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RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA Anos lectivos de 2006-2007 e 2007-2008
ISEL
Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 2
FICHA TÉCNICA
Título: Relatório de Concretização do Processo de Bolonha
Anos lectivos de 2006-2007 e 2007-2008
Autores:
Gabinete de Avaliação e Qualidade
Carlos Sacramento e Isabel de Melo
Conselho Científico
Carlos Meneses, Catarina Leal, Fernando Sousa, Filipe Vasques, José Coelho e Rita Pacheco
Data: Novembro de 2009
Publicação: www.isel.pt
Agradecimentos: Gabinete de Apoio ao Aluno Maria Aurelina Morais e Sofia Marques
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 3
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA
Anos lectivos de 2006-2007 e 2007-2008
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................. 5
2. Evolução da Concretização do Processo de Bolonha no ISEL ............................................... 6
3. Metodologias de Ensino/Aprendizagem e Avaliação .......................................................... 10
4. Monitorização do Funcionamento dos Ciclos de Estudos .................................................. 11
5. Mobilidade e Internacionalização ....................................................................................... 17
6. Estímulo à Inserção na Vida Activa ..................................................................................... 20
7. Acções de Apoio ao Desenvolvimento de Competências Extracurriculares ....................... 21
8. Conclusão ............................................................................................................................ 23
Anexo 1 ........................................................................................................................................ 24
Anexo 2 ........................................................................................................................................ 25
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 4
Índice de Tabelas Tabela 1 – Adequação das licenciaturas bietápicas ao Processo de Bolonha............................... 6
Tabela 2 – Cursos de licenciatura em funcionamento no ISEL desde 2006-2007 ......................... 7
Tabela 3 – Cursos de mestrado em funcionamento no ISEL desde 2007-2008 ............................ 8
Tabela 4 – Evolução dos ciclos de estudos no ISEL ....................................................................... 9
Tabela 5 – Estudantes inscritos nos ciclos de estudos em 2006-2007 e 2007-2008 .................. 12
Tabela 6 – Procura dos ciclos de estudos no concurso nacional de acesso ................................ 12
Tabela 7 – Alunos admitidos no âmbito dos concursos especiais, regimes especiais,
transferências, reingressos e mudanças de curso no ISEL .......................................................... 15
Tabela 8 – Candidatos, número de candidatos aprovados, média das classificações finais e
percentagem de aprovação nas provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a
capacidade para a frequência do ensino superior dos maiores de 23 anos ............................... 15
Tabela 9 – Alunos prescritos no ano lectivo de 2007-2008 ........................................................ 16
Tabela 10 – Evolução do número de discentes e docentes em mobilidade ............................... 19
Tabela 11 – Desempregados com habilitação superior por áreas de estudo, Dezembro de
2006,2007 e 2008 (Continente) .................................................................................................. 21
Tabela 12 – Desempregados por curso (Dezembro de 2008) e diplomados de 2006-2007 e
2007-2008 ................................................................................................................................... 21
Índice de Figuras Figura 1 – Evolução do número de alunos inscritos no ISEL: primeira vez, homens e total ....... 16
Figura 2 – Evolução do número de diplomados pelo ISEL .......................................................... 17
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 5
1. Introdução
O presente relatório de concretização do Processo de Bolonha tem por objectivo reflectir
sobre as mudanças nos cursos leccionados no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL)
no que se refere à transição de um sistema de ensino baseado na transmissão de
conhecimentos para um sistema baseado no desenvolvimento das competências dos
estudantes, em que as componentes de trabalho experimental ou de projecto, entre outras, e
a aquisição de competências transversais devem desempenhar um papel decisivo.
O relatório refere-se aos anos lectivos de 2006-2007 e 2007-2008 e dá cumprimento ao
estipulado no artigo 66º-A do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março, com as alterações
introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 107/2008, de 25 de Junho. Estes dois diplomas legais
constituem a referência para a elaboração do relatório.
A génese do ISEL está relacionada com o Instituto Industrial de Lisboa criado, em 30 de
Dezembro de 1852, por Decreto Régio de D. Maria II. Em 1974, através do Decreto-Lei n.º
830/74, de 31 de Dezembro, é alterada a denominação para Instituto Superior de Engenharia
de Lisboa e reconhecido como escola de nível universitário. Leccionam-se desde então cursos
superiores de engenharia.
No ano lectivo de 2007-2008, o ISEL tinha 6025 alunos inscritos e 692 colaboradores
institucionais dos quais 535 eram docentes. Distingue-se por ser uma instituição dinâmica, o
que se revela na aceitação dos seus diplomados no mercado de trabalho (97 % de
empregabilidade). A manutenção dos padrões de desempenho é garantida pela constante
procura de soluções inovadoras, tendo como objectivo uma educação de sucesso.
A reorganização dos cursos leccionados no ISEL, de acordo com os princípios reguladores de
instrumentos para a criação do espaço europeu de ensino superior, começou a ser preparada,
em 2005, com a criação de grupos de trabalho para estudar as alterações nos currículos dos
cursos, tanto no plano pedagógico como no científico.
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 6
2. Evolução da Concretização do Processo de Bolonha no ISEL No âmbito da aplicação do Processo de Bolonha no sistema de ensino superior nacional foram
estabelecidas normas quanto ao processo de reorganização dos cursos existentes tendo em
vista a sua adequação ao novo enquadramento legal. O processo de transição adoptado
permitia às instituições iniciar a sua aplicação no ano lectivo de 2006-2007.
No ISEL, desde o ano lectivo de 1998-1999, leccionavam-se licenciaturas bietápicas, de dois
ciclos conferindo os graus de bacharel e licenciado, respectivamente, organizadas de acordo
com o Regulamento Geral dos Cursos Bietápicos de Licenciatura das Escolas de Ensino Superior
Politécnico (Portaria n.º 413-A/98, de 17 de Julho, alterada pelas Portaria n.º 533-A/99, de 22
de Julho e n.º 1359/2004, de 26 de Outubro).
Tabela 1 – Adequação das licenciaturas bietápicas ao Processo de Bolonha
Ciclo de estudos adequado Curso objecto de adequação
Ciclo Denominação Percursos
Alternativos Grau Duração
N.º de ECTS
Denominação Grau
1.º Engenharia Civil L 6 Sem. 180 Engenharia Civil B+L
1.º
Engenharia Electrónica e Telecomunicações e de Computadores
L 6 Sem. 180
Engenharia de Sistemas das Telecomunicações e Electrónica
B+L
1.º Engenharia Electrotécnica
L 6 Sem. 180
Engenharia Electrotécnica - Automação Industrial e Sistemas de Potência
B+L
1.º Engenharia Informática e de Computadores
L 6 Sem. 180 Engenharia Informática e de Computadores
B+L
1.º Engenharia Mecânica L 6 Sem. 180 Engenharia Mecânica B+L
1.º Engenharia Química e Biológica
Ramos: - Engenharia Química; - Engenharia Biológica; - Engenharia do Ambiente
L 6 Sem. 180
Engenharia Química Ramos: - Indústria; - Ambiente e Qualidade
B+L
Com o novo enquadramento, adopta-se o sistema europeu de transferência e acumulação de
créditos (ECTS – European Credit Transfer and Accumulation System) e a formação é
organizada em dois ciclos de estudos: o primeiro, com duração de 6 semestres (a que
correspondem 180 créditos ECTS), conducente ao grau de licenciado e o segundo, com
duração de 4 semestres (a que correspondem 120 créditos ECTS), conducente ao grau de
mestre.
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 7
Tendo sido desenvolvido o trabalho necessário para adoptar o novo modelo de formação,
foram elaboradas as propostas de adequação das licenciaturas bietápicas em funcionamento
no ISEL e de criação dos ciclos de estudos conducentes ao grau de mestre subsequentes;
criação do curso de licenciatura em Engenharia de Redes de Comunicação e Multimédia e do
ciclo de estudos conducente ao grau de mestre subsequente. Em Março de 2006, foi solicitado
o registo das adequações para entrada em funcionamento no ano lectivo de 2006-2007 e,
conjuntamente com as propostas de criação dos ciclos de estudos, foi pedida autorização para
a entrada em funcionamento destes no mesmo ano lectivo.
Tabela 2 – Cursos de licenciatura em funcionamento no ISEL desde 2006-2007
Cód. Curso Data de
Adequação / Criação
Grau Duração ECTS Despacho
9089 Engenharia Civil 2006 L
(1.º ciclo) 6 Sem. 180
Despacho n.º 9957-N/2007. D.R. n.º 103, 2.º Suplemento, Série II de 2007-05-29
9108 Engenharia Electrónica e Telecomunicações e de Computadores
2006 L
(1.º ciclo) 6 Sem. 180
Despacho n.º 1376/2007. D.R. n.º 20, Série II de 2007-01-29
9109 Engenharia Electrotécnica 2006 L
(1.º ciclo) 6 Sem. 180
Despacho n.º 9957-O/2007. D.R. n.º 103, 2.º Suplemento, Série II de 2007-05-29
9121 Engenharia Informática e de Computadores
2006 L
(1.º ciclo) 6 Sem. 180
Despacho n.º 1306/2007. D.R. n.º 19, Série II de 2007-01-26
9123 Engenharia Mecânica 2006 L
(1.º ciclo) 6 Sem. 180
Despacho n.º 2363/2007. D.R. n.º 32, Série II de 2007-02-14
9126 Engenharia Química e Biológica
2006 L
(1.º ciclo) 6 Sem. 180
Despacho n.º 1544/2007. D.R. n.º 22, Série II de 2007-01-31
9475 Engenharia de Redes de Comunicação e Multimédia
2006 L
(1.º ciclo) 6 Sem. 180
Portaria n.º 1033/2007. D.R. n.º 167, Série I de 2007-08-30
9881 Engenharia Civil (pós-laboral)
2007 L
(1.º ciclo) 6 Sem. 180
Despachos do MCTES de 29 de Junho de 2007 e 20 de Junho de 2008
9883 Engenharia de Redes de Comunicação e Multimédia (pós-laboral)
2007 L
(1.º ciclo) 6 Sem. 180
Despachos do MCTES de 29 de Junho de 2007 e 20 de Junho de 2008
9884 Engenharia Electrotécnica (pós-laboral)
2007 L
(1.º ciclo) 6 Sem. 180
Despachos do MCTES de 29 de Junho de 2007 e 20 de Junho de 2008
9886 Engenharia Mecânica (pós-laboral)
2007 L
(1.º ciclo) 6 Sem. 180
Despachos do MCTES de 29 de Junho de 2007 e 20 de Junho de 2008
9887 Engenharia Química e Biológica (pós-laboral)
2007 L
(1.º ciclo) 6 Sem. 180
Despachos do MCTES de 29 de Junho de 2007 e 20 de Junho de 2008
Em 2006-2007, na sequência do registo dos cursos das escolas do Instituto Politécnico de
Lisboa (Despacho n.º 12 805/2006), entraram em funcionamento as adequações dos cursos
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 8
indicados na Tabela 1 e o curso de licenciatura em Engenharia de Redes de Comunicação e
Multimédia.
Para além dos ciclos de estudos referidos na Tabela 1, em 2007-2008, introduziu-se a distinção
do regime pós-laboral no concurso nacional de acesso para alguns dos cursos (ver a Tabela 2).
Apesar de as propostas de criação dos ciclos de estudos conducentes ao grau de mestre terem
sido submetidas à DGES conjuntamente com as propostas de adequação, apenas em Janeiro
de 2007 foi autorizada a criação desses ciclos de estudos. Consequentemente, no ano lectivo
de 2007-2008, entraram em funcionamento os cursos de mestrado indicados na Tabela 3.
Tabela 3 – Cursos de mestrado em funcionamento no ISEL desde 2007-2008
Código Curso actual Data de
adequação/ criação
Grau Duração ECTS Despacho
9569 Engenharia Civil 2007 M
(2.º ciclo) 4 Sem. 120
Despacho n.º 3840/2008 (2.ª série), de 14 de Fevereiro
6357 Engenharia de Electrónica e Telecomunicações
2007 M
(2.º ciclo) 4 Sem. 120
Despacho n.º 11643/2008 (2.ª série), de 23 de Abril
6358 Engenharia Electrotécnica
2007 M
(2.º ciclo) 4 Sem. 120
Despacho n.º 4519/2008 (2.ª série), de 20 de Fevereiro
9427 Engenharia Informática e de Computadores
2007 M
(2.º ciclo) 4 Sem. 120
Despacho n.º 25368/2008 (2.ª série), de 10 de Outubro
6361 Engenharia Mecânica 2007 M
(2.º ciclo) 4 Sem. 120
Despacho n.º 12418/2008 (2.ª série), de 2 de Maio
6362 Engenharia Química 2007 M
(2.º ciclo) 4 Sem. 120
Despacho n.º 11527/2008 (2.ª série), de 22 de Abril
Para além dos ciclos de estudos conducentes aos graus de licenciado e mestre, o ISEL oferece
outros cursos de formação, não conferentes de grau, onde os alunos podem adquirir
competências extracurriculares.
A adequação dos cursos ministrados no ISEL consubstanciou-se ao longo de dois anos lectivos,
tendo-se iniciado a sua aplicação pela primeira vez às licenciaturas adequadas no ano lectivo
de 2006-2007 e aos mestrados criados no ano lectivo seguinte. Também no ano lectivo
2007-2008 teve início a diferenciação no concurso nacional de acesso, passando a existir
número de vagas separado para o regime diurno e pós-laboral1.
Os primeiros e os segundos ciclos das licenciaturas bietápicas terminaram nos anos lectivos de
2006-2007 e 2007-2008, respectivamente (ver a Tabela 4).
1 Despacho do MCTES de 29 de Junho de 2007 define os critérios para as vagas do ano lectivo 2007-2008
em regime pós-laboral.
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 9
Tabela 4 – Evolução dos ciclos de estudos no ISEL
Ano lectivo inicial
Último ano lectivo
Grau conferido
Pré-Bolonha Licenciaturas bietápicas (1.º ciclo) 1998-1999 2006-2007 Bacharel
Licenciaturas bietápicas (2.º ciclo) 1998-1999 2007-2008 Licenciado
Pós-Bolonha
Licenciaturas 2006-2007 Licenciado
Licenciaturas em regime pós-laboral 2007-2008 Licenciado
Mestrados 2007-2008 Mestre
As estruturas e os currículos, propostos para os cursos, são o resultado do processo de revisão
curricular e da reflexão sobre as oportunidades colocadas derivadas do recém-criado Espaço
Europeu de Ensino Superior baseado na organização do ensino superior em três ciclos de
estudos. Este espaço visa melhorar a qualidade e a relevância das formações oferecidas,
fomentar a mobilidade dos estudantes e diplomados e a internacionalização das formações,
recorrendo à adopção do Sistema Europeu de Acumulação e Transferência de Créditos,
baseado no trabalho dos estudantes.
A promoção dos princípios subjacentes à concretização do Processo de Bolonha realizou-se no
ISEL tendo como base os pontos enumerados no Anexo 1. O trabalho de revisão curricular
respeitou a aplicação do sistema de créditos (ECTS), instrumento que se destina a criar
transparência e facilitar o reconhecimento académico, através da avaliação do volume de
trabalho do estudante numa unidade curricular ou área científica, conforme definido pelo
Regulamento de ECTS de 16 de Fevereiro de 2006, respectivamente, ponto 3, alíneas b) e a).
Desta revisão curricular resultou a publicação das portarias e despachos, em 2007 e 2008 (ver
as Tabelas 2 e 3), referentes à adequação das licenciaturas e à criação duma nova licenciatura
e dos mestrados. Concomitantemente foram estabelecidas as regras de transição entre os
primeiros ciclos das licenciaturas bietápicas em funcionamento no ISEL, conferentes do grau
académico de Bacharel, e as correspondentes licenciaturas resultantes da adequação de
acordo com o estabelecido no D.L. n.º 74/2006 (Regras de Transição entre a Organização de
Estudos dos 1.º Ciclos das Licenciaturas Bietápicas e a Nova Organização dos Cursos de
Licenciatura). Durante o período de transição, de um ano, funcionaram em simultâneo os
primeiros ciclos das licenciaturas bietápicas e os correspondentes ciclos de estudos resultantes
da sua adequação.
Além das alterações introduzidas nos planos de estudo, importa salientar outras reformas
empreendidas, designadamente:
1. Acompanhamento individualizado dos estudantes, com o desenvolvimento de
actividades de tutoria – Regulamento de ECTS ;
2. Medidas para a melhor integração dos novos estudantes (Criação do Gabinete de
Apoio ao Aluno em 2007 e a continuação e aperfeiçoamento da publicação do Guia do
Aluno);
3. Desenvolvimento de instrumentos para facilitar a mobilidade;
4. Medidas que facilitem a disseminação dos suportes informáticos e normativos pela
comunidade académica, utilizando, para tal, o incremento às utilizações das
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 10
plataformas tecnológicas, nomeadamente através da intranet do estudante (Portal
Académico), dos portais colaborativos e institucionais do ISEL (Biblioteca Digital,
Projecto eISEL, Projecto e-U Campus Virtual, Página do ISEL) e das ferramentas
electrónicas de ensino à distância (plataforma MOODLE);
5. Consolidação das Unidades de Investigação e Desenvolvimento ;
6. Consolidação e continuação no apoio às bolsas de doutoramento dos docentes do ISEL
(Regulamento para Atribuição de Bolsas de Doutoramento de 2008);
7. Reformulação do acesso às licenciaturas do ISEL, atraindo novos públicos, numa lógica
de aprendizagem ao longo da vida possibilitando um ingresso especial de pessoas
maiores de 23 anos (Regulamento das Provas de Acesso e Ingresso nos cursos de
Licenciatura do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa dos maiores de 23 anos, ao
abrigo do D.L. 64/2006 de 3 de Abril de 2008).
3. Metodologias de Ensino/Aprendizagem e Avaliação No ISEL, a formação prestada aos seus discentes sempre foi baseada na proximidade com os
interesses da sociedade e onde a transmissão de conhecimentos centrada no desenvolvimento
de competências sempre foi uma realidade, consubstanciando-se estes aspectos pelo elevado
nível de empregabilidade dos seus diplomados. Assim, na realidade o ensino do ISEL já se
enquadrava no espírito da legislação publicada (Decretos-Lei n.º 42/2005 e n.º 74/2006).
O método de ensino/aprendizagem adoptado aponta para um processo centrado no aluno,
apoiado em estímulos à auto aprendizagem e à integração de saberes, preparando-o para a
aprendizagem ao longo da vida. Neste processo têm-se como relevantes os seguintes
aspectos:
- Organização das unidades curriculares em turmas com dimensão limitada, e sua atribuição a um docente que lecciona as aulas teóricas e teórico práticas e se envolve no processo de avaliação desses alunos;
- Coordenação regular dos docentes de cada unidade curricular; - Aulas interactivas onde o docente assume o papel de catalisador e mediador de
aprendizagens; - Funcionamento de alguns laboratórios em regime aberto para realização de
actividades de desenvolvimento dos saberes adquiridos e suporte à realização de trabalhos e projectos;
- Proximidade entre alunos e docentes, sendo normal a disponibilidade imediata dos docentes para esclarecimento de dúvidas.
Esta perspectiva privilegia a abordagem dos conceitos e dos métodos no contexto da
realização efectiva de projectos, utilizando as tecnologias actuais, visa estimular a
autoconfiança e a capacidade de realização dos formandos, tornando-os aptos a intervir na
renovação tecnológica de empresas, equipamentos e sistemas.
A avaliação de conhecimentos é feita conforme o tipo de unidade curricular, quer com base
em testes, exames finais, trabalhos práticos e de laboratório e respectiva discussão, quer
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 11
ainda, nas de maior cariz tecnológico, com base em projectos realizados pelos alunos, que
incluem pesquisa bibliográfica e consulta de normas e patentes, culminando com a respectiva
análise e discussão. Através destes projectos os alunos adquirem experiência de trabalho e
desenvolvem espírito de inovação, autoconfiança, capacidade de análise e criatividade.
4. Monitorização do Funcionamento dos Ciclos de Estudos
Os responsáveis dos cursos, em articulação com os conselhos Pedagógico e Científico,
desenvolveram e implementaram instrumentos e metodologias que visam monitorizar e aferir
a adequabilidade dos currículos, em particular a conformidade com os pressupostos científicos
e pedagógicos e objectivos formativos presentes no processo de adequação ou de concepção,
bem como avaliar o funcionamento das unidades curriculares e as práticas pedagógicas.
Foram harmonizados procedimentos, disseminadas boas práticas pedagógicas e discutidas e
operacionalizadas as orientações produzidas pelos conselhos Pedagógico e Científico no
âmbito da implementação do Processo de Bolonha.
Até ao momento não existem dados que permitam comparar as taxas de sucesso escolar antes
e depois da implementação do Processo de Bolonha por limitações metodológicas, isto é, os
novos cursos ainda não funcionaram durante um número de anos, pelo menos, igual ao da sua
duração normal2. A taxa de sucesso foi de 32 % no ano lectivo de 2005-20063 e de 23 % em
2006-20074. Nas Tabelas 5 a 9 e nas Figuras 1 e 2 apresentam-se dados sobre os ciclos de
estudos em funcionamento.
2 Como o índice de sucesso escolar do GPEARI (que corresponde ao utilizado em Portugal pelo INE)
adopta o conceito de survival rate da OCDE e corresponde à proporção de diplomados no ensino superior num determinado curso/grau em relação aos inscritos no 1.º ano, pela 1.ª vez, desse curso n anos antes, sendo n o número de anos de estudo requeridos para se completar esse curso/grau (http://www.gpeari.mctes.pt/index.php?idc=21&idi=213485), e os novos cursos apenas tiveram início no ano lectivo de 2006-2007, ainda não decorreu um número de anos igual ou superior ao da duração dos cursos. 3 Fonte: http://www.gpeari.mctes.pt/archive/doc/Indice_Sucesso_Escolar_2005-2006v24042008.pdf.
4 Fonte: IPL (ainda não referenciados no GPEARI e INE).
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 12
Tabela 5 – Estudantes inscritos nos ciclos de estudos em 2006-2007 e 2007-20085
Ciclo de estudos Código 2006-2007 2007-2008
Licenciatura em Engenharia Civil 9089 811 1017 Licenciatura em Engenharia Civil – pós-laboral 9881 82 Mestrado em Engenharia Civil 9569 235 Licenciatura em Engenharia Mecânica 9123 896 925 Licenciatura em Engenharia Mecânica – pós-laboral 9886 73 Mestrado em Engenharia Mecânica 6361 214 Licenciatura em Engenharia Química e Biológica 9123 444 381 Licenciatura em Engenharia Química e Biológica – pós-laboral 9887 34 Mestrado em Engenharia Química 6362 90 Licenciatura em Engenharia Electrónica e Telecomunicações e de Computadores
9108 655 649
Mestrado em Engenharia Electrónica e Telecomunicações 6357 103 Licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores 9121 671 744 Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores 9427 93 Licenciatura em Engenharia de Redes de Comunicação e Multimédia
9475 39 89
Licenciatura em Engenharia de Redes de Comunicação e Multimédia – pós-laboral
9883 6
Licenciatura em Engenharia Electrotécnica 9109 755 722 Licenciatura em Engenharia Electrotécnica – pós-laboral 9884 80 Mestrado em Engenharia Electrotécnica 6358 107
Número de estudantes inscritos em ciclos de estudos conducentes ao grau de licenciado
4271 4802
Número de estudantes inscritos em ciclos de estudos conducentes ao grau de mestre
842
Número de estudantes inscritos nas licenciaturas bietápicas 1587 381
Total de estudantes inscritos 5858 6025
Tabela 6 – Procura dos ciclos de estudos no concurso nacional de acesso
Designação e código do ciclo de estudos Ano 2006-2007 Ano 2007-2008
1.ª fase 2.ª fase 1.ª fase 2.ª fase
Engenharia Civil 9089
Número de vagas 135 20 150 10
Candidatos em 1.ª opção 111 63 145 79
Colocados 122 22 150 16
Colocados em 1.ª opção 111 17 92 9
Classificação mínima 107,4 129,9 125,3 139,4
Classificação média 130,4 139,1 136,5 144
5 Fonte: DIMAS e RAIDES08
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 13
Engenharia Electrónica e Telecomunicações e de Computadores 9108
Número de vagas 98 57 110 6
Candidatos em 1.ª opção 40 40 65 51
Colocados 42 59 110 8
Colocados em 1.ª opção 40 33 60 5
Classificação mínima 103,6 112,6 112,2 144,6
Classificação média 124,9 122,6 127,4 148,8
Engenharia Electrotécnica 9109
Número de vagas 116 102 115 72
Candidatos em 1.ª opção 14 9 28 73
Colocados 14 10 48 73
Colocados em 1.ª opção 14 9 28 18
Classificação mínima 110,3 108,5 109,3 125,6
Classificação média 127 120,8 123,5 133
Engenharia Informática e de Computadores 9121
Número de vagas 108 49 120 6
Candidatos em 1.ª opção 54 46 89 76
Colocados 61 50 120 6
Colocados em 1.ª opção 54 28 70 3
Classificação mínima 108,5 115,5 115 141,5
Classificação média 124,6 121,5 127,1 143,4
Engenharia Mecânica 9123
Número de vagas 135 114 115 8
Candidatos em 1.ª opção 21 15 59 51
Colocados 22 16 112 10
Colocados em 1.ª opção 21 15 59 7
Classificação mínima 116,7 108,1 102,7 135,4
Classificação média 128,6 122,1 124,5 137,3
Engenharia Química Biológica 9126
Número de vagas 88 73 70 19
Candidatos em 1.ª opção 6 9 15 38
Colocados 17 15 57 22
Colocados em 1.ª opção 6 9 15 4
Classificação mínima 112,4 112,8 108,2 133,4
Classificação média 133,7 124,8 127,8 139,8
Engenharia de Redes de Comunicação e Multimédia 9475
Número de vagas 40 31 40 1
Candidatos em 1.ª opção 9 9 38 22
Colocados 9 31 40 2
Colocados em 1.ª opção 9 9 28 1
Classificação mínima 105 105,3 116 139,5
Classificação média 120,2 114,4 131 142,5
Engenharia Civil – pós-laboral 9881
Número de vagas 50 32
Candidatos em 1.ª opção 16 15
Colocados 21 33
Colocados em 1.ª opção 16 10
Classificação mínima 106,5 117,6
Classificação média 135,7 127,8
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 14
Engenharia de Redes de Comunicação e Multimédia – pós-laboral 9883
Número de vagas 5 0
Candidatos em 1.ª opção 9 4
Colocados 5 0
Colocados em 1.ª opção 5 0
Classificação mínima 124
Classificação média 131,9
Engenharia Electrotécnica – pós-laboral 9884
Número de vagas 25 17
Candidatos em 1.ª opção 10 11
Colocados 10 17
Colocados em 1.ª opção 10 8
Classificação mínima 118,2 123,4
Classificação média 138 137,4
Engenharia Mecânica – pós-laboral 9886
Número de vagas 35 27
Candidatos em 1.ª opção 6 4
Colocados 9 27
Colocados em 1.ª opção 6 4
Classificação mínima 111,4 104,1
Classificação média 138,4 117,7
Engenharia Química e Biológica – pós-laboral 9887
Número de vagas 18 15
Candidatos em 1.ª opção 4 1
Colocados 4 5
Colocados em 1.ª opção 4 1
Classificação mínima 123 119,2
Classificação média 131,9 123,9
Totais
Número de vagas 720 446 853 213
Candidatos em 1.ª opção 255 191 484 425
Colocados 287 203 686 219
Colocados em 1.ª opção 255 120 393 70
Para além do concurso nacional de acesso, outros regimes de ingresso tem merecido a
atenção, sendo de referir a importância e o incremento do número de alunos que ingressam
no ISEL no âmbito dos concursos especiais, regimes especiais, transferências, reingressos e
mudanças de curso. Globalmente, verifica-se crescimento no número total de alunos que
ingressaram, por esta via (ver a Tabela 7), nos anos lectivos de 2006-2007 e 2007-2008,
quando comparados com o ano anterior à implementação do Processo de Bolonha
(2005-2006).
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 15
Tabela 7 – Alunos admitidos no âmbito dos concursos especiais, regimes especiais, transferências, reingressos e mudanças de curso no ISEL6
Ano lectivo Concursos especiais
Regimes especiais
Transferências Reingressos Mudanças de curso
Total
2005-2006 112 9 168 183 201 673
2006-2007 399 25 99 137 130 790
2007-2008 709 19 103 317 69 1217
Com a alteração do enquadramento legal do acesso ao ensino superior a indivíduos que, não
estando habilitados com um curso secundário ou equivalente, façam prova, especialmente
adequada, de capacidade para a sua frequência (Decreto-Lei n.º 64/2006), o ISEL
regulamentou essas provas (Regulamento das Provas de Acesso e Ingresso nos cursos de
Licenciatura do ISEL dos maiores de 23 anos) e implementou apoio educativo a potenciais
candidatos à sua realização. A Tabela 8 inclui dados sobre as provas especialmente adequadas
destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do ensino superior dos maiores de 23 anos
realizadas nos anos lectivos de 2006-2007 e 2007-2008.
Tabela 8 – Candidatos, número de candidatos aprovados, média das classificações finais e
percentagem de aprovação nas provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do ensino superior dos maiores de 23 anos
Curso Candidatos Aprovados Média das
classificações Percentagem de
aprovação
Ano lectivo 06-07 07-08 06-07 07-08 06-07 07-08 06-07 07-08
LEC 131 87 28 18 12,0 11,2 21,4 20,7
LEETC 66 54 15 10 11,0 12,5 22,7 18,5
LEEA 75 59 16 12 11,5 13,5 21,3 20,3
LEIC 119 76 40 24 12,0 12,5 33,6 31,6
LEM 72 70 13 14 11,6 13,8 18,1 20,0
LEQB 12 15 2 3 12,0 12,3 16,7 20,0
LERCM 25 16 9 3 12,2 12,3 36,0 18,8
Totais/Médias globais 500 377 127 84 11,7 12,6 25,4 21,4
O regime de prescrições previsto no artigo 5.º da Lei n.º 37/2003 começou a ser aplicado no
ano lectivo 2004-2005, encontrando-se disponível os dados referentes à sua aplicação no ano
lectivo de 2007-2008 na Tabela 9.
6 Fonte: GPEARI/RAIDES e Gabinete de Avaliação e Qualidade do ISEL.
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 16
Tabela 9 – Alunos prescritos no ano lectivo de 2007-2008
Designação do curso Número de alunos prescritos
Licenciatura em Engenharia Civil 24
Licenciatura em Engenharia Electrotécnica 28
Licenciatura em Engenharia Mecânica 34
Licenciatura em Engenharia Química e Biológica 15
Licenciatura em Engenharia de Electrónica e Telecomunicações e de Computadores
38
Licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores 32
Total 171
O gráfico da Figura 1 mostra a evolução do número de alunos inscritos no ISEL desde o ano
2005-2006 até 2007-2008. Na Figura 2 mostra-se a evolução dos diplomados nesse período.
Figura 1 – Evolução do número de alunos inscritos no ISEL: primeira vez, homens e total
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
1ªV HM H 1ªV HM H 1ªV HM H
2005/2006 2006/2007 2007/2008
1037
6016
5002
959
5858
4931
1328
6025
5115
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 17
Figura 2 – Evolução do número de diplomados pelo ISEL
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
HM H HM H HM H H
2005/2006 2006/2007 2007/2008
450
353
962
736
887
716
No que se refere à recolha da opinião dos alunos sobre o funcionamento das unidades
curriculares, efectuaram-se inquéritos de avaliação pedagógica promovidos pelo Conselho
Pedagógico do ISEL nos termos da alínea s) do artigo 15.º do seu regimento. Deste modo foi
dado prosseguimento ao processo de auto-avaliação e avaliação externa iniciado em 2001
cujos dados estão disponíveis no repositório da avaliação.
A divulgação do ISEL na camada jovem tem sido uma das preocupações na captação de novos
públicos. Neste contexto têm sido organizadas visitas de estudo disponibilizando-se transporte
aos alunos e professores das escolas básicas e secundárias que tenham interesse em participar
neste projecto de interactividade. A participação nas actividades do Programa Ciência Viva e
divulgação e comunicação em feiras e fóruns como o Fórum Ciência Viva, permitem ainda
reforçar estes contactos com os alunos do Ensino Básico e Secundário.
As publicações institucionais (Guia de Cursos, Guia do Aluno, Agenda Escolar, Cartaz
Publicitário), a realização de protocolos de cooperação com as mais variadas instituições e
empresas, no contacto diário com diversas empresas e entidades com as quais se estabelecem
parcerias várias e ainda a participação em feiras de educação e formação e na actualização e
manutenção de conteúdos informativos em websites, têm apoiado a captação de novos
públicos alvo.
5. Mobilidade e Internacionalização Tendo como base o conceito subjacente ao Processo de Bolonha de “aprendizagem ao longo
da vida” definido como “toda a actividade de aprendizagem em qualquer momento da vida,
com o objectivo de melhorar os conhecimentos, as aptidões e competências, no quadro de
uma perspectiva pessoal, cívica, social e/ou relacionada com o emprego” in Comunicado da
Comissão das Comunidades Europeias COM(2001) 678 final, Bruxelas, 21.11.2001, p.11, as
instituições de ensino superior são chamadas à prática de uma cooperação activa porque,
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 18
enquanto instituições, integram um sistema social que se submete a certos imperativos de
solidariedade.
Assim o ISEL tem desenvolvido uma política de internacionalização que privilegia a cooperação
com os PALOP e com instituições congéneres europeias, no âmbito de programas de
intercâmbio comunitário, visando uma concepção integrada de educação/formação.
Assume particular relevo, neste domínio, a participação deste Instituto na 1ª geração de
programas comunitários em matéria educativa, desenvolvendo Programas Interuniversitários
de Cooperação no âmbito do Programa Erasmus (European Community Action Scheme for the
Mobility of University Students).
Com a passagem, em 1995, ao Programa Sócrates, incorporando a acção Erasmus, deu-se
início ao estabelecimento de acordos de cooperação bilateral, contextualizados num Contrato
Institucional, gizando-se os princípios da política europeia institucional, potenciando a
realização conjunta de um espaço aberto da educação, pela melhoria quantitativa e qualitativa
das acções precedentes.
Sendo a mobilidade de estudantes e docentes no espaço comunitário um factor constitutivo
da génese do Programa Sócrates, a acção Erasmus tem assumido o protagonismo na estratégia
de política europeia deste Instituto.
Com a passagem à 2.ª fase do programa, em 2000, sob o signo da complementaridade-
formação, reforçou-se o papel da mobilidade de estudantes e docentes, alargando-se
geograficamente as parcerias e as áreas de estudo.
Concretamente ao abrigo do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida (LLL – Life Long
Learning), um estudante do ISEL de qualquer ciclo de estudos, pode efectuar um semestre (ou
dois) num país europeu e numa universidade da sua escolha, de entre o conjunto de
instituições com protocolo estabelecido com o ISEL, sem custos adicionais de frequência com
garantia de creditação no seu plano de estudos das unidades curriculares que frequentar e
aprovar. Para a aplicação deste programa, foram convencionadas regras que permitem admitir
e seriar os candidatos (regras de selecção de candidatos).
Actualmente, no âmbito deste programa, decorrem acordos firmados com 45 universidades de
diversos países europeus, permitindo aos seus estudantes um elenco variado de opções
(Anexo 2). Os esforços para aumentar o número de acordos são contínuos, apostando no
alargamento dos programas de mobilidade a novos países e novas instituições.
A Tabela 10 apresenta a evolução do número de discentes e docentes do ISEL, em mobilidade, abrangidos pelo programa Sócrates/Erasmus e Neptune.
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 19
Tabela 10 – Evolução do número de discentes e docentes em mobilidade
Erasmus Neptune
Ano lectivo 2005-2006 2006-2007 2007-2008 2005-2006 2006-2007 2007-2008
Estudantes enviados 27 17 16
Não se realizou
6 6
Estudantes recebidos 19 22 22
Docentes enviados 3 5 5 1 1
Docentes recebidos 2 7 4
O programa Neptune7 reúne várias instituições universitárias pertencentes a diferentes países
europeus associadas em torno de um tema comum, o Ambiente Construído, que abarca as
disciplinas de Engenharia Civil, Química (Ambiente), Arquitectura e Urbanismo. O ISEL integra-
se no círculo IV, composto por cinco universidades de engenharia, que promoverá um projecto
internacional por ano no âmbito da “Water management and urban surroundings” abordando
assuntos, tais como, a valorização das periferias urbanas através de estruturas hídricas
sustentáveis, qualidade da água e reabilitação de ambiente construído. Trata-se de um
programa intensivo, cujo objectivo é a realização de um projecto internacional, ao nível do
ensino superior, baseado em situações reais e actuais que tem a duração de quatro a cinco
semanas com a característica inovadora de intensificar contactos entre estudantes de
diferentes países, numa perspectiva de troca de conhecimentos integrada e articulada no
espaço europeu. Este Programa decorre anualmente, em diferentes cidades europeias,
segundo um processo de escolha rotativa.
As candidaturas ao programa Neptune são abertas anualmente de 1 a 30 de Setembro para os
alunos dos Cursos de Engenharia Química e Engenharia Civil do ISEL que estejam interessados
em participar num projecto internacional.
Este intercâmbio de experiências e formações adquiridas através das diversas actividades de
cooperação tem sido um elemento de contínua dinamização e afirmação institucional,
contribuindo para o enriquecimento mútuo no campo pedagógico e científico.
A integração com associações internacionais, formadas por instituições congéneres, com a
finalidade de dar ao ISEL a projecção necessária para estimular a realização de protocolos, de
cursos em parceria e estar posicionado para participar nas tomadas de decisão sobre o ensino
de engenharia, foi promovida pela filiação do ISEL na Asociación Iberoamericana de
Instituciones de la Enseñanza de la Ingeniería (ASIBEI), na Société Européenne pour la
Formation des Ingénieurs (SEFI) e na International Federation of Engineering Education
Societies (IFEES) ocupando os cargos de vice-presidência nas três instituições.
7 Links úteis: http://www.isel.pt/pInst/Servicos/ServRelacoesExternas/Docs_RelInteracionais/NEPTUN_Quadro_Procedimentos.pdf.
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 20
Enquanto instituições de ensino superior com interesses na área da engenharia, o ISEL e o
Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), realizaram em Julho de 2007, o Primeiro Encontro
Internacional do Ensino da Engenharia. A realização deste evento na sequência da reunião do
Comité Executivo da ASIBEI em Portugal, constituiu um marco importante em que foram
abordadas diversas questões como a Formação, o Reconhecimento de Competências, a
Avaliação e Acreditação, a Cooperação Internacional e as Ligações Empresariais tendo sido
uma oportunidade ímpar para troca de ideias e experiências entre individualidades de
diferentes países da América Latina e da Península Ibérica.
O estabelecimento de protocolos com países de expressão portuguesa, PALOP, é ainda uma
afirmação da internacionalização do ISEL, nomeadamente com a Associação para a Promoção
do Desenvolvimento Educativo do Huambo, em Angola e com Instituto Superior de Educação
de Cabo Verde, onde o ISEL participa activamente em acções e leccionação da Licenciatura em
Engenharia Civil, nesse país.
6. Estímulo à Inserção na Vida Activa Reconhecendo o papel fundamental que a comunidade de diplomados pode desempenhar na
promoção e desenvolvimento das actividades académicas, nas esferas pedagógicas, científica e
cultural e no reforço da ligação à sociedade civil, o ISEL tem vindo a apostar na dinamização da
interacção com a sua vasta comunidade de antigos alunos.
O Gabinete de Apoio ao Aluno, a criação de consultas de apoio psicológico e o Gabinete de
Estágios e Saídas Profissionais (GESP) da Associação de Estudantes do ISEL (AEISEL) são
exemplos do investimento na inserção na vida activa. Com uma existência já longa, este
gabinete tem como objectivo ser um elo de ligação entre os estudantes do ISEL e o mundo
empresarial, proporcionando contactos entre os alunos e o mundo do trabalho. O GESP-AEISEL
possui uma base de dados com os curricula vitae de alunos e ex-alunos dos diversos cursos do
ISEL. Estes dados são fornecidas a pedido das empresas e servem também para a divulgação
das ofertas de emprego.
No âmbito da sua responsabilidade social, o ISEL apoia a participação dos estudantes na vida
activa em condições apropriadas ao desenvolvimento simultâneo da actividade académica,
sendo uma das poucas escolas do País onde existe aulas em regime diurno e em regime pós-
laboral. Assim, para quem é trabalhador-estudante pode exercer uma profissão e em
simultâneo obter um grau académico numa das áreas de engenharia aplicando-se a Lei n.º
116/97 de 4 de Novembro, actualizada com as alterações introduzidas pela Lei n.º 118/99, de
11 de Agosto (referente ao estatuto do trabalhador-estudante) cumprindo portanto o Artigo
24º do RJIES.
No contexto da empregabilidade destacam-se os dados do Relatório de Conjuntura sobre a
procura de Emprego de Diplomados com Habilitação Superior, cuja elaboração é da
responsabilidade Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior – MCTES, recorrendo aos
dados referentes ao número de inscritos nos Centros de Emprego do Instituto de Emprego e
Formação Profissional, registados até Dezembro de 2008, ver as Tabelas 11 e 12.
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 21
Tabela 11 – Desempregados com habilitação superior por áreas de estudo, Dezembro de 2006,2007 e 2008 (Continente)
Nº % Subtotal N.º % Subtotal N.º % Subtotal
52 - Engenharia e técnicas afins 3 087 7,9% 3 210 8,4% 3 108 8,4%
TOTAL 41 481 100,0% 38 795 100,0% 37 176 100,0%
Fonte: Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
Dezembro 2008Dezembro 2007Dezembro 2006
Tabela 12 – Desempregados por curso (Dezembro de 2008) e diplomados de 2006-2007 e 2007-20088
Cód. Curso
Registos no
Centro de
Emprego
Diplomados em
2006-2007
e
2007-2008
Taxa de
Empregabilidade (1)
(1) Diplomados não registados no centro de emprego / Total de Diplomados
9089 Engenharia Civil 8 119 93%
9109 Engenharia Electrotécnica 7 293 98%
9108 Engenharia Electrónica e Telecomunicações e de Computadores
0 99 100%
9123 Engenharia Mecânica 8 365 98%
9121Engenharia Informática e de Computadores
0 61 100%
Fontes: Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social; Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Gabinete de Avaliação e Qualidade, ISEL
9126 Engenharia Química e Biológica 11 126 91%
Total = 34 1063 97%
Apenas se tomou em conta o universo de diplomados dos cursos adequados no âmbito do
Processo de Bolonha, excluindo da análise os outros diplomados no que diz respeito à taxa de
empregabilidade do ISEL. Verificou-se ainda que em relação aos inscritos no centro de
emprego todos obtiveram o primeiro emprego nos primeiros 12 meses.
7. Acções de Apoio ao Desenvolvimento de Competências Extracurriculares
Em alguns sectores, o ISEL tem demonstrado estar na linha da frente, tomando iniciativas
inovadoras e estimulantes para o alargamento das competências extracurriculares dos seus
alunos, designadamente:
• 2.ª JobShop de Engenharia Civil, 8 a 9 de Maio de 2007;
• Semana Informática, 6 a 8 de Março de 2007;
• Conferencias do DEQ 2008;
8 Fonte: http://www.gpeari.mctes.pt/index.php?idc=21&idi=340819.
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 22
• ExpoMecânica 2008, DEM, Maio de 2008;
• Workshop ISEL Empreendedorismo, DEETC, 2 de Junho de 2008;
• Jornadas de Engenharia Electrónica e Telecomunicações e de Computadores,
integrando o Fórum Jovens Investigadores e o workshop ISEL/Sensores, Novembro de
2008.
Outras acções de formação têm sido desenvolvidas em cooperação com empresas e pelos
centros de estudos, abrangendo público exterior à escola e ainda alunos, reforçando as suas
competências extracurriculares.
A par de todas estas iniciativas tem sido dado enfoque ao desenvolvimento do
empreendedorismo dos alunos do ISEL não só com formação suplementar nesta área como
também funcionando como base de uma incubadora virtual de empresas.
Foram desenvolvidas acções de formação no âmbito do 6.º concurso Poliempreende, com o
objectivo de gerarem e desenvolverem ideias para projectos empreendedores. Daquela
formação resultaram cinco ideias que mereceram referências positivas e aprovação do núcleo
de coordenadores do Poliempreende no IPL tendo sido atribuídos os 2.º e 3.º prémios aos
alunos do ISEL, nomeadamente com os projectos Wireless Solutions (desenvolvimento de
serviços móveis nas soluções de pagamento móvel) e Adomuns (desenvolvimento do conceito
de uma da casa inteligente, na qual estão integrados todas as componentes da domótica).
Aos primeiros classificados do Poliempreende são atribuídos prémios monetários que ajudarão
a financiar o seu próprio negócio. Paralelamente a este programa é divulgado aos estudantes o
apoio do IAPMEI através da plataforma FINICIA que na vertente do micro crédito financia
planos de negócios de incubação e financiamentos a fundo perdido para o início do negócio.
Existe ainda a possibilidade dos projectos serem presentes aos Business Angels, através da sua
Federação e encontrarem financiadores. Existe ainda outra alternativa dada por uma estrutura
de apoio materializada numa incubadora virtual – incubadora OPEN.
A Associação para Oportunidades Específicas de Negócio (OPEN), com sede na Zona Industrial
da Marinha Grande e o ISEL estabeleceram em Junho de 2008 um protocolo de cooperação
para a dinamização do empreendedorismo através do apoio ao lançamento de iniciativas
empresariais resultantes do potencial de transferência de tecnologias desenvolvidas no âmbito
dos Grupos e Centros de Investigação ou de projectos de alunos do ISEL. A DailyWork
(www.dailywork.pt) criada em Julho de 2008 é o primeiro exemplo de uma empresa em
incubação no espaço de incubação ISEL-OPEN. A DaylyWork está envolvida no processo de
transformação em produto do identificador de Via Verde desenvolvido no ISEL e que se espera
venha a ser um dos alicerces para o desenvolvimento da matrícula electrónica.
Fomentar e incentivar a ligação do ISEL à sociedade civil, através da sensibilização dos seus
alunos para a responsabilidade social é também um factor importante para o ISEL que aderiu à
Rede Nacional de Responsabilidade Social (RSOpt), sendo uma das instituições pioneiras de
ensino superior do país realizá-lo.
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 23
8. Conclusão O ISEL iniciou a adopção das medidas preconizadas no Processo de Bolonha na sua
generalidade sendo certo de que todo o processo de mudança acarreta sempre adaptação.
A implementação das alterações decorrentes do Processo de Bolonha são complexas e não se
limitam aos aspectos formais da redução do número de anos dos cursos. A implementação do
sistema de créditos ECTS, por um lado, e a mudanças do paradigma formativo por outro, com
todas as consequências metodológicas, em sentido lato, que implicam, demoram tempo a
implementar.
Tendo em consideração a informação apresentada, é possível identificar alguns pontos fortes e
aspectos ainda a melhorar no ISEL:
Pontos Fortes
1. Adaptação dos planos curriculares ao modelo de Bolonha realizada de acordo com
a legislação, em tempo útil e tendo como referência modelos internacionais e
nacionais;
2. Aplicação do processo de monitorização pedagógica, com a introdução da
avaliação intercalar, com dados ainda não disponíveis;
3. Crescimento da proporção de alunos Erasmus no primeiro ciclo;
4. Criação de unidades extracurriculares com o objectivo de desenvolver
competências transversais e maior utilização de métodos apropriados de
avaliação.
Aspectos a Melhorar
1. Adequar a carga de trabalho e a sua distribuição por horas de trabalho autónomo
e de contacto, e principalmente um sistema de aferição dos ECTS definidos;
2. Concretização do suplemento ao diploma no ISEL;
3. Aumentar a mobilidade nacional e internacional dos alunos e docentes;
4. Criar melhores metodologias de inserção na vida activa.
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 24
Anexo 1 Princípios subjacentes à concretização do Processo de Bolonha
• Reorganização do sistema de ensino superior em 2 ciclos de estudo, licenciatura e mestrado, de acordo com o Artigo 7.º da Lei n.º 62/2007 p. 6358, que o define para o ensino politécnico;
• Adopção de um sistema de créditos (ECTS) que utiliza a medida do trabalho do estudante para completar um crédito como unidade;
• Introdução do Suplemento ao Diploma, criado pelo Instituto Politécnico de Lisboa em Janeiro de 2008. A estrutura do suplemento ao diploma segue o modelo elaborado pela Comissão Europeia, pelo Conselho da Europa e pela UNESCO/CEPES. Tem por objectivo fornecer dados independentes e suficientes para melhorar a transparência internacional e o reconhecimento académico e profissional, equitativo das qualificações (diplomas, graus, certificados, etc.). Desta forma foi elaborado um documento contendo as instruções de preenchimento de forma a uniformizar este tipo de documento;
• Aplicação da Escala Europeia de Comparabilidade de Classificações (Artigos 18.º a 21.º do Decreto-Lei n.º 42/2005) já regulamentado para os Mestrados (Regulamento Geral dos Ciclos de Estudo ao Grau de Mestre – Artigo 17.º, alínea 1);
• Realização de Contrato de Estudos (Artigos 23º a 28º do Decreto-Lei n.º 42/2005), já implementado pelo Serviço de Relações Internacionais e regulamentação de creditação que estabelece normas relativas à mobilidade dos estudantes do ISEL entre cursos e estabelecimentos de ensino superior, creditando nos seus ciclos de estudos a formação realizada no âmbito de outros ciclos de estudos superiores em estabelecimentos de ensino superior nacionais ou estrangeiros e aquela resultante da experiência profissional e formação pós-secundária (Regulamento de Creditação do ISEL de 5 de Março de 2009);
• Desenvolvimento de mecanismos que garantam a qualidade dos cursos oferecidos e a sua acreditação profissional e académica através do reconhecimento da Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos (cursos creditados pela ANET), Ordem dos Engenheiros (cursos creditados pela OE) e futuramente pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (criada pelo Decreto-lei n.º 369/2007).
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA 25
Anexo 2 Lista de instituições de Ensino Superior Parceiras do ISEL em 2008
País Instituição Alemanha Hochschule Darmstadt – University of Applied Sciences
Fachhochschulle Dusseldorf Universitat Stuttgart Hochschule fur Technic Stuttgart Fachhochschulle Oldenburg - School of Applied Sciences
Bélgica Ecam-Haute Ecole Leonard de Vinci Bulgária Technical University of Sofia Chipre Frederick Institute of Technology Dinamarca Odense Teknikum University of Southern Denmark
VIA University College Vitus Bering College
Eslovénia University of Ljubjana University of Maribor Univerza na Primorskem Universite del Litorale
Espanha Universidad de Salamanca - Zamora Universidad de Salamanca - Ávila Universidad Zaragoza Universidad de Sevilla Universidad Jaume I Universidad de Granada
Finlândia Turku University of Applied Sciences Savonia University of Applied Sciences Oulu University of Applied Sciences Mikkeli University of Applied Sciences
França Université dÁrtois-IUT Bethune Université de Paris-Sud XI-IUT d`Orsay
Grécia Technological Education Institute of Piraeus Technological Educational Institute of Thessaloniki Technological Educational Institute Athens
Hungria Budapest University of Technology and Economics (BME) Itália Università Degli Studi di Salerno
University of Bologna Università Degli Studi Dell`Aquila
Letónia Riga Technical University Lituânia Vilnius Gedimino Technikos Universitetas
Kaunas University of Technology Noruega Telemark University Paises-Baixos
Noordelijke Hogeschool Leeuwarden University of Utrech Delpht University of Technology
Reino-Unido
University of Reading Coventry University
República Checa
BRNO University of Technology
Suiça Zurich University of Applied Sciences-School of Architecture, Design and Civil Eng. Zurich University of Applied Sciences-School of Engineering