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Relatório de Gestão e Contas Consolidadas 2009

Relatório de Gestão e Contas Consolidadas 2009 · Mundial, o produto e o comércio mundiais contraíram-se. No entanto, a partir do A confirmação, em 2009, do quadro económico

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Relatório de Gestão e Contas Consolidadas

2009

2

1 SÍNTESE DE INDICADORES

2 ACONTECIMENTOS DE MAIOR RELEVÂNCIA

3 O ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E FINANCEIRO

3.1 A Envolvente Internacional

3.1.1 Evolução Macroeconómica

3.1.2. Evolução Financeira

3.2 A Economia Nacional

3.2.1 Evolução Macroeconómica

3.2.2 Evolução Financeira

4 A ACTIVIDADE DA EURONEXT LISBON

4.1 Movimentos e Capitalização Bolsista

4.1.1 Admissões e Exclusões

4.1.2 Capitalização Bolsista

4.2 Negociação

4.2.1 Mercado a Contado

4.2.2 Mercado de Derivados

4.3 Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários

4.4 Sistemas de Liquidação

4.5 Agência Nacional de Codificação

5 A DIMENSÃO SOCIAL DA EURONEXT LISBON

5.1 Recursos Humanos

5.2 Responsabilidade Corporativa

5.3 Centro de Documentação

6 ANÁLISE FINANCEIRA

7 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS ÀS CONTAS

8 COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS E CORPOS SOCIAIS DA EURONEXT LISBON

9 ENVOLVENTE NORMATIVA

10 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

11 DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO

3

1. SÍNTESE DE INDICADORES

N.º de Negócios 5.420.051 -10,1%

Valor Negociado (milhões de euros)(*) 32.945 -43,1%

Capitalização Bolsista (milhões de euros) (fecho do ano) 204.223 31,6%

Sessões NormaisN.º de Negócios 5.224.956 -7,0%

Valor Negociado (milhões de euros) 31.787 -42,1%

Capitalização Bolsista (milhões de euros) (fecho do ano) 172.431 51,8%

Sessões Especiais Valor Negociado (milhões de euros) 29 -91,0%

PSI Geral (fecho do ano) 2.902,26 40,0%

PSI 20 (fecho do ano) 8.463,85 33,5%

N.º de Negócios 11.199 26,5%

Valor Negociado (milhões de euros) 395 -40,1%

Capitalização Bolsista (milhões de euros) (fecho do ano) 31.433 -23,5%

N.º de Negócios 148.085 -53,7%

Valor Negociado (milhões de euros) 604 -64,4%

Capitalização Bolsista (milhões de euros) (fecho do ano) 195 -31,3%

Volume de Contratos Negociados 235.439 -51,9%

Posições Abertas (no final do ano) 21.686 141,9%

Valor Negociado (milhões de euros) 491 -45,6%

(*) Inclui o valor dos negócios realizados nas sessões especiais

Fonte: Dathis e LIFFE CONNECT®

Indicadores da Actividade da Euronext Lisbon

Total do Mercado a Contado

2009 ∆% anual

Mercado Accionista

Mercado Obrigacionista

Mercado dos Warrants

Mercado de Derivados

Desde Agosto de 2007, o mundo tem vivido os efeitos de uma grave crise financeira,

que se foi propagando à economia real. Em 2009, e pela primeira vez desde a II Guerra

Mundial, o produto e o comércio mundiais contraíram-se. No entanto, a partir do

A confirmação, em 2009, do quadro económico recessivo que se vinha desenhando

desde 2008, acabaria por se reflectir na actividade da Euronext Lisbon. O número de

negócios envolvendo valores mobiliários cotados no mercado nacional decresceu

10,1%. Adicionalmente, a adopção de um novo preçário de negociação para os

mercados Euronext, com reduções de preços da ordem dos 40%, viria naturalmente a ter

um substancial impacto nos proveitos na Euronext Lisbon. Esta medida, ao proporcionar

uma significativa redução nos custos dos membros do mercado, teve como objectivo

manter a competitividade da empresa. Apesar desta combinação de factores, a evolução

dos resultados da Euronext Lisbon registou uma diminuição menor do que seria

esperado, contraindo-se 20,9%, para um lucro de 14,8 milhões de euros em 2009.

4

segundo semestre do ano começaram a observar-se sinais de inversão do ciclo

económico e de retorno ao crescimento. Os mercados bolsistas também inverteram a

forte queda observada em 2008, e fecharam o ano com ganhos significativos mas, na

sua larga maioria, longe dos níveis observados pré-crise.

Influenciada pela recuperação observada nas cotações das acções, – que avaliadas pela

evolução do PSI Geral, em 2009 subiram, em média, 40% – a capitalização bolsista

total era, no final do período em análise, superior em 31,6% à registada na mesma data

de 2008. Pelo contrário, o valor das transacções efectuadas no conjunto das sessões

normais e especiais realizadas em 2009 na Bolsa nacional continuou na mesma

tendência de 2008, decrescendo 43,1%.

No que se refere ao tipo de valor mobiliário, destaca-se pela positiva o mercado

obrigacionista, que esteve mais dinâmico em 2009 do que em 2008 em termos do

número de negócios, apresentando um acréscimo de 26,5%. Ainda assim, o valor

negociado caiu 40,1% relativamente ao período homólogo, mantendo uma contribuição

pouco expressiva para o total da actividade da Euronext Lisbon.

O mercado accionista manteve a sua posição de indiscutível domínio no total negociado

nos mercados a contado, correspondente a 96,4% no que diz respeito ao número de

negócios e a 96,6% em relação ao valor transaccionado. Face ao ano anterior, este

último indicador terá recuado 42,1%.

Entretanto, o mercado dos warrants conheceu um decréscimo homólogo de 53,7% no

que se refere ao número de negócios, que se fez acompanhar por uma queda do valor

transaccionado de 64,4% face ao ano anterior.

O mercado de derivados tendo por subjacentes activos portugueses também evoluiu em

baixa. Assim, em 2009, o volume e o valor dos contratos de futuros diminuíram,

respectivamente, 51,9% e 45,6%, em confronto com 2008. Por oposição, as posições

abertas que, no final de 2008 eram de 8.965 viram o seu número ser mais do que

duplicado totalizando, em 2009, 21.686.

5

Nos capítulos seguintes, para além de uma breve referência aos principais aspectos da

conjuntura internacional e nacional, identificam-se os acontecimentos mais relevantes

do mercado bolsista nacional e faz-se uma análise pormenorizada da evolução em 2009

da actividade da Bolsa nacional nas suas diferentes vertentes.

2. ACONTECIMENTOS DE MAIOR RELEVÂNCIA Durante o ano de 2009 foram vários os acontecimentos, quer ao nível da estratégia quer

na vertente operacional, que tiveram um impacto na actividade da Euronext Lisbon e da

INTERBOLSA. Assim:

Mercado a Contado

Listing

• Anúncio do novo preçário de admissão e manutenção em Bolsa para os mercados

Euronext, para entrada em vigor a 1 de Julho. Esta alteração veio estabelecer que as

comissões a cobrar passariam a reflectir, além do número de acções cotadas, a

respectiva capitalização bolsista, afectando sobretudo as empresas de maiores

capitalizações.

• Aumento do capital social da Sumol Compal, por emissão de 20.619.055 acções,

passando a estar admitidas 100.092.500 acções desta empresa.

• Aumento do capital social do Banco Santander, por emissão de 234.766.732

acções, passando a estar admitidas 8.228.826.135. acções desta empresa.

• Aumento do capital social do Banco Espírito Santo, por emissão de 666.666.666

acções, passando a estar admitidas 1.166.666.666 acções desta empresa.

• Aumento do capital social do Finibanco, por emissão de 60.000.000 de acções,

passando a estar admitidas 175.000.000 acções desta empresa.

• Aumento do capital social do Banif, por emissão de 140.000.000 de acções,

passando a estar admitidas 490.000.000 acções desta empresa.

• Aumento do capital social da Europac, por emissão de 6.146.281 de acções,

passando a estar admitidas 79.901.653 acções desta empresa.

• Aumento do capital social do Banco Popular, que também aumentou o número de

acções admitidas à negociação em 97.411.139 acções, passando a estar cotadas

1.333.151.690 acções desta empresa.

6

• Exclusão de negociação do Exchange Traded Fund (ETF) sobre o PSI 20, emitido

pela SPA/London & Capital e comercializado pela Caixa BI.

Cash

• Anúncio do novo preçário de negociação para os mercados a contado da NYSE

Euronext na Europa, para entrada em vigor em 1 de Abril. Esta alteração das

comissões de negociação pode reflectir-se na redução da factura a pagar pelos

intermediários financeiros, entre 30% e 50%.

• Publicação da Brochura “Produtos Cotados em Lisboa”, pelas áreas do Cash e

Derivados, que assim, alargaram a oferta de publicações da Euronext Lisbon. Esta

publicação versa informação sucinta sobre cada um dos produtos disponíveis nos

mercados a contado e de derivados.

• Anúncio, pela NYSE Euronext, de que todos os seus mercados de acções, e também

de ETF, das bolsas de Amesterdão, Bruxelas, Lisboa e Paris migraram com sucesso

do sistema Nouveau Système de Cotation (NSC) para a nova plataforma de

negociação designada Universal Trading Platform (UTP).

• Realização da sessão especial de apresentação dos resultados da Oferta Pública de

Subscrição do empréstimo obrigacionista da Futebol Clube do Porto–SAD 2009 –

2012, a que correspondeu um encaixe de 18 milhões de euros.

• Realização de uma sessão especial para divulgação dos resultados da Oferta Pública

de Aquisição do grupo Visabeira sobre a Vista Alegre Atlântico.

• Registo pela CMVM do Sistema de Negociação Multilateral “Easynext Lisbon”, e

aprovação da passagem automática para este Sistema do Mercado Sem Cotações.

Foi também alterada a designação do Mercado Regulamentado de “Euronext” para

“Euronext Lisbon”.

Índices

• Lançamento pela NYSE Euronext do primeiro índice ibérico, composto pelos 20

títulos mais líquidos da Bolsa de Madrid e pelos 10 títulos mais transaccionados na

Euronext Lisbon.

• Lançamento pela NYSE Euronext de 12 novos índices estratégicos baseados nos

índices nacionais AEX, BEL 20, CAC 40 e PSI 20.

• Revisão do índice Low Carbon 100: a portuguesa Portugal Telecom passa a integrar

este indicador.

7

Mercado de Derivados

• Admissão de um novo membro negociador ao Mercado de Derivados de Lisboa – o

Maple Bank Gmbh.

• Realização de 4 cursos sobre produtos derivados do Mercado NYSE Liffe, com duas

séries cada um, uma em Lisboa e outra no Porto: nível introdutório (18 horas) e

nível avançado (18 horas), análise técnica (12 horas) e negociação (12 horas).

• Cessação da actividade de market maker do Mercado de Derivados de Lisboa da

Susquehanna International Securities Limited.

• Cessação da actividade de market maker e membro do Mercado de Derivados de

Lisboa do Banco Santander de Negócios Portugal, que passou a exercer estas

actividades a partir de Madrid.

Marketing

Acções dirigidas a emitentes

• Participação num ciclo de seminários dirigido às Pequenas e Médias Empresas, com

o objectivo de sensibilizar os empresários para o mercado Alternext. Estas acções

ocorreram em Aveiro, Faro, Funchal, Leiria, Lisboa, Porto e Viseu.

• Realização, em Outubro, do 4º Retiro IPO em Alcácer do Sal: pelo quarto ano

consecutivo, a Euronext Lisbon, a Ernst & Young e o IAPMEI reuniram, em

Alcácer do Sal, mais de 20 empresários de sociedades não cotadas. Este retiro teve

como objectivo discutir de forma aberta e aprofundada as vantagens da abertura do

capital em Bolsa.

• Realização de uma acção de promoção do mercado português em Madrid,

organizada em conjunto pela Euronext Lisbon e pelo Espírito Santo Investment.

Cerca de três dezenas de empresas portuguesas e espanholas tiveram oportunidade

de se apresentarem a cerca de 50 investidores institucionais espanhóis, em mais de

400 reuniões one-to-one.

Acções dirigidas a investidores institucionais

• Realização do Portuguese Day em Nova Iorque. Em Outubro, responsáveis do

Espírito Santo Investment e da Euronext Lisbon tocaram o sino no encerramento da

sessão de bolsa para comemorar o início da actividade do banco de investimento

português naquela praça financeira. Neste evento, denominado Portuguese Day,

estiveram presentes no ‘trading floor’ da NYSE (New York Stock Exchange) uma

centena de convidados, entre os quais representantes das principais casas de

investimento americanas.

8

Acções dirigidas a intermediários financeiros

• Realização na Euronext Lisbon de um workshop sobre o Alternext, dirigido a

intermediários financeiros e outros especialistas, que contou, como orador, com a

presença de um listing sponsor do mercado francês.

• Realização, pela Euronext Lisbon, de um seminário sobre Algorithmic Trading, que

contou com 50 participantes de diversas instituições.

• Realização de uma sessão pública de apresentação em Lisboa da nova plataforma

NYSE Arca Europe, uma Multilateral Trading Facility (MTF), que permite negociar

uma selecção de acções blue-chip europeias que não estão integradas nos mercados

regulamentados europeus da NYSE Euronext (isto é, fora de Amesterdão, Bruxelas,

Lisboa e Paris).

Acções dirigidas ao público em geral

• Participação da Euronext Lisbon, com intervenções em vários painéis, no I Forum

Poupança e Investimento, que se realizou em Lisboa. Com o objectivo de melhorar a

educação financeira dos portugueses, o evento atraiu cerca de 4000 participantes.

Acções dirigidas a “Investor Relations”

• Apoio da Euronext Lisbon, conjuntamente com a Deloitte, à criação do Forum

Investor Relations (FIR) – Associação Portuguesa de Responsáveis pelas Relações

com Investidores, cuja escritura pública se realizou a 9 de Janeiro de 2009.

Recursos Humanos

• Alteração ao Sistema de Avaliação de Desempenho, que evoluiu no sentido de

passar a incluir uma nova ferramenta denominada E-Performance, aplicada em

ambiente web. Esta ferramenta permitiu a todos os colaboradores o registo e

avaliação do seu desempenho numa base global e transversal dentro do grupo NYSE

Euronext, bem como uma maior interactividade nas várias fases do processo.

Responsabilidade Corporativa

• Lançamento, em Novembro, da Bolsa de Valores Sociais. Sob o lema “as boas

acções estão sempre em alta”, a Euronext Lisbon, e a fundação Calouste Gulbenkian

e a Fundação EDP, lançaram uma plataforma inédita na Europa, destinada a

promover o encontro entre doadores e entidades com uma missão social e que

tenham projectos com necessidades de financiamento.

• Desenvolvimento de um programa de acção junto das escolas secundárias e

universidades, com o objectivo de desenvolver a literacia financeira e o

empreendedorismo. Desde o início do ano, estiveram nas instalações da Euronext

9

Lisbon ou foram visitados nas escolas cerca de 800 alunos, de 20 escolas e

universidades.

• Estabelecimento de uma parceria com a associação Aprender a Empreender - Junior

Achievement Portugal, também com o objectivo de desenvolver a literacia

financeira e o empreendedorismo. No âmbito deste programa diversos colaboradores

da Euronext Lisbon decidiram participar, como voluntários, em acções junto de

várias escolas secundárias nacionais.

• Concessão de apoios ao Grace – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania

Empresarial, ao BCSD – Business Council for Sustainable Development, ao EPIS –

Empresários para a Inclusão Social e à Fundação do Gil, na continuidade de

projectos que já vinham de 2008.

INTERBOLSA

• Nova redução, com efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2009, das comissões de

manutenção cobradas pela Interbolsa, tendo em vista potenciar a expansão do

mercado de capitais português, assim como incentivar a integração de valores

mobiliários directamente no sistema centralizado gerido por esta Instituição.

• Implementação, desde o dia 2 de Março, da conexão do mercado financeiro

português ao sistema de pagamentos europeu denominado TARGET2

desenvolvido pelo Banco Central Europeu e que se apresentou para substituir o

SPGT - Sistema de Pagamento de Grandes Transacções do Banco de Portugal.

• Implementação da conexão à rede SWIFT através das mensagens XML, utilizando

o código BIC – IBLSPTPP – para comunicação com o TARGET2.

• Introdução de um conjunto de alterações aos sistemas de liquidação da

INTERBOLSA, com o objectivo de alargar a sua oferta de serviços ISO15022

assentes na rede SWIFT.

• Implementação do ajustamento automático de dividendos nas operações registadas

no Sistema de Liquidação real time (SLrt) da INTERBOLSA.

• Implementação de um conjunto de alterações no SLrt – Sistema de Liquidação

real time com o objectivo principal de concluir o processo de harmonização dos

procedimentos de matching propostos pela ESSF – European Securities Services

Forum e ECSDA – European Central Securities Depositories Association no seu

documento conjunto “Proposals to harmonise and standardise pre-settlement date

matching processes throughout Europe”.

10

• Conclusão da 2ª fase da reestruturação da rede de comunicações, na qual a

arquitectura VPN IP MPLS, instalada na 1ª fase na rede core, foi estendida a todos

os intermediários financeiros.

• Inclusão do código ISIN em todos os interfaces com os utilizadores.

• Realização, no mês de Novembro, do teste global ao Plano de Continuidade de

Negócio da INTERBOLSA, através da simulação de ocorrência de um desastre

que tornara inoperacional o seu centro de processamento de dados com a

participação dos Intermediários Financeiros.

11

Eventos no âmbito do grupo NYSE Euronext

• Foi criada a NYSE Technologies, uma nova área de negócio, que resultou da

fusão da Advanced Trading Solutions, com a Europe IT e a Global Market Data,

proporcionando aos clientes uma única interface para o fornecimento de soluções

de tecnologia e permitindo a consolidação da infra-estrutura tecnológica da

empresa.

• Foi lançada a SmartPool, uma plataforma europeia para a negociação de grandes

blocos de acções. A SmartPool serve a negociação em 15 mercados europeus:

Holanda, Alemanha, Áustria, Bélgica, França, Suécia, Finlândia, Dinamarca,

Noruega, Portugal, Itália, Suíça, Reino Unido, Irlanda e Espanha.

• Foi lançada a plataforma de negociação NYSE Arca Europe, uma Multilateral

Trading Facility (MTF), que permite negociar uma selecção de acções bluechip

europeias que não estão integradas nos mercados regulamentados da NYSE

Euronext (isto é, fora de Amesterdão, Bruxelas, Lisboa e Paris).

• A espanhola SeBroker comemorou a sua entrada para o NYSE Arca Europe,

tornando-se o primeiro membro ibérico a aderir ao MTF do grupo NYSE

Euronext. Esta adesão traduz o crescente interesse da comunidade financeira

espanhola nas potencialidades desta plataforma.

• A NYSE Liffe U.S. anunciou um acordo com a MSCI Inc., um líder mundial no

fornecimento de ferramentas de suporte para decisões de investimento. Serão

introduzidos produtos derivados sobre índices domésticos e internacionais

desenhados pela MSCI. Pretende-se com este acordo dar uma cobertura

abrangente e eficiente aos mercados dos Estados Unidos e da Europa. A NYSE

Liffe U.S. começou a transaccionar os seus primeiros contratos sobre três índices

de futuros: MSCI USA Mini Índex Futures, MSCI Emerging Markets Mini Índex

Futures, e MSCI EAFE Mini Índex Futures.

• A NYSE Euronext e a Qatar Holding assinaram um acordo de parceria estratégica,

no qual a primeira tomou uma posição de 20% na nova bolsa do Qatar e forneceu

a tecnologia de negociação.

12

• O grupo Thomson Reuters adquiriu a empresa Hugin ao grupo NYSE Euronext. A

Hugin, com sede em Oslo, fornece serviços relacionados com preparação e difusão

de informação a cerca de 1700 empresas e é líder europeia neste mercado.

• A NYSE Euronext anunciou um acordo definitivo para a aquisição da NYFIX,

uma empresa líder em soluções que optimizam a eficiência na negociação. O

negócio teve um valor de aproximadamente 144 milhões de dólares.

• Foi lançada no início do ano uma campanha publicitária de divulgação da marca

NYSE Euronext sob o lema “NYSE Euronext: Powering the exchanging world”.

O conceito de “exchanging world” pretende posicionar a NYSE Euronext no

centro de um grande mercado global sem fronteiras.

• A NYSE Liffe e a Bolsa de Tóquio anunciaram a listagem de contratos de futuro

sobre o índice TOPIX no mercado NYSE Liffe, a partir do Verão de 2010. O

Índice TOPIX é um benchmark do mercado de acções japonês.

• A NYSE Euronext foi reconhecida como “Best Exchange Data Provider” pela

publicação semanal Inside Market Data, que também a distinguiu numa nova

categoria como “Most Innovative Market Data Project” (pela nova política de

preços, em que os data vendors passam a pagar em função do número de

utilizadores finais e não dos equipamentos que gerem).

• A NYSE Euronext celebrou, pelo quinto ano consecutivo, a liderança no Mercado

dos IPO nos Estados Unidos, tendo realizado cerca de 20 mil milhões de dólares

neste tipo de operações e o maior número de operações. Os mercados NYSE

Euronext europeus e dos Estados Unidos combinados ocuparam o segundo posto

no total global de IPO, tendo gerado cerca de 23 mil milhões de dólares.

• A NYSE Euronext e a Juniper Networks, Inc. anunciaram um acordo para o

desenvolvimento de um novo sistema de gestão de redes para os seus dois novos

centros de processamento de dados, localizados em Nova Iorque e Londres. Este

desenvolvimento colocará estes sistemas na vanguarda da tecnologia, com níveis

de latência muito baixos (50 microsegundos roundtrip). Este investimento será

instrumental para o objectivo de consolidação dos centros de processamento de

dados da NYSE Euronext de dez para quatro.

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3. O ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E FINANCEIRO 3.1 A Envolvente Internacional 3.1.1 Evolução Macroeconómica

A economia mundial registou uma redução do produto de 0,8% em 2009, em termos

reais, após uma significativa desaceleração já ocorrida de 2007 para 2008, na qual o

crescimento do PIB já havia passado de 5,0% para 3,0%, respectivamente. Com

excepção de algumas economias emergentes, como a China e a Índia, onde o produto

aumentou 8,7% e 5,6% respectivamente, a contracção económica sentiu-se à escala

global.

Na área do euro todos os países viram a sua actividade económica contrair-se, com

destaque para a Alemanha, onde o PIB se reduziu, em termos reais, 4,8%. No Japão este

indicador também caiu 5,3% e na Rússia 9%. Nos EUA a recessão revelou-se menos

intensa, com uma diminuição do PIB real de 2,5%. Mesmo o Brasil, que em 2008

crescera 5%, acabou por registar uma ligeira redução de 0,4% no PIB.

Variação % Anual do PIB Real

-9%

-6%

-3%

0%

3%

6%

9%

12%

15%

2007 2008 2009

Mundo EUA Área do Euro Japão

China India Brasil Reino Unido

Fonte: Fundo Monetário Internacional

Em 2009, e pela primeira vez desde a II Guerra Mundial, o produto e o

comércio mundiais contraíram-se. Uma recessão económica acentuada fez-se

sentir por todo o mundo, embora no segundo semestre do ano se tenham

começado a observar sinais de inversão deste desempenho e retorno ao

crescimento económico. Todavia, alguns países, como a China e a Índia, ainda

cresceram a ritmos interessantes, se bem que abaixo de anos anteriores.

14

O comércio mundial, medido pelas importações e exportações de bens e serviços, ter-se-

á contraído 12,3% em 2009. Esta evolução negativa concentrou-se no primeiro semestre

do ano, na continuidade do que já se vinha registando ao longo do ano de 2008. Na

segunda metade de 2009 a evolução do comércio mundial voltou a terreno positivo.

Reflectindo a quebra da actividade económica, o aumento do desemprego acelerou face

à tendência que já se tinha estabelecido em 2008. Nos EUA a taxa de desemprego subiu

de 4,6% em 2007 para 9,3% em 2009, na EU-27 esta taxa aumentou de 7,4% para 9,4%

e no Japão passou de 3,9% para 5,1% no referido período. Na União Europeia (27)

perderam-se cerca de 6 milhões de empregos desde o primeiro trimestre de 2008,

período em que a taxa de desemprego apresentou o valor mais baixo do ciclo.

4,6%

9,3%

7,1%8,9%

3,9%5,1% 5,3%

7,9%

4,6%

11,8%

8,3%

18,0%

8,4%7,5%

EU A EU 2 7 Ja p ão R e inoU nid o

Irla nd a Es p anha A le ma nha

Evolução das Taxas de Desemprego

2007 2009

Fonte: Eurostat

As taxas de inflação protagonizaram acentuadas descidas à escala global,

acompanhando a contracção da actividade económica, verificando-se em alguns países

variações negativas no nível geral de preços.

A propagação da crise financeira à economia real e a natureza e dimensão da

consequente recessão económica reflectiram-se na deterioração das contas públicas. De

facto, em todas as economias europeias e da OCDE foi substancial a deterioração dos

saldos orçamentais e o aumento da dívida pública, em % do PIB. Em países como a

Espanha, a Irlanda ou a Grécia, mas também no Reino Unido e nos EUA os défices

públicos ultrapassaram os dois dígitos.

15

-15%

-12%

-9%

-6%

-3%

0%

3%

6%

Saldo das Administrações Públicas em % do PIB

2007 2009(*)

(*) Estimativa

Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública

O mecanismo de transmissão da quebra da actividade económica às contas públicas

actuou, não só por acção do impacto das medidas de resposta orçamental tomadas pelos

vários Governos, mas sobretudo pelo efeito do funcionamento dos estabilizadores

automáticos, que se traduziram pela diminuição da receita fiscal e contributiva e no

aumento da despesa em prestações sociais, nomeadamente associadas a apoios ao

desemprego.

Na segunda metade do ano de 2009 a produção e o comércio a nível global voltaram ao

crescimento, apoiados por intervenções públicas extraordinárias e de grande amplitude,

ao nível das políticas orçamental e monetária, que suportaram a procura e reduziram a

incerteza e o risco sistémico nos mercados financeiros. Esta inversão do ciclo

económico, ainda que ténue, tem-se revelado mais difícil nas economias que sofreram

reduções mais acentuadas nos preços de várias classes de activos, lutando, em

simultâneo, por recuperar os seus balanços e minimizar os efeitos de elevados níveis de

desemprego.

16

3.1.2 Evolução Financeira

O ano de 2009 ficou marcado por uma recuperação dos índices bolsistas por todo o

mundo, após as fortes quedas verificadas em 2008, facto que se traduziu numa melhoria

de idêntica amplitude nas capitalizações bolsistas. Este desempenho positivo começou a

delinear-se a partir de Março de 2009 e ficou a dever-se a uma recuperação gradual da

confiança, assente na convicção de que as medidas sem precedentes, já tomadas ou

anunciadas pelas autoridades, evitariam o colapso do sistema financeiro e contribuiriam

para atenuar significativamente os efeitos de contágio da crise financeira à economia

real.

No ano em análise, uma outra nota de relevo vai para a importância crescente dos

mercados accionistas de países emergentes, quer no que se refere à sua capacidade de

captação de fundos, quer quanto ao crescimento da capitalização bolsista e da liquidez

no mercado secundário. Realça-se o crescimento dos fundos captados por emissão de

acções na Bolsa de Shangai, Bolsa de Hong Kong e BM&F Bovespa. A Bolsa de

Shangai aumentou em 72,8% o valor das emissões de acções, face a 2008; no que se

refere ao total de fundos captados, esta bolsa classificou-se em 4º lugar, a seguir à

NYSE Euronext, Bolsa de Londres e Bolsa de Hong Kong, que ocuparam,

respectivamente, as 3 primeiras posições.

Os fluxos de capitais gerados nas bolsas a partir de empréstimos obrigacionistas

atingiram 4.819 mil milhões de dólares em 2009, o que correspondeu a uma redução de

27,6% face a 2008. As emissões de acções totalizaram 842 mil milhões de dólares, o

que também correspondeu a um valor inferior em 15,7% ao registado no ano anterior,

merecendo destaque pela positiva a melhoria registada no valor das acções provenientes

de ofertas públicas iniciais (IPO) em 2,6%, embora o número de empresas admitidas e o

número de IPO se tenha contraído substancialmente, nas bolsas membros da World

Federation of Exchanges.

17

(10^9 USD)

2008 2009 Var. %

Acções 999 842 -15,7%

(em IPO) 117 120 2,6%

Obrigações 6.652 4.819 -27,6%Fonte: WFE (Focus)

nas Bolsas Membros da WFEFluxos de Capitais Captados por Emissão de Valores Mobiliários

Os índices dos principais mercados bolsistas evoluíram positivamente em 2009, mas a

ritmos distintos em diferentes regiões do mundo. Nas economias emergentes, com

destaque para a Rússia, China, Índia, Argentina, Brasil e México registaram-se subidas

muito mais acentuadas que nas economias mais desenvolvidas da Europa e da América

do Norte. Este diferencial geográfico da evolução das cotações bolsistas reflecte, como

seria esperado, expectativas e registos de recuperação e de crescimento económico mais

favoráveis nessas economias, face aos países mais avançados.

Evolução dos Índices Bolsistas Mundiais

Variação % : 31 Dezembro 2009/ 31 Dezembro 2008

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 140%

Suiça (SMI)

Estados Unidos (DJIA)

Japão (Nikkei 225)

Reino Unido (FTSE)

França (CAC 40)

Alemanha ( Xetra Dax)

Australia (ASX/S&P 50)

Espanha (IBEX 35)

Belgica (BEL 20)

Portugal (PSI 20)

Holanda (AEX 25)

Suécia (O MXS 30)

Mexico (IPC CompMX)

Brasil (IBrX-50)

Israel (TA-25)

India (S&P CNX Nifty)

Turquia (National 30)

China (SSE 180)

Argentina (Burcap)

Russia (RTS)

Fonte: Bloomberg

A evolução da capitalização bolsista dos mercados domésticos das bolsas membros da

WFE reflectiu, naturalmente, a evolução positiva das cotações, mantendo-se inalterado

18

o ranking das 10 maiores bolsas, avaliadas por esse indicador; o Grupo NYSE Euronext

manteve a sua posição de supremacia, a larga distância das outras bolsas com valores de

capitalização bolsista mais próximos.

0

3.000

6.000

9.000

12.000

15.000

10^9 USD

NYSEEuronext

B. To kyo Nasdaq B. Londres B. Xangai B. HongKo ng

G. TSX B. Alemã BME B. N. Índ ia B. Suiça

Maiores Capitalizações Bolsistas de Acções Domésticas das Bolsas Membros da WFE

Fim de 2008 Fim de 2009

Fonte: WFE (Focus)

Apesar da já referida recuperação dos índices bolsistas de acções, o valor das

transacções de acções em mercado secundário, que totalizou 80 455 mil milhões de

dólares, sofreu uma quebra de 29,1% em 2009, face ao registado em 2008, quando

somado este indicador em dólares para todas as bolsas membros da WFE. Este resultado

reflecte, contudo, desempenhos muito diferentes nas bolsas de alguns países emergentes

face ás bolsas nas economias mais desenvolvidas. De facto, note-se que o valor das

transacções de acções, medido em dólares, aumentou 123,3% na Bolsa de Shenzen e

95,7% na Bolsa de Xangai, mas reduziu-se 48,1% no Grupo NYSE Euronext, 47,5% na

Bolsa de Londres e 42,3% na Bolsa da Alemanha.

19

0

10.000

20.000

30.000

40.000

10^9 USD

N Y S E Euro ne xt N as d aq B . X ang ai B . To ky o B . Lo nd re s B . S he nz e n B . A le mã B M E

Valor das Transacções de Acções nas Principais Bolsas Membros da WFE

2008 2009

Fonte: WFE (Focus)

As transacções de obrigações em mercado secundário nas dez bolsas membros da WFE,

que mais negociaram esta categoria de valor mobiliário, cresceram 15,3% face a 2008.

Destaca-se, neste indicador, a dinâmica revelada pelas bolsas da Colômbia (+105,1%) e

de Oslo (+83,1%). Esta última, assim como a Bolsa de Santiago tomaram, em 2009, os

lugares que as Bolsas Suíça e da Alemanha ocupavam em 2008 no Top 10 das bolsas

que mais negociaram obrigações.

As bolsas BME, Bolsa de Londres e o Grupo OMX continuaram a liderar

destacadamente as transacções de obrigações expressas em dólares, no conjunto das

bolsas membros da WFE. Enquanto a Bolsa de Londres apresenta uma especialização

quase total em dívida pública (99,2%), as outras duas bolsas apresentam uma

distribuição mais equilibrada entre dívida pública e dívida privada.

20

(10^9 USD)

2008 Peso Relativo 2009 Peso Relativo Var. %

BME 6.823 38,9% 8.138 40,3% 19,3%

Bolsa de Londres 6.118 34,9% 6.896 34,2% 12,7%

OMX 2.546 14,5% 2.420 12,0% -4,9%

Bolsa da Colômbia 468 2,7% 960 4,8% 105,1%

Bolsa de Istambul 406 2,3% 402 2,0% -1,0%

Bolsa da Coreia 348 2,0% 403 2,0% 15,8%

Bolsa Italiana 256 1,5% 313 1,6% 22,3%

Bolsa de Telavive 262 1,5% 246 1,2% -6,1%

Bolsa de Oslo 124 0,7% 227 1,1% 83,1%

Bolsa de Santiago 167 1,0% 188 0,9% 12,6%

Fonte: WFE (Focus)

Transacções de Obrigações: Top 10 Bolsas Membros da WFE

(10^9 USD)

Dívida Privada Dívida Pública Dívida Estrangeira Total

BME 4.671 3.467 0 8.138

Bolsa de Londres 34 6.838 24 6.896

OMX 1.544 874 2 2.420

Bolsa da Colômbia 185 774 1 960

Fonte: WFE (Focus)

Transacções de Obrigações por Categoria de Emitente em 2009

À semelhança do verificado anteriormente, no ano em apreço o mercado obrigacionista

da Bolsa do Luxemburgo continuou a ser um “caso único” entre as bolsas membros da

WFE, na medida em que se revelou mais uma vez o principal mercado no que diz

respeito à captação de fundos via emissão de obrigações e um dos menos dinâmicos

quanto ao valor negociado em mercado secundário. Com efeito, em 2009 a Bolsa do

Luxemburgo registou um valor das emissões de obrigações de 1.497,8 mil milhões de

dólares, o que representou um acréscimo de 7,0% face a 2008, mas apenas negociou

79,4 milhões de dólares.

A evolução das transacções no mercado de warrants autónomos acompanhou o

comportamento dos mercados accionistas, tendo em 2009 registado uma contracção de

cerca de 29,5%, a juntar à queda já registada em 2008 (-32,3%). A mesma tendência se

observou na evolução dos negócios dos Exchange Traded Funds (ETF), como se

conclui do quadro seguinte.

21

Na esfera da WFE, ao nível do mercado de warrants, considerando os valores

negociados em 2009, as cinco bolsas mais relevantes absorveram 91,7% do total,

reduzindo a concentração face ao ano anterior. Todas estas bolsas registaram

decréscimos relevantes em termos homólogos, com excepção da Bolsa da Coreia, cujas

transacções cresceram 102,3% em 2009, a juntar ao crescimento já verificado em 2008

(17,8%) e também ao invés da tendência geral. A Bolsa de Hong Kong continuou a

ocupar, de forma destacada, o lugar cimeiro neste ranking.

No que respeita às transacções de ETF, de sublinhar a posição de vincado domínio da

NYSE Euronext (EUA e Europa), com uma quota de 67,9% do total negociado nas

bolsas membros da WFE. O Top 5 das bolsas que negociaram ETF mantiveram, em

2009, a sua posição relativa face ao ano anterior.

Valor Peso Relativo Valor Peso Relativo % Var.

Bolsa de Hong Kong 574 48,7% 430 51,8% -25,1%

Bolsa da Coreia 86 7,3% 174 21,0% 102,3%

Bolsa Alemã 337 28,6% 88 10,6% -73,9%

Bolsa da Suiça 56 4,8% 35 4,2% -37,5%

Bolsa de Telavive n.d. n.d. 34 4,1% n.d.

NYSE Euronext 48 4,1% 32 3,9% -33,3%

Outras 77 6,5% 37 4,5% -51,9%

Total 1.178 100,0% 830 100,0% -29,5%

NYSE Euronext 7.207 72,0% 4.483 67,9% -37,8%

Nasdaq 1.907 19,1% 1.118 16,9% -41,4%

Bolsa Alemã 231 2,3% 203 3,1% -12,1%

Grupo TSX 141 1,4% 181 2,7% 28,4%

Bolsa de Londres 102 1,0% 123 1,9% 20,6%

Outras 418 4,2% 490 7,4% 17,2%

Total 10.006 100,0% 6.598 100,0% -34,1%

Fonte: WFE (Focus)

Warrants Autónomos

ETF

Transacções de Warrants Autónomos e ETF nas Bolsas Membros da WFE(10^9 dólares)

2008 2009

O número de contratos negociados no conjunto das bolsas da WFE envolvendo

produtos derivados comportou-se de uma forma assimétrica em função do tipo de

produto. As opções e os futuros sobre acções registaram reduções no volume de

contratos negociado, por oposição aos produtos sobre índices que registaram evolução

positiva neste indicador.

22

A posição relativa das diversas bolsas continua a revelar uma acentuada especialização,

em que os cinco primeiros lugares são ocupados por diferentes bolsas, de acordo com o

produto negociado, como se verifica no quadro seguinte, do qual também se conclui

que:

� A Eurex continua a ser a única bolsa a situar-se no Top 5 no que se refere

ao número de contratos negociados nas diferentes categorias de produtos

derivados.

� A NYSE Liffe Europe subiu à primeira posição na negociação de futuros

sobre acções, a partir do quarto lugar que ocupava em 2008, mas perdeu

uma posição passando para quinto, na negociação de futuros sobre

índices accionistas.

� A Bolsa da Coreia continua em primeiro lugar, muito destacada, no que

se refere à negociação de opções sobre índices accionistas, com 74% do

total negociado pelas bolsas Top 5 neste produto.

� Nos contratos de futuros sobre índices accionistas, a CME também detém

uma assinalável quota de mercado, com 48% do total negociado pelas

bolsas Top 5 neste produto.

Nº de Contratos Ranking Nº de Contratos Ranking Nº de Contratos Ranking Nº de Contratos Ranking

International Securities Exchange (ISE) 947 1ºBolsa de Opções de Chicago (CBOE) 912 2º 223 4ºCME Group 703 1ºNasdaq OMX Filadélfia 580 3ºBM&F Bovespa 546 4ºEurex 283 5º 114 3º 365 2º 368 2ºJSE 88 4ºBolsa Nacional da Índia 161 2º 321 3º 196 3ºNYSE Liffe Europe 144 6º 166 1º 52 7º 79 5ºBME 38 5ºBolsa da Coreia 2.921 1ºTaifex 76 5ºBolsa de Osaca 130 5ºFonte: WFE (Focus)

Principais Mercados de Derivados das Bolsas Membros da WFENº de Contratos Negociados em 2009 (milhões)

Opções s/ Acções Futuros s/ AcçõesOpções s/ Índices

AccionistasFuturos s/ Índices

Accionistas

23

3.2 Conjuntura Nacional

3.2.1 Evolução Macroeconómica1

O PIB português caiu 2,7% em termos reais, redução que ficou, contudo, aquém da

contracção de 4% observada na zona euro; as condições do mercado de trabalho

continuaram a deteriorar-se ao longo de todo o ano de 2009, tendo a taxa de desemprego

passado a dois dígitos (10,1%) no último trimestre do ano; o nível geral de preços caiu

0,9%, face a uma estagnação média na zona euro; o défice orçamental agravou-se

substancialmente, estimando-se que tenha atingido 9,3% do PIB. Como nota positiva

destaca-se que o produto português terá estabilizado a partir do segundo trimestre do

ano, mostrando um ligeiro crescimento.

1,9%

2,7%

0,0%0,5%

-2,7%

-4,0%

-6%

-4%

-2%

0%

2%

4%

2007 2008 2009

Evolução Anual do PIB Real (% )

Portugal Zona Euro

Fonte: Banco de Portugal

1 O conteúdo deste capítulo traduz essencialmente a análise produzida pelo Banco de Portugal no seu Boletim Económico de

Inverno 2009.

O ano de 2009 foi marcado pelo acentuar do quadro recessivo que se instalou

no final de 2008. Esta evolução, fortemente marcada pelo enquadramento

macroeconómico global, reflectiu também o agravamento das fragilidades de

natureza estrutural da economia portuguesa, num contexto de aumento da

concorrência nos mercados internacionais e de integração crescente das

economias emergentes no tecido produtivo global.

24

No ano em análise o PIB real registou uma redução de 2,7% em termos homólogos, que

compara com uma variação nula em 2008. Ao inverso do que aconteceu em 2008, a

deterioração verificada ficou a dever-se essencialmente ao comportamento da procura

interna, que terá tido um contributo negativo de 3,2 p.p, já que a procura externa líquida

contribuiu positivamente em 0,5 p.p. para essa evolução. Para o desempenho negativo

da procura interna terão contribuído essencialmente a redução acentuada no

investimento e, em menor escala, no consumo privado.

2007 2008 2009(*)Procura Interna 1,7 p.p. 1,1 p.p. -3,2 p.p.

Procura Externa Líquida (**) 0,2 p.p. -1,1 p.p. 0,5 p.p.

Taxa de variação anual do PIB real 1,8% 0,0% -2,7%

(*) Estimativa publicada no Boletim Económico de Inverno do Banco de Portugal

(**) Exportações líquidas de importações

Fonte: Banco de Portugal

Contributo para o Crescimento do PIB em Termos Reais

O investimento, que já vinha em trajectória decrescente em 2008 com uma redução de

0,7% em termos reais, foi o principal responsável pela referida evolução do PIB, tendo

registado em 2009 uma variação negativa de 11,7%. A esta contracção juntou-se uma

redução real no consumo privado, que em 2009 caiu 0,9%, quando em 2008 ainda terá

crescido 1,7%. A evolução negativa do consumo privado foi particularmente marcada

pela redução do consumo de bens duradouros. O comportamento do consumo público

terá evitado uma maior retracção do produto, com um crescimento homólogo em termos

reais de cerca de 2,0%, quando em 2008 havia crescido 1,1%.

No que diz respeito à evolução da procura externa, assistiu-se a uma forte redução, quer

das importações, quer das exportações, que caíram respectivamente 10,8% e 12,5%.

A elevada tensão nos mercados financeiros terá contribuído em larga medida, para o

colapso do comércio internacional assim como para uma deterioração abrupta da

confiança dos agentes económicos. Do lado da procura, a contracção da actividade

económica em 2009 reflectiu ainda um aumento significativo do grau de restritividade

das condições de financiamento, traduzindo-se em regras mais apertadas para aprovação

de novo crédito e aumento dos prémios de risco.

25

Tal como referido no Relatório Anual da Euronext Lisbon de 2008, a trajectória

descendente da taxa de desemprego, que se havia reduzido de 8,0% para 7,6% entre

2007 e 2008 beneficiando do habitual lag económico, revelou-se não ser sustentável.

Em 2009 essa tendência foi invertida, e esta taxa atingiu 9,5% em média, continuando

ligeiramente acima do registado na zona euro. No quarto trimestre do ano a taxa de

desemprego havia já atingido os dois dígitos, fixando-se em 10,1%

8,0%7,5% 7,6% 7,6%

9,5% 9,4%

2007 2008 2009

Evolução da Taxa de Desemprego

Portugal Zona Euro

Fonte: Banco de Portugal

A inflação, medida pela variação média do Índice Harmonizado de Preços no

Consumidor (IHPC) deverá ter descido 0,9% em 2009, após um aumento de 2,7% em

2008. Num quadro de contracção da procura a nível global, a queda dos preços ocorrida

em 2009 terá sido fortemente influenciada pela descida acentuada do deflator das

importações, reflectindo essencialmente a redução do preço do petróleo e das matérias-

primas não energéticas. Num contexto de progressiva recuperação económica mundial e

nacional, esta evolução negativa dos preços ocorrida em 2009 deverá ter natureza

temporária, esperando-se que volte a terreno positivo em 2010.

Tal como já havia acontecido em 2008, a inflação na zona euro foi superior à registada

em Portugal, com um valor positivo de 0,3%, mas em desaceleração face aos 3,3%

verificados em 2008. Assim o diferencial de inflação entre Portugal e a zona euro

alargou-se de -0,6 p.p em 2008 para -1,2 p.p. em 2009.

26

Evolução do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor

-2%

-1%

0%

1%

2%

3%

4%

2007 2008 2009

Portugal Zona Euro

Fonte: Banco de Portugal

No período de Janeiro a Dezembro de 2009, o saldo conjunto das balanças corrente e

de capital aumentou 2.090 milhões de euros face a igual período do ano anterior,

situando-se em 15.326 milhões de euros. Para esta melhoria contribuiu exclusivamente

a balança corrente, cujo saldo negativo se reduziu em 3.431 milhões de euros, já que o

saldo positivo da balança de capital se agravou em 1.341 milhões de euros. Por seu

turno, a evolução da balança corrente reflectiu essencialmente a redução do saldo

negativo da balança de bens em 4.281 milhões de euros, já que as balanças de serviços e

transferências viram os seus saldos positivos reduzirem-se e a balança de rendimentos

quase não se alterou.

27

Saldo Conjunto da Balança Corrente e de Capital em % do PIB

-12%

-10%

-8%

-6%

-4%

-2%

0%

2%

2007 2008 2009

Portugal Zona Euro

Fonte: BCE e Eurostat

Em 2009, e em linha com o ocorrido na generalidade dos países da zona euro, o saldo

das administrações públicas em Portugal agravou-se significativamente face ao ano

anterior, invertendo a trajectória de consolidação que se vinha percorrendo desde 2005.

A deterioração do saldo orçamental, que passou de -2,7% em 2008 para -9,3% em 2009

ficou, contudo, aquém do registado noutros países europeus como a Espanha, a Grécia,

a Irlanda ou o Reino Unido, em que o défice das contas públicas se situou à volta de

12% do respectivo PIB.

No entanto, face à média da zona euro, Portugal viu alargar-se o diferencial do seu

desempenho orçamental, na medida em que no espaço da moeda única, o défice

orçamental ter-se-á deteriorado, em média, 4,4 p.p. de 2008 para 2009, face aos 6,6 p.p.

registados no nosso país.

O agravamento das contas públicas, no ano em análise, ficou a dever-se,

simultaneamente, ao aumento da despesa total, que subiu de 45,9% para 49,1% do PIB

entre 2008 e 2009, e à redução das receitas que se contraíram, de 43,2% para 39,7% do

PIB no mesmo período. Entretanto, verificou-se um agravamento do saldo primário de

0,2% para -6,4% do PIB, de 2008 para 2009.

No que se refere às principais componentes da receita das administrações públicas,

verificou-se que as maiores reduções ocorreram na receita fiscal e nas contribuições

28

sociais, que perderam, em 2009, 2,3 p.p. e 1,5 p.p do PIB, respectivamente, face aos

registado em 2008. Do desempenho das receitas fiscais ressalta um maior agravamento

na cobrança dos impostos indirectos do que dos impostos directos, que perderam

respectivamente 1,8 p.p. e 0,9 p.p do PIB em 2009 face a 2008.

No que diz respeito às despesas, foram as prestações sociais e o investimento público

que mais pesaram no seu comportamento. De facto, as prestações sociais aumentaram

em 1,9 p.p do PIB de 2008 para 2009, enquanto que o investimento público cresceu 1,5

p.p. do PIB no mesmo período.

Saldo das Administrações Públicas em % do PIB

-10%

-8%

-6%

-4%

-2%

0%2007 2008 2009 E

Portugal Zona Euro

E = Estimativa

Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública

No final de 2009, o saldo da dívida pública directa era superior em 10,3 p.p. ao

registado um ano antes, representando 76,6% do PIB. O diferencial entre o valor deste

saldo, expresso em termos do PIB, calculado para a economia nacional e o apurado, em

termos médios, para o conjunto das economias da zona euro, embora continuando

favorável a Portugal, reduziu-se, como se vê no gráfico seguinte.

29

63,6%66,0% 66,3%

69,3%76,6% 78,2%

2007 2008 2009 E

Saldo da Dívida Pública em % do PIB

Portugal Zona Euro

E = Estimativa

Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública

3.2.2 Evolução Financeira

A evolução observada em 2009 ao nível dos diversos agregados creditícios e monetários

mostra o acentuar da tendência que já se desenhava em 2008 de desaceleração no seu

crescimento, registando-se mesmo uma ligeira redução do agregado de referência

relativo aos meios de pagamento na economia (M3) de 0,2%. A instabilidade vivida nos

mercados financeiros, que se fez acompanhar por uma significativa reavaliação em alta

do risco por parte dos investidores e da deterioração da confiança, teve um impacto

mais acentuado em 2009 do que havia tido em 2008, no que à actividade bancária diz

respeito.

Os empréstimos bancários a particulares já vinham registando, desde 2007, taxas de

crescimento menos acentuadas do que o crédito a sociedades não financeiras e a

instituições financeiras não monetárias. De um crescimento de 9% em 2007 o crédito a

particulares aumentou apenas 2,3% em 2009. Este comportamento foi ainda mais

intenso no crédito a empresas e instituições financeiras, que passaram de crescimentos

de 11,2% e 27,0%, respectivamente em 2007, para 1,9% e 4,2% em 2009.

30

2007 2008 2009Crédito a particulares 9,0% 4,6% 2,3%

Crédito a sociedades não financeiras 11,2% 10,5% 1,9%

Crédito a instituições financeiras não monetárias 27,0% 13,4% 4,2%

Meios de Pagamento Totais em Circulação (M3) 11,6% 7,6% -0,2%

Fonte: Banco de Portugal

Agregados de Crédito e Monetários - Var%

O traço mais marcante da evolução das taxas de juro, em 2009, relacionou-se com o

significativo aumento do diferencial entre as taxas de juro de curto e de médio e longo

prazos. De facto o diferencial entre, por exemplo, a taxa de rendibilidade das

Obrigações de Dívida Pública a 10 anos e a Euribor a 6 meses passou de 1 p.p. para 3

p.p.. O alargamento deste diferencial resultou da diminuição das taxas de juro de curto

prazo, fortemente influenciadas pelas taxas de referência das operações de

refinanciamento junto do Eurosistema. No âmbito das medidas de estimulo monetário à

economia, o BCE reduziu as taxas de juro das principais operações de refinanciamento

de 4% no final de 2007, para 2,5% em 2008 e terminando o ano em análise em 1%.

As medidas de política monetária, em particular a evolução das taxas de juro de

referência, a par da contracção da procura agregada, terão explicado a redução também

significativa nas taxas de juro activas e passivas praticadas pelo sistema bancário na

economia portuguesa. Os créditos que beneficiaram de maior redução das taxas foram

os destinados ao financiamento da compra de habitação, que terão em média descido de

5,9% em 2008 para 2,0% em 2009. As taxas do crédito a sociedades não financeiras

também desceram de 6,1% em 2008 para 3,3% em 2009. Foi o consumo de particulares

que registou uma menor redução do respectivo custo de financiamento.

2007 2008 2009 Var. 2009/2008

Eonia 3,92% 2,35% 0,41% -1,94 p.p.Euribor a 6 meses 4,71% 2,97% 0,99% -1,98 p.p.

Rendibilidade das Obrigações Dívida Pública 10 anos 4,53% 3,96% 4,06% 0,10 p.p.(*) Fim de período

2007 2008 2009 Var. 2009/2008

Empréstimos bancários a sociedades não financeiras 6,15 6,14 3,34 -2,80 p.p.Empréstimos bancários a particulares para habitação 5,51 5,86 2,00 -3,86 p.p.Empréstimos a particulares para consumo 8,75 9,04 7,32 -1,72 p.p.Depósitos bancários e equiparados até 2 anos 3,58 3,99 1,67 -2,32 p.p.(*) Médias das taxas de juro de saldos de empréstimos e depósitos de/em instituições financeiras monetárias por residentes na área do euro.

Fonte: Banco de Portugal

Taxas de Juro da Área do Euro (*)

Taxas de Juro Activas e Passivas em Portugal (*)

31

No mercado primário de valores mobiliários o destaque, em 2009, foi para a emissão de

empréstimos públicos, que totalizou 39.622,8 milhões de euros, mais 21,0% do que o

total emitido em 2008. Os principais instrumentos seleccionados para as emissões

realizadas foram, os títulos de curto prazo, e em menor escala as Obrigações do Tesouro

a 5 e 10 anos. O custo do financiamento público a 10 anos terá terminado o ano a cerca

de 4,06%, 51 p.b. abaixo da taxa registada no final de 2008. A evolução mais recente

mostra que este custo pode agravar-se ao longo do ano de 2010.

Entre as restantes categorias de valores mobiliários, cabe uma referência especial às

emissões de obrigações privadas, que em termos líquidos atingiram em 2009 cerca de

33 mil milhões de euros, o que representa um acréscimo de 28,2% face ao ano anterior.

Inversamente, as emissões líquidas de acções, incluindo as cotadas e não cotadas, viram

o seu valor reduzir-se substancialmente, tendo registado um total, em 2009, de cerca de

7 mil milhões de euros.

No que se refere ao mercado secundário de valores mobiliários, excluindo as operações

realizadas directamente pelos intermediários financeiros que, após a entrada em vigor,

em Novembro de 2007, da Directiva Comunitária (DMIF), deixaram de ser reportadas à

Bolsa, verificou-se no ano em apreço uma grande quebra no valor negociado. Esta

evolução negativa estendeu-se a todos os segmentos com excepção de dívida pública. O

mercado bolsista perdeu peso no total negociado, caindo de uma quota total de 46,7%

para 31,2%, a par de um ganho relativo do mercado de dívida pública “por grosso” (o

MEDIP), cujo peso no total aumentou 15,6 p.p..

(10^6 euros)

Valor Estrutura Valor Estrutura Var. %1. Euronext Lisbon 57.949 46,7% 32.950 31,2% -43,1%

1.1 Sessões Normais 57.625 46,5% 32.918 31,2% -42,9%

Acções 54.895 44,3% 31.789 30,1% -42,1%

Obrigações 659 0,5% 395 0,4% -40,1%

Warrants 1.695 1,4% 604 0,6% -64,4%

Outros 376 0,3% 130 0,1% -65,4%

1.2 Sessões Especiais 324 0,3% 32 0,0% -90,1%

2. Medip 65.426 52,8% 72.241 68,4% 10,4%

3. PEX 588 0,5% 419 0,4% -28,7%

Total = 1 + 2 + 3 123.963 100,0% 105.610 100,0% -14,8%

(*) Não inclui as operações realizadas fora de mercado

Fonte: Dathis, CMVM

2008 2009

Transacções de Valores Mobiliários no Mercado Secundário a Contado (*)

32

4. A ACTIVIDADE DA EURONEXT LISBON

4.1 Movimentos e Capitalização Bolsista

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O incremento proveniente destes movimentos e o aumento dos preços médios dos

valores mobiliários negociados contribuíram para que a capitalização da Euronext

Lisbon aumentasse 31,6% entre os finais de 2008 e 2009.

4.1 Movimentos de Valores Mobiliários

4.1.1 Admissões e Exclusões

Em 2009 foram admitidos na Euronext Lisbon 2.746 novos valores mobiliários e foram

excluídos 2.498, predominantemente oriundos do segmento de warrants do Easynext

Lisbon. No Euronext Lisbon (mercado regulamentado) entraram 217 novos valores

mobiliários e saíram 159; estes movimentos concentraram-se no segmento de papel

comercial e obrigações de empresas privadas.

Em concreto, os novos valores mobiliários admitidos à negociação no segmento de

mercado regulamentado distribuíram-se pelas seguintes categorias:

Obrigações correspondentes a 57 empréstimos emitidos por:

- O Tesouro: OT Junho 2019 e OT Outubro 2014;

- O Metropolitano, a CP e a STCP, na categoria de Outros Fundos Públicos;

- As seguintes empresas privadas: BES (15), BPI (8), CGD (7), BCP (5),

Montepio (3), Refer (2), Sonae Distribuição (2), Sonae Sierra (1), Parpública (1),

Banif (1), Banco Finantia (1), BST (1), Banco Invest (1), F.C. Porto – SAD (1),

Tagus (1), EnergyOn (1), EDA (1).

Em 2009, foram admitidas à cotação cerca de 1.152 milhões de novas acções, em

resultado dos aumentos de capital da Sumol Compal, do BES, do Finibanco, do

Banif, do Banco Santander, da Europac e do Banco Popular. Entraram ainda na

Bolsa 66 emissões de obrigações, o que representou um acréscimo de 53,5% face

ao ano anterior, e 155 emissões de papel comercial.

33

Papel Comercial correspondente a 155 empréstimos emitidos pela REN (53),

Parpública (32), Portugal Telecom (29), Refer (13), Brisa (11), EDP (8), BPN (8) e

Metropolitano (1).

Direitos:

- De subscrição de acções referentes a aumentos de capital do BES, Finibanco,

Banif e Banco Santander;

- De incorporação de acções da Europac.

Unidades de Participação de um fundo especial de investimento mobiliário (BPI

Perpétuo), que começou a ser negociado em 30 de Setembro.

2008 2009 2008 2009 2008 2009

Euronext Lisbon 56 217 58 159 -2 58

Acções 4 (**) - 1 (***) 1 (***) 3 -1

Direitos 10 4 10 4 - 0

Dív. Pública + O.F. Públicos 4 5 2 2 2 3

Obrigações Diversas 27 52 37 15 -10 37

Papel Comercial 9 155 5 133 4 22

Certificados - - 3 4 (****) -3 4

Unidades de Participação 1 1 - - 1 1

Títulos de Participação - - - - - -

Exchange Traded Fund (ETF) 1 - - - -1 -

Easynext Lisbon(*) 2.977 2.529 2.977 2.339 -20 190

Acções - - 2 - -2 -

Unid. Participação (FII) - - 1 - -1 -

Obrigações Diversas 12 9 6 16 6 -7

Warrants Autónomos (*****) 1.450 1.261 1.464 1.063 -14 198

Warrants Estruturados (*****) 1.515 1.259 1.511 1.260 4 -1

Certificados - - 13 - -13 -

Total 3.033 2.746 3.035 2.498 -22 248(*) Inclui o Mercado Sem Cotações, que em 2009 foi extinto e as respectivas acções integradas no Easynext Lisbon

(**) Inclui a admissão de segundo código do Banco Popular Espanhol, em 2008 e que foi extinto em 2009

(***) Inclui a extinção de código das acções Galp s/ benefício fiscal

(****) Inclui extinção de 1 VMOC

(*****) Os números de warrants referem-se a todas as emissões que entraram e a todas as que sairam da Bolsa durante o semestre,

incluindo também as que entraram e saíram neste período e que não estavam registadas nem no início nem no fim do mesmo

Fonte: Dathis

Admissões Exclusões Variação Líquida

Movimentos de Valores Mobiliários na Euronext Lisbon (nº)

Entretanto, saíram do Euronext Lisbon (mercado regulamentado) os seguintes valores

mobiliários:

- As acções da segunda linha do Banco Popular Espanhol, que tinham sido admitidas

com regime especial de pagamento de dividendos;

34

- As obrigações correspondentes a 17 empréstimos: 1 do Tesouro, 5 do BPI, 3 do

Explorer, 2 do BSP, e uma de cada uma das seguintes empresas – STCP, CPP, UIF,

BES, F.C. Porto – SAD e Modelo Continente;

- Os direitos acima referidos, cujo prazo de negociação começou e acabou durante o ano

em análise;

- Três certificados por reembolso e um VMOC por amortização final;

- As 133 emissões de papel comercial que foram amortizadas em 2009.

No âmbito do Easynext Lisbon (Sistema Multilateral de Negociação), foram registados

os seguintes movimentos:

- Foram integradas no segmento acções do Easynext todas as emissões de acções que

estavam integradas no Mercado Sem Cotações, o qual foi extinto;

- No que se refere a emissões de obrigações, foram listados 9 empréstimos - BES (6),

BEF (2) e Caderno Azul (1) – e saíram 16 - do BES (12), da CGD (2) do BST (1) e do

BPI (1);

- O mercado de warrants voltou a registar significativo dinamismo, tendo entrado no

mercado 2.520 emissões e saído 2.323 emissões;

4.1.2 Capitalização Bolsista

A quantidade de acções nacionais admitidas à cotação aumentou em 1.152.389.961, em

resultado dos aumentos de capital da Sumol Compal, do BES, do Finibanco, do Banif,

do Santander, da Europac e do Banco Popular. No ano de 2009, o BES foi a única

empresa do PSI 20 a registar um aumento de capital, que se cifrou nos 666.666.666 de

acções.

O incremento proveniente destes movimentos e o aumento dos preços médios dos

valores mobiliários negociados contribuíram para que a capitalização da Euronext

Lisbon aumentasse aproximadamente 49 mil milhões de euros (31,6%), entre os finais

de 2008 e 2009, data em que o seu valor era 204.223,5 milhões de euros.

A predominância positiva do efeito preço é o reflexo da subida de 40,0% da cotação das

acções negociadas na Bolsa portuguesa verificada em 2009, avaliada pela evolução

anual do PSI Geral (o índice que abrange todas as acções negociadas nos Mercados

Regulamentados da Euronext Lisbon).

35

O aumento do valor da capitalização bolsista concentrou-se na sua quase totalidade

(48,7 mil milhões de euros) nos mercados regulamentados, em especial no segmento

accionista. Com efeito, em 2009 este segmento, com uma participação de 85,2% do

total, viu a respectiva capitalização bolsista crescer 58,8 mil milhões de euros (51,8%),

cifrando-se em 172.304,6 milhões de euros no final do ano. As acções de emitentes

estrangeiras contribuíram com 63,6% (60,3% em 2008) para o total da capitalização

bolsista do segmento accionista da bolsa portuguesa.

No mercado obrigacionista, registou-se uma diminuição da capitalização bolsista entre o

final de 2008 e de 2009. Com efeito, em termos homólogos, a capitalização bolsista dos

títulos do Tesouro, que representou 90% do total, baixou em 25,2% se bem que a das

empresas privadas tenha aumentado 7,2%.

O segmento das unidades de participação também observou uma redução da

capitalização bolsista. De facto, em 2009, a capitalização bolsista deste segmento sofreu

um declínio que rondou os 29,4%.

Euronext Lisbon 175 84 153.515,7 220 101 202.207,3

Acções 60 55 113.523,9 58 54 172.304,6

(Nacionais) (52) (49) (45.068,2) (51) (48) (62.687,6)

Obrigações 106 34 39.750,6 157 43 29.738,3

(Dívida Pública) (17) (1) (36.965,7) (18) (1) (26.753,1)

(Papel Comercial) (3) (2) - (15) (5) -

Exchange Traded Funds (ETF) 1 1 2,1 - - -

Direitos - - - - - -

Certificados 3 1 17,7 - - -

VMOC(**) 1 1 0,2 - - -

Títulos de Participação 2 1 28,1 2 1 28,1

Unidades de Participação 2 2 193,1 3 3 136,3

Easynext Lisbon(*) 621 33 1.697,7 814 31 2.016,2

Acções 18 18 49,4 18 18 126,5

Obrigações 52 8 1.314,8 45 9 1.694,2

Warrants Autónomos 412 2 200,7 620 2 93,1

Warrants Estruturados 130 2 83,5 131 2 102,4

Certificados 9 3 49,3 - - -

Total Geral 796 110 155.213,4 1.034,0 132,0 204.223,5

(*) Inclui o Mercado Sem Cotações, que em 2009 foi extinto e as respectivas acções integradas no Easynext Lisbon

(**) Valores Mobiliarios Obrigatoriamente Convertiveis

(***) Há sociedades que têm mais de uma categoria de valores mobiliarios por elas emitidos admitidos na Euronext Lisbon.

Fonte: Dathis

Valores Mobiliários e Capitalização Bolsista no Final do Ano

2008 2009

Valores

Mobiliários

(n.º)

Emitentes

(n.º)

(***)

Capitalização

Bolsista

(10^6 euros)

Valores

Mobiliários

(n.º)

Emitentes

(n.º)

(***)

Capitalização

Bolsista

(10^6 euros)

36

Repartição da Capitalização Bolsista por Tipo de Valor Mobiliário e Emitente no Final do Ano

2008

O utros; 0,2%Warrants; 0,2%

Acções Nacionais; 44,1%

Dívida Pública e Equiparada; 23,8%

Acções Estrangeiras; 29,0%

O brigações Privadas; 2,6%

2009

Acções Nacionais; 30,8%

Acções Estrangeiras; 53,7%

O brigações Privadas; 2,3%

Dívida Pública e Equiparada; 13,1%

Warrants; 0,1%

O utros; 0,1%

Fonte: Dathis

A repartição da capitalização bolsista da Euronext Lisbon, nos finais de 2008 e 2009,

pelos valores mobiliários nela negociados, retratada nos gráficos anteriores reflecte: um

significativo decréscimo do peso da dívida pública (23,8% para 13,1%), e ainda que

praticamente negligenciável, das obrigações privadas (2,6% para 1,5%), enquanto que o

37

segmento accionista viu o seu peso aumentar (73,2% para 84,4%). O comportamento da

capitalização bolsista no segmento acções foi dominado positivamente pelo aumento do

peso das acções estrangeiras, que viram a sua parcela subir de 29,0% para 53,7%, face a

uma redução da parcela das acções nacionais, que viram a sua contribuição descer de

44,1% para 30,8%.

O gráfico a seguir apresentado retrata a repartição das acções nacionais admitidas è

negociação no Euronext Lisbon (mercado regulamentado) por sectores de actividade, de

acordo com a classificação ICB Industry Classification Benchmark, de acordo com a

respectiva capitalização bolsista. Os vários sectores representados mostram uma

distribuição diversificada, com o domínio do sector industrial seguido da actividade

financeira. As alterações mais notórias verificadas em 2009 face a 2008 traduziram-se

na redução do peso das utilities, de 20,2% para 16,2% e no aumento do peso do sector

industrial de 23,0% para 27,6%.

Repartição Sectorial da Capitalização Bolsista das Acções de Emitentes Nacionais cotadas no Euronext Lisbon (mercado regulamentado)

23,0%

9,7%

12,6% 12,9%

20,2%21,1%

27,6%

14,9%13,7%

16,2%

7,0%

20,2%

Ind us t ria l C o ns t . +Tra ns p . S e rv iç o s Te le c o munic a ç õ e s U t i l it ie s S e c t o r F ina nc e iro

2008

2009

Fonte: Euronext Lisbon

38

4.2 Negociação

4.2.1 Mercado a Contado

O ano de 2009, que foi marcado por um enquadramento económico globalmente

recessivo, continuou a registar significativo dinamismo no que toca à negociação de

valores mobiliários, na sequência do que já havia ocorrido em 2008, se atendermos ao

número de negócios, que se manteve historicamente elevado, embora ligeiramente

inferior ao ano anterior. Os valores transaccionados, contudo, voltaram a cair

substancialmente.

Nas 256 sessões normais que, em 2009, tiveram lugar na Euronext Lisbon foram

realizados 5.420.051 negócios sobre valores mobiliários, o que reflecte um decréscimo

homólogo de 10,1%. Nestas transacções foram movimentados 32.916 milhões de euros,

valor que, em confronto com 2008 corresponde a uma diminuição de 42,9%.

Euronext Lisbon 5.701.563 5.267.045 -7,6% 55.861,6 32.221,8 -42,3%

Acções 5.618.534 5.224.460 -7,0% 54.894,1 31.786,9 -42,1%

(Estrangeiras)(**) (212.110) (368.827) 73,9% (1962,0) (1796,5) -8,4%

Direitos 78.781 35.571 -54,8% 368,5 128,8 -65,0%

Obrigações 3.972 6.774 70,5% 592,2 305,0 -48,5%

(Dívida Pública) (283) (218) -23,0% (15,0) (11,4) -24,0%

Títulos de Participação 117 90 -23,1% 1,6 0,2 -87,5%

Unidades de Participação 63 142 125,4% 0,4 0,8 100,0%

Certificados 46 2 -95,7% 4,7 0,1 -97,9%

Convertíveis 24 - -100,0% s/s - -100,0%

ETF 26 6 -76,9% 0,1 0,0 -95,0%

Easynext Lisbon(*) 325.450 153.006 -53,0% 1.763,5 694,6 -60,6%

Acções 756 496 -34,4% 0,6 0,8 33,3%

Obrigações Diversas 4.883 4.425 -9,4% 66,4 90,0 35,5%

Warrants 319.695 148.085 -53,7% 1.695,3 603,8 -64,4%

Certificados 116 - -100,0% 1,2 - -100,0%

Total Geral 6.027.013 5.420.051 -10,1% 57.625,0 32.916,4 -42,9%

(*) Inclui o Mercado Sem Cotações, que em 2009 foi extinto e as respectivas acções integradas no Easynext Lisbon

(**) Inclui a EDP Renováveis, que foi admitida à negociação em 3 de Junho de 2008

s/s=sem significado

Fonte: Dathis

N.º de Negócios e Valor das Transacções

Número de Negócios Valor Transaccionado (10^6 euros)

2008 2009 ∆ % Anual 2008 2009 ∆ % Anual

O ano de 2009 registou uma redução do número de negócios face ao verificado em

2008, mas ainda superior em 10,8% ao verificado em 2007; o valor negociado

registou uma acentuada perda.

39

Á semelhança do verificado anteriormente, em 2009 a actividade da Bolsa portuguesa

foi determinada pelo comportamento do mercado accionista, no qual se concentraram a

quase totalidade das transacções realizadas (96,4% do número de negócios e 96,6% do

valor das transacções). Neste segmento o número de negócios caiu 7% e o valor

negociado reduziu-se 42,1%. O melhor comportamento das acções estrangeiras em

relação ao total do segmento accionista reflecte o facto de nele estarem incluídas as

acções da EDP Renováveis, que só foram admitidas ao mercado a meio do ano 2008.

Em 2009 é também de sublinhar o comportamento das transacções de obrigações

realizadas nos mercados regulamentados, cujo número de negócios voltou a subir

substancialmente (+70,5%), a somar à melhoria já ocorrida em 2008 (+65,1%), mas o

valor negociado registou um recuo, de 592,2 milhões de euros em 2008 para 305

milhões de euros em 2009. Em simultâneo, assistiu-se à manutenção do peso do valor

transaccionado de valores mobiliários deste tipo no total negociado na Euronext Lisbon,

variando de 1% em 2008 para 0,9% em 2009.

Ainda no segmento de obrigações, de referir a realização de uma sessão especial em que

foram apurados os resultados da Oferta Pública de Subscrição de 3,6 milhões de

obrigações do empréstimo FC Porto SAD 2009-2010, que rendeu 18 milhões de euros.

De igual forma, as transacções de títulos de participação evoluíram de forma negativa,

tendo registado um decréscimo homólogo de 87,5% em termos de valor transaccionado,

mas também continuaram a ter com uma presença praticamente imperceptível na

actividade da Euronext Lisbon.

Por seu turno, os negócios envolvendo warrants, certificados e convertíveis evoluíram

também em baixa. No que respeita aos warrants, assistiu-se a reduções homólogas de

53,7% e 64,4%, respectivamente, em termos do número de negócios e do valor

transaccionado. Entretanto, o peso relativo das transacções de warrants no total

movimentado na Bolsa portuguesa caiu de 5,3% em 2008 para 2,7% em 2009, quando

avaliado pelo número de negócios, e desceu de 2,9% para 1,8% atendendo ao valor

transaccionado no mesmo período.

40

Enfim, considerando as transacções do conjunto dos restantes tipos de valores listados

na Bolsa portuguesa – unidades de participação de fundos de investimento, convertíveis,

certificados, ETF e direitos – a sua contribuição para o valor total movimentado na

Euronext Lisbon, em 2009, foi inexpressiva, não chegando a atingir 0,4% do valor

transaccionado, não obstante um acréscimo de 100% das transacções unidades de

participação (793 mil euros em 2009, contra 398 mil euros no ano anterior).

Confrontando a actividade do Easynext Lisbon com o Euronext Lisbon (Mercado

Regulamentado), observa-se, por um lado, a redução do seu contributo para o número

de negócios efectuados (2,8% em 2009, contra 5,4% no ano anterior) e a diminuição do

respectivo peso relativo no que toca ao valor movimentado (2,1% e 3,1%,

respectivamente).

No domínio do mercado a contado da Euronext Lisbon, merece ainda referência a

entrada, ao longo de 2009, de mais 14 membros, sendo 5 holandeses (Market Wizards,

Scrocca Option Trading, Turtle Trading, ING Bank e Accent Grave), 3 irlandeses

(Bloxham, J&E Davy e Virtu Financial Ireland), 2 ingleses (Algo Engineering Europe e

Nomura International), 2 franceses (Global Equities e Kepler Capital Markets) e 2

alemães (International Algorithmic Trading e Joh. Berenberg, Gossier & Co).

Entretanto, um membro holandês (Acción NV) solicitou o cancelamento do seu estatuto

de membro do mercado a contado português.

Assim, no final de 2009 tinham acesso ao mercado à vista 88 membros, com as

seguintes origens geográficas: 16 eram portugueses, 24 ingleses, 18 holandeses, 11

franceses, 5 alemães, 5 irlandeses, 4 espanhóis, 2 belgas, 1 italiano, 1 suíço e 1 sueco.

Ao mercado de derivados estavam ligados 37 membros.

Mercado Accionista

A actividade da Bolsa portuguesa é estruturalmente dominada pelo mercado accionista,

quer em termos do número de negócios, quer do respectivo valor, o que fica evidente no

gráfico seguinte, justificando, como habitualmente, que se proceda a uma análise mais

pormenorizada da actividade deste mercado em 2009

41

90,7%

97,3%

93,2%

95,3%96,4% 96,6%

2007 2008 2009

Peso do Mercado Accionista na Euronext Lisbon

Número de Negócios Valor Transaccionado

Fonte: Dathis

A análise da evolução mensal, em termos homólogos, das transacções de acções listadas

na Euronext Lisbon, atendendo ao número médio (por sessão) dos negócios efectuados,

revela um menor dinamismo em 2009 face ao ano anterior, registando-se grande parte

dos meses abaixo dos valores verificados em 2008, com excepção de 4 (Abril, Maio,

Agosto e Dezembro). Em 2009, o mês de maior movimento foi Maio seguido de

Outubro.

Tomando em consideração o valor médio negociado por sessão, o panorama caracteriza-

se, no essencial, por uma redução homóloga significativa nos primeiros oito meses do

ano, a que se seguiram 4 meses em que se observou grande proximidade entre os

valores registados em 2009 e os verificados no ano anterior. O valor médio diário

negociado atingiu o máximo (200 milhões de euros) em Setembro e o mínimo (93

milhões de euros) em Julho. Em comparação com os mesmos meses de 2008, as

maiores quedas verificaram-se em Janeiro, Fevereiro, Junho e Julho. O mês de

Dezembro de 2009 é o único a revelar uma vantagem sobre o valor homólogo, ainda

que inexpressiva.

42

Número Médio de Negócios e Valor Médio das Transacções de Acções Cotadas na Euronext Lisbon (*)

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

Jane iro F e ve re iro M arç o A b ril M a io Junho Julho A g o s t o S e t e mb ro Out ub ro N o ve mb ro D e z e mb ro

0

50

100

150

200

250

300

350

400

10 ^6 e uro s

Número Médio de Negócios em 2008 Número Médio de Negócios em 2009

Valor Médio das Transacções em 2008 Valor Médio das Transacções em 2009

(*) Média diária

Fonte: Dathis

Confrontando o total das acções negociadas na Bolsa portuguesa em sessões normais,

em 2009, com o registo do ano anterior, observa-se uma regressão de 7% no tocante ao

número de negócios e uma descida no valor transaccionado de 42,1%. Esta queda do

valor negociado é o resultado conjunto do efeito quantidade e do efeito preço que se

vem agravando desde o ano passado. Não obstante, no ano em apreço, as cotações, em

média subiram 40,0%, avaliadas pela evolução do índice PSI Geral.

Atendendo à repartição das acções com base nos seus emitentes, nota-se que na praça

lisboeta as acções domésticas têm vindo a representar a quase totalidade dos negócios

sobre os valores desta natureza: 92,9% considerando o número de negócios e 94,3% no

que concerne ao valor movimentado, em 2009.

Assim, no ano em apreço, em confronto com 2008, verificou-se um decréscimo de

10,2% no número de negócios envolvendo acções de emitentes nacionais listadas no

Euronext Lisbon (Mercado Regulamentado) e um acréscimo de 73,9% do número de

negócios sobre acções de emitentes estrangeiros, aumento que se ficou a dever

essencialmente à entrada neste segmento da EDP Renováveis em Junho de 2008.

43

No que se refere ao valor transaccionado, o segmento das acções nacionais registou uma

pronunciada quebra de 43,3%, enquanto que o segmento das acções estrangeiras

observou uma redução de 8,4% (também este resultado influenciado pela admissão da

EDP Renováveis a meio do ano de 2008). Em resultado, o peso da negociação de acções

de emitentes estrangeiros no total do mercado accionista subiu de 0,5% em 2008 para

7,1% quanto ao número dos negócios efectuados, e de 0,6% para 5,7% no que toca ao

valor movimentado.

N.º % N.º % 10^6 € % 10^6 € %

Euronext Lisbon 5.618.534 100,0% 5.224.460 100,0% -7,0% 54.861,6 100,0% 31.786,9 100,0% -42,1%

Acções de Emitentes Nacionais 5.406.424 96,2% 4.855.633 92,9% -10,2% 52.899,6 96,4% 29.990,3 94,3% -43,3%

Acções de Emitentes Estrangeiros (**) 212.110 3,8% 368.827 7,1% 73,9% 1.962,0 3,6% 1.796,6 5,7% -8,4%

Easynext Lisbon(*) 756 (0) 496 (0) -34,4% 0,6 (0) 0,8 (0) 33,3%

Acções de Emitentes Nacionais 756 (0) 496 (0) -34,4% 0,6 (0) 0,8 (0) 33,3%

Total 5.619.290 100,0% 5.224.956 100,0% -7,0% 54.862,2 100,0% 31.787,7 100,0% -42,1%

(*) Incorpora o anterior Mercado Sem Cotações e o Easynext Lisbon

(**) Inclui a EDP Renováveis, que foi admitida ao mercado em 3 de Junho de 2008

(0) Inferior ao módulo

Fonte: Dathis

Transacções de Acções na Euronext Lisbon

Negócios Valor

2008 2009∆% Anual

2008 2009∆% Anual

Tomando em consideração a repartição sectorial das transacções de acções efectuadas

em 2009 no mercado regulamentado Euronext Lisbon, que o gráfico seguinte retrata,

destaca-se o sector das utilities, que atingiu uma quota de 22,0% em 2009, logo seguido

do sector financeiro, com um peso de 20,5% e das telecomunicações, que representaram

17,7% do total transaccionado em acções. Em termos da evolução face a 2008, cabe

realçar a evolução das transacções em utilities que ultrapassaram o sector financeiro, o

qual havia revelado o maior volume de transacções em 2008.

44

Repartição Sectorial das Transacções de Acções

no Euronext Lisbon (mercado regulamentado)

0%

10%

20%

30%

Utiliti

es

S. Fin

ance

iro

Teleco

munica

ções

Petróleo

e Gás

Serviç

os

Constr

ução e

Mater

iais

Transp

. e C

omunica

ções

Industr

ial

2008

2009

Fonte: Dathis

Do mesmo passo, continuou a observar-se uma forte concentração do mercado

accionista da Euronext Lisbon num reduzido número de títulos. Assim, as 20 acções que

mais negociaram em 2009 concorreram com 96,5% para o valor total das transacções de

acções efectuadas em sessões normais na Euronext Lisbon (96,8% em 2008).

Considerando apenas as 5 acções com maior valor transaccionado, o elevado grau de

concentração surge ainda mais evidente, embora ligeiramente menor do que no ano

anterior (63,6%, em 2009 contra 64,4% em 2008), o mesmo acontecendo com as acções

da empresa mais negociada, que no ano anterior foi a EDP (com um peso relativo de

17,7%) e no ano em apreço foi a Portugal Telecom (16,9%). Assim, em 2009, a

Portugal Telecom subiu duas posições no referido Top 5, tendo a EDP ficado em

segundo lugar, a GALP em terceiro, e o BCP e BES respectivamente na quarta e quinta

posições. Refira-se que todas as acções do Top 5 registaram uma redução acentuada no

valor das transacções.

45

EDP 9.716 17,7% Portugal Telecom 5.382 16,9% -30,5%

Galp 8.256 15,1% EDP 5.118 16,1% -47,3%

Portugal Telecom 7.747 14,1% Galp 4.071 12,8% -50,7%

BCP 6.585 12,0% BCP 3.515 11,1% -46,6%

BES 3.038 5,5% BES 2.142 6,7% -29,5%

Top 5 35.342 64,4% Top 5 20.228 63,6% -42,8%

Top 20 53.140 96,8% Top 20 30.684 96,5% -42,3%

(*) No segmento accionista do Euronext Lisbon (mercado regulamentado

Fonte: Dathis

Acções com Maior Valor Transaccionado

2008 2009

DesignaçãoValor

(10^6 €)Quota (*) Designação

Valor

(10^6 €)Quota (*) ∆ Anual

Passando agora à análise dos indicadores de liquidez relativos ao conjunto das acções

listadas no Euronext Lisbon (mercado regulamentado), observou-se um claro

agravamento, na sequência do que já acontecera em 2008. Com efeito, no domínio das

20 acções com maior valor negociado, verificou-se que no ano em apreço, o turnover

foi inferior em 29,1 p.p. ao registado em 2008, embora todas as acções tenham sido

negociadas todos os dias. No conjunto das restantes acções a redução do turnover

também foi notória, com uma quebra de 4,8 p.p., face ao observado no ano anterior.

2008 2009

Turnover Médio (*) 89,5% 60,4%

Frequência Média de Negociação (**) 99,9% 100%

Turnover Médio (*) 11,2% 6,4%

Frequência Média de Negociação (**) 73,3% 68,3%

20 Acções com maior valor negociado

Restantes acções do Mercado Regulamentado

Indicadores de Liquidez das Acções Listadas no Mercado Regulamentado

(*) Média simples do turnover do conjunto das acções a que se refere, sendo o valor do turnover calculado pelo rácio entre a quantidade transaccionada e a quantidade

admitida durante o período em análise

(**) Média simples da frequência de negociação, que é medida pelo rácio entre o número de sessões em que a acção negociou e o número de sessões em que esteve

admitida à negociação.

Por seu turno, da análise da evolução anual das cotações de acções, tendo por suporte o

comportamento dos dois principais índices do mercado português (o PSI Geral e o PSI

20), ressalta que, ao ano de 2008, em que se observaram fortes desvalorizações do

mercado (variações negativas de 49,7% para o PSI Geral e 51,3% para o PSI 20),

seguiu-se um ano de recuperação (variações positivas de 40% para o PSI Geral e 33,5%

46

para o PSI 20). Note-se, contudo, que os valores registados no final de 2009 ainda se

encontravam abaixo dos verificados no final de 2006.

Comparando a evolução anual destes dois índices ao longo dos últimos três anos,

verifica-se que o PSI Geral se valorizou mais em 2007 e 2009 que o PSI 20, e caiu

menos que este índice em 2009.

Variação Anual do Índice PSI Geral

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

29-Dez-06 28-Set-07 1-Jul-08 30-Mar-09 28-Dez-09

∆ Anual 2007: 18,3%

∆ Anual 2008: -49,7%

∆ Anual 2009: 40,0%

Variação Anual do Índice PSI 20

0

3.000

6.000

9.000

12.000

15.000

29-Dez-06 28-Set-07 1-Jul-08 30-Mar-09 28-Dez-09

∆ Anual 2007: 16,3%

∆ Anual 2008: -51,3%

∆ Anual 2009: 33,5%

Fonte: Dathis

47

Entrando em linha de conta com a distribuição sectorial das acções que compõem o PSI

Geral, o panorama é globalmente positivo, sendo que, no ano em análise todos os

índices sectoriais se apreciaram. O índice do Sector Financeiro, que no ano de 2008

mais sofreu com a crise nos mercados financeiros internacionais, verificou, no ano de

2009, alguma recuperação (14,7% em 2009, contra -62,9% em 2008), ainda que aquém

das melhorias registadas na maior parte dos outros sectores. O índice sectorial com

melhor desempenho foi o dos Serviços, com um ganho de 67,8%, seguido das

Telecomunicações que avançaram 56,4%. O índice de Bens de Consumo registou uma

subida muito pouco expressiva, mantendo praticamente os níveis do ano anterior.

Materiais de Base -32,7% 37,2%Industrial -46,4% 54,6%Bens de Consumo -39,6% 0,5%Serviços -52,3% 67,8%Telecomunicações -32,4% 56,4%Utilities -37,4% 23,3%Sector Financeiro -62,9% 14,7%IT -13,1% 7,3%Fonte: Euronext Lisbon

Evolução dos Índices Sectoriais

Variação Anual

2008 2009Sectores

No ano em apreço, a análise da evolução mensal dos dois principais índices

representativos do mercado accionista nacional, põe em evidência uma trajectória

positiva, embora ainda com um registo de quatro meses negativos. Em 2008 apenas três

meses haviam registado evoluções positivas.

Comparando as variações percentuais dos índices PSI Geral e PSI 20 em cada mês de

2009 com as homólogas de 2008, encontram-se desvios de grande amplitude, em

particular em Junho e Outubro. Os meses de Fevereiro, Novembro e Dezembro foram

os que registaram maior proximidade de desempenho, em termos homólogos, entre

2008 e 2009.

48

Variação % Mensal do Índice PSI Geral

-25%

-20%

-15%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2008

2009

Variação % Mensal do Índice PSI 20

-25%

-20%

-15%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set O ut Nov Dez

2008

2009

Fonte: Dathis

49

Procedendo a idêntica análise mas com base na variação percentual diária, conclui-se

que em 2009, tomando como indicador o índice PSI 20, a volatilidade decresceu

substancialmente face ao verificado em 2008. De facto, no primeiro semestre do ano de

2009 a volatilidade reduziu-se significativamente face ao registo anormalmente elevado

do segundo semestre de 2008, mas manteve-se ainda a níveis superiores ao observado

na primeira metade de 2008. Já no segundo semestre de 2009 a volatilidade foi mais

reduzida que na primeira metade do ano.

Em concreto, a amplitude máxima das variações diárias do PSI 20 (correspondente à

diferença entre a maior descida percentual e a maior subida percentual) desceu de

20,06p.p. em 2008 para 6,76p.p. no ano em apreço, resultante de uma descida de 3,34

p.p. em 14 de Janeiro e de uma subida de 3,42 p.p. em 2 de Abril.

Correlativamente, a amplitude das variações diárias do PSI 202, passou de 122,2% em

2008 para 54,7% no ano em referência e a volatilidade anualizada deste índice3 desceu

de 32,6% para 18,6%.

Tomando em linha de conta a evolução das cotações ajustadas das empresas que no

final de 2009 compunham a carteira do índice PSI 20, ressaltam variações homólogas

muito díspares se bem que todas positivas, distribuídas por um intervalo compreendido

entre 108,0% relativo às acções da Sonae SGPS e 6,5% respeitante às acções do BCP,

como se pode ver no gráfico a seguir apresentado4.

Alargando a análise ao conjunto das acções do PSI Geral5, verifica-se que em 2009 a

grande maioria das acções subiu, contrariando a tendência esmagadoramente negativa

do ano anterior. De entre as empresas do PSI Geral, as que observaram maiores

valorizações foram, para além da Sonae SGPS, a Cofina SGPS com um avanço de

135,6% e a Impresa (113,1%); as que registaram pior desempenho foram o Finibanco e

a Martifer, com desvalorizações das cotações ajustadas das suas acções em 23,0% e

11,2%, respectivamente.

2 Medida por (maior valor - menor valor) / menor valor.

3 Medida pelo produto do desvio padrão das rendibilidades diárias e da raiz quadrada de 255. 4 Na reunião anual ordinária da Comissão de Gestão dos índices da Euronext Lisbon foi decidido que a carteira do índice PSI 20 não seria alterada, e nenhum outra alteração extraordinária foi efectuada. 5 Todas as listadas nos Mercados Regulamentados da Euronext Lisbon

50

Variação % Diária do Índice PSI 20 em 2008

-13%

-8%

-3%

2%

7%

12%

2-Jan

16-Ja

n

30-Ja

n

13-Fev

27-Fev

12-M

ar

26-M

ar

9-Abr

23-Abr

7-Mai

21-M

ai

4-Jun

18-Ju

n2-J

ul

16-Ju

l

30-Ju

l

13-Ago

27-Ago

10-Set

24-Set

8-Out

22-Out

5-Nov

19-Nov

3-Dez

17-Dez

31-Dez

Variação % Diária do Índice PSI 20 em 2009

-8%

-3%

2%

7%

12%

2-Jan

16-Ja

n

30-Ja

n

13-Fev

27-Fev

13-M

ar

27-M

ar

10-Abr

24-Abr

8-Mai

22-M

ai

5-Jun

19-Ju

n3-J

ul

17-Ju

l

31-Ju

l

14-Ago

28-Ago

11-Set

25-Set

9-Out

23-Out

6-Nov

20-Nov

4-Dez

18-Dez

Fonte: Dathis

51

Variações Homólogas das Cotações Ajustadas das Acções da Carteira do PSI 20

-100,0% -50,0% 0,0% 50,0% 100,0% 150,0%

SO NAE SGPS

SO NAECO M

CIMPO R

ALTRI

J.MARTINS

TEIXEIRA DUARTE

MO TAENGIL

GALP

SO NAE IND.

PT

BRISA

PO RTUCEL

EDP RENO V

SEMAPA

BANCO BPI

ZO N

EDP

BES

REN

BCP 2009

2008

Fonte: Dathis

4.2.2 Mercado de Derivados

Produtos Derivados: Futuros

No ano de 2009 assistiu-se a uma diminuição significativa do número de contratos

negociados, quer no que respeita aos contratos sobre o índice PSI 20, quer nos

contratos sobre acções individuais (single stock futures). Comparativamente com o

período homólogo, o mercado de derivados português registou uma quebra no

volume total negociado (-52%), fruto da diminuição do volume dos contratos

sobre acções em 58% e da redução do volume dos contratos sobre o índice PSI 20

em 19%.

52

2008 413.987 75.904 489.891 182,3 720,3 902,5 7.326 1.639 8.9652009 174.214 61.225 235.439 33,3 458,1 491,4 19.601 2.085 21.686

(*) No final do ano

Fonte: LIFFE CONNECT®

Posições Abertas(*)

s/acções s/PSI 20 Total

Valor (10^6 euros)

s/acções s/PSI 20 Total

Evolução do Mercado de Derivados Português

Volume de Contratos

s/acções s/PSI 20 Total

O número total de contratos negociados cifrou-se em 235.439, dos quais 174.214 sobre

acções e 61.225 sobre o índice PSI 20. O volume total negociado de contratos sobre

acções equivaleria a negociar 17.421.400 acções no mercado à vista, o que representaria

um valor na ordem dos 33.345.270 euros. Também ao nível dos contratos de futuros

sobre o PSI 20, os 61.225 contratos negociados representariam um valor negociado na

ordem dos 458.069.711 euros.

Tal como aconteceu ao volume, em 2009, o valor dos contratos sobre futuros também

ficou aquém (-45,6%) do negociado em 2008, reflectindo a evolução dos futuros sobre o

PSI 20, cujo valor movimentado diminuiu 36,4%, bem como dos futuros sobre acções

que também sofreram uma nítida redução de 81,7%.

Apesar da quebra global das transacções, o mercado de derivados sobre subjacentes

portugueses fechou o ano com um total de posições abertas significativamente superior

ao registado no fecho do ano de 2008.

Recorde-se que, actualmente, estão disponíveis para negociar no mercado de derivados

sobre subjacentes portugueses 14 contratos de futuros, um sobre o índice PSI 20 e 13

sobre acções constituintes do referido índice, o que significa uma cobertura de cerca de

85% deste índice (no que respeita à capitalização bolsista).

53

Futuros: Volume Negociado e Posições Abertas

0

50

100

150

200

250

300

350

Jan-0

7

Fev-0

7

Mar-0

7

Abr-07

Mai-0

7

Jun-07

Jul-07

Ago-07

Set-07

Out-0

7

Nov-07

Dez-0

7

Jan-0

8

Fev-0

8

Mar

-08

Abr-08

Mai

-08

Jun-0

8

Jul-08

Ago-08

Set-0

8

Out-0

8

Nov-08

Dez-0

8

Jan-0

9

Fev-0

9

Mar-0

9

Abr-09

Mai-0

9

Jun-09

Jul-09

Ago-09

Set-09

Out-0

9

Nov-09

Dez-0

9

Vol

ume

(10^

3)

0

20

40

60

80

100

120

140

Pos

içõe

s A

bert

as (

10^3

)

Volume Negociado

Posições Abertas

Fonte: LIFFE CONNECT®

A observação do gráfico acima ilustra a evolução mensal do mercado no que se refere

ao volume de contratos negociados e às posições abertas no final de cada mês. No que

respeita ao volume negociado, e com excepção dos meses de Novembro e Dezembro,

observou-se uma quebra acentuada, em termos homólogos, ao longo de todo o ano. Por

seu turno, as posições abertas, que também estiveram abaixo dos níveis verificados em

2008 até Outubro, acabariam, em Novembro e Dezembro de 2009, por ficar acima do

registado nos meses homólogos de 2008.

Atendendo ao valor dos contratos negociados sobre acções nacionais, os investidores

manifestaram maior interesse, em primeiro lugar pela Jerónimo Martins (em 2008 havia

sido pela Galp), seguida do Millennium BCP e da EDP Renováveis.

54

2008 60.191 91,8 175

2009 2.075 2,0 0

2008 156.553 26,9 4.655

2009 92.925 7,8 15.581

2008 25.405 20,8 36

2009 1.604 0,6 0

2008 27.922 11,3 0

2009 3.800 1,1 0

2008 15.117 10,3 0

2009 2.020 1,1 0

2008 12.277 10,2 410

2009 2.570 1,7 0

2008 109.303 7,7 1.950

2009 40.150 3,3 1.500

2008 1.264 1,3 0

2009 1.468 0,8 0

2008 1.895 1,0 50

2009 15.770 8,1 1.520

2008 3.310 0,8 50

2009 1.320 0,2 0

2008 600 0,1 0

2009 430 0,2 0

2008 50 0,0 0

2009 10.082 6,6 1.000

2008 100 0,0 0

2009 0 0,0 0

2008 413.987 182,3 7.326

2009 174.214 33,3 19.601

(*) No final do ano

Fonte: LIFFE CONNECT®

EDP Renováveis

SonaeCom

Total

BES

Jerónimo Martins

Banco BPI

REN

Galp

Millennium BCP

PT

Sonae SGPS

Volume Valor (10^6 euros) Posições Abertas (*)

ZON Multimédia

EDP

Brisa

Transacções de Contratos de Futuros sobre Acções Nacionais

Como se pode concluir do gráfico seguinte, respeitante aos rácios de cobertura dos

vários contratos de futuros em relação ao activo subjacente no mercado a contado

(medido pelo valor das transacções em ambos os mercados), em 2009 os investidores

voltaram a manifestar uma clara preferência pelo contrato de futuro sobre o índice PSI

55

20, melhorando o valor registado em 2008. A seguir aparecem, por ordem decrescente,

as acções da Jerónimo Martins, da EDP Renováveis e da Sonae SGPS. Em comparação

com o ano de 2008, destaca-se a redução mais acentuada nos rácios de cobertura na Zon

e na Galp, e de forma menos intensa, na Brisa e no Millennium BCP.

Rácio de Cobertura do Mercado a Contado pelo Mercado de Futuros

0,0% 0,2% 0,4% 0,6% 0,8% 1,0% 1,2% 1,4% 1,6% 1,8%

SO NAECOM

EDP

PT

BES

GALP

BPI

REN

ZO N M

BRISA

BCP

SO NAE

EDP R

J.MARTINS

ÍNDICE PSI 20

2008 2009

Fonte: LIFFE CONNECT® e Dathis

Em Fevereiro de 2009, a Euronext Lisbon aumentou a sua oferta de publicações,

lançando uma brochura conjunta de produtos a contado e derivados, denominada

“Produtos Cotados em Lisboa”, que versa informação sucinta sobre cada um dos

produtos disponíveis e remete para brochuras mais específicas e detalhadas ou para o

website na NYSE Euronext.

Complementarmente, de forma a desenvolver o conhecimento sobre os produtos

derivados que são disponibilizados sobre subjacentes portugueses, estruturou-se um

plano de formação multi-nível destinado aos diferentes participantes do mercado.

56

Assistiu-se ainda à reestruturação e assinatura de novos contratos de Criador de

Mercado (Market Maker) para os contratos de Single Stock Futures e PSI20 com o

Banco Santander, S.A.. Por fim, de referir a entrada, em Janeiro de 2009 de um novo

membro negociador no mercado de derivados de Lisboa (Maple Bank Gmbh) e a

cessação de actividade como Market Maker do Mercado de Derivados de Lisboa da

Susquehanna International Securities Limited (Março de 2009).

57

4.3 Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários

Em Portugal, a gestão dos sistemas centralizados de valores mobiliários e dos sistemas

de liquidação de valores mobiliários é da competência da INTERBOLSA – Sociedade

Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários,

SA, uma sociedade anónima cujo capital social é inteiramente detido pela Euronext

Lisbon.

Além desta função, à INTERBOLSA, enquanto membro da ANNA – Association of

National Numbering Agencies, S.C.R.L., está confiada a gestão e o funcionamento da

Agência Nacional de Codificação, entidade responsável pela atribuição de códigos ISIN

- International Securities Identification Number e CFI - Classification of Financial

Instruments a todos os valores mobiliários emitidos em Portugal, bem como a outros

instrumentos financeiros, em conformidade com as normas ISO e as directrizes da

ANNA.

Nos termos legais, a INTERBOLSA no seu relatório anual faz uma análise detalhada da

forma como desenvolveu, em 2009, as actividades que lhe estão cometidas. Assim

sendo, e apenas porque este se trata de um relatório “consolidado”, apresenta-se a seguir

uma breve resenha da actividade desenvolvida no ano em apreço no domínio dos

sistemas centralizado e de liquidação de valores mobiliários.

Em 31 de Dezembro de 2009, a INTERBOLSA contava 34 Intermediários Financeiros

filiados nos seus sistemas, sendo menos um do que em igual período do ano anterior.

No que respeita, especificamente, às entidades bancárias, em Setembro de 2009

procedeu-se ao cancelamento da filiação do Banco Millennium BCP Investimento, S.A.,

na sequência da fusão por incorporação deste no Banco Comercial Português, S.A. (a

qual produziu efeitos a 3 de Setembro de 2009). Ainda, a partir de Setembro de 2009, a

INTERBOLSA passou a contar com mais um filiado nos seus sistemas: o Banque Privé

Espirito Santo, S.A. – Sucursal em Portugal. No que concerne às Sociedades Corretoras,

a partir de Fevereiro de 2009, a OREY Valores – Sociedade Corretora, S.A. suspendeu

58

a sua filiação nos sistemas geridos pela INTERBOLSA, passando esta entidade gestora

a contar com apenas um intermediário financeiro deste tipo a intervir nos seus sistemas.

Em 31 de Dezembro de 2009, encontravam-se inscritas no sistema centralizado 2.677

emissões, representadas em termos de montante de valor nominal por 239.912 milhões

de euros, apresentando um crescimento de 25,2% do valor nominal das emissões

inscritas, face ao final do ano anterior.

Das 2.677 emissões inscritas no Sistema Centralizado gerido pela INTERBOLSA,

65,2% (1.746 emissões) encontravam-se representadas sob a forma escritural. Das 931

emissões tituladas, mais 567 emissões que em igual período de 2008, 894 pertenciam ao

tipo de warrants e certificados, estando cada emissão, representada por um único

certificado global.

Sendo o exercício de direitos de conteúdo patrimonial e outros eventos uma das

principais actividades da INTERBOLSA, importa igualmente realçar a sua evolução

durante o ano de 2009.

De forma conjunta, o sistema centralizado de valores mobiliários processou, durante o

ano em análise, operações de exercício de direitos e outros eventos que totalizaram

5.247, conforme a seguir se descrimina, o que representa um acréscimo homólogo de

5,5% no que se refere ao número total de eventos processados, sendo de salientar que o

montante envolvido nestes processamentos atingiu 51.618 milhões de euros, 64,7%

superior ao registado no ano transacto.

Durante o ano de 2009 foram processadas 1.551 operações de pagamento de juros e

remunerações, representando um acréscimo de 23,7% face ao ano anterior. O montante

de juros pagos em 2009 ascendeu a 6.284 milhões de euros traduzindo-se num aumento

de 11,8% face ao montante de juros e remunerações pagos em 2008.

Por sua vez, o número de operações de amortização processadas na Central, aumentou

em termos homólogos 54,5% (de 224 para 346 operações), tendo o montante

amortizado aumentado de 17.116 para 35.075 milhões de euros (+104,9%).

59

Relativamente à distribuição de dividendos/rendimentos, durante o ano de 2009, foram

realizadas, através do Sistema Centralizado, 102 operações de pagamento de

dividendos/rendimentos, menos 14 do que em igual período do ano anterior. O

montante de dividendos pago decresceu de 4.857 para 4.008 milhões de euros,

representando uma queda de 17,5% face ao montante de dividendos pago em 2008.

Ainda, durante o ano em causa, a Central de Valores Mobiliários contabilizou o

processamento de 3.224 operações de exercício de Warrants e Certificados, sendo

menos 125 operações do que no ano precedente. O decréscimo registado foi

acompanhado pela redução do montante global envolvido neste tipo de operações, o

qual apresentou uma variação negativa de 69,4%.

Para além das operações atrás referidas, a INTERBOLSA através da Central efectua,

por instrução do intermediário financeiro, a movimentação de valores mobiliários

dentro da mesma conta e entre contas de diferentes intermediários financeiros, tanto

para efeito de liquidação física de operações como para a mera transferência de valores.

Assim, em 2009, foram realizadas 286 mil operações de transferência de valores

mobiliários; em contraste com o ano anterior, verificou-se um decréscimo de 6,2% no

número de movimentos efectuados, que foi acompanhado por uma redução de 27,3% na

quantidade de valores mobiliários objecto de transferência.

Valor Valor10^6 euros 10^6 euros

Dívida Pública 29 3.415 30 3.982 16,6%

VMOC+Outros 36 378 182 704 86,2%

Dívida Pública 2 8.173 1 5.660 -30,7%

VMOC+Outros 8 2.129 151 23.935 1024,2%

Dividendos/Remunerações 116 4.857 102 4.008 -17,5%

Por Subscrição 7 1.876 6 1.419 -24,4%Por Incorporação de Reservas 5 169 3 2.334 1280,4%

Fonte: INTERBOLSA

Valor das Operações Processadas na Central

Dividendos e Rendimentos

2008Nº Operações

2009Nº Operações

690 15

Variação Homóloga do

ValorJuros/Remunerações

Dívida Privada+Títulos de Participação 1.189 1.831 1.339 1.597 -12,8%

2.191 217,7%

Exercício de Warrants e Certificados 3.349 1.006 3.224 308 -69,4%

Reduções de Capital, Fusões e Cisões de Empresas

17

5.480 -19,6%

Amortizações

Aumentos de Capital

Dívida Privada+Títulos de Participação 214 6.814 194

60

4.4 Sistemas de Liquidação

A INTERBOLSA está incumbida da organização e gestão dos sistemas de liquidação de

valores mobiliários com vista a assegurar, designadamente, a realização de

transferências de dinheiro associadas às transferências de valores mobiliários ou a

direitos inerentes e a garantias relativas a operações sobre valores mobiliários.

São participantes dos sistemas de liquidação os intermediários financeiros filiados na

INTERBOLSA e que asseguram a liquidação física e financeira das operações

realizadas em todos os mercados geridos pela Euronext Lisbon, bem como as operações

realizadas fora de mercado.

A INTERBOLSA gere dois sistemas de liquidação: o Sistema de Liquidação em Geral e

o SLrt – Sistema de Liquidação em real time. A LCH.Clearnet, SA assume, no mercado

de capitais português, as funções de câmara de compensação e de contraparte central.

Operações Garantidas 297.453 45.869 250.924 25.266 -44,9%Operações não Garantidas 5.573 127 4.848 87 -31,5%Resubmissões SLrt 35.169 5.780 31.380 3.378 -41,6%

465.974 123.910 470.421 107.232 -13,5%

Fonte: INTERBOLSA

SLrt Total

2009

Valor 10^6 euros

Nº Operações Valor 10^6 euros

Nº Operações

2008

Operações Realizadas nos Sistemas de Liquidação da INTERBOLSAVariação

homóloga do

valor

Sistema de Liquidação em Geral

Em 2009, a INTERBOLSA liquidou, através do Sistemas de Liquidação em Geral, 251

mil instruções resultantes da compensação de operações realizadas nos mercados

geridos pela Euronext Lisbon e garantidas pela LCH.Clearnet, S.A. O montante global

envolvido nestas operações ascendeu a 25.266 milhões de euros, o que representou um

decréscimo de 44,9% no montante liquidado, quando comparado com o ano transacto.

61

Por sua vez, as operações OTC (over the counter) e de realinhamento, liquidadas

através do Sistema de Liquidação real time (Slrt), apresentaram um acréscimo de 1%,

quando comparadas com o número de operações concretizadas em 2008. No entanto, o

montante envolvido na liquidação das operações em tempo real decresceu de 123.910

para 107.232 milhões de euros (-13,5%).

Correspondendo às necessidades do mercado, a INTERBOLSA implementou um

sistema de liquidação em moeda diferente de Euro, recorrendo a um sistema de

pagamento do tipo commercial bank money operado pela CGD – Caixa Geral de

Depósitos, SA, que permite os pagamentos de rendimentos e a liquidação financeira de

operações de mercado não garantidas e over-the-counter em USD, GBP, JPY e CHF,

podendo, no entanto, ser alargado a outras moedas convertíveis se tal se mostrar

necessário.

A 31 de Dezembro de 2009, encontravam-se inscritas em Sistema Centralizado 12

emissões em moeda estrangeira, sendo 9 emitidas em dólares, no montante de

155.845.000 USD, e 3 emissão em ienes, no montante de 32.000.000.000 JPY.

4.5 Agência Nacional de Codificação

À INTERBOLSA, enquanto membro da ANNA – Association of National Numbering

Agencies, S.C.R.L., está confiada a gestão e o funcionamento da Agência Nacional de

Codificação, entidade responsável pela atribuição de códigos ISIN - International

Securities Identification Number e CFI - Classification of Financial Instruments a todos

os valores mobiliários emitidos em Portugal, bem como a outros instrumentos

financeiros, em conformidade com as normas ISO e as directrizes da ANNA.

No âmbito das funções que lhe estão cometidas, enquanto Agência Nacional de

Codificação, a INTERBOLSA prosseguiu em 2009 a actividade de atribuição de

Códigos ISIN e Códigos CFI de acordo com as guidelines definidas pela ANNA –

Association of National Numbering Agencies, enquanto entidade responsável a nível

mundial, pela promoção, implementação e manutenção das Normas ISO 6166 e ISO

10962.

62

Durante o período em análise, a Agência Nacional de Codificação atribuiu 13.308 novos

códigos ISIN e desactivou 13.268 códigos. Em 31 de Dezembro de 2009, encontravam-

se activos 5.717 códigos ISIN, mais 40 códigos do que no final de 2008.

No entanto, medindo a actividade da Agência Nacional de Codificação pelo somatório

do número de novos códigos atribuídos e pelo número de cancelados durante o ano,

afere-se um crescimento de 31,4%, quando comparado com actividade de 2008 (sendo

26.576 em 2009 e 20.217 em 2008).

Cumprindo o objectivo de divulgar, a nível internacional, os códigos ISIN e CFI,

atribuídos pela Agência Nacional de Codificação, a INTERBOLSA fornece diariamente

informação para a base de dados central, operada pela ASB – ANNA Service Bureau.

Desta forma, toda a informação ISIN pode ser acedida por todas as entidades que dela

necessitem, bem como pelas agências de codificação membros da ANNA – Association

of National Numbering Agencies.

Por outro lado, a INTERBOLSA, tendo como objectivo fomentar a divulgação dos

códigos atribuídos pela Agência Nacional de Codificação, mantém em funcionamento

um serviço de divulgação de dados ISIN, que assenta na subscrição de uma base de

dados contendo informação ISIN e respectivas actualizações diárias ou semanais.

5 A DIMENSÃO SOCIAL DA EURONEXT LISBON

5.1 Recursos Humanos

Em Dezembro de 2009, o número de colaboradores activos na Euronext Lisbon e na

INTERBOLSA era de 70, pertencendo 32 à entidade gestora da Bolsa e 38 à instituição

responsável pelos sistemas centralizados de valores mobiliários. A este número

acrescem ainda os colaboradores requisitados (3) e os colaboradores que, no âmbito da

mobilidade interna do Grupo, exercem funções em Amesterdão (2). Esta realidade

reflecte a prossecução de uma política de mobilidade interna a nível do Grupo.

63

No que se refere à Politica de Incentivos, o Grupo NYSE Euronext concluiu em Maio

de 2009 o “Plano de Acções” designado Elements, que se havia iniciado em Junho de

2006. Este plano proporcionou a todos os seus colaboradores a possibilidade de se

tornarem accionistas da NYSE Euronext.

Em 2009, o Sistema de Avaliação de Desempenho evoluiu no sentido de passar a incluir

uma nova ferramenta denominada E-Performance, aplicada em ambiente web. Esta

ferramente permitiu a todos os colaboradores o registo e avaliação do seu desempenho

numa base global e transversal dentro do grupo NYSE Euronext, bem como uma maior

interactividade nas várias fases do processo.

Ainda no mesmo contexto, foi integrado no ambiente de Performance Management um

módulo denominado Total Compensation Plan, onde também, num ambiente

interactivo, se realizaram e decidiram as propostas de actualizações salariais e outros

incentivos.

No âmbito da “Comunicação Interna”, deu-se continuidade às já conhecidas “Five

O’clock Meeting”. No ano de 2009 foram realizadas duas iniciativas, a primeira sob o

tema “Socorrismo – Suporte Básico à Vida” e a segunda dedicada à “Alimentação

Saudável”.

5.2 Responsabilidade Corporativa

O reconhecimento da relevância da responsabilidade corporativa no desenvolvimento

equilibrado das sociedades, nomeadamente na busca de soluções de crescimento que,

simultaneamente, contribuam para a sustentabilidade do planeta e se revelem mais

justas sob o ponto de vista social, tem levado muitas empresas a incorporarem esta

preocupação na sua estratégia de negócio e consequente actuação.

Tal pressupõe, entre outros factores, a criação de um ambiente de trabalho diversificado

e apelativo à pro-actividade individual e empresarial, numa perspectiva de

responsabilidade para com todos os stakeholders da empresa. Desta forma, as empresas

64

estão não apenas a contribuir para o desenvolvimento sustentável do planeta e das

sociedades humanas, mas também a beneficiar a sua própria imagem e a incrementar a

produtividade e, por conseguinte, a potenciar a sua rendibilidade no futuro próximo.

Neste sentido é comum identificar três pilares da responsabilidade corporativa: o social,

o ambiental e o económico.

O grupo NYSE Euronext, que há muito já reflectia e actuava nesta matéria ao nível das

suas localizações, decidiu em 2009, dar um novo alcance à sua política de

responsabilidade corporativa, criando uma equipa interna multidisciplinar com a missão

específica de reflectir e desenvolver iniciativas que coloquem o Grupo ao nível das

melhores práticas internacionais nesta área. Esta equipa centraliza a sua coordenação

global (Europe e E.U.A.) na Euronext Lisbon.

Assim, ao longo do ano de 2009 foram desenvolvidas várias iniciativas na Bolsa

portuguesa, que conjugaram projectos concebidos e implementados ao nível do Grupo,

com acções mais focalizadas nas especificidades da nossa realidade socio-económica.

Do trabalho desenvolvido ao longo do ano de 2009, sobressaem as seguintes iniciativas:

• Com o objectivo de desenvolver a literacia financeira e o empreendedorismo, a

Euronext Lisbon encetou em 2009 um programa de intervenção em escolas

secundárias e universidades. Desde o início do ano, estiveram nas instalações da

Euronext Lisbon ou foram visitados nas instituições de ensino cerca de 800

alunos, de 20 escolas e universidades.

• O Grupo NYSE Euronext estendeu a Lisboa a sua parceria com a associação

Aprender a Empreender - Junior Achievement Portugal, também com o

objectivo de desenvolver a literacia financeira e o empreendedorismo. No

âmbito deste programa diversos colaboradores da Euronext Lisbon decidiram

participar, como voluntários, em acções junto de várias escolas secundárias

nacionais.

• Em Novembro foi lançada a Bolsa de Valores Sociais. Sob o lema “as boas

acções estão sempre em alta”, a Euronext Lisbon, a Fundação Calouste

Gulbenkian e a Fundação EDP lançaram uma plataforma inédita na Europa,

65

destinada a promover o encontro entre doadores e entidades com uma missão

social e que tenham projectos com necessidades de financiamento.

• A Euronext Lisbon manteve, em 2009, os seus apoios ao Grace – Grupo de

Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, ao BCSD – Business Council for

Sustainable Development, ao EPIS – Empresários para a Inclusão Social e à

Fundação do Gil.

Além destas participações, em 2009 a Euronext Lisbon levou a cabo outras acções, a

título individual. Neste particular, merece uma referência especial a concessão de apoios

monetários destinados a iniciativas de natureza social e no domínio da saúde (aquisição

de equipamento especializado para pessoas com deficiência) promovidas por

instituições de caridade.

5.3 Centro de Documentação

A Euronext Lisbon abriu ao público, em 2008, o seu Centro de Documentação. Este

Centro contém um acervo histórico que, em algumas áreas, é único no País, com

particular destaque para a colecção de Boletins (diários) de Cotações, cobrindo um largo

período desde o final do século XIX até ao presente, e para o conjunto de relatórios

anuais das empresas admitidas à negociação.

A raridade dos documentos existentes no Centro de Documentação, bem como a

possibilidade de consulta da base de dados informática da Euronext Lisbon, o DATHIS,

despertaram o interesse por parte de um apreciável número de alunos de mestrado e

doutoramento de várias escolas localizadas em Lisboa e das Universidades do Algarve e

do Minho.

66

6. ANÁLISE FINANCEIRA

Demonstração de Resultados Consolidada

Os proveitos operacionais consolidados totalizaram 31,8 milhões de euros, sendo

resultantes de proveitos operacionais da Euronext Lisbon e da INTERBOLSA no

montante de, respectivamente, 13,7 milhões de euros e 18,3 milhões de euros. Esta

rubrica apresenta uma redução homóloga de 4,8 milhões de euros (-13,1%), originada

pela diminuição ocorrida nos proveitos operacionais da Euronext Lisbon, no montante

de 6,4 milhões de euros (-31,7%). Os proveitos operacionais da INTERBOLSA

registaram um acréscimo de 1,6 milhões de euros (+9,3%).

Pelo seu turno, os custos operacionais consolidados, que totalizaram 11,9 milhões de

euros, registaram uma evolução positiva, tendo diminuído em 1,7 milhões de euros

(-12,8%) face ao período homólogo do ano anterior. Esta variação prendeu-se,

fundamentalmente, com o decréscimo dos custos desta natureza na Euronext Lisbon, de

8,5 milhões de euros para 6,5 milhões (-22,8%). De referir que se expurgarmos o efeito

da alocação dos custos de estrutura central do Grupo, quer a Euronext Lisbon, quer a

INTERBOLSA apresentam um montante de custos operacionais sensivelmente idêntico

ao do ano anterior.

No ano de 2009, a margem líquida foi de 48,1% (50,9% em 2008) e resulta de uma

margem operacional de 62,7% (62,8% em 2008).

O resultado líquido consolidado da Euronext Lisbon em 2009, ascendeu a 15,3

milhões de euros, a que corresponderam 5,7 milhões de euros da Euronext Lisbon e

9,6 milhões de euros da INTERBOLSA. Em 2009 este resultado verificou uma

redução homóloga de 3,3 milhões de euros (-17,9%) que se explica pelo decréscimo

dos resultados operacionais consolidados em 13,3%, bem como por uma diminuição

nos resultados financeiros em 59,6%. Para a diminuição dos resultados operacionais

muito contribuiu o corte significativo nos preços médios por negócio no mercado a

contado.

67

2009 2008(euros) (euros) (euros) %

Proveitos Operacionais 31.793.595 36.597.477 -4.803.882 -13,1%

Custos Operacionais 11.873.766 13.613.313 -1.739.547 -12,8%

Cash Flow Operacional (EBITDA) 20.292.093 23.481.470 -3.189.377 -13,6%

Resultado Operacional (EBIT) 19.919.829 22.984.164 -3.064.335 -13,3%

Resultado Financeiro 970.569 2.404.925 -1.434.356 -59,6%

Resultado antes de Impostos 20.890.398 25.389.089 -4.498.691 -17,7%Resultado Líquido 15.302.990 18.641.278 -3.338.288 -17,9%

Variação

Principais Rubricas da Demonstração de Resultados Consolidados

Análise dos Proveitos

Em 2009, os proveitos operacionais consolidados atingiram o montante de 31,8 milhões

de euros, traduzindo uma diminuição de 13,1% face aos 36,6 milhões de euros

registados no ano anterior.

O gráfico a seguir apresenta a repartição dos proveitos consolidados por segmento.

Repartição dos Proveitos Consolidados por Segmento

23,4%

9,8%0,2%8,7%

56,9%

1,0%

Mercado a Contado Admissão / Manutenção Mercado de Derivados

Serviços de Informação Liquidação e Custódia Outros Proveitos

Os proveitos decorrentes do mercado a contado registaram um decréscimo de 44,9%,

motivado quer pela diminuição do preço médio por negócio, quer pela diminuição do

número de negócios em 2009.

68

Efectivamente o preço médio por negócio desceu de 0,96 euros para 0,65 euros, o que

corresponde a uma redução de 32,3%, e por sua vez o número médio de negócios por

sessão diminuiu de 23.543 para 21.173, significando uma variação negativa de 10,1%.

O gráfico seguinte sintetiza a evolução do número médio de negócios por sessão e do

respectivo preço médio no período de 2006 a 2009, sendo evidente uma acentuada e

consistente diminuição do preço médio por negócio.

Evolução do Nº de Negócios por Sessão e Preço Médio por Negócio

0

5 .0 0 0

10 .0 0 0

15 .0 0 0

2 0 .0 0 0

2 5 .0 0 0

0

0 ,2

0 ,4

0 ,6

0 ,8

1

1,2

1,4euros

N úm e ro s m é dio ne g ó c io s po r s e s s ã o 9 .17 0 19 .14 9 2 3 .5 4 3 2 1.17 3

P re ç o m é dio p o r ne g ó c io ( e uro s ) 1,17 1,0 5 0 ,9 6 0 ,6 5

2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

Por sua vez, os proveitos provenientes da Liquidação e Custódia atingiram o montante

de 18,3 milhões de euros, traduzindo um aumento de 9,3% face aos 16,7 milhões de

euros registados no ano anterior. Os outros segmentos de proveitos mantiveram-se

praticamente no mesmo nível do período homólogo.

69

0

3.000

6.000

9.000

12.000

15.000

18.000

21.000

(10^3 euros)Origem dos Proveitos

2009 7.441,0 3.125,0 66,5 2.753,0 18.087,1 321,2

2008 13.401,4 3.434,1 98,3 2.824,6 16.524,0 315,2

Mercado a Contado

Admissão / Manutenção

Mercado de Derivados

Serviços de Informação

Liquidação e Custódia

Outros Proveitos

Análise dos Custos

Como mencionado anteriormente, os custos operacionais consolidados totalizaram 11,9

milhões de euros e registaram uma diminuição em cerca de 12,8% face ao ano anterior.

Expurgando o efeito da alocação dos custos de estrutura central do Grupo, estes custos

mantiveram-se num nível idêntico ao de 2008, com um crescimento de 2,8% na

Euronext Lisbon e de 3,4% na INTERBOLSA. Este crescimento deveu-se

essencialmente a custos com pessoal de carácter não recorrente na Euronext Lisbon e

gastos com tecnologias de informação em ambas as empresas.

Os gastos com pessoal consolidados atingiram o montante de 6,8 milhões de euros,

registando um aumento de 294 mil euros face ao ano anterior, sendo 387 mil euros de

natureza não recorrente. Se excluirmos os custos não recorrentes teríamos uma

diminuição de 1,42%.

As amortizações, no montante de 372 mil euros, decresceram 125 mil euros (-25,1%), já

que diverso equipamento atingiu a fase de amortização plena.

Os encargos consolidados com tecnologias de informação atingiram 1,5 milhões de

euros, o que representou um acréscimo de 439 mil euros (+40,8%), constituído por um

70

acréscimo em 368 mil euros na Euronext Lisbon e 71 mil euros na INTERBOLSA. Na

Euronext Lisbon a evolução constatada resulta principalmente dos custos com a nova

plataforma de negociação do Grupo e de uma parceria com a Bolsa do Luxemburgo. Na

INTERBOLSA o aumento dos custos está relacionado com o projecto “Target 2”.

Por seu turno, os custos consolidados com comunicações, consultadoria e outros,

cifraram-se em 1,8 milhões de euros, situando-se num nível semelhante ao registado

ano anterior (+2,1%). Estes custos relacionam-se essencialmente com consultoria

contabilística, legal e de promoção e marketing, que representa cerca de 42,6% do total,

e com despesas de comunicação que pesam 24,2%.

A rubrica equipamentos e instalações, no valor de 903 mil euros, teve evolução

semelhante, mantendo-se em níveis próximos dos do ano de 2008.

As despesas consolidadas com marketing, na ordem dos 138 mil euros, diminuíram 187

mil euros e verificaram-se na sua maioria na Euronext Lisbon.

No que se refere à rubrica “outros gastos”, que em termos consolidados atingiu os 375

mil euros, observou-se uma diminuição de 2,2 milhões euros (-85,6%), associada à

redução dos custos de estrutura central do Grupo alocados à Euronext Lisbon. Estes

custos foram mais elevados em 2008 em resultado de incluírem custos derivados da

fusão com a NYSE.

71

0

2.000

4.000

6.000

8.000

(10^3 euros)Estrutura de Custos

2009 6.793,3 372,3 1.513,2 1.779,7 902,5 137,9 374,9

2008 6.498,6 497,3 1.074,2 1.742,4 868,7 325,0 2.607,2

Gas to s co m pes s o a l

Amo rtizaçõ esGas to s co m

tecno lo gias de info rmação

Co municaçõ es , co ns ulto ria e

o utro s

Equipamento s e ins ta laçõ es

Marke ting Outro s gas to s

Estrutura Patrimonial Consolidada

Em 2009, o activo líquido consolidado da Euronext Lisbon ascendeu a 54,0 milhões de

euros, um decréscimo homólogo de 6,7 milhões de euros, devido essencialmente à

distribuição de dividendos, reflectida na rubrica caixa e depósitos de curto prazo e na

rubrica depósitos a prazo.

Principais Rubricas do Balanço Consolidado

(10^3 euros)

Rúbrica 2009 2008 Var. Nominal Var. %

Activo 54.036 60.717 -6.681 -11,0%

Passivo 6.111 9.222 -3.111 -33,7%

Capital Próprio 47.925 51.496 -3.571 -6,9%

O passivo líquido consolidado, no valor de 6,1 milhões de euros, registou uma

diminuição de 3,1 milhões de euros face ao período homólogo, decorrente

essencialmente da redução da rubrica de credores e outros passivos e da rubrica de

imposto a pagar.

Por sua vez, o capital próprio consolidado, que ascendia a 47,9 milhões de euros no

final de 2009, apresentou uma diminuição de 3,6 milhões de euros, decorrente da

redução do resultado líquido do exercício de 2009 face ao exercício de 2008.

72

A referida evolução das rubricas do balanço e de resultados traduziu-se numa

rendibilidade do activo de 28,3% (30,7% em 2008), numa rendibilidade do capital

próprio de 31,9% (36,2% em 2008) e por uma autonomia financeira de 88,7% (84,8%

em 2008).

73

7. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS ÀS CONTAS

74

Notas 2009 2008 Euros Euros

Activo

Activos tangíveis 13 1,066,124 1,139,831 Activos intangíveis 14 - - Investimentos em subsidiárias 15 266,358 266,358 Activos financeiros disponíveis para venda 16 3,078,064 2,433,196 Impostos diferidos activos 17 38,587 84,600

Total de Activos Não Correntes 4,449,133 3,923,985

Impostos a receber 12 18,180 - Devedores e outros activos 18 6,029,814 5,981,939 Caixa e depósitos a curto prazo 19 43,538,355 44,932,516 Depósitos a prazo 20 - 5,879,044

Total de Activos Correntes 49,586,349 56,793,499

Total do Activo 54,035,482 60,717,484

Capitais Próprios

Capital 21 8,750,000 8,750,000 Reavaliação de investimentos 22 703,115 229,137 Reservas 22 13,394,314 15,597,943 Outros instrumentos de capital 22 e 23 643,716 134,109 Resultado líquido do exercício atribuível aos accionistas e resultado transitados 24,433,605 26,918,457

Total dos Capitais Próprios 47,924,750 51,629,646

Passivo

Benefícios aos colaboradores 23 409,753 380,717 Provisões 24 99,778 109,598 Impostos diferidos passivos 17 253,504 82,614

Total de Passivos Não Correntes 763,035 572,929

Credores e outros passivos 25 5,347,697 6,582,832 Provisões 24 - 108,726 Impostos a pagar 12 - 1,823,351

Total de Passivos Correntes 5,347,697 8,514,909

Total do Passivo 6,110,732 9,087,838

Total dos Capitais Próprios e Passivo 54,035,482 60,717,484

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Sara Alves Miguel Athayde MarquesDominique CerrutiGary JonesJoost van der Does de WilleboisVicent van Dessel

As Notas Explicativas em Anexo fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008

75

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.Demonstração do Rendimento Integral Consolidado

para os anos findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

Notas Dez-09 Dez-08Euros Euros

Prestações de serviços

Mercado a contado 7,440,957 13,401,362 Admissão e manutenção 3,124,956 3,434,106 Mercado de derivados 66,480 98,281 Serviços de informação 2,752,974 2,824,614 Liquidação e custódia 18,087,053 16,523,957 Outros proveitos 2 321,175 315,157

31,793,595 36,597,477

Gastos e perdas

Gastos com o pessoal 3 6,793,309 6,498,586 Amortizações do exercício 4 372,264 497,306 Gastos com tecnologias de informação 5 1,513,228 1,074,166 Comunicações, consultoria e outros 6 1,779,659 1,742,367 Equipamentos e instalações 7 902,500 868,684 Marketing 8 137,881 324,955 Outros gastos 9 374,925 2,607,249

11,873,766 13,613,313

Resultado operacional 19,919,829 22,984,164

Resultado financeiro 10 970,569 2,404,925

Resultado antes de impostos 20,890,398 25,389,089

Impostos 12 5,587,408 6,747,811

Resultado do exercício 15,302,990 18,641,278

Reavaliação de Investimentos (473,978) 835,952

Rendimento Integral * 22 15,776,968 17,805,326

Resultado por acção (Básico e Diluído) - Euros 1.75 2.13

* - Líquido de Imposto sobre o Resultado

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Sara Alves Miguel Athayde MarquesDominique CerrutiGary JonesJoost van der Does de WilleboisVicent van Dessel

As Notas Explicativas em Anexo fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.

76

(Valores expressos em Euros)

Total da Ajustes em situação partes de Reservas Reservas Outras Outras Variações Resultados Resultadoslíquida Capital capital legais livres reservas Capital Próprio transitados Líquidos

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 46,790,681 8,750,000 1,065,089 8,400,335 1,695,981 3,126,332 - 7,359,232 16,393,712

Alterações no PeríodoResultado líquido do período 18,641,278 - - - - - - - 18,641,278

Reavaliação de Investimentos (835,952) - (835,952) - - - - - -

Rendimento Integral 17,805,326 -

Outros Instrumentos de Capital 134,109 134,109

Constituição de reservas: - Reserva legal - - - 2,375,295 - - - - (2,375,295)

Resultados transitados - - - - - - 14,018,417 (14,018,417)

Operações com detentores de capital no período -

Distribuição de dividendos (13,100,470) - - - - - - (13,100,470) -

Saldos em 31 de Dezembro de 2008 51,629,646 8,750,000 229,137 10,775,630 1,695,981 3,126,332 134,109 8,277,179 18,641,278 -

Alterações no PeríodoResultado líquido do período 15,302,990 - - - - - - - 15,302,990

Reavaliação de Investimentos 473,978 - 473,978 - - - - - -

Rendimento Integral 15,776,968 -

Constituição de reservas: Reserva legal - - - 2,618,684 - - - (2,618,684)

Outros instrumentos de capital 509,607 - - - - - 509,607 - -

Resultados transitados 1,667,618 - - - - - 17,690,212 (16,022,594)

Operações com detentores de capital no período -

Distribuição de dividendos (21,659,089) - - - (1,695,981) (3,126,332) (16,836,776) -

Recebimento de dividendos - - - - - - - - -

Saldos em 31 de Dezembro de 2009 47,924,750 8,750,000 703,115 13,394,314 - - 643,716 9,130,615 15,302,990

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Sara Alves Miguel Athayde MarquesDominique CerrutiGary JonesJoostvVan der Does de WilleboisVicent van Dessel

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Mapa de alterações na Situação Líquida Consolidadopara os anos findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

77

Dez-09 Dez-08I Actividades operacionais

Resultado líquido antes de impostos 20,890,398 25,389,089 Ajustamentos:

Resultados financeiros (970,569) (2,404,925)Amortizações 372,264 497,306 Dividendos - - Outras operações sem fluxo de caixa 617,586 6,241

Total dos fluxos de caixa operacionais antes da variação 20,909,679 23,487,711 do "working capital" (A)

(Aumento) / diminuição outros recebimentos (47,875) (704,542)Diminuição em pagamentos de curto prazo (1,458,754) 1,351,908

Total da variação do "working capital" (B) (1,506,629) 647,366

Fluxos de caixa gerados pelas actividades operacionais (A + B) 19,403,050 24,135,077

Impostos sobre o rendimento (pagos) / recebidos (7,382,926) (7,718,506)Pagamento de juros (7,056) (20,239)

Total de fluxos de caixa de actividades operacionais 12,013,068 16,396,332

II Actividades de investimento

Compra de activos tangíveis (302,499) (337,731)Venda de activos tangíveis e intangíveis 34,257 837 Juros recebidos 973,440 2,424,957 Aquisição de investimentos - - Aplicações em depósitos a prazo 5,879,044 20,498,481

Total de fluxos de caixa de actividades de investimento 6,584,242 22,586,544

III Actividades de financiamento

Dividendos pagos (19,991,471) (13,100,471)

Total de fluxos de caixa de actividades de financiamento (19,991,471) (13,100,471)

Total de fluxos de caixa do exercício (1,394,161) 25,882,405

Variação de caixa e seus equivalentes

Caixa e seus equivalentes no ínicio do exercício 44,932,516 19,050,111 Caixa e seus equivalentes no final do exercício 43,538,355 44,932,516

Movimentos em caixa e seus equivalentes (1,394,161) 25,882,405

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Sara Alves Miguel Athayde MarquesDominique CerrutiGary JonesJoost van der Does de WilleboisVicent van Dessel

(Valores expressos em euros)

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidadospara o ano findo em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

78

Notas 2009 2008 Activo Euros EurosActivos tangíveis 13 812,663 910,015 Activos intangíveis 14 Investimentos em subsidiárias 15 5,766,358 5,766,358 Activos financeiros disponíveis para venda 16 3,076,814 2,431,946 Impostos diferidos activos 17 603 1,803

Total de Activos Não Correntes 9,656,438 9,110,122

Impostos a receber 12 742,825 - Devedores e outros activos 18 3,880,436 4,190,939 Caixa e depósitos a curto prazo 19 22,964,446 30,690,335

Total de Activos Correntes 27,587,707 34,881,274

Total do Activo 37,244,145 43,991,396

Capitais Próprios

Capital 21 8,750,000 8,750,000 Reavaliação de investimentos 22 703,115 229,137 Reservas 22 e 23 7,894,314 9,178,256 Outros instrumentos de capital 23 643,716 134,109 Resultado líquido do exercício atribuível aos accionistas e resultado transitados 14,799,195 18,707,529

- Total dos Capitais Próprios 32,790,340 36,999,031

Passivo

Benefícios aos colaboradores 23 293,168 164,959 Provisões 24 99,778 109,598 Impostos diferidos passivos 17 253,504 82,614

Total de Passivos Não Correntes 646,450 357,171

Credores e outros passivos 25 3,807,355 5,249,450 Provisões 24 - 108,726 Impostos a pagar 12 - 1,277,018

Total de Passivos Correntes 3,807,355 6,635,194 -

Total do Passivo 4,453,805 6,992,365

Total dos Capitais Próprios e Passivo 37,244,145 43,991,396

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Sara Alves Miguel Athayde MarquesDominique CerrutiGary JonesJoost van der Does de WilleboisVicent van Dessel

As Notas Explicativas em Anexo fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Balanço Individual em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008

79

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Demonstração do Rendimento Integral Individualpara os anos findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

Notas Dez-09 Dez-08Euros Euros

Prestações de serviços

Mercado a contado 7,440,957 13,401,362 Admissão e manutenção 3,124,956 3,434,106 Mercado de derivados 66,480 98,281 Serviços de informação 2,780,699 2,866,355 Liquidação e custódia - - Outros proveitos 2 346,444 334,847

13,759,536 20,134,951

Gastos e perdas

Gastos com o pessoal 3 4,199,514 3,923,738 Amortizações do exercício 4 220,870 244,681 Gastos com tecnologias de informação 5 726,475 358,898 Comunicações, consultoria e outros 6 996,791 1,156,087 Equipamentos e instalações 7 545,273 534,920 Marketing 8 137,721 324,834 Outros gastos 9 (282,063) 1,938,531

6,544,581 8,481,689

Resultado operacional 7,214,955 11,653,262

Resultado financeiro 10 555,624 1,336,912

Ganhos em subsidiárias 11 9,130,615 9,196,866

Resultado antes de impostos 16,901,194 22,187,040

Impostos 12 2,101,999 3,479,511

Resultado do exercício 14,799,195 18,707,529

Reavaliação de Investimentos (473,978) 835,952

Rendimento Integral * 22 15,273,173 17,871,577

Resultado por acção (Básico e Diluído) - Euros 1.69 2.14

* - Líquido de Imposto sobre o Resultado

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Sara Alves Miguel Athayde Marques

Dominique Cerruti

Gary Jones

Joost van der Does de Willebois

Vicent van Dessel

As Notas Explicativas em Anexo fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.

80

(Valores expressos em Euros)

Total da Ajustes em situação partes de Reservas Reservas Outras Outras Variações Resultados Resultadoslíquida Capital capital legais livres reservas Capital Próprio transitados Líquidos

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 32.093.815 8.750.000 1.065.089 4.567.952 28.364 3.126.332 - - 14.556.078

Alterações no PeríodoResultado líquido do período 18.707.529 - - - - - - - 18.707.529

Reavaliação de Investimentos (835.952) - (835.952) - - - - - -

Rendimento Integral 17.871.577

Constituição de reservas: Reserva legal - - - 1.455.608 - - - - (1.455.608)

Outros Instrumentos de Capital 134.109 134.109

Resultados transitados - - - - - - - 13.100.470 (13.100.470)

Operações com detentores de capital no período

Distribuição de dividendos (13.100.470) - - - - - - (13.100.470) -

Saldos em 31 de Dezembro 2008 36.999.031 8.750.000 229.137 6.023.560 28.364 3.126.332 134.109 - 18.707.529

Alterações no PeríodoResultado líquido do período 14.799.195 - - - - - - - 14.799.195

Reavaliação de Investimentos 473.978 - 473.978 - - - - - -

Rendimento Integral 15.273.173

Constituição de reservas: Reserva legal - - - 1.870.753 - - - - (1.870.753)

Outros instrumentos de capital 509.607 509.607

Resultados transitados - - - - - - - 16.836.776 (16.836.776)

Operações com detentores de capital no período

Distribuição de dividendos (19.991.472) - - - (28.364) (3.126.332) - (16.836.776) -

Saldos em 31 de Dezembro de 2009 32.790.340 8.750.000 703.115 7.894.314 - - 643.716 - 14.799.195

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Sara Alves Miguel Athayde MarquesDominique CerrutiGary JonesJoostvVan der Does de WilleboisVicent van Dessel

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Mapa de alterações na Situação Líquida individualpara os anos findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

81

Dez-09 Dez-08I Actividades operacionais

Resultado liquido antes de impostos 16,901,194 22,187,040 Ajustamentos:

Resultados financeiros (555,624) (1,336,912)Amortizações 220,870 244,681 Dividendos (9,130,615) (9,196,866)Outras operações sem fluxo de caixa 617,586 6,241

Total dos fluxos de caixa operacionais antes da variação 8,053,411 11,904,184 do "working capital" (A)

(Aumento) / diminuição outros recebimentos 310,503 (949,374)Diminuição em pagamentos de curto prazo (1,566,540) 1,594,843

Total da variação do "working capital" (B) (1,256,037) 645,469

Fluxos de caixa gerados pelas actividades operacionais (A + B) 6,797,374 12,549,654

Impostos sobre o rendimento (pagos) / recebidos (4,120,642) (3,785,584)Pagamento de juros (4,513) (13,262)

Total de fluxos de caixa de actividades operacionais 2,672,219 8,750,808

II Actividades de investimento

Compra de activos tangíveis (123,819) (219,586)Venda de activos tangíveis e intangíveis 30,616 837 Juros recebidos 555,952 1,349,967 Aquisição de investimentos - - Outras actividades de investimento - 6,200,000

Total de fluxos de caixa de actividades de investimento 462,749 7,331,218

III Actividades de financiamento

Dividendos recebidos / pagos (10,860,856) (3,903,605)

Total de fluxos de caixa de actividades de financiamento (10,860,856) (3,903,605)

Total de fluxos de caixa do exercício (7,725,889) 12,178,420

Variação de caixa e seus equivalentes

Caixa e seus equivalentes no ínicio do exercício 30,690,335 18,511,915 Caixa e seus equivalentes no final do exercício 22,964,446 30,690,335

Movimentos em caixa e seus equivalentes (7,725,889) 12,178,420

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Sara Alves Miguel Athayde MarquesDominique CerrutiGary JonesJoost van der Does de WilleboisVicent van Dessel

(Valores expressos em euros)

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Demonstração dos Fluxos de Caixa Individualpara o ano findo em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

82

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais

para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009

1 Políticas contabilísticas

1.1 Bases de apresentação

A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. (adiante designada

por “Euronext Lisbon”), com Sede na Avenida da Liberdade, n.º 196 – 7º, em Lisboa, foi

constituída por escritura pública de 10 de Fevereiro de 2000 conforme deliberação das

Assembleias Gerais da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e da Associação da Bolsa de

Derivados do Porto, em 20 de Dezembro de 1999, nos termos do disposto no Decreto Lei n.º

394/99 de 13 de Outubro e da Portaria n.º 1194-A/99 (2ª Série), de 8 de Novembro.

A Euronext Lisbon tem como objecto principal a gestão de bolsas, podendo ainda gerir outros

mercados de valores mobiliários, gerir sistemas de liquidação de valores mobiliários, prestar

outros serviços relacionados com a emissão e a negociação de valores mobiliários que não

constituam actividade de intermediação e prestar aos membros dos mercados por si geridos os

serviços que se revelem necessários à intervenção desses membros em mercados geridos por

entidade congénere de outro Estado com quem tenha celebrado acordo.

A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. encontra-se

matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa – 1ª Secção, sob o número 8.875.

O registo do acto constitutivo foi efectuado em 22 de Fevereiro de 2000.

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Euronext Lisbon para o exercício

findo em 31 de Dezembro de 2009, foram preparadas em conformidade com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) aprovadas pela União Europeia e em vigor nessa

data.

A Euronext Lisbon optou por não aplicar antecipadamente as normas contabilísticas e

interpretações recentemente emitidas, mas sem aplicação obrigatória em 2009, e que se

encontram descritas na nota 28. Actualmente a Euronext Lisbon encontra-se a avaliar o impacto

da adopção destas normas, não tendo ainda completado a sua análise.

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico,

com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente os activos

83

financeiros disponíveis para venda. Os outros activos e passivos financeiros e activos e passivos

não financeiros são registados ao custo amortizado ou custo histórico. As políticas

contabilísticas apresentadas nesta data foram aplicadas de forma consistente a todas as entidades

do Grupo, em todos os exercícios apresentados nas demonstrações financeiras.

As questões que requerem um maior índice de julgamento ou complexidade, ou para as quais os

pressupostos e estimativas são considerados significativos, são apresentado na nota 1.21.

1.2 Bases de consolidação

Participações financeiras em subsidiárias

As participações financeiras em empresas subsidiárias em que a Euronext Lisbon exerce o

controlo são consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data em que a Euronext

Lisbon assume o controlo sobre as suas actividades até ao momento em que esse controlo cessa.

Presume-se a existência de controlo quando a Euronext Lisbon detém mais de metade dos

direitos de voto. Existe também controlo quando a Euronext Lisbon detém o poder, directa ou

indirectamente, de gerir a política financeira e operacional de determinada empresa de forma a

obter benefícios das suas actividades, mesmo que a percentagem que detém sobre os seus

capitais próprios seja inferior a 50%.

Transacções eliminadas em consolidação

Os saldos e transacções entre empresas da Euronext Lisbon, bem como alguns ganhos e perdas

não realizados resultantes dessas transacções são anulados na preparação das demonstrações

financeiras consolidadas. Os ganhos e perdas não realizados de transacções com associadas são

eliminados na extensão da participação da Euronext Lisbon nessas entidades.

1.3 Instrumentos financeiros

i) Classificação

Os activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros que não se enquadram na

definição de derivados e que não são classificados como investimentos detidos até à maturidade

ou instrumentos financeiros de negociação. Os activos financeiros disponíveis para venda

incluem instrumentos de capital e dívida.

ii) Data de reconhecimento

Os activos e passivos financeiros são reconhecidos na data da realização das operações.

iii) Activos financeiros disponíveis para venda

Activos financeiros disponíveis para venda detidos com o objectivo de serem mantidos pela

Euronext Lisbon, nomeadamente acções, são classificados como disponíveis para venda. Os

84

activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos inicialmente ao justo valor,

incluindo os custos ou proveitos associados às transacções. Os activos financeiros disponíveis

para venda são posteriormente mensurados ao seu justo valor. As alterações no justo valor são

registadas por contrapartida de reservas de justo valor até ao momento em que são vendidos ou

se encontram sujeitos a perdas de imparidade. Na alienação dos activos financeiros disponíveis

para venda, os ganhos ou perdas acumuladas reconhecidas como reservas de justo valor são

reconhecidos na rubrica “Resultados de activos financeiros disponíveis para venda” da

demonstração de resultados.

Em cada data de balanço é efectuada uma avaliação da existência de uma evidência objectiva de

imparidade nomeadamente de um impacto adverso nos “cash flows” futuros estimados de um

activo financeiro ou grupo de activos financeiros que possa ser medido de forma fiável.

Se for identificada imparidade num activo financeiro disponível para venda, a perda acumulada

(mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor, excluindo perdas de

imparidade anteriormente reconhecidas por contrapartida de resultados) é transferida do capital

próprio e reconhecida na demonstração de resultados. Caso, num período subsequente, o justo

valor dos instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda aumentar e esse

aumento puder ser objectivamente associado um evento ocorrido após o reconhecimento da

perda por imparidade na demonstração de resultados, a perda por imparidade é revertida por

contrapartida de resultados. As perdas de imparidade reconhecidas em instrumentos de capital

classificados como disponíveis para venda não são revertidas por contrapartida de resultados.

1.4 Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor de um instrumento financeiro é o montante pelo qual um instrumento pode ser

trocado numa transacção normal de mercado entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem

qualquer intenção ou necessidade de liquidar, ou de empreender uma transacção em condições

adversas.

O justo valor é obtido com base em preços de cotação em mercado ou em preços de

intermediários financeiros em mercados activos, quando disponíveis. Na sua ausência, o justo

valor é baseado na utilização de preços de transacções recentes realizadas em condições de

mercado ou, na sua ausência, usando técnicas de valorização. Estas técnicas de valorização

incluem fluxos futuros de caixa descontados considerando dados observáveis de mercado

disponíveis.

1.5 Reclassificação entre categorias de instrumentos financeiros

Transferências de e para activos e passivos financeiros de negociação são proibidas.

85

1.6 Desreconhecimento

A Euronext Lisbon desreconhece os activos financeiros quando expiram todos os direitos a

fluxos de caixa futuros ou quando os activos forem transferidos. Quando ocorre uma

transferência de activos, o desreconhecimento apenas pode ocorrer quando substancialmente

todos os riscos e benefícios dos activos foram transferidos ou a Euronext Lisbon não mantém

controlo dos activos.

A Euronext Lisbon procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando os mesmos

são cancelados ou extintos.

1.7 Locação financeira

Na óptica do locatário os contratos de locação financeira são registados na data do seu início

como activo e passivo pelo justo valor da propriedade locada, que é equivalente ao valor actual

das rendas de locação vincendas.

As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os

encargos financeiros são imputados aos períodos durante o prazo de locação, a fim de produzir

uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo para cada período.

1.8 Reconhecimento de custos e proveitos

Os custos e os proveitos são registados no período a que se referem independentemente do seu

pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos

exercícios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e

despesas são registadas nas rubricas de Outros activos ou passivos conforme sejam valores a

receber ou a pagar.

O rédito compreende os montantes facturados na prestação de serviços líquidos de imposto

sobre o valor acrescentado, abates e descontos.

1.9 Existências

As existências são valorizadas ao valor realizável líquido deduzido das eventuais perdas de

imparidade.

As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de existências reflectem a diferença entre

o custo de produção e o valor realizável líquido de mercado das existências, bem como a

estimativa de perdas de imparidade por baixa rotação, obsolescência e deterioração.

1.10 Contas a receber

As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor deduzidas das perdas por

imparidade que lhe estejam associadas.

86

As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação das perdas estimadas,

associadas aos créditos de cobrança duvidosa na data de balanço. As perdas por imparidade

identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas

por resultados, caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período

posterior.

1.11 Activos tangíveis

Os activos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das respectivas

amortizações acumuladas e perdas de imparidade. As taxas de amortização dos activos tangíveis

são revistas de forma a representarem a vida útil esperada dos bens a que respeitam. Os custos

subsequentes são reconhecidos como um activo separado apenas se for provável que deles

resultarão benefícios económicos futuros para a Euronext Lisbon. As despesas com manutenção

e reparação são reconhecidas como custo à medida que são incorridas de acordo com o princípio

da especialização dos exercícios.

A Euronext Lisbon procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias

indiciam que o valor contabilístico excede o valor realizável, sendo a diferença, caso exista,

reconhecida em resultados.

As amortizações dos activos tangíveis são calculados segundo o método das quotas constantes

de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada dos bens:

Número de anos

Edifícios 2 - 5

Equipamento informático 2 a 3

Equipamento de transporte 4

Equipamento administrativo 4 a 10

Outros activos tangíveis 3 a 10

1.12 Activos intangíveis

“Software”

Os custos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas

adicionais suportadas pela Euronext Lisbon necessárias à sua implementação. Estes custos são

amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes activos (3 anos).

87

Os custos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos quando

incorridos.

1.13 Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os

valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço,

onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito.

1.14 Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio da data da transacção.

Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira, que estão contabilizados

ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data de balanço. As diferenças cambiais

resultantes da conversão são reconhecidas em resultados. Os activos e passivos não monetários

denominados em moeda estrangeira, registados ao custo histórico, são convertidos à taxa de

câmbio da data da transacção. Activos e passivos não monetários registados ao justo valor são

convertidos à taxa de câmbio da data em que o justo valor foi determinado.

1.15 Benefícios a empregados

Plano de benefícios definidos

Por contrato de 15 de Janeiro de 2000 entre a Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e a

Sociedade Gestora de Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões

cujo património inicial foi de Euros 1.391.127.

A 29 de Dezembro de 2000 foi celebrado o contrato de alteração ao contrato constitutivo do

Fundo de Pensões da Bolsa de Valores de Lisboa, passando este a abranger também os

trabalhadores que integravam a Associação da Bolsa de Derivados do Porto. Desta forma, o

Fundo de Pensões inclui a totalidade dos funcionários da Euronext Lisbon – Sociedade Gestora

de Mercados Regulamentados, S.A..

Por contrato datado de 27 de Dezembro de 2001 entre a Interbolsa – Sociedade Gestora de

Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. e a Sociedade

Gestora de Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões com as

mesmas características do Fundo de Pensões da Euronext Lisbon, cujo património inicial foi de

Euros 498.798.

O Fundo reveste a forma de Fundo de Pensões fechado de benefício definido e encontra-se

constituído por tempo indeterminado.

As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de estudo

actuarial elaborado pela CGD - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

88

A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon com planos de reforma (planos de benefício

definido) é estimada anualmente, à data de fecho de contas.

O cálculo actuarial é efectuado com base no método de crédito da unidade projectada para a

reforma por velhice, invalidez e sobrevivência imediata e diferida, tendo sido utilizado

decrementos por invalidez para a reforma por velhice e sobrevivência diferida, tendo sido ainda,

utilizados pressupostos actuariais e financeiros de acordo com os parâmetros exigidos pela IAS

19.

Os custos de serviço corrente e os custos de serviços passados em conjunto com o retorno

esperado dos activos do plano são registados por contrapartida de custos operacionais.

A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon relativa ao plano de pensões de benefício

definido é calculada através da estimativa do valor de benefícios futuros que cada empregado

deve receber em troca pelo seu serviço no período corrente e em períodos passados. O benefício

é descontado de forma a determinar o seu valor actual e o justo valor de quaisquer activos do

plano deve ser deduzido. A taxa de desconto aplicada corresponde à taxa de obrigações de

“rating” AAA com maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano.

De acordo com o método do corredor, os ganhos e perdas actuariais não reconhecidas em

resultados, que excedam 10% do maior entre o valor actual das obrigações definidas e o justo

valor dos activos do plano, são registadas por contrapartida de resultados pelo período de 22

anos correspondente à vida útil remanescente estimada dos trabalhadores no activo.

Os pagamentos ao fundo são efectuados anualmente de acordo com um plano de contribuições

determinado de forma a assegurar a solvência do fundo.

Programa de remuneração por acções

O programa de remuneração com opções sobre acções (“stock options”) desenvolvido em 2002

e 2004, permitiu aos colaboradores da empresa adquirir acções da Euronext N.V. O preço de

exercício das opções é igual ao preço de mercado das acções na data de concessão pelo que na

referida data não é reconhecido qualquer custo ou obrigação.

O justo valor das opções atribuídas, determinado na data de concessão (“grant date”), é

reconhecido em resultados, por contrapartida de capitais próprios nas demonstrações financeiras

da Euronext N.V., durante o período do direito de subscrição (“vesting period”), tendo por base

o seu valor de mercado calculado na data de atribuição.

Caso a opção venha a ser exercida, o Grupo Euronext efectuará a aquisição das acções no

mercado para proceder à sua atribuição aos colaboradores.

89

O justo valor das opções atribuídas é determinado através do método binomial.

Em 28 de Setembro de 2005, o Grupo Euronext garantiu acções aos seus quadros executivos

conforme o programa “Euronext Executive Incentive Share plan”. De acordo com este plano, e

sem prejuízo de situações específicas de restrição para negociar, os colaboradores receberam

essas acções durante o ano de 2008.

Em Setembro de 2006, a Euronext Lisbon garantiu 6.800 acções aos seus quadros executivos

conforme o programa “Executive Incentive plan”. De acordo com este plano, estes

colaboradores receberam essas acções em Setembro de 2009 por continuarem nos quadros da

Euronext e se a evolução dos resultados por acção corresponderem pelo menos à média da

evolução de um conjunto de acções listadas nos grupos concorrentes.

Em Maio de 2006, o Grupo Euronext apresentou o “Elements – Plano de acções para

colaboradores ”, que permite aos trabalhadores adquirirem acções da Euronext N.V.. O

trabalhador poderá contribuir, mensal ou anualmente durante três anos, sendo estas

contribuições usadas para comprar acções da Euronext N.V.. A Sociedade efectua uma

contribuição com acções por equivalência até um limite predefinido. O trabalhador por

participar no plano, receberá ainda dez acções a título gratuito e, adicionalmente, se a Euronext

N.V. cumprir objectivos financeiros específicos, ser-lhe-ão atribuídas mais acções gratuitas no

final de cada ano financeiro. As acções que o trabalhador receber e adquirir serão mantidas

durante o plano, que tem a duração de 3 anos, com término a 31 de Maio de 2009.

1.16 Resultados financeiros

Os resultados financeiros incluem os juros recebidos de aplicações, ganhos e perdas de

diferenças de câmbio.

Os juros recebidos são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos

exercícios, considerando o método da taxa de juro efectiva. Os juros pagos relativos a leasings

financeiros são reconhecidos considerando o método da taxa de juro efectiva.

1.17 Impostos sobre lucros

Os impostos sobre lucros registados em resultados, incluem o efeito dos impostos correntes e

impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração de resultados, excepto quando

relacionado com items que sejam movimentados em capitais próprios, facto que implica o seu

reconhecimento em capitais próprios.

90

Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar sobre o resultado tributável do

período, utilizando a taxa de imposto em vigor ou substancialmente aprovada pelas autoridades

fiscais à data de balanço e quaisquer ajustamentos aos impostos de períodos anteriores.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço,

sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua

base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de

balanço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças

temporárias se reverterem.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos, quando exista uma expectativa razoável de

haver lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis para efeitos

fiscais.

1.18 Resultados por acção

Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos accionistas da

empresa mãe pelo número de acções ordinárias.

1.19 Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) a Euronext Lisbon tem uma obrigação presente, legal ou

construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser

feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

1.20 Fundo de garantia

Por deliberação da Assembleia-Geral da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa foi criado

em 2 de Janeiro de 1997 o Fundo de Garantia daquela Associação. A finalidade deste fundo era

a de assegurar aos clientes dos corretores associados membros daquela Associação, o

cumprimento das obrigações decorrentes das operações que foram incumbidos de realizar na

Bolsa de Valores de Lisboa.

De acordo com o regulamento interno deste Fundo de Garantia, no exercício de 1997, a

Associação da Bolsa de Valores de Lisboa, entregou uma contribuição extraordinária

(reembolsável) no valor de Euros 266.358, a qual se encontra registada na rubrica de

“Investimentos em Subsidiárias”.

A recente alteração ao Código dos Valores Mobiliários, introduzida pelo Decreto-Lei n.º

66/2004, de 24 de Março, alterou a natureza obrigatória da existência de fundos de garantia,

cuja constituição passou a constituir uma possibilidade oferecida às, e já não um dever a cargo

das, entidades gestoras, bem como, modificou a natureza da participação no fundo de garantia a

qual deixou de ser obrigatória, e perdeu o seu carácter de requisito de exercício das actividades

91

de membro de mercado regulamentado e de participante de sistemas de liquidação, passando a

ser facultativa.

1.21 Estimativas contabilísticas na aplicação das políticas contabilísticas

As IFRS estabeleceram um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o

Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a

decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado.

As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios

contabilísticos pela Euronext Lisbon são analisadas como segue, no sentido de melhorar o

entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados da Euronext Lisbon e a

sua divulgação.

Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um tratamento

contabilístico alternativo em relação ao adoptado pelo Conselho de Administração, os

resultados reportados pela Euronext Lisbon poderiam ser diferentes caso um tratamento

diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que os critérios adoptados

são apropriados e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição

financeira da Euronext Lisbon e das suas operações em todos os aspectos materialmente

relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o

leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras

alternativas ou estimativas são mais apropriadas.

Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda

A Euronext Lisbon determina que existe imparidade nos seus activos financeiros disponíveis

para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo

valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer

julgamento. No julgamento efectuado, a Euronext Lisbon avalia entre outros factores, a

volatilidade normal dos preços dos activos financeiros.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de

avaliação os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no

estabelecimento de estimativas de justo valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar

num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos

resultados da Euronext Lisbon.

92

Imparidade dos activos de longo prazo

Os activos fixos tangíveis e intangíveis são revistos para efeitos de imparidade quando existem

factos ou circunstâncias que indicam que o seu valor líquido não é recuperável.

Considerando, as incertezas quanto ao valor de recuperação do valor líquido dos activos fixos

tangíveis e intangíveis pelo facto de se basear na melhor informação disponível à data, as

alterações de pressupostos poderão resultar em impactos na determinação do nível de

imparidade e consequentemente nos resultados da empresa.

Cobranças duvidosas

As perdas por imparidade relativas a contas a receber de cobrança duvidosa são baseadas na

avaliação efectuada pela Administração da probabilidade de recuperação dos saldos das contas a

receber, antiguidade de saldos, anulação de dívidas e outros factores. Existem determinadas

circunstâncias e factos que podem alterar a estimativa das perdas por imparidade dos saldos das

contas a receber face aos pressupostos considerados, incluindo alterações da conjuntura

económica, das tendências sectoriais, da deterioração da situação creditícia dos principais

clientes e de incumprimentos significativos. Este processo de avaliação está sujeito a diversas

estimativas e julgamentos. As alterações destas estimativas podem implicar a determinação de

diferentes níveis de imparidade e consequentemente diferentes impactos em resultados.

Impostos sobre os lucros

A determinação do montante global de impostos sobre os lucros requer determinadas

interpretações e estimativas. Existem diversas transacções e cálculos para os quais a

determinação dos impostos a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os

lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pela

Euronext Lisbon e pela sua subsidiária, durante um período de quatro ou seis anos, no caso de

haver prejuízos reportáveis. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável,

resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é

convicção do Conselho de Administração da Euronext Lisbon e da sua subsidiária, de que não

haverá correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações

financeiras.

Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades pelo pagamento de pensões de reforma requer a

utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projecções actuariais,

93

rentabilidade estimada dos investimentos e outros factores que podem ter impacto nos custos e

nas responsabilidades do plano de pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores

determinados.

1.22 Gestão dos riscos de negócio

A Euronext Lisbon dedica uma atenção rigorosa, permanente, à manutenção de um perfil de

risco prudente, equilibrado e adequado à experiência a à capacidade de organização,

preservando os objectivos básicos de solvabilidade, rentabilidade e adequada liquidez.

A Euronext Lisbon, enquanto entidade gestora de mercados regulamentados, dispõe de um

sistema de controlo interno que tem por objectivo a vigilância dos riscos inerentes à sua

actividade, a minimização de imprevistos, a adaptação às mudanças no ambiente económico e

competitivo e às mudanças de mercado, bem como, um mais eficaz desenvolvimento e

crescimento da empresa.

Riscos financeiros

a) Exposição a risco de crédito

Não existe qualquer concentração significativa de risco de crédito numa única contraparte ou

grupo de contrapartes. A exposição máxima ao risco de crédito para cada classe de activos

financeiros é representada pelos valores escriturados dos respectivos activos.

b) Exposição a risco de taxa de juro

As aplicações financeiras encontram-se expressas em activos sem risco ou de risco reduzido,

como sejam os depósitos a prazo com maturidade inferior a um ano.

As referidas aplicações são realizadas juntos de instituições financeiras de reconhecida

credibilidade, existindo mecanismos de acompanhamento e avaliação dos riscos de aplicações

de carteira própria, que impedem a exposição a riscos considerados relevantes.

A empresa não utiliza quaisquer instrumentos financeiros derivados para cobertura dos riscos de

taxa de juro.

Risco liquidação e custódia

A 31 de Dezembro de 2009, a valorização das emissões integradas na Central da Valores

Mobiliários, gerido pela INTERBOLSA (custódia) ascendia a Euros 283.782.480.1696.

6 A valorização das emissões representativas de dívida é calculada com base no valor nominal. Para as restantes emissões o cálculo é baseado no último preço de fecho para os valores cotados ou no valor nominal para os valores não cotados. Nas unidades de participação não admitidas à negociação a valorização é calculada com base no preço de subscrição. No que se refere às emissões de warrants, certificados e outros valores similares não é apresentada a valorização das emissões.

94

Os procedimentos de alerta de existência de falhas na liquidação, bem como os procedimentos

de controlo interno implementados, permitem monitorizar e mitigar os riscos inerentes a estas

operações.

1.23 Fluxos de caixa

O método utilizado para a apresentação dos fluxos de caixa é o método indirecto.

2 Outros proveitos

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Ganhos / (Perdas) em imobilizações 1.879 (5.395) - (5.395) Outros proveitos 319.293 320.552 346.444 340.242

321.175 315.157 346.444 334.847

3 Gastos com o pessoal

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Remunerações 4.872.767 4.918.113 2.798.462 2.799.355 Encargos sociais obrigatórios 658.209 673.798 370.239 385.344 Encargos com pensões e Benefícios aos empregados 229.036 100.280 128.209 32.952 Trabalhadores temporários 19.479 9.558 19.480 9.558 Formação 52.538 38.476 24.674 33.574 Alocação de custos com o pessoal do Grupo 174.154 195.002 174.154 195.002 Outros custos 787.126 563.359 684.296 467.953

6.793.309 6.498.586 4.199.514 3.923.738

O valor total de remunerações atribuídas a todos os membros dos Órgãos Sociais da Euronext

Lisbon, no exercício findo em Dezembro 2009, registados na rubrica Gastos com pessoal, foi de

Euros 1.093.821 (2008: Euros 849.803).

O número de trabalhadores ao serviço do Grupo Euronext no final dos exercícios findos em 31

de Dezembro de 2009 e 2008, distribuído por departamentos, foi o seguinte:

95

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Mercado a contado 8 7 8 7

Mercado de derivados 1 1 1 1

Serviços de informação - 1 - 1

Liquidação e custódia 11 12 - -

Suporte – Administrativo e financeiro 9 8 5 5 Suporte – Jurídico 5 5 3 3 Suporte – Informática 20 20 1 1 Suporte – Recursos humanos 3 3 3 3 Suporte – Relações públicas 1 1 1 1 Suporte – Serviços gerais 3 3 3 3 Outros (incluindo requisitados e expatriados)

13 14 11 12

74 75 36 37

4 Amortizações do exercício

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Activos tangíveis: Edifícios 24.739 30 065 24.739 24 739 Equipamento informático 101.998 220.289 54.298 56.229 Equipamento de transporte 137.968 158.895 96.153 117.080 Equipamento administrativo 46.023 36.798 25.847 26.800 Outros activos tangíveis 61.536 51.259 19.833 19.833

372.264 497.306 220.870 244.681

5 Gastos com tecnologias de informação

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Subcontratos e manutenção de hardware 312.381 301.8502 312.381 301.850 Licenças e manutenção de software 1.105.687 772.316 318.934 57.048 Outros 95.160 95.160

1.513.228 1.074.166 726.475 358.898

96

6 Comunicações, consultoria e outros

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Material de consumo corrente 84.791 78.255 48.334 46.926 Deslocações e estadias 313.175 426.664 236.891 338.250 Comunicações 401.778 302.176 77.123 196.116 Seguros 139.577 186.973 66.490 67.824 Comunicação de dados 34.486 30.400 34.486 30.400 Consultadoria jurídica 106.623 141.027 99.102 140.880 Consultadoria fiscal e contabilística 185.380 86.487 158.185 62.176 Consultadoria de recursos humanos 24.000 93.240 - 69.240 Outros serviços 492.849 397.145 276.180 204.275

1.779.659 1.742.367 996.791 1.156.087

7 Equipamentos e instalações

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Rendas de edifícios 645.753 639.240 452.884 439.178 Segurança 50.225 50.846 - - Água, electricidade e combustíveis 30.173 12.786 - - Manutenção 17.860 7.571 - 699 Serviços de limpeza 34.859 33.997 22.975 22.999 Outros 123.630 124.244 69.414 72.044

902.500 868.684 545.273 534.920

8 Marketing

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Eventos 64.834 204.823 64.834 204.823 Patrocínios 39.350 77.363 39.350 77.363 Apresentações e conferências 17.610 25.168 17.610 25.168 Outros 16.087 17.601 15.927 17.480

137.881 324.955 137.721 324.834

97

9 Outros gastos

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Gastos com serviços de informação - 51.114 - 51.114 Taxas de supervisão 900.000 900.000 360.000 360.000 Outros (525.075) 1.656.135 (642.063) 1.527.417

374.925 2.607.249 (282.063) 1.938.531

A rubrica Outros inclui os custos de estrutura central do Grupo no valor de (707.458) Euros (2008: Euros 1.424.152).

10 Resultado financeiro

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Proveitos financeiros: Juros obtidos 973.440 2.424.957 555.952 1.349.967 Diferenças de câmbio favoráveis 4.185 5.109 4.185 5.109

977.625 2.430.066 560.137 1.355.076

Gastos financeiros: Juros suportados 7.056 20.239 4.513 13.262 Diferenças de câmbio desfavoráveis - 4.901 - 4.901 Outros gastos financeiros - 1 - 1

7.056 25.141 4.513 18.164 Resultado financeiro 970.569 2.404.925 555.624 1.336.912

11 Ganhos em subsidiárias

Esta rubrica aplica-se apenas às contas individuais da Euronext Lisbon e refere-se aos

dividendos recebidos da sua subsidiária, Interbolsa – Sociedade gestora de Sistemas de

Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A.

98

12 Impostos

O encargo com impostos, no exercício findo em Dezembro de 2009 e 2008, é analisado como

segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Imposto corrente do exercício 5.541.395 6.802.702 2.100.799 3.475.343

Imposto diferido diferenças temporárias 46.013 (54.891) 1.200 4.168

Imposto corrente sobre o rendimento 5.587.408 6.747.811 2.101.999 3.479.511 Reconciliação entre o custo do

exercício e o saldo em balanço

Custo do imposto corrente do exercício (1) 5.541.395 6.802.702 2.100.799 3.475.343 Pagamentos por conta (2) 5.366.481 4.556.640 2.750.217 1.997.454 Retenções na fonte (3) 193.094 422.711 93.407 200.872 Saldo corrente a pagar (receber) (1) - (2) - (3) (18.180) 1.823.351 (742.825) 1.277.018

O valor de impostos sobre lucros do Grupo ascende a Euros 5.587.408, o que representa uma

taxa média de imposto de 26,75% do resultado consolidado antes de impostos (Dez 2008:

26,58%).

A diferença entre a taxa nominal de imposto sobre o rendimento a que a Euronext Lisbon se

encontra sujeita e a taxa média acima referida, resulta dos ajustamentos considerados para

efeitos da determinação da matéria colectável, nos termos previstos na legislação aplicável.

99

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de IRC, no Grupo, é analisada como

segue:

Dez 2009 Dez 2008 % Valor % Valor

Resultado antes de impostos 20.890.391 25.389.089 Taxa de imposto corrente 26,50% 5.535.955 26,50% 6.728.109 Tributação autónoma e benefícios fiscais dedutíveis à

colecta

e custos não dedutíveis 0,25% 51.453 0,08% (19.702) 26,75% 5.587.408 26,58% 6.747.811

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de IRC, em base individual, é analisada

como segue:

Dez 2009 Dez 2008 % Valor % Valor

Resultado antes de impostos 16.901.187 22.187.040 Taxa de imposto corrente 26,50% 4.478.816 26,50% 5.879.566 Anulação do efeito do dividendo recebido (14,32%) (2.419.613) (10,98%) (2.437.169) Tributação autónoma e benefícios fiscais dedutíveis à

colecta

e custos não dedutíveis 0,25% 42.796 0,17% 37.115 12,44% 2.101.999 15,68% 3.479.511

13 Activos tangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Custo:

Imóveis: Edifícios 186.046 186.046 123.694 123.694

Equipamento: Informático 1.249.095 1.975.714 349.806 547.558 Transporte 766.959 783.097 546.036 562.174 Administrativo 956.956 955.820 519.902 526.188

Outros activos tangíveis 788.947 717.932 588.775 595.594

3.948.003 4.618.609 2.128.213 2.355.208

Amortizações acumuladas: (2.881.879) (3.478.778) (1.315.550) (1.445.193)

100

Total Liquido 1.066.124 1.139.831 812.663 910.015

Os movimentos da rubrica Activos tangíveis, a 31 de Dezembro de 2009, para o Grupo, são

analisados como segue:

Saldo em

1 Janeiro

Aquisições/ Dotações

Abates Regularizações/ Transferências

Saldo em

31 Dezembro

Euros

Euros

Euros

Euros Euros

Custo:

Imóveis:

Edifícios 186.046 - - - 186.046 Equipamento:

Informático 1.975.714 49.705 (713.056) (63.268) 1.249.094 Transporte 783.097 105.000 (121.138) - 766.959 Administrativo 955.820 64.199 (63.063) - 956.957

Outros activos tangíveis 717.932 83.295 (12.280) - 788.947

4.618.609 302.199 (909.537) (63.268) 3.948.003 Amortizações

acumuladas:

Imóveis:

Edifícios (141.674) (24.738) - - (166.412) Equipamento:

Informático (1.849.105) (101.979) 713.055 63.268 (1.174.761) Transporte (564.441) (137.968) 121.138 - (581.271) Administrativo (790.093) (46.043) 63.063 (773.073)

Outros activos Tangíveis (133.465) (61.536) 8.639 - (186.362)

(3.478.778) (372.264) 905.895 - (2.881.879) Total Liquido: 1.139.831 (70.065)

(3.642) - 1.066.124

101

Os movimentos da rubrica Activos tangíveis, a 31 de Dezembro de 2009, em base individual,

são analisados como segue:

Saldo em 1 Janeiro

Aquisições/ Dotações

Abates

Regularizações/ Transferências

Saldo em 31 Dezembro

Euros

Euros

Euros

Euros Euros

Custo:

Imóveis:

Edifícios 123.694 - - - 123.694 Equipamento:

Informático 547.558 18.030 (152.514) (63.268) 349.806 Transporte 562.174 105.000 (121.138) - 546.036 Administrativo 526.188 489 (6.775) - 519.903

Outros activos tangíveis 595.594 - (6.819) - 588.775

2.355.208 123.519 (287.245) (63.268) 2.128.214 Amortizações

acumuladas:

Imóveis:

Edifícios (79.322) (24.738) - - (104.060) Equipamento:

Informático (468.764) (54.279) 152.514 63.268 (307.263) Transporte (410.338) (96.153) 121.138 - (385.353) Administrativo (423.405) (25.867) 6.775 - (442.498)

Outros activos tangíveis (63.363) (19.833) 6.819 - (76.377)

(1.445.192) (220.870) 287.244 - (1.315.551) Total Liquido: 910.015

(97.351) - -

812.663

As locações, a 31 de Dezembro de 2009, para o Grupo, em termos de prazos residuais são

apresentadas como segue:

Locações

Até 1 De 1 a A mais de Ano 5 Anos 5 Anos Total Euros Euros Euros Euros

Rendas vincendas 104.885 114.067 - 218.952 Juros vincendos 4.231 8.256 - 12.487 Valores residuais 27.118 92.727 - 119.845

136.234 215.050 - 351.284

102

As locações, a 31 de Dezembro de 2008, para o Grupo, em termos de prazos residuais são

apresentadas como segue:

Locações

Até 1 De 1 a A mais de Ano 5 Anos 5 Anos Total Euros Euros Euros Euros

Rendas vincendas 128.411 147.626 - 276.037 Juros vincendos 14.853 12.898 - 27.751 Valores residuais - 125.775 - 125.775

143.264 286.299 - 429.563

As locações, a 31 de Dezembro de 2009, em base individual, em termos de prazos residuais são

apresentadas como segue:

Locações

Até 1 De 1 a A mais de Ano 5 Anos 5 Anos Total Euros Euros Euros Euros

Rendas vincendas 71.785 97.011 - 168.796 Juros vincendos 3.642 8.039 - 11.681 Valores residuais 13.833 72.931 - 86.764

89.260 177.981 - 267.241

As locações, a 31 de Dezembro de 2008, em base individual, em termos de prazos residuais são

apresentadas como segue:

Locações

Até 1 De 1 a A mais de Ano 5 Anos 5 Anos Total Euros Euros Euros Euros

Rendas vincendas 95.363 96.884 - 192.247 Juros vincendos 10.543 8.937 - 19.480 Valores residuais - 92.694 - 92.694

105.906 198.515 - 304.421

103

14 Activos intangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Custo:

“Software” 1.104.609 1.041.341 63.268 -

Amortizações acumuladas:

“Software” (1.104.609) (1.041.341) (63.268) -

Total Liquido: - - - -

Os movimentos da rubrica Activos intangíveis, a 31 de Dezembro de 2009, para o Grupo, são

analisados como segue:

Saldo em

1 Janeiro

Abates/aquisições/ transferências

Saldo em

31 Dezembro

Euros

Euros Euros

Custo:

“Software” 1.041.341 63.268 1.104.609

Amortizações acumuladas:

“Software” (1.041.341) (63.268) (1.104.609)

Total Liquido: - - -

15 Investimentos em subsidiárias

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros Não cotadas Interbolsa - - 5.500.000 5.500.000 Fundo de garantia 266.358 266.358 266.358 266.358 266.358 266.358 5.766.358 5.766.358

104

Os principais indicadores da subsidiária Interbolsa são analisados como segue:

Activos Passivos Proveitos Resultado

líquido Euros Euros Euros Euros 31 de Dezembro de 2008

Interbolsa 22.231.211 2.100.596 17.822.743 9.130.615 31 de Dezembro de 2009

Interbolsa 23.015.982 2.381.572 18.721.082 9.634.410

A Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de

Valores Mobiliários, S.A., foi constituída por escritura de 10 de Fevereiro de 2000, lavrada no

1º. Cartório Notarial de Lisboa, conforme deliberação da Assembleia Geral da Interbolsa -

Associação para a Prestação de Serviços às Bolsas de Valores, de 20 de Dezembro de 1999, e

nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 394/99, de 13 de Outubro, e da Portaria n.º 1194-A/99

(2ª. Série), de 8 de Novembro, sendo actualmente detida a 100% pela Euronext Lisbon –

Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..

A sua actividade consiste na gestão de sistemas de liquidação e de sistemas centralizados de

valores mobiliários.

Em 31 de Dezembro de 2009, o perímetro de consolidação da Euronext Lisbon é apresentado

conforme segue:

16 Activos financeiros disponíveis para venda

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Acções 1.250 1.250 - - Euronext Brussels 3.076.814 2.431.946 3.076.814 2.431.946

3.078.064 2.433.196 3.076.814 2.431.946

Empresa Sede Capital Moeda Actividade económica

% Controlo da Euronext

Método de

consolidação

Interbolsa Porto 5.500.000 Euros

Gestão de sistemas de liquidação 100%

Integral

105

17 Impostos diferidos

Os activos por impostos diferidos activos e pessivosem 31 de Dezembro de 2009 e 31 de

Dezembro de 2008 gerados por diferenças temporárias são analisados como segue:

Grupo

Dez 2009 Dez 2008 Activos

Euros Passivos Euros

Liquido Euros

Activos Euros

Passivos Euros

Liquido Euros

Activos tangives 7.452 - 7.452 26.994 - 26.994 Provisões 240 - 240 430 - 430 Pensões de Reforma 30.895 - 30.895 57.176 - 57.176 Activos Financeiros Disponíveis para Venda

- 253.504 (253.504) - 82.614 (82.614)

Imposto diferido activo / (passivo) 38.587 253.504 (214.917) 84.600 82.614 1.986

Individual

Dez 2009 Dez 2008 Activos

Euros Passivos

Euros Liquido Euros

Activos Euros

Passivos Euros

Liquido Euros

Activos tangives 603 - 603 1.803 - 1.803 Provisões - - - - - - Pensões de Reforma - - - - - - Activos Financeiros Disponíveis para Venda

- 253.504 (253.504) - 82.614 (82.614)

Imposto diferido activo / (passivo) 603 253.504 (252.901) 1.803 82.614 (80.811)

Os movimentos ocorridos nos impostos diferidos, para o Grupo e em base individual, em 31 de

Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, são os seguintes:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Saldo em 1 de Janeiro 84.600 29.707 1.803 5.969

Encargos do exercício (46.013) 54.893 (1.200) (4.166)

Saldo em 31 de Dezembro 38.587 84.600 603 1.803

106

18 Devedores e outros activos

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros Devedores correntes:

Existências 209.289 220.641 209.289 220.641 Outros devedores correntes 6.073.139 6.061.787 3.388.853 4.280.304

6.282.428 6.282.428 3.598.142 4.500.945 Devedores não correntes 466.801 246.207 451.727 228.290 6.209.392 6.528.635 4.049.869 4.729.235 Imparidade para devedores (22.645) (389.763) (12.500) (381.363) Imparidade para existências (156.933) (156.933) (156.933) (156.933) (179.578) (546.696) (169.433) (538.296) 6.029.814 5.981.939 3.880.436 4.190.939

Os movimentos da imparidade para devedores, são analisados como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros Imparidade para devedores:

Saldo em 1 de Janeiro 389.763 379.995 381.363 368.559 Dotação do exercício 2.757 14.651 - 12.804 Reversão do exercício (369.875) (4.883) (368.863) - Saldo em 31 de Dezembro 22.645 389.763 12.500 381.363

107

Os movimentos da imparidade para existências, são analisados como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros Imparidade para existências:

Saldo em 1 de Janeiro 156.933 143.039 156.933 143.039 Dotação do exercício - 13.894 - 13.894 Reversão do exercício - - - - Saldo em 31 de Dezembro 156.933 156.933 156.933 156.933

19 Caixa e depósitos a curto prazo

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Numerário: Caixa 871 2.752 871 2.752

Depósitos bancários: Depósitos à ordem 43.537.484 13.686.887 22.963.575 13.184.90

9 Depósitos a curto prazo - 31.242.877 - 17.502.67

4

43.538.355 44.932.516 22.964.446 30.690.335

20 Depósitos a prazo

A análise da rubrica Depósitos a prazo pelo período remanescente das operações é a seguinte:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros 3 meses até 6 meses - 5.879.044 - - 6 meses até 1 ano - - - - - 5.879.044 - -

108

21 Capital

O capital de Euros 8.750.000 representado por 8.750.000 acções de valor nominal de 1 Euro

cada uma, encontra-se integralmente realizado. O capital da Euronext Lisbon, em 31 de

Dezembro de 2009, é detido em 100% pela Euronext N.V.. Os resultados por acção (EPS)

atribuíveis ao accionista da Euronext Lisbon, são analisados como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros Resultado líquido 15.302.990 18.641.278 14.799.195 18.707.529 N.º de acções 8.750.000 8.750.000 8.750.000 8.750.000 Resultado por acção (Básico) 1,7489 2,1304 1,6913 2,1380

O Grupo Euronext calcula o seu resultado básico por acção usando o número de acções durante

o período de relato.

22 Reservas e Reavaliação de Investimentos

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros Reserva legal 13.394.314 10.775.630 7.894.314 6.023.560 Outras reservas - 4.822.313 - 3.154.696 Reserva de reavaliação de investimentos 703.115 229.137 703.115 229.137 Outros instrumentos de capital 643.716 - 643.716 - 14.741.145 15.827.080 9.241.145 9.407.393

Reserva legal

Em conformidade com o artigo 32º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 8-D/2002, de 15 de Janeiro a

reserva legal é obrigatoriamente dotada com um mínimo de 10% dos lucros anuais até à

concorrência de um valor equivalente a 100% do capital da sociedade, de acordo com Decreto-

Lei 357 de 2007. Esta reserva só pode ser utilizada na cobertura de prejuízos ou no aumento do

capital social.

Reserva de Investimentos

As Reservas de Reavaliação de Investimentos representam as mais e menos valias potenciais,

relativos à carteira de activos financeiros disponíveis para venda, líquidas de imparidade

reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores.

109

Valores em Euros Activos financeiros

disponíveis para venda

Saldo em 1 de Janeiro de 2008 1.065.089 Variação na reserva de activos financeiros disponíveis para venda -1.057.479 Impostos diferidos 221.527 Saldo em 31 de Dezembro de 2008 229.137 Variação na reserva de activos financeiros disponíveis para venda 644.868 Impostos diferidos -170.890 Saldo em 31 de Dezembro de 2009 703.115

Esta reserva está relacionada com a participação da Euronext Lisbon na Euronext Brussels (ver

Nota 16).

23 Benefícios aos colaboradores

Planos de benefícios definidos

Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, o número de participantes abrangidos

por este plano de pensões de reforma era o seguinte:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Número de participantes

Reformados e pensionistas 8 8 7 7 Pessoal no activo 72 73 36 37 Ex-funcionários 80 80 71 71 160 161 114 115

As quantias reconhecidas no balanço durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e

31 de Dezembro de 2008 são analisados como segue:

110

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros Valor presente das obrigações com fundo

9.165.806

6.854.563

6.753.167

5.061.974

Justo valor dos activos do plano (8.711.001) (8.063.776) (6.471.778) (6.120.355) 454.805 (1.209.213) 281.389 (1.058.381) Ganhos / (perdas) actuariais não reconhecidos (45.052) 1.589.930 11.779 1.223.340 Passivo líquido no balanço 409.753 380.717 293.168 164.959

Os movimentos no passivo líquido reconhecido no balanço durante os exercícios findos em 31

de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 são analisados como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros Passivo líquido no início do ano 380.717 680.437 164.959 532.007

Gasto líquido reconhecido na demonstração dos resultados

229.036

100.280

128.209

32.952

Contribuições para o fundo (200.000) (400.000) - (400.000)

Passivo líquido no fim do exercício 409.753 380.717 293.168 164.959

Em 31 de Dezembro de 2009, a Euronext Lisbon, para o grupo, registou como custo com

pensões de reforma o montante de Euros 229.036 (Dez 2008: Euros 100.280).

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2009 a Euronext Lisbon de forma a estimar os

custos referentes ao plano de pensões utilizou uma projecção efectuada por uma consultora

independente (Mercer). A análise do custo do exercício é apresentada como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros Custo dos serviços correntes 187.000 192.267 106.000 107.000

Custo dos juros 427.000 381.774 315.000 282.461

Rendimento esperado dos activos (341.000) (422.192) (259.000) (314.940)

Ganhos e perdas actuariais (43.964) (51.569) (33.791) (41.569)

Custo do exercício 229.036 100.280 128.209 32.952

111

A análise comparativa dos pressupostos actuariais é analisada como segue:

Dez 2009 Dez 2008

Taxa de crescimento salarial 2.55% 2.80%

Taxa de crescimento das pensões 2,00% 2,25%

Taxa de rendimento do fundo 6,34% -4,50%

Taxa de desconto 5,00% 6,25%

Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90

Tábua de invalidez EVK 1980 EVK 1980

Idade de reforma 65 anos 65 anos

Decrementos utilizados 100% da EVK 1980 100% da EVK 1980

Os pressupostos de base utilizados no cálculo do valor actuarial das responsabilidades estão de

acordo com os requisitos definidos pela IAS 19.

Planos de remunerações com acções

A Euronext desenvolveu dois planos de opções de compra com acções. No que respeita ao

“Euronext Stock Option 2002” as opções sobre acções podem ser exercidas entre 16 de

Setembro de 2005 e 16 de Setembro de 2009 no caso de o colaborador continuar nos quadros da

Euronext, ou se não for o caso mediante condições especificas. As acções em carteira serão

utilizadas quando as opções forem exercidas. No que respeita ao “Euronext Stock Option 2004”

as opções sobre acções podem ser exercidas entre 24 de Dezembro de 2007 e 24 de Dezembro

de 2011 no caso de o colaborador continuar nos quadros da Euronext, e se o Earning Per Share

tiver excedido o índice representativo do custo de vida em 4% ou mais. As acções em carteira

serão utilizadas quando as opções forem exercidas.

Em ambos os planos o preço de exercício de cada opção é calculado com base no preço de

mercado da acção na data da atribuição da opção, sendo a maturidade máxima de cada opção de

sete anos.

Em Setembro de 2005, a Euronext Lisbon garantiu 5.820 acções aos seus quadros executivos

conforme o programa “Executive Incentive plan”. De acordo com este plano, e sem prejuízo de

situações específicas de restrição para negociar, os colaboradores receberam essas acções

durante o ano de 2008.

Em Setembro de 2006, a Euronext Lisbon garantiu 6.800 acções aos seus quadros executivos

conforme o programa “Executive Incentive plan”. De acordo com este plano, estes

colaboradores receberam essas acções em Setembro de 2009 por continuarem nos quadros da

Euronext e se a evolução dos resultados por acção corresponderem pelo menos à média da

evolução de um conjunto de acções listadas nos grupos concorrentes.

112

Em Maio de 2006, o Grupo Euronext apresentou o “Elements – Plano de acções para

colaboradores ”, que permite aos trabalhadores adquirirem acções da Euronext. O trabalhador

poderá contribuir, mensal ou anualmente durante três anos, sendo este dinheiro usado para

comprar acções Euronext N.V.. A Sociedade efectua uma contribuição com acções por

equivalência até um limite predefinido. O trabalhador por participar no plano, receberá ainda

dez acções a título gratuito e, adicionalmente, se a Euronext cumprir objectivos financeiros

específicos, ser-lhe-ão atribuídas mais acções gratuitas no final de cada ano financeiro. As

acções que o trabalhador receber terão que ser mantidas durante a vigência do plano, que tem a

duração de 3 anos, com término no passado dia 31 Maio de 2009. De realçar que deste plano

não resultaram custos para a Euronext Lisbon.

Os planos actuais são apresentados como segue:

Dez-2009 Euronext Euronext

Stock Option Stock Option 2002 2004

Data de atribuição 16.Set.2002 24.Dez.2004 N.º de acções 27.704 14.000 Período 7 anos 7 anos Preço de exercício após a conversão em acções NYSE/Euronext (em Euros)

16,68

17,63

Opções por exercer a 1 de Janeiro de 2009 7.384 7.579

Opções exercidas a Setembro de 2009 7.384 - Opções por exercer a 31 de Dezembro de 2009 0 7.579

Opções passíveis de exercício a 31 de Dezembro de 2009 0 7.579

A rubrica de Outros instrumentos de capital inclui o valor dos custos com os planos de opções de

compra com acções já periodificadas relativos a acções a disponibilizar e opções ainda não

exercidas, que ascendem a 643.716 euros em 31 de Dezembro de 2009 (2008: 134.109 euros). Até

31 de Dezembro de 2009 estes montantes eram registados em Credores e Outros Passivos, tendo

sido reclassificados para melhor entendimento e comparabilidade das Demonstrações Financeiras.

113

24 Provisões

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros Provisões para Passivos Correntes - 108.726 - 108.726 Provisões para Passivos não Correntes 99.778 109.598 99.778 109.598

99.778

218.324

99.778

218.324

Os movimentos da provisão para outros riscos e encargos, são analisados como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros Saldo em 1 de Janeiro 218.324 236.630 218.324 236.630 Dotação do exercício - 3.865 - 3.865 Reversão do exercício (118.546) (22.171) (118.546) (22.171) Saldo 99.778 218.324 99.778 218.324

25. Credores e outros passivos

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008

Euros Euros Euros Euros

Credores correntes 5.347.697 6.716.941 3.807.355 5.383.559 Credores não correntes - - - -

5.347.697 6.716.941 3.807.355 5.383.559

114

26. Justo valor de activos e passivos financeiros

A decomposição dos activos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, para o Grupo,

contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisado como segue:

Dez 2009 Dez 2008

Valor contabilístico

Justo valor Diferença Valor

contabilístico Justo valor Diferença

Euros Euros Euros Euros Euros Euros

Activos financeiros:

Activos financeiros disponíveis para venda (ver nota 16) 3.078.064 3.078.064 - 2.433.196 2.433.196 - Devedores e outros activos (ver nota 18) 6.029.814 6.029.814 - 5.981.939 5.981.939

-

Caixa e depósitos a curto prazo (ver nota 19) 43.538.355 43.538.355 - 44.932.516 44.932.516

-

Depósitos a prazo (ver nota 20) - - - 5.879.044 5.879.044

-

Passivos financeiros:

Credores e outros passivos (ver nota 25) 5.347.697

5.347.697 - 6.716.941

6.716.941

-

A decomposição dos activos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, em base individual,

contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisado como segue:

Dez 2009 Dez 2008

Valor contabilístico

Justo valor Diferença Valor

contabilístico Justo valor Diferença

Euros Euros Euros Euros Euros Euros

Activos financeiros:

Activos financeiros disponíveis para venda (ver nota 16) 3.076.814 3.076.814 - 2.431.946 2.431.946 - Devedores e outros activos (ver nota 18) 3.880.436 3.880.436 - 4.190.939 4.190.939

-

Caixa e depósitos a curto prazo (ver nota 19) 22.964.446 22.964.446 - 30.690.335 30.690.335

-

Depósitos a prazo (ver nota 20) - - - - -

-

Passivos financeiros:

Credores e outros passivos (ver nota 25) 3.807.355

3.807.355 - 5.383.559

5.383.559

-

115

Atendendo ao prazo extremamente curto associado às rubricas acima mencionadas, com excepção

dos activos financeiros disponíveis para venda, o valor de balanço é uma razoável estimativa do

seu justo valor.

27. Partes relacionadas

Resumem-se como segue os saldos da Euronext Lisbon, em 31 de Dezembro 2009 e 31 de

Dezembro 2008 relativas às transacções em partes relacionadas:

Balanço

Dez 2009

Dez. 2008

Activos Não Correntes:

Euronext Brussels 2.431.946 2.431.946

Interbolsa 5.500.000 5.500.000

Fundo Garantia 266.358 266.358

Activos Correntes:

Euronext Amsterdam NV - -

Euronext NV 2.225.054 2.051.518

Euronext Paris 22.388.500 12.922.223

Interbolsa - 5.123

Liffe Holdings Plc - 228.590

Nyse Techonology 46.000 -

Passivos Correntes:

Euronext Amsterdam NV (161.476) 47.776

Euronext Brussels (15.210) 74.177

Euronext NV 1.639.988 1.467.224

Euronext Paris 25.923 1.410.148

Market Inc 75.636 308.656

Euronext France IP SAS 92.883 -

Euronext France Holding SAS 35.837 -

Euronext IP Netherlands BV 181.781 -

Liffe Holdings Plc (406.437) -

Total 31.388.933 20.097.777

116

Demonstração de resultados

Dez 2009

Dez 2008

Prestação de Serviços:

Euronext Amsterdam NV - -

Euronext NV 2.214.155 2.037.266

Interbolsa 269.534 284.774

Hugin ASA - 2.509

Nyse Techonology 46.000 -

Gastos e Perdas:

Atos Euronext - 23.243

Euronext Amsterdam NV (701.909) (343.304)

Euronext Brussels (138.489) 71.464

Euronext NV 3.354 3.354

Interbolsa - 454

Euronext Paris 792.393 2.500.058

Liffe Holdings Plc (659.453) (802.531)

Market Inc 138.317 234.102

Euronext France IP SAS 92.883 -

Euronext IP Netherlands BV 181.781 -

Euronext France Holding SAS 35.837 -

Resultado Financeiro:

Euronext Paris 91.741 446.620

Interbolsa 9.130.615 9.196.866

Total 9.222.356 9.448.484

28. Normas contabilísticas recentemente emitidas

Normas contabilísticas, alterações e interpretações com aplicação obrigatória em 2009

relevantes para a Euronext:

As normas e interpretações (novas ou revistas) reflectidas nas demonstrações financeiras, com

referência a 31 de Dezembro de 2009, foram as seguintes:

IAS 1 (revista) – Apresentação de demonstrações financeiras – A aplicação da mesma resulta na

apresentação de uma Demonstração do Rendimento Integral

117

IFRS 2 (Revista) – Pagamento com Base em Acções – A aplicação da mesma tem impacto nas

condições de “vesting” e no cancelamento da concessão dos instrumentos de capital.

Normas contabilísticas, alterações e interpretações com aplicação obrigatória em 2009 mas

não relevantes para a Euronext:

As seguintes normas, alterações e interpretações são obrigatórias para períodos contabilísticos

com início a partir de 1 de Janeiro de 2009 mas que não são relevantes para a actividade da

Sociedade:

IAS 23 (revista) – Custos de empréstimos obtidos;

IAS 32 – Instrumentos financeiros: Apresentação; intitulada de “Instrumentos Financeiros com

uma opção de venda e obrigações decorrentes de uma liquidação”

IAS 39 (Alterações) – Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração

IFRS 7 (Alterações) – Instrumentos Financeiros: Divulgações

IFRS 8 – Segmentos operacionais;

IFRIC 13 - Programas de Fidelidade do Cliente

IFRIC 14; IAS 19 – Limite de activos de benefícios definidos, requisitos de financiamento

mínimos e a sua interacção.

A aplicação destas novas normas e interpretações não terão um impacto material nas

demonstrações financeiras da Sociedade.

Normas contabilísticas, alterações e interpretações emitidas, mas sem aplicação obrigatória

no exercício de 2009:

A Euronext optou por não aplicar as normas contabilísticas, alterações e interpretações

recentemente emitidas, mas sem aplicação obrigatória em 31 de Dezembro de 2009:

IAS 27 (Revista) – Demonstrações financeiras consolidadas e individuais

IAS 32 (Alterações) – Instrumentos financeiros: Apresentação; intituladas “Classificação das

emissões de direitos”

IAS 39 (Alterações) – Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração; intituladas

“Itens elegíveis para cobertura”

IFRS 1 (Alterações) – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato

financeiro;

IFRS 2 (Alterações) – Pagamento com Base em Acções

IFRS 3 (Revista) – Concentrações de actividades empresariais

118

IFRS 5 (Alterações) – Activos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas

IFRS 9 (Novo) – Instrumentos financeiros: Classificação e mensuração;

IFRIC 12 (Alterações) - Acordos de Concessão de Serviços

IFRIC 14 (Alterações) – Pagamentos antecipados de requisitos de financiamento mínimos

IFRIC 16 – Cobertura de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira;

IFRIC 17 (Novo) – Distribuição aos proprietários de activos que não são caixa;

IFRIC 18 (Novo) – Transferência de activos provenientes de clientes

IFRIC 19 (Novo) - Extinção de Passivos Financeiros através de Instrumentos de Capital

29. Gestão de Capital

Tendo em conta que por gestão de capital se compreende um conceito de maior amplitude que

o da rubrica de “capital próprio” que figura no balanço, a Entidade estabelece os seguinte

objectivos quanto a esta matéria:

• Cumprir para com os requisitos de capital definidos pelo regulador do sector onde a Entidade

opera;

• Assegurar que capacidade de continuidade da Entidade é continuamente tida em consideração

de modo a que continue a ser dado retorno de investimento e benefícios aos accionistas; e

• Manter uma sólida base de capital que apoie o desenvolvimento da sua actividade.

A adequacidade de capital e a utilização de capital regulamentar são monitorizados

regularmente pela gestão do Grupo. A informação exigida é enviada à CMVM numa base

mensal.

A CMVM exige que as entidades gestoras disponham dos fundos próprios necessários para

assegurar o disposto no artigo 32º do Decreto-Lei nº 357-C/2007, de 31 de Outubro: (a) fundos

próprios têm de atingir um nível mínimo que será o dobro do capital social mínimo exigível (b)

o passivo tem de ser a todo o momento inferior aos seus fundos próprios.

O Grupo e as suas empresas individuais cumprem com todos os requisitos de capital

estabelecidos externamente, e aos quais se encontram sujeitos.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Sara Alves Miguel Athayde Marques Dominique Cerruti Gary Jones Joost van der Does de Willebois Vicent van Dessel

119

8. COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS E CORPOS SOCIAIS DA EURONEXT

LISBON

Em 31 de Dezembro de 2009, a composição dos órgãos sociais da Euronext Lisbon era

a seguinte:

Mesa da Assembleia-Geral

Presidente Rui Chancerelle de Machete

Secretária Maria do Rosário Azevedo

Conselho de Administração7

Presidente Miguel Athayde Marques

Vogal Jean François Théodore

Vogal Joost van der Does de Willebois

Vogal Gary Jones

Secretário da Sociedade

Secretário Pedro Rodrigues Pinto

Secretária Suplente Marta Calado

Fiscal Único

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados –

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, inscrita na Câmara dos Revisores

Oficiais de Contas sob o n.º 183, representada por António Alberto Henrique Assis ou

José Manuel Henriques Bernardo.

Fiscal Único Suplente

O Revisor Oficial de Contas Jorge Manuel Santos Costa, inscrito na Câmara dos

Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 847.

7 À data da publicação deste relatório a composição do Conselho de Administração era a seguinte: Miguel Athayde Marques, Dominique Cerruti, Gary Jones, Joost van der Does de Willebois e Vicent van Dessel.

120

9. ENVOLVENTE NORMATIVA

• Portaria n.º 3/2009. D.R. n.º 1, Série I de 2009-01-02

Ministério da Justiça

Regulamenta a marcação prévia da data da realização dos procedimentos de constituição imediata de sociedades em que o

capital seja total ou parcialmente realizado mediante entradas em bens diferentes de dinheiro sujeitos a registo, nos termos

do artigo 4.º-A do Decreto-Lei n.º 111/2005, de 8 de Julho

• Portaria n.º 4/2009. D.R. n.º 1, Série I de 2009-01-02

Ministério da Justiça

Aprova os modelos do cartão da empresa e do cartão de pessoa colectiva, regulamenta o respectivo pedido de emissão por

via electrónica e altera o Regulamento do Registo Comercial

• Decreto-Lei n.º 5/2009. D.R. n.º 3, Série I de 2009-01-06

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova os novos Estatutos do Banco Português de Negócios, S. A., nos termos do disposto na Lei n.º 62-A/2008, de 11 de

Novembro

• Resolução do Conselho de Ministros n.º 8-A/2009. D.R. n.º 13, Suplemento, Série I de 2009-01-20

Presidência do Conselho de Ministros

Autoriza, em execução da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro (Orçamento do Estado para 2009), a emissão de dívida

pública

• Portaria n.º 54/2009. D.R. n.º 14, Série I de 2009-01-21

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova o novo modelo de impresso da declaração de aquisição e ou alienação de valores mobiliários, a que se refere o

artigo 138.º do Código do IRS, e respectivas instruções de preenchimento

• Portaria n.º 184/2009. D.R. n.º 36, Série I de 2009-02-20

Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Economia e da

Inovação

Estabelece o valor limite dos auxílios concedidos ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 1998/2006, da Comissão, de 15 de

Dezembro, relativo aos auxílios de minimis

• Portaria n.º 230-A/2009. D.R. n.º 41, Suplemento, Série I de 2009-02-27

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Altera a ficha técnica dos certificados de aforro - série C, constante da Portaria n.º 73-A/2008, de 23 de Janeiro

• Decreto-Lei n.º 62/2009. D.R. n.º 48, Série I de 2009-03-10

Ministério da Economia e da Inovação

Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 7/2004, de 7 de Janeiro, que transpõe para a ordem jurídica nacional a

Directiva n.º 2000/31/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Junho, relativa a certos aspectos legais dos

serviços da sociedade de informação, em especial do comércio electrónico, no mercado interno

121

• Lei n.º 10/2009. D.R. n.º 48, Série I de 2009-03-10

Assembleia da República

Cria o programa orçamental designado por Iniciativa para o Investimento e o Emprego e, no seu âmbito, cria o regime

fiscal de apoio ao investimento realizado em 2009 (RFAI 2009) e procede à primeira alteração à Lei n.º 64-A/2008, de 31

de Dezembro (Orçamento do Estado para 2009)

• Decreto-Lei n.º 64/2009. D.R. n.º 56, Série I de 2009-03-20

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Estabelece mecanismos extraordinários de diminuição do valor nominal das acções das sociedades anónimas

Decreto-Lei n.º 65/2009. D.R. n.º 56, Série I de 2009-03-20 vd. Declaração de Rectificação n.º 33/2009. D.R. n.º 96, Série I

de 2009-05-19

Ministério da Economia e da Inovação

Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 287/2007, de 17 de Agosto, que aprovou o enquadramento nacional dos

sistemas de incentivos ao investimento das empresas, que define as condições e as regras a observar pelos sistemas de

incentivos ao investimento nas empresas aplicáveis no território do continente durante o período de 2007 a 2013,

adoptando medidas de flexibilização dos sistemas de incentivos do QREN orientados para as empresas

• Resolução do Conselho de Ministros n.º 27/2009. D.R. n.º 56, Série I de 2009-03-20

Presidência do Conselho de Ministros

Cria o registo central de auxílios de minimis, ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 3.º do Regulamento (CE) n.º

1998/2006, da Comissão, de 15 de Dezembro, relativo à aplicação dos artigos 87.º e 88.º do Tratado da Comunidade

Europeia aos auxílios de minimis

• Resolução da Assembleia da República n.º 17/2009. D.R. n.º 57, Série I de 2009-03-23

Assembleia da República

Aprova o Acordo Que Revê o Acordo entre a República Portuguesa e o Reino de Espanha Relativo à Constituição de Um

Mercado Ibérico da Energia Eléctrica, assinado em Braga em 18 de Janeiro de 2008

• Resolução da Assembleia da República n.º 20/2009. D.R. n.º 57, Série I de 2009-03-23

Assembleia da República

Aprova, para adesão, uma emenda ao Acordo Relativo ao Fundo Monetário Internacional destinada a melhorar a voz e

participação no Fundo Monetário Internacional, adoptada em conformidade com a Resolução n.º 63-2 de 28 de Abril de

2008, da Assembleia de Governadores do referido Fundo

• Decreto-Lei n.º 69-A/2009. D.R. n.º 58, Suplemento, Série I de 2009-03-24

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Estabelece as normas de execução do Orçamento do Estado para 2009

• Portaria n.º 310/2009. D.R. n.º 62, Série I de 2009-03-30

Ministérios das Finanças e da Administração Pública e da Justiça

Define as taxas devidas pela emissão do cartão de empresa e do cartão de pessoa colectiva

• Portaria n.º 311/2009. D.R. n.º 62, Série I de 2009-03-30

Ministério da Justiça

Determina que a informação constante do Sistema de Informação da Classificação Portuguesa de Actividades Económicas

(SICAE) é de acesso público e gratuito, através de sítio da Internet mantido pelo Instituto dos Registos e do Notariado, I. P.

122

• Resolução do Conselho de Ministros n.º 29/2009. D.R. n.º 62, Série I de 2009-03-30

Presidência do Conselho de Ministros

Procede à primeira alteração à Resolução do Conselho de Ministros n.º 191-A/2008, de 27 de Novembro, que aprovou o

Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado, reforçando a garantia de pagamento aos credores

• Portaria n.º 333-A/2009. D.R. n.º 64, Suplemento, Série I de 2009-04-01

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova os novos modelos de impressos a que se refere o n.º 1 do artigo 57.º do Código do IRS

• Portaria n.º 333-B/2009. D.R. n.º 64, Suplemento, Série I de 2009-04-01

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova os novos modelos de impressos relativos a anexos que fazem parte integrante do modelo declarativo da informação

empresarial simplificada (IES)

• Portaria n.º 353-A/2009. D.R. n.º 66, Suplemento, Série I de 2009-04-03

Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Economia e da

Inovação

Altera o Regulamento do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME (SI Qualificação PME),

aprovado pela Portaria n.º 1463/2007, de 15 de Novembro

• Portaria n.º 353-B/2009. D.R. n.º 66, Suplemento, Série I de 2009-04-03

Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Economia e da

Inovação

Altera o Regulamento do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), aprovado pela

Portaria n.º 1462/2007, de 15 de Novembro

• Portaria n.º 353-C/2009. D.R. n.º 66, Suplemento, Série I de 2009-04-03

Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Economia e da

Inovação

Altera o Regulamento do Sistema de Incentivos à Inovação (SI Inovação), aprovado pela Portaria n.º 1464/2007, de 15 de

Novembro

• Decreto-Lei n.º 88/2009. D.R. n.º 70, Série I de 2009-04-09

Presidência do Conselho de Ministros

Procede à quarta alteração ao Decreto-Lei n.º 290-D/99, de 2 de Agosto, que estabelece o regime jurídico dos documentos

electrónicos e da assinatura digital, e à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 116-A/2006, de 16 de Junho, que cria o

Sistema de Certificação Electrónica do Estado

• Decreto-Lei n.º 99/2009. D.R. n.º 82, Série I de 2009-04-28

Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional

Procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 312/2007, de 17 de Setembro, que define o modelo de governação do

Quadro de Referência Estratégico Nacional para o período 2007-2013 e dos respectivos programas operacionais

• Portaria n.º 493-A/2009. D.R. n.º 89, Suplemento, Série I de 2009-05-08

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Procede à definição dos procedimentos necessários à sua execução, em matéria de operações de capitalização de

instituições de crédito com recurso a investimento

123

• Decreto-Lei n.º 104/2009. D.R. n.º 91, Série I de 2009-05-12

Ministério da Economia e da Inovação

Cria o Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas (FIEAE)

• Decreto-Lei n.º 105/2009. D.R. n.º 91, Série I de 2009-05-12

Ministério da Economia e da Inovação

Cria o Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas (FACCE)

• Lei n.º 19/2009. D.R. n.º 91, Série I de 2009-05-12

Assembleia da República

Altera o Código das Sociedades Comerciais e o Código do Registo Comercial, transpondo para a ordem jurídica interna as

Directivas n.os 2005/56/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Outubro, relativa às fusões transfronteiriças

das sociedades de responsabilidade limitada, e 2007/63/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Novembro,

que altera as Directivas n.os 78/855/CEE e 82/891/CEE, do Conselho, no que respeita à exigência de um relatório de

peritos independentes aquando da fusão ou da cisão de sociedades anónimas, e estabelece o regime aplicável à participação

dos trabalhadores na sociedade resultante da fusão

• Decreto-Lei n.º 122/2009. D.R. n.º 98, Série I de 2009-05-21

Ministério da Justiça

Simplifica as comunicações dos cidadãos e das empresas ao Estado, procedendo à 20.ª alteração ao Código do Registo

Predial, à alteração do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, à 31.ª alteração ao Código do Registo Comercial, à

alteração do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, à 9.ª alteração ao regime do Registo Nacional

de Pessoas Colectivas, à 20.ª alteração ao Decreto-Lei n.º 322-A/2001, de 14 de Dezembro, à 20.ª alteração ao

Regulamento Emolumentar dos Registos e do Notariado, à 5.ª alteração ao Decreto-Lei n.º 8-B/2002, de 15 de Janeiro, à 1.ª

alteração ao Decreto-Lei n.º 129/2007, de 27 de Abril, à 1.ª alteração ao Decreto-Lei n.º 132/2007, de 27 de Abril, à 1.ª

alteração ao Decreto-Lei n.º 263-A/2007, de 23 de Julho, à 1.ª alteração ao Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro, e à

9.ª alteração ao Decreto Regulamentar n.º 55/80, de 8 de Outubro

• Decreto-Lei n.º 125/2009. D.R. n.º 99, Série I de 2009-05-22

Ministério da Economia e da Inovação

Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 158/2002, de 2 de Julho, que aprovou o novo regime jurídico dos planos de

poupança-reforma, dos planos de poupança-educação e dos planos de poupança-reforma/educação

• Portaria n.º 547/2009. D.R. n.º 100, Série I de 2009-05-25

Ministério da Justiça

Regulamenta os procedimentos para operações especiais de registos

• Resolução do Conselho de Ministros n.º 46/2009. D.R. n.º 106, Série I de 2009-06-02

Presidência do Conselho de Ministros

Autoriza, em execução da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro (Orçamento do Estado para 2009), alterada pela Lei n.º

10/2009, de 10 de Março, a emissão de dívida pública

• Portaria n.º 597/2009. D.R. n.º 108, Série I de 2009-06-04

Presidência do Conselho de Ministros

Estabelece os termos a que obedece o registo das entidades certificadoras que emitem certificados qualificados previsto no

n.º 2 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 290-D/99, de 2 de Agosto, e revoga a Portaria n.º 1350/2004, de 23 de Outubro

124

• Decreto-Lei n.º 136-A/2009. D.R. n.º 109, Suplemento, Série I de 2009-06-05

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Altera o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, dispensando de algumas obrigações declarativas os sujeitos

passivos que não possuam nem sejam obrigados a possuir contabilidade organizada e reduzindo o prazo das garantias

exigidas para obtenção de reembolsos do imposto

• Lei n.º 25/2009. D.R. n.º 109, Série I de 2009-06-05 vd. Declaração de Rectificação n.º 56/2009. D.R. n.º 148, Série I

de 2009-08-03

Assembleia da República

Estabelece o regime jurídico da emissão e da execução de decisões de apreensão de bens ou elementos de prova na União

Europeia, em cumprimento da Decisão Quadro n.º 2003/577/JAI, do Conselho, de 22 de Julho

• Decreto-Lei n.º 142/2009. D.R. n.º 114, Série I de 2009-06-16

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Procede à sexta alteração ao Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 24/91, de 11 de

Janeiro

• Decreto-Lei n.º 143/2009. D.R. n.º 114, Série I de 2009-06-16

Ministério da Economia e da Inovação

Primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de Novembro, que cria a certificação por via electrónica de micro,

pequena e média empresas e permite aferir o estatuto de PME de qualquer empresa, de acordo com a definição e critérios

previstos na Recomendação n.º 2003/361/CE, da Comissão Europeia, de 6 de Maio

• Decreto-Lei n.º 144/2009. D.R. n.º 115, Série I de 2009-06-17

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Cria o mediador do crédito

• Lei n.º 28/2009. D.R. n.º 117, Série I de 2009-06-19

Assembleia da República

Revê o regime sancionatório no sector financeiro em matéria criminal e contra-ordenacional

• Decreto-Lei n.º 148/2009. D.R. n.º 121, Série I de 2009-06-25

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Procede à quarta alteração ao Decreto-Lei n.º 252/2003, de 17 de Outubro, que aprova o regime jurídico dos organismos de

investimento colectivo e suas sociedades gestoras, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2007/16/CE, da

Comissão, de 19 de Março, que regula os investimentos admissíveis a organismos de investimento colectivo em valores

mobiliários (OICVM)

• Resolução da Assembleia da República n.º 45/2009. D.R. n.º 125, Série I de 2009-07-01

Assembleia da República

Recomenda ao Governo que tenha em conta a evolução do índice de preços ao consumidor (IPC) em anos excepcionais

para garantir que o indexante dos apoios sociais (IAS) não evolua de forma negativa

• Decreto-Lei n.º 158/2009. D.R. n.º 133, Série I de 2009-07-13 vd. Declaração de Rectificação n.º 67-B/2009. D.R. n.º

177, Suplemento, Série I de 2009-09-11

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova o Sistema de Normalização Contabilística e revoga o Plano Oficial de Contabilidade, aprovado pelo Decreto-Lei

n.º 47/77, de 7 de Fevereiro

125

• Decreto-Lei n.º 159/2009. D.R. n.º 133, Série I de 2009-07-13 vd. Declaração de Rectificação n.º 67-A/2009. D.R. n.º

177, Suplemento, Série I de 2009-09-11

Ministério das Finanças e da Administração Pública

No uso da autorização legislativa concedida pelos n.os 1 e 2 do artigo 74.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro, altera

o Código do IRC, adaptando as regras de determinação do lucro tributável às normas internacionais de contabilidade tal

como adoptadas pela União Europeia, bem como aos normativos contabilísticos nacionais que visam adaptar a

contabilidade a essas normas

• Decreto-Lei n.º 160/2009. D.R. n.º 133, Série I de 2009-07-13

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova o regime jurídico de organização e o funcionamento da Comissão de Normalização Contabilística e revoga o

Decreto-Lei n.º 367/99, de 18 de Setembro

• Portaria n.º 746/2009. D.R. n.º 134, Série I de 2009-07-14

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Quinta alteração à Portaria n.º 95/94, de 9 de Fevereiro, que fixa o capital social mínimo das instituições de crédito e das

sociedades financeiras

• Decreto-Lei n.º 162/2009. D.R. n.º 138, Série I de 2009-07-20

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Altera o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31

de Dezembro, o Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, que regula o funcionamento do Fundo de Garantia do Crédito

Agrícola Mútuo, e o regime jurídico relativo ao Sistema de Indemnização aos Investidores, aprovado pelo Decreto-Lei n.º

222/99, de 22 de Junho, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2009/14/CE, do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 11 de Março, que altera a Directiva n.º 94/19/CE, relativa aos sistemas de garantia de depósitos no que

respeita ao nível de cobertura e ao prazo de reembolso

• Resolução da Assembleia da República n.º 51/2009. D.R. n.º 138, Série I de 2009-07-20

Assembleia da República

Relatório de participação de Portugal no processo de construção da União Europeia - 23.º ano – 2008

• Portaria n.º 772/2009. D.R. n.º 139, Série I de 2009-07-21

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Actualiza os coeficientes de desvalorização da moeda a aplicar aos bens e direitos alienados durante o ano de 2009, para

efeitos de determinação da matéria colectável do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares

• Regulamento da CMVM n.º 1/2009. D.R. n.º 146, Série II de 2009-07-30

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

Informação e publicidade sobre produtos financeiros complexos sujeitos à supervisão da Comissão do Mercado de Valores

Mobiliários

• Decreto-Lei n.º 175/2009. D.R. n.º 149, Série I de 2009-08-04

Ministério das Finanças e da Administração Pública

No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 122.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro, altera o Código do

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de Novembro, e o

Código do Imposto do Selo, aprovado pela Lei n.º 150/99, de 11 de Setembro

126

• Decreto-Lei n.º 185/2009. D.R. n.º 155, Série I de 2009-08-12

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2006/46/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Junho,

que altera a Directiva n.º 78/660/CEE, do Conselho, relativa às contas anuais de certas formas de sociedades, a Directiva

n.º 83/349/CEE, do Conselho, relativa às contas consolidadas, a Directiva n.º 86/635/CEE, do Conselho, relativa às contas

anuais e às contas consolidadas dos bancos e outras instituições financeiras, e a Directiva n.º 91/674/CEE, do Conselho,

relativa às contas anuais e às contas consolidadas das empresas de seguros, e adopta medidas de simplificação e eliminação

de actos no âmbito de operações de fusão e cisão, alterando o Código de Registo Predial, o Código das Sociedades

Comerciais, o Código de Registo Comercial, o Estatuto dos Benefícios Fiscais, o Código dos Valores Mobiliários, o

Estatuto da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, o Regulamento Emolumentar dos Registos e do Notariado, o Código

da Insolvência e da Recuperação de Empresas e o Regulamento do Registo Automóvel

• Decreto-Lei n.º 186/2009. D.R. n.º 155, Série I de 2009-08-12

Ministério das Finanças e da Administração Pública

No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 118.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro, altera o Código do

IVA, o Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º

2008/8/CE, do Conselho, de 12 de Fevereiro, e a Directiva n.º 2008/117/CE, do Conselho, de 16 de Dezembro, e cria o

regime de reembolso do IVA a sujeitos passivos não estabelecidos no Estado membro de reembolso, transpondo para a

ordem jurídica interna a Directiva n.º 2008/9/CE, do Conselho, de 12 de Fevereiro

• Lei n.º 84/2009. D.R. n.º 165, Série I de 2009-08-26

Assembleia da República

Autoriza o Governo a regular o acesso à actividade das instituições de pagamento e a prestação de serviços de pagamento,

bem como a definir um quadro sancionatório no âmbito da actividade de prestação de serviços de pagamento, transpondo

para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2007/64/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Novembro,

relativa aos serviços de pagamento no mercado interno

• Decreto-Lei n.º 199/2009. D.R. n.º 166, Série I de 2009-08-27

Ministério da Economia e da Inovação

Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 54/2008, de 26 de Março, estendendo o regime de não penalização da

movimentação de saldos de contas poupança-habitação às entregas efectuadas até 1 de Janeiro de 2005

• Resolução da Assembleia da República n.º 82/2009. D.R. n.º 166, Série I de 2009-08-27

Assembleia da República

Aprova a Convenção do Conselho da Europa Relativa ao Branqueamento, Detecção, Apreensão e Perda dos Produtos do

Crime e ao Financiamento do Terrorismo, adoptada em Varsóvia em 16 de Maio de 2005

• Lei n.º 88/2009. D.R. n.º 168, Série I de 2009-08-31

Assembleia da República

Aprova o regime jurídico da emissão e execução de decisões de perda de instrumentos, produtos e vantagens do crime,

transpondo para a ordem jurídica interna a Decisão Quadro n.º 2006/783/JAI, do Conselho, de 6 de Outubro, relativa à

aplicação do princípio do reconhecimento mútuo às decisões de perda, com a redacção que lhe foi dada pela Decisão

Quadro n.º 2009/299/JAI, do Conselho, de 26 de Fevereiro

• Lei n.º 93/2009. D.R. n.º 169, Série I de 2009-09-01

Assembleia da República

Aprova o regime jurídico da emissão e execução de decisões de aplicação de sanções pecuniárias, transpondo para a ordem

jurídica interna a Decisão Quadro n.º 2005/214/JAI, do Conselho, de 24 de Fevereiro, relativa à aplicação do princípio do

reconhecimento mútuo às sanções pecuniárias, com a redacção que lhe foi dada pela Decisão Quadro n.º 2009/299/JAI, do

Conselho, de 26 de Fevereiro

127

• Lei n.º 94/2009. D.R. n.º 169, Série I de 2009-09-01

Assembleia da República

Aprova medidas de derrogação do sigilo bancário, bem como a tributação a uma taxa especial dos acréscimos patrimoniais

injustificados superiores a (euro) 100 000, procedendo a alteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de Novembro, à décima nona alteração à Lei Geral Tributária,

aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de Dezembro, e à décima sexta alteração ao Regime Geral das Instituições de

Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro

• Lei n.º 96/2009. D.R. n.º 171, Série I de 2009-09-03

Assembleia da República

Conselhos de empresa europeus

• Lei n.º 97/2009. D.R. n.º 171, Série I de 2009-09-03

Assembleia da República

Autoriza o Governo a alterar o Estatuto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 452/99,

de 5 de Novembro

• Lei n.º 97/2009. D.R. n.º 171, Série I de 2009-09-03

Assembleia da República

Autoriza o Governo a alterar o Estatuto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 452/99,

de 5 de Novembro

• Portaria n.º 986/2009. D.R. n.º 173, Série I de 2009-09-07

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova os modelos de demonstrações financeiras

• Portaria n.º 987/2009. D.R. n.º 173, Série I de 2009-09-07

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova o modelo da declaração recapitulativa a que se referem a alínea i) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA e a

alínea c) do n.º 1 do artigo 30.º do Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias e as respectivas instruções de

preenchimento

• Portaria n.º 988/2009. D.R. n.º 173, Série I de 2009-09-07

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova o novo modelo da declaração periódica de IVA a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA

e respectivas instruções de preenchimento

• Portaria n.º 1011/2009. D.R. n.º 175, Série I de 2009-09-09

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova o Código de Contas

• Decreto-Lei n.º 222/2009. D.R. n.º 177, Série I de 2009-09-11 vd. Declaração de Rectificação n.º 77/2009. D.R. n.º

200, Série I de 2009-10-15

Ministério da Economia e da Inovação

Estabelece medidas de protecção do consumidor na celebração de contratos de seguro de vida associados ao crédito à

habitação e procede à nona alteração ao Decreto-Lei n.º 349/98, de 11 de Novembro

128

• Lei n.º 100/2009. D.R. n.º 173, Série I de 2009-09-07

Assembleia da República

Altera o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de

Novembro, e o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88,

de 30 de Novembro, por forma a criar um regime de tributação das indemnizações por cessação de funções ou por rescisão

de um contrato antes do termo auferidas por administradores, gestores e gerentes de pessoas colectivas residentes em

território português

• Decreto Regulamentar n.º 25/2009. D.R. n.º 178, Série I de 2009-09-14

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Estabelece o regime das depreciações e amortizações para efeitos do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas e

revoga o Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro

• Lei n.º 109/2009. D.R. n.º 179, Série I de 2009-09-15

Assembleia da República

Aprova a Lei do Cibercrime, transpondo para a ordem jurídica interna a Decisão Quadro n.º 2005/222/JAI, do Conselho, de

24 de Fevereiro, relativa a ataques contra sistemas de informação, e adapta o direito interno à Convenção sobre Cibercrime

do Conselho da Europa

• Lei n.º 110/2009. D.R. n.º 180, Série I de 2009-09-16

Assembleia da República

Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social

• Lei n.º 114/2009. D.R. n.º 184, Série I de 2009-09-22

Assembleia da República

Procede à terceira alteração à Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto, adaptando o regime de identificação criminal à

responsabilidade penal das pessoas colectivas

• Decreto-Lei n.º 249/2009. D.R. n.º 185, Série I de 2009-09-23

Ministério das Finanças e da Administração Pública

No uso da autorização legislativa concedida pelos artigos 106.º e 126.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro, aprova o

Código Fiscal do Investimento

• Decreto-Lei n.º 250/2009. D.R. n.º 185, Série I de 2009-09-23

Ministério das Finanças e da Administração Pública

No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 106.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro, procede à

regulamentação dos benefícios fiscais contratuais, condicionados e temporários, susceptíveis de concessão ao abrigo do

disposto no n.º 4 do artigo 41.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais e desenvolve o disposto no n.º 2 do artigo 22.º do Código

Fiscal do Investimento

• Portaria n.º 1192/2009. D.R. n.º 195, Série I de 2009-10-08

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Primeira alteração à Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de Março, que cria o ficheiro modelo de auditoria tributária prevista no

n.º 8 do artigo 115.º do Código do IRC, com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro

129

• Decreto-Lei n.º 292/2009. D.R. n.º 198, Série I de 2009-10-13

Ministério das Finanças e da Administração Pública

No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 123.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro, estabelece o

regime fiscal aplicável a produtos comercializados pelas empresas seguradoras, pelas sociedades gestoras de fundos de

pensões e pelas associações mutualistas, alterando também para 15 de Julho o prazo de envio, por transmissão electrónica

de dados, das declarações que integram a informação empresarial simplificada

• Portaria n.º 1254/2009. D.R. n.º 199, Série I de 2009-10-14

Ministérios das Finanças e da Administração Pública e da Justiça

Regulamenta o envio, por via electrónica, do requerimento de isenção de impostos, emolumentos e outros encargos legais,

previsto no n.º 6 do artigo 60.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, no momento do pedido de registo do projecto de fusão

ou de cisão, quando promovido através da Internet, e altera a Portaria n.º 1098/2008, de 30 de Setembro

• Portaria n.º 1255/2009. D.R. n.º 199, Série I de 2009-10-14

Ministérios das Finanças e da Administração Pública, da Justiça e da Economia e da Inovação

Regula a tramitação por via electrónica do parecer a que se refere o n.º 8 do artigo 60.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais,

no momento do pedido de registo do projecto de fusão ou de cisão, quando promovido através da Internet

• Portaria n.º 1256/2009. D.R. n.º 199, Série I de 2009-10-14

Ministério da Justiça

Regulamenta a disponibilização de modelos de projectos de fusão e de cisão e altera o Regulamento do Registo Comercial

e a Portaria n.º 1416-A/2006, de 19 de Dezembro

• Decreto-Lei n.º 310/2009. D.R. n.º 207, Série I de 2009-10-26 vd. Declaração de Rectificação n.º 94-A/2009. D.R. n.º

248, Suplemento, Série I de 2009-12-24

Ministério das Finanças e da Administração Pública

No uso da autorização legislativa concedida pela Lei n.º 97/2009, de 3 de Setembro, procede à alteração do Estatuto da

Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 452/99, de 5 de Novembro, alterando a

denominação desta associação pública de profissionais para Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas

• Decreto-Lei n.º 317/2009. D.R. n.º 211, Série I de 2009-10-30

Ministério das Finanças e da Administração Pública

No uso da autorização legislativa concedida pela Lei n.º 84/2009, de 26 de Agosto, aprova o regime jurídico relativo ao

acesso à actividade das instituições de pagamento e à prestação de serviços de pagamento, transpondo para a ordem jurídica

interna a Directiva n.º 2007/64/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Novembro

• Resolução do Conselho de Ministros n.º 111/2009. D.R. n.º 229, Série I de 2009-11-25

Presidência do Conselho de Ministros

Altera o regime aplicável à emissão e gestão de certificados especiais de dívida pública, alargando o âmbito de aplicação da

possibilidade da sua utilização, aumentando o prazo de amortização, bem como possibilitando a amortização antecipada e

transacção dos mesmos

• Portaria n.º 1404/2009. D.R. n.º 238, Série I de 2009-12-10

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova os novos modelos de impressos a que se refere o n.º 1 do artigo 57.º do Código do IRS

130

• Resolução do Conselho de Ministros n.º 115/2009. D.R. n.º 241, Série I de 2009-12-15

Presidência do Conselho de Ministros

Estabelece as medidas que concretizam a estratégia de internacionalização da economia

• Portaria n.º 1416/2009. D.R. n.º 242, Série I de 2009-12-16

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Aprova o impresso da declaração modelo n.º10 do IRS e do IRC e revoga a Portaria n.º16-B/2008, de 9 de Janeiro

• Resolução da Assembleia da República n.º 109/2009, de 2009-12-17

Assembleia da República

Recomenda ao Governo medidas de estímulo ao crescimento económico

• Resolução da Assembleia da República n.º 110/2009, de 2009-12-18

Assembleia da República

Recomenda ao Governo um conjunto de medidas de apoio à economia e de reforço da competitividade

• Portaria n.º 1426-A/2009. D.R. n.º244, Suplemento, Série I de 2009-12-18

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Altera o Regulamento do Sistema de Indemnização aos Investidores, aprovado pela Portaria n.º 1266/2001, de 6 de

Novembro

• Portaria n.º 1426-B/2009. D.R. n.º 244, Suplemento, Série I de 2009-12-18

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Altera o Regulamento do Fundo de Garantia de Depósitos, aprovado pela Portaria n.º 285-B/95 de 19 de Setembro

• Portaria n.º 1452/2009. D.R. n.º 250, Série I de 2009-12-29

Ministérios das Finanças e da Administração Pública e da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento

Define os códigos de actividade económica (CAE) correspondentes a várias actividades

• Lei n.º 118/2009. D.R. n.º 251, Série I de 2009-12-30

Assembleia da República

Segunda alteração à Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro (Orçamento do Estado para 2009)

• Lei n.º 119/2009. D.R. n.º 251, Série I de 2009-12-30

Assembleia da República

Primeira alteração à Lei n.º 110/2009, de 16 de Setembro, que estabelece uma nova data para a entrada em vigor do Código

dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social

• Portaria n.º 1455/2009. D.R. n.º 251, Série I de 2009-12-30

Ministério das Finanças e da Administração Pública

Fixa a taxa a pagar pelas empresas de seguros e entidades gestoras de fundos de pensões, a favor do Instituto de Seguros de

Portugal, para o ano de 2010

131

Regulamentação da CMVM Regulamentos

• Regulamento da CMVM n.º 6/2008. D.R. n.º 8, Série II de 2009-01-13

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

Regulamento da CMVM n.º 6/2008 - entidades gestoras de mercados, sistemas e serviços (alteração ao Regulamento da

CMVM n.º 4/2007)

• Regulamento da CMVM n.º 1/2009. D.R. n.º 146, Série II de 2009-07-30

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

Informação e publicidade sobre produtos financeiros complexos sujeitos à supervisão da Comissão do Mercado de Valores

Mobiliários

Instruções Instrução n.º 2/2009 Recomendações de Investimento (Research) Instrução n.º 1/2009 Revoga a Instrução da CMVM Nº 1/2008, alterada pela Instrução nº 4/2008 sobre Operações de Venda a Descoberto Regulamentação Banco de Portugal

• Aviso n.º 1/2009 do Banco de Portugal (DR n.º45, Série II, 09/03/05) O presente aviso altera o Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2007, publicado no Diário da República, 2.ª série, de 27 de

Abril, e visa proceder a uma melhor explicitação dos elementos sujeitos a requisitos de fundos próprios para cobertura de

risco de crédito nas instituições sujeitas à supervisão do Banco de Portugal.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 2/2009, 2009/07/17 – 137, II

Altera o Aviso n.º 12/92, de 29 de Setembro, precisando o tratamento dos ganhos e perdas não realizados de determinados

activos na determinação do valor pelo qual esses activos devem ser reduzidos aos fundos próprios.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2009, 2009/07/27 – 143, II

Designa os sistemas de pagamentos que beneficiarão da irrevogabilidade das ordens de transferência e da exigibilidade das

garantias constituídas a favor de participante ou de banco integrante do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC) e

revoga o aviso do Banco de Portugal n.º 1/2009, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 15, parte E, de 22 de

Janeiro de 2008.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2009, 2009/08/20 – 161, II

Estabelece os deveres de informação a serem observados pelas instituições de crédito na comercialização de depósitos

simples.

(Declaração de Rectificação n.º 2086/2009 do Banco de Portugal, 2009/08/26 – 165, II

Rectificação do Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2009, publicado no DR, 2.ª série, n.º 161, de 20 de Agosto de 2009).

• Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2009, 2009/08/20 – 161, II

Estabelece os deveres de informação a serem observados pelas instituições de crédito na comercialização de depósitos

indexados e de depósitos duais. Revoga o Aviso do Banco de Portugal n.º 6/2002.

(Declaração de Rectificação n.º 2087/2009 do Banco de Portugal, 2009/08/26 – 165, II

Rectificação do Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2009, publicado no DR, 2.ª série, n.º 161, de 20 de Agosto de 2009)

• Aviso do Banco de Portugal n.º 6/2009, 2009/08/20 – 161, II

Estabelece as regras relativas às características dos depósitos bancários. Revoga o Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2000.

(Declaração de Rectificação n.º 2087/2009 do Banco de Portugal, 2009/08/26 – 165, II

Rectificação do Aviso do Banco de Portugal n.º 6/2009, publicado no DR, 2.ª série, n.º 161, de 20 de Agosto de 2009).

• Aviso do Banco de Portugal n.º 7/2009, 2009/09/16 – 180, II

Regulamentação do artigo 118.º-A do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro.

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• Aviso do Banco de Portugal n.º 8/2009, 2009/10/12 – 197, II

Estabelece os deveres de informação das instituições de crédito e sociedades financeiras na divulgação ao público das

comissões e taxas de juro que praticam na contratação de produtos e serviços financeiros, designada: «Preçário». Revoga o

Aviso do Banco de Portugal n.º 1/95.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 9/2009, 2009/11/17 – 223, II

Estabelece regras para o apuramento dos critérios abrangidos pela garantia do Fundo de Garantia de Depósitos.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2009, 2009/11/23 – 227, II

Define a aplicabilidade às instituições de pagamento dos Avisos do Banco de Portugal n.os 12/92, 1/95, 3/95, 1/2003,

6/2003, 1/2005, 5/2008 e 10/2008 e altera o Aviso do Banco de Portugal n.º 12/92, em execução do artigo 30.º do Regime

Jurídico que regula o acesso à actividade das instituições de pagamento e a prestação de serviços de pagamento.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 11/2009, 2009/11/23 – 227, II

Define regras técnicas e procedimentos relativos à protecção, pelas instituições de pagamento, dos fundos recebidos dos

utilizadores de serviços de pagamento, com vista à aplicação do artigo 32.º do Regime Jurídico que regula o acesso à

actividade das instituições de pagamento e a prestação de serviços de pagamento.

• Aviso do Banco de Portugal n.º 12/2009, 2009/12/02 – 233, I

Altera as regras definidas no Aviso do Banco de Portugal n.º 6/99, publicado no Diário da República, 1.ª Série-B, de 6 de

Janeiro de 2000, que estabelece as condições a que devem obedecer as caixas agrícolas que pretendam alargar o seu objecto

a alguma ou algumas das actividades previstas nas diversas alíneas do n.º 1 do artigo 36.º-A do regime jurídico do crédito

agrícola mútuo e das cooperativas de crédito agrícola.

Regulamentação NYSE Euronext Harmonizada

Regulamento I - Introdução da figura do Acesso Patrocinado, com efeitos a partir de 1 de Julho de 2009

Instrução 2-01 - Relativa ao procedimento para o registo de Representantes Autorizados para os Mercados de Valores

Mobiliários da Euronext e ao registo das Pessoas Responsáveis do Mercado de Valores Mobiliários da

Euronext, com efeitos a partir de 16 de Fevereiro de 2009

Instrução 4-01 bis - Acomodando a figura do Livro de Ordens Central, com efeitos a partir de 14 de Janeiro de 2009

- Acomodando acomodar os collars e a reserva, com efeitos a partir de 16 de Fevereiro de 2009

- Reflectindo alterações aos preços aberrantes, com efeitos a partir de 21 de Setembro de 2009

Instrução 4-02 - Novo modelo de mercado de warrants, com efeitos a partir de 19 de Janeiro de 2009

- Ajustamento realizado em matéria de manifestações de interesse com efeitos a partir de 23 de Março de

2009

Instrução 5-01 - Implementação de um novo sistema para gestão dos limites de preço dinâmicos e determinação do Preço de

Liquidação Diário, o sistema de liquidação utilizado para calcular o Preço de Liquidação Diário, com efeitos a

partir de 21 de Setembro de 2009

Instrução 5-02 - Alteração inerente à exclusão de negociação em consequência de uma Transferência Obrigatória dos Valores

Mobiliários, com efeitos a partir de 14 de Abril de 2009

- Ajustamentos resultantes do pagamento de dividendos em espécie, com efeitos a partir de 24 de Dezembro

de 2009

Instrução 6-03 - Clarificação do âmbito de aplicação da instrução no sentido da retirada dos ETFs, com efeitos a partir de 5 de

Outubro de 2009

Instrução 6-04 - Clarificação do âmbito de aplicação da instrução no sentido da respectiva aplicação a ETFs, com efeitos a

partir de 5 de Outubro de 2009

Instrução 8-01 - Alteração incorporante da figura do Acesso Patrocinado, com efeitos a partir de 1 de Julho de 2009

Instrução 9-01 - Adaptação e harmonização do presente diploma com todas as alterações normativas verificadas no seio dos

diplomas regulamentares que lhe servem de base, com efeitos a partir de 2 de Fevereiro de 2009 - Alteração incorporante da figura do Acesso Patrocinado, com efeitos a partir de 17 de Agosto de 2009

133

Não Harmonizada

Regulamento II - Transformação e fusão dos mercados não regulamentados, com efeitos a partir de 1 de Outubro de 2009

Instrução Li2-01 - Transformação e fusão dos mercados não regulamentados, com efeitos a partir de 1 de Outubro de 2009

Instrução Li4-01 - Transformação e fusão dos mercados não regulamentados, com efeitos a partir de 1 de Outubro de 2009

Instrução Li7-01 - Transformação e fusão dos mercados não regulamentados, com efeitos a partir de 1 de Outubro de 2009

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10. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

No exercício de 2009 a Euronext Lisbon, Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados,

S.A. obteve um resultado líquido individual de 14.799.194,94 euros.

Neste termos e no exercício da competência que lhe confere o artigo 19º dos estatutos, o

Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação do resultado líquido do exercício:

- Reserva Legal 855.686,30 euros

- Lucros a distribuir sobre a forma de dividendos 13.943.508,64 euros

Lisboa, 7 de Abril de 2010

O Conselho de Administração

Miguel Athayde Marques Dominique Cerruti Gary Jones Joost van der Does de Willebois Vicent van Dessel

135

11. DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO