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ESCOLA ARTÍSTICA SOARES DOS REIS PORTO ANO LECTIVO 2014/2015 RELATÓRIO DE P.A.A. ESCOLA ARTÍSTICA DE SOARES DOS REIS Marta Sofia Pereira Paixão nº16 12ºD3 Trabalho elaborado para a disciplina de Fotografia, lecionada por Luísa Fragoso RESUMO: Este relatório engloba quatro projetos fotográficos sobre a cidade do Porto, em Reportagem, Paisagem, Retrato corpo/Conceptual e Autorretrato.

RELATÓRIO DE P.A.A. - essr.netjafundo/PAA 2015/Fotografia/Fotografia D3/PAA... · melhor leitura do espaço, a fotometria teve que ser bastante rigorosa, de modo a que na ampliação

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ESCOLA ARTÍSTICA SOARES DOS REIS – PORTO – ANO LECTIVO 2014/2015

RELATÓRIO DE P.A.A.

ESCOLA ARTÍSTICA DE SOARES DOS REIS

Marta Sofia Pereira Paixão nº16 12ºD3

Trabalho elaborado para a disciplina

de Fotografia, lecionada por Luísa

Fragoso

RESUMO: Este relatório engloba quatro projetos fotográficos sobre a cidade do Porto, em Reportagem, Paisagem,

Retrato corpo/Conceptual e Autorretrato.

Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Fotografia

Sofia Paixão nº16 | 12ºD3

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Índice

INTRODUÇÃO ...................................................................................... 4

1. REPORTAGEM | CAFÉS QUASE CENTENÁRIOS.................... 5

1.1 . Sinopse ........................................................................................................................ 5

1.1.1. Brainstorming .............................................................................................................. 5

1.2. Conceito ........................................................................................................................ 5

1.3. Pré-Produção ................................................................................................................ 6

1.4. Produção ....................................................................................................................... 6

Quadro 1 : Detalhes de Produção............................................................................................. 7

1.5. Pós-Produção ................................................................................................................ 7

Referências ................................................................................................................................ 7

1.6. Reflexão ............................................................................................................................... 9

1.7. Imagens Finais.............................................................................................................. 9

2. Opção: Paisagem | “Porto Degradado” ....................................................................... 11

2.1. Sinopse ............................................................................................................................... 11

2.1.1. Brainstorming ................................................................................................................ 11

2.2. Conceito ............................................................................................................................. 11

2.3. Pré-Produção .................................................................................................................... 12

2.4. Produção ............................................................................................................................ 12

2.5. Trabalho de Laboratório ................................................................................................. 13

2.6. Fotografias Finais ............................................................................................................. 14

2.7. Reflexão ............................................................................................................................. 15

2.8. Referências ........................................................................................................................ 15

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3. CONCEPTUAL | “PORTO NO CORPO E ALMA” ......................... 16

3.1. Sinopse ............................................................................................................................... 16

3.1.1. Brainstorming ................................................................................................................ 16

3.2. Conceito ...................................................................................................................... 16

3.3. Pré-Produção .............................................................................................................. 17

3.4. Produção ..................................................................................................................... 18

3.5. Pós-Produção .............................................................................................................. 19

PROCESSO DE EDIÇÃO NO PHOTOSHOP ..................................................................... 19

3.6. Reflexão ...................................................................................................................... 20

3.7. Referências ................................................................................................................. 20

3.8. Fotografias Finais ...................................................................................................... 21

4. AUTO-RETRATO | “BOATS” ...................................................... 23

4.1. Sinopse ............................................................................................................................... 23

4.2. Conceito ...................................................................................................................... 23

4.3. Pré – Produção ........................................................................................................... 23

4.4 Produção ............................................................................................................................. 24

4.5. Reflexão ............................................................................................................................. 24

CONCLUSÃO...................................................................................... 25

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INTRODUÇÃO

Na Escola Artística de Soares dos Reis o ciclo letivo termina com a

apresentação de uma prova de aptidão artística onde são avaliadas as competências

adquiridas pelo aluno ao longo do referido percurso.

A prova consiste na realização de quatro projetos, sendo que um é

obrigatoriamente analógico, dois são digitais, um obrigatoriamente cor, todos

compostos por 12 fotografias, (no total 36 fotografias), dos géneros Reportagem,

Paisagem, Moda ou Arquitectura, Retrato/Corpo e ainda um Autorretrato analógico de

tamanho 30x40 cm.

Este relatório descreve todo o processo de conceção, produção e pós produção

de cada projeto.

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1. REPORTAGEM | CAFÉS QUASE CENTENÁRIOS

1.1 . Sinopse

Neste projeto procuro estabelecer uma ligação entre a cidade do Porto e os

seus habitantes com os cafés e as suas histórias e tertúlias. Esta relação de algum

modo transmite como é realmente viver nesta cidade e como os portuenses se

agregam socialmente.

1.1.1. Brainstorming

Inicialmente a minha ideia era representar a cidade do Porto como uma casa,

onde “colocaria” pessoas, neste caso pessoas sem-abrigo e mostrar como sobrevivem

numa cidade tão vasta e como lutam todos os dias de modo a criar um ambiente mais

“familiar”. Mais tarde, num segundo momento de reflexão pareceu-me que esta ideia

seria demasiado complexa para levar a cabo, dado a necessidade de sessões

fotográficas noturnas, o que o meu horário escolar não permitia. Sendo assim decidi

então abordar os espaços físicos de socialização mais tradicionais, alguns dos cafés

da cidade do Porto (também antigos).

1.2. Conceito

A ideia de fotografar os cafés quase centenários surgiu pela importância que

estes tiveram e têm na aproximação das pessoas, por serem locais privilegiados onde

estas se encontram para conversar e se distraírem por uns momentos da azáfama

diária.

Os cafés Majestic, Guarany e o Piolho D’ouro são cafés marcantes na cidade

porque de algum modo contam histórias da cidade do Porto desde sempre. São cafés

onde aconteceram, nomeadamente nos anos vinte e trinta grandes tertúlias, debates

políticos e artísticos bem como eventos culturais ou simplesmente ponto de encontro

de estudantes universitários, escritores e intelectuais.

Todos os cafés foram inaugurados nas décadas de 20 e 30 do século

passado, ou seja, na novidade da belle époque, das saídas noturnas e do

divertimento, onde a música, a socialização ou até mesmo o sair depois das 21h era

uma coisa completamente nova e diferente, o que até aos dias de hoje ainda é

presente.

É tudo isto que neste projeto procuro recuperar, mostrando como hoje estes

cafés fazem jus à sua história e passado e como cativam novos públicos,

nomeadamente turistas que não deixam de os visitar na sua visita

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1.3. Pré-Produção

No início da pesquisa tentei de imediato contactar o dono dos cafés do

Guarany, do Piolho D’ouro e do Majestic respetivamente, no sentido de obter as

autorizações necessárias e expor o meu projeto. Todas as pessoas se mostraram

recetivas e entusiasmadas com o projeto.

Decidi realizar o projeto em digital cor, porque os cafés são muito ricos

cromaticamente, com muitos dourados e porque agradar-me-ia que as imagens

mantivessem uma certa aura amarelada, transmitindo um ambiente caloroso.

De seguida calendarizei as sessões fotográficas e realizei a reportagem ao longo

do segundo período.

1.4. Produção

Comecei por fazer uma pesquisa onde recolhi a informação possível sobre os

lugares, bem como imagens e estruturei o projeto segundo uma linguagem visual que

me pareceu a adequada para que o projeto resultasse interessante e coerente.

As questões técnicas foram as que mais me preocuparam, pois todos os cafés

são muito iluminados e com muitas janelas e o balanço entre a luz do interior e a do

exterior é crítico.

Utilizei sempre tripé pois este permite um tempo diferente de exposição, no

sentido fotométrico, mas também no sentido da reflexão da tomada de vista,

privilegiando uma leitura mais precisa de enquadramentos, composição formal dos

elementos, etc. Visitei o local variadas vezes, estudei a melhor hora para as sessões,

tendo em conta a posição solar e igualmente o fluxo de clientes, pois a presença

humana era crucial na elaboração deste meu projeto.

Making Off:

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Quadro 1 : Detalhes de Produção

1.5. Pós-Produção

Após terminar a execução das fotografias, escolhi as 12 imagens finais para o

projeto e iniciei a sua edição.

A edição consistiu principalmente em acertos de densidade e contraste e foi a

parte do processo mais interessante porque permitiu-me manipular a imagem de modo

a que no final todos os detalhes estivessem salvaguardados.

LOCAL MAJESTIC|GUARNY|PIOLHO D’OURO

CORPO DA MÁQUINA CANON 100D

LENTE 18-135 MM

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Referências

A nível de referências para a reportagem baseei-me no trabalho do fotógrafo

André Kertézs devido a uma parte do seu trabalho no período francês ter sido nos

loucos anos vinte e trinta, período de inauguração dos cafés que englobo no meu

projeto e que entendo ser muito relevante quer a nível de conceito, quer a nível visual.

“ My friends at Cafe du Dome” 1928

André Kertész, 1927

“A Fork” ou “La Fourchette” 1928 “Les lunettes et la pipe de Mondrian” 1926

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1.6. Reflexão

Concluído o meu trabalho de reportagem penso que o objetivo foi atingido

ainda que infelizmente não tenha tido o número de pessoas que eu pretendia em

todas as fotografias mas ainda assim penso que conseguia capturar a essência do

conceito. Evidentemente que hoje as pessoas frequentam os cafés de outro modo, a

nossa sociedade hoje é muito diferente dos dias de então mas ainda assim subsistem

resquícios desse passado de tertúlia. Apareceram entretanto outros espaços na

cidade que concorrem com estes cafés, espaços lúdicos, trendy e até mesmo outros

cafés pertencentes a grandes cadeias internacionais que têm um marketing muito

agressivo e uma política de preços muito apelativa.

Com tudo isto, ainda assim estes lugares icónicos sobreviveram, obviamente,

pelo seu valor, qualidade estética e tradição.

1.7. Imagens Finais

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2. Opção: Paisagem | Porto Degradado

2.1. Sinopse

Este projeto, de doze imagens analógicas, documenta o abandono a que

algumas zonas da cidade do porto têm sido sujeitas, neste caso a zona oriental da

cidade, freguesia de Campanhã.

2.1.1. Brainstorming

Ao iniciar a minha pesquisa quanto ao projeto de opção escolhi Moda, pois

queria interligar a Moda com a cidade, mas ao longo da pesquisa fui-me

desinteressando e distanciando do género e comecei a pensar que talvez fosse

interessante abordar espaços degradados, abandonados, caóticos de certo modo e a

zona que me pareceu mais adequada representar foi Campanhã exatamente porque

existem nessa zona muitos “esqueletos” do que foi um passado industrial glorioso.

2.2. Conceito

Quando pensei no que seria o meu tema de paisagem concluí que quando pensamos na cidade do porto apesar de ser uma cidade muito bonita e antiga, a degradação tem vindo a alastrar, muito por desinteresse político e fracos recursos financeiros.

É possível verificar que um dos fatores predominantes da nossa cidade a nível de casas e espaços públicos é a degradação do ambiente em que se vive, pois apesar de ser uma cidade onde é bom viver-se, as suas condições não são propriamente as melhores, ao nível da poluição e ornamento da cidade.

Existem várias definições de degradação, como a destruição, abandono ou até a ausência de vida, que acho que é predominante da cidade mas mais figurado na zona de Campanhã. Foi então que surgiu a ideia de explorar o sítio em si e descobrir uma fábrica abandonada, que já foi alvo de muito movimento, muita convivência e também de trabalho, que com o tempo passou a ser um local feio que as pessoas têm um certo receio de entrar devido a toda à destruição envolvente; desse modo o meu objetivo é passar essa mensagem a quem observa o projeto, porque o sucesso e o declínio não raras vezes andam a par.

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2.3. Pré-Produção

No início da pesquisa a minha ideia foi visitar o local em busca de algo palpável

e depois de algumas vezes a “deambular” pela zona encontrei uma fábrica

abandonada, onde não havia mais nada em redor, senão destruição e uma pequena

casa dentro. Foi este pormenor que imediatamente me atraiu.

De seguida efetuei uma repérage do que pretendia, nomeadamente dos locais

mais interessantes e da sua exposição solar e decidi que este seria o meu projeto

analógico. Considerei que o preto e branco poderia acrescentar dramatismo à própria

situação e esse valor acrescentado seria muito positivo para o projeto. Além disto,

como seria eu própria a imprimir poderia manipular a imagem a termos de densidade e

contraste de modo a enfatizar o caos encontrado.

2.4. Produção

A produção em si não foi propriamente difícil, apenas os constrangimentos das

condições climatérica que nem sempre permitiram cumprir a planificação feita.

Escolhi dias de sol aberto e horas de grande contraste, de acordo com o já

referido dramatismo pretendido. Como o pormenor nas sombras me interessava para

melhor leitura do espaço, a fotometria teve que ser bastante rigorosa, de modo a que

na ampliação dos negativos, não tivesse que recorrer a máscaras sucessivas.

Quadro 2: Detalhes de Produção

LOCAL CAMPANHÃ

CORPO DA MÁQUINA NIKON FM10

LENTE 35-80 MM

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2.5. Trabalho de Laboratório

Depois da exposição dos filmes (Ilford FP4 ISSO:125) seguiu-se o trabalho de

laboratório. Coloquei os filmes numa espiral dentro de um tanque de revelação,

passando por todos os processos químicos, conforme as indicações de tempo,

agitação e temperatura. Após todo o processo (revelação, banho de paragem e

fixação) coloquei os negativos em água corrente e de seguida o agente de lavagem

(Ilfotol).

Processado o filme, realizei provas por contacto de modo a melhor selecionar

as imagens finais.

Imprimi individualmente as fotografias mantendo o mesmo diafragma (f11) de

maneira a ter boa nitidez, em papel Ilford Multigrade 18x24 cm. Ordenei as imagens

finais de modo a que o espectador fosse “entrando” no caos representado culminando

Com o processo químico terminado e a impressão concluída foi altura de

organizar as imagens para dar uma certa coerência ao trabalho final, pois existem

imagens mais fortes e outras menos, mas com a organização correta conseguimos

criar um certo dinamismo que joga a favor do nosso projeto.

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2.6. Fotografias Finais

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2.7. Reflexão

Posso refletir que o projeto de opção (paisagem), foi o mais custoso na sua

execução, porque apesar de ter gostado de fotografar, fotografia analógica é um

domínio mais complexo que é preciso de ser adquirido com prática e paciência.

Apesar de tudo gostei do aspecto final e espero conseguir mostrar a minha

visão aos observadores de algo que não valorizam e que têm bastante significado

para a constituição da cidade.

2.8. Referências

A nível de referências quanto ao tema de paisagem baseei-me no

fotógrafo Paolo Pellegrin que entre 1999 e 2000 fez várias reportagens no

Kosovo, Albânia e Sérvia, onde documentava toda a destruição existente em

cenário de guerra; por isso decidi incluí-lo como a minha maior referência pois

apesar de o meu tema de paisagem não ser de um clima de guerra, não deixa

de ser resultado de uma guerra política e financeira, dado o esquecimento que

algumas zonas da cidade têm tido.

Paolo Pelligrin “Untitled" 2001

Paolo Pellegrin “Village Near Nyala” 2001

Paolo Pellegrin “A young victim of the violence”

2005

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3. Conceptual | “Porto no corpo e alma”

3.1. Sinopse

Um projeto com luz negra e tinta néon onde é pretendido retratar alguns

desenhos dos azulejos predominantes na estação de São Bento no corpo humano de

modo a criar dinâmica de corpo.

3.1.1. Brainstorming

Após ter realizado uma pequena pesquisa acerca de retrato corpo e tentei criar

um cenário com a cidade do Porto, achei que as projeções sobre um corpo humano

seria o mais adequado, mas após pensar bem no que iria ser o meu conceito não

conseguiria explicar muito bem o que pretendia. Foi aí que surgiu a ideia da pintura

corporal, pois tornar-se-ia mais interessante de certo modo a pintura do que uma

projeção.

3.2. Conceito

Como conceito achei que complicar iria ser pior, pois um projeto de retrato corpo é

bastante importante e já em si difícil, então decidi pegar em algumas imagens que

observava quando passava pela estação e tentar recriar num corpo.

A ideia era tornar a tinta brilhante pois o meu objetivo era chamar à atenção com a

cor, coisa que quase não acontece quando um cidadão do porto passa pela estação,

também por o azul ser uma cor neutra mas também porque as pessoas tendem não

ter atenção ao que se passa ao redor, daí o uso da tinta néon sobre luz negra, que

quando a tinta incide sobre a luz brilha e o resto do corpo fica neutro.

O uso do nu foi meramente pensado em conformidade com as pessoas, pois é

uma posição desconfortável para quem é fotografado mas também causa um impacto

maior na fotografia, o que é esperado neste projeto, que as pessoas que o observam

tomem em atenção o que realmente estão a ver, não usei nu total em todas as

fotografias, algumas estão para existir um desenho envolvente maior, enquanto nas

restantes não, também para na minha opinião não se tornar um projeto nu repetitivo,

no entanto as posições dos corpos foram escolhidas de modo a criar um aspecto

dinâmico ao projeto e mais uma vez de forma a chamar à atenção do observador.

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3.3. Pré-Produção

Neste projeto decidi incluir três modelos amadores que estivessem dispostos a

disponibilizar o seu corpo sem qualquer problema, de seguida arranjar os materiais

necessários à realização do projeto em si e arranjar uma maquilhadora que

conseguisse retratar o mais correto possível algumas das imagens dos azulejos, não

sendo fiel a 100% à imagem mas de forma a se entender o que aí estaria retratado.

Escolhendo assim o desenho da bandeira Lusitana, o da ponte D. Luís, os barcos

na ribeira e o rei numa passagem do azulejo.

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3.4. Produção

Tendo tudo pronto foi altura de começar a fotografar, a luz não foi um problema para

mim, pois o único apoio luminoso que tive foi uma luz de 80 watts negra em que se tornava

difícil fotografar mas com a exposição e abertura correta não foi difícil. Trabalhar com modelos

foi fácil no meu caso e no meu projeto, porque o necessário é escolher a pessoa correta que

esteja disposta a tudo o que lhe é pedido, nesse caso agradou-me muito trabalhar em equipa,

também com os assistentes de fotografia que me iam segurando a luz e ajeitando qualquer

coisa que lhes fosse pedida.

Mas apesar de tudo e de ser complicado focar num ambiente completamente escuro

consegui obter o efeito suposto e com a ajuda de todos obter um projeto que eu realmente

gostasse e que me tivesse dado gosto de fotografar.

Quadro 3: Equipa

MODELOS ANA COELHO | GONÇALO CARVALHO |JOANA PINTO

MAQUILHADORA CATARINA FARHAT

ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA CLÁUDIA FALCÃO | ARTUR NETO

MATERIAL CANON 100D

EDIÇÃO SOFIA PAIXÃO

Modelo – Ana Coelho Modelo – Joana Pinto Modelo – Gonçalo Carvalho

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3.5. Pós-Produção

A nível de edição não precisei de muito para alterar a imagem, fiz apenas algumas

alterações na pele, melhorei enquadramentos e a nível geral, como o contraste, a

luminosidade e os níveis de sombras. Optei também por limpar o fundo, desta forma,

torná-lo completamente negro para ser uma composição mais homogénea e focar a

parte essencial do projeto que é o modelo.

Como já tinha visado anteriormente, apesar de não ser uma profissional a nível de

edição, com ajuda da professora e de alguma pesquisa consegui rapidamente fazer o

que pretendia e tornar o meu projeto mais apelativo.

PROCESSO DE EDIÇÃO NO PHOTOSHOP

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3.6. Reflexão

Em suma o projeto conceptual foi algo que me deu um gosto maior de realizar,

talvez por trabalhar com materiais diferentes ou pela oportunidade de recriar algo novo

e que chame à atenção. Tenho noção que existem certos pontos a melhorar mas com

a prática e com a repetição poderá ser um projeto que possa melhorar para daqui em

diante.

3.7. Referências

Para o meu trabalho de Retrato Corpo o fotógrafo que me baseei foi Robert

Mapplethorp pois a importância que deu ao nu masculino e feminino e ao rigor técnico

como criativo foi de muito importância.

Ajitto, 1981 Derrick Cross, 1982 Tit Profile, 1980

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3.8. Fotografias Finais

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4. Auto-Retrato | “Boats”

4.1. Sinopse

O último projeto da P.A.A. é um auto-retrato em que pretendo mostrar o que

realmente sou e o que realmente me caracteriza e dar a entender ao observador a

minha imagem e o seu significado.

4.2. Conceito

Quando me deparei a pensar sobre o que iria fazer no meu auto-retrato

fiquei assustada, porque retratar uma parte da nossa personalidade não é fácil,

mas quando pensei no que realmente me marcou após ter feito uma pequena

entrevista a mim mesma um foco de luz pairou sobre mim.

Desde pequena que a única situação que me lembro delicadamente foi quando o

meu pai, figura muito presente na minha vida, me ensinou uma pequena parte da arte

de origami e ensinou-me a construção de um pequeno barco de papel, após esse

episódio cresci a fazê-los, a oferecê-los, pois realmente foi uma situação marcante

para mim e olhando diretamente para o meu eu , isso representa-me e sempre

representará. Foi então que surgiu a ideia dos barcos a surgir sobre o meu cabelo, de

maneira a existir a ondulação e dar a entender o movimento.

4.3. Pré – Produção

A pré-produção por si foi rápida, pois como não eram necessárias esperas de

modelos e adereços, a não ser pequenos barcos de papel, o mais importante foi a

iluminação, que com ajuda da assistente de fotografia foi muito mais fácil.

MODELO SOFIA PAIXÃO

PRODUÇÃO SOFIA PAIXÃO

ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA CLÁUDIA FALCÃO

MATERIAL CANON 100D

IMPRESSÃO SOFIA PAIXÃO

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4.4 Produção

Na produção iniciei por colocar um fundo preto, apenas para o branco dos

barcos serem contrastados, de seguida foi altura de iluminar, utilizando apenas um

Flash pelo lado direito para não dar a sensação de muita iluminação e criar um certo

equilíbrio na imagem.

Após tudo isso foi só me colocar na posição e colocar os barcos de maneira a

dar movimento e fotografar, fotografei umas dez a quinze vezes e ao terminar de

fotografar arrumei o laboratório e passei à revelação.

4.5. Reflexão

A nível de reflexão do auto-retrato efectuado posso concluir que me agradou tanto

fotografá-lo como imprimi-lo, sendo uma uma experiência nova que tão cedo posso

não vir a repetir. Como um projeto tão importante acho que é sempre enriquecedor,

fotografar o nosso verdadeiro eu e não podia estar mais satisfeita com o resultado

final.

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Conclusão

Ao longo destes três anos fui aprendendo e aplicando os vários conhecimentos

adquiridos nas aulas de Projeto e Tecnologias, tenho a opinião que um dia mais tarde

me irá ajudar tanto no meu percurso académico e profissional, mas também na minha

vida.

Tenho que agradecer à professora Luísa Fragoso que me ajudou, motivou,

maior parte das vezes, para me chamar à atenção, na concretização do meu projeto e

também em todas as dificuldades que passei ao longo, pois apesar de uma

profissional de ensino é também uma pessoa com quem podemos sempre contar.

Agradeço também aos meus colegas de turma, que me ajudaram, motivaram e me

fizeram quando o projeto não estava tão bem encaminhado, agradeço também à

minha família pela ajuda, pois também sem eles não seria possível a realização do

mesmo.

Para concluir levei este percurso como uma ótima coisa que me aconteceu e

por todos os dias que passei cheia de trabalho, por isso recomendo a toda a gente que

siga o que realmente querem para puderem alcançar os seus objetivos.

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BIBLIOGRAFIA

http://www.americansuburbx.com/

http://www.landscapestories.net/archivio?lang=en

http://nailyaalexandergallery.com/artists http://artephotographica.blogspot.pt/ http://www.landscapestories.net/archivio?lang=en

http://photoseed.com

http://artreview.com/

http://nailyaalexandergallery.com/artists

http://www.bjp-online.com/

http://www.tate.org.uk/search/photography

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