução de Con�itos e de
Cidadania de Brasília − CEJUSC/BSBPC 58/2011
Centro Judiciário de Solução de Con�itos e de Cidadania do Programa Justiça Restaurativa −
CEJUSC-PJRRes. 13/2012
Alterada: PC 70/2012
Centro Judiciário de Solução de Con�itos e de Cidadania do Programa Justiça Comunitária −
CEJUSC-PJCRes. 13/2012
Alterada: PC 70/2012
Centro Judiciário de Solução de Con�itos e de
Cidadania da Central Judicial do Idoso −
CEJUSC-CJIRes. 13/2012
Alterada: PC 70/2012
Centro Judiciáriode Solução de Con�itos
e de Cidadania da Mulher em Situação de Violência
Doméstica e Familiar− CEJUSC-MSVDF
Res. 13/2012Alterada: PC 70/2012
Serviço de Mediação Forense −SEMFOR
Res. 02/2002
Serviço de Mediação Forense
−SEMFOR
GPR 406/2007
Comissão de Conciliação
PC 48/2009 Extinto
Serviço de Justiça Restaurativa −
SEREST
Criação: GPR 406/2007
Serviço de Apoio ao Núcleos de
Mediação Cível e de Família −SERMEC
Res. 05/2009
Serviço de Apoio Programa Justiça
Restaurativa
Res. 05/2009
Serviço de Apoio ao Programa Justiça
Comunitária
Res. 05/2009
Serviço de Apoio à Central Judicial do
Idoso
Res. 05/2009
Sistema de Múltiplas Portas de Acesso à Justiça − SMPAJ
Res. 05/2009
Programa Justiça
Comunitária
PGPR 658/2000
Segunda Vice-Presidência
ER 03/2011Alterada ER 04/2012
NUPEMECNúcleo Permanente
de Mediação e Conciliação
Res. 13/2012
NUPECONNúcleo Permanente
de Métodos Consensuais de
Solução de Con�itosRes. 13/2012
NUPECONNúcleo Permanente
de Métodos Consensuais de
Solução de Con�itosRes. 13/2012
25
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
PRINCIPAIS DESTAqUES DE 2012
A implementação da Política Nacional de Tratamen-
to Adequado dos Conflitos de Interesses no âmbito do
TJDFT presume um conjunto de ações estratégicas de
base que permitem a estruturação de um modelo que
possa ser replicado e expandido para todo o Distrito
Federal. Dentre as principais ações realizadas, algumas
merecem destaque no ano de 2012.
INAUGURAÇÃO DAS INSTALAÇõES
DO NUPEMEC E CEJUSC-BSB
» Espaço administrativo do NUPEMEC;
» Espaço administrativo do CEJUSC-BSB;
» 14 salas de mediação e conciliação;
» Salas de espera;
» Espaço para atuação das empresas parceiras;
» Sala de aula para formação de mediadores e
conciliadores.
Figura 3 – Inauguração da nova estrutura do CEJUSC-BSB
IMPLANTAÇÃO DA PESQUISA DE QUALIDADE
DA ATIVIDADE DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
» Modelo de pesquisa elaborado pelo NUPE-
MEC para avaliar a qualidade dos serviços prestados
nos CEJUSCs.
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA INFORMATIzADO DE
ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DAS CONCILIAÇõES
E MEDIAÇõES REALIzADAS NAS PAUTAS
CONCENTRADAS E SEMANAS DE CONCILIAÇÃO
» Além do maior controle quanto à movimentação
de conciliadores, partes e advogados, podem ser gera-
dos relatórios imediatos das atividades para acompa-
nhamento e auxilio na tomada de decisão.
IMPLANTAÇÃO DO NOVO MODELO DE PAUTAS
CONCENTRADAS DAS SEMANAS DE CONCILIAÇÃO
» Incentivado pelo CNJ, o NUPEMEC em conjunto
com o CEJUSC-BSB vem realizando diversas semanas
de conciliação com bancos, seguradoras, grandes lojas
e demais organizações interessadas.
CERIMôNIA DE ABERTURA DA SEMANA
NACIONAL DE CONCILIAÇÃO DE 2012
» Pela excelente relação de trabalho com o CNJ
na implantação da Política Nacional de Mediação e
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
26
Conciliação, o TJDFT foi escolhido para sediar a Ceri-
mônia de Abertura da Semana Nacional de Conciliação.
Na oportunidade, o Ministro Aires Brito assinou, como
conciliador, acordo realizado entre cliente e banco.
Figura 4 – Abertura da Semana Nacional da Conciliação
Figura 5 – Assinatura de acordo pelo Ministro Ayres Brito na Semana Nacional da Conciliação
VENCEDOR DA 3ª EDIÇÃO DO PRÊMIO
CONCILIAR é LEGAL DO CNJ
» Com práticas de gestão inovadoras nas áreas
da conciliação e mediação, o TJDFT foi o vencedor da
3ª Edição do Prêmio Conciliar é Legal na categoria
Tribunal Estadual.
Figura 6 – Recebimento do Prêmio Conciliar é Legal no CNJ
CONSOLIDAÇÃO DO MODELO DE
PAUTAS ESPECÍFICAS NOS JUIzADOS
ESPECIAIS CÍVEIS DE BRASÍLIA
Instituído em 2011, o modelo de pauta específica
com grandes demandantes dos juizados especiais foi
consolidado em 2012. A prática de gestão é uma das
vencedoras do Prêmio Conciliar é Legal do CNJ e vem
elevando os índices de acordo no CEJUSC-JEC/BSB.
Uma das ações que compõem a prática é o treinamen-
to de prepostos, iniciativa pioneira no país.
27
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
NUPEMEC Núcleo PermANeNte de mediAção e coNciliAção
ESTABELECIMENTO DE PARCERIAS
Uma das principais atribuições do NUPEMEC, pre-
vista na Resolução 125 do CNJ, é o estabelecimento
de parcerias com entes públicos e privados. Essa ativi-
dade de interlocução permite que todos os envolvidos,
direta e indiretamente, na resolução de disputas afetas
ao Judiciário possam assumir suas responsabilidades
na mudança de uma cultura do litígio para uma cultura
do consenso. Assim, no ano de 2012, foram estabele-
cidas parcerias com:
a. Bancos, seguradoras, operadoras de cartão
de crédito, operadoras de telefonia, grandes lojas e
empresas aéreas;
b. Faculdades de Direito – convênios para serem
firmados com UNICEUB, UNIEURo, Fortium, Faculdade
Alvorada, Unicesp e Projeção;
c. Defensoria Pública do DF;
d. Tribunal Regional da 1ª Região;
e. Conselho Nacional de Justiça;
f. Secretaria de Reforma do Judiciário; e
g. Escola Nacional de Mediação e Conciliação
– ENAM.
Figura 7 – Certificado de capacitação de conciliadores da Faculdade de Direito do UniCEUB
ATIVIDADES DE FORMAÇÃO
“promover capacitação, treinamento e atuali-
zação permanente de magistrados, servido-
res, conciliadores e mediadores nos métodos
consensuais de solução de conflitos;”
Inciso V, Art. 7º da Resolução 125 do CNJ
A formação dos conciliadores e mediadores do
TJDFT está sob a responsabilidade do NUPEMEC,
como estabelecido na Resolução 125/2010 do CNJ, e
acontecem em parceria com a Escola de Administração
Judiciária do TJDFT. Todas as ações de capacitação re-
alizadas após a criação do Núcleo seguiram os padrões
definidos pelo CNJ e pela Escola Nacional de Mediação
e Conciliação – ENAM e foram divididas em duas eta-
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
28
pas: módulo teórico-prático e estágio supervisionado,
como disposto na Tabela 1:
Tabela 1 – Carga Horária do Módulo Teórico-Prático e Estágio Supervisionado
Ação de capacitaçãoMódulo teórico-
-prático h/A
Estágio supervisionado
h/A
Curso de Conciliadores 42 12
Curso de Mediadores 40 24
Figura 8 – Sala de treinamento do NUPEMEC nas dependências do CEJUSC-BSB
As aulas do módulo teórico são ministradas nas
salas de treinamento do NUPEMEC e nas dependên-
cias do Instituto de Formação Ministro Luiz Vicente
Cernicchiaro. Com o objetivo de atender à crescente
demanda por conciliadores nas regiões administra-
tivas do DF. Foram realizados, ainda, três cursos de
capacitação nos Fóruns do Paranoá, Taguatinga e
Samambaia com o objetivo de facilitar essa atividade
diretamente nas regiões administrativas.
o estágio supervisionado acontece nos Juiza-
dos Especiais ou Centros Judiciários de Solução de
Conflitos e Cidadania de todas as Circunscrições Ju-
diciárias do DF, de acordo com a disponibilidade de
atuação dos candidatos.
Quanto aos cursos de capacitação de concilia-
dores, no período de julho de 2011 a dezembro de
2012, foram realizados 30 cursos que resultaram
em 353 conciliadores certificados e 236 em pro-
cesso de certificação. Atualmente, o TJDFT conta
com 719 conciliadores cadastrados e atuantes nos
Juizados Especiais e CEJUSCs. A Tabela 2, abaixo,
apresenta o número de conciliadores certificados,
por circunscrição.
Tabela 2 – Conciliadores certificados em 2012
Circunscrição Certificados em 2012
Brasília 156
Brazlândia 4
Ceilândia 33
Gama 9
Guará 39
Núcleo Bandeirante 10
Paranoá 6
Planaltina 9
Riacho Fundo 2
Samambaia 21
Santa Maria 7
São Sebastião 2
Sobradinho 18
Taguatinga 35
TOTAL 353
29
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
Sobre a formação de mediadores, no período em
questão, foram realizados dois cursos básicos de media-
ção judicial, totalizando 50 mediadores em processo de
certificação. Em 2012, o TJDFT contou com a colaboração
de vinte e dois mediadores capacitados, entre voluntários
e servidores, que atuaram nos Centros Judiciários de So-
lução de Conflitos e Cidadania de Brasília e Taguatinga.
Figura 9 – Curso de capacitação de conciliadores
outra importante linha educacional desenvolvida,
no período de outubro de 2011 a dezembro de 2012,
foram os cursos destinados à formação dos represen-
tantes das empresas parceiras que participam das
Pautas Específicas18. As ações foram realizadas na sala
de treinamento do CEJUSC-JEC/BSB.
18 As Pautas Específicas são a metodologia utilizada na realização
das conciliações pelo CEJUSC-JEC/BSB junto aos grandes deman-
dantes. Nessa prática, instituições específicas firmam parceria com
o Tribunal, de acordo com a natureza e a quantidade de processos
que estão tramitando na Casa e conforme seu interesse em fazer
uma proposta de acordo nessas causas. o objetivo das Pautas é, não
apenas facilitar a operacionalização das semanas de conciliação, mas,
principalmente, oferecer tratamento adequado às partes que procuram
o Tribunal para tratar de seus direitos, propiciando um momento de
entendimento entre requerentes e requeridos. Para tanto, são realizadas
reuniões prévias com as instituições e seus prepostos, advogados e
gestores com poder de decisão final, a fim de auxiliar na elaboração de
Foram ministrados cinco cursos para prepos-
tos das seguintes empresas: VIVo, TIM, Via Varejo,
TAM e Claro/Net/Embratel. Com carga horária de
seis horas, tais cursos têm por objetivo oferecer
aos prepostos um conjunto de competências mais
adequado para sua participação nas sessões de
conciliação. o curso aborda temas como: teoria do
conflito, fundamentos de negociação, introdução
ao processo de conciliação (objetivos e vantagens),
etapas do processo de conciliação e atitudes pro-
dutivas do preposto. Todos os temas são tratados
com o foco na atuação positiva do representante da
empresa, de forma que aproveitem melhor a opor-
tunidade de resgatar a confiança do consumidor,
de melhorar a imagem da empresa, de oferecer um
atendimento satisfatório e de aumentar as chances
de um acordo que atenda aos interesses das partes.
os prepostos treinados passam a participar das pau-
tas específicas previamente agendadas com as empre-
sas, sendo vedado o encaminhamento de prepostos não
treinados. o curso também é aberto a advogados e ou-
tros funcionários da empresa, sem custos algum.
As informações completas dos cursos realizados no
período de julho de 2011 a dezembro de 2012 estão
detalhadas no Anexo 2*.
propostas, estabelecer cláusulas contratuais padronizadas e orientar em
relação às técnicas de negociação e às posturas mais apropriadas para
a conciliação e o resgate do cliente. Maiores detalhadas sobre as Pautas
Específicas estão na seção destinada ao CEJUSC-JEC/BSB.
* Conteúdo disponibilizado para acesso em CD anexo.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
30
influenciar positivamente a cultura e a percepção social
a respeito dessa modalidade de serviço jurisdicional.
Nesse contexto, a Pesquisa de Satisfação dos
Usuários (PSU) tem por objetivo mensurar a percep-
ção da qualidade da prestação jurisdicional por meio
dos métodos autocompositivos indiretos. Ao aferir seu
prestígio e sua aprovação perante os cidadãos, são
obtidos elementos que nos permitem estabelecer pa-
râmetros consistentes sobre a eficácia e efetividade
dos serviços prestados.
Figura 10 – Urna da pesquisa de satisfação do usuário
MODELO DE PESQUISA
A construção do SGQSU e da PSU começou em abril
de 2012. Foi realizada uma ampla pesquisa levando em
consideração outros sistemas de avaliação existentes
em outras instituições nacionais e internacionais, es-
pecialmente os direcionados aos métodos adequados
de resolução de conflitos. Dentre as fontes normativas,
serviram de base a Resolução 125/2010 do CNJ bem
como os dispositivos legais que regulam a atividade da
conciliação e da mediação judicial. Em relação às fontes
acadêmicas, foram consultados os parâmetros de pes-
IMPLANTAÇÃO DE PESQUISA
DE SATISFAÇÃO DO USUÁRIO
“os Tribunais deverão criar e manter banco
de dados sobre as atividades de cada Cen-
tro...” Art. 13, Resolução 125 – CNJ
o NUPEMEC iniciou no ano de 2012 o projeto de
desenvolvimento do Sistema de Gestão de Qualidade e
Satisfação do Usuário (SGQSU). o sistema tem por fina-
lidade o acompanhamento, controle e aperfeiçoamento
dos serviços prestados em mediação e conciliação, e a
implementação da Política Nacional de Tratamento Ade-
quando dos Conflitos de Interesses no âmbito do TJDFT.
A Política Nacional traz consigo a necessidade de
se avaliar, por meio de metodologias e pesquisas pró-
prias, em que medida o Judiciário está atendendo as
expectativas dos cidadãos. Nessa perspectiva, a opi-
nião dos usuários dos serviços é essencial para a de-
terminação da efetividade de tal política pública, bem
como para conferir legitimidade a essa prática como
forma eficaz de resolução de conflitos.
A intenção de direcionar a ação do Estado para aten-
der as expectativas do usuário-cidadão traz um desafio
que vai além da melhoria da prestação dos serviços em
si: o desafio de implantar procedimentos e instrumentos
para medir a qualidade e satisfação dos usuários com os
serviços públicos. Dessa forma, coloca em prática o ideal
de oferecer aos cidadãos um serviço público mais ade-
quado às suas expectativas, focando as ações naqueles
que usufruem dos benefícios dessa política, bem como
31
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
quisas de qualidade em serviços de conciliação desen-
volvidos nas pesquisas pioneiras do Grupo de Trabalho
de Resolução Apropriada de Disputas da Universidade de
Brasília (GTRAD), nas pesquisas de universidades norte-
-americanas e no Manual de Mediação Judicial (Minis-
tério da Justiça, 2012, 3ª edição). Por fim, foi realizado o
benchmarking em órgãos da Administração Pública bra-
sileira 19e em tribunais norte-americanos20, bem como
no próprio CNJ.
Em seguida, foram selecionadas as variáveis
mais adequadas para os objetivos esperados pela
PSU, ou seja, “as características mensuráveis de um
fenômeno que podem apresentar diferentes valores
ou ser agrupadas em categorias”, e que apresentam
variações em relação ao mesmo fenômeno e em re-
lação a outros fenômenos. Para a seleção de variá-
veis, foram adotados os princípios e tipos de Roberto
Jarry Richardson21. As variáveis selecionadas foram
organizadas de modo a facilitar o entendimento e
a resposta pelos cidadãos-usuários dos serviços de
conciliação e mediação.
Após a etapa de construção do formulário, pro-
cedeu-se à etapa de validação. o instrumento foi
submetido à análise pelos servidores, supervisores e
coordenadores dos Centros Judiciários de Solução de
19 Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e Ministério
da Justiça (MJ).
20 Nesse sentido, destacam-se: Supreme Court of Virginia;
Superior Court of California, Conciliation Court of Arizona, The office
of Administrative Courts – State of Colorado, MediateBC – Court
Mediation Program.
21 RICHARDSoN, Roberto Jarry. Pesquisa Social – Métodos e
Técnicas. São Paulo: Atlas, 1999 (p. 117-137).
Conflitos e Cidadania de Brasília, Taguatinga e dos Jui-
zados Especiais. os Centros tiveram plena participação
por meio de sugestões com base na experiência de
mais de uma década de atuação em mediação e con-
ciliação. As sugestões foram avaliadas e incorporadas
de acordo com os alinhamentos técnicos, ensejando o
aprimoramento do formulário.
A etapa de validação teve por objetivo testar se o
instrumento é capaz de medir aquilo que se propõe,
isto é, a qualidade do serviço prestado e a satisfação
dos usuários. A validação dos formulários destinados
às sessões de conciliação aconteceu a partir de junho
e, daqueles elaborados exclusivamente para as media-
ções em outubro de 2012.
IMPLEMENTAÇÃO DA PSU
o primeiro Centro a aplicar a Pesquisa de Sa-
tisfação foi o CEJUSC-BSB em junho de 2012, nas
sessões de conciliação da Pauta Concentrada com
o Banco Bradesco. o Centro também começou a
aplicar a pesquisa nas sessões de mediação em
outubro. Após a implementação do projeto-piloto
no Centro de Brasília, foi a vez do CEJUSC-JEC/BSB
começar a implantar a referida pesquisa, também a
partir do mês de outubro. o Centro de Taguatinga
aplicou a pesquisa na Semana Nacional de Conci-
liação, contudo a implementação efetiva iniciou a
partir de janeiro de 2013.
A Pesquisa de Satisfação para conciliação se
apresenta em duas versões e um complemento: um
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
32
formulário a ser respondido pelas partes, outro a ser
respondidos por seus advogados e o complemen-
to, que avalia a atuação de prepostos, quando pre-
sentes na sessão de conciliação, o que possibilita
avaliar a atuação dos representantes das pessoas
jurídicas à mesa de conciliação. Tais informações
são apresentadas, posteriormente, para as empre-
sas interessadas. Como os formulários são destina-
dos às sessões realizadas, para outras situações,
como a desídia, a revelia ou a simples ausência,
construiu-se um instrumento geral de comentários e
sugestões. No Anexo 3*, será possível visualizar os
modelo de formulários utilizados.
Nas sessões de mediação o formulário é único
(Anexo 4*) e atende tanto às partes quanto a seus
patronos. Assim como na conciliação, aqueles que
optarem por não dar prosseguimento à sessão têm a
oportunidade de se manifestar pelo formulário de co-
mentários e sugestões.
Para a implementação da PSU foram realizadas
reuniões com magistrados, coordenadores, super-
visores, servidores mediadores e conciliadores in-
tegrantes da equipe dos CEJUSCs. Tais reuniões
serviram para apresentação da proposta de pesqui-
sa de avaliação, sensibilização da equipe quanto à
importância da adoção de tais procedimentos para
aperfeiçoamento dos serviços prestados e busca da
excelência no atendimento. Dessa forma, a equipe de
conciliadores, mediadores e supervisores, responsá-
vel direta pelo contato com as partes e advogados
durante as sessões de conciliação ou mediação, foi
devidamente instruída quanto aos procedimentos de
disponibilização, aplicação, recolhimento diário e en-
vio mensal dos formulários ao NUPEMEC.
o formato de aplicação da pesquisa consiste na
apresentação do instrumento para preenchimento
dos usuários logo após as sessões de mediação e
conciliação. o objetivo de tal prática é “identificar as
lacunas de serviço entre o que os usuários esperam
ou necessitam da organização (expectativas) e o nível
de serviço que eles realmente percebem (percepção
do serviço)” 22, a fim de mensurar os sucessos e visu-
alizar as oportunidades de melhoria dos serviços de
conciliação prestados ao cidadão-usuário, principal
foco do Poder Judiciário, conforme Plano Estratégico
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios
(TJDFT, Resolução 1/2010).
A pesquisa de qualidade inclui perguntas a res-
peito da satisfação dos seus usuários, suas per-
cepções da experiência, suas expectativas, bem
como quão importantes os elementos do serviço
são para eles e quais as suas prioridades com re-
lação às melhorias. As variáveis são, predominan-
temente, quantitativas. Além disso, foram incluídas
questões qualitativas que fornecem informações
mais detalhadas. No final do instrumento, estão
incluídas perguntas reflexivas sobre a visão das
partes quanto ao Poder Judiciário.
Informações detalhadas sobre a metodologia apli-
cada, modelos de formulário e o relatório de cada
* Conteúdo disponibilizado para acesso em CD anexo.
22 Idem.
33
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
pesquisa estão disponíveis no documento que par-
ticipou e foi premiado no 3º Prêmio Conciliar é Legal
do CNJ. o projeto concorreu em conjunto com outras
práticas desenvolvidas pelo Núcleo e seus Centros e
recebeu o honroso primeiro lugar (Anexo 5*). Ainda,
o Anexo 6*, ao final do documento, traz os relatórios
com os dados obtidos nos esforços conciliatórios rea-
lizado pelos Centros em 2012.
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE
“planejar, implementar, manter e aperfeiçoar
as ações voltadas ao cumprimento das política
e suas metas;(...) na hipótese de conciliadores
e mediadores que atuem em seus serviços,
criar e manter cadastro, de forma a regulamen-
tar o processo de inscrição e de desligamento;”
Incisos II e VI, Art. 7º, Resolução 125 – CNJ
o NUPEMEC tem concentrado esforços no desen-
volvimento de soluções sistêmicas a fim de melhorar
seus processos de trabalho. Em 2012 foram desen-
volvidos sistemas para simplificar e agilizar as tarefas
do NUPEMEC e seus Centros. os sistemas descritos a
seguir foram concebidos para o melhor gerenciamen-
to das atividades do Núcleo e, sobretudo, dos centros
em suas diversas modalidades como pautas concen-
tradas, pautas específicas e conciliações e mediações
por demanda.
A seguir serão apresentadas as principais funcio-
nalidades de cada sistema, em anexo (Anexo 7*) será
possível conhecer cada sistema detalhadamente.
Figura 11 – Relatórios de acompanhamento das sessões emitidos pelo SISCON
SISTEMA DE CONTROLE DE CONCILIAÇõES – SISCON
o Sistema de Controle de Conciliações (SISCoN) foi
desenvolvido para gerenciar a grande quantidade de
informações geradas durante os eventos de concilia-
ção que acontecem nos Centros Judiciários de Solução
de Conflitos e Cidadania do Distrito Federal – CEJUSCs.
o SISCoN tem por objetivo automatizar as ativida-
des de natureza administrativa e gerencial relaciona-
das às conciliações. Nesse sentido, é um sistema que
armazena os dados, processa as informações, gera
os relatórios e disponibiliza uma interface amigável ao
gestor e ao conciliador. Por meio do SISCoN propor-
ciona-se um atendimento de qualidade aos jurisdicio-
nados, pois é possível orientá-los com maior precisão,
mantendo o controle e registro de todas as etapas da
conciliação, o que permite aos CEJUSCs a análise do
desempenho e a melhoria contínua dos seus processos
de trabalho, tanto durante a realização dos atendimen-
tos como nas ações pós-evento.
* Conteúdo disponibilizado para acesso em CD anexo.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
34
SISTEMA DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS – SIREC
o Sistema de Resolução de Conflitos (SIREC) do NU-
PEMEC foi desenvolvido para controlar o fluxo de en-
tradas e saídas de processos das mediações no Centro
Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Tagua-
tinga (CEJUSC-TAG), uma vez que não havia qualquer
forma de registro no SISTJ para esse procedimento.
o objetivo principal do SIREC é auxiliar no con-
trole de entradas e saídas de processos do Centro.
Aproveitou-se o ensejo para desenvolver ferramen-
tas conexas a este trabalho, como agendamento
das sessões e geração de relatórios, que estavam
sendo feitas manualmente. Em suma, o SIREC é um
sistema que armazena os dados, processa as infor-
mações, gera relatórios e disponibiliza uma inter-
face amigável aos gestores do Centro. Por meio do
SIREC proporciona-se um atendimento de qualidade
aos jurisdicionados, pois é possível orientá-los com
maior precisão, mantendo o controle e registro de
todos os processos de trabalho.
SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO
DAS CONCILIAÇõES DOS JUIzADOS ESPECIAIS
o Sistema dos Juizados Especiais foi criado para
automatizar o processo de coleta dos dados e de gera-
ção de estatísticas provenientes desses juizados. São
coletados dados dos 38 Juizados, quatro com infor-
mações cíveis pré-processuais, seis com informações
apenas criminais, onze com informações cíveis e 21
com informações cíveis e criminais.
Antes do sistema, o formulário era enviado em plani-
lha Excel por e-mail. A nomenclatura, por vezes, causava
dúvidas nos servidores responsáveis por preencher as
planilhas. o tratamento dos dados para posterior com-
pilação era extremamente complexo e moroso. A antiga
metodologia aumentava a ocorrência de erros e demora.
Atualmente, como o sistema, os dados obtidos são geren-
ciados com mais facilidade e as informações geradas são
mais fidedignas, uma vez que o formulário encaminhado
aos Juizados está melhor estruturado e as informações
são enviadas ao banco de dados automaticamente.
SISTEMA DE CADASTRO E CONTROLE
DE CONCILIADORES E MEDIADORES
Esse sistema visa atender o inciso VI do artigo 7º, da
Resolução 125 do CNJ que determina que os Núcleos
são responsáveis por criar e manter cadastro dos con-
ciliadores e mediadores que atuem em seus serviços.
Pelo sistema pretende-se acompanhar os mediadores
e conciliadores desde a sua indicação pelos diretores e
juízes, passando pela sua formação, portarias de inclusão,
exclusão, sua certificação e, por fim, acompanhar afasta-
mentos temporários e transferências para outros Juizados.
VISITAS OFICIAIS
Em 2012 o Núcleo e seus Centros receberam di-
versas visitas de outros órgãos e instituições com inte-
resse em conhecer a estrutura organizada pelo TJDFT
e as práticas de gestão adotadas para implementar o
35
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
que está previsto na Resolução 125 do CNJ. Em junho,
o 2º Vice-Presidente do TJDFT, Desembargador Lecir
Manoel da Luz e o Coordenador do Núcleo Permanente
de Mediação e Conciliação – NUPEMEC, Marcelo Gira-
de receberam o Secretário de Reforma do Judiciário do
Ministério da Justiça, Eduardo Dias. Após conhecer o
trabalho de conciliação e mediação realizado pelo Tri-
bunal, Dias afirmou que desde o primeiro momento se
nota como o ambiente está adequado para resolver o
conflito. “A grande preocupação aqui é a satisfação do
usuário”, afirmou. Também parabenizou o TJDFT pela
iniciativa e pelo eficiente trabalho desenvolvido.
Figura 12 – Visita do representante da Secretária de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Eduardo Dias, em 29/06/2012
No mês de julho, o Conselheiro do CNJ, José Roberto
Neves Amorim, responsável pelo Comitê Gestor da Con-
ciliação e o Juiz de direito do TJBA e membro do mesmo
comitê, André Gomma de Azevedo, também visitaram as
instalações do NUPEMEC. o 2º Vice-Presidente do TJDFT,
Desembargador Lecir Manoel da Luz, a Juíza Coordena-
dora do CEJUSC-BSB, Luciana Yuki Sorrentino, e o Coor-
denador do Núcleo Permanente de Mediação e Concilia-
ção – NUPEMEC, Marcelo Girade, receberam os visitantes.
Figura 13 – Visita do Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, Neves Amorim ao modelo de
conciliação e de treinamento de mediação e conciliação implantado pelo NUPEMEC, em 02/07/2012
Durante a visita, o Conselheiro Amorim destacou:
“É uma satisfação pessoal quando as pessoas se en-
tendem. Quando elas por si só encontram um meio
para se acertarem, é muito melhor. Todo mundo ganha.
As partes ganham porque resolvem o problema. A gen-
te ganha com a diminuição do número de processos”.
Ressaltou, ainda, que é necessário criar mecanismos
de controle e cadastro de mediadores, bem como uma
estrutura consistente, pois a mediação é uma tendên-
cia que cresce a cada dia. “Temos que fornecer a base.
Se o alicerce é bem feito, o prédio pode ter quantos
andares a gente quiser”, enfatizou.
o Conselheiro Neves Amorim ainda visitou o Núcleo
em outras oportunidades no decorrer do ano, como em
novembro quando veio prestigiar o primeiro dia da Se-
mana Nacional de Conciliação no TJDFT, acompanhado
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
36
do juiz de direito do Tribunal de Justiça da Bahia, André
Gomma, representante do Comitê Gestor da Concilia-
ção, ligado ao CNJ e Eduardo Dias da Secretaria de
Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça.
Figura 14 – Conselheiro do CNJ e Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça visitam o primeiro dia da Semana Nacional de Conciliação no TJDFT, em 07/11/2012
Ainda no mês de julho do corrente ano, a Juíza
Federal da 1ª Região, Gilda Maria Carneiro Sigmarin-
ga Seixas, Coordenadora do Núcleo de Conciliação da
sessão judiciária de Brasília, acompanhada do dire-
tor administrativo da Justiça Federal, érico de Souza
Santos e da Coordenadora-Substituta da Assessoria
da 2ª Vice-Presidência, Elisa Jordão, visitaram o NU-
PEMEC. Durante a visita, trocaram experiências sobre
conciliação e vislumbraram uma futura parceria de
cooperação técnica entre o TJDFT e o TRF 1ª Região.
A Juíza Gilda elogiou o espaço físico destinado à con-
ciliação e mediação e o trabalho realizado no Tribunal.
“Estou muito satisfeita em conhecer as experiências
do TJDFT. Achei excelente o trabalho.”, declarou.
Durante o mês de agosto o NUPEMEC recebeu
uma importante visita internacional. A delegação eu-
ropéia do EURoSoCIAL, formada pelo juiz Miguel Her-
rero e o advogado José Ramon, veio à América Latina
conhecer as políticas públicas e os projetos sobre os
mecanismos alternativos de resolução de conflitos
realizados em 9 países. Visitaram Peru, Colômbia,
Costa Rica, Honduras, Paraguai, Uruguai e, no Brasil,
apenas a cidade de Brasília. Após a visita ao Brasil
seguiram para Argentina e Chile.
Figura 15 – Visita dos especialistas espanhóis do Programa EUROSOCIAL e representantes da Secretaria de Reforma do
Judiciário do Ministério da Justiça ao NUPEMEC e seus Centros.
o EURoSoCIAL é um programa de cooperação
técnica financiado pela União Europeia que visa o au-
mento da coesão social na América Latina, por meio
do apoio a políticas públicas e do fortalecimento das
instituições que têm esse mesmo foco. No campo do
acesso à Justiça, o Programa envolve três componen-
tes: Acesso ao Direito, Acesso à Justiça e Mecanismos
Alternativos de Resolução de Conflitos (MARC).
No TJDFT, durante os dias 03 e 07 de agosto de
2012, a delegação teve a oportunidade de conhecer o
37
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
NUPEMEC, o CEJUSC-BSB e o CEJUSC-JEC/BSB e de
acompanhar uma audiência de conciliação, verificando
os procedimentos e técnicas utilizados.
A equipe espanhola foi recebida pelo Desembar-
gador Lecir Manoel da Luz e equipe, pelo Desembar-
gador Roberval Casemiro Belinati, e equipe, pelos
juízes Ricardo Faustini Baglioli, Luciana Yuki Fugishita
Sorrentino e Ana Magali de Souza Pinheiro Lins, co-
ordenadores dos CEJUSC-JEC/BSB, CEJUSC-BSB e
CEJUSC-TAG, respectivamente.
Figura 16 – Visita dos especialistas espanhóis do Programa EUROSOCIAL e representantes da Secretaria de Reforma
do Judiciário do Ministério da Justiça ao CEJUSC-JEC
o advogado espanhol José Ramon considerou inte-
res-santes os mecanismos alternativos de resolução de
conflitos do TJDFT. Para ele, o que mais chamou atenção
foi o sistema de informação e coordenação do assunto
como um todo. “Fiquei impressionado com a quantidade
de pessoas envolvidas, a qualidade das instalações e o
espaço adequado e amável para realizar as conciliações
aqui no Juizado Especial Cível”, declarou.
Herrero afirmou que aqui no Brasil está tendo uma
experiência fantástica. Falou que não viu em outros pa-
íses que visitou mecanismos alternativos de resolução
de conflitos sistemáticos como no Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e dos Territórios. “O voluntariado para con-
ciliação é bom para o Tribunal, para o usuário e para o es-
tudante, que pode contar com a prática da conciliação no
currículo”, declarou. Disse ainda que, de tudo que viu no
TJDFT, o que mais gostou foi a interiorização do assunto
na instituição. “Já está incorporado o tema, isso é muito
bonito”, concluiu. “O modelo do Brasil é muito coerente e
interessante com uma coordenação transparente. Estou
encantado com a experiência”, afirmou Herrero.
o NUPEMEC também recebeu a visita do Desem-
bargador do TJSP responsável pelo Núcleo daquele
tribunal, Vanderci álvares, e a Desembargadora do
TJRS, Vanderlei Teresinha Kubiak. A Desembargadora
Vanderlei Teresinha pôde confirmar as informações
obtidas por colegas sobre as conciliações do TJDFT.
“Pude constatar que a estrutura aqui é ideal para re-
alizar as conciliações. O sistema de gerenciamento é
excelente”, declarou. o Desembargador Vanderci disse
que ficou impressionado com o espaço e com o siste-
ma de acompanhamento em tempo real.
Figura 17 – Visita dos desembargadores de São Paulo e do Rio Grande do Sul ao NUPEMEC, em 13/08/2012
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
38
Durante a V Semana de Conciliação, em setembro,
foi a vez dos intercambistas do programa Joaquim
Nabuco do Supremo Tribunal Federal, José Alejan-
dro Mella Cáceres, assistente de Ministro do Tribunal
Constitucional do Chile, e Verónica Rosana Mederos
Gandolfo, assistente de Ministro da Suprema Corte
de Justiça do Uruguai, conhecerem as instalações do
NUPEMEC. o programa é um estímulo à cooperação
no âmbito do Mercosul que preza pela criação de um
espaço regional de diálogo na área jurídica entre os
países do bloco e associados.
o Anexo 8* traz uma coletânea das reportagens
que foram feitas no transcorrer do ano de 2012. A co-
bertura midiática das atividades do Núcleo e dos Cen-
tros evidencia o destaque.
ELOGIOS
Um importante termômetro sobre o quão relevante
é o trabalho que se realiza é a percepção do cidadão-
-usuário. Preocupados nesse sentido, o presente Nú-
cleo dá especial atenção às críticas, sugestões e elo-
gios recebidos em sua pesquisa de satisfação e por
meio da ouvidoria-Geral deste Tribunal. Em 2012, das
35 observações recebidas, 18 eram elogios expressos
direcionados ao atendimento e aos serviços prestados
nos CEJUSCs. Seguem consignados abaixo os elogios
direcionados à ouvidoria desta Casa em atenção aos
trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo e seus Centros:
CEJUSC-BSB
“A Semana de conciliação é uma maneira
rápida e prática para resolver assuntos como
o seguro DPVAT. Estive aqui e achei prático a
maneira de resolverem assuntos que podem levar
anos para serem resolvidos. Graças a Deus meu
caso foi resolvido. Todos estão de parabéns!”
em 26 de setembro de 2012.
“O objetivo do momento é elogiar a receptividade
que tive no dia de hoje, às 11H20 por ocasião de
audiência prejudicada relacionada com o processo
20120111425603, quando fui bem atendida.”
em 9 de novembro de 2012.
“Gostaria de elogiar a conciliadora
Marisa Muniz pela postura profissional
nas audiências, tranquilidade, clareza nas
colocações, simplicidade. Enfim, parabéns!”
em 30 de novembro de 2012.
“Aproveito a oportunidade para elogiar
o profissionalismo dos mediadores Júlio e
Talita que cumpriram fielmente as disposições
previstas no protocolo de condutas.”
em 18 de dezembro de 2012.
“Registro a surpresa que tive com a eficácia
desse centro de conciliação. Digo “surpresa”, pelo
conceito que eu já tinha do TJDFT como órgão
moroso, sem busca de soluções. Esse centro
demonstrou interesse em solucionar os casos
de forma imparcial rápida e profissional aptos a
conduzir os processos com qualidade. Parabenizo
essa iniciativa e começarei a atribuir novo conceito,
bem como comentar com elogios a justiça.”
em 18 de dezembro 2012.* Conteúdo disponibilizado para acesso em CD anexo.
39
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
CEJUSC-JEC/BSB
“Gostaria de agradecer a conciliadora
Elizabeth por ter entendido nosso problema, ter
se mantido imparcial e ter nos ajudado ao criar
um acordo. Nossos humores estavam péssimos
e ela com muita gentileza e cordialidade nos
deixou calmos e tranquilos para pensar sobre
tudo. Foi um acidente de trânsito complicado,
mas ela com muita sabedoria nos orientou e nos
ajudou. Nunca conheci um servidor com tanta
presteza e vontade de realizar bem o seu trabalho.”
em 26 de dezembro 2012.
“Gostaria de Proferir este elogio a Maria
Elizabeth dos Santos, CONCILIADORA DO TJDFT,
por sua conduta sempre imparcial, neutra,
carinhosa, porém firme e que conduz de maneira
exemplar suas audiências. Sou preposto da Claro
e advogado. Nunca acreditei na conciliação, mas
essa conciliadora me fez querer trazer propostas
em todas as audiências. É rápida em suas redações
de acordo. É objetiva e sempre muito respeitosa
com todos. Sempre entro nos sites para reclamar,
mas hoje resolvi ELOGIAR, por merecimento, um
membro do Tribunal. Esse tipo de gente me faz
acreditar que ainda é possível existir justiça.”
em 26 de outubro de 2012.
“Na última sexta-feira necessitei ir ao CEJUSC-JEC/
BSB e fiquei encantada com o atendimento de todos
os atendentes desse Juizado. Gosto de me manifestar
quando sou bem atendida em um órgão público, a fim
de que o elogio sirva de estímulos para a continuidade
das atitudes. Manifesto meu agradecimento.”
em 27 de outubro de 2012.
“Gostaria de registrar um elogio ao conciliador
Vagner Rodrigues da Silva Neves. Ajuizei 2 ações,
uma de cobrança e outra de despejo, distribuídas
para o Centro Judiciário de Solução de Conflitos
e Cidadania dos JEC de Brasília. A audiência de
ambas foi designada para o dia 28/11/12, uma às
13hs30 e outra às 14hs. As partes nas duas ações
eram as mesmas. Solicitei que fossem realizadas
as duas ao mesmo tempo, no que fui atendido. A
audiência durou exatamente 3 horas e 40 minutos.
O acordo foi feito e os processos extintos. Nunca
havia visto um conciliador tão imparcial e ao mesmo
tempo engajado com o objetivo precípuo daquela
audiência, a conciliação. Ele ouviu as partes, explicou
as consequências de um litígio, enfim seguiu à risca
a cartilha. Mas ele foi além disso. Mesmo com
protestos das suas chefes imediatas, tendo em vista
que as outras audiências sob sua responsabilidade
estavam atrasadas e tiveram que ser repassadas
para outros conciliadores. O Sr. Vagner fez todo o
possível, conversando com as partes e com os seus
respectivos patronos, conjunta e separadamente,
até conseguir um acordo, apesar da animosidade
entre as partes. Se todos os conciliadores agissem
com o mesmo profissionalismo e perseverança,
certamente, haveria menos litígios nos JEC.”
em 6 de dezembro de 2012.
“Acredito muito na mediação - Continue assim!”
em 11 de setembro de 2012.
“Muito boa a mediação, que continuem
assim conduzindo as partes a resolverem
melhor as diversidades. Obrigada.”
em 11 de setembro de 2012.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
40
CEJUSC-TAG
“Nada a declarar, foi tudo em perfeita condução.”
em 11 de setembro de 2012.
“Elogio a Srta: Juliana pelo desempenho
na mediação de guarda compartilhada.”
em 11 de setembro de 2012.
“Dou meus parabéns à equipe de mediação
pela cordial cortesia, imparcialidade e compostura
no processo de mediação que com certeza resultou
no fechamento positivo para ambas as partes.”
em 11 de setembro de 2012.
“Agradecer ao CEJUSC-TAG pelo apoio e ajuda.”
em 11 de setembro de 2012.
“Recomendo a maior divulgação desse
serviço. O futuro está aqui! Também, os juízes
poderiam ser estimulados a utilizar este serviço.
Parabéns! Continuem o povo agradece!!!”
em 5 de outubro de 2012.
“O trabalho desenvolvido pelo núcleo de
mediação e conciliação (NUPEMEC – CEJUSC-
TAG) revelou-se absolutamente indispensável e
atuante, a fim de que as partes litigantes pudessem
chegar à composição de uma forma rápida e eficaz
com ambas satisfeitas com os resultados obtidos.
Talvez fosse bem-vinda a utilização desse tipo de
procedimento por outros juízos vinculados ao TJDF,
com o que certamente se alcançaria uma maior
celeridade e o resultado que atingirá o objetivo dos
jurisdicionados na busca do reconhecimento de seus
direitos. Registro, assim, os meus cumprimentos
e agradecimentos. Por essa iniciativa. Parabéns.”
em 23 de outubro de 2012.
41
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
CEJUSC-BSB ceNtro Judiciário de solução de coNflitos e cidAdANiA de BrAsíliA
RESUMO EXECUTIVO
o presente Centro tem como especialidade a reali-
zação de esforços concentrados de conciliação e me-
diação, as chamadas Semanas de Conciliação. Entre as
mudanças mais relevantes ocorridas no decorrer do ano,
pode-se citar a alteração na estrutura de funcionamento
dos esforços conciliatórios organizados pelo setor.
Ao longo de 2012, o Centro Judiciário de Solução
de Conflitos e Cidadania de Brasília realizou cerca de
2.100 sessões de conciliação. Mais de 11.000 pes-
soas foram atendidas e o montante negociado supe-
rou 21 milhões de reais, totalizando uma média de
acordos de 62%.
Em 2012 os trabalhos da equipe CEJUSC-BSB visa-
ram fortalecer e expandir a estrutura das conciliações.
Entretanto, investiu-se também no desenvolvimento da
mediação iniciando um trabalho-piloto com algumas
Varas Cíveis. Dessa forma, a equipe de mediadores
tem sido montada e capacitada para atuar nas áreas
Cíveis e de Família. No corrente ano o Centro realizou
33 mediações, logrando êxito em 85,2% dos casos.
FORMATO DE FUNCIONAMENTO
Figura 18 – Instalações para conciliação e mediação do CEJUSC-BSB
Para melhor acomodar as audiências de conciliação e mediação realizadas pelo Centro, experimentou-se um
novo modelo de organização do espaço e da dinâmica das conciliações, com o objetivo de propiciar maior conforto
às partes e de humanizar o atendimento.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
42
As semanas de conciliação, seguindo o modelo
de mutirão, aconteciam em 27 bancas de concilia-
ção concomitantes, espalhadas por um amplo salão,
sem delimitação física dos espaços. Dessa maneira,
as bancas eram muito próximas e não era possível
conceder privacidade às partes e advogados de cada
processo. As sessões aconteciam intercaladas a cada
trinta minutos, totalizando cerca de dez sessões em
uma tarde, por banca. Em decorrência deste acúmulo
de sessões, em um curto espaço de tempo e gran-
de número de pessoas circulando, havia uma grande
poluição sonora e tempo escasso que ocasionavam
atrasos e consequentemente aumento do tempo de
espera para as próximas partes.
Figura 19 – Antigo modelo de Semana de Conciliação (Mutirão)
A atual estrutura compreende a seguinte con-
figuração: a pauta de conciliações acontece em
14 salas, todas dotadas de isolamento acústico e
equipadas com computadores, mesa redonda de e
cadeiras. As impressoras ficam dispostas no salão,
sendo disponibilizada uma impressora para cada
quatro salas. As sessões são agendadas com inter-
valos de quarenta minutos com intuito de propor-
cionar, aos jurisdicionados, mais tempo na tentativa
de resolução das questões envolvidas e, aos conci-
liadores, maior tranquilidade para a aplicação das
técnicas aprendidas para conduzir as sessões. No
total, podem acontecer até seis sessões durante o
turno, por sala.
Figura 20 – Novas salas de conciliação CEJUSC-BSB
A proposta da Pauta Concentrada tem o objetivo
de reunir os esforços conciliatórios em uma estru-
tura sustentável, que possa ser realizada de modo
contínuo. A inovação, quanto ao modelo anterior de
mutirões, se baseia no menor número de sessões
diárias, contudo, com frequência mensal ou bimes-
tral em suas realizações e maior qualidade no aten-
dimento aos cidadãos.
Constatou-se que a mudança do estilo “muti-
rão” para o formato de “pauta concentrada” mos-
trou-se adequado ao atendimento com qualidade.
Por meio desta inovação, realiza-se um número
menor de sessões diárias, no entanto, com maior
43
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
atenção no atendimento aos jurisdicionados (cida-
dãos e instituições parceiras).
Figura 21 – Sala de conciliação CEJUSC-BSB
A adoção dessa prática foi constatada pela
pesquisa de qualidade, sobretudo pelo grau de sa-
tisfação, não somente dos usuários (partes, advo-
gados e prepostos), bem como pela equipe de ser-
vidores. outros grupos endossaram essa transição,
tais como: a imprensa local, pessoas de referência
nessa área no Brasil e exterior, representantes de
instâncias superiores de outros Tribunais e o pró-
prio Conselho Nacional de Justiça. E ainda, o projeto
da mudança na estrutura foi mais uma das práticas
condecoradas pelo III Prêmio Conciliar é Legal, o do-
cumento pode ser visualizado no Anexo 9*.
Em linhas gerais, passa-se a descrever como são
planejados e executados os eventos conciliatórios des-
te Centro Judiciário.
Normalmente, a entidade faz contato com o Cen-
tro, manifestando interesse em realizar conciliações.
Agenda-se reunião para ajuste dos procedimentos
a serem seguidos, tanto pela entidade quanto pelo
Centro, além de orientações quanto à seleção dos
processos a serem indicados. Sugere-se que a lista
destes processos seja encaminhada ao CEJUSC-
-BSB, com antecedência mínima de 60 dias antes
da realização do evento. Recebida a lista original dos
processos, inicia-se triagem para exclusão dos fei-
tos em situação processual imprópria para concilia-
ção tais como: a) processos arquivados; b) senten-
ciados por pagamento; c) homologação de acordo
realizada; dentre outros.
Superada esta fase de ajuste da listagem, ela-
bora-se a pauta propriamente dita, designando-se
dia, hora e sala para as conciliações. Imprimem-se
etiquetas autoadesivas com estas informações, as
quais serão coladas na capa dos respectivos pro-
cessos. Com um mês de antecedência são enviados
memorandos aos Setores do Tribunal que colabo-
ram para realização do evento: Secretaria de Admi-
nistração Predial – SEAP, Secretaria de Segurança
e Transporte – SEST, Secretaria de Tecnologia da
Informação – SETI e Contadoria de Brasília. Além
disso, é encaminhado ofício, pela 2ª Vice Presidên-
cia, à Defensoria Pública e ao Ministério Público, se
necessário, avisando sobre o evento e informando
os processos em que estes órgãos deverão atuar.
Comunica-se, por mensagem eletrônica, aos Di-
retores e Diretores Substitutos das Varas contempla-
das com os processos sobre a realização do evento
e informando qual data será passado o andamento * Conteúdo disponibilizado para acesso em CD anexo.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
44
248 (audiência mutirão de conciliação designada),
além do período em que a equipe de estagiários do
CEJUSC-BSB irá até o Cartório para expedição da
carta convite. Anexada à mensagem segue lista dos
processos. Passa-se o andamento processual 248.
Agenda-se transporte para os Fóruns junto ao Serviço
de Transporte – SERTRA. Por telefone, confirma-se,
com os Diretores e Diretores Substitutos, o recebi-
mento do email, solicitando que os processos sejam
separados e que seja disponibilizada máquina “loga-
da”, no Sistema de 1ª Instância – SISTJ, para que o
estagiário possa realizar as expedições.
Durante o período de expedições é comum à ex-
clusão de vários processos da pauta, considerando
que, neste decurso de prazo, os processos trami-
tam normalmente. Cerca de uma semana antes do
evento, novamente são agendados transportes aos
outros Fóruns para trazer os processos ao local de
realização da Pauta Concentrada. Chegando ao CE-
JUSC-BSB os processos são distribuídos em caixas
próprias, as quais são identificadas por dia, sala,
horário e número dos feitos.
A Pauta da Presidência demonstra algumas par-
ticularidades nessa dinâmica, por exemplo: os pro-
cessos ficam no Serviço de Recursos Constitucio-
nais – SERECo. os feitos não recebem o andamento
248 e as expedições não são feitas pelo SISTJ (sis-
tema de 1ª Instância).
outro ato importante para o evento é a reunião de
alinhamento com a entidade participante. Normalmen-
te, ela acontece cerca de dez dias antes do evento. São
convidados a participar deste momento: a) represen-
tantes da instituição parceira no evento; b) advogados;
c) prepostos; d) representantes do Gabinete da 2ª Vice
Presidência e da Secretaria Judiciária – SEJU, além
dos gestores do CEJUSC-BSB e NUPEMEC e do Juiz
Coordenador. A pauta da reunião contempla, em linhas
gerais: funcionamento e dinâmica do evento, ações da
instituição parceira que podem facilitar as negociações,
posturas dos representantes que aumentam as chan-
ces de acordo e cláusulas usuais dos termos de acordo
(custas, honorários, multas etc.).
outro momento, não menos importante, é a reunião
com os conciliadores e servidores da equipe CEJUSC-
-BSB. Este encontro tem por finalidade apresentar
posturas que auxiliam de forma positiva na condução
das negociações, bem como demonstrar aquelas que
interferem negativamente. São repassadas, ainda,
orientações gerais e específicas acerca do evento e
explanações quanto ao funcionamento dos sistemas
informatizados a serem utilizados. Uma síntese da or-
ganização das Pautas Concentradas pode ser grafica-
mente visualizada na Esquema 2, a seguir:
45
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
Esquema 2 – Funcionamento das Pautas Concentradas
Montagem da estrutura
Requisição de Conciliadores
Reunião com as Instituições e
Prepostos
Divulgação
Reunião com Conciliadores
Contato com as Instituições
Seleção criteriosa dos processos pelo Centro
Convite das partes (expedição)
Busca dos processos nas Varas e Juizados
Devolução dos processos às Varas e aos Juizados
para homologação
Homologação dos processos
Devolução dos provessos às Varas
e aos Juizados
Emissão de certidões dos Conciliadores
Semana de Conciliação
Organização do Sistema e Infra-estrutura
Montagem da pauta
Fornece a lista de processos em que tem interesse em
oferecer proposta
Centros Judiciários de Solução de Con itos do Distrito Federal
Semana de Conciliação
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
46
DADOS ESTATÍSTICOS
No decorrer do ano de 2012, foram realizadas oito Semanas de Conciliação. A Tabela 3 apresenta uma síntese
dos principais resultados obtidos:
Tabela 3 – Principais resultados das semanas de conciliação em 2012
Evento
Entidade participante
Processos indicados
Audiências designadas
Audiências realizadas*
AcordosPercentual
de acordos**Valor negociado
I Semana de Conciliação Cartão BRB 1.249 1.130 343 329 96% R$ 1.641.169,76
II Semana de Conciliação Banco BRB 1.004 1.021 525 315 60% R$ 11.871.250,61
III Semana de Conciliação Banco Itaú*** 1.444 697 416 158 38% R$ 1.346.321,23
1ª Pauta Concentrada Banco Bradesco 327 240 132 77 66% R$ 1.310.755,90
2ª Pauta Concentrada DPVAT 307 200 127 93 77% R$ 511.274,01
Pauta Concentrada da Presidência Vários 673 130 51 21 46% R$ 175.511,18
Semana Nacional de Conciliação – CNJ 956 689 446 263 65% R$ 2.018.235,48
3ª Pauta Concentrada Bradesco 55 55 18 14 63% R$ 265.433,56
Soma Total 6.015 4.162 2.058 1.270 62% R$ 19.139.951,73
Notas:
* O número de audiências realizadas incluem as audiências remarcadas.
** Para efeito do cálculo do índice de acordos as audiências remarcadas devem ser retiradas das audiências realizadas.
*** Este evento foi prejudicado por uma alteração na política de acordo do banco às vésperas de sua realização. O responsável pela referida instituição financeira sugeriu, inclusive, seu cancelamento. Entretanto, esta medida não seria viável, pois, além de gerar prejuízos aos cofres pú-blicos, macularia a imagem desta Corte de Justiça perante o jurisdicionado, haja vista que já haviam sido realizadas as intimações necessárias.
A seguir é apresentado um breve resumo sobre cada um dos eventos realizados em 2012 e o resultado da
pesquisa de qualidade que acompanha as respectivas semanas.
47
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
I SEMANA DE CONCILIAÇÃO DE 2012
A I Semana de Conciliação foi realizada no período
de 13 a 17 de fevereiro de 2012 em parceria com o
Cartão BRB. A estrutura foi composta por 27 bancas,
sendo 25 destinadas aos processos de 1ª Instância e
duas aos processos de 2ª Instância.
Foram designadas 1.130 conciliações. Dessas, 343
foram realizadas e, em apenas 14 não houve consenso
entre as partes. Assim, o evento foi finalizado com o
percentual de 96% de acordo, o maior registrado no
ano de 2012 em uma semana de conciliação.
Tabela 4 – Dados da 1ª Semana de Conciliação
I Semana de Conciliação – Cartão BRB
Sessões designadas 1.130
Sessões realizadas 343
Total de acordos homologados 329
Soma dos valores homologados R$ 1.641.169,76
índice de acordos 96%
II SEMANA DE CONCILIAÇÃO DE 2012
A II Semana de Conciliação foi realizada no perí-
odo de 12 a 16 de março em parceria com o Banco
de Brasília – BRB. Em razão da personalidade jurídica
da instituição participante os processos selecionados
tramitavam nas Varas de Fazenda Pública do Distrito
Federal. Foram designadas 1.021 sessões de conci-
liação. Destas, 525 foram realizadas, das quais 315
acordos foram obtidos, atingindo-se o percentual de
60%. o montante negociado foi de R$ 11.871.250,61.
Tabela 5 – Dados da 2ª Semana de Conciliação
II Semana de Conciliação – Banco BRB
Sessões Designadas 1.021
Sessões Realizadas 525
Total de Acordos Homologados 315
Soma dos Valores Homologados R$ 11.871.250,61
índice de Acordos 60%
III SEMANA DE CONCILIAÇÃO
Realizada no período de 11 a 13 de abril em par-
ceria com o Banco Itaú, essa Semana obteve o menor
percentual de acordo no ano: 38%. o evento foi macu-
lado por uma alteração na política interna do Banco às
vésperas de sua realização, prejudicando as margens
de negociação. Há época, o Corregedor encaminhou
ofício diretamente ao Sr. Roberto Setúbal, presidente
do Banco Itaú, manifestando o pesar da instituição ter
adotado tal postura, uma vez que o trabalho de parceria
havia sido exitoso até então. Prontamente o presidente
da instituição respondeu, por meio de sua assessoria
que esta não era a orientação do Banco e que iria to-
mar as providências para que não mais ocorressem
falhas nesse sentido.
A estrutura foi composta por 25 bancas, sendo 23
destinadas aos processos de 1ª Instância e duas aos
processos de 2ª Instância. As sessões foram designa-
das com intervalo de 40 em 40 min. Foram designadas
697 sessões de conciliação, envolvendo processos de
seis Fóruns: Brasília, Gama, Planaltina, Ceilândia, Santa
Maria e São Sebastião. Realizou-se 416 conciliações,
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
48
Tabela 7 – Dados da 1ª Pauta Concentrada
1ª Pauta Concentrada – Banco Bradesco
Sessões Designadas 240
Sessões Realizadas 132
Total de Acordos Homologados 77
Soma dos Valores Homologados R$ 1.310.755,90
índice de Acordos 65,9%
II PAUTA CONCENTRADA DE 2012
Realizada no período de 17 a 21 de setembro em
parceria com a Seguradora Líder em processos rela-
cionados ao seguro de danos pessoais causados por
veículos automotores de via terrestre – DPVAT. De
acordo com a nova estrutura física, implementada a
partir desta semana, foram reservadas nove salas para
realização das sessões de conciliação. Duas destas
para atendimento dos processos oriundos da 2ª Ins-
tância e uma sala reservada para eventuais atrasos.
Agendaram-se seis sessões de conciliação por sala,
com intervalo de 55 minutos, dos quais 15 minutos
para a realização de avaliação médica.
Foram designadas 200 sessões de conciliação en-
volvendo processos de 12 Fóruns do DF. Realizaram-se
127 conciliações, das quais 93 acordos foram firma-
dos, atingindo o percentual de 77%. o montante nego-
ciado foi de R$ 511.274,01.
das quais 158 acordos foram formulados, atingindo o
montante negociado de R$ 1.346.321,23.
Tabela 6 – Dados da 3ª Semana de Conciliação
III Semana de Conciliação – Banco Itaú
Sessões Designadas 697
Sessões Realizadas 416
Total de Acordos Homologados 158
Soma dos Valores Homologados R$ 1.346.321,23
índice de Acordos 38,0%
I PAUTA CONCENTRADA DE 2012
Realizada no período de 25 a 29 de junho em
parceria com o Banco Bradesco, esse evento ficou
marcado por um diferencial: optou-se por denomi-
ná-lo de “pauta concentrada” migrando o formato
de “mutirão”. Distanciando-se da quantidade de
processos e preocupando-se mais na qualidade de
atendimento ao cliente.
Foram estabelecidas oito bancas, ao invés de
27, sendo uma reservada aos processos oriundos
da 2ª Instância. Agendadas seis sessões de conci-
liação por banca, com intervalo de cinquenta minu-
tos com intuito de proporcionar aos jurisdicionados
mais tempo na tentativa de resolução das questões
discutidas. Foram designadas 240 sessões de con-
ciliação envolvendo processos do Fórum de Brasília.
Realizou-se 132 conciliações, das quais 77 acordos
foram formulados, atingindo o montante negociado
de R$ 1.310.755,90.
49
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
Tabela 8 – Dados da 2ª Pauta Concentrada
2ª Pauta Concentrada – DPVAT
Sessões Designadas 200
Sessões Realizadas 127
Total de Acordos Homologados 93
Soma dos Valores Homologados R$ 511.274,01
índice de Acordos 77,0%
III PAUTA CONCENTRADA
Realizada no período de 17 a 19 de outubro com
processos selecionados pela Assessoria Jurídica da
Presidência – AJP. Este evento ficou marcado por uma
singularidade: os processos estavam conclusos com o
Presidente do Tribunal para análise do juízo de admis-
sibilidade de recurso especial ou extraordinário. Regis-
tra-se que o TJDFT inovou, dentre todos os tribunais
brasileiros, ao possibilitar às partes conciliar nesta fase
processual tão singular.
A estrutura foi composta por oito salas, sendo
uma reservada para eventuais atrasos e atendimento
prioritário. As sessões foram agendadas com inter-
valo de 40 minutos. Foram designadas 130 sessões
de conciliação, envolvendo 24 instituições financeiras.
Realizaram-se 51 conciliações, das quais 21 acordos
foram formulados, atingindo o montante negociado de
R$ 175.511,18. o percentual de acordo alcançado,
46%, foi considerado exitoso pela AJP considerando o
ineditismo deste evento.
Tabela 9 – Dados da Pauta Concentrada da Presidência
Pauta Concentrada da Presidência
Sessões Designadas 130
Sessões Realizadas 51
Total de Acordos Homologados 21
Soma dos Valores Homologados R$ 175.511,18
índice de Acordos 46,0%
SEMANA NACIONAL DE CONCILIAÇÃO DE 2012
Realizada em seis dias úteis, compreendendo o
período de 7 a 14 de novembro, nos turnos matutino
e vespertino. Esta Semana contou com a participa-
ção de dez instituições parceiras: Banco Bradesco,
Citibank, Citicard, Banco do Brasil, Banco Santander,
Cartão BRB, Banco Itaú, Banco de Brasília, Casas
Bahia e Decolar.com.
Todas as 14 salas do Centro foram utilizadas,
onze para os processos oriundos da 1ª Instância,
uma para os da 2ª Instância e duas salas reservas,
utilizadas para eventuais atrasos e atendimento
prioritário. Por dia foram agendadas 10 sessões de
conciliação por sala. Foram designadas 689 sessões
de conciliação, envolvendo 13 Circunscrições Judi-
ciárias: Brasília, Brazlândia, Ceilândia, Gama, Núcleo
Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Riacho Fundo, Sa-
mambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho
e Taguatinga. Realizaram-se 446 conciliações, das
quais 263 acordos foram formulados, atingindo o
montante negociado de R$ 2.018.235,48.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
50
Tabela 10 – Dados da Semana Nacional da Conciliação
Semana Nacional da Conciliação
Sessões Designadas 689
Sessões Realizadas 446
Total de Acordos Homologados 263
Soma dos Valores Homologados R$ 2.018.235,48
índice de Acordos 65,0%
IV PAUTA CONCENTRADA DE 2012
Marcada para os dias 12 e 13 de dezembro em
parceria com o Banco Bradesco. No entanto, a pedido
de alguns jurisdicionados, quatro processos tiveram
conciliações realizadas nos dias 17 e 19 de dezem-
bro. o último evento do ano também trouxe uma
peculiaridade: a participação de um único escritório
jurídico representando a instituição financeira. Esta
particularidade facilitou muito o trabalho realizado e
contribuiu para o resultado obtido.
Foram estabelecidas quatro salas, sendo uma re-
servada para eventuais atrasos e atendimento priori-
tário. Agendadas seis sessões de conciliação por sala,
com intervalo de quarenta minutos com intuito de pro-
porcionar aos jurisdicionados mais tempo na tentativa
de resolução das questões discutidas. Atingiu-se o per-
centual de 83% de acordo.
Tabela 11 – Dados da 3ª Pauta Concentrada
3ª Pauta Concentrada – Bradesco
Sessões Designadas 55
Sessões Realizadas 18
Total de Acordos Homologados 14
Soma dos Valores Homologados R$ 265.433,56
índice de Acordos 63,0%
SESSõES DE MEDIAÇÃO
o Centro de Brasília começou a realizar sessões
de mediação no final do 1º semestre. o primeiro pro-
cesso mediado no CEJUSC-BSB foi encaminhado pelo
Desembargador Relator, Dr. Waldir Leôncio Cordeiro
Lopes Júnior (Conselho Especial), em junho de 2012.
As pré-mediações iniciaram-se em 26 de junho, e em
14 de setembro as partes chegaram ao consenso. o
processo originário, um Mandado de Segurança, tra-
mita no Tribunal desde 1997, ou seja, 15 anos. Esta
transação foi amplamente divulgada pela imprensa
local, considerando sua abrangência em número de
jurisdicionados e processos: cerca de 4.000 pessoas
em aproximadamente 400 ações de execuções dis-
tribuídas em Gabinetes da 2ª Instância. Não se pode
mensurar a quantidade de processos findos, haja vista
a anuência individual dos exequentes, em cada uma
das ações executórias, com os termos do acordo.
Com a finalidade de expandir de forma ordenada
o serviço de mediação no âmbito da 1ª Instância, fo-
ram realizadas, no dia 7 de julho e 14 de setembro,
reuniões com os Juízes e Diretores da 9ª e 24ª Vara
51
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
Cíveis da Circunscrição de Brasília, respectivamente.
Posteriormente, a 23ª Vara Cível acresceu a esse gru-
po. A pretensão é que estes Cartórios fizessem parte
do projeto-piloto que, no transcorrer dos trabalhos
desenvolvidos, pudesse ser estendidas as demais
Serventias Judiciais Cíveis do Fórum de Brasília.
Durante o ano de 2012, 82 processos foram enca-
minhados ao CEJUSC-BSB para agendamento de me-
diações. Vinte e sete processos foram mediados, sendo
que em quatro não foi possível alcançar o consenso
entre as partes. Assim, obteve-se o índice de 85,2%
de acordos dos processos mediados. Como mostram
os dados dispostos na Tabela 12:
Tabela 12 – Processos mediados em 2012, no CEJUSC-BSB
Situação Nº de processos
Acordo 23
Sem acordo 4
Em andamento 6
Total 33
Dos 82 processos encaminhados ao Centro, não
foi possível encontrar as partes em 41. Existem oito
processos aguardando confirmação de agendamento
pelas partes. No final de novembro, especificamente,
chegou ao Centro uma listagem contendo 30 proces-
sos do Banco Industrial e Comercial – BIC. Realizaram-
-se seis sessões de mediação, abrangendo 15 proces-
sos, e obtendo o índice de 100% de acordo.
PESQUISA DE SATISFAÇÃO
DO USUÁRIO – CEJUSC-BSB
Em relação à conciliação, a Pesquisa de Satisfação
do Usuário (PSU) foi aplicada em quase todas as se-
manas de conciliação realizadas no CEJUSC-BSB, não
tendo sido aplicada apenas na I Semana de Conciliação
de 2012, uma vez que os instrumentos de pesquisa
ainda estavam em fase de elaboração.
Nas segunda e terceiras Semanas foram aplica-
das uma versão preliminar do formulário da PSU. A
versão definitiva estava em construção. A partir da IV
semana (1ª Pauta Concentrada – Banco Bradesco) foi
iniciada a etapa de validação, por meio de entrevistas
às partes e aos advogados. A partir da V Semana de
Conciliação (2ª Pauta Concentrada – DPVAT) foi apli-
cada a versão definitiva do formulário de PSU, entre-
gue pessoalmente pelos conciliadores às partes e os
advogados, que os convida a responder o formulário
e a depositar nas urnas.
o resultado da PSU na conciliação será descrito a
seguir de forma geral, abrangendo apenas as variáveis
quanto às expectativas, à satisfação, aos servidores e aos
conciliadores, incluindo ainda os comentários mais fre-
quentes e significativos sobre cada um desses aspectos.
No entanto, os relatórios completos de cada uma das Se-
manas em que foi aplicada a PSU, abrangendo todas as
variáveis do formulário, podem ser visualizados no Anexo
6*, como anunciado anteriormente, deste documento.
* Conteúdo disponibilizado para acesso em CD anexo.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
52
No que diz respeito às expectativas do jurisdi-
cionado, vê-se que o resultado foi bastante positivo:
88,3% da amostra respondeu que teve suas expecta-
tivas superadas (32,2%) ou atendidas (56,1%), total
ou parcialmente. os comentários demonstram que as
partes esperam aumento da frequência da realização
de conciliações:
Gráfico 1 – Expectativas quanto à sessão de conciliação
Superadas
Atendidas
Parcialmente
Não atendidas
32,2%
36,2%
19,9%
11,7%
“Deveríamos ter momentos assim mais vezes,
alguns problemas poderiam ser evitados, como
busca e apreensão e negativação dos nomes.”
3ª semana de conciliação – Banco itaú.
“Encontros como este deveriam se repetir
mais vezes para que todos pudessem ter
suas causas solucionadas com mais rapidez
e um serviço de atendimento com qualidade”.
semana Nacional de conciliação.
Com relação à satisfação geral com os serviços
oferecidos pelo CEJUSC-BSB, 88,5% do jurisdicio-
nado respondeu que ficou satisfeito ou muito satis-
feito. A seguir, alguns comentários que expressam
esse resultado:
Gráfico 2 – Satisfação geral dos usuários quanto à sessão de conciliação
Muito satisfeito
Satisfeito
Insatisfeito
Muito insatisfeito
35,7%
52,8%
8,8%2,7%
“Muito boa essa semana de conciliação,
pois processos que demorariam muito
tempo são solucionados mais rapidamente.”
iii semana de conciliação – Banco itaú.
“Esse tipo de ação é muito importante para diminuir
o tempo para a solução dos problemas apresentados.“
ii semana de conciliação – Banco BrB.
“Foi muito bom ter esta semana de conciliação
para resolver esses processos Parabéns!”
ii semana de conciliação – Banco BrB.
“Espetacular o serviço, em razão da
celeridade e da economia processual”.
i Pauta concentrada Bradesco.
“A conciliação é uma ótima oportunidade
para a resolução rápida e eficaz das lides.”
iii Pauta concentrada – semana do Presidente.
Quanto ao atendimento dado pelos servidores ao
chegar ao Tribunal, o CEJUSC-BSB teve ótima avalia-
ção: 93,6% dos respondentes o consideraram excelen-
te ou bom. Vale ressaltar que o rapport, que é o estabe-
lecimento de sintonia ou confiança pelos servidores e
conciliadores para com as partes e advogados, desde o
convite para a sessão de conciliação, é essencial para
53
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
promover o conforto e tem relação direta com o núme-
ro de acordos construídos e cumpridos.
Gráfico 3 – Atendimento dado pelos servidores
Excelente
Bom
Regular
Ruim
65,7%
27,9%
4,7%1,6%
Alguns elogios foram escritos em relação a esse
tópico:
“Gostei do trabalho das pessoas que
me atenderam, obrigado. Muito Bom!”
ii semana de conciliação – Banco BrB.
“Excelente acomodação física.”
semana Nacional de conciliação.
“Com a separação em salas para a conciliação o
aproveitamento da audiência foi bem melhor, pois as
partes têm privacidade para falar sobre o assunto.”
semana Nacional de conciliação.
“Achei o atendimento organizado e como
um todo excelente! Estão de parabéns!”
semana Nacional de conciliação.
A atuação dos conciliadores foi ainda melhor
avaliada: 96,7% do jurisdicionado a considerou ex-
celente ou boa. Essa variável é fundamental para a
satisfação dos usuários. os conciliadores exercem o
serviço de conciliação propriamente dito, conduzin-
do as partes para o diálogo seguro e proativo, para o
entendimento mútuo, do qual o acordo é consequên-
cia. é o que demonstram os seguintes comentários:
Gráfico 4 – Atuação dos conciliadores
0,3%
Excelente
Bom
Regular
Péssimo
77,7%
19%
3%
“Gostei muito da negociação. Alcançou
os objetivos almejados e parabenizo a
equipe de conciliadores que fez de tudo para
que chegássemos a um acordo factível.”
ii semana de conciliação – Banco BrB.
“Já fui (conciliador) por 7 anos. Elogio a postura da
conciliadora, pela urbanidade e respeito às partes.“
semana Nacional de conciliação.
“A atuação da conciliadora foi
fundamental para a celebração do acordo.”
semana Nacional de conciliação.
“Serenidade e conhecimento da
conciliadora facilitaram o acordo.”
semana Nacional de conciliação.
Por fim, questionados se a imagem do Poder Ju-
diciário havia melhorado depois da conciliação, 82,7
dos cidadãos atendidos responderam que sim ou par-
cialmente, o que traduz a conciliação como um instru-
mento para o aumento da confiabilidade da sociedade
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
54
MEDIAÇÃO
As mediações no CEJUSC-BSB tiveram início em
26 de junho de 2012. As 16 mediações foram reali-
zadas em 31 sessões, tendo 26 pessoas respondido o
questionário. A pesquisa de satisfação revela bons re-
sultados das primeiras sessões desse setor, conforme
demonstram as informações a seguir:
Gráfico 6 – Satisfação geral com a mediação o
Muito satisfeito
Satisfeito
Muito insatisfeito
84,6%
11,5%
3,8%
A Pesquisa demonstra que 96,1% dos jurisdicio-
nados ficaram muito satisfeitos ou satisfeitos com o
serviço de mediação. Embora seja recente a estrutura
em que as mediações foram realizadas, vê-se que foi
capaz de atender os cidadãos satisfatoriamente.
Gráfico 7 – Atendimento dados pelos servidores
Excelente
Bom
Regular
79,2%
12,5%
8,3%
em relação à instituição da Justiça. Isso fica explícito
com os comentários de alguns jurisdicionados:
Gráfico 5 – Melhora da imagem do Poder Judiciário após a conciliação
Sim
Em parte
Não
63%
19,7%
17,2%
36636
17,2%
“Estou muito agradecido por ter a oportunidade
de participar desta audiência de conciliação
e satisfeito por parte do poder Judiciário.”
semana Nacional de conciliação.
“Uma excelente iniciativa dos tribunais,
a comunidade agradece. Forte abraço!”
iii semana de conciliação – Banco itaú.
“Uma excelente iniciativa do
judiciário em acelerar os processos.”
ii Pauta concentrada – dPvAt.
“O judiciário está de parabéns
pela relevante iniciativa, todos ganham:
requerente, requerido e judiciário.”
iii Pauta concentrada – semana do Presidente.
“Excelente iniciativa do TJDFT.”
ii semana de conciliação – Banco BrB.
“Foi uma ótima iniciativa da Justiça.”
ii semana de conciliação – Banco BrB.
55
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
Em relação à atuação dos servidores, 91,7% dos
pesquisados consideraram-na excelente ou boa.
Esse dado constitui um dos elementos essenciais
para as partes se sentirem recepcionadas e con-
fiarem no procedimento sugerido para lidar com os
conflitos. é o que sugere o comentário exposto por
uma das partes:
“Comparecer ao tribunal já não é fato de
constrangimento, mas de busca de solução. Os
servidores desse núcleo atuam como aqueles que
trabalham em empresa privada. Parabéns!”
Gráfico 8 – Pertinência da mediação
Muito apropriada
Apropriada
Pouco apropriada
Inapropriada
61,5%
30,8%
3,8%3,8%
A mediação é indicada para os casos em que há
relação continuada ou em que há elementos subje-
tivos implícitos na demanda judicial. os mediadores
são selecionados e treinados para aperfeiçoarem
habilidades que possibilitem o trabalho mais apro-
fundado emocionalmente. Não há, porém, determina-
ção dos casos específicos que podem ser mediados,
motivo que justifica essa variável, que intenta medir
o quanto essa forma é realmente apropriada para a
resolução do conflito em questão. A análise de seus
resultados, em médio ou longo prazo, poderá infor-
mar, com precisão, juízes, advogados e cidadãos, os
casos em que a mediação é a forma mais apropriada
e os casos em que não é.
No CEJUSC-BSB em 2012, 61,5% considerou
a mediação como forma muito apropriada e 30,8%
considerou-a apropriada. Isso revela a adequação da
indicação dos processos para a mediação.
Gráfico 9 – Atuação dos mediadores
Excelente Bom Regular
Apresentação do Mediador e das regras
gerais da Mediação
Auxílio na comunicação com a outra parte
Imparcialidade e neutralida-de (não julgar nenhuma das
partes, não tomar partido)
Atenção, zelo e preocupação em atender
bem à todos
95,9% 4,1%
89,6% 8,3% 2,1%
95,8% 4,2%
91,8% 8,2%
Quanto à atuação dos mediadores, os resulta-
dos foram bastante positivos. A apresentação do
mediador e das regras gerais, sua imparcialidade e
neutralidade e sua atenção, zelo e preocupação em
atender bem a todos foi avaliada como excelente ou
bom para 100% da amostra; o auxílio na comunica-
ção com a outra parte teve a mesma avaliação para
97,9%. o elogio abaixo mostra a satisfação quanto a
atuação dos mediadores:
“Gostei muito da mediação, pois fui muito bem
recebida e orientada pelos mediadores, não me
senti pressionada a fazer nada que não tivesse no
meu planejamento. Me sinto feliz em resolver meus
problemas sem muitas burocracias.”
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
56
Gráfico 10 – Melhoria da imagem do Poder Judiciário
Sim
Não
80%
20%
Esse item da PSU avalia um dos impacto do serviço
de mediação para a sociedade. No CEJUSC-BSB, para
80% dos respondentes, a imagem do Poder Judiciário
melhorou após a mediação.
“Muito bom, e se todos os chamados da
justiça fossem através dos seus mediadores
nossa justiça, nosso país estaria melhor em todos
os sentidos 100%.”
“Foi muito bom ter essa visão da justiça.”
“Sem comentários, excelente!”
57
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
CEJUSC-JEC/BSB ceNtro Judiciário de solução de coNflitos
e cidAdANiA do JuizAdos esPeciAis cíveis de BrAsíliA
RESUMO EXECUTIVO
o Centro realiza uma média de 110 sessões de
conciliação por dia. No ano de 2012 aconteceram
13.675 sessões de conciliação, com atendimento
de mais de 30.933 cidadãos e totalizando mais de
R$7.000.000,00 transacionados.
Uma importante frente de atuação do CEJUSC-
-JEC/BSB são as Pautas Específicas. As Pautas Es-
pecíficas são a metodologia utilizada na realização
das conciliações em que grandes demandantes fir-
mam parceria com o Tribunal, de acordo com a na-
tureza, a quantidade de processos que estão trami-
tando na Casa e também conforme seu interesse em
fazer uma proposta de acordo nessas causas. o ob-
jetivo dessa atividade é facilitar a operacionalização
das pautas de conciliação, para tanto, são realizadas
reuniões prévias com as instituições, seus prepos-
tos, advogados e gestores com poder de decisão
final, a fim de auxiliar na elaboração de propostas,
estabelecer cláusulas contratuais padronizadas e
orientar em relação às técnicas de negociação e às
posturas mais apropriadas para a conciliação e o
resgate do cliente.
Dentro da estratégia das Pautas Específicas, em
2012, a equipe do Centro desenvolveu o Curso de
Treinamento de Prepostos das empresas participan-
tes do Projeto Pauta Específica, com o objetivo de
oferecer aos prepostos mais ferramentas para o mo-
mento da negociação. Esse foi um importante passo
no sentido de consolidar as Pautas Específicas e
aumentar sua efetividade.
outra importante linha de ação do Centro é a su-
pervisão dos alunos recém-formados nos cursos de
capacitação de conciliadores promovidos pelo NU-
PEMEC. Em 2012, 86 conciliadores concluíram seu
estágio supervisionado e foram certificados conci-
liadores da Casa.
FORMATO DE FUNCIONAMENTO
Quanto sua estrutura física, o Centro possui um
cartório amplo e conta com 18 salas destinadas às
sessões de conciliação. Durante a semana, 14 salas
ficam destinadas às audiências marcadas, duas salas
à supervisão de conciliadores em estágio supervisio-
nado e duas salas que são destinadas às audiências
de Fazenda Pública que acontecem com conciliadores
formados pelo convênio com a Faculdade Fortium.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
58
Figura 22 – Sala de espera do CEJUSC-JEC/BSB
Diariamente, o CEJUSC-JEC/BSB realiza seis
audiências por sala no período matutino e sete au-
diências no vespertino. Pela manhã as audiências
são agendadas com uma previsão de 40 minutos,
pela tarde a previsão é de 30 minutos. A diferença
ocorre para que sejam realizados testes que per-
mitam a adequação da previsão de duração média
das audiências.
No cartório, as iniciais do processo são recebi-
das e autuadas. Faz-se a expedição dos mandados
e praticam-se todos os atos cartorários necessários
até a audiência de conciliação prevista pela legisla-
ção vigente. Após a audiência de conciliação, com
o alcance de um consenso, o juiz responsável pelo
centro homologa o acordo. Caso não seja possível,
o processo é distribuído para um dos sete juizados.
Em alguns casos é possível que se agende a Audi-
ência de Instrução e Julgamento no ato com conse-
quente intimação imediata das partes.
Para fazer parte do corpo de conciliadores do
CEJUSC-JEC/BSB, os estagiários candidatos a con-
ciliadores participam de um Curso de Capacitação
de Conciliadores, treinamento fornecido pela equi-
pe de instrutores do Tribunal, com carga horária
de 42 horas. Após o curso teórico, passam por um
estágio supervisionado e, se aprovados, tornam-se
conciliadores certificados pelo NUPEMEC. A partir
do convênio do NUPEMEC com o UNICEUB são re-
crutados conciliadores que atuam no CEJUSC-JEC/
BSB no turno da manhã. os conciliadores formados
pelo convênio com a faculdade Fortium atuam nas
sessões de conciliação de Fazenda Pública.
outro projeto que foi condecorado pelo III Prêmio
Conciliar é Legal foi a Pauta Específica nos Juizados
Especiais com Treinamento de Prepostos. o projeto
está especificado no Anexo 10*.
PAUTAS ESPECÍFICAS
Dentre os esforços desenvolvidos em 2012 pelo
CEJUSC-JEC/BSB a Pauta Específica foi um importante
desafio enfrentado pelo setor. Nas pautas específicas o
TJDFT e as empresas interessadas assumem um com-
promisso para o desenvolvimento de ações que permitam
a criação de melhores condições para análise das de-
mandas. Como consequência, tem-se a elaboração mais
cuidadosa de propostas de acordo atendendo, assim, ao
fundamento da conciliação, que norteia os Juizados Espe-
ciais Cíveis, e contribuindo com a pacificação social.
* Conteúdo disponibilizado para acesso em CD anexo.
59
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
Um dos fatores que motivaram o início da Pauta
Específica foi o desafio de se aumentar o índice de
acordos para 50%, uma meta ambiciosa e nunca antes
alcançada pelos Juizados Especiais Cíveis de Brasília.
Na oportunidade, vislumbraram-se como maiores de-
mandadas nos Juizados Especiais Cíveis de Brasília as
pessoas jurídicas, especialmente da área de aviação e
de telefonia. Um trabalho mais direcionado a essas em-
presas com certeza alavancaria os índices de acordo.
Para que a Pauta Específica dê bons resultados,
os supervisores do CEJUSC-JEC/BSB desenvolveram
um curso especializado em melhorar a atuação dos
prepostos nas salas de audiência. o Curso de Treina-
mento de Prepostos objetiva oferecer a esse público
mais ferramentas para o momento da negociação. os
prepostos treinados devem participar das pautas espe-
cíficas, sendo vedado o encaminhamento de prepostos
não treinados. o curso também é aberto a advogados
e outros funcionários da empresa, sem custos algum.
Para realização da Pauta Específica são desen-
volvidas algumas ações sequenciais discriminadas na
Esquema 3:
Esquema 3 – Etapas envolvidas para a realização da Pauta Específica CEJUSC-JEC/BSB
Contato inicial com as empresas
Assinatura do termo de compromisso
Realização do curso para prepostos
Realização da Pauta Especí�ca
Levantamento do quantitativo de processos
De�nição da pauta e das datas de citação
Reunião com as empresas e escritórios
Reunião de avaliação
DADOS ESTATÍSTICOS
Tabela 13 – Dados gerais da estatística de 2012 do CEJUSC-JEC/BSB
CEJUSC-JEC/BSB
Sessões Designadas 17.887
Sessões Realizadas 13.675
Total de Acordos Homologados 3.637
índice de Acordos 26,6%
Valores Negociados R$ 7.143.816,80
Ao longo de 2012, o Centro Judiciário de Solução
de Conflitos e Cidadania dos Juizados Especiais Cíveis
de Brasília realizou cerca de 13.675 sessões de con-
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
60
ciliação. Mais de 30.933 pessoas foram atendidas. o
montante negociado superou sete milhões de reais. E a
média dos acordos ficou em 26,6%.
Gráfico 11 – Comparação entre as audiências realizadas e o total de acordos
2.000
2009 2010 2011 20120
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
Audiências realizadas Total de acordos
2.586 2.960 2.887 3.643
10.483
12.32613.715 13.675
A figura abaixo ressalta uma importante ques-
tão: do ano de 2009 a 2012 há uma manutenção
do número médio de processos que deram entrada
nos Juizados especiais cíveis, contudo o número de
processos que segue para Instrução e Julgamento
(que não alcançam acordo nas audiências de con-
ciliação) vem diminuindo significativamente. Esse
dado demonstra a eficácia da política de resolução
autocompositiva das lides e traz um importante re-
sultado: a resolução dos conflitos que chegam ao
Judiciário por um método consensual reforça a ideia
original da criação dos Juizados Especiais, qual
seja: reduzir o número de processos a serem jul-
gados pelo Judiciário de forma célere e satisfatória
para a sociedade. A conciliação como fase obriga-
tória do rito simplificado dos Juizados é o principal
instrumento pedagógico que contribui na criação da
cultura da pacificação social.
Gráfico 12 – Total de audiências de instrução e de julgamento designadas pelo CEJUSC-JEC/BSB
2.000
2009 2010 2011 20120
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
20.000
Sessões designadas
Processos encaminhados a fase de instrução e julgamento
6.4625.340
4.8543.834
15.084
17.39716.442
17.887
PAUTAS CONVENCIONAIS
Gráfico 13 – Comparação entre as audiências realizadas e o total de acordos nas sessões convencionais
200
0
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2.000
Audiências realizadas Total de acordos
136292
442332 340 292 263
370313
293 362362
453
1.211
1.842
1.4461.299
1.1281.074
1.303
1.088 1.0351.141
655
Gráfico 14 – Percentual de acordos em audiências de conciliação nas Pautas Concenvionais
2009
24,67% 24,01%
21,05%
26,64%
2010 2011 2012
21,05%
26,,64%
5,00%
0,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
61
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
PAUTAS ESPECÍFICAS
No decorrer do ano de 2012, foram realizadas 41
Pautas Específicas. Neste modelo, o índice de acordos
obtidos foi de 60,6% em comparação com os 26,6%
no modelo convencional.
Tabela 14 – Dados da Pauta Específica, no CEJUSC-JEC/BSB, no ano de 2012
CEJUSC-JEC/BSB Pauta Específica
Sessões Designadas 1.063
Sessões Realizadas 999
Total de Acordos Homologados 605
índice de Acordos 60,56%
Valores Negociados R$ 1.161.402,56
o gráfico a seguir apresenta os índices anuais de
acordos obtidos pelas empresas participantes da Pauta
Específica.
Gráfico 15 – Comparativo do percentual de acordos nas Pautas Específicas
61,95%64,94%
45,14% 45,65%
54,55%
77,70% 77,78%
,
45,14% 45,45,65%65%
,
77,,70%,, 77,,78%,,
SEMANA NACIONAL DE CONCILIAÇÃO
NO CEJUSC-JEC/BSB
A Semana Nacional de Conciliação de 2012 no CE-
JUSC-JEC/BSB alcançou seu melhor índice de acordos.
Houve acordo em 59,3% dos processos participantes
desta semana. Como demonstrado no gráfico a seguir:
Gráfico 16 – Comparativo do percentual do índice de acordos das Semanas Nacionais da Conciliação
2009 2010 2011 2012
10,00%
0,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
29,54%32,65% 30,53%
59,33%70,00%
PESQUISA DE SATISFAÇÃO –
CEJUSC-JEC/BSB
o CEJUSC-JEC/BSB possui o maior número de res-
pondentes e de informações tratadas dentre os demais
Centros, uma vez que é responsável pela realização de
todas as conciliações dos sete Juizados Especiais Cí-
veis de Brasília, procedimento obrigatório nas causas
cíveis de menor complexidade. As conciliações, que
ocorrem antes mesmo da distribuição dos processos,
acontecem diariamente pela manhã e pela tarde. A
partir de outubro de 2012 a Pesquisa de Satisfação
dos Usuários foi implementada no CEJUSC-JEC/BSB, e
os resultados serão expostos a seguir.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
62
Nota-se que, para 86,2% dos jurisdicionados, as
expectativas foram superadas (13,8%) ou atendidas
(72,4%), total ou parcialmente. Impende ressaltar que
o CEJUSC-JEC/BSB não é uma estrutura nova. Esse
Centro recepcionou as atividades realizadas pela então
denominada Central de Conciliação dos Juizados Es-
peciais Cíveis de Brasília, local já conhecido por consi-
derável número de partes e maior ainda de advogados.
Mas ainda assim, o CEJUSC-JEC/BSB causou impres-
sões relevantes:
Gráfico 17 – Expectativas quanto à sessão de Conciliação
Superadas
Atendidas
Parcialmente
Não atendidas
54,7%
17,7%
13,8% 13,8%
“A solução rápida surpreendeu considerando que
eu tinha uma imagem de algo negativo do judiciário,
a transparecia do processo é digna de elogios”.
outubro a dezembro de 2012.
“Fui surpreendida positivamente
com a conciliação. Excelente trabalho”.
outubro a dezembro de 2012.
“Mais simples do que esperava”.
semana Nacional de conciliação 2012.
o índice de satisfação geral foi bastante relevante:
87,2% dos jurisdicionados ficou satisfeito ou muito sa-
tisfeito com os serviços de conciliação. Esse resultado
ficou expresso nos comentários escritos no formulário:
Gráfico 18 – Satisfação geral quanto à Conciliação
Muito satisfeito
Satisfeito
Insatisfeito
Muito insatisfeito
59,3%
2,3%10,6%
27,9%
“Foi importante ter um lugar que
pudesse ouvir minhas angustias, duvidas
e medos. Só tenho a agradecer”.
outubro a dezembro de 2012.
“Tudo perfeito! Vocês estão de parabéns!”
semana Nacional de conciliação 2012.
“Aprecio e muito a conciliação, nos
termos que são propostos para um acordo.
Espero sempre contar com a Justiça”.
outubro a dezembro de 2012.
“A oportunidade de conciliação foi muito boa, e
em ótima forma de ambas as partes se acertarem”.
outubro a dezembro de 2012.
“Estou feliz com a atuação do centro judiciário de
solução de conflitos. senti-me acolhida e realmente
com oportunidade de realizar uma conciliação”.
outubro a dezembro de 2012.
A avaliação do atendimento dado pelos servidores
ao chegar ao Tribunal, foi avaliado como excelente ou
63
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
bom para 83,9% da amostra. Foram feitos alguns elo-
gios quanto a esse tópico:
Gráfico 19 – Atendimento dos Servidores do Tribunal
Excelente
Bom
Regular
Ruim
Péssimo
23,9%
4,2%8,3%
5,5%
60%
“Fui muito bem recebida, ouviram e prestaram
um ótimo atendimento e esclarecimento dos fatos”.
outubro a dezembro de 2012.
“A audiência foi excelente, embora
não tenha ocorrido o acordo. os servidores
muito preparados. parabéns ao TJDFT”.
outubro a dezembro de 2012.
“Saliento a paciência, educação
e boa vontade no atendimento dos
funcionários do balcão: Isadora e Stefanie”.
outubro a dezembro de 2012.
“Um atendimento ótimo, bons profissionais”.
semana Nacional de conciliação 2012.
“Serviço muito bom. Tudo deveria ser assim”.
outubro a dezembro de 2012.
os conciliadores tiveram avaliação excelente ou
bom para 81,1% dos respondentes. Impende notar
que parte dos conciliadores são estudantes de ma-
térias de Estágio de Instituições de Ensino de Direito
que firmaram parceria com o Tribunal. o resultado da
PSU quanto a essa variável mostra, de alguma forma,
o retorno positivo desse tipo de ação para a socieda-
de, não apenas para os alunos, que aprendem teoria
e técnica de métodos autocompositivos de resolução
de conflitos, como também para sociedade, que re-
cebe serviço de qualidade, o que pode ser visto nos
comentários a seguir:
Gráfico 20 – Atuação dos conciliadores CEJUSC-JEC/BSB
Excelente
Bom
Regular
Ruim
Péssimo
17,2%
8,5%
8%
2,5%
63,9%
“Com os conciliadores ficar mais fácil
chegar ao um acordo entre as partes. parabéns”.
outubro a dezembro de 2012.
“Achei excelente a participação do conciliador,
esclareceu todos os pontos do processo e o
andamento caso não houvesse acordo, além
de acelerar o andamento do processo. Isso
deveria acontecer com outros tipos de processo”.
outubro a dezembro de 2012.
“Os conciliadores foram ótimos
e eu os agradeço. Muito obrigada”.
outubro a dezembro de 2012.
“Apresentação das regras feitas pelos
conciliadores feitas com bastante atenção e educação”.
outubro a dezembro de 2012.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
64
“O conciliador foi muito prestativo, claro
e agiu com objetividade e imparcialidade”.
outubro a dezembro de 2012.
“Conciliadores são muito atenciosos, prestativos
tentam sempre esclarecer os benefícios do acordo”.
outubro a dezembro de 2012.
“Excelente apresentação pessoal, domínio das
técnicas de conciliação, polidez, domínio jurídico
e simpatia/ cortesia por parte dos conciliadores”.
outubro a dezembro de 2012.
“Meus sinceros parabéns ao tribunal
porque a iniciativa conciliatória é realmente a
melhor opção principalmente para os casos
de menor valor financeiro, e os conciliadores
estão bem preparados para o ofício”.
outubro a dezembro de 2012.
o gráfico a seguir reflete o impacto das sessões
de conciliação na mudança de visão dos responden-
tes a respeito do Poder Judiciário. Dos pesquisados
54,8% consideraram que a imagem do Poder Judi-
ciário melhorou.
Gráfico 21 – Melhoria da Imagem do Poder Judiciário após a Conciliação.
Sim
Em parte
Não
23,2%
22,1%
54,8%
“A oportunidade de realizar um acordo sempre
é válida, pois otimiza os serviços da justiça, no
sentido de diminuir a demanda de processos”.
outubro a dezembro de 2012.
“Elogio a dinâmica rápida na solução
encontrada pelo Juizado Especial”.
outubro a dezembro de 2012.
“O Poder Judiciário tem o poder de mudar o
sistema, e com essa experiência aqui obtida vejo que
as soluções, para o nosso país, estão mais fáceis”.
outubro a dezembro de 2012.
“Aprecio e muito a conciliação, nos
termos que são propostos para um acordo.
Espero sempre contar com a justiça”.
outubro a dezembro de 2012.
“A oportunidade de conciliação foi muito boa, e
em ótima forma de ambas as partes se acertarem”.
outubro a dezembro de 2012.
“A conciliação é a solução para os
mais prementes problemas do judiciário”.
outubro a dezembro de 2012.
“Fomos muito bem atendidos
e aumentou a minha fé na justiça”.
outubro a dezembro de 2012.
“O Judiciário é um avanço no
direito e liberdade do cidadão”.
outubro a dezembro de 2012.
“É bom ver que o poder judiciário
se mostra preocupado com o cidadão,
independente do seu poder aquisitivo”.
outubro a dezembro de 2012.
65
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
CEJUSC-TAg ceNtro Judiciário de solução
de coNflitos e cidAdANiA de tAguAtiNgA
RESUMO EXECUTIVO
No decorrer do ano de 2012, o Centro Judiciário de
Solução de Conflitos e Cidadania de Taguatinga reali-
zou 255 sessões de mediação. A média dos acordos
alcançada foi de 64,3%.
o ano de 2012, especialmente nos dois últimos
trimestres, foi marcado por ações de capacitação e
aprimoramento da equipe CEJUSC-TAG. Todos os
servidores lotados no Centro dedicaram-se ao aper-
feiçoamento profissional necessário ao bom desem-
penho de suas funções.
Em 2012, o CEJUSC-TAG obteve acesso ao Siste-
ma de primeira Instância – SISTJ para consulta dos
processos que tramitam em segredo de justiça. Atu-
almente, está sendo testado o SIREC, sistema desen-
volvido pelo NUPEMEC, para o controle de processos.
Em razão da necessidade de aperfeiçoamento da es-
tabilidade da rede de computadores local no Fórum de
Taguatinga, o SIREC ainda está em fase de testes.
Para fazer frente ao aumento da demanda e ao con-
sequente aumento no número de processos recebidos,
foi necessária a reorganização das rotinas administra-
tivas do setor. No rol dessas modificações, destaca-se
o estabelecimento de prazos para a confirmação das
mediações. Com isso, foi possível diminuir o tempo que
o processo fica no CEJUSC-TAG, pois são identificadas
com mais brevidade as mediações prejudicadas, que
são devolvidas imediatamente, desobstruindo a pauta.
outra alteração de rotina foi o estabelecimento de
um texto padrão para o contato telefônico e e-mails
com as partes convidadas a participar das sessões de
mediação, de forma a garantir maior uniformidade nas
informações transmitidas.
Por último, em razão da crescente participação de
observadores nas sessões, foi elaborado um termo de
confidencialidade com expressa referência ao Código
de ética estabelecido pela Resolução 125 – CNJ.
FORMATO DE FUNCIONAMENTO
Quanto às instalações físicas, o Centro está instalado
num espaço de aproximadamente 68m2, no Fórum de
Taguatinga, composto por três salas de mediação e uma
secretaria. No CEJUSC-TAG são realizadas mediações
de família e cíveis, das 9hs às 19hs. As atividades do
período matutino são essenciais para melhor atender
aos usuários e advogados, que normalmente têm mais
dificuldade de participar das mediações no horário.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
66
Figura 23 – Sala de mediação no CEJUSC-TAG
Além das Varas Cíveis, o CEJUSC-TAG atende às
Varas de Família de Taguatinga. Em sua grande maio-
ria, os processos são oriundos da 2ª Vara de Família
órfãos e Sucessões de Taguatinga, cartório que en-
caminha as ações de alimentos para o CEJUSC-TAG
logo após a decisão liminar de alimentos provisórios,
antes mesmo da citação. Além disso, frequentemente
são recebidos processos enviados por solicitação dos
advogados das partes.
Em 2012, foram feitos contatos com os Diretores de
Secretaria das Varas Cíveis no intuito de que encaminhas-
sem mais processos. Como resultado dos contatos com
os cartórios, tem-se recebido processos da 5ª Vara Cível
de Taguatinga com maior regularidade. Assim, a partir dos
processos enviados pelo juízo, consultam-se as empresas
indicadas sobre o interesse em participar da solução au-
tocompositiva. Também foram feitos contatos com alguns
escritórios de advocacia de Taguatinga no intuito de que
possam indicar processos para a realização de mediações.
Após o encaminhamento dos processos ao CE-
JUSC-TAG, são anotados os dados necessários para
identificação do caso e das partes, a fim de que pos-
sam ser convidadas para a mediação. os autos são
devolvidos ao cartório para que as providências ad-
ministrativas cartorárias sejam realizadas (mandados,
juntadas, expedição de ofícios). Procura-se concentrar
os processos da mesma parte numa única data para
possibilitar mais agilidade e adesão por parte dos ad-
vogados e prepostos. No dia e horário agendado, são
realizadas as sessões de mediação. Havendo ou não
acordo, é encaminhado um memorando à Vara de ori-
gem do processo, noticiando o resultado final e devol-
vendo a questão ao juízo.
o Anexo 10* do presente relatório traz o projeto de
expansão do Centro de Taguatinga, como o objetivo de
expandir a capacidade de atendimento aos jurisdicio-
nados do setor.
DADOS ESTATÍSTICOS
A mediação é um procedimento complexo, indicado
para os casos em que há relações de caráter continua-
do. Nessa hipótese, são trabalhadas questões emocio-
nais, para que haja abertura das partes para a possibili-
dade de um consenso. o processo de mediação envolve
vários tipos de reuniões com as partes: pré-mediações,
sessões individuais e sessões conjuntas. A quantidade
de reuniões varia de caso para caso: são realizadas
quantas forem necessárias para o sucesso da mediação
e a satisfação das partes.
* Conteúdo disponibilizado para acesso em CD anexo.
67
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
Gráfico 22 – Índices de Acordos, por mês, no ano de 2012, no CEJUSC-TAG
10%
0%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
42,9%
70,6%
65% 66,7%
85%
75%78,6% 79,2%
72,7%68,4%
40,4%35,3%
64,3%
85%
,
65% ,
75%
68,,4%
40,4%
64,,3%
No decorrer do ano, 63% dos processos media-
dos no CEJUSC-TAG vieram de varas de família. Esse
número mostra a principal área de atuação do Centro
e sua principal especialização. Das causas de família
60% são causas relacionadas à questão de Alimentos
e Revisão de Alimentos.
Gráfico 23 – Comparativo entre mediações cíveis e de família. Especificação das mediações de família
De Família
De Cível
63%37%
40%
20%10%
9%
7%
3%3%
8%
763%
7%
20%
%
%
40%
20%10%
%
%
8%
Alimentos
Guarda e responsabilidade
Oferta de alimentos
Exoneração de alimentos
Revisão de alimentos
Regulamentação de visita
Divórcio litigioso
Outros
PESQUISA DE SATISFAÇÃO CEJUSC-TAG
o Centro de Taguatinga elaborou um formulário
provisório para colher a percepção dos usuários do
serviço da mediação. Esse formulário foi aplicado du-
rante o ano de 2012, enquanto estava sendo desenvol-
vido o formulário definitivo. Em outubro de 2012 houve
a validação dos novos instrumentos no CEJUSC-TAG,
e, em novembro, foi elaborada a versão final. A imple-
mentação definitiva ocorrerá em janeiro de 2013.
o formulário provisório colheu a percepção dos ci-
dadãos atendidos e aponta para a qualidade e especia-
lização dos colaboradores que atuam no Centro de Ta-
guatinga. Ao serem questionados quanto à satisfação
com o serviço de mediação, 89,1% dos respondentes
pontuaram o extremo positivo da escala (excelente e
ótimo). A satisfação com o processo de mediação é im-
portante, pois a natureza autocompositiva do procedi-
mento enseja que as partes devem construir a solução
mais adequada para o conflito.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
68
Gráfico 24 – Satisfação geral
Excelente
Ótimo
Bom
Regular
28,8%
3,1%7,9%
60,3%
Da mesma forma é de suma importância a avalia-
ção das partes quanto ao atendimento prestado pelos
servidores do Tribunal no geral, pois expressa a recep-
ção dada ao cidadão que busca à justiça e da relação
de confiança que se estabelece. Novamente, o resul-
tado obtido é positivo, pois 95,9% dos respondentes
considera o atendimento prestado pelos servidores do
tribunal excelente ou ótimo.
Gráfico 25 – Atendimento dos servidores
Excelente
Ótimo
Bom
18,7%
4,1%
77,2%
os mediadores ao os responsáveis por facilitar a
comunicação entre as partes em situação de litígio.
Aqueles devem atuar com imparcialidade neutralida-
de, cortesia e urbanidade, e explicar de forma clara
o procedimento da mediação. o padrão de qualidade
vinculado à atuação dos mediadores é apresentado
pelo Código de ética estabelecido pela Resolução
125 do CNJ. Dessa forma, a percepção apresenta-
da pelos jurisdicionados atendidos no CEJUSC-TAG
corrobora para qualificação dos colaboradores que
atuam nesse centro.
Gráfico 26 – Atuação dos mediadores
Excelente Ótimo Bom Regular
Forma de conduzir a mediação
Imparcialidade
Cortesia do servidor
72,3% 19,3%
71,9% 21%
77,2% 19,3%
Elogios elencados pelos jurisdicionados quanto o
atendimento prestado no CEJUSC-TAG:
“Ela é uma excelente mediadora, muito
dedicada, equilibrada, firme, prestativa, excelente
em dialogar, fala com clareza. Ela é muito eficiente,
está de parabéns.”
“Que este trabalho de mediação continue, pois
facilita muito a vida da pessoa.”
“Ampliar o serviço de mediação.”
“Excelente a cortesia e cordialidade da
mediadora. Solucionou o conflito e houve acordo
satisfatório para ambas as partes.”
“Parabenizo pela iniciativa tão efetiva!”
“Sugiro que a mediação seja mais divulgada entre
a população e implementada de maneira mais atuante
pela Justiça, a fim de dar celeridade dos processos
69
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
evitar o desgaste emocional entre as partes, e quem
sabe assim desafogar as Varas do acúmulo de
trabalho, o que evitaria muitas injustiças, pois como
disse Rui Barbosa “Justiça tardia não é Justiça, é
injustiça manifesta...” E é dever do Estado zelar pela
dignidade do cidadão, o que não existe sem Justiça”
SEMANA NACIONAL DE CONCILIAÇÃO
NO CEJUSC-TAG
Durante a Semana Nacional de Conciliação, em
virtude da relevância do evento, foi aplicada versão
definitiva do formulário elaborado. os dados obtidos
durante o evento estão dispostos a seguir e trazem um
importante panorama quanto à satisfação dos cidadãos
atendido no CEJUSC-TAG.
Nessa Semana, o CEJUSC-TAG realizou 37 media-
ções. Dessas, obteve-se o retorno de 49 formulários.
os resultados revelam que 95,7% dos respondentes
consideraram a mediação como muito apropriada e
apropriada para o caso.
Gráfico 27 – Pertinência da Mediação na SNC
Muito apropriada
Apropriada
Pouco apropriada
Inapropriada
58,7%
2,2%2,2%
37%
Das partes e advogados que responderam as ques-
tões, 95,7% assinalaram que recomendariam a me-
diação para outras pessoas, e, ainda, o mesmo número
de respondentes indicou que participaria novamente de
sessões de mediação. Quanto à crença de que a media-
ção possa evitar conflitos futuros, 78,7% responderam
positivamente o item. o pressuposto dessas variáveis é
que a mediação consiste, em última instância, em um
instrumento de transformação das relações proporcio-
nando oportunidades de reestabelecer a comunicação
entre as pessoas de forma produtiva e proativa.
Ainda, o item que busca mensurar o grau de satis-
fação dos atendidos alcançou a marca de 95,8% de
muito satisfeito e satisfeito. Esses números reforçam
que a oportunidade autocompositiva leva as partes a
alcançar resultados satisfatórios, pois as soluções são
construídas pelos próprios envolvidos.
Gráfico 28 – Nível de Satisfação com a Mediação na SNC
Muito satisfeito
Satisfeito
Insatisfeito
44,7%
4,3%
51,1%
o atendimento dos servidores do Tribunal foi assi-
nalado no extremo positivo da escala (excelente) por
54,3% dos respondentes, e ainda, 26,1% da amostra
considerou-o bom. Esses números indicam a prepara-
ção dos servidores envolvidos no atendimento às partes
e apontam resultados positivos para o esforço de apri-
moramento dos servidores em 2012.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
70
Gráfico 29 – Atendimento dos Servidores na SNC
Excelente
Bom
Regular
Ruim
Péssimo26%
6%
2%
11%55%
os dados da avaliação da atuação dos mediadores
dedicados à SNC são importantes para consagrar o pro-
fissionalismo da atuação de nossos colaboradores. Em
todas as variáveis obtiveram-se mais de 90,0% de apro-
vação (excelente e bom) dos respondentes da pesquisa.
Comentários relacionados à atuação dos mediadores con-
firmam à satisfação dos atendidos durante as sessões:
“Parabéns aos mediadores!“
“Muito bem conduzido.“
“É muito importante esse procedimento,
no intuito de desafogar os cartórios que estão
abarrotados de processos.“
Gráfico 30 – Atuação dos Mediadores na SNC
Excelente Ótimo Bom Regular
Apresentação do Mediador e das regras
gerais da Mediação
Auxílio na comunicação com
a outra parte
Imparcialidade e neutralidade (não julgar nenhuma das
partes, não tomar partido)
Atenção, zelo e preocupação em atender
bem a todos
70,3 25%
76,6% 21,9%
59,4% 29,7%
75% 23,4%
Na seção que convidou os respondentes a refleti-
rem sobre sua percepção quanto ao Poder Judiciário,
obteve-se o seguinte resultado: 71,7% dos respon-
dentes externaram ter melhorado a imagem do Poder
Judiciário depois da mediação. Esse resultado é extre-
mamente importante, pois demonstra que a mediação
é um caminho que aproxima os jurisdicionados da re-
solução dos conflitos e gera contentamento.
Gráfico 31 – Melhoria da Imagem do Poder Judiciário
Sim
Em parte
Não
8,7%
19,6%
71,7%
71
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
CONCIlIAÇÃO NOS JUIzADOS ESPECIAIS CíVEIS
A Resolução N.º 125, de novembro de 2010, do
CNJ trabalha com os conceitos de conciliação Pré-
-Processual e Processual. A diferença entre estes
dois conceitos está no fato de haver, ou não, um
processo instaurado.
CONCILIAÇÃO PRé-PROCESSUAL
Atualmente as conciliações pré-processuais, no
âmbito do TJDFT, ocorrem nos Núcleos de Atendi-
mento de Trânsito – NUATs (Fóruns Mirabete, Júlio
Leal e na circunscrição de Ceilândia) e no Posto Avan-
çado do Aeroporto.
NÚCLEOS DE ATENDIMENTO DE TRÂNSITO – NUATS
o Núcleo de Atendimento de Trânsito é um serviço
oferecido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal
e dos Territórios para atender chamados relaciona-
dos a acidentes com veículos automotores terrestres,
como carros, caminhões e ônibus. o NUAT realiza a
conciliação no próprio local do acidente. Cadastra
as partes, reduz a termo os acordos celebrados e os
distribui para homologação. Além disso, distribui os
pedidos reduzidos a termo e informa ao jurisdicionado
a data, o local e o horário da próxima audiência desig-
nada quanto aos feitos relacionados à Circunscrição
Judiciária de Brasília. Então, os termos são remetidos
ao Juizado Especial Itinerante; ou, se referentes às
demais circunscrições, os remete à distribuição do
local do atendimento.
os atendimentos são realizados em veículos au-
tomotores modelo “van”, devidamente equipados. No
veículo, está presente um servidor do Tribunal (conci-
liador), que ajudará os envolvidos a chegarem a um
acordo, e um policial militar.
obtida a conciliação, o acordo será reduzido a termo
e encaminhado para homologação judicial e, posterior-
mente, intimadas as partes para o recebimento do ter-
mo respectivo na Secretaria do Juizado. Impossibilitada
ou frustrada por qualquer motivo a conciliação, o pedido
será reduzido a termo e encaminhado ao Juizado Espe-
cial Cível competente, para nova sessão de conciliação,
intimadas desde logo as partes.
Na Circunscrição Especial Judiciária de Brasília,
compete ao 9º Juizado Especial Cível – Juizado Itine-
rante a homologação dos acordos e o processamento
e julgamento dos pedidos reduzidos a termo, oriundos
dos atendimentos do Núcleo de Atendimento ao Trân-
sito. os acordos e pedidos reduzidos a termo, se re-
ferentes às demais circunscrições, serão remetidos à
distribuição do local do atendimento.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
72
Tabela 15 – Acordos em Conciliação Pré-Processual Cível nos NUATs
Mês Sessões Designadas Sessões Realizadas Total de Acordos homologados Índice de Acordos
Janeiro 132 132 117 88,64%
Fevereiro 198 198 180 90,91%
Março 243 243 227 93,42%
Abril 297 280 204 72,86%
Maio 245 245 224 91,43%
Junho 244 244 221 90,57%
Julho 203 203 183 90,15%
Agosto 240 240 219 91,25%
Setembro 200 200 177 88,50%
outubro 277 277 244 88,09%
Novembro 205 205 187 91,22%
Dezembro 147 147 129 87,76%
Total 2.631 2.614 2.312 88,45%
POSTO AVANÇADO DO JUIzADO ESPECIAL
ITINERANTE DE BRASÍLIA – AEROPORTO
o Posto Avançado do Juizado Especial Itinerante de
Brasília, localizado no Aeroporto Juscelino Kubitschek,
em razão da situação especifica na qual acontecem as
conciliações, qual seja: conflitos relacionados a em-
presas áreas; adota procedimento distinto dos demais
Juizados Especiais. Em um primeiro momento opta-
-se por uma tentativa de entendimento verbal entre os
usuários e respectivos prepostos das empresas aéreas,
intermediado por um servidor-conciliador do Tribunal.
Havendo consenso entre as partes, este não é reduzido
a termo, não há homologação judicial, denominado-se,
apenas, ajuste entre as partes. Em caso de impasse,
as pretensões do usuário são reduzidas a termo e dis-
tribuídas ao Juizado Especial Itinerante.
73
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
Tabela 16 – Acordos em Conciliação Pré-Processual Cível no Aeroporto do DF
Mês Sessões Designadas Sessões Realizadas Total de Acordos homologados Índice de Acordos
Janeiro 653 535 120 22,43%
Fevereiro 489 420 90 21,43%
Março 666 505 78 15,45%
Abril 669 552 46 8,33%
Maio 431 340 73 21,47%
Junho 627 379 183 48,28%
Julho 718 503 137 27,24%
Agosto 454 235 97 41,28%
Setembro 559 428 94 21,96%
outubro 572 419 152 36,28%
Novembro 289 187 85 45,45%
Dezembro 357 357 56 15,69%
Total 6.484 4.860 1.211 24,92%
CONCILIAÇÃO PROCESSUAL
o quadro abaixo apresenta os dados relativos às atividades de conciliação nos Juizados Especiais de todo o
Distrito Federal.
Tabela 17 – Acordos em Conciliação Processual Cível nos Juizados Especiais Cíveis do DF
MêsSessões
DesignadasSessões Realizadas
Soma dos Valores homologados
Total de Acordos homologados
Índice de Acordos
Janeiro 3.375 2.203 R$ 1.209.287,90 879 39,90%
Fevereiro 5.642 4.061 R$ 2.228.631,80 1.400 34,47%
Março 7.845 5.380 R$ 2.715.332,78 1.976 36,73%
Abril 6.782 4.669 R$ 2.455.088,11 1.756 37,61%
Maio 7.620 5.430 R$ 2.898.895,56 2.094 38,56%
Junho 6.974 4.827 R$ 2.899.635,77 1.918 39,73%
Julho 5.287 3.839 R$ 1.914.630,86 1.346 35,06%
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
74
Tabela 18 – Acordos em Conciliação dos Juizados Especiais Cíveis do DF, por Circunscrição
CircunscriçãoSessões
DesignadasSessões
RealizadasSoma dos Valores
homologadosTotal de Acordos
homologadosÍndice de Acordos
Brasília* 17.887 13.675 R$ 7.143.816,80 3.637 26,60%
Brazlândia 2.257 1.322 R$ 821.264,19 653 49,39%
Ceilândia 9.086 7.474 R$ 4.255.577,12 3.476 46,51%
Gama 3.287 1.974 R$ 1.465.435,47 933 47,26%
Guará 4.033 2.569 R$ 1.830.132,79 1.158 45,08%
Itinerante 817 638 R$ 386.960,51 242 37,93%
Núcleo Bandeirante 2.119 1.121 R$ 522.242,00 348 31,04%
Paranoá 1.529 1.133 R$ 525.724,47 566 49,96%
Planaltina 3.013 2.495 R$ 1.048.723,24 845 33,87%
Riacho Fundo 1.813 1.625 R$ 659.642,67 420 25,85%
Samambaia 8.373 4.415 R$ 3.511.792,08 2.614 59,21%
Santa Maria 2.247 1.422 R$ 710.495,31 609 42,83%
São Sebastião 2.467 1.164 R$ 402.743,13 327 28,09%
Sobradinho 4.780 3.816 R$ 1.507.934,86 1.106 28,98%
Taguatinga 10.448 6.992 R$ 4.033.597,14 2.625 37,54%
Total Processual 74.156 51.835 R$ 28.826.081,78 19.559 37,73%
* Dados referentes aos Juizados Especiais Cíveis de Brasília, excluídos os Juizados do Aeroporto, Itinerante, de Trânsito e Juizados Especiais de Fazenda Pública.
MêsSessões
DesignadasSessões Realizadas
Soma dos Valores homologados
Total de Acordos homologados
Índice de Acordos
Agosto 7.596 5.395 R$ 3.075.466,25 2.051 38,02%
Setembro 6.238 4.299 R$ 2.477.243,09 1.585 36,87%
outubro 6.823 4.806 R$ 2.686.095,89 1.866 38,83%
Novembro 6.150 4.306 R$ 2.621.046,05 1.662 38,60%
Dezembro 3.824 2.620 R$ 1.644.727,72 1.026 39,16%
74.156 51.835 R$ 28.826.081,78 19.559 37,73%
No ano de 2012, foram coletados os dados de 32
Juizados Cíveis. Dentre eles quatro Juizados que reali-
zam sessões pré-processuais, dois Juizados de Fazen-
da Pública, e o CEJUSC-JEC/BSB. Também são cole-
tados dados sobre sessões de conciliação em âmbito
criminal de 23 Juizados. Abaixo, são apresentados os
dados relativos aos Juizados Especiais Cíveis discrimi-
nados por circunscrição.
75
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
* Conteúdo disponibilizado para acesso em CD anexo.
Foram designadas mais de 74.000 sessões de
conciliação cíveis, das quais cerca de 52.000 foram
realizadas, gerando um total de 19.500 acordos, o que
corresponde a mais de 29 milhões de reais negociados.
Neste período, foram envolvidos, aproximadamente, 70
magistrados, 500 conciliadores e 220 colaboradores,
atendendo a mais de 173.000 pessoas.
Tabela 19 – Acordos em Conciliação dos Juizados Especiais de Fazenda Pública do DF
CircunscriçãoSessões
DesignadasSessões
RealizadasSoma dos Valores
homologadosTotal de Acordos
homologadosÍndice de Acordos
1º Juizado Especial de Fazenda Pública 799 720 R$ 105.849,59 20 2,78%
2º Juizado Especial de Fazenda Pública 652 543 R$ 118.811,08 15 2,76%
Total Processual 1.451 1.263 R$ 224.660,67 35 2,77%
A especificação dos dados estatísticos relacionados aos Juizados Especiais Cíveis está disponível no Anexo
12* do presente documento.
77
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
OBJETIVOS ESTRATégICOS PARA 2013
Para continuidade das ações relativas à implemen-
tação da Política Judiciária Nacional de Tratamento
Adequado dos Conflitos de Interesses no âmbito do
TJDFT, foram estabelecidos 10 objetivos estratégicos
para serem alcançados em 2013. Tais objetivos com-
põe o conjunto das ações estratégicas do NUPEMEC.
1. Realização de diagnóstico nas Varas Cíveis, de
Família e Juizados Especiais Cíveis em relação
à infraestrutura física, de recursos humanos e
procedimentos voltados à conciliação e me-
diação;
2. Implementação em todos os Juizados Cíveis do
DF, Varas Cíveis Comuns de Brasília e Taguatin-
ga, e Varas de Família de Brasília e Taguatinga
do Modelo de Avaliação de Qualidade definido
pelo NUPEMEC;
3. Publicação da homepage do NUPEMEC e CE-
JUSCs na internet e intranet;
4. Consolidação, por meio de convênios ou ter-
mos de cooperação, das parcerias com facul-
dades de Direito, órgãos públicos e privados;
5. Adequação do espaço físico do CEJUSC-TAG
para expansão do atendimento;
6. Definição do modelo de atuação para enca-
minhamento de casos junto às Varas Cíveis
e de Família de Brasília;
7. Disponibilização do sistema de cadastro de
mediadores e conciliadores;
8. Disponibilização do sistema de acompanha-
mento das mediações e conciliações;
9. Lançamento de periódico impresso e eletrôni-
co sobre mediação e conciliação judicial;
10. Apresentação de projeto de edifício para abri-
gar as atividades de mediação e conciliação
em Brasília e demais circunscrições.
79
Relatório Anual 2012 - NUPEMEC
ANExOS
Todos os anexos mencionados neste Relatório estão disponíveis para consulta no CD anexo.
Anexo 1 Resolução Nº 125, de 29 de Novembro de 2010
Anexo 2 Ações de Capacitação Realizadas para Conciliadores e Mediadores
Anexo 3 Formulários da Pesquisa de Satisfação para Conciliação
Anexo 4 Formulário da Pesquisa de Satisfação para Mediação
Anexo 5 Prática de Gestão Premiada pelo III Prêmio Conciliar é Legal – Pesquisa de Satisfação dos Usuário
Anexo 6 Relatórios de Pesquisa de Satisfação do ano 2012
Anexo 7 Descrição dos Sistemas Informatizados
Anexo 8 Resumo da Cobertura midiática em 2012
Anexo 9 Prática de Gestão Premiada pelo III Prêmio Conciliar é Legal – Estrutura Padrão de Conciliação
Anexo 10 Prática de Gestão Premiada pelo III Prêmio Conciliar é Legal – Pauta Específica com Treinamento de Prepostos
Anexo 11 Projeto de Expansão CEJUSC-TAG
Anexo 12 Estatística dos Juizados Especiais Cíveis do DF