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Relatório de Gestão 2005 - Manuel Ribeiro Sebastião ... Metodista/Intro Fin... · Estrutura empresarial da Angola Telecom A Empresa de ... Planeamento e Engenharia DSI- Direcç

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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A.MENSAGEM DO PRESIDENTE E DIRECTOR GERAL DA ANGOLA TELECOM

Caros Clientes,

Caros Colaboradores,

Caros Parceiros,

O ano de 2009 foi caracterizado pelas

dificuldades inerentes a crise económica mundial

que afectou todos os sectores de actividade.

A Angola Telecom que integra o sector de

economia das telecomunicações também

vivenciou algumas dificuldades, devido a

retracção do mercado, bem como os efeitos das

desvalorizações cambiais.

Pesem estes constrangimentos, em 2009, a ANGOLA TELECOM evidenciou uma expansão

significativa da sua actividade, traduzida no aumento do volume de negócios (11,5%), por via

do crescimento acentuado de alguns serviços, nomeadamente os circuitos alugados e serviços

de internet.

O activo total (líquido) atingiu 75.346.365 milhares de Kwanzas em 31 de Dezembro de

2009, comparando com 60.285.216 milhares de Kwanzas em 2008.

O crescimento do activo foi induzido essencialmente pelo aumento verificado no imobilizado

em curso da ANGOLA TELECOM, resultante dos diversos projectos e obras em curso que

tiveram o seu início, alguns em 2008, e outros no decurso de 2009, nomeadamente o projecto

backbone multi-serviços em fibra óptica.

Em decorrência da evolução favorável das prestações de serviços e do decréscimo verificado

nos custos operacionais, nomeadamente nas rubricas Custos com o pessoal (-17,2%) e nos

Fornecimentos e serviços de terceiros (-10,9%), os resultados operacionais apurados em 31

de Dezembro de 2009 registaram uma evolução bastante favorável (2.328.144 milhares de

Kwanzas, contra 4.443 milhares de kwanzas em 2008).

Os resultados financeiros tiveram um desempenho desfavorável resultante essencialmente da

desvalorização do Kwanza durante o exercício de 2009.

O resultado líquido da ANGOLA TELECOM cifrou-se em 433.853 milhares de Kwanzas

em 2009 (380.561 milhares de kwanzas em 2008), o que representou um aumento de 14% em

relação a 2008.

A taxa de crescimento da rede instalada e da utilização da rede, relativamente ao ano anterior,

foram de 10 % e 13 %, respectivamente.

Visando adaptar a empresa aos novos desafios do mercado e torná-la mais virada para os

clientes, foram introduzidas alterações na sua estrutura orgânica e nos processos internos.

Em 2009 mantivemos o esforço contínuo de melhoria da estrutura académica e profissional

dos colaboradores, bem como o incremento da participação do género na empresa, nos mais

diversos níveis.

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C.1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

C.1.1. Evolução da economia angolana

A economia Angolana registou em 2009 um crescimento positivo marcada pelo

aumento das receitas no sector não petrolífero fixado em 13,6% e uma queda

verificada no sector petrolífero na ordem dos 6,1%. Apesar de se considerar 2009 o

ano de recessão económica mundial, Angola registou melhorias na situação económica

do país, essencialmente com a recuperação do preço do petróleo.

A economia Angolana apresentou no ano de 2009 uma taxa de crescimento global

próxima dos 4,9% a inflação homóloga agravou-se ao longo do período, situando-se

em Junho na ordem dos 13,95%.

A inflação acumulada no primeiro semestre de 2009 foi de 6,21%, reflectindo um

agravamento em relação ao período homólogo de 2008 (5,5%). A inflação média

mensal foi de 1,01%. Pelo facto de as taxas de inflação mensais em 2009, a excepção

do mês de Maio, terem superado as taxas de 2008.

Os rácios do sector bancário traduziram o desempenho da política económica do país

no seu esforço de minimização dos efeitos nefastos da crise internacional sendo assim

a depreciação da moeda nacional, em 2009 foi de 18,9%, tendo o preço da moeda

estrangeira de referência, o Dólar, passado de Kz 75,02 para 88,77. No mercado

informal, a depreciação foi de 25,39% e o diferencial entre os dois seguimentos de

mercado saiu de 0,61%, em Dezembro de 2008, para cerca de 29%, em Julho do ano

seguinte, situando-se em 6,83% até de Dezembro de 2009.

Uma visão global mostra que a economia Angolana terá sido menos afectada do que o

esperado pela crise financeira internacional, apesar de ainda assim ser uma das

fortemente penalizada na região, isto pelo desempenho negativo do preço do petróleo

no mercado internacional na medida em que as exportações do petróleo são o factor

determinante do modelo do crescimento económico de Angola.

A crise financeira internacional e a consequente queda das receitas petrolíferas fizeram

sentir os seus efeitos sobre o produto interno, que decaiu para 28,6%, em 2009 ao

contrário dos 40,7% no ano transacto.

No âmbito das medidas aprovadas pelo Governo angolano para fazer face às

implicações da crise económica e financeira internacional sobre a economia angolana,

nomeadamente medidas de contenção das metas inflacionárias e das taxas cambias

adoptadas em 2008 pelo governo Angolano, face a crise, a despesa pública registou

apenas um ligeiro agravamento em 2009 de 42,8% do PIB contra 41,6%em 2008,

resultado do esforço de contenção e disciplina orçamental tendo as perspectivas de

crescimento económico sido reajustadas. Nisto, o processo de revisão do Orçamento

Geral do Estado para 2009, estimou uma taxa de crescimento do PIB em 2009 á ordem

dos 6,2%, que face ao contexto de crise internacional pode ser considerado de

razoável.

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C. 1.2. Perspectivas futuras

O Fundo Monetário Internacional aponta para um crescimento mundial, em 2008, de

3.4%, antecipando, ainda, que o crescimento mundial, em 2009, se quede pelos 0,5%,

o valor mais baixo dos últimos 50 anos, devendo os países desenvolvidos sofrer uma

contracção de 2% e as economias emergentes ou em desenvolvimento sofrerem um

abrandamento significativo.

A economia angolana é uma das mais dinâmicas de África e possui ainda uma grande

margem de progressão. Prevê-se um crescimento acentuado do sector agrícola até

2015 para uma maior dinamização da indústria e o relançamento das exportações.

Estima-se que a taxa de crescimento do PIB no período entre 2007 e 2010 é de cerca

de 13%.

Segundo a OPEP, a economia não petrolífera também ira sofrer repercussões da queda

de produção e preço do petróleo, e considerando que cerca de 58% do produto

angolano é originário do sector petrolífero, actualmente com 5,9% em termos de

crescimento fruto da redução do preço do barril, mesmo que os restantes sectores

continuassem a expandir-se ao ritmo previsto de 16,3%o produto interno bruto, em

2010 poderá não conseguir escapar de uma evolução negativa.

O sector petrolífero continuou a ser o principal responsável pelo forte dinamismo do

crescimento económico, revelando um peso dominante na actividade económica do

país. Este sector representa 58,3% do produto gerado internamente em 2008.

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D. RELATÓRIO DE GESTÃO

1.1. Estrutura empresarial da Angola Telecom

A Empresa de Telecomunicações de Angola “Angola Telecom”, é uma empresa estatal de

grande dimensão, dotada de personalidade jurídica e de autonomia administrativa,

financeira e de gestão, com património próprio. Tem sede em Luanda e pode, por

deliberação do Conselho de Administração, estabelecer filiais, sucursais, agências,

delegações, ou qualquer outro tipo de representação no País ou no estrangeiro, bem como

descentralizar os seus serviços técnicos e administrativos, de acordo com as necessidades

da sua actividade.

A Angola Telecom possui um Capital Social de Kz. 16.195.410.000,00 equivalente USD

200.000.000,00 e uma actividade vocacionada a instalação e exploração dos Serviços

Públicos de Telecomunicações.

O capital Social da Angola Telecom é totalmente subscrito pelo Estado.

No final do exercício de 2009, a conta Resultados registou um lucro antes de impostos de

Kz 667.465.134.

O resultado operacional cifrou-se em Kz 2.328.144.027 o que representa 20% dos

proveitos da empresa. A rentabilidade bruta das vendas, no exercício anterior correspondia

a 0,001% e em 2007 representava 15%.

Os resultados financeiros registavam um saldo negativo de Kz 262.599.486.

O resultado líquido do exercício cifrou-se em Kz 433.852.337 e representa um acréscimo

de 14 % relativamente ao período anterior.

A Angola Telecom possui participações no Capital nas seguintes participadas:

Movicel Multitel TV Cabo Elta Cabo Submarino

Sat 3BCI Rascom Colombus

III

18% 30% 50% 20% 3,76% 1% 1,14% 0,27%

Participadas

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1.2. Estrutura organizacional da Angola Telecom

Conselho de Administração

(Pelouros)

● Direcções Regionais

● DRN- Direcção Regional Norte

● DRCN- Direcção Regional Centro Norte

● DRCS- Direcção Regional Centro Sul

● DRS- Direcção Regional Sul

● Assessoria e Apoio

● GCA-Gabinete do Conselho de Administração

● GJ- Gabinete Jurídico

● GRI- Gabinete de Relações Instituicionais

● GAI- Gabinete de Auditoria Interna

● GCI- Gabinete de Comunicação e Imagem

● GPCG- Gabinete de Planeamento e Cont. de Gestão

● GGP- Gabinete de Gestão de Projectos

● Direcções Centrais – Gestão e Controlo

● DRH- Direcção de Recursos Humanos

● DFC- Direcção de Finanças e Contabilidade

● DEPE- Direcção de Estudos, Planeamento e Engenharia

● DSI- Direcção de Sistemas de Informação

● DCMK- Direcção Comercial e Marketing

● DA- Direcção de Apoio

● DOM- Direcção de Operações e Manutenção da Rede

● Unidades de Negócios

● UNSVO- Serviços Via Operadora

● UNMSI- Mercados e Serviços Internacionais

● UNSE- Serviços Empresariais

● UEC- Energia e Climatização

● UTPF- Técnica de prevenção a Fraude

● UN-AT Wholesale

Sectores Territoriais de Negócios

Filiais

Agências

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1.3. Síntese dos principais indicadores da Angola Telecom

Da análise aos principais indicadores verifica-se que os custos da empresa estiveram

abaixo do nível previsto em 6,26%, sendo que as receitas também estiveram abaixo do

previsto em 25,74 %.

Distribuição dos Custos

DRN

3%

DRCS

11%

GABINETES

6%

D.CENTRAIS

20%

U.NEGÓCIO

30%

DRCN

24%

DRS

6%

Distribuição dos Proveitos

DRCS

4%

DRS

3%

DRN

3%

DRCN

37%

UN-MSI

10%

UN_SE

43%

% Cobrança Acumulada

UN-SE

46%

DRS

3%

DRCS

5%

DRN

4%

DRCN

42%

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Serviços Empresariais

Em 2009 a facturação total dos serviços foi de 51,12 milhões de USD, representando um

crescimento de 27% em relação ao valor facturado em 2008, o total da cobrança foram 46,9

milhões de USD, o que representa um crescimento de 13,5% em relação a 2008. Os custos

operacionais foram de 4,77 milhões de USD, o que representa um aumento de 49% em

relação a 2008.

A dívida aos fornecedores de serviço e equipamentos é de 8,22 milhões, representando um

aumento de 28% em relação ao ano anterior. O crédito á terceiros em Dezembro de 2009 era

de 4,2 milhões de USD.

No que respeita ao serviço internacional, Houve uma redução global do tráfego internacional

de entrada (fixo) comparado com o volume registado em 2008 (18,89%). Só para a rede da

Angola Telecom a redução foi de 20,18 %.

Já para as redes móveis houve um aumento de 9,19% relativamente ao ano anterior,

destacando-se o tráfego de entrada para a rede da Unitel que corresponde a 78,18% do total do

total do tráfego.

No cômputo geral, o tráfego internacional de entrada para todas as redes, fixas e móveis, foi

como se apresenta no quadro seguinte:

Tráfego Internacional de Entrada

0,00

10.000.000,00

20.000.000,00

30.000.000,00

40.000.000,00

50.000.000,00

60.000.000,00

Facturação Cobrado Custos Dívida a

receber

Dívida a

pagar

Facturação, Cobrança, Custos e Dívida em USD 2009

Operadora Tráfego (min) %

Angola Telecom 6.839.117 13%

Unitel 35.064.506 68%

Movicel 9.787.924 19%

MSTelecom 204.254 0%

Nexus 1.875 0%

Mundo Startel 3.372 1%

Infrasat 3.028 1%

Total 51.904.076 100%

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O tráfego internacional de saída durante o ano de 2009, registou uma redução de 19,78%. A

redução do tráfego originado na rede da Angola Telecom, deve-se a saída de Clientes.

No geral, em 2009, o tráfego internacional de saída originado em Angola e encaminhado

através da Angola Telecom, tanto das redes fixas como das móveis, foi de 20.432.558

minutos, distribuído como se apresenta no quadro seguinte:

Tráfego Internacional de Saída

Em termos gerais, o balanço da facturação de 2009 é positivo com um valor de USD

2.879.543,86 o que vai de encontro a Missão da Unidade no sentido de que o tráfego

internacional não afecte a rentabilidade da empresa. Há contudo a registar balanços negativos

com a Belgacom e KPN.

O tráfego total de Interconexão de saída e de entrada, gerou a seguinte facturação em USD.

Operadora Tráfego (min) %

Angola Telecom 11.544.170 56%

Unitel 8.569.660 42%

Movicel 197.346 1%

MSTelecom 4.620 0%

Nexus 110.823 1%

Mundo Startel 75 0%

Infrasat 5.864 3%

Total 20.432.558 100%

Total Acum.

Saídas

Unitel 4.590.154

Movicel 1.366.978

MSTelecom 18.896

Nexus 0

Mundo Startel 2.115

Infrasat 0

Total 5.978.143

CarrierTotal Acum.

Entradas

Unitel 212.677

Movicel 1.461.154

MSTelecom 42.089

Nexus 3.124

Mundo Startel 2.871.009

Infrasat 0

Total 4.590.053

Carrier

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Min (

000)

Internac. (ent) Internac. (sai)

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O balanço é negativo (USD 1.798.214,76) em termos de serviço de interconexão, mas para a

Angola Telecom, no global, o tráfego enviado para as operadoras locais, ou é tráfego

originado pelos clientes da Angola Telecom, ou é tráfego de trânsito originado noutras

operadoras locais ou tráfego originado no exterior do país. Por conseguinte este balanço

negativo não recai em prejuízo para a empresa.

Cartões e Produtos Pré-pagos

A Angola Telecom promove também a venda de cartões e produtos pré pagos e durante o

ano de 2009 comercializou um total de 182.760 unidades, com a seguinte composição:

Os dados ilustram que os cartões ECO e os Carregamentos de Saldo, tiveram um peso

significativo no total das vendas realizadas

Relativamente a rede inteligente – Cartões ECO, foram distribuídos e vendidos à nível

nacional 98.273 cartões Pré – pagos, com a seguinte distribuição percentual:

Cartões Pré-pagos

A distribuição de cartões e produtos pré pagos, durante o período em referência propiciou, à

empresa, um total de USD 3.715.463,00, sendo que o cartão ECO representou cerca de 40%

destas vendas.

Cartões 2009

Cartão Telefónico 0%

Cartão ECO/Físico 40%

Carregamento de Saldo 49%

Facturação pré pago 5%

Carregamento Utt's (EMIS) 6%

Total 100%

Cartões 2008 2009

Cartão Eco 68 UTT 1%

Cartão Eco 125 UTT 87,45 54%

Cartão Eco 250 UTT 6,99% 20%

Cartão Eco 500 UTT 5,56% 23%

Cartão Eco 750 UTT 2%

Cartão Virtual TCC 0% 0%

Total 100% 100%

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2. INDICADORES TÉCNICOS DE DESEMPENHO E DESENVOLVIMENTO

2.1 Capacidade instalada em centrais telefónicas e VSAT’S

F.LUANDA 86.304 93.804 93.804 112.304 113.744

F.BENGO 160 660 2.660 3.210 4.190

F.K.NORTE 180 186 186 4.024 4.024

F.MALANGE 3.000 3.000 3.000 4.024 4.184

F.L.NORTE 1.100 3.770 3.770 3.770 4.770

F.L.SUL 600 3.000 3.000 3.000 6.000

Subtotal DRCN 91.344 104.420 106.420 130.332 136.912

F.BENGUELA 18.688 18.688 18.688 27.952 27.952

F.K.SUL 2.000 2.000 7.008 8.032 11.808

F.HUAMBO 4.000 4.000 4.000 8.024 8.536

F.BIÉ 1.000 1.000 1.000 4.150 3.735

F.MOXICO 177 177 177 177 3.528

Subtotal DRCS 25.865 25.865 30.873 48.335 55.559

F.CABINDA 5.087 5.314 5.314 5.314 5.000

F.ZAIRE 322 355 355 355 2.981

F.UIGE 3.000 3.000 3.000 3.000 3.640

Subtotal DRN 8.409 8.669 8.669 8.669 11.621

F.HUILA 12.014 12.014 14.500 15.050 18.100

F.NAMIBE 10.470 10.470 10.470 10.470 11.970

F.CUNENE 2.418 2.914 2.914 2.900 3.900

F.K.KUBANGO 177 2.001 2.000 2.000 5.500

Subtotal DRS 25.079 27.399 29.884 30.420 39.470

Total 150.697 166.353 175.846 217.756 243.562

PROVINCIA 2005 2006 2007

CAPACIDADE INSTALADA (COMUTAÇÃO)

2008 2009

150.697

2005

166.353

2006

175.846

2007

217.756

2008

243.562

2009

Evolução Capacidade Instalada

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2.2. Taxas de ocupação e digitalização das centrais telefónicas

A. Taxa de Ocupação

A modernização da rede, expansão da capacidade instalada e actualização da base de

dados dos clientes a nível nacional, permitiu um acentuado desnível com relação ao ano

de 2008 em algumas filiais.

B. Taxa de Digitalização

Angola Telecom atingiu a meta de digitalização de 100%, com modernização da rede na

região da Lunda Norte

Taxa de Digitalização

80,085,090,095,0

100,0105,0

F.LUANDA

F.BENGO

F.K.N

ORTE

F.MALA

NG

E

F.L.N

ORTE

F.L.S

UL

F.BENGUELA

F.K.S

UL

F.HUAM

BO

F.BIÉ

F.MO

XICO

F.CABIN

DA

F.ZAIR

E

F.UIG

E

F.HUIL

A

F.NAMIB

E

F.CUNEN

E

F.K.K

UBAN

GO

(%)

2008 2009

Taxa de Ocupação

020406080

100120

F.LUAN

DA

F.BENG

O

F.K.N

ORTE

F.MALA

NG

E

F.L.N

ORTE

F.L.S

UL

F.BENG

UELA

F.K.S

UL

F.HUAM

BO

F.BIÉ

F.MOXIC

O

F.CAB

INDA

F.ZAIR

E

F.UIG

E

F.HUIL

A

F.NAM

IBE

F.CUNENE

F.K.K

UBA

NGO

(%)

2008 2009

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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2.3. Cobertura Nacional

O investimento em infra-estruturas tem estado a crescer e consequentemente o número de

municípios cobertos no território nacional.

2.4. Linhas principais ligadas

O número de assinantes ligados cresceu em 12,6% com relação ao ano de 2008.

Lançamento de novos serviços e a modernização da rede a nível nacional permitiu este

crescimento.

F.LUANDA 66.688 66.494 64.044 73.544 80.867

F.BENGO 141 157 264 297 774

F.K.NORTE 180 184 168 1.076 1.300

F.MALANGE 872 942 978 1.199 1.951

F.L.NORTE 988 727 788 516 732

F.L.SUL 421 479 537 473 648

Subtotal DRCN 69.290 68.983 66.779 77.105 86.272

F.BENGUELA 10.272 10.273 10.248 6.743 6.967

F.K.SUL 1.372 856 492 870 1.494

F.HUAMBO 3.425 3.583 3.756 4.202 4.753

F.BIÉ 563 415 323 787 1.075

F.MOXICO 177 177 177 177 1.155

Subtotal DRCS 15.809 15.304 14.996 12.779 15.444

F.CABINDA 3.277 3.654 3.283 3.437 3.482

F.ZAIRE 276 297 282 289 494

F.UIGE 1.188 187 171 235 869

Subtotal DRN 4.741 4.138 3.736 3.961 4.845

F.HUILA 4.905 5.110 5.618 5.140 6.027

F.NAMIBE 1.333 2.389 2.279 2.385 2.739

F.CUNENE 293 617 605 500 754

F.K.KUBANGO 177 242 221 282 881

Subtotal DRS 6.708 8.358 8.723 8.307 10.401

Total 96.548 96.783 94.234 102.152 116.962

CAPACIDADE UTILIZADA (COMUTAÇÃO)

20082007 2009PROVINCIA 2005 2006

Cobertura Nacional

0

5

10

15

20

LU

AN

DA

BE

NG

O

BE

NG

UE

LA

BIÉ

CA

BIN

DA

CU

NE

NE

HU

AM

BO

HU

ÍLA

KU

AN

DO

KU

BA

NG

O

KW

AN

ZA

NO

RT

E

KW

AN

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SU

L

LU

ND

A

NO

RT

E

LU

ND

A

SU

L

MA

LA

NG

E

MO

XIC

O

NA

MIB

E

UÍG

E

ZA

IRE

Nº de MUNICÍPIOS Nº de MUNICÍPIOS COBERTOS META 2009

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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2.5. Rede Telefónica

2.5.1. Evolução da Capacidade Instalada em 2009

O programa de expansão e modernização de infra-estruturas de telecomunicações

contínua a nível nacional.

No período de Janeiro á Dezembro de 2009 a capacidade instalada cresceu em 4,95%.

2.5.2. Evolução da Capacidade Utilizada em 2009

O desenvolvimento do programa de expansão e modernização das infra-estruturas de

telecomunicações no território nacional tem permitido por um lado o crescimento da

capacidade instalada, a renovação e actualização da base de dados dos nossos clientes,

mas por outro lado o fenómeno da substituição fixo móvel, a fraca capacidade de

oferta dos serviços de dados, o crescimento de cobertura nacional onde existe fraco

poder de compra e capacidade de suportar a manutenção dos nossos serviços têm

contribuído para as variações constantes dos nossos clientes.

2005

96.548

2006

96.783

2007

94.234

2008

102.152

2009

116.962

Evolução Assinantes Ligados

Evolução da Capacidade Instalada em 2009

231.492

236.887

242.122243.562

Mar Jun Set Dez

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

Pág. 16 de 52

2.5.3 Cabines Públicas

O parque de cabines públicas em funcionamento tem estado a reduzir pela falta de

material de reposição obsoleto e a degradação de algumas cabines por falta de

segurança em alguns locais.

2.5.4 Evolução da Lista de Espera

A expansão dos serviços com tecnologia sem fio permite atender com maior rapidez

os novos focos habitacionais e comerciais que vão surgindo e satisfazer

paulatinamente os clientes em lista de espera que se encontram em zonas onde não

existe rede de cobre, o que tem estado a diminuir os pedidos em espera.

Evolução da capacidade Utilizada em 2009

106.485

110.187

115.978116.962

Mar Jun Set Dez

Parque de Cabines Públicas 2009

0

100

200

300

400

500

Mar Jun Set Dez

Cab. Existentes Cab. Funcionamento

Lista de Espera 2009

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

2008 19.232 19.117 19.724 19.124 18.781 18.485 17.131 16.293 16.238 15.470 15.689 15.163

2009 12.297 12.254 12.533 12.554 12.512 12.494 12.574 12.482 12.149 12.231 12.176 12.082

Jan Fev Març Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

Pág. 17 de 52

2.6. Desempenho do Backbone

Foram adoptadas os seguintes padrões internacionais como referências:

ASR maior que 60% é considerado bom.

ASR entre 30% e 60% é considerado aceitável (médio).

ASR inferior a 30% é considerado mau.

Até Dezembro de 2009 atingiu-se níveis aceitáveis do ASR (Taxa de Sucesso de

Chamadas).

Para as “Disponibilidades Média Acumuladas” 95,53% para ligações IDR internacionais,

99,41% para ligações IDR nacionais, 98,72% para as ligações á feixes hertzianos e

finalmente 86,06% para as ligações via SAT3 devido os cortes da fibra provocada por

entidades vocacionadas as obras públicas.

ASR Médio Acumulado 2009

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

ROTAS NACIONAIS

DE ENTRADA

ROTAS NACIONAIS

DE SAÍDA

ROTAS

INTERNACIONAIS DE

ENTRADA

ROTAS

INTERNACIONAIS DE

SAÍDA

INTERLIGAÇÃO COM

OUTROS

OPERADORES

(ENTRADA)

INTERLIGAÇÃO COM

OUTROS

OPERADORES

(SAÍDA)

ASR (%)

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

Pág. 18 de 52

3.RECURSOS HUMANOS

3.1 Diversos indicadores dos Recursos Humanos

A aquisição e manutenção de vantagens competitivas em um ambiente de grandes e

profundas transformações têm obrigado as empresas a uma revisão dos seus parâmetros

de gestão. A principal característica é a consciência de que a participação e o

envolvimento das pessoas com objectivos organizacionais representa um diferencial

competitivo estratégico.

O número total de colaboradores do quadro efectivo em Dezembro de 2009 era de 1650,

representando uma redução de cerca de 3 % relativamente ao ano anterior.

Sob o ponto de vista do género 486 mulheres

da empresa em 2009 representaram 30% do

total de efectivos.

Quanto ao nível de escolaridade,

a empresa prima pela melhoria quali-

tativa do efectivo, visando a criação

de valor acrescentado. Cerca de 51%

do efectivo possui um nível de esco-

laridade situado entre a 4ªclasse e a

11ª classe.

Percencentagem de Homens e Mulheres

Homens

70%

Mulheres

30%

Repartição por Nível de Escolaridade

Licenciatur

a e +; 8%

Bacharelat

o; 3%

12ª-

Classe;

36%

da 4ª a 11ª

cl; 51%

Outros;

3%

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

Pág. 19 de 52

Apesar da integração de jovens quadros

a estrutura etária da empresa não sofreu

alterações substanciais em termos percen-

tuais, porquanto a faixa dos 40-49 anos

continua a representar 43% do seu efecti-

vo, durante o período em análise.

3.2 Remunerações

O gráfico visualiza a evolução dos salários para o período de 2006 à 2009.

O Mapa seguinte ilustra a relação entre as despesas com o pessoal e as vendas:

Milhões USD

Repartição por Escalões Etários

20 - 29

anos

10% 30 - 39

anos

20%

40 - 49

anos

43%

> 50 anos

27%

0

10

20

30

40

50

60

2006 2007 2008 2009

Evolução dos SaláriosMilhões de USD

2006 2007 2008 2009

Capitais próprios 422,14 446,32 413,5 348,38

Vendas 132,14 133,76 133,84 125,44

Despesas com o

pessoal40,17 48,27 42,95 29,95

Relação despesas

c/pessoal e vendas 30% 36% 32% 24%

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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3.3 Acções de formação

A qualidade e gestão dos recursos humanos, sendo um dos factores críticos de sucesso na

Angola Telecom tem vindo a apostar numa política de capacitação dos recursos humanos,

através de programas de formação específicos, quer no interior como no exterior do país,

visando optimizar o desempenho do efectivo com níveis de motivação cada vez mais

elevados.

No total foram realizadas 102 acções de formação, nas quais participaram 801

Colaboradores da Empresa, conforme ilustra o quadro:

a) Acções de Formação em 2009

b) Bolseiros da Angola Telecom

Em 2009 o número total de bolseiros

da Empresa era de 13, registando uma

redução em 48 %, em relação

ao ano anterior.

PAÍS Qtd

ANGOLA 5

AFRICA DO SUL 1

NAMÍBIA 2

BRASIL 1

ANGOLA 3

PORTUGAL 3

ESPANHA 1

ANGOLA 2

PORTUGAL 1

TOTAL 13

DOUTORAMENTO

LICENCIATURA

MESTRADO

PÓS-GRADUAÇÃO

TOTAL 101 801

NO EXTERIOR

LOCAL Qtd PARTICIP.

NO PAÍS 27 382

74 419

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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3.4 Controlo da força de trabalho excedentária

Durante o ano de 2009 foram rescindidos por mútuo acordo 57 contratos. Dos quais 30 nas

diferentes Filiais e 27 na Filial de Luanda.

Existem algumas previsões que poderão levar a saída de mais de 622 trabalhadores segundo

os dados da EGM (Equipa de Gestão de Mudanças) que se encontra a trabalhar no processo

de reestruturação da empresa.

Paralelamente foram efectuadas deslocações à todas as Filiais para actualização do quadro do

pessoal, com vista a identificação de pessoal excedentário, principalmente nos serviços

administrativos como resultado da informatização total da Rede e do processamento de

salários e serviços financeiros.

4.SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

No ano de 2009, dando continuidade a execução do Plano Estratégico para os Sistemas de

Informação (PESI), a Direcção de Sistemas de Informação participou num conjunto de

projectos e acções, alguns deles complexos e ambiciosos, visando garantir um funcionamento

mais eficaz da empresa e dotá-la de meios mais flexíveis para gestão do negócio.

Enquadrados na missão e visão da empresa, estes projectos estão focados nos seguintes eixos

de actuação: monitorização tecnológica, conquista de mercado, capacitação organizacional e

financiamento e sustentabilidade financeira.

A área de facturação tem assegurado todas as tarefas de recolha de dados das diversas centrais

do país e o seu processamento.

Actualmente é assegurada a facturação mensal dos seguintes serviços:

- O serviço Telefónico de todas as Filiais, nas várias tecnologias

- X.25

- Lista Telefónica

- Circuitos alugados, Vsat, Internet., Adsl e Broadcast.

- Tráfego de interligação Nacional e Internacional

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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NOTAS ÀS CONTAS

1. INTRODUÇÃO

1.1. Actividade

A Empresa de Telecomunicações de Angola – ANGOLA TELECOM, EP (adiante

designada por ANGOLA TELECOM ou Sociedade) foi criada pelo Decreto-Lei nº

10/92, de 6 de Março, com a designação inicial de Empresa de Telecomunicações de

Angola – Unidade Económica Estatal, na sequência da extinção da EPTEL e da

ENATEL, entidades governamentais até então responsáveis pelas telecomunicações

internacionais e nacionais, respectivamente. Nessa data, todos os activos e passivos bem

como a força de trabalho destas entidades transitaram para a Sociedade. O Decreto-Lei

nº 8/97, de 21 de Fevereiro veio alterar os estatutos da Sociedade, conferindo-lhes a

redacção actual. O capital estatutário da Sociedade é integralmente detido pelo Estado

Angolano.

O objecto social da ANGOLA TELECOM, definido pelos seus estatutos, consiste na

prestação do serviço fundamental de telecomunicações doméstico e internacional em

todo o território nacional, abrangendo, nomeadamente, o serviço de telefone e o serviço

comutado de transmissão de dados. Para a prossecução do seu objecto pode ainda a

ANGOLA TELECOM (i) estabelecer, desenvolver e explorar as infra-estruturas que

constituem a rede básica de telecomunicações, (ii) instalar e explorar infra-estruturas de

serviços complementares de telecomunicações e prestar serviços de telecomunicações

de valor acrescentado, desde que licenciados nos termos da lei aplicável e (iii) exercer

actividades comerciais e financeiras relacionadas directa ou indirectamente com a sua

actividade principal ou outras actividades permitidas por lei, mediante prévia

autorização do Ministro da Tutela. Os principais serviços de telecomunicações prestados

pela Sociedade são os relacionados com o serviço telefónico fixo.

A Sociedade é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de autonomia

administrativa, financeira e patrimonial, regendo-se pelo Decreto-Lei nº 9/95, pelos seus

estatutos e supletivamente pelo Código Comercial e demais disposições legais vigentes.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ADOPTADAS NA

PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2.1. Bases de apresentação das Demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas com base nos registos

contabilísticos mantidos pela Sociedade e encontram-se elaboradas em conformidade

com princípios contabilísticos geralmente aceites em Angola, estabelecidos pelo Plano

Geral de Contabilidade aprovado pelo Decreto nº 82/01, de 16 de Novembro e demais

legislação complementar aplicável. As demonstrações financeiras respeitam as

características de relevância e fiabilidade e foram preparadas na base da continuidade e

do acréscimo, de acordo com os princípios contabilísticos da consistência,

materialidade, não compensação de saldos e comparabilidade.

Para efeitos de sistematização da informação nele contida, as notas explicativas

integrantes do presente Anexo encontram-se apresentadas no formato recomendado pelo

Plano Geral de Contabilidade. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo

não são aplicáveis à Sociedade ou a sua apresentação não é relevante para a apreciação

das demonstrações financeiras anexas.

2.2. Bases de valorimetria adoptadas na preparação das demonstrações financeiras

A economia do país foi afectada há alguns anos por um contexto hiper-inflaccionista,

contudo, nos anos mais recentes, e com maior ênfase a partir de 2004, verificou-se uma

redução significativa da inflação estimando-se que esta tenha atingido em 2009 e 2008

cerca de 13,7% e 12,5%, respectivamente.

Nestas circunstâncias, a partir de 1998 e até 2004, a Sociedade derrogou o princípio do

custo histórico, procedendo à revalorização da maioria dos activos e passivos não

monetários e do capital estatutário, conforme se descreve na Nota 2.3 a) abaixo.

O factor utilizado na revalorização era a taxa de desvalorização do kwanza (KZ) face ao

dólar dos Estados Unidos da América (USD). Em 2009 e 2008, face à estabilização da

cotação oficial do kwanza face ao dólar americano a ANGOLA TELECOM não

procedeu à revalorização dos activos e passivos não monetários e do capital estatutário,

excepto Imobilizado em curso.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

Pág. 24 de 52

2.3.Critérios valorimétricos de maior significado

a) Imobilizações corpóreas e amortizações

As imobilizações corpóreas são originalmente contabilizadas pelo respectivo valor histórico

de aquisição (Nota 4), tendo sido objecto de sucessivas reavaliações, como se segue:

(i) Em 31 de Dezembro de 1995 e 1996 os bens existentes foram sujeitos a uma

reavaliação efectuada com recurso à aplicação de coeficientes de correcção

monetária autorizados pelo Ministério da Economia e Finanças, conforme

estabelecido pelo Decreto-Lei nº 6/96, de 26 de Janeiro.

(ii) Em 1998, deu-se início à inventariação e respectiva avaliação, por técnicos

especializados, de determinados bens existentes na Direcção Regional de Luanda

(DRL) e em quatro outras províncias principais (Benguela, Huila, Cabinda e

Namibe). Este inventário foi dado como terminado uma vez que foi considerado que

os activos das restantes filiais, com excepção dos adquiridos recentemente que estão

devidamente registados e controlados, não são materialmente relevantes. O critério

utilizado para a avaliação das imobilizações corpóreas foi o do custo de substituição

(valor do bem em estado novo à data da avaliação, obtido por consulta ao mercado).

As amortizações acumuladas foram ajustadas por referência ao valor resultante das

taxas de amortização fiscais aplicadas ao valor de substituição multiplicado pelo

número de anos de utilização do bem. O diferencial resultante desta inventariação e

respectiva avaliação foi contabilizado na conta de realização de capital incluído na

rubrica de Contas a receber - Accionistas.

A partir de 1998, a Sociedade passou a actualizar anualmente as suas imobilizações

corpóreas, na data do balanço, por referência ao câmbio do dólar dos EUA em vigor nessa

data. No caso do imobilizado firme, a contrapartida do efeito resultante desta conversão era

contabilizado em Reservas.

A partir de 2005, em consequência do referido no ponto 2.2 acima, os saldos em KZ do

imobilizado firme não foram actualizados.

Em 2006 foi iniciado um inventário do imobilizado da Sociedade, por parte de uma entidade

externa, tendo sido concluído durante o primeiro semestre de 2008. Os resultados deste

trabalho não se encontram incorporados nas presentes demonstrações financeiras.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

Pág. 25 de 52

No exercício de 1997, foram definidas novas taxas de amortização, na sua generalidade

inferiores ou iguais às taxas fiscais, em função do estudo efectuado sobre a vida útil

remanescente dos bens do imobilizado e analisam-se como segue -

Anos de vida

útil esperada

Edifícios e outras construções 5 - 50

Equipamento básico 3 - 14

Equipamento de transporte 2 - 5

Equipamento administrativo 4 – 10

As imobilizações em curso encontram-se expressas ao custo de aquisição, denominado em

dólares dos EUA, acrescido das diferenças cambiais apuradas relativamente aos montantes

dos financiamentos correspondentes expressos em moeda estrangeira. Em 31 de Dezembro

de 2009 e de 2008 foi efectuada a conversão para KZ por referência ao câmbio em vigor

nessa data. O efeito resultante desta conversão foi contabilizado em resultados financeiros.

À presente data, a Sociedade não obteve ainda a aprovação formal, nem são conhecidas

quaisquer reacções por parte das autoridades fiscais relativamente à avaliação efectuada na

sequência da inventariação, bem como relativamente ao critério de valorização das

imobilizações corpóreas em dólares dos EUA (USD) e à consequente conversão para KZ na

data do balanço, utilizado até 2004.

b) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são constituídas pelos valores pagos relativos a trespasses de

lojas. São amortizadas pelo método das quotas constantes, durante um período de 3 anos

(Nota 5).

c) Investimentos financeiros

Os Investimentos em subsidiárias e associadas e Outros activos financeiros são registados

ao custo de aquisição (Notas 6 e 7). As perdas potenciais de natureza permanente são

provisionadas. Os dividendos distribuídos são reconhecidos como proveitos no exercício

em que é tomada a decisão de distribuição de dividendos. De acordo com o Plano Geral de

Contabilidade em vigor em Angola a Sociedade não está obrigada a preparar contas

consolidadas.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

Pág. 26 de 52

d) Existências

As aquisições de existências são contabilizadas nas rubricas de Matérias-primas, Materiais e

Mercadorias, sendo os consumos efectuados debitados na rubrica de Custo das existências

vendidas e consumidas.

No final de 2005, foi efectuada uma inventariação dos bens localizados nos armazéns de

Luanda, que corresponde a cerca de 90% do total das existências da Sociedade, o que

permitiu ajustar as respectivas quantidades registadas no sistema de gestão de existências.

A partir de 1998, inclusive, a Sociedade passou a denominar as suas existências em

Unidades de Taxa de Telecomunicações (UTT´s), procedendo na data do balanço à

respectiva conversão para KZ por referência à paridade da UTT em vigor nessa data. O

efeito resultante desta conversão é registado na rubrica de Resultados financeiros do

exercício – Diferenças de câmbio favoráveis. Uma UTT correspondia inicialmente a 8% de

um dólar dos Estados Unidos da América (EUA) tendo passado a corresponder a 7,2 KZ

desde 2005.

Provisão para depreciação de existências

A provisão para depreciação de existências é reforçada/reduzida anualmente de acordo com

os limites aceites fiscalmente, não tendo sido objecto de comparação com as necessidades

efectivas da Sociedade, estimadas com base em critérios de avaliação técnico-comercial

(Nota 8).

e) Contas a receber

As contas a receber em KZ relativas a facturas emitidas em UTT’s, até ao exercício de

2004, não estavam a ser actualizadas por forma a reflectirem a sua desvalorização,

encontrando-se registados pelo valor histórico, tendo passado a ser efectuada a actualização

a partir de 31 de Dezembro de 2005. Os valores a receber em moeda estrangeira são

actualizados com base no câmbio do final do ano (Nota 9).

Provisão para clientes de cobrança duvidosa

A provisão para clientes de cobrança duvidosa era calculada com base num regime

especial aprovado pelo Ministério das Finanças, baseado na idade dos saldos de clientes,

como se segue:

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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Clientes do sistema de facturação e cobranças

%

Até 2004:

Créditos em mora a mais de 12 meses e até 24 meses 25

Créditos em mora entre 24 e 36 meses 50

Créditos em mora a mais de 36 meses 75

A partir de 2005, a base da provisão foi alterada passando ser efectuada tendo em

consideração as expectativas da Sociedade.

f) Responsabilidades assumidas perante o pessoal

(i) Férias e subsídio de férias

De acordo com a legislação Angolana vigente, os trabalhadores têm anualmente

direito a um mês de férias remuneradas, encargo este que representa um direito

adquirido em função dos serviços prestados durante os onze meses anteriores ao do

seu pagamento.

Adicionalmente, a Sociedade garante o pagamento de subsídio de férias o que, à

semelhança das férias, representa um direito adquirido no ano anterior ao do seu

pagamento.

Assim, no final de cada exercício a Sociedade constitui uma provisão para os

encargos relativos a férias e subsídio de férias, que serão pagos no exercício

seguinte. Esta responsabilidade contabilizada na rubrica de Contas a pagar – Outros

credores.

(ii) Complementos de pensões de reforma e Quadro de Pessoal Suplementar (QPS)

A Sociedade aprovou em Junho de 1996 um regulamento interno no qual garante

aos trabalhadores reformados, actuais e futuros, um complemento de reforma cujos

benefícios poderão representar até 80% do salário base da última categoria ou

função assumida pelo trabalhador no momento da passagem à reforma. A

Administração pondera a criação de um fundo para fazer face a esta

responsabilidade. A responsabilidade assumida relativamente aos seus

trabalhadores no activo, decorrentes dos serviços já prestados até à data actual, e

actuais reformados não é reconhecida nas contas pela Sociedade.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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No âmbito do QPS aprovado em Agosto de 1997, a Sociedade passou a garantir aos

trabalhadores considerados “excedentários” uma percentagem do salário-base,

calculada em função dos anos de serviço prestados até à data da adesão ao QPS, a qual

é atribuída até à idade de reforma.

Os encargos inerentes às responsabilidades assumidas pela Sociedade referentes a

pensões de reforma e QPS são reconhecidos nos custos do exercício em que são pagos,

tendo o valor pago em 2009 relativo a complementos de pensões de reforma atingido o

montante KZ 67.744 milhares (2008: KZ 69.925 milhares).

g) Reconhecimento de proveitos e custos

Os custos e os proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito,

independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. As receitas dos serviços

de telecomunicações são reconhecidas no período em que o serviço ocorre. Os valores

recebidos pela venda de cartões pré-pagos são diferidos, sendo reconhecidos em

proveitos à medida que são utilizados.

h) Transacções em moeda estrangeira

As transacções efectuadas em moeda estrangeira são convertidas e contabilizadas em

kwanzas ao câmbio da data em que ocorrem. No final do exercício, os saldos devedores e

credores expressos em moeda estrangeira são actualizados para kwanzas pela aplicação da

taxa de câmbio oficial vigente em 31 de Dezembro. As diferenças de câmbio realizadas no

exercício são reconhecidas como resultados do exercício, bem como as potenciais apuradas

nos saldos existentes na data do balanço.

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, as cotações das principais moedas utilizadas nas

operações da empresa eram as seguintes:

31-Dez-2009 31-Dez-2008

Moeda Compra Venda Compra Venda

USD 89,175 89,621 74,981 75,356

EUR 127,878 128,526 105,926 106,463

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

Pág. 29 de 52

i) Imposto sobre os lucros (Imposto Industrial)

Nos termos da legislação vigente, o rendimento tributável é determinado com base no

resultado do exercício antes de impostos, eventualmente ajustado pelos custos e

proveitos que não devam ser considerados para efeito fiscais, ao qual é aplicado uma

taxa de 35%. A Sociedade não considera habitualmente no cálculo da provisão para

imposto sobre os lucros, os ajustamentos ao resultado contabilístico para a determinação

da matéria colectável, não sendo, assim, apurado nem contabilizado o efeito dos

impostos diferidos.

3. ALTERAÇÕES NAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

A Angola Telecom não procedeu a alterações significativas de políticas contabilísticas, pelo

que todos os valores apresentados são comparáveis, nos aspectos relevantes, com os do

exercício anterior.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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NOTAS AO BALANÇO

4. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Os movimentos ocorridos durante o exercício de 2009 decompõem-se como segue:

O saldo de imobilizado em curso, em 31 de Dezembro de 2009, inclui as seguintes obras mais

significativas: (i) Projecto expansão de rede backbone multi-serviços em fibra óptica, no

montante de KZ 17.463.565 milhares, (ii) Projecto de expansão da rede básica de

telecomunicações, denominado OIL CREDIT, atingindo o seu saldo, no final do ano, o

montante de KZ 2.135.102 milhares, e (iii) Projecto da digitalização da Província de Kwanza

Sul, no montante de KZ 278. 576 milhares.

Efeito da

Saldo Abates/regu- Transfe- conversão Saldo

inicial Adições larizações rências cambial final

Custo ou reavaliação

Terrenos 182.706 1.360 - - - 184.066

Edifícios e outras construções 20.542.332 79.250 - - - 20.621.582

Equipamento básico 5.948.107 - - - - 5.948.107

Equipamento de transporte 862.750 29.074 - - - 891.824

Equipamento administrativo 1.225.279 244.724 - - - 1.470.003

Outras imobilizações corpóreas 43.015 - - - - 43.015

28.804.189 354.408 - - - 29.158.597

Imobilizado em curso 13.735.560 12.186.869 - - 25.922.429

42.539.749 12.541.277 - - - 55.081.026

Amortizações

Terrenos - - - - - -

Edifícios e outras construções 10.892.120 860.411 - - - 11.752.531

Equipamento básico 3.602.727 299.433 11 - - 3.902.171

Equipamento de transporte 668.026 105.753 (11) - - 773.768

Equipamento administrativo 480.389 244.170 (102) - - 724.457

Outras imobilizações corpóreas 29.820 10.260 - - - 40.080

15.673.082 1.520.027 (102) - - 17.193.007

Saldo líquido contabilístico 26.866.667 37.888.019

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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5. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Os movimentos ocorridos durante o exercício de 2009 decompõem-se como segue:

Saldo Abates/regu- Transfe- conversão Saldo

inicial Adições larizações rências cambial final

Custo ou reavaliação

Trespasses 128.921 - - - - 128.921

Amortizações

Trespasses 128.921 - - - - 128.921

Saldo líquido contabilístico - -

6. INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E ASSOCIADAS

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, esta rubrica era composta pelas participações no capital

das seguintes empresas:

% de Conversão

particip. 31.12.08 Aumento Diminuições cambial 31.12.09

Partes de capital em subsidiárias

Movicel - Telecomunicações, SA 18% 42.499 - (31.590) - 10.909

Partes de capital em associadas

Multitel - Serv. de Telecomun.,Lda 50% 25.224 - - - 25.224

TV Cabo 50% 8.586 - - - 8.586

Elta, Lda 20% 8.586 - - - 8.586

Comatel - Constr. e Man. de Sist.

de Comunic., Lda 20% 7.048 - - - 7.048

91.943 - (31.590) - 60.353

A Movicel – Telecomunicações, SA foi constituída em 2002 com um capital social de USD 500

milhares (equivalente a KZ 23.850 milhares ao câmbio histórico), tendo a Angola Telecom

subscrito 99% do capital social. Esta empresa passou a desenvolver a actividade de serviço

telefónico móvel que até 30 Junho de 2003 era desenvolvida pela Angola Telecom. Em 1 de

Julho de 2003 foi efectuada a alienação dos activos imobilizados e a cessão dos saldos de

clientes para a Movicel relacionados com aquele serviço.

Com data de 26 de Agosto de 2009, a Resolução nº67/09 do Conselho de Ministros aprova a

privatização da MOVICEL ficando a Angola Telecom com uma participação social de 18% já

realizada.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

Pág. 32 de 52

7. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, esta rubrica é composta pelas participações no capital

das seguintes empresas:

Partes de capital em outras participadas

Cabo Submarino - SAT 3 3,756% 2.116.980 338.927 - - 2.455.907

Intelsat 0,23% 98.007 - - - 98.007

Rascom 0,5% 15.663 - - - 15.663

Angola Cables - 198.900 - - 198.900

Banco Credicorp, SA 10,0% 112.883 - - 112.883

Banco de Comércio e Indústria 1% 2.842 - - - 2.842

2.346.375 537.827 - - 2.884.202

O saldo relativo ao Cabo Submarino-SAT 3 corresponde à quota-parte da Sociedade no

consórcio internacional que foi constituído para a instalação desta infra-estrutura que entrou em

operação em 2002. Nos exercícios de 2008 e 2009, a empresa reforçou a sua participação social

neste consórcio internacional.

Em 2009, a empresa subscreveu e realizou a sua participação social num consórcio

internacional denominado Angola Cables.

Na sequência da privatização da Intelsat em 2002, a Sociedade ajustou naquele exercício o valor

da participação financeira para o valor nominal da sua participação no capital social daquela

entidade, por contrapartida de custos financeiros.

8. EXISTÊNCIAS

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, as existências decompunham-se da seguinte forma:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 12.375 17.284

Mercadorias 82.530 66.170

94.905 83.454

Provisão p/ depreciação de existências - (5.280)

94.905 78.174

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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9. CONTAS A RECEBER

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, as contas a receber decompunham-se da seguinte

forma:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Clientes

Nacionais 24.063.153 21.868.465

Estrangeiros 1.602.731 1.356.630

25.665.884 23.225.095

Estado 70.412 9.744

Accionistas (a) 10.681.548 9.073.182

Subsidiárias (b) 8.011.492 6.556.877

Pessoal (c) 553.237 292.733

Outros devedores

Operadores de tráfego (d) 1.372.836 689.794

Contas a regularizar - 1.343.493

Transacções entre a Sede e filais 467.067 395.747

Outros devedores 40.493 3.550

1.880.396 2.432.585

46.862.970 41.590.214

Provisão p/ clientes de cobrança duvidosa (f) (14.466.126) (12.866.125)

32.396.843 28.724.089

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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(a) Accionistas

O saldo no balanço em 31 de Dezembro de 2009 resulta das seguintes operações:

de Fevereiro, subscrito pelo Estado na qualidade de único

accionista da Angola Telecom (equivalente a USD 200.000.000) 54.574

(b) Menos os valores considerados como realização pelo

Estado de parte do capital por ele subscrito, resultantes da:

(i) inventariação e respectiva avaliação das imobilizações

corpóreas:

Em 1997 (11.015)

Em 1998 (4.451)

Em 2000 (7.457)

Em 2001 (24.250)

(ii) idem, relativamente a existências em 1997 (335)

(iii) transferência em 1998, dos saldos dos empréstimos do Banco

Africano de Desenvolvimento e da Caisse Française

de Dévélopement (14.034)

(iv) dividendos relativos ao exercício de:

1999 e 2001 (137.066)

2003 (209.636)

2004 (113.741)

2005 (72.013)

2006 (88.227)

2007 (96.026)

2008 (ver Nota 13) (95.140)

(c) Mais: as diferenças de câmbio favoráveis/desfavoráveis, resultante da

actualização cambial do saldo em:

De 1998 a 2003 11.088.422

Em 2005 (599.523)

Em 2006 (63.331)

Em 2007 (646.747)

Em 2008 18.643

Em 2009 (ver Nota 31) 1.703.506

10.682.153

Conta lucros (605)

10.681.548

A transferência em 1998 para esta rubrica dos saldos dos empréstimos da Caisse

Française de Dévélopement (KZ 13.871 milhares) e do Banco Africano de

Desenvolvimento (KZ 163 milhares) foi efectuada na sequência da proposta

apresentada pela Sociedade ao Ministério das Finanças, no sentido da assumpção pelo

Estado das dívidas relativas a estes dois empréstimos como forma de realização do

capital subscrito. À presente data não é ainda conhecida qualquer decisão formal do

Estado à proposta apresentada pela Sociedade. No entanto, em 2001, o Governo de

Angola efectuou o pagamento ao BAD, pelo que é convicção da Administração da

ANGOLA TELECOM que estas dívidas já não representam passivos da Sociedade.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

Pág. 35 de 52

Consequentemente, a Sociedade não reconhece nas suas contas os juros vencidos com

estes dois empréstimos, à taxa anual de 9,5% e 7,5%, respectivamente.

(b) Subsidiárias

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, os saldos desta rubrica apresentavam a seguinte

composição:

- Transferência de saldos - imobilizado 5.102.366 4.290.221

- Financiamento (282.349) (237.407)

- Transferência de saldos - clientes 1.290.849 1.272.326

- Transferência de saldos - caixa 24.147 22.427

- Conta corrente (47.609) (390.396)

- Consumos Stocks 676 676

- Tráfego 1.805.462 1.499.855

7.893.542 6.457.702

Valores a receber da Multitel 95.544 80.336

Valores a receber da TV Cabo Angola 22.405 18.839

8.011.491 6.556.877

Os saldos a receber da Movicel, com excepção da conta corrente e da conta de tráfego,

resultam da alienação do imobilizado e da cessão de saldos de clientes efectuada na

sequência da transferência em 1 de Julho de 2003 da actividade do serviço telefónico

móvel da Angola Telecom para a Movicel (ver Nota 6).

(c) Pessoal

O valor a receber do pessoal representa os empréstimos e adiantamentos salariais

atribuídos aos empregados, essencialmente no âmbito do Fundo de Empréstimo, cujo

montante equivale a 10% do salário médio mensal, destinados a construções, assistência

na doença e fins diversos. Estes empréstimos não vencem juros e são reembolsáveis no

prazo máximo de um ano.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

Pág. 36 de 52

(d) Operadores de tráfego

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, o saldo desta rubrica apresentava a seguinte

composição:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Gruppo Telecom Itália Sparkle SpA 40.970 27.331

Telekom South Africa Ltd 182.802 116.811

Tata Communica./Teleglobe América Inc 282.886 206.822

Telefónica de Espanha 36.136 12.768

AT&T 112.423 93.108

Belgacom International 6.717 9.583

British Telecom 116.200 84.419

Nexus 26.604 22.407

Sonatel 42.894 20.563

Namíbia Telecom 56.794 36.250

IDT Global Limited (UK) 19.754 13.231

France Telecom 110.844 11.200

Mundo Startel 272.154 8.273

Outros operadores 65.658 27.028

1.372.836 689.794

(f) Provisão p/ clientes de cobrança duvidosa

O movimento ocorrido nesta conta durante o exercício, por contrapartida de resultados

não operacionais, foi como se segue:

Saldo Saldo

inicial Reforço Anulação final

Clientes de cobrança duvidosa 12.866.125 1.600.000 14.466.125

Movimentos em 2009

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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10. DISPONIBILIDADES

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, esta rubrica tinha a seguinte composição:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Caixa 101.976 110.023

Depósitos à ordem

Moeda nacional 349.394 382.125

Moeda estrangeira 295.651 299.436

645.045 681.561

Depósitos a prazo

Moeda nacional 335.009 35.009

Moeda estrangeira 578.555 582.429

913.564 17.438

Outros depósitos 145.599 122.424

Títulos negociáveis 141.073 601.935

1.947.257 2.133.381

11. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, esta rubrica tinha a seguinte composição:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Juros de depósitos à ordem 15.003 25.402

Estimativa de tráfego 120.625 -

135.628 25.402

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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12. CAPITAL

Capital estatutário

Em 1997, de acordo com o Decreto nº 8/97, de 21 de Fevereiro, o capital estatutário da

Sociedade foi fixado em USD 200.000.000, correspondente, em 31 de Dezembro de 2008, a

KZ 16.195.410 milhares, integralmente subscrito pelo Estado da República de Angola.

13. RESERVAS

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, esta rubrica tinha a seguinte composição:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Reserva legal 313.714 275.657

Reserva para investimentos 2.544.325 2.354.045

Reserva de reavaliação 14.648.161

14.648.161

17.506.200 17.277.863

Os aumentos verificados nas contas de reservas resultam da aplicação do resultado positivo do

exercício de 2008, como se segue:

KZ '000

Reserva legal 38.056

Reserva para investimentos 190.281

Fundo social 19.028

Dividendos a pagar ao Estado (ver Nota 9) 95.140

Estímulo a trabalhadores 38.056

380.562

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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Nos termos do disposto nos Estatutos, a Sociedade deve constituir as seguintes reservas e

fundos, os quais são propostos pela Sociedade e aprovados por despacho do Ministro das

Finanças:

° Fundo social

° Reserva legal

° Reserva para investimentos

O fundo para fins sociais destina-se exclusivamente, à prestação de benefícios sociais de

utilização colectiva ou de serviços colectivos aos trabalhadores. O saldo do Fundo Social,

incluindo o Estimulo a trabalhadores, encontra-se registado em Contas a pagar.

Conforme os Estatutos, a reserva legal deve ser reforçada anualmente, no mínimo em 10% dos

resultados líquidos apurados em cada exercício. A reserva legal não está disponível para

distribuição.

O saldo da reserva de reavaliação em 31 de Dezembro de 2009 compreende os seguintes

montantes:

KZ '000

(i) Reavaliação efectuada aos activos fixos nos exercícios de 1995 e 1996

com recurso à aplicação de coeficientes de actualização estabelecidos pelo Decreto-lei 6/96, de 26 de Janeiro

5.573 (ii) Actualização cambial dos activos fixos, que se encontram

denominados em dólares dos EUA: 1998 KZ 30.511.307 1999 KZ 450.561.357 2000 KZ 1.467.577.233 2001 KZ 2.149.401.795 2002 KZ 4.054.250.828 2003 KZ 6.009.452.000 2004 KZ 967.479.000

15.129.231 (iii) Utilização em 2000 para reforço do capital estatutário (486.645)

14.648.161

A reserva para investimentos é constituída pela parcela dos resultados apurados em cada

exercício que lhe for anualmente destinada (segundo os Estatutos da Sociedade aprovados em

1997, pela parcela de 50% dos resultados líquidos do exercício). Esta reserva não se encontra

disponível para distribuição.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

Pág. 40 de 52

14. RESULTADOS TRANSITADOS

O movimento ocorrido nesta rubrica resulta, à semelhança do que ocorreu em anos anteriores,

do registo das regularizações efectuadas em 2009 nas contas de tráfego com outros

operadores.

15. EMPRÉSTIMOS CORRENTES E NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, os saldos desta rubrica analisam-se como segue:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Médio e longo prazo

Plano de Investimento Público (PIP) (1) 3.603.413 3.308.453

Fundo de Ajuda ao Desenvolvimento (FAD) (2) 3.412.836 2.869.613

Export Development Corporation (EDC) (3) 633.127 532.352

NORAD/Eksport Finans (4) 541.051 378.785

Sumitomo Corporation (5) 155.484 132.976

Banco de Fomento Angola 374.522 386.827

Banco Sol 62.314 97.921

Banco de Poupança e Crédito-SAT 3 338.676 338.675

Banco de Fomento Angola 441.119 509.909

Banco de Poupança e Crédito (Ericsson South Africa) 1.702.359 1.431.397

Banco de Negócios Internacional (6) 13.309.577 5.357.581

Banco Millennium Angola 156.227 164.701

Banco de Poupança e Crédito (MOVICEL) 97.664 82.119

28.828.370 15.591.309

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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(1) Plano de Investimento Público (PIP)

Na sequência dos projectos de investimento realizados pela ANGOLA TELECOM, o Estado

Angolano efectua os pagamentos aos fornecedores através do Programa de Investimento

Público, ficando a Sociedade em dívida para com o Estado.

(2) FAD - Fundo de Ajuda ao Desenvolvimento (Espanha)

Corresponde à parcela utilizada do empréstimo concedido através do FAD para o fornecimento

e instalação, pela Alcatel Standard Eléctrica (Espanha), de equipamentos para a rede telefónica

básica de Luanda e para o sistema de comunicações óptico digital de Luanda, e equipamento de

rádio e transmissão por fibra óptica, acrescidos dos juros vencidos e ainda não pagos.

O valor em dívida em 31 de Dezembro de 2009 corresponde a USD 36.910.546 (inclui juros

vencidos) e analisa-se da seguinte forma:

- empréstimo efectuado em 1996 relativo à rede telefónica, financiado pelo ICO – Instituto

de Crédito Oficial no montante de USD 10.221.000, amortizável em 30 anos, com um

período de carência de 10 anos, e vence juros à taxa de 0,35%.

- empréstimo efectuado em 1996 relativo ao sistema de comunicações óptico digital,

financiado pelo Banco Bilbao y Vizcaya no montante de USD 11.170.030, amortizável em

17 prestações semestrais e vence juros à taxa de 7,35%.

- Empréstimo efectuado em 1998 relativo a equipamentos de rádio e transmissão por fibra

óptica, também financiado pelo Banco Bilbao y Vizcaya no montante de USD 4.241.500,

amortizável em 14 prestações semestrais e vence juros à taxa anual de 7,39%.

A variação do saldo verificado em 2009 resulta da actualização cambial efectuada no final do

exercício.

(3) EDC – Export Development Corporation

Corresponde ao saldo do empréstimo, acrescido de juros, concedido pela EDC para

financiamento dos equipamentos de transmissão por micro-ondas entre Soyo-Cabinda e

Cabinda-Cacongo, fornecidos pela Harris Farinon Canada. O empréstimo é titulado em dólares

dos EUA e vence juros à taxa anual de 9,05%.

Em 31 de Dezembro de 2009 a dívida corresponde a USD 7.064.499 (2008: USD 7.064.499). A

variação do saldo em 2009 resulta da actualização cambial efectuada no final do exercício.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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(4) NORAD - Norwegian Agency for Development Corporation

Enquadrado no Convénio de Crédito celebrado em Novembro de 1997 entre o Governo de

Angola, representado pelo Banco Nacional de Angola, e o Reino da Noruega, representado pela

NORAD, a Angola Telecom e a Ericsson – Noruega assinaram um contrato para financiamento

de 41.650.000 coroas norueguesas, destinado à modernização e extensão da rede telefónica das

cidades de Benguela e Lobito.

O acordo atrás referido traduz-se (i) numa doação de 30.032.100 coroas norueguesas do Reino

da Noruega ao Governo de Angola e (ii) num empréstimo de 11.617.900 coroas norueguesas

(NOK) concedido pela Eksportfinans ASA ao Governo de Angola. Este empréstimo não vence

juros, sendo o capital amortizável em 16 prestações semestrais com início em 30 de Junho de

1999.

O saldo do empréstimo em 31 de Dezembro de 2009 corresponde a NOK 35.114.931,25. Em 31

de Dezembro de 2009, algumas das prestações vencidas ainda não tinham sido pagas.

Não se encontram, à presente data, acordadas com o Governo de Angola as condições de

transferência dos referidos investimentos para a Angola Telecom. Nesta base, o registo deste

investimento e do saldo do empréstimo assume carácter provisório, o qual poderá alterar-se

em função das condições que vierem a ser acordadas.

(5) Sumitomo Corporation

Enquadrado no “Exchange Notes” assinado em Outubro de 1997 entre os Governos de

Angola e do Japão, a Angola Telecom e a Sumitomo Corporation, em consórcio com a

Sumitomo Electric Industries, Ltd celebraram, em Março de 1998 e Fevereiro de 1999, dois

contratos destinados ao melhoramento da rede telefónica de Luanda, no montante total de

719.000.000 ienes e 854.000.000 ienes, respectivamente. Estes acordos traduzem-se numa

doação do Governo Japonês ao Governo de Angola dos montantes investidos.

O saldo do empréstimo em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 corresponde ao valor dos

investimentos realizados e contabilizados em imobilizado até essa data, no

montante equivalente a 159.634.578 ienes. A variação em 2009 resulta da actualização

cambial.

Não se encontram, à presente data acordadas com o Governo de Angola as condições de

transferência dos referidos investimentos para a Angola Telecom. Nesta base, o registo deste

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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investimento e do saldo do empréstimo assume carácter provisório, o qual poderá alterar-se

em função das condições que vierem a ser acordadas.

(6) Banco de Negócios Internacional

Financiamento comercial no valor de EUR 136.000.000,00, por um período de 4 anos com

taxa de juro de 5,15%, tendo como garantia o aval do Ministério das Finanças.

19. CONTAS A PAGAR

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, as contas a pagar decompunha-se da seguinte forma:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Fornecedores

Nacionais 346.700 266.682

Estrangeiros 6.088.726 4.338.857

6.435.426 4.605.539

Clientes (adiantamentos) (a) 881.755 544.893

Estado (b) 504.593 368.811

INSS e pessoal 497.063 372.705

Contas a regularizar 1.063.517 -

Outros credores

Operadores de tráfego (c) 3.937.476 2.619.854

Outros credores 20.946 -

3.958.422 3.906.263

13.340.776 8.511.802

(a) Adiantamentos e contas credoras de clientes

Esta rubrica inclui os adiantamentos de clientes relacionados, essencialmente, com os

valores recebidos pela venda de cartões pré-pagos e contas credoras de clientes,

principalmente relacionadas com as filiais.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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(b) Estado

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 o saldo em balanço é composto por:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Impostos sobre os lucros

Adiantamentos (14.568) (18.643)

Retenções na fonte (Lei nº7/97) (46.358) (33.416)

Encargo do ano 233.613 204.918

172.687 152.859

Imposto de produção e consumo 131.860 113.134

Imposto de selo 108.045 88.598

Imposto de publicidade 31.075 14.220

270.980 215.952

443.667 368.811

A estimativa do encargo com o imposto sobre lucros do exercício de 2009 é calculada

pela aplicação da taxa de 35% sobre o resultado contabilístico.

(c) Outros credores

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 o saldo em balanço é composto por:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Operadores de tráfego

Deutsche Telekom Ltd 353 296

KPN Global (Países Baixos) 2.920 1.858

PT Comunicações, SA (c/ corrente) 94.140 84.298

PT Comunicações (Acordo de pagamento) 589.178 247.699

Botswana Telecommunications 539 453

UNITEL 3.250.347 2.285.250

3.937.476 2.619.854

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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20. EMPRÉSTIMOS DE CURTO PRAZO

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, o saldo desta rubrica decompunha-se como

segue:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Descobertos bancários 177.824 807.061

Banco Sol 101.377 96.079

Banco de Poupança e Crédito 907.743 887.684

Banco BIC 268.735 268.736

Banco Espírito Santo Angola - 243.400

Banco de Fomento Angola 190.203 156.387

1.468.058 1.652.286

1.645.882 2.459.346

21. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, esta rubrica tinha a seguinte composição:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Remunerações a pagar (i) 332.540 504.333

Juros de empréstimos 22.425 19.429

Subsídios ao investimento 1.825.727 -

Estimativa de tráfego (ii) 120.625

118.793

475.590 642.555

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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(i) Remunerações a suportar

O saldo desta rubrica corresponde à estimativa de férias e subsídio de férias a pagar no

exercício seguinte.

(ii) Estimativa de tráfego a suportar

A estimativa de tráfego a suportar corresponde aos serviços já prestados por terceiros

mas ainda por facturar.

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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NOTAS À DEMONTRAÇÃO DE RESULTADOS

23.PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

Esta rubrica decompõe-se da seguinte forma:

(em milhares de Kz)

2009 2008

Serviço telefónico fixo 4.647.175 5.307.779

Circuitos alugados 7.671.839 3.727.499

Serviço de dados 181.050 201.678

Serviço de internet 947.616 621.256

Serviço VSAT 77.114 90.999

UNMSI 958.618 861.619

Publicidade Listas Telefónicas 84.752 66.181

Outros serviços 131.958 148.070

Serviços secundários 112.571 99.907

Descontos comerciais (2.953.630) (484.886)

11.959.063 10.640.103

28.CUSTOS COM O PESSOAL

Em 2009 e 2008 esta rubrica decompõe-se da seguinte forma:

Ordenados e salários 1.651.692 2.230.223

Formação 87.768 113.047

Encargos sobre remunerações 152.784 211.471

Pensões (ver Nota 2.3 f)) 67.744 69.925

Outros custos com o pessoal 884.812 811.384

2.844.800 3.436.050

Em 31 de Dezembro de 2009, a ANGOLA TELECOM tinha ao seu serviço 1.650

trabalhadores (31 de Dezembro de 2008: 1.707).

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30.OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS

Em 2009 e 2008 esta rubrica decompõe-se da seguinte forma:

Conservação e reparação 729.843 500.577

Cabo submarino 736.984 765.990

Assistência técnica 407.070 1.189.371

Deslocações e estadias 208.877 199.220

Comunicação 129.255 123.674

Serviços de telecomunicações internacionais 1.013.938 1.013.706

Vigilância e segurança 233.678 170.660

Publicidade e propaganda 279.757 95.658

Combustíveis 105.717 112.788

Ferramentas e utensilios 62.146 46.538

Limpeza, higiene e conforto 128.754 127.008

Electricidade 52.590 48.748

Material de escritório 61.403 62.510

Comissões 21.010 4.254

Material de protecção, segurança e conforto 22.444 16.035

Outros fornecimentos e serviços 108.459 75.910

4.811.714 5.315.270

Impostos 253.852 384.830

Quotizações 19.104 5.290

5.084.670 5.705.390

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

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31.RESULTADOS FINANCEIROS

Em 2009 e 2008 esta rubrica analisa-se da seguinte forma:

2009 2008

Proveitos e ganhos

Juros de aplicações 25.626 115.753

Diferenças de câmbio favoráveis 4.195.307 557.054

4.220.933 672.807

Custos e perdas

Juros de financiamento (518.877) (333.202)

Diferenças de câmbio desfavoráveis (3.938.700) (156.597)

Despesas com serviços bancários (25.956) (75.152)

(4.483.533) (564.951)

Resultados financeiros (262.600) 107.856

32.RESULTADOS EM FILIAIS E ASSOCIADAS

Em 2009 e 2008 esta rubrica decompunha-se da seguinte forma:

2009 2008

Rendimentos de participações de capital

MOVICEL 330.201 367.344

ELTA - 12.768

330.201 380.112