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0 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA CURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA: ÊNFASE ELETROTÉCNICA EMERSON DE SOUZA PEREZ RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório de Estágio Obrigatório - Emerson de Souza Perez - Rev.02 Final

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UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARANDEPARTAMENTO ACADMICO DE ELETROTCNICACURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ELTRICA: NFASE ELETROTCNICA

EMERSON DE SOUZA PEREZ

RELATRIO DE ESTGIO SUPERVISIONADO

CURITIBA2013

EMERSON DE SOUZA PEREZ

RELATRIO DE ESTGIO SUPERVISONADO

Relatrio de Estgio Supervisionado apresentado ao Curso Superior de Engenharia Industrial Eltrica nfase Eletrotcnica da Universidade Tecnolgica Federal do Paran - Campus Curitiba, como requisito parcial para a concluso da disciplina de Estgio Obrigatrio.

Orientadora: Prof. Dr. Andrea Lucia Costa.

CURITIBA2013

UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARANDEPARTAMENTO ACADMICO DE ELETROTCNICACURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ELTRICA: NFASE ELETROTCNICA

TERMO DE APROVAO

RELATRIO DE ESTGIO SUPERVISIONADO

____________________________Prof. Dr. Andrea Lucia Costa (UTFPR)Orientadora

____________________________Eng. Paulo Roberto Ferreira(COPEL)Supervisor

____________________________Emerson de Souza PerezEstagirio

Curitiba, 05 de Maro de 2013RESUMO

O relatrio a seguir apresenta as atividades desenvolvidas durante o Estgio obrigatrio realizado na Diviso de Projetos Eletromecnicos de Subestaes da COPEL Distribuio S. A., no perodo de 08/06/2010 21/12/2012. Descreve tambm a histria e a trajetria da empresa nas suas reas de atuao. Por fim, so descritas as dificuldades e solues encontradas pelo estagirio no desenvolvimento das atividades, as disciplinas cursadas que mais foram utilizadas no estgio, as disciplinas no vistas no curso que mais prejudicaram o desempenho das atividades, e consideraes finais.

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Primeira etapa de reforma de setor de 34,5 kV de subestao..14FIGURA 2: Segunda etapa de reforma de setor de 34,5 kV de subestao15FIGURA 3: Terceira etapa de reforma de setor de 34,5 kV de subestao16FIGURA 4: Parte de uma planta de subestao17FIGURA 5: Corte elaborado a partir de uma planta17

SUMRIO

1. INFORMAES GERAIS62. INTRODUO73. EMPRESA83.1 HISTRICO DA EMPRESA83.2 REA DE ATUAO DA EMPRESA104. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS114.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA DIVISO114.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO EMPREGADO125. EXEMPLOS DE PROBLEMAS E SOLUES ENCONTRADAS136. RELAO COM DISCIPLINAS DO CURSO197. CONCLUSES20REFERNCIAS21

1. INFORMAES GERAIS

Nome do aluno/empregado: Emerson de Souza PerezInstituio de ensino: Universidade Tecnolgica Federal do Paran.Curso: Engenharia Industrial Eltrica nfase EletrotcnicaPerodo: 10Empresa e local onde foi realizado o estgio: COPEL Distribuio S. A., polo km3, Curitiba - PRDiretoria: Diretoria de Engenharia (DEN)Superintendncia: Superintendncia de Obras de Transmisso (SOT)Departamento: Departamento de Engenharia de Subestaes (DESE)Diviso: Diviso de Projetos Eletromecnicos de Subestaes (VPEM)Gerente da diviso: Eng. Paulo Roberto FerreiraSupervisor do estgio obrigatrio: Eng. Paulo Roberto FerreiraProfessora orientadora do estgio: Prof. Dr. Andrea Lucia Costa Carga horria: 8 horas por dia 40 horas por semanaPerodo de estgio: 08/06/2010 at 21/12/20122. INTRODUO

O estgio realizado na Diviso de Projetos Eletromecnicos de Subestaes abrangeu atividades relacionadas com a elaborao de desenhos de plantas, cortes e detalhes de barramentos e equipamentos, malhas de terra, disposio de estruturas e iluminao externa de subestaes eltricas de 34,5 kV, 69 kV, 138 kV, 230 kV e 525 kV, e a confeco e atualizao de planilhas eletrnicas de acompanhamento e controle de revises dos documentos eletrnicos pertinentes a aspectos eletromecnicos das subestaes. Todo o material elaborado pelo estagirio foi supervisionado por um tcnico ou engenheiro da diviso.3. EMPRESA

3.1. HISTRICO DA EMPRESA

A COPEL Companhia Paranaense de Energia, foi criada no dia 26 de outubro de 1954 atravs de decreto assinado por Bento Munhoz da Rocha Netto, sendo denominada Compainha Paranaense de Energia Eltrica, nome que permaneceu at 14 de Outubro de 1979. Seu capital inicial veio principalmente do Fundo Estadual de Eletrificao. A partir de 1956, ela se tornou responsvel por construir os Sistemas Interligados Energticos e os empreendimentos hidreltricos do Plano de Eletrificao, alm de incorporar todos os bens, servios e obras relacionadas a energia eltrica no estado. Durante a dcada de 1960, o objetivo da empresa foi solucionar o abastecimento de energia eltrica em todo o Paran.Nas dcadas seguintes, alm da expanso dos sistemas de transmisso e distribuio, vrias usinas foram construdas e entraram em operao, como as usinas de Figueira (1963), Salto Grande do Iguau (1967), Foz do Chopim (1970), Parigot de Souza (1973), Foz do Areia (1980), Segredo (1992), Salto Caxias (1999), Santa Clara (2005) e Fundo (2006), que foram de vital importncia para a continuidade da expanso eltrica, e consequentemente industrial e urbana em toda a sua rea de abrangncia. A Companhia abriu seu capital ao mercado de aes no ms de Abril de 1994 na BM&F BOVESPA, e foi a primeira empresa brasileira do setor eltrico presente na bolsa de valores de Nova Iorque, a partir de 1997. A partir de 2002 tambm ingressou na Latibex, um brao da Bolsa de Valores de Madri voltada para o mercado da Amrica Latina.Atualmente, a COPEL atende cerca de quatro milhes de unidades consumidoras em 396 dos 399 municpios paranaenses, e possui um quadro de empregados de aproximadamente 9500 pessoas. Seu parque gerador possui 19 usinas, sendo 17 hidreltricas, 1 elica e 1 termeltrica, com potncia instalada de 4.552 MW, o que representa cerca de 7% da energia eltrica consumida no pas. Suas linhas de transmisso totalizam 2.023 km de extenso. Seu sistema de transmisso ainda possui 31 subestaes, de juntas possuem 10.900 MVA de potncia de transformao. O sistema de distribuio composto por 185.842 km de linhas e redes de tenso at 230 kV e 358 subestaes. O sistema ptico de telecomunicaes possui 8.397 km de cabos do tipo OPGW no anel principal e 19.620 km em anis radiais urbanos, abrangendo 387 municpios (sendo 2 em Santa Catarina) (COPEL, 2012).

3.2. REA DE ATUAO DA EMPRESA

A COPEL, alm de empreender vrias usinas no Paran e tambm fora do estado, no atua apenas na gerao, mas tambm na transmisso da energia atravs de suas redes e subestaes, alm da distribuio de energia eltrica para todo o estado. No mercado de energia, a companhia realiza comercializao no Ambiente de Contratao Livre e no Ambiente de Contratao Regulado. Ela tambm possui participaes em diversas empresas de energia eltrica, gs, saneamento, consultorias e telecomunicaes, alm de possuir uma infraestrutura prpria de telecomunicaes significativa o suficiente para prestar servios a outras empresas (COPEL, 2012).

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

4.1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA DIVISO

O Departamento de Engenharia de Subestaes (DESE) desempenha funes de oramento, projeto, fiscalizao e coordenao de contratos de obras das subestaes da COPEL. Tais obras podem ser solicitadas pela ANEEL, no caso de empreendimentos relacionados ao Sistema de Transmisso, ou pelo Departamento de Planejamento e Estudos do Sistema Eltrico, que subordinado mesma Superintendncia do Departamento de Engenharia de Subestaes (DESE). A Diviso de Projetos Eletromecnicos de Subestaes (VPEM) fica ento responsvel pelos oramentos e projetos eletromecnicos (que envolvem barramentos e equipamentos, malhas de terra, disposio das estruturas e iluminaes externas), alm de desempenhar funes de coordenao de contratos de obras e especificao e acompanhamento de fabricao de chaves secionadoras.

4.2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO ESTAGIRIO

A partir do momento em que um projeto requisitado, o gerente da diviso delega a tarefa a um projetista. Este, ento, requisita que os desenhos relacionados a obra (que pode ser uma construo, ampliao, melhoria, reforo ou desmontagem total ou parcial de uma subestao) sejam elaborados pelo desenhista, aps uma explicao do que se deseja, sendo geralmente acompanhado de esboos ilustrativos.O desenhista, j com todas as informaes que foram transmitidas pelo projetista, ento elabora os desenhos necessrios para que a concepo almejada pelo projetista seja satisfatoriamente entendida pelos executores do empreendimento. Cada parte constituinte do conjunto de desenhos mostrada a quem os solicitou quando concluda, a fim de que correes sejam apontadas, se forem necessrias.Durante a realizao do estgio foram elaborados desenhos de diversas ampliaes de subestaes, e alguns desenhos de construes de subestaes novas. De maneira geral, tais desenhos so: plantas de barramentos, equipamentos, malhas de terra, iluminao externa e disposio das estruturas no terreno; cortes de barramentos, equipamentos e estruturas metlicas; e detalhes diversos que visam destacar particularidades das plantas e cortes citados acima, como conexes, furaes ou cotas no visveis.A ferramenta utilizada para elaborao dos desenhos o software Microstation V8i, da Bentley, que um programa de CAD (do ingls computer-aided design, que se refere a criao de desenhos auxiliados por computador). Os desenhos devem possuir diversos padres estabelecidos, como a relao entre a espessura da linha de cada elemento e a cor que a representa na visualizao do programa, o tamanho e o tipo das fontes e cotas, a escala ou escalas utilizadas, o formato de pginas e o tipo de legenda.Para a execuo do projeto, o desenhista pode utilizar modelos de desenhos tpicos (que apresentam tipos de construes geralmente utilizadas), consultar projetos de obras similares j realizadas, alm de usufruir de conhecimentos obtidos em trabalhos anteriores.

5. EXEMPLOS DE PROBLEMAS E SOLUES ENCONTRADAS

Com certa frequncia, h a necessidade de se representar uma situao numa determinada subestao, onde haver a desmontagem e a consequente ampliao ou reforma de um determinado setor desta. Em alguns casos, partes da desmontagem e da execuo da obra so realizadas simultaneamente. H ento a necessidade de os desenhos referentes a tal obra serem confeccionados de tal forma que o encarregado de executar-l tenha uma correta orientao daquilo que deve ser feito. Assim, o desenhista reune-se com o projetista, e ambos comeam a traar uma forma de identificar todas as etapas a serem feitas atravs de desenhos, utilizando legendas, indicaes e hachuras. Pode-se optar por utilizar para tal mais de um desenho, se o processo for dividido em vrias etapas de execuo. Trs etapas de uma desmontagem e reforma de um setor de 34,5 kV de uma subestao so mostradas nas figuras 1 , 2 e 3.

A figura 1 representa a primeira etapa, onde a rea hachurada com linhas paralelas deve ser substituda e a rea hachurada com linhas transversais deve ser desmontada.

FIGURA 1: Primeira etapa de reforma de setor de 34,5 kV de subestao.Fonte: COPEL, 2012.

A figura 2 representa a segunda etapa, onde a rea no hachurada deve ser construda, ainda permanecendo neste momento alguns elementos provisrios, que sero retirados, como previsto na primeira etapa.

FIGURA 2: Segunda etapa de reforma de setor de 34,5 kV de subestao.Fonte: COPEL, 2012.

Por fim, a figura 3 representa a terceira etapa, onde a rea hachurada com linhas paralelas representa uma expanso futura, e a rea no hachurada deve ser construda.

FIGURA 3: Terceira etapa de reforma de setor de 34,5 kV de subestao.Fonte: COPEL, 2012.

Um problema recorrente a necessidade de desenvolver cortes a partir de partes de uma planta, como a mostrada na figura 4. FIGURA 4: Parte de uma planta de subestao.Fonte: COPEL, 2012.

A elaborao da ilustrao frontal ou lateral de um determinado barramento, e dos equipamentos e estruturas que o compe, torna necessrio que o desenhista possua informaes no presentes na visualizao superior, como por exemplo, a altura padro de equipamentos, barramentos e estruturas, e a correta ligao dos barramentos aos equipamentos. Estes aspectos ficam mais visveis em um corte, como se pode observar na figura 5, que representa a vista do arranjo no sentido indicado pelas setas 22 na figura 4.

FIGURA 5: Corte elaborado a partir de uma planta.Fonte: COPEL, 2012.

No desenvolvimento de uma planta, corte ou detalhe, h a preocupao de se detectar elementos que conflitam com o arranjo em elaborao. Assim, o desenhista precisa realizar a disposio dos diversos setores numa subestao de forma que no haja nenhum conflito em sua construo, sempre utilizando as distncias padronizadas exigidas. A busca por uma disposio de setores que possibilite o no cruzamento de diferentes canaletas de cabos de energia, quando for possvel, primordial para que o resultado final seja satisfatrio.

6. RELAO COM DISCIPLINAS DO CURSO

Cursar a disciplina de Desenho Eltrico foi muito importante para a realizao das atividades de desenhista, pois forneceu noes de tcnicas de contruo de desenhos, perspectivas, vistas, alm de possibilitar ao aluno interagir com um programa de CAD (na ocasio, o Autodesk AutoCAD). A disciplina de Subestaes, cursada j durante o perodo de estgio, forneceu inmeras informaes acerca de arranjos de subestaes, funes e dimensionamentos de equipamentos utilizados nas subestaes, complementando conceitos j aprendidos no decorrer da elaborao dos desenhos no estgio. Dentro da disciplina de Instalaes Eltricas Prediais, o estudo de iluminao de ambientes permitiu conhecer conceitos e programas que seriam utilizados nas plantas e cortes de iluminao externa das subestaes. A disciplina de Materiais e Equipamentos permitiu tambm ao aluno conhecer caractersticas de diversos componentes presentes nas subestaes projetadas pela diviso.Em contrapartida, h assuntos no mostrados nas disciplinas que seriam de grande utilidade nas tarefas a serem executadas no estgio, como a construo de desenhos que representem cortes de uma estrutura ou de uma edificao, na disciplina de Desenho Eltrico, e a apresentao de todos os aspectos Eletromecnicos de uma subestao, na disciplina de Subestaes, onde apenas foi visto o dimensionamento de malhas de terra, no sendo abordado aspectos sobre a disposio fsica desta.

7. CONCLUSES

Passado o perodo de estgio, observando e analisando tudo o que foi desenvolvido, nota-se que a experincia foi de grande valia para a trajetria profissional do aluno, que teve contato direto com uma rea tcnica que exige constantemente a criao de solues distintas, visto que cada subestao possui um arranjo, uma disposio, uma rea e um tamanho diferente da outra, ocasionanado tipos de problemas tambm distintos entre si.O modo como os trabalhos so delegados ajudou o aluno a absorver conceitos de como se trabalhar segundo uma hierarquia, cumprir horrios, prazos e tarefas, e manter bancos de arquivos bem organizados, a fim de evitar erros grosseiros no decorrer das atividades. Do ponto de vista tcnico, a grande quantidade de desenhos feitos no perodo de estgio propiciou ao desenhista a oportunidade de se ambientar com diversos arranjos de montagem de subestaes, tipos de estruturas, equipamentos, materiais, tecnologias utilizadas e tcnicas de projeto, trazendo a este um aprendizado que dificilmente seria ensinado no meio acadmico.Assim, este perodo certamente foi til na fixao de informaes aprendidas durante o curso, executadas aqui na prtica, num momento em que se aproxima a concluso do perodo de graduao, se caracterizando como parte fundamental na formao do futuro engenheiro eletricista.

8. REFERNCIAS

COPEL COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA. A Copel. Disponvel em . Acessado em 28 de Novembro de 2012, 21:30.

COPEL COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA. Plantas e corte de projeto preliminar de implantao de subestao na regio metropolitana de Curitiba. Projetos diversos. Curitiba: 2011. Acervo particular da empresa.