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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 3

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ÍNDICE Pág CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA ...................................................................................... 5

RELATÓRIO DE GESTÃO .......................................................................................................... 6

RELATORIOS SOBRE A ESTRUTURA E AS PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO . 6

1. ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO ........................................................................ 6

3. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES ............................................. 17

4. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO .................................................................... 18

5. ATIVIDADE DA CCAMTV 2017 ......................................................................................... 28

6. ATIVOS ................................................................................................................................... 29

7. ATIVIDADE FINANCEIRA E DE INVESTIMENTOS ....................................................... 31

8. RESULTADOS, EFICIÊNCIA E RENDIBILIDADE ........................................................... 32

9. CAPITALIZAÇÃO E RÁCIOS PRUDENCIAIS .................................................................. 33

10. GESTÃO DE RISCOS .......................................................................................................... 34

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 46

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS .................................................................... 47

ANEXO ........................................................................................................................................ 52

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL ............................................................ 56

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CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS DO CONSELHO DE

Relatório de Gestão

RELATÓRIOS SOBRE A ESTRUTURA E AS PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras, CRL adota o modelo de

governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho

de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia-Geral são eleitos pela

Assembleia-Geral, para um mandato de três anos.

Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola de Torres Vedras

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal

ROC

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 7

1.1 Assembleia-Geral

A Mesa da Assembleia-Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um

Secretário.

Composição da Mesa da Assembleia – Geral

Presidente: Alberto Manuel Avelino Sócio nº 5233

Vice-Presidente: Elisabete Antunes Constantino Sócio nº 9840

Secretário: Aníbal José Bernardes Silva Sócio nº 5405

Competência da Assembleia-Geral

A Assembleia-Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os

Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus

Presidentes;

� Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

� Votar o relatório e contas, e as contas do exercício anterior;

� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior;

� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

� Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da

Mesa da Assembleia-Geral;

� Decidir da alteração dos Estatutos.

1.2 Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos,

no mínimo de três e de um suplente.

Atualmente o Conselho de Administração é composto por cinco membros efetivos, com

mandato para o triénio 2016 / 2018.

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Composição do Conselho de Administração

Presidente: António José dos Santos Sócio nº 6737

Administrador: José Agostinho de Oliveira Alves Sócio nº 2589

Administrador: António de Oliveira Dias Sócio nº 6858

Administrador Executivo: Manuel José Silva M. L. Guerreiro Sócio nº 10948

Administrador Executivo: João Manuel da Cruz Couto Sócio nº 5560

Suplente: José Sebastião Nobre Nunes Sócio nº 5771

Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em

especial e de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola;

� Elaborar, para votação pela Assembleia-Geral, uma proposta de plano de

atividades e de orçamento para o exercício seguinte;

� Elaborar, para votação pela Assembleia-Geral, o relatório e as contas

relativos ao exercício anterior;

� Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da

Caixa Agrícola;

� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola;

� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e

não pagos;

� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado

um total de sessenta e seis reuniões em 2017.

Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração deliberou a não distribuição de pelouros entre os seus

membros.

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1.3 Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um

Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo,

ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta

de plano de atividade e de orçamento.

1.3.1 Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e um suplente.

Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Tomás Correia da Cunha Góis Figueira Sócio nº 12343

Secretário: José Santos Ferreira Estimado Sócio nº 8468

Vogal: José Eduardo Jorge Eiras Dias Sócio nº 10309

Suplente: Maria Inês Franco dos Santos Sócio nº 12399

Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne de acordo com o seu regulamento interno.

1.3.2 Revisor Oficial de Contas

O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se

designado para o cargo:

Efetivo: Oliveira Reis & Associados SROC, Lda.

Representada por: Joaquim Oliveira de Jesus ROC n.º 1056 Suplente: Fernando Marques Oliveira.

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2. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ORGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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António José dos Santos José Agostinho de Oliveira Alves

António de Oliveira Dias Manuel José S. M. L. Guerreiro João Manuel da Cruz Couto

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 16

António José dos Santos José Agostinho de Oliveira Alves

António de Oliveira Dias Manuel José S. M. L. Guerreiro João Manuel da Cruz Couto

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Seguidamente apresentamos o quadro das remunerações auferidas pelos Órgãos de

Administração, Fiscalização e Revisor Oficial de Contas, de forma individualizada e

agregada:

31-12-2017 31-12-2016 Vencimentos e Salários

Remuneração Órgãos de Gestão e Fiscalização

Conselho de Administração Presidente 38.160,00 41.340,00

Dois membros não executivos 76.320,00 82.680,00 Dois membros executivos 205.975,12 203.765,12

TOTAL 320.455,12 327.785,12

Conselho Fiscal

Presidente 3.000,00 3.250,00

Restantes dois membros 6.000,00 6.500,00

TOTAL 9.000,00 9.750,00

Revisor Oficial de Contas – de acordo com o Artigo 66.º-A do Código das Sociedades Comerciais (Valor sem Iva)

Revisão Legal de Contas 29.000 29.000

Outros Serviços de Garantias de Fiabilidade 10.650 2.500

TOTAL 39.650 31.000

3. Política de Remuneração de Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de

colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as

condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um

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complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência

de reajustamento remunerativo casuístico.

2. Também se atribui uma hora de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível

de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

3. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em

2011 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as

seguintes remunerações:

31-12-2017 31-12-2016 Gerência

Remunerações Fixas GERÊNCIA Gerente 82.997,07 86.056,05

TOTAL 82.997,07 86.056,05

Assessoria

Auditoria 23.601,68 23.447,29 Compliance / Gestão de Riscos 21.192,65 21.054,02

TOTAL 44.794,33 44.501,31

4. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

4.1 Economia Internacional A economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação de alguns fatores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais blocos desenvolvidos e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as economias europeias – desenvolvidas e emergentes – e também os países asiáticos, regiões onde o crescimento esperado para 2017 tem sido revisto genericamente em alta. O ritmo de crescimento dos preços tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos, mas aquém do desejado pelas autoridades monetárias. O Banco Mundial elevou as suas estimativas de crescimento do PIB Mundial para 3% em 2017. Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições financeiras acomodatícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os agentes económicos e redução dos riscos políticos. Ao longo de 2017, a procura interna continuou a ser o principal impulsionador do crescimento, mas a recuperação das exportações, graças à retoma da economia a nível global, permitiu que o contributo da procura externa fosse igualmente positivo.

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Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em quase sete anos, ficando o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área do Euro. O investimento de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à manutenção das políticas acomodatícias do Banco Central Europeu.

Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo ficado no final do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde janeiro de 2009. No entanto, a recuperação do emprego não foi acompanhada por um acréscimo nos salários. Assim, a variação anual dos preços ao consumidor manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado 2017 em 1,4%, valor que se situa ainda abaixo da meta do BCE. O BCE decidiu manter as principais taxas diretoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no caso da taxa principal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25% no caso da taxa de cedência de fundos. Relativamente ao plano de compra de ativos, em abril, os montantes das compras mensais foram reduzidos para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil milhões do que anteriormente. Em outubro, em resposta às condições económicas favoráveis, o BCE decidiu cortar o seu programa de compras de obrigações para metade, i.e., 30 mil milhões de euros mensais a partir de janeiro de 2018, tendo ficado expresso que este nível seria mantido até setembro de 2018. A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de 2,3% do PIB, aproveitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e terceiro trimestres do ano, com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores e de emprego a apresentarem os melhores resultados dos últimos anos – em alguns casos, de sempre. A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em quase 17 anos. Os ganhos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores estiveram ativamente a recrutar para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de recuperação do mercado de trabalho suportou o consumo privado. Num ambiente de maior confiança quanto à evolução da procura interna e externa assistiu-se também à recuperação do investimento que, numa primeira fase, se focou no sector energético, estendendo-se depois a outros sectores, nomeadamente à atividade industrial.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Em dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente a subir para os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de transportes. Já a encerrar o ano, a aprovação da reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário de crescimento em 2018. Os objetivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes permanentes de impostos para empresas e indivíduos e simplificar o regime de deduções e créditos concedidos às famílias e empresas, eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas como forma de financiar a redução de impostos.

4.2 Economia Nacional A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60% versus 2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura interna e do desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos principais parceiros comerciais.

Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento disponível, tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da permanência dos baixos custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que contribuiu para a recuperação da capacidade produtiva instalada, a qual se situava em 81,8% no 3º trimestre de 2017, valor acima dos 80,6% da média de longo prazo. Assim, o investimento registou um crescimento médio anual de 10,3% nos três primeiros trimestres do ano, depois de, durante o mesmo período de 2016, ter estagnado, tirando partido do investimento realizado pelo sector privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as exportações nacionais a ficarem acima das importações. As exportações nacionais atingiram os 42% do Produto Interno Bruto em 2017 (que compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da resiliência da economia nacional face a uma evolução na política monetária europeia.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano, sugerem um crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de riqueza por habitante entre Portugal e a região da moeda única. A taxa de desemprego nacional registou uma das descidas mais acentuadas entre os países da Europa, situando-se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016). O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de gradual aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens energéticos, cujo contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo do ano. O assinalável dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector hoteleiro e, consequentemente, contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo, em dezembro, a taxa estabilizou em 1,5% (1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se verificado maior agravamento de preços nos transportes, restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao mesmo período do ano anterior).

4.3 Mercado Bancário Nacional O ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de reestruturação em alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se mudanças na gestão e nas estruturas de controlo acionista. Em termos sucintos, temos: a operação de aumento de capital no BCP (1,3 mil milhões de euros) com a entrada de um novo acionista (Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano de recapitalização da CGD, com a injeção de 2,5 mil milhões de euros no capital do banco público; a conclusão da oferta pública de aquisição lançado pelo CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma posição maioritária de 84,52%); a conclusão da alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone Star, mantendo-se os restantes 25% como propriedade do Fundo de Resolução; e o processo de integração

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do Banco Popular Portugal no Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco Popular ao Banco Santander. 4.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (dezembro/12 –

dezembro/17) Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos aumentou 2,8% em 2017 face a dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos particulares ocorreu uma estagnação no volume de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).

4.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (dezembro/12 – dezembro/17) O crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em dezembro de 2017 face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de crédito não produtivo (NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,0%), ambos face a dezembro de 2016.

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Analisando o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-1,4% em dezembro de 2017 face a dezembro de 2016) que representa 81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, este situou-se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito (-13,0% em dezembro de 2017 face a dezembro de 2016).

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector do transporte e armazenagem, construção e energia. Nos sectores da agricultura e pescas, indústrias extrativas, alojamento e restauração e atividades imobiliárias foi possível verificar um aumento do crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respetivamente). Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, das atividades imobiliárias e do comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

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4.4 Mercados Financeiros 4.4.1 Mercado acionista O mercado de ações americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow Jones a bater pela primeira vez os 20.000 pontos em janeiro, 21.000 em março, 22.000 em agosto e finalmente 24.000 no último dia de novembro, tendo terminado o ano nos 24.719,22 pontos. Já o S&P 500 arrecadou uns impressionantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos 2.673 pontos. Os níveis de confiança das empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados ao longo do ano. Os líderes deste crescimento foram sem dúvida os grandes nomes do sector tecnológico como a Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e Alphabet.

Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na Europa também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em maio quando Emmanuel Macron ganhou as eleições francesas, no entanto, mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza política na Alemanha e em Espanha. O Stoxx

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha, apesar da incerteza política na segunda metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o PSI 20 encerrou o ano a subir 15,15% e a Borsa Italiana 13,61%. O IBEX 35 teve uma performance inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo, ainda assim, registado uma valorização de 7,4%. 4.4.2 Mercado monetário No que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro relativamente às moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de 14,15% face ao dólar, 9,16% face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra esterlina. No início do ano com o EUR/USD nos 1,052 dólares, referia-se como provável a paridade entre as duas moedas. No entanto, o par fechou o ano a 1,20 dólares, valor que não era verificado desde 2015. Efetivamente, as expectativas quanto à solidez do crescimento da Zona Euro e quanto à remoção das medidas monetárias não convencionais levaram à maior procura do euro contra as restantes moedas.

Apesar do iene japonês se ter desvalorizado em relação ao euro, manteve grande firmeza face ao dólar. Na maior parte do ano o par USD/JPY variou dentro do intervalo largo compreendido entre 107 e 116, sem tendência. O Banco Central Nipónico defendeu sempre uma maior estabilidade da moeda, nunca hesitando em fazer intervenções no mercado de forma a evitar movimentos de apreciação da sua moeda. A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano, depois do movimento de depreciação que ocorreu entre maio e agosto. Ao longo de 2017, o comportamento da libra foi condicionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o processo. Até à data de março de 2019, data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU, será sempre um dos principais fatores de mercado. No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o ano de 2017 a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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4.4.3 Mercado obrigacionista

O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias acomodatícias e baixos níveis de inflação. Estes fatores limitaram o movimento de subida das yields dos principais benchmarks na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos registados no ano anterior, se mantiveram em níveis historicamente muito baixos. Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais significativos, nomeadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas agências de notação financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na classe de investimento. Nos 10 anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o spread face à dívida alemã no mesmo prazo a cair para os 152 pontos. Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016, tendo as yields fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respetivamente, no prazo dos 10 anos. Em Espanha, a instabilidade política decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às consequências económicas prejudicaram as yields espanholas. Em Itália, os receios concentraram-se em torno das próximas eleições nacionais onde o Movimento 5 Estrelas têm aparecido bem posicionado nas sondagens. A yield do Bund alemão a 10 anos transacionou num intervalo entre 0,18 e 0,60%, continuando condicionado pelo programa de compra de ativos do BCE e também pelo baixo nível de oferta, reflexo da sua saudável situação fiscal.

4.5 Riscos e incertezas para 2018

Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas monetárias acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos agentes económicos, nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do programa de compra de ativos do Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da Reserva Federal. Acresce que a instabilidade geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha, do resultado das próximas eleições em Itália, e dos efeitos que poderão advir da nova política expansionista e da reforma fiscal de Donald Trump) pode constituir um fator

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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determinante em 2018, particularmente tendo em consideração a crescente tensão entre EUA e China. O panorama do comércio mundial poderá sofrer alterações em 2018, permanecendo incertos os movimentos no mercado cambial, após a queda registada no início de 2018 do dólar, a valorização do euro face a uma expectável retoma das economias europeias, e o interesse potencial de alguns players mundiais na classificação do Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo. Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no panorama europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como também no sistema bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta atuação mais rigorosa é justificada não apenas pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições financeiras face a futuras crises, mas também pela necessidade de regular o surgimento de novos players (ex. fintechs) no mercado bancário europeu. Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com:

i. a melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via: (i) do aumento da eficiência operacional e controlo de custos,

nomeadamente através do esforço de digitalização e robotização das operações;

(ii) da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e, (iii) da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.

ii. a pressão sobre o capital e liquidez, por via: (i) da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados

positivos apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via capital interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos e parcerias necessárias para operar numa indústria com ameaças e em permanente mutação (ex. digital, regulação); e,

(ii) de compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de risco (ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR).

iii. a adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais requisitos requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do consumidor (ex. GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e segurança na condução da actividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT);

iv. a revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex. mobile banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito online) e às alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open banking).

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 28282828

5. ATIVIDADE DA CCAMTV 2017

PASSIVO E CAPITAL

5.1 – Recursos de Clientes e Outros Empréstimos

Os Recursos de Clientes, representados pelo conjunto dos depósitos,

registaram, em 2017, um acréscimo de 3,5%, correspondente a uma variação de 12,3

milhões de euros, atingindo um volume global de 365,4 milhões de euros,

constituindo a componente principal dos recursos financiadores da atividade da

CCAMTV (84,0 %).

Os Capitais Próprios, a segunda componente dos recursos financiadores da

atividade, representados pelo Capital, Reservas e Resultados, foram de novo

reforçados com um acréscimo de 17,1%, cerca de 9,3 milhões de euros,

correspondendo a 14,6 % do total do Passivo e do Capital.

Quadro 1

Milhões de euros

Designação ORÇAMENTO 2017 2016 Variação

PARA 2017 Valor % Valor % Valor %

Depósitos à Ordem de Clientes 99,57 107,6 24,7 97,7 20,0 9,9 10,1 Depósitos a Prazo de Clientes 239,73 241,6 55,5 237,7 59,8 3,9 1,6 Depósitos de Poupança de Clientes 16,75 15,8 3,6 17,2 6,8 -1,3 -7,8 Juros a Pagar 0,45 0,4 0,1 0,5 0,3 -0,1 -24,5

TOTAL DE DEPÓSITOS DE CLIENTES

356,5 365,4 84,0 353,1 86,9

12,3

3,5

Outros Passivos 4,3 6,3 1,4 3,9 1,7 2,4 61,3

TOTAL DO PASSIVO 360,8 371,7 85,4 357,0 88,6 14,7 3,4

Capitais Próprios 57,7 63,5 14,6 54,2 11,4 9,3 17,1

TOTAL DO PASSIVO E DO CAPITAL

418,5 435,2 100,0 411,2 100,0 23,9 5,8

5.2 – Evolução dos Depósitos

No conjunto dos Recursos de Clientes, em que junta os depósitos à ordem, os

depósitos a prazo e os depósitos de poupança, temos um acréscimo total de 12,3

milhões de euros, em relação a 2016, os depósitos à ordem evoluíram 9,9 milhões de

euros enquanto os depósitos a prazo evoluíram 3,9 milhões de euros, os depósitos

de poupança diminuíram 1,3 milhões de euros, que passaram para depósitos a prazo,

o valor dos juros a pagar diminuíram 0,1 milhões de euros.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 29292929

Gráfico1

6. ATIVOS 6.1-Evolução do Ativo Líquido

Do conjunto dos ativos que constituem a carteira da CCAMTV, a rubrica,

“Aplicações Financeiras (Obrigações e Outros Títulos de Rendimento Fixo)”, passou a

ser a principal aplicação na estrutura do Balanço. Em 2017 apresentou um acréscimo

face ao ano anterior, no total do Ativo Líquido, em virtude do aumento das Aplicações

Financeiras, em termos absolutos representa um acréscimo de 5,1 milhões de euros,

e um acréscimo de 0,5 milhões de euros em “Aplicações em Ic’s”. No que respeita ao

“Crédito a clientes”, líquido de provisões, houve um Acréscimo, passando o seu peso

no Ativo de 29,8% para 28,7%, com um decréscimo, em termos absolutos, de 2,4

milhões de euros, tal como podemos observar no Quadro 2.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 30303030

Quadro 2

Milhões de euros

Tipos de Ativos ORÇAMENTO 2017 2016 Variação

PARA 2017 Valor % Valor % Valor %

Caixa e Disponibilidades em Ic’s 19,32 54,4 12,5 38,6 9,4 15,7 3,1 Aplicações em Ic’s 93,28 63,5 14,6 63,0 15,3 0,5 -0,7 Credito a Clientes 131,27 124,9 28,7 122,5 29,8 2,4 -1,1 Aplicações Financeiras (Obrigações e Outros Títulos de Rendimento Fixo) 162,7 177,9 40,9 172,8 42,00 5,1 -1,1

Diversos Ativos 11,89 14,5 3,3 14,3 3,5 0,2 -0,2

Total do Ativo 418,5 435,1 100,0 411,2 100,0 23,9 0

6.2 - Evolução do Crédito a Clientes

Apesar da evolução negativa verificada do crédito a clientes, mantêm a sua

influência no conjunto dos ativos que constituem a carteira da CCAMTV, continuando

em 2017 a ser a segunda aplicação. No encerramento do exercício de 2017, o valor

do crédito vincendo eleva-se a 124,9 milhões de euros, evidenciando um Acréscimo

de 2,4 milhões de euros relativamente a 2016.

6.3 - Evolução do Crédito a Clientes por Tipo de Situação

O crédito a clientes, sob o ponto de vista da sua situação, evidencia que o

designado crédito vencido ou “mal parado” decresceu aproximadamente 8,5 milhões

euros em relação ao ano transato, o que corresponde, em termos percentuais, a um

decréscimo de 33,8%.

Em 2017 as imparidades sobre crédito a clientes apresentam um rácio de Cobertura

face ao Crédito vencido de 121%, em virtude da redução do crédito vencido.

Quadro 3

Milhões de euros

Situação ORÇAMENTO 2017 2016 Variação PARA 2017 Valor % Valor % Valor %

Crédito Vincendo 131,26 128,3 88,4 123,7 83,0 4,6 3,7

Crédito Vencido 22,67 16,7 11,5 25,2 16,9 -8,5 -33,8

Valores a Receber 0,07 0,2 0,1 0,2 0,1 0,0

Total 154,0 145,1 100,0 149,0 100,0 -3,9 -2,6

Provisões Crédito Cobrança Duvidosa 0,9 1,4

Provisões para Crédito Vencido 25,0 25,1

Imparidades para crédito a clientes 20,2

Provisões para garantias e compromissos assumidos. 2,2

Cobertura do Credito Vencido 121% 100%

Total líquido de provisões/ Imparidades 128,1 124,9 122,5 Gráfico 2

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 31313131

7. ATIVIDADE FINANCEIRA E DE INVESTIMENTOS 7.1 Evolução das Aplicações em IC’s e Investimento em Títulos

A atividade financeira apresenta um acréscimo de 16,3 milhões euros no Ativo

Total, e um aumento de 5,1 milhões de euros na atividade de investimento. Na rubrica

Caixa e Disponibilidades em IC’s registou-se um acréscimo de 15,7 milhões de euros,

e as Aplicações em Instituições de Crédito cresceram 0,5 milhões de euros. O peso

destas duas rubricas, em termos percentuais, passou de 14,1% para 18,4% e de

22,9% para 21,5%, respetivamente.

O impacto destas variações determinou um acréscimo em 1,2 pontos percentuais do

peso dos ativos financeiros e de investimento no ativo total, que se situava em 66,7%,

em 2016, e passou para 68,0%, em 2017.

Quadro 4

Milhões de euros

Designação 2017 2016 Variação

Valor % Valor % Valor %

1. Atividade Financeira Caixa e Disponibilidades em IC’s 54,4 18,4 38,6 14,1 15,7 4,3 Aplicações em IC’s 63,5 21,5 62,9 22,9 0,5 -1,5 Juros de aplicações em IC's 0,0 0,1 0,1 0,1 -0,02 0,0

Total 1 117,9 39,8 101,6 37,0 16,3 2,8

% do Ativo 27,1 24,7 2,4 p.p. 2. Atividade de Investimento Obrigações e Outros títulos de rendimento fixo – de Emissões Públicos 177,9 60,2 172,8 63,0 5,1 -2,8

Total 2 177,9 60,2 172,8 63,0 5,1 -2,8

% do Ativo 40,9 42,0 -1,1 p.p.

TOTAL ATIVIDADE FINANCEIRA E DE INVESTIMENTOS (1+2) 295,8 100,0 274,4 100,0 21,4

% do Ativo 68,0 66,7 1,2 p.p.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 32323232

8. RESULTADOS, EFICIÊNCIA e RENDIBILIDADE

8.1 Evolução dos Resultados

A maior contribuição na formação do Produto Bancário continuou a ser

assegurada pela Margem Financeira, principal indicador das atividades de

intermediação, diminuindo de 14,6 para 13,5 milhões de euros.

A CCAMTV sentiu um reflexo positivo no seu resultado que passou de 3,8

milhões de euros em 2016, para 8,3 milhões de euros em 2017. O Cash Flow do

exercício, em 2017, passou de 8,1 milhões de euros para 7,6 milhões de euros.

Quadro 6 Milhares de euros Designação 2017 2016 Variação

Valor Valor Valor %

+ Juros e rendimentos similares (1) 14.241 15.750 -1.508 -9,58

- Juros e encargos similares (2) 702 1.150 -448 -38,97

= Margem Financeira (3 = 1 - 2) 13.539 14.600 -1.060 -7,26

Rendimentos de instrumentos de capital (4) 38 51 -13 -25,96

Rendimentos de serviços e comissões (5) 1.233 1.011 222 22,01

Encargos com serviços e comissões (6) -491 -532 41 -7,71

Resultados de reavaliação cambial (líquido) (9) 6 18 -11 -64,37

Resultados de alienação de outros ativos (10) 69 -7 76

Outros resultados de exploração (11) -287 190 -477

= Produto bancário (12=3+4+5+6+7+8+9+10+11) 14.107 15.330 -1.223 -7,98

Custos com pessoal (13) 3.346 3.400 -54 -1,59

Gastos gerais administrativos (14) 1.425 1.360 65 4,79

Depreciações e amortizações (15) 224 210 14 6,65

Provisões líquidas de reposições e anulações (16) -681 -364 -318 87,41

Correções de valor ass. ao crédito a clientes..(17) -3.813 3.229 -7.042

Imparidade de outros ativos financeiros líq..(18) 0 0 0

Imparidade de outros ativos líquida ….. (19) 1.748 2.262 -514 -22,71

= Resultado Antes Impostos (20=12-13-14-15-16-17-18-19 ) 11.860 5.047 6.813 135,00

- Imposto s/Lucros (21) 3.553 1.267 2.286

= Resultado após Impostos (22=20-21) 8.307 3.780 4.527 119,75

Cash-Flow Global (23=20+15+16+17) 7.589 8.122 -533 -6,56

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 33333333

9. CAPITALIZAÇÃO E RÁCIOS PRUDENCIAIS 9.1- Capitalização

A afetação a Reservas do resultado líquido do exercício anterior, nos termos

estatutários, possibilitou que os Capitais Próprios, constituídos pelo Capital, Reservas

e Resultados, ascendam a 63,5 milhões de euros no encerramento do exercício.

Gráfico 4

9.2- Evolução do CET 1

O CET 1 Apresenta o valor 26,82% com um pequeno decréscimo face a 2016

de 0,1%, mantendo-se num nível superior ao mínimo exigido ( 4,50%) até 2019.

Quadro 7

Milhões de euros

ID Item 2017 2016 1 CET1 Capital ratio 0,2682 0,2692

2 Surplus(+)/Deficit(-) of CET1 capital 45.404.816,00 41.613.769,07

3 T1 Capital ratio 0,2682 0,2692

4 Surplus(+)/Deficit(-) of T1 capital 42.352.771,24 38.829.630,15

5 Total capital ratio 0,2682 0,2758

6 Surplus(+)/Deficit(-) of total capital 38.283.378,22 36.342.813,66

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 34343434

9.3 Adequação CET 1 na ótica do Banco de Portugal / Banco Central Europeu

(Solvência CET1)

Solvência CET1 (Solvency CET1) é uma medida de Solvência bancária que mede a força do capital de um banco. Esta medida é melhor capturada pelo índice CET1 que mede o capital de um banco em relação aos seus ativos. Como nem todos os ativos possuem o mesmo risco, os ativos adquiridos por um banco são ponderados com base no risco de crédito e no risco de mercado que cada ativo apresenta. Por exemplo, uma caução governamental pode ser caracterizada como um "ativo sem risco" e com uma ponderação de risco zero por cento. Por outro lado, uma hipoteca subprime pode ser classificada como um ativo de alto risco e ponderada em 65%. Risk-Weighted Assets (RWA) De acordo com as regras de capital e liquidez de Basileia III, todos os bancos devem ter um limite mínimo ( 4,50%) até 2019.

10. GESTÃO DE RISCOS A gestão de riscos é um processo integrado que tem como objetivo identificar, avaliar e

controlar os riscos materialmente relevantes para a instituição. É um Sistema Interno que

assenta no princípio da proporcionalidade, ou seja, os procedimentos implementados são

proporcionais à dimensão, organização interna, natureza, área geográfica e complexidade

das atividades da instituição.

O Gabinete de Gestão de Riscos e Compliance é a estrutura interna que promove a

implementação destas políticas e ferramentas de forma a controlar as perdas esperadas e

não esperadas que possam por em causa a situação financeira da CCAMTV.

No exercício de 2016, o Gabinete de Gestão de Riscos e Compliance deu continuidade ao

desenvolvimento da sua atividade visando assegurar a conformidade (compliance) com os

novos desafios de regulamentação para o sector. Das diversas iniciativas que se

desenvolveram ou iniciaram ao longo de 2016, destacam-se as seguintes:

Testes de Esforço (stress tests) – De acordo com a Instrução n.º 4/2011 o Banco de

Portugal divulga as orientações técnicas para a realização das análises de sensibilidade

promovendo assim um exercício de stress test uniforme para o sector financeiro.

Capital Interno – O cálculo do capital interno e a elaboração do relatório ICAAP (Internal

Capital Adequacy Assessment Process) constitui não apenas uma obrigação regulamentar

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 35353535

mas também um importante instrumento de gestão de risco que permite avaliar e determinar

com rigor o nível de capital interno subjacente ao perfil de risco da CCAMTV.

Relatório de Disciplina de Mercado – Decorrendo do previsto no Aviso n.º 10/2007 do

Banco de Portugal, é elaborado anualmente o relatório anual Disciplina de Mercado, no

sentido de divulgar informação mais detalhada sobre a solvabilidade da instituição e as

principais políticas e práticas de gestão do risco aos seus sócios, clientes e parceiros

institucionais.

Sistema de Controlo Interno – A estrutura e os princípios do sistema de controlo interno

assentam nos requisitos regulamentares definidos no Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal.

O Gabinete de Gestão Riscos e Compliance em conjunto com o Gabinete de Auditoria

Interna avalia o sistema de controlo interno através da observação, análise, recolha e

tratamento de informação relativa às insuficiências detetadas neste domínio e na produção

dos respetivos relatórios regulamentares.

Divulgações qualitativas:

a) Política de gestão de risco de crédito (incluindo gestão do risco de

concentração)

Risco de Crédito - Consiste na probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante a instituição. É o principal risco da atividade bancária, pelo que as políticas de crédito são definidas pelo Conselho de Administração, através de critérios rigorosos de concessão de crédito. As operações de crédito propostas são analisadas internamente pelo Departamento de Crédito, que atribui um “scoring” específico à operação com base na informação recebida. A referida avaliação é efetuada de acordo com um conjunto de procedimentos internos (inseridos na Norma Interna do crédito) que agrupam análises quantitativas e qualitativas da operação e do cliente em particular. O “scoring” atribuído depende também do nível de incidentes conhecidos do cliente recorrendo para o efeito ao seu histórico junto da instituição e à Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal. Risco de Concentração – Entende-se por risco de concentração uma posição em risco ou grupo de posições em risco com potencial para produzir perdas de tal modo elevadas que coloquem em causa a solvabilidade da instituição ou a capacidade para manter as suas principais operações. Em particular, o risco de concentração decorre da existência de fatores de risco comuns ou correlacionados entre diferentes contrapartes, de tal modo que a deterioração daqueles fatores implique um efeito adverso simultâneo na qualidade de crédito de cada uma daquelas contrapartes. Existem três tipos de risco de concentração: • Exposições significativas a uma contraparte individual ou a um grupo de contrapartes relacionadas (single name concentration risk ou, na terminologia usual, “grandes riscos”); • Exposições significativas a grupos de contrapartes cuja probabilidade de entrarem em incumprimento resulta de fatores subjacentes comuns, como por exemplo o sector

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 36363636

económico, a região geográfica, a moeda e o facto de o seu desempenho económico-financeiro estar dependente da mesma atividade ou mercadoria; • Exposições de crédito indiretas resultantes da aplicação das técnicas de redução de risco (exposição a um tipo de garantia ou proteção de crédito fornecida por uma contraparte). O Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola estabelece o âmbito territorial da atividade da instituição, nomeadamente, o seu artigo 12.º, ao concelho de Torres Vedras. A CCAMTV tem presente a limitação que este regime lhe impõe ao nível do risco de concentração geográfica e de sector de atividade, estando sujeita a fatores que afetem de modo abrangente a região em que exerce a sua atividade. Como fatores mitigantes desta realidade devem ser referidas as seguintes situações, a natureza relativamente diversificada da estrutura económica local, não dependendo de forma significativa de uma atividade específica ou de empresas de grande dimensão e o conhecimento da estrutura e realidade local em que se posiciona. Relativamente ao controlo do risco de concentração, O Gabinete de Gestão de Riscos e Compliance elabora regularmente o mapa de “grandes riscos”, procedendo à análise destas posições face à totalidade da carteira de crédito. O Gabinete de Gestão Riscos e Compliance elabora anualmente o relatório sobre o risco de concentração de forma a acompanhar este tipo de risco.

b) Política de Write-Off de créditos

O Conselho de Administração define e estabelece os princípios relativos à anulação do registo de dívida no balanço da CCAMTV. O write-off de créditos, consiste na anulação de créditos no balanço da instituição, que se encontra integralmente coberto por imparidades e em relação ao qual não existem expectativas de recuperação. O abate é registado em rubricas extrapatrimoniais até ao momento da extinção definitiva das responsabilidades, não gera qualquer impacto na conta de resultados. Após terem sido tomadas todas as diligências de recuperação razoáveis e já não seja expectável qualquer recuperação, o Gabinete Jurídico, submete à aprovação do Conselho de Administração, o crédito a ser abatido contabilisticamente ao ativo). Considera-se que um crédito reúne as condições para ser proposto o seu write-off sempre que os seguintes fatores se verifiquem simultaneamente: 1) O crédito encontra-se em incumprimento; 2) Não existe garantia real associada; 3) Não é conhecida a existência de património significativo (do cliente ou dos garantes) que possa ser usada para o reembolso o crédito; 4) Não se verificaram pagamentos significativos (de capital ou de juros) nos últimos 2 anos. Após a aprovação do Conselho de Administração dos créditos a abater ao ativo, o Coordenador Departamento Financeiro é informado dos contratos a abater e convoca reunião com o Conselho Fiscal de forma a submeter à sua consideração os créditos aprovados para write-off.

c) Política de reversão de imparidade

Se, num período subsequente, a nível contabilístico verifica-se que a perda por imparidade diminuiu e se essa diminuição for objetivamente relacionada com algo que

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 37373737

ocorreu após o reconhecimento da imparidade (tal como uma melhoria na notação de crédito do devedor, ou reforço de garantias), a perda por imparidade anteriormente reconhecida deve ser revertida, seja diretamente, seja ajustando uma conta de abatimento. A reversão não deve resultar numa quantia escriturada do ativo financeiro que exceda o que o custo amortizado poderia ter sido, caso a imparidade não tivesse sido reconhecida à data em que a imparidade foi revertida. A quantia da reversão deve ser reconhecida nos lucros ou prejuízos IAS 39.

d) Política de conversão de dívida em capital do devedor (se aplicável)

Não se aplica.

e) Descrição das medidas de reestruturação aplicadas e respetivos riscos

associados, bem como os mecanismos de controlo e monitorização dos mesmos

Existem diversas soluções de reestruturação, sendo as medidas mais comuns a extensão do prazo da operação ou a inclusão de período de carência. Internamente, compete ao Departamento de Crédito identificar as operações de crédito reestruturadas e classificá-las no sistema informático. No que se refere ao acompanhamento, estas operações ficam marcadas durante um período de mínimo de dois anos, desde a data da sua reestruturação, desde que se verifiquem cumulativamente as condições previstas no n.º 8 da Instrução n.º 32/2013 do Banco de Portugal.

f) Descrição do processo de avaliação e de gestão de colaterais

A política de avaliação periódica de colaterais da CCAMTV, foi definida de acordo com a Carta-circular 02/2014/DSP do Banco de Portuga e a metodologia utilizada deve ser a mais adequada às características do ativo, conforme a seguir se detalha:

• Imóveis e terrenos: Em caso de utilização por parte do perito avaliador de uma taxa de desconto para apuramento do valor do imóvel, deverá ser considerado se esta reflete a prática de mercado considerando as características e estado do imóvel. No caso de projetos de construção/terrenos, devem ser considerados os aspetos específicos do imóvel nomeadamente, o licenciamento, a utilidade e as áreas de construção consideradas, entre outros condicionalismos legais ou outros que possam existir sobre os ativos avaliados.

• Outros colaterais: Para outros colaterais, deve ser considerado o valor de mercado determinado com base em avaliação atualizada (inferior a 1 ano) realizada por avaliador adequado para a natureza do colateral, desde que seja possível garantir a propriedade, salvaguarda e condições de funcionamento dos bens subjacentes. Exceções a esta regra deverão ser sujeitas a julgamento profissional considerando as especificidades do ativo.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 38383838

• Imóveis sem avaliação: No caso de não existir avaliação, ou não se conseguir garantir a propriedade e salvaguarda dos bens, o valor de avaliação do colateral a considerar para efeitos do cálculo da imparidade deve ser zero.

As avaliações dos colaterais devem ser realizadas anualmente quando se tratem de colaterais relativos a exposições significativas e de 3 em 3 anos quando se tratem de imóveis destinados à habitação e prédios rústicos. O Departamento de Crédito é responsável por identificar, analisar e controlar a efetiva reavaliação, recorrendo a avaliadores externos para proceder à respetiva reavaliação dos imóveis hipotecários, a decorrer dentro dos prazos definidos.

g) Natureza dos principais julgamentos, estimativas e hipóteses utilizados na

determinação da imparidade.

Tendo em consideração as necessidades de reporte introduzidas pela Instrução n.º 5/2013 do Banco de Portugal, e pela Carta Circular n.º 02/2014/DSP, para que o modelo de imparidade tenha a maior adequação possível à carteira de crédito, a instituição efetua mensalmente a revisão do cálculo de imparidade quer em base individual, quer em base coletiva.

Ao nível da análise individual, a determinação da imparidade em função da capacidade de reembolso do devedor e/ou respetivos colaterais que o Banco dispõe a garantir as operações de crédito, tendo como base os indícios de imparidade da carteira. Nos casos, de não existir informação que permita aferir sobre a existência de fluxos de caixa para o cumprimento do serviço da dívida, são aplicados os critérios definidos na tabela qualitativa constante do Anexo II da Carta-Circular 02/2014/DSP tidos em consideração os colaterais associados a cada operação de crédito.

No que se refere à análise coletiva da carteira de crédito e, em particular, para o cálculo das LGD’s, são efetuados cálculos a partir do histórico das perdas efetivas, considerado pressupostos conservadores, designadamente no que concerne ao período e custos incorridos de recuperação, bem como quanto à taxa de desconto adotada.

h) Descrição das metodologias de cálculo da imparidade, incluindo a forma

como os portefólios são segmentados para refletir as diferentes características dos créditos

A CCAMTV utiliza a metodologia de cálculo de imparidade, nos termos previstos da IAS 39 e da Carta-circular n.º 02/2014/DSB, para avaliação do risco associado à carteira de crédito e quantificação das respetivas perdas incorridas com o objetivo de garantir uma valorização adequada da carteira de crédito. A metodologia tem por base as seguintes etapas: • Segmentação da carteira de crédito;

• Análise de evidência de imparidade e

• Cálculo da perda por imparidade da carteira de crédito.

Inicialmente procede-se à segmentação da carteira, os ativos financeiros são agrupados com base em características de crédito comuns, nomeadamente por tipo

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 39393939

de cliente (particulares e empresas) e por tipo de garantia (com colateral e sem colateral). Para efeitos de cálculo de imparidades a carteira de crédito é dividida entre clientes significativos sujeitos a análise individual. Caso não seja apurada qualquer perda por imparidade na sequência da análise individual a que foram sujeitos estes clientes são testados quanto à imparidade de forma coletiva sendo enquadrados no segmento mais apropriado. E clientes não significativos, sujeitos a análise coletiva são agrupados em segmentos com características de risco de crédito semelhantes e testados quanto à imparidade de forma coletiva. A amostra é subdivida de acordo com a sua materialidade: 1) cumprimento; 2) em atraso até 30 dias com indícios; 3) em atraso 30 a 90 dias; 4) reestruturado; 5) crédito curado e 6) crédito em Incumprimento (default). Nos casos, de não existir informação que permita aferir sobre a existência de fluxos de caixa para o cumprimento do serviço da dívida, são aplicados os critérios definidos na tabela qualitativa constante do Anexo II da Carta-Circular 02/2014/DSP tidos em consideração os colaterais associados a cada operação de crédito. Para cada cliente analisado individualmente, existe uma ficha individual de informação onde se regista toda a informação necessária. O modelo de imparidade coletiva implementado na CCAMTV pretende dar cumprimento às exigências regulamentares definidas na IAS 39 e na Carta-Circular 2/2014/DSP. A imparidade coletiva resulta de uma abordagem paramétrica à recuperabilidade do crédito, suportada por informação histórica da carteira, sendo aplicada de forma automática a todas as operações e permite estimar os indicadores de risco abaixo detalhados: PI = Probabilidade de Indício: Estimativa do número de operações que a determinado momento se encontravam sem indícios de imparidade, mas que durante o período emergente de PI apresentaram algum indício de imparidade. Se o total da exposição em default de clientes pertencentes a um mesmo grupo financeiro representar mais de 20% do total da exposição a esse mesmo grupo financeiro, as operações que não estão em default serão objeto de contaminação passando a ser consideradas como estando com indícios de imparidade. PDC = Probabilidade de Default Condicionada à existência de indícios de imparidade: Consiste numa estimativa do número de operações que a determinado momento se encontravam com indícios de imparidade, mas que entraram em default durante o período emergente de PDC. PDD = Probabilidade de Default Direta: Consiste numa estimativa do número de operações que a determinado momento se encontravam sem indícios de imparidade, mas que entraram em default durante o período emergente de PI. LGD = Loss Given Default: Consiste numa estimativa de perda dado o default de um contrato, tendo por base a informação histórica da CCAMTV (5 anos, sendo aumentado em mais um ano todos os anos até atingir 7 anos), considerando todos os contratos cujo processo de recuperação foi concluído dentro do período em análise. i) Indicação dos indícios de imparidade por segmentos de crédito

A identificação tempestiva das perdas incorridas e o respetivo reconhecimento contabilístico das imparidades associadas é assegurada adotando indícios de imparidade (triggers). As exposições consideradas nas amostras são analisadas, em termos de evidência objetiva de imparidade, para tal são analisados os eventos, que ocorreram desde o início do crédito (eventos de perda, tendo em consideração, entre outros, os seguintes aspetos:

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 40404040

• Cliente com pelo menos 1 crédito com atrasos no pagamento superior a 30 dias;

• Cliente com pelo menos 1 crédito em contencioso;

• Cliente com pelo menos 1 crédito reestruturado por dificuldades financeiras do cliente ou perspetiva/pedido de reestruturação;

• Cliente com pelo menos 1 crédito no sistema bancário em situação de incumprimento, capital e juros abatidos/anulados ou contencioso, de acordo com a informação disponível na Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal;

• Cliente com notação de rating correspondente ao quartil mais gravoso da escala de rating interno;

• Cliente com deterioração de notação de rating superior a 30% da escala de rating interno;

• Cliente com cheques devolvidos e/ou inibição de uso de cheques;

• Crédito com decréscimo material do valor da garantia real (superior a 20%), quando tal resulte num LTV superior a 80% (aplicável nos casos em que o crédito está associado a um projeto imobiliário específico);

• Clientes com efeitos protestados/não cobrados;

• Cliente com expectativa de insolvência ou objeto de Programas Especiais de Recuperação (PER);

• Cliente com dívidas ao Fisco ou à Segurança Social em situação de incumprimento ou de penhora executada pelo Estado;

• Cliente com atrasos no pagamento de prestações;

• Outros fatores que indiciem a deterioração da capacidade de cumprir com o serviço da dívida (v.g. a inexistência de um mercado ativo para os bens subjacentes ao financiamento, redução significativa do volume de negócios e/ou perda de um cliente relevante (para empresas), situações de desemprego (particulares) ou outros fatores conforme constante na Instrução n.º 32/2013 do Banco de Portugal).

No caso de existirem múltiplas exposições a um determinado cliente dentro do mesmo grupo financeiro considera-se que a totalidade da exposição creditícia a esse cliente apresenta sinais de imparidade quando se verificar algum dos indícios acima identificados.

j) Indicação dos limiares definidos para análise individual

Os critérios definidos para a selecionar créditos significativos a avaliar em base individual são os seguintes: Mutuários com exposição superior a 400.000€, tendo subjacente um mínimo de 20% da exposição total.

k) Política relativa aos graus de risco internos, especificando o tratamento dado a um mutuário classificado como em incumprimento

Considera-se como crédito vencido o crédito em incumprimento há mais de 30 dias (critério contabilístico). Para efeito de análise coletiva da imparidade é considerada a exposição vencida o crédito em incumprimento há mais de 90 dias. A base do

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 41414141

incumprimento reflete todas as situações em que se verifique o não cumprimento de uma obrigação de crédito contratualizada, a utilização de crédito sem enquadramento (tendo sido exigida ao cliente a sua liquidação) ou a ultrapassagem a um limite de crédito previamente estabelecido.

l) Descrição genérica da forma de cálculo do valor atual dos fluxos de caixas futuros no apuramento das perdas de imparidade avaliadas individual e coletivamente

De acordo com o modelo, um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros está em imparidade se for identificada evidência objetiva de que ocorreu um evento que originou uma perda por imparidade, como resultado de um ou mais acontecimentos que ocorreram após o reconhecimento inicial do ativo (um "acontecimento de perda") e se esse acontecimento (ou acontecimentos) de perda tiver um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou do grupo de ativos financeiros que possa ser fiavelmente estimado. O valor da perda deverá ser determinado como a diferença entre o valor de balanço e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados. Os fluxos de caixa futuros estimados incluídos no cálculo dizem respeito aos montantes contratuais dos créditos, ajustados por eventuais valores que a CCAMTV espera não recuperar e pelo prazo temporal em que é expectável que os mesmos se venham a concretizar.

Para todos os créditos em que foi aferida a existência de evidência objetiva de imparidade na análise individual procedeu-se subsequentemente à determinação dos montantes recuperáveis (e consequentemente das imparidades de crédito). Para este efeito, cada processo de crédito é enquadrado na respetiva classe da tabela qualitativa de imparidade prevista no Anexo II da Carta Circular n.º 2/2014/ DSPDR, do Banco de Portugal de 26 de fevereiro de 2014, sendo-lhe aplicada uma percentagem de perda correspondente ao intervalo médio dessa classe. No que respeita à imparidade coletiva, esta resulta de uma abordagem paramétrica à recuperabilidade do crédito suportada por informação histórica da carteira de crédito da CCAMTV sendo aplicada de forma automática a todas as operações.

m) Descrição do (s) período (s) emergente utilizado para os diferentes segmentos e justificação da sua adequação

O período emergente representa o horizonte temporal que medeia entre o evento que origina a perda e a CCAMTV tomar conhecimento do mesmo. O período emergente encontra-se desagregado em:

• Período emergente de probabilidade de indício – tempo que decorre entre a ocorrência de um indício e a sua deteção pela CCAMTV. A utilização deste período é aplicável à carteira sem indícios de imparidade. Este período será de 12 meses, aplicável a todos os segmentos.

• Período emergente de probabilidade de default condicionada à existência de indícios de imparidade – tempo que decorre entre a deteção de um indício de imparidade e a entrada em default. A utilização deste período é aplicável à carteira com indícios de imparidade detetados. Este período será de 12 meses, aplicável a todos os segmentos.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 42424242

Este período é de 12 meses aplicável a todos os segmentos.

n) Descrição detalhada do custo associado ao risco de crédito, incluindo divulgação das PD, EAD, LGD e taxas de cura

Tal como referido anteriormente, o modelo de imparidade coletiva resulta de uma abordagem paramétrica à recuperabilidade do crédito suportada por informação histórica da carteira de crédito da Caixa, sendo aplicada de forma automática a todas as operações e permite estimar os indicadores de risco abaixo detalhados: PDC = Probabilidade de Default Condicionada à existência de indícios de imparidade: consiste numa estimativa do número de operações que a determinado momento se encontravam com indícios de imparidade, mas que entraram em default durante o período emergente de PDC. O valor da PDC por segmento é dado pelo número de operações que, em algum dos 12 meses após “t” (base), entram em default, condicionados ao facto de estarem com indícios em “t”, sobre o número de operações com indícios de imparidade em “t”, tendo por base os dados históricos da CCAMTV (5 anos) e uma frequência mensal. PDD = Probabilidade de Default Direta: consiste numa estimativa do número de operações que a determinado momento se encontravam sem indícios de imparidade, mas que entraram em default durante o período emergente de PI. O valor da PDD por segmento é dado pelo número de operações que em algum dos 12 meses após “t” (base), entraram em default, condicionadas ao facto de estarem sem indícios de imparidade em “t”, sobre o número de operações sem indícios de imparidade em “t”, tendo por base os dados históricos da CCAMTV (5 anos) e uma frequência mensal. A LGD consiste numa estimativa de perda dado o default de um contrato, tendo por base a informação histórica da CCAMTV (5 anos, sendo aumentado em mais 1 ano todos os anos até atingir 7 anos) considerando todos os contratos cujo processo de recuperação foi concluído dentro do período em análise. O processo de recuperação considera-se concluído quando o incumprimento é sanado (seja por via do pagamento dos montantes em atraso, seja por via da recuperação e alienação do colateral associado) ou quando, após terem sido tomadas pela CCAMTV todas as diligências de recuperação razoáveis, já não forem esperadas quaisquer recuperações adicionais. Para o apuramento da LGD deverão ser identificados todos os contratos que tenham entrado em incumprimento e cuja conclusão do processo de recuperação tenha ocorrido dentro do período de análise anteriormente referido. Para esses contratos, deverão ser apuradas as recuperações efetivamente verificadas entre o momento da entrada em default e a data da conclusão do processo de recuperação.

No apuramento das recuperações deverá ser levado em consideração: - Abates do crédito ao ativo e estornos posteriores desses write-offs; - Quantias efetivamente recuperadas com a alienação dos ativos recebidos em garantia; - Perda na sequência do direito ao recebimento ter expirado, total ou parcialmente (por exemplo, devido a um perdão da dívida, insolvência decretada por um tribunal, etc.); - Quaisquer outras quantias recuperadas (de capital e de juros) após a entrada em incumprimento, através do devedor ou através de um garante;

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 43434343

- Quantias em dívida que à data de referência já não se encontrem em situação de incumprimento. Para determinar o montante da perda efetivamente incorrida, esta deverá corresponder à diferença entre a quantia escriturada à data da entrada em incumprimento e as quantias efetivamente recuperadas, descontadas individualmente para a data do incumprimento, à taxa de juro original do contrato (taxa de juro/spread em vigor antes do evento de default). Nos casos de reestruturações por dificuldades financeiras que tenham implicado reduções de taxa de juro que estejam relacionadas com a dificuldade financeira do devedor, a perda efetivamente incorrida deverá corresponder à diferença entre a quantia escriturada à data da reestruturação e as recuperações calculadas de acordo com os parâmetros anteriores. Adicionalmente deverão ser também considerados na perda os custos incorridos, relacionados com a recuperação do crédito, tais como, por exemplo, custas com advogados, tribunais ou outros diretamente relacionados com a recuperação do crédito; custos com a alienação dos ativos recebidos em garantia (ex.: comissão da agência imobiliária). O valor da LGD de um contrato é dado pelo montante da perda efetivamente incorrida determinado da forma anteriormente descrita sobre o montante escriturado à data do evento de default. LGD = valor das perdas / saldo médio default (7 anos) O valor da LGD de cada segmento é dado pela média das LGD’s dos contratos enquadráveis nesse segmento, ponderada pelos saldos dos contratos. EAD = Exposure at Default: Corresponde à exposição em risco sobre a qual será apurado o montante de imparidade dos contratos de crédito. Inclui capital vincendo, capital vencido, juros corridos, juros vencidos e juros de mora. Consideram-se créditos curados aqueles que saíram da situação de incumprimento, tendo-se verificado simultaneamente: (i) uma melhoria do devedor, sendo expectável, mediante a análise da condição financeira do devedor pela CCAMTV, o reembolso total de acordo com as condições originais do contrato ou modificadas; (ii) que o devedor não apresenta qualquer valor vencido; e (iii) que decorreu um período de quarentena de um ano, após o primeiro pagamento de capital, em que o devedor cumpriu com as suas responsabilidades regularmente, i.e. liquidou um valor não insignificante de capital e juros do contrato sem que tenha apresentado qualquer exposição vencida por um período superior a 30 dias. o) Conclusões sobre as análises de sensibilidade ao montante de imparidade a

alterações nos principais pressupostos.

A metodologia do cálculo de imparidade foi alterada face ao ano anterior pelo que não foram realizadas análises de sensibilidade dos mesmos.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 44444444

Divulgações quantitativas:

Segmento Exposição TotalCrédito em

Cumprimento

Do Qual

Restruturado

Crédito em

incumprime

nto

Do Qual

Restruturado

Imparidade

Total

Imparidade do

Crédito em

Cumprimento

Imparidade do

Crédito em

incumprimento

Agricultura 40.110.209,92 38.377.874,35 10.250.191,91 1.732.335,57 1.687.180,70 3.138.782,21 2.706.695,26 432.086,95

Comércio por Grosso 30.645.543,28 28.650.581,52 5.124.414,08 1.994.961,76 606.445,19 1.845.216,46 1.300.175,47 545.040,99

Construção e CRE 27.494.972,53 21.948.555,74 9.191.607,70 5.546.416,79 3.892.450,59 7.385.392,06 4.139.733,07 3.245.658,99

Habitação 21.551.724,50 20.963.714,65 1.051.276,30 588.009,85 527.912,77 184.732,30 94.954,20 89.778,10

Outras Empresas 46.009.372,17 40.174.432,25 19.467.485,31 5.834.939,92 5.645.766,69 7.318.103,48 5.260.831,87 2.057.271,61

Outros Particulares 15.120.702,17 13.105.090,89 2.763.892,09 2.015.611,28 1.514.039,91 358.232,51 54.438,82 303.793,69

Total 180.932.524,57 163.220.249,40 47.848.867,39 17.712.275,17 13.873.795,85 20.230.459,02 13.556.828,69 6.673.630,33

Ano de Produção Número de

Operações

Montante Imparidade Número de

Operações

Montante Imparidade Número de

Operações

Montante Imparidade

2004 e anteriores 51 4.167.249 68.720 50 5.939.830 367.534 26 4.160.744 242.905

2005 4,00 633.389,38 2.269,74 8,00 413.624,13 41,92 4,00 103.397,92 0,56

2006 3,00 698.867,77 23.323,45 8,00 1.932.074,48 11.000,14 6,00 660.000,00 82,71

2007 12,00 1.153.331,28 39.059,34 11,00 2.169.455,64 2.613,43 9,00 4.437.710,72 1.499.815,63

2008 19,00 3.584.351,34 11.831,68 15,00 1.560.486,98 348.228,39 10,00 1.135.035,16 2.715,32

2009 24,00 3.752.442,54 222.556,97 14,00 1.364.290,54 441.666,58 12,00 462.172,06 494,82

2010 24,00 2.914.507,88 236.049,20 24,00 5.235.179,83 194.760,75 11,00 1.416.226,51 277.032,14

2011 14,00 2.825.376,93 569.055,98 7,00 657.497,50 684,52 7,00 963.128,19 117.364,05

2012 10,00 330.443,59 114.813,79 9,00 719.423,73 96.732,36 10,00 1.988.258,24 940.007,86

2013 22,00 2.562.743,20 177.777,93 20,00 2.199.996,34 8.025,17 16,00 8.173.393,51 3.598.431,75

2014 32,00 2.391.070,61 402.702,44 17,00 833.620,87 23.405,24 7,00 753.250,15 169.642,18

2015 28,00 923.411,16 83.290,41 35,00 2.786.070,01 27.330,96 16,00 929.140,30 444.250,99

2016 47,00 6.105.885,38 78.553,55 21,00 1.734.953,21 37.653,44 17,00 847.770,83 38.506,08

2017 85,00 8.067.139,88 1.108.777,79 70,00 3.099.040,15 285.539,24 39,00 1.464.744,53 54.143,25

Total 375 40.110.209,92 3.138.782 309 30.645.543,28 1.845.216 190 27.494.972,53 7.385.392

Agricultura Comércio por Grosso Construção e CRE

Número de

Operações

Montante Imparidade Número de

Operações

Montante Imparidade Número de

Operações

Montante Imparidade

260 5.529.852 86.067 60 6.984.626 1.195.980 69 3.232.947 25.816

22,00 944.950,84 3.557,97 9,00 736.734,45 5.414,52 6,00 206.439,38 287,62

28,00 1.217.367,71 5.871,16 14,00 2.892.123,01 277.207,33 12,00 361.286,36 10.320,76

26,00 1.460.631,22 13.797,57 31,00 2.192.377,44 112.130,16 15,00 679.886,54 18.852,78

51,00 2.962.238,29 29.417,93 29,00 4.542.087,27 722.876,05 24,00 935.552,77 46.725,10

41,00 2.500.155,10 9.413,69 34,00 2.361.775,51 359.114,89 21,00 651.558,29 15.658,54

24,00 1.537.098,03 17.078,79 32,00 2.582.680,82 139.824,76 17,00 569.302,13 36.568,95

13,00 618.563,15 2.329,05 12,00 1.753.914,45 175.512,30 12,00 342.286,95 6.529,14

7,00 265.938,75 1.001,32 16,00 1.810.064,00 503.705,59 26,00 1.055.697,68 99.866,47

8,00 385.557,59 1.451,71 21,00 1.483.670,75 58.170,56 48,00 986.367,14 35.325,13

12,00 883.707,27 3.327,37 16,00 575.117,93 1.038,18 56,00 474.862,26 15.242,22

10,00 760.548,38 2.863,66 48,00 2.458.288,62 208.442,55 126,00 1.664.147,67 15.192,21

6,00 549.285,38 1.868,63 43,00 3.557.928,24 952.869,88 149,00 1.696.908,14 25.607,32

15,00 1.935.830,66 6.686,43 83,00 12.077.984,16 2.605.816,89 228,00 2.263.459,76 6.240,70

523 21.551.724,50 184.732 448 46.009.372,17 7.318.103 809 15.120.702,17 358.233

Outros ParticularesHabitação Outras Empresas

Exposição

Balanco

Imparidade Exposição

Balanco

Imparidade Exposição

Balanco

Imparidade Exposição

Balanco

Imparidade

Avaliação

Colectiva 30.352.282,80 192.488,54 24.979.306,10 211.966,04 13.686.420,49 85.753,55 21.551.724,50 184.732,30

Individual 9.757.927,12 2.946.293,67 5.666.237,18 1.633.250,42 13.808.552,04 7.299.638,51

Total 40.110.209,92 3.138.782,21 30.645.543,28 1.845.216,46 27.494.972,53 7.385.392,06 21.551.724,50 184.732,30

Agricultura Comércio por Grosso Construção e CRE Habitação

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2017

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 45454545

Exposição

Balanco

Imparidade Exposição

Balanco

Imparidade Exposição

Balanco

Imparidade

24.588.021,32 434.282,44 15.120.702,17 358.232,51 130.278.457,38 1.468.201,00

21.421.350,85 6.883.821,04 50.654.067,19 18.763.003,64

46.009.372,17 7.318.103,48 15.120.702,17 358.232,51 180.932.524,57 20.231.204,64

TotalOutras Empresas Outros Particulares

Exposição Balanco Imparidade

Avaliação

Individual 130.278.457,38 18.763.003,64

Colectiva 50.654.067,19 1.468.201,00

Total 180.932.524,57 20.231.204,64

Portugal

Justo Valor Número Montante Número Montante Número Montante Número Montante

< 0,5 M€ 26 4.746.171,00 433 49.689.591,17

>= 0,5 M€ e < 1 M€ 7 4.816.656,00 1 560.000,00

>= 1 M€ e < 2 M€ 2 2.042.537,50 0 0,00

>= 2 M€ e < 3 M€ 0 0,00 0 0,00

>= 3 M€ e < 4 M€ 0 0,00 0 0,00

>= 4 M€ e < 5 M€ 1 4.255.709,00 0 0,00

>= 5 M€ e < 6 M€ 0 0,00 0 0,00

>= 6 M€ e < 7 M€ 0 0,00 0 0,00

Total 36 15.861.073,50 434 50.249.591,17

Construção e CRE Habitação

Imóveis Outros Colaterais Reais Imóveis Outros Colaterais Reais

Carteira de

Retalho

Número de

Imóveis

Crédito em

Cumprimento

Crédito em

Incumprimento

Imparidade

sem colateral N. A. 0,00 2.896.374,46 1.109.339,00

<60% 5 2.460.856,19 0,00 1.499.950,08

>=60% e <80% 5 715.127,58 0,00 208.836,02

>=80% e <100% 11 5.984.603,85 0,00 1.964.683,98

>=100% 528 24.003.628,54 0,00 368.403,13

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2017

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 46464646

ActivoNúmero de

Imóveis

Valor

contabilisticoJusto valor

Terreno

Terreno Rural 5 778.318,00 778.318,00

Terreno Urbano 25 695.273,98 691.960,00

Edifícios em desenvolvimento

Comerciais

Habitação 3 601.610,00 601.610,00

Outros

Edifícios Construidos

Edifícios Comerciais 11 415.746,67 471.546,67

Edifícios Habitação 19 3.036.915,43 3.036.406,43

Outros 3 800.505,00 800.505,00

Total 66 6.328.369,08 6.380.346,10

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nos termos da lei vigente, o Conselho de Administração apresenta o Relatório de

Gestão e Contas, referentes ao exercício de 2017, dando cumprimento à sua

obrigação estatutária de informar as autoridades, os associados, demais clientes e o

público em geral.

O sincero reconhecimento, em primeiro lugar para os nossos associados e clientes e

para todos os que na justa medida do seu contributo puseram em prática a estratégia

definida e proporcionaram os resultados alcançados, nomeadamente, órgãos sociais,

funcionários e demais colaboradores, bem como todos os parceiros na atividade.

Nestas circunstâncias, apresentamos à Assembleia Geral, para apreciação,

discussão e votação, o presente Relatório de Gestão e Contas.

Torres Vedras, 08 de Março de 2018

O Conselho de Administração

António José dos Santos José Agostinho de Oliveira Alves

António de Oliveira Dias Manuel José Silva Martins Leite Guerreiro

João Manuel da Cruz Couto

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2017

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 47474747

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASDEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASDEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASDEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

E E E E

NOTASNOTASNOTASNOTAS

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2017

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 48484848

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, C.R.L.Sede: Rua Santos Bernardes, 16 A, 2560 - 362 Torres VedrasCapital Social: 38 460 590 euros (variável) Matriculado na conservatória do Registo Comercial de Torres Vedras sob o nº 501130322

Contribuinte nº 501 130 322

BALANÇO - Modelo III

Ano: 2017

Base de reporte: Individual - NIC Mês: Dezembro Valores em Euros

Ano 31-12-2016 31-12-2016

N OTA S

Valo r antes de pro visões,

imparidade e amo rtizações

P rovisõ es, imparidade e amo rtizações

Valo r lí quido Ano anterio rC OM P AR A BILID AD E

A no anterio r

1 2 3 = 1 - 2 NCA NICActivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais 3 3 5.190.554 0 5.190.554 5.057.499 5.057.499

Disponibilidades em outras instituições de crédito 4 6 49.175.544 0 49.175.544 33.565.085 33.565.085

Activos financeiros detidos para negociação 0 0 0 0 0

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 0 0 0 0 0

Activos financeiros disponíveis para venda 5 1.242.862 637.281 605.581 0 0

Aplicações em instituições de crédito 6 10 63.496.356 0 63.496.356 62.985.595 62.985.595

Crédito a clientes 7 11 145.098.641 20.231.204 124.867.437 122.488.533 123.222.079

Investimentos detidos até à maturidade 8 12 177.934.545 0 177.934.545 172.830.151 172.830.151

Activos com acordo de recompra 0 0 0 0 0

Derivados de cobertura 0 0 0 0 0

Activos não correntes detidos para venda 9 15 10.090.579 3.762.210 6.328.369 4.590.293 4.590.293

Propriedades de investimento 0 0 0 0 0

Outros activos tangíveis 10 17 8.574.809 5.602.238 2.972.571 3.922.437 3.922.437

Activos intangíveis 11 18 311.550 297.061 14.489 23.453 23.453

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos12 19 0 0 0 323.981 323.981

Activos por impostos correntes 13 20 14.364 0 14.364 34.571 34.571

Activos por impostos diferidos 13 20 4.471.357 0 4.471.357 5.196.972 5.196.972

Outros activos 14 21 423.242 367.170 56.073 241.607 241.607

Total de Activo 466.024.404 30.897.163 435.127.241 411.260.177 411.993.724

A noE - Outras

actividadesC OM P AR A BILID AD E

A no anterio r

PassivoRecursos de bancos centrais 0 0 0

Passivos financeiros detidos para negociação 0 0 0

Recursos de outras instituições de crédito 15 25 5.989 44.283 44.283

Recursos de clientes e outros empréstimos 16 26 365.383.265 353.094.527 353.094.527

Responsabilidades representadas por títulos 0 0 0

Passivos financeiros associados a activos transferidos 0 0 0

Derivados de cobertura 0 0 0

Passivos não correntes detidos para venda 0 0 0

Provisões 17 30 2.356.679 1.422.965 3.035.501

Passivos por impostos correntes 13 20 1.349.020 0 0

Passivos por impostos diferidos 13 20 19.761 20.437 20.437

Instrumentos representativos de capital 0 0 0

Outros passivos subordinados 0 0 0

Outros passivos 18 33 2.529.276 2.462.856 2.462.856

Total de Passivo 371.643.990 357.045.069 358.657.604

CapitalCapital 19 35 38.466.405 35.823.400 35.823.400

Prémios de emissão 0 0 0

Outros instrumentos de capital 0 0 0

Reservas de reavaliação 19 36 394.277 245.818 245.818

Outras reservas e resultados transitados 19 36 16.315.478 14.365.659 13.486.670

Acções próprias 0 0 0

Resultado do exercício 19 36 8.307.092 3.780.231 3.780.231

Dividendos antecipados 0 0 0

Total de Capital 63.483.252 54.215.108 53.336.119

Total de Passivo + Capital 435.127.241 411.260.177 411.993.724

A noE - Outras

actividadesC OM P AR A BILID AD E

A no anterio r

Pro memoria 0,00Caixa e disponibilidades face ao Banco de Portugal 5.190.554 5.057.499 5.057.499

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito no país 112.629.788 96.490.352 96.490.352

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito no estrangeiro 0 0 0

Crédito vencido 16.664.417 25.180.887 25.180.887

Recursos do Banco de Portugal 0 0 0

Recursos de instituições de crédito no país 0 0 0

Recursos de instituições de crédito no estrangeiro 0 0 0

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADEJoão da Silva Marques

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio José dos Santos

José Agostinho de Oliveira AlvesAntónio de Oliveira Dias

Manuel Jose Silva Martins L. GuerreiroJoão Manuel da Cruz Couto

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2017

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 49494949

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, C.R.L.

Sede: Rua Santos Bernardes, 16 A, 2560 362 Torres Vedras

Capital Social: 38 460 590 euros (variável)

Matriculado na conservatória do Registo Comercial de Torres Vedras sob o nº 501130322

Contribuinte nº 501 130 322

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS - Modelo IV

Ano: 2017

Base de reporte: Individual - NIC Mês: Dezembro Valores em Euros

31-12-2016 31-12-2016

N o tas A no A no anterio rC OM P AR A BILID AD E

A no anterio r

NCA NIC

Juros e rendimentos similares 21 14.241.175 15.749.545 15.749.545

Juros e encargos similares 22 701.754 1.149.781 1.149.781

Margem financeira 13.539.420 14.599.763 14.599.763

Rendimentos de instrumentos de capital 23 37.756 50.997 50.997

Rendimentos de serviços e comissões 24 1.233.078 1.011.119 1.011.119

Encargos com serviços e comissões 25 -491.212 -532.224 -532.224

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados (líquido) 0 0 0

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (líquido) 0 0 0

Resultados de reavaliação cambial (líquido) 26 6.293 17.661 17.661

Resultados de alienação de outros activos 27 68.962 -6.783 -6.783

Outros resultados de exploração 28 -286.929 2.535 2.535

Produto bancário 14.107.370 15.143.069 15.143.069

Custos com pessoal 29 3.345.875 3.400.081 3.400.081

Gastos gerais administrativos 30 1.424.604 1.359.536 1.359.536

Depreciações e amortizações 31 223.567 209.622 209.622

Provisões líquidas de reposições e anulações 17 -681.433 -363.604 -363.604

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)17 -3.813.070 3.229.035 3.229.035

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 0 0 0

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 17 1.747.938 2.261.603 2.261.603

Resultado antes de impostos 11.859.889 5.046.796 5.046.796

Impostos 3.552.797 1.266.565 1.266.565

Correntes 13 2.827.859 1.664.391 1.664.391

Diferidos 13 724.938 -397.827 -397.827

Resultado após impostos 8.307.092 3.780.231 3.780.231

Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas 69.711 111.170 111.170

Resultado líquido do exercício 8.307.092 3.780.231 3.780.231

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADEJoão da Silva Marques

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio José dos Santos

José Agostinho de Oliveira AlvesAntónio de Oliveira Dias

Manuel Jose Silva Martins L. GuerreiroJoão Manuel da Cruz Couto

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2017

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 50505050

Ano: 2017

Base de reporte:Individual Mês: DEZEMBRO Valores em Euros

A no A no anterio r

31-12-2017 31-12-2016

Fluxos de caixa das actividades operacionaisRecebimento de juros e comissões 15.474.253 16.760.663

Pagamento de juros e comissões -1.192.966 -1.682.005

Pagamentos ao pessoal e fornecedores -4.770.479 -4.759.617

Contribuições para o fundo de pensões 0 0

(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento -3.552.797 -1.266.565

Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional -280.636 20.196

Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 5.677.376 9.072.673

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV 0 0

Activos disponíveis para venda 605.581 0

Aplicações em instituições de crédito 510.761 2.402.474

Crédito a clientes -3.115.264 -9.872.173

Investimentos detidos até à maturidade 5.104.394 17.482.644

Derivados de cobertura 0 0

Activos não correntes detidos para venda 2.713.280 -80.000

Outros activos -931.356 1.268.367

(a) 0 0

4.887.397 11.201.312

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura 0 0

Recursos de outras instituições de crédito -38.294 29.947

Recursos de clientes e outros empréstimos 12.288.738 8.488.309

Outros passivos 1.417.774 392.545

(a) 0 0

13.668.218 8.910.801

Caixa líquida das actividades operacionais 14.458.198 6.782.163

Fluxos de caixa de actividades de investimentoVariação de activos tangíveis e intangíveis 259.069 41.832

Recebimento de dividendos -37.756 -50.997

Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas -545.578 -914.810

(a) 0 0

Caixa líquida das actividades de investimento -324.265 -923.974

Fluxos de caixa das actividades de financiamentoAumento de capital 2.643.005 1.919.330

Diminuição de capital 148.459 -122.620

Pagamento de dividendos 0 0

Variação de passivos subordinados 0 0

Variação das Rerservas -1.830.412 -2.037.205

Caixa líquida das actividades de financiamento 961.052 -240.495

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes 15.743.515 7.465.642

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 38.622.584 32.052.450

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 54.366.099 39.518.092

Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Torres Vedras

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Demonstrações Financeiras

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE

João da Silva Marques

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio José dos Santos

José Agostinho de Oliveira AlvesAntónio de Oliveira Dias

Manuel Jose Silva Martins L. GuerreiroJoão Manuel da Cruz Couto

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE

João da Silva Marques

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio José dos Santos

José Agostinho de Oliveira AlvesAntónio de Oliveira Dias

Manuel Jose Silva Martins L. GuerreiroJoão Manuel da Cruz Couto

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2017

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 51515151

2017 2016

Resultado individual 8.306.480 3.780.231

Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda 0 0

Impacto fiscal 0 0

Transferência para resultados por alienação 0 0

Impacto fiscal 0 0

Pensões - regime transitório 0 -100

Outros movimentos -80.000 -70.000

Total Outro rendimento integral do exercício -80.000 -70.100

Rendimento integral individual 8.226.480 3.710.131

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio José dos Santos

João da Silva Marques José Agostinho de Oliveira Alves

António de Oliveira Dias

Manuel Jose Silva Martins L. Guerreiro

João Manuel da Cruz Couto

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

(Montantes expressos em Euros)

Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Torres Vedras

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA

O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2017

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.Pág.Pág.Pág. 52525252

Prémios Reservas de Outras Resultados Resultado do

IAS/IFRS Capital de emissão reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 33.904.070 0 368.438 13.765.025 -49.255 13.715.769 2.687.095 50.669.296

Reservas de Reavaliação/ Alteração de politicas contabilisticas 0 -49.245 -49.245

Transferência para reservas 529.989 529.989 -530.000 -11

Incorporação em Capital 1.917.850 0 -1.917.850 0

Aumento de capital por entrada de novos sócios 4.600 0 4.600

Pedidos de exoneração -3.120 -3.120

Reembolso de capital 0 0

Reservas resultantes da valorização de activos financeiros disponiveis para venda -122.620 0 -122.620

Reservas por Impostos Diferidos 0 0

Reservas para Formação e Educação Cooperativa 30.000 30.000 -30.000 0

Reservas para Mutualismo 30.000 30.000 -30.000 0

Reserva Especial por Gratificação por Aplicação de Resultados 0 0 0

Reserva para reforço de benefícios 60.000 60.000 -130.000 -70.000

Diferenças resultantes da alteração de politícas contabilísticas -100 -100 -100

Responsabilidades com pensões IAS 19 0 0

Encargos com saúde IAS 19 0 0

Resultado líquido do exercício de 2016 0 3.780.231 3.780.231

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 35.823.400 0 245.818 14.415.014 -49.355 14.365.658 3.780.231 54.209.032

Reservas de Reavaliação/ Alteração de politicas contabilisticas 0 0

Transferência para reservas 1.749.065 55.754 1.804.819 -907.431 897.388

Incorporação em Capital 2.635.800 0 -2.635.800 0

Aumento de capital por entrada de novos sócios 12.000 0 -12.000 0

Pedidos de exoneração -4.795 -4.795

Reembolso de capital 0 0

Reservas resultantes da valorização de activos financeiros disponiveis para venda 148.459 0 148.459

Reservas por Impostos Diferidos 0 0

Reservas para Formação e Educação Cooperativa 40.000 40.000 -40.000 0

Reservas para Mutualismo 35.000 35.000 -35.000 0

Reserva Especial por Gratificação por Aplicação de Resultados 0 0 0

Reserva para reforço de benefícios 70.000 70.000 -150.000 -80.000

Reserva Aviso 5/2015 878.989 878.989 878.989

Diferenças resultantes da alteração de politícas contabilísticas 0 0

Responsabilidades com pensões IAS 19 0 0

Encargos com saúde IAS 19 0 0

Resultado líquido do exercício de 2017 0 8.307.092 8.307.092

Saldos em 31 de Dezembro de 2017 38.466.405 0 394.277 17.188.068 6.399 17.194.466 8.307.091 64.356.164

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

António José dos Santos

João da Silva Marques José Agostinho de Oliveira Alves

António de Oliveira Dias

Manuel Jose Silva Martins L. Guerreiro

João Manuel da Cruz Couto

Outras Reservas e resultados transitados

Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Torres Vedras

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

EXERCÍCIO DE 2017

(Montantes expressos em Euros)

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 52525252

ANEXO NOTA 1 – NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras (adiante designada por CCAMTV) foi constituída em 5 de Junho de 1915, é uma instituição de crédito sob a forma de cooperativa de responsabilidade limitada que pratica todas as operações permitidas pelo Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (RJCAM), aprovado pelo Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho, tendo também obtido autorização para a prática de operações de crédito com não associados (nos termos do nº 2 do art.º 28º do RJCAM) e para a concessão de crédito para fins não agrícolas (nos termos do nº 6 do art.º 36º-A do RJCAM), nos limites e condições previstos no Aviso nº 6/99 e na Instrução nº 15/2009, do Banco de Portugal.

A CCAMTV fez parte do “Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo” (SICAM), tendo o Banco de Portugal comunicado em 20 de Março de 2001 a autorização da exoneração.

A CCAMTV opera uma rede de 16 balcões, distribuídos pelo concelho de Torres Vedras.

O evento mais relevante ocorrido em 2017, com impacto nas contas, refere-se à alteração positiva verificada na estrutura de capital.

NOTA 2 – BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E

PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual da CCAMTV foram preparadas e apresentadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como imposto pelo Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

As NCA tinham por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como adotadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia, sendo contudo aplicáveis as derrogações previstas nos Avisos nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de Portugal.

Com a publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, as entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual de acordo com as NIC, tal como adotadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia.

As NIC incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores.

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 53535353

Apesar de o Aviso nº 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2016, as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo beneficiaram, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no artigo 3º do referido Aviso, pelo que nestas entidades a adoção das NIC apenas ocorreu no dia 1 de Janeiro de 2017.

As demonstrações financeiras da CCAMTV apresentadas reportam-se ao ano de 2017, período findo em 31 de Dezembro, tendo sido já preparadas de acordo com as NIC.

As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos e passivos registados ao justo valor.

De notar que a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que a CCAMTV efetue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de rendimentos, gastos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as atuais estimativas e julgamentos.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 08 de Março de 2018.

2.2. Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informação

A entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, impôs a necessidade de a CCAMTV elaborar as suas demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de 2017, de acordo com as NIC, deixando assim de ser aplicadas as NCA.

Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos nº 1/2005 e nº 3/95 do Banco de Portugal, os quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das instituições de crédito, com as seguintes finalidades: (i) risco específico de crédito, (ii) riscos gerais de crédito, (iii) encargos com pensões de reforma e sobrevivência, (iv) menos-valias de títulos e imobilizações financeiras, (v) menos-valias de outras aplicações e (vi) risco-país.

Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza análoga passaram a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os requisitos da NIC 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando de se aplicar o modelo de provisionamento previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

Assim, a alteração resultante da revogação das NCA e adoção das NIC para efeitos da preparação e apresentação das demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de 2017, teve impacto nomeadamente ao nível da diminuição das provisões

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 54545454

para crédito a clientes e garantias, decorrente do reconhecimento de perdas por imparidade apuradas em conformidade com a NIC 39 por substituição do anterior referencial previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

De acordo com as NIC, a adoção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada retrospetivamente, pelo que a CCAMTV ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 para efeitos comparativos.

Assim, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspetos materialmente relevantes comparáveis com as demonstrações financeiras que se apresentam no presente documento referentes ao período anterior (ou seja, 2016).

Apresenta-se nos quadros abaixo a reconciliação das principais rubricas das demonstrações financeiras aprovadas em 2016, as quais foram preparadas em base NCA, e as demonstrações financeiras de 2016, preparadas de acordo com as NIC, reportadas neste documento para efeitos comparativos:

Reconciliação entre o Balanço a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

31-12-2016 31-12-2016

Ano anterio rCOM P ARA B ILIDAD E

Ano anterio rD IFEREN ÇAS

NCA NICActivoCrédito a clientes 11 122.488.533 123.222.079 733.547

Activos por impostos diferidos 20 5.196.972 5.566.888 369.916

Total de Activo 411.260.177 412.363.639 1.103.462

E - Outras actividades

COM P ARA B ILIDAD E Ano anterio r

PassivoProvisões 30 1.422.965 3.035.501 1.612.536

Total de Passivo 357.045.069 358.657.604 1.612.536

CapitalOutras reservas e resultados transitados 36 14.365.659 13.486.670 -878.989

Resultado do exercício 36 3.780.231 4.150.147 369.916

Total de Capital 54.215.108 53.706.035 -509.073

Total de Passivo + Capital 411.260.177 412.363.639 1.103.462

c) Reconciliação entre a Demonstração dos Resultados a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 55555555

31-12-2016 31-12-2016

Ano anterio rCOM P ARA B ILIDAD E

Ano anterio rD IFEREN ÇAS

NCA NIC

Margem financeira 14.599.763 14.599.763 0

Produto bancário 15.143.069 15.143.069 0

Resultado antes de impostos 5.046.796 5.046.796 0

Impostos 1.266.565 896.649 -369.916

Diferidos -402.675 -772.590 -369.916

Resultado após impostos 3.780.231 4.150.147 369.916

Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas 111.170 111.170 0

Resultado líquido do exercício 3.780.231 4.150.147 369.916

Adicionalmente, ocorreram em 2017 um conjunto de alterações às NIC, as quais apresentamos de seguida, que não tiveram qualquer impacto nas políticas contabilísticas ou nas demonstrações financeiras apresentadas a 31 de Dezembro de 2017.

1. Impacto da adoção das alterações às normas que se tornaram efetivas a 1 de Janeiro de 2017:

IAS 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento, desagregados entre as transações que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta informação concilia com os fluxos de caixa das atividades de financiamento da Demonstração do Fluxo de Caixa. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data.

IAS 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos diferidos ativos sobre perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos ativos relacionados com ativos mensurados ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos ativos quando existem restrições na lei fiscal. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data.

2. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018, mas que a União Europeia ainda não endossou:

IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 56565656

ou após 1 de Janeiro de 2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.

A CCAM, definiu uma estrutura global de trabalho com o objetivo de adaptar os seus processos internos aos normativos explanados na IFRS 9.

Relativamente à estrutura de governo do projeto de implementação da IFRS 9, a CCAMTV criou um grupo com a responsabilidade de acompanhar o projeto mas também de assegurar que estão envolvidos neste projeto todas as áreas relevantes para o sucesso do mesmo.

A Caixa Agrícola encontra-se atualmente na fase de implementação dos modelos e requisitos definidos, com o objetivo de assegurar a eficiente implementação dos normativos previstos na IFRS 9, otimizando os recursos necessários para o desenvolvimento dos requisitos e modelos definidos.

Quando a fase de implementação estiver concluída, a CCAMTV irá testar os resultados obtidos pelos modelos implementados através de diversas simulações, por forma a assegurar que a transição para o novo normativo está de acordo com o estabelecido inicialmente. Esta última fase inclui um cálculo paralelo do montante de imparidade de acordo com os requisitos previstos na IFRS 9, como complemento e base de comparação às simulações internas que a CCAMTV desenvolveu ao longo do projeto de implementação da IFRS 9.

À presente data, a CCAM está a avaliar os efeitos e impactos da plena adoção dos normativos previstos na IFRS 9, pelo que os impactos estimados desta avaliação serão comunicados assim que esteja disponível uma estimativa razoável dos mesmos.

IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data.

IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta nova norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora obrigados a reconhecer um passivo de locação refletindo futuros pagamentos da locação e um ativo de “direito de uso" para todos os contratos de locação, exceto certas locações de curto prazo e de ativos de baixo valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar o uso de um ativo identificado". Os impactos desta

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 57575757

norma ainda não estão estimados a esta data.

IFRS 4 (alteração), ‘Contratos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9)’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às entidades que negoceiam contractos de seguro a opção de reconhecer no Outro rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma sobre contractos de seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja atividade predominante seja a de seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras consolidadas que incluam uma entidade seguradora. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data.

Alterações à IFRS 15, ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data.

Melhorias/Alterações

a) Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28. b) IAS 40 (alteração) ‘Transferência de propriedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os ativos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão não é suficiente para efetuar a transferência. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data. c) IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transações de pagamentos baseados em ações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as transações de pagamentos baseados em ações liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em ações, que alteram a sua classificação de liquidado financeiramente (“Cash-settled”) para liquidado com capital próprio (“equity-settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em ações seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 58585858

próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data. d) IFRS 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação negativa’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar ativos financeiros com condições de pré-pagamento com compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através de resultados. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data. e) IAS 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em associadas e empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de equivalência patrimonial, são contabilizados segundo a IFRS 9, estando sujeitos ao modelo de imparidade das perdas estimadas, antes de qualquer teste de imparidade ao investimento como um todo. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data. f) Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1 de Janeiro de 2019). Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data. g) IFRS 17 (nova), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma substitui o IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam contratos de seguro, contratos de resseguro e contratos de investimento com características de participação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente pode assentar num modelo completo (“building block approach”) ou simplificado (“premium allocation approach”). O reconhecimento da margem técnica é diferente consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospetiva. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data. 3.2 - Interpretações a) IFRIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de alterações em taxas de câmbio’ e refere-se à determinação da "data da transação" quando uma entidade

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 59595959

paga ou recebe antecipadamente a contraprestação de contratos denominados em moeda estrangeira. A “data da transação” determina a taxa de câmbio a usar para converter as transações em moeda estrangeira. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data. b) IFRIC 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto sobre o rendimento’, referindo-se aos requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas quanto à aceitação de um determinado tratamento fiscal por parte da Administração fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à posição da Administração fiscal sobre uma transação específica, a entidade deverá efetuar a sua melhor estimativa e registar os cativos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz da IAS 12, e não da IAS 37 – “Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes”, com base no valor esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospetiva ou retrospetiva modificada. Os impactos desta norma ainda não estão estimados a esta data.

A) Bases de Apresentação

AA..11 –– CCRRÉÉDDIITTOO AA CCLLIIEENNTTEESS EE VVAALLOORREESS AA RREECCEEBBEERR DDEE OOUUTTRROOSS DDEEVVEEDDOORREESS

Entende-se por crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (crédito e contas a receber) os ativos financeiros correspondentes ao fornecimento de dinheiro, bens ou serviços a um devedor, abrangendo a atividade típica da concessão de crédito a clientes, bem como as posições credoras resultantes de operações com terceiros realizadas no âmbito da atividade da instituição e exclui as operações com instituições de crédito.

AA..22 -- AATTIIVVOOSS TTAANNGGÍÍVVEEIISS

Os ativos tangíveis são mantidos ao custo de aquisição, salvo quando se verifiquem reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias daí resultantes serão incorporadas em sub-rubrica apropriada da conta “Reservas legais de reavaliação”.

AA..33 –– BBEENNEEFFÍÍCCIIOOSS AAOOSS EEMMPPRREEGGAADDOOSS

É previsto o estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS poderia ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com exceção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 60606060

médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011. Posteriormente o aviso nº 7/2008 de 14 de Outubro veio permitir que os referidos prazos fossem dilatados por mais três anos.

B) Principais políticas contabilísticas

BB11 –– CCRRÉÉDDIITTOO AA CCLLIIEENNTTEESS

O crédito a clientes (e os valores a receber de outros devedores) é registado de acordo com os critérios acima referidos nas bases de apresentação.

As comissões e outros ganhos e perdas associadas às operações de crédito, por se considerarem imateriais, são diretamente reconhecidos em resultados do exercício.

A anulação contabilística de créditos é feita por utilização das provisões para crédito vencido quando estas correspondam a 100% do valor do crédito.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As garantias prestadas emitidas pela CCAM, são passivos eventuais uma vez que garantem o cumprimento perante terceiros das obrigações dos seus clientes no caso de estes falharem os compromissos assumidos. Os compromissos irrevogáveis, na generalidade, são acordos contratuais de curto prazo para utilização de linhas de crédito que geralmente têm associado prazos fixos, ou outras cláusulas de expiração, e requerem o pagamento de uma comissão. Os compromissos da CCAM com linhas de crédito estão na sua maioria condicionados à manutenção pelo cliente de determinados parâmetros, à data de utilização dessa facilidade. As garantias prestadas e os compromissos irrevogáveis são reconhecidos pelo valor em risco, sendo as comissões ou juros associados a estas operações registados em resultados ao longo da sua vida.

BB11..11 –– IIMMPPAARRIIDDAADDEE DDEE CCRRÉÉDDIITTOO AA CCLLIIEENNTTEESS

A análise da imparidade do crédito a clientes, bem como das operações de garantias e compromissos assumidos, é aplicado um modelo de imparidade interno elaborado por uma entidade externa. Periodicamente, a CCAMTV analisa o crédito a clientes e outros valores a receber para identificar evidências de imparidade. Considera-se que um ativo financeiro se encontra em imparidade, se e só se, existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) tenha um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros esperados desse ativo ou grupo de ativos. Para efeitos de apuramento de imparidade do crédito concedido, a CCAMTV segmenta a sua carteira da seguinte forma: - Crédito concedido a Empresas; - Crédito concedido a ENIS; - Crédito concedido a Particulares; De acordo com o modelo de imparidade em vigor é analisada a existência de perdas por imparidade em termos individuais, através de uma análise casuística, e em termos coletivos. Quando um grupo de ativos financeiros é avaliado em conjunto, os

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 61616161

fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os fluxos contratuais dos ativos desse grupo e os dados históricos relativos a perdas em ativos com características de risco de crédito similares. Sempre que se entende necessário, a informação histórica é atualizada com base nos dados correntes observáveis, para refletirem os efeitos das condições atuais. A identificação tempestiva das perdas incorridas e o respetivo reconhecimento contabilístico das imparidades associadas é assegurada adotando indícios de imparidade (triggers). As exposições consideradas nas amostras são analisadas, em termos de evidência objetiva de imparidade, para tal são analisados os eventos, que ocorreram desde o início do crédito (eventos de perda, tendo em consideração, entre outros, os seguintes aspetos: • Cliente com pelo menos 1 crédito com atrasos no pagamento superior a 30 dias;

• Cliente com pelo menos 1 crédito em contencioso;

• Cliente com pelo menos 1 crédito reestruturado por dificuldades financeiras do cliente ou perspetiva/pedido de reestruturação;

• Cliente com pelo menos 1 crédito no sistema bancário em situação de incumprimento, capital e juros abatidos/anulados ou contencioso, de acordo com a informação disponível na Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal;

• Cliente com notação de rating correspondente ao quartil mais gravoso da escala de rating interno;

• Cliente com deterioração de notação de rating superior a 30% da escala de rating interno;

• Cliente com cheques devolvidos e/ou inibição de uso de cheques;

• Crédito com decréscimo material do valor da garantia real (superior a 20%), quando tal resulte num LTV superior a 80% (aplicável nos casos em que o crédito está associado a um projeto imobiliário específico);

• Clientes com efeitos protestados/não cobrados;

• Cliente com expectativa de insolvência ou objeto de Programas Especiais de Recuperação (PER);

• Cliente com dívidas ao Fisco ou à Segurança Social em situação de incumprimento ou de penhora executada pelo Estado;

• Cliente com atrasos no pagamento de prestações;

• Outros fatores que indiciem a deterioração da capacidade de cumprir com o serviço da dívida (v.g. a inexistência de um mercado ativo para os bens subjacentes ao financiamento, redução significativa do volume de negócios e/ou perda de um cliente relevante (para empresas), situações de desemprego (particulares) ou outros fatores conforme constante na Instrução n.º 32/2013 do Banco de Portugal).

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 62626262

No caso de existirem múltiplas exposições a um determinado cliente dentro do mesmo grupo financeiro considera-se que a totalidade da exposição creditícia a esse cliente apresenta sinais de imparidade quando se verificar algum dos indícios acima identificados.

Indicação dos limiares definidos para análise individual

Os critérios definidos para a selecionar créditos significativos a avaliar em base individual são os seguintes: Mutuários com exposição superior a 400.000€, tendo subjacente um mínimo de 20% da exposição total. Política relativa aos graus de risco internos, especificando o tratamento dado a um mutuário classificado como em incumprimento

Considera-se como crédito vencido o crédito em incumprimento há mais de 30 dias (critério contabilístico). Para efeito de análise coletiva da imparidade é considerada a exposição vencida o crédito em incumprimento há mais de 90 dias. A base do incumprimento reflete todas as situações em que se verifique o não cumprimento de uma obrigação de crédito contratualizada, a utilização de crédito sem enquadramento (tendo sido exigida ao cliente a sua liquidação) ou a ultrapassagem a um limite de crédito previamente estabelecido.

De acordo com o modelo, um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros está em imparidade se for identificada evidência objetiva de que ocorreu um evento que originou uma perda por imparidade, como resultado de um ou mais acontecimentos que ocorreram após o reconhecimento inicial do ativo (um "acontecimento de perda") e se esse acontecimento (ou acontecimentos) de perda tiver um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou do grupo de ativos financeiros que possa ser fiavelmente estimado.

O valor da perda deverá ser determinado como a diferença entre o valor de balanço e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados. Os fluxos de caixa futuros estimados incluídos no cálculo dizem respeito aos montantes contratuais dos créditos, ajustados por eventuais valores que a CCAMTV espera não recuperar e pelo prazo temporal em que é expectável que os mesmos se venham a concretizar.

Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas por imparidade atribuídas a um evento, o montante previamente reconhecido é revertido, sendo ajustada a conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados.

BB22 –– AATTIIVVOOSS EE PPAASSSSIIVVOOSS FFIINNAANNCCEEIIRROOSS

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos no Balanço na data de negociação ou contratação, salvo exceções de carácter contratual, legal ou regulamentar.

No momento inicial são reconhecidos ao justo valor acrescido dos custos de transação diretamente atribuíveis, com exceção dos ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados, em que os custos de transação são de imediato reconhecidos em resultados.

BB22..11 -- AATTIIVVOOSS FFIINNAANNCCEEIIRROOSS DDEE NNEEGGOOCCIIAAÇÇÃÃOO OOUU RREECCOONNHHEECCIIDDOOSS AAOO JJUUSSTTOO VVAALLOORR EEMM

RREESSUULLTTAADDOOSS EE PPAASSSSIIVVOOSS FFIINNAANNCCEEIIRROOSS DDEE NNEEGGOOCCIIAAÇÇÃÃOO

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 63636363

Estas rubricas incluem os ativos e passivos financeiros adquiridos ou emitidos com o objetivo de venda ou recompra no curto prazo.

A CCAM regista nesta rubrica os títulos de rendimento fixo ou de rendimento variável transacionados em mercados ativos classificados como de negociação.

Estes ativos e passivos financeiros são avaliados ao justo valor, com os custos e proveitos associados às transações registados em resultados, os ganhos e perdas resultantes das alterações do justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros corridos e não cobrados das obrigações e outros títulos de rendimento fixo são reconhecidos no valor de Balanço.

BB22..22 -- AATTIIVVOOSS FFIINNAANNCCEEIIRROOSS DDIISSPPOONNÍÍVVEEIISS PPAARRAA VVEENNDDAA

Esta rubrica inclui os ativos financeiros não derivados que sejam designados como disponíveis para venda ou não sejam classificados como empréstimos concedidos ou contas a receber, investimentos detidos até à maturidade ou ativos financeiros pelo justo valor através da conta de resultados (i.e. instrumentos financeiros de negociação).

A CCAM regista nesta rubrica os títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados como carteira de negociação ou de crédito e os títulos de rendimento variável disponíveis para venda.

Os ativos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor, com exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os respetivos ganhos e perdas são reconhecidos diretamente nos capitais próprios na rubrica “reservas de reavaliação de justo valor” (exceto no caso de perdas de imparidade) até que o ativo seja vendido. Nesse momento o ganho ou perda anteriormente reconhecida no capital próprio é revertido para resultados.

Os juros corridos de obrigações e de outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados de acordo com o método da taxa de juro efetiva.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

BB22..33 –– IINNVVEESSTTIIMMEENNTTOOSS DDEETTIIDDOOSS AATTÉÉ ÀÀ MMAATTUURRIIDDAADDEE

Esta categoria inclui os ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada que uma entidade tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade, sendo mensurados pelo custo amortizado usando o método do juro efetivo.

Os ativos financeiros não são classificados como detidos até à maturidade se a entidade tiver, durante o ano financeiro corrente ou durante os dois anos financeiros precedentes, vendido ou reclassificado mais do que uma quantia insignificante de investimentos detidos até à maturidade antes da maturidade (mais do que insignificante em relação à quantia total dos investimentos detidos até à maturidade) que não seja por vendas ou reclassificações que:

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 64646464

(i) estejam tão próximas da maturidade ou da data de compra do ativo financeiro (por exemplo, menos de três meses antes da maturidade) que as alterações na taxa de juro do mercado não teriam um efeito significativo no justo valor do ativo financeiro;

(ii) ocorram depois de se ter substancialmente recebido todo o capital original do ativo financeiro através de pagamentos escalonados ou de pré-pagamentos; ou

(iii) sejam atribuíveis a um acontecimento isolado que esteja fora do controlo da entidade, não seja recorrente e não pudesse ter sido razoavelmente previsto.

O custo amortizado de um ativo financeiro ou de um passivo financeiro é a quantia pela qual o ativo financeiro ou o passivo financeiro é mensurado no reconhecimento inicial menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa usando o método do juro efetivo de qualquer diferença entre essa quantia inicial e a quantia na maturidade, e menos qualquer redução (diretamente ou por meio do uso de uma conta de abatimento) quanto à imparidade ou incobrabilidade.

BB22..44 –– IIMMPPAARRIIDDAADDEE EEMM AATTIIVVOOSS FFIINNAANNCCEEIIRROOSS

A CCAM efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros com exceção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido no ponto A1.

Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados.

No caso de ativos disponíveis para venda, em caso de evidência diretamente de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de ativos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

BB33 –– AATTIIVVOOSS NNÃÃOO CCOORRRREENNTTEESS DDEETTIIDDOOSS PPAARRAA VVEENNDDAA

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 65656565

Os ativos não correntes detidos para venda são aqui classificados quando se prevê que o seu valor de Balanço seja recuperado através de alienação. A sua valorização deve ser efetuada ao menor dos valores entre o custo de aquisição e o valor de avaliação periódica; caso exista uma perda por imparidade, na avaliação inicial ou subsequente esta deve ser registada em resultados. As mais-valias potenciais não são reconhecidas no Balanço. Estes ativos não são objeto de qualquer amortização.

Esta rubrica inclui imóveis, equipamento e outros bens recebidos em dação em cumprimento, ou adquiridos em praça, que passaram à posse da CCAM para regularização de crédito concedido.

BB44 –– AATTIIVVOOSS TTAANNGGÍÍVVEEIISS

Os ativos tangíveis são registados ao custo de aquisição e a respetiva depreciação é calculada segundo o método das quotas constantes, por duodécimos, aplicado ao custo histórico, às taxas anuais máximas permitidas para efeitos fiscais, de acordo com os seguintes períodos, que se considera não diferirem substancialmente da vida útil estimada dos bens:

Número de anos Imóveis 50 Beneficiações em imóveis arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 12 Viaturas 4

As Beneficiações em edifícios arrendados são amortizadas em 10 anos, dado ser este o período que se considera refletir de forma mais aproximada a vida útil desses investimentos.

BB55 –– AATTIIVVOOSS IINNTTAANNGGÍÍVVEEIISS

Os ativos intangíveis são compostos, essencialmente, por aquisição de software (sistemas de tratamento automático de dados) e outros ativos intangíveis, cujo impacto se repercute para além do exercício em que são gerados. Estes ativos são amortizados no período de 3 anos pelo método das quotas constantes, por duodécimos, de acordo com o critério fiscal aplicável.

BB66 –– OOUUTTRROOSS AATTIIVVOOSS

Esta rubrica residual inclui todos os ativos não enquadrados em outras rubricas, não existindo uma valorimetria específica; é observado o princípio definido na Instrução nº7/2005 de que os ativos não financeiros estão em imparidade quando a sua quantia escriturada excede a quantia recuperável.

BB77 –– DDEEPPÓÓSSIITTOOSS EE OOUUTTRROOSS RREECCUURRSSOOSS

Os depósitos e recursos financeiros de clientes e instituições de crédito são

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 66666666

valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva.

A taxa de juro efetiva resulta do desconto dos pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do passivo financeiro para o valor líquido atual de Balanço. O cálculo inclui as comissões consideradas como parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e todos os prémios ou descontos diretamente relacionados com a transação.

As comissões e outros ganhos e perdas associadas aos depósitos e outros recursos, por se considerarem imateriais, são diretamente reconhecidas em resultados do exercício.

BB88 --PPRROOVVIISSÕÕEESS PPAARRAA OOUUTTRROOSS RRIISSCCOOSS EE EENNCCAARRGGOOSS

Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a outros riscos específicos, nomeadamente, processos judiciais e outras perdas expectáveis decorrentes da atividade. O seu reconhecimento efetua-se sempre que exista uma obrigação presente, legal ou construtiva, seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

BB99-- IIMMPPOOSSTTOOSS SSOOBBRREE OOSS LLUUCCRROOSS

O encargo do exercício com impostos sobre os lucros, para a CCAM, é calculado tendo em consideração o disposto no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) e os incentivos e benefícios fiscais aplicáveis à Instituição.

Os impostos diferidos ativos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros, resultante de diferenças temporárias entre o valor de um ativo ou passivo no Balanço e a sua base tributável.

Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados como impostos diferidos ativos.

Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos até ao montante em que seja expectável existirem lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis.

As Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal da CCAM durante um período de quatro anos, podendo por isso resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações adicionais relativamente aos exercícios ainda suscetíveis de revisão.

BB1100-- RREESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEE CCOOMM PPEENNSSÕÕEESS EE OOUUTTRROOSS BBEENNEEFFÍÍCCIIOOSS AA EEMMPPRREEGGAADDOOSS

BB1100..11 –– FFUUNNDDOO DDEE PPEENNSSÕÕEESS

Face às responsabilidades assumidas para com os seus funcionários, a CCAM aderiu ao Fundo de Pensões do Crédito Agrícola Mútuo que se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social, relativamente à totalidade do seu pessoal abrangido pelo Acordo Coletivo de Trabalho Vertical das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ACT), sendo esses complementos calculados, por referência ao ACT, de acordo com:

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 67676767

(i) a pensão garantida à idade presumível de reforma; (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo; (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

De acordo com os estatutos da CCAM, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACT, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira,

considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V do ACT na atribuição das

pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de

Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a

considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a

considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT.

A Caixa Agrícola regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela entidade gestora do Fundo para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19. Posteriormente o aviso nº 7/2008 de 14 de Outubro veio permitir que os referidos prazos fossem

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 68686868

dilatados por mais três anos, entre 8 e 10 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19.

BB1100..22 –– PPRRÉÉMMIIOOSS DDEE AANNTTIIGGUUIIDDAADDEE

No termos do ACT a CCAM assumiu a responsabilidade de pagar aos seus empregados no ativo que completem os quinze, vinte e cinco e trinta anos de serviço, um prémio de antiguidade de valor igual, respetivamente, a um, dois e três meses de remuneração mensal no ano de atribuição.

De acordo com a Carta Circular 12/06/DSBDR de 20 de Janeiro de 2006 a CCAM reconheceu o acréscimo no exercício daquelas responsabilidades, mantendo consistentemente o mesmo reconhecimento para os exercícios posteriores.

BB1111 –– CCAAPPIITTAALL

Nos termos do artº14º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (RJCAM) o Capital Social das CCAM é variável não podendo ser inferior a um mínimo fixado por portaria do Ministério das Finanças (i.e. € 7.500.000, Portaria 312/2010); prevê ainda um capital mínimo a subscrever em títulos de capital por cada associado (i.e. € 500 art. 15º do Regime Jurídico do Credito Agrícola Mútuo).

O capital pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos termos do artº17º do RJCAM e restantes condições estatutárias.

BB1122 -- FFUUNNDDOO DDEE GGAARRAANNTTIIAA DDEE DDEEPPÓÓSSIITTOOSS

Na sequência da exoneração do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) a CCAM aderiu ao Fundo de Garantia de Depósitos. Este foi constituído em Novembro de 1994 com o objetivo de garantir o reembolso de depósitos constituídos nas instituições de crédito aderentes. A CCAM suportou em 2001 uma contribuição inicial de 50.000,00 euros, reconhecida como custo do exercício, anualmente é devida uma contribuição para aquele fundo.

Em 2017, a taxa contributiva de base aplicável foi de 0,03% (a taxa efetiva aplicável a CCAM foi de 0,03%), tendo a respetiva contribuição de € 320,02 foi reconhecida em custo do exercício.

BB1133 -- EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDOOSS EEXXEERRCCÍÍCCIIOOSS

A CCAM segue o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras, nomeadamente no que se refere ao reconhecimento contabilístico dos juros das operações ativas e passivas que são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou cobrança.

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 69696969

BB1144 –– OOPPEERRAAÇÇÕÕEESS EEMM MMOOEEDDAA EESSTTRRAANNGGEEIIRRAA

A compra e a venda de notas e moedas estrangeiras são convertidas para euros com base no câmbio médio à vista de referência à data de 31 de Dezembro de 2017, divulgados pelo Banco Central Europeu e pelo Banco de Portugal. As restantes operações em moeda estrangeira são realizadas por uma instituição bancária em regime de comissão (prestação de serviços).

BB1155 –– PPAARRTTIICCIIPPAAÇÇÕÕEESS FFIINNAANNCCEEIIRRAASS EEMM EEMMPPRREESSAASS FFIILLIIAAIISS EE AASSSSOOCCIIAADDAASS

As participações financeiras podem ser consideradas empresas filiais, sempre que a CCAM detém o controlo ou o poder para o controlo da gestão da entidade, ou empresas associadas, aquelas em que a CCAM exerce direta ou indiretamente uma influência significativa sobre a sua gestão mas não detém o controlo da empresa. Presume-se que existe influência significativa quando a participação no capital é superior a 20%.

NNOOTTAA 33 –– CCAAIIXXAA EE DDIISSPPOONNIIBBIILLIIDDAADDEESS EEMM BBAANNCCOOSS CCEENNTTRRAAIISS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2017 31-12-2016

Caixa Depósitos à Ordem em Bancos Centrais 100 Caixa 1.447.152 1.307.678

101 Depósitos à Ordem no Banco de Portugal 3.743.403 3.749.821

5.190.554 5.057.499

A rubrica Depósitos à Ordem em Bancos Centrais – Banco de Portugal inclui depósitos de carácter obrigatório, que têm por objetivo satisfazer os requisitos legais quanto à constituição de disponibilidades mínimas de caixa.

NNOOTTAA 44 –– DDIISSPPOONNIIBBIILLIIDDAADDEESS EEMM OOUUTTRRAASS IINNSSTTIITTUUIIÇÇÕÕEESS DDEE CCRRÉÉDDIITTOO O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2017 31-12-2016

Disponibilidade em Outras Instituições de Crédito no País

1100 Depósitos à ordem 48.296.641 32.576.520 1101 Cheques a Cobrar 877.350 987.792

3301 Juros Disponibilidades Outras Instituições Crédito 1.553 774

49.175.544 33.565.085

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 70707070

NNOOTTAA 55 –– AATTIIVVOOSS FFIINNAANNCCEEIIRROOSS DDIISSPPOONNÍÍVVEEIISS PPAARRAA VVEENNDDAA Em 2017, a CCAM de Torres Vedras procedeu à reclassificação das ações da SIBS, FERECC,

Rural Informática, S.A., Rural Seguros, S.A e Agrimútuo, FCRL incluídas em 2016 em

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos.

Uma vez que a percentagem de participação nas referidas entidades é reduzida e a CCAM de

Torres Vedras não controla nem tem influência significativas nas referidas entidades, as ações

foram classificadas como Ativos financeiros disponíveis para venda. De acordo com a IAS 39,

devem ser classificados como ativos financeiros disponíveis para venda todas os ativos

financeiros que não sejam de classificar como investimentos até à maturidade, empréstimos e

contas a receber e ativos financeiros pelo justo valor através de resultados.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são inicialmente mensurados pelo custo de

aquisição. Relativamente às ações da SIBS, elas são mensuradas subsequentemente pelo justo

valor com as variações do justo valor reconhecidas em resultados. O justo valor destas ações

corresponde ao preço da última transação. Relativamente às ações da FERECC, Rural

Informática, S.A., Rural Seguros, S.A. e Agrimútuo, FCRL, elas são mensuradas

subsequentemente pelo custo.

31-12-2017 31-12-2016

Ativos Financeiros disponíveis para venda

1800 Ativos Financeiros Valorizados ao Justo Valor 1.242.862 0

1801 Imparidade Acumulada 637.281 0

605.581 0

NNOOTTAA 66 –– AAPPLLIICCAAÇÇÕÕEESS EEMM IINNSSTTIITTUUIIÇÇÕÕEESS DDEE CCRRÉÉDDIITTOO O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2017 31-12-2016

Aplicações em Instituições de Crédito no País 13012 Depósitos 63.455.797 62.926.041

Juros e Rendimentos Similares

3303 Juros de Aplicações em Instituições de Crédito 40.559 59.554

63.496.356 62.985.595

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 71717171

NNOOTTAA 77 –– CCRRÉÉDDIITTOO AA CCLLIIEENNTTEESS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2017 31-12-2016 Crédito Interno + Juros

Empresas e Administrações Publicas 140000 Desconto e Outros Créditos Titulados Por Efeitos 518.113 870.324

140001 Empréstimos 60.274.694 51.516.104

140002 Créditos em Conta Corrente 14.450.000 17.105.000

140003 Descobertos em Depósitos à Ordem 6.331 825

Particulares 140010 Habitação 20.837.928 20.513.996

140011 Consumo 2.285.613 2.292.000

1400140 Desconto e Outros Créditos Titulados Por Efeito 63.500 58.688

1400141 Empréstimos 23.589.084 24.533.426

1400142 Créditos em Conta Corrente 6.250.000 6.810.000

1400143 Descobertos em Depósitos à Ordem 6.256 3.832

128.281.519

123.704.196

Crédito e Juros Vencidos Empresas e Administrações Publicas 1510000 Capital 13.308.192 20.439.094

1510001 Juros 2.109 0

Particulares 1510010 Habitação 693.728 706.812

1510011 Consumo 22.975 19.935

1510014 Capital 2.637.415 4.001.806

158 Juros Vencidos

0 13.239

16.664.417

25.180.887

Juros de Crédito a Clientes Empresas e Administrações Publicas 33040001 Empréstimos 0 93.958

33040002 Créditos em Conta Corrente 89.252 0

Particulares 33040010 Habitação 19.706 21.630

33040011 Consumo 7.523 7.723

330400180 Desconto e Outros Créditos Titulados Por Efeito 0 342

330400181 Empréstimos 36.212 41.561

330400183 Descobertos em Depositos a Ordem 12 0

152.705

165.214

Receitas com Rendimento Diferido 53880 Descobertos em Depósitos à Ordem 0 -5.999

0

-5.999

CRÉDITO A CLIENTES - TOTAL

145.098.641

149.044.298

Provisões/Imparidades Acumuladas 3700 Para Crédito de Cobrança Duvidosa 0 -1.418.932

3701 Para Crédito Vencido 0 -25.136.833

351 Para Crédito a Clientes -13.753.454

352 Para Crédito e Juros Vencido -6.477.751

-20.231.204

-26.555.765

124.867.437 122.488.533

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 72727272

NNOOTTAA 88 –– IINNVVEESSTTIIMMEENNTTOOSS DDEETTIIDDOOSS AATTÉÉ ÀÀ MMAATTUURRIIDDAADDEE 31-12-2017 31-12-2016

2200 Títulos detidos até à maturidade 177.934.545 172.830.151

177.934.545 172.830.151

Os investimentos detidos até à maturidade apresentaram um crescimento de 2,9

milhões de euros que se decompõem da seguinte forma:

CONTA TITULOS

INVESTIMENTO Valor

Contabilístico QUANTIDADE

Preço Mercado

VALOR DE MERCADO

MATURIDADE

2200001 Obrig.Tesouro -Millenium 9.938.969 10.000.000 1,106 11.055.000,00 OT - 2,875% 13-out-2025

2200002 Obrig.Tesouro -Millenium 15.479.806 15.000.000 1,165 17.472.000,00 OT - 3,875% 14-abr-2030

2200003 Obrig.Tesouro -Millenium 11.958.688 11.900.000 1,127 13.411.300,00 OT - 3,85% 15-abr-2021

2200004 Obrig.Tesouro -Millenium 52.739.151 52.950.000 1,118 59.203.395,00 OT - 4,80% 15-jun-2020

2200005 Obrig.Tesouro -Millenium 43.450.187 44.500.000 1,089 48.447.150,00 OT - 2,875% 21-jul-2026

2200007 Obrig.Tesouro -Millenium 18.074.468 18.000.000 1,086 19.542.600,00 OT - 2,20% 17-out-2022

2200009 Obrig.Tesouro -Millenium 26.293.276 26.000.000 1,021 26.543.400,00 OT - 4,45% 15-jun-2018

Total Conta 22 177.934.545 178.350.000 184.619.845,00

NNOOTTAA 99 –– AATTIIVVOOSS NNÃÃOO CCOORRRREENNTTEESS DDEETTIIDDOOSS PPAARRAA VVEENNDDAA O valor desta rubrica é composto por: 31-12-2017 31-12-2016

Ativos Não Correntes Detidos para Venda 2500 Imóveis 10.090.579 7.424.803

Provisões para Imparidade - Ativos Não Financeiros 3580 Ativos Não Correntes Detidos para Venda -3.762.210 -2.834.509

6.328.369 4.590.293

O movimento ocorrido nas provisões desta rubrica:

31-12-2017 31-12-2016

Saldo Inicial

2.834.509 2.059.525

Dotações 1.340.398 1.334.048

Utilizações 409.686 242.571

Reversões 3.011 316.494

Saldo Final 3.762.210 2.834.509

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 73737373

NNOOTTAA 1100 –– OOUUTTRROOSS AATTIIVVOOSS TTAANNGGÍÍVVEEIISS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2017 31-12-2016

Imóveis 2700 De Serviço Próprio 5.676.238 5.676.238

2701 Obras em Imóveis Arrendados 0 0

Equipamento 2710 Mobiliário e Material 476.596 475.820

2711 Máquinas e Ferramentas 616.298 619.151

2712 Equipamento Informático 946.467 913.098

2713 Instalações Interiores 91.783 86.925

2714 Material Transporte 281.879 299.054

2715 Equipamento Segurança 478.547 512.408

2718 Outro Equipamento 707 707

Outros Ativos Tangíveis Diversos

2780 Património Artístico 6.294 6.294

ACTIVOS TANGÍVEIS - TOTAL

8.574.809

8.589.696

Amortizações Acumuladas 360 Ativos Tangíveis -4.607.907 -4.667.259

3581 Imparidades Ativos de uso próprio -994.331 0

2.972.571 3.922.437

O movimento ocorrido nesta rubrica:

Imóveis Equipamento

Outros Ativos

Tangíveis Total

Saldo a 31-12-2016

3.682.807

233.335 6.294

3.922.437

Compras 0 250.622 0 250.622

Abates / Vendas 0 0

Amortizações do Exercício -98.363 -107.792 0 -206.156

Transferências 0 0

Saldo a 31-12-2017 3.584.444 376.165 6.294 3.966.902

NNOOTTAA 1111 –– AATTIIVVOOSS IINNTTAANNGGÍÍVVEEIISS Esta rubrica decompõe-se como segue:

31-12-2017 31-12-2016

Outros Ativos Intangíveis 29 Outros Ativos Intangíveis 311.550 303.102

Amortizações Acumuladas 361 Ativos Intangíveis -297.061 -279.650

14.489 23.453

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 74747474

NNOOTTAA 1122 –– IINNVVEESSTTIIMMEENNTTOOSS EEMM FFIILLIIAAIISS,, AASSSSOOCCIIAADDAASS EE EEMMPPRREEEENNDDIIMMEENNTTOOSS CCOONNJJUUNNTTOOSS Em 2017, a CCAM de Torres Vedras procedeu à reclassificação das ações da SIBS, FERECC,

Rural Informática, S.A., Rural Seguros, S.A e Agrimútuo, FCRL incluídas em 2016 em

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos.

Uma vez que a percentagem de participação nas referidas entidades é reduzida e a CCAM de

Torres Vedras não controla nem tem influência significativas nas referidas entidades, as ações

foram classificadas como Ativos financeiros disponíveis para venda. De acordo com a IAS 39,

devem ser classificados como ativos financeiros disponíveis para venda todas os ativos

financeiros que não sejam de classificar como investimentos até à maturidade, empréstimos e

contas a receber e ativos financeiros pelo justo valor através de resultados.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são inicialmente mensurados pelo custo de

aquisição. Relativamente às ações da SIBS, elas são mensuradas subsequentemente pelo justo

valor com as variações do justo valor reconhecidas em resultados. O justo valor destas ações

corresponde ao preço da última transação. Relativamente às ações da FERECC, Rural

Informática, S.A., Rural Seguros, S.A. e Agrimútuo, FCRL, elas são mensuradas

subsequentemente pelo custo.

Conta Natureza e espécie Valor de Balanço

31-12-2017 31-12-2016

Investimentos em Associadas

241010 Em Uniões Regionais (FERECC) 0 5

241011 SIBS 0 1.217.281

241012 Rural Informática, S.A. 0 24.276 241013 Rural Seguros, S.A. 0 50

241015 AGRIMUTUO, FCRL 0 1.250

35701 Provisões para imparidade acumuladas 0 -918.881

Total............................................................

0 323.981

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 75757575

NNOOTTAA 1133 –– IIMMPPOOSSTTOO SSOOBBRREE OO RREENNDDIIMMEENNTTOO Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2017 eram os seguintes:

31-12-2017 31-12-2016

Ativos por impostos diferidos 30000 IRC a Recuperar 14.364

34.571

Por diferenças temporárias 30100 Em Ativos 4.375.824 4.837.080 30101 Em Passivos 95.534 359.892

4.471.357

5.196.972

Passivos por impostos correntes 4900 Imposto sobre o rendimento a pagar 1.349.020

0

Passivos por impostos diferidos

491 Por diferenças temporárias 19.761

20.437

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-12-2017 31-12-2016

650 Impostos correntes 2.827.859

1.664.391

651

Insuficiência/excesso de Estimativa p/Impostos s/Lucros 0 4.848

Impostos diferidos 74-86 Registo e reversão de diferenças temporárias 724.938 -402.675

724.938

(397.827)

Total de impostos reconhecidos em resultados 3.552.797 1.266.565

Lucro antes de impostos 11.859.889 5.046.796

Carga fiscal 29,96% 25,10%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2013 a 2016 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria coletável a eventuais correções. Contudo, na opinião da Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correções com impacto significativo nas demonstrações financeiras.

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 76767676

NNOOTTAA 1144 –– OOUUTTRROOSS AATTIIVVOOSS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição: 31-12-2017 31-12-2016

Devedores e Outras Aplicações 31 Outros Devedores Diversos 371.178 317.884

Outros Ativos 321 Outros Metais Preciosos, Numismática e Moeda. 21.612 21.612

Outros Juros e Rendimentos Similares 33080 De Compromissos 12.913 9.198

Devedores com Encargos Diferido 348 Outros Despesas com Encargo Diferido 18.106 19.895

Outras Contas de Regularização 54 Outras Contas a Regularizar 3.424 183.195

Devedores, Outras Aplicações e Outros Ativos 3584 Devedores -367.170 -310.177

Outras Receitas Com Rendimento Diferido

538 De Garantias prestadas e outros passivos eventuais -3.991 0

56.073 241.607

NNOOTTAA 1155 –– RREECCUURRSSOOSS DDEE OOUUTTRRAASS IINNSSTTIITTUUIIÇÇÕÕEESS DDEE CCRRÉÉDDIITTOO Esta rubrica decompõe-se como segue:

31-12-2017 31-12-2016

Recursos de Outras Instituições de Crédito 39 Recursos de Outras Instituições de Crédito 5.989 44.283

5.989 44.283

NNOOTTAA 1166 –– RREECCUURRSSOOSS DDEE CCLLIIEENNTTEESS EE OOUUTTRROOSS EEMMPPRRÉÉSSTTIIMMOOSS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2017 31-12-2016

Depósitos de Residentes Do Sector Público Administrativo 400000 Depósitos à Ordem 814.173 1.024.483

400002 Depósitos a Prazo 1.949.700 1.625.463

De Emigrantes 400010 Depósitos à Ordem 0 0

400012 Depósitos a Prazo 0 0

De Outros Residentes 400020 Depósitos à Ordem 106.683.089 96.583.474

400022 Depósitos a Prazo 239.662.680 236.097.597

Depósitos de Poupança 4000230 Poupança Reformado 15.757.390 17.094.842

4000231 Poupança Outros 60.696 61.259 Outros Recursos de Clientes

4080 Cheques e Ordens a Pagar 97.365 133.181

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 77777777

Encargos a Pagar Do Sector Publico Administrativo 52020000 Depósitos à Ordem 0 0

52020002 Depósitos a Prazo 602 573

De Emigrantes 52020012 Depósitos a Prazo 0 0

De Outros Residentes 52020020 Depósitos à Ordem 0 102

52020022 Depósitos a Prazo 351.538 465.280

Depósitos de Poupança 520200230 Poupança Reformado 6.025 8.250

520200231 Poupança Outros 8 23

365.383.265 353.094.527

NNOOTTAA 1177 –– PPRROOVVIISSÕÕEESS EE IIMMPPAARRIIDDAADDEESS O valor desta rubrica é composto por: Provisões 31-12-2017 31-12-2016

47 PROVISÕES PARA RISCOS GERAIS DE CRÉDITO

0 1.422.965

474 PROVISOES GARANTIAS E COMPROMISSOS ASSUMIDOS 2.356.679 0

2.356.679 1.422.965

No que respeita à imparidade do crédito, conforme explicado em detalhe na nota 2.2, em resultado da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, a Caixa adotou com efeitos a 1 de Janeiro de 2017 as NIC, passando a calcular e contabilizar imparidades nos termos da NIC 39, contrariamente ao que sucedia até 31 de Dezembro de 2016, data até à qual vigorou um modelo de provisionamento do crédito nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal. Os impactos contabilísticos resultantes da adoção do novo normativo contabilístico encontram-se devidamente apresentados e explicados na nota 2.2 relativa à comparabilidade da informação.

PROVISÔES IMPARIDADES 31-12-2016 31-12-2016 01-01-2017 CONSTITUIÇÕES REPOSIÇÕES 31-12-2017 CONTA 37 - NÃO TRIBUTADAS 7.275.728,51 CONTA 37 - TRIBUTADAS 19.280.036,65 26.555.765,16

Conta 47 - NÃO TRIBUTADAS 347.479,39 Conta 47 - TRIBUTADAS 1.075.485,88

TOTAL 1.422.965,27

CONTA 35 - NÃO TRIBUTADAS 7.623.207,90 7.623.207,90 13.790.278,09 13.483.492,87 7.929.993,12 CONTA 35 - TRIBUTADAS 17.320.021,57 17.320.021,57 26.514.805,71 30.634.660,67 12.301.211,09

TOTAL 24.943.229,47 24.943.229,47 40.305.083,80 44.118.153,54 20.231.204,21 Conta 474 - TRIBUTADAS 3.035.500,96 2.156.512,00 5.617.864,03 6.296.686,40 2.356.678,59

Conta 608 878.988,96 878.988,96

TOTAL 27.978.730,43 27.978.730,43 27.978.730,43 45.922.947,83 50.414.839,94 23.466.871,76

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 78787878

NNOOTTAA 1188 –– OOUUTTRROOSS PPAASSSSIIVVOOSS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2017 31-12-2016

Despesas com Custo Diferido 50 Credores e Outros Recursos 1.842.348 1.944.751

500 Responsabilidades Totais - NOTA 32 Nº 5 1.842.348 1.944.751

501 VALOR PATRIMONIAL DO FUNDO DE PENSOES - NOTA 32 -1.937.889 -1.906.663

502 DESVIOS ACTUARIAIS 0 0 Credores e Outros Recursos

512 Recursos Diversos 33.282 30.901

513 Sector Publico Administrativo 146.117 153.774

514 Cobrança por Conta de Terceiros 3.800 3.614

516 Contribuições para Outros Sistemas Saúde 12.450 11.302

517 Credores Diversos 327.398 261.276

Encargos a Pagar 528 Outros Encargos a Pagar 798.844 766.711

Outras Contas de Regularização 548 Outras Contas de Regularização 1.302.926 1.197.192

3417 Despesas com encargo diferido Fornecedores 0

2.529.276 2.462.856

NNOOTTAA 1199 –– CCAAPPIITTAALL Esta rubrica apresenta a seguinte variação:

Incorporação de reservas

Emissão de títulos de capital Total

Saldo em 31 de dezembro de 2016 35.382.200 441.200 35.823.400

550800 Incorporação de reservas 2.635.800

2.635.800

550801 Emissão de títulos de capital

12.000 12.000

Pedido de Exoneração

-4.795 -4.795

Saldo em 31 de dezembro de 2017 38.018.000 448.405 38.466.405

Em 31 de Dezembro de 2017, o capital da CCAM TORRES VEDRAS, C.R.L. encontra-se disperso por 6.524 associados Ativos, não existindo nenhum associado a deter mais de 500,00 euros (100 títulos de capital) no capital da CCAMTV.

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 79797979

RREESSEERRVVAASS,, RREESSUULLTTAADDOOSS TTRRAANNSSIITTAADDOOSS,, OOUUTTRROOSS IINNSSTTRRUUMMEENNTTOOSS DDEE CCAAPPIITTAALL EE LLUUCCRROO DDOO

EEXXEERRCCÍÍCCIIOO

Reservas de reavaliação: 31-12-2017 31-12-2016

58 Reservas de reavaliação do imobilizado 394.277

245.818

Outras Reservas

600 Reserva legal 14.000.000 13.130.000

608 Outras reservas 2.309.079 1.285.014

61 Resultados transitados 6.399 -49.355 Outras Reservas e Resultados Transitados

16.315.478

14.365.659

Lucro do exercício 8.307.092 3.780.231

25.016.847

18.391.708

NNOOTTAA 2200 –– PPAASSSSIIVVOOSS CCOONNTTIINNGGEENNTTEESS EE CCOOMMPPRROOMMIISSSSOOSS AASSSSUUMMIIDDOOSS Os compromissos associados à atividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2017 31-12-2016

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

9000 Garantias e avales prestados 5.724.439 6.277.420 Aceites e endossos

Compromissos perante terceiros

Por linhas de crédito

9203 Compromissos irrevogáveis 27.017.500 25.615.000

Compromissos revogáveis

9206 Por subscrição de títulos 459.390 459.390

33.201.329 32.351.810

NNOOTTAA 2211 – JJUURROOSS EE RREENNDDIIMMEENNTTOOSS SSIIMMIILLAARREESS O valor desta rubrica é composto por: 31-12-2017 31-12-2016

Juros e Rendimentos Similares 7900 Juros de disponibilidades em Bancos Centrais 0 301

7901 Juros de disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 10.538 7.875

7903 Juros de aplicações em Instituições de Crédito 190.528 315.731

7904 Juros de Crédito a Clientes 4.874.202 4.822.404

7905 Juros de Crédito a Vencido 335.569 242

7906 Juros e Rend. Similares Outros Ativos Financeiros 8.830.339 10.571.138

8120 Operações de Crédito 0 31.854

14.241.175 15.749.545

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 80808080

NNOOTTAA 2222 – JJUURROOSS EE EENNCCAARRGGOOSS SSIIMMIILLAARREESS O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2017 31-12-2016

Juros e Encargos Similares 6601 Juros de Recursos de Outras Instituições de Crédito 32 0

6602 Juros de Recursos de Clientes 701.722 1.149.781

6609 Outros Juros e Encargos Similares 0 0

701.754 1.149.781

NNOOTTAA 2233 –– RREENNDDIIMMEENNTTOO DDEE IINNSSTTRRUUMMEENNTTOOSS DDEE CCAAPPIITTAALL Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2017 31-12-2016

82 RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

37.756 50.997

37.756 50.997

NNOOTTAA 2244 –– RREENNDDIIMMEENNTTOOSS DDEE SSEERRVVIIÇÇOOSS EE CCOOMMIISSSSÕÕEESS O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2017 31-12-2016

Rendimentos de Serviços e Comissões 813 Por serviços prestados 373.689 200.657

818 Outras Comissões Recebidas 859.389 810.462

1.233.078 1.011.119

NNOOTTAA 2255 –– EENNCCAARRGGOOSS CCOOMM SSEERRVVIIÇÇOOSS EE CCOOMMIISSSSÕÕEESS O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2017 31-12-2016

Encargos com Serviços e Comissões 683 Por serviços bancários prestados por terceiros -37 -87

684 Por operações realizadas por terceiros 0 0

688 Outras comissões Pagas -491.175 -532.137

-491.212 -532.224

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 81818181

NNOOTTAA 2266 –– RREESSUULLTTAADDOOSS DDEE RREEAAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO CCAAMMBBIIAALL O valor desta rubrica é composto por: 31-12-2017 31-12-2016

690 Perdas em Diferenças Cambiais 0 0 Encargos com Serviços e Comissões

830

Por serviços bancários prestados por terceiros 6.293 17.661

6.293 17.661

NNOOTTAA 2277 –– RREESSUULLTTAADDOO DDEE AALLIIEENNAAÇÇÃÃOO DDEE OOUUTTRROOSS AATTIIVVOOSS O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2017 31-12-2016

Resultado de Alienação de Outros Ativos 69 PERDAS EM OPERACOES FINANCEIRAS

0 -6.783

844 Ganhos em Ativos Não Financeiros

90.891 848 Outros Ganhos e Rendimentos Operacionais

0

726 Perdas em Ativos não financeiros -21.929

68.962 -6.783

NNOOTTAA 2288 –– OOUUTTRROOSS RREESSUULLTTAADDOOSS DDEE EEXXPPLLOORRAAÇÇÃÃOO O valor desta rubrica é composto por: 31-12-2017 31-12-2016

Outros Proveitos Operacionais 839 Outros Ganhos em Operações Financeiras 0 0 844 Ganhos em Ativos Não Financeiros 116.185 848 Outros Ganhos e Rendimentos Operacionais 89.006 113.674

(1) 89.006 229.859 Outros Custos Operacionais

75 Outros Impostos 147.220 124.042 721 Quotizações e donativos 18.146 27.105 722 Contribuições para o Fundo de Garantia 320 222 723 Contribuições para o Fundo de Resolução 17.165 11.198 724 Contribuição para o Banco Central Europeu 0 5.468 726 Perdas em Ativos não financeiros 152 728 Outros encargos e Gastos 54.748 59.137

699 OUTRAS PERDAS EM OPERACOES FINANCEIRAS

138.336 0

(2) 375.935 227.324

TOTAL (1-2) -286.929 2.535

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 82828282

NNOOTTAA 29 – CCUUSSTTOOSS CCOOMM o PPEESSSSOOAALL O valor desta rubrica é composto por: 31-12-2017 31-12-2016

Vencimentos e Salários 700 Remuneração Órgãos de Gestão e Fiscalização

Conselho de Administração 70091 Presidente 38.160 41.340

70092 Dois membros não executivos 76.320 82.680

70093 Membros executivos 205.975 203.765 Conselho Fiscal

70094 Presidente 3.000 3.250

70095 Restantes dois membros 6.000 6.500 701 Remuneração Empregados

7010 Remuneração Mensal 1.362.723 1.381.625

7011 Remunerações Adicionais 975.485 1.011.559 Encargos Sociais Obrigatórios

702 Encargos Sociais Obrigatórios 652.302 634.947 Outros Custos com o Pessoal

708 Outros Custos com Pessoal 13.779 15.735

70096 Outros 12.130 18.680

TOTAL 3.345.875 3.400.081

O número médio de colaboradores da CCAM durante o ano de 2017 foi de 83. NNOOTTAA 3300 –– GGAASSTTOOSS GGEERRAAIISS AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVOOSS O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2017 31-12-2016

7100 Água, Energia e Combustíveis 103.999 99.337 7101 Material de Consumo Corrente 33.059 46.393

7102 Publicações 205 0

7103 Material de Higiene e Limpeza 7.867 6.485 7108 Outros Fornecimentos de Terceiros 2.848 5.613 7110 Rendas e Alugueres 14.964 14.964

7111 Comunicações 304.279 311.830

7112 Deslocações Estadas e Representação 38.352 43.618 7113 Publicidade e Edição de Publicações 72.622 63.859 7114 Conservação e Reparação 229.375 190.465

7115 Transportes 7116 Formação com Pessoal 29.238 7.824 7117 Seguros 24.756 37.036 7118 Serviços Especializados 71180 Avenças e Honorários 73.363 87.930

71181 Judiciais Contencioso e Notariado 14.292 14.393 71182 Informática 54.464 52.184 71183 Segurança e Vigilância 60 60

71184 Limpeza 71.183 70.029

71187 Mão de Obra Eventual 3.400 450 71188 Outros Serviços Especializados 341.990 293.698

7118810401 Certificação Legal de Contas 35.670 35.670

7118810402 Out. Serv. de Garantia de Fiabilidade 13.100 3.075

7119 Outros Serviços de Terceiros 4.292 13.366

TOTAL 1.424.604 1.359.536

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 83838383

NNOOTTAA 3311 –– AAMMOORRTTIIZZAAÇÇÕÕEESS O valor desta rubrica é composto por:

AMORTIZAÇÕES

31-12-2017 31-12-2016

770 ACTIVOS TANGIVEIS 206.156 194.216

77000 Imóveis de Serviço Próprio 98.363 98.363

77010 Mobiliário e Material 2.639 2.593 77011 Máquinas e Ferramentas 18.604 23.177 77012 Equipamento de Segurança 53.002 48.524

77013 Instalações Interiores 3.295 2.914

77014 Material de Transporte 15.159 5.838 77015 Equipamento de Segurança 15.094 12.808 77018 Outro Equipamento 0 0

771 ACTIVOS INTANGIVEIS 17.411 15.406

7710 Sistema de tratamento automático de dados (Software) 17.411 15.406

223.567 209.622

NNOOTTAA 3322 –– PPEENNSSÕÕEESS DDEE RREEFFOORRMMAA

1. INTRODUÇÃO

A Crédito Agrícola Vida, Companhia de Seguros S.A., na qualidade de Entidade Gestora do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, elaborou o presente relatório da avaliação atuarial das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e respetivos encargos pós-reforma com o serviço de assistência médico-social (SAMS) previstas no Plano de Pensões da CCAM TORRES VEDRAS, Associada do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, com data de referência de 31 de Dezembro de 2017. O presente relatório inclui adicionalmente os resultados relativos às responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade. Esta avaliação atuarial contempla os trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e reformados e pensionistas quando aplicável, tendo sido utilizado a informação referente a Dezembro de 2017 para os reformados e pensionistas e os ficheiros de Setembro de 2017 para a restante população. Os benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ICAM). De acordo com a cláusula 116ª do referido acordo coletivo de trabalho (ACT), constituem contribuições obrigatórias das instituições de crédito para o SAMS a verba correspondente a 6,5% das pensões totais de reforma e sobrevivência, previstas no ACT independentemente das pensões recebidas de regimes de Segurança Social. No final do exercício de 2008, as responsabilidades com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) passaram a ser financiados através do fundo de pensões. As Instituições do Crédito Agrícola Mútuo passaram a partir de Janeiro de 2007 a adotar as normas internacionais de contabilidade, nomeadamente o IAS 19 passou a regular todos os aspetos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com pensões de reforma e de sobrevivência.

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 84848484

Porém, de acordo com o Aviso n.º 12/2001 com as alterações introduzidas designadamente pelos avisos n.º 4/2005, nº 12/2005 e n.º 7/2008 do Banco de Portugal, o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer ao abrigo do plano de amortização decorrente da transição para as normas internacionais de contabilidade pôde ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2014. Adicionalmente o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer decorrente da alteração da tábua de mortalidade bem como das responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, pôde ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2016. Em 31 de Dezembro de 2013 foram publicados o Decreto-Lei n.º 167-E/2013 e a Portaria n.º 378-G/2013, produzindo efeitos a 1 de Janeiro de 2014, que vieram alterar a forma de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral da Segurança Social, tendo como referência a evolução da esperança média de vida aos 65 anos. Assim foi fixada para 2014 e 2015 a idade normal de reforma de 66 anos, para 2016 a idade de 66 anos e 2 meses e futuramente a idade normal de reforma varia de acordo com a evolução da esperança média de vida aos 65 anos, verificada entre o 2º e 3º ano anteriores ao ano de início da pensão de velhice, na proporção de dois terços. Para 2018, foi fixada a idade normal de reforma aos 66 anos e 4 meses. Adicionalmente, o Decreto-lei n.º 167-E/2013 introduziu outras alterações no cálculo da pensão do regime geral da Segurança Social, designadamente a não aplicação do fator de sustentabilidade às pensões estatutárias dos beneficiários que passem à situação de reforma por velhice na idade normal de acesso à pensão ou em idade superior. O acima referido Decreto-Lei veio ainda alterar a fórmula de cálculo do fator de sustentabilidade através da alteração do ano de referência inicial da esperança média de vida aos 65 anos, do ano de 2006 para o ano 2000, passando a aplicar-se sobre o valor da pensão estatutária da Segurança Social dos beneficiários que acedam à pensão antes da idade normal de reforma. Em 2017 foi publicado o Decreto-Lei n.º 126-B/2017, de 6 de Outubro, que veio determinar que na data de convolução da pensão de invalidez em pensão de velhice não é aplicável o fator de sustentabilidade. O estudo atuarial que seguidamente se apresenta assenta em pressupostos considerados adequados para este esquema de reformas, enquadrados nos princípios estabelecidos na International Accounting Standard (IAS) 19. 2. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO A partir dos ficheiros de dados anteriormente referidos, trabalhou-se com a seguinte informação sobre a população:

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 85858585

3. MÉTODOS, PRESSUPOSTOS E HIPÓTESES USADOS NA AVALIAÇÃO ACTUARIAL Nesta avaliação atuarial, utilizaram-se os seguintes pressupostos financeiros e demográficos:

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 86868686

Quanto ao pressuposto da taxa de desconto foi utilizado o seguinte: a) Para os trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento com idade atuarial inferior a 55 anos: 2,30% b) Para os trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento com idade atuarial igual ou superior a 55 anos: 2,10% c) Para os pré-reformados, reformados e pensionistas: 1,75%

A manutenção da taxa desconto, face ao ano anterior, aplicada aos vários grupos populacionais, teve por referência a evolução do nível dos rendimentos das obrigações de sociedades alta qualidade para um prazo consistente com o prazo esperado das responsabilidades do Fundo de Pensões Crédito Agrícola. Na determinação da pensão da Segurança Social, tomou-se, como crescimento salarial para a carreira contributiva passada, o do Índice de Preços no Consumidor Sem Habitação. Para o cálculo daquela pensão, não foram considerados os meses sem contribuições para a Segurança Social. Para efeito da presente avaliação atuarial, nomeadamente para o cálculo da idade normal de reforma de acordo com o Decreto-lei nº 167-E/2013 de 31 de Dezembro, considerou-se que a esperança média de vida aos 65 anos (EMV65) aumenta 1 ano em cada período de 10 anos (considerou-se a EMV65 em 2017 de 19,45 anos, de acordo com informação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística). Para estimação da pensão a cargo do Fundo, utilizou-se a tabela do ACT das Instituições do Credito Agrícola, com as promoções obrigatórias por antiguidade, de acordo com a cláusula 15ª do ACT, bem como as diuturnidades até à data de reforma definidas na cláusula 81ª do mesmo documento. No que se refere às responsabilidades com pensões diferidas de velhice e sobrevivência, o método de cálculo utilizado foi o do “Projected Unit Credit”. O método "Projected Unit Credit" baseia-se no princípio segundo o qual, para cada participante, o valor atual das responsabilidades é dividido em tantas "unidades" quantas o seu número total de anos de serviço no sector, sendo em cada ano, afetada e financiada uma "unidade". No caso do benefício de invalidez e sobrevivência imediata, as responsabilidades por serviços passados resultam da aplicação do rácio1 (antiguidade/tempo de serviço à data) ao valor das responsabilidades totais. Para o apuramento das responsabilidades totais, estimou-se o custo do benefício para cada pessoa, ano a ano desde a data da avaliação até à idade de reforma, considerando a pensão de invalidez/sobrevivência e as respetivas probabilidades de ocorrência em cada ano. A determinação da pensão de sobrevivência efetuou-se somente para os participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino, respetivamente. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT. Não se efetuaram cálculos de responsabilidades com pensões de orfandade, para os participantes no ativo, por falta de elementos.

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 87878787

4. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ACTUARIAL 4.1. Responsabilidades com Trabalhadores no Ativo e Licenças sem vencimento Em 31 de Dezembro de 2017, o valor atual das responsabilidades com pensões de reformas e sobrevivência e com o pagamento dos encargos pós-emprego com o SAMS na parte que cabe ao empregador (6,5% das pensões totais), referente aos trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento foi o que seguidamente se indica:

4.2. Responsabilidades com Pré-reformados e com Reformados e Pensionistas Relativamente às responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência de pré-reformados e às responsabilidades com pensões em pagamento aos acuais reformados e pensionistas, o valor das responsabilidades totais, incluindo as responsabilidades com o pagamento dos encargos com SAMS, são os que seguidamente se apresentam:

4.3. Custo Normal do plano de pensões Apresenta-se de seguida o valor do custo normal para a próxima anuidade, para o financiamento das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e com o pagamento de encargos pós-emprego com o SAMS:

Ao abrigo da cláusula 114ª do ACT das Instituições do Crédito Agrícola, os trabalhadores admitidos após 1 de Maio de 1995 contribuem obrigatoriamente para o fundo de pensões com 5% da sua retribuição mínima mensal, incluindo o subsídio de férias e o subsídio de natal. 4.4. Responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade De acordo com a cláusula 127ª do acordo coletivo de trabalho (ACT) do Crédito Agrícola Mútuo, os trabalhadores têm direito, após o cumprimento de algumas condições definidas na referida cláusula, a um prémio de antiguidade. O valor atual das responsabilidades com prémios de antiguidade futuros é apresentado no quadro que se segue (com referência a 31 de Dezembro de 2017):

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 88888888

5. EVOLUÇÃO DO VALOR DAS RESPONSABILIDADES O valor das responsabilidades por serviços passados evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2017:

O efeito da publicação do Decreto-Lei n.º 126-B/2017, de 6 de Outubro, que determinou a não aplicação do fator de sustentabilidade na data de convolução da pensão de invalidez em pensão de velhice, foi uma redução cerca de 86.114€ no valor atual das responsabilidades por serviços passados, em 31 de Dezembro de 2017. 6. EVOLUÇÃO DO VALOR DO FUNDO DE PENSÕES O valor do fundo de pensões evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2017:

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 89898989

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS As responsabilidades por serviços passados, com o pagamento de pensões de reforma e sobrevivência e com encargos com SAMS ascendiam, em 31 de Dezembro de 2017, a 1.842.347€. De acordo com o Aviso n.º 12/2001 do Banco de Portugal, que estabelece o nível mínimo de solvência (com os serviços passados de pessoal no ativo financiado a um nível mínimo de 95%, sem prejuízo do cumprimentos dos níveis mínimos de solvência determinados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), o valor atual das responsabilidades por serviços passados a reconhecer em 31 de Dezembro de 2017, era de 1.795.830€. O valor do património do Fundo de Pensões, em 31 de Dezembro de 2017, referente à quota-parte da CCAM TORRES VEDRAS era de 1.937.891€. Assim, naquela data e para os parâmetros em vigor, o nível de financiamento da quota parte da CCAM TORRES VEDRAS era o seguinte:

De acordo com as Cláusulas 109º, 110ª e 111º do ACT, os participantes ao abrigo deste Plano terão direito a uma pensão de invalidez ou velhice, em função do nível e diuturnidades, calculados e atualizados com base na totalidade do tempo de serviço prestado até à data do evento. Assim, o cálculo das pensões inclui as diuturnidades futuras até à aposentação definidas na Cláusula 81ª do ACT. Foram consideradas as promoções obrigatórias por antiguidade estabelecidas pela Cláusula 15ª do novo ACT, ou seja, o salário pensionável, projetado para a idade de reforma, incorporou a evolução automática na carreira até à idade normal de reforma. Os resultados da avaliação atuarial são baseados em pressupostos com alguma incerteza futura pelo que a experiência pode diferir e provocar alterações materiais relevantes aos valores apresentados. Neste sentido, a experiência e a realização de uma avaliação atuarial em cada ano permitirá tornar o fundo permanentemente atualizado face aos novos contextos macro-económicos. Esta avaliação está de acordo com as disposições constantes do Aviso n.º12/2001 do Banco de Portugal.

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 90909090

Lisboa, 31 de Janeiro de 2018

Daniel Reis Atuário Responsável

NNOOTTAA 3333 – PPRREESSTTAAÇÇÃÃOO DDEE SSEERRVVIIÇÇOOSS DDEE MMEEDDIIAAÇÇÃÃOO DDEE SSEEGGUURROOSS OOUU DDEE RREESSSSEEGGUURROOSS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Torres Vedras está inscrita no Instituto

de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo

com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho,

desenvolvendo a atividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras

do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros –

Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao

exercício da atividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito

Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da

atividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efetua a venda de

contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda

aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que

sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas

seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela

colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo

estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na

Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões.

Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro

de cada ano, estão reconhecidas como um ativo no Balanço, na rubrica de Outros

Ativos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as

remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2017,

encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros,

auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 91919191

Origem Seguradora

2015 2016 2017 % por Origem 2017

Ramos Não Vida CA Seguros

154.195,48 149.952,02 166.324,01 90,9%

Ramo Vida CA Vida 13.141,90 26.920,75 16.679,52 9,1% Total 167.337,38 176.872,77 183.003,53 100,0%

A CCAM não efetua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efetua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro ativo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à atividade de mediação de seguros, exercida pela CCAM. NNOOTTAA 3344 –– FFUUNNDDOOSS PPRRÓÓPPRRIIOOSS

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o detalhe dos fundos próprios da Caixa

Agrícola apresenta-se de seguida:

Quadro 7

Milhões de euros

ID Item 2017 2016 1 CET1 Capital ratio 0,2682 0,2692

2 Surplus(+)/Deficit(-) of CET1 capital 45.404.816,00 41.613.769,07

3 T1 Capital ratio 0,2682 0,2692

4 Surplus(+)/Deficit(-) of T1 capital 42.352.771,24 38.829.630,15

5 Total capital ratio 0,2682 0,2758

6 Surplus(+)/Deficit(-) of total capital 38.283.378,22 36.342.813,66

Após a crise financeira de 2008 o Comitê de Basileia formulou um conjunto reformado de padrões internacionais para revisar e monitorar a adequação de capital dos bancos. Basel III Esses padrões, coletivamente chamados de Basileia III comparam os ativos do banco com seu capital para determinar se o banco pode suportar o teste de uma crise. O capital é exigido pelos bancos para absorver perdas inesperadas que surgem durante o curso normal das operações do banco. O quadro de Basileia III reforça os requisitos de capital, limitando o tipo de capital que um banco pode incluir em seus diferentes níveis e estruturas de capital. Tier 1 capital A estrutura de capital de um banco consiste no capital de Nível 2, no capital de Nivel 1 e no capital da Common equity 1 (CET1).

O capital de nível 1 é calculado como capital comum de capital 1 (CET1) mais capital adicional de Nível 1 (AT1). Accumulated Other Comprehensive Income (AOCI) Patrimônio líquido ordinário O Nível 1 compreende o capital básico de um banco e inclui ações ordinárias, excedentes de ações resultantes da emissão de ações ordinárias, lucros acumulados, ações ordinárias de subsidiárias e detidas por terceiros e acumulado outro resultado abrangente (AOCI). O capital de Nível 1 adicional é definido como instrumentos que não são de capital comum, mas que podem ser incluídos nesta camada. Contingent Convertiblehybrid Security Equity Um

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

CAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.RÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 92929292

exemplo de capital da AT1 é uma garantia convertível ou híbrida contingente que tem um termo perpétuo e pode ser convertida em equidade quando ocorre um evento desencadeante. Um evento que faz com que uma segurança seja convertida em equidade ocorre quando o capital CET1 cai abaixo de um determinado limite.

Rácio da equidade comum Nível 1 = Capital ordinário Nível 1 Capital Ativos ponderados pelo risco

Solvency CET1 é uma medida de Solvência bancária que mede a força do capital de um banco. Esta medida é melhor capturada pelo índice CET1 que mede o capital de um banco em relação aos seus ativos. Como nem todos os ativos possuem o mesmo risco, os ativos adquiridos por um banco são ponderados com base no risco de crédito e no risco de mercado que cada ativo apresenta. Por exemplo, uma caução governamental pode ser caracterizada como um "ativo sem risco" e com uma ponderação de risco zero por cento. Por outro lado, uma hipoteca subprime pode ser classificada como um ativo de alto risco e ponderada em 65%. risk-weighted assets (RWA) De acordo com as regras de capital e liquidez de Basileia III, todos os bancos devem ter um limite mínimo ( 4,50%) até 2019.

TORRES VEDRAS, 31 de Dezembro de 2017

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O Conselho de Administração

João da Silva Marques António José dos Santos

José Agostinho de Oliveira Alves António Oliveira Dias

Manuel José Silva Martins L. Guerreiro João Manuel da Cruz Couto

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

PONTO PONTO PONTO PONTO DA ORDEM DE TRABALHOSDA ORDEM DE TRABALHOSDA ORDEM DE TRABALHOSDA ORDEM DE TRABALHOS

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RELATÓRIO

DO

CONSELHO FISCAL

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

PONTO PONTO PONTO PONTO DA ORDEM DE TRABALHOSDA ORDEM DE TRABALHOSDA ORDEM DE TRABALHOSDA ORDEM DE TRABALHOS

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL O Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras (doravante “CCAMTV” ou a “Caixa”) reuniu na Sede Social desta instituição, a 13 de Março de 2018, pelas 18h00 para, nos termos da Legislação e dos Estatutos em vigor, emitir o seu parecer sobre o Relatório de Gestão, Contas do exercício de 2017, bem como sobre a Proposta de Aplicação de Resultados do mesmo exercício, apresentados pelo Conselho de Administração da Caixa. Estiveram presentes todos os membros do Conselho Fiscal, o responsável pela Contabilidade da CCAMTV e o responsável pelo Departamento Financeiro da instituição. Ao longo do exercício de 2017, o Conselho Fiscal, no exercício pleno das suas funções, analisou regularmente e acompanhou a evolução da atividade, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento do quadro normativo legal e estatutário em vigor, e examinou as demonstrações financeiras da Caixa à data de 31 de Dezembro de 2017, que compreendem o Balanço, a Demonstração de Resultados e os respetivos Anexos, os quais foram preparados a partir dos registos contabilísticos e demais documentos de suporte, mantidos e registados em conformidade com as regras legais e estatutárias em vigor. No seguimento da análise desta informação, que foi atempadamente colocada à disposição do Conselho Fiscal, e obtidos os esclarecimentos solicitados, nomeadamente junto do Departamento Financeiro e do Revisor Oficial de Contas, o Conselho Fiscal destaca que a retoma da atividade económica ultrapassou as expectativas iniciais, atingindo-se uma taxa de crescimento económico estimado de 2,6% em 2017, superando a média de crescimento registada na zona Euro e o valor, já de si assinalável, de 1,6% no ano anterior. Neste contexto, a Caixa registou indicadores de atividade globalmente positivos neste exercício, muito especialmente na recuperação de créditos em dificuldades. Registe-se nomeadamente: - Aumento em 5,8% do total do ativo, com especial destaque para o aumento das aplicações financeiras (Recursos em Instituições de Crédito e Obrigações do Tesouro Português); - Aumento do capital próprio em 17,1%, em virtude, sobretudo, dos resultados positivos alcançados e da sua incorporação em reservas; - Aumento dos recursos dos clientes em 3,5%, mantendo a tendência que se tem vindo a verificar em exercícios anteriores que, num cenário de descida de taxas de juro, é revelador da confiança continuadamente depositada pelos clientes na instituição, e constituindo a principal fonte de financiamento da atividade; - Manutenção do rácio de solvabilidade (26,8%) muito acima dos níveis mínimos definidos pelo regulador. À semelhança do que se verificou no ano transato, o valor do crédito e juros vencidos diminuiu substancialmente, de 25,2 para 16,7 milhões de Euros (-33,8%), o que permitiu à Caixa libertar uma parte das provisões/imparidades, o que efetivamente levou a uma apreciação muito sensível dos resultados da atividade.

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

PONTO PONTO PONTO PONTO DA ORDEM DE TRABALHOSDA ORDEM DE TRABALHOSDA ORDEM DE TRABALHOSDA ORDEM DE TRABALHOS

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Apraz em especial registar-se que o rácio de Crédito e Juros Vencidos/Crédito Total diminuiu em 2017, de 16,9% para 11,5%, o que, se bem que ainda seja um valor acima do desejável, traduz uma apreciável evolução no sentido que se tem vindo a preconizar como o mais adequado. Por outro lado, e mesmo com a diminuição do provisionamento, em valor absoluto, regista-se um aumento do valor alvo de imparidade em comparação com o valor do crédito e juros vencidos. Apesar de ainda não ter sido possível inverter a tendência para a contração do crédito, em comparação com o valor total do ativo, já se verificou uma ligeira recuperação do valor do crédito concedido (+2,7%). De referir que o rácio de transformação de Recursos de Clientes em Crédito se mantém num patamar inferior a 50%, o que protegeu a instituição no cenário, que se verificou no passado, de aumento dos níveis de incumprimento, mas que se poderá considerar, no atual contexto, algo reduzido. Na opinião do Conselho Fiscal, a ser necessária a procura de mais oportunidades de negócio creditício, na consecução do objeto de atividade da instituição, e bem assim como o acompanhamento apropriado da gestão do risco da taxa de juro associado à atual estrutura de balanço. Em resultado da evolução da atividade, num contexto continuado de baixas (e estáveis) taxas de juros, realçamos alguns indicadores de atividade: - O resultado líquido atingido no exercício, num montante absoluto superior a 8,31 milhões de euros, que corresponde a um aumento de 119,8% face ao ano anterior. Esta evolução prende-se em particular com a reversão dos valores provisionados (ou alvo de imparidade, na atual designação), uma vez que o produto bancário registou, fruto em especial do aumento do peso de créditos contratados a taxas inferiores, uma contração de 6,8%. - Manutenção do rácio de eficiência (“Cost Income Ratio”) em valores muito baixos, apesar do aumento, para 35,4% (32,8% no ano de 2016), resultado da diminuição do denominador deste rácio (uma vez que os custos administrativos totais aumentaram apenas 0,5%). Pelo exposto, foi deliberado pelo Conselho Fiscal, por unanimidade, e de acordo com as regras estatutárias que regem a atividade da CCAMTV, emitir o seguinte parecer: PARECER - Aprovação do Relatório de Gestão e Contas do Exercício de 2017. - Aprovação da proposta apresentada pelo Conselho de Administração da Caixa para a aplicação dos resultados líquidos do Exercício. Mais foi deliberada por este Conselho Fiscal a aprovação de um voto de reconhecimento a todos os que contribuíram para este desempenho, nomeadamente o Conselho de Administração e aos colaboradores internos e os prestadores de serviços externos, os Clientes e os Associados da instituição. Por fim, o Conselho Fiscal deliberou igualmente apresentar um voto de agradecimento aos restantes Órgãos Sociais, nomeadamente à Mesa da Assembleia Geral e ao Conselho de Administração, ao Revisor Oficial de Contas, e aos colaboradores da CCAM de Torres Vedras, pela pronta e eficaz colaboração prestada, sempre que solicitada.

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOSAÇÃO DE RESULTADOS

PONTO PONTO PONTO PONTO DA ORDEM DE TRABALHOSDA ORDEM DE TRABALHOSDA ORDEM DE TRABALHOSDA ORDEM DE TRABALHOS

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Torres Vedras, 13 de Março de 2018

O Conselho Fiscal

Tomás Correia da Cunha Góis Figueira

José Santos Ferreira Estimado

José Eduardo Jorge Eiras Dias